SESSÃO DE TRABALHO A (18 OCT. 14 H 30 – 16 H) FINANÇAS E COMÉRCIO SOLIDÁRIOS Workshop 1: Sociedades previdenciárias e a economia social e solidária Integrar regionalmente as entidades mutualistas das Américas Organización de Entidades Mutuales de las Americas (ODEMA) (Américas) Alfredo Sigliano, presidente do comitê diretor, ODEMA e Daniel Lopez Villalba, ODEMA Uruguai A apresentação tratará da criação e evolução da ODEMA, um organismo que reúne e promove as entidades mutualistas na América, seu trabalho para construir um diálogo e alguns procedimentos para melhorar a ação comum mutualista no continente americano. Esse acordo e colaboração entre seus membros e junto aos governos nacionais e representantes de instituições internacionais resultaram em vários benefícios, em particular a inclusão do mutualismo nas agendas nacionais e internacionais, o que implica em uma série de benefícios para os atores do setor. Difundir as práticas mutualistas na África Union Africaine de la Mutualité (África) Abdelmoula Abdelmoumni, presidente, UAM A Union Africaine da Mutualité (UAM) reúne organizações mutualistas em diferentes países de África para difundir as práticas mutualistas no continente. A apresentação tratará da organização, seus membros, sua evolução e as ações e programas que desenvolve atualmente. Também se falará da importância do mutualismo africano na economia social e solidária e na resposta aos desafios do milênio nos setores chave da saúde, assistência social e educação entre outros. Finalmente, serão identificadas as políticas públicas da região que tiveram maior impacto sobre o mutualismo. Uma associação mutualista solidária na Argentina Asociación Mutual de Protección Familiar (Argentina) Andres Roman, directivo legais AMPF e coordenador ODEMA, e Maria Rosa Saenz Saralegui, comunicação AMPF A Asociação Mutual de Protección Familiar (AMPF) trabalha para satisfazer as necessidades básicas e aumentar a qualidade de vida das pessoas na Argentina. Ao mesmo tempo, desempenha um papel de capacitação e disseminação da informação sobre os princípios e a gestão mutualista em seu país e com outras associações mutualistas membros da ODEMA. Quais são as necessidades mais urgentes e mais comuns de seus associados? Como essas afetam a relação da AMPF com as entidades privadas e públicas com as quais interage? Que iniciativas públicas têm favorecido ou dificultado seu crescimento? Workshop 2: Melhorar o acesso ao mercado dos produtos da economia social e solidária O karité no Mali: Organizar a produção e a venda de uma cultura fonte de renda Coopérative des productrices de beurre de karité COPROKAZAN (Mali) Seydou Sagnon, Diretor, ONG Association malienne pour la Promotion des Jeunes (AMPJ) A COPROKAZAN - Cooperativa das Produtoras da Manteiga de Karité de Zantièbougou - é uma das principais fontes de renda na sua região e é formada principalmente de mulheres. No Mali, o governo iniciou recentemente o processo de elaboração de uma política nacional para o setor do karité e o desenvolvimento desse setor está incluído nas prioridades de desenvolvimento durável do Estado. De que modo esse tipo de cooperativas constitui uma verdadeira ferramenta de redução da pobreza das mulheres principalmente em meio rural? Na prática, de que maneira, a cooperativa garante uma melhoria na produção e na comercialização? Como as políticas públicas apoiam esse funcionamento? Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Juntar-se para integrar a cadeia produtiva no Brasil Cooperativa Central Justa Trama (Brasil) Nelsa Inês Fabian Nespolo, diretora presidente, Cooperativa Central Justa Trama A Justa Trama é uma central de cooperativas que trabalha em cadeia produtiva, do cultivo do algodão até a sua comercialização, através da sua marca de roupas. A Central tem um compromisso real com a distribuição justa de renda e com a preservação do meio ambiente. Como ela foi estabelecida? Quais são as vantagens e os desafios desta forma de organização? Como esta experiência pode ser multiplicada em outros setores ou países? Um apoio público para a comercialização e a certificação da produção agro-ecológica no Equador Red Agroecológica del Austro, (Ecuador) Germán Patricio Bravo Vera, Mestrado em Docência con Menção em Edu-comunicação, Assessor técnico da Red Agroecológica del Austro A Red Agroecológica del Austro-Sur do Equador apresenta seu processo territorial de gestão combinada entre o setor público e o setor não governamental para o apoio à produção, aprovação e comercialização da produção agroecológica proveniente de pequenos e médios produtores camponeses por meio de uma rede de mercados locais em circuitos curtos (produtor-consumidor). Ela conta com o envolvimento de governos locais para a comercialização e do governo nacional para o sistema de garantia da produção agro-ecológica, dentro dos princípios da soberania alimentar, comércio justo e economia solidária. Workshop 3: Iniciativas internacionais que apoiam a economia social e solidária Desenvolver um projeto centro-americano de economia social e solidária COKOMAL (Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica) Miguel Alonzo Macías de Red Comal de Honduras e Yasy Morales Chacón de Consumo e Comunicación alternativa, Cokomal, Costa Rica Cokomal (Aq'ab'al) a Empresa Centro-americana de Economia Social e Solidária para o Desenvolvimento Integral foi fundada no ano passado por empresas com uma base social muito importante na Guatemala, em Honduras, na Nicarágua e na Costa Rica que têm trabalhado em torno de problemáticas comuns para desenvolver projetos que atendam de forma coletiva e solidária à suas necessidades. A descrição desse processo de 2 anos que permite construir a empresa centro-americana de uma forma autônoma, solidária e com uma visão de responsabilidade no que tange o futuro da região é a introdução aos projetos que assumiria a empresa, em relação à formação, as finanças solidárias e a gestão solidária. Uma cooperação trinacional para financiar e apoiar as empresas de ESS no México Développement Solidaire International, FIDES ECOSOL, Mondragon, FEBEA (México, Espanha, Quebec) Esse projeto trinacional reúne quatro atores importantes: FIDES ECOSOL, um fundo de investimento para a economia solidária no México, Desenvolvimento Solidário Internacional, uma ONG de cooperação quebequense, Mondragon, um grupo cooperativo basco, e a FEBEA, Federação européia de finanças e das bancas éticas e alternativas. O objetivo de capacidade da intervenção financeira inicial do fundo é de 10 milhões de dólares. É também um engajamento a médio prazo que serve de alavanca para atrair novos parceiros mexicanos e internacionais. Os parceiros concordaram também em tornar disponíveis sua experiência em gestão de fundo e em gestão administrativa. Eles proporcionam um apoio técnico para a gestão geral das empresas que estão começando, as que estão em desenvolvimento e em recuperação, em particular as de economia social, na formulação de planos de negócios e de pedidos de financiamento. A apresentação tratará da implementação desse projeto e apresentará as instâncias públicas e coletivas nos três países que permitiram seu sucesso. Construindo Comunidades Prósperas por meio do Circuito Financeiro Holanda-Nicarágua Centro de Promoción del Desarrollo Local (CEPRODEL) (Nicarágua, Holanda) Miguel González Solórzano, presidente do comitê diretor, CEPRODEL Este projeto de cooperação internacional tem como base a relação de solidariedade entre cidades holandesas e cidades nicaraguenses que promove o desenvolvimento econômico e cultural. Entre outras coisas, o projeto inclui a construção de garantias financeiras para a obtenção de financiamento de bancos holandeses; a execução de programas de moradia e emprego por meio de apoio a cooperativas de moradia e de criação de fundos de coinvestimento e a ampliação dos serviços municipais oferecidos na Nicarágua. A apresentação descreverá a criação do projeto e seus componentes, os impactos percebidos e as lições aprendidas até hoje. Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Workshop 4: Instituições financeiras a serviço da economia social e solidária 1 Impactos sobre instituições microfinanceiras da nova política financeira da Bolívia Fundación Fondo de Crédito Solidario (FONCRESOL) (Bolívia) Gustavo Diez de Medina V. gerente geral, FONCRESOL A nova constituição política na Bolívia coloca o estado como motor do desenvolvimento econômico. A partir desta constituição surge uma nova política financeira que impacta toda a estrutura do sistema financeiro. Assim sendo, foi iniciado um processo de regulamentação das instituições microfinanceiras. A apresentação tratará desse processo e de seu impacto sobre as condições atuais das instituições financeiras solidárias no país, em particular FONCRESOL. Autogestão de bancos comunitários para a democratização do recurso financeiro na Argentina Nuestras Huellas (Argentina) Nicolas Meyer, psicólogo social A Nuestras Huellas implementa o programa de Bancos Comunitários em Buenos Aires. A empresa outorga créditos, mas também dá formação e oferece ajuda aos sócios empresários para a comercialização. Os bancos comunitários geram sua própria poupança. Por meio deles, a comunidade também pode ter acesso a um crédito que pode ser utilizado para a saúde, a moradia, a educação, etc. Como se cria um banco comunitário e como ele pode crescer em clima financeiro difícil? Que políticas públicas podem ajudar ou prejudicar sua consolidação e sua expansão? Como as Cooperativas Financeiras nos Estados Unidos Enfrentaram a Crise Financeira National Federation of Community Development Credit Unions (Estados Unidos) Clifford Rosenthal, CEO, National Federation of Community Development Credit Unions As cooperativas de desenvolvimento comunitário (CDCUs) são cooperativas financeiras dos Estados Unidos especializadas no atendimento de pessoas de baixa renda, em particular minorias e imigrantes em áreas urbanas, rurais e reservas. Em parte graças ao investimento do governo federal, as CDCUs superaram a profunda crise financeira que devastou comunidades de baixa renda e até cresceram. A apresentação trata dos efeitos da crise nas instituições financeiras de baixa renda, do impacto do apoio do setor público e das perspectivas de crescimento do setor financeiro do desenvolvimento comunitário. Financiar produtores de café no Quênia The Coffee Development Fund (CDF) (Quênia) George O. Ooko, diretor do conselho de administração, CDF No Quênia, o subsetor do café é formado por fazendeiros de pequenas propriedades, que geram a maior demanda de crédito e permanecem em grande parte excluídos dos serviços financeiros formais. O governo do Quênia criou o Fundo de Desenvolvimento do Café, uma instituição financeira que se dedica a distribuir crédito barato e acessível a cooperativas de café para o desenvolvimento, insumos e operações da fazenda. A apresentação discutirá como esse modelo enfrentou desafios financeiros passados e emergentes junto com a cadeia de valor do café, inclusive, parcerias com instituições financeiras comunitárias e operadores de telefones celulares par expandir o alcance do crédito, formas de empréstimo para grupos para superar pedidos de garantias inadequadas por parte dos financiadores e programas de compras por atacado para combater o alto custo dos insumos e os desafios de abastecimento. SEGURANÇA E SOBERANIA ALIMENTAR Workshop 5: As políticas públicas de segurança e de soberania alimentar nos espaços supranacionais América do Norte: três países, três enfoques para a segurança e/ou a soberania alimentar Union des producteurs agricoles du Québec (UPA) division internationale (América do Norte) André Beaudoin, secretário geral, UPA Os mecanismos e as políticas dos Estados Unidos, do Canadá e do México que dizem respeito à segurança e/ou à soberania alimentar são diferentes. A apresentação enfoca as diferenças fundamentais entre os países sobre esses aspectos. Ela fomenta uma reflexão a respeito das orientações políticas que fundamentam a segurança alimentar continental - da produção ao consumo - e tenta salientar condições propícias às empresas de economia social e solidária. Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Organizar e mobilizar as organizações na África Ocidental em favor da segurança alimentar Réseaux des organisations paysannes d’Afrique de l’Ouest (ROPPA), (África Ocidental) Djibo Bagna, presidente, ROPPA A Rede das Organizações Camponesas e de Produtores da África Ocidental (ROPPA) reúne organizações ou "estruturas de concertação" de dez países da África Ocidental. A ROPPA busca reforçar a capacidade de seus membros a levar os seus Estados respectivos a agir em prol da melhoria das condições de atividades familiares rurais. Que políticas nacionais e regionais são consideradas exemplares? Garantir a Segurança Alimentar no Sudeste Asiático Asia Development of Human Resources in Rural Asia (DHRRA) (Ásia) Maria Elena Verdadero Rebagay, administradora senior de programa, DHRRA A apresentação enfoca os esforços da DHRRA, uma parceria regional de onze redes de desenvolvimento social e organizações em dez países do Sudeste Asiático e outras iniciativas de organização da sociedade civil em matéria de segurança alimentar em vários níveis (cidade, país, ANSA). Além disso, a apresentação inclui uma discussão das iniciativas comunitárias que enfocam os pequenos agricultores (ex.: iniciativas de reservas alimentares comunitárias, sistemas agrícolas sustentáveis, etc.) assim como o trabalho de defesa da causa. Quais são os principais desafios encontrados nessa região em matéria de segurança alimentar? Como as entidades públicas locais, nacionais e regionais enfrentam esses desafios e reagem às demandas das organizações da sociedade civil? Workshop 6: Reduzir a vulnerabilidade das mulheres e das famílias frente à insegurança alimentar, um sonho ou uma realidade? Fortalecendo as trabalhadoras rurais no Brasil do forma integrada Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais e Quilombolas (Brasil) Isolda Dantas, coordenadora geral de Acesso à Terra e Cidadania da Diretoria de Politicas para Mulheres Rurais e Quilombolas - Ministério do Desenvolvimento Agrário do Brasil A Organização Produtiva de Mulheres Rurais é financiada e apoiado em sua gestão pelo governo brasileiro e visa implementar políticas públicas para organizações de trabalhadoras rurais. Ela articula grupos nacionalmente, garante o acesso das mulheres às políticas públicas de apoio à produção e comercialização, oferece capacitação em políticas publicas, incluindo a elaboração de projetos para convênios, e financia estudos sobre o acesso as políticas de apoio à produção e comercialização. Além disso, dialoga com outros projetos para ampliar o acesso dos grupos produtivos de mulheres rurais. Cooperativas de arroz parboilizado no Burkina Faso: uma defesa eficiente Comité interprofessionnel du riz au Burkina Faso (CIR-B) (Burkina Faso) Jean-Pierre Yameogo, vice-presidente, CIR-B No Burkina Faso, o arroz importado é um concorrente ferroz do produto local. Graças a uma estratégia de defesa bem organizada e apoiada, o Comitê Interprofissional do arroz do Burkina Faso conseguiu influenciar o Estado para que seja adotada uma política de compra do arroz parboilizado produzido localmente pelas mulheres reunidas em empresas de economia social. As cooperativas de arroz parboilizado conseguiram assim se desenvolver e aceder a mercados lucrativos (estoques de segurança alimentar, cantinas escolares, hospitais e outros estabelecimentos públicos). Cozinhas autogeridas: o direito à alimentação, à incidência na gestão de programas sociais Federación de Mujeres Organizadas en Centrales de Comedores Autogestionarios de Lima Metropolitana (FEMOCCPAALM) (Peru) Ana María Gil Arcaya, presidenta FEMOCCPAALM A FEMOCCPAALM - Federação de Mulheres Organizadas em Centrais de Cozinhas Autogeridas de Lima Metropolitana – reúne mais de mil cozinhas e mais de trinta mil mulheres organizadas na Lima Metropolitana. As cozinhas, organizadas na FEMOCCPAALM, em nível de zona, distrito e metrópole, são reconhecidas como “organizações sociais de base” por lei - junto com outras organizações que se dedicam ao setor alimentar - e há o compromisso de recursos do Estado para apoiar o trabalho que realizam e outros aspectos. Até que ponto as cozinhas conseguem garantir a segurança alimentar de seus membros? Que processos desenvolveram para ser reconhecidas e ouvidas pelas instâncias públicas? Quais têm sido os resultados até agora deste reconhecimento e do apoio público? Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR SESSÃO DE TRABALHO B (18 OCT. 16 H 30 – 18 H) FINANÇAS E COMÉRCIO SOLIDÁRIOS Workshop 1: Os Fundos de pensão a serviço do desenvolvimento da economia social e solidária Orientar os investimentos para promover o desenvolvimento no Peru La Superintendencia de Banca, Seguros y AFP (Peru) A Superintendência de Banca, Seguros y AFP é uma instituição pública cuja autonomia é reconhecida pela Constituição do Peru. A agência regula e supervisiona os sistemas financeiros, de seguros e de pensões privados para proteger os interesses das partes interessadas, dos titulares de apólices e suas afiliadas. A Superintendência tem promovido os investimentos dos fundos de pensão em atividades de infra-estrutura, especialmente a infra-estrutura de apoio às PME. Que mecanismos foram estabelecidos para orientar os investimentos dos fundos de pensão? Quais foram os impactos sobre a economia e sociedade peruana? Os fundos de investimento para os trabalhadores Fondaction (Quebec), Fonds de solidarité FTQ (Quebec) ao serviço do desenvolvimento no Québec O Fundo de Solidariedade FTQ e Fondaction (CSN) são fundos de investimento criados e liderados por organizações sindicais quebequenses. Estes fundos permitem aos trabalhadores poupar para a aposentadoria e preservando e criando empregos no Québec através de investimentos geralmente dirigidas às PME. Eles tornaram-se atores econômicos essenciais e investidores em fundos locais e em empresas de economia social e solidária. Sua capitalização é quase US $ 8 bilhões (Fundo FTQ) e 1 bilhão (Fondaction), respectivamente. Como esses fundos são vistos hoje em dia? Quais são os seus principais desafios atualmente? Quais são as políticas públicas relacionados a eles e que os apóia? Workshop 2: Inovações financeiras da economia social e solidária Relevância e desafios da fundação para os bancos-organizações sem fins lucrativos no Japão Japan NPO-BANK Network (Japão) Yuko Uehara, auditora, Japan NPO-BANK Network Os bancos-organizações sem fins lucrativos no Japão são “bancos sem fins lucrativos da sociedade civil” fundados para dar empréstimos oferecidos de forma voluntária por indivíduos para ONGs, indivíduos e outras pessoas que trabalham para os territórios, o bem-estar, a preservação do meio-ambiente e outras atividades. Os bancos-ONG não foram reconhecidos como instituições financeiras apesar do uso da palavra “Banco” e enfrentam várias dificuldades por causa da falta de fundamento legal. A apresentação trata dos motivos pelos quais formas emergentes de organizações da sociedade civil precisam de bases legais e reconhecimento oficial para operar de forma efetiva. Banco Palmas: um modelo de banco comunitário Banco Palmas (Brasil) Organizado pela comunidade do Conjunto Palmeira, o Banco Palmas desenvolveu um sistema econômico que conta com uma linha de microcrédito alternativo, instrumentos de incentivo ao consumo local (cartão de crédito e moeda social circulante) e alternativas de comercialização (feiras et lojas solidárias), promovendo localmente geração de emprego e renda. Tem sido considerada uma experiência inovadora em Brasil que inspirou a criação de mais 52 Bancos Comunitários formando a Rede Brasileira de Bancos Comunitários. Uma rede da finança solidária e do capital de desenvolvimento no Quebec CAP finance e Investissement Québec, (Quebec) Há 25 anos, uma série de inovações financeiras ocorreu no Quebec, tornando acessível às empresas de economia social e solidária uma gama de produtos financeiros oferecidos por diversas de instituições financeiras. Em 2010, esses atores da finança solidária e do capital de desenvolvimento se estruturaram numa rede chamada CAP finança. A experiência, apresentada conjuntamente com a agência governamental Investissement Québec, tratará das diferentes instituições financeiras existentes, das medidas que levaram à sua criação e do impacto que tem essa rede sobre a economia social e a sociedade no Quebec. Também será discutida ligações entre estes agentes e as agências governamentais na construção da oferta de financiamento às empresas da economia social e solidária no Québec. Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Workshop 3: Instituições financeiras a serviço da economia social e solidária 2 Risco Compartilhado com organizações de produtores: uma opção de microfinanças produtivas na Bolívia Pro-rural (Bolívia) Flavio Ralde Laguna, diretor, Pro-rural Pro-rural propõe desenvolver programas micro-financeiros produtivos resgatando o avanço metodológico e tecnológico da indústria microfinanceira boliviana, buscando construir Fundos de Investimento Rural a partir das organizações de produtores e transformando-as de atores produtivos a atores financeiros. A apresentação ilustrará entre outras coisas os desafios de difundir produtos financeiros em zonas rurais e apresentará as ferramentas empregadas por este modelo que é, hoje em dia, parte da agenda da Autoridade Financeira Boliviana. Ela mostrará que por meio da combinação de instrumentos de investimento e crédito é possível desenvolver programas de microfinanças produtivas rurais e sustentáveis como resposta à crise alimentar. Conceber e oferecer instrumentos financeiros adequados a empresas da economia cooperativa na Espanha Fundació Seira (Espanha) Miquel Miró, diretor, Fundació SEIRA A Fundação SEIRA (qui) tem realizado uma análise profunda sobre mais de 400 cooperativas que permite conhecer com detalhe a realidade e as necessidades das empresas e, sobretudo, orientar adequadamente os programas e instrumentos para dar a resposta adequada a essas necessidades. Os objetivos são, por um lado, oferecer uma visão da realidade e dos desafios das cooperativas de trabalho e de serviços no âmbito econômico financeiro e das iniciativas financeiras bem sucedidas existentes que surgiram nesse contexto. Por outro lado, exporemos os instrumentos para o financiamento das empresas cooperativas que cresceram nesse contexto e as propostas de futuro que estão em jogo a partir das ações da Fundação SEIRA. Uma cooperativa de poupança a serviço da comunidade na Colômbia Cooperativa Latinoamericana de Ahorro y Credito Utrahuilca (Colômbia) Jose Ramiro Becerra Sterling, gerente geral, Utrahuilca Utrahuilca é uma cooperativa de poupança e crédito. Além do serviço de intermediação financeira solidária, Utrahuilca tem uma fundação social e um colégio onde desenvolve programas acadêmicos, sociais, culturais e políticos e aproximadamente 40% das famílias da área de influência territorial têm uma pessoa ligada diretamente aos serviços e programas da Cooperativa e, apoiados pela Cooperativa solidária, vários membros ocupam cargos para os quais foram eleitos pela população. Por quê, como e com que apoio público foram ampliados os cargos de uma cooperativa de crédito e qual é o papel que exerce no desenvolvimento local de sua região? SEGURANÇA E SOBERANIA ALIMENTAR Workshop 4: Recuperar as terras para garantir a segurança e a soberania alimentar Preservar a vocação agrícola das terras na França por meio de ferramentas coletivas Terre de liens (França) Marc Barny, administrador, réseau régional Rhône Alpes Terre de Liens, uma associação nacional, mobiliza capitais para permitir o acesso coletivo e solidário à propriedade agrícola e retirar esses terrenos à especulação financeira. Essa ferramenta de mobilização financeira das coletividades é interessante em vários casos, em particular quando uma fazenda é estratégica pela sua localização ou sua configuração. Ferramentas mistas de compra oferecem também aos interessados um meio de ação concreta no campo da propriedade. Até que ponto, as iniciativas da Terre de Liens permitem garantir uma melhoria na segurança alimentar à coletividade? Apossar-se de áreas ociosas em São Paulo para desenvolver a agricultura urbana Cidades sem fome (Brasil) Apesar do contexto urbano, existem na cidade de São Paulo e em sua periferia um grande número de áreas ociosas. São áreas privadas e públicas, que representam um grande passivo para as comunidades e a municipalidade, uma vez que, transformam-se em depósitos clandestinos de lixo e entulho, proporcionam condições favoráveis para as ocupações ilegais e desordenadas de moradias. O objetivo do Cidades sem Fome é desenvolver hortas coletivas nessas áreas a fim de proporcionar às comunidades carentes oportunidades de trabalho, capacitação profissional e geração de renda através da comercialização dos produtos obtidos pelos participantes do projeto. Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Workshop 5: Melhorar a segurança alimentar nacional por meio de políticas públicas e da economia social e solidária Resistência e resposta da cooperativa à crise alimentar no Marrocos La coopérative Copag (Marrocos) Youssef Alaoui Solaimani, ex-diretor geral, Copag Apesar das dificuldades enfrentadas pelos setores agrícola e cooperativo no Marrocos, a cooperativa Copag constitui hoje um valor seguro e um verdadeiro peso pesado da economia solidária regional. Como a cooperativa consegue, nesse contexto precário, promover a condição econômica e social de seus membros e de sua região, criar empregos decentes e duráveis e, portanto, atender às necessidades alimentares da população? Quais foram as políticas públicas que apoiaram esse crescimento? Segurança e soberania alimentar no Canadá: O cooperativismo e as políticas públicas mostraram seu valor Coalition pour la souveraineté alimentaire (Canadá) O cooperativismo agrícola no Quebec ocupa um lugar preponderante em matéria de transformação alimentar. Apesar da globalização dos mercados, esses alimentos produzidos localmente há décadas ainda alimentam o país. Agropur, uma cooperativa leiteira ou a Coopérative fédérée, uma cooperativa de transformação e comercialização de produtos agro-alimentares, por exemplo, ocupam posições dominantes nos seus respectivos mercados. Elas tiram proveito de alguns elementos institucionais, em particular, da Lei sobre a comercialização de produtos agrícola e da gestão da oferta, conseguindo um abastecimento garantido em produtos de base e um mercado garantido em produtos transformados, em nível doméstico. A apresentação permite compreender melhor essa coabitação. Workshop 6: Produtores agrícolas e movimento de defesa dos consumidores: uma visão reconciliadora para a segurança e a soberania alimentar? Uma estratégia para aumentar a renda dos produtores de amendoim do Senegal Cadre de Concertation des Producteurs d’Arachide (CCPA) (Senegal) Sidy Ba, secretário geral, CCPA O CCPA representa sete mil produtores e produtoras de amendoim do Senegal reunidos em grupos intermunicipais que produzem sementes aprovadas, transformam o amendoim em óleo e pasta e comercializam todos esses produtos. A privatização desse setor importante da agricultura levou o CCPA a defender a causa com vigor junto ao Estado e às grandes empresas para garantir preços e volumes interessantes para os produtores. Várias iniciativas visando a diversificação permitiram o desenvolvimento de pequenas cooperativas que aumentam as repercussões locais, tudo isso considerando o contexto de poder aquisitivo limitado dos 0consumidores senegaleses. Alimentos Sadios e Produtos Alimentares Acessíveis para Consumidores no Japão The Seikatsu Club Consumers' co-operative Movement Group (Japão) Ms Yangja Suh, The Seikatsu Club Consumers' co-operative Movement Group Desde 1968, o Clube Seikatsu reúne membros de cooperativas de consumidores que compraram alimentos diretamente dos produtores para conseguir alimentos sadios a preço justo. O desenvolvimento sustentável está no centro de suas atividades. Hoje em dia, os 350 000 membros, dos quais mais de 95% são mulheres, estenderam suas atividades para além da compra de alimentos. Além disso, os membros criaram um movimento de ação política nãopartidária que elegeu 140 representantes em nível municipal. Que critérios são usados na compra de produtos alimentares? Que relacionamento eles mantém com os produtores? O que eles pedem ao estado? Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR SESSÃO DE TRABALHO C (19 OCT. 10 H 45 – 12 H 15) INOVAÇÃO E EMPRESARIADO COLETIVO Workshop 1: A economia social e solidária em resposta às necessidades básicas: o caso da habitação Garantir o direito à moradia no Quebec graças à moradia comunitária Association des groupes de ressources techniques du Québec, la Confédération des coopératives d’habitation du Québec, la Fédération des OBNL en habitation du Québec et la Société d’habitation du Québec (Quebec) Há mais de 30 anos, a moradia comunitária representa um recurso privilegiado no Quebec para atender ao direito à moradia. É a pedra angular de políticas públicas e, assim sendo, cooperativas e associações oferecem moradias decentes e abordáveis a milhares de pessoas. Em quê, essa forma de organização se mostrou mais benéfica e mais estável? Como a economia social conseguiu desempenhar esse papel e que políticas apoiaram essas ações? Oferecer moradia barata de forma permanente nos Estados Unidos Champlain Housing Trust (Estados Unidos) Brenda Torpy, presidente e directora general, Champlain Housing Trust A Champlain Housing Trust é uma instituição comunitária de crédito fundiário que desenvolve e apoia projetos de imóveis para locação, de propriedade partilhada e de cooperativas habitacionais. A firma oferece também consultoria financeira e empréstimos para reforma domiciliar no intuito de poder oferecer continuamente moradias baratas, seguras e decentes a famílias e indivíduos com baixo e médio poder aquisitivo nos Estados Unidos. A apresentação discutirá que política pública contribuiu para o sucesso desse modelo e por que ele é considerado inovador, sustentável e transferível. Workshop 2: O papel da economia social e solidária na valorização e na gestão dos recursos naturais Experiências das Florestas Administradas pela Comunidade Federation of Community Forestry Users (FECOFUN) (Nepal) e BC Community Forest Association (BCCFA) (Canadá) Bhola Prasad Bhattarai, assessor, FECOFUN e Susan Mulkey, diretora, Comunições e Desenvolvimento, BCCFA A Federação dos Usuários da Floresta no Nepal (FECOFUN) representa 12 500 grupos de usuários da floresta que representa um terço da população do país. É a organização da sociedade civil mais importante do Nepal. A Associação da Floresta Comunitária da Colômbia Britânica (BCCFA) representa 50 grupos de usuários da floresta de toda a província, que representam as comunidades aborígines e não-aborígines. Essa apresentação conjunta discute as vantagens da administração comunitária das florestas, os desafios enfrentados por esses grupos e as políticas para apoiá-los. Eólicas cooperativas cidadãs na Bélgica SAW-B, solidarité des alternatives wallonnes et bruxelloises (Bélgica) Jean-Francois Mitsch, administrador de la cooperativa éolica cidadã « Emissions zéro » e administrador e membro da federação éolica belga RESCOOP Uma "éolica cidadã" é uma eólica construída por uma cooperativa cujos membros são acionários. Esses particulares buscam a se reaproximar de uma fonte de energia disponível. Portanto, é preciso criar estruturas sólidas, reunir fundos necessários e obter uma licença. Municípios podem também ser parceiros. Na Bélgica, as implicações municipais nas cooperativas eólicas se multiplicam. São inúmeras as motivações de tais projetos: existe principalmente, o desejo de favorecer as energias renováveis, mas também a vontade de construir as bases de uma autosuficiência energética. Gestão e exploração de recursos bem sucedidas na Indonésia Bina Swadaya Konsultan Community Investment Programme (CIP), (Indonésia) A. Irawati Hermantyo, Presidenta Diretora PT Bina Swadaya O Bina Swadaya Konsultan Community Investment Program (CIP) visa aumentar a capacidade das comunidades de administrar seus recursos ambientais de forma sustentável através do fortalecimento de grupos e da gestão dos recursos locais. Quais são os desafios para as comunidades da exploração de recursos naturais de forma sustentável do ponto de vista ambiental e econômico? Que papel devem desempenhar os outros atores para apoiar essas atividades? Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Workshop 3: A contribuição da economia social e solidária para a qualidade de vida das comunidades O papel da economia social no apoio às famílias e aos jovens no Quebec Réseau des CRP et AQCPE (Quebec) Louise Boucher, diretora geral, Réseau des CRP, Jean Robitaille, diretor geral, AQCPE e um representante do Ministère de la Famille et des Aînés (Québec) As empresas de economia social desempenham um papel central no apoio às famílias e aos jovens no Quebec e seu trabalho é apoiado por políticas públicas. A rede dos Centros da Pequena Infância (CPE) com suas 220 000 crianças e 40 000 trabalhadoras assim como a Rede dos Centros de Recursos Perinatais (CRP) aliam missões educativas, sociais e comunitárias. A rede visa também atingir objetivos de universalidade, acessibilidade e qualidade e reconhecem o papel e o poder dos pais. Eles contribuíram à co-construção de políticas governamentais que lhes foram destinadas. Essas redes são inovadores na sua maneira de pensar e de prestar serviços às famílias do Quebec, mas também na maneira de estruturar seu próprio desenvolvimento associativo e empresarial. Inovações para Trabalhadores Domésticos na China Easy Home Service (China) Timothy Ma, diretor executivo, Senior Citizen Home Safety Association A Associação para Segurança Domiciliar dos Idosos de Hong Kong desenvolveu vários meios inovadores para melhorar a possibilidade de ser contratado, o salário e a fidelização dos trabalhadores domésticos formados. A apresentação descreve o ambiente econômico e político no qual as associações de serviços domésticos operam e os mecanismos inovadores assim como a tecnologia de informação e comunicação implementada para garantir um emprego decente e ativo para trabalhadores domésticos em Hong Kong RAE, China. Workshop 4: O papel da economia social e solidária na integração das pessoas em situação de exclusão Fomentar el emprendimiento colectivo en las comunidades inmigrantes de Berlín BEST (Alemania) Heike Birkhölzer, diretora BEST BEST, une Agence de développement des entreprises sociales et d’économie de voisinage à Berlin, soutient les migrants qui montent leur entreprise sociale et en formation. Des pactes locaux sont nécessaires à la réussite de ces entreprises sociales qui ont besoin d’une stratégie pour un développement durable, non tributaire des subventions. La présentation énumérera les attentes de ces entrepreneurs et des organisations qui les représentent auprès des autorités régionales et nationales. Uma Cooperativa de Produção de Prisioneiros na Etiópia Cooperatives de prisioneiros da cidade de Mekelle (Etiópia) Jürgen Schwettmann, Vice-Director Regional Africano da OIT, Escritório Regional da OIT para a África A prisão de Mekelle implementou um programa de formação e de produção que dá aos prisioneiros novas habilidades e permite que ganhem sua própria renda. O projeto é inovador sob três aspectos: os prisioneiros são incentivados a formar cooperativas de produção que eles mesmos administram e que são dirigidas por líderes eleitos de forma democrática; essas cooperativas estabelecem relações comerciais diretas com o “mundo externo” sem interferência da administração da prisão; quando são libertados, os ex-prisioneiros podem continuar sendo membros das cooperativas e trabalhar para elas. A apresentação trata do processo de implementação desse programa, seus benefícios e em que medida ele pode ser replicado. Jovens vulneráveis e emprego: Como dar melhor formação para o mercado de trabalho no Vietnã Hoa Sua School of Economics and Tourism (Vietnã) Pham Thi Vy, fundadora e diretora, Hoa Sua School of Economics and Tourism A apresentação pela Hoa Sua Vocational School, uma empresa de formação sem fins lucrativos, dará um panorama geral da situação atual da formação vocacional e do emprego no Vietnã. Ela descreverá seu modelo de educação vocacional completo, abrangente e bem sucedido, para preparar a juventude vietnamita, pobre e vulnerável, para algum emprego significativo em setores-chave no Vietnã por meio de colaboração com parceiros da sociedade civil, da indústria e do governo. O objetivo é explorar a interação dinâmica entre educação, política e prática, salientando o desafio de apoiar e expandir esse modelo para outras escolas e setores no Vietnã. Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Workshop 5: Comunicações e novas tecnologias geradas pela economia social e solidária Ações e ferramentas para melhorar a visibilidade Red de Economía Alternativa y Solidaria (REAS Navarra) (Espanha) Carlos Rey, Secretaria técnica REAS da economia social na Espanha A rede das redes de economia alternativa e solidária (REAS) trabalha em vários projetos, incluindo uma auditoria social para a construção de um cartão solidário, um portal na internet para informar, apresentar e dar visibilidade ao movimento de economia social e de outros movimentos afins e a organização de um mercado social comum. Ele também trabalha para integrar os meios de comunicação na divulgação da economia social a nível local. A apresentação destacará quais são os instrumentos mais úteis e os mais importantes desafios para esse tipo de trabalho que visa melhorar a coordenação e a visibilidade da economia social no território espanhol, assim como explorar iniciativas Os softwares livres: ferramentas de informação adaptadas às necessidades da economia social Association Internationale du Logiciel Libre (Ai2L) (França, Quebec) Bastien Sibille, PhD. coordenador geral, Ai2L As ferramentas informáticas se tornaram essenciais em todas as atividades das estruturas da economia social e solidária, mas assim mesmo são raramente adaptadas às necessidades do setor. A intervenção descreverá as perspectivas da criação de softwares adaptados à gestão das estruturas de ESS, em particular a questão central do financiamento que deve engajar os atores públicos por meio das políticas públicas específicas e projetos de desenvolvimento de softwares. A escolha das licenças livres para a proteção dos softwares também será detalhada: que tipos de modelos econômicos são gerados por essas licenças? Em quê elas permitem uma divulgação solidária de softwares para todo os setor? Garantindo que os softwares desenvolvidos com fundos públicos não possam ser privatizados, as licenças serão melhor adaptadas aos financiamentos públicos? Workshop 6: Experiência de economia social e solidária em meios autóctones A escolha da economia social do Movimento dos Centros de Amizade Indígenas do Quebec Confrontado a novas tendências, o Movimento dos Centros de Amizade Indígenas do Quebec identificou a economia social como um modelo de desenvolvimento privilegiado que corresponde aos valores tradicionais e contemporâneos dos Primeiros Povos. Da mesma forma, a prática da economia social permitiu implementar uma estratégia eficiente de luta contra a pobreza e a exclusão social. Para favorecer a expansão social, cultural e econômica dos cidadãos indígenas das cidades do Quebec, os Centros de Amizade Indígenas do Quebec coletivamente empreenderam a virada da economia social. Quais são os argumentos motivando essa decisão? Quais são os benefícios hoje? De que maneira, as políticas públicas apoiaram essa escolha? Alternativas de geração de renda desenvolvidas em território quilombola: turismo e valorização da cultura Associação de Moradores do Campinho (Brasil) Vagner do Nascimento, Quilombola e presidente, AMOQC A Associação de Moradores do Campinho trabalha com 12 comunidades quilombolas, caiçaras e indígenas para valorizar a comunidade local. Assim, a produção agrícola, o pescado, as receitas, o artesanato, os contos, as músicas e danças das comunidades aparecem em nossa proposta de turismo de base comunitária, resgatando o modo de vida tradicional aliada à possibilidade de gerar renda, fixando as pessoas no local. Os produtos culturais são baseados no resgate e valorização dos saberes, das tradições, das artes e, principalmente, das práticas dessas comunidades. O objetivo e que, com o protagonismo dessas comunidades, possa-se ter, principalmente, ambientes mais conservados, a melhoria nos serviços oferecidos e relações mais justas e respeitosas entre turistas e comunidades tradicionais. Um desenvolvimento local que fortalece as comunidades camponesas e indígenas Oxfam Bolivia (Bolívia) José Marcelo Arandia Alarcon, Responsavel do programa Medios de Vida, Oxfam A Proposta Econômica Produtiva para a região norte-amazônica da Bolívia, impulsionada pelo Centro de Pesquisa e Promoção do Setor do Campo (CIPCA Norte) está baseada na implementação de sistemas agro-florestais, na diversificação das atividades econômico-produtivas, no reflorestamento, na gestão dos recursos naturais e na transformação e comercialização organizada. Ela trabalha para melhorar as condições de vida das famílias camponesas de maneira sustentável e assim contribuir para o fortalecimento organizativo, político, econômico e cultural de camponeses e indígenas, e participar dessa forma, na construção de uma Bolívia democrática, equitativa e intercultural. Quais têm sido os desafios encontrados na implementação desse programa? Até que ponto o estado pode ou deve apoiar esta iniciativa? Que lições é possível tirar desta proposta? Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR SESSÃO DE TRABALHO D (19 oct. 14 h 30 – 16 h) EMPREGO E TRABALHO Workshop 1: Agir para a responsabilidade social das empresas como contribuição à economia social e solidária e a empregos decentes O trabalho dos sindicatos em favor de condições de trabalho decentes Unión Internacional de Trabajadores de la Alimentación, Agrícolas, Hoteles, Restaurantes, Tabaco y Afines, (UITA) (América del Sur) Luis Alejandro Pedraza, membro do Comitê Executivo Latino-americano, UITA Por definição, uma empresa de economia social e solidária tem como base uma missão e responsabilidades sociais. Não é o caso da empresa privada cujo principal objetivo é o lucro. Que papel desempenham os sindicatos para que a empresa privada assuma suas responsabilidades sociais (respeito dos direitos do trabalho, normas ambientais, etc.), inclusive na terceirização e nas transações comerciais (exemplos no setor agroalimentar)? Que papel podem desempenhar as políticas públicas? Incentivar as empresas à responsabilidade social La Coalition québécoise contre les ateliers de misère (CQCAM) (Quebec) Renaud Ledoux, coordenador, CQCAM As fábricas de miséria são usinas ou fábricas de produção que não respeitam as normas de trabalho relativas ao trabalho ou ao meio ambiente, operando aqui como em outro lugar. As condições de trabalho são miseráveis e os direitos do trabalho sistematicamente desrespeitados. A CQCAM reúne organizações sindicais quebequenses, associações estudantis e ONG. Qual é a atuação da CQCAM para combater a compra de produtos fabricados em fábricas de miséria, e de maneira geral, para favorecer a responsabilidade social das empresas? Que estratégias precisam ser adotadas para desenvolver políticas de abastecimento em favor de empresas de economia social? De que modo as políticas públicas podem apoiar essas iniciativas? Workshop 2: As condições de trabalho nas empresas de economia social e solidária As condições de trabalho nas empresas de economia social e solidária no Brasil Central Única dos Trabalhadores (CUT) (Brasil) Um dos objetivos que caracterizam as empresas de economia social é defender a primazia das pessoas e do trabalho sobre o capital na repartição dos excedentes e da renda. Que tipo de avaliação é feita das condições de trabalho nas empresas de economia social e solidária no Brasil? Que papel os sindicatos desempenham para a promoção do trabalho decente nas empresas? As condições de trabalho e a motivação junto às empresas de ESS: Reflexões a partir de experiências em Genebra Cámara ginebresa de l’ESS, Haute École de Gestion de Genève (Suíça) Christophe Dunand, professor, Haute Ecole de Gestion de Genève e diretor geral, Réalise O objetivo dessa apresentação é mostrar, a partir de exemplos concretos da região, que o estudo da gestão das empresas de ESS permite identificar inovações importantes para a gestão de todas as empresas e serviços públicos. Participação, autonomia, valores e cooperação são favoráveis ao bem-estar tanto quanto à motivação. Por outro lado, outras práticas tais como a promoção da mobilidade suave ou a alimentação sadia, promovidas ativamente pelos atores da ESS, contribuem diretamente para a saúde dos trabalhadores. Que iniciativas, em particular das instâncias públicas, contribuem a apoiar e divulgar essas experiências para instaurar práticas de gestão sustentáveis? Apoiar o setor do emprego comunitário na Austrália Jobs Australia (Austrália) David Thompson, diretor executivo, Jobs Australia Ltd Jobs Australia é a rede nacional de organizações sem fins lucrativos que ajuda pessoas desempregadas a encontrar e manter seus empregos. A rede ajuda os membros a fazer o uso mais eficiente de seus recursos e atende às necessidades de pessoas desempregadas por meio de serviços e apoio que os ajudará a integrar plenamente a sociedade. Fundada por seus membros e pertencente aos mesmos, é a maior rede de emprego e prestadores de serviços pertinentes na Austrália. Como surgiu essa organização? Como ela se adéqua às estratégias de emprego do governo? Qual é o impacto que tem nas condições de trabalho na economia social? Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Garantir a aposentadoria dos trabalhores e trabalhadoras na economia social e solidária no Quebec Régime de retraite par financement salarial (Quebec) Marie Leahey, coordenadora geral, Régime de retraite par financement salarial O Regime de aposentadoria por financiamento salarial dos grupos associativos e de mulheres é uma ferramenta coletiva para melhorar a segurança da renda por ocasião da aposentadoria de pessoas assalariadas desse setor e, mais particularmente, das mulheres. Dando uma contribuição igual ou superior a dos empregados, o regime permite aos empregadores melhorar muito a renda dos futuros aposentados: é então uma ferramenta para atrair e manter a mão-de-obra nesse setor. O projeto ilustra a capacidade dos grupos de mulheres, das empresas de economia social e das associações de serem empregadores responsáveis perante a sua mão-de-obra e a vontade do governo de modificar as leis existentes para permitir a implementação de uma ferramenta inovadora e adaptada às necessidades de um setor. Workshop 3: A cooperativa como fórmula para a retomada das atividades da empresa e a preservação dos empregos Experiências das empresas recuperadas na Argentina Asociación Nacional de Trabajadores Autogestionados (ANTA/CTA) (Argentina) Mario Barrios, secretário geral, ANTA/CTA A grave crise econômica enfrentada pela Argentina no início dos anos 2000 provocou o fechamento de inúmeras empresas privadas, entre as quais, algumas foram literalmente abandonadas pelo proprietário. Houve um movimento significativo entre os trabalhadores e os sindicatos envolvidos para "recuperar" essas empresas fechadas ou abandonadas para manter as capacidades de produção e manter os empregos. Em quê a fórmula cooperativa permitiu relançar essas empresas e viabilizar empregos? Qual é o balanço dessas empresas recuperadas? Estabelecer políticas públicas para fortalecer as cooperativas de trabalhadores e antecipar uma opção para a sucessão de uma empresa Amérique du Nord Organisation Internationale des Coopératives de Production Industrielles, d’Artisanat et de Services (CICOPA) (América do Norte) Alain Bridault, membro do Comitê Executivo, CICOPA As cooperativas de trabalhadores e associações são uma excelente opção para pequenas e médias empresas sem sucessores, especialmente em comunidades rurais. Elas representam um modelo adequado para os desafios do século 21. As federações de cooperativas de trabalhadores em toda a América do Norte elaboram atualmente uma plataforma comum para a criação de políticas públicas que defendam seus interesses junto ao governo do Québec, do Canadá e dos Estados Unidos. A apresentação incidirá sobre as oportunidades apresentadas pelo modelo de trabalho cooperativo de trabalhadores, bem como a plataforma comum para as políticas públicas do movimento sindical dos trabalhadores norte-americanos. TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL Workshop 4: Estruturas de acompanhamento das empresas coletivas locais Uma rede de acompanhamento das empresas de ESS no Quebec Association des centres locaux de développement du Québec (CLD) (Quebec), Fédération des coopératives de développement régional du Québec (CDR) (Quebec) No Quebec, várias estruturas complementares existem para incentivar e acompanhar as empresas de economia solidária em todo território. As cooperativas de desenvolvimento regional (CDR) têm por mandato incentivar a implementação de novas cooperativas assim como a conservação e a criação de empregos sustentáveis nas regiões interioranas. Os centros locais de desenvolvimento (CLD), que têm como mandato o desenvolvimento econômico local e o apoio ao empresariado, apoiam técnica e financeiramente os promotores e seus projetos de economia social e solidária. Como surgiram essas estruturas? Qual é o impacto em campo de uma tal rede de apoio? Qual é o papel dessas instâncias públicas? Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Organizar-se para obter o reconhecimento e o apoio das instâncias públicas na Argentina UNEM- Espacio Nacional de Economía Social y Solidaria (Argentina) Francisco Celia, empreendedor social e membro de UNEM O ENESS – Espaço Nacional de Economia Social e Solidária reúne ONGs, de diferentes tipos e com diferentes objetivos, vinculadas ou formadas por empreendimentos produtivos, que compartilham o compromisso de desenvolver e consolidar a Economia Social. Sua experiência ilustra os desafios enfrentados pelos que trabalham para o reconhecimento e a colaboração das instâncias nacionais na criação de uma estrutura de acompanhamento de empresas sociais. Pol Pol tica Estadual de fomento Economia Solidária no Estado de inas Gerais (Brasil) Bianca Aparecida Lima Costa, dotorante em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Será apresentada a experiência da construção da ol tica Estadual de omento à Economia opular Solidária desenvolvida no Estado de Minas Gerais, no Brasil. Essa iniciativa ganhou visibilidade nacional por ser uma das primeiras a se constituir como uma legislação espec fica de apoio aos empreendimentos da economia solidária a partir da mobilização do movimento social, organizado em f runs, e articulado com representantes do poder legislativo. Busca-se apresentar o papel desempenhado pelo Estado no incentivo à Economia Solidária e a atuação do movimento social, em espec fico o rum Estadual, na demanda por pol ticas p blicas. Workshop 5: Os jovens no desenvolvimento da economia social e solidária Diálogo governo-setor da economia social e solidária em prol da inserção socioeconômica dos jovens no Mali Association Jeunesse Action AJA Mali (Mali) Souleymane Sarr, diretor executivo e co-fundador AJAMALI Há alguns anos, a emergência de organizações profissionais reunindo uma parte dos operadores do setor da economia social e solidária favoreceu um intercâmbio concreto com o governo do Mali. Resultados convincentes permitiram ao setor da ESS se estruturar melhor e trazer uma contribuição significativa à resolução de problemas de inserção dos jovens. Por sua vez, o governo tornou o emprego dos jovens sua prioridade número um e iniciou um Programa para o Emprego dos Jovens. Na prática, quais avanços ocorreram? Quais foram as políticas públicas mais eficientes a esse respeito? Incentivar e valorizar o lugar dos jovens na economia social e solidária na França Programme JEUN’ESS (França) Alain Philippe, presidente, Fondation du Groupe Macif e presidente, Comité d'engagement, Programme Jeun'ESS O rograma “Jeun’ESS para a economia social e solidária”, cujo objetivo é o de facilitar a emergência e o desenvolvimento de iniciativas socioeconômicas entre os jovens, é fruto de uma parceria entre o governo da França e seis fundações e empresas da ESS. Como nasceu essa parceria? Quais são os benefícios desse programa para as partes integrantes? Quais foram os resultados desse programa até aqui? Quais são as lições que se pode tirar dessa experiência em outros países? Uma parceria de jovens em economia social e solidária em meio indígena Há dois anos, jovens dos Centros de Amizade Indígenas do Quebec visitaram projetos de empresas de economia social no Chiapas, região do México que conta com uma população indígena importante. Essas missões permitiram avaliar os impactos do fenômeno de globalização sobre as diferentes populações indígenas das Américas e também se posicionar como atores que podem influenciar esse fenômeno. Quais foram os objetivos e os impactos dessas missões? Como esses jovens veem o desenvolvimento das nossas coletividades? De que maneira as instâncias públicas podem apoiar esse tipo de iniciativas? Workshop 6: A economia social e solidária para a revitalização dos territórios Estratégias coletivas para o desenvolvimento comunitário na Alta de Lisboa, Portugal Iniciativas Comunitarias de Desarrollo Lisboa alta (Portugal) Vanessa Duarte de Sousa, Mestrado em planejamento, doctorante em Sociologia - DINAMIA/ CET Na Alta de Lisboa, bairro com tensões múltiplas, surge um Grupo Comunitário que tem atuado com mais de 30 entidades parceiras, desde organizações de base local a entidades públicas da área da saúde, educação, ambiente e Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR habitação. Deste grupo emergem diferentes prioridades, desenhadas coletivamente em função do perfil das entidades parceiras e centradas em variadíssimas parcerias público-privadas, visando a participação e envolvimento da comunidade de maneira sustentável e ativa. A ação é um exemplo das possibilidades de articulação entre as formas tradicionais de economia e emprego, aliados a novos desafios gerados pela economia social e solidária. O processo evidencia que os cidadãos estão dispostos a fazer parte da construção ativa da sua cidade e do seu bairro. Reunir capital para investimentos comunitários na Nova Scotia, Canadá Nova Scotia Community Economic Development Investment Funds (Canadá) Chris Payne, assessor senior, Avaliação de Finanças e iniciativas do setor privado, governo da Nova Scotia As empresas na Nova Scotia têm dificuldade de conseguir capital de risco e isso impacta o desenvolvimento da comunidade como um todo. O Community Economic Development Investment Funds reúne capital de indivíduos dentro de uma determinada comunidade por meio de venda de ações para explorar ou investir em empresas locais. Esses fundos comuns são desenvolvidos dentro da comunidade. O programa visa aumentar o montante de capital reinvestido na província e estimular assim novas iniciativas e empresariado. Que tipo de apoio público é necessário para a criação, administração e proliferação desses fundos? Um programa de desenvolvimento comunitário integrado no Benin CBDIBA-GBESS (Benin) Patrice Lovesse, diretor geral, CBDIBA O Programa de Desenvolvimento Comunitário Integrado de CBDIBA-GBESS no Benin implementa estruturas de economia social e solidária tais como associações de micro-seguro para a saúde comunitária, empresas agrícolas coletivas e grupos de poupança e crédito. Como o comitê de desenvolvimento da cidade colabora com as estruturas do Estado? Como as prioridades de desenvolvimento foram estabelecidas? Como atingir, em particular, as populações mais desfavorecidas (mulheres e crianças)? Quais são os limites e vantagens desse tipo de mobilização? SESSÃO DE TRABALHO E (19 OCT. 16 H 30 – 18 H) EMPREGO E TRABALHO Workshop 1: Garantir condições de trabalho decentes na economia informal Promover o trabalho decente na economia informal em África CSI Afrique (África) Yaovi Beleki (Adrien) Akouete, secretário geral adjunto, CSI África Em vários países da África, a grande maioria dos empregos se encontram no contexto da economia informal. Segundo a OIT, esses empregos são caracterizados por condições de trabalho deficientes e as pessoas que exercem essas atividades não beneficiam, em termos gerais, de qualquer medida de proteção social. Será que as iniciativas de economia social na economia informal podem contribuir de forma significativa à promoção do trabalho decente? Que papéis podem desempenhar os sindicatos e a CSI África? Conseguir reconhecimento para trabalhadores locais no Sudeste da Ásia Homenet Southeast Asia (Asia) Josephine C. Parilla, trabalhadora a domicílio e membro eleito do Conselho sub-regional e do Comitê Executivo de Homenet SEA e Poonsap Tulaphan, Homenet Thailand Homenet Southeast Asia, uma rede de trabalhadores a domicílio– principalmente mulheres – em sete países, trabalha dentro da estrutura da economia solidária para dar coerência às várias iniciativas nacionais de homenet desde o início. Diferentes projetos estão atualmente em andamento em cada país. Considerando que essas iniciativas locais também devem ser traduzidas em políticas, trabalhadores e trabalhadoras a domicílio e outros lutam para conseguir visibilidade e voz em nível nacional e junto a ASEAN. Eles defendem proteção social para todos, segurança ocupacional e saúde, sustentabilidade ambiental e igualdade de gênero no local de trabalho. A apresentação cobrirá as melhores práticas dessa rede e discutirá suas realizações e desafios na obtenção de reconhecimento e apoio de governos locais, nacionais e regionais. Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Workshop 2: O desenvolvimento da mão-de-obra em economia social e solidária, um fator essencial à vitalidade das empresas Uma parceria para o desenvolvimento da mão-de-obra em economia social e solidária no Quebec Comité sectoriel de main-d’œuvre économie sociale et action communautaire (Quebec), Commission des partenaires du marché du travail (Quebec) No Quebec, a Comissão das Parcerias do Mercado de Trabalho (CPMT) é uma organização de parcerias cujo mandato é favorecer o desenvolvimento e o reconhecimento das competências da mão-de-obra. O Comitê Setorial da Mão-deobra - Economia Social e Ação Comunitária (CSMO-ÉSAC) que surgiu da mesma atende às necessidades comuns das empresas e dos organismos do setor. Assim sendo, a CPMT contribuiu ao desenvolvimento da economia social reconhecendo formalmente a especificidade do setor dando-lhe mais meios para estruturar o desenvolvimento da sua mão-de-obra. Um membro do Conselho de Administração do CSMO-ÉSAC e um representante da CPMT apresentarão conjuntamente a política pública que permitiu ter esse impacto no setor da economia social. Gestão das competências em uma empresa social da Bélgica Sociedad Cooperativa Proxemia (Bélgica) Eric Bernard, diretor, Proxemia e Charlotte Moreau, pesquisadora, Centre d’économie sociale de l’Université de Liège A sociedade cooperativa Proxemia propõe serviços de ajuda doméstica em domicílio e aposta na inserção social pela via econômica. Portanto, a gestão das competências surge como um elemento crucial: essencial ao bom funcionamento da empresa e também ao reforço da mobilização dos trabalhadores e serve também para garantir uma ferramenta competitiva no mercado desse setor de atividades. Essa apresentação conjunta da Proxemia e do Centro de Economia Social da Universidade de Liège detalhará as tentativas de estruturar melhor, avaliar e gerir as competências dos trabalhadores em economia social e as iniciativas públicas com seu apoio. Atividades de formação voltadas para educadores da economia solidária no Brasil Projeto do Centro de Formaçao para Economia Solidaria Nacional (Brasil) Maria Isabel Rodrigues Lima, representante, Centros de Formação de Economia Solidária Os Centros de Formação em Economia Solidária (CFESs) são espaços voltados para formação de educadores e educadoras da economia solidária oriundos de empreendimentos, organizações de assessoria e gestores públicos. Tem como princípios da sua prática educativa a autogestão e a educação popular. Como e com quais aliados foram criados os centros? Quais os objetivos dos CFESs? Quais os impactos e desafios para a construção da economia solidária no Brasil? Workshop 3: A inserção no emprego pela economia social e solidária A inserção social na Suíça e no Quebec: semelhanças, diferenças e melhores práticas Collectif des entreprises d’insertion du Québec (Quebec), Emploi-Québec (Quebec), Conseil romand de l’insertion par l’économique (Su ça), Services publics cantonaux (Su ça) A apresentação tratará do desenvolvimento das empresas de inserção no Quebec e na Suíça no intuito de dar enfoque às vantagens e inconvenientes dos parceiros existentes entre essas organizações e seus poderes públicos respectivos. Essas parcerias explicam, entre outras coisas, as diferenças na percepção da concorrência desleal da economia social com o setor privado, a autonomia de gestão e a capacidade de inovação das organizações, a colaboração interinstitucional e a capacidade de implementação de novos projetos. A apresentação enfocará as oportunidades e as melhores práticas nesses campos. Administrar os resíduos de forma sustentável na Argentina de forma cooperativa Cooperativa Recisueños (Argentina) Hector Marcelo Loto, reciclador, cartonero, promotor ambiental, Cooperativa Recisueños Reciclando Sueños, uma cooperativa de catadores de lixo nascida após a grande crise financeira na Argentina, intervém na gestão integral dos resíduos urbanos. Em sua preocupação com a sustentabilidade, a cooperativa trabalha para educar a população e pede ao estado, em todos os níveis, para adotar políticas que reconheçam e apoiem este trabalho. Como se organizou na prática esta cooperativa? Até que ponto puderam contar com o apoio publico? Que políticas podem favorecer este tipo de programa? E principalmente, por que nos unimos para gerar nosso próprio emprego e hoje em dia nosso maior desejo é poder contribuir na criação de um planeta sadio e mais justo. Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Uma parceria para o emprego no Luxemburgo Objectif Plein Emploi (OPE) (Luxemburgo) Abilio Machado, consultor em educação cívica, OPE A Objectif Plein Emploi [Objetivo Pleno Emprego] é uma iniciativa cidadã: associações se mobilizaram para a inserção de jovens com o apoio do sindicato OGB-L. Essa iniciativa foi retomada e amplificada pelas coletividades locais e os poderes públicos. Seus objetivos são a criação de emprego, o desenvolvimento territorial, o apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional, a educação cidadã, o desenvolvimento sustentável e a pesquisa. A apresentação explicará quais são as contribuições desses parceiros na prática e detalhará os desafios da inserção ao emprego no Luxemburgo e como enfrentá-los. TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL Workshop 4: Enfoques emergentes em desenvolvimento local Agenda 21 : a comunidade urbana de Alençon na França define suas prioridades de desenvolvimento A cidade e a comunidade urbana de Alençon (França) A cidade e a comunidade urbana de Alençon desejaram fomentar um desenvolvimento econômico preocupado com a igualdade social, no respeito do ambiente e cujos habitantes seriam os protagonistas. O Fórum 21, instância participativa aberta a todos, foi implementada para chegar a uma definição coletiva das prioridades, dos eixos de trabalho e do programa de ações. Esse programa diz respeito ao futuro do território com a implementação de um calendário de projetos. Como surgiu essa iniciativa, quais foram os principais desafios por ocasião de sua implementação e quais são seus maiores sucessos? Até que ponto essa iniciativa permitiu desenvolver uma economia mais solidária? Institucionalizar a concertação na Província de Tungurahua, Equador: como construir uma nova institucionalidade democrática Gobierno Provincial de Tungurahua (Ecuador) Jorge Sánchez Chavalié, diretor de planificação, Governo Provincial de Tungurahua O Novo Modelo de Gestão de Tungurahua tem fortalecido o reconhecimento e a participação de atores que tradicionalmente se encontravam excluídos das decisões provinciais. Foi aberto um espaço para que se possa discutir com instâncias do poder político e econômico de Tungurahua. O processo questiona o sistema político vigente e o Estado Unitário Nacional, ao mesmo tempo em que constrói uma nova institucionalidade democrática. Por que e como foi criado este modelo de gestão? Como se medem seus resultados? Conseguir Apoio Estrutural para Fortalecer os Empreendimentos Econômicos de Solidariedade das Mulheres em Bangladesh Bangladesh Nari Progati Sangha (BNPS) (Bangladesh) Rokeya Kabir, diretor executivo, BNPS Mulheres pobres e desorganizadas são particularmente vulneráveis quando vivem em uma sociedade dominada por homens e divididas em classes e numa economia controlada por entidades comerciais que maximizam lucros. Isso reduz as opções de vida de grandes setores da sociedade, especialmente mulheres. A Bangladesh Nari Progati Sangha (BNPS) mobiliza as mulheres da comunidade de Bangladesh, setor rural e urbano, e tenta garantir mudanças políticas em nível nacional por meio da defesa de seus direitos. A experiência mostra por que o apoio estrutural é imperativo para a sobrevivência e a revitalização das iniciativas econômicas da solidariedade das mulheres. Workshop 5: Parceria entre eleitos locais e sociedade civil em economia social e solidária A região de Provence-Alpes-Côt ’Az p p j Région Provence Alpes Côte d’Azur (França) Christophe Castaner, Vice-Presidente do Conselho Regional, responsável pelo Emprego, Desenvolvimento Econômico Regional, Ensino Superior, Pesquisa e Inovação A região de Provence-Alpes-Côte d’Azur se demarca pela implementação de uma série de programas e de projetos em favor da economia social. Como e por que surgiu essa série de iniciativas? Quais são as vantagens para as instâncias públicas de implementar uma série de programas para apoiar essas empresas? Até que ponto a economia social da região é relativamente mais forte? Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Fomentar agências para o desenvolvimento local na Guatemala ILSLEDA – Guatemala (Guatemala) As Agências de Desenvolvimento Econômico Local em 3 Estados da Guatemala foram criadas depois da guerra civil para facilitar o processo de paz e tratar da questão da pobreza extrema nas áreas rurais com o apoio técnico do programa das Nações Unidas ILSLEDA. Elas conseguiram um ambiente para que diversos atores trabalhassem juntos, em colaboração com os governos locais, para facilitar a coesão social e o acesso de pessoas pobres e marginalizadas à economia local, principalmente por meio de cooperativas. Essas agências representam ferramentas essenciais no âmbito das estratégias nacionais de desenvolvimento rural e redução da pobreza dos Ministérios do Meio Ambiente e da Economia, que pretendem estender as mesmas a todos os outros estados do país. O turismo social como motor de desenvolvimento regional Organização Internacional do Turismo Social (OITS) (internacional) Jean Marc Mignon, presidente, OITS O principal objetivo da rede de autoridades locais e regionais do turismo social e solidário é fomentar uma parceria e o intercâmbio de práticas exemplares entre os atores locais e regionais que trabalham no setor do turismo social e solidário. Isso diz respeito, ao mesmo tempo, às iniciativas que permitem que cidadãos das regiões envolvidas saiam de férias, a organização da acolhida nesses territórios e a contribuição do turismo social e solidário em matéria de criação de empregos, de coesão social e de crescimento econômico. A apresentação oferece um panorama de diferentes parceiros entre a ESS e as instâncias públicas que trabalham sobre esses temas e relata as melhores práticas identificadas até hoje. Desenvolvimento de bairro comunitário no Manitoba, Canadá Neighbourhoods Alive program (Canadá) Molly McCracken, diretora, West Broadway Development Corporation e Shannon Watson, diretora, Neighbourhoods Alive! Na maioria das vezes, as melhores ideias para a revitalização do bairro surgem da própria comunidade. Reconhecendo isso, o programa Neighbourhoods Alive! apoia as ideias e objetivos locais com financiamento e assistência de planejamento para criar uma estratégia de desenvolvimento econômico, social e comunitário em longo prazo. Como esse programa é implementado, na prática? Quais eram os desafios iniciais, e que tipo de estratégias surgiram como resultado? Workshop 6: Uma governança local que fomenta a coesão social e a economia social e solidária Uma Rede de Grupos de Ajuda Mútua de Mulheres para o Desenvolvimento Holístico Local na Índia Associaciòn Serva Seva Farms (ASSEFA) (Índia) S Loganathan, diretor executivo, ASSEFA A ASSEFA - Association for Serva Seva Farms – opera em 7 Estados na Índia e trabalha com os grupos de ajuda mútua, formados por mulheres em mais de 10 000 cidades nas seguintes áreas: agricultura, microfinança, saúde, educação, meio ambiente, paz, etc. A apresentação trata dos tipos de colaboração que podem ser realizados junto às entidades públicas locais para garantir o fortalecimentos das mulheres em meio rural. Comunidades tradicionais quilombolas se desenvolvem através da economia solidária no Brasil Projeto Brasil Etnodesenvolvimento e Economia Solidária (Brasil) Ronaldo dos Santos, Quilombola e coordenador executivo, Projeto Brasil Etnodesenvolvimento e Economia Solidária O Projeto Brasil – Etnodesenvolvimento e Economia Solidária é uma das principais políticas públicas em economia solidária voltada para povos e comunidades tradicionais. Desde 2005, agentes quilombolas procuram fomentar o desenvolvimento territorial utilizando a economia solidária como estratégia estruturante. Como chegou a existir esse projeto? Quais são as vantagens de enfocar-se sobre uma comunidade específica? Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR Governança e mobilização para um desenvolvimento mais equitativo no Québec Corporations de développement économique communautaire (CDEC) (Quebec) Pierre Morrissette, diretor geral, Regroupement économique et social du Sud-Ouest (RESO) Desde meados dos anos 80, as Corporações de Desenvolvimento Econômico e Comunitário (CDEC) foram adotados pelos cidadãos de diversas regiões dentro do espaço municipal urbano. Estas estruturas de consulta e de desenvolvimento apóiam projetos e de empresas socialmente rentáveis e economicamente viáveis. Sua administração democrática representativa dos atores sócio-econômicos nos seus respectivos territórios e sua capacidade para mobilizar suas comunidades em favor de um desenvolvimento local mais eqüitativo locais foram considerados um sucesso pelo governo do Québec. Como e por que os CDEC contribuem ir para uma maior coesão social nos territórios onde eles estão presentes e como promovem e apóiam o surgimento da economia social local? Contribuir para a coesão social através do desenvolvimento da economia social em Camarões Partenariat France Afrique pour le co-développement (PFAC) (Camarões) Pauline Eyebe Effa, representante residente, PFAC A economia social está crescendo em Camarões, auxiliado pela descentralização política em curso e as iniciativas para a sua promoção e desenvolvimento provenientes da base. A apresentação trará as iniciativas da organização nãogovernamental PFAC para criar políticas e instituições que contribuam para o desenvolvimento da economia social e sensibilizar os governantes locais e nacionais neste sentido. As estruturas criadas, suas contribuições para a qualidade de vida da população e os desafios futuros serão igualmente discutidos nesta oficina. Programa preliminar dos ateliês no 4 abril – NÃO DIFUNDIR