Tipos de Pesquisa CLÁUDIA BARBOSA Pesquisa segundo os objetivos O objetivo maior de qualquer movimento intelectual é sempre atingir a ponta, isto é, chegar ao estágio da oferta de respostas a uma necessidade humana. Por isso, dependendo do grau de aproximação em relação ao fato estudado, as pesquisas podem ser caracterizadas como exploratórias, descritivas ou explicativas. Exploratórias - As pesquisas exploratórias tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas torná-lo mais explícito ou construir as hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas quase sempre são feitas por meio de levantamentos bibliográficos, entrevistas com profissionais que estudam ou atuam na área, visitas a web sites, etc. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Descritivas – Após a primeira aproximação (pesquisa exploratória), as pesquisas descritivas tem como objetivo primordial a descrição das características do fato ou fenômeno estudado. Por isso a pesquisa descritiva é normalmente feita em forma de levantamentos ou observações sistemáticas, visando descobrir a existência de associações entre variáveis. Explicativas – Constituem em criar uma teoria aceitável a respeito de um fato ou um fenômeno. Estas se ocupam de porquês e, por natureza, envolvem o pesquisador num nível mais elevado de responsabilidade para com os resultados obtidos. Estas pesquisas tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem par a ocorrência dos fenômenos e explicá-los. Pesquisa segundo os procedimentos de coleta Procedimentos de coleta são os métodos práticos utilizados para reunir informações necessárias à construção dos raciocínios em torno do problema. Na verdade, a coleta de dados de cada pesquisa trará peculiaridades adequadas àquilo que se quer descobrir. As formas mais comuns de se coleta informações são: Experimento – consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as varáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e observação dos efeitos que as variáveis produzem no objeto. Quando os objetos são entidades físicas, tais como porções de líquidos, TIPOS DE PESQUISA bactérias animais não se identificam grandes limitações quanto à pesquisa experimental. Porém quando se trata de objetos sociais, pessoas, grupos, instituições, as limitações tornam-se bastante evidentes. Considerações éticas e humanas impedem que a experimentação se faça eficiente nas ciências humanas. Levantamento – é a pesquisa que busca informação diretamente com o grupo de interesse a respeito dos dados que se deseja obter e, mediante análise quantitativa, obtém-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. Entre suas principais vantagens estão: o conhecimento direto da realidade, na medida em que o próprio grupo informa sobre seu comportamento, opiniões e etc; economia e rapidez, desde que se tenha uma equipe de tabuladores devidamente treinados; quantificação, permite uma análise estatística dos fatos. Estudo de caso – é a modalidade de pesquisa que consiste em um estudo profundo de um objeto restrito, com o intuito de descrever a situação do contexto em que está sendo feita a investigação dentro de limites previamente estabelecidos. O estudo de caso exige do pesquisador um grande equilíbrio intelectual e capacidade de observação (olho clínico), além de parcimônia quanto à generalização de resultados. Bibliográfica – é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente por livros e artigos científicos. A utilização total ou parcial dessas fontes (devidamente citadas) é o que caracteriza uma pesquisa bibliográfica. Sua principal vantagem reside no fato de permitir ao pesquisador a cobertura de uma ampla gama de conhecimentos já adquiridos. O único cuidado que o pesquisador deve ter é de não utilizar fontes obsoletas ou inadequadas que podem comprometer diretamente o resultado da pesquisa. Documental – Assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, porém a essencial diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica utiliza-se fundamentalmente das contribuições de diversos autores sobre um determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo como os objetos da pesquisa. São fontes documentais, documentos informativos, fotografias, correspondência comercial, entre outros. Qualitativa – é a pesquisa cujos dados só fazem sentido através de um tratamento lógico secundário feito pelo pesquisador, indicando certa “qualidade” na análise. Quantitativa – é a pesquisa onde o importante é a coleta e a análise quantificada dos dados, com evidência empírica imediata. Pesquisa segundo as fontes de informação Chamam-se fontes de informação os lugares/situações de onde se extraem os dados de que se precisa. As fontes de dados são três: o campo, o laboratório e a bibliografia. 2 TIPOS DE PESQUISA Campo – lugar natural onde acontecem os fatos e fenômenos. A pesquisa de campo é a que recolhe os dados in natura por observação direta ou estudo de caso. A diferença da pesquisa de levantamento é que, de modo geral, o levantamento tem maior alcance e a pesquisa de campo, maior profundidade. No estudo de campo o pesquisador realiza a maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada a importância de o pesquisador ter tido mesmo a experiência direta na situação do estudo. Laboratório – espaço e momento de uma pesquisa caracterizada por duas situações: a interferência artificial na produção do fato ou fenômeno ou a artificialização de sua leitura, melhorando as capacidades humanas naturais de percepção. Bibliografia – A pesquisa com base em uma bibliografia deve encabeçar qualquer processo de busca cientifica que se inicie,pois são matérias-primas para raciocínios e conclusões para qualquer fato ou fenômeno. Saiba Mais: Você sabia que é muito importante mensurar numa pesquisa os aspectos administrativos, tais como tempo e custos? Normalmente, a maioria das obras de metodologia tratam somente dos aspectos científicos da pesquisa. Leitura Recomendada HIRANO, Sedi (org.) Pesquisa social: projeto e planejamento. São Paulo:T.A.Queiroz, 1979. 3