A10 CORREIO POPULAR CIDADES Campinas, sábado, 19 de maio de 2012 TRANSPORTE ||| AEROPORTO Flávio Grieger/AAN Ir e vir de Viracopos vai custar R$ 4,40 SANTO GUERREIRO Homenagem a São Jorge deve reunir cerca de 5 mil Trajeto pela Santos Dumont terá pedágio Ponto a Ponto Luciana Félix DA AGÊNCIA ANHANGUERA [email protected] O motorista que for de Campinas ao Aeroporto Internacional de Viracopos pela Rodovia Santos Dumont (SP-75) passará a pagar pedágio na ida e na volta se optar pelo sistema Ponto a Ponto (tarifa cobrada por distância percorrida), do governo estadual. A cobrança em dois pórticos localizados no trajeto (no Km 66,7 e no Km 70,6, em fase de implantação) somará R$ 2,20 na ida até o terminal e R$ 2,20 na volta — totalizando R$ 4,40 em um percurso de pouco mais de dez quilômetros por sentido. Rodovia SP-75 será a segunda do Estado a testar o novo modelo A mudança, informada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), é fruto da implantação do novo sistema de pagamento de pedágio por quilômetro nas estradas paulistas, anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) como forma de tornar a cobrança mais “justa”. O novo modelo está em fase de teste desde o início do mês passado no Km 77,1 da Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra (SP-360), trecho que liga as cidades de Itatiba e Jundiaí. A SP-75 é a segunda do Estado onde os testes do novo sistema serão feitos nos próximos meses, ainda sem data definida para começarem. A adesão dos motoristas é opcional. Na rodovia, serão instalados oito portais para o novo sistema de cobrança. O usuário da via que paga hoje R$ 10,10 para percorrer vinte quilômetros de Campinas até In- daiatuba, paga o mesmo valor para chegar até Sorocaba, distante 70 quilômetros. Pelo novo sistema, pagará R$ 4,00. O trecho da rodovia que dá acesso ao aeroporto de Viracopos está recebendo, em cerca de quatro quilômetros, dois dos oito portais do novo sistema previstos para todos os 45 quilômetros de monitoramento. O primeiro, no Km 70,6, fica logo após a entrada para o Jardim Itatinga e vai custar R$ 1,40. No local a Artesp já começou a fazer as bases do novo pórtico. O segundo, que já está instalado, no Km 66,7 (a cerca de cem metros do acesso a Viracopos), vai gerar custo de R$ 0,80. Os demais seis conjuntos de pórticos serão instalados no Km 25,7, em Itu; Km 32,1, em Salto; Km 43,3, também em Salto; Km 60,8, em Indaiatuba, e dois no Km 62, também em Indaiatuba. Ainda não há uma estimativa para o término da implantação de todo o sistema na rodovia. O especialista e professor do Departamento de Transporte e Geotecnia da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Carlos Alberto Bandeira Guimarães acredita que a instalação de dois pórticos em curto trecho se deve ao grande movimento daquele ponto. “Ali, a Santos Dumont recebe um grande volume de carros vindos da Rodovia dos Bandeirantes por meio de um acesso. Lá foi um ponto estratégico escolhido pelo governo para registrar esse fluxo de veículos”, afirmou. O professor afirmou que ao longo da rodovia há poucos acessos que registram grande movimento para a implantação de outros pórticos. “Eles fazem um levantamento desse movimento. O pon- Instalação do pedágio de cobrança ponto a ponto na Rodovia Santos Dumont, próximo a Viracopos César Rodrigues/AAN O taxista Cirso da Silva faz as contas e pode não aderir ao sistema Motoristas reveem opção A nova tarifa vai afetar diretamente quem frequenta o aeroporto e, principalmente, quem trabalha no terminal, que passará a pagar R$ 4,40 para chegar e ir embora do local. Os taxistas foram os que mais reclamaram da taxa à reportagem do Correio. Eles dizem que querem encontrar junto ao Estado uma forma de reduzir o futuro custo. “Estava certo de que seria bom porque fazemos muitas corridas para Indaiatuba, porém, fazemos mais ainda para Campinas. É uma taxa que antes não tínhamos e que vai pesar”, afirmou Adenir Almeida Santos, de 52 anos. Ele disse que costuma fazer de oito a dez corridas para Campinas diariamente. “O pedágio de R$ 1,40 era suficiente, não precisava de mais R$ 0,80.” Outro taxista, Cirso Aparecido da Silva, de 45 anos, também acredita que a mudança vai gerar custos. “Vou ter que fazer as contas para ver se vai valer a pena colocar o tag do governo.” O aeroportuário Celso Vitório costuma ir de carro para o terminal e, com a nova tarifa, vai pensar se irá aderir ao sistema do governo. “Me interessei pelo tag para viajar pela rodovia. Mas, pensando pelo lado que terei que pagar taxa todo dia, é melhor não aderir ao sistema.” (LF/AAN) to próximo ao aeroporto recebe muitos veículos e, por isso, colocaram o pórtico que tem o custo de R$ 0,80. Acredito que seja essa estratégia escolhida pelos engenheiros do governo para tal disposição. Daí, vai do motorista optar em aceitar ou não o sistema, que por enquanto é opcional.” Para o também especialista em rodovias, ferrovias e professor da faculdade de Engenharia Civil da Unicamp Cássio Eduardo de Lima Paiva, o novo custo fará com que muitos motoristas procurem novas vias de acesso para o aeroporto. “Eles deixarão de usar a Santos Dumont, pegando a rodovia apenas lá na frente, onde o valor cobrado é de R$ 0,80. Porém, é preciso pesar se não vai se gastar mais com combustível ao tentar desviar o caminho”, disse. Além da SP-360 e da SP-75, o governo prepara o início dos testes do novo sistema nas rodovias Professor Zeferino Vaz (SP-332), em Paulínia, e na Governador Dr. Adhemar Pereira de Barros (SP-340), em Jaguariúna. Ainda não foi definido o local onde serão implantados os pontos do sistema nessas vias nem a data para o início dos testes. A região de Campinas foi escolhida pelo Estado por ser uma das que mais possui praças de pedágio. São ao todo 23 espalhadas pelas suas diversas rodovias. ABASTECIMENTO ||| ESTRESSE HÍDRICO Cantareira: ANA planeja intervir na partilha Presidente da agência diz que órgão assumirá negociações se Estado demorar a iniciar o debate Érica Dezonne/25nov2011/AAN Maria Teresa Costa DA AGÊNCIA ANHANGUERA Construção de reservatórios é vista como alternativa [email protected] O presidente da Agência Nacional de Água (ANA), Vicente Andreu Guillo, disse ontem em Campinas que se o governo do Estado demorar para abrir as negociações entre a Região Metropolitana de São Paulo e os municípios das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí — visando um acordo para a renovação da outorga do Sistema Cantareira — a agência vai assumir as negociações. “Se não houver o envolvimento da região e as negociações não começarem logo, a região de Campinas novamente não terá força para conseguir mais água”, afirmou, durante debate sobre o Sistema Cantareira, ocorrido na PUCCampinas e organizado pelo Consórcio das Bacias PCJ. A assessora da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, Maria Claudia Gavioli, disse que o governo do Estado não se furtará a conversar, a qualquer momento. O sistema abastece parte de São Paulo e da região de Campinas e terá de renovar as regras de partilha da água entre as duas regiões em 2014. Guillo acredita que o governo não abre a negocia- saída para enfrentar o estresse hídrico que está a caminho da região de Campinas é aumentar a oferta de água para a Bacia PCJ com a construção de reservatórios ou trazer mais água para São Paulo, com a reversão de outros rios, diz o presidente da ANA, Vicente Andreu Guillo. A melhor solução, afirmou, será São Paulo fazer a transposição do Rio Paraíba do Sul, mas segundo ele, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não quer essa alternativa porque afetará sua região A Presidente da Ana, Vicente Andreu: posição sobre o Cantareira ção porque a Sabesp ainda não tem uma proposta para levar à mesa de negociação. O secretário-adjunto de Recursos Hídricos da Secretaria de Saneamento do Estado, Rui Brasil Assis, disse que até o final do ano o plano diretor de abastecimento da Macrometrópole estará finalizado para iniciar os debates. A Macrometrópole é formada pelas regiões de Santos, Campinas, São Paulo, Vale do Paraíba e Sorocaba. Em 2004, quando houve a renovação da outorga, a Gran- em resumo de SP teve direito a 31 m3/s de água e a bacia PCJ a 5. Para Guillo, há desequilíbrio na partilha da água. Os Comitês PCJ defendem que, na renovação da outorga, as bacias PCJ tenham, pelo menos, a garantia de 15 m3/s, o que só irá ocorrer se São Paulo aumentar a oferta de água. As regras estabelecidas em 2004, com validade de dez anos, segundo o coordenador da Câmara de Monitoramento Hidrológico, Astor Dias de Andrade, foram importantes por definirem como repartir a água. Andrade lembrou também que o banco de águas atendeu a bacia PCJ até 2010. “Graças a ele tivemos como negociar as vazões.” As regras estipularam que quando a região não precisar dos 5 m3/s o Cantareira liberará menos e a diferença formará um banco de água. É uma poupança para ser usa- (Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba). A assessora da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, Maria Claudia Gavioli, disse que a decisão de utilizar ou não a água do Paraiba do Sul será técnica, tomada no âmbito dos comitês de bacias envolvendo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Não será uma decisão unilateral do governador.” O secretário-adjunto de Recursos Hídricos, Rui Brasil Assis, diz que os estudos ficam prontos até o fim do ano. (MTC/AAN) da quando chega a estiagem e a região precisa de mais água. Mas quando o reservatório estiver cheio e houver necessidade de verter água, o banco zera. “O banco é um equívoco. Ele só funciona quando não há falta de água”, disse o presidente da ANA. I I O Ginásio do Guarani recebe amanhã, a partir das 15h, a sétima edição da festa em homenagem a São Jorge, considerado o Santo Guerreiro e patrono da tecnologia, segundo a umbanda e o candomblé. Cerca de 5 mil pessoas são esperadas para o evento, que terá início com um cortejo que sai às 14h da Rua João Chati, 560, no Alto do Taquaral. “De lá vai sair em carro aberto uma imagem de São Jorge de 2 metros de altura e 380 quilos”, afirma Edna Almeida Lourenço, coordenadora de eventos e de comunicação da festa. O ginásio do Guarani fica na Avenida Guarani, S/N. (AAN) LITERATURA Juiz distribui 15 mil livros de graça no Largo do Rosário I I A campanha “Um livro por um sorriso”, promovida pelo juiz aposentado Francisco Fernandes de Araújo, de 74 anos, entra em sua sexta edição este ano, incentivando o hábito da leitura. Ele vai distribuir gratuitamente entre os dias 21 e 23 de maio, das 9h às 17h, cerca de 15 mil exemplares novos dos mais diversos gêneros — todos de sua autoria —, no Largo do Rosário, no Centro. Até hoje, cerca de 80 mil exemplares de livros de crônicas, romances, poesias e reflexões foram distribuídos. A meta do projeto é distribuir gratuitamente 100 mil exemplares até 2013. (AAN) SAÚDE Vacinação contra a gripe termina na próxima sexta-feira I I A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe termina no dia 25 de maio, e a secretaria de Saúde pede a todos que ainda não compareceram aos Centros de Saúde para serem imunizados, que procurem o quanto antes as unidades de saúde do município. Até quarta-feira passada foram aplicadas 65 mil doses na cidade, atingindo 35,5% dos mais de 185 mil pessoas dentro do grupo prioritário de vacinação. Além desses, cerca de 8 mil profissionais de saúde devem ser vacinados a partir a próxima semana. A vacina deve ser renovada todo ano. (AAN) JEQUITIBÁS Bosque agora terá aulas de yoga às sextas-feiras I I Quem costuma ir ao Bosque dos Jequitibás, em Campinas, durante as manhãs para praticar exercícios físicos terá uma opção a mais. Desde ontem, estão sendo oferecidas aulas de yoga ao ar livre. A atividade acontecerá quinzenalmente, às sextas-feiras, das 7h30 às 8h30. Não é necessário se inscrever para participar da aula, apenas que cada participante leve colchonete ou toalha para forrar o chão durante os exercícios. As aulas serão conduzidas pela professora Michelle Piccolo, formada pelo Instituto de Yogaterapia. (AAN)