Citoplasma Citoplasma- organização Os primeiros citologistas acreditavam que o citoplasma era somente um fluido viscoso no qual o núcleo estava mergulhado e que preenchia a célula. Hoje sabemos que além da parte fluida chamada citosol, o citoplasma apresenta diversas estruturas membranosas, as organelas citoplasmáticas além de um citoesqueleto, que define a forma da célula e permite que ela realize movimentos. Retículo endoplasmático Rede de bolsas e tubos membranosos. Pode ser de dois tipos: Retículo endoplasmático rugoso ou ergastoplasma. Retículo endoplasmático liso ou nãogranuloso. Retículo endoplasmático rugoso ou ergastoplasma Assim chamado por apresentar ribossomos aderidos. Atua na produção de proteínas celulares e no transporte destas pelo citoplasma. Essas proteínas podem ser secretadas e atuarão fora da célula, algumas podem ser utilizadas pela membrana plasmática, e outras serão enzimas lisossômicas sendo responsáveis pela digestão intracelular. Retículo endoplasmático liso ou nãogranuloso Assim chamado por não possuir ribossomos aderidos. É responsável pela síntese de ácidos graxos, de fosfolipídios e de esteróides. Abundante nas células do fígado. No REG há enzimas que alteram as moléculas de certas substâncias tóxicas (drogas, por exemplo) eliminando-as do corpo. Complexo golgiense, complexo de Golgi ou aparelho de Golgi Componente citoplasmático formado por 6 a 20 bolsas membranosas achatadas (cisternas) empilhadas umas sobre as outras. Muitas das proteínas produzidas pelo REG são enviadas para o complexo de Golgi, essa transferência ocorre por meio de vesículas de transição. Nas cisternas do complexo de Golgi, as proteínas são modificadas, separadas e “empacotadas” em bolsas membranosas, as quais são enviadas aos locais extracelulares onde atuarão. Complexo golgiense, complexo de Golgi ou aparelho de Golgi Exemplo de atuação: Enzimas digestivas secretadas pelas células do pâncreas, que irão atuar no intestino; Hormônios e mucos; Produção de lisossomos; Origina o acrossomo dos espermatozóides (vesícula repleta de enzimas digestivas), ocupa a “cabeça” do espermatozóide e tem a função de perfurar as membranas do ovulo na fecundação (ver pág. 155). Lisossomos São bolsas membranosas que contêm enzimas digestivas capazes de digerir grande variedade de substâncias orgânicas. Uma célula animal pode conter centenas de lisossomos, e eles possuem mais de 80 tipos de enzimas. São produzidos a partir de bolsas que brotam e se soltam do Complexo de Golgi, nesse momento são chamados de lisossomos primários. Depois de se fundirem à fagossomos e pinossomos e iniciarem a digestão, são chamados de lisossomos secundários ou vacúolos digestórios. Lisossomos Enzimas lisossômicas atuam sobre as substâncias capturadas, diminuindo seu tamanho, assim elas podem sair do vacúolo e serem utilizadas pela célula, ou senão permanecem no vacúolo até o momento em que este se funde a membrana celular, eliminando os resíduos. Este processo é chamado de Clasmocitose ou defecação celular. Lisossomos Os lisossomos podem atuar de duas maneiras: Digerindo o material capturado do exterior por fagocitose ou por pinocitose — FUNÇÃO HETEROFÁGICA. Digerindo partes desgastadas da própria célula --- FUNÇÃO AUTOFÁGICA. Peroxissomos Organela membranosa presente no citoplasma de células animais e vegetais. Contêm diversos tipos de oxidases, enzimas que utilizam oxigênio para oxidar substâncias orgânicas produzindo peróxido de hidrogênio, que é tóxico para o organismo, porém também contêm a enzima catalase que degrada o peróxido de hidrogênio, transformandoo em água e gás oxigênio. Principal função: oxidação de ácidos graxos que serão utilizados para a síntese de colesterol, além de servir de matéria prima para a respiração celular. Abundantes em células do rim e fígado (transformando o álcool em substância não-tóxica). Mitocôndrias Presentes em praticamente todas as células eucarióticas. É em seu interior que ocorre a respiração celular, para obtenção de energia para os seres vivos. Em seu interior na matriz mitocondrial existe DNA e RNA, diversas enzimas e ribossomos. Acredita-se que são descendentes de seres procariontes, por possuírem RNA, DNA, capacidade de se autoduplicar e semelhança genética e bioquímica e que se instalaram no citoplasma de células eucarióticas primitivas (TEORIA ENDOSSIBIÓTICA). Em animais e plantas com reprodução sexuada, essas organelas tem sempre origem materna. Plastos Organelas citoplasmáticas presentes apenas em células de planta e de algas, se originam de pequenas bolsas presentes em células embrionárias chamadas proplastos. Podem ser de três tipos básicos: Leucoplastos (incolores): presentes em raízes e caules tuberosos. Função: armazenamento de amido. Cromoplastos (amarelos ou vermelhos): responsáveis pelas cores dos frutos, flores e folhas que ficam avermelhadas e amareladas no outono e de algumas raízes como a cenoura. Função: desconhecida. Cloroplastos (verdes): responsáveis pelo processo de fotossíntese. Possuem um pigmento chamado clorofila. Citoesqueleto Presentes em células eucarióticas. Complexa estrutura intracelular constituída por finíssimos tubos e filamentos protéicos. Funções: Define a forma da célula e a estrutura interna; Permite a adesão entre as células vizinhas; Possibilita o deslocamento de materiais no interior da célula; Responsável por diversos movimentos que uma célula eucarionte é capaz de realizar; Ler página 159. Centríolos, cílios e flagelos Centríolos: cilindro oco formado por nove conjuntos de três microtúbulos, mantidos juntos por proteínas adesivas. Células eucarióticas (exceção dos fungos e plantas) contém um par localizados no centrossomo. Se autoduplicam quando se inicia a divisão celular. Cílios: se projetam da superfície celular como se fossem pêlos, são curtos e ocorrem em grande número na célula. Executam movimentos parecidos com chicotes. Se originam dos centríolos. Função: locomoção celular. Flagelos: geralmente longos e poucos numerosos. Executam movimentos ondulatórios. Se originam dos centríolos. Função: locomoção celular.