Processos Básicos
Psicologia – UNIVALI
Prof. Dr. Eduardo J. Legal
Algumas questões...
• O que você vê nesta figura abaixo?
E se descrevêssemos assim:
• Um objeto redondo, vermelho, com
manchas amarelas e um apêndice na
região superior.
• Estaria errado?
Tente de novo!
• O que é este objeto abaixo?
De modo geral...
• Podemos dizer que quando você não tem
uma representação (um conceito) para
alguma coisa, tende a usar sua sensação
(descreve o objeto de modo a tentar
compreendê-lo).
• Quando usa o conceito de algo, você
está usando seus mecanismos
perceptivos.
Outra questão...
• Se uma árvore cai
no meio da
floresta e
nenhum ser
ouvinte estava
por perto... fez
barulho?
O mundo que vemos é real?
Tudo o que nosso cérebro
pode fazer …
...as linhas vermelhas horizontais são paralelas ou não?
O que você vê? Uma espiral ou círculos?
Concentre-se na cruz ao centro e depois de alguns segundos
perceberá que os círculos cor de rosa que giram são na realidade
VERDES!!!
Concentrando-se na cruz ao
centro você verá que os
círculos rosa desaparecem
e só o círculo verde (que na
realidade é rosa)
permanece!
Olhe fixamente o pontinho e mova a cabeça para frente e para trás.
As cores dos quadrados
“A” e “B” são iguais!?
Não?!!?!!!
Melhor olhar de novo......
Psicologia
Sensorial
Introdução
• Sensação e Percepção
– Sensação – experiências associadas a
estímulos simples (ouvir um som estridente)
– Percepção – unificação das sensações dando
a elas um sentido, uma interpretação (um
solo de guitarra)
Sensibilidade
• Dimensão psicológica das sensações.
• Não captamos tudo ao nosso redor...
captamos aquilo que nos é importante!
• “As cortinas de nossos sentidos abrem-se
apenas por uma fresta , permitindo-nos um
conhecimento restrito deste vasto mar”
Sensibilidade
• Limiar absoluto: magnitude mínima de
estímulo capaz de ser seguramente
discriminado da ausência deste.
• Limiar de diferença ou menor diferença
perceptível (mdp) – diferença mínima de
intensidade de um estímulo necessária para se
distinguir dois estímulos.
• Tempo de reação
Teoria da Detecção de Sinais
• A sensibilidade pode ser afetada por vários
fatores:
–
–
–
–
Estado emocional;
Fadiga;
Expectativas;
Experiência.
• Desta forma, pode-se afirmar que os limiares
absolutos podem variar de acordo como estes
fatores se apresentam.
Estimulação Subliminar
• Estímulos apresentados abaixo do limiar de
sensibilidade (abaixo de 50% de detecção).
• Então... podemos detectar sinais abaixo do
limiar?
– Sim, o fato de não serem detectados mais de 50%
das vezes em que são apresentados não significa
que não se possa detectá-los com menor precisão.
Mas, não nos damos conta deles.
Estimulação Subliminar
• Se somos capazes de detectar estes
sinais de modo não consciente eles
podem afetar nosso comportamento?
• Em certa medida, SIM!
Algumas imagens...
Outras...
Mais uma...
E outra...
Experimentos
• Projeções subliminares de cenas
emocionalmente positivas ou negativas
instantes antes de serem apresentadas à
fotos de pessoas influenciou o julgamento
destas fotos. (Krosnick et al., 1992)
• O mesmo efeito se constatou com caracteres
chineses sendo apresentados após estímulos
agradáveis ou desagradáveis (Murphy e
Zajonc, 1993)
Experimentos
• Um efeito de “preparo” pode ser obtido
quando uma palavra é apresentada
rapidamente e depois mascarada...
PREGO, FERRAMENTA...
MARTELO
PREGUIÇA, FORMATURA...
Então...
• Poderiam as imagens influenciar nosso
comportamento?
• James Vicary (195...) – Beba coca-cola. Coma
pipoca.
• E os cursos que prometem que você vai
aprender algo (segunda língua, parara de
fumar, emagrecer) enquanto dorme ou escuta
uma música com uma mensagem subliminar de
fundo?
• Isto funciona?
Alguns exemplos de subliminares na
mídia!
A questão...
• Essas mensagens podem realmente
influenciar as pessoas nas suas
condutas?
• A resposta experimental, até o momento
é um sonoro: NÃO!
• Os efeitos testados anteriormente são
apenas sutis e duram pouquíssimo.
Desmentidos
• James Vicary admitiu anos mais tarde (e
dólares mais rico) que havia forjado os
dados de seu “pretenso”
experimento...em outras palavras, ele
nunca realizou tal experimento.
• E os cursos?
E este tipo de mensagem?
Codificação Sensorial
• O cérebro só pode conhecer estímulos
que possam ser codificados para
padrões elétricos.
• Para cada tipo de sensação existe um
tipo de célula especializada na
transdução (tradução) do estímulo.
• Codificação de intensidade e qualidade.
Codificação de intensidade e
qualidade
• Modelo de estudo – seguir a trilha de
uma célula receptora.
• Quanto maior a intensidade de um
estímulo maior a taxa de descarga
neural, maior o número de neurônios
envolvidos e menor a quantidade de
tempo entre os impulsos nervosos.
Codificação de intensidade e
qualidade
• A qualidade da experiência sensorial depende
da rota neural que o estímulo segue.
• As diferenças qualitativas dentro de uma
mesma modalidade sensorial podem ser
codificadas em neurônios diferentes. mas que
cumprem a mesma função ou então (ou
também) pelo padrão de descarga neural.
Os sentidos
• Visão
• Audição
• Olfato
• Paladar
• Tato
• Sentido vestibular (sentido do equilíbrio e
localização do corpo)
• Sentido Visceral
• Nocicepção (dor)
Visão
• Mais conhecido (mais pesquisado)
• Lê informação luminosa variando de 400
a 700 nm (violeta ao vermelho)
Espectro de Radiação
Visível por seres humanos
O olho
Humor vítreo
Codificação da Informação
Luminosa
Cores
• A visão de cores (a experiência) pode
ser dividida em três componentes:
– Matiz (o nome da cor)
– Brilho (quantidade de luz)
– Saturação (pureza da cor)
• Deficiência na visão de cores
Teorias da visão de cores
• Tri-cromática > tipo de receptor e em
que proporção são ativados (YoungHelmholtz)
• Cor antagônica > receptores respondem
a dois pares de cor – vermelho ou verde
e azul ou amarelo (Hering).
Visão de Cores
Testes para visão de cores
ACROMATOPSIA
Hemiacromatopsia
Hemiacromatopsia
Daltonismo
• Protanopia
– Percepção do brilho do vermelho, laranja e amarelo
muito reduzido em relação ao normal. Por exemplo,
uma luz vermelha pode parecer um semáforo
apagado
• Deuteranopia
– Confusão entre vermelho e verde, mas sem a perda
do brilho
• Tritanopia
– Déficit muito raro na percepção do azul e do
amarelo
Daltonismo
AUDIÇÃO
• Natureza do som > moléculas de ar
comprimidas contra algo.
• A experiência do som (sensibilidade) é
composta de três fatores:
– Freqüência (Hz/s)
– Amplitude (decibéis)
– Timbre (complexidade dos sons)
Propriedades do Som
• Freqüência (tom)
– A taxa de vibração das ondas, medida em ciclos por
segundo ou hertz (Hz). A freqüência corresponde
aproximadamente a nossa percepção do tom.
• Amplitude (altura)
– A intensidade do som, geralmente medida em decibéis (dB). A
amplitude corresponde aproximadamente a nossa percepção de
altura.
• Complexidade (timbre)
– A maioria dos sons é uma mistura de freqüências. A mistura
particular determina o timbre do som ou a singularidade
percebida. O timbre fornece informações sobre a natureza de
um som.
AUDIÇÃO
Via neural do som (Kolb e
Wishaw, 2002, p. 327)
1.
2.
3.
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5.
6.
7.
O pavilhão auditivo (aurícula) capta as ondas sonoras e
as desvia para dentro do conduto auditivo externo;
As ondas são amplificadas e dirigidas para o tímpano
fazendo-o vibrar.
O tímpano faz vibrar também os ossículos;
Os ossículos amplificam e transmitem as vibrações
para a janela oval;
A vibração da janela oval envia ondas pelo líquido
coclear.
Essa atividade, por sua vez, desvia as membranas
basilar e tectorial.
Essas vibrações produzem um desvio dos cílios das
células pilosas externas. Esse desvio gera uma
atividade neural nas células pilosas;
Olfação
Gustação
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