DIÁRIO DO AÇO ESPECIAL ESCOLA ESTADUAL ENGENHEIRO MÁRCIO AGUIAR DA CUNHA (HORTO) Foi criada pelo Decreto nº 7.889, de 1º de outubro de 1964. O ensino médio foi autorizado pela Portaria 260/95, de 6 de abril de 1995, e foi extinto em 1998, em virtude da municipalização determinada pela Secretaria de Estado de Educação. A Escola Estadual Engenheiro Márcio Aguiar da Cunha passou por duas fases de funcionamento. De 1964 a 1973, em um prédio cedido pela Usiminas, situado na rua E, s/nº, bairro Horto, com a denominação de Grupo Escolar Engenheiro Márcio de Aguiar da Cunha. De 1974 até os dias atuais, como Escola Estadual Engenheiro Márcio de Aguiar da Cunha, situada na rua Palmeiras, 504, bairro Horto. No ano de 1991 foram construídas quatro salas para atender à extensão de 5ª a 8ª séries, autorizada pela Resolução/SEE nº 3852, de 13 de fevereiro de 1981, publicada no “Minas Gerais” em 21 de fevereiro de 1981, pág. 14. No ano de 1982, foi inaugurada a quadra poliesportiva da escola. O nome da escola homenageia o engenheiro de mesmo nome, um dos construtores de Ipatinga, falecido num acidente aéreo ocorrido no dia 4 de setembro de 1964, quando uma aeronave da Vasp colidiu com a Pedra do R, no Pico da Caledônia, em Friburgo (RJ). AS ESCOLAS DE IPATINGA CAPÍTULO VI Divulgação Construção do Colégio João XXIII COLÉGIO JOÃO XXIII (IGUAÇU) O Colégio Estadual João XXIII começou as suas atividades no ano de 1966. Suas instalações ficam na rua Pedras Bonitas, no Iguaçu, e ocupam uma posição estratégica no bairro. Os alunos de outros bairros têm acesso pela avenida Pedro Linhares. A escola foi construída com a participação conjunta do Rotary Clube de Ipatinga, da comunidade e dos próprios funcionários da Usiminas que, à época, contribuíram com a obra, autorizando desconto de certa quantia na folha de pagamento. Com essa parceria, foi possível erguer um prédio com vinte e uma salas de aula no estilo arquitetônico moderno. Conhecido como modelo na área educacional e responsável pela formação de muitos cidadãos ipatinguenses, o Colégio Estadual João XXIII ado- 3 Domingo, 8 de junho de 2014 tou o seguinte slogan: “A escola que a gente quer é a escola que a gente faz”. João XXIII era um papa italiano que nasceu em 1881 e faleceu em 1963. Ficou à frente da Igreja Católica Apostólica Romana de 1958 até 1963, e inaugurou uma nova era na história do catolicismo, graças à receptividade na reforma da Igreja, que começava a priori- zar a defesa dos pobres. Sua tolerância, otimismo e brilhante personalidade granjearam-lhe o carinho de milhões de pessoas dentro e fora da Igreja. No final de seu pontificado, tornou-se o papa mais querido da época contemporânea. João XXIII foi canonizado santo pelo papa Francisco, durante missa solene realizada no dia 27 de abril último. Inauguração do Colégio João XXIII PERSONAGEM DA HISTÓRIA MARIA HELENA BLANC ALENCAR Maria Helena Blanc nasceu em Teófilo Otoni, dia 6 de julho de 1938. Filha de Eugênio Blanc e Emília Lopes Blanc, casou com o farmacêutico José Alencar, na cidade de Teófilo Otoni, no dia 6 de julho de 1963. É mãe de dois filhos: Eustáquio e Luiz Felipe. “Assim que casei eu vim morar em Ipatinga. Logo após se formar, em 1961, Alencar veio para Coronel Fabriciano, onde fez estágio na Farmácia Rolim por um período de seis meses. Atraído pelo rápido desenvolvimento de Ipatinga, devido à construção da Usiminas, montou a Farmácia Alencar, em maio de 1962, na rua do Comércio, 563 (imóvel cedido pelo Sr. Jujuca), onde permaneceu até maio de 1992. Aqui já existiam as farmácias de Raimundo Nonato, Edgard Boy Rossi e Judson Brasil. Eu trabalhava com os clientes na orientação sobre saúde e higiene. Cuidava também do atendimento a mulheres e crianças necessitadas. Fiz o primário no Grupo Estadual Manoel Esteves e o científico no Colégio Estadual (Colégio Mineiro), em Teófilo Otoni. Fui para Belo Horizonte para estudar na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, onde me formei em 1961. Em 1964, dona Bizuca me convidou para lecionar na Escola Estadual Manoel Izídio, onde dei aulas para o segundo ano pri- mário. Logo depois fui para o Colégio São Francisco Xavier, por indicação do Edilar Anício Alves, o “Lalau”, filho dos amigos Raimundo Anício Alves e Ita Drumond, que faleceu no dia 29 de abril de 1973, em um acidente aéreo, quando o avião Cessna 182, pilotado pelo empresário Márcio Guerra, caiu próximo ao aeroporto de Ipatinga. No São Francisco, fui professora de Química de 1965 a 1981. Também fui coordenadora de Pedagogia, na área de ciências, do Colégio Municipal do bairro Novo Cruzeiro. Lecionei ainda na Escola Estadual João XXIII e Universidade Católica de Coronel Fabriciano. Em 1982, voltei a trabalhar na Farmácia Alencar e, nas horas vagas, fazia palestras nas escolas do Vale do Aço, sobre sexualidade e educação de filhos”, finalizou Maria Helena. Maria Helena Blanc Alencar CAUSOS E CURIOSIDADES PAREDÃO VEM MULHER AÍ! Na década de 1960, o bairro Santa Mônica (parte do atual bairro Horto) era constituído de vários alojamentos que abrigavam trabalhadores da Usiminas e de empreiteiras – homens solteiros na maioria. Uma certa noite, estava chovendo e faltou energia no “Forte Santa Mônica” (foto), apelido que os operários deram à parte mais alta do bairro. De repente, alguém gritou de um dos alojamentos: “Vem mulher aí!”. Como era muito raro aparecer mulher no bairro, principalmente por aquelas bandas, todas as janelas e portas dos alojamentos se abriram na mesma hora e quase todos os homens foram conferir a novidade. Viram, então, alguém de saia na penumbra da noite. Após um pequeno instante de suspense, corações acelerados, os homens tiveram a confirmação: era saia, sim, mas não de mulher... Era apenas o padre Avelino, que na época usava batina. Forte Santa Mônica Geraldo Ubirai Neves Winter, mais conhecido como Geraldo Paredão, veio para Ipatinga em 1969, fixando residência na rua Graciola, 40, no bairro Esperança (foto). Geraldo arrastava uma multidão até o seu “centro”, em decorrência das “curas” que dizia conseguir por meio de seu guia espiritual “Paredão”. Fazendo uso apenas de uma pequena faca, as curas e intervenções cirúrgicas eram praticadas a todo instante, em especial às segundas, quartas e sextas-feiras, no interior do terreiro “Cosme e Damião”, que era frequentado por pessoas das mais distintas camadas sociais. Alguns espertos frequentadores do terreiro de Geraldo Paredão, moradores do bairro Cariru, normalmente deixavam para chegar ao “centro” após o término do atendimento. Aquela era Praça do bairro Esperança a hora de saborear um legítimo uísque importado, acompanhado de refinados tira-gostos, fruto de presentes dados a “Paredão” pelos seus clientes mais abastados.