FILOSOFIA MORAL: Estabelece uma reflexão acerca dos valores.:
* CERTO e ERRADO
VALOR
=
SENTIMENTO
* JUSTO e INJUSTO
* MORAL e IMORAL
Quem define o VALOR MORAL
dos nossos ATOS?
NATURAL
IGREJA
SENSO COMUM
FAMÍLIA
Natural: O termo natural ou
por natureza designa que algo é
determinado, e que não se altera
por fruto do hábito
Senso Comum: É um
saber que nasce da experiência
cotidiana, da vida que os homens
levam em sociedade. A opinião da
coletividade
Religião: os preceitos éticos e morais
não são determinados pela religiosidade,
mas ela influência da construção dos
valores sociais
CULTURA: é uma rede de significados que
dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo,
ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um
conjunto de diversos aspectos, como crenças,
valores, costumes, leis, moral, línguas, etc.
Nesse sentido, podemos chegar à conclusão de
que é impossível que um indivíduo não tenha
cultura, afinal, ninguém nasce e permanece fora
de um contexto social, seja ele qual for.
ALGUNS CUIDADOS:
Moral: é sistema regulador da vida coletiva por meio de mores, isto é, dos
costumes e dos valores de uma sociedade, numa época determinada. A
moralidade é uma totalidade formada pelas instituições (família, religião, artes,
técnicas, ciências, relações de trabalho, organização política, etc.), que obedecem,
todas, aos mesmos valores e aos mesmos costumes, educando os indivíduos para
interiorizarem a vontade objetiva de sua sociedade e de sua cultura.
Ex.: Por que mentir é imoral?
Porque o mentiroso transgride as máximas morais.
Ao mentir, não respeita em sua pessoa e na do outro a humanidade
(consciência, racionalidade e liberdade), pratica uma violência escondendo de um
outro ser humano uma informação verdadeira e, por meio do engano, usa a boa-fé
do outro.
Ética: Ética vem do grego ethos, que tem o mesmo significado de "costume".
A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a
respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão
pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de homem
que se toma como ponto de partida.
JUÍZO de FATO: “Está
chovendo”, estaremos enunciando um
acontecimento constatado por nós e o
juízo proferido é um juízo de
fato.Juízos de fato são aqueles que
dizem o que as coisas são, como são e
por que são. Em nossa vida cotidiana,
mas também na metafísica e nas
ciências, os juízos de fato estão
presentes. Diferentemente deles, os
juízos de valor - avaliações sobre
coisas, pessoas e situações - são
proferidos na moral, nas artes, na
política, na religião.
JUÍZO de VALOR: avalia as
coisas, pessoas, ações, experiências,
acontecimentos, sentimentos, estados
de espírito, intenções e decisões
como bons ou maus, desejáveis ou
indesejáveis. Os juízos éticos de valor
são também normativos, isto é,
enunciam normas que determinam o
dever ser de nossos sentimentos,
nossos atos, nossos comportamentos.
São juízos que enunciam obrigações
e avaliam intenções e ações segundo
o critério do correto e do incorreto.
(UFSM/07) Mediante pesquisas e exames, pretende-se detectar casos de
pessoas que teriam genes que as predispõem à agressividade ou a
certas doenças que as debilitariam para o trabalho. No estado atual da
discussão, isso envolve problemas não só de ordem científica mas
também de natureza moral.
Identifique a(s) afirmativa(s) que manifesta(m) implicação(ões) ética(s) e
não somente científica(s).
I- Certas doenças genéticas podem ter definições provisórias.
II- O melhoramento genético de seres humanos pode levar à exclusão social.
III- Doenças como a hemofilia são determinadas geneticamente e podem ser
detectadas antecipadamente por testes.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
(UFSM 07) No trecho citado, há uma clara distinção entre entendimento e
vontade: as “vontades endurecidas” são piores que os “entendimentos agudos”.
Sabe-se, também, que o erro pode ter origem tanto no entendimento quanto na
vontade. O erro radicado na vontade, a qual pode ser boa ou má, é chamado
I. lógico.
II. semântico.
III. gramatical.
IV. moral.
V. cosmológico.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas IV.
e) I, II, III, IV e V.
IMORAL: imoral tem conotação
de tudo aquilo que é contra a
moral, por exemplo: a atuação dos
políticos no nosso pais, e contra
qualquer moral que aprendemos
em casa e na escola. Outras
imoralidades que outros gostam
de falar : sexo, moda, atitudes. Ato
consciente de não cumprir com a
moral estabelecida pelo contexto
social vigente.
CONCEITOS
FUNDAMENTAIS
AMORAL: designa propriamente
o que é indiferente às valorizações
morais: nesse sentido um homem
Amoral é um homem sobre cuja
conduta os juízos sobre o bem e o
mal não tem nenhuma influência e
que, por isso, se comporta
independentemente deles. O termo
amoralismo designa, porém uma
profissão de amoralidade e, daí, a
pretensão de prescindir dos valores
por outros; nesse sentido, foi
empregado frequentemente para
designar a atitude de Nietzsche.
(Transmutação dos Valores)
LEGALIDADE:
-Alicerçada na LEI – CF/88
-Lei Objetiva
-Visa a Ordem Social
-Coercitiva (força)
MORALIDADE:
- Alicerçada nos Valores
- Lei Subjetiva
- Visa o Comportamento social
- Não Coercitiva
- Ato de Escolha
Fund. Histórica
P. Clássico
Local: Grécia – 600 a 322 a.C
Contexto: Atenas berço da DEMOCRACIA
- Pólis: Ser CIDADÃO + VIRTUOSO
- Virtuoso = Mediania (Aristóteles)
- Honra e honestidade
- Ética Normativa – Teleológica
Virtude
Vício por excesso
Vício por deficiência
Coragem
Temeridade
Covardia
Respeito próprio
Vaidade
Modéstia
Prudência
Ambição
Moleza
Amizade
Condescendência
Enfado
Temperança
Libertinagem
Insensibilidade
(UFSM/08) Considerando a excelência intelectual e a moral, a primeira deve-se
à natureza e a segunda, ao hábito.
“É evidente, portanto, que nenhuma das várias formas de excelência moral
se constitui em nós _____________, pois nada que existe ____________ pode
ser alterado ___________”. (Aristóteles)
Escolha a seqüência correta dos termos que se ajustam à citação.
a) por natureza – por natureza – pelo hábito
b) por natureza – pelo hábito – por natureza
c) pelo hábito – por natureza – por natureza
d) pelo hábito – pelo hábito – por natureza
e) pelo hábito – por natureza – pelo habito
(EAD-UFSM) “Em regiões populosas, como as grandes capitais, a escassez
é resultado do consumo além dos limites suportáveis e do desperdício,
que faz correr pelo ralo cerca de 40 % de toda a água distribuída para a
população”
Nesse trecho, Sérgio Adeodato alerta o desperdício ou esbanjamento de
água. Na ética aristotélica, o esbanjamento é um vício por excesso. O
antônimo de esbanjamento é
a) avareza
b) indiferença
c) insensibilidade
d) modéstia
e) rusticidade
Período Medieval
-HOMEM: Naturalmente PECADOR (Imoral)
-Confissão
-Pagamento de Indulgências
-Conduta Ascética (Mortificação do Corpo)
- Virtudes teologais: fé, esperança, caridade;
- Virtudes cardeais: coragem, justiça, temperança,
prudência;
- Pecados capitais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera,
inveja e orgulho.
-Teocêntrismo: Ética Teológica
-Deus: Supremo BEM (MAL afastarse de Deus)
TEORIA DOS ANJOS CAÍDOS
TEORIA DO PECADO ORIGINAL
A arquitetura de uma época aponta não só para um determinado estilo
artístico, mas também pode indicar traços da vida moral e política de um
grupo humano. As torres das igrejas góticas, por exemplo (figura da questão
anterior – Catedral Gótica), mostram a verticalidade na relação entre Deus e
o homem, o céu e a terra, o superior e o inferior, característica básica da
cultura medieval.
A respeito da concepção de moralidade no período medieval, pode-se
afirmar que
I.
II.
a conduta humana deve se pautar pelas regras derivadas da natureza.
a imoralidade está relacionada com a desobediência às leis divinas
reveladas.
III. a razão humana ocupa o lugar central na vida ética.
IV. a ética se preocupa, principalmente, com a autonomia moral do indivíduo.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas II e IV.
e) apenas III e IV.
A figura da questão anterior (pai ensinando o filho a arar a terra) mostra o
trabalho como uma das virtudes morais praticadas na sociedade cristã
feudal. A respeito dessas virtudes é correto afirmar:
I – A glória, considerada virtude no mundo greco-romano, é substituída pela
humildade desconsiderando o valor moral das atitudes do homem.
II – O ócio, apreciado pela sociedade escravista greco-romana, assume, no
cristianismo feudal, a condição de um pecado capital, a preguiça.
III – A preguiça e a luxuria são virtudes teológicas indispensáveis ao
cristianismo feudal.
Está(ao) correta(s)
a) apenas I
b) apenas II
c) apenas III
d) apenas I e II
e) apenas I e III
O quadro de Leonardo Da Vinci, A Virgem dos Rochedos, foi sugerido como
revelador de um enigma no recente Best seller de Dan Brown, O Código
da Vinci. Esse livro sustenta a tese polêmica de que o bem entra no
mundo e se transmite como resultado da relação entre humano (a
virgem Maria) e o divino (anjo). A continuidade do bem estaria
assegurada pelos descendentes do casal formado por Jesus (divino) e
Maria Madalena(humana), daí se originando uma linhagem, estirpe ou
família do bem.
Tal construção narrativa, ao inverter o Mito dos Anjos Caídos, que
explica a origem do mal no mundo, traz a implicação ética de que o bem
I- Resulta da pratica do dever.
II- Esta radicado na vontade humana.
III- Decorre do conhecimento das virtudes.
IV- É transmitido por hereditariedade.
V- Independe das livres decisões humanas individuais.
Estão Corretas
a) I e II apenas
b) II e III apenas
c) III e IV apenas
d) IV e V apenas
e) I, II, III, IV e V
P. Moderno
Contexto: Renascimento / Iluminismo
- Advento da RAZÃO
- Antropocêntrico
MOTIVO + ATO = CONSEQUÊNCIA
DEONTOLÓGICA
KANT
CONSEQUENCIALISMO
UTILITARISTA – PRAGMATISMO – HEDONISMO
Pragmatismo: doutrina
segundo a qual as idéias são
instrumentos de ação, que só
valem se produzem efeitos
práticos.
Utilitarismo: Corrente
filosófica surgida no século
XVIII, na Inglaterra, que
afirma a utilidade como o
valor máximo no qual a
elaboração de uma ética
deve fundamentar-se. O
utilitarismo baseia-se na
compreensão empírica de
que os homens regulam
suas ações de acordo com
o prazer e a dor,
perpetuamente tentando
alcançar o primeiro e
escapar à segunda.
Hedonismo: É a tendência
a buscar o prazer imediato,
individual, como única e
possível forma de vida
moral, evitando tudo o que
possa ser desagradável. O
contrário do Hedonismo é a
Anedonia, que é a perda da
capacidade de sentir prazer,
próprio dos estados
gravemente depressivos.
Hedonismo vem do grego
hedoné, que significa
prazer. Doutrina que
considera que o prazer
individual e imediato é o
único bem possível,
princípio e fim da vida
moral.
HUME: Definindo moralidade como aquelas
qualidades que são aprovadas, em quem quer
elas acontecem estar e por virtualmente todo
mundo, Hume se dispõe a descobrir o fundo ou
base mais ampla das aprovações. Essa base ele
a encontra, - como ele encontra as bases da
crença -, nos "sentimentos" e não nos
"conhecimentos". As decisões morais são
baseadas em sentimento moral. Sua ênfase é em
altruísmo: os sentimentos morais que ele
reivindica encontrar no homem, ele os traça, na
maior parte, a um sentimento ou uma simpatia
por alguém. É da natureza humana, ele sustenta,
rir com o riso, e entristecer com os entristecidos e
procurar o bem do outro tanto quanto o seu
próprio.
Não existe um bem supremo ao qual deva se
conformar o comportamento humano, nem idéias
morais inatas. A moralidade é um conjunto de
qualidades aprovadas pela generalidade das
pessoas. Essas qualidades seriam aprovadas
conforme sua utilidade, ou o prazer que
proporcionam (utilitarismo). A justiça deve todo o
seu mérito à utilidade pública.
Immanuel Kant
Teórico Alemão de fundamental importância – Sec. XVIII
“Se somos racionais e livres, por que valores,
fins e leis morais não são espontâneos em
nós, mas precisam assumir a forma do
dever?”
Responde Kant: porque não somos seres morais apenas. Também somos
seres naturais, submetidos à causalidade necessária da Natureza. Nosso corpo e
nossa psique são feitos de apetites, impulsos, desejos e paixões. Nossos
sentimentos, nossas emoções e nossos comportamentos são a parte da Natureza
em nós, exercendo domínio sobre nós, submetendo-se à causalidade natural
inexorável.
Conceitos Fundamentais:
- DEVER: afirma Kant, o dever não se apresenta através de um
conjunto de conteúdos fixos, que definiriam a essência de cada virtude e
diriam que atos deveriam ser praticados e evitados em cada circunstância
de nossas vidas. O dever não é um catálogo de virtudes nem uma lista de
“faça isto” e “não faça aquilo”. O dever é uma forma que deve valer para
toda e qualquer ação moral.
Por isso, o dever é um imperativo
categórico. Ordena incondicionalmente. Não
é uma motivação psicológica, mas a lei moral
interior.
Imperativo Categórico: Age em
conformidade apenas com a máxima que
possas querer que se torne uma lei
universal .
Age como se a máxima de tua ação devesse servir de
lei universal para todos os seres racionais. A máxima
afirma a universalidade da conduta ética, isto é, aquilo
que todo e qualquer ser humano racional deve fazer
como se fosse uma lei inquestionável, válida para
todos e em todo tempo e lugar. A ação por DEVER é
uma lei moral para o agente.
Ética
Deontológica
A respeito do conceito de ideal, pode-se afirmar que
I- um ideal não é uma unidade de medida.
II- o ideal da teoria ética hedonista é o bem supremo.
III- o ideal da teoria ética de Kant é o máximo prazer.
a) apenas I
b) apenas II
c) apenas III
d) apenas I e II
e) apenas II e III
A ética normativa de Kant propõe, como fundamento
ultimo, o imperativo categórico que afirma, numa
das suas formulações: “procede apenas segundo
aquela máxima, em virtude da qual podes querer
ao mesmo tempo que ela se torne em lei
universal”
O imperativo pretende garantir:
I- a moralidade do agir
II- a autonomia do agir
III- a heteronomia do agir
Esta(ao) correta(s) a(s) alternativa(s)
a) apenas I
b) apenas II
c) apenas III
d) apenas I e II
e) apenas I e III
Uma ação praticada por dever deve ter o seu valor
moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas
na máxima que a determina; não depende portanto da
realidade do objeto da ação, mas somente do princípio do
querer segundo o qual a ação, abstraindo de todos os
objetos da faculdade de desejar, foi praticada. (Kant.
Fundamentação da metafísica dos costumes.Coleção Os Pensadores.)
De acordo com essa passagem, pode-se concluir que
o valor da ação moral em Kant é determinado
A)pelos objetos que orientam a faculdade de desejar.
B)por sua subordinação ao princípio do querer em geral.
C)pela validade objetiva dos objetos.
D)por sua subordinação à vontade subjetivamente determinada.
E)por sua conformidade ao dever.
Período Contemporâneo
-Ética Existencial
-Bioética: CIÊNCIA x ÉTICA
A Ética é instrumento REGULADOR
do avanço científico.
Necessidade é o termo empregado
para referir-se ao todo da realidade, existente
em si e por si, que age sem nós e nos insere
em sua rede de causas e efeitos, condições e
conseqüências.
Determinismo é o termo empregado, a
partir do século XIX, para referir-se à realidade
conhecida e controlada pela ciência e, no caso
da ética, particularmente ao ser humano como
objeto das ciências naturais (química e biologia)
e das ciências humanas (sociologia e
psicologia), portanto, como completamente
determinado pelas leis e causas que
condicionam seus pensamentos, sentimentos e
ações, tornando a liberdade ilusória.
SARTRE: acredita na capacidade de todo indivíduo de
escolher as suas atitudes, objetivos, valores e formas de
vida. É uma ilusão a crença de que os valores existem
objetivamente no mundo, em vez de serem criados apenas
pela escolha humana. Recomenda honestidade, ou seja,
que façamos nossas escolhas individuais com plena
consciência de que são autenticamente nossas e nada as
determina por nós. Parece assim que Sartre, a partir das
próprias premissas, teria que elogiar o homem que escolhe
devotar a vida à exterminação dos judeus, contanto que ele
escolha isso com plena consciência do que está fazendo.
Porém, paradoxalmente, a "sinceridade" que iria contraporse à má fé, não é inteiramente possível. O ideal de
sinceridade completa parece condenado ao fracasso por
dois motivos. Primeiro, uma vez que não podemos ser
simplesmente objetos observados e corretamente descritos,
não podemos ser considerados, nem por nós mesmos,
como honestos. Segundo, por que se é sincero no mal.
Assim sendo, o único valor fundamental e universal para o
existencialismo é a liberdade. Diz Sartre "Não pode haver
uma justificativa objetiva para qualquer outro valor". A única
recomendação positiva que Sartre pode fazer é que
deveríamos evitar a má fé e procurar fazer escolhas
autênticas.
Habermas: Um dos mais importantes
filósofos alemães do século XX, nasceu em
Gummersbach, a 18 de Junho de 1929. Fez
cursos de filosofia, história e literatura,
interessou-se pela psicologia e economia
(Universidades de de Gotingen- com Nicolai
Harttman-, de Zurique e de Bona). Em 1954
doutorou-se em filosofia na universidade de
Bona. Estudou com Adorno e foi assistente no
Instituto de Investigação Social de Frankfurt am
Main (1956-1959).
Em 1961 obtém licença para ensinar
(Universidade de Marburg) e, em seguida, é
nomeado professor extraordinário de filosofia da
Universidade de Heidelberg (1961-1964), onde
ensinava Hans Geor Gadamer. Foi nomeado
depois professor titular de filosofia e sociologia da
Universidade de Frankfurt am Main (1964-1971).
Desde 1971 é co-director do Instituto Max Plank
para a Investigação das Condições de Vida do
Mundo Técnico-Científico, em Starnberg.
Habermas foi durante os anos 60 um
dos principais teóricos e depois crítico do
movimento estudantil. É considerado um dos
últimos representantes da escola de Frankfurt.
É necessário ter claro o que significa razão prática para o
autor. Habermas toma este conceito de Kant. A razão
prática é a razão humana, a capacidade de pensar e
raciocinar enquanto está voltada para o agir. O termo
prática tem precisamente este sentido, de mostrar qual o
princípio que a orienta. Ao contrário, nossa capacidade de
pensar e raciocinar voltada apenas para a atividade
intelectual é denominada por Kant de razão teórica.
A Ética da Razão Comunicativa é uma teoria moral que
procura fornecer um novo princípio moral que oriente nossas ações
em contextos sociais estruturados. É uma teoria moral cognitivista,
que dá continuidade ao princípio moral enunciado por Immanuel Kant
no seu imperativo categórico.
A Ética da Razão Comunicativa foi proposta por Karl Otto
Apel seguindo um referencial kantiano, e posteriormente continuada
por Jurgen Habermas. Esta teoria moral parte do pressuposto de que
a linguagem é o meio de interação entre a Filosofia, a Sociologia e a
Psicologia.
Ética da Razão Comunicativa se baseia em três regras básicas:
Regra da Inclusão
"Todo e qualquer sujeito capaz de agir e falar pode participar de discursos."
Regra da Participação
"Todo e qualquer participante de um discurso pode problematizar qualquer
afirmação, introduzir novas afirmações, exprimir suas necessidades, desejos e
convicções."
Regra da Comunicação Livre de Violência e Coação
"Nenhum interlocutor pode ser impedido, por forças internas ou externas ao
discurso, de fazer uso pleno de seus direitos, assegurados nas duas regras anteriores."
Razão Comunicativa = Razão Reflexiva
Ética Comunicativa
Pensadores e a Ética
Descartes: reconhece o corpo humano como a
mais perfeita das máquinas; trabalha por impulsos
naturais, - o que é hoje chamado reflexos
condicionados -, mas os efeitos destes instintos
automáticos e desejos podem ser controlados ou
modificados pela mente, pelo poder da vontade
racional. A higiene do corpo é importante, mas há
igualmente a necessidade de uma higiene mental, a
qual é baseada no conhecimento verdadeiro dos
fatores psicológicos que condicionam o
comportamento. A mente necessita do treinamento
do "bom senso" e a aquisição de sabedoria, o que
por sua vez depende do conhecimento das
verdades da metafísica a qual, a metafísica, por seu
turno, inclui o conhecimento de Deus. Descartes
assim conclui que a atividade moral está baseada
no conhecimento verdadeiro dos valores, ou seja,
em idéias claras e distintas garantidas por Deus, do
valor relativo das coisas.
HOBBES: A vontade obedece à razão,
segundo o racionalismo clássico. Porém, para
Hobbes, A ÉTICA é apenas apetite. Um
determinismo mecanicista regeria não só os
movimentos do universo como também a
atividade psicológica do homem. O livre arbítrio
não passaria de ilusão: seria apenas uma ex
pressão destinada a ocultar a ignorância das
verdadeiras causas das decisões humanas.
Porém, qualquer que seja seu fundamento, a
contenção interna implica uma ética. No nível
das relações morais, é preciso que cada um segundo Hobbes - "não faça aos outros o que
não gostaria que fizessem a si"; é preciso evitar
a in gratidão, os insultos, o orgulho, enfim, tudo
o que prejudique a concórdia .
Numa das suas primeiras
obras, Origem da Tragédia (1871),
Nietzsche distingue na cultura Grega
dois princípios fundamentais, e que
irão servir de matriz para analisar a
cultura Européia: o Apolíneo e
Dionisíaco.
F. Nietzsche (1844-1900)
O princípio Apolíneo (do deus Apolo), simboliza a serenidade, claridade, medida, racionalidade.
Corresponde à imagem tradicional da Grécia Clássica e que aparece frequentemente associada às figuras de
Sócrates e Platão.
O Dionisíaco (do deus Dioniso), simboliza as forças impulsivas, o excesso transbordante, o
erotismo, a orgia, a afirmação da vida e dos seus impulsos (força, vontade).
Estes dois princípios estavam presentes na tragédia e na cultura grega, antes da influência de
Sócrates se fazer sentir. Ele submete os impulsos vitais e a sua energia excessiva aos constrangimentos da
razão. Esta viragem na filosofia coincide com aquilo que Nietzsche considera a decadência da tragédia,
preconizada por Euripedes, mas também ligada ao aparecimento da comédia. A partir de Sócrates-Platão a
cultura ocidental seria marcada pela repressão dos instintos vitais e a negação do prazer.
Super-homem: Nietzsche, como dissemos, opõem-se a todas as idéias igualitaristas,
humanitaristas e democráticas. De acordo com o seu pensamento as mesmas apresionam
o Homem, não o libertam. O seu modelo de Homem está nos príncipes do Renascimento:
valente, hábil, sem moral (acima do Bem e do Mal), apenas se guiando pela sua vontade
de poder, a sua energia vital. O super-homem é aquele que aceita a vida como ela é:
incerta, conflituosa e sem ilusões. Ele aceita as forças cósmicas incertas e contraditórias
que os outros negam e temem
Moral de Senhores e Moral de Escravos
A libertação do homem exige um combate
sem tréguas contra a moral dos escravos. Em primeiro
lugar critica a moral socrática, que subordina tudo à
razão. A seguir condena a religião e a moral cristã que
enaltece os fracos, apela à compaixão e à resignação
dos homens, promete recompensas num mundo no além
que não existe, estimulando a inveja pelos poderosos.
Condena igualmente a moral do dever de Kant, e a ética
utilitarista.Nesta crítica Nietzsche realiza uma minuciosa
análise linguística, histórica e psicológica dos conceitos e
das práticas que suportam estas concepções morais.
A moral dos senhores, a do Super-homem,
valoriza a força, a irrupção dos impulsos vitais, a vontade
de poder. Nietzsche chega inclusive a valorizar a guerra,
pois durante esta criam-se especiais oportunidades para
a manifestação de virtudes nobres, como a valentia ou a
generosidade dos guerreiros.
DEPOIS DE TUDO ISSO:
RESTA UMA CERTEZA...
OS MELHORES.
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