LEANDRO FERREIRA/AAN Ana Cristina Grassi Tamiso, com os filhos Ana Clara, Manuela, Davi e Pedro: sustos apesar de toda a atenção dispensada à garotada pequenos cortes no corpo todo. O do pé, diz a mãe, demorou a cicatrizar. Apesar dos sustos, os casos envolvendo o quarteto não foram tão graves e tiveram o socorro adequado. Só que nem sempre é assim, e o saldo pode ser negativo. De acordo com o Ministério da Saúde, anualmente, cerca de 4,7 mil crianças morrem e 125 mil são hospitalizadas vítimas de acidentes no Brasil. No mundo, o número de mortes por acidentes nessa fase da vida é de 830 mil todos os anos, conforme relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A cada morte, outras quatro crianças ficam com sequelas permanentes. O acalento vem de saber que 90% desses epidsódios podem ser evitados com prevenção, ações educativas, alterações no ambiente e regulamentações adequadas, especialmente em casa. “A vigilância é o mais importante para evitar acidentes e isso inclui prevenção. É muito mais fácil evitar do que tratar uma sequela porque, quando o acidente acontece, não tem muito o que fazer senão tratar os problemas provocados por ele”, afirma a pediatra do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Andrea de Melo Alexandre Fraga. Ela ainda faz um alerta: o perigo mora bem perto, dentro de casa. Tanto é que um dos atendimentos mais frequentes na unidade referem-se à “síndrome do tanque”. “Ocorre quando o tanque não está chumbado e a criança sobe no banquinho para ver o que tem lá dentro. O tanque cai em cima dela e acarreta lesão abdominal”, informa. 4 campinas 28/4/13 metrópole 29