CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROFESSOR ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA CLEVERSON TADEU ROSA OPERADOR LOGÍSTICO: VANTAGEM OU DESVANTAGEM PARA CONTRATAR SEUS SERVIÇOS LINS/SP 2º SEMESTRE/2014 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA CLEVERSON TADEU ROSA OPERADOR LOGÍSTICO: VANTAGEM OU DESVANTAGEM PARA CONTRATAR SEUS SERVIÇOS Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antonio Seabra, para obtenção do Título de Tecnólogo(a) em Logística. Orientador: Prof. Me. Euclides Reame Junior LINS/SP 2º SEMESTRE/2014 CLEVERSON TADEU ROSA OPERADOR LOGÍSTICO: VANTAGEM OU DESVANTAGEM PARA CONTRATAR SEUS SERVIÇOS Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antonio Seabra, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Tecnólogo(a) em Logística sob orientação do Prof. Me. Euclides Reame Junior. Data de aprovação: ___/___/___ __________________________________________ Prof. Me. Euclides Reame Junior __________________________________________ Prof. Me. Silvio Ribeiro __________________________________________ Prof. Me. Sandro da Silva Pinto 3 OPERADOR LOGÍSTICO: VANTAGEM OU DESVANTAGEM PARA CONTRATAR SEUS SERVIÇOS Cleverson Tadeu Rosa¹ Me. Euclides Reame Júnior² ¹ Acadêmico do Curso de Tecnólogo em Logística da Faculdade Prof. Antônio Seabra de Lins - Fatec, Lins-SP, Brasil ² Docente do Curso de Tecnólogo em Logística da Faculdade Prof. Antônio Seabra de Lins - Fatec, Lins-SP, Brasil. RESUMO Na atualidade mercadológica, com a globalização econômica e o avanço tecnológico, as empresas necessitam de mudanças estruturais nas organizações, pois a competitividade vai muito além dos conceitos de comercialização de produtos e serviços. Para que esses serviços sejam oferecidos eficientemente no lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas, é imperativo que as atividades da logística devem ser compreendidas como uma ferramenta para a redução de custos. Umas das principais atividades da logística é o transporte, para que atinjam seus objetivos é necessário maior integração de suas modalidades e o uso eficiente da tecnologia para otimizar os serviços, pois o transporte pode absorver dois terços dos gastos logísticos. Assim, o operador logístico ou prestador de serviços logísticos é um profissional que deve compreender os processos logísticos como um agente integrador com conhecimento desta gestão e capacitação em recursos técnicos e operacionais. Diante deste contexto, este artigo visa compreender as vantagens ou desvantagens na contratação de um operador logístico quanto das empresas terceirizarem seus serviços, tendo para isto utilizado a metodologia da pesquisa bibliográfica na qual permitiu compreender o conceito de operador logístico e os serviços que podem oferecer ao contratante. Compreendeu-se que o uso da tecnologia é essencial para a otimização dos serviços, para uma maior competitividade no mercado e consequentemente uma redução de custos. Palavras-chave: Logística. Transporte. Operador logístico. ABSTRACT Logistics represents the arrangement of merchandise or services at the right place, at the right time and in the desired condition because when these services are performed efficiently companies have the opportunity to achieve cost reduction for greater competitiveness in the market. For transportation services achieve their goals it's necessary to have greater integration of its modalities and an efficient use of technology to optimize services, once transportation can absorb two-thirds of logistics costs. Thus, the logistics operator or provider of logistics services is a professional who must understand the logistics processes as an integrating agent with a good knowledge about this management and capacity in in technical and operational resources. Keywords: Logistics. Transport. Logistic operator. 4 INTRODUÇÃO A globalização e o avanço tecnológico tornou o mercado muito competitivo, assim com todos esses fatores socioeconômicos, em constante evolução, as empresas necessitam de serviços e um sistema organizacional eficiente no intuito de reduzir custos. Portanto as atividades da logística devem ser utilizadas de uma forma em que se deve dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas pelo cliente. Para superar as expectativas do cliente quanto à entrega de produtos e serviços, as atividades da logística no que diz respeito ao transporte devem ser realizadas de forma integrada. Assim, todas as modalidades de transporte tais como: ferroviário, dutoviário, aeroviário, aquaviário e rodoviário devem ser realizados conforme o produto, o volume e o tempo de transporte. Todos esses serviços logísticos devem ocorrer com rapidez e eficiência para que os custos sejam mínimos. Os prestadores de serviços logísticos é uma realidade no mercado mundial, seja pela participação nas atividades ou nas alianças da cadeia de suprimentos. Da qual sua competência é ser um prestador das atividades desempenhando funções de todo processo logístico de uma empresa ou somente parte dele. As transformações desse setor são constantes, portanto os profissionais dessa área devem ter uma visão integrada da cadeia e se posicionando como um agente integrador. A justificativa deste artigo deve-se ao aumento da terceirização de serviços que vem atingindo as atividades logísticas, e assim o surgimento de um novo profissional o operador logístico. Nesta pesquisa foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica, na qual permitiu compreender o conceito e os serviços prestados pelos operadores logísticos, e a importância do sistema de transporte nos processos logísticos. O objetivo desse artigo visa compreender as vantagens e as desvantagens de se contratar um prestador de serviços logísticos e consequentemente a sua tercerização. 1 A CIÊNCIA LOGÍSTICA Segundo Christopher (2007), logística é o processo de planejamento e controle da movimentação física de materiais, matéria-prima, produção e produtos acabados. De forma economicamente eficiente da qual a lucratividade atual e futura sejam maximizadas mediante o menor custo possível. Uma conceituação em que está implícita a busca da satisfação do cliente e a preocupação com o sistema logístico, como um todo no intuito de obter vantagem competitiva. O objetivo da logística é prover ao cliente os níveis de serviços por ele requeridos, com a entrega do “produto certo, no lugar certo, no momento certo, nas condições certas e pelo custo certo”. Assim satisfazer ao cliente faz parte da logística. Entende-se que o processo é efetivado quando este objetivo é alcançado, portanto, as suas atividades possibilitam maior integração, coordenação e sustentação. Para equilibrar as expectativas de níveis de serviços e os custos incorridos, a logística necessita buscar estratégias, planejamentos e desenvolvimento de sistemas que lhe assegurem atingir seus objetivos. Para movimentar materiais e produtos aos clientes de maneira oportuna, uma empresa incorre em custos, visando agregar um valor que não existia e que foi criado para o cliente. Isso faz parte da missão da logística, viabilizando operações relevantes de Produção e Marketing, minimizando todos os tempos e custos, dadas as condições de cada elo da cadeia de suprimentos. A logística, atualmente, é uma área estratégica nas empresas no intento de redução de custos (FARIA; COSTA, 2012). Todos esses elementos do processo logístico devem ser enfocados com um objetivo fundamental: satisfazer as necessidades e preferencias dos consumidores finais. 5 Operando num mercado eminentemente competitivo, não basta adotar soluções tecnicamente corretas. É necessário buscar soluções eficientes, otimizadas em termos de custo, e que sejam eficazes em relação aos objetivos pretendidos (NOVAES, 2007). 1.1 HISTÓRICO Acredita-se que a Logística teve sua origem em atividades militares, como forma de defesa ou objetivando a conquista de novos territórios, relacionando-a as atividades de acomodar, suprir e acantonar tropas. Apesar de que a Logística não deveria ter sua origem associada apenas às operações de guerra, pois, por exemplo, na construção das Pirâmides do Egito e em outras obras majestosas foram realizadas muitas atividades relacionadas às atividades da Logística (FARIA; COSTA, 2012). A partir de 1950, a ciência logística permanecia em estado de dormência, pois o transporte era tratado gerencialmente pela produção e os estoques eram de responsabilidade das finanças ou produção. Já de 1950 a 1980 houve um período de desenvolvimento em que se percebeu uma atenção maior das empresas ao volume de compras e de vendas do que à eficiência da distribuição física. Mas as melhorias não foram estruturadas a ponto de surgir uma logística integrada, mas sim mudanças pontuais. Finalmente, depois de 1990, teve-se uma compreensão da logística integrada, da qual hoje é considerada uma das áreas mais férteis e prósperas dos negócios. A intensificação das atividades logísticas deveu-se à conjunção de muitos fatores, tais como: o rápido desenvolvimento da tecnologia de ponta em geral, incluindo tecnologias de sistemas de informação; o momento político global, em que se vivi uma era neoliberalismo; o mundo dos negócios digitais (HARA, 2011). 1.2 EVOLUÇÃO DO CONCEITO É fato que o termo “logística” e a implementação de suas ferramentas é relativamente bastante recente: as atividades logísticas eram praticadas de forma esparsa, isto é, não integrada e carente de um desenvolvimento metodológico adequado. Não raro, nas indústrias, o transporte era sinônimo de logística, o que traduz uma visão muito reducionista, compatível com o pouco conhecimento da época (HARA, 2011). A logística evoluiu muito desde seus primórdios. Agrega valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação à cadeia produtiva. Além de agregar os quatros tipos de valores positivos para o consumidor final, a logística moderna procura também eliminar do processo tudo que acarrete custos e perda de tempo. A logística envolve também elementos humanos, materiais, tecnológicos e de informação. Implica a otimização dos recursos, pois, se de um lado se busca o aumento da eficiência e a melhoria dos níveis de serviço ao cliente, de outro, a competição no mercado obriga a uma redução continua de custos. O que vem fazendo da logística um dos conceitos gerenciais mais modernos são dois conjuntos de mudanças, o primeiro de ordem econômica, e o segundo de ordem tecnológica. As mudanças econômicas criam novas exigências competitivas, enquanto as mudanças tecnológicas tornam possível o gerenciamento eficiente e eficaz de operações logísticas cada dia mais complexas e demandantes (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). Atualmente, o avanço da tecnologia de informação (TI) nos últimos tempos vem permitindo às empresas a executar operações que antes eram inimagináveis. O custo decrescente da tecnologia, associado a sua maior facilidade de uso, permitem aos executivos poder contar com meios para coletar, armazenar, transferir e processar dados com maior eficiência, eficácia e rapidez. Portanto, o gerenciamento eletrônico de 6 informações proporciona uma oportunidade de reduzir os custos logísticos mediante sua melhor coordenação. Além disso, permite o aperfeiçoamento do serviço baseando-se principalmente na melhoria da oferta de informações ao cliente (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). 1.3 GRUPOS DE ATIVIDADES Para uma melhor caracterização do que representa a função logística dentro das empresas, mostra-se a seguir as diversas atividades da logística, e suas respectivas funções. Dentre as principais atividades logísticas destacam-se: planejamento da movimentação física; transporte; manuseio de materiais a armazenagem; entrega de produto para os clientes; administração dos estoques; gerenciamento do fluxo de pedidos, tanto de compra como de venda, dentro das organizações; administração do fluxo de informação relativa à movimentação física é responsável pela qualidade de prestação de serviços ao cliente. Assim, um sistema logístico pode ser subdividido em quatro subsistemas: informações; suprimento; produção; e distribuição física (SOUZA; BARBOSA, 2006). Gestão de suprimento engloba as atividades realizadas para colocar os materiais e componentes na linha de produção ou distribuição, das quais são utilizadas as técnicas de armazenagem, movimentação, estocagem transporte e fluxo de informações. Suas principais atividades estão relacionadas ao processo de obtenção de materiais, controle de estoques e sistemas de armazenagem. A logística de distribuição física compreende a elaboração e a administração dos sistemas que controlam o fluxo de matérias-primas e de produtos acabados, quer dizer, compreende uma extensa variedade de atividades relacionadas com o movimento dos produtos acabados, desde o final da fabricação até o consumidor e o transporte de matérias-primas, desde as fontes de fornecimento até a linha de produção. Distribuição física é uma atividade da logística que está associada ao movimento de material de um ponto da produção ou armazenagem até o cliente. E é uma parte do composto de marketing (produto, preço, promoção e distribuição), que no âmbito das atividades de armazenagem e transporte busca uma forma estratégica de agregar valor ao cliente, através de modelos de distribuição que reduzam custos e que os processos sejam executados com eficiência para se obter vantagem competitiva (FARIA; COSTA, 2012). 1.4 PANORAMA NO BRASIL Com a abertura da economia e a globalização, as empresas brasileiras passaram a buscar novos referenciais para a sua atuação, inclusive no domínio da logística. No entanto, os passos ainda são tímidos, à mercê de uma série de fatores. Uma das limitações observadas nas empresas brasileiras, quanto às possibilidades de evolução em termos logísticos, é sua estrutura organizacional. A clássica divisão da empresa em setores girando em torno de atividades afins (manufatura, finanças, vendas, marketing, transporte e armazenagem) não permite o tratamento sistêmico e por processo das operações logísticas (NOVAES, 2007). Durante a década de 90, a logística no Brasil passou por profundas transformações em direção a maior sofisticação. Essas transformações são evidenciadas em diferentes aspectos, sejam eles relacionados à estrutura organizacional, às atividades operacionais, ao relacionamento com os clientes, ou às questões financeiras. Pode-se afirmar que passamos por um processo revolucionário, tanto em termos das praticas empresariais, quanto da eficiência, qualidade e disponibilidade da infraestrutura de transportes e comunicações, elementos fundamentais para a existência da logística moderna. 7 No nível empresarial, o processo de modernização vem sendo liderado por dois segmentos industriais, o automobilístico e o grande varejo. Nos últimos anos esses setores provocaram grandes mudanças em suas politicas de suprimentos visando a redução de custos e melhorar a qualidade de serviços. No entanto, todo esse esforço empresarial ainda esbarra nas deficiências encontradas na infraestrutura de transportes e comunicações. Devido à falta de modernização dos portos, ferrovias e dutos, assim como os subsídios implícitos que existem no modal rodoviário. Contudo está ocorrendo mudanças nesses setores de modais, e assim o Brasil está se preparando para o novo ambiente competitivo que começa a ser formado no setor de transporte e logística. As mudanças são muitas, mas ainda existem barreiras a serem vencidas. Entre elas, destaca-se a pequena oferta de profissionais com formação adequada para implementar os novos conceitos e tecnologias que caracterizam a moderna logística integrada (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). 2 MODAIS DE TRANSPORTE 2.1 A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE TRANSPORTE O transporte é o principal componente dos sistemas logísticos das empresas. Sua importância pode ser medida através de pelo menos três indicadores financeiros: custo, faturamento e lucro. Além disso, o transporte tem um papel essencial na qualidade dos serviços logísticos, pois impacta diretamente no tempo de entrega, a confiabilidade, capacidade e a segurança dos produtos. Do ponto de vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, o que, em alguns casos, pode significar duas ou três vezes o lucro de uma companhia. As principais funções do transporte na logística estão ligadas basicamente às dimensões de tempo e utilidade de lugar. Desde os primórdios, o transporte tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, dentro do prazo adequado às necessidades do comprador. São basicamente cinco modais de transporte de cargas: rodoviário, ferroviário, aquaviario, dutoviario e aéreo. Cada um possui custos e características operacionais próprias, que os tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Evidentemente os aspectos de custos devem ser considerados, e também, características de serviços (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). 2.2 MODALIDADES DE TRANSPORTE 2.2.1 Transporte Dutoviário Muito limitado em serviço e capacidade. Essa modalidade de transporte compreende a movimentação de gases, líquidos, grãos e minérios por meio de tubulações. O trabalho exigido para esse tipo de movimentação é bastante grande, uma vez que as linhas de tubos passam por vales, lagos, rios, montanhas e mesmo pelo oceano. Os testes são fundamentais antes do inicio da operação a fim de evitar vazamentos. É necessário monitorar permanentemente esses dutos durante a vida operacional das tubulações. Portanto, o custo fixo é elevado e o custo variável é baixo, pois não há custo com mão-de-obra de grande importância. O transporte dutoviário é uma forma eficiente e segura de transporte. No Brasil, essa área tem evoluído, e a busca de eficiência e segurança é primordial para responder a um mercado cada vez mais competitivo. A adoção de automação industrial é fundamental para monitorar a eficiência desse tipo de transporte (HARA, 2011). 8 2.2.2 Transporte Aéreo O transporte aéreo é uma modalidade mais utilizada para produtos que têm um alto valor, como equipamentos eletrônicos e máquinas de precisão, devido ao alto custo nele envolvido. Essa modalidade apresenta características importantes quanto à segurança e agilidade. Grandes distâncias ainda são na maioria das vezes percorridas por navios, por ser um tipo de transporte menos oneroso. A significativa vantagem do uso do transporte aéreo está na velocidade da entrega quando se trata de percorrer grandes distâncias, perdendo para distâncias mais curtas porque ainda se gasta muito tempo nas saídas e chegadas dos aviões nos terminais. O transporte aéreo, necessariamente dependente de grandes terminais, não possui flexibilidade suficiente para atingir uma diversidade de locais, obrigando à prática do transporte combinado, normalmente o rodoviário (HARA, 2011). As companhias aéreas estão formando alianças estratégicas a fim de competir em um mercado globalizado. Essas alianças possibilitam que as empresas aéreas sejam mais eficientes, melhorem a produtividade e ofereçam um melhor nível de serviço. A melhoria de produtividade está baseada no consumo mais eficiente de combustível aliado à melhor utilização de ativo, incluindo a aeronave. Pois, o custo fixo e a variável são muitos elevados em relação a outros modais (HARA, 2011). 2.2.3 Transporte Ferroviário Um transporte apropriado para grandes massas, e torna-se pouco eficiente e muito oneroso para o deslocamento de pequenas quantidades. Portanto, é utilizado para itens de baixo valor agregado, mas com grandes volumes de movimentação como: granéis, minérios, produtos agrícolas entre outros. E para longas ou pequenas distancias, com baixas velocidades. Comparado ao transporte rodoviário o transporte ferroviário não tem versatilidade e flexibilidade, porque está limitado a instalações fixas. Um dos principais problemas apresentados por esse tipo de modal é que o transporte ferroviário opera de acordo com horários previamente estipulados, o que dificulta a rapidez na entrega e a satisfação do cliente. Outro problema apresentado é que muitas vezes, o vagão não está disponível na hora e no lugar necessário. Além disso, apresenta altos custos fixos, provenientes de manutenção e depreciação de terminais, equipamentos, estradas de ferro, e custo variável baixo, dependente da distância percorrida (FARIA; COSTA; 2012). Recentemente privatizado, o modal ferroviário convive com uma série de limitações, que vem dificultando sobremaneira seu desenvolvimento no país. A primeira das limitações é a extensão da malha. Além disso, nosso sistema ferroviário possui um histórico de baixa produtividade. Mesmo com a privatização os investimentos são inexpressivos quando comparados com nossas necessidades, e com padrões internacionais (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). 2.2.4 Transporte Rodoviário Um modal de transporte ideal para quantidades pequenas de produtos acabados ou semiacabados para rotas de curta distancia. Uma vantagem para o serviço de porta-aporta. O transporte rodoviário oferece uma ampla cobertura, podendo ser caracterizado como flexível e versátil, sendo mais compatível com as necessidades de serviço ao cliente do que outros modos de transporte. Esse modo é amplamente utilizado devido a sua praticidade, no que se refere à movimentação de diversos tipos de cargas do ponto de origem a um destino. Pois, os 9 custos fixos são baixos, mas os custos variáveis com combustível, pedágios, manutenções entre outros são médios (FARIA; COSTA, 2012). Muito embora pareça óbvio que, ao executar a operação com recursos próprios a empresa tenha maior controle sobre qualidade, prazos, disponibilidade, flexibilidade, devido à proximidade, exclusividade e facilidade de coordenação, nem sempre esses argumentos se efetivam na prática. Diante do processo de modernização por que passam as empresas, em decorrência de competividade, tanto que se refere a capacitação tecnológica quanto à qualidade dos produtos e serviços oferecidos, surgiu a figura dos operadores logísticos, que podem vir a responsabilizar-se pela operação de transporte de uma empresa. No Brasil, o setor rodoviário de cargas convive com uma série de problemas estruturais. Dentre eles se destacam a informalidade e fragmentação do setor, uma frota crescentemente envelhecida pela incapacidade de renovação, a insegurança que resulta em crescente roubo de cargas, a falta de regulamentação e o excesso de capacidade, que resulta em concorrência predatória e preços inferiores aos custos reais. Ademais que, os problemas estruturais do setor já se refletem sobre seu desempenho econômico (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). 2.2.5 Transporte Aquaviário Para esse modo de transporte é necessário que se tenha condição geográfica favorável, de maneira que o deslocamento seja concretizado com êxito. É desmembrado em diversas categorias, como: fluvial para o interior, tais como rios e canais; lagos; oceanos litorâneos e interlitorâneo; e marítimo internacional. A maioria dos produtos transportados por essa modalidade é de semi-acabados ou matérias-primas a granel, como minérios, grãos, produtos de polpa de madeira, carvão, calcário e petróleo. O modo aquaviário não apresenta flexibilidade de rotas e terminais e depende de soluções com intermodalidade e de legislação pertinente ao processamento em armazéns alfandegados. É utilizado para grandes distancias, mas apresenta baixas velocidades. Esse meio de transporte é necessário que mares, rios, lagos e canais sejam navegáveis. Vale ressaltar ainda que existem tarifas relacionadas ao volume, à distância e à demanda, bem como outras tarifas ligadas ao tipo do produto, ao tamanho e aos serviços especiais (FARIA; COSTA, 2012). O transporte aquaviário, composto pela cabotagem e a navegação de interior, convive com uma serie de dificuldades. No caso da cabotagem, que vem crescendo com a carga conteinerizada, a maior dificuldade encontra-se na baixa frequência de serviços, que hoje é de cerca de um navio por semana nas principais rotas, o ideal seria de no mínimo dois. Somem-se a isso as dificuldades após as privatizações, ainda convivem com custos elevados e baixa eficiência operacional, quando comparado a padrões internacionais (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). 2.3 TRANSPORTE MULTIMODAL E INTERMODAL O transporte multimodal é definido como sendo o movimento de cargas que utiliza de maneira combinada diferentes modos de transporte, entre o rodoviário, ferroviário, aéreo, dutoviário e hidroviário, onde a movimentação ocorre desde a origem até o destino, sob responsabilidade de um único operador, legal e contratual. O serviço de transporte intermodal consiste na combinação de distintos modos de transporte, em que diferentes contratos são efetuados de maneira unilateral com as diferentes empresas responsáveis pelo transporte. O elemento diferencial entre multimodal e intermodal é que no primeiro apenas um agente se encarrega do movimento da carga utilizando mais de um meio físico (HARA, 2011). 10 O transporte multimodal ou intermodal são elementos facilitadores nos processos de importação e exportação, uma vez que pode ser aproveitado o que cada modo de transporte tem de melhor, visando à redução de custos e o nível de serviço. O grande objetivo da combinação das modalidades é a busca de otimização dos recursos de transporte nas suas diferentes fases e não apenas físicas, mas também na fase de planejamento e operação. Assim, a consolidação de cargas em contêineres e paletes são fatores fundamentais no processo de transporte multimodal. E também a consolidação de transporte é fundamental para o planejamento das decisões de embarque e redução de custos. Há várias maneiras de consolidar o transporte: roteirizando veículos, criando um conjunto de empresas com vários embarques, utilizando intermodalidade ou estruturando tabelas de embarques (FARIA; COSTA, 2012). 2.4 TECNOLOGIA O avanço da tecnologia também tem afetado as atividades de transporte, agilizando os processos, eliminando o excesso de papéis, melhorando a comunicação e trazendo maior segurança ao deslocamento das cargas. A tecnologia pode ser usada de várias formas, como: Controle de veículos por satélites: indica sua posição de deslocamento; Controle de rotas: sistemas altamente flexíveis permitem traçar rotas econômicas para diferentes veículos, considerando capacidades, áreas geográficas e características do produto a ser transportado; Checagem da carga: a contagem pode ser efetuada por leitura ótica, alimentando diretamente um sistema de estoques; Informação imediata de entregas ou de outros problemas de rota; Visibilidade da cadeia de abastecimento em todo o seu contexto: ativos, estoques, localização geográfica de veículos e produtos, capacidades, disponibilidades de fornecedores entre inúmeros outros benefícios. 3 OPERADORES LOGÍSTICOS 3.1 CONCEITUAÇÃO DE OPERADOR LOGÍSTICO Atualmente, o Prestador de Serviço Logístico (PSL) ou Operador logístico é uma realidade no mercado mundial, seja pela participação nas atividades ou pelas alianças na cadeia de suprimento. A utilização do prestador de serviços evoluiu ano a ano e tem uma relação direta com a busca de vantagens competitivas na cadeia de suprimento. Assim, na consolidação a gestão da cadeia de suprimento, têm levado estes provedores a assumir um papel mais abrangente e integrado com seus clientes. Essa integração entre os agentes é fundamental para o sucesso da cadeia, o prestador de serviços tem se tornado um provedor de recursos para a empresa que, estrategicamente, buscam melhorias na cadeia (VIVALDINI; PIRES, 2010). Operador logístico, de acordo com NOVAES (2007), é o prestador de serviços logísticos que tem competência reconhecida em atividades logísticas, desempenhando funções que podem englobar todo o processo logístico de uma empresa cliente ou somente parte dele. No decorrer do tempo, o operador logístico vem passando por diversas transformações, pois passou a se modernizar e a ganhar uma formatação voltada à prestação de diversos tipos de serviços, geralmente relacionado aos setores de transporte e armazenagem. 11 O operador logístico é um prestador de serviços, executando duas ou mais atividades nos diferentes processos existentes na cadeia de suprimentos. É claro que, numa linha evolutiva desses serviços, é fundamental para esses prestadores de serviços terem a visão integrada da cadeia e se posicionarem como um agente integrador, com conhecimento deste tipo de gestão e capacitação em recursos técnicos e operacionais (VIVALDINI; PIRES, 2010). 3.2 TIPOS DE OPERADORES LOGÍSTICOS Sob o ponto de vista operacional, existem dois tipos básicos de operadores logísticos: operadores baseados em ativos e operadores baseados em informação e gestão. Os operadores baseados em ativos caracterizam-se por possuírem investimentos próprios em transporte, armazenagem, entre outros. Os operadores baseados em gestão e informação não possuem ativos operacionais próprios. Vende know-how de gerenciamento, baseado em sistemas de informação e capacidade analítica, que lhes possibilitam identificar e implementar melhores soluções para cada cliente em específico, com base na utilização de ativos de terceiros. As vantagens de um operador ou de outro dependerá do serviço prestado ao cliente, onde o operador baseado no ativo haverá um maior comprometimento e o baseado em informação pode ser mais flexível na busca de uma melhor solução. São duas as principais fontes para o surgimento de operadores logísticos: ampliação de serviços e diversificação de atividades. No primeiro caso, as fontes são as empresas especializadas em transporte, ou armazenagem, ou informação, que através de parcerias, ampliam sua atuação para oferecer um serviço integrado de logística para seus clientes. No segundo caso, encontram-se empresas industriais ou comerciais que já possuem um alto desenvolvimento no gerenciamento interno de suas operações logísticas, decidem diversificar sua atividade, criando empresas prestadoras de serviços logísticos integrados para terceiros (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). O processo de seleção de prestadores de serviços pode variar em relação a sua complexidade, conforme o perfil dos serviços a serem contratados e o tipo de relacionamento que se pretende desenvolver. Para fornecedores não estratégicos, normalmente considera-se a análise de cotação de tarifas como única ferramenta de decisão, isto é, busca-se o custo mais baixo. Já o processo de seleção de fornecedores estratégicos, em que pode haver a necessidade de investimentos significativos, geralmente é bem mais complexo. 3.3 FATORES LOGÍSTICOS QUE FAVORECEM A CONTRATAÇÃO DE OPERADORES O ambiente econômico e empresarial vem passando por grandes transformações nos últimos 20 anos. Como em consequência, as operações logísticas tornaram-se mais complexas, mais sofisticados tecnologicamente e o mais importantes sob o ponto de vista estratégico a utilização de especialistas. São cinco os principais fatores que tornaram a logística mais complexa: a proliferação de produtos, devido ao desenvolvimento tecnológico; a globalização, que implica compra e venda e qualquer parte do mundo; a politica de segmentação de mercados implica a necessidade de variados canais de distribuição; as constantes inovações tecnológicas, combinados com a nova politica de lançamento de novos produtos; e a crescente exigência dos clientes por melhores serviços (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). A combinação de crescente complexidade operacional e sofisticação tecnológica têm contribuído para aumentar a demanda por operadores logísticos. Além das vantagens 12 básicas de custos e qualidade de serviços, os operadores logísticos têm o potencial de gerar vantagens competitivas para seus contratantes em três dimensões adicionais: redução de investimentos em ativos, foco na atividade central do negócio e maior flexibilidade operacional. Pois, a tendência do atual ambiente empresarial é a busca pela maximização do retorno sobre os investimentos. A inovação e o aprendizado permanente são requisitos básicos para que as empresas se mantenham vivas e competitivas. No mundo de hoje, a capacidade de se adaptar rapidamente a flutuações de preços e demanda e a diferentes exigências de mercado, é um requisito para sobrevivência (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). 3.4 PROBLEMAS NA UTILIZAÇÃO DE OPERADORES LOGÍSTICOS O primeiro deles é o risco de perder o acesso de informações-chaves do mercado, pois a empresa corre o risco de perder a sensibilidade de identificar a tempo as mudanças necessárias. Um segundo problema é o descompasso entre as percepções do contratante e do operador contratado sobre o que sejam os objetivos competitivos da empresa contratante. Isso pode ocorrer devido a falta de mecanismos adequados de comunicação entre contratante e operador contratado tende a gerar um descompasso de percepções sobre as reais prioridades competitivas, gerando como consequência descompasso sobre objetivos operacionais (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). Um terceiro problema potencial é a incapacidade de o operador logístico cumprir as metas combinadas com o contratante. Essas tensões devem ser monitoradas para evitar frustações de ambos os lados. Um quarto problema é a criação de uma dependência da empresa contratante ao operador logístico, gerando alto custo de mudança. Para minimizar a ocorrência de problemas na contratação de operadores logísticos, o melhor caminho é seguir um procedimento analítico estruturado que permita decidir, em bases mais objetivas possíveis, sobre a conveniência de terceirizar, e com quem terceirizar (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009). 3.5 TERCEIRIZAÇÃO COM OPERADORES LOGÍSTICOS Caracterizada pelas diversas transformações organizacionais das últimas décadas, o outsourcing de processos (ou terceirização) se consolidou em diversos setores e não foi diferente na prestação de serviços logísticos. As atividades terceirizadas estavam mais focadas na armazenagem e no transporte, sem muita relação com os processos considerados estratégicos da cadeia de suprimentos (VIVALDINI; PIRES, 2010). Geralmente, são dois direcionadores que conduzem as empresas a terceirizar: o tamanho da demanda e o tamanho da cadeia. A seguir, tem-se um resumo das motivações e das razões que levam uma empresa a terceirizar os serviços logísticos, bem como as possíveis razões pelas quais decide por operadores logísticos: Focar esforços em seus próprios negócios e na busca de novos mercados; Reduzir os custos logísticos e evitar investimentos em ativos não relacionados ao negócio da empresa; Coordenar as atividades logísticas numa visão mais global; Melhorar e controlar os níveis dos serviços e das atividades logísticas; Ter maior flexibilidade e eficiência nas operações logísticas; Ter acesso a novas tecnologias (TIC) e conhecimento logístico. Os serviços fornecidos por PSL recaem em um modelo que combina serviços físicos e gerenciais. À medida que a complexidade e a necessidade de customização das diferentes operações na cadeia aumentam o número de empresas envolvidas na prestação de serviços também aumenta. A gestão desses processos exige maior 13 especialização, nem sempre presente nas organizações, assim é fundamental que o PSL se especializa em diferentes operações como forma de atuar num modelo de gestão mais integrada na cadeia de seus clientes (VIVALDINI; PIRES, 2010). O processo de seleção de prestadores de serviços pode variar em relação a sua complexidade, conforme o perfil dos serviços a serem contratados e o tipo de relacionamento que se pretende desenvolver. Para fornecedores não estratégicos, normalmente considera-se a análise de cotação de tarifas como única ferramenta de decisão, isto é, busca-se o custo mais baixo. Já o processo de seleção de fornecedores estratégicos, em que pode haver a necessidade de investimentos significativos, geralmente é bem mais complexo. 3.6 OS PRINCIPAIS OPERADORES LOGÍSTICOS NO BRASIL A partir de uma pesquisa realizada pelo Instituto ILOS com 315 profissionais de carreira executiva, selecionados entre as mil maiores indústrias em faturamento do país. A grande vencedora foi a DHL Supply Chain, o segundo lugar ficou com a JSL e o terceiro com a Rapidão Cometa/ Fedex. Os demais colocados foram: 4° TNT Mercúrio, 5° Luft Logistics, 6° Aliança, 7° ALL (America Latina Logística), 8° Expresso Jundiaí, 9° AGV Logística e 10° Log in. A DHL faz parte do maior Grupo de transportes e logística do mundo, a Deutsche Post DHL e é uma das maiores empresas do setor estando presente em mais de 220 países e territórios e, além de receber a primeira colocação geral, foi a mais votada por profissionais dos setores de Agronegócio, Automotivo e Autopeças, Comércio Varejista, Eletroeletrônicos, Higiene, Limpeza, Cosmético e Farmacêutico, destes 53% votos eram clientes, e 47% de não clientes. Para a pesquisa indicadora do prêmio, cada profissional votou livremente em dois provedores logísticos, parceiros ou não da empresa, identificando as atividades onde cada um mais se destaca. Tecnologia da informação (78%), transporte de carga (77%), gestão integrada das operações (75%) e armazenagem (68%) foram as características de excelência mais votadas entre os vencedores. Os ganhadores também se diferenciam dos demais por terem maior receita média (R$ 1,514 mi X R$ 207mi), tempo de mercado (26 X 13 anos), certificação (90% X 73%), escritório no exterior (50% X 28%), armazéns (27% X 6 %) e frota própria (90% e 68%). O estudo divulgado durante o evento analisa os últimos dez anos de terceirização no Brasil. Durante esse período, o gasto das empresas com terceiros logísticos caiu de 69% para 65%, enquanto os custos internos aumentaram de 31% para 35%. “Esses indicativos transmitem um crescimento da importância organizacional do gestor logístico, fato que refletiu no governo com a criação de novas regulamentações, como a Nova Lei dos Motoristas, Lei dos Portos, aumento de restrições à circulação urbana e novas regulamentações de ferrovias”, explica Fleury. A redução de custos ainda é o principal motivo para as empresas terceirizarem suas atividades logísticas (88%), seguido de custos em maior eficiência (87%) e redução de investimentos em ativos (87%). Ao fazer um comparativo com a pesquisa de 2003, as empresas hoje vêem uma necessidade maior de terceirização para melhoria de TI (30%70%), maior know how (35% - 75%) e maior eficiência (44% - 87%). Já focar no core business teve uma diminuição de 76% para 73%. As atividades mais terceirizadas são transporte de suprimentos (91%), de distribuição (90%) e de transferência (88%), e as menos são gestão integrada das operações logísticas (12%), de estoque (5%) e serviço ao cliente (4%). O maior responsável pela substituição dos prestadores continua sendo a má qualidade dos serviços (94%). De acordo com os entrevistados, a entrada de operadores estrangeiros contribuiu principalmente para aumentar a concorrência (91%), profissionalizar (91%) e melhorar a qualidade do setor (88%). O estudo conclui ainda que atividades relacionadas 14 à armazenagem como, por exemplo, montagem de kits, cross docking e embalagem, são as que mais devem crescer nos próximos três anos ( FLEURY, 2013). 4 METODOLOGIA Quanto da natureza deste artigo o método utilizado é o da pesquisa bibliográfica que objetiva gerar conhecimentos novos e uteis para o avanço da ciência sem aplicação prática, da qual visa à compreensão do segmento serviços logísticos realizados por um prestador de serviços logísticos. A abordagem utilizada foi à pesquisa qualitativa que é a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados nos processos que tende a analisar seus dados intuitivamente, pois não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. Os procedimentos técnicos utilizados foi o da pesquisa bibliográfica que é elaborada a partir de material já publicado e o estudo realizado foi as atividades logísticas, as modalidades de transporte e o conceito de operadores logísticos e suas características. Quanto ao objetivo deste artigo realizado através de uma pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torna-lo explícito ou a construir hipóteses. Que nesta pesquisa envolve levantamento bibliográfico. 5 RESULTADOS Através da pesquisa bibliográfica foi possível compreender que para contratar um operador logístico é necessário entender todo o processo logístico de forma integrada, e possuir um sistema de transporte intermodal eficaz para que custos logísticos se reduzam. E que uma empresa deve contratar serviços de um operador logísticos no momento em que a empresa quer focar em seus negócios, reduzir custos logísticos, coordenar as atividades logísticas, ter maior flexibilidade e eficiência nas operações logísticas, e ter acesso a novas tecnologias para uma maior competividade em âmbito global. Apesar de que a maior desvantagem é perder o contato com seu consumidor final e de não poder processar quais são as necessidades de seus clientes. Mas que tudo isso deve ser resolvido em todo o âmbito da cadeia de forma integrada para se obter maior competitividade no mercado. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo realizado neste artigo permitiu alcançar o objetivo que é analisar qual o melhor momento de uma empresa contratar um prestador de serviços logísticos, e também permitiu verificar que através do uso integrado dos modais de transporte otimizam os serviços das atividades logísticas, assim um prestador de serviços logísticos que possuir uma visão sistêmica de toda a cadeia de suprimento pode obter vantagem competitiva no mercado de serviços. Notou-se que a integração dos processos logísticos deve-se ao avanço da tecnologia de informação, pois as empresas quando do auxilio dessa ferramenta podem absorver muito mais rápido as necessidades dos clientes. Percebeu-se que as atividades de logísticas quanto da sua distribuição deve haver modais de transporte estruturados, integrados e profissionais competentes que compreendam todo o processo da cadeia de suprimentos no intuito de otimizar os processos e obter redução de custos para uma maior competitividade nesse mercado global que se torna cada vez mais competitivo. 15 Também foi compreendido que as empresas quando necessitam de um maior foco em sua atividade central, redução de ativo e maior a flexibilidade operacional, o auxilio de prestadores de serviços logísticos é essencial para a maximização dos serviços, pois o mercado global avança muito rápido e adaptar as exigências do cliente é uma garantia de sobrevivência neste mercado vigente. Apesar da maior preocupação das empresas, na contratação de operadores logísticos, é o risco de perder o acesso de informações chaves do mercado e os problemas com o contratado, mas tudo isso deve ser resolvido de forma concisa para a contratação de um operador logístico. Assim, sugere-se em estudos próximos os benefícios da tecnologia de informação para o operador logístico na eficiência dos processos logísticos e sua competitividade no mercado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: criando redes que agregam valor. São Paulo: Cengage Learning, 2007. FARIA, A.C. de; COSTA, M. de F. G. da. Gestão de custos logísticos. São Paulo: Atlas, 2012. FLEURY, P. F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2009. FLEURY, P. 13º Premio ILOS consagra os 10 melhores operadores logísticos do país. Portos e logística, 2013. HARA, C. M.. Logística: armazenagem, distribuição e trade marketing. 4.ed. Campinas: Elínea, 2011. NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. SOUZA, E. G. de; BARBOZA, R. J. O estudo da logística. Revista Cientifica Eletrônica de Administração, Garça, SP, ano VI, n.11, dez. 2006. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/0p2seRqkR2PGOuq_2013-4-2910-8-15.pdf.> Acesso em 16 set. 2014. VIVALDINI, M.; PIRES, S. R. I. Operadores logísticos: integrando operações em cadeias de suprimento. São Paulo: Atlas, 2010.