2013 © Editora Foco Autores: Wander Garcia, Anna Carolina Bontempo, Ana Paula Garcia, André Barros, Arthur Trigueiros, Eduardo Dompieri, Fábio Tavares, Fernando Castellani, Gustavo Nicolau, Henrique Subi, Hermes Cramacon, Marcos Destefenni, Murilo Sechieri, Leni Mouzinho, Robinson Barreirinhas, Savio Chalita, Vanessa Tonolli Trigueiros Editor: Márcio Dompieri Capa: Wilton Carvalho Garcia (WCG Propaganda & Design) e R2 Editorial Projeto Gráfico e diagramação: R2 Editorial Ficha Catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da UNICAMP / Diretoria de Tratamento da Informação Bibliotecário: Helena Joana Flipsen – CRB-8a / 5283 G165c Garcia, Wander e Castellani, Fernando. Como Passar em Concursos de Ministério Publico Estadual Wander Garcia. -- Campinas, SP : Foco Jurídico, 2013. p. 1056 1. Direito. 2. Exames - Questões. 3. Educação. I. Dompieri, Márcio. II. Título. CDD - 340 - 371.261 - 370 ISBN 978-85-8242-033-1 Índices para Catálogo Sistemático: 2. Direito 340 3. Exames - Questões 371.261 Direitos Autorais: as questões de concursos públicos, por serem atos oficiais, não são protegidas como direitos autorais, na forma do art. 8º, IV, da Lei 9.610/98. Porém, os comentários e a organização das questões são protegidos na forma da lei citada, ficando proibido o seu aproveitamento ou a reprodução total ou parcial dos textos. Os infratores serão processados na forma da lei. Atualizações e erratas: a presente obra é vendida como está, sem garantia de atualização futura. Porém, atualizações voluntárias e erratas são disponibilizadas no site www.editorafoco.com.br, na seção Atualizações. Esforçamo-nos ao máximo para entregar ao leitor uma obra com a melhor qualidade possível e sem erros técnicos ou de conteúdo. No entanto, nem sempre isso ocorre, seja por motivo de alteração de software, interpretação ou falhas de diagramação e revisão. Sendo assim, disponibilizamos em nosso site a seção mencionada (Atualizações), na qual relataremos, com a devida correção, os erros encontrados na obra. Solicitamos, outrossim, que o leitor faça a gentiliza de colaborar com a perfeição da obra, comunicando eventual erro encontrado por meio de mensagem para [email protected]. 2013 Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. Todos os direitos reservados à Editora Foco Ltda Al. José Amstalden 491 – Cj. 52 CEP 13331-100 – Indaiatuba – SP E-mail: [email protected] www.editorafoco.com.br APRESENTAÇÃO A experiência diz que aquele que quer ser aprovado deve fazer três coisas: a) entender a teoria; b) ler a letra da lei, e c) treinar. A teoria é vista em cursos e livros à disposição no mercado. O problema é que ela, sozinha, não é suficiente. É fundamental “ler a letra da lei” e “treinar”. E a presente obra possibilita que você faça esses dois tipos de estudo. Aliás, você sabia que mais de 90% das questões de Concursos de Ministério Público Estadual são resolvidas apenas com o conhecimento da lei, e que as questões das provas se repetem muito? Cada questão deste livro vem comentada com o dispositivo legal em que você encontrará a resposta. E isso é feito não só em relação à alternativa correta. Todas as alternativas são comentadas. Com isso você terá acesso aos principais dispositivos legais que aparecem nas provas e também às orientações doutrinárias e jurisprudenciais. Estudando pelo livro você começará a perceber as técnicas dos examinadores e as “pegadinhas” típicas de prova, e ganhará bastante segurança para o momento decisivo, que é o dia do seu exame. É por isso que podemos afirmar, com uma exclamação, que esta obra vai lhe demonstrar COMO PASSAR EM CONCURSOS De MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL! SUMÁRIO SUMÁRIO COMO USAR O LIVRO? 19 1. Direito Civil 23 1.LINDB....................................................................................................................................................... 23 1.1. Eficácia da lei no tempo....................................................................................................... 23 1.1.1. Vacatio legis.................................................................................................................. 23 1.1.2. Vigência da lei no tempo........................................................................................... 25 1.1.3.Repristinação............................................................................................................... 26 1.1.4. Irretroatividade das leis......................................................................................... 26 1.2. Eficácia da lei no espaço..................................................................................................... 26 1.3. Interpretação da lei.............................................................................................................. 27 1.4. Lacunas e integração da lei............................................................................................... 27 1.5. Antinomias e correção......................................................................................................... 28 2.Geral..................................................................................................................................................... 29 2.1. Princípios do Código Civil, cláusulas gerais e conceitos jurídicos indeterminados................................................................................................... 29 2.2. Pessoas naturais.................................................................................................................... 30 2.2.1. Início da personalidade e nascituro................................................................... 30 2.2.2.Capacidade...................................................................................................................... 31 2.2.3.Emancipação.................................................................................................................. 33 2.2.4. Fim da personalidade. Comoriência...................................................................... 33 2.2.5.Averbações.................................................................................................................... 34 2.3. Pessoas jurídicas................................................................................................................... 34 2.3.1. Desconsideração da personalidade jurídica................................................. 35 2.3.2. Classificações das pessoas jurídicas............................................................... 36 2.3.3.Fundações...................................................................................................................... 37 2.3.4. Temas combinados de pessoa jurídica................................................................ 38 2.4.Domicílio..................................................................................................................................... 38 2.5. Direitos da personalidade e nome................................................................................... 39 2.6.Ausência...................................................................................................................................... 43 2.7.Bens.............................................................................................................................................. 43 7 FERNANDO CASTELLANI e wander garcia – COORDENADORes 2.8. Fatos jurídicos........................................................................................................................ 44 2.8.1. Espécies, formação e disposições gerais........................................................ 44 2.8.2. Condição, termo e encargo.................................................................................... 45 2.8.3. Defeitos do negócio jurídico................................................................................ 46 2.8.4. Invalidade do negócio jurídico............................................................................. 48 2.9. Atos ilícitos............................................................................................................................... 50 2.10.Prescrição e decadência..................................................................................................... 51 2.11.Representação........................................................................................................................ 54 2.12.Prova............................................................................................................................................ 54 3.Obrigações......................................................................................................................................... 54 3.1. Introdução, classificação e modalidades das obrigações................................. 54 3.2. Transmissão, adimplemento e extinção das obrigações....................................... 57 3.3. Inadimplemento das obrigações...................................................................................... 58 4.Contratos........................................................................................................................................... 58 4.1. Conceito, pressupostos, formação e princípios dos contratos..................... 58 4.2. Classificação dos contratos........................................................................................... 61 4.3. Onerosidade excessiva......................................................................................................... 61 4.4.Evicção........................................................................................................................................ 62 4.5. Vícios redibitórios................................................................................................................. 62 4.6. Extinção dos contratos...................................................................................................... 63 4.7. Compra e venda e troca....................................................................................................... 64 4.8.Doação......................................................................................................................................... 64 8 4.9. Mútuo, comodato e depósito............................................................................................. 65 4.10.Locação....................................................................................................................................... 66 4.11.Prestação de serviço........................................................................................................... 66 4.12.Mandato....................................................................................................................................... 66 4.13.Seguro......................................................................................................................................... 66 4.14.Fiança........................................................................................................................................... 67 4.15.Outros contratos e temas combinados....................................................................... 67 4.16.Atos unilaterais...................................................................................................................... 67 5. Responsabilidade Civil................................................................................................................... 68 5.1. Obrigação de indenizar........................................................................................................ 68 5.2.Indenização................................................................................................................................ 72 6.Coisas.................................................................................................................................................... 73 6.1.Posse............................................................................................................................................ 73 6.1.1. Posse e sua classificação....................................................................................... 73 6.1.2. Aquisição e perda da posse..................................................................................... 75 6.1.3. Efeitos da posse.......................................................................................................... 76 6.2. Direitos reais e pessoais..................................................................................................... 78 6.3. Propriedade imóvel................................................................................................................ 80 6.4.USUCAPIÃO................................................................................................................................... 81 6.5. Propriedade móvel................................................................................................................. 83 6.6lei de registros públicos................................................................................................... 83 6.7.Condomínio................................................................................................................................ 86 6.8. Direito reais na coisa alheia – fruição.......................................................................... 86 6.9. Direitos reais na coisa alheia – garantia...................................................................... 87 SUMÁRIO 7.Família.................................................................................................................................................... 88 7.1.Casamento................................................................................................................................. 88 7.1.1. Disposições gerais, capacidade, impedimentos, causas suspensivas, habilitação, celebração e prova do casamento................. 88 7.1.2.Invalidade........................................................................................................................ 91 7.1.3. Efeitos e dissolução do casamento................................................................... 92 7.1.4. Regime de bens.............................................................................................................. 95 7.2.União estável............................................................................................................................ 97 7.3. Parentesco e filiação........................................................................................................... 98 7.4. Poder familiar, adoção, tutela e guarda................................................................... 100 7.5.Alimentos................................................................................................................................. 106 7.6. Bem de família.......................................................................................................................... 109 7.7.Curatela....................................................................................................................................110 7.8. Temas combinados de família.............................................................................................111 8.Sucessões..........................................................................................................................................112 8.1. Sucessão em geral................................................................................................................112 8.2. Sucessão legítima..................................................................................................................113 8.3. Sucessão testamentária.....................................................................................................119 8.4. Inventário e partilha........................................................................................................... 121 8.5.questões combinadas......................................................................................................... 121 2. Direito Processual Civil 129 1. Princípios do Processo Civil..................................................................................................... 129 2. Partes, Procuradores, Ministério Público e Juiz. Atos Processuais. Prazo........ 130 3. Litisconsórcio, Assistência e Intervenção de Terceiros............................................. 142 4. Jurisdição e Competência........................................................................................................... 145 5. Pressupostos Processuais e Condições da Ação........................................................... 149 6. Formação, Suspensão e Extinção do Processo. Nulidades......................................... 154 7. Tutela Antecipada e Liminar em Cautelar............................................................................. 157 8. Processo de Conhecimento. Ritos Sumário e Ordinário............................................... 159 9. Sentença. Liquidação. Cumprimento de Sentença. Coisa Julgada............................. 168 10. Ações Anulatória e Rescisória................................................................................................. 174 11.Recursos........................................................................................................................................... 175 12.Execução........................................................................................................................................... 190 13.Cautelar............................................................................................................................................ 194 14. Procedimentos Especiais........................................................................................................... 195 15. Legislação Extravagante........................................................................................................... 203 16. Temas Combinados......................................................................................................................... 210 3. Direito Penal 221 1. Conceito, Fontes e Princípios.................................................................................................. 221 2. Aplicação da Lei no Tempo.......................................................................................................... 228 9 FERNANDO CASTELLANI e wander garcia – COORDENADORes 3. Aplicação da Lei no Espaço........................................................................................................ 230 4. Conceito e Classificação dos Crimes................................................................................... 230 5. Fato Típico e Tipo Penal................................................................................................................ 233 6. Crimes Dolosos, Culposos e Preterdolosos.................................................................... 239 7. Erro de Tipo, de Proibição e Demais Erros......................................................................... 243 8. Tentativa, Consumação, Desistência, Arrependimento e Crime Impossível............ 246 9. Antijuridicidade e Causas Excludentes............................................................................... 252 10. Autoria e Concurso de Pessoas.............................................................................................. 255 11. Culpabilidade e Causas Excludentes.................................................................................... 260 12. Penas e Efeitos das Penas.......................................................................................................... 262 13. Aplicação da Pena.......................................................................................................................... 268 14. Sursis, Livramento Condicional, Reabilitação e Medidas de Segurança................ 273 15. Ação Penal........................................................................................................................................ 277 16.Extinção da Punibilidade em Geral........................................................................................ 278 17.Prescrição....................................................................................................................................... 280 18. Crimes Contra a Pessoa............................................................................................................... 283 19. Crimes Contra o Patrimônio...................................................................................................... 290 20. Crimes Contra a Dignidade Sexual.......................................................................................... 300 21. Crimes Contra a Fé Pública........................................................................................................ 303 10 22. Crimes Contra a Administração Pública............................................................................... 304 23. Outros Crimes do Código Penal.............................................................................................. 308 24. Crimes da Lei Antidrogas............................................................................................................ 310 25. Crimes Contra o Meio Ambiente................................................................................................ 312 26. Crimes Contra a Ordem Tributária.......................................................................................... 313 27. Crimes de Trânsito........................................................................................................................ 314 28. Estatuto do Desarmamento...................................................................................................... 316 29. Crime Organizado.......................................................................................................................... 318 30. Crimes Relativos a Licitação..................................................................................................... 318 31. Crime de Tortura............................................................................................................................ 319 32. Contravenções Penais................................................................................................................ 319 33. Violência Doméstica...................................................................................................................... 320 34. Outros Crimes e Crimes Combinados da Legislação Extravagante......................... 321 35. Temas Combinados de Direito Penal....................................................................................... 328 4. Direito Processual Penal 353 1. Fontes, Princípios Gerais, Eficácia da Lei Processual no Tempo e no Espaço..... 353 2. Inquérito Policial.......................................................................................................................... 355 3. Ação Penal........................................................................................................................................ 360 4. Suspensão Condicional do Processo................................................................................... 368 SUMÁRIO 5. Ação Civil........................................................................................................................................... 368 6. Jurisdição e Competência. Conexão e Continência.......................................................... 369 7. Questões e Processos Incidentes......................................................................................... 375 8. Prerrogativas do Acusado........................................................................................................ 379 9.Provas................................................................................................................................................ 379 10. Sujeitos Processuais................................................................................................................... 384 11. Citação, Intimação e Prazos...................................................................................................... 385 12. Prisão, Medidas Cautelares e Liberdade Provisória...................................................... 388 13. Processos e Procedimentos.................................................................................................... 394 14. Processo de Competência do Júri.......................................................................................... 397 15. Juizados Especiais......................................................................................................................... 400 16. Sentença, Preclusão e Coisa Julgada................................................................................... 402 17.Nulidades........................................................................................................................................... 403 18.Recursos........................................................................................................................................... 405 19.“Habeas Corpus”, Mandado de Segurança e Revisão Criminal..................................... 408 20. Legislação Extravagante........................................................................................................... 410 21. Temas Combinados e Outros Temas........................................................................................ 416 5. Direito Constitucional 421 1. Poder Constituinte....................................................................................................................... 421 2. Teoria Da Constituição E Princípios Fundamentais.......................................................... 425 3. Hermenêutica Constitucional e Eficácia das Normas Constitucionais.................. 436 4. Controle de Constitucionalidade......................................................................................... 444 5. Direitos e Deveres Individuais e Coletivos......................................................................... 466 6. Direitos Sociais............................................................................................................................... 480 7.Nacionalidade.................................................................................................................................. 481 8. Direitos Políticos.......................................................................................................................... 483 9. Organização do Estado............................................................................................................... 487 9.1. Da União, Estados, Municípios e Territórios.............................................................. 487 9.2. Da Administração Pública.................................................................................................. 496 10. Organização do Poder Executivo........................................................................................... 504 11. Organização do Poder Legislativo. Processo Legislativo.......................................... 509 12. Da Organização do Poder Judiciário..................................................................................... 529 13. Das Funções Essenciais à Justiça........................................................................................... 538 14. Defesa do Estado........................................................................................................................... 550 15. Tributação e Orçamento............................................................................................................ 554 16. Ordem Econômica e Financeira................................................................................................. 558 17. Ordem Social.................................................................................................................................... 561 18. Temas Combinados......................................................................................................................... 567 11 FERNANDO CASTELLANI e wander garcia – COORDENADORes 6. Direito Administrativo 569 1. Regime Jurídico Administrativo e Princípios do Direito Administrativo.................. 569 2. Poderes da Administração Pública ........................................................................................ 573 2.1. Poder de polícia.................................................................................................................... 573 2.2. Poderes administrativos combinados......................................................................... 575 3. Atos Administrativos ................................................................................................................... 577 3.1. Conceito, perfeição, validade e eficácia.................................................................... 577 3.2. Requisitos do ato administrativo (Elementos, Pressupostos)........................... 577 3.3. Atributos do ato administrativo .................................................................................... 579 3.4. Vinculação e discricionariedade. ................................................................................. 580 3.5. Extinção dos atos administrativos. ............................................................................. 580 3.6. Convalidação e conversão ............................................................................................. 584 3.7. Classificação dos atos administrativos e atos em espécie................................ 584 4. Organização Administrativa ..................................................................................................... 587 4.1. Temas gerais (Administração Pública, órgãos e entidades, descentralização e desconcentração, controle e hierarquia, teoria do órgão).................................................................................................................... 587 4.2.Autarquias .............................................................................................................................. 590 4.3. Agências reguladoras....................................................................................................... 590 4.4. Consórcios públicos.......................................................................................................... 591 4.5. Empresas estatais................................................................................................................. 592 4.6. Entes de cooperação ........................................................................................................ 593 12 4.7. Temas combinados................................................................................................................ 594 5. Servidores Públicos ................................................................................................................... 594 5.1. Vínculos (cargo, emprego e função)........................................................................... 594 5.2.Provimento ............................................................................................................................. 595 5.3.Vacância ................................................................................................................................... 596 5.4. Acessibilidade e concurso público ............................................................................. 596 5.5. Efetividade, estabilidade e vitaliciedade ................................................................... 598 5.6. Acumulação remunerada e afastamento ................................................................... 598 5.7. Remuneração, subsídio e previdência ......................................................................... 598 5.8. Infrações e processos disciplinares.......................................................................... 599 5.9. Temas combinados de servidor público ..................................................................... 600 6. Bens Públicos.................................................................................................................................. 600 6.1. Conceito e classificação ................................................................................................. 600 6.2. Regime jurídico (características) ................................................................................ 601 6.3.Uso dos bens públicos........................................................................................................ 602 6.4. Bens públicos em espécie ................................................................................................. 602 6.5. Temas combinados de bens públicos ........................................................................... 603 7. Intervenção do Estado na Propriedade ............................................................................. 603 7.1.Desapropriação ................................................................................................................... 603 7.2. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA, SERVIDÃO ADMINISTRAÇÃO, OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA, TOMBAMENTO E LIMITAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ........................................... 606 8. Responsabilidade Do Estado .................................................................................................... 607 8.1. Evolução histórica e Teorias ......................................................................................... 607 SUMÁRIO 8.2. Modalidades de responsabilidade (objetiva e subjetiva). Requisitos da responsabilidade objetiva ......................................................................................... 608 8.3. Responsabilidade das concessionárias de serviço público ............................ 610 9.Licitação ........................................................................................................................................... 610 9.1. Conceito, objetivos e princípios.................................................................................... 610 9.2. Contratação direta (licitação dispensada, dispensa de licitação e inexigibilidade de licitação)...............................................................................................611 9.3. Modalidades de licitação e registro de preços..................................................... 613 9.4. Fases da licitação................................................................................................................. 614 9.5. Microempresa e empresa de pequeno porte............................................................. 614 9.6. Temas combinados e outros temas............................................................................... 615 10. Contratos Administrativos....................................................................................................... 617 10.1.Conceito, características principais, formalização e cláusulas contratuais necessárias ................................................................................................. 617 10.2.Alteração dos contratos ................................................................................................ 618 10.3.Execução do contrato ...................................................................................................... 619 10.4.Extinção do contrato ........................................................................................................ 619 11. Serviços Públicos......................................................................................................................... 620 11.1.Conceito, características principais, classificação e princípios ................. 620 11.2.Autorização e Permissão de serviço público .......................................................... 621 11.3.Concessão de serviço público ...................................................................................... 621 11.4.Parcerias Público-Privadas (PPP) .................................................................................. 622 12. Controle Da Administração Pública...................................................................................... 623 12.1.Controle interno – processo administrativo ........................................................ 623 12.2.Controle externo................................................................................................................ 624 12.2.1.Controle parlamentar........................................................................................... 624 12.2.2.Controle pelo Tribunal de Contas ................................................................... 624 13.outros temas e questões de conteúdo variado............................................................. 624 7. Direito Tributário 627 1. Competência Tributária............................................................................................................... 627 2.Princípios.......................................................................................................................................... 629 3.Imunidades......................................................................................................................................... 634 4. Definição de Tributo e Espécies Tributárias...................................................................... 634 5. Legislação Tributária – Fontes................................................................................................ 638 6. Vigência, aplicação, interpretação e integração........................................................... 638 7. Fato gerador e Obrigação Tributária................................................................................... 639 8. Lançamento e crédITo tributário........................................................................................... 640 9. Sujeição passiva, capacidade e domicílio............................................................................. 642 10. Suspensão, extinção e exclusão do crédito..................................................................... 648 10.1.Suspensão................................................................................................................................ 648 10.2.Extinção.................................................................................................................................... 649 13 FERNANDO CASTELLANI e wander garcia – COORDENADORes 11. Impostos e contribuições em espécie................................................................................... 654 11.1.ICMS............................................................................................................................................. 654 11.2.IPVA.............................................................................................................................................. 656 11.3.IPTU.............................................................................................................................................. 656 11.4.ITBI................................................................................................................................................ 657 11.5.Temas combinados de impostos e contribuições.................................................... 657 12. Garantias e privilégios do crédito........................................................................................ 658 13. Administração tributária, fiscalização............................................................................... 658 14. Dívida ativa, inscrição, certidões............................................................................................ 658 15. Repartição de receitas............................................................................................................... 659 16. Ações Tributárias.......................................................................................................................... 660 17. Processo Administrativo Fiscal.............................................................................................. 661 18. Microempresas – me e empresas de pequeno porte – epp............................................ 661 19. Crimes Tributários........................................................................................................................ 662 20. DIREITO FINANCEIRO......................................................................................................................... 662 21. Temas Combinados e outras matérias................................................................................... 665 8. Direito Empresarial 673 1. Teoria Geral..................................................................................................................................... 673 1.1. Empresa, empresário, caracterização e capacidade............................................ 673 1.2. Desconsideração da personalidade jurídica........................................................... 676 14 1.3. Nome empresarial................................................................................................................. 677 1.4. Inscrição, Registros, Escrituração e Livros........................................................... 677 1.5.Estabelecimento................................................................................................................... 677 2. DIREITO SOCIETÁRIO......................................................................................................................... 678 2.1. Sociedade simples................................................................................................................ 678 2.2. Sociedade empresária......................................................................................................... 678 2.3. Sociedades em Comum, em Conta de Participação, em Nome Coletivo, em Comandita........................................................................................................................... 678 2.4. Dissolução das sociedades em geral.......................................................................... 679 2.5. Sociedade limitada................................................................................................................ 679 2.6. Sociedade Anônima................................................................................................................ 681 2.6.1. Assembleia Geral, Conselho de Administração, Diretoria, Administradores e Conselho Fiscal.................................................................. 681 2.6.2. Questões combinadas sobre sociedade anônima........................................ 681 2.7. Questões combinadas sobre sociedades e outros temas.................................. 681 3. Direito Cambiário........................................................................................................................... 683 3.1. Teoria geral............................................................................................................................ 683 3.2. Títulos em Espécie................................................................................................................ 686 3.2.1. Nota promissória....................................................................................................... 686 3.2.2.Duplicata....................................................................................................................... 686 3.2.3. Outros títulos e temas combinados................................................................. 687 4. Direito Concursal – Falência e Recuperação.................................................................... 688 4.1. Aspectos Gerais.................................................................................................................... 688 4.2.Falência .................................................................................................................................... 689 SUMÁRIO 4.3. Recuperação Judicial e Extrajudicial ........................................................................ 695 4.4. Temas combinados de direito concursal .................................................................. 698 5. Invervenção e Liquidação Extrajudicial.............................................................................. 699 6. Sistema Financeiro Nacional..................................................................................................... 700 7. Contratos Empresariais ............................................................................................................ 701 7.1. Alienação Fiduciária............................................................................................................ 701 7.2. Arrendamento Mercantil / Leasing............................................................................... 701 7.3.Franquia.................................................................................................................................... 702 7.4. Outros contratos e Questões Combinadas.............................................................. 703 8. Propriedade Industrial............................................................................................................... 703 9. Direito Concorrencial, Lei Antitruste................................................................................. 706 10. Temas Combinados ........................................................................................................................ 707 9. Direito Eleitoral 709 1. Direitos Políticos, Elegibilidade............................................................................................. 709 2.Inelegibilidade................................................................................................................................. 712 3. Sistema Eleitoral........................................................................................................................... 716 4. Alistamento Eleitoral, Domicílio............................................................................................. 717 5. Partidos Políticos, Candidatos................................................................................................ 718 6. Eleições, Votos, Apuração, Quocientes Eleitoral e Partidário................................ 721 7. Propaganda Eleitoral e Restrições no Período Eleitoral......................................... 725 8. Prestação de Contas, Despesas, Arrecadação, Financiamento de Campanha...... 731 9. Justiça Eleitoral............................................................................................................................ 732 10. Ações, Recursos, Impugnações............................................................................................... 734 11. Crimes Eleitorais........................................................................................................................... 738 12. Combinadas e Outras Matérias................................................................................................ 743 10. Processo Coletivo 753 1. Interesses Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos E PRINCÍPIOS.................. 753 2. Competência, Conexão, Continência e Litispendência.................................................... 759 3. Legitimação, Legitimados, Ministério Público e Litisconsórcio................................. 763 4.Objeto ................................................................................................................................................ 770 5. Compromisso de Ajustamento ................................................................................................. 771 6. Inquérito Civil e recomendação.............................................................................................. 775 7. Ação, Procedimento, Tutela Antecipada, Multa, Sentença, coisa julgada, Recursos, custas E QUESTÕES MISTAS.................................................................................... 783 8.Execução .......................................................................................................................................... 792 9. Ação Popular E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA....................................................................... 795 10. Mandado de Segurança Coletivo............................................................................................ 801 11.outros temas e temas combinados........................................................................................ 803 11. Improbidade Administrativa 805 1. Conceito, modalidades, tipificação e sujeitos ativo e passivo.................................. 805 2. Sanções e providências cautelares .................................................................................... 814 15 FERNANDO CASTELLANI e wander garcia – COORDENADORes 3. QUESTÕES PROCESSUAIS ............................................................................................................... 819 4. Temas combinados e outras questões de improbidade administrativa ................. 823 12. Direito Do Consumidor 833 1. CONCEITO DE CONSUMIDOR E RELAÇÃO DE CONSUMO............................................................. 833 2. PRINCÍPIOS E DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR.................................................................... 836 3. RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO E PRESCRIÇÃO................... 839 4. RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO E DECADÊNCIA..................... 842 5. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ................................................................... 843 6. PRÁTICAS COMERCIAIS..................................................................................................................... 844 7. PROTEÇÃO CONTRATUAL.................................................................................................................. 848 8. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA............................................................................................ 853 9. RESPONSABILIDADE CRIMINAL......................................................................................................... 853 10. DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO............................................................................................... 854 11. CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO............................................................................................ 858 12. TEMAS COMBINADOS......................................................................................................................... 860 13. OUTROS TEMAS.................................................................................................................................. 861 13. Direito Ambiental 863 1. Conceitos Básicos ........................................................................................................................ 863 2. Patrimônio Cultural Brasileiro .............................................................................................. 863 16 3. Direito Ambiental Constitucional .......................................................................................... 866 4. Princípios do Direito Ambiental................................................................................................ 868 5. Competência em Matéria Ambiental ........................................................................................ 871 6. LEI DE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE........................................................................... 872 7. Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.................................................... 876 7.1. Licenciamento ambiental e EIA/RIMA................................................................................ 876 7.2.Unidades de Conservação ................................................................................................ 880 8. Proteção da Flora. Código Florestal ................................................................................. 882 9. Responsabilidade Civil Ambiental............................................................................................ 886 10. Responsabilidade Administrativa Ambiental........................................................................ 889 11. Responsabilidade Penal Ambiental .......................................................................................... 890 12. QUESTÕES PROCESSUAIS, OUTROS TEMAS E TEMAS COMBINADOS DE DIREITO AMBIENTAL......891 14. Direito da Criança e do Adolescente 901 1. Conceitos Básicos e Princípios................................................................................................ 901 2. Direitos Fundamentais................................................................................................................. 902 2.1. Direito à vida e à saúde ...................................................................................................... 902 2.2. Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade......................................................... 903 2.3. Direito à convivência familiar e comunitária ........................................................... 904 2.4. Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer ......................................... 910 2.5. Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho......................................911 SUMÁRIO 3.Prevenção..........................................................................................................................................911 4. Política e Entidades de Atendimento......................................................................................911 5. Medidas de Proteção ................................................................................................................... 912 6. Medidas Socioeducativas e Ato Infracional – Direito Material.................................. 914 7. Ato Infracional – Direito Processual................................................................................... 920 8. Conselho Tutelar.......................................................................................................................... 924 9. Conselho Municipal da Criança e do Adolescente........................................................... 926 10. Ministério Público ........................................................................................................................ 926 11. Acesso à Justiça............................................................................................................................. 928 12. Infrações Administrativas......................................................................................................... 931 13.Crimes................................................................................................................................................. 932 14. Declarações e Convenções...................................................................................................... 932 15. Temas Combinados e outros temas........................................................................................ 932 15. Direito do Idoso 939 1. Direitos Fundamentais................................................................................................................. 939 2. Medidas de Proteção.................................................................................................................... 941 3. Política de Atendimento ao Idoso............................................................................................ 943 4. Acesso à Justiça............................................................................................................................. 944 5.Crimes................................................................................................................................................. 946 6. Temas variados............................................................................................................................... 947 16. Direito da Pessoa com Deficiência 953 17. Direito Sanitário 965 18. Direito Educacional 981 1. Normas constitucionais............................................................................................................. 981 2. Lei de Diretrizes e Bases da Educação.................................................................................. 982 3.FUNDEB................................................................................................................................................ 983 4. Outros temas.................................................................................................................................. 984 19. Direito Urbanístico 985 1. Normas constitucionais............................................................................................................. 985 2.parcelamento do solo urbano................................................................................................ 986 3. Estatuto das cidades e instrumentos da política urbana........................................... 987 4. usucapião especial urbana e usucapião coletiva............................................................ 992 5.temas combinados......................................................................................................................... 992 20. Direito Agrário 995 1. Aspectos Históricos.................................................................................................................... 995 2. Contratos Agrários..................................................................................................................... 996 3.Usucapião Especial Rural.......................................................................................................... 996 17 FERNANDO CASTELLANI e wander garcia – COORDENADORes 4. Aquisição e Uso da Propriedade e da Posse Rural.......................................................... 996 5. Desapropriação para a Reforma Agrária............................................................................ 997 6.temas combinados......................................................................................................................... 998 21. Recursos Hídricos e Saneamento Básico 1001 22. Direitos Humanos 1005 1.características dos direitos humanos............................................................................. 1005 2.sistema global de proteção................................................................................................... 1006 3.sistema global de proteção específica............................................................................. 1008 3.1. Convenção Sobre os Direitos da Criança................................................................ 1008 3.2. Regras Mínimas para o Tratamento dos Presos .................................................... 1008 4.sistema interamericano de proteção................................................................................. 1009 5.direitos humanos no brasil..................................................................................................... 1014 5.1. Constituição Cidadã de 1988........................................................................................... 1014 5.2. Artigo 5º da CF....................................................................................................................... 1017 5.3. Incorporação de tratados no direito brasileiro................................................ 1020 5.4. Controle de Convencionalidade................................................................................. 1020 5.5. Estatuto da Igualdade Racial........................................................................................ 1023 5.6. Seguridade Social.............................................................................................................. 1023 18 6. TEMAS COMBINADOS....................................................................................................................... 1024 23. Medicina Legal 1029 1.TANATOLOGIA.................................................................................................................................... 1029 2.TRAUMATOLOGIA.............................................................................................................................. 1030 24. Execução Penal 1031 25. Legislação Institucional do Ministério Público 1039 26. Direito do Trabalho 1047 1. Introdução, Fontes e Princípios........................................................................................... 1047 2. Contrato Individual de Trabalho.......................................................................................... 1047 3. Trabalho da Mulher, do Menor, Doméstico, Avulso, Eventual e Rural................. 1047 4. Alteração, Interrupção e Suspensão do Contrato de Trabalho........................... 1048 5. Remuneração e Salário............................................................................................................. 1048 6. Aviso Prévio, Extinção do Contrato de Trabalho e Haveres Rescisórios.......... 1048 7. Acidente e Doença do Trabalho............................................................................................. 1048 27. Direito Previdenciário 1051 1.segurados da previdência....................................................................................................... 1051 2.benefícios previdenciários..................................................................................................... 1052 3.temas combinados....................................................................................................................... 1053 COMO USAR O LIVRO? COMO USAR O LIVRO? Para que você consiga um ótimo aproveitamento deste livro, atente para as seguintes orientações: 1o Tenha em mãos um vademecum ou um computador no qual você possa acessar os textos de lei citados. 2o Se você estiver estudando a teoria (fazendo um curso preparatório ou lendo resumos, livros ou apostilas), faça as questões correspondentes deste livro na medida em que for avançando no estudo da parte teórica. 3o Se você já avançou bem no estudo da teoria, leia cada capítulo deste livro até o final, e só passe para o novo capítulo quando acabar o anterior; vai mais uma dica: alterne capítulos de acordo com suas preferências; leia um capítulo de uma disciplina que você gosta e, depois, de uma que você não gosta ou não sabe muito, e assim sucessivamente. 4o Iniciada a resolução das questões, tome o cuidado de ler cada uma delas sem olhar para o gabarito e para os comentários; se a curiosidade for muito grande e você não conseguir controlar os olhos, tampe os comentários e os gabaritos com uma régua ou um papel; na primeira tentativa, é fundamental que resolva a questão sozinho; só assim você vai identificar suas deficiências e “pegar o jeito” de resolver as questões; marque com um lápis a resposta que entender correta, e só depois olhe o gabarito e os comentários. 5o Leia com muita atenção o enunciado das questões. Ele deve ser lido, no mínimo, duas vezes. Da segunda leitura em diante, começam a aparecer os detalhes, os pontos que não percebemos na primeira leitura. 19 FERNANDO CASTELLANI e wander garcia – COORDENADORes 6o Grife as palavras-chave, as afirmações e a pergunta formulada. Ao grifar as palavras importantes e as afirmações você fixará mais os pontos-chave e não se perderá no enunciado como um todo. Tenha atenção especial com as palavras “correto”, “incorreto”, “certo”, “errado”, “prescindível” e “imprescindível”. 7o Leia os comentários e leia também cada dispositivo legal neles mencionados; não tenha preguiça; abra o vademecum e leia os textos de leis citados, tanto os que explicam as alternativas corretas, como os que explicam o porquê de ser incorreta dada alternativa; você tem que conhecer bem a letra da lei, já que mais de 90% das respostas estão nela; mesmo que você já tenha entendido determinada questão, reforce sua memória e leia o texto legal indicado nos comentários. 20 8o Leia também os textos legais que estão em volta do dispositivo; por exemplo, se aparecer, em Direito Penal, uma questão cujo comentário remete ao dispositivo que trata da falsidade ideológica, aproveite para ler também os dispositivos que tratam dos outros crimes de falsidade; outro exemplo: se aparecer uma questão, em Direito Constitucional, que trate da composição do Conselho Nacional de Justiça, leia também as outras regras que regulamentam esse conselho. 9o Depois de resolver sozinho a questão e de ler cada comentário, você deve fazer uma anotação ao lado da questão, deixando claro o motivo de eventual erro que você tenha cometido; conheça os motivos mais comuns de erros na resolução das questões: DL – “desconhecimento da lei”; quando a questão puder ser resolvida apenas com o conhecimento do texto de lei; DD – “desconhecimento da doutrina”; quando a questão só puder ser resolvida com o conhecimento da doutrina; DJ – “desconhecimento da jurisprudência”; quando a questão só puder ser resolvida com o conhecimento da jurisprudência; FA – “falta de atenção”; quando você tiver errado a questão por não ter lido com cuidado o enunciado e as alternativas; NUT - “não uso das técnicas”; quando você tiver se esquecido de usar as técnicas de resolução de questões objetivas, tais como as da repetição de elementos (“quanto mais elementos repetidos existirem, maior a chance de a alternativa ser correta”), das afirmações generalizantes (“afirmações generalizantes tendem a ser incorretas” - reconhece-se afirmações generalizantes pelas COMO USAR O LIVRO? palavras sempre, nunca, qualquer, absolutamente, apenas, só, somente exclusivamente etc.), dos conceitos compridos (“os conceitos de maior extensão tendem a ser corretos”), entre outras. obs: recomendo o curso online de “Ténicas de Resolução de Questões Objetivas” do IEDI (www.iedi.com.br), ministrado por nós. 10a Confie no bom-senso. Normalmente, a resposta correta é a que tem mais a ver com o bom-senso e com a ética. Não ache que todas as perguntas contêm uma pegadinha. Se aparecer um instituto que você não conhece, repare bem no seu nome e tente imaginar o seu significado. 11a Faça um levantamento do percentual de acertos de cada disciplina e dos principais motivos que levaram aos erros cometidos; de posse da primeira informação, verifique quais disciplinas merecem um reforço no estudo; e de posse da segunda informação, fique atento aos erros que você mais comete, para que eles não se repitam. 12a Uma semana antes da prova, faça uma leitura dinâmica de todas as anotações que você fez e leia de novo os dispositivos legais (e seu entorno) das questões em que você marcar “DL”, ou seja, desconhecimento da lei. 13a Para que você consiga ler o livro inteiro, faça um bom planejamento. Por exemplo, se você tiver 30 dias para ler a obra, divida o número de páginas do livro pelo número de dias que você tem, e cumpra, diariamente, o número de páginas necessárias para chegar até o fim. Se tiver sono ou preguiça, levante um pouco, beba água, masque chiclete ou leia em voz alta por algum tempo. 14a Desejo a você, também, muita energia, disposição, foco, organização, disciplina, perseverança, amor e ética! Wander Garcia Coordenador 21 6. Direito Administrativo Wander Garcia 1. Regime Jurídico Administrativo e Princípios do Direito Administrativo (Ministério Público/GO – 2010) Sobre os princípios constitucionais da administração pública, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta: I. (Ministério Público/AM – 2008 – CESPE) Acerca da principiologia do direito administrativo, assinale a opção correta. (A) Explícita ou implicitamente, os princípios do direito administrativo que informam a atividade da administração pública devem ser extraídos da CF. (B) Os princípios que regem a atividade da administração pública e que estão expressamente previstos na CF são os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. (C) A lei que trata dos processos administrativos no âmbito federal previu outros princípios norteadores da administração pública. Tal previsão extrapolou o âmbito constitucional, o que gerou a inconstitucionalidade da referida norma. (D) O princípio da legalidade no âmbito da administração pública identifica-se com a formulação genérica, fundada em ideais liberais, segundo a qual ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. (E) Os princípios da moralidade e da eficiência da administração pública, por serem dotados de alta carga de abstração, carecem de densidade normativa. Assim, tais princípios devem ser aplicados na estrita identificação com o princípio da legalidade. II. III. IV. Pode-se afirmar que, em decorrência do princípio da impessoalidade, os efeitos dos atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao agente público que os pratica, mas sim ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual aquele age. A suspensão dos direitos políticos por improbidade administrativa pode ser aplicada independente da existência de um processo criminal. O princípio da eficiência administrativa não decorre de conceituação jurídica e sim econômica e qualitativa, que pode ser mensurado por meio da aplicação dos princípios da participação do usuário na administração pública e da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta. Objetivando verificar a conformação das atividades da Administração Pública ao princípio da legalidade, impõe-se a esta o controle administrativo, o legislativo e o jurisdicional. (A) Há somente uma assertiva correta. somente duas assertivas corretas. (C) Nenhuma das assertivas está correta. (D) Todas as assertivas estão corretas. (B) Há A: correta, pois, de fato, os princípios ou estão expressos ou decorrem do texto constitucional; B: incorreta, pois faltou o princípio da eficiência (art. 37, caput, da CF); C: incorreta, pois a Lei 9.784/1999 não foi considerada inconstitucional por trazer expressamente outros princípios do Direito Administrativo; D: incorreta, pois o princípio da legalidade, no âmbito da Administração Pública, significa que ela só pode fazer o que a lei determina ou permite; E: incorreta, pois os princípios citados são autônomos e têm densidade normativa suficiente para serem aplicados de modo independente. I: correta, pois essa é uma das três facetas do princípio da impessoalidade; a primeira é o respeito à igualdade; a segunda, ao princípio da finalidade; e a terceira, a imputação dos atos do agente diretamente ao órgão ou entidade em nome do qual age (Teoria do Órgão); II: correta, pois as instâncias civil, administrativa e penal são independentes da instância de improbidade administrativa (art. 37, § 4º, da CF e art. 12, caput, da Lei 8.429/1992); III: correta, pois esse conceito está intimamente ligado aos resultados que a Administração alcança em termos de economicidade e eficácia de sua ação, o que está muito mais ligado ao plano fático do que ao plano jurídico; IV: correta, pois, de fato, a Administração está sujeita a um controle interno (administrativo), a um controle legislativo (aqui, com o auxílio, ao Legislativo, do Tribunal de Contas), ambos decorrentes dos arts. 70, caput, e 71, caput, da CF e ao controle jurisdicional, este por conta do princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF). 569 Gabarito “A” Gabarito “D” Wander Garcia (Ministério Público/GO – 2005) O regramento que inibe a oposição pelo particular, em face da Administração, da “exceção de contrato não cumprido” está afeto aos princípios: interesses individuais. (E) não possui preeminência em relação ao postulado da legalidade. (A) da De fato, a previsão em tela visa evitar que o serviço público seja descontinuado (princípio da continuidade do serviço público), reclamo que é valorizado em função da supremacia do interesse público sobre o privado (art. 78, XIV e XV, da Lei 8.666/1993). Gabarito “C” A respeito dos princípios administrativos, assinale a assertiva CORRETA. (Ministério Público/MA – 2009) (A) O A: incorreta, pois tal princípio impõe a submissão da Administração Pública às leis e aos demais atos legislativos; B: incorreta, pois a alternativa confunde o princípio da impessoalidade com o da eficiência; C: correta, pois a alternativa traduz exatamente o princípio da moralidade; D: incorreta, pois a publicidade determina transparência total, sendo o sigilo medida excepcional; E: incorreta, pois, agora, a questão confunde o princípio da eficiência com o da impessoalidade. (Ministério Público/MG – 2008) Assinale a alternativa CORRETA. (A) O Princípio da Moralidade, não obstante proeminente – porque impõe ao administrador público laborar com probidade – não está expressamente discriminado na Constituição Federal. (B) para a validade do ato administrativo, basta a aplicação do postulado da legalidade, restando dispensável observar o aspecto ético da respectiva conduta administrativa. (C) Para José Afonso da Silva, eficiência significa fazer acontecer com racionalidade, o que implica medir os custos que a satisfação das necessidades públicas importam em relação ao grau de utilidade alcançado. (D) A proibição de acumular estende-se a empregos e funções, não alcançando, porém, as fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. (E) Os meios utilizados no exercício da atividade administrativa prescindem de qualquer adequação para os fins pretendidos. A: incorreta, o citado princípio está expresso no caput do art. 37 da CF; B: incorreta, pois não basta respeitar a legalidade; é necessário respeitar a moralidade também (art. 37, caput, da CF); C: correta, pois, de fato, esse é o conceito de eficiência adotado pelo autor. Tal afirmação está na sua obra Curso de Direito Constitucional Positivo (ed. Malheiros); que completa a afirmação dizendo que o princípio da eficiência “orienta a atividade administrativa no sentido de conseguir os melhores resultados com os meios escassos de que se dispõe e a menor custo”; D: incorreta, pois a proibição alcança as fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista (art. 37, XVI e XVII, da CF); E: incorreta, a adequação entre meios e fins deve ser observada (art. 2º, parágrafo único, VI, da Lei 9.784/1999). (Ministério Público/MG – 2008) Assinale a alternativa INCORRETA. O Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular (Ministério Público/MG - 2008) Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, os princípios do Direito Administrativo Brasileiro representam diretrizes de acatamento obrigatório para a Administração; isto é, significam postulados que dimanam do próprio sistema jurídico, a saber, dentre outros: (A) conjuga-se com o postulado da indisponibilidade, I. Gabarito “C” 570 princípio da legalidade, basilar do sistema jurídico administrativo, pressupõe a submissão do Estado (gênero) a atos normativos administrativos. (B) O princípio da impessoalidade significa boa administração e se encontra relacionada com o da legalidade, porque, a inobservância da lei, além de outras consequências torna ineficiente a Administração. (C) Em face do princípio da moralidade, não está somente obrigado o administrador à obediência à lei, mas, também, aos princípios éticos, lealdade, boa-fé, probidade, bem assim aos valores pertinentes à sinceridade, lhaneza, urbanidade, dentre outros, sendo-lhe vedado o comportamento malicioso. (D) O princípio da publicidade dispensa a necessidade de transparência da Administração, sob pena de malferir o sigilo, pressuposto do Estado Democrático de Direito, o qual, nessas circunstâncias, não pode contemplar, também, o direito à informação sobre matéria de ordem pública. (E) O princípio da eficiência significa que a Administração tem o dever de tratar os administrados sem discriminações, perseguições, favoritismos, animosidades, ou sectarismo. Todas as alternativas estão de acordo com o princípio, salvo a letra “D”, pois essa alternativa afirma que a supremacia do interesse público sobre o particular não se compatibiliza com o próprio conceito de interesse público (“dimensão pública dos interesses individuais”). Gabarito “C” (B) da imprimir eficácia aos atos administrativos. (D) não se compatibiliza com a dimensão pública dos Gabarito “D” eficiência e moralidade legalidade e publicidade (C) da supremacia do interesse público e continuidade do serviço público (D) alternativas ‘a’ e ‘c’ estão corretas (C) busca porquanto irrenunciável a ação do Estado diante do dever de atuação. (B) permite a existência das chamadas cláusulas exorbitantes no bojo dos contratos administrativos, em prol da Administração Pública. II. III. IV. publicidade; oficialidade; obediência à forma e aos procedimentos. lealdade, boa-fé e verdade material. pluralidade de instâncias; economia processual. audiência do interessado; acessibilidade aos elementos do expediente. Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL VERDADEIRO o que consta apenas em I e III. FALSO o que consta apenas em IV. (C) É FALSO o que consta apenas em II e IV. (D) Todos os incisos são FALSOS. (E) Todos os incisos são VERDADEIROS. (B) É Todos os postulados estão corretos, pois decorrem ou são princípios expressos na CF (arts. 5º, LIV e LV, e 37) e na Lei 9.784/1999 (art. 2º). Gabarito “E” A respeito dos princípios que regem a Administração Pública, considere as seguintes afirmações. (Ministério Público/MG – 2005) I. II. III. IV. V. O instituto da requisição (CF, art. 5º, inciso XXV) tem pertinência com o princípio da finalidade pública ou supremacia do interesse público sobre o interesse privado. O princípio da hierarquia deve ser observado por todos os Poderes do Estado, tendo em vista a necessidade da manutenção da ordem, da disciplina e da unidade de direcionamento de suas respectivas funções típicas. A União pode editar medida provisória em matéria de Direito Administrativo, desde que observe as condições e os limites previstos no art. 62 da Constituição da República e nas demais normas pertinentes. O princípio da impessoalidade está ligado ao princípio da igualdade ou isonomia constitucional, enquanto que o princípio da moralidade relaciona-se com os princípios da lealdade e boa-fé. É inconstitucional decreto do Presidente da República que extingue, em qualquer hipótese, cargo público regularmente criado por lei. Somente é CORRETO o que se afirma em: (A) todas estão certas. II e III. (C) I, III e IV. (D) II, III e V. (E) III, IV e V. (B) I, I: correta; com efeito, quando se está diante de situação de iminente perigo público, a autoridade pública, com a finalidade de acautelar o interesse público, tem a prerrogativa (decorrente da supremacia do interesse público sobre o privado), de usar a propriedade particular, mediante indenização posterior, se houver dano (art. 5º, XXV, da CF); II: incorreta, pois não há que se falar em hierarquia em certas relações dentro de um Poder; por exemplo, não existe esse conceito entre os parlamentares, não havendo hierarquia entre estes; III: correta, diferente do que ocorre, por exemplo, em Direito Penal, em relação ao qual é vedada a edição de medida provisória (art. 62, § 1º, I, “b”, da CF); IV: correta, pois uma das facetas do princípio da impessoalidade é justamente o dever de tratamento igualitário às pessoas; de mesma forma, agir consoante à moralidade administrativa é agir segundo a lealdade e boa-fé; V: incorreta, pois, caso o cargo esteja vago, é possível extingui-lo por decreto (art. 84, VI, “b”, da CF). (Ministério Público/RR – 2012 – CESPE) Considerando o conceito de administração pública e os princípios que a regem, assinale a opção correta em conformidade com a doutrina e a jurisprudência. (A) Em se tratando de processo administrativo disciplinar, não configura ofensa ao princípio da legalidade, consoante posicionamento do STJ, a instauração de comissão processante provisória em hipótese para a qual esteja legalmente prevista apuração por comissão permanente. (B) Embora a administração pública esteja submetida ao princípio da legalidade estrita, o STJ admite que a administração pública institua sanção restritiva de direito ao administrado por meio de ato administrativo de hierarquia inferior à lei. (C) Segundo jurisprudência do STJ, a administração, por estar submetida ao princípio da legalidade, não pode levar a termo interpretação extensiva ou restritiva de direitos, quando a lei assim não o dispuser de forma expressa. (D) No direito brasileiro, não há previsão expressa dos princípios da segurança jurídica e da proteção à confiança. (E) Segundo a doutrina, em sentido formal ou orgânico, a expressão administração pública, que abrange a natureza da atividade exercida pelos entes públicos, representa a própria função administrativa. A: incorreta, pois, segundo o STJ, “a instauração de comissão provisória, nas hipóteses em que a legislação de regência prevê expressamente que as transgressões disciplinares serão apuradas por comissão permanente, inquina de nulidade o respectivo processo administrativo por inobservância dos princípios da legalidade e do juiz natural” (MS 13.148/DF, DJe 01.06.2012); B: incorreta, pois, segundo o STJ, “somente a Lei, em razão do princípio da estrita adstrição da Administração à legalidade, pode instituir sanção restritiva de direitos subjetivos; neste caso, a reprimenda imposta ao recorrente pela Agência Nacional de Saúde-ANS não se acha prevista em Lei, mas apenas em ato administrativo de hierarquia inferior (Resolução Normativa 11/2002-ANS [revogada pela Instrução Normativa 311/2012]), desprovido daquela potestade que o sistema atribui somente à norma legal” (AgRg no REsp 1287739, DJe 31.05.2012); C: correta, pois, segundo o STJ, “a atuação da Administração Pública é cingida ao princípio da legalidade estrita, devendo obediência aos preceitos legais, sendo-lhe defeso proceder interpretação extensiva ou restritiva, onde a lei assim não o determinar” (RMS 26.944, DJe 21.06.2010); D: incorreta, pois o princípio da segurança jurídica está expresso no art. 2º, caput, da Lei 9.784/1999; E: incorreta, pois a administração em sentido formal ou orgânico (ou subjetivo) significa o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas administrativas; a função administrativa, ao contrário, diz respeito à administração em sentido material, objetivo ou funcional. Gabarito “C” (A) É 6. Direito Administrativo (Ministério Público/RS – 2009) Considere as afirmações abaixo, referentes aos princípios que fundamentam a administração pública. I. O princípio da razoabilidade, que impõe que o administrador ao atuar em sua zona de atuação discricionária obedeça a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, não possui, no ordenamento constitucional, expressa e explícita previsão. 571 Gabarito “C” Wander Garcia verdadeiras apenas as respostas inseridas nos itens II e III. (B) É incorreta apenas a resposta alocada no item I. (C) Todas as assertivas são verdadeiras. (D) São incorretas as assertivas postas nos itens I e V. (E) São verdadeiras apenas as assertivas apostas nos itens II, III e IV. I: incorreta, pois a Constituição acaba tratando do princípio ao impor a razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF); II: correta, pois a cidadania implica em conhecer os direitos (individuais e coletivos) e exercitá-los; para tanto, é preciso conhecer as razões dos atos públicos praticados, o que implica no dever de motivação dos atos administrativos; da mesma forma, para que se faça valer o princípio republicano (o Poder emana do povo), quem age em nome do povo (agentes públicos) precisa motivar adequadamente seus atos, pois está atuando na administração de coisa alheia, o que impõe que seja tudo muito bem explicado quando da prática de atos administrativos; por fim, de que adiantaria a Constituição impor o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional sem que os atos fossem devidamente motivados? A motivação é essencial para que se possa verificar no caso concreto se um ato viola ou não direitos; III: correta, pois o interesse público, mesmo quando o particular esteja fazendo parte de sua gestão, continua indisponível; IV: correta, pois é pressuposto de validade do ato administrativo o respeito aos princípios administrativos, inclusive ao princípio da moralidade; no mais, esse princípio não é mera retórica, podendo-se invocá-lo inclusive em sede de ADI; imagine, por exemplo, uma lei que regulamentasse a contratação de parentes na Administração Pública; essa lei, que hoje violada uma Súmula Vinculante (Súmula Vinculante STF n. 13), por violar o princípio da moralidade (invocado pelo STF para editar a súmula citada) estaria inquinada de inconstitucionalidade, ficando sujeita a controle de constitucionalidade, sem prejuízo de outras formas de controle, por violar uma súmula vinculante; V: correta, pois o princípio da impessoalidade tem três facetas, quais sejam, igualdade, imputação de atos à Administração (Teoria do Órgão) e respeito a finalidade. Gabarito “B” 572 Federal, em seu artigo 37, caput, indica, de maneira expressa, os princípios da Administração Pública (direta e indireta), que são: (A) legalidade, veracidade, publicidade e motivação. razoabilidade e continuidade do serviço público. (C) legalidade, moralidade, publicidade e discricionariedade. (D) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. (E) publicidade, veracidade, moralidade, discricionariedade e eficiência. (B) impessoalidade, Trata-se do famoso LIMPE (cada letra de LIMPE é a primeira dos princípios expressos na CF), previsto no art. 37, caput, da CF. (Ministério Público/SP – 2011) O princípio da motivação que, entre outros, informa a Administração Pública (A) é de observância obrigatória apenas para os atos administrativos vinculados. previsto expressamente na Constituição Federal. (C) incide obrigatoriamente somente na edição de atos administrativos discricionários. (D) está previsto de maneira explícita na Constituição do Estado de São Paulo. (E) é facultativo, na elaboração de atos administrativos complexos. (B) está A: incorreta, pois, nos atos discricionários, por maior razão que nos atos vinculados, a motivação se faz necessária; B: incorreta, pois não há previsão genérica (para a Administração Pública de todos os poderes) do princípio da motivação; há previsão apenas da motivação para a Administração Pública do Judiciário (art. 93, X, da CF): C: incorreta, pois os atos vinculados também devem ser motivados, até porque a motivação é um princípio (art. 2º, caput, da Lei 9.784/1999), e, como tal, orienta os atos administrativos em geral; D: correta, pois há essa previsão no art. 111 da Constituição do Estado de São Paulo; E: incorreta, pois o fato de um ato ser complexo, ou seja, praticado por mais de órgão, não exonera seus autores do dever de motivação. Gabarito “D” Assim: (A) São (Ministério Público/SP – 2006) A Constituição Gabarito “D” O fundamento constitucional da obrigação de motivar os atos administrativos está implícito tanto no art. 1° da Carta Federal, que indica a cidadania como um dos fundamentos da República, quanto no parágrafo único desse preceptivo, segundo o qual todo o poder emana do povo, como ainda no art. 5°, que assegura, entre um de seus incisos, o direito à apreciação judicial nos casos de ameaça ou lesão de direito. III. Pelo princípio da indisponibilidade do interesse público, que é inerente à função estatal, mantém-se este princípio independente de os serviços públicos serem exercidos pelos particulares, mediante delegação. IV. A moralidade administrativa, exigível também do particular, é pressuposto do ato administrativo e serve de fundamento, inclusive, para o reconhecimento de inconstitucionalidade em ação direta. V. O princípio da impessoalidade nada mais é do que o clássico princípio da finalidade. II. (Ministério Público/TO – 2006 – CESPE) Acerca dos princípios do direito administrativo, julgue os itens seguintes. I. II. III. IV. Apesar do princípio da publicidade e do direito de acesso do cidadão a dados a seu respeito, nem toda informação pode se transmitida ao interessado, mesmo que se relacione com sua pessoa. Os princípios do direito administrativo são monovalentes, isto é, aplicam-se exclusivamente a esse ramo do direito. A despeito do princípio da supremacia do interesse público, nem sempre o interesse público secundário deverá prevalecer sobre o direito de um cidadão individualmente considerado. O princípio da presunção de legitimidade dos atos administrativos abrange apenas os aspectos jurídicos desses atos, mas não diz respeito aos fatos nos quais eles supostamente se basearam. Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL Estão certos apenas os itens (A) I e III. (B) I e IV. (C) II e III. (D) II e IV. 6. Direito Administrativo 2.1. Poder de polícia (Ministério Público/MG – 2011) Um Gabarito “A” 2. Poderes da Administração Pública Para resolver as questões deste item, vale citar as definições de cada poder administrativo apresentadas por Hely Lopes Meirelles, definições estas muito utilizadas em concursos públicos. Confira: a) poder vinculado – “é aquele que o Direito Positivo – a lei – confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização”; b) poder discricionário – “é o que o Direito concede à Administração, de modo explícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo”; c) poder hierárquico – “é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal”; d) poder disciplinar – “é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração”; e) poder regulamentar – “é a faculdade de que dispõem os Chefes de Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei”; f) poder de polícia – “é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”. (Direito Administrativo Brasileiro, 26ª ed., São Paulo: Malheiros, p. 109 a 123) Partindo do pressuposto de que a atividade fiscalizatória levada a efeito se desenvolveu de maneira regular sob todos os aspectos, assinale a assertiva CORRETA. (A) A apreensão dos produtos, nesse caso, deriva do poder de polícia administrativo. apreensão dos produtos foi possível graças ao poder hierárquico inerente à Administração e que decorre do princípio da supremacia do interesse público. (C) A apreensão dos produtos foi possível graças aos poderes normativo e regulador exercidos pelo agente fiscal na ocasião. (D) A apreensão dos produtos, nesse caso, é derivada da intervenção do Estado sobre a propriedade e bens particulares em razão da inobservância de sua função social. (B) A A: correta, pois a conformação dos comportamentos às limitações administrativas nada mais é do que o poder de polícia; B: incorreta, pois se trata do poder de polícia e não do poder hierárquico; C: incorreta, pois se trata do poder de polícia e não do poder normativo e regulador; B: incorreta, pois se trata do poder de polícia, que não se confunde com a intervenção do estado em caso de não cumprimento da função social da propriedade, que, em nosso direito, tem regulamentação específica no que tange a imóveis urbanos e rurais, estabelecendo a ordem jurídica que tais imóveis serão objetos de desapropriação com pagamento por meio de títulos, cumpridos certos requisitos e formalidades. Gabarito “A” I: o item está certo, pois há casos em que se admite o sigilo (vide, p. ex., o art. 5º, XXXIII, da CF); II: o item está errado; no direito tributário, por exemplo, também há atividade administrativa, de modo que o respeito à legalidade, à impessoalidade, à moralidade, à publicidade e à eficiência também devem ser observados nesse ramo do direito; III: o item está certo, pois o interesse público secundário (aquele que diz respeito aos interesses da administração em si, e não ao interesse da coletividade) nem sempre prevalecerá sobre o direito de um cidadão; p. ex., é interesse público secundário aumentar a arrecadação do ente público, mas isso não pode se sobrepor ao dever de respeitar os direitos e garantias dos indivíduos em relação à atividade de tributar; IV: errado, pois a presunção de legitimidade abrange a presunção de legalidade (ligada ao direito) e a presunção de veracidade (ligada aos fatos). agente fiscal de determinado órgão da Administração Pública deparou-se com a venda de produtos aparentemente impróprios ao consumo e que causam risco à vida e à saúde das pessoas. A empresa responsável foi autuada por prática infrativa e os produtos tidos como impróprios foram imediatamente apreendidos. Em relação ao poder de polícia administrativo, é CORRETO afirmar que (Ministério Público/MG – 2011) (A) a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade podem ser apontados como seus atributos. (B) constitui prerrogativa exclusiva de órgãos da administração direta da União, dos Estados e do Distrito Federal, ressalvadas as Polícias Legislativas e as Guardas Municipais, onde houver. (C) os órgãos administrativos que o exercem atuam sempre de modo preventivo, ficando seus atos sujeitos ao controle de legalidade exercido pelas polícias judiciárias. (D) segundo a Lei, as sanções impostas em decorrência de seu regular exercício são imprescritíveis, impenhoráveis e impassíveis de oneração. A: correta, pois de fato, a doutrina aponta tais características como atributos do poder de polícia e esse tipo de pergunta é muito comum em concursos; porém, caso a prova se revele mais crítica e continue a frase dizendo que, em algumas situações de poder de polícia não há discricionariedade (margem de liberdade pra a prática de 573 Wander Garcia INCORRETA: Assinalar a alternativa (A) são atributos do poder de polícia: a discricionarie- dade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. Direito brasileiro, o poder de polícia está conceituado no art. 78 do Código Tributário Nacional. (C) poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. (D) o poder de polícia impede que o particular, diante da ação da Administração, busque a tutela na via judicial. (E) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia. (B) no A: assertiva correta, pois, de fato, a doutrina aponta essas características, como regra; B: assertiva correta, pois o conceito legal de poder polícia está justamente no art. 78 do CTN; C: assertiva correta, pois esse é justamente o conceito doutrinário de poder de polícia; D: assertiva incorreta (devendo ser assinalada), pois tal concepção está em total contrariedade ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, previsto no art. 5º, XXXV, da CF; E: assertiva correta, nos termos do art. 145, II, da CF. Gabarito “D” 574 (Ministério Público/RN – 2009 – CESPE) Tavares é dono de um bar em local de intensa atividade noturna. Devido ao reduzido espaço na parte interna de seu estabelecimento, Tavares costuma colocar mesas na calçada em frente ao bar e na área lateral deste. Com o passar do tempo, visando proporcionar maior conforto aos seus clientes, Tavares decidiu cercar e cobrir a área pública, incorporando-a ao seu estabelecimento. Informados da situação, os fiscais da prefeitura autuaram Tavares por invasão de área pública, concedendo-lhe prazo para que sanasse a ilegalidade. Tavares, contudo, quedou-se inerte. Vencido o prazo concedido pela prefeitura para a regularização da situação, observados os devidos procedimentos legais, os fiscais demoliram a construção em área pública. (A) No caso apresentado, a administração pública valeu-se de seu poder hierárquico. (B) Os fiscais agiram acertadamente, visto que, após juízo de discricionariedade, praticaram o ato que entenderam mais apropriado para o caso. (C) A prefeitura deveria ter ingressado com ação demolitória em juízo, uma vez que, em estado democrático de direito, ninguém deve ser privado de seus bens sem o devido processo legal. (D) A prefeitura agiu com acerto, pois a administração pública pode valer-se de seus poderes administrativos para impor limites ao exercício de direitos e liberdades individuais e, assim, evitar danos à coletividade, sem ter de recorrer ao Poder Judiciário. (E) Caso Tavares estivesse ocupando a área por mais de cinco anos, o direito de a administração pública questionar a ocupação estaria prescrito, e Tavares poderia incorporar a área pública a seu estabelecimento. A: incorreta, pois a Administração se valeu de seu poder de polícia; B: incorreta, pois os fiscais devem obedecer à lei e não ao juízo pessoal sobre o que é de interesse público ou não; naturalmente que a lei, em certos casos, confere margem de liberdade ao agente público, mas a alternativa não mencionada que foi a lei que estabeleceu a discricionariedade aos agentes públicos; C: incorreta, pois no caso se tem invasão a um bem público, invasão essa que, como se sabe, não gera posse em favor do invasor (com todos os efeitos típicos da posse), mas mera detenção, de modo que a Administração pode agir sem ter de buscar apreciação jurisdicional; naturalmente, em casos mais complexos (por exemplo, uma ocupação de área pública por grande número de pessoas que passam a habitar o local), recomenda-se, na prática, o ingresso com ação de reintegração de posse; D: correta, principalmente em homenagem ao princípio do interesse público sobre o particular, aliado ao poder de polícia, não havendo necessidade, no caso narrado, de ingresso em juízo para regularizar a situação; E: incorreta, já que a área ocupada, por ser pública, não se sujeita à prescrição aquisitiva (art. 102 do CC) (Ministério Público/RJ – 2011) Tendo em vista orientação de sua Procuradoria, Prefeito edita decreto que passa a proibir a instalação de mais de duas farmácias em cada rua do perímetro central urbano da cidade. O decreto municipal: (A) é inconstitucional, porque agride o princípio da livre concorrência; (B) é constitucional, porque editado sob o influxo do poder de polícia municipal; (C) é inconstitucional, porque ofende o princípio da função social da propriedade; (D) é constitucional, porque a o Município cabe implementar apolítica de desenvolvimento urbano; (E) é inconstitucional, porque intervenções dessa natureza são da competência dos Estados-membros. De acordo com a Súmula STF n. 646, “ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área”. Assim, o decreto municipal em questão é inconstitucional, pois viola o princípio da livre concorrência. Ademais, ainda não violasse, seria necessária uma lei para impor obrigação desse tipo, em virtude do princípio da legalidade. Gabarito “A” Gabarito “A” (Ministério Público/MG – 2006) Tendo como referência a situação hipotética acima, assinale a opção correta. Gabarito “D” atos) e coercibilidade (possibilidade de uso da força) é a resposta mais acertada, pois há situações em que esses atributos não estão previstos em lei que regule dado exercício de poder de polícia; B: incorreta, pois a polícia administrativa também existe no âmbito da administração direta dos Municípios e da administração indireta de todos os entes políticos, neste caso em relação a pessoas jurídicas de direito público que tenham tal função, como é o caso do IBAMA; as polícias legislativas e as guardas municipais também exercem poder de polícia; C: incorreta, pois o poder de polícia pode ser preventivo ou repressivo (exemplo do último é a aplicação de uma multa contra alguém que tenha desrespeitado uma lei trânsito); no mais, a polícia judiciária tem por finalidade investigar crimes, não tendo por função controlar a polícia administrativa; aliás, ainda que cuidassem dessa temática (poder de polícia), a polícia judiciária não pode controlar a legalidade de atos administrativos, vez que esse papel pertence ao Judiciário; D: incorreta, pois essas características dizem respeito aos bens públicos e não ao poder de polícia. Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL exercício do poder de polícia é passível de delegação a pessoa jurídica de direito privado, a qual somente poderá aplicar sanções administrativas ao administrado quando o ato praticado estiver previamente definido por lei como infração administrativa. (B) O ato administrativo decorrente do exercício do poder de polícia é autoexecutório porque dotado de força coercitiva, razão pela qual a doutrina aponta ser a coercibilidade indissociável da autoexecutoriedade no ato decorrente do poder de polícia. (C) A administração pública, no exercício do poder de limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público, pode condicionar a renovação de licença de veículo ao pagamento de multa, ainda que o infrator não tenha sido notificado. (D) O termo inicial do prazo prescricional da ação disciplinar é a data em que o fato foi praticado. (E) Nas situações em que a conduta do investigado configure hipótese de demissão ou cassação de aposentadoria, a administração pública dispõe de discricionariedade para aplicar penalidade menos gravosa que a de demissão ou de cassação. A: incorreta, pois não se admite delegação do poder de polícia a pessoa de direito privado; B: correta, pois a coercibilidade ou executoriedade (possibilidade de uso da força pela própria Administração) pressupõe autoexecutoriedade (no sentido de a Administração não ter de buscar o Judiciário para executar suas decisões); C: incorreta, pois, de acordo com a Súmula STJ n. 127, “é ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado”; D: incorreta, pois o prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido (art. 142, § 1º, da Lei 8.112/1990); E: incorreta, pois a Administração está adstrita aos comandos legais, não havendo margem de liberdade fora do que determina a lei. Gabarito “B” (Ministério Público/RS – 2009) Ao apreender determinado produto sem autorização judicial, com a finalidade de fiscalizar se ele está de acordo com os itens expressos na sua embalagem, a administração pública (A) comete abuso de direito, porquanto o poder .de polícia não prescinde, quando afeta direito de propriedade, de autorização do Poder Judiciário para seu exercício. (B) atua legitimamente, podendo-se dizer que se trata de ato de polícia administrativa. (C) atua legitimamente, valendo afirmar que os atos praticados sob este pressuposto – exercício do poder de polícia judiciária – são vinculados. (D) está excedendo seus poderes, muito embora os atos administrativos por ela praticados, segundo o descrito no enunciado, possam ser vinculados ou discricionários. (E) age adequadamente, porque o poder de polícia tanto pode ser exercido pela administração como pelo particular a quem a administração delegue – por ato administrativo – eventuais atribuições. No que concerne à responsabilidade civil do Estado e aos poderes administrativos, assinale a opção correta. (Ministério Público/SE – 2010 – CESPE) (A) Para efeito de responsabilidade civil do Estado, considera-se agente o servidor que, em sua atuação, causar dano a terceiros. Exclui-se, assim, dessa noção as pessoas que não têm vínculo típico de trabalho com a administração e os agentes colaboradores e sem remuneração. (B) Direito de regresso é o assegurado ao Estado no sentido de dirigir sua pretensão indenizatória contra o agente responsável pelo dano, independentemente de este ter agido com culpa ou dolo. (C) O poder regulamentar formaliza-se por meio de decretos e regulamentos. Nesse sentido, as instruções normativas, as resoluções e as portarias não podem ser qualificadas como atos de regulamentação. (D) O poder de polícia administrativa consubstancia-se por meio de determinações de ordem pública, de modo a gerar deveres e obrigações aos indivíduos. Nesse sentido, os atos por intermédio dos quais a administração consente o exercício de determinadas atividades não são considerados atos de polícia. (E) Na esfera da administração pública federal, direta ou indireta, a ação punitiva, quando se tratar do exercício do poder de polícia, prescreve em cinco anos contados a partir da data da prática do ato ou, em se tratando de infração permanente ou continuada, a partir do dia em que esta tiver cessado. A: incorreta, pois basta ser agente público (de qualquer natureza) para que a Administração tenha de se responsabilizar pelos atos por este praticado contra terceiros; B: incorreta, pois o Estado só terá direito de regresso contra o agente responsável pelo dano em caso de culpa ou dolo deste (art. 37, § 6º, da CF); C: incorreta, pois os últimos atos podem ser atos de regulamentação em sentido amplo, ou simplesmente atos normativos; D: incorreta, pois os atos em que a Administração consente o exercício de atividades estão no contexto do poder de polícia, já que importam na prévia fiscalização sobre a possibilidade de o particular praticar ou não determinados atos; E: correta (art. 1º da Lei 9.873/1999). Gabarito “E” (A) O A atitude narrada no enunciado se dá em razão dos atributos da autoexecutoriedade e da coercibilidade, próprios do poder de polícia. Não há outra maneira eficaz de fazer a fiscalização que mediante a apreensão do produto. Exigir autorização judicial para tanto não é razoável e não está em acordo com os atributos citados, de modo que a alternativa “b” está correta. Gabarito “B” (Ministério Público/RR – 2012 – CESPE) Com relação aos poderes da administração pública, assinale a opção correta de acordo com o entendimento do STJ e da doutrina. 6. Direito Administrativo 2.2. Poderes administrativos combinados “Atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesses ou liberdades individuais, regula a prática de ato ou abstenção de fato em razão do interesse público, nos limites da lei e com observância do devido processo legal”. Este conceito caracteriza: (Ministério Público/GO – 2005) (A) poder disciplinar da Administração Pública (B) autotutela 575 Wander Garcia de polícia regulamentar (E) A Trata-se da definição de poder de polícia. Gabarito “C” Sobre os princípios e poderes da administração pública, segundo o direito pátrio, é INCORRETO afirmar que: (Ministério Público/MG – 2010.1) (A) a aplicação dos princípios da segurança jurídica e boa-fé permite a regulação dos efeitos já produzidos pelo ato ilegal. (B) é possível considerar inconstitucional uma lei que não guarde proporção adequada entre os meios que emprega e a finalidade pública almejada. (C) uma das consequências do atual sistema constitucional é a ampliação do controle judicial sobre os atos administrativos discricionários, que devem ser confrontados não só diante da lei, mas também perante o Direito. (D) o poder de polícia tanto pode ser discricionário como vinculado. (E) no exercício de seu poder normativo derivado, pode o Poder Executivo limitar e regular a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, meio ambiente, costumes, tranquilidade pública e propriedade. Gabarito “E” 576 A: correta, pois a ilegalidade deve ser sanada na medida em que também se preserva valores como segurança jurídica e boa-fé; um exemplo disso é o disposto no art. 54 da Lei 9.784/1999, pelo qual, após 5 anos, um ato administrativo ilegal não pode ser anulado se beneficia alguém que estava de boa-fé; B: correta, pois uma lei dessa natureza fere os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade; de qualquer forma, na prática, haverá grande dificuldade em demonstrar a ofensa direta à Constituição Federal; C: correta, pois os atos discricionários devem respeitar não só a lei (princípio da legalidade), como o Direito com um todo, incluindo a razoabilidade e a moralidade administrativa; D: correta, pois a lei que estabelece o condicionamento à liberdade e à propriedade das pessoas pode tanto trazer conceitos claros e objetivos, ensejando uma competência vinculada (ex.: “o recuo de frente dos imóveis residenciais deve ser de 4 metros”), como trazer conceitos fluidos e vagos e/ou mais de uma opção ao agente público, ensejando competência discricionária (ex.: “em caso de violação da presente lei, será aplicada multa de R$ 1.000,00 a R$ 5.000,00, de acordo com a gravidade da infração”); E: incorreta, pois o poder normativo derivado, que está situado abaixo da lei, poder esse típico do Executivo, não pode inovar na ordem jurídica, em virtude do princípio da legalidade, de modo que não pode limitar e regular a prática de atos. (Ministério Público/MG – 2007) INCORRETA. Assinalar a alternativa (A) Segundo o princípio da legalidade, na Administra- ção Pública, os atos administrativos estão sempre previstos na lei. (B) O poder discricionário vincula o administrador à forma e à finalidade do ato. (C) As autarquias e as sociedades de economia mista são consideradas pessoas jurídicas de direito público. (D) O poder de regulamentar uma lei é exclusivo do chefe do Poder Executivo. Administração Pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime jurídico de direito público. A: está correta, pois os atos administrativos devem estar previstos em lei para serem expedidos; B: está correta, pois, segundo parte expressiva da doutrina, a competência, a forma e a finalidade do ato são sempre vinculadas, mesmo num ato discricionário; C: está incorreta, pois as sociedades de economia mista são pessoas de direito privado estatais; D: está correta (art. 84, parágrafo único, da CF); E: está correta, pois na Administração Pública Indireta há pessoas de direito privado estatais, que se submetem a regime de direito privado; as demais pessoas da Administração Pública se submetem a regime de direito público. (Ministério Público/RN – 2009 – CESPE) correta com relação ao decreto. Assinale a opção (A) O presidente da República pode, mediante decreto, extinguir cargos públicos quando vagos. (B) O presidente da República pode, mediante decreto, extinguir órgãos e entes públicos. (C) O presidente da República pode dispor, por meio de decreto, sobre o aumento de salário para os servidores públicos. (D) O decreto autônomo é, em regra, admitido no ordenamento jurídico brasileiro, desde que não viole direitos fundamentais. (E) O decreto, no ordenamento jurídico brasileiro, não pode inovar na ordem jurídica, visto que tem natureza secundária, e deve sempre regulamentar uma lei. A: correta (art. 84, VI, “b”, da CF); B e C: incorretas, pois é possível, por decreto, que o Presidente da República disponha sobre a organização e funcionamento da administração, desde que não haja criação ou extinção de órgãos públicos, nem aumento de despesa (art. 84, VI, “a”, da CF); D: incorreta, pois a regra é que o decreto seja só de execução de lei e não autônomo de lei; assim, um decreto não pode inovar na ordem jurídica, mas apenas explicar a lei; os decretos autônomos de lei são excepcionais e previstos no art. 84, VI, da CF; E: incorreta, pois a palavra “sempre” não se coaduna com a exceção prevista no art. 84, VI, da CF, pela qual, nos casos lá previstos, cabe decreto autônomo de lei. Gabarito “A” (D) poder Gabarito “C” (C) poder (Ministério Público/RS – 2008) CORRETA. (A) Poder Assinale a alternativa vinculado é aquele derivado de delegação de autoridade administrativa hierarquicamente superior, e se vincula às ordens desta autoridade. (B) O poder regulamentar é aquele atribuído aos chefes de poder para a interpretação de lei no âmbito de suas competências e pode ser delegado por Decreto. (C) O poder discricionário é aquele que o direito concede à administração para a prática de atos administrativos com liberalidade de escolha quanto a conveniência, oportunidade e conteúdo. (D) Poder hierárquico é aquele que dá ao Executivo a possibilidade de distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, mas não poderá rever a atuação dos agentes que ocupam este órgão, que somente poderão ser modificados por ordem judicial. (E) Todas as assertivas estão corretas. Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL Gabarito “C” 3. Atos Administrativos 3.1.Conceito, perfeição, validade e eficácia (Ministério Público/MS – 2006) O regime jurídico administra- tivo consiste em um conjunto de princípios e regras que balizam as atividades da administração pública, tendo por objetivo a realização do interesse público. Vários institutos jurídicos integram este regime. Assinale entre as situações abaixo aquela que não decorre da aplicação de tal regime: (A) Cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos. (B) Autoexecutoriedade do ato de polícia administrativa (C) Veto presidencial à proposição de lei. (D) Concessão de imissão provisória na posse em processo expropriatório. A letra “C” não está correta, pois retrata situação em que há prática de ato político, ato que não se enquadra no regime jurídico-administrativo. Gabarito “C” 3.2. Requisitos do ato administrativo (Elementos, Pressupostos) Para resolver as questões sobre os requisitos do ato administrativo, vale a pena trazer alguns elementos doutrinários. Confira: Requisitos do ato administrativo (são requisitos para que o ato seja válido) - Competência: é a atribuição legal de cargos, órgãos e entidades. São vícios de competência os seguintes: a1) usurpação de função: alguém se faz passar por agente público sem o ser, ocasião em que o ato será inexistente; a2) excesso de poder: alguém que é agente público acaba por exceder os limites de sua competência (ex.: fiscal do sossego que multa um bar que visita por falta de higiene); o excesso de poder torna nulo ato, salvo em caso de incompetência relativa, em que o ato é considerado anulável; a3) função de fato: exercida por agente que está irregularmente investido em cargo público, apesar de a situação ter aparência de legalidade; nesse caso, os atos praticados serão considerados válidos, se houver boa-fé. - Objeto: é o conteúdo do ato, aquilo que o ato dispõe, decide, enuncia, opina ou modifica na ordem jurídica. O objeto deve ser lícito, possível e determinável, sob pena de nulidade. Ex.: o objeto de um alvará para construir é a licença. - Forma: são as formalidades necessárias para a seriedade do ato. A seriedade do ato impõe a) respeito à forma propriamente dita; b) motivação. - Motivo: fundamento de fato e de direito que autoriza a expedição do ato. Ex.: o motivo da interdição de estabelecimento consiste no fato de este não ter licença (motivo de fato) e de a lei proibir o funcionamento sem licença (motivo de direito). Pela Teoria dos Motivos Determinantes, o motivo invocado para a prática do ato condiciona sua validade. Provando-se que o motivo é inexistente, falso ou mal qualificado, o ato será considerado nulo. - Finalidade: é o bem jurídico objetivado pelo ato. Ex.: proteger a paz pública, a salubridade, a ordem pública. Cada ato administrativo tem uma finalidade. Desvio de poder (ou de finalidade): ocorre quando um agente exerce uma competência que possuía, mas para alcançar finalidade diversa daquela para a qual foi criada. Não confunda o excesso de poder (vício de sujeito) com o desvio de poder (vício de finalidade), espécies do gênero abuso de autoridade. (Ministério Público/AC – 2008) Os atos administrativos podem apresentar vícios. Naqueles que dizem respeito ao sujeito, podem ser de duas categorias: incapacidade e incompetência. Nesse sentido, são vícios de competência: (A) usurpação de função, excesso de poder e função “de fato”. (B) impedimento, suspeição e presunção relativa. (C) impedimento, usurpação de função e excesso de poder. (D) excesso de poder, impedimento e suspeição. A: correta, pois os três vícios apontados dizem respeito à competência; B: incorreta, pois a presunção relativa (de veracidade e legalidade) é um atributo do ato administrativo e não um vício deste; C e D: incorretas, pois o impedimento e a suspeição não são vícios de competência; não se deve confundir a incompetência (falta de atribuição legal para apreciar determinada questão administrativa), com o impedimento e a suspeição, que dizem respeito à ilegitimidade de alguém para apreciar a mesma questão administrativa, por exemplo, por parentesco próximo com o titular do direito em questão (impedimento) ou por inimizade capital com essa mesma pessoa (suspeição); assim, uma pessoa pode ser, ao mesmo tempo, competente para apreciar uma questão administrativa, mas impedida para tanto. Gabarito “A” A: incorreta, pois o instituto em questão significa que a autoridade não tem margem de liberdade para atuar, situação que pode ocorrer tanto no caso de delegação de competência, como no caso em que esta não estiver presente; o que define se o poder é vinculado ou não é o texto legal; se este fixar cada passo da competência de forma clara e objetiva, tem-se poder vinculado; do contrário, poder discricionário; B: incorreta, pois o poder regulamentar é da alçada exclusiva do Chefe do Executivo, não podendo ser delegado; C: correta, pois o poder discricionário é justamente aquele em que a lei confere margem de liberdade à Administração quanto à escolha da conveniência, oportunidade e conteúdo do ato; D: incorreta, pois o poder hierárquico inclui também a possibilidade daquele que tem esse poder rever a atuação dos agentes públicos que estão sob seu comando hierárquico; E: incorreta, já que estão incorretas as letras “A”, “B” e “D”. 6. Direito Administrativo (Ministério Público/BA – 2010) Marque a opção que não corresponde aos sintomas denunciadores do desvio de poder: (A) Motivação insuficiente ou contraditória. de motivação. (C) Contradição do ato com as consequências. (B) Excesso 577 Wander Garcia O único sintoma trazido nas alternativas, que não revela problema no ato administrativo é a “racionalidade do procedimento, acompanhada da edição do ato”, pois é justamente isso que se espera quando da prática dos atos administrativos, pois a racionalidade afasta subjetivismos, afasta a violação ao princípio da isonomia e impõe a obediência à legalidade. Gabarito “E” (Ministério Público/MA – 2009) Assinale a assertiva INCOR- RETA, acerca de atos administrativos. (A) A “competência”, A: correta, pois tanto a delegação como a avocação devem obedecer aos requisitos legais (arts. 11 e ss. da Lei 9.784/1999); B: correta, pois a finalidade última de todo ato administrativo é atender ao interesse público; C: incorreta, pois a mesma forma utilizada para produzir o ato deve ser utilizada para extingui-lo; D: correta, pois o motivo é fundamento de fato e de direito que autoriza a prática do ato, não se confundindo com a causa, que é relação de adequação, de proporcionalidade entre o motivo invocado e o ato praticado; ambos (motivo e causa) são requisitos do ato administrativo; há problema no motivo quando o fato ou o direito invocados são falsos ou inadequados, respectivamente; há problema na causa quando o ato praticado é desproporcional aos motivos invocados, em função da finalidade do ato; E: correta, pois o objeto é justamente o que o ato dispõe, enuncia, modifica na ordem jurídica. Gabarito “C” (Ministério Público/MS – 2006) A revogação por seu caráter discricionário pode atingir os seguintes elementos do ato administrativo: (A) Finalidade e objeto e motivação (C) Forma e objeto (D) Motivo e finalidade (B) Objeto Parte da doutrina aponta que os atos discricionários têm sempre uma parte vinculada (competência, forma e finalidade) e outra parte em que pode haver margem de liberdade (objeto e motivo). Assim, a revogação tem por fundamento questões afetas ao motivo e ao objeto do ato administrativo. O correto era que constasse da alternativa “B” o seguinte: “objeto e motivo”, e não “objeto e motivação”. Gabarito “B” 578 um dos requisitos do ato administrativo, pode ser delegada ou avocada na conformidade com a delimitação prevista pela lei de regência, sendo, portanto, impossível seu deslocamento discricionário. (B) A “finalidade”, também requisito do ato administrativo, sempre deve se dirigir ao atendimento do interesse público. (C) A revogação ou a modificação de um dado ato administrativo expedido na “forma” escrita pode se dar verbalmente. (D) O “motivo ou causa” do ato administrativo não se confunde com sua motivação. (E) O objeto consiste no enunciado, na prescrição, na disposição, vale dizer, o efeito jurídico sem o qual o ato administrativo não pode ter existência material. (Ministério Público/MG – 2011) INCORRETA. Assinale a alternativa (A) Dá-se a revogação quando a Administração pública extingue um ato administrativo válido por razões de conveniência e oportunidade. (B) Opera-se a convalidação (ou saneamento) quando a Administração pública supre ou corrige o vício existente em um ato administrativo. (C) Apresenta-se o vício da incompetência quando o resultado do ato administrativo importar em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo. (D) Ambienta-se o vício de forma na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato administrativo. A: assertiva correta, pois a revogação depende de o ato ser válido (pois do contrário é caso de anulação) e o motivo dela são justamente razões de conveniência e oportunidade (pois razões relacionadas à ilegalidade dão ensejo à anulação); B: assertiva correta, valendo salientar que essa providência é possível segundo o art. 55 da Lei 9.784/1999; C: assertiva incorreta (devendo ser assinalada); no caso, apresenta-se vício no objeto (art. 2º, parágrafo único, “c”, da Lei 4.717/1965) e não na competência; D: assertiva correta (art. 2º, parágrafo único, “b”, da Lei 4.717/1965). (Ministério Público/PR – 2008) Em relação ao ato administrativo, assinale a alternativa correta: (A) O ato administrativo discricionário é aquele que possibilita ao agente público competente posicionar-se, livre e incondicionalmente, sobre determinada questão. (B) O ato praticado pelo “agente de fato” é sempre nulo, independentemente da aparência de legalidade. (C) O ato administrativo composto é aquele que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo. (D) A administração pública, para anular ato próprio, em razão da constatação de ilegalidade, deverá necessariamente buscar o provimento jurisdicional nesse sentido. (E) O ato discricionário, quando motivado, fica vinculado ao motivo que lhe serviu de suporte, com o que, se verificado ser o mesmo falso ou inexistente, deixa de subsistir. A: incorreta, pois discricionariedade é margem de liberdade, e não liberdade incondicional; B: incorreta, pois o ato praticado por agente de fato é válido se houver aparência de legalidade, boa-fé e conformidade ao direito quanto aos demais aspectos; C: incorreta, pois ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação à de outro, que edita o ato principal; repare que há mais de um ato; D: incorreta, pois a administração pode anular ato próprio, independentemente de apreciação judicial (art. 53 da Lei 9.784/1999 e Súmula 473 do STF); E: é correta a afirmativa, em virtude da Teoria dos Motivos Determinantes. Gabarito “E” entre motivos e efeitos. do procedimento, acompanhada da edição do ato. (E) Racionalidade Gabarito “C” (D) Inadequação (Ministério Público/RJ – 2011) Autoridade estadual de trânsito decide emitir autorizações para que menores de dezesseis anos possam dirigir veículos, desde que com o consentimento dos responsáveis legais. Considerando a proibição legal relativa à idade, pode-se afirmar que tais atos administrativos contêm vício no elemento: Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL (A) competência; (B) finalidade; 6. Direito Administrativo 3.3. Atributos do ato administrativo (C) forma; Confira elementos doutrinários sobre o tema: (D) motivo; Atributos do ato administrativo (são as qualidades, as prerrogativas dos atos) De acordo com o art. 2º, parágrafo único, “c”, da Lei 4.717/1965, quando o resultado de um ato importa em violação da lei (justamente o que ocorreu no caso narrado no enunciado), tem-se vício no objeto. Gabarito “E” (Ministério Público/RO – 2008 – CESPE) Maria, servidora pública federal, requereu a sua aposentadoria, que foi inicialmente deferida pelo órgão de origem, após emissão de dois pareceres da respectiva consultoria jurídica, um negando e outro concedendo a aposentadoria. Seis anos depois, o TCU negou esse registro, determinando ainda o imediato retorno de Maria ao serviço público e a restituição das quantias recebidas a título de aposentadoria. Considerando a situação hipotética apresentada no texto, assinale a opção correta acerca dos atos administrativos e dos princípios de direito administrativo. (A) Maria terá de restituir as quantias recebidas inde- vidamente, pois, sendo o ato administrativo de concessão da aposentadoria ilegal, não poderia gerar quaisquer efeitos. (B) O ato inicial de concessão de aposentadoria não será considerado ilegal, por falta de motivação, se apenas fizer referência a anterior parecer jurídico que fundamente esse entendimento. (C) O ato de aposentadoria é considerado, conforme entendimento do STF, como ato composto, visto que o TCU apenas atua homologando o que já foi feito, não participando da formação do ato. (D) O retorno de Maria ao serviço público denomina-se tecnicamente como reversão. (E) O acórdão do TCU constitui em título executivo judicial. A: incorreta, pois salvo má-fé, as verbas alimentares são irrepetíveis; B: correta, pois, de fato, a lei admite a motivação aliunde, ou seja, a motivação que faz referência a anterior parecer ou manifestação (art. 50, § 1º, da Lei 9.784/1999); C: incorreta. Confira a seguinte decisão: “O Supremo Tribunal Federal pacificou entendimento de que, sendo a aposentadoria ato complexo, que só se aperfeiçoa com o registro no Tribunal de Contas da União, o prazo decadencial da Lei 9.784/1999 tem início a partir de sua publicação. Aposentadoria do Impetrante não registrada: inocorrência da decadência administrativa. A redução de proventos de aposentadoria, quando concedida em desacordo com a lei, não ofende o princípio da irredutibilidade de vencimentos. Precedentes. Segurança denegada.” (STF, MS 25.552/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 30.05.2008); D: incorreta, pois o caso não se enquadra em qualquer das hipóteses do art. 25 da Lei 8.112/1990; E: incorreta, pois as decisões do Tribunal de Contas de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo (art. 71, § 3º, da CF, e arts. 23 e 24 da Lei 8.443/1992 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União); trata-se de título executivo extrajudicial, por não se tratar o Tribunal de Contas um órgão judicial. - Presunção de legitimidade é a qualidade do ato pela qual este se presume verdadeiro e legal até prova em contrário; ex.: uma multa aplicada pelo Fisco presume-se verdadeira quanto aos fatos narrados para a sua aplicação e se presume legal quanto ao direito aplicado, a pessoa tida como infratora e o valor aplicado. - Imperatividade é a qualidade do ato pela qual este pode se impor a terceiros, independentemente de sua concordância; ex.: uma notificação da fiscalização municipal para que alguém limpe um terreno ainda não objeto de construção, que esteja cheio de mato. - Exigibilidade é a qualidade do ato pela qual, imposta a obrigação, esta pode ser exigida mediante coação indireta; no exemplo anterior, não sendo atendida a notificação, cabe a aplicação de uma multa pela fiscalização, sendo a multa uma forma de coação indireta. - Autoexecutoriedade é a qualidade pela qual, imposta e exigida a obrigação, esta pode ser implementada mediante coação direta, ou seja, mediante o uso da coação material, da força; no exemplo anterior, já tendo sido aplicada a multa, mais uma vez sem êxito, pode a fiscalização municipal ingressar à força no terreno particular, fazer a limpeza e mandar a conta, o que se traduz numa coação direta. A autoexecutoriedade não é a regra. Ela existe quando a lei expressamente autorizar ou quando não houver tempo hábil para requerer a apreciação jurisdicional. Obs. 1: a expressão autoexecutoriedade também é usada no sentido da qualidade do ato que enseja sua imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. Obs. 2: repare que esses atributos não existem normalmente no direito privado; um particular não pode, unilateralmente, valer-se desses atributos; há exceções, em que o particular tem algum desses poderes; mas estas, por serem exceções, confirmam a regra de que os atos administrativos se diferenciam dos atos privados pela ausência nestes, como regra, dos atributos acima mencionados. (Ministério Público/MS – 2006) No âmbito do regime jurídico administrativo, a presunção de legitimidade dos atos da administração pública não se caracteriza por: (A) Classificar-se por presunção absoluta. a execução imediata da decisão administrativa. (C) Ter o efeito de inverter o ônus da prova (D) Criar obrigações para o particular independente de sua aquiescência. (B) Admitir Todas as alternativas são verdadeiras, salvo a de letra “A”, pois a presunção de legitimidade é relativa, ou seja, existe até prova em contrário (presunção juris tantum). Gabarito “A” (E) objeto. 579 Gabarito “B” Wander Garcia 3.4.Vinculação e discricionariedade. (Ministério Público/MG - 2008) Em relação ao controle dos atos administrativos, é CORRETO afirmar que: (A) a adequação dos atos administrativos do Poder Judiciário à ordem jurídica é mister reservado, também, ao Ministério Público. (B) para a licitude do ato, faculta-se à Administração Pública observar as limitações externas perante a finalidade e as internas que se impõem no regime de competência. (C) trata-se a discricionariedade administrativa de efetiva liberdade para a Administração decidir a seu talante, visando tornar perfeito o desiderato normativo. (D) ao Poder Judiciário é defeso analisar e decidir acerca de ato administrativo discricionário. (E) a atividade administrativa não pode, em sede de controle jurisdicional, ser objeto de consideração sob o crivo da legalidade. A: correta, pois, de fato, o Ministério Público deve velar pela legalidade dos atos praticados por todos os poderes, afinal, estamos num Estado de Direito e todos devem obedecer à lei; B: incorreta, pois para a licitude do ato, determina-se (e não faculta-se) à Administração que observe as limitações externas e internas para a prática do ato; C: incorreta, pois discricionariedade não é liberdade, é margem de liberdade; D: incorreta, pois os atos discricionários podem, sim, ser analisados pelo Judiciário, referente aos aspectos de legalidade, moralidade e razoabilidade; E: incorreta, pois o Judiciário pode, sim, julgar a legalidade dos atos administrativos. Gabarito “A” (Ministério Público/PR – 2008) Assinale a alternativa correta: (A) Os bens dominicais caracterizam-se por estarem afetados a finalidades públicas específicas e, portanto, não podem ser alienados, salvo na hipótese de desafetação; (B) Os bens de uso especial podem ser alienados, independentemente de desafetação. (C) Enfrentando o tema do controle jurisdicional sobre as políticas públicas, o Supremo Tribunal Federal admitiu o provimento jurisdicional no sentido de obrigar o poder público a ofertar atendimento às crianças, em creche e em pré-escola. (D) É vedado ao poder concedente, em razão das normas gerais sobre a delegação de serviço público, intervir na concessão. (E) Nenhuma das alternativas anteriores. A: incorreta, pois bens dominicais são aqueles que não estão afetados a qualquer destinação pública; são mero patrimônio estatal; assim, são alienáveis (art. 101 do Código Civil) e não há que se falar em desafetação; B: incorreta, pois os bens de uso especial têm afetação e não são alienáveis, num primeiro momento (art. 100 do Código Civil); para que possam ser alienados são necessários interesse público justificado, autorização legislativa, desafetação, avaliação e licitação pública (art. 17 da Lei 8.666/1993); C: correta, pois, de fato, o STF vem decidindo nesse sentido – “Constitucional. Matrícula de criança de zero a cinco anos de idade em creche e pré-escolas municipais. Direito assegurado pela Constituição (art. 208, IV, da CF). I - O Estado tem o dever constitucional de assegurar a garantia de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade (art. 208, IV, da CF). II - Agravo regimental improvido.” (AI 592075, AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª T., DJ 05.06.2009); D: incorreta, pois o poder concedente pode intervir na concessão (arts. 32 a 34 da Lei 8.987/1995); E: incorreta, a alternativa “C” está correta. Gabarito “C” 580 3.5.Extinção dos atos administrativos. Segue resumo acerca das formas de extinção dos atos administrativos - Cumprimento de seus efeitos: como exemplo, temos a autorização da Prefeitura para que seja feita uma festa na praça de uma cidade. Este ato administrativo se extingue no momento em que a festa termina, uma vez que seus efeitos foram cumpridos. - Desaparecimento do sujeito ou do objeto sobre o qual recai o ato: morte de um servidor público, por exemplo. - Contraposição: extinção de um ato administrativo pela prática de outro antagônico em relação ao primeiro. Ex.: com o ato de exoneração do servidor público, o ato de nomeação fica automaticamente extinto. - Renúncia: extinção do ato por vontade do beneficiário deste. - Cassação: extinção de um ato que beneficia um particular por este não ter cumprido os deveres para dele continuar gozando. Não se confunde com a revogação – que é a extinção do ato por não ser mais conveniente ao interesse público. Também difere da anulação – que é a extinção do ato por ser nulo. Como exemplo desse tipo de extinção tem-se a permissão para banca de jornal se instalar numa praça, cassada porque seu dono não paga o preço público devido; ou a autorização de porte de arma de fogo, cassada porque o beneficiário é detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de entorpecentes (art. 10, § 2º, do Estatuto do Desarmamento – Lei 10.826/2003). - Caducidade. Extinção de um ato porque a lei não mais o permite. Trata-se de extinção por invalidade ou ilegalidade superveniente. Exs.: autorização para condutor de perua praticar sua atividade que se torna caduca por conta de lei posterior não mais permitir tal transporte na cidade; autorizações de porte de arma que caducaram 90 dias após a publicação do Estatuto do Desarmamento, conforme reza seu art. 29. - Revogação. Extinção de um ato administrativo legal ou de seus efeitos por outro ato administrativo, efetuada somente pela Administração, dada a existência de fato novo que o torne inconveniente ou inoportuno, respeitando-se os efeitos precedentes (efeito “ex nunc”). Ex.: permissão para a mesma banca de jornal se instalar numa praça, revogada por estar atrapalhando o trânsito de pedestres, dado o aumento populacional, não havendo mais conveniência na sua manutenção. O sujeito ativo da revogação é a Administração Pública, por meio da autoridade administrativa competente para o ato, podendo ser seu superior hierárquico. O Poder Judiciário nunca poderá revogar um ato administrativo, já que se limita a apreciar Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL 6. Direito Administrativo aspectos de legalidade (o que gera a anulação), e não de conveniência, salvo se se tratar de um ato administrativo da Administração Pública dele, como na hipótese em que um provimento do próprio Tribunal é revogado. da inafastabilidade da jurisdição (“a lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão a direito” – artigo 5º, XXXV) e da previsão constitucional do mandado de segurança, do “habeas data” e da ação popular. Quanto ao tema objeto da revogação, tem-se que este recai sobre o ato administrativo ou relação jurídica deste decorrente, salientando-se que o ato administrativo deve ser válido, pois, caso seja inválido, estaremos diante de hipótese que enseja anulação. Importante ressaltar que não é possível revogar um ato administrativo já extinto, dada a falta de utilidade em tal proceder, diferente do que se dá com a anulação de um ato extinto, que, por envolver a retroação de seus efeitos (a invalidação tem efeitos “ex tunc”), é útil e, portanto, possível. O objeto da invalidação é o ato administrativo inválido ou os efeitos de tal ato (relação jurídica). O fundamento da revogação é a mesma regra de competência que habilitou o administrador à prática do ato que está sendo revogado, devendo-se lembrar que só há que se falar em revogação nas hipóteses de ato discricionário. Já o motivo da revogação é a inconveniência ou inoportunidade da manutenção do ato ou da relação jurídica gerada por este. Isto é, o administrador público faz apreciação ulterior e conclui pela necessidade da revogação do ato para atender ao interesse público. Quanto aos efeitos da revogação, esta suprime o ato ou seus efeitos, mas respeita os efeitos que já transcorreram. Trata-se, portanto, de eficácia “ex nunc”. Há limites ao poder de revogar. São atos irrevogáveis os seguintes atos: os que a lei assim declarar; os atos já exauridos, ou seja, que cumpriram seus efeitos; os atos vinculados, já que não se fala em conveniência ou oportunidade neste tipo de ato, em que o agente só tem uma opção; os meros ou puros atos administrativos (exs.: certidão, voto dentro de uma comissão de servidores); os atos de controle; os atos complexos (praticados por mais de um órgão em conjunto); e atos que geram direitos adquiridos. Os atos gerais ou regulamentares são, por sua natureza, revogáveis a qualquer tempo e em quaisquer circunstâncias, respeitando-se os efeitos produzidos. – Anulação (invalidação): extinção do ato administrativo ou de seus efeitos por outro ato administrativo ou por decisão judicial, por motivo de ilegalidade, com efeito retroativo (“ex tunc”). Ex.: anulação da permissão para instalação de banca de jornal em bem público por ter sido conferida sem licitação. O sujeito ativo da invalidação pode ser tanto o administrador público como o juiz. A Administração Pública poderá invalidar de ofício ou a requerimento do interessado. O Poder Judiciário, por sua vez, só poderá invalidar por provocação ou no bojo de uma lide. A possibilidade de o Poder Judiciário anular atos administrativos decorre do fato de estarmos num Estado de Direito (art. 1º da CF), em que a lei deve ser obedecida por todos, e também por conta do princípio Seu fundamento é o dever de obediência ao princípio da legalidade. Não se pode conviver com a ilegalidade. Portanto, o ato nulo deve ser invalidado. O motivo da invalidação é a ilegalidade do ato e da eventual relação jurídica por ele gerada. Hely Lopes Meirelles diz que o motivo da anulação é a ilegalidade ou ilegitimidade do ato, diferente do motivo da revogação, que é a inconveniência ou inoportunidade. Quanto ao prazo para se efetivar a invalidação, o art. 54 da Lei 9.784/1999 dispõe “O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé”. Perceba-se que tal disposição só vale para atos administrativos em geral de que decorram efeitos favoráveis ao agente (ex.: permissão, licença) e que tal decadência só aproveita ao particular se este estiver de boa-fé. A regra do art. 54 contém ainda os seguintes parágrafos: § 1º: “No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento”; § 2º: “Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato”. No que concerne aos efeitos da invalidação, como o ato nulo já nasce com a sanção de nulidade, a declaração se dá retroativamente, ou seja, com efeito “ex tunc”. Invalidam-se as consequências passadas, presentes e futuras do ato. Do ato ilegal não nascem direitos. A anulação importa no desfazimento do vínculo e no retorno das partes ao estado anterior. Tal regra é atenuada em face dos terceiros de boa-fé. Assim, a anulação de uma nomeação de um agente público surte efeitos em relação a este (que é parte da relação jurídica anulada), mas não em relação aos terceiros que sofreram consequências dos atos por este praticados, desde que tais atos respeitem a lei quanto aos demais aspectos. (Ministério Público/ES – 2010 – CESPE) Assinale a opção correta com referência à teoria dos atos administrativos. (A) Como faculdade de que dispõe a administração para extinguir os atos que considera inconvenientes e inoportunos, a revogação pode atingir tanto os atos discricionários como os vinculados. (B) Ato administrativo simples é o que emana da vontade de um só órgão administrativo, sendo o órgão singular, não colegiado. (C) Todos os atos administrativos dispõem da característica da autoexecutoriedade, isto é, o ato, tão logo praticado, pode ser imediatamente executado, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário. 581 Wander Garcia perfeição do ato administrativo diz respeito à conformidade do ato com a lei ou com outro ato de grau mais elevado, e, nesse sentido, ato imperfeito é o ato praticado em dissonância com as normas que o regem. (E) Pela conversão, a administração converte um ato inválido em ato de outra categoria, com efeitos retroativos à data do ato original. (A) a revogação. invalidação. (C) a cassação. (D) a caducidade. (E) o interesse público superveniente, desde que ocorra prévia e justa indenização. (B) a As licenças são atos vinculados. Dessa forma, não há que se falar em revogação, já que esta só incide sobre atos discricionários. Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta. (Ministério Público/PI – 2012 – CESPE) (A) A revogação do ato administrativo tem efeitos ex tunc. (B) É legítima a verificação, pelo Poder Judiciário, da regularidade do ato discricionário da administração, no que se refere às suas causas, motivos e finalidade. (C) Todos os atos administrativos são exigíveis e executórios. (D) De acordo com entendimento do STF, opera-se a decadência quando decorrido o prazo de cinco anos entre o período compreendido entre o ato administrativo concessivo de aposentadoria e o julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas da União. (E) Para o fim de anulação do ato administrativo, o conceito de ilegalidade ou ilegitimidade restringe-se à violação frontal da lei. I: incorreta, pois o ato administrativo fica extinto não só quando cumpre os seus efeitos, como também quando é anulado, revogado, cassado e retirado, bem como quando se opera a contraposição e a caducidade ou decadência; II: correta, pois, de fato, a cassação é extinção do ato pelo beneficiário não mais estar cumprindo os requisitos para continuar se beneficiando do ato; III: incorreta, pois a invalidação é a extinção do ato por motivo de ilegalidade e não de conveniência; IV: incorreta, pois o caso narrado consiste na contraposição; caducidade (ou decadência) é a extinção do ato pela superveniência de lei que não mais o admite. A: incorreta, pois tem efeito ex nunc, ou seja, não retroage; B: correta, pois o ato discricionário é, sempre, parcialmente regrado, devendo obedecer aos comandos legais objetivamente definidos na lei que estabelecer a competência, bem como aos princípios da moralidade e da razoabilidade, aspectos esses que adensam os requisitos causa, motivo e finalidade do ato discricionário; C: incorreta, pois os atributos da exigibilidade (que permite o uso da coação indireta) e da executoriedade (que permite o uso da coação direta, da força) não estão presentes em todos os atos administrativos, sendo necessário previsão legal, no caso do primeiro atributo, e, quanto ao segundo, previsão legal ou existência de situação em que não haja tempo hábil para buscar o Judiciário; D: incorreta, pois o prazo decadencial de 5 anos só se inicia após o registro da aposentadoria no Tribunal de Contas; entre a concessão da aposentadoria e o registro desta não corre o referido prazo; nesse sentido, confira a seguinte decisão do STF: “1. Esta Suprema Corte possui jurisprudência pacífica no sentido de que o Tribunal de Contas da União, no exercício da competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadorias, reformas e pensões (art. 71, inciso III, CF/1988), não se submete ao prazo decadencial da Lei 9.784/1999, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a publicação do registro na imprensa oficial. 2. O TCU, em 2008, negou o registro da aposentadoria do ora recorrente, concedida em 1998, por considerar ilegal ‘a incorporação de vantagem de natureza trabalhista que não pode subsistir após a passagem do servidor para o regime estatutário’. Como o ato de aposentação do recorrente ainda não havia sido registrado pelo Tribunal de Contas da União, não há que se falar em decadência administrativa, tendo em vista a inexistência do registro do ato de aposentação em questão. 3. Sequer há que se falar em ofensa aos princípios da segurança jurídica, da boa-fé e da confiança, pois foi assegurado ao recorrente o direito ao contraditório e à ampla defesa, fato apresentado na própria inicial, uma vez que ele apresentou embargos de declaração e também pedido de reexame da decisão do TCU. 4. Agravo regimental não provido”(MS 27746 ED, DJ 06.09.2012); E: incorreta, pois a ilegitimidade também alcança os atos que ferem princípios e outras normas jurídicas. Gabarito “B” Gabarito “B” Gabarito “E” 582 A: incorreta, pois somente se revoga atos discricionários, pois tais atos são os únicos em que há mais de uma possibilidade de atuação para o agente público, que, portanto, pode praticar o ato hoje e, amanhã, por fato novo, pode revogá-lo; nos atos vinculados o agente está vinculado a tomar um tipo de medida somente, de modo que não cabe revogar um ato vinculado, já que ou o ato foi praticado conforme a lei (e será mantido para sempre assim) ou o ato violou a lei (e será anulado, e não revogado); B: incorreta, pois ato simples é aquele praticado por um órgão somente, seja esse órgão simples (uma autoridade), seja colegiado (uma comissão de licitação, com três integrantes); C: incorreta, pois a autoexecutoriedade só existe quando a lei expressamente autorizar ou quando não houver tempo de buscar a prestação jurisdicional; D: incorreta, pois a perfeição significa que o ato já completou o ciclo para a sua formação (sua existência), não tendo relação alguma com a validade do ato, ou seja, com a conformidade do ato com a lei; há três planos distintos, quais sejam, existência, validade e eficácia, e a perfeição diz respeito ao primeiro plano; E: correta, valendo lembrar que a conversão incide sobre atos nulos, e não os aproveita na situação original, mas sim em uma situação em que o ato será válido (ex.: converte-se uma permissão de uso de bem público, concedida sem licitação, numa autorização de uso de bem público, que não requer licitação); a convalidação, por sua vez, incide sobre atos anuláveis, e mantém o ato na situação original (ex.: convalida-se uma permissão de uso de bem público, concedida por uma autoridade com incompetência relativa, mantendo-se a própria permissão de uso concedida, mediante ratificação pela autoridade competente). (Ministério Público/MT – 2012 – UFMT) NÃO pode ser considerada hipótese de extinção das licenças administrativas: Gabarito “A” (D) A (Ministério Público/GO – 2010) Em relação à extinção dos atos administrativos, assinale a alternativa correta: I. II. III. IV. A extinção do ato administrativo é aquela que resulta somente quando cumpre seus efeitos. A cassação é forma extintiva que se aplica quando o beneficiário descumpre condições que permitam a manutenção dos atos e seus efeitos. A invalidação é forma extintiva por razões de oportunidade e conveniência. A caducidade ocorre quando há o desaparecimento do objeto e do sujeito que se beneficiou do ato. (A) Todas as assertivas estão corretas. apenas uma assertiva correta. (C) Há apenas duas assertivas corretas. (D) Há apenas três assertivas corretas. (B) Há Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL anular o ato, mas deve recorrer ao Poder Judiciário para promover a ação anulatória; (B) é obrigada a manter o ato como se fosse válido, tendo em vista ter ocorrido a prescrição de sua pretensão; (C) pode legitimamente anular o ato, sem recorrer ao Poder Judiciário, por ser dotada da prerrogativa de autotutela; (D) tem que manter o ato com sua eficácia normal, porque foi extinto o direito do administrado; (E) está impedida de anular o ato em virtude da decadência, desde que não tenha havido comprovada má-fé. A: incorreta, pois, pelo princípio da autotutela, caso a Administração possa anular o ato, tal medida deve ser tomada sem necessidade de submeter a decisão ao Judiciário (art. 53 da Lei 9.784/1999); B: incorreta, pois, ultrapassado o prazo legal para a anulação do ato, opera-se a decadência (art. 54, caput, da Lei 9.784/1999) e não a prescrição; C: incorreta, pois, ultrapassados os 5 anos previstos em lei e não havendo notícia (e demonstração) de má-fé do beneficiário do ato, não é possível mais que se anule este (art. 54, caput, da Lei 9.784/1999); D: incorreta, pois o que foi extinto é o direito de a Administração anular o ato e não o direito do administrado; E: correta, nos termos do art. 54, caput, da Lei 9.784/1999. Gabarito “E” Com base na doutrina e na jurisprudência, assinale a opção correta a respeito dos atos administrativos. (Ministério Público/RR – 2012 – CESPE) (A) Segundo o STJ, a possibilidade de a administração poder anular ou revogar os seus próprios atos quando eivados de irregularidades não se estende ao desfazimento de situações constituídas com aparência de legalidade, sem a necessária observância do devido processo legal e da ampla defesa. (B) Conforme a classificação dos atos administrativos quanto aos seus efeitos, a anulação do ato administrativo configura exemplo de ato constitutivo, por criar, modificar ou extinguir um direito ou situação do administrado. (C) A falta da aprovação da autoridade competente para o ato administrativo produzir efeitos configura hipótese de ato administrativo pendente de exequibilidade, visto que está sujeito a condição ou termo para o início da produção de seus efeitos. (D) Estando o servidor impedido ou sob suspeição ao praticar o ato administrativo, resta configurada hipótese de vício insanável. (E) De acordo com o entendimento do STJ, o administrador, consoante a teoria dos motivos determinantes, vincula-se aos motivos elencados para a prática do ato administrativo, porém o vício de legalidade resta configurado quando inexistentes ou inverídicos os motivos suscitados pela administração, independentemente da existência de coerência entre as razões explicitadas no ato e o resultado obtido. Sobre o ato administrativo lícito da administração pública, é correto dizer que (Ministério Público/RS – 2009) (A) ele pode ser revogado desde que não tenha operado efeitos no patrimônio do seu titular. (B) ele é passível de revogação a qualquer tempo, tendo a revogação efeito declaratório. (C) ele, segundo boa parte da doutrina, pode levar à reparação dos danos que venha a representar para terceiros. (D) quando ato vinculado – em regra – é suscetível à revogação. (E) sua revogação pode atingir àqueles atos denominados como meros atos administrativos, tais como, a expedição de certidões, de pareceres e de atestados. A: incorreta, pois, mesmo que um ato tenha operado efeitos no patrimônio do seu titular, caso passe a ser inconveniente, pode ser revogado (ex.: revogação de uma permissão de uso de bem público); caso a Administração queira revogar um vínculo mais forte, como é uma concessão, mesmo assim o concessionário tem que aceitar a revogação, havendo como diferença apenas o fato de que o concessionário terá direito de ser indenizado; por fim, vale ressaltar que a revogação só não é possível quando opera efeito no patrimônio do titular do ato, caso os efeitos operados gerem direito adquirido; B: incorreta, pois a revogação desconstitui o ato administrativo revogado, de modo que seu efeito não é declaratório, mas constitutivo negativo; C: correta, valendo trazer como exemplo a revogação de um ato com natureza contratual, como é o da concessão de serviço público; D: incorreta, pois somente os atos discricionários são passíveis de revogação, porque só estes permitem mais de uma opção ao administrador público; E: incorreta, pois tais atos são irrevogáveis, segundo a doutrina; aliás, é bom lembrar que são irrevogáveis os seguintes atos: os que geram direitos adquiridos, os vinculados, os exauridos, os ilegais (pois a ilegalidade impõe a anulação, e não a revogação) e os meros atos administrativos (certidões, pareceres, atestados etc.). Gabarito “C” (A) pode A: correta, pois, segundo o STJ, “o princípio de que a administração pode anular (ou revogar) os seus próprios atos, quando eivados de irregularidades, não inclui o desfazimento de situações constituídas com aparência de legalidade, sem observância do devido processo legal e ampla defesa. A desconstituição de ato de nomeação de servidor provido, mediante a realização de concurso público devidamente homologado pela autoridade competente, impõe a formalização de procedimento administrativo, em que se assegure, ao funcionário demitido, o amplo direito de defesa” (AgRg no AREsp 150441, DJe 25.05.2012); B: incorreta, pois, em se tratando de um ato nulo, a decisão é meramente declaratória, pois a nulidade se dá de pleno direito; C: incorreta, pois a aprovação da autoridade é evento futuro e incerto, tratando-se, assim, de condição e não de termo; D: incorreta, pois o vício é sanável; com efeito, a doutrina aponta que tanto o impedimento como a suspensão de alguém para a prática de um ato administrativo tornam este anulável, passível, portanto, de convalidação por autoridade que não esteja na mesma situação de impedimento ou suspeição; E: incorreta, pois, segundo o STJ, configura-se vício de legalidade a falta de coerência entre as razões expostas no ato e o resultado nele contido (MS 13948, DJe 07.11.2012). Gabarito “A” (Ministério Público/RJ – 2011) Ato administrativo foi praticado com vício de legalidade há sete anos. Nesse caso, a Administração Pública: 6. Direito Administrativo 583 Wander Garcia O ato administrativo poderá: (A) ser revisto pelo Poder Judiciário quanto a seu mérito, conveniência e oportunidade (B) ser revisto pelo Poder Judiciário somente quanto a legalidade e conveniência. (C) ser revisto pelo Poder Judiciário somente quanto à conveniência e forma. (D) ser revisto pelo Poder Judiciário somente quanto a sua forma e legalidade. (E) ser revisto pela própria administração somente antes de produzir seus efeitos. A a C: incorretas, pois o Judiciário não pode invadir o mérito administrativo (conveniência e oportunidade), podendo apenas verificar os aspectos de legalidade, aí inclusos o respeito à lei e aos princípios administrativos, como o da moralidade e da razoabilidade; D: correta, pois o Judiciário pode verificar os aspectos relacionados à forma e à lei, esta em sentido amplo, abrangendo também as normas constitucionais; E: incorreta, pois a Administração também pode rever seus atos após estes produzirem efeitos. Gabarito “D” 3.6.Convalidação e conversão (Ministério Público/GO – 2010) posições: I. 584 II. III. IV. Julgue as seguintes pro- Em sede administrativa, não se há de falar em coisa julgada, razão pela qual a autoridade unipessoal disposta em nível superior pode rever ou determinar a revisão do decidido pelo órgão colegiado, pois o organograma administrativo, deferindo aos agentes diferentes patamares hierárquicos faz pressupor que aos superiores é outorgada habilitação ideal para enfrentamento de questões já solvidas. A convalidação é suprimento da invalidade de um ato administrativo, sem que se lhe atribua efeito retroativo. Pode o agente administrativo convalidar um ato administrativo viciado, mesmo que este já tenha sido impugnado, tratando-se tal função de consequência do poder de autotutela deferido à Administração Pública. Sempre que a Administração estiver diante de ato viciado suscetível de convalidação, e que não tenha sido objeto de impugnação, compete a ela convalidá-lo, ressalvando-se a hipótese de vício de competência em ato de conteúdo discricionário. (A) Apenas uma alternativa é correta. duas alternativas são corretas. (C) Apenas três alternativas são corretas. (D) Todas as alternativas são corretas. (B) Apenas I: incorreta, pois existe a chamada coisa julgada administrativa, que consiste não impossibilidade de a decisão administrativa sofrer modificação na esfera administrativa; II: incorreta, pois a convalidação tem efeito retroativo; III: incorreta, pois a doutrina é assente no sentido de que, uma vez impugnado o ato inquinado de vício de legalidade, não mais será possível sua convalidação, ainda que tal ato tenha defeito sanável; IV: correta, pois, cabendo a convalidação no caso concreto, esta é um imperativo; porém, caso se esteja diante de vício de competência em ato discricionário, a convalidação não é obrigatória, já que a discricionariedade da competência justifique que o agente efetivamente competente possa analisar, no caso concreto, da conveniência ou não da manutenção do ato. A convalidação de ato administrativo decorre de certos pressupostos. Não se inclui entre esses pressupostos: (Ministério Público/MS – 2006) (A) Não acarretar lesão ao interesse público. causar prejuízos a terceiros. (C) Autorização judicial quando se tratar de matéria patrimonial. (D) O defeito ter natureza sanável. (B) Não Art. 55 da Lei 9.784/1999. Gabarito “C” Complete a assertiva com Gabarito “A” (Ministério Público/RS – 2008) a opção correta: 3.7.Classificação dos atos administrativos e atos em espécie Antes de verificarmos as questões deste item, vale trazer um resumo das principais espécies de atos administrativos. Espécies de atos administrativos segundo Hely Lopes Meirelles: – Atos normativos são aqueles que contêm comando geral da Administração Pública, com o objetivo de executar a lei. Exs.: regulamentos (da alçada do chefe do Executivo), instruções normativas (da alçada dos Ministros de Estado), regimentos, resoluções etc. – Atos ordinatórios são aqueles que disciplinam o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Ex.: instruções (são escritas e gerais, destinadas a determinado serviço público), circulares (escritas e de caráter uniforme, direcionadas a determinados servidores), avisos, portarias (expedidas por chefes de órgãos – trazem determinações gerais ou especiais aos subordinados, designam alguns servidores, instauram sindicâncias e processos administrativos etc.), ordens de serviço (determinações especiais ao responsável pelo ato), ofícios (destinados às comunicações escritas entre autoridades) e despacho (contém decisões administrativas). – Atos negociais são declarações de vontade coincidentes com a pretensão do particular. Ex.: licença, autorização e protocolo administrativo. – Atos enunciativos são aqueles que apenas atestam, enunciam situações existentes. Não há prescrição de conduta por parte da Administração. Ex.: certidões, atestados, apostilas e pareceres. – Atos punitivos são as sanções aplicadas pela Administração aos servidores públicos e aos particulares. Ex.: advertência, suspensão e demissão; multa de trânsito. Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL Confira mais classificações dos atos administrativos: – Quanto à liberdade de atuação do agente Ato vinculado é aquele em que a lei tipifica objetiva e claramente a situação em que o agente deve agir e o único comportamento que poderá tomar. Tanto a situação em que o agente deve agir, como o comportamento que vai tomar são únicos e estão clara e objetivamente definidos na lei, de forma a inexistir qualquer margem de liberdade ou apreciação subjetiva por parte do agente público. Exs.: licença para construir e concessão de aposentadoria. Ato discricionário é aquele em que a lei confere margem de liberdade para avaliação da situação em que o agente deve agir ou para escolha do melhor comportamento a ser tomado. Seja na situação em que o agente deve agir, seja no comportamento que vai tomar, o agente público terá uma margem de liberdade na escolha do que mais atende ao interesse público. Neste ponto fala-se em mérito administrativo, ou seja, na valoração dos motivos e escolha do comportamento a ser tomado pelo agente. Vale dizer, o agente público fará apreciação subjetiva, agindo segundo o que entender mais conveniente e oportuno ao interesse público. Reconhece-se a discricionariedade, por exemplo, quando a regra que traz a competência do agente traz conceitos fluídos, como bem comum, moralidade, ordem pública etc. Ou ainda quando a lei não traz um motivo que enseja a prática do ato, como, por exemplo, a que permite nomeação para cargo em comissão, de livre provimento e exoneração. Também se está diante de ato discricionário quando há mais de uma opção para o agente quanto ao momento de atuar, à forma do ato (ex.: verbal, gestual ou escrita), sua finalidade ou conteúdo (ex.: advertência, multa ou apreensão). A discricionariedade sofre alguns temperamentos. Em primeiro lugar é bom lembrar que todo ato discricionário é parcialmente regrado ou vinculado. A competência, por exemplo, é sempre vinculada (Hely Lopes Meirelles entende que competência, forma e finalidade são sempre vinculadas, conforme vimos). Ademais, só há discricionariedade nas situações marginais, nas zonas cinzentas. Assim, se algo for patente, como quando, por exemplo, uma dada conduta fira veementemente a moralidade pública (ex.: pessoas fazendo sexo no meio de uma rua), o agente, em que pese estar diante de um conceito fluído, deverá agir reconhecendo a existência de uma situação de imoralidade. Deve-se deixar claro, portanto, que a situação concreta diminui o espectro da discricionariedade (a margem de liberdade) conferida ao agente. Assim, o Judiciário até pode apreciar um ato discricionário, mas apenas quanto aos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade, não 6. Direito Administrativo sendo possível a revisão dos critérios adotados pelo administrador (mérito administrativo), se tirados de dentro da margem de liberdade a ele conferida pelo sistema normativo. – Quanto às prerrogativas da administração Atos de império são os praticados no gozo de prerrogativas de autoridade. Ex.: interdição de um estabelecimento. Atos de gestão são os praticados sem uso de prerrogativas públicas, em igualdade com o particular, na administração de bens e serviços. Ex.: contrato de compra e venda ou de locação de um bem imóvel. Atos de expediente são os destinados a dar andamentos aos processos e papéis que tramitam pelas repartições, preparando-os para decisão de mérito a ser proferida pela autoridade. Ex.: remessa dos autos à autoridade para julgá-lo. A distinção entre ato de gestão e de império está em desuso, pois era feita para excluir a responsabilidade do Estado pela prática de atos de império, de soberania. Melhor é distingui-los em atos regidos pelo direito público e pelo direito privado. – Quanto aos destinatários Atos individuais são os dirigidos a destinatários certos, criando-lhes situação jurídica particular. Ex.: decreto de desapropriação, nomeação, exoneração, licença, autorização, tombamento. Atos gerais são os dirigidos a todas as pessoas que se encontram na mesma situação, tendo finalidade normativa. São diferenças entre um e outro as seguintes: – só ato individual pode ser impugnado individualmente; atos normativos, só por ADIN ou após providência concreta. – ato normativo prevalece sobre o ato individual – ato normativo é revogável em qualquer situação; ato individual deve respeitar direito adquirido. – ato normativo não pode ser impugnado administrativamente, mas só após providência concreta; ato individual pode ser impugnado desde que praticado. – Quanto à formação da vontade Atos simples: decorrem de um órgão, seja ele singular ou colegiado. Ex.: nomeação feita pelo Prefeito; deliberação de um conselho ou de uma comissão. Atos complexos: decorrem de dois ou mais órgãos, em que as vontades se fundem para formar um único ato. Ex.: decreto do Presidente, com referendo de Ministros. Atos compostos: decorrem de dois ou mais órgãos, em que vontade de um é instrumental à vontade de outro, que edita o ato principal. Aqui existem dois atos pelo menos: um principal e um acessório. Exs.: nomeação do Procurador-Geral da República, que depende de prévia aprovação 585 Wander Garcia pelo Senado; e atos que dependem de aprovação ou homologação. Não se deve confundir atos compostos com atos de um procedimento, vez que este é composto de vários atos acessórios, com vistas à produção de um ato principal, a decisão. – Quanto aos efeitos Ato constitutivo é aquele em que a Administração cria, modifica ou extingue direito ou situação jurídica do administrado. Ex.: permissão, penalidade, revogação e autorização. Ato declaratório é aquele em que a Administração reconhece um direito que já existia. Ex.: admissão, licença, homologação, isenção e anulação. Ato enunciativo é aquele em que a Administração apenas atesta dada situação de fato ou de direito. Não produz efeitos jurídicos diretos. São juízos de conhecimento ou de opinião. Ex.: certidões, atestados, informações e pareceres. – Quanto à situação de terceiros Atos internos são aqueles que produzem efeitos apenas no interior da Administração. Ex.: pareceres, informações. Atos externos são aqueles que produzem efeitos sobre terceiros. Nesse caso, dependerão de publicidade para terem eficácia. Ex.: admissão, licença. – Quanto à estrutura. 586 Atos concretos são aqueles que dispõem para uma única situação, para um caso concreto. Ex.: exoneração de um agente público. Atos abstratos são aqueles que dispõem para reiteradas e infinitas situações, de forma abstrata. Ex.: regulamento. Confira outros atos administrativos, em espécie: – Quanto ao conteúdo: a) autorização: ato unilateral, discricionário e precário pelo qual se faculta ao particular, em proveito deste, o uso privativo de bem público ou o desempenho de uma atividade, os quais, sem esse consentimento, seriam legalmente proibidos. Exs.: autorização de uso de praça para festa beneficente; autorização para porte de arma; b) licença: ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha requisitos legais o exercício de uma atividade. Ex.: licença para construir; c) admissão: ato unilateral e vinculado pelo qual se reconhece ao particular que preencha requisitos legais o direito de receber serviço público. Ex.: aluno de escola; paciente em hospital; programa de assistência social; d) permissão: ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pelo qual a Administração faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público, mediante licitação. Exs.: permissão para perueiro; permissão para uma banca de jornal. Vale lembrar que, por ser precária, pode ser revogada a qualquer momento, sem direito à indenização; e) concessão: ato bilateral e não precário, pelo qual a Administração faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público, mediante licitação. Ex.: concessão para empresa de ônibus efetuar transporte remunerado de passageiros. Quanto aos bens públicos, há também a concessão de direito real de uso, oponível até ao poder concedente, e a cessão de uso, em que se transfere o uso para entes ou órgãos públicos; f) aprovação: ato de controle discricionário. Vê-se a conveniência do ato controlado. Ex.: aprovação pelo Senado de indicação para Ministro do STF; g) homologação: ato de controle vinculado. Ex.: homologação de licitação ou de concurso público; h) parecer: ato pelo qual órgãos consultivos da Administração emitem opinião técnica sobre assunto de sua competência. Podem ser das seguintes espécies: facultativo (parecer solicitado se a autoridade quiser); obrigatório (autoridade é obrigada a solicitar o parecer, mas não a acatá-lo) e vinculante (a autoridade é obrigada a solicitar o parecer e a acatar o seu conteúdo; ex.: parecer médico). Quando um parecer tem o poder de decidir um caso, ou seja, quando o parecer é, na verdade, uma decisão, a autoridade que emite esse parecer responde por eventual ilegalidade do ato (ex.: parecer jurídico sobre edital de licitação e minutas de contratos, convênios e ajustes – art. 38 da Lei 8.666/1993). – Quanto à forma: a) decreto: é a forma de que se revestem os atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder Executivo. Exs.: nomeação e exoneração (atos individuais); regulamentos (atos gerais que têm por objeto proporcionar a fiel execução da lei – art. 84, IV, da CF); b) resolução e portaria: são as formas de que se revestem os atos, gerais ou individuais, emanados de autoridades que não sejam o Chefe do Executivo; c) alvará: forma pela qual a Administração confere licença ou autorização para a prática de ato ou exercício de atividade sujeita ao poderes de polícia do Estado. Exs.: alvará de construção (instrumento da licença); alvará de porte de arma (instrumento da autorização). No tocante a teoria do ato administrativo, assinale a alternativa correta. (Ministério Público/BA – 2010) (A) Ato administrativo coletivo é o que se concretiza pela manifestação da vontade de mais de um Órgão da Administração Pública. (B) Ato administrativo discricionário é aquele que a autoridade é obrigada a praticar, querendo ou não, após preenchidos os requisitos por parte do destinatário da medida. (C) Os atos administrativos da nomeação e da demissão envolvem apenas aquisição de direitos para o nomeado ao cargo público. (D) A nomeação de Ministro do Supremo Tribunal Federal classifica-se como um ato simples. Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL escolha do Procurador-Geral de Justiça pelo Chefe do Executivo é um ato discricionário e complexo. A: incorreta, pois essa definição é de ato administrativo complexo; B: incorreta, pois essa definição é de ato vinculado; C: incorreta, pois após a nomeação, o nomeado, caso queira ingressar no serviço público, deverá cumprir deveres como tomar posse no prazo legal, apresentar declaração de bens, entre outros; D: incorreta, pois ato simples é aquele praticado por apenas um órgão, ao passo que a nomeação de Ministro do STF envolve atos praticados por diversos órgãos, sendo necessária a indicação do Presidente da República, depois a aprovação pelo Senado e, por fim, nomeação pelo Presidente da República; E: correta, pois a nomeação do PGJ envolve mais de um órgão e trabalha com conceitos vagos, de modo que é ato discricionário. Gabarito “E” (Ministério Público/BA – 2008) A respeito dos atos administrativos assinale a resposta correta: (E) Ato administrativo putativo refere-se às hipóteses em que se configura uma situação externa aparente que induz terceiros a presumir a existência de um ato administrativo regular. A: incorreta, pois a permissão é discricionária e não vinculada; B: incorreta, pois a licença é vinculada e não discricionária; ademais, a licença diz respeito à outorga do direito de praticar uma atividade e não de utilizar um bem público; C: incorreta, pois o alvará é o meio utilizado para formalizar a licença e a autorização; D: incorreta, pois o silêncio administrativo, pode, sim, ter efeitos jurídicos; E: correta, pois traz adequado conceito do ato administrativo putativo. Gabarito “E” (E) A 6. Direito Administrativo (Ministério Público/PR – 2011) abaixo e após responda: I. (A) Nos termos da lei Federal 9.784/1999 (Lei de Pro- A: incorreta, pois o caso é de decadência (art. 54, caput, da Lei 9.784/1999) e não de prescrição; B: incorreta, pois o caso é de cassação e não de revogação; C: incorreta, pois os motivos do ato (fatos que justificam a sua prática) podem ser verificados pelo juiz quanto a sua efetiva existência no plano concreto, bem como quanto à sua adequação ao caso concreto; D: correta (art. 40, caput, da Lei 8.987/1995). Gabarito “D” (Ministério Público/MS – 2009) Em relação aos atos administrativos, assinale a opção correta. (A) Permissão é o ato administrativo editado no exercício de competência vinculada por meio do qual a Administração Pública formaliza o direito de um particular ao exercício de uma profissão ou atividade. (B) Licença é o ato administrativo produzido em regra de forma unilateral no exercício de competência discricionária, tendo por objeto prestação de serviço público ou a utilização de um bem público para fins específicos. (C) Alvará é o meio utilizado para formalizar a concessão e a permissão. (D) O silêncio da Administração Pública, mesmo que indicativo de uma manifestação de vontade por atuação omissiva, não gera efeitos jurídicos de ato administrativo. II. III. IV. V. Um dos atributos do ato administrativo é a presunção de legitimidade, que consiste em admitir que se presumem verdadeiros e que se conformam com o Direito. Tem o caráter de presunção juris et de jure, decorrente da natureza pública e estatal da administração. O Regulamento do Imposto de Renda é um ato administrativo abstrato. São atos administrativos discricionários aqueles que outorgam a permissão de uso de um bem público. São atos administrativos vinculados aqueles que concedem aposentadoria a servidor público. É ato administrativo constitutivo aquele que certifica o nascimento de uma pessoa. (A) todas as afirmativas estão corretas. afirmativas II, III e IV são corretas. (C) a afirmativa V é a única incorreta. (D) as afirmativas I, III e V são incorretas. (E) todas as afirmativas são incorretas. (B) as I: incorreta, pois essa presunção não é absoluta (juris et de jure), mas relativa (juris tantum); II: correta, pois se trata de um ato normativo, e, como os atos normativos em geral, são atos abstratos e gerais; III: correta, pois a permissão de bem público é um ato unilateral, discricionário e precário, pelo qual se faculta ao particular o uso de um bem público, mediante licitação; IV: correta, pois esses atos são vinculados, já que a lei estabelece, de modo objetivo, todos os requisitos para a concessão de uma aposentadoria; V: incorreta, pois esse ato administrativo é meramente enunciativo ou declaratório. Gabarito “B” cesso Administrativo) o direito da administração de anular os atos administrativos de que decorreram efeitos favoráveis para os destinatários prescreve em 05 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (B) Concedida uma licença para construir, sob determinadas condições previstas em lei, se o administrado vier a descumprir as condições estabelecidas, a administração deverá revogar a licença concedida. (C) O mérito administrativo integra a esfera de discricionariedade administrativa, sendo insindicável ao controle jurisdicional o exame dos motivos do ato. (D) A permissão de serviço público é formalizada por contrato de adesão, a título precário e mediante licitação. Examine as afirmações 4.Organização Administrativa 4.1.Temas gerais (Administração Pública, órgãos e entidades, descentralização e desconcentração, controle e hierarquia, teoria do órgão) Segue um resumo sobre a parte introdutória do tema Organização da Administração Pública: O objetivo deste tópico é efetuar uma série de distinções, de grande valia para o estudo sistematizado do tema. A primeira delas tratará da relação entre pessoa jurídica e órgãos estatais. 587 Wander Garcia Pessoas jurídicas estatais são entidades integrantes da estrutura do Estado e dotadas de personalidade jurídica, ou seja, de aptidão genérica para contrair direitos e obrigações. Órgãos públicos são centros de competência integrantes das pessoas estatais instituídos para o desempenho das funções públicas por meio de agentes públicos. São, portanto, parte do corpo (pessoa jurídica). Cada órgão é investido de determinada competência, dividida entre seus cargos. Apesar de não terem personalidade jurídica, têm prerrogativas funcionais, o que admite até que interponham mandado de segurança, quando violadas. Tal capacidade processual, todavia, só têm os órgãos independentes e os autônomos. Todo ato de um órgão é imputado diretamente à pessoa jurídica da qual é integrante, assim como todo ato de agente público é imputado diretamente ao órgão à qual pertence (trata-se da chamada “teoria do órgão”, que se contrapõe à teoria da representação ou do mandato). Deve-se ressaltar, todavia, que a representação legal da entidade é atribuição de determinados agentes, como o Chefe do Poder Executivo e os Procuradores. Confiram-se algumas classificações dos órgãos públicos, segundo o magistério de Hely Lopes Meirelles: 588 Quanto à posição, podem ser órgãos independentes (originários da Constituição e representativos dos Poderes do Estado: Legislativo, Executivo de Judiciário – aqui estão todas as corporações legislativas, chefias de executivo e tribunais, e juízos singulares); autônomos (estão na cúpula da Administração, logo abaixo dos órgãos independentes, tendo autonomia administrativa, financeira e técnica, segundo as diretrizes dos órgãos a eles superiores – cá estão os Ministérios, as Secretarias Estaduais e Municipais, a AGU etc.), superiores (detêm poder de direção quanto aos assuntos de sua competência, mas sem autonomia administrativa e financeira – ex.: gabinetes, procuradorias judiciais, departamentos, divisões etc.) e subalternos (são os que se acham na base da hierarquia entre órgãos, tendo reduzido poder decisório, com atribuições de mera execução – ex.: portarias, seções de expediente): Quanto à estrutura, podem ser simples ou unitários (constituídos por um só centro de competência) e compostos (reúnem outros órgãos menores com atividades-fim idênticas ou atividades auxiliares – ex.: Ministério da Saúde). Quanto à atuação funcional, podem ser singulares ou unipessoais (atuam por um único agente – ex.: Presidência da República) e colegiados ou pluripessoais (atuam por manifestação conjunta da vontade de seus membros – ex.: corporações legislativas, tribunais e comissões). Outra distinção relevante para o estudo da estrutura da Administração Pública é a que se faz entre desconcentração e descentralização. Confira-se. Desconcentração é a distribuição interna de atividades administrativas, de competências. Ocorre de órgão para órgão da entidade Ex.: competência no âmbito da Prefeitura, que poderia estar totalmente concentrada no órgão Prefeito Municipal, mas que é distribuída internamente aos Secretários de Saúde, Educação etc. Descentralização é a distribuição externa de atividades administrativas, que passam a ser exercidas por pessoa ou pessoas distintas do Estado. Dá-se de pessoa jurídica para pessoa jurídica como técnica de especialização. Ex.: criação de autarquia para titularizar e executar um dado serviço público, antes de titularidade do ente político que a criou. Na descentralização por serviço a lei atribui ou autoriza que outra pessoa detenha a titularidade e a execução do serviço. Depende de lei. Fala-se também em outorga do serviço. Na descentralização por colaboração o contrato ou ato unilateral atribui a outra pessoa a execução do serviço. Aqui o particular pode colaborar, recebendo a execução do serviço, e não a titularidade. Fala-se também em delegação do serviço e o caráter é transitório. É importante também saber a seguinte distinção. Administração direta compreende os órgãos integrados no âmbito direto das pessoas políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Administração indireta compreende as pessoas jurídicas criadas pelo Estado para titularizar e exercer atividades públicas (autarquias e fundações públicas) e para agir na atividade econômica quando necessário (empresas públicas e sociedades de economia mista). Outra classificação relevante para o estudo do tema em questão é a que segue. As pessoas jurídicas de direito público são os entes políticos e as pessoas jurídicas criadas por estes para exercerem típica atividade administrativa, o que impõe tenham, de um lado, prerrogativas de direito público, e, de outro, restrições de direito público, próprias de quem gere coisa pública.1 Além dos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), são pessoas jurídicas de direito público as autarquias, fundações públicas, agências reguladoras e associações públicas (consórcios públicos de direito público). 1. Vide art. 41 do Código Civil. O parágrafo único deste artigo faz referência às pessoas de direito público com estrutura de direito privado, que serão regidas, no que couber, pelas normas do CC. A referência é quanto às fundações públicas, aplicando-se as normas do CC apenas quando não contrariarem os preceitos de direito público. Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL Hierarquia consiste no poder que um órgão superior tem sobre outro inferior, que lhe confere, dentre outras prerrogativas, uma ampla possibilidade de fiscalização dos atos do órgão subordinado. Controle (tutela ou supervisão ministerial) consiste no poder de fiscalização que a pessoa jurídica política tem sobre a pessoa jurídica que criou, que lhe confere tão somente a possibilidade de submeter a segunda ao cumprimento de seus objetivos globais, nos termos do que dispuser a lei. Ex.: a União não pode anular um ato administrativo de concessão de aposentadoria por parte do INSS (autarquia por ela criada), por não haver hierarquia; mas pode impedir que o INSS passe a comercializar títulos de capitalização, por exemplo, por haver nítido desvio dos objetivos globais para os quais fora criada a autarquia. Aqui não se fala em subordinação, mas em vinculação administrativa. Por fim, há entidades que, apesar de não fazerem parte da Administração Pública Direta e Indireta, colaboram com a Administração Pública e são estudadas no Direito Administrativo. Tais entidades são denominadas entes de cooperação ou entidades paraestatais. São entidades que não têm fins lucrativos e que colaboram com o Estado em atividades não exclusivas deste. São exemplos de paraestatais as seguintes: a) entidades do Sistema S (SESI, SENAI, SENAC etc. – ligadas a categorias profissionais, cobram contribuições parafiscais para o custeio de suas atividades); b) organizações sociais (celebram contrato de gestão com a Administração); c) organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIPs (celebram termo de parceria com a Administração). (Ministério Público/MG – 2012 – CONSULPLAN) assertivas abaixo: I. II. III. Analise as s sociedades de economia mista são pessoas A jurídicas de direito privado e integram a Administração Pública indireta. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, têm capital inteiramente público e podem ser organizadas sob qualquer forma admitida em Direito (civil ou comercial). O poder de polícia não pode ser exercido pelas agências reguladoras por se tratar de prerrogativa indelegável e exclusiva dos entes da Administração Pública direta. Quarentena é o mecanismo pelo qual o ex-dirigente de uma agência reguladora, seu cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, ficam impedidos de desempenhar funções públicas, pelo período de quarenta dias a contar da data de sua exoneração. Pode-se afirmar que: as assertivas I e II estão CORRETAS. as assertivas II e III estão CORRETAS. (C) apenas as assertivas III e IV estão CORRETAS. (D) apenas as assertivas I e IV estão CORRETAS. (A) apenas (B) apenas A: correta (art. 5º, III, do Dec.-lei 200/1967); II: correta (art. 5º, II, do Dec.-lei 200/1967); III: incorreta, pois as agências reguladoras, por serem pessoas jurídicas de direito público, podem praticar atividades típicas de Estado, tal como é o poder de polícia; basta que a lei atribua tal competência a uma agência reguladora, como é o caso da ANVISA que recebe competência para o exercício do poder de polícia em matéria de vigilância sanitária; IV: incorreta, pois a lei faz referência apenas ao ex-dirigente e o prazo não é necessariamente de 40 dias, variando de acordo com o tipo de agência reguladora; na Lei Geral de Agências Reguladoras, que se aplica quando não disposição específica na lei que trata de determinada agência, a quarentena foi fixada em quatro meses (art. 8º, caput, da Lei 9.986/2000). (Ministério Público/RS – 2008) INCORRETA: Assinale a alternativa (A) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, de natureza meramente administrativa, criadas por lei específica. (B) Os municípios são pessoas jurídicas de direito público, de natureza administrativa, instituídos por legislação específica. (C) As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, com criação autorizada por lei específica e se destinam à realização de obras e serviços de interesse coletivo. (D) As fundações estatais são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei específica, e com as atribuições estabelecidas no seu ato de instituição. (E) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação é autorizada por lei específica, para realização de obras e serviços. A: assertiva correta (art. 37, XIX, da CF c/c art. 5º, I, do Dec.-lei 200/1967); B: assertiva incorreta, pois os municípios têm natureza política e não meramente administrativa; quanto à sua criação, vide o disposto no art. 18, § 4º, da CF); C e E: assertivas corretas quanto à criação dessas entidades (art. 37, XIX, da CF); quanto à sua destinação, a redação das alternativas não está muito boa, mas não chega a estar completamente errado; com efeito, seria melhor dizer que tais empresas estatais são criadas para explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos, mas não é incorreto dizer que elas poderão realizar obras (ex: uma empresa municipal de urbanismo) ou prestar serviços de interesse coletivo; D: assertiva correta, pois, de fato, as fundações públicas de direito público são criadas por lei específica; vale salientar que o Poder Público poderá criar, também, fundações de direito privado, respeitando o disposto na parte final do art. 37, XIX, da CF. Gabarito “B” Também é necessário conhecer a seguinte distinção. IV. Gabarito “A” As pessoas jurídicas de direito privado estatais são aquelas criadas pelos entes políticos para exercer atividade econômica, devendo ter os mesmos direitos e restrições das demais pessoas jurídica privadas, em que pese terem algumas restrições adicionais, pelo fato de terem sido criadas pelo Estado. São pessoas jurídicas de direito privado estatais as empresas públicas, as sociedades de economia mista, as fundações privadas criadas pelo Estado e os consórcios públicos de direito privado. 6. Direito Administrativo 589 Wander Garcia (C) As I. II. III. IV. Julgue as seguintes pro- Autarquias podem ser definidas como pessoas jurídicas de Direito Público de capacidade exclusivamente administrativa. O Estado é solidariamente responsável pelas obrigações contraídas por suas autarquias. As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, criadas para disciplinar e controlar certas atividades, entre elas atividades de fomento e incrementação de atividade privada. Para receber a distinção de agência executiva, a autarquia deve, necessariamente, celebrar contrato de gestão com o órgão que a supervisiona. (A) Apenas uma alternativa é correta. duas alternativas são corretas. (C) Apenas três alternativas são corretas. (D) Todas as alternativas são corretas. (B) Apenas I: correta (art. 5º, I, do Dec.-lei 200/1967); II: incorreta, pois a responsabilidade estatal, no caso, é subsidiária e não solidária; III; correta, pois, de fato, agências reguladoras são autarquias sob regime especial; ademais, existe sim agência reguladora com finalidade de fomento de atividade privada, conforme se verifica da medida provisória que criou a ANCINE (art. 5º, caput, da MP 2.228/2001); IV: correta (art. 51, II, da Lei 9.649/1998). Gabarito “C” (Ministério Público/MT – 2012 – UFMT) A condição de “agên- cia executiva”, na administração publica federal, é situação que pode ser concedida pela Presidência da República a que tipo de entes? (A) Autarquias e órgãos da administração direta. autarquias. (C) Fundações e órgãos da administração direta. (D) Apenas órgãos da administração direta. (E) Autarquias e fundações. (B) Apenas De acordo com o art. 51, caput, da Lei 9.649/1998 apenas autarquias e fundações podem ser qualificadas como agência executiva. Gabarito “E” 590 4.3. Agências reguladoras (Ministério Público/ES – 2010 – CESPE) Tendo em vista os conceitos acerca da administração pública direta e indireta, das agências reguladoras, das fundações de direito público e privado e das organizações sociais, assinale a opção correta. (A) As pessoas qualificadas como organizações sociais, às quais incumbe a execução de serviços públicos em regime de parceria com o poder público, formalizado por contratos de gestão, devem ter personalidade jurídica de direito privado e não podem ter fins lucrativos. (B) Como compartimentos internos da pessoa pública, os órgãos públicos, diferentemente das entidades, são criados e extintos somente pela vontade da administração, sem a necessidade de lei em sentido formal. A: correta, pois traz definição precisa das organizações sociais; B: incorreta, pois, em virtude do princípio da legalidade, a criação de órgãos deve ser feita por meio de lei; C: incorreta, pois as autarquias não têm por objeto realizar atividade de cunho econômico ou mercantil, mas sim atividades típicas de Estado; D: incorreta, pois cada agência reguladora tem uma lei específica com o regime jurídico aplicável, valendo salientar que existe também uma lei com preceitos comuns a todas as agências reguladoras (Lei 9.986/2000); E: incorreta, pois apenas as fundações de direito público têm tais privilégios. (Ministério Público/MG – 2010.1) São características das agências reguladoras existentes no ordenamento jurídico pátrio, EXCETO (A) Podem exercer típico poder de polícia, impondo de limitações administrativas, fiscalização e repressão, conforme previsão legal. (B) Podem, nos termos da lei, controlar as atividades que constituem objeto de concessão ou permissão de serviço público ou de atividade econômica monopolizada do Estado. (C) Seus servidores são admitidos segundo o regime de trabalho celetista. (D) Substituem o poder executivo com relação às funções que o poder concedente exerce nos contratos de concessão ou permissão de serviços públicos. (E) Seus dirigentes são nomeados para mandato fixo, afastada, em regra, a possibilidade de exoneração ad nutum. A: correta, pois há agências reguladoras cujo objeto é o exercício de poder de polícia (ex.: ANVISA); B: correta, pois há agências reguladoras cujo objeto é o controle de concessões e permissões de serviço público (ex.: ANEEL, ANATEL, ANTT, ANAC) ou de atividade econômica monopolizada do Estado (ex.: ANP); C: incorreta, pois, segundo o STF, tais entidades, por serem pessoas jurídicas de direito público, devem contratar pelo regime estatutário; D: correta, pois fazem o papel típico que os entes políticos faziam antes de criar a agência reguladora, qual seja, de regulação e fiscalização das concessões e permissões de serviço público; E: correta, devendo-se respeitar o mandato dos dirigentes dessas agências, que só podem ser desligados a pedido ou pelo cometimento de falta que enseje processo disciplinar com pena de desligamento, ou pelo cometimento de crime ou ato de improbidade administrativa. Gabarito “C” (Ministério Público/GO – 2010) posições: autarquias destinam-se a executar serviços públicos de natureza social e administrativa e atividades de cunho econômico ou mercantil. (D) As agências reguladoras, como autarquias de regime especial, dispõem de uma disciplina legal única, expressa em lei federal aplicável a todas as esferas de governo. (E) As fundações de direito público e as de direito privado detêm alguns privilégios que são próprios das autarquias, como o processo especial de execução, a impenhorabilidade dos seus bens, o juízo privativo, prazos dilatados em juízo e duplo grau de jurisdição. Gabarito “A” 4.2. Autarquias (Ministério Público/PR – 2011) Relativamente às agências reguladoras, é correto afirmar: (A) Integram a administração direta, caracterizadas como fundações. (B) Integram a administração indireta, caracterizadas como sociedades de economia mista. Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL Gabarito “D” 4.4.Consórcios públicos A Lei de Consórcios Públicos, Lei n. 11.107/2005, (A) permite a participação da União em consórcio formado unicamente por Municípios. (B) condiciona a alteração de contrato de consórcio público à aprovação de instrumento pela assembleia geral, dispensada a ratificação mediante lei dos entes consorciados. (C) estatui que a retirada do ente consorciado implica necessariamente na reversão dos bens que ele destinou ao consórcio. (D) admite que os consórcios públicos possam outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos, desde que haja previsão dessa competência no contrato de sua formação. (E) exige que a execução de desapropriações e a instituição de servidões necessárias ao consórcio seja realizada por cada um dos entes consorciados, nos bens situados em seu território. (Ministério Público/CE – 2011 – FCC) A: incorreta, pois, segundo o art. 1º, § 2º, da Lei 11.107/2005, “a União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados”; B: incorreta, pois é necessária também a ratificação mediante lei por todos os entes consorciados (art. 12 da Lei 11.107/2005); C: incorreta, pois, segundo o art. 11, § 1º, da Lei 11.107/2005, “os bens destinados ao consórcio público pelo consorciado que se retira somente serão revertidos ou retrocedidos no caso de expressa previsão no contrato de consórcio público ou no instrumento de transferência ou de alienação” (g.n.); D: correta (art. 2º, § 3º, da Lei 11.107/2005); E: incorreta, pois o próprio consórcio público poderá promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público (art. 2º, § 1º, II, da Lei 11.107/0205). Gabarito “D” (Ministério Público/MG – 2010.1) Sobre a Lei n. 11.107/2005, que dispõe sobre contratação de consórcios públicos, é INCORRETO afirmar (A) O consórcio público, constituído como associação pública, havendo previsão no contrato de consórcio, poderá promover desapropriações nos termos de declaração de utilidade pública, necessidade pública ou interesse social, realizada pelo Poder Público. (B) O consórcio público, se constituído com personalidade jurídica de direito público, integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. consórcio público constituído como pessoa jurídica de direito privado deverá atender aos requisitos da legislação civil, contratar pessoal pelo regime celetista, mediante concurso público, e observar as normas previstas na Lei n. 8.666/1993. (D) O contrato de consórcio deverá prever as contribuições financeiras ou econômicas de cada ente da Federação consorciado ao consórcio público. (E) Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de obras e serviços públicos, mediante autorização prevista no contrato de consórcio, que deverá indicar os requisitos. A: correta (art. 2º, § 1º, II, da Lei 11.107/2005); B: correta (art. 6º, § 1º, da Lei 11.107/2005); C: correta (art. 6º, § 2º, da Lei 11.107/2005); D: incorreta (art. 4º, § 3º, da Lei 11.107/2005), pois o contrato de consórcio público não trará tal disposição; no entanto, anualmente, será feito o contrato de rateio, que tratará dos recursos a serem entregues ao consórcio pelos entes políticos consorciados; E: correta (art. 2º, § 3º, da Lei 11.107/2005). Segundo a Lei 11.107/2005, a União Federal poderá ser parte integrante de consórcios públicos. Essa participação somente ocorrerá quando (Ministério Público/MT – 2012 – UFMT) (A) fizerem parte dele apenas Estados, sem a participação de municípios. (B) fizerem parte dele apenas municípios situados em Estados diferente es. (C) fizer parte dele mais de um Estado. (D) fizerem parte dele Estados situados em diferentes regiões da federação. (E) fizerem parte dele todos os Estados a que pertencerem os municípios consorciados. Segundo o art. 1º, § 2º, da Lei 11.107/2005, “a União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados”. (Ministério Público/RJ – 2011) A União Federal, um Estado-membro e doze Municípios de uma mesma região firmaram protocolo de intenções, expressando seu objetivo de implementar a gestão associada de determinado serviço público, e constituíram uma associação pública após a ratificação do protocolo por lei. Diante desses elementos, foi constituído: (A) convênio personalizado; de cogestão; (C) consórcio público; (D) convênio administrativo; (E) consórcio despersonalizado. (B) convênio Trata-se de consórcio público, nos termos do disposto na Lei 11.107/2005, especialmente os arts. 3º (protocolo de intenções), 4º, XI (gestão associada de serviço público), art. 1º, § 1º (associação pública – uma das espécies de consórcio público) e 5º(ratificação do protocolo por lei). Gabarito “C” A: incorreta, pois integram a administração indireta, e são caracterizadas como autarquias especiais; B: incorreta, pois são autarquias especiais (pessoas jurídicas de direito público) e não sociedades de economia mista (pessoas jurídicas de direito privado estatais); C: incorreta, pois integram a administração indireta, e são caracterizadas como autarquias especiais; D: correta, conforme já mencionado nas alternativas anteriores; E: incorreta, pois, como são pessoas jurídicas de direito público, seus agentes, como regra, são estatutários. (C) O Gabarito “E” a administração direta, caracterizadas como empresas públicas. (D) Integram a administração indireta, caracterizadas como autarquias de regime especial. (E) Seus servidores sujeitam-se ao regime de trabalho da Consolidação das Leis do Trabalho. Gabarito “D” (C) Integram 6. Direito Administrativo 591 Wander Garcia Sobre o tema Administração Pública Indireta, é correto afirmar: (Ministério Público/MS – 2011 – FADEMS) I. II. III. IV. somente lei específica criará autarquia e autorizará a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. a competência para julgar ações que tenham a empresa pública federal como interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente é da Justiça Federal, ressalvando as causas de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. as empresas públicas e as sociedades de economia mista podem falir, nos termos do art. 2º, inc. I, da Lei n. 11.101/2005. a criação/permissão de as empresas públicas e as sociedades de economia mista que tenham como finalidade a exploração direta de atividade econômica só ocorrerão quando necessárias aos imperativos da segurança nacional ou relevante interesse econômico, observada definição legal. (A) apenas I: correta (art. 37, XIX, da CF); II: correta (art. 109, I, da CF); III: incorreta, pois o art. 2º, I, da Lei 11.101/2005 (Lei de Falências) dispõe que essa lei não se aplica a empresa pública e sociedade de economia mista; IV: correta (art. 173, caput, da CF). ter natureza de fundação governamental de direito público, no desempenho de atividade social; (D) sujeitam-se a mandado de segurança, no caso de impugnação de atos em processo de licitação; (E) litigam na justiça fazendária, ainda que instituídas para o desempenho de atividades econômicas. A: incorreta, pois as empresas estatais, por terem personalidade de direito privado, não podem praticar atividades típicas de Estado, como o controle e fiscalização de serviços públicos; quanto a estes, tais entidades podem, no máximo, prestar (executar) os serviços; B: incorreta, pois a lei específica apenas autoriza a criação de tais entidades (art. 37, XIX, da CF); em seguida, os atos constitutivos delas devem ser registrados no Registro Público competente; C: incorreta, pois não se deve confundir o regime das “sociedades”, com o regime das “fundações’, já que a primeira atua e atividade econômica, e a segunda, não; D: correta, nos termos da Súmula STJ 333 (“Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública”); E: incorreta, pois, no desempenho de atividades econômicas, a justiça não fazendária é que conhece das causas dessas entidades; assim, a título de exemplo, uma ação contra uma empresa estatal de um Município deve ser promovida no Juízo Civil e não no Juizado da Fazenda Pública. (Ministério Público/SC – 2010) Em atenção à estrutura da Administração Pública: Administração Direta e Indireta, analise as seguintes assertivas: I. II. Gabarito “A” (Ministério Público/MT – 2012 – UFMT) Qual a natureza jurídica da sociedade de economia mista? dotada de personalidade jurídica de direito público. (B) Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado e de direito público. (C) Entidade dotada de personalidade específica. (D) Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado. (E) Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado de capacidade específica. III. (A) Entidade As alternativas A, B, C e E são incorretas, pois a sociedade de economia mista é qualificada expressamente como pessoa jurídica de direito privado (art. 5º, III, do Dec.-lei 200/1967), não havendo na lei, portanto, a qualificação dessas entidades como sendo de direito público ou de capacidade específica. Gabarito “D” 592 a afirmativa III está incorreta; (B) apenas as afirmativas I e II estão corretas; (C) apenas as afirmativas III e IV estão incorretas; (D) a afirmativa III está correta e a afirmativa IV está incorreta; (E) todas as alternativas estão corretas. (C) podem Gabarito “D” 4.5.Empresas estatais (Ministério Público/RJ – 2011) Empresas públicas e sociedades de economia mista: (A) atuam como agências reguladoras, quando visam ao controle e fiscalização de serviços públicos; criadas por lei cuja regulamentação se exterioriza por meio de decreto do Chefe do Executivo; (B) são IV. V. Somente por lei específica poderá ser criada a empresa pública e autorizada a instituição de autarquia e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. As empresas públicas e as sociedades de economia mista são criadas com personalidade jurídica de direito privado para a prestação de serviços públicos ou para o desenvolvimento de atividade econômica em sentido estrito. As sociedades de economia mista e as empresas públicas que explorem atividade econômica em sentido estrito estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. As autarquias são criadas com personalidade jurídica de direito público e submissão hierárquica ao órgão da Administração Direta em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. As empresas públicas são criadas com personalidade jurídica de direito público e sujeitam-se à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial exercida pelos Tribunais de Contas. De acordo com a Constituição da República: (A) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. as assertivas II, III e V estão corretas. (C) Apenas as assertivas II e III estão corretas. (D) Apenas as assertivas I, IV e V estão corretas. (E) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. (B) Apenas Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL Gabarito “C” 4.6.Entes de cooperação (Ministério Público/SC – 2012) 9.790/1999: I. II. III. IV. V. (A) Apenas as assertivas II e IV estão corretas. as assertivas I, II, IV e V estão corretas. (C) Apenas as assertivas I, II, III, e V estão corretas. (D) Apenas as assertivas II, IV e V estão corretas. (E) Todas as assertivas estão corretas. (B) Apenas I: incorreta, pois as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras não são passíveis de qualificação como OSCIPs (art. 2º, VII, da Lei 9.790/1999); II: correta (art. 1º, § 1º, da Lei 9.790/1999); III: incorreta, pois as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas não são passíveis de qualificação como OSCIPs (art. 2º, XII, da Lei 9.790/1999); IV: correta (art. 4º, I, da Lei 9.790/1999); V: correta (arts. 7º e 8º da Lei 9.790/1999). Gabarito “D” I: incorreta, pois é o contrário, ou seja, somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a criação de empresa pública, sociedade de economia mista e fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação (art. 37, XIX, da CF); II: correta (art. 173, § 1º, da CF); III: correta (art. 173, § 1º, II, da CF); IV: incorreta, pois as autarquias, assim com as demais pessoas jurídicas criadas pelos entes políticos, estão sujeitas à controle (tutela ou supervisão ministerial), e não à hierarquia; V: incorreta, pois as empresas públicas têm personalidade jurídica de direito privado estatal (art. 5º, II, do Dec.-lei 200/1967); de qualquer forma, é bom lembrar que a alternativa é verdadeira no ponto em que assevera que tais entidades estão sujeitas à fiscalização dos Tribunais de Contas (arts. 70 e 71 da CF). 6. Direito Administrativo (Ministério Público/SC – 2008) Analise I. De acordo com a Lei n. As instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras, desde que sem fins lucrativos, podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. Em termos de OSCIP, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social. As fundações públicas, as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas somente poderão constituir uma OSCIP se forem autorizadas pelo Ministério da Justiça, hipótese em que os respectivos Tribunais de Contas tomarão as medidas para fiscalização efetiva do exercício de suas atividades. Para qualificarem-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, as pessoas jurídicas interessadas devem ser regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência. Perde-se a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a pedido ou mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, no qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório, ressalvando-se que, vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidências de erro ou fraude, qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação de OSCIP. II. III. IV. V. as afirmativas. As organizações sociais podem ser denominadas de “Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público” quando estiverem constituídas como pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam os requisitos instituídos pela Lei n. 9.790/1999 (Lei das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público). A execução do objeto do Termo de Parceria, nos termos da Lei n. 9.790/1999 (Lei das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), será acompanhada e fiscalizada por órgão do Ministério Público da área de atuação correspondente à atividade fomentada, e pelos Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, em cada nível de governo. Entende-se por Termo de Parceria o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades que sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde. Os responsáveis pela fiscalização da execução de Contrato de Gestão, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens de origem pública por organização social, representarão ao Ministério Público, à Advocacia-Geral da União ou à Procuradoria da entidade para que requeira ao juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens da entidade e o sequestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente público ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público, sob pena de responsabilidade solidária. Instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica poderão contratar, nos termos do inciso XIII do art. 24 (dispensabilidade de licitação) da Lei n. 8.666/1993 (Lei de Licitação), e por prazo determinado, instituições criadas com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico de interesse das instituições federais contratantes, desde que sejam constituídas sob a forma de fundações de direito privado, sem fins lucrativos, e sujeitas à fiscalização do Ministério Público. 593 Wander Garcia III está correto IV e V estão corretos (C) apenas I, II, IV e V estão corretos (D) apenas V está correto (E) todos estão corretos (B) apenas I: incorreta (art. 2º, IX, da Lei 9.790/1999); II: incorreta (art. 11 da Lei 9.790/1999); III: incorreta, pois o termo de parceria é celebrado com as organizações da sociedade civil de interesse público (art. 9º da Lei 9.790/1999), ao passo que o contrato de gestão é celebrado com organizações sociais (art. 5º da Lei 9.637/1998); IV: incorreta (art. 12 da Lei 9.790/1999); V: correta (art. 24, XIII, da Lei 8.666/1993), valendo observar que o dispositivo em questão não exige que a instituição a ser contratada seja uma fundação fiscalizada pelo Ministério Público; o que se exige é que a instituição não tenha fins lucrativos, o que poderá ensejar a contratação de uma associação civil. Gabarito “D” 4.7.Temas combinados (Ministério Público/MS – 2006) Em relação a organização administrativa federal, assinale a opção CORRETA: (A) O contrato de gestão só pode ser celebrado entre a União e suas empresas estatais. (B) É possível na esfera federal uma empresa pública A: incorreta, pois o contrato de gestão pode ser celebrado com qualquer órgão ou entidade da administração pública (art. 37, § 8º, da CF), bem como com entidades paraestatais, isto é, entidades do terceiro setor, atendidas as disposições da Lei 9.637/1998 (art. 5º e ss.); B: correta (art. 5º, II, do Dec.-lei 200/1967); C: incorreta, pois as fundações públicas, por terem personalidade de direito público, podem exercer atividade típica da administração, o que inclui o exercício do poder de polícia, nos termos do previsto na lei que a tiver criado; D: incorreta, pois agências reguladoras, autarquias tradicionais e fundações públicas fazem parte de uma mesma categoria, a de autarquias, pessoas jurídicas de direito público; a diferença é que as agências reguladoras têm características especiais, daí porque são consideradas autarquias especiais; de qualquer forma, as agências não pertencem à administração direta, e sim à indireta. Gabarito “B” 594 ser organizada sob a forma de sociedade anônima sendo a União sua única proprietária. (C) As fundações públicas, não podem exercer poder de polícia administrativa. (D) As agências reguladoras representam uma nova categoria jurídica no âmbito da administração direta, distinta de autarquias e fundações. 5.Servidores Públicos 5.1.Vínculos (cargo, emprego e função) Sobre as disposições constitucionais e legais atinentes à Administração Pública, está CORRETA a seguinte afirmação (Ministério Público/MG – 2010.1) (A) As funções de confiança devem ser exercidas prioritariamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. (B) A proibição de acumulação de cargos públicos não se estende às agências reguladoras. (C) A administração poderá admitir agentes comunitá- rios de saúde e agentes de endemias pelo regime estatutário. (D) A proibição ao nepotismo é direcionada a impedir a contratação de parentes para cargos comissionados, não abrangendo as funções de confiança exercidas por servidores efetivos. (E) Conforme a proibição inserta na Súmula Vinculante 13 do STF, a esposa do prefeito municipal não pode ocupar cargo de secretária de ação social no âmbito daquele mesmo município. A: incorreta, pois tais funções devem ser exclusivamente exercidas por servidores ocupantes de cargo efetivo (art. 37, V, da CF); B: incorreta, pois tal proibição alcança toda a Administração Direta e Indireta (art. 37, XVII, da CF); C: correta, pois o art. 198, §§ 4º ao 6º, da CF não determina um regime jurídico específico, podendo este até ser um regime jurídico estatutário; D: incorreta, pois a Súmula Vinculante 13 do STF também se aplica às funções de confiança; E: incorreta, pois a Súmula em questão não se aplica para a nomeação para os cargos de secretário municipal e estadual, bem como de Ministro de Estado. Gabarito “C” (A) apenas (Ministério Público/PR – 2011) A regra geral para investidura em cargos públicos é a prévia aprovação em concurso público (artigo 37, inciso II, da CF), constituindo a livre nomeação para o provimento dos cargos em comissão uma exceção constitucional a essa regra geral (artigo 37, incisos II e V, da CF). portanto, é correto afirmar que: (A) Para que um cargo ou emprego em comissão se caracterize licitamente como tal, basta que assim esteja definido em lei local; (B) A nomeação de parente colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração pública, viola a Constituição Federal; (C) Os cargos em comissão e as funções de confiança destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, devendo a lei definir, em ambas as hipóteses, os casos, condições e percentuais mínimos de seu preenchimento por servidores de carreira; (D) Caso se afigure irregular a admissão para o exercício de cargo em comissão criado por lei municipal, o Promotor de Justiça poderá ingressar com ação civil pública visando à nulidade da nomeação, mas não poderá formular, em qualquer hipótese, pedido de ressarcimento dos valores despendidos com a remuneração do cargo em face do administrador responsável pela admissão irregular, ainda que comprovada a sua má-fé; (E) A admissão irregular para o exercício do cargo em comissão, mesmo quando causa dano ao erário, não é passível de caracterizar a prática de ato de improbidade administrativa, pois a força de trabalho do servidor não poderá mais ser restituída. Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL Dentre as formas de provimento derivado de cargos públicos, tradicionalmente praticadas na Administração brasileira, NÃO foi recepcionada pela Constituição Brasileira de 1988 a (Ministério Público/CE – 2011 – FCC) (A) ascensão. (B) promoção. (C) readaptação. (D) recondução. (E) reintegração. A ascensão funcional é a progressão funcional entre cargos de carreiras distintas. Como a Constituição Federal exige concurso público para prover qualquer cargo efetivo (art. 37, II, da CF), não é possível que alguém que tenha cargo numa carreira passe para cargo de outra carreira sem concurso público. O STF vem reconhecendo reiteradamente a inconstitucionalidade desse tipo de medida (ex: ADI 368/ES, DJ 02.05.2003). Gabarito “A” (Ministério Público/GO – 2010) Considerando que a prática de nepotismo caracteriza violação aos princípios da administração pública, de acordo com o entendimento do STF configura situação de nepotismo: (A) O Governador do Estado nomear seu irmão como Secretário de Estado da Saúde, pois, se trata de cargo de natureza política. (B) O Prefeito Municipal nomear seu primo para cargo em comissão de assessor de imprensa. (C) O Presidente da Câmara Municipal nomear seu concunhado para cargo em comissão de chefe de departamento. (D) O Prefeito Municipal nomear sua mulher para cargo em comissão de direção. A: incorreta, pois o STF abriu uma exceção à Súmula Vinculante n. 13 (que veda o nepotismo), para o fim de admitir a nomeação de parentes para cargos de natureza política, como é o cargo de Secretário de Estado da Saúde; vide o Rcl 6.650 MC-AgR, DJ 21.11.2008); B: incorreta, pois primo é parente de 4ª grau e a vedação se estende apenas até o parente de 3º grau; C: incorreta, pois concunhado (diferentemente de cunhado) não é considerando parente por afinidade; D: correta, pois a nomeação de cônjuge para o cargo em questão (que não é considerando cargo de natureza política, como são os cargos de Secretário Municipal e Estadual, e de Ministro) é vedada pela Súmula Vinculante STF n. 13. relação aos servidores públicos, assinale a opção correta. (A) Os servidores fiscais da administração fazendária terão, no âmbito de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos. (B) Todo cargo público de provimento efetivo está condicionado, para o provimento, à observância de requisitos objetivos avaliados, sempre, mediante concurso público prévio de provas ou de provas e títulos. (C) O cargo em comissão e a denominada “função de confiança” são conceitos jurídicos idênticos. (D) Ato de provimento e ato de investidura de cargo público são conceitos jurídicos idênticos, ou seja, referem-se a um mesmo fenômeno jurídico. (E) A vitaliciedade é garantia de titularidade do cargo por toda a vida. A: correta (art. 37, XVIII, da CF); B: incorreta, pois é quase impossível que se estabeleça requisitos absolutamente objetivos; uma prova discursiva, por exemplo, acaba tento uma boa carga de subjetividade na seleção, o que acaba sendo mitigado pela possibilidade se interpor recursos administrativos contra a correção; C: incorreta, pois o cargo em comissão pode ser provido por alguém que não seja servidor de carreira, ao passo que a função de confiança só pode ser preenchida por servidor de carreira (art. 37, V, da CF); D: incorreta, pois provimento significa designação para o cargo (ex: nomeação) e o fenômeno da investidura decorre da aceitação do cargo, também chamada de posse; E: incorreta, pois aos 70 anos o detentor de cargo vitalício o perde pela aposentadoria compulsória (art. 40, § 1º, II, da CF). (Ministério Público/MS – 2006) O retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado decorrente de inabilitação em estágio probatório relativo em outro cargo, denomina-se: (A) Reversão. (B) Aproveitamento. (C) Readaptação. (D) Recondução. Trata-se de recondução. Na esfera federal o instituto está previsto no art. 29 da Lei 8.112/1990. Gabarito “D” Gabarito “B” 5.2. Provimento (Ministério Público/MS – 2009) Em Gabarito “A” A: incorreta, pois a lei local deve estabelecer um percentual mínimo de cargos em comissão, que devem ser preenchidos por servidores de carreira; ademais, somente é possível criar cargos em comissão para atribuições de chefia, direção e assessoramento (art. 37, V, da CF); B: correta (Súmula Vinculante 13 do STF); C: incorreta, pois a lei só deve definir o percentual mínimo de cargos a serem providos por servidores de carreira, no que diz respeito aos cargos em comissão; quanto às funções em confiança, estas devem ser preenchidas exclusivamente por servidores de cargo efetivo (art. 37, V, da CF); D: incorreta, pois o agente público responsável pela contratação ilegal responderá por seus atos; E: incorreta, pois o ato de improbidade administrativa se configura quando há enriquecimento ilícito do agente ímprobo, prejuízo ao erário ou violação a princípios da Administração, de modo que pouco importa se a força de trabalho do servidor não poderá mais ser restituída. 6. Direito Administrativo (Ministério Público/SP – 2008) incorreta. (A) O Assinale a alternativa servidor público que, após regular concurso, é nomeado para cargo de provimento efetivo, adquire estabilidade após dois anos de exercício e será destituído por sentença judicial ou por processo administrativo no qual lhe seja assegurada ampla defesa. (B) A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuição e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica. (C) O Ministério Público é competente para prover os cargos de seus membros e os dos serviços auxiliares. 595 Gabarito “D” Wander Garcia A: incorreta, pois a estabilidade só se dá após três anos de efetivo exercício, somada à aprovação em avaliação especial de desempenho (art. 41, caput e § 4º, da CF); B: correta (na esfera federal a readaptação está prevista no art. 24 da Lei 8.112/1990); C: correta (art. 127, § 2º, da CF); D: correta, pois todas as formas de provimento citadas são derivadas (ocorrem após o provimento originário, que é a nomeação) e por reingresso (importam no retorno do agente afastado); E: correta (arts. 95, I, 73, § 3º, e 128, § 5º, I, “a”, da CF). Gabarito “A” 5.3.Vacância (Ministério Público/MS – 2006) A estabilidade do servidor público constitui direito assegurado na Constituição Federal, sendo estendida àquele que for investido no respectivo cargo público através de concurso público. Dessa forma, é CORRETO afirmar que: (A) A estabilidade é adquirida depois de decorridos mais de cinco anos de efetivo exercício do cargo; (B) Ocorrendo a extinção do cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável será colocado em disponibilidade, com remuneração integral, até seu aproveitamento em outro cargo; (C) O servidor estável poderá perder o cargo por insuficiência de desempenho, apurada na forma da lei e garantido o contraditório e a ampla defesa; (D) A única hipótese do servidor estável perder o cargo ocorre em virtude de sentença judicial transitada em julgado. A: incorreta, pois a estabilidade é adquirida após 3 anos (art. 41 da CF); B: incorreta, pois a remuneração será proporcional (art. 41, § 3º, da CF); C: correta (art. 41, § 1º, III, da CF); D: incorreta (art. 41, § 1º, da CF). Gabarito “C” 596 (Ministério Público/RJ – 2011) dores públicos: (A) não A perda do cargo de servi- pode resultar de avaliação periódica de desempenho, relativa às funções do cargo; (B) impõe que a Administração instaure processo administrativo, não sendo, contudo, exigida defesa técnica por advogado; (C) resulta de sentença judicial transitada em julgado, desde que tenha havido prévio processo administrativo; (D) aplica-se também a empregados de sociedades de economia mista e empresas públicas; (E) deve decorrer de processo administrativo, com apuração preliminar por meio de sindicância. A: incorreta (art. 41, § 1º, III, da CF); B: correta, pois o processo administrativo é regra nesse sentido (salvo perda de cargo por decisão judicial), sendo certo que o STF não entende indispensável a presença de advogado para que se tenha um processo disciplinar regular (Súmula Vinculante STF n. 5); C: incorreta, pois, em havendo decisão judicial transitada em julgado (em processo penal ou por improbidade, por exemplo), não é necessário processo administrativo (art. 41, § 1º, I, da CF); D: incorreta, pois nessas entidades não há “cargo”, mas “emprego”; E: incorreta, pois a perda do cargo pode se dar por processo judicial também (art. 41, § 1º, I, da CF); ademais, o processo disciplinar não requer, necessariamente, apuração preliminar por meio de sindicância, para que seja válido. 5.4. Acessibilidade e concurso público (Ministério Público/GO – 2005) No que concerne a concurso público, qual dos enunciados abaixo não corresponde a uma Súmula do Supremo Tribunal Federal? (A) o limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido (B) é constitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público (C) é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido (D) só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público A: correta (Súmula 683 do STF); B: incorreta, pois contraria a Súmula 684 do STF; C: correta (Súmula 685 do STF); D: correta (Súmula 686 do STF). Gabarito “B” provimento derivado por reingresso é aquele em que o servidor retorna ao serviço ativo do qual estava afastado e compreende as seguintes modalidades: reversão, aproveitamento, reintegração e recondução. (E) São cargos vitalícios unicamente os de magistrado, os de ministro ou conselheiro do Tribunal de Contas e os de membro do Ministério Público, sendo que o vitaliciamento dar-se-á após dois anos de exercício em cargo da Magistratura e do Ministério Público, por concurso, e em seguida à posse, nos casos de nomeação direta para os Tribunais. Gabarito “B” (D) O No dizer de Hely Lopes Meirelles, “[...] o concurso é o meio técnico posto à disposição da Administração para obter-se moralidade, eficiência e aperfeiçoamento do serviço público, e, ao mesmo tempo, propiciar igual oportunidade a todos os interessados que atendam os requisitos da lei”. A propósito do tema, assinale a alternativa INCORRETA. (Ministério Público/MG – 2008) (A) Somente por lei se pode sujeitar ao exame psico- técnico a habilitação de candidato a cargo público. limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. (C) É inconstitucional toda modalidade que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado a seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. (D) É peremptoriamente vedada qualquer discriminação entre brasileiros natos ou naturalizados. (E) NDA (B) O Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL (A) Se a administração tiver recusado a nomeação do candidato sob o argumento da inexistência de vaga, revelando-se essa motivação factualmente equivocada, em face da constatação da existência de cargo vago, o candidato aprovado terá direito à nomeação, com fundamento na teoria da vinculação do administrador ao motivo determinante do seu ato. (B) Não havendo vacância do cargo para cujo provimento Paulo foi aprovado no citado concurso público, poderá a administração nomeá-lo para outro cargo, presente a necessidade administrativa após a realização do certame, ainda que sem previsão no edital, desde que haja semelhança entre os cargos e estes sejam oferecidos no mesmo órgão administrativo. (C) Causaria grave lesão à ordem pública decisão judicial que determinasse a observância da ordem classificatória no concurso público em questão, a fim de evitar a preterição de Paulo pela contratação de temporários em razão da necessidade do serviço. (D) O não provimento, pela administração pública, do cargo vago em detrimento da aprovação de Paulo no concurso público deve ser motivado; entretanto, tal motivação, por veicular razões de oportunidade e conveniência, não é suscetível de apreciação jurisdicional, sob pena de vulneração do princípio da separação dos poderes. (E) É incabível, no caso relatado, a impetração de mandado de segurança, visto que a participação e a aprovação em concurso público não geram, em relação à nomeação, direito líquido e certo, mas mera expectativa de direito. A: correta; diante de alguns abusos da Administração Pública, os tribunais começaram a reconhecer o direito à nomeação em situações em que a Administração Pública, no prazo de validade do concurso, externa de alguma maneira que tem interesse em nomear novos servidores; um exemplo é justamente o citado na alternativa, ou seja, quando se abre novo concurso no prazo de validade de concurso anterior; B: incorreta, pois tal conduta viola os princípios da obrigatoriedade de concurso público e da vinculação ao edital; C: incorreta, pois é vedada a nomeação de outro servidor para o cargo (inclusive agentes terceirizados temporários - STJ, AgRg no RMS 33.893, DJ 30.11.2012) para exercer as mesmas funções do (Ministério Público/PI – 2008) A exigência constitucional de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, para a investidura de cargo ou emprego público. (A) gera ao aprovado direito adquirido à nomeação. admite a reserva de percentual de cargos ou empregos públicos para as pessoas portadoras deficiência. (C) está vinculada ao princípio constitucional da impessoalidade. (D) é incompatível com a existência de prazo de validade para os concursos públicos. (E) admite a convalidação do vício da ausência de concurso público, por necessidade de serviço. (B) não A: incorreta, pois somente o aprovado no limite das vagas previstas no edital é que tem direito subjetivo à nomeação; B: incorreta, pois a própria Constituição Federal que determina tal reserva (art. 37, VIII, da CF); C: correta, pois a impessoalidade impõe tratamento igualitário às pessoas, o que só se pode garantir, em matéria de seleção de pessoas para trabalhar na Administração Pública, mediante concurso público; D: incorreta, pois uma coisa é exigência constitucional de que só pode ingressar no serviço público quem for aprovado em concurso público (art. 37, II, da CF); outra coisa é a disposição constitucional que estabelece que todo concurso terá um prazo de validade (art. 37, III, da CF); assim, é possível que alguém seja aprovado num concurso, mas numa posição muito além do número de vagas previstos no edital e, por não ter sido chamada no prazo de validade do certame, acabar não podendo mais ser nomeada; E: incorreta, pois a ausência de concursos público gera a nulidade absoluta da nomeação respectiva. Gabarito “C” Gabarito “D” (Ministério Público/PI – 2012 – CESPE) Paulo, aprovado em concurso público para provimento de cargo em determinado órgão da administração pública direta, não foi nomeado, apesar da existência de cargo vago e da necessidade administrativa de provê-lo, dada a publicação, pelo citado órgão, de edital de novo certame. Considerando a situação hipotética acima apresentada, assinale a opção correta com base na jurisprudência do STF acerca da matéria. cargo para o qual um candidato fora aprovado, estando em validade o concurso realizado por este; D: incorreta, pois no caso se aplica a teoria dos motivos determinantes; como a Administração já externou a necessidade de nomeação de servidor, não há como inventar uma desculpa retroativa para não mais nomeá-lo; cuidado para confundir essa situação com aquela em que há aprovados nos limites das vagas previstas no edital, mas logo em seguida a Administração, motivada em fato novo idôneo (o que não se coaduna com a publicação de novo edital de concurso), decide que não poderá nomear os aprovados, circunstância excepcionalíssima, que depende de demonstração cabal da possibilidade, com ônus da prova a cargo da Administração; vide, a respeito, decisão do STF proferida no RE 227.480, DJ 21.08.2009 em que se traz essa exceção em favor da Administração, mas com a lembrança de que o Judiciário poderá controlar esse ato, verificando detalhadamente se o motivo invocado é verdadeiro e pertinente; E: incorreta, nos termos do comentário à alternativa “a”; vale salientar, outrossim, que o mandado de segurança é cabível no caso, pois é possível levar em juízo provas documentais, não sendo necessário dilação probatória. Gabarito “A” A: correta (Súmula 686 do STF); B: correta (Súmula 683 do STF); C: correta (Súmula 685 do STF); D: incorreta. A princípio, não é possível fazer distinções entre brasileiros natos e naturalizados (art. 12, § 2º, da CF); porém, as discriminações feitas pela própria Constituição são válidas; e uma delas estabelece que é privativo de brasileiro nato os cargos de carreira diplomática e de oficial das Forças Armadas (art. 12, § 3º, V e VI, da CF); E: como a letra “D” é incorreta, a letra “E” não deve ser marcada. 6. Direito Administrativo Em atenção à disciplina dos servidores públicos, analise as seguintes assertivas: (Ministério Público/SC – 2010) I. II. A lei poderá estabelecer requisitos diferenciados de admissão de servidores públicos, quando a natureza do cargo o exigir, mas o limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. Regra geral, o prazo de validade do concurso público será de até 4 anos, prorrogável uma vez, por igual período. 597 Wander Garcia V. De acordo com a Constituição da República e a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal: (A) Apenas as assertivas I, III e V estão corretas. as assertivas estão corretas. (C) Apenas as assertivas III e IV estão corretas. (D) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. (E) Apenas as assertivas I, II e V estão corretas. (B) Todas I: correta (Súmula 683 do STF: “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”; II: incorreta, pois o prazo de validade é de até 2 anos (art. 37, III, da CF); III: correta (art. 37, V, da CF); IV: correta (Súmula 679 do STF); V: incorreta (Súmula 681 do STF). Gabarito “D” 5.5.Efetividade, estabilidade e vitaliciedade A partir das considerações constantes na CF e da jurisprudência dos tribunais superiores acerca dos servidores públicos, assinale a opção correta. (Ministério Público/RO – 2010 – CESPE) 598 (A) Consoante jurisprudência pacífica do STJ, servidor estável que for investido em novo cargo estará dispensado de cumprir novo período de estágio probatório. (B) De acordo com a jurisprudência majoritária do STF, a estabilidade dos servidores públicos deve ser estendida aos empregados de sociedade de economia mista contratados mediante concurso público, razão pela qual esses empregados somente poderão ser dispensados por justa causa. (C) Segundo decisão do STF, servidor público que obteve determinada vantagem funcional, ainda que por ato administrativo com vício de legalidade, mas que não tenha lhe dado causa, tem, após o prazo de cinco anos, direito à manutenção da vantagem, não podendo a administração pública exercer o poder de autotutela. (D) O subteto determinado pela CF estipula que os membros do MP, os procuradores, os defensores e os delegados de polícia recebam subsídio mensal limitado a 90,25% do subsídio mensal dos ministros do STF. (E) De acordo com a CF, a vedação de acúmulo remunerado de cargos, empregos e funções públicas não atinge a sociedade de economia mista, mas tão somente as empresas públicas. A: incorreta, pois cada cargo tem suas atribuições e competências, de modo que o estágio probatório de cada cargo levará em conta critérios de avaliação diferentes, fazendo com que seja necessário que o servidor empossado em novo cargo cumpra o estágio probatório específico para esse cargo, mesmo que, no passado, já tenha cumprido um estágio probatório referente à outro cargo; B: incorreta, pois, segundo o art. 41, caput, da CF somente aquele que tem cargo público, poderá vir a ter estabilidade; assim, alguém que trabalhe numa sociedade de economia mista (pessoa jurídica de direito privado estatal), como detém apenas um emprego público, regido pela CLT, não tem esse mesmo direito; a única exceção é quanto aquele que tem um emprego público numa pessoa jurídica de direito público; nesse caso, a Súmula 390 do TST é no sentido de que essa pessoa tem direito à estabilidade; C: correta, por conta do princípio da segurança e do prazo decadencial para anular atos que beneficiam terceiro de boa-fé (5 anos – art. 54 da Lei 9.784/1999); D: incorreta, pois os delegados não estão nesse subteto (art. 37, XI, da CF); E: incorreta, a vedação se estende à toda Administração Direta e Indireta. 5.6. A c u m u l a ç ão r e m u n e rada e afastamento (Ministério Público/PB – 2010) É correto afirmar, exceto: (A) É vedada a percepção de vencimentos de cargo efetivo ou em comissão com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram as respectivas remunerações forem acumuláveis na atividade. (B) O tempo de serviço prestado pelo professor do ensino médio, no exercício da função de diretor da escola, assim como de coordenação e assessoramento pedagógico, pode ser computado para a contagem de tempo exclusivo de efetivo exercício nas funções de magistério, para o efeito de aposentadoria especial. (C) A proibição de acumulação de cargos públicos estende-se a cargos em comissão. (D) Em regra, é vedada a acumulação de cargo e emprego público entre si, bem como a de dois ou mais empregos públicos. (E) A vedação de acumulação de cargos públicos se aplica em relação a entes e níveis diversos da Federação entre si. A: incorreta, pois, nesse caso, é possível a acumulação (art. 37, § 10, da CF); B: correta, pois o STF vem interpretando o § 5º do art. 40 da CF de modo ampliativo; C: correta, pois a proibição alcança qualquer tipo de cargo, inclusive o cargo em comissão (art. 37, XVI, da CF); D: correta, pois a proibição alcança os empregos públicos também; E: correta, pois a proibição alcança todas as entidades da administração direta e indireta (art. 37, XVI e XVII, da CF). Gabarito “A” IV. As funções de confiança e os cargos em comissão destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. A fixação dos vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva. É constitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais a índices federais de correção monetária. Gabarito “C” III. 5.7. Remuneração, subsídio e previdência No tocante às disposições constitucionais e legais pertinentes à Administração Pública, assinale a alternativa correta: (Ministério Público/MS – 2011 – FADEMS) (A) os vencimentos dos cargos do Poder Executivo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Legislativo; Concursos DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL 6. Direito Administrativo (B) é admitida a vinculação ou equiparação de quais- limita ao “professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio” (art. 40, § 5º, da CF); ou seja, não é em relação a qualquer professor que a garantia existe; quando aos diretores de escola, há decisões do STF no sentido de que podem somar o tempo de direção com o tempo de professor, para o fim de aproveitaro benefício; IV: incorreta, pois a Constituição admite que o membro do Ministério Público atue numa função de magistério (art. 128, § 5º, II, “d”, da CF), sendo que a Resolução 73/2011 do CNMP admite tanto o magistério público, como o magistério privado (art. 1º, caput); quanto a outras funções em instituições de ensino, a resolução só admite as estritamente acadêmicas (art. 1º, §§ 1º e 3º), como coordenação de ensino ou de curso, não se admitindo as atividades de natureza administrativo-institucional e outras atribuições relacionadas à gestão da instituição de ensino (art. 1º, § 4º); V: incorreta, pois o Ministério Público não pode assumir a defesa do ato impugnado (art. 6º, § 4º, da Lei 4.717/1965). A: incorreta, pois os vencimentos dos cargos do Legislativo e do Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Executivo (art. 37, XII, da CF); B: incorreta, pois a vinculação ou equiparação remuneratória é vedada (art. 37, XIII, da CF); C: incorreta, pois basta uma lei ordinária, para que essa regulamentação se dê, vez que o art. 37, VIII, da CF não exige lei complementar; D: incorreta, pois tio paterno é parente de 3º grau, de modo que a nomeação é vedada pela súmula mencionada; o tio do Presidente só poderia ser nomeado caso fosse para cargo político, como é o cargo de Ministro de Estado, já que o acórdão que deu ensejo a essa súmula abre essa exceção; E: correta (art. 37, XVIII, da CF). 5.8.Infrações e processos disciplinares assertivas: Analise as seguintes A remuneração dos servidores públicos e os subsídios somente poderão ser fixados ou alterados por lei complementar, assegurada a iniciativa privativa em cada caso, a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. II. Os proventos de aposentadoria por invalidez permanente serão sempre proporcionais ao tempo de contribuição. III. É garantido ao professor e aos diretores de escolas públicas o direito à redução dos requisitos de idade e tempo de contribuição para fins de aposentadoria. IV. Ao membro do Ministério Público Estadual, ainda que em disponibilidade, é defeso o exercício de outro cargo ou função pública, ressalvado o magistério público e o exercício de cargo ou função de direção nas entidades de ensino superior. V. Ao Ministério Público caberá acompanhar a ação popular e promover a responsabilidade civil dos que nela incidirem, sendo-lhe facultada assumir a defesa do ato impugnado. (A) apenas I e II estão corretos (B) apenas I, III, IV e V estão corretos (C) apenas I e V estão corretos (D) apenas I, II e V estão corretos (E) todos estão incorretos I. I: incorreta, pois a expressão correta é “lei específica” e não “lei complementar” (art. 37, X, da CF); II: incorreta, pois não serão proporcionais, mas sim integrais, se a aposentadoria for decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei (art. 40, § 1º, I, da CF); III: incorreta, pois a garantia se (Ministério Público/GO – 2012) O regime disciplinar e o processo administrativo disciplinar são institutos de que dispõe a administração para, diante de ilícitos administrativos cometidos por seus servidores, exercer seu ius puniendi com o fim não só de restabelecer a ordem interna afetada pela infração como também com efeito didático-intimidador sobre o corpo funcional vinculado. Acerca do tema e considerando a Lei 8.112/1990, é correto afirmar: (A) Ao servidor é proibido participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, ainda que em gozo de licença para trato de interesses particulares. (B) O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições, sendo que a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, sem ressalvas. (C) A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal por falta de prova da existência do fato e por falta de prova de ter o réu concorrido para a infração penal. (D) São penalidades disciplinares a advertência, a suspensão, a demissão, a cassação de aposentadoria ou disponibilidade, a destituição de cargo em comissão e a destituição de função comissionada, sendo que na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. A: incorreta (art. 117, X e parágrafo único, II, da Lei 8.112/1990); B: incorreta, pois a obrigação se estende aos sucessores até o limite do valor da herança recebida (art. 122, § 3º, da Lei 8.112/1990); C: incorreta, pois somente a absolvição por negativa de autoria ou de existência do fato é que ensejam o afastamento mencionado (art. 126 da Lei 8.112/1990); a absolvição “por falta de prova” não tem esse condão; D: correta (arts. 127 e 128 da Lei 8.112/1990). Gabarito “D” Gabarito “E” (Ministério Público/SC – 2008) Gabarito “E” quer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (C) lei complementar reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; (D) consoante previsão inserida na Súmula Vinculante n. 13, não viola a Constituição Federal a nomeação do tio paterno do Presidente da República para o exercício de cargo em comissão no Poder Executivo Federal; (E) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei. 599