GUIA FARMACOTERAPÊUTICO
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
2013
ARTUR VIRGÍLIO DO CARMO NETO
Prefeito
ANTONIO EVANDRO MELO DE OLIVEIRA
Secretário Municipal de Saúde
LUBÉLIA SÁ FREIRE DA SILVA
Subsecretária de Gestão da Saúde
ADA FROTA OLIVEIRA DE CARVALHO
Subsecretária de Administração
ANGELA MARIA LOUREIRO DA SILVA
Diretora do Departamento de Redes de Atenção
NILSON MASSAKAZU ANDO
Diretor do Departamento de Atenção Primária
JEAN ABREU
Diretor do Departamento de Logística
MARIA VANDA DA SILVA VIANA
Gerente de Assistência Farmacêutica
DANIELA MARTINE SANTOS
Chefe da Divisão de Medicamentos e Insumos
2013
ELABORAÇÃO
COMISSÃO PERMANENTE DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA
MARIA VANDA DA SILVA VIANA
Gerente de Assistência Farmacêutica
ARLINDO FRANÇA ALEXANDRE FILHO
Chefe de Setor de Assistência Farmacêutica do Distrito de Saúde Norte
JULIANNE DE QUEIROZ BESSA
Chefe de Setor de Assistência Farmacêutica do Distrito de Saúde Sul
CRISTIANO ALVARES DE ARAUJO
Chefe de Setor de Assistência Farmacêutica do Distrito de Saúde Leste
MARCELO DE OLIVEIRA BATISTA
Chefe de Setor de Assistência Farmacêutica do Distrito de Saúde Oeste
Carla Natércia Bezerra Cabral
Presidente – Farmacêutica
Ana Fátima Carvalho e Silva
Vice-Presidente – Farmacêutica
Renata Feitosa de Oliveira
1ª Secretária – Farmacêutica
Ivana Andrade Vieira
2ª Secretária – Farmacêutica
Alexandre dos Santos Souza
Médico
Fred Jobim
Médico
Sandra Alves Paes Leme
Enfermeira
Rita de Cássia Castro de Jesus
Enfermeira
Vitória Régia de Macedo Gonçalves Albuquerque Marinheiro
Odontóloga
Elizomária Gonçalves Lima
Farmacêutica
Simone Sena de Almeida
Farmacêutica
Vanessa Duarte Gomes Pedroso
Farmacêutica
Delson Tavares de Freitas Júnior
Farmacêutico
Arakén César Amorim Cavalcanti
Farmacêutico
Marcélia Célia Couteiro Lopes
Farmacêutica
Mie Muroya Guimarães
Farmacêutica
COLABORAÇÃO
Vitor Renato Carvalho e Silva
Farmacêutico
Katiucha de Castro Nigro
Assistente em Administração
REVISÃO
Vitor Renato Carvalho e Silva
Farmacêutico
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM MANAUS
PARTE I – TEMAS EM ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
COMISSÃO PERMANENTE DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA NA SEMSA
CENTRAL DE MEDICAMENTOS
PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Prescrição de medicamentos padronizados
Prescrição de medicamentos pelo Enfermeiro
DISPENSAÇÃO
Dispensação de medicamentos na SEMSA
Procedimentos para dispensação de Antimicrobianos
PARTE II – MONOGRAFIAS DOS MEDICAMENTOS DA REMUME
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
ÁCIDO FÓLICO
ALBENDAZOL
ALENDRONATO DE SÓDIO
AMITRIPTILINA, CLORIDRATO
AMOXICILINA
ANLODIPINO, BESILATO
ATENOLOL
ATROPINA
AZITROMICINA
BECLOMETASONA, DIPROPIONATO
BENZILPENICILINA BENZATINA
BENZILPENICILINA POTÁSSICA
BENZILPENICILINA PROCAÍNA + BENZILPENICILINA POTÁSSICA
BIPERIDENO, CLORIDRATO
CAPTOPRIL
CARBAMAZEPINA
CARBONATO DE CÁLCIO
CARBONATO DE CÁLCIO + COLECALCIFEROL
CARBONATO DE LÍTIO
CEFALEXINA SÓDICA OU CEFALEXINA MONOIDRATADA
CLINDAMICINA, CLORIDRATO E FOSFATO
CLOMIPRAMINA, CLORIDRATO
CLONAZEPAM
CLORIDRATO DE BUPROPIONA
CLORETO DE SÓDIO
CLORPROMAZINA, CLORIDRATO
DEXAMETASONA
DIAZEPAM
DIGOXINA
DIPIRONA
ENALAPRIL, MALEATO
ERITROMICINA, ESTEARATO
ETINILESTRADIOL + LEVONORGESTREL
ESPIRAMICINA
ESTRIOL
FENITOÍNA SÓDICA
FENOBARBITAL
FENTANILA
FOLINATO DE CÁLCIO
FLUCONAZOL
FLUOXETINA
FUROSEMIDA
GENTAMICINA, SULFATO
GLIBENCLAMIDA
GLICLAZIDA
HALOPERIDOL
HIDROCLOROTIAZIDA
HIDROCORTISONA
IBUPROFENO
INSULINA HUMANA NPH E INSULINA HUMANA REGULAR
ISOFLURANO
IVERMECTINA
LEVONORGESTREL
LEVODOPA + BENSERAZIDA
LORATADINA
LOSARTANA POTÁSSICA
MEDROXIPROGESTERONA, ACETATO
METFORMINA, CLORIDRATO
METILDOPA
METILPREDNISOLONA
METOCLOPRAMIDA, CLORIDRATO
METRONIDAZOL
MICONAZOL, NITRATO
MIDAZOLAM, CLORIDRATO
MORFINA
NISTATINA
NORETISTERONA
NORETISTERONA, ENANTATO + ESTRADIOL, VALERATO
OMEPRAZOL
PARACETAMOL
PERMETRINA
PIRIMETAMINA
PREDNISOLONA, FOSFATO SÓDICO
PREDNISONA
PROMETAZINA
PROPRANOLOL, CLORIDRATO
PROPOFOL
RANITIDINA, CLORIDRATO
RETINOL, PALMITATO
RISPERIDONA
SAIS PARA REIDRATAÇÃO
SALBUTAMOL
SINVASTATINA
SULFADIAZINA
SULFADIAZINA DE PRATA
SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA
SULFATO FERROSO
TIAMINA, CLORIDRATO
TIOPENTAL
TIMOLOL, MALEATO
VALPROATO DE SÓDIO
ESPINHEIRA SANTA (Maytenus ilicifolia)
GUACO (Mikania glomerata)
PARTE III - DESINFETANTES E ANTISSÉPTICOS
PARTE IV – APÊNDICES
Apêndice A – Fármacos e Gravidez
Apêndice B – Lactação e Fármacos
Apêndice C – Relação Municipal de Medicamentos Essenciais
APRESENTAÇÃO
O Guia Farmacoterapêutico da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) deve
ser usado como um instrumento de consulta rápida que orienta a prescrição e
dispensação de medicamentos, visando a promoção de seu uso racional. Os
medicamentos
informações
estão
como:
disponibilizados
apresentação
em
informes
padronizada
técnicos,
pela
contemplando
SEMSA;
indicações;
contraindicações; precauções; esquemas de administração; efeitos adversos;
interações medicamentosas; orientações ao paciente; e aspectos farmacêuticos.
Além disso, são abordados procedimentos de relevância na rotina das ações
em saúde na instituição: prescrição e dispensação racional de medicamentos,
prescrição de medicamentos pela enfermagem, orientações quanto ao manejo e
diluição de desinfetantes padronizados, entre outros.
O
Guia
Farmacoterapêutico
faz
uma
breve
descrição
sobre
que
medicamentos são dispensados em cada EAS, o programa SAE (Serviço de
Atendimento Especializado) oferecido por algumas Policlínicas a pacientes HIV
positivos.
As buscas pelos temas aqui apresentados podem ser efetuadas, no início,
pelo sumário ou, no final, pelo índice remissivo. Os medicamentos constantes na
Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) estão organizados por
ordem alfabética de seus princípios ativos.
Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica/SEMSA
PARTE I – TEMAS EM ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO MUNICÍPIO DE MANAUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi estabelecido a partir da Constituição
Federal de 1988 e promulgado pela Lei orgânica da saúde 8.080, de 1990,
conferindo ao Estado o papel de assegurar à população os princípios de
universalidade e equidade no atendimento e de integralidade das ações e serviços
de saúde, incluindo a Assistência Farmacêutica.
Uma das diretrizes fundamentais da Política Nacional de Medicamentos
(PNM) é a reorientação da Assistência Farmacêutica, de modo que o modelo
adotado não se restrinja apenas à aquisição e à distribuição de medicamentos,
envolvendo assim todas as atividades relacionadas à promoção do acesso da
população aos medicamentos e seu uso racional.
O Ministério da Saúde preconiza que a Assistência Farmacêutica estabeleça
uma atividade multidisciplinar e articulação permanente com áreas técnicas,
administrativas, coordenações de programas estratégicos de saúde – Hanseníase,
Tuberculose, Saúde Mental, Programa Saúde da Família (PSF), Vigilância Sanitária,
Epidemiológica, área administrativo-financeira, planejamento, material e patrimônio,
licitação, auditoria, Ministério Público, órgãos de controles, Conselho de Saúde,
profissionais de saúde, entidades de classe, universidades, fornecedores e setores
de comunicação da Secretaria, entre outros segmentos da sociedade, para melhor
execução, divulgação e apoio às suas ações (Figura 1).
A Assistência Farmacêutica no Município de Manaus está relacionada com a
efetuação de atividades relacionadas ao medicamento, as quais constituem um
CICLO que compreende: a seleção, a programação, a aquisição, o armazenamento
e distribuição, o controle da qualidade e utilização – nesta compreendida a
prescrição e a dispensação – o que deverá favorecer a permanente disponibilidade
dos produtos segundo as necessidades da população, identificadas com base em
critérios epidemiológicos.
Figura 1.
Fonte: MS, Assistência Farmacêutica na Atenção Básica, 2006.
O Plano Municipal de Assistência Farmacêutica, parte integrante do Plano
Municipal de Saúde, foi implementado em 2010 e constitui uma ferramenta gerencial
importante para o planejamento, programação, execução, monitoramento e
avaliação de atividades da Assistência Farmacêutica no âmbito da Secretaria
Municipal de Saúde. Esse plano inclui diretrizes com propósito de contribuir para
qualidade de vida, integrando ações de promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde (quadro 1).
Quadro 1. Diretrizes da Política Municipal de Assistência Farmacêutica
1. Elaboração a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME)
2. Realização da gestão do Ciclo de Assistência Farmacêutica
3. Assegurar a programação e a aquisição de medicamentos em quantidade
e tempo
4. Assegurar o acesso a medicamentos seguros quanto à manutenção das
suas características físico-químicas
5. Contribuição com a prescrição racional de medicamentos
6. Realização de dispensação de medicamentos adequada na SEMSA
7. Implantação da Política Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
8. Democratizar informações e subsidiar as reflexões sobre as políticas de
medicamentos, as ligadas a questões operacionais e de organização dos
serviços
9. Gerenciamento adequado de resíduos sólidos de serviços de saúde, de
forma a proteger a saúde e o meio ambiente dos riscos gerados pelos
mesmos.
10. Atuação
nas
atividades
clínicas
de
forma
a
contribuir
com
o
desenvolvimento de um processo de utilização racional de medicamentos.
Fonte: DIVAF/SEMSA(2009).
Assim, a Assistência Farmacêutica deve ser abordada como um dos
componentes da promoção integral à saúde que pode utilizar o medicamento como
um importante instrumento para o aumento da resolutibilidade do atendimento ao
usuário.
COMISSÃO PERMANENTE DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA
Desde a década de 1970, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomenda que os governos adotem listas de medicamentos essenciais como
política fundamental para a garantia de acesso das populações a medicamentos
seguros, eficazes e custo-efetivos, voltados ao atendimento de suas doenças mais
prevalentes e que estejam disponíveis em quantidades adequadas.
A Política Nacional de Medicamentos (PNM), constituída pela Portaria
3.916/98, estabelece como uma de suas diretrizes gerais a adoção da Relação
Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) pelos Sistemas de Saúde
Estaduais e Municipais. Um aspecto inquestionável favorecido pela RENAME é o
uso racional de medicamentos. Assim, o fato de os medicamentos da RENAME
serem selecionados com base em critérios de eficácia, segurança e custoefetividade faz com que algumas dimensões do uso racional sejam alcançadas.
A utilização inadequada dos medicamentos pode gerar consequências como:
efeito terapêutico ineficiente, reações adversas, efeitos colaterais, interações
medicamentosas e aumento da resistência bacteriana aos antimicrobianos.
Assim, é indispensável ao gestor da saúde utilizar ferramentas que possam
orientá-lo para a tomada de decisão dos medicamentos que farão parte do elenco
padronizado em sua instituição. Uma estratégia reconhecida para organizar as
ações voltadas para utilização de fármacos é a criação de uma Comissão de
Farmácia e Terapêutica (CFT), estabelecendo-se como importante instrumento, para
que o gestor possa tomar melhores decisões baseadas em diretrizes estabelecidas.
A Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica (CPFT) da Secretaria
Municipal de Saúde (SEMSA) de Manaus foi constituída por meio da Portaria
442/2011. Esse comitê possui instância de caráter consultivo e de assessoria à
SEMSA. Está vinculada à Gerência de Assistência Farmacêutica e tem como
objetivo formular e implementar políticas institucionais relacionadas à seleção, à
prescrição e ao uso racional de medicamentos, em um processo dinâmico,
participativo, multiprofissional e multidisciplinar, para assegurar a melhoria na
qualidade da assistência prestada à saúde e terapêutica eficaz e segura.
A CPFT/SEMSA é constituída por uma equipe multiprofissional, representada
por membros gestores da instituição e profissionais de diferentes competências dos
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde: 02 médicos, 02 enfermeiros, 02
odontólogos e 12 farmacêuticos.
Entre outras atribuições desta Comissão estão a avaliação, a educação e a
consultoria aos profissionais da instituição sobre todas as questões relacionadas ao
uso de medicamentos e produtos para a saúde, incluindo a pesquisa clínica; seleção
dos fármacos, desenvolvimento e atualização do guia farmacoterapêutico; validação
dos protocolos de tratamento elaborados pelos diferentes serviços; definição de
critérios de adoção de medicamentos não padronizados; formulação de diretrizes
para
prescrição;
assessorar
o
Departamento
de
Logística
-
DELOG
na
implementação do serviço de aquisição, distribuição e uso de medicamentos;
promoção de ações que estimulem o uso racional de medicamentos; atividades de
farmacovigilância; avaliação da qualidade relacionada à distribuição, à administração
e ao uso de medicamentos; definição estudos de utilização de medicamentos para
elaborar recomendações sobre o uso racional dos fármacos.
CENTRAL DE MEDICAMENTOS
A Central de medicamentos fica localizada no Departamento de Logística –
DELOG. Este departamento exerce as atividades que compõem a cadeia logística
de aquisição, recepção, transporte e distribuição dos produtos conforme solicitação
do Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS) da Secretaria Municipal de Saúde,
onde são destinados ao usuário final ou administrados diretamente ao paciente.
Os medicamentos e produtos para a saúde (químico-cirúrgicos, produtos para
uso laboratorial, para fins diagnósticos e de uso odontológico) são distribuídos em
suas embalagens originais (externas, primárias e secundárias) aos EAS: Hospitalmaternidade, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Unidades Móveis
de Saúde, Farmácias Gratuitas, Policlínicas, Unidades Básicas de Saúde (UBS),
Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), Módulos de Saúde da Família
(MSF), Postos de Saúde Rural (PSR), Unidades Fluviais, Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS) e Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).
O setor executa a gestão de programação, aquisição, recebimento,
armazenamento e distribuição de medicamentos e produtos para a saúde, contando
com a supervisão e monitoramento do Responsável Técnico conforme categoria de
produto de sua competência: farmacêutico (medicamento e químico-cirúrgico),
farmacêutico bioquímico (produtos diagnósticos e laboratoriais) e odontólogo
(produtos de uso odontológico).
A atribuição do Responsável Técnico em armazenagem, distribuição e
transporte tem como objetivo garantir que o produto mantenha todas as suas
características, assegurando assim qualidade e eficácia em seu uso. O profissional
deverá garantir que as atividades operacionais estejam dentro das normas de
qualidade e das Boas Práticas de Distribuição previstas em legislação, por meio da
implantação de procedimentos escritos e treinamento, com registros e certificados
de comprovação (CRF/SP, 2009).
A distribuição dos medicamentos e produtos para a saúde da SEMSA é
efetuada baseada na análise do consumo, elaborada pelo EAS, consoante
cronograma previamente estabelecido. O fluxo e o calendário de abastecimento são
elaborados pela gerência de, medicamentos e de produtos para a saúde e
almoxarifado de modo que a periodicidade de distribuição considere a capacidade e
condições de armazenamento de cada EAS, bem como seu potencial de consumo.
Os EAS consolidam mapas de consumo mensal, que são remetidos às
Subgerências de Assistência Farmacêutica dos Distritos Municipais de Saúde:
Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural. Estes, por sua vez, consolidam os mapas de
consumo de suas áreas de abrangência, enviando-os ao DELOG. As Unidades de
Saúde devem informar as suas necessidades para abastecimento no mapa mensal,
elaborado com o padrão de medicamentos e produtos para a saúde conforme a
complexidade dos serviços oferecidos e o perfil epidemiológico da população
atendida. Os mapas são analisados para garantir o controle da distribuição em
quantidades adequadas e de forma eficiente e racional, analisando-se a quantidade
solicitada, estoque existente e consumo do EAS e o estoque existente no DELOG.
PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A Padronização de medicamentos visa assegurar o uso correto dos
medicamentos com economia de recursos sem comprometimento da qualidade. Seu
objetivo principal é de promover o uso racional do medicamento, otimizando o
atendimento ao usuário, garantindo a segurança na prescrição e reduzindo a
incidência de reações adversas.
Além disso, pode ser observada a redução de custo e aumento da qualidade
farmacoterapêutica, sem prejuízo para a segurança e efetividade do tratamento.
A seleção de medicamentos constitui a etapa decisiva no ciclo de assistência
farmacêutica e envolve cautela na definição dos fármacos a padronizar.
A seleção dos medicamentos foi efetuada de acordo com medicamentos
registrados no Brasil. Fazem parte desta relação medicamentos constantes na
RENAME, seguindo critérios de inclusão definidos em regimento interno pela CPFT/
SEMSA:
 Medicamentos com eficácia comprovada de acordo com condutas baseadas
em evidências;
 Segurança do medicamento, selecionando os de mais baixa toxicidade;
 Medicamentos com maior comodidade de administração, de maneira que
favoreça a adesão ao tratamento;
 Fármacos que tenham informações sobre biodisponibilidade e parâmetros
farmacocinéticos;
 Medicamentos com maior estabilidade nas condições de armazenagem e uso;
 Padronização de medicamentos cujo custo do tratamento seja menor,
resguardando a qualidade dos mesmos;
 Especialidades farmacêuticas com único princípio ativo, evitando, sempre que
possível, as associações medicamentosas, exceto aquelas que evidenciam
aumento de eficácia ou diminuição de resistência microbiana;
 Apresentações farmacêuticas com indicação para mais de uma doença;
 Não inclusão de medicamentos que concorram com a mesma eficácia e
efetividade.
A REMUME será revisada a cada dois anos e contempla a padronização de
componentes da atenção básica, média e alta complexidade, servindo como um
instrumento-guia de orientação para prescrição, dispensação e utilização racional de
medicamentos.
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PADRONIZADOS
A PNM descreve a prescrição como o ato de definir o medicamento a ser
consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento,
servindo como documento pelo qual se responsabilizam tanto quem prescreve como
quem dispensa. A prescrição é a forma de comunicação entre prescritor,
farmacêutico, cuidador e usuário. A má interpretação do receituário é fator
determinante nas ocorrências de falhas de dispensação, mau uso do fármaco,
inefetividade do tratamento, resultando no aparecimento de agravos de saúde. A
Organização Mundial de Saúde estabeleceu indicadores de qualidade de uma
prescrição:
 Quantidade de medicamentos prescritos por receita;
 Percentual de medicamentos descritos pela Denominação Comum
Brasileira (DCB);
 Quantidade de pelo menos um antimicrobiano;
 Quantidade de pelo menos um injetável;
 Prescrição de fármacos constantes na lista de medicamentos
essenciais.
A prescrição racional depende da escolha terapêutica em doses apropriadas
para o paciente específico, levando-se em consideração as melhores diretrizes
clínicas e o acesso aos medicamentos pelo usuário. A uniformização das
prescrições é um dos benefícios observados com a adoção de medicamentos
essenciais na padronização de uma instituição, pois é assegurada a administração
de fármacos que tenham comprovado valor terapêutico.
A falta de acesso aos medicamentos e o uso de doses inadequadas resultam
em morbidade e mortalidade sérias, particularmente, para infecções da infância e
doenças crônicas, como a hipertensão, diabetes, epilepsia e desordens mentais. O
uso inadequado e o uso excessivo de medicamentos desperdiçam recursos - muitas
vezes, fora das possibilidades de pagamento pelos pacientes - e resultam em dano
significante ao paciente, por conta dos resultados insatisfatórios e das reações
adversas aos medicamentos. (CFF, 2003).
As inadequações das prescrições quanto aos aspectos legais constituem,
também, hábitos prescritivos frequentes que envolvem o não atendimento do
receituário do usuário na unidade de dispensação, resultando em retorno ao serviço
de saúde, origem de sua prescrição, ocasionando atraso no estabelecimento da
farmacoterapia recomendada, bem como no comprometimento da adesão ao
tratamento.
Segundo o manual de orientações básicas para prescrição médica do
Conselho Federal de Medicina, dados como o nome do medicamento, forma
farmacêutica, concentração, via de administração, orientações de uso, data da
prescrição, assinatura e número de inscrição no respectivo conselho profissional são
considerados itens essenciais a uma prescrição.
“Além do aparato legal, existem aspectos éticos importantes
relacionados ao ato da prescrição. Um dos princípios fundamentais
do código de ética médico é de que o alvo de toda a atenção do
médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir
com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. A
partir disso, estabelece que seja vedado ao médico receitar ou
atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar folhas de
receituários em branco, laudos, atestados ou quaisquer outros
documentos médicos (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA,
1988)”.
As regulamentações relacionadas à prescrição mais amplamente difundidas
são: Lei 5.991, de 17 de dezembro de 1973; Lei 9.787, de 10 de fevereiro de 1999;
RDC 44, de 17 de agosto de 2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), e Resolução 357, de 20 de abril de 2001 do Conselho Federal de
Farmácia (CFF). De acordo com essas normas a prescrição deverá ser realizada de
forma clara, compreensível, por extenso e de modo legível, não contendo rasuras,
em conformidade com a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais,
utilizando-se, obrigatoriamente, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a
Denominação Comum Brasileira (DCB). Além disso, o Brasil apresenta normas
legislatórias específicas para prescrição de antimicrobianos, a RDC 20, de 05 de
maio de 2011, e para prescrição de substâncias sujeitas à controle especial, a
Portaria 344, de 12 de maio de 1998 e suas atualizações. A Tabela 1 traz uma breve
descrição das principais legislações referentes à prescrição de medicamentos.
Tabela 1- Legislações pertinentes à prescrição de medicamentos
No
Título
Data
Lei Federal
5.991
17/12/1973
Lei Federal
9.787
10/02/1999
Portaria
344
12/05/1998
44
17/08/2009
20
10/05/2011
357
20/04/2001
Resolução
Diretoria
Colegiada
da
Resolução
Diretoria
Colegiada
da
Resolução
Ementa
Estabelece o controle
sanitário
de
medicamentos
e
insumos
Rege sobre a política
de
utilização
de
medicamentos
genéricos
Regulamenta
as
substâncias sujeitas à
controle especial
Dispõe sobre as boas
práticas farmacêuticas
em
farmácias
e
drogarias
Regulamenta
o
controle e a prescrição
de
substâncias
antimicrobianas
Dispõe sobre as boas
práticas farmacêuticas
Origem
Ministério da
Saúde
Ministério da
Saúde
ANVISA
ANVISA
ANVISA
CFF
Os profissionais da saúde envolvidos nas etapas de prescrição, dispensação
e administração de fármacos são obrigados a respeitar as orientações da prescrição
do medicamento, desde que esta siga os preceitos legais e esteja adequadamente
fundamentada (FIOCRUZ).
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO ENFERMEIRO
Sempre muito questionada, a prescrição de medicamentos pelo enfermeiro é
reconhecida legalmente não só pela Lei do Exercício Profissional, mas também por
portarias ministeriais e pela Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, conforme
vemos a seguir.
A Lei n° 7.498, de 25 de julho de 1986 (que dispõe sobre a regulamentação
do exercício da Enfermagem), apresenta de forma clara que “o Enfermeiro exerce
todas as atividades de enfermagem cabendo-lhe” (art. 11): privativamente (inc.I) a
“consulta de enfermagem” (alínea”i”). E “como integrante da equipe de saúde” (inc.
II): a “prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e
em rotina aprovada pela instituição de saúde” (alínea “c”).
Diante da necessidade de não interromper as ações normatizadas dos
programas de saúde, destinados principalmente ao pré-natal, diabetes mellitus,
tuberculose, DST e outros, e com base na portaria nº 1.625, de 10 de julho de 2007,
do Ministério da Saúde, a SEMSA em sua Portaria nº 365/2007-GABIN/SEMSA
resolve oficializar as ações destinadas não só aos profissionais médicos, mas
também aos enfermeiros no atendimento da Atenção Primária, respaldada em
consenso entre os respectivos conselhos de classe.
Desta forma apresenta como atribuições do enfermeiro, além da realização
de assistência integral aos indivíduos, a realização de consulta de enfermagem, a
solicitação de exames complementares e a prescrição de medicamentos, desde que
observadas as disposições legais, protocolos e/ou normas técnicas estabelecidas
pelo Ministério da Saúde e pelos gestores das esferas estaduais, municipais ou
distrito federal.
Vale ressaltar outro documento que também apresenta essa atribuição do
enfermeiro que é a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, do Ministério da
Saúde, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão
de diretrizes e normas para sua organização, para a Estratégia Saúde da Família
(ESF).
No capitulo II da RDC nº 20 de 05 de maio de 2011 (que estabelece as
normas quanto à prescrição e controle de substâncias antimicrobianas) está previsto
que a prescrição desses medicamentos deverá ser realizada por profissionais
legalmente habilitados. Logo, a ANVISA orienta, conforme a Lei nº 7498/86, que os
enfermeiros
devidamente
habilitados poderão
prescrever
os
medicamentos
antimicrobianos quando estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina
aprovada pela instituição de saúde, porém, a prescrição não poderá ser realizada no
setor privado.
Sendo assim, a prescrição de medicamentos pelo enfermeiro, desde que
realizado com responsabilidade e capacitação, tem bases legais e contribui
significativamente com a redução dos agravos em saúde, não só no município de
Manaus, mas também por todo o país.
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, adota a seguinte definição para
dispensação: “ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não”. Porém a
dispensação, sob o ponto de vista técnico, não se restringe apenas ao ato de
entregar o medicamento, ela vai além do fornecimento do produto.
Em 1998, a PNM promove outra visão relacionada a esta prática. A
dispensação é uma das atividades da assistência farmacêutica e é privativa do
farmacêutico: “Dispensação é o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou
mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de
uma receita elaborada por um profissional autorizado.” Neste ato o farmacêutico
informa e orienta o usuário sobre o uso adequado do medicamento: a que horas e
como tomar o medicamento, horário da tomada do medicamento em relação ao
horário das refeições, tratamentos não medicamentosos, cuidados gerais;
advertências quanto à dose máxima diária, a possíveis interações com outros
medicamentos, com álcool, com alimentos, quanto ao risco de suspender o
medicamento; orientações sobre o efeito do medicamento (objetivo do uso, início do
efeito, o porquê da duração do tratamento); orientações sobre efeitos adversos
(quais esperar, quanto tempo duram, como controlá-los, o que fazer se ocorrerem).
Semelhante à PNM, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que
para se promover o uso racional de medicamentos é necessário que a dispensação
seja efetuada em condições adequadas, com orientação e responsabilidade, a fim
de que a terapêutica seja efetiva e segura.
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS NA SEMSA
Os medicamentos constantes na REMUME serão fornecidos aos usuários
gratuitamente. Em relação à dispensação de medicamentos, as receitas somente
serão atendidas se estiverem prescritas de acordo com aspectos legais e técnicos,
contendo as seguintes informações:
a) Identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma farmacêutica e
quantidade;
b) Modo de usar ou posologia;
c) Duração do tratamento;
d) Data da emissão;
e) Que estiver escrita por extenso e de modo legível, observados a
nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;
f) Que contiver a assinatura do profissional, endereço do consultório ou
residência ou instituição, e o número de inscrição no respectivo Conselho
profissional;
g) O receituário de medicamentos antimicrobianos e entorpecentes ou a estes
equiparados e os demais sob regime de controle, de acordo com a sua
classificação, obedecerão às disposições da legislação federal específica;
h) Quando a dosagem do medicamento prescrito ultrapassar os limites
farmacológicos ou a prescrição apresentar incompatibilidades o responsável
técnico pelo estabelecimento solicitará confirmação expressa ao profissional
que a prescreveu.
PROCEDIMENTOS PARA DISPENSAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS
De acordo com a RDC nº 20/2011, a receita deve ser prescrita em receituário
simples, em duas vias e conter o nome completo, idade e sexo do paciente, com
validade de 10 dias após a data de emissão. Desta forma, todos estes dados devem
ser preenchidos pelo prescritor.
A inclusão dos dados de idade e sexo na receita visa o aperfeiçoamento do
monitoramento do perfil farmacoepidemiológico do uso destes medicamentos no
país, a ser realizado por meio da escrituração destes dados no Sistema Nacional de
Gerenciamento de Produtos Controlados/SNGPC, conforme previsto nos Artigos 13
e 16 da RDC nº 20/2011.
A
RDC
nº
20/2011
determina
que
a
dispensação
deva
atender
essencialmente ao que foi prescrito. Desta maneira, sempre que possível o
farmacêutico deve dispensar a quantidade exatamente prescrita para o tratamento,
podendo para tanto, utilizar-se de apresentação fracionável, conforme a RDC nº
80/2006 (medicamentos fracionados).
Nos casos em que não for possível a dispensação da quantidade exata por
motivos de inexistência, na farmácia, de apresentação farmacêutica com a
quantidade adequada ao tratamento, a preferência deve ser dada à dispensação de
quantidade superior mais próxima ao prescrito, de maneira a promover o tratamento
completo ao paciente.
A dispensação em quantidade superior deve ser realizada somente nos casos
estritamente necessários, uma vez que este procedimento acarreta sobra de
medicamentos para o paciente, elevando o risco de automedicação, bem como
gerando consequências em relação ao descarte de medicamentos.
O atendimento da prescrição em quantidade inferior ao prescrito acarreta a
inefetividade do tratamento e certamente contribuirá para o aumento da resistência
bacteriana ao medicamento e comprometimento da saúde do paciente.
No caso de prescrições que contenham mais de um medicamento
antimicrobiano diferente, fica permitida a dispensação de parte da receita, caso a
farmácia/drogaria e com o aval do paciente/responsável não possua em seu estoque
todos os diferentes medicamentos prescritos ou o paciente/responsável, por algum
motivo, resolva não adquirir todos os medicamentos contidos na receita. Nestes
casos, o primeiro atendimento deve ser atestado na parte da frente (anverso) de
ambas as vias da receita, com a descrição somente do(s) medicamento(s)
efetivamente dispensados. Com a primeira via em mãos, o paciente pode procurar
outro estabelecimento para adquirir o(s) medicamento(s) restante(s), sendo que o
farmacêutico ou o paciente deve fazer uma cópia da primeira via para sua retenção
e atestar o novo atendimento em ambas as vias.
O procedimento também é válido para os casos em que o paciente consegue
obter apenas parte dos medicamentos no setor público e necessite adquirir o
restante prescrito em farmácias/drogarias privadas.
Em situações de tratamento prolongado a receita poderá ser utilizada para
aquisições posteriores dentro de um período de 90 (noventa) dias a contar da data
de sua emissão. Para isto, a receita deverá conter a indicação de uso contínuo, com
a quantidade a ser utilizada para cada 30 (trinta) dias. Assim, cada dispensação
deve ser realizada de modo que o medicamento seja suficiente para 30 dias de
tratamento no mínimo, sendo também permitida a dispensação de todo
medicamento em um único atendimento para uso por 90 dias. Caso queira adquirir a
quantidade suficiente para um mês, o usuário poderá receber todos os
medicamentos no mesmo estabelecimento ou em locais diferentes a cada mês.
Caso todas as aquisições sejam realizadas no mesmo estabelecimento, o
farmacêutico deve reter a segunda via da receita no primeiro atendimento e atestar
cada dispensação mensal na parte da frente (anverso) de ambas as vias.
Se o paciente optar por pegar seu medicamento em outra farmácia, a cada
recebimento o farmacêutico deve conferir que a prescrição é para um tratamento
prolongado (conforme art. 8º da RDC 20/2011) e que já houve um recebimento
anterior. Deve então fazer uma cópia da via do paciente e atestar o novo
atendimento no anverso de ambas as vias.
SERVIÇO
DE
ATENDIMENTO
ESPECIALIZADO
(SAE)
E
CENTRO
DE
TESTAGEM E ACONSELHAMENTO (CTA)
Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) são serviços de saúde
que realizam ações de diagnóstico e prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis. Nesses serviços, é possível realizar testes para HIV, sífilis e
hepatites B e C. Todos os testes são realizados de acordo com a norma definida
pelo Ministério da Saúde e com produtos registrados na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) e por ela controlados. Ao procurar um CTA, o usuário
desse
serviço
passa
por
uma
sessão
de
aconselhamento
individual. O
aconselhamento é uma ação de prevenção que tem como objetivos oferecer apoio
emocional ao usuário, esclarecer suas informações e dúvidas sobre DST e
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e, principalmente, ajudá-lo a avaliar
os riscos que corre e as melhores maneiras que dispõe para prevenir-se. Este
aconselhamento é realizado por profissionais capacitados, que podem ser assistente
social, psicólogo, médico ou enfermeiro.
Os serviços ambulatoriais em AIDS vinculados à SEMSA são serviços de
saúde que realizam ações de assistência, prevenção e tratamento às pessoas
portadoras do vírus HIV. O objetivo destes serviços é prestar um atendimento
integral e de qualidade aos usuários, por meio de uma equipe de profissionais de
saúde composta por médicos, psicólogos, odontólogos, enfermeiros, farmacêuticos,
nutricionistas, assistentes sociais, educadores, entre outros.
Algumas de suas atividades principais são: cuidados de enfermagem;
orientação e apoio psicológico; atendimentos em infectologia, ginecológico,
pediátrico e odontológico; controle e distribuição de antirretrovirais (ARV’s);
orientações farmacêuticas, realização de exames de monitoramento; distribuição de
insumos de prevenção; atividades educativas para adesão ao tratamento e para
prevenção e controle de DST e AIDS.
Depois da indicação do médico e com a receita em mãos, o usuário deve
retirar os medicamentos em uma Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM).
Geralmente, essa distribuição é feita nos próprios Serviços de Assistência
Especializada (SAE), onde ocorrem as consultas.
A dispensação dos ARV’s deve ser efetuada pelo farmacêutico, onde o usuário é
orientado, através do serviço do serviço de Orientação Farmacêutica, considerando
o uso racional de medicamentos que inclui:
a. Escolha terapêutica adequada (é necessário o uso de terapêutica
medicamentosa);
b. Indicação apropriada, ou seja, a razão para prescrever deve estar baseada
em evidências clínicas;
c. Medicamento apropriado, considerando eficácia, segurança, conveniência
para o paciente e custo;
d. Dose, administração e duração do tratamento apropriado;
e. Paciente apropriado, isto é, inexistência de contraindicação e mínima
probabilidade de reações adversas;
f. Dispensação
correta,
incluindo
informação
apropriada
sobre
os
medicamentos prescritos;
g. Adesão ao tratamento pelo paciente;
h. Seguimento farmacoterapêutico dos efeitos desejados e de possíveis eventos
adversos consequentes do tratamento;
Os medicamentos disponíveis para o tratamento de pessoas que vivem com HIV
e AIDS são aqueles constantes na lista C4 da Portaria 344/98. A prescrição deverá
ser feita em receituário comum. Não há prazo de validade determinado, nem
proibição de uso do receituário em várias unidades federativas, e não há quantidade
determinada pela legislação.
PARTE II – MONOGRAFIAS DOS
MEDICAMENTOS DA REMUME
Medicamento: ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 369-372).
1. Apresentação:

Comprimidos 100 mg.
2. Indicações:


Profilaxia e tratamento de doenças tromboembólicas.

Prevenção de trombos em cirurgias cardíacas.

Prevenção secundária de evento vascular encefálico transitório.
Prevenção primária e secundária de cardiopatia isquêmica.

Prevenção primária de cardiopatia isquêmica.

Prevenção secundária de infarto agudo do miocárdio.

Tratamento adjuvante em angina estável e instável.

Tratamento de infarto agudo do miocárdio em associação com trombolítico.

Terapia após angioplastia com e sem implantação de stent.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a ácido acetilsalicílico ou a antiinflamatórios não-esteróides.

Crianças e adolescentes com menos de 16 anos (risco de síndrome de Reye).

Tratamento de gota.

Asma, rinite, pólipos nasais.

Ulceração péptica prévia ou ativa.

Hemofilia e outras doenças hemorrágicas.
4. Precauções:

Em pacientes com asma, pólipos nasais e outras doenças alérgicas, hipertensão nãocontrolada, consumo exagerado de álcool, insuficiência renal (ver apêndice D) ou
hepática (ver apêndice C).

Evitar uso bebida alcoólica acima de 3 doses ao dia.

Suspender se ocorrerem zumbidos ou perda de acuidade auditiva.

Idosos são mais suscetíveis aos efeitos tóxicos dos salicilatos.

Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco gestacional (FDA): D (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Profilaxia e tratamento de doença tromboembólica

100 - 200 mg, por via oral, uma vez ao dia.
Prevenção de formação de trombo após cirurgia cardíaca

150 - 300 mg/dia, por via oral.
Prevenção secundária de evento vascular encefálico transitório

150 - 300 mg, por via oral, em dose única diária, com início nas primeiras horas após o
episódio e mantida por tempo indeterminado.
Prevenção primária de cardiopatia isquêmica

50-100 mg, por via oral, por dia.
Prevenção secundária de infarto agudo do miocárdio

75-300 mg por dia, por via oral, por tempo indeterminado.
Terapia adjuvante em angina estável e instável

Dose inicial de 150 a 300 mg, seguida de dose manutenção entre 75 e 150 mg por dia,
por via oral.
Terapia de infarto agudo do miocárdio em associação com trombolítico

200 mg, por via oral, em dose única, administrada precocemente após o diagnóstico,
preferivelmente dispersada em água e engolida. A dose de manutenção é de 100
mg/dia.
Terapia após angioplastia com inserção de stent coronariano

300 mg, por via oral, pelo menos 2 horas antes da inserção, e 150-300 mg/dia depois
dela.
5.2. Crianças
Prevenção de formação de trombo após cirurgia cardíaca

Crianças de 1 mês a 12 anos: 3-5 mg/kg/dia, por via oral, uma vez ao dia; dose máxima
75 mg/dia.
5.3. Neonatos
Prevenção de formação de trombo após cirurgia cardíaca

1-5 mg/kg, por via oral, uma vez ao dia; dose máxima: 75 mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início de efeito: 1 a 7,5 minutos (antiplaquetário).

Pico de efeito: 1 a 2 horas.

Meia-vida de eliminação: 15 a 20 minutos.

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal.
7. Efeitos adversos:

Geralmente são leves e infreqüentes em doses baixas.

Indigestão, náuseas, vômitos, úlceras gastrintestinais e sangramento digestivo,
anorexia.

Sangramentos.

Zumbido no ouvido (uso crônico).

Complicações como trabalho de parto prolongado, aumento de hemorragia pós-parto
e fechamento intra-uterino prematuro do ducto arterioso quando administrado
próximo ao término da gravidez.

Broncoespasmo, angioedema. reações de hipersensibilidade, síndrome de Reye
(crianças).
8. Interações medicamentosas:

Aumento de efeito de ácido acetilsalicílico: outros AINE, corticosteróides,
trombolíticos, antagonistas dos canais de cálcio, inibidores da recaptação de
serotonina, antiplaquetários, anticoagulantes orais, heparinas, trombolíticos.

Diminuição de efeito de ácido acetilsalicílico: furosemida.

Ácido acetilsalicílico associado a metoclopramida é o tratamento de escolha para
enxaqueca de intensidade moderada.

Ácido acetilsalicílico aumenta efeito de ácido valpróico, furosemida, anticoagulantes
orais, metotrexato, nitroglicerina, sulfoniluréias.

Ácido acetilsalicílico pode diminuir a eficácia anti-hipertensiva de inibidores da ECA,
diuréticos tiazídicos e betabloqueadores.

Vacina contra varicela pode aumentar o risco de desenvolvimento de síndrome de
Reye associado a uso de salicilatos.

Proteção contra os efeitos gastrintestinais do ácido acetilsalicílico: antagonistas H2 e
inibidores da bomba de prótons.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para ingerir os comprimidos com 250 mL de água e não deitar dentro de 15 a
30 minutos após a administração.

Orientar para ingerir o medicamento com alimentos ou leite para evitar desconforto
gastrintestinal.

Reforçar a importância de evitar o uso de bebidas alcoólicas.

Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito
adverso: cólica estomacal, pirose, hematêmese, sangue nas fezes ou urina, rash ou
prurido intenso, edema facial ou palpebral, dispnéia, sibilos, tontura ou sonolência,
tinido.
10. Aspectos farmacêuticos:

Após exposição à água ou umidade, o fármaco sofre hidrólise, resultando em salicilato
e acetato, que possuem odor semelhante a vinagre. Não usar se odor forte estiver
presente.

Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC, em embalagens bem fechadas e
protegidas de calor excessivo, umidade e luz direta.
Medicamento: ÁCIDO FÓLICO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 372-373)
1. Apresentação:

Comprimido 5 mg.

Solução oral 5 mg/mL (Uso Restrito: MMT).
2. Indicações:

Tratamento de anemia megaloblástica associada à deficiência de ácido fólico.

Suplemento para prevenção de defeito do tubo neural na gravidez.

Deficiência de folato devido à má nutrição, gravidez, uso de antiepilépticos ou má
absorção.

Prevenção de efeitos adversos induzidos pelo metotrexato em doença reumática.
3. Contraindicações:

Anemia megaloblástica não diagnosticada ou outro estado de deficiência de vitamina
B12, a não ser que seja associado a vitamina B12, para evitar precipitação de
neuropatia (degeneração subaguda da coluna vertebral).

Doença maligna dependente de folato.

Hipersensibilidade ao ácido fólico.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Mulheres que recebem terapia anticonvulsivante (ácido fólico pode reduzir a ação
do anticonvulsivante).
 Anemia perniciosa e deficiências de vitamina B12 (podem ser
doses acima de 0,1 mg/dia), especialmente em idosos.
mascaradas com
 Categoria de risco na gravidez (FDA): A.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Tratamento de anemia megaloblástica

Até 1 mg, VO, a cada 24 horas, até resolução dos sintomas. Após normalização dos
índices sanguíneos, dose de manutenção de 0,4 mg (0,8 mg para mulheres grávidas e
lactantes), VO, a cada 24 horas.
Prevenção de defeito fetal do tubo neural na gravidez

Primeira ocorrência: 0,4 mg, VO, a cada 24 horas, de 4 semanas antes da concepção
até as primeiras 12 semanas de gravidez.

Recorrência: 4 a 5 mg, VO, a cada 24 horas, de 4 semanas antes da concepção até as
primeiras 12 semanas de gravidez.
Prevenção de efeitos adversos induzidos por metotrexato em doença reumática

5 mg, VO, uma vez por semana.
5.2. Crianças
Tratamento de anemia megaloblástica

Até 1 mg/dia, VO, a cada 24 horas, independente da idade, até resolução dos sintomas.
Após normalização dos índices sanguíneos, dose de manutenção conforme faixa etária.
Menores de 1 mês: 0,1 mg, VO, a cada 24 horas; de 1 mês a 4 anos: até 0,3 mg, VO, a
cada 24 horas; maiores de 4 anos: 0,4 mg, VO, a cada 24 horas.
5.3. Crianças de 2 a 18 anos
Prevenção de efeitos adversos induzidos pelo metotrexato em doença reumática

1 mg, VO, a cada 24 horas, ou 5 mg, VO, uma ou duas vezes por semana.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Metabólito ativo:
plasmáticas).

Eliminação renal quase completamente sob a forma de metabólitos.

Removido por hemodiálise, mas não significativamente nos pacientes bem nutridos.
5-metiltetraidrofolato
(liga-se
extensamente
a
proteínas
7. Efeitos adversos:

Reação alérgica, incluindo broncoespasmo, eritema, febre, mal-estar geral, exantema
ou prurido (incidência rara).

Náusea, distensão abdominal, desconforto, flatulência, sabor amargo na boca (doses
altas).

Distúrbios do sono, confusão, irritabilidade, agitação, dificuldade de concentração,
depressão (doses altas).
8. Interações medicamentosas:

Fenitoína pode ter suas concentrações reduzidas, com possível redução dos efeitos.
Monitorar concentração de fenitoína e ajustar dose, se necessário.
9. Orientações aos pacientes:

Ensinar que são fontes alimentares principais de ácido fólico: vegetais verdes, cereais,
frutas e fígado.

Alertar que o aquecimento destrói o ácido fólico dos alimentos (50% a 90%).

Orientar para notificar em caso de aparecimento de manifestações neurológicas,
gastrintestinais e alérgicas.

Alertar para usar a dose esquecida o mais breve possível. Se estiver perto da hora
regular, ingerir a dose normal e ignorar a dose esquecida. Alertar para não usar duas
doses ao mesmo tempo.
10. Aspectos farmacêuticos

Manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Não congelar.
Medicamento: ALBENDAZOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 375-377)
1. Apresentação:

Comprimido mastigável 400 mg.

Suspensão Oral 40 mg/mL.
2. Indicações:

Infestações helmínticas por nematódios (causadas por Ascaris lumbricoides,
Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Toxocara canis, Trichuris trichiura,
Strongyloides stercoralis, Enterobius vermicularis, Trichinella spiralis, Wuchereria
bancrofti).

Infestações helmínticas por cestódios causadas por Echinococcus granulosus (cisto
hidático), Taenia saginata, Taenia solium (neurocisticercose).
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco.
4. Precauções:

Pacientes tratados para neurocisticercose devem receber terapia prévia por vários dias
com corticosteróides para evitar as reações inflamatórias decorrentes da morte dos
cisticercos cerebrais.

Avaliação de risco-benefício é necessária, pois corticosteróides aumentam o risco de
lesões na retina induzido por albendazol.

Monitorar função hepática e toxicidade medular em tratamentos prolongados.

Insuficiência hepática (ver apêndice C).

Em crianças com menos de 2 anos, a segurança não está claramente definida, mas seu
uso é permitido em doses mais baixas.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos e crianças acima de 2 anos.
Infecções gastrintestinais por
triquiuríase, estrongiloidíase)

nematódios
(ascaridíase,
necaturose,
enterobíase,
Dar 400 mg, por via oral, em dose única; o tratamento pode ser repetido após 3
semanas, principalmente em enterobíase.
Infecções por cestódios
Equinococose cística (E. granulosus)

Mais de 60 kg: 400 mg, por via oral, duas vezes ao dia, por 1 a 6 meses.

Menos de 60 kg: 15 mg/kg/dia, por via oral, divididos em duas doses, por 1 a 6 meses;
dose máxima: 800 mg/dia.
Equinococose alveolar (E. multilocularis)

Mesmo esquema posológico anterior, mas o fármaco é marginalmente eficaz, sendo a
intervenção cirúrgica usualmente necessária.
Neurocisticercose (T. solium)

Mais de 60 kg: 400 mg, por via oral, 2 vezes ao dia, por 8 a 30 dias.

Menos de 60 kg: 15 mg/kg/dia, por via oral, divididos em duas doses diárias, por 8 a 30
dias; dose máxima: 800 mg/dia.

O curso de terapia pode ser repetido, se necessário.
Teníase (T. saginata)

Dar 400 mg/dia, por via oral, durante 3 dias.
5.2. Crianças menores de 2 anos.
Infecções gastrintestinais por
triquiuríase, estrongiloidíase)

nematódios
(ascaridíase,
necaturose,
enterobíase,
Dar 200 mg, por via oral, em dose única; o tratamento pode ser repetido após 3
semanas, principalmente em enterobíase.
Infecções por cestódios
Equinococose cística (E. granulosus)

Dar 7,5 mg/kg, por via oral, duas vezes ao dia; máximo de 400 mg/dia.
Teníases (Taenia saginata e T. solium)

Dar 200 mg, por via oral, uma vez ao dia, durante 3 dias.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

A absorção pode ser aumentada com alimentação rica em gorduras.

Pico de concentração sérica: 2 a 4 horas.

Meia-vida: 4 a 15 horas.

Metabolismo: fígado (metabólito ativo na forma de sulfóxido).

Excreção: renal (metabólitos inativos).
7. Efeitos adversos:

Dor epigástrica, diarréia, náusea, vômitos.

Cefaléia, tontura (leves e transitórios em terapia de curto prazo).

Erupções cutâneas, prurido, urticária, edema, alopecia.

Aumento dos níveis séricos das transaminases, icterícia (rara), colestase.

Fadiga, febre.

Leucopenia, trombocitopenia (em tratamentos prolongados).
8. Interações medicamentosas:

Corticosteróides e praziquantel em uso concomitante aumentam os níveis plasmáticos
do albendazol.

Cimetidina aumenta a biodisponibilidade de albendazol.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para ingerir durante as refeições para aumentar a absorção do fármaco.

Alertar para não ingerir as duas doses ao mesmo tempo.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar os comprimidos em local seco, ao abrigo de luz e calor.
Medicamento: ALENDRONATO DE SÓDIO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 380-382)
1. Apresentação:

Comprimidos 10 mg

Comprimidos 70 mg
2. Indicações:

Tratamento da osteoporose.
3. Contraindicações:

Anormalidades esofágicas e outros fatores que retardam o esvaziamento esofágico.

Hipersensibilidade ao alendronato ou a qualquer componente da formula.

Hipocalcemia.

Incapacidade de ficar em pé ou sentado de forma ereta por 30 minutos.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪ Alterações gastrintestinais.
▪ Insuficiência renal (ver apêndice D).
▪ Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Tratamento da osteoporose masculina e osteoporose pós-menopausa

70mg, por via oral, a cada 7 dias.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: pouco absorvido via oral. A presença de cálcio e outros cátions polivalentes
reduz significativamente a absorção de alendronato.

Biodisponiblididade: 0,7%
biodisponibilidade em 40%.

Pico de resposta: 6 a 12 meses, em tratamento de mulheres pós-menopausa

Tempo para pico plasmático: 1 hora

Metabolismo: o alendronato não é metabolizado

Excreção: renal 50%. A depuração renal e reduzida significativamente em pacientes
com disfunção renal

Meia-vida de eliminação: 1,9 horas (ossos: ate 10 anos).
(mulheres)
0,59%
(homens).
Alimento
reduz
a
7. Efeitos adversos:

Incidência acima de 10%:
▪ Hipocalcemia (transitória, leve); hipofosfatemia (transitória, leve)

Incidência entre 1% e 10%:
▪ Cefaléia.
▪ Dor abdominal, refluxo ácido, refluxo gastroesofágico; dispepsia; náusea,
flatulência; diarréia, obstipação, úlcera esofágica; úlcera gástrica; distensão
abdominal; gastrite; vômito; disfagia.
▪ Dor musculoesqueletica; cãimbra muscular.

Incidência abaixo de 1%
▪ Reações de hipersensibilidade, incluindo angioedema, eritema, prurido, exantema.
▪ Erosão esofágica com sangramento, úlcera, duodenal, perfuração esofágica,
estreitamento esofágico, esofagite.
▪ Febre.
▪ Síndrome tipo influenza.
▪ Hipocalcemia (sintomática).
▪ Mialgia.
▪ Osteonecrose de mandíbula.
▪ Edema periférico.
▪ Dor óssea, muscular e articular.
8. Orientações aos pacientes:

Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com um copo cheio de água, não menos
do que 60 mL, com o estômago vazio pelo menos 30 minutos antes do café da manhã
ou de ingerir outro medicamento; o paciente deve ficar sentado de forma ereta ou
ficar em pé por pelo menos 30 minutos após ingerir o medicamento. Evitar o uso de
água mineral, pois pode conter grande quantidade de cálcio.

Se ocorrerem reações esofágicas graves o tratamento deve ser interrompido; procurar
o médico se houver sintomas de irritação esofágica nova ou piora na azia, dor ao
engolir ou dor retroesternal.

Consultar o dentista antes de iniciar tratamento com bifosfonatos.
9. Aspectos farmacêuticos

Conservar sob temperatura ambiente (15 a 30ºC) em frasco hermeticamente fechado.
Medicamento: AMITRIPTILINA, CLORIDRATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 512-515)
1. Apresentação:

Comprimido 25 mg.
2. Indicações:

Transtornos e episódios de depressão maior, particularmente quando sedação é
necessária.

Profilaxia de enxaqueca (tratamento intercrises).
3. Contraindicações:

Infarto do miocárdio recente, arritmias cardíacas.

Insuficiência hepática grave (ver apêndice C).

Fase de maníaca do transtorno bipolar.

Porfiria.

Hipersensibilidade ao fármaco ou a outros antidepressivos tricíclicos.

Uso de inibidores da monoamina oxidase (IMAO) nos últimos 15 dias (a troca de um
IMAO por tricíclico ou vice-versa deve guardar o intervalo mínimo de 15 dias.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪ Menores de 12 anos.
▪ Lactação (ver apêndice B).
▪ Cardiopatia, retenção urinaria, insuficiência hepática (ver apêndice C), insuficiência
renal crônica (ver apêndice D), epilepsia, hipertrofia prostática, hipertireoidismo,
glaucoma de angulo fechado, diabete melito, historia de hipertensão intraocular,
ideação suicida, sintomas de paranóia, transtorno bipolar, esquizofrenia ou
distúrbios cognitivos.
▪ Idosos (reduzir doses).
▪ Suspensão do tratamento (deve ser gradual).
▪ Eletrochoque concomitante (pode aumentar os riscos da terapia com eletrochoque).
▪ Feocromocitoma.


Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
Perigo ao dirigir ou realizar outras tarefas que exijam atenção e coordenação motora.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adolescentes
Depressão

De 25 a 50 mg/dia, por via oral, ao deitar ou fracionados em duas doses; aumento
gradual até 100 mg/dia.
5.2. Adultos
Depressão

Dar 25 mg, por via oral, uma vez à noite; a dose pode ser aumentada gradualmente até
75 mg.

Incrementos semanais subsequentes de 50 mg até doses terapêuticas médias entre
150 a 300 mg.

Em geral após 4 a 6 semanas de tratamento, os pacientes se tornam assintomáticos. As
doses de resposta devem ser mantidas por 3 a 4 meses, com redução gradual à
metade.

O tratamento deve ser feito durante 6 a 12 meses, para evitar recidivas.

Na retirada gradual, diminui-se a dose em 25 mg a cada 2 ou 3 dias. Se os sintomas
reaparecem, retomam-se os níveis iniciais.
Profilaxia de enxaqueca

De 10 a 25 mg, por via oral, ao deitar; dose usual: 75 mg por dia, durante 6 a 12 meses.
5.3. Idosos
Depressão

De 10 a 25 mg, por via oral, ao deitar; se bem tolerada, a dose pode ser aumentada em
25 mg a cada semana; dose média: 25 a 150 mg/dia.

Dose de 10 mg três vezes por dia e 20 mg ao deitar, como início do esquema de
administração.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Período de latência: usualmente pode levar 2 a 3 semanas para o início da resposta
terapêutica.
▪
Pico sérico em torno de 4 horas. Deve ser dado ao deitar (efeito sedativo máximo
durante o sono).
▪
Meia-vida: 9 a 26 horas.
▪
Distribuição: atravessa a placenta e se excreta no leite materno.
▪
Metabolismo exclusivamente hepático, gerando o metabolito ativo nortriptilina.

Eliminação renal (18% em forma ativa) e fecal (pequena proporção).
7. Efeitos adversos:

Hipotensão ortostática (que pode levar a quedas em idosos), lipotímia, distúrbios na
repolarização ventricular, transtornos de condução cardíaca, taquicardia, alterações
eletrocardiográficas, hipertensão. Enfarte agudo do miocárdio.

Sedação, tontura, insônia, hipomnésia, fadiga, ansiedade, tremores finos de
extremidades, disartria, incoordenação motora, desorientação, visão turva, diminuição
do limiar convulsivo, sintomas extrapiramidais, sudorese.

Secura na boca, estomatite, gosto amargo, aumento do apetite, anorexia, dispepsia,
diminuição da função hepática, diarreia, obstipação, náusea, vômito.

Retenção urinária, especialmente em idosos com hipertrofia prostática.

Efeitos anticolinérgicos: xerostomia, midríase, cicloplegia, retenção urinária,
diminuição da motilidade gastrintestinal, taquicardia, aumento da pressão intraocular

Distúrbios comportamentais (especialmente em crianças), confusão, alucinações ou
delírio (sobretudo em idosos), cefaleia. Os transtornos confusionais podem ser
acompanhados de ansiedade, alteração no sono, tendências suicidas.

Leucopenia, agranulocitose, eosinofilia, trombocitopenia, púrpura.

Urticária, angiedema, fotossensibilidade.

Ganho ou perda de peso, ginecomastia, galactorreia, aumento testicular, alterações
dos níveis glicêmicos e diminuição da libido.

Em dose excessiva aguda ocorrem hipotermia, agitação, confusão, delírio, alucinações,
convulsões, hipotensão, taquicardia, acidose metabólica, depressão respiratória e
cardíaca, coma e eventualmente morte.
8. Interações medicamentosas:

Álcool e outros depressores do sistema nervoso central, anticoagulantes cumarínicos,
fármacos com efeitos anticolinérgicos (anti-histamínicos H1, antiparkinsonianos e
neurolépticos): podem ter seus efeitos intensificados.
Em pacientes recebendo anticoagulante oral, o tempo de protrombina deve ser
cuidadosamente avaliado e ajustes da dose do anticoagulante podem ser necessárias.
▪
Amiodarona, aprindina, azimilida, bepridil, cinacalcete, cisaprida, disopiramida,
dofetilida, dolasetrona, droperidol, espiramicina, fenitoína, fenotiazinas, fluconazol,
haloperidol, hidrato de cloral, ibutilida, lidoflazina, mesoridazina, octreotida,
pentamidina, pimozida, proclorperazina, sulfametoxazol, tioridazina, trimetoprima,
vasopressina, venlafaxina, zolmitriptana: pode levar a aumento da toxicidade da
amitriptilina. Acompanhar a concentração plasmática, sinais e sintomas de toxicidade
do antidepressivo; ajustes da dose da amitriptilina podem ser necessários.
▪
Amprenavir, antidepressivos, bloqueadores seletivos da recaptação de serotonina,
antipsicóticos, cimetidina, contraceptivos orais, dissulfiram, fenfluramina,
fosamprenavir, topiramato: aumento de efeito do antidepressivo. Acompanhar a
concentração plasmática, sinais e sintomas de toxicidade do antidepressivo; ajustes da
dose da amitriptilina podem ser necessários.
▪
Anestésicos gerais, anfetaminas, antiarrítmicos, antibióticos macrolídeos e
quinolonas, anti-histamínicos, antimaláricos, bloqueadores adrenérgicos: aumento da
toxicidade da amitriptilina. Avaliar a concentração plasmática, sinais e sintomas de
toxicidade do antidepressivo; ajustes da dose da amitriptilina podem ser necessários.
▪
Barbitúricos, carbamazepina, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), fenitoína,
hidrato de cloral, nicotina (tabaco), rifapentina: diminuição de efeito do
antidepressivo.
▪
Carbamazepina e rifapentina: diminuição de efeito da amitriptilina. Verificar as
concentrações plasmáticas da amitriptilina; ajustes de dose podem ser necessários.
▪
Clonidina, betanidina, guanadrel, guanfacina: podem ter seus efeitos diminuídos.
Acompanhar a pressão arterial para possível ajuste de dose dos anti-hipertensivos.
▪
Diazepam: uso concomitante pode levar ao desenvolvimento de deficiências
psicomotoras.
▪
Inibidores da MAO, linezolida: a associação pode levar a neurotoxicidade, convulsões,
ou síndrome serotoninérgica (hipertensão, hipertermia, mioclônus, alterações do
estado mental).
▪
Procarbazina: associação com procarbazina pode levar a neurotoxicidade e convulsões.

Simpaticomiméticos: o uso concomitante com amitriptilina pode levar a hipertensão,
arritmia cardíaca e taquicardia. A vasoconstrição proveniente de fármacos alfaadrenérgicos e de outros simpaticomiméticos e substancialmente reforçada com a
presença de antidepressivos tricíclicos. Se estes fármacos são utilizados em associação,
um acompanhamento atento e uma redução da dose dos simpaticomiméticos são
necessários.
9. Orientações aos pacientes:

Não fazer uso de bebidas alcoólicas.

Não suspender o uso de maneira repentina.

Alertar para tempo de latência para início da resposta terapêutica.

Orientar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e
coordenação motora como operar máquinas e dirigir.

Orientar para mudança na freqüência cardíaca e a levantar-se mais lentamente para
evitar hipotensão ortostática.

Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se estiver perto do
horário da próxima dose, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no horário.
Nunca usar duas doses juntas. Caso tome o medicamento antes de deitar, se esquecer
não use o medicamento pela manha e espere até a próxima noite.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar entre 15 e 30°C, em recipientes bem fechados e ao abrigo da luz.
ATENÇÃO: os efeitos terapêuticos podem demorar até 15 dias para se manifestar. Acompanhamento
contínuo de pressão arterial e frequência cardíaca nas semanas iniciais.
Medicamento: AMOXICILINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 389-391)
1. Apresentação:

Cápsula de 500 mg.

Pó para suspensão oral 50 mg/mL.
2. Indicações:

Tratamento de infecções causadas por microorganismos sensíveis no trato urinário e
trato respiratório superior, incluindo bronquite, pneumonia, otite média, abscessos
dentais e outras infecções orais, osteomielites, doença de Lyme, profilaxia pósesplenotomia, infecções ginecológicas, antraz, infecções não graves por Haemophilus
influenzae e salmonelose invasiva.

Profilaxia de endocardite bacteriana.

Erradicação de Helicobacter pylori (esquema com claritromicina).
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a amoxicilina ou a outras penicilinas.
4. Precauções:

Obtenção de história prévia de alergia às penicilinas é a abordagem prática para
prevenir novas reações.

Hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas (menos de 10%): não utilizar
cefalosporinas em pacientes com reações de hipersensibilidade imediata às penicilinas.

Em pacientes com mononucleose infecciosa, leucemia linfocítica, infecção por
citomegalovírus ou portadores de HIV, há risco elevado de exantema eritematoso.

Cautela com uso de altas doses de amoxicilina (manter hidratação adequada para
reduzir risco de cristalúria).

Insuficiência renal (ver apêndice D).

Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Infecções causadas por microorganismos sensíveis

250 a 500 mg, VO, a cada 8 ou 12 horas. A dose e a duração do tratamento dependem
do local e gravidade da infecção.
Profilaxia de endocardite bacteriana

2 g, VO, em dose única, de 30 minutos a 1 hora antes de procedimento em que haja
sangramento.
Erradicação de Helicobacter pylori

1 g, VO, a cada 12 horas, associado com claritromicina 500 mg e omeprazol 20 mg,
ambos VO, a cada 12 horas, durante 7 a 14 dias.
5.2. Crianças
Infecções causadas por microorganismos sensíveis

20 a 90 mg/kg, dividido a cada 8 ou 12 horas. A dose e a duração do tratamento
dependem do local e gravidade da infecção.
Profilaxia de endocardite bacteriana

50 mg/kg, VO, em dose única, 30 minutos a 1 hora antes de procedimento em que haja
sangramento. Dose máxima: 2 g.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção não é influenciada pela presença de alimentos.

Pico da concentração plasmática: 1 a 2 horas.

Meia-vida de eliminação: 1 a 2 horas (3,7 horas em neonatos; prolongada também em
idosos e em pacientes com insuficiência renal).

Excreção: renal (60 % em forma inalterada).

Concentrações após injeção intramuscular são semelhantes àquelas alcançadas com
administração oral.

Dialisável.
7. Efeitos adversos:

Reações de hipersensibilidade incluindo urticária, febre, dor nas articulações,
exantema, angioedema, anafilaxia, doença do soro, anemia hemolítica e nefrite
intersticial.

Diarreia, náusea, vômito.

Colite pseudomembranosa (raramente) por Clostridium difficile.
8. Interações medicamentosas:

Contraceptivos: estrógenos podem ter sua efetividade reduzida. Utilizar método
adicional para prevenir gravidez
Metotrexato: aumento da toxicidade do metotrexato. Evitar o uso simultâneo, mas se
o mesmo for necessário, diminuir a dose de metotrexato e monitorar sua concentração
sérica. Monitorar o paciente quanto ao aumento dos efeitos adversos do metotrexato,
incluindo leucopenia, trombocitopenia e ulceração cutânea.

Probenecida: aumenta concentração plasmática e prolonga o efeito de amoxicilina. Útil
quando é necessário elevada concentração plasmática e tecidual do antibiótico.

Varfarina: pode resultar em risco aumentado de sangramento. Determinar tempo de
protrombina basal antes de iniciar o tratamento com amoxicilina e continuar
monitorando durante o tratamento.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar que não há restrições quanto ao uso com alimentos nem em jejum.

Orientar para a necessária agitação do frasco da suspensão oral antes de cada
administração.

Alertar para não interromper o uso antes do final do tratamento, mesmo quando
houver melhora dos sintomas após a primeira dose.

Orientar para comunicar o aparecimento tardio de exantema com sintomas de febre,
fadiga e dor de garganta.

Orientar que este medicamento pode causar náusea, vômito, diarreia e exantema.

Alertar para empregar método alternativo ou adicional para evitar a gravidez se estiver
em uso de contraceptivos orais.
10. Aspectos farmacêuticos

Cada grama de amoxicilina sódica contém 2,6 mmol de sódio.

Armazenar cápsulas sob temperatura inferior a 20 ºC. Armazenar o pó para suspensão
oral (antes da reconstituição) sob temperatura de até 25 ºC.

Proteger de calor, umidade e luz direta.

Após reconstituição, a suspensão deve ser preferencialmente mantida sob refrigeração
(entre 2 a 8 ºC), mas também é estável à temperatura ambiente.

Descartar 14 dias após a reconstituição.
Medicamento: ANLODIPINO, BESILATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 424-426)
1. Apresentação:

Comprimidos 5 mg.
2. Indicações:

Angina estável.

Hipertensão arterial sistêmica.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a anlodipino.

Choque cardiogênico.

Angina instável.

Estenose aórtica significante.
4. Precauções:

Deve ser usado com cuidado em pacientes com falência cardíaca compensada,
insuficiências hepática e renal, disfunção ventricular esquerda grave, cardiomiopatia
hipertrófica, edema, aumento de pressão intracraniana.

Idosos são mais suscetíveis a constipação intestinal e hipotensão.

Pode causar hipersensibilidade cruzada com outros bloqueadores de canal de cálcio.

Pode causar hipotensão no início da terapia ou após aumento de dose.

Monitorar quanto ao aparecimento de reações dermatológicas progressivas e
persistentes, dor no peito, urina escurecida, alterações no batimento cardíaco, pés e
tornozelos inchados, pele e olhos amarelados, fraqueza e cansaço incomuns.

Lactação.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Hipertensão arterial sistêmica

Dose inicial de 5 mg, por via oral, a cada 24 horas, podendo aumentar para 10 mg, por
via oral, a cada 24 horas, na fase de manutenção.
Angina estável

5 a 10 mg, por via oral, a cada 24 horas.
5.2. Idosos
Hipertensão arterial sistêmica

Dose inicial de 2,5 mg, por via oral, a cada 24 horas.
Angina estável

5 mg, por via oral, a cada 24 horas.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início de efeito: 30 a 50 minutos.

Pico de concentração: 6 a 12 horas.

Duração: 24 horas.

Meia-vida: 30 a 50 horas, podendo durar até 56 horas na insuficiência hepática e 58
horas em pacientes idosos.

Metabolismo: hepático (90%); metabólitos inativos; extenso metabolismo de primeira
passagem.

Excreção: renal (70%) e fecal (10%).

Não é removido por diálise.
7. Efeitos adversos:

Edema periférico (2 a 15%), palpitações (1 a 4%), rubor (1 a 3%).

Dor de cabeça (7%), tontura (1 a 3%), fadiga (4%), sonolência (1 a 2%) parestesias (1 a
2%).

Dor abdominal (1 a 2%), náusea (3%), dispepsia (1 a 2%).

Hiperplasia gengival.

Dispnéia.

Cãibras, (1 a 2%).

Disfunção erétil (1 a 2%).
8. Interações medicamentosas:

Pode haver aumento de efeito de anlodipino por: antifúngicos azólicos, ciprofloxacino,
macrolídeos, doxiciclina, diclofenaco, isoniazida, propofol, quinidina, verapamil,
sildenafila.

Pode ocorrer diminuição de efeito de anlodipino pelo uso concomitante de: cálcio,
fenitoína, carbamazepina, fenobarbital, rifamicina, nevirapina.

Anlodipino aumenta a concentração plasmática de: aminofilina, fluvoxamina,
mirtazapina, teofilina, trifluoperazina, ciclosporina.

Atazanavir e droperidol aumentam o risco de cardiotoxicidade (intervalo QT
prolongado, torsades de pointes, parada cardíaca).

Uso concomitante com amiodarona: pode resultar em bradicardia, bloqueio
atrioventricular e/ou parada cardíaca.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito
adverso.

Evitar dirigir veículos automotores, operar máquinas ou realizar qualquer tarefa que
exija atenção.

Orientar para adoção de boa higiene oral e visitar freqüentemente o dentista para
prevenir sangramentos, hipersensibilidade e inflamação na gengiva.

Orientar que pode ser tomado com ou sem alimentos.
10. Aspectos farmacêuticos:

Deve ser mantido ao abrigo de luz e umidade e à temperatura ambiente, de 15 a 25 ºC.

Os comprimidos fabricados por laboratórios diferentes podem conter diversos sais (ex.
besilato de anlodipino, maleato de anlodipino, mesilato de anlodipino) que são
intercambiáveis.
Medicamento: ATENOLOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 411-413)
1. Apresentação:

Comprimidos 50 mg.
2. Indicações:

Arritmias cardíacas.

Cardiopatia isquêmica.

Hipertensão arterial sistêmica.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao atenolol.

Choque cardiogênico.

Bradicardia sinusal grave.

Insuficiência cardíaca congestiva descompensada.

Bloqueio atrioventricular de 2º e 3º graus.

Asma brônquica ou doença pulmonar obstrutiva crônica.

Acidose metabólica.
4. Precauções:

Usar com cuidado em pacientes em uso de anestésicos que diminuam a função do
miocárdio.

Não suspender o fármaco abruptamente, mas gradualmente, no decurso de 1 a 2
semanas.

Deve ser utilizado com cautela em pacientes com história de doença broncoespástica,
diabetes melito (pode mascarar os sintomas de hipoglicemia), hipertireoidismo,
doença vascular periférica.

Insuficiência renal (ver apêndice D).

O uso de beta bloqueadores durante a gravidez pode prejudicar o crescimento intraútero do feto e causar bradicardia neonatal.

Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A).

Lactação (ver apêndice B). Encontrado em quantidades insignificantes no leite
materno. O risco em lactentes, no entanto, não é conhecido. Recomenda-se monitorar
o lactente.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Arritmias

50 mg, 1 a 2 vezes ao dia, ou 100 mg/dia, em dose única.
Cardiopatia isquêmica

50 mg, 1 a 2 vezes ao dia, ou 100 mg/dia, em dose única (angina).

Antes de decorridas 12 horas, 5 mg por injeção intravenosa, seguida por 50 mg, via
oral após 15 minutos e 50 mg, via oral, após 12 horas; após 100 mg/dia por via oral
(infarto do miocárdio).
Hipertensão arterial sistêmica

25 a 50 mg/dia, por via oral, em dose única.
Ajuste de dose em insuficiência renal e diálise

DCE de 15 a 35 mL/minutos: máximo de 50 mg/dia.

DCE menor que 15 mL/minutos: máximo de 25 mg/dia.

Hemodiálise: administrar a dose após a diálise; se não for possível, administrar dose
adicional de 25 a 50 mg.
5.2. Idosos
Hipertensão arterial sistêmica

Não recomendado para pacientes com mais de 60 anos e aqueles com intervalo QT
longo.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

A presença de alimento diminui a biodisponibilidade do atenolol.

Pico de concentração: 2 a 4 horas.

Início da ação: 3 horas.

Duração da ação: 24 horas.

Meia-vida: 6 a 7 horas.
7. Efeitos adversos:

Bradicardia, extremidades frias, hipotensão (4%).

Diarréia (3%), náusea (3%).

Tontura (13%), fadiga (26%), insônia, depressão.

Insuficiência cardíaca.
8. Interações medicamentosas:

Causam aumento do efeito hipotensor e bradicardizante: bloqueadores de canal de
cálcio diidropiridínicos, bloqueadores alfa-1 adrenérgicos, ciprofloxacino,
contraceptivos orais, diltiazem, felodipino, fenoldopam, flunarizina, inibidores da
enzima conversora de angiotensina (IECA), nicardipino, quinidina, verapamil.

Clonidina: crise hipertensiva na suspensão da clonidina devido ao efeito
antiadrenérgico.

Metildopa: pode resultar resposta hipertensiva exagerada, ou arritmias durante
estresse psicológico ou exposição a catecolaminas exógenas.

Fentanila: pode resultar em hipotensão grave.

Amiodarona: pode resultar em hipotensão, bradicardia, ou parada cardíaca.

Agonistas beta-2 adrenérgicos: diminuição da efetividade tanto do atenolol quanto do
agonista beta-2 adrenérgico devido ao antagonismo farmacológico.

Agentes hipoglicemiantes: podem mascarar os sintomas de hipoglicemia.

Digoxina: pode resultar em bloqueio atrioventricular e aumento do risco de toxicidade
da digoxina.

Fenotiazinas: hipotensão e toxicidade à fenotiazina.

Tiamazol (metimazol): diminui a depuração do atenolol.

Varfarina: pode aumentar o tempo de protrombina e INR.

Suco de laranja: pode diminuir significativamente a absorção gastrintestinal do
atenolol.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito
adverso.

Orientar para ingerir de estômago vazio porque a presença de alimento diminui sua
absorção.

Alertar para não ingerir juntamente a suplementos de cálcio, antiácidos e suco de
laranja.
10. Aspectos farmacêuticos

Deve ser mantido ao abrigo de luz e umidade e à temperatura de 20 a 25 ºC.
Medicamento: ATROPINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 976-978)
1.
Apresentação:

2.
3.
4.
Solução injetável 0,25 mg/mL.
Indicações:

Adjuvante em anestesia geral.

Antídoto em intoxicações exógenas por organofosforados (reversão de efeitos
muscarínicos).
Contraindicações:

Crianças com histórico de reação sistêmica grave com o uso oftálmico de atropina.

Glaucoma de ângulo fechado.

Hipersensibilidade ao fármaco.

Estenose pilórica ou hipertrofia prostática.
Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Íleo paralítico, colite ulcerativa, colostomia ou ileostomia, doenças pulmonar, renal,
hepática e do trato biliar.
 Diarreia, hipertireoidismo ou hipertensão.
 Crianças, idosos ou enfraquecidos.
 Lactação.
5.

Evitar na vigência de febre, desidratação, taquicardia e tirotoxicose.

Evitar em pacientes com miastenia grave e neuropatia autonômica.

Mesmo doses inferiores a 0,1 mg em crianças, e 0,5 mg em adultos, ou a administração
lenta podem associar-se a bradicardia paradoxal.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Pré-medicação anestésica

0,3 a 0,6 mg, por via IM ou SC, 30 a 60 minutos antes da indução da anestesia.

0,3 a 0,6 mg, por via IV, imediatamente antes da indução da anestesia.
Profilaxia e correção de bradicardia no ato cirúrgico

0,3 a 0,6 mg, por via IV, repetida a cada 5 minutos até a dose máxima total de 3 mg.
Intoxicação por organofosforados

2 mg, por via IV ou IM, repetida por duas vezes a cada 10 minutos, se necessário. Não
administrar mais de 3 doses.

A via de administração depende da gravidade da intoxicação.
5.2. Crianças
Pré-medicação anestésica

0,02 mg/kg, por via IM ou SC, 30 a 60 minutos antes da indução da anestesia. Dose
máxima: 0,6 mg.

0,02 mg/kg, por via IV, imediatamente antes da indução da anestesia. Dose máxima:
0,6 mg.
Profilaxia e correção de bradicardia no ato cirúrgico

0,02 mg/kg, por via IV, com dose mínima de 0,1 mg e dose máxima de 0,5 mg em
crianças e 1 mg em adolescentes, repetida a cada 5 minutos até uma dose máxima
total de 1 mg em crianças e 2 mg em adolescentes.
Intoxicação por organofosforados
6.
7.
8.

0,02 a 0,05 mg/kg, por via IV ou IM, a cada 5 a 10 minutos até que se obtenha o efeito
atropínico (taquicardia, pele seca e hiperemiada, pupilas dilatadas); depois, repetir as
doses a cada 1 a 4 horas, conforme necessário para manter o efeito atropínico,
durante 24 horas.

A via de administração depende da gravidade da intoxicação.
Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início da ação: 15 a 50 minutos.

Duração da ação: mais de 5 horas.

Metabolismo: hepático.

Meia-vida: 4 horas em adultos; 6,5 horas em crianças.

Excreção: urinária (30 a 40 %).
Efeitos adversos:

Irritação no lugar da injeção.

Diminuição da sudorese.

Obstipação, xerostomia, náusea e vômito.

Visão borrada, sensibilidade a luz, aumento da pressão intraocular.

Arritmias, taquicardia.

Hipersensibilidade.

Confusão (comum em idosos).

Retenção urinária.

Depressão respiratória.
Interações Medicamentosas:

Arbutamina: sulfato de atropina altera a frequência cardíaca, o que pode resultar em
alteração de exames para arbutamina. Arbutamina não deve ser administrada em
pacientes que receberam sulfato de atropina.

Cloreto de ambenônio: uso concomitante pode resultar na supressão dos sintomas de
overdose de cloreto ambenônio. O uso concomitante é contraindicado.

9.
10.
Cloreto de potássio (comprimido): o efeito anticolinérgico de sulfato de atropina pode
causar um atraso na passagem de cloreto de potássio através do trato gastrintestinal,
aumentando assim o risco de lesões gastrintestinais. O uso concomitante é
contraindicado.
Orientações aos pacientes:

Informar que pode causar sonolência, tontura, visão borrada e intolerância a luz. Evitar
atividades que necessitem estado de alerta.

Orientar para aumentar consumo de líquido e reduzir a exposição ao calor a fim de
evitar desidratação.

Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de reação
alérgica.
Aspectos farmacêuticos:

Manter à temperatura ambiente, entre 15 e 30 °C, em recipiente hermeticamente
fechado. Evitar congelamento. Proteger da luz.

Incompatível com hemitartarato de norepinefrina, hemitartarato de metaraminol e
bicarbonato de sódio.
ATENÇÃO: muitos medicamentos têm efeito antimuscarínico; uso concomitante de dois ou mais
desses medicamentos pode aumentar os efeitos adversos, como xerostomia, retenção urinária,
obstipação e também pode levar a confusão, especialmente, nos idosos.
Medicamento: AZITROMICINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 414-416)
1. Apresentação:

Comprimido de 500 mg.

Pó para suspensão oral de 40 mg/mL.
2. Indicações:

Infecção genital por Chlamydia trachomatis não complicada.

Tracoma.

Profilaxia para endocardite em pacientes alérgicos a pinicilina ou em criança em
substituição a clindamicina.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a azitromicina e outros macrolídeos.

Insuficiência hepática (ver apêndice C).
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Insuficiência renal (ver apêndice D).
 Criança com menos de 6 meses de idade (não foi estabelecida a segurança do
mecidamento).
 Suspeita de gonorreia concomitante (evitar o uso de azitromicina devido ao rápido
aparecimento de resistência).
 Lactação (ver apêncide B).
 Miastenia grave.
 Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças (2 a 10 anos)
Infecção genital por clamídia

Acima de 45 kg ou maiores de 8 anos: 1 g, por via oral, em dose única.
Tracoma

20 mg/kg, por via oral, em dose única.
Profilaxia de endocardite

15 mg/kg, por via oral, 30 a 60 minutos antes do procedimento.
5.2. Adultos
Infecção genital por clamídia

Acima de 45 kg: 1g, por via oral, em dose única.

Abaixo de 45 kg: 20mg/kg, por via oral, em dose única.
Tracoma

Acima de 45 kg: 1g, por via oral, em dose única.

Abaixo de 45 kg: 20mg/kg, por via oral, em dose única.
Profilaxia de endocardite

500 mg, por via oral, 30 a 60 minutos antes do procedimento.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção adequada com ou sem alimentos.

Pico de concentração: 2,2 a 3,3 horas.

Meia-vida de eliminação: 68 horas.

Metabolismo: Hepático.

Excreção: biliar e renal.
7. Efeitos adversos:

Pode promover o prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma.

Diarréia (5%), dor abdominal (2,7% a 3%), náusea, vômito, alteração no paladar.

Erosão córnea (menor que 1%).

Cafaleia, tontura.

Trombocitopenia.
8. Interações medicamentosas:

Ergotamina e análogos: aumento do risco de ergotismo agudo (náusea, vômito,
isquemia vasospática). Uso concomitante contraindicado.

Digoxina: pode ter sua toxicidade aumentada. Monitorar clinicamente crianças
recebendo digoxina.

Disopiramida: pode resultar em arritmias cardíacas (prolongando QTc, taquicardia
ventricular). Evitar uso concomitante. Caso necessário, monitorar níveis de
disopiramida.

Fentanila: pode haver aumento ou prolongamento dos efeitos opioides, que devem ser
monitorados. Se necessário, ajustar dose de fentanila.

Nelfinavir: aumento do risco de efeitos adversos da azitromicina, os quais devem ser
monitorados.

Pimozida: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT,
torsade de pointes, parada cardíaca). Uso concomintante contraindicado.

Rifabutina: pode ter sua toxicidade aumentada. Se o uso concomitante for necessário,
utilizar com muita cautela.

Teofilina: pode ter sua concentração plamática aumentada. Monitorar concentrações
plasmáticas.

Varfarina: aumento do risco de sangramento. Monitorar tempo de protrombina e RNI.
Caso necessário, ajustar a dose de varfarina.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar que pode ser administrada com alimentos.

Continuar usando o medicamento pelo tampo determinado, mesmo após
desaparecimento dos sintomas.

Alertar para não administrar simultaneamente com antiácidos contendo alumínio ou
magnésio.

Orientar para a necessária agitação do frasco da suspensão oral antes de cada
administração.
10. Aspectos farmacêuticos



Manter ao abrigo de luz e calor.
Suspensão: manter à temperatura entre 5 e 30°C após reconstituição. Descartar após
10 dias.
Comprimidos: manter à temperatura entre 15 e 30°C.
Medicamento: BECLOMETASONA, DIPROPIONATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 648-650)
1. Apresentação:

Aerossol 250 µg/dose.
2. Indicações:

Rinite alérgica moderada a grave.

Rinite não alérgica.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a beclometasona ou a qualquer componente do produto.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Tuberculose ativa ou latente (risco de exacerbação ou reativação).
 Glaucoma; hipotireoidismo; osteoporose; cirrose.
 Infecções virais (varicela, sarampo, herpes simples ocular), fúngicas (candidíase) e
bacterianas (risco de exacerbação da infecção).
 Disfunção hepática (ver apêndice C).
 Lactação.
 Crianças (pode ocorrer redução na velocidade de crescimento, especialmente em
uso prolongado ou em dose alta; monitorar).
 Trauma, cirurgia, infecção ou estresse (resposta suprarrenal inadequada devido à
absorção sistêmica).
 Testes de glicose sérica ou urinária (resultados podem ser alterados).
 Asma aguda (risco de broncoespasmo paradoxal).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Rinite alérgica moderada a grave e rinite não alérgica

100 µg (2 jatos) em cada narina, a cada 12 horas. Após melhora dos sintomas reduzir a
dose para 50 µg (1 jato) em cada narina, a cada 12 horas.
5.2. Crianças:
Rinite alérgica moderada a grave e rinite não alérgica

Maiores de 6 anos: 100 µg (2 jatos) em cada narina, a cada 12 horas. Após melhora dos
sintomas, reduzir a dose para 50 µg (1 jato) em cada narina, a cada 12 horas.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção rápida.

Cerca de 61 a 90 % da dose que chega ao pulmão alcança a circulação sistêmica.

A maior parte da beclometasona absorvida sistemicamente é excretada nas fezes.

Início do efeito: alguns dias.

Pico da resposta: 2 semanas.

Meia-vida de eliminação: 3 horas.

Excreção: renal.
7. Efeitos adversos:

Candidíase orofaringeana; tosse e rouquidão (usualmente em altas doses).

Supressão suprarrenal (com uso de altas doses).

Broncoespasmo paradoxal (pode requerer interrupção e terapia alternativa).

Urticária, erupções
anafilactoide.

Ansiedade, distúrbios do sono, mudanças comportamentais, cefaleia.

Irritação e sensação de queimadura na mucosa, perfuração do septo nasal, rinorreia,
congestão nasal, epistaxe.

Redução na velocidade de crescimento em crianças.

Perda do olfato ou paladar, catarata, glaucoma.
cutâneas,
angioedema, exantema,
reação
anafilática
e
8. Interações medicamentosas:

É incomum a ocorrência de interações medicamentosas significantes em doses usuais
de corticosteroides inalados. Entretanto, caso o fármaco seja utilizado em altas doses e
por um longo período, ou em caso de técnica de aplicação inadequada, algumas
interações observadas com corticosteroides sistêmicos pode ocorrer.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar o paciente quanto à utilização correta de aerossol e de espaçadores.

Agitar antes de usar.

Alertar que o enxágue bucal após administração e o uso de espaçador reduzem o risco
de candidíase oral, rouquidão e disfonia. Não engolir a água do enxágue.

Alertar que o uso de espaçador nas formas aerossol favorece a ação do medicamento e
reduz efeitos adversos.

Orientar para não interromper o uso abruptamente, devido aos riscos de efeitos
adversos importantes.

Orientar para notificar a falta de resposta ao tratamento, para possível ajuste de dose.

Orientar para a realização periódica de manutenção e limpeza dos artefatos.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a temperaturas entre 15 e 30 ºC. Há risco de explosão do frasco aerossol
quando exposto a temperaturas acima de 50 ºC.
Medicamento: BENZILPENICILINA BENZATINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 416-418)
1. Apresentação:

Pó para suspensão injetável de 600.000 UI e 1.200.000 UI.
2. Indicações:

Faringite estreptocócica, difteria, sífilis e outras infecções treponêmicas.

Profilaxia de febre reumática.
3. Contraindicações:

História de hipersensibilidade a qualquer penicilina.

Injeção intravenosa.

Neurossífilis.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Insuficiência renal (ver apêndice D).
 Lactação.
 Asma ou alergia significante.

Obtenção de história prévia de alergia às penicilinas é a abordagem prática para
prevenir novas reações.

Hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas (menos de 10%): não utilizar
cefalosporinas em pacientes com reações de hipersensibilidade imediata às penicilinas.

Pode haver resultado falso-positivo para glicosúria, se for usado teste baseado em
oxirredução.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Faringites estreptocócicas

1.200.00 UI, por via IM, em dose única.
Sífilis primária

2.400.000 UI, por via IM profunda, em dose única.
Sífilis tardia

2.400.000 UI, por via IM profunda, a cada 7 dias, durante 3 semanas.
Profilaxia da febre reumática

1.200.000 UI, por via IM, a cada 4 semanas, ou 600.000 UI, por via IM, a cada 2
semanas.
5.2. Crianças:
Faringites estreptocócicas

Com menos de 27 kg: 600.000 UI, por via IM, em dose única.

Com mais de 27 kg: 1.200.000 UI, por via IM, em dose única.
Sífilis primária

50.000 UI/kg, por via IM, em dose única. Dose máxima: 2.400.000 UI.
Sífilis tardia

50.000 UI/kg, por via IM, a cada 7 dias, durante 3 semanas. Dose máxima: 2.400.000
UI.
Sífilis congênita

Abaixo de 2 anos de idade: 50.000 UI/kg, por via IM profunda, em dose única. Dose
máxima: 2.400.000 UI.
Profilaxia da febre reumática

Com menos de 27 kg: 600.000 UI, por via IM, a cada 4 semanas.

Com mais de 27 kg: 1.200.000 UI, por via IM, a cada 4 semanas.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Administração somente por via intramuscular.

Absorção lenta e gradual.

Pico plasmático: 24 horas.

Excreção: renal.

Neonatos, lactentes e insuficientes renais: excreção lenta.
7. Efeitos adversos:

Dor local.

Neutropenia.

Reações de hipersensibilidade incluindo urticária, febre, dor nas articulações,
exantema, angioedema, anafilaxia, doença do soro, anemia hemolítica e nefrite
intersticial.

Reação de Jarisch-Herxheimer quando usada para sífilis.

Enterocolite pseudomembranosa.
8. Interações medicamentosas:

Metotrexato: pode aumentar a toxicidade do metotrexato. Em caso de uso
concomitante, considerar redução da dose e monitoramento plasmático do
metotrexato. Monitorar efeitos adversos deste fármaco.

Tetraciclinas: pode
antibacteriana.
reduzir
a
atividade
antibacteriana.
Monitorar
eficácia
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas com as primeiras doses.

Em caso de esquecimento de mais de uma dose, contatar a unidade de saúde.

A efetividade de contraceptivos orais pode ser diminuída em presença de antibiótico.
Orientar que enquanto estiver em tratamento, associar método contraceptivo de
barreira.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a temperaturas entre 15 e 30 °C.

Armazenar a suspensão reconstituída sob refrigeração, entre 2 e 8 °C.

Não administrar por via intravenosa: via associada a parada cardiorrespiratória e
morte.

Administrar por via intramuscular profunda, longe de artérias e nervos.
Medicamento: BENZILPENICILINA POTÁSSICA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 418-420)
1. Apresentação:

Pó para suspensão injetável de 5000.000 UI (uso hospitalar)
2. Indicações:

Faringoamigdalites, pneumonia, leptospirose, gangrena gasosa, actinomicose,
endocardite estreptococica, enterocolite pseudomembranosa, fasciite necrosante,
antrax (carbúnculo), osteomielite, otite média, doenca de Lyme, febre recorrente,
celulite, meningite, neurossifilis, abscesso cerebral.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a penicilinas.

Administracao intratecal.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Hipersensibilidade as penicilinas (obter história prévia para prevenir novas
reações).
 Insuficiência renal grave (ver apêndice D)
 Lactação.
 Insuficiência cardíaca.

Hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas (menos de 10%): não utilizar
cefalosporinas em pacientes com reacoes de hipersensibilidade imediata às
penicilinas.

Pode haver resultado falso-positivo para glicosúria se for usado teste baseado em
oxiredução.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Neonatos
Infecções causadas por microorganismo sensíveis

Com menos de 7 dias e peso entre 1,2 e 2 kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa
ou intramuscular, a cada 12 horas.

Com menos de 7 dias e mais de 2 kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa ou
intramuscular, a cada 8 horas.

Com menos de 7 dias e mais de 2 kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa ou
intramuscular, a cada 8 horas.

Com mais de 7 dias e peso entre 1,2 e 2 kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa, a
cada 8 horas.

Com mais de 7 dias e mais de 2kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa, a cada 6
horas.
Meningite por estreptococos do grupo B.

Com menos de 7 dias: 250.000 a 450.000 UI/kg/dia, por via intravenosa, divididas a
cada 8 horas.

Com mais de 7 dias: 450.000 UI/kg/dia, por via intravenosa, divididas a cada 6 horas.
5.2. Crianças com mais de 1 mês

100.000 a 400.000 UI/kg/dia, por via intravenosa em infusão por 30 minutos, divididas
a cada 4 a 6 horas.
5.3. Adultos
 1 a 24 milhões de UI, por via intravenosa em infusão por 1 a 2 horas, divididas a cada 4
a 6 horas, ou em infusão contínua a cada 24 horas.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Rápida absorção após injeção intramuscular.

Amplamente distribuída nos tecidos e fluidos.

Atravessa a placenta, aparece no leite, mas não atravessa a barreira hematoencefálica,
a menos que as meninges estejam inflamadas.

Meia-vida de eliminação: 30 minutos, sendo maior em neonatos e idosos. Em
insuficientes renais pode chegar a 10 horas.

Excreção renal por secreção tubular e filtração glomerular.

Neonatos, lactentes e insuficientes renais: excreção lenta.

Dialisável.
7. Efeitos adversos:

Eosinofilia, neutropenia.

Hiperpotassemia (em altas doses de sal potássico quando a função renal estiver
reduzida).

Convulsão (pacientes com insuficiência renal, idosos, lactente, pacientes com
meningite, histórico de convulsões e em altas doses).

Erupções maculopapulares.

Diarreia.

Reações de hipersensibilidade incluindo urticária, febre, dor nas articulações,
exantema, angioedema, anafilaxia, doença do soro, anemia hemolítica (com altas
doses intravenosas), e nefrite intersticial.
8. Interações medicamentosas

Metotrexato: pode ter sua toxicidade aumentada. Evitar uso concomitante. Se terapia
conjunta for necessária, considerar redução da dose do metotrexato e monitoria da
concentração plasmática. Monitorar efeitos adversos do metotrexato, incluindo
leucopenia, trombocitopenia e ulcerações da pele.

Tetraciclinas: a atividade antibacteriana pode ser reduzida. Monitorar eficácia
9. Aspectos farmacêuticos

Cada miligrama corresponde a 1.660 UI. Contém 1,7 mEq de potássio por milhão de
unidades. Apresenta melhor estabilidade em solução em pH de 7.

Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 e 30 °C.

Observar orientação específica do produtor quanto a reconstituição, diluição,
compatibilidade e estabilidade da solução.

Após reconstituição, armazenar sob refrigeração de 2 a 8 °C.

Apresenta melhor estabilidade em solução com pH igual a 7.

Incompatível com aminoglicosídeos. Se a utilização concomitante for necessária, os
fármacos deveriam ser administrados em sítios separados.

Incompatível com vancomicina, algumas cefalosporinas e anfotericina B.
Medicamento: BENZILPENICILINA PROCAÍNA + BENZILPENICILINA POTÁSSICA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 420-421)
1. Apresentação:

Suspensão injetável de 300.000 UI + 100.000 UI.
2. Indicações:

Sífilis congênita.
3. Contraindicações:

História de hipersensibilidade a qualquer penicilina.

Injeção intravenosa.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Hipersensibilidade às penicilinas (obter história prévia para prevenir novas
reações).
 Insuficiência renal grave (ver apêndice D).
 Lactação (ver apêndice B).
 História significante de alergias e/ou asma.
 Insuficiência cardíaca.

Hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas (menos de 10 %): não utilizar
cefalosporinas em pacientes com reações de hipersensibilidade imediata às penicilinas.

Pode haver resultado falso-positivo para glicosúria, se usado teste baseado em
oxirredução.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Neonatos
Sífilis congênita

50.000 UI, por via IM, a cada 24 horas, durante 10 dias.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Administração somente por via intramuscular.

Absorção lenta e gradual.

Excreção: renal.

Neonatos, lactentes e insuficientes renais: excreção lenta.

Dialisável.
7. Efeitos adversos:

Reações de hipersensibilidade incluindo urticária, febre, dor nas articulações,
exantema, angioedema, anafilaxia, doença do soro, anemia hemolítica e nefrite
intersticial.

Reação de Jarisch-Herxheimer, neutropenia, eosinofilia, diarreia.

Hiperpotassemia (em altas doses de sal potássico quando a função renal estiver
reduzida).

Convulsão em pacientes com insuficiência renal, idosos, lactentes, pacientes com
meningite, história de convulsões e em altas doses.
8. Interações medicamentosas:

Metotrexato: pode ter sua toxicidade aumentada. Evitar o uso. Se a terapia conjunta
por necessária, considerar redução da dose do metotrexato e monitorar sua
concentração plasmática. Identificar efeitos adversos do metotrexato, incluindo
leucopenia, trombocitopenia e ulcerações da pele.

Tetraciclinas: pode haver redução da atividade antibacteriana. Verificar sinais de
efetividade antibacteriana.
9. Orientações aos pacientes:

Administração intramuscular profunda, no quadrante superior da nádega.

Em crianças pequenas, prefere-se o músculo lateral da coxa.

Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas com as primeiras doses.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a temperaturas entre 15 e 30 °C.

Não usar por via intravenosa.
Medicamento: BIPERIDENO, CLORIDRATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 516-517)
1. Apresentação:

Comprimido 2 mg.
2. Indicações:

Distúrbios motores decorrentes do uso de neurolépticos.
3. Contraindicações:

Glaucoma de ângulo fechado.

Retenção urinária.

Hipertrofia prostática.

Miastenia grave.

Obstrução gastrintestinal, megacólon.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Discinesia tardia (ha piora com o uso de anticolinérgicos).
▪
Idosos (ajustar a dose).
▪
Antes de iniciar tratamento (fazer avaliação cognitiva, urológica e cardiovascular).
▪
Ocorrência de efeitos anticolinérgicos centrais e periféricos (interromper
tratamento).
▪
Problemas cardiovasculares, epilepsia e insuficiência renal e hepática.
▪
Retirada (deve ser gradual para reduzir risco de efeito rebote e piora do
parkinsonismo).
▪
Lactação (ver apêndice B).

Pode induzir problemas psiquiátricos, principalmente na esfera cognitiva.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Distúrbios motores decorrentes do uso de neurolépticos
▪
Dose inicial 1 mg, por via oral, a cada 12 horas, aumentado gradualmente para 2 mg, a
cada 8 horas. Dose de manutenção: 2 a 12 mg/dia em doses divididas.

2 a 5 mg, por via intramuscular ou injeção intravenosa lenta, a cada 30 minutos.Dose
máxima: 20 mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Bem absorvido pelo trato gastrintestinal, mas com biodisponibilidade oral de cerca de
30% (extenso metabolismo de primeira passagem).

Excreção urinária, em forma ativa e como metabólitos.

Pico sérico: 1-2 horas.

Meia-vida de eliminação: 18-24 horas.

Excreção urinária, em forma ativa e como metabolitos.
7. Efeitos adversos:

Obstipação, náusea, xerostomia

Visão borrada

Retenção urinaria

Confusão mental, excitação, delírio, tontura, déficit de memória, alucinações, agitação,
sonolência

Taquicardia, arritmias, hipotensão postural..
8. Interações medicamentosas:

Cloreto de potássio (comprimido): risco de lesões gastrintestinais. O uso concomitante
é contraindicado.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar para não ingerir bebidas alcoólicas.

Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e
coordenação motora, como operar máquinas e dirigir.

Alertar para evitar a realização de atividades que aumentam a temperatura corporal,
como exercício físico intenso e exposição a calor extremo, pelo risco de desidratação.

Orientar para ingerir com alimentos para minimizar irritação gástrica.

Orientar para adotar dieta rica em fibras e boa hidratação para evitar constipação.

Orientar para instituir boa higiene oral e intensificação do controle mecânico da placa
dental em função da xerostomia.

Alertar para não suspender abruptamente o tratamento.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar em temperaturas entre 15 e 30ºC, em recipientes bem fechados e ao abrigo
da luz. Evitar o congelamento.
Medicamento: CAPTOPRIL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 439-441)
1. Apresentação:

Comprimido 25 mg.
2. Indicações:

Hipertensão arterial sistêmica.

Urgência hipertensiva.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao captopril ou outros inibidores da ECA.

Gravidez.
4. Precauções:

Monitorar pressão arterial após a primeira dose.

Monitorar níveis de potássio, especialmente se houver insuficiência renal.

Monitorar função hepática. Retirar imediatamente o captopril no caso de elevação das
enzimas hepáticas ou icterícia.

Cautela com pacientes com história de alergias, pois pode haver angioedema mesmo
após primeira dose.

Segurança e eficácia não estabelecidas em pacientes pediátricos.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C para o primeiro trimestre e D para o segundo e
terceiro trimestres (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Hipertensão arterial sistêmica

12,5-25 mg, duas a três vezes ao dia. Pode-se aumentar até 150 mg, três vezes ao dia.
Urgência Hipertensiva

25 mg, por via oral. Repetir em uma hora se necessário.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Alimentos diminuem a absorção de captopril.

Início da ação: 15 a 30 minutos.

Duração da ação: 6 horas.

Pico de concentração: 30 a 90 minutos.

Meia-vida de eliminação: 1,9 horas.

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal (predominantemente em forma inalterada).
7. Efeitos adversos:

Hipotensão, rash, angioedema, tosse, taquicardia, palpitação, cefaléia.
8. Interações medicamentosas:

Uso concomitante de inibidores da ECA com diuréticos poupadores de potássio ou
suplemento de potássio pode resultar em hipercalemia.

Uso concomitante de captopril com ácido acetilsalicílico ou antiinflamatórios nãoesteróides pode resultar em diminuição da eficácia do captopril.

Uso concomitante de captopril e diuréticos de alça ou diuréticos tiazídicos pode
resultar em hipotensão postural (primeira dose).
9. Orientações aos pacientes:

Alertar que pode causar tosse.

Orientar para evitar medicamentos que contenham potássio e diuréticos poupadores
de potássio.

Alertar para recorrer a atendimento médico caso surjam edema de face, dificuldade
para respirar ou deglutir e rouquidão.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar entre 15 e 30 °C.

Proteger de calor, umidade e luz direta.

Comprimidos podem apresentar leve odor sulfuroso.
Medicamento: CARBAMAZEPINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 441-444)
1. Apresentação:

Comprimido 200 mg.

Xarope 20 mg/mL.
2. Indicações:

Crises convulsivas parciais simples e complexas (primeira escolha) e secundariamente
generalizadas.

No transtorno bipolar, durante a latência ou em ausência de resposta ou intolerância
ao lítio.
3. Contraindicações:

Antecedentes de mielossupressão.

Pacientes com alterações hematológicas, como agranulocitose, leucopenia e porfiria.

Pacientes com anomalias na condução atrioventricular.

Hipersensibilidade a carbamazepina ou a antidepressivos tricíclicos.
4. Precauções:

Monitorar concentrações plasmáticas cuja medida deve ser realizada em jejum, pela
manhã, antes da ingestão da dose matinal.

Verificar concentração plasmática principalmente quando há persistência de crises
com dose elevada do medicamento ou em politerapia; efeitos adversos dose-
dependentes; repetição de crises em crianças, em função de aumento de peso ou em
politerapia; suspeita de baixa adesão a tratamento.

Considerar remissão quando há período livre de crises por pelo menos dois anos.

Suspender gradualmente porque a cessação abrupta do tratamento acarreta risco de
recidiva e estado de mal epiléptico.

Hipersensibilidade cruzada com anticonvulsivantes como fenitoína e fenobarbital.

Em idosos, reduzir a dose inicial apontada para adultos.

Cautela em pacientes com hepatopatia (ver apêndice C), alterações hematológicas
relacionadas à utilização de medicamentos, glaucoma, dependência ao álcool, diabetes
melito, antecedentes de crises de ausência atípica, uso concomitante com inibidores
da monoamina oxidase.

Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Convulsões parciais simples e complexas e secundariamente generalizadas

Iniciar com 100 a 200 mg, por via oral, duas ou três vezes ao dia.

Aumentar a dose conforme a resposta; doses de 5 a 9 mg/kg/dia determinam níveis
efetivos.

Dose de manutenção: 400 a 2.400 mg/dia, fracionada em 3 tomadas.
Transtorno bipolar

Iniciar com 400 mg/dia, por via oral, divididos em várias tomadas.

Aumentar a dose até que os sintomas se regularizem.

Dose máxima: 2.000 mg/dia.
5.2. Crianças:
Convulsões parciais simples e complexas e secundariamente generalizadas

Abaixo de 1 ano, dose total: 100 a 200 mg/dia, divididos em 3 tomadas.

De 1 a 5 anos, dose total: 200 a 400 mg/dia, divididos em 3 tomadas.

Menores de 6 anos: 10 a 20 mg/kg/dia, por via oral, divididos em 3-4 tomadas. A dose
deve ser aumentada semanalmente, até um máximo de 35 mg/kg/dia.

De 6 a 12 anos: 50 a 100 mg/dia, por via oral, divididos em 2 a 4 tomadas. Aumento
semanal de 100 mg/dia, até atingir máximo de 1.000 mg/dia. Dose de manutenção:
400 a 800 mg/dia.

Acima de 12 anos: 100 a 200 mg, 2 vezes ao dia (comprimidos), 4 vezes ao dia (xarope).
A dose deve ser aumentada em 200 mg/dia, a intervalos semanais, até atingir dose de
manutenção de 800 a 1.200 mg/dia, no máximo.
ATENÇÃO: O fracionamento diário da dose parece evitar flutuações plasmáticas, em qualquer
indicação.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção oral aumentada na presença de alimentos.

Biotransformação hepática, originando metabólito mais ativo. Carbamazepina induz
seu próprio metabolismo em 3-5 semanas de um regime de dose fixa.

Pico sérico: 4-horas.

Níveis plasmáticos estáveis são atingidos em 2-10 dias.

Meia-vida de eliminação: 12 horas.

Excreção renal do metabólito (72%) e da forma ativa (menos de 3%).

Parcialmente excretada nas fezes após administração oral (28%).
7. Efeitos adversos:

Náuseas e vômitos (acima de 10%), diarréia (1 a 10%).

Sonolência, vertigens, cefaléia, ataxia, diplopia, nistagmo, confusão, tremor prejuízo
cognitivo (acima de 10%)

Hipertermia e síndrome neuroléptica maligna (abaixo de 1%).

Síndrome de Stevens-Johnson e necrose epidérmica tópica (1 a 10%)

Erupção cutânea, acne, eritema multiforme, alopecia (abaixo de 1%).

Hiponatremia (4% a 22% dos pacientes), diaforese (1 a 10%), síndrome de secreção
inapropriada de HAD (1 a 10%).

Discrasias sangüíneas, anemia aplástica e agranulocitose, hepatotoxicidade,
anormalidades cardíacas, insuficiência renal aguda, hipersensibilidade pulmonar
aguda, eosinofilia pulmonar, neurite periférica, hipotireoidismo, porfiria, ganho de
peso, pancreatite, visão turva, retinopatia, osteomalácia (todos abaixo de 1%).
8. Interações medicamentosas:

Pode haver aumento de efeito da carbamazepina com: macrolídeos, verapamil,
diltiazem, cimetidina, isoniazida, acetazolamida, antifúngicos azólicos, ácido
valpróico/valproato de sódio, dextropropoxifeno, fluoxetina, nefazodona, fluvoxamina,
omeprazol, propoxifeno, sertralina, terfenadina, viloxazina, ritonavir, nicotinamida,
rifampicina, vigabatrina, lamotrigina.

O efeito da carbamazepina pode ser diminuido pelo uso com: acetilcisteína, carvão
ativado, cisplatina, felbamato, fenobarbital, fenitoína, primidona, teofilina,
anticoagulantes cumarínicos, tetraciclina, estrógenos.

Fármacos que têm sua eficácia reduzida quando administrados em associação a
carbamazepina: haloperidol, antipsicóticos atípicos, benzodiazepínicos, bloqueadores
neuromusculares, ácido valpróico/valproato de sódio, contraceptivos orais,
ciclosporina, corticosteróides, antidepressivos tricíclicos, dicumarol, digoxina,
doxiciclina, etossuximida, indinavir, saquinavir, nelfinavir, itraconazol, felbamato,
metadona, promazina, teofilina, mefloquina, cloroquina, topiramato, anticoagulantes
orais, bupropiona, amoxapina, amprenavir, bupropiona, lamotrigina, metilfenidato,
anisindiona, mebendazol, nimodipino, praziquantel, pancurônio e tramadol.

A associação com inibidores da monoamina oxidase é contra-indicada em função de
resposta hipertensiva, hiperpirexia e convulsão.

A associação com fenitoína pode diminuir a concentração plasmática da
carbamazepina e diminuir/aumentar a concentração plasmática da fenitoína.

A associação com hidroclorotiazida ou furosemida aumenta riscos de hiponatremia.

A associação com lítio pode provocar neurotoxicidade aditiva.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar a procurar o serviço de saúde na ocorrência de febre, dor de garganta,
erupções cutâneas, úlceras bucais, hematoma ou hemorragia.

Orientar para a possibilidade de afetar a capacidade de realizar atividades que exigem
atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir.

Alertar para não suspender abruptamente o tratamento.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar em temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados e
protegidos da luz. Proteger de umidade, já que um terço ou mais da eficácia pode ser
perdida se armazenado nessas condições.

Agitar bem o xarope antes de utilizar. Não deve ser administrado simultaneamente
com outros medicamentos ou diluentes líquidos.
ATENÇÃO: Antes do início e durante o tratamento, a cada 6 meses, devem ser monitorados
hemograma (especialmente plaquetas e reticulócitos), ferro plasmático e testes de função hepática.
Medicamento: CARBONATO DE CÁLCIO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 445-447)
1. Apresentação:

Comprimido 1.250mg (equivalente a 500 mg de Ca++).
2. Indicações:

Tratamento e prevenção de deficiência de cálcio.

Tratamento de hiperfosfatemia em pacientes com insuficiência renal avançada ou
associada a hiperparatireoidismo.

Prevenção de pré-eclampsia com risco elevado de hipertensão e ingestão pobre em
cálcio.
3. Contraindicações:

Hipercalcemia.

Cálculo renal.

Hipofosfatemia.

Hipercalciúria.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪ Acloridria ou hipocloridria, comum em idosos (a absorção de carbonato de cálcio
pode ser reduzida; administrar junto das refeições ou considerar o uso de outro sal
de cálcio).
▪ Hipoparatireoidismo tratado por período prolongado, junto de altas doses de
vitamina D (podem ocorrer hipercalcemia e hipercalciúria).
▪ Insuficiência renal (ver apêndice D), sarcoidose e historia de nefrolitíase.
▪ A administração é seguida por aumento da secreção ácida gástrica em até 2 horas da
administração.
5. Esquemas de administração
5.1. Neonatos
Tratamento e prevenção da deficiência de cálcio.

50 a 150 mg/kg, por via oral, divididas a cada 4 a 6 horas. Dose máxima diária: 1 g.
5.2. Crianças
Tratamento e prevenção da deficiência de cálcio.

45 a 65 mg/kg, por via oral, divididas a cada 6 horas.
Tratamento de hiperfosfatemia associada a doença renal crônica ou hiperparatiroidismo
secundário.

1 mês a 1 ano: 120 mg, por via oral, a cada 6 ou 8 horas, antes ou durante as refeições,
ajustadas se necessário.

1 a 6 anos: 300 mg, por via oral, a cada 6 ou 8 horas, antes ou durante as refeições,
ajustadas se necessário.

6 a 12 anos: 600 mg, por via oral, a cada 6 ou 8 horas, antes ou durante as refeições,
ajustadas se necessário.

12 a 18 anos: 1,25 g, por via oral, a cada 6 ou 8 horas, antes ou durante as refeições,
ajustadas se necessário.
5.3. Adultos
Tratamento e prevenção da deficiência de cálcio.
 1 a 2 g/dia, por via oral, dividido a cada 6 a 8 horas, junto de refeições.
Tratamento de hiperfosfatemia associada a doença renal crônica ou hiperparatiroidismo
secundário.

2,5 g, por via oral, em doses divididas, aumentado até 17 g/dia, em doses divididas,
se necessário.
Prevenção de pré-eclampsia.

1,0 a 2,0g, em doses divididas.
Observação: Os esquemas de administração estão baseados em dose de cálcio elementar.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorvido no intestino delgado, dependendo da presença de vitamina D, pH no lúmen,
idade, dose e presença ou ausência de alimentos. Alimentos podem aumentar a
absorção do cálcio. A absorção é mínima a menos que doses altas e por tempo
prolongado sejam administradas. Cálcio e absorvido na forma solúvel, ionizada. A
solubilidade e aumentada em ambiente ácido.
7. Efeitos adversos:

Com freqüência entre 1% e 10%:

Hipercalcemia, hipofosfatemia.

Cefaleia.

Obstipação, efeito laxativo, hipersecreção gástrica e rebote ácido (doses altas ou uso
prolongado), náusea, vômito, dor abdominal, flatulência, anorexia e xerostomia

Síndrome do leite alcalino com doses altas ou por tempo prolongado (cefaleia, náusea,
irritabilidade, fraqueza, alcalose, hipercalcemia, insuficiência renal).

Calculose urinária.
8. Interações medicamentosas:

Amprenavir: pode haver redução da eficácia do antiviral. Separar a administração em
pelo menos uma hora.

Dasatinibe: redução da exposição ao dasatinibe e da sua concentração plasmática.
Evitar o uso concomitante ou administrar o carbonato de cálcio duas horas antes ou
após o dasatinibe.

Digoxina: aumento do risco de toxicidade (arritmia e colapso cardiovascular). A
administração concomitante não é recomendada.

Erlotinibe: redução da absorção do erlotinibe. Separar a administração por algumas
horas.

Fosfatos orais: redução da absorção do fosfato. Separar a administração em pelo
menos uma hora.

Hidroclorotiazida/clorotiazida: aumento do efeito do diurético tiazídico. Risco de
síndrome do leite alcalino. Evitar a ingestão excessiva de cálcio (antiácidos, laticínios).
Verificar o cálcio sérico e/ou a função da paratireóide.

Itraconazol: redução da sua eficácia. Administrar o produto contendo cálcio pelo
menos 1 hora antes ou 2 horas apos o itraconazol.

Lansoprazol: redução da biodisponibilidade do lansoprazol. Administrar pelo menos
uma hora apos o carbonato de cálcio.

Levotiroxina: redução da absorção da levotiroxina. Separar a administração em pelo
menos 4 horas. Acompanhar os níveis séricos do hormônio estimulante da tireóide.

Poliestirenossulfonato de sódio: risco de alcalose metabólica. Separar a administração
tanto quanto possível. Considerar a administração do poliestirenosssulfonato por via
retal. Reconhecer manifestação de alcalose.

Propranolol: redução da biodisponibilidade do propranolol. Separar a administração
tanto quanto possível. Avaliar a eficácia do propranolol

Quinolonas (como ciprofloxacino): redução da sua eficácia. Evitar a administração
concomitante. Administrar a quinolona pelo menos 2 horas antes ou após o produto
que contenha cálcio. Avaliar a eficácia antibiótica.

Tetraciclinas: redução da sua eficácia. A administração concomitante não é
recomendada. Separar a administração em pelo menos 3 a 4 horas. Verificar a eficácia
antibiótica.

Ticlopidina: redução da sua eficácia. A administração concomitante não é
recomendada. Administrar a ticlopidina pelo menos 1 a 2 horas antes do carbonato de
cálcio.

Tipranavir: redução da sua eficácia. Administrar uma hora antes ou duas horas apos o
carbonato de cálcio.

Zalcitabina: redução da sua eficácia. Separar a administração tanto quanto possível.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para administrar com refeições.

Estimular a prática de exercícios físicos, pela importância na construção e manutenção
da massa óssea e prevenção da osteoporose.

Explicar que adequadas quantidades de vitamina D ou exposição solar auxiliam na
absorção do cálcio.

Orientar para evitar o uso concomitante de alimentos ricos em fibras, álcool, fumo e
cafeína.
10. Aspectos farmacêuticos

Estocar sob temperatura entre 15 e 30ºC, em recipiente bem fechado.
Medicamento: CARBONATO DE CÁLCIO + COLECALCIFEROL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 447-448)
1. Apresentação:

Comprimido 500 mg de carbonato de cálcio + 400 UI de colecalciferol.
2. Indicações:

Tratamento e prevenção de osteoporose.

Prevenção de fraturas não-vertebrais em idosos com baixa ingestão de cálcio.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao colecalciferol, ergocalciferol ou a metabólitos da vitamina D,
como calcitriol.

Hipercalcemia.

Hipervitaminose D.

Calcificação metastática.

Ver demais contraindicações na monografia do carbonato de cálcio.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:

Arteriosclerose e condições cardíacas (exacerbação em potência relacionada aos
efeitos hipercalcêmicos persistentes durante o uso terapêutico).

Uso concomitante de produtos contendo cálcio, outras preparações contendo
vitamina D ou seus análogos ou diuréticos tiazídicos (pode aumentar o risco de
hipercalcemia).

Hiperlipidemia (aumento em potência dos níveis de LDL).

Hiperfosfatemia (risco de calcificação metastática; tornar normais os níveis de
fosfato antes do início da terapia).

Hepatopatia (ver apêndice C).

Insuficiência renal (ver apêndice D).

Sarcoidose e outras doenças granulomatosas (aumento em potência da
sensibilidade ao colecalciferol).

Doses diárias de colecalciferol acima de 400 UI, por períodos prolongados (fazer
monitoria de cálcio sérico e urinário; cálcio sérico deve ser mantido entre 9 e 10
mg/dL).

Idosos (maior risco de deficiência de vitamina D, especialmente durante o inverno
ou em indivíduos institucionalizados).

Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): não classificado (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração
Tratamento e prevenção da osteoporose.

1 comprimido, por via oral, a cada 12 horas durante as refeições.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Boa absorção após administração oral. A absorção é reduzida na presença de
disfunção hepática ou biliar ou síndromes de má-absorção.

Requer hidroxilação via renal para ser ativada, formando o metabólito 1,25dihidroxicolecalciferol (calcitriol).

Apresenta início de ação lento e duração prolongada.

Início de resposta: 10 a 14 dias (deficiência de vitamina D).

Duração de ação: até 6 meses, após múltiplas doses. Vitamina D é armazenada no
fígado e tecido adiposo, prolongando os efeitos hipercalcêmicos.

Meia-vida de eliminação: 19 a 48 horas.

Ver demais aspectos farmacocinéticos na monografia do carbonato de cálcio.
7. Efeitos adversos:

Os efeitos adversos da sobredose de vitamina D incluem anorexia, cansaço, náusea e
vômito, diarreia ou obstipação, perda de peso, noctúria, polidipsia, poliúria,
transpiração, cefaleia, vertigem, alterações mentais e aumento da concentração de
cálcio e fosfato no plasma e na urina.

Manifestações crônicas incluem proteinúria e disfunção renal; calcificação tecidual
(nefrolitíase e nefrocalcinose); hipertensão e possivelmente arritmias; piora dos
sintomas gastrintestinais; pancreatite; e psicose.

Efeitos dislipidêmicos, caracterizados por redução dos níveis de HDL e aumento dos
de LDL.

Ver demais reações adversas na monografia do carbonato de cálcio interações de
medicamentos 3

Cimetidina: redução da concentração sistêmica do colecalciferol. Considerar
suplemento de vitamina D. Acompanhar o paciente quanto a reações adversas
relacionadas a deficiência de vitamina D, incluindo sinais e sintomas de hipocalcemia
e hiperparatireoidismo secundário.

Ver demais interações na monografia do carbonato de cálcio.
8. Orientações aos pacientes:

Orientar ao paciente que a dose diária recomendada de vitamina D em adultos pode
ser obtida pela exposição à luz solar e por dieta.

Orientar para administrar junto de refeições ou com leite.

Ver demais orientações na monografia do carbonato de cálcio.
9. Aspectos farmacêuticos

Armazenar sob temperatura entre 2 e 8 ºC, em recipiente bem fechado. Proteger da
luz.
ATENÇÃO: Colecalciferol = Vitamina D3.
Medicamento: CARBONATO DE LÍTIO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 448-452)
1. Apresentação:

Comprimido 300 mg.
2. Indicações:

Tratamento agudo da mania.

Profilaxia do distúrbio bipolar (prevenção de recidivas).
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao lítio.

Indivíduos em insuficiência renal, insuficiência cardíaca e muito debilitada.

Indivíduos em desidratação e depleção de sódio.
4. Precauções:

Os efeitos correlacionam-se às concentrações séricas, pelo que o monitoramento é
essencial.

Toxicidade pode ocorrer mesmo com litemia normal, se houver fatores de
descompensação da homeostasia orgânica.

Monitorar níveis séricos de lítio, com retirada de sangue entre 8 e 12 horas após a
dose precedente:

4 dias após início do tratamento.

Semanalmente, até que haja estabilização.

Pelo menos a cada 3 meses, após estabilização.

Reduzir a dose ou interromper o uso na ocorrência de diarréia, vômito e infecção
intercorrente (especialmente se estiver associada à sudorese intensa).

Não é preciso reduzir gradualmente o fármaco, já que nunca ocorre síndrome de
abstinência ou efeito rebote.

Entre todos os pacientes que recebem lítio, cerca de 20 a 30% são refratários ao
tratamento.

A profilaxia com lítio tem falhado em pacientes que apresentam quatro ou mais
episódios de doença bipolar por ano (cicladores rápidos) e em obesos.

Em idosos, administrar doses mais baixas e manter maior monitoramento em virtude
da função renal diminuída.

Cautela em pacientes com psoríase (risco de exarcebação), miastenia grave e
submetidos a cirurgias.

Monitorar função renal (DCE) e função tireoidiana a cada 6-12 meses em esquemas
estabilizados.

Eficácia e segurança não foram determinados em crianças com menos de 12 anos de
idade.

Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Tratamento da mania aguda
 De 900 a 2400 mg/dia, por via oral, fracionados em 3 a 4 doses ao dia.
Tratamento profilático da mania em doença bipolar

De 600 a 1.200 mg/dia, por via oral, fracionados em 12 a 24 horas.
5.2. Idosos
Tratamento da mania aguda

De 300 a 900 mg/dia, por via oral, fracionados em 12 ou 24 horas.

Incrementos semanais de 300 mg, até a dose capaz de fazer cessar os sintomas.

Raramente são necessários mais de 900 a 1.200 mg/dia.
Tratamento profilático da mania em doença bipolar

De 300 a 900 mg/dia, por via oral.
Ajuste de doses em insuficiência renal

Depuração de creatinina endógena de 10 a 50 mL/minutos: administrar 50 a 75% da
dose usual.

Depuração de creatinina endógena de menos de 10 mL/minutos: administrar 25 a 50%
da dose usual.
Hemodiálise

Dialisável em 50 a 100%.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Rápida absorção; completa em 6 a 8 horas.

Pico de concentração plasmática: 2 a 4 horas.

Concentração plasmática terapêutica para controle do distúrbio bipolar: 0,8 a 1,4
mEq/L, ocasionalmente acima de 1,5 mEq/L (para casos agudos) e 0,6 a 0,8 mEq/L
(para tratamento profilático).

Início da ação terapêutica e melhora clínica: 1 a 3 semanas.

Meia-vida de eliminação: 14 a 24 horas (adultos), 18 horas (adolescentes) e acima de
36 horas (idosos).

Eliminação renal (89 a 98%), em forma ativa.

Cerca de metade da concentração sangüínea de lítio é excretada pelo leite materno.
7. Efeitos adversos:

Os efeitos e gravidade estão relacionados a sensibilidade do indivíduo e altas
concentração sérica do lítio.

Eletrocardiograma (ECG) anormal, arritmia, hipotensão, edema, bradicardia, síncope,
bradiarritmia (grave), disritmia cardíaca, hipotensão, disfunção do nodo sinusal.

Diarréia, náusea (branda), vômito, boca seca.

Irritabilidade muscular, fraqueza muscular, miastenia grave.

Tremor fino, hiperreflexia, reflexo tendinoso profundo, sonolência, vertigem, confusão,
fadiga, letargia, cefaléia, ataxia, coma, pseudotumor cerebral, aumento da pressão
intracraniana, papiledema, convulsões.

Escotoma transitório, visão turva, nistagmo.

Albuminúria, glicosúria, oligúria, poliúria, incontinência urinária.

Leucocitose.

Hipo e hipertireoidismo, bócio eutireóideo, hiperglicemia, diabetes insípido (sinal de
toxicidade grave).
8. Interações medicamentosas:

Anticonvulsivantes, neurolépticos ou benzodiazepínicos são associados ao lítio no
início do tratamento, durante o período de latência deste.

Lítio prolonga os efeitos de relaxantes musculares periféricos.

Interações que devem ser evitadas: inibidores não-seletivos da MAO (hiperpirexia
maligna), sibutramina e antidepressivos (síndrome serotonínica), iodeto de potássio
(aumento do hipotiroidismo induzido por lítio), relaxantes musculares periféricos
(resposta prolongada).

Aumento do efeito de lítio: AINEs, inibidores da ECA, antagonistas de receptores de
angiotensina II e diuréticos (depletores de sódio), antidepressivos, verapamil,
tetraciclinas e inibidores de COX-2.

Diminuição do efeito de lítio: clorpromazina, cafeína.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar para manter adequada ingestão de líquidos durante o uso do medicamento.

Ensinar que os comprimidos devem ser ingeridos com bastante líquido, a fim de
garantir trânsito intestinal.

Ensinar que os comprimidos podem ser ingeridos com alimentos para diminuir
irritação gástrica.

Alertar para a necessidade de suplementação de sal nos períodos de muito calor,
quando há perda de água e sais por sudorese.

Alertar para evitar mudanças na alimentação que possam reduzir ou aumentar a
ingestão de sódio.

Alertar para evitar bebidas com alto teor de cafeína.

Alertar sobre a importância de comunicar se surgirem sintomas de hipotiroidismo,
como sensação de frio e letargia (é maior o risco em mulheres).

Alertar para evitar realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como
operar máquinas e dirigir.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar em temperaturas inferiores entre 15 e 30 oC, em recipientes bem fechados.
ATENÇÃO: a biodisponibilidade de lítio pode variar segundo a formulação farmacêutica.
Medicamento: CEFALEXINA SÓDICA OU CEFALEXINA MONOIDRATADA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 458-459)
1. Apresentação:

Cefalexina: cápsula ou comprimido 500 mg.

Cefalexina monoidratada: suspensão oral 50 mg/mL.
2. Indicações:

Tratamento de infecções por microorganismos sensíveis (cocos Gram-positivos
aeróbios, exceto enterococos; Staphylococcus aureus produtor de penicilinase, mas
não contra os oxacilina-resistentes; Escherichia coli, Proteus mirabilis e Klebsiella
pneumoniae).
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade às cefalosporinas.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Insuficiência renal (ver apêndice D).
 Insuficiência hepática.
 Hipersensibilidade a penicilinas (pode apresentar hipersensibilidade cruzada).

Pode induzir colite pseudomembranosa por Clostridium difficile.

Pode causar diminuição da atividade de protrombina.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Tratamento de infecções por microorganismos sensíveis

250 a 500 mg, VO, a cada 6 horas. Em infecções graves, 1 g, VO, a cada 6 horas. Dose
máxima diária: 4 g.
5.2. Crianças
Tratamento de infecções por microorganismos sensíveis

25 a 50 mg/kg, VO, divididos a cada 6 horas. Em infecções graves, 50 a 100 mg/kg, VO,
divididos a cada 6 horas. Dose máxima diária: 4 g.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Boa absorção pelo trato digestório, mesmo em presença de alimentos.

Pico de concentração plasmática: 1 a 1,5 hora.

Meia-vida: 1 a 2 horas; 20 a 24 horas (insuficiência renal).

Excreção: renal (90% em forma inalterada).
7. Efeitos adversos:

Diarreia, náuseas e vômitos.

Hipersensibilidade cruzada em 10% dos pacientes alérgicos às penicilinas.

Hepatotoxicidade transitória.

Possibilidade de desenvolvimento de colite pseudomembranosa.

Urticária e dermatites.
8. Interações medicamentosas:

Aminoglicosídeos: intensificação da toxicidade renal pelos dois fármacos. Fazer
monitoria da função renal do paciente, especialmente se for nefropata.

Colestiramina: diminuição da efetividade da cefalexina por diminuição de sua
absorção. Administrar a cefalexina uma hora antes ou quatro a seis horas depois da
colestiramina.

Metformina: aumento dos níveis plasmáticos de metformina, por diminuição de sua
excreção. Acompanhar a associação, com especial atenção aos efeitos adversos da
metformina (diarreia, náuseas, vômitos, cefaleias). Considerar redução da dose de
metformina.

Probenecida: aumento do tempo de meia-vida da cefalexina por competição na
excreção (secreção tubular). Combinação indicada para aumentar os efeitos
plasmáticos de cefalexina.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar que pode ser tomada com alimento ou leite para evitar desconforto gástrico.

Orientar para agitar a suspensão antes de usar. Alertar para a observação cuidadosa da
validade da suspensão após a reconstituição.

Orientar para notificar imediatamente manifestações alérgicas.

Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas, sob risco de desenvolvimento de resistência bacteriana.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar à temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados.

Depois da reconstituição, a suspensão mantém-se estável por 7 a 14 dias, se
refrigerada.

Observar instruções do fabricante.

Não congelar.
Medicamento: CLORIDRATO DE CLINDAMICINA E FOSFATO DE CLINDAMICINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 526-529)
1. Apresentação:

Cloridrato de clindamicina: cápsula de 150 e 300 mg.

Fosfato de clindamicina: solução injetável de 150 mg/mL.
2. Indicações:

Infecções causadas por bactérias anaeróbias e aeróbias gram positivas.

Pneumocistose.

Malária por Plasmodium falciparum (em esquema com derivados da artemisinina ou
dicloridrato de quinina).

Toxoplasmose.

Profilaxia de endocardite bacteriana em pacientes alérgicos às penicilinas.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a clindamicina ou lincosamidas.

Colite pseudomembranosa prévia.

Colite ulcerativa e enterite.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Ocorrência de diarreia, cólica abdominal e perda de sangue/muco nas fezes
(risco potencial de colite pseudomembranosa; suspender imediatamente o
tratamento).
▪
Recém-nascidos, crianças, idosos e pacientes com atopia.
▪
Insuficiência renal.
▪
Insuficiência hepática (ver apêndice C).
▪
Evitar a administração intravenosa rápida.
▪
Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Infecções causadas por bactérias anaeróbias e aeróbias gram positivas

8 a 20 mg/kg/dia, por via oral, divididos a cada 6 ou 8 horas, durante 7 a 10 dias.

20 a 40 mg/kg/dia, por via intramuscular profunda ou infusão intravenosa, divididos a
cada 6 ou 8 horas, durante 7 a 10 dias.
Malária por Plasmodium falciparum

De 1 a 6 meses:

75 mg, por via oral, a cada 12 horas, durante 5 dias, combinada a sulfato de quinina
125 mg, por via oral, a cada 12 horas, nos 3 primeiros dias.

20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%,
infundida em 1 hora, combinada a dicloridrato de quinina 20 mg/kg, por infusão
intravenosa durante 4 horas, seguido de 10 mg/kg a cada 8 horas, diluído em 10 mL/kg
de solução glicosada a 5% (máximo de 500 mL), ambos durante 7 dias. Assim que o
paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada em
comprimidos, por via oral.

A partir dos 6 meses (malária grave):

20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%,
infundida em 1 hora, durante 7 dias, combinada a artesunato de sódio 2,4 mg/kg, por
via intravenosa, seguido de 1,2 mg/kg administrado após 12 e 24 horas. Depois, 1,2
mg/kg, a cada 24 horas, durante 6 dias. Assim que o paciente estiver em condições de
deglutir, a dose diária pode ser administrada em comprimidos, por via oral.

20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%,
infundida em 1 hora, durante 7 dias, combinada a arteméter 3,2 mg/ kg, por via
intramuscular, no primeiro dia, seguido de 1,6 mg/kg, a cada 24 horas, por mais 4 dias.
Assim que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser
administrada em comprimidos, por via oral.

20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%,
infundida em 1 hora, combinada a dicloridrato de quinina 20 mg/kg, por infusão
intravenosa durante 4 horas, seguido de 10 mg/kg a cada 8 horas, diluído em 10 mL/kg
de solução glicosada a 5% (máximo de 500 mL), ambos durante 7 dias. Assim que o
paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada em
comprimidos, por via oral.
Toxoplasmose

5 a 7,5 mg/kg, por via oral, a cada 6 horas, durante 12 meses, combinada a
pirimetamina e folinato de cálcio. Profilaxia de endocardite bacteriana em pacientes
alérgicos às penicilinas

20 mg/kg, por via oral ou intravenosa, 1 hora ou 30 minutos antes do procedimento,
respectivamente.
5.2. Adultos
Infecções causadas por bactérias anaeróbias e aeróbias gram positivas

150 a 450 mg, por via oral, a cada 6 horas. Dose máxima diária: 1,8 g.

0,6 a 2,7 g, por via intramuscular profunda ou infusão intravenosa, a cada 6 a 12 horas.
Doses acima de 600 mg devem ser administradas somente por infusão intravenosa.
Pneumocistose

300 a 450 mg, por via oral, a cada 6 horas, durante 21 dias, combinada a primaquina.
Malária grave por Plasmodium falciparum

20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%,
infundida em 1 hora, durante 7 dias, combinada a artesunato de sódio 2,4 mg/kg, por
via intravenosa, seguido de 1,2 mg/kg administrado após 12 e 24 horas. Depois, 1,2
mg/kg, a cada 24 horas, durante 6 dias. Assim que o paciente estiver em condições de
deglutir, a dose diária pode ser administrada em comprimidos, por via oral.

20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%,
infundida em 1 hora, durante 7 dias, combinada a arteméter 3,2 mg/ kg, por via
intramuscular, no primeiro dia, seguido de 1,6 mg/kg, a cada 24 horas, por mais 4 dias.
Assim que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser
administrada em comprimidos, por via oral.

20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%,
infundida em 1 hora, combinada a dicloridrato de quinina 20 mg/kg, por infusão
intravenosa durante 4 horas, seguido de 10 mg/kg a cada 8 horas, diluído em 10 mL/kg
de solução glicosada a 5% (máximo de 500 mL de SG 5%), ambos durante 7 dias. Assim
que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada
em comprimidos, por via oral.
Toxoplasmose

600 mg, por via oral, a cada 6 horas, durante no mínimo 6 semanas, combinada a
pirimetamina e folinato de cálcio.
Profilaxia de endocardite bacteriana em pacientes alérgicos às penicilinas

600 mg, por via oral ou intravenosa, 1 hora ou 30 minutos antes do procedimento,
respectivamente.

Nota: Para esquema profilático de toxoplasmose em pessoas com Aids e tratamento de
malária por Plasmodium falciparum em grávida, consultar, respectivamente, os guias
de tratamento de crianças, adolescentes e adultos infectados pelo HIV e o guia prático
de tratamento de malária no Brasil. 30, 44, 45
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção oral é alta (90%) e não influenciada pela presença de alimentos.

Pico de concentração em 45 minutos (oral) e 2,5 a 3 horas (intramuscular).

Meia-vida: 1,5 a 5 horas.

Metabolismo: predominantemente hepático.

Excreção: renal (5% a 28%).
7. Efeitos adversos:

Exantema, dermatite de contato, prurido, xerose cutânea e síndrome de StevensJohnson (10%).

Esofagite, glossite, estomatite, desconforto abdominal, náusea, vomito, dispepsia,
gosto metálico na boca (4%), diarreia (10%) e colite pseudomembranosa (0,01% a 1%).

Hepatotoxicidade.

Dor local e flebite.

Neutropenia, eosinofilia, agranulocitose e trombocitopenia.
8. Interações medicamentosas:

Atracúrio e tubocurarina: podem prolongar o bloqueio neuromuscular, por efeito
aditivo. Monitorar o paciente quanto ao nível de bloqueio e diminuir a dose do
relaxante muscular, se necessário.

Ciclosporina: pode ter sua biodisponibilidade diminuída, por mecanismo não
conhecido. Monitorar as concentrações de ciclosporina e aumentar sua dose, se
necessário.
9. Orientações aos pacientes:

Ingerir com grande quantidade de água.

Caso surja diarreia, informar ao médico.

Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas com as primeiras doses.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a cápsula e a solução injetável a temperatura de 20 a 25 oC.

Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e
estabilidade da solução.

Ao usar pela via intravenosa, a concentração final não deve exceder 18 mg/ mL. Nunca
administrar a solução em bolo.

Solução injetável compatível com solução fisiológica 0,9%, glicose 5% e

Ringer + lactato por 8 semanas a 10 oC, 32 dias a 4 oC e 16 dias a 25 oC, quando
acondicionada em recipiente de vidro ou PVC.

Incompatível com: ampicilina, aminofilina, barbitúricos, gliconato de cálcio,
ceftriaxona, idarrubicina, sulfato de magnésio, fenitoína, filgrastim, fluconazol,
alopurinol e ranitidina.
Medicamento: CLORIDRATO DE CLOMIPRAMINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 529-532)
1. Apresentação:

Comprimido 25 mg.
2. Indicações:

Tratamento de distúrbios do pânico, associado ou não a agorafobia.

Tratamento de transtorno obsessivo-compulsivo.
3. Contraindicações:

Distúrbios da condução cardíaca e infarto do miocárdio recente.

Insuficiência hepática.

Hipersensibilidade ao fármaco ou a outros antidepressivos tricíclicos.

Fase maníaca do transtorno bipolar.

Uso de inibidores da MAO nos últimos 14 dias.

Crianças com menos de 10 anos.
4. Precauções:

A dose diária deve ser administrada após as refeições.

Nos distúrbios obsessivo-compulsivos, a suspensão deve ser gradual (25% da dose a
cada 2 meses).

O início de efeito é lento, podendo ocorrer nos primeiros dias uma piora do quadro.

Para o sucesso do tratamento, é importante informar ao paciente sobre a latência de
efeito. Benzodiazepínicos podem ser empregados concomitantemente nas primeiras
semanas, durante a latência do antidepressivo.

Cautela em cardiopatas, nefropatas, epilépticos, idosos, portadores de hipertrofia
prostática, hipertireoidismo, glaucoma, asma, alcoolismo e em pessoas com idéias
suicidas ou distúrbios da cognição.

Em feocromocitoma, psicoses e uso concomitante com anestésicos há risco de
potencializar arritmias e hipotensão.

Lactação.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C. (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Em distúrbio do pânico

5-10 mg/dia, por via oral, com aumento de 10 mg a cada três dias, até 50 mg.

Após, incremento de 25 mg até o máximo de 75 mg/dia.

A administração costuma ser em dose única diária.
Em distúrbio obsessivo-compulsivo e ansiedade

25 mg/dia, por via oral, em dose única. Aumentar, ao cabo de duas semanas, para 100150 mg/dia.
5.2. Idosos
Ambas as indicações

Iniciar com 10 mg/dia, por vai oral, em dose única. Aumentar, ao cabo de duas
semanas, para 100-150 mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção oral variável, mas não sofre interferência da alimentação.

Meia-vida: 20 a 30 horas.
7. Efeitos adversos:

Sedação (acima de 10%), tontura (acima de 10%), insônia (acima de 10%), cefaléia
(acima de 10%), nervosismo (acima de 10%), fadiga (acima de 10%), tremor (acima de
10%), mioclonia (acima de 10%), anorexia (acima de 10%), hipotensão ortostática (1% a
10%), diminuição do limiar convulsivo (1% a10%), discinesias e síndrome parkinsoniana
(1% a 10%), depressão medular (abaixo de 1%), convulsões (abaixo de 1%), disartria
(1% a 10%), hipomnesia (1% a 10%), tremores finos de extremidade (1% a 10%).

Diminuição da libido (acima de 10%).

Secura na boca (acima de 10%).

Aumento do apetite (acima de 10%), ganho de peso (acima de 10%), dispepsia (acima
de 10%), constipação (acima de 10%), náusea (acima de 10%), diarréia (1% a 10%),
vômito (1% a 10%).

Sudorese (acima de 10%).

Taquicardia (1% a 10%), palpitação (1% a 10%).

Rash, dermatite, prurido (1% a 10%), fotossensibilidade (abaixo de 1%).

Retenção urinária (1% a 10%).

Visão borrada (1% a 10%), dor ocular (1% a 10%).

Ginecomastia (abaixo de 1%), galactorréia (abaixo de 1%).

Alopecia (abaixo de 1%).

Alteração da função hepática.
8. Interações medicamentosas:

A associação com inibidor da MAO deve ser evitada, pelo risco de crises de
hipertensão, hiperpirexia, convulsões, coma e até mesmo morte.

Os efeitos da clomipramina podem ser diminuídos por carbamazepina, fenitoína e
barbitúricos, por aumento do catabolismo.

Os efeitos da clomipramina podem aumentar por uso concomitante com
neurolépticos, fluoxetina, cimetidina (aumento da biodisponibilidade).

Efeitos anticolinérgicos podem ser acentuados com uso concomitante de antihistamínicos H1, antiparkinsonianos e neurolépticos.

Diuréticos aumentam o risco de hipotensão postural.

Quinidina, procainamida, formoterol, gatifloxacino aumentam sua cardiotoxicidade.

Há aumento do risco de toxicidade com o lítio.

Aumenta o efeito anticoagulante de varfarina.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para evitar uso de bebidas alcoólicas.

Recomendar a ingestão após a alimentação para prevenir irritação gástrica.

Alertar em relação à demora para o início da resposta terapêutica.

Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e
coordenação motora como operar máquinas e dirigir.

Orientar para informar se houver mudança na freqüência cardíaca e a levantar-se mais
lentamente para evitar hipotensão ortostática.

Alertar para não suspender o uso de maneira repentina.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar em temperaturas entre 15-30 oC, em recipientes bem fechados e ao abrigo
da luz.
ATENÇÃO: os efeitos terapêuticos podem demorar de 15 a 21 dias para se manifestar. Monitorização
contínua de pressão arterial e freqüência cardíaca nas semanas iniciais. Não há informação quanto à
eficácia e segurança em crianças e adolescentes.
Medicamento: CLONAZEPAM
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 497-499)
1. Apresentação:

Comprimido 0,5 mg e 2 mg.

Solução oral 2,5 mg/mL.
2. Indicações:

Tratamento de segunda linha em crises mioclônicas e de ausência, espasmos infantis e
convulsões neonatais.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a clonazepam ou outros benzodiazepínicos.

Glaucoma de ângulo estreito.

Doença hepática grave.

Gravidez.
4. Precauções:

Usar com cautela em insuficiência renal, hepática, doença respiratória, porfiria,
histórico de dependência de álcool e/ou psicofármacos, depressão, e em pacientes em
uso de álcool e outros depressores de SNC.

Pode ocorrer piora das convulsões em pacientes com múltiplos tipos de convulsões.

Encontra-se no leite materno, não sendo recomendado o uso em lactantes.

Reduzir a dose à metade em idosos ou debilitados.

Suspender tratamento gradualmente: 0,125 mg, 2 vezes ao dia, a cada 3 dias.

Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Epilepsia
▪
1,0 a 1,5 mg/dia, por via oral, fracionados em 3 doses, durante 4 dias.

Aumento gradual ao longo de 2-4 semanas. Dose de manutenção: 4-8 mg/ dia.

Dose máxima: 20 mg/dia.
5.2. Crianças
Epilepsia

Até 1 ano: iniciar com 0,25 mg, por via oral, durante 4 dias; aumentar ao longo de 2 a 4
semanas até dose de manutenção de 0,5-1,0 mg/dia.

Entre 1 e 5 anos: iniciar com 0,25 mg, por via oral, durante 4 dias; aumentar ao longo
de 2 a 4 semanas até dose de manutenção de 1-3 mg/dia.

Entre 5 e 12 anos: iniciar com 0,5 mg, por via oral, durante 4 dias; aumentar ao longo
de 2 a 4 semanas até dose de manutenção de 3-6 mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Bem absorvido por via oral.

Resposta inicial ao uso oral: 20 a 40 minutos.

Pico plasmático: 1 a 2 horas.

Meia-vida de eliminação: 18 a 50 horas.
7. Efeitos adversos:

Aumento da secreção salivar e/ou bronquial com risco de problemas respiratórios
especialmente em crianças.

Amnésia, ataxia, disartria, sonolência, dificuldade de concentração, fadiga, fraqueza
muscular, distúrbios de coordenação, labilidade emocional, reação paradoxal
(agressividade, ansiedade), vertigem, depressão respiratória, dor de cabeça.

Desenvolvimento prematuro das características sexuais secundárias, disfunção sexual.

Síndrome da boca ardente.

Incontinência urinária.

Urticária, prurido, perda de cabelo reversível, mudanças na pigmentação da pele.

Distúrbios visuais.

Trombocitopenia.
8. Interações medicamentosas:

Contra-indicado uso concomitante com atazanavir (aumento do risco de sedação ou
depressão respiratória) e ácido valpróico (associado a ausências).

Pode haver aumento de efeito (e toxicidade) com: barbitúricos, analgésicos opióides
(risco de depressão respiratória), etanol, IMAO, anti-histamínicos, antidepressivos
tricíclicos, inibidores da biotransformação (antifúngicos azólicos, ciprofloxacino,
claritromicina, eritromicina, doxiciclina, diclofenaco, fenitoína), amiodarona, ritonavir.

Pode ocorrer diminuição de efeito se houver uso concomitante com: carbamazepina,
fenobarbital, rifampicina, nevirapina, teofilina, desipramina.

Flumazenil antagoniza seus efeitos depressores.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e
coordenação motora como operar máquinas e dirigir.

Alertar para risco de quedas em idosos.

Alertar para não ingerir bebidas alcoólicas.

Orientar para não suspender tratamento abruptamente.

Informar mulheres em idade fértil quanto aos riscos e aconselhar a notificar suspeita
de gravidez.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar em temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados e ao abrigo
da luz.
ATENÇÃO: clonazepam é medicamento de segunda linha para a indicação apontada. Como os demais
benzodiazepínicos, causa dependência física.
Medicamento: CLORIDRATO DE BUPROPIONA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 520-522)
1. Apresentação:

Comprimidos de 150 mg.
2. Indicações:

Tratamento adjuvante na cessação do tabagismo.
3. Contraindicações:

Crises convulsivas.

História de descontinuação abrupta de álcool ou sedativos, incluindo
benzodiazepínicos.

Bulimia ou anorexia.

Transtorno bipolar.

Hipersensibilidade à bupropiona.

Uso de inibidores da monoamina oxidase (IMAO) nos últimos 14 dias.

Uso de outros produtos contendo bupropiona.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:

Distúrbios mentais e em uso de medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso
central.

Idosos, crianças e adolescentes (o risco não está bem definido).

Insônia.

Hipertensão, enfarte do miocárdio, tumores do SNC, angina instável, nefropatia (ver
apêndice D), insuficiência hepática (ver apêndice C) e diabete tratado com
hipoglicemiantes orais ou Insulina.

Lactação (ver apêndice B)

Categoria de risco na gravidez (FDA): C
5. Esquemas de administração:
5.1. Adolescentes
No tratamento do tabagismo

Dose de 1,4 a 6 mg/kg/dia.
5.2. Adultos
No tratamento do tabagismo

Dose de 150 mg por dia, por via oral, nos primeiros 3 dias; aumentar para 300 mg por
dia, em duas tomadas. Continuar o tratamento por, no máximo, 7 a 9 semanas.
5.3. Idosos
No tratamento do tabagismo

Dose diária máxima de 150 mg.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção é feita em 80% pelo trato gastrintestinal, atingindo pico sérico em 3 horas.

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal (87%) e fecal (10%), com meia-vida de eliminação é de 21 horas, o que
propicia intervalos entre doses de 24 horas.

A dose deve ser ajustada em caso de insuficiência renal e hepática.
7. Efeitos adversos:

Tontura, cefaleia, insônia, agitação, ansiedade, confusão, tremores, exacerbação de
depressão, comportamento hostil, mania, sonolência, visão borrada, zumbidos.

Dor abdominal, obstipação, náuseas, faringite, xerostomia.

Alterações de condução cardíaca, enfarte do miocárdio, taquiarritmia, hipertensão ou
hipotensão.

Prurido, exantema, urticária, sudorese, síndrome de Stevens-Johnson.

Fogachos, disfunção sexual, alteração menstrual.

Artralgias, mialgias, parestesias.
8. Interações medicamentosas:

Álcool, antipsicóticos, corticosteroides, testosterona: diminuição do limiar para
desencadeamento de crise convulsiva.

Amantadina, levodopa: risco aumentado de efeitos adversos (náusea, vômito,
excitação).

Carbimazol: aumento da hepatotoxicidade. Monitorar o paciente para sinais e
sintomas de hepatotoxicidade aguda e testes de função hepática.

Citalopram, desipramina, flecainida, fluoxetina, haloperidol, metoprolol, nortriptilina,
paroxetina, propafenona, risperidona, tioridazina: estes fármacos podem ter seus
efeitos potencializados.

Droperidol: aumento da cardiotoxicidade.

Efavirenz, lopinavir, nevirapina, rifampicina, ritonavir, tipranavir: a eficácia da
bupropiona pode ser diminuída.

Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): aumento do risco de efeitos adversos
dopaminérgicos. O uso concomitante não é recomendado, mas caso ocorra, monitorar
o paciente para sinais precoces de efeitos adversos dopaminérgicos.

IMAO (ex. selegilina): os níveis séricos da bupropiona podem ser aumentados.

A administração concomitante de bupropiona e IMAO é contraindicada; descontinuar
os IMAO pelo menos 14 dias antes de introduzir a bupropiona.

Linezolida: aumento do risco da síndrome serotoninérgica (hipertermia, hiperreflexia,
mioclônus, alteração do estado mental). Monitorar o paciente para sinais e sintomas;
caso a síndrome ocorrer, descontinuar os medicamentos e providenciar o suporte e
terapia necessários.

Metoclopramida: aumento do risco de efeitos adversos extrapiramidais; o uso
concomitante é contraindicado, mas se o mesmo for necessário, monitorar o paciente
em relação aos efeitos extrapiramidais.

Nicotina (adesivo): aumento do risco de urgência hipertensiva.

Teofilina: pode ter suas concentrações séricas aumentadas. Reduzir a dose inicial e
aumentar gradualmente a dose de teofilina durante o uso concomitante com
bupropiona.

Zolpidem: aumento do risco de alucinações.
9. Orientações aos pacientes:

Recomendar para não associar com bebida alcoólica.

Orientar para ingerir com alimentos para diminuir a possibilidade de irritação gástrica.

Orientar para engolir o comprimido inteiro, não devendo ser dividido ou triturado.

Orientar sobre a possibilidade de prejudicar o desempenho de atividades que exijam
atenção (como dirigir e operar máquinas perigosas).

Comunicar ao médico se houver piora dos sintomas de depressão e/ou pensamento
suicida e/ou comportamento agressivo.
10. Aspectos farmacêuticos

Manter ao abrigo de luz e à temperatura ambiente, entre 15 e 30°C.
Medicamento: CLORETO DE SÓDIO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 505-507)
1. Apresentação:

Solução nasal 0,9%.
2. Indicações:

Alívio de congestão nasal.

Umidificação da mucosa nasal.

Fluidificação da secreção nasal.
3. Esquemas de administração:

Aplicar 2 a 6 gotas em cada narina, a cada duas horas, conforme necessidade ou
prescrição médica.
4. Efeitos adversos:

Nesta via de administração, o cloreto de sódio não apresenta risco conhecido à saúde,
não havendo contra-indicações, interações ou efeitos adversos relevantes.
5. Orientações aos pacientes:

Orientar para evitar contato do conta-gotas com a pele para não contaminá-lo.

Ensinar a segurar o frasco na mão por alguns minutos antes do uso para aquecer a
solução e reduzir o desconforto na aplicação.
6. Aspectos farmacêuticos

A solução nasal de cloreto de sódio 0,9% contém conservante, geralmente cloreto de
benzalcônio. Apesar da proteção antimicrobiana conferida pelo conservante,
recomenda-se manuseio higiênico do frasco conta-gotas para evitar contaminação.

O medicamento deve ser mantido à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC.
Medicamento: CLORPROMAZINA, CLORIDRATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 532-535)
1. Apresentação:

Comprimidos de 25 mg e 100 mg.

Solução oral 40 mg/mL.

Solução injetável 5 mg/mL.
2. Indicações:

Manifestações agudas de esquizofrenia e outros transtornos psicóticos.

Para sedação em pacientes clínicos em ventilação mecânica, quando em surtos
psicóticos associados a doença grave.
3. Contraindicações:

Pacientes psicóticos com sintomas negativos.

Feocromocitoma.

Depressão medular.

Depressão do sistema nervoso central.

Hipersensibilidade a clorpromazina e outras fenotiazinas.
4. Precauções:

Redução progressiva de doses após o controle da crise psicótica.

Exames de lâmpada de fenda e oftalmoscópico para detectar alterações oculares.

Utilizar as menores doses pelo menor tempo possível em idosos.

Suspensão gradual em tratamentos prolongados.

Cautela em pacientes com epilepsia pela redução do limiar convulsivante.

Cuidado com idosos ou pacientes debilitados pelo risco de hipotensão postural.

Cautela em pacientes com insuficiência hepática.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Todas as indicações

Na crise, 25 a 50 mg, por via intramuscular (preferível), repetida a cada 15 minutos até
obter sedação. Após: 25 mg, por via oral, duas ou três vezes ao dia. Podem ser
utilizados 75 mg, por via oral, em dose única à noite.

Na manutenção, 75 a 300 mg/dia; dose máxima: 1.000 mg/dia.
5.2. Idosos
Todas as indicações

Em crise ou em manutenção, a dose deve ser a metade ou um terço da dose de adulto.
5.3. Crianças
Todas as indicações

Na crise, 0,5 mg/kg, por via intramuscular, a cada 15 minutos até obter sedação. Dose
máxima: 75 mg/dia.

Na manutenção, em crianças de 1 a 6 anos: 0,5 mg/kg, por via oral, a cada 6 a 8 horas,
ajustando de acordo com a resposta. Dose máxima: 40 mg/ dia.

Na manutenção, em crianças de 6 a 12 anos: 10 mg, por via oral, três vezes ao dia,
ajustando de acordo com a resposta.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Boa absorção por via oral. Biodisponibilidade de 32%. Formulações líquidas aumentam
a biodisponibilidade oral.

Metabolismo hepático com metabólitos ativos. Crianças tendem a metabolizar este
fármaco mais rapidamente que os adultos.

Excreção renal (menos de 1% na forma ativa).

Atravessa barreira hematoencefálica, placenta e aparece no leite materno.

Pico plasmático: 2 a 4 horas (oral),1 a 4 horas (intramuscular).

Meia-vida plasmática: 30 horas.
7. Efeitos adversos:

Sedação, convulsões em epilépticos, perturbação da regulação da temperatura
corporal, delírio, síndrome neuroléptica maligna, estado catatônico.

Retenção urinária.

Visão borrada, midríase, aumento da pressão intra-ocular, pigmentação em seqüência
de lente anterior, córnea posterior, córnea anterior, conjuntiva e retina, deficiências
funcionais que vão desde a dificuldade de adaptação ao escuro até a cegueira.

Arritmias cardíacas, hipotensão ortostática.

Lúpus eritematoso.

Agranulocitose.

Icterícia (no início do tratamento), constipação, íleo adinâmico, boca seca.

Fotossensibilidade, rash cutâneo.

Amenorréia, galactorréia, ginecomastia, hiperprolactemia, hiperglicemia.

Dor no local da administração intramuscular.
8. Interações medicamentosas:

Metrizamida (aumento do risco de ataques epilépticos).

Lítio ou antagonistas da dopamina D2 (fraqueza, discinesia, aumento da possibilidade
de sintomas extrapiramidais, encefalopatia e danos cerebrais).

Gatifloxacino ou gemifloxacino (aumentam o risco de cardiotoxicidade – parada
cardíaca, QT prolongado, torsades de pointes).

Procarbazina (aumentam a depressão no SNC e de depressão respiratória).

Relatos de interações moderadas com:
 Diminuição dos níveis séricos: biperideno, triexifenidil.
 Diminuição da eficácia antipsicótica: fenitoína, fenobarbital, carbamazepina.
 Aumento do risco de hipotensão: anti-hipertensivos.
 Aumento da depressão do SNC: opióides, ansiolíticos, álcool, hipno-sedativos,
anestésicos gerais.
 Aumento dos efeitos anticolinérgicos: atropina, antiparkinsonianos, anticolinérgicos,
antidepressivos tricíclicos.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para evitar o uso de bebidas alcoólicas ou sedativos.

Orientar para notificar o aparecimento de movimentos involuntários.

Alertar para a importância de não suspender o tratamento abruptamente.

Orientar para a exigência de cautela com atividades que exijam atenção, como dirigir e
operar máquinas.

Informar mulheres em idade fértil sobre os riscos e aconselhar a comunicar suspeita de
gravidez.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar em temperaturas entre 15 e 30 oC, em recipientes bem fechados e ao abrigo
da luz. A solução injetável pode ser diluída em cloreto de sódio 0,9%.

A manipulação requer uso de máscaras e luvas de borracha, pois pode causar
dermatite de contato grave em pessoas sensíveis.
Medicamento: DEXAMETASONA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 619-622; 723-726)
1. Apresentação:

Creme dermatológico 1 mg/g.

Solução injetável 4 mg/mL.
2. Indicações:

Micose fungóide; dermatites e dermatoses.

Adjuvante no tratamento emergencial de reações anafiláticas, no tratamento de
meningite tuberculosa e no tratamento de meningite bacteriana por Haemophilus
influenzae ou Streptococcus pneumoniae (suspeita ou confirmada).

Doenças inflamatórias do sistema musculoesquelético. Doenças respiratórias graves.

Insuficiência adrenocortical primária ou secundária. Púrpura trombocitopênica
idiopática.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco.

Infecções de pele por fungos, bactérias e vírus, não tratadas.

Administração de vacinas com vírus vivos.
4. Precauções:


Usar com cuidado nos casos de:

Úlcera péptica e doenças inflamatórias intestinais, diabetes melito; hipertensão
artéria, ICC, recente IAM; doenças tromboembólicas; malária cerebral, miastenia
grave; osteoporose; glaucoma avançado; instabilidade emocional, tendências
psicóticas, estresse, epilepsia; hipotireoidismo.

Insuficiência hepática e/ou renal.

Idosos.

Tratamento prolongado em crianças.

Psoríase (pode precipitar psoríase pustular grave na retirada).

Uso concomitante com imunossupressores.

Interrupção após terapia crônica com
suprarrenal; a retirada deve ser gradual).
doses diárias (risco de supressão
Monitorar peso, pressão arterial, equilíbrio dos fluidos, eletrólitos e glicose sanguínea
durante tratamento prolongado.

Aumenta a susceptibilidade e a gravidade de infeções bacterianas, varicela e sarampo.

Pode ativar ou exacerbar tuberculose, amebíase e estrongiloidíase.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Tópico: Dermatites e dermatoses

Tópico (creme dermatológico 1 mg/g): aplicar uma fina camada na área afetada 3 a 4
vezes ao dia; curativos oclusivos podem ser necessários em afecções graves.
Adjuvante do tratamento emergencial de reações anafiláticas

0,5 a 24 mg, por bolo ou infusão intravenosa lenta, de acordo com a gravidade da
reação.
Adjuvante do tratamento de meningite bacteriana por H. influenzae ou S. pneumoniae
(suspeita ou confirmada)

0,15 mg/kg, por via intravenosa, a cada 6 horas, do 2º ao 4º dia de tratamento com
antibiótico; coincidir a primeira dose de dexametasona com uma dose do antibiótico.
Doenças inflamatórias do sistema musculoesquelético

Para uso intra-articular ou intralesional, a dose é baseada no local da aplicação:
grandes articulações, de 2 a 4 mg; pequenas articulações, de 0,8 a 1 mg; bursas, de 2 a
3 mg; bainha dos tendões, de 0,4 a 1 mg; tecidos moles, de 2 a 6 mg; e gânglios, de 1 a
2 mg. O intervalo de doses pode variar de 3 a 5 dias até 2 a 3 semanas.
Demais indicações

0,5 a 9 mg/dia, por via intramuscular ou intravenosa, de acordo com a necessidade,
gravidade e resposta clínica.
5.2. Crianças
Tópico: Dermatites e dermatoses

Aplicar uma fina camada na área afetada 3 a 4 vezes ao dia.
Adjuvante do tratamento emergencial de reações anafiláticas

0,2 a 0,4 mg/kg, por bolo ou infusão intravenosa lenta, de acordo com a gravidade da
reação.
Adjuvante do tratamento de meningite bacteriana por H. influenzae ou S. pneumoniae
(suspeita ou confirmada)

Acima de 2 meses de idade: 0,15 mg/kg, por via intravenosa, a cada 6 horas, do 2º ao
4º dia de tratamento com antibiótico; coincidir a primeira dose de dexametasona com
uma dose do antibiótico.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção percutânea: 1 a 36 %, dependendo do local da aplicação (maior na região
inguinal/escrotal) e do grau de inflamação da pele, tipo de veículo, concentração do
produto e curativos oclusivos.

Início da resposta nas reações alérgicas agudas: 8 a 24 horas após administração
intramuscular, permanecendo por 4 dias.

Meia-vida de eliminação varia com a idade: 2,3 a 9,5 horas (até 2 anos de idade); 2,8 a
7,5 horas (de 8 a 16 anos); e 3 a 6 horas no adulto.

Excreção: 65 % da dose é excretada na urina em 24 horas.
7. Efeitos adversos:

Retenção de sódio, edema e hipertensão; arritmias cardíacas e cardiomiopatias podem
ocorrer em crianças.

Acne, hematomas, dermatite, equimose, eritema facial, atrofia, hirsutismo, dificuldade
de cicatrização de feridas, sudorese, estrias, telangiectasia, rosácea, dermatite perioral,
prurido vulvar; e superinfecção mucocutânea.

Hiperglicemia grave em pacientes com diabetes melito (1 a 46 %), acompanhada de
cetoacidose e coma hiperosmoloar; ocasionalmente ocorre hipertireoidismo,
dislipidemias e porfiria; supressão da suprarrenal pode ocorrer tanto por
administração sistêmica quanto tópica; é comum aumento do apetite e ganho de peso.

Redução da taxa de crescimento das crianças com uso prolongado e em altas doses.

Náusea; candidíase orofaríngea (33 %), úlcera péptica (2 %), perfuração e hemorragias
gastrintestinais (< 1 %); raramente pode ocorrer pancreatite.

Reação leucemoide (leucócitos > 20.000/mm3) tem sido relatada.

Reações de hipersensibilidade e imunossupressão após uso sistêmico de altas doses (<
1 %).

Osteoporose e osteopenia (comuns); osteonecrose asséptica (rara).

Precipitação de esquizofrenia (> 5 %); menos frequentemente pode ocorrer euforia,
depressão, insônia, mania e alucinações.

Catarata subcapsular posterior (2,5 a 60 %), aumento da pressão intraocular (30 %) e
dano do nervo óptico; glaucoma de ângulo aberto (após um ano de tratamento
contínuo).

Superinfecção generalizada por bactérias, vírus, fungos e parasitas.
8. Interações medicamentosas:

Ácido acetilsalicílico: risco aumentado de toxicidade gastrintestinal e de concentrações
séricas subterapêuticas do ácido acetilsalicílico.

Fenitoína, fenobarbital e rifampicina: podem diminuir a efetividade da dexametasona.

Antiácidos, antifúngicos azólicos, anti-inflamatórios não-esteroides, bloqueadores dos
canais de cálcio e estrógenos: podem aumentar a efetividade e a toxicidade da
dexametasona.

Bupropiona: pode haver diminuição do limiar convulsivo; cautela em caso de uso
concomitante com corticoides sistêmicos.

Ciprofloxacino: o uso concomitante aumenta o risco de ruptura de tendões.
Descontinuar a fluoroquinolona na presença de sinais e sintomas.

Talidomida: aumento do risco de desenvolvimento de necrólise epidérmica tóxica.

Vacina contra rotavírus: aumento do risco de infecção pela vacina de vírus vivos. A
administração da vacina a pacientes imunocomprometidos por corticoides sistêmicos é
contraindicada, mas deve prevalecer a avaliação clínica do médico.

Varfarina: pode aumentar o risco de sangramento. Monitorar o tempo de
protrombina.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para relato de história prévia de alergias, hipertensão, diabetes melito,
osteoporose, distúrbios gastrintestinais, micoses e outras infecções.

Orientar para não tomar qualquer tipo de vacina ou vacina sem consulta prévia.

Alertar para evitar contato com pessoas acometidas de infecções, particularmente as
mais comuns na infância.

Recomendar a não utilização do creme dermatológico na face; evitar contato com os
olhos.

Orientar para o uso adequado da quantidade de creme dermatológico nas crianças a
fim de evitar efeitos sistêmicos.
10. Aspecto farmacêutico:

Manter as apresentações em recipientes bem fechados, à temperatura entre 15 a 30
ºC, ao abrigo da luz, calor e umidade. Não congelar.

Para infusão intravenosa, diluir em glicose 5 % ou cloreto de sódio 0,9 %; velocidade de
administração intravenosa em crianças: direta (bolo), solução 50 mg/mL em 3 a 5
minutos; injeção intermitente, solução 1 mg/mL em 20 a 30 minutos.

Incompatibilidades: cloridrato de metoclopramida.
Medicamento: DIAZEPAM
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 628-630)
1. Apresentação:

Comprimido de 5 mg.

Solução injetável 5 mg/mL.
2. Indicações:

Ansiedade generalizada e insônia transitória (tratamento de curta duração).

Adjuvante na anestesia geral (fase de pré-anestesia).

Tratamento do estado de mal epiléptico.
3. Contraindicações:

Depressão maior.

Coma.

Choque.

Insuficiência pulmonar aguda.

Depressão respiratória.

Miastenia grave.

Apneia do sono.

Hepatopatia grave (ver apêndice C).

Glaucoma de ângulo fechado.

Hipersensibilidade a diazepam e outros benzodiazepínicos.

Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A).
4. Precauções:

Cautela em doença respiratória, insuficiência pulmonar crônica, histórico de
dependência de álcool e/ou psicotrópicos, insuficiência hepática (ver apêndice C) ou
renal, porfiria.

Reduzir a dose à metade em idosos ou pacientes debilitados.

Evitar a retirada abrupta, bem como seu uso continuado por período superior a 6
meses.

Risco de reação paradoxal em crianças, adolescentes e pacientes psiquiátricos.

Há risco de icterícia grave em neonatos e lactentes com menos de 6 meses.

Pode induzir dependência física e tem efeito cumulativo se não for corretamente
intervalado.

É preferível restringir o uso durante a lactação (ver apêndice B).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Transtornos de ansiedade

De 2 a 10 mg, VO, 2 a 3 vezes ao dia.
Transtornos do sono

De 5 a 15 mg/dia, VO, ao deitar, por 7dias.
Sedação pré-anestésica

De 5 a 15 mg, VO, duas horas antes da cirurgia.
Estado de mal epilético

10 mg, por via IV lenta (não mais que 5 mg/minuto), repetindo se necessário após 30 a
60 minutos. Dose máxima de 3 mg/kg no período de 24 horas.
5.2. Crianças
Sedação pré-anestésica

De 0,2 a 0,3 mg/kg, VO, uma hora antes da cirurgia; dose máxima: 10 mg.
Estado de mal epiléptico

De 0,05 a 0,3 mg/kg/dose, por via IV, em infusão lenta (não mais que 5 mg/minuto), a
cada 15 a 30 minutos, não ultrapassando dose máxima de 10 mg por dia para crianças
acima de 10 kg.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Pico plasmático de dose oral: 30 a 90 minutos.

Pico plasmático de dose intravenosa: 8 minutos.

Início de efeito no estado de mal epiléptico: 1 a 5 minutos.

Duração de efeito no estado de mal epiléptico: 20 a 30 minutos.

Atravessa a placenta e está presente no leite materno.

Metabolização hepática com produção de metabólitos ativos.

Meia-vida de eliminação bifásica: inicial de 7 a 10 horas e secundária de 2 a 6 dias.
Circulação entero-hepática produz um segundo pico de concentração plasmática, cerca
de 6 a 12 horas após sua administração.

Meia-vida aumentada em recém-nascidos, idosos e hepatopatas.
7. Efeitos adversos:

Depressão respiratória decorrente de doses elevadas e/ou uso parenteral, sedação,
ataxia, tonturas, confusão, hipotensão, amnésia, vertigem, cefaleia, reações paradoxais
(irritabilidade, excitabilidade, agressividade, alucinação), distúrbios do sono (insônia
rebote), tremor, dependência física.

Neutropenia, anemia, pancitopenia, trombocitopenia.

Arritmia cardíaca.

Flebite na administração intravenosa.

Distúrbios gastrintestinais (mudanças na salivação, náusea, vômito, constipação,
diarréia).

Reações cutâneas.

Distúrbios visuais.

Mudança na libido.

Retenção ou incontinência urinária.

Fraqueza muscular.
8. Interações Medicamentosas:

Álcool, analgésicos opioides (risco de depressão respiratória), anestésicos,
antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, barbitúricos, inibidores enzimáticos
(macrolídeos, antifúngicos azólicos, buprenorfina, fluvoxamina, isoniazida, omeprazol,
propofol, troleandomicina), fosamprenavir (aumento do risco de sedação ou depressão
respiratória): podem aumentar o efeito e a toxicidade do diazepam. Considerar a
substituição por um benzodiazepínico eliminado por glicuronidação, como o
lorazepam. Monitorar o aparecimento de sinais de intoxicação como sedação,
tonturas, ataxia, fraqueza, diminuição da cognição ou desempenho motor, confusão,
depressão respiratória ou sonolência.

O efeito do diazepam pode ser reduzido pelo uso concomitante com: rifampicina,
rifapentina, teofilina, Ginkgo biloba. Pode ser necessário aumentar a dose de diazepam
para manter o efeito terapêutico. Rever a posologia após a suspensão do fármaco
interferente.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar aos idosos para tomar precauções para evitar quedas.

Orientar para a exigência de cautela com atividades que exijam atenção, como dirigir e
operar máquinas.

Reforçar para não ingerir bebidas alcoólicas.

Informar mulheres em idade fértil quanto aos riscos e desaconselhar o uso do
medicamento na gravidez.
10. Aspectos farmacêuticos

Todas as formas farmacêuticas devem ser mantidas ao abrigo de luz, ar e umidade, e
em temperatura de 15 a 30 ºC.

Por ser lipossolúvel, não convém diluí-lo em água, solução fisiológica ou glicosada.

As diluições devem ser realizadas imediatamente antes da administração.

Após a diluição, observar se ocorreu precipitação.

Não misturar a solução injetável com outros medicamentos.
ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, por isto
deve ser realizada pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar o
diazepam ou outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente.
Medicamento: DIGOXINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 642-645)
1. Apresentação:

Comprimido 0,25 mg.
2. Indicações:

Insuficiência cardíaca congestiva.

Taquicardias supraventriculares (particularmente fibrilação atrial).
3. Contraindicações:

Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (com exceção de fibrilação atrial e falência
cardíaca concomitante).

Síndrome de Wolff-Parkinson-White.

Taquicardia ou fibrilação ventricular.

Bloqueio completo intermitente.

Bloqueio atrioventricular de segundo grau.

Hipersensibilidade à digoxina.
4. Precauções:

Em insuficiência renal grave e em idosos com déficit de função renal, há necessidade
de ajuste de esquema (ver apêndice D).

Deve-se evitar uma possível perda de potássio, pelo risco de intoxicação digitálica.

O potássio pode ser suplementado ou preservado pela administração de diuréticos
poupadores do íon.

Determinação de níveis plasmáticos é especialmente útil em pacientes com déficit de
função renal, e diminuiu a incidência de intoxicação digitálica de 25% para 2%.

Para o monitoramento sérico do fármaco, a coleta do material deve ser realizada pelo
menos 6 horas após a administração da dose.

Cautela em pacientes com infarto recente, cardioversão elétrica (baixa voltagem),
hipóxia, pericardite constritiva crônica, disfunção tireoidiana, hipocalemia e
hipomagnesemia.

Evitar administração intravenosa rápida (náusea e risco de arritmias).

Neonatos prematuros são especialmente sensíveis ao fármaco, e reduz-se e
individualiza-se a dose de acordo com o grau de maturidade, já que a depuração renal
aumenta com o desenvolvimento.

Crianças com mais de 1 mês de idade normalmente necessitam de doses
proporcionalmente maiores com base no peso corporal e área de superfície corporal.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Insuficiência cardíaca

Digitalização rápida: raramente usada. Início: 0,8 a 1,6 mg, por via oral, nas primeiras
24 horas.

Manutenção: 0,25 a 0,50 mg, por via oral, uma vez ao dia; dose de 0,50 mg deve ser
fracionada a cada 12 horas para evitar náusea.
Taquicardias supraventriculares

0,125 a 0,25 mg, por via oral, diariamente. A dose de manutenção é determinada pela
freqüência cardíaca em repouso que não deve cair abaixo de 60 bpm.
5.2. Crianças
Insuficiência cardíaca
Digitalização rápida:

Prematuros: 0,020 a 0,030 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas.

Neonatos: 0,025 a 0,035 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas.

1 a 24 meses de idade: 0,035 a 0,060 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas.

2 a 5 anos de idade: 0,030 a 0,040 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas.

5 a 10 anos de idade: 0,020 a 0,035 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas.

Acima de 10 anos de idade: 0,010 a 0,015 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8
horas.

A dose inicial a ser administrada deve conter metade do total calculado para cada
paciente.
Digitalização de manutenção:

20% a 30% da dose de digitalização para prematuros e 25% a 35% da dose de
digitalização para os demais pacientes pediátricos, via oral (elixir).

2 a 5 anos de idade: 0,010 a 0,015 mg/kg, por via oral (comprimido), de 12/12 ou 8/8
horas.

5 a 10 anos de idade: 0,007 a 0,010 mg/kg, por via oral (comprimido), de 12/12 ou 8/8
horas.

Acima de 10 anos de idade: 0,003 a 0,005 mg/kg, por via oral (comprimido), de 12/12
ou 8/8 horas.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

A biodisponibilidade oral é de 60% a 80% para comprimidos e de 70% a 85% para elixir.

A administração do fármaco com alimento reduz a taxa de absorção do mesmo, porém
não altera o total absorvido. Entretanto a ingestão concomitante de alimentos ricos
em fibra pode reduzir a extensão da absorção, sendo recomendada sua administração
1 hora antes da alimentação ou após um período de 2 horas da mesma.

A via preferencial é a oral. Via intravenosa só se justifica em situações emergenciais e
em pacientes com via oral indisponível.

A resposta inicial após a administração do comprimido ou elixir do fármaco ocorrem
entre 30 minutos a 1 hora e a resposta máxima entre 2 a 6 horas.

Níveis plasmáticos terapêuticos variam entre 0,5 a 2 nanogramas/mL. É importante
manter os níveis séricos abaixo de 1,2 nanogramas/mL, porque valores mais altos
associam-se a aumento absoluto de mortalidade.

Concentrações entre 0,5 e 0,8 nanogramas/mL associam-se a menor taxa de
mortalidade.

Meia-vida de eliminação: 36 horas (DCE normal); para pacientes com alteração da
função renal, a meia-vida pode variar entre 3,5 a 5 dias.

Na ausência de dose de ataque, ocorre equilíbrio entre o administrado e o excretado
(platô) em torno do sexto dia (quarta meia-vida).

Excreção: predominantemente renal, em forma ativa.

O fármaco é removido por hemodiálise, diálise peritonial, hemoperfusão e
hemofiltração, porém somente em pequena quantidade, já que o mesmo encontra-se
em maior concentração nos tecidos e não na corrente sangüínea.
7. Efeitos adversos:

Arritmias.

Anorexia, desconforto abdominal, diarréia, náusea, vômito ou perda de apetite.

Cefaléia, fadiga e neuralgia, distúrbios psiquiátricos e cromatopsia.
Medicamento: DIPIRONA SÓDICA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 646-648)
1. Apresentação:

Comprimido 500 mg.

Solução oral 500 mg/mL.

Solução injetável 500 mg/mL.
2. Indicações:

Tratamento de dor e febre.
3. Contraindicações:

Discrasias sanguíneas.

Supressão da medula óssea.

Hipersensibilidade à dipirona sódica, ao ácido acetilsalicílico ou a outros antiinflamatórios não-esteroidais.

Crianças com menos de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg.
4. Precauções:

Cautela em pacientes com doença cardíaca, incluindo hipertensão agravada por
retenção de líquidos e edema, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, história
de ulcerações, sangramento e perfuração ganstrintestinal, infecção pré-existente,
porfiria, insuficiências hepática (ver apêndice C) e renal (ver apêndice D).

Dipirona sódica deve ser administrada pelo período mais curto possível.

Gravidez (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Dor de leve a moderada e febre

De 0,5 a 1 g, por via oral, a cada 4 a 6 horas. Dose máxima diária: 3-4 g.

De 0,5 a 1 g, por vias subcutânea, intramuscular, ou intravenosa, a cada 6 a 8 horas.
Dose máxima diária: 3-4 g.
5.2. Crianças
Dor de leve a moderada e febre

Dar 20 mg/kg, por via oral, até 4 vezes ao dia.

De 5 a 8 kg: 50 mg, por via intramuscular apenas.

De 9 a 15 kg: 100 mg, por vias intramuscular ou intravenosa.

De 16 a 23 kg: 150 mg, por vias intramuscular ou intravenosa.

De 24 a 30 kg: 200 mg, por vias intramuscular ou intravenosa.

De 31 a 45 kg: 250 mg, por vias intramuscular ou intravenosa.

De 46 a 53 kg: 400 mg, por vias intramuscular ou intravenosa.

A dose pode ser repetida em 6 a 8 horas, se necessário.
6. Esquemas de Administração:

Em adultos e crianças, a administração intravenosa deve ser muito lenta para evitar
reações hipotensivas. A velocidade de infusão não deve exceder a 500 mg de dipirona
sódica/ minuto.
7. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início do efeito: 30 a 60 minutos.

Pico do efeito: 4 a 6 horas.

Meia-vida de eliminação: 2 a 5 horas.

Metabolismo: intestinal e hepático.

Excreção: renal.
8. Efeitos adversos:

Hipotensão, exantema, urticária, necrólise epidérmica tóxica, síndrome de Lyell e
síndrome de Stevens-Johnson.

Diaforese.

Porfiria intermitente aguda.

Náuseas, vômitos, irritação gástrica, xerostomia, hepatite.

Agranulocitose, anemia hemolítica, anemia aplásica, trombocitopenia, leucopenia.

Anafilaxia, broncoespasmo, alveolite, pneumonite, vasculite.

Sonolência, cansaço, cefaleia.

Insuficiência renal aguda, nefrite intersticial aguda.
9. Interações Medicamentosas:

Heparinas e fluoxetina: pode haver aumento do risco de sangramento. Devem ser
coadministrados com cautela. Pacientes devem ser monitorados cuidadosamente para
sinais e sintomas de hemorragia.

Ácido acetilsalicílico: pode ter seu efeito antiplaquetário reduzido pela Dipirona.

Anticoagulantes: aumento do risco de sangramento.

Antidepressivos tricíclicos: aumento do risco de toxicidade pela Dipirona. Monitorar
concentrações dos fármacos e ajustar suas doses, quando necessário.

Dipirona reduz efeito diurético e eficácia anti-hipertensiva da furosemida e da
hidroclorotiazida. Monitorar pressão arterial e peso, também observar pacientes
quanto a sinais de insuficiência renal.

Dipirona aumenta o risco de hipoglicemia da Glibenclamida. Pacientes devem ser
monitorados para hipoglicemia.
10. Orientações aos pacientes:

Reforçar a necessidade de reportar a presença dos seguintes sintomas: lesões
inflamatórias nas mucosas – como orofaríngea, anorretal ou genital – febre,
sangramentos.
11. Aspectos farmacêuticos

Solução injetável deve ser armazenada em sua embalagem original e protegida da luz.
Pode ser diluída em solução de glicose a 5%, solução de cloreto de sódio a 0,9% ou
solução de Ringer lactato.

As soluções diluídas de dipirona sódica devem ser administradas imediatamente, visto
que sua estabilidade é limitada. Devido à possibilidade de incompatibilidade, solução
de dipirona sódica não deve ser administrada com outros medicamentos injetáveis.

A dipirona sódica deve ser utilizada imediatamente após abertura da ampola. Qualquer
solução remanescente após o uso deve ser descartada.

Observar orientação específica do produtor quanto à reconstituição, diluição,
compatibilidade e estabilidade da solução.
Medicamento: ENALAPRIL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 824-826)
1. Apresentação:

Comprimido 10 mg.
2. Indicações:

Hipertensão arterial sistêmica.

Insuficiência cardíaca.

Prevenção de cardiopatia isquêmica.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao enalapril ou a outros inibidores da ECA.

Gravidez (ver Apêndice A).

Doença renovascular.

Angioedema induzido por inibidores da ECA.

Angioedema hereditário ou idiopático.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:

Hiponatremia, hipovolemia, diminuição de função renal (ver apêndice D) ou uso
de diuréticos (usar a menor dose efetiva).

Doença vascular periférica, cardiomiopatia hipertrófica, estenose da artéri aórtica
ou renal, insuficiência hepática, cirurgia/anestesia e em situações com risco
aumentado de hipotensão.

História de alergias (pode ocorrer angioedema mesmo após a primeira dose).

Crianças (segurança e eficácia não estabelecidas).

Elevação de enzimas hepáticas ou icterícia (ver apêndice C)

Lactação.

Iniciar tratamento com dose baixa (ajustar a cada 2 ou 4 semanas), e monitorar
pressão arterial após a primeira dose.

Monitorar potássio sérico, especialmente se houver insuficiência renal.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (primeiro trimestre) e D (segundo e
terceiro trimestres) (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Hipertensão arterial sistêmica

Neonatos: iniciar com 0,1 mg/kg por dia a cada 24 h, com aumentos na dose ou
intervalos a cada pouco dias. Doses menores que 0,01 a 0,04 mg/kg não resultam em
controle adequado da pressão arterial.

6 meses a 16 anos: iniciar com 0,08 mg/kg uma vez ao dia. Máximo de 5 mg. Dose
usual: 0,08 a 0,58 mg/kg uma vez ao dia. Dose máxima: 0,58 mg/kg por dia (40 mg).
Ajustar com base na resposta pressórica e na tolerância do paciente até o máximo de
20 mg diários.
5.2. Adultos
Hipertensão arterial sistêmica

5 a 40 mg/dia, por via oral, a cada 12 ou 24 horas. Iniciar com dose ainda menor (2,5
mg) se for adicionar a um diurético ou em paciente com disfunção renal.
Insuficiência cardíaca congestiva

Iniciar com 2,5 mg por dia, por via oral, a cada 24 horas.

Aumentar a dose a cada 2 a 4 semanas até alcançar a dose usual de manutenção de 20
mg/dia, dada em dose única ou dividida em duas doses. Dose máxima: 40 mg/dia.

Com disfunção ventricular esquerda assintomática: iniciar com 2,5 mg de 12 em 12
horas ate o máximo de 20 mg/dia em doses dividida.
Prevenção da cardiopatia isquêmica

Iniciar com 2,5 mg, por via oral, a cada 12 horas. Dose máxima: 20 mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção não e influenciada pela presença de alimentos.

Biodisponibilidade: 60%.

Início da ação: 1 a 4 horas.

Pico de concentração: 1 hora.

Duração da ação: 12 a 24 horas (via oral, dose única ou doses múltiplas)

Metabolismo hepático 70%, metabólito ativo.

Excreção: renal 61%.

Meia-vida de eliminação: 1,3 horas; enalaprilate (metabólito ativo), 11 horas.

Dialisável.
7. Efeitos adversos:

Hipotensão (maior que 1%), taquicardia, dor no peito, angioedema (0,2%).

Náusea (1,4%), vômito, diarréia (1,4%), dor abdominal, distúrbio do sabor (ageusia).

Tontura (4,3%), astenia (3%), vertigem, cefaleia (5,2%), anorexia.

Insuficiência hepática (rara: menor que 1%).

Alteração de função renal (0,1% a 1%).

Prurido, exantema, urticária, fotossensibilidade.

Hiperpotassemia (1%), hipoglicemia.

Tosse (> 1%).
8. Interações Medicamentosas:

Acido acetilsalicílico ou antiinflamatórios não- esteroides e rifampicina: pode resultar
em diminuição do efeito do enalapril. Ajustar a dose, ou substituir antipertensivo,
monitorar pressão arterial e sinais e sintomas específicos.

Alfainterferona 2, azatioprina: o uso concomitante com enalapril pode resultar em
anormalidades hematológicas. Monitorar pressão arterial, contagem de células
sanguíneas e sinais e sintomas específicos.

Bupivacaina, diuréticos de alça (primeira dose), diuréticos tiazídicos (primeira dose),
diuréticos poupadores de potássio, metformina, suplemento de potássio,
trimetoprima: podem aumentar o efeito/toxicidade do enalapril.

Monitorar pressão arterial, sinais e sintomas específicos.

Clomipramina: pode ter o efeito aumentado pelo enalapril. Monitorar sinais e sintomas
específicos.
9. Orientações aos pacientes:

Evitar uso excessivo de alimentos que contem potássio, inclusive substitutos do sal
contendo potássio e suplementos dietéticos.

Orientar cautela na realização de atividades que exigem atenção e coordenação
motora, como operar máquinas e dirigir veículos.

Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se o horário da
próxima dose estiver próximo, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no
horário. Nunca usar duas doses juntas.

Informar que pressão alta pode não apresentar sintoma, não deixar de usar o
medicamento sem falar com o médico.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar preferentemente entre 15 e 30°C. Proteger de calor, umidade e luz direta.
Medicamento: ERITROMICINA, ESTEARATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 667-670)
1. Apresentação:

Comprimido 500 mg.

Suspensão oral 250 mg/mL.
2. Indicações:

Alternativa para pacientes hipersensíveis à penicilina, no tratamento de infecções do
trato respiratório, infecções orais, sífilis, cancro mole, clamídia, conjuntivite neonatal
por clamídia, uretrite não gonocócica, prostatite, linfogranuloma venéreo, enterite por
Campylobacter, febre recorrente, infecções da pele, difteria (tratamento e profilaxia),
profilaxia de coqueluche e febre quartã em crianças.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a eritromicina e outros macrolídeos.

Porfiria.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Insuficiência renal grave (ver apêndice D) e insuficiência hepática (ver apêndice C).
 Predisposição a prolongamento de intervalo QT, incluindo distúrbios eletrolíticos e
uso concomitante de determinados fármacos.
 Neonatos com menos de duas semanas de vida (risco de estenose hipertrófica
pilórica).
 Miastenia grave.
 Lactação.

Pode levar ao desenvolvimento de superinfecção.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos

250 a 500 mg, VO, a cada 6 horas. Dose máxima: 4 g/dia.
5.2. Crianças

Neonatos: 12,5 mg/kg, VO, a cada 6 horas.

1 mês a 2 anos: 125 mg, VO, a cada 6 horas; dobrar em infecções graves.

Entre 2 e 8 anos: 250 mg, VO, a cada 6 horas; dobrar em infecções graves.

Acima de 8 anos: 250 a 500 mg, VO, a cada 6 horas. Dose máxima: 4g/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Melhor absorvida com o estômago vazio, pois é instável no suco gástrico.

Pico plasmático: 1 a 4 horas.

Metabolismo: hepático.

Meia-vida plasmática: 1,5 a 2,5 horas.

Excreção: bile e urina (2% a 5% em forma inalterada).

Não é removida por hemodiálise ou diálise peritoneal.
7. Efeitos adversos:

Diarreia, náusea, desconforto abdominal, dor abdominal, vômito.

Reações de hipersensibilidade: anafilaxia, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise
epidérmica tóxica, urticária, exantema.

Perda auditiva reversiva após altas doses.

Arritmias.

Pancreatite.

Exacerbação de miastenia grave.
8. Interações Medicamentosas:

Aumenta efeito/toxicidade de: ergotamina e derivados, pimozida, tioridazina,
quinidina, disopiramida, verapamil, cetoconazol, fluoroquinolonas, digoxina, estatinas,
colchicina, fentanil, carbamazepina, ciclosporina, tacrolimo, benzodiazepinas,
varfarina, bromocriptina, corticosteroides, itraconazol, fenitoína, estrógenos,
salmeterol, clozapina, buspirona.

Eritromicina pode diminuir a eficácia do zafirlucaste.

Eritromicina pode diminuir a depuração de alfentanil.

Uso concomitante de eritromicina pode aumentar as concentrações plasmáticas da
buspirona.

Eritromicina pode aumentar as concentrações plasmáticas da budesonida.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para ingerir os comprimidos preferencialmente fora dos horários de refeições,
mas que pode ser ingerida com alimento se houver irritação gástrica.

Orientar para a necessária agitação do frasco com a suspensão antes do uso.

Ensinar a medição da dose com copo ou colher-medida apropriados.

Alertar para as mulheres em idade fértil a necessidade de usar método contraceptivo
associado, pois a eritromicina pode diminuir a efetividade do contraceptivo oral.

Orientar par o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas com as primeiras doses, sob risco de desenvolvimento de resistência
bacteriana.
10. Aspectos farmacêuticos

Manter ao abrigo de luz, calor e umidade e à temperatura ambiente (15 a 30 ºC).

Manter a suspensão oral sob refrigeração. Não congelar.
ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, por isto
deve ser realizada pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar a
eritromicina ou outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente.
Medicamento: ESPIRAMICINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 663-665)
1. Apresentação:
▪
Comprimido 500 mg
2. Indicações:
▪
Toxoplasmose ativa na gravidez, como prevenção de toxoplasmose congênita.
3. Contraindicações:
▪
Hipersensibilidade à espiramicina.
4. Precauções:
▪
▪
Usar com cuidado nos casos de:

Histórico de hipersensibilidade a outros macrolídeos.

Insuficiência hepática, inclusive obstrução biliar (ver apêndice C).

Insuficiência renal.

Problemas gastrintestinais e doenças cardiovasculares.

Lactação.
Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
5. Esquemas de administração:
Tratamento de toxoplasmose ativa na gravidez.
▪
Dose de 1 g, por via oral, a cada 8 horas, durante toda a gravidez.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:
▪
Biodisponibilidade oral: 36%
▪
Pico de concentração plasmática: 2 a 4 horas.
▪
Excreção renal e biliar.
▪
Meia-vida de eliminação: 4 a 8 horas.
7. Efeitos adversos:
▪
Incidência menor de 10%: diarreia, náusea, vômito, anorexia, disfagia, dor abdominal,
colite espástica e dor epigástrica.
▪
Incidência de 1%: exantema (urticariforme, prurítico, maculopapular).
▪
Prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma, parada cardíaca (raro).
▪
Vasculite (raro).
▪
Leucopenia; trombocitopenia (raro).
▪
Hepatite colestática (raro).
8. Interações Medicamentosas:
▪
Bepridil, cisaprida, di-hidroergotamina, ergonovina, ergotamina e outros derivados da
ergotamina, levometadol, mesoridazina, metilergonovina, metisergida, pimozida,
terfenadina, tioridazina, ziprasidona: aumentam o risco de cardiotoxicidade
(prolongamento do intervalo QT, etc.). O uso concomitante com espiramicina é
contraindicado.
▪
Carbidopa e levodopa: uso concomitante pode levar a perda dos efeitos
antiparkinsonianos.
▪
Derivados da ergotamina: pode haver aumento do risco de ergotismo. O uso
concomitante é contraindicado.
▪
Fentanila: pode ter seus efeitos depressores aumentados ou prolongados pela
espiramicina. Ajuste de dose da fentanila pode ser necessário.
▪
Fluconazol e eritromicina: aumento do risco de cardiotoxicidade. Deve-se ter cautela
em caso de utilização concomitante com espiramicina. Monitorar o intervalo QT.
▪
Outros fármacos que podem aumentar o intervalo QT (acecainida, ajmalina,
amiodarona, amissulprida, amitriptilina, amoxapina, aprindina, trióxido de arsênio,
astemizol, azimilida, bretílio, cloroquina, claritromicina, desipramina, dibenzepina,
disopiramida, dofetilida, dolasetrona, doxepina, droperidol, enflurano, flecainida,
fluoxetina, foscarnete, gemifloxacino, halofantrina, haloperidol, halotano, hidrato de
cloral, hidroquinidina, ibutilida, imipramina, isoflurano, isradipino, lidoflazina,
lorcainida, mefloquina, nortriptilina, octreotida, pentamidina, pirmenol, probucol,
procainamida, proclorperazina, propafenona, quetiapina, quinidina, risperidona,
sematilida, sertindol, sotalol, sulfametoxazol, sultoprida, tedisamila, telitromicina,
trifluoperazina, trimetoprima, trimipramina, vasopressina, zolmitriptana, zotepina):
aumento do risco de cardiotoxicidade. A utilização concomitante com espiramicina não
é recomendada.
9. Orientações aos pacientes:
▪
Orientar para ingerir com estômago vazio, isto é, 2 horas antes ou 3 horas após as
refeições.
10. Aspectos farmacêuticos:
▪
Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 a 30 ºC. Manter ao abrigo do ar.
ATENÇÃO: o tratamento na grávida deve ser iniciado imediatamente após diagnóstico de infecção
por Toxoplasma gondii Este medicamento apresenta um número elevado de interações de
medicamentos, devendo ser realizada pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou
descontinuar este ou outros fármacos no esquema terapêutico do paciente, especialmente em se
tratando de fármacos que prolongam o intervalo QT.
Medicamento: ESTRIOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 672-673)
1. Apresentação:

Creme vaginal 1 mg/g.
2. Indicações:

Sintomas urogenitais decorrentes de atrofia vaginal pós-menopausa.
3. Contraindicações:

Tumores estrógeno-dependentes.

Histórico de tumor mamário.

Tromboembolismo venoso ou histórico de recorrência.

Tromboembolismo arterial ativo ou recente.

Distúrbios hepáticos.

Hiperplasia endometrial.

Hemorragias vaginais não diagnosticadas.

Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A).

Lactação (ver apêndice B).
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Uso prolongado de estriol ou qualquer estrógeno (aumenta o risco de
desenvolvimento de tumores no endométrio; pacientes em uso prolongado de
creme vaginal devem ser avaliadas quanto à proliferação endometrial;
considerar a possibilidade de administrar simultaneamente progestógeno para
reduzir o risco).
▪
Diabetes melito, histórico de nódulos mamários, enxaqueca, endometriose,
predisposição a tromboembolismos, doenças da vesícula biliar e porfiria.
5. Esquemas de administração:

0,5 mg, por via intravaginal, a cada 24 horas, durante 7 a 14 dias. Seguido de 0,5 mg 2 a
3 vezes na semana, durante 3 a 6 meses
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Pequena absorção sistêmica.

Pico de concentração sérica após aplicação vaginal de 0,5 mg de estriol: 1 a 2 horas.

Concentração sérica máxima: 100 a 160 picogramas/mL, correspondendo
aproximadamente à mesma concentração que seria alcançada com uma dose oral de 8
mg. Após a quarta semana de uso, a concentração sérica máxima é significantemente
reduzida, provavelmente por aumento do metabolismo pelas células do epitélio
vaginal.

Metabolismo hepático por conjugação, produzindo metabólitos inativos. Excreção:
preponderantemente renal.
7. Efeitos adversos:

Irritação vaginal, aumento da sensibilidade das mamas, leucorreia, sangramento
vaginal, dor abdominal, prurido genital.

Efeitos sistêmicos e proliferação endometrial são associados ao uso de estrógenos,
mas não foram encontrados na literatura pesquisada para o estriol vaginal. Dose única
diária, por tempo curto, não acarreta proliferação endometrial.
8. Interações Medicamentosas:

As interações descritas na literatura para estrógenos (ver, por exemplo, monografia de
Estrogênios conjugados) são menos prováveis com estriol, uma vez que seu
metabolismo hepático, com predomínio de reações de conjugação, não envolve o
citocromo P450.
9. Orientações aos pacientes:

A dose da forma vaginal é dada pelo aplicador que vem na embalagem. Aplicar antes
de dormir.

Após usar o aplicador lavar com água e sabão, não usar água quente.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Manter ao abrigo do ar e da luz.
Medicamento: ETINILESTRADIOL + LEVONORGESTREL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 615-678)
1. Apresentação:

Comprimidos de 0,03 mg + 0,15 mg.
2. Indicações:

Contracepção.
3. Contraindicações:

Arritmias.

Valvopatias.

Distúrbios tromboembólicos.

Hipertensão arterial sistêmica não controlada.

Doença cardíaca associada com hipertensão pulmonar ou risco de embolia.

Enxaqueca com sintomas neurológicos focais.

Diabetes com comprometimento vascular.

Adenomas ou carcinomas hepáticos.

Distúrbios hepáticos.

Lúpus eritematoso sistêmico.

Porfiria.

Tumores mamários ou geniturinários.

Hemorragia vaginal não diagnosticada.

Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A).

Lactação (ver apêndice B).
4. Precauções:

Pode ocorrer aumento de risco para tromboembolismo venoso, retenção de fluidos e
alterações visuais, especialmente com o uso de lentes de contato.

Cautela quando há tabagismo (acima de 15 cigarros/dia), idade superior a 35 anos,
depressão, diabetes, obesidade, hipertensão, enxaqueca, histórico familiar de tumor
de mama e de tromboembolismo, hiperlipidemias.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos

Um comprimido por dia, por via oral, durante 21 dias. Em seguida aguardar um
intervalo de 7 dias, período em que a menstruação deve ocorrer. Após esse intervalo,
um novo curso de tratamento deve ser iniciado.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Pico de concentração plasmática: etinilestradiol (78 minutos), levonorgestrel (90 a 96
minutos).

Metabolização preponderantemente hepática.

Excreção: fecal e urinária.

Meia-vida: etinilestradiol (18 horas), levonorgestrel (36 horas).
7. Efeitos adversos:

Mais freqüentes: edema periférico, aumento de volume e sensibilidade das mamas,
náusea, anorexia, sensação de plenitude gástrica, vômitos, diarréia, dor de cabeça,
alterações da libido.

Menos freqüentes: alteração na freqüência do fluxo menstrual, sangramento de
escape, hipo ou amenorréia, tumores de mama, icterícia colestática, redução da
tolerância à glicose, edema, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral,
tromboembolismo, infarto do miocárdio, aumento de triglicerídeos e LDL colesterol,
depressão, ansiedade, vertigem, propensão à candidíase vaginal, intolerância a lentes
de contato, melasma, cloasma, rash cutâneo, acne, hirsutismo (levonorgestrel tem o
maior potencial androgênico dentre os progestógenos associados em contraceptivos
orais combinados).
8. Interações Medicamentosas:

A eficácia contraceptiva pode ser comprometida por fármacos indutores da
metabolização, como certos antibióticos, anticonvulsivantes, entre outros.

Pacientes utilizando amoxicilina, demais penicilinas ou tetraciclinas devem ser
orientadas para a utilização de método contraceptivo adicional durante o tratamento
antimicrobiano. Eritromicina e demais macrolídeos podem induzir a metabolização,
comprometer a eficácia contraceptiva e elevar o risco de hepatotoxicidade.

Carbamazepina, felbamato, fenitoína, fenobarbital, griseofulvina, primidona,
rifampicina, rifapentina, rifabutina e topiramato aceleram a metabolização de
contraceptivos hormonais, podendo reduzir sua eficácia.

Alguns anti-retrovirais (amprenavir, nelfinavir, ritonavir e nevirapina) induzem a
metabolização, com possível perda da eficácia dos contraceptivos.

Fosamprenavir pode ter sua concentração sérica reduzida e alterar a metabolização do
contraceptivo, além de elevar o risco de hepatotoxicidade.

Micofenolatos (de mofetila ou de sódio) podem acelerar a metabolização do
levonorgestrel, reduzindo a eficácia do contraceptivo.

Isotretinoína pode reduzir a eficácia contraceptiva pela alteração de características
farmacocinéticas e farmacodinâmicas.

Rosuvastatina e valdecoxibe podem reduzir a metabolização do contraceptivo,
elevando as concentrações plasmáticas e a probabilidade de ocorrência de efeitos
adversos.

Benzodiazepínicos, cafeína, ciclosporina, corticóides e teofilina têm risco de efeitos
adversos aumentados.

Insulina, glibenclamida, metformina e demais agentes hipoglicemiantes aumentam o
risco de hipoglicemia.

Lamotrigina pode ter seu metabolismo alterado, com variação das concentrações
plasmáticas. As doses do anticonvulsivante devem ser cuidadosamente monitoradas e
ajustadas em mulheres em terapia simultânea com contraceptivos hormonais.

Varfarina pode ter seu efeito alterado, com redução ou aumento da eficácia
anticoagulante. A utilização simultânea deve ser evitada.

Voriconazol pode ter seu metabolismo inibido e inibir o metabolismo do contraceptivo.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar para a importância de obedecer rigorosamente ao horário, diariamente.

Informar que intervalos de administração superiores a 24 horas podem comprometer a
eficácia contraceptiva. Recomendar a utilização de métodos contraceptivos adicionais
durante os 7 dias subseqüentes ao esquecimento.

Orientar para o possível esquecimento de uma dose: ingerir assim que a paciente
lembrar. Se o horário já estiver próximo da dose seguinte, as duas doses devem ser
ingeridas. O esquecimento de doses deve sempre ser relatado ao médico.

Orientar para a adoção de medidas contraceptivas adicionais durante 7 dias, se houver
vômitos ou diarréia intensa até 2 horas após a ingestão de qualquer dose.
10. Aspectos farmacêuticos

Deve-se manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC.
Medicamento: FENITOÍNA SÓDICA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 694-698)
1. Apresentação:

Comprimidos de 100 mg.
2. Indicações:

Convulsões tônico-clônicas generalizadas.

Convulsões parciais.

Estado de mal epiléptico.

Profilaxia e tratamento de convulsões associadas a neurocirurgia ou traumatismo
cranioencefálico grave.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade às hidantoínas.

Porfiria aguda.

Bradicardia sinusial

Bloqueio sinoatrial

Bloqueio AV de graus 2 e 3.

Síndrome de Stokes-Adams (uso parenteral).
4. Precauções:
 Usar com cuidado nos casos de:
▪
Diabetes melito (hiperglicemia).
▪
Hipotensão.
▪
Insuficiência cardíaca congestiva.
▪
Insuficiência hepática.
▪
História de doença renal ou hepática (não devem receber o regime de dose oral
de ataque).
▪
Se ocorrer exantema ou erupção cutânea (suspender o tratamento).
▪
Uso de álcool (uso agudo: eleva os níveis plasmáticos de fenitoína; uso
prolongado: reduz os níveis).
▪
Suspensão do tratamento (pode precipitar estado epiléptico; suspensão deve
ser gradual).
▪
HLA-B * 1502-positivos, mais comuns no Sul da Ásia, incluindo asiáticos índios
(aumento do risco de síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica
tóxica; evitar utilizar como uma alternativa para carbamazepina em pacientes
com teste positivo para esse alelo).
▪ Monitorar contagem de células sanguíneas.
▪ Evitar extravasamento (soluções alcalinas são irritantes para os tecidos).
▪ Categoria de risco na gravidez (ADEC): D (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Convulsões generalizadas tônico-clônicas e convulsões parciais complexas

5 mg/kg, por via oral, dividido a cada 8 ou 12 horas. Dose de manutenção: 4 a 8
mg/kg/dia. Dose máxima: 300 mg/dia
Profilaxia e tratamento de convulsões associadas a neurocirurgia ou traumatismo
cranioencefálico grave
▪
5 mg/kg, por via oral, dividido a cada 8 ou 12 horas. Dose de manutenção: 4 a 8
mg/kg/dia. Crianças com idade superior a 6 anos podem necessitar da dose mínima de
adultos. Dose máxima: 300 mg/dia.
5.2. Adultos
Convulsões generalizadas tônico-clînico e convulsões parciais complexas
▪ 100 mg, por via oral, a cada 8 horas. Dose de manutenção: 100 mg, a cada 6 ou 8
horas. Dose máxima diária: 600 mg.
Profilaxia e tratamento de convulsões associadas a neurocirurgia ou traumatismo
cranioencefálico grave
▪ 100 mg, por via oral, a cada 8 horas. Dose de manutencao: 100 mg por via oral, a cada
6 ou 8 horas. Dose máxima: 600 mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção oral: lenta e variável entre as especialidades farmacêuticas. Insatisfatória em
neonatos

Pico de concentração plasmática: 1,5 a 3 horas.

A fenitoína e distribuída no liquido cérebroespinhal, saliva, sêmen, líquidos
gastrintestinais, bile e leite materno; também atravessa a placenta, com concentrações
séricas fetais iguais as da mãe.

Metabolismo hepático, especificamente pela família CYP2 de isoenzimas microssomais.

Excreção renal, aumentada pela alcalinização da urina.

A meia-vida de eliminação é dependente da dose e concentração plasmática, uma vez
que apresenta farmacocinética de saturação.
7. Efeitos adversos:

Prurido, erupção cutânea, síndrome de Stevens-Johnson, dermatose bolhosa, erupção
purpúrea, escarificação, necrólise epidérmica tóxica, lúpus eritematoso sistêmico.

Agranulocitose,
leucopenia,
granulocitopêmica.

Obstipação, hiperplasia gengival, náuseas, vômitos.

Hepatotoxicidade, hepatite tóxica, dano hepático.

Osteomalácia.

Confusão mental, nervosismo, nistagmo, ataxia, problemas de coordenação,
encefalopatia, cefaleia, insônia, fala emplastada, parestesia, vertigem, coreoatetose.

Nefrotoxicidade.

Alteração na função respiratória: pneumonia, fibrose pulmonar, insuficiência
respiratória e infiltrado pulmonar.
trombocitopenia,
pancitopenia,
transtorno
8. Interações Medicamentosas:
▪
Beclamida: pode resultar em leucopenia. O perfil hematológico deve ser monitorado
regularmente quando doses maiores de fenitoína são dadas concomitantemente a
beclamida.
▪
Delavirdina: pode ter a sua concentração de vale diminuída. O uso concomitante não é
recomendado devido à substancial redução da concentração plasmática da
delavirdina.

Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): pode resultar na redução da efetividade da
fenitoína, podendo precipitar convulsões. Evitar o uso concomitante.

Imatinibe: pode ter suas concentrações plasmáticas diminuídas. Se a associação se
fizer necessária, a dose de imatinibe deve ser aumentada em pelo menos 50% para
manter a eficácia. Ainda assim, a resposta clinica ao imatinibe deve ser sempre
monitorada.

Irinotecano: pode resultar na redução da sua exposição sistêmica com conseqüente
diminuição da eficácia. Considerar o uso de um anticonvulsivante não indutor
enzimático, com inicio de pelo menos 2 semanas antes de instituir a administração do
irinotecano.

Lidocaína: pode ter suas concentrações plasmáticas diminuídas e efeito depressivo
cardíaco aditivo. Esta associação deve ser feita com cautela. Monitorar função cardíaca
do paciente. Se possível, evitar em pacientes com doenças cardíacas diagnosticadas.

Lopinavir: pode ter suas concentrações plasmáticas diminuídas. Se a associação se fizer
necessária, ajustar a dose do lopinavir para manutenção da efetividade.

Metotrexato: pode resultar na redução da efetividade da fenitoína e aumento no risco
de toxicidade pelo metotrexato. Se a associação se fizer necessária, monitorar níveis
plasmáticos de fenitoína e sinais de toxicidade pelo metotrexato.

Posaconazol: pode resultar na redução das concentrações plasmáticas de posaconazol
e aumento da fenitoína. E sugerido que a associação seja evitada. Monitoramento
adequado deve ser realizado se o uso concomitante for indispensável.

Ranolazina: pode ter suas concentrações plasmáticas reduzidas. O uso concomitante
com indutores de isoenzima CYP3A, como a fenitoína, e contraindicado.

Tacrolimo: pode ter sua efetividade diminuída ou aumentar as concentrações
plasmáticas de fenitoína. Monitorar as concentrações plasmáticas de tacrolimo, sinais
de redução de efetividade e proceder ao ajuste de dose. Monitorar os pacientes para
os efeitos da elevação da exposição a fenitoína.

Voriconazol: pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína e
redução de voriconazol. Monitorar frequentemente as concentrações plasmáticas e de
efeitos adversos a fenitoína. Se o uso concomitante for necessário, aumentar em 25% a
dose intravenosa e em 100% a dose oral de voriconazol.
9. Orientações aos pacientes:

Hipersensibilidade a fenitoína e compostos relacionados deve ser investigada antes de
iniciar o tratamento.

A efetividade de contraceptivos hormonais pode ser comprometida. Um método
anticoncepcional adicional pode ser necessário. A ocorrência de gravidez deve ser
notificada imediatamente ao medico

Higiene dental/bucal adequada e acompanhamento odontológico são necessários
devido a ocorrência de hiperplasia gengival, em especial as crianças. Cuidado nas
cirurgias dentárias e tratamento odontológico de emergência.

Pode ocorrer crescimento anormal e excessivo do cabelo, notado principalmente nas
meninas.

Potencial redução do desempenho escolar pode ocorrer com uso prolongado e em
doses altas.

Pacientes idosos são mais susceptíveis aos efeitos adversos e toxicidade.

Devido ao potencial de interação da fenitoína com outros produtos, nenhum
medicamento ou substancia terapêutica deve ser utilizados sem conhecimento do
medico.

As formas orais devem ser administradas preferentemente com alimentos.

Os comprimidos de fenitoína não devem ser partidos ou mastigados durante a
administração.

O uso de bebidas alcoólicas não é recomendado durante o tratamento com fenitoína.

Os pacientes diabéticos que utilizam fenitoína devem monitorar estreitamente os
níveis de glicose no sangue.

Dosagem e posologia devem ser rigorosamente obedecidas. Não interromper o
tratamento sem autorização médica.

Cuidado ao dirigir, usar máquinas ou exercer atividade as quais requerem atenção.
10. Aspectos farmacêuticos
▪
Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 e 30%, e protegidas a luz. Não expor a
extremos de temperatura sob risco de perda de estabilidade e deterioração.
▪
Os comprimidos de fenitoína não devem ser amassados, partidos ou triturados.
▪
Não está garantida a mesma bioequivalência e biodisponibilidade das especialidades
farmacêuticas do comprimido de fenitoína. Isto está relacionado a quantidade de
sulfato de cálcio utilizado como adjuvante nas preparações.

A forma ácida da fenitoína possui 8% a mais de fenitoína base do que a forma sódica.
▪
A forma sódica de fenitoína contem 0,35 mEq (8 mg) de sódio por 100mg.
ATENÇÃO: este medicamento apresenta um número elevado de interações, sobretudo por indução
do metabolismo de outros fármacos. Deve ser realizada uma pesquisa específica sobre este aspecto
quando se considera a terapia com fenitoína, bem como ao introduzir ou descontinuar outros
medicamentos no esquema terapêutico do paciente.
Medicamento: FENOBARBITAL E FENOBARBITAL SÓDICO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 698-701)
1. Apresentação:

Comprimido de 100 mg.

Solução oral 40 mg/mL.

Solução injetável 100mg/mL (fenobarbital sódico).
2. Indicações:

Controle de crises epilépticas parciais simples e complexas e tônico-clônicas (segunda
escolha).

Estado de mal epilético (para controle após diazepam).

Convulsões em neonatos e convulsões febris na infância.
3. Contraindicações:

Porfiria.

Hipersensibilidade a fenobarbital e outros barbitúricos.

Dano hepático grave.

Insuficiência respiratória.
4. Precauções:

Cautela em idosos (indução de confusão mental), pacientes debilitados e crianças
(hipercinesia), pacientes com função renal prejudicada (ver apêndice D), insuficiência
hepática (ver apêndice C), insuficiência respiratória, abuso de álcool e psicotrópicos,
depressão com ideação suicida, choque hipovolêmico.

Evitar suspensão abrupta do tratamento em pacientes com exposição prolongada
(diminuir diariamente 10% da dose) porque pode desencadear estado de mal
epiléptico.

Tolerância e dependência física e psíquica podem ocorrer em tratamento prolongado.

Amamentação: o acúmulo de fenobarbital no leite materno é variável, mas significante
(ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adulto
Crises epilépticas parciais simples e complexas e tônico-clônicas

60 a 180 mg, por via oral, à noite.
Estado de mal epiléptico

Dose inicial de 10 mg/kg, em infusão intravenosa, à velocidade de 100 mg/minuto.

Após, infundir à velocidade de 50 mg/minuto até cessarem as convulsões.

Dose máxima: 1-2 g.
5.2. Crianças
Crises epilépticas parciais simples e complexas e tônico-clônicas e convulsões febris

6-8 mg/kg/dia, por via oral, divididos em 1 a 2 doses.
Estado de mal epiléptico

Crianças e lactentes: 5 a 10 mg/kg, por via intravenosa, em dose única, a 30
mg/minutos.

Adicionalmente, 5 mg/kg/dose, a cada 15-30 minutos, até o controle das convulsões.

Dose máxima: 40 mg/kg.
5.3. Neonatos
Crises convulsivas

5 a 10 mg/kg, a cada 20 a 30 minutos,por injeção intravenosa, até concentração
plasmática atingir 40 mg/L.
Administração

Evitar extravasamento perivascular ou injeção intra-arterial porque a solução é
alcalina.

Infundir lentamente (3 a 5 minutos); não exceder 2 mg/kg/minuto em crianças
pequenas, 30 mg/minuto em crianças maiores e 60 mg/minuto em adultos; é
preferível a administração em grandes vasos, evitando veias varicosas.

Monitoramento de pressão arterial, respiração e freqüência cardíaca devem ser
realizados durante a administração intravenosa de fenobarbital; equipamentos de
ressuscitação e ventilação artificial devem estar disponíveis.

Injeções intramusculares devem ser administradas profundamente em grandes
músculos, como glúteo máximo ou vasto lateral; existe risco de abscesso estéril nas
aplicações superficiais; não administrar mais de 5 mL em cada injeção.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção gastrintestinal rápida.

Início de ação: 1 hora (oral), 20-60 minutos (intramuscular), 5 minutos (intravenoso).

Duração da ação de dose única: 10-12 horas.
7.

Concentração plasmática terapêutica: 10-40 microgramas/mL.

Fenobarbital é importante indutor de várias isoenzimas microssomais, principalmente
CYP3A4 e CYP1A2.

Meia-vida de eliminação: 79 horas (adultos), 21-75 horas (crianças), 110 horas
(neonatos).
Efeitos adversos:

Hipotensão, choque, bradicardia e síncope.

Constipação, náusea e vômito.

Incoordenação motora, vertigem, ressaca, insônia, sonolência, alucinações, ansiedade,
nervosismo, irritabilidade, prejuízo de desempenho cognitivo.

Eczema esfoliativo, síndrome de Stevens-Johnson, necrose epidérmica tóxica.

Agranulocitose, anemia megaloblástica, trombocitopenia.

Tromboflebite.

Dano hepático.

Osteopenia, raquitismo.
8. Interações Medicamentosas:

Cloranfenicol, IMAO, ácido valpróico, felbamato: pode haver inibição do metabolismo
de fenobarbital. Considerar redução de doses deste último.

O fenobarbital pode reduzir as concentrações plasmáticas e o efeito de:
irinotecano,metoxiflurano, voriconazol e
delavirdina (uso
concomitante
contraindicado); quetiapina e teniposídeo (aumentar as doses destes); anticoagulantes
cumarínicos (monitorar INR e, se necessário, ajustar a dose).

Em uso concomitante com benzodiazepínicos, antidepressivos, álcool e analgésicos
opiódes, pode haver efeito aditivo de depressão respiratória. Monitorar estreitamente
a função respiratória. Considerar redução de doses.

Com lopinavir, tacrolimo e sirolimo, pode resultar na redução das concentrações
plasmáticas destes fármacos. A efetividade do tratamento deve ser monitorada, assim
como as concentrações plasmáticas dos imunossupressores.

Inibidores de tirosina cinase: pode resultar na redução das concentrações plasmáticas
dos inibidores; aumentar as doses e monitorar efetividade.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar sobre a importância de informar sobre alergia a fenobarbital ou outro
barbitúrico, gravidez, amamentação, bem como a ocorrência de efeitos indesejáveis.

Alertar para evitar atividades que exijam atenção, como dirigir automóveis e operar
máquinas, pelo risco de acidentes.

Ensinar para utilizar o medicamento preferencialmente de estômago vazio.

Alertar para não interromper o tratamento.

Alertar para não usar bebida alcoólica durante o tratamento.

A eficácia dos contraceptivos orais pode ser prejudicada; portanto, outro método
anticoncepcional adicional deve ser utilizado.
10. Aspectos farmacêuticos

Estocar à temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C), livre de calor, luz direta e umidade.

A solução para administração intravenosa pode ser diluída em igual volume de solução
injetável de glicose 5%, Ringer lactato ou cloreto de sódio a 0,9%.

Incompatível com os seguintes fármacos em misturas intravenosas: canamicina,
cefalotina, cimetidina, clindamicina, fosfato de codeína, ciclizina,droperidol, efedrina,
estreptomicina, fenitoína, fenotiazinas, hidralazina, succinato sódico de hidrocortisona,
hidroxizina, isoprenalina, levorfanol, metaraminol, metadona, metildopa,
metilfenidato, morfina, noradrenalina, oxitetraciclina, pancurônio, papaverina,
pentazocina, petidina, ranitidina, suxametônio, tiamina, tubocurarina e vancomicina.

Compatível com os seguintes fármacos em misturas intravenosas: canamicina,
cefalotina, cimetidina, clindamicina, fosfato de codeína, ciclizina,droperidol, efedrina,
estreptomicina, fenitoína, fenotiazinas, hidralazina, succinato sódico de
hidrocortisona, hidroxizina, isoprenalina, levorfanol, metaraminol, metadona,
metildopa, metilfenidato, morfina, noradrenalina, oxitetraciclina, pancurônio,
papaverina, pentazocina, petidina, ranitidina, suxametônio, tiamina, tubocurarina e
vancomicina.
Medicamento: FENTANILA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 487-489)
1. Apresentação:

Solução injetável 78,5 µg/mL (equivalente a 50 µg de fentanil/mL).
2. Indicações:

Adjuvante analgésico em anestesia geral.

Analgesia pós-operatória.
3. Contraindicações:

Depressão/hipoventilação respiratória.

Intolerância ao fentanila ou a outros opioides.

Hipersensibilidade ao fármaco ou aos outros componentes da formulação

Íleo paralítico.

Uso concomitante com naltrexona.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Neonatos (a meia-vida é longa e efeito cumulativo pode ocorrer em uso
prolongado); enfraquecidos, idosos e crianças (risco aumentado de depressão
respiratória).
 Altas doses (risco de prevenção respiratória; monitorar ventilação no pós-
operatório; manter à disposição equipamento para ressuscitação e intubação).
 Interrupção após uso prolongado (deve ser gradual para diminuir síndrome de
abstinência).
 Trauma cefálico, tumor cerebral (aumento da pressão intracraniana, inconsciência
ou coma; retenção de dióxido de carbono pode exacerbar os efeitos sedativos dos
opioides e aumentar o risco de dose excessiva fatal).
 Insuficiência renal (ver apêndice D) e hepática (ver apêndice C).
 Hipotireoidismo ou insuficiência supracortical.
 Distúrbios convulsivos.
 Distúrbios intestinais obstrutivos ou inflamatórios.
 Hipertrofia prostática.
 Hipotensão ou choque.
 Miastenia grave.
 Lactação (ver apêndice B).

A fentanila tem potência de abuso e causa dependência física e psicológica.

Evitar uso concomitante com álcool ou outros fármacos indutores de abuso.

Pode causar bradicardia (acompanhar função cardíaca).

Há prejuízo no desempenho de tarefas que exijam coordenação motora.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Anestesia em cirurgias cardíacas e do SNC

20 a 50 µg/kg em infusão IV contínua, associada com óxido nitroso e oxigênio; doses
de até 150 µg/kg podem ser requeridas.
Adjuvante em anestesia geral

2 a 50 µg/kg em infusão IV contínua; doses de até 150 µg/kg podem ser requeridas. De
modo alternativo, de 50 a 100 µg/kg por via IM, nos 30 a 60 minutos que antecedem a
cirurgia; ou 50 µg/kg/hora, por infusão epidural contínua (reduzindo para 25
µg/kg/hora).
Adjuvante em anestesia regional/local

Dose única de 50 a 100 µg por via IM ou por infusão IV lenta, a cada 1 ou 2 horas,
quando analgesia adicional for requerida.
Analgesia pós-operatória

25 µg de fentanila adicionados a 12,5 mg de Bupivacaína durante anestesia epidural.
Se analgesia adicional for necessária, administrar de 50 a 100 µg, por via IM ou por via
IV lenta (durante 1 a 2 minutos), podendo-se repetir após 1 ou 2 horas.
Neuroleptanalgesia

50 a 100 µg, por via IM, nos 30 a 60 minutos que antecedem a cirurgia, em associação
com droperidol.
5.2. Crianças
Anestesia em cirurgias cardíacas e do SNC

De 2 a 12 anos de idade: 30 µg/kg, por via IV em bolo, seguida de infusão contínua de
0,3 µg/kg/minuto, combinada a óxido nitroso.
Anestesia geral

De 2 a 12 anos de idade: 2 a 3 µg/kg/hora, por via IV contínua.

Neonatos: 0,5 a 2 µg/kg/hora, por via IV contínua.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início de efeito: 7 a 8 minutos (IM); 1 a 2 minutos (IV).

Pico de efeito: 20 a 30 minutos.

Duração do efeito: 1 a 2 horas (IM); 30 a 60 minutos (IV).

Meia-vida de eliminação: 219 minutos.

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal e fecal.
7. Efeitos adversos:

Edema periférico, taquicardia, hipotensão, palpitação.

Desidratação, perda de peso, hipopotassemia.

Dor abdominal, obstipação, diarreia, perda de apetite, náusea, vômito, disfagia,
ulceração da boca, alteração do paladar, xerostomia, espasmos biliares.

Reação no lugar da aplicação, dores nas costas, rigidez muscular.

Astenia, confusão, vertigem, enxaqueca, sedação, depressão, fadiga, insônia,
mioclonia, ansiedade, alucinações, euforia, disforia, alterações no humor.

Artralgia.

Retenção urinária, disfunção sexual.

Visão borrada, ambliopia, visão anormal.

Tosse explosiva, apneia, dispneia, pneumonia.

Anemia, neutropenia.
8. Interações Medicamentosas:

Agonistas/antagonistas opioides: pode precipitar sintoma da retirada de opioides. Se o
uso concomitante for necessário, considerar, na ocorrência dos sintomas, tratamento
de restituição de opioides. Se os sintomas não ocorrerem, a dose de fentanila pode ser
aumentada progressivamente até alcançar o efeito desejado.

Antifúngicos azólicos, antimicrobianos macrolídeos: pode aumentar ou prolongar o
efeito opioide. Verificar sinais de toxicidade opioide e considerar a redução da dose de
fentanila.

Antirretrovirais: aumento do risco de toxicidade pelo fentanil. Se o uso concomitante
for necessário, considerar a redução da dose de fentanila, quando esta for
administrada continuamente. Acompanhar sinais de depressão central.

Barbitúricos, benzodiazepinas e relaxantes musculares de ação central: pode resultar
em depressão respiratória aditiva. Se o uso concomitante for necessário, considerar a
redução da dose de ambos os fármacos e observar sinais de depressão respiratória.

Betabloqueadores: pode resultar em hipotensão grave.
betabloqueadores antes e durante a anestesia com fentanil.

Bloqueadores de canais de cálcio: pode resultar em hipotensão grave. Na ocorrência
de hipotensão pode ser necessário incrementar a volemia.

Sibutramina: pode resultar no aumento do risco de síndrome serotoninérgica. Evitar
uso concomitante.
Descontinuar
os
9. Orientações aos pacientes:

Orientar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e
coordenação motora como operar máquinas e dirigir.
10. Aspectos farmacêuticos:

Manter à temperatura ambiente, entre 15 e 25 °C, e ao abrigo da luz.

O fentanil é compatível com soluções injetáveis de glicose 5 % e cloreto de sódio 0,9 %.

Incompatível com: azitromicina, pantoprazol sódico, dantroleno sódico, fenitoína
sódica, diazóxido, sulfametoxazol-trimetoprima, fenobarbital sódico, metoexital,
cloranfenicol, cefapirina e hidroxicobalamina.

O citrato de fentanil tem perda por adsorção pelo PVC quando em soluções alcalinas.

Evitar contato com a pele e a inalação de partículas de citrato de fentanil.
ATENÇÃO: o uso de citrato de fentanila está associado ao desenvolvimento de depressão respiratória
e hipoventilação no pós-operatório, especialmente em condições clínicas especiais ou uso
concomitante de medicamentos que favoreçam a ocorrência desse quadro. Considerar a
descontinuação de outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente em caso de uso do
citrato de fentanila.
Medicamento: FLUCONAZOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 707-712)
1. Apresentação:

Cápsula de 150 mg.

Solução injetável 2 mg/mL.
2. Indicações:

Micoses profundas causadas por Candida sp. (candidemia, candidíase disseminada, de
vias urinárias, esofágica, orofaríngea, vulvovaginal).

Criptococose pulmonar.

Coccidiomicose.

Meningite criptocócica.

Prevenção de infecções fúngicas em pacientes submetidos a transplantes de medula
óssea.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco ou a outro componente da fórmula.

Porfirias agudas.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Insuficiência renal (ver apêndice D).
 Uso de altas doses, tratamentos prolongados ou uso concomitante com outros
fármacos hepatotóxicos.
 Aumento nas concentrações das transaminases séricas ou sintomas de doença
hepática (suspender o tratamento).
 Imunocomprometidos que desenvolvem exantema durante a terapia com
fluconazol.
 Condições potencialmente pró-arrítmicas.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Candidemia, candidíase disseminada e candidíase invasiva em pacientes nãoneutropênicos.

400 a 600 mg/dia, via IV.
Candidíase de vias urinárias

200 mg (3 mg/kg)/dia, VO ou IV, durante 2 semanas.
Candidíase esofágica

200 a 400 mg (3 a 6 mg/kg)/dia, VO ou IV, por 2 a 3 semanas.
Candidíase esofágica (tratamento em pacientes com HIV)

100 mg/dia, até o máximo de 400 mg/dia, VO ou IV, por 2 a 3 semanas.
Candidíase orofaríngea (tratamento em pacientes com HIV)

200 mg, via IV, no dia 1, seguidos por 100 mg/dia, por no mínimo 2 semanas.
Candidíase vulvovaginal

Não complicada: 150 mg, VO, em dose única.

Complicada: 150 mg, VO, a cada 72 horas, por 3 meses.

Recorrente: 150 mg, VO, uma vez por semana, por até 6 meses.
Coccidiomicose (profilaxia e tratamento em pacientes com HIV)

Profilaxia: 400 mg/dia, VO; continuar até contagem de CD4+ manter-se no mínimo de
250 células/µL durante 6 meses.

Tratamento: 400 a 800 mg/dia, VO ou IV.

Manutenção: 400 mg/dia, VO.
Criptococose pulmonar (tratamento em pacientes com HIV)

200 a 400 mg/dia, via IV, indefinidamente. Ou então;

400 mg/dia, VO ou IV, e flucitosina 100 a 150 mg/kg/dia, VO, divididos em 4 doses
diárias, durante 10 semanas.
Meningite criptocócica

400 mg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 200 mg/dia, até o máximo de 400 mg/dia; tratar
por 10 a 12 semanas após cultura negativa no LCR.
Meningite criptocócica (tratamento em pacientes com HIV)

400 mg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 200 mg/dia, por 10 a 12 semanas após cultura
negativa de LCR; para supressão de recorrência, a dose recomendada é de 200 mg/dia.
Ou então;

Indução: 400 mg/dia, VO ou IV, em associação com anfotericina B 0,7 mg/kg/dia,
durante 2 semanas; ou 400 a 800 mg/dia, em associação com flucitosina 25 mg/kg, VO,
de 6 em 6 horas, durante 4 a 6 semanas.

Consolidação: 400 mg/dia, VO, durante 8 semanas, seguidos de 200 mg/dia
indefinidamente ou até contagem de CD4+ se mantiver no mínimo de 250 células/µL
durante 6 meses sob tratamento antirretroviral.
Prevenção de infecções fúngicas em pacientes submetidos a transplante de medula óssea

400 mg/dia, VO ou IV; pacientes sujeitos a granulocitopenia (menos de 500
neutrófilos/mm3) devem iniciar a prevenção durante vários dias previamente ao início
da neutropenia, e continuar por 1 semana após a contagem de neutrófilos alcançar
1000/mm3.
5.2. Crianças e maiores de 6 meses
Candidemia e Candidíase sistêmica

6 a 12 mg/kg/dia, VO ou IV.
Candidíase esofágica

6 mg/kg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 3 mg/kg/dia, até o máximo de 12 mg/kg/dia,
por no mínimo 3 semanas; continuar por mais 2 semanas ou até resolução dos
sintomas.
Candidíase esofágica (tratamento em pacientes com HIV)

6 mg/kg/dia, VO, no dia 1, então 3 a 6 mg/kg/dia, até o máximo de 400 mg/dia, por no
mínimo 2 a 3 semanas.
Meningite criptocócica (pacientes infectados ou não com HIV)

12 mg/kg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 6 mg/kg/dia, até o máximo de 12 mg/kg/dia,
por 10 a 12 semanas após cultura negativa no LCR; para suspensão de recorrência, a
dose recomendada é de 6 mg/kg/dia. Ou então;

Indução: 12 mg/kg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 6 a 12 mg/kg/dia, até o máximo de
800 mg/dia, por no mínimo 8 semanas.

Manutenção: 6 mg/kg/dia, VO, até o máximo de 200 mg/dia; considerar
descontinuação quando a contagem de CD4+ se mantiver no mínimo em 200
células/µL durante 6 meses, em pacientes assintomáticos com 6 anos ou mais idade e
que tenha recebido fluconazol e terapia antirretroviral por pelo menos 6 meses.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: rápida, quase completa e independente da presença de ácidos ou alimentos.

Terapia intravenosa reservada para pacientes que não toleram ou são incapazes de
tomar o fármaco por via oral.

Biodisponibilidade: acima de 90 % (cápsula e injeção IV).

Distribui-se por todos os tecidos e fluidos.

Metabolismo: hepático.

Tempo para o pico de concentração plasmática: 1 a 2 horas (cápsula e injeção IV);
idosos: 1,3 hora (cápsula e injeção IV).

Excreção: renal.

Meia-vida: 30 horas (triplica em pacientes com DCE inferior a 20 mL/minuto e é muito
prolongada em prematuros). Idosos: 46,2 horas (cápsula e injeção IV). Crianças: 15,2 a
25 horas (cápsula e injeção IV). Hemodiálise: 8,7 horas.

É removido por diálise.
7. Efeitos adversos:

Graves:
 Anafilaxia; síndrome de Stevens-Johnson, Agranulocitose, necrólise epidérmica
tóxica.

Comuns:
 Hipersensibilidade; náusea, vômitos, dores abdominais, diarreia, dispepsia,
distúrbios do paladar;
 Elevação transitória das enzimas hepáticas, necrólise hepática, disfunção hepática.
 Hiperlipidemia,
hiperglicemia, leucopenia, trombocitopenia, hipopotassemia,
hipocortisolismo secundário.
 Prurido, exantema, alopecia, erupção maculo-papular, angioedema.
 Prolongamento do intervalo QT e torsade de pointes.
 Amenorreia.
 Tontura, convulsão, cefaleia, sonolência, delirium/coma, distúrbios psiquiátricos,
parestesia de mãos e pés.
Observação: efeitos adversos do sistema nervoso têm sido relatados em aproximadamente 14 a 20
% das mulheres recebendo dose única de fluconazol para tratamento de candidíase vulvovaginal.
8. Interações medicamentosas:

Varfarina e anticoagulantes cumarínicos: aumento do risco de sangramento.

Fentanil: efeitos opioides prolongados ou aumentados.

Amitriptilina, Claritromicina e fluoxetina: aumento do risco de cardiotoxicidade.

Nifedipina, anlodipina, isradipina, nicardipina, felodipina: decréscimo do metabolismo
do antagonista de canal de cálcio, resultando em aumento das concentrações séricas e
toxicidade.

Carbamazepina: risco aumentado de toxicidade da carbamazepina.

Sinvastatina: risco aumentado de miopatias ou rabdomiólise.

Cimetidina: redução da absorção gastrintestinal, com decréscimo da efetividade do
fluconazol.

Citalopram: risco aumentado de síndrome serotoninérgica.

Colchicina: aumento das concentrações e da toxicidade da colchicina.

Fenitoína: redução do seu metabolismo, com risco aumentado de toxicidade.

Losartan: inibição do metabolismo do Losartan em seu metabólito ativo.

Midazolam: aumento da concentração e toxicidade potencial deste fármaco.

Rifampicina: diminuição das concentrações séricas do fluconazol e da atividade
antifúngica.

Sinvastatina: risco aumentado de miopatia e rabdomiólise.
9. Orientações aos pacientes:

Em caso de perder a hora de tomada do medicamento, tomar assim que puder. Se já
estiver próximo da hora da dose seguinte, esperar até o momento correto da próxima
dose. Não tomar a mais para recompensar a dose que não foi tomada.

Antes de usar o medicamento informar se a estiver grávida ou amamentando.

Usar o medicamento pelo tempo prescrito. Não interromper o tratamento.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a cápsula sob temperatura abaixo de 30 ºC.

Armazenar soluções injetáveis em refrigerador, não congelar.

As injeções de fluconazol para infusão intravenosa deverão ser inspecionadas
visualmente quanto a possível descoloração e presença de material particulado, antes
da administração, sempre que a solução e o frasco permitirem.

Em crianças, a administração por infusão intravenosa deve ser feita com duração de 10
a 30 minutos e não exceder a taxa de infusão de 5 a 10 mL/minuto.
ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número muito elevado de interações de medicamentos,
sendo necessária uma pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar o
fluconazol ou outros medicamentos no esquema do paciente.
Medicamento: FLUOXETINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 554-557)
1. Apresentação:

Cápsula 20mg.
2. Indicações:

Tratamento depressivo.

Tratamento obsessivo-compulsivo (TOC).
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a fluoxetina.

Uso de inibidores da monoamina oxidase (MAO) nos últimos 14 dias.

Fase de mania da doença bipolar.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Insuficiência hepática (ver apêndice C).
 Lactação.
 Epilepsia, doença cardíaca, distúrbios hemorrágicos, diabete melito, susceptibilidade
ao glaucoma de angulo fechado, histórico de mania, transtorno bipolar e
pensamentos suicidas.
 Eletrochoque concomitante (pode aumentar os riscos da terapia).
 Uso concomitante de anti-inflamatórios não-esteroides, ácido acetilsalicílico ou
outros fármacos que afetam a coagulação.

Perigo ao dirigir veículo automotor ou ao realizar outras tarefas que exijam atenção e
coordenação motora.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Depressão
▪
20 mg/dia, por via oral, em dose única pela manha ou a noite, por no mínimo 6 meses.
Dose máxima: 80 mg/dia.

Doses acima de 20 mg/dia devem ser divididas em tomadas matinais e noturnas.
Distúrbio obsessivo-compulsivo

40 a 60 mg/dia, por via oral.
5.2. Idosos
Depressão

10 mg/dia, por via oral, com aumento para 20 mg após várias semanas de uso. Dose
máxima: 60 mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção oral rápida.

Latência de efeito antidepressivo: 2-3 semanas.

Biotransformação no fígado, gerando o metabolito ativo norfluoxetina.

Meia-vida de eliminação: 1-3 dias apos dose única e 4-6 dias após utilização por longo
período.
7. Efeitos adversos:

Dispneia, cefaleias, distúrbios do sono, tonturas, ataxia, tremores, convulsões,
alucinações, mania, confusão, agitação, ansiedade, ataques de pânico, ideação suicida,
tonturas, ansiedade, arrepios, aumento da sudorese, convulsões, alucinações,
confusão, agitação, efeitos extrapiramidais, palpitações.

Efeitos cardiovasculares como bradiarritmia, insuficiência cardíaca, hipertensão,
taquiarritmia.

Insônia/sonolência, ansiedade.

Náuseas, vômito, xerostomia, hemorragia gastrintestinal, estomatite, hemorragia
digestiva, distúrbios gastrintestinais, anorexia com perda de peso.

Hipotensão postural, retenção urinaria, midríase, distúrbios visuais.

Disfunção sexual, incluindo ejaculação precoce, anorgasmia, diminuição da libido,
galactorreia, hipertrigliceridemia, hipoglicemia, hiponatremia, síndrome da secreção
inapropriada de hormônio antidiurético.

Alopecia, erupção cutânea, urticária, angiodema, fotossensibilidade, artralgia, mialgia.

Vasculite, distúrbios hemorrágicos incluindo equimoses e púrpura.
8. Interações Medicamentosas:
▪
Alprazolam, antidepressivos tricíclicos, antipsicoticos, aripripazol, carbamazepina,
clozapina, digitálicos, fenitoína, haloperidol, metoprolol, risperidona, trazodona: tem
sua toxicidade aumentada. O uso concomitante não é recomendado.
▪
Anticoagulantes, antiplaquetários, clozapina, galantamina: tem seus efeitos
potencializados. Monitorar sinais de sangramento ao usar fármacos que afetam a
coagulação. Monitorar a toxicidade por galantamina, quando usada de forma
concomitante: anorexia, náuseas, vômitos, tonturas, arritmias ou hemorragia
digestiva.
▪
Anti-inflamatórios não-esteroides (AINE): aumento do risco de sangramento. Cuidado
ao combinar fluoxetina com AINE; monitorar sinais de sangramento.
▪
Bepridil, ciclobenzaprina, cloroquina, clorpromazina, dolasetrona, droperidol,
enflurano, eritromicina, espiramicina, fluconazol, gemifloxacino, halofantrina,
halotano, hidroxiquinidina, isoflurano, isradipino, lidoflazina, mefloquina,
mesoridazina, octreotida, pirmenol, probucol, proclorperazina, propafenona,
quetiapina, quinidina, sematilida, sertindol, sotalol, sulfametoxazol, tedisamila,
telitromicina, tioridiazina, trifluoperazina, trimetoprima, venlafaxina, ziprasidona:
aumento no risco de cardiotoxicidade. O uso concomitante é contraindicado com
bepridil, mesoridazina, tioridiazina, sendo em princípio desaconselhado com os
demais, mas se a associação for necessária, deve-se ter cautela no uso.
▪
Bupropiona, delavirdina e furazolidona: aumento de efeito do antidepressivo.
Monitorar as concentrações plasmáticas do antidepressivo para eventuais ajustes de
doses. Acompanhar, entre os usuários da associação, os sinais e sintomas de
toxicidade da fluoxetina, assim como os sinais de excesso serotoninérgicos (mudanças
do estado mental, diaforese, febre, fraqueza, hiperreflexia, incoordenação).
▪
Ciproeptadina: redução do efeito do antidepressivo.
▪
Claritromicina: uso concomitante pode resultar em delírio e psicose, devendo ser
evitado.
▪
Ergotamina e análogos: aumento do risco de ergotismo. O uso concomitante é
contraindicado.
▪
Desvenlafaxina, dexfenfluramina, duloxetina, erva-de-são-joão (Hypericum
perforatum), fenfluramina, Ginkgo biloba, linezolida, meperidina, milnaciprana,
mirtazapina, sibutramina, tramadol, tranilcipromina, trazodona, triptanas: uso
concomitante pode produzir sindrome serotoninérgica.
▪
O uso concomitante de fluoxetina com linezonida ou tranilcipromina é contraindicado
Após descontinuar o uso da erva-de-sao-joao (Hypericum perforatum), esperar duas
semanas antes de iniciar terapia com fluoxetina. No caso de uso concomitante,
monitorar estreitamente os sintomas da síndrome.
▪
Flufenazina: risco aumentado de parkinsonismo.
▪
Hipoglicemiantes (como a insulina): redução acentuada dos níveis glicemicos.
▪
Inibidores da monoamina oxidase (MAO): o uso concomitante é contraindicado,
levando a toxicidade do sistema nervoso central ou síndrome serotoninérgica
(hipertensão, hipertermia, mioclônus, alterações do estado mental). Esperar duas
semanas apos descontinuar o uso de um inibidor da MAO antes de iniciar terapia com
fluoxetina. Adicionalmente, esperar no mínimo cinco semanas após a descontinuação
da fluoxetina antes de iniciar terapia com inibidor da MAO.
▪
Lítio: pode resultar em aumento das concentrações de lítio e/ou do risco de síndrome
serotoninérgica.
▪
Metoclopramida: aumento do risco de reações extrapiramidais ou síndrome
neuréptica maligna. O uso concomitante é contraindicado.
▪
Pimozida: risco aumentado de bradicardia, sonolência e cardiotoxicidade. O uso
concomitante é contraindicado.
▪
Ritonavir: pode haver alteração em funções cardíacas ou neurológicas.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para não suspender o uso de maneira repentina.

Alertar que podem ser necessárias quatro semanas ou mais para o início dos efeitos
antidepressivos.

Alertar para não fazer uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento.

Orientar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e
coordenação motora como operar máquinas e dirigir.

Orientar para mudança na frequência cardíaca e a levantar-se mais lentamente para
evitar hipotensão ortostática.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar em recipiente hermético, a temperatura ambiente, preferencialmente
entre 15 e 30ºC.
ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos e deve ser
realizada uma pesquisa específica sobre este aspecto ao introduzir ou descontinuar este ou outros
medicamentos no esquema terapêutico do paciente. Em pacientes com doença recidivante, a terapia
por longos períodos (mínimo de 6 meses) deve ser considerada. Pacientes devem ser monitorados
quando encerrado o tratamento. É recomendada diminuição gradual da dose.
Medicamento: FOLINATO DE CÁLCIO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 718-721)
1. Apresentação:

Comprimido 15 mg.

Pó para solução injetável 50 mg.

Solução injetável 3 mg/mL.
2. Indicações:

Resgate em intoxicação causada por antagonistas do ácido fólico.

Anemia megaloblástica por deficiência de folato (quando terapia oral não for possível).

Câncer colorretal avançado (tratamento paliativo).
3. Contraindicações:

Administração por injeção intratecal.

Hipersensibilidade ao folinato de cálcio.

Anemia perniciosa ou outras anemias megaloblásticas devidas à deficiência de
vitamina B12.

Câncer colorretal em pacientes pediátricos.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Anormalidades no sistema nervoso central (em combinação com fluoruracila).
▪
Sintomas de toxicidade gastrintestinal de qualquer gravidade (não iniciar ou
continuar o uso de folinato de cálcio associado à fluoruracila; aguardar
resolução dos sintomas).
▪
Combinação de folinato de cálcio com fluoruracila (maior risco de toxicidade
gastrintestinal).
▪
Idosos e pacientes enfraquecidos (em combinação com fluoruracila).
▪
Crianças susceptíveis a convulsões (o folinato pode aumentar a frequência das
convulsões).
▪
História de convulsões (em combinação com fluoruracila).
▪
Insuficiência renal (ver apêndice D)
▪ Categoria de risco na gravidez (FDA): C
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Resgate em intoxicação causada por antagonistas do ácido fólico

Metotrexato em altas doses: administrar 10 mg/m2, por via intramuscular ou
intravenosa ou oral, a cada 6 horas, até que as concentrações plasmáticas de
metotrexato fiquem abaixo de 0,01 micromolar. Se após 24 horas os níveis de
creatinina sérica encontrarem-se 50% acima do normal e as concentrações plasmáticas
de metotrexato mantiverem-se acima de 5 micromolar, ou se ao final de 48 horas as
concentrações plasmáticas de metotrexato mantiverem-se acima de 0,9 micromolar, a
dose de folinato de cálcio deve ser aumentada para 100 mg/m2 e administrada por via
intravenosa, a cada 3 horas, até que as concentrações plasmáticas de metotrexato
fiquem abaixo de 0,01 micromolar.

Antagonistas de ácido fólico menos potentes (trimetoprima, pirimetamina);
administrar 5 a 15 mg/dia, por via oral, até que a hematopoiese normal seja
restaurada.
Anemia megaloblástica por deficiência de folato

Dose de até 1 mg/dia, por via intramuscular ou intravenosa.
5.2. Adultos
Resgate em intoxicação causada por antagonistas do ácido fólico

Metotrexato em altas doses: administrar 10 mg/m2, por via intramuscular ou
intravenosa ou oral, a cada 6 horas, até que as concentrações plasmáticas de
metotrexato fiquem abaixo de 0,01 micromolar. Se após 24 horas os níveis de
creatinina sérica encontrarem-se 50% acima do normal e as concentrações plasmáticas
de metotrexato mantiverem-se acima de 5 micromolar, ou se ao final de 48 horas as
concentrações plasmáticas de metotrexato mantiverem-se acima de 0,9 micromolar, a
dose de folinato de cálcio deve ser aumentada para 100 mg/m2 e administrada por via
intravenosa, a cada 3 horas, até que as concentrações plasmáticas de metotrexato
fiquem abaixo de 0,01 micromolar.

Antagonistas de ácido fólico menos potentes (trimetoprima, pirimetamina);
administrar 5 a 15 mg/dia, por via oral, até que a hematopoiese normal seja
restaurada.
Anemia megaloblástica por deficiência de folato

Dose de até 1 mg/dia, administradas por via intramuscular ou intravenosa, tem-se
mostrado efetiva.
Câncer colorretal avançado (tratamento paliativo)

Administrar 200 mg/m2, por via intravenosa, durante 3 minutos, seguidos de 370
mg/m2/dia de fluoruracila, por via intravenosa, durante 5 dias. Repetir a cada 4
semanas por 2 ciclos e seguir a cada 4 a 5 semanas com a dose ajustada de acordo com
a tolerância do paciente.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

A absorção oral de folinato de cálcio satura-se em doses únicas maiores que 25 mg.

Pico de concentração: 28 minutos (intramuscular), 10 minutos (intravenoso), 1,2 horas
(via oral)

Meia-vida de eliminação: 6,2 horas (intravenoso e intramuscular), 5,7 horas (via oral).

Excreção: renal (80 a 90%) e fecal (5 a 8%).
7. Efeitos adversos:

Diarreia, náusea, vômitos, estomatites.

Hipopotassemia (65%).

Fadiga.

Alopecia.

Leucopenia.

Reações alérgicas.

Convulsões e/ou sincope (raro), insônia, agitação, depressão (raro).

Febre após administração parenteral.
8. Interações medicamentosas:

Capecitabina e fluoruracila: o uso concomitante com folinato de cálcio pode resultar
no aumento das concentrações de fluoruracila (metabólito da capecitabina) com
consequente aumento de toxicidade.

Fenitoína, fenobarbital e primidona: a concentração plasmática e eficácia destes
fármacos pode ser reduzida.
9. Orientações aos pacientes:

Ao esquecer alguma dose contatar o médico ou farmacêutico para instruções.

Informar se for necessário utilizar medicamentos contendo sulfa ou anticonvulsivantes.

Evitar gravidez.
10. Aspectos farmacêuticos

Manter os comprimidos à temperatura ambiente, entre 15 e 30 oC, ao abrigo de luz
direta, calor e umidade.

Manter solução injetável à temperatura ambiente, entre 15 e 30 oC, proteger de luz
direta.

Observar orientação específica do produtor quanto a reconstituição, diluição,
compatibilidade e estabilidade da solução.

Reconstituir pó com água bacteriostática para injeção para obter concentração de 10
mg/mL; a solução poderá ser utilizada dentro de 7 dias da preparação; concentrações
maiores de 10 mg/mL, devem ser administradas imediatamente.

Compatível com soluções injetáveis de glicose 5%, cloreto de sódio 0,9% e Ringer +
lactato, com concentração final de folinato de 1 mg/mL; as mesmas devem ser
utilizadas até 24 horas após o preparo.

Incompatibilidades: droperidol, fluoruracila, foscarnete sódico, trimetrexato,
carboplatina, anfotericina B, lansoprazol, cloridrato de epirrubicina, pantoprazol
sódico, quinupristina/dalfopristina, bicarbonato de sódio.
ATENÇÃO: O folinato de cálcio é um derivado do ácido folínico, entretanto, nos estados unidos é
utilizada a denominação genérica leucovirin calcium A denominação comum brasileira (DCB), oficial
no Brasil, é folinato de cálcio, assim, o uso do sinônimo “leucovirina cálcica” deve ser evitado.
Medicamento: FUROSEMIDA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 732-735)
1. Apresentação:

Comprimido 40 mg.

Solução injetável 10 mg/mL.
2. Indicações:

Edema de diversas causas refratário a outros diuréticos.

Edema agudo de pulmão.

Tratamento conservador de insuficiência renal crônica.
3. Contraindicações:

Insuficiência renal com anúria.

Estado pré-comatoso associado cirrose hepática.

Hipersensibilidade a furosemida e sulfonamidas.
4. Precauções:

Pode ser necessário aumentar dose para indução de diurese em insuficiência renal
moderada (ver apêndice D).

Monitorar eletrólitos, particularmente sódio e potássio.

Cautela em hipotensão, hipovolemia e hipocalemia que precisam ser corrigidas.

Idosos são mais sensíveis aos efeitos hipotensores e hidro-eletrolíticos; pode ser
necessária redução da dose ou ajuste do intervalo de administração.

Cautela em insuficiência hepática (ver apêndice C).

Aumento de ototoxicidade com uso de medicamentos como vancomicina e
aminoglicosídeos.

Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco gestacional (FDA): C.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Correção de edemas

40 mg/dia, por via oral, inicialmente; 20-40 mg/dia, em dose única matinal, na
manutenção. A dose pode ser aumentada para 80 mg diários ou mais, em edemas
resistentes. Dose máxima diária de 600 mg.
Edema agudo de pulmão

20-40 mg, por via intravenosa, administrados lentamente (1 a 2 minutos), inicialmente.
Se necessário, aumentar a dose em 20 mg a cada 2 horas. Se a dose única efetiva for
superior a 60 mg, infundir por via intravenosa, em velocidade que não exceda 4
mg/minuto.
Tratamento conservador de insuficiência renal crônica (depuração de creatinina inferior a
20 mL/minuto)

250 mg, por infusão intravenosa, com velocidade de infusão de 4 mg/minuto, por mais
de 1 hora. Se o débito urinário não for satisfatório após a primeira dose, infundir 500
mg por mais de 2 horas. Se ainda não houver resposta satisfatória, infundir 1 g por
mais de 4 horas. Dose máxima: 2 g.
5.2. Idosos
Correção de edemas

20 mg/dia, por via oral, aumentando lentamente para obter a resposta desejada.
5.3. Crianças
Correção de edemas

1 a 3 mg/kg/dia, por via oral, a cada 24 horas; máximo de 40 mg/dia.
Edema agudo de pulmão

1 mg/kg, por via intravenosa, inicialmente. Se necessário, aumentar em 1 mg/kg, a
intervalo mínimo de 2 horas. Se em infusão intravenosa, a velocidade não deve
exceder a velocidade de 4 mg/minuto.
5. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início da resposta diurética: 30 a 60 minutos (oral); 2 a 5 minutos (intravenosa).

Pico de resposta diurética: 1 a 2 horas (oral); 30 minutos (intravenosa).

Duração da ação: 4-6 horas (oral), 2 horas (intravenosa).

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal (60% a 90%).

Meia-vida de eliminação: 30 a 120 minutos.
6. Efeitos adversos:

Hiponatremia, hipocalemia e hipomagnesemia, alcalose hipoclorêmica, hipercalciúria.

Hipotensão.

Náusea, distúrbios gastrintestinais.

Hiperuricemia e gota, hiperglicemia, aumento temporário nas concentrações
plasmáticas de colesterol e triglicerídeos.

Rash cutâneo, fotossensibilidade, Síndrome de Stevens-Johnson.

Depressão medular, agranulocitose, anemia aplástica, anemia hemolítica.

Pancreatite (com altas doses parenterais).

Ototoxicidade (geralmente com altas doses parenterais, administração rápida e em
insuficiência renal).
7. Interações Medicamentosas:

Antagonismo de efeito farmacológico:
antiinflamatórios não-esteróides e esteróides.

Sinergia de efeito farmacológico: álcool, anlodipino, atenolol, clorpromazina,
diazepam, enalapril, halotano, hidralazina, dinitrato de isossorbida, levodopa,
metildopa, nifedipino, propranolol, nitroprusseto de sódio, tiopental, timolol,
verapamil: aumento do efeito hipotensivo por sinergismo de ação farmacológica.

Potencializa a toxicidade de: digoxina, quinidina, lítio.

Potencializa a otoxicidade de: amicacina, gentamicina, estreptomicina, vancomicina,
cisplatina.

Amitriptilina: aumento do risco de hipotensão postural.

Anfotericina B, salbutamol: aumento do risco de hipocalemia.
fenitoína,
contraceptivos
orais,

Carbamazepina: aumento do risco de hiponatremia.
8. Orientações aos pacientes:
9.

Orientar que pode ser administrada com alimento, se houver desconforto gástrico.

Recomendar o aumento da ingestão de alimentos com alto teor de potássio (laranjas,
bananas, feijão).

Recomendar aos diabéticos para monitorizar cuidadosamente a glicemia, pois o
medicamento pode causar hiperglicemia.
Aspectos farmacêuticos

O armazenamento da formulação oral e parenteral deve ser feito sob temperatura
ambiente e controlada, entre 15 e 30 ºC.

O medicamento deve ser dispensado em embalagem fechada e protegida da luz.

As soluções parenterais são preparadas com a adição de hidróxido de sódio, originando
soluções com pH entre 8,0 e 9,3.

As soluções de furosemida para injeção são alcalinas, não devendo ser misturadas ou
diluídas com glicose ou soluções ácidas.

A injeção de furosemida é visualmente incompatível com injeções de diltiazem,
dobutamina, dopamina, midazolam e brometo de vecurônio.
ATENÇÃO: este fármaco apresenta número elevado de interações medicamentosas, existindo 125
interações já relatadas. Atentar para risco aumentado de ototoxicidade com uso simultâneo de
outros fármacos ototóxicos.
Medicamento: SULFATO DE GENTAMICINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 984-986)
1. Apresentação:

Solução injetável 10 mg/mL e 40 mg/mL.

Colírio 5 mg/mL.

Pomada oftálmica 5 mg/g.
2. Indicações:

Infecções hospitalares graves causadas por bacilos gram-negativos aeróbios e
Enterococcus sp (preferentemente infecções ginecológicas, abdominais, pielonefrite
aguda, pneumonia, e infecções por Pseudomonas aeruginosa).

Infecções oftálmicas por bactérias sensíveis à gentamicina.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a gentamicina ou outros aminoglicosídeos.

Miastenia grave.

Doença de Parkinson
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Neonatos, crianças (meia-vida aumentada) e idosos (diminuição de função
renal). Ajustar a dose e monitorar concentração plasmática, função renal e
auditiva.
▪
Obesos e pacientes com insuficiência renal (ver apêndice D). Ajustar a dose e
monitorar concentração plasmática.
▪
Pacientes com fraqueza muscular, desidratados.
▪
Evitar o uso prolongado.
▪
Evitar uso concomitante com outros fármacos ototóxicos ou nefrotóxicos.
▪
Evitar uso concomitante com anestésicos e bloqueadores da junção neuromuscular.
▪
Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Infecções hospitalares graves

Neonatos até 2 semanas: 3 mg/kg, por via intramuscular, por via intravenosa lenta
durante pelo menos 3 minutos ou infusão intravenosa, a cada 12 horas.

De 2 semanas a 12 anos: 2 mg/kg, por via intramuscular, por via intravenosa lenta
durante pelo menos 3 minutos ou infusão intravenosa, a cada 8 horas.
Infecções oftálmicas

Pomada: aplicar pequena quantidade no(s) olho(s) afetado(s), 2 a 3 vezes ao dia,
enquanto necessário.

Colírio: pingar 1 a 2 gotas no(s) olho(s) afetado(s), a cada hora, enquanto necessário.
5.2. Adultos
Infecções hospitalares graves

3 a 5 mg/kg, por via intramuscular, por via intravenosa lenta durante pelo menos 3
minutos ou infusão intravenosa, a cada 24 horas ou dividido a cada 8 horas, durante 7
a 10 dias.
Infecções oftálmicas

Pomada: aplicar pequena quantidade no(s) olho(s) afetado(s), 2 a 3 vezes ao dia,
enquanto necessário.

Colírio: pingar 1 a 2 gotas no(s) olho(s) afetado(s), a cada hora, enquanto necessário.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Concentração terapêutica em infecções bacterianas:4 a 8microgramas/mL.

Pico sérico: 0,5 a 1,5 horas (intramuscular),

Meia-vida plasmática: 1,5 a 4 horas (adultos com função renal normal).

Biotransformação: não há.

Excreção: renal (70% a 100%).

É removida por hemodiálise (70% a 80% após cada 12 horas).
7. Efeitos adversos:

Ototoxicidade vestibular e coclear (3% a 5%), perda auditiva (0,5%, às vezes
irreversível) e/ou dificuldade de equilíbrio, zumbidos.

Náuseas, vômitos, estomatites.

Nefrotoxicidade (2% a 25%)

Bloqueio neuromuscular, paralisia muscular aguda e apneia em pacientes submetidos
a medicamentos anestésicos e bloqueadores neuromusculares periféricos, fraqueza.

Erupções cutâneas.

Colite associada ao uso de antibiótico, hipomagnesemia na terapia prolongada.

Eosinofilia.
8. Interações medicamentosas:

Ácido etacrínico: pode resultar em ototoxicidade. Monitorar periodicamente a função
auditiva de pacientes com insuficiência renal ou recebendo altas doses de um dos
fármacos envolvidos nesta interferência.

Bloqueadores neuromusculares despolarizantes: pode resultar em aumento ou
prolongamento do bloqueio neuromuscular acarretando depressão respiratória e
paralisia. Evitar o uso concomitante, mas se o mesmo for necessário, monitorar
rigorosamente a função respiratória.

Furosemida: pode aumentar a toxicidade da gentamicina (nefro e ototoxicidade).
Testar periodicamente a função auditiva de pacientes com insuficiência renal ou
recebendo altas doses de um dos fármacos. Se possível, também monitorar
concentrações plasmáticas de gentamicina.

Indometacina: pode aumentar a toxicidade da gentamicina (nefro e ototoxicidade). Se
possível, monitorar concentrações plasmáticas de gentamicina.

Metoxiflurano: pode resultar em insuficiência renal. Monitorar a função renal e ajustar
a dose do aminoglicosídeo conforme a resposta clínica.

Poligelina: aumenta o risco de insuficiência renal. Monitorar função renal durante
infusão da solução de poligelina.
9. Orientações aos pacientes:

O uso deste medicamento durante a gravidez pode prejudicar o feto. Usar uma forma
eficaz de controle de natalidade para não engravidar. Se suspeitar de gravidez durante
o uso do medicamento, informe o seu médico imediatamente.
10. Aspectos farmacêuticos

Manter à temperatura de 2 a 30 ºC.

Observar orientação específica do produtor quanto a reconstituição, diluição,
compatibilidade e estabilidade da solução.

Compatível com: água para injeção, glicose 5%, manitol 20%, Ringer + lactato e solução
salina.

Incompatível com: penicilinas (ampicilina, benzilpenicilina, carbenicilina, ticarcilina),
cefalosporinas (cefazolina, cefepima, cefamandol), ácido clavulânico, solução lipídica
10% e bicarbonato de sódio. Devido ao alto potencial de incompatibilidade da
gentamicina não se deve misturar em seringa, solução de infusão ou usar a mesma via
intravenosa para administrar outros fármacos.
Medicamento: GLIBENCLAMIDA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 738-740)
1. Apresentação:

Comprimidos de 5 mg.
2. Indicações:

Tratamento de diabetes melito tipo 2.
3. Contraindicações:

Cetoacidose.

Diabetes melito de tipo 1 (dependente de insulina).

Porfiria.

Insuficiências hepática (ver apêndice C) e renal (ver apêndice D) graves.

Hipersensibilidade ao fármaco ou a outras sulfoniluréias.

Gravidez (ver apêndice A) e lactação (ver apêndice B).
4. Precauções:

Idosos (pelo maior risco de hipoglicemia).

Pacientes obesos (preferência por metformina).

Categoria de risco na gravidez: C.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos

Dose inicial 2,5 a 5 mg/dia, no café da manhã; elevar a dose em 2,5 a 5 mg/semana até
atingir dose de manutenção: 1,25 a 15 mg/dia. Doses acima de 10 mg podem requerer
duas administrações.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início da ação: 30 minutos.

Meia-vida: 5 a 10 horas.

Pico de ação: 2 a 3 horas.
7. Efeitos adversos:

Mais freqüentes: hipoglicemia, particularmente em pacientes idosos, distúrbios
gastrintestinais, cefaléia e reações cutâneas, como eritema multiforme, dermatite
esfoliativa, prurido e urticária.

Menos freqüentes: distúrbios hepáticos e reações de hipersensibilidade podem ocorrer
nas seis primeiras semanas de tratamento, hipoglicemia grave (1,6%), alterações
hematológicas.
8. Interações Medicamentosas:

Ciprofloxacino e demais fluoroquinolonas podem alterar o metabolismo glicêmico,
causando hipoglicemia ou hiperglicemia. Quando for necessária a terapia
concomitante com glibenclamida, devem-se monitorar níveis de glicose, e redução da
dose do hipoglicemiante pode ser necessária.

Genfibrozila, sulfametoxazol e antiinflamatórios não-esteróides podem causar
hipoglicemia. Os níveis de glicemia devem ser monitorados, e redução da dose do
hipoglicemiante pode ser necessária.

Psyllium (Plantago spp.), melão-de-são-caetano (Momordica charantia), erva- de-sãojoão (Hypericum perforatum) e feno-grego (Trigonella foenumgraecum) podem
aumentar o risco de hipoglicemia.

Voriconazol pode elevar as concentrações plasmáticas de glibenclamida pela inibição
do seu metabolismo hepático.

Inibidores de monoamina oxidase podem provocar hipoglicemia, depressão do sistema
nervoso central e vertigem.

Glucomanano pode diminuir a absorção da glibenclamida. É recomendada a
administração dos medicamentos em diferentes períodos do dia.

Rifapentina, rifampicina, clorpromazina e demais fenotiazinas, fenobarbital e demais
barbitúricos provocam redução do efeito hipoglicemiante por indução do metabolismo
hepático.

A administração conjunta com varfarina pode potencializar o efeito do anticoagulante,
aumentando o risco de hemorragias.

O uso concomitante com ciclosporina pode elevar a toxicidade do imunossupressor,
causando disfunção renal, colestase e parestesia.

A interação com bloqueadores beta-adrenérgicos pode provocar hiperglicemia,
hipoglicemia e hipertensão. Bloqueadores cardiosseletivos, como atenolol, tendem a
causar menos distúrbios glicêmicos e risco de mascarar sintomas de hipoglicemia.

Etanol pode provocar hipoglicemia e reação similar à do dissulfiram. Pacientes em
terapia com sulfoniluréias devem ser orientados a não ingerir bebidas alcoólicas.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para a administração do medicamento com a primeira refeição do dia.

Orientar para o caso de esquecimento de uma dose: ingerir assim que possível, desde
que o horário da dose seguinte não esteja próximo. Alertar para não duplicar a dose.

Ensinar a reconhecer sinais de hipoglicemia (palpitações, sudorese, fome, tontura,
confusão mental) e ingerir um pouco de açúcar ou mel (colocados entre gengiva e
bochecha). Notificar se não houver melhora.
10. Aspectos farmacêuticos

Deve-se manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC.
Medicamento: GLICLAZIDA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 741-742)
1. Apresentação:

Comprimido de 80 mg.
2. Indicações:

Tratamento de diabetes melito tipo 2.
3. Contraindicações:

Diabetes melito tipo 1.

Cetoacidose.

Hipersensibilidade ao fármaco e outras sulfoniluréias.

Porfiria.

Insuficiências hepática (ver apêndice C) e renal (ver apêndice D) graves.

Categoria de risco na gravidez (ADEC): C (ver apêndice A).

Lactação (ver apêndice B).
4. Precauções:

Idosos (pelo maior risco de hipoglicemia).

Pacientes obesos (preferência por metformina).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos

Dose inicial 40 a 80 mg/dia, no café da manhã; ajustar a dose de acordo com a
resposta do paciente, até o máximo de 320 mg/dia. Doses acima de 160 mg podem
requerer duas administrações.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início da ação: 2 a 3 horas.

Pico de ação: 4 a 6 horas.

Meia-vida: 10 a 12 horas.

Metabolismo é preponderantemente hepático.

Eliminação renal (80%) e fecal (20%).
7. Efeitos adversos:

Mais freqüentes: hipoglicemia, particularmente em pacientes idosos, distúrbios
gastrintestinais.

Menos freqüentes: distúrbios hepáticos e reações de hipersensibilidade podem ocorrer
nas seis primeiras semanas de tratamento, reações cutâneas como rash e prurido.
8. Interações medicamentosas:

Aumento do efeito hipoglicemiante de gliclazida por: esteróides anabolizantes,
inibidores da ECA, antiácidos, salicilatos e sulfonamidas.

Ciprofloxacino e demais fluoroquinolonas podem pode alterar o metabolismo
glicêmico, causando hipoglicemia ou hiperglicemia. Quando for necessária a terapia
concomitante com gliclazida, devem-se monitorar os níveis de glicose, e redução da
dose do hipoglicemiante pode ser necessária.

Pode haver diminuição de efeito hipoglicemiante de gliclazida por: betabloqueadores,
corticosteróides, diuréticos, etanol, rifampicina.

Gliclazida pode aumentar o efeito de varfarina e ciclosporina.

Com etanol, pode ocorrer síndrome tipo dissulfiram (rara).
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para a necessidade de administrar o medicamento com a primeira refeição do
dia.

Orientar para o caso de esquecimento de uma dose: ingerir assim que possível, desde
que o horário da dose seguinte não esteja próximo. Alertar para não duplicar a dose.

Ensinar a reconhecer sinais de hipoglicemia (palpitações, sudorese, fome, tontura,
confusão mental) e ingerir um pouco de açúcar ou mel (colocados entre gengiva e
bochecha). Notificar se não houver melhora.
10. Aspectos farmacêuticos

Manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC.
Medicamento: HALOPERIDOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 748-751)
1. Apresentação:

Comprimidos de 1 mg e 5 mg.

Solução oral 2 mg/ml.
2. Indicações:

Manifestações agudas de esquizofrenia e transtornos psicóticos.

Manutenção do controle em esquizofrenia e transtornos psicóticos.
3. Contraindicações:

Coma ou depressão do sistema nervoso central.

Supressão medular.

Porfiria.

Feocromocitoma.

Lesão nos gânglios de base.

Hipersensibilidade a haloperidol.

Doença de Parkinson.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪ Suspensão, especialmente apos tratamentos prolongados (deve ser lenta e gradual
para reduzir o risco de recaídas).
▪ Uso concomitante de antiparkinsonianos ou suspensão do haloperidol (acentuam
discinesia tardia).
▪ Idosos (reduzir as doses).
▪ Crianças (não é recomendado em tratamento agudo).
▪ Crianças com menos de 3 anos de idade.
▪ Lactação (ver apêndice B).
▪ Epilepsia, problemas cerebrovasculares e cardiovasculares, doença respiratória,
glaucoma de angulo fechado, insuficiência hepática (ver apêndice C),
hipertireoidismo,
distúrbios
metabólicos
(hipopotassemia,
hipocalcemia,
hipomagnesemia), infecções agudas, historia de icterícia, leucopenia (realizar
hemograma caso ocorra febre ou infecção), hipotireoidismo, miastenia gravis,
hipertrofia prostática.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Tratamento de manutenção
▪
De 0,25 a 0,5 mg/kg/dia, por via oral, divididos em 2 ou 3 tomadas. Dose
máxima: 10 mg/dia
5.2. Adultos
Tratamento de manutenção
▪
De 0,5 a 5 mg, por via oral, a cada 12 ou 24 horas. Dose de manutenção 30 mg/dia. A
primeira dose oral deve ser dada dentro de 12 a 24 horas após a última dose injetável.
5.3. Idosos
Tratamento de manutenção

Iniciar com metade da dose para adultos jovens.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Boa absorção gastrintestinal (60 a 70%).

Pico de concentração plasmática: 3 a 6 horas.

Meia-vida de eliminação: 12 a 38 horas.
7. Efeitos adversos:
▪
Sintomas extrapiramidais (parkinsonismo, distonia aguda, acatisia e discinesia tardia),
sedação, hipotensão, efeitos anticolinérgicos.
▪
Interferência na liberação do hormônio de crescimento, aumento da prolactina,
secreção inapropriada do hormônio antidiurético (HAD), síndrome neuroléptica
maligna, hipoglicemia.

Agranulocitose e leucopenia

Parada cardíaca, hipertensão, prolongamento do intervalo QT, taquicardia e torsades
de pointes.
8. Interações Medicamentosas:

Antiarrítmicos da classe IA: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do
intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). Monitorar efeitos cardiotóxicos do
haloperidol durante o tratamento concomitante.

Benzatropina: risco de excessivos efeitos anticolinérgicos (sedação, obstipação,
xerostomia). Monitorar sinais de efeitos anticolinérgicos. Pode ser necessário ajuste de
doses ou interromper a utilização dos medicamentos.

Bepridil, mesoridazina, pimozida, terfenadina, tioridazina, ziprasidona: aumento do
risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada
cardíaca). A associação destes fármacos com haloperidol é contraindicada.

Bloqueadorers dos receptores D2 da dopamina: aumento do risco de cardiotoxicidade
(prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). Monitorar
efeitos cardiotóxicos durante o tratamento concomitante.

Bupropiona: aumento dos níveis plasmáticos de haloperidol devido a diminuição do
metabolismo, levando a toxicidade. A associação deve ser feita com cautela. Se
bupropiona e adicionada ao regime terapêutico de um paciente já recebendo
haloperidol, a diminuição da dose de haloperidol deve ser considerada.

Carbamazepina: aumento do metabolismo do haloperidol levando diminuição de sua
efetividade. Monitorar eficácia terapêutica do haloperidol após a adição de
carbamazepina. Em algumas situações clínicas, uma maior dose de haloperidol pode
ser necessária.

Cisaprida: pode resultar em piora dos sintomas psicóticos e/ou risco aumentado de
cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada
cardíaca) devido à inibição do metabolismo do haloperidol. A associação é
contraindicada.

Dextrometorfano: pode resultar em exacerbação dos efeitos adversos do
dextrometorfano (excitação do SNC, confusão mental, depressão respiratória,
nervosismo, tremores, insônia, diarreia) devido à inibição do seu metabolismo.

Esparfloxacino: risco de prolongamento do intervalo QT e/ou torsades de pointes.
Monitorar efeitos cardiotóxicos durante o tratamento concomitante.

Fluoxetina: toxicidade (pseudoparkinsonismo, acatisia, rigidez da língua) e risco
aumentado de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes,
parada cardíaca) devido à inibição do metabolismo do haloperidol. A associação não é
recomendada.
Fluvoxamina: aumento das concentrações de haloperidol devido a diminuição do
metabolismo do haloperidol, levando a toxicidade. Monitorarconcentrações séricas do
haloperidol e ajustar a dose, se necessário. Monitorar piora clinica e realizar avaliações
cognitivas
▪
Lítio: fraqueza, discinesia, aumento sintomas extrapiramidais, encefalopatia e danos
cerebrais. Monitorar sinais de toxicidade ou sintomas extrapiramidais. Os níveis séricos
de lítio devem ser monitorados periodicamente.
▪
Metildopa: pode provocar toxicidade no SNC (demência) ou parkinsonismo reversiva,
pelo aumento do bloqueio dos receptores D2 da dopamina. Monitorar sintomas
psiquiátricos. Se necessário, deve-se descontinuar o haloperidol.
▪
Nefazodona: diminuição do metabolismo do haloperidol e consequente aumento do
risco de efeitos extrapiramidais, hipotensão e sedação. Monitorar sinais de eventos
colaterais. O ajuste da dose pode ser necessário.
▪
Olanzapina: pode resultar em um aumento do risco de parkinsonismo. Monitorar
sinais e sintomas de aumento de efeitos adversos parkinsonianos. Pode ser necessário
diminuir a dose do haloperidol.
▪
Prociclidina e triexifenidil: risco de excessivos efeitos anticolinérgicos (sedação,
obstipação, xerostomia). Monitorar efeitos anticolinérgicos. Pode ser necessário o
ajuste de dose do haloperidol.
▪
Propranolol: aumento do risco de hipotensão e parada cardíaca. Monitorar sinais de
hipotensão.
▪
Quetiapina: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT,
torsades de pointes, parada cardíaca). Recomenda-se precaução na associação e ainda
o monitoria eletrocardiográfica e eletrólitos no início e durante o tratamento.
▪
Quinupristina/dalfopristina: aumento das concentrações de haloperidol devido a
diminuição do metabolismo do haloperidol, levando a cardiotoxicidade
(prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). A associação
deve ser evitada, mas se ocorrer, deve-se realizar monitoria por eletrocardiograma.
▪
Rifampicina e rifapentina: diminuem a efetividade do haloperidol, por aumentar o
metabolismo hepático. Monitorar diminuição da resposta clínica ao haloperidol
quando estes fármacos são adicionados ao esquema terapêutico. Pode ser necessário
aumentar a dose de haloperidol.
▪
Tacrina: síndrome parkinsoniana. Monitorar aumento de efeitos
parkinsonianos. Se necessário, deve-se descontinuar o haloperidol.

Venlafaxina: aumento das concentrações de haloperidol devido a diminuição do
metabolismo do haloperidol, levando a cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo
QT, torsades de pointes, parada cardíaca). A associação não é recomendada.
adversos
9. Orientações aos pacientes:
▪
Orientar para evitar o uso de bebidas alcoólicas ou sedativos. Aumentar a ingesta de
água, principalmente no calor ou durante exercícios físicos.
▪
Alertar para notificar o aparecimento de movimentos involuntários.
▪
Orientar para não suspender tratamento abruptamente.
▪
Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e
coordenação motora como operar máquinas e dirigir.

Informar mulheres em idade fértil quanto aos riscos e aconselhar a comunicar suspeita
de gravidez.
10. Aspectos farmacêuticos
•
Conservar a temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados e ao abrigo
da luz. Evitar o congelamento.

Incompatibilidades: solução oral de haloperidol com xarope de citrato de lítio.
Medicamento: HIDROCLOROTIAZIDA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 759-761)
1. Apresentação:

Comprimidos 25 mg.
2. Indicações:

Insuficiência cardíaca congestiva.

Hipertensão arterial sistêmica.

Edema de diferentes causas.
3. Contraindicações:

Insuficiências hepática e renal graves.

Estado pré-comatoso, pois a hipocalemia pode precipitar o coma.

Hipersensibilidade a hidroclorotiazida ou sulfonamidas.
4. Precauções:

Monitorar níveis de eletrólitos em tratamentos com altas doses do fármaco ou em
casos de insuficiência renal.

Cautela em diabetes melito, profiria, hipotensão, lúpus eritematoso sistêmico,
insuficiência renal (ver apêndice D).

Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A).

Usar as menores doses cabíveis em idosos, especialmente nos que apresentam
alterações eletrocardiográficas.
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Hipertensão arterial sistêmica e insuficiência cardíaca congestiva
▪
Crianças até 6 meses: 2 a 4 mg/kg, por via oral, dividida em 2 vezes ao dia. Máximo de
37,5 mg/dia.
▪
Crianças entre 6 meses e 2 anos: 1 a 2 mg/kg, por via oral, em dose única ou dividida
em 2 vezes ao dia. Máximo de 37,5 mg/dia.
▪
Crianças entre 2 e 12 anos de idade: 2 mg/kg, por via oral, em dose única ou dividida
em 2 vezes ao dia. Máximo de: 100 mg/dia.
5.2. Adultos
Insuficiência cardíaca congestiva
▪
12,5 a 50 mg, por via oral, em dose única diária. Aumentar gradualmente para 50 mg,
se necessário. Dose máxima diária: 100 mg.
Hipertensão arterial sistêmica

12,5 a 25 mg, por via oral, uma vez ao dia, inicialmente. A dose de manutenção pode
variar até 50 mg diários.
Edema

25 a 100 mg/dia em 1 a 2 doses, por via oral; máximo de 200 mg/dia.
5.3. Idosos
Edema, hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca congestiva

12,5 mg/dia, por via oral, dose única diária.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção reduzida na presença de alimentos.

Início de efeito: 1 a 2 horas.

Pico de concentração: 1,5 a 2,5 horas.

Duração de efeito: 12 a 24 horas.

Metabolismo: não significativo.

Excreção: renal (forma ativa).

Meia-vida de eliminação: 10 a 12 horas.

Em insuficiência cardíaca congestiva descompensada ou falência renal, a meia-vida se
prolonga acima de 28,9 horas.

O fármaco não é significativamente removido pela diálise.
7. Efeitos adversos:

Hiponatremia, hipocalemia, hiperuricemia e aumento de crises de gota.

Intolerância aos carboidratos, sintomas digestivos.

Impotência.

Reação alérgica.

Hipotensão ortostática.
8. Interações Medicamentosas:

O efeito da hidroclorotiazida pode ser aumentado por: álcool, anlodipino, atenolol,
clorpromazina, diazepam, enalapril, halotano, hidralazina, dinitrato de isossorbida,
levodopa, metildopa, nifedipino, propranolol, nitroprusseto de sódio, tiopental, timolol
e verapamil.

O efeito diurético pode ser diminuído por: contraceptivos orais, antiinflamatórios nãoesteróides, antiinflamatórios esteróides.

A hidroclorotiazida pode aumentar a toxicidade de: digoxina, quinidina e lítio.

Insulina, metformina e glibenclamida: antagonismo do efeito hipoglicemiante.

Amitriptilina: aumento do risco de hipotensão postural.

Anfotericina B, salbutamol, furosemida: aumento do risco de hipocalemia.

Carbamazepina: aumento do risco de hiponatremia.

Cisplatina: aumento do risco de nefrotoxicidade e ototoxicidade.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar para a importância de informar se apresentar alergia à hidroclorotiazida ou a
sulfa e derivados.

Alertar para a importância de informar se apresentar oligúria.

Orientar para aumentar o consumo de alimentos com alto teor de potássio (laranjas,
bananas, feijão).

Orientar para ingerir o medicamento preferencialmente pela manhã, para não
interromper o sono.
10. Aspectos farmacêuticos

O armazenamento deve ser feito em temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC, em
recipientes fechados e protegidos da luz.
Medicamento: HIDROCORTISONA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 356-357; 955-957)
1. Apresentação:

Creme dermatológico 1 %.

Pó para solução injetável 100 mg e 500 mg.
2. Indicações:

Tratamento de processos alérgicos e inflamatórios agudos.

Reações fototóxicas.

Tratamento de curta duração da psoríase da face e dobras.

Dermatite esfoliativa, seborreica e facial, pitiríase rósea e líquen plano.

Adjuvante em anafilaxia.

Asma aguda grave (uso restrito em crianças incapazes de reter a forma oral).
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco ou a qualquer componente da formulação.

Infecções fúngicas, bacterianas ou virais não tratadas com antimicrobiano.

Rosácea, acne, dermatite perioral, psoríase em placa e urticária.

Pele com cortes ou feridas.

Infecção no local do tratamento, atrofia pré-existente da pele.

Vacinas com vírus vivos ou atenuados.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:

Crianças (maior absorção e maior susceptibilidade a efeitos adversos; limitar o
período de tratamento em 5 a 7 dias; risco de retardo de crescimento);

Adolescentes (risco de retardo de crescimento).

Idosos (maior risco de púrpura e lacerações na pele).

Lactação (ver apêndice B).

Úlcera péptica, diabete melito, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, enfarte
do miocárdio, psicose, hipotireoidismo, glaucoma e osteoporose.

Insuficiência hepática (ver apêndice C).

Insuficiência renal (ver apêndice D).

Pode aumentar a susceptibilidade e a gravidade de infecções como varicela e sarampo.

Evitar tratamentos prolongados, principalmente na face.

Manter distante dos olhos.

Pode ativar ou exacerbar tuberculose e estrongiloidíase.

Fator de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Tópico
Adultos e crianças:

Aplicar fina camada na área afetada, 1 a 2 vezes ao dia (pode-se aplicar até 4 vezes ao
dia), durante 1 a 2 semanas.

O tratamento deve ser realizado em curtos períodos, mas pode durar 2 a 4 semanas no
caso de psoríase em face e dobras; não deve exceder uma semana nos casos de lesões
inflamatórias não infectadas em lábios e região perioral.

Para minimizar a possibilidade de absorção sistêmica significativa em tratamento
prolongado, deve-se interromper o tratamento periodicamente, aplicar pequenas
quantidades do creme ou tratar uma área do corpo por vez.

Em casos mais graves pode ser necessária a oclusão da lesão.
5.2. Parenteral
Crianças:
Processos inflamatórios agudos

1 a 5 mg/kg, por via IM ou IV, a cada 24 horas ou divididos a cada 12 horas.
Processos alérgicos agudos, adjuvante em anafilaxia e asma aguda grave

De 1 mês a 1 ano: 25 mg, por via IM ou IV, a cada 8 horas.

De 1 a 5 anos: 50 mg, por via IM ou IV, a cada 8 horas.

De 6 a 12 anos: 100 mg, por via IM ou IV, a cada 8 horas.
Adultos:
Processos inflamatórios agudos, processos alérgicos agudos e adjuvante em anafilaxia

100 a 500 mg, por via IM ou IV, durante 30 segundos a 10 minutos, a cada 8 horas.
Nota: Velocidade de administração venosa em crianças: bolo – solução diluída (50 mg/mL)
durante 3 a 5 minutos; infusão intermitente – solução diluída (1 mg/mL) durante 20 a 30
minutos.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção (tópica): rápida; é afetada pelo tipo de veículo utilizado, pela área de
aplicação e pelo grau de lesão na pele.

Absorção (intramuscular): imediata.

Pico de efeito (intramuscular): 1 hora.

Biotransformação: hepática.

Eliminação: renal.

Meia-vida de eliminação: 1-2 horas.
7. Efeitos adversos:

São raros por via tópica, mas podem ser sistêmicos quando aplicado em grande
quantidade, em áreas extensas da pele, com curativos oclusivos ou em pele lesionada.

Hipersensibilidade.

Quadros acneiformes, afinamento da pele, telangiectasia, estrias, diminuição na
cicatrização de feridas, equimose, hirsutismo, ardor, prurido e irritação no local da
aplicação, dermatite de contato, rosácea, dermatite perioral, hipertricose, foliculite,
furunculose, pústulas, pioderma, hipopigmentação.

Hiperestesia, catarata, glaucoma, síndrome de Cushing, edema, úlcera gástrica,
hipertensão, síndrome hipercalêmica.

Efeitos adversos por via parenteral:

Graves: catarata, síndrome de Cushing, glaucoma, hiperglicemia, insuficiência
adrenocortical, tuberculose pulmonar, desequilíbrio de fluidos e eletrólitos.

Comuns: Maior susceptibilidade e maior gravidade de infecções, euforia, depressão,
hipertensão intracraniana, convulsão, cefaleia, reações alérgicas, úlcera péptica,
náusea, necrose asséptica óssea, osteoporose, miopatias proximal, hipertensão
arterial.
8. Interações medicamentosas:

Alcaçuz: aumento do risco de efeitos adversos de corticoides. Cautela em caso de uso
concomitante, pois pode ser necessário reduzir a dose do corticosteroide.

Fluoroquinolonas: aumento do risco de ruptura dos tendões. Descontinuar o
antibacteriano caso o paciente apresente dor, inflamação ou ruptura de tendão.

Vacina contra rotavírus: aumento do risco de infecção pela vacina. O uso concomitante
é contraindicado.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar que o creme é somente para uso externo e para evitar contato com olhos e
mucosas.

Orientar para não cobrir a pele tratada com curativos oclusivos.

Orientar para evitar fraldas plásticas ou apertadas caso o creme seja aplicado na área
da fralda.

Alertar para não aplicar com outros medicamentos no mesmo local da pele. Obedecer
ao intervalo de pelo menos 30 minutos entre a aplicação de diferentes medicamentos
na mesma região.

Evitar contato com pessoas doentes.

Atletas devem consultar autoridades esportivas, pois este medicamento pode ter uso
restrito em alguns esportes.

Não tomar qualquer tipo de vacina sem consultar o médico.

Não suspender abruptamente este medicamento após uso prolongado. Após longo
período de terapia, deverá ser retirado de forma gradual.
10. Aspecto farmacêutico:

Armazenar a temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados. Evitar o
congelamento. Manter ao abrigo de luz, calor e umidade.

O pó deve ser reconstituído com o exato volume oferecido pelo produtor. Após
reconstituição, proteger a solução da luz A solução reconstituída deve ser utilizada
somente se estiver límpida e deve ser descartada após 3 dias.

Após a reconstituição, é possível diluição com glicose 5 %, cloreto de sódio 0,9 % e
solução de Ringer + lactato.
ATENÇÃO: o uso deste medicamento não deve ser suspenso sem orientação médica. Pode ser
necessária retirada gradual para diminuir risco de insuficiência adrenocortical.
Medicamento: IBUPROFENO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 768-771)
1. Apresentação:

Comprimido de 300 mg.

Suspensão oral 50 mg/mL.
2. Indicações:

Dor leve a moderada, incluindo cefaleia e dismenorreia.

Febre.

Tratamento de inflamações musculoesqueléticas.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a acido acetilsalicílico ou qualquer outro anti-inflamatório nãoesteróide.

Ulceração péptica ou sangramento intestinal ativos.

Terceiro trimestre da gravidez.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de distúrbios de coagulação, predisposição a alergias,
história de ulceração, perfuração ou sangramento gastrintestinal, doença cardíaca,
tratamento com anti-hipertensivos, anemia, asma brônquica e desidratação.

Insuficiência renal DCE inferior a 30 mL/minuto (ver apêndice D).

Insuficiência hepática (ver apêndice C).

Idosos (toleram menos os efeitos gastrintestinais associados ao fármaco).

Evitar o uso prolongado devido ao aumento do risco de efeitos gastrintestinais, dano
renal e anemia.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B – primeiro e segundo trimestres – e D – terceiro
trimestre – (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Dor leve a moderada, febre, dismenorreia primária, doenças inflamatórias, incluindo
musculoesqueléticas.

200 a 600 mg, por via oral, a cada 6 a 8 horas. Dose máxima: 2,4 g/dia e 3,2 g/dia em
doenças inflamatórias.
5.2. Crianças
Dor leve a moderada, febre, doenças inflamatórias musculoesqueléticas.

De 3 a 6 meses: 50 mg, por via oral, a cada 8 horas; em condições graves, até 30
mg/kg/dia, divididos a cada 6 ou 8 horas.

De 6 meses a 1 ano: 50 mg, por via oral, a cada 8 horas.

De 1 a 4 anos: 100 mg, por via oral, a cada 8 horas.

De 4 a 7 anos: 150 mg, por via oral, a cada 8 horas.

De 7 a 10 anos: 200 mg, por via oral, a cada 8 horas.

De 10 a 12 anos: 300 mg, por via oral, a cada 8 horas.

Dose máxima como antipirético em crianças: 40 mg/kg/dia.
Artrite idiopática juvenil.

Peso corporal acima de 7 kg: 30 a 50 mg/kg/dia, divididos a cada 6 ou 8 horas. Dose
máxima: 2,4 g/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Inicio de efeito: 15 minutos (dor); 1 semana (artrite).

Pico de efeito: 1 a 2 horas.

Duração de efeito: 4 a 6 horas (dor); 6 horas (febre).

Meia-vida de eliminação: 1,8 a 2 horas.

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal.
7. Efeitos adversos:
Frequentes

Edema (1-3%), retenção de liquido (1-3%).

Tontura (3-9%), cefaleia (1-3%), nervosismo (1-3%)

Coceira (1-3%), exantema (3-9%).

Dispepsia (1-3%), vômitos (1-3%), dor/cólica/desconforto abdominal (1-3%),
queimação (3-9%), náusea (3-9%), diarreia (1-3%), flatulência (1,3%), dor epigástrica
(3-9%).

Zumbidos (3-9%).
Graves

Acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão, enfarte do
miocárdio.

Insuficiência renal aguda, diminuição da depuração de creatinina, azotemia,
hematúria.

Agranulocitose, anemia aplásica, anemia hemolítica, eosinofilia, neutropenia,
trombocitopenia.

Anafilaxia.

Hepatite, icterícia, testes da função hepática anormais.

Diminuição da audição, ambliopia tóxica, alterações na visão, depressão.

Sangramento e ulceração gastrintestinal, epistaxe, melena.

Eritema multiforme, fotossensibilidade, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise
epidérmica tóxica, urticária, erupções vesicobolhosas.

Pancreatite.
8. Interações Medicamentosas:

Ácido acetilsalicílico: possível redução do efeito antiplaquetário do ácido
acetilsalicílico. Em caso de uso concomitante, administrar o ácido acetilsalicílico pelo
menos 30 minutos antes ou 8 horas apos a administração de ibuprofeno.

Tobramicina: concentrações plasmáticas dos aminoglicosídeos podem ser aumentadas.
Monitorar função renal e níveis séricos dos aminoglicosídeos. Ajustar dose do
aminoglicosídeo de acordo com parâmetros monitorados.

Anticoagulantes (femprocumona, varfarina, heparinas de baixo peso molecular):
aumento da atividade anticoagulante e risco de sangramento. Pacientes devem ser
monitorados apropriadamente.

Losartana: possível redução dos efeitos anti-hipertensivos e aumento do risco de
insuficiência renal. Monitorar pressão arterial, função cardiovascular e renal.

Furosemida e hidroclorotiazida: redução do efeito diurético e da eficácia antihipertensiva. Quando usados concomitantemente, monitorar peso e pressão arterial.

Fenitoína: aumento do risco de toxicidade da fenitoína (ataxia, tremor, etc),
especialmente em pacientes com insuficiência renal. Pacientes devem ser monitorados
para sinais e sintomas de toxicidade de fenitoína; em pacientes com insuficiência renal,
monitorar concentrações séricas de fenitoína.

Enalapril e Captopril: possível redução dos efeitos anti-hipertensivos e natriuréticos
dos IECA. No uso concomitante, monitorar pressão arterial e função cardiovascular.
Também monitorar pacientes para hiperpotassemia ou insuficiência renal aguda.

Fluoxetina: aumento do risco de sangramento. Considerar uso do anti-inflamatório
não-esteróide por curta duração em dose reduzida. Na ocorrência de efeitos adversos
gastrintestinais, considerar terapia de intervenção (por exemplo, antagonistas H2 ou
inibidores da bomba de próton) ou descontinuar o inibidor da receptação da
serotonina ou o anti-inflamatório ou mudar para terapia alternativa.

Glibenclamida: aumento do risco de hipoglicemia. Pacientes devem ser monitorados
para hipoglicemia. Quando anti-inflamatórios são introduzidos na terapia, pode ser
necessária redução da dose da sulfonilureia.
9. Orientações aos pacientes:

A Orientar para ingerir os comprimidos com 250 mL de água e não deitar dentro de 15
a 30 minutos apos a administração.

Orientar para ingerir com alimentos ou leite para evitar desconforto gástrico.

Orientar para não misturar a suspensão oral com nenhum outro liquido antes do uso.

Orientar para notificar imediatamente ao medico os seguintes sintomas: edema,
sangramento ou ulceração gastrintestinal, problemas cardiovasculares, ganho de peso
não usual ou exantema.

Reforçar a importância de evitar o uso de bebidas alcoólicas, pelo risco aumentado de
ulcerações.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a suspensão oral entre 15 e 30 oC, evitar congelamento.

Agitar a suspensão oral antes do uso.

Armazenar o comprimido a temperatura ambiente, entre 15 e 30 oC, em embalagens
bem fechadas e protegidas da luz.
Medicamento: INSULINA HUMANA NPH E INSULINA HUMANA REGULAR
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 778-781)
1. Apresentação:

Suspensão injetável 100 UI/mL (NPH).

Solução injetável 100 UI/ mL (Regular).
2. Indicações:

Tratamento de diabetes melito tipo 1.

Tratamento de diabetes melito tipo 2 em pacientes não controlados com dieta e
antidiabéticos orais.

Cetoacidose, coma hiperosmolar e na vigência de cirurgia, infecção ou traumatismo em
diabéticos de tipos 1 e 2.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a algum componente da formulação.

Hipoglicemia.
4. Precauções:

Usar com cuidado em casos de:



Diarreia, vômitos, hipotireoidismo, insuficiência renal grave (ver apêndice D) e
insuficiência hepática (ver apêndice C) (reduzem a necessidade de insulina;
reduzir as doses).
Febre, hipertireoidismo, traumas, infecções e cirurgias (aumentam a necessidade
de insulina; aumentar as doses).
Durante atividades físicas e longos períodos em jejum (monitorizar episódios de
hipoglicemia).

Monetarização diária de glicemia.

Monetarização do potássio sérico.

Acompanhar o tratamento com dieta adequada.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos e crianças
Insulina regular (controle de diabetes).

0,5 a 1 unidade/kg/dia, por via subcutânea, em doses divididas, 30 minutos, antes das
refeições e ao deitar. As doses diárias podem ser acrescidas em 2 a 4 unidades/dia a
cada 3 dias, de acordo com a resposta obtida.
Insulina NPH (controle do diabetes; tratamento de manutenção).

0,3 a 1,5 unidade/kg/dia, por via subcutânea, 1 a 2 vezes ao dia, pela manhã e a noite.
Ajustes de 2 a 4 unidades por dia podem ser feitos, a cada 2 a 3 dias, de acordo com a
resposta. Ao alcançar dose de 40 unidades/dia, e prudente dividi-la em duas injeções
diárias.
Insulina regular (tratamento de cetoacidose).

0,1 unidade/kg, em injeção intravenosa, seguida de 0,1 unidade/kg/hora, em infusão
intravenosa contínua. A redução ideal da glicemia e de 80 a 100 mg/dL/hora.
Insulina regular (em bomba de infusão contínua).

0,1 unidade/kg, em injeção intravenosa, seguida de 0,1 unidade/kg/hora, em infusão
intravenosa contínua. A redução ideal da glicemia e de 80 a 100 mg/dL/hora.
5.2. Adolescentes
Insulina regular

0,8 a 1,2 U/kg/dia, por via subcutânea, em doses divididas.
Insulina regular (em bomba de infusão contínua)

▪
Fornece uma taxa basal de insulina durante todo o dia e doses suplementares (bolus)
pré-prandiais.
Cuidados na administração:

Insulina subcutânea e absorvida mais rapidamente no abdome do que nas coxas; coxas
e braços em movimento absorvem insulina mais rapidamente que o abdome.

As seringas e as agulhas descartáveis podem ser reutilizadas pelo mesmo paciente,
desde que a agulha e a capa protetora não tenham sido contaminadas. Devem ser
mantidas em geladeira e o numero de reutilizações, em geral de 7 a 8, depende de a
ponta da agulha não se tornar romba, para não aumentar a dor da injeção.

Antes de iniciar a preparação da injeção, lavar bem as mãos. O frasco de insulina deve
ser retirado previamente da geladeira para evitar injeção fria. O frasco deve ser rolado
gentilmente entre as mãos para misturar a suspensão, antes de aspirar o conteúdo.

Em caso de combinação de dois tipos de insulina, aspirar antes a insulina de ação curta
para que o frasco não se contamine com a insulina de ação intermediária (o aspecto da
insulina regular deve ser sempre cristalino).

Antes de iniciar a aplicação da insulina, limpar a pele com algodão embebido em
álcool. Introduzir a agulha de injeção subcutânea por completo, em ângulo de 90
graus.

Antes de injetar, puxar o êmbolo para verificar a presença de sangue. Se houver
sangue, reiniciar a aplicação em outro local.

Mudar o lugar de aplicação da insulina mantendo uma distancia mínima de 1,5 cm a
cada injeção.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:
Insulina regular

Início de ação: 30 a 60 minutos (via subcutânea); imediato (via intravenosa).

Pico de ação: 2 a 3 horas.

Duração de ação: 5 a 8 horas.
Insulina NPH

Início de ação: 2 a 4 horas.

Pico de ação: 4 a 12 horas.

Duração da ação: 18 a 24 horas.
7. Efeitos adversos:

Hipoglicemia aumento de peso e edema.

Hipersensibilidade cutânea, reação no local da aplicação.
8. Interações Medicamentosas:

Bloqueadores beta-adrenérgicos podem alterar o metabolismo glicêmico, prolongar e
mascarar sinais e sintomas de hipoglicemia. Se a associação for necessária, monitorar
glicose sanguínea periodicamente. Bloqueadores cardiosseletivos tendem a causar
menos distúrbios glicêmicos, com menor risco de mascarar sintomas de hipoglicemia.

Ciprofloxacino e outras fluoroquinolonas podem alterar o metabolismo glicêmico,
causando hipoglicemia ou hiperglicemia. Se a associação for necessária, monitorar
concentrações sanguíneas de glicose periodicamente. Avaliar redução da dose de
insulina.

Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), feno-grego (Trigonella foenumgraecum),
tansagem (espécies do genero Plantago, designadas genericamente em inglês pelo
nome Psyllium), melão-de-são-caetano.

(Momordica charantia) e goma guar podem aumentar o risco de hipoglicemia. Se a
associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente.

Inibidores de monoamina oxidase (IMAO) podem estimular a secreção de insulina
causando hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigens. Monitorar
glicose sanguínea quando um IMAO for adicionado ou retirado da terapia e avaliar
redução da dose de insulina.
9. Orientações aos pacientes:

Educar para reconhecer sintomas de hipoglicemia, como visão borrada, confusão, frio,
fome excessiva, cefaléia, náuseas, entre outros, e a conhecer hábitos que podem
resultar em hipoglicemia, como atraso ou esquecimento de uma refeição, exercícios
intensos e álcool. Caso ocorram esses sintomas, colocar açúcar entre a gengiva e a
bochecha. Procurar um serviço de saúde se não houver melhora.

Educar para reconhecer sintomas de hiperglicemia e cetoacidose, como visão borrada,
boca e pele secas, náuseas, vômitos, aumento da frequencia e do volume de urina,
perda de apetite, entre outros, e a conhecer hábitos e/ou situações que podem
resultar em hiperglicemia, como diarréia, febre, infecções e dieta inadequada. Procurar
um serviço de saúde.

Orientar quanto a importância da adesão aos esquemas de dieta, exercícios e
monitoramento de glicemia e da organização de um esquema de administração que
previna reaplicação no mesmo local em menos de 15 a 20 dias.

Orientar para não compartilhar seringa, mesmo entre familiares.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar o frasco sob refrigeração, entre 2 e 8ºC. Manter o frasco fechado ao abrigo
de ar e da luz.

Manter o frasco apos aberto a temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC, ou sob
refrigeração, atentando para aquecer entres as mãos antes de administrar.

Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e
estabilidade da insulina regular para administração intravenosa.
Medicamento: ISOFLURANO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 789-790)
1. Apresentação:

Solução inalante (líquido volátil).
2. Indicações:

Anestesia geral (uso restrito a cirurgias cardiológicas e neurológicas).
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao isuflurano ou a outro agente halogenado.

Hipertermia maligna (suspeita ou conhecimento de susceptibilidade genética).
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Idosos (são mais susceptíveis à hipotensão e à depressão circulatória por indução
anestésica).
 Pacientes pediátricos com doença neuromuscular (risco de hiperpotassemia que
pode resultar em arritmias; o risco é aumentado com a coadministração de
succinilcolina).
 Crianças com idade inferior a 2 anos (a segurança não está estabelecida).
 Doença arterial coronariana (risco de indução da “síndrome do roubo coronariano”,
com redistribuição do fluxo sanguíneo para longe da área estenosada – perfusão
luxuriante -, agravando o quadro de má perfusão miocárdica).
 Doses elevadas (maior risco de hipotensão, depressão respiratória e aumento da
pressão do fluido cerebroespinhal).
 Lactação.

Pode reagir com absorventes de dióxido de carbono (CO2), produzindo monóxido de
carbono, que pode resultar em níveis elevados de carboxihemoglobinemia em alguns
pacientes.

Há risco de depressão respiratória neonatal.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos e crianças
Indução da anestesia

Aumentar gradualmente a partir de 0,5 % para 3 % em oxigênio ou óxido nitrosooxigênio.
Manutenção da anestesia

De 1 a 2,5 % em oxigênio com óxido nitroso; quantidade adicional pode ser necessária
(0,5 a 1 %) se for utilizado apenas oxigênio.
Nota: usar vaporizador calibrado.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início da ação: entre 7 a 10 minutos.

Ocorre mínima biotransformação.
7. Efeitos adversos:

Tremor, febre, delírio pós-anestesia, hipertermia maligna.

Depressão respiratória.

Náusea, vômito.

Diminuição da função hepática.

Hipotensão, arritmia, enfarte do miocárdio.

Sonolência, tontura, fraqueza, cefaleia.
8. Interações Medicamentosas:

Bepridil, cisaprida, mesoridazina, pimozida, terfenadina, tioridazina, ziprazidona:
aumento do risco de cardiotoxicidade. O uso concomitante é contraindicado.

Bloqueadores neuromusculares: têm seu efeito e duração de ação potencializados.
Pode resultar em depressão respiratória. A dose de relaxante muscular deve ser
reduzida caso a coadministração seja necessária. Em procedimentos longos a dose e a
frequência da infusão devem ser reduzidas.

Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): pode resultar em colapso cardiovascular. O
uso de erva-de-são-joão deve ser descontinuado 5 dias antes da utilização do
anestésico.

Labetalol: pode causar hipotensão. A função cardíaca deve ser monitorada,
particularmente em pacientes com disfunção cardíaca pré-existente.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para evitar atividades que requeiram atenção e coordenação motora, evitar o
uso de álcool e o uso de depressores do SNC nas 24 horas pós-anestesia.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar sob temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC.

A embalagem deve ser hermeticamente fechada e de material resistente à luz.
Medicamento: IVERMECTINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 800-802)
1. Apresentação:

Comprimido de 6 mg.
2. Indicações:

Infecções helmínticas causadas por nematódeos (Onchocerca volvulus).

Strongyloides stercoralis.

Filariase linfática por Wuchereria bancrofti.

Larva migrans cutânea.

Pediculose (Pediculus humanus capitis e pubis).

Escabiose (Sarcoptes scabiei).
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco.

Dano a barreira hematoencefálica, pois a ivermectina pode reagir com os receptores
de GABA.

Gravidez. Fator de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Crianças pesando menos de 15 kg (segurança não definida).
▪
Lactação (ver apêndice B).

O uso de anti-histamínicos ou corticosteróides reduz as reações alérgicas ocasionadas
pela desintegração das microfilárias.

O tratamento com ivermectina para infecções causadas por Onchocerca volvulus pode
causar danos sistêmicos (reação de Mazzotti) e reações oftálmicas.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos e crianças maiores de 5 anos (acima de 15kg)
Tratamento de oncocercose (medicamento de escolha)

Dar 150 microgramas/kg, por via oral, em dose única. A dose pode ser repetida a cada
6 ou 12 meses.
Programa de eliminação de oncocercose

Dar 150 microgramas/kg, por via oral. A dose pode ser repetida a cada 6 ou 12 meses.
Tratamento de estrongiloidíase

Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em dose única ou durante 2 dias. Caso após 3
meses de tratamento ainda existir evidencias de larvas, repetir o tratamento. Doses
adicionais não são necessárias, exceto em pacientes imunodeprimidos, nos quais a
terapia pode ser repetida após duas semanas.
Tratamento de filaríase linfática

De 150 a 400 microgramas/kg, por via oral, em dose única.
Programa de controle de filaríase

Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em conjunto com 400 mg de albendazol, por via
oral, em dose única anual.
Larva migrans cutânea

De 150 a 200 microgramas/kg, por via oral, uma vez ao dia, durante 1 a 2 dias.
Pediculose capitis

Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em dose única, repetindo o tratamento no 2º e
no 10º dia ou apos 7 e 14 dias, ou 300 microgramas/kg, por via oral, em dose única,
repetida após 1 semana.
Pediculose pubis

Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em dose única, repetida após 10 e 14 dias, ou
250 microgramas/kg, por via oral, em dose única, repetida apos 1 semana.
Escabiose

Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em dose única ou 250-300 microgramas/kg, por
via oral, em dose única, repetida apos 7 e 14 dias. O tratamento de todos os membros
da família e aconselhado.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção oral rápida.

Pico de concentração plasmática: 4 horas

Meia-vida: 18 a 35 horas.

Metabolismo: hepático.

Excreção: fezes (durante mais de 12 dias) e urina (menos de 1%).
7. Efeitos adversos:

Diarreia, náusea, vômito, dor abdominal.

Elevação sérica das enzimas hepáticas.

Reação de Mazzotti em indivíduos infectados, causada por morte de microfilárias e
caracterizada por artralgia ou mialgia, febre, linfoadenopatia, prurido, erupções
cutâneas, taquicardia, hipotensão e alterações oftálmicas.

Dor de cabeça, tontura, desmaios, insônia, tremores, sonolência.
8. Interações Medicamentosas:

Varfarina: pode resultar em aumento dos valores do RNI. Monitorar cuidadosamente
RNI para evitar sangramento.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para ingerir o medicamento com 250 mL de água e com o estomago vazio. A
ingestão de alimentos pode aumentar consideravelmente a biodisponibilidade da
ivermectina.

Orientar para notificar se houver suspeita de gravidez e a ocorrência de amamentação
natural.
10. Aspectos farmacêuticos

Os comprimidos devem ser armazenados a temperatura inferior a 30ºC e abrigo de luz
e umidade.
Medicamento: LEVODOPA + BENSERAZIDA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 805-810)
1. Apresentação:

Comprimido de 200mg + 50mg.

Comprimido de 100mg + 25 mg.

Cápsula de 100mg + 25 mg.
2. Indicações:

Doença de Parkinson
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade conhecida a levodopa ou benserazida.

Lesões de pele não diagnosticadas, melanoma maligno ou história prévia desta doença.

Glaucoma de ângulo fechado.

Uso concomitante de reserpina e inibidores da monoamina oxidase (inclusive duas
semanas antes de iniciar levodopa+benserazida).
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪ Doenças pulmonares.
▪ Úlcera péptica ativa.
▪ Doenças graves hepáticas, renais, cardiovasculares e medulares ósseas.
▪ Diabete melito, hipertireoidismo, feocromocitoma, osteomalácia.
▪ Depressão e outras doenças psiquiátricas graves.
▪ Glaucoma de ângulo aberto.
▪ Retirada do medicamento (deve ser gradual para reduzir risco de síndrome
neuroléptica maligna e rabdomiólise).
▪ Anestesia com narcóticos (suspender o medicamento pelo menos oito horas antes da
anestesia).
▪ Idosos (introduzir com incrementos graduais das doses).
▪ Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Doença de Parkinson

De 100 a 200 mg de levodopa e 25 a 50 mg de benserazida (razão 4:1), por via oral,
duas vezes ao dia. A dose diária pode ser aumentada gradualmente com 50 a 100 mg
de levodopa e 12,5 a 25 mg de benserazida a cada 3 a 7 dias em 3 a 4 doses divididas.
Durante a progressão da doença ha necessidade de aumento de dose para
manutenção da eficácia clínica; não exceder a dose diária de 800 mg de levodopa e
200 mg de benserazida.
5.2. Idosos
Doença de Parkinson

Dose inicial de 50 mg de levodopa e 12,5 mg de benserazida, por via oral uma ou duas
vezes ao dia. Aumentar a dose diária em 50 mg de levodopa e 12,5 mg de benserazida
a cada 3 a 4 dias, de acordo com a resposta clínica.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: cerca de 60% é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal; alimento
reduz em 15% a absorção.

Pico de resposta clínica ocorre ate o final do primeiro mês de tratamento.

Metabolismo: predominantemente no trato gastrintestinal e em menor extensão pelo
fígado.

Excreção: renal (90%).

Meia-vida de eliminação da levodopa e de 1,5 a 2 horas, aumentada em 25% nos
idosos. A depuração encontra-se reduzida nesta faixa etária.
7. Efeitos adversos:

Arritmias cardíacas e hipotensão ortostática (ocasionais); hipertensão, dor no peito e
flebites (menor frequência que os primeiros).

Prurido e exantema; recorrência primária de melanoma maligno.

Hiperprolactinemia e aumento de TSH.

Síndrome neuroléptica maligna tem sido reportada durante a retirada abrupta da
levodopa+benserazida.

Elevação do ácido xanturênico foi observada em indivíduos com deficiência de
vitamina B6; Náuseas e vômitos (frequentes, especialmente no início do tratamento);
sialorreia, disfagia, flatulência, anorexia, disgeusia e diarréia (ocasionais);
sangramentos gastrintestinais e dispepsia (raros).

Leucopenia, trombocitopenia, redução do tempo de tromboplastina, anemia
hemolítica e não hemolítica (raros).

Elevações de bilirrubina e fosfatase alcalina.

Agitação, ansiedade, distúrbios do sono e depressão (frequentes); o uso prolongado
pode levar a desorientação, confusão mental, ilusão e discinesia; convulsões podem
ocorrer em indivíduos com déficit renal.

Indução da dopa-descarboxilase ocorre gradualmente entre o terceiro e quarto mês de
tratamento com levodopa+benserazida, podendo ser necessária readequação de dose.

Perda de resposta clinica após vários anos de tratamento, relacionada a progressão da
doença.

Disfunção sexual, retenção e/ou incontinência urinaria (raros).
8. Interações Medicamentosas:

Bromperidol, droperidol, fenilalanina, fenitoína e fosfenitoína, kava-kava, sais de ferro,
tirosina: podem reduzir a efetividade; monitorar eficácia terapêutica da
levodopa+benserazida e aumentar a dose desta se necessário.

Bupropiona e indinavir aumentam os efeitos adversos; monitorar efeitos adversos da
associação levodopa + benserazida e reduzir a dose desta se necessário.

Espiramicina reduz a concentração sérica com perda dos efeitos antiparkinsonianos;
ajuste da dose de levodopa+benserazida pode ser necessario.

Inibidores da MAO e linezolida: o uso concomitante e contraindicado.

Metoclopramida tem seus efeitos extrapiramidais aumentados; o uso concomitante
deve ser evitado.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para o relato de alergias e uso concomitante de outros medicamentos.

Orientar para o relato de comorbidades, particularmente diabetes melito, glaucoma,
câncer de pele, doenças mentais, doenças dos rins, fígado e pulmão.

Orientar para tomada do medicamento longe das refeições e, particularmente de
alimentos ricos em proteínas; contudo, somente para adaptação ao início do
tratamento, pode-se recomendar a tomada com alimentos.

Recomendar dieta rica em vitamina B6 (bananas, ovos galados, ervilha, carnes,
amendoim e cereais integrais).

Orientar sobre o tempo até que surjam efeitos significativos no controle da doença
(cerca de ate 30 dias).

Alertar sobre a necessidade de seguir rigorosamente a dose e os horários de tomada
do medicamento; e não interromper abruptamente o seu uso.

Orientar para o caso de esquecimento da dose, a mesma devera ser desconsiderada se
faltarem duas horas ou menos até a próxima dose, nunca duplicar a dose.

Orientar para a guarda do medicamento sempre longe do alcance das crianças.

Orientar os pacientes diabéticos que o medicamento interfere no resultado dos testes
de glicose e corpos cetônicos na urina.

Orientar que o medicamento diminui os reflexos e que ao executar atividades como
dirigir ou operar maquinas perigosas poderá expor a riscos de acidentes.

Orientar que o uso do medicamento poderá dar tonalidade escura à saliva, urina e
suor; sabor amargo e sensação de queimação na língua poderão estar presentes.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar o medicamento sob temperatura de 15 ºC e 30 ºC, em embalagens bem
fechadas, protegido da luz, calor e umidade. Não colocar em geladeira ou no
congelador.
ATENÇÃO: no início do tratamento pode ocorrer sedação excessiva e sono de início súbito; alertar o
paciente para execução de atividades que requerem atenção e reflexos rápidos, como dirigir e/ou
operar máquinas perigosas.
Medicamento: LEVONORGESTREL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 810-813)
1. Apresentação:

Comprimido de 0,75 mg.

Comprimido de 1,5 mg.
2. Indicações:

Contracepção de emergência.
3. Contraindicações:

Sangramento genital de etiologia desconhecida.

Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.

Porfiria.

Doença arterial grave, distúrbios tromboembolíticos.

Gravidez. Fator de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A).
4. Precauções:


Usar com cuidado nos casos de:
▪
Diabetes.
▪
Insuficiência hepática (ver apêndice C).
▪
Ocorrência de vomito em ate 2 horas após a administração (a dose poderá ser
repetida; se necessário, administrar antiemético).
Não é recomendado antes da menarca, mas pode ser usado durante o ciclo menstrual.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos e jovens acima de 16 anos.

Dose única de 1,5 mg, por via oral, ingerida preferencialmente ate 72 horas após
relação sexual desprotegida. Eficácia ainda se mantém ate 120 horas após o intercurso
sexual desprotegido.

Duas dosagens de 0,75 mg, via oral de 12 em 12 horas, num período de até 5 dias após
a relação sexual.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Metabolismo: hepático

Meia-vida de eliminação: 43 horas.

Excreção: preponderamente renal.
7. Efeitos adversos:

Náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e alterações no apetite.

Irregularidades menstruais, sensibilidade mamaria, cistos ovarianos.
8. Interações Medicamentosas:

Fosfenitoína pode induzir o metabolismo de levonorgestrel, com redução da eficácia.

Tacrina pode ter incidência de efeitos adversos aumentada pelo levonorgestrel. Avaliar
redução da dose da tacrina.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para ingerir no máximo até 72 horas após relação sexual desprotegida, para
obter efetividade.

Orientar para ingerir o comprimido com alimento ou leite para evitar desconforto
gástrico.

Orientar para a possível ocorrência de vômito em 1 a 3 horas apos tomar o
comprimido; se ocorrer, repetir a dose.

Alertar para a possibilidade de atraso ou adiantamento da próxima menstruação.
Recomendar um método de barreira até a próxima menstruação.

Reforçar a necessidade de notificar se houver dor no baixo ventre, que pode ser sinal
de gravidez ectópica.

Alertar para não adotar o método de proteção contraceptiva de emergência como
método regular de controle de natalidade.

Informar que não protege contra infecção por HIV ou qualquer doença sexualmente
transmissível e que não é eficaz para interromper gravidez existente.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar em temperatura ambiente em recipiente bem fechado.
Medicamento: LORATADINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 819-820)
1. Apresentação:

Comprimido de 10 mg.

Xarope 1 mg/mL.
2. Indicações:

Alívio de sintomas de alergia, febre do feno, rinite alérgica ou vasomotora, prurido,
urticária.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade à loratadina.

Porfiria.

Recém-nascidos e bebês prematuros.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Hipertrofia prostática, retenção urinária, glaucoma, obstrução piloro-duodenal e
epilepsia.
 Insuficiência hepática (ver apêndice C) e renal (ver apêndice D).
 Crianças e idosos (podem desenvolver reação paradoxal de hiperexcitabilidade).
 Direção de veículo ou operação de maquinário (risco de acidentes por eventual
efeito sedativo da loratadina).
 Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos e crianças
Adultos e crianças a partir de 6 anos

10 mg, VO, uma vez ao dia.
Adultos e crianças a partir de 6 anos, com falência hepática ou diminuição da função renal
(depuração endógena de creatinina < 30 mL/minuto)

10 mg, em dias alternados.
Crianças com 2 a 5 anos

5 mg, VO, uma vez ao dia.
Crianças com 2 a 5 anos, com falência hepática ou diminuição da função renal (depuração
endógena de creatinina < 30 mL/minuto)

5 mg, em dias alternados.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: bem absorvida por via oral. A ingestão concomitante de alimentos pode
aumentar a absorção em 40 %.

Início de ação: 1 a 3 horas.

Duração da ação: dose única de 24 a 48 horas; doses múltiplas de 24 horas a 8 dias.

Tempo para pico de concentração: 1,3 hora.

Pico de efeito: 8 a 12 horas; em idosos, a taxa de absorção e pico plasmático são cerca
de 55 % maiores que em jovens.

Biotransformação: hepática; metabólito ativo: desloratadina.

Eliminação: urinária e fecal, 80 % do total da dose administrada.

Meia-vida: 8,4 horas.

Não atravessa a barreira hematoencefálica.

Diálise não altera a farmacocinética.
7. Efeitos adversos:

Raros: hipotensão, edema, palpitação, taquicardia, urticária, exantema, mialgia,
sudorese, fotossensibilidade, visão borrada, icterícia, necrólise hepática, coloração da
urina, anafilaxia, ganho de peso, faringite, dispneia, congestão nasal, broncoespasmo,
astenia, depressão, cefaleia, insônia, tremor, convulsão.

Sintomas mais frequentes em idosos: dor ao urinar, secura nasal, zumbido, confusão,
tontura.

Pode ocorrer sedação se a dose recomendada de loratadina for excedida.
8. Interações Medicamentosas:

Amiodarona: recomenda-se realização de eletrocardiograma (ECG) antes e após a
primeira dose. Se for observado prolongamento do intervalo QT, deve-se interromper
o uso da loratadina e monitorar o ritmo cardíaco.
9. Orientações aos pacientes:

A administração com alimentos, água ou leite reduz a irritação gástrica.

Recomenda-se interromper o uso uma semana antes da realização de testes de pele
com alergênios, pois podem ocorrer resultados falso-negativos.

Não usar durante o aleitamento materno.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC.

Manter em recipiente bem fechado, longe de calor e luz direta.

Não congelar (xarope).
Medicamento: LOSARTANA POTÁSSICA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 820-822)
1. Apresentação:

Comprimido de 50 mg.
2. Indicações:

Segunda escolha nos casos de intolerância ao IECA, nas indicações:
 Insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
 Hipertensão arterial sistêmica.
 Profilaxia de acidente cerebrovascular em pacientes hipertensos com hipertrofia
ventricular esquerda.
 Nefropatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 2 e história de
hipertensão.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco.

Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (primeiro trimestre) e D (segundo e
terceiro trimestres) (ver apêndice A).
4. Precauções:
 Usar com cuidado nos casos de:

Angioedema atual ou historia de angioedema.

Depleção de volume (corrigir depleção antes de iniciar o tratamento para prevenir
hipotensão).

Insuficiência hepática (ver apêndice C).

Insuficiência renal (ver apêndice D).

Hiperpotassemia.

Estenose da artéria renal.

Insuficiência cardíaca congestiva grave

Lactação (ver apêndice B).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças com 6 anos ou mais
Hipertensão arterial sistêmica

0,7 mg/kg, por via oral, a cada 24 horas. Dose máxima: 50 mg/dia.
5.2. Adultos
Hipertensão cardíaca congestiva

Dose inicial: 12,5 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dobrar a dose a cada 7 dias, se
necessário, até 50 mg/dia.
Hipertensão arterial sistêmica

Dose inicial 50 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dose de manutenção: 25 a 100 mg, por
via oral, uma vez ao dia ou dividido a cada 12 horas.
Profilaxia de acidente cerebrovascular em pacientes com hipertrofia ventricular esquerda

Dose inicial: 50 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dose de manutenção: 100 mg, por via
oral, uma vez ao dia. Associado a hidroclorotiazida 12,5 a 25 mg, por via oral, uma vez
ao dia.
Nefropatia diabética em pacientes com diabetes tipo 2 e história de hipertensão

Dose inicial: 50 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dose de manutenção: 100 mg, por via
oral, uma vez ao dia de acordo com controle da pressão arterial.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Biodisponibilidade: 25% a 35%

Pico de concentração: 1 a 1,5 horas.

Duração da ação: 24 horas (em hipertensão)

Metabolismo hepático 14% via citocromo P450 isoenzimas CYP2C9 e CYP3A4.
Metabolito ativo. Sofre metabolismo de primeira passagem.

Meia-vida de eliminação: 1,5 a 2 horas para o fármaco e 4 a 9 horas para o metabolito
ativo.

Excreção: 13% a 35% renal, depuração renal 42 a 75 mL/min; 50% a 60% biliar.

Não é dialisável.
7. Efeitos adversos:

Angina, bloqueio atrioventricular de segundo grau, acidente cerebrovascular,
hipotensão (principalmente em paciente com depleção de volume), enfarte do
miocárdio, arritmias, síncope (todos menos de 1%). Hipotensão ortostática dose
dependente (menor do que 0,5% com dose de 50 mg e 2% com dose de 100 mg).

Prurido, exantema, alopecia, dermatite, pele seca, eritema, rubor, fotossensibilidade,
sudorese, urticária (todos menos de 1%).

Gota, hiperpotassemia, hiponatremia.

Diarreia (2%), dispepsia (1%), alteração no paladar, pancreatite.

Anemia, linfoma maligno, trombocitopenia.

Hepatotoxicidade

Dor nas pernas e costas, cãibra muscular e mialgia (todos entre 1% a 1,8%),
rabdomiólise.

Astenia, ataxia, confusão, tontura, hiperestesia (sensibilidade diminuída a estímulos),
insônia ou transtorno do sono, comprometimento da memória, enxaqueca, parestesia,
síndrome de Parkinson, neuropatia periférica, sonolência, tremor, vertigem (todos
menos de 1%).

Visão borrada, sensação de queimação ocular, conjuntivite, diminuição da acuidade
visual, tinido (todos menos de 1%).

Ansiedade, depressão, sensação de nervosismo, distúrbio do pânico, distúrbio
psicótico (todos menos de 1%).

Nefrotoxicidade.

Diminuição da libido, impotência (todos menos de 1%).

Tosse, infecção respiratória superior (8%), congestão nasal (2%), sinusite
(1%), alterações no seio frontal (1,5%).

Angioedema.
8. Interações Medicamentosas:

Anti-inflamatórios não esteroides, fluconazol, rifampicina: podem diminuir a
efetividade da losartana. Monitorar pressão arterial.

Lítio: pode ter a toxicidade (fraqueza, tremor, sede, confusão) aumentada pela
losartana. Monitorar para sinais e sintomas específicos.
9. Orientações aos pacientes:

Medicamento não recomendado durante a gravidez. Orientar prevenção.
▪
Aumento de pressão arterial pode não ter sintoma, não deixar de usar o medicamento
sem falar com o médico.

Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se estiver perto do
horário da próxima dose, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no horário.
Nunca usar duas doses juntas.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar entre 15 e 30 °C, proteger do calor, umidade e luz direta.

Formulação extemporânea – suspensão oral 2,5 mg/mL: colocar 10 comprimidos de
losartana potássica 50 mg num recipiente com 10 mL de água purificada, agitar por 2
minutos, deixar em repouso durante 1 hora e agitar por mais 1 minuto; adicionar esta
mistura a 190 mL de Ora-plus e Ora-sweet 50/50 e agitar por mais 1 minuto.
Armazenar sob refrigeração. Estável por até 4 semanas. Agitar bem antes de usar.
ATENÇÃO: máximo efeito hipotensor é alcançado após 3 a 6 semanas. A incidência de alguns efeitos
adversos varia de acordo com a doença de base (hipertensão e nefropatia diabética) e tendem a ser
mais frequentes naqueles com nefropatia diabética.
Medicamento: MEDROXIPROGESTERONA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 360-361)
1. Apresentação:

Solução injetável de 150 mg/mL.
2. Indicações:

Contracepção (injeção trimestral).

Distúrbios vasomotores da menopausa.

Endometriose.

Hemorragias uterinas.

Amenorréia secundaria.
3. Contraindicações:

Tumores malignos de mama ou em órgãos genitais.

Hipersensibilidade ao acetato de medroxiprogesterona ou a qualquer componente da
formulação.

Disfunções hepáticas.

Porfiria.

Tromboembolismo venoso e doenças arteriais.

Hemorragias geniturinárias não diagnosticadas.

Histórico de abortos espontâneos.

Histórico de prurido o icterícia idiopática durante a gravidez.

Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A).
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Distúrbios de sangramento menstrual.
▪
Insuficiência hepática e renal (ver apêndice D).
▪
Perda de densidade óssea, risco de tromboembolismo, retenção de fluidos
orgânicos, asma, depressão, convulsões, epilepsia, enxaqueca, diabetes,
hiperlipidemias, disfunções cardíacas, hipertensão, histórico de desenvolvimento
de tumor de mama e distúrbios oftálmicos.
▪
Climatério (sinais e sintomas do climatério podem ser mascarados).

Evitar terapia prolongada.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Amenorreia secundária
▪
2,5 a 10 mg, por via oral, durante 5 a 10 dias, iniciando entre o 16. e o 21. dia do ciclo.
Repetir por três ciclos em amenorreia secundária.
Contracepção
▪
150 mg, por via intramuscular, até o 5º dia do ciclo menstrual, repetidos a cada 3
meses.
▪
Após o parto, a administração deve ser realizada ate o 5º dia posterior ao nascimento
ou, em caso de amamentação, até 6 semanas.
Endometriose
▪
10 mg, por via oral, a cada 8 horas, durante 90 dias, iniciando no primeiro
dia do ciclo.
Hemorragias uterinas
▪
2,5 a 10 mg, por via oral, durante 5 a 10 dias, iniciando entre o 16º e o 21º dia do ciclo.
Repetir por dois ciclos em hemorragia uterina disfuncional.
Menopausa
▪
5 a 10 mg, por via oral, durante 12 a 14 dias por mês, iniciando no 1º ou 16º dia do
ciclo
▪
Em mulheres com leiomioma, considerar doses menores de 2,5 mg por dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Pico de concentração plasmática: 2 a 4 horas, por via oral; aproximadamente 3
semanas, por via intramuscular.

Metabolização: preponderantemente hepática.

Eliminação: preponderantemente renal.

Meia-vida: 12 a 17 horas (oral) ou 50 dias (intramuscular).
7. Efeitos adversos:
▪
Alterações de peso corporal (frequência da reação: acima de 5%)
▪
Amenorreia, desordens menstruais, maior retardo na volta da fertilidade (forma de
deposito), galactorreia.
▪
Diminuição da massa óssea (frequência da reação: acima de 5%), osteoporose
▪
Dor abdominal (acima de 5%)
▪
Astenia, vertigens, cefaleia.
▪
Trombose venosa profunda, embolia pulmonar.
▪
Icterícia.
▪
Anafilaxia.

Síndrome de Cushing.
8. Interações Medicamentosas:
▪
Alprazolam pode ter seu risco de toxicidade aumentado pela inibição do metabolismo
hepático. Monitorar o aumento da resposta ao benzodiazepínico.

Aprepitanto, bexaroteno, bosentana e rifampicina podem induzir o metabolismo da
medroxiprogesterona administrada por via oral. Orientar para a utilização de método
contraceptivo adicional durante o tratamento.
9. Orientações aos pacientes:
▪
Em caso de esquecimento de uma dose oral, esta deve ser ingerida assim que possível,
desde que o horário da dose seguinte não esteja próximo. Cuidado para não duplicar a
dose.
▪
Caso o intervalo entre as aplicações da forma injetável ultrapasse 3 meses e 14 dias, a
hipótese de gravidez deve ser excluída antes de efetuar a próxima administração, e um
método de contracepção alternativo devera ser utilizado durante os 7 dias posteriores.

As pacientes devem ser alertadas antes do inicio do tratamento sobre possíveis
irregularidades menstruais e um potencial atraso no retorno da fertilidade apos a
suspensão do uso do medicamento.
10. Aspectos farmacêuticos
▪
Conservar a temperatura ambiente (15 a 30ºC). Manter em recipientes
hermeticamente fechados e ao abrigo da luz.
•
Agitar bem, antes da utilização por via intramuscular.
Medicamento: METFORMINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 572-574)
1. Apresentação:

Comprimidos de 850 mg.
2. Indicações:

Tratamento do diabetes melito tipo 2 em pacientes obesos.
3. Contraindicações:

Cetoacidose.

Insuficiência renal (ver apêndice D).

Administração concomitante com contrastes radiológicos iodados.

Anestesia geral.

Alcoolismo.

Hipersensibilidade a metformina.

Diabetes gestacional.
4. Precauções:


Usar com cuidado nos casos de:
▪
Insuficiência renal, avaliar a função renal antes do inicio do tratamento e uma a
duas vezes durante o ano (ver apêndice D).
▪
Idosos, especialmente acima de 80 anos (e maior o risco de acidose lática pela
redução da função renal).
▪
Ingestão excessiva de álcool, distúrbios hepáticos (ver apêndice C), hipoxemia,
desidratação e septicemia (condições que elevam o risco de acidose lática).
▪
Durante infecções, cirurgias ou traumas (substituir por insulina).
▪
Lactação.
Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos e maiores de 10 anos.

Dose inicial: 500 mg, por via oral, duas vezes ao dia, ao desjejum e ao jantar, ou 850
mg, uma vez ao dia. Se necessário, elevar a dose semanalmente, com adição de uma
dose, até que se obtenha controle dos níveis de glicose sanguínea ou até que se atinja
a dose máxima recomendada de 2.550 mg/dia, fracionada em três administrações
(café da manhã, almoço e jantar).
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Biodisponibilidade: 50 a 60%. A absorção é retardada na presença de alimentos no
estômago.

Meia-vida: aproximadamente 6 horas.

Pico de ação: 1 a 3 horas.

Efeito máximo: 2 semanas.

Eliminação: 90% renal.

Dialisável.
7. Efeitos adversos:

Sabor metálico, diarreia, flatulência, dor abdominal, indigestão, náuseas, vômitos.

Anorexia, astenia, fotossensibilidade.

Acidose lática.

Hepatotoxicidade.

Eritema, prurido, urticária.

Discrasias sanguíneas.
8. Interações Medicamentosas:
▪
Bloqueadores beta-adrenérgicos: podem alterar o metabolismo glicêmico causando
hiperglicemia, hipoglicemia e hipertensão. Se a associação for necessária, monitorar
glicose sanguínea periodicamente. Bloqueadores cardioprevalentes oferecem menor
risco de distúrbios glicêmicos e de mascaramento dos sintomas de hipoglicemia.

Cefalexina e cimetidina: podem elevar as concentrações plasmáticas de metformina
pela inibição de sua excreção tubular. Monitorar o surgimento de efeitos adversos
associados ao cloridrato de metformina e avaliar redução da dose.
▪
Ciprofloxacino, outras fluoroquinolonas: alteração do metabolismo da glicose, com
hipoglicemia ou hiperglicemia. Se a associação for necessária, monitorar glicose
sanguínea periodicamente. Avaliar redução da dose de cloridrato de metformina.
▪
Contrastes radiológicos iodados: risco de acidose lática e falência renal aguda. O uso
simultâneo é contraindicado. Interromper tratamento se houver necessidade de
exames radiológicos com administração intravenosa de contrastes radiológicos
iodados; restabelecer tratamento após normalização da função renal.
▪
Enalapril: pode causar acidose lática e hiperpotassemia. Evitar uso simultâneo em
pacientes com insuficiência renal.
•
Glucomanano: risco de redução da absorção do cloridrato de metformina. Administrar
os medicamentos em diferentes períodos do dia.
▪
Inibidores de monoamina oxidase (IMAO): podem estimular secreção de insulina
provocando hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigens.
Monitorar glicose sanguínea quando um IMAO for adicionado ou retirado da terapia.
Avaliar redução da dose de cloridrato de metformina.
▪
Plantas como Psyllium (nome utilizado em inglês para designar algumas espécies do
gênero Plantago; no Brasil, espécies deste gênero são conhecidas como tansagem),
melão-de-são-caetano (Momordica charantia), erva-de-são-joão (Hypericum
perforatum) e feno-grego (Trigonella foenum-graecum) ou produtos derivados: podem
aumentar o risco de hipoglicemia. Se a associação for necessária, monitorar glicose
sanguínea periodicamente.

Topiramato: pode alterar a biotransformação de ambos os fármacos. Monitorar glicose
sanguínea quando o topiramato for adicionado ou retirado da terapia. Avaliar redução
da dose de cloridrato de metformina.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para administrar com alimentos para reduzir os sintomas gastrintestinais.
Aumentar a ingestão de água.

Reforçar a necessidade de evitar a ingestão de bebida alcoólica.

Ensinar a reconhecer sintomas de acidose lática, como diarreia, hiperventilação, dores
ou cãibras musculares, sonolência e cansaço.
10. Aspectos farmacêuticos

Deve-se manter ao abrigo de ar e luz e a temperatura ambiente, de 15 a 30ºC.
Medicamento: METILDOPA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 841-842)
1. Apresentação:

Comprimidos de 250 mg.
2. Indicações:

Hipertensão crônica de leve a moderada na gravidez.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a metildopa.

Doença hepática ativa.

Paciente em uso de um inibidor da monoamino oxidase (IMAO).

Feocromocitoma.

Porfiria.
4. Precauções:

Usar com cuidado em casos de:
▪
Hipotensão, insuficiência cardíaca congestiva, edema, anemia hemolítica, doença
cerebrovascular, insuficiência hepática, insuficiência renal (ver apêndice D).
▪
Pacientes em diálise.
▪
Lactação.

Evitar interrupção abrupta.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Gestantes

Iniciar com 250 mg 2 a 3 vezes ao dia. Aumentar, se necessário, a cada 2 dias até o
máximo de 3 g/dia. Manutenção: 0,5 a 2 g em 2 a 4 doses.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Biodisponibilidade: 25 a 50%.

Início da ação: 3-6 horas.

Pico de efeito: 6-9 horas.

Duração: 12-24 horas.

Meia-vida de eliminação: 75-80 minutos.

Metabolismo: hepático (50%), metabólitos com atividade indefinida.

Excreção: renal (70%) e fecal (30-50%).
7. Efeitos adversos:

Hipotensão postural, hipertensão de rebote na retirada.

Sedação, distúrbio do sono, cefaleia (9%), vertigens e tonturas (15%).

Depressão, sinais e sintomas psicóticos.

Diminuição da libido (7 a 14%)

Xerostomia.

Hepatotoxicidade.

Anemia hemolítica (10 a 20%).

Febre (1 a 3%).
8. Interações Medicamentosas:

Betabloqueadores podem aumentar o efeito da metildopa. Monitorar pressão arterial
na situação de risco, sinais e sintomas específicos.

Ferro, fenilpropanolamina, pseudoefedrina podem diminuir o efeito da metildopa.
Monitorar frequência cardíaca, arritmia, sinais e sintomas específicos.

Haloperidol pode ter o efeito/toxicidade aumentado pela metildopa. Monitorar
neurotoxicidade, sinais e sintomas específicos. Se necessário, substituir o antihipertensivo.

Inibidores da monoamina oxidase (MAO): contraindicado o uso concomitante.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para evitar uso de bebida alcoólica.

Orientar para suplementar a dieta com vitamina B12 e folato quando em uso de altas
doses de metildopa.
▪
Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se estiver perto do
horário da próxima dose, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no horário.
Nunca usar duas doses juntas.
▪
Pressão alta pode não ter sintoma, não deixar de usar o medicamento sem falar com o
medico.

Evitar realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora, como operar
máquinas e dirigir.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a temperatura de 15-30ºC, protegendo de umidade.
Medicamento: METILPREDNISOLONA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 957-962)
1. Apresentação:

Pó para solução injetável 500 mg/mL.
2. Indicações:

Afecções alérgicas agudas. Afecções da estrutura hematopoiética. Afecções da pele,
afecções inflamatórias do sistema musculoesquelético, afecções oculares
alergoinflamatórias, afecções respiratórias.

Distúrbio do sistema endócrino. Doença de Crohn e colite ulcerativa (exacerbação
aguda grave). Doença do colágeno. Edema cerebral associado a tumor primário ou
metastático. Profilaxia de edema de laringe pós-extubação. Exacerbação aguda de
esclerose múltipla.

Tratamento paliativo de leucemia linfoide aguda e crônica. Tratamento paliativo de
linfoma maligno. Tratamento adjunto de pneumonia por Pneumocystis carinii. Púrpura
trombocitopênica idiopática e tromboembólica.

Profilaxia de reações alérgicas à administração de meios de contrastes e muromonabe
CD3. Profilaxia de síndrome artralgia-mialgia associada à infusão de dose total de
ferrodextrana.

Síndrome nefrótica. Triquinose com envolvimento neurológico ou cardíaco.
Tuberculose meníngea com bloqueio subaracnóideo. Vasculite reumatoide.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a algum constituinte do produto.

Neonatos (preparações contendo álcool benzílico). Infecções fúngicas sistêmicas.
Vacinação com vírus vivos ou atenuados.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Altas doses (pode requerer administração profilática de antiácidos).
 Injeção rápida (risco de colapso cardiovascular).
 Cirrose (ver apêndice C).
 Hipotireoidismo.
 Hipertensão.
 Miastenia grave, osteoporose.
 Herpes simples ocular. Tuberculose (ativa ou latente). Infecções sistêmicas não
tratadas com antimicrobianos. Novas infecções (mascaramento de sinais e sintomas
e diminuição da defesa imunológica).
 Úlcera péptica, diverticulite e colite ulcerativa.
 Tendências psicóticas.
 Insuficiência renal (ver apêndice D).
 Vacinas.

Categoria de risco na gravidez (ADEC): A (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Afecções alérgicas agudas, afecções da estrutura hematopoiética, afecções da pele,
afecções inflamatórias do sistema musculoesquelético, afecções respiratórias, distúrbio do
sistema endócrino, tratamento paliativo de leucemia linfoide crônica e linfoma maligno,
micose fungoide, triquinose com envolvimento neurológico ou cardíaco, tuberculose
meníngea com bloqueio subaracnoideo.

Dose inicial 10 a 40 mg, por via IV lenta, podendo ser repetida pelas vias IV ou IM de
acordo com a resposta do paciente; para terapia de altas doses, 30 mg/kg, por infusão
IV por no mínimo 30 minutos, repetida se necessário a cada 4 a 6 horas por até 72
horas.

Na artrite reumatoide, dose de 1 g, por via IV, em terapia de pulso, pode ser dada
mensalmente.
Afecções oculares alergoinflamatórias.

1 g, por infusão IV por 30 minutos, em dias alternados na primeira semana, seguido de
500 mg, a cada 7 dias, durante as próximas 3 semanas, e 250 mg, a cada 7 dias, por
mais 3 semanas. Depois, dose de manutenção de 125 mg, a cada 7 dias, por pelo
menos 6 semanas.
Doença de Crohn e colite ulcerativa (exacerbação aguda grave).

Dose inicial 0,8 mg/kg/dia, por infusão IV lenta, diminuída ou aumentada de acordo
com a resposta.
Doença do colágeno.

1 g, em pulsos por via IV, durante 3 dias.
Edema cerebral associado a tumor primário ou metastático.

Até 1 g, por infusão IV lenta, a cada 24 horas, durante até 3 dias.
Profilaxia de edema de laringe pós-extubação.

40 mg, por infusão IV lenta 6 horas antes da extubação.
Exacerbação aguda de esclerose múltipla.

160 mg, por via IV, a cada 24 horas, durante 7 dias, seguido de 64 mg, por via IV ou IM,
em dias alternados durante 1 mês.
Tratamento adjunto de pneumonia por Pneumocystis carinii

40 a 60 mg, por via IV, a cada 24 horas, durante 3 dias.
Púrpura trombocitopênica idiopática

1 g, por via IV, a cada 24 horas, durante 3 dias.
Púrpura trombocitopênica tromboembólica

30 mg/kg, por infusão IV por no mínimo 30 minutos, a cada 24 horas, durante 3 dias
consecutivos, seguido de 20 mg/kg/dia durante mais 4 dias; dose de manutenção com
predisona 5 mg, por via oral, a cada 24 horas.
Profilaxia de reações alérgicas à administração de meios de contrastes e muromonabe CD3

32 a 500 mg, por via IV, entre 1 a 2 horas antes da administração dos fármacos.
Profilaxia de síndrome artralgia-mialgia associada à infusão de dose total de ferrodextrana

125 mg, por via IV, antes e após a infusão.
Síndrome nefrótica

1 g, por via IV, a cada 24 horas, durante 3 dias, seguido por 0,4 mg/kg, por via oral,
durante 27 dias.
Vasculite reumatoide

Metilprednisolona 500 mg, por infusão IV lenta, seguido de ciclofosfamida 500 mg, por
infusão IV lenta, no dia 1; metilprednisolona 1 g, por infusão IV lenta, nos dias 8, 29 e
50. Manutenção posterior com azatioprina 2 mg/kg/dia ou ciclofosfamida 1,5
mg/kg/dia.
5.2. Crianças
Afecções alérgicas agudas, afecções da pele, afecções oculares alergoinflamatórias,
afecções respiratórias, hipercalcemia de origem neoplásica, tratamento paliativo de
leucemia linfoide aguda, micose fungoide, síndrome nefrótica, triquinose com envolvimento
neurológico ou cardíaco, tuberculose meníngea com bloqueio subaracnóideo

Dose inicial de no mínimo 0,5 mg/kg, por via IV lenta a cada 24 horas, ajustada de
acordo com a resposta até alcançar a dose de adultos (10 a 40 mg); para terapia de
altas doses, 30 mg/kg, por infusão IV por no mínimo 30 minutos, repetida se necessário
a cada 4 a 6 horas por até 72 horas.
Artrite reumatoide

30 mg/kg, por infusão IV lenta, até de 8 em 8 horas. Dose máxima diária: 1g.
Artrite reumatoide juvenil

Dose inicial de 10 a 40 mg, por via IV lenta, podendo ser repetida pelas vias IV ou IM de
acordo com a resposta do paciente; para terapia de altas doses, 30 mg/kg, por infusão
IV por no mínimo 30 minutos, repetida se necessário a cada 4 a 6 horas por até 72
horas.
Doença de Crohn e colite ulcerativa (exacerbação aguda grave)

Dose inicial 0,8 mg/kg/dia, por infusão IV lenta, diminuída ou aumentada de acordo
com a resposta.
Doença do colágeno

30 mg/kg/dia, por infusão IV por 2 a 3 horas, durante 3 dias consecutivos; a mesma
dose pode ser repetida semanalmente por 2 a 5 semanas com base na resposta do
paciente.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal.

Meia-vida de eliminação: 2 a 3 horas.
7. Efeitos adversos:

Hipertensão, ICC.

Atrofia dérmica, impedimento da cicatrização de feridas.

Retenção de fluidos, retardo no crescimento, hipernatremia, hipopotassemia,
síndrome de Cushing, hiperglicemia, insuficiência adrenocortical primária.

Afecções do trato gastrintestinal, úlcera péptica.

Anormalidades nos testes de função hepática.

Risco de infeções.

Fraqueza muscular, osteoporose.

Depressão, euforia, elevação da pressão intracraniana, convulsões.

Catarata, glaucoma.

Tuberculose pulmonar.
8. Interações Medicamentosas:

Ácido acetilsalicílico: pode ter suas concentrações plasmáticas reduzidas a níveis
subterapêuticos e exacerbação de efeitos tóxicos gastrintestinais. Monitorar sinais e
sintomas de toxicidade gastrintestinal e de redução do efeito do ácido acetilsalicílico.

Alcaçuz: pode aumentar o risco de efeitos adversos da metilprednisolona. Evitar uso
concomitante.

Antibióticos macrolídeos e antifúngicos azólicos: podem aumentar as concentrações
plasmáticas de metilprednisolona, exacerbando seus efeitos adversos. Reduzir a dose
de metilprednisolona, se necessário.

Carbamazepina, fenitoína e fenobarbital: podem diminuir a efetividade da
metilprednisolona. Ajustar a dose de metilprednisolona até que o efeito terapêutico
seja mantido.

Fluoroquinolonas: podem resultar no aumento do risco de ruptura de tendão.
Descontinuar o antibiótico em caso de dor ou inflamação no tendão. O risco
permanece após o uso de fluoroquinolonas.

Rifampicina: pode resultar na redução da efetividade de metilprednisolona. Se
necessário, ajustar a dose de metilprednisolona.

Vacina rotavírus: aumento do risco de infecção pela vacina. O uso concomitante é
contraindicado.

Varfarina e anticoagulantes cumarínicos: podem ter seus efeitos diminuídos ou pode
ocorrer aumento do risco de sangramento. Se o uso concomitante for necessário,
monitorar tempo de protrombina, principalmente no início e final do uso. Considerar
ajuste de dose do anticoagulante.
9. Orientações aos pacientes:

Antes de iniciar o tratamento é importante identificar: história prévia de
hipersensibilidade a metilprednisolona, infeções por fungos ou outras infecções não
tratadas, gravidez, lactação, hipertensão, diabetes, doenças do estômago,
osteoporose, herpes ocular, tuberculose, cardiomiopatias.

Este medicamento pode inibir a resposta vacinal às vacinas, se as mesmas forem
administradas concomitantemente.

Cuidado especial deve ser tomado quando se administra metilprednisolona em
mulheres na pré-menopausa e pós-menopausa (risco elevado de osteoporose).

A metilprednisolona pode causar diminuição na defesa do organismo contra infecções,
portanto, evitar contato com pessoas portadoras de doenças infecciosas.

Informar ao médico se ocorrerem distúrbios mentais ou emocionais, como alteração
do humor, estresse e ansiedade.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar os frascos com metilprednisolona à temperatura entre 20 e 25 ºC e
protegidos da luz.

Reconstituir o pó com água para injeção. Após reconstituição, a solução permanece
estável por até 24 horas sob temperaturas entre 20 e 25 ºC, e sob refrigeração (cerca
de 4 ºC) por uma semana.

Soluções para infusão são preparadas preferencialmente com solução injetável de
cloreto de sódio 0,9 %, permanecendo estável por 24 horas sob temperaturas entre 20
a 25 ºC em concentração de até 0,125 mg/mL. Acima destas concentrações, seguir
orientação do produtor.

A estabilidade da metilprednisolona em soluções injetáveis de glicose 5 % e Ringer +
lactato é muito variável, neste caso seguir orientações do produtor.

Incompatibilidade com várias substâncias em misturas intravenosas. Recomenda-se
que seja realizada uma pesquisa específica sobre este aspecto quando se considerar o
preparo e administração de misturas intravenosas desse medicamento.
Medicamento: METOCLOPRAMIDA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 574-577)
1. Apresentação:

Comprimido 10 mg.
2. Indicações:

Náusea e vômito associados a quimioterapia ou no pós-cirúrgico, doença do refluxo
gastresofágico e estase da gastroparesia diabética.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade à metoclopramida.

Hemorragia, obstrução mecânica ou perfuração gastrintestinal.

Feocromocitoma.

Epilepsia e outros distúrbios convulsivos.

Três a quatro dias após cirurgia gastrointestinal.

Uso concomitante de fármacos com efeitos extrapiramidais, como fenotiazidas..
4. Precauções:

Usar com cuidado em casos de:
▪ Doença de Parkinson, comprometimento da habilidade mental e/ou física.
▪ Idosos (maior risco de parkinsonismo e discinesia tardia).
▪ Crianças e adultos jovens (maior incidência de reações distônicas).
▪ Neonatos (maior risco de metemoglobinemia).
▪ Depressão.
▪ Insuficiência cardíaca congestiva.
▪ Porfiria.
▪ Cirrose.
▪ Lactação (ver apêndice B).
▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C).
▪ Insuficiência renal (ver apêndice D).

Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Náusea e vômito

Neonatos: 100 μg/kg, a cada 6 a 8 horas.

1 mês a 1 ano (ate 10 kg): 100 μg/kg (maximo de 1 mg), 2 vezes ao dia.

1 a 3 anos (10 a 14 kg): 1 mg, 2 a 3 vezes/dia.

3 a 5 anos (15 a 19 kg): 2 mg, 2 a 3 vezes/dia.

5 a 9 anos (20 a 29 kg): 2,5 mg, 3 vezes/dia.

9 a 18 anos (30 a 60 kg): 5 mg, 3 vezes/dia.

15 a 18 anos (acima de 60 kg): 10 mg, 3 vezes/dia.

A dose diária não deve exceder a 500 μg/kg.
5.2. Adultos
Doença do refluxo gastresofágico

10 a 15 mg, por via oral, 30 minutos antes de cada refeição e antes de dormir, até 4
vezes/dia, por ate 12 semanas.
Gastroparesia diabética

Oral: 10 mg, 30 minutos antes de cada refeição e antes de dormir, ate 4 vezes/dia, por
2 a 8 semanas
5.3. Idosos
Doença do refluxo gastresofágico

5 mg, por via oral, 30 minutos antes de cada refeição e antes de dormir, ate 4
vezes/dia. A dose pode ser aumentada para 10 mg, 4 vezes/dia, se resposta não for
obtida.
Gastroparesia diabética

5 mg, por via oral, 30 minutos antes de cada refeição e antes de dormir, por 2 a 8
semanas. Se necessário, aumentar para doses de 10 mg.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: rápida e quase completa.

Início de ação: 0,5 a 1 hora.

Meia-vida de eliminação: 4 a 6 horas.

Duração da ação: 1 a 2 horas, após dose única.
7. Efeitos adversos:

Arritmia cardíaca reversiva (torsades de pointes), bloqueio atrioventricular,
hipertensão ou hipotensão, taquicardia supraventricular, insuficiência cardíaca
congestiva, retenção de fluidos.

Sonolência (10% a 70%), fadiga (10%), inquietação (10%), reações distônicas agudas
(menos de 1% a 25%, dose e idade relacionadas), acatisia, confusão, vertigem,
ansiedade cefaleia, insônia, discinesia tardia.

Reações extrapiramidais ocorrem com maior frequência em crianças e adultos com
menos de 20 anos e após administração intravenosa de altas doses do fármaco.

Depressão.

Mastodinia, hiperprolactinemia, galactorreia.

Diarreia, náusea.
8. Interações medicamentosas:

Ciclosporina: risco de toxicidade pela ciclosporina (disfunção renal, colestase,
parestesia, neurotoxicidade). Evitar o uso concomitante. Monitorar o paciente e os
níveis de ciclosporina, ajustando a dose conforme necessário.

Dexametasona: apresenta sinergismo com o efeito antinauseante e antiemético de
metoclopramida, sendo a associacao empregada em muitas condições.

Ciclosporina: risco de toxicidade pela ciclosporina (disfunção renal, colestase,
parestesia, neurotoxicidade). Evitar o uso concomitante. Monitorar o paciente e os
níveis de ciclosporina, ajustando a dose conforme necessário.

Didanosina: aumento das concentrações plasmáticas da didanosina. Monitorar o
paciente quanto a toxicidade.

Digoxina: redução dos níveis de digoxina. Monitorar o paciente para redução da
resposta terapêutica.

Levodopa: redução da eficácia da metoclopramida. Aumento da biodisponibilidade da
levodopa e da incidência de sintomas extrapiramidais. Evitar o uso concomitante.

Linezolida: risco de síndrome serotoninérgica (hipertermia, hiperreflexia, mioclônus,
disfunção cognitiva). Monitorar o paciente e considerar a descontinuação de um ou
ambos os fármacos

Mivacúrio/suxametônio (succinilcolina): risco de bloqueio neuromuscular prolongado.
Monitorar a função neuromuscular.
▪
Sertralina/venlafaxina: risco de desenvolvimento de sintomas extrapiramidais.
Monitorar o paciente.

Tacrolimo: aumento da concentração do tacrolimo. Monitorar os níveis plasmáticos e
observar sinais de toxicidade (nefrotoxicidade, neurotoxicidade, hiperglicemia,
hiperpotassemia). Redução da dose pode ser necessária.

Tiopental: aumento do efeito hipnótico. Monitorar o grau de sedação do paciente.
Redução da dose pode ser necessária
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para ingerir 30 minutos antes das refeições e antes de dormir.

Alertar para a possibilidade de prejudicar a habilidade para realizar atividades que
requeiram atenção e coordenação motora.

Reforçar para a necessidade de evitar o uso de bebida alcoólica e outros depressores
do SNC.

Alertar para a possibilidade de surgirem tremores, rigidez e outros sinais de transtorno
extrapiramidal, especialmente em crianças e idosos.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a temperatura entre 20 e 25°C. É fotossensível e deve ser protegida da luz.
Medicamento: METRONIDAZOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 850-853)
1. Apresentação:

Comprimido 250 mg.

Suspensão oral 40 mg/mL.

Creme vaginal 5%.
2. Indicações:

Tratamento de infecções por bactérias anaeróbias (Peptococcus, Peptostreptococcus,
Veillonella, Clostridium, incluindo Clostridium difficile, Fusobacterium e Bacteroides,
incluindo Bacteroides fragilis, Gardnerella vaginalis, Helicobacter pylori e
Campylobacter fetus).

Tratamento de infecções por protozoários anaeróbios (Entamoeba histolytica, Giardia
lamblia, Trichomonas vaginalis e Balantidium coli).

Erradicação de Helicobacter pylori no tratamento de úlcera péptica (com
antimicrobianos e anti-secretores).
3. Contraindicações:

Dependência crônica de álcool.

Hipersensibilidade ao metronidazol.

Primeiro trimestre da gravidez.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪ Ingestão de álcool (produz reações do tipo dissulfiram – náusea, vômito, cólica
abdominal, alteração do paladar e cefaleia).
▪ Lactação (ver apêndice B).
▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C).
▪ Insuficiência renal (ver apêndice D).

Associa-se a risco de neuropatia periférica.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Amebíase

35 a 50 mg/kg, por via oral, divididos a cada 8 horas, durante 7 a 10 dias.
Dose máxima diária: 2,4 g.
Giardíase

15 mg/kg, por via oral, divididos a cada 8 horas, durante 7 a 10 dias. Dose máxima
diária: 750 mg.
5.2. Adultos
Infecções por bactérias anaeróbias

Dose inicial 800 mg, por via oral, seguido de 400 mg, a cada 8 horas, durante 7 dias (10
a 14 dias em infecções por Clostridium difficile).
Amebíase

De 500 a 750 mg, por via oral, a cada 8 horas, por 5 a 10 dias; dose máxima: 4 g/dia.
Giardíase

Dar 250 mg, a cada 8 horas, por 5 a 7 dias; pode-se repetir o ciclo, com intervalo de 1
semana.
Vaginose bacteriana
▪
2 g, por via oral, em dose única, ou 400 a 500 mg, a cada 12 horas, durante 5 a 7 dias.
▪
Creme: 1 aplicação de 37,5 mg, por via intravaginal, 1 a 2 vezes ao dia, durante 5 dias.
Tricomoníase

Dar 2 g, por via oral, em dose única; ou 250 mg, por via oral, a cada 8 horas, por 7 dias.
Administrar também ao parceiro sexual.
▪
Creme: 1 aplicação de 37,5 mg, por via intravaginal, 1 a 2 vezes ao dia, durante 5 dias.
Erradicação de H. pylori

500 mg, por via oral, a cada 12 horas, combinada a claritromicina 500 mg e omeprazol
20 mg, ambos por via oral, a cada 12 horas, durante 7 a 14 dias
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Pico de concentração sérica: 1 a 2 horas (oral)

Meia-vida de eliminação: 8 a 10 horas (adultos).

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal (60% a 80%, com 20% em forma inalterada).
7. Efeitos adversos:

Náusea, epigastralgia, anorexia (12%), vômitos, diarréia, pancreatite, gosto metálico na
boca, xerostomia, estomatite e glossite.

Neuropatia periférica, cefaleia, tontura, vertigem, ataxia, confusão mental, depressão
e convulsões (raros).

Neutropenia reversível, leucopenia, trombocitopenia (raras).

Exantema, prurido, edema puntiforme.
8. Interações medicamentosas:

Álcool etílico: pode resultar em efeito do tipo dissulfiram ou morte súbita. Evitar o
consumo de bebidas alcoólicas ou produtos contendo etanol durante o tratamento
com todas as apresentações e até pelo menos três dias após a descontinuação do
metronidazol.

Amiodarona: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT,
torsades de pointes, parada cardíaca). O uso concomitante não é recomendado.

Amprenavir (solução oral): o uso concomitante é contraindicado, pelo aumento do
risco de toxicidade pelo propilenoglicol, componente da formulação oral (acidose
lática, nefrotoxicidade, taquicardia, etc.).

Dissulfiram: o uso concomitante é contraindicado, pelo aumento do risco de efeitos
tóxicos no sistema nervoso central.

Bussulfano: aumento das concentrações e do risco de toxicidade deste fármaco. Evitar
o uso concomitante, mas se isto não for possível, monitorar o paciente em relação aos
efeitos tóxicos da bussulfano.

Carbamazepina, ciclosporina, lítio, tacrolimo: aumento do risco de toxicidade destes
fármacos. Monitorar sinais e sintomas específicos de toxicidade e a concentração
plasmática.

Colestiramina: a efetividade do metronidazolpode ser reduzida.

Ergotamina e análogos: aumento do risco de ergotismo. O uso concomitante é
contraindicado.

Fluoruracila: aumento das concentrações e do risco de toxicidade deste fármaco. Evitar
o uso concomitante, mas se isto não for possível, monitorar o paciente em relação aos
efeitos tóxicos da fluoruracila, cujos efeitos gastrintestinais e hematológicos podem
limitar a duração do uso combinado.

Micofenolato de mofetila: redução da exposição ao micofenolato, se usado em
combinação com metronidazol e norfloxacino.

O uso concomitante dos três fármacos não é recomendado. O uso de metronidazol
associado apenas ao micofenolato não representa risco.

Varfarina: redução do metabolismo da varfarina, com aumento do risco de
sangramento. Monitorar cuidadosamente o tempo de protrombina ao introduzir e
descontinuar o metronidazol. Monitorar o paciente para sinais e sintomas de
sangramento.
9. Orientações aos pacientes:

Reforçar a importância de evitar bebidas alcoólicas durante o uso do medicamento e
até três dias após suspensão do tratamento.

Em infecções vaginais, orientar para uso de preservativo e tratamento do(s) parceiro(s)
sexual(is) para prevenção de re-infecção.

Lavar as mãos antes e após a aplicação do creme vaginal. Lavar o aplicador com sabão
e água após o uso. Não ter relação sexual durante o período de utilização.

Orientar para ingerir os comprimidos com 250 mL de água durante ou após as
refeições.

Alertar para a possibilidade de ocorrência de tontura e alteração da coloração da urina.

Orientar para uso durante todo o período prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas com as primeiras doses.
10. Aspectos farmacêuticos

Comprimidos, solução oral e creme vaginal devem ser guardados protegidos da luz, em
local seco e a temperatura de 15ºC a 30°C.

A suspensão oral é estável por 30 dias sob refrigeração. Não congelar.
Medicamento: MICONAZOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 868-871)
1. Apresentação:

Creme dermatológico 2 %.

Creme vaginal 2 %.
2. Indicações:

Infecções fúngicas superficiais e pele, mucosas (oral e vaginal) ou fâneros, causadas
por dermatófitos e leveduras (incluindo micoses, intertrigo, paroníquia, ptiríase
versicolor, vulvovaginite por Cândida e tinha).
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco ou a outro componente da fórmula.

Vulvovaginites causadas por Trichomonas vaginalis (os antifúngicos azólicos são
ineficazes).

Porfiria (miconazol é porfirinogênico em testes in vitro).
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:

Uso de preservativos de látex (o creme vaginal pode causar danos aos preservativos de
látex).

Monitorar a função hepática durante o tratamento, porém, não há ajuste de dose
específico preconizado.

Evitar contato com os olhos e membranas mucosas.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Infecções cutâneas

Aplicar nas lesões, 2 vezes ao dia, continuando por pelo menos 10 dias após o local da
infecção estiver livre de lesões. Tinha: aplicar, topicamente, nas áreas afetadas, uma
vez ao dia.
Vulvovaginite por Candida

Creme vaginal a 2 %: uso intravaginal com um aplicador de 5 g, uma vez ao dia,
durante 10 a 14 dias ou duas vezes ao dia durante 7 dias.
5.2. Crianças
Infecções cutâneas

Aplicar nas lesões, 2 vezes ao dia, continuando por pelo menos 10 dias após o local da
infecção estiver livre de lesões. Tinha: aplicar, topicamente, nas áreas afetadas, uma
vez ao dia.
5.3. Crianças e adolescentes a partir de 12 anos
Vulvovaginite por Candida

Aplicar 5 g do creme vaginal a 2 % antes de dormir, durante 7 dias.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: pequena.

Biodisponibilidade: vaginal 1,4 % e dérmica menor que 0,013 %.
7. Efeitos adversos:

Mais comuns:
 Reações alérgicas, eritema.

Menos comuns:
 Hepatite, hipersensibilidade, hiponatremia, síndrome da secreção inapropriada do
hormônio antidiurético e hiperlipidemia.
 Anemia, agregação eritrocitária anormal, função anormal das células brancas do
sangue, trombocitose.
 Toxicidade na córnea.
 Artralgias.
8. Interações medicamentosas:
 Anticoagulantes: pode haver risco aumentado de sangramento com o uso por via
vaginal.
9. Orientações aos pacientes:
 Uso vaginal:

Aplicar na hora de dormir, salvo orientação diferente.

Lavar as mãos com água e sabão antes e depois de utilizar o medicamento.

Lavar o aplicador com água morna e sabão depois de usá-lo.

Absorvente pode ajudar a proteger a roupa, mas não usar absorvente interno.

Usar o medicamento durante todo o tempo prescrito, mesmo que os sintomas
melhorem após as primeiras doses.

Se esquecer de alguma dose, usar assim que lembrar. Se for quase a hora da
próxima dose, esperar até o horário correto desta dose. Não usar mais de uma
dose ao mesmo tempo.

Manter todo o curso da terapia, mesmo que ocorra a menstruação.
 Uso tópico:

Evitar o contato do creme com os olhos, nariz ou boca.

Não utilizar em áreas da pele que tenham cortes ou arranhões. Em caso
acidental, lavar imediatamente o local.

Limpar e secar completamente a área da pele antes de aplicar o medicamento.
Aplicar uma camada fina sobre a área afetada.

Usar este medicamento a cada manhã e cada noite, salvo orientação diferente.

Ao tratar o pé de atleta, não esquecer de aplicar nos espaços entre os dedos
dos pés. Manter o produto nos pés por 15 a 30 minutos e depois secar com
uma toalha. Entre as aplicações, manter os pés o mais secos possível. Mudar as
meias e sapatos pelo menos uma vez por dia. Usar sapatos confortáveis e que
não aumentem muito a sudorese dos pés.

Aplicar o creme com moderação em áreas intertriginosas, para evitar
maceração.
10. Aspectos farmacêuticos
 Armazenar a cápsula sob temperatura e protegido de calor e luz direta.
Medicamento: MIDAZOLAM, CLORIDRATO.
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 853-857)
1. Apresentação:

Solução injetável 5 mg/mL.
2. Indicações:

Pré-anestesia.

Indução de anestesia geral.

Coadjuvante em manutenção de anestesia geral.

Sedação para ventilação mecânica do paciente e manutenção em unidade de terapia
intensiva.
3. Contraindicações:

Marcante fraqueza neuromuscular respiratória.

Miastenia grave.

Insuficiência pulmonar aguda.

Hipersensibilidade ao midazolam ou benzodiazepínicos.

Glaucoma agudo de ângulo fechado.

Glaucoma de ângulo aberto não tratado.

Administração intratecal ou epidural.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Doenças cardíacas, respiratórias, histórico de abuso de fármacos ou álcool, choque,
coma e desequilíbrio hidroeletrolítico.
 Pacientes enfraquecidos (reduzir a dose).
 Uso prolongado (evitar retirada abrupta).
 Administração intra-arterial e extravasamento (evitar a ocorrência).
 Crianças com cardiopatias (risco de hipoventilação e de apneia).
 Neonatos (mais susceptíveis a efeitos tóxicos e risco de morte associada ao álcool
benzílico).
 Idosos (pode ser necessário ajuste de doses).
 Insuficiência hepática (ver apêndice C) e renal grave (ver apêndice D)
 Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Pré-anestesia

De 0,07 a 0,08 mg/kg (aproximadamente 5 mg), por via IM, 1 hora antes da cirurgia.
Indução de anestesia geral

De 0,3 a 0,35 mg/kg, por via IV, durante 20 a 30 segundos, aguardando 2 minutos para
indução. Se necessário, para completar a indução, incrementar com 25 % da dose
inicial (até o máximo de 0,6 mg/kg) ou utilizar anestésicos inalatórios.
Manutenção de anestesia

Incrementar com aproximadamente 25 % da dose inicial ao primeiro sinal de regressão
anestésica. A dose pode ser repetida quantas vezes forem necessárias.
Sedação para ventilação mecânica do paciente e manutenção em unidade de terapia
intensiva

Dose inicial: administrar 0,01 a 0,05 mg/kg, lentamente por via IV, podendo ser
repetida em intervalos de 10 a 15 minutos, até que se alcance o nível de sedação
adequado.

Dose de manutenção: 0,02 a 0,1 mg/kg/hora (aproximadamente 1 a 7 mg/hora), em
infusão intravenosa contínua. Reduzir a taxa de infusão em 10 a 25 % a cada hora até
encontrar a taxa mínima efetiva.
Nota: a dose de midazolam deve ser reduzida se o paciente recebeu previamente
analgésicos opioides ou outros sedativos.
5.2. Prematuros e neonatos
Sedação para ventilação mecânica do paciente e manutenção em unidade de terapia
intensiva

Com menos de 32 semanas de idade: administrar 0,03 mg/kg/hora (ou 0,5
µg/kg/minuto), por infusão IV contínua; ajustar a dose para estabelecer concentrações
plasmáticas adequadas. A velocidade de infusão deve ser avaliada de maneira
cuidadosa e frequente, especialmente nas primeiras 24 horas.

Com mais de 32 semanas de idade: administrar 0,06 mg/kg/hora (ou 1 µg/kg/minuto),
por infusão IV contínua; ajustar a dose para estabelecer concentrações plasmáticas
adequadas. A velocidade de infusão deve ser avaliada de maneira cuidadosa e
frequente, especialmente nas primeiras 24 horas.
5.3. Crianças
Pré-anestesia

6 meses a 5 anos de idade: iniciar com 0,05 a 0,1 mg/kg (até o máximo de 0,6 mg/kg,
se necessário), por via IV durante 2 a 3 minutos, aguardar por mais 2 a 3 minutos para
avaliar o efeito sedativo, então iniciar o procedimento ou repetir a dose.

6 a 12 anos de idade: iniciar com 0,025 a 0,05 mg/kg (até o máximo de 0,4 mg/kg ou
dose total de 10 mg, se necessário), por via IV durante 2 a 3 minutos, aguardar por
mais 2 a 3 minutos para avaliar o efeito sedativo, então iniciar o procedimento ou
repetir a dose.

12 a 16 anos de idade: iniciar com 1 a 2,5 mg, por infusão lenta, aumentando a taxa de
infusão gradativamente até o máximo de 1,25 mg/minuto; aguardar por mais 2
minutos ou mais e avaliar o efeito sedativo; se necessário repetir a dose, usando o
mesmo procedimento, até que o efeito sedativo seja alcançado. Nesta faixa etária a
dose requerida pode ultrapassar a dos adultos, mas não deve exceder o total de 10 mg.

Como alternativa, para todas as faixas etárias acima: administrar de 0,1 a 0,15 mg/kg,
por via IM. Pacientes mais ansiosos podem requerer doses acima de 0,5 mg/kg, não
ultrapassando a dose total de 10 mg.
Sedação para ventilação mecânica do paciente e manutenção em unidade de terapia
intensiva

Dose inicial: 0,05 a 0,2 mg/kg, por infusão IV durante 2 a 3 minutos, até alcançar o
efeito sedativo. Manter, inicialmente, com 0,06 a 0,12 mg/kg, por infusão IV com taxa
de 1 a 2 µg/kg/minuto, que pode ser diminuída ou aumentada, na proporção de 25 %
de acordo com a resposta.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início de efeito: 15 minutos (IM), 1 a 5 minutos (IV).

Pico de efeito: 30 a 60 minutos (IM).

Duração de efeito: 30 a 80 minutos (IV).

Meia-vida de eliminação: aproximadamente 2 a 3 horas.

Metabolismo: principalmente hepático, de primeira passagem.

Excreção: renal (45 a 57 %).
7. Efeitos adversos:

Hipotensão, parada cardíaca, mudança na frequência cardíaca, trombose.

Distúrbios gastrintestinais, aumento de apetite, icterícia, mudanças na salivação,
náuseas, vômitos.

Anafilaxia, reações na pele, reações no lugar da injeção, laringoespasmos,
broncoespasmo.

Depressão respiratória e parada respiratória (com altas doses ou sobre rápida injeção),
apneia, tosse.

Sonolência, confusão, ataxia, amnésia, enxaqueca, euforia, alucinações, convulsões
(mais comum em neonatos), vertigem, tontura, movimentos involuntários, agitação,
agressão paradoxal (especialmente em crianças e idosos), distúrbios visuais, disartria,
fraqueza muscular, soluço.

Retenção urinária, incontinência.

Mudanças na libido.

Desordens sanguíneas.
8. Interações Medicamentosas:

Analgésicos opioides e barbitúricos: podem resultar em depressão respiratória aditiva.
Se o uso concomitante for necessário, a dose de ambos os fármacos em uso deve ser
reduzida.

Antifúngicos azólicos: podem aumentar as concentrações plasmáticas ou a exposição
sistêmica ao midazolam. Se o uso concomitante for necessário, considerar a redução
da dose de midazolam e monitorar para toxicidade deste fármaco.

Antimicrobianos macrolídeos: inibem o metabolismo do midazolam, podendo
aumentar sua toxicidade. Se o uso concomitante for necessário, considerar a redução
da dose de midazolam e monitorar para toxicidade deste fármaco.

Antirretrovirais: aumentam o risco de toxicidade pelo midazolam, podendo ocorrer
sedação excessiva, prolongamento dos efeitos hipnóticos, confusão mental e
depressão respiratória. O uso concomitante é contraindicado.

Carbamazepina, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), fenitoína, Gingko biloba e
teofilina: podem diminuir a efetividade do midazolam. Devido à variabilidade das
interações, podem ser requeridas doses elevadas de midazolam ou até a substituição
por outro agente hipnótico.

Echinacea sp.: pode alterar de maneira imprevisível a efetividade do midazolam. Usar
com cautela.

Halotano: pode ter seus efeitos anestésicos aumentados. Iniciar o uso de Halotano
com doses progressivas até alcançar o efeito desejado e monitorar sinais de depressão
respiratória.

Hidraste (Hydrastis canadenses): pode aumentar as concentrações plasmáticas de
midazolam. Se o uso concomitante for necessário, considerar a redução da dose de
midazolam se houver aumento dos efeitos adversos a este fármaco.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para a possibilidade de ocorrerem distúrbios motores, afetando a capacidade
de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora. Esses efeitos podem
persistir por 1 ou 2 dias.

Reforçar para evitar o consumo de bebidas alcoólicas por até 24 horas após o uso de
midazolam.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 a 30 ºC.

É compatível com solução injetável de glicose 5 %, cloreto de sódio 0,9 %.

Permanece estável por 24 horas em solução de glicose 5 % ou cloreto de sódio 0,9 % e
por 4 horas com Ringer + lactato.

Não pode ser misturado na mesma seringa com: ranitidina, perfenazina,
proclorperazina, pentobarbital sódico, pantoprazol sódico, heparina sódica,
dimenidrinato.

Midazolam possui incompatibilidade com outros agentes terapêuticos, consulte
bibliografia específica.

Manter disponível flumazenil e agentes simpaticomiméticos de uso cardiovascular para
o caso de dose(s) excessiva(s) ou exacerbação do efeito de midazolam.
ATENÇÃO: midazolam deve ser utilizado com finalidade sedativa somente em ambiente hospitalar ou
ambulatorial. O risco de depressão respiratória e parada respiratória é elevado. O uso concomitante
de opióides e outros depressores do SNC, exige reavaliação das doses de midazolam e desses
fármacos. Não proceder a administração intravenosa rápida sob-risco de hipotensão grave e
convulsões, particularmente com uso concomitante de fentanila.
Medicamento: MIKANIA GLOMERATA (GUACO XAROPE).
Documento de Referência: Manual Terapêutico de Fitoterápicos: Programa de Plantas Medicinais e
Fitoterapia, ed. 2010 (pág. 21).
1. Composição:

Xarope preparado com extrato fluido de Mikania glomerata, Sprengel padronizado em
0,055mg de cumarina/ml.
2. Principais constituintes químicos:

Cumarinas; taninos pirogálicos; óleo essencial (diterpenos e sesquiterpenos);
glicosídeos (guacosídeo); princípio amargo (guanacina); saponinas e resinas.
3. Ações farmacológicas:
▪
Possui ações broncodilatadoras, devido à atividade relaxante sobre a musculatura
lisa respiratória, além de atividade anti-inflamatória (cumarinas e extrato bruto).
▪
O óleo essencialconfere ação expectorante e anti-séptica das vias respiratórias.
Também foi observado que o extrato aquoso pode aumentar a pressão arterial e a
frequência cárdica em ratos com hipertensão experimental

As folhas em infusão revelam atividade antialérgica e antimicrobiana.
4. Indicações:
▪
Pacientes com asma e bronquite.
▪
Tosse rebelde.

Faringite, amigdalite ( em gargarejos com infusão).
5. Contraindicações:

Hepatopatias, pois o uso crônico pode causar aumento do tempo de protrombina.

Hipertensos graves, pois o uso crônico pode aumentar a pressão arterial.
6. Precauções:
▪
Evitar uso prolongado, mais de 100 dias ininterruptos.
▪
Uso concomitante com medicamentos anticoagulantes.

Gravidez.
7. Esquema de administração:
7.1. Crianças

Maiores de 5 anos: 7,5 ml, 3 vezes ao dia, uso oral.

Entre 3 e 5 anos: 5 ml, 3 vezes ao dia, uso oral.
7.2. Adultos

15ml, 3 vezes ao dia, uso oral.
8. Efeitos adversos:

A presença de cumarinas pode provocar sangramentos e levar a um aumento do
fluxo menstrual.

Tosse e dispneia em pacientes com hiperssensibilidade à cumarinas, vômitos e
diarreias em altas doses.
Medicamento: MORFINA, SULFATO.
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 859-860)
1. Apresentação:

Solução injetável 10 mg/mL.
2. Indicações:

Dor moderada a grave, aguda e crônica.

Dor de enfarte do miocárdio e edema pulmonar agudo.

Adjuvante de anestesia geral.

Analgesia pós-operatória.
3. Contraindicações:

Asma grave ou aguda.

Alcoolismo agudo.

Hipersensibilidade à morfina.

Íleo paralítico.

Pressão intracraniana aumentada.

Trauma craniano ou tumor cerebral.

Depressão respiratória aguda.

Obstrução das vias aéreas superiores.

Feocromocitoma.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Idosos e enfraquecidos (reduzir doses).
 Crianças com menos de 3 meses de idade (são mais susceptíveis à depressão do
SNC).
 Uso prolongado (leva à dependência física, ocorrendo sintomas graves de
abstinência se o uso for interrompido abruptamente).
 Asma ou reserva respiratória diminuída.
 Insuficiência hepática (ver apêndice C) e renal grave (ver apêndice D).
 Pós-operatório (monitorar os pacientes para alívio da dor e para efeitos adversos,
especialmente depressão respiratória).

A dose e os intervalos de administração devem ser individualizados de acordo com a
gravidade da dor e a resposta do paciente.

Em crianças, idade e peso também devem ser considerados para a seleção da dose.

Para dor crônica não existe dose máxima ou ótima de morfina. A dose apropriada é
aquela que aliviar a dor sem causar efeitos adversos que não sejam possíveis de
manejar.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C ou D (se utilizado por períodos prolongados ou
em doses elevadas) (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Dor aguda

10 mg, por via SC ou IM, a cada 2 a 4 horas, ou;

2,5 a 5 mg, por via IV lenta, a cada 4 horas, ou;

0,8 a 10 mg/hora, por infusão IV, podendo chegar a 80 mg/hora.
Adjuvante em anestesia geral

150 a 200 µg/kg (máximo de 10 mg), por via SC ou IM, 60 a 90 minutos antes da
cirurgia.

100 µg/kg, por via IV, a cada 40 a 60 minutos, durante o procedimento cirúrgico.

150 a 300 µg/kg (máximo de 10 mg), por via IM, a cada 4 horas, após procedimento
cirúrgico, ou;

8 a 10 mg, por infusão IV, em 30 minutos, seguido de 2 a 2,5 mg/hora.
Enfarto do miocárdio (dor)

10 mg, por via IV lenta (2 mg/minuto), seguidos de dose adicional de 5 a 10 mg, se
necessário.
Dor crônica

5 a 20 mg, por via SC ou IM, a cada 4 horas; dose pode ser aumentada de acordo com a
necessidade.
Edema agudo de pulmão (dor)

5 a 10 mg, por via IV lenta (2 mg/minuto).
5.2. Crianças
Dor aguda
Via SC ou IM

Neonatos: 100 µg/kg, a cada 6 horas.

1 a 6 meses: 100 a 200 µg/kg, a cada 6 horas.

6 meses a 2 anos: 100 a 200 µg;kg, a cada 4 horas.

2 a 12 anos: 200 µg/kg, a cada 4 horas.

12 a 18 anos: 2,5 a 10 mg, a cada 4 horas.
Via IV lenta

Neonatos: 25 a 100 µg/kg, por via IV, seguida de infusão IV contínua à velocidade de 5
a 40 µg/kg/hora.

1 a 6 meses: 100 a 200 µg/kg, por via IV, seguida de infusão IV contínua à velocidade
de 10 a 30 µg/kg/hora.

6 meses a 12 anos: 100 a 200 µg/kg, por via IV, seguida de infusão IV contínua à
velocidade de 20 a 30 µg/kg/hora.

12 a 18 anos: 2,5 a 10 mg por via IV, seguida de infusão IV contínua à velocidade de 20
a 30 µg/kg/hora.
Adjuvante em anestesia geral

150 µg/kg, por via IM, 60 a 90 minutos antes da cirurgia.

100 µg/kg, por via IV, a cada 40 a 60 minutos, durante o procedimento cirúrgico.

100 a 200 µg/kg (máximo de 10 mg), por via IM, a cada 4 horas, após procedimento
cirúrgico.
Nota: a injeção intravenosa deve ser administrada por pelo menos 5 minutos.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início de ação: 10 a 30 minutos (SC); 5 a 10 minutos (IV); 10 a 30 minutos (IM); 15 a 60
minutos (epidural/intratecal).

Duração da ação: 4 a 7 horas (SC); 4 a 5 horas (IM); acima de 24 horas
(epidural/intratecal).

Metabolismo: hepático.

Meia-vida de eliminação: 1,5 a 4,5 horas.

Excreção: renal e fecal.
7. Efeitos adversos:

Edema periférico, prurido, exantema, sudorese.

Dor abdominal, obstipação, diarreia, perda de apetite, náusea e vômito, xerostomia.

Testes de função hepática anormais.

Lombalgia, astenia, tontura, sonolência, cefaleia, insônia, parestesias, ambliopia,
miose, ansiedade, depressão.

Retenção urinária.

Febre.

Soluços e rigidez muscular.

Graves:
 Parada cardíaca, bradicardia, taquicardia, palpitação, hipotensão ortostática.
 Confusão, alucinações, choque, síncope.
 Anafilaxia.
 Aumento da pressão intracraniana.
 Mioclônus.
 Dispneia, depressão respiratória.
8. Interações Medicamentosas:

Agonistas/antagonistas de opioides: pode resultar em sintomas de retirada dos
opioides. Antagonistas dos opioides devem ser administrados cautelosamente em
pessoas com suspeita de dependência física de qualquer agonista opioide. Caso sinais e
sintomas de retirada ocorrerem, pacientes devem ser tratados pela reinstituição da
terapia opioide, seguida da redução gradual da dose de opioide combinada com
suporte sintomático.

Barbitúricos, benzodiazepínicos, relaxantes de ação central: possível depressão
respiratória. Redução da dose de um ou ambos os agentes pode ser necessária.

Inibidores da monoamina oxidase (MAO): pode resultar em hipotensão e aumento dos
efeitos depressores do SNC e respiratório. Administração concomitante é
contraindicada. Instituir intervalo de 14 dias entre os tratamentos.

Rifampicina: possível perda da eficácia da morfina. Monitorar adequado controle da
dor. Ajuste da dose de morfina pode ser necessário.

Somatostatina: pode resultar em redução do efeito analgésico da morfina. Monitorar
pacientes para aumento da resposta dolorosa. Terapia alternativa pode ser necessária.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar que este medicamento pode causar dependência.

Orientar para não parar de usar este medicamento abruptamente.

Alertar para evitar o uso de qualquer outro medicamento que cause sono.

Não tomar bebidas alcoólicas enquanto estiver utilizando este medicamento.

Beber bastante líquido e fazer exercícios para evitar obstipação.

Evitar dirigir, usar máquinas ou fazer qualquer atividade que possa ser perigosa se a
pessoa não estiver alerta.

Alertar que é importante notificar imediatamente ao médico se apresentar os
seguintes efeitos adversos: sintomas de reações alérgicas, confusão, diminuição da
quantidade e frequência da urina, muita fraqueza, respiração fraca, batimentos
cardíacos irregulares, sudorese, pele fria ou úmida, inchaço nas mãos, tornozelos ou
pés.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar sob temperatura ambiente, entre 15 a 30 ºC. Proteger da luz.

Escurecimento da solução indica degradação.

Soluções sem preservativos não devem ser autoclavadas.

Porções não utilizadas de soluções sem preservativos devem ser desprezadas.

Concentração usual para infusão IV contínua: 0,1 a 1 mg/mL, diluída com solução de
glicose 5 %.

Para administração IV direta, diluir em 4 a 5 mL de água estéril e administrar
lentamente (15 mg em 3 a 5 minutos).

Para administração epidural e intratecal, utilizar soluções sem preservativos.
Medicamento: NISTATINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 867-868)
1. Apresentação:

Suspensão oral 100.000 UI/mL.
2. Indicações:

Tratamento de candidíase oral, esofagiana e intestinal.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a nistatina.
4. Precauções:

Usar com cuidado no caso de lactação.

Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Candidíase oral

400.000 a 600.000 UI, VO, a cada 6 horas.
Candidíase esofagiana

500.000 UI, VO, a cada 6 horas.
Candidíase gastrintestinal

500.000 a 1.000.000 UI, VO, a cada 6 ou 8 horas.
Nota

O tratamento deve ser continuado por 48 horas depois do desapareciemtno das lesões
e em pacientes com HIV/AIDS por 7 a 14 dias.
5.2. Crianças
Candidíase orofaríngea

Até 1 ano: 100.000 UI, localmente, em cada lado da cavidade bucal, a cada 6 horas.

Acima de 1 ano: 400.000 a 600.000 UI, VO, a cada 6 horas; retendo na boca o maior
tempo possível antes de engolir.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: pequena, tem efeito local em trato digestivo.

Início da ação: 24 a 72 horas.

Excreção: fecal, de forma inalterada.
7. Efeitos adversos:

Náusea, vômito, diarreia (em altas doses).

Irritação oral e hipersensibilidade.

Exantema, eritema multiforme.
8. Orientações aos pacientes:

Orientar para a necessária agitação do frasco antes do uso.

Orientar para manter o medicamento na boca o maior tempo possível, por meio de
bochechos, e só então engolir.

Alertar para aguardar uma hora após o uso do medicamento para então ingerir
alimentos e bebidas.

Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas com as primeiras doses.
9. Aspectos farmacêuticos

Armazenar à temperatura ambiente (15 a 30 ºC), protegido de calor, luz direta e
umidade. Não congelar.
Medicamento: NORETISTERONA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 876-878)
1. Apresentação:

Comprimido 0,35 mg.
2. Indicações:

Contracepção durante a amamentação.
3. Contraindicações:

Doença hepática aguda (ver Apêndice C).

Tumores benignos ou malignos.

Hipersensibilidade a qualquer componente do produto.

Carcinoma de mama conhecido ou suspeito.

Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A).

Sangramento genital anormal de causa desconhecida.

Porfiria aguda.
4. Precauções:

Usar com cuidado em casos de:
▪
Fatores de risco para doença cardiovascular (tabagismo, diabetes, hiperlipidemia,
história familiar de doença coronariana).
▪
Cistos ovarianos funcionais/atresia folicular.
▪
Carcinoma dependente de hormônio.
▪
Insuficiência hepática (evitar o uso).
▪
Lactação (ver apêndice B)
▪
Podem ocorrer gravidez ectopica e sangramento genital irregular.
▪
A eficácia contraceptiva de noretisterona pode ser perdida em 27 horas após a última
dose.
▪
Nutrizes devem iniciar a administração da noresterona pelo menos três dias após o
parto.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultas e adolescentes

0,35 mg, por via oral, todas as noites, no mesmo horário, sem interrupção, começando
no dia 1 do ciclo.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Pico de concentração plasmática: 1 a 2 horas.

Meia-vida de eliminação: 4 a 13 horas.

Metabolismo: hepático.

Excreção: preponderamente fecal.
7. Efeitos adversos:

Aumento na pressão arterial.

Exantema, com ou sem prurido, melasma ou cloasma e perda de pelos.

Porfiria aguda, intermitente.

Galactorréia, sensibilidade e plenitude mamária, alteração do fluxo menstrual e
amenorreia.

Elevação nos níveis de glicose sanguínea, alterção da concentração plasmática de
lipídios.

Edema conseqüente a retenção liquida, ganho ou perda de peso.

Náusea, alterações no apetite, cólicas abdominais.

Aumento nos níveis de protrombina e fatores VII, VIII, IX e X da coagulação, o que pode
contribuir para aumentar risco de doença tromboembólica.

Cefaléia, irritabilidade, depressão, cansaço, fraqueza, tontura e dificuldade para
adormecer.
8. Interações Medicamentosas:
▪
Alcaçuz: pode resultar no aumento da retenção de líquido e da pressão arterial.
▪
Amprenavir, darunavir, nelfinavir, delarvidina, efavirenz, fenitoína, griseofulvina,
nevirapina, pioglitazona, primidona, rifabutina, rifampicina, topiramato, troglitazona:
eficácia contraceptiva pode ser reduzida.

Aprepitanto e fosaprepitanto: pode reduzir a concentração de noretisterona e sua
eficácia contraceptiva mesmo por algum tempo após a última dose, sendo
recomendado o uso de método contraceptivo alternativo no primeiro mês após a
suspensão do aprepitanto ou fosaprepitanto.
▪
Ciclosporina: aumento do risco de toxicidade por ciclosporina.
▪
Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): metabolismo de progestógenos e
aumentado, com redução da eficácia contraceptiva.
▪
Fosamprenavir: pode haver alteração dos níveis hormonais e aumento do risco de
elevação das proteínas hepáticas.
▪
Lamotrigina: progestógenos reduzem concentração plasmática de lamotrigina.
▪
Prednisolona e selegilina: progestógenos aumentam concentração plasmática de
prednisolona e de selegilina.
▪
Troleandomicina: risco de hepatotoxicidade e alteração da eficácia contraceptiva.
▪
Valdecoxibe: pode resultar em aumento da exposicao a noretisterona.
▪
Varfarina: pode ocorrer tanto aumento como redução do efeito anticoagulante.

Voriconazol: pode resultar em aumento das concentrações de voriconazol e
noretisterona.
9. Orientações aos pacientes:

Se iniciar em dia diferente do 1º dia da menstruarão orientar para a necessidade de
usar método de barreira a cada relação sexual nas primeiras 48 h. Tomar o mesmo
cuidado se ocorrer vomito em ate 4 horas após a administração ou diarréia.

Orientar que deve ser usado todos os dias no mesmo horário e que pode ser usado
inclusive durante o período menstrual.

Alertar para a possível ocorrência de sangramento anormalmente excessivo ou
prolongado (por exemplo, por mais de 8 dias), amenorréia ou dor abdominal intensa.

Alertar para o risco de gravidez caso esqueça de tomar algum comprimido. Se esquecer
de ingerir um comprimido, tomar o mais rápido que lembrar e o próximo na hora
correta. Se demorar mais de 3 horas não haverá proteção anticoncepcional. Continuar
normalmente, mas usar método de barreira pelos próximos 2 dias. Se tiver ocorrido
relação sexual neste período, usar o contraceptivo de emergência.

Orientar para o uso apos o parto: iniciar apos 3 semanas, se ingerido antes pode
aumentar o risco de sangramento.

Investigar o uso de antibióticos, anticonvulsivantes e outros fármacos indutores de
metabolimo hepático; informar que podem reduzir a efetividade.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a temperatura ambiente (25ºC), em recipiente muito bem fechado.
ATENÇÃO: A literatura relata diversas interações de medicamentos de contraceptivos orais
combinados com antibióticos (que estes reduzem a eficácia contraceptiva, por alterar a flora
intestinal e afetar a circulação entero-hepática) e fármacos indutores do metabolismo hepático
(como anticonvulsivantes). Em muitas destas combinações, a noretisterona era um dos
componentes, mas em muitos casos de interações relatadas, o progestogênio era diferente. As
interações descritas nesta monografia foram relatadas especificamente com a noretisterona, mas
isto não descarta o risco de que outras interações ainda não descritas na literatura para a
noretisterona possam vir a ocorrer. Assim, o uso de método contraceptivo não hormonal (aditivo ou
em substituição) deve ser considerado.
Medicamento: NORETISTERONA, ENANTATO + ESTRADIOL, VALERATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 659-660)
1. Apresentação:

Solução injetável de (50 mg + 5 mg)/ mL.
2. Indicações:

Contracepção (mensal).
3. Contraindicações:

Tumores hepáticos benignos ou malignos.

Insuficiência hepática (ver apêndice C)

Hipersensibilidade ao enantato de noretisterona, ao valerato de estradiol ou a
qualquer componente da formula.

Porfiria.

Tumores de mama.

Neoplasias estrógeno-dependentes.

Hemorragia vaginal não diagnosticada.

Distúrbios tromboembólicos.

Doença cardiovascular.

Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A).
4. Precauções:

Usar com cuidado em casos de:
▪
Tabagismo (acima de 15 cigarros/dia), idade superior a 35 anos, obesidade,
diabetes, hipertensão, cistos ovarianos, endometriose, hiperlipidemia,
hipotireoidismo e hipocalcemia.
▪
Pode ocorrer aumento de risco para tromboembolismo venoso e doenças
cardiovasculares.
▪
Pode ocorrer aumento da incidência de demência.

Pode ocorrer exacerbação de crises de asma, epilepsia e enxaqueca.

Pode ocorrer aumento da incidência de gravidez ectópica.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultas e adolescentes

A dose unitária deve ser administrada por via intramuscular no primeiro dia do ciclo
menstrual e repetida a cada trinta dias.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Ambos são pró-fármacos, sendo biotransformados, por hidrólise, as formas ativas
encontradas na circulação sanguínea (noretisterona e estradiol).

Metabolização: preponderantemente hepática.

Excreção: renal e fecal.

O efeito de supressão da ovulação depende da manutenção de concentrações
plasmáticas efetivas de ambos os fármacos e, em cerca de 50% das mulheres, a
ovulação ocorre em ate 120 dias após a última injeção.
7. Efeitos adversos:

Os efeitos adversos são geralmente associados as formas ativas noretisterona e
estradiol, mas para o enantato de noretisterona a incidência de crises de porfiria
parece significativamente maior em comparação a outra forma de éster (acetato de
noretisterona), mais comumente empregada.

Náusea.

Mialgia.

Astenia, cefaleia.

Irregularidades menstruais (especialmente no inicio do tratamento), aumento e
sensibilidade das mamas, amenorreia, dismenorreia, vaginite.

Faringite, rinite.

Edema periférico, hipertensão.

Ganho de peso, redução do HDL colesterol.

Eritema, acne.
8. Interações Medicamentosas:

A maior parte das interações relatadas na literatura para os fármacos desta associação
e de caráter geral para estrógenos ou progestógenos e foi documentada em situações
de uso de associações diversas.

Não foram encontrados relatos de interações especificas para valerato de estradiol +
enantato de noretisterona.
9. Orientações aos pacientes:

Excluir a hipótese de gravidez e orientar para a utilização de método alternativo de
contracepção durante 7 dias caso o intervalo entre as aplicações ultrapasse 33 dias.

Antes do início do tratamento, alertar as pacientes sobre possíveis irregularidades
menstruais e potencial atraso no retorno da fertilidade após a suspensão do uso do
medicamento.

Informar que a combinação injetável induz sangramento semelhante ao menstrual,
regularmente, a cada 3 semanas apos a injeção (22ºdia).
10. Aspectos farmacêuticos

Manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, 15 a 30ºC.
Medicamento: OMEPRAZOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 882-884)
1. Apresentação:

Cápsulas de 20 mg.
2. Indicações:

Doença do refluxo gastresofágico sintomático.

Esofagite erosiva associada com doença do refluxo gastresofágico.

Condições hipersecretórias (síndrome de Zollinger-Ellison,
mastocitose sistêmica e adenoma endócrino múltiplo).

Úlceras pépticas de múltiplas etiologias

Adjuvante no tratamento de infecção por Helicobacter pylori.
hipergastrinemia,
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao omeprazol.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Sangramento, disfagia, vômito e perda de peso (excluir a presença de neoplasia
gástrica antes do início do tratamento).
 Tratamento prolongado (risco de gastrite atrofia).
 Síndrome de Bartter, hipopotassemia, dietas restritas em sódio e alcalose
respiratória.
 Crianças com menos de 2 anos de idade (segurança e eficácia não estão
estabelecidas).
 Idosos (há aumento da biodisponibilidade, mas não requer ajuste de dose).
 Insuficiência hepática (ver apêndice C).
 Insuficiência renal.
 Lactação (ver apêndice B).

Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Doença do reflexo gastresofágico sintomática.
▪
Entre 10 e 20 kg: 10 mg, por via oral, a cada 24 horas ou, se necessário, 20mg, a cada
24 horas.

Acima de 20 kg: 20 mg, por via oral, a cada 24 horas ou, se necessário, 40mg, a cada 24
horas.
5.2. Adultos
Doença do reflexo gastresofágico sintomática
▪
20 mg, por via oral, a cada 24 horas, por 4 semanas.

40 mg, por via intravenosa, a cada 24 horas, até que a administração oral seja possível.
Esofagite erosiva associada com doença do refluxo gastresofágico

20 mg, por via oral, a cada 24 horas, por 4 a 8 semanas .
Condições hipersecretórias gástricas patológicas
▪
Dose inicial 60 mg, por via oral, a cada 24 horas, ajustado conforme necessário. Doses
acima de 80 mg/dia devem ser divididas. Dose de manutenção: 20 mg, a cada 12 ou 24
horas.
▪
60 mg, por via intravenosa, a cada 8 horas, seguidos por terapia de manutenção oral
de 90 mg, a cada 12 horas e, então, decrescendo para utilização a cada 24 horas.
Úlceras pépticas
▪
20 a 40 mg, por via oral, a cada 24 horas, por 4 a 8 semanas. As doses mais altas são
usadas em ulceras gástricas.
▪
40 mg, por via intravenosa, a cada 24 horas, até que a administração oral seja possivel.
Adjuvante no esquema antimicrobiano para erradicação de Helicobacter pylori
▪ 20 mg, por via oral, a cada 12 horas, combinada a claritromicina 500 mg mais
amoxicilina 1 g ou metronidazol 500 mg, ambos por via oral, a cada 12 horas, durante
7 a 14 dias. Manter o omeprazol 20 mg a 40 mg, a cada 24 horas, até completar 4 a 8
semanas de tratamento.
Nota: O uso intravenoso e extremamente limitado. A injeção direta deve ser feita por 5 minutos e a
infusão por 20 a 30 minutos.
Para administração dos grânulos através de sonda nasogástrica, dilui-se em bicarbonato de sódio
8,4% ou água.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:
▪
Absorção: rápida; velocidade diminuída pela presença de alimentos.
▪
Início de ação: 1 hora.
▪
Pico de efeito: 2 horas.
▪
Duração de ação: 72 horas.

Meia-vida de eliminação: 0,5 a 1 hora.
7. Efeitos adversos:

Comuns: cefaleia (3% a 7%), tontura (2%), dor abdominal (2% a 5%), diarréia (3% a 4%),
náusea (2% a 4%), vômito (2% a 3%), flatulência (3%), obstipação (1% a 2%), exantema
(2%), fraqueza (1%), lombalgia (1%), tosse (1%) e infecção do trato respiratório
superior (2%).

Graves: alopecia, pancreatite (raro), hepatotoxicidade (raro), alterações hematológicas
(agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia), nefrite intersticial, fratura óssea
relacionada a osteoporose, rabdomiólise e reações de hipersensibilidade.
8. Interações Medicamentosas:

Benzodiazepínicos (clorazepato, diazepam, triazolam): risco aumentado de toxicidade
benzodiazepinica. Monitorar o paciente para sinais de depressão do SNC (sedação,
ataxia) e ajustar a dose. Considerar a substituição por um benzodiazepínico eliminado
por glicuronidação (lorazepam, oxazepam e temazepam) ou por um anti-secretor que
não seja metabolizado pelas enzimas do citocromo P450 (ranitidina, sucralfato e
pantoprazol).
▪
Carbamazepina: aumento do risco de toxicidade pela carbamazepina. Monitorar níveis
plasmáticos e sinais de toxicidade (ataxia, nistagmo, diplopia, cefaleia, vomito, apneia,
convulsão, coma) e reduzir a dose.

Cilostazol: aumento do risco de efeitos adversos relacionados ao cilostazol (cefaleia,
diarreia, fezes anormais). Considerar a redução da dose de 100 mg para 50 mg duas
vezes ao dia.
▪
Dissulfiram: aumento do risco de toxicidade pelo dissulfiram (confusão, desorientação,
alterações psicóticas). Monitorar o paciente e reduzir a dose de um ou ambos os
fármacos.
▪
Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) e Ginkgo biloba: redução da eficácia do
omeprazol. Aumentar a dose, se necessário.
▪
Ferro: redução da biodisponibilidade do ferro não-heme. Monitorar o paciente e
considerar a administração de ferro por via parenteral.
▪
Inibidores de protease (atazanavir, indinavir, nelfinavir): redução do efeito terapêutico
do antirretroviral e desenvolvimento de resistência. Monitorar o paciente para
decréscimo da atividade antiviral e ajustar a dose.
▪
Metotrexato: aumento do risco de toxicidade pelo metotrexato. Monitorar o paciente
e descontinuar temporariamente o omeprazol ou considerar o uso de um antihistamínico H2 (ranitidina).
▪
Micofenolato de mofetila: redução da concentração plasmática do micofenolato.
Considerar aumento de dose.
▪
Saquinavir: aumento da exposição ao saquinavir. Monitorar o paciente para potencial
toxicidade (sintomas gastrintestinais, aumento de triglicerídeos e trombose venosa
profunda).
▪
Varfarina: aumento do efeito anticoagulante. Monitorar o tempo de protrombina e
ajustar a dose.

Voriconazol: aumento das concentrações plasmáticas do omeprazol. Quando terapia
com voriconazol e iniciada em pacientes recebendo omeprazol em doses de 40 mg ou
superiores, recomenda-se que a dose do omeprazol seja reduzida pela metade.
Monitorar o paciente para aumento de efeitos adversos relacionados ao omeprazol.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para a ingestão das cápsulas com estômago vazio, 30 minutos antes de uma
refeição (preferentemente café da manha) devendo ser ingeridas intactas.

Ensinar, para pacientes com dificuldade de deglutição, que as cápsulas podem ser
abertas imediatamente antes da administração e os grânulos intactos misturados com
pequena quantidade de bebida ácida, como suco de laranja. Os grânulos não devem
ser mastigados nem misturados com leite.

Alertar que não deve ser utilizado para alívio imediato de ardência epigástrica, pois
pode levar 1 a 4 dias para alcançar o efeito completo. Antiácidos podem ser
administrados concomitantemente.

Reforçar a necessidade de evitar o uso de bebida alcoólica.
10. Aspectos farmacêuticos
▪
Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 e 30°C e protegido da luz. O grânulo da
cápsula é estável em meio ácido.

O fármaco (fora do grânulo) e rapidamente degradado em meio ácido, mas apresenta
estabilidade aceitável em condições alcalinas.
Medicamento: PARACETAMOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 898-900)
1. Apresentação:

Comprimido 500 mg.

Solução oral 200 mg/mL.
2. Indicações:

Dor leve a moderada.

Febre.

Enxaqueca.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao paracetamol.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:

Insuficiência hepática (ver apêndice C).

Insuficiência renal (ver apêndice D).

Alcoolismo.

Pacientes asmáticos com hipersensibilidade ao acido acetilsalicílico (risco de
hipersensibilidade cruzada).

Lactação.

O paracetamol tem pouco ou nenhum efeito anti-inflamatório ou antirreumático.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos e crianças com mais de 12 anos
Febre, dor leve a moderada e enxaqueca.

500 mg a 1.000 mg, por via oral, a cada 4 a 6 horas. Dose máxima diária: 4.000 mg.
5.2. Crianças até 12 anos
Febre pós-imunização em crianças com 2 a 3 meses

Dose única de 60 mg, por via oral; se necessário, administrar segunda dose 4 a 6 horas
após a primeira. Procurar orientação médica se a febre persistir após a segunda dose.
Febre e dor leve a moderada

10 a 15 mg/kg, por via oral, a cada 4 a 6 horas (Máximo de 5 doses em 24 horas).
Nota: crianças com menos de 2 anos de idade, ou com menos de 11 kg, requerem orientação
médica.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção oral: rápida e incompleta; varia conforme a forma farmacêutica.

Biodisponibilidade oral: 60% a 98%.

Metabolismo: hepático.

Pico de concentração plasmática: 10 a 60 minutos.

Inicio de efeito: menos de 1 hora.

Duração da ação: 4 a 6 horas.

Excreção: renal, 1% a 4% na forma não alterada.

Meia-vida de eliminação: neonatos, 2 a 5 horas; adultos, 1 a 4 horas.
7. Efeitos adversos:

São raros e geralmente brandos em doses terapêuticas.

Asma.

Exantema.

Distúrbios sanguíneos (trombocitopenia, leucopenia, neutropenia, pancitopenia e
agranulocitose).

Hemorragia gástrica.

Hepatotoxicidade após dose excessiva ou com uso terapêutico prolongado em
pacientes alcoolistas.

Aumento da bilirrubina e da fosfatase alcalina.

Nefrotoxicidade por uso prolongado ou excessivo.

Reações de hipersensibilidade, incluindo dispneia, hipotensão, urticária, e angioedema.
8. Interações Medicamentosas:

Carbamazepina: pode aumentar o risco de hepatotoxicidade pelo paracetamol. Em
doses terapêuticas usuais dos dois fármacos, não é necessário monitoria especial do
paciente.

Etanol: pode aumentar o risco de hepatotoxicidade. Deve-se ter cuidado com
pacientes que ingerem 3 ou mais doses de bebidas alcoólicas por dia e utilizem
paracetamol. Pacientes devem ser orientados a não excederem dose diária de 4.000
mg de paracetamol. Alcoolistas crônicos devem evitar o uso de paracetamol.

Fenitoína: pode diminuir a efetividade do paracetamol e aumentar o risco de
hepatotoxicidade. Evitar doses elevadas e/ou uso prolongado de paracetamol.
Monitorar o paciente para evidências de hepatotoxicidade. Em doses terapêuticas dos
dois fármacos, geralmente não é necessário monitoria do paciente ou ajuste de dose.

Isoniazida: pode aumentar o risco de hepatotoxicidade. O uso de paracetamol deve ser
limitado em pacientes que utilizam isoniazida.

Zidovudina: pode resultar em neutropenia ou hepatotoxicidade. Evitar uso prolongado
e múltiplas doses de paracetamol em pacientes tratados com zidovudina.
9. Orientações aos pacientes:

A velocidade de absorção pode ser diminuída quando ingerido com alimentos. Ingerir
com alimento se houver desconforto gástrico.

Não é seguro ingerir dose diária acima de 4.000 mg. Não exceder a dose diária
recomendada pelo risco de hepatotoxicidade.

Muitas associações medicamentosas de venda livre contêm paracetamol. O uso
simultâneo de várias preparações pode resultar em dose excessiva do fármaco.

Relatar sinais ou sintomas de hemorragia gastrintestinal, doença hepática (p.ex. pele
ou olhos amarelados) ou doença renal.

Ingerir o medicamento com um copo cheio de água (cerca de 200 mL).

Evitar ingestão de álcool enquanto estiver utilizando este medicamento.

Não deve ser utilizado como automedicação para dor, por mais que 10 dias em adultos
e 5 dias em crianças; para febre superior a 39,5 .C, por mais que 3 dias ou febre
recorrente; para dor de garganta (faringite, laringite), em adultos ou crianças, por mais
de 2 dias, a não ser que seja sob orientação médica, pois dor intensa por longo período
ou febre recorrente pode indicar condição patológica que requer avaliação médica.
10. Aspectos farmacêuticos

Manter a temperatura ambiente, entre 15°C e 30°C. Proteger da luz, calor e umidade.
Medicamento: PERMETRINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 902-903)
1. Apresentação:

Loção 1%.
2. Indicações:

Escabiose

Pediculose corporal e do couro cabeludo.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade a permetrina ou outras piretrinas, sintéticas e naturais.

Crianças com menos de 2 meses de idade.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Inflamação ou corte na pele ou escalpo (pode exacerbar prurido, edema e eritema da
lesão).
 Crianças ate 2 anos de idade (usar somente sob supervisão medica).
 Pediculose pubiana para menores de 18 anos (uso não recomendado).

Evitar contato com olhos e mucosas.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos e crianças acima de 2 anos
Pediculose do couro cabeludo

Aplicar nos cabelos, recém-lavados com xampu e ainda úmidos. Saturar o couro
cabeludo e o cabelo, e deixar agir por 10 minutos. Enxaguar com água abundante e
remover as lêndeas com pente fino. O tratamento deve ser feito por 4 dias e repetido
apos uma semana.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: 2% ou menos.

Metabolismo: hepático (rapidamente biotransformado).

Duração da ação: 14 dias.

Eliminação: primariamente renal.
7. Efeitos adversos:

Pouco freqüentes: prurido, eritema, queimação local.

Raros: exantema, edema.
8. Interações Medicamentosas:

Não foram identificadas interações medicamentosas.
9. Orientações aos pacientes:

Reforçar que o uso e exclusivamente externo; em caso de contato com os olhos, lavar
abundantemente com água corrente.

Orientar para usar sabonetes neutros, pois sabonetes escabicidas aumentam o risco de
irritação.

Orientar para a necessária agitação do frasco da loção antes do uso.

Alertar para aplicar com cuidado nos espaços interdigitais e não lavar as mãos após a
aplicação.

Orientar para emprego do pente fino e para a troca diária de roupas de uso e roupas
de cama; ensinar a ferver as roupas e passar a ferro bem quente para não haver
reinfestação.

Orientar para a necessidade de investigar infestação em familiares e pessoas próximas.

Alertar que, após o tratamento da escabiose, o prurido pode permanecer por algumas
semanas, o que isso raramente significa falha da terapêutica, não sendo necessária a
repetição do tratamento.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar a temperatura ambiente, em recipientes bem fechados. Manter ao abrigo
de luz, calor e umidade. Evitar congelamento.

Agitar a loção antes do uso.
Medicamento: PIRIMETAMINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 907-908)
1. Apresentação:

Comprimido 25 mg.
2. Indicações:

Tratamento de toxoplasmose, em combinação com sulfadiazina ou clindamicina e
folinato de cálcio.
3. Contraindicações:

Primeiro trimestre de gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice
A).

Insuficiência hepática (ver apêndice C).

Insuficiência renal.

Hipersensibilidade a pirimetamina ou a algum componente da formulação.

Anemia megaloblástica por deficiência de ácido fólico.

Uso concomitante de aurotioglicose.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Deficiência de ácido fólico por outras causas, como alcoolismo e síndrome de
má-absorção.
▪
Pacientes com distúrbios convulsivos, que necessitem de altas doses de
pirimetamina (iniciar o tratamento com doses mais baixas).
▪
Lactação (ver apêndice B).
▪
Altas doses de pirimetamina ocasionam deficiência de ácido fólico; esta deve
ser corrigida com a suplementação de folinato de cálcio que protege contra a
toxicidade medular.
▪
Monitorar contagem de células sanguíneas, especialmente em tratamento
com altas doses.
5. Esquemas de administração:
5.1. Neonatos e Crianças
Toxoplasmose

1 mg/kg/dia, por via oral, dividida em 2 doses diárias. Após 2 a 4 dias a dose deve ser
reduzida pela metade e continuada por aproximadamente 1 mês (sem manifestação da
doença) ou 6 a 12 meses (com manifestação da doença). Os pacientes devem ser
tratados também com sulfadiazina (100 mg/kg/ dia, por via oral, divididos em 2 doses
diárias).
5.2. Adultos
Toxoplasmose

50 a 75 mg, por via oral, uma vez ao dia, em combinação com 1 a 4 g/dia de
sulfadiazina, durante 1 a 3 semanas. Em seguida, as doses de ambos os fármacos
devem ser reduzidas à metade e o tratamento continuado por mais 4 a 5 semanas.
Pacientes com HIV/Aids e outras imunodeficiências

Dose de ataque: 200 mg, por via oral, seguidos de 50 a 100 mg, uma vez ao dia, em
combinação com sulfadiazina (1 a 1,5 g, por via oral, a cada 6 horas) ou clindamicina
(600 mg, por via oral, a cada 6 horas), por 4 a 6 semanas. Adicionar folinato de cálcio
(10 a 15 mg), por via oral, diariamente, durante o mesmo período.

Dose supressiva: 25 a 50 mg/dia, por via oral, uma vez ao dia, em combinação com
sulfadiazina (2 a 4 g/dia), por longos períodos.
Mulheres grávidas (no segundo trimestre)

25 mg, por via oral, uma vez ao dia, durante 3 a 4 semanas.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Pico de concentração plasmática: 2 a 6 horas.

Meia-vida: 80 a 95 horas (adultos) e 64 horas (crianças).

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal e leite materno.
7. Efeitos adversos:

Anemia megaloblástica, leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia.

Nefrotoxicidade.

Síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, necrólise epidérmica tóxica (raros),
exantema, urticária, doença do soro, dermatite exfoliativa, hepatite.

Distúrbios gastrintestinais, como vômito e anorexia.

Insônia, cefaleia, vertigens.

Alterações no ritmo cardíaco.
8. Interações medicamentosas:

Aurotioglicose: aumento do risco de discrasia sanguínea. O uso concomitante é
contraindicado.

Lorazepam: risco de hepatotoxicidade. Monitorar função hepática regularmente.

Sulfametoxazol + trimetoprima: aumento do risco de anemia megaloblástica e
pancitopenia. Evitar o uso concomitante. Monitorar a contagem de células sanguíneas
e observar a ocorrência de equimoses e sangramento excessivo.

Considerar a administração de ácido folínico.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para a ingestão do medicamento durante as refeições se surgirem sinais de
irritação gástrica.

Orientar para notificar o surgimento de erupções cutâneas.

Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas com as primeiras doses.
10. Aspectos farmacêuticos

Manter o medicamento em local seco, ao abrigo da luz e sob temperatura entre 15 a
25 °C.
ATENÇÃO: Administrar ácido folínico (5 a 10 mg/dia) durante tratamento com pirimetamina
Interromper uso de pirimetamina na presença de exantema, dor de garganta, palidez, púrpura e
glossite.
Medicamento: PREDNISOLONA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 727-730)
1. Apresentação:

Solução oral 4,02 mg/mL (equivalente a 3 mg de prednisolona/mL).
2. Indicações:

Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave.

Artrite reumatoide, asma, doença de Hodgkin, doença pulmonar obstrutiva crônica,
doenças alérgicas, doenças de pele, doenças endócrinas, doenças gastrintestinais,
doenças hematopoiéticas, doenças inflamatórias, doenças inflamatórias
musculoesqueléticas, doenças neoplásicas, doenças oculares, doenças respiratórias.

Esclerose múltipla (exacerbações).

Linfoma não-Hodgkin, rejeição de transplantes.

Síndrome nefrótica, triquinose com envolvimento neurológico ou miocárdico.

Tuberculose meníngea.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade à prednisolona ou a algum componente da formulação.

Infecções sistêmicas por fungos, bactérias ou vírus não tratadas com antimicrobiano
específico.

Vacinas com vírus vivos, pois a resposta imune pode ser diminuída pela prednisolona.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:

Úlcera péptica, diabete melito (incluindo história familiar), hipertensão arterial,
psicose, ICC, hipotireoidismo, glaucoma (incluindo história familiar), diverticulite,
miastenia grave, herpes simples ocular, osteoporose, tendência psicótica.
Insuficiência hepática, insuficiência renal, doença inflamatória intestinal.



Crianças e adolescentes (pode ocorrer retardo no crescimento).
Idosos (podem desenvolver osteoporose, principalmente em mulheres na pósmenopausa, ou hipertensão).
Lactação.

Aumenta a susceptibilidade e a gravidade de infecções como varicela e sarampo.

Pode ativar ou exacerbar tuberculose, amebíase ou estrongiloidíase.

Fator de risco na gravidez (FDA): C.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Asma (exacerbação moderada a grave)

40 a 80 mg/dia, VO, divididos em 2 doses, até o máximo de 60 mg/dia, durante 3 a 10
dias.
Asma (controle e manutenção)

7,5 a 60 mg/dia, VO, em dias alternados.
Artrite reumatoide, doença de Hodgkin, doença pulmonar obstrutiva crônica (exacerbações
agudas), doenças alérgicas, doenças de pele, doenças endócrinas, doenças gastrintestinais,
doenças
hematopoiéticas,
doenças
inflamatórias,
doenças
inflamatórias
musculoesqueléticas, doenças neoplásicas, doenças oculares, doenças respiratórias,
linfoma não-Hodgkin, rejeição de transplantes, síndrome nefrótica, triquinose com
envolvimento neurológico ou miocárdico), tuberculose meníngea

5 a 60 mg/dia, VO, divididos em 3 ou 4 doses.
Esclerose múltipla

200 mg/dia, VO, durante 1 semana; seguidos por 80 mg, em dias alternados, durante 4
semanas.
Nota: as doses devem ser individualizadas com base na gravidade da doença e na resposta ao
tratamento. Pacientes com hipertireoidismo requerem doses maiores.
5.2. Crianças
Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave

Iniciar o uso da prednisolona o mais cedo possível e dentro de 72 horas do tratamento
bacteriano.

Abaixo de 12 anos: 1 mg/kg, VO, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5; 0,5 mg/kg, VO, a cada
12 horas, nos dias 6 a 10; 0,5 mg/kg, VO, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21.
Asma (exacerbação moderada a grave)

1 mg/kg/dia, VO, divididos em 2 doses; até o máximo de 60 mg/dia, durante 3 a 10
dias.
Asma (controle e manutenção)

0,25 a 2 mg/kg/dia, VO, em dias alternados.
Artrite reumatoide, doença de Hodgkin, doença pulmonar obstrutiva crônica (exacerbações
agudas), doenças alérgicas, doenças de pele, doenças endócrinas, doenças gastrintestinais,
doenças
hematopoiéticas,
doenças
inflamatórias,
doenças
inflamatórias
musculoesqueléticas, doenças neoplásicas, doenças oculares, doenças respiratórias,
linfoma não-Hodgkin, rejeição de transplantes, triquinose com envolvimento neurológico
ou miocárdico), tuberculose meníngea

0,14 a 2 mg/kg (4 a 60 mg/m2/dia), VO, divididos em 3 ou 4 doses.
Síndrome nefrótica

60 mg/m2/dia, VO, divididos em 3 doses, durante 4 semanas; manter com 40 mg/m2,
em dias alternados, por mais 4 semanas.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: rápida.

Biodisponibilidade: completa.

Pico de concentração: 1 hora.

Metabolismo: hepático.

Eliminação: renal.

Meia-vida de eliminação: 2 a 4 horas.
7. Efeitos adversos:

Catarata, glaucoma, síndrome de Cushing, tuberculose pulmonar, desequilíbrio de
fluidos e eletrólitos, infecções por bactérias, parasitas, fungos e vírus.

Euforia, depressão, náusea, aumento do apetite, ganho de peso, pancreatite.

Necrose asséptica óssea, miopatias proximal.

Reações leucemoides (leucocitose).

Menstruação irregular.
8. Interações Medicamentosas:

Ácido acetilsalicílico: aumento do risco de ulceração gastrintestinal e de concentrações
subterapêuticas de ácido acetilsalicílico no sangue.

Fenitoína, rifampicina: pode reduzir a efetividade da prednisolona.

Contraceptivos em combinação: o uso concomitante com prednisolona pode resultar
em aumento do risco de efeitos adversos dos corticoides.

Fluoroquinolonas: aumento do risco de ruptura de tendões.

Vacina contra rotavírus: aumento do risco de infecção pela vacina com vírus vivos. A
vacinação de pacientes em terapia sistêmica prolongada com corticosteroides é
contraindicada.
9. Orientações aos pacientes:

A administração com alimento pode minimizar a irritação gástrica.

Não tomar qualquer tipo de vacina sem consultar um médico. Evitar contato com
qualquer pessoa que tome a vacina oral contra pólio e com pessoas doentes.

Evitar uso de bebidas alcoólicas.

Não suspender abruptamente este medicamento após uso prolongado.

Atletas devem consultar autoridades esportivas, pois pode ter seu uso restrito em
alguns esportes.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar em recipientes bem fechados e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC.
Manter ao abrigo da luz, calor e umidade. Não congelar.
ATENÇÃO: após o uso prolongado, a retirada do fármaco deve ser lenta e gradual, devido ao risco de
provocar supressão suprarrenal de reversão demorada.
Medicamento: PREDNISONA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 915-919)
1. Apresentação:

Comprimido de 5 mg e de 20 mg.
2. Indicações:

Adjuvante em processos inflamatórios do sistema musculoesquelético;

Processos alérgicos e adjuvante em anafilaxia.

Adjuvante no tratamento da hanseníase.

Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave.

Adjuvante no tratamento com antineoplásico.

Imunossupressão em doença autoimune.

Asma grave persistente e asma aguda grave.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco ou a algum dos componentes da formulação.

Infecções sistêmicas.

Uso concomitante com vacinas de vírus vivos, pois a resposta imune pode estar
diminuída.

Varicela.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Úlcera péptica, diabete melito, insuficiência hepática e renal (ver apêndice D),
hipertensão arterial, psicose, ICC, herpes simples, osteoporose, hipotireoidismo,
glaucoma, miastenia grave, transtornos tromboembólicos, imunodeficiência.
 Crianças e adolescentes (retardo no crescimento).
 Idosos (utilizar doses mínimas necessárias, pelo menor tempo possível).
 Diverticulite, colite ulcerativa, infecção fúngicas sistêmica (pode exacerbar a
infecção), lúpus eritematoso sistêmico (evitar o uso).

Monitorar o peso corporal, a pressão arterial, o balanço de fluidos e eletrólitos e a
concentração de glicose sanguínea durante o tratamento.

Aumenta a susceptibilidade a infecções e a gravidade de infecções virais, como varicela
e sarampo; ativa ou exacerba tuberculose, amebíase e estrongiloidíase.

Fator de risco na gravidez (FDA): C (prednisolona); ADEC: A (ver apêndice A).

Supressão da reação de teste cutâneo.
5. Esquemas de administração:
Nota: Recomenda-se a administração oral de corticoides em dose única pela manhã para
diminuir a interferência sobre a secreção circadiana de cortisol. A dose ser ajustada sempre para
a mínima suficiente para controlar os sintomas.
5.1. Adultos
Adjuvante em processos infamatórios do sistema musculoesquelético

5 a 60 mg/dia, VO, divididos em 1 a 4 vezes ao dia, durante 7 dias.
Processos alérgicos e adjuvante em anafilaxia

5 a 60 mg/dia, VO, em dose única no período da manhã, durante 5 a 10 dias.
Adjuvante no tratamento da hanseníase

Controle da reação tipo 1: 1 a 2 mg/kg/dia, conforme avaliação clínica. Manter a dose
até a regressão clínica do quadro reacional. Reduzir a dose em intervalo e quantidade
fixos até a dose mínima necessária para manter o paciente sem a reação.
Adjuvante no tratamento da pneumonia pneumocística moderada ou grave

Iniciar o uso da prednisona o mais cedo possível e dentro de 72 horas do tratamento
antibacteriano: 40 mg, VO, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5; 40 mg, VO, a cada 24 horas,
nos dias 6 a 10; 20 mg, VO, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21.
Adjuvante no tratamento antineoplásico

Carcinoma de próstata: 5 mg, VO, a cada 12 horas, em associação ao docetaxel (75
mg/m2, por infusão IV durante 1 hora, a cada 3 semanas).

Terapia paliativa de leucemia e linfoma em adultos: 5 a 60 mg/dia, VO.
Imunossupressão em doença autoimune

100 mg/dia, reduzir gradualmente quando possível para 20 a 40 mg/dia.
Asma grave persistente

7,5 a 60 mg/dia, VO, pela manhã a cada 24 ou 48 horas, conforme necessário para
controle.
Asma aguda grave

40 a 80 mg/dia, por via oral, dividida a cada 12 ou a cada 24 horas, até pico de fluxo
expiratório alcançar 70 % do previsto.
5.2. Crianças
Adjuvante em processos inflamatórios do sistema musculoesquelético

5 a 60 mg/dia, VO.
Processos alérgicos e adjuvante em anafilaxia

5 a 60 mg/dia, VO.
Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave

Iniciar o uso da prednisona o mais cedo possível e dentro de 72 horas do tratamento
antibacteriano:

Abaixo de 12 anos:.1 mg/kg, VO, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5; 0,5 mg/kg, VO, a
cada 12 horas, nos dias 6 a 10; 0,5 mg/kg, VO, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21.

Acima de 12 anos: 40 mg, VO, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5; 40 mg, VO, a cada 24
horas, nos dias 6 a 10; 20 mg, VO, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21.
Adjuvante no tratamento com antineoplásico

Terapia paliativa da leucemia aguda: 5 a 60 mg/dia, VO.

Leucemias e linfomas: até 1 ano: 25 mg e gradualmente reduzir para 5 a 10 mg/dia; 2 a
7 anos: 50 mg e gradualmente reduzir para 10 a 20 mg/dia; 8 a 12 anos: 75 mg e
gradualmente reduzir para 15 a 30 mg/dia.
Imunossupressão em doença autoimune

0,2 a 1 mg/kg/dia ou 6 a 30 mg/m2/dia, VO, divididas a cada 6 ou 12 horas.
Asma grave persistente

0,25 a 2 mg/kg/dia, VO, pela manhã ou conforme necessário para controle.
Asma aguda grave

1 a 2 mg/kg/dia, VO, dividida a cada 12 horas. Dose máxima: 40 mg/dia (para criança
de 5 a 15 anos) e 20 mg/dia (para criança de 1 a 4 anos). Até pico de fluxo expiratório
alcançar 70 % do previsto.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: rápida.

Biodisponibilidade: 92 %.

Pico de concentração plasmática: 1 a 2 horas.

Biotransformação: hepática (metabólito ativo: prednisolona).

Excreção: renal.

Meia-vida de eliminação: 2 a 3 horas.
7. Efeitos adversos:

Catarata, glaucoma, coriorretinopatia serosa central, papiloedema ou hipertensão
intracraniana.

Síndrome de Cushing; hiperglicemia, aumento do colesterol total associado ao
aumento dos níveis de LDL e diminuição do HDL, aumento dos níveis de triglicerídeos;
insuficiência adrenocortical, aumento de peso e apetite; irregularidades menstruais e
amenorreia.

Infecções por bactérias, parasitas, fungos e vírus; disseminação do vírus VaricellaZoster; aspergilose; tuberculose pulmonar, abscesso pulmonar, soluços.

Diminuição do crescimento corporal de crianças que fazem uso prolongado.

Euforia, depressão, alucinações, insônia, desorientação, dificuldade para dormir,
inquietação, nervosismo.

Diminuição da função cardiovascular, necrólise do miocárdio, hipertensão.

Acne, afinamento da pele, equimoses e contusões fáceis são frequentes em pacientes
idosos, eritema facial, hirsutismo, sudorese, telangiectasia, síndrome de pele escaldada
estafilocócica, comprometimento na cicatrização.

Irritação e úlcera no trato gastrintestinal, pancreatite aguda, superinfecção
gastrintestinal, megacólon tóxico, náusea.

Artralgias, mialgias, miopatias proximal, ruptura de tendão, osteoporose, necrólise
asséptica óssea, fratura de vértebras e de ossos longos.

Agranulocitose e diminuições na contagem de linfócitos e monócitos, trombocitose,
leucocitose.

Reações de hipersensibilidade.

Mal-estar, cefaleia e vertigem.

Retenção de fluidos e sódio, síndrome hipopotassêmica, proteinúria.

Porfiria.
8. Interações Medicamentosas:

Ácido acetilsalicílico: aumento do risco de ulceração gastrintestinal e de concentrações
subterapêuticas de ácido acetilsalicílico no sangue.

Alcaçuz: pode aumentar o risco de efeitos adversos da prednisona.

Barbitúricos: podem reduzir a efetividade da prednisona.

Fenitoína: podem reduzir a efetividade da prednisona.

Fluconazol: diminui a biotransformação e aumenta a eficácia da prednisona.

Fluoroquinolonas: aumento do risco de ruptura de tendões.

Gatifloxacino: aumento da glicose sanguínea e do risco de hiperglicemia. Se for
necessário uso concomitante de Gatifloxacino e prednisona, monitorar atentamente a
glicemia. Tratamento de emergência de um episódio hiperglicêmico pode ser
necessário.

Rifampicina: pode haver redução da efetividade da prednisona.

Ritonavir: aumento das concentrações séricas de prednisona e do risco de efeitos
adversos.

Vacina contra rotavírus: aumento do risco de infecção pelo vírus da vacina. A vacinação
de pacientes imunossuprimidos por corticoides sistêmicos é contraindicada.

Varfarina: diminuição do efeito anticoagulante; ou aumento do risco de sangramento.
9. Orientações aos pacientes:

Se houver irritação gástrica, tomar com alimento ou leite.

Não tomar qualquer tipo de vacina sem consultar um médico.

Evitar contato com qualquer pessoa que tome a vacina oral contra poliomielite e com
pessoas acometidas de infecções como sarampo e varicela.

Evitar medicamentos de venda sem prescrição e uso de bebidas alcoólicas.

Não suspender abruptamente este medicamento após uso prolongado (acima 14 dias).
Após longo período de uso, a prednisona deverá ser retirada de forma gradual.

Restringir a ingestão de sódio, suplementar a de potássio e restringir alimentos
calóricos.

Caso a condição clínica do paciente permita, administrar cálcio, calciferol, e praticar
atividade física regular durante a terapia prolongada para evitar osteoporose.

Cautela nos testes cutâneos de sensibilidade.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC, em recipientes bem fechados e ao
abrigo da luz, calor e umidade.
ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, por isso
deve ser realizada uma pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar a
prednisona ou outros medicamentos no esquema do paciente. O uso deste medicamento não deve
ser suspenso sem orientação médica. Após uso prolongado (acima de 14 dias), a retirada do fármaco
deve ser lenta e gradual, para evitar o risco de supressão suprarrenal de reversão demorada.
Medicamento: PROMETAZINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 590-592)
1. Apresentação:
 Comprimido 25 mg.
 Solução injetável 25 mg/mL.
2. Indicações:
 Anafilaxia (adjuvante).
 Terapêutica antineoplásica (adjuvante)
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ou história de reação idiossincrática a prometazina ou a outras
fenotiazinas e a sulfitos (ampolas contêm metabissulfito).

Injeção subcutânea ou intra-arterial.

Estado comatoso.

Sintomas do trato respiratório baixo, incluindo asma.

Crianças com menos de 2 anos apresentam maior risco potencial de depressão
respiratória fatal.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Pacientes com hipertrofia prostática, retenção urinária, glaucoma de ângulo
fechado, úlcera péptica estenosante e obstrução piloroduodenal, devido aos
efeitos anticolinérgicos.
▪
Durante a indução e a recuperação de anestesia (devido aos efeitos muscarínicos,
pode aumentar o risco de regurgitação e aspiração do conteúdo gástrico).
▪
Pacientes
com
convulsões,
depressão
da
medula
óssea,
agranulocitose,leucopenia, disfunção hepática (ver apêndice C) e renal, doença
cardiovascular e função respiratória comprometida.
▪
Crianças e idosos (apresentam maior susceptibilidade aos efeitos anticolinérgicos
e sobre o sistema nervoso central, podendo ocorrer reação paradoxal).
▪
Pacientes pediátricos com doença aguda associada a desidratação ou com sinais e
sintomas sugestivos da síndrome de Reye ou outras doenças hepáticas.
▪
Uso concomitante de outros fármacos que afetam o limiar epileptogênico
(exemplo: narcóticos ou anestésicos locais).
▪
Pacientes pediátricos com vômito não complicado (uso não recomendado); limitar
o uso em vômito prolongado de etiologia desconhecida.
▪
Síndrome neuroléptica maligna.
▪
Lactação (ver apêndice B).
▪
Porfiria.

Monitorar a pressão arterial.
▪
Reações graves podem ocorrer no lugar da injeção (após injeção única pelas vias
intravenosa, subcutânea ou intra-arterial inadvertida); pode ser necessária intervenção
cirúrgica como fasciotomia, enxerto cutâneo e amputação; o risco é aumentado com
concentrações acima de 25 mg/mL e com taxas de infusão superior a 25 mg/min.
Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
▪
5. Esquemas de administração:
5.1. Criança
Anafilaxia e adjuvante na terapêutica antineoplásica

De 5 a 10 anos: 6,25 a 12,5 mg, por injeção intramuscular profunda, iniciar pela dose
mais baixa que produza efeito desejado. Dose máxima: 0,5 mg/kg/dose.
5.2. Adulto
Êmese e adjuvante na terapêutica antineoplásica
▪
12,5 a 25 mg, em injeção intramuscular profunda ou injeção intravenosa lenta (diluído
para 2,5 mg/mL), a intervalos de 4 a 6 horas.
Anafilaxia
▪
25 mg, por via intramuscular ou intravenosa, a intervalos de 2 horas.
5.2. Idosos
Anafilaxia e adjuvante na terapêutica antineoplásica
▪
6,25 a 12,5 mg, por via intravenosa, iniciar pela dose mais baixa que produza feito
desejado, para limitar o risco de dano tecidual.
Nota: Não deve ser administrado em concentrações acima de 25 mg/mL e em velo-cidade superior a
25 mg/minuto. A administração intravenosa deve ser feita em veia calibrosa, nunca em mão ou
pulso.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início de efeito: 20 minutos (intramuscular), 3 a 5 minutos (intravenosa).

Pico de concentração plasmática: 2 a 3 horas.

Duração de efeito: 4 a 6 horas, pode persistir por até 12 horas.

Liga-se a proteínas plasmáticas em cerca de 76 a 93%.

Meia-vida: 5 a 15 horas.

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal e biliar.
7. Efeitos adversos:

Retenção urinária.

Tontura, lassidão, zumbido, incoordenação, fadiga, insônia, tremores e crises oculogiras.

Visão borrada (diplopia).

Encefalopatia.

Coreoatetose (movimentos atetoides), distonia.

Febre e ataque cardíaco.

Dano tecidual grave no local das injeções, exantema, necrólise tecidual, reações de
hipersensibilidade, fotossensibilidade, dermatite e urticária.

Icterícia, náuseas e vômitos, obstrução intestinal e xerostomia.

Agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia, trombose venosa.

Bradicardia, taquicardia, hipertensão, hipotensão, doença coronária grave.

Alucinações, euforia, nervosismo, excitação, estado catatônico, histeria e transtorno
psicótico, depressão do SNC, vertigem, sinais extrapiramidais, sedação, sonolência,
cefaleia, confusão, debilidade psicomotora, convulsões, síndrome neuroléptica maligna,
cognição prejudicada.

Depressão respiratória, apneia, asma, congestão nasal e broncospasmo.

Arterioespasmo e gangrena podem ocorrer como resultado de injeção intra-arterial
inadvertidamente.
8. Interações medicamentosas:

Alcaloides da beladona: aumento excessivo dos efeitos anticolinérgicos.

Cisaprida, esparfloxacino, gatifloxacino e grepafloxacino: uso simultâneo com
prometazina pode resultar em prolongamento do intervalo QT e/outorsades de pointes.
O uso concomitante é contraindicado.

Fenilalanina: aumento do risco de discinesia.

Lítio: em caso de uso concomitante, podem ocorrer fraqueza, discinesias, sintomas
extrapiramidais, encefalopatia.

Meperidina: aumento dos efeitos depressores do sistema nervoso central e respiratório.

Midodrina: uso concomitante pode aumentar o risco de acatisia.

Outros fármacos depressores respiratórios: risco de depressão acentuada. Evitar em
pacientes pediátricos.

Procarbazina: risco de depressão do sistema nervoso central.

Propranolol: pode elevar o risco de aumento da pressão arterial.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar para notificar imediatamente caso haja sintomas: batimento cardíaco irregular,
respiração lenta ou incômodo ao respirar, erupção cutânea, prurido, urticária, pele ou
olhos amarelados, dor, ardor ou inchaço no lugar da injeção, visão turva, zumbido nos
ouvidos.

Também notificar em casos de efeitos mais sérios, tais como: sonolência ou tontura,
dificuldade para dormir, nervosismo, depressão, boca ressecada, obstipação.

Orientar para a interrupção do uso 2 dias antes de realizar testes cutâneos de alergia,
devido à possibilidade de obtenção de resultados falso-negativos. Este medicamento
pode afetar os resultados de alguns exames médicos.

Pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação
motora, como operar máquinas e dirigir.

Recomendar o uso de protetor solar devido ao risco de fotossensibilização.

Alertar para observar lactentes, devido ao risco de sedação.

Reforçar a importância de evitar bebidas alcoólicas e outros depressores durante o uso
do medicamento.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a temperatura entre 15 e 30 ºC. Não congelar. Manter ao abrigo de umidade
e luz, em recipiente bem fechado.

Não utilizar se estiver com a coloração alterada ou se houver precipitação.

Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e
estabilidade da solução.

Incompatibilidades em solução: alopurinol, gliconato de cálcio, cetorolaco, substâncias
alcalinas, aminofilina, barbitúricos, benzilpenicilina, carbenicilina, cloranfenicol,
clorotiazida, cefmetazol, cefoperazona, cefotetana, dimenidrinato, heparina, succinato
sódico de hidrocortisona, meticilina, morfina, nalbufina, furosemida, doxorrubicina
(formulação lipossomal), e alguns meios de contraste e soluções nutritivas.
Medicamento: PROPRANOLOL, CLORIDRATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 594-597)
1. Apresentação:

Comprimido de 40 mg.
2. Indicações:

Profilaxia da enxaqueca.

Arritmias cardíacas associadas a tirotoxicose, feocromocitoma, anestesia geral,
exercício, emoção e uso de cocaína.

Tratamento de cardiopatia isquêmica: angina e enfarte agudo do miocárdio.

Hipertensão arterial sistêmica, em crianças.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao propranolol.

Hipotensão.

Insuficiência cardíaca descompensada.

Choque cardiogênico.

Bradicardia sinusal grave.

Síndrome do no sinoatrial

Bloqueio atrioventricular de 2º e 3º graus.

Asma ou historia de doença pulmonar obstrutiva crônica.

Acidose metabólica.

Angina de Prinzmetal

Doença arterial periférica grave.
4. Precauções:

Usar com cuidado em pacientes em uso de anestésicos que diminuam a função do
miocárdio.
▪
Suspender o fármaco no decurso de 1 a 2 semanas. A suspensão súbita pode gerar
efeito rebote, com piora de angina de peito, arritmias cardíacas e surgimento de
enfarte do miocárdio.
▪
Deve ser utilizado com cautela em pacientes com história de insuficiência cardíaca
congestiva, insuficiência cerebrovascular, doença vascular periférica, miastenia grave,
bloqueio atrioventricular de 1º grau, hipertensão portal, reações de hipersensibilidade,
diabetes melito hipertireoidismo/tirotoxicose (pode mascarar sintomas de
hipoglicemia).
▪
Usar com cuidado em pacientes com doença hepática (ver apêndice C) e insuficiência
renal (não é necessário ajuste de dose).
•
O risco de efeitos adversos e aumentado em pacientes idosos.
•
Categoria de risco na gravidez (FDA): C e D (ver apêndice A).

Lactação.
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças e Adolescentes
Profilaxia de enxaqueca
▪
Abaixo de 35 kg: 10 a 20 mg, por via oral, a cada 8 horas.

Acima de 35 kg: 20 a 40 mg, por via oral, a cada 8 horas.
Hipertensão arterial
▪
Neonatos: dose inicial 0,25 mg/kg, por via oral, a cada 8 horas, aumentando se
necessário ate no máximo 2 mg/kg a cada 8 horas.
▪
Crianças de 1 mês a 12 anos: dose inicial 0,25 a 1 mg/kg, por via oral, a cada 8 horas,
aumentando se necessário até no máximo 5 mg/kg/dia, dividido a cada 8 horas.
▪
Crianças acima de 12 anos: 40 mg, por via oral, a cada 12 horas, aumentado
gradualmente ate 120 a 240 mg por dia, dividido a cada 8 ou 12 horas. Dose máxima
diária: 320 mg.
Arritmias cardíacas
▪
Neonatos: 0,25 a 0,50 mg/kg, por via oral, a cada 8 horas.
▪
Crianças de 1 mês a 18 anos: Dose inicial 0,25 a 0,50 mg/kg, por via oral, a cada 6 ou 8
horas, ajustada conforme a resposta, até o máximo de 1mg/kg, a cada 6 horas. Dose
máxima diária: 160 mg.
5.2. Adultos
Profilaxia de enxaqueca
▪
Dose inicial 40 mg, por via oral, a cada 8 ou 12 horas. Dose de manutenção: 80 a 160
mg/dia. Aumentar a dose no intervalo de uma semana. Dose máxima diária: 240mg
Arritmias cardíacas e tratamento de crise tireotóxica
▪
10 a 40 mg, por via oral, a cada 6 ou 8 horas.
Angina
▪
Dose inicial 40 mg, por via oral, a cada 8 ou 12 horas. Dose de manutenção: 120 a 240
mg/dia.
Profilaxia após enfarte do miocárdio
▪
Dose inicial 40 mg, por via oral, a cada 6 horas, durante 2 a 3 dias, seguido de 80 mg,
por via oral, a cada 12 horas.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Biodisponibilidade 30 a 70%. A presença de alimento aumenta a biodisponibilidade do
propranolol.

Início da ação: 1 a 2 horas

Início da resposta anti-hipertensiva: 2 a 3 semanas.

Pico de concentração: 1 a 1,5 hora.

Duração da ação: 6 horas.

Metabolismo hepático (50 a 70%), extenso metabolismo de primeira passagem;
metabolitos inativos.

Excreção: renal; menos de 1% e excretado em forma inalterada na urina.

Meia-vida: 4 a 6 horas, podendo ser de 1,1 a 9,9 horas no uso prolongado.

Aumento da meia-vida em recém-nascidos e lactentes.

Não é removido por diálise.
7. Efeitos adversos:

Distúrbios gastrintestinais

Insuficiência cardíaca congestiva, hipotensão, bradicardia, transtorno na condução.

Broncoespasmo, com piora de asma e DPOC.

Claudicação intermitente, fenômeno de Raynaud.

Depressão mental, insônia, pesadelos, fadiga (26%), cefaleia.

Disfunção sexual.

Aumento do risco de hipoglicemia em diabéticos insulino-dependentes.
8. Interações Medicamentosas:

Agentes hipoglicemiantes, bloqueadores alfa-1-adrenergicos (primeira dose), clonidina
(retirada), clorpromazina (fenotiazinas), digitálicos e lidocaína: podem ter
efeito/toxicidade aumentado pelo propranolol. Monitorar eletrocardiograma, pressão
arterial, bem como sinais e sintomas específicos.
▪
Agonistas beta-2 adrenérgicos: podem ter o efeito diminuído pelo propranolol.
Monitorar sinais e sintomas específicos.
▪
Antiácidos: podem diminuir o efeito do propranolol. Monitorar sinais e sintomas
específicos.
▪
Amiodarona, bloqueadores de canais de cálcio do tipo di-hidropiridina, di-hidroergotamina, cimetidina, diltiazem, epinefrina, ergotamina, fenilefrina, fentanila,
fluvoxamina, haloperidol, mefloquina, propoxifeno, quinidina, sertralina e verapamil:
podem aumentar o efeito/toxicidade do propranolol. Monitorar função cardíaca,
particularmente em pacientes predispostos a insuficiência cardíaca. Pode ser
necessário ajuste de dose.

Tioridazina: aumenta o risco de cardiotoxicidade. O uso concomitante é
contraindicado.
9. Orientações aos pacientes:
▪
Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito
adverso.
▪
Orientar para não suspender o uso do medicamento.

Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se o horário da
proxima dose for a menos de 4 horas, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no
horário. Nunca usar duas doses juntas.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar a temperatura entre 20-25°C e com proteção de luz.

Formulação extemporânea para uso oral – 1 mg/mL. Preparar a partir de 10
comprimidos de 10 mg de propranolol. Triturar os comprimidos e adicionar
lentamente o veiculo para suspensão, composto por uma solução contendo etanol 1%
e sacarina 0,05% em base aromatizada de polietilenoglicol 8000 (PEG 8000) 33%, em
quantidade suficiente para volume final de 100 mL. Rotular: agitar bem antes de usar.
Estabilidade: 4 meses a temperatura ambiente ou sob refrigeração.
ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, por isto
deve ser realizada pesquisa específica sobre este aspecto, antes de introduzir ou descontinuar o
propranolol ou outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente.
Medicamento: PROPOFOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 922-924)
1. Apresentação:

Emulsão injetável 10 mg/mL.
2. Indicações:

Indução e manutenção de anestesia geral para procedimentos cirúrgicos de curta
duração.

Tratamento de agitação em pacientes intubados e em ventilação mecânica.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco.

Situações que contraindiquem anestesia geral ou sedação.

Idade inferior a 17 anos quando intubados e em ventilação mecânica.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
 Idosos e enfraquecidos (ajustar a dose apropriadamente).
 Hiperlipidemia, hiperlipoproteinemia, hipotensão, hipovolemia, doença cardíaca
grave e doença respiratória (monitorar lipidemia, efeitos respiratórios, arritmias e
hipotensão).
 Diabetes melito, pancreatite, doença hepática grave, falência renal, epilepsia,
convulsão e pressão intracraniana aumentada.
 Obstetrícia (uso não recomendado).
 Interrupção da infusão (deve ser lenta; se for abrupta, pode ocasionar rápido
despertar, ansiedade, agitação, tremor e irritabilidade).
 Idade inferior a 16 anos (sedação não é indicada).
 Lactação.

Uso pediátrico é aprovado para pacientes acima de 3 anos de idade (indução
anestésica) e acima de 2 meses (manutenção anestésica).

Propofol não induz analgesia; se necessário, associar um analgésico.

A administração intravenosa rápida pode ocasionar depressão cardiorrespiratória,
principalmente, em pacientes idosos, enfraquecidos ou hipovolêmicos.

A infusão prolongada de doses superiores a 5 mg/kg/hora, pode ocasionar acidose
metabólica, hiperpotassemia, insuficiência cardíaca, distonia e discinesia.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Indução da anestesia

2 a 2,5 mg/kg, via IV; ou 20 a 40 mg, por via IV, a cada 10 segundos até obtenção de
resposta.

Pacientes idosos, enfraquecidos ou hipovolêmicos: 1 a 1,5 mg/kg, por via IV,
aproximadamente 20 mg a cada 10 segundos, até obtenção de resposta.
Manutenção da anestesia

6 a 12 mg/kg/hora, por infusão IV; ou 20 a 50 mg, por via IV; repetir de acordo com a
resposta.

Pacientes idosos, enfraquecidos ou hipovolêmicos: 3 a 6 mg/kg/hora, por infusão IV.
Sedação em tratamento intensivo

0,3 a 4 mg/kg/hora, por infusão IV.
Sedação em procedimento diagnóstico ou cirúrgico

Dose inicial: 0,5 a 1 mg/kg, por infusão IV durante 1 a 5 minutos; manutenção: infusão
IV a velocidade de 1,5 a 4,5 mg/kg/hora. Pacientes acima de 55 anos requerem doses
menores.
5.2. Crianças
Indução da anestesia

Crianças acima de 3 anos: 2,5 a 3,5 mg/kg, por via IV lenta, por 20 a 30 segundos.
Manutenção da anestesia

Crianças acima de 2 meses: 7,5 a 18 mg/kg/hora, por infusão IV.
Sedação em procedimento diagnóstico ou cirúrgico

Dose inicial: 0,5 a 1 mg/kg, por infusão IV durante 1 a 5 minutos; manutenção: infusão
IV a velocidade de 1,5 a 4,5 mg/kg/hora.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Início da ação: 10 a 50 segundos.

Duração da ação: 3 a 10 minutos.

Metabolismo: hepático.

Excreção: renal.

Meia-vida: 1,5 a 12,4 horas; até 3 dias quando uso prolongado por 10 dias.
7. Efeitos adversos:

Apneia (frequente).

Arritmias; hipotensão (17 % em crianças, 3 a 10 % em adultos).

Movimentos coreiformes.

Queimação ou dor no local de injeção (até 28,5 %); exantema, prurido.

Hiperlipidemia (1 a 10 %).

Acidose respiratória e acidose metabólica (inferior a 1 %).

Pancreatite pós-operatória (rara, porém grave).

Anafilaxia.
8. Interações Medicamentosas:

Bupivacaína e lidocaína: aumentam o efeito hipnótico de Propofol, a dose de Propofol
deve ser ajustada.

Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): pode resultar em colapso cardiovascular. O
uso de erva-de-são-joão deve ser descontinuado 5 dias antes da utilização do
anestésico.

Suxametônio: pode resultar em bradicardia. Monitorar a função cardíaca. Prétratamento com atropina pode prevenir bradicardia.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar para evitar atividades que requeiram atenção e coordenação motora, uso de
bebida alcoólica e uso de depressores do SNC durante o período de 24 horas pósanestesia.

Orientar para ficar atento para sinais e sintomas de efeitos adversos, especialmente
pancreatite.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar sob temperatura de 4 a 22 ºC. Evitar congelamento. Proteger da luz.

Agitar antes de usar. Não utilizar se as fases de emulsão estiverem separadas.

Não precisa ser diluído. Entretanto, caso a diluição seja necessária, utilizar glicose 5 %.
A concentração mínima de Propofol deve ser 0,2 %, na qual é estável por até 8 horas,
sob temperatura ambiente.

Após abertura do frasco original, a administração deve ser realizada dentro do período
de 12 horas. Se for transferido do seu frasco original, a administração deve ser
realizada dentro do período de 6 horas. Desprezar as porções não utilizadas.

Incompatível com aminoglicosídeos, anfotericina B coloidal, tosilato de bretílio, cloreto
de cálcio, Ciprofloxacino, Diazepam, cloridrato de doxorrubicina, cloridrato de
verapamil, fenitoína sódica, cloridrato de mitoxantrona, cloridrato de minociclina,
cloridrato de metoclopramida, succinato sódico de metilprednisolona, metotrexato
sódico, cloridrato de remifentanila.

Compatível com solução fisiológica, solução de glicose a 5 %, Ringer + lactato e
cloridrato de lidocaína.
Medicamento: RANITIDINA, CLORIDRATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 600-603)
1. Apresentação:

Comprimido 150 mg.

Solução injetável 25mg/mL. Ampola 2mL.
2. Indicações:

Úlcera péptica de diversas etiologias e outras condições de hipersecreção gástrica,
como síndrome de Zollinger-Ellison.

Doença do refluxo gastresofágico.

Esofagite erosiva.

Dispepsia funcional.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade à ranitidina.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:

História de porfiria aguda.

Insuficiência hepática (ver apêndice C).

Insuficiência renal (ver apêndice D).

Crianças (segurança e eficácia não estão estabelecidas para tratamentos longos e
para lactentes com menos de um mês).

Uso prolongado (pode causar deficiência de vitamina B12).

Terapia intravenosa prolongada (ocorre aumento de transaminases hepáticas).

Predisposição a distúrbios do ritmo cardíaco (administração intravenosa rápida
pode produzir bradicardia).

Fenilcetonúricos (algumas formulações contem fenilalanina).

Lactação (distribuído no leite, mas não se conhecem efeitos sobre o lactente).

Pode mascarar sintomas de neoplasia gástrica.

Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças de 1 mês a 16 anos
Úlcera gástrica e duodenal ativa
▪
2 a 4 mg/kg, por via oral, a cada 12 horas, durante 4 a 8 semanas. Dose máxima: 300
mg.
Doença do refluxo gastresofágico
▪
2,5 a 5 mg/kg, por via oral, a cada 12 horas. Dose máxima: 300 mg/dia.
Esofagite erosiva
▪ 2,5 a 5 mg/kg/dia, por via oral, a cada 12 horas. Dose máxima: 600mg/dia.
5.2. Adultos
Úlcera péptica gástrica e duodenal ativa

Oral: 300 mg, antes de dormir, por 4 a 8 semanas.
Condições hipersecretórias gastrintestinais
▪
Dose de 150 mg, por via oral, a cada 12 horas. Dose máxima diária: 6 g.
Doença do refluxo gástrico
▪
Dose de 150 mg, por via oral, a cada 12 horas, ou 300 mg antes de dormir, durante
pelo menos 6 semanas. Dose de manutenção: 150 mg, por via oral, a cada 12 horas
Esofagite erosiva

Oral: 150 mg, 4 vezes/dia, por ate 12 semanas; na manutenção: 150 mg, 2 vezes/dia.
Dispepsia funcional

Oral: 150 mg, 1 ou 2 vezes/dia; máximo de 300 mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção rápida (50%).

Tempo para pico de efeito: oral: 2 a 3 horas.

Meia-vida de eliminação: oral: 2,5 a 3 horas.

Duração de ação: oral: 4 a 12 horas (após dose única).
7. Efeitos adversos:

Diarreia e outros distúrbios gastrintestinais, pancreatite aguda, enterocolite
necrosante no feto ou recém-nascido, insuficiência hepática.

Bradiarritmia, vasculite.

Pneumonia.

Cefaleia, vertigem, alucinações, sonolência, confusão mental, cansaço, depressão.

Exantema, eritema multiforme.

Discrasias sanguíneas, incluindo agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia,
pancitopenia, anemia hemolítica adquirida, anemia aplásica e granulocitopenia.

Anafilaxia e reações de hipersensibilidade.
8. Interações Medicamentosas:

Atazanavir: redução das concentrações plasmáticas do atazanavir, podendo resultar
em perda da eficácia ou desenvolvimento de resistência. Pacientes em início de
tratamento devem usar atazanavir 400 mg (dose única com alimentos) pelo menos 2
horas antes ou 10 horas após o antagonista dos receptores H2 ou atazanavir 300 mg
com ritonavir 100 mg (uma vez ao dia com alimentos) simultaneamente com o
antagonista histamínico ou pelo menos 10 horas apos a sua administração. Em
pacientes com tratamento em andamento, atazanavir 300 mg/ritonavir 100mg devem
ser administrados uma vez ao dia, com alimentos, simultaneamente com o antagonista
ou pelo menos 10 horas após.

Cefpodoxima: redução da sua eficácia. Administrar a cefalosporina com as refeições
para otimizar a absorção. Considerar a substituição da terapia antibiótica por outra
cefalosporina de terceira geração ou uma de segunda com atividade semelhante. Se
possível, substituir a ranitidina (por sucralfato, por exemplo) e usar a cefpodoxima,
pelo menos, 2 horas antes. Monitorar o paciente para eficácia antibiótica.

Dicumarol: aumento ou redução da eficácia anticoagulante. Monitorar o tempo de
protrombina e, se necessário, ajustar a dose.

Didanosina: aumento da concentração plasmática da didanosina e redução da
concentração da ranitidina. Monitorar o paciente para sinais e sintomas de efeitos
adversos a didanosina e redução da eficácia da ranitidina.

Enoxacino: o uso concomitante não é recomendado, pois pode ocorrer redução da
eficácia do enoxacino. Ranitidina deve ser administrada, pelo menos, 2 horas após o
enoxacino. Monitorar o paciente para eficácia antibiótica.

Fosamprenavir: redução das concentrações plasmáticas do amprenavir (metabólito
ativo) e potencial diminuição da sua eficácia.

Ajustar a dose conforme necessário. Considerar o uso de um inibidor da bomba
protônica como alternativa a ranitidina
•
Gefitinibe: redução das concentrações plasmáticas do gefitinibe. Monitorar.
▪
Glipizida: a administração concomitante não é recomendada, pois o paciente pode
apresentar hipoglicemia. Monitorar a glicemia e reduzir a dose da glipizida conforme
necessário. Considerar a substituição por outro antissecretor (como sucralfato) com
menor potencial de interação.
▪
Itraconazol: em uso concomitante com a ranitidina pode haver redução da absorção
do itraconazol, quando este e ingerido com água. Recomenda-se administrar o
fármaco com uma bebida a base de cola.

Risperidona: aumento da biodisponibilidade da risperidona. Monitorar o paciente para
aumento de efeitos adversos, como sedação, acatisia, parkinsonismo, dispepsia,
taquicardia, obstipação ou xerostomia.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar para a possibilidade de demora de alguns dias para o alivio da dor ulcerosa.

Alertar para respeitar intervalo de uma a duas horas entre o uso do antiácido e o da
ranitidina.

Orientar que alimentos não interferem com a absorção do fármaco.

Reforçar para evitar alimentos, bebidas ou outros medicamentos que possam causar
irritação gastrintestinal.

Reforçar para evitar bebidas alcoólicas.

Orientar para suspender o tabagismo ou, pelo menos, não fumar após a última dose do
dia.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar os comprimidos a temperaturas entre 15 e 30°C, em frascos protegidos da
luz.
Medicamento: RETINOL, PALMITATOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 894-896)
1. Apresentação:

Solução oleosa 150.000 UI/mL.
2. Indicações:

Deficiência de retinol.

Prevenção de complicações (pneumonia e mortalidade) por sarampo em menores de 2
anos.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao retinol ou outros componentes da formula.

Hipervitaminose A.

Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A).
4. Precauções:


Usar com cuidado nos casos de:
▪
Insuficiência renal crônica ou hemodiálise (não é recomendada a suplementação
de retinol pelo risco de hipervitaminose A).
▪
Lactação (ver apêndice B).
A ingestão de quantidade excessiva pode produzir hipervitaminose A, principalmente
em crianças.
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Tratamento da deficiência de retinol
▪
Menores de 6 meses: 50.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral,
repetir a dose no dia seguinte e, novamente, apos 2 semanas.

6 meses a 1 ano: 100.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral,repetir a
dose no dia seguinte e, novamente, apos 2 semanas.

Maiores que 1 ano: 200.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral, repetir
a dose no dia seguinte e, novamente, apos 2 semanas .
5.2. Adultos (exceto mulheres em idade fértil)
Tratamento de deficiência de retinol

200.000 UI, imediatamente apos o diagnóstico, por via oral, repetir a dose no dia
seguinte e, novamente, apos 2 semanas.
5.3. Mulheres em idade fértil
Tratamento de deficiência de retinol

Sintoma grave de xeroftalmia: 200.000 UI, imediatamente apos o diagnostico, por via
oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, apos 2 semanas.

Sintoma leve de xeroftalmia: 5.000 a 10.000 UI/dia, por via oral, durante pelo menos 4
semanas, ou ate 25.000 UI/semana.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção depende dos lipídios da dieta, no geral é bem absorvido.

Metabolismo: hepático (90%).

Excreção: fezes.
7. Efeitos adversos:

A hipervitaminose A ocorre de 1% a 10%.

Irritabilidade, cefaleia, letargia, indisposição, pressão intracraniana aumentada.

Gengivite.

Pele seca ou rachada, alopecia ou cabelos secos, eritema e despigmentação da pele.

Hepatoesplenomegalia, icterícia e cirrose.

Aumento de cálcio e da fosfatase alcalina.

Leucopenia e anemia.

Dores ósseas, fechamento prematuro das epífises, osteoporose.

Edema.

Diplopia, visão borrada.
8. Interações Medicamentosas:

Anticoagulantes (abciximabe, clopidogrel, dicumarol, femprocumona, heparina,
varfarina): aumento do risco de sangramento. Monitorar sinais de sangramento
excessivo durante uso concomitante do retinol.

Minociclina: aumento do risco de hipertensão intracraniana benigna. Se possível, evitar
administração concomitante e monitorar sintomas como cefaleia intensa, confusão
visual, náuseas, vômitos.

Retinóides (acitretina, bexaroteno, isotretinoína e tretinoína): aumenta o risco de
hipervitaminose A e toxicidade retinóide. Evitar a administração concomitante, se
possível.

Com anticoagulantes (heparina, varfarina, dicumarol, femprocumona, clopidogrel)
aumento do risco de sangramento.

Com retinóides (bexaroteno, acitretina, isotretinoína e tretinoína): aumenta o risco de
hipervitaminose A e toxicidade retinóide.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar para adotar na dieta leite, fígado, frutas e verduras, que são ricos em retinol.

Orientar para notificar se surgirem reações adversas com o uso da vitamina.

Alertar para notificar se houver gravidez.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC. Manter em recipiente
hermético, protegido da luz.

0,3 microgramas de retinol = 1 UI (1 mg = 3.333 UI).
Medicamento: RISPERIDONA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 929-931)
1. Apresentação:

Comprimido 1 mg.
2. Indicações:

Esquizofrenia resistente ao tratamento com antipsicóticos típicos.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade ao fármaco.
4. Precauções:


Usar com cuidado nos caso de:
▪
Problemas cardiovasculares, condições predisponentes para hipotensão, história
de doença vascular cerebral, Doença de Parkinson, epilepsia.
▪
Insuficiência hepática (ver apêndice C).
▪
Insuficiência renal (ver apêndice D).
▪
Idosos.
▪
Diabéticos (risco de hiperglicemia).
▪
Associação com outros antipsicóticos (risco de síndrome neuroléptica maligna).
▪
Doses elevadas e/ou uso prolongado (risco de discinesia tardia).
▪
Suspensão do tratamento (deve ser gradual para evitar o aparecimento de
sintomas de abstinência como sudorese, náuseas e vômitos).
Categoria de risco para a gestação C (FDA).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Esquizofrenia

Iniciar com 1 ou 2 mg/dia, por via oral, em 1 ou 2 tomadas, aumentar, caso necessário,
1 ou 2 mg por semana, até o Maximo de 6 mg/dia. Reduzir a dose para idosos,
diabéticos ou pacientes com insuficiência renal ou hepática. Nestes casos iniciar com
0,5 mg/dia em 1 ou 2 tomadas, aumentando, caso necessário, até o Maximo de 4
mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Bem absorvido por via oral

Pico plasmático: 1 a 2 horas.

Metabolismo hepático.

Meia-vida de eliminação: 20 a 30 horas.
7. Efeitos adversos:

Frequência <10% incluem agitação, insônia, ansiedade e cefaleias.

Frequência entre 1% e 10%: dispepsia, náuseas e vômitos, dor abdominal, obstinação,
visão turva, priapismo, incontinência urinaria, erupções cutâneas, sonolência,
dificuldade de concentração, tontura, fadiga, rinite, aumento de peso, taquicardia,
hipotensão ortostática, hipertensão arterial, convulsões, hiponatremia, síndrome
neuroléptica maligna e discinesia tardia.
8. Interações Medicamentosas:
▪
Ácido valproico: pode resultar em aumento da concentração plasmática de ácido
valproico. Ao introduzir ou alterar dose de risperidona no esquema terapêutico do
paciente, monitorar o aumento de amônia bem como a concentração de ácido
valproico.
▪
Bepridil, cisaprida, mesoridazina, pimozida, quetiapina, terfenadina, tioridazina, ou
agentes antiarrítmicos (como quinidina, disopiramida, procainamida): aumento do
risco de cardiotoxicidade. Associação com risperidona é contraindicada.
▪
Bupropiona, fluoxetina, itraconazol, lamotrigina, paroxetina: pode resultar em
aumento da concentração plasmática de risperidona. Monitorar resposta clinica,
aparecimento de efeitos adversos e ajustar a dose de risperidona.

Carbamazepina: risco de aumento do efeito de risperidona. Monitorar efeitos durante
as primeiras 8 semanas.
•
Cimetidina e ranitidina: pode resultar em aumento da biodisponibilidade de
risperidona. Monitorar o aparecimento de eventos adversos.
▪
Fenitoína, fenobarbital, topiramato: pode resultar em diminuição do efeito de
risperidona. Monitorar resposta clinica e ajustar a dose de risperidona. Pode ser
necessário aumentar a dose de risperidona.
▪
Ginkgo: o uso concomitante pode resultar no aumento dos efeitos adversos da
risperidona, sendo desaconselhado o uso de ginkgo durante o tratamento com este
fármaco.
▪
Levorfanol e metadona: o uso concomitante com risperidona pode desencadear crise
de abstinência em pacientes dependentes de opiáceos. Monitorar sinais e sintomas de
abstinência.
▪
Linezolida: risco de síndrome serotoninérgica. Monitorar sinais como anormalidades
neuromusculares, hiperatividade autonômica ou alteração de estado mental. Caso
ocorram, interromper o uso de linezolida.
▪
Lítio: pode resultar em fraqueza, discinesias, aumento de sintomas extrapiramidais,
encefalopatias e danos cerebrais. Monitorar sinais de toxicidade ou efeitos
extrapiramidais.
▪
Midodrina: aumento do risco de distonia aguda. Monitorar sinais de distonia aguda ou
de outros efeitos adversos.
▪
Ritonavir: risco de toxicidade por aumento da concentração plasmática de risperidona.
Atenção a sinais e sintomas de toxicidade neuroléptica como hipotensão, sedação,
efeitos extrapiramidais, arritmias. Reduzir a dose de risperidona.

Sinvastatina: risco de miopatia ou rabdomiólise em decorrência do aumento das
concentrações de sinvastatina. A associação com risperidona é contraindicada.
9. Orientações aos pacientes:

Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem concentração e
coordenação motora como operar máquinas e dirigir.

Orientar para não suspender tratamento abruptamente.

Aconselhar mulheres em idade fértil a notificarem suspeita de gravidez.

Não usar bebida alcoólica enquanto estiver usando o medicamento.

Causa fotossensibilidade, usar proteção solar.
10. Aspectos farmacêuticos:

Deve ser protegido de luz e umidade e mantido à temperatura de 15 a 25ºC.
ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, devendo-se
realizar pesquisa específica quanto a este aspecto ao considerar a introdução ou descontinuação da
risperidona ou de outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente.
Medicamento: SAIS PARA REIDRATAÇÃO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 934-935)
1. Apresentação:

Pó para solução oral.
2. Indicações:

Reposição hidroeletrolítica no tratamento de desidratação.

Tratamento de diarréia aguda.
3. Precauções:


Usar com cuidado em casos de:

Insuficiência renal (ver apêndice D).

Hipernatremia (a reidratarão deve ser lenta, em cerca de 12 horas).
A reidratação oral não é apropriada nos casos de obstrução gastrintestinal ou quando a
terapia de reidratação parenteral é indicada, como em desidratação grave ou vômito
intratável.
4. Esquemas de administração:
5.1.Crianças

Dose de 75 mL/kg, por via oral, em pequenos volumes no período de 4 horas. Pode-se
aumentar a quantidade caso a criança continue com episódios frequentes de diarreia.

Dose de 200 mL, por via oral apos cada episódio de diarreia.

Pode ser administrado a velocidade de 20 mL/kg/hora, por sonda nasogástrica, no
período de 6 horas.
5.2. Adultos

Dose de 200 a 400 mL (de acordo com a perda de fluido), por via oral após cada
episódio de diarreia.
Nota: A reidratação oral deve continuar ate que cesse a diarreia; volumes maiores podem ser dados
quando os episódios de diarreia na criança são muito frequentes; em caso de vômito, suspender a
reidratação por 10 minutos, recomeçando em velocidade e quantidade menores e com maior
frequência; suplementação de zinco deve ser feita apos 4 horas de reidrataçao, tão logo a criança
volte a comer; em casos suspeitos de cólera deve-se aumentar a concentração de sódio.
5. Efeitos adversos:

Podem ocorrer vômitos após administração rápida.

Administração de soluções muito concentradas, ou nos portadores de insuficiência
renal, pode resultar em hipernatremia e hiperpotassemia.
6. Orientações aos pacientes:

A solução deve ser preparada somente com água filtrada ou, preferencialmente,
fervida e fria.

Respeitar o volume total indicado de 1 L.

Não ferver a solução depois de preparada.

Não misturar a solução com outros ingredientes, como açúcar.

Guardar em geladeira por um período máximo de 24 horas após a preparação.
7. Aspectos farmacêuticos:

Manter a temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC e em lugar seco e fresco.

Composição por litro após preparo: cloreto de sódio 2,6 g (75 mmol de sódio), glicose
anidra 13,5 g (75 mmol de glicose), cloreto de potássio 1,5 g (20mmol de potássio e 65
mmol de cloreto), citrato de sódio di-idratado 2,9 g (10 mmol de citrato).

Na falta de glicose anidra e citrato de sódio, pode-se substituir por sacarose.

(27 g/litro de água) e bicarbonato de sódio (2,5 g/litro de água).
Medicamento: SALBUTAMOL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 995-998)
1.
2.
3.
Apresentação:

Aerossol 100 microgramas/dose.

Solução inalante 6 mg/mL (equivalente a 5 mg de salbutamol/mL)

Solução injetável 0,5 mg/mL
Indicações:

Tratamento de manutenção e da exacerbação aguda da asma.

Profilaxia da asma induzida por exercícios.

Tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Contraindicações:

4.
Hipersensibilidade ao sulfato de salbutamol ou a qualquer componente da formulação.
Precauções:

Usar com cuidado em casos de:

Transtornos convulsivos como epilepsia.

Hipertireoidismo.

5.

Doenças cardiovasculares, insuficiência do miocárdio, arritmias, susceptibilidade a
prolongação do intervalo QT e hipertensão.

Asma grave (hipopotassemia pode ser potencializada por hipóxia ou pelo efeito
de outros medicamentos anti-asmáticos; monitorar o potássio sérico e evitar a
indução de hipopotassemia).

Diabete melito (especialmente administração intravenosa; monitorar glicose
sanguínea e risco de cetoacidose).

Cetoacidose pré-existente.

Ocorrência de broncoespasmo paradoxal (pode ser fatal; se ocorrer, interromper
imediatamente o uso de salbutamol e utilizar tratamento alternativo).
Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Tratamento de manutenção da asma
Solução inalante (gotas):

2,5 a 5 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, durante 5 a 15 minutos,
até 4 vezes ao dia, se necessário. Dose máxima: 8 mg/dose.
Aerossol:

1 a 2 inalações, por via oral, ate 4 vezes ao dia.
Tratamento da exacerbação aguda da asma
Solução inalante (gotas):

0,15 mg/kg (dose mínima: 2,5 mg), por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, a
cada 20 minutos até 3 doses, seguido de 0,15 a 0,3 mg/kg, por via inalatória em 3 mL
de solução salina 0,9%, a cada 1 a 4 horas conforme necessário. Dose máxima: 10
mg/dose.
Aerossol:

4 a 8 inalações, por via oral, a cada 20 minutos até 4 horas, seguido da mesma dose a
cada 1 a 4 horas conforme necessário. Em criança abaixo de 4 anos administrar através
de máscara
Solução injetável:

3 a 5 microgramas/kg, por via subcutânea ou intramuscular, a cada 12 horas.
Profilaxia da asma induzida por exercícios
Aerossol:

2 inalações, por via oral, 15 a 30 minutos antes do exercício.
5.2. Adultos
Tratamento de manutenção da asma
Solução inalante (gotas):

2,5 a 5 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, durante 5 a 15 minutos,
até 4 vezes ao dia, se necessário. Dose máxima: 8 mg/dose.
Aerossol:

1 a 2 inalações, por via oral, ate 4 vezes ao dia.
Tratamento da exacerbação aguda da asma
Solução inalante (gotas):

2,5 a 5 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, a cada 20 minutos até 3
doses, seguido de 2,5 a 10 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, a
cada 1 a 4 horas conforme necessário. Dose máxima: 10 mg/dose.
Aerossol:

4 a 8 inalações, por via oral, a cada 20 minutos até 4 horas, seguido da mesma dose a
cada 1 a 4 horas conforme necessário.
Solução injetável:


0,25 mg, por via intravenosa lenta, repetida se necessário.
0,5 mg, por via subcutânea ou intramuscular, a cada 4 horas, se necessário.
Profilaxia da asma induzida por exercícios
Aerossol:

2 inalações, por via oral, 15 a 30 minutos antes do exercício.
Tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Solução inalante (gotas):

5 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, durante 5 a 15 minutos, até 6
vezes ao dia.
Aerossol

6.
7.
8.
9.
1 a 2 inalações, por via oral, até 6 vezes ao dia.
Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: forma inalada: 25 minutos; forma nebulizada: 30 minutos.

Biodisponibilidade: menor que 20%; forma inalada: 10 a 20% da dose atinge as vias
aéreas inferiores. O restante é mantido no sistema de entrega (espaçador) ou é
engolida e absorvida pelo intestino.

Início da ação: 5 minutos após a inalação.

Excreção: predominantemente renal.

Meia-vida de eliminação: em torno de 5 horas
Efeitos adversos:
▪
Taquiarritmias; anormalidades no ECG, fibrilação atrial, enfarte do miocárdio, angina.
▪
Hipopotassemia.
▪
Hipopotassemia.
▪
Tremor, nervosismo.
▪
Eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson (raro).

Edema pulmonar.
Interações Medicamentosas:

Atomoxetina: o uso concomitante de atomoxetina e salbutamol pode resultar no
aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Betabloqueadores: o uso concomitante de bloqueadores beta-adrenérgicos e
salbutamol pode resultar na redução da efetividade de ambos os fármacos.

Inibidores da MAO (monoamina oxidase): o uso concomitante com o salbutamol pode
resultar no aumento do risco de taquicardia, agitação e hipomania.
Orientações aos pacientes:
10.

Orientar quanto a utilização correta do aerossol e do espaçador.

O aerossol (bombinha) deve ser agitado antes do uso e conectado ao espaçador
quando da administração em crianças ou em adultos se o médico recomendar.
Guardar o inalador à temperatura ambiente, evitando o calor excessivo ou a
proximidade com fogo, sob risco de explosão. Não perfurar o inalador.

Antes de usar o inalador, certifique-se que seu funcionamento está correto, ou seja,
verifique se o aerossol está sendo dispersado, cuidado com os olhos durante esta
operação. Semanalmente, o bocal do inalador e o espaçador devem ser bem lavados
com detergente neutro e deixados para secar naturalmente.

Quando o inalador for usado ocasionalmente, pode ser mantido sob refrigeração com
o bocal bem fechado, e colocado à temperatura ambiente antes de usar.

O uso do sulfato de salbutamol na forma de nebulização deve estar reservado ao uso
hospitalar ou ambulatorial. Somente utilizar em casa, quando a nebulização puder ser
realizada por pessoa capacitada, e com treinamento para diluição correta do
medicamento, uso correto do nebulizador e com técnicas de higiene e limpeza
adequadas da máquina e de seus acessórios.
Aspectos farmacêuticos:

Armazenar o sulfato de salbutamol (aerossol sem clorofluorcarbono como propelente)
à temperatura ambiente, entre 15 e 25 ºC, longe da umidade. Não expor o inalador a
altas temperaturas (aproximadamente 50 ºC).

Armazenar o sulfato de salbutamol (solução inalante gotas) à temperatura entre 2 e
25ºC e longe de luz direta.

Na concentração de 200 microgramas/mL em solução salina 0,9%, o sulfato de
salbutamol permanece estável por 7 dias sob temperatura ambiente e sobre
refrigeração (situações em que nebulização contínua é necessário).

Armazenar a solução injetável de sulfato de salbutamol à temperaturas ambiente,
entre 15 e 30 ºC, e protegida da luz.

Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e
estabilidade da solução.

A solução para infusão deve ser preparada a partir da diluição de uma ampola (0,5
mg/mL) de sulfato de salbutamol em 500 mL de solução injetável de cloreto de sódio
0.9% ou glicose 5%, permanecendo estável por 24 horas sob temperatura ambiente.
Medicamento: SINVASTATINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 938-940)
1. Apresentação:
▪
Comprimido 20 mg
2. Indicações:
▪
Prevenção primária e secundária de cardiopatia isquêmica.
▪
Dislipidemias, associado a dieta.
3. Contraindicações:
▪
Hipersensibilidade a sinvastatina.
▪
Doença hepática aguda.
▪
Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A).
▪
Lactação (ver apêndice B).
4. Precauções:
▪
Usar com cuidado nos casos de:

Uso prolongado de álcool.

Durante grandes procedimentos cirúrgicos, insuficiência renal ou miopatia (há
risco aumentado de miopatia/rabdomiólise; suspender o uso se ocorrer tal
reação).

Uso concomitante com amiodarona ou verapamil (a dose de sinvastatina não
deve exceder a 20 mg/dia).

Uso concomitante com diltiazem (a dose de sinvastatina não deve exceder a 40
mg/dia).

Crianças com menos de 10 anos de idade (a segurança da sinvastatina não foi
estabelecida).
▪
Causas secundárias de hiperlipidemias devem ser afastadas antes de iniciar o
tratamento.
▪
Monitorar a função hepática periodicamente (ver apêndice C).
▪
Monitorar a função renal periodicamente (ver apêndice D).
▪
Monitorar níveis de creatina cinase; suspender o uso de sinvastatina se ocorrer
aumento significativo dos níveis desta enzima.
▪
Monitorar lipídios séricos após 4 semanas do inicio do tratamento, e periodicamente
com o uso prolongado.
5. Esquemas de administração:
5.1. Adolescentes/ Crianças acima de 10 anos
Dislipidemias
▪
Dose inicial 10 mg/dia, por via oral, em dose única a noite. Dose de manutenção 10 a
40 mg/dia. Dose máxima 40 mg/dia (10 a 17 anos).
5.2. Adultos
Prevenção da cardiopatia isquêmica e dislipidemias
▪
Dose 20 a 40 mg, por via oral, em dose única a noite. Ajustar dose com intervalo
mínimo de 4 semanas. Dose máxima: 80 mg/dia.
Nota: Na insuficiência renal grave (DCE inferior a 10 mg/mL) ou uso concomitante de fibratos: dose
inicial de 5 mg/dia, ate o máximo de 10mg/dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:
▪
Biodisponibilidade: 5%.
▪
Início de ação: 2 semanas.
▪
Pico de efeito: 4 a 6 semanas.
▪
Metabolismo hepático, via CYP3A4; extenso efeito de primeira passagem.
▪
Metabólicos ativos.
▪
Excreção: fecal (60%) e renal (13%).
7. Efeitos adversos:
▪
Miopatia (15%), rabdomiólise (15%).
▪
Hepatotoxicidade (7%), elevação de creatina cinase (5%).
▪
Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia (20%).
▪
Distúrbios psiquiátricos (10%), síndrome das pernas inquietas.
▪
Distúrbios visuais (4%).
▪
Infecção respiratória alta (2%).
▪
Hipotensão.
▪
Alopecia, exantema.
▪
Disfunção sexual.
8. Interações Medicamentosas:
▪
Acenocumarol, ácido fusídico, amprenavir, cetoconazol, ciprofloxacino, claritromicina,
colchicina, dasatinibe, eritromicina e outros macrolídeos, fluconazol, indinavir,
imatinibe, nefazodona, nelfinavir, nicotinamida (ou niacina, acima de 1 g/dia),
risperidona, ritonavir, saquinavir, varfarina e voriconazol: aumentam o
efeito/toxicidade da sinvastatina. Usar somente se o potencial benefício superar o
risco, monitorar paciente para sinais e sintomas de miopatia e/ou rabdomiólise.
Considerar o uso de outra estatina (inibidor da HMGCoA redutase).
▪
Amiodarona, verapamil: aumentam o efeito/toxicidade da sinvastatina. Reduzir a dose
de sinvastatina para no máximo 20 mg/dia. Monitorar paciente para sinais e sintomas
de miopatia e/ou rabdomiólise.
▪
Atazanavir, darunavir, fosamprenavir, itraconazol, lopinavir e tipranavir: aumentam o
risco de miopatia e/ou rabdomiólise. Uso concomitante é contraindicado.
▪
Bosentana, carbamazepina, efavirenz, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), farelo
de aveia, fenitoína, pectina, rifampicina e oxcarbazepina: diminuem o efeito da
sinvastatina. Monitorar perfil lipídico e considerar ajuste de dose. Monitorar sinais e
sintomas específicos.
▪
Ciclosporina, danazol, genfibrozila: aumentam o efeito/toxicidade da sinvastatina.
Reduzir a dose de sinvastatina para no maximo 10 mg/dia. Monitorar paciente para
sinais e sintomas de miopatia e/ou rabdomiólise.
▪
Digoxina: pode ter seu efeito/toxicidade aumentada pela sinvastatina. Monitorar sinais
e sintomas específicos.
▪
Diltiazem: aumenta o efeito/toxicidade da sinvastatina. Reduzir a dose de sinvastatina
para no máximo 40 mg/dia. Monitorar paciente para sinais e sintomas de miopatia
e/ou rabdomiólise.
▪
Levotiroxina: pode ter sua efetividade diminuída pela sinvastatina. Monitorar o
paciente quanto a efetividade da levotiroxina.
9. Orientações aos pacientes:
▪
Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito
adverso.
▪
Alertar para não consumir bebidas alcoólicas durante terapia com sinvastatina.
▪
Informar que a sinvastatina deve ser administrada a noite.
▪
Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se estiver perto do
horário da próxima dose, omitir a dose anterior, esperar e usar no horário. Nunca usar
duas doses juntas.
10. Aspectos farmacêuticos:
▪
Armazenar a temperatura entre 5 e 30 ºC.
ATENÇÃO: segurança e eficácia não foram estabelecidas em pacientes com menos de 10 anos de
idade. Utilizar com precaução em paciente idoso, devido à maior predisposição a miopatias. Este
fármaco apresenta número elevado de interações de medicamentos potencialmente graves,
devendo ser realizada pesquisa específico sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar a
sinvastatina ou outro medicamento no esquema terapêutico do paciente.
Medicamento: SULFADIAZINA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 962-964)
1. Apresentação:

Comprimido 500 mg.
2. Indicações:

Infecções urinárias agudas não complicadas.

Toxoplasmose
3. Contraindicações:

Porfiria.

Hipersensibilidade a sulfadiazina ou a outras sulfonamidas.

Crianças com menos de 2 meses (exceto com toxoplasmose congênita).

Terceiro trimestre de gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C).
▪ Insuficiência renal (ver apêndice D).
▪ Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, distúrbios hematológicos e
predisposição a deficiência de folato.
▪ Lactação (ver apêndice B).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Tratamento de infecções urinárias agudas não complicadas.

75 mg/kg, por via oral, seguido de 150 mg/kg/dia, divididos a cada 4 a 6
horas, durante 3 a 5 dias
Toxoplasmose

25 mg/kg (máximo 1 g), por via oral, a cada 6 horas, combinada a pirimetamina 2
mg/kg (máximo 50 mg) mais folinato de cálcio 15 mg, ambos por via oral, a cada 24
horas, durante 3 dias. Depois, sulfadiazina 25 mg/kg, por via oral, a cada 6 horas,
combinada a pirimetamina 1 mg/kg (máximo 25 mg) mais folinato de cálcio 15 mg,
ambos por via oral, a cada 24 horas, até completar 4 semanas de tratamento.
5.2. Adultos
Tratamento de infecções urinárias agudas não complicadas

0,5 a 1 g, por via oral, a cada 6 horas, durante 3 a 5 dias.
Toxoplasmose

De 500 a 750 mg, por via oral, a cada 8 horas, por 5 a 10 dias; dose máxima: 4 g/dia.

0,5 a 1 g, por via oral, a cada 6 a 12 horas, combinada a pirimetamina 75 a 100 mg mais
folinato de cálcio 15 mg, ambos por via oral, a cada 24 horas, durante 3 dias. Depois,
sulfadiazina 0,5 a 1 g, por via oral, a cada 6 a 12 horas, combinada a pirimetamina 25 a
50 mg mais folinato de cálcio 15 mg, ambos por via oral, a cada 24 horas, até
completar 4 a 6 semanas de tratamento.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Pico de concentração sérica: 3 a 6 horas.

Meia-vida: 10 horas.

Metabolismo: hepático.

Eliminação: renal (57%); alcalinização da urina torna mais rápida a excreção.
7. Efeitos adversos:

Náusea, diarreia, vômito, dor abdominal, estomatite, hepatite e pancreatite.

Exantema, reações de fotossensibilidade, dermatite exfoliativa, eritema nodoso,
síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica.

Reações de hipersensibilidade.

Cefaleia, depressão, convulsão, ataxia, vertigem, insônia e alucinação.

Granulocitopenia, agranulocitose, anemia aplástica, trombocitopenia, leucopenia,
anemia hemolítica, púrpura e hipoprotrombinemia.

Nefrotoxicidade, cristalúria e nefrite intersticial.

Icterícia, hepatomegalia, necrólise hepática e alterações de provas funcionais hepáticas
(0,1%).

Hiperbilirrubinemia e kernicterus em recém-nascidos e lactentes, se o fármaco for
dado a grávidas no último mês de gravidez, à puérpera que amamenta ou no período
perinatal (até 2 meses de vida).
8. Interações medicamentosas:

Acetoexamida, clorpropamida, glipizida, tolazamida, tolbutamida: podem ter seus
efeitos hipoglicemiantes aumentados. Evitar o uso concomitante com sulfadiazina, mas
caso este seja necessário, monitorar estreitamente os níveis de glicose sanguínea.

Ciclosporina: pode ter sua efetividade reduzida. Se possível, monitorar as
concentrações de ciclosporina.

Fosfenitoína: o uso concomitante pode resultar em aumento do risco de toxicidade da
fosfenitoína. Monitorar o paciente para evidências de toxicidade como nistagmo e
ataxia. Caso o paciente apresentar sinais de toxicidade ou receber sulfadiazina por
mais de cinco dias considerar a avaliação das concentrações séricas de fenitoína.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para ingerir bastante líquido para evitar cristalúria.

Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas com as primeiras doses.
10. Aspectos farmacêuticos

Manter à temperatura ambiente, entre 15 a 30 °C, proteger da luz.
Medicamento: SULFADIAZINA DE PRATA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 964-965)
Antiinfectante.
1. Apresentação:

Creme 1%.
2. Indicações:

Profilaxia e tratamento de infecção em queimaduras.

Tratamento adjuvante, de curto prazo, para infecção em úlcera de perna e úlcera de
decúbito.

Profilaxia de infecção em áreas de abrasão em enxerto de pele.
3. Contraindicações:

Hipersensibilidade à prata ou a sulfonamidas.

Bebês até 2 meses de idade (segurança e eficácia não foram estabelecidas).
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪ Deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD).
▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C).
▪ Insuficiência renal (ver apêndice D).
▪ Lactação (ver apêndice B).
▪ Ocorrência de leucopenia após 2 a 3 dias de uso (a alteração é auto-limitada; não é
necessário suspender o uso da sulfadiazina de prata, mas deve-se fazer contagens
sanguíneas).
▪
Evitar uso em áreas extensas.
▪
Suspender o tratamento se surgirem alterações hematológicas e erupções cutâneas.
▪
Categoria de risco na gravidez (FDA): B (dois primeiros trimestres).
5. Esquemas de administração:
Adultos e maiores de 2 meses.

Aplicar uma camada de 1,5 mm, 1 a 2 vezes ao dia, com luva estéril, até a melhora da
lesão. A aplicação pode ser mais frequente em casos de lesões em áreas Susceptíveis à
remoção por movimentação do paciente. Curativos podem ser colocados sobre o
creme, mas usualmente não são necessários.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Absorção: sulfadiazina – pequena, com aplicação em grandes áreas e/ou períodos
prolongados; prata – alguma quantidade pode ser absorvida.

Metabolização: fígado.

Eliminação renal: 60%.

Meia-vida de eliminação: 10 horas. A meia-vida aumenta para 22 horas em pacientes
anúricos.
7. Efeitos adversos:

Alteração da estrutura hematopoiética (raro), leucopenia (raro).

Prurido, irritação de pele, exantema; erupções cutâneas (infrequente); eritema
multiforme.

Reações alérgicas e argiria (coloração ligeiramente acinzentada ou azulada da pele)
(pouco frequentes).

Reação de imuno-hipersensibilidade.

Temperatura corpórea acima do normal, distúrbios eletrolíticos.

Cristalúria, nefrotoxicidade.
8. Interações medicamentosas:

Papaína: aplicação concomitante de papaína e formulações contendo sais de prata
pode resultar na inativação da papaína como debridante enzimático. Evitar o contato
da pele com formulações de metais pesados, como a sulfadiazina prata, durante o
debridamento químico com a papaína.

Ácido paraminobenzoico ou compostos relacionados: a prata contida na sulfadiazina
de prata pode inativar os agentes enzimáticos debridantes
9. Orientações aos pacientes:

Orientar que este medicamento somente pode ser empregado para uso externo e para
não aplicar ao redor dos olhos.

Orientar para lavar as mãos antes e depois de usar o creme.

Ensinar a remover a pele necrosada e limpar a área antes da aplicação.

Orientar utilizar luva estéril para aplicação.
10. Aspectos farmacêuticos

Conservar à temperatura ambiente, em recipientes bem fechados. Manter ao abrigo
de luz, calor e umidade. Não congelar.
Medicamento: SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 965-967)
1. Apresentação:
▪
Comprimido 400 mg + 80 mg.
▪
Suspensão oral (40 mg + 8 mg)/mL
2. Indicações:
▪
Infecções por microrganismos sensíveis.
▪
Tratamento da pneumocistose.
▪
Profilaxia da pneumocistose em pessoas com AIDS.
3. Contraindicações:
▪
Hipersensibilidade a sulfonamida ou trimetoprima.
▪
Porfiria.
▪
Anemia megaloblástica por deficiência de folato.
4. Precauções:
▪
Usar com cuidado nos casos:
 Insuficiência renal (ver apêndice D).
 Insuficiência hepática grave (uso não recomendado).
 Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, predisposição a deficiência de
folato, hiperpotassemia, alterações hematológicas, asma e idosos.
 Crianças com menos de 6 semanas de vida (uso não recomendado).

Suspender o uso, imediatamente, se ocorrer exantema e alterações hematológicas.

Manter adequada hidratação para evitar cristalúria.
▪
Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças maiores de 1 mês
Infecções por microorganismo sensíveis
▪
30 a 50 mg/kg (sulfametoxazol) + 6 a 10 mg/kg (trimetoprima), por via oral, dividido a
cada 12 horas, por 5 a 14 dias.
▪
40 a 50 mg/kg (sulfametoxazol) + 6 a 10 mg/kg (trimetoprima), por via oral, dividido a
cada 6 a 12 horas, por 5 a 14 dias.
▪
Em infecção do trato urinário inferior aguda não complicada o tratamento deve ser
realizado por via oral durante 3 dias.
Tratamento de pneumocistose
▪
75 a 100 mg/kg (sulfametoxazol) + 15 a 20 mg/kg, por via oral, dividido a cada 6 a 12
horas, durante 14 a 21 dias.
Profilaxia de pneumocistose
▪
25 mg/kg (sulfametoxazol) + 5 mg/kg (trimetoprima), por via oral, dividido a cada 12
horas, 3 vezes por semana em dias alternados ou consecutivos.
5.2. Adultos
Tratamento de infecções por microrganismos sensíveis
▪
800 a 1200 mg (sulfametoxazol) + 160 a 240 mg (trimetoprima), por via oral, a cada 12
horas, durante 5 a 14 dias.
Tratamento de pneumocistose
▪
75 a 100 mg/kg (sulfametoxazol) + 15 a 20 mg/kg, por via oral, dividido a cada 6 a 12
horas, durante 14 a 21 dias.
Profilaxia de pneumocistose em pessoas com Aids
▪
800 mg (sulfametoxazol) + 160 mg (trimetoprima), por via oral, a cada 24 horas ou 3
vezes por semana
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:
▪
Apresenta biodisponibilidade oral de 90 a 100%.
▪
Pico de concentração plasmática: 1 a 4 horas (oral).
▪
Meia-vida: 8 a 11 horas para o sulfametoxazol e 6 a 17 horas para a trimetoprima.
▪
Metabolismo: hepático.
▪
Excreção: renal (10% a 30% para o sulfametoxazol e 50% a 75% para a trimetoprima).
7. Efeitos adversos:
▪
Exantema, síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, dermatite alérgica e
necrólise epidérmica tóxica, vasculite.
▪
Arritmia cardíaca e miocardite.
▪
Hipouricemia, hiperpotassemia, hipoglicemia, hiponatremia e acidose metabólica.
▪
Esofagite, pancreatite, enterocolite pseudomembranosa.
▪
Agranulocitose, anemias aplástica, megaloblástica e hemolítica, neutropenia,
leucopenia, pancitopenia, eosinofilia e trombocitopenia.
▪
Hepatite, icterícia, necrólise hepática e hepatotoxicidade.
▪
Reações de hipersensibilidade graves, lúpus eritematoso sistêmico.
▪
Ataxia, meningite, cefaleia, parkinsonismo, tremor, convulsão, ansiedade, delírio,
depressão e psicose.
▪
Nefrotoxicidade, urolitíase, cristalúria e nefrite intersticial.
▪
Náuseas, vômitos e diarreia.
8. Interações Medicamentosas:
▪
Acetoexamida, clorpropamida, gliburida, glipizida, tolazamida, tolbutamida: pode
aumentar a ação hipoglicêmica. Evitar o uso. Caso necessário, monitorar glicose
sanguínea.
▪
Acido folínico: pode aumentar o risco de falha terapêutica. Monitorar a eficácia do
tratamento.
▪
Amantadina: pode resultar em toxicidade no sistema nervoso central (insônia,
confusão). Monitorar estes sinais.
▪
Anisindiona: risco aumentado de sangramento. Monitorar o tempo de protrombina,
diminuindo a dose do anticoagulante, se necessário.
▪
Antiarrítmicos da classe 1A (quinidina, disopiramida, procainamida, pirmenol,
prajmalio, hidroquinidina): aumento do risco de cardiotoxicidade. Monitorar os níveis
do antiarrítmico e ajustar dose, se necessário.
▪
Antidepressivos tricíclicos: aumento do risco de cardiotoxicidade. Uso concomitante
não recomendado.
▪
Bepridil, cisaprida, dofetilida, mesoridazina, pimozida, terfenadina, tioridazina:
aumento do risco de cardiotoxicidade. Associação contraindicada.
▪
Digoxina: pode aumentar o risco de toxicidade da digoxina. Avaliar sinais de
intoxicação digitálica (náuseas, vômitos e arritmias). Diminuir a dose de digoxina, se
necessário.
▪
Enalapril, quinapril: pode resultar em hiperpotassemia. Monitorar potássio plasmático
ou substituir o anti-hipertensivo.
▪
Fenitoína, fosfenitoína: pode aumentar a toxicidade da fenitoína (ataxia, nistagmo,
tremores). Monitorar o paciente para sinais de toxicidade e ajustar a dose de fenitoina,
caso seja necessário.
▪
Gemifloxacino: aumento do risco de cardiotoxicidade. Aumento do intervalo QT.
Associação não recomendada.
▪
Lamivudina, zidovudina: pode aumentar as concentrações de lamivudina e zidovudina.
Observar efeitos adversos da lamivudina e zidovudina (distúrbios gastrintestinais,
cefaleia, fadiga, mialgia e neutropenia). Alteração nas doses dos fármacos não é
recomendada.
▪
Metotrexato: aumento do risco da toxicidade do metotrexato (mielotoxicidade). Caso
haja necessidade da utilização, monitorar parâmetros hematológicos.
▪
Pirimetamina: aumento no risco de anemia megaloblástica e pancitopenia. Monitorar
padrões hematológicos e associar acido folínico.
▪
Repaglinida: pode aumentar a concentração plasmática de repaglinida. Monitorar
glicose sanguínea e ajustar a dose de repaglinida, se necessário.
▪
Rifabutina: pode aumentar a toxicidade do sufametoxazol. Usar com precaução e
monitorar sinais da intoxicação (exantema, leucopenia, trombocitopenia e alterações
em transaminases hepáticas).
▪
Rosiglitazona: pode aumentar a concentração plasmática de rosiglitazona, com risco
de hipoglicemia. Monitorar paciente para o risco de hipoglicemia.
▪
Varfarina: aumento no risco de sangramento. Monitorar o paciente (tempo de
protrombina).
9. Orientações aos pacientes:
▪
Orientar para a importância de ingerir bastante liquido, para evitar cristalúria.
▪
Orientar para não ingerir bebida alcoólica durante o tratamento, pelo risco de reação
tipo dissulfiram.
▪
Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos
sintomas com as primeiras doses.
▪
Proteger a pele da luz solar.
10. Aspectos farmacêuticos:
▪
Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 e 30°C, proteger do calor, umidade e luz
direta.
Medicamento: SULFATO FERROSO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 1005-1008)
1. Apresentação:
▪
Comprimido de 40 mg de Fe++.
▪
Solução oral 25 mg de Fe++/ml.
▪
Xarope 5mg/mL (MS).
2. Indicações:
▪
Tratamento de anemia associada à deficiência de ferro.
▪
Profilaxia em situações de alto risco para deficiência de ferro (casos de deficiência
dietética, síndrome de má-absorção, menorragia, após gastrectomia total ou subtotal.
3. Contraindicações:
▪
Hemossiderose, hemocromatose, hemoglobinopatias.
▪
Anemias não associadas à deficiencia de ferro.
▪
Pacientes submetidos a repetidas transfusões sanguíneas.
▪
Ferroterapia parenteral.
▪
Hipersensibilidade ao ferro.
4. Precauções:
▪
Usar com cuidado nos casos de:

Úlcera péptica, enterite regional, colite ulcerativa, estreitamento intestinal,
divertículos (tais condições inflamatórias do trato intestinal podem ser
exacerbadas com a administração oral de ferro).

Alcoolismo, insuficiência hepática, insuficiência renal.

Testes laboratoriais (o sulfato ferroso pode causar resultados falso-negativos para
testes com glicose oxidase).

Idosos (podem requerer doses orais de ferro maiores que adultos jovens para
corrigir anemia).
▪
Não deve ser administrado por mais de 6 meses.
▪
Monitorar concentrações plasmáticas de ferritina e ferro para reconhecer e prevenir a
hemossiderose.
▪
A dose excessiva de ferro em crianças (usualmente acidental) e mais comum do que
em adultos e pode causar efeitos tóxicos. Neste caso, é necessário atendimento
medico imediato e é feita a administração intravenosa de desferroxamina para quelar
os íons ferro.
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Tratamento de anemia associada à deficiência de ferro
▪
Prematuros: 2 a 4 mg/kg de ferro elementar (máximo de 15 mg), por via oral, a cada
24 horas ou dividido a cada 12 horas.
▪
Lactentes e crianças: 3 a 6 mg/kg de ferro elementar, por via oral, a cada 24 horas ou
dividido a cada 8 ou 12 horas. Dose máxima diária: 200 mg.
Profilaxia em situações de alto risco para deficiência de ferro (casos de deficiência dietética,
síndrome de má-absorção)
▪
Com menos de 5 anos: 2 mg/kg de ferro elementar, por via oral, a cada 24 horas. Dose
máxima diária: 30 mg de ferro elementar.
▪
Com mais de 5 anos: 30 mg de ferro elementar, por via oral, a cada 24 horas.
5.2. Adultos
Tratamento de anemia associada à deficiência de ferro
▪
50 a 100 mg de ferro elementar, por via oral, a cada 12 horas.
Profilaxia em situações de alto risco para deficiência de ferro (casos de deficiência dietética,
síndrome de má-absorção, menorragia, após gastrectomia total ou subtotal)
▪
60 mg de ferro elementar, por via oral, a cada 24 horas.
5. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:
▪
Absorção: irregular e incompleta; a secreção ácida do estomago auxilia a absorção; a
porcentagem de absorção e afetada por forma do sal, quantidade administrada,
esquema de administração, tamanho do estoque de ferro do organismo e estado de
deficiência de ferro (a absorção chega a 25%). Apesar de as preparações de ferro
serem mais bem absorvidas no estomago vazio, podem ser administradas após as
refeições para reduzir efeitos adversos gastrintestinais.
▪
Absorção oral de ferro e pobre em pacientes em diálise peritoneal continua.
▪
Tempo para o pico de concentração plasmática (via oral): 2 horas.
▪
Latência: resposta hematológica aparece em 2 semanas, aumentando a produção de
hemoglobina em torno de 2 g/dL nas primeiras 3 semanas de tratamento.
▪
Meia-vida de eliminação: 6 horas.
▪
Excreção: quantidade muito pequena de ferro e excretada; a conservação do ferro
corporal e a falta de um mecanismo excretor para o excesso de ferro são a causa para
a sobrecarga corporal do mineral com a sua ingestão excessiva na terapia e repetidas
transfusões.
6. Efeitos adversos:
▪
Obstipação ou diarreia, fezes escuras, irritação gastrointestinal, pirose.
▪
Náusea (frequente) e dor epigástrica estes sintomas são dose-dependente.
▪
Hemossiderose (em terapia prolongada ou administração excessiva).
▪
Soluções orais podem causar manchas nos dentes.
Nota: Se ocorrerem efeitos adversos, estes podem ser diminuídos por meio de redução da dose,
substituição por outro sal de ferro com menor conteúdo de ferro elementar, aumento gradual da
dose diária e administração do medicamento com alimento.
7. Interações Medicamentosas:
▪
Doxiciclina, minociclina, tetraciclina: redução na efetividade desses antimicrobianos e
de sais de ferro. Estabelecer intervalo de pelo menos 3 horas antes ou 2 horas após a
administração dos outros medicamentos em relação aos sais de ferro.
▪
Gatifloxacino: redução na eficácia de gatifloxacino. Estabelecer intervalo de 4 horas
entre a administração de sais de ferro e a de gatifloxacino.
▪
Levodopa: pode aumentar a ocorrência de sintomas da doença de Parkinson.
Monitorar paciente e, se houver piora nos sintomas, ajustar dose ou evitar o uso de
produtos contendo sais de ferro.
▪
Levotiroxina: risco de hipotireoidismo. Estabelecer intervalo de pelo menos 4 horas
entre a administracao de sais de ferro e levotiroxina. Monitorar função tiroideana.
▪
Lomefloxacino: evitar uso concomitante. Se for necessário, a dose dos sais de ferro
deve ser administrada pelo menos 6 horas antes ou 4 horas após a dose de
lomefloxacino.
•
Metildopa: não é recomendado o uso concomitante a sais de ferro.
▪
Micofenolato de mofetila, ofloxacino: pode haver redução na eficácia do micofenolato.
Estabelecer intervalo de pelo menos 2 horas entre a administração de sais de ferro e o
micofenolato de mofetila ou ofloxacino.
▪ Moxifloxacino: administrar 4 antes ou 8 horas apos os sais de ferro.
▪ Norfloxacino: evitar administração concomitante, fazendo opção por outro
antimicrobiano, empregando via intravenosa para norfloxacino ou considerando
suspensão temporária dos sais de ferro enquanto usar a quinolona. Se a combinação
for necessária, administrar a quinolona 2 horas antes ou 4 a 6 horas após a dose dos
sais de ferro. Monitorar intensivamente o paciente para verificar eficácia continua do
antimicrobiano.
▪ Omeprazol: redução na biodisponibilidade do ferro não-heme. Monitorar o paciente
para eficácia do sulfato ferroso se omeprazol for usado concomitantemente.
Considerar administração parenteral dos sais de ferro se for inevitável a administração
de ambos.
▪ Penicilamina: dar intervalo de pelo menos 2 horas entre a administração de ferro e da
penicilamina.
▪ Zinco: redução da absorção gastrintestinal de ferro e/ou zinco. Dar intervalo de pelo
menos 2 horas entre a administração de ferro e a de zinco.
8. Orientações aos pacientes:
▪
Orientar a adoção na dieta de carne vermelha magra, frango, peru, peixe e ácido
ascórbico (vitamina C), estimulantes da absorção de ferro não heme.
▪
Prevenir que ácido fítico (grãos não refinados e soja), polifenóis (chá, café, cacau, vinho
tinto), cálcio, fósforo e certas proteínas (de soja, albumina de ovo e caseína) são
inibidores da absorção de ferro não heme.
9.
▪
Reforçar cuidados em situações de hemocromatose, hemossiderose,
hemoglobinopatias, outras condições anêmicas, repetidas transfusões sanguíneas
úlcera péptica, colite ulcerativa, entre outros.
▪
Orientar para ingerir o sulfato ferroso com estomago vazio, 1 hora antes ou 2 horas
depois das refeições para aumentar a absorção do ferro. Caso haja desconforto
gastrintestinal ingerir após as refeições.
▪
Tomar com água ou suco de fruta: copo cheio (240 mL) para adultos, meio copo (120
mL) para crianças.
▪
Ensinar que as preparações líquidas contendo sais de ferro devem ser bem diluídas em
água e, se possível, tomadas através de um canudinho para prevenir manchas nos
dentes.
▪
Alertar que o sulfato ferroso não deve ser administrado por mais de 6 meses.
▪
Alertar para notificar se surgirem efeitos tóxicos ou suspeita de envenenamento.
▪
Alertar sobre a possível ocorrência de escurecimento das fezes.
Aspectos farmacêuticos:
▪
Manter a temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC, em recipiente bem fechado.
▪
Não congelar a solução.
Medicamento: TIAMINA, CLORIDRATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 604-605)
1. Apresentação:
▪
Comprimido de 300 mg.
2. Indicações:
▪
Prevenção e tratamento de deficiência da tiamina: pelagra, encefalopatia de Wernicke
e síndrome de Korsakoff (em alcoólicos), neuropatia periférica (beriberi, grávidas).
▪
Distúrbios genéticos metabólicos.
3. Contraindicações:
▪
Hipersensibilidade a tiamina ou qualquer componente da formulação.
4. Precauções:
▪
Usar com cuidado nos casos de:

Insuficiência renal.

Lactação.
▪
Lactação: não deve ocorrer em situação de grave deficiência de tiamina.
▪
Categoria de risco na gravidez: A e C (quando a dose ultrapassar a recomendada) (ver
apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Neonatos
Distúrbios genéticos e metabólicos.
▪
50 a 200 mg/dia, por via oral ou infusão intravenosa lenta (em 30 minutos).
5.2. Crianças
Deficiência de tiamina
▪
Prevenção: 10 a 50 mg/dia, por via oral, durante 2 semanas; seguido de 5 a 10 mg/dia,
por via oral, durante 1 mês.
▪
Tratamento: 10 a 25 mg/dia, por via oral.
Distúrbios genéticos metabólicos
▪
100 a 300 mg/dia, por via oral ou infusão intravenosa lenta (em 30 minutos).
5.3. Adultos
Distúrbios genéticos metabólicos
▪
Dose de 10 a 20 mg/dia, por via oral (doses acima de 4 g/dia devem ser divididas).
5. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:
▪
Biodisponibilidade: 5,3%
▪
Metabolismo: hepático.
▪
Excreção: renal.
6. Efeitos adversos:
▪
Angioedema, exantema (menos de 1%).
▪
Parestesia, sensação de ardor (menos de 1%).
7. Orientações aos pacientes:
8.
▪
Ensinar que a tiamina pode ser encontrada em vegetais frescos, carnes e grãos.
▪
Alertar que bebidas alcoólicas podem diminuir a absorção de tiamina.
▪
Orientar para ingestão as refeições, de modo a aumentar a absorção.
▪
Informar que a urina poderá apresentar coloração amarelada.
▪
Em caso de esquecimento de dose, orientar para tomar a vitamina assim que lembrar.
Não dobrar doses.
Aspectos farmacêuticos:
▪
Armazenar a temperatura entre 15-30°C e com proteção de luz.
Medicamento: TIMOLOL, MALEATO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 828-829)
1. Apresentação:

Colírio 0,25% e 0,5%.
2. Indicações:

Hipertensão ocular.

Glaucoma crônico de ângulo aberto.

Alguns tipos de glaucoma secundário.
3. Contraindicações:

Insuficiência cardíaca congestiva não controlada.

Choque cardiogênico.

Bradicardia sinusal grave.

Bloqueio cardíaco.

Asma ou história de doença obstrutiva das vias aéreas.
4. Precauções:

Usar com cuidado nos casos de:
▪
Idosos (risco de queratite).
▪
Insuficiência hepática (ver apêndice C).
▪
Insuficiência renal (ver apêndice D)
▪
Não usar isoladamente no glaucoma de ângulo aberto (associar a um mi-ótico).
▪
Embora o uso seja tópico, pode acarretar efeitos sistêmicos.
▪
A absorção sistêmica pode mascarar sinais de hipoglicemia, como tremor.
▪
Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Crianças
Glaucoma e hipertensão ocular

Instilar 1 gota (0,25% ou 0,5%) uma vez ao dia.
5.2. Adultos
Hipertensão ocular, glaucoma crônico de ângulo aberto, glaucomas secundários.

Instilar no olho 1 gota, duas vezes ao dia. Iniciar com solução a 0,25%, aumentando
para a de 0,5% se não houver resposta. Após obter controle, diminuir para 1 gota ao
dia.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:

Pode ocorrer absorção sistêmica após aplicação tópica.

Início da redução da pressão intraocular: 15 a 20 minutos.

Pico do efeito: 1 a 2 horas.

Duração de efeito: 24 horas.
7. Efeitos adversos:

Ardência, dor ou irritação oculares, visão borrada, prurido, secura transitória e
hiperemia ocular.

Cefaleia.

Conjutivite transitória e blefarite alérgica

Queratite
8. Interações medicamentosas:

Agonistas beta-2 adrenérgicos: o uso concomitante pode reduzir a efetividade de um
ou de ambos os fármacos.

Amiodarona, cimetidina, diltiazem, dronedarona, mibefradil, fentanila, quinidina,
verapamil: em uso concomitante com timolol podem ocasionar hipotensão e/ou
bradicardia. Quando houver a associação é necessário monitorar cuidadosamente a
função cardíaca, além de serem observados prováveis sinais de bradicardia e choque
cardiogênico.

Antidiabéticos: aumento do risco de hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.

Bloqueadores alfa-1 adrenérgicos: risco de resposta hipotensiva exagerada na primeira
dose.

Bloqueadores dos canais de cálcio do tipo di-hidropiridina: hipotensão e/ ou
bradicardia.

Clonidina: pode ter seu efeito exacerbado.

Digoxina: pode aumentar o risco de bloqueio atrioventricular e bradicardia.

Epinefrina: a interação pode resultar em hipertensão, bradicardia e resistência à
epinefrina em anafilaxia. No caso dos fármacos serem associados é necessário
monitorar a pressão arterial.
9. Orientações aos pacientes:

Orientar para lavar as mãos antes da administração.

Ensinar a inverter o frasco e agitá-lo uma vez antes do uso.

Ensinar a proceder à oclusão do canal nasolacrimal para evitar absorção,
especialmente para cuidadores de crianças.

Orientar para respeitar o intervalo mínimo de 10 minutos antes de instilar outro
medicamento nos olhos.

Orientar para respeitar o intervalo mínimo de 10 minutos após a aplicação, para
colocar lentes de contato.

Ensinar a manter a embalagem bem fechada e a evitar tocar no aplicador para não
contaminar o conteúdo do frasco.
10. Aspectos farmacêuticos

Armazenar à temperatura ambiente e ao abrigo da luz.

O maleato de timolol é solúvel em água e álcool. Uma solução a 2% tem pH entre 3,8 e
4,3.
Medicamento: TIOPENTAL
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 1012-1014)
1. Apresentação:
▪
Pó para solução injetável 1 g.
2. Indicações:
▪
Indução de anestesia geral e anestesia de curta duração.
3. Contraindicações:
▪
Ausência de veia adequada para administração intravenosa.
▪
Porfiria aguda intermitente.
▪
Hipersensibilidade a barbitúricos.
4. Precauções:
▪
Usar com cuidado nos casos de:
▪ Doença cardiovascular grave, choque e hipotensão, pressão intracraniana
aumentada, oftalmoplegia, depressão ou obstrução respiratória, laringoespasmos e
broncoespasmo.
▪ Condições nas quais o efeito hipnótico possa ser prolongado ou potencializado,
como em pré-medicação excessiva, doença de Addison, insuficiência hepática (ver
apêndice C), insuficiência renal (ver apêndice D), concentração plasmática de ureia
elevada, mixedema, anemia grave, asma e miastenia grave.
▪ Idosos, enfraquecidos e crianças.
▪ Cirurgia da boca, faringe ou laringe.
▪
Extravasamento ocasiona extensa necrólise.
▪
Evitar administração intra-arterial.
▪
Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
5.1. Adultos
Indução da anestesia
▪
Indução lenta: 50 a 75 mg, por via IV, a intervalos de 20 a 40 segundos; indução rápida:
3 a 5 mg/kg, por via IV, divididos em 2 a 4 doses.
Manutenção da anestesia
▪
25 a 50 mg por via IV, podendo ser repetida conforme necessário, ou infusão contínua
de solução 0,2 a 0,4 %.
▪
A administração deve ser lenta para evitar extravasamento e reações adversas como:
dor, necrólise, hipotensão grave e soluços.
5.2. Crianças
Indução da anestesia
▪
Neonatos: 3 a 4 mg/kg, por via IV.
▪
1 a 12 meses: 5 a 8 mg/kg, por via IV.
▪
1 a 15 anos: 5 a 6 mg/kg, por via IV.
Manutenção da anestesia
▪
1 a 15 anos: 1 mg/kg, por via IV intermitente, conforme necessidade.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:
▪
Início da ação: 30 a 60 segundos.
▪
Duração da ação: 5 a 30 minutos.
▪
Metabolismo: hepático.
▪
Excreção: renal.
▪
Meia-vida: de 3 a 11,5 horas.
7. Efeitos adversos:
▪
Bradicardia, hipotensão, síncope, depressão do miocárdio.
▪
Ansiedade, sonolência, confusão, alucinações, ataxia.
▪
Tosse, soluços, laringoespasmos, broncoespasmo, depressão respiratória, apneia.
▪
Rubor, exantema, urticária, edema de face, reação alérgica.
▪
Tromboflebite, anemia hemolítica.
8. Interações Medicamentosas:
▪
Analgésicos opioides e benzodiazepínicos: o uso concomitante com barbitúricos pode
resultar em depressão respiratória. Monitorar depressão respiratória quando estes
fármacos são utilizados em combinação. A redução da dose de um ou ambos os
fármacos pode ser necessária.
▪
Metoclopramida: por antagonismo no receptor de dopamina, pode resultar num maior
efeito hipnótico do tiopental. Monitorar o nível de sedação do paciente. Redução da
dose de tiopental pode ser necessária.
9. Orientações aos pacientes:
▪
Alertar para, em caso de alta no período de 24 horas após o procedimento, a
necessidade de ser acompanhado até a residência, evitar dirigir, operar máquinas ou
praticar qualquer atividade que necessitar atenção.
▪
Reforçar para evitar o uso de bebida alcoólica e de outros depressores do SNC no
período de 24 horas.
▪
Notificar em caso de reações alérgicas, dor no peito, falta de ar, dormência, dor ou
fraqueza, tontura, sonolência, tosse ou espirros frequentes.
10. Aspectos farmacêuticos:
▪
Manter à temperatura ambiente e em embalagem hermética.
▪
Reconstituir o pó com adição de 40 mL de água estéril; a solução final terá 25 mg/mL.
▪
Após reconstituição, é estável por até 7 dias, se mantido sob refrigeração; utilizar em
24 horas se não houver preservativo.
▪
A solução diluída é mais estável em pH alcalino e pode ser preparada com água estéril
para injeção, cloreto de sódio 0,9 % ou glicose 5 % como diluentes. A solução
preparada com glicose é menos estável devido à acidez.
▪
Soluções preparadas com água que tiverem concentração inferior a 2 % não devem ser
usadas, pois são hipotônicas e podem resultar em hemólise.
▪
A solução deve ser descartada quando ocorrer precipitação ou cristalização.
▪
Não deve ser mantido em bolsas de infusão ou material plástico do tipo cloreto de
polivinil.
▪
Incompatível com os ácidos e substâncias oxidantes, incluindo alguns agentes
antibacterianos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares.
Medicamento: VALPROATO DE SÓDIO OU ÁCIDO VALPROICO
Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 1047-1051)
1. Apresentação:
▪
Comprimido ou cápsula 288 mg (equivalente a 250 mg ácido valproico).
▪
Comprimido 576 mg (equivalente a 500 mg ácido valproico).
▪
Solução oral ou xarope 57,624 mg/mL (equivalente a 50 mg de ácido valproico/mL).
2. Indicações:
▪
Episódio convulsivo mioclônico e tônico-clônico.
▪
Estado de ausência epiléptica, simples ou complexa.
▪
Estado de grande mal epiléptico.
▪
Mal epiléptico parcial complexo.
▪
Transtorno afetivo bipolar (episódio maníaco).
3. Contraindicações:
▪
Hipersensibilidade ao valproato de sódio ou ao ácido valproico.
▪
Doença hepática ativa, disfunção hepática significante, ou história familiar de
hepatopatias.
▪
Encefalopatia hepática ou distúrbios no ciclo da ureia não diagnosticados.
▪
Porfiria.
4. Precauções:
▪
Usar com cuidado nos casos de:

Doença hepática; crianças com menos de 2 anos de idade; uso concomitante de
vários anticonvulsivantes; distúrbios metabólicos congênitos; doenças orgânicas
de origem cerebral; e epilepsia grave acompanhada de retardo mental (aumento
do risco de hepatotoxicidade).

Pancreatite fulminante.

Lactação.

Descontinuação em pacientes epilépticos (deve ser gradual; suspensão abrupta
pode desencadear estado epiléptico).

Traumatismo craniano (não usar o fármaco).

Ataxia, vômito cíclico, letargia, irritabilidade, retardo mental não explicado,
concentrações
plasmáticas
elevadas
de
amônia
ou
glutamina,
baixas
concentrações de ureia sérica.

História de encefalopatia.

Terapia com altas doses (acima de 50 mg/kg/dia).

Até 40 dias do início do tratamento (podem ocorrer do reações de
hipersensibilidade).


Pacientes com potencial para hemorragias ou em uso de anticoagulantes.

Insuficiência renal.

Lupus eritematoso sistêmico.
A função hepática deve ser monitorada antes e durante os primeiros 6 meses da
terapia.

Pode ocorrer pancreatite, por vezes com risco de morte.

Categoria de risco na gravidez (FDA): D (Ver apêndice A).
5. Esquemas de administração:
Observação: As doses de valproato de sódio apresentadasna sequência são expressas como
ácido valproico.
5.1. Crianças
Estado de ausência epilética, simples ou complexa
▪
Dose inicial: 15 mg/kg/dia, por via oral, aumentando de 5 a 10 mg/kg/dia em intervalos
semanais, até que os efeitos terapêuticos sejam alcançados ou ocorram efeitos
adversos, se a dose diária ultrapassar 250 mg as doses devem ser divididas. Dose
máxima: 60 mg/kg/dia.
Estado de mal epilético parcial complexo
▪
Como monoterapia ou terapia adjuvante:10 a 15 mg/kg/dia, por via oral, podendo a
dose ser aumentada em 5 a 10 mg/kg/dia semanalmente, até alcançar o efeito
farmacológico esperado ou surgimento de efeitos adversos; se a dose diária
ultrapassar 250 mg, dar em doses divididas.
▪
Conversão para monoterapia: reduzir a dose do anticonvulsivante usado
concomitantemente em cerca de 25% a cada 2 semanas, iniciando ao final da primeira
semana em que o valproato for adicionado.
▪
Nota: Como anticonvulsivante, as doses usuais sugeridas para crianças são:
▪
10 a 20 kg de peso: inicialmente 20 mg/kg/dia, por via oral, em doses divididas,
podendo ser aumentadas de acordo com o monitoria das concentrações plasmáticas e
dos parâmetros bioquímicos e hematológicos correspondentes.
▪
Acima de 20 kg de peso: inicialmente 400 mg/dia (20 a 30 mg/kg/dia), por via oral, em
doses divididas. Dose máxima: 35 mg/kg/dia.
5.2. Adultos
Convulsões mioclônicas e tônico-clônicas (adjuvante)
▪
Dose inicial: 10 a 15 mg/kg/dia, por via oral, podendo a dose ser aumentada em 5 a 10
mg/kg/dia semanalmente, até alcançar o efeito farmacológico esperado ou
surgimento de efeitos adversos; se a dose diária ultrapassar 250 mg, dar em doses
divididas.
Estado de ausência epiléptica, simples ou complexa.

Dose inicial: 15 mg/kg/dia, por via oral, podendo a dose ser aumentada em 5 a 10
mg/kg/dia semanalmente, até alcançar o efeito farmacológico esperado ou surgimento
de efeitos adversos; se a dose diária ultrapassar 250 mg, dar em doses divididas. Dose
máxima: 60 mg/kg/dia.
Estado de mal epiléptico parcial complexo.
▪
Como monoterapia ou terapia adjuvante: 10 a 15 mg/kg/dia, por via oral, podendo a
dose ser aumentada em 5 a 10 mg/kg/dia semanalmente, até alcançar o efeito
farmacológico esperado ou surgimento de efeitos adversos; se a dose diária
ultrapassar 250 mg, dar em doses divididas.
▪
Conversão para monoterapia: reduzir a dose do anticonvulsivante usado
concomitantemente em cerca de 25% a cada 2 semanas, iniciando ao final da primeira
semana em que o valproato for adicionado.
Transtorno afetivo bipolar (episódio maníaco).
▪
Dose inicial: 20 mg/kg/dia, por via oral. Ajustar a dose para mais o para menos até
alcançar o efeito terapêutico desejado. A concentração plasmática ótima para o efeito
terapêutico está em torno de 80 mg/L.
6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes:
▪
Absorção: completa; torna-se lenta, mas não incompleta quando o valproato é dado
com alimentos.

Tempo para pico de concentração: 1,2 horas.

Pico do efeito: geralmente em 2 semanas.

Concentração plasmática desejada: 50 a 150 microgramas/mL.
▪
Distribuição: cerca de 10% das concentrações plasmáticas alcançam o líquido cérebroespinhal. O valproato atravessa a barreira placentária e é excretado no leite materno.
Metabolismo: hepático, rápido; pode ser alterado pelo uso concomitante de outros
fármacos anticonvulsivantes.
▪
▪
Excreção: renal (70 a 80%) na forma conjugada.
▪
Meia-vida: de 6 a 17 horas.
▪
Pode ser extraído por hemodiálise e diálise peritoneal.
7. Efeitos adversos:

Alopecia (5% a 6%), exantema (3%).

Aumento do apetite (2%), diminuição do apetite (12%), ganho de peso (6%), perda de
peso (6%).

Dor abdominal (5% a 17%), obstipação (4%), diarreia (5% a 7%), indigestão (4%),
náuseas (7% a 34%), vômitos (9% a 20%); pancreatite fulminante.

Dores nas costas (2%).

Amnésia (4%), astenia (3% a 20%), ataxia (7%), vertigem (6% a 12%), cefaleia (10%),
sonolência (7% a 16%), tremor (9% a 19%); distúrbios no pensamento (6%), alterações
do humor (2%); bronquites (4%); febre (2%).

Ambliopia (3%), visão embaçada (3%), diplopia (7%).

Doenças infecciosas (6%) e influenza (3%).

Trombocitopenia dose dependente (27%).

Hepatite, insuficiência hepática (incidência geral 1/10.000); com risco aumentado em
crianças com menos de 2 anos de idade.
8. Interações Medicamentosas:
Observação: As interações aqui relatadas são consideradas mais importantes (graves e bem
documentadas) pelo seu início insidioso e gravidade de efeito. Informações complementares devem
ser obtidas na literatura.
▪
Aciclovir, ritonavir: pode resultar na redução das concentrações plasmáticas de
valproato e potencial aumento das convulsões. Monitorar as concentrações
plasmáticas de valproato; pode ser necessário aumento de dose. Considerar a
substituição do aciclovir por outro antiviral.
▪
Ácido acetilsalicílico: pode resultar no aumento da concentração de valproato livre.
Uma única dose não representa problemas, entretanto, com doses repetidas,
monitorar a concentração plasmática do valproato de sódio.
▪
Betamiprona: pode resultar na diminuição da eficácia do valproato de sódio. Evitar o
uso concomitante.
▪
Carbamazepina: pode resultar em toxicidade pela carbamazepina e redução da
efetividade do valproato. Monitorar para sinais de toxicidade pela carbamazepina.
Monitorar concentração plasmática de ambos os fármacos, incluindo o metabólito
epóxido da carbamazepina. Se necessário, a dose de valproato deve ser aumentada.
▪
Carbapenêmicos: pode resultar na redução da concentração sérica do valproato de
sódio. A coadministração pode resultar em concentrações reduzidas do valproato de
sódio e, possivelmente, uma perda de controle de crises.
▪
Clomipramina: pode resultar no aumento da toxicidade pela clomipramina. Monitorar
as concentrações plasmáticas de clomipramina para evitar sobre-dose.
▪
Colestiramina: pode resultar na redução das concentrações plasmáticas de valproato.
Se o uso concomitante for necessário, administrar a colestiramina no mínimo 3 horas
após o valproato. Monitorar o paciente para a efetividade do valproato.
▪
Eritromicina: pode resultar em toxicidade ao valproato de sódio (depressão do sistema
nervoso central e convulsões). Caso eritromicina e ácido valproico sejam utilizados
concomitantemente, acompanhar paciente para sinais de toxicidade ao valproato.
Monitorar as concentrações séricas de ácido valproico durante e após a terapia com
eritromicina.
▪
Etossuximida: pode resultar no aumento do risco de toxicidade pela etossuximida.
Monitorar para alterações nas concentrações plasmáticas de ambos os fármacos.
▪
Felbamato: pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas de valproato. A
redução da dose do valproato pode ser necessária.
▪
Fenitoína: pode resultar na alteração das concentrações plasmáticas de ambos os
fármacos. Monitorar o paciente quanto à eficácia e efeitos tóxicos da fenitoína. Se
possível, o monitoria das concentrações plasmáticas de fenitoína na forma livre (não
ligada a proteínas plasmáticas) deve ser feito. O desejado é que na fase de equilíbrio
estável, concentrações normais para ambos os fármacos sejam atingidas.
▪
Fenobarbital: pode resultar em efeitos tóxicos ao fenobarbital ou diminuição da
eficácia ao valproato de sódio. Com a adição de ácido valproico em um paciente
estabilizado com fenobarbital, o paciente deve ser monitorado para sinais de
toxicidade. Pode ser necessário reduzir a dose do fenobarbital, em alguns casos.
Devido ao aumento de metabolismo do ácido valproico, determinações periódicas de
ácido valproico e barbiturato devem ser consideradas.
▪
Ginkgo biloba: pode resultar na redução da efetividade do valproato. Evitar o uso
concomitante.
▪
Lamotrigina: pode resultar no aumento da meia-vida da lamotrigina, determinando
toxicidade deste fármaco e aumento do risco de exantema fatais. Se o uso
concomitante for necessário, a dose de lamotrigina deve ser ajustada a cada 2
semanas até que o efeito terapêutico seja alcançado, sem que os efeitos adversos
graves tenham surgido.
▪
Lorazepam: pode resultar no aumento das concentrações de lorazepam. A dose de
lorazepam deve ser reduzida em 50%. Ainda assim, monitorar o paciente para
exacerbação do efeito do lorazepam.
▪
Mefloquina: pode resultar na perda de controle das convulsões. Monitorar as
concentrações plasmáticas de valproato. Ajustar a dose deste fármaco, se necessário.
Monitorar o paciente para o controle das convulsões.
▪
Nortriptilina: pode aumentar a concentração sérica da nortriptilina. Monitorar os
níveis séricos de nortriptilina.
▪
Oxcarbazepina: pode resultar na redução da efetividade desta. Monitorar o paciente
para efeitos terapêuticos da oxcarbazepina.
▪
Primidona: pode determinar depressão grave do sistema nervoso central. Pacientes
fazendo uso concomitante devem ser monitorados para neurotoxicidade. Se
necessário, a dose de primidona deve ser diminuída.
▪
Risperidona: pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas de valproato.
Monitorar as concentrações plasmáticas de valproato e amônia. Considerar a redução
da dose de risperidona.
▪
Zidovudina: pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas da zidovudina, e
consequente toxicidade. Monitorar o paciente para sinais de toxicidade pela
zidovudina. Pode ser necessária a redução da dose deste fármaco, e ajuste quando da
descontinuação do valproato.
9. Orientações aos pacientes:
▪
Antes de iniciar o tratamento é importante identificar: história prévia de
hipersensibilidade ao ácido valproico e seus derivados, doenças hepáticas, doenças no
pâncreas, distúrbios no sangue, gravidez e lactação, história familiar de distúrbios no
ciclo da ureia e mortes infantis não explicadas.
▪
Mulheres em idade fértil tomando valproato devem utilizar métodos seguros de
contracepção.
▪
Nenhum medicamento de ser tomado junto com valproato sem o conhecimento de
seu médico, incluindo medicamentos fitoterápicos e chás.
▪
Não consumir bebida alcoólica.
▪
Tomar o medicamento com alimentos para diminuir a irritação gástrica.
▪
Os comprimidos de valproato não devem ser mastigados, quebrados ou triturados.
▪
O valproato pode causar sonolência e diminuição do estado de alerta, portanto,
pacientes que apresentam esses sintomas devem evitar dirigir veículos ou operar
máquinas perigosas.
▪
Não usar de bebidas alcoólicas durante o tratamento com valproato.
▪
Na epilepsia, a parada abrupta do uso de valproato pode desencadear o estado
epiléptico (convulsões múltiplas e contínuas sem intervalos de consciência entre elas).
▪
Atenção a sintomas digestivos como náusea e vômitos acompanhados de forte dor
abdominal, bem como sinais de fraqueza, letargia, disfunção cognitiva, perda de
consciência e do controle sobre as convulsões. Na ocorrência desses sintomas procurar
imediatamente o médico.
10. Aspectos farmacêuticos:

Armazenar sob temperatura ambiente entre 15 e 30°C, proteger da luz, umidade e
calor excessivo.
ATENÇÃO: Mortabilidade por insuficiência hepática tem ocorrido em pacientes que fazem uso de
valproato de sódio e outros derivados do ácido valproico. O risco de hetatotoxicidade fatal é maior
em crianças com 2 anos e menos de idade, em pacientes que fazem uso concomitante de vários
anticonvulsivantes, retardo mental ou doença orgânica de origem cerebral. Este risco diminui
consideravelmente com a progressão da idade. Testes de função hepática devem ser realizados em
todos os pacientes que irão receber valproato, e periodicamente nos primeiros seis meses de
tratamento. Caso de pancreatite fulminante têm sido relatados com o uso de valproato,
independente
do
período
de
uso
e
da
idade
do
paciente.
MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
Medicamento: MAYTENUS ILICIFOLIA (ESPINHEIRA SANTA)
Documento de Referência: Manual Terapêutico de Fitoterápicos: Programa de Plantas
Medicinais e Fitoterapia, ed. 2010 (pág. 9)
1. Composição:

Cápsulas com 420 mg de extrato de Maytenus ilicifolia, Martius padronizado em
3,5% de taninos totais.
2. Principais constituintes químicos:
▪
Alcalóisde
(maitanprina, maitansina, maitanbutina);
terpenos (friedelina,
friedelanol, pristimerina, maitenina, tingenona); taninos; leucoantocianidins;
ácido clorogênico.
3. Ações farmacológicas:
▪
A espinheira-santa possui ação antiulcerogênica e gastroprotetora por diversos
mecanismos. Apresenta efeito adstringente, aumenta a barreia mucosa no
estômago e diminui a secreção de ácido clorídrico. Também foi demonstrada
atividade bactericida sobre Helicobacter pylori; os flavonóides conferem atividade
anti-inflamatória e antiulcerogênica. Estudos realizados em animai, com o extrato
aquoso dessa planta, mostraram atividade tranquilizanrte e potencializadora de
barbitúricos. Os taninos e os terpenóides agem na proteção da mucosa gástrica.
Alguns estudos relatam ação antileucêmica e topicamente sobre tumores de pele.
4. Indicações:
▪
Úlceras gástricas e duodenais.
▪
Gastrites, dispepsia, pirose.
▪
Constipação intestinal.
▪
Plenitude pós-prandial.
5. Contraindicações:

Durante a lactação, pois diminui a secreção de leite.
Medicamento: MIKANIA GLOMERATA (GUACO XAROPE).
Documento de Referência: Manual Terapêutico de Fitoterápicos: Programa de Plantas Medicinais e
Fitoterapia, ed. 2010 (pág. 21).
1. Composição:

Xarope preparado com extrato fluido de Mikania glomerata, Sprengel padronizado em
0,055mg de cumarina/ml.
2. Principais constituintes químicos:

Cumarinas; taninos pirogálicos; óleo essencial (diterpenos e sesquiterpenos);
glicosídeos (guacosídeo); princípio amargo (guanacina); saponinas e resinas.
3. Ações farmacológicas:
▪
Possui ações broncodilatadoras, devido à atividade relaxante sobre a musculatura
lisa respiratória, além de atividade anti-inflamatória (cumarinas e extrato bruto).
▪
O óleo essencialconfere ação expectorante e anti-séptica das vias respiratórias.
Também foi observado que o extrato aquoso pode aumentar a pressão arterial e a
frequência cárdica em ratos com hipertensão experimental

As folhas em infusão revelam atividade antialérgica e antimicrobiana.
4. Indicações:
▪
Pacientes com asma e bronquite.
▪
Tosse rebelde.

Faringite, amigdalite ( em gargarejos com infusão).
5. Contraindicações:

Hepatopatias, pois o uso crônico pode causar aumento do tempo de protrombina.

Hipertensos graves, pois o uso crônico pode aumentar a pressão arterial.
6. Precauções:
▪
Evitar uso prolongado, mais de 100 dias ininterruptos.
▪
Uso concomitante com medicamentos anticoagulantes.

Gravidez.
7. Esquema de administração:
7.1. Crianças

Maiores de 5 anos: 7,5 ml, 3 vezes ao dia, uso oral.

Entre 3 e 5 anos: 5 ml, 3 vezes ao dia, uso oral.
7.2. Adultos

15ml, 3 vezes ao dia, uso oral.
8.Efeitos adversos:

A presença de cumarinas pode provocar sangramentos e levar a um aumento do
fluxo menstrual.

Tosse e dispneia em pacientes com hiperssensibilidade à cumarinas, vômitos e
diarreias em altas doses.
PARTE III - DESINFETANTES E ANTISSÉPTICOS
DESINFETANTES E ANTISSÉPTICOS
Os Desinfetantes são agentes químicos capazes de destruir microrganismos na
forma vegetativa, em artigos hospitalares ou em superfícies. Toda manipulação de
material ou superfície contaminada deve ser realizada com o uso de Equipamentos
de Proteção Individual (EPI) adequados: luvas de borracha ou de procedimentos,
avental impermeável e protetor facial.
GERMICIDA /
CONCENTRAÇÃO DE
USO
Álcool etílico solução
70% - Desinfetante de
superfície
Hipoclorito de Sódio a
1%
EMPREGO
CUIDADOS ESPECIAIS
Desinfecção de artigos 
não críticos e semicríticos
e
desinfecção
de
superfícies ambientais (ex:
termômetro, estetoscópio, 
lâmina de laringoscópio,
bancada de preparo de
medicações
ou
procedimentos, etc)

Friccionar o artigo ou
superfície fixa até secar,
com
3
aplicações
consecutivas

Risco de queimaduras
nos
olhos,
quando
utilizadas
soluções
concentradas.
Limpeza e desinfecção de 
superfícies (ex: piso, vaso
sanitário, etc)

A presença de matéria
orgânica
diminui
a
atividade do hipoclorito

Utilizar a solução a 1% e
aguardar
durante
10
minutos
Enrijece
borracha,
plásticos e danifica o
cimento
das
lentes
ópticas e acrílico
Líquido Inflamável
Pode causar irritação na
pele

Hipoclorito de sódio a
0,02% (200 ppm)
Ácido peracético 0,2%
* tempo de ação de 30
minutos
Desinfecção de artigos
não metálicos: Máscaras 
de
nebulização
e

extensores

São instáveis reagindo à
luz
e
temperatura
(estocar ao abrigo de luz)
Devem ser diluídos
cada 12 horas
a
Tempo ação – 20 minutos
Tempo de ação de 1 hora
(60 minutos) – não há
necessidade de enxágue

Antes do uso deve-se
adicionar o antioxidante
recomendado
pelo
fabricante

Datar e controlar prazo de
validade: 30 dias após
ativação

Avaliar a concentração da
solução já ativada e em
uso semanalmente e/ou
antes
da
utilização
através
de
fitas
dosadoras apropriadas.
Trata-se de procedimento
que
valida
a
concentração da solução.
Se estiver adequada ao
seu
propósito
de
esterilização

Utilizar
recipiente
protegido da luz e calor

Não é indicado
desinfecção
superfícies
Desinfecção de artigos
semicríticos sensíveis ao
calor (ex: posicionador de
radiografia, reanimadores
manuais,
traqueas
de
respiradores e outros)
para
de
Os Antissépticos são formulações germicidas hipoalergênicas e de baixa
causticidade destinada ao uso em pele e mucosa.
Os antissépticos podem ser divididos:
a. Sabões antissépticos - combinam a ação antimicrobiana com a ação
mecânica dos tensoativos;
b. Soluções antissépticas tópicas - atuam como antimicrobianos de uso
tópico, devendo ser empregadas após a limpeza da pele/mucosa, para
assegurar sua efetividade.
PRODUTO
UTILIZAÇÃO
CUIDADOS ESPECIAIS


Álcool etílico Solução a
70% - antisséptico

Antissepsia da pele
em procedimentos
de
punção 
endovenosa,
aplicação
subcutânea
e 
intramuscular.
Antissepsia de coto
umbilical


Desinfecção
e
limpeza de mãos.

Cinco
momentos
essenciais para a
higiene das mãos:
Preparação

alcoólica
Apresentação
com
:

emoliente
Sob forma de
para
gel a 70%
higiene

das mãos
Solução de
Veículo
PVP-I 10%
com
Aquoso
tópico
Antes do contato
com paciente

Antes
de
procedimentos
assépticos
Após
risco
de
exposição a fluídos
corporais

Após contato com
o paciente

Após contato com
superfícies
próximas
ao
paciente

Parto vaginal

Antissepsia
inserção
(curativos):
tórax, etc
Usar com cuidado nos
casos de: lesões e
ferimentos abertos.
Não diluir ou misturar a
solução ou o gel com
outros produtos.
Pode ocorrer necrólise
hemorrágica localizada
se
usado
com
clorexidina para limpeza
de coto umbilical.
Líquido inflamável
Na presença de sujidade
visível nas mãos, lavar
as mãos com água e
sabonete
líquido
(contendo
ou
não
antimicrobiano).

Necessita de 2 minutos
de
contato
para
liberação de iodo livre
dreno 
Possui ação residual de
2 a 4 horas
da
1% de iodo
ativo

Veículo
detergentedegermante
Veículo
alcoólico
Neutraliza-se em contato
com matéria orgânica

Usar com cuidados nos
casos de distúrbios da
tireóide
Pré-operatório:

degermação
cirúrgica das mãos,
preparo do campo
operatório, banho
pré-operatório de 
pacientes

Higiene das mãos 
dos
profissionais
antes
de
procedimentos de
alto risco (inserção
de cateteres, etc)

Antissepsia
do
campo operatório

Antissepsia de pele
antes
de
procedimentos
invasivos.

Pré-operatório:
degermação
cirúrgica das mãos,
preparo do campo
operatório, banho
pré-operatório de

pacientes.

Solução degermante de
Clorexidina a 4%



Preparo para parto
vaginal

Higiene das mãos
dos
profissionais
antes
de
procedimentos de

alto risco (inserção
de cateteres, etc)
Higiene das mãos
dos
profissionais
que trabalham em
áreas de risco (UTI,
etc)
Não deve ser usado em
recém-nascidos
ou
pacientes com alergia ao
iodo
Evitar uso ao redor dos
olhos
As
soluções
antissépticas
iodadas
podem
contaminar-se
após a abertura das
embalagens originais.
Pode ser utilizada em
pacientes alérgicos ao
iodo
Não deve ser utilizada
em olhos ou ouvidos ou
irrigação de cavidade
corpórea
Pode causar manchas
marrons
em
roupas
lavadas com produtos a
base de cloro
Solução de Clorexedina a
0,012%
(veículo aquoso de uso
oral)

Preparo de pele
para inserção de
cateteres venosos
centrais

Antissepsia bucal
pré
e
pósprocedimentos
cirúrgicos
bucais
no tratamento de
gengivites

Pré-procedimentos:
bochechos com 15 ml da
solução não diluída por
30
segundos,
duas
vezes ao dia, após
escovação e uso de fio
dental.
PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS DA SEMSA
Nº
ITEM
MEDICAMENTO
1 Aciclovir
APRESENTAÇÃO
Comprimido 200 mg
2 Ácido acetilsalicílico
Comprimido 100 mg
3 Ácido fólico
Comprimido 5 mg
4 Albendazol
Comprimido 400 mg
5 Albendazol
Suspensão oral 40 mg/mL
6 Alendronato de sódio
Comprimido 10 mg
7 Alendronato de sódio
8
Amitriptilina,
Cloridrato
9 Amoxicilina
10 Amoxicilina
Comprimido 70 mg
Comprimido 25 mg
Cápsula 500 mg
Pó para suspensão oral 50
mg/mL
11 Anlodipino, Besilato
Comprimido 5 mg
12 Atenolol
Comprimido 50 mg
13 Azitromicina
Comprimido 500 mg
TIPO DE RECEITUÁRIO
Receituário comum 2 vias.
Tratamento de DST, liberado
somente com notificação, e
tratamento Herpes zoster e
Varicella-zoster.
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
Programa Saúde do Ferro.
Liberação conforme prescrição.
DISPENSAÇÃO
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Tratamento da Osteoporose.
Receituário comum 2 vias. Val.:
180 dias (6 meses).
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Receituário Branco de Controle
Especial 2 vias. Conforme
modelo Portaria 344/98.
Validade da receita: 30 dias.
Policlínicas, USA,
Farmácia Gratuita, CAPS
SUL e CAPS I.
Receituário comum 2 vias.
Validade da Receita 10 dias RDC
20/2011.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
Receituário comum 2 vias.
Tratamento de DST, liberado
somente com notificação,
Coqueluxe, Endocardite
bacteriana.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
13 Azitromicina
Pó p/ Suspensão Oral 40
mg/mL + diluente
14
Beclometasona,
Dipropionato
Aerossol 250 mcg/dose
15
Benzilpenicilina
benzatina
Pó para suspensão injetável
1.200.000 UI
Benzilpenicilina
benzatina
Benzilpenicilina
procaína +
17
Benzilpenicilina
potássica
Pó para suspensão injetável
600.000 UI
16
Suspensão injetável 300.000
UI + 100.000 UI
18 Biperideno, Cloridrato Comprimido 2 mg
19
Bupropiona,
Cloridrato
Comprimido 150 mg
20 Captopril
Comprimido 25 mg
21 Carbamazepina
Comprimido 200 mg
22 Carbamazepina
Xarope 20 mg/mL
Receituário comum 2 vias.
Tratamento de DST e Coqueluxe,
liberado somente com
notificação e Endocardite
bacteriana.
Programa Asma e rinite.Validade
da receita: 3 meses, se uso
contínuo.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Receituário comum 2 vias.
Validade da Receita 10 dias RDC
20/2011.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Receituário Branco de Controle
Especial 2 vias. Conforme
modelo Portaria 344/98.
Validade da receita: 30 dias.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita, CAPS
e CAPS I.
Liberado para os
pacientes do Programa
Antitabagismo.
Policlínicas Raimundo
Franco de Sá, Antonio
Receituário Branco de Controle Reis, Castelo Branco,
Especial 2 vias, conforme modelo José Antônio da Silva,
SVS Portaria 344/98. Validade da Ivone Lima, Comte
receita: 30 dias.
Telles, Djalma Batista,
USA Alfredo Campos,
UBS Armando Mendes,
MSF Vila da Prata e
Posto de Saúde Rural São
Pedro.
Uso somente em urgências
Uso somente em
hipertensivas, conforme
urgências hipertensivas.
RENAME 2010.
Receituário Branco de Controle
Especial 2 vias. Conforme
modelo Portaria 344/98.
Validade da receita: 30 dias.
Tratamento da Osteoporose.
Carbonato de cálcio +
Comprimido 500 mg + 400 UI Receituário comum 2 vias. Val.:
Colecalciferol
180 dias (6 meses)
Receituário Branco de Controle
Especial 2 vias. Conforme
24 Carbonato de lítio
Comprimido 300 mg
modelo Portaria 344/98.
Validade da receita: 30 dias.
23
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Policlínicas, USA,
Farmácia Gratuita, CAPS
e CAPS I.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Policlínicas, USA,
Farmácia Gratuita, CAPS
e CAPS I.
25 Cefalexina
Cápsula ou comprimido 500
mg
26 Cefalexina
Suspensão oral 50 mg/mL
28
Ciprofloxacino,
Cloridrato
Clindamicina,
29
Cloridrato
30
Clomipramina,
Cloridrato
Comprimido 500 mg
Comprimido 300 mg
Comprimido 25 mg
31 Clonazepam
Solução oral 2,5 mg/mL
32 Cloreto de sódio
Solução nasal 0,9%
33
Clorpromazina,
Cloridrato
Clorpromazina,
34
Cloridrato
35
Clorpromazina,
Cloridrato
Receituário comum 2 vias.
Validade da Receita 10 dias RDC
20/2011.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Receituário comum 2 vias.
Tratamento de DST, liberado
somente com notificação.
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Tratamento da toxoplasmose.
Receituário comum 2 vias.
Validade da prescrição 10
dias(RDC 20/2011).
Policlínicas: Comte
Telles(São José II), José
Antonio da Silva (Monte
das Oliveiras) e
Raimundo Franco de Sá
(Nova Esperança).
Receituário Branco de Controle
Especial 2 vias. Conforme
modelo Portaria 344/98.
Validade da receita: 30 dias.
Fármacos sujeitos a Notificação
de Receita B (AZUL) Conforme
Portaria SVS 344/98.Validade da
receita: 30 dias.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA,
Farmácia Gratuita, CAPS
e CAPS I.
Policlínicas, USA,
Farmácia Gratuita, CAPS
e CAPS I.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Comprimido 25 mg
Comprimido 100 mg
Receituário Branco de Controle
Policlínicas, USA,
Especial 2 vias. Conforme
Farmácia Gratuita, CAPS
modelo Portaria 344/98.Validade
e CAPS I.
da receita: 30 dias.
Solução oral 40 mg/mL
Dexametasona,
36
Acetato
Creme dermatológico 1 mg/g
37 Diazepam
Comprimido 5 mg
38 Diazepam
Comprimido 10 mg
39 Digoxina
Comprimido 0,25 mg
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Fármacos sujeitos a Notificação
Policlínicas, USA,
de Receita B (AZUL) Conforme
Farmácia Gratuita, CAPS
Portaria SVS 344/98. Validade da
e CAPS I.
receita: 30 dias.
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
Policlínicas, USA, UBS e
Farmácia Gratuita.
40 Dipirona sódica
Comprimido 500 mg
41 Dipirona sódica
Solução oral 500 mg/mL
42 Doxiciclina, Cloridrato Comprimido 100 mg
43 Enalapril, Maleato
Comprimido 10 mg
44
Eritromicina,
Estearato
Comprimido 500 mg
45
Eritromicina,
Estearato
Suspensão oral 250 mg/mL
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Receituário comum 2 vias.
Tratamento de DST, liberado
somente com notificação e
outras infecções .
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo. Inibidor da ECA, de
uso ambulatorial em substituição
ao CAPTOPRIL.
Receituário comum 2 vias.
Validade da Receita 10 dias RDC
20/2011.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Cápsula 500 mg
Programa da Atenção Básica medicamento
fitoterápico.Validade da receita:
30 dias. Liberação conforme
prescrição.
Policlínicas, USA, UBS e
Farmácia Gratuita.
Comprimido 500 mg
Tratamento da toxoplasmose.
Receituário comum 2 vias.
Validade da prescrição 10
dias(RDC 20/2011).
Policlínicas: Comte
Telles(São José II), José
Antonio da Silva (Monte
das Oliveiras) e
Raimundo Franco de Sá
(Nova Esperança).
48 Estriol
1mg/g Bisnaga com 50g +
Aplicador
Programa da Atenção Básica Policlínicas, USA e
Utilizado no climatério.Liberação
Farmácia Gratuita, UBS e
conforme prescrição. Validade
UBSF.
da receita: 90 dias.
49 Etambutol
Comprimido 400 mg
50 Etambutol
Xarope 2,5%
Etinilestradiol +
51
Levonorgestrel
Comprimido 0,03 mg + 0,15
mg
46
Espinheira-santa
(Maytenus ilicifolia)
47 Espiramicina
52 Fenitoína sódica
Comprimido 100 mg
Medicamento destinado ao
programa TB, mediante
notificação e solicitação pela
unidade.
Programa Planejamento
Familiar. Validade da receita: 1
ano, se uso contínuo.
Receituário Branco de Controle
Especial 2 vias. Conforme
modelo Portaria 344/98.
Validade da receita: 30 dias.
Estabelecimento
de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA,
Farmácia Gratuita, CAPS
e CAPS I.
53 Fenobarbital
Comprimido 100 mg
54 Fenobarbital
Solução oral 40 mg/mL
55 Fluconazol
Cápsula 150 mg
56 Fluoxetina, Cloridrato
Cápsula 20 mg
57 Folinato de cálcio
Comprimido 15 mg
58 Furosemida
Comprimido 40 g
59 Glibenclamida
Comprimido 5 mg
60 Gliclazida
Comprimido 80 mg
61
Guaco (Mikania
glomerata)
62 Haloperidol
Xarope 0,25 mg/mL
Comprimido 5 mg
64 Haloperidol
Solução oral 2 mg/mL
66 Hidroclorotiazida
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Receituário Branco de Controle
Especial 2 vias. Conforme
modelo Portaria 344/98.
Validade da receita: 30 dias.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA,
Farmácia Gratuita, CAPS
e CAPS I.
Policlínicas: Comte
Telles(São José II), José
Tratamento da toxoplasmose.
Antonio da Silva (Monte
ReceituárIo comum 2 vias.
das Oliveiras) e
Raimundo Franco de Sá
(Nova Esperança).
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Programa hiperdia. Validade da Policlínicas, USA, UBS,
receita: 4 meses, se uso
UBSF e Farmácia
contínuo.
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Programa da Atenção Básica medicamento
Policlínicas, USA, UBS,
fitoterápico.Validade da receita: UBSF e Farmácia
30 dias. Liberação conforme
Gratuita.
prescrição.
Comprimido 1 mg
63 Haloperidol
Haloperidol,
65
Decanoato
Receituário Branco de Controle
Policlínicas, USA,
Especial 2 vias. Conforme
Farmácia Gratuita, CAPS
modelo Portaria 344/98.Validade
e CAPS I.
da receita: 30 dias.
Solução injetável 50 mg/mL
Comprimido 25 mg
Receituário Branco de Controle
Policlínicas, USA,
Especial 2 vias. Conforme
Farmácia Gratuita, CAPS
modelo Portaria 344/98.Validade
e CAPS I.
da receita: 30 dias.
Receituário Branco de Controle
Especial 2 vias. Conforme
modelo Portaria 344/98.
Validade da receita: 30 dias.
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
CAPS.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
67 Hipromelose
Colírio 3 mg/mL
68 Ibuprofeno
Comprimido 300 mg
69 Ibuprofeno
Solução oral 50 mg/mL
70 Insulina humana NPH
Suspensão injetável 100
UI/mL
71
Insulina humana
regular
72 Ipratrópio, Brometo
73
Isoflavona de soja
(Glycine max)
74 Isoniazida
Solução injetável 100 UI/mL
Policlínicas.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
Policlínicas, USA, UBS e
Farmácia Gratuita.
Medicamento destinado à
USA, UBS e UBSF.
Solução inalante 0,25 mg/mL procedimento ambulatorial (
Nebulização).
Programa da Atenção Básica medicamento fitoterápico.
Policlínicas, USA e
Utilizado no climatério.Liberação
Cápsula 75 mg
Farmácia Gratuita.
conforme prescrição. Validade
da receita 90 dias (3 meses).
Comprimido 100mg
75
Isoniazida +
Rifampicina
Cápsula 100 mg + 150 mg
76
Isoniazida +
Rifampicina
Cápsula 200 mg + 300 mg
77 Ivermectina
Para atendimento de
receituários da Oftalmologia.
Comprimido 6 mg
Medicamento destinado ao
programa TB, mediante
notificação e solicitação pela
unidade.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
78
Levodopa +
Benserazida
Comprimido 200 mg + 50 mg
79
Levodopa +
Benserazida
Comprimido dispersível 100 Programa da Atenção Básica. Se Policlínicas, USA e
mg + 25 mg
uso contínuo, validade: 3 meses. Farmácia Gratuita.
80
Levodopa +
Benserazida
Cápsula 100 mg + 25 mg
HBS Liberação prolongada.
81 Levonorgestrel
Comprimido 0,75 mg
82 Loratadina
Comprimido 10 mg
83 Loratadina
Xarope 1 mg/mL
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Programa Planejamento
Familiar. Pílula de emergência;
Validade: 03 dias.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
84 Losartana potássica
85
Comprimido 50 mg
Medroxiprogesterona,
Solução injetável 150 mg
Acetato
86 Metformina
Comprimido 850 mg
87 Metildopa
Comprimido 250 mg
88
Metoclopramida,
Cloridrato
Comprimido 10 mg
89 Metronidazol
Comprimido 250 mg
90 Metronidazol
Creme vaginal 5%
91 Metronidazol
Suspensão oral 40 mg/mL
92 Miconazol, Nitrato
Creme dermatológico 2%
93 Miconazol, Nitrato
Creme vaginal 2%
Multibacilar adulto
(Rifampicina +
94
Clofazimina +
Dapsona)
Multibacilar infantil
(Rifampicina +
95
Clofazimina +
Dapsona)
300 mg + 100 mg e 50 mg +
100 mg
300 mg e 150 mg + 50 mg +
50 mg
96 Nicotina
Adesivo transdérmico 14 mg
97 Nicotina
Adesivo transdérmico 21 mg
98 Nicotina
Adesivo transdérmico 7 mg
99 Nicotina
Goma de mascar 2 mg
100 Nicotina
Pastilha 4 mg
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
Programa Planejamento
Familiar. Validade da receita: 1
ano, se uso contínuo.
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA,
Farmácia Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Receituário comum 2 vias.
Validade da Receita 10 dias RDC
20/2011.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Medicamento destinado ao
programa da hanseníase,
mediante notificação e
solicitação pela unidade.
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Medicamento destinado ao
programa antitabagismo.
Liberado para os
pacientes do Programa
Antitabagismo.
Policlínicas Raimundo
Franco de Sá, Antonio
Reis, Castelo Branco,
José Antônio da Silva,
Ivone Lima, Comte
Telles, Djalma Batista,
USA Alfredo Campos,
UBS Armando Mendes,
MSF Vila da Prata e
Posto de Saúde Rural São
Pedro.
101 Nistatina
Suspensão oral 100.000
UI/mL
102 Noretisterona
Comprimido 0,35 mg
Noretisterona,
103 Enantato + Estradiol,
Valerato
Solução injetável 50 mg + 5
mg
104 Omeprazol
Cápsula 20 mg
105 Paracetamol
Comprimido 500 mg
106 Paracetamol
Solução oral 200 mg/mL
Paucibacilar adulto
107 (Rifampicina +
Dapsona)
300 mg + 100 mg
Paucibacilar infantil
108 (Rifampicina +
Dapsona)
150 mg e 300 mg + 50 mg
109 Permetrina
Loção tópica 1%
110 Pirazinamida
Comprimido 500 mg
111 Pirazinamida
Suspensão oral 3%
112 Pirimetamina
113
Comprimido 25 mg
Prednisolona, Fosfato Solução oral 4,02 mg/mL
sódico
(equivalente a 3 mg/mL)
114 Prednisona
Comprimido 20 mg
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Programa Planejamento
Familiar. Validade da receita: 1
ano, se uso contínuo.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Medicamento destinado ao
programa da hanseníase,
mediante notificação e
solicitação pela unidade.
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Medicamento destinado ao
programa TB, mediante
notificação e solicitação pela
unidade
Tratamento da toxoplasmose.
Receituário comum 2 vias.
Validade da prescrição 10
dias(RDC 20/2011).
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido
Policlínicas: Comte
Telles(São José II), José
Antonio da Silva (Monte
das Oliveiras) e
Raimundo Franco de Sá
(Nova Esperança).
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS e
Farmácia Gratuita.
115 Prednisona
116
Propranolol,
Cloridrato
Comprimido 5 mg
Comprimido 40 mg
117 Ranitidina, Cloridrato
Comprimido 150 mg
118 Retinol, Palmitato
100.000 e 200.000 UI
119 Rifampicina
Cápsula 300 mg
120 Rifampicina
Suspensão oral 2%
Rifampicina +
Izoniazida +
121
Pirazinamida +
Etambutol
150 mg + 75 mg + 400 mg +
275 mg
122 Risperidona
Comprimido 1 mg
Sais para reidratação
123
oral
Pó para solução oral
124 Salbutamol, Sulfato
Aerossol 100 mcg/dose
125 Sinvastatina
Comprimido 20 mg
126 Sulfadiazina
Comprimido 500 mg
127
Sulfametoxazol +
Trimetroprima
Comprimido 400 mg + 80 mg
128
Sulfametoxazol +
Trimetroprima
Suspensão oral 40 mg + 8
mg
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Programa da Atenção Básica.
Para administração na própria
unidade.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Destinada aos pacientes dos
programas: TB, hanseníase e
meningite. Liberação mediante
notificação.
Medicamento destinado ao
programa TB, mediante
notificação e solicitação pela
unidade.
Receituário Branco de Controle
Especial 2 vias. Conforme
modelo Portaria 344/98.
Validade da receita: 30 dias.
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Programa Asma e rinite.Validade
da receita: 3 meses, se uso
contínuo.
Programa hiperdia. Validade da
receita: 4 meses, se uso
contínuo.
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Estabelecimento de
Saúde onde o paciente
foi atendido.
Policlínicas, USA,
Farmácia Gratuita, CAPS
e CAPS I.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
Destinada ao tratamento de
toxoplasmose. Receituário
comum 2 vias. Validade da
prescrição 10 dias(RDC 20/2011).
Policlínicas Comte Telles
(São José II), José
Antonio da Silva (Monte
das Oliveiras) e
Raimundo Franco de Sá
(Nova Esperança).
Receituário comum 2 vias.
Validade da Receita 10 dias RDC
20/2011.
Policlínicas, USA e
Farmácia Gratuita.
129 Sulfato ferroso
Comprimido 40 mg Fe++
130 Sulfato ferroso
Solução oral 25 mg/mL
131 Talidomida
Comprimido 100 mg
132 Tiamina, Cloridrato
Comprimido 300 mg
133 Timolol, Maleato
Colírio 5 mg/mL
135 Valproato de sódio
Comprimido 576mg
(equivalente a 500 mg de
ácido valpróico) Liberação
Prolongada, avaliação
médica , pois requerem
administrações menos
frequentes comparadas a
de liberação imediata.
136 Valproato de sódio
Solução oral ou xarope
57,624 mg/mL (equivalente a
50 mg de ácido valpróico/mL)
Programa Saúde do Ferro.
Liberação conforme prescrição.
Destinada ao programa da
hanseníase. Liberação mediante
notificação do caso .
Medicamento sujeito à
notificação de receita de
talidomida e prescrição via
Termo de Responsabilidade/
Esclarecimento em 3 vias
(Portaria 344/98).
Programa da Atenção Básica.
Validade da receita: 30 dias.
Liberação conforme prescrição.
Para atendimento de
receituários da Oftalmologia.
Policlínicas, USA, UBS,
UBSF e Farmácia
Gratuita.
Encaminhamento para
Fundação Alfredo da
Mata.
Policlínicas, USA, e
Farmácia Gratuita, CAPS
e CAPS I.
Policlínicas.
Receituário Branco de Controle
Policlínicas, USA,
Especial 2 vias. Conforme
Farmácia Gratuita, CAPS
modelo Portaria 344/98.Validade
e CAPS I.
da receita: 30 dias.
PRODUTOS PARA SAÚDE DE DISTRIBUIÇÃO AMBULATORIAL
Nº
PRODUTOS PARA SAÚDE
ITEM
138 Preservativo masculino
139 Seringa de insulina
APRESENTAÇÃO
TIPO DE RECEITUÁRIO
DISPENSAÇÃO
Policlínicas, USA, UBS,
170 mm x 49 mm e 180 mm x Disponível nas unidades
UBSF e Farmácia
de saúde.
52 mm
1 mL com agulha 13 x 4,5
Recetuário comum em
duas vias.
Gratuita.
Policlínicas, USA, UBS e
Farmácia Gratuita.
140 Lanceta
Conforme formulário
modelo
Policlínicas
141 Fitas glicemia
Conforme formulário
modelo
Policlínicas
142 Aparelho glicemia
Conforme formulário
modelo
Policlínicas
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PREFEITURA MUNICIPAL DE MANAUS, Secretaria Municipal de Saúde de Manaus. Portaria
442 de 25 de agosto de 2011. Estabelece a constituição da Comissão de Farmácia e
Terapêutica na SEMSA de Manaus. Diário Oficial do Município 2011, 25 jul.
A
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO, 5, 29
ÁCIDO FÓLICO, 5, 32
ALBENDAZOL, 5, 35
ALENDRONATO DE SÓDIO, 5, 38
AMITRIPTILINA, CLORIDRATO, 5, 40
AMOXICILINA, 5, 45
ANLODIPINO, BESILATO, 5, 48
ATENOLOL, 5, 51
ATROPINA, 5, 54
AZITROMICINA, 5, 57
ESTRIOL, 6, 132
ETINILESTRADIOL + LEVONORGESTREL, 6, 134
F
FENITOÍNA, 6, 137
FENOBARBITAL, 6, 142
FENTANILA, 6, 146
FLUCONAZOL, 6, 150
FLUOXETINA, 6, 156
FOLINATO DE CÁLCIO, 6, 160
FUROSEMIDA, 6, 164
G
B
BECLOMETASONA, DIPROPIONATO, 5, 60
BENZILPENICILINA BENZATINA, 5, 63
BENZILPENICILINA POTÁSSICA, 5, 66
BENZILPENICILINA PROCAÍNA + BENZILPENICILINA POTÁSSICA,
5, 69
BIPERIDENO, CLORIDRATO, 5, 71
C
CAPTOPRIL, 5, 73
CARBAMAZEPINA, 6, 75
CARBONATO DE CÁLCIO, 6, 79
CARBONATO DE CÁLCIO + COLECALCIFEROL, 6, 83
CARBONATO DE LÍTIO, 6, 85
CEFALEXINA SÓDICA OU CEFALEXINA MONOIDRATADA, 6, 89
CLINDAMICINA, 6, 91
CLOMIPRAMINA, 6, 96
CLONAZEPAM, 6, 99
CLORETO DE SÓDIO, 6, 105
CLORIDRATO DE BUPROPIONA, 6, 102
CLORPROMAZINA, CLORIDRATO, 6, 106
D
DEXAMETASONA, 6, 109
DIAZEPAM, 6, 114
DIGOXINA, 6, 118
DIPIRONA, 6, 121
DISPENSAÇÃO, 5, 22, 23, 346, 355
E
ENALAPRIL, 6, 124
ERITROMICINA, ESTEARATO, 6, 127
ESPINHEIRA SANTA Maytenus ilicifolia, 7
ESPIRAMICINA, 6, 130
GENTAMICINA, 6, 167
GLIBENCLAMIDA, 6, 170
GLICLAZIDA, 6, 173
GUACO, 7, 241, 337
H
HALOPERIDOL, 6, 175
HIDROCLOROTIAZIDA, 6, 179
HIDROCORTISONA, 6, 182
I
IBUPROFENO, 6, 186
INSULINA HUMANA NPH, 6, 190
INSULINA HUMANA REGULAR, 6, 190
ISOFLURANO, 6, 194
IVERMECTINA, 6, 197
L
LEVODOPA + BENSERAZIDA, 6, 199
LEVONORGESTREL, 6, 203
LORATADINA, 7, 205
LOSARTANA POTÁSSICA, 7, 207
M
MEDROXIPROGESTERONA, 7, 211
METFORMINA, 7, 214
METILDOPA, 7, 217
METILPREDNISOLONA, 7, 219
METOCLOPRAMIDA, 7, 225
METRONIDAZOL, 7, 229
MICONAZOL, 7, 233
MIDAZOLAM, 7, 236
MORFINA, 7, 242
R
N
NISTATINA, 7, 247
NORETISTERONA, 7, 249
NORETISTERONA, ENANTATO + ESTRADIOL, VALERATO, 7, 252
O
OMEPRAZOL, 7, 255
P
PARACETAMOL, 7, 259
PERMETRINA, 7, 262
PIRIMETAMINA, 7, 264
PREDNISOLONA, 7, 267
PREDNISONA, 7, 270
PROMETAZINA, 7, 276
PROPOFOL, 7, 284
PROPRANOLOL, CLORIDRATO, 7, 280
RANITIDINA, CLORIDRATO, 7, 288
RETINOL, 7, 292
RISPERIDONA, 7, 294
S
SAIS PARA REIDRATAÇÃO, 7, 297
SALBUTAMOL, 7, 299
SINVASTATINA, 7, 303
SULFADIAZINA, 7, 307
SULFADIAZINA DE PRATA, 7, 310
SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA, 7, 312
SULFATO FERROSO, 7, 316
T
TIAMINA, CLORIDRATO, 7, 320
TIMOLOL, 7, 322
TIOPENTAL, 7, 325
V
VALPROATO DE SÓDIO, 7, 328
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