BRASÍLIA-DF, SEXTA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2014 Câmara fará cobertura especial das eleições Os veículos de comunicação da Câmara farão cobertura completa das eleições, com flashes diretos do TSE, reportagens especiais, debates e jornais ao vivo. | 4 CÂMARA DOS DEPUTADOS Ano 16 | Nº 3278 Eleitorado brasileiro está mais velho e com nível mais alto de escolaridade Hoje, os eleitores entre 45 e 59 anos formam a faixa etária predominante de votantes Desde o pleito de 2010, o perfil do eleitorado brasileiro mudou em vários aspectos. Se, naquelas eleições, a faixa predominante dos votantes era de pessoas entre 25 e 34 anos, agora subiu para 45 e 59 anos. Aumentou também a escolaridade: o número dos que têm curso superior completo e incompleto é de 9,28%, contra 6,59% em 2010. A maioria dos eleitores tem ensino básico completo e incompleto. | 3 Gustavo Lima Testes realizados pela TV Câmara para a cobertura das eleições de 2014; além de matérias no estúdio, haverá entrevistas e debates com especialistas no Salão Verde LEIA ESTA EDIÇÃO NO CELULAR Padrão de vida de idosos ainda é baixo Em pesquisa sobre renda, educação e segurança, Brasil é o 58º entre 96 países | 2 Disque - Câmara 0800 619 619 www.camara.leg.br/camaranoticias 2 | JORNAL DA CÂMARA 3 de outubro de 2014 Laycer Tomaz Indicadores | Renda, saúde e educação foram avaliadas Idosos: Brasil está no 58º lugar em qualidade de vida O Brasil ocupa o 58º lugar no ranking de qualidade de vida para os integrantes da terceira idade. Entre os 96 avaliados, a Noruega ocupa o primeiro lugar, seguida de Suécia, Suíça, Canadá e Alemanha. São dados apresentados no relatório Global Age Watch 2014, divulgado por ocasião do Dia Internacional do Idoso, comemorado em 1º de outubro. A classificação é elaborada todos os anos pela organização britânica de ajuda à velhice Help Age (http://www. helpage.org/). Os dados são gerados após análise e combinação de vários documentos de instituições internacionais e de fatores como renda, saúde, trabalho, educação e segurança. O Dia Internacional das Pessoas Idosas foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu como pessoas idosas aquelas com mais de 65 anos. Essa classificação também é adotada na Organização Mundial de Saúde (OMS), que os caracteriza como grupo da terceira idade. Situação no Brasil - O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, João Bastos Freire Neto, comentou sobre as atuais mu- danças no perfil demográfico mundial. “A pessoa idosa é considerada, no Brasil, a partir dos 60 anos. Em países desenvolvidos, onde esse processo de envelhecimento já aconteceu há mais tempo, eles consideram a partir de 65 anos”, declarou. Atualmente, no Brasil, há 26,3 milhões de idosos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 13% da população. A expectativa é que esse percentual aumente e chegue a 34% em 2060, segundo previsão do próprio IBGE. “Houve um grande avanço nas políticas [públicas] voltadas à população idosa nos últimos 15 a 20 anos. A nossa dificuldade está em efetivar essas políticas, ou seja, colocar em ação o que a política determina”, disse Freire Neto. Um dos problemas apontados por especialistas é que o número de profissionais que cuidam da saúde dos idosos não acompanha o processo de envelhecimento populacional no mundo. O Brasil tem apenas mil geriatras, uma média de apenas um profissional para cada 20 mil idosos. Sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem a aposentados Estatuto garantiu avanços, mas ainda há falhas na execução No Brasil, o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) comemora 11 anos. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso (Lei 8.842/94), que dava garantias à terceira idade, o estatuto, além de ampliar direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos, também estabeleceu, pelo menos, 13 espécies de crimes. A norma legal prevê a distribuição gratuita de próteses, órteses e medi- Estatuto prevê acesso gratuito a medicamentos e proíbe reajuste de planos de saúde pelo critério de idade camentos; determina que os planos de saúde não possam reajustar as mensalidades pelo critério de idade; assegura o direito ao transporte coletivo público gratuito e reservas de 10% dos assentos e, nos transportes coletivos estaduais, a reserva de duas vagas gratuitas para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) criticou a demora do Congresso Nacional em regulamentar determinadas disposições do estatuto que garantem, efetivamente, o exercício de direitos pelos idosos. “É lamentável que uma lei que está em vigor desde 2004 tenha, até hoje, várias nuances que não foram atendidas e cobertas”, disse. O deputado criticou também falhas na execução de políticas públicas. “Falta política pública voltada para geriatria e gerontologia, prevista no Estatuto do Idoso, mas com poucos exemplos e práticas realizados”, afirmou Faria de Sá. Mesa Diretora da Câmara dos Deputados - 54a Legislatura SECOM - Secretaria de Comunicação Social Presidente: Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) Diretor: Sérgio Chacon 1º Vice-Presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) 2º Vice-Presidente Fábio Faria (PSD-RN) 1º Secretário Marcio Bittar (PSDB-AC) 2º Secretário Simão Sessim (PP-RJ) 3º Secretário Maurício Quintella Lessa (PR-AL) 4º Secretário Biffi (PT-MS) Suplentes: Gonzaga Patriota (PSB-PE), Wolney Queiroz (PDT-PE), Vitor Penido (DEM-MG) e Takayama (PSC-PR) Ouvidor Parlamentar: Nelson Marquezelli (PTB-SP) Procurador Parlamentar: Claudio Cajado (DEM-BA) Corregedor Parlamentar: Átila Lins (PSD-AM) Presidente do Centro de Estudos e Debates Estratégicos: Inocêncio Oliveira (PR-PE) Diretor-Geral: Sérgio Sampaio de Almeida Secretário-Geral da Mesa: Mozart Vianna de Paiva (61) 3216-1500 [email protected] Jornal da Câmara Diretor de Mídias Integradas Frederico Schmidt Coordenador de Jornalismo Antônio Vital Editora-chefe Rosalva Nunes Editores Sandra Crespo Dourivan Lima Diagramadores Gilberto Miranda Roselene Guedes Renato Palet [email protected] | Redação: (61) 3216-1660 | Distribuição e edições anteriores: (61) 3216-1626 Impresso na Câmara dos Deputados (DEAPA) JORNAL DA CÂMARA | 3 3 de outubro de 2014 ELEIÇÕES 2014 | Assim como a população, o eleitorado está envelhecendo. E escolaridade melhorou desde 2010 Eleitor está mais velho e mais instruído Neste domingo, 142,8 milhões de brasileiros aptos a votar, no Brasil e no exterior, vão às urnas para eleger o presidente e o vice-presidente da República, deputados federais, estaduais e distritais, senadores e governadores. Em 2010, o número de eleitores era de 135,8 milhões, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O percentual de eleitores mulheres aumenta a cada pleito. Elas são a maioria do eleitorado brasileiro pela quarta vez consecutiva, representando 52,1% dos eleitores. Em 2010, elas eram 51,8% do total. Idade do eleitor - Se em 2010 a faixa predominante de eleitores era de pessoas entre 25 e 34 anos, agora a população da faixa de 45 a 59 anos forma a maioria. Na faixa etária acima dos 70 anos, em que o voto é facultativo, o número de eleitores também aumentou, de 6,91 para 7,58%. Para o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, isso é reflexo do envelhecimento da população brasilei- ra. “Há um envelhecimento, como o IBGE vem destacando. Essa diminuição da população mais nova em relação a faixas etárias mais velhas está se dando também nas faixas em que o voto é obrigatório.” O número de eleitores entre 16 e 17 anos – idade em que o voto também é facultativo – diminuiu desde 2010. Segundo Dias Toffoli, essa redução é resultado ainda da mudança da regra utilizada este ano: aqueles que completarem 18 anos até 5 de outubro passam a integrar a faixa etária em que o voto é obrigatório. Escolaridade - A escolaridade do eleitor aumentou. Apesar de a maior parte ainda ter baixa escolaridade – 30,2% completaram apenas ensino fundamental incompleto –, aumentou o percentual de eleitores com ensino médio completo e incompleto e com superior completo e incompleto. Já o número de analfabetos e dos que apenas leem e escrevem (analfabetos funcionais) diminuiu. Elza Fiúza / Agência Brasil Eleitores fazem fila para votar em seção instalada em escola do Gama, Distrito Federal, no pleito de 2010; perfil do eleitorado brasileiro mudou nos últimos quatro anos Estão em vigor novas regras para candidatos e eleitores O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou uma série de resoluções para as eleições deste ano, com novas regras para eleitores e candidatos. O TSE decidiu acabar com as doações “ocultas”, que ocorrem quando uma empresa doa para o partido e este repassa o dinheiro ao candidato, dificultando a verificação da origem do recurso aplicado na campanha. Neste ano, o partido deve indicar a fonte do recurso repassado ao candidato com CNPJ ou CPF correspondente do doador. As normas também limitaram as doações dos próprios candidatos para as campanhas a 50% do patrimônio declarado à Receita Federal no ano anterior ao das eleições. Não havia limite nas eleições passadas. Os candidatos ficaram proibidos de usar serviços de telemarketing para pedir votos aos eleitores. Já o voto de presos provisórios, sem condenação definitiva, passou a ser facultativo, pois nem todos os estabelecimentos penais conseguem organizar a votação. Na eleição passada, a regra era o voto obrigatório para esses detentos. Candidatos - Com as novas regras, os candidatos não podem mais ser identificados por nomes relacionados a autarquias ou órgãos públicos, como “Maria da AGU” ou “João do INSS”. Também ficou definido que os partidos poderiam substituir seus candidatos até 20 dias antes da eleição, salvo em caso de morte, quando a alteração pode ser feita até a véspera da votação. Anteriormente, o prazo em qualquer caso era de 24 horas antes do pleito. 4 | JORNAL DA CÂMARA 3 de outubro de 2014 COMUNICAÇÃO pública | Os veículos da Casa trarão, além da votação, análises e projeções sobre o cenário político Câmara cobrirá eleição em todo o Brasil Os quatro veículos de comunicação da Câmara (TV, rádio, portal e jornal) acompanharão as eleições em todo o País. Além da sua própria equipe, a TV Câmara contará com repórteres de emissoras parceiras em nove estados, divulgando informações ao vivo durante a votação e a apuração. A Rádio Câmara divulgará flashes de repórteres de 28 emissoras parceiras. A Câmara também contará com a parceria dos veículos de comunicação do Senado e da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Ao longo de todo o dia, os veí- culos de comunicação da Casa vão trazer informações diretamente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostrando o processo de votação, as prévias das pesquisas de boca de urna e, em tempo real, os resultados parciais e finais para presidente da República, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital, senador e governador. A partir das 8 horas, a Rádio Câmara e a TV Câmara farão flashes ao vivo sempre que houver alguma informação nova do TSE ou dos locais de votação. Também haverá flashes mostrando os principais candidatos à Presidência da República nos respectivos locais de votação. Durante toda a cobertura, cientistas políticos, advogados e especialistas farão análises sobre o funcionamento do processo eleitoral, as reformas política e eleitoral e os principais problemas e desafios a serem enfrentados pelos candidatos eleitos. A apuração dos votos começa às 17 horas (horário de Brasília) e também será acompanhada em tempo real pelo portal Câmara Notícias. O portal trará ainda um link direto para os resultados do TSE. O eleitor vai poder acompanhar, em tempo real, a contagem de votos para todos os candidatos, com números vindos diretamente dos servidores do tribunal. Quem quiser participar desses programas, pode enviar perguntas e comentários pelo telefone 0800 619 619. O Jornal da Câmara fará edições especiais na segunda e na terça-feira, para a divulgação dos resultados da eleição. Gustavo Lima TV Câmara realiza testes de estúdio para a cobertura Confira a programação da TV Rádio terá 28 emissoras parceiras A programação especial da TV Câmara começa às 9 horas. Os repórteres estarão no TSE enviando flashes ao vivo durante toda a programação. A partir das 17h, começa a transmissão do Câmara Hoje Especial Eleições 2014, com reportagens, apuração em tempo real, flashes dos repórteres. No Salão Verde, convidados analisarão os resultados, como os cientistas políticos André Pereira César (Prospectiva Consultoria), Antônio Augusto de Queiroz (Diap), David Fleischer e Ricardo Caldas (UnB), e o economista Raul Velloso (ex-secretário do Ministério do Planejamento). A programação da Rádio Câmara acompanhará as eleições em todo o País. De hora em hora, haverá boletins com as últimas informações direto do TSE e das principais zonas eleitorais do Distrito Federal. Nos boletins, além de informações ao vivo dos repórteres, haverá entrevistas, matérias de serviço e reportagens de 28 rádios parceiras. O material estará disponível no site www. radio.camara.leg.br para que emissoras de todo o País levem aos ouvintes dados atualizados sobre as eleições. A partir do início da apuração, a programação será exclusivamente sobre as eleições, com transmissão Nos programas ao vivo, haverá informações atualizadas sobre a votação. No Brasil Caipira (9h30 às 11 h), um consultor vai tirar dúvidas dos eleitores sobre a votação. O Participação Popular (12 às 13h) discutirá como fiscalizar o poder público. São convidados Gil Giardelli, especialista em cultura digital, e Pedro Markun, um dos criadores do Transparência Hack Day. Às 15h, o Câmara Ligada debaterá a participação do jovem na política. São convidados a banda Móveis Coloniais de Acaju, o filósofo Renato Janine Ribeiro e a representante do Intervozes Bia Barbosa. ao vivo e presença de um especialista com os âncoras no estúdio, para analisar os resultados e fazer projeções sobre o cenário político. A cada duas horas, entrará no ar um boletim nacional com repórteres da EBC nas principais capitais. Haverá ainda informações de repórteres em Buenos Aires (Argentina), Atlanta (EUA) e Copenhagen (Dinamarca), além da participação da Rádio França Internacional e da RTP Portuguesa. A Rádio Câmara também pode ser acessada, via satélite, por meio do Brasilsat I, na frequência de 1523 Mhz, com o uso de um receptor padrão MPEG II e antena parabólica.