r Nome do autor Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso – TCC II Influência nível socioeconômico na prevalência de TÍTULOdo DOalto PROJETO sobrepeso e obesidade em escolares Projeto de pesquisa apresentado ao prof. ___________ como requisito parcial para a obtenção de nota na disciplina ___________ do curso de ___________ das Faculdades Integradas de Patos – FIP. Orientador(a): Autor: Anderson Carvalho e Valmir Souza Orientadores: Dr.Rafael da Costa Sotero e Profa. Raiane Maiara dos Santos Pereira Brasília - DF 2014 3 Anderson de Carvalho da Costa Valmir Souza de França Influência do alto nível socioeconômico na prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do Título de Licenciado em Educação Física. Orientador: Dr.Rafael da Costa Sotero e Profa. Raiane Maiara dos Santos Pereira Brasília, 2014 4 Trabalho de Conclusão de Curso de autoria de Valmir Souza e Anderson Carvalho, intitulada “INFLUÊNCIA DO ALTO NÍVEL SOCIOECONÔMICO NA PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES”, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, em 18 de junho de 2014, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: __________________________________________ Profa. RaianeMaiara dos Santos Pereira Orientadora Programa de Pós-Graduação em Educação Física – UCB _________________________________________ Prof. Dr. Rafael da Costa Sotero Programa de Pós-Graduação em Educação Física – UCB _________________________________________ Prof. Programa de Pós-Graduação em Educação Física – UCB Brasília 2014 5 SUMÁRIO 1. Introdução................................................................................................... 08 2. Objetivos........................................................................................................09 2.1 Objetivo geral.............................................................................................. 09 2.2 Objetivo específico...................................................................................... 09 3. Materiais e Métodos.........................................................................................10 3.1 Métodos.........................................................................................................10 3.2 População e Amostra.................................................................................. .10 3.3 Critérios de Inclusão......................................................................................11 3.4 Variáveis do Estudo......................................................................................11 3.5 Procedimentos de Coleta de Dados.................................................................11 3.6 Análise dos dados .......................................................................................12 4. Resultados e Discussão................................................................................. 12 4.1 Influências do nível socioeconômico............................................................12 4.2 Conseqüências do sobrepeso e obesidade...................................................14 4.3 Influencia da Educação Física Escolar e Outras intervenções.....................16 5. Considerações finais......................................................................................18 6. Referências Bibliográficas ......................................................................... 19-22 6 RESUMO O exemplo familiar de má alimentação, e os novos meios de lazer caracterizados por sedentarismo são fatores que influenciam na prevalência de sobrepeso e obesidade em idades cada vez mais precoce. Esses e outros fatores, geralmente, têm influência do nível socioeconômico do indivíduo. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do alto nível socioeconômico na prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares. Por meio de uma revisão da literatura nacional, incluiu-se 24 estudos disponíveis nas bases de dados: pubmed, Scielo e Liliacs. Assim, constatou-se que há uma grande influência do alto nível socioeconômico na prevalência de sobrepeso e obesidade, em vista que, apesar de, na maioria das vezes, essa classe ser, em tese, mais esclarecida, ela apresenta um maior acesso as tecnologias como jogos eletrônicos e comodismos em detrimento da atividade física, e ainda possui uma alimentação caracterizada por fastfoods e comidas industrializadas, contribuindo para o excesso de peso. A atuação na escola do professor de Educação Física na conscientização dos problemas causados pela má alimentação e os benefícios da prática de atividade física, bem como o modo de trabalho para a motivação e gosto pela atividade física podem ser ferramentas eficientes na prevenção e até mesmo remediação do excesso de peso e suas doenças associadas. Palavras-Chaves: Escolares, Sobrepeso, Obesidade, Alto nível socioeconômico. 7 1 INTRODUÇÃO Está cada vez mais difícil a luta contra a obesidade. Há mais de duas décadas, esse é o maior desafio entre os pesquisadores e profissionais da área de saúde, pois como se sabe, a obesidade é um fator agravante e proporcionador de várias outras doenças, como por exemplo: cardiopatias, hipertensão arterial, diabetes entre outros (NOBRE et al., 2006). Para classificar o indivíduo em obeso ou sobrepesado, a maioria das pesquisas, utilizam o Índice de Massa Corporal (IMC) e a porcentagem de gordura, calculada por meio de equações que necessitam das medidas de dobras cutâneas, como o protocolo de Pollock et al. (1984), sendo bastante utilizados em estudos clínicos epidemiológicos (THOMAS et al., 2007). Atualmente, inúmeros meios de comunicação (televisão, internet, revistas), falam sobre a obesidade e a importância da prevenção da doença, porém mesmo com tantos meios para divulgar tal informação, ainda é insuficiente visto que a população, todavia, não se conscientizou dos malefícios do sedentarismo e dos maus hábitos alimentares (FERNANDES et al., 2007). No problema obesidade, o fator mais alarmante entre os profissionais da área, é o crescimento desenfreado da doença em indivíduos cada vez mais novos, causando assim um grave problema para a saúde e economia do país, já que uma criança obesa apresenta maior probabilidade de se tornar um adulto obeso, conseqüentemente, maiores gastos públicos com doenças desencadeadas pela obesidade que antes eram adquiridas, geralmente, apenas na terceira idade, sendo agora também encontradas em crianças, por conta da obesidade (BAHIA ; ARAÚJO, 2014).No Brasil, a predominância, tanto do sobrepeso quanto da obesidade, parece ser maior nas populações mais favorecidas economicamente (SILVA et al., 2005). Por conta da maior acessibilidade a tecnologias que contribuem para um estilo de vida sedentário como: televisões, computadores, vídeo games, além de grande consumo de alimentos industrializados e fastfoods, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2008) são fatores que constroem um ambiente bastante favorável ao aumento da prevalência da obesidade. Podendo levar o indivíduo a desenvolver alguns tipos de doenças como diabetes, problemas cardíacos, respiratórios e até mesmo motores. 8 Em conseqüência do sedentarismo, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estavam acima do peso recomendado pela OMS (2008).O nível de saúde reflete a maneira como as pessoas vivem, logo, a escola tem papel fundamental na conscientização e formação dos cidadãos para uma vida saudável. Considerando que para a OMS (2010) saúde é o completo bem estar físico,social e mental. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’, 1998) determinam a inclusão de temas transversais no Ensino Fundamental, dando assim abertura a temas ligados a saúde que podem ser trabalhados pelos professores de Educação Física. Indivíduos de classes econômicas mais altas tendem a ter um estilo de vida diferente daqueles de menor poder aquisitivo, podendo ter menos espaço para prática de atividades físicas, que pode contribuir para um maior gasto energético. Todavia os hábitos nutricionais dos indivíduos de alta renda são caracterizados pelo consumo de alimentos ricos em carboidratos e gorduras, mesmo este indivíduo tendo maior acesso a informações nutricionais adequadas, sendo que esses fatores podem ser determinantes no aumento do peso corporal (BRASIL, 2007). 2 OBJETIVO 2.1 Objetivo geral A influência do alto nível socioeconômico na prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares. 2.2 Objetivos específicos - Destacar as conseqüências do sobrepeso e obesidade para a saúde de escolares; - Explanar como a Educação Física escolar pode minimizar o quadro de sobrepeso e obesidade infantil. 9 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1– Método Este estudo constituiu-se de uma revisão integrativa da literatura nacional sobre a influência do alto nível socioeconômico na prevalência da obesidade e o sobrepeso em escolares. A revisão integrativa resume o passado da literatura empírica ou teórica, fornecendo uma compreensão mais abrangente de um fenômeno particular. Esse método de pesquisa busca traçar uma análise sobre o conhecimento já construído em pesquisas anteriores sobre um determinado tema. 3.2– População e Amostra As informações presentes neste trabalho foram obtidas por meio de artigos extraídos das bases de dados: pubmed, Scielo e Liliacs, conforme ilustrado pelo fluxograma abaixo: Fluxograma - Artigos incluídos na pesquisa 24 artigos 4. Pubmed 10. Scielo 10. Lilacs Para constituição da população do estudo foram utilizadas, nas bases de dados as seguintes palavras chaves: “escolares”, “sobrepeso”, “auto nível sócio econômico”. Após uma análise crítica de todos os estudos, foram inclusos todosos estudos que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: 10 3.3– Critérios de inclusão a) Artigos de estudos primários que tenham investigado a influência do nível socioeconômico na prevalência do sobrepeso e obesidade em escolares com objetivo principal ou secundário de estudo. b) Estudos publicados nos últimos dez anos. c) Estudos publicados em português. d) Estudos disponíveis na integra nas bases de dados escolhidas. Essas bases de dados foram escolhidas por afinidade e confiabilidade dos artigos publicados. 3.4– Variáveis de estudo Para o conhecimento sobre a prevalência do sobrepeso e obesidade em escolares foram pesquisados diversos tipos de artigos experimentais nas áreas de Educação Física, Medicina e Nutrição. A maioria dos autores dos trabalhos é de nacionalidade brasileira, e todos são estudantes e profissionais das áreas de Educação Física, Medicina e/ou Nutrição. 3.5– Procedimentos de coleta de dados Para ajudar na compreensão e a sistematização das informações relativas às variáveis do estudo, separou-se os artigos por assunto que abordassem a prevalência de sobrepeso e obesidade relacionada direta ou indiretamente com o nível socioeconômico e também artigos associados a estilo de vida, hábito alimentar, afetividade-social e custos de doenças relacionadas à obesidade. Após, elaborou-se uma síntese de cada artigo, contendo os principais resultados e a conclusão de cada trabalho. Posteriormente, analisaram-se as idéias complementares, contraditórias e explanatórias presentes nos estudos para a formulação dos resultados e discussão desse trabalho. Por fim, formularam-se as considerações finais de acordo com os resultados e discussão realizados, respondendo ao objetivo do estudo. 11 3.6. Análise dos dados Realizou-se uma análise descritiva sobre o que foi encontrado nos artigos pesquisados, comparando os seus resultados e verificando as idéias similares, complementares e diferentes. Buscando esclarecer o leitor sobre a prevalência do sobrepeso e obesidade em escolares de alto nível socioeconômico, evidenciando aos profissionais de Educação Física e aos leitores a importância de alertar sobre os riscos associados e a prevalência da obesidade em escolares, principalmente na população de maior poder aquisitivo. 4– RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1– Influência do nível socioeconômico na prevalência da obesidade e do sobrepeso em escolares. Com um índice mais elevado economicamente, alguns fatores importantes como moradia, estilo de vida e tipo de lazer vão influir na aquisição da doença Obesidade (SILVA et al., 2005). Pois como foi evidenciado nos estudos de Campos et al. (2006); Nobre et al. (2006) e Santos et al., (2005) alunos com o maior nível socioeconômico tem um maior acesso a alimentações rápidas (fast-foods), e a um lazer sedentário (vídeo game, TV a cabo, smartphone e Internet), e isso contribui favoravelmente com a diminuição do gasto energético desses indivíduos. Com isso, evidencia-se a influência direta do nível socioeconômico com a prevalência do sobrepeso e obesidade. Na Tabela 1 destacam-se os mais variados tipos de influência que o alto nível socioeconômico pode ter na prevalência da obesidade e sobrepeso em escolares, defendidos por diferentes autores. Notando-se que, dos autores incluídos na pesquisa, apenas um (Anjos et al., 2006), apresentou resultado contrário sobre a forte influência do alto nível socioeconômico na composição corporal de indivíduos. 12 Tabela 1 - Influência do alto nível socioeconômico na prevalência do sobrepeso e obesidade em escolares. Estudos Influência do alto nível socioeconômico Silva et al. (2005); Campos et al. (2006); - Lazer sedentário; Terres et al. (2006); Brasil et al. (2007); - Hábitos alimentares rápidos e altamente Ciconha et al. (2010); Fernandes et al. (2007); calóricos como Fast-foods; Ramos et al. (2013); Bispo et al. (2013); - Estilo de vida não ativo. Corso et.al (2012); Ribeiro, et al. (2011); - Pais e familiares obesos; Ronque et al. (2005); Rodrigues et al. (2011). - Atividade física limitada ou ausente; - Maior prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares com um maior nível socioeconômico. Anjos et al. (2006) realizaram o estudoem uma Escola Pública do Município de Vitória-ES no bairro de Santo Antônio. A amostra totalizou 125 alunos, sendo70 meninos e 55 meninas, da 5ª e 6ª série (atuais 6º e 7º ano) com idade entre 10 anos e 7 meses a 13 anos e 6 meses de idade. A partir dos dados coletados calcularam o IMC de cada aluno e após, agruparmos indivíduos de acordo com a renda, a qual foi constatada por meio de um questionário. Os autores observaram que os grupos masculinos e femininos encontraram-se dentro do padrão de normalidade para o IMC, conforme tabela do NCHS da World Health Organization (WHO). A relação do IMC quanto a faixa salarial de 1 salário mínimo apontou M= 17,30 para o grupo masculino e M= 17,90 para o feminino, enquanto que a faixa salarial acima de 7 salários mínimo apontou M= 17,40 para o masculino e M= 16,80 para o feminino, o que demonstra que a renda salarial não teve influência em relação a prevalência da obesidade em nenhuma das faixas salariais.(M se refere a média de pessoas, relacionando-as com as faixas salariais com o IMC). Como conclusão de estudo o autor justifica-se relatando que o resultado encontrado ocorreu possivelmente por conta de toda a população da amostra não ser de um alto nível socioeconômico por conta do salário mínimo de 2006 era de R$300,00 (trezentos reais). 13 Este estudo vai de encontro aos doze outros estudos evidenciados (Silva et al., 2005; Campos et al., 2006; Terres et al., 2006; Brasil et al., 2007; Ciconha et al., 2010; Fernandes et al., 2007; Ramos et al., 2013; Bispo et al., 2013; Corso et.al, 2012; Ribeiro, et al., 2011; Ronque et al., 2005; Rodrigues et AL. 4.2– Conseqüências do sobrepeso e obesidade Essa relação entre a prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças de alto nível socioeconômico é preocupante, pois a obesidade é uma doença crônica, com elevados índices de fracassos terapêuticos e de reincidências, com sérias conseqüências orgânicas, como por exemplo, diabetes, enfermidades coronarianas e psicológicas, podendo fazer o indivíduo passar por preconceito, bullying, frustrando-o psicologicamente (ROSA, 2011). O tratamento da obesidade costuma ser negligenciado pelos profissionais da saúde e familiares, na expectativa de uma resolução espontânea (MOURA et al., 2012). A chance da criança e dos adolescentes obesos permanecerem obesos na idade adulta é muito grande, aumentando a mortalidade para diversos indivíduos (TERRES et al., 2006). Com base nos relatos atuais da OMS (2008) a obesidade infantil tem crescido em um número absurdamente significante, tanto nos países desenvolvidos quanto dos subdesenvolvidos. Esse fato pode ocorrer por fatores endógenos, como problemas hereditários; ou exógenos, os quais são fatores externos como, por exemplo, hábitos de familiares ou outros indivíduos do meio social ao qual a criança convive e se espelha. Rodrigues etal., (2011) encontraram que o fator de risco significante para a obesidade da criança e adolescente foi apenas a obesidade do pai e também o sedentarismo e a má alimentação, altamente influenciados pelo nível socioeconômico (MELLO et al., 2004; FERNANDES et al., 2007), principalmente o nível elevado, como apresentado no tópico anterior. 14 A criança, na maioria dos casos, adquire a obesidade tendo como espelho o estilo de vida, tanto com relação à alimentação quanto a prática de atividade física, que os seus pais ou adultos que os norteiam têm, e acabam adquirindo o mesmo estilo de vida, reproduzindo assim as condutas dos pais (NOBRE et al., 2006). Na tabela 2 são apresentadas as principais conseqüências do sobrepeso e da obesidade para a saúde do indivíduo. Tabela 2 – Principais conseqüências do sobrepeso e obesidade para a saúde. Estudos Conseqüências Santos et al., (2005) Déficits de crescimento encontrados em alunos com obesidade, por conta de uma alimentação inadequada. Nobre et al., (2006) e Ribas et al., (2014) Risco cardiovascular precoce. Mello et al., (2004) e Freitas et al., (2013) Doenças graves precoces como, diabetes, hipertensão arterial e dificuldades respiratórias. Rosa et al., (2011) Alterações nos aspectos psicológicos de adolescentes escolares influenciando, possivelmente, na qualidade de vida dos mesmos. Bordignonet al., (2011) Depressão, auto conceito negativo e insatisfação com o corpo. De acordo com a Tabela 2 nota-se que o excesso de peso não apenas trás conseqüências negativas para a saúde física como também para a social e a afetiva, mostrando que crianças sobrepesadas ou obesas além de estarem suscetíveis a inúmeras doenças, também apresentam auto conceito negativo, baixa auto estima, depressão e isolamento social (BORDIGNON et al, 2011). 15 4.3. INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E OUTRAS INTERVENÇÕES Os Parâmetros Curriculares Nacionais ([PCN] MEC, 1998) consta de um documento em que são abordados os conteúdos que o professor deve trabalhar em seu programa de ensino. Juntamente com os cinco temas transversais, que estão incumbidos detratar de questões como ética, cultura, meio ambiente, orientação sexual e saúde (MEC, 1998).Esse último exemplifica como o professor de Educação Física deve abordar e promover temas importantes como a prevenção e conseqüências do sobrepeso e obesidade. E segundo Domene (2008) essa conscientização não deve restringir-se apenas aos alunos, mas também alcançar os pais e seus responsáveis, pois, como explanado anteriormente, a construção de um estilo de vida saudável sofre extrema influência dos pais (RODRIGUES et al., 2011; NOBRE et al., 2006). Além dessa conscientização, o professor deve proporcionar uma aula Lúdica/Motivante, possibilitando um ambiente tanto para a prática de atividade física quanto um meio de instigar o gosto pela vida ativa (Hanauer, 2009). Na tabela 3 estão indexados sugestões de diversos autores para auxiliar no combate ao sobrepeso e obesidade. Tabela 3 - Sugestão para auxílio no combate do sobrepeso e obesidade em escolares Autores Interferência ou Sugestões Domene, 2008 Abordar como tema transversal: hábitos alimentares, estilo de vida saudável e obesidade. Santos et al., 2005 Em seu estudo foi constatado a falta da atuação das diversas áreas da saúde do âmbito escolar, logo como sugestão cabe ao profissional de educação física promover estratégias para uma possível solução de problemas. Nobre et al., 2006 Sugere a intervenção precoce em escolares com risco cardiovasculares associados ao estilo de vida. Terres et al., 2006 Implantação de campanhas mais eficazes direcionadas a orientar melhor os adolescentes na escola. 16 Mello et al., 2004 Programas específicos de educação à saúde que podem ser aplicados no nível primário nas escolas. FREITAS et al., 2013 Ressalva a importância da implementação de programas de prevenção e intervenção precoce por partes dos gestores. Para combater a obesidade e por consequências outras enfermidades futuras. Hanauer, F. C. 2009 Proporcionar uma aula LÚDICA/MOTIVANTE, possibilitando um ambiente tanto para a prática de atividade física quanto um meio de instigar o gosto pela vida ativa. Na tabela 3 podemos ressaltar a importância de programas preventivos nas escolas, de acordo com Mello, (2004); Terres (2006) e Freitas (2013), a prevenção precoce desde as séries iniciais nas escolas é muito eficaz. Pois, como encontrado nos estudos de Santos (2005) e Nobre (2006) a maioria das crianças que em sua infância eram obesas, permaneciam obesas na fase de vida adulta. Logo, vale extrair do estudo de Domine (2008) A importância do uso indispensável dos temas transversais de acordo com (MEC, 1998), nesse caso, destacando mais uma vez, que o professores de Educação Física devem se atentar em trabalhar como conteúdo: o excesso de peso e seus riscos associados. Em virtude dos fatos mencionados, foi perceptível que, a uma significativa influencia do nível socioeconômico em relação à prevalência do sobrepeso e obesidade entre a maioria dos artigos revisados. Com isto, Mello et al., (2004) e Moura et al., (2012), falam sobre a importância da prevenção da obesidade, pois além de trazer fatores de risco de vida, também gera um problema para a saúde pública, proporcionando mais gastos ao país e aumentando índices de enfermidade nacional (BAHIA ; ARAÚJO, 2014; NOBRE et al., 2006; RIBAS et al., 2014).Para isto, cabe aos profissionais de Educação Física cumprir com o seu dever ético e moral que é conceituado como um interventor social, que age na promoção da saúde, e como tal deve assumir compromisso ético para com a sociedade, colocando-se a seu serviço primordial, independentemente de qualquer outro interesse, sobretudo de natureza corporativista (STEINHILBER, 2013). 17 5. Considerações finais Os escolares, participantes das pesquisas analisadas, de maior poder aquisitivo apresentaram menor contato com atividades que utilizam o corpo como mecanismo principal de lazer, usufruindo do comodismo da tecnologia, com atividades estáticas, posicionados em frente à TV, aparelhos celulares e vídeo games; além de maior consumo de fastfoodse alimentos industrializados, conseqüentemente apresentando maior índice de gordura corporal. Assim, concluise que o alto nível socioeconômico influencia indiretamente na prevalência do sobrepeso e na obesidade. A atuação na escola do professor de Educação Física na conscientização dos problemas causados pela má alimentação e os benefícios da prática de atividade física, bem como o seu modo de trabalho para a motivação e gosto pela atividade física podem ser ferramentas eficientes na prevenção e até mesmo remediação do excesso de peso e suas doenças associadas. Observou-se ainda, que os hábitos dos pais influenciam diretamente na formação do estilo de vida da criança, portanto o trabalho do profissional de Educação Física estende-se a conscientização também dos pais e responsáveis. 18 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANJOS, L. A.; MULLER, E. C. Prevalência da desnutrição e obesidade em escolares do ensino fundamental do município de Vitória-ES dada à condição socioeconômica. Revista Digital EFdeportes, In: <http://www.efdeportes.com.> v.11, n.95, 2006. BAHIA R. L; ARAÚJO, V. D. Impacto econômico da obesidade no Brasil, Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014; 13(1):13-17. BISPO, Stephanie; MEIRELES, Adriana Lúcia; CÔRTES, Marcela Guimarães; XAVIER, César Coelho; PROIETTI, Fernando Augusto; CAIAFFA, Waleska, Teixeira;Excesso de peso em adolescentes de belo horizonte: inquérito domiciliar de base populacional. Revista Médica De Minas Gerais - RMMG, v. 23, n.1 (2013) BORDIGNON Suelen; TEODORO, Maycoln L. 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