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barlavento 01OUT2015
saúde
ARS Algarve promove
Jornadas dos Cuidados
Paliativos em Faro
Comissão organizadora dá oportunidade a todos os profissionais de
saúde interessados em divulgar
experiências, estudos ou trabalhos
desenvolvidos no âmbito desta
área de intervenção
A Administração Regional
de Saúde (ARS) do Algarve
já abriu as inscrições para a
apresentação de comunicações livres, orais ou em poster, no âmbito da terceira edição das Jornadas de Cuidados
Paliativos, marcadas para 18 e
19 de novembro, no auditório
da ESSUalg, em Faro.
Do programa provisório
constam temas como «A importância dos cuidados paliativos no contexto atual da
saúde», controle de sintomas, abordagem psicológica e
abordagem social dos doentes
paliativos ou a «realidade presente, perspetivas futuras»,
«necessidades e realidades»
destes cuidados de saúde a nível pediátrico na região.
Esta terceira edição contará também com a participação de diversos profissionais
ligados a esta área de diversas
ARS do país, que partilharão
alguns casos práticos e exemplos do que é realizado nas
outras regiões portuguesas.
Quem estiver interessado em participar como orador
nesta iniciativa, pode inscre-
ver-se até 30 de outubro no
Núcleo de Formação Profissional da ARS Algarve, através
do email [email protected]. Também
é possível pedir mais informações através do número 289
889 900. As inscrições para
estas Jornadas são gratuitas,
mas limitadas à capacidade
do espaço.
espaço saúde | Hospital Particular do Algarve
Cirurgia à Válvula Aórtica,
cada vez mais segura e funcional
As doenças cardiovasculares permanecem como a
principal causa de morte no mundo. O último
relatório da OCDE refere que estas doenças foram
responsáveis por 40 por cento da totalidade
de todas as causas de morte na Europa, cujo
valor isolado por doença foi liderado pela
cardiopatia isquémica com 18 por cento
O coração pode definir-se
como uma bomba muscular
do tamanho do punho que
bombeia continuamente o
sangue para o distribuir pelo
corpo. É formado por quatro
compartimentos ou câmaras,
duas aurículas e dois ventrículos. Cada ventrículo tem
uma válvula de entrada e outra de saída.
As deficiências nas válvulas podem fazer com que
não se abram corretamente
- o que dificulta a passagem
do sangue - situação mais comum e chamada de estenose
valvular. Ou então, que não fechem completamente e haja
uma perda ou regurgitação -
o caso da insuficiência valvular - ou uma combinação das
duas, a dupla lesão valvular.
Os problemas com as válvulas cardíacas são causados, na
maioria dos casos, por alterações congénitas, febre reumática, infeções ou ainda por
causas degenerativas dos tecidos associadas à idade.
A válvula aórtica tem
como função não permitir
que o sangue após ter sido
bombeado pelo coração, não
reflua para trás (para o ventrículo esquerdo), permitindo que chegue em volume e
pressão adequados a todos
os tecidos. Na presença da
estenose ou estrangulamen-
to da válvula aórtica, o sangue tem dificuldade em passar, manifestando-se esta deficiência em termos de sintomatologia por fadiga, dor no
peito, dificuldade em respirar para pequenos esforços
ou até desmaio.
A Estenose Aórtica quando presente na infância é considerada uma malformação
congénita, enquanto na idade
adulta surge por deterioração
progressiva, por exemplo por
acumulação de cálcio nas paredes da válvula ou após um
episódio de febre reumática.
A Estenose Aórtica tem
habitualmente uma evolução
lenta e assintomática. No en-
tanto, em estados avançados
de degradação da válvula,
esta condição evolui rapidamente associando-se a uma
mortalidade de cerca de 50
por cento dois anos após o
início dos sintomas, ou mesmo igual percentagem após
um ano, quando coexistem
sintomas de insuficiência
cardíaca.
As melhorias oferecidas
pela medicação são limitadas, além de não evitarem a
progressão nem as complicações mais graves. Nesse sentido, até há pouco tempo o tra-
tamento da Estenose Aórtica
grave passava pela cirurgia de
peito aberto, com a substituição da válvula por uma prótese (biológica ou mecânica).
O Implante Percutâneo ou
Transcatéter da Válvula Aórtica veio revolucionar a abordagem desta condição, ao
proporcionar a substituição
não-cirúrgica da válvula em
doentes com Estenose Aórtica grave inoperável ou que
apresentavam um risco muito
elevado para a cirurgia de coração aberto.
O tratamento consiste, tal
como o nome indica, na implantação percutânea (geralmente através de pequena incisão de poucos milímetros na virilha) de uma prótese valvular biológica aplicada
sobre um stent metálico. Este
procedimento apresenta-se
mais seguro, pois não possui o risco do gesto cirúrgico
e anestésico, além de permitir uma recuperação substancialmente mais rápida, aliada
a um impacto muito favorável
na qualidade de vida.
Contudo, esta técnica exige um conjunto de equipamentos que não está presente na maioria das unidades
de saúde, fazendo com que
grande parte dos doentes
que necessitam e beneficiariam com esta intervenção,
fiquem vetados desta oportunidade. Aliás, o acesso a
este tratamento tem assimetrias consideráveis em toda a
Europa, sendo que em Portugal esse desfasamento é ainda mais significativo. No entanto, o Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de
Alvor tem vindo a desenvolver esta técnica com resultados muito positivos.
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Cirurgia à Válvula Aórtica, cada vez mais segura e funcional