PCH Notícias & SHP News Ano 16 Revista vol. 61 Nº 02 ABR/MAI/JUN - 2014 Instituto de Recursos Naturais da Unifei realiza primeiro seminário sobre recursos naturais UNIFEI´s Natural Resources Institute holds its first seminar on natural resources Aneel promove debate sobre projeto básico e autorização de PCHs Aneel promotes debates on SHP basic designs and authorization ISSN 1676-0220 técnicos + Artigos Technical articles de eventos + Agenda Events schedule Publicação apoiada pela Associação Internacional de Máquinas Hidráulicas Comitê Diretor do CERPCH Director Committee CEMIG / FAPEPE / IEE-USP / FURNAS / IME / ELETROBRAS / ANEEL / MME Comitê Editorial Editorial Committee Presidente - President Geraldo Lúcio Tiago Filho - CERPCH/UNIFEI Editores Associados - Associated Publishers Adair Matins - UNCOMA - Argentina Alexander Gajic - University of Serbia Alexandre Kepler Soares - UFMT Ângelo Rezek - ISEE/UNIFEI Antônio Brasil Jr. - UnB Artur de Souza Moret - UNIR Augusto Nelson Carvalho Viana - IRN/UNIFEI Bernhard Pelikan - Bodenkultur Wien - Áustria Carlos Barreira Martines - UFMG Célio Bermann - IEE/USP Edmar Luiz Fagundes de Almeira - UFRJ Fernando Monteiro Figueiredo - UnB Frederico Mauad - USP Helder Queiroz Pinto Jr. - UFRJ Jaime Espinoza - USM - Chile José Carlos César Amorim - IME Marcelo Marques - IPH/UFRGS Marcos Aurélio V. de Freitas - COPPE/UFRJ Maria Inês Nogueira Alvarenga - IRN/UNIFEI Orlando Aníbal Audisio - UNCOMA - Argentina Osvaldo Livio Soliano Pereira - UNIFACS Regina Mambeli Barros - IRN/UNIFEI Zulcy de Souza - LHPCH/UNIFEI Editorial Editorial Regulação Regulation Artigos Técnicos 07 Technical Articles Curtas 32 News Instituto de recursos naturais da Unifei realiza primeiro seminário de Recursos Naturais UNIFEI´s Natural Resources Institute holds its first seminar on natural resources TECHNICAL COMMITTEE Agenda 34 Schedule Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Mauá – Bibliotecária Margareth Ribeiro- CRB_6/1700 R454 Revista Hidro & Hydro – PCH Notícias & Ship News, UNIFEI/CERPCH, v.1, 1998 -- Itajubá: CERPCH/IARH, 1998 – v.15, n. 61,abr./jun. 2014. Expediente Editorial Tradução Revisão Impressão 06 Aneel promove debate sobre projeto básico e autorização de PCHs Aneel promotes debates on SHP basic designs and authorization Prof. François AVELLAN, EPFL École Polytechnique Fédérale de Lausanne, Switzerland, [email protected], Chair; Prof. Eduardo EGUSQUIZA, UPC Barcelona, Spain, [email protected], Vice-Chair; Dr. Richard K. FISHER, VOITH Hydro Inc., USA, [email protected], Past-Chair; Mr. Fidel ARZOLA, EDELCA, Venezuela, [email protected]; Dr. Michel COUSTON, ALSTOM Hydro, France, [email protected]; Dr. Niklas DAHLBÄCK, VATENFALL, Sweden, [email protected]; Mr. Normand DESY, ANDRITZ Hydro Ltd., Canada, [email protected]; Prof. Chisachi KATO, University of Tokyo, Japan, [email protected]; Prof. Jun Matsui, Yokohama National University, [email protected]; Dr. Andrei LIPEJ, TURBOINSTITUT, Slovenija, [email protected]; Prof. Torbjørn NIELSEN, Norwegian University of Science and Technology, Norway, [email protected]; Mr. Quing-Hua SHI, Dong Feng Electrical Machinery, P.R. China, [email protected]; Prof. Romeo SUSAN-RESIGA, “Politehnica” University Timisoara, Romania, [email protected]; Prof. Geraldo TIAGO F°, Universidade Federal de Itajubá, Brazil, [email protected]. Editor Coord. Redação Jornalista Resp. Redação Colaborador Projeto Gráfico Diagramação e Arte 04 Geraldo Lúcio Tiago Filho Camila Rocha Galhardo Adriana Barbosa MTb-MG 05984 Adriana Barbosa Camila Rocha Galhardo Fabiana Gama Viana Angelo Stano Net Design Lidiane Silva Cidy Sampaio Trimestral. Editor chefe: Geraldo Lúcio Tiago Filho. Jornalista Responsável: Adriana Barbosa – MTb_MG 05984 ISSN 1676-0220 1. Energia renovável. 2. PCH. 3. Energia eólica e solar. 4. Usinas hi_ drelétricas. I. Universidade Federal de Itajubá. II. Centro Nacional de Re_ ferência em Pequenas Centrais Hidrelétricas. III. Título. Joana Sawaya de Almeida Patrícia Kelli Silva de Oliveira Editora Acta Ltda Hidro&Hydro - PCH Notícias & SHP News é uma publicação trimestral do CERPCH The Hidro&Hydro - PCH Notícias & SHP News is a three-month period publication made by CERPCH Tiragem/Edition: 6.700 exemplares/issues contato comercial: [email protected] / site: www.cerpch.org.br Av. BPS, 1303 - Bairro Pinheirinho Itajubá - MG - Brasil - CEP: 37500-903 e-mail: [email protected] [email protected] Fax/Tel: +55 (35)3629 1443 Universidade Federal de Itajubá ISSN 1676-0220 00061 9 771676 022009 3 EDITORIAL HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014 Dear readers, Prezado Leitor, Nas últimas décadas o setor elétrico brasileiro vem sofrendo com a falta de incentivo por parte do governo, algumas fontes de geração de energia vêm sendo incentivadas em detrimento de outras. É o caso da geração elétrica a partir de hidrelétricas e principalmente a geração por meio de pequenas centrais, fontes essas que pouco receberam investimentos. Desta forma, desde 2000 o setor buscou como alternativa o estímulo às atividades de pesquisas e Desenvolvimento (P&D). Esse estímulo resultou na Lei 9.991/2000 fazendo com que empresas do setor realizem investimentos mínimos em atividades de pesquisas. Assim, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem buscando avaliar a abrangência da rede de pesquisa. Investimento em geração descentralizada com aplicação de redes inteligentes, aliadas à fontes renováveis de energia são algumas das ações que tem sido intensificadas nos últimos anos e implantadas pelo setor, visando à melhorar a interação entre geração, transmissão e distribuição. Entretanto, nos últimos tempos o setor tem vivido fases de incertezas geradas por incertezas regulatórios que resultou na redução de investimentos agravadas pela estiagem severa que atinge o país nos últimos meses. Todas estas dificuldades refletem nas diferentes áreas do setor de energia elétrica brasileiro. Os percalços que o CERPCH tem encontrado para manter a publicação da revista Hidro&Hydro - PCH Notícias & SHP News refletem no novo arranjo da revista, agora concentrada em publicação de artigos técnicos e com pouco anunciantes, é um dos reflexos da atual situação de mercado. Oxalá esta onda passe rápido e que não ganhe em intensidade. A esperança está nas chuvas que, por mais que tardem deverão cair antes que este ano finde. Geraldo Lúcio Tiago Filho In the last few decades, the Brazilian energy sector has been suffering a lack of incentives from the government and there are energy sources that have been stimulated in detriment to others. This is the case of hydropower generation, especially small hydropower, the source which receives the least amount of investment. Thus, since 2000, the Brazilian sector has sought the alternative of stimulating research and development (R&D) activities. This stimulus resulted in Law 9.991/2000, causing companies in the sector to make minimal investments in research activities. Investing in decentralized generation with smart grid application, along with renewable energy resources are some of the actions which have been intensified in the last few years, in order to improve generation, transmission and distribution interactions. However, lately, the sector has gone through times of uncertainty caused by regulatory uncertainties, resulting in the reduction of investments, aggravated by the severe drought that has affected the country over the last few months. All of the difficulties are reflected in different areas of the Brazilian energy sector. CERPCH has struggled in order to keep publishing the magazine Hidro&Hydro - PCH Notícias & SHP News, reflected in the new layout of the magazine, now focused in the publication of technical papers and few advertisers. A reflex to the current market situation. May this wave quickly pass and not gain intensity. There is hope that the rain, albeit late, should fall by the end of the year. Geraldo Lúcio Tiago Filho Apoio: IAHR DIVISION I: HYDRAULICS TECHNICAL COMMITTEE: HYDRAULIC MACHINERY AND SYSTEMS 4 5 REGULAÇÃO/REGULATION HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014 ANEEL PROMOVE DEBATE SOBRE PROJETO BÁSICO E AUTORIZAÇÃO DE PCHS ANEEL PROMOTES DEBATES ON SHP BASIC DESIGNS AND AUTHORIZATION por Adriana Barbosa No dia 23 de abril a Agencia Nacional de Energia Elétrica – Aneel promoveu em Brasília, um Fórum para debater os aspectos legais e regulatórios que orientam os processos de realização de projeto básico e autorização de pequenas centrais hidrelétricas – PCHs no sistema elétrico brasileiro. Temas como os procedimentos para registro, elaboração, aceite, análise, seleção e aprovação de projetos básicos de PCHs, bem como relacionados à sua outorga de autorização já amplamente debatidos com a sociedade e que constam na resolução normativa nº 343/2008 foram debatidos no evento que objetivou discutir os avanços e oportunidades de aprimoramento às normas que regem a exploração de PCHs no Brasil. Sob a coordenação do Superintendente de Gestão e Estudos Hidroenergéticos (SGH) – Aneel, Odenir José dos Reis, o evento reuniu mais de duzentos representantes compostos por projetistas, investidores, órgãos ambientais e associações de classe que participaram dos quatro painéis divididos pelos temas: Panorama atual das PCHs no Brasil; Panorama atual e desafios futuros para o Licenciamento Ambiental de PCHs; Aspectos técnicos relevantes a serem considerados no aproveitamento adequado do potencial hidráulico e Associações. Translation: Joana Sawaya de Almeida In Brasilia, on April 23rd, the National Electric Energy Agency – Aneel promoted a Forum to debate the legal and regulatory aspects that guide the undertaking of small hydropower plant basic design and authorizations within the Brazilian electric sector. Topics were debated, such as the registration, elaboration, acceptance, analysis, selection and approval procedures of SHP basic designs. The heavily and socially debated topics of granting authorizations and the proposal of Resolution 343/2008 were also debated during the event, where the objective was to discuss advancements and opportunities of improving the norms that regulate the exploitation of SHPs in Brazil. With the Hydro-energetic Studies and Management Superintendent (SGH) - Aneel, Odenir José dos Reis, the event reunited more than two hundred representatives, including designers, investors, environmental organs and class associations. All of whom participated in four panels divided into the following topics: Current outlook for SHPs in Brazil; Current outlook and future challenges for SHP Environmental Licensing; Relevant technical aspects to be considered about the proper use of hydraulic potential; and Associations. Movidos por desafios www.snef.com.br [email protected] 51 31 2103-2200 A SNEF dispõe de equipe e know-how em serviços de reforma e modernização de equipamentos eletromecânicos para usinas hidrelétricas e subestações. Profissionais qualificados para atuar em gerenciamento, projeto, fabricação, montagem, comissionamento e diagnóstico. Reforma e Modernização de Usinas Hidrelétricas e Subestações 6 Technical Articles Seccion TECHNICAL ARTICLES CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO GERADOR DE INDUÇÃO EM OPERAÇÃO ISOLADA, UTILIZANDO LÓGICA BINÁRIA ....................... 7 INDUCTION GENERATOR ISOLATED OPERATION CONTROL FREQUENCY , USING BINARY LOGIC Getúlio Ribeiro Marques, Lucas Henrique Simões, José Manuel Esteves Vicente, José Carlos Grilo Rodrigues, Délvio Franco Bernardes, Angelo José Junqueira Rezek, Alexandre Viana Braga AÇÕES PREVENTIVAS DE MITIGAÇÃO DE UMA POSSÍVEL INFESTAÇÃO PELO LIMNOPERNA FORTUNEI O CASO DO CONSÓRCIO CONSTRUTOR DA UHE RETIRO BAIXO..............................................................................................15 PREVENTIVE MITIGATION ACTIONS FOR A POSSIBLE LIMNOPERNA FORTUNEI INFESTATION THE RETIRO BAIXO HYDROELECTRIC POWER PLANT CASE Deborah. Montenegro. C. F. Albuquerque, Gabriel Villela Torquato, Thiago Villela Torquato, Ana Alice Cesário EVALUATION OF MAXIMUM, AVERAGE, AND MINIMUM DETACHMENT SPEEDS FOR THE LIMNOPERMA FORTUNEI ENCRUSTED AT STEEL SUBSTRATE....................................................................................................................... 20 A. L. P. CASTRO, C.B. MARTINEZ, E. M. F. VIANA, M.T.C. FARIA ARTIGOS TÉCNICOS ESTUDO DO ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO DA PCH PIPOCA – MG E CARACTERIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS SEDIMENTOS DEPOSITADOS ...........................................................................................................24 SEDIMENTATION STUDY OF PCH PIPOCA RESERVOIR - MG AND CHARACTERIZATION OF PARTICLE SIZE OF DEPOSITED SEDIMENTS MINHONI, R. T. A., ROMAN, E. A., BRITO, G. C. M., AZEVEDO, R. F. IAHR DIVISION I: HYDRAULICS TECHNICAL COMMITTEE: HYDRAULIC MACHINERY AND SYSTEMS Classificação Qualis/Capes B5 B4 ENGENHARIAS I; III e IV Biodiversidade Interdisciplinar Áreas de: Recursos Hídricos Meio Ambiente Energias Renováveis e não Renováveis A revista está indexada no DOI sob o prefixo 10.14268 ISSN 1676-0220 7 ARTIGOS TÉCNICOS CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO GERADOR DE INDUÇÃO EM OPERAÇÃO ISOLADA, UTILIZANDO LÓGICA BINÁRIA CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO GERADOR DE INDUÇÃO EM OPERAÇÃO ISOLADA, UTILIZANDO LÓGICA BINÁRIA 1 Getúlio Ribeiro Marques, 1Lucas Henrique Simões, 1José Manuel Esteves Vicente, Eosé Carlos Grilo Rodrigues, 1Délvio Franco Bernardes, 1Angelo José Junqueira Rezek, 1Alexandre Viana Braga 1 RESUMO Este artigo apresenta um estudo para a solução do problema de estabilidade da frequência em regime permanente de um gerador conectado a uma carga, utilizando um controle por lógica binária. O fluxo de potên-cia ativa na carga influencia na frequência de tensão gerada pela máquina; no estudo em questão, um gerador de indução assíncrono. Para garantir que esta frequência permaneça constante frente a variações de cargas, será usada uma carga lastro, cuja potência será controlada por uma lógica binária. PALAVRAS-CHAVE: gerador de indução; Controle de frequência, lógica binária, carga lastro. INDUCTION GENERATOR ISOLATED OPERATION CONTROL FREQUENCY , USING BINARY LOGIC ABSTRACT This paper presents a study for the solution of the problem of stability of the steady state frequency of a generator connected to a load, by using a binary logic control. The active power flowing in the load influence the frequency of voltage generated by the machine; in the present study, an asynchronous induction generator. To ensure that this frequency remains constant against variations of loads, it will be used one ballast load, whose power is controlled by a binary logic. KEYWORDS: Induction generator; frequency control, binary logic, ballast load. 1. INTRODUÇÃO 1.1. Sistema de geração Um sistema elétrico de potência deve garantir o suprimento de energia às cargas de forma confiável e ininterrupta. Além de garantir a continuidade do fornecimento de energia, o sistema elétrico deve atender a condições mínimas para uma operação adequada, como os níveis do sinal de tensão, em amplitude e frequência. Com o rápido avanço tecnológico e consequente sofisticação de equipamentos eletroeletrônicos, a faixa de tolerância à variação de tensão e frequência tem diminuído cada vez mais. Sabe-se de estudos referentes à estabilidade angular do rotor, que impactos referentes a variações de potência ativa nas cargas resultam em variação da velocidade angular do rotor da máquina geradora e, consequentemente, variação da frequência, conforme mostra a equação (1), para uma máquina síncrona. Os sistemas de geração comumente utilizados consistem em um gerador elétrico acoplado a um eixo motor, que fornece a energia mecânica necessária para a conversão em energia elétrica pelo gerador. Três tipos de máquinas elétricas podem funcionar como geradores tradicionais: máquina de indução assíncrona, máquina síncrona e máquina de corrente contínua. Como gerador, a máquina síncrona é a mais utilizada, apresentando maior facilidade de controle de potência gerada, tensão e frequência. A máquina de corrente contínua foi, por muito tempo, bastante utilizada como gerador, entretanto, devido ao custo relativamente elevado destas e com o advento dos retificadores estáticos a estado sólido, esta máquina encontra-se cada vez mais em desuso como gerador. Já a máquina de indução assíncrona é bastante utilizada como motor devido sua simplicidade, robustez e custo relativamente baixo. Esta máquina também pode operar como gerador sob determinadas condições. A máquina assíncrona atuando como gerador não gera potência reativa, pelo contrário, consome reativo, por esta razão é necessário a utilização de um banco de capacitores para um sistema de geração isolado. (1) Onde, ω: velocidade angular ωs:velocidade síncrona H: tempo de inércia da máquina Pm:Potência mecânica Pe: Potência elétrica O presente trabalho propõe um sistema de controle de frequência aplicável a um sistema de geração com o objetivo de melhorar a qualidade da energia gerada. Este sistema atua colocando ou retirando uma carga auxiliar, chamada carga lastro, de modo a manter a potência elétrica vista pelo gerador constante. Este controle atuará por meio de uma lógica binária. 1.2. Sistema de controle Um sistema de controle consiste em um dispositivo ou um conjunto de dispositivos que comandam o comportamento de um sistema qualquer. Dois tipos de controle podem ser definidos: controle em malha aberta e controle em malha fechada. No controle em malha aberta, o sinal de entrada é pré-fixado ou pré-programado e as respostas do sistema não influenciam no comportamento do controle.A figura 1 representa o diagrama básico de um sistema de controle em malha aberta. UNIFEI/Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE), Av. BPS 1303 Cx.Postal : 50 CEP: 37500-903 Itajubá - MG, e-mail: [email protected] 1 8 HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 60 (1), JAN,FEV,MAR/2014, DA PÁG. 08-13 TECHNICAL ARTICLES CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO GERADOR DE INDUÇÃO EM OPERAÇÃO ISOLADA, UTILIZANDO LÓGICA BINÁRIA PROCESSO (PLANTA) Sinal de Controle u(t) de referência. De acordo com o valor do desvio, o controlador atua com o objetivo de corrigi-lo, enviando sinais lógicos binários para chaves estáticas tiristorizadas, aumentando ou diminuindo a potência ativa absorvida pela carga lastro, conforme a necessidade. O número de arranjos de cargas define a quantidade de combinações possíveis para a potência total absorvida pela carga lastro, conforme a equação (2), onde n é o número de arranjos de carga disponível. Saída y(t) Fig.1: Sistema de controle em malha aberta Já no sistema de controle em malha fechada, a ação do controle é dependente da saída. Deste modo, a saída é constantemente monitorada e seu valor é comparado com o sinal de entrada ou referência gerando um erro ou desvio. Este processo é feito através de uma malha de realimentação da saída para a entrada. O dispositivo que utiliza o sinal de erro para determinar ou calcular o sinal de controle a ser aplicado ao processo é chamado de controlador ou compensador. A figura 2 representa o diagrama básico de um sistema de controle em malha fechada. r(t) + sinal de referência e(t) - sinal de erro u(t) Controlador sinal de controle Processo y(t) n° combinações= 2n (2) Usaram-se, neste projeto, quatro arranjos trifásicos de lâmpadas para a carga lastro, com suas potências distribuídas de acordo a expressão (3). (3) Onde, Pa:Potência do arranjo a Pt:Potência total da carga lastro saída realimentação Fig.2: Sistema de controle em malha fechada. 1.3. Carga Principal e carga lastro A carga principal é um elemento que tem como finalidade a absorção da energia gerada, exercendo a função para a qual foi projetada, gerando trabalho das mais diversas formas, calor, movimento, iluminação, etc. Já a carga lastro é projetada para absorver energia gerada, porém, com a finalidade de manter a potência ativa vista pelo gerador sempre constante. 2. METODOLOGIA Para o sistema de geração, utilizou-se um gerador de indução assíncrono acionado por um motor de corrente contínua, que tem velocidade controlada por tiristores. A figura 3 mostra as máquinas utilizadas para o sistema de geração. Fig.3: Sistema de geração composto por um motor CC e um gerador de indução. O controle de frequência foi feito por um sistema de malha fechada, conforme a figura 2. O sistema coleta informações da frequência gerada pela máquina e compara com um valor Partindo de uma potência trifásica total de 600[W], encontrouse a potência para cada arranjo da carga lastro, cujos resultados foram: P1 = 320[W]; P2 = 160[W]; P3 = 80[W]; P4 = 40[W]. A carga lastro foi formada por quatro arranjos trifásicos de lâmpadas, sendo cada um formado por uma combinação de lâmpadas de modo a formar cargas de potência trifásica de 45[W], 75[W], 141[W] e 300[W]. Inicialmente foi ajustado o microprocessador para realizar cada variação de carga em um tempo de 500 [ms], já que era esperada uma resposta rápida da frequência com a variação de carga. O uso de lâmpadas como carga lastro foi escolhida para obter um resultado visual do controle, e as potências foram limitadas aos valores comerciais disponíveis. Na prática, podem-se usar resistores e obter quaisquer valores de potência. A contagem binária se da conforme mostraa Tabela 1, em que zero (0) indica que o conjunto de lâmpadas está desligado e um (1) que elas estão ligadas. Como pode ser observado, há quinze combinações possíveis para a carga lastro. Tabela 1: Possíveis combinações para a carga lastro. Número Binário Número Decimal 300[W] 141[W] 75[W] 45[W] 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2 0 0 1 0 3 0 0 1 1 4 0 1 0 0 5 0 1 0 1 6 0 1 1 0 7 0 1 1 1 8 1 0 0 0 9 1 0 0 1 10 1 0 1 0 11 1 0 1 1 12 1 1 0 0 13 1 1 0 1 14 1 1 1 0 15 1 1 1 1 HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 60 (1), JAN,FEV,MAR/2014, DA PÁG. 08-13 9 ARTIGOS TÉCNICOS A lógica do controlador foi escrita em um microcontrolador AVR ATMEGA8. Trata-se de um microcontrolador de 8 bits, com baixo consumo e com capacidade de executar uma instrução por ciclo de relógio devido à conexão direta com seus 32 registradores gerais e com uma frequência de funcionamento numa faixa de 0 a10 MHz. Para a inserção do microcontrolador, montou-se o circuito eletrônico mostrado na figura 4, em uma placa de circuito impresso. Realizou-se também sua simulação no software Proteus. CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO GERADOR DE INDUÇÃO EM OPERAÇÃO ISOLADA, UTILIZANDO LÓGICA BINÁRIA o intervalo especificado, um novo sinal lógico 1 é enviado para a chave estática correspondente a carga de 75[W] e um sinal 0 (zero) para a chave estática da carga de 45[W] (ver tabela 1). Este processo repete-se até que a frequência esteja dentro do intervalo de referência. Os LED’s ligados aos pinos 11, 12 e 13 sinalizam a condição atual do sistema. O LED vermelho indica uma frequência acima do intervalo especificado, o LED amarelo uma frequência abaixo do intervalo especificado e o LED verde uma frequência dentro do intervalo de referência. A figura 5 mostra a placa montada com o circuito da figura 4. Fig.5: Placa eletrônica para controle de frequência Por fim, montou-se o sistema completo para o estudo e verificação do sistema de controle, como ilustrado na figura 6. Fig.4: Circuito eletrônico para controle de frequência Um transformador 220[V]/ ±9[V] recebe a onda de tensão diretamente dos terminais do gerador. Este sinal, através de uma ponte retificadora de quatro diodos e reguladores de tensão de +5[V] e -5[V], geram dois sinais de corrente contínua, um de +5[V] e outro de -5[V], usados para alimentar o microcontrolador e o amplificador operacional 741. O mesmo sinal alternado de 9[V] do secundário do transformador é também enviado ao circuito do amplificador operacional 741, que transforma a onda senoidal em uma onda quadrada de mesma frequência e sem a parte negativa. Esta onda é enviada para o pino 14 do microcontrolador. A programação do microcontrolador foi feita na linguagem Pascal. Através de um contador de 16 bits com frequência de “clock” de 10[MHz] dividido por 64, o sinal de entrada é comparado com o sinal do“clock”, que vai avançando sua contagem sempre que o sinal de entrada estiver no seu valor de “alto”. A frequência da tensão é dada pela expressão (4), com uma precisão de 0,1[Hz]. (4) Onde, Valor do contador à valor da contagem do contador. O valor de frequência é então comparado com um intervalo de referência. Se a frequência lida estiver acima da faixa de frequência especificada, um sinal lógico 1 é enviado a uma das chaves estáticas, ligando a carga lastro de 45[W]. Se na próxima leitura de frequência for constatado um valor ainda maior do que 10 Fig.6: Sistema completo montado para estudo do controle de frequência As chaves trifásicas da figura 6 representam os relés de estado sólido ou chaves estáticas, que são componentes eletrônicos totalmente em estado sólido, ou seja, não possuem elementos mecânicos ou qualquer tipo de peça móvel. A utilização destes dispositivos elimina a utilização de contatores mecânicos, que se desgastam ao longo do tempo. A figura 7 mostra um dos relés de estado sólido utilizados no sistema. HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 08-14 CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO GERADOR DE INDUÇÃO EM OPERAÇÃO ISOLADA, UTILIZANDO LÓGICA BINÁRIA TECHNICAL ARTICLES Tabela 2: Medidas de tensão e frequência sem controle. Carga plena (650[W]) Tensão [V] 213,30 Frequência [Hz] 54,35 Carga de 550[W] Tensão [V] 224,45 Frequência [Hz] 54,59 Carga de 500[W] Tensão [V] 233,40 Frequência [Hz] 55,07 Carga de 450[W] Tensão [V] 245,00 Frequência [Hz] 55,25 Sem carga Fig.7: Relé de estado sólido Tensão [V] 269,15 Frequência [Hz] 56,56 3. ANÁLISE E RESULTADOS Verificou-se o funcionamento das chaves estáticas conectando a chave entre a rede elétrica e uma carga trifásica composta por lâmpadas ligadas em delta. Ao aplicar um sinal de tensão continua de +5[V] em seu terminal de entrada, verificou-se a energização das lâmpadas. Os primeiros testes foram realizados a fim de verificar o funcionamento do sistema de controle e ajustar seus parâmetros. Inicialmente, o controle foi ajustado para manter a frequência na faixa entre 59,5[Hz] e 60,5[Hz]. Porém, não foi possível operar o gerador com esta frequência sem que a tensão se elevasse muito, uma vez que o sistema não dispunha de uma malha de controle de tensão, apenas controle de frequência. Ajustou-se, então, o sistema para uma frequência próxima a 54[Hz]. Ao realizar os primeiros testes com o sistema de controle observou-se certa instabilidade no sistema. Quando parte da carga principal era retirada, o sistema de controle atuava, acionando as cargas lastros de acordo com as combinações binárias da tabela 1. Porém, em alguns ensaios o sistema não conseguia encontrar uma combinação e se manter nela, e outras vezes,observou-se variações muito bruscas na tensão da carga, fazendo com que o sistema de controle desligasse. Tais instabilidades podem ser resultados do tempo ajustado entre cada variação binária, da faixa de ajuste da frequência de referênciae ainda da inexistência de uma malha de controle de tensão. Com intuito de diminuir tais instabilidades foram feitas alterações no controle, elevando ointervalo detempo entre cada variação da carga lastro, de 500[ms] para 2 [s], e reduzindo a frequência da tensão aplicada a carga, de modo a ficar mais próxima ao valor de ajuste (54,0 [Hz]). Realizaram-se então duas análises a fim de verificar o controle de frequência: um ensaio sem controle e um ensaio com controle. 3.1. Ensaio sem controle de frequência. Para o ensaio sem controle ajustou-se o sistema de geração para carga plena com uma frequência e tensão próximas a 54[Hz] e 220[V]. Foram feitos vários chaveamentos da carga e verificado os valores de tensão e frequência para cada uma, sendo os dados exibidos na tabela 2. Pode ser observado na tabela 2 que a frequência e a tensão variam significativamente com a mudança de carga. 3.2. Ensaio com controle de frequência. Do mesmo modo, para o ensaio com controle, ajustou-se o sistema de geração para carga plena com uma frequência e tensão próximas a 54[Hz] e 220[V]. Foram feitos vários chaveamentos da carga principal, verificando o controle por meio da carga lastro, e anotado os valores de tensão e frequência para cada uma, sendo os dados exibidos na tabela 3. Tabela 3: Medidas de tensão e frequência com controle. Carga plena (650[W]) Tensão [V] 201,40 Frequência [Hz] 54,35 Carga de 550[W] Tensão [V] 210,45 Frequência [Hz] 54,45 Carga de 500[W] Tensão [V] 216,00 Frequência [Hz] 54,55 Carga de 450[W] Tensão [V] 214,59 Frequência [Hz] 54,38 Sem carga Tensão [V] 228,55 Frequência [Hz] 54,59 Como pode ser observado na tabela 3, no sistema com controle, a frequência se mantém praticamente constante, havendo uma pequena variação entre as variações de carga. A variação da tensão também é reduzida em comparação ao sistema sem controle, porém ainda é uma variação significativa. Esta variação de tensão deve-se ao fato de não haver uma malha para controle de tensão para o sistema. As figuras 8 a 14 mostram as fotos tiradas durantes os ensaios falados anteriormente. HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 08-14 11 ARTIGOS TÉCNICOS Fig.8: Carga utilizada CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO GERADOR DE INDUÇÃO EM OPERAÇÃO ISOLADA, UTILIZANDO LÓGICA BINÁRIA Fig.12: Combinação da carga lastro Fig.9: Combinação da carga lastro Fig.13: Combinação da carga lastro Fig.10: Combinação da carga lastro Fig.14: Placa mantendo a frequência dentro da faixa ajustada (led verde aceso) Fig.11: Combinação da carga lastro 12 Outra solução viável para o problema da estabilidade da frequência é por meio de um controle contínuo, onde o sistema de controle atue no ângulo de disparo de tiristores em antiparalelo para aumentar ou diminuir a potência absorvida pela carga lastro. Também, foi implementado um controle continuo em laboratório, onde se observou uma injeção de corrente com componentes harmônicas no sistema. Para o sistema de controle discreto, foi observada a tensão aplicada à carga por meio de um osciloscópio. Através da forma de onda apresentada na figura 15 pode-se notar a uma tensão praticamente sem harmônicos. HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 08-14 CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO GERADOR DE INDUÇÃO EM OPERAÇÃO ISOLADA, UTILIZANDO LÓGICA BINÁRIA TECHNICAL ARTICLES A máquina primária utiliza dois reostatos para seu acionamento: um é o reostato de campo para o controle da corrente de campo, e o outro é o reostato demarrador. Ambos são de fabricação ELETROMÁQUINAS ANEL S/A. Seus dados estão na tabela 5: Tabela 5: Dados dos reostatos para acionamento da máquina primária Reostato de campo Fig.15: Forma da tensão na carga para o sistema com controle discreto de frequência A forma de onda praticamente livre de harmônicos devese ao fato dos tiristores das chaves estáticas conduzirem com ângulo de zero grau, ou seja, só há dois estados para as chaves: ligado ou desligado. 4. CONCLUSÃO Com o trabalho realizado, constata-se a importância e dificuldade em se obter uma frequência na tensão gerada estável em sistemas de geração isolados. O sistema de controle utilizando lógica binária e chaves estáticas mostrou-se eficaz em relação ao um sistema chaveado com contatores mecânicos por não apresentar desgastes ao longo do tempo. Outra vantagem desse sistema foi a não introdução de correntes harmônicas em relação a um sistema de controle contínuo, que atua no ângulo de disparo de tiristores para controlar a frequência. O controle utilizado atua apenas na frequência, havendo variações na tensão durante os ensaios. Sendo assim, pode-se pensar na utilização de um controle de tensão em paralelo com o de frequência, de modo a aumentar a qualidade da energia gerada. Como continuação deste trabalho, pretende-se implementar um sistema de controle similar, empregando também lógica binária, mas com controle de tensão, ao invés de controle de frequência, este controle a ser implementado, mais adequado, para utilização em gerador de indução, operação isolada. ANEXO DADOS DAS MÁQUINAS E BANCO DE CAPACITORES A.1) Máquinas A Máquina primária utilizada no acionamento do gerador de indução é um motor de corrente contínua, e possui os dados mostrados na tabela 4. Tabela 4: Dados da máquina primária Fabricante ELETROMÁQUINAS ANEL S/A Tipo CG1-4 Potência 1,7 [kW] Tensão nominal de armadura 220 [V] Rotação 1500 [RPM] Corrente nominal de armadura 7,72[A] Corrente de campo máxima 0,6[A] Reostato demarradopr Potência 300[W] Tipo ESP Corrente máxima 650[mA] Numero 9794 Resistência 0-700 [Ω] Potência 1,7[kW] Tensão 220[V] Corrente 10[A] Resistência 22[Ω] Regime de funcionamento Partida Ano de fabricação 1965 A tabela 6 ilustra os dados do gerador de indução. Tabela 6: Dados do gerador de indução Motor de indução usado como gerador Fabricante EBERLE Tipo AS 90L Potência 1,2[CV] Tensão 220[V] Corrente Nominal 3,6[A Frequencia 60[Hz] Rotações por minuto 1740[RPM] Isolação F Proteção IP44 A.2) Banco de capacitores Este banco está ligado em delta e tem o total de 30[µF] por fase. 5. REFERÊNCIAS • [1] Rezek, A. J. J., “Fundamentos Básicos de Máquinas Elétricas: teoria e ensaios”,.Synergia, Acta, Editoras, 2011. • [2] Mendes, P. P. C., “Estudo de Estabilidade de Sistemas Elétricos”, 2006. • [3] DatasheetATmega8, ATMEL • [4] Fitzgerald, A. E.;Kingsley, C. Jr; Kusko, A, “Máquinas Elétricas”, Mcgraw-Hill do Brasil Ltda, 1997. • [5] Getúlio Ribeiro Marques; Lucas Henrique Simões “ Controle de frequência do gerador de indução utilizando lógica binária”, trabalho final de graduação (TFG), engenharia elétrica, UNIFEI, outubro, 2013. • [6] M. G. Simões, F. A. 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Fischer, Manual on Induction Motors Used as Generators, MHPG Series, 1990. • [15]F. Fröhr, F. Orttenburger, Introducción al Control Electrónico, Siemens, Marcombo • S. A., 1986. • [16]A. J. J. Rezek, A. V. Braga, A. N. C. Viana, D. M. Medeiros, “Operação do gerador de indução com controle de tensão e freqüência”. VI Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e Médias Centrais Hidrelétricas, Belo Horizonte, MG, Brasil, abril 2008. • [17]T. Ahmed, K. Nishida, M. Nakaoka, L. H. Woo, “SVC and AC load voltage regulation scheme for DC outputted threephase induction generator”, The 4th International Power Electronics and Motion Control Conference, (IPEMC), Vol. 3, pp 1189-1194, 14-16 Aug. 2004. ANOTAÇÕES 14 HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 08-14 AÇÕES PREVENTIVAS DE MITIGAÇÃO DE UMA POSSÍVEL INFESTAÇÃO PELO LIMNOPERNA FORTUNEI - O CASO DO CONSÓRCIO CONSTRUTOR DA UHE RETIRO BAIXO TECHNICAL ARTICLES AÇÕES PREVENTIVAS DE MITIGAÇÃO DE UMA POSSÍVEL INFESTAÇÃO PELO LIMNOPERNA FORTUNEI - O CASO DO CONSÓRCIO CONSTRUTOR DA UHE RETIRO BAIXO Deborah. Montenegro. C. F. Albuquerque, 2 Gabriel Villela Torquato 2 Thiago Villela Torquato 1 Ana Alice Cesário 1 RESUMO O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) é um molusco bivalve de água doce, originário da Ásia [1]. Por possuir crescimento rápido, alta taxa de fecundidade e adaptabilidade ambiental, além da ausência de predador natural, o Limnoperna fortunei tornou-se uma espécie invasora de grande sucesso na América do Sul, incluindo o Brasil. A invasão do Mexilhão Dourado trouxe muitos prejuízos ambientais, ecológicos e econômicos nos locais em que se instalou. Os impactos causados por esse organismo nas Usinas Hidrelétricas do Brasil têm sido crescentes [2] e diversas ações têm sido adotadas com o intuito de minimizar os custos decorrentes dessa infestação. Mesmo não tendo sido identificado no rio Paraopeba, MG existe uma possibilidade real de haver uma infestação no local nos próximos anos, devido em grande parte ao alto trânsito de pescadores que passam pela região. Dentro desse contexto a equipe ambiental da UHE Retiro Baixo optou por adotar um conjunto de ações visando se preparar para um evento futuro de invasão por esse molusco. Assim, ainda na etapa de projeto previu-se, a instalação de tubulações para serem embutidas no concreto antecipando a instalação de um sistema de refrigeração em circuito fechado. Paralelamente a isso se fez um esforço direcionado em atividades de Educação Ambiental e Comunicação Social em sua área de influência, com o intuito de retardar a introdução do molusco. Outra ação importante foi o início do monitoramento do Limnoperna fortunei, no rio Paraopeba. Essa ação objetiva a antecipação do combate e controle do mexilhão em caso do início de uma infestação aumentando a eficiência das ações futuras de mitigação. Assim para o início da operação a UHE Retiro Baixo foi equipada com dois bioboxes que são periodicamente analisados para a verificação da existência de larvas fixadas. Também foi parcialmente instalado o sistema de refrigeração fechado, que será finalizado e ativado, caso ocorra a detecção do Limnoperna fortunei. PALAVRAS-CHAVE: Mexilhão Dourado, Limnoperna fortunei, usinas hidrelétricas, biobox, educação ambiental, circuito de resfriamento fechado. PREVENTIVE MITIGATION ACTIONS FOR A POSSIBLE LIMNOPERNA FORTUNEI INFESTATION - THE RETIRO BAIXO HYDROELECTRIC POWER PLANT CASE ABSTRACT The Golden Mussel (Limnoperna fortunei) is a freshwater bivalve mussel, originated from Asia [1]. Because of its ability of rapid growth, high fecundity rate, high environmental adaptability and the absence of a natural predator, the Limnoperna fortunei became an invading species of great success in South America, including Brazil. The Golden Mussel invasion brought a great environmental, ecological and economical impact where it was introduced. These impacts caused by this organism in the brazilian hydroelectric power plants have been growing [2] and many actions have been adopted to minimize the impact deriving from the infestation. Although it hasn’t been detected in the Paraopeba river, MG there is a real possibility that an infestation may occur in the next years, mainly due to the great number of fishermen working in the area. In this context, the environmental team of the Retiro Baixo Hydroeletric Power Plant decided to take action in order to be ready for an eventual golden mussel invasion. During the construction project, some additional tubing were included in the concrete, anticipating a closed cooling systems installation. In the meanwhile a great effort towards Environmental Education and Social Communication took place in the area, in order to defer the mussel’s arrival. Another important action was the monitoring of the Limnoperna fortune, in the Paraopeba river. The purpose of this action is to anticipate the Golden Mussel’s control and combat in case the infestation begins increasing the effectiveness of future mitigation actions. The Retiro Baixo Hydroeletric Power Plant was then equipped with two bioboxes which are periodically inspected to verify the presence of any fixed mussel larvae. Also, the closed circuit cooler was partially installed which will be finalized and activated in case the Limnoperna fortunei is detected. KEYWORDS: Golden Mussel, Limnoperna fortunie, hydroelectric power plant, biobox, environmental education, closed cooling systems. 1. INTRODUCTION The Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), popular known as golden mussel, is a freshwater mussel bivalve, from southeast Asia. It was first recorded on South America in 1991 at Bagliardi beach in the Argentinian littoral area of Rio de la Plata [3]. Its introduction was probably due to the discharge of ballast water from merchant ships from Asia [4]. Limnoperna fortunei, lives as a marine mytilids and has a byssal attachment to solid substrata. In the subtropical region it exhibits a rapid growth, a short life span and a planktonic larvae. The adults are dioic, with two-thirds of the population being female and reproducing at least once or twice a year [5, 6]. The combinations of early sexual maturity, high fecundity, wide environmental toleration and the absence of effective competitive interactions allows this specie to be transported and RETIRO BAIXO ENERGÉTICA SA: Rua Matias Cardoso 63/805-808 – Santo Agostinho, Belo Horizonte, (31)3292-7890, [email protected] [email protected] RUMO AMBIENTAL Consultoria e Serviços Ltda: R. Lavras 616/101- São Pedro, Belo Horizonte, (31)3221-9459, [email protected] [email protected] 1 2 HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 15-19 15 ARTIGOS TÉCNICOS easily introduced into a new environment. Likewise, it rapidly colonizes the new environmental, eventually becoming dominant [7]. In the first 8 years in the South America, L. fortunei, invaded four countries (Argentina, Uruguay, Paraguay and Brazil) and a wide variety of environments. It traveled about 240 km per year from 1991 to 1999 and it appears that the geographic range of golden mussel is in continuous expansion in South America [8, 9]. In Brazil, it was already found in the states of Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso and Minas Gerais close to the state line of Goiás and São Paulo [10]. The impact of Limnoperna fortunei in South America involves both the natural and the human environments [11]. The larvae and juveniles go inside the water systems they settle and maturate producing the macrofouling which are incrustations in the pipes, causing a pipe diameter reduction, pipeline obstruction, flow velocity reductions due to friction loss, accumulation in empty valves and pollution of waterways from massive mortality and filter occlusion [12]. Since the introduction of Limnoperna fortunei in South America, the number of individuals increased dramatically, reaching densities of more than 150,000 mussels/m2 [13]. Recently, many steps have been taken to control or decrease the effects caused by this invasive species. The purpose of this work is to present ways to prevent the arrival of the golden mussel, through monitoring and environmental education and plan how to lessen the impact of Limnoperna fortunei in a Hydroelectric Power Plant (HPP). 2. MATERIAL AND METHODS The present study was implemented in the HPP Retiro Baixo, built at Paraopeba River, 6 km upstream of reservoirs of Três Marias between the cities of Curvelo and Pompéu in the state of Minas Gerais. Its dam is 1100 meters long and 44 meters wide and the reservoir area is 22.58 km2, with an installed capacity of 82 MW. The power generation is accomplished by means of two Kaplan turbines. The project was designed and developed in order to reconcile the use of natural resources with the lowest environmental impact anticipating already predicted and possible some future events. 2.1 Monitoring Given the velocity of dispersion and all natural and economic problems that the Golden Mussel can cause, in 2006 the HPP Retiro Baixo added in its Environmental Control Plan, a specific project to prevent Limnoperna fortunei, since there is no record of this mussel in this watershed. Therefore, since the beginning of its implementation, monitoring activities and dissemination on the municipalities surrounding the project are being executed. A monitoring program was carried out at four points at Paraopeba River every three months during the construction of the hydroelectric power plant and twice a year when already operational. During this activity, the river banks were inspected as well as rocks and substrates in which it would be possible to the Golden Mussel to fix. After the beginning of operation of Retiro Baixo in 2010, artificial substrates were implanted for periodic verification. In August 2011 two bioboxes were installed in the cooling system entrance after the pre filter. The bioboxes are made of acrylic sheets, in which water circulates through with controlled flow (figura 1). This system was built according to the model presented by Claudi [14], with adaptations by Campos [15] and is able to detect the presence of larvae of the Golden Mussel 16 AÇÕES PREVENTIVAS DE MITIGAÇÃO DE UMA POSSÍVEL INFESTAÇÃO PELO LIMNOPERNA FORTUNEI - O CASO DO CONSÓRCIO CONSTRUTOR DA UHE RETIRO BAIXO and determine the invasive species density whenever the cooling system and the reservoir are infested and the acrylic plates are colonized. Every three months the collection of the bioboxe’s material is held for laboratory analysis. It consists on the scraping of acrylic plates present in each biobox (Figure 1), placement of the fixed samples in a formaldehyde solution and a laboratory analysis for the presence of Limnoperna fortunei larvae. Fig. 1: Biobox installed at HPP Retiro Baixo and the scraping of the acrylic sheets to be sent for laboratory analysis. Author: Rafael Resck All vessels arriving to the dam go through an internal and external visual inspection, to seek for individuals. All accumulated water in the boat is removed and thrown on the ground, away from water bodies. Next, cleaning is performed using bleach on the hull as well as in the boat’s interior compartment used for living bait and fishing equipment to eliminate small larvae not noticeable to the naked eye. If the vessel originated from an infested river, it remains at least two days under direct sunlight, out of water. These actions prevent the specie’s introduction by accident in the Paraopeba River. 2.2 Environmental Education Along with the Golden Mussel monitoring program, the Social Communication and Environmental Education Program team held various lectures starting with employees, consultants and visitors at the plant, who received information on the steps adopted by HPP Retiro Baixo to prevent the arrival of Limnoperna fortunei. Five thousand students and teachers from the nearby cities of Felixlândia and Pompéu were trained in Environmental Education were informed about the exotic species with focus on the Golden Mussel, their impact and how to prevent their introduction. In the city of Pompéu, a lecture was held for fishermen, environmental police, the State Forest Institute members, and businesses representatives that could be impacted by the arrival of the Golden Mussel. The focus of the event was to draw attention to the rapid spread of the mussel, the need for prevention and planning methods of combat, in order to diminish economic losses. Placards were also posted along the river, ranches, houses, stalls selling baits in the major highway BR-040, fishing lodges, the access roads to the Choro waterfall (which is an important local fishing area in the region), as well as the State Forest Institute a place where there is a great transit of fishermen. 2.3 Changes in the basic construction project One of the major concerns in the hydroelectric power plant operation regarding the appearance of the Limnoperna fortunei is the damage it causes in the turbines cooling system, the system’s sub components and the fire prevention pipes system, as they are hard places to reach. The macrofouling can obstruct the tubes and turbines causing overheat, and often it is necessary to replace the damaged equipment. HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 15-19 TECHNICAL ARTICLES Fig. 2: Design of semi-closed cooling, the solid lines correspond to the HPP Retiro Baixo cooling system and the dotted lines to the future semi-closed system if needed AÇÕES PREVENTIVAS DE MITIGAÇÃO DE UMA POSSÍVEL INFESTAÇÃO PELO LIMNOPERNA FORTUNEI - O CASO DO CONSÓRCIO CONSTRUTOR DA UHE RETIRO BAIXO HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 15-19 17 ARTIGOS TÉCNICOS AÇÕES PREVENTIVAS DE MITIGAÇÃO DE UMA POSSÍVEL INFESTAÇÃO PELO LIMNOPERNA FORTUNEI - O CASO DO CONSÓRCIO CONSTRUTOR DA UHE RETIRO BAIXO To avoid damage and problems caused by Golden Mussel in HPP Retiro Baixo, the environmental team in partnership with engineering developed a design of a semi-closed cooling system, which will be installed if the Limnoperna fortunei is detected in the river or in the bioboxes. The system consists of two cooling towers and a series of isolated and independent pipes installed during construction of the plant. The fire-prevention pipe system will also be connected to this closed system and will only have contact with the treated water supplied by the cooling towers (figure 2). 3. RESULTS AND DISCUSSION Given the past record of Limnoperna fortunei, it is possible to see that the dispersion is slower than anticipated. So far, in the state of Minas Gerais, the records show that they are only present in the states border of Goiás and São Paulo, even though according to Mota [10] there is a spreading in upstream river Paraná. Nevertheless, the environmental team’s workshops and monitoring held by HPP Retiro Baixo was perceived as effective when on February 5, 2009, a team was mobilized to carry an inspection in a tugboat rented to HPP Retiro Baixo coming from Arealva, SP (city on the Tietê River in which the presence of Golden Mussel was detected). The inspection was conducted in the tugboat while still fixed in the transporting truck (figure 3). Over sixty Golden Mussel individuals were identified in this procedure and the larger ones were still alive, even after being two days out of water. The mussels were manually removed and the vessel was sprayed with a bleach solution (figure 3). After the spraying, the tugboat was placed on the ground under the sun, away from the riverbank suspended by a wooden support and surrounded by a cofferdam (figure 3). Also, an informative card about the Golden Mussel was posted on the tugboat, and another one stating that the vessel should only be placed in the water after an official government environmental agency inspection. On 09 September, the vessel was sprayed again with a chlorine solution. Two days later a State Forest Institute inspector visited the HPP Retiro Baixo, and after taking note of all procedures performed by the environmental team, verified its effectiveness and issued a document releasing the tugboat for use. In conclusion, these actions prevented a devastating environmental accident and it is now clear the importance of implementing environmental programs in places where the Golden Mussel has not yet been recorded so that its introduction may be delayed and its dispersion velocity reduced. Places with large fishermen activity should be targeted by an environmental education team so that the amateur and professional public may be well informed and able perform inspections on their own boats and fishing equipment before placing them on any river. In addition, we need to think ahead anticipating design changes in order to reduce the economic impacts that may be caused by the Limnoperna fortunei. 18 Fig. 3: Tugboat with Golden Mussel inspected and sprayed at HPP Retiro Baixo. 3. ACKNOWLEDGEMENTS The authors thank Professor Carlos B. Martinez for his incentive and comments on the manuscript. The assistance of Retiro Baixo Energética S.A. is also greatly appreciate. 4. REFERENCES. • [1] Darrigran, G., 2010, “Summary of the distribution and impact of the golden mussel in Argentina and Neighboring countries:, In: Mackie GL, Claudi R (2 Ed.), Monitoring and control of macrofouling mollusks in freshwater systems (pp. 389-396), Boca Raton: CRC Press. • [2] Mansur, M. C. D., Santos, C. P., Darrigran, G. A., Heydrich, I., Callil, C. T. and Cardoso, R. 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Efficient procedures to combat the presence of this mollusk require a good knowledge about its behavior and characteristics. An important and not well known characteristic is the detachment flow speed for golden mussels aggregated at different substrates. The aim of this work is the determination of the minimum, average, and maximum flow speeds required to detach golden mussel individuals aggregated at steel substrate. Some samples of encrusted individuals are obtained at laboratory and in field. Part of the tests employ samples obtained from ASTM-36 steel plates that have been inserted into the lake of UHE Itaipu during twelve months, from September 2009 until August 2010. The laboratory tests use samples of steel plates, that have been inserted into nylon bags with golden mussels and kept under water for one month, at the Laboratory of Studies of the Limnoperna fortunei, in Brazil. The experiment results are summarized in several tables presented in this work. KEYWORDS: Golden mussel, Limnoperna fortunei, Detachment speeds. 1. INTRODUCTION Golden mussel (Limnoperna fortunei), species described by Dunker in 1857, is a bivalve mollusk of fresh water, from Southeast Asia. At South America, this mollusk is considered an invasive species, since it does not have natural predators neither parasites and presents physiological and ecological characterisitcs that favor its fast and efficacious proliferation (DARRIGRAN & PASTORINO, 1993). The arrival of the L. fortunei, golden mussel, in South America was firstly noticed in September of 1991, at Balneario Bagliardi, located at the estuary of La Plata river, Argentina (PASTORINO et al., 1993). In Brazil, the first report of the golden mussel presence was in 1998, at the delta of the Jacuí river, near to Porto Alegre, Rio Grande do Sul state. The dissemination of the golden mussel has occurred at a speed of 240 km/year (DARRIGRAN, 2002). This large dissemination speed caused the occurrence of the golden mussel in five countries of South America, Argentina (in 1991), Uruguai (in 1994), Paraguai (in 1997), Brasil and Bolívia (in 1998) (DARRIGRAN & MANSUR, 2006, DARRIGRAN & DAMBORONEA, 2009). Due to the mollusk great capability of adaptation to different environments and high reproduction rate, the proliferation of the golden mussel has generated strong concerns on Brazilian environmental agencies. Besides the ecological damages to aquatic environments, the golden mussel presence has jeopardized several economical sectors. Populations of this mollusk have encrusted into water pipelines, causing the reduction and even the interruption of the water flow. Water distribution systems, irrigation systems, ship engines, commercial fishing, water filters, industrial equipments and hydrolectric power generation have been affected by the golden mussel (MACKIE & CLAUDI, 2010; DINIZ, 2010). In hydroelectric power stations, the golden mussel adheres to hydraulic structures. Due to its dissemination speed, it can easily reach pipelines and filters, cooling systems, grids and other equipments. The problems caused by this species are grossly called “macrofouling”, what are associated with pipeline diameter reduction and obstruction, water flow speed reduction, which consequently causes significant head losses, acceleration of the pipeline corrosion, changes in the water smell and taste, increase in the cleaning and maintenance frequency, and an expressive increase is costs (COLARES, et al., 2002; BONAFÉ et al., 2007; MACKIE & CLAUDI, 2010; ROLLA & MOTTA, 2010). In order to analyze some options to attack the problems caused by the golden mussel infestation, this work aims at evaluating the maximum, minimum, and average flow speeds capable of provoking the golden mussel detachment from steel substrates. Several hydraulic structures commonly empoyed in hydroelectricity generation, irrigation systems, and water distribution systems are manufactured with commercial steels. 2. METHODOLOGY The tests performed on field to estimate the detachment speeds are based on a apparatus mounted with a rectangular cross-section conduct, with width of 140mm, heigth of 70mm, and length of 380mm, which is depicted on Figure 1. The metallic specimens are inserted into the testing section of the apparatus, as shown in Figure 1. SMARH-UFMG EE-UFMG EE-SMARH-UFMG 4 EE/UFMG 1 2 3 20 HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 20-23 Fig. 1: Experimental apparatus employed in field. EVALUATION OF MAXIMUM, AVERAGE, AND MINIMUM DETACHMENT SPEEDS FOR THE LIMNOPERMA FORTUNEI ENCRUSTED AT STEEL SUBSTRATE TECHNICAL ARTICLES For the tests performed at laboratory, an experimental apparatus with a 1 ½” acrylic pipe is connected to a pumping circuit, which is composed of a 1 hp Dancor centrifugal pump, model CHSS-17, capable of providing a nominal flow rate of 14.8m³/h. Figure 2 shows a picture of the laboratory experimental apparatus. dead individuals. Only plates with live individuals are pre-selected for the selection stage of the experimental tests. The pre-selected individuals are placed in a tray under light for 24 hours in order to evaluate their characteristics that can indicate their adequate health conditions. Some characteristics evaluated are response to external stimulus, member motion, agglomeration, etc., Figure 4, Darrigran e Damborenea (2006). Fig. 2: Laboratory experimental apparatus. Electromagnetic flow meters are installed in the pipeline intake at the experimental apparatus in field and in laboratory. A nylon bag with grid size of 1mm, similar to a creel, is installed at the pipeline outlet to capture the detached goden mussels. Metallic plate speciments made with low carbon steel ASTM A-36 are manufactured with dimensions of 80mmx100mmx20mm to be used in the tests peformed in field. The material employed in these speciments is the same used in the manufacturing of the hydroelectric power plant water intake grids. These specimens are submersed under a floating platform with tanks protected by nets. Figure 3 shows some pictures of specimens prepared for the tests performed in field. Fig. 4: Golden mussels with good health conditions. After the first 24 hours, the selected individuals are used to produce the specimens for the laboratory tests. Golden mussels are encrusted in 12 steel plates, with dimensions of 100mmx310mmx20mm, as it is shown in Figure 5. On the plates, population densities of 1, 2, 3, 4, and 5 individuals per cm² are employed. Different color tags are used to identify the specimens. The specimens are inserted into nylon bags in an attempt of making the golden mussels to attach to the plates. Fig. 3: Specimens used in the tests performed in field. In October 2010, exactly 13 months after the specimen submersion, the metallic plates are withdrawn for evaluation. 34 specimens are tested for two different plates, rendering 64 metallic plates for analysis. The plates without any encrusted golden mussel after the tests are disregarded in the analysis. In laboratory, there are 600 specimens of metallic plates with encrusted goden mussels. Before the tests, a preliminary analysis of the golden mussel colonies encrusted in the metallic plates is performed to eliminate Fig. 5: Laboratory testing specimens. In March 2013, one month after the beginning of the golden mussels encrustation into the metallic substrate, the laboratory tests started. Each specimen is inserted into the central region of the experimental apparatus. The pumping system and the electromagnetic flow meter are then turned on. A valve in the pumping circuit works as a flow restrictor, rendering different values of flow rates. HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 20-23 21 EVALUATION OF MAXIMUM, AVERAGE, AND MINIMUM DETACHMENT SPEEDS FOR THE LIMNOPERMA FORTUNEI ENCRUSTED AT STEEL SUBSTRATE ARTIGOS TÉCNICOS According to Schreiber (1997), low flow speeds in the range of 0.1m/s to 0.4m/s are commonly encountered near to columns and dams. In the laboratory tests, the flow rates are selected to provide flow speeds in all ranges usually found in hydroelectric power stations. A little higher flow speed, in the range of 0.4m/s to 1.5m/s, generally occurs in the water intake points and grids. Higher speeds, in the range of 1.5m/s to 4m/s, commonly are found along the penstock and near to hydraulic turbines. In the laboratory tests, the flow speed increases 0.2m/s at each interval of 5min, as it is shown in Table 1. Table 1: Pre-set flow rates for the detachment speed tests considering an empty apparatus. Speed (m/s) Vazão Flow (m³/s) Time min 0.1 0.12 5 0.3 0.36 10 0.5 0.6 15 0.7 0.84 20 0.9 1.08 25 1.1 1.32 30 1.3 1.56 35 1.5 1.8 40 1.7 2.04 45 1.9 2.28 50 2.1 2.52 55 2.3 2.76 60 2.5 3 65 2.7 3.24 70 2.9 3.48 75 3.1 3.72 80 3.3 3.96 85 3.5 4.2 90 3.7 4.44 95 3.9 4.68 100 3. RESULTS At every flow rate variation step during the laboratory tests, the detached individuals from the substrate are collected. The number of individuals and the time interval are then registered. In the tests performed in field, there is no control on the encrustation density. The metallic plates suffer a natural process of golden mussel encrustation. The metallic plates submersed in June, July, and August of 2010 did not present encrusted individuals, at least under visual analysis. These plates have been disregarded in the analysis. The average amount of encrusted golden mussels on each plate in field is 114.6 individuals. The minimum amount is 3 individuals and the maximum is 596 individuals. The number of encrusted individuals and the detachment speeds are described in Table 2. Table 2: Flow speed magnitudes rendered from the tests performed in field. Speed Field tests (m/s) Minimum 0.50 Average 1.50 Maximum 2.87 From the experimental data rendered from the laboratory tests, is is possible to estimate the maximum, average, and minimum flow speeds for several encrustation densities at steel substrate. The results are presented in Table 3. 22 Table 3: Flow speed magnitudes from the tests performed in laboratory. STEEL Density (ind/cm²) Average speed(m/s) Maximum speed (m/s) Minimum speed (m/s) 1 1.95 3.3 1.1 2 1.41 3.3 0.1 3 1.78 2.7 0.1 4 1.79 3.5 0.1 5 1.63 3.7 0.1 Disregarding the encrustation densities used in the laboratory tests, the averaging of the experimental results obtained are summarized in Table 4. Table 4: Flow speed magnitudes rendered from the tests performed in field. Speed Laboratory tests (m/s) Minimum 0.30 Average 1.71 Maximum 3.30 4. FINAL REMARKS From the experimental results rendered in this work, it can be observed that the lowest value of the minimum detachment speed and the highest values of the average and maximum detachment speeds occur in the laboratoty tests. The specimen imersion time in water, which is different in the field and in the laboratoty tests, appears to not have influence on the detachment speed. More tests must be performed to confirm if the imersion time is or not an important variable in the estimation of the detachment speed. A shortcoming in this study is the control of the individual encrustation density in the tests performed in field. Metallic plates with same density should be tested in field and in laboratory conditions in order to evaluate if the encrustation density may be a parameter that has influence in the differences in the computed detachment speeds. It is noteworthy to say that the experimental results give some insights into the more adequate flow rate ranges for structures and equipments manufactured with steel to reduce the impact of the goden mussel infestation. 5. ACKNOWLEDGMENTS The authors would like to express their sincere thanks to ANEEL, CEMIG, ELETROBRAS FURNAS, FAPEMIG, CNPq and VALE for the financial support to develop this work. 6. REFERENCES • BONAFÉ, R.A.; UEDA, R.R.; LÓPEZ, L.E.U.; MUSTAFÁ, A.L.; MACHADO, C. Efeitos da utilização de revestimento antiincrustante no controle do mexilhão dourado na confiabilidade de equipamentos e redução de custos de manutenção. 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Foi realizado um levantamento batimétrico no reservatório com o uso de um ecobatímetro multifeixe. Após o levantamento foi determinada a curva cota x área x volume, que foi comparada com a curva anterior ao enchimento do reservatório. Os resultados mostraram que houve um volume de sedimento depositado de 0,369 hm3, representando uma taxa média de assoreamento anual de 0,63%. Adicionalmente, foram coletadas amostras de sedimentos depositado em 12 pontos ao longo do reservatório, utilizando um amostrador tipo Petersen. As amostras apresentaram, em sua maioria, uma quantidade maior da fração argila, seguida da fração silte e da fração areia. PALAVRAS-CHAVE: Assoreamento, Batimetria, Reservatório, Sedimento. SEDIMENTATION STUDY OF PCH PIPOCA RESERVOIR - MG AND CHARACTERIZATION OF PARTICLE SIZE OF DEPOSITED SEDIMENTS ABSTRACT This article presents a study of sedimentation and particle size characterization of sediments deposited at the reservoir of PCH Pipoca. The reservoir is located in the state of Minas Gerais on Manhuaçu river. A bathymetric survey was done in the reservoir using a multibeam echosounder. After the survey, the curve elevation x area x volume was compared with the curve before filling the reservoir. The results show that there was a volume of deposited sediment of 0.369 hm3, representing an annual average sedimentation rate of 0.63%. Additionally, were collected samples of deposited sediments at 12 points along the reservoir using a sampler Petersen type. The samples showed, mostly, a greater amount of clay, followed by silt and sand fractions. KEYWORDS: Silting, Bathymetry, Reservoir, Sediment. 1. INTRODUÇÃO A água é um recurso natural renovável e finito cada vez mais escasso, seja quantitativamente ou qualitativamente. Apesar de o Brasil deter grande quantidade deste recurso, 12% do total de água doce superficial disponível no planeta, as águas são mal distribuídas pelo território, deixando alguns estados com sérios problemas de abastecimento. A construção de uma barragem seja para armazenamento de água, geração de energia elétrica ou para qualquer outra finalidade, altera as condições naturais de um curso d’água, assim como o regime de transporte de sedimentos. A formação do reservatório provoca a redução na velocidade de fluxo da água, propiciando condições favoráveis para a deposição de sedimentos, processo conhecido como assoreamento. Os sedimentos são responsáveis por inúmeros danos ambientais e econômicos, como a redução do volume útil do reservatório, a redução da qualidade da água, a redução da oxigenação, o aumento na retenção de nutrientes, a formação de bancos de areia e danos as estruturas da barragem. Para o caso do Brasil, Carvalho (2008) afirma que o valor médio anual para a taxa de assoreamento dos reservatórios é de 0,5%. O acompanhamento do processo de assoreamento pode ser realizado por meio de levantamentos batimétricos periódicos no reservatório, de modo a atualizar as curvas cota x área x volume e possibilitar uma melhor operação e gerenciamento da barragem. Desta maneira, foi realizado um levantamento batimétrico no reservatório, a fim de se atualizar as curvas cota x área x volume e calcular o volume de sedimento já depositado desde o início da operação do empreendimento. 1.1. ECOBATÍMETRO MULTIFEIXE O levantamento batimétrico de reservatórios pode ser realizado por meio de sondagem acústica, que consiste no rastreamento do relevo submerso a partir da emissão de pulsos sonoros que se propagam pela água até atingirem o fundo do reservatório. A profundidade de um ponto qualquer do terreno é obtida a partir da emissão de um pulso e a medição da velocidade com que este mesmo pulso retorna ao ecobatímetro. A partir da velocidade de propagação do som e o tempo gasto para o pulso retornar ao equipamento, calcula-se a profundidade daquele ponto. O ecobatímetro multifeixe, também chamado de multibeam, realiza o levantamento batimétrico do fundo do reservatório a partir da emissão de inúmeros feixes acústicos, sendo capaz de mapear grandes áreas em regiões profundas com uma única varredura (Figura 1). Mestre, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa Aluno de Doutorado, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa Mestre, Departamento de Engenharia, Universidade Federal de Viçosa 3 Professor Titular, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa 1 2 3 24 HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 24-28 ESTUDO DO ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO DA PCH PIPOCA – MG E CARACTERIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS SEDIMENTOS DEPOSITADOS TECHNICAL ARTICLES 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO A PCH Pipoca está localizada na sub-bacia do rio Manhuaçu, umas das 16 sub-bacias integrantes da bacia do rio Doce. Com uma área de drenagem de 9.011 km2, a sub-bacia do rio Manhuaçu encontra-se na margem direita do rio Doce, nascendo na Serra da Seritinga, entre os municípios de Divino e São João do Manhuaçu, e desaguando no rio Doce (Figura 2). Fig. 2: Sub-bacias da bacia do rio Doce (modificado de IGAM, 2010). Fig. 1: Feixes acústicos emitidos por um ecobatímetro multifeixe. Após a instalação deste equipamento na embarcação, é necessário realizar a calibração do ecobatímetro no local antes de se iniciar o levantamento batimétrico. O método de calibração, conhecido como patch test, corrige os diferentes movimentos da embarcação, chamados de heave, pitch, roll e yaw. A calibração é muito importante para garantir a precisão do ecobatímetro. Além das correções dos movimentos da embarcação, também devem ser realizadas as correções de latência, para corrigir o tempo de atraso da posição, e a calibração do perfil da velocidade do som na coluna d’água periodicamente. Por demandar pouca interpolação dos dados ao ser capaz de mapear 100% do terreno, este equipamento promove resultados de boa qualidade ao final do levantamento batimétrico e do processamento dos dados coletados. 1.2. SEDIMENTOS DEPOSITADOS EM UM RESERVATÓRIO A deposição e distribuição dos sedimentos e a formação do assoreamento é função de diversos fatores, como a forma geométrica do reservatório, a topografia da região, a sinuosidade do curso d’água, a granulometria dos sedimentos, o tipo de operação do reservatório, a vazão afluente, e outros (Carvalho, 2008). Quando o curso d’água encontra o reservatório formado por uma barragem, a carga de sedimentos de leito e a fração mais grosseira da carga de sedimentos em suspensão são depositadas imediatamente, enquanto os sedimentos mais finos, com baixa velocidade de sedimentação, são transportados ao longo do reservatório (Morris & Fan, 2010). Quando os sedimentos depositados atingem a tomada d’água, a operação adequada do reservatório fica comprometida, colocando em risco o desempenho de empreendimentos de geração de energia, assim como os de abastecimento e de navegação (Albertin et al., 2010). A área de contribuição da bacia do rio Manhuaçu até a PCH é de 2.240 km2, aproximadamente um quarto da área total da bacia. Além da PCH Pipoca, existem outras 5 PCHs localizadas sobre o rio Manhuaçu, são elas: Sinceridade (1,4 MW), Benjamim Mário Baptista (9 MW), Neblina (6,5 MW), Pipoca (20 MW), Areia Branca (19,8 MW) e Cachoeirão (27 MW). A PCH Pipoca situa-se entre os municípios mineiros de Caratinga e Ipanema, com o eixo do barramento na latitude 19º 46’ 11,46” S e na longitude 41º 47’ 20,64” W. O reservatório recebe, adicionalmente, as águas do ribeirão Suíço, um tributário da margem esquerda do rio Manhuaçu. A foz deste ribeirão está localizada nas coordenadas aproximadas 19°49'1.48"S e 41°47'37"W. O empreendimento iniciou sua construção em outubro de 2006 e sua operação deu-se a partir de outubro de 2010. Possui uma potência instalada de 20 MW, comprimento do vertedouro de 100 m, queda bruta de 49,20 m e 3 turbinas tipo Francis com potência nominal unitária de 7.330 kVA. O reservatório, em seu nível de água máximo normal, abrange uma área de 85,5 ha (Spec, 2007). 2.2. METODOLOGIA 2.2.1. Levantamento batimétrico O levantamento batimétrico do reservatório foi realizado em junho de 2013 por uma equipe formada por alunos da pósgraduação do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa, com o apoio de um bombeiro da universidade. Foi utilizado um ecobatímetro multifeixe de fabricação americana modelo SONIC 2022, com alcance de até 500 m e frequência de 200 a 400 kHz, juntamente com um DGPS modelo Hemisphere R131, um compensador de ondas e um módulo de interface que realizou a comunicação entre o ecobatímetro e o notebook. Utilizou-se o software HYPACK tanto na coleta como no processamento dos dados. HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 24-28 25 ARTIGOS TÉCNICOS A Figura 3 apresenta a embarcação já montada com todos os equipamentos necessários ao levantamento batimétrico do reservatório da PCH Pipoca. Durante o levantamento, primeiramente percorreu-se as margens do reservatório, e então, deu-se continuidade levantando cuidadosamente toda a área interna, de forma a minimizar a interpolação dos dados durante o processamento e a obtenção de um resultado com melhor qualidade possível. Após o trabalho de campo, partiu-se para o processamento dos dados dentro do módulo Hysweep Editor do software HYPACK. Os arquivos brutos foram analisados detalhadamente com o objetivo de eliminar eventos discrepantes ou fora do comportamento esperado, chamados de picos. ESTUDO DO ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO DA PCH PIPOCA – MG E CARACTERIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS SEDIMENTOS DEPOSITADOS curva CAV gerada para o ano de 2006, cujo MDE foi obtido a partir de dados oriundos de um levantamento topográfico realizado antes do enchimento do reservatório. Até o momento do presente estudo o empreendimento não possuía um levantamento batimétrico realizado no reservatório. Para a obtenção do MDE anterior ao enchimento do reservatório, foram utilizadas curvas de nível de 2 em 2 m, da área de entorno do reservatório, o contorno do rio, seções batimétricas e o contorno atual do reservatório. Este contorno foi obtido a partir de uma imagem do satélite RESOURCESAT-1, do sensor LISS-III, com data de captura em setembro de 2012 e com resolução de 23 m, proveniente do Instituto de Pesquisa Espacial (INPE). Este MDE também foi gerado pelo método de interpolação TIN. Assim, de posse dos dois MDEs, puderam-se realizar comparações entre as curvas CAV dos anos de 2006 e 2013, para obter o volume de sedimento depositado no reservatório. Este volume de sedimento foi obtido pela diferença entre os volumes de água, referentes à cota do nível d’água máximo normal (400,5 m) do reservatório. 2.2.4. Coleta dos sedimentos depositados Fig. 3: Embarcação montada para o levantamento batimétrico. 2.2.2. Geração do Modelo Digital de Elevação (MDE) Os dados de profundidade coletados foram transformados em dados de elevação, a partir da subtração dos valores do nível d’água registrados na régua linimétrica no dia do levantamento. Estes dados foram então exportados, juntamente com os dados de coordenadas geográficas, para o software ArcGIS, onde gerou-se o MDE pelo método de interpolação TIN (Triangulated Irregular Network). Matos (2012) afirma que o método de interpolação TIN é utilizado para melhor representar a topografia do terreno submerso de reservatórios, permitindo uma melhor representação dorelevo. O Serviço Geológico Americano (USGS) e a Agência Nacional de Águas (ANA), também fazem uso deste método de interpolação na geração de MDEs a partir de dados coletados em levantamentos batimétricos. Em abril de 2013, foi realizada a coleta dos sedimentos depositados com a finalidade de se analisar a granulometria do material, bem como a sua variação ao longo do reservatório. Utilizou-se um amostrador tipo Petersen, conhecido como draga de Petersen, de aço inox e capaz de coletar aproximadamente 3 kg de material por vez (Figura 4). Este amostrador foiacoplado a um guincho Fig. 4: Draga de Petersen hidrométrico para facilitar o trabalho e o manuseio do operador durante a coleta. Foram coletadas amostras em 12 pontos ao longo do reservatório, desde o remanso até bem próximo ao eixo da barragem. Os pontos foram planejados anteriormente e distaram aproximadamente 200 m entre si. Das amostras coletadas, 10 foram ao longo do reservatório e 2 (Pontos 3 e 11) na entrada de braços. Com auxílio de um GPS, pode-se registrar as coordenadas geográficas de cada ponto de coleta (Figura 5). Posteriormente às coletas em campo, as amostras foram analisadas em laboratório, por meio de ensaios de sedimentação e peneitamento. 2.2.3. Geração da curva cota x área x volume (CAV) A partir dos dados característicos do MDE gerado, utilizou-se a ferramenta surface volume, do software ArcGIS, para gerar uma tabela com informações de cota, área e volume. Estas informações foram exportadas para o software Excel, onde gerou-se a curva CAV. A curva CAV gerada para o ano de 2013 foi comparada com a 26 Fig. 5: Pontos de coleta de sedimento depositado no reservatório da PCH Pipoca. HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 24-28 ESTUDO DO ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO DA PCH PIPOCA – MG E CARACTERIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS SEDIMENTOS DEPOSITADOS TECHNICAL ARTICLES 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 3.3. Granulometria dos sedimentos depositados 3.1. Modelo Digital de Elevação e curva cota x área x volume Após a coleta e posteriores análises laboratoriais das amostras de sedimentos depositados no reservatório, encontraram-se os resultados apresentados na Tabela 1. O MDE gerado após o levantamento batimétrico do reservatório, representa a morfologia do terreno após sete anos do início de sua construção (Figura 6). O maior valor de profundidade encontrado foi de 26,2 m. A partir deste MDE, gerou-se a nova curva CAV do reservatório representada no Gráfico 1. Tabela 1: Pre-set flow rates for the detachment speed tests considering an empty apparatus. Ponto Fig. 6: MDE do reservatório da PCH Pipoca, após o levantamento batimétrico, 2013 Granulometria Argila (%) Silte (%) Areia (%) 1 64,5 26,4 9,1 2 64,5 26,9 8,6 3 67,0 23,5 9,5 4 61,5 29,5 9,0 5 62,0 26,6 11,4 6 55,0 33,5 11,5 7 53,1 34,9 12,0 8 51,8 34,2 14,0 9 51,5 37,5 11,0 10 52,0 35,7 12,3 11 51,7 36,3 12,0 12 0 0 100 4. CONCLUSÕES Gráfico 1: Curva CAV do reservatório da PCH Pipoca - MG, 2013. 3.2. Volume de sedimento depositado O Gráfico 2 apresenta as curvas cota x volume para o ano de 2006, anterior ao enchimento do reservatório, e para o ano de 2013, após o levantamento batimétrico. Estes dados possibilitaram o cálculo do volume de sedimento já depositado no reservatório. O volume encontrado de sedimento depositado no reservatório foi de 0,369 hm3, o que representa uma taxa média anual de assoreamento de 0,63%. Neste estudo foi avaliado o volume de sedimento depositado no reservatório da PCH Pipoca, MG, através do levantamento batimétrico utilizando um ecobatímetro multifeixe. Este equipamento realizou uma grande varredura do terreno submerso, coletando um número elevado de dados. A taxa média de deposição anual de sedimentos encontrada neste estudo, de 0,63%, foi próxima ao valor médio citado por Carvalho (2008), de 0,50%, para reservatórios brasileiros. Devido a falta de um levantamento batimétrico anterior ao realizado neste estudo, recomenda-se realizar novos levantamentos periódicos para que se possa comparar resultados entre levantamentos batimétricos e para se ter maior controle do aporte de sedimentos ao reservatório. A distribuição dos sedimentos depositados no reservatório não fugiu do padrão encontrado na literatura, onde sedimentos mais grosseiros são depositados próximos à região de remanso e sedimentos mais finos são carreados até a região mais próxima do eixo da barragem. Excluindo-se a amostra coletada no remanso do reservatório (Ponto 12), a média das frações granulométricas dos sedimentos foi de aproximadamente 58% de argila, 31% de silte e 11% de areia. Dessa maneira, pode-se afirmar que os sedimentos depositados no reservatório da PCH Pipoca podem ser classificados como argilo siltosos. Foi observada a presença de uma grande voçoroca próxima ao reservatório e ausência de mata ciliar em grande parte das margens. Desta forma, deve haver uma preocupação adicional com a recomposição da mata ciliar e com as práticas de uso e ocupação do solo na região. 5. AGRADECIMENTOS Gráfico 2: Curvas cota x volume para os anos de 2006 e 2013 do reservatório da PCH Pipoca – MG. Os autores agradecem à Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e à Universidade Federal de Viçosa (UFV) pela concepção do convênio que possibilitou a realização deste estudo. HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 24-28 27 ARTIGOS TÉCNICOS 6. REFERÊNCIAS • ALBERTIN, L.L., MATOS, A.J.S., MAUAD, F.F. Cálculo do volume e análise da deposição de sedimentos do reservatório de Três Irmãos. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. Volume 15 n.4 Out/Dez 2010, 57-67. • CARVALHO, N.O. Hidrossedimentologia prática. CPRM, ELETROBRÁS. Rio de Janeiro, RJ, 2008. • IGAM - INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS. Plano integrado de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio Doce e planos de ações para as unidades de planejamento e gestão de recursos hídricos no âmbito da bacia do rio Doce. Consórcio ESTUDO DO ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO DA PCH PIPOCA – MG E CARACTERIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS SEDIMENTOS DEPOSITADOS ECOPLAN - LUME. volume I. Belo Horizonte, MG, 2010. 478 p. • MATOS, A. J. S. Melhorias qualitativas na modelagem de levantamentos batimétricos em reservatórios por meio da ferramenta computacional “CAV-NH”. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, 2012. 137 p. • MORRIS, G. L.; FAN, J. Reservoir sedimentation handbook: design and danagement of dams, reservoirs, and watersheds for sustainable Use. Eletronic Ver. 1.04. McGraw-Hill. New York, 2010. • SPEC Planejamento, Engenharia, Consultoria Ltda. Relatório do Projeto Básico Consolidado. Volume 1 – Texto. Belo Horizonte, MG, 2007. Não publicado. ANOTAÇÕES 28 HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, DA PÁG. 24-28 TECHNICAL ARTICLES ANOTAÇÕES HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014, ANOTAÇÕES 29 ARTIGOS TÉCNICOS TECHNICAL ARTICLES INSTRUÇÕES AOS AUTORES INSTRUCTIONS FOR AUTHORS Forma e preparação de manuscrito Form and preparation of manuscripts Primeira Etapa (exigida para submissão do artigo) First Step (required for submition) O texto deverá apresentar as seguintes características: espaçamento 1,5; papel A4 (210 x 297 mm), com margens superior, inferior, esquerda e direita de 2,5 cm; fonte Times New Roman 12; e conter no máximo 16 laudas, incluindo quadros e figuras. Na primeira página deverá conter o título do trabalho, o resumo e as Palavras-chave. Os quadros e as figuras deverão ser numerados com algarismos arábicos consecutivos, indicados no texto e anexados no final do artigo. Os títulos das figuras deverão aparecer na sua parte inferior antecedidos da palavra Figura mais o seu número de ordem. Os títulos dos quadros deverão aparecer na parte superior e antecedidos da palavra Quadro seguida do seu número de ordem. Na figura, a fonte (Fonte:) vem sobre a legenda, à direta e sem ponto final; no quadro, na parte inferior e com ponto final. O artigo em PORTUGUÊS deverá seguir a seguinte sequência: TÍTULO em português, RESUMO (seguido de Palavras-chave), TÍTULO DO ARTIGO em inglês, ABSTRACT (seguido de keywords); 1. INTRODUÇÃO (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIAL E MÉTODOS; 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO; 4. CONCLUSÃO (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. AGRADECIMENTOS (se for o caso); e 6. REFERÊNCIAS, alinhadas à esquerda. O artigo em INGLÊS deverá seguir a seguinte sequência: TÍTULO em inglês; ABSTRACT (seguido de Keywords); TÍTULO DO ARTIGO em português; RESUMO (seguido de Palavras-chave); 1. INTRODUCTION (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIALAND METHODS; 3. RESULTS AND DISCUSSION; 4. CONCLUSIONS (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. ACKNOWLEDGEMENTS (se for o caso); e 6. REFERENCES. O artigo em ESPANHOL deverá seguir a seguinte sequência: TÍTULO em espanhol; RESUMEN (seguido de Palabra llave), TÍTULO do artigo em português, RESUMO em português (seguido de palavras-chave); 1. INTRODUCCTIÓN (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIALES Y METODOS; 3. RESULTADOS Y DISCUSIÓNES; 4. CONCLUSIONES (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. RECONOCIMIENTO (se for o caso); e 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Os subtítulos, quando se fizerem necessários, serão escritos com letras iniciais maiúsculas, antecedidos de dois números arábicos colocados em posição de início de parágrafo. No texto, a citação de referências bibliográficas deverá ser feita da seguinte forma: colocar o sobrenome do autor citado com apenas a primeira letra maiúscula, seguido do ano entre parênteses, quando o autor fizer parte do texto. Quando o autor não fizer parte do texto, colocar, entre parênteses, o sobrenome, em maiúsculas, seguido do ano separado por vírgula. O resumo deverá ser do tipo indicativo, expondo os pontos relevantes do texto relacionados com os objetivos, a metodologia, os resultados e as conclusões, devendo ser compostos de uma sequência corrente de frases e conter, no máximo, 250 palavras. Para submeter um artigo para a Revista PCH Notícias & SHP News o(os) autor(es) deverão entrar no site www.cerpch.unifei. edu.br/submeterartigo. Serão aceitos artigos em português, inglês e espanhol. No caso das línguas estrangeiras, será necessária a declaração de revisão linguística de um especialista. Segunda Etapa (exigida para publicação) The manuscript should be submitted with following format: should be typed in Times New Roman; 12 font size; 1.5 spaced lines; standard A4 paper (210 x 297 mm), side margins 2.5 cm wide; and not exceed 16 pages, including tables and figures. In the first page should contain the title of paper, Abstract and Keywords. The tables and figures should be numbered consecutively in Arabic numerals, which should be indicated in the text and annexed at the end of the paper. Figure legends should be written immediately below each figure preceded by the word Figure and numbered consecutively. The table titles should be written above each table and preceded by the word Table followed by their consecutive number. Figures should present the data source (Source) above the legend, on the right side and no full stop; and tables, below with full stop. The manuscript in PORTUGUESE should be assembled in the following order: TÍTULO in Portuguese, RESUMO (followed by Palavras-chave), TITLE in English; ABSTRACT in English (followed by keywords); 1. INTRODUÇÃO (including references); 2. MATERIAL E MÉTODOS; 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO; 4. CONCLUSÃO (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5. AGRADECIMENTOS (if it is the case); and 6. REFERÊNCIAS, aligned to the left. The article in ENGLISH should be assembled in the following order: TITLE in English; ABSTRACT in English (followed by keywords); TITLE in Portuguese; ABSTRACT in Portuguese (followed by keywords); 1. INTRODUCTION (including references); 2. MATERIAL AND METHODS; 3. RESULTS AND DISCUSSION; 4. CONCLUSIONS (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5. ACKNOWLEDGEMENTS (if it is the case); and 6. REFERENCES. The article in SPANISH should be assembled in the following order: TÍTULO in Spanish; RESUMEN (following by Palabrallave), TITLE of the article in Portuguese, ABSTRACT in Portuguese (followed by keywords); 1. INTRODUCCTIÓN (including references); 2. MATERIALES Y MÉTODOS; 3. RESULTADOS Y DISCUSIÓNES; 4. CONCLUSIONES (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5.RECONOCIMIENTO (if it is the case); and 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. The section headings, when necessary, should be written with the first letter capitalized, preceded of two Arabic numerals placed at the beginning of the paragraph. References cited in the text should include the author’s last name, only with the first letter capitalized, and the year in parentheses, when the author is part of the text. When the author is not part of the text, include the last name in capital letters followed by the year separated by comma, all in parentheses. Abstracts should be concise and informative, presenting the key points of the text related with the objectives, methodology, results and conclusions; it should be written in a sequence of sentences and must not exceed 250 words. For paper submission, the author(s) should access the online submission Web site www.cerpch.unifei.edu.br/submeterartigo (submit paper). The Magazine PCH Notícias & SHP News accepts papers in Portuguese, En-glish and Spanish. Papers in foreign languages will be requested a declaration of a specialist in language revision. Second Step (required for publication) O artigo depois de analisado pelos editores, poderá ser devolvido ao(s) autor(es) para adequações às normas da Revista ou simplesmente negado por falta de mérito ou perfil. Quando aprovado pelos editores, o artigo será encaminhado para três revisores, que emitirão seu parecer científico. Caberá ao(s) autor(es) atender às sugestões e recomendações dos revisores; caso não possa(m) atender na sua totalidade, deverá(ão) justificar ao Comitê Editorial da Revista. After the manuscript has been reviewed by the editors, it is either returned to the author(s) for adaptations to the Journal guidelines, or rejected because of the lack of scientific merit and suitability for the journal. If it is judged as acceptable by the editors, the paper will be directed to three reviewers to state their scientific opinion. Author(s) are requested to meet the reviewers, suggestions and recommendations; if this is not totally possible, they are requested to justify it to the Editorial Board. Obs.: Os artigos que não se enquadram nas normas acima descritas, na sua totalidade ou em parte, serão devolvidos e perderão a prioridade da ordem sequencial de apresentação. Obs.: Papers that fail to meet totally or partially the guidelines above described will be returned and lose the priority of the sequential order of presentation. 30 28 e 29 de ABRIL de 2015 UNIVERSIDADE NACIONAL DE LA PLATA, FACULDADE DE ENGENHARIA, DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA, LA PLATA, ARGENTINA TEMARIO O Grupo de Trabalho Latino Americano do Comitê de Máquinas Hidráulicas e Sistemas da IAHR, tem o prazer de convidá-lo ao II Latin American Hydropower and Systems Meeting onde se encontrarão profissionais e pesquisadores da área de máquinas hidráulicas. Para mais informações e submissão de artigos científicos, por favor visite nosso site. www.latiniahr.org/meeting RESERVE A DATA PROMOÇÃO MÁQUINAS HIDRÁULICAS SISTEMAS DE CONTROLE E MONITORAMENTO MODELAGEM E SIMULAÇÃO FENÔMENOS DE TRANSPORTE APROVEITAMENTO HIDROENERGÉTICO SISTEMAS DE BOMBEAMENTO TECNOLOGIA OCEÂNICA MERCADO ENERGÉTICO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ESTUDOS DE CASOS GRUPO DE TRABALHO LATINO AMERICANO – COMITÊ DE MÁQUINAS HIDRÁULICAS E SISTEMAS DA IAHR Durante a realização do “25th IAHR Symposium on Hydraulic Machinery and Systems”, realizado em setembro de 2010 na Romênia, foi lançada a proposta de criação de um grupo latino americano para ampliar as discussões na área de máquinas hidráulicas e sistemas sob a coordenação da "International Association for Hydraulic Research". Até o momento, o grupo possui 19 entidades participantes, entre elas, ALSTOM, ANDRITZ, IMPSA, KSB, VOITH e as Universidades: IME, UFMG, UFMT, UFRGS, UFRJ, UnB, UNICAMP, UNIFEI,USP e as Argentinas UNAM, UNCOMA, UNCU, UNLP, UTN - Regional Mendoza. ORGANIZAÇÃO latinamerican WORKING GROUP Universidad Nacional de La Plata 31 CURTAS HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014 INSTITUTO DE RECURSOS NATURAIS DA UNIFEI REALIZA PRIMEIRO SEMINÁRIO DE RECURSOS NATURAIS por Adriana Barbosa Dentro da semana mundial do Meio Ambiente o Instituto de Recursos Naturais (IRN) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) realizou entre os dias 3 e 6 de junho o primeiro Seminário de Recursos Naturais, Sustentabilidade e Tecnologias Ambientais, evento que objetivou concentrar as atividades realizadas pelos cursos de Engenharias: Civil, Hídrica, Ambiental; Bioprocessos, Ciências Biológicas e Ciências Atmosféricas por meio de um evento unificado que não descaracterizasse os eventos já consolidados no meio Acadêmico. Durante o Seminário o público pode participar da nona edição do Seminário de Meio Ambiente e Energias Renováveis (SEMEAR); décima sétima edição do Seminário de Gestão e Usos da Água (SEGUS); segundo Seminário de Biologia (SEMBIO); quarto Seminário de Ciências Atmosféricas (SCIAT); primeira Semana de Bioprocessos (SEBIEN); sétimo Seminário de Sustentabilidade (SEMSU); quarto Seminário de Tecnologias e Edificações Sustentáveis (SETES). O Seminário reuniu um público em torno de 300 pessoas que puderam assistir a divulgação técnico-científica dos trabalhos desenvolvidos, sobretudo pelos estudantes e professores da área Ambiental, hídrica e atmosférica. Além da sessão técnica ocorreram sessões paralelas onde, conceituados palestrantes explanarão 32 sob os temas: “Biossensores, estratégias e aplicações com a Bioengenharia.”; “Degradação de águas subterrâneas e alguns modos de remediação.”; “Casas Pré-Fabricadas – Construção Sustentável” e Poluição e Sinótica”; Cromossomos: Biodiversidade e Evolução”, entre outros. Além das palestras os participantes puderam, ainda, participar de minicursos nas áreas de engenharia civil, ciências atmosféricas e Biologia. Durante os três primeiros dias do seminário houve uma grande movimentação dos alunos do Instituto de Recursos Naturais que se reversavam para assistir as diversas palestras proferidas em sessões paralelas. Além das sessões foram realizadas três minicursos divididos nas áreas de engenharia civil, ciências atmosféricas e biologia. O Seminário foi encerrado com uma visita técnica no Parque Estadual de Nova Baden localizado no município de Lambari, na região sul do Estado de Minas Gerais, conhecida como Circuito das Águas. Fica na bacia hidrográfica do Rio Grande, no alto trecho do Rio Lambari a uma altitude de 1.100m. Na visita ao parque os alunos puderam conhecer uma reserva de Mata Atlântica primária e fazer uma trilha até a cachoeira das sete quedas. HIDRO&HYDRO - PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS | ISSN 1676-0220 NEWS UNIFEI´S NATURAL RESOURCES INSTITUTE HOLDS ITS FIRST SEMINAR ON NATURAL RESOURCES Translation: Joana Sawaya de Almeida During the World Environment Week, from June 3rd to 6th, the Natural Resource Institute (IRN) of the Federal University of Itajubá (UNIFEI) held the first Natural Resources, Sustainability and Environmental Technology Seminar. The event was aimed at concentrating activities performed the following engineering courses: Civil, Hydro, Environmental, Bioprocessing, Biological and Atmospheric, through a unifying event that maintains the integral characteristics of the each of the consolidated academic events. During the seminar, the public was able to participate in the ninth edition of the Environmental and Renewable Energy Seminar (SEMEAR); the seventeenth edition of the Water Management and Use Seminar (SEGUS); the second edition of the Biology Seminar (SEMBIO); the fourth edition of the Atomospheric Sciences Seminar (SCIAT); the first Bioprocessing Week (SEMBIEN); the seventh edition of the Sustainability Seminar (SEMSU); the fourth edition of the Sustainable Technologies and Buildings (SETES). The Seminar reunited approximately 300 people who were able to see expositions of developed techno-scientific work, especially those by students and professors in Environmental, Atmospheric and Hydraulic fields. Aside from the technical session, there were parallel sessions where reputable speakers expounded on themes such as: Biosensors, Bioengineering strategies and applications; The degradation of underground water and means of remediation; Pre-fabricated Homes and Sustainable Construction; Pollution and Synoptic; Chromosomes: Biodiversity and Evolution; among others. Beside the lectures, participants were also able to participate in mini-courses in civil engineering, atmospheric sciences and biology. During the first three days of the seminar, there were a lot students bustling around the Natural Recourses Institute (IRN), whom took turns to watch the numerous lectures offered during parallel sessions. Aside from these sessions, there were three mini courses divided into three engineering areas: civil engineering, atmospheric sciences and biology. The Seminar closed with a technical visit to the Nova Baden State Park, located in the municipality of Lambaria, in southern Minas Gerais State, known as the Water Circuit. It is located in the Rio Grande water basin, in the upper reaches of Rio Lambardi, at an altitude of 1,100 meters. During the visit to the park, students were able to go to the Atlantic Forest´s main reserve and hike to the 7-fall waterfalls. 33 AGENDA/SCHEDULE EVENTOS EM OUTUBRO 1 a 3 – 9º Congresso Internacional de Bioenergia Local: Centro de Exposições Imigrantes - São Paulo – SP E-mail: [email protected] Site: www.bioenergia.net.br/ 14 e 15 – P CIM South America 2014 - Conferência & Exposição de Eletrônica de potência Local: Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista – SP E-mail: [email protected] Site: www.pcim-southamerica.com NEWS HIDRO&HYDRO: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 61 (2), ABR,MAI,JUN/2014 10 a 12 – Congresso Ibero-Americano de Energia de 2014 Local: Conrad Hotel – Punta del Este – Uruguai Site: http://www.integracier.com/ 11 e 12 – 11th Southern Cone Energy Summit 2014 Local: Swissôtel – San Isidro – Lima – Peru Site: http://events.bnamericas.com/bnamericas_events/ southernconeenergysummit/ 18 e 19 – SGP Europe’14 - Solar Power Generation Europe 2014 Local: Grand Visconti Palace – Milão Itália Site: http://www.greenpowerconferences.com 21 a 23 – HydroVision Brasil 2014 Local: São Paulo – SP E-mail: [email protected] Site: www.powerbrasilevents.com/pt_BR/hydrovision-brasil.html 26 a 28 – Renex South America Local: Centro de eventos FIERGS – Porto Alegre – RS Site: http://renex-southamerica.com.br/ 21 a 23 – Power-Gen Brasil 2014 Local: São Paulo – SP Site: www.powerbrasilevents.com/pt_BR/power-gen-brasil.html 02 a 04 – GeoPower Global Congress Local: Conrad Hotels – Istanbul – Turquia Site: http://www.greenpowerconferences.com 21 a 23 – DistribuTECH Brasil 2014 Local: São Paulo Site: www.powerbrasilevents.com/pt_BR/distributech-brasil.html 09 a 11 – Power-Gen International Local: Centro de convenções do condado de Orange – Orlando – USA Site: http://www.power-gen.com/index.html 28 a 31 – S ucroeste - 4ª Mostra Sucroenergética da Região Centro-Oeste EVENTOS EM NOVEMBRO 08 a 13 – XXI SENDI – Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica Local: Mendes Convention Center – Santos – SP Site: http://www.sendi.org.br/ 34 EVENTOS EM DEZEMBRO