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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil
issn 1518-6091 rg bn 217-147
Prima Industrie
Automação e
Laser 3D Alta Produção
e Flexibilidade
Ferramentas
Especiais
Indispensáveis
na racionalização
da manufatura
Usinagem Aeroespacial
Materiais exóticos
desafiam especialistas
editorial
Shutterstock
Quem há tanto tempo conhece as trilhas, não teme a noite, mantém o rumo
firme e o olhar atento. Sob o lume emprestado da Lua, acautela o passo sem
perder o caminho. Enquanto tantos outros dormem, investe no amanhã, pois
tem certeza de que o Sol sempre volta a brilhar. É só uma questão de tempo.
O Mundo da Usinagem
Índice
52
Edição 10 / 2008
Publicação da Sandvik Coromant do Brasil
issn 1518-6091 rg bn 217-147
Prima Industrie
Automação e
Laser 3D Alta Produção
e Flexibilidade
Ferramentas
Especiais
Publicação da
Sandvik Coromant do Brasil
ISSN 1518-6091
RG. BN 217-147
Bombardier
52
Indispensáveis
na racionalização
da manufatura
Usinagem Aeroespacial
Capa
Foto: CoroDrill 800
Arquivo AB Sandvik Coromant
Materiais exóticos
desafiam especialistas
03editorial
04ÍNDICE / EXPEDIENTE
06GESTÃO EMPRESARIAL: corte e conformação
15gestão empresarial: projetos especiais 22ots: usinagem aeroespacial
34suprimentos: as vantagens do consórcio modular
40interface: assoc. brasileira de engenharia e ciências mecânicas
44Interessante saber: o mercado de máquinas E outras notícias
56Interessante saber: vida na roça
60 ponto de vista: o tititi entre as pessoas
66NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE
68MOVIMENTO
70DICAS ÚTEIS
e-mail: [email protected]
EXPEDIENTE
O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação Sandvik Coromant do Brasil,
ou ligue: 0800 770 5700
com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados.
Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP.
Conselho Editorial: Aldeci Santos, Anselmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco,
Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes,
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Editora: Vera Natale
Editor Chefe: Francisco Marcondes
Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini
Jornalista Responsável: Heloisa Giraldes - MTB 33486
Secretário de Redação: Kazuhiro Kurita
Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808
Projeto Gráfico: AA Design
Edição de Arte e Produção Gráfica: House Press Propaganda
Revisão de Textos: Fernando Sacco
Gráfica: Aquarela
O Mundo da Usinagem
gestão empresarial
Parceria MAN Ferrostaal
A oportunidade de
visitar empresas em
outro país naturalmente
serve como referência e
comparação, mas outro
benefício é conhecer
pessoas realizadoras
Francisco Marcondes
flexibilidade e produtividade em sistemas
A
convite da MAN Ferrostaal
Equipamentos e Soluções
Ltda, representante exclusiva
da empresa PRIMA INDUS­­TRIE, “O Mundo da Usinagem”
acompanhou um grupo de empresários brasileiros em uma visita
à matriz da empresa em Collegno,
Torino, na Itália. O objetivo foi de
apresentar a estrutura industrial,
bem como o centro de desenvolvimento tecnológico em soluções a
laser e visitas a usuários.
Desde 1977, a PRIMA IN­
DUS­TRIE vem construindo sua
história no desenvolvimento de
soluções em corte e solda a laser,
para peças em 2D e 3D. Com seis
plantas produtivas e um total de
750 empregados, seu faturamento
O Mundo da Usinagem
Peça de demonstração do corte a laser
alcançou o valor de 180 milhões
de euros e projeta resultados ainda
maiores para o ano de 2008.
A PRIMA INDUSTRIE
possui atualmente mais de 2.500
máquinas/sistemas instalados em
mais de 40 países. Com gestão
verticalizada e know how completo
do produto, a empresa desenvolve e
fabrica a estrutura, o ressonador, o
hardware e os softwares de programação do CNC e do CAM. Sua
divisão de eletrônica desenvolve
seus próprios comandos numéricos
que permitem aos usuários a utilização de outros softwares de programação CAM (Computer-Aided
Manufacturing) e lembrando que
& PRIMA INDUSTRIE:
o software próprio da PRIMA,
“PICAM”, garante uma série de
otimizações na programação, mais
precisas do que as obtidas com
outros softwares.
Outra grande vantagem observada na hora de atender as necessidades dos clientes é constatada
no momento da configuração da
máquina que apresenta aspecto
modular e flexível nas suas diversas
opções de tamanhos de mesa, potências de ressonadores, operações
em 2D e 3D, cabeçotes (corte e solda) e sistemas automatizados (carga, descarga e armazenamento).
Segundo Marco Daimo, Overseas Sales Manager da PRIMA
INDUSTRIE – Itália, a empresa
tem mantido constante crescimento no volume de máquinas fornecidas e, para manter a vanguarda no
Fotos: Francisco Marcondes
de corte e solda a laser
Máquina a laser em operação
segmento, a empresa investe 5% de
seu faturamento global em pesquisa e desenvolvimento. Certificada
pela norma ISO 9001 desde 1997,
o desempenho de seus produtos a
levou à liderança de alguns setores
do mercado metal-mecânico europeu, como no caso do segmento
de aplicações em 3D, onde possui
45% de participação.
O modelo “Syncrono” caracteriza estes esforços em pesquisa
e desenvolvimento na busca de
perfomance ainda não alcançada
pela concorrência, destacando-se
a aceleração de 6G nos eixos e
considerada atualmente a máquina
Exemplo de corte a laser
tridimensional
O Mundo da Usinagem
mais rápida do mercado. O ótimo
desempenho é percebido principalmente no corte de chapas finas,
podendo cortar espessuras maiores
com êxito.
Outro modelo de máquina que
podemos destacar é a “Maximo”,
que possui área de trabalho de até
3,0m x 36,0m, atendendo setores
como os navais, estruturais, equipamentos pesados, etc.
De acordo com Edson Oliveira,
gerente geral do Departamento de Máquinas Operatrizes da
MAN Ferrostaal no Brasil, a tecnologia de corte a laser já vem sendo
aplicada em empresas brasileiras há
algum tempo. Contudo, o corte
em 3 dimensões (3D) tem muito a
oferecer e é ainda pouco explorado.
É possível executar até operações
de corte e solda a laser na mesma
máquina, com qualidade superior
aos processos convencionais.
Os clientes ficaram impressionados com a qualidade da solda a laser,
que não consome os tradicionais
insumos de uma soldagem convencional e é muito menos agressiva
Fotos: Francisco Marcondes
gestão empresarial
Da esquerda: Edson Oliveira, gerente geral do Departamento de
Máquinas Operatrizes MAN Ferrostaal, e Marco Daimo, Overseas
Sales Manager da Prima Industrie
ao meio ambiente. É importante
ressaltar que a solda é facilmente
executada a distâncias de 200mm
ou mais da peça, sem a deposição
de material (cordões sobressalentes
de solda), pois o que ocorre é a fusão
das faces de contato.
Empresas visitadas
A oportunidade de visitar
empresas em outro país naturalmente serve como referência e
comparação, mas outro benefício
Máquina modelo Platino com carregamento automático
O Mundo da Usinagem
é conhecer pessoas realizadoras.
Um exemplo disto é Lucchini
Remigio (70), que aos 25 anos iniciou sua vida como empreendedor
e hoje é proprietário da empresa
Verona Lamiere, que concentra
suas atividades industriais no corte
de chapas laminadas e trabalhos
de caldeiraria. Trabalhando em
três turnos, 24 horas por dia e
valen­­­do-se também dos sábados
até às 12h, a empresa processa 100
toneladas de chapas ao dia e executa as manutenções preventivas
das máquinas nas férias de verão
em agosto. Atualmente possui
20 máquinas, incluindo lasers,
puncionadeiras e dobradeiras,
destacando-se o seu alto grau de
automação, onde atinge um faturamento de 30 milhões de euros
com apenas 100 funcionários.
Apesar da escassez e da alta nos
preços do aço na Europa, a empresa segue processando 100 toneladas de chapas ao dia. Segundo
o depoimento de Remigio, a sua
escolha pelas máquinas PRIMA
deve-se ao seu bom desempenho e
ao baixo índice de intervenções.
Além da Verona Lamiere, visitamos também a empresa Laser
Net, onde nos chamou muito a
atenção a habilidade de seu jovem
diretor, Luca Gelli, que atende os
mercados tradicionais como “terceirista” e também designers para
as diversas aplicações artísticas.
Os clientes que ainda não possuíam máquina a laser puderam
verificar a grande flexibilidade no
uso desta.
Ao final da jornada, foi possível
constatar o alto grau de satisfação
de todos os participantes da viagem, que puderam encontrar nos
produtos Prima soluções interessantes para as suas necessidades.
Novo cliente de máquinas
PRIMA no Brasil
Localizada em Caxias do Sul
e em atividade no mercado nacional desde 1995, a JOST Brasil
Sistemas Automotivos Ltda, joint
venture entre a brasileira Randon
Implementos e Participações Ltda
e a empresa alemã JOST-Werke,
Fotos: Francisco Marcondes
gestão empresarial
Exemplo de produtos Verona Lamiere
recém-adquiriu duas máquinas
Prima do modelo Platino 1530.
Fornecedora de componentes
e sistemas de acoplamentos para
as montadoras de caminhões, fabricantes de reboques e semi-reboques, e também para o segmento
de máquinas agrícolas, a empresa
possui um amplo portfólio de
produtos (quinta-roda, pino-rei,
suspensor pneumático, engate
automático, engate de contêiner,
ponteira, rala, etc), o que acarreta um fluxo produtivo de lotes
médios e muito variados. Para
Albrecht Rückert, gerente industrial da JOST, a utilização do corte
a laser confere maior versatilidade
para atender tais demandas.
Lucchini Remigio, proprietário
da empresa Verona Lamiere
Valter Ribeiro, gerente de
produto do Departamento
de Máquinas Operatrizes da
MAN Ferrostaal, que nos acompanhou na visita, afirmou que
a utilização do laser confere flexibilidade à produção, porque
no caso de alguma alteração de
produto solicitada ou necessária
para atender novos projetos, por
exemplo, a questão muitas vezes se
resolve com a simples alteração do
programa CNC, em vez da construção de uma nova ferramenta
para o produto.
Rückert alinhou três aspectos
que fazem do laser uma alternativa
interessante:
a) Um dos aspectos é o custo.
Um estampo, dependendo da
peça, custa de 100 mil a 1,5 milhão de reais. Este investimento
só compensa para altos volumes,
O Mundo da Usinagem 11
Fotos: Francisco Marcondes
gestão empresarial
Albrecht Rückert,
gerente industrial da JOST
Quinta-roda fabricada pela JOST
assim, para lotes médios, o laser
torna-se mais viável, pois corta
com velocidade razoável e não
precisa de estampo;
b) O segundo aspecto é o aproveitamento da matéria-prima, pois
a programação em CNC permite
que se otimize o lay-out de corte,
dada a liberdade de deslocamento
nos eixos X e Y. Em um estampo
com ferramentas rígidas há mais
sobra de retalhos. Com o preço do
aço nos níveis atuais, economizar
no consumo deste insumo passa a
ser muito importante;
c) O terceiro aspecto é a utilização do corte a laser para o desenvolvimento de novos projetos.
Luca Gelli, diretor da LaserNet
Com o mercado do agronegócio, destacamos o da cana-de-açúcar que, aquecido pela demanda
de etanol, espera manter o nível
de crescimento atual da indústria
de caminhões em franco desenvolvimento e alavancando novas
oportunidades de negócios para a
JOST e, conseqüentemente, para
a PRIMA.
Peça de arte produzida por Luca Gelli, utilizando corte a laser
12 O Mundo da Usinagem
Francisco Marcondes
Editor-chefe
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gestão empresarial
Pequenos ganhos
que fazem a diferença
P
roduzir mais rápido a um
custo mais baixo se tornou
o grande desafio do mundo
industrial moderno, caracterizado
pela alta tecnologia e por extrema
complexidade dos processos de
fabricação. Diante desse cenário,
as ferramentas especiais de usinagem ganham destaque, não só no
Brasil como em todo o mundo.
“A ferramenta especial vende o
tempo”, resume Dimitri Vasilevich
Kochugin, considerado o precur-
Fábio Moreira Salles/Casa da Photo
As ferramentas
especiais são peças
importantes na briga
por mercado na ponta
da cadeia produtiva,
onde as pequenas
reduções de tempo que
elas proporcionam nos
processos de usinagem
se transformam em
vantagens competitivas
Operação de corte com GC1125
Trem de fresa
sor dos desenhos e projetos de
ferramentas especiais no Brasil.
Ele começou a trabalhar na área
na década de 1960, em uma época
onde tudo era feito ainda na pran-
cheta, sem ajuda dos softwares em
duas e três dimensões.
Dimitri se lembra de quando
começaram a chegar as primeiras máquinas CNC no País, e
O Mundo da Usinagem 15
gestão empresarial
de ter ouvido de seus colegas de
trabalho que a arte de projetar e
desenhar uma ferramenta especial, que desse conta de diversas
operações em apenas uma, teria
acabado. “Eu já imaginava que as
ferramentas especiais voltariam
a ocupar um lugar de destaque”,
relembra.
Fresa planetária
16 O Mundo da Usinagem
Fotos: Fábio Moreira Salles/Casa da Photo
O sucesso de um
projeto de ferramenta
especial depende,
essencialmente,
da parceria entre o
fornecedor e o cliente
"A ferramenta especial vende o tempo”, resume Dimitri Vasilevich
Kochugin, considerado o precursor dos desenhos e projetos de
ferramentas especiais no Brasil.
Nos últimos dois anos, o crescimento de pedidos de ferramentas
especiais na Sandvik Coromant
cresceu 44%, e a tendência é crescer ainda mais, diz Ranulfo Vieira,
supervisor da área de Ferramentas
Especiais da empresa. “Essa é
uma área estratégica, voltada para
soluções desenvolvidas sob medida para cada cliente e, por isso,
com grande potencial de agregar
ganhos de produtividade para as
linhas de produção”, afirma.
As ferramentas especiais desempenham diferentes papéis em
uma linha de usinagem, todos
convergindo para a otimização
de processos. Na Mercedes-Benz,
15% de todas as ferramentas utilizadas podem ser consideradas
especiais, explica Abelardo Barginski, gerente de Compras de
Materiais Industriais e Serviços
da empresa. “Há determinados
produtos da marca que têm diferentes geometrias e graus de
acabamento, o que impossibilita
a utilização apenas de ferramentas
convencionais”, diz ele.
No entanto, não só a característica do produto determina o tipo
de ferramenta, mas também uma
filosofia de incentivo à produtividade. “Temos uma regra interna
que incentiva a utilização de adaptadores, suportes e insertos padrão
nas máquinas, e essa orientação só
é transgredida em casos de extrema
necessidade”, conta Barginski.
Peças exclusivas
As ferramentas especiais
também garantem segurança
e estabilidade aos processos de
usinagem, imprimindo maior qualidade às peças, acredita Alexandre
Ortunho Serra, engenheiro da
Fábrica de Motores da Scania.
gestão empresarial
“Nossas peças têm características
exclusivas e, com as ferramentas
especiais, aperfeiçoamos a qualidade da usinagem”, diz.
O sucesso de um projeto de
ferramenta especial depende,
essencialmente, da parceria entre
o fornecedor e o cliente, explica
Vieira, da Sandvik. Quanto maior
é o grau de confiança entre as duas
partes, maior é a probabilidade da
ferramenta atender às necessidades
exatas para a usinagem da peça. O
departamento de desenhos e projetos trabalha com informações
sobre a máquina que receberá a
Fotos: Fábio Moreira Salles/Casa da Photo
Não só a
característica do
produto determina o
tipo de ferramenta,
mas também uma
filosofia de incentivo
à produtividade
Fresa segmentada
ferramenta e sobre o produto a
ser usinado. Quanto mais precisos
forem os dados sobre o material,
tratamento térmico, tolerância de
forma e de posição e padrões de
controle, maiores são as chances
de sucesso do projeto.
Atualmente, a tecnologia de
CAD (Computer-Aided Design,
ou projeto assistido por computador) e de CAE (Computer-Aided
Engineering, ou engenharia auxiliada por computador) facilitam o
trabalho de desenho, modelagem
e de simulação, não apenas agilizando o processo como também
aperfeiçoando as dimensões no
ajuste dentro dos parâmetros
requeridos.
Avelino Alves Filho, diretortécnico do Núcleo de Cálculos
Especiais (NCE), empresa de
consultoria em engenharia e implantação da tecnologia CAE,
conta que a tecnologia computadorizada para projetos e desenhos
começou a se desenvolver na
Ranulfo Vieira, supervisor
da área de Ferramentas
Especiais da Sandvik
Coromant
18 O Mundo da Usinagem
gestão empresarial
década de 1960, com o avanço do
conhecimento sobre informática e
evolução dos computadores. Com
a globalização da economia e,
conseqüentemente, com a postura
mais competitiva das empresas no
mercado, essa tecnologia ganhou
importância ao permitir a redução
de prazos e de custos envolvidos
para a elaboração de projetos e,
posteriormente, manufatura das
peças. E isso é válido tanto para
uma ferramenta especial quanto
para o desenho de uma peça industrial, lembra o diretor da NCE.
“Com os softwares, eliminam-se
os processos de tentativa e erros
com os objetos reais, nos quais
as peças tinham que ser testadas
efetivamente, gerando custos
extras e desperdício de tempo e
de material”, explica. As peças são
desenhadas e testadas nos computadores antes de seguirem para
a fabricação.
Se a tecnologia ameniza o
árduo trabalho da prancheta,
por outro lado Alves Filho avisa
que o uso de software nenhum
substitui a criação do profissional para modelar o problema. “A
configuração e a precisão da peça
manufaturada dependerão da capacidade do técnico de explorar,
com os recursos da tecnologia,
as melhores dimensões para o
projeto”, esclarece.
Para que o resultado da simulação corresponda exatamente à
efetiva condição de uso do que
está sendo projetado, é preciso que
o profissional alimente o software
com as informações precisas de
todas as solicitações que a peça
terá, sob pena de fracasso do
projeto. “Em caso de erro de um
projeto, os prejuízos podem ser
consideráveis”, finaliza ele.
Carmen Torres
Jornalista
Resultados positivos de tempo e ergonomia
Shutterstock
Além de reduzir tempo nos processos de usinagem, os
projetos especiais podem colaborar para melhorar a
performance de outras áreas nas linhas de produção.
Na Mercedes-Benz, recentemente, a substituição de um
antigo sistema de ferramentas dedicadas a entalhes,
torneamento, e outros processos, trouxe, paralelamente
à redução de tempo na operação, mais ânimo e motivação para os operadores.
20 O Mundo da Usinagem
A modificação aconteceu em uma máquina transfer, na
usinagem de eixos, onde foi implementada uma solução
inovadora com vários suportes com cápsulas e pastilhas intercambiáveis. As ferramentas antigas pesavam
40 quilos cada uma, e o manejo exigia grande esforço
físico dos operadores da máquina. Com o novo sistema,
a troca é apenas de cápsulas, por meio de conjuntos
postiços. “O pessoal ficou muito motivado com a facilidade que o novo sistema trouxe à operação”, comenta
Abelardo Barginski, gerente de Compras de Materiais
Industriais e Serviços.
Na Scania, um ganho de tempo aparentemente pequeno, de 5,4 segundos na usinagem de um furo de centro
em um torno na área de virabrequins, permitiu à montadora aumentar o rendimento da máquina em 36%, e a
produtividade em 26,3%. A melhora da performance foi
possível com a substituição de duas ferramentas convencionais por uma ferramenta especial. Outra substituição, na Scania, conseguiu economizar nove minutos
no tempo de set up de ferramentas na usinagem de eixos. O sistema de barras de mandrilar anterior foi substituído pelo sistema Coromant Capto modular, reduzindo
em 90% os ajustes dimensionais na peça usinada.
Nova linha de centros de usinagem e tornos CNC Hardinge
Tecnologia em 1º lugar
Tornear é uma arte
tornear e fresar
Centros de usinagem e fresadoras Bridgeport
hbnet.com.br
Horizontais e verticais
Linhas standard e de alta precisão
Curso longitudinal da mesa com variantes de 480 a 1600 mm
Opções para 4° e 5° eixos
Variantes com trocador de paletes
Modelos para altas velocidades
Estruturas de alta rigidez
Ideais para produção, ferramentaria e modelação
Comandos numéricos Fanuc, Siemens e Heidenhain
Tornos universais CNC Hardinge
Linhas standard e de alta precisão
Variantes com: 2 e 3 eixos (eixo Y), ferramentas
acionadas, eixo C, contra-fuso, 2 revólveres (multitarefa)
Usinagem com placas ou a partir de barras até
78 mm de diâmetro
Comprimento de torneamento: variantes até 1050 mm
Diâmetro de torneamento: variantes até 356 mm
Comandos numéricos Fanuc e Siemens
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OTS
Usinagem aeroespacial
desafios e tendências
Fornecer para o segmento aeroespacial requer mais do que máquinas
modernas. Acompanhar as tendências se tornou fundamental
22 O Mundo da Usinagem
Fotos: Embraer
Terceira fabricante mundial de aeronaves para os setores comercial e executivo, a Embraer também
fornece aviões para a Força Aérea Brasileira (FAB)
“A
usinagem de componentes destinados ao
segmento aeroespacial
cresce no país. Com a presença
cada vez mais forte da Embraer
no mercado mundial e o desenvolvimento mesmo que tímido
de veículos lançadores e pequenos
satélites por parte do governo, o
Brasil se consolida em um mercado que deve movimentar em
2008, de acordo com o Ministério
da Ciência e Tecnologia, mais de
US$ 35 bilhões.
Trata-se de um setor cujos
produtos apresentam altíssimo
valor agregado. Para se ter idéia,
o valor médio para o quilo de
produtos finais do setor agrícola
é de R$ 0,30; para automóveis
R$ 10; R$ 100 para eletrônicos;
R$ 1.000 para aviões e R$ 50.000
para satélites, segundo dados da
Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab).
E o setor aeroespacial ainda convive com uma grande tendência, a
de trabalhar com materiais cada
vez mais leves e mais resistentes a
tensões, tais como ligas especiais de
titânio, fibras de carbono e vidro,
waspaloy, inconel, entre outros
produtos compostos.
Reduzir o peso dos materiais
significa também um menor consumo de combustível, amortizando impactos ambientais e custos
diante das variações no preço do
petróleo. Um Boeing 747, por
exemplo, consome por volta de 150
mil litros de combustível em uma
viagem de 10 horas, e se levarmos
em conta que no mundo mais de
85 mil aviões comerciais decolam
todos os dias, diminuir o consumo
de combustível é cada vez mais uma
questão estratégica.
“Entretanto, além de leves,
estes materiais são também cada
vez mais resistentes, o que impacta
diretamente nos processos de usinagem”, afirma Lúcia Ribeiro, especialista na área de desenvolvimento
de negócios no setor aeroespacial
da Sandvik Coromant.
Desafios à usinagem
Quando o assunto é usinagem
aeroespacial, diversas particularidades devem ser levadas em conta.
A usinagem de fibras de carbono
e vidro, por exemplo, se distingue
pela emissão de pó no lugar de
cavacos. Isso faz com que seja necessária refrigeração a ar, além de
um sistema de exaustão eficiente.
O Mundo da Usinagem 23
AB Sandvik Coromant
Divulgação DMG
ots
Nestes casos, também é imprescindível atentar para os ângulos
da ferramenta, caso contrário o
material pode sofrer lascamento
gerando, conseqüentemente, um
retrabalho. As fibras de carbono e
vidro também são extremamente
finas, com espessuras que
vão de 3mm a 5mm.
O titânio, por sua
vez, demanda uma refrigeração mais abundante devido à sua abrasão. As ligas desse material, além de apresentarem cavacos abrasivos,
caracterizam-se também
por uma dureza muito DMU 340 FD, da DMG – Centro de usinagem universal
alta. Mas é impossível cinco eixos com trocador de pallets e recursos de torneamento
desprezar a importância
destas ligas para o segmento aeroespacial. Estima-se que e, para driblar esse problema, foi e fresamento de cantos a 90º.
o titânio representará 15% do peso desenvolvida a nova fresa Coromill
Já os materiais como waspaloy
das aeronaves no futuro.
690, específica para fresamento de e inconel demandam uma adeNo caso da indústria nacional, perfis em peças de titânio. Entre as quação dos parâmetros de corte
o material mais usado é Ti6Al4V. suas principais características está para evitar o desgaste prematuro
Porém, existe uma tendência de o novo assento piramidal, que pro- das ferramentas e, como são ligas
substituição pela nova liga Ti-5553 porciona uma maior resistência às resistentes ao calor, também é neque oferece uma resistência supe- forças de corte axiais. Além disso, é cessário ter atenção ao processo de
rior e alta resistência a fraturas. Sua possível observar um melhor esco- refrigeração.
usinabilidade, todavia, é mais difícil amento de cavacos no faceamento
Novos métodos
O desgaste das ferramentas,
principalmente o do tipo entalhe,
é conseqüentemente maior na
usinagem aeroespacial devido à
resistência destes materiais. Por
este motivo, são utilizadas ferramentas com pastilhas redondas,
tais como a R200 e R300, que
possibilitam uma maior remoção
de material, com melhor aproFresa CoroMill 690
veitamento de arestas e melhor
desenvolvida para
dissipação do calor.
fresamento de titânio
24 O Mundo da Usinagem
ots
Fotos: AB Sandvik Coromant
Usinagem do
trem de pouso
Na área de acabamento são
utilizadas ferramentas inteiriças de
metal duro, como a R216.42, com
diâmetros entre 10mm e 16mm e
raios de 3mm a 5mm.
“A grande maioria das peças que
compõem os aviões é de alta complexidade, possuindo, por exemplo,
muitos bolsões internos, de difícil
acesso e que exigem precisão tanto
no que se refere a usinagem quanto
na hora de realizar o acabamento”,
afirma Jefferson Gomes, coordenador do Centro de Competência em
Manufatura do ITA.
E para acompanhar o desenvolvimento cada vez mais rápido
de novos materiais é necessário
trabalhar com novos métodos
e equipamentos cada vez mais
robustos.
“Aplicações derivadas do laser,
como a texturização e junção de
superfícies em regiões onde você
Turbina de aeronave. No detalhe,
pastilha CoroTurn 107, também
usada para usinagem de
peças aeroespaciais
26 O Mundo da Usinagem
pode melhorar a característica tribológica (atrito), também são uma
tendência”, garante Gomes.
Em termos de equipamentos, a
recomendação é que as máquinas
possuam mais de 5 eixos, refrigeração de alta pressão (high pression)
para facilitar quebras de cavaco
e sejam apropriadas para usinar
perfis com espessuras reduzidas.
Além disso, as velocidades de
corte são quase sempre muito
baixas por conta da resistência dos
materiais, o que demanda, além de
ferramentas robustas, dispositivos
de fixação que garantam a estabilidade dos processos.
“Em relação às máquinas, podemos tomar como exemplo a
multitarefa fabricada pela WFL e
a Integrex produzida pela Mazak”,
afirma Lúcia Ribeiro.
A ELEB, empresa localizada
em São José dos Campos (SP),
trabalha com um parque de 50
máquinas, entre centros de usinagem e torneamento multitarefa
destinados à fabricação de trens de
pouso, componentes hidráulicos
e eletromecânicos para a indústria
aeroespacial.
Segundo José Luíz Fragnan,
diretor de operações da empresa,
“a grande tendência na área de
máquinas é integrar processos de
mandrilamento, furação profunda,
fresamento e torneamento em um
mesmo set up”.
Outro diferencial é o investimento realizado em pesquisa e desenvolvimento. A DMG (Deckel
Maho Gildemeister), gigante no
segmento aeroespacial, fundou
recentemente na Alemanha um
centro de excelência que coordena
um dos mais completos projetos de
desenvolvimento de soluções turn
key para a indústria aeroespacial.
Segundo Henry Goffaux, CEO
da DMG Latin America, caminhase para realização de uma usinagem
completa. “Fresamento e torneamento em um equipamento continuarão a ser uma tendência para as
máquinas-ferramenta. Além disso,
as máquinas serão melhoradas
com tecnologias como retificação
que não só estarão disponíveis
na produção de centros de fresotorneamento, mas também em
tornos universais de menor custo.
A automação também terá um
papel maior nas soluções voltadas
ao setor aeroespacial”.
“Estrategicamente, a indústria
aeronáutica busca criar condições
para deixar de lado o conceito
artesanal e se aproximar cada vez
mais das indústrias de alta produtividade, como a automotiva, por
exemplo. Mesmo não sendo uma
indústria de alta demanda, o que
se vê hoje é a customização dos
equipamentos, permitindo que se
use a maior quantidade possível de
recursos tecnológicos disponíveis à
manufatura e montagem em prol
da qualidade e produtividade”,
destaca Fragnan.
Mas vale lembrar que não se
trata apenas de alta tecnologia. Para
se tornar fornecedor do segmento,
é necessário certificar-se na norma
de sistema de gestão de qualidade
voltada para o setor aeroespacial, a
NBR 15100.
As palavras de ordem para
todos que desejam ingressar nesse segmento são investimento e
28 O Mundo da Usinagem
Fotos: Bombardier
ots
No alto, jato da Bombardier Learjet 45 XR. Acima, interior da aeronave
constante atualização. Os retornos, logicamente, são proporcionais. Trata-se de um mercado
extremamente exigente, maduro
e promissor. Pense nisso quando
for explorar novos ares.
Brasil voando cada vez
mais alto
O Brasil é o segundo maior
mercado no mundo em aviação
executiva. Hoje, esse segmento
responde por 1,5% do PIB nacional. Poucas pessoas sabem, mas o
país recebe anualmente uma das
maiores feiras de aviação executiva
do Hemisfério Sul, a Labace (Latin
American Business Aviation Conference & Exhibition), que este ano
movimentou mais de US$ 340 milhões. E os negócios fechados por
este segmento aquecem a indústria
por muitos anos.
“Nós trabalhamos com prazos
AB Sandvik Coromant
ots
O tamanho e a complexidade das peças exigem equipamentos
robustos e capazes de usinar materiais cada vez mais resistentes
Embraer
longos. Então, eu diria que toda a
produção da indústria está vendida para os próximos dois ou
três anos. Logo, as perspectivas
são muito positivas”, afirma José
Eduardo Brandão, diretor comercial da Ocean Air Táxi Aéreo,
Lineage 1000, da Embraer
30 O Mundo da Usinagem
representante de empresas como
Bombardier e AgustaWestland.
Entretanto, grande parte da
produção nacional está direcionada
para a gigante Embraer, empresa
que opera em 78 países nos cinco
continentes.
Ocean Air
Helicópteros
O mercado de helicópteros no país também se mostra extremamente
promissor. A cidade de São Paulo possui a segunda maior frota do
mundo, cerca de 500 unidades, e a expectativa é crescente.
Dados da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe)
estimam que o país irá receber de dois a cinco novos helicópteros por
mês nos próximos anos.
Se comparado ao mercado de jatos executivos, pode-se dizer que se
trata de um segmento ‘mais em conta’. Os modelos ditos populares custam a partir de R$ 400 mil. Pode parecer muito, mas vale lembrar que
alguns jatos chegam a custar até R$ 41 milhões, ou cem vezes mais.
A unidade controladora, com
296 mil metros quadrados de área
construída, emprega atualmente
mais de 14 mil colaboradores e reúne dezenas
de fornecedores,
transformando a
estratégica região
de São José dos Campos em um pólo aeroespacial.
A meta para este ano é entregar 220 aeronaves e para o
ano que vem os planos são ainda
mais ambiciosos, entregar uma
aeronave por dia.
Mas se no segmento aeronáutico o país se orgulha de abrigar uma
das indústrias mais competitivas do
mundo, na área espacial os investimentos ainda são modestos. Desde
1961, quando as pesquisas espaciais
começaram por determinação do
então presidente Jânio Quadros, foi
investido cerca de US$ 1,5 bilhão.
Pode parecer muito, mas quando
o assunto é tecnologia espacial as
cifras são muito maiores. Os EUA,
por exemplo, investem anualmente
US$ 15 bilhões apenas na parte
civil de seu programa espacial; a
Índia, US$ 450 milhões por ano.
Fernando Sacco
Jornalista
O Mundo da Usinagem 31
suprimentos
Consórcio
modular
traz vantagens
às montadoras
Com o novo modelo
de produção,
as montadoras
conseguem reduzir
seus custos fixos,
aumentar a produção
e dividir riscos
O
fim da Autolatina precipitou uma das principais
mudanças no sistema produtivo utilizado pela indústria
automobilística brasileira nas
últimas décadas: a adoção do consórcio modular. Com a divisão dos
negócios entre Volkswagen e Ford
em 1996, a marca alemã foi obri­
gada a inaugurar duas novas plantas, pois, até aquele momento, se
valia das instalações de seu ex-parceiro para a fabricação de alguns
modelos. Tendo como principal
incentivador o então presidente
do conselho de Administração da
34 O Mundo da Usinagem
com pequenas alterações. Esse
sucesso, segundo o gerente de
Qualidade, Segurança e Módulos
da Arvin Meritor, Rezende (RJ),
Anatólio Brasileiro Martins, deve
ser atribuído ao fim do tradicional
sistema verticalizado, no qual as
montadoras se responsabilizavam
por tudo.
Parceria na fabricação
A nova planta passou a contar
com áreas específicas para cada
fornecedor, que respondem agora
por sistemas completos e não peças isoladas. Para ilustrar melhor a
Arquivo Volkswagen
VW no Brasil, José Ignácio Lopes
de Arriortúa, o novo formato de
produção foi adotado na planta
de Rezende (RJ) ao custo final de
US$ 250 milhões. Naquele mesmo
ano, a empresa inaugurou uma
fábrica em São Carlos (SP) para a
produção de motores para o Gol.
O sistema prometia proporcionar várias vantagens à montadora,
previsão que se confirmou nos
anos seguintes. Tanto que as novas
operações da General Motors,
em Gravataí (RS), e da Ford,
em Camaçari (BA), adotaram
a mesma filosofia de produção
O Mundo da Usinagem 35
suprimentos
A adoção do
consórcio modular,
bem como o
condomínio industrial,
tem se mostrado
muito vantajosa
situação, Martins explica que, no
modelo antigo, a Arvin Meritor
fornece apenas o eixo do veículo.
Já no consórcio modular, a empresa tem a atribuição de comprar
uma série de outros componentes,
como cubos e freios, montar o
sistema e instalar na linha de produção. “Criou-se as figuras do tier
1 e 2 – fornecedores de primeiro
e segundo nível”, afirma. Dentro
desse novo quadro, a montadora
entra com a expertise de engenharia, concepção de produtos, mar­
keting e controles de qualidade e
administrativos.
Martins ressalta que, até a unidade de Rezende, o que se via no
mercado eram processos no formato de condomínios industriais.
“Nesse modelo, os fornecedores
se instalam em volta da unidade
principal e entregam as peças em
seqüência para tornar a produção
mais rápida. Já na planta da VW,
os sistemistas estão dentro da
fábrica e são parceiros na hora de
fabricar o veículo”. A produção em
Rezende tem início com a montagem do chassi pela Maxxion.
Na fase seguinte, a Arvin Meritor
instala os eixos e suspensões. Outros sistemas e acabamentos são
36 O Mundo da Usinagem
adicionados ao conjunto, como
rodas e pneus (Remon), motor
(Cummins e MWM), armação
de cabina (AKC e Delga), pintura
(Carese), sistema eletroeletrônico
(Continental), até chegar ao final
da linha para inspeção e aprovação
final da Volkswagen. Ele explica
que essa é a principal diferença
entre a unidade da marca alemã e
as fábricas da GM, em Gravataí,
e Ford, de Camaçari, pois, nesses
últimos dois casos, os sistemistas
ficam fora da unidade produtiva.
Redução de custo fixo
A adoção do consórcio modular, bem como o condomínio
industrial, tem se mostrado muito
vantajosa. Martins afirma que as
montadoras conseguem reduzir
seus custos fixos, aumentar a produção e dividir riscos. Um bom
exemplo de economia foi a implantação recente do terceiro turno. Em
vez da VW contratar, controlar e
treinar 1.200 novos funcionários,
os parceiros ficaram responsáveis
pela maior parte desse encargo.
Esse relacionamento estreito
entre sistemistas e montadoras
permite ainda uma maior integração nas soluções de problemas,
pois conta com representantes
das empresas parceiras dentro da
unidade. “Tudo é mais rápido,
pois a interface é com o pessoal da
matriz”, comenta. Essa interação se
estende por outros pontos, como
engenharia, concepção do produto, logística e qualidade. “A montadora deixa parte da manufatura
para quem entende”, garante. “As
decisões são compartilhadas”.
Arquivo Volkswagen
A transição de fornecedor
para sistemista não causou impacto profundo nas operações da
Arvin Meritor. Segundo Martins,
o novo formato de trabalho exigiu conhecimento suplementar
de montagem de veículos. A
contratação de pessoal e o gerenciamento da fábrica a distância
também estão entre os desafios
vencidos. No entanto, o produto
sofreu apenas pequenas mudanças. “Não estávamos acostumados
à montagem”, admite. “Hoje,
temos melhor relacionamento e
maior interação com os subfornecedores em razão da implantação
do sistema”.
Sem contar a participação
no consórcio modular da VW, a
Arvin Meritor atende também
no modelo tradicional as marcas Volvo, Iveco, Agrale, Ford e
Mercedes-Benz, Scania e Encava.
Este ano, a empresa conseguiu
bater seu recorde mensal ao produzir 10 mil eixos. Para 2009, a
expectativa é ultrapassar a casa das
11 mil unidades.
Arquivo Ford
suprimentos
Economia de tempo
A Emcon Technologies, que
fabrica escapamentos em Limeira
(SP), atua de forma bastante
similar na fábrica da Ford, em Camaçari. O gerente de Manufatura
da empresa, Edinilson Kimura,
explica que os sistemas de exaustão (coletores e escapamentos)
equipam atualmente o modelo
Fiesta e EcoSport. Os produtos da
Emcon estão presentes em mais de
250 mil veículos por ano.
Kimura ressalta também as vantagens obtidas com o sistema, principalmente o envolvimento dos
full services suppliers (sistemistas)
do design à entrega do automóvel.
Como ocorre em Rezende, a planta
da Ford opera a partir de fornecedores, que oferecem pacotes completos de produtos. No entanto, é
bom lembrar, a opção recaiu pelo
condomínio industrial. No total,
a montadora conta em Camaçari
com 26 parceiros. Se no passado a
produção de um veículo demorava
quase uma semana, com o novo
modelo é possível finalizar um automóvel em cerca de 16 horas.
Para a Emcon, o sistema possibilitou a redução de estoque e
maior envolvimento da produção
do veículo. As adaptações necessárias para atuar no novo modelo se
concentraram na logística em função das distâncias. “A planta fica a
dois mil quilômetros dos centros
tradicionais de produção”, explica
Kimura. “Implantamos centros
de recebimentos de materiais em
São Paulo para realizar um processo integrado de entrega de diversos
fornecedores na Bahia”.
João André de Moraes
Jornalista
38 O Mundo da Usinagem
Shutterstock
interface
Associação Brasileira de Engenharia e
Ciências Mecânicas
A entidade reúne
pessoas físicas e
jurídicas do meio
para propagar
o intercâmbio
e a difusão do
conhecimento de sua
área de atuação
40 O Mundo da Usinagem
H
á quase 25 anos existe uma
sociedade civil, sem fins
lucrativos, de caráter científico e cultural, atuando na área da
engenharia e ciências mecânicas.
Trata-se da Associação Brasileira
de Engenharia e Ciências Mecânicas - ABCM, com sede no Rio
de Janeiro e cinco divisões regionais (Norte-Nordeste, Triângulo
Mineiro, Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul).
A Associação, fundada em 19
de abril de 1975, tem buscado - e
conseguido - servir de ponto de
encontro, base e centro de discussão para pessoas físicas e jurídicas
envolvidas no desenvolvimento,
aplicação e ensino da engenharia e
das ciências mecânicas no Brasil.
Um de seus objetivos, o de promover intercâmbio e difusão de
conhecimento em sua área de atuação, poderia parecer redundante,
O necessário e devido
intercâmbio
A tão fundamental atualização
profissional encontra, na ABCM,
um suporte de peso, já que ela promove intercâmbios com outras associações técnico-científicas de seu
segmento, no país e no exterior. Esse
intercâmbio cria o espaço necessário para a realização de congressos,
conferências, cursos e demais reuniões técnico-científicas.
Por meio de boletins, os membros são informados de todos os
eventos da área, tanto os patrocinados pela Associação quanto
aqueles de que ela tem notícia. A
velocidade do desenvolvimento
científico e tecnológico em nossos
dias exige, do profissional, sincronia com descobertas, propostas,
leis, decretos, soluções industriais
e, sobretudo, uma visão do mercado profissional em sua área.
Um grande auxílio a seus sócios é a intermediação que a
ABCM faz nos diversos acordos
de colaboração científica com
entidades congêneres, nacionais
e internacionais. Seus associados
podem ter acesso a informações
e participar de atividades conjuntas de entidades com as quais
a ABCM possui acordos há 20
anos, como a ASME, e várias outras, igualmente importantes:
ASME (American Society of
Mechanical Engineers),
CSME (Canadian Society for
Mechanical Engineering),
AMCA (Associación Argentina
de Mecánica Computacional),
JSME (Japan Society of Mechanical Engineers),
ImechE (Institute of Mechanical Engineers),
GAMM (Gesellschaft für Angewandte Mathematik und Mechanik) e
STF (Société Française de
Thermique).
Além desses acordos, a ABCM
representa o Brasil em vários
organismos internacionais, o que
significa um contato muito profícuo para todos seus sócios, dado
o altíssimo nível das informações
que circulam nessas esferas. Os
principais organismos internacionais em que a ABCM representa
o Brasil são:
ICOMES (International Congress of Mechanical Engineering
Societies),
ICAS (International Council
of the Aeronautical Sciences),
AIHTC (Assembly for Inte rnational Heat Transfe r
Conferences),
IFToMM (International Federation of Theory of Machines),
IUTAM (International Union
of Theoretical and Applied Mechanics) e
ICHMT (International Centre for Heat and Mass Transfer).
Shutterstock
já que as universidades têm essa
meta, além do ensino. A ABCM,
no entanto, consegue ir além, já
que congrega um fator importante
a esse esforço: a indústria.
Dessa maneira, graças à dinâmica de sua política, a ABCM publica
e divulga artigos, monografias,
textos variados que diversamente
poderiam levar bem mais tempo
para serem difundidos. A associação publica o Journal of the Brazilian Society of Mechanical Sciences
and Engineering, que pode ser
consultado por meio do Scielo data
base, com link no site da ABCM.
Várias outras publicações, como a
ABCM Symposium Series também
estão disponíveis online.
Você pode se associar
São cerca de 900 membros
das áreas de Engenharia Mecânica, Civil, Química, Aeroespacial,
Naval, Mecatrônica, Petróleo,
Materiais e Metalurgia, Física
e Matemática Aplicada. Predomina o envolvimento dos membros com o mundo acadêmico,
embora a Associação procure
estreitar cada vez mais os laços
com os profissionais da indústria, sobretudo os que trabalham
nos setores que têm impulsionado os avanços da tecnologia
brasileira.
Uma das ações nesse âmbito
é justamente a de aproximar os
O Mundo da Usinagem 41
interface
estudantes de engenharia, já durante a graduação, do universo
de produção, do conhecimento
científico e tecnológico e do setor
industrial. As Seções Estudantis
da ABCM vêm representando
importante papel nesse sentido e o
número de estudantes associados
vem crescendo bastante.
Podem ser sócios tanto pessoas
físicas quanto jurídicas, em várias
categorias associativas, como
membros estudantes, efetivos,
institucional, honorário e benemérito. Os sócios fundadores são,
evidentemente, aqueles que assinaram a ata de fundação e os remidos
adquirem tal qualidade após longo
período de associação, por meio de
decisão do Conselho.
A entidade informa oficialmente, em seu site, que “todos os
interessados no desenvolvimento
de diferentes aspectos da Engenharia e das Ciências Mecânicas
são bem-vindos a se afiliarem à
ABCM”, bastando preencher e
enviar um dos formulários disponibilizados no site.
Aos sócios, além de acesso
a todos os contatos nacionais e
internacionais acima elencados,
é garantido desconto especial em
todos os eventos e iniciativas da
ABCM.
Engenharia e Ciências Térmicas) e
dois anuais (COBEF - Congresso
Brasileiro de Engenharia de Fabricação, que vem sendo realizado
desde 2001, e o CREEM - Congresso Nacional de Estudantes de
Engenharia Mecânica, realizado
desde 1994, com patrocínio da
ABCM desde 1998).
Além disso, promove também o DINAME (International
Symposium on Dynamic Problems
of Mechanics, que desde 1989 se
reúne nos anos ímpares, dedicando-se às áreas de dinâmica,
identificação e controle de sistemas mecânicos, incluindo a
área de acústica e vibrações) e o
ICONNE (International Conference on Nonlinear Dynamics,
Chaos and Control, que tem o
patrocínio da ABCM desde
1993, com 90 trabalhos em média publicados nos Anais).
A ABCM promove também
atividades esporádicas, como
cursos, seminários, simpósios,
conferências e workshops regionais, sobre temas específicos de
interesse de seus associados.
Comitês Técnicos têm papel
fundamental no desenvolvimento
dos trabalhos da ABCM e focalizam discussões de todas as áreas de
interesse da Associação.
Principais eventos
A ABCM promove cinco
congressos, sendo três bienais
(COBEM - International Congress of Mechanical Engineering;
CONEM - Congresso Nacional
de Engenharia Mecânica; ENCIT - Congresso Brasileiro de
Equipe OMU
42 O Mundo da Usinagem
Saiba mais
Veja como a ABCM pode representar
um importante passo em sua carreira e
atividades na área de engenharia. Consulte
o site: http://www.abcm.org.br
MAG South America (Cross Hueller)
interessantesaber
Bons ventos
Centro de usinagem da família
Specht da Cross Hueller (MAG),
referência em flexibilidade
para o mercado de máquinas
Com aumento no faturamento, setor de máquinas confirma
projeções e consolida 2008 como um grande ano para o setor
A
pesar das incertezas vividas
na economia global, o mercado de máquinas brasileiro
se mostra otimista. Empresas têm
mantido investimentos e, grande
parte, renovado sua linha de produção, consolidando 2008 como
um ótimo ano para o setor.
44 O Mundo da Usinagem
E esta inconteste política de
investimentos pode ser confirmada
através de alguns indicadores, entre
eles o faturamento da indústria de
máquinas, que fechou o primeiro
semestre de 2008 com alta de 25%
e um volume total de R$ 36 bilhões, segundo dados da ABIMAQ
(Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos).
Outro dado que mostra o vigor
do setor é o aumento nas operações
de leasing. Nos cinco primeiros meses deste ano, as operações envolvendo máquinas e equipamentos
atingiram R$ 10 bilhões, de acordo
Finame, cujo prazo de financiamento foi alongado de cinco para
10 anos. Além disso, o BNDES,
em sua nova política de desenvolvimento produtivo, destinou R$ 244
bilhões para financiamento, aliado
a políticas como a redução de prazo
de apropriação de créditos de PIS
e Cofins derivados da aquisição
de bens de capital de 24 para 12
meses, bem como a eliminação da
incidência do IOF de 0,38% nas
operações de crédito do BNDES,
Finame e Finep.
Oportunidade para
empresas de porte menor
A depreciação acelerada em
50% do prazo e crédito de 25% do
valor anual da depreciação contra
a CSLL, a redução de 40% do
spread básico de 1,5% ao ano para
0,9% ao ano e a redução da taxa de
intermediação de 0,8 para 0,5%
também foram bem aceitas.
“Medidas como essa criaram
oportunidade para empresas de
MAG South America (Cross Hueller)
com a ABEL (Associação Brasileira
das Empresas de Leasing).
Segundo Roberto Schaefer, diretor presidente da MAG no Brasil,
uma das principais fabricantes de
máquinas-ferramenta do mundo,
diversos fatores têm colaborado
para os expressivos resultados no
setor, mas o principal responsável
tem sido o segmento automotivo
e, paralelamente, a facilidade de
crédito e a inadimplência sob
controle.
“Todas as montadoras, sem
exceção, vêm investindo continua­
mente, o que gera aquecimento
também nos setores de autopeças,
moldes, matrizes e máquinas ligadas à automação. Trata-se de uma
onda de investimentos que não
se via há mais de 10 anos”, analisa
Schaefer.
É importante destacar que
grande parte dos investimentos
realizados pelos compradores de
máquinas está ancorada em linhas
de crédito especiais, tais como o
menor porte adquirirem novos
equipamentos, renovando seu
parque de máquinas, ganhando em
competitividade e aumentando o
número de empregos no setor (hoje
em torno de 240 mil)”, elucida
Schaefer.
Os reflexos também podem
ser sentidos na oferta de serviços
voltados ao segmento, tais como
assistência técnica, manutenções,
acompanhamento de linha, retrofitting, entre outros.
“É extremamente importante
estarmos alinhados às demandas
que compõem a cadeia produtiva,
e não apenas no que se refere ao
fornecimento de máquinas. Hoje,
é normal encontrarmos fabricantes
trabalhando em três, quatro turnos,
e prover soluções integradas que
acompanhem às necessidades do
mercado é fundamental”, enfatiza o
diretor presidente da empresa.
Grande parte destas soluções
está atrelada ao investimento em
tecnologias mais modernas e equipamentos que flexibilizem a linha
de produção. A divisão de motores
da General Motors soube aproveitar estas tendências e respondeu
com assertividade ao aumento da
demanda interna. A empresa que
possui somente na linha de cabeçotes Flexline mais de 30 máquinas da
MAG Hueller Hille acaba de fazer
novas aquisições. Vista da unidade localizada
em Diadema (SP)
O Mundo da Usinagem 45
interessante saber
Fotos: MAG South America (Cross Hueller)
Em Joinville, onde será construída a nova fábrica da GM Brasil,
com capacidade para produzir 120
mil motores e adicionais 80 mil cabeçotes/ano, serão instalados mais
46 centros de usinagem CNC.
Segundo João Possidônio,
gerente de engenharia de manufatura da divisão Powertrain, “a
grande vantagem nestes equipa-
mentos está na flexibilidade, já
que é possível reprogramá-los com
muita facilidade. Além disso, o
controle numérico e a alta rotação dos eixos garantem um bom
desempenho quando o assunto é
produtividade”.
Dentre as novidades, a MAG
está lançando uma nova família de
máquinas cujos componentes bási-
cos (fusos, pallets, spindles) podem
ser intercambiáveis. Trata-se da
linha Specht, que já vendeu mais
de 1.500 unidades em todo o
mundo.
E é neste decisivo momento da
economia que grandes empresas
mostram seu potencial. Entretanto, sem que haja uma base sólida,
é impossível se firmar no mercado. Fornecer soluções integradas
com qualidade e competitividade.
Diante deste cenário, a economia
poderá cada vez mais mostrar sua
maturidade.
MAG: 35 anos fornecendo
qualidade
O grupo MAG Industrial
Automation Systems é composto
por 13 grandes empresas do segmento de máquinas-ferramenta,
distribuídas em sete países. No
Brasil, o grupo é representado pela
MAG South America, tradicionalmente conhecida como Cross
Hueller Indústria de Máquinas
Ltda. Fundada em 1973, a empresa
instalada em Diadema (SP) sempre
foi referência no fornecimento
de máquinas para o segmento
automotivo, entre elas centros de
usinagem horizontais, tornos verticais, máquinas especiais, linhas
transfer e flexíveis.
No alto: Início das operações da
MAG (Cross Hueller) em 1973.
Ao lado: Fachada da empresa,
localizada em Diadema (SP)
46 O Mundo da Usinagem
Como o Autodesk Inventor
ColoCA seu projeto à provA
O software Autodesk® Inventor™ permite que você elabore
o protótipo digital completo de seu projeto e o coloque à prova
sob várias condições, validando seu desempenho real. Assim,
quando o projeto estiver pronto, você saberá exatamente
como ele funciona – antes mesmo de construí-lo.
Mais que um software para projetos 3D, o Autodesk Inventor
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Autodesk, Autodesk Inventor e Inventor são marcas registradas da Autodesk, Inc., nos EUA e/ou outros países. Todos os outros nomes comerciais, produtos e marcas registradas pertencem a seus respectivos proprietários. A Autodesk reserva-se o direito de alterar as
ofertas de produtos bem como suas especificações a qualquer tempo, sem aviso prévio, não sendo responsável por erros gráficos ou tipográficos que porventura possam ocorrer neste documento. © 2008 Autodesk, Inc. Todos os direitos reservados.
A empresa é responsável pela
fabricação das principais máquinas
do grupo, além da assistência técnica
e comercialização dos produtos
MAG, e hoje tem como foco principal diversificar sua área de atuação
atendendo os mais variados segmentos da indústria nacional.
“Nosso objetivo é aumentar
nossa carteira de clientes. Já identificamos 18 segmentos potenciais, principalmente nos setores
de petróleo, gás, açúcar e álcool,
cimento, mineração, siderurgia,
papel e celulose e máquinas agrícolas, todos em franca expansão”,
afirma Schaefer.
Com 35 anos de atuação no
mercado sul-americano e mais
de 150 funcionários, a MAG se
destaca no mercado e projeta um
MAG South America (Cross Hueller)
interessante saber
Roberto M. Schaefer ao lado do ministro Miguel Jorge
durante anúncio do Finame 10 anos
faturamento 80% superior ao ano
passado. Para o próximo ano, as
previsões são igualmente animadoras e envolvem a fabricação de
uma nova linha de máquinas e o
aumento da capacidade instalada
da empresa.
Fernando Sacco
Jornalista
Shutterstock
interessantesaber
notícias
Bradesco e Microsoft inauguram
centro de inovação 2008
A
Fundação Bradesco e a Microsoft Brasil inauguraram
em setembro, em Campinas (SP), o primeiro Centro
de Inovação para Tecnologias
Educacionais - School Technology
Innovation Center (STIC) do
País. A parceria visa fomentar a
pesquisa, o desenvolvimento e
a prova de conceito de soluções
tecnológicas que atendam às demandas do setor educacional.
O STIC está localizado nas
instalações do Bradesco Instituto
de Tecnologia (BIT) e favorecerá, por meio da pesquisa, a
implementação de um ambiente
de aprendizagem baseado em ferramentas e práticas inovadoras.
A atuação do STIC se dará
em três vertentes: pesquisa e
desenvolvimento, showroom de
referência para soluções aplicadas
à educação e a oferta de capacitações em novas tecnologias. O
objetivo é oferecer soluções integradas, baseadas nas demandas
de interoperabilidade de sistemas,
P&D de novas metodologias,
conteúdos, equipamentos e ferramentas educacionais.
A intenção é dar seqüência à
oferta de soluções que atendam às
necessidades de alunos e educadores da Fundação Bradesco e da rede
pública de ensino. Os projetos vão
contemplar conteú­dos interativos
para a educação básica, soluções
para portais, interoperabilidade,
mobilidade, colaboração, games
e robótica. (Portal B2B).
Fonte: www.anpei.org.br
Introdução à Engenharia de Produção recebe o Prêmio Jabuti
O
livro “Introdução à Engenharia de
Produção”, publicado pela editora
Elsevier como parte da Coleção ABEPRO-Campus de Engenharia de Produção, é
o vencedor do Prêmio Jabuti 2008, outorgado pela Câmara Brasileira do Livro, na
categoria “Melhor livro de Ciências Exatas,
Tecnologia e Informática”.
Segundo o organizador do livro, o Prof. Mario Otavio
Batalha, da Universidade Federal de São Carlos, receber o primeiro lugar em prêmio de tamanha relevância
é “acima de tudo, um ganho para a comunidade de
Engenharia de Produção do país.”
Organizador: Prof. Mario Otavio Batalha
Co-autores: Adiel Teixeira de Almeida – UFPE, Afonso Fleury – USP, Alessandra Rachid – UFSCar, Alexandre de Avila
Leripio – Univali, Ana Eliza Tozetto Piekarski – UNICENTRO,
Ana Lúcia Vitale Torkomian – UFSCar, Ana Paula Cabral Seixas Costa – UFPE, Antonio Cezar Bornia – UFSC, Antonio
Freitas Rentes – USP, Cid Alledi - UFF/Latec, Fernando César Almada Santos - EESC-USP, Francisco Soares Másculo
– UFPB, Lucila Maria de Souza Campos – Univali, Marcelo
Jasmim Meirino - UFF/Latec, Marly Monteiro de Carvalho
– USP, Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas - UFF/Latec, Paulo
Mauricio Selig – UFSC, Reinaldo Morabito – UFSCar e Ricardo Manfredi Naveiro – UFRJ.
Fonte: www.abepro.org.br
O Mundo da Usinagem 49
Shutterstock
interessantesaber
notícias
Dedini e Fapesp fazem primeira
chamada de projetos de convênio
A
Dedini S/A Indústrias de
Base e a Fapesp (Fundação
de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo) divulgaram
em julho a primeira chamada de
propostas para o convênio de
apoio à pesquisa sobre processos
industriais para a fabricação de
etanol de cana-de-açúcar.
O convênio entre as duas instituições foi assinado durante o
Simtec 2007, em julho do ano
passado. Válido por cinco anos, o
acordo terá aporte financeiro de
R$ 100 milhões, dos quais R$ 50
milhões serão desembolsados pela
Fapesp e R$ 50 milhões pela
Dedini. O convênio apóia projetos
cooperativos a serem estabelecidos
entre pesquisadores da Dedini e
50 O Mundo da Usinagem
de universidades e instituições de
pesquisa, públicas ou privadas, no
Estado de São Paulo. Essa é maior
parceria já firmada entre a Fapesp
e uma empresa privada.
Chamada de propostas
Na primeira chamada, os recursos serão destinados exclusivamente às propostas que forem
selecionadas pela Fapesp e pela
Dedini, com a participação do
Comitê Gestor da Cooperação.
De acordo com José Luiz Olivério,
vice-presidente de tecnologia e
desenvolvimento da Dedini, a
chamada será dividida em duas
frentes: uma de melhoria nos
processos tradicionais e outra
direcionada ao chamado etanol de
segunda geração, produzida através da celulose do bagaço da cana.
“Nesta etapa, serão aplicados cerca
de R$ 20 milhões. Acreditamos
que será suficiente para muitos
projetos nessas áreas, já que se
trata de uma chamada ampla e
abrangente”, disse Olivério.
A previsão é que sejam fomentados projetos de aperfeiçoa­
mento de tecnologias em uso na
planta de demonstração de hidrólise ácida da empresa, bem como
o desenvolvimento de inovações
nessas tecnologias; produção de
energia a partir de subprodutos
de cana-de-açúcar; formas de
reduzir o consumo de energia
durante o processo industrial; e
formas de aumentar a eficiência
dos processos de destilação e
fermentação.
Segundo Olivério, um dos
focos será desenvolver métodos
de produção de etanol a partir
de celulose, tanto no processo de
hidrólise ácida quanto enzimática.
“Já temos a tecnologia, mas precisamos desenvolvê-la de forma
competitiva.”
O convênio permitirá que
pesquisadores das universidades
e empresas trabalhem cooperativamente. “A base é que o trabalho
se desenvolva na universidade com
participação do departamento
de pesquisa da empresa. Mas, se
houver projetos que necessitem
da construção de protótipo, provavelmente os pesquisadores da
universidade virão para a usina”,
afirmou Olivério.
Fonte: www.anpei.org.br
interessantesaber
Cedida pela B. GROB do Brasil
notícias
Início de um novo ciclo
A B.Grob do Brasil amplia seus negócios para novos
segmentos com a nacionalização de seus produtos
C
om 52 anos de atuação em
solo brasileiro, a B.Grob
do Brasil está iniciando um
novo ciclo, marcado pela abertura
de negócios em segmentos até
então inexplorados pela empresa.
Pretende chegar a clientes para
os quais o preço da qualidade
e do prestígio da marca foram,
durante muito tempo, obstáculos
intransponíveis de acesso aos seus
produtos. Reorganizações internas da produção e uma visão de
mercado atenta para acompanhar
52 O Mundo da Usinagem
o acelerado ritmo de crescimento
do setor automotivo são suas principais credenciais para acesso aos
novos nichos.
“A agilidade no prazo de entrega e a nacionalização de nosso
produto stand alone têm nos
permitido abrir o leque de atuação”, conta Christian Müller, vicepresidente da B.Grob do Brasil. A
BZ 500T, máquina padrão de 4
eixos, com trocador de pallet para
usinagem de peças de pequeno
a médio porte, já conta com fi-
nanciamento total pela Finame,
do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social). Além disso, a empresa
entrega o centro de usinagem aos
clientes em prazo de até quatro
semanas, um diferencial e tanto
em época de aquecimento de
mercado.
Nos últimos três anos, a
B.Grob do Brasil registrou crescimento de cerca de 35%, chegando aos US$ 115 milhões no ano
passado. A unidade representa
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interessante saber
Cedida pela B. GROB do Brasil
À direita sr. Klaus Heydebreck,
no meio Christian Grob
(proprietário da Grob), à
esquerda Michael Bauer (atual
presidente da Grob)
cerca de 20% do total faturado
pela empresa nas três fábricas no
mundo – a matriz, da Alemanha,
participa com 70% do total e a
dos Estados Unidos com 10%.
Outro sinal de aposta no mercado brasileiro dado pela empresa
foi a inauguração de um showroom, no início de setembro, em
sua planta, em São Bernardo do
Campo/SP. Agora, os clientes e
potenciais clientes da marca podem ver apresentações e demonstrações de usinagem e, ainda, ter
acesso a treinamentos específicos,
a partir dos modelos BZ 500T
e também da G 350, centro de
usinagem de 5 eixos lançada recentemente para usinagem de peças
complexas em uma única fixação.
A G 350 conta com 85% de nacionalização, mas a intenção é de que
esse modelo alcance o percentual
de 100%, para poder desfrutar do
incentivo de financiamento do
governo, via BNDES.
54 O Mundo da Usinagem
Sob novo comando
Entre as novidades da B.Grob
do Brasil está, ainda, a troca do comando, depois de 28 anos nas mãos
de Klaus V. Heydebreck. Com
pouco mais de 60 anos, Klaus passa
a presidência para Michael Bauer,
e Christian Müller assume a vicepresidência. No entanto, ele irá
manter, por tempo indefinido até
agora, um vínculo com a empresa,
na condição de conselheiro.
Bastante admirado e querido
no mundo das máquinas-ferramenta, Klaus sempre gozou de prestígio
também junto aos proprietários
da B.Grob, a quem credita a importância que a unidade fabril
brasileira tem dentro da estrutura
do grupo. “O sr. Grob, fundador da
empresa, sempre teve grande amor
ao Brasil”, diz ele, para explicar o
investimento que a matriz manteve
na fábrica brasileira, mesmo diante
das crises econômicas vividas nas
últimas décadas.
A B. Grob é uma companhia
alemã familiar, e o perfil apaixonado pela engenharia das máquinas
de usinagem de seu fundador, e
sucessores, marca a atuação da
empresa até hoje, segundo análise
de Klaus. “A unidade brasileira
sempre teve acesso a todas as conquistas tecnológicas de outras unidades, e isso faz toda a diferença”.
Apesar de não estar mais atuando
na vida executiva da empresa,
Klaus não tem dúvidas acerca
do promissor futuro da B.Grob
do Brasil. Isso porque, segundo
ele, “se a qualidade e a tecnologia
sempre fizeram a diferença no
posicionamento de uma empresa
no mercado até agora, no mundo
globalizado e competitivo atual
essas características são essenciais
para sobrevivência de qualquer
agente produtivo”.
Carmen Torres
Jornalista
Shutterstock
interessantesaber
Vosmecê concorrda o
disconcorrda?
Há muito mais tradição do que se pensa por trás do falar “caipira”
56 O Mundo da Usinagem
E
O significado da roça
O termo “roça” vem do verbo
“roçar”, que significa arrancar,
cortar. Roçar o terreno significa,
portanto, cortar o que nele está. De
maneira geral, o termo significava
cortar o mato do terreno para prepará-lo para o plantio. Os termos
para cortar as plantas de terreno
já plantado são diferentes: capinar
e carpir (tirar o capim que cresce
entre as plantas).
Com o tempo, o verbo roçar deu origem ao substantivo
“roça”, que tem, entre
nós, dois sentidos: o
de terreno de plantio
(ele está na roça) e o de
uma determinada plantação (com o lucro da
roça de mandioca...). O
mais genérico, “viver na
roça”, significa viver no
campo produtivo.
Infelizmente, como o
fenômeno da urbanização no Brasil foi muito
acelerado, os novos urbanistas sentiram-se logo
superiores aos “roceiros”
e, se não bastasse terem
desenvolvido uma idéia de
superioridade, como se as
atividades urbanas fossem mais importantes que aquelas rurais, ainda
passaram a se divertir caçoando dos
“roceiros” e da “vida na roça”.
Isso se deu no final do século
XIX e início do XX, quando se
cunhou o termo “caipira”, que
deriva de “caapora”, o famoso
bicho do mato indígena.
O falar do roceiro
Claro está que um
dos principais pontos de
destaque e de caçoadas
é a maneira de falar do homem da roça. E é por aqui que
começam nossas descobertas.
Você já parou para pensar
como se deu a comunicação
entre portugueses e indígenas,
quando do descobrimento?
Os portugueses mal conseguiam aprender os rudimentos
de uma das línguas indígenas
que, avançando um pouco no
território, questão de poucos quilômetros, já encontravam uma outra
língua, totalmente diferente daquela
que tinham começado a aprender.
Fotos: Shutterstock
stamos na cidade grande.
Hoje, em termos de estilo
de vida, pouca diferença há
entre o corre-corre - ou melhor,
o pára-pára - que vivemos em São
Paulo, Campinas, Ribeirão Preto,
Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Blumenau.... As características da vida
urbana independem do tamanho
propriamente dito da cidade.
E nos pegamos sonhando com
o campo, o verde, aquela rocinha
de um tempo que alguns de nós
chegaram a conhecer, mas que
para a maioria é só papo de gente
mais velha.
No entanto, se pararmos para
pensar um pouco no significado
da nossa “roça”, vamos nos surpreender com o quanto aprenderemos
e.... não somente sobre agricultura
ou pecuária!
Em meio à correria
da cidade, nos vemos
sonhando com o campo
O Mundo da Usinagem 57
Molhar?... moiá.
Molhou?... moiô.
Orelha?... oreia.
Além disso, a senhora “agardecia” , “num carece alevantá”. E claro
que maltratar animais era muita
“inorância”. Sem dúvida, o leitor
já reconheceu o “caipirês” !
Mesmo quando em 1757 o
governo português expulsou os
jesuítas do Brasil e, por decreto do
Marquês de Pombal, em 1771, o
Folha Imagem
A surpresa teria sido maior se eles
soubessem, então, o que os estudiosos ficaram sabendo já a partir do
século XIX: existiam mais de 700
línguas indígenas diferentes quando
os portugueses aqui aportaram!
Para permitir a comunicação, os
padres jesuítas, que foram aqueles
que mais se interessaram pelos
indígenas, fizeram uma mistura de
palavras indígenas e portuguesas e
passaram a chamá-la de “língua geral” ou ... nheengatú, que significa
“língua boa”, que mereceu uma bela
gramática elaborada pelo padre
José de Anchieta.
O nheengatú foi falado no
Brasil, do Amazonas ao Paraná,
tanto no campo quanto na cidade,
até início do século XIX. Falava-se
a língua geral até mesmo na Corte
do Rio de Janeiro. A principal
característica da língua geral era
assimilar o falar indígena, incapaz
de pronunciar o “lh” português,
que se tornou “ié”.
Mulher?... muié
Colher?... cuié
Shutterstock
interessante saber
Helena Meirelles foi uma dama da viola caipira (1924-2005)
58 O Mundo da Usinagem
nheengatú foi proibido nas escolas,
o povo continuou falando sua língua. As cidades foram se despindo
do nheengatú, mas de vez em
quando ela mostra sua cara até nas
mais altas esferas: quando o então
presidente Fernando Henrique
Cardoso disse, diante de repórteres,
“chega de nhenhenhém”, estava
falando no mais puro nheengatú!
Escondida, camuflada, espezinhada como “caipira”, a língua
geral não morreu. Em São Gabriel
da Cachoeira, a 850km de Manaus,
no Alto Rio Negro, onde as 30 mil
pessoas do lugar falam nheengatú,
a língua voltou a ser ensinada nas
escolas, com muito orgulho.
Assim, quando tivermos tempo
de passear pela roça e ouvirmos o
roceiro priguntá si ocê qué apeá
prá mor di si arrefrescá na bica,
devemos saber que estaremos saboreando 500 anos de verdadeira tradição brasileira. Puríssima, como a
“branquinha” da... caipirinha!
Equipe Omu
Shutterstock
pontodevista
O tititi entre as pessoas
O ser humano é um
ser social, um tititi
aqui alimenta outro
ali e, num estalo,
difusos comentários
ganham forma e
surge uma opinião
generalizada
60 O Mundo da Usinagem
O
buxixo é um ato natural do
ser humano. Somos propensos a falar e falar sobre
nossas vidas, nossas coisas e nossas
experiências, inclusive, como consumidores. É aí que o buxixo afeta
os negócios e qualquer plano de
marketing via ações tradicionais de
comunicação. Como definido por
Emanuel Rosen, no seu livro The
Anatomy of Buzz: How to Create
Word of Mouth Marketing, de
2000, o buxixo diz respeito àquilo
que os clientes falam um para o
outro. Não se trata, somente, de
um simples diálogo entre pessoas.
O buxixo vai mais fundo, é o tititi
entre as pessoas. São comentários
– informais, anárquicos, complementares, adversos ou virtuais
– sobre algo ou alguém.
E como o ser humano é um
ser social, um tititi aqui alimenta
outro ali e, num estalo, difusos
ponto de vista
comentários ganham forma e
surge uma opinião generalizada,
favorável ou não. Esse buxixo entre as pessoas faz com que elas se
tornem hubs de uma rede sem fio e
invisível, conectadas uma às outras
por suas relações de conveniência,
convivência, confiança e emoção.
Seth Godin, em seu livro Marketing Idéia Vírus, de 2001, define
as pessoas, em função da sua força
conectora, como contaminadoras.
E ainda as classifica em dois níveis: as poderosas e a promíscuas.
As poderosas funcionam como
megahubs, pessoas formadoras de
opinião, celebridades da mídia e
especialistas famosos, capazes de
provocar um buxixo com uma fra-
Fotos: Shutterstock
Duas coisas podem dar partida
ao buxixo: novidades ou idéias
contagiosas que, por estarem
associadas à curiosidade, ao
inusitado e ao novo, conseguem
mostrar-se simpáticas e
atraentes ao hub disseminador
se ou um ato. As promíscuas formam redes locais, junto aos seus
conhecidos, colegas de trabalho,
amigos e familiares. Apesar de não
terem a exposição dos megahubs,
elas detêm o poder do diálogo e
da proximidade com seus contatos
– o termo promíscuas, na visão de
Godin, vem do fato de não serem
tão fáceis de serem identificadas,
assim como sua ação de contaminação. Basicamente, sob uma ótica
de marketing, promíscuas são
todas as pessoas que se relacionam
com o negócio de uma empresa
– funcionários, intermediários,
parceiros e clientes – e poderosas
são as influenciadoras e formadoras de opinião reconhecidas e
identificadas pelo mercado em
que a empresa atua.
Estimulando o buxixo
Duas coisas podem dar partida
ao buxixo: novidades ou idéias
contagiosas que, por estarem associadas à curiosidade, ao inusitado
e ao novo, conseguem mostrar-se
Não se trata, somente, de um
simples diálogo entre pessoas.
O buxixo vai mais fundo
62 O Mundo da Usinagem
ponto de vista
e como se disseminam, para tentar,
de forma indireta, influenciar sua
disseminação via ações de relacionamento e relações públicas. E,
claro, os contaminadores devem
alastrar opiniões positivas e favoráveis, ou seja, antes de tudo é
essencial ter a companhia organizada, entregando bons produtos,
prestando bons serviços e cumprindo suas promessas.
O conjunto de ações de mar­
keting conscientes, planejadas e
gerenciadas em prol do buxixo
forma a tática chamada buzzmar­
keting. Portanto, o buxixo vem
antes e sempre irá existir. E essa
tática nada mais é que uma tentativa gerencial para influenciar
esse processo. Por isso, de nada
adiantarão ações repentinas e
pontuais de relacionamento com
megahubs – que poderão, depois,
pela falta de continuidade, até causar efeito contrário. Decidir influir
no buxixo é uma séria atitude. As
pessoas não são bobas e falam. Ah,
como falam!
Cedida pelo autor
simpáticas e atraentes ao hub disseminador; e um bom trabalho de
relacionamento com os megahubs,
que são identificáveis, e os hubs,
que, com esforço, podem ser rastreados e cadastrados. McConnel
& Huba, autores do Buzzmarketing – Criando Clientes Evangelistas, de 2003, citam três ações para
promover o tititi: primeiro, conte
aos hubs sobre um novo produto
ou serviço; em seguida, traga os
hubs para encontros, físicos ou
virtuais, em que possam conversar
com outros hubs da companhia;
depois, dê um jeito de se certificar
que outras pessoas verão os hubs
usando seus produtos.
Eventos e feiras dirigidas cumprem as duas primeiras ações.
A terceira ação, certificar-se de
que outras pessoas verão os hubs
usando seus produtos, é uma
tática comum no mercado da
moda e de produtos de altíssimo
valor. Companhias fabricantes
de relógios há muito tempo fecham acordos, formais ou não,
com os megahubs, celebridades e
formadores de opinião famosos,
para que, simplesmente, circulem com seus relógios no pulso.
Ultimamente, até clínicas de
estética utilizam dessa artimanha
operando próteses de silicones em
celebridades emergentes, em troca
da divulgação do seu nome.
O buxixo, querendo ou não, é
um fato. Cabe ao empreendedor
e, principalmente, aos gestores
de marketing, compreender seu
conceito, entender como surgem
Marcelo Miyashita
Consultor líder da Miyashita Consulting
Matéria captada pelo Depto. de Comunicação Corporativa da Sandvik do Brasil

64 O Mundo da Usinagem
, MAG POWERTRAIN
A MAG POWERTRAIN combina
operações, sistemas e equipamentos com o melhor desempenho
tecnológico do mundo. Através do
alto conhecimento em processos,
fornece sistemas de manufatura
agiles, linhas transfer e máquinas
especiais.
, MAG HÜLLER HILLE
A MAG HÜLLER HILLE é
especializada no desenvolvimento
e produção de centros de usinagem, células de manufatura, e
sistemas flexíveis, todos de última
geração, para clientes renomados
de diversos setores.
, MAG HESSAPP
Por mais de 60 anos, a
MAG HESSAPP é conhecida como
sinônimo em fabricação de tornos
verticais do mais alto nível. Desde
uma de linha de produtos sob
demanda até os sistemas turnkey
completos.
Precision, made for you
Para garantir que tudo decorra em boas condições de produção, as indústrias líderes do
mercado automotivo e metalúrgico, do mundo todo, utilizam as máquinas MAG. Estes sistemas
oferecem uma tecnologia de ponta personalizada, o que garante à usinagem de peças como
caixas de transmissão e componentes do chassi o melhor nível de qualidade. Garantimos a
satisfação de nossos clientes desde a fabricação até a assistência técnica.
Precision, made by MAG.
Somos parte da MAG Industrial Automation Systems, grupo de empresas líder em soluções de manufatura
Cross Hueller Indústria de Máquinas Ltda. Rua Karl Hueller, 296, 09941-410 - Diadema - SP - Brasil
tel: +55 11 4075-7445, www.mag-ias.com/br
, MAG MAINTENANcE
TEcHNOLOGIES
A MAG Maintenance fornece peças
de reposição, assistência técnica,
rebuilding, retrofitting e soluções
personalizadas para seus clientes.
Para maiores informações, acesse
www.mag-ias.com/br
Coropak – Nosso receituário contra crises econômicas
N
esta época do ano, a atenção dos nossos
engenheiros de produtos volta-se para a
apresentação, aos clientes e ao mercado
de usinagem, do pacote semestral de lançamentos, conhecido como CoroPak. É o que está
acontecendo agora, com o CoroPak 08.2.
É interessante ressaltar o alto investimento
feito pela nossa empresa para, em ritmo constante de renovação, oferecer produtos de ponta
e de alta tecnologia para usinagem. Nossos
lançamentos são fruto de anos de pesquisa e
desenvolvimento realizados em países longínquos, nos quais equipes de engenheiros, em
conjunto com analistas de mercado, pesquisam,
estudam e avaliam as necessidades e demandas
dos vários mercados, sejam eles mais estáveis,
como a Europa, ou em ebulição, como a China,
Índia, Rússia e até o Brasil. Por meio desse trabalho é que são definidas as linhas de produtos
a serem lançadas mundialmente.
O CoroPak 08.2 traz novos conceitos tecnológicos em ferramentas para torneamento,
fresamento, furação e holding tools que vêm
atender às necessidades de aumento da produtividade e redução dos custos de usinagem, para
que clientes do mundo inteiro melhorem suas
linhas de usinagens e se tornem globalmente
mais competitivos.
São ferramentas planejadas e criadas para
oferecer soluções aos principais segmentos de
mercado, como o automotivo, que, no Brasil,
apresenta crescimento constante nos últimos
anos, e o aeronáutico, que também cresce no
país e, principalmente, nos Estados Unidos, no
Canadá e em alguns países europeus. Frente às
perspectivas de crises mundiais e domésticas
que nos assolam nestes dias, torna-se mais
importante ser competitivo, pois a demanda
reprimida irá selecionar quem for realmente
competitivo diante de um cenário de muita
66 O Mundo da Usinagem
oferta e poucas oportunidades de negócios.
Para finalizar, com base na minha experiência internacional, em que tive oportunidade de
participar de vários CoroPaks fora do Brasil,
gostaria de enfatizar mais dois pontos relevantes. Primeiro, posso garantir que, entre os
nossos produtos lançados, sempre haverá uma
solução para cada segmento industrial, seja para
resolver um problema crônico ou aumentar a
produtividade. Segundo: devemos sempre ter
em mente que, junto com o pacote tecnológico
de produtos, existem equipes de engenheiros
de usinagem e de vendas dando total suporte
técnico e comercial a todos os nossos clientes.
Isso porque acima de toda tecnologia, está o
ser humano. É por meio dos relacionamentos
interpessoais que estabelecemos verdadeiros
laços de colaboração, potencializando cada
benefício lançado no CoroPak, de forma que
os nossos clientes consigam atingir suas metas
e possam comemorar os resultados.
José Gamarra
Gerente Técnico
Sandvik Coromant do Brasil
Antonio Larghi
nossaparcelade
responsabilidade
Haas
Simple Innovation #12
Design de torres especiais
Rendimento de usinagem
inteligente Posicionamento de
alta exatidão
As torres para os centros de torneamento da série SL da
Haas, são fabricadas como uma unidade – completamente
montada com acoplamentos, caixa de engrenagens e
sistema de transmissão. Destaque para a linha de
fabricação das torres, onde todas as características críticas
em cada estação de trabalho são baseadas em movimentos
de um único eixo. Depois a torre é indexada para a próxima
estação. Isto garante a concentricidade absoluta de cada
estação, com o centro real de cada torre. Este processo de
fabricação, comparado com a usinagem da torre antes da
montagem, reduz em até mais de 90% a variação de
posicionamento de ferramenta para ferramenta. O resultado
é um setup de trabalho mais fácil, maior exatidão e melhor
repetibilidade.
Made in the USA | www.HaasCNC.com
Haas Factory Outlet
A DIVISION
A DIVISION
A DIVISION
OF
OF
OF
S A R T I E C , L T D A | S a o P a u l o I Te l : + 5 5 . 1 1 . 4 8 9 8 . 8 5 8 8
A M E T E C S . A . | P a r a n a , S a n t a C a t a r i n a , R i o G r a n d e D o S u l I Te l : + 5 5 . 4 1 . 3 0 7 4 . 2 0 0 0
A M E T E C S . A . | M i n a s G e r a i s , R i o d e J a n e i r o , B a h i a , M a r a n h ã o I Te l : + 5 5 . 4 1 . 3 0 7 4 . 2 0 0 0
MOVIMENTO
SANDVIK COROMANT – PROGRAMA DE TREINAMENTO 2008
Mês
TBU
Noturno
TBU
Diurno
TFR
UMM
EAFT
Nov
Dez
EAFF
OUT
03, 04, 05 e 06
01 e 02
TBU - D - Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno – 14 horas em 2 dias)
TBU - N - Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno – 14 horas em 4 dias – das 19h00 às 22h30)
TFR - Técnicas de Furação e Roscamento com fresa de metal duro (14 horas em 2 dias)
EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias)
UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias)
EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21 horas em 3 dias)
OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias)
OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias)
TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias)
TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias)
DPUC - Desenvolvimento de Processos para Usinagem Competitiva (14 horas em 2 dias) – CURSO NOVO
OUF
TUCAS
TGU
10, 11 e 12
DPUC
DICASÚTEIS
O leitor de O Mundo da Usinagem
pode entrar em contato
com os editores pelo e-mail:
[email protected]
ou ligue: 0800 770 5700
FALE COM ELES
SANDVIK COROMANT - DISTRIBUIDORES
ARWI Tel: 54 3026-8888
Caxias do Sul - RS
ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837 9106
São Paulo - SP
COFAST Tel: 11 4997 1255
Santo André - SP
COFECORT Tel: 16 3333 7700
Araraquara - SP
COMED Tel: 11 6442 7780
Guarulhos - SP
CONSULTEC Tel: 51 3343 6666
Porto Alegre - RS
COROFERGS Tel: 51 33371515
Porto Alegre - RS CUTTING TOOLS Tel: 19 3243 0422
Campinas – SP
DIRETHA Tel: 11 2063-0004
São Paulo - SP
ESCÂNDIA Tel: 31 3295 7297
Belo Horizonte - MG
FERRAMETAL Tel: 85 3226 5400
Fortaleza - CE
GALE Tel: 41 3339 2831
Curitiba - PR
GC Tel: 49 3522 0955
Joaçaba - SC
HAILTOOLS Tel: 27 3320 6047
Vila Velha - ES
JAFER Tel: 21 2270 4835
Rio de Janeiro - RJ
KAYMÃ Tel: 67 3321 3593
Campo Grande - MS
MACHFER Tel: 21 3882-9600
Rio de Janeiro - RJ
MAXVALE Tel: 12 3941 2902
São José dos Campos - SP
MSC Tel: 92 3613 9117
Manaus - AM
NEOPAQ Tel: 51 3527 1111
Novo Hamburgo - RS
PRODUS Tel: 15 3225 3496
Sorocaba - SP
PS Tel: 14 3312-3312
Bauru - SP
PS Tel: 44 3265 1600
Maringá - PR
PÉRSICO Tel: 19 3421 2182
Piracicaba - SP
RECIFE TOOLS Tel: 81 3268 1491
Recife - PE
REPATRI Tel: 48 3433 4415
Criciúma - SC
SANDI Tel: 31 3295 5438
Belo Horizonte - MG
SINAFERRMAQ Tel: 71 3379 5653
Lauro de Freitas - BA
TECNITOOLS Tel: 31 3295 2951
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José Luíz Fragnan (ELEB): (12) 3935-5324
José R.Gamarra (Sandvik Coromant): (11) 5696-5446
Lúcia Ribeiro (Sandvik Coromant): (11) 5696-5400
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Anunciantes nesta edição
O Mundo da Usinagem 52
Arwi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Atlas Máquinas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Autodesk. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
CIMM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Cross Hueler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Deb´Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Diadur. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Ergomat. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
GF AgieCharmilles. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Goodyear. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Grob. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Hanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
HDT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14/43
Hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Kabelschlepp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Maclin. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Mazak. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Mori Seiki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Okuma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
ROMI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Sanches Blanes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Sandvik. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4ª capa
Sandvik Local. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Selltis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2ª capa
Siemens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ª capa
Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Superbid. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32/33
Vitor Buono. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
# CORRIGENDA: Na matéria “Bosch: superando metas desafiadoras”, na página 20 da Revista O Mundo da Usinagem nº 51, o nome do entrevistado,
Mauro Turin, foi grafado erroneamente na legenda da foto como Marcos Turin.
70 O Mundo da Usinagem
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