Utilização Racional de Energia em Iluminação Humberto Jorge Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 1 Introdução Numa sociedade em que as pessoas passam mais de 90% do tempo em ambientes interiores, artificialmente criados, a iluminação artificial desempenha um papel de primordial importância. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 2 Alguns Dados Importância Relativa dos Consumos em Iluminação 32.8% - Edifícios de escritórios; 34,4% - Comércio; 20,2% - Hotéis; 17,0% - Hospitais; 22,4% - Escolas. 25% em edifícios em geral (como os edifícios representam 20% do consumo global de energia 5% do consumo global em energia). 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 3 Concepção da Iluminação Consideração integrada de: concepção dos espaços uso da iluminação natural fontes de luz e sistemas auxiliares sistemas de controlo tipo de manutenção recuperação de calor 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 4 Algumas Definições F - Fluxo luminoso Unidade: lumen - Lm (dF/dt) 2003/04 Fluxo luminoso: quantidade total de luz emitida por uma fonte de luz por unidade de tempo (um segundo). MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 5 Algumas Definições I - Intensidade luminosa Unidade: candela (cd) (dF/dw) 2003/04 Intensidade luminosa emitida numa determinada direcção: fluxo luminoso emitido por unidade de ângulo sólido na direcção considerada. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 6 Algumas Definições E - Iluminância ou Nível de Iluminação Unidade: lux (dF/ds) 2003/04 Iluminância: se um fluxo luminoso de 1 lm incidir numa área de 1m2, a iluminância nessa área é de 1 lux. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 7 Algumas Definições -Eficiência Luminosa Unidade: Lumen/Watt (F/P) 2003/04 Eficiência Luminosa: é o quociente entre o fluxo luminoso (F) emitido e a potência absorvida (P). MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 8 Qualidade da Iluminação Alguns Parâmetros Funcionais a Considerar: Nível de iluminação; Restituição de cor; Ausência de encandeamento; Ausência de reflexões desconfortáveis. (Secretárias, monitores de computadores, p. ex.) Aspectos psico-fisiológicos. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 9 Qualidade de Iluminação Alguns Parâmetros Operacionais a Considerar nos Sistemas de Iluminação: Facilidade de operação e manutenção; Versatilidade; Baixo consumo de energia eléctrica. Aspectos técnicos. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 10 Níveis de Iluminação Tipo de actividade (Alguns exemplos) Escritórios Bibliotecas Comércio Hospitais Níveis recomendados (lux) Entre 100 (circulações) e 750 (desenho) Entre 150 (ficheiros) e 500 (leitura) Entre 100 (armazéns) e 1500 montras Entre 250 (enfermarias) e 20000 (operações) Níveis superiores NÃO garantem a melhoria da qualidade da iluminação. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 11 Sistemas de Iluminação Desempenho Depende Fortemente: Fontes de luz; Luminárias; e… Manutenção. (nos “BONS“ sistemas de iluminação) 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 12 Fontes de Luz São Caracterizadas por Quatro Factores: 2003/04 Aparência da cor; Índice de restituição de cor; Tempo de vida útil; Eficiência luminosa. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 13 Aparência da Cor Temperatura de Cor Grandeza que expressa a aparência da cor da luz. Unidade: grau Kelvin (K). Quanto mais alta a temperatura de cor, mais branca é a cor da luz. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 14 Aparência da Cor Temp. de Cor - Alguns Exemplos 2003/04 Temperatura (ºK) Aparência T > 5000 Fria (Branco-azulado) 3300 T 5000 Intermédia (Branca) T < 3300 Quente (Branco-avermelhado) MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 15 Nível Ilu. / Temp. de Cor Relação entre a Temperatura de Cor e o Nível de Iluminação 2003/04 Nível de iluminação (lux) Quente Intermédia Fria 500 Agradável Neutra Fria 500 – 1000 Agradável Neutra Fria 1000 – 2000 Estimulante Agradável Neutra 2000 – 3000 Estimulante Agradável Neutra 3000 Artificial Estimulante Agradável MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 16 Restituição de Cor (IRC) Efeito da radiação emitida por uma fonte de luz sobre o aspecto cromático dos objectos que ela ilumina (quando comparada com a radiação emitida pela luz do dia). É medido numa escala de 0 a 100 (mau a bom). 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 17 Restituição de Cor (IRC) Índice de Restituição de Cor Qualidade desejada Apreciação o mais exacta possível das cores Excelente rendimento de cor Rendimento de cor aceitável Rendimento de cor medíocre Sem qualquer exigência de rendimento de cor 2003/04 Ra Ra > 90 Aplicações Controlo e selecção Laboratórios Sala de impressão 60<Ra<70 Ra > 70 Ra <60 Escritórios Escolas Lojas Indústrias: oficinas mecânicas Indústria: armazéns, salas de fundição e produção em geral MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 18 Tempo de Vida Útil Número de horas de funcionamento de uma lâmpada, à tensão nominal. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 19 Tempo de Vida Útil Influência do Envelhecimento 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 20 Lâmpadas Incandescentes Influência da Tensão 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 21 Tipos de Lâmpadas Incandescentes Normais Halogéneo Fluorescentes Tubulares Compactas Descarga 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 22 Funcionamento Lâmpada Incandescente Numa ampola cheia de gás, o filamento de volfrâmio em forma de espiral torna-se incandescente pela passagem da corrente eléctrica, para além de calor, produz-se luz, que representa somente 5% da energia consumida. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 23 Funcionamento Lâmpada Halogéneo Em lâmpadas de halogéneo, a temperatura do bulbo é suficientemente elevada para evitar condensação. O tungsténio evaporado combina com o halogéneo para formar um componente tungsténio - halogéneo, em forma de gás. Quando este, se aproxima do filamento, é decomposto pela alta temperatura em tungsténio, que é re-depositado no filamento e em halogéneo. Este último continua a sua tarefa no ciclo regenerativo (evita o escurecimento) 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 24 Funcionamento Lâmpada Fluorescente As lâmpadas fluorescentes são lâmpadas de vapor de mercúrio de descarga em baixa pressão. Uma carga eléctrica provoca a agitação do vapor de mercúrio através de um campo eléctrico entre dois eléctrodos, originando a emissão de radiação UV. A matéria fluorescente utilizada no interior do tubo de vidro converte a radiação UV em luz visível. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 25 Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão. Legenda: 1 - Mola de suporte 2- Bolbo externo de vidro duro, forma ovóide 3- Camada interna de fósforo 4- Fio de entrada/suporte 5- Tubo de descarga de quartzo 6- eléctrodo auxiliar 7- Eléctrodo principal 8- Resistência de partida 9- Base de rosca As modernas lâmpadas de descarga em alta pressão possuem um princípio de funcionamento completamente diferente das lâmpadas incandescentes. Uma descarga eléctrica entre os eléctrodos faz com que o gás de enchimento ou vapor ionizado do tubo de descarga emita luz. A luz é produzida por um arco de descarga. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 26 Lâmpada de Indução O princípio de funcionamento de uma lâmpada de indução é o mesmo que o da lâmpada fluorescente, só que neste último a energia é “injectada” do lado de fora do tubo, por meio de campos magnéticos, daí o seu longo período de vida. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 27 CFL - Compact Flurescent Lamp 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 28 Tabela Comparativa Tipo de lâmpada Lâmpada incandescente Lâmpada Halogéneo Lâmpada Tubular Fluorescente Lâmpada Compacta Fluorescente Lâmpada de Descarga Vapor de Mercúrio L.D. Iodetos Metálicos L.D: Vapor de Sódio Lâmpada de Indução 2003/04 (lm/w) 12 15 40 – 80 45 Vida Útil (Horas) 1 000 4 000 8 000 – 12 000 12 000 – 15 000 45 15 000 80 155 80 6 000 18 000 60 000 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 29 Lâmpadas de descarga Vapor de mercúrio (boa restituição de cores) “Metal halide” (boa restituição de cores) Vapor de sódio de alta pressão (reacendimento rápido) Vapor de sódio baixa pressão (a mais eficiente mas luz monocromática amarela) Tempos de arranque inicial e de reacendimento Mercúrio: 5 a 7 min e 3 a 6 min “Metal halide”: 3 a 5 min e 10 a 15 min Sódio de AP: 3 a 4 min e 1 min 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 30 Tip o d e Ilum ina ç ã o Eficiência dos diversos tipos de Iluminação Só d io d e Ba ixa Pre ssã o Só d io d e Alta Pre ssã o Io d e to s M e tá lic o s Flu o re sc e n te Va p o r d e M e rc ú rio In c a n d e sc e n te 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Efic iê n c ia (Lu m e n / W a tt) 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 31 Análise Comparativa Comparação da Eficiência Luminosa Tipo de Lâmpada Eficiência luminosa (lm/W) Incandescentes: Standard Halogéneo Fluorescentes tubulares Fluorescentes compactas Integrais Modulares Mercúrio de alta pressão Lâmpadas de luz mista Lâmpadas de iodetos metálicos Lâmpadas de vapor de sódio: Baixa pressão – LPS Alta pressão - HPS 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 10 a 20 21 a 25 50 a 95 36 a 50 60 a 80 40 a 60 11 a 25 80 a 90 100 a 180 70 a 125 32 Luminárias/Armaduras A eficiência dos sistemas de iluminação está fortemente relacionada com a eficiência das luminárias/armaduras 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 33 Luminárias Réguas: Não proporcionam controlo de encandeamento. Baixo custo. Com Abas Reflectoras: 2003/04 Possível dirigir fluxo luminoso. Custo reduzido. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 34 Luminárias Com Difusores Opalinos ou Prismáticos: Baixo rendimento, principalmente os opalinos. Com Grelhas Opalinas ou Metálicas: 2003/04 Rendimentos baixos. Em desuso. Preço intermédio. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 35 Luminárias Com Lamelas ou Reflectores Planos: Bom rendimento. Custo intermédio. Com Reflectores Parabólicos (Alumínio Anodizado ou Espelhado): Muito eficientes. As mais adequados para planos de trabalho horizontais (p.e. escritórios mesmo com computadores). 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 36 Luminárias De Luz Indirecta: 2003/04 Luz difusa. Maiores consumos de energia. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 37 Armaduras O Problema do Aquecimento Todos os sistemas de iluminação produzem calor (indesejável) que: Diminui a eficiência luminosa das lâmpadas; Sobrecarrega os sistemas de climatização (estação de arrefecimento). 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 38 Iluminação (recuperação de calor) 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 39 Rendimento Global de um aparelho de iluminação Luminárias para Interior Descrição Rendimento luminoso Eficiência Energética Armadura Encastrar 4x18 Reflector Termolacado 58.87 % 29,67 lm/VA Rendimento Global da Luminária 17,46 lm/VA Armadura Encastrar 4x18 Reflector Plano em Alumínio Mate 64,56 % 29,67 lm/VA 19,15 lm/VA Armadura Encastrar 4x18 Reflector Plano em Alumínio Brilhante 65,55 % 29,67 lm/VA 19,44 lm/VA Armadura Encastrar 4x18 Reflector Parabólico em Alumínio Mate 61,87 % 29,67 lm/VA 18,35 lm/VA Armadura Encastrar 4x18 Ref. Parabólico em Alumínio Brilhante 66.20 % 29,67 lm/VA 19,64 lm/VA Arm. Encastrar 4x18 Ref Par Alu Brilhante Balastro electrónico 66.20 % 75 lm/VA 49,65 lm/VA 67 % 85,71 lm/VA 57,43 lm/VA Armadura Encastrar 3x36 Compactas Refl. Par. Alumínio Mate 65,77 % 32,22 lm/VA 21,2 lm/VA Armadura Encastrar 2x36 Iluminação Indirecta 35,05 % 31,86 lm/VA 11,16 lm/VA Arm. Encastrar 2x36 Iluminação Indirecta Balastro Electrónico 35,05 % 80,55 lm/VA 28,23 lm/VA Armadura tipo Régua 2x36 98 % 36,81 lm/VA 36,07 lm/VA Armadura Industrial Reflector Termolacada 2x36 78 % 36,81 lm/VA 28,71 lm/VA Armadura Industrial Reflector Alumínio 2x36 83 % 36,81 lm/VA 30,5 lm/VA Armadura Industrial Reflector Alumínio 2x36 Bal. Electrónico 83 % 93,05 lm/VA 77,23 lm/VA Armadura Estanque 2x36 (Difusor em Policarbonato) MEEC - Gestão de Energia em 2003/04 Edifícios e na Indústria 70 % 36,81 lm/VA 25,77 lm/VA Armadura Encastrar 4x14 (T5) Parabólico em Alumínio Brilhante 40 URE - Iluminação Algumas Oportunidades de Racionalização de Consumos (ORC’s) em Iluminação 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 41 URE - Iluminação 2003/04 Concepção do Espaços a Iluminar; Concepção dos Circuitos de Iluminação (uso da iluminação natural); Operação e Gestão dos Sistemas de Iluminação; Tecnologias Eficientes; Controlo Automático; Manutenção. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 42 URE - Iluminação Concepção dos Espaços a Iluminar: Maximizar a utilização de luz natural; Optimizar a distribuição dos espaços; Usar revestimentos com coeficientes de reflexão adequados. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 43 URE - Iluminação Utilizar ao máximo a luz natural: Pressupõe a existência de adequados sistemas de protecção e difusão de iluminação natural. • Difusores internos 2003/04 • Palas sombreadoras MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria • Luz zenital 44 URE - Iluminação Optimizar a distribuição dos espaços: Em função da iluminação natural disponível. N N B5 B2 B4 L C L C L C L C L C L C B3 B1 B1 • Possível aprov. luz natural B2 • Difícil aprov. luz natural 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 45 Regulação de Persianas • Desvio da luz natural até ao interior por meio de persianas reflectoras • Distribuição uniforme da luz natural sobre o tecto • Desvio da luz directa perturbadora 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 46 URE - Iluminação Concepção dos Circuitos de Iluminação: Segregar adequadamente os circuitos em função: Luz natural; Localização dos espaços. 2003/04 Interruptores bem localizados e etiquetados. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 47 URE - Iluminação Segregação de circuitos - um exemplo Lado das janelas 2003/04 Diferentes possibilidades de comando: A-A-A / B-B-B / … a / b /c ... MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 48 URE - Iluminação Operação e Gestão dos Sistemas de Iluminação: 2003/04 Desligar sistemas de iluminação que não estejam a ser utilizados; Utilizar luz local; Reduzir níveis excessivos. Por ex., áreas não laborais e de armazenamento; MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 49 URE - Iluminação Operação e Gestão dos Sistemas de Iluminação (continuação): Rever os actuais níveis de iluminação. Considerar a remoção de algumas fontes. Por ex., retirar armaduras ou lâmpadas junto às janelas. Não esquecer de desactivar balastros. 2003/04 Sensibilizar os utentes. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 50 URE - Iluminação Tecnologia Eficientes Armaduras compensadas; Balastros de alta frequência (electrónicos); Armaduras ventiladas (manutenção mais cuidada). 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 51 URE - Iluminação Compensação do factor de potência. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 52 URE - Iluminação Balastros Eficiência depende das perdas: No ferro; No cobre. Perdas elevadas nas versões mais económicas. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 53 Balastros Eficiência depende das perdas (elevadas nas versões mais económicas): no ferro no cobre Versões de boa eficiência: 2003/04 Balastros de baixas perdas (melhorias construtivas Balastros electrónicos MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 54 Balastro electrónico Frequência elevada (> 20 kHz) aumenta: Eficiência das lâmpadas Duração das lâmpadas Permitem “diming” com controlo manual ou controlo automático (com informação de um foto-sensor) para aproveitamento da luz natural 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 55 Balastros Electrónicos 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 56 Comparação em % do Consumo de Energia P e r c e t a g e m 100% -Poupança de Energia 80% 60% 100 97,8 92 40% 81,6 63,6 20% 0% 1 2 3 4 5 1 – Balastro convencional 2 – Balastro convencional c/ correcção Factor de Potência 3 – Balastro perdas reduzidas 4 – Balastro electrónico com pré aquecimento 5 – Balastro electrónico com regulação de fluxo 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 57 URE - Iluminação Controlo Automático Horário (programadores horários e/ou temporizadores); Função da ocupação dos espaços (detectores de ocupação) e da luz natural (sensores de iluminância). 2003/04 Deve salvaguardar-se a possibilidade de controlo manual EM QUALQUER INSTANTE. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 58 URE - Iluminação Controlo Automático - uma solução SI - Sensor de iluminância, DP - Detector de ocupação 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 59 URE - Iluminação Controlo automático em função da ocupação - um exemplo Potência instalada (kW) Utilização diária (horas) Consumo anual (kWh) Diferença (kWh) Economia (euros/ano) 2003/04 Antes 10 24 87.600 ------- MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria Depois 10 1,5 5.475 82.125 6.570 60 URE - Iluminação Controlo automático de iluminação - um caso de estudo. Acções desencadeadas: Limpeza de armaduras; Substituição massiva de lâmpadas; Instalação de Unidades de Controlo Local de Iluminação (UCLI) - função da ocupação e da luz natural. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 61 URE - Iluminação • No exterior • No interior • UCLI - Unidade de Controlo Local de Iluminação 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 62 URE - Iluminação Alguns resultados: Melhoria dos níveis de iluminação, +65% nalguns espaços; Redução dos consumos de Energia Eléctrica, -33,5%. Período de amortização do investimento = 2 anos. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 63 Tipos de Sensores Receptores IR Comandos IR Multisensor Sensores de luminosidade 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 64 Controlo de Iluminação • Uso de células crepusculares para controlo • Utilização de balastros electrónicos (Diming) • Fraccionamento dos circuitos • Controlo horário de circuitos de iluminação • Utilização de sensores de presença. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 65 Exemplo de Medida de Racionalização Instalação de sensores de presença em locais de passagem Antes (*) Depois (*) Potência instalada (kW) 3,5 3,5 Utilização diária (horas) 24 10 Consumo anual (kWh) 30.660 8.470 Diferença (kWh) ---22.190 Economia (Euros/ano) ---1.750 (*) Antes sempre ligado; Depois considerou-se 22x12 dias anos a uma média diária de 10 horas) 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 66 Evolução das poupanças -60% -75% sensor de luz constante + PIR + regulação manual -50% sensor de luz constante -25% PIR + regulação manual fluxo constante fluxo constante +30% regulação manual Do balastro ferromagnético ao balastro digital para regulação de fluxo Balastro Balastro Balastro Balastro Balastro Balastro magnético electrónico electrónico electrónico electrónico electrónico reg. fluxo reg. fluxo reg. fluxo reg. fluxo Sistemas Convencionais 2003/04 Sistemas Digitais MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 67 SISTEMA LUXMATE DAYLIGHT Principio de Funcionamento ON/OFF Através de um interruptor convencional ou de um interruptor horário Regulação do fluxo luminoso através do sensor LSD O sensor faz a leitura da luz natural disponível e ajusta automaticamente o fluxo luminoso dos aparelhos pertencentes aos três canais independentes de regulação Regulação manual do fluxo luminoso 2003/04 Através de um botão de pressão MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 68 SISTEMA DSI-SMART Princípio de Funcionamento O sensor detecta a presença da pessoa Interface DSI-SMART As luminárias são activadas automaticamente e o fluxo luminoso regula até ser atingido o nível de iluminância pré-estabelecido O sensor deixou de detectar presença durante uma temporização Interface DSI-SMART As luminárias são desactivadas automaticamente 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 69 SISTEMA LUXMATE DAYLIGHT Regulação “inteligente” através de sensor de luz Circuito 1 100% Circuito 2 100% Interface TLE Circuito 3 Sensor de luz LSD 100% 20% 60% Circuito 3 100% Circuito 1 1% 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria Circuito 2 20% Circuito 3 Circuito 2 Circuito 1 Circuito 1 Circuito 2 Regulação automática Circuito 3 60% 70 DALI – Digital Addressable Lighting Interfce Comando digital; Endereçamento até 64 endereços Ligações de comando simples Cenários de iluminação Layout de salas flexível Actualizações de luminárias ou de sensores Flexibilidade Sobreposição de grupos Permite ligação a sistemas de controlo inteligente de edifícios 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 71 URE – Iluminação Pública URE em Iluminação Pública: Reduzir níveis de iluminação (segurança!!!); Substituir lâmpadas de Vapor de Mercúrio por Vapor de Sódio de Alta Pressão; Introduzir equipamento electrónico de regulação de fluxo. Redução de tensão para 170 V aumenta a vida útil em 100%. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 72 URE – Iluminação Pública Funcionalidade & Comunicação Funcionalidade (sem comunicação) Sistemas Powerline Relés inteligentes ou relés simples Sistemas Simples (sem funcionalidades) 2003/04 Fornecimento de Tensão reduzida MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 73 URE – Iluminação Pública (Luxmate) Economia de energia 50% de economia de energia (média) Mudança de HM para HS e controle nocturno Reduz a manutenção Mais funcionalidade e flexibilidade Programação individual para cada luminária Iluminação ajustada ás necessidades Segurança redobrada 2003/04 15-60% dos custos correntes Redução do nível de luz quando o tráfego é baixo Programas especiais para eventos especiais Para população e prevenção de acidentes MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 74 URE - Iluminação Manutenção A eficiência dos sistemas de iluminação vai diminuindo ao longo do tempo devido: Depreciação mecânica; Depreciação por sujidade. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 75 URE - Iluminação Depreciação do fluxo luminoso 1- Depreciação mecânica 2- Depreciação por sujidade 3- Depreciação total 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 76 URE - Iluminação Manutenção Programar e fazer manutenção periódica preventiva; Limpeza e substituição massiva de lâmpadas; Limpeza e eventual repintura e/ou substituição de armaduras. 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 77 URE - Iluminação A substituição massiva de lâmpadas, no fim da sua vida útil, reduz os custos de manutenção e exploração pois: Representa uma percentagem fixa e previsível nos orçamentos de manutenção; Reduz custos de substituição; Reduz stocks; Minimiza as perturbações do ritmo de trabalho 2003/04 e … diminui os impactos ambientais - possível reciclagem. MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 78 URE - Iluminação Resultado de uma manutenção preventiva 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 79 URE - Iluminação Substituição massiva de lâmpadas 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 80 FIM 2003/04 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 81