EDUCAÇÃO DO CAMPO:
LIMITES E
POSSIBILIDADES
Isabelle Leal de Lima / Câmpus Paranaguá
E-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Roberto Martins de Souza
Introdução
Diante da perspectiva da educação do campo como forma de um resgate aos direitos de uma parcela da população que se encontram
marginalizadas pelas politicas publicas e padece de um histórico déficit educacional o PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
docência) de Licenciatura em Ciências Sociais do IFPR - Paranaguá analisa essa proposta de construção da educação do campo/Ilhas na
comunidade de Barra de Superagui no município de Guaraqueçaba, tendo como princípio conhecer e sistematizar a realidade local do trabalho
e cultura de grupos sociais étnicos, autodenominados pescadores artesanais para articular esses conhecimentos com os conteúdos
estruturantes das Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná.
Metodologia
Resultados
Através de uma investigação empírica buscamos conhecer a
realidade local dos moradores da Ilha , visando sistematizar os
eixos temáticos que fundamentam os conhecimentos tradicionais,
quais sejam: 1) identidade, território e conflitos; 2)Sociedade e
Estado e, 3) Processos locais de Emancipação e Resistência.
Importa salientar que este reorganizam a interação pedagógica
com os conteúdos estruturantes da área de conhecimento de
Ciências Humanas I (Filosofia e Sociologia).
Fig. 1 – Bolsistas entrevistando moradores.
O projeto ainda se encontra em desenvolvimento, todavia até o
momento, após investigações na comunidade e na Escola, foi
possível evidenciar a pouca dialogia entre os eixos temáticos
propostos pelo PPP da Ilhas e os conteúdos estruturantes da área
de Ciências Humanas I. A despeito dessa distância observa-se que o
discurso dos pescadores artesanais explicitam as situações
cotidianas mantidas pela tradicionalidade desse grupo social e,
revelam sua substância na medida em que os conflitos sociais com a
Unidade de Conservação – Parque Nacional de Superagui – são
informados pela comunidade nas oficinas de troca de experiências
realizadas na escola. Ao articular os conteúdos estruturantes –
Ideologia e Poder - a tais saberes tradicionais, organizamos o Plano
de Aula tendo como objetivo o estranhamento e desnaturalização do
discurso dominante baseado na ideologia preservacionista que anula
material e simbolicamente as condições de existência social dos
pescadores artesanais, na medida em que se revela seu perfil
hegemônico
Fig. 2 – Tocadores de fandango, 2014.
A metodologia resultou no trabalho de investigação da realidade
social, após estudos da temática dos pressupostos e Diretrizes
Estaduais da Educação do Campo e o PPP da Ilhas (SEED,
2009). Os bolsistas realizaram entrevistas com lideranças da
comunidade, direção da escola, estudantes e professores para
conhecer a efetividade da proposta de educação do campo, e
aprofundar o conhecimento da realidade social dos pescadores
artesanais. Posteriormente, preparamos os Planos de Aula
dirigidos para o segundo ano do ensino médio.
Objetivo
A proposta pedagógica a ser desenvolvida, objetiva a dialogia
com saberes de estudantes-pescadores artesanais e os seguintes
conteúdos estruturantes: poder, política e ideologia no contexto
da Ilha. A reflexão sociológica/filosófica propõe revelar discursos
contra hegemônicos dos sujeitos sociais ocultados pelo poder do
discurso dominante de cunho preservacionista e turístico imposto
pelo Estado e suas políticas ambientais para região nas últimas
décadas.
Fig. 4 – Oficina com a Comunidade, 2014
Fig. 3 – Cartografia Social
Considerações Finais
O PIBID tem contribuído com a compreensão do trabalho de
construir a realidade local no contexto escolar, possibilitando que o
ensino-aprendizagem ocorra não somente para os alunos que agora
também se tornam sujeitos, como também para nossa futura carreira
docente.
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