Complexo de Golgi
10º 1G
Ana Rute Neves n.º 142
Ana Luísa Silva n.º 432
Susana Miriam Faria n.º 431
Maio de 2002
Escola Secundária Carolina Michaëlis
I – Índice
I – Índice............................................................................................................................2
II – Introdução...................................................................................................................3
III – Complexo de Golgi
1. Constituição e organização...............................................................................3-4
2. Relação do complexo de Golgi com o retículo endoplasmático.......................4-5
3. Funções do complexo de Golgi........................................................................5-6
IV – Conclusão.................................................................................................................6
V – Bibliografia................................................................................................................6
VI – Anexos
II – Introdução
Por volta de 1898 o investigador anatómico italiano – Camilo Golgi – apontou a
existência de novas estruturas no citoplasma de células nervosa de coruja e de gato.
Estas foram, inicialmente, denominadas por aparelho de Golgi, em homenagem ao seu
descobridor. Para a sua observação, o citologista utilizou a técnica de coloração por
ósmio ou prata. Como esta técnica era difícil de controlar, os resultados ainda não eram
consistentes, levando muitos cientistas a duvidarem da existência real da nova estrutura.
Até 1949, subsistiram as maiores dúvidas quanto à existência real desta estrutura
celular. Considerava-se que ela não existia nas células vegetais; as técnicas que a
punham em evidência não eram específicas a e as observações feitas na célula viva,
imprecisas quanto à sua coloração.
Foi Dalton quem, em 1952, fez as primeiras descrições das imagens do aparelho
de Golgi, quando observado ao microscópio electrónico, o que foi rapidamente
confirmado por muitos outros citologistas. Em virtude da sua complexidade, Dalton
propôs para ele a designação de complexo de Golgi.
Estas observações permitem-nos hoje descrever a estrutura do complexo de Golgi
e afirmar a sua existência constante, tanto nas células animais como nas vegetais. O
complexo de Golgi tem sido observado nos vegetais superiores assim como nas algas,
mas nunca foi observado nos fungos.
III – Complexo de Golgi
1. Constituição e organização:
O complexo de Golgi traduz-se numa série de sáculos achatados formados por
membranas de superfície lisa, dispostos em pilha, constituindo os dictiossomas.
Juntamente a estes encontram-se vesículas de tamanhos diferentes, originárias do
complexo de Golgi. (Anexo 1)
Assim, o complexo de Golgi está organizado em três níveis:
- Sáculos – pequenos discos achatados e encurvados, apresentando um
elemento central ligado a uma rede periférica de tubos e vesículas;
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Dictiossoma – constituído por um conjunto de quatro a dez sáculos unidos
-
entre si por numerosas fibrilas. O conjunto tem uma face convexa, a face de
formação, e uma face côncava, a face de maturação, onde se originam
vesículas;
Complexo de Golgi – é constituído pelo conjunto de dictiossomas que se
-
intercomunicam, cujo número pode ser variável consoante o tipo de célula
onde se encontra.
O complexo de Golgi apresenta-se sob tamanhos e formas variadas, conforme o
tipo da célula. Nos neurónios apresenta-se como uma rede muito elaborada, a qual
envolve todo o núcleo. Nas células animais que segregam proteínas ou materiais ricos
em glícidos e nas células absorventes, o complexo de Golgi apresenta-se mais
compacto, localizando-se entre o núcleo e a superfície celular, onde ocorre a secreção.
(Anexo 2).
A sua importância morfológica também é muito variável. Muito desenvolvido nas
células nervosas e glandulares, apresentando-se de dimensões muito reduzidas noutras
variedades de células.
Esta estrutura existe nas células eucarióticas animais e vegetais, com raras
excepções, como as hemácias dos mamíferos.
2. Relação do complexo de Golgi com o retículo endoplasmático:
Numa célula em actividade parecem existir estreitas relações entre o retículo
endoplasmático e o complexo de Golgi. Essas relações podem ser de:
-
Contiguidade – existem numerosas vesículas, algumas das quais parece
que se originam a partir do retículo endoplasmático e depois se incorporam nos
sáculos da face de formação dos dictiossomas;
-
Continuidade – os elementos do retículo endoplasmático comunicam
directamente com os sáculos da face de formação por intermédio canalículos,
sugerindo uma actividade de trânsito de uma estrutura para outra.
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É provável que a origem dos sáculos ocorra na face de formação dos dictiossomas
a partir de vesículas provenientes do retículo endoplasmático. Os sáculos que se vão
constituindo nessa face tendem a substituir os que se situam na face de maturação e que
vão originar vesículas de secreção.
Ao nível do retículo endoplasmático rugoso são elaboradas várias substâncias,
entre as quais uma grande variedade de proteínas.
Várias experiências têm sido realizadas no sentido de determinar o local de síntese
e acompanhar o destino das proteínas elaboradas, mostrando relações com o complexo
de Golgi:
-
Os ribossomas, que estão inseridos na face externa das membranas do retículo
endoplasmático rugoso, sintetizam as proteínas que migram nos seus canais e
cisternas em direcção ao complexo de Golgi;
-
Este transporte é feito através de vesículas formadas no retículo endoplasmático
rugoso, que se vão associar aos sáculos da face de formação;
-
À medida que os sáculos vão sendo renovados, da face de formação para a face de
maturação, as proteínas vão sendo arrastadas com eles;
-
Os sáculos da face de maturação, vão-se desintegrando formando vesículas de
secreção que transportam as proteínas sintetizadas para o exterior da célula (Anexo
3).
3. Funções do complexo de Golgi:
•
Está envolvido em processos de síntese e de secreção. Este último consiste na
produção e eliminação de substâncias úteis para o organismo:
-
Nas células produtoras de muco, o complexo de Golgi produz
substâncias lubrificantes que recobrem os revestimentos internos do
nosso corpo;
-
O complexo de Golgi também é responsável pela secreção da primeira
parede que separa duas células vegetais em divisão.
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•
Intervém na manutenção do fluxo de membranas na célula.
•
Funciona como um correio. Exactamente como a carta é levada ao correio para ser
enviada a outra localidade, as substancias são transportadas para o complexo de
Golgi para serem enviadas para outras localidades do corpo.
IV – Conclusão
O complexo de Golgi é, pois, um organelo existente nas células eucarióticas
vegetais e animais, com excepção das hemácias nos mamíferos. Traduz-se numa série
de sáculos achatados dispostos em pilha que constituem os dictiossomas, juntamente
com as vesículas de secreção que ele próprio origina.
Está activamente relacionado com o retículo endoplasmático. Estas relações
podem ser de contiguidade ou de continuidade.
O complexo de Golgi tem diversas funções. Está envolvido em processos de
síntese e de secreção e intervém na manutenção do fluxo de membranas na célula. Tem
também, a função de transporte em que funciona como um correio.
V – Bibliografia
Livros:
¾ Silva, A. D. E outros, Terra, Universo da Vida, Porto Editora, Porto, 2001.
¾ Gillie, Oliver, A célula viva, Verbo, Lisboa, 1972.
¾ Moreto, M. J. X., Célula, Minerva, Lisboa, 1966.
Internet:
¾ www.geocities.com/Athens/Parthenon/5140/bio_ponto27.html
¾ www.icb.ufmg.br/~/bcd/grupo6/golgi.html
¾ www.intermega.globo.com/biotemas/aparelho_de_golgi.htm
¾ www.odontoatual.hpg.ig.com.br/celula.htm
¾ www.redebonja.cbj.g12.br/bomjejus/bios/bios_resumo04.htm
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