A BUSCA DO EQUILÍBRIO ESPIRITUAL criam em nosso organismo más condições. São diversas as ocasiões: extravagâncias à mesa; uso de álcool, drogas; aborto e abusos sexuais, etc.,que estabelecem no organismo, as enfermidades. Independente de condição social, todos nós somos doentes da alma. Do contrário, não estaríamos encarnados na Terra, planeta de provas expiações. A maioria das doenças são de origem espiritual. São marcas que ficam registradas no nosso perispírito, consequências de desequilíbrios e desarmonias que surgem no momento oportuno, no corpo físico. Esses desequilíbrios representam dívidas contraídas na presente ou em passadas reencarnações e sua gravidade é proporcional ao somatório dos débitos, cuja durabilidade se estende até que sejam resgatadas. As doenças fazem parte das provas da vida terrena. As paixões e excessos de toda ordem, Outras vezes, atraímos vários tipos de crueldade silenciosa com que, viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado de inteligências menos felizes, encarnadas ou desencarnadas. È o que atraímos para nós mesmos pelo uso da crítica maldosa, da inconformação, da inveja, do ciúme, do despeito, da desesperação, da avareza. A saúde do corpo está diretamente ligada ao equilíbrio espiritual e para que ela aconteça, é imprescindível a REFORMA INTERIOR. É na mudança da atitude equivocada que provocou o desequilíbrio que acontece a real cura. Quando não há transformação verdadeira, a recuperação física pode ser temporária, já que, as doenças têm causas nos desequilíbrios espirituais. por Altamirando Carneiro Nesta Edição A REFORMA ÍNTIMA é pois, o processo benéfico necessário e contínuo de auto-aperfeiçoamento o resultado do esforço que cada um faz para ter pensamentos e atitudes voltadas para o bem, conforme os ensinamentos de Jesus, elevando o padrão vibratório, superando as mazelas morais, através da mudança de atitudes. É importante lembrarmos que o Evangelho é um manancial de saúde e profilaxia para o Espírito, não havendo no mundo melhor cartilha para a saúde espiritual, que, invariavelmente, reflete-se sobre o corpo Neste processo, o atendimento fraterno na Casa Espírita é importantíssimo. O papel fundamental do Centro Espírita é ajudar as pessoas no processo de reequilíbrio, levando a mensagem moral de Jesus à luz da Doutrina Espírita, constituindo-se num educandário de Espíritos e numa escola de reeducação espiritual, que proporciona o ensinamento do Evangelho de Jesus para a renovação do Homem. Espírito de Natal Natal, festa da natividade de Jesus, clima de confraternização nas famílias e no mundo cristão lembrando a vinda do Mestre até nós, há dois mil anos, em Belém, cidade da Palestina, de maneira humilde, tendo por berço a manjedoura, para nos trazer seus ensinamentos, roteiro de luz em nossa trilha evolutiva. Hoje estamos melhor preparados para entender o objetivo da mensagem cristã, preparo esse decorrente de inúmeras reencarnações nos últimos vinte séculos, programadas pela cidade luz que impulsiona e acompanha nossa trajetória na direção do desenvolvimento e da vivência do amor. Clima de Natal é um estado de espírito, disposição visando a mudança da nossa realidade, individual e coletiva, para melhor. É buscar nos conhecermos mais a nós mesmos, propondo-nos, através do processo de reforma íntima, desenvolver e cultivar sentimentos elevados, no dia a dia, em todas as situações. Compreendendo o degrau evolutivo em que nos encontramos conscientizamo-nos do quanto há por fazer no campo do nosso aprimoramento interior, ao mesmo tempo em que visualizamos, à luz da Doutrina, a meta a ser alcançada. Viver o Natal é sentir Jesus nas suas exortações: – cumprir com todos os deveres materiais, dando a César o que é de César, não esquecendo, porém, o lado espiritual da vida, único, imortal, eterno; – manter, alimentar e fortalecer a fé, mesmo nos momentos mais difíceis, compreendendo que os desafios que a programação reencarnatória contém representam oportunidades de crescer espiritualmente, desde que a vontade se mantenha determinada, firme, inabalável; nessas situações, não se turbe nosso coração; – mudar para melhor tudo que estiver ao nosso alcance, mas nutrir resignação quando eventual mudança almejada não for alcançada, enquadrando-se, muitas vezes, no ensinamento: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados”; – alegrarmo-nos por ter sido cumprida sua promessa da vinda do Consolador, do Espírito de Verdade; é o Espiritismo, recordando tudo que Jesus disse e ensinando outras coisas mais, já ao alcance do nosso entendimento; é a Doutrina Espírita, incentivando-nos a nos instruirmos, nos educarmos, nos reformarmos, e a vivenciar o amor e a caridade; – nos conhecendo melhor a nós mesmos, conscientizando-nos cada vez mais do grau evolutivo em que nos encontramos, enfatize-se, motivarmonos a exercitar sempre a abnegação e o devotamento na direção do bem, num contraponto ao egoísmo, e a humildade em oposição ao orgulho, buscando a pureza de coração; - esforçarmo-nos pela pacificidade, libertando-nos de mágoas, melindres, ressentimentos e perdoando ofensas, injúrias e difamações; o espírito de Natal conclama à reconciliação, à harmonia, a contemporizar, com paciência, boa vontade, benevolência; combater sentimentos de animosidade e de ódio, e pensamentos maus contra o próximo, é o “sacrifício” mais agradável a Deus; – procurar fazer aos outros o que queríamos que eles façam, sabendo que é esse o exercício de amar o próximo; virtudes somente são incorporadas ao patrimônio espiritual de cada um através do exercício constante, uma vez que nenhuma vem de graça; – dar à família o valor que ela merece, apertando seus laços, sabendo que o reencontro nas ligações familiares nunca é por acaso. Por fim, com o espírito de Natal, não esquecer o aniversariante e sua importância em nossas vidas, Mestre dos mestres e Médico de nossas almas que é. RIE nov2011 "Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os Homens.“ As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não apresentaram qualquer ação de reajuste violento. Glória a Deus no Universo Divino. Paz na Terra. Boa vontade para com os homens. O Pai Supremo, legando a nova era de segurança e tranqüilidade ao mundo, não declarava o Embaixador Celeste investido de poderes para ferir ou destruir. Nem castigo ao rico avarento. Nem punição ao pobre desesperado. Nem desprezo aos fracos. Nem condenação aos pecadores. Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso. Nem anátema contra o gentio inconsciente. Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da Boa Vontade. . A justiça do "olho por olho" e do "dente por dente" encontrara, enfim, o Amor disposto à sublime renúncia até à cruz. Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram júbilo inexprimível... Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria. O algoz seria digno de piedade. O inimigo converter-se-ia em irmão transviado. O criminoso passaria à condição de doente. Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos. Em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em Jerusalém, os enfermos não mais sofreriam relegados ao abandono nos vales de imundície. Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou, vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento. Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros. Natal! Boa Nova! Boa Vontade!... Estendamos a simpatia a todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia. (Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier) Reformador Pag. 4 Dezembro/1950 CEAL Ano XVII– no 83 Casa Espírita André Luiz INFORMATIVO – Dezembro-2011 Depto de Divulgação da CEAL EDITORIAL – NATAL DO PERDÃO NESTA EDIÇÃO LEI DE ADORAÇÃO 2011 chega ao seu final e novamente o movimento de propostas de reflexões pessoais se fazem prementes... A natureza conspira a favor da sensibilidade que nos envolve e ficamos tocados pelas representações, que fortemente nos removem a um momento especial do renascimento: Os enfeites coloridos, a música, os toques suaves dos sinos, o brilho das inúmeras luzinhas natalinas, a promessa do congraçamento, a busca da compreensão. A figura singela do Papai Noel, convivendo conosco em nosso cotidiano, nivela as diferenças socias, pelo despertar igualitário de sonhos, que partem dos pequeninos corações infantis. É chegada a hora do balanço anual!!!... DEUS, que é Pai paciente nos dá os exemplos a cada dia!... As horas se sucedem com precisão em uma cadência ininterrupta... mas, o sol sempre nasce a cada manhã e os dias são sempre novos, dando-nos a possibilidade de fazê-los melhores...é o aprendizado do recomeço...de renovação moral... “Conserva do passado o que for bom e justo, belo e nobre, mas não guardes do pretérito os detritos e as sombras, ainda mesmo quando mascarados de encantador revestimento”. ( Fonte Viva – L.56) A proposta do PERDÃO permeia esses momentos, que buscam nos exemplos de JESUS a força maior, para que se realize... Perdoar é um ato de humildade, mas exige de cada um de nós uma voraz coragem... Perdoar é superar a si mesmo... é neutralizar a carga negativa que carregamos, por sermos mortais... é amadurecer a consciência de que podemos “ser melhores”... é entender a pequeneza do ser humano, que se deixa levar por sentimentos menores... PERDOAR é elevar-se ao alto e beber da Fonte Divina... Neste Natal exercitemos o PERDÂO... - aquele que nos aproxima das pessoas, com carinho... - que afasta de cada um de nós o julgamento leviano... -que coloca freios em nossas impetuosidades, evitando ferir o próximo... - que consegue visualizar nas pessoas o “seu melhor”... - que desperta a nossa generosidade tão adormecida... - que permite a cada um de nós ser forte para reconhecer seus erros e assim perdoar-se... - e acima de tudo PERDOAR é entender a mensagem do MESTRE, que nos deu nova chance de crescimento espiritual, mostrando por meio da doutrina os caminhos a serem palmilhados para o total êxito em sua seara... “Renasce agora em teus propósitos, deliberações e atitudes, trabalhando para superar os obstáculos que te cercam e alcançando a antecipação da vitória sobre ti mesmo, no tempo...” ( Fonte Viva, L56). Um FELIZ NATAL e um ANO NOVO repleto de realizações!!!... membro do CONSELHO FISCAL Huguette Theodoro da Silva AMOR MATERNO É TEMPO DE MEDITAR! A BUSCA DO EQUILÍBRIO ESPIRITUAL ESPÍRITO DE NATAL Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo!!! Pag. 1 LE livro terceiro – Cap. II Consiste na elevação do pensamento a Deus. Pela adoração o homem aproxima de Deus a sua alma. É também o resultado de um sentimento inato, pois a consciência do homem o leva a curvar-se diante daquele que o pode proteger. Jamais houve povos ateus, todos compreendem que há, acima deles, um ser supremo. Faz parte das leis naturais, porque é um sentimento inato no homem, por isto o encontramos em todos os povos, embora de forma diferente. O pensamento é um dos atributos do espírito. È a força viva que, sob a ação da vontade, direciona energia mental para o bem ou para o mal. Direcionado para o bem, representa alta freqüência vibratória, sintoniza com benfeitores espirituais e seus resultados são positivos. Direcionados para o mal, representa baixa freqüência vibratória, sintoniza com Espíritos menos preparados e seus resultados são negativos. Nossa casa mental, então, recebe flashes de três fontes diversas: da nossa própria vontade, da vontade que emana de benfeitores espirituais e da vontade emitida por Espíritos menos preparados. Pela ação do pensamento, portanto, somos influenciados e influenciamos os outros, de maneira ostensiva ou não. O espírita precavido busca manter-se em prece, vigilante em relação às estratégias e armadilhas dos adversários do bem. Não necessita de manifestações exteriores, pois a verdadeira é a do coração. A adoração exterior é útil se não for um simulacro. Deus prefere aqueles que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal. Na pratica da religião, a intenção como em todas as outras coisa é regra. Os homens reunidos por uma comunhão de pensamentos e sentimentos tem mais força para atrair os bons espíritos, e assim, a adoração coletiva tem a mesma conseqüência. Mas a adoração individual tem a mesma ação se se fizer pensando em Deus. Uma prece dita do fundo do coração é cem vezes mais agradável a Deus que todas as oferendas que pudesse fazer. A intenção é tudo, o fato, nada. Deus abençoa sempre os que praticam o bem. Deus não aprova cerimônias. O homem que se prende a exterioridade e não ao coração é um espírito de vista estreita. Amor materno: conquista do Espírito Ricardo Orestes Forni – Na edição de n.º 2226, de 20 de julho de 2011, nas páginas amarelas da revista VEJA, encontramos uma entrevista com a filósofa francesa Elisabeth Badinter, professora da École Polytecnhique, que lançou em 1980 um livro em que questionava o fato de que todas as mulheres eram portadoras do chamado instinto materno. Os acontecimentos atuais divulgados pela imprensa deixam bem claro que a filósofa francesa tinha razão. Mães que abandonam filhos em latas de lixo, praças públicas, quando não chegam ao infanticídio, falam a favor de que o amor de mãe é também uma conquista do Espírito em sua caminhada evolutiva, e não uma virtude conferida gratuitamente a todas as mulheres. Explica Badinter que o amor materno é resultante do caldo cultural de cada época. Como nos informa Waldehir Bezerra de Almeida no seu excelente livro Criança, Uma abordagem espírita, editora O Clarim, durante o Império Romano as crianças enjeitadas eram vendidas. Mercadores de escravos recolhiam os enjeitados nos santuários, nos monturos públicos e lares miseráveis, onde mães desesperadas vendiam seus recém-nascidos aos traficantes. Explica a filósofa Elisabeth Badinter que o conceito do amor materno como é hoje nasceu no século XVIII, sob a influência do filósofo francês Jean Jacques Rousseau com o livro Émile. Naquela época ele conseguiu convencer a sociedade francesa a valorizar mais a função materna, argumentando que isso significava para as mulheres a reconquista do papel superior que lhes foi dado pela natureza. Até esse movimento do filósofo, as crianças eram vistas como adultos em miniatura com pouca ou nenhuma importância na família. Assim que nasciam eram entregues às amas para que as alimentassem e criassem e só voltavam ao convívio com os pais por volta dos cinco anos. A partir de Rousseau, os pensadores voltaram-se para o novo conceito de amor materno divulgando e aprofundando-o. Como entende Elisabeth Badinter, as mães são naturalmente imperfeitas, como é inerente à própria espécie humana e que, portanto, o amor materno não é instintivo, como tantos apregoam, mas sim uma ideia construída. Com os ensinamentos espíritas podemos entender que é um sentimento a ser conquistado como conquistados são todas as virtudes de qualquer espírito perante as Leis maiores da vida. É a própria Joanna de Ângelis quem esclarece que o amor é conquista do Espírito maduro, psicologicamente equilibrado, e que não se instala de um para outro momento. Ainda no livro de Waldehir Bezerra encontramos a informação de André Luiz de que a maternidade é sagrado serviço espiritual em que a alma se demora séculos, na maioria das vezes aperfeiçoando qualidades do sentimento. Não há favores e nem milagres nas Leis de Deus. O sentimento materno haverá de ser conquistado para que seja uma posse real e intransferível de cada ser espiritual. A filósofa francesa continua explicando em sua entrevista das páginas amarelas da revista VEJA, que determinadas mães desenvolvem um relacionamento em que a vontade dos filhos é sempre soberana, acabando por criar o que na França se chama l´enfant roi, ou seja, a criança é o rei. Todas as vontades desse rei precisam ser cumpridas e quando não pode ser assim começam as conseqüências dos limites não estabelecidos em nome desse amor materno desenvolvido pelas supermães. Perguntada sobre como ser uma boa mãe, assim se pronunciou a filósofa: “Esse é um assunto em que, definitivamente, não cabem modelos excludentes. É natural que a maternidade varie segundo valores, crenças e culturas familiares de cada mulher. Portanto, o máximo que posso dizer é o que sinaliza a experiência de forma bem clara: o ponto ideal é aquele em que as mulheres mantenham a equidistância entre os próprios desejos e os de seus filhos. Em outras palavras, que alcancem um ponto de equilíbrio em que não fiquem excessivamente próximas a ponto de roubar o espaço necessário ao desenvolvimento das crianças nem tão distantes que pareçam ausentes. As mães são, afinal, referência afetiva e intelectual imprescindível aos filhos. Infelizmente, esse modelo mais harmonioso e livre de tantas cobranças é bem raro no mundo atual.” No livro O Despertar do Espírito, editora LEAL, psicografia de Divaldo, ensina-nos Joanna de Ângelis como nos devemos relacionar em sociedade já que o homem necessita dessa convivência em seu mecanismo evolutivo. Em uma era muito remota e fria, um grupo de porcos espinhos manteve-se bastante juntos para suportarem o frio intenso. No entanto, passaram a ferir-se reciprocamente com os espinhos uns dos outros e foram se afastando. Os que permaneceram mais distantes morreram de frio. Voltaram os animais a se agruparem agora tomando cuidado com os espinhos uns dos outros e conseguiram sobreviver. Acreditamos que essa é a diretriz orientadora de nosso relacionamento familiar para uma sociedade mais feliz e justa. Por falar em instinto materno, qual a conduta que esse instinto tem tomado em relação a encaminhar o seu filho para a Evangelização infantil no Centro Espírita que você frequenta? RIE out/2011 Pag. 2 É TEMPO DE MEDITAR Maria Luiza Razera Nesta Edição Mais um Ano chega ao fim É tempo de meditar! Nas oportunidades que a vida nos deu e deixamos passar Relevar uma palavra amiga, um consolo, Uma esperança... Mas preferimos calar Deixando o egoísmo tomar lugar. Oportunidades perdidas, no santo reduto do lar, Do entendimento, da tolerância, Da paciência, da restauração a PAZ! E deixamos passar. Sem abraçar nossos filhos, sem acarinhar; Os afazeres, a pressa, não nos deixaram parar, e quando íamos procurá-los Dormindo já estavam. É tempo de meditar! Ao invés da esperança e da fé, Revoltas, desânimos, aflições, Em nossos corações tomavam lugar, Nas lutas que ali estavam para nos testar e edificar. As oportunidades perdidas De deixar as ofensas esquecidas E perdoar, mas entronizamos vaidades, Em lugar da humildade de praticar Tantas oportunidades na vida deixamos passar; Mas o tempo a comando divino, Os dias renovando-se sempre, Te pede o RECOMEÇAR, progredir, amar..... Quantos momentos se foram Sem estender as mãos ao irmão; Os interesses mundanos Requisitavam mais nossa atenção. É tempo de meditar! Mais um ano vem clemente É tempo de Recomeçar! OS PEQUENOS DA RUA Nesse pequeno que passa, roto e sujo, pela rua, caminha o futuro. É a criança filha de ninguém, o garoto sem nome além de menino de rua. Passa o dia entre as avenidas da cidade, as praças e por vezes nos amedronta, quando se aproxima. Ele não vai à escola e todas as horas observa que se esgotam os momentos da sua infância. Você atende os seus filhos, tendo para eles todos os cuidados. Esmera-se em lhes preparar um futuro, selecionando escola, currículo, professores, cursos. Acompanha, preocupado, os apontamentos dos mestres e insiste para que eles estudem, preparando-se profissionalmente para enfrentar o mercado de trabalho. Você auxilia os seus filhos na escolha da profissão, buscando orientá-los e esclarecê-los, dentro das tendências que apresentam. Você se mantém zeloso no que diz respeito à violência que seus filhos podem vir a sofrer, providenciando transporte seguro, acompanhantes, orientações. São seus filhos. Seus tesouros. Enquanto seus filhos crescem em intelecto e moralidade, aqueloutros, os meninos de rua prosseguem na aprendizagem das ruas, maltratados e carentes. À semelhança dos seus filhos, eles crescerão, compondo a sociedade do amanhã. A menos que pereçam antes, vítimas da fome, das doenças e do descaso. Cruzarão seus dias com o de seus rebentos e, por não terem recebido o verniz da educação, as lições da moral e o tesouro do ensino, poderão ser seus agressores, procurando tirar pela força o que acreditam ser seu por direito. Você se esmera na educação dos seus e acredita ser o suficiente para melhorar o panorama do mundo. No entanto, não basta. É imprescindível que nos preocupemos com esses outros meninos, rotos e mal cheirosos que enchem as ruas de tristeza. Com essas crianças que têm apagada, em pleno vigor, sua infância, abafada por trabalhos exaustivos, além de suas forças. Crianças com chupeta na boca utilizando martelos para quebrar pedras, acocorados por horas, em incômoda posição. Crianças que deveriam estar nos bancos da escola, nos parques de diversão e que se encontram obrigados a rudes tarefas, por horas sem fim que se somam e eternizam em dias. Poderiam ser os nossos filhos a lhes tomar o lugar, se a morte nos tivesse arrebatado a vida física e não houvesse quem os abrigasse. Filhos de Deus, aguardam de nós amparo e proteção. Poderão se tornar homens de bem, tanto quanto desejamos que os nossos filhos se tornem. Poderão ser homens e mulheres produtivos e dignos, ofertando à sociedade o que de melhor possuem, se receberem orientação. Por hora são simplesmente crianças. Amanhã, serão os homens bons ou maus, educados ou agressivos, destruidores ou mensageiros da paz, da harmonia, do bem. Você sabia? Que é dever de todos nós amparar o coração infantil, em todas as direções? E que orientar a infância, colaborando na recuperação de crianças desajustadas, é medida salutar para a edificação do futuro melhor? Sem boa semente, não há boa colheita. Enfim: educar os pequeninos é sublimar a humanidade. Pag. 3