ESTAÇÃO TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA Americana conta com duas unidades de captação e recalque que retiram do Rio Piracicaba cerca de 1000l/s de água e encaminham para o processo de tratamento no bairro Cordenonsi, onde se localizam as duas Estações de Tratamento de Água que através de processo convencional tratam cerca de 86.400.000 de litros de água por dia e distribuem para mais de 60 mil residências, 8.500 prédios comerciais e cerca de 1.150 industrias. 1.0 ESTAÇÃO DE CAPTAÇÃO E RECALQUE As unidades de captação localizam-se na margem esquerda do Rio Piracicaba, compondo-se de duas estações de recalque com cinco bombas de 450 KVA operantes e uma reserva. A água captada (água bruta) é recalcada à Estação de Tratamento de Água por uma adutora ( 1.000 mm). 2.0 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA No bairro Cordenonsi estão instaladas as duas estações de tratamento de água (ETA 1 e ETA 2) que realizam o tratamento de água captada pelo processo convencional. 2.1. A água chega na Estação de Tratamento por meio de uma adutora (cerca de 1000l/s) na calha de entrada onde se inicia o processo de tratamento com a adição do carvão ativado (07ppm a 08ppm) que tem grande participação no controle das suas propriedades organolépticas, principalmente odor e sabor. Sendo os agentes biológicos que mais alteram essas propriedades: • • • • decomposição da matéria orgânica. lodos ricos em bactérias. resíduos industriais (fenóis). algas microscópicas. Além do carvão ativado podem ser utilizados outros processos e produtos auxiliares no tratamento e controle desses agentes como o próprio cloro e a lavagem dos decantadores. Ainda nesta mesma calha a água pode receber, quando a alcalinidade natural não é suficiente um alcalinizante, a cal hidratada (Ca(OH)2) utiliza-se também a cal virgem, barrilha, etc. Concomitantemente a água recebe a fluoretação, o composto de fluoreto usado é o ácido fluossilícico (H2SiF6), podem ser utilizados também fluoretos de sódio ou fluorsilicato de amônio, que em uma concentração de 0,80 mg/l de fluoreto em água potável ajuda a evitar a cárie e favorece o desenvolvimento ósseo, especialmente em crianças. Contudo, devido a presença de cianobactérias e algumas espécies de algas a pré-cloração fica descartada, pois provoca estresse nestes organismos, o que pode causar a liberação de toxinas na água. 2.2. Na sequência e ainda na calha de entrada, a água passa pela calha de adição e mistura (calha Parshall), onde ocorre a aplicação e dispersão do floculante químico na água a ser tratada, assim aplica-se o sulfato de alumínio (Al2(SO4)3 x 18H2O) que reage com a alcalinidade natural da água, promovendo a coagulação. Esta tem por objetivo transformar as impurezas da água em partículas que possam ser removidas pela decantação e filtração Esses aglomerados gelatinosos (coágulos) se reúnem, formando os flocos no processo seguinte (floculação). 2.3. Uma vez adicionados os reagentes, a água passa pelas câmaras de floculação ou floculadores, onde se promove a agitação moderada, dos coágulos formados, provocando dessa forma a aglomeração das impurezas em flocos. Nossos floculadores são do tipo mecânicos. 2.4. Ao sair das câmaras de floculação a água passa pelos decantadores, que é uma operação de preparo da água para a filtração. A decantação deve ser controlada para se obter água com cor no máximo de até 10 unidades e remoção de pelo menos 90% da turbidez encontrada na água coagulada. A determinação do oxigênio consumido (OC) é um ótimo processo de controle de eficiência da decantação, uma vez que ela pode ser comparada com o da água bruta, devendo apresentar um percentual de redução superior a 50%. Os nossos decantadores possuem um sistema de módulos (colméias) que propiciam uma ampliação da área de contato com a água permitindo uma aceleração no processo de decantação. Quanto melhor for a decantação, melhor será a filtração. Para obtermos uma decantação perfeita são necessários: • Aplicação correta de sulfato de alumínio. • Mistura eficiente e adequada para a formação dos flocos. • Lavagem periódica dos decantadores. 2.5. Saindo do decantador a água, agora, passa por um processo de filtração, que consiste em fazer com que ela percole através de substâncias porosas, capazes de reter ou remover suas impurezas. Nossos filtros são do tipo rápido de areia com seis camadas granulométricas diferentes que retém partículas de até 0,01 micra e operam por gravidade. Para maior eficiência é feita à lavagem periódica dos filtros através da inversão da corrente de água (retro lavagem). Inicialmente a lavagem é aberta lentamente e vai se aumentando até o suficiente para que haja uma expansão de 30 a 50% na areia, evitando-se sempre o arraste da areia para fora do filtro. A eficiência da filtração é controlada com a determinação da cor, turbidez, oxigênio consumido, alumina residual, etc. Quando notamos um aumento anormal nesses valores ou ainda pela dificuldade de passagem gravitacional ocasionada pela perda de carga localizada, sabemos que os filtros estão em más condições ou o tratamento foi deficiente. 2.6 Já no final do processo adiciona-se o ortopolifosfato (0,7-0,9 mg/l) que consiste em um polímero de função quelante que altera a constituição das incrustações de origem férrica seqüestrando o ferro ali presente, chegando até a liquefazer algumas incrustações. Logo depois a água recebe a pós-cloração, que consiste na aplicação do cloro (4,0 -4,5 mg/l) à água, com a finalidade de realizar a oxidação da matéria orgânica promovendo assim a desinfecção da água e proporcionando, ainda, um residual (2,5 mg/l) a ser mantido até as residências. Podemos dizer, agora, que o processo de tratamento está concluído. O ortopolifosfato e o cloro não são adicionados ao mesmo tempo devido a anulação da ação dos produtos. 2.7. Efetuada a pós-cloração, se passaram cerca de duas horas e a água já pronta para ser consumida indo para os reservatórios de distribuição. 2.8. Agora sim a água já pode ser distribuída aos 14 reservatórios secundários em diversos bairros, ou diretamente às residências. 2.9. Durante todo o tratamento são realizadas análises de controle operacional que visam aferir a eficiência de cada fase do processo empregado. Diariamente são feitas coletas em vários pontos da cidade com a finalidade de se realizar analises físico-químicas e microbiológicas, nos laboratórios da ETA, no intuito de garantir a qualidade da água distribuída e a conformidade com a legislação federal vigente (portaria 518/2004 – FUNASA – MS). Além de todo o controle laboratorial utiliza-se como auxiliar um lago de controle biológico de qualidade, onde espécies sensíveis de peixes detectam as menores variações nos aspectos físico-químicos da água tratada. DSMASQ !! Rua dos Estudantes, 333 – caixa postal 312 – CEP 13472-510 – Cordenonsi – Americana – SP Apoio Educacional – fone: (19) 3471.2937/3471.2942 – fax: (19) 3471.2943 E-mail: [email protected] – www.daeamericana.com.br