Governo do Brasil
Presidenta da República
Dilma Vana Rousseff
Vice-Presidente da República
Michel Miguel Elias Temer Lulia
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
Ministro de Estado
Clelio Campolina Diniz
Secretário Executivo
Alvaro Toubes Prata
Instituto Nacional do Semiárido (INSA)
Diretor
Ignacio Hernán Salcedo
Diretor Substituto
Salomão de Sousa Medeiros
Coordenador de Pesquisa
Aldrin Martin Perez Marin
Organizadores e Promotores do Evento
Instituto Nacional do Semiárido – INSA/MCTI
Departamento de Combate à Desertificação – MMA
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO
Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA Brasil
Equipe Metodológica
Núcleo de Inovação Metodológica - NIM
Aldrin M. Perez-Marin
Correspondente Científico do Brasil na UNCCD
e Coordenador de Pesquisa do INSA
Ana Paula Silva dos Santos
Colaboradora
Ana Paula Ferreira Agapito
Colaboradora
Rosilene Cassiano Silva Alves de Lima
Colaboradora
Luis Felipe Ulloa
Colaborador
Leonardo Bezerra de Melo Tinôco
Colaborador
“Não plante em serra acima
Nem plante em ladeira abaixo
Deixe que o mato proteja
O ventre da fecundidade
Prá água não levar de arrasto
A sua fertilidade”
Targino Gondim e Roberto Malvezzi
SUMÁRIO
RESUMO
6
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DA DESERTIFICAÇÃO NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
7
2. PAINEL I: DIAGNÓSTICO DE RESTRIÇÕES DA VULNERABILIDADE E CAPACIDADE DE
ADAPTAÇÃO A DESERTIFICAÇÃO E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
2.1. AFIRMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
2.2. RESULTADOS DOS TRABALHOS EM GRUPO: DIAGNÓSTICO DE RESTRIÇÕES
3. PAINEL II: RESPOSTAS TECNOLÓGICAS E MELHORES PRÁTICAS BASEADAS NO
CONHECIMENTO LOCAL E ACADÊMICO DISPONÍVEL
3.1. AFIRMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
3.2. RESULTADOS DOS TRABALHOS EM GRUPO: RESPOSTAS
4. PAINEL III: NOVOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DE MONITORAMENTO
E AVALIAÇÃO
4.1. AFIRMAÇÃOES E RECOMENDAÇÕES
4.2. RESULTADOS DOS TRABALHOS EM GRUPO: MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
9
10
11
15
16
20
24
25
26
5. FECHANDO – ABRINDO
5.1. AS PERGUNTAS GERADAS NO PROCESSO
5.2. AS INICIATIVAS ESPECÍFICAS
28
29
30
LISTA DE PARTICIPANTES
31
RESUMO
O Seminário sobre “Combate à Desertificação, Degradação da Terra e Convivência com a Semiaridez
para Redução da Pobreza e um Desenvolvimento Sustentável - contribuição da ciência, tecnologia,
conhecimentos e práticas locais”, teve caráter mobilizador, reflexivo e propositivo, visando criar uma
instância de articulação regional e local de atores sociais que atuam nessa área, e fez parte de um
processo preparatório para a Conferência Internacional da Convenção das Nações Unidas de Combate
à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD), que ocorrerá em março deste ano, na cidade
do México.
O evento reuniu um conjunto de pesquisadores, acadêmicos e populares, que atuam em diversas
temáticas na região semiárida do Brasil para construir coletivamente possibilidades concretas de ampliar
o debate na perspectiva da ciência e tecnologia com inclusão social, e subsidiar políticas públicas que
gerem mudanças efetivas na vida da população, nas formas de produzir, na relação com o ambiente,
na maior valorização das potencialidades regionais, conhecimentos e práticas de manejo, na legislação
e no financiamento.
Durante o evento se analisou e discutiu, à luz do conhecimento científico, tecnológico, popular e de
práticas tradicionais, sobre a vulnerabilidade das terras e populações, diante das mudanças climáticas
e da desertificação, bem como sobre estratégias de adaptação, para subsidiar o posicionamento da
delegação brasileira durante o debate na 3ª Conferência Científica de Combate a Desertificação das
Nações Unidas – UNCCD.
Foram estabelecidos três painéis: O primeiro analisou o diagnóstico de restrições às capacidades
de adaptação ao Semiárido e às mudanças climáticas e de combate à desertificação; O segundo tratou
sobre as respostas, visando maximizar os conhecimentos disponíveis oriundos da academia e do
conhecimento popular; O terceiro se debruçou sobre os novos métodos de avaliação e monitoramento
como estratégias de reduzir a vulnerabilidade e melhorar as capacidades de adaptação à semiaridez.
Os participantes, em consenso, idealizaram afirmações, perguntas sem respostas e proposições de
intervenção.
Dentre os principais resultados, destacou-se que para reduzir as restrições e aumentar as capacidades
de adaptação: 1) São condições imprescindíveis a comunicação, educação contextualizada e cultura
intencionadas (educomunicação) no fortalecimento das potencialidades, bem como compreender as
limitações do Semiárido brasileiro, na perspectiva da convivência e da formação crítica e cidadã, 2)
São necessários estudos e diagnósticos interdisciplinares que considerem os saberes tradicionais, a
realidade local e o retorno efetivo dos resultados para as comunidades.
Já existem muitos conhecimentos construídos no campo da ciência, tecnologia e inovação oriundas
da comunidade acadêmica e popular, mas há necessidade de integração e socialização eficaz. Entre
esses conhecimentos destacamos: só é possível a “convivência com o Semiárido” com a Caatinga em
pé; o recaatingamento, reuso de água, a coleta e manejo de água de chuva; manejo dos solos, como
bem comum e componente vivo; nova matriz energética (solar e eólica); educação contextualizada,
comunicação e cultura; o meio urbano consciente e sensível pela sua interligação com o Semiárido;
políticas de Estado das tecnologias sociais já existentes (cisternas, recuperação de solo, reuso, etc).
No campo dos novos métodos de avaliação e monitoramento destaca-se o Sistema de Gestão de
Informação e Conhecimento do Semiárido Brasileiro (SIGSAB) do INSA/MCTI, o Projeto ASA-INSA –
Monitoramento de sistemas agrícolas resilientes a eventos climáticos extremos - e as Geotecnologias
(imagens de satélites, sensoriamento remoto).
Como exercício de fechar-abrindo sugere-se propiciar um encontro para aprofundar as ideias do
diálogo do conhecimento local e do conhecimento da matriz acadêmica em relação com a comunicação,
a cultura e a educação contextualizada, assim como converter em iniciativas específicas de Ciência,
Tecnologia e Inovação as perguntas geradas pelos participantes, de forma integrada, no campo da
conceitualização, da pesquisa, da intervenção do imaginário, das ações, dos atores sociais e do uso dos
bens comuns.
6
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DA DESERTIFICAÇÃO NO
SEMIÁRIDO BRASILEIRO
O texto da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da
Seca (UNCCD) limita a ocorrência da desertificação às áreas que se situam nas zonas áridas, semi-áridas
e sub-úmidas secas entendidas como “Todas, com exceção das polares e subpolares, nas quais a razão
entre a precipitação anual e a evapotranspiração potencial está compreendida entre 0,05 e 0,65”. No
Brasil, esta definição restringe a desertificação a uma parte da região Nordeste e do Norte do Estado
de Minas Gerais. Nas outras regiões pode haver processos de degradação da terra semelhantes aos
desta parte do NE e de Minas Gerais, mas eles não podem ser denominados de desertificação e não se
enquadram na Convenção. Essas regiões se caracterizam por apresentar uma baixa precipitação anual,
alta evapotranspiração, concentração de grandes contingentes populacionais e bolsões de pobreza. No
Brasil, as áreas susceptíveis a desertificação compreendem 1.340.863 km2, incluindo 1.488 municípios,
localizados em nove estados da região semiárida do Nordeste brasileiro, municípios no Norte de Minas
Gerais e do Espírito Santo, onde o grau de conhecimento destes processos degradativos e sua extensão
são ainda deficitários e necessitam de constantes atualizações.
Os Núcleos de Desertificação no Semiárido Brasileiro:Seridó, (RN/PB),Cariris Velhos (PB), Inhamuns
(CE), Gilbués (PI), Sertão Central (PE), Sertão do São Francisco (BA), se constituem na fiel expressão
da inadequação ou ausência de práticas adequadas, quando da interação entre as ações produtivas e
os recursos naturais disponíveis em um ambiente de equilíbrio ecologicamente frágil. Em geral, esses
Núcleos são áreas com grandes manchas desnudas, presença ou não de cobertura vegetal rasteira
e sinais claros de erosão do solo. No entanto, existem outros locais com aparência de degradação
semelhante, porém, ainda não reconhecidos como Núcleos. As consequências se apresentam tanto
em âmbito local, como regional, nacional e global, visto que resulta no empobrecimento da população
local e declínio da qualidade ambiental nesses ambientes, em processos migratórios intra-regionais,
perda de biodiversidade, perda de território produtivo do país e na elevação do risco social em uma
extensa área e, finalmente, nos aspectos negativos referentes ao clima do planeta, com a elevação
da temperatura, interferências em processos biogeoquímicos, particularmente, na ciclagem da água
e do carbono. Dessa forma, o processo de desertificação deve ser encarado como um problema pangeoespacial, articulado às demais áreas em desertificação do planeta. Com o advento das mudanças
climáticas espera-se que esses processos se intensifiquem.
As áreas afetadas apresentam condições de recuperação (embora algumas, remotamente),
melhorando sua capacidade produtiva a partir de sistemas de manejo integrados do solo, da água e da
cobertura vegetal, adequados às características edafoclimáticas e ecossistêmicas locais. Nas áreas mais
críticas, a partir da retirada parcial ou total de qualquer tipo de uso existente nas terras degradadas,
seria, em princípio, uma tarefa de fácil execução, visto que a incapacidade produtiva dos solos, cada vez
mais profunda tende a “expulsar” os agricultores locais para áreas ainda com capacidade de suporte.
Entretanto, o predomínio de estrutura fundiária dominada pela pequena propriedade, sugerindo o
uso intensivo dos solos, associada às práticas de manejo adotadas e os baixos níveis socioeconômicos
existentes, ao mesmo tempo em que compõem a cadeia causal da degradação dos solos, tornam as
ações corretivas ou mitigadoras de complexidade elevada. Uma vez cessado o uso a recomposição
da mesma ocorreria de forma natural, tão logo fosse cessado ou diminuído o uso dessas terras. Esse
aspecto é inclusive previsto em pesquisas onde se demonstra a existência de capacidade de regeneração
da caatinga numa sequência média de 1 a 3 anos para o estádio herbáceo, 10 a 15 anos para o estádio
arbustivo, acima de 15 a 25 anos para o estádio arbustivo-arbóreo e acima de 25 anos para o estádio
arbóreo-arbustivo. Quanto à agricultura, esta enfrenta sérias limitações, tanto em relação à água, como
em relação à disponibilidade de nutrientes.
7
De forma geral, todos os Núcleos (áreas) de Desertificação apresentam, em boa parte dos seus
solos, baixos teores de fósforo. O nitrogênio também é muito escasso, particularmente associado aos
baixos teores de matéria orgânica dos seus solos. Com a supressão vegetal e a baixa capacidade de
produção de massa verde, quando da ocorrência das chuvas, o que resta de matéria orgânica nos solos
desnudos é rapidamente mineralizada, agravando mais ainda a deficiência de nitrogênio.
Fica evidente que as práticas agropecuárias e outras ações antrópicas adotadas para o Bioma
Caatinga, particularmente nos Núcleos de Desertificação, têm levado à exaustão e à degradação do
solo e, finalmente, da vida humana. Destarte as práticas agropecuárias com o devido manejo terem
demonstrado resultados positivos em várias regiões do Semiárido nordestino, o manejo florestal tem se
demonstrado como o mais promissor deles e, talvez, uma das derradeiras alternativas para os Núcleos
em Desertificação.
A renda auferida com o manejo florestal para os agricultores familiares tem se mostrado muito
atraente, pois retoma a característica produtiva das áreas devastadas, a partir de um plano de manejo
florestal consciente destinando ao produtor rural, uma renda expressiva para a manutenção de suas
necessidades e de sua família.
Com a cobertura vegetal recomposta, os teores de matéria orgânica seriam pouco a pouco
incorporados ao solo e a ciclagem de nutrientes e biomassa retomariam seu processo normal. O maior
entrave se dá na economicidade do sistema, especialmente para estruturas fundiárias com menos de
20 hectares, os quais necessitariam também de áreas destinadas à Reserva Legal e à produção de
alimentos de consumo familiar diário. Algumas alternativas com espécies plantadas e com a utilização
de recursos não-madeireiros estão apresentando alternativas alvissareiras para diversos produtores
familiares.
A integração de políticas públicas ambientais, territoriais, patrimoniais e urbanísticas, é fundamental
para que as ações possam se dar de forma concatenada, ao invés da dispersão de esforços verificadas em
diversas áreas, as quais muitas vezes se apresentam contraditórias, especialmente quando fomentam
cargas excessivas sobre estratos florestais e solos, que não apresentam tal capacidade de suporte e, por
conseguinte, de respostas aos inputs produtivos, resultando em degradação ambiental.
Finalmente destacamos que, enquanto medidas de intervenção imediata não forem adotadas, a
Desertificação continuará a aumentar, em área e em gravidade do processo de desertificação. Associado
a essa questão, o monitoramento dessas áreas também deve se constituir em especial atenção por
parte dos órgãos de governo, visto tratar-se da perda de território nacional produtivo para as presentes
e futuras gerações de brasileiros. Para tanto, é fundamental a identificação, experimentação e
pactuação de indicadores que permitam o monitoramento socioambiental dessas áreas submetidas ao
grave processo de degradação de sua qualidade ambiental, designada genericamente de “processo de
desertificação”.
8
2. PAINEL I:
DIAGNÓSTICO DE RESTRIÇÕES DA
VULNERABILIDADE E CAPACIDADE
DE ADAPTAÇÃO A DESERTIFICAÇÃO E
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
“Moço, a coisa tá feia
Se a gente não fizer o certo
Padim Ciço também já dizia
O sertão vai virar um deserto”
Targino Gondim e Roberto Malvezzi
...”Esse calor não é de janeiro
Não é o verão, não é fevereiro
Parece que o mundo esquentou por inteiro
E o nosso clima virou um banzeiro.
Roberto Malvezzi
9
2.1 AFIRMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
A desertificação e as mudanças climáticas no Semiárido brasileiro são problemas interligados de
dimensões globais que devem ser discutidos conjuntamente a fim de obter soluções para mitigação e
adaptação aos mesmos. A busca dessas soluções implica influir no comportamento social, econômico e
político da sociedade e, desenvolver ações dirigidas para prevenção e controle. Para isso, se faz necessário
uma ação coerente e coordenada que articule os saberes, os meios e os conhecimentos práticos de todos
os atores sociais envolvidos. Este esforço inclui compromissos governamentais e não governamentais nas
esferas federal, estadual e municipal para uma ação concreta em escala local, regional e nacional. Neste
contexto, para melhorar as capacidades de adaptação dos ecossistemas e agroecossistemas no Semiárido
brasileiro, a desertificação e as mudanças climáticas:
• É preciso um aprofundamento e aplicação do paradigma da convivência com o Semiárido, e dos
diferentes modos de vida desenvolvidos até agora na região;
• Há necessidade de diagnósticos interdisciplinares que considerem os saberes tradicionais, a realidade
local e o retorno efetivo dos resultados para as comunidades;
• É necessário construir a resiliência agroecológica com a participação de atores sociais rurais e urbanos
e a existência de políticas públicas eficazes;
• São condições imprescindíveis a comunicação, educação contextualizada e cultura intencionadas
(educomunicação) no fortalecimento das potencialidades e compreender as limitações do Semiárido
brasileiro, na perspectiva da convivência e de uma formação critica e cidadã;
Como posicionamento da delegação brasileira, recomenda-se:
1. Adoção da agroecologia como ciência, como saber acumulado, como processo das comunidades e
povos embasada em conhecimentos e práticas locais. “Caatinga em pé”; o uso sustentável da mesma, que
pressupõe trabalhar com sistemas agroflorestais, recaatingamento, manejo florestal, visando garantir a
biodiversidade; apoio à conservação das sementes nativas, animais e vegetais;
2. Retomada da assistência técnica rural, pautada no paradigma da convivência com a semiaridez,
encarada como estratégia de gestão do conhecimento e não da imposição dos conhecimentos e tecnologias;
3. Fortalecimento de parceria entre saber acadêmico e popular. Estímulo ao diálogo de saberes;
4. Mapeamento, sistematização e divulgação das experiências e de técnicas já consolidadas;
5. Produção do conhecimento com base em experimentações e avaliação das respostas em contextos
específicos;
6. Acesso à terra, água e biodiversidade da Caatinga, como condição básica para construção de resiliência
e soberania alimentar;
7. Inclusão da agenda da juventude rural na perspectiva de sua cidadania plena, olhando o contexto de
mundo atual (globalizado, moderno, conectado);
8. Educação contextualizada como condição de mudança no entendimento das potencialidades e
limitações do Semiárido para a formação de uma cidadania ativa;
9. O mundo vivido das populações do Semiárido como elemento de balizamento das ações de
intervenção na realidade;
10. O espaço urbano como ambiente estratégico para introduzir a temática da desertificação, pois
são significativos consumidores de recursos e criadores de passivos socioambientais, além de exercerem
significativa influência na agenda das políticas públicas;
11. Conversão de Tecnologias Sociais, avaliadas e validadas em programas, contendo metas e acessando
recursos.
10
11
2- Mineração,
segurança alimentar,
agricultura e
pastagem
1- Resiliência
agroecológica e
enfoque participativo
TEMAS
Como unificar todos
os elos da cadeia
produtiva agrícola
para mitigar os efeitos
da desertificação no
Semiárido?
Quais medidas são
tomadas para a
recuperação de áreas
degradadas pela
mineração?
A produção de
alimentos no
Semiárido (vegetal e
animal) deve ser
realizada utilizando
A resiliência
agroecológica é ponto
fundamental para
conservação dos
ambientes e povos?
A ação antrópica deve
ser proporcional a
capacidade de uso
dos recursos naturais.
A construção da
resiliência
agroecológica pode
ser trabalhada em
uma escala regional?
Como a agroecologia
pode ser a solução
para a resolução de
crises?
Não é possível
construir resiliência
agroecológica sem a
existência de políticas
públicas eficazes.
É fundamental a
sensibilização dos
atores sociais como
fator essencial a
construção da
resiliência
agroecológica.
A mineração tem
contribuído para o
processo de
degradação,
salinização e
desertificação.
PERGUNTAS
AFIRMAÇÕES
PROTAGONISTAS
JUSTIFICATIVAS
Ações políticas;
Investimentos;
Condições edafoclimáticas do Semiárido;
Processo lento de alteração de um bioma;
Propor ações integradas entre a população rural e urbana buscando o
desenvolvimento sustentável, respeitando as diversidades regionais,
culturais e ideológicas.
PROTAGONISTAS
Agricultores
ONGs
Gestores públicos
Institutos de pesquisa
JUSTIFICATIVAS
O momento atual requer intervenções urgentes para promover o
desenvolvimento sustentável.
Compartilhar conhecimentos, experiências e recursos com
comunidades, sociedade civil, academia e governo.
PROPOSTAS
PERGUNTA GERADORA: Como caracterizar e compreender melhor a vulnerabilidade e capacidades de adaptação dos ecossistemas
(particularmente os agroecossistemas) e as populações das regiões afetadas, incluindo aquelas que recentemente se tornarão suscetíveis às
consequências da mudança do clima?
2.2. RESULTADOS DOS TRABALHOS EM GRUPO: DIAGNÓSTICO DE RESTRIÇÕES
12
3 – Câmbio Climático
práticas
conservacionistas de
água e solo.
O câmbio climático é
um efeito natural;
O câmbio climático
Não é um efeito
natural;
O câmbio climático é
um efeito natural,
porém potencializado
pela ação antrópica.
As mudanças
climáticas afetam o
padrão de produção e
consumo mundial?
Poder público;
Iniciativa privada;
Sociedade civil;
O câmbio climático vai Legitimar as ações de adaptações de mudanças climáticas como
influenciar a
políticas públicas.
precipitação
pluviométrica do
Realizar ações de promoção e ampliação das experiências exitosas
ponto de vista
em nível territorial.
temporal e
quantitativo?
JUSTIFICATIVA
O monitoramento climático ainda é deficiente em informações,
A alteração da
quantidade e qualidade.
temperatura pode
influenciar na
PROTAGONISTAS
Universidades;
precipitação?
Órgãos de extensão;
Órgãos de pesquisa;
Até que ponto o que
ONG’s e movimentos sociais;
foi feito e planejado
atende as mudanças
Poder executivo;
Poder legislativo.
previstas para o
câmbio climático,
especialmente nas
ASD’s?
13
4 – Políticas públicas
e inovações
institucionais
O grupo não elaborou
as afirmações.
JUSTIFICATIVA
Falta uma interlocução entre os entes que formulam as políticas
públicas e a Comissão Nacional de Combate a Desertificação;
O INSA deveria participar mais das articulações com os formuladores
de política.
Como a educação
pública chega a essas
comunidades?
Porque as
experiências
populares exitosas
não são fortalecidas?
PROTAGONISTAS
Parlamentares
Retomar o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável ou de
Combate à Desertificação.
Sugestão: realizar reunião da CNCD.
Instituir no currículo mínimo obrigatório em todas as modalidades de
educação, a educação contextualizada nas instituições que abrangem
as áreas suscetíveis à desertificação.
Fortalecer a relação entre o conhecimento científico o conhecimento
popular e vice-versa;
Incorporar nos diagnósticos a dimensão ambiental para subsidiar a
elaboração de políticas públicas e inovações institucionais
resultantes, de forma transdisciplinar e participativa.
Elaborar diagnósticos concretos sobre a situação dessas
comunidades, considerando a qualidade dos diagnósticos e a
participação em sua elaboração, de atores da academia e das
comunidades.
Como se realiza o
diagnóstico das
comunidades
atendidas pelas
políticas públicas?
Como as políticas
voltadas a essas
comunidades chegam
até elas?
Como caracterizar e
compreender melhor
a vulnerabilidade e
capacidade de
adaptação dos
ecossistemas
(particularmente os
agroecossistemas)?
14
5 – Relações sociais e
vida cotidiana
Quais as estratégias e
ações para
conscientizar/envolver
as comunidades do
campo e da cidade
sobre as causas e
impactos da
desertificação?
A defesa da caatinga e
convivência com o
Semiárido são
também
responsabilidades dos
cidadãos urbanos.
Como promover o
compromisso
intersetorial no
combate à
desertificação?
Existem alternativas
exitosas de uso
Quais os entraves
sustentável da
caatinga e convivência para popularização do
tema desertificação?
com o Semiárido.
Os elementos
simbólicos e culturais
das comunidades e
sua relação com a
caatinga são
importantes.
PROTAGONISTAS
INSA; MMA; RESAB; ASA e movimentos sociais; Universidades;
Institutos de Educação; Institutos de Pesquisas.
JUSTIFICATIVAS
O inventário permitira a criação de programas de convivência com o
Semiárido, baseados em experiências comprovadas e de
fortalecimento das culturas e do território.
Desenvolver ações para o fortalecimento da integração campocidade.
Inventariar as experiências concretas de gestão comum e integrada
dos recursos naturais no Semiárido. O processo deve incorporar o
mapeamento e a caracterização das experiências das comunidades
que praticam a gestão comum: Localização, impactos, capacidade de
replicação em outros contextos no Semiárido.
3. PAINEL II:
RESPOSTAS TECNOLÓGICAS E MELHORES
PRÁTICAS BASEADAS NO CONHECIMENTO
LOCAL E ACADÊMICO DISPONÍVEL
Aproveite a água da chuva
Tenha a cisterna na casa
Represe rios e riachos
Plante sempre uma árvore
Caju, sabiá, umbuzeiro
Mulungu, ingá, juazeiro.
Assim se deve fazer
E o sertão irá sempre viver
Mas, se tudo for desmatado
Nada será tão errado
O futuro é mais do certo
E o sertão vai virar um deserto.
Targino Gondim e Roberto Malvezzi
15
3.1 AFIRMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
Um dos desafios diz respeito à consolidação de soluções interinstitucionais para articulação, pesquisa,
formação, difusão e políticas para o desenvolvimento sustentável do Semiárido brasileiro, a partir de uma
filosofia que assume a semiaridez como vantagem”. Atualmente pelo menos cinco ministérios se debruçam
sobre o espaço semiárido, muitas vezes sem articulação em suas ações, como pode ser exemplificado: O
Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA trabalha com os Territórios Rurais; o Ministério do Meio
Ambiente – MMA apoia o Cenário para o Bioma Caatinga e o Programa de Ação Nacional de Combate
à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca - PAN-BRASIL; o Ministério da Integração Nacional – MI
apoia e executa a Política Nacional de Desenvolvimento Regional – PNDR incluindo o Plano Estratégico de
Desenvolvimento do Nordeste – PDNE, o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Semiárido – PDSA, bem
como a Agência do Desenvolvimento do Nordeste – ADENE, que desenvolveu parceria com o MMA para
definir o que hoje se denomina Região Semiárida Brasileira. O Ministério da Agricultura trabalha através
de Centros da EMBRAPA. Existe ainda a região abrangida pelo Banco do Nordeste do Brasil – BNB que é
vinculado ao Ministério da Fazenda – MF. Destaque-se, por outro lado, o espaço territorial da Articulação no
Semiárido – ASA, que envolve mais de 3.000 organizações de caráter social na região.
Além disso, existem oito unidades Embrapa, sete Institutos de Pesquisa Estaduais (OEPs), uma Sociedade
Nordestina de Ciência do Solo; 70 cursos na área de ciências agrárias e 21 cursos na área biológica, ambos
envolvendo 253 linhas de pesquisa um total de 1.077 docentes. Por parte da sociedade civil, destaca-se
a atuação do Movimento Sem Terra (MST); Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Movimentos dos
Atingidos por Barragens (MAB) e a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA).
De um ponto de vista amplo, todas as estratégias e tecnologias que se voltem para a melhoria da renda
e da sua distribuição em áreas semiáridas devem considerar a convivência com o SAB e enfrentamento a
desertificação. As iniciativas impulsionadas pelos diversos atores, acima mencionados, podem ser agrupadas
conforme quadro abaixo:
Nesse contexto, o conjunto de atores que trabalham no Semiárido, tem gerado e acumulado conhecimentos
em diversas temáticas, estabelecendo compressões populares e acadêmicas consensuadas de luta contra a
desertificação, a saber:
16
Primeira compreensão: Só é possível a “convivência com o Semiárido” com a Caatinga em pé.
Guimarães Duque já dizia, a ecologia do Semiárido é formadora de árvores. Vejamos um exemplo:
Comunidades de fundo de pasto de Areia Grande (casa nova, Bahia), trabalham em uma área de 27 mil
hectares de Caatinga em pé. A área acolhe 365 famílias. Trata-se de uma área comunitária, poucas roças
individuais. São 30 toneladas de mel na seca; cabras e ovelhas produzem carne, leite, queijos, peles, sem
prejuízos econômicos em toda essa estiagem. Também destacamos a intuição de um agricultor, criador e
apicultor do Semiárido: Dilson, de Campo Alegre de Lourdes (BA), o qual comenta que localizou, cercou
e protegeu mais de 700 mudas de Aroeira (espécie em risco de extinção) em sua Caatinga. Percebeu que
sem elas não teria o mel da Aroeira, cuja florada acontece fora do período das chuvas. Hoje a maioria das
Aroeiras estão grandes e já não precisam de proteção. Outro exemplo vem da academia, através do Núcleo
BioCaatinga. A bioprospecção de moléculas bioativas de plantas da Caatinga, no Semiárido, é uma realidade
possível e promissora, com resultados já publicados.
Segunda Compreensão: O Recaatingamento.
Vários estudos na região semiárida demonstram que a reaborização dos agroecossistemas aumentam
até 150% os níveis de matéria orgânica do solo, aumenta a produtividade de biomassa e biodiversidade e
favorece a formação de ilhas de fertilidade ao redor das árvores. Assim, há potencial para reaborização dos
agroecossistemas em locais de ocupação mais intensa, onde a vegetação arbórea já foi significativamente
reduzida, bem como o manejo das áreas onde ainda existe Caatinga. Um exemplo: Experiências do Instituto
Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), de Juazeiro, BA, relatam que sete comunidades do
Território Sertão do São Francisco – 140 famílias - aceitaram o desafio de ajudar na preservação do planeta
e construir um mundo melhor para todos: Angico, no município de Canudos; Melancia, em Casa Nova; São
Mateus, em Curaçá; Fartura, em Sento Sé; Poço do Juá, em Sobradinho; Serra dos Campos Novos, em Uauá;
e Curral Novo, em Juazeiro. A metodologia adotada consistiu em: isolar a área dos animais, introdução de
espécies típicas da caatinga, dar tempo ao crescimento das plantas e introdução de plantas econômicas
nessas áreas em processo de desertificação.
Terceira Compreensão: Reuso de água, coleta e manejo de água de chuva.
Existem múltiplas tecnologias sociais: Cisternas com água para beber; Cisternas com água para produzir;
Barreiro, Caixios, Barragens subterrâneas; Compostagem, Silagem, Manejo florestal, dentre outros. O reuso
de água no Semiárido trata-se de uma ação urgente. Segundo o INSA, no Semiárido existem potencial de
reuso de 14.055 L s-1, sendo possível irrigar 73.973 ha. O Total de N, P e K, produzido é da ordem de 79,
13 e 30 t dia-1, respectivamente, que em termos de fertilizantes (Ureia, Super-Fosfato Simples e Cloreto de
Potássio), representam uma perda de aproximadamente R$500.000,00 por dia. Experiências realizadas pelo
INSA com reuso de água para aplicação em sistemas agroflorestais indicam que é possível produzir 100.500
raquetas (cladódios) por ano, aplicando-se 2,5 L de água por semana e por hectare. Além dessas experiências,
destacamos o Projeto ASA-INSA, com os sistemas agrícolas resilientes a eventos climáticos extremos, que
englobam um conjunto de estratégias técnicas, políticas e sociais de convivência com o Semiárido.
Quarta Compreensão: Manejo Integrado e Conservação do solo, da água e a recuperação de
áreas degradadas.
O solo contém vida, é dinâmico, se modifica constantemente, forma-se a razão de 1mm a cada 8 a 30
anos, tem duração finita e fornece todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento
das plantas. O solo está inserido na paisagem e é uma herança em todo o sentido da palavra: herança dos
processos fisiográficos e biológicos, é patrimônio coletivo dos povos que historicamente as herdaram como
território de atuação de suas comunidades. A erosão é considerada o principal fator de degradação do solo
no SAB. Um dos aspectos mais preocupantes referente à erosão no SAB é que, mesmo perdas de grande
magnitude são pouco observáveis em curto prazo, se não for possível observarem-se sulcos abertos no solo
17
de pelo menos alguns centímetros de profundidade. Isso, em razão de que perdas laminares de 100,00 Mg
ha-1 ano-1 equivalem a menos de 1,0cm de profundidade do solo e podem passar despercebidas e, apenas o
acúmulo das perdas por vários anos de cultivo tem o efeito marcante de reduzir visivelmente a profundidade
do solo. E não por falta de conhecimento. A Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, que aglutina mais de
1000 sócios, desde 1947 vem gerando conhecimento nos diversos campos da Ciência do Solo (ex. morfologia,
pedologia, química, física, biologia), publicando desde 1977, a Revista Brasileira de Ciência de Solo e o seu
Boletim Informativo. A cada dois anos organiza o Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, com média de
2500 trabalhos participantes. Uma série de tecnologias de conservação e recuperação do solo tem sido
desenvolvida ao longo dos anos. Porém, existe a necessidade de transformar esse conhecimento em política
pública, tais como os programas um Milhão de Cisternas (P1MC), Água Doce, entre outros, articulando-os
com as iniciativas locais e dos governos estaduais.
Quinta compreensão: Nova matriz energética.
Atualmente 35% da matriz energética da região semiárida vem da madeira. Como contraponto a essa
matriz energética está a Energia Solar, uma alternativa viável econômica, social e ecologicamente sustentável
no Semiárido brasileiro. Destacamos um exemplo em Juazeiro na Bahia, através do programa “Minha Casa,
Minha Vida”. Nesse município mil famílias são responsáveis por sistemas que captam a energia solar e a
conecta à rede nacional. A venda da energia no mercado de abastecimento das casas gera uma renda de R$
80,00 ao mês por família, mesmo descontando 40% para investimentos no condomínio das famílias. Existe
uma base de conhecimento científico no departamento de Energia Nuclear da UFPE e os estados do Rio
Grande do Norte, Paraíba e Ceará, já acumulam conhecimentos nessas áreas, especialmente em energia
eólica. Esta, até a década passada estava concentrada nos municípios litorâneos. A instalação de torres de
medição anemométricas indicaram um forte potencial de geração de energia eólica na região do Semiárido.
Sexta compreensão: educação contextualizada, comunicação e cultura.
Comunicação, Cultura e a Educação precisam ser cúmplices no processo de formação, e o parâmetro para
tal é o diálogo com os conhecimentos locais, com os saberes da tradição. Se não tocarmos nesses saberes,
fazendo a educação ter sentido na vida das pessoas elas não mudam as suas atitudes, as suas práticas, as suas
visões enraizadas do como sempre se fez para como se deve fazer o bem, a serviço de todos.
Sétima compreensão: Mudanças climáticas.
Para o futuro a maioria dos cenários estimados mostram reduções na quantidade de chuvas e aumento
da variabilidade climática, intensificando os processos de desertificação. Diante desse grave cenário, hoje
dependemos de uma governança global do clima.
Oitava compreensão: A questão urbana.
O meio urbano também terá que aprender a conviver, a ser e estar no e com o Semiárido.
Nona compreensão. Políticas de Estado.
Faz-se necessário transformar em políticas públicas, os programas de adutoras, barragens, programas
e incentivos (tecnologias, investimentos, áreas de preservação, formação, etc.) e Educação contextualizada
para o Semiárido no ensino oficial. O fomento de atividades não poderá constituir-se em ações desarticuladas
das políticas.
Décima compreensão: Combater a desertificação
Combater a desertificação não significa essencialmente lutar contra a erosão, salinização, assoreamento
ou tantas outras consequências intermediárias, mas suprimir as causas que provocam estas consequências
18
e, considerando-se o fenômeno no curto prazo, essas causas necessariamente estão relacionadas com as
atividades dos próprios seres humanos, vítimas de semelhante “civilização”. Combater a desertificação, mais
que tudo implica influenciar ou mudar o comportamento cultural, social, econômico e político da sociedade
atual.
Diante das compreensões acima, afirma-se e recomenda-se:
1. Existem muitos conhecimentos construídos nas dimensões apresentadas pelo painel, mas há a
necessidade de se buscar estratégias de socialização, apropriação e implementação dos mesmos pelas
comunidades (camponesas, indígenas, quilombolas, etc) diretamente envolvidas e atingidas pelos fenômenos
da desertificação, degradação dos solos e semiaridez, e se faz necessário...;
2. Fortalecer as iniciativas de educação contextualizada nos processos educativos formais, nos currículos
escolares, na formação de educadores e na produção de materiais didáticos e paradidáticos que abordem a
semiaridez, os processos de combate a desertificação, a degradação dos solos e as manifestações da cultura
popular e dos saberes tradicionais;
3. Fortalecer as estratégias e iniciativas comunicacionais (comunicação alternativa) e culturais para
desconstruir o imaginário atual sobre o SAB nas áreas urbanas e rurais e em todas as áreas do conhecimento
e faixas etárias;
4. Garantir financiamento às ações e ampliar os estudos sobre o uso sustentável da biodiversidade da
caatinga e sobre o manejo florestal sustentável;
5. Implementar ações voltadas para a captação de águas de chuvas e reuso das águas nas áreas urbanas
e rurais;
6. Ampliar a socialização sobre o manejo dos solos, com vistas a contribuir para a diminuição dos
processos de desertificação e das possibilidades de convivência com as particularidades do Semiárido;
7. Apoio financeiro por parte dos governos a estudos sistêmicos / multidisciplinares e experimentos de
longo prazo que possam auxiliar na compreensão do Semiárido na sua complexidade, apontado saídas que
possam contribuir para o combate à desertificação e convivência com as regiões semiáridas, envolvendo os
atores sociais diversos (poder público, sociedade civil entre outros), nas suas mais amplas dimensões .
8. Propor que os programas e iniciativas dos governos já possam contemplar nas suas implementações
as tecnologias necessárias à convivência com as regiões semiáridas e em processos de desertificação (energia
solar, cisterna, reuso das águas entre outros) ou ainda que apoiem financeiramente estas iniciativas por meio
de crédito.
19
20
3- Uso sustentável da
biodiversidade:
BioCaatinga e manejo
florestalsustentável.
4Agroeocossistemas:
sistemas de produção
em condições
semiáridas.
2- Segurança hídrica
1- Uso do solo e água
TEMAS
PERGUNTAS
Como poderiam ser
ampliadas as
experiências exitosas
em relação ao uso das
essências nativas da
caatinga?
Como ampliar o uso
medicinal dos
A caatinga elevado
potencial medicinal,
ainda não totalmente
exploradas
cientificamente e
comercialmente.
Os sistemas
agroflorestais
Qual o entrave/ da
pesquisa científica
que está
limitando/impedindo
o combate à
desertificação?
Viabilizar políticas
Qual o potencial de
públicas que atinjam o solos e água do
conjunto de atores do Semiárido?
Semiárido;
Como viabilizar
Aperfeiçoar a
agricultura nesse
perspectiva de gestão sistema, dentro de um
integrada da terra,
contexto de escassez
incluindo solo água e
de água?
vegetação, como
pressuposto básico
Solo e água quais são
para prevenção e
os problemas, os
combate a
impactos e os
indicadores?
desertificação;
AFIRMAÇÕES
PROTAGONISTAS
JUSTIFICATIVAS
Os modelos praticados predominantes até o presente não têm se
mostrado sustentáveis.
Institucionalizar como políticas de estado as experiências exitosas em
sistemas agroflorestais e uso não madeireiro da caatinga
(farmacêutico, artesanal, paisagístico, etc.)
PROTAGONISTAS
Institutos de pesquisa, ensino e extensão;
Gestores públicos;
Sociedade civil;
Instituições privadas, como contrapartida;
JUSTIFICATIVAS
Estamos atrasados quanto à problemática
Compreender o potencial de solo e água, garantir a segurança hídrica
tanto no meio rural quanto no urbano;
PROPOSTAS
PERGUNTA GERADORA: Como utilizar /aproveitar eficazmente os conhecimentos disponíveis, os casos exitosos e lições aprendidas para
promover a implementação de tecnologias e melhores práticas adaptadas e baseadas no conhecimento?
3.2 RESULTADOS DOSTRABALHOS EM GRUPO: RESPOSTAS
21
5 – Comunicação,
educação
contextualizada e
conhecimento local
Na logica da educação
contextualizada se
reafirme a
agroecologia como
proposição de
convivência com o
Semiárido. É
necessário provocar
processos de
formação continuada
Como fazer uma
educação
transformadora
(interrogação) o
desafio não é só
Como a educação
pode se lançar
vinculando o debate
das questões
ambientais de uma
forma geral. Que
gancho podemos usar
na educação que
toque o ser humano
na sua necessidade
com os bens comuns
da natureza
(interrogação).
A palavra semiárida
tem momentos que
envolve clima,
polígono das secas,
região semiárida,
território. Então, que
Semiárido é esse que
devemos
falar(interrogação)
O Semiárido tem uma
proposta de
convivência com o
Semiárido, que pode
ser estimulada e
provocada nas ASDs;
A educação
contextualizada é o
melhor formato para
a região e áreas
susceptíveis a
desertificação, para
além do que é
Semiárido no sentido
formal. A educação é
ampla (formal e
informal);
princípios ativos
encontrados nas
plantas da caatinga no
sistema público de
saúde?
representam sistemas
viáveis de convivência
com o Semiárido.
PROTAGNISTAS
JUSTIFICATIVAS
Invadir os espaços virtuais com a educomunicação contextualizada.
Relançar editais que criem e consolidem os programas de pósgraduação em educação contextualizada;
Identificar as experiências de formação e potencializar os
instrumentos, métodos e sistematização;
Fortalecer e ampliar cursos de especialização em educação
contextualizada, para pensar um novo projeto de desenvolvimento;
Realçar a importância da cultura popular no imaginário do Semiárido
(música, poesia, religiosidade, cordel, identidade, beleza...);
Incorporar tecnologias no processo de ensino-aprendizagem;
Poder executivo e legislativo;
Sociedade civil organizada;
Instituições de ensino, pesquisa e extensão;
Iniciativa privada.
22
A maior parte da
população do
Semiárido está na
área urbana, portanto
devemos estimular
uma educomunicação
e criar instrumentos
de acompanhamento
e avaliação por parte
dos educadores;
Há uma defasagem na
formação inicial e
continuada dos
professores e ainda
não se configura
como projeto político
pedagógico da
maioria das
instituições e como
uma politica pública;
A educação
contextualizada é
processo complexo,
pois envolve os
processos de
formação, currículo,
avaliação, que não
seja excludente do
imaginário rural e o
urbano;
e assessoria sóciopedagógica e
produtiva;
mudar
comportamento das
pessoas, mas o
projeto de sociedade.
23
A educação oficial não
é questionadora,
mantem um projeto
de sociedade
dominante. O modelo
está em crise. A
sociedade está sendo
obrigada a repensar
suas relações com a
natureza (problemas
energia, água...).
É preciso fazer
investigação sobre
dificuldades e
facilidades
encontradas na área
rural e urbana no
trabalho com livro
didático pelas escolas;
Precisamos vincular a
convivência com o
Semiárido com a ética
do cuidado, da
pluralidade, das
formas de vida da coresponsabilidade;
4. PAINEL III:
NOVOS PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS DE MONITORAMENTO E
AVALIAÇÃO
24
4.1 AFIRMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
A desertificação implica mudança no tempo e, para ser caracterizada, demanda uma série temporal de
dados. Isso é fundamental para a determinação de risco, na estimativa da progressão de desertificação e na
avaliação de ações preventivas. Além disso, embora tantas evidências sobre a desertificação, sua organização
em um sistema de indicadores quali-quantitativos, ainda é muito incipiente e não fornece resultados
consistentes para alimentar tomadas de decisão sobre esse grave processo evolutivo, mesmo mediante de
tentativas de mensuração.
Nesse aspecto, sobre os novos métodos de avaliação e monitoramento, afirma-se e recomenda-se:
1. Existem vários procedimentos de avaliação e monitoramento e se faz necessário...;
2. Integrar os diferentes sistemas de bancos de dados já existentes, tais como Sistema de gestão de
informação e do Conhecimento (SIGSAB) do INSA, Sistema Alerta Precoce do MMA;
3. Difundir de forma mais ampla e diferenciada as informações obtidas para atingir os diferentes setores
das sociedades e provocar as reflexões necessárias entreos tomadores de decisão, centros de pesquisa,
estudantes, professores e comunidade originarias, no sentido amplo;
4. Melhorar a previsão sazonal de indicadores pluviométricos para o Semiárido.
Ações que possibilitam o processo:
1. Alimentação constante e em diferentes escalas temporais e espaciais das informações, obtidas em
distintos centros;
2. Popularizar as informações nas diferentes mídias;
3. Auxiliar a administração municipal com um sumário de informações importantes na gestão de
indicadores estratégicos para o Semiárido (condições pluviais, qualidade de água para consumo humano,
plantio de sementes, mudança no uso e ocupação dos solos, nível dos reservatórios, etc.);
4. Melhorar os modelos climáticos.
25
26
2- Mapeamento da
desertificação:
indicadores de
levantamentos de
5 – Gestão da
informação e do
conhecimento
1 - Experiências da
sociedade civil
“observatórios e
similares”
TEMAS
O sensoriamento
remoto e o
mapeamento são
ferramentas
Monitoramento e
avaliação participativa
como instrumento de
fortalecimento da
identidade territorial
e do protagonismo
politico das
comunidades, sendo
referencia para
direcionamento das
politicas publicas.
Há a necessidade de
fortalecer, dinamizar,
ampliar e disseminar
o banco de dados já
iniciado pelo INSA que
dialogue com
informações da
Sociedade Civil e do
Estado.
AFIRMAÇOES
As estações
meteorológicas
existentes são
suficientes para dar
Como ampliar por
meios de arranjos
institucionais as ações
desenvolvidas pelo
INSA em todo
Semiárido Brasileiro?
Como criar
mecanismos para
fazer análise dos
dados e informações
disponíveis sobre o
Semiárido de forma a
pautar a agenda de
politicas publicas?
Quais são os
referencias
metodológicos
utilizados para o
monitoramento e
avaliação na
perspectiva de
impactos de
resultados?
PERGUNTAS
JUSTIFICATIVAS
Estabelecer o monitoramento periódico e integrado das ASD’s.
PROTAGONISTAS
Sociedade civil
Agentes de Financiamento
Poder Publico
Instituições de ensino, pesquisa e extensão.
JUSTIFICATIVAS
É estratégico para tomadas de decisões e implementações de
politicas publicas para o enfrentamento das mudanças climáticas e da
desertificação
Processos e experiências de monitoramento, avaliação e gestão do
conhecimento como estratégias para prevenção e combate a
desertificação assim como adaptação as mudanças climáticas.
PROPOSTAS
PERGUNTA GERADORA: Quais são os novos métodos de monitoramento e avaliação disponíveis para estimar a eficácia das práticas e
tecnologias que proporcionam uma melhor visão sobre elas e como devem ser massificada sua implementação?
4.2 RESULTADOS DOS TRABALHOS EM GRUPO: MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
27
4- Sensoriamento
remoto e
mapeamento
3-Análise e
processamento de
imagens de satélite
versus verdade
terrestre
vegetação
Faltam
monitoramentos
sistemáticos da
degradação dos solos
do Semiárido;
fundamentais para o
monitoramento dos
processos das ASD’s;
Existem dados o
suficiente para
comprovar o
desencadeamento da
desertificação no
Semiárido brasileiro ?
O que está faltando ?
suporte ao
monitoramento da
desertificação?
PROTAGONISTAS
INSA, EMBRAPA, INPE, InMet, Universidades, Institutos Federais,
MMA e Defesa Civil;
ONG’s e movimentos sociais;
Estados e municípios.
Necessidade de monitorar a dinâmica dos processos de
desertificação visando definir estratégias adequadas de intervenção.
5. FECHANDO-ABRINDO
NOVOS PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS DE MONITORAMENTO E
AVALIAÇÃO
28
5.1 AS PERGUNTAS GERADAS NO PROCESSO
Encontramos cinco focos de preocupação na percepção dos participantes:
Os conceitos
• SAB? Que Semiárido é esse que devemos falar quando a palavra “Semiárido” tem momentos que
envolvem clima, polígono das secas, região semiárida, território;
• Mudar o quê? Se o desafio não é só mudar comportamento das pessoas, mas o projeto de sociedade:
Como impulsionaruma educação, uma comunicação e uma cultura transformadora?
•
A resiliência agroecológica é ponto fundamental para conservação dos ambientes e povos?
Na pesquisa
• Como caracterizar e compreender melhor a vulnerabilidade e capacidade de adaptação dos
ecossistemas (particularmente os agroecossistemas)?
• O câmbio climático vai influenciar a precipitação pluviométrica do ponto de vista temporal e
quantitativo?
•
A alteração da temperatura pode influenciar na precipitação?
•
As mudanças climáticas afetam o padrão de produção e consumo mundial?
• Como criar mecanismos para fazer análise dos dados e informações disponíveis sobre o Semiárido de
forma a pautar a agenda de políticas publicas?
• Quais são as referências metodológicas utilizadas para o monitoramento e avaliação na perspectiva
de impactos de resultados?
• As estações meteorológicas existentes são suficientes para dar suporte ao monitoramento da
desertificação?
• Existem dados o suficiente para comprovar o desencadeamento da desertificação no Semiárido
brasileiro? O que está faltando?
A intervenção no imaginário
•
Quais os entraves para popularização do tema desertificação?
• Quais as estratégias e ações para conscientizar/envolver as comunidades do campo e da cidade sobre
as causas e impactos da desertificação?
• Como a educação pode se lançar vinculando o debate das questões ambientais de uma forma geral?
Como uma comunicação alternativa pode buscar a mesma intenção?
• Que ganchos podemos usar na educação, na comunicação e na cultura que toquem apropriadamente
o ser humano na sua necessidade com os bens comuns da natureza?
As ações e os atores sociais
29
• Como unificar todos os elos da cadeia produtiva agrícola para mitigar os efeitos da desertificação no
Semiárido?
•
Como e/ou até onde a agroecologia pode ser a solução para a resolução de crises?
•
A construção da resiliência agroecológica pode ser trabalhada em uma escala regional?
•
Quais medidas são tomadas para a recuperação de áreas degradadas pela mineração?
• Até que ponto o que foi feito e planejado atende as mudanças previstas para o câmbio climático,
especialmente nas Áreas Susceptíveis a Desertificação (ADS’s)?
•
Como promover o compromisso intersetorial no combate a desertificação?
O uso dos bens comuns
• Como poderiam ser ampliadas as experiências exitosas em relação ao uso dos produtos do SAB,
como as essências nativas da caatinga, o artesanato (barro), a música, etc?
• Como ampliar sustentavelmente o uso dos produtos do SAB e da paisagem? O uso medicinal dos
princípios ativos encontrados nas plantas da caatinga no sistema público de saúde? o turismo ambientalista?
5.2 AS INICIATIVAS ESPECÍFICAS
• Fortalecer, dinamizar, ampliar e disseminar o Sistema de Gestão de Informação e Conhecimento do
Semiárido (SIGSAB) do INSA que dialogue com informações da Sociedade Civil e do Estado;
• Desenvolver uma ação estratégica de pesquisa nas instâncias educativas e científicas no SAB, para
dimensionar os conteúdos sobre os temas que aborda a desertificação, mudanças climática, água, reuso,
solos, Semiárido, etc., e os efeitos sobre os diferentes setores da população e as suas formas de comportar-se
nas dinâmicas da vida cotidiana que participam;
• Propiciar um encontro para aprofundar as ideias do diálogo do conhecimento local e do conhecimento
de matriz acadêmica em relação com a Comunicação, a Cultura e a Educação contextualizada;
• Impulsionar espaços de reflexão sobre a integração do cuidado da natureza, e das culturas originais
como um assunto de Ética com implicações morais, tanto nos espaços rurais como nos espaços considerados
urbanos;
• Converter em iniciativas específicas de Ciência, Tecnologia e Inovação as perguntas geradas pelos
participantes de forma integrada (Ver quadros sínteses).
30
6. LISTA DE PARTICIPANTES
31
32
Nome
Adão Silva
Alberto Jorge de Araújo Dantas
Alex Carlos S. Pimentel
Ana Paula Ferreira Agapito
Ana Paula Silva dos Santos
Anselmo G de Castilho
Antônio Mendonça C. Neto
Azenate Campos Gomes
Bartolomeu Israel de Souza
Beranger Arnaldo de Araújo
Carlos Juliano Brant Albuquerque
Claudia A. Nobrega
Cristiano Paiva
Daniel Duarte Pereira
Daniela Costa
David Marx Antunes de Melo
Domingo Cassain Sales
Edmerson dos Santos Reis
Edneida Rabelo Cavalcante
Edrigo Dantas Dantas
Fabiano Dias de Souza
Felipe Batista de Oliveira
Flávio Randel dos Santos Almeida
Francisca Maria Barbosa
Francisco Campello
Francisco das Chagas V. Sales
Francisco Geovânio da Silva Sabino
Francisco Miguel de Melo Oliveira
Francisco Roselândio Nogueira
Frans Germain Corneel Pareyn
Geovergue Rodrigues Medeiros
Isis Guimãres Moreira
IFPB - Souza
APNE
INSA
SUDENE
MECA-CCHSA Bananeiras
UFCE
UNEB
UFCG
Defesa Civil
LABOREMUS
INSA
UFPB
UFCG
MMA
FUNDAÇÃO ARARIPE
SUDEMA
UFPB/INSA
UFPB
SEIRHMACT- PB
EPAMIG
Instituição
INSA
INSA
PROCASE
INSA
INSA
FUNETEC
Telefone
(83)8804-7076
(83) 9972-5104
(83) 8658-2847
(83) 8759-5329
(83)3315-6431
(83) 9981-2066
(83)9932-5925
9636-8531
8884-9601
(83) 3218-4367
(34)9147-3011
(83)9983-7483
8829-6511
(83) 3331-9181
(83)8898-9469
9151-6116
(85) 8876-9029
(74) 8808-8863
(81)9543-6162
(83)8703-0766
(83) 9133-6100
9945-0879
(83)3339-9939
9932-5542
(61)9249-5544
(83)8833-5271
(83)9926-6538
(83)3339-6060
(83) 8199-4616
(81)3271-4256
(83) 8893-9053
(81)8190-5085
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Email
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected] [email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
33
Jancerlan Gomes Rocha
João Freitas
João Macedo Moreira
João Savio Padilha
Jonatas Nascimento da Costa
Jorge Guilherme Gomes de Medeiros
José Morais Pereira Filho
Jose Nunes Filho
Juan Gomes Ribeiro
Kelem Cristiany Nunes Silva
Leonardo Bezerra de M. Tinoco
Luciana dos Santos Almeida
Luciana Hemetrio Valadares
Luis Carlos Pereira Almeida Filho
Luis Felipe UlloaForero
Luzineide Dourado Carvalho
Magna Adriana Carvalho
Marcia Vanusa da Silva
Marcio Lima Rios
Maria Ednalva Cavancanti de Oliveira
Mary Jully Terto
Michael Lima
Miguel David de Sousa Neto
Múcio Vieira
Nicholas Lucena Queiroz
Paulo Pedro de Carvalho
Pedro Henrique dos Santos
Pedro Rogerio rocha
Procópio Lucena
Renato Arruda Vaz de Oliveira
Ricardo Padilha
Roberto Germano Costa
Roberto Malvezzi
ASA BRASIL
SUDEMA
FAO
UFPB
CPT - BA
INSA
UNEB
CRAS
UFPE
IF Baiano
Fundação Joaquim Nabuco
SUDEMA
INSA
PROCASE
INSA
PROCASE
Caatinga
PROCASE
INSA
UFPB
MMA
UFCG-Patos
IPA
INSA
MMA
SUDEMA
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(81)9108-7390
(74) 9125-1771
(83) 3339-6060
9905-8260
9858-0478
(83)8808-7338
(83) 9952-2765
(87) 9995-6936
(83) 8794-6949
(83)8763-0686
(84) 9928-0448
(81)2102-2059
(61)81430882
9109-5784
(74) 9979-5231
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(83)3063-4824
(74)9115-2462
(83)9654-5007
(83) 9919-0014
(61)2028-1127
8786-0891
(83)9925-7790
(83) 3423-3435
(87) 9943-1971
(83)9113-6126
(84)9604-9575
(84) 9971-4090
(83)8207-4321
(61) 2028-1129
34
Rogerio dos S. Ferreira
Romario Roberto Xavier
Ronildo Monteiro Ferreira
Rossilene Cassiano
Rui Oliveira Macedo
Ruiter Sansão Tavares
Salomão Sousa Medeiros
Simão Albino Neto
Vandberg Barbosa Braz
Victor Maciel do Nascimento Oliveira
Vitor de Andrade Lacerda
Wallace Souza
Washington Benevenuto de Lima
NOTA:
As apresentações feitas durante o evento estão
disponíveis no site do INSA
www.insa.gov.br
MAPA
INSA-ASA
SUDEMA
INSA
INSA
CONCERN UNIVERSAL
INSA
ITF
Defesa Civil
INSA
PROCASE
9643-4002
9611-1326
(83) 8803-9941
(83)8859-5789
(83) 9999-1635
(83)8795-9851
(83)3315-6400
(83) 8773-6146
(83)9921-6564
(81)9876-6869
9956-1647
(83)8619-8290
(83)9634-5318
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
35
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