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3/11/2008 12:48:30 Andréa Pachá fala de Cadastro Nacional da Adoção em Petrópolis Foto: Mariana Monteiro/AMB
Após o lançamento da segunda fase da campanha da AMB Mude um Destino durante a III Jornada de Adoção em Petrópolis (RJ), na última sexta­feira, 31 de outubro, a conselheira do Conselho Nacional de Justiça Andréa Pachá falou sobre o Cadastro Nacional da Adoção (CNA). Inicialmente, a magistrada saudou aos presentes: “É uma alegria participar desta Jornada. Quero saudar as pessoas que estão diretamente ligadas ao processo e aqueles que tangentemente se interessam em saber”. Ao falar do CNA, a ex­vice­presidente de Comunicação da AMB tocou num ponto delicado para a adoção no Brasil: as preferências dos futuros pais. “No fundo nos envergonha como seres humanos Conselheira participou de mesa que a gente queira uma criança sem deficiência, branco, sem seqüelas. E na gravidez isso não é redonda "Ferramentas atuais para uma opção; é da vida”, frisou Andréa. “O que fica claro já num primeiro momento do Cadastro é condução dos procedimentos de que muitos pretendentes se envergonham em responder honestamente”, contou. Isso, segundo a adoção"
juíza, é uma das causas para que os números no Cadastro não apontem de fato a realidade. “São três mil pretendentes e dois mil crianças. Você olha e acha que sobram pretendentes”, observou. Andréa destacou que os juízes da Infância e Juventude precisam “ter coragem para enfrentar dúvidas”, já que muitas vezes não desvinculam juridicamente uma criança de sua família biológica e ela acaba vivendo num abrigo até os 18 anos. “A gente não pode esquecer que a infância passa rápido. Às vezes, por medo ou convicção, o juiz não destitui o poder familiar. Isso deve ser discutido”, lembrou. A conselheira também fez questão de frisar a importância de o processo de adoção ser feito totalmente via Justiça. “A gente tem que esclarecer a sociedade para que serve o processo legal de adoção. Precisamos informar. E o Judiciário criando estar ferramentas, como o Cadastro, dá um grande passo para um Estado mais fortalecido, mais cidadão, com mais transparência”, destacou Andréa. Ao citar a organização de uma tribo indígena onde “todos são filhos de todos”, Andréa Pachá lembrou que a sociedade brasileira precisa tomar conta de seus filhos. “Somos responsáveis por nossas crianças; precisamos acolhê­las”, finalizou. O Cadastro O Cadastro Nacional da Adoção foi lançado nacionalmente no dia 29 de abril deste ano pelo CNJ. O sistema foi criado para possibilitar a uniformização dos dados referentes à adoção no Brasil e disponibilizará o perfil das crianças disponíveis para adoção e dos adotantes habilitados pela Justiça brasileira. A idéia da criação do Cadastro partiu da conselheira Andréa Pachá, coordenadora do Comitê Gestor do CNA, que conta com a participação do vice­presidente para Assuntos da Infância e Juventude da AMB, Francisco Oliveira Neto. 
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Andréa Pachá fala de Cadastro Nacional da Adoção em Petrópolis