Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Modernismo 2a Fase,Interpretação e Gramática
N° 11
Professor: Sérgio Rosa
1. As passagens abaixo fazem referência a personagens do
romance São Bernardo, do escritor Graciliano Ramos. Assinale
a alternativa onde é apresentado o personagem que tem, ao
longo do romance, o papel de resgatar em Paulo Honório a
dignidade humana.
a) “... O senhor andou mal adquirindo a propriedade sem me
consultar, gritou Mendonça do outro lado da cerca...”
b) “... Padilha baixou a cabeça e resmungou amuado que sabia
contar. Saiu, votou outras vezes, insistindo...”
c) “... Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não
conheci tudo de uma vez, ela se revelou pouco a pouco e
nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes a
culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste...”
d) “... Onde andaria a velha Margarida? Seria bom encontrar
a velha Margarida e trazê-la para São Bernardo. Devia estar
pagando um século pobre da negra...”
e) “... Padre Silvestre recebeu-me friamente. Depois da
Revolução de Outubro, tornou-se uma fera, exige devassas
rigorosas e castigos para os que não usarem lenços
vermelhos...”
2. Relacionando os romances Dom Casmurro e São Bernardo, é
verdadeiro afirmar que:
a) Escobar, em Dom Casmurro, e Padilha, em São Bernardo,
respondem por ações que propiciam o crescimento interior
de Bentinho e Paulo Honório, respectivamente.
b) Capitu e Madalena se caracterizam como figuras femininas
fortes que foram, dentro do romance, responsáveis pelo
redimensionamento da visão de mundo de Bentinho e Paulo
Honório.
c) o mundo revolucionário de Dom Casmurro faz contraponto
com o espaço escravocrata criado em São Bernardo.
d) os romances em questão são obras cujos protagonistas
estão, cada um de per si, voltados para o mundo exterior,
irremediavelmente fechados para o Eu.
e) enquanto Dom Casmurro atém-se unicamente à análise
psicológica de seu personagem-narrador, São Bernardo
acrescenta ao psicológico o social.
3. “Comparando-se aos tipos de cidade, Fabiano reconhecia-se
inferior (...), só lhe falavam com o fim de tirar-lhe qualquer
coisa. Os negociantes furtavam na medida, no preço e na conta.
O patrão realizava com pena e tinha cálculos incompreensíveis.
Da última vez que se tinham encontrado houvera uma confusão
de números, e Fabiano, com os miolos ardendo, deixara
indignado o escritório do banco, certo de que fora enganado.”
A narrativa da década de 30, como lembra o excerto de Vidas
secas, de Graciliano Ramos:
a) constitui-se de um relato predominantemente filosófico, que
mais reflete sobre os problemas do povo do que os incorpora
à trama episódica.
b) usa, como pano de fundo, relato intimista e metafísico
porque opta os dilemas advindos da luta “indivíduo versus
meio social”.
c) pauta-se por um relato que focaliza a consciência
fragmentária e dilacerada do homem moderno e envereda
pelo experimentalismo e pela ruptura das categorias do
romance.
OSG.: 41388/11
d) reflete liricamente os problemas do meio, filtrando-se pela
expressão subjetivista e individualizadora do autor.
e) está impregnada da consciência dos desequilíbrios sociais da
época, e fixa-os na trama que compõe o relato.
4. No romance São Bernardo, o narrador é Paulo Honório, um
fazendeiro rude que conta sua história, buscando compreender
as razões de seu fracasso. Em Vidas secas, um narrador
acompanha de fora o drama de uma família de retirantes da
seca. Esses dois romances ilustram o fato de que:
a) a obra de ficção é sempre um depoimento acerca das
experiências pessoais do autor.
b) os romancistas buscam ser objetivos e imparciais em relação
aos que narram.
c) o ponto de vista do narrador influi decisivamente sobre o
que se narra.
d) é secundária e irrelevante a posição que assume o narrador
na obra de ficção.
e) o narrador nunca participa das ações que está relatando.
5. O romance Vidas secas integra o conjunto de obras de ficção
produzidas no Brasil a partir de 1928, ao qual se denominou
Romance de 30. Podem ser reconhecidas sob esse rótulo obras
escritas por:
a) José Américo de Almeida, José Lins do Rego e Guimarães
Rosa.
b) Rachel de Queiroz, Erico Verissimo e Jorge Amado.
c) Jorge Amado, José Lins do Rego e Mário Palmério.
d) Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Rubem Fonseca.
Texto
UM SÃO JOÃO QUE VAI LONGE
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Quando vi a fogueira, passei ao largo com medo de que
os meninos me atirassem bombinhas. Mas, mesmo de longe,
pude apreciar esse São João alegre e buliçoso, cheio de balões
e vozes gratas da infância.
Apesar da literatura que se faz pelo Natal e pelo São
João, esses dias continuam inundados de uma poesia própria,
que resiste a todas as agressões dos principiantes das letras.
Permanecem com sua força evocativa e voltam com aquela
pontualidade inexorável para vir lembrar-nos que estamos
envelhecendo irremediavelmente. Eis o lado melancólico do
São João, do Natal e do Ano-Bom. Cada ano, ao vê-los chegar,
verificamos que a paisagem do passado vai ficando mais azul,
mais distante, como aquela serra que azula no horizonte, além,
muito além da qual nasceu Iracema.
Por que, afinal, essa fogueira, esse balão que se
queima no ar e os foguetes, que vão atrás dos balões, hão
de fazer-me inclinar sobre mim mesmo, para viajar pelo tempo
afora, perdidamente, em busca de um balão que as monções
carregaram para outras latitudes? Vã tentativa de reintegração
de porções que se desprenderam da alma nesse trajeto imenso.
Em cada ramo à beira do caminho, ficou um pouco de nossas
vestes e é inútil voltar, porque os bichos comeram os trapos
que o vento não levou.
Certo São João de Vila das Caraíbas é um fenômeno que
não se reproduzirá jamais. As moças de tranças e bandós não
mais lerão sortes no copo d’água nem saberão mais qual delas
Modernismo 2ª Fase, Interpretação e Gramática
14. (Omec) Assinale o período em que há oração substantiva
predicativa.
a) Lembre-se de que tudo passa neste mundo.
b) Estava ansioso por que ela viesse.
c) Meu ideal é fazer bem a todos.
d) Meu ideal é este: fazer bem a todos.
e) Não sei onde ele está.
terá a grinalda, qual delas se cobrirá de flores e de perfumes e
arrastará um véu comprido no pavimento da velha Matriz, onde
jazem os restos mortais de Dona Ana de Freitas e Ataíde, que
deixou um legado para a freguesia das Caraíbas.
Ciro dos Anjos.
6. A leitura do primeiro parágrafo nos leva a concluir que:
a) o autor é um homem revoltado.
b) o autor alegra-se ao ver as crianças felizes.
c) o narrador sente-se um estranho em relação aos festejos
juninos.
d) existe uma sincronia perfeita autor/São João.
15. No período “Não me parece bonito que o nosso Bentinho
ande metido nos cantos com a filha do Tartaruga...”, a
oração destacada é:
a) subordinada substantiva objetiva indireta.
b) subordinada substantiva objetiva direta.
c) subordinada substantiva subjetiva.
d) subordinada substantiva completiva nominal.
e) subordinada substantiva predicativa.
7. “... esse São João alegre e buliçoso...”. Os adjetivos referem-se:
a) ao próprio São João.
b) aos que festejam o dia de São João.
c) às vozes gratas da infância.
d) aos balões coloridos e numerosos.
16. (Mack) “Geralmente, a mocidade não tem outra preocupação do
que mostrar às outras gentes que há uma porção de coisas...”
8. “... em busca de um balão que as monções carregaram para
outras latitudes?” Em linguagem conotativa, o autor deixa
transparecer:
a) a perene atualidade das festas juninas.
b) sua vontade de viajar, perdidamente.
c) seu amor a festas de São João.
d) seu desejo de reviver o passado.
A oração destacada é:
a) adjetiva explicativa.
b) substantiva objetiva direta.
c) substantiva predicativa.
d) adjetiva restritiva.
e) substantiva subjetiva.
9. “Apesar da literatura que se faz pelo Natal e pelo São João,
esses dias continuam inundados de uma poesia própria, que
resiste a todas as agressões dos principiantes das letras.” Essas
palavras vêm impregnadas de:
a) amargura.
b) revolta.
c) ironia.
d) despeito.
17. (Metodista) Qual dos períodos compostos abaixo possui uma
oração subordinada subjetiva?
a) Desde os primórdios, sabemos que o homem é mortal.
b) Desde os primórdios, o homem sabe que é mortal.
c) Desde os primórdios, percebe o homem que é mortal.
d) Desde os primórdios, dizem que o homem é mortal.
e) Desde os primórdios consta que o homem é mortal.
10. “Vã tentativa de reintegração... é inútil voltar...” porque:
a) o homem é diferente a cada momento que passa, produto
que é de novas experiências e vivências.
b) o tempo é inexorável.
c) os mortos não ressuscitarão para saudar o adulto de hoje,
com o mesmo calor de outrora.
d) o homem um dia voltará a ser o que antes foi.
18. (Mack) “Amávamos os brinquedos sem esperança nem inveja,
sabendo que jamais chegariam as nossas mãos...”
A oração destacada é:
a) subordinada substantiva subjetiva.
b) subordinada adjetiva restritiva.
c) subordinada substantiva objetiva direta.
d) subordinada substantiva objetiva indireta.
e) subordinada adjetiva explicativa.
11. (Esan) No período “Sou favorável a que o prendam”, a oração
destacada é:
a) subordinada substantiva completiva nominal.
b) subordinada substantiva objetiva direta.
c) subordinada substantiva objetiva indireta.
d) coordenada sindética explicativa.
e) subordinada substantiva subjetiva.
19. “Assim nos encontrou nesta contemplação de Zé Brás, com o
doce aviso de que estava na mesa a ceiazinha.”
12. Assinale o período em que há oração substantiva objetiva direta.
a) Vê-se que você não entendeu nada.
b) Vê se tudo está certo.
c) Convém não sair hoje.
d) Parece que ele tem saudades de você.
e) Sabe-se que não haverá greve.
A oração destacada é:
a) objetiva direta.
b) objetiva indireta.
c) completiva nominal.
d) subjetiva.
e) predicativa.
20. Na oração “Diz o médico que é uma doença moral”, a palavra
que é:
a) pronome pessoal oblíquo.
b) conjunção condicional.
c) pronome relativo.
d) pronome interrogativo.
e) conjunção integrante.
13. Assinale o período em que há oração substantiva objetiva
indireta.
a) Tenho medo de que você se engane.
b) Meu sonho era morar nos Estados Unidos.
c) Recomendo-lhe uma coisa: seja sempre sincero.
d) Aconselho-te a não fazeres este negócio.
e) Dizem que você será eleito.
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Modernismo 2ª Fase, Interpretação e Gramática
GABARITO – Nº 10
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Anotações
OSG.: 41388/11
Dig.: Vic. 28/03/11 / Rev.: MS/AR
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