Informativo da Indústria da Construção Newsletter :: Edição 2 :: 17/07/2015 NOTÍCIAS CADA VEZ MAIS IMPORTANTE, NORMA DE DESEMPENHO COMPLETA DOIS ANOS U m ponto de virada com impacto positivo no setor da construção. Essa pode ser a síntese da criação e aplicação da ABNT NBR 15575, mais conhecida como da “Norma de Desempenho”, que completa dois anos neste domingo (19). A adoção de parâmetros de qualidade para a edificação é celebrada e tem merecido esforço relevante do setor, que avança na adequação. Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, avalia que a Norma de Desempenho causou reflexos em toda indústria da construção. “O principal impacto foi incentivar as construtoras a saírem da informalidade, privilegiando as empresas que atuam seriamente no mercado”, afirma. O CBIC Mais conversou com especialistas na área que fomentam a divulgação da norma dentro do setor da construção. Para facilitar o entendimento das mudanças que foram incorporadas à Norma, a CBIC, com apoio de sindicatos associados, lançou, em abril de 2013 um Guia Orientativo para Atendimento à Norma ABNT NBR 15575. Essa publicação destinou-se a dar maior entendimento sobre as premissas da norma, abordando as seis partes do seu conteúdo e aproveitando esclarecimentos de especialistas para favorecer a compreensão das regras. Desde sua criação, a Norma de Desempenho tem sustentado bons debates que serviram para o setor comprovar sua importância. Nos últimos dois anos, foram realizados cursos de capacitação, seminários; além do lançamento de guia e tira-dúvidas on-line com especialistas. Para o presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT), Dionyzio Klavdianos, a Norma já é um caminho sem volta para o setor, avaliação compartilhada pelo professor do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) Ercio Thomaz: “após um ano da norma entrar em vigor, os setores começaram a entender a importância desse movimento e correram atrás do prejuízo. Hoje, principalmente nas empresas de materiais de construção, há uma busca constante por programas de desenvolvimento para a caracterização dos seus produtos”, diz Thomaz. www.cbic.org.br CAPA DO GUIA ORIENTATIVO PARA ATENDIMENTO À NORMA ABNT NBR 15575 “O PRINCIPAL IMPACTO FOI INCENTIVAR AS CONSTRUTORAS A SAÍREM DA INFORMALIDADE, PRIVILEGIANDO AS EMPRESAS QUE ATUAM SERIAMENTE NO MERCADO”, AVALIOU JOSÉ CARLOS MARTINS. A Norma de Desempenho trata os principais sistemas da edificação com foco no desempenho e estabelece requisitos de qualidade que precisam ser atendidos pelo setor da construção. Além disso, ela padroniza o conceito de desempenho que é utilizado nos demais países do mundo. “Hoje o construtor já tem condições de fornecer um produto de boa qualidade e com padrões internacionais”, avalia Klavdianos. A norma abre um espaço para entrada de novas tecnologias no mercado, gerando uma competição sadia entre as empresas. A partir de 2013, a CBIC implementou ações de disseminação da norma. Foram publicados guias e implantado um webforum para responder dúvidas sobre a norma. Também foram realizados treinamento e capacitação para multiplicadores. Em abril deste ano, a COMAT/CBIC realizou o segundo treinamento e 138 profissionais foram formados. Também foram respondidas mais de 170 perguntas por especialistas no webforum no site da CBIC – o conteúdo decorrente dessa interação foi compilado em uma publicação editada em abril: é o manual “Dúvidas sobre a Norma de Desempenho – Especialistas Respondem”. A comissão planeja manter um processo permanente de disseminação da norma, por intermédio de atividades e eventos que terão sequência no segundo semestre. O presidente da COMAT, Dionyzio Klavdianos, antecipa que esse assunto merecerá painel no 87º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), em setembro. “A COMAT também está produzindo duas publicações sobre o tema, a primeira será um documento orientativo com modelos de contrato para projetistas, de memorial descritivo de arquitetura buscando a integração de projetos e o atendimento à Norma ABNT NBR 15575. A segunda, um documento de suporte aos fornecedores de materiais relacionados às especificações de seus produtos”, diz Klavdianos. NOTÍCIAS MINISTÉRIO DAS CIDADES VAI LANÇAR DOCUMENTOS ORIENTATIVOS SOBRE A NORMA DE DESEMPENHO EM PARCERIA COM ENTIDADES DO SETOR A Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575) abriu espaço para a entrada de novas tecnologias na indústria da construção. Desde sua entrada em vigor, há dois anos, estabeleceu-se no setor padrões de qualidade e desempenho para os materiais de construção que, agora, nortearão também o Programa Minha Casa Minha Vida, um dos mais importantes projetos de habitação popular em curso no país. Desde sua criação, o Programa Minha Casa Minha Vida envolveu uma preocupação com a qualidade da construção das moradias populares e também uma necessidade do setor e do governo federal de melhor acompanhar a qualidade das moradias pós-ocupação. Para isso, foi criado em 2014 o Grupo Gestor (GG) da Norma de Desempenho no Ministério das Cidades, do qual participam entidades de classe, como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), além de representantes da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, operadores financeiros do programa. O CBIC Mais conversou com Orestes Gonçalves, membro do GG e professor da Politécnica de Universidade de São Paulo; e Henriqueta Alves, membro do GG e consultora da CBIC, para esclarecer o que está sendo realizado em prol da Norma de Desempenho e como isso influencia o www.cbic.org.br setor da construção. “É um trabalho sem precedentes para o setor. Conseguimos unir todos os elos da cadeia produtiva para editar um material composto por quatro documentos”, comemora Orestes Gonçalves. O documento que norteia o trabalho, e que será lançado no 2o semestre deste ano, é o “Especificações de Desempenho dos Empreendimentos de Habitação de Interesse Social (HIS)”. Ele será acompanhado por mais três documentos orientativos: Orientações para aplicação das especificações de desempenho e empreendimento de HIF; Orientações para o agente financeiro; e, por fim, o Catálogo de Soluções. “Os documentos têm um caráter evolutivo, pois ao longo do tempo vamos incluir mais experiências”, explica o professor da Poli/USP. A consultora da CBIC e membro do grupo do Ministério, Henriqueta Alves, avalia positivamente o trabalho que vem sendo realizado. “É importante o trabalho que está sendo realizado por esse grupo gestor em conjunto com outras entidades do setor”, elogia. No âmbito do Minha Casa Minha Vida, a consultora da CBIC lembra que “a Caixa já está exigindo o cumprimento da Norma de Desempenho por meio do seu programa ‘De olho na qualidade’.” “CONSEGUIMOS UNIR TODOS OS ELOS DA CADEIA PRODUTIVA PARA EDITAR UM MATERIAL COMPOSTO POR QUATRO DOCUMENTOS”, COMEMORA ORESTES GONÇALVES. RESPONSABILIDADE SOCIAL LEGISLATIVO CBIC DISCUTE ENERGIA SOLAR NA CÂMARA DOS DEPUTADOS CRÉDITO: LUIS MACEDO / CÂMARA DOS DEPUTADOS A Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara dos Deputados promoveu audiência pública, nesta quarta-feira (15), para debater o Projeto de Lei n° 5733/2009, que altera o Estatuto da Cidade para potencializar o fomento da energia solar no País, bem como para instituir novas diretrizes gerais aos municípios, relativas à produção, à conservação e ao uso racional de energia, e à conservação, ao reuso e ao uso racional da água, e condiciona a obtenção de financiamento, com recursos da União ou por ela administrados, para novas edificações à adoção dessas novas diretrizes, determinando as mesmas condições para financiamento no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Participaram da audiência, presidida pela Deputada Moema Gramacho (PT-BA), a secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães; o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) Nilson Sarti; além de representantes da Caixa Econômica Federal, do Ministério do Meio Ambiente e do Fórum Nacional de Reforma Urbana. A Secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, avaliou que a sustentabilidade é o tema do momento e que merece uma reflexão de toda sociedade. “Hoje o Minha Casa, Minha Vida possui 220 mil casas que contam com as placas fotovoltaicas para captação da energia solar. E já estamos estudando outros instrumentos para fazer melhorias com base na Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575), que serão levados em consideração na fase 3 do programa”, diz Magalhães. O presidente da Comissão de Meio Ambiente da CBIC, Nilson Sarti, defendeu que é necessário estimular o setor da construção em relação à questão da energia renovável. Citou ainda como exemplo de incentivo o IPTU Verde – desconto de até 10% para empresas que implementam práticas sustentáveis – que já é realidade em algumas cidades do Brasil. O presidente da CMA ainda mostrou o estudo “Mapeamento dos sentidos econômicos para a construção sustentável no Brasil e mundo”, que ainda será lançado pela comissão da CBIC, que analisa várias áreas e legislações sobre o tema. “Fazendo um comparativo, as residências na Europa no ano de 2012 produziram 11 mil megawatts de energia renovável, enquanto a Hidrelétrica de Itaipu produziu 14 mil megawatts no mesmo período. O Brasil tem um potencial imenso nessa questão. É necessário pensar na legislação em nível macro”, avaliou Sarti. O presidente da Comissão www.cbic.org.br NILSON SARTI, PRESIDENTE DA CMA/CBIC. de Meio Ambiente da CBIC argumentou que é necessário uma flexibilização no valor de referência da contratação para energia proveniente das distribuidoras, pois hoje as empresas são obrigadas a seguir o valor referencial do último leilão. Nilson Sarti disse aos deputados que é preciso um aprimoramento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). “O BRASIL TEM UM POTENCIAL IMENSO NESSA QUESTÃO. É NECESSÁRIO PENSAR NA LEGISLAÇÃO EM NÍVEL MACRO”, AVALIOU SARTI. Para a questão do reuso, é imprescindível avaliar a realidade do usuário final, pois a grande maioria não possui habilidades técnicas para operar um sistema de água não potável. A inserção de novas tecnologias implica alterações e manutenções técnicas. É necessário conhecimento de operação de sistemas e a identificação de características da água. O uso inadequado de água não potável pode ocasionar em risco de saúde pública. O aproveitamento de água precisa ter uma gestão técnica do Poder Público. Mais uma vez defendemos que é necessário estimular o setor da construção, e não criar novos entraves. Sarti destacou os programas PNCDA (Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água) e o Pura (Programa de Uso Racional da Água), que estão sendo atualizados em parceria com a CBIC. Ele convidou os parlamentares, integrantes do governo e especialistas presentes para a 4a Reunião da CMA, no dia 29/07, a partir das 10h, em que haverá um debate sobre o uso eficiente da água em edificações e que contará com as presenças do professor Orestes Gonçalves (Poli/ USP) e do professor Ivanildo Espanhol (CIRRA – Poli/USP). NOTÍCIAS CONSELHO JURÍDICO INSTITUI GRUPOS DE TRABALHO PARA ATENDER AS DEMANDAS DO SETOR A pós um ano da nova gestão (1º de julho), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) instituiu o seu Conselho Jurídico para reforçar o trabalho da entidade sobre as crescentes demandas jurídicas. Composto por cinco Grupos de Trabalho (GTs) que integram os principais temas do judiciário relacionados à Indústria da Construção e ao Mercado Imobiliário, a nova sistemática dará suporte efetivo ao setor nessas questões, estabelecendo um canal de comunicação sólido entre as associadas para a troca de experiências. “A CBIC não tem recursos financeiros abundantes, mas dispõe de uma equipe qualificada. Quero mobilizar essa inteligência e capacidade de formulação, e colocá-las a serviço do setor”, diz o presidente da entidade, José Carlos Martins, confiante dos resultados do novo projeto. Presidido pelo engenheiro e advogado José Carlos Gama, o Conselho Jurídico da CBIC trabalhará de forma descentralizada para tornar mais ágil o andamento dos assuntos. A ideia é trazer o jurídico para a linguagem empresarial. “Um dos problemas mais relevantes no Brasil é a litigância. Quero apoiar a advocacia preventiva. Vamos mapear os escritórios de advocacia nos Estados, de modo a ter parcerias com a OAB que combinem a especialização com perspectiva local, universalizando as teses jurídicas vencedoras nos Estados”, disse Gama. Os Grupos de Trabalho e seus coordenadores já foram definidos (conforme quadro ao lado) no dia 9 de julho. “O trabalho é voluntário, depende do comprometimento de todos”, enfatizou Gama, durante a constituição dos GTs. Para Ricardo Campelo, coordenador do GT de Direito Tributário, o Conselho Jurídico fortalecerá o setor na formação de opiniões sobre temas jurídicos que afetam a Indústria da Construção e ampliará o alcance dos argumentos na defesa das empresas, dando maior peso às suas teses, além de sistematizar as questões. ”Atualmente, o setor sofre com decisões judiciais desfavoráveis, por que o assunto não é suficientemente de conhecimento dos magistrados”, destaca Campelo. A coordenadora do GT de Direito Civil e do Consumidor, Andréia Moraes Mourão, também está otimista com o novo Conselho. Ela, que participou por mais de 18 anos do Fórum de Advogados, elogiou a condução feita por Maria Luisa Guimarães, mas destacou que, no formato anterior, o grupo se reunia apenas uma vez por ano, tinham muitos assuntos, mas poucos advogados do setor davam o apoio necessário. “Faltava comprometimento das assessorias e apoio técnico à coordenação para fechar os posicionamentos”, destaca Andréia Mourão. Ela reforça que, o novo formato, além de www.cbic.org.br ENTIDADE DISCUTE NOVA SISTEMÁTICA DE SEU CONSELHO JURÍDICO. Podem participar dos GTs assessores jurídicos e empresários do setor. As reuniões serão trimestrais e os seminários semestrais para debater temas de interesse com advogados de renome e antever aspectos que possam gerar judicialização. :: Grupos de Trabalho e seus coordenadores: Direito Tributário – Ricardo Campello (Ademi-PR) Direito Trabalhista e Previdenciário – Amanda Nunes (Sinduscon-GO) Direito Civil e do Consumidor – Andreia Moraes Mourão (Ademi-DF) Direito Administrativo e Constitucional – Daniel Kalume (Sinduscon-DF) Direito Ambiental e Imobiliário – Fernando Cunha (Ademi-PE) contar com um maior apoio das assessorias jurídicas, possibilitará ao magistrado conhecer as especificidades do setor. A assessora Jurídica da CBIC, Maria Luisa Guimarães, acredita que essa nova concepção permitirá uma análise mais objetiva dos assuntos demandados, que estão distribuídos nos GTs. Cada pleito será direcionado ao GT específico, que analisará e opinará sobre o tema junto ao Conselho Jurídico para definição do posicionamento da entidade. “No formato anterior, a CBIC pedia contribuições, mas não recebia resposta. Era muito descentralizado e informal. A expectativa agora é de que funcione, por que tem como dividir tarefas e cobrar ações dos voluntários. O comprometimento agora é maior’”, destaca Maria Luísa. Quem quiser participar dos Grupos de Trabalho devem manifestar interesse pelo e-mail jurí[email protected], mencionando o nome do GT a qual quer integrar. A CONSTRUÇÃO EM NÚMEROS FATURAMENTO TOTAL DEFLACIONADO DAS VENDAS DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO (PIB setorial) - Variação % -0,1% COMPARATIVO junho/2015 - junho/2014 CUB MÉDIO BRASIL (Sem considerar desoneração da mão de obra) Variação % acumulada 1,25% COMPARATIVO maio/2015 SONDAGEM DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO -7,0% -3,0% COMPARATIVO 1º sem/2015 - 1º sem/2014 COMPARATIVO junho/2015 - maio/2015 FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO (ABRAMAT). 3,06% 6,08% COMPARATIVO janeiro/2015 - maio/2015 COMPARATIVO junho/2014 - maio/2015 FONTE: BANCO DE DADOS DA CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC). Nível de atividade efetivo em relação ao usual - maio/2015 (O indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores abaixo de 50 indicam atividade menor que a usual para o mês). 30,7 Intenção de investimento - maio/2015 (O indicador varia de 0 a 100. Quanto maior o valor, maior a propensão a invetir da indústria). 28,9 FONTE: SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - CNI. AGENDA DE JULHO 23 DE JULHO 28 DE JULHO 29 DE JULHO Evento: Reunião da Comissão Evento: Fórum de Ação Social e Cidadania - FASC Evento: Reunião da Comissão de Meio Ambiente - CMA Local: Seconci-SP Local: Sede da CBIC - Brasília - DF de Obras Públicas, Privatizações e Concessões - COP Local: Sede da CBIC - Brasília - DF Horário: 09:30 às 16:30 Horário: 10h às 16h Horário: 09:30 às 16:30 PEQUISA DE OPINIÃO SOBRE O NOVO INFORMATIVO SEMANAL DA CBIC EXPEDIENTE: Presidente da CBIC: José Carlos Martins Equipe de Comunicação: Ana Rita de Holanda – [email protected] Doca de Oliveira – [email protected] Mariana Spezia – [email protected] www.cbic.org.br Sandra Bezerra – [email protected] Tatiane Bonfim - [email protected] Contato comercial: (61) 3327-1013 / [email protected] Projeto Gráfico: Radiola Diagramação: Ana Paula de Sá CLIQUE AQUI