Consumidor O Estado do Maranhão - São Luís, 8 de outubro de 2009 - quinta-feira 7 Maranhense gasta R$ 169,64 por mês com produtos da cesta básica Segundo dados de uma pesquisa divulgada ontem pela Secretaria de Planejamento e Orçamento, que abrangeu 12 produtos, esse valor compromete 36,5% do salário mínimo, tendo como maior peso mensal o consumo de carne O consumidor maranhense precisa desembolsar o valor de R$ 169,64, o equivalente a 36,5% do salário mínimo, para compra de produtos da cesta básica, conforme dados divulgados ontem pela manhã pela Secretaria de Estado e Planejamento e Orçamento, por meio do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC). O secretário de Planejamento e Orçamento, Gastão Vieira , e o presidente do IMESC, Fernando José Barreto, anunciaram ainda a implantação de análises econômicas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a partir de janeiro de 2010, quando o estado passará a compilar dados econômicos sobre o custo da cesta básica no estado. “Somente com base em estudos científicos podemos analisar melhor a realidade de consumo de alimentos do maranhense. Sendo assim, essas análises servirão de base para trabalharmos em dados mais concretos sobre a realidade regional do estado e traçarmos projetos que tragam melhorias para a região”, frisou Gastão Vieira. A coleta de dados foi realizada durante o mês de setembro em grandes redes de supermercados, feiras, padarias e açougues de São Luís. A pesquisa incluiu, além da análise de preços, o índice de consumo de 12 produtos da cesta básica: carne, leite, arroz, fari- Confiança do consumidor teve alta em setembro O índice positivo é sinal de recuperação da economia brasileira e deve se manter até o fim do ano, segundo especialistas SÃO PAULO - O Índice Nacional de Confiança ACSP/IPSOS de setembro (2009) registrou 135 pontos na média de todas as regiões, contra 129 em agosto (2009) e 140 em setembro de 2008. Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, essa melhora no Índice Nacional de Confiança ACSP/Ipsos, mostra que a recuperação da economia deverá se manter até o final do ano, já que a confiança é fundamental na atividade empresarial e o desemprego deve continuar caindo gradativamente. Contudo, salientou que a euforia não pode deixar o consumidor descontrolar seu orçamento doméstico na malha dos juros: “O importante é que o consumidor não se esqueça que o descontrole financeiro foi a principal causa da crise econômica e que o controle financeiro começa na boa administração do orçamento familiar”. As regiões Norte e CentroOeste passaram para a liderança, mais do que a média do Brasil: subiu de 137 pontos em agosto para 153 em setembro. A Nordeste se recupera crescendo 11 pontos, para 121 pontos em setembro, contra 109 em agosto. A região Sul apresentou ligeira queda de 138 (agosto) para 136 em setembro passado. A Sudeste permanece com 137 pontos em setembro, contra 136 em agosto. Por classes sociais: a classe C continua a mais otimista com 147 pontos em setembro, contra 126 da classe D/E e 121 pontos da classe A/B. Em setembro de 2009, o número de consumidores que se sentem mais seguros no emprego continua liderando com de 36% dos entrevistados em agosto para 38% em setembro, enquanto os que estão menos confiantes permaneceram estáveis em 31%. Consumo de energia voltou a crescer no país após cinco meses A retomada da produção industrial explica os níveis de crescimento do setor RIO - Depois de cinco meses de queda, o consumo de energia no país voltou a crescer, de acordo com dados divulgados ontem pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A carga de energia elétrica, que é uma prévia do consumo de energia no país, foi, no mês de setembro, 1,1% superior ao volume registrado no mesmo período do ano passado. Em relação a agosto deste ano, a alta foi de 3,8%. O maior consumo é explicado pela retomada da produção industrial, principalmente no Sudeste, e por causa de temperaturas mais altas que as registradas no mesmo mês de 2008, sobretudo no Nordeste. Setembro é o mês em que a atividade industrial aumenta, já que as empresas começam a trabalhar em função das encomendas para o fim do ano. Segundo o ONS, a movimentação na indústria no país vem apresentando sinais de elevação desde julho. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, ainda é verificada queda de 0,5% no consumo de energia, em comparação a igual período do ano anterior. nha, tomate , pão , café , banana, açúcar, óleo e manteiga. Foram verificados também principais marcas consumidas, produtos, locais de consumo e outros. Dos12 produtos pesquisados o maior peso mensal foi a carne, que respondeu por 21,2% dos gastos do maranhense com itens da cesta básica, com um custo mensal de R$ 36,04. As despesas com o pão francês chegaram a R$ 31,12 no mês, seguido do tomate, no valor de R$ 26,62. Trabalho - De acordo com as análises econômicas, o trabalhador que ganha um salário mínimo precisa cumprir uma jornada de trabalho de 80 horas e 16 minutos, o que equivale a um comprometimento de 36,5% do seu salário mínimo, sendo assim apenas 63,5% da sua renda estaria disponível para outras despesas como: habitação, vestuário, transporte, higiene, lazer e outros. Com base em estudos do custo da cesta básica divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese), entre janeiro e setembro, entre as cidades em que o custo da cesta básica está mais acessível inclui: Aracaju (R$ 164,50), Fortaleza (R$ 172,47) e João Pessoa (R$ 173,98). Consumidores ouvidos e questionados sobre a pesquisa falaram sobre o assunto. “Eu sei que está cada vez mais difícil comprar todos os alimentos ne- cessários e ter uma alimentação saudável. Lá em casa, a gente deixou de consumir leite e carne. Então, somente duas vezes na semana. Não dá para fazer muita coisa com um salário mínimo e ainda trabalho com outra renda que inclui a venda de sucos naturais”, comentou a secretária, Ana Maria Penha. Também sacrificado com o custo dos alimentos, o vendedor ambulante Antônio Neto, casado e com três filhos, disse que cada vez mais fica impossível manter uma boa alimentação em casa. “Para conseguir alimentar com leite, pão e carne e peixes, eu trabalho todos os finais de semana como auxiliar de pedreiro”, observou. Números R$ 12,93 É o gasto mensal do maranhense com leite R$ 17,05 É o custo mensal do consumo de banana R$ 11,29 É quanto o maranhense gasta com a compra de feijão