INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DA RAMULOSE (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) Fabiano Victor Siqueri – Engº. Agr. Pesquisador da área de Proteção de Plantas. [email protected] Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso – FUNDAÇÃO MT. RESUMO Foram realizados dois ensaios para avaliar a influência da época das aplicações de fungicidas, em três aplicações, no controle químico da ramulose do algodoeiro. Os resultados demonstram que o controle da ramulose, quando iniciado nos primeiros sintomas da doença, com níveis entre nota 1,0 (ausência de sintomas), ou seja, preventivamente, e 1,5, conforme escala utilizada nos ensaios, com produtos eficientes no seu controle, como estrbilurinas, combinações de estrobilurinas com triazóis e combinações de benzimidazóis com estano-orgânicos, em três aplicações espaçadas de aproximadamente 15 dias, propicia otimização de ganhos em produção e rentabilidade. SUMMARY Two experiments were carried out to evaluate the influence of the time of applications of fungicides, in three applications, on the chemical control of ramulosis of cotton plant. The results demonstrate that the control of ramulosis, when initiated in the first symptoms of the disease, with levels between note 1,0 (absence of symptoms), that is, preventively, and 1,5, according to the scales used in this experiment, with efficient products in its control, as estrobilurines, combinations of estrobilurines with triazol and combinations of estano-organics with benzimidazol, in three applications spaced of approximately 15 days, propitiate optimization in production and profits. INTRODUÇÃO Na literatura são relatados pelo menos 250 patógenos na cultura do algodoeiro, dos quais 90% são fungos, além de 16 estirpes de vírus, dois micoplasmas, 10 nematóides e uma bactéria (CIA e SALGADO, 1997). No Estado de Mato Grosso, as doenças fúngicas mais importantes está a ramulose, causada pelo fungo Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (CIA e ARAÚJO, 1999). Os maiores danos provocados pelas doenças do algodoeiro no Brasil têm sido registrados nos Estados da região Centro-oeste e em alguns Estados da região Nordeste (Cia & Salgado, 1997; Juliatti e Ruano, 1997 citados por Cassetari Neto & Machado, 2001). Machado et al. (1999), utilizando quatro aplicações de Carbendazim [1,0 l p.c. (produto comercial)/ha] em algodoeiro, obtiveram aumento de até 19,2% em produtividade e redução de até 92,8% em sintomas de ramulose nos tratamentos Fentin Hidróxido + Procloraz (500 + 500 ml p.c./ha) e Carbendazim (800 ml p.c./ha). Conforme dados da FUNDAÇÃO MT (2001), com 3 aplicaç s de fungicidas, espaçadas de 15 dias, obteve se, para ramulose (em aplicaç reventiva), reduç t ,2% nos sintomas e incremento de at ,4% (94,4 @/ha) na produç . Segundo Iamamoto et al. (2001) quando avaliou-se o controle de ramulose, houve um incremento de at 75% em produtividade, dependendo do tratamento utilizado, repetindo-se 3 aplicaç s de cada produto, e reduç de at % no índice de doença. Cassetari Neto et al. (2001) verificou at % de controle de ramulose com fungicidas, na cultivar Delta Opal. MATERIAIS E MÉTODOS Ensaio 1 (Coodetec 401/Faz. SM-02) Observando-se a Tabela 1, que mostra as notas de severidade dos tratamentos que iriam receber os produtos preventivamente, na aplicaç ª ca, aos 36 dias após a emer cia, todos os tratamentos apresentavam aus cia de sintomas da doença (nota 1,0). O coeficiente de variaç (CV) mostra uma precis para a avaliaç xperimental relativamente boa (9,4, 17,5, 10,3, 13,2% s 14, 33, 46 e 62 DAT, respectivamente), devido à natureza do ensaio e do car ter avaliado, que geralmente dificulta a obtenç ixos coeficientes de variaç . Tabela 1 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) antes da primeira aplicaç fungicidas (variedade ITA-90), na 1ª ca de aplicaç (36 dias após a emer cia). Safra 2001/2002. Rondonópolis-MT. Tratamentos 1-Testemunha 2-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 3- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 4- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) Notas de severidade - * ns – "!"# significativo a 5% de probabilidade A Tabela 2, onde se verifica a evoluç 1,0* 1,0 1,0 1,0 ça nos tratamentos aplicados na 1ª ca, mostra que aos 14 DAT (dias após a 1ª aplicaç ), com apenas uma aplicaç realizada, os tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) diferiram da testemunha, o primeiro com nota 1,03 e o segundo com aus cia total da doença, propiciando nota 1,0. O tratamento Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha), com diferir da testemunha, propiciou nota inferior a ela, que apresentava nota 1,28. J s 33 DAT, com duas aplicaç s realizadas, apenas o tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) $ iferiu da nota 1,06, apesar testemunha, proporcionando nota 1,13. A testemunha apresentou um pequeno aumento na severidade e encontrava-se nota igual a 1,55, o que evidenciou uma baixa press% Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) foi observada uma diminuiç% ça neste período. No tratamento severidade, passando para nota 1,04 e o tratamento Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) praticament teve alteraç s em sua nota, passando para 1,01. Ambos diferiram da testemunha nesta avaliaç . Aos 46 DAT verifica-se um aumento significativo da severidade da doença na testemunha (48%), em relaç ' & valiaç 2,29. Todos os tratamentos, apesar de apresentarem tam m uma elevaç( nterior, apresentando nota severidade da avaliaç terior para esta, diferiram da testemunha, propiciando notas 1,54, 1,49 e 1,38, respectivamente para Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). Na avaliaç ( ' ) * DAT, ou seja, 29 dias após a terceira e última aplicaç fungicidas na 1+ ca, a nota de severidade na testemunha passou para 3,25 (aumento de 42% em relaç $ & valiaç nterior). Apenas os tratamentos Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) diferiram significativamente da testemunha, com notas 2,3 e 2,26 respectivamente. O tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), iferiu da testemunha nem dos demais tratamentos, propiciando nota 2,69. Tabela 2 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), nos tratamentos aplicados na 1+, ca (36 dias após a emer cia), comparado a testemunha, aos 14, 33, 46 e 62 dias após a primeira aplicaç fungicidas (DAT) (variedade Coodetec 401). Safra 2001/2002. Rondonópolis-MT. Tratamentos 1-Testemunha 2-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 3- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 4- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) * M."/ ias seguidas pela mesma letra na vertical "!"# 14 DAT 1,28 a 1,03 b 1,06 ab 1,00 b 9,4 Notas de severidade 33 DAT 46 DAT 1,55 a 1,13 ab 1,04 b 1,01 b 17,5 62 DAT 2,29 a 1,54 b 1,49 b 1,38 b 10,3 3,25 a 2,69 ab 2,30 b 2,26 b 13,2 / iferem * estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade. +0 ca, aos 51 dias após a emer cia, o patamar de notas em que se No momento da 1+ aplicaç encontravam as parcelas que iriam ser tratadas eram um pouco superior ao da 1+1 ca, com as notas de severidade variando entre 1,28 e 1,34, iferindo entre si (Tabela 3). Observando-se os dados da Tabela 4, que cont m as avaliaç s de severidade da doença ao longo do tempo para aplicaç iniciada na 2+2 ca, verifica-se que aos 13 DAT (dias após a 1+ aplicaç ) 435 ve diferença significativa entre nenhum tratamento e a testemunha, sendo que a doença pouco evoluiu (17%) em severidade entre as duas avaliaç s neste tratamento, passando para nota 1,55. Apenas os tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) e Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) propiciaram reduç- ta entre as duas avaliaç s, passando de 1,34 para 1,29 e de 1,30 para 1,19, respectivamente. Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha), a exemplo da testemunha, teve sua severidade aumentada, passando de nota 1,30 para 1,49. Tabela 3 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) antes da primeira aplicaç 6 fungicidas (variedade ITA-90), na 2+7 ca de aplicaç (51 dias após a emer cia). Safra 2001/2002. Rondonópolis-MT. Tratamentos 1-Testemunha 5-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 6- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 7- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) * ns – "!"# significativo a 5% de probabilidade Notas de severidade 1,28* 1,34 1,30 1,30 14,4 Aos 29 DAT, com duas aplicaç s de cada tratamento realizadas, apesar do aumento significativo da severidade da doença na testemunha (48%), evoluindo para nota 2,29, novamente nenhum dos tratamentos diferiu da mesma e todos tiveram suas notas de severidade aumentadas em relaç & valiaç nterior, com valores de 2,20 para o tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), 1,88 para Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e 2,03 para o tratamento Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). Na avaliaç última aplicaç * DAT, 13 dias após a terceira e fungicidas, novamente nenhum dos tratamentos diferiu da testemunha, que encontrava-se com nota 3,25. Percebe-se um comportamento bastante similar entre os produtos avaliados, quanto ao controle da doença, que at sta avaliaç 2 ropiciaram as notas 2,59, 2,68 e 2,53, respectivamente para os tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). s 57 DAT, com a testemunha atingindo a nota de severidade de 3,54 (aumento de 9% em relaç & valiaç anterior), nenhum dos tratamentos novament o diferiu da mesma. Contudo interessante constatar que os J tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) propiciaram notas menores que na avaliaç 2,53 respectivamente), demonstrando efeito na contenç última aplicaç terior (2,58, 2,43 e 2,45, contra 2,59, 2,68 e voluç ça mesmo depois de 28 dias após a fungicidas. Tabela 4 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), nos tratamentos aplicados na 2+, ca (51 dias após a emer cia), comparado a testemunha, aos 13, 29, 42 e 57 dias após a primeira aplicaç (DAT) de fungicidas (variedade Coodetec 401). Safra 2001/2002. Rondonópolis-MT. Tratamentos 1-Testemunha 5-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 6- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 7- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) * M."/ ias seguidas pela mesma letra na vertical "!"# / 13 DAT 1,55* 1,29 1,19 1,49 25,2 Notas de severidade 29 DAT 42 DAT 2,29* 2,20 1,88 2,03 17,2 3,25* 2,59 2,68 2,53 13,9 iferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Aos 66 dias após a emer cia, no momento da 1+ aplicaç% 57 DAT 3,54* 2,58 2,43 2,45 19,0 + ca, as notas de severidade de ramulose eram uniformes, 4 iferindo entre si. A testemunha encontrava-se com 1,55, o tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) com 1,50, o tratamento Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) com 1,38 e o tratamento e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) com 1,39 (Tabela 5). Tabela 5 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) antes da primeira aplicaç 6 fungicidas (variedade ITA-90), na 3+7 ca de aplicaç (66 dias após a emer cia). Safra 2001/2002. Rondonópolis-MT. Tratamentos 1-Testemunha 8-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 9- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 10- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) Notas de severidade 1,55* 1,50 1,38 1,39 24,4 * ns – "!"# significativo a 5% de probabilidade Na avaliaç 8 9 : ) DAT (dias após a 1+ aplicaç ) da 3+ ca (Tabela 6) verifica-se uma evoluç significativa da doença (48%) na testemunha, que passou para nota 2,29 . Nenhum dos tratamentos diferiram da testemunha nesta avaliaç , apresentando notas nos valores de 2,15 para o tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), 2,16 para o tratamento Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e 2,06 para o tratamento e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). Aos 29 DAT, com a testemunha apresentando nota 3,25 (crescimento de 42% em relaç valiaç terior), novamente, nenhum tratamento diferiu da mesma nem entre si, proporcionando notas de 2,61, 3,06 e 2,75, respectivamente para os tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). Aos 15 dias após a terceira aplicaç , ou seja, aos 44 DAT, a doença na testemunha evoluiu para nota 3,54, diferindo dos demais tratamentos, que apresentaram notas menores que na avaliaç terior, sendo 2,31, 2,46 e 2,49 respectivamente para os tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). Na ; ltima avaliaç , aos 61 DAT, a doença na testemunha evoluiu pouco, passando para nota 3,61 (crescimento menor que 2%) e novamente diferiu dos demais tratamentos. Verifica-se aqui um aumento de notas de todos os tratamentos da avaliaç nterior para esta, apresentando notas 3,00, 2,89 e 3,04 respectivamente para Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). Tabela 6 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), nos tratamentos aplicados na 3+, ca (66 dias após a emer cia), comparado a testemunha, aos 16, 29, 44 e 61 dias após a primeira aplicaç fungicidas (DAT) (variedade Coodetec 401). Safra 2001/2002. Rondonópolis-MT. Tratamentos 1-Testemunha 8-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 9- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 10- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) * M."/ ias seguidas pela mesma letra na vertical "!"# / 16 DAT 2,29* 2,15 2,16 2,06 14,8 Notas de severidade 29 DAT 44 DAT 3,25* 2,61 3,06 2,75 10,1 3,54 a 2,31 b 2,46 b 2,49 b 16,0 iferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Analisando a produtividade obtida pelos tratamentos, observa-se, atrav s da Tabela 7, < 5 61 DAT 3,61 a 3,00 b 2,89 b 3,04 b 7,5 o s observadas diferenças significativas entre eles e com relaç & testemunha. Com exceç s tratamentos 5 [Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) aplicado na 2+= ca], 6 [Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) aplicado na 2+= ca] e 9 [Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) aplicado na 3+7 ca] todos produziram mais que a testemunha, que atingiu 254,9 @/ha. Entre os produtos avaliados, verifica-se tam m pouca diferença. Na 1+> ca de aplicaç , a maior produtividade foi obtida por Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha), com 282,8 @/ha, seguido por Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), com 272,3@/ha e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha), com 258,0 @/ha. Quando se compara a 2+? ca, a ordem de produtividade se inverte, sendo a maior para Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha), seguido por Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) e Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha), com 274,9, 253,7 e 241,2 @/ha, respectivamente. J a 3+= ca, a ordem se mant m a mesma observada na 2+= ca, com Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) produzindo 275,3 @/ha, Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) 261,0 @/ha e Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) 249,2 @/ha. Contudo, quando se observa a m ia das produtividades por ca de aplicaç , constata-se uma t cia de aumento de produtividade quanto mais precoce ela for. A 1+@ ca obteve uma m ia de 271,0 @/ha (incremento m io de 6,3%), a 2+ de 256,6 @/ha (0,6% de incremento) e a 3+ de 261,8 @/ha (2,7% a mais que a testemunha). O fato de que a m ia de produtividade propiciada pelas aplicaç s na 2+? ca ter sido menor que a propiciada pelas aplicaç s iniciadas na 3+ ca foi devido principalmente às altas produtividades nesta ca propiciada pelo tratamento Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha), que, ao contr rio dos demais, propiciou maior produtividade quando aplicado na 3+? ca. Isto provavelmente se deveu a uma falha experimental ocorrida no decorrer do ensaio, provocada pela presença, detectada durante a conduç$ xperimento, do nematóide Meloidogyne incognita, distribuído de forma irregular, o que influenciou na produtividade propiciada pelos tratamentos, mascarando de forma irremedi vel principalmente os dados referentes ao tratamento em quest . Mesmo assim, ssível afirmar que aplicaç s para o controle da ramulose devem ser iniciadas assim que forem detectadas as primeiras les s da doença, pelos resultados obtidos no ensaio. Tratamentos Época da 1ª aplicação - 1-Testemunha 2-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 3- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 4- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) 5-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 6- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 7- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) 8-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 9- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 10- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) 1ª(36 DAE) 1ª(36 DAE) 1ª(36 DAE) 2ª(51 DAE) 2ª(51 DAE) 2ª(51 DAE) 3ª(66 DAE) 3ª(66 DAE) 3ª(66 DAE) DAE: dias após a emer"A "B cia N!"# significativo estatisticamente pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Produtividade (@/ha) 254,9* 272,3 282,8 258,0 253,7 241,2 274,9 261,0 249,2 275,3 7,0 Média de prod. Por época (@/ha) 271,0 256,6 261,8 Diferença (%) Tabela 7 – Produtividade (@/ha) e diferença de produç (%) em relaç testemunha dos tratamentos com suas respectivas cas da 1+ aplicaç . Variedade Coodetec 401. Safra 2001/2002. Rondonópolis-MT. 100,0 106,8 110,9 101,2 99,5 94,6 107,8 102,4 97,7 108,0 Diferença (%) por época 106,3 100,6 102,7 Do mesmo modo, os maiores valores em incremento de renda por hectare em relaç 2 & testemunha se deu tam m nos produtos aplicados na 1+@ ca, exceto Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) aplicado na 3+2 ca, com R$ 48,76/ha de incremento, contra R$ 44,75/ha na 2+ ca e diminuiç4 a renda de R$ 145,11/ha na 1+? ca. No caso de Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) o incremento na 1+C ca foi de R$ 74,87/ha, na 2+ e 3+D cas ficits de R$ 133,68/ha e R$ 52,08/ha respectivamente. Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) propiciou um incremento de renda apenas na 1+ ca, no valor de R$ 155,62/ha e na 2+ e 3+1 cas um decr scimo de R$ 312,87/ha e R$ 222,76/ha. Em termos de m dia de incremento por ca de aplicaç , a mesma t cia observada na produtividade se repete, sendo maior o incremento de renda quanto mais precoce foi a ca de início das aplicaç s. A m ia de incremento de renda na 1+6 ca foi de R$ 28,46/ha, contra decr scimos de R$ 113,93/ha na 2+ e de R$ 75,36/ha na 3+E ca (Tabela 8). Tabela 8 – Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Produtividade m ia por tratamento, receita obtida, custo dos tratamentos, receita líquida/ha e incremento ou perda, em R$/ha, dos tratamentos em relaç % & testemunha (variedade Coodetec 401). Safra 2001/2002. Rondonópolis-MT. Produção (@/ha) 254,9 272,3 282,8 258,0 253,7 241,2 274,9 261,0 249,2 275,3 Receita (R$/ha) (A) 2.867,95 3.062,82 3.181,67 2.902,84 2.854,27 2.713,18 3.092,70 2.935,87 2.803,29 3.096,71 Custo (R$/ha) Fungicida + 3 aplicações (B) 120,00 158,10 180,00 120,00 158,10 180,00 120,00 158,10 180,00 Receita Líquida (A)-(B) 2.867,95 2.942,82 3.023,57 2.722,84 2.734,27 2.555,08 2.912,70 2.815,87 2.645,19 2.916,71 Incremento (R$/ha) 74,87 155,62 -145,11 -133,68 -312,87 44,75 -52,08 -222,76 48,76 Incremento mF dio/F poca (R$/ha) 28,46 -113,93 -75,36 Onde: @ de algIG KH IJ 0 G L m caroço: R$ 11,25 (Fonte: CONAB, Setembro de 2002) Aplicaç JIG = R$ 12,00 (Fonte: Fazenda Sta. Mônica) US$ 1,00 = R$ 3,50 (Cotaç KJ G m M H ia em Setembro de 2002) Os preços dos produtos foram fornecidos pelas Empresas fabricantes e representam uma m M H ia do mercado, podendo haver variaç N L s, dependendo do levantamento. Ensaio 2 (ITA 90/Faz. Filadélfia) Observando-se a Tabela 9, que mostra as notas de severidade dos tratamentos que iriam receber os produtos preventivamente, na aplicaç 1 + ca, aos 42 dias após a emer cia, todos os tratamentos apresentavam aus cia de sintomas da doença (nota 1,0). Tabela 9 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) antes da primeira aplicaç 6 fungicidas (variedade ITA-90), na 1+7 ca de aplicaç (42 dias após a emer cia). Safra 2001/2002. Campo Verde-MT. Tratamentos 1-Testemunha 2-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 3- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 4- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) Notas de severidade - * ns – "!"# significativo a 5% de probabilidade A Tabela 10, onde se verifica a evoluç 1,0* 1,0 1,0 1,0 ça nos tratamentos aplicados na 1+? ca, mostra que aos 14 DAT (dias após a 1+ aplicaç ), com apenas uma aplicaç realizada, nenhum dos tratamentos diferiu da testemunha. Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha), o primeiro com nota 1,04, o segundo com aus cia total da doença, propiciando nota 1,0, e o terceiro tratamento, com nota 1,05, propiciaram notas inferiores a ela, que apresentava nota 1,13. J s 33 DAT, com duas aplicaç s realizadas, novamente nenhum tratamento diferiu da testemunha, que teve um aumento de 88% na sua nota de severidade, apresentando nota 2,11, o que evidenciou um aumento da press2 período. Nos tratamentos avaliados foi observada uma maior severidade que na avaliaç ça neste terior, sendo que Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) apresentava nota 1,91, Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) 1,70 e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) 1,96. Aos 46 DAT verifica-se um aumento significativo da severidade da doença na testemunha (56%), em relaç 2 & terior, apresentando nota 3,29. Todos os tratamentos apresentaram tam m uma elevaç significativa na severidade da avaliaç terior para esta, diferiram da testemunha, valiaç propiciando notas 3,06 (aumento de 60%), 2,70 (59%) e 2,88 (47%), respectivamente para Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). Na avaliaç 2 62 DAT, ou seja, 29 dias após a terceir O ; ltima aplicaç6 testemunha passou para 3,56 (aumento de 8% em relaç& fungicidas na 1+D ca, a nota de severidade na valiaç terior). Apenas os tratamentos Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) diferiram significativamente da testemunha, com notas 2,85 e 2,79 respectivamente. O tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), iferiu da testemunha nem dos demais tratamentos, propiciando nota 3,13. Tabela 10 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), nos tratamentos aplicados na 1+, ca (42 dias após a emer cia), comparado a testemunha, aos 14, 33, 46 e 62 dias após a primeira aplicaç de fungicidas (DAT) (variedade ITA 90). Safra 2001/2002. Campo Verde-MT. Tratamentos 1,13* 1,04 1,00 1,05 7,5 1-Testemunha 2-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 3- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 4- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) * M."/ ias seguidas pela mesma letra na vertical "!"# / No momento da 1+ aplicaç Notas de severidade 33 DAT 46 DAT 14 DAT 2,11* 1,91 1,70 1,96 13,6 3,29* 3,06 2,70 2,88 10,5 iferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade. * 62 DAT 3,56 a 3,13 ab 2,85 b 2,79 b 8,6 +0 ca, aos 75 dias após a emer cia, o patamar de notas em que se encontravam as parcelas que iriam ser tratadas era superior ao da 1+= ca, com as notas de severidade variando entre 1,88 e 2,11, iferindo entre si (Tabela 11). Observando-se os dados da Tabela 12, que cont m as avaliaç s de severidade da doença ao longo do tempo, para aplicaç realizada na 2+ ca, verifica-se que aos 13 DAT (dias após a 1+ aplicaç ) %35 ve diferença significativa entre nenhum tratamento e a testemunha, sendo que a doença teve uma evoluç significativa (56%) em severidade entre as duas avaliaç s neste tratamento, passando para nota 3,29. Nenhum dos tratamentos diferiu da testemunha nesta avaliaç , e a exemplo desta, foi verificado um aumento de severidade em todos eles, que propiciaram notas de severidade nos valores de 2,69, 2,80 e 2,99, respectivamente para Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). Aos 29 DAT, com duas aplicaç s de cada tratamento realizadas, observou-se um pequeno aumento da severidade da doença na testemunha (8%), que evoluiu para nota 3,56, e os tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) propiciaram reduç1 ta entre as duas avaliaç s, passando de 2,69 para 2,63 e de 2,99 para 2,91, respectivamente, sendo que apenas o primeiro diferiu da testemunha nesta avaliaç . No tratamento Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha), al m da doença em relaç valiaç iferir da testemunha, teve um aumento na severidade terior, passando de 2,80 para 2,91. Tabela 11 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) antes da primeira aplicaç 6 fungicidas (variedade ITA-90), na 2+7 ca de aplicaç (75 dias após a emer cia). Safra 2001/2002. Campo Verde-MT. Tratamentos 1-Testemunha 5-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 6- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 7- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) Notas de severidade 2,11* 1,94 1,93 1,88 12,1 * ns – "!"# significativo a 5% de probabilidade Na avaliaç 6 * DAT, 13 dias após a terceir 6 ; ltima aplicaç 6 fungicidas, todos os tratamentos diferiram da testemunha, que encontrava-se com nota 4,11 (aumento de 15% em relaç 1 valiaç 1 1 * DAT). Percebe-se um comportamento bastante similar entre os produtos avaliados, quanto ao controle da doença, que at esta avaliaç ropiciaram as notas 2,96, 3,05 e 3,53, respectivamente para os tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). J com a testemunha mantendo a mesma nota de severidade da avaliaç s 57 DAT, terior (4,11), novamente todos os tratamentos diferiram da mesma, propiciando as notas 3,01, 3,11 e 3,43 respectivamente para Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha). É interessante constatar que o tratamento Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) propiciou nota inferior à da avaliaç terior (3,43 contra 3,53), demonstrando efeito na contenç1 ; de 28 dias após ltima aplicaç . 1 voluç1 a doença mesmo depois Tabela 12 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), nos tratamentos aplicados na 2+, ca (75 dias após a emer cia), comparado a testemunha, aos 13, 29, 42 e 57 dias após a primeira aplicaç de fungicidas (DAT) (variedade ITA 90). Safra 2001/2002. Campo Verde-MT. Tratamentos 1-Testemunha 5-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 6- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 7- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) * ns – "!"# significativo a 5% de probabilidade M."/ ias seguidas pela mesma letra na vertical "!"# / Notas de severidade 29 DAT 42 DAT 13 DAT 3,29* 2,69 2,80 2,99 9,8 3,56 a 2,63 b 2,91 ab 2,91 ab 11,2 57 DAT 4,11 a 2,96 b 3,05 b 3,53 b 7,7 4,11 a 3,01 b 3,11 b 3,43 b 8,3 iferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Aos 94 dias após a emer cia, no momento da 1+ aplicaç% + ca, as notas de severidade de ramulose eram uniformes, 4 iferindo entre si. A testemunha encontrava-se com 3,29, o tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) com 3,26, o tratamento Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) com 3,14 e o tratamento e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) com 3,01 (Tabela 13). Na avaliaç % evoluç2 : ) DAT (dias após a 1+ aplicaç ) da 3+2 ca (Tabela 14) verifica-se uma pequena ça (8%) na testemunha, passando para nota 3,56. Nenhum dos tratamentos diferiu da testemunha nesta avaliaç , apresentando notas nos valores de 3,21 para o tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) e 2,98 para o tratamento e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha), menores que na avaliaç terior, e 3,14 para o tratamento Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha), nota igual à propiciada na avaliaç r via. Isto denota uma baixa press1 ça no período, tanto pela baixa evoluç1 pelos tratamentos com somente uma aplicaç realizada. ça na testemunha como o controle obtido Tabela 13 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) antes da primeira aplicaç 6 fungicidas (variedade ITA-90), na 3+7 ca de aplicaç (94 dias após a emer cia). Safra 2001/2002. Campo Verde-MT. Tratamentos 1-Testemunha 8-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 9- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 10- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) Notas de severidade 8,5 * ns – "!"# significativo a 5% de probabilidade 3,29 3,26 3,14 3,01 Aos 29 DAT, com a testemunha apresentando nota 4,11 (crescimento de 15% em relaç ' valiaç anterior), apenas o tratamento Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) diferiu da mesma, proporcionando nota igual a 3,05. Os tratamentos Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) e Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) apresentaram notas 3,43 e 3,48 respectivamente, o diferindo nem da testemunha nem do outro tratamento. Aos 15 dias após a terceira aplicaç , ou seja, aos 44 DAT, a doença na testem53 voluiu da avaliaç anterior para esta, mantendo a nota 4,11. Apenas Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha), com nota 3,14, diferiu dela, mas 1 s demais, que apresentavam notas 3,39 [Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%)] e 3,38 [Priori + Nimbus + ; Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha)]. Na ltima avaliaç , aos 61 DAT, a doença na testemunha evoluiu pouco, passando para nota 4,54 (crescimento de 10%), iferindo dos demais tratamentos. Verifica-se, aqui um aumento de notas de todos os produtos da avaliaç nterior para esta, com os tratamentos apresentando notas 3,93, 3,53 e 3,55 respectivamente para Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%), Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) e Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) (Tabela 14). Analisando a produtividade obtida, observa-se, atrav s da Tabela 15 que, todos os tratamentos, independent ca de aplicaç , produziram mais que a testemunha, que atingiu a produtividade de 139,5 @/ha. Contudo, apenas Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) aplicado na 1+C ca (tratamento 3), com produtividade de 195,8 @/ha e os produtos aplicados na 2+C ca, ou seja, tratamento 5 [Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%)], com 230,0 @/ha, 6 [Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha)], com 224,4 @/ha e 7 [Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha)] produzindo 205,8 @/ha diferiram da testemunha. Entre os produtos avaliados foram observadas diferenças significativas dentro da mesm ca. Na 1+D ca de aplicaç maior produtividade foi obtida por Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) (195,8 @/ha), seguido por Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) (189,9 @/ha) e Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) (186,1 @/ha). Quando se compara a 2+C ca de aplicaç maior produtividade foi novamente proporcionada por Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha), com 230,0 @/ha (a maior de todo o ensaio), com Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) em segundo, com 224,4 @/ha seguido por Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha), com 205,8 @/ha. J6 +7 ca a ordem se inverte, com Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) propiciando a maior produtividade (192,1 @/ha), vindo em seguida Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) (177,3 @/ha) e Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) (170,9 @/ha). Tabela 14 – Notas de severidade de ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), nos tratamentos aplicados na 3+, ca (94 dias após a emer cia), comparado a testemunha, aos 16, 29, 44 e 61 dias após a primeira aplicaç P fungicidas (DAT) (variedade ITA 90). Safra 2001/2002. Campo Verde-MT. Tratamentos 16 DAT 3,56* 3,21 3,14 2,98 11,8 1-Testemunha 8-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 9- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 10- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) * ns – "!"# significativo a 5% de probabilidade M."/ ias seguidas pela mesma letra na vertical "!"# / Notas de severidade 29 DAT 44 DAT 4,11 a 3,43 ab 3,48 ab 3,05 b 11,9 61 DAT 4,11 a 3,39 ab 3,14 b 3,38 ab 15,8 4,54* 3,93 3,53 3,55 12,3 iferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Contudo, quando se observa a m ia das produtividades por ca de aplicaç , verifica-se que os maiores valores foram obtidos na 2+7 ca de aplicaç (220,1 @/ha ou 57,7% a mais em relaç 6 & testemunha), contra 190,6 @/ha na 1+? ca (36,6% de acr scimo) e 180,1 @/ha na 3+ (29,1% de acr scimo). Este fato se deu devido à primeira inoculaç , realizada logo após a primeira aplicaç O 0 + ca, ter tido o efeito desejado, que era o de uniformizar rea do ensaio quanto à infecç com a doença. Isto fez com que fosse necess ria a realizaç Q uma 2+ e 3+ inoculaç s, de modo a garantir a ocorr cia da doença, o que teve como cons < 5 cia a intensificaç da infecç2 ça realmente à partir de 33 DAT da 1+? ca de aplicaç , conforme mostra a Tabela 10. Desta forma, as duas primeiras aplicaç s efetuadas dentro da primeir ca foram realizadas com praticamente aus cia total de sintomas, configurando-se em aplicaç s de car ter excessivamente preventivo e, neste caso, insuficiente para o controle da ramulose. Com relaç 1 & s aplicaç s efetuadas na 2+, ca, apesar de terem sido iniciadas com a severidade da doença por volta de nota 2,0 (Tabela 11) foram as que evitaram com melhor performance o aumento na severidade da ramulose ao longo das avaliaç s (Tabela 12). J s aplicaç s realizadas na 3+R ca, como era esperado, propiciaram as menores produtividades, devido ao adiantado est io de severidade da doenç ca em que foi feita a 1+ aplicaç (notas acima de 3,0, conforme a Tabela 13). Fica evidente, pelos resultados obtidos, que o controle feito de modo preventivo muito precocemente pode ser a opç mais vi vel, devendo a doença ser monitorada no campo de modo que o gatilho para o seu controle seja a presença dos primeiros sintomas, evitando aplicaç s e reaplicaç s “ calendarizadas”, ou seja, baseada na idade da planta ou em datas previamente definidas. Produtividade (@/ha) e diferença de produç (%) em relaç testemunha dos tratamentos com suas respectivas cas da 1+ aplicaç . Variedade ITA 90. Safra 2001/2002. Campo Verde-MT. Época da 1S aplicação Tratamentos 1-Testemunha 1S 1S 1S 2S 2S 2S 3S 3S 3S 2-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 3- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 4- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) 5-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 6- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 7- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) 8-PRIORI+NIMBUS (0,2+0,2%) 9- DEROSAL 500SC + BRESTANID (0,5+0,4) 10- PRIORI+NIMBUS+SCORE (0,15+0,2%+0,2) CV (%) DAE: dias após a emer"A "B cia M."/ ias seguidas pela mesma letra na vertical "!"# / (42 DAE) (42 DAE) (42 DAE) (75 DAE) (75 DAE) (75 DAE) (94 DAE) (94 DAE) (94 DAE) Produtividade (@/ha) 139,5 c 186,1 abc 195,8 ab 189,9 abc 224,4 a 230,0 a 205,8 ab 170,9 bc 177,3 abc 192,1 abc 11,3 MF dia de prod. Por F poca (@/ha) 190,6 220,1 180,1 Diferença (%) Tabela 15 – 100,0 133,4 140,3 136,1 160,8 164,8 147,5 122,5 127,1 137,7 - Diferença (%) por F poca 136,6 157,7 129,1 iferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Acompanhando a mesma t cia observada na produtividade proporcionada pelos tratamentos, os maiores valores em incremento de renda por hectare em relaç ( & testemunha se deram tam m nos produtos aplicados na 2+? ca, para todos. No caso de Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) o incremento na 1+0 ca foi de R$ 404,48/ha, na 2+ R$ 834,57 e na 3+ de R$ 232,84/ha. Para Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha) foi de R$ 474,53/ha na 1+D ca, R$ 859,20/ha na 2+ e R$ 267,02/ha na 3+ . Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha) propiciou, quando aplicado na 1+7 ca, R$ 386,60/ha, R$ 565,23 na 2+> ca e R$ 411,19/ha na 3+7 ca. Em termos de m ia de incremento por ca de aplicaç , a maior foi observada na 2+ ca, no valor de R$ 753,00/ha, contra R$ 421,87/ha na 1+? ca e R$ 303,68/ha na 3+E ca (Tabela 16). Tabela 16 – Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Produtividade mTVU ia por tratamento, receita obtida, custo dos tratamentos, receita líquida/ha X Y testemunha (variedade ITA e incremento ou perda, em R$/ha, dos tratamentos em relaçVW 1 90). Safra 2001/2002. Campo Verde-MT. Receita (R$/ha) (A) Produção (@/ha) 139,5 186,1 195,8 189,9 224,4 230,0 205,8 170,9 177,3 192,1 1.569,66 2.094,14 2.202,29 2.136,26 2.524,23 2.586,96 2.314,89 1.922,50 1.994,78 2.160,85 Custo (R$/ha) Fungicida + 3 aplicações (B) 120,00 158,10 180,00 120,00 158,10 180,00 120,00 158,10 180,00 Receita Líquida (A)-(B) Incremento (R$/ha) 1.569,66 1.974,14 2.044,19 1.956,26 2.404,23 2.428,86 2.134,89 1.802,50 1.836,68 1.980,85 404,48 474,53 386,60 834,57 859,20 565,23 232,84 267,02 411,19 Incremento mF dio/F poca (R$/ha) 421,87 753,00 303,68 Onde: @ de algIG KH IJ 0 G L m caroço: R$ 11,25 (Fonte: CONAB, Setembro de 2002) Aplicaç JIG = R$ 12,00 (Fonte: Fazenda Sta. Mônica) US$ 1,00 = R$ 3,50 (Cotaç KJ G m M H ia em Setembro de 2002) Os preços dos produtos foram fornecidos pelas Empresas fabricantes e representam uma m M H ia do mercado, podendo haver variaç N L s, dependendo do levantamento. CONCLUSÃO • O controle de ramulose, quando iniciado nos primeiros sintomas, com níveis entre nota 1,0 e 1,5, conforme escala utilizada nos ensaios, com produtos eficientes no seu controle, em tr s aplicaç s espaçadas de aproximadamente 15 dias, propicia otimizaç • 3 s em produç rentabilidade; Os tratamentos avaliados [Priori + Nimbus + Score (0,15 l/ha + 0,2% + 0,2 l/ha), Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) e Derosal + Brestanid (0,5 + 0,4 l/ha)] foram eficientes no controle da ramulose do algodoeiro; • Iniciar as aplicaç s, ou seja, o controle, sem a presença da doença (preventivamente) ou muito tardiamente, com a doença apresentando notas de severidade acima de 2,0, provavelment % roporcionar m ximas rentabilidades em relaç • s produtos aplicados; Nenhum dos tratamentos utilizados causou fitotoxidez às plantas tratadas. BIBLIOGRAFIA CASSETARI NETO, D.; MACHADO, A.Q. Diagnose e controle de doenças do algodoeiro no Centro-Oeste e Nordeste. 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