GUIA FARMACOTERAPÊUTICO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 2013 ARTUR VIRGÍLIO DO CARMO NETO Prefeito ANTONIO EVANDRO MELO DE OLIVEIRA Secretário Municipal de Saúde LUBÉLIA SÁ FREIRE DA SILVA Subsecretária de Gestão da Saúde ADA FROTA OLIVEIRA DE CARVALHO Subsecretária de Administração ANGELA MARIA LOUREIRO DA SILVA Diretora do Departamento de Redes de Atenção NILSON MASSAKAZU ANDO Diretor do Departamento de Atenção Primária JEAN ABREU Diretor do Departamento de Logística MARIA VANDA DA SILVA VIANA Gerente de Assistência Farmacêutica DANIELA MARTINE SANTOS Chefe da Divisão de Medicamentos e Insumos 2013 ELABORAÇÃO COMISSÃO PERMANENTE DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA MARIA VANDA DA SILVA VIANA Gerente de Assistência Farmacêutica ARLINDO FRANÇA ALEXANDRE FILHO Chefe de Setor de Assistência Farmacêutica do Distrito de Saúde Norte JULIANNE DE QUEIROZ BESSA Chefe de Setor de Assistência Farmacêutica do Distrito de Saúde Sul CRISTIANO ALVARES DE ARAUJO Chefe de Setor de Assistência Farmacêutica do Distrito de Saúde Leste MARCELO DE OLIVEIRA BATISTA Chefe de Setor de Assistência Farmacêutica do Distrito de Saúde Oeste Carla Natércia Bezerra Cabral Presidente – Farmacêutica Ana Fátima Carvalho e Silva Vice-Presidente – Farmacêutica Renata Feitosa de Oliveira 1ª Secretária – Farmacêutica Ivana Andrade Vieira 2ª Secretária – Farmacêutica Alexandre dos Santos Souza Médico Fred Jobim Médico Sandra Alves Paes Leme Enfermeira Rita de Cássia Castro de Jesus Enfermeira Vitória Régia de Macedo Gonçalves Albuquerque Marinheiro Odontóloga Elizomária Gonçalves Lima Farmacêutica Simone Sena de Almeida Farmacêutica Vanessa Duarte Gomes Pedroso Farmacêutica Delson Tavares de Freitas Júnior Farmacêutico Arakén César Amorim Cavalcanti Farmacêutico Marcélia Célia Couteiro Lopes Farmacêutica Mie Muroya Guimarães Farmacêutica COLABORAÇÃO Vitor Renato Carvalho e Silva Farmacêutico Katiucha de Castro Nigro Assistente em Administração REVISÃO Vitor Renato Carvalho e Silva Farmacêutico SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM MANAUS PARTE I – TEMAS EM ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA COMISSÃO PERMANENTE DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA NA SEMSA CENTRAL DE MEDICAMENTOS PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS Prescrição de medicamentos padronizados Prescrição de medicamentos pelo Enfermeiro DISPENSAÇÃO Dispensação de medicamentos na SEMSA Procedimentos para dispensação de Antimicrobianos PARTE II – MONOGRAFIAS DOS MEDICAMENTOS DA REMUME ÁCIDO ACETILSALICÍLICO ÁCIDO FÓLICO ALBENDAZOL ALENDRONATO DE SÓDIO AMITRIPTILINA, CLORIDRATO AMOXICILINA ANLODIPINO, BESILATO ATENOLOL ATROPINA AZITROMICINA BECLOMETASONA, DIPROPIONATO BENZILPENICILINA BENZATINA BENZILPENICILINA POTÁSSICA BENZILPENICILINA PROCAÍNA + BENZILPENICILINA POTÁSSICA BIPERIDENO, CLORIDRATO CAPTOPRIL CARBAMAZEPINA CARBONATO DE CÁLCIO CARBONATO DE CÁLCIO + COLECALCIFEROL CARBONATO DE LÍTIO CEFALEXINA SÓDICA OU CEFALEXINA MONOIDRATADA CLINDAMICINA, CLORIDRATO E FOSFATO CLOMIPRAMINA, CLORIDRATO CLONAZEPAM CLORIDRATO DE BUPROPIONA CLORETO DE SÓDIO CLORPROMAZINA, CLORIDRATO DEXAMETASONA DIAZEPAM DIGOXINA DIPIRONA ENALAPRIL, MALEATO ERITROMICINA, ESTEARATO ETINILESTRADIOL + LEVONORGESTREL ESPIRAMICINA ESTRIOL FENITOÍNA SÓDICA FENOBARBITAL FENTANILA FOLINATO DE CÁLCIO FLUCONAZOL FLUOXETINA FUROSEMIDA GENTAMICINA, SULFATO GLIBENCLAMIDA GLICLAZIDA HALOPERIDOL HIDROCLOROTIAZIDA HIDROCORTISONA IBUPROFENO INSULINA HUMANA NPH E INSULINA HUMANA REGULAR ISOFLURANO IVERMECTINA LEVONORGESTREL LEVODOPA + BENSERAZIDA LORATADINA LOSARTANA POTÁSSICA MEDROXIPROGESTERONA, ACETATO METFORMINA, CLORIDRATO METILDOPA METILPREDNISOLONA METOCLOPRAMIDA, CLORIDRATO METRONIDAZOL MICONAZOL, NITRATO MIDAZOLAM, CLORIDRATO MORFINA NISTATINA NORETISTERONA NORETISTERONA, ENANTATO + ESTRADIOL, VALERATO OMEPRAZOL PARACETAMOL PERMETRINA PIRIMETAMINA PREDNISOLONA, FOSFATO SÓDICO PREDNISONA PROMETAZINA PROPRANOLOL, CLORIDRATO PROPOFOL RANITIDINA, CLORIDRATO RETINOL, PALMITATO RISPERIDONA SAIS PARA REIDRATAÇÃO SALBUTAMOL SINVASTATINA SULFADIAZINA SULFADIAZINA DE PRATA SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA SULFATO FERROSO TIAMINA, CLORIDRATO TIOPENTAL TIMOLOL, MALEATO VALPROATO DE SÓDIO ESPINHEIRA SANTA (Maytenus ilicifolia) GUACO (Mikania glomerata) PARTE III - DESINFETANTES E ANTISSÉPTICOS PARTE IV – APÊNDICES Apêndice A – Fármacos e Gravidez Apêndice B – Lactação e Fármacos Apêndice C – Relação Municipal de Medicamentos Essenciais APRESENTAÇÃO O Guia Farmacoterapêutico da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) deve ser usado como um instrumento de consulta rápida que orienta a prescrição e dispensação de medicamentos, visando a promoção de seu uso racional. Os medicamentos informações estão como: disponibilizados apresentação em informes padronizada técnicos, pela contemplando SEMSA; indicações; contraindicações; precauções; esquemas de administração; efeitos adversos; interações medicamentosas; orientações ao paciente; e aspectos farmacêuticos. Além disso, são abordados procedimentos de relevância na rotina das ações em saúde na instituição: prescrição e dispensação racional de medicamentos, prescrição de medicamentos pela enfermagem, orientações quanto ao manejo e diluição de desinfetantes padronizados, entre outros. O Guia Farmacoterapêutico faz uma breve descrição sobre que medicamentos são dispensados em cada EAS, o programa SAE (Serviço de Atendimento Especializado) oferecido por algumas Policlínicas a pacientes HIV positivos. As buscas pelos temas aqui apresentados podem ser efetuadas, no início, pelo sumário ou, no final, pelo índice remissivo. Os medicamentos constantes na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) estão organizados por ordem alfabética de seus princípios ativos. Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica/SEMSA PARTE I – TEMAS EM ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO MUNICÍPIO DE MANAUS O Sistema Único de Saúde (SUS) foi estabelecido a partir da Constituição Federal de 1988 e promulgado pela Lei orgânica da saúde 8.080, de 1990, conferindo ao Estado o papel de assegurar à população os princípios de universalidade e equidade no atendimento e de integralidade das ações e serviços de saúde, incluindo a Assistência Farmacêutica. Uma das diretrizes fundamentais da Política Nacional de Medicamentos (PNM) é a reorientação da Assistência Farmacêutica, de modo que o modelo adotado não se restrinja apenas à aquisição e à distribuição de medicamentos, envolvendo assim todas as atividades relacionadas à promoção do acesso da população aos medicamentos e seu uso racional. O Ministério da Saúde preconiza que a Assistência Farmacêutica estabeleça uma atividade multidisciplinar e articulação permanente com áreas técnicas, administrativas, coordenações de programas estratégicos de saúde – Hanseníase, Tuberculose, Saúde Mental, Programa Saúde da Família (PSF), Vigilância Sanitária, Epidemiológica, área administrativo-financeira, planejamento, material e patrimônio, licitação, auditoria, Ministério Público, órgãos de controles, Conselho de Saúde, profissionais de saúde, entidades de classe, universidades, fornecedores e setores de comunicação da Secretaria, entre outros segmentos da sociedade, para melhor execução, divulgação e apoio às suas ações (Figura 1). A Assistência Farmacêutica no Município de Manaus está relacionada com a efetuação de atividades relacionadas ao medicamento, as quais constituem um CICLO que compreende: a seleção, a programação, a aquisição, o armazenamento e distribuição, o controle da qualidade e utilização – nesta compreendida a prescrição e a dispensação – o que deverá favorecer a permanente disponibilidade dos produtos segundo as necessidades da população, identificadas com base em critérios epidemiológicos. Figura 1. Fonte: MS, Assistência Farmacêutica na Atenção Básica, 2006. O Plano Municipal de Assistência Farmacêutica, parte integrante do Plano Municipal de Saúde, foi implementado em 2010 e constitui uma ferramenta gerencial importante para o planejamento, programação, execução, monitoramento e avaliação de atividades da Assistência Farmacêutica no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde. Esse plano inclui diretrizes com propósito de contribuir para qualidade de vida, integrando ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde (quadro 1). Quadro 1. Diretrizes da Política Municipal de Assistência Farmacêutica 1. Elaboração a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) 2. Realização da gestão do Ciclo de Assistência Farmacêutica 3. Assegurar a programação e a aquisição de medicamentos em quantidade e tempo 4. Assegurar o acesso a medicamentos seguros quanto à manutenção das suas características físico-químicas 5. Contribuição com a prescrição racional de medicamentos 6. Realização de dispensação de medicamentos adequada na SEMSA 7. Implantação da Política Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos 8. Democratizar informações e subsidiar as reflexões sobre as políticas de medicamentos, as ligadas a questões operacionais e de organização dos serviços 9. Gerenciamento adequado de resíduos sólidos de serviços de saúde, de forma a proteger a saúde e o meio ambiente dos riscos gerados pelos mesmos. 10. Atuação nas atividades clínicas de forma a contribuir com o desenvolvimento de um processo de utilização racional de medicamentos. Fonte: DIVAF/SEMSA(2009). Assim, a Assistência Farmacêutica deve ser abordada como um dos componentes da promoção integral à saúde que pode utilizar o medicamento como um importante instrumento para o aumento da resolutibilidade do atendimento ao usuário. COMISSÃO PERMANENTE DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA Desde a década de 1970, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os governos adotem listas de medicamentos essenciais como política fundamental para a garantia de acesso das populações a medicamentos seguros, eficazes e custo-efetivos, voltados ao atendimento de suas doenças mais prevalentes e que estejam disponíveis em quantidades adequadas. A Política Nacional de Medicamentos (PNM), constituída pela Portaria 3.916/98, estabelece como uma de suas diretrizes gerais a adoção da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) pelos Sistemas de Saúde Estaduais e Municipais. Um aspecto inquestionável favorecido pela RENAME é o uso racional de medicamentos. Assim, o fato de os medicamentos da RENAME serem selecionados com base em critérios de eficácia, segurança e custoefetividade faz com que algumas dimensões do uso racional sejam alcançadas. A utilização inadequada dos medicamentos pode gerar consequências como: efeito terapêutico ineficiente, reações adversas, efeitos colaterais, interações medicamentosas e aumento da resistência bacteriana aos antimicrobianos. Assim, é indispensável ao gestor da saúde utilizar ferramentas que possam orientá-lo para a tomada de decisão dos medicamentos que farão parte do elenco padronizado em sua instituição. Uma estratégia reconhecida para organizar as ações voltadas para utilização de fármacos é a criação de uma Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), estabelecendo-se como importante instrumento, para que o gestor possa tomar melhores decisões baseadas em diretrizes estabelecidas. A Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica (CPFT) da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) de Manaus foi constituída por meio da Portaria 442/2011. Esse comitê possui instância de caráter consultivo e de assessoria à SEMSA. Está vinculada à Gerência de Assistência Farmacêutica e tem como objetivo formular e implementar políticas institucionais relacionadas à seleção, à prescrição e ao uso racional de medicamentos, em um processo dinâmico, participativo, multiprofissional e multidisciplinar, para assegurar a melhoria na qualidade da assistência prestada à saúde e terapêutica eficaz e segura. A CPFT/SEMSA é constituída por uma equipe multiprofissional, representada por membros gestores da instituição e profissionais de diferentes competências dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde: 02 médicos, 02 enfermeiros, 02 odontólogos e 12 farmacêuticos. Entre outras atribuições desta Comissão estão a avaliação, a educação e a consultoria aos profissionais da instituição sobre todas as questões relacionadas ao uso de medicamentos e produtos para a saúde, incluindo a pesquisa clínica; seleção dos fármacos, desenvolvimento e atualização do guia farmacoterapêutico; validação dos protocolos de tratamento elaborados pelos diferentes serviços; definição de critérios de adoção de medicamentos não padronizados; formulação de diretrizes para prescrição; assessorar o Departamento de Logística - DELOG na implementação do serviço de aquisição, distribuição e uso de medicamentos; promoção de ações que estimulem o uso racional de medicamentos; atividades de farmacovigilância; avaliação da qualidade relacionada à distribuição, à administração e ao uso de medicamentos; definição estudos de utilização de medicamentos para elaborar recomendações sobre o uso racional dos fármacos. CENTRAL DE MEDICAMENTOS A Central de medicamentos fica localizada no Departamento de Logística – DELOG. Este departamento exerce as atividades que compõem a cadeia logística de aquisição, recepção, transporte e distribuição dos produtos conforme solicitação do Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS) da Secretaria Municipal de Saúde, onde são destinados ao usuário final ou administrados diretamente ao paciente. Os medicamentos e produtos para a saúde (químico-cirúrgicos, produtos para uso laboratorial, para fins diagnósticos e de uso odontológico) são distribuídos em suas embalagens originais (externas, primárias e secundárias) aos EAS: Hospitalmaternidade, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Unidades Móveis de Saúde, Farmácias Gratuitas, Policlínicas, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), Módulos de Saúde da Família (MSF), Postos de Saúde Rural (PSR), Unidades Fluviais, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). O setor executa a gestão de programação, aquisição, recebimento, armazenamento e distribuição de medicamentos e produtos para a saúde, contando com a supervisão e monitoramento do Responsável Técnico conforme categoria de produto de sua competência: farmacêutico (medicamento e químico-cirúrgico), farmacêutico bioquímico (produtos diagnósticos e laboratoriais) e odontólogo (produtos de uso odontológico). A atribuição do Responsável Técnico em armazenagem, distribuição e transporte tem como objetivo garantir que o produto mantenha todas as suas características, assegurando assim qualidade e eficácia em seu uso. O profissional deverá garantir que as atividades operacionais estejam dentro das normas de qualidade e das Boas Práticas de Distribuição previstas em legislação, por meio da implantação de procedimentos escritos e treinamento, com registros e certificados de comprovação (CRF/SP, 2009). A distribuição dos medicamentos e produtos para a saúde da SEMSA é efetuada baseada na análise do consumo, elaborada pelo EAS, consoante cronograma previamente estabelecido. O fluxo e o calendário de abastecimento são elaborados pela gerência de, medicamentos e de produtos para a saúde e almoxarifado de modo que a periodicidade de distribuição considere a capacidade e condições de armazenamento de cada EAS, bem como seu potencial de consumo. Os EAS consolidam mapas de consumo mensal, que são remetidos às Subgerências de Assistência Farmacêutica dos Distritos Municipais de Saúde: Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural. Estes, por sua vez, consolidam os mapas de consumo de suas áreas de abrangência, enviando-os ao DELOG. As Unidades de Saúde devem informar as suas necessidades para abastecimento no mapa mensal, elaborado com o padrão de medicamentos e produtos para a saúde conforme a complexidade dos serviços oferecidos e o perfil epidemiológico da população atendida. Os mapas são analisados para garantir o controle da distribuição em quantidades adequadas e de forma eficiente e racional, analisando-se a quantidade solicitada, estoque existente e consumo do EAS e o estoque existente no DELOG. PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS A Padronização de medicamentos visa assegurar o uso correto dos medicamentos com economia de recursos sem comprometimento da qualidade. Seu objetivo principal é de promover o uso racional do medicamento, otimizando o atendimento ao usuário, garantindo a segurança na prescrição e reduzindo a incidência de reações adversas. Além disso, pode ser observada a redução de custo e aumento da qualidade farmacoterapêutica, sem prejuízo para a segurança e efetividade do tratamento. A seleção de medicamentos constitui a etapa decisiva no ciclo de assistência farmacêutica e envolve cautela na definição dos fármacos a padronizar. A seleção dos medicamentos foi efetuada de acordo com medicamentos registrados no Brasil. Fazem parte desta relação medicamentos constantes na RENAME, seguindo critérios de inclusão definidos em regimento interno pela CPFT/ SEMSA: Medicamentos com eficácia comprovada de acordo com condutas baseadas em evidências; Segurança do medicamento, selecionando os de mais baixa toxicidade; Medicamentos com maior comodidade de administração, de maneira que favoreça a adesão ao tratamento; Fármacos que tenham informações sobre biodisponibilidade e parâmetros farmacocinéticos; Medicamentos com maior estabilidade nas condições de armazenagem e uso; Padronização de medicamentos cujo custo do tratamento seja menor, resguardando a qualidade dos mesmos; Especialidades farmacêuticas com único princípio ativo, evitando, sempre que possível, as associações medicamentosas, exceto aquelas que evidenciam aumento de eficácia ou diminuição de resistência microbiana; Apresentações farmacêuticas com indicação para mais de uma doença; Não inclusão de medicamentos que concorram com a mesma eficácia e efetividade. A REMUME será revisada a cada dois anos e contempla a padronização de componentes da atenção básica, média e alta complexidade, servindo como um instrumento-guia de orientação para prescrição, dispensação e utilização racional de medicamentos. PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PADRONIZADOS A PNM descreve a prescrição como o ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento, servindo como documento pelo qual se responsabilizam tanto quem prescreve como quem dispensa. A prescrição é a forma de comunicação entre prescritor, farmacêutico, cuidador e usuário. A má interpretação do receituário é fator determinante nas ocorrências de falhas de dispensação, mau uso do fármaco, inefetividade do tratamento, resultando no aparecimento de agravos de saúde. A Organização Mundial de Saúde estabeleceu indicadores de qualidade de uma prescrição: Quantidade de medicamentos prescritos por receita; Percentual de medicamentos descritos pela Denominação Comum Brasileira (DCB); Quantidade de pelo menos um antimicrobiano; Quantidade de pelo menos um injetável; Prescrição de fármacos constantes na lista de medicamentos essenciais. A prescrição racional depende da escolha terapêutica em doses apropriadas para o paciente específico, levando-se em consideração as melhores diretrizes clínicas e o acesso aos medicamentos pelo usuário. A uniformização das prescrições é um dos benefícios observados com a adoção de medicamentos essenciais na padronização de uma instituição, pois é assegurada a administração de fármacos que tenham comprovado valor terapêutico. A falta de acesso aos medicamentos e o uso de doses inadequadas resultam em morbidade e mortalidade sérias, particularmente, para infecções da infância e doenças crônicas, como a hipertensão, diabetes, epilepsia e desordens mentais. O uso inadequado e o uso excessivo de medicamentos desperdiçam recursos - muitas vezes, fora das possibilidades de pagamento pelos pacientes - e resultam em dano significante ao paciente, por conta dos resultados insatisfatórios e das reações adversas aos medicamentos. (CFF, 2003). As inadequações das prescrições quanto aos aspectos legais constituem, também, hábitos prescritivos frequentes que envolvem o não atendimento do receituário do usuário na unidade de dispensação, resultando em retorno ao serviço de saúde, origem de sua prescrição, ocasionando atraso no estabelecimento da farmacoterapia recomendada, bem como no comprometimento da adesão ao tratamento. Segundo o manual de orientações básicas para prescrição médica do Conselho Federal de Medicina, dados como o nome do medicamento, forma farmacêutica, concentração, via de administração, orientações de uso, data da prescrição, assinatura e número de inscrição no respectivo conselho profissional são considerados itens essenciais a uma prescrição. “Além do aparato legal, existem aspectos éticos importantes relacionados ao ato da prescrição. Um dos princípios fundamentais do código de ética médico é de que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. A partir disso, estabelece que seja vedado ao médico receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar folhas de receituários em branco, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 1988)”. As regulamentações relacionadas à prescrição mais amplamente difundidas são: Lei 5.991, de 17 de dezembro de 1973; Lei 9.787, de 10 de fevereiro de 1999; RDC 44, de 17 de agosto de 2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e Resolução 357, de 20 de abril de 2001 do Conselho Federal de Farmácia (CFF). De acordo com essas normas a prescrição deverá ser realizada de forma clara, compreensível, por extenso e de modo legível, não contendo rasuras, em conformidade com a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais, utilizando-se, obrigatoriamente, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Denominação Comum Brasileira (DCB). Além disso, o Brasil apresenta normas legislatórias específicas para prescrição de antimicrobianos, a RDC 20, de 05 de maio de 2011, e para prescrição de substâncias sujeitas à controle especial, a Portaria 344, de 12 de maio de 1998 e suas atualizações. A Tabela 1 traz uma breve descrição das principais legislações referentes à prescrição de medicamentos. Tabela 1- Legislações pertinentes à prescrição de medicamentos No Título Data Lei Federal 5.991 17/12/1973 Lei Federal 9.787 10/02/1999 Portaria 344 12/05/1998 44 17/08/2009 20 10/05/2011 357 20/04/2001 Resolução Diretoria Colegiada da Resolução Diretoria Colegiada da Resolução Ementa Estabelece o controle sanitário de medicamentos e insumos Rege sobre a política de utilização de medicamentos genéricos Regulamenta as substâncias sujeitas à controle especial Dispõe sobre as boas práticas farmacêuticas em farmácias e drogarias Regulamenta o controle e a prescrição de substâncias antimicrobianas Dispõe sobre as boas práticas farmacêuticas Origem Ministério da Saúde Ministério da Saúde ANVISA ANVISA ANVISA CFF Os profissionais da saúde envolvidos nas etapas de prescrição, dispensação e administração de fármacos são obrigados a respeitar as orientações da prescrição do medicamento, desde que esta siga os preceitos legais e esteja adequadamente fundamentada (FIOCRUZ). PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO ENFERMEIRO Sempre muito questionada, a prescrição de medicamentos pelo enfermeiro é reconhecida legalmente não só pela Lei do Exercício Profissional, mas também por portarias ministeriais e pela Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, conforme vemos a seguir. A Lei n° 7.498, de 25 de julho de 1986 (que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem), apresenta de forma clara que “o Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem cabendo-lhe” (art. 11): privativamente (inc.I) a “consulta de enfermagem” (alínea”i”). E “como integrante da equipe de saúde” (inc. II): a “prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde” (alínea “c”). Diante da necessidade de não interromper as ações normatizadas dos programas de saúde, destinados principalmente ao pré-natal, diabetes mellitus, tuberculose, DST e outros, e com base na portaria nº 1.625, de 10 de julho de 2007, do Ministério da Saúde, a SEMSA em sua Portaria nº 365/2007-GABIN/SEMSA resolve oficializar as ações destinadas não só aos profissionais médicos, mas também aos enfermeiros no atendimento da Atenção Primária, respaldada em consenso entre os respectivos conselhos de classe. Desta forma apresenta como atribuições do enfermeiro, além da realização de assistência integral aos indivíduos, a realização de consulta de enfermagem, a solicitação de exames complementares e a prescrição de medicamentos, desde que observadas as disposições legais, protocolos e/ou normas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pelos gestores das esferas estaduais, municipais ou distrito federal. Vale ressaltar outro documento que também apresenta essa atribuição do enfermeiro que é a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, do Ministério da Saúde, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para sua organização, para a Estratégia Saúde da Família (ESF). No capitulo II da RDC nº 20 de 05 de maio de 2011 (que estabelece as normas quanto à prescrição e controle de substâncias antimicrobianas) está previsto que a prescrição desses medicamentos deverá ser realizada por profissionais legalmente habilitados. Logo, a ANVISA orienta, conforme a Lei nº 7498/86, que os enfermeiros devidamente habilitados poderão prescrever os medicamentos antimicrobianos quando estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde, porém, a prescrição não poderá ser realizada no setor privado. Sendo assim, a prescrição de medicamentos pelo enfermeiro, desde que realizado com responsabilidade e capacitação, tem bases legais e contribui significativamente com a redução dos agravos em saúde, não só no município de Manaus, mas também por todo o país. DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, adota a seguinte definição para dispensação: “ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não”. Porém a dispensação, sob o ponto de vista técnico, não se restringe apenas ao ato de entregar o medicamento, ela vai além do fornecimento do produto. Em 1998, a PNM promove outra visão relacionada a esta prática. A dispensação é uma das atividades da assistência farmacêutica e é privativa do farmacêutico: “Dispensação é o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado.” Neste ato o farmacêutico informa e orienta o usuário sobre o uso adequado do medicamento: a que horas e como tomar o medicamento, horário da tomada do medicamento em relação ao horário das refeições, tratamentos não medicamentosos, cuidados gerais; advertências quanto à dose máxima diária, a possíveis interações com outros medicamentos, com álcool, com alimentos, quanto ao risco de suspender o medicamento; orientações sobre o efeito do medicamento (objetivo do uso, início do efeito, o porquê da duração do tratamento); orientações sobre efeitos adversos (quais esperar, quanto tempo duram, como controlá-los, o que fazer se ocorrerem). Semelhante à PNM, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que para se promover o uso racional de medicamentos é necessário que a dispensação seja efetuada em condições adequadas, com orientação e responsabilidade, a fim de que a terapêutica seja efetiva e segura. DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS NA SEMSA Os medicamentos constantes na REMUME serão fornecidos aos usuários gratuitamente. Em relação à dispensação de medicamentos, as receitas somente serão atendidas se estiverem prescritas de acordo com aspectos legais e técnicos, contendo as seguintes informações: a) Identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma farmacêutica e quantidade; b) Modo de usar ou posologia; c) Duração do tratamento; d) Data da emissão; e) Que estiver escrita por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais; f) Que contiver a assinatura do profissional, endereço do consultório ou residência ou instituição, e o número de inscrição no respectivo Conselho profissional; g) O receituário de medicamentos antimicrobianos e entorpecentes ou a estes equiparados e os demais sob regime de controle, de acordo com a sua classificação, obedecerão às disposições da legislação federal específica; h) Quando a dosagem do medicamento prescrito ultrapassar os limites farmacológicos ou a prescrição apresentar incompatibilidades o responsável técnico pelo estabelecimento solicitará confirmação expressa ao profissional que a prescreveu. PROCEDIMENTOS PARA DISPENSAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS De acordo com a RDC nº 20/2011, a receita deve ser prescrita em receituário simples, em duas vias e conter o nome completo, idade e sexo do paciente, com validade de 10 dias após a data de emissão. Desta forma, todos estes dados devem ser preenchidos pelo prescritor. A inclusão dos dados de idade e sexo na receita visa o aperfeiçoamento do monitoramento do perfil farmacoepidemiológico do uso destes medicamentos no país, a ser realizado por meio da escrituração destes dados no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados/SNGPC, conforme previsto nos Artigos 13 e 16 da RDC nº 20/2011. A RDC nº 20/2011 determina que a dispensação deva atender essencialmente ao que foi prescrito. Desta maneira, sempre que possível o farmacêutico deve dispensar a quantidade exatamente prescrita para o tratamento, podendo para tanto, utilizar-se de apresentação fracionável, conforme a RDC nº 80/2006 (medicamentos fracionados). Nos casos em que não for possível a dispensação da quantidade exata por motivos de inexistência, na farmácia, de apresentação farmacêutica com a quantidade adequada ao tratamento, a preferência deve ser dada à dispensação de quantidade superior mais próxima ao prescrito, de maneira a promover o tratamento completo ao paciente. A dispensação em quantidade superior deve ser realizada somente nos casos estritamente necessários, uma vez que este procedimento acarreta sobra de medicamentos para o paciente, elevando o risco de automedicação, bem como gerando consequências em relação ao descarte de medicamentos. O atendimento da prescrição em quantidade inferior ao prescrito acarreta a inefetividade do tratamento e certamente contribuirá para o aumento da resistência bacteriana ao medicamento e comprometimento da saúde do paciente. No caso de prescrições que contenham mais de um medicamento antimicrobiano diferente, fica permitida a dispensação de parte da receita, caso a farmácia/drogaria e com o aval do paciente/responsável não possua em seu estoque todos os diferentes medicamentos prescritos ou o paciente/responsável, por algum motivo, resolva não adquirir todos os medicamentos contidos na receita. Nestes casos, o primeiro atendimento deve ser atestado na parte da frente (anverso) de ambas as vias da receita, com a descrição somente do(s) medicamento(s) efetivamente dispensados. Com a primeira via em mãos, o paciente pode procurar outro estabelecimento para adquirir o(s) medicamento(s) restante(s), sendo que o farmacêutico ou o paciente deve fazer uma cópia da primeira via para sua retenção e atestar o novo atendimento em ambas as vias. O procedimento também é válido para os casos em que o paciente consegue obter apenas parte dos medicamentos no setor público e necessite adquirir o restante prescrito em farmácias/drogarias privadas. Em situações de tratamento prolongado a receita poderá ser utilizada para aquisições posteriores dentro de um período de 90 (noventa) dias a contar da data de sua emissão. Para isto, a receita deverá conter a indicação de uso contínuo, com a quantidade a ser utilizada para cada 30 (trinta) dias. Assim, cada dispensação deve ser realizada de modo que o medicamento seja suficiente para 30 dias de tratamento no mínimo, sendo também permitida a dispensação de todo medicamento em um único atendimento para uso por 90 dias. Caso queira adquirir a quantidade suficiente para um mês, o usuário poderá receber todos os medicamentos no mesmo estabelecimento ou em locais diferentes a cada mês. Caso todas as aquisições sejam realizadas no mesmo estabelecimento, o farmacêutico deve reter a segunda via da receita no primeiro atendimento e atestar cada dispensação mensal na parte da frente (anverso) de ambas as vias. Se o paciente optar por pegar seu medicamento em outra farmácia, a cada recebimento o farmacêutico deve conferir que a prescrição é para um tratamento prolongado (conforme art. 8º da RDC 20/2011) e que já houve um recebimento anterior. Deve então fazer uma cópia da via do paciente e atestar o novo atendimento no anverso de ambas as vias. SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO (SAE) E CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO (CTA) Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) são serviços de saúde que realizam ações de diagnóstico e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Nesses serviços, é possível realizar testes para HIV, sífilis e hepatites B e C. Todos os testes são realizados de acordo com a norma definida pelo Ministério da Saúde e com produtos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e por ela controlados. Ao procurar um CTA, o usuário desse serviço passa por uma sessão de aconselhamento individual. O aconselhamento é uma ação de prevenção que tem como objetivos oferecer apoio emocional ao usuário, esclarecer suas informações e dúvidas sobre DST e Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e, principalmente, ajudá-lo a avaliar os riscos que corre e as melhores maneiras que dispõe para prevenir-se. Este aconselhamento é realizado por profissionais capacitados, que podem ser assistente social, psicólogo, médico ou enfermeiro. Os serviços ambulatoriais em AIDS vinculados à SEMSA são serviços de saúde que realizam ações de assistência, prevenção e tratamento às pessoas portadoras do vírus HIV. O objetivo destes serviços é prestar um atendimento integral e de qualidade aos usuários, por meio de uma equipe de profissionais de saúde composta por médicos, psicólogos, odontólogos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais, educadores, entre outros. Algumas de suas atividades principais são: cuidados de enfermagem; orientação e apoio psicológico; atendimentos em infectologia, ginecológico, pediátrico e odontológico; controle e distribuição de antirretrovirais (ARV’s); orientações farmacêuticas, realização de exames de monitoramento; distribuição de insumos de prevenção; atividades educativas para adesão ao tratamento e para prevenção e controle de DST e AIDS. Depois da indicação do médico e com a receita em mãos, o usuário deve retirar os medicamentos em uma Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM). Geralmente, essa distribuição é feita nos próprios Serviços de Assistência Especializada (SAE), onde ocorrem as consultas. A dispensação dos ARV’s deve ser efetuada pelo farmacêutico, onde o usuário é orientado, através do serviço do serviço de Orientação Farmacêutica, considerando o uso racional de medicamentos que inclui: a. Escolha terapêutica adequada (é necessário o uso de terapêutica medicamentosa); b. Indicação apropriada, ou seja, a razão para prescrever deve estar baseada em evidências clínicas; c. Medicamento apropriado, considerando eficácia, segurança, conveniência para o paciente e custo; d. Dose, administração e duração do tratamento apropriado; e. Paciente apropriado, isto é, inexistência de contraindicação e mínima probabilidade de reações adversas; f. Dispensação correta, incluindo informação apropriada sobre os medicamentos prescritos; g. Adesão ao tratamento pelo paciente; h. Seguimento farmacoterapêutico dos efeitos desejados e de possíveis eventos adversos consequentes do tratamento; Os medicamentos disponíveis para o tratamento de pessoas que vivem com HIV e AIDS são aqueles constantes na lista C4 da Portaria 344/98. A prescrição deverá ser feita em receituário comum. Não há prazo de validade determinado, nem proibição de uso do receituário em várias unidades federativas, e não há quantidade determinada pela legislação. PARTE II – MONOGRAFIAS DOS MEDICAMENTOS DA REMUME Medicamento: ÁCIDO ACETILSALICÍLICO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 369-372). 1. Apresentação: Comprimidos 100 mg. 2. Indicações: Profilaxia e tratamento de doenças tromboembólicas. Prevenção de trombos em cirurgias cardíacas. Prevenção secundária de evento vascular encefálico transitório. Prevenção primária e secundária de cardiopatia isquêmica. Prevenção primária de cardiopatia isquêmica. Prevenção secundária de infarto agudo do miocárdio. Tratamento adjuvante em angina estável e instável. Tratamento de infarto agudo do miocárdio em associação com trombolítico. Terapia após angioplastia com e sem implantação de stent. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a ácido acetilsalicílico ou a antiinflamatórios não-esteróides. Crianças e adolescentes com menos de 16 anos (risco de síndrome de Reye). Tratamento de gota. Asma, rinite, pólipos nasais. Ulceração péptica prévia ou ativa. Hemofilia e outras doenças hemorrágicas. 4. Precauções: Em pacientes com asma, pólipos nasais e outras doenças alérgicas, hipertensão nãocontrolada, consumo exagerado de álcool, insuficiência renal (ver apêndice D) ou hepática (ver apêndice C). Evitar uso bebida alcoólica acima de 3 doses ao dia. Suspender se ocorrerem zumbidos ou perda de acuidade auditiva. Idosos são mais suscetíveis aos efeitos tóxicos dos salicilatos. Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco gestacional (FDA): D (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Profilaxia e tratamento de doença tromboembólica 100 - 200 mg, por via oral, uma vez ao dia. Prevenção de formação de trombo após cirurgia cardíaca 150 - 300 mg/dia, por via oral. Prevenção secundária de evento vascular encefálico transitório 150 - 300 mg, por via oral, em dose única diária, com início nas primeiras horas após o episódio e mantida por tempo indeterminado. Prevenção primária de cardiopatia isquêmica 50-100 mg, por via oral, por dia. Prevenção secundária de infarto agudo do miocárdio 75-300 mg por dia, por via oral, por tempo indeterminado. Terapia adjuvante em angina estável e instável Dose inicial de 150 a 300 mg, seguida de dose manutenção entre 75 e 150 mg por dia, por via oral. Terapia de infarto agudo do miocárdio em associação com trombolítico 200 mg, por via oral, em dose única, administrada precocemente após o diagnóstico, preferivelmente dispersada em água e engolida. A dose de manutenção é de 100 mg/dia. Terapia após angioplastia com inserção de stent coronariano 300 mg, por via oral, pelo menos 2 horas antes da inserção, e 150-300 mg/dia depois dela. 5.2. Crianças Prevenção de formação de trombo após cirurgia cardíaca Crianças de 1 mês a 12 anos: 3-5 mg/kg/dia, por via oral, uma vez ao dia; dose máxima 75 mg/dia. 5.3. Neonatos Prevenção de formação de trombo após cirurgia cardíaca 1-5 mg/kg, por via oral, uma vez ao dia; dose máxima: 75 mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início de efeito: 1 a 7,5 minutos (antiplaquetário). Pico de efeito: 1 a 2 horas. Meia-vida de eliminação: 15 a 20 minutos. Metabolismo: hepático. Excreção: renal. 7. Efeitos adversos: Geralmente são leves e infreqüentes em doses baixas. Indigestão, náuseas, vômitos, úlceras gastrintestinais e sangramento digestivo, anorexia. Sangramentos. Zumbido no ouvido (uso crônico). Complicações como trabalho de parto prolongado, aumento de hemorragia pós-parto e fechamento intra-uterino prematuro do ducto arterioso quando administrado próximo ao término da gravidez. Broncoespasmo, angioedema. reações de hipersensibilidade, síndrome de Reye (crianças). 8. Interações medicamentosas: Aumento de efeito de ácido acetilsalicílico: outros AINE, corticosteróides, trombolíticos, antagonistas dos canais de cálcio, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, anticoagulantes orais, heparinas, trombolíticos. Diminuição de efeito de ácido acetilsalicílico: furosemida. Ácido acetilsalicílico associado a metoclopramida é o tratamento de escolha para enxaqueca de intensidade moderada. Ácido acetilsalicílico aumenta efeito de ácido valpróico, furosemida, anticoagulantes orais, metotrexato, nitroglicerina, sulfoniluréias. Ácido acetilsalicílico pode diminuir a eficácia anti-hipertensiva de inibidores da ECA, diuréticos tiazídicos e betabloqueadores. Vacina contra varicela pode aumentar o risco de desenvolvimento de síndrome de Reye associado a uso de salicilatos. Proteção contra os efeitos gastrintestinais do ácido acetilsalicílico: antagonistas H2 e inibidores da bomba de prótons. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para ingerir os comprimidos com 250 mL de água e não deitar dentro de 15 a 30 minutos após a administração. Orientar para ingerir o medicamento com alimentos ou leite para evitar desconforto gastrintestinal. Reforçar a importância de evitar o uso de bebidas alcoólicas. Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito adverso: cólica estomacal, pirose, hematêmese, sangue nas fezes ou urina, rash ou prurido intenso, edema facial ou palpebral, dispnéia, sibilos, tontura ou sonolência, tinido. 10. Aspectos farmacêuticos: Após exposição à água ou umidade, o fármaco sofre hidrólise, resultando em salicilato e acetato, que possuem odor semelhante a vinagre. Não usar se odor forte estiver presente. Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC, em embalagens bem fechadas e protegidas de calor excessivo, umidade e luz direta. Medicamento: ÁCIDO FÓLICO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 372-373) 1. Apresentação: Comprimido 5 mg. Solução oral 5 mg/mL (Uso Restrito: MMT). 2. Indicações: Tratamento de anemia megaloblástica associada à deficiência de ácido fólico. Suplemento para prevenção de defeito do tubo neural na gravidez. Deficiência de folato devido à má nutrição, gravidez, uso de antiepilépticos ou má absorção. Prevenção de efeitos adversos induzidos pelo metotrexato em doença reumática. 3. Contraindicações: Anemia megaloblástica não diagnosticada ou outro estado de deficiência de vitamina B12, a não ser que seja associado a vitamina B12, para evitar precipitação de neuropatia (degeneração subaguda da coluna vertebral). Doença maligna dependente de folato. Hipersensibilidade ao ácido fólico. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Mulheres que recebem terapia anticonvulsivante (ácido fólico pode reduzir a ação do anticonvulsivante). Anemia perniciosa e deficiências de vitamina B12 (podem ser doses acima de 0,1 mg/dia), especialmente em idosos. mascaradas com Categoria de risco na gravidez (FDA): A. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Tratamento de anemia megaloblástica Até 1 mg, VO, a cada 24 horas, até resolução dos sintomas. Após normalização dos índices sanguíneos, dose de manutenção de 0,4 mg (0,8 mg para mulheres grávidas e lactantes), VO, a cada 24 horas. Prevenção de defeito fetal do tubo neural na gravidez Primeira ocorrência: 0,4 mg, VO, a cada 24 horas, de 4 semanas antes da concepção até as primeiras 12 semanas de gravidez. Recorrência: 4 a 5 mg, VO, a cada 24 horas, de 4 semanas antes da concepção até as primeiras 12 semanas de gravidez. Prevenção de efeitos adversos induzidos por metotrexato em doença reumática 5 mg, VO, uma vez por semana. 5.2. Crianças Tratamento de anemia megaloblástica Até 1 mg/dia, VO, a cada 24 horas, independente da idade, até resolução dos sintomas. Após normalização dos índices sanguíneos, dose de manutenção conforme faixa etária. Menores de 1 mês: 0,1 mg, VO, a cada 24 horas; de 1 mês a 4 anos: até 0,3 mg, VO, a cada 24 horas; maiores de 4 anos: 0,4 mg, VO, a cada 24 horas. 5.3. Crianças de 2 a 18 anos Prevenção de efeitos adversos induzidos pelo metotrexato em doença reumática 1 mg, VO, a cada 24 horas, ou 5 mg, VO, uma ou duas vezes por semana. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Metabólito ativo: plasmáticas). Eliminação renal quase completamente sob a forma de metabólitos. Removido por hemodiálise, mas não significativamente nos pacientes bem nutridos. 5-metiltetraidrofolato (liga-se extensamente a proteínas 7. Efeitos adversos: Reação alérgica, incluindo broncoespasmo, eritema, febre, mal-estar geral, exantema ou prurido (incidência rara). Náusea, distensão abdominal, desconforto, flatulência, sabor amargo na boca (doses altas). Distúrbios do sono, confusão, irritabilidade, agitação, dificuldade de concentração, depressão (doses altas). 8. Interações medicamentosas: Fenitoína pode ter suas concentrações reduzidas, com possível redução dos efeitos. Monitorar concentração de fenitoína e ajustar dose, se necessário. 9. Orientações aos pacientes: Ensinar que são fontes alimentares principais de ácido fólico: vegetais verdes, cereais, frutas e fígado. Alertar que o aquecimento destrói o ácido fólico dos alimentos (50% a 90%). Orientar para notificar em caso de aparecimento de manifestações neurológicas, gastrintestinais e alérgicas. Alertar para usar a dose esquecida o mais breve possível. Se estiver perto da hora regular, ingerir a dose normal e ignorar a dose esquecida. Alertar para não usar duas doses ao mesmo tempo. 10. Aspectos farmacêuticos Manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Não congelar. Medicamento: ALBENDAZOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 375-377) 1. Apresentação: Comprimido mastigável 400 mg. Suspensão Oral 40 mg/mL. 2. Indicações: Infestações helmínticas por nematódios (causadas por Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Toxocara canis, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis, Enterobius vermicularis, Trichinella spiralis, Wuchereria bancrofti). Infestações helmínticas por cestódios causadas por Echinococcus granulosus (cisto hidático), Taenia saginata, Taenia solium (neurocisticercose). 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco. 4. Precauções: Pacientes tratados para neurocisticercose devem receber terapia prévia por vários dias com corticosteróides para evitar as reações inflamatórias decorrentes da morte dos cisticercos cerebrais. Avaliação de risco-benefício é necessária, pois corticosteróides aumentam o risco de lesões na retina induzido por albendazol. Monitorar função hepática e toxicidade medular em tratamentos prolongados. Insuficiência hepática (ver apêndice C). Em crianças com menos de 2 anos, a segurança não está claramente definida, mas seu uso é permitido em doses mais baixas. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos e crianças acima de 2 anos. Infecções gastrintestinais por triquiuríase, estrongiloidíase) nematódios (ascaridíase, necaturose, enterobíase, Dar 400 mg, por via oral, em dose única; o tratamento pode ser repetido após 3 semanas, principalmente em enterobíase. Infecções por cestódios Equinococose cística (E. granulosus) Mais de 60 kg: 400 mg, por via oral, duas vezes ao dia, por 1 a 6 meses. Menos de 60 kg: 15 mg/kg/dia, por via oral, divididos em duas doses, por 1 a 6 meses; dose máxima: 800 mg/dia. Equinococose alveolar (E. multilocularis) Mesmo esquema posológico anterior, mas o fármaco é marginalmente eficaz, sendo a intervenção cirúrgica usualmente necessária. Neurocisticercose (T. solium) Mais de 60 kg: 400 mg, por via oral, 2 vezes ao dia, por 8 a 30 dias. Menos de 60 kg: 15 mg/kg/dia, por via oral, divididos em duas doses diárias, por 8 a 30 dias; dose máxima: 800 mg/dia. O curso de terapia pode ser repetido, se necessário. Teníase (T. saginata) Dar 400 mg/dia, por via oral, durante 3 dias. 5.2. Crianças menores de 2 anos. Infecções gastrintestinais por triquiuríase, estrongiloidíase) nematódios (ascaridíase, necaturose, enterobíase, Dar 200 mg, por via oral, em dose única; o tratamento pode ser repetido após 3 semanas, principalmente em enterobíase. Infecções por cestódios Equinococose cística (E. granulosus) Dar 7,5 mg/kg, por via oral, duas vezes ao dia; máximo de 400 mg/dia. Teníases (Taenia saginata e T. solium) Dar 200 mg, por via oral, uma vez ao dia, durante 3 dias. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: A absorção pode ser aumentada com alimentação rica em gorduras. Pico de concentração sérica: 2 a 4 horas. Meia-vida: 4 a 15 horas. Metabolismo: fígado (metabólito ativo na forma de sulfóxido). Excreção: renal (metabólitos inativos). 7. Efeitos adversos: Dor epigástrica, diarréia, náusea, vômitos. Cefaléia, tontura (leves e transitórios em terapia de curto prazo). Erupções cutâneas, prurido, urticária, edema, alopecia. Aumento dos níveis séricos das transaminases, icterícia (rara), colestase. Fadiga, febre. Leucopenia, trombocitopenia (em tratamentos prolongados). 8. Interações medicamentosas: Corticosteróides e praziquantel em uso concomitante aumentam os níveis plasmáticos do albendazol. Cimetidina aumenta a biodisponibilidade de albendazol. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para ingerir durante as refeições para aumentar a absorção do fármaco. Alertar para não ingerir as duas doses ao mesmo tempo. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar os comprimidos em local seco, ao abrigo de luz e calor. Medicamento: ALENDRONATO DE SÓDIO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 380-382) 1. Apresentação: Comprimidos 10 mg Comprimidos 70 mg 2. Indicações: Tratamento da osteoporose. 3. Contraindicações: Anormalidades esofágicas e outros fatores que retardam o esvaziamento esofágico. Hipersensibilidade ao alendronato ou a qualquer componente da formula. Hipocalcemia. Incapacidade de ficar em pé ou sentado de forma ereta por 30 minutos. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Alterações gastrintestinais. ▪ Insuficiência renal (ver apêndice D). ▪ Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): C. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Tratamento da osteoporose masculina e osteoporose pós-menopausa 70mg, por via oral, a cada 7 dias. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: pouco absorvido via oral. A presença de cálcio e outros cátions polivalentes reduz significativamente a absorção de alendronato. Biodisponiblididade: 0,7% biodisponibilidade em 40%. Pico de resposta: 6 a 12 meses, em tratamento de mulheres pós-menopausa Tempo para pico plasmático: 1 hora Metabolismo: o alendronato não é metabolizado Excreção: renal 50%. A depuração renal e reduzida significativamente em pacientes com disfunção renal Meia-vida de eliminação: 1,9 horas (ossos: ate 10 anos). (mulheres) 0,59% (homens). Alimento reduz a 7. Efeitos adversos: Incidência acima de 10%: ▪ Hipocalcemia (transitória, leve); hipofosfatemia (transitória, leve) Incidência entre 1% e 10%: ▪ Cefaléia. ▪ Dor abdominal, refluxo ácido, refluxo gastroesofágico; dispepsia; náusea, flatulência; diarréia, obstipação, úlcera esofágica; úlcera gástrica; distensão abdominal; gastrite; vômito; disfagia. ▪ Dor musculoesqueletica; cãimbra muscular. Incidência abaixo de 1% ▪ Reações de hipersensibilidade, incluindo angioedema, eritema, prurido, exantema. ▪ Erosão esofágica com sangramento, úlcera, duodenal, perfuração esofágica, estreitamento esofágico, esofagite. ▪ Febre. ▪ Síndrome tipo influenza. ▪ Hipocalcemia (sintomática). ▪ Mialgia. ▪ Osteonecrose de mandíbula. ▪ Edema periférico. ▪ Dor óssea, muscular e articular. 8. Orientações aos pacientes: Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com um copo cheio de água, não menos do que 60 mL, com o estômago vazio pelo menos 30 minutos antes do café da manhã ou de ingerir outro medicamento; o paciente deve ficar sentado de forma ereta ou ficar em pé por pelo menos 30 minutos após ingerir o medicamento. Evitar o uso de água mineral, pois pode conter grande quantidade de cálcio. Se ocorrerem reações esofágicas graves o tratamento deve ser interrompido; procurar o médico se houver sintomas de irritação esofágica nova ou piora na azia, dor ao engolir ou dor retroesternal. Consultar o dentista antes de iniciar tratamento com bifosfonatos. 9. Aspectos farmacêuticos Conservar sob temperatura ambiente (15 a 30ºC) em frasco hermeticamente fechado. Medicamento: AMITRIPTILINA, CLORIDRATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 512-515) 1. Apresentação: Comprimido 25 mg. 2. Indicações: Transtornos e episódios de depressão maior, particularmente quando sedação é necessária. Profilaxia de enxaqueca (tratamento intercrises). 3. Contraindicações: Infarto do miocárdio recente, arritmias cardíacas. Insuficiência hepática grave (ver apêndice C). Fase de maníaca do transtorno bipolar. Porfiria. Hipersensibilidade ao fármaco ou a outros antidepressivos tricíclicos. Uso de inibidores da monoamina oxidase (IMAO) nos últimos 15 dias (a troca de um IMAO por tricíclico ou vice-versa deve guardar o intervalo mínimo de 15 dias. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Menores de 12 anos. ▪ Lactação (ver apêndice B). ▪ Cardiopatia, retenção urinaria, insuficiência hepática (ver apêndice C), insuficiência renal crônica (ver apêndice D), epilepsia, hipertrofia prostática, hipertireoidismo, glaucoma de angulo fechado, diabete melito, historia de hipertensão intraocular, ideação suicida, sintomas de paranóia, transtorno bipolar, esquizofrenia ou distúrbios cognitivos. ▪ Idosos (reduzir doses). ▪ Suspensão do tratamento (deve ser gradual). ▪ Eletrochoque concomitante (pode aumentar os riscos da terapia com eletrochoque). ▪ Feocromocitoma. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). Perigo ao dirigir ou realizar outras tarefas que exijam atenção e coordenação motora. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adolescentes Depressão De 25 a 50 mg/dia, por via oral, ao deitar ou fracionados em duas doses; aumento gradual até 100 mg/dia. 5.2. Adultos Depressão Dar 25 mg, por via oral, uma vez à noite; a dose pode ser aumentada gradualmente até 75 mg. Incrementos semanais subsequentes de 50 mg até doses terapêuticas médias entre 150 a 300 mg. Em geral após 4 a 6 semanas de tratamento, os pacientes se tornam assintomáticos. As doses de resposta devem ser mantidas por 3 a 4 meses, com redução gradual à metade. O tratamento deve ser feito durante 6 a 12 meses, para evitar recidivas. Na retirada gradual, diminui-se a dose em 25 mg a cada 2 ou 3 dias. Se os sintomas reaparecem, retomam-se os níveis iniciais. Profilaxia de enxaqueca De 10 a 25 mg, por via oral, ao deitar; dose usual: 75 mg por dia, durante 6 a 12 meses. 5.3. Idosos Depressão De 10 a 25 mg, por via oral, ao deitar; se bem tolerada, a dose pode ser aumentada em 25 mg a cada semana; dose média: 25 a 150 mg/dia. Dose de 10 mg três vezes por dia e 20 mg ao deitar, como início do esquema de administração. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Período de latência: usualmente pode levar 2 a 3 semanas para o início da resposta terapêutica. ▪ Pico sérico em torno de 4 horas. Deve ser dado ao deitar (efeito sedativo máximo durante o sono). ▪ Meia-vida: 9 a 26 horas. ▪ Distribuição: atravessa a placenta e se excreta no leite materno. ▪ Metabolismo exclusivamente hepático, gerando o metabolito ativo nortriptilina. Eliminação renal (18% em forma ativa) e fecal (pequena proporção). 7. Efeitos adversos: Hipotensão ortostática (que pode levar a quedas em idosos), lipotímia, distúrbios na repolarização ventricular, transtornos de condução cardíaca, taquicardia, alterações eletrocardiográficas, hipertensão. Enfarte agudo do miocárdio. Sedação, tontura, insônia, hipomnésia, fadiga, ansiedade, tremores finos de extremidades, disartria, incoordenação motora, desorientação, visão turva, diminuição do limiar convulsivo, sintomas extrapiramidais, sudorese. Secura na boca, estomatite, gosto amargo, aumento do apetite, anorexia, dispepsia, diminuição da função hepática, diarreia, obstipação, náusea, vômito. Retenção urinária, especialmente em idosos com hipertrofia prostática. Efeitos anticolinérgicos: xerostomia, midríase, cicloplegia, retenção urinária, diminuição da motilidade gastrintestinal, taquicardia, aumento da pressão intraocular Distúrbios comportamentais (especialmente em crianças), confusão, alucinações ou delírio (sobretudo em idosos), cefaleia. Os transtornos confusionais podem ser acompanhados de ansiedade, alteração no sono, tendências suicidas. Leucopenia, agranulocitose, eosinofilia, trombocitopenia, púrpura. Urticária, angiedema, fotossensibilidade. Ganho ou perda de peso, ginecomastia, galactorreia, aumento testicular, alterações dos níveis glicêmicos e diminuição da libido. Em dose excessiva aguda ocorrem hipotermia, agitação, confusão, delírio, alucinações, convulsões, hipotensão, taquicardia, acidose metabólica, depressão respiratória e cardíaca, coma e eventualmente morte. 8. Interações medicamentosas: Álcool e outros depressores do sistema nervoso central, anticoagulantes cumarínicos, fármacos com efeitos anticolinérgicos (anti-histamínicos H1, antiparkinsonianos e neurolépticos): podem ter seus efeitos intensificados. Em pacientes recebendo anticoagulante oral, o tempo de protrombina deve ser cuidadosamente avaliado e ajustes da dose do anticoagulante podem ser necessárias. ▪ Amiodarona, aprindina, azimilida, bepridil, cinacalcete, cisaprida, disopiramida, dofetilida, dolasetrona, droperidol, espiramicina, fenitoína, fenotiazinas, fluconazol, haloperidol, hidrato de cloral, ibutilida, lidoflazina, mesoridazina, octreotida, pentamidina, pimozida, proclorperazina, sulfametoxazol, tioridazina, trimetoprima, vasopressina, venlafaxina, zolmitriptana: pode levar a aumento da toxicidade da amitriptilina. Acompanhar a concentração plasmática, sinais e sintomas de toxicidade do antidepressivo; ajustes da dose da amitriptilina podem ser necessários. ▪ Amprenavir, antidepressivos, bloqueadores seletivos da recaptação de serotonina, antipsicóticos, cimetidina, contraceptivos orais, dissulfiram, fenfluramina, fosamprenavir, topiramato: aumento de efeito do antidepressivo. Acompanhar a concentração plasmática, sinais e sintomas de toxicidade do antidepressivo; ajustes da dose da amitriptilina podem ser necessários. ▪ Anestésicos gerais, anfetaminas, antiarrítmicos, antibióticos macrolídeos e quinolonas, anti-histamínicos, antimaláricos, bloqueadores adrenérgicos: aumento da toxicidade da amitriptilina. Avaliar a concentração plasmática, sinais e sintomas de toxicidade do antidepressivo; ajustes da dose da amitriptilina podem ser necessários. ▪ Barbitúricos, carbamazepina, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), fenitoína, hidrato de cloral, nicotina (tabaco), rifapentina: diminuição de efeito do antidepressivo. ▪ Carbamazepina e rifapentina: diminuição de efeito da amitriptilina. Verificar as concentrações plasmáticas da amitriptilina; ajustes de dose podem ser necessários. ▪ Clonidina, betanidina, guanadrel, guanfacina: podem ter seus efeitos diminuídos. Acompanhar a pressão arterial para possível ajuste de dose dos anti-hipertensivos. ▪ Diazepam: uso concomitante pode levar ao desenvolvimento de deficiências psicomotoras. ▪ Inibidores da MAO, linezolida: a associação pode levar a neurotoxicidade, convulsões, ou síndrome serotoninérgica (hipertensão, hipertermia, mioclônus, alterações do estado mental). ▪ Procarbazina: associação com procarbazina pode levar a neurotoxicidade e convulsões. Simpaticomiméticos: o uso concomitante com amitriptilina pode levar a hipertensão, arritmia cardíaca e taquicardia. A vasoconstrição proveniente de fármacos alfaadrenérgicos e de outros simpaticomiméticos e substancialmente reforçada com a presença de antidepressivos tricíclicos. Se estes fármacos são utilizados em associação, um acompanhamento atento e uma redução da dose dos simpaticomiméticos são necessários. 9. Orientações aos pacientes: Não fazer uso de bebidas alcoólicas. Não suspender o uso de maneira repentina. Alertar para tempo de latência para início da resposta terapêutica. Orientar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. Orientar para mudança na freqüência cardíaca e a levantar-se mais lentamente para evitar hipotensão ortostática. Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se estiver perto do horário da próxima dose, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no horário. Nunca usar duas doses juntas. Caso tome o medicamento antes de deitar, se esquecer não use o medicamento pela manha e espere até a próxima noite. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar entre 15 e 30°C, em recipientes bem fechados e ao abrigo da luz. ATENÇÃO: os efeitos terapêuticos podem demorar até 15 dias para se manifestar. Acompanhamento contínuo de pressão arterial e frequência cardíaca nas semanas iniciais. Medicamento: AMOXICILINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 389-391) 1. Apresentação: Cápsula de 500 mg. Pó para suspensão oral 50 mg/mL. 2. Indicações: Tratamento de infecções causadas por microorganismos sensíveis no trato urinário e trato respiratório superior, incluindo bronquite, pneumonia, otite média, abscessos dentais e outras infecções orais, osteomielites, doença de Lyme, profilaxia pósesplenotomia, infecções ginecológicas, antraz, infecções não graves por Haemophilus influenzae e salmonelose invasiva. Profilaxia de endocardite bacteriana. Erradicação de Helicobacter pylori (esquema com claritromicina). 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a amoxicilina ou a outras penicilinas. 4. Precauções: Obtenção de história prévia de alergia às penicilinas é a abordagem prática para prevenir novas reações. Hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas (menos de 10%): não utilizar cefalosporinas em pacientes com reações de hipersensibilidade imediata às penicilinas. Em pacientes com mononucleose infecciosa, leucemia linfocítica, infecção por citomegalovírus ou portadores de HIV, há risco elevado de exantema eritematoso. Cautela com uso de altas doses de amoxicilina (manter hidratação adequada para reduzir risco de cristalúria). Insuficiência renal (ver apêndice D). Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Infecções causadas por microorganismos sensíveis 250 a 500 mg, VO, a cada 8 ou 12 horas. A dose e a duração do tratamento dependem do local e gravidade da infecção. Profilaxia de endocardite bacteriana 2 g, VO, em dose única, de 30 minutos a 1 hora antes de procedimento em que haja sangramento. Erradicação de Helicobacter pylori 1 g, VO, a cada 12 horas, associado com claritromicina 500 mg e omeprazol 20 mg, ambos VO, a cada 12 horas, durante 7 a 14 dias. 5.2. Crianças Infecções causadas por microorganismos sensíveis 20 a 90 mg/kg, dividido a cada 8 ou 12 horas. A dose e a duração do tratamento dependem do local e gravidade da infecção. Profilaxia de endocardite bacteriana 50 mg/kg, VO, em dose única, 30 minutos a 1 hora antes de procedimento em que haja sangramento. Dose máxima: 2 g. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção não é influenciada pela presença de alimentos. Pico da concentração plasmática: 1 a 2 horas. Meia-vida de eliminação: 1 a 2 horas (3,7 horas em neonatos; prolongada também em idosos e em pacientes com insuficiência renal). Excreção: renal (60 % em forma inalterada). Concentrações após injeção intramuscular são semelhantes àquelas alcançadas com administração oral. Dialisável. 7. Efeitos adversos: Reações de hipersensibilidade incluindo urticária, febre, dor nas articulações, exantema, angioedema, anafilaxia, doença do soro, anemia hemolítica e nefrite intersticial. Diarreia, náusea, vômito. Colite pseudomembranosa (raramente) por Clostridium difficile. 8. Interações medicamentosas: Contraceptivos: estrógenos podem ter sua efetividade reduzida. Utilizar método adicional para prevenir gravidez Metotrexato: aumento da toxicidade do metotrexato. Evitar o uso simultâneo, mas se o mesmo for necessário, diminuir a dose de metotrexato e monitorar sua concentração sérica. Monitorar o paciente quanto ao aumento dos efeitos adversos do metotrexato, incluindo leucopenia, trombocitopenia e ulceração cutânea. Probenecida: aumenta concentração plasmática e prolonga o efeito de amoxicilina. Útil quando é necessário elevada concentração plasmática e tecidual do antibiótico. Varfarina: pode resultar em risco aumentado de sangramento. Determinar tempo de protrombina basal antes de iniciar o tratamento com amoxicilina e continuar monitorando durante o tratamento. 9. Orientações aos pacientes: Orientar que não há restrições quanto ao uso com alimentos nem em jejum. Orientar para a necessária agitação do frasco da suspensão oral antes de cada administração. Alertar para não interromper o uso antes do final do tratamento, mesmo quando houver melhora dos sintomas após a primeira dose. Orientar para comunicar o aparecimento tardio de exantema com sintomas de febre, fadiga e dor de garganta. Orientar que este medicamento pode causar náusea, vômito, diarreia e exantema. Alertar para empregar método alternativo ou adicional para evitar a gravidez se estiver em uso de contraceptivos orais. 10. Aspectos farmacêuticos Cada grama de amoxicilina sódica contém 2,6 mmol de sódio. Armazenar cápsulas sob temperatura inferior a 20 ºC. Armazenar o pó para suspensão oral (antes da reconstituição) sob temperatura de até 25 ºC. Proteger de calor, umidade e luz direta. Após reconstituição, a suspensão deve ser preferencialmente mantida sob refrigeração (entre 2 a 8 ºC), mas também é estável à temperatura ambiente. Descartar 14 dias após a reconstituição. Medicamento: ANLODIPINO, BESILATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 424-426) 1. Apresentação: Comprimidos 5 mg. 2. Indicações: Angina estável. Hipertensão arterial sistêmica. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a anlodipino. Choque cardiogênico. Angina instável. Estenose aórtica significante. 4. Precauções: Deve ser usado com cuidado em pacientes com falência cardíaca compensada, insuficiências hepática e renal, disfunção ventricular esquerda grave, cardiomiopatia hipertrófica, edema, aumento de pressão intracraniana. Idosos são mais suscetíveis a constipação intestinal e hipotensão. Pode causar hipersensibilidade cruzada com outros bloqueadores de canal de cálcio. Pode causar hipotensão no início da terapia ou após aumento de dose. Monitorar quanto ao aparecimento de reações dermatológicas progressivas e persistentes, dor no peito, urina escurecida, alterações no batimento cardíaco, pés e tornozelos inchados, pele e olhos amarelados, fraqueza e cansaço incomuns. Lactação. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Hipertensão arterial sistêmica Dose inicial de 5 mg, por via oral, a cada 24 horas, podendo aumentar para 10 mg, por via oral, a cada 24 horas, na fase de manutenção. Angina estável 5 a 10 mg, por via oral, a cada 24 horas. 5.2. Idosos Hipertensão arterial sistêmica Dose inicial de 2,5 mg, por via oral, a cada 24 horas. Angina estável 5 mg, por via oral, a cada 24 horas. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início de efeito: 30 a 50 minutos. Pico de concentração: 6 a 12 horas. Duração: 24 horas. Meia-vida: 30 a 50 horas, podendo durar até 56 horas na insuficiência hepática e 58 horas em pacientes idosos. Metabolismo: hepático (90%); metabólitos inativos; extenso metabolismo de primeira passagem. Excreção: renal (70%) e fecal (10%). Não é removido por diálise. 7. Efeitos adversos: Edema periférico (2 a 15%), palpitações (1 a 4%), rubor (1 a 3%). Dor de cabeça (7%), tontura (1 a 3%), fadiga (4%), sonolência (1 a 2%) parestesias (1 a 2%). Dor abdominal (1 a 2%), náusea (3%), dispepsia (1 a 2%). Hiperplasia gengival. Dispnéia. Cãibras, (1 a 2%). Disfunção erétil (1 a 2%). 8. Interações medicamentosas: Pode haver aumento de efeito de anlodipino por: antifúngicos azólicos, ciprofloxacino, macrolídeos, doxiciclina, diclofenaco, isoniazida, propofol, quinidina, verapamil, sildenafila. Pode ocorrer diminuição de efeito de anlodipino pelo uso concomitante de: cálcio, fenitoína, carbamazepina, fenobarbital, rifamicina, nevirapina. Anlodipino aumenta a concentração plasmática de: aminofilina, fluvoxamina, mirtazapina, teofilina, trifluoperazina, ciclosporina. Atazanavir e droperidol aumentam o risco de cardiotoxicidade (intervalo QT prolongado, torsades de pointes, parada cardíaca). Uso concomitante com amiodarona: pode resultar em bradicardia, bloqueio atrioventricular e/ou parada cardíaca. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito adverso. Evitar dirigir veículos automotores, operar máquinas ou realizar qualquer tarefa que exija atenção. Orientar para adoção de boa higiene oral e visitar freqüentemente o dentista para prevenir sangramentos, hipersensibilidade e inflamação na gengiva. Orientar que pode ser tomado com ou sem alimentos. 10. Aspectos farmacêuticos: Deve ser mantido ao abrigo de luz e umidade e à temperatura ambiente, de 15 a 25 ºC. Os comprimidos fabricados por laboratórios diferentes podem conter diversos sais (ex. besilato de anlodipino, maleato de anlodipino, mesilato de anlodipino) que são intercambiáveis. Medicamento: ATENOLOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 411-413) 1. Apresentação: Comprimidos 50 mg. 2. Indicações: Arritmias cardíacas. Cardiopatia isquêmica. Hipertensão arterial sistêmica. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao atenolol. Choque cardiogênico. Bradicardia sinusal grave. Insuficiência cardíaca congestiva descompensada. Bloqueio atrioventricular de 2º e 3º graus. Asma brônquica ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Acidose metabólica. 4. Precauções: Usar com cuidado em pacientes em uso de anestésicos que diminuam a função do miocárdio. Não suspender o fármaco abruptamente, mas gradualmente, no decurso de 1 a 2 semanas. Deve ser utilizado com cautela em pacientes com história de doença broncoespástica, diabetes melito (pode mascarar os sintomas de hipoglicemia), hipertireoidismo, doença vascular periférica. Insuficiência renal (ver apêndice D). O uso de beta bloqueadores durante a gravidez pode prejudicar o crescimento intraútero do feto e causar bradicardia neonatal. Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A). Lactação (ver apêndice B). Encontrado em quantidades insignificantes no leite materno. O risco em lactentes, no entanto, não é conhecido. Recomenda-se monitorar o lactente. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Arritmias 50 mg, 1 a 2 vezes ao dia, ou 100 mg/dia, em dose única. Cardiopatia isquêmica 50 mg, 1 a 2 vezes ao dia, ou 100 mg/dia, em dose única (angina). Antes de decorridas 12 horas, 5 mg por injeção intravenosa, seguida por 50 mg, via oral após 15 minutos e 50 mg, via oral, após 12 horas; após 100 mg/dia por via oral (infarto do miocárdio). Hipertensão arterial sistêmica 25 a 50 mg/dia, por via oral, em dose única. Ajuste de dose em insuficiência renal e diálise DCE de 15 a 35 mL/minutos: máximo de 50 mg/dia. DCE menor que 15 mL/minutos: máximo de 25 mg/dia. Hemodiálise: administrar a dose após a diálise; se não for possível, administrar dose adicional de 25 a 50 mg. 5.2. Idosos Hipertensão arterial sistêmica Não recomendado para pacientes com mais de 60 anos e aqueles com intervalo QT longo. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: A presença de alimento diminui a biodisponibilidade do atenolol. Pico de concentração: 2 a 4 horas. Início da ação: 3 horas. Duração da ação: 24 horas. Meia-vida: 6 a 7 horas. 7. Efeitos adversos: Bradicardia, extremidades frias, hipotensão (4%). Diarréia (3%), náusea (3%). Tontura (13%), fadiga (26%), insônia, depressão. Insuficiência cardíaca. 8. Interações medicamentosas: Causam aumento do efeito hipotensor e bradicardizante: bloqueadores de canal de cálcio diidropiridínicos, bloqueadores alfa-1 adrenérgicos, ciprofloxacino, contraceptivos orais, diltiazem, felodipino, fenoldopam, flunarizina, inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), nicardipino, quinidina, verapamil. Clonidina: crise hipertensiva na suspensão da clonidina devido ao efeito antiadrenérgico. Metildopa: pode resultar resposta hipertensiva exagerada, ou arritmias durante estresse psicológico ou exposição a catecolaminas exógenas. Fentanila: pode resultar em hipotensão grave. Amiodarona: pode resultar em hipotensão, bradicardia, ou parada cardíaca. Agonistas beta-2 adrenérgicos: diminuição da efetividade tanto do atenolol quanto do agonista beta-2 adrenérgico devido ao antagonismo farmacológico. Agentes hipoglicemiantes: podem mascarar os sintomas de hipoglicemia. Digoxina: pode resultar em bloqueio atrioventricular e aumento do risco de toxicidade da digoxina. Fenotiazinas: hipotensão e toxicidade à fenotiazina. Tiamazol (metimazol): diminui a depuração do atenolol. Varfarina: pode aumentar o tempo de protrombina e INR. Suco de laranja: pode diminuir significativamente a absorção gastrintestinal do atenolol. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito adverso. Orientar para ingerir de estômago vazio porque a presença de alimento diminui sua absorção. Alertar para não ingerir juntamente a suplementos de cálcio, antiácidos e suco de laranja. 10. Aspectos farmacêuticos Deve ser mantido ao abrigo de luz e umidade e à temperatura de 20 a 25 ºC. Medicamento: ATROPINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 976-978) 1. Apresentação: 2. 3. 4. Solução injetável 0,25 mg/mL. Indicações: Adjuvante em anestesia geral. Antídoto em intoxicações exógenas por organofosforados (reversão de efeitos muscarínicos). Contraindicações: Crianças com histórico de reação sistêmica grave com o uso oftálmico de atropina. Glaucoma de ângulo fechado. Hipersensibilidade ao fármaco. Estenose pilórica ou hipertrofia prostática. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Íleo paralítico, colite ulcerativa, colostomia ou ileostomia, doenças pulmonar, renal, hepática e do trato biliar. Diarreia, hipertireoidismo ou hipertensão. Crianças, idosos ou enfraquecidos. Lactação. 5. Evitar na vigência de febre, desidratação, taquicardia e tirotoxicose. Evitar em pacientes com miastenia grave e neuropatia autonômica. Mesmo doses inferiores a 0,1 mg em crianças, e 0,5 mg em adultos, ou a administração lenta podem associar-se a bradicardia paradoxal. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). Esquemas de administração: 5.1. Adultos Pré-medicação anestésica 0,3 a 0,6 mg, por via IM ou SC, 30 a 60 minutos antes da indução da anestesia. 0,3 a 0,6 mg, por via IV, imediatamente antes da indução da anestesia. Profilaxia e correção de bradicardia no ato cirúrgico 0,3 a 0,6 mg, por via IV, repetida a cada 5 minutos até a dose máxima total de 3 mg. Intoxicação por organofosforados 2 mg, por via IV ou IM, repetida por duas vezes a cada 10 minutos, se necessário. Não administrar mais de 3 doses. A via de administração depende da gravidade da intoxicação. 5.2. Crianças Pré-medicação anestésica 0,02 mg/kg, por via IM ou SC, 30 a 60 minutos antes da indução da anestesia. Dose máxima: 0,6 mg. 0,02 mg/kg, por via IV, imediatamente antes da indução da anestesia. Dose máxima: 0,6 mg. Profilaxia e correção de bradicardia no ato cirúrgico 0,02 mg/kg, por via IV, com dose mínima de 0,1 mg e dose máxima de 0,5 mg em crianças e 1 mg em adolescentes, repetida a cada 5 minutos até uma dose máxima total de 1 mg em crianças e 2 mg em adolescentes. Intoxicação por organofosforados 6. 7. 8. 0,02 a 0,05 mg/kg, por via IV ou IM, a cada 5 a 10 minutos até que se obtenha o efeito atropínico (taquicardia, pele seca e hiperemiada, pupilas dilatadas); depois, repetir as doses a cada 1 a 4 horas, conforme necessário para manter o efeito atropínico, durante 24 horas. A via de administração depende da gravidade da intoxicação. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início da ação: 15 a 50 minutos. Duração da ação: mais de 5 horas. Metabolismo: hepático. Meia-vida: 4 horas em adultos; 6,5 horas em crianças. Excreção: urinária (30 a 40 %). Efeitos adversos: Irritação no lugar da injeção. Diminuição da sudorese. Obstipação, xerostomia, náusea e vômito. Visão borrada, sensibilidade a luz, aumento da pressão intraocular. Arritmias, taquicardia. Hipersensibilidade. Confusão (comum em idosos). Retenção urinária. Depressão respiratória. Interações Medicamentosas: Arbutamina: sulfato de atropina altera a frequência cardíaca, o que pode resultar em alteração de exames para arbutamina. Arbutamina não deve ser administrada em pacientes que receberam sulfato de atropina. Cloreto de ambenônio: uso concomitante pode resultar na supressão dos sintomas de overdose de cloreto ambenônio. O uso concomitante é contraindicado. 9. 10. Cloreto de potássio (comprimido): o efeito anticolinérgico de sulfato de atropina pode causar um atraso na passagem de cloreto de potássio através do trato gastrintestinal, aumentando assim o risco de lesões gastrintestinais. O uso concomitante é contraindicado. Orientações aos pacientes: Informar que pode causar sonolência, tontura, visão borrada e intolerância a luz. Evitar atividades que necessitem estado de alerta. Orientar para aumentar consumo de líquido e reduzir a exposição ao calor a fim de evitar desidratação. Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de reação alérgica. Aspectos farmacêuticos: Manter à temperatura ambiente, entre 15 e 30 °C, em recipiente hermeticamente fechado. Evitar congelamento. Proteger da luz. Incompatível com hemitartarato de norepinefrina, hemitartarato de metaraminol e bicarbonato de sódio. ATENÇÃO: muitos medicamentos têm efeito antimuscarínico; uso concomitante de dois ou mais desses medicamentos pode aumentar os efeitos adversos, como xerostomia, retenção urinária, obstipação e também pode levar a confusão, especialmente, nos idosos. Medicamento: AZITROMICINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 414-416) 1. Apresentação: Comprimido de 500 mg. Pó para suspensão oral de 40 mg/mL. 2. Indicações: Infecção genital por Chlamydia trachomatis não complicada. Tracoma. Profilaxia para endocardite em pacientes alérgicos a pinicilina ou em criança em substituição a clindamicina. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a azitromicina e outros macrolídeos. Insuficiência hepática (ver apêndice C). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Insuficiência renal (ver apêndice D). Criança com menos de 6 meses de idade (não foi estabelecida a segurança do mecidamento). Suspeita de gonorreia concomitante (evitar o uso de azitromicina devido ao rápido aparecimento de resistência). Lactação (ver apêncide B). Miastenia grave. Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças (2 a 10 anos) Infecção genital por clamídia Acima de 45 kg ou maiores de 8 anos: 1 g, por via oral, em dose única. Tracoma 20 mg/kg, por via oral, em dose única. Profilaxia de endocardite 15 mg/kg, por via oral, 30 a 60 minutos antes do procedimento. 5.2. Adultos Infecção genital por clamídia Acima de 45 kg: 1g, por via oral, em dose única. Abaixo de 45 kg: 20mg/kg, por via oral, em dose única. Tracoma Acima de 45 kg: 1g, por via oral, em dose única. Abaixo de 45 kg: 20mg/kg, por via oral, em dose única. Profilaxia de endocardite 500 mg, por via oral, 30 a 60 minutos antes do procedimento. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção adequada com ou sem alimentos. Pico de concentração: 2,2 a 3,3 horas. Meia-vida de eliminação: 68 horas. Metabolismo: Hepático. Excreção: biliar e renal. 7. Efeitos adversos: Pode promover o prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma. Diarréia (5%), dor abdominal (2,7% a 3%), náusea, vômito, alteração no paladar. Erosão córnea (menor que 1%). Cafaleia, tontura. Trombocitopenia. 8. Interações medicamentosas: Ergotamina e análogos: aumento do risco de ergotismo agudo (náusea, vômito, isquemia vasospática). Uso concomitante contraindicado. Digoxina: pode ter sua toxicidade aumentada. Monitorar clinicamente crianças recebendo digoxina. Disopiramida: pode resultar em arritmias cardíacas (prolongando QTc, taquicardia ventricular). Evitar uso concomitante. Caso necessário, monitorar níveis de disopiramida. Fentanila: pode haver aumento ou prolongamento dos efeitos opioides, que devem ser monitorados. Se necessário, ajustar dose de fentanila. Nelfinavir: aumento do risco de efeitos adversos da azitromicina, os quais devem ser monitorados. Pimozida: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes, parada cardíaca). Uso concomintante contraindicado. Rifabutina: pode ter sua toxicidade aumentada. Se o uso concomitante for necessário, utilizar com muita cautela. Teofilina: pode ter sua concentração plamática aumentada. Monitorar concentrações plasmáticas. Varfarina: aumento do risco de sangramento. Monitorar tempo de protrombina e RNI. Caso necessário, ajustar a dose de varfarina. 9. Orientações aos pacientes: Orientar que pode ser administrada com alimentos. Continuar usando o medicamento pelo tampo determinado, mesmo após desaparecimento dos sintomas. Alertar para não administrar simultaneamente com antiácidos contendo alumínio ou magnésio. Orientar para a necessária agitação do frasco da suspensão oral antes de cada administração. 10. Aspectos farmacêuticos Manter ao abrigo de luz e calor. Suspensão: manter à temperatura entre 5 e 30°C após reconstituição. Descartar após 10 dias. Comprimidos: manter à temperatura entre 15 e 30°C. Medicamento: BECLOMETASONA, DIPROPIONATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 648-650) 1. Apresentação: Aerossol 250 µg/dose. 2. Indicações: Rinite alérgica moderada a grave. Rinite não alérgica. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a beclometasona ou a qualquer componente do produto. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Tuberculose ativa ou latente (risco de exacerbação ou reativação). Glaucoma; hipotireoidismo; osteoporose; cirrose. Infecções virais (varicela, sarampo, herpes simples ocular), fúngicas (candidíase) e bacterianas (risco de exacerbação da infecção). Disfunção hepática (ver apêndice C). Lactação. Crianças (pode ocorrer redução na velocidade de crescimento, especialmente em uso prolongado ou em dose alta; monitorar). Trauma, cirurgia, infecção ou estresse (resposta suprarrenal inadequada devido à absorção sistêmica). Testes de glicose sérica ou urinária (resultados podem ser alterados). Asma aguda (risco de broncoespasmo paradoxal). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Rinite alérgica moderada a grave e rinite não alérgica 100 µg (2 jatos) em cada narina, a cada 12 horas. Após melhora dos sintomas reduzir a dose para 50 µg (1 jato) em cada narina, a cada 12 horas. 5.2. Crianças: Rinite alérgica moderada a grave e rinite não alérgica Maiores de 6 anos: 100 µg (2 jatos) em cada narina, a cada 12 horas. Após melhora dos sintomas, reduzir a dose para 50 µg (1 jato) em cada narina, a cada 12 horas. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção rápida. Cerca de 61 a 90 % da dose que chega ao pulmão alcança a circulação sistêmica. A maior parte da beclometasona absorvida sistemicamente é excretada nas fezes. Início do efeito: alguns dias. Pico da resposta: 2 semanas. Meia-vida de eliminação: 3 horas. Excreção: renal. 7. Efeitos adversos: Candidíase orofaringeana; tosse e rouquidão (usualmente em altas doses). Supressão suprarrenal (com uso de altas doses). Broncoespasmo paradoxal (pode requerer interrupção e terapia alternativa). Urticária, erupções anafilactoide. Ansiedade, distúrbios do sono, mudanças comportamentais, cefaleia. Irritação e sensação de queimadura na mucosa, perfuração do septo nasal, rinorreia, congestão nasal, epistaxe. Redução na velocidade de crescimento em crianças. Perda do olfato ou paladar, catarata, glaucoma. cutâneas, angioedema, exantema, reação anafilática e 8. Interações medicamentosas: É incomum a ocorrência de interações medicamentosas significantes em doses usuais de corticosteroides inalados. Entretanto, caso o fármaco seja utilizado em altas doses e por um longo período, ou em caso de técnica de aplicação inadequada, algumas interações observadas com corticosteroides sistêmicos pode ocorrer. 9. Orientações aos pacientes: Orientar o paciente quanto à utilização correta de aerossol e de espaçadores. Agitar antes de usar. Alertar que o enxágue bucal após administração e o uso de espaçador reduzem o risco de candidíase oral, rouquidão e disfonia. Não engolir a água do enxágue. Alertar que o uso de espaçador nas formas aerossol favorece a ação do medicamento e reduz efeitos adversos. Orientar para não interromper o uso abruptamente, devido aos riscos de efeitos adversos importantes. Orientar para notificar a falta de resposta ao tratamento, para possível ajuste de dose. Orientar para a realização periódica de manutenção e limpeza dos artefatos. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a temperaturas entre 15 e 30 ºC. Há risco de explosão do frasco aerossol quando exposto a temperaturas acima de 50 ºC. Medicamento: BENZILPENICILINA BENZATINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 416-418) 1. Apresentação: Pó para suspensão injetável de 600.000 UI e 1.200.000 UI. 2. Indicações: Faringite estreptocócica, difteria, sífilis e outras infecções treponêmicas. Profilaxia de febre reumática. 3. Contraindicações: História de hipersensibilidade a qualquer penicilina. Injeção intravenosa. Neurossífilis. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Insuficiência renal (ver apêndice D). Lactação. Asma ou alergia significante. Obtenção de história prévia de alergia às penicilinas é a abordagem prática para prevenir novas reações. Hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas (menos de 10%): não utilizar cefalosporinas em pacientes com reações de hipersensibilidade imediata às penicilinas. Pode haver resultado falso-positivo para glicosúria, se for usado teste baseado em oxirredução. Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Faringites estreptocócicas 1.200.00 UI, por via IM, em dose única. Sífilis primária 2.400.000 UI, por via IM profunda, em dose única. Sífilis tardia 2.400.000 UI, por via IM profunda, a cada 7 dias, durante 3 semanas. Profilaxia da febre reumática 1.200.000 UI, por via IM, a cada 4 semanas, ou 600.000 UI, por via IM, a cada 2 semanas. 5.2. Crianças: Faringites estreptocócicas Com menos de 27 kg: 600.000 UI, por via IM, em dose única. Com mais de 27 kg: 1.200.000 UI, por via IM, em dose única. Sífilis primária 50.000 UI/kg, por via IM, em dose única. Dose máxima: 2.400.000 UI. Sífilis tardia 50.000 UI/kg, por via IM, a cada 7 dias, durante 3 semanas. Dose máxima: 2.400.000 UI. Sífilis congênita Abaixo de 2 anos de idade: 50.000 UI/kg, por via IM profunda, em dose única. Dose máxima: 2.400.000 UI. Profilaxia da febre reumática Com menos de 27 kg: 600.000 UI, por via IM, a cada 4 semanas. Com mais de 27 kg: 1.200.000 UI, por via IM, a cada 4 semanas. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Administração somente por via intramuscular. Absorção lenta e gradual. Pico plasmático: 24 horas. Excreção: renal. Neonatos, lactentes e insuficientes renais: excreção lenta. 7. Efeitos adversos: Dor local. Neutropenia. Reações de hipersensibilidade incluindo urticária, febre, dor nas articulações, exantema, angioedema, anafilaxia, doença do soro, anemia hemolítica e nefrite intersticial. Reação de Jarisch-Herxheimer quando usada para sífilis. Enterocolite pseudomembranosa. 8. Interações medicamentosas: Metotrexato: pode aumentar a toxicidade do metotrexato. Em caso de uso concomitante, considerar redução da dose e monitoramento plasmático do metotrexato. Monitorar efeitos adversos deste fármaco. Tetraciclinas: pode antibacteriana. reduzir a atividade antibacteriana. Monitorar eficácia 9. Orientações aos pacientes: Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses. Em caso de esquecimento de mais de uma dose, contatar a unidade de saúde. A efetividade de contraceptivos orais pode ser diminuída em presença de antibiótico. Orientar que enquanto estiver em tratamento, associar método contraceptivo de barreira. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a temperaturas entre 15 e 30 °C. Armazenar a suspensão reconstituída sob refrigeração, entre 2 e 8 °C. Não administrar por via intravenosa: via associada a parada cardiorrespiratória e morte. Administrar por via intramuscular profunda, longe de artérias e nervos. Medicamento: BENZILPENICILINA POTÁSSICA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 418-420) 1. Apresentação: Pó para suspensão injetável de 5000.000 UI (uso hospitalar) 2. Indicações: Faringoamigdalites, pneumonia, leptospirose, gangrena gasosa, actinomicose, endocardite estreptococica, enterocolite pseudomembranosa, fasciite necrosante, antrax (carbúnculo), osteomielite, otite média, doenca de Lyme, febre recorrente, celulite, meningite, neurossifilis, abscesso cerebral. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a penicilinas. Administracao intratecal. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Hipersensibilidade as penicilinas (obter história prévia para prevenir novas reações). Insuficiência renal grave (ver apêndice D) Lactação. Insuficiência cardíaca. Hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas (menos de 10%): não utilizar cefalosporinas em pacientes com reacoes de hipersensibilidade imediata às penicilinas. Pode haver resultado falso-positivo para glicosúria se for usado teste baseado em oxiredução. Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Neonatos Infecções causadas por microorganismo sensíveis Com menos de 7 dias e peso entre 1,2 e 2 kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa ou intramuscular, a cada 12 horas. Com menos de 7 dias e mais de 2 kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa ou intramuscular, a cada 8 horas. Com menos de 7 dias e mais de 2 kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa ou intramuscular, a cada 8 horas. Com mais de 7 dias e peso entre 1,2 e 2 kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa, a cada 8 horas. Com mais de 7 dias e mais de 2kg: 25.000 a 50.000 UI, por via intranenosa, a cada 6 horas. Meningite por estreptococos do grupo B. Com menos de 7 dias: 250.000 a 450.000 UI/kg/dia, por via intravenosa, divididas a cada 8 horas. Com mais de 7 dias: 450.000 UI/kg/dia, por via intravenosa, divididas a cada 6 horas. 5.2. Crianças com mais de 1 mês 100.000 a 400.000 UI/kg/dia, por via intravenosa em infusão por 30 minutos, divididas a cada 4 a 6 horas. 5.3. Adultos 1 a 24 milhões de UI, por via intravenosa em infusão por 1 a 2 horas, divididas a cada 4 a 6 horas, ou em infusão contínua a cada 24 horas. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Rápida absorção após injeção intramuscular. Amplamente distribuída nos tecidos e fluidos. Atravessa a placenta, aparece no leite, mas não atravessa a barreira hematoencefálica, a menos que as meninges estejam inflamadas. Meia-vida de eliminação: 30 minutos, sendo maior em neonatos e idosos. Em insuficientes renais pode chegar a 10 horas. Excreção renal por secreção tubular e filtração glomerular. Neonatos, lactentes e insuficientes renais: excreção lenta. Dialisável. 7. Efeitos adversos: Eosinofilia, neutropenia. Hiperpotassemia (em altas doses de sal potássico quando a função renal estiver reduzida). Convulsão (pacientes com insuficiência renal, idosos, lactente, pacientes com meningite, histórico de convulsões e em altas doses). Erupções maculopapulares. Diarreia. Reações de hipersensibilidade incluindo urticária, febre, dor nas articulações, exantema, angioedema, anafilaxia, doença do soro, anemia hemolítica (com altas doses intravenosas), e nefrite intersticial. 8. Interações medicamentosas Metotrexato: pode ter sua toxicidade aumentada. Evitar uso concomitante. Se terapia conjunta for necessária, considerar redução da dose do metotrexato e monitoria da concentração plasmática. Monitorar efeitos adversos do metotrexato, incluindo leucopenia, trombocitopenia e ulcerações da pele. Tetraciclinas: a atividade antibacteriana pode ser reduzida. Monitorar eficácia 9. Aspectos farmacêuticos Cada miligrama corresponde a 1.660 UI. Contém 1,7 mEq de potássio por milhão de unidades. Apresenta melhor estabilidade em solução em pH de 7. Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 e 30 °C. Observar orientação específica do produtor quanto a reconstituição, diluição, compatibilidade e estabilidade da solução. Após reconstituição, armazenar sob refrigeração de 2 a 8 °C. Apresenta melhor estabilidade em solução com pH igual a 7. Incompatível com aminoglicosídeos. Se a utilização concomitante for necessária, os fármacos deveriam ser administrados em sítios separados. Incompatível com vancomicina, algumas cefalosporinas e anfotericina B. Medicamento: BENZILPENICILINA PROCAÍNA + BENZILPENICILINA POTÁSSICA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 420-421) 1. Apresentação: Suspensão injetável de 300.000 UI + 100.000 UI. 2. Indicações: Sífilis congênita. 3. Contraindicações: História de hipersensibilidade a qualquer penicilina. Injeção intravenosa. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Hipersensibilidade às penicilinas (obter história prévia para prevenir novas reações). Insuficiência renal grave (ver apêndice D). Lactação (ver apêndice B). História significante de alergias e/ou asma. Insuficiência cardíaca. Hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas (menos de 10 %): não utilizar cefalosporinas em pacientes com reações de hipersensibilidade imediata às penicilinas. Pode haver resultado falso-positivo para glicosúria, se usado teste baseado em oxirredução. Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Neonatos Sífilis congênita 50.000 UI, por via IM, a cada 24 horas, durante 10 dias. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Administração somente por via intramuscular. Absorção lenta e gradual. Excreção: renal. Neonatos, lactentes e insuficientes renais: excreção lenta. Dialisável. 7. Efeitos adversos: Reações de hipersensibilidade incluindo urticária, febre, dor nas articulações, exantema, angioedema, anafilaxia, doença do soro, anemia hemolítica e nefrite intersticial. Reação de Jarisch-Herxheimer, neutropenia, eosinofilia, diarreia. Hiperpotassemia (em altas doses de sal potássico quando a função renal estiver reduzida). Convulsão em pacientes com insuficiência renal, idosos, lactentes, pacientes com meningite, história de convulsões e em altas doses. 8. Interações medicamentosas: Metotrexato: pode ter sua toxicidade aumentada. Evitar o uso. Se a terapia conjunta por necessária, considerar redução da dose do metotrexato e monitorar sua concentração plasmática. Identificar efeitos adversos do metotrexato, incluindo leucopenia, trombocitopenia e ulcerações da pele. Tetraciclinas: pode haver redução da atividade antibacteriana. Verificar sinais de efetividade antibacteriana. 9. Orientações aos pacientes: Administração intramuscular profunda, no quadrante superior da nádega. Em crianças pequenas, prefere-se o músculo lateral da coxa. Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a temperaturas entre 15 e 30 °C. Não usar por via intravenosa. Medicamento: BIPERIDENO, CLORIDRATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 516-517) 1. Apresentação: Comprimido 2 mg. 2. Indicações: Distúrbios motores decorrentes do uso de neurolépticos. 3. Contraindicações: Glaucoma de ângulo fechado. Retenção urinária. Hipertrofia prostática. Miastenia grave. Obstrução gastrintestinal, megacólon. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Discinesia tardia (ha piora com o uso de anticolinérgicos). ▪ Idosos (ajustar a dose). ▪ Antes de iniciar tratamento (fazer avaliação cognitiva, urológica e cardiovascular). ▪ Ocorrência de efeitos anticolinérgicos centrais e periféricos (interromper tratamento). ▪ Problemas cardiovasculares, epilepsia e insuficiência renal e hepática. ▪ Retirada (deve ser gradual para reduzir risco de efeito rebote e piora do parkinsonismo). ▪ Lactação (ver apêndice B). Pode induzir problemas psiquiátricos, principalmente na esfera cognitiva. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Distúrbios motores decorrentes do uso de neurolépticos ▪ Dose inicial 1 mg, por via oral, a cada 12 horas, aumentado gradualmente para 2 mg, a cada 8 horas. Dose de manutenção: 2 a 12 mg/dia em doses divididas. 2 a 5 mg, por via intramuscular ou injeção intravenosa lenta, a cada 30 minutos.Dose máxima: 20 mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Bem absorvido pelo trato gastrintestinal, mas com biodisponibilidade oral de cerca de 30% (extenso metabolismo de primeira passagem). Excreção urinária, em forma ativa e como metabólitos. Pico sérico: 1-2 horas. Meia-vida de eliminação: 18-24 horas. Excreção urinária, em forma ativa e como metabolitos. 7. Efeitos adversos: Obstipação, náusea, xerostomia Visão borrada Retenção urinaria Confusão mental, excitação, delírio, tontura, déficit de memória, alucinações, agitação, sonolência Taquicardia, arritmias, hipotensão postural.. 8. Interações medicamentosas: Cloreto de potássio (comprimido): risco de lesões gastrintestinais. O uso concomitante é contraindicado. 9. Orientações aos pacientes: Alertar para não ingerir bebidas alcoólicas. Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora, como operar máquinas e dirigir. Alertar para evitar a realização de atividades que aumentam a temperatura corporal, como exercício físico intenso e exposição a calor extremo, pelo risco de desidratação. Orientar para ingerir com alimentos para minimizar irritação gástrica. Orientar para adotar dieta rica em fibras e boa hidratação para evitar constipação. Orientar para instituir boa higiene oral e intensificação do controle mecânico da placa dental em função da xerostomia. Alertar para não suspender abruptamente o tratamento. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar em temperaturas entre 15 e 30ºC, em recipientes bem fechados e ao abrigo da luz. Evitar o congelamento. Medicamento: CAPTOPRIL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 439-441) 1. Apresentação: Comprimido 25 mg. 2. Indicações: Hipertensão arterial sistêmica. Urgência hipertensiva. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao captopril ou outros inibidores da ECA. Gravidez. 4. Precauções: Monitorar pressão arterial após a primeira dose. Monitorar níveis de potássio, especialmente se houver insuficiência renal. Monitorar função hepática. Retirar imediatamente o captopril no caso de elevação das enzimas hepáticas ou icterícia. Cautela com pacientes com história de alergias, pois pode haver angioedema mesmo após primeira dose. Segurança e eficácia não estabelecidas em pacientes pediátricos. Categoria de risco na gravidez (FDA): C para o primeiro trimestre e D para o segundo e terceiro trimestres (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Hipertensão arterial sistêmica 12,5-25 mg, duas a três vezes ao dia. Pode-se aumentar até 150 mg, três vezes ao dia. Urgência Hipertensiva 25 mg, por via oral. Repetir em uma hora se necessário. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Alimentos diminuem a absorção de captopril. Início da ação: 15 a 30 minutos. Duração da ação: 6 horas. Pico de concentração: 30 a 90 minutos. Meia-vida de eliminação: 1,9 horas. Metabolismo: hepático. Excreção: renal (predominantemente em forma inalterada). 7. Efeitos adversos: Hipotensão, rash, angioedema, tosse, taquicardia, palpitação, cefaléia. 8. Interações medicamentosas: Uso concomitante de inibidores da ECA com diuréticos poupadores de potássio ou suplemento de potássio pode resultar em hipercalemia. Uso concomitante de captopril com ácido acetilsalicílico ou antiinflamatórios nãoesteróides pode resultar em diminuição da eficácia do captopril. Uso concomitante de captopril e diuréticos de alça ou diuréticos tiazídicos pode resultar em hipotensão postural (primeira dose). 9. Orientações aos pacientes: Alertar que pode causar tosse. Orientar para evitar medicamentos que contenham potássio e diuréticos poupadores de potássio. Alertar para recorrer a atendimento médico caso surjam edema de face, dificuldade para respirar ou deglutir e rouquidão. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar entre 15 e 30 °C. Proteger de calor, umidade e luz direta. Comprimidos podem apresentar leve odor sulfuroso. Medicamento: CARBAMAZEPINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 441-444) 1. Apresentação: Comprimido 200 mg. Xarope 20 mg/mL. 2. Indicações: Crises convulsivas parciais simples e complexas (primeira escolha) e secundariamente generalizadas. No transtorno bipolar, durante a latência ou em ausência de resposta ou intolerância ao lítio. 3. Contraindicações: Antecedentes de mielossupressão. Pacientes com alterações hematológicas, como agranulocitose, leucopenia e porfiria. Pacientes com anomalias na condução atrioventricular. Hipersensibilidade a carbamazepina ou a antidepressivos tricíclicos. 4. Precauções: Monitorar concentrações plasmáticas cuja medida deve ser realizada em jejum, pela manhã, antes da ingestão da dose matinal. Verificar concentração plasmática principalmente quando há persistência de crises com dose elevada do medicamento ou em politerapia; efeitos adversos dose- dependentes; repetição de crises em crianças, em função de aumento de peso ou em politerapia; suspeita de baixa adesão a tratamento. Considerar remissão quando há período livre de crises por pelo menos dois anos. Suspender gradualmente porque a cessação abrupta do tratamento acarreta risco de recidiva e estado de mal epiléptico. Hipersensibilidade cruzada com anticonvulsivantes como fenitoína e fenobarbital. Em idosos, reduzir a dose inicial apontada para adultos. Cautela em pacientes com hepatopatia (ver apêndice C), alterações hematológicas relacionadas à utilização de medicamentos, glaucoma, dependência ao álcool, diabetes melito, antecedentes de crises de ausência atípica, uso concomitante com inibidores da monoamina oxidase. Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Convulsões parciais simples e complexas e secundariamente generalizadas Iniciar com 100 a 200 mg, por via oral, duas ou três vezes ao dia. Aumentar a dose conforme a resposta; doses de 5 a 9 mg/kg/dia determinam níveis efetivos. Dose de manutenção: 400 a 2.400 mg/dia, fracionada em 3 tomadas. Transtorno bipolar Iniciar com 400 mg/dia, por via oral, divididos em várias tomadas. Aumentar a dose até que os sintomas se regularizem. Dose máxima: 2.000 mg/dia. 5.2. Crianças: Convulsões parciais simples e complexas e secundariamente generalizadas Abaixo de 1 ano, dose total: 100 a 200 mg/dia, divididos em 3 tomadas. De 1 a 5 anos, dose total: 200 a 400 mg/dia, divididos em 3 tomadas. Menores de 6 anos: 10 a 20 mg/kg/dia, por via oral, divididos em 3-4 tomadas. A dose deve ser aumentada semanalmente, até um máximo de 35 mg/kg/dia. De 6 a 12 anos: 50 a 100 mg/dia, por via oral, divididos em 2 a 4 tomadas. Aumento semanal de 100 mg/dia, até atingir máximo de 1.000 mg/dia. Dose de manutenção: 400 a 800 mg/dia. Acima de 12 anos: 100 a 200 mg, 2 vezes ao dia (comprimidos), 4 vezes ao dia (xarope). A dose deve ser aumentada em 200 mg/dia, a intervalos semanais, até atingir dose de manutenção de 800 a 1.200 mg/dia, no máximo. ATENÇÃO: O fracionamento diário da dose parece evitar flutuações plasmáticas, em qualquer indicação. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção oral aumentada na presença de alimentos. Biotransformação hepática, originando metabólito mais ativo. Carbamazepina induz seu próprio metabolismo em 3-5 semanas de um regime de dose fixa. Pico sérico: 4-horas. Níveis plasmáticos estáveis são atingidos em 2-10 dias. Meia-vida de eliminação: 12 horas. Excreção renal do metabólito (72%) e da forma ativa (menos de 3%). Parcialmente excretada nas fezes após administração oral (28%). 7. Efeitos adversos: Náuseas e vômitos (acima de 10%), diarréia (1 a 10%). Sonolência, vertigens, cefaléia, ataxia, diplopia, nistagmo, confusão, tremor prejuízo cognitivo (acima de 10%) Hipertermia e síndrome neuroléptica maligna (abaixo de 1%). Síndrome de Stevens-Johnson e necrose epidérmica tópica (1 a 10%) Erupção cutânea, acne, eritema multiforme, alopecia (abaixo de 1%). Hiponatremia (4% a 22% dos pacientes), diaforese (1 a 10%), síndrome de secreção inapropriada de HAD (1 a 10%). Discrasias sangüíneas, anemia aplástica e agranulocitose, hepatotoxicidade, anormalidades cardíacas, insuficiência renal aguda, hipersensibilidade pulmonar aguda, eosinofilia pulmonar, neurite periférica, hipotireoidismo, porfiria, ganho de peso, pancreatite, visão turva, retinopatia, osteomalácia (todos abaixo de 1%). 8. Interações medicamentosas: Pode haver aumento de efeito da carbamazepina com: macrolídeos, verapamil, diltiazem, cimetidina, isoniazida, acetazolamida, antifúngicos azólicos, ácido valpróico/valproato de sódio, dextropropoxifeno, fluoxetina, nefazodona, fluvoxamina, omeprazol, propoxifeno, sertralina, terfenadina, viloxazina, ritonavir, nicotinamida, rifampicina, vigabatrina, lamotrigina. O efeito da carbamazepina pode ser diminuido pelo uso com: acetilcisteína, carvão ativado, cisplatina, felbamato, fenobarbital, fenitoína, primidona, teofilina, anticoagulantes cumarínicos, tetraciclina, estrógenos. Fármacos que têm sua eficácia reduzida quando administrados em associação a carbamazepina: haloperidol, antipsicóticos atípicos, benzodiazepínicos, bloqueadores neuromusculares, ácido valpróico/valproato de sódio, contraceptivos orais, ciclosporina, corticosteróides, antidepressivos tricíclicos, dicumarol, digoxina, doxiciclina, etossuximida, indinavir, saquinavir, nelfinavir, itraconazol, felbamato, metadona, promazina, teofilina, mefloquina, cloroquina, topiramato, anticoagulantes orais, bupropiona, amoxapina, amprenavir, bupropiona, lamotrigina, metilfenidato, anisindiona, mebendazol, nimodipino, praziquantel, pancurônio e tramadol. A associação com inibidores da monoamina oxidase é contra-indicada em função de resposta hipertensiva, hiperpirexia e convulsão. A associação com fenitoína pode diminuir a concentração plasmática da carbamazepina e diminuir/aumentar a concentração plasmática da fenitoína. A associação com hidroclorotiazida ou furosemida aumenta riscos de hiponatremia. A associação com lítio pode provocar neurotoxicidade aditiva. 9. Orientações aos pacientes: Orientar a procurar o serviço de saúde na ocorrência de febre, dor de garganta, erupções cutâneas, úlceras bucais, hematoma ou hemorragia. Orientar para a possibilidade de afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. Alertar para não suspender abruptamente o tratamento. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar em temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados e protegidos da luz. Proteger de umidade, já que um terço ou mais da eficácia pode ser perdida se armazenado nessas condições. Agitar bem o xarope antes de utilizar. Não deve ser administrado simultaneamente com outros medicamentos ou diluentes líquidos. ATENÇÃO: Antes do início e durante o tratamento, a cada 6 meses, devem ser monitorados hemograma (especialmente plaquetas e reticulócitos), ferro plasmático e testes de função hepática. Medicamento: CARBONATO DE CÁLCIO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 445-447) 1. Apresentação: Comprimido 1.250mg (equivalente a 500 mg de Ca++). 2. Indicações: Tratamento e prevenção de deficiência de cálcio. Tratamento de hiperfosfatemia em pacientes com insuficiência renal avançada ou associada a hiperparatireoidismo. Prevenção de pré-eclampsia com risco elevado de hipertensão e ingestão pobre em cálcio. 3. Contraindicações: Hipercalcemia. Cálculo renal. Hipofosfatemia. Hipercalciúria. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Acloridria ou hipocloridria, comum em idosos (a absorção de carbonato de cálcio pode ser reduzida; administrar junto das refeições ou considerar o uso de outro sal de cálcio). ▪ Hipoparatireoidismo tratado por período prolongado, junto de altas doses de vitamina D (podem ocorrer hipercalcemia e hipercalciúria). ▪ Insuficiência renal (ver apêndice D), sarcoidose e historia de nefrolitíase. ▪ A administração é seguida por aumento da secreção ácida gástrica em até 2 horas da administração. 5. Esquemas de administração 5.1. Neonatos Tratamento e prevenção da deficiência de cálcio. 50 a 150 mg/kg, por via oral, divididas a cada 4 a 6 horas. Dose máxima diária: 1 g. 5.2. Crianças Tratamento e prevenção da deficiência de cálcio. 45 a 65 mg/kg, por via oral, divididas a cada 6 horas. Tratamento de hiperfosfatemia associada a doença renal crônica ou hiperparatiroidismo secundário. 1 mês a 1 ano: 120 mg, por via oral, a cada 6 ou 8 horas, antes ou durante as refeições, ajustadas se necessário. 1 a 6 anos: 300 mg, por via oral, a cada 6 ou 8 horas, antes ou durante as refeições, ajustadas se necessário. 6 a 12 anos: 600 mg, por via oral, a cada 6 ou 8 horas, antes ou durante as refeições, ajustadas se necessário. 12 a 18 anos: 1,25 g, por via oral, a cada 6 ou 8 horas, antes ou durante as refeições, ajustadas se necessário. 5.3. Adultos Tratamento e prevenção da deficiência de cálcio. 1 a 2 g/dia, por via oral, dividido a cada 6 a 8 horas, junto de refeições. Tratamento de hiperfosfatemia associada a doença renal crônica ou hiperparatiroidismo secundário. 2,5 g, por via oral, em doses divididas, aumentado até 17 g/dia, em doses divididas, se necessário. Prevenção de pré-eclampsia. 1,0 a 2,0g, em doses divididas. Observação: Os esquemas de administração estão baseados em dose de cálcio elementar. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorvido no intestino delgado, dependendo da presença de vitamina D, pH no lúmen, idade, dose e presença ou ausência de alimentos. Alimentos podem aumentar a absorção do cálcio. A absorção é mínima a menos que doses altas e por tempo prolongado sejam administradas. Cálcio e absorvido na forma solúvel, ionizada. A solubilidade e aumentada em ambiente ácido. 7. Efeitos adversos: Com freqüência entre 1% e 10%: Hipercalcemia, hipofosfatemia. Cefaleia. Obstipação, efeito laxativo, hipersecreção gástrica e rebote ácido (doses altas ou uso prolongado), náusea, vômito, dor abdominal, flatulência, anorexia e xerostomia Síndrome do leite alcalino com doses altas ou por tempo prolongado (cefaleia, náusea, irritabilidade, fraqueza, alcalose, hipercalcemia, insuficiência renal). Calculose urinária. 8. Interações medicamentosas: Amprenavir: pode haver redução da eficácia do antiviral. Separar a administração em pelo menos uma hora. Dasatinibe: redução da exposição ao dasatinibe e da sua concentração plasmática. Evitar o uso concomitante ou administrar o carbonato de cálcio duas horas antes ou após o dasatinibe. Digoxina: aumento do risco de toxicidade (arritmia e colapso cardiovascular). A administração concomitante não é recomendada. Erlotinibe: redução da absorção do erlotinibe. Separar a administração por algumas horas. Fosfatos orais: redução da absorção do fosfato. Separar a administração em pelo menos uma hora. Hidroclorotiazida/clorotiazida: aumento do efeito do diurético tiazídico. Risco de síndrome do leite alcalino. Evitar a ingestão excessiva de cálcio (antiácidos, laticínios). Verificar o cálcio sérico e/ou a função da paratireóide. Itraconazol: redução da sua eficácia. Administrar o produto contendo cálcio pelo menos 1 hora antes ou 2 horas apos o itraconazol. Lansoprazol: redução da biodisponibilidade do lansoprazol. Administrar pelo menos uma hora apos o carbonato de cálcio. Levotiroxina: redução da absorção da levotiroxina. Separar a administração em pelo menos 4 horas. Acompanhar os níveis séricos do hormônio estimulante da tireóide. Poliestirenossulfonato de sódio: risco de alcalose metabólica. Separar a administração tanto quanto possível. Considerar a administração do poliestirenosssulfonato por via retal. Reconhecer manifestação de alcalose. Propranolol: redução da biodisponibilidade do propranolol. Separar a administração tanto quanto possível. Avaliar a eficácia do propranolol Quinolonas (como ciprofloxacino): redução da sua eficácia. Evitar a administração concomitante. Administrar a quinolona pelo menos 2 horas antes ou após o produto que contenha cálcio. Avaliar a eficácia antibiótica. Tetraciclinas: redução da sua eficácia. A administração concomitante não é recomendada. Separar a administração em pelo menos 3 a 4 horas. Verificar a eficácia antibiótica. Ticlopidina: redução da sua eficácia. A administração concomitante não é recomendada. Administrar a ticlopidina pelo menos 1 a 2 horas antes do carbonato de cálcio. Tipranavir: redução da sua eficácia. Administrar uma hora antes ou duas horas apos o carbonato de cálcio. Zalcitabina: redução da sua eficácia. Separar a administração tanto quanto possível. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para administrar com refeições. Estimular a prática de exercícios físicos, pela importância na construção e manutenção da massa óssea e prevenção da osteoporose. Explicar que adequadas quantidades de vitamina D ou exposição solar auxiliam na absorção do cálcio. Orientar para evitar o uso concomitante de alimentos ricos em fibras, álcool, fumo e cafeína. 10. Aspectos farmacêuticos Estocar sob temperatura entre 15 e 30ºC, em recipiente bem fechado. Medicamento: CARBONATO DE CÁLCIO + COLECALCIFEROL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 447-448) 1. Apresentação: Comprimido 500 mg de carbonato de cálcio + 400 UI de colecalciferol. 2. Indicações: Tratamento e prevenção de osteoporose. Prevenção de fraturas não-vertebrais em idosos com baixa ingestão de cálcio. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao colecalciferol, ergocalciferol ou a metabólitos da vitamina D, como calcitriol. Hipercalcemia. Hipervitaminose D. Calcificação metastática. Ver demais contraindicações na monografia do carbonato de cálcio. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Arteriosclerose e condições cardíacas (exacerbação em potência relacionada aos efeitos hipercalcêmicos persistentes durante o uso terapêutico). Uso concomitante de produtos contendo cálcio, outras preparações contendo vitamina D ou seus análogos ou diuréticos tiazídicos (pode aumentar o risco de hipercalcemia). Hiperlipidemia (aumento em potência dos níveis de LDL). Hiperfosfatemia (risco de calcificação metastática; tornar normais os níveis de fosfato antes do início da terapia). Hepatopatia (ver apêndice C). Insuficiência renal (ver apêndice D). Sarcoidose e outras doenças granulomatosas (aumento em potência da sensibilidade ao colecalciferol). Doses diárias de colecalciferol acima de 400 UI, por períodos prolongados (fazer monitoria de cálcio sérico e urinário; cálcio sérico deve ser mantido entre 9 e 10 mg/dL). Idosos (maior risco de deficiência de vitamina D, especialmente durante o inverno ou em indivíduos institucionalizados). Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): não classificado (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração Tratamento e prevenção da osteoporose. 1 comprimido, por via oral, a cada 12 horas durante as refeições. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Boa absorção após administração oral. A absorção é reduzida na presença de disfunção hepática ou biliar ou síndromes de má-absorção. Requer hidroxilação via renal para ser ativada, formando o metabólito 1,25dihidroxicolecalciferol (calcitriol). Apresenta início de ação lento e duração prolongada. Início de resposta: 10 a 14 dias (deficiência de vitamina D). Duração de ação: até 6 meses, após múltiplas doses. Vitamina D é armazenada no fígado e tecido adiposo, prolongando os efeitos hipercalcêmicos. Meia-vida de eliminação: 19 a 48 horas. Ver demais aspectos farmacocinéticos na monografia do carbonato de cálcio. 7. Efeitos adversos: Os efeitos adversos da sobredose de vitamina D incluem anorexia, cansaço, náusea e vômito, diarreia ou obstipação, perda de peso, noctúria, polidipsia, poliúria, transpiração, cefaleia, vertigem, alterações mentais e aumento da concentração de cálcio e fosfato no plasma e na urina. Manifestações crônicas incluem proteinúria e disfunção renal; calcificação tecidual (nefrolitíase e nefrocalcinose); hipertensão e possivelmente arritmias; piora dos sintomas gastrintestinais; pancreatite; e psicose. Efeitos dislipidêmicos, caracterizados por redução dos níveis de HDL e aumento dos de LDL. Ver demais reações adversas na monografia do carbonato de cálcio interações de medicamentos 3 Cimetidina: redução da concentração sistêmica do colecalciferol. Considerar suplemento de vitamina D. Acompanhar o paciente quanto a reações adversas relacionadas a deficiência de vitamina D, incluindo sinais e sintomas de hipocalcemia e hiperparatireoidismo secundário. Ver demais interações na monografia do carbonato de cálcio. 8. Orientações aos pacientes: Orientar ao paciente que a dose diária recomendada de vitamina D em adultos pode ser obtida pela exposição à luz solar e por dieta. Orientar para administrar junto de refeições ou com leite. Ver demais orientações na monografia do carbonato de cálcio. 9. Aspectos farmacêuticos Armazenar sob temperatura entre 2 e 8 ºC, em recipiente bem fechado. Proteger da luz. ATENÇÃO: Colecalciferol = Vitamina D3. Medicamento: CARBONATO DE LÍTIO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 448-452) 1. Apresentação: Comprimido 300 mg. 2. Indicações: Tratamento agudo da mania. Profilaxia do distúrbio bipolar (prevenção de recidivas). 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao lítio. Indivíduos em insuficiência renal, insuficiência cardíaca e muito debilitada. Indivíduos em desidratação e depleção de sódio. 4. Precauções: Os efeitos correlacionam-se às concentrações séricas, pelo que o monitoramento é essencial. Toxicidade pode ocorrer mesmo com litemia normal, se houver fatores de descompensação da homeostasia orgânica. Monitorar níveis séricos de lítio, com retirada de sangue entre 8 e 12 horas após a dose precedente: 4 dias após início do tratamento. Semanalmente, até que haja estabilização. Pelo menos a cada 3 meses, após estabilização. Reduzir a dose ou interromper o uso na ocorrência de diarréia, vômito e infecção intercorrente (especialmente se estiver associada à sudorese intensa). Não é preciso reduzir gradualmente o fármaco, já que nunca ocorre síndrome de abstinência ou efeito rebote. Entre todos os pacientes que recebem lítio, cerca de 20 a 30% são refratários ao tratamento. A profilaxia com lítio tem falhado em pacientes que apresentam quatro ou mais episódios de doença bipolar por ano (cicladores rápidos) e em obesos. Em idosos, administrar doses mais baixas e manter maior monitoramento em virtude da função renal diminuída. Cautela em pacientes com psoríase (risco de exarcebação), miastenia grave e submetidos a cirurgias. Monitorar função renal (DCE) e função tireoidiana a cada 6-12 meses em esquemas estabilizados. Eficácia e segurança não foram determinados em crianças com menos de 12 anos de idade. Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Tratamento da mania aguda De 900 a 2400 mg/dia, por via oral, fracionados em 3 a 4 doses ao dia. Tratamento profilático da mania em doença bipolar De 600 a 1.200 mg/dia, por via oral, fracionados em 12 a 24 horas. 5.2. Idosos Tratamento da mania aguda De 300 a 900 mg/dia, por via oral, fracionados em 12 ou 24 horas. Incrementos semanais de 300 mg, até a dose capaz de fazer cessar os sintomas. Raramente são necessários mais de 900 a 1.200 mg/dia. Tratamento profilático da mania em doença bipolar De 300 a 900 mg/dia, por via oral. Ajuste de doses em insuficiência renal Depuração de creatinina endógena de 10 a 50 mL/minutos: administrar 50 a 75% da dose usual. Depuração de creatinina endógena de menos de 10 mL/minutos: administrar 25 a 50% da dose usual. Hemodiálise Dialisável em 50 a 100%. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Rápida absorção; completa em 6 a 8 horas. Pico de concentração plasmática: 2 a 4 horas. Concentração plasmática terapêutica para controle do distúrbio bipolar: 0,8 a 1,4 mEq/L, ocasionalmente acima de 1,5 mEq/L (para casos agudos) e 0,6 a 0,8 mEq/L (para tratamento profilático). Início da ação terapêutica e melhora clínica: 1 a 3 semanas. Meia-vida de eliminação: 14 a 24 horas (adultos), 18 horas (adolescentes) e acima de 36 horas (idosos). Eliminação renal (89 a 98%), em forma ativa. Cerca de metade da concentração sangüínea de lítio é excretada pelo leite materno. 7. Efeitos adversos: Os efeitos e gravidade estão relacionados a sensibilidade do indivíduo e altas concentração sérica do lítio. Eletrocardiograma (ECG) anormal, arritmia, hipotensão, edema, bradicardia, síncope, bradiarritmia (grave), disritmia cardíaca, hipotensão, disfunção do nodo sinusal. Diarréia, náusea (branda), vômito, boca seca. Irritabilidade muscular, fraqueza muscular, miastenia grave. Tremor fino, hiperreflexia, reflexo tendinoso profundo, sonolência, vertigem, confusão, fadiga, letargia, cefaléia, ataxia, coma, pseudotumor cerebral, aumento da pressão intracraniana, papiledema, convulsões. Escotoma transitório, visão turva, nistagmo. Albuminúria, glicosúria, oligúria, poliúria, incontinência urinária. Leucocitose. Hipo e hipertireoidismo, bócio eutireóideo, hiperglicemia, diabetes insípido (sinal de toxicidade grave). 8. Interações medicamentosas: Anticonvulsivantes, neurolépticos ou benzodiazepínicos são associados ao lítio no início do tratamento, durante o período de latência deste. Lítio prolonga os efeitos de relaxantes musculares periféricos. Interações que devem ser evitadas: inibidores não-seletivos da MAO (hiperpirexia maligna), sibutramina e antidepressivos (síndrome serotonínica), iodeto de potássio (aumento do hipotiroidismo induzido por lítio), relaxantes musculares periféricos (resposta prolongada). Aumento do efeito de lítio: AINEs, inibidores da ECA, antagonistas de receptores de angiotensina II e diuréticos (depletores de sódio), antidepressivos, verapamil, tetraciclinas e inibidores de COX-2. Diminuição do efeito de lítio: clorpromazina, cafeína. 9. Orientações aos pacientes: Alertar para manter adequada ingestão de líquidos durante o uso do medicamento. Ensinar que os comprimidos devem ser ingeridos com bastante líquido, a fim de garantir trânsito intestinal. Ensinar que os comprimidos podem ser ingeridos com alimentos para diminuir irritação gástrica. Alertar para a necessidade de suplementação de sal nos períodos de muito calor, quando há perda de água e sais por sudorese. Alertar para evitar mudanças na alimentação que possam reduzir ou aumentar a ingestão de sódio. Alertar para evitar bebidas com alto teor de cafeína. Alertar sobre a importância de comunicar se surgirem sintomas de hipotiroidismo, como sensação de frio e letargia (é maior o risco em mulheres). Alertar para evitar realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar em temperaturas inferiores entre 15 e 30 oC, em recipientes bem fechados. ATENÇÃO: a biodisponibilidade de lítio pode variar segundo a formulação farmacêutica. Medicamento: CEFALEXINA SÓDICA OU CEFALEXINA MONOIDRATADA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 458-459) 1. Apresentação: Cefalexina: cápsula ou comprimido 500 mg. Cefalexina monoidratada: suspensão oral 50 mg/mL. 2. Indicações: Tratamento de infecções por microorganismos sensíveis (cocos Gram-positivos aeróbios, exceto enterococos; Staphylococcus aureus produtor de penicilinase, mas não contra os oxacilina-resistentes; Escherichia coli, Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae). 3. Contraindicações: Hipersensibilidade às cefalosporinas. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Insuficiência renal (ver apêndice D). Insuficiência hepática. Hipersensibilidade a penicilinas (pode apresentar hipersensibilidade cruzada). Pode induzir colite pseudomembranosa por Clostridium difficile. Pode causar diminuição da atividade de protrombina. Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Tratamento de infecções por microorganismos sensíveis 250 a 500 mg, VO, a cada 6 horas. Em infecções graves, 1 g, VO, a cada 6 horas. Dose máxima diária: 4 g. 5.2. Crianças Tratamento de infecções por microorganismos sensíveis 25 a 50 mg/kg, VO, divididos a cada 6 horas. Em infecções graves, 50 a 100 mg/kg, VO, divididos a cada 6 horas. Dose máxima diária: 4 g. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Boa absorção pelo trato digestório, mesmo em presença de alimentos. Pico de concentração plasmática: 1 a 1,5 hora. Meia-vida: 1 a 2 horas; 20 a 24 horas (insuficiência renal). Excreção: renal (90% em forma inalterada). 7. Efeitos adversos: Diarreia, náuseas e vômitos. Hipersensibilidade cruzada em 10% dos pacientes alérgicos às penicilinas. Hepatotoxicidade transitória. Possibilidade de desenvolvimento de colite pseudomembranosa. Urticária e dermatites. 8. Interações medicamentosas: Aminoglicosídeos: intensificação da toxicidade renal pelos dois fármacos. Fazer monitoria da função renal do paciente, especialmente se for nefropata. Colestiramina: diminuição da efetividade da cefalexina por diminuição de sua absorção. Administrar a cefalexina uma hora antes ou quatro a seis horas depois da colestiramina. Metformina: aumento dos níveis plasmáticos de metformina, por diminuição de sua excreção. Acompanhar a associação, com especial atenção aos efeitos adversos da metformina (diarreia, náuseas, vômitos, cefaleias). Considerar redução da dose de metformina. Probenecida: aumento do tempo de meia-vida da cefalexina por competição na excreção (secreção tubular). Combinação indicada para aumentar os efeitos plasmáticos de cefalexina. 9. Orientações aos pacientes: Orientar que pode ser tomada com alimento ou leite para evitar desconforto gástrico. Orientar para agitar a suspensão antes de usar. Alertar para a observação cuidadosa da validade da suspensão após a reconstituição. Orientar para notificar imediatamente manifestações alérgicas. Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas, sob risco de desenvolvimento de resistência bacteriana. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar à temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados. Depois da reconstituição, a suspensão mantém-se estável por 7 a 14 dias, se refrigerada. Observar instruções do fabricante. Não congelar. Medicamento: CLORIDRATO DE CLINDAMICINA E FOSFATO DE CLINDAMICINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 526-529) 1. Apresentação: Cloridrato de clindamicina: cápsula de 150 e 300 mg. Fosfato de clindamicina: solução injetável de 150 mg/mL. 2. Indicações: Infecções causadas por bactérias anaeróbias e aeróbias gram positivas. Pneumocistose. Malária por Plasmodium falciparum (em esquema com derivados da artemisinina ou dicloridrato de quinina). Toxoplasmose. Profilaxia de endocardite bacteriana em pacientes alérgicos às penicilinas. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a clindamicina ou lincosamidas. Colite pseudomembranosa prévia. Colite ulcerativa e enterite. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Ocorrência de diarreia, cólica abdominal e perda de sangue/muco nas fezes (risco potencial de colite pseudomembranosa; suspender imediatamente o tratamento). ▪ Recém-nascidos, crianças, idosos e pacientes com atopia. ▪ Insuficiência renal. ▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C). ▪ Evitar a administração intravenosa rápida. ▪ Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Infecções causadas por bactérias anaeróbias e aeróbias gram positivas 8 a 20 mg/kg/dia, por via oral, divididos a cada 6 ou 8 horas, durante 7 a 10 dias. 20 a 40 mg/kg/dia, por via intramuscular profunda ou infusão intravenosa, divididos a cada 6 ou 8 horas, durante 7 a 10 dias. Malária por Plasmodium falciparum De 1 a 6 meses: 75 mg, por via oral, a cada 12 horas, durante 5 dias, combinada a sulfato de quinina 125 mg, por via oral, a cada 12 horas, nos 3 primeiros dias. 20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%, infundida em 1 hora, combinada a dicloridrato de quinina 20 mg/kg, por infusão intravenosa durante 4 horas, seguido de 10 mg/kg a cada 8 horas, diluído em 10 mL/kg de solução glicosada a 5% (máximo de 500 mL), ambos durante 7 dias. Assim que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada em comprimidos, por via oral. A partir dos 6 meses (malária grave): 20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%, infundida em 1 hora, durante 7 dias, combinada a artesunato de sódio 2,4 mg/kg, por via intravenosa, seguido de 1,2 mg/kg administrado após 12 e 24 horas. Depois, 1,2 mg/kg, a cada 24 horas, durante 6 dias. Assim que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada em comprimidos, por via oral. 20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%, infundida em 1 hora, durante 7 dias, combinada a arteméter 3,2 mg/ kg, por via intramuscular, no primeiro dia, seguido de 1,6 mg/kg, a cada 24 horas, por mais 4 dias. Assim que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada em comprimidos, por via oral. 20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%, infundida em 1 hora, combinada a dicloridrato de quinina 20 mg/kg, por infusão intravenosa durante 4 horas, seguido de 10 mg/kg a cada 8 horas, diluído em 10 mL/kg de solução glicosada a 5% (máximo de 500 mL), ambos durante 7 dias. Assim que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada em comprimidos, por via oral. Toxoplasmose 5 a 7,5 mg/kg, por via oral, a cada 6 horas, durante 12 meses, combinada a pirimetamina e folinato de cálcio. Profilaxia de endocardite bacteriana em pacientes alérgicos às penicilinas 20 mg/kg, por via oral ou intravenosa, 1 hora ou 30 minutos antes do procedimento, respectivamente. 5.2. Adultos Infecções causadas por bactérias anaeróbias e aeróbias gram positivas 150 a 450 mg, por via oral, a cada 6 horas. Dose máxima diária: 1,8 g. 0,6 a 2,7 g, por via intramuscular profunda ou infusão intravenosa, a cada 6 a 12 horas. Doses acima de 600 mg devem ser administradas somente por infusão intravenosa. Pneumocistose 300 a 450 mg, por via oral, a cada 6 horas, durante 21 dias, combinada a primaquina. Malária grave por Plasmodium falciparum 20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%, infundida em 1 hora, durante 7 dias, combinada a artesunato de sódio 2,4 mg/kg, por via intravenosa, seguido de 1,2 mg/kg administrado após 12 e 24 horas. Depois, 1,2 mg/kg, a cada 24 horas, durante 6 dias. Assim que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada em comprimidos, por via oral. 20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%, infundida em 1 hora, durante 7 dias, combinada a arteméter 3,2 mg/ kg, por via intramuscular, no primeiro dia, seguido de 1,6 mg/kg, a cada 24 horas, por mais 4 dias. Assim que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada em comprimidos, por via oral. 20 mg/kg, por via intravenosa, diluída em 1,5 mL/kg de solução glicosada a 5%, infundida em 1 hora, combinada a dicloridrato de quinina 20 mg/kg, por infusão intravenosa durante 4 horas, seguido de 10 mg/kg a cada 8 horas, diluído em 10 mL/kg de solução glicosada a 5% (máximo de 500 mL de SG 5%), ambos durante 7 dias. Assim que o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser administrada em comprimidos, por via oral. Toxoplasmose 600 mg, por via oral, a cada 6 horas, durante no mínimo 6 semanas, combinada a pirimetamina e folinato de cálcio. Profilaxia de endocardite bacteriana em pacientes alérgicos às penicilinas 600 mg, por via oral ou intravenosa, 1 hora ou 30 minutos antes do procedimento, respectivamente. Nota: Para esquema profilático de toxoplasmose em pessoas com Aids e tratamento de malária por Plasmodium falciparum em grávida, consultar, respectivamente, os guias de tratamento de crianças, adolescentes e adultos infectados pelo HIV e o guia prático de tratamento de malária no Brasil. 30, 44, 45 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção oral é alta (90%) e não influenciada pela presença de alimentos. Pico de concentração em 45 minutos (oral) e 2,5 a 3 horas (intramuscular). Meia-vida: 1,5 a 5 horas. Metabolismo: predominantemente hepático. Excreção: renal (5% a 28%). 7. Efeitos adversos: Exantema, dermatite de contato, prurido, xerose cutânea e síndrome de StevensJohnson (10%). Esofagite, glossite, estomatite, desconforto abdominal, náusea, vomito, dispepsia, gosto metálico na boca (4%), diarreia (10%) e colite pseudomembranosa (0,01% a 1%). Hepatotoxicidade. Dor local e flebite. Neutropenia, eosinofilia, agranulocitose e trombocitopenia. 8. Interações medicamentosas: Atracúrio e tubocurarina: podem prolongar o bloqueio neuromuscular, por efeito aditivo. Monitorar o paciente quanto ao nível de bloqueio e diminuir a dose do relaxante muscular, se necessário. Ciclosporina: pode ter sua biodisponibilidade diminuída, por mecanismo não conhecido. Monitorar as concentrações de ciclosporina e aumentar sua dose, se necessário. 9. Orientações aos pacientes: Ingerir com grande quantidade de água. Caso surja diarreia, informar ao médico. Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a cápsula e a solução injetável a temperatura de 20 a 25 oC. Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e estabilidade da solução. Ao usar pela via intravenosa, a concentração final não deve exceder 18 mg/ mL. Nunca administrar a solução em bolo. Solução injetável compatível com solução fisiológica 0,9%, glicose 5% e Ringer + lactato por 8 semanas a 10 oC, 32 dias a 4 oC e 16 dias a 25 oC, quando acondicionada em recipiente de vidro ou PVC. Incompatível com: ampicilina, aminofilina, barbitúricos, gliconato de cálcio, ceftriaxona, idarrubicina, sulfato de magnésio, fenitoína, filgrastim, fluconazol, alopurinol e ranitidina. Medicamento: CLORIDRATO DE CLOMIPRAMINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 529-532) 1. Apresentação: Comprimido 25 mg. 2. Indicações: Tratamento de distúrbios do pânico, associado ou não a agorafobia. Tratamento de transtorno obsessivo-compulsivo. 3. Contraindicações: Distúrbios da condução cardíaca e infarto do miocárdio recente. Insuficiência hepática. Hipersensibilidade ao fármaco ou a outros antidepressivos tricíclicos. Fase maníaca do transtorno bipolar. Uso de inibidores da MAO nos últimos 14 dias. Crianças com menos de 10 anos. 4. Precauções: A dose diária deve ser administrada após as refeições. Nos distúrbios obsessivo-compulsivos, a suspensão deve ser gradual (25% da dose a cada 2 meses). O início de efeito é lento, podendo ocorrer nos primeiros dias uma piora do quadro. Para o sucesso do tratamento, é importante informar ao paciente sobre a latência de efeito. Benzodiazepínicos podem ser empregados concomitantemente nas primeiras semanas, durante a latência do antidepressivo. Cautela em cardiopatas, nefropatas, epilépticos, idosos, portadores de hipertrofia prostática, hipertireoidismo, glaucoma, asma, alcoolismo e em pessoas com idéias suicidas ou distúrbios da cognição. Em feocromocitoma, psicoses e uso concomitante com anestésicos há risco de potencializar arritmias e hipotensão. Lactação. Categoria de risco na gravidez (FDA): C. (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Em distúrbio do pânico 5-10 mg/dia, por via oral, com aumento de 10 mg a cada três dias, até 50 mg. Após, incremento de 25 mg até o máximo de 75 mg/dia. A administração costuma ser em dose única diária. Em distúrbio obsessivo-compulsivo e ansiedade 25 mg/dia, por via oral, em dose única. Aumentar, ao cabo de duas semanas, para 100150 mg/dia. 5.2. Idosos Ambas as indicações Iniciar com 10 mg/dia, por vai oral, em dose única. Aumentar, ao cabo de duas semanas, para 100-150 mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção oral variável, mas não sofre interferência da alimentação. Meia-vida: 20 a 30 horas. 7. Efeitos adversos: Sedação (acima de 10%), tontura (acima de 10%), insônia (acima de 10%), cefaléia (acima de 10%), nervosismo (acima de 10%), fadiga (acima de 10%), tremor (acima de 10%), mioclonia (acima de 10%), anorexia (acima de 10%), hipotensão ortostática (1% a 10%), diminuição do limiar convulsivo (1% a10%), discinesias e síndrome parkinsoniana (1% a 10%), depressão medular (abaixo de 1%), convulsões (abaixo de 1%), disartria (1% a 10%), hipomnesia (1% a 10%), tremores finos de extremidade (1% a 10%). Diminuição da libido (acima de 10%). Secura na boca (acima de 10%). Aumento do apetite (acima de 10%), ganho de peso (acima de 10%), dispepsia (acima de 10%), constipação (acima de 10%), náusea (acima de 10%), diarréia (1% a 10%), vômito (1% a 10%). Sudorese (acima de 10%). Taquicardia (1% a 10%), palpitação (1% a 10%). Rash, dermatite, prurido (1% a 10%), fotossensibilidade (abaixo de 1%). Retenção urinária (1% a 10%). Visão borrada (1% a 10%), dor ocular (1% a 10%). Ginecomastia (abaixo de 1%), galactorréia (abaixo de 1%). Alopecia (abaixo de 1%). Alteração da função hepática. 8. Interações medicamentosas: A associação com inibidor da MAO deve ser evitada, pelo risco de crises de hipertensão, hiperpirexia, convulsões, coma e até mesmo morte. Os efeitos da clomipramina podem ser diminuídos por carbamazepina, fenitoína e barbitúricos, por aumento do catabolismo. Os efeitos da clomipramina podem aumentar por uso concomitante com neurolépticos, fluoxetina, cimetidina (aumento da biodisponibilidade). Efeitos anticolinérgicos podem ser acentuados com uso concomitante de antihistamínicos H1, antiparkinsonianos e neurolépticos. Diuréticos aumentam o risco de hipotensão postural. Quinidina, procainamida, formoterol, gatifloxacino aumentam sua cardiotoxicidade. Há aumento do risco de toxicidade com o lítio. Aumenta o efeito anticoagulante de varfarina. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para evitar uso de bebidas alcoólicas. Recomendar a ingestão após a alimentação para prevenir irritação gástrica. Alertar em relação à demora para o início da resposta terapêutica. Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. Orientar para informar se houver mudança na freqüência cardíaca e a levantar-se mais lentamente para evitar hipotensão ortostática. Alertar para não suspender o uso de maneira repentina. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar em temperaturas entre 15-30 oC, em recipientes bem fechados e ao abrigo da luz. ATENÇÃO: os efeitos terapêuticos podem demorar de 15 a 21 dias para se manifestar. Monitorização contínua de pressão arterial e freqüência cardíaca nas semanas iniciais. Não há informação quanto à eficácia e segurança em crianças e adolescentes. Medicamento: CLONAZEPAM Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 497-499) 1. Apresentação: Comprimido 0,5 mg e 2 mg. Solução oral 2,5 mg/mL. 2. Indicações: Tratamento de segunda linha em crises mioclônicas e de ausência, espasmos infantis e convulsões neonatais. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a clonazepam ou outros benzodiazepínicos. Glaucoma de ângulo estreito. Doença hepática grave. Gravidez. 4. Precauções: Usar com cautela em insuficiência renal, hepática, doença respiratória, porfiria, histórico de dependência de álcool e/ou psicofármacos, depressão, e em pacientes em uso de álcool e outros depressores de SNC. Pode ocorrer piora das convulsões em pacientes com múltiplos tipos de convulsões. Encontra-se no leite materno, não sendo recomendado o uso em lactantes. Reduzir a dose à metade em idosos ou debilitados. Suspender tratamento gradualmente: 0,125 mg, 2 vezes ao dia, a cada 3 dias. Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Epilepsia ▪ 1,0 a 1,5 mg/dia, por via oral, fracionados em 3 doses, durante 4 dias. Aumento gradual ao longo de 2-4 semanas. Dose de manutenção: 4-8 mg/ dia. Dose máxima: 20 mg/dia. 5.2. Crianças Epilepsia Até 1 ano: iniciar com 0,25 mg, por via oral, durante 4 dias; aumentar ao longo de 2 a 4 semanas até dose de manutenção de 0,5-1,0 mg/dia. Entre 1 e 5 anos: iniciar com 0,25 mg, por via oral, durante 4 dias; aumentar ao longo de 2 a 4 semanas até dose de manutenção de 1-3 mg/dia. Entre 5 e 12 anos: iniciar com 0,5 mg, por via oral, durante 4 dias; aumentar ao longo de 2 a 4 semanas até dose de manutenção de 3-6 mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Bem absorvido por via oral. Resposta inicial ao uso oral: 20 a 40 minutos. Pico plasmático: 1 a 2 horas. Meia-vida de eliminação: 18 a 50 horas. 7. Efeitos adversos: Aumento da secreção salivar e/ou bronquial com risco de problemas respiratórios especialmente em crianças. Amnésia, ataxia, disartria, sonolência, dificuldade de concentração, fadiga, fraqueza muscular, distúrbios de coordenação, labilidade emocional, reação paradoxal (agressividade, ansiedade), vertigem, depressão respiratória, dor de cabeça. Desenvolvimento prematuro das características sexuais secundárias, disfunção sexual. Síndrome da boca ardente. Incontinência urinária. Urticária, prurido, perda de cabelo reversível, mudanças na pigmentação da pele. Distúrbios visuais. Trombocitopenia. 8. Interações medicamentosas: Contra-indicado uso concomitante com atazanavir (aumento do risco de sedação ou depressão respiratória) e ácido valpróico (associado a ausências). Pode haver aumento de efeito (e toxicidade) com: barbitúricos, analgésicos opióides (risco de depressão respiratória), etanol, IMAO, anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos, inibidores da biotransformação (antifúngicos azólicos, ciprofloxacino, claritromicina, eritromicina, doxiciclina, diclofenaco, fenitoína), amiodarona, ritonavir. Pode ocorrer diminuição de efeito se houver uso concomitante com: carbamazepina, fenobarbital, rifampicina, nevirapina, teofilina, desipramina. Flumazenil antagoniza seus efeitos depressores. 9. Orientações aos pacientes: Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. Alertar para risco de quedas em idosos. Alertar para não ingerir bebidas alcoólicas. Orientar para não suspender tratamento abruptamente. Informar mulheres em idade fértil quanto aos riscos e aconselhar a notificar suspeita de gravidez. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar em temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados e ao abrigo da luz. ATENÇÃO: clonazepam é medicamento de segunda linha para a indicação apontada. Como os demais benzodiazepínicos, causa dependência física. Medicamento: CLORIDRATO DE BUPROPIONA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 520-522) 1. Apresentação: Comprimidos de 150 mg. 2. Indicações: Tratamento adjuvante na cessação do tabagismo. 3. Contraindicações: Crises convulsivas. História de descontinuação abrupta de álcool ou sedativos, incluindo benzodiazepínicos. Bulimia ou anorexia. Transtorno bipolar. Hipersensibilidade à bupropiona. Uso de inibidores da monoamina oxidase (IMAO) nos últimos 14 dias. Uso de outros produtos contendo bupropiona. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Distúrbios mentais e em uso de medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso central. Idosos, crianças e adolescentes (o risco não está bem definido). Insônia. Hipertensão, enfarte do miocárdio, tumores do SNC, angina instável, nefropatia (ver apêndice D), insuficiência hepática (ver apêndice C) e diabete tratado com hipoglicemiantes orais ou Insulina. Lactação (ver apêndice B) Categoria de risco na gravidez (FDA): C 5. Esquemas de administração: 5.1. Adolescentes No tratamento do tabagismo Dose de 1,4 a 6 mg/kg/dia. 5.2. Adultos No tratamento do tabagismo Dose de 150 mg por dia, por via oral, nos primeiros 3 dias; aumentar para 300 mg por dia, em duas tomadas. Continuar o tratamento por, no máximo, 7 a 9 semanas. 5.3. Idosos No tratamento do tabagismo Dose diária máxima de 150 mg. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção é feita em 80% pelo trato gastrintestinal, atingindo pico sérico em 3 horas. Metabolismo: hepático. Excreção: renal (87%) e fecal (10%), com meia-vida de eliminação é de 21 horas, o que propicia intervalos entre doses de 24 horas. A dose deve ser ajustada em caso de insuficiência renal e hepática. 7. Efeitos adversos: Tontura, cefaleia, insônia, agitação, ansiedade, confusão, tremores, exacerbação de depressão, comportamento hostil, mania, sonolência, visão borrada, zumbidos. Dor abdominal, obstipação, náuseas, faringite, xerostomia. Alterações de condução cardíaca, enfarte do miocárdio, taquiarritmia, hipertensão ou hipotensão. Prurido, exantema, urticária, sudorese, síndrome de Stevens-Johnson. Fogachos, disfunção sexual, alteração menstrual. Artralgias, mialgias, parestesias. 8. Interações medicamentosas: Álcool, antipsicóticos, corticosteroides, testosterona: diminuição do limiar para desencadeamento de crise convulsiva. Amantadina, levodopa: risco aumentado de efeitos adversos (náusea, vômito, excitação). Carbimazol: aumento da hepatotoxicidade. Monitorar o paciente para sinais e sintomas de hepatotoxicidade aguda e testes de função hepática. Citalopram, desipramina, flecainida, fluoxetina, haloperidol, metoprolol, nortriptilina, paroxetina, propafenona, risperidona, tioridazina: estes fármacos podem ter seus efeitos potencializados. Droperidol: aumento da cardiotoxicidade. Efavirenz, lopinavir, nevirapina, rifampicina, ritonavir, tipranavir: a eficácia da bupropiona pode ser diminuída. Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): aumento do risco de efeitos adversos dopaminérgicos. O uso concomitante não é recomendado, mas caso ocorra, monitorar o paciente para sinais precoces de efeitos adversos dopaminérgicos. IMAO (ex. selegilina): os níveis séricos da bupropiona podem ser aumentados. A administração concomitante de bupropiona e IMAO é contraindicada; descontinuar os IMAO pelo menos 14 dias antes de introduzir a bupropiona. Linezolida: aumento do risco da síndrome serotoninérgica (hipertermia, hiperreflexia, mioclônus, alteração do estado mental). Monitorar o paciente para sinais e sintomas; caso a síndrome ocorrer, descontinuar os medicamentos e providenciar o suporte e terapia necessários. Metoclopramida: aumento do risco de efeitos adversos extrapiramidais; o uso concomitante é contraindicado, mas se o mesmo for necessário, monitorar o paciente em relação aos efeitos extrapiramidais. Nicotina (adesivo): aumento do risco de urgência hipertensiva. Teofilina: pode ter suas concentrações séricas aumentadas. Reduzir a dose inicial e aumentar gradualmente a dose de teofilina durante o uso concomitante com bupropiona. Zolpidem: aumento do risco de alucinações. 9. Orientações aos pacientes: Recomendar para não associar com bebida alcoólica. Orientar para ingerir com alimentos para diminuir a possibilidade de irritação gástrica. Orientar para engolir o comprimido inteiro, não devendo ser dividido ou triturado. Orientar sobre a possibilidade de prejudicar o desempenho de atividades que exijam atenção (como dirigir e operar máquinas perigosas). Comunicar ao médico se houver piora dos sintomas de depressão e/ou pensamento suicida e/ou comportamento agressivo. 10. Aspectos farmacêuticos Manter ao abrigo de luz e à temperatura ambiente, entre 15 e 30°C. Medicamento: CLORETO DE SÓDIO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 505-507) 1. Apresentação: Solução nasal 0,9%. 2. Indicações: Alívio de congestão nasal. Umidificação da mucosa nasal. Fluidificação da secreção nasal. 3. Esquemas de administração: Aplicar 2 a 6 gotas em cada narina, a cada duas horas, conforme necessidade ou prescrição médica. 4. Efeitos adversos: Nesta via de administração, o cloreto de sódio não apresenta risco conhecido à saúde, não havendo contra-indicações, interações ou efeitos adversos relevantes. 5. Orientações aos pacientes: Orientar para evitar contato do conta-gotas com a pele para não contaminá-lo. Ensinar a segurar o frasco na mão por alguns minutos antes do uso para aquecer a solução e reduzir o desconforto na aplicação. 6. Aspectos farmacêuticos A solução nasal de cloreto de sódio 0,9% contém conservante, geralmente cloreto de benzalcônio. Apesar da proteção antimicrobiana conferida pelo conservante, recomenda-se manuseio higiênico do frasco conta-gotas para evitar contaminação. O medicamento deve ser mantido à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Medicamento: CLORPROMAZINA, CLORIDRATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 532-535) 1. Apresentação: Comprimidos de 25 mg e 100 mg. Solução oral 40 mg/mL. Solução injetável 5 mg/mL. 2. Indicações: Manifestações agudas de esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. Para sedação em pacientes clínicos em ventilação mecânica, quando em surtos psicóticos associados a doença grave. 3. Contraindicações: Pacientes psicóticos com sintomas negativos. Feocromocitoma. Depressão medular. Depressão do sistema nervoso central. Hipersensibilidade a clorpromazina e outras fenotiazinas. 4. Precauções: Redução progressiva de doses após o controle da crise psicótica. Exames de lâmpada de fenda e oftalmoscópico para detectar alterações oculares. Utilizar as menores doses pelo menor tempo possível em idosos. Suspensão gradual em tratamentos prolongados. Cautela em pacientes com epilepsia pela redução do limiar convulsivante. Cuidado com idosos ou pacientes debilitados pelo risco de hipotensão postural. Cautela em pacientes com insuficiência hepática. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Todas as indicações Na crise, 25 a 50 mg, por via intramuscular (preferível), repetida a cada 15 minutos até obter sedação. Após: 25 mg, por via oral, duas ou três vezes ao dia. Podem ser utilizados 75 mg, por via oral, em dose única à noite. Na manutenção, 75 a 300 mg/dia; dose máxima: 1.000 mg/dia. 5.2. Idosos Todas as indicações Em crise ou em manutenção, a dose deve ser a metade ou um terço da dose de adulto. 5.3. Crianças Todas as indicações Na crise, 0,5 mg/kg, por via intramuscular, a cada 15 minutos até obter sedação. Dose máxima: 75 mg/dia. Na manutenção, em crianças de 1 a 6 anos: 0,5 mg/kg, por via oral, a cada 6 a 8 horas, ajustando de acordo com a resposta. Dose máxima: 40 mg/ dia. Na manutenção, em crianças de 6 a 12 anos: 10 mg, por via oral, três vezes ao dia, ajustando de acordo com a resposta. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Boa absorção por via oral. Biodisponibilidade de 32%. Formulações líquidas aumentam a biodisponibilidade oral. Metabolismo hepático com metabólitos ativos. Crianças tendem a metabolizar este fármaco mais rapidamente que os adultos. Excreção renal (menos de 1% na forma ativa). Atravessa barreira hematoencefálica, placenta e aparece no leite materno. Pico plasmático: 2 a 4 horas (oral),1 a 4 horas (intramuscular). Meia-vida plasmática: 30 horas. 7. Efeitos adversos: Sedação, convulsões em epilépticos, perturbação da regulação da temperatura corporal, delírio, síndrome neuroléptica maligna, estado catatônico. Retenção urinária. Visão borrada, midríase, aumento da pressão intra-ocular, pigmentação em seqüência de lente anterior, córnea posterior, córnea anterior, conjuntiva e retina, deficiências funcionais que vão desde a dificuldade de adaptação ao escuro até a cegueira. Arritmias cardíacas, hipotensão ortostática. Lúpus eritematoso. Agranulocitose. Icterícia (no início do tratamento), constipação, íleo adinâmico, boca seca. Fotossensibilidade, rash cutâneo. Amenorréia, galactorréia, ginecomastia, hiperprolactemia, hiperglicemia. Dor no local da administração intramuscular. 8. Interações medicamentosas: Metrizamida (aumento do risco de ataques epilépticos). Lítio ou antagonistas da dopamina D2 (fraqueza, discinesia, aumento da possibilidade de sintomas extrapiramidais, encefalopatia e danos cerebrais). Gatifloxacino ou gemifloxacino (aumentam o risco de cardiotoxicidade – parada cardíaca, QT prolongado, torsades de pointes). Procarbazina (aumentam a depressão no SNC e de depressão respiratória). Relatos de interações moderadas com: Diminuição dos níveis séricos: biperideno, triexifenidil. Diminuição da eficácia antipsicótica: fenitoína, fenobarbital, carbamazepina. Aumento do risco de hipotensão: anti-hipertensivos. Aumento da depressão do SNC: opióides, ansiolíticos, álcool, hipno-sedativos, anestésicos gerais. Aumento dos efeitos anticolinérgicos: atropina, antiparkinsonianos, anticolinérgicos, antidepressivos tricíclicos. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para evitar o uso de bebidas alcoólicas ou sedativos. Orientar para notificar o aparecimento de movimentos involuntários. Alertar para a importância de não suspender o tratamento abruptamente. Orientar para a exigência de cautela com atividades que exijam atenção, como dirigir e operar máquinas. Informar mulheres em idade fértil sobre os riscos e aconselhar a comunicar suspeita de gravidez. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar em temperaturas entre 15 e 30 oC, em recipientes bem fechados e ao abrigo da luz. A solução injetável pode ser diluída em cloreto de sódio 0,9%. A manipulação requer uso de máscaras e luvas de borracha, pois pode causar dermatite de contato grave em pessoas sensíveis. Medicamento: DEXAMETASONA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 619-622; 723-726) 1. Apresentação: Creme dermatológico 1 mg/g. Solução injetável 4 mg/mL. 2. Indicações: Micose fungóide; dermatites e dermatoses. Adjuvante no tratamento emergencial de reações anafiláticas, no tratamento de meningite tuberculosa e no tratamento de meningite bacteriana por Haemophilus influenzae ou Streptococcus pneumoniae (suspeita ou confirmada). Doenças inflamatórias do sistema musculoesquelético. Doenças respiratórias graves. Insuficiência adrenocortical primária ou secundária. Púrpura trombocitopênica idiopática. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco. Infecções de pele por fungos, bactérias e vírus, não tratadas. Administração de vacinas com vírus vivos. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Úlcera péptica e doenças inflamatórias intestinais, diabetes melito; hipertensão artéria, ICC, recente IAM; doenças tromboembólicas; malária cerebral, miastenia grave; osteoporose; glaucoma avançado; instabilidade emocional, tendências psicóticas, estresse, epilepsia; hipotireoidismo. Insuficiência hepática e/ou renal. Idosos. Tratamento prolongado em crianças. Psoríase (pode precipitar psoríase pustular grave na retirada). Uso concomitante com imunossupressores. Interrupção após terapia crônica com suprarrenal; a retirada deve ser gradual). doses diárias (risco de supressão Monitorar peso, pressão arterial, equilíbrio dos fluidos, eletrólitos e glicose sanguínea durante tratamento prolongado. Aumenta a susceptibilidade e a gravidade de infeções bacterianas, varicela e sarampo. Pode ativar ou exacerbar tuberculose, amebíase e estrongiloidíase. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Tópico: Dermatites e dermatoses Tópico (creme dermatológico 1 mg/g): aplicar uma fina camada na área afetada 3 a 4 vezes ao dia; curativos oclusivos podem ser necessários em afecções graves. Adjuvante do tratamento emergencial de reações anafiláticas 0,5 a 24 mg, por bolo ou infusão intravenosa lenta, de acordo com a gravidade da reação. Adjuvante do tratamento de meningite bacteriana por H. influenzae ou S. pneumoniae (suspeita ou confirmada) 0,15 mg/kg, por via intravenosa, a cada 6 horas, do 2º ao 4º dia de tratamento com antibiótico; coincidir a primeira dose de dexametasona com uma dose do antibiótico. Doenças inflamatórias do sistema musculoesquelético Para uso intra-articular ou intralesional, a dose é baseada no local da aplicação: grandes articulações, de 2 a 4 mg; pequenas articulações, de 0,8 a 1 mg; bursas, de 2 a 3 mg; bainha dos tendões, de 0,4 a 1 mg; tecidos moles, de 2 a 6 mg; e gânglios, de 1 a 2 mg. O intervalo de doses pode variar de 3 a 5 dias até 2 a 3 semanas. Demais indicações 0,5 a 9 mg/dia, por via intramuscular ou intravenosa, de acordo com a necessidade, gravidade e resposta clínica. 5.2. Crianças Tópico: Dermatites e dermatoses Aplicar uma fina camada na área afetada 3 a 4 vezes ao dia. Adjuvante do tratamento emergencial de reações anafiláticas 0,2 a 0,4 mg/kg, por bolo ou infusão intravenosa lenta, de acordo com a gravidade da reação. Adjuvante do tratamento de meningite bacteriana por H. influenzae ou S. pneumoniae (suspeita ou confirmada) Acima de 2 meses de idade: 0,15 mg/kg, por via intravenosa, a cada 6 horas, do 2º ao 4º dia de tratamento com antibiótico; coincidir a primeira dose de dexametasona com uma dose do antibiótico. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção percutânea: 1 a 36 %, dependendo do local da aplicação (maior na região inguinal/escrotal) e do grau de inflamação da pele, tipo de veículo, concentração do produto e curativos oclusivos. Início da resposta nas reações alérgicas agudas: 8 a 24 horas após administração intramuscular, permanecendo por 4 dias. Meia-vida de eliminação varia com a idade: 2,3 a 9,5 horas (até 2 anos de idade); 2,8 a 7,5 horas (de 8 a 16 anos); e 3 a 6 horas no adulto. Excreção: 65 % da dose é excretada na urina em 24 horas. 7. Efeitos adversos: Retenção de sódio, edema e hipertensão; arritmias cardíacas e cardiomiopatias podem ocorrer em crianças. Acne, hematomas, dermatite, equimose, eritema facial, atrofia, hirsutismo, dificuldade de cicatrização de feridas, sudorese, estrias, telangiectasia, rosácea, dermatite perioral, prurido vulvar; e superinfecção mucocutânea. Hiperglicemia grave em pacientes com diabetes melito (1 a 46 %), acompanhada de cetoacidose e coma hiperosmoloar; ocasionalmente ocorre hipertireoidismo, dislipidemias e porfiria; supressão da suprarrenal pode ocorrer tanto por administração sistêmica quanto tópica; é comum aumento do apetite e ganho de peso. Redução da taxa de crescimento das crianças com uso prolongado e em altas doses. Náusea; candidíase orofaríngea (33 %), úlcera péptica (2 %), perfuração e hemorragias gastrintestinais (< 1 %); raramente pode ocorrer pancreatite. Reação leucemoide (leucócitos > 20.000/mm3) tem sido relatada. Reações de hipersensibilidade e imunossupressão após uso sistêmico de altas doses (< 1 %). Osteoporose e osteopenia (comuns); osteonecrose asséptica (rara). Precipitação de esquizofrenia (> 5 %); menos frequentemente pode ocorrer euforia, depressão, insônia, mania e alucinações. Catarata subcapsular posterior (2,5 a 60 %), aumento da pressão intraocular (30 %) e dano do nervo óptico; glaucoma de ângulo aberto (após um ano de tratamento contínuo). Superinfecção generalizada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. 8. Interações medicamentosas: Ácido acetilsalicílico: risco aumentado de toxicidade gastrintestinal e de concentrações séricas subterapêuticas do ácido acetilsalicílico. Fenitoína, fenobarbital e rifampicina: podem diminuir a efetividade da dexametasona. Antiácidos, antifúngicos azólicos, anti-inflamatórios não-esteroides, bloqueadores dos canais de cálcio e estrógenos: podem aumentar a efetividade e a toxicidade da dexametasona. Bupropiona: pode haver diminuição do limiar convulsivo; cautela em caso de uso concomitante com corticoides sistêmicos. Ciprofloxacino: o uso concomitante aumenta o risco de ruptura de tendões. Descontinuar a fluoroquinolona na presença de sinais e sintomas. Talidomida: aumento do risco de desenvolvimento de necrólise epidérmica tóxica. Vacina contra rotavírus: aumento do risco de infecção pela vacina de vírus vivos. A administração da vacina a pacientes imunocomprometidos por corticoides sistêmicos é contraindicada, mas deve prevalecer a avaliação clínica do médico. Varfarina: pode aumentar o risco de sangramento. Monitorar o tempo de protrombina. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para relato de história prévia de alergias, hipertensão, diabetes melito, osteoporose, distúrbios gastrintestinais, micoses e outras infecções. Orientar para não tomar qualquer tipo de vacina ou vacina sem consulta prévia. Alertar para evitar contato com pessoas acometidas de infecções, particularmente as mais comuns na infância. Recomendar a não utilização do creme dermatológico na face; evitar contato com os olhos. Orientar para o uso adequado da quantidade de creme dermatológico nas crianças a fim de evitar efeitos sistêmicos. 10. Aspecto farmacêutico: Manter as apresentações em recipientes bem fechados, à temperatura entre 15 a 30 ºC, ao abrigo da luz, calor e umidade. Não congelar. Para infusão intravenosa, diluir em glicose 5 % ou cloreto de sódio 0,9 %; velocidade de administração intravenosa em crianças: direta (bolo), solução 50 mg/mL em 3 a 5 minutos; injeção intermitente, solução 1 mg/mL em 20 a 30 minutos. Incompatibilidades: cloridrato de metoclopramida. Medicamento: DIAZEPAM Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 628-630) 1. Apresentação: Comprimido de 5 mg. Solução injetável 5 mg/mL. 2. Indicações: Ansiedade generalizada e insônia transitória (tratamento de curta duração). Adjuvante na anestesia geral (fase de pré-anestesia). Tratamento do estado de mal epiléptico. 3. Contraindicações: Depressão maior. Coma. Choque. Insuficiência pulmonar aguda. Depressão respiratória. Miastenia grave. Apneia do sono. Hepatopatia grave (ver apêndice C). Glaucoma de ângulo fechado. Hipersensibilidade a diazepam e outros benzodiazepínicos. Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A). 4. Precauções: Cautela em doença respiratória, insuficiência pulmonar crônica, histórico de dependência de álcool e/ou psicotrópicos, insuficiência hepática (ver apêndice C) ou renal, porfiria. Reduzir a dose à metade em idosos ou pacientes debilitados. Evitar a retirada abrupta, bem como seu uso continuado por período superior a 6 meses. Risco de reação paradoxal em crianças, adolescentes e pacientes psiquiátricos. Há risco de icterícia grave em neonatos e lactentes com menos de 6 meses. Pode induzir dependência física e tem efeito cumulativo se não for corretamente intervalado. É preferível restringir o uso durante a lactação (ver apêndice B). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Transtornos de ansiedade De 2 a 10 mg, VO, 2 a 3 vezes ao dia. Transtornos do sono De 5 a 15 mg/dia, VO, ao deitar, por 7dias. Sedação pré-anestésica De 5 a 15 mg, VO, duas horas antes da cirurgia. Estado de mal epilético 10 mg, por via IV lenta (não mais que 5 mg/minuto), repetindo se necessário após 30 a 60 minutos. Dose máxima de 3 mg/kg no período de 24 horas. 5.2. Crianças Sedação pré-anestésica De 0,2 a 0,3 mg/kg, VO, uma hora antes da cirurgia; dose máxima: 10 mg. Estado de mal epiléptico De 0,05 a 0,3 mg/kg/dose, por via IV, em infusão lenta (não mais que 5 mg/minuto), a cada 15 a 30 minutos, não ultrapassando dose máxima de 10 mg por dia para crianças acima de 10 kg. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Pico plasmático de dose oral: 30 a 90 minutos. Pico plasmático de dose intravenosa: 8 minutos. Início de efeito no estado de mal epiléptico: 1 a 5 minutos. Duração de efeito no estado de mal epiléptico: 20 a 30 minutos. Atravessa a placenta e está presente no leite materno. Metabolização hepática com produção de metabólitos ativos. Meia-vida de eliminação bifásica: inicial de 7 a 10 horas e secundária de 2 a 6 dias. Circulação entero-hepática produz um segundo pico de concentração plasmática, cerca de 6 a 12 horas após sua administração. Meia-vida aumentada em recém-nascidos, idosos e hepatopatas. 7. Efeitos adversos: Depressão respiratória decorrente de doses elevadas e/ou uso parenteral, sedação, ataxia, tonturas, confusão, hipotensão, amnésia, vertigem, cefaleia, reações paradoxais (irritabilidade, excitabilidade, agressividade, alucinação), distúrbios do sono (insônia rebote), tremor, dependência física. Neutropenia, anemia, pancitopenia, trombocitopenia. Arritmia cardíaca. Flebite na administração intravenosa. Distúrbios gastrintestinais (mudanças na salivação, náusea, vômito, constipação, diarréia). Reações cutâneas. Distúrbios visuais. Mudança na libido. Retenção ou incontinência urinária. Fraqueza muscular. 8. Interações Medicamentosas: Álcool, analgésicos opioides (risco de depressão respiratória), anestésicos, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, barbitúricos, inibidores enzimáticos (macrolídeos, antifúngicos azólicos, buprenorfina, fluvoxamina, isoniazida, omeprazol, propofol, troleandomicina), fosamprenavir (aumento do risco de sedação ou depressão respiratória): podem aumentar o efeito e a toxicidade do diazepam. Considerar a substituição por um benzodiazepínico eliminado por glicuronidação, como o lorazepam. Monitorar o aparecimento de sinais de intoxicação como sedação, tonturas, ataxia, fraqueza, diminuição da cognição ou desempenho motor, confusão, depressão respiratória ou sonolência. O efeito do diazepam pode ser reduzido pelo uso concomitante com: rifampicina, rifapentina, teofilina, Ginkgo biloba. Pode ser necessário aumentar a dose de diazepam para manter o efeito terapêutico. Rever a posologia após a suspensão do fármaco interferente. 9. Orientações aos pacientes: Alertar aos idosos para tomar precauções para evitar quedas. Orientar para a exigência de cautela com atividades que exijam atenção, como dirigir e operar máquinas. Reforçar para não ingerir bebidas alcoólicas. Informar mulheres em idade fértil quanto aos riscos e desaconselhar o uso do medicamento na gravidez. 10. Aspectos farmacêuticos Todas as formas farmacêuticas devem ser mantidas ao abrigo de luz, ar e umidade, e em temperatura de 15 a 30 ºC. Por ser lipossolúvel, não convém diluí-lo em água, solução fisiológica ou glicosada. As diluições devem ser realizadas imediatamente antes da administração. Após a diluição, observar se ocorreu precipitação. Não misturar a solução injetável com outros medicamentos. ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, por isto deve ser realizada pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar o diazepam ou outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente. Medicamento: DIGOXINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 642-645) 1. Apresentação: Comprimido 0,25 mg. 2. Indicações: Insuficiência cardíaca congestiva. Taquicardias supraventriculares (particularmente fibrilação atrial). 3. Contraindicações: Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (com exceção de fibrilação atrial e falência cardíaca concomitante). Síndrome de Wolff-Parkinson-White. Taquicardia ou fibrilação ventricular. Bloqueio completo intermitente. Bloqueio atrioventricular de segundo grau. Hipersensibilidade à digoxina. 4. Precauções: Em insuficiência renal grave e em idosos com déficit de função renal, há necessidade de ajuste de esquema (ver apêndice D). Deve-se evitar uma possível perda de potássio, pelo risco de intoxicação digitálica. O potássio pode ser suplementado ou preservado pela administração de diuréticos poupadores do íon. Determinação de níveis plasmáticos é especialmente útil em pacientes com déficit de função renal, e diminuiu a incidência de intoxicação digitálica de 25% para 2%. Para o monitoramento sérico do fármaco, a coleta do material deve ser realizada pelo menos 6 horas após a administração da dose. Cautela em pacientes com infarto recente, cardioversão elétrica (baixa voltagem), hipóxia, pericardite constritiva crônica, disfunção tireoidiana, hipocalemia e hipomagnesemia. Evitar administração intravenosa rápida (náusea e risco de arritmias). Neonatos prematuros são especialmente sensíveis ao fármaco, e reduz-se e individualiza-se a dose de acordo com o grau de maturidade, já que a depuração renal aumenta com o desenvolvimento. Crianças com mais de 1 mês de idade normalmente necessitam de doses proporcionalmente maiores com base no peso corporal e área de superfície corporal. Categoria de risco na gravidez (FDA): C. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Insuficiência cardíaca Digitalização rápida: raramente usada. Início: 0,8 a 1,6 mg, por via oral, nas primeiras 24 horas. Manutenção: 0,25 a 0,50 mg, por via oral, uma vez ao dia; dose de 0,50 mg deve ser fracionada a cada 12 horas para evitar náusea. Taquicardias supraventriculares 0,125 a 0,25 mg, por via oral, diariamente. A dose de manutenção é determinada pela freqüência cardíaca em repouso que não deve cair abaixo de 60 bpm. 5.2. Crianças Insuficiência cardíaca Digitalização rápida: Prematuros: 0,020 a 0,030 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas. Neonatos: 0,025 a 0,035 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas. 1 a 24 meses de idade: 0,035 a 0,060 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas. 2 a 5 anos de idade: 0,030 a 0,040 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas. 5 a 10 anos de idade: 0,020 a 0,035 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas. Acima de 10 anos de idade: 0,010 a 0,015 mg/kg, por via oral (elixir), de 12/12 ou 8/8 horas. A dose inicial a ser administrada deve conter metade do total calculado para cada paciente. Digitalização de manutenção: 20% a 30% da dose de digitalização para prematuros e 25% a 35% da dose de digitalização para os demais pacientes pediátricos, via oral (elixir). 2 a 5 anos de idade: 0,010 a 0,015 mg/kg, por via oral (comprimido), de 12/12 ou 8/8 horas. 5 a 10 anos de idade: 0,007 a 0,010 mg/kg, por via oral (comprimido), de 12/12 ou 8/8 horas. Acima de 10 anos de idade: 0,003 a 0,005 mg/kg, por via oral (comprimido), de 12/12 ou 8/8 horas. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: A biodisponibilidade oral é de 60% a 80% para comprimidos e de 70% a 85% para elixir. A administração do fármaco com alimento reduz a taxa de absorção do mesmo, porém não altera o total absorvido. Entretanto a ingestão concomitante de alimentos ricos em fibra pode reduzir a extensão da absorção, sendo recomendada sua administração 1 hora antes da alimentação ou após um período de 2 horas da mesma. A via preferencial é a oral. Via intravenosa só se justifica em situações emergenciais e em pacientes com via oral indisponível. A resposta inicial após a administração do comprimido ou elixir do fármaco ocorrem entre 30 minutos a 1 hora e a resposta máxima entre 2 a 6 horas. Níveis plasmáticos terapêuticos variam entre 0,5 a 2 nanogramas/mL. É importante manter os níveis séricos abaixo de 1,2 nanogramas/mL, porque valores mais altos associam-se a aumento absoluto de mortalidade. Concentrações entre 0,5 e 0,8 nanogramas/mL associam-se a menor taxa de mortalidade. Meia-vida de eliminação: 36 horas (DCE normal); para pacientes com alteração da função renal, a meia-vida pode variar entre 3,5 a 5 dias. Na ausência de dose de ataque, ocorre equilíbrio entre o administrado e o excretado (platô) em torno do sexto dia (quarta meia-vida). Excreção: predominantemente renal, em forma ativa. O fármaco é removido por hemodiálise, diálise peritonial, hemoperfusão e hemofiltração, porém somente em pequena quantidade, já que o mesmo encontra-se em maior concentração nos tecidos e não na corrente sangüínea. 7. Efeitos adversos: Arritmias. Anorexia, desconforto abdominal, diarréia, náusea, vômito ou perda de apetite. Cefaléia, fadiga e neuralgia, distúrbios psiquiátricos e cromatopsia. Medicamento: DIPIRONA SÓDICA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 646-648) 1. Apresentação: Comprimido 500 mg. Solução oral 500 mg/mL. Solução injetável 500 mg/mL. 2. Indicações: Tratamento de dor e febre. 3. Contraindicações: Discrasias sanguíneas. Supressão da medula óssea. Hipersensibilidade à dipirona sódica, ao ácido acetilsalicílico ou a outros antiinflamatórios não-esteroidais. Crianças com menos de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg. 4. Precauções: Cautela em pacientes com doença cardíaca, incluindo hipertensão agravada por retenção de líquidos e edema, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, história de ulcerações, sangramento e perfuração ganstrintestinal, infecção pré-existente, porfiria, insuficiências hepática (ver apêndice C) e renal (ver apêndice D). Dipirona sódica deve ser administrada pelo período mais curto possível. Gravidez (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Dor de leve a moderada e febre De 0,5 a 1 g, por via oral, a cada 4 a 6 horas. Dose máxima diária: 3-4 g. De 0,5 a 1 g, por vias subcutânea, intramuscular, ou intravenosa, a cada 6 a 8 horas. Dose máxima diária: 3-4 g. 5.2. Crianças Dor de leve a moderada e febre Dar 20 mg/kg, por via oral, até 4 vezes ao dia. De 5 a 8 kg: 50 mg, por via intramuscular apenas. De 9 a 15 kg: 100 mg, por vias intramuscular ou intravenosa. De 16 a 23 kg: 150 mg, por vias intramuscular ou intravenosa. De 24 a 30 kg: 200 mg, por vias intramuscular ou intravenosa. De 31 a 45 kg: 250 mg, por vias intramuscular ou intravenosa. De 46 a 53 kg: 400 mg, por vias intramuscular ou intravenosa. A dose pode ser repetida em 6 a 8 horas, se necessário. 6. Esquemas de Administração: Em adultos e crianças, a administração intravenosa deve ser muito lenta para evitar reações hipotensivas. A velocidade de infusão não deve exceder a 500 mg de dipirona sódica/ minuto. 7. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início do efeito: 30 a 60 minutos. Pico do efeito: 4 a 6 horas. Meia-vida de eliminação: 2 a 5 horas. Metabolismo: intestinal e hepático. Excreção: renal. 8. Efeitos adversos: Hipotensão, exantema, urticária, necrólise epidérmica tóxica, síndrome de Lyell e síndrome de Stevens-Johnson. Diaforese. Porfiria intermitente aguda. Náuseas, vômitos, irritação gástrica, xerostomia, hepatite. Agranulocitose, anemia hemolítica, anemia aplásica, trombocitopenia, leucopenia. Anafilaxia, broncoespasmo, alveolite, pneumonite, vasculite. Sonolência, cansaço, cefaleia. Insuficiência renal aguda, nefrite intersticial aguda. 9. Interações Medicamentosas: Heparinas e fluoxetina: pode haver aumento do risco de sangramento. Devem ser coadministrados com cautela. Pacientes devem ser monitorados cuidadosamente para sinais e sintomas de hemorragia. Ácido acetilsalicílico: pode ter seu efeito antiplaquetário reduzido pela Dipirona. Anticoagulantes: aumento do risco de sangramento. Antidepressivos tricíclicos: aumento do risco de toxicidade pela Dipirona. Monitorar concentrações dos fármacos e ajustar suas doses, quando necessário. Dipirona reduz efeito diurético e eficácia anti-hipertensiva da furosemida e da hidroclorotiazida. Monitorar pressão arterial e peso, também observar pacientes quanto a sinais de insuficiência renal. Dipirona aumenta o risco de hipoglicemia da Glibenclamida. Pacientes devem ser monitorados para hipoglicemia. 10. Orientações aos pacientes: Reforçar a necessidade de reportar a presença dos seguintes sintomas: lesões inflamatórias nas mucosas – como orofaríngea, anorretal ou genital – febre, sangramentos. 11. Aspectos farmacêuticos Solução injetável deve ser armazenada em sua embalagem original e protegida da luz. Pode ser diluída em solução de glicose a 5%, solução de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de Ringer lactato. As soluções diluídas de dipirona sódica devem ser administradas imediatamente, visto que sua estabilidade é limitada. Devido à possibilidade de incompatibilidade, solução de dipirona sódica não deve ser administrada com outros medicamentos injetáveis. A dipirona sódica deve ser utilizada imediatamente após abertura da ampola. Qualquer solução remanescente após o uso deve ser descartada. Observar orientação específica do produtor quanto à reconstituição, diluição, compatibilidade e estabilidade da solução. Medicamento: ENALAPRIL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 824-826) 1. Apresentação: Comprimido 10 mg. 2. Indicações: Hipertensão arterial sistêmica. Insuficiência cardíaca. Prevenção de cardiopatia isquêmica. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao enalapril ou a outros inibidores da ECA. Gravidez (ver Apêndice A). Doença renovascular. Angioedema induzido por inibidores da ECA. Angioedema hereditário ou idiopático. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Hiponatremia, hipovolemia, diminuição de função renal (ver apêndice D) ou uso de diuréticos (usar a menor dose efetiva). Doença vascular periférica, cardiomiopatia hipertrófica, estenose da artéri aórtica ou renal, insuficiência hepática, cirurgia/anestesia e em situações com risco aumentado de hipotensão. História de alergias (pode ocorrer angioedema mesmo após a primeira dose). Crianças (segurança e eficácia não estabelecidas). Elevação de enzimas hepáticas ou icterícia (ver apêndice C) Lactação. Iniciar tratamento com dose baixa (ajustar a cada 2 ou 4 semanas), e monitorar pressão arterial após a primeira dose. Monitorar potássio sérico, especialmente se houver insuficiência renal. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (primeiro trimestre) e D (segundo e terceiro trimestres) (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Hipertensão arterial sistêmica Neonatos: iniciar com 0,1 mg/kg por dia a cada 24 h, com aumentos na dose ou intervalos a cada pouco dias. Doses menores que 0,01 a 0,04 mg/kg não resultam em controle adequado da pressão arterial. 6 meses a 16 anos: iniciar com 0,08 mg/kg uma vez ao dia. Máximo de 5 mg. Dose usual: 0,08 a 0,58 mg/kg uma vez ao dia. Dose máxima: 0,58 mg/kg por dia (40 mg). Ajustar com base na resposta pressórica e na tolerância do paciente até o máximo de 20 mg diários. 5.2. Adultos Hipertensão arterial sistêmica 5 a 40 mg/dia, por via oral, a cada 12 ou 24 horas. Iniciar com dose ainda menor (2,5 mg) se for adicionar a um diurético ou em paciente com disfunção renal. Insuficiência cardíaca congestiva Iniciar com 2,5 mg por dia, por via oral, a cada 24 horas. Aumentar a dose a cada 2 a 4 semanas até alcançar a dose usual de manutenção de 20 mg/dia, dada em dose única ou dividida em duas doses. Dose máxima: 40 mg/dia. Com disfunção ventricular esquerda assintomática: iniciar com 2,5 mg de 12 em 12 horas ate o máximo de 20 mg/dia em doses dividida. Prevenção da cardiopatia isquêmica Iniciar com 2,5 mg, por via oral, a cada 12 horas. Dose máxima: 20 mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção não e influenciada pela presença de alimentos. Biodisponibilidade: 60%. Início da ação: 1 a 4 horas. Pico de concentração: 1 hora. Duração da ação: 12 a 24 horas (via oral, dose única ou doses múltiplas) Metabolismo hepático 70%, metabólito ativo. Excreção: renal 61%. Meia-vida de eliminação: 1,3 horas; enalaprilate (metabólito ativo), 11 horas. Dialisável. 7. Efeitos adversos: Hipotensão (maior que 1%), taquicardia, dor no peito, angioedema (0,2%). Náusea (1,4%), vômito, diarréia (1,4%), dor abdominal, distúrbio do sabor (ageusia). Tontura (4,3%), astenia (3%), vertigem, cefaleia (5,2%), anorexia. Insuficiência hepática (rara: menor que 1%). Alteração de função renal (0,1% a 1%). Prurido, exantema, urticária, fotossensibilidade. Hiperpotassemia (1%), hipoglicemia. Tosse (> 1%). 8. Interações Medicamentosas: Acido acetilsalicílico ou antiinflamatórios não- esteroides e rifampicina: pode resultar em diminuição do efeito do enalapril. Ajustar a dose, ou substituir antipertensivo, monitorar pressão arterial e sinais e sintomas específicos. Alfainterferona 2, azatioprina: o uso concomitante com enalapril pode resultar em anormalidades hematológicas. Monitorar pressão arterial, contagem de células sanguíneas e sinais e sintomas específicos. Bupivacaina, diuréticos de alça (primeira dose), diuréticos tiazídicos (primeira dose), diuréticos poupadores de potássio, metformina, suplemento de potássio, trimetoprima: podem aumentar o efeito/toxicidade do enalapril. Monitorar pressão arterial, sinais e sintomas específicos. Clomipramina: pode ter o efeito aumentado pelo enalapril. Monitorar sinais e sintomas específicos. 9. Orientações aos pacientes: Evitar uso excessivo de alimentos que contem potássio, inclusive substitutos do sal contendo potássio e suplementos dietéticos. Orientar cautela na realização de atividades que exigem atenção e coordenação motora, como operar máquinas e dirigir veículos. Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se o horário da próxima dose estiver próximo, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no horário. Nunca usar duas doses juntas. Informar que pressão alta pode não apresentar sintoma, não deixar de usar o medicamento sem falar com o médico. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar preferentemente entre 15 e 30°C. Proteger de calor, umidade e luz direta. Medicamento: ERITROMICINA, ESTEARATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 667-670) 1. Apresentação: Comprimido 500 mg. Suspensão oral 250 mg/mL. 2. Indicações: Alternativa para pacientes hipersensíveis à penicilina, no tratamento de infecções do trato respiratório, infecções orais, sífilis, cancro mole, clamídia, conjuntivite neonatal por clamídia, uretrite não gonocócica, prostatite, linfogranuloma venéreo, enterite por Campylobacter, febre recorrente, infecções da pele, difteria (tratamento e profilaxia), profilaxia de coqueluche e febre quartã em crianças. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a eritromicina e outros macrolídeos. Porfiria. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Insuficiência renal grave (ver apêndice D) e insuficiência hepática (ver apêndice C). Predisposição a prolongamento de intervalo QT, incluindo distúrbios eletrolíticos e uso concomitante de determinados fármacos. Neonatos com menos de duas semanas de vida (risco de estenose hipertrófica pilórica). Miastenia grave. Lactação. Pode levar ao desenvolvimento de superinfecção. Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos 250 a 500 mg, VO, a cada 6 horas. Dose máxima: 4 g/dia. 5.2. Crianças Neonatos: 12,5 mg/kg, VO, a cada 6 horas. 1 mês a 2 anos: 125 mg, VO, a cada 6 horas; dobrar em infecções graves. Entre 2 e 8 anos: 250 mg, VO, a cada 6 horas; dobrar em infecções graves. Acima de 8 anos: 250 a 500 mg, VO, a cada 6 horas. Dose máxima: 4g/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Melhor absorvida com o estômago vazio, pois é instável no suco gástrico. Pico plasmático: 1 a 4 horas. Metabolismo: hepático. Meia-vida plasmática: 1,5 a 2,5 horas. Excreção: bile e urina (2% a 5% em forma inalterada). Não é removida por hemodiálise ou diálise peritoneal. 7. Efeitos adversos: Diarreia, náusea, desconforto abdominal, dor abdominal, vômito. Reações de hipersensibilidade: anafilaxia, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, urticária, exantema. Perda auditiva reversiva após altas doses. Arritmias. Pancreatite. Exacerbação de miastenia grave. 8. Interações Medicamentosas: Aumenta efeito/toxicidade de: ergotamina e derivados, pimozida, tioridazina, quinidina, disopiramida, verapamil, cetoconazol, fluoroquinolonas, digoxina, estatinas, colchicina, fentanil, carbamazepina, ciclosporina, tacrolimo, benzodiazepinas, varfarina, bromocriptina, corticosteroides, itraconazol, fenitoína, estrógenos, salmeterol, clozapina, buspirona. Eritromicina pode diminuir a eficácia do zafirlucaste. Eritromicina pode diminuir a depuração de alfentanil. Uso concomitante de eritromicina pode aumentar as concentrações plasmáticas da buspirona. Eritromicina pode aumentar as concentrações plasmáticas da budesonida. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para ingerir os comprimidos preferencialmente fora dos horários de refeições, mas que pode ser ingerida com alimento se houver irritação gástrica. Orientar para a necessária agitação do frasco com a suspensão antes do uso. Ensinar a medição da dose com copo ou colher-medida apropriados. Alertar para as mulheres em idade fértil a necessidade de usar método contraceptivo associado, pois a eritromicina pode diminuir a efetividade do contraceptivo oral. Orientar par o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses, sob risco de desenvolvimento de resistência bacteriana. 10. Aspectos farmacêuticos Manter ao abrigo de luz, calor e umidade e à temperatura ambiente (15 a 30 ºC). Manter a suspensão oral sob refrigeração. Não congelar. ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, por isto deve ser realizada pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar a eritromicina ou outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente. Medicamento: ESPIRAMICINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 663-665) 1. Apresentação: ▪ Comprimido 500 mg 2. Indicações: ▪ Toxoplasmose ativa na gravidez, como prevenção de toxoplasmose congênita. 3. Contraindicações: ▪ Hipersensibilidade à espiramicina. 4. Precauções: ▪ ▪ Usar com cuidado nos casos de: Histórico de hipersensibilidade a outros macrolídeos. Insuficiência hepática, inclusive obstrução biliar (ver apêndice C). Insuficiência renal. Problemas gastrintestinais e doenças cardiovasculares. Lactação. Categoria de risco na gravidez (FDA): C. 5. Esquemas de administração: Tratamento de toxoplasmose ativa na gravidez. ▪ Dose de 1 g, por via oral, a cada 8 horas, durante toda a gravidez. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: ▪ Biodisponibilidade oral: 36% ▪ Pico de concentração plasmática: 2 a 4 horas. ▪ Excreção renal e biliar. ▪ Meia-vida de eliminação: 4 a 8 horas. 7. Efeitos adversos: ▪ Incidência menor de 10%: diarreia, náusea, vômito, anorexia, disfagia, dor abdominal, colite espástica e dor epigástrica. ▪ Incidência de 1%: exantema (urticariforme, prurítico, maculopapular). ▪ Prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma, parada cardíaca (raro). ▪ Vasculite (raro). ▪ Leucopenia; trombocitopenia (raro). ▪ Hepatite colestática (raro). 8. Interações Medicamentosas: ▪ Bepridil, cisaprida, di-hidroergotamina, ergonovina, ergotamina e outros derivados da ergotamina, levometadol, mesoridazina, metilergonovina, metisergida, pimozida, terfenadina, tioridazina, ziprasidona: aumentam o risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, etc.). O uso concomitante com espiramicina é contraindicado. ▪ Carbidopa e levodopa: uso concomitante pode levar a perda dos efeitos antiparkinsonianos. ▪ Derivados da ergotamina: pode haver aumento do risco de ergotismo. O uso concomitante é contraindicado. ▪ Fentanila: pode ter seus efeitos depressores aumentados ou prolongados pela espiramicina. Ajuste de dose da fentanila pode ser necessário. ▪ Fluconazol e eritromicina: aumento do risco de cardiotoxicidade. Deve-se ter cautela em caso de utilização concomitante com espiramicina. Monitorar o intervalo QT. ▪ Outros fármacos que podem aumentar o intervalo QT (acecainida, ajmalina, amiodarona, amissulprida, amitriptilina, amoxapina, aprindina, trióxido de arsênio, astemizol, azimilida, bretílio, cloroquina, claritromicina, desipramina, dibenzepina, disopiramida, dofetilida, dolasetrona, doxepina, droperidol, enflurano, flecainida, fluoxetina, foscarnete, gemifloxacino, halofantrina, haloperidol, halotano, hidrato de cloral, hidroquinidina, ibutilida, imipramina, isoflurano, isradipino, lidoflazina, lorcainida, mefloquina, nortriptilina, octreotida, pentamidina, pirmenol, probucol, procainamida, proclorperazina, propafenona, quetiapina, quinidina, risperidona, sematilida, sertindol, sotalol, sulfametoxazol, sultoprida, tedisamila, telitromicina, trifluoperazina, trimetoprima, trimipramina, vasopressina, zolmitriptana, zotepina): aumento do risco de cardiotoxicidade. A utilização concomitante com espiramicina não é recomendada. 9. Orientações aos pacientes: ▪ Orientar para ingerir com estômago vazio, isto é, 2 horas antes ou 3 horas após as refeições. 10. Aspectos farmacêuticos: ▪ Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 a 30 ºC. Manter ao abrigo do ar. ATENÇÃO: o tratamento na grávida deve ser iniciado imediatamente após diagnóstico de infecção por Toxoplasma gondii Este medicamento apresenta um número elevado de interações de medicamentos, devendo ser realizada pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar este ou outros fármacos no esquema terapêutico do paciente, especialmente em se tratando de fármacos que prolongam o intervalo QT. Medicamento: ESTRIOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 672-673) 1. Apresentação: Creme vaginal 1 mg/g. 2. Indicações: Sintomas urogenitais decorrentes de atrofia vaginal pós-menopausa. 3. Contraindicações: Tumores estrógeno-dependentes. Histórico de tumor mamário. Tromboembolismo venoso ou histórico de recorrência. Tromboembolismo arterial ativo ou recente. Distúrbios hepáticos. Hiperplasia endometrial. Hemorragias vaginais não diagnosticadas. Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A). Lactação (ver apêndice B). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Uso prolongado de estriol ou qualquer estrógeno (aumenta o risco de desenvolvimento de tumores no endométrio; pacientes em uso prolongado de creme vaginal devem ser avaliadas quanto à proliferação endometrial; considerar a possibilidade de administrar simultaneamente progestógeno para reduzir o risco). ▪ Diabetes melito, histórico de nódulos mamários, enxaqueca, endometriose, predisposição a tromboembolismos, doenças da vesícula biliar e porfiria. 5. Esquemas de administração: 0,5 mg, por via intravaginal, a cada 24 horas, durante 7 a 14 dias. Seguido de 0,5 mg 2 a 3 vezes na semana, durante 3 a 6 meses 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Pequena absorção sistêmica. Pico de concentração sérica após aplicação vaginal de 0,5 mg de estriol: 1 a 2 horas. Concentração sérica máxima: 100 a 160 picogramas/mL, correspondendo aproximadamente à mesma concentração que seria alcançada com uma dose oral de 8 mg. Após a quarta semana de uso, a concentração sérica máxima é significantemente reduzida, provavelmente por aumento do metabolismo pelas células do epitélio vaginal. Metabolismo hepático por conjugação, produzindo metabólitos inativos. Excreção: preponderantemente renal. 7. Efeitos adversos: Irritação vaginal, aumento da sensibilidade das mamas, leucorreia, sangramento vaginal, dor abdominal, prurido genital. Efeitos sistêmicos e proliferação endometrial são associados ao uso de estrógenos, mas não foram encontrados na literatura pesquisada para o estriol vaginal. Dose única diária, por tempo curto, não acarreta proliferação endometrial. 8. Interações Medicamentosas: As interações descritas na literatura para estrógenos (ver, por exemplo, monografia de Estrogênios conjugados) são menos prováveis com estriol, uma vez que seu metabolismo hepático, com predomínio de reações de conjugação, não envolve o citocromo P450. 9. Orientações aos pacientes: A dose da forma vaginal é dada pelo aplicador que vem na embalagem. Aplicar antes de dormir. Após usar o aplicador lavar com água e sabão, não usar água quente. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Manter ao abrigo do ar e da luz. Medicamento: ETINILESTRADIOL + LEVONORGESTREL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 615-678) 1. Apresentação: Comprimidos de 0,03 mg + 0,15 mg. 2. Indicações: Contracepção. 3. Contraindicações: Arritmias. Valvopatias. Distúrbios tromboembólicos. Hipertensão arterial sistêmica não controlada. Doença cardíaca associada com hipertensão pulmonar ou risco de embolia. Enxaqueca com sintomas neurológicos focais. Diabetes com comprometimento vascular. Adenomas ou carcinomas hepáticos. Distúrbios hepáticos. Lúpus eritematoso sistêmico. Porfiria. Tumores mamários ou geniturinários. Hemorragia vaginal não diagnosticada. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A). Lactação (ver apêndice B). 4. Precauções: Pode ocorrer aumento de risco para tromboembolismo venoso, retenção de fluidos e alterações visuais, especialmente com o uso de lentes de contato. Cautela quando há tabagismo (acima de 15 cigarros/dia), idade superior a 35 anos, depressão, diabetes, obesidade, hipertensão, enxaqueca, histórico familiar de tumor de mama e de tromboembolismo, hiperlipidemias. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Um comprimido por dia, por via oral, durante 21 dias. Em seguida aguardar um intervalo de 7 dias, período em que a menstruação deve ocorrer. Após esse intervalo, um novo curso de tratamento deve ser iniciado. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Pico de concentração plasmática: etinilestradiol (78 minutos), levonorgestrel (90 a 96 minutos). Metabolização preponderantemente hepática. Excreção: fecal e urinária. Meia-vida: etinilestradiol (18 horas), levonorgestrel (36 horas). 7. Efeitos adversos: Mais freqüentes: edema periférico, aumento de volume e sensibilidade das mamas, náusea, anorexia, sensação de plenitude gástrica, vômitos, diarréia, dor de cabeça, alterações da libido. Menos freqüentes: alteração na freqüência do fluxo menstrual, sangramento de escape, hipo ou amenorréia, tumores de mama, icterícia colestática, redução da tolerância à glicose, edema, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, tromboembolismo, infarto do miocárdio, aumento de triglicerídeos e LDL colesterol, depressão, ansiedade, vertigem, propensão à candidíase vaginal, intolerância a lentes de contato, melasma, cloasma, rash cutâneo, acne, hirsutismo (levonorgestrel tem o maior potencial androgênico dentre os progestógenos associados em contraceptivos orais combinados). 8. Interações Medicamentosas: A eficácia contraceptiva pode ser comprometida por fármacos indutores da metabolização, como certos antibióticos, anticonvulsivantes, entre outros. Pacientes utilizando amoxicilina, demais penicilinas ou tetraciclinas devem ser orientadas para a utilização de método contraceptivo adicional durante o tratamento antimicrobiano. Eritromicina e demais macrolídeos podem induzir a metabolização, comprometer a eficácia contraceptiva e elevar o risco de hepatotoxicidade. Carbamazepina, felbamato, fenitoína, fenobarbital, griseofulvina, primidona, rifampicina, rifapentina, rifabutina e topiramato aceleram a metabolização de contraceptivos hormonais, podendo reduzir sua eficácia. Alguns anti-retrovirais (amprenavir, nelfinavir, ritonavir e nevirapina) induzem a metabolização, com possível perda da eficácia dos contraceptivos. Fosamprenavir pode ter sua concentração sérica reduzida e alterar a metabolização do contraceptivo, além de elevar o risco de hepatotoxicidade. Micofenolatos (de mofetila ou de sódio) podem acelerar a metabolização do levonorgestrel, reduzindo a eficácia do contraceptivo. Isotretinoína pode reduzir a eficácia contraceptiva pela alteração de características farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Rosuvastatina e valdecoxibe podem reduzir a metabolização do contraceptivo, elevando as concentrações plasmáticas e a probabilidade de ocorrência de efeitos adversos. Benzodiazepínicos, cafeína, ciclosporina, corticóides e teofilina têm risco de efeitos adversos aumentados. Insulina, glibenclamida, metformina e demais agentes hipoglicemiantes aumentam o risco de hipoglicemia. Lamotrigina pode ter seu metabolismo alterado, com variação das concentrações plasmáticas. As doses do anticonvulsivante devem ser cuidadosamente monitoradas e ajustadas em mulheres em terapia simultânea com contraceptivos hormonais. Varfarina pode ter seu efeito alterado, com redução ou aumento da eficácia anticoagulante. A utilização simultânea deve ser evitada. Voriconazol pode ter seu metabolismo inibido e inibir o metabolismo do contraceptivo. 9. Orientações aos pacientes: Alertar para a importância de obedecer rigorosamente ao horário, diariamente. Informar que intervalos de administração superiores a 24 horas podem comprometer a eficácia contraceptiva. Recomendar a utilização de métodos contraceptivos adicionais durante os 7 dias subseqüentes ao esquecimento. Orientar para o possível esquecimento de uma dose: ingerir assim que a paciente lembrar. Se o horário já estiver próximo da dose seguinte, as duas doses devem ser ingeridas. O esquecimento de doses deve sempre ser relatado ao médico. Orientar para a adoção de medidas contraceptivas adicionais durante 7 dias, se houver vômitos ou diarréia intensa até 2 horas após a ingestão de qualquer dose. 10. Aspectos farmacêuticos Deve-se manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Medicamento: FENITOÍNA SÓDICA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 694-698) 1. Apresentação: Comprimidos de 100 mg. 2. Indicações: Convulsões tônico-clônicas generalizadas. Convulsões parciais. Estado de mal epiléptico. Profilaxia e tratamento de convulsões associadas a neurocirurgia ou traumatismo cranioencefálico grave. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade às hidantoínas. Porfiria aguda. Bradicardia sinusial Bloqueio sinoatrial Bloqueio AV de graus 2 e 3. Síndrome de Stokes-Adams (uso parenteral). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Diabetes melito (hiperglicemia). ▪ Hipotensão. ▪ Insuficiência cardíaca congestiva. ▪ Insuficiência hepática. ▪ História de doença renal ou hepática (não devem receber o regime de dose oral de ataque). ▪ Se ocorrer exantema ou erupção cutânea (suspender o tratamento). ▪ Uso de álcool (uso agudo: eleva os níveis plasmáticos de fenitoína; uso prolongado: reduz os níveis). ▪ Suspensão do tratamento (pode precipitar estado epiléptico; suspensão deve ser gradual). ▪ HLA-B * 1502-positivos, mais comuns no Sul da Ásia, incluindo asiáticos índios (aumento do risco de síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica; evitar utilizar como uma alternativa para carbamazepina em pacientes com teste positivo para esse alelo). ▪ Monitorar contagem de células sanguíneas. ▪ Evitar extravasamento (soluções alcalinas são irritantes para os tecidos). ▪ Categoria de risco na gravidez (ADEC): D (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Convulsões generalizadas tônico-clônicas e convulsões parciais complexas 5 mg/kg, por via oral, dividido a cada 8 ou 12 horas. Dose de manutenção: 4 a 8 mg/kg/dia. Dose máxima: 300 mg/dia Profilaxia e tratamento de convulsões associadas a neurocirurgia ou traumatismo cranioencefálico grave ▪ 5 mg/kg, por via oral, dividido a cada 8 ou 12 horas. Dose de manutenção: 4 a 8 mg/kg/dia. Crianças com idade superior a 6 anos podem necessitar da dose mínima de adultos. Dose máxima: 300 mg/dia. 5.2. Adultos Convulsões generalizadas tônico-clînico e convulsões parciais complexas ▪ 100 mg, por via oral, a cada 8 horas. Dose de manutenção: 100 mg, a cada 6 ou 8 horas. Dose máxima diária: 600 mg. Profilaxia e tratamento de convulsões associadas a neurocirurgia ou traumatismo cranioencefálico grave ▪ 100 mg, por via oral, a cada 8 horas. Dose de manutencao: 100 mg por via oral, a cada 6 ou 8 horas. Dose máxima: 600 mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção oral: lenta e variável entre as especialidades farmacêuticas. Insatisfatória em neonatos Pico de concentração plasmática: 1,5 a 3 horas. A fenitoína e distribuída no liquido cérebroespinhal, saliva, sêmen, líquidos gastrintestinais, bile e leite materno; também atravessa a placenta, com concentrações séricas fetais iguais as da mãe. Metabolismo hepático, especificamente pela família CYP2 de isoenzimas microssomais. Excreção renal, aumentada pela alcalinização da urina. A meia-vida de eliminação é dependente da dose e concentração plasmática, uma vez que apresenta farmacocinética de saturação. 7. Efeitos adversos: Prurido, erupção cutânea, síndrome de Stevens-Johnson, dermatose bolhosa, erupção purpúrea, escarificação, necrólise epidérmica tóxica, lúpus eritematoso sistêmico. Agranulocitose, leucopenia, granulocitopêmica. Obstipação, hiperplasia gengival, náuseas, vômitos. Hepatotoxicidade, hepatite tóxica, dano hepático. Osteomalácia. Confusão mental, nervosismo, nistagmo, ataxia, problemas de coordenação, encefalopatia, cefaleia, insônia, fala emplastada, parestesia, vertigem, coreoatetose. Nefrotoxicidade. Alteração na função respiratória: pneumonia, fibrose pulmonar, insuficiência respiratória e infiltrado pulmonar. trombocitopenia, pancitopenia, transtorno 8. Interações Medicamentosas: ▪ Beclamida: pode resultar em leucopenia. O perfil hematológico deve ser monitorado regularmente quando doses maiores de fenitoína são dadas concomitantemente a beclamida. ▪ Delavirdina: pode ter a sua concentração de vale diminuída. O uso concomitante não é recomendado devido à substancial redução da concentração plasmática da delavirdina. Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): pode resultar na redução da efetividade da fenitoína, podendo precipitar convulsões. Evitar o uso concomitante. Imatinibe: pode ter suas concentrações plasmáticas diminuídas. Se a associação se fizer necessária, a dose de imatinibe deve ser aumentada em pelo menos 50% para manter a eficácia. Ainda assim, a resposta clinica ao imatinibe deve ser sempre monitorada. Irinotecano: pode resultar na redução da sua exposição sistêmica com conseqüente diminuição da eficácia. Considerar o uso de um anticonvulsivante não indutor enzimático, com inicio de pelo menos 2 semanas antes de instituir a administração do irinotecano. Lidocaína: pode ter suas concentrações plasmáticas diminuídas e efeito depressivo cardíaco aditivo. Esta associação deve ser feita com cautela. Monitorar função cardíaca do paciente. Se possível, evitar em pacientes com doenças cardíacas diagnosticadas. Lopinavir: pode ter suas concentrações plasmáticas diminuídas. Se a associação se fizer necessária, ajustar a dose do lopinavir para manutenção da efetividade. Metotrexato: pode resultar na redução da efetividade da fenitoína e aumento no risco de toxicidade pelo metotrexato. Se a associação se fizer necessária, monitorar níveis plasmáticos de fenitoína e sinais de toxicidade pelo metotrexato. Posaconazol: pode resultar na redução das concentrações plasmáticas de posaconazol e aumento da fenitoína. E sugerido que a associação seja evitada. Monitoramento adequado deve ser realizado se o uso concomitante for indispensável. Ranolazina: pode ter suas concentrações plasmáticas reduzidas. O uso concomitante com indutores de isoenzima CYP3A, como a fenitoína, e contraindicado. Tacrolimo: pode ter sua efetividade diminuída ou aumentar as concentrações plasmáticas de fenitoína. Monitorar as concentrações plasmáticas de tacrolimo, sinais de redução de efetividade e proceder ao ajuste de dose. Monitorar os pacientes para os efeitos da elevação da exposição a fenitoína. Voriconazol: pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína e redução de voriconazol. Monitorar frequentemente as concentrações plasmáticas e de efeitos adversos a fenitoína. Se o uso concomitante for necessário, aumentar em 25% a dose intravenosa e em 100% a dose oral de voriconazol. 9. Orientações aos pacientes: Hipersensibilidade a fenitoína e compostos relacionados deve ser investigada antes de iniciar o tratamento. A efetividade de contraceptivos hormonais pode ser comprometida. Um método anticoncepcional adicional pode ser necessário. A ocorrência de gravidez deve ser notificada imediatamente ao medico Higiene dental/bucal adequada e acompanhamento odontológico são necessários devido a ocorrência de hiperplasia gengival, em especial as crianças. Cuidado nas cirurgias dentárias e tratamento odontológico de emergência. Pode ocorrer crescimento anormal e excessivo do cabelo, notado principalmente nas meninas. Potencial redução do desempenho escolar pode ocorrer com uso prolongado e em doses altas. Pacientes idosos são mais susceptíveis aos efeitos adversos e toxicidade. Devido ao potencial de interação da fenitoína com outros produtos, nenhum medicamento ou substancia terapêutica deve ser utilizados sem conhecimento do medico. As formas orais devem ser administradas preferentemente com alimentos. Os comprimidos de fenitoína não devem ser partidos ou mastigados durante a administração. O uso de bebidas alcoólicas não é recomendado durante o tratamento com fenitoína. Os pacientes diabéticos que utilizam fenitoína devem monitorar estreitamente os níveis de glicose no sangue. Dosagem e posologia devem ser rigorosamente obedecidas. Não interromper o tratamento sem autorização médica. Cuidado ao dirigir, usar máquinas ou exercer atividade as quais requerem atenção. 10. Aspectos farmacêuticos ▪ Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 e 30%, e protegidas a luz. Não expor a extremos de temperatura sob risco de perda de estabilidade e deterioração. ▪ Os comprimidos de fenitoína não devem ser amassados, partidos ou triturados. ▪ Não está garantida a mesma bioequivalência e biodisponibilidade das especialidades farmacêuticas do comprimido de fenitoína. Isto está relacionado a quantidade de sulfato de cálcio utilizado como adjuvante nas preparações. A forma ácida da fenitoína possui 8% a mais de fenitoína base do que a forma sódica. ▪ A forma sódica de fenitoína contem 0,35 mEq (8 mg) de sódio por 100mg. ATENÇÃO: este medicamento apresenta um número elevado de interações, sobretudo por indução do metabolismo de outros fármacos. Deve ser realizada uma pesquisa específica sobre este aspecto quando se considera a terapia com fenitoína, bem como ao introduzir ou descontinuar outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente. Medicamento: FENOBARBITAL E FENOBARBITAL SÓDICO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 698-701) 1. Apresentação: Comprimido de 100 mg. Solução oral 40 mg/mL. Solução injetável 100mg/mL (fenobarbital sódico). 2. Indicações: Controle de crises epilépticas parciais simples e complexas e tônico-clônicas (segunda escolha). Estado de mal epilético (para controle após diazepam). Convulsões em neonatos e convulsões febris na infância. 3. Contraindicações: Porfiria. Hipersensibilidade a fenobarbital e outros barbitúricos. Dano hepático grave. Insuficiência respiratória. 4. Precauções: Cautela em idosos (indução de confusão mental), pacientes debilitados e crianças (hipercinesia), pacientes com função renal prejudicada (ver apêndice D), insuficiência hepática (ver apêndice C), insuficiência respiratória, abuso de álcool e psicotrópicos, depressão com ideação suicida, choque hipovolêmico. Evitar suspensão abrupta do tratamento em pacientes com exposição prolongada (diminuir diariamente 10% da dose) porque pode desencadear estado de mal epiléptico. Tolerância e dependência física e psíquica podem ocorrer em tratamento prolongado. Amamentação: o acúmulo de fenobarbital no leite materno é variável, mas significante (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adulto Crises epilépticas parciais simples e complexas e tônico-clônicas 60 a 180 mg, por via oral, à noite. Estado de mal epiléptico Dose inicial de 10 mg/kg, em infusão intravenosa, à velocidade de 100 mg/minuto. Após, infundir à velocidade de 50 mg/minuto até cessarem as convulsões. Dose máxima: 1-2 g. 5.2. Crianças Crises epilépticas parciais simples e complexas e tônico-clônicas e convulsões febris 6-8 mg/kg/dia, por via oral, divididos em 1 a 2 doses. Estado de mal epiléptico Crianças e lactentes: 5 a 10 mg/kg, por via intravenosa, em dose única, a 30 mg/minutos. Adicionalmente, 5 mg/kg/dose, a cada 15-30 minutos, até o controle das convulsões. Dose máxima: 40 mg/kg. 5.3. Neonatos Crises convulsivas 5 a 10 mg/kg, a cada 20 a 30 minutos,por injeção intravenosa, até concentração plasmática atingir 40 mg/L. Administração Evitar extravasamento perivascular ou injeção intra-arterial porque a solução é alcalina. Infundir lentamente (3 a 5 minutos); não exceder 2 mg/kg/minuto em crianças pequenas, 30 mg/minuto em crianças maiores e 60 mg/minuto em adultos; é preferível a administração em grandes vasos, evitando veias varicosas. Monitoramento de pressão arterial, respiração e freqüência cardíaca devem ser realizados durante a administração intravenosa de fenobarbital; equipamentos de ressuscitação e ventilação artificial devem estar disponíveis. Injeções intramusculares devem ser administradas profundamente em grandes músculos, como glúteo máximo ou vasto lateral; existe risco de abscesso estéril nas aplicações superficiais; não administrar mais de 5 mL em cada injeção. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção gastrintestinal rápida. Início de ação: 1 hora (oral), 20-60 minutos (intramuscular), 5 minutos (intravenoso). Duração da ação de dose única: 10-12 horas. 7. Concentração plasmática terapêutica: 10-40 microgramas/mL. Fenobarbital é importante indutor de várias isoenzimas microssomais, principalmente CYP3A4 e CYP1A2. Meia-vida de eliminação: 79 horas (adultos), 21-75 horas (crianças), 110 horas (neonatos). Efeitos adversos: Hipotensão, choque, bradicardia e síncope. Constipação, náusea e vômito. Incoordenação motora, vertigem, ressaca, insônia, sonolência, alucinações, ansiedade, nervosismo, irritabilidade, prejuízo de desempenho cognitivo. Eczema esfoliativo, síndrome de Stevens-Johnson, necrose epidérmica tóxica. Agranulocitose, anemia megaloblástica, trombocitopenia. Tromboflebite. Dano hepático. Osteopenia, raquitismo. 8. Interações Medicamentosas: Cloranfenicol, IMAO, ácido valpróico, felbamato: pode haver inibição do metabolismo de fenobarbital. Considerar redução de doses deste último. O fenobarbital pode reduzir as concentrações plasmáticas e o efeito de: irinotecano,metoxiflurano, voriconazol e delavirdina (uso concomitante contraindicado); quetiapina e teniposídeo (aumentar as doses destes); anticoagulantes cumarínicos (monitorar INR e, se necessário, ajustar a dose). Em uso concomitante com benzodiazepínicos, antidepressivos, álcool e analgésicos opiódes, pode haver efeito aditivo de depressão respiratória. Monitorar estreitamente a função respiratória. Considerar redução de doses. Com lopinavir, tacrolimo e sirolimo, pode resultar na redução das concentrações plasmáticas destes fármacos. A efetividade do tratamento deve ser monitorada, assim como as concentrações plasmáticas dos imunossupressores. Inibidores de tirosina cinase: pode resultar na redução das concentrações plasmáticas dos inibidores; aumentar as doses e monitorar efetividade. 9. Orientações aos pacientes: Alertar sobre a importância de informar sobre alergia a fenobarbital ou outro barbitúrico, gravidez, amamentação, bem como a ocorrência de efeitos indesejáveis. Alertar para evitar atividades que exijam atenção, como dirigir automóveis e operar máquinas, pelo risco de acidentes. Ensinar para utilizar o medicamento preferencialmente de estômago vazio. Alertar para não interromper o tratamento. Alertar para não usar bebida alcoólica durante o tratamento. A eficácia dos contraceptivos orais pode ser prejudicada; portanto, outro método anticoncepcional adicional deve ser utilizado. 10. Aspectos farmacêuticos Estocar à temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C), livre de calor, luz direta e umidade. A solução para administração intravenosa pode ser diluída em igual volume de solução injetável de glicose 5%, Ringer lactato ou cloreto de sódio a 0,9%. Incompatível com os seguintes fármacos em misturas intravenosas: canamicina, cefalotina, cimetidina, clindamicina, fosfato de codeína, ciclizina,droperidol, efedrina, estreptomicina, fenitoína, fenotiazinas, hidralazina, succinato sódico de hidrocortisona, hidroxizina, isoprenalina, levorfanol, metaraminol, metadona, metildopa, metilfenidato, morfina, noradrenalina, oxitetraciclina, pancurônio, papaverina, pentazocina, petidina, ranitidina, suxametônio, tiamina, tubocurarina e vancomicina. Compatível com os seguintes fármacos em misturas intravenosas: canamicina, cefalotina, cimetidina, clindamicina, fosfato de codeína, ciclizina,droperidol, efedrina, estreptomicina, fenitoína, fenotiazinas, hidralazina, succinato sódico de hidrocortisona, hidroxizina, isoprenalina, levorfanol, metaraminol, metadona, metildopa, metilfenidato, morfina, noradrenalina, oxitetraciclina, pancurônio, papaverina, pentazocina, petidina, ranitidina, suxametônio, tiamina, tubocurarina e vancomicina. Medicamento: FENTANILA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 487-489) 1. Apresentação: Solução injetável 78,5 µg/mL (equivalente a 50 µg de fentanil/mL). 2. Indicações: Adjuvante analgésico em anestesia geral. Analgesia pós-operatória. 3. Contraindicações: Depressão/hipoventilação respiratória. Intolerância ao fentanila ou a outros opioides. Hipersensibilidade ao fármaco ou aos outros componentes da formulação Íleo paralítico. Uso concomitante com naltrexona. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Neonatos (a meia-vida é longa e efeito cumulativo pode ocorrer em uso prolongado); enfraquecidos, idosos e crianças (risco aumentado de depressão respiratória). Altas doses (risco de prevenção respiratória; monitorar ventilação no pós- operatório; manter à disposição equipamento para ressuscitação e intubação). Interrupção após uso prolongado (deve ser gradual para diminuir síndrome de abstinência). Trauma cefálico, tumor cerebral (aumento da pressão intracraniana, inconsciência ou coma; retenção de dióxido de carbono pode exacerbar os efeitos sedativos dos opioides e aumentar o risco de dose excessiva fatal). Insuficiência renal (ver apêndice D) e hepática (ver apêndice C). Hipotireoidismo ou insuficiência supracortical. Distúrbios convulsivos. Distúrbios intestinais obstrutivos ou inflamatórios. Hipertrofia prostática. Hipotensão ou choque. Miastenia grave. Lactação (ver apêndice B). A fentanila tem potência de abuso e causa dependência física e psicológica. Evitar uso concomitante com álcool ou outros fármacos indutores de abuso. Pode causar bradicardia (acompanhar função cardíaca). Há prejuízo no desempenho de tarefas que exijam coordenação motora. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Anestesia em cirurgias cardíacas e do SNC 20 a 50 µg/kg em infusão IV contínua, associada com óxido nitroso e oxigênio; doses de até 150 µg/kg podem ser requeridas. Adjuvante em anestesia geral 2 a 50 µg/kg em infusão IV contínua; doses de até 150 µg/kg podem ser requeridas. De modo alternativo, de 50 a 100 µg/kg por via IM, nos 30 a 60 minutos que antecedem a cirurgia; ou 50 µg/kg/hora, por infusão epidural contínua (reduzindo para 25 µg/kg/hora). Adjuvante em anestesia regional/local Dose única de 50 a 100 µg por via IM ou por infusão IV lenta, a cada 1 ou 2 horas, quando analgesia adicional for requerida. Analgesia pós-operatória 25 µg de fentanila adicionados a 12,5 mg de Bupivacaína durante anestesia epidural. Se analgesia adicional for necessária, administrar de 50 a 100 µg, por via IM ou por via IV lenta (durante 1 a 2 minutos), podendo-se repetir após 1 ou 2 horas. Neuroleptanalgesia 50 a 100 µg, por via IM, nos 30 a 60 minutos que antecedem a cirurgia, em associação com droperidol. 5.2. Crianças Anestesia em cirurgias cardíacas e do SNC De 2 a 12 anos de idade: 30 µg/kg, por via IV em bolo, seguida de infusão contínua de 0,3 µg/kg/minuto, combinada a óxido nitroso. Anestesia geral De 2 a 12 anos de idade: 2 a 3 µg/kg/hora, por via IV contínua. Neonatos: 0,5 a 2 µg/kg/hora, por via IV contínua. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início de efeito: 7 a 8 minutos (IM); 1 a 2 minutos (IV). Pico de efeito: 20 a 30 minutos. Duração do efeito: 1 a 2 horas (IM); 30 a 60 minutos (IV). Meia-vida de eliminação: 219 minutos. Metabolismo: hepático. Excreção: renal e fecal. 7. Efeitos adversos: Edema periférico, taquicardia, hipotensão, palpitação. Desidratação, perda de peso, hipopotassemia. Dor abdominal, obstipação, diarreia, perda de apetite, náusea, vômito, disfagia, ulceração da boca, alteração do paladar, xerostomia, espasmos biliares. Reação no lugar da aplicação, dores nas costas, rigidez muscular. Astenia, confusão, vertigem, enxaqueca, sedação, depressão, fadiga, insônia, mioclonia, ansiedade, alucinações, euforia, disforia, alterações no humor. Artralgia. Retenção urinária, disfunção sexual. Visão borrada, ambliopia, visão anormal. Tosse explosiva, apneia, dispneia, pneumonia. Anemia, neutropenia. 8. Interações Medicamentosas: Agonistas/antagonistas opioides: pode precipitar sintoma da retirada de opioides. Se o uso concomitante for necessário, considerar, na ocorrência dos sintomas, tratamento de restituição de opioides. Se os sintomas não ocorrerem, a dose de fentanila pode ser aumentada progressivamente até alcançar o efeito desejado. Antifúngicos azólicos, antimicrobianos macrolídeos: pode aumentar ou prolongar o efeito opioide. Verificar sinais de toxicidade opioide e considerar a redução da dose de fentanila. Antirretrovirais: aumento do risco de toxicidade pelo fentanil. Se o uso concomitante for necessário, considerar a redução da dose de fentanila, quando esta for administrada continuamente. Acompanhar sinais de depressão central. Barbitúricos, benzodiazepinas e relaxantes musculares de ação central: pode resultar em depressão respiratória aditiva. Se o uso concomitante for necessário, considerar a redução da dose de ambos os fármacos e observar sinais de depressão respiratória. Betabloqueadores: pode resultar em hipotensão grave. betabloqueadores antes e durante a anestesia com fentanil. Bloqueadores de canais de cálcio: pode resultar em hipotensão grave. Na ocorrência de hipotensão pode ser necessário incrementar a volemia. Sibutramina: pode resultar no aumento do risco de síndrome serotoninérgica. Evitar uso concomitante. Descontinuar os 9. Orientações aos pacientes: Orientar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. 10. Aspectos farmacêuticos: Manter à temperatura ambiente, entre 15 e 25 °C, e ao abrigo da luz. O fentanil é compatível com soluções injetáveis de glicose 5 % e cloreto de sódio 0,9 %. Incompatível com: azitromicina, pantoprazol sódico, dantroleno sódico, fenitoína sódica, diazóxido, sulfametoxazol-trimetoprima, fenobarbital sódico, metoexital, cloranfenicol, cefapirina e hidroxicobalamina. O citrato de fentanil tem perda por adsorção pelo PVC quando em soluções alcalinas. Evitar contato com a pele e a inalação de partículas de citrato de fentanil. ATENÇÃO: o uso de citrato de fentanila está associado ao desenvolvimento de depressão respiratória e hipoventilação no pós-operatório, especialmente em condições clínicas especiais ou uso concomitante de medicamentos que favoreçam a ocorrência desse quadro. Considerar a descontinuação de outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente em caso de uso do citrato de fentanila. Medicamento: FLUCONAZOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 707-712) 1. Apresentação: Cápsula de 150 mg. Solução injetável 2 mg/mL. 2. Indicações: Micoses profundas causadas por Candida sp. (candidemia, candidíase disseminada, de vias urinárias, esofágica, orofaríngea, vulvovaginal). Criptococose pulmonar. Coccidiomicose. Meningite criptocócica. Prevenção de infecções fúngicas em pacientes submetidos a transplantes de medula óssea. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco ou a outro componente da fórmula. Porfirias agudas. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Insuficiência renal (ver apêndice D). Uso de altas doses, tratamentos prolongados ou uso concomitante com outros fármacos hepatotóxicos. Aumento nas concentrações das transaminases séricas ou sintomas de doença hepática (suspender o tratamento). Imunocomprometidos que desenvolvem exantema durante a terapia com fluconazol. Condições potencialmente pró-arrítmicas. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Candidemia, candidíase disseminada e candidíase invasiva em pacientes nãoneutropênicos. 400 a 600 mg/dia, via IV. Candidíase de vias urinárias 200 mg (3 mg/kg)/dia, VO ou IV, durante 2 semanas. Candidíase esofágica 200 a 400 mg (3 a 6 mg/kg)/dia, VO ou IV, por 2 a 3 semanas. Candidíase esofágica (tratamento em pacientes com HIV) 100 mg/dia, até o máximo de 400 mg/dia, VO ou IV, por 2 a 3 semanas. Candidíase orofaríngea (tratamento em pacientes com HIV) 200 mg, via IV, no dia 1, seguidos por 100 mg/dia, por no mínimo 2 semanas. Candidíase vulvovaginal Não complicada: 150 mg, VO, em dose única. Complicada: 150 mg, VO, a cada 72 horas, por 3 meses. Recorrente: 150 mg, VO, uma vez por semana, por até 6 meses. Coccidiomicose (profilaxia e tratamento em pacientes com HIV) Profilaxia: 400 mg/dia, VO; continuar até contagem de CD4+ manter-se no mínimo de 250 células/µL durante 6 meses. Tratamento: 400 a 800 mg/dia, VO ou IV. Manutenção: 400 mg/dia, VO. Criptococose pulmonar (tratamento em pacientes com HIV) 200 a 400 mg/dia, via IV, indefinidamente. Ou então; 400 mg/dia, VO ou IV, e flucitosina 100 a 150 mg/kg/dia, VO, divididos em 4 doses diárias, durante 10 semanas. Meningite criptocócica 400 mg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 200 mg/dia, até o máximo de 400 mg/dia; tratar por 10 a 12 semanas após cultura negativa no LCR. Meningite criptocócica (tratamento em pacientes com HIV) 400 mg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 200 mg/dia, por 10 a 12 semanas após cultura negativa de LCR; para supressão de recorrência, a dose recomendada é de 200 mg/dia. Ou então; Indução: 400 mg/dia, VO ou IV, em associação com anfotericina B 0,7 mg/kg/dia, durante 2 semanas; ou 400 a 800 mg/dia, em associação com flucitosina 25 mg/kg, VO, de 6 em 6 horas, durante 4 a 6 semanas. Consolidação: 400 mg/dia, VO, durante 8 semanas, seguidos de 200 mg/dia indefinidamente ou até contagem de CD4+ se mantiver no mínimo de 250 células/µL durante 6 meses sob tratamento antirretroviral. Prevenção de infecções fúngicas em pacientes submetidos a transplante de medula óssea 400 mg/dia, VO ou IV; pacientes sujeitos a granulocitopenia (menos de 500 neutrófilos/mm3) devem iniciar a prevenção durante vários dias previamente ao início da neutropenia, e continuar por 1 semana após a contagem de neutrófilos alcançar 1000/mm3. 5.2. Crianças e maiores de 6 meses Candidemia e Candidíase sistêmica 6 a 12 mg/kg/dia, VO ou IV. Candidíase esofágica 6 mg/kg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 3 mg/kg/dia, até o máximo de 12 mg/kg/dia, por no mínimo 3 semanas; continuar por mais 2 semanas ou até resolução dos sintomas. Candidíase esofágica (tratamento em pacientes com HIV) 6 mg/kg/dia, VO, no dia 1, então 3 a 6 mg/kg/dia, até o máximo de 400 mg/dia, por no mínimo 2 a 3 semanas. Meningite criptocócica (pacientes infectados ou não com HIV) 12 mg/kg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 6 mg/kg/dia, até o máximo de 12 mg/kg/dia, por 10 a 12 semanas após cultura negativa no LCR; para suspensão de recorrência, a dose recomendada é de 6 mg/kg/dia. Ou então; Indução: 12 mg/kg/dia, VO ou IV, no dia 1, então 6 a 12 mg/kg/dia, até o máximo de 800 mg/dia, por no mínimo 8 semanas. Manutenção: 6 mg/kg/dia, VO, até o máximo de 200 mg/dia; considerar descontinuação quando a contagem de CD4+ se mantiver no mínimo em 200 células/µL durante 6 meses, em pacientes assintomáticos com 6 anos ou mais idade e que tenha recebido fluconazol e terapia antirretroviral por pelo menos 6 meses. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: rápida, quase completa e independente da presença de ácidos ou alimentos. Terapia intravenosa reservada para pacientes que não toleram ou são incapazes de tomar o fármaco por via oral. Biodisponibilidade: acima de 90 % (cápsula e injeção IV). Distribui-se por todos os tecidos e fluidos. Metabolismo: hepático. Tempo para o pico de concentração plasmática: 1 a 2 horas (cápsula e injeção IV); idosos: 1,3 hora (cápsula e injeção IV). Excreção: renal. Meia-vida: 30 horas (triplica em pacientes com DCE inferior a 20 mL/minuto e é muito prolongada em prematuros). Idosos: 46,2 horas (cápsula e injeção IV). Crianças: 15,2 a 25 horas (cápsula e injeção IV). Hemodiálise: 8,7 horas. É removido por diálise. 7. Efeitos adversos: Graves: Anafilaxia; síndrome de Stevens-Johnson, Agranulocitose, necrólise epidérmica tóxica. Comuns: Hipersensibilidade; náusea, vômitos, dores abdominais, diarreia, dispepsia, distúrbios do paladar; Elevação transitória das enzimas hepáticas, necrólise hepática, disfunção hepática. Hiperlipidemia, hiperglicemia, leucopenia, trombocitopenia, hipopotassemia, hipocortisolismo secundário. Prurido, exantema, alopecia, erupção maculo-papular, angioedema. Prolongamento do intervalo QT e torsade de pointes. Amenorreia. Tontura, convulsão, cefaleia, sonolência, delirium/coma, distúrbios psiquiátricos, parestesia de mãos e pés. Observação: efeitos adversos do sistema nervoso têm sido relatados em aproximadamente 14 a 20 % das mulheres recebendo dose única de fluconazol para tratamento de candidíase vulvovaginal. 8. Interações medicamentosas: Varfarina e anticoagulantes cumarínicos: aumento do risco de sangramento. Fentanil: efeitos opioides prolongados ou aumentados. Amitriptilina, Claritromicina e fluoxetina: aumento do risco de cardiotoxicidade. Nifedipina, anlodipina, isradipina, nicardipina, felodipina: decréscimo do metabolismo do antagonista de canal de cálcio, resultando em aumento das concentrações séricas e toxicidade. Carbamazepina: risco aumentado de toxicidade da carbamazepina. Sinvastatina: risco aumentado de miopatias ou rabdomiólise. Cimetidina: redução da absorção gastrintestinal, com decréscimo da efetividade do fluconazol. Citalopram: risco aumentado de síndrome serotoninérgica. Colchicina: aumento das concentrações e da toxicidade da colchicina. Fenitoína: redução do seu metabolismo, com risco aumentado de toxicidade. Losartan: inibição do metabolismo do Losartan em seu metabólito ativo. Midazolam: aumento da concentração e toxicidade potencial deste fármaco. Rifampicina: diminuição das concentrações séricas do fluconazol e da atividade antifúngica. Sinvastatina: risco aumentado de miopatia e rabdomiólise. 9. Orientações aos pacientes: Em caso de perder a hora de tomada do medicamento, tomar assim que puder. Se já estiver próximo da hora da dose seguinte, esperar até o momento correto da próxima dose. Não tomar a mais para recompensar a dose que não foi tomada. Antes de usar o medicamento informar se a estiver grávida ou amamentando. Usar o medicamento pelo tempo prescrito. Não interromper o tratamento. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a cápsula sob temperatura abaixo de 30 ºC. Armazenar soluções injetáveis em refrigerador, não congelar. As injeções de fluconazol para infusão intravenosa deverão ser inspecionadas visualmente quanto a possível descoloração e presença de material particulado, antes da administração, sempre que a solução e o frasco permitirem. Em crianças, a administração por infusão intravenosa deve ser feita com duração de 10 a 30 minutos e não exceder a taxa de infusão de 5 a 10 mL/minuto. ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número muito elevado de interações de medicamentos, sendo necessária uma pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar o fluconazol ou outros medicamentos no esquema do paciente. Medicamento: FLUOXETINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 554-557) 1. Apresentação: Cápsula 20mg. 2. Indicações: Tratamento depressivo. Tratamento obsessivo-compulsivo (TOC). 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a fluoxetina. Uso de inibidores da monoamina oxidase (MAO) nos últimos 14 dias. Fase de mania da doença bipolar. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Insuficiência hepática (ver apêndice C). Lactação. Epilepsia, doença cardíaca, distúrbios hemorrágicos, diabete melito, susceptibilidade ao glaucoma de angulo fechado, histórico de mania, transtorno bipolar e pensamentos suicidas. Eletrochoque concomitante (pode aumentar os riscos da terapia). Uso concomitante de anti-inflamatórios não-esteroides, ácido acetilsalicílico ou outros fármacos que afetam a coagulação. Perigo ao dirigir veículo automotor ou ao realizar outras tarefas que exijam atenção e coordenação motora. Categoria de risco na gravidez (FDA): C. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Depressão ▪ 20 mg/dia, por via oral, em dose única pela manha ou a noite, por no mínimo 6 meses. Dose máxima: 80 mg/dia. Doses acima de 20 mg/dia devem ser divididas em tomadas matinais e noturnas. Distúrbio obsessivo-compulsivo 40 a 60 mg/dia, por via oral. 5.2. Idosos Depressão 10 mg/dia, por via oral, com aumento para 20 mg após várias semanas de uso. Dose máxima: 60 mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção oral rápida. Latência de efeito antidepressivo: 2-3 semanas. Biotransformação no fígado, gerando o metabolito ativo norfluoxetina. Meia-vida de eliminação: 1-3 dias apos dose única e 4-6 dias após utilização por longo período. 7. Efeitos adversos: Dispneia, cefaleias, distúrbios do sono, tonturas, ataxia, tremores, convulsões, alucinações, mania, confusão, agitação, ansiedade, ataques de pânico, ideação suicida, tonturas, ansiedade, arrepios, aumento da sudorese, convulsões, alucinações, confusão, agitação, efeitos extrapiramidais, palpitações. Efeitos cardiovasculares como bradiarritmia, insuficiência cardíaca, hipertensão, taquiarritmia. Insônia/sonolência, ansiedade. Náuseas, vômito, xerostomia, hemorragia gastrintestinal, estomatite, hemorragia digestiva, distúrbios gastrintestinais, anorexia com perda de peso. Hipotensão postural, retenção urinaria, midríase, distúrbios visuais. Disfunção sexual, incluindo ejaculação precoce, anorgasmia, diminuição da libido, galactorreia, hipertrigliceridemia, hipoglicemia, hiponatremia, síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético. Alopecia, erupção cutânea, urticária, angiodema, fotossensibilidade, artralgia, mialgia. Vasculite, distúrbios hemorrágicos incluindo equimoses e púrpura. 8. Interações Medicamentosas: ▪ Alprazolam, antidepressivos tricíclicos, antipsicoticos, aripripazol, carbamazepina, clozapina, digitálicos, fenitoína, haloperidol, metoprolol, risperidona, trazodona: tem sua toxicidade aumentada. O uso concomitante não é recomendado. ▪ Anticoagulantes, antiplaquetários, clozapina, galantamina: tem seus efeitos potencializados. Monitorar sinais de sangramento ao usar fármacos que afetam a coagulação. Monitorar a toxicidade por galantamina, quando usada de forma concomitante: anorexia, náuseas, vômitos, tonturas, arritmias ou hemorragia digestiva. ▪ Anti-inflamatórios não-esteroides (AINE): aumento do risco de sangramento. Cuidado ao combinar fluoxetina com AINE; monitorar sinais de sangramento. ▪ Bepridil, ciclobenzaprina, cloroquina, clorpromazina, dolasetrona, droperidol, enflurano, eritromicina, espiramicina, fluconazol, gemifloxacino, halofantrina, halotano, hidroxiquinidina, isoflurano, isradipino, lidoflazina, mefloquina, mesoridazina, octreotida, pirmenol, probucol, proclorperazina, propafenona, quetiapina, quinidina, sematilida, sertindol, sotalol, sulfametoxazol, tedisamila, telitromicina, tioridiazina, trifluoperazina, trimetoprima, venlafaxina, ziprasidona: aumento no risco de cardiotoxicidade. O uso concomitante é contraindicado com bepridil, mesoridazina, tioridiazina, sendo em princípio desaconselhado com os demais, mas se a associação for necessária, deve-se ter cautela no uso. ▪ Bupropiona, delavirdina e furazolidona: aumento de efeito do antidepressivo. Monitorar as concentrações plasmáticas do antidepressivo para eventuais ajustes de doses. Acompanhar, entre os usuários da associação, os sinais e sintomas de toxicidade da fluoxetina, assim como os sinais de excesso serotoninérgicos (mudanças do estado mental, diaforese, febre, fraqueza, hiperreflexia, incoordenação). ▪ Ciproeptadina: redução do efeito do antidepressivo. ▪ Claritromicina: uso concomitante pode resultar em delírio e psicose, devendo ser evitado. ▪ Ergotamina e análogos: aumento do risco de ergotismo. O uso concomitante é contraindicado. ▪ Desvenlafaxina, dexfenfluramina, duloxetina, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), fenfluramina, Ginkgo biloba, linezolida, meperidina, milnaciprana, mirtazapina, sibutramina, tramadol, tranilcipromina, trazodona, triptanas: uso concomitante pode produzir sindrome serotoninérgica. ▪ O uso concomitante de fluoxetina com linezonida ou tranilcipromina é contraindicado Após descontinuar o uso da erva-de-sao-joao (Hypericum perforatum), esperar duas semanas antes de iniciar terapia com fluoxetina. No caso de uso concomitante, monitorar estreitamente os sintomas da síndrome. ▪ Flufenazina: risco aumentado de parkinsonismo. ▪ Hipoglicemiantes (como a insulina): redução acentuada dos níveis glicemicos. ▪ Inibidores da monoamina oxidase (MAO): o uso concomitante é contraindicado, levando a toxicidade do sistema nervoso central ou síndrome serotoninérgica (hipertensão, hipertermia, mioclônus, alterações do estado mental). Esperar duas semanas apos descontinuar o uso de um inibidor da MAO antes de iniciar terapia com fluoxetina. Adicionalmente, esperar no mínimo cinco semanas após a descontinuação da fluoxetina antes de iniciar terapia com inibidor da MAO. ▪ Lítio: pode resultar em aumento das concentrações de lítio e/ou do risco de síndrome serotoninérgica. ▪ Metoclopramida: aumento do risco de reações extrapiramidais ou síndrome neuréptica maligna. O uso concomitante é contraindicado. ▪ Pimozida: risco aumentado de bradicardia, sonolência e cardiotoxicidade. O uso concomitante é contraindicado. ▪ Ritonavir: pode haver alteração em funções cardíacas ou neurológicas. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para não suspender o uso de maneira repentina. Alertar que podem ser necessárias quatro semanas ou mais para o início dos efeitos antidepressivos. Alertar para não fazer uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento. Orientar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. Orientar para mudança na frequência cardíaca e a levantar-se mais lentamente para evitar hipotensão ortostática. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar em recipiente hermético, a temperatura ambiente, preferencialmente entre 15 e 30ºC. ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos e deve ser realizada uma pesquisa específica sobre este aspecto ao introduzir ou descontinuar este ou outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente. Em pacientes com doença recidivante, a terapia por longos períodos (mínimo de 6 meses) deve ser considerada. Pacientes devem ser monitorados quando encerrado o tratamento. É recomendada diminuição gradual da dose. Medicamento: FOLINATO DE CÁLCIO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 718-721) 1. Apresentação: Comprimido 15 mg. Pó para solução injetável 50 mg. Solução injetável 3 mg/mL. 2. Indicações: Resgate em intoxicação causada por antagonistas do ácido fólico. Anemia megaloblástica por deficiência de folato (quando terapia oral não for possível). Câncer colorretal avançado (tratamento paliativo). 3. Contraindicações: Administração por injeção intratecal. Hipersensibilidade ao folinato de cálcio. Anemia perniciosa ou outras anemias megaloblásticas devidas à deficiência de vitamina B12. Câncer colorretal em pacientes pediátricos. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Anormalidades no sistema nervoso central (em combinação com fluoruracila). ▪ Sintomas de toxicidade gastrintestinal de qualquer gravidade (não iniciar ou continuar o uso de folinato de cálcio associado à fluoruracila; aguardar resolução dos sintomas). ▪ Combinação de folinato de cálcio com fluoruracila (maior risco de toxicidade gastrintestinal). ▪ Idosos e pacientes enfraquecidos (em combinação com fluoruracila). ▪ Crianças susceptíveis a convulsões (o folinato pode aumentar a frequência das convulsões). ▪ História de convulsões (em combinação com fluoruracila). ▪ Insuficiência renal (ver apêndice D) ▪ Categoria de risco na gravidez (FDA): C 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Resgate em intoxicação causada por antagonistas do ácido fólico Metotrexato em altas doses: administrar 10 mg/m2, por via intramuscular ou intravenosa ou oral, a cada 6 horas, até que as concentrações plasmáticas de metotrexato fiquem abaixo de 0,01 micromolar. Se após 24 horas os níveis de creatinina sérica encontrarem-se 50% acima do normal e as concentrações plasmáticas de metotrexato mantiverem-se acima de 5 micromolar, ou se ao final de 48 horas as concentrações plasmáticas de metotrexato mantiverem-se acima de 0,9 micromolar, a dose de folinato de cálcio deve ser aumentada para 100 mg/m2 e administrada por via intravenosa, a cada 3 horas, até que as concentrações plasmáticas de metotrexato fiquem abaixo de 0,01 micromolar. Antagonistas de ácido fólico menos potentes (trimetoprima, pirimetamina); administrar 5 a 15 mg/dia, por via oral, até que a hematopoiese normal seja restaurada. Anemia megaloblástica por deficiência de folato Dose de até 1 mg/dia, por via intramuscular ou intravenosa. 5.2. Adultos Resgate em intoxicação causada por antagonistas do ácido fólico Metotrexato em altas doses: administrar 10 mg/m2, por via intramuscular ou intravenosa ou oral, a cada 6 horas, até que as concentrações plasmáticas de metotrexato fiquem abaixo de 0,01 micromolar. Se após 24 horas os níveis de creatinina sérica encontrarem-se 50% acima do normal e as concentrações plasmáticas de metotrexato mantiverem-se acima de 5 micromolar, ou se ao final de 48 horas as concentrações plasmáticas de metotrexato mantiverem-se acima de 0,9 micromolar, a dose de folinato de cálcio deve ser aumentada para 100 mg/m2 e administrada por via intravenosa, a cada 3 horas, até que as concentrações plasmáticas de metotrexato fiquem abaixo de 0,01 micromolar. Antagonistas de ácido fólico menos potentes (trimetoprima, pirimetamina); administrar 5 a 15 mg/dia, por via oral, até que a hematopoiese normal seja restaurada. Anemia megaloblástica por deficiência de folato Dose de até 1 mg/dia, administradas por via intramuscular ou intravenosa, tem-se mostrado efetiva. Câncer colorretal avançado (tratamento paliativo) Administrar 200 mg/m2, por via intravenosa, durante 3 minutos, seguidos de 370 mg/m2/dia de fluoruracila, por via intravenosa, durante 5 dias. Repetir a cada 4 semanas por 2 ciclos e seguir a cada 4 a 5 semanas com a dose ajustada de acordo com a tolerância do paciente. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: A absorção oral de folinato de cálcio satura-se em doses únicas maiores que 25 mg. Pico de concentração: 28 minutos (intramuscular), 10 minutos (intravenoso), 1,2 horas (via oral) Meia-vida de eliminação: 6,2 horas (intravenoso e intramuscular), 5,7 horas (via oral). Excreção: renal (80 a 90%) e fecal (5 a 8%). 7. Efeitos adversos: Diarreia, náusea, vômitos, estomatites. Hipopotassemia (65%). Fadiga. Alopecia. Leucopenia. Reações alérgicas. Convulsões e/ou sincope (raro), insônia, agitação, depressão (raro). Febre após administração parenteral. 8. Interações medicamentosas: Capecitabina e fluoruracila: o uso concomitante com folinato de cálcio pode resultar no aumento das concentrações de fluoruracila (metabólito da capecitabina) com consequente aumento de toxicidade. Fenitoína, fenobarbital e primidona: a concentração plasmática e eficácia destes fármacos pode ser reduzida. 9. Orientações aos pacientes: Ao esquecer alguma dose contatar o médico ou farmacêutico para instruções. Informar se for necessário utilizar medicamentos contendo sulfa ou anticonvulsivantes. Evitar gravidez. 10. Aspectos farmacêuticos Manter os comprimidos à temperatura ambiente, entre 15 e 30 oC, ao abrigo de luz direta, calor e umidade. Manter solução injetável à temperatura ambiente, entre 15 e 30 oC, proteger de luz direta. Observar orientação específica do produtor quanto a reconstituição, diluição, compatibilidade e estabilidade da solução. Reconstituir pó com água bacteriostática para injeção para obter concentração de 10 mg/mL; a solução poderá ser utilizada dentro de 7 dias da preparação; concentrações maiores de 10 mg/mL, devem ser administradas imediatamente. Compatível com soluções injetáveis de glicose 5%, cloreto de sódio 0,9% e Ringer + lactato, com concentração final de folinato de 1 mg/mL; as mesmas devem ser utilizadas até 24 horas após o preparo. Incompatibilidades: droperidol, fluoruracila, foscarnete sódico, trimetrexato, carboplatina, anfotericina B, lansoprazol, cloridrato de epirrubicina, pantoprazol sódico, quinupristina/dalfopristina, bicarbonato de sódio. ATENÇÃO: O folinato de cálcio é um derivado do ácido folínico, entretanto, nos estados unidos é utilizada a denominação genérica leucovirin calcium A denominação comum brasileira (DCB), oficial no Brasil, é folinato de cálcio, assim, o uso do sinônimo “leucovirina cálcica” deve ser evitado. Medicamento: FUROSEMIDA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 732-735) 1. Apresentação: Comprimido 40 mg. Solução injetável 10 mg/mL. 2. Indicações: Edema de diversas causas refratário a outros diuréticos. Edema agudo de pulmão. Tratamento conservador de insuficiência renal crônica. 3. Contraindicações: Insuficiência renal com anúria. Estado pré-comatoso associado cirrose hepática. Hipersensibilidade a furosemida e sulfonamidas. 4. Precauções: Pode ser necessário aumentar dose para indução de diurese em insuficiência renal moderada (ver apêndice D). Monitorar eletrólitos, particularmente sódio e potássio. Cautela em hipotensão, hipovolemia e hipocalemia que precisam ser corrigidas. Idosos são mais sensíveis aos efeitos hipotensores e hidro-eletrolíticos; pode ser necessária redução da dose ou ajuste do intervalo de administração. Cautela em insuficiência hepática (ver apêndice C). Aumento de ototoxicidade com uso de medicamentos como vancomicina e aminoglicosídeos. Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco gestacional (FDA): C. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Correção de edemas 40 mg/dia, por via oral, inicialmente; 20-40 mg/dia, em dose única matinal, na manutenção. A dose pode ser aumentada para 80 mg diários ou mais, em edemas resistentes. Dose máxima diária de 600 mg. Edema agudo de pulmão 20-40 mg, por via intravenosa, administrados lentamente (1 a 2 minutos), inicialmente. Se necessário, aumentar a dose em 20 mg a cada 2 horas. Se a dose única efetiva for superior a 60 mg, infundir por via intravenosa, em velocidade que não exceda 4 mg/minuto. Tratamento conservador de insuficiência renal crônica (depuração de creatinina inferior a 20 mL/minuto) 250 mg, por infusão intravenosa, com velocidade de infusão de 4 mg/minuto, por mais de 1 hora. Se o débito urinário não for satisfatório após a primeira dose, infundir 500 mg por mais de 2 horas. Se ainda não houver resposta satisfatória, infundir 1 g por mais de 4 horas. Dose máxima: 2 g. 5.2. Idosos Correção de edemas 20 mg/dia, por via oral, aumentando lentamente para obter a resposta desejada. 5.3. Crianças Correção de edemas 1 a 3 mg/kg/dia, por via oral, a cada 24 horas; máximo de 40 mg/dia. Edema agudo de pulmão 1 mg/kg, por via intravenosa, inicialmente. Se necessário, aumentar em 1 mg/kg, a intervalo mínimo de 2 horas. Se em infusão intravenosa, a velocidade não deve exceder a velocidade de 4 mg/minuto. 5. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início da resposta diurética: 30 a 60 minutos (oral); 2 a 5 minutos (intravenosa). Pico de resposta diurética: 1 a 2 horas (oral); 30 minutos (intravenosa). Duração da ação: 4-6 horas (oral), 2 horas (intravenosa). Metabolismo: hepático. Excreção: renal (60% a 90%). Meia-vida de eliminação: 30 a 120 minutos. 6. Efeitos adversos: Hiponatremia, hipocalemia e hipomagnesemia, alcalose hipoclorêmica, hipercalciúria. Hipotensão. Náusea, distúrbios gastrintestinais. Hiperuricemia e gota, hiperglicemia, aumento temporário nas concentrações plasmáticas de colesterol e triglicerídeos. Rash cutâneo, fotossensibilidade, Síndrome de Stevens-Johnson. Depressão medular, agranulocitose, anemia aplástica, anemia hemolítica. Pancreatite (com altas doses parenterais). Ototoxicidade (geralmente com altas doses parenterais, administração rápida e em insuficiência renal). 7. Interações Medicamentosas: Antagonismo de efeito farmacológico: antiinflamatórios não-esteróides e esteróides. Sinergia de efeito farmacológico: álcool, anlodipino, atenolol, clorpromazina, diazepam, enalapril, halotano, hidralazina, dinitrato de isossorbida, levodopa, metildopa, nifedipino, propranolol, nitroprusseto de sódio, tiopental, timolol, verapamil: aumento do efeito hipotensivo por sinergismo de ação farmacológica. Potencializa a toxicidade de: digoxina, quinidina, lítio. Potencializa a otoxicidade de: amicacina, gentamicina, estreptomicina, vancomicina, cisplatina. Amitriptilina: aumento do risco de hipotensão postural. Anfotericina B, salbutamol: aumento do risco de hipocalemia. fenitoína, contraceptivos orais, Carbamazepina: aumento do risco de hiponatremia. 8. Orientações aos pacientes: 9. Orientar que pode ser administrada com alimento, se houver desconforto gástrico. Recomendar o aumento da ingestão de alimentos com alto teor de potássio (laranjas, bananas, feijão). Recomendar aos diabéticos para monitorizar cuidadosamente a glicemia, pois o medicamento pode causar hiperglicemia. Aspectos farmacêuticos O armazenamento da formulação oral e parenteral deve ser feito sob temperatura ambiente e controlada, entre 15 e 30 ºC. O medicamento deve ser dispensado em embalagem fechada e protegida da luz. As soluções parenterais são preparadas com a adição de hidróxido de sódio, originando soluções com pH entre 8,0 e 9,3. As soluções de furosemida para injeção são alcalinas, não devendo ser misturadas ou diluídas com glicose ou soluções ácidas. A injeção de furosemida é visualmente incompatível com injeções de diltiazem, dobutamina, dopamina, midazolam e brometo de vecurônio. ATENÇÃO: este fármaco apresenta número elevado de interações medicamentosas, existindo 125 interações já relatadas. Atentar para risco aumentado de ototoxicidade com uso simultâneo de outros fármacos ototóxicos. Medicamento: SULFATO DE GENTAMICINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 984-986) 1. Apresentação: Solução injetável 10 mg/mL e 40 mg/mL. Colírio 5 mg/mL. Pomada oftálmica 5 mg/g. 2. Indicações: Infecções hospitalares graves causadas por bacilos gram-negativos aeróbios e Enterococcus sp (preferentemente infecções ginecológicas, abdominais, pielonefrite aguda, pneumonia, e infecções por Pseudomonas aeruginosa). Infecções oftálmicas por bactérias sensíveis à gentamicina. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a gentamicina ou outros aminoglicosídeos. Miastenia grave. Doença de Parkinson 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Neonatos, crianças (meia-vida aumentada) e idosos (diminuição de função renal). Ajustar a dose e monitorar concentração plasmática, função renal e auditiva. ▪ Obesos e pacientes com insuficiência renal (ver apêndice D). Ajustar a dose e monitorar concentração plasmática. ▪ Pacientes com fraqueza muscular, desidratados. ▪ Evitar o uso prolongado. ▪ Evitar uso concomitante com outros fármacos ototóxicos ou nefrotóxicos. ▪ Evitar uso concomitante com anestésicos e bloqueadores da junção neuromuscular. ▪ Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Infecções hospitalares graves Neonatos até 2 semanas: 3 mg/kg, por via intramuscular, por via intravenosa lenta durante pelo menos 3 minutos ou infusão intravenosa, a cada 12 horas. De 2 semanas a 12 anos: 2 mg/kg, por via intramuscular, por via intravenosa lenta durante pelo menos 3 minutos ou infusão intravenosa, a cada 8 horas. Infecções oftálmicas Pomada: aplicar pequena quantidade no(s) olho(s) afetado(s), 2 a 3 vezes ao dia, enquanto necessário. Colírio: pingar 1 a 2 gotas no(s) olho(s) afetado(s), a cada hora, enquanto necessário. 5.2. Adultos Infecções hospitalares graves 3 a 5 mg/kg, por via intramuscular, por via intravenosa lenta durante pelo menos 3 minutos ou infusão intravenosa, a cada 24 horas ou dividido a cada 8 horas, durante 7 a 10 dias. Infecções oftálmicas Pomada: aplicar pequena quantidade no(s) olho(s) afetado(s), 2 a 3 vezes ao dia, enquanto necessário. Colírio: pingar 1 a 2 gotas no(s) olho(s) afetado(s), a cada hora, enquanto necessário. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Concentração terapêutica em infecções bacterianas:4 a 8microgramas/mL. Pico sérico: 0,5 a 1,5 horas (intramuscular), Meia-vida plasmática: 1,5 a 4 horas (adultos com função renal normal). Biotransformação: não há. Excreção: renal (70% a 100%). É removida por hemodiálise (70% a 80% após cada 12 horas). 7. Efeitos adversos: Ototoxicidade vestibular e coclear (3% a 5%), perda auditiva (0,5%, às vezes irreversível) e/ou dificuldade de equilíbrio, zumbidos. Náuseas, vômitos, estomatites. Nefrotoxicidade (2% a 25%) Bloqueio neuromuscular, paralisia muscular aguda e apneia em pacientes submetidos a medicamentos anestésicos e bloqueadores neuromusculares periféricos, fraqueza. Erupções cutâneas. Colite associada ao uso de antibiótico, hipomagnesemia na terapia prolongada. Eosinofilia. 8. Interações medicamentosas: Ácido etacrínico: pode resultar em ototoxicidade. Monitorar periodicamente a função auditiva de pacientes com insuficiência renal ou recebendo altas doses de um dos fármacos envolvidos nesta interferência. Bloqueadores neuromusculares despolarizantes: pode resultar em aumento ou prolongamento do bloqueio neuromuscular acarretando depressão respiratória e paralisia. Evitar o uso concomitante, mas se o mesmo for necessário, monitorar rigorosamente a função respiratória. Furosemida: pode aumentar a toxicidade da gentamicina (nefro e ototoxicidade). Testar periodicamente a função auditiva de pacientes com insuficiência renal ou recebendo altas doses de um dos fármacos. Se possível, também monitorar concentrações plasmáticas de gentamicina. Indometacina: pode aumentar a toxicidade da gentamicina (nefro e ototoxicidade). Se possível, monitorar concentrações plasmáticas de gentamicina. Metoxiflurano: pode resultar em insuficiência renal. Monitorar a função renal e ajustar a dose do aminoglicosídeo conforme a resposta clínica. Poligelina: aumenta o risco de insuficiência renal. Monitorar função renal durante infusão da solução de poligelina. 9. Orientações aos pacientes: O uso deste medicamento durante a gravidez pode prejudicar o feto. Usar uma forma eficaz de controle de natalidade para não engravidar. Se suspeitar de gravidez durante o uso do medicamento, informe o seu médico imediatamente. 10. Aspectos farmacêuticos Manter à temperatura de 2 a 30 ºC. Observar orientação específica do produtor quanto a reconstituição, diluição, compatibilidade e estabilidade da solução. Compatível com: água para injeção, glicose 5%, manitol 20%, Ringer + lactato e solução salina. Incompatível com: penicilinas (ampicilina, benzilpenicilina, carbenicilina, ticarcilina), cefalosporinas (cefazolina, cefepima, cefamandol), ácido clavulânico, solução lipídica 10% e bicarbonato de sódio. Devido ao alto potencial de incompatibilidade da gentamicina não se deve misturar em seringa, solução de infusão ou usar a mesma via intravenosa para administrar outros fármacos. Medicamento: GLIBENCLAMIDA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 738-740) 1. Apresentação: Comprimidos de 5 mg. 2. Indicações: Tratamento de diabetes melito tipo 2. 3. Contraindicações: Cetoacidose. Diabetes melito de tipo 1 (dependente de insulina). Porfiria. Insuficiências hepática (ver apêndice C) e renal (ver apêndice D) graves. Hipersensibilidade ao fármaco ou a outras sulfoniluréias. Gravidez (ver apêndice A) e lactação (ver apêndice B). 4. Precauções: Idosos (pelo maior risco de hipoglicemia). Pacientes obesos (preferência por metformina). Categoria de risco na gravidez: C. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Dose inicial 2,5 a 5 mg/dia, no café da manhã; elevar a dose em 2,5 a 5 mg/semana até atingir dose de manutenção: 1,25 a 15 mg/dia. Doses acima de 10 mg podem requerer duas administrações. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início da ação: 30 minutos. Meia-vida: 5 a 10 horas. Pico de ação: 2 a 3 horas. 7. Efeitos adversos: Mais freqüentes: hipoglicemia, particularmente em pacientes idosos, distúrbios gastrintestinais, cefaléia e reações cutâneas, como eritema multiforme, dermatite esfoliativa, prurido e urticária. Menos freqüentes: distúrbios hepáticos e reações de hipersensibilidade podem ocorrer nas seis primeiras semanas de tratamento, hipoglicemia grave (1,6%), alterações hematológicas. 8. Interações Medicamentosas: Ciprofloxacino e demais fluoroquinolonas podem alterar o metabolismo glicêmico, causando hipoglicemia ou hiperglicemia. Quando for necessária a terapia concomitante com glibenclamida, devem-se monitorar níveis de glicose, e redução da dose do hipoglicemiante pode ser necessária. Genfibrozila, sulfametoxazol e antiinflamatórios não-esteróides podem causar hipoglicemia. Os níveis de glicemia devem ser monitorados, e redução da dose do hipoglicemiante pode ser necessária. Psyllium (Plantago spp.), melão-de-são-caetano (Momordica charantia), erva- de-sãojoão (Hypericum perforatum) e feno-grego (Trigonella foenumgraecum) podem aumentar o risco de hipoglicemia. Voriconazol pode elevar as concentrações plasmáticas de glibenclamida pela inibição do seu metabolismo hepático. Inibidores de monoamina oxidase podem provocar hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigem. Glucomanano pode diminuir a absorção da glibenclamida. É recomendada a administração dos medicamentos em diferentes períodos do dia. Rifapentina, rifampicina, clorpromazina e demais fenotiazinas, fenobarbital e demais barbitúricos provocam redução do efeito hipoglicemiante por indução do metabolismo hepático. A administração conjunta com varfarina pode potencializar o efeito do anticoagulante, aumentando o risco de hemorragias. O uso concomitante com ciclosporina pode elevar a toxicidade do imunossupressor, causando disfunção renal, colestase e parestesia. A interação com bloqueadores beta-adrenérgicos pode provocar hiperglicemia, hipoglicemia e hipertensão. Bloqueadores cardiosseletivos, como atenolol, tendem a causar menos distúrbios glicêmicos e risco de mascarar sintomas de hipoglicemia. Etanol pode provocar hipoglicemia e reação similar à do dissulfiram. Pacientes em terapia com sulfoniluréias devem ser orientados a não ingerir bebidas alcoólicas. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para a administração do medicamento com a primeira refeição do dia. Orientar para o caso de esquecimento de uma dose: ingerir assim que possível, desde que o horário da dose seguinte não esteja próximo. Alertar para não duplicar a dose. Ensinar a reconhecer sinais de hipoglicemia (palpitações, sudorese, fome, tontura, confusão mental) e ingerir um pouco de açúcar ou mel (colocados entre gengiva e bochecha). Notificar se não houver melhora. 10. Aspectos farmacêuticos Deve-se manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Medicamento: GLICLAZIDA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 741-742) 1. Apresentação: Comprimido de 80 mg. 2. Indicações: Tratamento de diabetes melito tipo 2. 3. Contraindicações: Diabetes melito tipo 1. Cetoacidose. Hipersensibilidade ao fármaco e outras sulfoniluréias. Porfiria. Insuficiências hepática (ver apêndice C) e renal (ver apêndice D) graves. Categoria de risco na gravidez (ADEC): C (ver apêndice A). Lactação (ver apêndice B). 4. Precauções: Idosos (pelo maior risco de hipoglicemia). Pacientes obesos (preferência por metformina). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Dose inicial 40 a 80 mg/dia, no café da manhã; ajustar a dose de acordo com a resposta do paciente, até o máximo de 320 mg/dia. Doses acima de 160 mg podem requerer duas administrações. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início da ação: 2 a 3 horas. Pico de ação: 4 a 6 horas. Meia-vida: 10 a 12 horas. Metabolismo é preponderantemente hepático. Eliminação renal (80%) e fecal (20%). 7. Efeitos adversos: Mais freqüentes: hipoglicemia, particularmente em pacientes idosos, distúrbios gastrintestinais. Menos freqüentes: distúrbios hepáticos e reações de hipersensibilidade podem ocorrer nas seis primeiras semanas de tratamento, reações cutâneas como rash e prurido. 8. Interações medicamentosas: Aumento do efeito hipoglicemiante de gliclazida por: esteróides anabolizantes, inibidores da ECA, antiácidos, salicilatos e sulfonamidas. Ciprofloxacino e demais fluoroquinolonas podem pode alterar o metabolismo glicêmico, causando hipoglicemia ou hiperglicemia. Quando for necessária a terapia concomitante com gliclazida, devem-se monitorar os níveis de glicose, e redução da dose do hipoglicemiante pode ser necessária. Pode haver diminuição de efeito hipoglicemiante de gliclazida por: betabloqueadores, corticosteróides, diuréticos, etanol, rifampicina. Gliclazida pode aumentar o efeito de varfarina e ciclosporina. Com etanol, pode ocorrer síndrome tipo dissulfiram (rara). 9. Orientações aos pacientes: Orientar para a necessidade de administrar o medicamento com a primeira refeição do dia. Orientar para o caso de esquecimento de uma dose: ingerir assim que possível, desde que o horário da dose seguinte não esteja próximo. Alertar para não duplicar a dose. Ensinar a reconhecer sinais de hipoglicemia (palpitações, sudorese, fome, tontura, confusão mental) e ingerir um pouco de açúcar ou mel (colocados entre gengiva e bochecha). Notificar se não houver melhora. 10. Aspectos farmacêuticos Manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Medicamento: HALOPERIDOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 748-751) 1. Apresentação: Comprimidos de 1 mg e 5 mg. Solução oral 2 mg/ml. 2. Indicações: Manifestações agudas de esquizofrenia e transtornos psicóticos. Manutenção do controle em esquizofrenia e transtornos psicóticos. 3. Contraindicações: Coma ou depressão do sistema nervoso central. Supressão medular. Porfiria. Feocromocitoma. Lesão nos gânglios de base. Hipersensibilidade a haloperidol. Doença de Parkinson. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Suspensão, especialmente apos tratamentos prolongados (deve ser lenta e gradual para reduzir o risco de recaídas). ▪ Uso concomitante de antiparkinsonianos ou suspensão do haloperidol (acentuam discinesia tardia). ▪ Idosos (reduzir as doses). ▪ Crianças (não é recomendado em tratamento agudo). ▪ Crianças com menos de 3 anos de idade. ▪ Lactação (ver apêndice B). ▪ Epilepsia, problemas cerebrovasculares e cardiovasculares, doença respiratória, glaucoma de angulo fechado, insuficiência hepática (ver apêndice C), hipertireoidismo, distúrbios metabólicos (hipopotassemia, hipocalcemia, hipomagnesemia), infecções agudas, historia de icterícia, leucopenia (realizar hemograma caso ocorra febre ou infecção), hipotireoidismo, miastenia gravis, hipertrofia prostática. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Tratamento de manutenção ▪ De 0,25 a 0,5 mg/kg/dia, por via oral, divididos em 2 ou 3 tomadas. Dose máxima: 10 mg/dia 5.2. Adultos Tratamento de manutenção ▪ De 0,5 a 5 mg, por via oral, a cada 12 ou 24 horas. Dose de manutenção 30 mg/dia. A primeira dose oral deve ser dada dentro de 12 a 24 horas após a última dose injetável. 5.3. Idosos Tratamento de manutenção Iniciar com metade da dose para adultos jovens. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Boa absorção gastrintestinal (60 a 70%). Pico de concentração plasmática: 3 a 6 horas. Meia-vida de eliminação: 12 a 38 horas. 7. Efeitos adversos: ▪ Sintomas extrapiramidais (parkinsonismo, distonia aguda, acatisia e discinesia tardia), sedação, hipotensão, efeitos anticolinérgicos. ▪ Interferência na liberação do hormônio de crescimento, aumento da prolactina, secreção inapropriada do hormônio antidiurético (HAD), síndrome neuroléptica maligna, hipoglicemia. Agranulocitose e leucopenia Parada cardíaca, hipertensão, prolongamento do intervalo QT, taquicardia e torsades de pointes. 8. Interações Medicamentosas: Antiarrítmicos da classe IA: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). Monitorar efeitos cardiotóxicos do haloperidol durante o tratamento concomitante. Benzatropina: risco de excessivos efeitos anticolinérgicos (sedação, obstipação, xerostomia). Monitorar sinais de efeitos anticolinérgicos. Pode ser necessário ajuste de doses ou interromper a utilização dos medicamentos. Bepridil, mesoridazina, pimozida, terfenadina, tioridazina, ziprasidona: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). A associação destes fármacos com haloperidol é contraindicada. Bloqueadorers dos receptores D2 da dopamina: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). Monitorar efeitos cardiotóxicos durante o tratamento concomitante. Bupropiona: aumento dos níveis plasmáticos de haloperidol devido a diminuição do metabolismo, levando a toxicidade. A associação deve ser feita com cautela. Se bupropiona e adicionada ao regime terapêutico de um paciente já recebendo haloperidol, a diminuição da dose de haloperidol deve ser considerada. Carbamazepina: aumento do metabolismo do haloperidol levando diminuição de sua efetividade. Monitorar eficácia terapêutica do haloperidol após a adição de carbamazepina. Em algumas situações clínicas, uma maior dose de haloperidol pode ser necessária. Cisaprida: pode resultar em piora dos sintomas psicóticos e/ou risco aumentado de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca) devido à inibição do metabolismo do haloperidol. A associação é contraindicada. Dextrometorfano: pode resultar em exacerbação dos efeitos adversos do dextrometorfano (excitação do SNC, confusão mental, depressão respiratória, nervosismo, tremores, insônia, diarreia) devido à inibição do seu metabolismo. Esparfloxacino: risco de prolongamento do intervalo QT e/ou torsades de pointes. Monitorar efeitos cardiotóxicos durante o tratamento concomitante. Fluoxetina: toxicidade (pseudoparkinsonismo, acatisia, rigidez da língua) e risco aumentado de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca) devido à inibição do metabolismo do haloperidol. A associação não é recomendada. Fluvoxamina: aumento das concentrações de haloperidol devido a diminuição do metabolismo do haloperidol, levando a toxicidade. Monitorarconcentrações séricas do haloperidol e ajustar a dose, se necessário. Monitorar piora clinica e realizar avaliações cognitivas ▪ Lítio: fraqueza, discinesia, aumento sintomas extrapiramidais, encefalopatia e danos cerebrais. Monitorar sinais de toxicidade ou sintomas extrapiramidais. Os níveis séricos de lítio devem ser monitorados periodicamente. ▪ Metildopa: pode provocar toxicidade no SNC (demência) ou parkinsonismo reversiva, pelo aumento do bloqueio dos receptores D2 da dopamina. Monitorar sintomas psiquiátricos. Se necessário, deve-se descontinuar o haloperidol. ▪ Nefazodona: diminuição do metabolismo do haloperidol e consequente aumento do risco de efeitos extrapiramidais, hipotensão e sedação. Monitorar sinais de eventos colaterais. O ajuste da dose pode ser necessário. ▪ Olanzapina: pode resultar em um aumento do risco de parkinsonismo. Monitorar sinais e sintomas de aumento de efeitos adversos parkinsonianos. Pode ser necessário diminuir a dose do haloperidol. ▪ Prociclidina e triexifenidil: risco de excessivos efeitos anticolinérgicos (sedação, obstipação, xerostomia). Monitorar efeitos anticolinérgicos. Pode ser necessário o ajuste de dose do haloperidol. ▪ Propranolol: aumento do risco de hipotensão e parada cardíaca. Monitorar sinais de hipotensão. ▪ Quetiapina: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). Recomenda-se precaução na associação e ainda o monitoria eletrocardiográfica e eletrólitos no início e durante o tratamento. ▪ Quinupristina/dalfopristina: aumento das concentrações de haloperidol devido a diminuição do metabolismo do haloperidol, levando a cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). A associação deve ser evitada, mas se ocorrer, deve-se realizar monitoria por eletrocardiograma. ▪ Rifampicina e rifapentina: diminuem a efetividade do haloperidol, por aumentar o metabolismo hepático. Monitorar diminuição da resposta clínica ao haloperidol quando estes fármacos são adicionados ao esquema terapêutico. Pode ser necessário aumentar a dose de haloperidol. ▪ Tacrina: síndrome parkinsoniana. Monitorar aumento de efeitos parkinsonianos. Se necessário, deve-se descontinuar o haloperidol. Venlafaxina: aumento das concentrações de haloperidol devido a diminuição do metabolismo do haloperidol, levando a cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). A associação não é recomendada. adversos 9. Orientações aos pacientes: ▪ Orientar para evitar o uso de bebidas alcoólicas ou sedativos. Aumentar a ingesta de água, principalmente no calor ou durante exercícios físicos. ▪ Alertar para notificar o aparecimento de movimentos involuntários. ▪ Orientar para não suspender tratamento abruptamente. ▪ Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. Informar mulheres em idade fértil quanto aos riscos e aconselhar a comunicar suspeita de gravidez. 10. Aspectos farmacêuticos • Conservar a temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados e ao abrigo da luz. Evitar o congelamento. Incompatibilidades: solução oral de haloperidol com xarope de citrato de lítio. Medicamento: HIDROCLOROTIAZIDA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 759-761) 1. Apresentação: Comprimidos 25 mg. 2. Indicações: Insuficiência cardíaca congestiva. Hipertensão arterial sistêmica. Edema de diferentes causas. 3. Contraindicações: Insuficiências hepática e renal graves. Estado pré-comatoso, pois a hipocalemia pode precipitar o coma. Hipersensibilidade a hidroclorotiazida ou sulfonamidas. 4. Precauções: Monitorar níveis de eletrólitos em tratamentos com altas doses do fármaco ou em casos de insuficiência renal. Cautela em diabetes melito, profiria, hipotensão, lúpus eritematoso sistêmico, insuficiência renal (ver apêndice D). Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A). Usar as menores doses cabíveis em idosos, especialmente nos que apresentam alterações eletrocardiográficas. 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Hipertensão arterial sistêmica e insuficiência cardíaca congestiva ▪ Crianças até 6 meses: 2 a 4 mg/kg, por via oral, dividida em 2 vezes ao dia. Máximo de 37,5 mg/dia. ▪ Crianças entre 6 meses e 2 anos: 1 a 2 mg/kg, por via oral, em dose única ou dividida em 2 vezes ao dia. Máximo de 37,5 mg/dia. ▪ Crianças entre 2 e 12 anos de idade: 2 mg/kg, por via oral, em dose única ou dividida em 2 vezes ao dia. Máximo de: 100 mg/dia. 5.2. Adultos Insuficiência cardíaca congestiva ▪ 12,5 a 50 mg, por via oral, em dose única diária. Aumentar gradualmente para 50 mg, se necessário. Dose máxima diária: 100 mg. Hipertensão arterial sistêmica 12,5 a 25 mg, por via oral, uma vez ao dia, inicialmente. A dose de manutenção pode variar até 50 mg diários. Edema 25 a 100 mg/dia em 1 a 2 doses, por via oral; máximo de 200 mg/dia. 5.3. Idosos Edema, hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca congestiva 12,5 mg/dia, por via oral, dose única diária. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção reduzida na presença de alimentos. Início de efeito: 1 a 2 horas. Pico de concentração: 1,5 a 2,5 horas. Duração de efeito: 12 a 24 horas. Metabolismo: não significativo. Excreção: renal (forma ativa). Meia-vida de eliminação: 10 a 12 horas. Em insuficiência cardíaca congestiva descompensada ou falência renal, a meia-vida se prolonga acima de 28,9 horas. O fármaco não é significativamente removido pela diálise. 7. Efeitos adversos: Hiponatremia, hipocalemia, hiperuricemia e aumento de crises de gota. Intolerância aos carboidratos, sintomas digestivos. Impotência. Reação alérgica. Hipotensão ortostática. 8. Interações Medicamentosas: O efeito da hidroclorotiazida pode ser aumentado por: álcool, anlodipino, atenolol, clorpromazina, diazepam, enalapril, halotano, hidralazina, dinitrato de isossorbida, levodopa, metildopa, nifedipino, propranolol, nitroprusseto de sódio, tiopental, timolol e verapamil. O efeito diurético pode ser diminuído por: contraceptivos orais, antiinflamatórios nãoesteróides, antiinflamatórios esteróides. A hidroclorotiazida pode aumentar a toxicidade de: digoxina, quinidina e lítio. Insulina, metformina e glibenclamida: antagonismo do efeito hipoglicemiante. Amitriptilina: aumento do risco de hipotensão postural. Anfotericina B, salbutamol, furosemida: aumento do risco de hipocalemia. Carbamazepina: aumento do risco de hiponatremia. Cisplatina: aumento do risco de nefrotoxicidade e ototoxicidade. 9. Orientações aos pacientes: Alertar para a importância de informar se apresentar alergia à hidroclorotiazida ou a sulfa e derivados. Alertar para a importância de informar se apresentar oligúria. Orientar para aumentar o consumo de alimentos com alto teor de potássio (laranjas, bananas, feijão). Orientar para ingerir o medicamento preferencialmente pela manhã, para não interromper o sono. 10. Aspectos farmacêuticos O armazenamento deve ser feito em temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC, em recipientes fechados e protegidos da luz. Medicamento: HIDROCORTISONA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 356-357; 955-957) 1. Apresentação: Creme dermatológico 1 %. Pó para solução injetável 100 mg e 500 mg. 2. Indicações: Tratamento de processos alérgicos e inflamatórios agudos. Reações fototóxicas. Tratamento de curta duração da psoríase da face e dobras. Dermatite esfoliativa, seborreica e facial, pitiríase rósea e líquen plano. Adjuvante em anafilaxia. Asma aguda grave (uso restrito em crianças incapazes de reter a forma oral). 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco ou a qualquer componente da formulação. Infecções fúngicas, bacterianas ou virais não tratadas com antimicrobiano. Rosácea, acne, dermatite perioral, psoríase em placa e urticária. Pele com cortes ou feridas. Infecção no local do tratamento, atrofia pré-existente da pele. Vacinas com vírus vivos ou atenuados. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Crianças (maior absorção e maior susceptibilidade a efeitos adversos; limitar o período de tratamento em 5 a 7 dias; risco de retardo de crescimento); Adolescentes (risco de retardo de crescimento). Idosos (maior risco de púrpura e lacerações na pele). Lactação (ver apêndice B). Úlcera péptica, diabete melito, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, enfarte do miocárdio, psicose, hipotireoidismo, glaucoma e osteoporose. Insuficiência hepática (ver apêndice C). Insuficiência renal (ver apêndice D). Pode aumentar a susceptibilidade e a gravidade de infecções como varicela e sarampo. Evitar tratamentos prolongados, principalmente na face. Manter distante dos olhos. Pode ativar ou exacerbar tuberculose e estrongiloidíase. Fator de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Tópico Adultos e crianças: Aplicar fina camada na área afetada, 1 a 2 vezes ao dia (pode-se aplicar até 4 vezes ao dia), durante 1 a 2 semanas. O tratamento deve ser realizado em curtos períodos, mas pode durar 2 a 4 semanas no caso de psoríase em face e dobras; não deve exceder uma semana nos casos de lesões inflamatórias não infectadas em lábios e região perioral. Para minimizar a possibilidade de absorção sistêmica significativa em tratamento prolongado, deve-se interromper o tratamento periodicamente, aplicar pequenas quantidades do creme ou tratar uma área do corpo por vez. Em casos mais graves pode ser necessária a oclusão da lesão. 5.2. Parenteral Crianças: Processos inflamatórios agudos 1 a 5 mg/kg, por via IM ou IV, a cada 24 horas ou divididos a cada 12 horas. Processos alérgicos agudos, adjuvante em anafilaxia e asma aguda grave De 1 mês a 1 ano: 25 mg, por via IM ou IV, a cada 8 horas. De 1 a 5 anos: 50 mg, por via IM ou IV, a cada 8 horas. De 6 a 12 anos: 100 mg, por via IM ou IV, a cada 8 horas. Adultos: Processos inflamatórios agudos, processos alérgicos agudos e adjuvante em anafilaxia 100 a 500 mg, por via IM ou IV, durante 30 segundos a 10 minutos, a cada 8 horas. Nota: Velocidade de administração venosa em crianças: bolo – solução diluída (50 mg/mL) durante 3 a 5 minutos; infusão intermitente – solução diluída (1 mg/mL) durante 20 a 30 minutos. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção (tópica): rápida; é afetada pelo tipo de veículo utilizado, pela área de aplicação e pelo grau de lesão na pele. Absorção (intramuscular): imediata. Pico de efeito (intramuscular): 1 hora. Biotransformação: hepática. Eliminação: renal. Meia-vida de eliminação: 1-2 horas. 7. Efeitos adversos: São raros por via tópica, mas podem ser sistêmicos quando aplicado em grande quantidade, em áreas extensas da pele, com curativos oclusivos ou em pele lesionada. Hipersensibilidade. Quadros acneiformes, afinamento da pele, telangiectasia, estrias, diminuição na cicatrização de feridas, equimose, hirsutismo, ardor, prurido e irritação no local da aplicação, dermatite de contato, rosácea, dermatite perioral, hipertricose, foliculite, furunculose, pústulas, pioderma, hipopigmentação. Hiperestesia, catarata, glaucoma, síndrome de Cushing, edema, úlcera gástrica, hipertensão, síndrome hipercalêmica. Efeitos adversos por via parenteral: Graves: catarata, síndrome de Cushing, glaucoma, hiperglicemia, insuficiência adrenocortical, tuberculose pulmonar, desequilíbrio de fluidos e eletrólitos. Comuns: Maior susceptibilidade e maior gravidade de infecções, euforia, depressão, hipertensão intracraniana, convulsão, cefaleia, reações alérgicas, úlcera péptica, náusea, necrose asséptica óssea, osteoporose, miopatias proximal, hipertensão arterial. 8. Interações medicamentosas: Alcaçuz: aumento do risco de efeitos adversos de corticoides. Cautela em caso de uso concomitante, pois pode ser necessário reduzir a dose do corticosteroide. Fluoroquinolonas: aumento do risco de ruptura dos tendões. Descontinuar o antibacteriano caso o paciente apresente dor, inflamação ou ruptura de tendão. Vacina contra rotavírus: aumento do risco de infecção pela vacina. O uso concomitante é contraindicado. 9. Orientações aos pacientes: Orientar que o creme é somente para uso externo e para evitar contato com olhos e mucosas. Orientar para não cobrir a pele tratada com curativos oclusivos. Orientar para evitar fraldas plásticas ou apertadas caso o creme seja aplicado na área da fralda. Alertar para não aplicar com outros medicamentos no mesmo local da pele. Obedecer ao intervalo de pelo menos 30 minutos entre a aplicação de diferentes medicamentos na mesma região. Evitar contato com pessoas doentes. Atletas devem consultar autoridades esportivas, pois este medicamento pode ter uso restrito em alguns esportes. Não tomar qualquer tipo de vacina sem consultar o médico. Não suspender abruptamente este medicamento após uso prolongado. Após longo período de terapia, deverá ser retirado de forma gradual. 10. Aspecto farmacêutico: Armazenar a temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados. Evitar o congelamento. Manter ao abrigo de luz, calor e umidade. O pó deve ser reconstituído com o exato volume oferecido pelo produtor. Após reconstituição, proteger a solução da luz A solução reconstituída deve ser utilizada somente se estiver límpida e deve ser descartada após 3 dias. Após a reconstituição, é possível diluição com glicose 5 %, cloreto de sódio 0,9 % e solução de Ringer + lactato. ATENÇÃO: o uso deste medicamento não deve ser suspenso sem orientação médica. Pode ser necessária retirada gradual para diminuir risco de insuficiência adrenocortical. Medicamento: IBUPROFENO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 768-771) 1. Apresentação: Comprimido de 300 mg. Suspensão oral 50 mg/mL. 2. Indicações: Dor leve a moderada, incluindo cefaleia e dismenorreia. Febre. Tratamento de inflamações musculoesqueléticas. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a acido acetilsalicílico ou qualquer outro anti-inflamatório nãoesteróide. Ulceração péptica ou sangramento intestinal ativos. Terceiro trimestre da gravidez. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de distúrbios de coagulação, predisposição a alergias, história de ulceração, perfuração ou sangramento gastrintestinal, doença cardíaca, tratamento com anti-hipertensivos, anemia, asma brônquica e desidratação. Insuficiência renal DCE inferior a 30 mL/minuto (ver apêndice D). Insuficiência hepática (ver apêndice C). Idosos (toleram menos os efeitos gastrintestinais associados ao fármaco). Evitar o uso prolongado devido ao aumento do risco de efeitos gastrintestinais, dano renal e anemia. Categoria de risco na gravidez (FDA): B – primeiro e segundo trimestres – e D – terceiro trimestre – (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Dor leve a moderada, febre, dismenorreia primária, doenças inflamatórias, incluindo musculoesqueléticas. 200 a 600 mg, por via oral, a cada 6 a 8 horas. Dose máxima: 2,4 g/dia e 3,2 g/dia em doenças inflamatórias. 5.2. Crianças Dor leve a moderada, febre, doenças inflamatórias musculoesqueléticas. De 3 a 6 meses: 50 mg, por via oral, a cada 8 horas; em condições graves, até 30 mg/kg/dia, divididos a cada 6 ou 8 horas. De 6 meses a 1 ano: 50 mg, por via oral, a cada 8 horas. De 1 a 4 anos: 100 mg, por via oral, a cada 8 horas. De 4 a 7 anos: 150 mg, por via oral, a cada 8 horas. De 7 a 10 anos: 200 mg, por via oral, a cada 8 horas. De 10 a 12 anos: 300 mg, por via oral, a cada 8 horas. Dose máxima como antipirético em crianças: 40 mg/kg/dia. Artrite idiopática juvenil. Peso corporal acima de 7 kg: 30 a 50 mg/kg/dia, divididos a cada 6 ou 8 horas. Dose máxima: 2,4 g/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Inicio de efeito: 15 minutos (dor); 1 semana (artrite). Pico de efeito: 1 a 2 horas. Duração de efeito: 4 a 6 horas (dor); 6 horas (febre). Meia-vida de eliminação: 1,8 a 2 horas. Metabolismo: hepático. Excreção: renal. 7. Efeitos adversos: Frequentes Edema (1-3%), retenção de liquido (1-3%). Tontura (3-9%), cefaleia (1-3%), nervosismo (1-3%) Coceira (1-3%), exantema (3-9%). Dispepsia (1-3%), vômitos (1-3%), dor/cólica/desconforto abdominal (1-3%), queimação (3-9%), náusea (3-9%), diarreia (1-3%), flatulência (1,3%), dor epigástrica (3-9%). Zumbidos (3-9%). Graves Acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão, enfarte do miocárdio. Insuficiência renal aguda, diminuição da depuração de creatinina, azotemia, hematúria. Agranulocitose, anemia aplásica, anemia hemolítica, eosinofilia, neutropenia, trombocitopenia. Anafilaxia. Hepatite, icterícia, testes da função hepática anormais. Diminuição da audição, ambliopia tóxica, alterações na visão, depressão. Sangramento e ulceração gastrintestinal, epistaxe, melena. Eritema multiforme, fotossensibilidade, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, urticária, erupções vesicobolhosas. Pancreatite. 8. Interações Medicamentosas: Ácido acetilsalicílico: possível redução do efeito antiplaquetário do ácido acetilsalicílico. Em caso de uso concomitante, administrar o ácido acetilsalicílico pelo menos 30 minutos antes ou 8 horas apos a administração de ibuprofeno. Tobramicina: concentrações plasmáticas dos aminoglicosídeos podem ser aumentadas. Monitorar função renal e níveis séricos dos aminoglicosídeos. Ajustar dose do aminoglicosídeo de acordo com parâmetros monitorados. Anticoagulantes (femprocumona, varfarina, heparinas de baixo peso molecular): aumento da atividade anticoagulante e risco de sangramento. Pacientes devem ser monitorados apropriadamente. Losartana: possível redução dos efeitos anti-hipertensivos e aumento do risco de insuficiência renal. Monitorar pressão arterial, função cardiovascular e renal. Furosemida e hidroclorotiazida: redução do efeito diurético e da eficácia antihipertensiva. Quando usados concomitantemente, monitorar peso e pressão arterial. Fenitoína: aumento do risco de toxicidade da fenitoína (ataxia, tremor, etc), especialmente em pacientes com insuficiência renal. Pacientes devem ser monitorados para sinais e sintomas de toxicidade de fenitoína; em pacientes com insuficiência renal, monitorar concentrações séricas de fenitoína. Enalapril e Captopril: possível redução dos efeitos anti-hipertensivos e natriuréticos dos IECA. No uso concomitante, monitorar pressão arterial e função cardiovascular. Também monitorar pacientes para hiperpotassemia ou insuficiência renal aguda. Fluoxetina: aumento do risco de sangramento. Considerar uso do anti-inflamatório não-esteróide por curta duração em dose reduzida. Na ocorrência de efeitos adversos gastrintestinais, considerar terapia de intervenção (por exemplo, antagonistas H2 ou inibidores da bomba de próton) ou descontinuar o inibidor da receptação da serotonina ou o anti-inflamatório ou mudar para terapia alternativa. Glibenclamida: aumento do risco de hipoglicemia. Pacientes devem ser monitorados para hipoglicemia. Quando anti-inflamatórios são introduzidos na terapia, pode ser necessária redução da dose da sulfonilureia. 9. Orientações aos pacientes: A Orientar para ingerir os comprimidos com 250 mL de água e não deitar dentro de 15 a 30 minutos apos a administração. Orientar para ingerir com alimentos ou leite para evitar desconforto gástrico. Orientar para não misturar a suspensão oral com nenhum outro liquido antes do uso. Orientar para notificar imediatamente ao medico os seguintes sintomas: edema, sangramento ou ulceração gastrintestinal, problemas cardiovasculares, ganho de peso não usual ou exantema. Reforçar a importância de evitar o uso de bebidas alcoólicas, pelo risco aumentado de ulcerações. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a suspensão oral entre 15 e 30 oC, evitar congelamento. Agitar a suspensão oral antes do uso. Armazenar o comprimido a temperatura ambiente, entre 15 e 30 oC, em embalagens bem fechadas e protegidas da luz. Medicamento: INSULINA HUMANA NPH E INSULINA HUMANA REGULAR Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 778-781) 1. Apresentação: Suspensão injetável 100 UI/mL (NPH). Solução injetável 100 UI/ mL (Regular). 2. Indicações: Tratamento de diabetes melito tipo 1. Tratamento de diabetes melito tipo 2 em pacientes não controlados com dieta e antidiabéticos orais. Cetoacidose, coma hiperosmolar e na vigência de cirurgia, infecção ou traumatismo em diabéticos de tipos 1 e 2. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a algum componente da formulação. Hipoglicemia. 4. Precauções: Usar com cuidado em casos de: Diarreia, vômitos, hipotireoidismo, insuficiência renal grave (ver apêndice D) e insuficiência hepática (ver apêndice C) (reduzem a necessidade de insulina; reduzir as doses). Febre, hipertireoidismo, traumas, infecções e cirurgias (aumentam a necessidade de insulina; aumentar as doses). Durante atividades físicas e longos períodos em jejum (monitorizar episódios de hipoglicemia). Monetarização diária de glicemia. Monetarização do potássio sérico. Acompanhar o tratamento com dieta adequada. Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos e crianças Insulina regular (controle de diabetes). 0,5 a 1 unidade/kg/dia, por via subcutânea, em doses divididas, 30 minutos, antes das refeições e ao deitar. As doses diárias podem ser acrescidas em 2 a 4 unidades/dia a cada 3 dias, de acordo com a resposta obtida. Insulina NPH (controle do diabetes; tratamento de manutenção). 0,3 a 1,5 unidade/kg/dia, por via subcutânea, 1 a 2 vezes ao dia, pela manhã e a noite. Ajustes de 2 a 4 unidades por dia podem ser feitos, a cada 2 a 3 dias, de acordo com a resposta. Ao alcançar dose de 40 unidades/dia, e prudente dividi-la em duas injeções diárias. Insulina regular (tratamento de cetoacidose). 0,1 unidade/kg, em injeção intravenosa, seguida de 0,1 unidade/kg/hora, em infusão intravenosa contínua. A redução ideal da glicemia e de 80 a 100 mg/dL/hora. Insulina regular (em bomba de infusão contínua). 0,1 unidade/kg, em injeção intravenosa, seguida de 0,1 unidade/kg/hora, em infusão intravenosa contínua. A redução ideal da glicemia e de 80 a 100 mg/dL/hora. 5.2. Adolescentes Insulina regular 0,8 a 1,2 U/kg/dia, por via subcutânea, em doses divididas. Insulina regular (em bomba de infusão contínua) ▪ Fornece uma taxa basal de insulina durante todo o dia e doses suplementares (bolus) pré-prandiais. Cuidados na administração: Insulina subcutânea e absorvida mais rapidamente no abdome do que nas coxas; coxas e braços em movimento absorvem insulina mais rapidamente que o abdome. As seringas e as agulhas descartáveis podem ser reutilizadas pelo mesmo paciente, desde que a agulha e a capa protetora não tenham sido contaminadas. Devem ser mantidas em geladeira e o numero de reutilizações, em geral de 7 a 8, depende de a ponta da agulha não se tornar romba, para não aumentar a dor da injeção. Antes de iniciar a preparação da injeção, lavar bem as mãos. O frasco de insulina deve ser retirado previamente da geladeira para evitar injeção fria. O frasco deve ser rolado gentilmente entre as mãos para misturar a suspensão, antes de aspirar o conteúdo. Em caso de combinação de dois tipos de insulina, aspirar antes a insulina de ação curta para que o frasco não se contamine com a insulina de ação intermediária (o aspecto da insulina regular deve ser sempre cristalino). Antes de iniciar a aplicação da insulina, limpar a pele com algodão embebido em álcool. Introduzir a agulha de injeção subcutânea por completo, em ângulo de 90 graus. Antes de injetar, puxar o êmbolo para verificar a presença de sangue. Se houver sangue, reiniciar a aplicação em outro local. Mudar o lugar de aplicação da insulina mantendo uma distancia mínima de 1,5 cm a cada injeção. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Insulina regular Início de ação: 30 a 60 minutos (via subcutânea); imediato (via intravenosa). Pico de ação: 2 a 3 horas. Duração de ação: 5 a 8 horas. Insulina NPH Início de ação: 2 a 4 horas. Pico de ação: 4 a 12 horas. Duração da ação: 18 a 24 horas. 7. Efeitos adversos: Hipoglicemia aumento de peso e edema. Hipersensibilidade cutânea, reação no local da aplicação. 8. Interações Medicamentosas: Bloqueadores beta-adrenérgicos podem alterar o metabolismo glicêmico, prolongar e mascarar sinais e sintomas de hipoglicemia. Se a associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente. Bloqueadores cardiosseletivos tendem a causar menos distúrbios glicêmicos, com menor risco de mascarar sintomas de hipoglicemia. Ciprofloxacino e outras fluoroquinolonas podem alterar o metabolismo glicêmico, causando hipoglicemia ou hiperglicemia. Se a associação for necessária, monitorar concentrações sanguíneas de glicose periodicamente. Avaliar redução da dose de insulina. Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), feno-grego (Trigonella foenumgraecum), tansagem (espécies do genero Plantago, designadas genericamente em inglês pelo nome Psyllium), melão-de-são-caetano. (Momordica charantia) e goma guar podem aumentar o risco de hipoglicemia. Se a associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente. Inibidores de monoamina oxidase (IMAO) podem estimular a secreção de insulina causando hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigens. Monitorar glicose sanguínea quando um IMAO for adicionado ou retirado da terapia e avaliar redução da dose de insulina. 9. Orientações aos pacientes: Educar para reconhecer sintomas de hipoglicemia, como visão borrada, confusão, frio, fome excessiva, cefaléia, náuseas, entre outros, e a conhecer hábitos que podem resultar em hipoglicemia, como atraso ou esquecimento de uma refeição, exercícios intensos e álcool. Caso ocorram esses sintomas, colocar açúcar entre a gengiva e a bochecha. Procurar um serviço de saúde se não houver melhora. Educar para reconhecer sintomas de hiperglicemia e cetoacidose, como visão borrada, boca e pele secas, náuseas, vômitos, aumento da frequencia e do volume de urina, perda de apetite, entre outros, e a conhecer hábitos e/ou situações que podem resultar em hiperglicemia, como diarréia, febre, infecções e dieta inadequada. Procurar um serviço de saúde. Orientar quanto a importância da adesão aos esquemas de dieta, exercícios e monitoramento de glicemia e da organização de um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local em menos de 15 a 20 dias. Orientar para não compartilhar seringa, mesmo entre familiares. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar o frasco sob refrigeração, entre 2 e 8ºC. Manter o frasco fechado ao abrigo de ar e da luz. Manter o frasco apos aberto a temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC, ou sob refrigeração, atentando para aquecer entres as mãos antes de administrar. Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e estabilidade da insulina regular para administração intravenosa. Medicamento: ISOFLURANO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 789-790) 1. Apresentação: Solução inalante (líquido volátil). 2. Indicações: Anestesia geral (uso restrito a cirurgias cardiológicas e neurológicas). 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao isuflurano ou a outro agente halogenado. Hipertermia maligna (suspeita ou conhecimento de susceptibilidade genética). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Idosos (são mais susceptíveis à hipotensão e à depressão circulatória por indução anestésica). Pacientes pediátricos com doença neuromuscular (risco de hiperpotassemia que pode resultar em arritmias; o risco é aumentado com a coadministração de succinilcolina). Crianças com idade inferior a 2 anos (a segurança não está estabelecida). Doença arterial coronariana (risco de indução da “síndrome do roubo coronariano”, com redistribuição do fluxo sanguíneo para longe da área estenosada – perfusão luxuriante -, agravando o quadro de má perfusão miocárdica). Doses elevadas (maior risco de hipotensão, depressão respiratória e aumento da pressão do fluido cerebroespinhal). Lactação. Pode reagir com absorventes de dióxido de carbono (CO2), produzindo monóxido de carbono, que pode resultar em níveis elevados de carboxihemoglobinemia em alguns pacientes. Há risco de depressão respiratória neonatal. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos e crianças Indução da anestesia Aumentar gradualmente a partir de 0,5 % para 3 % em oxigênio ou óxido nitrosooxigênio. Manutenção da anestesia De 1 a 2,5 % em oxigênio com óxido nitroso; quantidade adicional pode ser necessária (0,5 a 1 %) se for utilizado apenas oxigênio. Nota: usar vaporizador calibrado. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início da ação: entre 7 a 10 minutos. Ocorre mínima biotransformação. 7. Efeitos adversos: Tremor, febre, delírio pós-anestesia, hipertermia maligna. Depressão respiratória. Náusea, vômito. Diminuição da função hepática. Hipotensão, arritmia, enfarte do miocárdio. Sonolência, tontura, fraqueza, cefaleia. 8. Interações Medicamentosas: Bepridil, cisaprida, mesoridazina, pimozida, terfenadina, tioridazina, ziprazidona: aumento do risco de cardiotoxicidade. O uso concomitante é contraindicado. Bloqueadores neuromusculares: têm seu efeito e duração de ação potencializados. Pode resultar em depressão respiratória. A dose de relaxante muscular deve ser reduzida caso a coadministração seja necessária. Em procedimentos longos a dose e a frequência da infusão devem ser reduzidas. Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): pode resultar em colapso cardiovascular. O uso de erva-de-são-joão deve ser descontinuado 5 dias antes da utilização do anestésico. Labetalol: pode causar hipotensão. A função cardíaca deve ser monitorada, particularmente em pacientes com disfunção cardíaca pré-existente. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para evitar atividades que requeiram atenção e coordenação motora, evitar o uso de álcool e o uso de depressores do SNC nas 24 horas pós-anestesia. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar sob temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC. A embalagem deve ser hermeticamente fechada e de material resistente à luz. Medicamento: IVERMECTINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 800-802) 1. Apresentação: Comprimido de 6 mg. 2. Indicações: Infecções helmínticas causadas por nematódeos (Onchocerca volvulus). Strongyloides stercoralis. Filariase linfática por Wuchereria bancrofti. Larva migrans cutânea. Pediculose (Pediculus humanus capitis e pubis). Escabiose (Sarcoptes scabiei). 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco. Dano a barreira hematoencefálica, pois a ivermectina pode reagir com os receptores de GABA. Gravidez. Fator de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Crianças pesando menos de 15 kg (segurança não definida). ▪ Lactação (ver apêndice B). O uso de anti-histamínicos ou corticosteróides reduz as reações alérgicas ocasionadas pela desintegração das microfilárias. O tratamento com ivermectina para infecções causadas por Onchocerca volvulus pode causar danos sistêmicos (reação de Mazzotti) e reações oftálmicas. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos e crianças maiores de 5 anos (acima de 15kg) Tratamento de oncocercose (medicamento de escolha) Dar 150 microgramas/kg, por via oral, em dose única. A dose pode ser repetida a cada 6 ou 12 meses. Programa de eliminação de oncocercose Dar 150 microgramas/kg, por via oral. A dose pode ser repetida a cada 6 ou 12 meses. Tratamento de estrongiloidíase Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em dose única ou durante 2 dias. Caso após 3 meses de tratamento ainda existir evidencias de larvas, repetir o tratamento. Doses adicionais não são necessárias, exceto em pacientes imunodeprimidos, nos quais a terapia pode ser repetida após duas semanas. Tratamento de filaríase linfática De 150 a 400 microgramas/kg, por via oral, em dose única. Programa de controle de filaríase Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em conjunto com 400 mg de albendazol, por via oral, em dose única anual. Larva migrans cutânea De 150 a 200 microgramas/kg, por via oral, uma vez ao dia, durante 1 a 2 dias. Pediculose capitis Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em dose única, repetindo o tratamento no 2º e no 10º dia ou apos 7 e 14 dias, ou 300 microgramas/kg, por via oral, em dose única, repetida após 1 semana. Pediculose pubis Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em dose única, repetida após 10 e 14 dias, ou 250 microgramas/kg, por via oral, em dose única, repetida apos 1 semana. Escabiose Dar 200 microgramas/kg, por via oral, em dose única ou 250-300 microgramas/kg, por via oral, em dose única, repetida apos 7 e 14 dias. O tratamento de todos os membros da família e aconselhado. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção oral rápida. Pico de concentração plasmática: 4 horas Meia-vida: 18 a 35 horas. Metabolismo: hepático. Excreção: fezes (durante mais de 12 dias) e urina (menos de 1%). 7. Efeitos adversos: Diarreia, náusea, vômito, dor abdominal. Elevação sérica das enzimas hepáticas. Reação de Mazzotti em indivíduos infectados, causada por morte de microfilárias e caracterizada por artralgia ou mialgia, febre, linfoadenopatia, prurido, erupções cutâneas, taquicardia, hipotensão e alterações oftálmicas. Dor de cabeça, tontura, desmaios, insônia, tremores, sonolência. 8. Interações Medicamentosas: Varfarina: pode resultar em aumento dos valores do RNI. Monitorar cuidadosamente RNI para evitar sangramento. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para ingerir o medicamento com 250 mL de água e com o estomago vazio. A ingestão de alimentos pode aumentar consideravelmente a biodisponibilidade da ivermectina. Orientar para notificar se houver suspeita de gravidez e a ocorrência de amamentação natural. 10. Aspectos farmacêuticos Os comprimidos devem ser armazenados a temperatura inferior a 30ºC e abrigo de luz e umidade. Medicamento: LEVODOPA + BENSERAZIDA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 805-810) 1. Apresentação: Comprimido de 200mg + 50mg. Comprimido de 100mg + 25 mg. Cápsula de 100mg + 25 mg. 2. Indicações: Doença de Parkinson 3. Contraindicações: Hipersensibilidade conhecida a levodopa ou benserazida. Lesões de pele não diagnosticadas, melanoma maligno ou história prévia desta doença. Glaucoma de ângulo fechado. Uso concomitante de reserpina e inibidores da monoamina oxidase (inclusive duas semanas antes de iniciar levodopa+benserazida). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Doenças pulmonares. ▪ Úlcera péptica ativa. ▪ Doenças graves hepáticas, renais, cardiovasculares e medulares ósseas. ▪ Diabete melito, hipertireoidismo, feocromocitoma, osteomalácia. ▪ Depressão e outras doenças psiquiátricas graves. ▪ Glaucoma de ângulo aberto. ▪ Retirada do medicamento (deve ser gradual para reduzir risco de síndrome neuroléptica maligna e rabdomiólise). ▪ Anestesia com narcóticos (suspender o medicamento pelo menos oito horas antes da anestesia). ▪ Idosos (introduzir com incrementos graduais das doses). ▪ Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Doença de Parkinson De 100 a 200 mg de levodopa e 25 a 50 mg de benserazida (razão 4:1), por via oral, duas vezes ao dia. A dose diária pode ser aumentada gradualmente com 50 a 100 mg de levodopa e 12,5 a 25 mg de benserazida a cada 3 a 7 dias em 3 a 4 doses divididas. Durante a progressão da doença ha necessidade de aumento de dose para manutenção da eficácia clínica; não exceder a dose diária de 800 mg de levodopa e 200 mg de benserazida. 5.2. Idosos Doença de Parkinson Dose inicial de 50 mg de levodopa e 12,5 mg de benserazida, por via oral uma ou duas vezes ao dia. Aumentar a dose diária em 50 mg de levodopa e 12,5 mg de benserazida a cada 3 a 4 dias, de acordo com a resposta clínica. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: cerca de 60% é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal; alimento reduz em 15% a absorção. Pico de resposta clínica ocorre ate o final do primeiro mês de tratamento. Metabolismo: predominantemente no trato gastrintestinal e em menor extensão pelo fígado. Excreção: renal (90%). Meia-vida de eliminação da levodopa e de 1,5 a 2 horas, aumentada em 25% nos idosos. A depuração encontra-se reduzida nesta faixa etária. 7. Efeitos adversos: Arritmias cardíacas e hipotensão ortostática (ocasionais); hipertensão, dor no peito e flebites (menor frequência que os primeiros). Prurido e exantema; recorrência primária de melanoma maligno. Hiperprolactinemia e aumento de TSH. Síndrome neuroléptica maligna tem sido reportada durante a retirada abrupta da levodopa+benserazida. Elevação do ácido xanturênico foi observada em indivíduos com deficiência de vitamina B6; Náuseas e vômitos (frequentes, especialmente no início do tratamento); sialorreia, disfagia, flatulência, anorexia, disgeusia e diarréia (ocasionais); sangramentos gastrintestinais e dispepsia (raros). Leucopenia, trombocitopenia, redução do tempo de tromboplastina, anemia hemolítica e não hemolítica (raros). Elevações de bilirrubina e fosfatase alcalina. Agitação, ansiedade, distúrbios do sono e depressão (frequentes); o uso prolongado pode levar a desorientação, confusão mental, ilusão e discinesia; convulsões podem ocorrer em indivíduos com déficit renal. Indução da dopa-descarboxilase ocorre gradualmente entre o terceiro e quarto mês de tratamento com levodopa+benserazida, podendo ser necessária readequação de dose. Perda de resposta clinica após vários anos de tratamento, relacionada a progressão da doença. Disfunção sexual, retenção e/ou incontinência urinaria (raros). 8. Interações Medicamentosas: Bromperidol, droperidol, fenilalanina, fenitoína e fosfenitoína, kava-kava, sais de ferro, tirosina: podem reduzir a efetividade; monitorar eficácia terapêutica da levodopa+benserazida e aumentar a dose desta se necessário. Bupropiona e indinavir aumentam os efeitos adversos; monitorar efeitos adversos da associação levodopa + benserazida e reduzir a dose desta se necessário. Espiramicina reduz a concentração sérica com perda dos efeitos antiparkinsonianos; ajuste da dose de levodopa+benserazida pode ser necessario. Inibidores da MAO e linezolida: o uso concomitante e contraindicado. Metoclopramida tem seus efeitos extrapiramidais aumentados; o uso concomitante deve ser evitado. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para o relato de alergias e uso concomitante de outros medicamentos. Orientar para o relato de comorbidades, particularmente diabetes melito, glaucoma, câncer de pele, doenças mentais, doenças dos rins, fígado e pulmão. Orientar para tomada do medicamento longe das refeições e, particularmente de alimentos ricos em proteínas; contudo, somente para adaptação ao início do tratamento, pode-se recomendar a tomada com alimentos. Recomendar dieta rica em vitamina B6 (bananas, ovos galados, ervilha, carnes, amendoim e cereais integrais). Orientar sobre o tempo até que surjam efeitos significativos no controle da doença (cerca de ate 30 dias). Alertar sobre a necessidade de seguir rigorosamente a dose e os horários de tomada do medicamento; e não interromper abruptamente o seu uso. Orientar para o caso de esquecimento da dose, a mesma devera ser desconsiderada se faltarem duas horas ou menos até a próxima dose, nunca duplicar a dose. Orientar para a guarda do medicamento sempre longe do alcance das crianças. Orientar os pacientes diabéticos que o medicamento interfere no resultado dos testes de glicose e corpos cetônicos na urina. Orientar que o medicamento diminui os reflexos e que ao executar atividades como dirigir ou operar maquinas perigosas poderá expor a riscos de acidentes. Orientar que o uso do medicamento poderá dar tonalidade escura à saliva, urina e suor; sabor amargo e sensação de queimação na língua poderão estar presentes. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar o medicamento sob temperatura de 15 ºC e 30 ºC, em embalagens bem fechadas, protegido da luz, calor e umidade. Não colocar em geladeira ou no congelador. ATENÇÃO: no início do tratamento pode ocorrer sedação excessiva e sono de início súbito; alertar o paciente para execução de atividades que requerem atenção e reflexos rápidos, como dirigir e/ou operar máquinas perigosas. Medicamento: LEVONORGESTREL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 810-813) 1. Apresentação: Comprimido de 0,75 mg. Comprimido de 1,5 mg. 2. Indicações: Contracepção de emergência. 3. Contraindicações: Sangramento genital de etiologia desconhecida. Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula. Porfiria. Doença arterial grave, distúrbios tromboembolíticos. Gravidez. Fator de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Diabetes. ▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C). ▪ Ocorrência de vomito em ate 2 horas após a administração (a dose poderá ser repetida; se necessário, administrar antiemético). Não é recomendado antes da menarca, mas pode ser usado durante o ciclo menstrual. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos e jovens acima de 16 anos. Dose única de 1,5 mg, por via oral, ingerida preferencialmente ate 72 horas após relação sexual desprotegida. Eficácia ainda se mantém ate 120 horas após o intercurso sexual desprotegido. Duas dosagens de 0,75 mg, via oral de 12 em 12 horas, num período de até 5 dias após a relação sexual. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Metabolismo: hepático Meia-vida de eliminação: 43 horas. Excreção: preponderamente renal. 7. Efeitos adversos: Náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e alterações no apetite. Irregularidades menstruais, sensibilidade mamaria, cistos ovarianos. 8. Interações Medicamentosas: Fosfenitoína pode induzir o metabolismo de levonorgestrel, com redução da eficácia. Tacrina pode ter incidência de efeitos adversos aumentada pelo levonorgestrel. Avaliar redução da dose da tacrina. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para ingerir no máximo até 72 horas após relação sexual desprotegida, para obter efetividade. Orientar para ingerir o comprimido com alimento ou leite para evitar desconforto gástrico. Orientar para a possível ocorrência de vômito em 1 a 3 horas apos tomar o comprimido; se ocorrer, repetir a dose. Alertar para a possibilidade de atraso ou adiantamento da próxima menstruação. Recomendar um método de barreira até a próxima menstruação. Reforçar a necessidade de notificar se houver dor no baixo ventre, que pode ser sinal de gravidez ectópica. Alertar para não adotar o método de proteção contraceptiva de emergência como método regular de controle de natalidade. Informar que não protege contra infecção por HIV ou qualquer doença sexualmente transmissível e que não é eficaz para interromper gravidez existente. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar em temperatura ambiente em recipiente bem fechado. Medicamento: LORATADINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 819-820) 1. Apresentação: Comprimido de 10 mg. Xarope 1 mg/mL. 2. Indicações: Alívio de sintomas de alergia, febre do feno, rinite alérgica ou vasomotora, prurido, urticária. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade à loratadina. Porfiria. Recém-nascidos e bebês prematuros. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Hipertrofia prostática, retenção urinária, glaucoma, obstrução piloro-duodenal e epilepsia. Insuficiência hepática (ver apêndice C) e renal (ver apêndice D). Crianças e idosos (podem desenvolver reação paradoxal de hiperexcitabilidade). Direção de veículo ou operação de maquinário (risco de acidentes por eventual efeito sedativo da loratadina). Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos e crianças Adultos e crianças a partir de 6 anos 10 mg, VO, uma vez ao dia. Adultos e crianças a partir de 6 anos, com falência hepática ou diminuição da função renal (depuração endógena de creatinina < 30 mL/minuto) 10 mg, em dias alternados. Crianças com 2 a 5 anos 5 mg, VO, uma vez ao dia. Crianças com 2 a 5 anos, com falência hepática ou diminuição da função renal (depuração endógena de creatinina < 30 mL/minuto) 5 mg, em dias alternados. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: bem absorvida por via oral. A ingestão concomitante de alimentos pode aumentar a absorção em 40 %. Início de ação: 1 a 3 horas. Duração da ação: dose única de 24 a 48 horas; doses múltiplas de 24 horas a 8 dias. Tempo para pico de concentração: 1,3 hora. Pico de efeito: 8 a 12 horas; em idosos, a taxa de absorção e pico plasmático são cerca de 55 % maiores que em jovens. Biotransformação: hepática; metabólito ativo: desloratadina. Eliminação: urinária e fecal, 80 % do total da dose administrada. Meia-vida: 8,4 horas. Não atravessa a barreira hematoencefálica. Diálise não altera a farmacocinética. 7. Efeitos adversos: Raros: hipotensão, edema, palpitação, taquicardia, urticária, exantema, mialgia, sudorese, fotossensibilidade, visão borrada, icterícia, necrólise hepática, coloração da urina, anafilaxia, ganho de peso, faringite, dispneia, congestão nasal, broncoespasmo, astenia, depressão, cefaleia, insônia, tremor, convulsão. Sintomas mais frequentes em idosos: dor ao urinar, secura nasal, zumbido, confusão, tontura. Pode ocorrer sedação se a dose recomendada de loratadina for excedida. 8. Interações Medicamentosas: Amiodarona: recomenda-se realização de eletrocardiograma (ECG) antes e após a primeira dose. Se for observado prolongamento do intervalo QT, deve-se interromper o uso da loratadina e monitorar o ritmo cardíaco. 9. Orientações aos pacientes: A administração com alimentos, água ou leite reduz a irritação gástrica. Recomenda-se interromper o uso uma semana antes da realização de testes de pele com alergênios, pois podem ocorrer resultados falso-negativos. Não usar durante o aleitamento materno. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC. Manter em recipiente bem fechado, longe de calor e luz direta. Não congelar (xarope). Medicamento: LOSARTANA POTÁSSICA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 820-822) 1. Apresentação: Comprimido de 50 mg. 2. Indicações: Segunda escolha nos casos de intolerância ao IECA, nas indicações: Insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Hipertensão arterial sistêmica. Profilaxia de acidente cerebrovascular em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda. Nefropatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 2 e história de hipertensão. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco. Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (primeiro trimestre) e D (segundo e terceiro trimestres) (ver apêndice A). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Angioedema atual ou historia de angioedema. Depleção de volume (corrigir depleção antes de iniciar o tratamento para prevenir hipotensão). Insuficiência hepática (ver apêndice C). Insuficiência renal (ver apêndice D). Hiperpotassemia. Estenose da artéria renal. Insuficiência cardíaca congestiva grave Lactação (ver apêndice B). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças com 6 anos ou mais Hipertensão arterial sistêmica 0,7 mg/kg, por via oral, a cada 24 horas. Dose máxima: 50 mg/dia. 5.2. Adultos Hipertensão cardíaca congestiva Dose inicial: 12,5 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dobrar a dose a cada 7 dias, se necessário, até 50 mg/dia. Hipertensão arterial sistêmica Dose inicial 50 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dose de manutenção: 25 a 100 mg, por via oral, uma vez ao dia ou dividido a cada 12 horas. Profilaxia de acidente cerebrovascular em pacientes com hipertrofia ventricular esquerda Dose inicial: 50 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dose de manutenção: 100 mg, por via oral, uma vez ao dia. Associado a hidroclorotiazida 12,5 a 25 mg, por via oral, uma vez ao dia. Nefropatia diabética em pacientes com diabetes tipo 2 e história de hipertensão Dose inicial: 50 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dose de manutenção: 100 mg, por via oral, uma vez ao dia de acordo com controle da pressão arterial. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Biodisponibilidade: 25% a 35% Pico de concentração: 1 a 1,5 horas. Duração da ação: 24 horas (em hipertensão) Metabolismo hepático 14% via citocromo P450 isoenzimas CYP2C9 e CYP3A4. Metabolito ativo. Sofre metabolismo de primeira passagem. Meia-vida de eliminação: 1,5 a 2 horas para o fármaco e 4 a 9 horas para o metabolito ativo. Excreção: 13% a 35% renal, depuração renal 42 a 75 mL/min; 50% a 60% biliar. Não é dialisável. 7. Efeitos adversos: Angina, bloqueio atrioventricular de segundo grau, acidente cerebrovascular, hipotensão (principalmente em paciente com depleção de volume), enfarte do miocárdio, arritmias, síncope (todos menos de 1%). Hipotensão ortostática dose dependente (menor do que 0,5% com dose de 50 mg e 2% com dose de 100 mg). Prurido, exantema, alopecia, dermatite, pele seca, eritema, rubor, fotossensibilidade, sudorese, urticária (todos menos de 1%). Gota, hiperpotassemia, hiponatremia. Diarreia (2%), dispepsia (1%), alteração no paladar, pancreatite. Anemia, linfoma maligno, trombocitopenia. Hepatotoxicidade Dor nas pernas e costas, cãibra muscular e mialgia (todos entre 1% a 1,8%), rabdomiólise. Astenia, ataxia, confusão, tontura, hiperestesia (sensibilidade diminuída a estímulos), insônia ou transtorno do sono, comprometimento da memória, enxaqueca, parestesia, síndrome de Parkinson, neuropatia periférica, sonolência, tremor, vertigem (todos menos de 1%). Visão borrada, sensação de queimação ocular, conjuntivite, diminuição da acuidade visual, tinido (todos menos de 1%). Ansiedade, depressão, sensação de nervosismo, distúrbio do pânico, distúrbio psicótico (todos menos de 1%). Nefrotoxicidade. Diminuição da libido, impotência (todos menos de 1%). Tosse, infecção respiratória superior (8%), congestão nasal (2%), sinusite (1%), alterações no seio frontal (1,5%). Angioedema. 8. Interações Medicamentosas: Anti-inflamatórios não esteroides, fluconazol, rifampicina: podem diminuir a efetividade da losartana. Monitorar pressão arterial. Lítio: pode ter a toxicidade (fraqueza, tremor, sede, confusão) aumentada pela losartana. Monitorar para sinais e sintomas específicos. 9. Orientações aos pacientes: Medicamento não recomendado durante a gravidez. Orientar prevenção. ▪ Aumento de pressão arterial pode não ter sintoma, não deixar de usar o medicamento sem falar com o médico. Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se estiver perto do horário da próxima dose, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no horário. Nunca usar duas doses juntas. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar entre 15 e 30 °C, proteger do calor, umidade e luz direta. Formulação extemporânea – suspensão oral 2,5 mg/mL: colocar 10 comprimidos de losartana potássica 50 mg num recipiente com 10 mL de água purificada, agitar por 2 minutos, deixar em repouso durante 1 hora e agitar por mais 1 minuto; adicionar esta mistura a 190 mL de Ora-plus e Ora-sweet 50/50 e agitar por mais 1 minuto. Armazenar sob refrigeração. Estável por até 4 semanas. Agitar bem antes de usar. ATENÇÃO: máximo efeito hipotensor é alcançado após 3 a 6 semanas. A incidência de alguns efeitos adversos varia de acordo com a doença de base (hipertensão e nefropatia diabética) e tendem a ser mais frequentes naqueles com nefropatia diabética. Medicamento: MEDROXIPROGESTERONA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 360-361) 1. Apresentação: Solução injetável de 150 mg/mL. 2. Indicações: Contracepção (injeção trimestral). Distúrbios vasomotores da menopausa. Endometriose. Hemorragias uterinas. Amenorréia secundaria. 3. Contraindicações: Tumores malignos de mama ou em órgãos genitais. Hipersensibilidade ao acetato de medroxiprogesterona ou a qualquer componente da formulação. Disfunções hepáticas. Porfiria. Tromboembolismo venoso e doenças arteriais. Hemorragias geniturinárias não diagnosticadas. Histórico de abortos espontâneos. Histórico de prurido o icterícia idiopática durante a gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Distúrbios de sangramento menstrual. ▪ Insuficiência hepática e renal (ver apêndice D). ▪ Perda de densidade óssea, risco de tromboembolismo, retenção de fluidos orgânicos, asma, depressão, convulsões, epilepsia, enxaqueca, diabetes, hiperlipidemias, disfunções cardíacas, hipertensão, histórico de desenvolvimento de tumor de mama e distúrbios oftálmicos. ▪ Climatério (sinais e sintomas do climatério podem ser mascarados). Evitar terapia prolongada. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Amenorreia secundária ▪ 2,5 a 10 mg, por via oral, durante 5 a 10 dias, iniciando entre o 16. e o 21. dia do ciclo. Repetir por três ciclos em amenorreia secundária. Contracepção ▪ 150 mg, por via intramuscular, até o 5º dia do ciclo menstrual, repetidos a cada 3 meses. ▪ Após o parto, a administração deve ser realizada ate o 5º dia posterior ao nascimento ou, em caso de amamentação, até 6 semanas. Endometriose ▪ 10 mg, por via oral, a cada 8 horas, durante 90 dias, iniciando no primeiro dia do ciclo. Hemorragias uterinas ▪ 2,5 a 10 mg, por via oral, durante 5 a 10 dias, iniciando entre o 16º e o 21º dia do ciclo. Repetir por dois ciclos em hemorragia uterina disfuncional. Menopausa ▪ 5 a 10 mg, por via oral, durante 12 a 14 dias por mês, iniciando no 1º ou 16º dia do ciclo ▪ Em mulheres com leiomioma, considerar doses menores de 2,5 mg por dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Pico de concentração plasmática: 2 a 4 horas, por via oral; aproximadamente 3 semanas, por via intramuscular. Metabolização: preponderantemente hepática. Eliminação: preponderantemente renal. Meia-vida: 12 a 17 horas (oral) ou 50 dias (intramuscular). 7. Efeitos adversos: ▪ Alterações de peso corporal (frequência da reação: acima de 5%) ▪ Amenorreia, desordens menstruais, maior retardo na volta da fertilidade (forma de deposito), galactorreia. ▪ Diminuição da massa óssea (frequência da reação: acima de 5%), osteoporose ▪ Dor abdominal (acima de 5%) ▪ Astenia, vertigens, cefaleia. ▪ Trombose venosa profunda, embolia pulmonar. ▪ Icterícia. ▪ Anafilaxia. Síndrome de Cushing. 8. Interações Medicamentosas: ▪ Alprazolam pode ter seu risco de toxicidade aumentado pela inibição do metabolismo hepático. Monitorar o aumento da resposta ao benzodiazepínico. Aprepitanto, bexaroteno, bosentana e rifampicina podem induzir o metabolismo da medroxiprogesterona administrada por via oral. Orientar para a utilização de método contraceptivo adicional durante o tratamento. 9. Orientações aos pacientes: ▪ Em caso de esquecimento de uma dose oral, esta deve ser ingerida assim que possível, desde que o horário da dose seguinte não esteja próximo. Cuidado para não duplicar a dose. ▪ Caso o intervalo entre as aplicações da forma injetável ultrapasse 3 meses e 14 dias, a hipótese de gravidez deve ser excluída antes de efetuar a próxima administração, e um método de contracepção alternativo devera ser utilizado durante os 7 dias posteriores. As pacientes devem ser alertadas antes do inicio do tratamento sobre possíveis irregularidades menstruais e um potencial atraso no retorno da fertilidade apos a suspensão do uso do medicamento. 10. Aspectos farmacêuticos ▪ Conservar a temperatura ambiente (15 a 30ºC). Manter em recipientes hermeticamente fechados e ao abrigo da luz. • Agitar bem, antes da utilização por via intramuscular. Medicamento: METFORMINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 572-574) 1. Apresentação: Comprimidos de 850 mg. 2. Indicações: Tratamento do diabetes melito tipo 2 em pacientes obesos. 3. Contraindicações: Cetoacidose. Insuficiência renal (ver apêndice D). Administração concomitante com contrastes radiológicos iodados. Anestesia geral. Alcoolismo. Hipersensibilidade a metformina. Diabetes gestacional. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Insuficiência renal, avaliar a função renal antes do inicio do tratamento e uma a duas vezes durante o ano (ver apêndice D). ▪ Idosos, especialmente acima de 80 anos (e maior o risco de acidose lática pela redução da função renal). ▪ Ingestão excessiva de álcool, distúrbios hepáticos (ver apêndice C), hipoxemia, desidratação e septicemia (condições que elevam o risco de acidose lática). ▪ Durante infecções, cirurgias ou traumas (substituir por insulina). ▪ Lactação. Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos e maiores de 10 anos. Dose inicial: 500 mg, por via oral, duas vezes ao dia, ao desjejum e ao jantar, ou 850 mg, uma vez ao dia. Se necessário, elevar a dose semanalmente, com adição de uma dose, até que se obtenha controle dos níveis de glicose sanguínea ou até que se atinja a dose máxima recomendada de 2.550 mg/dia, fracionada em três administrações (café da manhã, almoço e jantar). 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Biodisponibilidade: 50 a 60%. A absorção é retardada na presença de alimentos no estômago. Meia-vida: aproximadamente 6 horas. Pico de ação: 1 a 3 horas. Efeito máximo: 2 semanas. Eliminação: 90% renal. Dialisável. 7. Efeitos adversos: Sabor metálico, diarreia, flatulência, dor abdominal, indigestão, náuseas, vômitos. Anorexia, astenia, fotossensibilidade. Acidose lática. Hepatotoxicidade. Eritema, prurido, urticária. Discrasias sanguíneas. 8. Interações Medicamentosas: ▪ Bloqueadores beta-adrenérgicos: podem alterar o metabolismo glicêmico causando hiperglicemia, hipoglicemia e hipertensão. Se a associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente. Bloqueadores cardioprevalentes oferecem menor risco de distúrbios glicêmicos e de mascaramento dos sintomas de hipoglicemia. Cefalexina e cimetidina: podem elevar as concentrações plasmáticas de metformina pela inibição de sua excreção tubular. Monitorar o surgimento de efeitos adversos associados ao cloridrato de metformina e avaliar redução da dose. ▪ Ciprofloxacino, outras fluoroquinolonas: alteração do metabolismo da glicose, com hipoglicemia ou hiperglicemia. Se a associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente. Avaliar redução da dose de cloridrato de metformina. ▪ Contrastes radiológicos iodados: risco de acidose lática e falência renal aguda. O uso simultâneo é contraindicado. Interromper tratamento se houver necessidade de exames radiológicos com administração intravenosa de contrastes radiológicos iodados; restabelecer tratamento após normalização da função renal. ▪ Enalapril: pode causar acidose lática e hiperpotassemia. Evitar uso simultâneo em pacientes com insuficiência renal. • Glucomanano: risco de redução da absorção do cloridrato de metformina. Administrar os medicamentos em diferentes períodos do dia. ▪ Inibidores de monoamina oxidase (IMAO): podem estimular secreção de insulina provocando hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigens. Monitorar glicose sanguínea quando um IMAO for adicionado ou retirado da terapia. Avaliar redução da dose de cloridrato de metformina. ▪ Plantas como Psyllium (nome utilizado em inglês para designar algumas espécies do gênero Plantago; no Brasil, espécies deste gênero são conhecidas como tansagem), melão-de-são-caetano (Momordica charantia), erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) e feno-grego (Trigonella foenum-graecum) ou produtos derivados: podem aumentar o risco de hipoglicemia. Se a associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente. Topiramato: pode alterar a biotransformação de ambos os fármacos. Monitorar glicose sanguínea quando o topiramato for adicionado ou retirado da terapia. Avaliar redução da dose de cloridrato de metformina. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para administrar com alimentos para reduzir os sintomas gastrintestinais. Aumentar a ingestão de água. Reforçar a necessidade de evitar a ingestão de bebida alcoólica. Ensinar a reconhecer sintomas de acidose lática, como diarreia, hiperventilação, dores ou cãibras musculares, sonolência e cansaço. 10. Aspectos farmacêuticos Deve-se manter ao abrigo de ar e luz e a temperatura ambiente, de 15 a 30ºC. Medicamento: METILDOPA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 841-842) 1. Apresentação: Comprimidos de 250 mg. 2. Indicações: Hipertensão crônica de leve a moderada na gravidez. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a metildopa. Doença hepática ativa. Paciente em uso de um inibidor da monoamino oxidase (IMAO). Feocromocitoma. Porfiria. 4. Precauções: Usar com cuidado em casos de: ▪ Hipotensão, insuficiência cardíaca congestiva, edema, anemia hemolítica, doença cerebrovascular, insuficiência hepática, insuficiência renal (ver apêndice D). ▪ Pacientes em diálise. ▪ Lactação. Evitar interrupção abrupta. Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Gestantes Iniciar com 250 mg 2 a 3 vezes ao dia. Aumentar, se necessário, a cada 2 dias até o máximo de 3 g/dia. Manutenção: 0,5 a 2 g em 2 a 4 doses. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Biodisponibilidade: 25 a 50%. Início da ação: 3-6 horas. Pico de efeito: 6-9 horas. Duração: 12-24 horas. Meia-vida de eliminação: 75-80 minutos. Metabolismo: hepático (50%), metabólitos com atividade indefinida. Excreção: renal (70%) e fecal (30-50%). 7. Efeitos adversos: Hipotensão postural, hipertensão de rebote na retirada. Sedação, distúrbio do sono, cefaleia (9%), vertigens e tonturas (15%). Depressão, sinais e sintomas psicóticos. Diminuição da libido (7 a 14%) Xerostomia. Hepatotoxicidade. Anemia hemolítica (10 a 20%). Febre (1 a 3%). 8. Interações Medicamentosas: Betabloqueadores podem aumentar o efeito da metildopa. Monitorar pressão arterial na situação de risco, sinais e sintomas específicos. Ferro, fenilpropanolamina, pseudoefedrina podem diminuir o efeito da metildopa. Monitorar frequência cardíaca, arritmia, sinais e sintomas específicos. Haloperidol pode ter o efeito/toxicidade aumentado pela metildopa. Monitorar neurotoxicidade, sinais e sintomas específicos. Se necessário, substituir o antihipertensivo. Inibidores da monoamina oxidase (MAO): contraindicado o uso concomitante. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para evitar uso de bebida alcoólica. Orientar para suplementar a dieta com vitamina B12 e folato quando em uso de altas doses de metildopa. ▪ Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se estiver perto do horário da próxima dose, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no horário. Nunca usar duas doses juntas. ▪ Pressão alta pode não ter sintoma, não deixar de usar o medicamento sem falar com o medico. Evitar realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora, como operar máquinas e dirigir. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a temperatura de 15-30ºC, protegendo de umidade. Medicamento: METILPREDNISOLONA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 957-962) 1. Apresentação: Pó para solução injetável 500 mg/mL. 2. Indicações: Afecções alérgicas agudas. Afecções da estrutura hematopoiética. Afecções da pele, afecções inflamatórias do sistema musculoesquelético, afecções oculares alergoinflamatórias, afecções respiratórias. Distúrbio do sistema endócrino. Doença de Crohn e colite ulcerativa (exacerbação aguda grave). Doença do colágeno. Edema cerebral associado a tumor primário ou metastático. Profilaxia de edema de laringe pós-extubação. Exacerbação aguda de esclerose múltipla. Tratamento paliativo de leucemia linfoide aguda e crônica. Tratamento paliativo de linfoma maligno. Tratamento adjunto de pneumonia por Pneumocystis carinii. Púrpura trombocitopênica idiopática e tromboembólica. Profilaxia de reações alérgicas à administração de meios de contrastes e muromonabe CD3. Profilaxia de síndrome artralgia-mialgia associada à infusão de dose total de ferrodextrana. Síndrome nefrótica. Triquinose com envolvimento neurológico ou cardíaco. Tuberculose meníngea com bloqueio subaracnóideo. Vasculite reumatoide. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a algum constituinte do produto. Neonatos (preparações contendo álcool benzílico). Infecções fúngicas sistêmicas. Vacinação com vírus vivos ou atenuados. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Altas doses (pode requerer administração profilática de antiácidos). Injeção rápida (risco de colapso cardiovascular). Cirrose (ver apêndice C). Hipotireoidismo. Hipertensão. Miastenia grave, osteoporose. Herpes simples ocular. Tuberculose (ativa ou latente). Infecções sistêmicas não tratadas com antimicrobianos. Novas infecções (mascaramento de sinais e sintomas e diminuição da defesa imunológica). Úlcera péptica, diverticulite e colite ulcerativa. Tendências psicóticas. Insuficiência renal (ver apêndice D). Vacinas. Categoria de risco na gravidez (ADEC): A (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Afecções alérgicas agudas, afecções da estrutura hematopoiética, afecções da pele, afecções inflamatórias do sistema musculoesquelético, afecções respiratórias, distúrbio do sistema endócrino, tratamento paliativo de leucemia linfoide crônica e linfoma maligno, micose fungoide, triquinose com envolvimento neurológico ou cardíaco, tuberculose meníngea com bloqueio subaracnoideo. Dose inicial 10 a 40 mg, por via IV lenta, podendo ser repetida pelas vias IV ou IM de acordo com a resposta do paciente; para terapia de altas doses, 30 mg/kg, por infusão IV por no mínimo 30 minutos, repetida se necessário a cada 4 a 6 horas por até 72 horas. Na artrite reumatoide, dose de 1 g, por via IV, em terapia de pulso, pode ser dada mensalmente. Afecções oculares alergoinflamatórias. 1 g, por infusão IV por 30 minutos, em dias alternados na primeira semana, seguido de 500 mg, a cada 7 dias, durante as próximas 3 semanas, e 250 mg, a cada 7 dias, por mais 3 semanas. Depois, dose de manutenção de 125 mg, a cada 7 dias, por pelo menos 6 semanas. Doença de Crohn e colite ulcerativa (exacerbação aguda grave). Dose inicial 0,8 mg/kg/dia, por infusão IV lenta, diminuída ou aumentada de acordo com a resposta. Doença do colágeno. 1 g, em pulsos por via IV, durante 3 dias. Edema cerebral associado a tumor primário ou metastático. Até 1 g, por infusão IV lenta, a cada 24 horas, durante até 3 dias. Profilaxia de edema de laringe pós-extubação. 40 mg, por infusão IV lenta 6 horas antes da extubação. Exacerbação aguda de esclerose múltipla. 160 mg, por via IV, a cada 24 horas, durante 7 dias, seguido de 64 mg, por via IV ou IM, em dias alternados durante 1 mês. Tratamento adjunto de pneumonia por Pneumocystis carinii 40 a 60 mg, por via IV, a cada 24 horas, durante 3 dias. Púrpura trombocitopênica idiopática 1 g, por via IV, a cada 24 horas, durante 3 dias. Púrpura trombocitopênica tromboembólica 30 mg/kg, por infusão IV por no mínimo 30 minutos, a cada 24 horas, durante 3 dias consecutivos, seguido de 20 mg/kg/dia durante mais 4 dias; dose de manutenção com predisona 5 mg, por via oral, a cada 24 horas. Profilaxia de reações alérgicas à administração de meios de contrastes e muromonabe CD3 32 a 500 mg, por via IV, entre 1 a 2 horas antes da administração dos fármacos. Profilaxia de síndrome artralgia-mialgia associada à infusão de dose total de ferrodextrana 125 mg, por via IV, antes e após a infusão. Síndrome nefrótica 1 g, por via IV, a cada 24 horas, durante 3 dias, seguido por 0,4 mg/kg, por via oral, durante 27 dias. Vasculite reumatoide Metilprednisolona 500 mg, por infusão IV lenta, seguido de ciclofosfamida 500 mg, por infusão IV lenta, no dia 1; metilprednisolona 1 g, por infusão IV lenta, nos dias 8, 29 e 50. Manutenção posterior com azatioprina 2 mg/kg/dia ou ciclofosfamida 1,5 mg/kg/dia. 5.2. Crianças Afecções alérgicas agudas, afecções da pele, afecções oculares alergoinflamatórias, afecções respiratórias, hipercalcemia de origem neoplásica, tratamento paliativo de leucemia linfoide aguda, micose fungoide, síndrome nefrótica, triquinose com envolvimento neurológico ou cardíaco, tuberculose meníngea com bloqueio subaracnóideo Dose inicial de no mínimo 0,5 mg/kg, por via IV lenta a cada 24 horas, ajustada de acordo com a resposta até alcançar a dose de adultos (10 a 40 mg); para terapia de altas doses, 30 mg/kg, por infusão IV por no mínimo 30 minutos, repetida se necessário a cada 4 a 6 horas por até 72 horas. Artrite reumatoide 30 mg/kg, por infusão IV lenta, até de 8 em 8 horas. Dose máxima diária: 1g. Artrite reumatoide juvenil Dose inicial de 10 a 40 mg, por via IV lenta, podendo ser repetida pelas vias IV ou IM de acordo com a resposta do paciente; para terapia de altas doses, 30 mg/kg, por infusão IV por no mínimo 30 minutos, repetida se necessário a cada 4 a 6 horas por até 72 horas. Doença de Crohn e colite ulcerativa (exacerbação aguda grave) Dose inicial 0,8 mg/kg/dia, por infusão IV lenta, diminuída ou aumentada de acordo com a resposta. Doença do colágeno 30 mg/kg/dia, por infusão IV por 2 a 3 horas, durante 3 dias consecutivos; a mesma dose pode ser repetida semanalmente por 2 a 5 semanas com base na resposta do paciente. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Metabolismo: hepático. Excreção: renal. Meia-vida de eliminação: 2 a 3 horas. 7. Efeitos adversos: Hipertensão, ICC. Atrofia dérmica, impedimento da cicatrização de feridas. Retenção de fluidos, retardo no crescimento, hipernatremia, hipopotassemia, síndrome de Cushing, hiperglicemia, insuficiência adrenocortical primária. Afecções do trato gastrintestinal, úlcera péptica. Anormalidades nos testes de função hepática. Risco de infeções. Fraqueza muscular, osteoporose. Depressão, euforia, elevação da pressão intracraniana, convulsões. Catarata, glaucoma. Tuberculose pulmonar. 8. Interações Medicamentosas: Ácido acetilsalicílico: pode ter suas concentrações plasmáticas reduzidas a níveis subterapêuticos e exacerbação de efeitos tóxicos gastrintestinais. Monitorar sinais e sintomas de toxicidade gastrintestinal e de redução do efeito do ácido acetilsalicílico. Alcaçuz: pode aumentar o risco de efeitos adversos da metilprednisolona. Evitar uso concomitante. Antibióticos macrolídeos e antifúngicos azólicos: podem aumentar as concentrações plasmáticas de metilprednisolona, exacerbando seus efeitos adversos. Reduzir a dose de metilprednisolona, se necessário. Carbamazepina, fenitoína e fenobarbital: podem diminuir a efetividade da metilprednisolona. Ajustar a dose de metilprednisolona até que o efeito terapêutico seja mantido. Fluoroquinolonas: podem resultar no aumento do risco de ruptura de tendão. Descontinuar o antibiótico em caso de dor ou inflamação no tendão. O risco permanece após o uso de fluoroquinolonas. Rifampicina: pode resultar na redução da efetividade de metilprednisolona. Se necessário, ajustar a dose de metilprednisolona. Vacina rotavírus: aumento do risco de infecção pela vacina. O uso concomitante é contraindicado. Varfarina e anticoagulantes cumarínicos: podem ter seus efeitos diminuídos ou pode ocorrer aumento do risco de sangramento. Se o uso concomitante for necessário, monitorar tempo de protrombina, principalmente no início e final do uso. Considerar ajuste de dose do anticoagulante. 9. Orientações aos pacientes: Antes de iniciar o tratamento é importante identificar: história prévia de hipersensibilidade a metilprednisolona, infeções por fungos ou outras infecções não tratadas, gravidez, lactação, hipertensão, diabetes, doenças do estômago, osteoporose, herpes ocular, tuberculose, cardiomiopatias. Este medicamento pode inibir a resposta vacinal às vacinas, se as mesmas forem administradas concomitantemente. Cuidado especial deve ser tomado quando se administra metilprednisolona em mulheres na pré-menopausa e pós-menopausa (risco elevado de osteoporose). A metilprednisolona pode causar diminuição na defesa do organismo contra infecções, portanto, evitar contato com pessoas portadoras de doenças infecciosas. Informar ao médico se ocorrerem distúrbios mentais ou emocionais, como alteração do humor, estresse e ansiedade. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar os frascos com metilprednisolona à temperatura entre 20 e 25 ºC e protegidos da luz. Reconstituir o pó com água para injeção. Após reconstituição, a solução permanece estável por até 24 horas sob temperaturas entre 20 e 25 ºC, e sob refrigeração (cerca de 4 ºC) por uma semana. Soluções para infusão são preparadas preferencialmente com solução injetável de cloreto de sódio 0,9 %, permanecendo estável por 24 horas sob temperaturas entre 20 a 25 ºC em concentração de até 0,125 mg/mL. Acima destas concentrações, seguir orientação do produtor. A estabilidade da metilprednisolona em soluções injetáveis de glicose 5 % e Ringer + lactato é muito variável, neste caso seguir orientações do produtor. Incompatibilidade com várias substâncias em misturas intravenosas. Recomenda-se que seja realizada uma pesquisa específica sobre este aspecto quando se considerar o preparo e administração de misturas intravenosas desse medicamento. Medicamento: METOCLOPRAMIDA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 574-577) 1. Apresentação: Comprimido 10 mg. 2. Indicações: Náusea e vômito associados a quimioterapia ou no pós-cirúrgico, doença do refluxo gastresofágico e estase da gastroparesia diabética. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade à metoclopramida. Hemorragia, obstrução mecânica ou perfuração gastrintestinal. Feocromocitoma. Epilepsia e outros distúrbios convulsivos. Três a quatro dias após cirurgia gastrointestinal. Uso concomitante de fármacos com efeitos extrapiramidais, como fenotiazidas.. 4. Precauções: Usar com cuidado em casos de: ▪ Doença de Parkinson, comprometimento da habilidade mental e/ou física. ▪ Idosos (maior risco de parkinsonismo e discinesia tardia). ▪ Crianças e adultos jovens (maior incidência de reações distônicas). ▪ Neonatos (maior risco de metemoglobinemia). ▪ Depressão. ▪ Insuficiência cardíaca congestiva. ▪ Porfiria. ▪ Cirrose. ▪ Lactação (ver apêndice B). ▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C). ▪ Insuficiência renal (ver apêndice D). Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Náusea e vômito Neonatos: 100 μg/kg, a cada 6 a 8 horas. 1 mês a 1 ano (ate 10 kg): 100 μg/kg (maximo de 1 mg), 2 vezes ao dia. 1 a 3 anos (10 a 14 kg): 1 mg, 2 a 3 vezes/dia. 3 a 5 anos (15 a 19 kg): 2 mg, 2 a 3 vezes/dia. 5 a 9 anos (20 a 29 kg): 2,5 mg, 3 vezes/dia. 9 a 18 anos (30 a 60 kg): 5 mg, 3 vezes/dia. 15 a 18 anos (acima de 60 kg): 10 mg, 3 vezes/dia. A dose diária não deve exceder a 500 μg/kg. 5.2. Adultos Doença do refluxo gastresofágico 10 a 15 mg, por via oral, 30 minutos antes de cada refeição e antes de dormir, até 4 vezes/dia, por ate 12 semanas. Gastroparesia diabética Oral: 10 mg, 30 minutos antes de cada refeição e antes de dormir, ate 4 vezes/dia, por 2 a 8 semanas 5.3. Idosos Doença do refluxo gastresofágico 5 mg, por via oral, 30 minutos antes de cada refeição e antes de dormir, ate 4 vezes/dia. A dose pode ser aumentada para 10 mg, 4 vezes/dia, se resposta não for obtida. Gastroparesia diabética 5 mg, por via oral, 30 minutos antes de cada refeição e antes de dormir, por 2 a 8 semanas. Se necessário, aumentar para doses de 10 mg. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: rápida e quase completa. Início de ação: 0,5 a 1 hora. Meia-vida de eliminação: 4 a 6 horas. Duração da ação: 1 a 2 horas, após dose única. 7. Efeitos adversos: Arritmia cardíaca reversiva (torsades de pointes), bloqueio atrioventricular, hipertensão ou hipotensão, taquicardia supraventricular, insuficiência cardíaca congestiva, retenção de fluidos. Sonolência (10% a 70%), fadiga (10%), inquietação (10%), reações distônicas agudas (menos de 1% a 25%, dose e idade relacionadas), acatisia, confusão, vertigem, ansiedade cefaleia, insônia, discinesia tardia. Reações extrapiramidais ocorrem com maior frequência em crianças e adultos com menos de 20 anos e após administração intravenosa de altas doses do fármaco. Depressão. Mastodinia, hiperprolactinemia, galactorreia. Diarreia, náusea. 8. Interações medicamentosas: Ciclosporina: risco de toxicidade pela ciclosporina (disfunção renal, colestase, parestesia, neurotoxicidade). Evitar o uso concomitante. Monitorar o paciente e os níveis de ciclosporina, ajustando a dose conforme necessário. Dexametasona: apresenta sinergismo com o efeito antinauseante e antiemético de metoclopramida, sendo a associacao empregada em muitas condições. Ciclosporina: risco de toxicidade pela ciclosporina (disfunção renal, colestase, parestesia, neurotoxicidade). Evitar o uso concomitante. Monitorar o paciente e os níveis de ciclosporina, ajustando a dose conforme necessário. Didanosina: aumento das concentrações plasmáticas da didanosina. Monitorar o paciente quanto a toxicidade. Digoxina: redução dos níveis de digoxina. Monitorar o paciente para redução da resposta terapêutica. Levodopa: redução da eficácia da metoclopramida. Aumento da biodisponibilidade da levodopa e da incidência de sintomas extrapiramidais. Evitar o uso concomitante. Linezolida: risco de síndrome serotoninérgica (hipertermia, hiperreflexia, mioclônus, disfunção cognitiva). Monitorar o paciente e considerar a descontinuação de um ou ambos os fármacos Mivacúrio/suxametônio (succinilcolina): risco de bloqueio neuromuscular prolongado. Monitorar a função neuromuscular. ▪ Sertralina/venlafaxina: risco de desenvolvimento de sintomas extrapiramidais. Monitorar o paciente. Tacrolimo: aumento da concentração do tacrolimo. Monitorar os níveis plasmáticos e observar sinais de toxicidade (nefrotoxicidade, neurotoxicidade, hiperglicemia, hiperpotassemia). Redução da dose pode ser necessária. Tiopental: aumento do efeito hipnótico. Monitorar o grau de sedação do paciente. Redução da dose pode ser necessária 9. Orientações aos pacientes: Orientar para ingerir 30 minutos antes das refeições e antes de dormir. Alertar para a possibilidade de prejudicar a habilidade para realizar atividades que requeiram atenção e coordenação motora. Reforçar para a necessidade de evitar o uso de bebida alcoólica e outros depressores do SNC. Alertar para a possibilidade de surgirem tremores, rigidez e outros sinais de transtorno extrapiramidal, especialmente em crianças e idosos. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a temperatura entre 20 e 25°C. É fotossensível e deve ser protegida da luz. Medicamento: METRONIDAZOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 850-853) 1. Apresentação: Comprimido 250 mg. Suspensão oral 40 mg/mL. Creme vaginal 5%. 2. Indicações: Tratamento de infecções por bactérias anaeróbias (Peptococcus, Peptostreptococcus, Veillonella, Clostridium, incluindo Clostridium difficile, Fusobacterium e Bacteroides, incluindo Bacteroides fragilis, Gardnerella vaginalis, Helicobacter pylori e Campylobacter fetus). Tratamento de infecções por protozoários anaeróbios (Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Trichomonas vaginalis e Balantidium coli). Erradicação de Helicobacter pylori no tratamento de úlcera péptica (com antimicrobianos e anti-secretores). 3. Contraindicações: Dependência crônica de álcool. Hipersensibilidade ao metronidazol. Primeiro trimestre da gravidez. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Ingestão de álcool (produz reações do tipo dissulfiram – náusea, vômito, cólica abdominal, alteração do paladar e cefaleia). ▪ Lactação (ver apêndice B). ▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C). ▪ Insuficiência renal (ver apêndice D). Associa-se a risco de neuropatia periférica. Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Amebíase 35 a 50 mg/kg, por via oral, divididos a cada 8 horas, durante 7 a 10 dias. Dose máxima diária: 2,4 g. Giardíase 15 mg/kg, por via oral, divididos a cada 8 horas, durante 7 a 10 dias. Dose máxima diária: 750 mg. 5.2. Adultos Infecções por bactérias anaeróbias Dose inicial 800 mg, por via oral, seguido de 400 mg, a cada 8 horas, durante 7 dias (10 a 14 dias em infecções por Clostridium difficile). Amebíase De 500 a 750 mg, por via oral, a cada 8 horas, por 5 a 10 dias; dose máxima: 4 g/dia. Giardíase Dar 250 mg, a cada 8 horas, por 5 a 7 dias; pode-se repetir o ciclo, com intervalo de 1 semana. Vaginose bacteriana ▪ 2 g, por via oral, em dose única, ou 400 a 500 mg, a cada 12 horas, durante 5 a 7 dias. ▪ Creme: 1 aplicação de 37,5 mg, por via intravaginal, 1 a 2 vezes ao dia, durante 5 dias. Tricomoníase Dar 2 g, por via oral, em dose única; ou 250 mg, por via oral, a cada 8 horas, por 7 dias. Administrar também ao parceiro sexual. ▪ Creme: 1 aplicação de 37,5 mg, por via intravaginal, 1 a 2 vezes ao dia, durante 5 dias. Erradicação de H. pylori 500 mg, por via oral, a cada 12 horas, combinada a claritromicina 500 mg e omeprazol 20 mg, ambos por via oral, a cada 12 horas, durante 7 a 14 dias 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Pico de concentração sérica: 1 a 2 horas (oral) Meia-vida de eliminação: 8 a 10 horas (adultos). Metabolismo: hepático. Excreção: renal (60% a 80%, com 20% em forma inalterada). 7. Efeitos adversos: Náusea, epigastralgia, anorexia (12%), vômitos, diarréia, pancreatite, gosto metálico na boca, xerostomia, estomatite e glossite. Neuropatia periférica, cefaleia, tontura, vertigem, ataxia, confusão mental, depressão e convulsões (raros). Neutropenia reversível, leucopenia, trombocitopenia (raras). Exantema, prurido, edema puntiforme. 8. Interações medicamentosas: Álcool etílico: pode resultar em efeito do tipo dissulfiram ou morte súbita. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas ou produtos contendo etanol durante o tratamento com todas as apresentações e até pelo menos três dias após a descontinuação do metronidazol. Amiodarona: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, parada cardíaca). O uso concomitante não é recomendado. Amprenavir (solução oral): o uso concomitante é contraindicado, pelo aumento do risco de toxicidade pelo propilenoglicol, componente da formulação oral (acidose lática, nefrotoxicidade, taquicardia, etc.). Dissulfiram: o uso concomitante é contraindicado, pelo aumento do risco de efeitos tóxicos no sistema nervoso central. Bussulfano: aumento das concentrações e do risco de toxicidade deste fármaco. Evitar o uso concomitante, mas se isto não for possível, monitorar o paciente em relação aos efeitos tóxicos da bussulfano. Carbamazepina, ciclosporina, lítio, tacrolimo: aumento do risco de toxicidade destes fármacos. Monitorar sinais e sintomas específicos de toxicidade e a concentração plasmática. Colestiramina: a efetividade do metronidazolpode ser reduzida. Ergotamina e análogos: aumento do risco de ergotismo. O uso concomitante é contraindicado. Fluoruracila: aumento das concentrações e do risco de toxicidade deste fármaco. Evitar o uso concomitante, mas se isto não for possível, monitorar o paciente em relação aos efeitos tóxicos da fluoruracila, cujos efeitos gastrintestinais e hematológicos podem limitar a duração do uso combinado. Micofenolato de mofetila: redução da exposição ao micofenolato, se usado em combinação com metronidazol e norfloxacino. O uso concomitante dos três fármacos não é recomendado. O uso de metronidazol associado apenas ao micofenolato não representa risco. Varfarina: redução do metabolismo da varfarina, com aumento do risco de sangramento. Monitorar cuidadosamente o tempo de protrombina ao introduzir e descontinuar o metronidazol. Monitorar o paciente para sinais e sintomas de sangramento. 9. Orientações aos pacientes: Reforçar a importância de evitar bebidas alcoólicas durante o uso do medicamento e até três dias após suspensão do tratamento. Em infecções vaginais, orientar para uso de preservativo e tratamento do(s) parceiro(s) sexual(is) para prevenção de re-infecção. Lavar as mãos antes e após a aplicação do creme vaginal. Lavar o aplicador com sabão e água após o uso. Não ter relação sexual durante o período de utilização. Orientar para ingerir os comprimidos com 250 mL de água durante ou após as refeições. Alertar para a possibilidade de ocorrência de tontura e alteração da coloração da urina. Orientar para uso durante todo o período prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses. 10. Aspectos farmacêuticos Comprimidos, solução oral e creme vaginal devem ser guardados protegidos da luz, em local seco e a temperatura de 15ºC a 30°C. A suspensão oral é estável por 30 dias sob refrigeração. Não congelar. Medicamento: MICONAZOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 868-871) 1. Apresentação: Creme dermatológico 2 %. Creme vaginal 2 %. 2. Indicações: Infecções fúngicas superficiais e pele, mucosas (oral e vaginal) ou fâneros, causadas por dermatófitos e leveduras (incluindo micoses, intertrigo, paroníquia, ptiríase versicolor, vulvovaginite por Cândida e tinha). 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco ou a outro componente da fórmula. Vulvovaginites causadas por Trichomonas vaginalis (os antifúngicos azólicos são ineficazes). Porfiria (miconazol é porfirinogênico em testes in vitro). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Uso de preservativos de látex (o creme vaginal pode causar danos aos preservativos de látex). Monitorar a função hepática durante o tratamento, porém, não há ajuste de dose específico preconizado. Evitar contato com os olhos e membranas mucosas. Categoria de risco na gravidez (FDA): C. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Infecções cutâneas Aplicar nas lesões, 2 vezes ao dia, continuando por pelo menos 10 dias após o local da infecção estiver livre de lesões. Tinha: aplicar, topicamente, nas áreas afetadas, uma vez ao dia. Vulvovaginite por Candida Creme vaginal a 2 %: uso intravaginal com um aplicador de 5 g, uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias ou duas vezes ao dia durante 7 dias. 5.2. Crianças Infecções cutâneas Aplicar nas lesões, 2 vezes ao dia, continuando por pelo menos 10 dias após o local da infecção estiver livre de lesões. Tinha: aplicar, topicamente, nas áreas afetadas, uma vez ao dia. 5.3. Crianças e adolescentes a partir de 12 anos Vulvovaginite por Candida Aplicar 5 g do creme vaginal a 2 % antes de dormir, durante 7 dias. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: pequena. Biodisponibilidade: vaginal 1,4 % e dérmica menor que 0,013 %. 7. Efeitos adversos: Mais comuns: Reações alérgicas, eritema. Menos comuns: Hepatite, hipersensibilidade, hiponatremia, síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético e hiperlipidemia. Anemia, agregação eritrocitária anormal, função anormal das células brancas do sangue, trombocitose. Toxicidade na córnea. Artralgias. 8. Interações medicamentosas: Anticoagulantes: pode haver risco aumentado de sangramento com o uso por via vaginal. 9. Orientações aos pacientes: Uso vaginal: Aplicar na hora de dormir, salvo orientação diferente. Lavar as mãos com água e sabão antes e depois de utilizar o medicamento. Lavar o aplicador com água morna e sabão depois de usá-lo. Absorvente pode ajudar a proteger a roupa, mas não usar absorvente interno. Usar o medicamento durante todo o tempo prescrito, mesmo que os sintomas melhorem após as primeiras doses. Se esquecer de alguma dose, usar assim que lembrar. Se for quase a hora da próxima dose, esperar até o horário correto desta dose. Não usar mais de uma dose ao mesmo tempo. Manter todo o curso da terapia, mesmo que ocorra a menstruação. Uso tópico: Evitar o contato do creme com os olhos, nariz ou boca. Não utilizar em áreas da pele que tenham cortes ou arranhões. Em caso acidental, lavar imediatamente o local. Limpar e secar completamente a área da pele antes de aplicar o medicamento. Aplicar uma camada fina sobre a área afetada. Usar este medicamento a cada manhã e cada noite, salvo orientação diferente. Ao tratar o pé de atleta, não esquecer de aplicar nos espaços entre os dedos dos pés. Manter o produto nos pés por 15 a 30 minutos e depois secar com uma toalha. Entre as aplicações, manter os pés o mais secos possível. Mudar as meias e sapatos pelo menos uma vez por dia. Usar sapatos confortáveis e que não aumentem muito a sudorese dos pés. Aplicar o creme com moderação em áreas intertriginosas, para evitar maceração. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a cápsula sob temperatura e protegido de calor e luz direta. Medicamento: MIDAZOLAM, CLORIDRATO. Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 853-857) 1. Apresentação: Solução injetável 5 mg/mL. 2. Indicações: Pré-anestesia. Indução de anestesia geral. Coadjuvante em manutenção de anestesia geral. Sedação para ventilação mecânica do paciente e manutenção em unidade de terapia intensiva. 3. Contraindicações: Marcante fraqueza neuromuscular respiratória. Miastenia grave. Insuficiência pulmonar aguda. Hipersensibilidade ao midazolam ou benzodiazepínicos. Glaucoma agudo de ângulo fechado. Glaucoma de ângulo aberto não tratado. Administração intratecal ou epidural. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Doenças cardíacas, respiratórias, histórico de abuso de fármacos ou álcool, choque, coma e desequilíbrio hidroeletrolítico. Pacientes enfraquecidos (reduzir a dose). Uso prolongado (evitar retirada abrupta). Administração intra-arterial e extravasamento (evitar a ocorrência). Crianças com cardiopatias (risco de hipoventilação e de apneia). Neonatos (mais susceptíveis a efeitos tóxicos e risco de morte associada ao álcool benzílico). Idosos (pode ser necessário ajuste de doses). Insuficiência hepática (ver apêndice C) e renal grave (ver apêndice D) Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Pré-anestesia De 0,07 a 0,08 mg/kg (aproximadamente 5 mg), por via IM, 1 hora antes da cirurgia. Indução de anestesia geral De 0,3 a 0,35 mg/kg, por via IV, durante 20 a 30 segundos, aguardando 2 minutos para indução. Se necessário, para completar a indução, incrementar com 25 % da dose inicial (até o máximo de 0,6 mg/kg) ou utilizar anestésicos inalatórios. Manutenção de anestesia Incrementar com aproximadamente 25 % da dose inicial ao primeiro sinal de regressão anestésica. A dose pode ser repetida quantas vezes forem necessárias. Sedação para ventilação mecânica do paciente e manutenção em unidade de terapia intensiva Dose inicial: administrar 0,01 a 0,05 mg/kg, lentamente por via IV, podendo ser repetida em intervalos de 10 a 15 minutos, até que se alcance o nível de sedação adequado. Dose de manutenção: 0,02 a 0,1 mg/kg/hora (aproximadamente 1 a 7 mg/hora), em infusão intravenosa contínua. Reduzir a taxa de infusão em 10 a 25 % a cada hora até encontrar a taxa mínima efetiva. Nota: a dose de midazolam deve ser reduzida se o paciente recebeu previamente analgésicos opioides ou outros sedativos. 5.2. Prematuros e neonatos Sedação para ventilação mecânica do paciente e manutenção em unidade de terapia intensiva Com menos de 32 semanas de idade: administrar 0,03 mg/kg/hora (ou 0,5 µg/kg/minuto), por infusão IV contínua; ajustar a dose para estabelecer concentrações plasmáticas adequadas. A velocidade de infusão deve ser avaliada de maneira cuidadosa e frequente, especialmente nas primeiras 24 horas. Com mais de 32 semanas de idade: administrar 0,06 mg/kg/hora (ou 1 µg/kg/minuto), por infusão IV contínua; ajustar a dose para estabelecer concentrações plasmáticas adequadas. A velocidade de infusão deve ser avaliada de maneira cuidadosa e frequente, especialmente nas primeiras 24 horas. 5.3. Crianças Pré-anestesia 6 meses a 5 anos de idade: iniciar com 0,05 a 0,1 mg/kg (até o máximo de 0,6 mg/kg, se necessário), por via IV durante 2 a 3 minutos, aguardar por mais 2 a 3 minutos para avaliar o efeito sedativo, então iniciar o procedimento ou repetir a dose. 6 a 12 anos de idade: iniciar com 0,025 a 0,05 mg/kg (até o máximo de 0,4 mg/kg ou dose total de 10 mg, se necessário), por via IV durante 2 a 3 minutos, aguardar por mais 2 a 3 minutos para avaliar o efeito sedativo, então iniciar o procedimento ou repetir a dose. 12 a 16 anos de idade: iniciar com 1 a 2,5 mg, por infusão lenta, aumentando a taxa de infusão gradativamente até o máximo de 1,25 mg/minuto; aguardar por mais 2 minutos ou mais e avaliar o efeito sedativo; se necessário repetir a dose, usando o mesmo procedimento, até que o efeito sedativo seja alcançado. Nesta faixa etária a dose requerida pode ultrapassar a dos adultos, mas não deve exceder o total de 10 mg. Como alternativa, para todas as faixas etárias acima: administrar de 0,1 a 0,15 mg/kg, por via IM. Pacientes mais ansiosos podem requerer doses acima de 0,5 mg/kg, não ultrapassando a dose total de 10 mg. Sedação para ventilação mecânica do paciente e manutenção em unidade de terapia intensiva Dose inicial: 0,05 a 0,2 mg/kg, por infusão IV durante 2 a 3 minutos, até alcançar o efeito sedativo. Manter, inicialmente, com 0,06 a 0,12 mg/kg, por infusão IV com taxa de 1 a 2 µg/kg/minuto, que pode ser diminuída ou aumentada, na proporção de 25 % de acordo com a resposta. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início de efeito: 15 minutos (IM), 1 a 5 minutos (IV). Pico de efeito: 30 a 60 minutos (IM). Duração de efeito: 30 a 80 minutos (IV). Meia-vida de eliminação: aproximadamente 2 a 3 horas. Metabolismo: principalmente hepático, de primeira passagem. Excreção: renal (45 a 57 %). 7. Efeitos adversos: Hipotensão, parada cardíaca, mudança na frequência cardíaca, trombose. Distúrbios gastrintestinais, aumento de apetite, icterícia, mudanças na salivação, náuseas, vômitos. Anafilaxia, reações na pele, reações no lugar da injeção, laringoespasmos, broncoespasmo. Depressão respiratória e parada respiratória (com altas doses ou sobre rápida injeção), apneia, tosse. Sonolência, confusão, ataxia, amnésia, enxaqueca, euforia, alucinações, convulsões (mais comum em neonatos), vertigem, tontura, movimentos involuntários, agitação, agressão paradoxal (especialmente em crianças e idosos), distúrbios visuais, disartria, fraqueza muscular, soluço. Retenção urinária, incontinência. Mudanças na libido. Desordens sanguíneas. 8. Interações Medicamentosas: Analgésicos opioides e barbitúricos: podem resultar em depressão respiratória aditiva. Se o uso concomitante for necessário, a dose de ambos os fármacos em uso deve ser reduzida. Antifúngicos azólicos: podem aumentar as concentrações plasmáticas ou a exposição sistêmica ao midazolam. Se o uso concomitante for necessário, considerar a redução da dose de midazolam e monitorar para toxicidade deste fármaco. Antimicrobianos macrolídeos: inibem o metabolismo do midazolam, podendo aumentar sua toxicidade. Se o uso concomitante for necessário, considerar a redução da dose de midazolam e monitorar para toxicidade deste fármaco. Antirretrovirais: aumentam o risco de toxicidade pelo midazolam, podendo ocorrer sedação excessiva, prolongamento dos efeitos hipnóticos, confusão mental e depressão respiratória. O uso concomitante é contraindicado. Carbamazepina, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), fenitoína, Gingko biloba e teofilina: podem diminuir a efetividade do midazolam. Devido à variabilidade das interações, podem ser requeridas doses elevadas de midazolam ou até a substituição por outro agente hipnótico. Echinacea sp.: pode alterar de maneira imprevisível a efetividade do midazolam. Usar com cautela. Halotano: pode ter seus efeitos anestésicos aumentados. Iniciar o uso de Halotano com doses progressivas até alcançar o efeito desejado e monitorar sinais de depressão respiratória. Hidraste (Hydrastis canadenses): pode aumentar as concentrações plasmáticas de midazolam. Se o uso concomitante for necessário, considerar a redução da dose de midazolam se houver aumento dos efeitos adversos a este fármaco. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para a possibilidade de ocorrerem distúrbios motores, afetando a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora. Esses efeitos podem persistir por 1 ou 2 dias. Reforçar para evitar o consumo de bebidas alcoólicas por até 24 horas após o uso de midazolam. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 a 30 ºC. É compatível com solução injetável de glicose 5 %, cloreto de sódio 0,9 %. Permanece estável por 24 horas em solução de glicose 5 % ou cloreto de sódio 0,9 % e por 4 horas com Ringer + lactato. Não pode ser misturado na mesma seringa com: ranitidina, perfenazina, proclorperazina, pentobarbital sódico, pantoprazol sódico, heparina sódica, dimenidrinato. Midazolam possui incompatibilidade com outros agentes terapêuticos, consulte bibliografia específica. Manter disponível flumazenil e agentes simpaticomiméticos de uso cardiovascular para o caso de dose(s) excessiva(s) ou exacerbação do efeito de midazolam. ATENÇÃO: midazolam deve ser utilizado com finalidade sedativa somente em ambiente hospitalar ou ambulatorial. O risco de depressão respiratória e parada respiratória é elevado. O uso concomitante de opióides e outros depressores do SNC, exige reavaliação das doses de midazolam e desses fármacos. Não proceder a administração intravenosa rápida sob-risco de hipotensão grave e convulsões, particularmente com uso concomitante de fentanila. Medicamento: MIKANIA GLOMERATA (GUACO XAROPE). Documento de Referência: Manual Terapêutico de Fitoterápicos: Programa de Plantas Medicinais e Fitoterapia, ed. 2010 (pág. 21). 1. Composição: Xarope preparado com extrato fluido de Mikania glomerata, Sprengel padronizado em 0,055mg de cumarina/ml. 2. Principais constituintes químicos: Cumarinas; taninos pirogálicos; óleo essencial (diterpenos e sesquiterpenos); glicosídeos (guacosídeo); princípio amargo (guanacina); saponinas e resinas. 3. Ações farmacológicas: ▪ Possui ações broncodilatadoras, devido à atividade relaxante sobre a musculatura lisa respiratória, além de atividade anti-inflamatória (cumarinas e extrato bruto). ▪ O óleo essencialconfere ação expectorante e anti-séptica das vias respiratórias. Também foi observado que o extrato aquoso pode aumentar a pressão arterial e a frequência cárdica em ratos com hipertensão experimental As folhas em infusão revelam atividade antialérgica e antimicrobiana. 4. Indicações: ▪ Pacientes com asma e bronquite. ▪ Tosse rebelde. Faringite, amigdalite ( em gargarejos com infusão). 5. Contraindicações: Hepatopatias, pois o uso crônico pode causar aumento do tempo de protrombina. Hipertensos graves, pois o uso crônico pode aumentar a pressão arterial. 6. Precauções: ▪ Evitar uso prolongado, mais de 100 dias ininterruptos. ▪ Uso concomitante com medicamentos anticoagulantes. Gravidez. 7. Esquema de administração: 7.1. Crianças Maiores de 5 anos: 7,5 ml, 3 vezes ao dia, uso oral. Entre 3 e 5 anos: 5 ml, 3 vezes ao dia, uso oral. 7.2. Adultos 15ml, 3 vezes ao dia, uso oral. 8. Efeitos adversos: A presença de cumarinas pode provocar sangramentos e levar a um aumento do fluxo menstrual. Tosse e dispneia em pacientes com hiperssensibilidade à cumarinas, vômitos e diarreias em altas doses. Medicamento: MORFINA, SULFATO. Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 859-860) 1. Apresentação: Solução injetável 10 mg/mL. 2. Indicações: Dor moderada a grave, aguda e crônica. Dor de enfarte do miocárdio e edema pulmonar agudo. Adjuvante de anestesia geral. Analgesia pós-operatória. 3. Contraindicações: Asma grave ou aguda. Alcoolismo agudo. Hipersensibilidade à morfina. Íleo paralítico. Pressão intracraniana aumentada. Trauma craniano ou tumor cerebral. Depressão respiratória aguda. Obstrução das vias aéreas superiores. Feocromocitoma. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Idosos e enfraquecidos (reduzir doses). Crianças com menos de 3 meses de idade (são mais susceptíveis à depressão do SNC). Uso prolongado (leva à dependência física, ocorrendo sintomas graves de abstinência se o uso for interrompido abruptamente). Asma ou reserva respiratória diminuída. Insuficiência hepática (ver apêndice C) e renal grave (ver apêndice D). Pós-operatório (monitorar os pacientes para alívio da dor e para efeitos adversos, especialmente depressão respiratória). A dose e os intervalos de administração devem ser individualizados de acordo com a gravidade da dor e a resposta do paciente. Em crianças, idade e peso também devem ser considerados para a seleção da dose. Para dor crônica não existe dose máxima ou ótima de morfina. A dose apropriada é aquela que aliviar a dor sem causar efeitos adversos que não sejam possíveis de manejar. Categoria de risco na gravidez (FDA): C ou D (se utilizado por períodos prolongados ou em doses elevadas) (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Dor aguda 10 mg, por via SC ou IM, a cada 2 a 4 horas, ou; 2,5 a 5 mg, por via IV lenta, a cada 4 horas, ou; 0,8 a 10 mg/hora, por infusão IV, podendo chegar a 80 mg/hora. Adjuvante em anestesia geral 150 a 200 µg/kg (máximo de 10 mg), por via SC ou IM, 60 a 90 minutos antes da cirurgia. 100 µg/kg, por via IV, a cada 40 a 60 minutos, durante o procedimento cirúrgico. 150 a 300 µg/kg (máximo de 10 mg), por via IM, a cada 4 horas, após procedimento cirúrgico, ou; 8 a 10 mg, por infusão IV, em 30 minutos, seguido de 2 a 2,5 mg/hora. Enfarto do miocárdio (dor) 10 mg, por via IV lenta (2 mg/minuto), seguidos de dose adicional de 5 a 10 mg, se necessário. Dor crônica 5 a 20 mg, por via SC ou IM, a cada 4 horas; dose pode ser aumentada de acordo com a necessidade. Edema agudo de pulmão (dor) 5 a 10 mg, por via IV lenta (2 mg/minuto). 5.2. Crianças Dor aguda Via SC ou IM Neonatos: 100 µg/kg, a cada 6 horas. 1 a 6 meses: 100 a 200 µg/kg, a cada 6 horas. 6 meses a 2 anos: 100 a 200 µg;kg, a cada 4 horas. 2 a 12 anos: 200 µg/kg, a cada 4 horas. 12 a 18 anos: 2,5 a 10 mg, a cada 4 horas. Via IV lenta Neonatos: 25 a 100 µg/kg, por via IV, seguida de infusão IV contínua à velocidade de 5 a 40 µg/kg/hora. 1 a 6 meses: 100 a 200 µg/kg, por via IV, seguida de infusão IV contínua à velocidade de 10 a 30 µg/kg/hora. 6 meses a 12 anos: 100 a 200 µg/kg, por via IV, seguida de infusão IV contínua à velocidade de 20 a 30 µg/kg/hora. 12 a 18 anos: 2,5 a 10 mg por via IV, seguida de infusão IV contínua à velocidade de 20 a 30 µg/kg/hora. Adjuvante em anestesia geral 150 µg/kg, por via IM, 60 a 90 minutos antes da cirurgia. 100 µg/kg, por via IV, a cada 40 a 60 minutos, durante o procedimento cirúrgico. 100 a 200 µg/kg (máximo de 10 mg), por via IM, a cada 4 horas, após procedimento cirúrgico. Nota: a injeção intravenosa deve ser administrada por pelo menos 5 minutos. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início de ação: 10 a 30 minutos (SC); 5 a 10 minutos (IV); 10 a 30 minutos (IM); 15 a 60 minutos (epidural/intratecal). Duração da ação: 4 a 7 horas (SC); 4 a 5 horas (IM); acima de 24 horas (epidural/intratecal). Metabolismo: hepático. Meia-vida de eliminação: 1,5 a 4,5 horas. Excreção: renal e fecal. 7. Efeitos adversos: Edema periférico, prurido, exantema, sudorese. Dor abdominal, obstipação, diarreia, perda de apetite, náusea e vômito, xerostomia. Testes de função hepática anormais. Lombalgia, astenia, tontura, sonolência, cefaleia, insônia, parestesias, ambliopia, miose, ansiedade, depressão. Retenção urinária. Febre. Soluços e rigidez muscular. Graves: Parada cardíaca, bradicardia, taquicardia, palpitação, hipotensão ortostática. Confusão, alucinações, choque, síncope. Anafilaxia. Aumento da pressão intracraniana. Mioclônus. Dispneia, depressão respiratória. 8. Interações Medicamentosas: Agonistas/antagonistas de opioides: pode resultar em sintomas de retirada dos opioides. Antagonistas dos opioides devem ser administrados cautelosamente em pessoas com suspeita de dependência física de qualquer agonista opioide. Caso sinais e sintomas de retirada ocorrerem, pacientes devem ser tratados pela reinstituição da terapia opioide, seguida da redução gradual da dose de opioide combinada com suporte sintomático. Barbitúricos, benzodiazepínicos, relaxantes de ação central: possível depressão respiratória. Redução da dose de um ou ambos os agentes pode ser necessária. Inibidores da monoamina oxidase (MAO): pode resultar em hipotensão e aumento dos efeitos depressores do SNC e respiratório. Administração concomitante é contraindicada. Instituir intervalo de 14 dias entre os tratamentos. Rifampicina: possível perda da eficácia da morfina. Monitorar adequado controle da dor. Ajuste da dose de morfina pode ser necessário. Somatostatina: pode resultar em redução do efeito analgésico da morfina. Monitorar pacientes para aumento da resposta dolorosa. Terapia alternativa pode ser necessária. 9. Orientações aos pacientes: Alertar que este medicamento pode causar dependência. Orientar para não parar de usar este medicamento abruptamente. Alertar para evitar o uso de qualquer outro medicamento que cause sono. Não tomar bebidas alcoólicas enquanto estiver utilizando este medicamento. Beber bastante líquido e fazer exercícios para evitar obstipação. Evitar dirigir, usar máquinas ou fazer qualquer atividade que possa ser perigosa se a pessoa não estiver alerta. Alertar que é importante notificar imediatamente ao médico se apresentar os seguintes efeitos adversos: sintomas de reações alérgicas, confusão, diminuição da quantidade e frequência da urina, muita fraqueza, respiração fraca, batimentos cardíacos irregulares, sudorese, pele fria ou úmida, inchaço nas mãos, tornozelos ou pés. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar sob temperatura ambiente, entre 15 a 30 ºC. Proteger da luz. Escurecimento da solução indica degradação. Soluções sem preservativos não devem ser autoclavadas. Porções não utilizadas de soluções sem preservativos devem ser desprezadas. Concentração usual para infusão IV contínua: 0,1 a 1 mg/mL, diluída com solução de glicose 5 %. Para administração IV direta, diluir em 4 a 5 mL de água estéril e administrar lentamente (15 mg em 3 a 5 minutos). Para administração epidural e intratecal, utilizar soluções sem preservativos. Medicamento: NISTATINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 867-868) 1. Apresentação: Suspensão oral 100.000 UI/mL. 2. Indicações: Tratamento de candidíase oral, esofagiana e intestinal. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a nistatina. 4. Precauções: Usar com cuidado no caso de lactação. Categoria de risco na gravidez (FDA): C. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Candidíase oral 400.000 a 600.000 UI, VO, a cada 6 horas. Candidíase esofagiana 500.000 UI, VO, a cada 6 horas. Candidíase gastrintestinal 500.000 a 1.000.000 UI, VO, a cada 6 ou 8 horas. Nota O tratamento deve ser continuado por 48 horas depois do desapareciemtno das lesões e em pacientes com HIV/AIDS por 7 a 14 dias. 5.2. Crianças Candidíase orofaríngea Até 1 ano: 100.000 UI, localmente, em cada lado da cavidade bucal, a cada 6 horas. Acima de 1 ano: 400.000 a 600.000 UI, VO, a cada 6 horas; retendo na boca o maior tempo possível antes de engolir. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: pequena, tem efeito local em trato digestivo. Início da ação: 24 a 72 horas. Excreção: fecal, de forma inalterada. 7. Efeitos adversos: Náusea, vômito, diarreia (em altas doses). Irritação oral e hipersensibilidade. Exantema, eritema multiforme. 8. Orientações aos pacientes: Orientar para a necessária agitação do frasco antes do uso. Orientar para manter o medicamento na boca o maior tempo possível, por meio de bochechos, e só então engolir. Alertar para aguardar uma hora após o uso do medicamento para então ingerir alimentos e bebidas. Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses. 9. Aspectos farmacêuticos Armazenar à temperatura ambiente (15 a 30 ºC), protegido de calor, luz direta e umidade. Não congelar. Medicamento: NORETISTERONA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 876-878) 1. Apresentação: Comprimido 0,35 mg. 2. Indicações: Contracepção durante a amamentação. 3. Contraindicações: Doença hepática aguda (ver Apêndice C). Tumores benignos ou malignos. Hipersensibilidade a qualquer componente do produto. Carcinoma de mama conhecido ou suspeito. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A). Sangramento genital anormal de causa desconhecida. Porfiria aguda. 4. Precauções: Usar com cuidado em casos de: ▪ Fatores de risco para doença cardiovascular (tabagismo, diabetes, hiperlipidemia, história familiar de doença coronariana). ▪ Cistos ovarianos funcionais/atresia folicular. ▪ Carcinoma dependente de hormônio. ▪ Insuficiência hepática (evitar o uso). ▪ Lactação (ver apêndice B) ▪ Podem ocorrer gravidez ectopica e sangramento genital irregular. ▪ A eficácia contraceptiva de noretisterona pode ser perdida em 27 horas após a última dose. ▪ Nutrizes devem iniciar a administração da noresterona pelo menos três dias após o parto. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultas e adolescentes 0,35 mg, por via oral, todas as noites, no mesmo horário, sem interrupção, começando no dia 1 do ciclo. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Pico de concentração plasmática: 1 a 2 horas. Meia-vida de eliminação: 4 a 13 horas. Metabolismo: hepático. Excreção: preponderamente fecal. 7. Efeitos adversos: Aumento na pressão arterial. Exantema, com ou sem prurido, melasma ou cloasma e perda de pelos. Porfiria aguda, intermitente. Galactorréia, sensibilidade e plenitude mamária, alteração do fluxo menstrual e amenorreia. Elevação nos níveis de glicose sanguínea, alterção da concentração plasmática de lipídios. Edema conseqüente a retenção liquida, ganho ou perda de peso. Náusea, alterações no apetite, cólicas abdominais. Aumento nos níveis de protrombina e fatores VII, VIII, IX e X da coagulação, o que pode contribuir para aumentar risco de doença tromboembólica. Cefaléia, irritabilidade, depressão, cansaço, fraqueza, tontura e dificuldade para adormecer. 8. Interações Medicamentosas: ▪ Alcaçuz: pode resultar no aumento da retenção de líquido e da pressão arterial. ▪ Amprenavir, darunavir, nelfinavir, delarvidina, efavirenz, fenitoína, griseofulvina, nevirapina, pioglitazona, primidona, rifabutina, rifampicina, topiramato, troglitazona: eficácia contraceptiva pode ser reduzida. Aprepitanto e fosaprepitanto: pode reduzir a concentração de noretisterona e sua eficácia contraceptiva mesmo por algum tempo após a última dose, sendo recomendado o uso de método contraceptivo alternativo no primeiro mês após a suspensão do aprepitanto ou fosaprepitanto. ▪ Ciclosporina: aumento do risco de toxicidade por ciclosporina. ▪ Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): metabolismo de progestógenos e aumentado, com redução da eficácia contraceptiva. ▪ Fosamprenavir: pode haver alteração dos níveis hormonais e aumento do risco de elevação das proteínas hepáticas. ▪ Lamotrigina: progestógenos reduzem concentração plasmática de lamotrigina. ▪ Prednisolona e selegilina: progestógenos aumentam concentração plasmática de prednisolona e de selegilina. ▪ Troleandomicina: risco de hepatotoxicidade e alteração da eficácia contraceptiva. ▪ Valdecoxibe: pode resultar em aumento da exposicao a noretisterona. ▪ Varfarina: pode ocorrer tanto aumento como redução do efeito anticoagulante. Voriconazol: pode resultar em aumento das concentrações de voriconazol e noretisterona. 9. Orientações aos pacientes: Se iniciar em dia diferente do 1º dia da menstruarão orientar para a necessidade de usar método de barreira a cada relação sexual nas primeiras 48 h. Tomar o mesmo cuidado se ocorrer vomito em ate 4 horas após a administração ou diarréia. Orientar que deve ser usado todos os dias no mesmo horário e que pode ser usado inclusive durante o período menstrual. Alertar para a possível ocorrência de sangramento anormalmente excessivo ou prolongado (por exemplo, por mais de 8 dias), amenorréia ou dor abdominal intensa. Alertar para o risco de gravidez caso esqueça de tomar algum comprimido. Se esquecer de ingerir um comprimido, tomar o mais rápido que lembrar e o próximo na hora correta. Se demorar mais de 3 horas não haverá proteção anticoncepcional. Continuar normalmente, mas usar método de barreira pelos próximos 2 dias. Se tiver ocorrido relação sexual neste período, usar o contraceptivo de emergência. Orientar para o uso apos o parto: iniciar apos 3 semanas, se ingerido antes pode aumentar o risco de sangramento. Investigar o uso de antibióticos, anticonvulsivantes e outros fármacos indutores de metabolimo hepático; informar que podem reduzir a efetividade. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a temperatura ambiente (25ºC), em recipiente muito bem fechado. ATENÇÃO: A literatura relata diversas interações de medicamentos de contraceptivos orais combinados com antibióticos (que estes reduzem a eficácia contraceptiva, por alterar a flora intestinal e afetar a circulação entero-hepática) e fármacos indutores do metabolismo hepático (como anticonvulsivantes). Em muitas destas combinações, a noretisterona era um dos componentes, mas em muitos casos de interações relatadas, o progestogênio era diferente. As interações descritas nesta monografia foram relatadas especificamente com a noretisterona, mas isto não descarta o risco de que outras interações ainda não descritas na literatura para a noretisterona possam vir a ocorrer. Assim, o uso de método contraceptivo não hormonal (aditivo ou em substituição) deve ser considerado. Medicamento: NORETISTERONA, ENANTATO + ESTRADIOL, VALERATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 659-660) 1. Apresentação: Solução injetável de (50 mg + 5 mg)/ mL. 2. Indicações: Contracepção (mensal). 3. Contraindicações: Tumores hepáticos benignos ou malignos. Insuficiência hepática (ver apêndice C) Hipersensibilidade ao enantato de noretisterona, ao valerato de estradiol ou a qualquer componente da formula. Porfiria. Tumores de mama. Neoplasias estrógeno-dependentes. Hemorragia vaginal não diagnosticada. Distúrbios tromboembólicos. Doença cardiovascular. Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A). 4. Precauções: Usar com cuidado em casos de: ▪ Tabagismo (acima de 15 cigarros/dia), idade superior a 35 anos, obesidade, diabetes, hipertensão, cistos ovarianos, endometriose, hiperlipidemia, hipotireoidismo e hipocalcemia. ▪ Pode ocorrer aumento de risco para tromboembolismo venoso e doenças cardiovasculares. ▪ Pode ocorrer aumento da incidência de demência. Pode ocorrer exacerbação de crises de asma, epilepsia e enxaqueca. Pode ocorrer aumento da incidência de gravidez ectópica. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultas e adolescentes A dose unitária deve ser administrada por via intramuscular no primeiro dia do ciclo menstrual e repetida a cada trinta dias. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Ambos são pró-fármacos, sendo biotransformados, por hidrólise, as formas ativas encontradas na circulação sanguínea (noretisterona e estradiol). Metabolização: preponderantemente hepática. Excreção: renal e fecal. O efeito de supressão da ovulação depende da manutenção de concentrações plasmáticas efetivas de ambos os fármacos e, em cerca de 50% das mulheres, a ovulação ocorre em ate 120 dias após a última injeção. 7. Efeitos adversos: Os efeitos adversos são geralmente associados as formas ativas noretisterona e estradiol, mas para o enantato de noretisterona a incidência de crises de porfiria parece significativamente maior em comparação a outra forma de éster (acetato de noretisterona), mais comumente empregada. Náusea. Mialgia. Astenia, cefaleia. Irregularidades menstruais (especialmente no inicio do tratamento), aumento e sensibilidade das mamas, amenorreia, dismenorreia, vaginite. Faringite, rinite. Edema periférico, hipertensão. Ganho de peso, redução do HDL colesterol. Eritema, acne. 8. Interações Medicamentosas: A maior parte das interações relatadas na literatura para os fármacos desta associação e de caráter geral para estrógenos ou progestógenos e foi documentada em situações de uso de associações diversas. Não foram encontrados relatos de interações especificas para valerato de estradiol + enantato de noretisterona. 9. Orientações aos pacientes: Excluir a hipótese de gravidez e orientar para a utilização de método alternativo de contracepção durante 7 dias caso o intervalo entre as aplicações ultrapasse 33 dias. Antes do início do tratamento, alertar as pacientes sobre possíveis irregularidades menstruais e potencial atraso no retorno da fertilidade após a suspensão do uso do medicamento. Informar que a combinação injetável induz sangramento semelhante ao menstrual, regularmente, a cada 3 semanas apos a injeção (22ºdia). 10. Aspectos farmacêuticos Manter ao abrigo de ar e luz e à temperatura ambiente, 15 a 30ºC. Medicamento: OMEPRAZOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 882-884) 1. Apresentação: Cápsulas de 20 mg. 2. Indicações: Doença do refluxo gastresofágico sintomático. Esofagite erosiva associada com doença do refluxo gastresofágico. Condições hipersecretórias (síndrome de Zollinger-Ellison, mastocitose sistêmica e adenoma endócrino múltiplo). Úlceras pépticas de múltiplas etiologias Adjuvante no tratamento de infecção por Helicobacter pylori. hipergastrinemia, 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao omeprazol. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Sangramento, disfagia, vômito e perda de peso (excluir a presença de neoplasia gástrica antes do início do tratamento). Tratamento prolongado (risco de gastrite atrofia). Síndrome de Bartter, hipopotassemia, dietas restritas em sódio e alcalose respiratória. Crianças com menos de 2 anos de idade (segurança e eficácia não estão estabelecidas). Idosos (há aumento da biodisponibilidade, mas não requer ajuste de dose). Insuficiência hepática (ver apêndice C). Insuficiência renal. Lactação (ver apêndice B). Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Doença do reflexo gastresofágico sintomática. ▪ Entre 10 e 20 kg: 10 mg, por via oral, a cada 24 horas ou, se necessário, 20mg, a cada 24 horas. Acima de 20 kg: 20 mg, por via oral, a cada 24 horas ou, se necessário, 40mg, a cada 24 horas. 5.2. Adultos Doença do reflexo gastresofágico sintomática ▪ 20 mg, por via oral, a cada 24 horas, por 4 semanas. 40 mg, por via intravenosa, a cada 24 horas, até que a administração oral seja possível. Esofagite erosiva associada com doença do refluxo gastresofágico 20 mg, por via oral, a cada 24 horas, por 4 a 8 semanas . Condições hipersecretórias gástricas patológicas ▪ Dose inicial 60 mg, por via oral, a cada 24 horas, ajustado conforme necessário. Doses acima de 80 mg/dia devem ser divididas. Dose de manutenção: 20 mg, a cada 12 ou 24 horas. ▪ 60 mg, por via intravenosa, a cada 8 horas, seguidos por terapia de manutenção oral de 90 mg, a cada 12 horas e, então, decrescendo para utilização a cada 24 horas. Úlceras pépticas ▪ 20 a 40 mg, por via oral, a cada 24 horas, por 4 a 8 semanas. As doses mais altas são usadas em ulceras gástricas. ▪ 40 mg, por via intravenosa, a cada 24 horas, até que a administração oral seja possivel. Adjuvante no esquema antimicrobiano para erradicação de Helicobacter pylori ▪ 20 mg, por via oral, a cada 12 horas, combinada a claritromicina 500 mg mais amoxicilina 1 g ou metronidazol 500 mg, ambos por via oral, a cada 12 horas, durante 7 a 14 dias. Manter o omeprazol 20 mg a 40 mg, a cada 24 horas, até completar 4 a 8 semanas de tratamento. Nota: O uso intravenoso e extremamente limitado. A injeção direta deve ser feita por 5 minutos e a infusão por 20 a 30 minutos. Para administração dos grânulos através de sonda nasogástrica, dilui-se em bicarbonato de sódio 8,4% ou água. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: ▪ Absorção: rápida; velocidade diminuída pela presença de alimentos. ▪ Início de ação: 1 hora. ▪ Pico de efeito: 2 horas. ▪ Duração de ação: 72 horas. Meia-vida de eliminação: 0,5 a 1 hora. 7. Efeitos adversos: Comuns: cefaleia (3% a 7%), tontura (2%), dor abdominal (2% a 5%), diarréia (3% a 4%), náusea (2% a 4%), vômito (2% a 3%), flatulência (3%), obstipação (1% a 2%), exantema (2%), fraqueza (1%), lombalgia (1%), tosse (1%) e infecção do trato respiratório superior (2%). Graves: alopecia, pancreatite (raro), hepatotoxicidade (raro), alterações hematológicas (agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia), nefrite intersticial, fratura óssea relacionada a osteoporose, rabdomiólise e reações de hipersensibilidade. 8. Interações Medicamentosas: Benzodiazepínicos (clorazepato, diazepam, triazolam): risco aumentado de toxicidade benzodiazepinica. Monitorar o paciente para sinais de depressão do SNC (sedação, ataxia) e ajustar a dose. Considerar a substituição por um benzodiazepínico eliminado por glicuronidação (lorazepam, oxazepam e temazepam) ou por um anti-secretor que não seja metabolizado pelas enzimas do citocromo P450 (ranitidina, sucralfato e pantoprazol). ▪ Carbamazepina: aumento do risco de toxicidade pela carbamazepina. Monitorar níveis plasmáticos e sinais de toxicidade (ataxia, nistagmo, diplopia, cefaleia, vomito, apneia, convulsão, coma) e reduzir a dose. Cilostazol: aumento do risco de efeitos adversos relacionados ao cilostazol (cefaleia, diarreia, fezes anormais). Considerar a redução da dose de 100 mg para 50 mg duas vezes ao dia. ▪ Dissulfiram: aumento do risco de toxicidade pelo dissulfiram (confusão, desorientação, alterações psicóticas). Monitorar o paciente e reduzir a dose de um ou ambos os fármacos. ▪ Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) e Ginkgo biloba: redução da eficácia do omeprazol. Aumentar a dose, se necessário. ▪ Ferro: redução da biodisponibilidade do ferro não-heme. Monitorar o paciente e considerar a administração de ferro por via parenteral. ▪ Inibidores de protease (atazanavir, indinavir, nelfinavir): redução do efeito terapêutico do antirretroviral e desenvolvimento de resistência. Monitorar o paciente para decréscimo da atividade antiviral e ajustar a dose. ▪ Metotrexato: aumento do risco de toxicidade pelo metotrexato. Monitorar o paciente e descontinuar temporariamente o omeprazol ou considerar o uso de um antihistamínico H2 (ranitidina). ▪ Micofenolato de mofetila: redução da concentração plasmática do micofenolato. Considerar aumento de dose. ▪ Saquinavir: aumento da exposição ao saquinavir. Monitorar o paciente para potencial toxicidade (sintomas gastrintestinais, aumento de triglicerídeos e trombose venosa profunda). ▪ Varfarina: aumento do efeito anticoagulante. Monitorar o tempo de protrombina e ajustar a dose. Voriconazol: aumento das concentrações plasmáticas do omeprazol. Quando terapia com voriconazol e iniciada em pacientes recebendo omeprazol em doses de 40 mg ou superiores, recomenda-se que a dose do omeprazol seja reduzida pela metade. Monitorar o paciente para aumento de efeitos adversos relacionados ao omeprazol. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para a ingestão das cápsulas com estômago vazio, 30 minutos antes de uma refeição (preferentemente café da manha) devendo ser ingeridas intactas. Ensinar, para pacientes com dificuldade de deglutição, que as cápsulas podem ser abertas imediatamente antes da administração e os grânulos intactos misturados com pequena quantidade de bebida ácida, como suco de laranja. Os grânulos não devem ser mastigados nem misturados com leite. Alertar que não deve ser utilizado para alívio imediato de ardência epigástrica, pois pode levar 1 a 4 dias para alcançar o efeito completo. Antiácidos podem ser administrados concomitantemente. Reforçar a necessidade de evitar o uso de bebida alcoólica. 10. Aspectos farmacêuticos ▪ Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 e 30°C e protegido da luz. O grânulo da cápsula é estável em meio ácido. O fármaco (fora do grânulo) e rapidamente degradado em meio ácido, mas apresenta estabilidade aceitável em condições alcalinas. Medicamento: PARACETAMOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 898-900) 1. Apresentação: Comprimido 500 mg. Solução oral 200 mg/mL. 2. Indicações: Dor leve a moderada. Febre. Enxaqueca. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao paracetamol. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Insuficiência hepática (ver apêndice C). Insuficiência renal (ver apêndice D). Alcoolismo. Pacientes asmáticos com hipersensibilidade ao acido acetilsalicílico (risco de hipersensibilidade cruzada). Lactação. O paracetamol tem pouco ou nenhum efeito anti-inflamatório ou antirreumático. Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos e crianças com mais de 12 anos Febre, dor leve a moderada e enxaqueca. 500 mg a 1.000 mg, por via oral, a cada 4 a 6 horas. Dose máxima diária: 4.000 mg. 5.2. Crianças até 12 anos Febre pós-imunização em crianças com 2 a 3 meses Dose única de 60 mg, por via oral; se necessário, administrar segunda dose 4 a 6 horas após a primeira. Procurar orientação médica se a febre persistir após a segunda dose. Febre e dor leve a moderada 10 a 15 mg/kg, por via oral, a cada 4 a 6 horas (Máximo de 5 doses em 24 horas). Nota: crianças com menos de 2 anos de idade, ou com menos de 11 kg, requerem orientação médica. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção oral: rápida e incompleta; varia conforme a forma farmacêutica. Biodisponibilidade oral: 60% a 98%. Metabolismo: hepático. Pico de concentração plasmática: 10 a 60 minutos. Inicio de efeito: menos de 1 hora. Duração da ação: 4 a 6 horas. Excreção: renal, 1% a 4% na forma não alterada. Meia-vida de eliminação: neonatos, 2 a 5 horas; adultos, 1 a 4 horas. 7. Efeitos adversos: São raros e geralmente brandos em doses terapêuticas. Asma. Exantema. Distúrbios sanguíneos (trombocitopenia, leucopenia, neutropenia, pancitopenia e agranulocitose). Hemorragia gástrica. Hepatotoxicidade após dose excessiva ou com uso terapêutico prolongado em pacientes alcoolistas. Aumento da bilirrubina e da fosfatase alcalina. Nefrotoxicidade por uso prolongado ou excessivo. Reações de hipersensibilidade, incluindo dispneia, hipotensão, urticária, e angioedema. 8. Interações Medicamentosas: Carbamazepina: pode aumentar o risco de hepatotoxicidade pelo paracetamol. Em doses terapêuticas usuais dos dois fármacos, não é necessário monitoria especial do paciente. Etanol: pode aumentar o risco de hepatotoxicidade. Deve-se ter cuidado com pacientes que ingerem 3 ou mais doses de bebidas alcoólicas por dia e utilizem paracetamol. Pacientes devem ser orientados a não excederem dose diária de 4.000 mg de paracetamol. Alcoolistas crônicos devem evitar o uso de paracetamol. Fenitoína: pode diminuir a efetividade do paracetamol e aumentar o risco de hepatotoxicidade. Evitar doses elevadas e/ou uso prolongado de paracetamol. Monitorar o paciente para evidências de hepatotoxicidade. Em doses terapêuticas dos dois fármacos, geralmente não é necessário monitoria do paciente ou ajuste de dose. Isoniazida: pode aumentar o risco de hepatotoxicidade. O uso de paracetamol deve ser limitado em pacientes que utilizam isoniazida. Zidovudina: pode resultar em neutropenia ou hepatotoxicidade. Evitar uso prolongado e múltiplas doses de paracetamol em pacientes tratados com zidovudina. 9. Orientações aos pacientes: A velocidade de absorção pode ser diminuída quando ingerido com alimentos. Ingerir com alimento se houver desconforto gástrico. Não é seguro ingerir dose diária acima de 4.000 mg. Não exceder a dose diária recomendada pelo risco de hepatotoxicidade. Muitas associações medicamentosas de venda livre contêm paracetamol. O uso simultâneo de várias preparações pode resultar em dose excessiva do fármaco. Relatar sinais ou sintomas de hemorragia gastrintestinal, doença hepática (p.ex. pele ou olhos amarelados) ou doença renal. Ingerir o medicamento com um copo cheio de água (cerca de 200 mL). Evitar ingestão de álcool enquanto estiver utilizando este medicamento. Não deve ser utilizado como automedicação para dor, por mais que 10 dias em adultos e 5 dias em crianças; para febre superior a 39,5 .C, por mais que 3 dias ou febre recorrente; para dor de garganta (faringite, laringite), em adultos ou crianças, por mais de 2 dias, a não ser que seja sob orientação médica, pois dor intensa por longo período ou febre recorrente pode indicar condição patológica que requer avaliação médica. 10. Aspectos farmacêuticos Manter a temperatura ambiente, entre 15°C e 30°C. Proteger da luz, calor e umidade. Medicamento: PERMETRINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 902-903) 1. Apresentação: Loção 1%. 2. Indicações: Escabiose Pediculose corporal e do couro cabeludo. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade a permetrina ou outras piretrinas, sintéticas e naturais. Crianças com menos de 2 meses de idade. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Inflamação ou corte na pele ou escalpo (pode exacerbar prurido, edema e eritema da lesão). Crianças ate 2 anos de idade (usar somente sob supervisão medica). Pediculose pubiana para menores de 18 anos (uso não recomendado). Evitar contato com olhos e mucosas. Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos e crianças acima de 2 anos Pediculose do couro cabeludo Aplicar nos cabelos, recém-lavados com xampu e ainda úmidos. Saturar o couro cabeludo e o cabelo, e deixar agir por 10 minutos. Enxaguar com água abundante e remover as lêndeas com pente fino. O tratamento deve ser feito por 4 dias e repetido apos uma semana. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: 2% ou menos. Metabolismo: hepático (rapidamente biotransformado). Duração da ação: 14 dias. Eliminação: primariamente renal. 7. Efeitos adversos: Pouco freqüentes: prurido, eritema, queimação local. Raros: exantema, edema. 8. Interações Medicamentosas: Não foram identificadas interações medicamentosas. 9. Orientações aos pacientes: Reforçar que o uso e exclusivamente externo; em caso de contato com os olhos, lavar abundantemente com água corrente. Orientar para usar sabonetes neutros, pois sabonetes escabicidas aumentam o risco de irritação. Orientar para a necessária agitação do frasco da loção antes do uso. Alertar para aplicar com cuidado nos espaços interdigitais e não lavar as mãos após a aplicação. Orientar para emprego do pente fino e para a troca diária de roupas de uso e roupas de cama; ensinar a ferver as roupas e passar a ferro bem quente para não haver reinfestação. Orientar para a necessidade de investigar infestação em familiares e pessoas próximas. Alertar que, após o tratamento da escabiose, o prurido pode permanecer por algumas semanas, o que isso raramente significa falha da terapêutica, não sendo necessária a repetição do tratamento. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar a temperatura ambiente, em recipientes bem fechados. Manter ao abrigo de luz, calor e umidade. Evitar congelamento. Agitar a loção antes do uso. Medicamento: PIRIMETAMINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 907-908) 1. Apresentação: Comprimido 25 mg. 2. Indicações: Tratamento de toxoplasmose, em combinação com sulfadiazina ou clindamicina e folinato de cálcio. 3. Contraindicações: Primeiro trimestre de gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). Insuficiência hepática (ver apêndice C). Insuficiência renal. Hipersensibilidade a pirimetamina ou a algum componente da formulação. Anemia megaloblástica por deficiência de ácido fólico. Uso concomitante de aurotioglicose. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Deficiência de ácido fólico por outras causas, como alcoolismo e síndrome de má-absorção. ▪ Pacientes com distúrbios convulsivos, que necessitem de altas doses de pirimetamina (iniciar o tratamento com doses mais baixas). ▪ Lactação (ver apêndice B). ▪ Altas doses de pirimetamina ocasionam deficiência de ácido fólico; esta deve ser corrigida com a suplementação de folinato de cálcio que protege contra a toxicidade medular. ▪ Monitorar contagem de células sanguíneas, especialmente em tratamento com altas doses. 5. Esquemas de administração: 5.1. Neonatos e Crianças Toxoplasmose 1 mg/kg/dia, por via oral, dividida em 2 doses diárias. Após 2 a 4 dias a dose deve ser reduzida pela metade e continuada por aproximadamente 1 mês (sem manifestação da doença) ou 6 a 12 meses (com manifestação da doença). Os pacientes devem ser tratados também com sulfadiazina (100 mg/kg/ dia, por via oral, divididos em 2 doses diárias). 5.2. Adultos Toxoplasmose 50 a 75 mg, por via oral, uma vez ao dia, em combinação com 1 a 4 g/dia de sulfadiazina, durante 1 a 3 semanas. Em seguida, as doses de ambos os fármacos devem ser reduzidas à metade e o tratamento continuado por mais 4 a 5 semanas. Pacientes com HIV/Aids e outras imunodeficiências Dose de ataque: 200 mg, por via oral, seguidos de 50 a 100 mg, uma vez ao dia, em combinação com sulfadiazina (1 a 1,5 g, por via oral, a cada 6 horas) ou clindamicina (600 mg, por via oral, a cada 6 horas), por 4 a 6 semanas. Adicionar folinato de cálcio (10 a 15 mg), por via oral, diariamente, durante o mesmo período. Dose supressiva: 25 a 50 mg/dia, por via oral, uma vez ao dia, em combinação com sulfadiazina (2 a 4 g/dia), por longos períodos. Mulheres grávidas (no segundo trimestre) 25 mg, por via oral, uma vez ao dia, durante 3 a 4 semanas. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Pico de concentração plasmática: 2 a 6 horas. Meia-vida: 80 a 95 horas (adultos) e 64 horas (crianças). Metabolismo: hepático. Excreção: renal e leite materno. 7. Efeitos adversos: Anemia megaloblástica, leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia. Nefrotoxicidade. Síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, necrólise epidérmica tóxica (raros), exantema, urticária, doença do soro, dermatite exfoliativa, hepatite. Distúrbios gastrintestinais, como vômito e anorexia. Insônia, cefaleia, vertigens. Alterações no ritmo cardíaco. 8. Interações medicamentosas: Aurotioglicose: aumento do risco de discrasia sanguínea. O uso concomitante é contraindicado. Lorazepam: risco de hepatotoxicidade. Monitorar função hepática regularmente. Sulfametoxazol + trimetoprima: aumento do risco de anemia megaloblástica e pancitopenia. Evitar o uso concomitante. Monitorar a contagem de células sanguíneas e observar a ocorrência de equimoses e sangramento excessivo. Considerar a administração de ácido folínico. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para a ingestão do medicamento durante as refeições se surgirem sinais de irritação gástrica. Orientar para notificar o surgimento de erupções cutâneas. Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses. 10. Aspectos farmacêuticos Manter o medicamento em local seco, ao abrigo da luz e sob temperatura entre 15 a 25 °C. ATENÇÃO: Administrar ácido folínico (5 a 10 mg/dia) durante tratamento com pirimetamina Interromper uso de pirimetamina na presença de exantema, dor de garganta, palidez, púrpura e glossite. Medicamento: PREDNISOLONA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 727-730) 1. Apresentação: Solução oral 4,02 mg/mL (equivalente a 3 mg de prednisolona/mL). 2. Indicações: Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave. Artrite reumatoide, asma, doença de Hodgkin, doença pulmonar obstrutiva crônica, doenças alérgicas, doenças de pele, doenças endócrinas, doenças gastrintestinais, doenças hematopoiéticas, doenças inflamatórias, doenças inflamatórias musculoesqueléticas, doenças neoplásicas, doenças oculares, doenças respiratórias. Esclerose múltipla (exacerbações). Linfoma não-Hodgkin, rejeição de transplantes. Síndrome nefrótica, triquinose com envolvimento neurológico ou miocárdico. Tuberculose meníngea. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade à prednisolona ou a algum componente da formulação. Infecções sistêmicas por fungos, bactérias ou vírus não tratadas com antimicrobiano específico. Vacinas com vírus vivos, pois a resposta imune pode ser diminuída pela prednisolona. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Úlcera péptica, diabete melito (incluindo história familiar), hipertensão arterial, psicose, ICC, hipotireoidismo, glaucoma (incluindo história familiar), diverticulite, miastenia grave, herpes simples ocular, osteoporose, tendência psicótica. Insuficiência hepática, insuficiência renal, doença inflamatória intestinal. Crianças e adolescentes (pode ocorrer retardo no crescimento). Idosos (podem desenvolver osteoporose, principalmente em mulheres na pósmenopausa, ou hipertensão). Lactação. Aumenta a susceptibilidade e a gravidade de infecções como varicela e sarampo. Pode ativar ou exacerbar tuberculose, amebíase ou estrongiloidíase. Fator de risco na gravidez (FDA): C. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Asma (exacerbação moderada a grave) 40 a 80 mg/dia, VO, divididos em 2 doses, até o máximo de 60 mg/dia, durante 3 a 10 dias. Asma (controle e manutenção) 7,5 a 60 mg/dia, VO, em dias alternados. Artrite reumatoide, doença de Hodgkin, doença pulmonar obstrutiva crônica (exacerbações agudas), doenças alérgicas, doenças de pele, doenças endócrinas, doenças gastrintestinais, doenças hematopoiéticas, doenças inflamatórias, doenças inflamatórias musculoesqueléticas, doenças neoplásicas, doenças oculares, doenças respiratórias, linfoma não-Hodgkin, rejeição de transplantes, síndrome nefrótica, triquinose com envolvimento neurológico ou miocárdico), tuberculose meníngea 5 a 60 mg/dia, VO, divididos em 3 ou 4 doses. Esclerose múltipla 200 mg/dia, VO, durante 1 semana; seguidos por 80 mg, em dias alternados, durante 4 semanas. Nota: as doses devem ser individualizadas com base na gravidade da doença e na resposta ao tratamento. Pacientes com hipertireoidismo requerem doses maiores. 5.2. Crianças Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave Iniciar o uso da prednisolona o mais cedo possível e dentro de 72 horas do tratamento bacteriano. Abaixo de 12 anos: 1 mg/kg, VO, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5; 0,5 mg/kg, VO, a cada 12 horas, nos dias 6 a 10; 0,5 mg/kg, VO, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21. Asma (exacerbação moderada a grave) 1 mg/kg/dia, VO, divididos em 2 doses; até o máximo de 60 mg/dia, durante 3 a 10 dias. Asma (controle e manutenção) 0,25 a 2 mg/kg/dia, VO, em dias alternados. Artrite reumatoide, doença de Hodgkin, doença pulmonar obstrutiva crônica (exacerbações agudas), doenças alérgicas, doenças de pele, doenças endócrinas, doenças gastrintestinais, doenças hematopoiéticas, doenças inflamatórias, doenças inflamatórias musculoesqueléticas, doenças neoplásicas, doenças oculares, doenças respiratórias, linfoma não-Hodgkin, rejeição de transplantes, triquinose com envolvimento neurológico ou miocárdico), tuberculose meníngea 0,14 a 2 mg/kg (4 a 60 mg/m2/dia), VO, divididos em 3 ou 4 doses. Síndrome nefrótica 60 mg/m2/dia, VO, divididos em 3 doses, durante 4 semanas; manter com 40 mg/m2, em dias alternados, por mais 4 semanas. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: rápida. Biodisponibilidade: completa. Pico de concentração: 1 hora. Metabolismo: hepático. Eliminação: renal. Meia-vida de eliminação: 2 a 4 horas. 7. Efeitos adversos: Catarata, glaucoma, síndrome de Cushing, tuberculose pulmonar, desequilíbrio de fluidos e eletrólitos, infecções por bactérias, parasitas, fungos e vírus. Euforia, depressão, náusea, aumento do apetite, ganho de peso, pancreatite. Necrose asséptica óssea, miopatias proximal. Reações leucemoides (leucocitose). Menstruação irregular. 8. Interações Medicamentosas: Ácido acetilsalicílico: aumento do risco de ulceração gastrintestinal e de concentrações subterapêuticas de ácido acetilsalicílico no sangue. Fenitoína, rifampicina: pode reduzir a efetividade da prednisolona. Contraceptivos em combinação: o uso concomitante com prednisolona pode resultar em aumento do risco de efeitos adversos dos corticoides. Fluoroquinolonas: aumento do risco de ruptura de tendões. Vacina contra rotavírus: aumento do risco de infecção pela vacina com vírus vivos. A vacinação de pacientes em terapia sistêmica prolongada com corticosteroides é contraindicada. 9. Orientações aos pacientes: A administração com alimento pode minimizar a irritação gástrica. Não tomar qualquer tipo de vacina sem consultar um médico. Evitar contato com qualquer pessoa que tome a vacina oral contra pólio e com pessoas doentes. Evitar uso de bebidas alcoólicas. Não suspender abruptamente este medicamento após uso prolongado. Atletas devem consultar autoridades esportivas, pois pode ter seu uso restrito em alguns esportes. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar em recipientes bem fechados e à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Manter ao abrigo da luz, calor e umidade. Não congelar. ATENÇÃO: após o uso prolongado, a retirada do fármaco deve ser lenta e gradual, devido ao risco de provocar supressão suprarrenal de reversão demorada. Medicamento: PREDNISONA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 915-919) 1. Apresentação: Comprimido de 5 mg e de 20 mg. 2. Indicações: Adjuvante em processos inflamatórios do sistema musculoesquelético; Processos alérgicos e adjuvante em anafilaxia. Adjuvante no tratamento da hanseníase. Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave. Adjuvante no tratamento com antineoplásico. Imunossupressão em doença autoimune. Asma grave persistente e asma aguda grave. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco ou a algum dos componentes da formulação. Infecções sistêmicas. Uso concomitante com vacinas de vírus vivos, pois a resposta imune pode estar diminuída. Varicela. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Úlcera péptica, diabete melito, insuficiência hepática e renal (ver apêndice D), hipertensão arterial, psicose, ICC, herpes simples, osteoporose, hipotireoidismo, glaucoma, miastenia grave, transtornos tromboembólicos, imunodeficiência. Crianças e adolescentes (retardo no crescimento). Idosos (utilizar doses mínimas necessárias, pelo menor tempo possível). Diverticulite, colite ulcerativa, infecção fúngicas sistêmica (pode exacerbar a infecção), lúpus eritematoso sistêmico (evitar o uso). Monitorar o peso corporal, a pressão arterial, o balanço de fluidos e eletrólitos e a concentração de glicose sanguínea durante o tratamento. Aumenta a susceptibilidade a infecções e a gravidade de infecções virais, como varicela e sarampo; ativa ou exacerba tuberculose, amebíase e estrongiloidíase. Fator de risco na gravidez (FDA): C (prednisolona); ADEC: A (ver apêndice A). Supressão da reação de teste cutâneo. 5. Esquemas de administração: Nota: Recomenda-se a administração oral de corticoides em dose única pela manhã para diminuir a interferência sobre a secreção circadiana de cortisol. A dose ser ajustada sempre para a mínima suficiente para controlar os sintomas. 5.1. Adultos Adjuvante em processos infamatórios do sistema musculoesquelético 5 a 60 mg/dia, VO, divididos em 1 a 4 vezes ao dia, durante 7 dias. Processos alérgicos e adjuvante em anafilaxia 5 a 60 mg/dia, VO, em dose única no período da manhã, durante 5 a 10 dias. Adjuvante no tratamento da hanseníase Controle da reação tipo 1: 1 a 2 mg/kg/dia, conforme avaliação clínica. Manter a dose até a regressão clínica do quadro reacional. Reduzir a dose em intervalo e quantidade fixos até a dose mínima necessária para manter o paciente sem a reação. Adjuvante no tratamento da pneumonia pneumocística moderada ou grave Iniciar o uso da prednisona o mais cedo possível e dentro de 72 horas do tratamento antibacteriano: 40 mg, VO, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5; 40 mg, VO, a cada 24 horas, nos dias 6 a 10; 20 mg, VO, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21. Adjuvante no tratamento antineoplásico Carcinoma de próstata: 5 mg, VO, a cada 12 horas, em associação ao docetaxel (75 mg/m2, por infusão IV durante 1 hora, a cada 3 semanas). Terapia paliativa de leucemia e linfoma em adultos: 5 a 60 mg/dia, VO. Imunossupressão em doença autoimune 100 mg/dia, reduzir gradualmente quando possível para 20 a 40 mg/dia. Asma grave persistente 7,5 a 60 mg/dia, VO, pela manhã a cada 24 ou 48 horas, conforme necessário para controle. Asma aguda grave 40 a 80 mg/dia, por via oral, dividida a cada 12 ou a cada 24 horas, até pico de fluxo expiratório alcançar 70 % do previsto. 5.2. Crianças Adjuvante em processos inflamatórios do sistema musculoesquelético 5 a 60 mg/dia, VO. Processos alérgicos e adjuvante em anafilaxia 5 a 60 mg/dia, VO. Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave Iniciar o uso da prednisona o mais cedo possível e dentro de 72 horas do tratamento antibacteriano: Abaixo de 12 anos:.1 mg/kg, VO, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5; 0,5 mg/kg, VO, a cada 12 horas, nos dias 6 a 10; 0,5 mg/kg, VO, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21. Acima de 12 anos: 40 mg, VO, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5; 40 mg, VO, a cada 24 horas, nos dias 6 a 10; 20 mg, VO, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21. Adjuvante no tratamento com antineoplásico Terapia paliativa da leucemia aguda: 5 a 60 mg/dia, VO. Leucemias e linfomas: até 1 ano: 25 mg e gradualmente reduzir para 5 a 10 mg/dia; 2 a 7 anos: 50 mg e gradualmente reduzir para 10 a 20 mg/dia; 8 a 12 anos: 75 mg e gradualmente reduzir para 15 a 30 mg/dia. Imunossupressão em doença autoimune 0,2 a 1 mg/kg/dia ou 6 a 30 mg/m2/dia, VO, divididas a cada 6 ou 12 horas. Asma grave persistente 0,25 a 2 mg/kg/dia, VO, pela manhã ou conforme necessário para controle. Asma aguda grave 1 a 2 mg/kg/dia, VO, dividida a cada 12 horas. Dose máxima: 40 mg/dia (para criança de 5 a 15 anos) e 20 mg/dia (para criança de 1 a 4 anos). Até pico de fluxo expiratório alcançar 70 % do previsto. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: rápida. Biodisponibilidade: 92 %. Pico de concentração plasmática: 1 a 2 horas. Biotransformação: hepática (metabólito ativo: prednisolona). Excreção: renal. Meia-vida de eliminação: 2 a 3 horas. 7. Efeitos adversos: Catarata, glaucoma, coriorretinopatia serosa central, papiloedema ou hipertensão intracraniana. Síndrome de Cushing; hiperglicemia, aumento do colesterol total associado ao aumento dos níveis de LDL e diminuição do HDL, aumento dos níveis de triglicerídeos; insuficiência adrenocortical, aumento de peso e apetite; irregularidades menstruais e amenorreia. Infecções por bactérias, parasitas, fungos e vírus; disseminação do vírus VaricellaZoster; aspergilose; tuberculose pulmonar, abscesso pulmonar, soluços. Diminuição do crescimento corporal de crianças que fazem uso prolongado. Euforia, depressão, alucinações, insônia, desorientação, dificuldade para dormir, inquietação, nervosismo. Diminuição da função cardiovascular, necrólise do miocárdio, hipertensão. Acne, afinamento da pele, equimoses e contusões fáceis são frequentes em pacientes idosos, eritema facial, hirsutismo, sudorese, telangiectasia, síndrome de pele escaldada estafilocócica, comprometimento na cicatrização. Irritação e úlcera no trato gastrintestinal, pancreatite aguda, superinfecção gastrintestinal, megacólon tóxico, náusea. Artralgias, mialgias, miopatias proximal, ruptura de tendão, osteoporose, necrólise asséptica óssea, fratura de vértebras e de ossos longos. Agranulocitose e diminuições na contagem de linfócitos e monócitos, trombocitose, leucocitose. Reações de hipersensibilidade. Mal-estar, cefaleia e vertigem. Retenção de fluidos e sódio, síndrome hipopotassêmica, proteinúria. Porfiria. 8. Interações Medicamentosas: Ácido acetilsalicílico: aumento do risco de ulceração gastrintestinal e de concentrações subterapêuticas de ácido acetilsalicílico no sangue. Alcaçuz: pode aumentar o risco de efeitos adversos da prednisona. Barbitúricos: podem reduzir a efetividade da prednisona. Fenitoína: podem reduzir a efetividade da prednisona. Fluconazol: diminui a biotransformação e aumenta a eficácia da prednisona. Fluoroquinolonas: aumento do risco de ruptura de tendões. Gatifloxacino: aumento da glicose sanguínea e do risco de hiperglicemia. Se for necessário uso concomitante de Gatifloxacino e prednisona, monitorar atentamente a glicemia. Tratamento de emergência de um episódio hiperglicêmico pode ser necessário. Rifampicina: pode haver redução da efetividade da prednisona. Ritonavir: aumento das concentrações séricas de prednisona e do risco de efeitos adversos. Vacina contra rotavírus: aumento do risco de infecção pelo vírus da vacina. A vacinação de pacientes imunossuprimidos por corticoides sistêmicos é contraindicada. Varfarina: diminuição do efeito anticoagulante; ou aumento do risco de sangramento. 9. Orientações aos pacientes: Se houver irritação gástrica, tomar com alimento ou leite. Não tomar qualquer tipo de vacina sem consultar um médico. Evitar contato com qualquer pessoa que tome a vacina oral contra poliomielite e com pessoas acometidas de infecções como sarampo e varicela. Evitar medicamentos de venda sem prescrição e uso de bebidas alcoólicas. Não suspender abruptamente este medicamento após uso prolongado (acima 14 dias). Após longo período de uso, a prednisona deverá ser retirada de forma gradual. Restringir a ingestão de sódio, suplementar a de potássio e restringir alimentos calóricos. Caso a condição clínica do paciente permita, administrar cálcio, calciferol, e praticar atividade física regular durante a terapia prolongada para evitar osteoporose. Cautela nos testes cutâneos de sensibilidade. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC, em recipientes bem fechados e ao abrigo da luz, calor e umidade. ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, por isso deve ser realizada uma pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar a prednisona ou outros medicamentos no esquema do paciente. O uso deste medicamento não deve ser suspenso sem orientação médica. Após uso prolongado (acima de 14 dias), a retirada do fármaco deve ser lenta e gradual, para evitar o risco de supressão suprarrenal de reversão demorada. Medicamento: PROMETAZINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 590-592) 1. Apresentação: Comprimido 25 mg. Solução injetável 25 mg/mL. 2. Indicações: Anafilaxia (adjuvante). Terapêutica antineoplásica (adjuvante) 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ou história de reação idiossincrática a prometazina ou a outras fenotiazinas e a sulfitos (ampolas contêm metabissulfito). Injeção subcutânea ou intra-arterial. Estado comatoso. Sintomas do trato respiratório baixo, incluindo asma. Crianças com menos de 2 anos apresentam maior risco potencial de depressão respiratória fatal. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Pacientes com hipertrofia prostática, retenção urinária, glaucoma de ângulo fechado, úlcera péptica estenosante e obstrução piloroduodenal, devido aos efeitos anticolinérgicos. ▪ Durante a indução e a recuperação de anestesia (devido aos efeitos muscarínicos, pode aumentar o risco de regurgitação e aspiração do conteúdo gástrico). ▪ Pacientes com convulsões, depressão da medula óssea, agranulocitose,leucopenia, disfunção hepática (ver apêndice C) e renal, doença cardiovascular e função respiratória comprometida. ▪ Crianças e idosos (apresentam maior susceptibilidade aos efeitos anticolinérgicos e sobre o sistema nervoso central, podendo ocorrer reação paradoxal). ▪ Pacientes pediátricos com doença aguda associada a desidratação ou com sinais e sintomas sugestivos da síndrome de Reye ou outras doenças hepáticas. ▪ Uso concomitante de outros fármacos que afetam o limiar epileptogênico (exemplo: narcóticos ou anestésicos locais). ▪ Pacientes pediátricos com vômito não complicado (uso não recomendado); limitar o uso em vômito prolongado de etiologia desconhecida. ▪ Síndrome neuroléptica maligna. ▪ Lactação (ver apêndice B). ▪ Porfiria. Monitorar a pressão arterial. ▪ Reações graves podem ocorrer no lugar da injeção (após injeção única pelas vias intravenosa, subcutânea ou intra-arterial inadvertida); pode ser necessária intervenção cirúrgica como fasciotomia, enxerto cutâneo e amputação; o risco é aumentado com concentrações acima de 25 mg/mL e com taxas de infusão superior a 25 mg/min. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). ▪ 5. Esquemas de administração: 5.1. Criança Anafilaxia e adjuvante na terapêutica antineoplásica De 5 a 10 anos: 6,25 a 12,5 mg, por injeção intramuscular profunda, iniciar pela dose mais baixa que produza efeito desejado. Dose máxima: 0,5 mg/kg/dose. 5.2. Adulto Êmese e adjuvante na terapêutica antineoplásica ▪ 12,5 a 25 mg, em injeção intramuscular profunda ou injeção intravenosa lenta (diluído para 2,5 mg/mL), a intervalos de 4 a 6 horas. Anafilaxia ▪ 25 mg, por via intramuscular ou intravenosa, a intervalos de 2 horas. 5.2. Idosos Anafilaxia e adjuvante na terapêutica antineoplásica ▪ 6,25 a 12,5 mg, por via intravenosa, iniciar pela dose mais baixa que produza feito desejado, para limitar o risco de dano tecidual. Nota: Não deve ser administrado em concentrações acima de 25 mg/mL e em velo-cidade superior a 25 mg/minuto. A administração intravenosa deve ser feita em veia calibrosa, nunca em mão ou pulso. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início de efeito: 20 minutos (intramuscular), 3 a 5 minutos (intravenosa). Pico de concentração plasmática: 2 a 3 horas. Duração de efeito: 4 a 6 horas, pode persistir por até 12 horas. Liga-se a proteínas plasmáticas em cerca de 76 a 93%. Meia-vida: 5 a 15 horas. Metabolismo: hepático. Excreção: renal e biliar. 7. Efeitos adversos: Retenção urinária. Tontura, lassidão, zumbido, incoordenação, fadiga, insônia, tremores e crises oculogiras. Visão borrada (diplopia). Encefalopatia. Coreoatetose (movimentos atetoides), distonia. Febre e ataque cardíaco. Dano tecidual grave no local das injeções, exantema, necrólise tecidual, reações de hipersensibilidade, fotossensibilidade, dermatite e urticária. Icterícia, náuseas e vômitos, obstrução intestinal e xerostomia. Agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia, trombose venosa. Bradicardia, taquicardia, hipertensão, hipotensão, doença coronária grave. Alucinações, euforia, nervosismo, excitação, estado catatônico, histeria e transtorno psicótico, depressão do SNC, vertigem, sinais extrapiramidais, sedação, sonolência, cefaleia, confusão, debilidade psicomotora, convulsões, síndrome neuroléptica maligna, cognição prejudicada. Depressão respiratória, apneia, asma, congestão nasal e broncospasmo. Arterioespasmo e gangrena podem ocorrer como resultado de injeção intra-arterial inadvertidamente. 8. Interações medicamentosas: Alcaloides da beladona: aumento excessivo dos efeitos anticolinérgicos. Cisaprida, esparfloxacino, gatifloxacino e grepafloxacino: uso simultâneo com prometazina pode resultar em prolongamento do intervalo QT e/outorsades de pointes. O uso concomitante é contraindicado. Fenilalanina: aumento do risco de discinesia. Lítio: em caso de uso concomitante, podem ocorrer fraqueza, discinesias, sintomas extrapiramidais, encefalopatia. Meperidina: aumento dos efeitos depressores do sistema nervoso central e respiratório. Midodrina: uso concomitante pode aumentar o risco de acatisia. Outros fármacos depressores respiratórios: risco de depressão acentuada. Evitar em pacientes pediátricos. Procarbazina: risco de depressão do sistema nervoso central. Propranolol: pode elevar o risco de aumento da pressão arterial. 9. Orientações aos pacientes: Alertar para notificar imediatamente caso haja sintomas: batimento cardíaco irregular, respiração lenta ou incômodo ao respirar, erupção cutânea, prurido, urticária, pele ou olhos amarelados, dor, ardor ou inchaço no lugar da injeção, visão turva, zumbido nos ouvidos. Também notificar em casos de efeitos mais sérios, tais como: sonolência ou tontura, dificuldade para dormir, nervosismo, depressão, boca ressecada, obstipação. Orientar para a interrupção do uso 2 dias antes de realizar testes cutâneos de alergia, devido à possibilidade de obtenção de resultados falso-negativos. Este medicamento pode afetar os resultados de alguns exames médicos. Pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora, como operar máquinas e dirigir. Recomendar o uso de protetor solar devido ao risco de fotossensibilização. Alertar para observar lactentes, devido ao risco de sedação. Reforçar a importância de evitar bebidas alcoólicas e outros depressores durante o uso do medicamento. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a temperatura entre 15 e 30 ºC. Não congelar. Manter ao abrigo de umidade e luz, em recipiente bem fechado. Não utilizar se estiver com a coloração alterada ou se houver precipitação. Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e estabilidade da solução. Incompatibilidades em solução: alopurinol, gliconato de cálcio, cetorolaco, substâncias alcalinas, aminofilina, barbitúricos, benzilpenicilina, carbenicilina, cloranfenicol, clorotiazida, cefmetazol, cefoperazona, cefotetana, dimenidrinato, heparina, succinato sódico de hidrocortisona, meticilina, morfina, nalbufina, furosemida, doxorrubicina (formulação lipossomal), e alguns meios de contraste e soluções nutritivas. Medicamento: PROPRANOLOL, CLORIDRATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 594-597) 1. Apresentação: Comprimido de 40 mg. 2. Indicações: Profilaxia da enxaqueca. Arritmias cardíacas associadas a tirotoxicose, feocromocitoma, anestesia geral, exercício, emoção e uso de cocaína. Tratamento de cardiopatia isquêmica: angina e enfarte agudo do miocárdio. Hipertensão arterial sistêmica, em crianças. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao propranolol. Hipotensão. Insuficiência cardíaca descompensada. Choque cardiogênico. Bradicardia sinusal grave. Síndrome do no sinoatrial Bloqueio atrioventricular de 2º e 3º graus. Asma ou historia de doença pulmonar obstrutiva crônica. Acidose metabólica. Angina de Prinzmetal Doença arterial periférica grave. 4. Precauções: Usar com cuidado em pacientes em uso de anestésicos que diminuam a função do miocárdio. ▪ Suspender o fármaco no decurso de 1 a 2 semanas. A suspensão súbita pode gerar efeito rebote, com piora de angina de peito, arritmias cardíacas e surgimento de enfarte do miocárdio. ▪ Deve ser utilizado com cautela em pacientes com história de insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência cerebrovascular, doença vascular periférica, miastenia grave, bloqueio atrioventricular de 1º grau, hipertensão portal, reações de hipersensibilidade, diabetes melito hipertireoidismo/tirotoxicose (pode mascarar sintomas de hipoglicemia). ▪ Usar com cuidado em pacientes com doença hepática (ver apêndice C) e insuficiência renal (não é necessário ajuste de dose). • O risco de efeitos adversos e aumentado em pacientes idosos. • Categoria de risco na gravidez (FDA): C e D (ver apêndice A). Lactação. 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças e Adolescentes Profilaxia de enxaqueca ▪ Abaixo de 35 kg: 10 a 20 mg, por via oral, a cada 8 horas. Acima de 35 kg: 20 a 40 mg, por via oral, a cada 8 horas. Hipertensão arterial ▪ Neonatos: dose inicial 0,25 mg/kg, por via oral, a cada 8 horas, aumentando se necessário ate no máximo 2 mg/kg a cada 8 horas. ▪ Crianças de 1 mês a 12 anos: dose inicial 0,25 a 1 mg/kg, por via oral, a cada 8 horas, aumentando se necessário até no máximo 5 mg/kg/dia, dividido a cada 8 horas. ▪ Crianças acima de 12 anos: 40 mg, por via oral, a cada 12 horas, aumentado gradualmente ate 120 a 240 mg por dia, dividido a cada 8 ou 12 horas. Dose máxima diária: 320 mg. Arritmias cardíacas ▪ Neonatos: 0,25 a 0,50 mg/kg, por via oral, a cada 8 horas. ▪ Crianças de 1 mês a 18 anos: Dose inicial 0,25 a 0,50 mg/kg, por via oral, a cada 6 ou 8 horas, ajustada conforme a resposta, até o máximo de 1mg/kg, a cada 6 horas. Dose máxima diária: 160 mg. 5.2. Adultos Profilaxia de enxaqueca ▪ Dose inicial 40 mg, por via oral, a cada 8 ou 12 horas. Dose de manutenção: 80 a 160 mg/dia. Aumentar a dose no intervalo de uma semana. Dose máxima diária: 240mg Arritmias cardíacas e tratamento de crise tireotóxica ▪ 10 a 40 mg, por via oral, a cada 6 ou 8 horas. Angina ▪ Dose inicial 40 mg, por via oral, a cada 8 ou 12 horas. Dose de manutenção: 120 a 240 mg/dia. Profilaxia após enfarte do miocárdio ▪ Dose inicial 40 mg, por via oral, a cada 6 horas, durante 2 a 3 dias, seguido de 80 mg, por via oral, a cada 12 horas. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Biodisponibilidade 30 a 70%. A presença de alimento aumenta a biodisponibilidade do propranolol. Início da ação: 1 a 2 horas Início da resposta anti-hipertensiva: 2 a 3 semanas. Pico de concentração: 1 a 1,5 hora. Duração da ação: 6 horas. Metabolismo hepático (50 a 70%), extenso metabolismo de primeira passagem; metabolitos inativos. Excreção: renal; menos de 1% e excretado em forma inalterada na urina. Meia-vida: 4 a 6 horas, podendo ser de 1,1 a 9,9 horas no uso prolongado. Aumento da meia-vida em recém-nascidos e lactentes. Não é removido por diálise. 7. Efeitos adversos: Distúrbios gastrintestinais Insuficiência cardíaca congestiva, hipotensão, bradicardia, transtorno na condução. Broncoespasmo, com piora de asma e DPOC. Claudicação intermitente, fenômeno de Raynaud. Depressão mental, insônia, pesadelos, fadiga (26%), cefaleia. Disfunção sexual. Aumento do risco de hipoglicemia em diabéticos insulino-dependentes. 8. Interações Medicamentosas: Agentes hipoglicemiantes, bloqueadores alfa-1-adrenergicos (primeira dose), clonidina (retirada), clorpromazina (fenotiazinas), digitálicos e lidocaína: podem ter efeito/toxicidade aumentado pelo propranolol. Monitorar eletrocardiograma, pressão arterial, bem como sinais e sintomas específicos. ▪ Agonistas beta-2 adrenérgicos: podem ter o efeito diminuído pelo propranolol. Monitorar sinais e sintomas específicos. ▪ Antiácidos: podem diminuir o efeito do propranolol. Monitorar sinais e sintomas específicos. ▪ Amiodarona, bloqueadores de canais de cálcio do tipo di-hidropiridina, di-hidroergotamina, cimetidina, diltiazem, epinefrina, ergotamina, fenilefrina, fentanila, fluvoxamina, haloperidol, mefloquina, propoxifeno, quinidina, sertralina e verapamil: podem aumentar o efeito/toxicidade do propranolol. Monitorar função cardíaca, particularmente em pacientes predispostos a insuficiência cardíaca. Pode ser necessário ajuste de dose. Tioridazina: aumenta o risco de cardiotoxicidade. O uso concomitante é contraindicado. 9. Orientações aos pacientes: ▪ Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito adverso. ▪ Orientar para não suspender o uso do medicamento. Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se o horário da proxima dose for a menos de 4 horas, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no horário. Nunca usar duas doses juntas. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar a temperatura entre 20-25°C e com proteção de luz. Formulação extemporânea para uso oral – 1 mg/mL. Preparar a partir de 10 comprimidos de 10 mg de propranolol. Triturar os comprimidos e adicionar lentamente o veiculo para suspensão, composto por uma solução contendo etanol 1% e sacarina 0,05% em base aromatizada de polietilenoglicol 8000 (PEG 8000) 33%, em quantidade suficiente para volume final de 100 mL. Rotular: agitar bem antes de usar. Estabilidade: 4 meses a temperatura ambiente ou sob refrigeração. ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, por isto deve ser realizada pesquisa específica sobre este aspecto, antes de introduzir ou descontinuar o propranolol ou outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente. Medicamento: PROPOFOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 922-924) 1. Apresentação: Emulsão injetável 10 mg/mL. 2. Indicações: Indução e manutenção de anestesia geral para procedimentos cirúrgicos de curta duração. Tratamento de agitação em pacientes intubados e em ventilação mecânica. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco. Situações que contraindiquem anestesia geral ou sedação. Idade inferior a 17 anos quando intubados e em ventilação mecânica. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: Idosos e enfraquecidos (ajustar a dose apropriadamente). Hiperlipidemia, hiperlipoproteinemia, hipotensão, hipovolemia, doença cardíaca grave e doença respiratória (monitorar lipidemia, efeitos respiratórios, arritmias e hipotensão). Diabetes melito, pancreatite, doença hepática grave, falência renal, epilepsia, convulsão e pressão intracraniana aumentada. Obstetrícia (uso não recomendado). Interrupção da infusão (deve ser lenta; se for abrupta, pode ocasionar rápido despertar, ansiedade, agitação, tremor e irritabilidade). Idade inferior a 16 anos (sedação não é indicada). Lactação. Uso pediátrico é aprovado para pacientes acima de 3 anos de idade (indução anestésica) e acima de 2 meses (manutenção anestésica). Propofol não induz analgesia; se necessário, associar um analgésico. A administração intravenosa rápida pode ocasionar depressão cardiorrespiratória, principalmente, em pacientes idosos, enfraquecidos ou hipovolêmicos. A infusão prolongada de doses superiores a 5 mg/kg/hora, pode ocasionar acidose metabólica, hiperpotassemia, insuficiência cardíaca, distonia e discinesia. Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Indução da anestesia 2 a 2,5 mg/kg, via IV; ou 20 a 40 mg, por via IV, a cada 10 segundos até obtenção de resposta. Pacientes idosos, enfraquecidos ou hipovolêmicos: 1 a 1,5 mg/kg, por via IV, aproximadamente 20 mg a cada 10 segundos, até obtenção de resposta. Manutenção da anestesia 6 a 12 mg/kg/hora, por infusão IV; ou 20 a 50 mg, por via IV; repetir de acordo com a resposta. Pacientes idosos, enfraquecidos ou hipovolêmicos: 3 a 6 mg/kg/hora, por infusão IV. Sedação em tratamento intensivo 0,3 a 4 mg/kg/hora, por infusão IV. Sedação em procedimento diagnóstico ou cirúrgico Dose inicial: 0,5 a 1 mg/kg, por infusão IV durante 1 a 5 minutos; manutenção: infusão IV a velocidade de 1,5 a 4,5 mg/kg/hora. Pacientes acima de 55 anos requerem doses menores. 5.2. Crianças Indução da anestesia Crianças acima de 3 anos: 2,5 a 3,5 mg/kg, por via IV lenta, por 20 a 30 segundos. Manutenção da anestesia Crianças acima de 2 meses: 7,5 a 18 mg/kg/hora, por infusão IV. Sedação em procedimento diagnóstico ou cirúrgico Dose inicial: 0,5 a 1 mg/kg, por infusão IV durante 1 a 5 minutos; manutenção: infusão IV a velocidade de 1,5 a 4,5 mg/kg/hora. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Início da ação: 10 a 50 segundos. Duração da ação: 3 a 10 minutos. Metabolismo: hepático. Excreção: renal. Meia-vida: 1,5 a 12,4 horas; até 3 dias quando uso prolongado por 10 dias. 7. Efeitos adversos: Apneia (frequente). Arritmias; hipotensão (17 % em crianças, 3 a 10 % em adultos). Movimentos coreiformes. Queimação ou dor no local de injeção (até 28,5 %); exantema, prurido. Hiperlipidemia (1 a 10 %). Acidose respiratória e acidose metabólica (inferior a 1 %). Pancreatite pós-operatória (rara, porém grave). Anafilaxia. 8. Interações Medicamentosas: Bupivacaína e lidocaína: aumentam o efeito hipnótico de Propofol, a dose de Propofol deve ser ajustada. Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): pode resultar em colapso cardiovascular. O uso de erva-de-são-joão deve ser descontinuado 5 dias antes da utilização do anestésico. Suxametônio: pode resultar em bradicardia. Monitorar a função cardíaca. Prétratamento com atropina pode prevenir bradicardia. 9. Orientações aos pacientes: Alertar para evitar atividades que requeiram atenção e coordenação motora, uso de bebida alcoólica e uso de depressores do SNC durante o período de 24 horas pósanestesia. Orientar para ficar atento para sinais e sintomas de efeitos adversos, especialmente pancreatite. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar sob temperatura de 4 a 22 ºC. Evitar congelamento. Proteger da luz. Agitar antes de usar. Não utilizar se as fases de emulsão estiverem separadas. Não precisa ser diluído. Entretanto, caso a diluição seja necessária, utilizar glicose 5 %. A concentração mínima de Propofol deve ser 0,2 %, na qual é estável por até 8 horas, sob temperatura ambiente. Após abertura do frasco original, a administração deve ser realizada dentro do período de 12 horas. Se for transferido do seu frasco original, a administração deve ser realizada dentro do período de 6 horas. Desprezar as porções não utilizadas. Incompatível com aminoglicosídeos, anfotericina B coloidal, tosilato de bretílio, cloreto de cálcio, Ciprofloxacino, Diazepam, cloridrato de doxorrubicina, cloridrato de verapamil, fenitoína sódica, cloridrato de mitoxantrona, cloridrato de minociclina, cloridrato de metoclopramida, succinato sódico de metilprednisolona, metotrexato sódico, cloridrato de remifentanila. Compatível com solução fisiológica, solução de glicose a 5 %, Ringer + lactato e cloridrato de lidocaína. Medicamento: RANITIDINA, CLORIDRATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 600-603) 1. Apresentação: Comprimido 150 mg. Solução injetável 25mg/mL. Ampola 2mL. 2. Indicações: Úlcera péptica de diversas etiologias e outras condições de hipersecreção gástrica, como síndrome de Zollinger-Ellison. Doença do refluxo gastresofágico. Esofagite erosiva. Dispepsia funcional. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade à ranitidina. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: História de porfiria aguda. Insuficiência hepática (ver apêndice C). Insuficiência renal (ver apêndice D). Crianças (segurança e eficácia não estão estabelecidas para tratamentos longos e para lactentes com menos de um mês). Uso prolongado (pode causar deficiência de vitamina B12). Terapia intravenosa prolongada (ocorre aumento de transaminases hepáticas). Predisposição a distúrbios do ritmo cardíaco (administração intravenosa rápida pode produzir bradicardia). Fenilcetonúricos (algumas formulações contem fenilalanina). Lactação (distribuído no leite, mas não se conhecem efeitos sobre o lactente). Pode mascarar sintomas de neoplasia gástrica. Categoria de risco na gravidez (FDA): B. 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças de 1 mês a 16 anos Úlcera gástrica e duodenal ativa ▪ 2 a 4 mg/kg, por via oral, a cada 12 horas, durante 4 a 8 semanas. Dose máxima: 300 mg. Doença do refluxo gastresofágico ▪ 2,5 a 5 mg/kg, por via oral, a cada 12 horas. Dose máxima: 300 mg/dia. Esofagite erosiva ▪ 2,5 a 5 mg/kg/dia, por via oral, a cada 12 horas. Dose máxima: 600mg/dia. 5.2. Adultos Úlcera péptica gástrica e duodenal ativa Oral: 300 mg, antes de dormir, por 4 a 8 semanas. Condições hipersecretórias gastrintestinais ▪ Dose de 150 mg, por via oral, a cada 12 horas. Dose máxima diária: 6 g. Doença do refluxo gástrico ▪ Dose de 150 mg, por via oral, a cada 12 horas, ou 300 mg antes de dormir, durante pelo menos 6 semanas. Dose de manutenção: 150 mg, por via oral, a cada 12 horas Esofagite erosiva Oral: 150 mg, 4 vezes/dia, por ate 12 semanas; na manutenção: 150 mg, 2 vezes/dia. Dispepsia funcional Oral: 150 mg, 1 ou 2 vezes/dia; máximo de 300 mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção rápida (50%). Tempo para pico de efeito: oral: 2 a 3 horas. Meia-vida de eliminação: oral: 2,5 a 3 horas. Duração de ação: oral: 4 a 12 horas (após dose única). 7. Efeitos adversos: Diarreia e outros distúrbios gastrintestinais, pancreatite aguda, enterocolite necrosante no feto ou recém-nascido, insuficiência hepática. Bradiarritmia, vasculite. Pneumonia. Cefaleia, vertigem, alucinações, sonolência, confusão mental, cansaço, depressão. Exantema, eritema multiforme. Discrasias sanguíneas, incluindo agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia, anemia hemolítica adquirida, anemia aplásica e granulocitopenia. Anafilaxia e reações de hipersensibilidade. 8. Interações Medicamentosas: Atazanavir: redução das concentrações plasmáticas do atazanavir, podendo resultar em perda da eficácia ou desenvolvimento de resistência. Pacientes em início de tratamento devem usar atazanavir 400 mg (dose única com alimentos) pelo menos 2 horas antes ou 10 horas após o antagonista dos receptores H2 ou atazanavir 300 mg com ritonavir 100 mg (uma vez ao dia com alimentos) simultaneamente com o antagonista histamínico ou pelo menos 10 horas apos a sua administração. Em pacientes com tratamento em andamento, atazanavir 300 mg/ritonavir 100mg devem ser administrados uma vez ao dia, com alimentos, simultaneamente com o antagonista ou pelo menos 10 horas após. Cefpodoxima: redução da sua eficácia. Administrar a cefalosporina com as refeições para otimizar a absorção. Considerar a substituição da terapia antibiótica por outra cefalosporina de terceira geração ou uma de segunda com atividade semelhante. Se possível, substituir a ranitidina (por sucralfato, por exemplo) e usar a cefpodoxima, pelo menos, 2 horas antes. Monitorar o paciente para eficácia antibiótica. Dicumarol: aumento ou redução da eficácia anticoagulante. Monitorar o tempo de protrombina e, se necessário, ajustar a dose. Didanosina: aumento da concentração plasmática da didanosina e redução da concentração da ranitidina. Monitorar o paciente para sinais e sintomas de efeitos adversos a didanosina e redução da eficácia da ranitidina. Enoxacino: o uso concomitante não é recomendado, pois pode ocorrer redução da eficácia do enoxacino. Ranitidina deve ser administrada, pelo menos, 2 horas após o enoxacino. Monitorar o paciente para eficácia antibiótica. Fosamprenavir: redução das concentrações plasmáticas do amprenavir (metabólito ativo) e potencial diminuição da sua eficácia. Ajustar a dose conforme necessário. Considerar o uso de um inibidor da bomba protônica como alternativa a ranitidina • Gefitinibe: redução das concentrações plasmáticas do gefitinibe. Monitorar. ▪ Glipizida: a administração concomitante não é recomendada, pois o paciente pode apresentar hipoglicemia. Monitorar a glicemia e reduzir a dose da glipizida conforme necessário. Considerar a substituição por outro antissecretor (como sucralfato) com menor potencial de interação. ▪ Itraconazol: em uso concomitante com a ranitidina pode haver redução da absorção do itraconazol, quando este e ingerido com água. Recomenda-se administrar o fármaco com uma bebida a base de cola. Risperidona: aumento da biodisponibilidade da risperidona. Monitorar o paciente para aumento de efeitos adversos, como sedação, acatisia, parkinsonismo, dispepsia, taquicardia, obstipação ou xerostomia. 9. Orientações aos pacientes: Alertar para a possibilidade de demora de alguns dias para o alivio da dor ulcerosa. Alertar para respeitar intervalo de uma a duas horas entre o uso do antiácido e o da ranitidina. Orientar que alimentos não interferem com a absorção do fármaco. Reforçar para evitar alimentos, bebidas ou outros medicamentos que possam causar irritação gastrintestinal. Reforçar para evitar bebidas alcoólicas. Orientar para suspender o tabagismo ou, pelo menos, não fumar após a última dose do dia. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar os comprimidos a temperaturas entre 15 e 30°C, em frascos protegidos da luz. Medicamento: RETINOL, PALMITATOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 894-896) 1. Apresentação: Solução oleosa 150.000 UI/mL. 2. Indicações: Deficiência de retinol. Prevenção de complicações (pneumonia e mortalidade) por sarampo em menores de 2 anos. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao retinol ou outros componentes da formula. Hipervitaminose A. Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Insuficiência renal crônica ou hemodiálise (não é recomendada a suplementação de retinol pelo risco de hipervitaminose A). ▪ Lactação (ver apêndice B). A ingestão de quantidade excessiva pode produzir hipervitaminose A, principalmente em crianças. 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Tratamento da deficiência de retinol ▪ Menores de 6 meses: 50.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, apos 2 semanas. 6 meses a 1 ano: 100.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral,repetir a dose no dia seguinte e, novamente, apos 2 semanas. Maiores que 1 ano: 200.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, apos 2 semanas . 5.2. Adultos (exceto mulheres em idade fértil) Tratamento de deficiência de retinol 200.000 UI, imediatamente apos o diagnóstico, por via oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, apos 2 semanas. 5.3. Mulheres em idade fértil Tratamento de deficiência de retinol Sintoma grave de xeroftalmia: 200.000 UI, imediatamente apos o diagnostico, por via oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, apos 2 semanas. Sintoma leve de xeroftalmia: 5.000 a 10.000 UI/dia, por via oral, durante pelo menos 4 semanas, ou ate 25.000 UI/semana. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção depende dos lipídios da dieta, no geral é bem absorvido. Metabolismo: hepático (90%). Excreção: fezes. 7. Efeitos adversos: A hipervitaminose A ocorre de 1% a 10%. Irritabilidade, cefaleia, letargia, indisposição, pressão intracraniana aumentada. Gengivite. Pele seca ou rachada, alopecia ou cabelos secos, eritema e despigmentação da pele. Hepatoesplenomegalia, icterícia e cirrose. Aumento de cálcio e da fosfatase alcalina. Leucopenia e anemia. Dores ósseas, fechamento prematuro das epífises, osteoporose. Edema. Diplopia, visão borrada. 8. Interações Medicamentosas: Anticoagulantes (abciximabe, clopidogrel, dicumarol, femprocumona, heparina, varfarina): aumento do risco de sangramento. Monitorar sinais de sangramento excessivo durante uso concomitante do retinol. Minociclina: aumento do risco de hipertensão intracraniana benigna. Se possível, evitar administração concomitante e monitorar sintomas como cefaleia intensa, confusão visual, náuseas, vômitos. Retinóides (acitretina, bexaroteno, isotretinoína e tretinoína): aumenta o risco de hipervitaminose A e toxicidade retinóide. Evitar a administração concomitante, se possível. Com anticoagulantes (heparina, varfarina, dicumarol, femprocumona, clopidogrel) aumento do risco de sangramento. Com retinóides (bexaroteno, acitretina, isotretinoína e tretinoína): aumenta o risco de hipervitaminose A e toxicidade retinóide. 9. Orientações aos pacientes: Alertar para adotar na dieta leite, fígado, frutas e verduras, que são ricos em retinol. Orientar para notificar se surgirem reações adversas com o uso da vitamina. Alertar para notificar se houver gravidez. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar a temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC. Manter em recipiente hermético, protegido da luz. 0,3 microgramas de retinol = 1 UI (1 mg = 3.333 UI). Medicamento: RISPERIDONA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 929-931) 1. Apresentação: Comprimido 1 mg. 2. Indicações: Esquizofrenia resistente ao tratamento com antipsicóticos típicos. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade ao fármaco. 4. Precauções: Usar com cuidado nos caso de: ▪ Problemas cardiovasculares, condições predisponentes para hipotensão, história de doença vascular cerebral, Doença de Parkinson, epilepsia. ▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C). ▪ Insuficiência renal (ver apêndice D). ▪ Idosos. ▪ Diabéticos (risco de hiperglicemia). ▪ Associação com outros antipsicóticos (risco de síndrome neuroléptica maligna). ▪ Doses elevadas e/ou uso prolongado (risco de discinesia tardia). ▪ Suspensão do tratamento (deve ser gradual para evitar o aparecimento de sintomas de abstinência como sudorese, náuseas e vômitos). Categoria de risco para a gestação C (FDA). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Esquizofrenia Iniciar com 1 ou 2 mg/dia, por via oral, em 1 ou 2 tomadas, aumentar, caso necessário, 1 ou 2 mg por semana, até o Maximo de 6 mg/dia. Reduzir a dose para idosos, diabéticos ou pacientes com insuficiência renal ou hepática. Nestes casos iniciar com 0,5 mg/dia em 1 ou 2 tomadas, aumentando, caso necessário, até o Maximo de 4 mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Bem absorvido por via oral Pico plasmático: 1 a 2 horas. Metabolismo hepático. Meia-vida de eliminação: 20 a 30 horas. 7. Efeitos adversos: Frequência <10% incluem agitação, insônia, ansiedade e cefaleias. Frequência entre 1% e 10%: dispepsia, náuseas e vômitos, dor abdominal, obstinação, visão turva, priapismo, incontinência urinaria, erupções cutâneas, sonolência, dificuldade de concentração, tontura, fadiga, rinite, aumento de peso, taquicardia, hipotensão ortostática, hipertensão arterial, convulsões, hiponatremia, síndrome neuroléptica maligna e discinesia tardia. 8. Interações Medicamentosas: ▪ Ácido valproico: pode resultar em aumento da concentração plasmática de ácido valproico. Ao introduzir ou alterar dose de risperidona no esquema terapêutico do paciente, monitorar o aumento de amônia bem como a concentração de ácido valproico. ▪ Bepridil, cisaprida, mesoridazina, pimozida, quetiapina, terfenadina, tioridazina, ou agentes antiarrítmicos (como quinidina, disopiramida, procainamida): aumento do risco de cardiotoxicidade. Associação com risperidona é contraindicada. ▪ Bupropiona, fluoxetina, itraconazol, lamotrigina, paroxetina: pode resultar em aumento da concentração plasmática de risperidona. Monitorar resposta clinica, aparecimento de efeitos adversos e ajustar a dose de risperidona. Carbamazepina: risco de aumento do efeito de risperidona. Monitorar efeitos durante as primeiras 8 semanas. • Cimetidina e ranitidina: pode resultar em aumento da biodisponibilidade de risperidona. Monitorar o aparecimento de eventos adversos. ▪ Fenitoína, fenobarbital, topiramato: pode resultar em diminuição do efeito de risperidona. Monitorar resposta clinica e ajustar a dose de risperidona. Pode ser necessário aumentar a dose de risperidona. ▪ Ginkgo: o uso concomitante pode resultar no aumento dos efeitos adversos da risperidona, sendo desaconselhado o uso de ginkgo durante o tratamento com este fármaco. ▪ Levorfanol e metadona: o uso concomitante com risperidona pode desencadear crise de abstinência em pacientes dependentes de opiáceos. Monitorar sinais e sintomas de abstinência. ▪ Linezolida: risco de síndrome serotoninérgica. Monitorar sinais como anormalidades neuromusculares, hiperatividade autonômica ou alteração de estado mental. Caso ocorram, interromper o uso de linezolida. ▪ Lítio: pode resultar em fraqueza, discinesias, aumento de sintomas extrapiramidais, encefalopatias e danos cerebrais. Monitorar sinais de toxicidade ou efeitos extrapiramidais. ▪ Midodrina: aumento do risco de distonia aguda. Monitorar sinais de distonia aguda ou de outros efeitos adversos. ▪ Ritonavir: risco de toxicidade por aumento da concentração plasmática de risperidona. Atenção a sinais e sintomas de toxicidade neuroléptica como hipotensão, sedação, efeitos extrapiramidais, arritmias. Reduzir a dose de risperidona. Sinvastatina: risco de miopatia ou rabdomiólise em decorrência do aumento das concentrações de sinvastatina. A associação com risperidona é contraindicada. 9. Orientações aos pacientes: Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem concentração e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. Orientar para não suspender tratamento abruptamente. Aconselhar mulheres em idade fértil a notificarem suspeita de gravidez. Não usar bebida alcoólica enquanto estiver usando o medicamento. Causa fotossensibilidade, usar proteção solar. 10. Aspectos farmacêuticos: Deve ser protegido de luz e umidade e mantido à temperatura de 15 a 25ºC. ATENÇÃO: este fármaco apresenta um número elevado de interações de medicamentos, devendo-se realizar pesquisa específica quanto a este aspecto ao considerar a introdução ou descontinuação da risperidona ou de outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente. Medicamento: SAIS PARA REIDRATAÇÃO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 934-935) 1. Apresentação: Pó para solução oral. 2. Indicações: Reposição hidroeletrolítica no tratamento de desidratação. Tratamento de diarréia aguda. 3. Precauções: Usar com cuidado em casos de: Insuficiência renal (ver apêndice D). Hipernatremia (a reidratarão deve ser lenta, em cerca de 12 horas). A reidratação oral não é apropriada nos casos de obstrução gastrintestinal ou quando a terapia de reidratação parenteral é indicada, como em desidratação grave ou vômito intratável. 4. Esquemas de administração: 5.1.Crianças Dose de 75 mL/kg, por via oral, em pequenos volumes no período de 4 horas. Pode-se aumentar a quantidade caso a criança continue com episódios frequentes de diarreia. Dose de 200 mL, por via oral apos cada episódio de diarreia. Pode ser administrado a velocidade de 20 mL/kg/hora, por sonda nasogástrica, no período de 6 horas. 5.2. Adultos Dose de 200 a 400 mL (de acordo com a perda de fluido), por via oral após cada episódio de diarreia. Nota: A reidratação oral deve continuar ate que cesse a diarreia; volumes maiores podem ser dados quando os episódios de diarreia na criança são muito frequentes; em caso de vômito, suspender a reidratação por 10 minutos, recomeçando em velocidade e quantidade menores e com maior frequência; suplementação de zinco deve ser feita apos 4 horas de reidrataçao, tão logo a criança volte a comer; em casos suspeitos de cólera deve-se aumentar a concentração de sódio. 5. Efeitos adversos: Podem ocorrer vômitos após administração rápida. Administração de soluções muito concentradas, ou nos portadores de insuficiência renal, pode resultar em hipernatremia e hiperpotassemia. 6. Orientações aos pacientes: A solução deve ser preparada somente com água filtrada ou, preferencialmente, fervida e fria. Respeitar o volume total indicado de 1 L. Não ferver a solução depois de preparada. Não misturar a solução com outros ingredientes, como açúcar. Guardar em geladeira por um período máximo de 24 horas após a preparação. 7. Aspectos farmacêuticos: Manter a temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC e em lugar seco e fresco. Composição por litro após preparo: cloreto de sódio 2,6 g (75 mmol de sódio), glicose anidra 13,5 g (75 mmol de glicose), cloreto de potássio 1,5 g (20mmol de potássio e 65 mmol de cloreto), citrato de sódio di-idratado 2,9 g (10 mmol de citrato). Na falta de glicose anidra e citrato de sódio, pode-se substituir por sacarose. (27 g/litro de água) e bicarbonato de sódio (2,5 g/litro de água). Medicamento: SALBUTAMOL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 995-998) 1. 2. 3. Apresentação: Aerossol 100 microgramas/dose. Solução inalante 6 mg/mL (equivalente a 5 mg de salbutamol/mL) Solução injetável 0,5 mg/mL Indicações: Tratamento de manutenção e da exacerbação aguda da asma. Profilaxia da asma induzida por exercícios. Tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Contraindicações: 4. Hipersensibilidade ao sulfato de salbutamol ou a qualquer componente da formulação. Precauções: Usar com cuidado em casos de: Transtornos convulsivos como epilepsia. Hipertireoidismo. 5. Doenças cardiovasculares, insuficiência do miocárdio, arritmias, susceptibilidade a prolongação do intervalo QT e hipertensão. Asma grave (hipopotassemia pode ser potencializada por hipóxia ou pelo efeito de outros medicamentos anti-asmáticos; monitorar o potássio sérico e evitar a indução de hipopotassemia). Diabete melito (especialmente administração intravenosa; monitorar glicose sanguínea e risco de cetoacidose). Cetoacidose pré-existente. Ocorrência de broncoespasmo paradoxal (pode ser fatal; se ocorrer, interromper imediatamente o uso de salbutamol e utilizar tratamento alternativo). Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). Esquemas de administração: 5.1. Crianças Tratamento de manutenção da asma Solução inalante (gotas): 2,5 a 5 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, durante 5 a 15 minutos, até 4 vezes ao dia, se necessário. Dose máxima: 8 mg/dose. Aerossol: 1 a 2 inalações, por via oral, ate 4 vezes ao dia. Tratamento da exacerbação aguda da asma Solução inalante (gotas): 0,15 mg/kg (dose mínima: 2,5 mg), por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, a cada 20 minutos até 3 doses, seguido de 0,15 a 0,3 mg/kg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, a cada 1 a 4 horas conforme necessário. Dose máxima: 10 mg/dose. Aerossol: 4 a 8 inalações, por via oral, a cada 20 minutos até 4 horas, seguido da mesma dose a cada 1 a 4 horas conforme necessário. Em criança abaixo de 4 anos administrar através de máscara Solução injetável: 3 a 5 microgramas/kg, por via subcutânea ou intramuscular, a cada 12 horas. Profilaxia da asma induzida por exercícios Aerossol: 2 inalações, por via oral, 15 a 30 minutos antes do exercício. 5.2. Adultos Tratamento de manutenção da asma Solução inalante (gotas): 2,5 a 5 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, durante 5 a 15 minutos, até 4 vezes ao dia, se necessário. Dose máxima: 8 mg/dose. Aerossol: 1 a 2 inalações, por via oral, ate 4 vezes ao dia. Tratamento da exacerbação aguda da asma Solução inalante (gotas): 2,5 a 5 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, a cada 20 minutos até 3 doses, seguido de 2,5 a 10 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, a cada 1 a 4 horas conforme necessário. Dose máxima: 10 mg/dose. Aerossol: 4 a 8 inalações, por via oral, a cada 20 minutos até 4 horas, seguido da mesma dose a cada 1 a 4 horas conforme necessário. Solução injetável: 0,25 mg, por via intravenosa lenta, repetida se necessário. 0,5 mg, por via subcutânea ou intramuscular, a cada 4 horas, se necessário. Profilaxia da asma induzida por exercícios Aerossol: 2 inalações, por via oral, 15 a 30 minutos antes do exercício. Tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) Solução inalante (gotas): 5 mg, por via inalatória em 3 mL de solução salina 0,9%, durante 5 a 15 minutos, até 6 vezes ao dia. Aerossol 6. 7. 8. 9. 1 a 2 inalações, por via oral, até 6 vezes ao dia. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: forma inalada: 25 minutos; forma nebulizada: 30 minutos. Biodisponibilidade: menor que 20%; forma inalada: 10 a 20% da dose atinge as vias aéreas inferiores. O restante é mantido no sistema de entrega (espaçador) ou é engolida e absorvida pelo intestino. Início da ação: 5 minutos após a inalação. Excreção: predominantemente renal. Meia-vida de eliminação: em torno de 5 horas Efeitos adversos: ▪ Taquiarritmias; anormalidades no ECG, fibrilação atrial, enfarte do miocárdio, angina. ▪ Hipopotassemia. ▪ Hipopotassemia. ▪ Tremor, nervosismo. ▪ Eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson (raro). Edema pulmonar. Interações Medicamentosas: Atomoxetina: o uso concomitante de atomoxetina e salbutamol pode resultar no aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Betabloqueadores: o uso concomitante de bloqueadores beta-adrenérgicos e salbutamol pode resultar na redução da efetividade de ambos os fármacos. Inibidores da MAO (monoamina oxidase): o uso concomitante com o salbutamol pode resultar no aumento do risco de taquicardia, agitação e hipomania. Orientações aos pacientes: 10. Orientar quanto a utilização correta do aerossol e do espaçador. O aerossol (bombinha) deve ser agitado antes do uso e conectado ao espaçador quando da administração em crianças ou em adultos se o médico recomendar. Guardar o inalador à temperatura ambiente, evitando o calor excessivo ou a proximidade com fogo, sob risco de explosão. Não perfurar o inalador. Antes de usar o inalador, certifique-se que seu funcionamento está correto, ou seja, verifique se o aerossol está sendo dispersado, cuidado com os olhos durante esta operação. Semanalmente, o bocal do inalador e o espaçador devem ser bem lavados com detergente neutro e deixados para secar naturalmente. Quando o inalador for usado ocasionalmente, pode ser mantido sob refrigeração com o bocal bem fechado, e colocado à temperatura ambiente antes de usar. O uso do sulfato de salbutamol na forma de nebulização deve estar reservado ao uso hospitalar ou ambulatorial. Somente utilizar em casa, quando a nebulização puder ser realizada por pessoa capacitada, e com treinamento para diluição correta do medicamento, uso correto do nebulizador e com técnicas de higiene e limpeza adequadas da máquina e de seus acessórios. Aspectos farmacêuticos: Armazenar o sulfato de salbutamol (aerossol sem clorofluorcarbono como propelente) à temperatura ambiente, entre 15 e 25 ºC, longe da umidade. Não expor o inalador a altas temperaturas (aproximadamente 50 ºC). Armazenar o sulfato de salbutamol (solução inalante gotas) à temperatura entre 2 e 25ºC e longe de luz direta. Na concentração de 200 microgramas/mL em solução salina 0,9%, o sulfato de salbutamol permanece estável por 7 dias sob temperatura ambiente e sobre refrigeração (situações em que nebulização contínua é necessário). Armazenar a solução injetável de sulfato de salbutamol à temperaturas ambiente, entre 15 e 30 ºC, e protegida da luz. Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e estabilidade da solução. A solução para infusão deve ser preparada a partir da diluição de uma ampola (0,5 mg/mL) de sulfato de salbutamol em 500 mL de solução injetável de cloreto de sódio 0.9% ou glicose 5%, permanecendo estável por 24 horas sob temperatura ambiente. Medicamento: SINVASTATINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 938-940) 1. Apresentação: ▪ Comprimido 20 mg 2. Indicações: ▪ Prevenção primária e secundária de cardiopatia isquêmica. ▪ Dislipidemias, associado a dieta. 3. Contraindicações: ▪ Hipersensibilidade a sinvastatina. ▪ Doença hepática aguda. ▪ Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver apêndice A). ▪ Lactação (ver apêndice B). 4. Precauções: ▪ Usar com cuidado nos casos de: Uso prolongado de álcool. Durante grandes procedimentos cirúrgicos, insuficiência renal ou miopatia (há risco aumentado de miopatia/rabdomiólise; suspender o uso se ocorrer tal reação). Uso concomitante com amiodarona ou verapamil (a dose de sinvastatina não deve exceder a 20 mg/dia). Uso concomitante com diltiazem (a dose de sinvastatina não deve exceder a 40 mg/dia). Crianças com menos de 10 anos de idade (a segurança da sinvastatina não foi estabelecida). ▪ Causas secundárias de hiperlipidemias devem ser afastadas antes de iniciar o tratamento. ▪ Monitorar a função hepática periodicamente (ver apêndice C). ▪ Monitorar a função renal periodicamente (ver apêndice D). ▪ Monitorar níveis de creatina cinase; suspender o uso de sinvastatina se ocorrer aumento significativo dos níveis desta enzima. ▪ Monitorar lipídios séricos após 4 semanas do inicio do tratamento, e periodicamente com o uso prolongado. 5. Esquemas de administração: 5.1. Adolescentes/ Crianças acima de 10 anos Dislipidemias ▪ Dose inicial 10 mg/dia, por via oral, em dose única a noite. Dose de manutenção 10 a 40 mg/dia. Dose máxima 40 mg/dia (10 a 17 anos). 5.2. Adultos Prevenção da cardiopatia isquêmica e dislipidemias ▪ Dose 20 a 40 mg, por via oral, em dose única a noite. Ajustar dose com intervalo mínimo de 4 semanas. Dose máxima: 80 mg/dia. Nota: Na insuficiência renal grave (DCE inferior a 10 mg/mL) ou uso concomitante de fibratos: dose inicial de 5 mg/dia, ate o máximo de 10mg/dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: ▪ Biodisponibilidade: 5%. ▪ Início de ação: 2 semanas. ▪ Pico de efeito: 4 a 6 semanas. ▪ Metabolismo hepático, via CYP3A4; extenso efeito de primeira passagem. ▪ Metabólicos ativos. ▪ Excreção: fecal (60%) e renal (13%). 7. Efeitos adversos: ▪ Miopatia (15%), rabdomiólise (15%). ▪ Hepatotoxicidade (7%), elevação de creatina cinase (5%). ▪ Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia (20%). ▪ Distúrbios psiquiátricos (10%), síndrome das pernas inquietas. ▪ Distúrbios visuais (4%). ▪ Infecção respiratória alta (2%). ▪ Hipotensão. ▪ Alopecia, exantema. ▪ Disfunção sexual. 8. Interações Medicamentosas: ▪ Acenocumarol, ácido fusídico, amprenavir, cetoconazol, ciprofloxacino, claritromicina, colchicina, dasatinibe, eritromicina e outros macrolídeos, fluconazol, indinavir, imatinibe, nefazodona, nelfinavir, nicotinamida (ou niacina, acima de 1 g/dia), risperidona, ritonavir, saquinavir, varfarina e voriconazol: aumentam o efeito/toxicidade da sinvastatina. Usar somente se o potencial benefício superar o risco, monitorar paciente para sinais e sintomas de miopatia e/ou rabdomiólise. Considerar o uso de outra estatina (inibidor da HMGCoA redutase). ▪ Amiodarona, verapamil: aumentam o efeito/toxicidade da sinvastatina. Reduzir a dose de sinvastatina para no máximo 20 mg/dia. Monitorar paciente para sinais e sintomas de miopatia e/ou rabdomiólise. ▪ Atazanavir, darunavir, fosamprenavir, itraconazol, lopinavir e tipranavir: aumentam o risco de miopatia e/ou rabdomiólise. Uso concomitante é contraindicado. ▪ Bosentana, carbamazepina, efavirenz, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), farelo de aveia, fenitoína, pectina, rifampicina e oxcarbazepina: diminuem o efeito da sinvastatina. Monitorar perfil lipídico e considerar ajuste de dose. Monitorar sinais e sintomas específicos. ▪ Ciclosporina, danazol, genfibrozila: aumentam o efeito/toxicidade da sinvastatina. Reduzir a dose de sinvastatina para no maximo 10 mg/dia. Monitorar paciente para sinais e sintomas de miopatia e/ou rabdomiólise. ▪ Digoxina: pode ter seu efeito/toxicidade aumentada pela sinvastatina. Monitorar sinais e sintomas específicos. ▪ Diltiazem: aumenta o efeito/toxicidade da sinvastatina. Reduzir a dose de sinvastatina para no máximo 40 mg/dia. Monitorar paciente para sinais e sintomas de miopatia e/ou rabdomiólise. ▪ Levotiroxina: pode ter sua efetividade diminuída pela sinvastatina. Monitorar o paciente quanto a efetividade da levotiroxina. 9. Orientações aos pacientes: ▪ Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito adverso. ▪ Alertar para não consumir bebidas alcoólicas durante terapia com sinvastatina. ▪ Informar que a sinvastatina deve ser administrada a noite. ▪ Em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar. Se estiver perto do horário da próxima dose, omitir a dose anterior, esperar e usar no horário. Nunca usar duas doses juntas. 10. Aspectos farmacêuticos: ▪ Armazenar a temperatura entre 5 e 30 ºC. ATENÇÃO: segurança e eficácia não foram estabelecidas em pacientes com menos de 10 anos de idade. Utilizar com precaução em paciente idoso, devido à maior predisposição a miopatias. Este fármaco apresenta número elevado de interações de medicamentos potencialmente graves, devendo ser realizada pesquisa específico sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar a sinvastatina ou outro medicamento no esquema terapêutico do paciente. Medicamento: SULFADIAZINA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 962-964) 1. Apresentação: Comprimido 500 mg. 2. Indicações: Infecções urinárias agudas não complicadas. Toxoplasmose 3. Contraindicações: Porfiria. Hipersensibilidade a sulfadiazina ou a outras sulfonamidas. Crianças com menos de 2 meses (exceto com toxoplasmose congênita). Terceiro trimestre de gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C). ▪ Insuficiência renal (ver apêndice D). ▪ Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, distúrbios hematológicos e predisposição a deficiência de folato. ▪ Lactação (ver apêndice B). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Tratamento de infecções urinárias agudas não complicadas. 75 mg/kg, por via oral, seguido de 150 mg/kg/dia, divididos a cada 4 a 6 horas, durante 3 a 5 dias Toxoplasmose 25 mg/kg (máximo 1 g), por via oral, a cada 6 horas, combinada a pirimetamina 2 mg/kg (máximo 50 mg) mais folinato de cálcio 15 mg, ambos por via oral, a cada 24 horas, durante 3 dias. Depois, sulfadiazina 25 mg/kg, por via oral, a cada 6 horas, combinada a pirimetamina 1 mg/kg (máximo 25 mg) mais folinato de cálcio 15 mg, ambos por via oral, a cada 24 horas, até completar 4 semanas de tratamento. 5.2. Adultos Tratamento de infecções urinárias agudas não complicadas 0,5 a 1 g, por via oral, a cada 6 horas, durante 3 a 5 dias. Toxoplasmose De 500 a 750 mg, por via oral, a cada 8 horas, por 5 a 10 dias; dose máxima: 4 g/dia. 0,5 a 1 g, por via oral, a cada 6 a 12 horas, combinada a pirimetamina 75 a 100 mg mais folinato de cálcio 15 mg, ambos por via oral, a cada 24 horas, durante 3 dias. Depois, sulfadiazina 0,5 a 1 g, por via oral, a cada 6 a 12 horas, combinada a pirimetamina 25 a 50 mg mais folinato de cálcio 15 mg, ambos por via oral, a cada 24 horas, até completar 4 a 6 semanas de tratamento. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Pico de concentração sérica: 3 a 6 horas. Meia-vida: 10 horas. Metabolismo: hepático. Eliminação: renal (57%); alcalinização da urina torna mais rápida a excreção. 7. Efeitos adversos: Náusea, diarreia, vômito, dor abdominal, estomatite, hepatite e pancreatite. Exantema, reações de fotossensibilidade, dermatite exfoliativa, eritema nodoso, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. Reações de hipersensibilidade. Cefaleia, depressão, convulsão, ataxia, vertigem, insônia e alucinação. Granulocitopenia, agranulocitose, anemia aplástica, trombocitopenia, leucopenia, anemia hemolítica, púrpura e hipoprotrombinemia. Nefrotoxicidade, cristalúria e nefrite intersticial. Icterícia, hepatomegalia, necrólise hepática e alterações de provas funcionais hepáticas (0,1%). Hiperbilirrubinemia e kernicterus em recém-nascidos e lactentes, se o fármaco for dado a grávidas no último mês de gravidez, à puérpera que amamenta ou no período perinatal (até 2 meses de vida). 8. Interações medicamentosas: Acetoexamida, clorpropamida, glipizida, tolazamida, tolbutamida: podem ter seus efeitos hipoglicemiantes aumentados. Evitar o uso concomitante com sulfadiazina, mas caso este seja necessário, monitorar estreitamente os níveis de glicose sanguínea. Ciclosporina: pode ter sua efetividade reduzida. Se possível, monitorar as concentrações de ciclosporina. Fosfenitoína: o uso concomitante pode resultar em aumento do risco de toxicidade da fosfenitoína. Monitorar o paciente para evidências de toxicidade como nistagmo e ataxia. Caso o paciente apresentar sinais de toxicidade ou receber sulfadiazina por mais de cinco dias considerar a avaliação das concentrações séricas de fenitoína. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para ingerir bastante líquido para evitar cristalúria. Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses. 10. Aspectos farmacêuticos Manter à temperatura ambiente, entre 15 a 30 °C, proteger da luz. Medicamento: SULFADIAZINA DE PRATA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 964-965) Antiinfectante. 1. Apresentação: Creme 1%. 2. Indicações: Profilaxia e tratamento de infecção em queimaduras. Tratamento adjuvante, de curto prazo, para infecção em úlcera de perna e úlcera de decúbito. Profilaxia de infecção em áreas de abrasão em enxerto de pele. 3. Contraindicações: Hipersensibilidade à prata ou a sulfonamidas. Bebês até 2 meses de idade (segurança e eficácia não foram estabelecidas). 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD). ▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C). ▪ Insuficiência renal (ver apêndice D). ▪ Lactação (ver apêndice B). ▪ Ocorrência de leucopenia após 2 a 3 dias de uso (a alteração é auto-limitada; não é necessário suspender o uso da sulfadiazina de prata, mas deve-se fazer contagens sanguíneas). ▪ Evitar uso em áreas extensas. ▪ Suspender o tratamento se surgirem alterações hematológicas e erupções cutâneas. ▪ Categoria de risco na gravidez (FDA): B (dois primeiros trimestres). 5. Esquemas de administração: Adultos e maiores de 2 meses. Aplicar uma camada de 1,5 mm, 1 a 2 vezes ao dia, com luva estéril, até a melhora da lesão. A aplicação pode ser mais frequente em casos de lesões em áreas Susceptíveis à remoção por movimentação do paciente. Curativos podem ser colocados sobre o creme, mas usualmente não são necessários. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Absorção: sulfadiazina – pequena, com aplicação em grandes áreas e/ou períodos prolongados; prata – alguma quantidade pode ser absorvida. Metabolização: fígado. Eliminação renal: 60%. Meia-vida de eliminação: 10 horas. A meia-vida aumenta para 22 horas em pacientes anúricos. 7. Efeitos adversos: Alteração da estrutura hematopoiética (raro), leucopenia (raro). Prurido, irritação de pele, exantema; erupções cutâneas (infrequente); eritema multiforme. Reações alérgicas e argiria (coloração ligeiramente acinzentada ou azulada da pele) (pouco frequentes). Reação de imuno-hipersensibilidade. Temperatura corpórea acima do normal, distúrbios eletrolíticos. Cristalúria, nefrotoxicidade. 8. Interações medicamentosas: Papaína: aplicação concomitante de papaína e formulações contendo sais de prata pode resultar na inativação da papaína como debridante enzimático. Evitar o contato da pele com formulações de metais pesados, como a sulfadiazina prata, durante o debridamento químico com a papaína. Ácido paraminobenzoico ou compostos relacionados: a prata contida na sulfadiazina de prata pode inativar os agentes enzimáticos debridantes 9. Orientações aos pacientes: Orientar que este medicamento somente pode ser empregado para uso externo e para não aplicar ao redor dos olhos. Orientar para lavar as mãos antes e depois de usar o creme. Ensinar a remover a pele necrosada e limpar a área antes da aplicação. Orientar utilizar luva estéril para aplicação. 10. Aspectos farmacêuticos Conservar à temperatura ambiente, em recipientes bem fechados. Manter ao abrigo de luz, calor e umidade. Não congelar. Medicamento: SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 965-967) 1. Apresentação: ▪ Comprimido 400 mg + 80 mg. ▪ Suspensão oral (40 mg + 8 mg)/mL 2. Indicações: ▪ Infecções por microrganismos sensíveis. ▪ Tratamento da pneumocistose. ▪ Profilaxia da pneumocistose em pessoas com AIDS. 3. Contraindicações: ▪ Hipersensibilidade a sulfonamida ou trimetoprima. ▪ Porfiria. ▪ Anemia megaloblástica por deficiência de folato. 4. Precauções: ▪ Usar com cuidado nos casos: Insuficiência renal (ver apêndice D). Insuficiência hepática grave (uso não recomendado). Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, predisposição a deficiência de folato, hiperpotassemia, alterações hematológicas, asma e idosos. Crianças com menos de 6 semanas de vida (uso não recomendado). Suspender o uso, imediatamente, se ocorrer exantema e alterações hematológicas. Manter adequada hidratação para evitar cristalúria. ▪ Categoria de risco na gravidez (FDA): C. 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças maiores de 1 mês Infecções por microorganismo sensíveis ▪ 30 a 50 mg/kg (sulfametoxazol) + 6 a 10 mg/kg (trimetoprima), por via oral, dividido a cada 12 horas, por 5 a 14 dias. ▪ 40 a 50 mg/kg (sulfametoxazol) + 6 a 10 mg/kg (trimetoprima), por via oral, dividido a cada 6 a 12 horas, por 5 a 14 dias. ▪ Em infecção do trato urinário inferior aguda não complicada o tratamento deve ser realizado por via oral durante 3 dias. Tratamento de pneumocistose ▪ 75 a 100 mg/kg (sulfametoxazol) + 15 a 20 mg/kg, por via oral, dividido a cada 6 a 12 horas, durante 14 a 21 dias. Profilaxia de pneumocistose ▪ 25 mg/kg (sulfametoxazol) + 5 mg/kg (trimetoprima), por via oral, dividido a cada 12 horas, 3 vezes por semana em dias alternados ou consecutivos. 5.2. Adultos Tratamento de infecções por microrganismos sensíveis ▪ 800 a 1200 mg (sulfametoxazol) + 160 a 240 mg (trimetoprima), por via oral, a cada 12 horas, durante 5 a 14 dias. Tratamento de pneumocistose ▪ 75 a 100 mg/kg (sulfametoxazol) + 15 a 20 mg/kg, por via oral, dividido a cada 6 a 12 horas, durante 14 a 21 dias. Profilaxia de pneumocistose em pessoas com Aids ▪ 800 mg (sulfametoxazol) + 160 mg (trimetoprima), por via oral, a cada 24 horas ou 3 vezes por semana 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: ▪ Apresenta biodisponibilidade oral de 90 a 100%. ▪ Pico de concentração plasmática: 1 a 4 horas (oral). ▪ Meia-vida: 8 a 11 horas para o sulfametoxazol e 6 a 17 horas para a trimetoprima. ▪ Metabolismo: hepático. ▪ Excreção: renal (10% a 30% para o sulfametoxazol e 50% a 75% para a trimetoprima). 7. Efeitos adversos: ▪ Exantema, síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, dermatite alérgica e necrólise epidérmica tóxica, vasculite. ▪ Arritmia cardíaca e miocardite. ▪ Hipouricemia, hiperpotassemia, hipoglicemia, hiponatremia e acidose metabólica. ▪ Esofagite, pancreatite, enterocolite pseudomembranosa. ▪ Agranulocitose, anemias aplástica, megaloblástica e hemolítica, neutropenia, leucopenia, pancitopenia, eosinofilia e trombocitopenia. ▪ Hepatite, icterícia, necrólise hepática e hepatotoxicidade. ▪ Reações de hipersensibilidade graves, lúpus eritematoso sistêmico. ▪ Ataxia, meningite, cefaleia, parkinsonismo, tremor, convulsão, ansiedade, delírio, depressão e psicose. ▪ Nefrotoxicidade, urolitíase, cristalúria e nefrite intersticial. ▪ Náuseas, vômitos e diarreia. 8. Interações Medicamentosas: ▪ Acetoexamida, clorpropamida, gliburida, glipizida, tolazamida, tolbutamida: pode aumentar a ação hipoglicêmica. Evitar o uso. Caso necessário, monitorar glicose sanguínea. ▪ Acido folínico: pode aumentar o risco de falha terapêutica. Monitorar a eficácia do tratamento. ▪ Amantadina: pode resultar em toxicidade no sistema nervoso central (insônia, confusão). Monitorar estes sinais. ▪ Anisindiona: risco aumentado de sangramento. Monitorar o tempo de protrombina, diminuindo a dose do anticoagulante, se necessário. ▪ Antiarrítmicos da classe 1A (quinidina, disopiramida, procainamida, pirmenol, prajmalio, hidroquinidina): aumento do risco de cardiotoxicidade. Monitorar os níveis do antiarrítmico e ajustar dose, se necessário. ▪ Antidepressivos tricíclicos: aumento do risco de cardiotoxicidade. Uso concomitante não recomendado. ▪ Bepridil, cisaprida, dofetilida, mesoridazina, pimozida, terfenadina, tioridazina: aumento do risco de cardiotoxicidade. Associação contraindicada. ▪ Digoxina: pode aumentar o risco de toxicidade da digoxina. Avaliar sinais de intoxicação digitálica (náuseas, vômitos e arritmias). Diminuir a dose de digoxina, se necessário. ▪ Enalapril, quinapril: pode resultar em hiperpotassemia. Monitorar potássio plasmático ou substituir o anti-hipertensivo. ▪ Fenitoína, fosfenitoína: pode aumentar a toxicidade da fenitoína (ataxia, nistagmo, tremores). Monitorar o paciente para sinais de toxicidade e ajustar a dose de fenitoina, caso seja necessário. ▪ Gemifloxacino: aumento do risco de cardiotoxicidade. Aumento do intervalo QT. Associação não recomendada. ▪ Lamivudina, zidovudina: pode aumentar as concentrações de lamivudina e zidovudina. Observar efeitos adversos da lamivudina e zidovudina (distúrbios gastrintestinais, cefaleia, fadiga, mialgia e neutropenia). Alteração nas doses dos fármacos não é recomendada. ▪ Metotrexato: aumento do risco da toxicidade do metotrexato (mielotoxicidade). Caso haja necessidade da utilização, monitorar parâmetros hematológicos. ▪ Pirimetamina: aumento no risco de anemia megaloblástica e pancitopenia. Monitorar padrões hematológicos e associar acido folínico. ▪ Repaglinida: pode aumentar a concentração plasmática de repaglinida. Monitorar glicose sanguínea e ajustar a dose de repaglinida, se necessário. ▪ Rifabutina: pode aumentar a toxicidade do sufametoxazol. Usar com precaução e monitorar sinais da intoxicação (exantema, leucopenia, trombocitopenia e alterações em transaminases hepáticas). ▪ Rosiglitazona: pode aumentar a concentração plasmática de rosiglitazona, com risco de hipoglicemia. Monitorar paciente para o risco de hipoglicemia. ▪ Varfarina: aumento no risco de sangramento. Monitorar o paciente (tempo de protrombina). 9. Orientações aos pacientes: ▪ Orientar para a importância de ingerir bastante liquido, para evitar cristalúria. ▪ Orientar para não ingerir bebida alcoólica durante o tratamento, pelo risco de reação tipo dissulfiram. ▪ Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses. ▪ Proteger a pele da luz solar. 10. Aspectos farmacêuticos: ▪ Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 e 30°C, proteger do calor, umidade e luz direta. Medicamento: SULFATO FERROSO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 1005-1008) 1. Apresentação: ▪ Comprimido de 40 mg de Fe++. ▪ Solução oral 25 mg de Fe++/ml. ▪ Xarope 5mg/mL (MS). 2. Indicações: ▪ Tratamento de anemia associada à deficiência de ferro. ▪ Profilaxia em situações de alto risco para deficiência de ferro (casos de deficiência dietética, síndrome de má-absorção, menorragia, após gastrectomia total ou subtotal. 3. Contraindicações: ▪ Hemossiderose, hemocromatose, hemoglobinopatias. ▪ Anemias não associadas à deficiencia de ferro. ▪ Pacientes submetidos a repetidas transfusões sanguíneas. ▪ Ferroterapia parenteral. ▪ Hipersensibilidade ao ferro. 4. Precauções: ▪ Usar com cuidado nos casos de: Úlcera péptica, enterite regional, colite ulcerativa, estreitamento intestinal, divertículos (tais condições inflamatórias do trato intestinal podem ser exacerbadas com a administração oral de ferro). Alcoolismo, insuficiência hepática, insuficiência renal. Testes laboratoriais (o sulfato ferroso pode causar resultados falso-negativos para testes com glicose oxidase). Idosos (podem requerer doses orais de ferro maiores que adultos jovens para corrigir anemia). ▪ Não deve ser administrado por mais de 6 meses. ▪ Monitorar concentrações plasmáticas de ferritina e ferro para reconhecer e prevenir a hemossiderose. ▪ A dose excessiva de ferro em crianças (usualmente acidental) e mais comum do que em adultos e pode causar efeitos tóxicos. Neste caso, é necessário atendimento medico imediato e é feita a administração intravenosa de desferroxamina para quelar os íons ferro. 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Tratamento de anemia associada à deficiência de ferro ▪ Prematuros: 2 a 4 mg/kg de ferro elementar (máximo de 15 mg), por via oral, a cada 24 horas ou dividido a cada 12 horas. ▪ Lactentes e crianças: 3 a 6 mg/kg de ferro elementar, por via oral, a cada 24 horas ou dividido a cada 8 ou 12 horas. Dose máxima diária: 200 mg. Profilaxia em situações de alto risco para deficiência de ferro (casos de deficiência dietética, síndrome de má-absorção) ▪ Com menos de 5 anos: 2 mg/kg de ferro elementar, por via oral, a cada 24 horas. Dose máxima diária: 30 mg de ferro elementar. ▪ Com mais de 5 anos: 30 mg de ferro elementar, por via oral, a cada 24 horas. 5.2. Adultos Tratamento de anemia associada à deficiência de ferro ▪ 50 a 100 mg de ferro elementar, por via oral, a cada 12 horas. Profilaxia em situações de alto risco para deficiência de ferro (casos de deficiência dietética, síndrome de má-absorção, menorragia, após gastrectomia total ou subtotal) ▪ 60 mg de ferro elementar, por via oral, a cada 24 horas. 5. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: ▪ Absorção: irregular e incompleta; a secreção ácida do estomago auxilia a absorção; a porcentagem de absorção e afetada por forma do sal, quantidade administrada, esquema de administração, tamanho do estoque de ferro do organismo e estado de deficiência de ferro (a absorção chega a 25%). Apesar de as preparações de ferro serem mais bem absorvidas no estomago vazio, podem ser administradas após as refeições para reduzir efeitos adversos gastrintestinais. ▪ Absorção oral de ferro e pobre em pacientes em diálise peritoneal continua. ▪ Tempo para o pico de concentração plasmática (via oral): 2 horas. ▪ Latência: resposta hematológica aparece em 2 semanas, aumentando a produção de hemoglobina em torno de 2 g/dL nas primeiras 3 semanas de tratamento. ▪ Meia-vida de eliminação: 6 horas. ▪ Excreção: quantidade muito pequena de ferro e excretada; a conservação do ferro corporal e a falta de um mecanismo excretor para o excesso de ferro são a causa para a sobrecarga corporal do mineral com a sua ingestão excessiva na terapia e repetidas transfusões. 6. Efeitos adversos: ▪ Obstipação ou diarreia, fezes escuras, irritação gastrointestinal, pirose. ▪ Náusea (frequente) e dor epigástrica estes sintomas são dose-dependente. ▪ Hemossiderose (em terapia prolongada ou administração excessiva). ▪ Soluções orais podem causar manchas nos dentes. Nota: Se ocorrerem efeitos adversos, estes podem ser diminuídos por meio de redução da dose, substituição por outro sal de ferro com menor conteúdo de ferro elementar, aumento gradual da dose diária e administração do medicamento com alimento. 7. Interações Medicamentosas: ▪ Doxiciclina, minociclina, tetraciclina: redução na efetividade desses antimicrobianos e de sais de ferro. Estabelecer intervalo de pelo menos 3 horas antes ou 2 horas após a administração dos outros medicamentos em relação aos sais de ferro. ▪ Gatifloxacino: redução na eficácia de gatifloxacino. Estabelecer intervalo de 4 horas entre a administração de sais de ferro e a de gatifloxacino. ▪ Levodopa: pode aumentar a ocorrência de sintomas da doença de Parkinson. Monitorar paciente e, se houver piora nos sintomas, ajustar dose ou evitar o uso de produtos contendo sais de ferro. ▪ Levotiroxina: risco de hipotireoidismo. Estabelecer intervalo de pelo menos 4 horas entre a administracao de sais de ferro e levotiroxina. Monitorar função tiroideana. ▪ Lomefloxacino: evitar uso concomitante. Se for necessário, a dose dos sais de ferro deve ser administrada pelo menos 6 horas antes ou 4 horas após a dose de lomefloxacino. • Metildopa: não é recomendado o uso concomitante a sais de ferro. ▪ Micofenolato de mofetila, ofloxacino: pode haver redução na eficácia do micofenolato. Estabelecer intervalo de pelo menos 2 horas entre a administração de sais de ferro e o micofenolato de mofetila ou ofloxacino. ▪ Moxifloxacino: administrar 4 antes ou 8 horas apos os sais de ferro. ▪ Norfloxacino: evitar administração concomitante, fazendo opção por outro antimicrobiano, empregando via intravenosa para norfloxacino ou considerando suspensão temporária dos sais de ferro enquanto usar a quinolona. Se a combinação for necessária, administrar a quinolona 2 horas antes ou 4 a 6 horas após a dose dos sais de ferro. Monitorar intensivamente o paciente para verificar eficácia continua do antimicrobiano. ▪ Omeprazol: redução na biodisponibilidade do ferro não-heme. Monitorar o paciente para eficácia do sulfato ferroso se omeprazol for usado concomitantemente. Considerar administração parenteral dos sais de ferro se for inevitável a administração de ambos. ▪ Penicilamina: dar intervalo de pelo menos 2 horas entre a administração de ferro e da penicilamina. ▪ Zinco: redução da absorção gastrintestinal de ferro e/ou zinco. Dar intervalo de pelo menos 2 horas entre a administração de ferro e a de zinco. 8. Orientações aos pacientes: ▪ Orientar a adoção na dieta de carne vermelha magra, frango, peru, peixe e ácido ascórbico (vitamina C), estimulantes da absorção de ferro não heme. ▪ Prevenir que ácido fítico (grãos não refinados e soja), polifenóis (chá, café, cacau, vinho tinto), cálcio, fósforo e certas proteínas (de soja, albumina de ovo e caseína) são inibidores da absorção de ferro não heme. 9. ▪ Reforçar cuidados em situações de hemocromatose, hemossiderose, hemoglobinopatias, outras condições anêmicas, repetidas transfusões sanguíneas úlcera péptica, colite ulcerativa, entre outros. ▪ Orientar para ingerir o sulfato ferroso com estomago vazio, 1 hora antes ou 2 horas depois das refeições para aumentar a absorção do ferro. Caso haja desconforto gastrintestinal ingerir após as refeições. ▪ Tomar com água ou suco de fruta: copo cheio (240 mL) para adultos, meio copo (120 mL) para crianças. ▪ Ensinar que as preparações líquidas contendo sais de ferro devem ser bem diluídas em água e, se possível, tomadas através de um canudinho para prevenir manchas nos dentes. ▪ Alertar que o sulfato ferroso não deve ser administrado por mais de 6 meses. ▪ Alertar para notificar se surgirem efeitos tóxicos ou suspeita de envenenamento. ▪ Alertar sobre a possível ocorrência de escurecimento das fezes. Aspectos farmacêuticos: ▪ Manter a temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC, em recipiente bem fechado. ▪ Não congelar a solução. Medicamento: TIAMINA, CLORIDRATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 604-605) 1. Apresentação: ▪ Comprimido de 300 mg. 2. Indicações: ▪ Prevenção e tratamento de deficiência da tiamina: pelagra, encefalopatia de Wernicke e síndrome de Korsakoff (em alcoólicos), neuropatia periférica (beriberi, grávidas). ▪ Distúrbios genéticos metabólicos. 3. Contraindicações: ▪ Hipersensibilidade a tiamina ou qualquer componente da formulação. 4. Precauções: ▪ Usar com cuidado nos casos de: Insuficiência renal. Lactação. ▪ Lactação: não deve ocorrer em situação de grave deficiência de tiamina. ▪ Categoria de risco na gravidez: A e C (quando a dose ultrapassar a recomendada) (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Neonatos Distúrbios genéticos e metabólicos. ▪ 50 a 200 mg/dia, por via oral ou infusão intravenosa lenta (em 30 minutos). 5.2. Crianças Deficiência de tiamina ▪ Prevenção: 10 a 50 mg/dia, por via oral, durante 2 semanas; seguido de 5 a 10 mg/dia, por via oral, durante 1 mês. ▪ Tratamento: 10 a 25 mg/dia, por via oral. Distúrbios genéticos metabólicos ▪ 100 a 300 mg/dia, por via oral ou infusão intravenosa lenta (em 30 minutos). 5.3. Adultos Distúrbios genéticos metabólicos ▪ Dose de 10 a 20 mg/dia, por via oral (doses acima de 4 g/dia devem ser divididas). 5. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: ▪ Biodisponibilidade: 5,3% ▪ Metabolismo: hepático. ▪ Excreção: renal. 6. Efeitos adversos: ▪ Angioedema, exantema (menos de 1%). ▪ Parestesia, sensação de ardor (menos de 1%). 7. Orientações aos pacientes: 8. ▪ Ensinar que a tiamina pode ser encontrada em vegetais frescos, carnes e grãos. ▪ Alertar que bebidas alcoólicas podem diminuir a absorção de tiamina. ▪ Orientar para ingestão as refeições, de modo a aumentar a absorção. ▪ Informar que a urina poderá apresentar coloração amarelada. ▪ Em caso de esquecimento de dose, orientar para tomar a vitamina assim que lembrar. Não dobrar doses. Aspectos farmacêuticos: ▪ Armazenar a temperatura entre 15-30°C e com proteção de luz. Medicamento: TIMOLOL, MALEATO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 828-829) 1. Apresentação: Colírio 0,25% e 0,5%. 2. Indicações: Hipertensão ocular. Glaucoma crônico de ângulo aberto. Alguns tipos de glaucoma secundário. 3. Contraindicações: Insuficiência cardíaca congestiva não controlada. Choque cardiogênico. Bradicardia sinusal grave. Bloqueio cardíaco. Asma ou história de doença obstrutiva das vias aéreas. 4. Precauções: Usar com cuidado nos casos de: ▪ Idosos (risco de queratite). ▪ Insuficiência hepática (ver apêndice C). ▪ Insuficiência renal (ver apêndice D) ▪ Não usar isoladamente no glaucoma de ângulo aberto (associar a um mi-ótico). ▪ Embora o uso seja tópico, pode acarretar efeitos sistêmicos. ▪ A absorção sistêmica pode mascarar sinais de hipoglicemia, como tremor. ▪ Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Crianças Glaucoma e hipertensão ocular Instilar 1 gota (0,25% ou 0,5%) uma vez ao dia. 5.2. Adultos Hipertensão ocular, glaucoma crônico de ângulo aberto, glaucomas secundários. Instilar no olho 1 gota, duas vezes ao dia. Iniciar com solução a 0,25%, aumentando para a de 0,5% se não houver resposta. Após obter controle, diminuir para 1 gota ao dia. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: Pode ocorrer absorção sistêmica após aplicação tópica. Início da redução da pressão intraocular: 15 a 20 minutos. Pico do efeito: 1 a 2 horas. Duração de efeito: 24 horas. 7. Efeitos adversos: Ardência, dor ou irritação oculares, visão borrada, prurido, secura transitória e hiperemia ocular. Cefaleia. Conjutivite transitória e blefarite alérgica Queratite 8. Interações medicamentosas: Agonistas beta-2 adrenérgicos: o uso concomitante pode reduzir a efetividade de um ou de ambos os fármacos. Amiodarona, cimetidina, diltiazem, dronedarona, mibefradil, fentanila, quinidina, verapamil: em uso concomitante com timolol podem ocasionar hipotensão e/ou bradicardia. Quando houver a associação é necessário monitorar cuidadosamente a função cardíaca, além de serem observados prováveis sinais de bradicardia e choque cardiogênico. Antidiabéticos: aumento do risco de hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão. Bloqueadores alfa-1 adrenérgicos: risco de resposta hipotensiva exagerada na primeira dose. Bloqueadores dos canais de cálcio do tipo di-hidropiridina: hipotensão e/ ou bradicardia. Clonidina: pode ter seu efeito exacerbado. Digoxina: pode aumentar o risco de bloqueio atrioventricular e bradicardia. Epinefrina: a interação pode resultar em hipertensão, bradicardia e resistência à epinefrina em anafilaxia. No caso dos fármacos serem associados é necessário monitorar a pressão arterial. 9. Orientações aos pacientes: Orientar para lavar as mãos antes da administração. Ensinar a inverter o frasco e agitá-lo uma vez antes do uso. Ensinar a proceder à oclusão do canal nasolacrimal para evitar absorção, especialmente para cuidadores de crianças. Orientar para respeitar o intervalo mínimo de 10 minutos antes de instilar outro medicamento nos olhos. Orientar para respeitar o intervalo mínimo de 10 minutos após a aplicação, para colocar lentes de contato. Ensinar a manter a embalagem bem fechada e a evitar tocar no aplicador para não contaminar o conteúdo do frasco. 10. Aspectos farmacêuticos Armazenar à temperatura ambiente e ao abrigo da luz. O maleato de timolol é solúvel em água e álcool. Uma solução a 2% tem pH entre 3,8 e 4,3. Medicamento: TIOPENTAL Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 1012-1014) 1. Apresentação: ▪ Pó para solução injetável 1 g. 2. Indicações: ▪ Indução de anestesia geral e anestesia de curta duração. 3. Contraindicações: ▪ Ausência de veia adequada para administração intravenosa. ▪ Porfiria aguda intermitente. ▪ Hipersensibilidade a barbitúricos. 4. Precauções: ▪ Usar com cuidado nos casos de: ▪ Doença cardiovascular grave, choque e hipotensão, pressão intracraniana aumentada, oftalmoplegia, depressão ou obstrução respiratória, laringoespasmos e broncoespasmo. ▪ Condições nas quais o efeito hipnótico possa ser prolongado ou potencializado, como em pré-medicação excessiva, doença de Addison, insuficiência hepática (ver apêndice C), insuficiência renal (ver apêndice D), concentração plasmática de ureia elevada, mixedema, anemia grave, asma e miastenia grave. ▪ Idosos, enfraquecidos e crianças. ▪ Cirurgia da boca, faringe ou laringe. ▪ Extravasamento ocasiona extensa necrólise. ▪ Evitar administração intra-arterial. ▪ Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: 5.1. Adultos Indução da anestesia ▪ Indução lenta: 50 a 75 mg, por via IV, a intervalos de 20 a 40 segundos; indução rápida: 3 a 5 mg/kg, por via IV, divididos em 2 a 4 doses. Manutenção da anestesia ▪ 25 a 50 mg por via IV, podendo ser repetida conforme necessário, ou infusão contínua de solução 0,2 a 0,4 %. ▪ A administração deve ser lenta para evitar extravasamento e reações adversas como: dor, necrólise, hipotensão grave e soluços. 5.2. Crianças Indução da anestesia ▪ Neonatos: 3 a 4 mg/kg, por via IV. ▪ 1 a 12 meses: 5 a 8 mg/kg, por via IV. ▪ 1 a 15 anos: 5 a 6 mg/kg, por via IV. Manutenção da anestesia ▪ 1 a 15 anos: 1 mg/kg, por via IV intermitente, conforme necessidade. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: ▪ Início da ação: 30 a 60 segundos. ▪ Duração da ação: 5 a 30 minutos. ▪ Metabolismo: hepático. ▪ Excreção: renal. ▪ Meia-vida: de 3 a 11,5 horas. 7. Efeitos adversos: ▪ Bradicardia, hipotensão, síncope, depressão do miocárdio. ▪ Ansiedade, sonolência, confusão, alucinações, ataxia. ▪ Tosse, soluços, laringoespasmos, broncoespasmo, depressão respiratória, apneia. ▪ Rubor, exantema, urticária, edema de face, reação alérgica. ▪ Tromboflebite, anemia hemolítica. 8. Interações Medicamentosas: ▪ Analgésicos opioides e benzodiazepínicos: o uso concomitante com barbitúricos pode resultar em depressão respiratória. Monitorar depressão respiratória quando estes fármacos são utilizados em combinação. A redução da dose de um ou ambos os fármacos pode ser necessária. ▪ Metoclopramida: por antagonismo no receptor de dopamina, pode resultar num maior efeito hipnótico do tiopental. Monitorar o nível de sedação do paciente. Redução da dose de tiopental pode ser necessária. 9. Orientações aos pacientes: ▪ Alertar para, em caso de alta no período de 24 horas após o procedimento, a necessidade de ser acompanhado até a residência, evitar dirigir, operar máquinas ou praticar qualquer atividade que necessitar atenção. ▪ Reforçar para evitar o uso de bebida alcoólica e de outros depressores do SNC no período de 24 horas. ▪ Notificar em caso de reações alérgicas, dor no peito, falta de ar, dormência, dor ou fraqueza, tontura, sonolência, tosse ou espirros frequentes. 10. Aspectos farmacêuticos: ▪ Manter à temperatura ambiente e em embalagem hermética. ▪ Reconstituir o pó com adição de 40 mL de água estéril; a solução final terá 25 mg/mL. ▪ Após reconstituição, é estável por até 7 dias, se mantido sob refrigeração; utilizar em 24 horas se não houver preservativo. ▪ A solução diluída é mais estável em pH alcalino e pode ser preparada com água estéril para injeção, cloreto de sódio 0,9 % ou glicose 5 % como diluentes. A solução preparada com glicose é menos estável devido à acidez. ▪ Soluções preparadas com água que tiverem concentração inferior a 2 % não devem ser usadas, pois são hipotônicas e podem resultar em hemólise. ▪ A solução deve ser descartada quando ocorrer precipitação ou cristalização. ▪ Não deve ser mantido em bolsas de infusão ou material plástico do tipo cloreto de polivinil. ▪ Incompatível com os ácidos e substâncias oxidantes, incluindo alguns agentes antibacterianos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares. Medicamento: VALPROATO DE SÓDIO OU ÁCIDO VALPROICO Documento de Referência: Formulário Terapêutico Nacional 2010 (pág. 1047-1051) 1. Apresentação: ▪ Comprimido ou cápsula 288 mg (equivalente a 250 mg ácido valproico). ▪ Comprimido 576 mg (equivalente a 500 mg ácido valproico). ▪ Solução oral ou xarope 57,624 mg/mL (equivalente a 50 mg de ácido valproico/mL). 2. Indicações: ▪ Episódio convulsivo mioclônico e tônico-clônico. ▪ Estado de ausência epiléptica, simples ou complexa. ▪ Estado de grande mal epiléptico. ▪ Mal epiléptico parcial complexo. ▪ Transtorno afetivo bipolar (episódio maníaco). 3. Contraindicações: ▪ Hipersensibilidade ao valproato de sódio ou ao ácido valproico. ▪ Doença hepática ativa, disfunção hepática significante, ou história familiar de hepatopatias. ▪ Encefalopatia hepática ou distúrbios no ciclo da ureia não diagnosticados. ▪ Porfiria. 4. Precauções: ▪ Usar com cuidado nos casos de: Doença hepática; crianças com menos de 2 anos de idade; uso concomitante de vários anticonvulsivantes; distúrbios metabólicos congênitos; doenças orgânicas de origem cerebral; e epilepsia grave acompanhada de retardo mental (aumento do risco de hepatotoxicidade). Pancreatite fulminante. Lactação. Descontinuação em pacientes epilépticos (deve ser gradual; suspensão abrupta pode desencadear estado epiléptico). Traumatismo craniano (não usar o fármaco). Ataxia, vômito cíclico, letargia, irritabilidade, retardo mental não explicado, concentrações plasmáticas elevadas de amônia ou glutamina, baixas concentrações de ureia sérica. História de encefalopatia. Terapia com altas doses (acima de 50 mg/kg/dia). Até 40 dias do início do tratamento (podem ocorrer do reações de hipersensibilidade). Pacientes com potencial para hemorragias ou em uso de anticoagulantes. Insuficiência renal. Lupus eritematoso sistêmico. A função hepática deve ser monitorada antes e durante os primeiros 6 meses da terapia. Pode ocorrer pancreatite, por vezes com risco de morte. Categoria de risco na gravidez (FDA): D (Ver apêndice A). 5. Esquemas de administração: Observação: As doses de valproato de sódio apresentadasna sequência são expressas como ácido valproico. 5.1. Crianças Estado de ausência epilética, simples ou complexa ▪ Dose inicial: 15 mg/kg/dia, por via oral, aumentando de 5 a 10 mg/kg/dia em intervalos semanais, até que os efeitos terapêuticos sejam alcançados ou ocorram efeitos adversos, se a dose diária ultrapassar 250 mg as doses devem ser divididas. Dose máxima: 60 mg/kg/dia. Estado de mal epilético parcial complexo ▪ Como monoterapia ou terapia adjuvante:10 a 15 mg/kg/dia, por via oral, podendo a dose ser aumentada em 5 a 10 mg/kg/dia semanalmente, até alcançar o efeito farmacológico esperado ou surgimento de efeitos adversos; se a dose diária ultrapassar 250 mg, dar em doses divididas. ▪ Conversão para monoterapia: reduzir a dose do anticonvulsivante usado concomitantemente em cerca de 25% a cada 2 semanas, iniciando ao final da primeira semana em que o valproato for adicionado. ▪ Nota: Como anticonvulsivante, as doses usuais sugeridas para crianças são: ▪ 10 a 20 kg de peso: inicialmente 20 mg/kg/dia, por via oral, em doses divididas, podendo ser aumentadas de acordo com o monitoria das concentrações plasmáticas e dos parâmetros bioquímicos e hematológicos correspondentes. ▪ Acima de 20 kg de peso: inicialmente 400 mg/dia (20 a 30 mg/kg/dia), por via oral, em doses divididas. Dose máxima: 35 mg/kg/dia. 5.2. Adultos Convulsões mioclônicas e tônico-clônicas (adjuvante) ▪ Dose inicial: 10 a 15 mg/kg/dia, por via oral, podendo a dose ser aumentada em 5 a 10 mg/kg/dia semanalmente, até alcançar o efeito farmacológico esperado ou surgimento de efeitos adversos; se a dose diária ultrapassar 250 mg, dar em doses divididas. Estado de ausência epiléptica, simples ou complexa. Dose inicial: 15 mg/kg/dia, por via oral, podendo a dose ser aumentada em 5 a 10 mg/kg/dia semanalmente, até alcançar o efeito farmacológico esperado ou surgimento de efeitos adversos; se a dose diária ultrapassar 250 mg, dar em doses divididas. Dose máxima: 60 mg/kg/dia. Estado de mal epiléptico parcial complexo. ▪ Como monoterapia ou terapia adjuvante: 10 a 15 mg/kg/dia, por via oral, podendo a dose ser aumentada em 5 a 10 mg/kg/dia semanalmente, até alcançar o efeito farmacológico esperado ou surgimento de efeitos adversos; se a dose diária ultrapassar 250 mg, dar em doses divididas. ▪ Conversão para monoterapia: reduzir a dose do anticonvulsivante usado concomitantemente em cerca de 25% a cada 2 semanas, iniciando ao final da primeira semana em que o valproato for adicionado. Transtorno afetivo bipolar (episódio maníaco). ▪ Dose inicial: 20 mg/kg/dia, por via oral. Ajustar a dose para mais o para menos até alcançar o efeito terapêutico desejado. A concentração plasmática ótima para o efeito terapêutico está em torno de 80 mg/L. 6. Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes: ▪ Absorção: completa; torna-se lenta, mas não incompleta quando o valproato é dado com alimentos. Tempo para pico de concentração: 1,2 horas. Pico do efeito: geralmente em 2 semanas. Concentração plasmática desejada: 50 a 150 microgramas/mL. ▪ Distribuição: cerca de 10% das concentrações plasmáticas alcançam o líquido cérebroespinhal. O valproato atravessa a barreira placentária e é excretado no leite materno. Metabolismo: hepático, rápido; pode ser alterado pelo uso concomitante de outros fármacos anticonvulsivantes. ▪ ▪ Excreção: renal (70 a 80%) na forma conjugada. ▪ Meia-vida: de 6 a 17 horas. ▪ Pode ser extraído por hemodiálise e diálise peritoneal. 7. Efeitos adversos: Alopecia (5% a 6%), exantema (3%). Aumento do apetite (2%), diminuição do apetite (12%), ganho de peso (6%), perda de peso (6%). Dor abdominal (5% a 17%), obstipação (4%), diarreia (5% a 7%), indigestão (4%), náuseas (7% a 34%), vômitos (9% a 20%); pancreatite fulminante. Dores nas costas (2%). Amnésia (4%), astenia (3% a 20%), ataxia (7%), vertigem (6% a 12%), cefaleia (10%), sonolência (7% a 16%), tremor (9% a 19%); distúrbios no pensamento (6%), alterações do humor (2%); bronquites (4%); febre (2%). Ambliopia (3%), visão embaçada (3%), diplopia (7%). Doenças infecciosas (6%) e influenza (3%). Trombocitopenia dose dependente (27%). Hepatite, insuficiência hepática (incidência geral 1/10.000); com risco aumentado em crianças com menos de 2 anos de idade. 8. Interações Medicamentosas: Observação: As interações aqui relatadas são consideradas mais importantes (graves e bem documentadas) pelo seu início insidioso e gravidade de efeito. Informações complementares devem ser obtidas na literatura. ▪ Aciclovir, ritonavir: pode resultar na redução das concentrações plasmáticas de valproato e potencial aumento das convulsões. Monitorar as concentrações plasmáticas de valproato; pode ser necessário aumento de dose. Considerar a substituição do aciclovir por outro antiviral. ▪ Ácido acetilsalicílico: pode resultar no aumento da concentração de valproato livre. Uma única dose não representa problemas, entretanto, com doses repetidas, monitorar a concentração plasmática do valproato de sódio. ▪ Betamiprona: pode resultar na diminuição da eficácia do valproato de sódio. Evitar o uso concomitante. ▪ Carbamazepina: pode resultar em toxicidade pela carbamazepina e redução da efetividade do valproato. Monitorar para sinais de toxicidade pela carbamazepina. Monitorar concentração plasmática de ambos os fármacos, incluindo o metabólito epóxido da carbamazepina. Se necessário, a dose de valproato deve ser aumentada. ▪ Carbapenêmicos: pode resultar na redução da concentração sérica do valproato de sódio. A coadministração pode resultar em concentrações reduzidas do valproato de sódio e, possivelmente, uma perda de controle de crises. ▪ Clomipramina: pode resultar no aumento da toxicidade pela clomipramina. Monitorar as concentrações plasmáticas de clomipramina para evitar sobre-dose. ▪ Colestiramina: pode resultar na redução das concentrações plasmáticas de valproato. Se o uso concomitante for necessário, administrar a colestiramina no mínimo 3 horas após o valproato. Monitorar o paciente para a efetividade do valproato. ▪ Eritromicina: pode resultar em toxicidade ao valproato de sódio (depressão do sistema nervoso central e convulsões). Caso eritromicina e ácido valproico sejam utilizados concomitantemente, acompanhar paciente para sinais de toxicidade ao valproato. Monitorar as concentrações séricas de ácido valproico durante e após a terapia com eritromicina. ▪ Etossuximida: pode resultar no aumento do risco de toxicidade pela etossuximida. Monitorar para alterações nas concentrações plasmáticas de ambos os fármacos. ▪ Felbamato: pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas de valproato. A redução da dose do valproato pode ser necessária. ▪ Fenitoína: pode resultar na alteração das concentrações plasmáticas de ambos os fármacos. Monitorar o paciente quanto à eficácia e efeitos tóxicos da fenitoína. Se possível, o monitoria das concentrações plasmáticas de fenitoína na forma livre (não ligada a proteínas plasmáticas) deve ser feito. O desejado é que na fase de equilíbrio estável, concentrações normais para ambos os fármacos sejam atingidas. ▪ Fenobarbital: pode resultar em efeitos tóxicos ao fenobarbital ou diminuição da eficácia ao valproato de sódio. Com a adição de ácido valproico em um paciente estabilizado com fenobarbital, o paciente deve ser monitorado para sinais de toxicidade. Pode ser necessário reduzir a dose do fenobarbital, em alguns casos. Devido ao aumento de metabolismo do ácido valproico, determinações periódicas de ácido valproico e barbiturato devem ser consideradas. ▪ Ginkgo biloba: pode resultar na redução da efetividade do valproato. Evitar o uso concomitante. ▪ Lamotrigina: pode resultar no aumento da meia-vida da lamotrigina, determinando toxicidade deste fármaco e aumento do risco de exantema fatais. Se o uso concomitante for necessário, a dose de lamotrigina deve ser ajustada a cada 2 semanas até que o efeito terapêutico seja alcançado, sem que os efeitos adversos graves tenham surgido. ▪ Lorazepam: pode resultar no aumento das concentrações de lorazepam. A dose de lorazepam deve ser reduzida em 50%. Ainda assim, monitorar o paciente para exacerbação do efeito do lorazepam. ▪ Mefloquina: pode resultar na perda de controle das convulsões. Monitorar as concentrações plasmáticas de valproato. Ajustar a dose deste fármaco, se necessário. Monitorar o paciente para o controle das convulsões. ▪ Nortriptilina: pode aumentar a concentração sérica da nortriptilina. Monitorar os níveis séricos de nortriptilina. ▪ Oxcarbazepina: pode resultar na redução da efetividade desta. Monitorar o paciente para efeitos terapêuticos da oxcarbazepina. ▪ Primidona: pode determinar depressão grave do sistema nervoso central. Pacientes fazendo uso concomitante devem ser monitorados para neurotoxicidade. Se necessário, a dose de primidona deve ser diminuída. ▪ Risperidona: pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas de valproato. Monitorar as concentrações plasmáticas de valproato e amônia. Considerar a redução da dose de risperidona. ▪ Zidovudina: pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas da zidovudina, e consequente toxicidade. Monitorar o paciente para sinais de toxicidade pela zidovudina. Pode ser necessária a redução da dose deste fármaco, e ajuste quando da descontinuação do valproato. 9. Orientações aos pacientes: ▪ Antes de iniciar o tratamento é importante identificar: história prévia de hipersensibilidade ao ácido valproico e seus derivados, doenças hepáticas, doenças no pâncreas, distúrbios no sangue, gravidez e lactação, história familiar de distúrbios no ciclo da ureia e mortes infantis não explicadas. ▪ Mulheres em idade fértil tomando valproato devem utilizar métodos seguros de contracepção. ▪ Nenhum medicamento de ser tomado junto com valproato sem o conhecimento de seu médico, incluindo medicamentos fitoterápicos e chás. ▪ Não consumir bebida alcoólica. ▪ Tomar o medicamento com alimentos para diminuir a irritação gástrica. ▪ Os comprimidos de valproato não devem ser mastigados, quebrados ou triturados. ▪ O valproato pode causar sonolência e diminuição do estado de alerta, portanto, pacientes que apresentam esses sintomas devem evitar dirigir veículos ou operar máquinas perigosas. ▪ Não usar de bebidas alcoólicas durante o tratamento com valproato. ▪ Na epilepsia, a parada abrupta do uso de valproato pode desencadear o estado epiléptico (convulsões múltiplas e contínuas sem intervalos de consciência entre elas). ▪ Atenção a sintomas digestivos como náusea e vômitos acompanhados de forte dor abdominal, bem como sinais de fraqueza, letargia, disfunção cognitiva, perda de consciência e do controle sobre as convulsões. Na ocorrência desses sintomas procurar imediatamente o médico. 10. Aspectos farmacêuticos: Armazenar sob temperatura ambiente entre 15 e 30°C, proteger da luz, umidade e calor excessivo. ATENÇÃO: Mortabilidade por insuficiência hepática tem ocorrido em pacientes que fazem uso de valproato de sódio e outros derivados do ácido valproico. O risco de hetatotoxicidade fatal é maior em crianças com 2 anos e menos de idade, em pacientes que fazem uso concomitante de vários anticonvulsivantes, retardo mental ou doença orgânica de origem cerebral. Este risco diminui consideravelmente com a progressão da idade. Testes de função hepática devem ser realizados em todos os pacientes que irão receber valproato, e periodicamente nos primeiros seis meses de tratamento. Caso de pancreatite fulminante têm sido relatados com o uso de valproato, independente do período de uso e da idade do paciente. MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS Medicamento: MAYTENUS ILICIFOLIA (ESPINHEIRA SANTA) Documento de Referência: Manual Terapêutico de Fitoterápicos: Programa de Plantas Medicinais e Fitoterapia, ed. 2010 (pág. 9) 1. Composição: Cápsulas com 420 mg de extrato de Maytenus ilicifolia, Martius padronizado em 3,5% de taninos totais. 2. Principais constituintes químicos: ▪ Alcalóisde (maitanprina, maitansina, maitanbutina); terpenos (friedelina, friedelanol, pristimerina, maitenina, tingenona); taninos; leucoantocianidins; ácido clorogênico. 3. Ações farmacológicas: ▪ A espinheira-santa possui ação antiulcerogênica e gastroprotetora por diversos mecanismos. Apresenta efeito adstringente, aumenta a barreia mucosa no estômago e diminui a secreção de ácido clorídrico. Também foi demonstrada atividade bactericida sobre Helicobacter pylori; os flavonóides conferem atividade anti-inflamatória e antiulcerogênica. Estudos realizados em animai, com o extrato aquoso dessa planta, mostraram atividade tranquilizanrte e potencializadora de barbitúricos. Os taninos e os terpenóides agem na proteção da mucosa gástrica. Alguns estudos relatam ação antileucêmica e topicamente sobre tumores de pele. 4. Indicações: ▪ Úlceras gástricas e duodenais. ▪ Gastrites, dispepsia, pirose. ▪ Constipação intestinal. ▪ Plenitude pós-prandial. 5. Contraindicações: Durante a lactação, pois diminui a secreção de leite. Medicamento: MIKANIA GLOMERATA (GUACO XAROPE). Documento de Referência: Manual Terapêutico de Fitoterápicos: Programa de Plantas Medicinais e Fitoterapia, ed. 2010 (pág. 21). 1. Composição: Xarope preparado com extrato fluido de Mikania glomerata, Sprengel padronizado em 0,055mg de cumarina/ml. 2. Principais constituintes químicos: Cumarinas; taninos pirogálicos; óleo essencial (diterpenos e sesquiterpenos); glicosídeos (guacosídeo); princípio amargo (guanacina); saponinas e resinas. 3. Ações farmacológicas: ▪ Possui ações broncodilatadoras, devido à atividade relaxante sobre a musculatura lisa respiratória, além de atividade anti-inflamatória (cumarinas e extrato bruto). ▪ O óleo essencialconfere ação expectorante e anti-séptica das vias respiratórias. Também foi observado que o extrato aquoso pode aumentar a pressão arterial e a frequência cárdica em ratos com hipertensão experimental As folhas em infusão revelam atividade antialérgica e antimicrobiana. 4. Indicações: ▪ Pacientes com asma e bronquite. ▪ Tosse rebelde. Faringite, amigdalite ( em gargarejos com infusão). 5. Contraindicações: Hepatopatias, pois o uso crônico pode causar aumento do tempo de protrombina. Hipertensos graves, pois o uso crônico pode aumentar a pressão arterial. 6. Precauções: ▪ Evitar uso prolongado, mais de 100 dias ininterruptos. ▪ Uso concomitante com medicamentos anticoagulantes. Gravidez. 7. Esquema de administração: 7.1. Crianças Maiores de 5 anos: 7,5 ml, 3 vezes ao dia, uso oral. Entre 3 e 5 anos: 5 ml, 3 vezes ao dia, uso oral. 7.2. Adultos 15ml, 3 vezes ao dia, uso oral. 8.Efeitos adversos: A presença de cumarinas pode provocar sangramentos e levar a um aumento do fluxo menstrual. Tosse e dispneia em pacientes com hiperssensibilidade à cumarinas, vômitos e diarreias em altas doses. PARTE III - DESINFETANTES E ANTISSÉPTICOS DESINFETANTES E ANTISSÉPTICOS Os Desinfetantes são agentes químicos capazes de destruir microrganismos na forma vegetativa, em artigos hospitalares ou em superfícies. Toda manipulação de material ou superfície contaminada deve ser realizada com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados: luvas de borracha ou de procedimentos, avental impermeável e protetor facial. GERMICIDA / CONCENTRAÇÃO DE USO Álcool etílico solução 70% - Desinfetante de superfície Hipoclorito de Sódio a 1% EMPREGO CUIDADOS ESPECIAIS Desinfecção de artigos não críticos e semicríticos e desinfecção de superfícies ambientais (ex: termômetro, estetoscópio, lâmina de laringoscópio, bancada de preparo de medicações ou procedimentos, etc) Friccionar o artigo ou superfície fixa até secar, com 3 aplicações consecutivas Risco de queimaduras nos olhos, quando utilizadas soluções concentradas. Limpeza e desinfecção de superfícies (ex: piso, vaso sanitário, etc) A presença de matéria orgânica diminui a atividade do hipoclorito Utilizar a solução a 1% e aguardar durante 10 minutos Enrijece borracha, plásticos e danifica o cimento das lentes ópticas e acrílico Líquido Inflamável Pode causar irritação na pele Hipoclorito de sódio a 0,02% (200 ppm) Ácido peracético 0,2% * tempo de ação de 30 minutos Desinfecção de artigos não metálicos: Máscaras de nebulização e extensores São instáveis reagindo à luz e temperatura (estocar ao abrigo de luz) Devem ser diluídos cada 12 horas a Tempo ação – 20 minutos Tempo de ação de 1 hora (60 minutos) – não há necessidade de enxágue Antes do uso deve-se adicionar o antioxidante recomendado pelo fabricante Datar e controlar prazo de validade: 30 dias após ativação Avaliar a concentração da solução já ativada e em uso semanalmente e/ou antes da utilização através de fitas dosadoras apropriadas. Trata-se de procedimento que valida a concentração da solução. Se estiver adequada ao seu propósito de esterilização Utilizar recipiente protegido da luz e calor Não é indicado desinfecção superfícies Desinfecção de artigos semicríticos sensíveis ao calor (ex: posicionador de radiografia, reanimadores manuais, traqueas de respiradores e outros) para de Os Antissépticos são formulações germicidas hipoalergênicas e de baixa causticidade destinada ao uso em pele e mucosa. Os antissépticos podem ser divididos: a. Sabões antissépticos - combinam a ação antimicrobiana com a ação mecânica dos tensoativos; b. Soluções antissépticas tópicas - atuam como antimicrobianos de uso tópico, devendo ser empregadas após a limpeza da pele/mucosa, para assegurar sua efetividade. PRODUTO UTILIZAÇÃO CUIDADOS ESPECIAIS Álcool etílico Solução a 70% - antisséptico Antissepsia da pele em procedimentos de punção endovenosa, aplicação subcutânea e intramuscular. Antissepsia de coto umbilical Desinfecção e limpeza de mãos. Cinco momentos essenciais para a higiene das mãos: Preparação alcoólica Apresentação com : emoliente Sob forma de para gel a 70% higiene das mãos Solução de Veículo PVP-I 10% com Aquoso tópico Antes do contato com paciente Antes de procedimentos assépticos Após risco de exposição a fluídos corporais Após contato com o paciente Após contato com superfícies próximas ao paciente Parto vaginal Antissepsia inserção (curativos): tórax, etc Usar com cuidado nos casos de: lesões e ferimentos abertos. Não diluir ou misturar a solução ou o gel com outros produtos. Pode ocorrer necrólise hemorrágica localizada se usado com clorexidina para limpeza de coto umbilical. Líquido inflamável Na presença de sujidade visível nas mãos, lavar as mãos com água e sabonete líquido (contendo ou não antimicrobiano). Necessita de 2 minutos de contato para liberação de iodo livre dreno Possui ação residual de 2 a 4 horas da 1% de iodo ativo Veículo detergentedegermante Veículo alcoólico Neutraliza-se em contato com matéria orgânica Usar com cuidados nos casos de distúrbios da tireóide Pré-operatório: degermação cirúrgica das mãos, preparo do campo operatório, banho pré-operatório de pacientes Higiene das mãos dos profissionais antes de procedimentos de alto risco (inserção de cateteres, etc) Antissepsia do campo operatório Antissepsia de pele antes de procedimentos invasivos. Pré-operatório: degermação cirúrgica das mãos, preparo do campo operatório, banho pré-operatório de pacientes. Solução degermante de Clorexidina a 4% Preparo para parto vaginal Higiene das mãos dos profissionais antes de procedimentos de alto risco (inserção de cateteres, etc) Higiene das mãos dos profissionais que trabalham em áreas de risco (UTI, etc) Não deve ser usado em recém-nascidos ou pacientes com alergia ao iodo Evitar uso ao redor dos olhos As soluções antissépticas iodadas podem contaminar-se após a abertura das embalagens originais. Pode ser utilizada em pacientes alérgicos ao iodo Não deve ser utilizada em olhos ou ouvidos ou irrigação de cavidade corpórea Pode causar manchas marrons em roupas lavadas com produtos a base de cloro Solução de Clorexedina a 0,012% (veículo aquoso de uso oral) Preparo de pele para inserção de cateteres venosos centrais Antissepsia bucal pré e pósprocedimentos cirúrgicos bucais no tratamento de gengivites Pré-procedimentos: bochechos com 15 ml da solução não diluída por 30 segundos, duas vezes ao dia, após escovação e uso de fio dental. PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS DA SEMSA Nº ITEM MEDICAMENTO 1 Aciclovir APRESENTAÇÃO Comprimido 200 mg 2 Ácido acetilsalicílico Comprimido 100 mg 3 Ácido fólico Comprimido 5 mg 4 Albendazol Comprimido 400 mg 5 Albendazol Suspensão oral 40 mg/mL 6 Alendronato de sódio Comprimido 10 mg 7 Alendronato de sódio 8 Amitriptilina, Cloridrato 9 Amoxicilina 10 Amoxicilina Comprimido 70 mg Comprimido 25 mg Cápsula 500 mg Pó para suspensão oral 50 mg/mL 11 Anlodipino, Besilato Comprimido 5 mg 12 Atenolol Comprimido 50 mg 13 Azitromicina Comprimido 500 mg TIPO DE RECEITUÁRIO Receituário comum 2 vias. Tratamento de DST, liberado somente com notificação, e tratamento Herpes zoster e Varicella-zoster. Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Programa Saúde do Ferro. Liberação conforme prescrição. DISPENSAÇÃO Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Tratamento da Osteoporose. Receituário comum 2 vias. Val.: 180 dias (6 meses). Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Receituário Branco de Controle Especial 2 vias. Conforme modelo Portaria 344/98. Validade da receita: 30 dias. Policlínicas, USA, Farmácia Gratuita, CAPS SUL e CAPS I. Receituário comum 2 vias. Validade da Receita 10 dias RDC 20/2011. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Receituário comum 2 vias. Tratamento de DST, liberado somente com notificação, Coqueluxe, Endocardite bacteriana. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. 13 Azitromicina Pó p/ Suspensão Oral 40 mg/mL + diluente 14 Beclometasona, Dipropionato Aerossol 250 mcg/dose 15 Benzilpenicilina benzatina Pó para suspensão injetável 1.200.000 UI Benzilpenicilina benzatina Benzilpenicilina procaína + 17 Benzilpenicilina potássica Pó para suspensão injetável 600.000 UI 16 Suspensão injetável 300.000 UI + 100.000 UI 18 Biperideno, Cloridrato Comprimido 2 mg 19 Bupropiona, Cloridrato Comprimido 150 mg 20 Captopril Comprimido 25 mg 21 Carbamazepina Comprimido 200 mg 22 Carbamazepina Xarope 20 mg/mL Receituário comum 2 vias. Tratamento de DST e Coqueluxe, liberado somente com notificação e Endocardite bacteriana. Programa Asma e rinite.Validade da receita: 3 meses, se uso contínuo. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Receituário comum 2 vias. Validade da Receita 10 dias RDC 20/2011. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Receituário Branco de Controle Especial 2 vias. Conforme modelo Portaria 344/98. Validade da receita: 30 dias. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita, CAPS e CAPS I. Liberado para os pacientes do Programa Antitabagismo. Policlínicas Raimundo Franco de Sá, Antonio Receituário Branco de Controle Reis, Castelo Branco, Especial 2 vias, conforme modelo José Antônio da Silva, SVS Portaria 344/98. Validade da Ivone Lima, Comte receita: 30 dias. Telles, Djalma Batista, USA Alfredo Campos, UBS Armando Mendes, MSF Vila da Prata e Posto de Saúde Rural São Pedro. Uso somente em urgências Uso somente em hipertensivas, conforme urgências hipertensivas. RENAME 2010. Receituário Branco de Controle Especial 2 vias. Conforme modelo Portaria 344/98. Validade da receita: 30 dias. Tratamento da Osteoporose. Carbonato de cálcio + Comprimido 500 mg + 400 UI Receituário comum 2 vias. Val.: Colecalciferol 180 dias (6 meses) Receituário Branco de Controle Especial 2 vias. Conforme 24 Carbonato de lítio Comprimido 300 mg modelo Portaria 344/98. Validade da receita: 30 dias. 23 Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Policlínicas, USA, Farmácia Gratuita, CAPS e CAPS I. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, Farmácia Gratuita, CAPS e CAPS I. 25 Cefalexina Cápsula ou comprimido 500 mg 26 Cefalexina Suspensão oral 50 mg/mL 28 Ciprofloxacino, Cloridrato Clindamicina, 29 Cloridrato 30 Clomipramina, Cloridrato Comprimido 500 mg Comprimido 300 mg Comprimido 25 mg 31 Clonazepam Solução oral 2,5 mg/mL 32 Cloreto de sódio Solução nasal 0,9% 33 Clorpromazina, Cloridrato Clorpromazina, 34 Cloridrato 35 Clorpromazina, Cloridrato Receituário comum 2 vias. Validade da Receita 10 dias RDC 20/2011. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Receituário comum 2 vias. Tratamento de DST, liberado somente com notificação. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Tratamento da toxoplasmose. Receituário comum 2 vias. Validade da prescrição 10 dias(RDC 20/2011). Policlínicas: Comte Telles(São José II), José Antonio da Silva (Monte das Oliveiras) e Raimundo Franco de Sá (Nova Esperança). Receituário Branco de Controle Especial 2 vias. Conforme modelo Portaria 344/98. Validade da receita: 30 dias. Fármacos sujeitos a Notificação de Receita B (AZUL) Conforme Portaria SVS 344/98.Validade da receita: 30 dias. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, Farmácia Gratuita, CAPS e CAPS I. Policlínicas, USA, Farmácia Gratuita, CAPS e CAPS I. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Comprimido 25 mg Comprimido 100 mg Receituário Branco de Controle Policlínicas, USA, Especial 2 vias. Conforme Farmácia Gratuita, CAPS modelo Portaria 344/98.Validade e CAPS I. da receita: 30 dias. Solução oral 40 mg/mL Dexametasona, 36 Acetato Creme dermatológico 1 mg/g 37 Diazepam Comprimido 5 mg 38 Diazepam Comprimido 10 mg 39 Digoxina Comprimido 0,25 mg Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Fármacos sujeitos a Notificação Policlínicas, USA, de Receita B (AZUL) Conforme Farmácia Gratuita, CAPS Portaria SVS 344/98. Validade da e CAPS I. receita: 30 dias. Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Policlínicas, USA, UBS e Farmácia Gratuita. 40 Dipirona sódica Comprimido 500 mg 41 Dipirona sódica Solução oral 500 mg/mL 42 Doxiciclina, Cloridrato Comprimido 100 mg 43 Enalapril, Maleato Comprimido 10 mg 44 Eritromicina, Estearato Comprimido 500 mg 45 Eritromicina, Estearato Suspensão oral 250 mg/mL Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Receituário comum 2 vias. Tratamento de DST, liberado somente com notificação e outras infecções . Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Inibidor da ECA, de uso ambulatorial em substituição ao CAPTOPRIL. Receituário comum 2 vias. Validade da Receita 10 dias RDC 20/2011. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Cápsula 500 mg Programa da Atenção Básica medicamento fitoterápico.Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, UBS e Farmácia Gratuita. Comprimido 500 mg Tratamento da toxoplasmose. Receituário comum 2 vias. Validade da prescrição 10 dias(RDC 20/2011). Policlínicas: Comte Telles(São José II), José Antonio da Silva (Monte das Oliveiras) e Raimundo Franco de Sá (Nova Esperança). 48 Estriol 1mg/g Bisnaga com 50g + Aplicador Programa da Atenção Básica Policlínicas, USA e Utilizado no climatério.Liberação Farmácia Gratuita, UBS e conforme prescrição. Validade UBSF. da receita: 90 dias. 49 Etambutol Comprimido 400 mg 50 Etambutol Xarope 2,5% Etinilestradiol + 51 Levonorgestrel Comprimido 0,03 mg + 0,15 mg 46 Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) 47 Espiramicina 52 Fenitoína sódica Comprimido 100 mg Medicamento destinado ao programa TB, mediante notificação e solicitação pela unidade. Programa Planejamento Familiar. Validade da receita: 1 ano, se uso contínuo. Receituário Branco de Controle Especial 2 vias. Conforme modelo Portaria 344/98. Validade da receita: 30 dias. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, Farmácia Gratuita, CAPS e CAPS I. 53 Fenobarbital Comprimido 100 mg 54 Fenobarbital Solução oral 40 mg/mL 55 Fluconazol Cápsula 150 mg 56 Fluoxetina, Cloridrato Cápsula 20 mg 57 Folinato de cálcio Comprimido 15 mg 58 Furosemida Comprimido 40 g 59 Glibenclamida Comprimido 5 mg 60 Gliclazida Comprimido 80 mg 61 Guaco (Mikania glomerata) 62 Haloperidol Xarope 0,25 mg/mL Comprimido 5 mg 64 Haloperidol Solução oral 2 mg/mL 66 Hidroclorotiazida Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Receituário Branco de Controle Especial 2 vias. Conforme modelo Portaria 344/98. Validade da receita: 30 dias. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, Farmácia Gratuita, CAPS e CAPS I. Policlínicas: Comte Telles(São José II), José Tratamento da toxoplasmose. Antonio da Silva (Monte ReceituárIo comum 2 vias. das Oliveiras) e Raimundo Franco de Sá (Nova Esperança). Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Programa hiperdia. Validade da Policlínicas, USA, UBS, receita: 4 meses, se uso UBSF e Farmácia contínuo. Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Programa da Atenção Básica medicamento Policlínicas, USA, UBS, fitoterápico.Validade da receita: UBSF e Farmácia 30 dias. Liberação conforme Gratuita. prescrição. Comprimido 1 mg 63 Haloperidol Haloperidol, 65 Decanoato Receituário Branco de Controle Policlínicas, USA, Especial 2 vias. Conforme Farmácia Gratuita, CAPS modelo Portaria 344/98.Validade e CAPS I. da receita: 30 dias. Solução injetável 50 mg/mL Comprimido 25 mg Receituário Branco de Controle Policlínicas, USA, Especial 2 vias. Conforme Farmácia Gratuita, CAPS modelo Portaria 344/98.Validade e CAPS I. da receita: 30 dias. Receituário Branco de Controle Especial 2 vias. Conforme modelo Portaria 344/98. Validade da receita: 30 dias. Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. CAPS. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. 67 Hipromelose Colírio 3 mg/mL 68 Ibuprofeno Comprimido 300 mg 69 Ibuprofeno Solução oral 50 mg/mL 70 Insulina humana NPH Suspensão injetável 100 UI/mL 71 Insulina humana regular 72 Ipratrópio, Brometo 73 Isoflavona de soja (Glycine max) 74 Isoniazida Solução injetável 100 UI/mL Policlínicas. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Policlínicas, USA, UBS e Farmácia Gratuita. Medicamento destinado à USA, UBS e UBSF. Solução inalante 0,25 mg/mL procedimento ambulatorial ( Nebulização). Programa da Atenção Básica medicamento fitoterápico. Policlínicas, USA e Utilizado no climatério.Liberação Cápsula 75 mg Farmácia Gratuita. conforme prescrição. Validade da receita 90 dias (3 meses). Comprimido 100mg 75 Isoniazida + Rifampicina Cápsula 100 mg + 150 mg 76 Isoniazida + Rifampicina Cápsula 200 mg + 300 mg 77 Ivermectina Para atendimento de receituários da Oftalmologia. Comprimido 6 mg Medicamento destinado ao programa TB, mediante notificação e solicitação pela unidade. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. 78 Levodopa + Benserazida Comprimido 200 mg + 50 mg 79 Levodopa + Benserazida Comprimido dispersível 100 Programa da Atenção Básica. Se Policlínicas, USA e mg + 25 mg uso contínuo, validade: 3 meses. Farmácia Gratuita. 80 Levodopa + Benserazida Cápsula 100 mg + 25 mg HBS Liberação prolongada. 81 Levonorgestrel Comprimido 0,75 mg 82 Loratadina Comprimido 10 mg 83 Loratadina Xarope 1 mg/mL Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Programa Planejamento Familiar. Pílula de emergência; Validade: 03 dias. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. 84 Losartana potássica 85 Comprimido 50 mg Medroxiprogesterona, Solução injetável 150 mg Acetato 86 Metformina Comprimido 850 mg 87 Metildopa Comprimido 250 mg 88 Metoclopramida, Cloridrato Comprimido 10 mg 89 Metronidazol Comprimido 250 mg 90 Metronidazol Creme vaginal 5% 91 Metronidazol Suspensão oral 40 mg/mL 92 Miconazol, Nitrato Creme dermatológico 2% 93 Miconazol, Nitrato Creme vaginal 2% Multibacilar adulto (Rifampicina + 94 Clofazimina + Dapsona) Multibacilar infantil (Rifampicina + 95 Clofazimina + Dapsona) 300 mg + 100 mg e 50 mg + 100 mg 300 mg e 150 mg + 50 mg + 50 mg 96 Nicotina Adesivo transdérmico 14 mg 97 Nicotina Adesivo transdérmico 21 mg 98 Nicotina Adesivo transdérmico 7 mg 99 Nicotina Goma de mascar 2 mg 100 Nicotina Pastilha 4 mg Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Programa Planejamento Familiar. Validade da receita: 1 ano, se uso contínuo. Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Receituário comum 2 vias. Validade da Receita 10 dias RDC 20/2011. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Medicamento destinado ao programa da hanseníase, mediante notificação e solicitação pela unidade. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Medicamento destinado ao programa antitabagismo. Liberado para os pacientes do Programa Antitabagismo. Policlínicas Raimundo Franco de Sá, Antonio Reis, Castelo Branco, José Antônio da Silva, Ivone Lima, Comte Telles, Djalma Batista, USA Alfredo Campos, UBS Armando Mendes, MSF Vila da Prata e Posto de Saúde Rural São Pedro. 101 Nistatina Suspensão oral 100.000 UI/mL 102 Noretisterona Comprimido 0,35 mg Noretisterona, 103 Enantato + Estradiol, Valerato Solução injetável 50 mg + 5 mg 104 Omeprazol Cápsula 20 mg 105 Paracetamol Comprimido 500 mg 106 Paracetamol Solução oral 200 mg/mL Paucibacilar adulto 107 (Rifampicina + Dapsona) 300 mg + 100 mg Paucibacilar infantil 108 (Rifampicina + Dapsona) 150 mg e 300 mg + 50 mg 109 Permetrina Loção tópica 1% 110 Pirazinamida Comprimido 500 mg 111 Pirazinamida Suspensão oral 3% 112 Pirimetamina 113 Comprimido 25 mg Prednisolona, Fosfato Solução oral 4,02 mg/mL sódico (equivalente a 3 mg/mL) 114 Prednisona Comprimido 20 mg Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Programa Planejamento Familiar. Validade da receita: 1 ano, se uso contínuo. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Medicamento destinado ao programa da hanseníase, mediante notificação e solicitação pela unidade. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Medicamento destinado ao programa TB, mediante notificação e solicitação pela unidade Tratamento da toxoplasmose. Receituário comum 2 vias. Validade da prescrição 10 dias(RDC 20/2011). Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido Policlínicas: Comte Telles(São José II), José Antonio da Silva (Monte das Oliveiras) e Raimundo Franco de Sá (Nova Esperança). Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS e Farmácia Gratuita. 115 Prednisona 116 Propranolol, Cloridrato Comprimido 5 mg Comprimido 40 mg 117 Ranitidina, Cloridrato Comprimido 150 mg 118 Retinol, Palmitato 100.000 e 200.000 UI 119 Rifampicina Cápsula 300 mg 120 Rifampicina Suspensão oral 2% Rifampicina + Izoniazida + 121 Pirazinamida + Etambutol 150 mg + 75 mg + 400 mg + 275 mg 122 Risperidona Comprimido 1 mg Sais para reidratação 123 oral Pó para solução oral 124 Salbutamol, Sulfato Aerossol 100 mcg/dose 125 Sinvastatina Comprimido 20 mg 126 Sulfadiazina Comprimido 500 mg 127 Sulfametoxazol + Trimetroprima Comprimido 400 mg + 80 mg 128 Sulfametoxazol + Trimetroprima Suspensão oral 40 mg + 8 mg Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Programa da Atenção Básica. Para administração na própria unidade. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Destinada aos pacientes dos programas: TB, hanseníase e meningite. Liberação mediante notificação. Medicamento destinado ao programa TB, mediante notificação e solicitação pela unidade. Receituário Branco de Controle Especial 2 vias. Conforme modelo Portaria 344/98. Validade da receita: 30 dias. Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Programa Asma e rinite.Validade da receita: 3 meses, se uso contínuo. Programa hiperdia. Validade da receita: 4 meses, se uso contínuo. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Estabelecimento de Saúde onde o paciente foi atendido. Policlínicas, USA, Farmácia Gratuita, CAPS e CAPS I. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. Destinada ao tratamento de toxoplasmose. Receituário comum 2 vias. Validade da prescrição 10 dias(RDC 20/2011). Policlínicas Comte Telles (São José II), José Antonio da Silva (Monte das Oliveiras) e Raimundo Franco de Sá (Nova Esperança). Receituário comum 2 vias. Validade da Receita 10 dias RDC 20/2011. Policlínicas, USA e Farmácia Gratuita. 129 Sulfato ferroso Comprimido 40 mg Fe++ 130 Sulfato ferroso Solução oral 25 mg/mL 131 Talidomida Comprimido 100 mg 132 Tiamina, Cloridrato Comprimido 300 mg 133 Timolol, Maleato Colírio 5 mg/mL 135 Valproato de sódio Comprimido 576mg (equivalente a 500 mg de ácido valpróico) Liberação Prolongada, avaliação médica , pois requerem administrações menos frequentes comparadas a de liberação imediata. 136 Valproato de sódio Solução oral ou xarope 57,624 mg/mL (equivalente a 50 mg de ácido valpróico/mL) Programa Saúde do Ferro. Liberação conforme prescrição. Destinada ao programa da hanseníase. Liberação mediante notificação do caso . Medicamento sujeito à notificação de receita de talidomida e prescrição via Termo de Responsabilidade/ Esclarecimento em 3 vias (Portaria 344/98). Programa da Atenção Básica. Validade da receita: 30 dias. Liberação conforme prescrição. Para atendimento de receituários da Oftalmologia. Policlínicas, USA, UBS, UBSF e Farmácia Gratuita. Encaminhamento para Fundação Alfredo da Mata. Policlínicas, USA, e Farmácia Gratuita, CAPS e CAPS I. Policlínicas. Receituário Branco de Controle Policlínicas, USA, Especial 2 vias. Conforme Farmácia Gratuita, CAPS modelo Portaria 344/98.Validade e CAPS I. da receita: 30 dias. PRODUTOS PARA SAÚDE DE DISTRIBUIÇÃO AMBULATORIAL Nº PRODUTOS PARA SAÚDE ITEM 138 Preservativo masculino 139 Seringa de insulina APRESENTAÇÃO TIPO DE RECEITUÁRIO DISPENSAÇÃO Policlínicas, USA, UBS, 170 mm x 49 mm e 180 mm x Disponível nas unidades UBSF e Farmácia de saúde. 52 mm 1 mL com agulha 13 x 4,5 Recetuário comum em duas vias. Gratuita. Policlínicas, USA, UBS e Farmácia Gratuita. 140 Lanceta Conforme formulário modelo Policlínicas 141 Fitas glicemia Conforme formulário modelo Policlínicas 142 Aparelho glicemia Conforme formulário modelo Policlínicas REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos. Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2001. GINEBRA, Departamento de Medicamentos Esenciales y Política Farmacéutica. Comités de farmacoterapia Guía práctica. Organización Mundial de la Salud, 2003. Disponível em: <http.www.who.int/medicinedocs/pdf/s8121s/s8121s.pdf> acesso em 2 nov. 2012 BRASIL, Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS. (série caderno de planejamento, volume 2, 2ª edição); Brasília, 2009. MARIN N, L.V.L. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS; 2003. BRASIL, Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS. (volume 7). 1ª edição Brasília, 2007. 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A ÁCIDO ACETILSALICÍLICO, 5, 29 ÁCIDO FÓLICO, 5, 32 ALBENDAZOL, 5, 35 ALENDRONATO DE SÓDIO, 5, 38 AMITRIPTILINA, CLORIDRATO, 5, 40 AMOXICILINA, 5, 45 ANLODIPINO, BESILATO, 5, 48 ATENOLOL, 5, 51 ATROPINA, 5, 54 AZITROMICINA, 5, 57 ESTRIOL, 6, 132 ETINILESTRADIOL + LEVONORGESTREL, 6, 134 F FENITOÍNA, 6, 137 FENOBARBITAL, 6, 142 FENTANILA, 6, 146 FLUCONAZOL, 6, 150 FLUOXETINA, 6, 156 FOLINATO DE CÁLCIO, 6, 160 FUROSEMIDA, 6, 164 G B BECLOMETASONA, DIPROPIONATO, 5, 60 BENZILPENICILINA BENZATINA, 5, 63 BENZILPENICILINA POTÁSSICA, 5, 66 BENZILPENICILINA PROCAÍNA + BENZILPENICILINA POTÁSSICA, 5, 69 BIPERIDENO, CLORIDRATO, 5, 71 C CAPTOPRIL, 5, 73 CARBAMAZEPINA, 6, 75 CARBONATO DE CÁLCIO, 6, 79 CARBONATO DE CÁLCIO + COLECALCIFEROL, 6, 83 CARBONATO DE LÍTIO, 6, 85 CEFALEXINA SÓDICA OU CEFALEXINA MONOIDRATADA, 6, 89 CLINDAMICINA, 6, 91 CLOMIPRAMINA, 6, 96 CLONAZEPAM, 6, 99 CLORETO DE SÓDIO, 6, 105 CLORIDRATO DE BUPROPIONA, 6, 102 CLORPROMAZINA, CLORIDRATO, 6, 106 D DEXAMETASONA, 6, 109 DIAZEPAM, 6, 114 DIGOXINA, 6, 118 DIPIRONA, 6, 121 DISPENSAÇÃO, 5, 22, 23, 346, 355 E ENALAPRIL, 6, 124 ERITROMICINA, ESTEARATO, 6, 127 ESPINHEIRA SANTA Maytenus ilicifolia, 7 ESPIRAMICINA, 6, 130 GENTAMICINA, 6, 167 GLIBENCLAMIDA, 6, 170 GLICLAZIDA, 6, 173 GUACO, 7, 241, 337 H HALOPERIDOL, 6, 175 HIDROCLOROTIAZIDA, 6, 179 HIDROCORTISONA, 6, 182 I IBUPROFENO, 6, 186 INSULINA HUMANA NPH, 6, 190 INSULINA HUMANA REGULAR, 6, 190 ISOFLURANO, 6, 194 IVERMECTINA, 6, 197 L LEVODOPA + BENSERAZIDA, 6, 199 LEVONORGESTREL, 6, 203 LORATADINA, 7, 205 LOSARTANA POTÁSSICA, 7, 207 M MEDROXIPROGESTERONA, 7, 211 METFORMINA, 7, 214 METILDOPA, 7, 217 METILPREDNISOLONA, 7, 219 METOCLOPRAMIDA, 7, 225 METRONIDAZOL, 7, 229 MICONAZOL, 7, 233 MIDAZOLAM, 7, 236 MORFINA, 7, 242 R N NISTATINA, 7, 247 NORETISTERONA, 7, 249 NORETISTERONA, ENANTATO + ESTRADIOL, VALERATO, 7, 252 O OMEPRAZOL, 7, 255 P PARACETAMOL, 7, 259 PERMETRINA, 7, 262 PIRIMETAMINA, 7, 264 PREDNISOLONA, 7, 267 PREDNISONA, 7, 270 PROMETAZINA, 7, 276 PROPOFOL, 7, 284 PROPRANOLOL, CLORIDRATO, 7, 280 RANITIDINA, CLORIDRATO, 7, 288 RETINOL, 7, 292 RISPERIDONA, 7, 294 S SAIS PARA REIDRATAÇÃO, 7, 297 SALBUTAMOL, 7, 299 SINVASTATINA, 7, 303 SULFADIAZINA, 7, 307 SULFADIAZINA DE PRATA, 7, 310 SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA, 7, 312 SULFATO FERROSO, 7, 316 T TIAMINA, CLORIDRATO, 7, 320 TIMOLOL, 7, 322 TIOPENTAL, 7, 325 V VALPROATO DE SÓDIO, 7, 328