0 COLÉGIO ESTADUAL “MARCELINO CHAMPAGNAT” ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA POLÍTICO PEDAGÓGICA ANO LETIVO: 2012 NRE: LONDRINA 1 SUMÁRIO 1 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ............................................... ... 3 1.1 Justificativa do Projeto ........................................................................... ... 3 1.2 Identificação do Estabelecimento ........................................................ ... 4 1.3 Histórico do Colégio ................................................................................ ... 5 1.4 Oferta e Organização Curricular ........................................................... ... 9 1.5 Diagnóstico ............................................................................................. ...10 1.5.1 A sociedade que temos ...................................................................... ...10 1.5.2 A escola que temos ............................................................................. ...11 1.5.3 Gestão escolar ..................................................................................... ...13 1.5.4 Os professores que temos ................................................................. ...14 1.5.5 Os funcionários que temos ................................................................ ...15 1.5.6 Os alunos que temos .......................................................................... ...16 1.5.7 População atendida ............................................................................ ...17 1.5.8 Participação da comunidade local ..................................................... ...20 1.6 Reflexão Teórico-Prática ........................................................................ ...20 1.7 Relação do Corpo Docente, Técnico-Administrativo e Funcionários para o Ano de 2012 ............................................................................... ...21 2 REGIME DE FUNCIONAMENTO ................................................................. ...25 2.1 Matriz Curricular – Ensino Fundamental .............................................. ...25 2.2 Matriz Curricular – Ensino Médio ........................................................... ...27 2.3 Calendário Escolar ................................................................................. ...29 3 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS ......................................................... ...30 4 PRINCÍPIOS LEGAIS E DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS ................................. ...37 4.1 Objetivos Gerais do Estabelecimento de Ensino.................................. ...37 5 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES ......................................................................... .. 70 5.1 Plano de Ação da Direção do Colégio para 2012 .................................. .. 72 2 6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ................................................ .. 78 6.1 Proposta Curricular do Ensino Fundamental ........................................ .. 78 6.2 Proposta Curricular do Ensino Médio .................................................... .151 7 PROGRAMAS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR..................................... 257 7.1 Programa de Atividades Complementares em Contra Turno............... .259 7.2 Projetos/Eventos Desenvolvidos na Escola .......................................... .304 8 PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E PROGRESSÃO PARCIAL .............................................................................. 339 8.1 Avaliação .................................................................................................. .339 8.2 Classificação e Reclassificação ............................................................ .342 8.3 Plano Personalizado de Atendimento – PPA/Distorção Idade-Série ... .343 8.4 Matrícula em regime de progressão parcial.............................................347 9 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PPP .......................................... 347 10 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO .................. 348 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 349 3 1 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 1.1 Justificativa do Projeto A presente Proposta Pedagógica foi elaborada com a intenção de garantir a participação de todos os segmentos da comunidade escolar. No decorrer de sua construção foram realizados estudos e debates com o intuito de aproximar todos os envolvidos no processo educacional escolar e reforçar a importância do trabalho conjunto a fim de garantir uma educação voltada para as necessidades e anseios da nossa comunidade. Foram ouvidos, através de questionários e reuniões, os profissionais que atuam na escola: professores e funcionários, bem como pais e alunos, para melhor observar e analisar a realidade em que este colégio está inserido e conhecer as relações existentes em seu contexto interno e externo. A partir destas informações foi possível à escola definir rumos, elencar prioridades e propor alternativas para o enfrentamento dos problemas apresentados. Acreditamos ser este o caminho. Vale citar aqui a afirmação de André (1995, p.111) “Conhecer a escola mais de perto significa colocar uma lente de aumento na dinâmica das relações e interações que constituem seu dia-a-dia, apreendendo as forças que a impulsionam ou que a retém, identificando as estruturas de poder e os modos de organização do trabalho escolar, analisando a dinâmica de cada sujeito neste contexto interacional.” Os procedimentos adotados na elaboração desta proposta significam os primeiros passos no sentido de garantir uma escola democrática, que valoriza o trabalho conjunto e busca estimular e garantir a participação de seus órgãos colegiados, mas, somente através de uma reflexão constante e o exercício da análise e da autocrítica será possível atingir esses objetivos. A partir das informações coletadas, pudemos conhecer aspectos da situação atual, da realidade social que nos é apresentada e identificar erros e acertos. Procuramos rever conceitos e planejar ações conjuntas que garantam a qualidade em todo o processo educacional, bem como o acompanhamento destas ações. Todo este trabalho é motivado pela preocupação que temos em despertar nos alunos valores como responsabilidade, posicionamento questionador, independência e senso crítico, tornando-os capazes de atuar na sociedade enquanto cidadãos 4 transformadores da sua realidade, visando à construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Incutir tais valores no aluno desde cedo é prepará-lo para enfrentar um mundo em constante transformação. É construir o futuro, hoje. São estes os ideais que alimentam nossa proposta pedagógica, a qual foi desenvolvida para divulgar as diretrizes gerais do trabalho de toda equipe envolvida neste processo. Dessa forma, sua leitura é fundamental para conhecer a cultura, a organização e a diretriz pedagógica de nossa escola, bem como estabelecer o comprometimento de todos os envolvidos. 1.2 Identificação do Estabelecimento 1- Denominação da Instituição Colégio Estadual “Marcelino Champagnat” – Ensino Fundamental e Médio 2 - Endereço completo R. São Salvador,998 3- Bairro/Distrito 4 - Município Vila Ziober 6 - CEP 7 – Caixa Postal 86.026-480 10 - Fax 3322-3652 5 – NRE Londrina Londrina 8 – DDD 9 - Telefone 3323-9332 43 11 - E-mail 12 – Site [email protected] marcelinochampagnat.com.br 13 - Entidade Mantenedora Governo do Estado do Paraná 14 – CGC/MF 78.035458/0001-73 15 - Local e data 16 – Assinatura Londrina, 01 de Março de 2012. _______________________ Direção 5 1.3 Histórico do Colégio Origem do nome do colégio Quando da fundação do Colégio Estadual Marcelino Champagnat, era Secretário de Estado da Educação o Sr. Alberto Moro, ex-aluno do colégio Marista Santa Maria, em Curitiba, que decidiu homenagear os Irmãos Maristas, dando o nome do fundador de sua congregação ao novo colégio. Essa homenagem era também um agradecimento aos irmãos Marista pelos relevantes serviços prestados ao Estado e à comunidade de Londrina, uma vez que os Maristas emprestaram parte das dependências de seu colégio em Londrina, para a instalação provisória do Colégio Estadual Marcelino Champagnat. Sobre a fundação do colégio Criado em caráter emergencial para atender a crescente demanda por vagas em escolas públicas, o Colégio Estadual Marcelino Champagnat nasceu com proporções pequenas, e sua inauguração não teve pompa. Não tinha sequer prédio próprio, funcionando, inicialmente, em dependências emprestadas por dois colégios particulares. Uma parte, a sede, funcionava no Colégio Marista; a outra parte, como uma extensão, utilizava salas do então Colégio La Salle, hoje Colégio Canadá, na Rua Paranaguá, 1420. Sua fundação se deu em 15 de fevereiro de 1967. Os Irmãos Maristas e La Sallistas prestaram um grande serviço ao Estado do Paraná e à comunidade de Londrina, ao emprestar parte das instalações de seus respectivos colégios para o funcionamento de uma unidade escolar de ensino público, com sacrifício de suas atividades. Isso demonstrou, mais uma vez, o maravilhoso espírito cívico e humanitário que orienta aqueles religiosos educadores. Por mais de dois anos o Colégio Estadual Marcelino Champagnat viveu da benevolência dos Irmãos Maristas e Irmãos Sallistas, emprestando suas instalações. Em 1969 o Colégio Estadual Vicente Rijo mudou-se para as instalações novas e maiores, situadas na Avenida Juscelino Kubitscheck, 2372, desocupando as antigas instalações no prédio situado na Rua São Salvador, 998. Aproveitando as instalações vazias, o governo transferiu o Colégio Estadual Marcelino Champagnat para lá. De 1969 até 1973 o sistema escolar do Estado do Paraná passou por diversas modificações, com a criação dos chamados “complexos escolares”, reunindo “Unidades 6 Integradas” (Escolas de pequeno porte) em torno de escolas de maior porte. Naquele ano, 1973, o Complexo Escolar Marcelino Champagnat, agrupando 12 Unidades Escolares, passava a ser o maior colégio do Paraná, matriculando cerca de doze mil alunos. Eram: • Grupo Escolar Tiradentes • Grupo Escolar Sagrada Família • Grupo Escolar Benjamim Constant • Grupo Escolar Nilo Peçanha • Grupo Escolar Mercedes Madureira • Grupo Escolar Maria Carmelita Vilela de Magalhães • Grupo Escolar Rui Barbosa • Escola Municipal Jardim do Sol • Escola Municipal América Sabino Coimbra • Escola Municipal Leonor Maestri de Held • Escola Municipal José Garcia Villar • Escola Municipal Leônidas Sobrinho Porto Histórico do prédio escolar situado à rua São Salvador, 998 Construído para ser ocupado pelo Grupo Escolar Ministro Oswaldo Aranha, não chegou a cumprir esse primeiro objetivo. Estando a construção pronta, no dia 1º de abril de 1946, teve sua inauguração com a instalação simultânea de duas escolas diferentes o IEEL e o Colégio Estadual Vicente Rijo, que na ocasião eram denominados “Escola de Professores de Londrina” e “Ginásio Estadual de Londrina”, respectivamente. A Escola de Professores de Londrina (IEEL) já existia desde o ano anterior, sendo criada em 1º de fevereiro de 1945, pelo Interventor Manoel Ribas e funcionava em instalações emprestadas pelo então Grupo Escolar Hugo Simas, onde ficou por um ano e dois meses. Em dezembro de 1946, a Escola de Professores de Londrina (IEEL) forma sua primeira turma de dezessete professores, no segundo endereço de sua existência, o prédio da Rua São Salvador, 998. Depois de onze anos, a Escola de Professores de Londrina desocupou as instalações da Rua São Salvador, 998, que ocupava simultaneamente com o Ginásio Estadual de Londrina (Vicente Rijo), nessa época já elevado à categoria de Colégio, passando para seu terceiro endereço, 7 ocupando as instalações, também emprestadas, do 4º Grupo Escolar, na Vila Higienópolis, onde hoje está instalado o Colégio Estadual José de Anchieta. A Escola de Professores de Londrina passou por várias denominações desde sua criação. Somente em 1963, recebeu sua denominação atual: Instituto de Educação Estadual de Londrina - IEEL. O Ginásio Estadual de Londrina (Vicente Rijo) foi o primeiro ginásio de ensino gratuito de Londrina. Criado em 23 de maio de 1945, só veio a ser instalado no dia 1º de abril do ano seguinte, 1946, na Rua São Salvador, 998, juntamente com a Escola de Professores de Londrina (IEEL), que já existia desde o ano anterior. Como foram instalados juntos, o Ginásio Estadual de Londrina teve como primeiro diretor o Professor Carlos Zeve Coimbra, que passou a acumular dois cargos de direção, uma vez que já era diretor da Escola de Professores de Londrina. O Ginásio Estadual de Londrina passou à categoria de Colégio em 1950, permanecendo no mesmo prédio. Em dezembro de 1959, o Colégio Estadual de Londrina recebeu a denominação atual: Colégio Estadual Professor Vicente Rijo, numa justa homenagem ao primeiro professor do Brasil. Em 1969, desocupou o prédio que vinha utilizando desde sua criação há vinte e três anos, passando para suas novas e atuais instalações, na Av. Juscelino Kubitscheck, 2372. Com a desocupação completa do prédio da Rua São Salvador, 998, em 1969 instalou-se o Colégio Estadual Marcelino Champagnat, que recebeu o nome da Congregação dos Irmãos Maristas, numa homenagem àquele Padre francês, que, no século passado, tantos benefícios fez às crianças da França, criando escolas que, além de ensinar, davam excelente formação moral e religiosa. A denominação Marcelino Champagnat foi também a forma que o governo encontrou de agradecer aos Irmãos Maristas por terem emprestado suas instalações de Colégio Particular, por dois anos, para funcionamento de uma unidade do ensino público estadual. Desta forma, o antigo prédio histórico da Rua São Salvador, 998 vem servindo à comunidade de Londrina desde sua construção em 1946, através de diversas escolas nele instaladas: o Colégio Vicente Rijo, o IEEL e, atualmente, o Colégio Champagnat. Milhares de pessoas receberam, neste meio século, a formação que precisavam para realizar seus objetivos de vida. Os alunos jamais esquecerão desta edificação singular, onde adquiriram cultura, informação e formação moral que, com plena certeza, têm sido as “colunas mestras” de suas existências, onde quer que hoje estejam, sejam o que forem... Olhando para suas vidas adultas encontrarão saudosas memórias de uma 8 casa de educação que foi “mãe” de seu saber e de parte importante na formação de suas personalidades. Reestruturação física e pedagógica, contribuindo para a qualidade de ensino Muito se exigiu do governo do Estado, desde a década de 70, para a reforma do prédio histórico “Ministro Oswaldo Aranha”, onde funciona o Colégio Estadual Marcelino Champagnat, desde 15 de fevereiro de 1969. Com arquitetura no estilo lusitano, constitui hoje um dos mais belos patrimônios históricos do governo do Estado e um dos poucos prédios históricos da cidade, a qual não teve, até a década de 90, o hábito de preservar o patrimônio histórico. Em 1998, na gestão do diretor Jorge Akira Oyama, com a participação da APM através de manifestação popular da comunidade Champagnat e a cobertura dos meios de comunicação, iniciou-se uma intensa campanha para restauração, reforma e ampliação do colégio, através de processo de licitação. As obras de restauração e ampliação do Colégio foram feitas com recurso do BID (Banco Interamericano de desenvolvimento) através do PROEM (Programa de Expansão Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná), tendo como coordenador das obras o diretor auxiliar Claudecir Almeida da Silva. O engenheiro responsável foi Pedro Paulo Cirino da Construtora Pavibrás, vencedora do processo de licitação. Após três anos, o colégio tornou-se um dos mais belos cartões postais da cidade de Londrina, apresentando uma fachada maravilhosa: fonte com azulejos em estilo português, pintados a mão por uma artista local: Newman Schaiben; uma torre frontal com o único relógio público da cidade, de tecnologia Portuguesa, o mesmo da catedral de Westmüster em Londres, interligado com o relógio atômico do Rio de Janeiro, apresentando um segundo de margem de erro durante o ano. O pórtico de entrada representa, através de seus pilares, a arquitetura da época da colonização inglesa, bem como o arco central, representando o ciclo do café, a principal cultura agrícola da época. Considerada a melhor restauração feita em prédio escolar do Paraná, rendeu homenagem ao diretor Claudecir Almeida da Silva, pela atuação na implementação do projeto por parte do governo do estado. Sempre foi preocupação desta instituição garantir aos alunos os meios necessários para o acesso a uma aprendizagem significativa, valendo-se para isso da seleção cuidadosa de materiais didáticos e facilitação do acesso dos alunos a esses 9 materiais por meio de convênios entre editoras, APM e Ministério da Educação. O colégio estimula a formação continuada dos professores, visando um ensino público necessários limites, não se faz sem riscos a serem corridos por elas e pela autoridade ou autoridades com que dialeticamente se relacionam”. Nossa grande meta é ofertar acesso, conhecimento e domínio das ferramentas necessárias ao indivíduo, possibilitando a construção de uma vida mais digna. Tornar o aluno capaz de atuar em sua realidade, intervindo positivamente em sua trajetória, através de um currículo abrangente, que aborde aspectos políticos, sociais, filosóficos, culturais e econômicos. Somos sabedores das limitações que impedem a realização plena dos nossos objetivos, limitações estas presentes em todo o sistema público de ensino, sejam elas de ordem política, econômica ou administrativa, mas acreditamos na consolidação de um projeto pedagógico onde a participação nas decisões, desvelando os conflitos e contradições e a eliminação das relações competitivas, corporativas e autoritárias rompam com o mando pessoal e racionalizado da burocracia e permitam as relações horizontais no interior da escola. 1.4 Oferta e Organização Curricular Período matutino O Ensino Médio tem carga horária mínima de 3000 horas, distribuída em 200 dias letivos, 1000 horas anuais com atendimento de 17 (dezessete) turmas de Ensino Médio e 2 (duas) turmas de 9º ano. Horário de funcionamento das 07h30min às 11h50min. Período vespertino O Ensino Fundamental está estruturado em 04 anos, sendo o 6º ano e 7º ano com 960 horas anuais e o 8º ano e 9º ano com 1000 horas anuais, distribuídas em 200 dias letivos, totalizando 3920 horas e atendimento a 16 (dezesseis) turmas. Horário de funcionamento das 13h20min às 17h40min. 10 Período noturno O Ensino Médio tem a carga horária mínima de 3000 horas, distribuída em 200 dias letivos, com 1000 horas anuais e atendimento a 07 (sete) turmas. Horário de funcionamento das 19h00min às 23h10min. CELEM O Centro de Línguas Estrangeira e Moderna oferece cursos de língua espanhola nos três períodos e o curso de língua japonesa oferece no período vespertino. 1.5 Diagnóstico A nossa escola, como tantas outras instituições de ensino público, responsável pela educação básica da nossa população, atende a uma determinada clientela e possui uma realidade específica, inclusa numa dimensão social abrangente, na qual ela desempenha um papel nos rumos da nossa nação, intencionalmente ou não. Procuraremos apresentar um panorama da realidade interna e externa desta instituição: 1.5.1 A sociedade que temos Vivemos em uma sociedade capitalista, competitiva e excludente, que prioriza o capital econômico em detrimento do capital humano. Uma sociedade que não enfrenta a raiz de todos os problemas sociais existentes, da única forma possível, que é através de investimento maciço na formação humana, principalmente na educação básica, reforçando assim os problemas de toda ordem como as desigualdades sociais, desestrutura familiar, corrupção, violência, falta de valores morais e éticos, desvalorização do lugar onde vivemos, péssima distribuição de renda, exclusão, desigualdade de oportunidades, exploração social, alienação (ignorância política), controvérsias entre liberdade e libertinagem (limites e regras), relacionamento distante entre pais e filhos, responsabilidade familiar transferida para a escola. 11 1.5.2 A escola que temos Transmissora de conhecimentos, carregada de responsabilidades, salas de aula lotadas, o que impossibilita um acompanhamento e atendimento de forma mais individualizada, capaz de dar conta da grande demanda de alunos com dificuldades de aprendizagem, o que desencadeia uma série de consequências como os altos índices de reprovação, desistência e desinteresse. Prevalece a linha de ensino tradicional – reprodutora de informações (numa linha de ensino e conhecimentos fragmentados), despolitizada, espelho de todos os problemas da sociedade, heterogênea com professores itinerantes, insuficiência de atendimento psico-pedagógico, número insuficiente de funcionários, poucos recursos financeiros, demora na substituição de professores afastados por problemas de saúde, ou licenciados, centralização de funções por causa da falta de recursos humanos e excesso de burocracia. Apesar desse panorama, que propicia mais a produção de um conhecimento estático, conteudista, limitado ao conhecimento científico, sem significado prático para o nosso educando, acreditamos na produção de um conhecimento dinâmico, vinculado ao processo de ensino aprendizagem, com ênfase na pesquisa como meio de garantir a unicidade entre teoria e prática, conhecimento geral e específico, conteúdo e forma e dimensão técnica e política. A escola tem procurado este objetivo desenvolvendo em seu interior, dentro do possível, discussões, questionamentos, planejamento e desenvolvimento de atividades interdisciplinares junto ao seu corpo docente, no sentido de promover a reflexão para a necessidade de se conceber o conhecimento enquanto algo dinâmico, inacabado, vinculado a um processo em constante construção. A hora-atividade tem contribuído muito para a organização da prática pedagógica, pois possibilita ao educador um tempo para troca de idéias e experiências, para planejamento, reflexão, avaliação da sua prática, correção de provas e trabalhos, pesquisa, atendimento a pais e alunos, entre outros. Contudo, para melhor aproveitar esse tempo é necessária uma melhor articulação da hora-atividade para que disciplinas afins possam trabalhar juntas, propiciando troca de experiências e novas possibilidades de prática contextualizada. O aumento de carga horária da hora-atividade seria importante para estruturar uma grade que permitisse a dedicação integral do professor, incrementando a qualidade de ensino na rede estadual de educação. A escola vem fazendo a inclusão, principalmente a dos portadores de distúrbios de aprendizagem, de forma precária e o professor vem se esforçando para adaptar 12 seus recursos a fim de atender esta clientela, porém não obtendo os resultados desejados, os 6º anos e 9º anos do Ensino Fundamental, são ofertadas aulas de apoio nas disciplinas de Português e Matemática, propiciando um melhor acompanhamento, através de um trabalho conjunto entre professores, equipe pedagógica e pais. O acompanhamento da frequência e verificação do desempenho do aluno em relação às defasagens verificadas e trabalhadas é repassado aos pais através de reuniões. A preocupação com as diversidades presentes no meio escolar é outra questão à qual a escola vem se adequando, pois nosso convívio é marcado por diferenças de toda ordem: social, política, cultural, religiosa, sexual ou étnica. No dia a dia escolar, se atentos, podemos detectar inúmeros preconceitos que muitas vezes estão implícitos em forma de “brincadeiras”, piadas, apelidos, na forma de organizar os grupos, na maneira de agir do grupo ou de um indivíduo apenas, gerando atitudes de isolamento, timidez, agressividade, humilhação, etc. Muitas vezes, tratar com indiferença e distanciamento estas questões, é uma atitude que pode estar imbuída de preconceitos. A própria postura do educador frente ao educando transmite seu modo de pensar e de ver o outro. A postura libertadora da escola e do educador frente à questão das diferenças individuais e culturais é o principal indicador de possíveis melhoras e conquistas para os educandos, pois uma atitude acolhedora e o incentivo à autonomia com responsabilidade gera oportunidades que possibilitam ao aluno se expressar, expondo seu modo de viver, sua visão do mundo, sua cultura e identidade. Deste modo, as atividades realizadas através de trabalhos em grupo são mediadas, valorizando as peculiaridades, as diversidades tanto sociais, culturais, étnicas e outras, levando o educando a pensar em questões de igualdade e diferença e ir construindo processualmente um conhecimento que respeite o “outro” sem denegrilo, inferiorizá-lo ou isolá-lo. Assim o papel da escola e do educador é acolher essa diversidade percebida através de um olhar sensível e reflexivo trabalhando com ela de diferentes formas: dinâmicas, projetos, debates, assembléias, atividades extra-classe, etc. Contudo, o importante é não perder de vista o objetivo primordial que é a valorização do ser humano e de sua identidade para que ele construa seu conhecimento e desenvolva um modo de ser e viver digno e consciente. 13 Neste sentido a escola oferece várias atividades em parceria com instituições, públicas ou privadas, que colaboram com o processo de socialização e que influenciam no relacionamento interpessoal e enriquecimento curricular. Dentre elas, destacamos o Celem (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas), no qual são ofertadas aulas de Espanhol e Japonês, distribuídas nos períodos da manhã, tarde e noite; atividades esportivas no contraturno, com diversas modalidades, como: vôlei, handebol, basquete e atletismo; laboratório de Informática, utilizado sempre no contraturno, exclusivo para pesquisa dos alunos e comunidade escolar; participação em diversas olimpíadas e avaliações para testarem seus conhecimentos; oficinas, atividades culturais, ambientais, e a equipe multidisciplinar, que composta para auxiliar os professores e comunidade no trabalho com as diversidades etnicorracial. 1.5.3 Gestão escolar A direção se incumbe da administração da unidade escolar . Planeja, promove e supervisiona atividades de natureza pedagógica e administrativa que possibilitam o desempenho docente e discente, segundo a proposta pedagógica do colégio. Dentre as atribuições inerentes à função, compete à direção: • apoiar as equipes pedagógica e técnico-administrativa, de modo a atingir os objetivos gerais propostos para a unidade escolar, além de resolver diferentes problemas e conflitos; • assegurar ambiente de desenvolvimento e aprendizagem constante aos profissionais, por meio de programas e sistemas especiais de capacitação técnica e interpessoal; • supervisionar projetos de aplicação pedagógica que atendam aos objetivos curriculares, aos Parâmetros Curriculares Nacionais, à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, bem como à Política Educacional Estadual. O corpo docente tem livre acesso à direção, desde que o assunto não pertença à esfera de atuação específica de outras áreas. A gestão escolar conta com a colaboração de outras instâncias representativas, havendo entre estes uma relação harmônica. São instâncias cujos representantes são eleitos através do voto direto, como no caso da APMF e do Conselho Escolar. Outras através do voto direto ou indicação como no caso de alunos 14 Representantes de Turmas e Professor Conselheiro. São instâncias que colaboram com a execução dos projetos e planos de ação da escola. Apesar da escola sempre incentivar a organização dos alunos em grêmios estudantis, percebemos certo desinteresse destes, talvez desmotivados pela alienação política. 1.5.4 Os professores que temos Contamos com profissionais qualificados, graduados em sua área específica, sendo que muitos são pós-graduados, tendo especialização e/ou mestrado. Grande parte de nossos professores também já concluiu ou está fazendo o PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional). No entanto, a realidade é frustrante no tocante à valorização profissional: baixa remuneração; saúde fragilizada pelas condições de trabalho: salas de aula inadequadas: má circulação de ar, problemas acústicos graves (salas de aula em ambos os lados de um longo corredor); falta de acesso coberto de um bloco para outro do colégio, praticamente impossibilitando a passagem em momentos de chuva intensa; o próprio uso do quadro-de-giz, ferramenta antiga que o Estado já poderia ter substituído por lousa branca de escrita com “canetão”, pois causa desde alergias cutâneas à respiratórias. Apesar das contingências, percebemos que nossos professores são conscientes e procuram adaptar-se às políticas educacionais propostas. Certamente que o reconhecimento e valorização deste profissional se fazem necessários e urgentes, pois é ele o responsável por desenvolver uma prática pedagógica caracterizada por uma ação consciente e sistemática, que possibilita a curiosidade, a observação, a postura crítica, a análise e a troca de idéias, culminando em atividades de síntese, permitindo ao aluno autonomia no processo de aprendizagem, capacitando-o para a busca, ampliação e construção de seus conhecimentos. Para isto é necessário que o professor tenha tempo para pesquisa, atualização, planejamento, leitura, ou seja, dedicação exclusiva. Em meio a esta realidade adversa, possuímos um quadro de professores compromissados com a qualidade do ensino público e, na medida do possível, a escola procura possibilitar os momentos onde são organizadas as atividades interdisciplinares, desenvolvimento de projetos, utilizando-se principalmente o horário da hora-atividade, conforme a demanda, na tentativa de articular as ações necessárias para atingir os objetivos estabelecidos nesta proposta. 15 O trabalho do professor pedagogo, diante desta realidade, é bastante exigido, pois ele lida diariamente com a falta de funcionários capacitados e em número suficiente para atender a demanda de problemas (seria a extinta função de inspetor de alunos); as faltas de professores que resultam em aulas vagas, facilitando o “bulling” e as brigas entre alunos, além de desestruturar a rotina escolar. Mesmo com todas as dificuldades, o professor pedagogo acompanha o desempenho dos alunos, busca contato constante com os pais e alunos, orienta quanto a procedimentos de estudo em casa, problemas de comportamento, frequência às aulas, entre outros assuntos que comprometem a aprendizagem. No trabalho junto ao professor, o pedagogo acompanha e orienta a elaboração e execução dos planos de trabalho, a avaliação, recuperação paralela, os projetos interdisciplinares, reposição de aulas, as reuniões de conselho de classe, a hora-atividade, capacitação, inscrição e acompanhamento nas olimpíadas de: matemática, geografia, língua portuguesa, física e química, Prova Brasil, SAEB, ENEM; material didático, entre outras atribuições. A participação dos professores nos cursos de capacitação da SEED é feita anualmente através de alguns critérios como a pré-disposição do professor, o compromisso em socializar as informações obtidas, representação dos períodos matutino, vespertino e noturno, quando necessário, desde que não prejudique a organização interna, entre outros. Os professores participam no decorrer do ano letivo da formação continuada organizada pela escola, assim como grupo de estudos, palestras com diversos profissionais através de parcerias e convites. Não existe um critério único para a organização do horário da hora atividade, devido às dificuldades do próprio professor em adequar seu horário nas diversas escolas em que leciona, mas, na medida do possível, procura-se organizar de forma a possibilitar o encontro de disciplinas ou áreas afins. 1.5.5 Os funcionários que temos São profissionais que sempre estão em contato direto com o aluno. Do compromisso deles com a escola depende o sucesso de toda uma gama de ações organizadas. Exercem funções diversas que colaboram com a disciplina e organização dos espaços físicos. Os funcionários da escola possuem contrato de trabalho diferenciado, alguns são concursados e outros PSS, estes últimos desprovidos de direitos como a 16 estabilidade de trabalho, plano de carreira e outros benefícios legais. Possuem muita disposição para o trabalho,porém sem treinamento adequado para exercer suas funções. Exercem diversas funções, para as quais nem sempre estão capacitados, com baixa remuneração e sobrecarga de tarefas devido a defasagem de funcionários. Atualmente temos observado alguns avanços devido à contratação de funcionários administrativos através de concurso público. Apesar da importância destes profissionais no trato com alunos e professores, participam pouco de reuniões e conselhos de classe, em que são discutidos os problemas internos. No entanto, a escola tem garantido a participação deles nos estudos de capacitação, o que vem contribuído positivamente para o seu comprometimento com a escola. Os concursados têm participado do Profuncionário, um curso de formação oferecido pela Secretaria de Estado da Educação, que tem enriquecido o trabalho destes funcionários dentro da escola. 1.5.6 Os alunos que temos Nossa escola é composta principalmente por alunos que esperam e cobram da escola uma qualidade de ensino que possibilite a continuidade dos estudos após o Ensino Médio, visando o ingresso em um curso superior ou qualificação profissional. São alunos que apresentam uma estrutura familiar mais sólida, com um melhor acompanhamento e cobrança da família. Apesar deste diferencial, observa-se características como a alienação política e social, individualismo exacerbado e passividade frente aos desafios da vida acadêmica e social. Boa parte dos alunos do Ensino Médio já está inserida no mercado de trabalho e contribuem com as despesas de casa. Atuam no comércio de modo geral, muitos são encaminhados pela escola ao CIEE. Frente a esta realidade, a escola procura estimular a reflexão sobre os valores éticos, sobre a realidade política, social e cultural na qual vivemos através da organização dos alunos em Grêmios Estudantis, eleição de representantes de turma, eleição de conselheiros, atividades disciplinares ou interdisciplinares. A escola realiza atividades junto aos pais e alunos, tais como: reuniões, palestras, conversas, onde são ressaltadas a função da APMF e do Conselho Escolar, bem como a importância da 17 participação da comunidade nestas instâncias, fortalecendo a responsabilidade da família no acompanhamento do desempenho escolar e formação geral do educando. 1.5.7 População atendida Neste ano de 2012, as matrículas novas efetuadas na 1ª série do Ensino Médio, período matutino, foram de 228 alunos. No 6º ano, no período vespertino, foram 104 matrículas. Os alunos são, na maioria, oriundos de escolas municipais de várias regiões da cidade. Na 1ª série do Ensino Médio, no período noturno, foram 69 matrículas, sendo os alunos vindos de todas as regiões da cidade. Não existem casos informados quanto a necessidades especiais educativas, no ensino regular, somente um aluno que frequenta o Celem, que tem baixa visão. A defasagem idade/série é percebida em menor número entre os alunos do 6ºano e ensino médio diurno e em maior número no ensino médio noturno. ESTATÍSTICA DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO 2011 TARDE 5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE TOTAL MANHÃ 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE TOTAL NOITE 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE TOTAL APROV 85 85 74 103 347 APROV 79 76 88 243 APROV 6 15 18 39 APROV/CC 18 22 50 54 144 APROV/CC 74 93 84 251 APROV/CC 29 41 34 104 REPROV REPROV/FR 1 0 4 0 25 0 5 4 35 4 TOTAL ALUNOS 104 111 149 166 530 REPROV REPROV/FR 51 3 20 2 17 3 88 8 TOTAL ALUNOS 207 191 192 590 REPROV REPROV/FR 9 53 8 24 2 11 19 88 TOTAL ALUNOS 97 88 65 250 18 Diante destes resultados, percebe-se um aumento significativo do número de alunos aprovados por Conselho de Classe, e conclui-se que muitos alunos não se esforçam o suficiente para alcançar a média em todas as disciplinas, deixando para serem aprovados em uma ou duas disciplinas pelo Conselho de Classe. Outro dado preocupante é o alto índice de desistência e reprovação dos alunos do período noturno, onde fatores como imaturidade, defasagem idade/série, estudo após jornada de trabalho, frequência irregular, ou mesmo a falta de uma estrutura de ensino diferenciada, direcionada para a realidade do estudante trabalhador, acabam interferindo na aprendizagem. Os professores, em sua maioria, procuram valorizar a produção realizada em sala de aula, avaliação contínua, o que em termos de evasão pode amenizar, mas está longe de alterar esta realidade. Os alunos que apresentavam problemas relacionados à disciplina, limites, organização dos estudos foram atendidos durante o ano letivo pela equipe pedagógica e professores, o que foi documentado através de comunicados e ocorrências enviados aos pais que os assinam, tomando ciência da vida escolar do filho, de seu desempenho e comportamento. Os boletins com rendimento abaixo do desejável também foram entregues aos pais em reuniões nas quais podiam tirar dúvidas com o professor em relação aos conteúdos avaliados, à metodologia, às avaliações e à recuperação. A escola procura incentivar os alunos a tirar dúvidas e a tentar superar suas dificuldades. Sempre que se faz necessária uma avaliação com um especialista de uma outra área que não seja a educacional, os pais são comunicados. Os professores estão sempre fazendo revisão dos conteúdos e aguardando novas datas para entrega de trabalhos. Alguns alunos de 6º ano e 9º ano participam da Sala de Apoio, no contraturno, com atendimento em Língua Portuguesa e Matemática, muitos obtendo um bom desempenho, apesar de faltarem muito às aulas de apoio. Os alunos de 6º ano do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio são os que apresentam maiores dificuldades, principalmente de adaptação. No caso da 6º ano, os alunos passam a ter um professor para cada matéria, caderno com mais de uma matéria, professores com didática e metodologia diferentes do 1º ao 5º ano, maior quantidade de provas e trabalhos com um nível de exigência maior e passam a estudar em escolas maiores. Os alunos da 1ª série do Ensino Médio passam a ter mais disciplinas, consequentemente mais provas e trabalhos, também com um nível de 19 exigência superior ao do Ensino Fundamental. Os professores de 6º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio, atentos a esta realidade, estão começando as aulas com retomada dos conteúdos considerados essenciais no 6º ano e na 9º ano respectivamente; apresentação do colégio (recursos físicos e humanos) no caso de alunos de 6º ano ou alunos novos no Ensino Médio; esclarecimento sobre as regras da escola, etc., para que esta mudança aconteça da melhor forma possível. A escola também procura, na medida do possível, fazer o horário com aulas geminadas em algumas disciplinas a fim de que os alunos disponham de mais tempo para a realização das atividades. A recuperação paralela está no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar e como tal é realizada pelos professores, principalmente na retomada de conteúdos e reavaliação do conteúdo não assimilado. Os professores valorizam os trabalhos, as tarefas, as pesquisas (dentro e fora da sala), escritas ou orais, individuais ou em grupo. As reuniões de Conselhos de Classe são realizadas bimestralmente, após a entrega de notas na secretaria, e são compostas pelos professores, pedagogos e direção. Para análise do desempenho dos alunos, é utilizado relatório com dados estatísticos, no qual é apresenta a evolução do desempenho do aluno, sempre comparando bimestralmente. Os problemas disciplinares são resolvidos durante o bimestre e somente casos extremos são analisados durante o Conselho, bem como outros fatores que possam interferir na aprendizagem do aluno. Aos professores cabe relatar os apontamentos quanto aos problemas que foram detectados no processo ensino-aprendizagem e propostas de intervenção possíveis por parte do professor, alunos e equipe pedagógica. Dentre os encaminhamentos propostos prevalecem medidas como: diálogo com os pais e alunos sobre os fatores relacionados a este desempenho e que precisam ser trabalhados. A coordenação do conselho procura questionar quanto a fatores de cunho pedagógico observáveis na relação professor/aluno e abre para a proposição de intervenções pedagógicas individuais ou coletivas necessárias. O tempo disponível para a realização do Conselho de Classe é insuficiente. Procura-se direcionar os debates sobre aspectos pedagógicos, mas percebe-se uma maior disposição para priorizar as discussões que tratam de aspectos relacionados ao comportamento do aluno, mas que aos poucos estamos tentando mudar. 20 1.5.8 Participação da comunidade local Os pais acompanham o desempenho de seus filhos por meio de comunicados escritos, ocorrências que os professores ou o pedagogo preenche, o aluno assina e leva para casa para o responsável ler e dar ciência. Estes comunicados e ocorrências retornam para a escola e são entregues ao pedagogo que os arquiva em pasta própria da turma, no plástico individual do aluno. O acompanhamento também se dá por telefone, através de reuniões com professores e/ou equipe pedagógica e durante as horas atividades dos professores com o acompanhamento do pedagogo e, quando se faz necessário, também do(a)a diretor(a). A realização de palestras direcionadas aos pais é algo fundamental para se garantir a participação da comunidade, mas não vem ocorrendo com a frequência necessária. A Escola muitas vezes recorre à colaboração da comunidade, através de parcerias, para realizar atividades na Escola, como por exemplo a implantação de projetos. 1.6 Reflexão Teórico-Prática Frente à realidade exposta, a execução da proposta pedagógica, o acompanhamento e a avaliação do trabalho, têm acontecido permeados por dificuldades de toda ordem. A falta de estrutura capaz de possibilitar o acompanhamento, a reflexão, a organização e reorganização impedem a adoção de ações efetivas no sentido de se garantir a qualidade desejada. Há dificuldades quanto às metodologias, avaliação, recuperação de estudos, critérios utilizados na seleção de conteúdos essenciais e complementares, praticados no processo de ensino-aprendizagem. Percebemos algumas resistências à adoção de novas formas de organização do trabalho pedagógico, muitas vezes justificadas pelas condições de trabalho desgastante dos profissionais da escola pública. Desta forma, prevalece um ensino onde o conhecimento se resume a “um conjunto de informações neutras, objetivas e impessoais sobre o real elaborado e sistematizado no trabalho de investigação da realidade”, como afirma Leite (1994, p.13). Prevalecem as metodologias que priorizam a simples transferência de conhecimentos e informações (“educação bancária”), termo utilizado por Paulo Freire, ao se referir ao ensino conteudista, 21 descontextualizado, sem compromisso com as transformações sociais, onde predomina a fragmentação entre as diferentes disciplinas curriculares. A avaliação reflete esse modelo de enfoque, reforçando o aspecto quantitativo classificatório, onde não há espaço para o refazer pedagógico. A recuperação de estudos é uma outra dificuldade, pois não se consegue estabelecer critérios claros que garantam a real recuperação dos saberes não assimilados necessários para o prosseguimento dos estudos, nem das notas. Paralelamente a esta realidade, percebemos em nosso cotidiano a existência de práticas disciplinares e/ou interdisciplinares compromissadas com um modelo de educação que concebe o conhecimento como parte de um processo constante, inacabado, dinâmico; e disposição para a elaboração de novas formas do fazer pedagógico, o que consequentemente reflete na prática diária, onde as metodologias, a avaliação, os objetivos, a recuperação de estudos estão voltados não só para a verificação da aquisição dos conteúdos, mas para a relação destes com a autonomia do aluno, do ponto de vista intelectual, social e político, objetivando a formação da cidadania e tornando possível a avaliação do trabalho do educador, levando ao refazer pedagógico. 1.7 Relação do Corpo Docente, Técnico-Administrativo e Funcionários para o Ano de 2012 NOME Andrea Fávaro Martins Maria Salete Fregonezi Marli Lino dos Santos Paula Regina Lopes Moreira Valéria Oliveira Dal Ry Celio Bernini Junior Elizabeth Krause Andreia de Freitas Zômpero Helenice Satie Morais Maria José de Oliveira Simone Francisco RELAÇÃO DE PROFESSORES DISCIPLINA VÍNCULO FORMAÇÃO PSS Arte Educação Artística. QPM Educação Artística. Didática e Metodologia do Arte Ensino. QPM Arte Educação Artística. QPM Educação Artística. Orientação, Supervisão e Arte Administração Escolar. QPM Arte Educação Artística. QPM Biologia Ciências Biológicas. Genética. QPM Biologia Biologia. Supervisão Escolar. QPM Ciências Ciências. Ciências Ciênicas Ciências Zenilda Casarin Sanches Ciências Ailton Suzini Filho Educação Física QPM QPM QPM QPM PSS Biologia. Ciências. Espaço,Sociedade e Meio Ambiente. Ciências. Ensino de Matemática. Ciências. Administração, Orientação e Supervisão Escolar. Educação Física. Educação Física Escolar. 22 Dalva Ferreira Educação Física Maria Lúcia Manzutti de Freitas Ronivaldo Marques de Oliveira Educação Física Educação Física Educação Física Vânia Therezinha de Mello Priolli Educação Física Claudecir Pires de Freitas Gilberto Ruiz Carvalho Física Física Luciane Maria De Luca Física Helder Linhares Teixeira Ronie Peterson Leite da Silva Alfeu Celso Campiolo Claudio Francisco Galdino Edson Gerbes Islaine Ferreira de Souza Jean Cleverson Novais Botelho Odila Silvia Knobbe Zani Edna Maria Da Silva Elaine De Martini Eros Souto Ramos Filosofia Marcia Cacilda Ribeiro Filosofia QPM QPM QPM PSS QPM QPM QPM QPM QPM QPM Educação Física. Treinamento Desportivo. Educação Especial e Inclusão Escolar. Supervisão, Orientação e Gestão Escolar. Educação Física. Treinamento Desportivo. Educação Física. Educação Física. Treinamento Desportivo. Educação Física. Metodologia de Ensino. Supervisão, Orientação e Adminstração Escolar. Física. Física. Ciências. Educação Especial – Deficiência Auditiva. Filosofia. Filosofia Moderna e Contemporâneal Filosofia. Geografia Geografia Geografia Geografia QPM QPM QPM PSS Geografia. Educação à Distância. Geografia. Ensino de Geografia. Geografia. Geografia. Geografia QPM Geografia. Ensino de Geografia. Geografia História História História QPM QPM QPM PSS João Pereira Campos História QPM Maria de Lourdes Diniz Prezotto História PSS Sarita Maria Pieroli História QPM Geografia. Ensino de Geografia. História. História. Educação Escolar. História. História. História Social. História. Formulação e Gestão de Políticas Públicas.História Social e Ensino de História. História. Didática e Metodologia do Ensino. Educação Especial. História e Geografia. Didática. Ensino de História e Geografia. Ana Maria Martins Rodrigues Carlinda Aparecida da Rosa Língua Portuguesa Língua Portuguesa Língua Portuguesa Língua Portuguesa Língua Portuguesa Língua Portuguesa Edna Oliveira Manzano Fabiano Jadel Teodoro Ivanilse Maia Storer Josefa Celia Pinheiro Garcia Maria Evilma Alves Moreira Rita de Cassia Sanches Gonçalves Suze Borda Aracelle Palma Favaro Motta Edilaine Vivan Pereira Língua Portuguesa Língua Portuguesa Língua Portuguesa L.E.M. – Inglês L.E.M. – Inglês QPM Português. Língua Portuguesa. QPM Letras. Ensino de Língua Estrangeira. PSS Letras. PSS Letras. QPM Letras. Didática e Metodologia do Ensino. QPM Letras. Psicologia aplicada à Educação. QPM QPM PSS QPM QPM Letras. História e Cultura Africana e Afrobrasileira, Educação e Ações Afirmativas no Brasil. Letras. Literatura Brasileira. Letras (Estudos Literários). Letras. Língua Portuguesa. Letras. Administração, Supervisão e Orientação Educacional. Didática e Metodologia do Ensino. Letras. Psicopedagogia; Gestão, Administração e Orientação Escolar. 23 Nivia Cristine Bueno Renata Aparecida Volpe De Almeida Solange de Oliveira Vânia Cristina Gomes Gilda Tomiko Fukushigue Helena De Oliveira Izabel Cristina Mendes De Oliveira Lucinéia Aparecida Lopes De Barros Viviani Aline Alves Galvão L.E.M. – Inglês L.E.M. – Inglês L.E.M. – Inglês L.E.M. Inglês Língua Japonesa – Celem Língua Espanhola – Celem Língua Espanhola – Celem Língua Espanhola – Celem Língua Espanhola – Celem QPM Letras-Anglo. Didática e Metodologia do Ensino. QPM Letras-Anglo. Língua Portuguesa. QPM Letras. Supervisão e Orientação Educacional. PSS Letras. PSS Matemática. Proficiência em Japonês. QPM Letras. Leitura e Produção de Texto. QPM Letras. Psicopedagogia. QPM Letras. Língua Portuguesa. QPM Letras. Ensino e Metodologia de Espanhol. Anna Paula de Lima Costa Belavenute Celina Maria Negro Fabiano Kiiti Ito Sônia Aparecida Silverio Matemática PSS Matemática Matemática Matemática QPM QPM QPM Jose Carlos David Matemática QPM José Stringal de Souza Matemática QPM Lucinda Bento da Silva Sergio Penteado Eliana Rodrigues da Silva Cerezini Matemática Matemática QPM QPM Tecnologia em Processamento de Dados. Informática na Educação. Matemática. Didática; Educação Matemática. Matemática. Física. Ciências. Matemática. Didática em Metodologia Científica. Matemática. Estatística. Ciências Econômicas. Controladoria, Auditoria e Perícias Contábil. Matemática. Ensino de Matemática. Matemática. Educação Matemática. Química QPM Química. Educação à Distância. Gricielle Aparecida Sutil Química PSS Leila Evangelista de Almeida Química QPM Liamar Sioffi Química QPM Química PSS Química. Química Sociologia Sociologia Sociologia PSS QPM QPM QPM Química. Química dos Recursos Natural. Ciências Sociais. Ciências Sociais. Ensino de Sociologia. Ciências Sociais. Ensino de Sociologia. Patrick Juliano Alves Gomes Wietchorek Rosa Cristina Souza Leite Alexander Korgut Carolina Dias Casão Rafael Kenji Kuriyama Engenharia de Alimentos. Gestão de Qualidade de Alimentos. Mestre em Engenharia de Alimentos Ciências. Química p/professores de Ensino Médio; Metodologia do Curso Superior. Ciências. Estética e Imagem Pessoal. Didática e Metodologia de Ensino. Administração, Supervisão e Orientação Educacional. 24 LISTA DE PEDAGOGOS VÍNCULO FORMAÇÃO QPM Pedagogia. Formação de RH para Alfabetização. QPM Pedagogia. Gestão Escolar. NOME TURNO Adriana Bobroff Santaella Caroline Prestes Fernandes Manhã Katia Regina de Oliveira Tarde/Noite Luciana Risso Maria Daria Caldeira da Silva Marlene Ribeiro de Castro Munhoz Rosangela Aparecida Ximenez Vilze Vidotte Costa Manhã Wanda Alba Aranda Manhã/Tarde QPM Wane Galvão Mota Romero Tarde Manhã Noite Tarde Tarde Manhã QPM QPM QPM QPM QPM QPM QPM Ciências. Pedagogia.Didática e Metodologia do Ensino. Pedagogia. Educação Infantil e Anos Iniciais. Pedagogia. Psicopedagogia. Pedagogia. Administração, Supervisão e Orientação Educacional. Pedagogia. Educação de Jovens e Adultos. Pedagogia. Gestão Educacional. Educação. Pedagogia. Didática Geral. Marg. Na Inf. E na Adolescência. Formulação e Gestão de Políticas Públicas. Pedagogia. Psicopedagogia. LISTA DE FUNCIONÁRIOS – AGENTE EDUCACIONAL I NOME TURNO VÍNCULO Celia de Carvalho Manhã/Tarde QFEB Teologia. Edneia Bassetto Sanches Tarde/Noite Ensino Médio. Graziela de Macedo Zaminelli Manhã/Tarde REPR Ensino Fundamental Incompleto. Iracema José da Silva Custódio Manhã/Tarde QFEB Ensino Médio. Ivone Alves Prudêncio Tarde/Noite Ensino Fundamental. Luiz Francisco Ferreira Manhã/Tarde REPR Ensino Fundamental Incompleto. Gislene Silva Umburana Medina Tarde/Noite Ensino Médio. Jane Aparecida Leite Manhã/Tarde REPR Ensino Fundamental. Lucas Alexandre Dionísio de Oliveira Tarde/Noite REPR Ensino Médio Incompleto. Maria de Fátima Feitoza Manhã/Tarde QFEB Ensino Médio Incompleto. Nilza Maria de Andrade Manhã/Tarde QFEB Ensino Fundamental. Paulo Cesar Aguiar Tarde/Noite Ensino Médio. Roseli Daniel Manhã/Tarde REPR Ensino Fundamental Incompleto. Valdelice Maria da Silva Manhã/Tarde QFEB Ensino Médio. QFEB QFEB REPR QFEB FORMAÇÃO 25 LISTA DE FUNCIONÁRIOS – AGENTE EDUCACIONAL II NOME TURNO VÍNCULO FORMAÇÃO Anderson Rossi Bianchini Manhã/Tarde QFEB Administração de Empresas. Cassia Prado Pierri Manhã/Noite QFEB Biblioteconomia. Gestão Escolar. Claudiney Alexandre Chaves Tarde/Noite QFEB Processamento de Dados. da Silva Emília Hissami Takinami Manhã/Noite QFEB Gestão de RH. Gestão Escolar. Julianne Rosy do Valle Satil Manhã/Tarde QFEB Letras. Língua Portuguesa. Maria Edilaine Santini Manhã/Noite QFEB Ciências Sociais. Administração Hospitalar. Cianca Maria Inês Pedrão Manhã/Tarde QFEB Ensino Médio. Rita de Magalhães Ferreira Manhã/Tarde QFEB Ensino Médio. Simoni Cristina Brustz Costa Manhã/Tarde QFEB Ciências Contábeis. Sônia Yurika Fujita Tecnologia da Informação. Análise de Manhã/Tarde QFEB Nakanishi Sistemas. Tatiana Omoto Manhã/Tarde QFEB Ciências Contábeis NOME Márcia Eliane Caetano Campos Adriana Luppi Pezarini PROFESSOR DA LEI 15.308/06 TURNO VÍNCULO FORMAÇÃO Geografia. Administração, Supervisão e Orientação Manhã QPM Educacional. Ensino de Geografia. Tarde QPM Letras. Língua Portuguesa. Gestão Escolar. Lucy Ney Lombardi Oda Manhã NOME FUNÇÃO Claudecir Almeida da Silva Diretor Geral Marcia Aparecida Riedlinger Diretora Auxiliar Jorge Akira Oyama Diretor Auxiliar Emília Hissami Takinami Secretária Geral QPM Letras. Literatura Brasileira. ADMINISTRAÇÃO VÍNCULO FORMAÇÃO Ciências Biológicas. Formulação e Gestão de Políticas QPM Públicas. Administração, Orientação e Supervisão em Gestão Escolar. Pedagogia. Formulação e Gestão de Políticas QPM Públicas. Didática e Metodologia do Ensino. Ciências Biológicas. Formulação e Gestão de Políticas QPM Públicas. Administração, Orientação e Supervisão em Gestão Escolar. Metodologia de Ensino. QFEB Gestão em RH. Gestão Escolar. 2 REGIME DE FUNCIONAMENTO 2.1 Matriz Curricular – Ensino Fundamental As matrizes curriculares do Ensino Fundamental e Ensino Médio estão organizadas com a finalidade de garantir uma Base Nacional Comum sólida e, a parte diversificada, voltada à complementação de estudos com o oferecimento da disciplina de Inglês, conforme segue. 26 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL MARCELINO CHAMPAGNAT-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DECRETO DE REORGANIZAÇÃO N.º 1467/75 RECONHECIMENTO RES. 746/82 DE 15/03/82 R. SÃO SALVADOR, 998 - FONE / FAX (043) 3322-3652 - CEP 86026-480 - LONDRINA – PR SITE: http://www.marcelinochampagnat.com.br/ E-MAIL: [email protected] NRE. 18 – LONDRINA MUNICÍPIO: 1380-LONDRINA ESTABELECIMENTO: 00028 - COL. EST. MARCELINO CHAMPAGNAT ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. CURSO: 4039 - ENSINO FUNDAMENTAL – 6º/9º ANOS ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 - SIMULTÂNEA DISCIPLINA/SÉRIE B A S E N A C I O N A L C O M U M P. D. TURNO: VESPERTINO MÓDULO: 40 SEMANAS 6º 7º 8º 9º ARTE 2 2 2 2 CIÊNCIAS 4 4 3 3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 ENSINO RELIGIOSO* 1 1 0 0 GEOGRAFIA 3 3 4 4 HISTÓRIA 3 3 4 4 LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 MATEMÁTICA 4 4 4 4 SUB-TOTAL 22 22 23 23 L.E.M - INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25 Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB Nº 9394/96. *Não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno. 27 2.2 Matriz Curricular – Ensino Médio SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL MARCELINO CHAMPAGNAT-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DECRETO DE REORGANIZAÇÃO N.º 1467/75 RECONHECIMENTO RES. 746/82 DE 15/03/82 R. SÃO SALVADOR, 998 - FONE / FAX (043) 3322-3652 - CEP 86026-480 - LONDRINA – PR SITE: http://www.marcelinochampagnat.com.br/ E-MAIL: [email protected] NRE. 18 - LONDRINA MUNICÍPIO: 1380-LONDRINA ESTABELECIMENTO: CÓDIGO - C.E. MARCELINO CHAMPAGNAT ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. CURSO:0009 – ENSINO MÉDIO. ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA DISCIPLINA/SÉRIE B A S E N A C I O N A L C O M U M P. D. TURNO: MATUTINO MÓDULO: 40 SEMANAS 1ª 2ª 3ª ARTE 2 2 2 BIOLOGIA 2 2 2 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 FILOSOFIA 2 2 2 FÍSICA 2 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3 MATEMÁTICA 3 2 2 QUÍMICA 2 2 2 SOCIOLOGIA 2 2 2 SUB-TOTAL 23 23 23 4 2 4 2 4 2 SUB-TOTAL 6 6 6 TOTAL GERAL 29 29 29 L.E.M – ESPANHOL L.E.M - INGLÊS * Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * Disciplina de Matrícula Facultativa ofertada no turno contrário, no CELEM. 28 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL MARCELINO CHAMPAGNAT-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DECRETO DE REORGANIZAÇÃO N.º 1467/75 RECONHECIMENTO RES. 746/82 DE 15/03/82 R. SÃO SALVADOR, 998 - FONE / FAX (043) 3322-3652 - CEP 86026-480 - LONDRINA – PR. SITE: http://www.marcelinochampagnat.com.br/ E-MAIL: [email protected] NRE. 18 - LONDRINA MUNICÍPIO: 1380-LONDRINA ESTABELECIMENTO: CÓDIGO - C.E. MARCELINO CHAMPAGNAT ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO. ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA DISCIPLINA/SÉRIE B A S E N A C I O N A L C O M U M 1ª 2ª 3ª ARTE 2 2 2 BIOLOGIA 2 2 2 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 FILOSOFIA 2 2 2 FÍSICA 2 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3 MATEMÁTICA 3 2 2 QUÍMICA 2 2 2 SOCIOLOGIA 2 2 2 23 23 23 4 2 4 2 4 2 6 6 6 29 29 29 SUB-TOTAL P. D. L.E.M – ESPANHOL L.E.M - INGLÊS SUB-TOTAL TOTAL GERAL Nota: TURNO: NOTURNO MÓDULO: 40 SEMANAS * Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário, no CELEM. Obs. Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos. 29 2.3 Calendário Escolar 30 3 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS A escola possui uma boa estrutura física e pedagógica a disposição de professores e comunidade escolar, adquirida com recursos públicos ou com o apoio da APMF que organiza atividades junto à comunidade escolar e repassa os recursos em forma de equipamentos e materiais pedagógicos. A utilização destes espaços e equipamentos é organizada respeitando os critérios de reserva dos mesmos, que deve ser feita com um prazo mínimo de 48 horas, no setor de protocolo ou secretaria geral. O professor deverá ter conhecimento do funcionamento dos equipamentos e cuidados necessários ou procurar orientação junto à coordenação pedagógica ou setor responsável pela reserva, responsabilizando-se pela conservação e devolução dos equipamentos após utilização dos mesmos. Acreditamos que a exploração destes recursos para fins didáticos pedagógicos são essenciais para a promoção de uma aprendizagem significativa, mas percebe-se que ou são pouco utilizados ou são utilizados sempre pela mesma área, como por exemplo, a biblioteca, que é mais utilizada pela área de humanas, em especial a disciplina de português. Infelizmente temos espaços, como o laboratório de ciências, que a utilização, em virtude da falta de laboratorista, é bem restrita. Outro espaço que poderia ser mais explorado, por facilitar a realização de atividades em grupo é a sala de múltiplo uso, mas acaba sendo mais utilizado pela disciplina de Arte. Através dos controles de reserva, percebemos que a área de exatas é a que menos utiliza os equipamentos e os diferentes espaços disponíveis na escola. A escola procura incentivar os docentes a utilizarem todos os recursos disponíveis, para o enriquecimento das aulas e melhor compreensão pelos alunos, tornando assim as aulas mais interessantes. Biblioteca Fundamental no sistema de ensino, a Biblioteca Escolar tem a função primordial de oferecer meios e recursos de apoio ao trabalho do professor, integrandoos, física e pedagogicamente, ao planejamento escolar, como forma de contribuir para a formação do aluno, enquanto cidadão; promover sua inserção na sociedade, levandoo a desvendar o universo do conhecimento, através da leitura. Às bibliotecárias cabe a divulgação do espaço, incentivando o interesse pela leitura, facilitando o acesso ao material, aproximando leitor e texto; mantendo de forma 31 organizada o acervo; renovando-o, quando necessário; solicitando avaliação e compra de novas unidades ao setor administrativo. O professor, neste processo, é peça fundamental, devendo atuar como mediador da leitura na biblioteca, fazendo-se presente, sempre, durante todo o ano letivo no espaço, utilizando, de forma eficaz, o acervo nele disponível. A Biblioteca “Beahir Edna Mendonça”, planejada para atender alunos, professores, funcionários e outros usuários, foi criada em 1968, possui 105 m2 e está localizada paralelamente à rua Niterói, facilitando, assim, o acesso da comunidade em geral. De acordo com padrões exigidos, oferece estrutura bibliográfica compatível a um bom atendimento e adequado suporte escolar, ampliando conhecimentos e complementando conteúdos programáticos, tendo como objetivo facilitar o processo de ensino-aprendizagem. O atendimento aos usuários acontece de segunda a sexta-feira, das 7h20min às 18h, 18h40min às 22h45min. Possui espaço amplo e arejado, disposição de móveis e iluminação adequados que favorecem a pesquisa individual, em grupo e em turma, se necessário. O acervo é composto por dicionários, enciclopédias, atlas, revistas, jornais, literatura infanto-juvenil, brasileira e mundial, além de livros para pesquisa, relacionados às disciplinas ministradas nos cursos de ensino médio e fundamental: Português, Matemática, História, Geografia, Ciências, Biologia, Artes, Língua Portuguesa, Física, Química, Educação Física, Filosofia e Sociologia. A biblioteca dispõe, também, de um programa de reforço na divulgação do acervo, através de visitas às salas de aula, incentivando a leitura paralela ao trabalho docente, referente à abordagem dos conteúdos e à leitura por prazer. A disposição dos livros, no espaço, procura atender às características da escola nas disciplinas, mas, especialmente, no que se refere ao acervo literário infanto-juvenil é classificado por título, de forma visual, em ordem alfabética, facilitando o acesso do leitor do ensino fundamental. Há renovação e ampliação do acervo através de compras pela instituição, doações do Ministério de Educação, SEED; além da colaboração da comunidade. O empréstimo domiciliar é oferecido aos alunos, professores e funcionários da instituição, inscritos, por períodos determinados, através de confecção de carteirinha da biblioteca, sendo a leitura uma escolha dos alunos ou sugestão do professor. 32 A instituição, através da Equipe Pedagógica e gestores administrativos, oferece apoio técnico permanente, colocando-se, sempre, à disposição dos docentes para melhor qualidade de ensino; utilização dos materiais disponíveis de forma adequada; planejamento de leituras que melhor atendam aos objetivos propostos, de acordo com o Projeto Político Pedagógico. Salão Nobre 1. Não entrar com alimentos no Salão Nobre (doces, salgados, refrigerantes); 2. Manter todo o ambiente sempre limpo e organizado; 3. Não usar nenhum material colante nas paredes, cortinas ou móvel; 4. Não usar qualquer tipo de tinta dentro do Salão Nobre; 5. Não mexer em hipótese alguma nos disjuntores (chaves pretas liga/desliga) no painel de energia elétrica localizada no palco. Para ligar e desligar as luzes do salão e palco utilize as chaves metálicas no painel de energia elétrica do palco (chaves localizadas na parte inferior do painel); 6. Os ventiladores deverão ser ligados e desligados nas chaves localizadas ao lado do painel de energia elétrica do palco; 7. A cortina do palco é elétrica (com controle remoto), e não deve ser puxada manualmente; 8. O colégio não se responsabiliza por materiais ou equipamentos deixados no Salão Nobre; 9. O Salão Nobre sempre deve ser agendado com 24h de antecedência no protocolo; 10. A chave do Salão Nobre deve ser retirada e entregue na secretaria. Solicitação de Fotocópias Provas 1. A solicitação para fotocópia de provas deverá ser feita na coordenação pedagógica, através de CD-rom [email protected] e folha com no pronta mínimo ou, 48 por e-mail horas de antecedência. 2. As provas impressas serão colocadas no respectivo armário do professor, ou na falta deste, na coordenação pedagógica. 33 3. A configuração do papel deverá obedecer ao seguinte padrão: folha A4 (largura 21cm / altura: 29,7cm), papel carta (largura: 21,59cm / 27,94cm). Para folha pronta deixar recuo de 1,5 cm nas bordas. Não serão aceitas folhas montadas (colagens de textos e/ou exercícios, salvo figuras). 4. Na avaliação deverá conter informações como nome do professor, disciplina, série, valor total da prova e por questão. Não é necessário informações como nome do aluno, nº., turma (o departamento de impressão possui modelo padrão). 5. Impressão de outro tipo de material somente com autorização da direção. Laboratório de Informática Professor 1. Responsabilizar-se pelo laboratório de informática durante o uso. 2. Ter noções básicas de informática. 3. Manter disciplina no laboratório. 4. Manter os ventiladores/ar condicionado o tempo inteiro ligado. 5. Cabe ao professor ligar e desligar os microcomputadores. 6. Circular no laboratório orientando os alunos. 7. Verificar aleatoriamente se existe nas máquinas programas ou arquivos estranhos às aulas. 8. Não permitir que microcomputadores os do alunos salvem seus trabalhos nos laboratório. O trabalho deverá ser salvo em disquete ou cd, o mesmo comprado por eles e recolhido pelo professor. 9. Antes da utilização, os disquetes deverão passar por um rigoroso processo de verificação atualizada de vírus. 10. Não permitir que o aluno coloque senhas ou mude qualquer configuração do sistema. 11. Não permitir que o aluno delete qualquer programa, arquivo ou pasta do sistema. 12. Não permitir que o aluno use: CD-ROM de instalação de programas sem a devida autorização. 13. O professor deverá fazer com o mapeamento da turma, colocando alunos noções básicas de informática com os que não tem, num mesmo microcomputador (mesclar). 34 14. O aluno deverá levar ao laboratório apenas o material na aula. que será utilizado Bolsas e mochilas deverão ficar na sala de aula. Orientar o presidente da turma que requisite funcionário do respectivo prédio para trancar a sala de aula e, abrí-la somente com sua presença. 15. Somente o professor deverá utilizar o quadro melânico. Para sua utilização é necessário pincel especial (nunca utilizar pincel atômico, giz, etc.). 16. Manter a sala organizada e limpa. 17. Não permitir que os alunos levem comida ou bebida para o laboratório. 18. Nunca deixe os alunos sozinhos no laboratório. 19. O não cumprimento das normas citadas fará com que a turma seja excluídas das utilizações do laboratório de informática. Observações: itens 04 e 05: Estes procedimentos farão com que a ventilação do ambiente melhore e que não haja sobre aquecimento no processador fazendo o microcomputador travar. Dúvidas: Procurar a Direção ou a Equipe Pedagógica do respectivo período. Sala de Múltiplo Uso 1. A sala de múltiplo uso é um ambiente indicado para ser utilizado com atividades práticas, estudos em grupo, etc. 2. Este ambiente poderá ser utilizado por professores de todas as disciplinas, mediante reserva antecipada junto à secretaria ou protocolo. 3. O professor se responsabilizará pela organização da sala após a utilização. 4. O professor deverá buscar e retornar com a turma à sala de aula após utilização do espaço. 5. Não é permitido que os alunos se alimentem neste local. 6. Cuidar para que não mexam nos materiais/trabalho que estiverem guardados ou expostos no local. Laboratório de Informática para Pesquisa dos Alunos O principal objetivo deste espaço é possibilitar a inclusão digital dos alunos e acesso a diferentes instrumentos de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos para uma sociedade informatizada. 35 Das Proibições • Alterar a configuração das máquinas; • Consumir alimentos (doces, salgados, refrigerantes); • Trocar, conectar ou desconectar equipamentos de lugar; • Instalar programas nas máquinas sem a devida autorização; • Permanência de pessoas que não estejam utilizando o equipamento ou que não sejam do colégio. CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS Materiais Didáticos • 04 aparelhos DVD • 06 rádios com tape e cd • 03 retroprojetores • 02 aparelhos data show (projetor) • 01 aparelhagem de som • 01 aparelho episcópio • 01 máquina fotocopiadora • 01 duplicador (copiadora) • brinquedos pedagógicos (xadrez e cubos e jogos lógicos) • 02 receptores de TV a cabo • 20 microcomputadores (sala de informática II) • 18 microcomputadores (sala de informática I) • mapas geográficos • 05 impressoras • 03 globos geográficos • 11 microcomputadores (administrativo) • 21 televisores 29” Pen Drive • 24 computadores “Paraná Digital” • 18 computadores “Proinfo” 36 ESTRUTURA FÍSICA DO PRÉDIO ESCOLAR Bloco 2 – Prédio Histórico: • Direção Geral • Direção Auxiliar • Coordenação (02 salas) • Sala de hora-atividade • Secretaria • Protocolo • Salão nobre • Sala de troféus • Sala de reuniões • Sala do servidor (informática) • Salão nobre com mezanino e camarim • Arquivo geral • Sala de Educação Física • 7 salas de aula • Sala dos professores • Sala dos funcionários • Sala da banda/APMF • Jardim interno • 1 Laboratório “Paraná Digital” • Banheiros Bloco 1 - Anexo • 6 salas de aula • 1 sala de Coordenação • 1 sala de apoio/celem Bloco 4 • 6 salas de aula • 1 sala múltiplo uso • 1 laboratório ciências/física/química e biológicas • 2 salas de línguas – CELEM 37 • Laboratório de Informática • Coordenação • Banheiros Bloco 3 - Anexo • Biblioteca Bloco 5 - Anexo • Cantina • Cozinha • Refeitório • Banheiros Anexo Esportivo • 1 quadra poliesportiva coberta • 1 quadra descoberta de Vôlei Casa do Caseiro Estacionamento 4 PRINCÍPIOS LEGAIS E DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS 4.1 Objetivos Gerais do Estabelecimento de Ensino A presente Proposta Pedagógica tem como objetivo a organização pedagógica escolar, em suas especificidades, níveis e modalidades. Visa fundamentar as intervenções internas e externas da organização escolar, no sentido de possibilitar a reflexão da realidade social, econômica, política, educacional e cultural, e a participação de todos os sujeitos do processo educativo, na transformação desta realidade, bem como garantir o cumprimento da LDB nº. 9394/96, que em seu art. 3º, estabelece os seguintes princípios: 38 I. igualdade de condições para acesso e permanência na escola; II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III. pluralismo de idéias e concepções pedagógicas; IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância; V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII. valorização do profissional da educação escolar; VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação do sistema de ensino; IX. garantia do padrão de qualidade; X. valorização da experiência extracurricular; XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. O Colégio Marcelino Champagnat tem como objetivo uma prática educacional envolvente, em cujo processo a aprendizagem seja uma missão, a formação do cidadão seja o foco e a transformação da sociedade seja um ideal. Uma educação capaz de romper com as resistências que impedem o exercício da liberdade responsável, do pensamento, da criatividade, da participação, pois de acordo com Paulo Freire (1997, p. 58 – 59): As crianças precisam crescer no exercício desta capacidade de pensar, indagar-se e de indagar, de duvidar, de experimentar hipóteses de ação, de programar e de não apenas seguir os programas a elas, mais do que propostos, impostos. As crianças precisam ter assegurado o direito de aprender a decidir, o que se faz decidindo. Se as liberdades não se constituem entregues a si mesmas, mas na sua assunção ética de necessários limites, não se faz sem riscos a serem corridos por elas e pela autoridade ou autoridades com que dialeticamente se relacionam. Nossa grande meta é ofertar acesso, conhecimento e domínio das ferramentas necessárias ao indivíduo, possibilitando a construção de uma vida mais digna. Tornar o aluno capaz de atuar em sua realidade, intervindo positivamente em sua trajetória, através de um currículo abrangente, que aborde aspectos políticos, sociais, filosóficos, culturais e econômicos. Somos sabedores das limitações que impedem a realização plena dos nossos objetivos, limitações estas presentes em todo o sistema público de ensino, sejam elas 39 de ordem política, econômica ou administrativa, mas acreditamos na consolidação de um projeto pedagógico onde a participação nas decisões, desvelando os conflitos e contradições e a eliminação das relações competitivas, corporativas e autoritárias rompam com o mando pessoal e racionalizado da burocracia e permitam as relações horizontais no interior da escola. Concepções de homem, sociedade, educação, de infância, desenvolvimento humano, de ensino e aprendizagem. A concepção de homem como um ser livre, capaz de autoconstruir, compreendido como um “ser-no-mundo”, comprometido com a construção de si mesmo (história individual), atuante e engajado na sociedade da qual participa (história social). O ser humano definido pela soma total de suas ações é, portanto, responsável por elas, pois sempre é possível escolher dentre as opções que lhe apresentem e agir em razão da escolha feita; assim sendo, é aquilo que faz. Essa concepção deve refletir na formulação dos objetivos, na metodologia e, sobretudo, na atividade do professor que desenvolve a prática pedagógica. Os princípios do Projeto Pedagógico visam criar na escola um ambiente físico e social que, encoraje a conquista de autonomia, uma vez que se pretende formar personalidades intelectual e moralmente autônomas. Para isso, a criança precisa ter oportunidade de decidir, de escolher, de opinar, de criticar e de dizer o que pensa e o que sente. A educação que propomos tem como objetivo o desenvolvimento integral e a aprendizagem da criança. Compreendemos que a tarefa da educação é a de ajudar a criança a se desenvolver dando oportunidades. Essa tarefa é bem mais ampla do que a de preparar a criança para a escola de Ensino Fundamental ou de ensiná-la a ler, a escrever, a contar e a fazer cálculos. A medida que a criança se desenvolve, sua capacidade de aprender também aumenta. Assim, se a escola oferecer os estímulos necessários para que a criança se desenvolva, consequentemente suas possibilidades de êxito em sua trajetória escolar serão maiores. A concepção de criança é uma noção istóricamente construída e consequentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea, nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época. Assim é possível que, por exemplo, em uma mesma cidade existam diferentes maneiras de se 40 considerar as crianças pequenas, dependendo da classe social a qual pertencem e do grupo étnico do qual fazem parte. Elas possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação. Articular a Educação Infantil com o Ensino Fundamental significa que os seus profissionais devem ser conhecedores das peculiaridades do desenvolvimento das faixas etárias em que atuam. Também precisam ser entendedores das características cognitivas das crianças e adolescentes, no sentido de que não haja uma antecipação de rotinas e procedimentos comuns às classes de Ensino Fundamental. Neste contexto, educar, portanto, é propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, propiciar o acesso aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em relação outro e a si próprio que possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos. Diante da continuação da vida escolar do aluno, a integração Ensino Fundamental ao Ensino Médio, o processo educativo deve seguir o desenvolvimento da aprendizagem, pois com o amadurecimento das funções cognitivas compatíveis a construção do conhecimento e de contínuas adaptações ao meio, o aluno progride e tem mais autonomia para se tornar crítico, participativo e em condições de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vive. Constituição Federal O que se enfatiza no Brasil hoje é a luta pela construção da cidadania, a preocupação com os direitos humanos, e em especial os direitos da criança e do adolescente. Muitos desses direitos se encontram assegurados na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8069/90, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9393/96, resultantes de muitos debates e da mobilização de diferentes grupos organizados da sociedade civil. Sabemos que 41 essas leis não são garantia de mudança, pois sabemos que existe uma distância entre a criação e a efetiva execução das mesmas. Somente com a consolidação de relações democráticas, com a participação de todos os envolvidos é que direitos e deveres vão sendo reconhecidos, respeitados e garantidos. A Constituição Federal de 05 de outubro de 1988 trouxe grandes avanços no tratamento de situações e normas que se referem à criança e ao adolescente. Consta em seu Título VIII – Da Ordem Social – que tem por objetivo o bem estar e a justiça social, assegura para a infância brasileira no inciso I do artigo 203: “a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência...”. O dever do Estado está expresso no artigo 227: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. A Constituição Federal, em seu Capítulo III – Da Educação, da Cultura e do Desporto – em seu artigo 205, garante que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A igualdade de condições para o acesso e permanência na escola estão citados no inciso I do artigo 206. O artigo 208, em seus incisos I e III, diz que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria e que o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência deverá ser feito preferencialmente na rede regular de ensino. Estatuto da Criança e do Adolescente O Estatuto da Criança e do Adolescente, disposto pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, em seu artigo 54, inciso IV, reforça o direito ao atendimento às crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, em creche e pré-escola. Com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos pretende-se assegurar a educação básica e gratuita a alunos dos 6 (seis) aos 17 (dezessete) anos de idade, incluindo também os alunos do 42 Ensino Médio. No que diz respeito aos portadores de necessidades educacionais especiais, o Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe, em seu artigo 3º, que: A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurnado-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. O novo regime constitucional favorece assim o rompimento com os atendimentos anteriores oferecidos às crianças com menos de 7 (sete) anos, marcados pela improvisação e pelo assistencialismo, que se restringiam a “assistir” ou amparar a maternidade e a infância. É na tentativa de mudar esta realidade que a proposta de maior acompanhamento da idade escolar da criança e na melhoria de sua aprendizagem, que as mudanças na educação infantil, fundamental e médio, se faz necessário, com a reorganização do tempo, do espaço e novas formas de ensinar. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) Os municípios brasileiros, a partir da Lei de Diretrizes e Bases Nacionais (Lei nº 9.394, de 20/12/1996), aponta para a ampliação do Ensino Fundamental. A Lei nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001 ao aprovar o plano Nacional de Educação / PNE, estabelece o Ensino Fundamental de 9 anos, tornando-se meta para a Educação Nacional. Em 16 de maio de 2005, a Lei nº 11.114 estabeleceu a obrigatoriedade do ingresso aos alunos com 6 (seis) anos de idade no Ensino Fundamental. No entanto, os pareceres nº 06, de 08 de junho de 2005 e nº 18 do CNE, de 07 de outubro de 2005 que orientam a matrícula aos 6 anos de idade no Ensino Fundamental, e a resolução nº 03, de 03 de agosto de 2005, que fixa normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental, evidenciam a posição do CNE em vincular a obrigatoriedade da matrícula aos seis anos de idade com a ampliação da duração desta etapa da educação básica para nove anos. A deliberação nº 03/2007 do Conselho Estadual de Educação do Paraná, usando das atribuições que lhes são conferidas por Lei, tendo em vista o disposto na Constituição Federal de 1988, nas Leis Federais n º 9.394/96, nº 10.172/01, nº 11.114/05 e nº 11.274/06; nos pareceres do CNE/CEB nº 24/2004, 06/2005, 18/2005, 43 39/2006, 41/2006, 45/2006, 05/2007, 07/2007, ouvidas as Câmaras de Legislação e Normas e Educação Básica, considerando a indicação nº 03/07 que fundamenta esta deliberação e a ela se incorpora, definindo pela seguinte organização curricular e terminalidade: Etapa de ensino Faixa etária prevista Duração Educação Infantil Até 5 anos de idade Creche Até 3 anos de idade Pré-escola 4 e 5 anos de idade Ensino Fundamental Até 14 anos de idade 9 anos Anos iniciais De 6 a 10 anos de idade 5 anos Anos finais De 11 a 14 anos 4 anos Terminalidade Terminalidade EF 8 anos de duração EF 9 anos de duração 8ª série 9º ano 7ª série 8º ano 6ª série 7º ano 5ª série 6º ano 4ª série 5º ano 3ª série 4º ano 2ª série 3º ano 1ª série 2º ano - 1º ano O Ensino Fundamental com duração de nove anos estrutura-se em cinco anos iniciais conforme nomenclatura definida pelo Conselho Nacional de Educação e quatro anos nas finais. Com estas bases legais e pautadas em assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com isso, aprendizagem com qualidade, assegurando que ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças prossigam nos estudos. Assim passou a ser responsabilidade do município formalizar a decisão política e desenvolver os passos necessários para implementar, em sua realidade sóciogeográfica, a educação inclusiva, no âmbito da Educação Infantil e do Ensino 44 Fundamental nas séries iniciais, sendo responsabilidade do Estado a continuação do Ensino Fundamental nas séries finais e sua continuação com o Ensino Médio. Decreto nº 3.298 /1999 – Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência A política para a integração da pessoa portadora de deficiência adota os seguintes princípios: Desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto sócioeconômico e cultural; Estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico; Respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade, por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos. No que se refere especificamente à educação, o Decreto estabelece a matrícula compulsória de pessoas com deficiência, em cursos regulares, a consideração da educação especial como modalidade de educação escolar que permeia transversalmente todos os níveis e modalidades de ensino, a oferta obrigatória e gratuita da educação especial em estabelecimentos públicos de ensino, dentre outras medidas (Art. 24, I, II, IV). Em 08 de outubro de 2001, o Brasil, através do Decreto 3.956, promulgou a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Ao instituir esse Decreto, o Brasil comprometeu-se a: 1. Tomar as medidas de caráter legislativo, social, educacional, trabalhista, ou de qualquer outra natureza, que sejam necessárias para eliminar a discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência, e proporcionar a sua plena integração à sociedade: [...] medidas das autoridades governamentais e/ou entidades privadas para eliminar progressivamente a discriminação e promover a integração na prestação ou fornecimento de bens, serviços, instalações, programas e atividades, tais como o emprego, o transporte, as 45 comunicações, a habitação, o lazer, a educação, o esporte, o acesso à justiça e aos serviços policiais e às atividades políticas e de administração. 2. Trabalhar prioritariamente nas seguintes áreas: • prevenção de todas as formas de deficiência; • detecção e intervenção precoce, tratamento, reabilitação, educação, formação ocupacional e prestação de serviços completos para garantir o melhor nível de independência e qualidade de vida para as pessoas portadoras de deficiência; • sensibilização da população, por meio de campanhas de educação, destinadas a eliminar preconceitos, estereótipos e outras atitudes que atentam contra o direito das pessoas a serem iguais, permitindo desta forma o respeito e a convivência com as pessoas portadoras de deficiência. Princípios Norteadores da Educação Básica A Secretaria de Educação Básica zela pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. A educação básica é o caminho para assegurar a todos os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. São dois os principais documentos norteadores da educação básica: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172/2001, regidos, naturalmente, pela Constituição da República Federativa do Brasil. Para subsidiar a prática Pedagógica do professor este deve estar comprometido com a aprendizagem das crianças nas séries iniciais do Ensino Fundamental é preciso refletir também sobre o papel da infância e da criança. A criança deve ser compreendida como um ser que nasce com necessidades peculiares, as quais demarcarão o período da vida denominado infância, compreendendo uma categoria social, para que esse período seja vivido com intensidade. Nesse contexto precisamos, antes de tudo, repensar o conceito de infância, pois a sua representação é histórica e reflete o que a sociedade é, bem como o que 46 deseja ser. A cada definição da história da criança, tivemos funções diferenciadas da creche e pré-escola, portanto, uma nova visão da política de Educação Infantil. A criança é um sujeito de direitos e à educação, um de seus direitos fundamentais. Portanto, a educação, prática social que oportuniza a experiência com o conhecimento científico e a cultura, precisa garantir a construção e apropriação de conhecimentos produzidos pela humanidade, ao longo de sua história, e eleitos como mais significativos para serem trabalhados na escola. Esses conhecimentos devem estar articulados aos conceitos cotidianos formulados pelas vivencias práticas e pelas relações sociais do mundo vivido. É preciso superar o entendimento tradicional que se tem do ato de aprender e de ensinar que predomina no período de escolarização, propondo-se um currículo que oportunize atividades pedagógicas que envolvam múltiplas linguagens: música, desenho, pintura, dança, canto, teatro, movimento, escrever, ler e ouvir prosa e poesia, matemática dentre outras. Estas linguagens potencializadoras uma das outras, não podem ser submetidas a uma única linguagem: a escrita. Estudos dos processos de desenvolvimento da criança, baseados em concepções Vigostskyanas, indica que brincar é um importante processo psicológico que atuando na zona do desenvolvimento proximal promove a aprendizagem e desenvolvimento. Atualmente, vigora no Brasil, uma política pública voltada para a construção da cidadania, e do cumprimento dos direitos humanos, principalmente no que diz respeito aos direitos das crianças e adolescentes. Portanto, após a Carta Magna, os pais, a sociedade, as instituições de atendimento e o governo são obrigados a respeitar os direitos definidos na mesma. Deliberações do Conselho Estadual que Normatizam a Oferta do Estabelecimento de Ensino A LDB - Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional - Lei 9394/96, consolidou fatos gradativamente com as modificações a ela incorporada. O Conselho Nacional de Educação mediante pareceres e resoluções redesenham esse novo olhar e posicionamento diante da Educação Básica. Paralelamente, os Sistemas de Ensino e Conselhos Estaduais ou Municipais de Educação reafirmam estas conquistas e normatizam o funcionamento do Estabelecimento de Ensino. A Deliberação N.º 02/2010, aprovada em 12/11/2010, delibera: 47 Seção III - Da Autorização e Renovação da Autorização de Funcionamento de Cursos ou Programas da Educação Básica: Art. 27. A autorização para funcionamento de curso, programa, experimento pedagógico e descentralização de curso é ato mediante o qual o poder público estadual, após processo específico, permite o funcionamento de atividades escolares em instituição de ensino, integrada ou a integrar o Sistema Estadual de Ensino. § 1.º Qualquer alteração que implique em modificação dos termos do ato de autorização deverá ser precedida de pedido de aditamento. § 2.º A autorização a que se refere o caput terá prazo limitado, definido conforme a legislação vigente e as normas próprias de cada modalidade ou etapa da educação básica, e será contado a partir da data da publicação em Diário Oficial do Estado. Art. 28. O ato de autorização para funcionamento de curso é indispensável para a implantação de: I – educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, normal de nível médio, educação de jovens e adultos, educação especial, educação a distância, educação profissional técnica de nível médio e outras modalidades de ensino, estabelecidas na legislação educacional; II – nova etapa ou modalidade de ensino em instituição já credenciada e em dia com os atos legais; III – anos, ciclos ou períodos finais do ensino fundamental em instituição que oferta apenas os anos iniciais do ensino fundamental. Art. 29. O pedido de autorização para funcionamento de curso, programa, experimento pedagógico e descentralização de curso, deverá ser dirigido à Secretaria de Estado da Educação, diretamente no respectivo Núcleo Regional de Educação, assinado pelo representante legal da mantenedora, salvo quando se tratar de instituição de ensino instituída pelo Poder Público Estadual. Parágrafo único - Tratando-se de instituição mantida pelo Poder Público, deverá ser apresentada anuência do Conselho Escolar. Diante da autorização para a implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos de duração, a Deliberação N.º 03/06, delibera normas para sua implantação no Sistema Estadual de Ensino do Estado do Paraná. 48 Art. 1.º - O Ensino Fundamental de nove anos é obrigatório no sistema estadual de ensino do Estado do Paraná, com matrícula a partir dos seis anos de idade, assegurando a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar. Em consonância com o Plano Nacional e Municipal de Educação, priorizamos a melhoria da qualidade do ensino, a redução das desigualdades sociais a partir do acesso e permanência escolar. Princípios Éticos, Políticos e Estéticos A Resolução 07/2010 da CEB/CNE adota como norteadores das políticas educativas e das ações pedagógicas, os seguintes princípios: I – Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. II – Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao bem comum e à preservação do regime democrático e dos recursos ambientais; da busca da equidade no acesso à educação, à saúde, ao trabalho, aos bens culturais e outros benefícios; da exigência de diversidade de tratamento para assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes necessidades; da redução da pobreza e das desigualdades sociais e regionais. III – Estéticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; do enriquecimento das formas de expressão e do exercício da criatividade; da valorização das diferentes manifestações culturais, especialmente a da cultura brasileira; da construção de identidades plurais e solidárias. Através da Lei nº 11.274, de 06 de fevereiro de 2006 o Ensino Fundamental de nove anos passa a ser obrigatório e gratuito na escola pública. O Sistema Estadual de Ensino do Paraná cumpre o Parecer 22/09 do CNE/CEB , Resolução 07/10 e a Instrução Nº 008/2011-SUED/SEED que dispõe: O Ensino Fundamental de nove anos será implantado simultaneamente no Sistema Estadual do Paraná a partir do ano letivo de 2012, e dar-seá por meio da adequação do Projeto Político-Pedagógico à esta oferta. Garantia de Articulação Entre as Ações de Cuidar e Educar e Articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental Inicial e Final. 49 Educação Infantil e Ensino Fundamental são frequentemente separados, porém, do ponto de vista da criança, não há fragmentação. Os adultos e as instituições é que muitas vezes opõem Educação Infantil e Ensino Fundamental, deixando de fora o que seria capaz de articulá-los: a experiência com a cultura. Questões como alfabetizar ou não na educação Infantil e como integrar Educação Infantil e Ensino Fundamental continuam atuais. Entender que as pessoas são sujeitos da história e da cultura, além de ser por elas produzidas e considerar os milhões de estudantes brasileiros de 0 (zero) a 10 (dez) anos como crianças e não só estudantes, implica ver o pedagógico na sua dimensão cultural, como conhecimento, arte e vida e não só como algo instrucional, que visa a ensinar coisas. Essa reflexão vale para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Educação Infantil e Ensino Fundamental são indissociáveis: ambos envolvem conhecimentos e afetos; saberes e valores, cuidados e atenção; seriedade e riso. O cuidado, a atenção, o acolhimento estão presentes na educação infantil; a alegria e a brincadeira também. E nas práticas realizadas as crianças aprendem. Elas gostam de aprender. Na educação Infantil e no Ensino Fundamental o objetivo é atuar com liberdade para assegurar a apropriação e a construção do conhecimento por todos. Na educação Infantil, o objetivo é garantir o acesso de todos que assim o desejarem, assegurando o direito da criança de brincar, criar, aprender. O Ensino Fundamental no Brasil passa agora a ter 9 (nove) anos de duração e inclui as crianças de 6 (seis) anos de idade, o que já é feito em vários países e em alguns municípios brasileiros há algum tempo. Entendemos que toda criança tem o direito de ser feliz. Para ser feliz precisa receber carinho, atenção, apoio, estímulo e ter liberdade. Devemos lembrar que tudo o que a criança descobrir explorar e aprender na escola será parte de um processo contínuo de educação, no qual irá sendo marcada a sua passagem da dependência para a autonomia. A inclusão de crianças de 6 (seis) anos no Ensino Fundamental requer diálogo entre Educação Infantil e Ensino Fundamental, diálogo institucional e pedagógico dentro da escola e entre as escolas, com alternativas curriculares claras. O mesmo diálogo e interação que deve haver entre o Ensino Fundamental das séries iniciais e finais. Nosso estabecimento de ensino recebe alunos de escolas próximas, enviados de acordo com o georreferenciamento utilizado pelo Governo do Estado. As vagas 50 restantes são completadas por alunos oriundos de várias localidades de nosso Município. A interação com as escolas, em sua maioria escolas municipais, será feito com a mudança de postura dos professores e a recepção aos alunos, de maneira que localizem-se no novo ambiente escolar e não sintam tanto a mudança, através de metodologias mais adequada à faixa etária dos alunos e avaliação diagnóstica para elaborarem o planejamento. A troca de informações, se necessário, com as escolas municipais será feito individualmente de acordo com as necessidades observadas nos alunos e as dificuldades apresentadas, pois são diversas escolas e não tem como fazermos um trabalho com todas. Dificuldades parecidas são apresentadas por alunos que iniciam o Ensino Médio, mas devido sua maturidade sua adaptação é mais tranqüila. Da mesma forma os professores são orientados a terem uma metodologia adequada com esses alunos e aplicação da avaliação diagnóstica para elaborar o planejamento, pois para eles aumentam o número de disciplinas, avaliações e trabalhos. Educação Especial De acordo com a Deliberação 02/2003 – CEE, que normatiza a oferta da Educação Especial, nossa proposta pedagógica busca garantir o acesso e o atendimento a todos os alunos com necessidades educacionais especiais e apoio, complementação, suplementação e/ou substituição dos serviços educacionais regulares, formação indispensável para o exercício da cidadania. A educação especial, dever constitucional do Estado e da família, é oferecida preferencialmente, na rede regular de ensino, tendo início como oferta obrigatória na educação infantil, faixa etária de 0 (zero) a 6 (seis) anos, prolongando-se durante toda a educação básica. Necessidades Educacionais Especiais Entende-se por necessidades educacionais aquelas definidas pelos problemas de aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou, permanente, bem como, pelos recursos e apoio que proporcionamos, objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem. O atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes de dificuldades acentuadas de aprendizagem ou 51 limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, relacionadas a distúrbios, limitações ou deficiências, são feitos mediante observação do desempenho do aluno e quando necessário realizamos avaliação do contexto escolar. Através da identificação das necessidades educacionais do aluno, objetivando conhecer os fatores que impedem e dificultam o processo educativo. Os resultados facultam aos professores reverem sua prática pedagógica em sala de aula, assim como apontam a necessidade ou não de avaliação por equipe multiprofissional. Esta avaliação é realizada pela equipe técnico-pedagógica, contando ainda com profissionais dos serviços especializados (Coordenadoria de Educação Especial). Os resultados indicam o tipo e a intensidade de apoios e ou serviços especializados que o aluno requer. A Secretaria de Educação do Estado oferece serviços aos alunos com: altas habilidades/superdotação; deficiência intelectual; deficiência física/neuromotora; deficiência visual; educação profissional; transtornos globais do desenvolvimento; surdo cegueira;surdez. Inclusão Em relação à Educação Inclusiva nos baseamos numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social. A identidade pessoal e social é essencial para o desenvolvimento de todo indivíduo, enquanto ser humano e enquanto cidadão. A identidade pessoal é construída na trama das relações sociais que permeiam sua existência cotidiana. Assim, há que se esforçar para que as relações entre os indivíduos se caracterizem por atitudes de respeito mútuo, representadas pela valorização de cada pessoa em sua singularidade, ou seja, nas características que a constituem. A consciência do direito de constituir uma identidade própria e do reconhecimento da identidade do outro se traduz no direito à igualdade e no respeito às diferenças, assegurando oportunidades diferenciadas (equidades), tantas quantas forem necessárias, com vistas à busca da igualdade. (MEC / SEESP, 2001). 52 A Constituição Federal do Brasil assume o princípio da igualdade como pilar fundamental de uma sociedade democrática e justa, quando reza no caput do seu Art. 5º que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no país, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. (Brasil, 1988). Para que a igualdade seja real, ela tem que ser relativa. Isto significa que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que à elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir as oportunidades existentes. Há que se enfatizar, aqui, que tratamento diferenciado não se refere à instituição de privilégios, e sim, à disponibilização das condições exigidas pelas peculiaridades individuais, na garantia da igualdade. Estágio Supervisionado O estágio é concebido como um procedimento didático-pedagógico e como ato educativo intencional. Sendo assim, o Colégio Estadual Marcelino Champagnat pode tornar-se parte concedente em um contrato de estágio que proporcione ao estagiário atividades de aprendizagem social, profissional e cultural que contribuam para a sua formação como docente. Em relação à Instituição de Ensino onde o estagiário faz o seu curso, o colégio proporciona, sempre que necessário, subsídios que possibilitem o acompanhamento, a supervisão e a avaliação do estágio. E contrapartida, espera-se que o estagiário cumpra com empenho e interesse, as atividades estabelecidas para o seu estágio, comunicando ao colégio, em tempo hábil, se houver impossibilidade de faze-lo; que observe e obedeça as normas internas do colégio, bem como outras eventuais recomendações do(a) diretor(a), pedagogo(a), professor(a) e / ou orientador(a) de estágio; que responda por perdas e danos decorrentes da inobservância das normas internas do colégio e que respeite as normas internas referentes à segurança. Por parte da Instituição de Ensino Superior espera-se que realize avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e que nomeiem um professor que acompanhe, supervisione e oriente o estagiário, mantendo sempre a equipe diretiva e pedagógica do colégio informada. 53 O colégio dispõe-se a acolher estagiários, contribuindo para a sua formação acadêmica. No entanto, o colégio reserva-se o direito de avaliar se o estágio também poderá contribuir para a docência do professor regente e para a formação dos alunos. Este contrato precisará formar uma parceria na qual todas as partes envolvidas sejam beneficiadas. Estágio Não-Obrigatório O Estágio Curricular não-obrigatório, ainda que vise à preparação para o trabalho produtivo, vai além da formação articulada para o mercado de trabalho, constitui-se em atividade complementar à formação acadêmico e/ou profissional realizada por livre escolha do educando. Para que o Estágio Curricular não-obrigatório possibilite ao educando a conquista de sua emancipação sócio-econômica e política através da aquisição de conhecimentos que permitam a atuação do educando no mundo do trabalho, a formação do sujeito deve ser contemplada pelas diferentes disciplinas em prol da aquisição pelo aluno de subsídios teóricos historicamente construídos que possam ser integrados a prática do Estágio e permitam a utilização do estágio para além da escola, para a formação integral do sujeito. A legislação referente ao Estágio Curricular dispõe na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96: Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição. Segue-se a LDBEN 9394/96 as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, instituída pela Resolução CNE/CEB Nº 03 de 26 de junho de 1998 que estabelece: Art. 4º. As propostas pedagógicas das escolas e os currículos constantes dessas propostas incluirão competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos, previstas pelas finalidades do ensino médio estabelecidas pela lei: IV - domínio dos princípios e fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção moderna de bens, serviços e conhecimentos, tanto em seus produtos como em seus processos, de modo a ser capaz de relacionar a teoria com a prática e o desenvolvimento da flexibilidade aperfeiçoamento posteriores; para novas condições de ocupação ou 54 E culmina em 2008, com a Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. A Lei 11.788 dispõe: Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. § 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. § 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. § 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. Como descrito acima o Estágio Curricular não obrigatório ofertado pelo Colégio Estadual Marcelino Champagnat – Ensino Fundamental e Médio tem sua base legal na Lei LDBEN 9394/96, na DCNEM de 98 e na Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, além de estar regulamentado pelo PPP e Regimento Interno da Instituição. No Colégio Estadual Marcelino Champagnat – Ensino Fundamental e Médio a modalidade de Estágio Curricular não-obrigatório será ofertado apenas para alunos das turmas regulares do Ensino Médio. 55 Para que as atividades do estágio extra-curricular não-obrigatório ocorram se faz necessário o estabelecimento de direitos e deveres dos sujeitos envolvidos: Agente de integração (intermediário), Unidade de Ensino (escola de ensino regular), Instituição Concedente (unidade sede do estágio) e o Estagiário (aluno). Quanto a Unidade de Ensino se faz necessário o cumprimento dos seguintes itens: I – Acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno, de forma nãopresencial através de relatórios emitidos semestralmente pela Unidade Concedente; II - Informar aos professores das turmas que tiveram alunos que realizam estágio não-obrigatório para que os professores possam contribuir com a relação teoria-prática; III – Observar e registrar junto com o aluno a relevância do estágio para a sua formação para o mundo de trabalho. Quanto a Unidade Concedente/Agente de Integração se faz necessário o cumprimento dos seguintes itens: I – Firmar termo de compromisso (3 vias); II – Plano de estágio constando às atividades desenvolvidas pelo estagiário; III – Vinculação das atividades com o campo de formação acadêmico/ profissional; IV – Vinculação a uma situação real de trabalho; V – Adoção de horário de Estágio que não coincida com o horário de aulas; VI – O aluno não pode ter vínculo empregatício com a instituição que pretende estabelecer o vínculo como estagiário; VII – O estágio não pode exceder a 2 (dois) anos; VIII- Estabelecer termo de compromisso entre as instâncias envolvidas e zelar por seu cumprimento; IX – Emitir relatório semestral das atividades/desempenho do estagiário e enviar a unidade de ensino. Quanto ao papel do aluno estagiário se faz necessário o cumprimento dos seguintes itens: I – Cumprir as normas estabelecidas no termo de compromisso firmado com a Unidade concedente II – Estabelecer horário do Estágio de acordo com as orientações da Unidade, desde que não interfiram no período escolar; 56 Desta forma, fica estabelecido os itens que devem ser cumpridos e os responsáveis para sua execução na modalidade de Estágio Curricular não-obrigatório. Diversidade Sexual/Sexualidade Humana De acordo com o Parecer CP/CEE Nº 01/09 aprovado em 08/10/09, que normatiza a inclusão do nome “social” nos registros escolares do aluno no casos de: • o nome social das travestis e transexuais em registros escolares (livros de chamadas, cadernetas escolares, históricos, certificados, declarações e demais registros das escolas e dos Colégios do Estado do Paraná). • essas providências são no sentido de promover mudanças, que certamente terão reflexos positivos na política de inclusão social do Governo do Estado do Paraná, promovendo assim a diminuição da evasão escolar, tão crescente entre as cidadãs deste segmento da sociedade. Trata-se de solicitação de medidas administrativas para a inclusão do nome social que, segundo a interessada, é aquele que identifica o aluno “em conformidade com suas identidades de gênero”. O impresso gráfico intitulado Princípios de Yogykarta enumera, independente da orientação sexual ou identidade de gênero dos indivíduos, os seguintes princípios a serem perquiridos: 1. Direito ao gozo universal dos Direitos Humanos; 2. Direito à igualdade e a não-discriminação; 3. Direito ao reconhecimento perante à lei; 4. Direito à vida; 5. Direito à segurança pessoal; 6. Direito à privacidade; 7. Direito de não sofrer privação arbitrária da liberdade; 8. Direito a julgamento justo; 9. Direito a tratamento humano durante a detenção; 10. Direito de não sofrer tortura e tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante; 11. Direito à proteção contra todas as formas exploração, venda e tráfico de seres humanos; 57 12. Direito ao trabalho; 13. Direito à seguridade social e à outras medidas de proteção social; 14. Direito a um padrão de vida adequado; 15. Direito à habitação adequada; 16. Direito à educação; 17. Direito ao padrão mais alto alcançável de saúde; 18. Proteção contra abusos médicos; 19. Direito à liberdade de opinião e expressão; 20. Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas; 21. Direito à liberdade de pensamentos, consciência e religião; 22. Direito à liberdade de ir e vir; 23. Direito de buscar asilo; 24. Direito de constituir família; 25. Direito de participar da vida pública; 26. Direito de participar da vida cultural; 27. Direito de promover os Direitos Humanos; 28. Direito a recursos jurídicos e medidas corretivas eficazes; 29. Responsabilização. No folder produzido pelo Governo Federal, intitulado “A Travesti e o Educador”, o Ministério da Saúde faz um alerta, entre outros, para “A hora da chamada” afirmando que: Assim como pode ser ofensivo chamar um aluno de “negro” ou “judeu” também no caso da travesti é importante não criar alcunhas e nem incentivar os demais alunos a inventar apelidos maldosos – eles farão isso naturalmente, mas é importante para a travesti saber que é respeitada pelo seu (a) professor(a) ou diretor(a) da escola. A travesti adota um nome feminino. Um nome que ela prefere usar em vez do nome de batismo. É sinal de respeito tratá-la pelo nome que ela preferir, mesmo na hora da chamada. No impresso “Brasil sem Homofobia: Programa de combate à violência e à discriminação contra GLTB e de promoção da cidadania homossexual”, a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República Federativa do Brasil, relata que “o Governo Federal, empenhado no combate a todas as formas de preconceito e discriminação, instituiu, dentre diversas ações de Direitos Humanos, O Programa Brasil sem Homofobia”. 58 Os princípios do Programa são em síntese: • inclusão da perspectiva de políticas não discriminatórias a serem implantadas em todas as Secretarias e Ministérios; • produção de conhecimento que fomentem a não discriminação, e; • reafirmação do Estado como um ente comprometido no combate à homofobia. Essa “cartilha”, como denomina a própria Secretaria, contempla toda gama de situações nefastas a que estão submetidos os homossexuais no Brasil, que vão desde as negações de direitos comuns a quaisquer cidadãos, passando pelos conflitos sociais e que chegam à violência física, essa causadora de mortes de muitos homossexuais. O preconceito e o constrangimento são algumas das causas que levam transexuais a abandonarem a escola. Muitos não completam sequer o ensino fundamental e na fase adulta acabam sem profissão definida. Para mudar essa realidade, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) propõe aos colégios de todo o país a inclusão do nome social de travestis e transexuais nos diários escolares. A intenção é evitar casos em que a pessoa tem nome masculino mas aparência feminina. Trata-se de uma espécie de recomeço. “Nenhum documento terá qualquer menção à mudança”, explica Silene Hirata. 1. Compreendemos orientação sexual como uma referência à capacidade de cada pessoa de ter uma profunda atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais de um gênero, assim como ter relações íntimas e sexuais com essas pessoas. 2. Compreendemos identidade de gênero à profundamente sentida experiência interna e individual do gênero de cada pessoa que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo (que pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos ou outros) e outras expressões de gênero, inclusive vestimenta, modo de falar e maneirismos. A partir dessas considerações jurídicas depreende-se que o pleito do interessado, que é a possibilidade que contem o nome social para identificação do gênero oposto, diz respeito a direitos da personalidade que dizem respeito ao nome imagem e, por conseguinte à dignidade. 59 Poderão fazer uso do direito de inclusão do nome social nos registros escolares internos, por meio de requerimento próprio dirigido à Direção da Escola, os/as alunos/as com 18 (dezoito) anos completos. Educação Ambiental A Lei No 9.795, de 27 de Abril de 1999, dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. São princípios básicos da educação ambiental: I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. São objetivos fundamentais da educação ambiental: I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; II - a garantia de democratização das informações ambientais; 60 III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade. A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente Sisnama, instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-governamentais com atuação em educação ambiental. As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental devem ser desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar, por meio das seguintes linhas de atuação inter-relacionadas: I - capacitação de recursos humanos; II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações; III - produção e divulgação de material educativo; IV - acompanhamento e avaliação. Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental serão respeitados os princípios e objetivos fixados por esta Lei. A capacitação de recursos humanos voltar-se-á para: I - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos educadores de todos os níveis e modalidades de ensino; II - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos profissionais de todas as áreas; III - a preparação de profissionais orientados para as atividades de gestão ambiental; 61 IV - a formação, especialização e atualização de profissionais na área de meio ambiente; V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito à problemática ambiental. As ações de estudos, pesquisas e experimentações voltar-se-ão para: I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à incorporação da dimensão ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades de ensino; II - a difusão de conhecimentos, tecnologias e informações sobre a questão ambiental; III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à participação dos interessados na formulação e execução de pesquisas relacionadas à problemática ambiental; IV - a busca de alternativas curriculares e metodológicas de capacitação na área ambiental; V - o apoio a iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a produção de material educativo. Da Educação Ambiental no Ensino Formal será desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando: I - educação básica: a. educação infantil; b. ensino fundamental e c. ensino médio; II - educação superior; III - educação especial; IV - educação profissional; V - educação de jovens e adultos. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal e não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino. Os programas de assistência técnica e financeira relativos a meio ambiente e educação, em níveis federal, estadual e municipal, devem alocar recursos às ações de educação ambiental. 62 Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente Para combater a violência no ambiente escolar, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) conta com um plano e duas comissões de enfrentamento à violência. O Plano Estadual de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes tem como objetivo fortalecer as articulações locais, estaduais e regionais no combate e na eliminação da violência contra crianças e adolescentes. O plano está sob a coordenação da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude e é resultado da Rede de Proteção do Estado do Paraná. A Comissão Interdepartamental de Enfrentamento à Violência nas Escolas (Cieve) integra as ações da Secretaria da Educação com o objetivo de desenvolver a formação continuada de profissionais da educação, a pesquisa e a produção de material didático informativo. Essas ações visam ao combate da violência e do uso indevido de drogas, além de combater a evasão escolar e a indisciplina. A Comissão Estadual Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes (CEIEVCA) elabora propostas de intervenção social que garantam os direitos das crianças e dos adolescentes. A comissão é formada por órgãos estaduais e entidades não governamentais, que elaboram ações de acordo com as Políticas Públicas de Enfrentamento à Violência e com o Plano Estadual de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes. Enfrentamento à Violência na Escola É necessário considerar o fenômeno da Violência a partir de uma perspectiva histórica, social e política. Compreende-se a violência na escola como um processo que se constitui historicamente no espaço e no tempo escolar. A violência na escola torna-se preocupante pelo fato de que enquanto espaço institucionalizado de desenvolvimento do indivíduo pela educação. Sendo esta um processo de sociabilização, de desenvolvimento intelectual, científico e filosófico do indivíduo. A demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar da força. O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos profissionais da educação, reflexões e discussões em grupos de estudos, seminários e oficinas sobre as causas da violência e suas manifestações, bem como a produção de material de apoio didático-pedagógico. 63 Para fins de articular e promover a construção de mecanismos e ações que viabilizem o Enfrentamento à Violência nas Escolas, a SEED através da CDEC, integra e articula a Rede de Proteção na construção do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência. A violência, no âmbito das Escolas Públicas Estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de conhecimentos científicos, desprovidos de preconceitos e discriminações. No Brasil, mudanças estruturais na assistência à Infância, a partir do final do século XIX, substituem gradativamente a piedade e o amor cristão pela racionalidade científica. A criança pobre deixa de ser propriedade exclusiva da assistência caritativa da Igreja. Surge, mesmo como filantropia, uma política de assistência que não objetiva mais a esmola, mas a reintegração social dos desajustados. Já no século XX, mais especificamente no ano de 1927, é promulgado o primeiro código de menores, também conhecido como Código de Mello Mattos. Esse período caracterizou-se pela criação de colônias correcionais para a reabilitação de delinqüentes e abandonados. O Estado passa a assumir a tutela do menor abandonado ou infrator. Em 1979 surge o Código de Menores. Cria-se a figura do menor em situação irregular. O termo menor ainda hoje é utilizado de forma pejorativa para designar crianças e adolescentes no Brasil. Apenas em 1990, fruto do desdobramento da Constituição Federal de 1988 (em especial de seu artigo 227), da Convenção Internacional de 1989, bem como da reivindicação de inúmeras entidades, movimentos e atores sociais, surge o Estatuto da Criança e do Adolescente. O ECA traz a doutrina jurídica da proteção integral. A criança deixa de ser vista como objeto de intervenção da família, da sociedade e do estado e passa a ser entendida como um sujeito de direito e em desenvolvimento. Daí a importância da educação. Importante lembrar que a Constituição de 1988 é também conhecida como Constituição Cidadã, e foi construída após duas décadas de vigência de uma ditadura militar (1964/1985). Tal compreensão é vital para entendermos a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente, principalmente para dissiparmos falas de senso comum que imputam ao ECA a culpa pela indisciplina e violência nas escolas considerando-se que tal fenômeno é social e histórico. É claro que todo direito pressupõe uma reciprocidade 64 de deveres, por isso cabe a todos os envolvidos no processo educativo de crianças e adolescentes, pautar esta questão. Além da compreensão acerca do ECA , é importante compreendermos que um trabalho de enfrentamento à violência na escola pressupõe, por parte da mantenedora, de um encaminhamento pautado em três eixos de ação: diagnóstico, estudo e produção de material de apoio didático-pedagógico; formação continuada dos profissionais da educação; e, acompanhamento e promoção de ações interinstitucionais. Esses eixos foram definidos pela Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos – CDEC/DPPE/SEED e balizam suas ações. Importante: todos os eixos devem ser vistos de forma interligada. Partindo deste pressuposto, quando da criação da CDEC, em 2007, o processo de construção dos Cadernos Temáticos de Enfrentamento à Violência nas Escolas e de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - impressos e encaminhados às escolas da rede estadual. Um dos objetivos é fortalecer a rede de proteção social e consequentemente o Sistema de Garantias de Direitos do qual a educação faz parte. A Rede de Proteção Social dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes visa fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos, do qual a Educação faz parte. Consiste na integração, em sintonia com a sociedade civil e por meio da intersetorialidade, das políticas públicas na área da educação, saúde, segurança, assistência social, atendimento jurídico, entre outras. Baseada num trabalho planejado, dentro de princípios como a horizontalidade, o diálogo, o comprometimento, visa dinamizar a garantia de direitos assim como possibilita o reconhecimento de que o fenômeno da violência é multifacetado e que seu enfrentamento envolve uma ação articulada e integrada. A SEED tem hoje uma proposta viável de trabalho para a nossa rede de ensino. Enfrentamento à violência na escola:explicitar e conectar: Que tipo de violência está presente na escola? Violência na escola, violência da escola ou violência contra a escola. - Identificar fatores de risco e fatores de proteção. Potencializar o segundo. Conexões internas: - Fortalecer as instâncias colegiadas por meio da gestão democrática. Conexões externas: - Fortalecer e se necessário acionar a rede de proteção social. 65 Prevenção ao uso indevido de drogas O Decreto Nº 5679 de 16/11/2005, considerando a importância de se proporcionar o acesso à conscientização de todos os que frequentam as Instituições Públicas Estaduais de Ensino que ofertam o Ensino Fundamental, Médio e a Educação Superior, no que diz respeito ao pleno exercício da sua cidadania; considerando que esta transformação refletirá imediatamente na melhoria da qualidade de vida destes estudantes; considerando que a informação segura e correta dos direitos e garantias individuais, aliados ao fortalecimento da auto-estima deste estudantes, será fundamental na sensibilização quanto à Prevenção do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas, bem como de outras abordagens preventivas em questões de saúde pública, considerando a necessidade de adequação terminologica, conforme disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB n° 9394/96),decreta: Art. 1°. Fica instituído no âmbito do Território Paranaense, em todas as Instituições Públicas Estaduais de Ensino que ofertam o Ensino Fundamental, Médio e a Educação Superior, o Programa de Formação da Cidadania Plena. Art. 2°. Fica estabelecido que será incluído nas disciplinas afins, o tema específico que aborde, informe e esclareça Cidadania, Qualidade de Vida com enfoque na prevenção ao uso indevido de drogas lícitas e ilícitas, em todas as Instituições Públicas Estaduais de Ensino que ofertam o Ensino Fundamental, Médio e a Educação Superior. Art. 3°. Compete à Secretaria de Estado da Educação definir, através de Resolução do seu Titular, quais as disciplinas já existentes e incluir em seu conteúdo programático o referido tema. Art. 4°. Compete à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em consonância com as Universidades e Faculdades Estaduais, definirem através de seus Conselhos competentes, em quais disciplinas dos cursos que possuem, poderá ser inserido o tema, objeto deste Decreto. Art. 5°. A Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania darão todo o suporte técnico necessário à implantação deste Programa. Art. 6°. Fica determinado que em todos os cursos de capacitação que forem destinados aos Profissionais de Educação das Escolas, Universidades e Faculdades Estaduais, seja abordado com profundidade o tema deste Programa. 66 Equipe Multidisciplinar: História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena Em consonância com o Plano Nacional de Educação, priorizamos a melhoria da qualidade do ensino, a redução das desigualdades sociais a partir do acesso e permanência escolar. A Lei nº 10.639/03 estabelece o ensino de cultura e história afro-brasileiras e especifica que deve privilegiar o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. Determina ainda que tais conteúdos devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística, literatura e história brasileiras. A temática indígena foi incluída pela Lei nº 11.565 ao disposto pela Lei nº 10.639/03. Desta forma nossa escola procurou incluir na Proposta Curricular tanto a temática afro-brasileira quanto o ensino da história e cultura dos povos indígenas e está desenvolvendo o Plano de Ação com a Equipe Multidisciplinar. 1 Identificação COLÉGIO ESTADUAL “MARCELINO CHAMPAGNAT” – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, situado à rua São Salvador 998, centro, município de Londrina, estado do Paraná, pertencente ao NRE – Londrina. 2 Equipe Multidisciplinar Wanda Alba Aranda, Julianne Rosy do Valle Satil, Rita de Magalhães Ferreira, Edna Maria da Silva, Cláudio Francisco Galdino, Márcia Cacilda Ribeiro, Luciane Maria de Lucca, Claudecir de Freitas, Liamar Sioffi, Claudecir Almeida da Silva. 3 Objetivos • Programar momentos para estudar os documentos legais: Lei Nº 10.639/2003; Parecer CNE/CP 03/2004; Resolução 01/04; Plano nacional de implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro brasileira e Africana; Deliberação 04/06 – CEE; Resolução n°. 3399/2010 – GS/SEED; Instrução n° 010/2010 – SUED/SEED; Orientação nº 002/2010 – DEDI/SEED; • Propiciar conhecimento dos referidos documentos disponibilizando os mesmos em local de fácil acessibilidade; 67 • Coordenar ações para o desenvolvimento do 1º Seminário da Consciência Negra deste estabelecimento de ensino e desenvolver com os alunos um trabalho constante de conscientização. 4 Justificativa A cultura brasileira não é homogênea pois é formada de uma grande diversidade de etnias, que com sua cultura formam o povo brasileiro. Apesar do Brasil ter sido colonizado por portugueses, outros grupos étnicos influenciaram profundamente a cultura nacional, destacando- os povos indígenas, os africanos. As influências indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais, dos brinquedos, jogos e festas populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua portuguesa. Durante muitos anos a visão eurocêntrica homogeneizou o currículo escolar, levando à valorização da etnia branca, o que contribuiu para inferiorizar principalmente os povos africanos e indígenas, não mostrando sua atuação e importante participação na construção da história brasileira. Pelo exposto esse plano de ação visa a inserção e respeito de todos na comunidade escolar, fazendo o índio e o negro reconhecido no contexto histórico como um povo que apesar de explorado com seu “movimento” vem requerer a igualdade cultural na nossa sociedade. Demonstrar a toda comunidade escolar a importância e riqueza da história de negros e índios, e a relevância da luta pela preservação de suas culturas, que tanto contribuíram para o desenvolvimento de nosso país, rompendo a idéia de que somente a “cultura dominante” é importante. 5 Ações a serem desenvolvidas AÇÃO Diagnóstico Etnicorracial da escola Necessidades formativas Análise dos documentos da escola: PPP, PPC ATIVIDADE - Levantamento da clientela negra e indígena do estabelecimento (documentos de matrícula). Sistematização das observações para planejamento de ações de conscientização e irradicação dos preconceitos que ainda existem nesse estabelecimento de ensino. - Conversa coletiva e individual com os docentes, apresentando materiais e sugestões, disponibilizando a legislação e propondo um trabalho contínuo, conscientizando seus alunos sobre o significado e a importância da data na busca da igualdade de direitos de todos os brasileiros, produzindo com seus alunos atividades culminando o trabalho. - Elaboração do Seminário da Consciência Negra. - Elaborar adendo no Regimento Escolar com a inclusão da Equipe Multidisciplinar. - Reescrever o texto que deverá ser acrescentado ao PPP do colégio no que se refere a Equipe Mutidisciplinar. - Analisar as PPC para garantir a Inserção da Educação das Relações Étnico Raciais (ERER). 68 Análise do Plano de Trabalho Docente (PTD) e inserção da ERER Análise e orientações das possíveis situações de discriminação étnico-racial Análise do material didático utilizado pela escola - Orientação aos professores sobre a inserção da ERER no PTD. - Análise dos PTD. - Palestra com convidado para orientação aos profissionais da educação sobre as situações de discriminação étnico racial. - Apresentação do plano de ação para 2012. - Distribuição de tarefas para todos os membros da comunidade escolar para 2012. - Orientação aos professores na análise dos materiais didáticos, detectando possíveis informações preconceituosas. 6 Cronograma ATIVIDADES Leitura de histórias afrodescendente s e indígenas; Atividade de pesquisa da realidade dos afros e indígenas na sociedade brasileira e da comunidade escolar; DESCRIÇÃO Propiciar momentos de leitura dos livros de literatura, revistas, jornais e outros sobre a cultura afrodescendent e e indígena; OBJETIVOS Despertar o gosto por histórias afrodescendent es e da cultura indígena; Posicionar de forma crítica frente a realidade social Promover rodas que vivemos; de conversas e debates sobre a Apropriação de novos lei da cultura Palestras sobre afro e indígena; conhecimentos sobre a cultura a lei afro e indígena; afrodescendente Desfile de e indígena; roupas e Conhecer acessórios da pessoas de Confecção de cultura típica cartazes e afrodescendent origem afro e indígena de objetos de artes e e dos destaque em da cultura afro e indígenas; nossa indígena; sociedade Exposição de Teatro e dança artesanatos da (relatos sobre história de típica da cultura; cultura afrodescendent vida). Filmes e e e indígena; debates sobre personalidades Feira de afrodescendente comidas típicas s; da cultura. Oficina de rastafari e tererê (cabelo afro) e maquiagem afro e indígena; Apresentação de capoeira; Exposição de fotografias do negro e do índio e da sua cultura. AÇÕES CONCRETAS CRONOGRAMA Disponibilizar os Ano todo livros afrodescendentes e indígenas na biblioteca da escola; Disponibilizar materiais de apoio para os professores; Promover palestras com especialistas para abordarem a cultura e a lei afrodescendente e indígena para melhor conscientização. RESPONSÁVEIS Equipe Multidisciplinar Corpo Docente Alunos Equipe Pedagógica 69 O trabalho da Equipe Multidisciplinar neste estabelecimento de ensino iniciou com a formação de uma equipe, no ano de 2010. No decorrer do ano de 2011, houve algumas alterações de participantes e para 2012 sofrerá novas alterações devido aos compromissos de alguns participantes. 7 Avaliação 7.1 Auto-avaliação Será realizada no final do período letivo em reunião específica que terá a finalidade fazer um esboço das atividades que farão parte do Plano de Ação 2012. 7.2 Avaliação pela comunidade escolar Será elaborado um questionário para avaliar a primeira atuação da Equipe Multidisciplinar, bem como levantar sugestões para o trabalho a ser realizado em 2012. O questionário deverá ser respondido por todos os componentes da comunidade escolar. 8 Referências BRASIL. Lei n. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Inclui a obrigatoriedade da temática “História e Cultrura Afro-Brasileira” no currículo oficial da rede de ensino. Diário Oficial da União, Brasília, 2003. BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Parecer do Conselho Nacional de Educação - Câmara Plena (CNE/CP) n. 3, de 10 de março de 2004. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. BRASIL. Resolução n. 01/2004, de 21/01/04. Estabelece Diretrizes Nacionais para a organização e a realização de Estágio de alunos da Educação Profissional e do Ensino Médio, inclusive de Educação Especial e de Educação de Jovens e Adultos. Conselho Nacional de Educação (CNE) e Câmara de Educação Básica (CEB). BRASIL. Ministério da Educação. Plano nacional de implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004. Disponível em: <http://www.ifrj.edu.br/ webfm_send/271>. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação 04/06 - CEE. Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Disponível em: < http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/ File/deliberacoes/ deliberacao042006.PDF>. 70 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Resolução n. 3399 / 2010 – GS/SEED. Disponível em: < http://www.nre.seed.pr.gov.br/pontagrossa/arquivos/File/ Equipe% 20de%20 Ensino/Equipes%20Multidisciplinares/documentos/Resolucao3399.pdf>. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução n. 010/2010 – SUED/SEED. Equipes Multidisciplinares para tratar da Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena. Disponível em: <http://www.educacao.pr.gov. br/arquivos/File/instrucoes/instrucao102010.pdf>. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Orientação n. 002/2010 – DEDI/SEED. Composição das Equipes Multidisciplinares nos estabelecimentos de ensino da Rede Estadual de Educação e nos NREs. Disponível em: < http://www.nre.seed.pr.gov.br/pontagrossa/ arquivos/File/ Equipe% 20de %20 Ensino/Equipes%20Multidisciplinares/documentos/Orientacao002.pdf>. www.wikipédia.com 5 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES A proposta pedagógica de nosso Estabelecimento de Ensino, está voltada principalmente à melhoria da aprendizagem de nossos alunos, sempre atentos à realidade atual e preocupados com os dados apresentados na avaliações institucionais, procuramos ações que possam apresentar melhores resultados. Na Prova Brasil e SAEB de 2009 tivemos como resultado em português: 281,27 e matemática: 280,37 . Os resultados são em Proficiências Médias, apresentando resultados melhores que a média do Estado do Paraná e do Município de Londrina. Os professores e equipe pedagógica trabalharam com afinco para reverter este quadro para 2011, com trabalhos interdisciplinares dos professores dos 9ºs. ano e de outros anos. No ENEM, o Colégio incentiva os alunos do Ensino Médio a participarem das avaliações, já apresentando o primeiro lugar no ano de 2010 no Município de Londrina. Com a participação de 180 alunos na prova objetiva, 175 alunos na prova de redação e com 584,31 pontos atingidos, o Champagnat atingiu resultado superior à média nacional que foi de 511,21 pontos, classificando-se entre as 12 melhores escolas estaduais do Estado do Paraná. O ótimo desempenho é resultado do comprometimento de todos os educadores da instituição com a garantia de uma educação de qualiade, a qual prioriza a formação integral do aluno. 71 A formação continuação, necessária à qualificação profissional, dos professores e funcionários de nosso Estabelecimento de Ensino segue em sua maioria as orientações da Secretaria de Estado de Educação através: das Semanas Pedagógicas, Profuncionário, GTR (Grupo de Estudo em Rede), Grupo de Estudos na Escola, PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), Educação à Distância, Curso Gestão Escolar, Oficinas descentralizadas, Equipe Multidisciplinar. Em sua maioria os professores e funcionários participam de cursos fora do horário e dias de trabalho. Somente algumas oficinas são em período de trabalho. Contamos em algumas práticas pedagógicas com palestras com profissionais de instituições de ensino superior ou órgãos conveniados SEST/SENAT, SESC, SENAI e outros como de: motivação, hiperatividade,literatura, comunidades indígenas e etc. Todos cursos, encontros, grupos de estudo, palestra são abertos a toda comunidade escolar, os interessados devem procurar a direção e se inscrever, quando necessário, ou mostrar interesse em participar e disponibilidade. PLANO DE AÇÃO PARA O ANO LETIVO DE 2012 Problemas Levantados - Muitos problemas disciplinares envolvendo os alunos durante o bimestre causam demora na discussão do Conselho de Classe. - Pré-conselho feito pela Pedagoga junto aos alunos para levantamento dos problemas de sala de aula. Problemas Levantados - Dificuldade do professor em selecionar questões que apresentem qualidade, clareza e objetividade, explorando o potencial de conhecimento e criticidade do aluno. TÓPICO DISCUTIDO – CONSELHO DE CLASSE Ações da Escola em 2012 Período - Será utilizada uma pasta com fichas individuais por - Anual turma, para que os professores anotem as informações sobre o comportamento e rendimento acadêmico do aluno no bimestre. Casos mais graves serão resolvidos pela Pedagoga durante o bimestre. Estas fichas serão utilizadas de subsídios para o Conselho de Classe e para conversar com os pais. Responsável - Direção - Equipe Pedagógica - Professores - Levar as sugestões feitas pelos alunos de melhoria para a turma. TÓPICO DISCUTIDO – AVALIAÇÃO ESCOLAR Ações da Escola em 2012 Período - A equipe deverá orientar e dar sugestões para suprir - Anual esse desafio, através de palestras com modelos e sugestões de trabalho. - Rever as práticas pedagógicas e avaliações internas e externas. Responsável - Direção -Equipe Pedagógica - Professores TÓPICO DISCUTIDO – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS Problemas Levantados - Registrar e trabalhar a recuperação de modo a superar as defasagens dos alunos. Ações da Escola em 2012 - Recuperação paralela de conteúdos e de notas no valor de 10,0 durante o bimestre. Período Responsável - Ano letivo - Direção - Equipe pedagógica - Professores - Pais TÓPICO DISCUTIDO – RESULTADO DO IDEB Problemas Levantados Ações da Escola em 2012 Período Responsável 72 - Redução nas médias em 2012 em relação a 2011. Disparidade entre o conteúdo trabalhado em sala e a avaliação do SAEB. - Rever os planejamentos e mudança de metodologia para sanar as dificuldades de aprendizagem. - Ano letivo - Direção - Equipe pedagógica - Todas disciplinas, do Ensino Fundamental a Ensino Médio, trabalharão mais leitura e interpretação de texto. - Professores - Adequação do currículo básico para superação das dificuldades. - Pais 5.1 Plano de Ação da Direção do Colégio para 2012 Objetivos Gerais Desenvolver uma gestão compartilhada, participativa e transparente, orientada por valores e objetivos comuns, para que haja o aprendizado escolar, contribuindo para o desenvolvimento da cidadania na busca do conhecimento, a análise crítica e participativa da sociedade, formando alunos comprometidos com os problemas sociais para que sejam, no futuro, adultos atuantes na busca de um ensino de excelência e novas experiências pedagógicas, para que possamos superar os desafios do futuro e desenvolver as políticas públicas educacionais que atenda a nossa sociedade. Objetivo Específico Formação educacional de qualidade articulada com quadro docente, órgãos colegiados e comunidade escolar, promovendo a cultura e esporte como complementos pedagógicos, contribuindo para desenvolvimento de futuros cidadãos. Ações • Conscientizar e incentivar a utilização dos recursos pedagógicos disponíveis na escola, de forma organizada e responsável, de acordo com o plano de aula e explorando os fundamentos das diretrizes pedagógicas do Paraná e proposta pedagógica da escola. • Proporcionar um ambiente de cooperação em que todos os educadores e profissionais da educação da escola, órgãos colegiados e comunidade escolar possam contribuir a favor de um comprometimento pedagógico que reflita na melhoria do ensino aprendizagem. • Promover a implantação de cursos técnicos, como: serviços imobiliários, eventos e vendas, já enviado ao NRE/SEED para analise e implementação. 73 • Promover a implantação de projetos educacionais e culturais, esportivos e outros, que contribuam para combater a evasão escolar, permanência do aluno na escola e oportunidade de aprimorar o conhecimento. • Utilização do espaço escolar para encontros com a comunidade escolar, promovendo atividades de integração entre os educadores, profissionais da educação, pais e alunos, favorecendo a construção de um ambiente saudável e identidade com a escola. • Buscar parcerias com órgãos governamentais e iniciativa privada, através da APMF-CHAMPAGNAT, para melhorar o espaço escolar, implementação e continuidade de projetos educacionais, culturais e esportivos: Projeto Banda Marcial Marcelino Champagnat; Projeto Voleibol; Projeto Handebol; Projeto Basquete; Projetos Didáticos elaborados pelo quadro docente; Projetos desencadeados pela SEED. • Promover o exercício e o interesse do nosso quadro docente no desenvolvimento da avaliação qualitativa, utilizando instrumentos de avaliação que permita aos docentes refletir sobre as médias de avaliação escolar obtida pelos nossos alunos, quando se favorece somente a avaliação quantitativa. • Valorização do quadro de funcionários, dando oportunidade para que possam participar dos cursos de capacitação, elevando o aprimoramento de suas funções, contribuindo para melhoria do ambiente pedagógico. • Promover ambiente favorável à atuação da Patrulha Escolar, com participação dos policiais em projetos, eventos da escola e proferir palestra sobre segurança pessoal, coletiva e trânsito. • Combater a evasão escolar, através de intervenção pedagógica que permita o resgate da escola e ensino, na formação humana e profissional do aluno, utilizando-se de experiências de sucesso, de Escolas e Comunidades que reverteram este quadro, que tem provocado perdas de capacidades intelectuais, 74 que não tiveram tempo nem oportunidades de demonstrar suas capacidades de criação e produção cultural, em seu próprio benefício, de suas famílias e sociedade, promovendo derrota da Escola e do sistema de ensino, em especifico do seu corpo docente e funcionários não atingindo os objetivos das diretrizes pedagógicas e proposta pedagógica Direção Escolar A Direção Escolar trabalhará de forma articulada reunindo-se com os diversos segmentos de representação escolar, na busca e melhoria do ambiente pedagógico com suporte das políticas públicas do Paraná, diretrizes educacionais da SEED e nacionais que favoreça o ensino-aprendizagem, promovendo a interação entre os seguimentos de representação escolar, o auxílio das lideranças locais, na busca de ideias que contribua para tomadas de decisões favorecendo o planejamento e replanejamento escolar, buscando a excelência de ensino, evidenciando o crescimento da instituição como local de promoção do conhecimento, inclusão e integração da comunidade escolar. Equipe Pedagógica • Desencadear ações de trabalho com currículo discutido e elaborado com participação da comunidade escolar, professores, funcionários e órgãos colegiados. • Desencadear ações de trabalho com os dados do sistema SERE, conselhos de classe, simulados e dados educacionais obtidos pela escola nos testes aplicados pelo Governo Federal e instituições privadas. • Desencadear ações de trabalho com quadro docente e alunos de forma articulada de acordo com PPP, PPC e PTD, para melhoria dos resultados educacionais e combate à evasão escolar, principalmente do período noturno. • Promover e dar continuidade de forma articulada com a direção escolar, conselho escolar e APMF projetos de atividades complementares promovidas pela SEED e projetos desenvolvidos com Fundação de Esportes de Londrina e Ministérios da Educação, Cultura e Esportes. As atividades complementares devem mobilizar o corpo docente, alunos, funcionários e comunidade escolar. 75 Equipe Docente • Disponibilizar aos alunos a oportunidade da aprendizagem de forma agradável, utilizando-se de recursos didáticos disponíveis para boa prática das atividades educacionais. • Mobilizar os alunos para atividades que desenvolva a cidadania, a investigação cientifica, a problematização dos conteúdos, uso das tecnologias e atividades que desenvolva o espírito crítico e conhecimentos dos problemas sociais brasileiros. • Participar de atividades da escola que envolva a socialização e a prática do conhecimento. • Participar como agente orientador pedagógico no uso das tecnologias e sua disseminação de forma ética e promotora da expansão do conhecimento. Equipe de Funcionários Administrativos • Participar com suporte técnico, gerenciamento de dados estatísticos e atendimento na produção de material para elaboração de atividades docentes, como: reprografia, suporte na informática e recursos audiovisuais e atividades complementares de estudo. • Participar com atendimento das equipes de direção e pedagógica, na escrituração e elaboração de documentos internos e externos. • Participar da administração escolar, com suporte à Direção e APMF na elaboração, aplicação e desenvolvimento de projetos de apoio educacional. Equipe de Funcionários do Apoio • Participar, auxiliando no atendimento e acompanhamento dos alunos nos intervalos de aulas e pátio do colégio, contribuindo para normalidade das atividades educacionais. • Participar orientando os alunos no zelo e conservação do patrimônio escolar, solicitando apoio da equipe pedagógica e Direção escolar no atendimento. 76 • Participar, verificando se o espaço físico do colégio necessita de manutenção imediata pelo funcionário ou mão de obra especializada, comunicando a Direção. Quadro de Metas INDICADORES A ESCOLA QUE TEMOS HOJE A ESCOLA QUE PRETENDEMOS O QUE VAMOS FAZER AÇÕES (CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO) POTENCIALIDADES Qualidade de ensino boa. DIFICULDADES Rendimento Escolar regular do período noturno. 2 Gestão participativa/ democrática. Articulada, com participação conselho escolar e APMF. Reunir 100% os membros nas reuniões agendadas muito próximas. Continuidade da participação efetiva dos órgãos colegiados. 3 Gestão Pedagógica. Profissionais capacitados e articulados. Encontro dos pedagogos nas interseções de períodos Pedagogos com carga horária máxima de 40 horas na escola. 4 Gestão de Inclusão/ Socioeducação. Ótimas, há projetos culturais/esportivos Há potencialidades humanas, porém não físicas. Atendimento a comunidade externa, falta funcionários. Há necessidades de melhorias no prédio escolar para acessibilidades. Ampliar atendimento aos alunos e comunidade com projetos, culturais/esportivos Atender com qualidade os alunos com necessidades de inclusão. Manter os projetos esportivos em andamento e iniciar as atividades da Banda Marcial Marcelino Champagnat Preparar-se para receber alunos com necessidades de inclusão. 5 Gestão de Pessoas. Ótimo relacionamento e ambiente satisfatório. Como escola trabalha com 3 períodos, há dificuldades de ocorrer períodos de interseção, entre as pessoas. Realizar reuniões periódicas. Aumentar a disponibilização de informações entre os períodos realizando reuniões mensais e com comunicados, principalmente com os pedagogos,direção e professores que podem fazer horário de interseções entre períodos . 1 Gestão de resultados educacionais Três períodos comrendimentos escolares próximos Articular atividades pedagógicas especificas para alunos com baixo rendimento escolar. Estabelecer cronogramas de reuniões após reuniões de conselhos de classes. De preferência semestrais. Reuniões Bimestrais com todos pedagogos, articulando as ações educacionais de forma articuladas em todos os períodos. 77 6 Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros). Parcerias entre APMF/município para os projetos, recursos do fundo e rotativo/APMF, mantém as despesas e necessidades equilibradas. Adquirir material permanente com recursos do fundo rotativo. Ampliar parcerias da APMF com Ministério da Cultura e Esportes e parcerias com iniciativa privada. Para os projetos, inscrever nos Ministérios da Cultura e Esportes. Para aquisição de bens permanentes, será adquiridos com recursos próprios da APMF e parcerias da APMF com FNDE, através de recursos a serem repassados. 78 Metas de Melhoria do Processo Educativo Prioridades Objetivos Ações Período Público Alvo Recursos Rendimento Escolar. Principalmente nas series iniciais do ensino fundamental e médio. Projetos Esportivos, como complemento das atividades escolares. Mobilizar atividades socioesportivas para os alunos e comunidade escola.r Trabalho diferenciado no ensino noturno, onde apresenta rendimento escolar insatisfatório. Iniciação esportiva e treinamento de equipes para participação nos jogos colegiais e juventude do Paraná. Durante o ano letivo. Séries iniciais, priorizando alunos com maior dificuldade na aprendizagem. Durante o ano letivo. Séries iniciais do ensino fundamental e médio, porém todos podem participar, inclusive alunos de outras escolas e membros da comunidade escolar. Alunos do colégio e outras escolas a partir dos 10 anos de idade, e membros da comunidade escolar. Disponíveis na escola e adquirir novos de acordo com necessidade do professor e sugestão da equipe pedagógica. Disponíveis pela escola através fundo rotativo e recursos próprios da APMF/Município. Projetos Culturais, como complemento das atividades escolares. Mobilizar atividades socioculturais para alunos e comunidade escolar. Reativação da Banda Marcial Marcelino Champagnat. Durante o ano letivo. Recursos disponíveis através do Fundo Rotativo e recursos próprios da APMF/Ministério da Cultura. Responsáveis pela ação Equipe docente, pedagogos , Direção Escolar e pais. Direção escolar, professores educação física com atividades nos projetos e APMF. APMF, Direção escolar, professores readaptados e funcionários ADM Resultados esperados Melhora no IDEB/ENEM e desempenho final de ano letivo, apresentando melhor índices de aprovação direta. Melhora no rendimento escolar, disciplina e relações socioafetivas. Bom desempenho nos jogos oficiais do Estado. Melhora no rendimento escolar, disciplina e relações socioafetivas e acesso a cultura através da atividade musical. 79 Avaliação o Plano O Plano de Ação da Gestão Escolar deverá ser avaliado pelo sucesso das implantações das ações planejadas, com acompanhamento do Conselho Escolar, APMF. A cada semestre deve-se estabelecer como meta para discussão dos objetivos traçados no Plano, buscando alternativas para aprimorá-lo, atendendo necessidades não previstas que possam surgir, possibilitando, dessa forma, a necessidade de interação dos diversos segmentos representativos da comunidade escolar, lideranças locais, alunos, assim como seus responsáveis, além dos professores e funcionários. 6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 6.1 Proposta Curricular do Ensino Fundamental DISCIPLINA DE ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da Disciplina Através da arte o ser humano conhece um pouco da sua história, dos processos criativos e das linguagens artísticas, cria novas formas de realizá-la, aprimorando-se no decorrer dos anos. O ensino da arte, enquanto forma de conhecimento comporta várias características: representa a realidade, expressa visões de mundo e retrata aspectos políticos, ideológicos e sócio-culturais. Amplia o repertório cultural do aluno a partir de conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados. Desta forma o conceito de arte implícito ao ensino é influenciado por relações resultantes das diferentes formas de pensar, conseqüentes do momento histórico no qual se desenvolveram, com suas relações sócio-culturais, econômicas e políticas. A construção do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na experienciação estética por meio da percepção, da análise, e da criação/ produção e contextualização histórica. Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem e para o Ensino Médio, a partir de uma verticalização e de um aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na associação da arte com o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia. 80 Histórico da Disciplina Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. (BUDASZ apud NETO, 2004, p. 15). Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira. Por volta do séc. XVIII houve a superação do modelo teocêntrico medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência. Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da Colônia. Após a chegada da família real de Portugal para o Brasil, em 1808, destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses encarregado da fundação da Academia de BelasArtes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa cuja concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil. Com a proclamação da República, em 1890 ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de idéias positivistas e liberais. Os positivistas defendiam a necessidade do ensino de Arte valorizar o desenho geométrico como forma de desenvolver a mente para o pensamento científico. Os liberais preocupados com o desenvolvimento econômico e industrial defendiam a necessidade de um ensino voltado para a preparação do trabalhador. Benjamin Constant, responsável pelo texto da reforma, direcionou o ensino para a valorização da ciência e da geometria e propagou o ideário positivista no Brasil. Essa proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de produção capitalista e secundarizou o ensino de Arte, que passou a abordar, tão somente, as técnicas e artes manuais. 81 De fato, as políticas educacionais centradas no atendimento às demandas da produção e do mercado de trabalho têm sido uma constante, como, por exemplo, no período do Governo de Getúlio Vargas (1930 a 1945); na ditadura militar (1964 a 1985) com o ensino técnico compulsório para o segundo grau; e na segunda metade da década de 1990, com a pedagogia das competências e habilidades que fundamentaram os Parâmetros Curriculares Nacionais. Nas primeiras décadas da República, ocorreu a Semana de Arte Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associado aos movimentos nacionalistas da época. Em contraposição a todas as formas anteriores de ensino procurou-se valorizar a cultura nacional com enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade de acordo com a concepção da Escola Nova. Pela primeira vez uma tendência pedagógica – Escola Nova – centrava sua ação no aluno e na sua cultura, em contraposição às formas anteriores de ensino impostas por modelos que não correspondiam ao universo cultural dos alunos. No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino da Arte. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da realidade local estimularam movimentos a favor da Arte tornarem disciplina escolar A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram nas diversas áreas artísticas. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar. Com o Ato Institucional nº. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos e vários artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao regime foram perseguidos e exilados. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal nº. 5692/71, cujo artigo 7° determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 6º ano) e do Ensino Médio. Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. 82 Dentre os fundamentos pensados para a educação, destaca-se a pedagogia histórico-crítica, elaborada por Saviani da PUC de São Paulo que fundamentou o Currículo Básico para Ensino de 1º grau, publicado em 1990, e o Documento de Reestruturação do Ensino de 2º grau da Escola Pública do Paraná, publicado em seguida. Os PCNs em Arte tiveram como principal fundamentação a proposta de Ana Mae Barbosa, denominada de Metodologia Triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE (Discipline Based Art Education) norte- americana, que teve origem no final dos anos de 1960 nos Estados Unidos. Na década de 1990, as empresas de capacitação de executivos e demais profissionais passaram a ver a arte e os conceitos de estética como meio e princípio nos seus cursos. Fundamentos Teórico-Metodológicos As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer. Na sociedade e no âmbito educacional algumas formas de conceituar arte foram incorporadas pelo senso comum em prejuízo do conhecimento de suas raízes históricas e do tipo de sociedade (democrática ou autoritária, por exemplo) e de ser humano (essencialmente criador, autônomo ou submisso, simples repetidor ou esclarecido) que pretendem formar, ou seja, a que concepção de educação vinculam-se. São elas: • Arte como mímesis e representação (imitação); • Arte como expressão; • Arte como técnica (formalismo). Refletindo sobre esses conceitos acima se pretende que as Diretrizes atuais da Arte apontem aos professores, formas efetivas de levar o aluno a apropriar-se do conhecimento em arte, que produza novas maneiras de perceber e interpretar tanto os produtos artísticos quanto o próprio mundo. Nesse sentido, educar os alunos em arte é possibilitar-lhes um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das 83 aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das possibilidades de fruição. Portanto, sob tal perspectiva, Vázquez (1978) aponta três interpretações fundamentais da arte a serem consideradas: • Arte como forma de conhecimento; • Arte como ideologia; • Arte como trabalho criador. É neste contexto que o ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estéticocultural, amplia os conhecimentos e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade, relaciona-se à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Nas aulas de Arte, os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de maneira crítica, o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdades e injustiças. Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive, é necessário ainda que o professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais, Música, Teatro e Dança), de suas pesquisas e experiências artísticas, estabelecendo relações com os conteúdos e saberes das outras áreas da disciplina de Arte, nas quais tiver algum domínio. Objetivos A disciplina visa o desenvolvimento da percepção individual, levando o educando a compreender o processo histórico artístico, bem como as suas diversidades, assim como expressar-se e saber comunicar-se em artes, mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fluir produções artísticas. Compreender e saber identificar a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos. 84 6º ANO Conteúdo Estruturante Elementos formais Composição Música Movimentos e períodos Artes visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos Elementos formais Conteúdo Básico Altura. Duração,Timbre, Intensidade, Densidade. Ritmo. Melodia, Escalas: diatônica. Pentatônica, cromática. Improvisação. Greco-Romana Oriental Ocidental Africana. Ponto. Linha. Textura. Forma. Superfície. Volume. Cor. Luz Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria. Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia... Arte Greco-Romana, Arte Africana Arte Oriental, Arte Pré-Histórica Personagem: expressões, corporais, vocais, gestuais e faciais,Ação.Espaço Enredo, roteiro. Espaço Cênico, Adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo. Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval, Renascimento Movimento Corporal Tempo Espaço Dança Composição Movimentos e períodos Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular Pré-história,Greco-Romana, Renascimento Dança Clássica, Objetivo Compreender os elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Desenvolver a formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos. Compreender dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriar-se da prática e teórica de técnicas e modos de composição visual. Compreender os elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriar a prática e teoria de técnicas e modos de composição teatrais. Compreender os elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriar-se da prática e da teoria de técnicas e modos de composição da dança.. 7º Ano Conteúdo Estruturante Elementos Formais Composição Música Movimentos e Períodos Artes Visuais Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos Conteúdo Básico Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade. Ritmo, Melodia, Escalas. Gêneros: Folclórico, Indígena, Popular e Étnico. Técnicas: Vocal, Instrumental e Mista, Improvisação Música Popular e Étnica (Ocidental e Oriental). Ponto,Linha,Textura,Forma, Superfície. Volume, Cor e Luz. Proporção, Tridimensional. Figura e Fundo, Abstrata, Perspectiva. Técnicas: Pintura, Escultura, Modelagem, Gravura... Gêneros: Paisagem, Retrato, Natureza Morta... Arte Indígena,Arte Popular, Brasileira e Paranaense,Renascimento, Barroco. Objetivo Compreender as Diferentes Formas Musicais Populares, Suas Origens e Práticas Contemporâneas. Apropriar-se da Prática e da Teoria de Técnicas e Modos de Composição Musical. Compreender as Diferentes Formas Artísticas Populares, suas Origens e Práticas Contemporâneas. Apropriar-se Prática eTeórica de Técnicas e Modos de Composição Visual. 85 Teatro Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos Dança Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos Personagem: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais. Ação Espaço. Representação,Leitura Dramática,Cenografia. Técnicas: Jogos Teatrais, Mímica, Improvisação, Formas Animadas... Gêneros: Rua e Arena. Caracterização Comédia Dell’ Arte. Teatro Popular Brasileiro e Paranaense. Teatro Africano Movimento ,Corporal, Tempo, Espaço Ponto de Apoio,Rotação, Coreografia, Salto e Queda, Peso (Leve e Pesado), Fluxo (Livre, Interrompido e Conduzido) Lento, Rápido e Moderado, Níveis (Alto, Médio e Baixo), Formação, Direção Gênero: Folclórica,Popular e Étnica. Dança Popular, Brasileira Paranaense, Africana e Indígena. Compreender as Diferentes Formas de Representação Presentes no Cotidiano, suas Origens e Práticas Contemporâneas. Apropriar-se da Prática e da Teoria de Técnicas e Modos de Composição Teatrais, Presentes no Cotidiano. Compreender as Diferentes Formas de Dança Popular, suas Origens e Práticas Contemporâneas. Apropriar-Se da Prática e Teoria de Técnicas e Modos de Composição da Dança. 8º ANO Conteúdo Estruturante Elementos formais Composição Música Movimentos e períodos Elementos formais Artes visuais Composição Movimentos e períodos Elementos formais Teatro Composição Movimentos e períodos Elementos formais Dança Composição Movimentos e períodos Conteúdo Básico Altura; Duração; Timbre, Intensidade, Densidade. Ritmo; Melodia;Harmonia,Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista Indústria Cultural; Eletrônica;Minimalista;Rap, Rock, Tecno. Ponto; Linha; Textura; Forma; Superfície; Volume; Cor; Luz. Semelhanças; Contrastes; Ritmo Visual; Estilização; Deformação; Técnicas: desenho,fotografia,audio-visual e mista... Indústria Cultura;Arte no Séc. XX, Arte Contemporânea Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação; Espaço. Representação no Cinema e Mídias Texto dramático, Maquiagem Sonoplastia,Roteiro. Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica... Indústria Cultural ,Realismo. Expressionismo, Cinema Novo. Movimento ;Corporal. Tempo; Espaço. Giro ;Rolamento Saltos;Aceleração e desaceleração;Direções (frente, atrás, direita e esquerda); Improvisação. Coreografia;Sonoplastia. Gênero: Indústria. Cultural e espetáculo. Hip Hop; Musicais; expressionismo; Indústria Cultural; Dança Moderna. Objetivo Compreender as diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriar-se da prática e da teoria das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. Compreender as artes visuais em diversos meios no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriar-se da prática e teoria das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. Compreender as diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriar-se da prática e da teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. Compreender as diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriar-se da prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. 86 9º ANO Conteúdo Estruturante Elementos formais Composição Música Movimentos e períodos Elementos formais Artes visuais Composição Movimentos e períodos Elementos formais Composição Teatro Movimentos e períodos Elementos formais Composição Dança Movimentos e períodos Conteúdo Básico Altura;Duração ,Timbre; Intensidade; Densidade Ritmo; Melodia;Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico. Música Engajada, Música Popular Brasileira. Música Contemporânea Ponto; Linha; Textura; Forma; Superfície, Volume; Cor; Luz. Bidimensional;Tridimensional Figura-fundo ;Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano... Realismo ,Vanguardas, Muralismo e Arte Latino-Americana, Hip Hop. Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação,Espaço, Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia ,Iluminação,Figurino Teatro Engajado ,Teatro do Oprimido ,Teatro Pobre,Teatro do Absurdo Vanguardas. Movimento ,Corporal, Tempo, Espaço. Kinesfera, Ponto de Apoio;Peso; Fluxo;Quedas; Saltos Giros;Rolamentos, Extensão (perto e longe) Coreografia, Deslocamento; Gênero: Performance e moderna. Vanguardas, Dança Moderna, Dança Contemporânea. Objetivo Compreender a música como fator de transformação social. Produzir trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Compreender a dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produzir trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Compreender a dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. Criar trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Compreender a dimensão da dança enquanto fator de transformaçãosocial. Produzir trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Encaminhamentos Metodológicos A aprendizagem dos conteúdos da linguagem da arte deve ser conduzida em torno do saber fazer e do saber compreender a sua própria produção e a dos demais artistas e parceiros. E aprender a fazer e a conhecer a arte é aprender a produzir e a ler a arte, cabendo ao professor a tarefa de articular essas ações. Essa articulação deve contemplar três momentos da organização pedagógica: • Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso a obra de arte. • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercícios com os elementos que compõem uma obra de arte. 87 Avaliação A avaliação em Arte não pode ser entendida como um mero instrumento de medição da apreensão conteúdos, pois busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. É diagnóstica e processual não estabelecendo parâmetros comparativos entre os alunos, mas discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Considera o desenvolvimento do pensamento estético, e leva em conta a sistematização dos conteúdos para a leitura da realidade. A sistematização da avaliação se dará na observação e registros dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações e produções artísticas como na música, teatro, dança, artes plásticas. A avaliação efetiva individual e do grupo, serão utilizados vários instrumentos de verificação tais como: • trabalhos artísticos individuais e em grupo; • trabalhos teóricos e práticos; • debates em forma de seminários e simpósios; • provas teóricas e práticas; • registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, pesquisa, audiovisual e outros. A recuperação de estudos será realizada no valor de 10,0 (dez vírgula zero) pontos, durante o bimestre, sendo paralela e reelaborada a partir de trabalhos realizados e ou pesquisas. Referências BARBOSA, Ana M. A Imagem no Ensino da Arte. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 1991. FERRAZ, Maria H. C. de Toledo; FUSARI, Maria F. de Rezende. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 1993. FERRAZ, Maria H. C. de Toledo; FUSARI, Maria F. de Rezende. Metodologia do ensino de arte. São Paulo: Cortez, 1999. MARQUES. Isabel A. Dançando na Escola. São Paulo: Cortez, 2003. MED. Bohumil. Teoria da Música. Brasília: MusiMed, 1996. 88 PORTINARI. Maribel. História da Dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989. SCHAFFER. R. Murray. O Ouvido Pensante. São Paulo: Unesp, 1991. STRICKLAND. Carol. Da Pré-História ao Pós-Moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999. KOSIK, K. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED, 2006. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/14770/1/O-Ensino-de-Arte-no-Brasil/pagina1 .html#ixzzOwQJOuopW>. DISCIPLINA DE CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da Disciplina A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado, estabelecendo entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem. Essa concepção de ensino orienta para uma aprendizagem específica, colocando em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados para compor o currículo escolar. As disciplinas escolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir de suas especialidades, chamam umas às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos 89 conteúdos de modo que se busque, cada vez mais, a totalidade, numa prática pedagógica que leve em conta as dimensões científicas, filosófica e artística do conhecimento. O ensino de ciências tem enfoque teórico e prático, levando o aluno a entender as interrelações existentes nas questões sociais, tecnológicas políticas, culturais e éticas para fundamentar as abordagens científicas. Objetivo Trabalhar com os conteúdos científicos escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, por meio de um processo de interação social em que o professor de Ciências participe de forma mediadora possibilitando o aprimoramento de significados compartilhado pelo aluno. 9º ANO Objetivo Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico Compreender as Leis de Keples ASTRONOMIA e de Newton para as órbitas dos planetas e gravitação; Astros, Gravitação, Universal; Leis de Kepler; (órbitas); Leis de Newton (gravitação); Gravidade; Entender os fundamentos teóricos que descrevem os ciclos e as relações existentes; BIODIVERSIDADE Interações Ecológicas; Ciclos biogeoquimicos; Relações inter e intraespecíficas; Compreender os sistemas conversores de energia e suas relações, bem como os conceitos envolvidos; ENERGIA Formas de energia; Conversão de energia; Conservação de Fontes de energia; energia; Conservação de energia; Compreender o conceito de matéria e sua constituição com base nos modelos atômicos e suas teorias; MATÉRIA Constituição da matéria; Conceito de matéria e sua constituição; Àtomos, modelos atômicos, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas e reações químicas; Leis de conservação da massa; Saber aplicar os conceitos das propriedades e constituição da matéria; MATÉRIA Constituição da matéria; Propriedades da matéria; Movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência; Massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor brilho, sabor; Entender a relação dos fundamentos da energia química com a célula(ATP); ENERGIA Formas de energia; A energia e suas fontes e formas; Energia química e modos de transmissão e armazenamento; Energia mecânica e suas fontes, bem como a transmissão e armazenamento; Energia nuclear e suas fontes, modo de transmissão e armazenamento; Reconhecer os conceitos da conservação da massa e saber aplicá-los; Compreender os fundamentos da energia mecânica e suas fontes e transmissão e armazenamento; 90 8ºANO Objetivo Conteúdo estruturante Conteúdo básico Conteúdo específico Origem e evolução do universo; Modelos científicos sobre a origem e a evolução do universo; As relações entre as teorias da evolução histórica do universo; Os fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, aglomerados, etc.); SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos; Compostos orgânicos e a constituição dos seres vivos; Célula e os mecanismos celulares e estruturais e suas funções; Tecidos: função e estrutura; Sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário; ENERGIA Formas de energia; A energia e suas fontes e formas; Energia química e modos de transmissão e armazenamento; Energia mecânica e suas fontes, bem como a transmissão e armazenamento; Energia nuclear e suas fontes, modo de transmissão e armazenamento; Pesquisar e relacionar as teorias sobre a evolução sos seres vivos; BIODIVERSIDADE Evolução dos seres As teorias da evolução dos seres vivos; vivos; Compreender os fundamentos teóricos que descrevem os sistemas biológicos; Entender os mecanismos de herança genética e os processos envolvidos; SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e Sistema nervoso, sensorial, reprodutor e fisiologia dos seres endócrino; vivos; Cromossomos, genes, mitose e meiose; Mecanismos de heranças genéticas; Refletir e abordar sobre os ASTRONOMIA modelos científicos da origem e evolução do universo; Relacionar as teorias e os fundamentos da classificação cosmológica; Relacionar os compostos orgânicos e sua constituição com os seres vivos; Estabelecer um entendimento de como os mecanismos biológicos se relacionam entre si no organismo; Compreender a organização dos órgãos e seu funcionamento; Entender a relação dos fundamentos da energia química com a célula(atp); Compreender os fundamentos da energia mecânica e suas fontes e transmissão e armazenamento; 7º ANO Objetivo Compreender os movimentos celestes a partir do referencial do planteta Terra; Conteúdo Estruturante ASTRONOMIA Conteúdo Básico Astros; Movimentos terrestres e celestes; Comparar movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do sol e da lua, com base referencial Terra; Conteúdo Específico Movimentos celestes e terrestres a partir do planeta Terra; Noite e dia, eclipses, movimento terrestre, estações do ano e constelações; Energia solar; Reconhecer padrões de movimentos terrestres,estações do ano, movimentos celestes e constelações; Entender a constituição do Planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida; Compreender a constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da vida; MATÉRIA Constituição da matéria; Constituição do Planeta primitivo, e constituição da atmosfera; 91 Conhecer os fundamentos da estrutura química da célula; SISTEMAS BIOLÓGICOS Identificar os mecanismos de constituição da célula; Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos; Compreender fenômenos da fotossíntese; - Estrutura química da célula, constituição celular, tipos celulares; - Fotossíntese, processos de conversão de energia na célula; - Células animais e vegetais; Relacionar os órgãos e sistemas animais e vegetais; Entender o conceito de energia luminosa; ENERGIA Estabelecer relação entre energia luminosa solar e sua importância para os seres vivos; Formas e transmissão de energia; - Luz, cor e radiação ultravioleta e infravermelha; - Calor, energia térmica, energia endotérmicas e ectotérmicas; Identificar fundamentos da luz, cores, e a relação entre os raios ultravioleta e infravermelha; Relacionar sistemas endotérmicos e ectotérmicos; Conceituar biodiversidade e sua amplitude de relações com os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos; BIODIVERSIDADE Origem da vida; Organização e sistemática dos seres vivos; - Processos evolutivos: classificação, taxonomia e filogenia; Interações ecológicas, cadeia alimentar; Conhecer sobre a classificação dos seres vivos, de categorias taxonômicas, filogenia; Entender as interações e sucessões ecológicas. 6ºANO Objetivo Entender ocorrências astronômicas como fenômeno da natureza; Conteúdo Estruturante ASTRONOMIA Reconhecer características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, etc.; Conteúdo Básico Conteúdo Específico Universo; Sistema Solar; Movimentos Terrestres e Celestes; Astros; Fenômenos naturais; estrelas; planetas; planetas anões;- satélites; cometas, asteróides; meteóros; meteoritos; teorias heliocêntricas e geocêntricas; movimentos de rotação e translação dos planetas; Constituição da matéria; Constituição, transformações e propriedades da matéria; constituição do planeta Terra; atmosfera; crosta; solos; rochas; minérios; manto; núcleo; água e sua composição; Níveis de Sistemas orgânicos e fisiológicos; Conhecer a história da ciência a respeito das teorias geocêntricas e heliocêntricas; Compreender movimentos de rotação e translação; Entender a constituição e MATÉRIA propriedades da matéria, suas transformações como fenômeno da natureza; Reconhecer o Planeta Terra, no que se refere a atmosfera, solo, água; Conhecer os fundamentos teóricos da composição da água; Entender a constituição dos SISTEMAS 92 sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado e a constituição do organismo; BIOLÓGICOS organização; características gerais dos seres vivos; teoria celular; níveis de organização celular; Formas de energia; Conversão de energia; Transmissão de energia; Energia e sua conversão e transmissão; energia mecânica; energia térmica; energia luminosa e nuclear; ciclos da matéria; Reconhecer características gerais dos seres vivos e dos níveis de organização celular; Refletir sobre a origem da Teoria Celular; Conceituar por meio de análises ENERGIA as diversas formas, manifestações e conversão de energia; Reconhecer particularidades relacionadas a energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear; Entender formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza; Encaminhamentos Metodológicos A abordagem teórico-metodológica levou em consideração conteúdos que contemplam o desenvolvimento cognitivo do aluno, a divulgação científica, as atividades experimentais, bem como a história da ciência. Serão utilizados métodos diversificados para as aulas, tais como: livros didáticos, vídeos, TV multimídia, imagens, fotos, computador, data-show e práticas na sala e no laboratório. Avaliação/Recuperação Ela é contínua, formativa, somativa, qualitativa, diagnóstica a partir da apresentação dos conteúdos e seu desenvolvimento. Atividade desenvolvida em sala e fora dela, trabalhos individuais e coletivos, visita a universidades, bem como a observação na realização das práticas, na produção dos alunos durante a realização de projetos, provas, pesquisas, seminários e debates. A recuperação é bimestral e paralela com o valor total de 10,0 pontos. Referências CANTOS, E.L. Ciências naturais: aprendendo com o cotidiano. São Paulo: Moderna, 2004. CRUZ, J.L.C. (Org.). Projeto Araribá: Ciências. São Paulo: Moderna, 2006. 93 VALLE, C. Coleção Ciências. São Paulo: Positivo, 2004. BARROS, C.; PAULINO, W. Ciências moderna. São Paulo: Ática, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Ciências. Curitiba,2008. DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da Disciplina A partir da data da revogação da lei - LDB 9994/1996, onde a educação física passa de Área de Atividades para Componente Curricular, desde então tomando outro formato, com responsabilidades muito maiores na formação do aluno, não só com o físico mais também com o intelecto em busca de um ser humano mais autônomo; tratando de maneira cognitiva, lidando com o social, emocional e afetiva do aluno, passando a ser visto como saberes com sentidos e significados. A Educação Física é um conjunto de atividades físicas não-competitivas embasadas em esportes com fins recreativos, quanto à ciência que fundamenta a correta prática destas atividades; que é a ciência que estuda a natureza em seus aspectos mais gerais, procurando dar sentido e significado aos movimentos. A Contribuição da Educação Física Escolar As informações disponíveis na literatura demonstram uma estreita associação entre os níveis habituais de prática da atividade física e os índices de adiposidade e de desempenho motor. A Educação Física escolar contribui para as crianças e os adolescentes sejam mais ativos no seu dia a dia, minimizando assim a tendência ao acumulo de gordura. Os alunos trabalhadores podem compor um grupo que desenvolva atividades voltadas à restituição de energias, estímulos de compensação e redução de cargas resultantes do cotidiano profissional. O avanço tecnológico tem trazido mudanças de hábitos aos homens com resultados positivos e negativos. Dentre os negativos, tem sido destaque o stress acumulado, que torna o indivíduo sujeito à doenças psicossomáticas, com ansiedade, frustrações e depressão ou até generalizado de insatisfações prejudicando as relações interpessoais. Outras causas citadas, como resultantes do 94 avanço tecnológico, são os problemas respiratórios, musculares, distúrbios no aparelho imunológico, hipertensão arterial, arteriosclerose e cardiopatias. A Educação do corpo em movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de consciência e domínio de seu corpo e, a partir daí, construir para o seu desenvolvimento possibilidades de aprendizagem. Objetivo Gerais Organizar e praticar atividades corporais, valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível, bem como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras convencionais, com o intuito de torná-las mais adequadas ao momento do grupo, favorecendo a inclusão dos praticantes. Analisar, compreender e manipular os elementos que compõem regras como instrumentos de criação e transformações. Analisar alguns dos padrões de beleza, saúde e desempenho, presentes no cotidiano, e compreender sua inserção no contexto sócio-cultural em que são produzidos, despertando para o senso crítico e relacionando-os com as práticas da cultura corporal de movimentos. Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e de outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais. O estudo do corpo em movimento na Educação Física, objetiva atingir a consciência e domínio corporal, trabalhada através dos pressupostos do movimento expresso na ginástica, dança e jogos historicamente colocados. Conteúdo Estruturante - Conteúdo Específico Manifestações esportivas Leitura do fenômeno esportivo com vistas a sua complexidade social, histórica e política; reconhecer sua condição técnica, tática, seus elementos básicos; o sentido da competição esportiva; articular o esporte com outras possibilidades corporais, constituintes desse patrimônio. Manifestações ginásticas Origem da ginástica e sua mudança no tempo (os significados culturais, das diferentes variações ginásticas); práticas ginásticas: reconhecimento dos limites e possibilidades corporais, que viabilizam a reflexão crítica no mundo: formas expressivas presentes no circo, nos malabares, acrobacia, cultura da rua. Jogos, brincadeiras e brinquedos A construção coletiva de jogos e brincadeiras; Por que brincamos? oficina de construção de brinquedos; brinquedos e brincadeiras tradicionais; brinquedos cantados, rodas e cirandas; diferentes manifestações e tipos de jogos; jogos e brincadeiras com e sem materiais; diferenças entre jogo e esporte. Manifestações estético-corporais na dança e no teatro A dança e o teatro como possibilidade de manifestação corporal; diferentes tipos de dança; por que dançamos? Danças tradicionais e folclóricas; desenvolvimento de formas corporais rítmicoexpressivas; mímica, imitação e representação. 95 6º ANO Conteúdo Estruturante Ginástica Lutas Esporte Jogos e Brincadeiras Dança Conteúdo Básico Conteúdo Específico Ginástica rítmica; Ginástica circense; Ginástica geral. - Corda; arco;bola;maças; fita; - Malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim; - Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte). Lutas de aproximação; - Judô; luta olímpica; karatê; jui-jitsu, sumo; Capoeira. - Angola; regional. Coletivos; - Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de Individuais. salão; futevôlei; rugby; beisebol. - Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo; Jogos e brincadeiras populares; -Amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; Brincadeiras e cantigas de roda; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau Jogos de tabuleiro; ensebado; paulada ao cântaro; jogo de pião; jogo de paus; Jogos cooperativos. queimada; polícia e ladrão; - Gato e rato; adoletá; capelinha de melão; carangueijo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de Jô; lenço atrás; dança da cadeira; - Dama; trilha; resta um; xadrez; - Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço. Danças folclóricas; - Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; Danças de rua; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; Danças criativas. cuá fubá; ciranda; carimbo. - Break; funk; house; locking; popping; ragga; - Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal. 7º ANO Conteúdo Estruturante Ginástica Lutas Esporte Jogos e Brincadeiras Dança Conteúdo Básico Ginástica rítmica; Ginástica circense; Ginástica geral. Conteúdo Específico - Corda; arco;bola;maças; fita; - Malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim; - Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte). Lutas de aproximação; - Judô; luta olímpica; karatê; jui-jitsu, sumo. Capoeira. - Angola; regional. Coletivos; - Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de Individuais. salão; futevôlei; rugby; beisebol. - Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo; Jogos e brincadeiras populares; -Amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; Brincadeiras e cantigas de bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau roda; ensebado; paulada ao cântaro; jogo de pião; jogo de paus; Jogos de tabuleiro; queimada; polícia e ladrão; Jogos cooperativos. - Gato e rato; adoletá; capelinha de melão; carangueijo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de Jô; lenço atrás; dança da cadeira; - Dama; trilha; resta um; xadrez; - Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço. Danças folclóricas; - Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; Danças de rua; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá Danças criativas; fubá; ciranda; carimbo. Danças circulares. - Break; funk; house; locking; popping; ragga; - Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal. - Contemporâneas; folclóricas; sagradas. 96 8º ANO Conteúdo Estruturante Ginástica Lutas Esporte Jogos e brincadeiras Dança Conteúdo Básico Conteúdo Específico Ginástica rítmica; Ginástica circense; Ginástica geral. - Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas; - Alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; pular corda; step; core board; pilates; - Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte). Lutas com instrumento - Judô; luta olímpica; karatê; jui-jitsu, sumo. mediador; - Esgrima; kendó; Capoeira. - Karatê; boxe; muay thai; taekwondo; - Angola; regional. Coletivos; - Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de Radicais. salão; futevôlei; rugby; beisebol. - Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; - Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf. Jogos e brincadeiras populares; - Dama; trilha; resta um; xadrez; Jogos dramáticos; - Improvisação; imitação; mímica. Jogos de tabuleiro; - Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira Jogos cooperativos. livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com im abraço. Danças folclóricas; - Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; Danças de rua; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá Danças circulares. fubá; ciranda; carimbo. Danças criativas. - Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango. 9º ANO Conteúdo Estruturante Ginástica Conteúdo Básico Ginástica rítmica; Ginástica geral. Lutas Lutas com instrumento mediador. Capoeira. Esporte Coletivos; Radicais. Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos cooperativos. Dança Danças criativas. Danças circulares. Conteúdo Específico - Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas; - Alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; pular corda; step; core board; pilates; - Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte). - Judô; luta olímpica; karatê; jui-jitsu, sumo. - Esgrima; kendó; - Karatê; boxe; muay thai; taekwondo; - Angola; regional. - Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol. - Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; - Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf. - Dama; trilha; resta um; xadrez; - Improvisação; imitação; mímica. - Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com im abraço. - Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbo. - Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango. Metodologia As manifestações esportivas, manifestações ginásticas, jogos, brincadeiras e brinquedos, manifestações estéticas na dança e no teatro que compõe a especificidade da disciplina, sugere-se a organização das aulas em três momentos distintos: 97 Primeiro momento: O conteúdo da aula é apresentado aos alunos e problematizado, buscando as melhores formas de organização para execução das atividades a serem desenvolvidas. Conversa-se com os alunos sobre as formas de execução da praticas corporais a fim de descobrir as possibilidades e os limites de cada um no desenvolvimento da atividade proposta. Segundo momento: É a fase do desenvolvimento das atividades e refere-se à apreensão do conhecimento. Neste momento o professor observa as atividades realizadas pelos alunos, podendo diagnosticar e intervir se necessário durante o movimento corporal, seja ela estimulada ou não pelo professor ou então gerada pelo próprio aluno. Terceiro momento: reflexão sobre a prática. Enquanto momento de dialogo, levar cada aluno pensar e repensar suas atitudes pedagógicas durante as aulas, ou seja, levantar todos os aspectos positivos e negativos juntos com eles. Partindo do exposto, pode-se concluir que uma aula de Educação Física compõese de: proposição do que vai ser executado; execução do que foi proposto e reflexão do que foi executado. Projetos Desenvolvidos pelos professores do Estabelecimento Escolar, podendo ter parcerias com estagiários das IES e PDE. Apresentações de dança referentes a datas comemorativas escolhida pelo professor (a), campeonato por bimestre de acordo com a modalidade, gincanas recreativa e cultural e festival. Obs. A aula prática devera ser com o alongamento (ativo ou passivo), envolvendo todos os grupos musculares usados na modalidade, O conhecimento sobre a necessidade do Alongamento no ensino Fundamental e médio venha desenvolver sua flexibilidade, para que não sofra o encurtamento muscular na sua vida adulta. Recursos Didáticos Trabalhos individuais, em pequenos e grandes grupos; recursos áudio visuais; recursos teóricos e práticos; aulas práticas; aulas teóricas; aulas expositivas, pesquisas em sites e livros. 98 Avaliação • Por meio de participação e progresso do aluno durante as atividades propostas; • Avaliação diagnóstica, diária e contínua, o conteúdo teórico é avaliado através de trabalhos e provas; • O aluno será avaliado pelo seu grau de desenvolvimento em sua consciência corporal; • Avaliação quanto ao grau de superação de sua dificuldade de expressão. • A recuperação é paralela com valor de 10,0 pontos, sendo realizada nas aulas práticas com as atividades executadas a cada aula e a parte teórica através de prova oral. Referências CARLINI, Alda Luiza. A Educação e a Corporalidade do educando. n. 4, p. 41-60. São Paulo: Discorpo, 1995. DARIDO, S.C. e RANGEL, I. C. A. Educação Física na Escola: implicações para prática pedagogica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. ESCOBAR, M. Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. In: Revista Motrivivência, n. 8, p.91 -100, Florianópolis: Ijuí, 1995. Kunz, Elenor. Educação Física: ensino & mudanças. Ijuí: Editora Unijuí, 1991. MEDINA, João P. S. O Brasileiro e seu Corpo. 2. ed. Campinas: Papirus, 1990. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Educação Física. Curitiba,2008. DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO – ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da Disciplina A disciplina do Ensino Religioso contempla as diversas manifestações do sagrado, entendidas como integrantes do patrimônio social e cultural dos povos; diferente de seu passado histórico marcado como espaço de transposição do que era a catequese e que permitia a introdução sistemática e orgânica do complexo doutrinal cristão. Nesta perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de organização de diferentes sociedades. 99 Objetivo Geral Destacar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos. O Ensino Religioso busca explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas, como em outras manifestações mais recentes. Conteúdos O conteúdo abordado terá a preocupação com os processos históricos de constituição do sagrado, buscando explicitar os caminhos percorridos até a concretização de simbologias e espaços que se organizam em territórios sagrados, ou seja, a criação das tradições. Organização dos Conteúdos por Ano 6º ANO Texto Sagrado - II LUGARES SAGRADOS Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais. -Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. -Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc. Símbolo I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa. -Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa. -Direito de professar fé e liberdade de opinião e expressão. -Direito à liberdade de reunião e associação pacífica. -Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado. Paisagem Religiosa CONTEÚDOS - ESTRUTURANTES O Ensino Religioso na Escola Pública. -Orientações legais. -Objetivos. -Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso. III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas. -Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.). Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá’is – Fé Baha’I, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc. IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado. -Fundadores e/ou Líderes religiosos. -Estruturas Hierárquicas. Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confuncionismo (Confúncio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tse), etc. 100 Texto Sagrado Símbolo Paisagem Religiosa CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 7º ANO UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos: - Nos Ritos - Nos Mitos - No Cotidiano Exemplos: arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, Etc. II RITOS São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter as possibilidades futuras a partir de transformações presentes. - Ritos de passagem - Mortuários - Propiciatórios - Outros Exemplos:Dança (xire)–Candomblé, Kiki (Kaingang – ritual fúnebre),Via sacra, Festejo indígena de colheita,etc. III FESTAS RELIGIOSAS São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. - Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. Exemplos: festa do Dente Sagrado (Budismo) , Ramada (Islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-Brasileira), Pessach (Judaísmo), etc. IV VIDA E MORTE As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado. - O sentido da vida nas tradições/ manifestações religiosas - Reencarnação - Ressurreição – ação de voltar à vida - Além Morte - Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes - Outras interpretações. Metodologia da Disciplina Os conteúdos propostos para o Ensino Religioso contemplam as diversas manifestações do sagrado, entendidas como integrantes do patrimônio cultural, os quais poderão ser enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para construir, analisar e socializar o conhecimento religioso, para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente. O trabalho com os conteúdos específicos deve ser orientado a partir de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para que depois sejam trabalhados os conteúdos relativos a manifestações religiosas mais comuns, do universo cultural da comunidade. Todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para superar o preconceito à ausência ou presença de qualquer crença religiosa; para questionar toda forma de proselitismo, e para aprofundar o respeito a qualquer expressão do sagrado. 101 A linguagem a ser adotada nas aulas de Ensino Religioso, referente a cada expressão do sagrado, é a pedagógica e não a religiosa, tomando dessa forma, o universo das manifestações religiosas e do sagrado, como patrimônio histórico-social e cultural da humanidade. Critérios de Avaliação da Disciplina O professor organizará práticas avaliativas com a finalidade de acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e os seus objetivos, e elaborará instrumentos que o auxiliem a registrar quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos conteúdos tratados, ou seja, identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos. Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno, a apropriação dos conteúdos será observada pelo professor em diferentes situações de ensino aprendizagem, de acordo com os objetivos propostos e sistematizados, permitindo assim o planejamento das intervenções no processo pedagógico, e registrados em instrumentos que permitam o acompanhamento pela escola, alunos e pais, dos progressos obtidos na disciplina. Referências PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Ensino Religioso. Curitiba,2008. Enciclopédia Barsa. SCHIMIDT, Mário. Nova história crítica. São Paulo: Nova Geração, 2001. DISCIPLINA DE GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da Disciplina O estudo geográfico compreende as relações com a natureza e com o espaço geográfico desde suas primeiras formas de organização. E uma forma de compreender o mundo em que vivemos e as modificações causadas pela sociedade no espaço geográfico. Os principais conceitos geográficos são: Lugar - Paisagem - Região - Natureza - 102 Sociedade. Estes conceitos se relacionam e podem ser analisados e compreendidos nas diferentes escalas geográficas, ou seja, do local ao global ou vice-versa. Busca-se superar a dicotomia existente entre Geografia Física e Geografia Humana. História da Disciplina e Fundamentos Históricos e Metodológicos Desde a alvorada humana, se estabeleceu uma relação entre o homem e a natureza, pois sobreviver era preciso, e o desenvolvimento social está baseado no domínio e apropriação da natureza que nos cerca, realizada por meio do trabalho, modelando e transformando o espaço, inclusive na atividade de planejar. Os primeiros povos nômades eram caçadores e sua sobrevivência estava diretamente ligada a abundancia da caça, assim eles desenvolveram conhecimentos sobre os ciclos reprodutivos da natureza (estações). Com o sedentarismo o homem passou a desenvolver técnicas agrícolas, domesticação de animais e para isso conhecer as variações climáticas e o regime das águas. Com o desenvolvimento do trabalho e novas técnicas de produção, fortaleceu o homem como grupo social e proporcionou para que, como espécie, se multiplicasse e buscasse novos horizontes em busca de satisfações sociais, biológicas e cognitivas e criou novas necessidades que se põem para além da satisfação de sua condição humana. Na Antiguidade Oriental, os povos da Mesopotâmia e do Egito, por exemplo, por dependerem da irrigação para a produção agrícola, realizaram estudos dos regimes fluviais do Nilo, Tigre e Eufrates e estudos de geometria, pois as cheias desses rios influenciavam a demarcação das áreas para cultivo. Ainda nesse período, a atividade comercial levou à intensa navegação pelos mares Mediterrâneo e Vermelho, à expansão do mundo conhecido e, com isso, a maior produção de conhecimento geográfico. (ANDRADE, 1987) Na Antiguidade Clássica, muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações Sociedade ↔ Natureza, sobre a extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais. Estudos descritivos das áreas conquistadas e informações sobre a localização, o acesso e as características das cidades e regiões dos impérios eram conhecimentos fundamentais para suas organizações políticas e econômicas. Nesse contexto, desenvolveram-se outros conhecimentos, como os relativos à elaboração de mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da 103 distribuição de terras e águas, bem como a defesa da tese da esfericidade da Terra, o cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre outros. Na idade média o pensamento geográfico pouco se desenvolveu, pois os conhecimentos científicos foram influenciados pelo poder da Igreja e o que havia sido desenvolvido, como por exemplo a redondeza da Terra por Aristóteles no século III a.C., passou a ser negada. Pois para o poder da época a Terra era um planisfério. [...]. No século VI, em Alexandria, procurou-se estabelecer que a Terra tinha uma forma tabular, por ser semelhante ao Tabernáculo judeu, sendo mais comprida que estreita [...]. A partir do século XVI, de modo especial, os viajantes colonialistas passaram a descrever e representar detalhadamente alguns elementos do espaço – rios, lagos, montanhas, desertos, planícies – e também as relações Homem ↔ Natureza, observadas em sociedades distintas com levantamento de dados sobre os territórios coloniais, suas riquezas naturais e seus aspectos humanos. Assuntos que mais tarde constituiriam parte do conhecimento disciplinar da Geografia tornaram-se preocupação de Estados, sociedades e pensadores interessados, por diferentes razões, em conhecer o espaço geográfico. Temas como comércio, formas de poder, organização do Estado, produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas de representação de territórios e extensões de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais. As novas colônias passaram a ser estudadas de maneira mais minuciosa, e financiadas pelas sociedades dominantes da época. As pesquisas dessas sociedades subsidiaram o surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico, destacadamente, a alemã e a francesa. O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas Ratzel (1844-1904) é apontado como fundador da Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. A escola francesa de pensamento geográfico teve como principal representante Vidal de La Blache (18451918). Para Ratzel e a escola alemã, a relação Sociedade ↔ Natureza influenciava o que ele denominava “conquistas cultas” de um povo, ou seja, as condições naturais do 104 meio em que vivia determinado povo estabeleciam uma relação direta com seu nível de vida, seu domínio técnico e sua forma de organização social. Para Vidal de La Blache e a escola francesa, a relação Sociedade ↔ Natureza criava um gênero de vida, próprio de uma determinada sociedade. O contato entre diferentes gêneros de vida seria, então, um elemento fundamental para o progresso humano, pois, para Vidal de La Blache, esse contato propiciaria verdadeiras oficinas de civilização. Esses argumentos, embora diferentes da Geografia Alemã, também justificavam a colonização dos povos que desenvolveram gêneros de vida muito simples, fortalecendo a ideia de missão civilizadora europeia (MORAES, 1987). O método da Geografia Clássica enfatizava a observação e a descrição minuciosa do espaço em estudo. Na escola geográfica francesa, esses aspectos faziam parte da pesquisa etnográfica da individualidade dos lugares. Enquanto na Europa, principalmente na Alemanha e na França, a Geografia já se encontrava sistematizada e presente nas universidades, desde o século XIX, no Brasil, isso só aconteceu mais tarde porque antes de ser objeto de desenvolvimento científico, a Geografia foi trabalhada como matéria de ensino. As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX (VLACH, 2004) e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No Ensino Médio, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular definida pelo artigo 3º do decreto de 02 de dezembro de 1837, que previa, como um dos conteúdos contemplados, os chamados princípios de Geografia. Essa primeira inserção dos conteúdos geográficos tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais. A institucionalização da Geografia no Brasil consolidou-se apenas a partir da década de 19302, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o território brasileiro com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo econômico. Para efetivar as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a exploração mineral, o desenvolvimento da indústria de base e das políticas sociais, fazia-se necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. No Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia Crítica ocorreram no final da década de 1980, em cursos de formação continuada e em discussões sobre 105 reformulação curricular, promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, que publicou, em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Esse documento apresentava um projeto político-pedagógico que expressava a necessidade de repensar os fundamentos teóricos e os conteúdos básicos das disciplinas, da pré-escola à 8ª série. Nessa mesma linha, para o 2º Grau, foram produzidos documentos intitulados Reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná com cadernos separados para as disciplinas e para os cursos técnicos profissionalizantes. A abordagem teórica crítica, proposta para o Ensino da Geografia naqueles documentos, baseava-se na compreensão do espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela Sociedade humana. Para a seleção de conteúdos, pautava-se na dimensão econômica da produção do espaço geográfico com destaque para as atividades industriais e agrárias, além das questões relativas à urbanização. Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relação à chamada Geografia Tradicional e rejeitou a abordagem a-histórica, presa a uma metodologia de ensino reduzida à observação, à descrição e à memorização dos elementos naturais e humanos do espaço geográfico, tratados de maneira fragmentada. A compreensão e a incorporação da Geografia Crítica foram gradativas e, inicialmente, vinculadas, tanto aos programas de formação continuada que aconteceram no final dos anos de 1980 e início dos de 1990, quanto à utilização de livros didáticos fundamentados nessa perspectiva teórica. No entanto, essa incorporação da Geografia Crítica no ensino básico sofreu avanços e retrocessos em função do contexto histórico da década de 1990, quando aconteceram reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação. Essa reflexão deverá ser ancorada num suporte teórico crítico que vincule o objeto da Geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico. Para isso, será necessário ter como perspectiva tanto os períodos precedentes, quanto os possíveis movimentos de transformações futuros, numa análise que considere, permanentemente, o processo histórico. 106 Objetivo Geral Levar o aluno a compreensão das relações da natureza com a transformação do espaço geográfico e a constituir noções básicas de sua formação como pessoa e cidadão na construção de uma consciência crítica e no seu papel de agente transformador do meio ambiente em que está inserido. Organização dos Conteúdos por Ano 6º Ano Objetivo Entender o objetivo da Geografia como ciência para melhorar o mundo em que vivemos; Compreender os conceitos: paisagem, espaço e lugar; Discutir a importância do papel do homem e da natureza nas alterações feitas no meio ambiente que transformam o espaço geográfico; Localizar-se no espaço geográfico; Conhecer as características do planeta Terra; Identificar as diferentes épocas na formação do universo e do planeta Terra; Conteúdo Estruturante Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço Geográfico; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Conhecer as principais características dos seis continentes e seus aspectos físicos, histórico, cultural, econômico e geográficos; Contéudo Básico Conceito de Geografia; Paisagem, espaço e lugar; Transformação e localização do espaço geográfico; O planeta Terra; Movimentos da Terra, fuso horário e tempo geológico; Continentes, ilhas, oceanos e mares; Relevo e hidrografia, mundial e brasileiro; Conhecer as principais formas do relevo terrestre e as diferentes paisagens, decorrentes da ação agentes externos internos e estruturas geológicas no mundo e no nosso território; Clima e vegetação da Terra e do Brasil; Campo e cidade (problemas ambientais e urbanos); Discutir sobre a importância do espaço rural e urbano e a inter-dependência de ambos; Atividades econômicas: extrativismo, agropecuária, indústria, comércio e prestação de serviços; Identificar as principais consequências dos problemas ambientais, urbanos e sociais que atingem o espaço brasileiro e a população decorrentes da urbanização e da extração intensa de alimentos e matérias-primas; Pesquisar projetos de preservação ambiental no território brasileiro; Identificar a importância das atividades econômicas e dos setores da economia para o desenvolvimento e crescimento país na sua produção interna e externa; Destacar o estado do Paraná nos seus aspectos gerais e a sua importância no desenvolvimento das atividades econômicas no país; Lei 10639/03 – Debater com os alunos a importância da cultura e história dos afros descendentes e indígenas e o papel destes na sociedade; 7º Ano Objetivo Conhecer a formação do território brasileiro da chegada dos europeus até a constituição atual; Localizar o Brasil no contexto mundial e a importância dos imigrantes na formação da cultura brasileira; Compreender as relações que norteiam as divergências culturais, sociais e religiosas da sociedade brasileira e Conteúdo Estruturante Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço Geográfico; Contéudo Básico O território brasileiro; Brasil: população; Brasil: campo e cidade, problemas sociais e ambientais; 107 culturais, sociais e religiosas da sociedade brasileira e mundial; *Lei 10639/03 – Debater com os alunos a importância da cultura e história dos afro -descendentes e indígenas e o papel destes na sociedade; Analisar os dados estatísticos da população distribuídas no território; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Regionalização do território brasileiro; Região Norte; Região Nordeste; Região Sudeste; Região Sul; Reconhecer a formação étnica da população; Geografia do Paraná; Explicar os movimentos migratórios que ocorrem no território brasileiro; Região Centro-Oeste; Identificar as mudanças ocorridas na paisagem natural e a transformação do espaço geográfico através da industrialização e urbanização no país e problemas ambientais decorrentes desta transformação; Regionalizar o espaço brasileiro, observando o processo histórico e econômico que influenciou na sua atual formação territorial; Conhecer os aspectos físicos, econômicos, sociais,culturais, populacionais do espaço geográfico das regiões Norte Nordeste, Centro - Oeste, Sudeste e Sul; Destacar a geografia do Paraná seus aspectos gerais e a importância do Estado em âmbito nacional; Compreender da importância da preservação do bioma brasileiro, como fonte de pesquisa extração de matéria-prima e desenvolvimento sustentável que traz benefícios no crescimento econômico e social sem provocar a degradação ambiental. 8º ANO Objetivo Conhecer as diferentes formas de regionalização do espaço mundial; Situar-se no mundo global e sua importância na regência da economia; Discutir a economia global e as transformações que ela acarreta no espaço geográfico, transformando o meio ambiente pelo ingresso de inovações tecnológicas que são responsáveis pelo aumento do desemprego no mundo, mudança na qualidade de vida e agressão ao ecossistema; Identificar os principais blocos econômicos e suas funções na economia mundial; Conteúdo Estruturante Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço Geográfico; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Contéudo Básico Regionalização do espaço – (capitalismo e socialismo); Economia mundial global e blocos econômicos; O continente americano; A população e a economia da América; O Brasil no continente americano; Caracterizar os aspectos físicos, socioeconômicos e históricos do continente americano; O Brasil na América do Sul; Relacionar a diversidade étnica cultural e econômica na América; O Brasil no mundo globalizado; Reconhecer a importância do Brasil na economia e política na América do Sul e no continente americano; América Platina; América do Norte; Relacionar a concepção do Brasil na política externa e a importância desta relação do desenvolvimento do país; Identificar as características gerais, território, população, economia, histórico-cultural da América Platina; América Central, América Andina e Guianas ; Compreender a formação territorial norte-americana; Identificar as diferenças econômicas entre os países norteamericanos; Identificar território, população, economia da América Central, Guianas e América Andina; * Lei 10639/03 – Debater com os alunos a importância da 108 cultura e história dos afro descendentes e indígenas e o papel destes na sociedade; *Geografia do Paraná. 9º Ano Objetivo Utilizar os conhecimentos adquiridos para a interpretação das notícias veiculadas pela mídia em torno de conflitos mundiais e atuais: étnicos, discriminação racial, preconceito, xenofobia terrorismo; Permitir ao aluno reconhecer as contradições e os conflitos econômicos, sociais e culturais, o que permite comparar e avaliar qualidade de vida, hábitos, formas de utilização e/ou exploração de recursos e pessoas em busca do respeito às diferenças e de uma organização social mais humana associada a globalização e aos objetivos propostos pelas as organizações mundiais; Conhecer o continente europeu, seus aspectos físicos, paisagens, diversidade étnicas e histórico-culturais que influenciaram a colonização de outros povos; Conteúdo Estruturante Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço Geográfico; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Contéudo Básico Países e conflitos mundiais (1ª e 2ª Guerra Mundial e Guerra Fria); Globalização e organizações mundiais; Europa; Ásia; África; Oceania; Regiões Polares; Reconhecer a importância da Europa no desenvolvimento econômico mundial a partir da Revolução Industrial que deflagrou problemas ambientais que precisam ser solucionados e revistos atualmente; Relacionar a importância da diversidade natural, étnica, cultural, econômica e religiosa no continente asiático; Analisar o processo de desenvolvimento econômico de alguns países asiáticos e o aumento da degradação ambiental em prol do crescimento industrial e do consumismo; Caracterizar os vários aspectos do continente africano desde a exploração colonizadora até a economia atual, passando pelo imperialismo europeu, apartheid culminando na exploração física, ambiental, social e econômica que dissemina a miserabilidade da população. Identificar os aspectos naturais, população e economia e quadro socioambiental da Oceania; Descrever os principais problemas ambientais relacionados na região Ártica e Antártica e recursos naturais existentes nesta região que têm aproveitamento econômico; Discutir sobre os problemas ecológicos ambientais e as relações entre o aquecimento global e o derretimento das calotas polares. * Lei 10639/03 – Debater com os alunos a importância da cultura e história dos afros descendentes e indígenas e o papel destes na sociedade; *Geografia do Paraná; Encaminhamentos Metodológicos A metodologia do ensino da Geografia contempla diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos; leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas, aulas de campo entre outros, onde uma das finalidades é a prática de elaboração e apresentação de seminários, desenvolvimento da oralidade; leitura e 109 interpretação de diferentes tabelas e gráficos; relatório de experiências práticas de aula de campo ou laboratório; construção de maquetes; produção de mapas mentais, entre outros. Deve-se garantir a abordagem dos conteúdos que envolvam a temática de história e cultura afro-brasileira e africana, em cumprimento à Lei 10.639/03. O trabalho pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que tragam conhecimento sobre conteúdos específicos. Avaliação A avaliação está inserida dentro do processo de ensino/ aprendizagem e deve ser articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder, contemplando a escala global e vice-versa. A avaliação deve ser realizada por meio de instrumentos diversificados, de caráter diagnóstico e continuada, sendo um processo não linear de construções e reconstruções, baseado na interpretação e na relação dialógica que acontece entre professor e aluno. São utilizadas técnicas e instrumentos que possibilitam várias formas de expressão dos alunos, como: • interpretação e produção de textos de Geografia; • interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; • pesquisas bibliográficas; • mesas redondas; • relatórios de aulas de campo; • apresentação e discussão de temas em seminários; • construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros. A recuperação, no valor de 10,0 pontos, é paralela sendo feito a retomada dos conteúdos e avaliada através de provas objetiva ou subjetiva. Referências COELHO, Marcos A. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2005. JAMES; MENDES. Geografia geral e do Brasil . São Paulo: FTD, 2005. 110 MOREIRA,Igor. Construindo o espaço. São Paulo: Ática, 2005. MOREIRA, Igor. O Espaço Geográfico - Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Geografia. Curitiba,2008. VERSENTINI, José W. Sociedade e espaço. São Paulo:Ática, 1999. DISCIPLINA DE HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da Disciplina A História tem como objetivo estudar os processos históricos e as relações humanas praticadas no tempo, como formas de agir, pensar e se relacionar social, cultural, econômica e politicamente. Deve-se considerar também como objeto de estudo as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como, as condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local. Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos História é uma ciência humana que estuda as transformações do ser humano no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, suas mudanças e permanências. Na concepção de História, as verdades prontas e definitivas não têm lugar, porque o trabalho pedagógico na disciplina deve dialogar com várias vertentes tanto quanto recusar o ensino de História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Do mesmo modo, recusam-se as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível em História, e consideram todas as afirmativas igualmente válidas. A produção do conhecimento, pelo historiador, requer um método específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. Construída a partir dos documentos e da experiência do historiador, a problematização produz uma narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações. Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem ser analisados a partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou comparar 111 documentos entre si e com o contexto social e teórico que os constituíram, a produção do conhecimento propicia validar, refutar ou complementar a produção historiográfica existente. Como resultado, pode ainda contribuir para rever teorias, metodologias e técnicas na abordagem do objeto de estudo historiográfico. Essa metodologia pretende trabalhar as correntes historiográficas que dialogam entre si, e trazem grandes contribuições para a formação de um pensamento histórico pautado em uma nova racionalidade histórica: a Nova História, Nova História Cultural e a Nova Esquerda Inglesa. Objetivos Através do ensino de História, busca-se suscitar no aluno, reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e a construção do conhecimento histórico. O educando deve exercitar o pensar historicamente não só em textos e documentos trabalhados didaticamente, mas dominar conceitos específicos da disciplina e refletir sobre as permanências e mudanças dentro do processo histórico, assim como, desenvolver a interpretação e compreensão dos fatos nesse processo. Conteúdos Estruturantes/Objetivos e Específicos Conteúdos estruturantes: Ensino Fundamental • Relações de trabalho; • Relações de poder; • Relações culturais. 6º Ano Objetivo Busca-se suscitar no aluno, reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e a construção do conhecimento histórico. Dominar conceitos específicos da disciplina e refletir sobre as permanências e mudanças dentro do processo histórico, assim como, desenvolver a interpretação e compreensão dos fatos nesse processo. Conteúdo Estruturante Relações de trabalho (escravo e servil). Relações de poder (sociedade, política e economia). Relações de cultura (religião, arte, arquitetura). Conteúdo Específico A experiência humana no tempo; Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; As culturas locais e a cultura comum; As origens do ser humano – Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais; O povoamento da América; A experiência humana no tempo; Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; As culturas locais e a cultura comum; Mesopotâmia, Egito, China e Índia; A experiência humana no tempo; Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; As culturas locais e a cultura comum; Fenícios, Hebreus e Gregos; A experiência humana no tempo; Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; As culturas locais e a cultura comum; A civilização Romana: apogeu e crise. 112 7º Ano Objetivo Busca-se suscitar no aluno, reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e a construção do conhecimento histórico; Conteúdo Estruturante Conteúdo Específico Relações de trabalho A decadência do Império Romano e o Império Germânico; O Império Franco e a Idade Média; O império Carolíngio e a Igreja Católica; Relações de poder A formação do Feudalismo; Relações de cultura A sociedade, a economia e a cultura medieval; Os árabes e a Arábia; O nascimento e a consolidação do Islamismo; Dominar conceitos A sociedade muçulmana; específicos da disciplina e A África dos grandes reinos; refletir sobre as A África das sociedades tribais; permanências e mudanças China, o império da prosperidade; dentro do processo O crescimento do comércio e das cidades; histórico, assim como, A Peste Negra e as revoltas camponesas; desenvolver a interpretação A formação das monarquias nacionais; e compreensão dos fatos O saber e as artes; nesse processo. O Renascimento; O Humanismo; A Reforma Protestante; A Contra-Reforma; Europa: comércio, riqueza e poder; A política mercantilista; A expansão marítima portuguesa e espanhola; Os Astecas, Os Incas e os Maias; A conquista e colonização espanhola na América; As atividades econômicas na colônia; O império ultramarino português; A colonização portuguesa na América; A administração da América portuguesa; A economia açucareira no nordeste brasileiro; A vida nos engenhos; Escravidão: captura, resistência e luta; Conflitos na sociedade açucareira; A União Ibérica e a invasão holandesa; O fim da União Ibérica; As Entradas e Bandeiras; As missões jesuíticas; Crise e rebeliões na colônia: Revolta de Beckman, Guerra dos Mascates. 8º Ano Objetivo Busca-se suscitar no aluno, reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e a construção do conhecimento histórico; Dominar conceitos específicos da disciplina e refletir sobre as permanências e mudanças dentro do processo histórico, assim como, desenvolver a interpretação e compreensão dos fatos nesse processo. Conteúdo Estruturante Conteúdo Específico Relações de trabalho A organização social indígena na América pré-colombiana; Trabalho escravo e compulsório (encomiendas) nas colônias da América espanhola; A organização social indígena na América portuguesa; O tráfico ultramarino de africanos escravizadosTrabalho escravo na América portuguesa: engenho e mineração; A exploração de trabalhadores na América inglesa, portuguesa e espanhola; Lutas e resistências dos trabalhadores na América Latina; Imperialismo e a exploração na África e na Ásia; A transição do trabalho escravo para o trabalho livre (assalariado); Relações de poder A violência contra os povos indígenas na América; A conquista e colonização da América espanhola; A conquista e colonização da América inglesa; A organização político-administrativa na América portuguesa; As atividades econômicas na América portuguesa; A presença holandesa no nordeste açucareiro; A mineração no Brasil colonial; 113 Religião e sociedade na América portuguesa; O Iluminismo; As Revoluções Inglesas; A Revolução Industrial; A Revolução Francesa; O Império Napoleônico; O processo de Independência da América inglesa, portuguesa e espanhola; O congresso de Viena e as revoluções liberais; A Unificação da Itália e Alemanha; O imperialismo na África e na Ásia; O movimento operário e o advento do socialismo; Brasil Imperial: 1ª Império, Regência, 2ª Império; A América Latina no século XIX. Relações de cultura Objetivo Conteúdo Estruturante As civilizações agrícolas; Diversidade cultural na América inglesa; Transição do trabalho servil para o trabalho industrial; Os movimentos sociais: Burguesia X Proletariado; As conquistas trabalhistas: Ludismo, Cartismo, Sindical; Arraiais, vilas e cidades; Evangelização e inquisição; Religiosidade popular na colônia; Iluminismo: As “Luzes” contra as “Trevas”; A moral burguesa e o operariado; Símbolos nacionais; As reformas urbanas e a criação de espaços de sociabilidades; Crescimento dos nacionalismos; Romantismo. 9º Ano Conteúdo Específico Compreender os fatores que levaram Relações de a transição do Império para trabalho República no Brasil; Identificar as classes sociais no século XVI e o neocolonialismo no século XIX; Compreender o desenvolvimento trabalhista durante o Regime Militar; Modo de Produção Capitalista classes sociais e conflitos; A Transição do Império para a República no Brasil; Classes sociais e conflitos; Retomada de conteúdos- A colonização no século XVI; Neocolonialismo no século XIX; Sociedades contemporâneas neoliberais; O trabalhador durante o Regime Militar; Classes sociais e conflitos; O movimento operário até 1900; Compreender as ideologias, classes Relações de sociais e institucionais que surgiram poder a partir do séculoXIX; Identificar a emergência dos Estados Totalitários; Compreender os fatores que levaram a crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial; Identificar os primeiros anos da República no Brasil e seu desenvolvimento; Compreender os fatores que levaram a crise de 1920 e o declínio da República velha; O Estado enquanto nação- Aspectos da política brasileira; 1930- Getúlio Vargas no poder; A Era Vargas e o Estado Novo; O regime liberal populista; O Estado enquanto nação- Aspectos da política brasileira; Processo de redemocratização, abertura política e anistia; Neoliberalismo e o Brasil atual; Conflitos Internacionais: Da Guerra Fria aos anos 1990; O fim da Guerra Fria e a Nova Ordem Mundial-A globalização e o futuro da economia mundial; O Estado enquanto nação-aspecto da política brasileira; Os primeiros tempos republicanos- A República da espada; O apogeu da República velha; Sociedade, política, economia e cultura na República velha; O Tenentismo; A crise de 1920; O declínio da República velha; Compreender os fatores que levaram a Era Vargas; Identificar os fatores que levaram a implantação do Regime Militar no Brasil; Identificar os fatores que levaram a Redemocratização no Brasil; Compreender os conflitos internacionais e a Nova Ordem 114 Mundial; Identificar a ideologia e propaganda Nazi-Fascistas; Relações de cultura Compreender o desenvolvimento da semana de arte moderna no Brasil; Compreender o desenvolvimento do Movimento de Contra Cultura durante os anos 60; Compreender a diversidade cultural no Brasil de 1889 até 1930; Ideologias e classes sociais A propaganda nazi-fascista. Movimentos culturais / Ideologia e classes sociais; Semana de arte moderna. Indústria cultural e propaganda; Movimentos de contracultura, MPB, Jovem Guarda; Diversidade cultural; A influência anarquista em 1917. Movimentos rurais, movimentos urbanos, movimento operário. Encaminhamentos Metodológicos Tendo como base os conteúdos estruturantes (relações de trabalho, poder e cultura) e propiciando aos alunos a formação da consciência histórica, faremos uma abordagem dos conteúdos bimestrais, trabalhando as seguintes articulações: • Focalizar acontecimentos, processo e o sujeito, delimitando o espaço para observação do conteúdo tematizado (vários recortes temporais); • Análise e interpretação de diferentes conceitos de documento histórico, permitindo aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressálas por meio de narrativas históricas; • Analisar os sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade; • Criar condições de elaborar conceitos que permitam pensar historicamente e superar a idéia de História como verdade absotuta. • Análise áudio visual, TV Pendrive e leituras cartográficas. Avaliação Objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo, para tanto: • A avaliação será contínua e qualitativa, formativa e diagnóstica, através de diversas atividades, priorizando a análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos. • Produção de narrativas históricas; • Pesquisas bibliográficas; • Sistematização de conceitos históricos através de avaliações objetivas e 115 subjetivas; • Recuperação bimestral: Valor: 10,0 pontos. Referências MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patricia Ramos. História das cavernas ao terceiro milênio. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica de História para o Estado do Paraná. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. História – Ensino Médio. Curitiba, 2006. VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio: Geral e Brasil. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2006. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da Disciplina O cenário da Língua Estrangeira/Inglês e a estrutura do currículo escolar sofrem constantes interferências da organização social no decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são sempre instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos. É na relação entre as abordagens de ensino, a estrutura do currículo e a sociedade que residem às causas da ascensão e do declínio do prestígio das LE nas escolas. Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos O ensino de LE começou a ser valorizado depois da chegada da família real, portuguesa no Brasil, em 1808. O currículo inspirava-se nos moldes franceses, e em seu programa constavam sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. A partir de 1937 o MEC tendo a responsabilidade pelos rumos educacionais teve a incumbência de indicar aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado na escola, a metodologia e o programa curricular para cada série, sendo importante destacar que o ensino de inglês teve o seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais, enquanto que o francês era mantido pela sua tradição curricular no ensino secundário. 116 Após a Segunda Guerra Mundial a dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos, intensificou-se, e, com isso a necessidade de aprender inglês tomou-se cada vez maior. Assim, falar inglês passou a ser um anseio das populações urbanas e o ensino dessa língua ganhou cada vez mais espaço no currículo em detrimento ao ensino do francês. Porém, diante das. exigências do mercado, o ensino de línguas foi sendo substituído, paulatinamente, por um currículo cada vez mais técnico, acarretando a diminuição da carga horária das línguas estrangeiras. Ainda assim, identificou-se a valorização da língua inglesa devido às demandas de mercado de trabalho que então se expandiam no período (lei n.° 5.692/71) Em 1976 o ensino de LE volta a ser valorizado, quando a disciplina volta a ser obrigatória, somente no 2° grau, porém podendo ser oferecida no 1° grau desde que as escola tivessem condições favoráveis para isso. Objetivo Geral Fazer com que os alunos reconheçam e compreendam a diversidade linguística e cultural, bem como significados sociais e historicamente construídos, e portanto, passíveis de transformação na prática social; Analisar as questões da nova ordem global, suas implicações e desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel da língua na sociedade. Conteúdo Estruturante O conteúdo estruturante da Língua Estrangeira Moderna é o discurso enquanto prática social. Para o trabalho das práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação (cotidiana, literária/artística, científica, escolar, imprensa, publicitária, política, jurídica, produção e consumo e midiática. A seleção de gêneros está de acordo com o nível de complexidade adequado a cada um dos anos. 6º Ano Objetivo Identificar o tema do texto; Prática Discursiva Leitura Conteúdo Básico Tema do texto; Lançar mão de inferências e cognatos para compreensão de textos; Interlocutor; Finalidade; Oportunizar situações de aprendizagem que levem o aluno a compreender a Língua Inglesa; Elementos composicionais do gênero; Estimular a leitura e compreensão de textos e a Repetição proposital das palavras; 117 observação da gramática , de forma contextualizada, e do vocabulário nele aplicado; Reconhecer o gênero textual. Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; Marcas linguísticas; Tema do texto ; Escrita Conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos , textuais, estruturais e normativos; Levar o aluno a reconhecer as diferenças e as semelhanças entre o discurso oral e o escrito; Marcas linguísticas; Ortografia; Oralidade Elementos composicionais do gênero; Adequação do discurso ao gênero; Turnos da fala; Adequar a fala ao contexto : uso de conectivos, gírias, repetições, etc. Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; 7º Ano Objetivo Identificar tema do texto; Prática Discursiva Leitura Lançar mão de inferências e cognatos para compreensão do texto ; Conteúdo Básico Tema do texto; Finalidade do texto; Repetição proposital de palavras; Relacionar o gênero textual e sua função; Marcas linguísticas( coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, etc ); Relacionar o tema com o contexto atual; Estimular a leitura e compreensão de textos e a observação da gramática e do vocabulário nele aplicado; Intertextualidade; Oportunizar situações que levem o aluno a compreender a Língua Inglesa; Identificar o tempo verbal. Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões Escrita para estabelecer a referência textual; Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas; Identificar o tempo verbal. Tema do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos; Ortografia; Levar o aluno a reconhecer as diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; Oralidade Turnos da fala; Adequação do discurso ao gênero; Adequar a fala ao contexto ( uso de gírias, conectivos, repetição, etc ). Variações lingüísticas; 8º Ano Objetivo Identificar tema do texto; Lançar mão de inferências e cognatos para compreensão do texto ; Relacionar o gênero textual e sua função; Relacionar o tema com o contexto atual; Estimular a leitura e compreensão de textos e a observação da gramática e do vocabulário nele aplicado; Oportunizar situações que levem o aluno a compreender a Língua Inglesa. Prática Discursiva Leitura Conteúdo Básico Tema do texto; Finalidade do texto; Intertextualidade; Temporalidade; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas; 118 Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para Escrita estabelecer a referência textual; Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas; Tema do texto; Marcas linguísticas; Significado das palavras; Identificar o tempo verbal. Vozes sociais presentes no texto; Ambiguidade; Levar o aluno a reconhecer as diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; Oralidade Turnos da fala; Variações linguísticas; Adequar fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc. ). Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Diferenças e semelhanças entre discursos oral e escrito. 9º Ano Objetivo Identificar tema do texto; Prática Discursiva Leitura Conteúdo Específico Tema do texto; Lançar mão de inferências para compreensão do texto ; Finalidade do texto; Relacionar o gênero textual e sua função (layout, marcadores discursivos, palavra-chave); Intertextualidade; Relacionar o tema com o contexto atual; Estimular a leitura e compreensão de textos e a observação da gramática e do vocabulário nele aplicado; Temporalidade; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas. Oportunizar situações que levem o aluno a compreender a Língua Inglesa; Reconhecimento de cognatos, grupos nominais, comparativos e superlativos, afixos, referência pronominal, apostes e formas verbais como recurso para compreensão do texto. Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões Escrita para estabelecer a referência textual; Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas; Identificar o tempo verbal. Tema do texto; Marcas linguísticas; Significado das palavras; Vozes sociais presentes no texto; Ambigüidade; Levar o aluno a reconhecer as diferenças e semelhança Oralidade s entre o discurso oral e escrito; Adequar fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc ). Turnos da fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. Diferenças e semelhanças entre discursos oral e escrito. Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Fundamental Lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras, etc. 119 Utilização de estratégias de leitura para facilitar a construção de sentido do texto (skimming, scanning, inferência contextual, informação não-verbal, o uso do dicionário e o conhecimento prévio). A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas as séries do Ensino Fundamental e do Médio. Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de complexidade dos textos e de sua abordagem. Conteúdo Básico ORALIDADE • Aspectos contextuais do texto oral; • Intencionalidade dos textos; • Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme as instâncias de uso da linguagem; • Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e informal. LEITURA • Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada; • Contato com diversos gêneros textuais; • Entendimento do aluno sobre o funcionamento linguísticos/gramaticais do texto; • Importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso; • Provocar outras leituras; • A abordagem histórica em relação aos textos literários. ESCRITA • Trabalho com o texto visando provocar reflexão, transformação; • Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão; • Clareza na exposição de ideias; • Utilização dos recursos coesivos. dos elementos 120 Metodologia A gramática será trabalhada de forma contextualizada, utilizando e revisando frequentemente as técnicas de leitura. Os textos trabalhados serão de caráter informativo, literário e atual, proporcionando ao aluno o redimensionamento de conhecimento de mundo, permitindo que este seja exposto a insumos instrumentais e discursivos e terá, então, as chaves que abrirão as portas para um mundo mais rico e certamente muito mais cosmopolita. LEITURA • Propiciar práticas de leituras de texto de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos e formulando questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto. Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia. ESCRITA • Planejar a produção textual da delimitação tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologias. • Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos. • Estimular produções em diferentes gêneros. ORALIDADE • Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos orientando sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado. • Estimular contação de histórias de diferentes gêneros. • Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade. OBS.: As escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos, da infra-estrutura da escola e da realidade da comunidade, podendo variar e ser alterada de acordo com as necessidades. Avaliação • O aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento, seu esforço precisa ser reconhecido por meio de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. Considerar o erro 121 como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo, uma vez que, não sendo linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para diferentes pessoas. • É fundamental a coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do processo. LEITURA • Realização de leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e implícitas no texto; • Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da ideia principal do texto; • Identificação do tema e reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual. ESCRITA • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; • Pertinência dos elementos discursivos textuais, estruturais e normativos; • Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual. ORALIDADE • Respeito aos turnos de fala; • Participação ativa em diálogos, relatos, discussões quando necessário em língua materna; • Utilização consciente de expressões facial-corporais e gestuais, de pausas e entonações nas exposições orais. A avaliação será contínua e cumulativa durante todo o processo de ensino/aprendizagem, perfazendo o total de 10,0 pontos divididos entre diversos instrumentos avaliativos: provas objetivas e subjetivas; trabalhos escritos individuais e/ou em grupos; leituras orais; pesquisas, entrevistas. A recuperação dos conteúdos é paralela e serão retomados todas as vezes que houver a necessidade coletiva ou individual, dependendo da situação e desenvolvimento de cada aluno. Os conteúdos serão trabalhados novamente com diferentes metodologias 122 para atender o maior número de alunos possível e suas necessidades, a partir da reestruturação de textos, exploração gramatical, reconstrução de atividades de linguagem escrita e diferentes enfoques de interpretação de textos, perfazendo o total de 10,0 pontos. Referências LOPES, Luiz Paulo da Moita. Oficina de linguística aplicada. Campinas: Mercado das Letras, 1996. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Geografia. Curitiba,2008. DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da Disciplina O Ensino de Língua Portuguesa, no contexto atual, considerando os fins da educação, definidos em nosso PPP, deve garantir o direito à educação linguística, contrária ao “ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos gramaticais” (Paraná,1988), pois este direito se constitui como uma dimensão da cidadania. O educando deve ser levado à percepção da multiplicidade de usos e funções da língua, o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções frasais, a reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, consequentemente ser conduzido às atividades metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar sobre a língua. Nessa perspectiva, o estudo da língua ancora-se no discurso ou texto, extrapolando o tradicional horizonte da palavra e da frase. Busca-se, na análise linguística, verificar como os elementos verbais (os recursos disponíveis da língua) e os elementos extraverbais (relacionados às condições e situações de produção) atuam na construção do sentido do texto. Segundo Soares (1999), a reflexão linguística deve voltarse para a observação e análise da língua em uso, visando a construção de conhecimentos sobre o sistema linguístico (incluindo sua morfologia e sintaxe), as variedades da língua portuguesa, os diferentes registros, as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita (quer no nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual), e demais aspectos relacionados ao funcionamento da linguagem. 123 A escolha do conteúdo vai depender dos conhecimentos prévios, do desenvolvimento cognitivo e linguístico dos alunos, bem como, das possibilidades de reflexão que cada texto oferece. Ao se assumir a língua como interação, em sua dimensão discursivo-textual, o que importa não é o ensino da nomenclatura gramatical, de definições e regras (as quais até podem ser construídas pelo aluno, com a mediação do professor, mas só após ele ter entendido a função das diferentes palavras ou expressões do texto). O mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância em que o aluno pode chegar à compreensão de como a língua funciona e à decorrente competência textual. A prática de análise linguística constitui-se num trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno perceba o texto como um resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o objetivo do ensino. O trabalho com a gramática passa a ser visto sob outra perspectiva: não são os exercícios tradicionais da gramática, como reconhecer substantivos, adjetivos, aumentativos, lista de conjunções, que interessam; mas a compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado, como os elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto, ligam palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo autor. Pretende-se que o aluno tenha noção de unidade temática e da unidade estrutural, entendendo como um mesmo assunto é organizado e como as ideias e as partes do texto são costuradas, garantindo a interação com o leitor. Pelo exposto, considera-se que o trabalho com a língua oral e escrita supõe um processo de formação inicial e continuada que possibilita ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de sujeito, que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o, sempre necessário, aprofundamento teórico. É num processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica, que acontecem entre os sujeitos do processo (professor e alunos), que a proposta curricular pode fundamentar uma prática cada vez mais competente e eficaz, em Língua Portuguesa. 124 Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos A Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, prescreve: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]. O Estado de Direito garante a todos os cidadãos a igualdade perante as leis, porém, sabemos que, historicamente, em nosso país, há um descompasso entre o que a lei propõe e a realidade vivida pela sociedade, incluídos, aí, os processos de educação. Nesse quadro, que papel desempenha a escola? É nos processos educativos, e notoreamente nas aulas da Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões. A democratização do ensino levou para a instituição escolar os integrantes das classes menos favorecidas. A consequência foi a instalação do conflito entre a linguagem ensinada na escola, que é a norma das classes privilegiadas, e a linguagem das camadas populares. O conflito persiste quando se observa que Não basta dar a palavra ao outro, é necessário aceitá-la e devolvê-la ao outro: “É devolvendo o direito à palavra – e na nossa sociedade isto inclui o direito à palavra escrita – que talvez possamos um dia ler a história contida, e não contada, da grande maioria que hoje ocupa os bancos das escolas públicas” (GERALDI, 1990, p. 124). Para aprofundar a discussão da disciplina de Língua Portuguesa, será apresentado um breve histórico com o intuito de refletir sobre essa disciplina escolar e suas mudanças nos diversos contextos sociais e políticos. Os aspectos históricos foram selecionados a partir de alguns recortes espaços-temporais entre o século XVI e o momento atual, em que novas teorias acerca da linguagem apontam diferentes concepções e metodologias para o ensino. O número reduzido desses recortes deve-se tanto à finalidade da dimensão histórica nestas Diretrizes quanto a pouca bibliografia específica referente à história da disciplina. 125 De qualquer forma, é possível constatar a origem e a trajetória da dívida que, ainda hoje, a escola, notadamente a pública, tem para com o povo brasileiro: ensinar a ler e a escrever com a proficiência necessária e de direito àqueles que nasceram no universo da Língua Portuguesa falada no Brasil e necessitam dela como um instrumento legítimo de luta e posicionamento, para que, de posse desse instrumento, possam assumir uma postura de cidadãos ativos na sociedade brasileira. Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas (MOLL, 2006, p. 13). A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista, que a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento. Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico de ensino organizava-se, então, a partir de dois objetivos: primeiro, uma pedagogia que por meio da catequese indígena visava à expansão católica e a um modelo econômico de subsistência da comunidade. Segundo, esse sistema objetivava a formação de elites subordinadas à metrópole, “favorecendo o modelo de sociedade escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do país colonizador” (LUZ; FREITAS, 2007). Evidenciava-se, já na constituição da escola e do ensino no Brasil, que o acesso à educação letrada era determinante na estrutura social, fazendo com que os colégios fossem destinados aos filhos da elite colonial. As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Essas práticas visavam à construção de uma civilização de aparências com base em uma educação “claramente reprodutivista, voltada para a perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial. Assim, priorizaram “[...] uma não-pedagogia, acionando no cotidiano o aparato repressivo para inculcar a obediência [à fé, ao rei e à lei]” (VILLALTA, 1997, p. 351). 126 Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às escolas de ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos. No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português “era a língua da burocracia” (ILARI, 2007), ou seja, a língua das transações comerciais, dos documentos legais. A interação entre colonizados e colonizadores resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos portugueses, num primeiro momento, com vistas ao conhecimento necessário para a dominação da nova terra. Essas línguas continuaram sendo usadas por muito tempo na comunicação informal por grande parte da população não escolarizada. Entretanto, a partir do século XVIII, época que coincide com as expedições bandeirantes e a descoberta da riqueza mineral do solo brasileiro, essa situação de bilinguismo passou a não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e, para isso, a unificação e padronização linguística constituíram-se fatores de relevância. A fim de reverter esse quadro, em 1758, um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado índios e produzido literatura em língua indígena, foram expulsos do Brasil. Essa foi uma das primeiras medidas para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em todo o território. Essa hegemonia foi “conseguida, historicamente, a ferro e fogo: com decretos e proibições, expulsões e prisões, perseguições e massacres”. (BAGNO, 2003, p. 74). O Laboratório de Estudos Urbanos (Labeurb) da UNICAMP, quando trata da colonização linguística, relata que: Foi nesse contexto, e influenciado por alguns ideais iluministas, que o Marquês de Pombal tornou obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças estruturais. O ensino, até então dominado pelos jesuítas, não se limitava mais às escolas de ler e contar, ou escolas elementares, dirigidas à população indígena. Eles também mantinham cursos de Letras e de Filosofia, que eram considerados secundários, e o curso de Teologia para a formação de sacerdotes. (MOLL, 2006). Na época da expulsão, os jesuítas contavam com 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras 127 instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus (SODRÉ, 1984, p. 27-28). Toda essa organização foi substituída por aulas régias1 ministradas por profissionais de várias áreas (nomeados por indicação política ou religiosa). Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da elite colonial que se preparava para estudos posteriores na Europa. Dentro dessas medidas, em 1772, foi criado o subsídio literário, um imposto que insidia sobre a carne, o vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção dos ensinos primário e secundário. Dessa forma, o ensino público (que atendia a alfabetização e catequese dos índios), anteriormente sob a tutela dos jesuítas, passou a ser financiado pela Metrópole. A intenção, com essas medidas, era modernizar a educação, tornando o ensino laico e colocando-o a serviço dos interesses da Coroa Portuguesa. No entanto, a falta da infraestrutura e de professores especializados acabou por gerar uma lacuna, que as aulas régias tentaram preencher. Além disso, a escolarização sofria interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação permaneceu até 1808, com a vinda da família real ao Brasil. Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que emergia. Essas instituições de ensino, portanto, privilegiaram as camadas superiores da sociedade, europeizando e produzindo uma educação que visava à manutenção do status quo. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e escrever a língua portuguesa, continuaram negligenciadas. Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Até 1869, o currículo privilegiava as disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância (LUZ; FREITAS, 2004). Seguindo os moldes do ensino de Latim, o ensino de Língua Portuguesa fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e Poética. Os professores eram “estudiosos autodidatas da língua e de sua literatura, com sólida formação humanística, que, a par de suas atividades profissionais [...] e do exercício de cargos públicos, que quase sempre detinham, dedicavam-se também ao ensino” (SOARES, 2001). Ainda no final do século XIX, e com o advento da República, a preocupação com a nascente industrialização influenciou a estrutura curricular: tendo em vista a formação profissional, as Humanidades não eram consideradas prioritárias, fortalecendo-se o 128 caráter utilitário da educação. Houve, então, a necessidade de rever o acesso ao ensino para atender às necessidades da industrialização. Nesse momento em que a escola se abria a camadas cada vez maiores da população, o ensino de português tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada a “boa língua” – houve a tentativa de uma aprendizagem hierarquizada e seletiva. No entanto, a multiplicação das escolas públicas expulsou dos currículos o curso de Retórica, isto é, a disciplina que fornecia às classes dirigentes uma técnica privilegiada que lhes permitia “assegurar-se da propriedade da linguagem” (FONTES, 1999, p. 47). O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português. Contudo, a mudança de denominação não significou que o objetivo do ensino de língua havia mudado também: Nesse período, o Latim começou a perder prestígio com a valorização da língua nacional. Esse declínio teve início já no contexto do movimento romântico, integrado, em sua maioria, por jovens burgueses que, entre outros princípios, defendiam uma língua brasileira que garantisse a unidade nacional, estabelecida conforme ideais de civilização e de ordem. Não se deve esquecer, porém, que o contexto romântico, no Brasil, coincidiu com a Proclamação da Independência, e seus ideais eram os ideais burgueses de consolidação do poder em uma nação recém-constituída. A literatura veiculada na variedade brasileira da língua portuguesa foi retomada, depois, pelos modernistas, os quais, em 1922, defendiam a necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar o falar brasileiro. O modernismo, embora não tenha protagonizado uma revolução na linguagem, contribuiu para aproximar nossa língua escrita do falar cotidiano do Brasil. O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo de expansão do ensino primário público, o qual incluiu, entre outras ações, a ampliação de vagas e, em 1971, a eliminação dos chamados exames de admissão (FREDERICO; OSAKABE, 2004). Como consequência desse processo, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes. 129 No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. Nesse contexto, que foi também de consolidação da ditadura militar, uma concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de memorização, no qual “a visão de reforço é acentuada, pois a aprendizagem é entendida como processada pela internalização inconsciente de hábitos (teoria comportamentalista/behaviorista)” (PERFEITO, 2007, p. 827). A pedagogia da formação de hábitos, memorização e reforço era adequada ao contexto autoritário que cerceava a reflexão e a crítica no ambiente escolar, impondo uma formação acrítica e passiva. Lei n. 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista2 que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo objeto é a língua vista como código), com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Essa concepção baseou-se nos estudos de Saussure, o qual se preocupou com a organização interna da língua ao elegê-la como objeto de estudo. Os seguidores de Saussure denominaram essa organização de estrutura. Nessa visão de ensino, continua a valer a tese que privilegia, no aprendizado e acesso ao uso competente da língua, o aluno oriundo das classes letradas. O viés utilitário e pragmático do trabalho pedagógico afastava o aluno vindo das classes menos favorecidas, da norma culta da língua portuguesa. A disciplina de Português passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), com base em estudos posteriores a Saussure, em especial nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação. Na década de 70, além disso, outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas, entre elas: • a Sociolinguística, que se volta para as questões da variação linguística; • a Análise do Discurso, que reflete sobre a relação sujeito-linguagem-história, relaciona-se à ideologia; • a Semântica, que se preocupa com a natureza, função e uso dos significados; 130 • a Linguística Textual, que apresenta como objeto o texto, considerando o sujeito e a situação de interação, estuda os mecanismos de textualização. Dessas teorias resultou o questionamento sobre a autoridade e a eficácia das aulas de gramática no ensino. Porém, apesar das discussões acadêmicas, os livros didáticos continuavam porta-vozes da concepção tradicional de linguagem, reforçando metodologias que não possibilitavam a todos os estudantes o aprimoramento no uso da Língua Materna, tanto no ensino da língua propriamente dito, quanto no trabalho com a literatura. As únicas inovações eram o trabalho sistemático com a produção de texto (compreendida como veículo de transmissão de mensagens) e a leitura entendida como um ato mecânico. O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. Com relação à literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. O objetivo era despertar o sentimento nacionalista e formar cidadãos respeitadores da ordem estabelecida. Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto poético, por exemplo, adotava-se o método francês, isto é, propunha-se a análise do texto conforme as estruturas formais: rimas, escansão de versos, ritmo, estrofes, etc. Cabia ao professor a condução da análise literária, e aos alunos, a condição de meros ouvintes. A historiografia literária, que ainda hoje resiste em algumas salas de aula, direcionava e limitava as leituras dos alunos. Em muitos casos, eram interpretações dos professores e/ou dos livros didáticos, desconsiderando o papel ativo do aluno no processo de leitura e, em outros, os textos eram levados para sala como pretexto para se ensinar gramática. Essa abordagem da literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto da época: no vigor da ditadura militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que visasse despertar o espírito crítico e criador dos alunos. A leitura literária era compreendida como subversiva, pois levava o sujeito à reflexão e à compreensão de si mesmo e do mundo. 131 Ainda na década de 1970, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas. Entretanto, a abordagem do texto literário mudou apenas para uma metodologia que se centrava numa análise literária simplificada, com ênfase em questionários sobre personagens principais e secundários, tempo e espaço da narrativa. Com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve um aumento de cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e pesquisadores, possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganham força as discussões sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na transformação social, política e econômica da sociedade brasileira. A consolidação da abertura política resultou em pesquisas que fortaleceram a pedagogia histórico-crítica, propiciando uma rede de outras pesquisas, inserindo, no pedagógico dos anos 80, uma vertente progressista. A pedagogia histórico-crítica vê a educação como mediação da prática social. “A prática social, põe-se, portanto, como ponto de partida e ponto de chegada da prática educativa” (SAVIANI, 2007, p. 420). Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos estudos linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. As novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final da década de 1970 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin4 passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Essas primeiras leituras contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. Deve-se aos teóricos do Círculo de Bakhtin o avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão linguística de caráter formal-sistemático por considerar tal concepção incompatível com uma abordagem histórica e viva da língua, uma vez que “a língua constitui um processo de evolução ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores” (BAKHTIN, 1999, p.127). O livro O texto na sala de aula, organizado por João Wanderley Geraldi, em 1984, marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo artigos de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Britto e o próprio Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre o ensino. Nessa coletânea, os autores citados dialogam com os professores, mobilizando-os para a discussão e o 132 repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula. Geraldi (1990), em seu artigo, defende uma abordagem com as unidades básicas de ensino de português (leitura, produção textual e análise linguística), tendo como ponto de partida o texto. Essas produções teóricas influenciaram os programas de reestruturação do Ensino de 2.º Grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990, que já denunciavam “o ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos gramaticais” (PARANÁ, 1988, p. 2) e valorizavam o direito à educação linguística. O Currículo de Língua Portuguesa orientava os professores a um trabalho de sala de aula focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino tradicionalista: “optamos por um ensino não mais voltado à teoria gramatical ou ao reconhecimento de algumas formas de língua padrão, mas ao domínio efetivo de falar, ler e escrever” (PARANÁ, 1990, p. 56). Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do final da década de 1990, também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista5, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. Contudo, Essa restrição, de acordo com Brait (2000, p. 24) “impede um trabalho mais aberto e histórico com os textos e seus leitores”. O trabalho com modelos préestabelecidos enfatiza os aspectos formais do texto, deixando de considerar que todo texto é um elo na cadeia da interação social, sempre é uma resposta ativa a outros textos e pressupõe outras respostas. A abordagem apenas formal exclui o texto de seu contexto social. Referente aos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio (PCNEM), no que se aplica especificamente à Literatura, Frederico e Osakabe (2004, p. 75) observam que os PCNEM “temendo parecer tradicionais e pretendendo-se modernos, alijam a experiência literária para uma vala comum na qual se mesclam produções literárias e não-literárias, equiparando-as. Temendo afirmar, não propõem”. A contundência dessa crítica se remete a uma experiência relatada nos PCNEM que delega aos alunos a definição do que é literário ou não-literário em um conjunto de textos, como se os alunos já tivessem conhecimento suficiente para elaborarem esse critério. Os autores defendem que a escola precisa trabalhar o texto literário na peculiaridade da sua elaboração linguística e das suas significações. 133 Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentada pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas – as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado, quando se abordar o Conteúdo Estruturante da disciplina. Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos6, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes. É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais7 que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade letrada. Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos. Objetivo • Levar o aluno a criar o hábito da leitura e escrita, tornando-se um indivíduo livre. E que este indivíduo seja um usuário ativo da língua, posicionando-se de acordo com o seu ponto de vista de forma clara e objetiva. • Conhecer as obras literárias e seus autores, situando-se, historicamente, para tornar-se um cidadão crítico e participativo. 134 • Trabalhar gramática de um modo reflexivo, expondo o aluno a diversos tipos de textos levando-o a refletir sobre fatos da língua. • Enfatizar aspectos gramaticais fundamentais para produção de textos, mostrando como podem ser importantes para a eficácia da comunicação. • Observação: o estudo gramatical deverá ser, portanto, essencialmente funcional e reflexivo, como um instrumento que pode ser usado de acordo com necessidades variadas, para servir a expressões individuais muito particulares. Objetivo Específico • Ler e interpretar textos de diferentes gêneros e registros. • Fazer uso da leitura para melhor compreensão e interpretação. • Leitura, estudos e análises de textos. • Reconhecer as diferenças de estilos em cada época literária. • Pesquisar e articular informações linguísticas, literárias e culturais. • Conhecer as diversas etapas da literatura e • compará-las com a visão de mundo. • Comunicar-se utilizando, adequadamente, as variedades linguísticas nas diferentes situações de comunicação. • Compreender e produzir textos de tipos e gêneros variados, de acordo com sua estrutura, organização e significados. • Produzir e ler enunciados em diferentes linguagens ( verbal e não verbal) e relacioná-las entre si. • Demonstrar autonomia, no decorrer do desenvolvimento de suas atividades de leitura e escrita. Gramática • Aprofundar conhecimentos linguísticos adquiridos pelo aluno ao longo do ensino. • Conscientizar o estudante da importância de desenvolver certos conhecimentos gramaticais, mostrando sua utilidade na norma culta e o emprego eficiente dela. • Contribuir para que, gradativamente, o aluno amplie seu domínio da norma culta. 135 • Tornar o aluno apto a analisar o papel dos diferentes recursos (morfológicos, sintáticos e semânticos). Escrita • Compreensão das diversas manifestações linguísticas na fala e escrita (aspectos discursivos, ortográficos e gramaticais), incluí-las em outras operações linguísticas de reestruturação do texto, quando for o caso. Conteúdo Estruturante e Básico Ensino Fundamental Em Língua Portuguesa, o Conteúdo Estruturante é o Discurso enquanto prática social e deve ser desenvolvido através das práticas de leitura, oralidade e escrita. Também, a análise linguística deve ser abordada de forma a perpassar as práticas discursivas. Para esse trabalho, serão adotados, como conteúdos básicos, os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação. Leitura • Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma colaborativa: inferências, coerência, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo, contextualização, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação; • Intertextualidade; • Utilização de diferentes modalidades de leitura, adequadas a diferentes objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação, produzir outros textos, revisar, etc; • Construção de sentido do texto; • Identificação do tema ou idéia central; • Finalidade; • Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no texto; • Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; • A importância e a função das conjunções, no conjunto do texto, e seus efeitos de sentido; • Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no texto. 136 • Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto; • Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos, adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido; • O uso do artigo como recurso referencial e expressivo, em função da intencionalidade do conteúdo textual; • Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto; • A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto; • Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Valor sintático e estilístico dos tempos verbais, em função dos propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo; Escrita • A produção e a reestruturação escrita, como processo suscitado por uma real necessidade de prática social; • Unidade temática; • Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado; • Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão; • Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação pública, privada, cotidiana, solene, etc); • Trabalho com tópicos gramaticais, a partir da reestruturação de textos e análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos: Fonologia; Morfologia; Sintaxe; Semântica; Estilística; • Pontuação; • Elementos de coesão e coerência; • Marcadores de progressão textual; operadores argumentativos; função das conjunções; sequenciação, etc. Oralidade • Aspectos contextuais do texto oral; • Coerência global; • Unidade temática de cada gênero oral; • Articulação entre tópicos e subtópicos da interação oral; 137 • Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições pronominais, sinônimos, etc.); • Intencionalidade dos textos; • Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal; • Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade; • Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social, formação, etc.); • Especificidades; • Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos; • Ampla variedade versus modalidade única; • Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, representação cênica) versus sinais gráficos; • Prosódia e entonação versus sinais gráficos; • Frases mais curtas versus frases mais longas; • Redundância versus concisão. Análise linguística – Escrita/Leitura/Oralidade • Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutores; • Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da enunciação; • A função das conjunções na conexão de sentido de texto provocada no texto; • Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no texto; • O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz (ou uso das expressões modalizadoras ex: felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente, obrigatoriamente, etc); • O discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto; • Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto; • A função do advérbio: modificador e circunstanciado; • O procedimento de concordância entre o substantivo e seus termos adjuntos; • Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc.); 138 • As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes gêneros; • As variações linguísticas; • O estudo da língua que se ancora no texto, extrapola o tradicional horizonte da palavra e da frase. Busca-se, na análise linguística, verificar como os elementos verbais – os recursos disponíveis da língua – e os elementos extra verbais – as condições e situação de produção – atuam na construção de sentido do texto. Gêneros textuais para o trabalho com a Língua Portuguesa Vários são os gêneros (orais e escritos) possíveis de serem trabalhados em sala de aula, advindos das diversas esferas sociais (artística, imprensa, publicitária, literária, jurídica, midiática, cotidiana, entre outras), como exemplo: Canção, textos dramáticos, romance, lendas, novelas, crônicas, contos, poemas, fábulas, haicais, debates, cartas ao leitor, verbetes, resumos e resenhas de textos, exposições orais, seminários, pesquisas, receitas, estatutos, adivinhas, parlendas, quadrinhas, cantigas de roda, piadas, histórias de humor, histórias em quadrinhos, tiras, cartuns, caricaturas, propagandas, e-mails, cartas, bilhetes, fotos, pinturas, esculturas, notícias, entrevistas, depoimentos, textos informativos e argumentativos, classificados, anúncios, folhetos, publicidade, paródias, provérbios, horóscopos, etc. 6º Ano Estudo de Texto • Textos visuais e verbais, relacionados a temas diversos: histórias em quadrinhos, poéticos, narrativos, descritivos, cartuns, anúncios, fotografias, fábulas. Produção de Texto • Narração – elaboração, através da indicação de sequência de fatos; • Narração – recontar os fatos; • Diálogo; • Descrição; • Criação – história em quadrinhos; • Poema; 139 • Continuação de texto narrativo. Gramática • Substantivo (determinantes e flexões especiais); • Fonema e letra; • Ortografia; • Sinais de pontuação; • Artigos; • Numeral; • Pronome; • Verbo; • Advérbio; • Adjetivo (Flexões do adjetivo); • Interjeição; • Preposição; • Acentuação. Leitura Extraclasse • Leitura de todo e qualquer tipo de material que possa ser um convite prazeroso para o ato de ler: revistas em quadrinhos, revistas especializadas (carros, motos, moda, esportes...), folhetos, jornais, recortes de artigos de jornais e revistas, com assuntos variados, revistas ou encartes de jornais destinados ao público infantil e juvenil, romances e aventuras, livros ilustrados e paradidáticos. Observação: Linguagens: Serão considerados todos os tipos de linguagem: música, cinema, vídeo, televisão, rádio, publicidade, história em quadrinhos charges, multimídia. 7º Ano Estudo de Texto • Textos visuais e verbais, relacionados a temas diversos: histórias em quadrinhos, poéticos, narrativos, descritivos, cartuns, anúncios, anedotas, fotografias, convites, fábulas, quadros. 140 Produção de Texto • Narração – elaboração através da indicação de sequência de fatos; • Descrição; • Reportagem Jornalística; • Reportagem de TV; • Carta; • Continuação de texto narrativo. Gramática • Revisão: classe gramaticais; • Oração sem sujeito; • Predicado; • Tipos de sujeito; • Predicado verbal, nominal; • Verbos de ligação; • Acentuação dos monossílabos; • Acentuação das paroxítonas; • Emprego do X e do Ch; • Preposição; • Elementos de ligação: conjunção; • Sujeito e predicado; • Ortografia: e ou i, e ou ei; • Predicativo; • Tipos de predicado; • Emprego do o ou u e do u,l ou o; • Transividade verbal (objeto direto eindireto); • Emprego do j e do g. 8º Ano Conteúdo • Estudo do texto: leitura e interpretação em todos os bimestres. 141 • Textos visuais e verbais relacionados a temas diversos: histórias em quadrinhos,poéticos, narrativos,descritivos, cartuns, anúncios,anedotas, fotografias,convites,fábulas,contos, etc. • Produção de texto:diálogos, narração, recontar fatos, descrição, criação de poema, etc. • Leitura e interpretação de texto: contos, crônicas e romances. • Elementos estruturais: situação inicial, conflito, clímax, desfecho, personagens, narrador, foco narrativo, ambiente, tempo e espaço. Gramática • Revisão das classes gramaticais: substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes, advérbios, conjunção, interjeição, preposição e verbos; • Hífen – nova ortografia; • Denotação e conotação; • Discurso direto, indireto e indireto livre; • Pontuação; • Plural de substantivos compostos; • Revisão objeto direto e indireto, adjunto adnominal; • Plural de adjetivos compostos; • Formação e estrutura das palavras; • Derivação ; prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria; • Período composto por coordenação; • Orações coordenadas sindéticas e assindéticas; • Figuras de linguagem; • Adjetivos pátrios; • Verbos; • Coesão e coerência; • Conectivos: preposição e conjunção; • Regência nominal; • Regência verbal; • Crase. 142 Leitura Extraclasse • Leitura de todo e qualquer tipo de material que possa ser um convite prazeroso para o ato de ler: revistas em quadrinhos, revistas especializadas (carros, motos, moda, esportes...), folhetos, jornais, recortes de artigos de jornais e revistas, com assuntos variados, revistas ou encartes de jornais destinados ao público infantil e juvenil, romances e aventuras, livros ilustrados e paradidáticos. 9º Ano Conteúdo • Estudo do texto: leitura e interpretação em todos os bimestres. • Textos visuais e verbais relacionados a temas diversos: histórias em quadrinhos, poéticos, narrativos, descritivos, cartuns, anúncios, anedotas, fotografias, convites, fábulas, contos, etc. • Produção de texto: diálogos, narração, recontar fatos, descrição, criação de poema, etc. • Leitura e interpretação de texto: contos, crônicas e romances. • Elementos estruturais: situação inicial, conflito, clímax, desfecho, personagens, narrador, foco narrativo, ambiente, tempo e espaço. Gramática • Revisão das classes gramaticais: substantivos, adjetivos, artigos , numerais, pronomes, advérbios, conjunção, interjeição, preposição e verbos; • Hífen – nova ortografia; • Denotação e conotação; • Discurso direto, indireto e indireto livre; • Pontuação; • Plural de substantivos compostos; • Revisão objeto direto e indireto, adjunto adnominal; • Plural de adjetivos compostos; • Formação e estrutura das palavras; • Radical, vogal temática, tema, formas nominais, desinências nominal e verbal; • Derivação; prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria; 143 • Composição: justaposição e aglutinação; • Período composto por coordenação; • Orações coordenadas sindéticas e assindéticas; • Figuras de linguagem; • Adjetivos pátrios; • Verbos: tem e têm/ vem e vêm; • Verso e seus recursos/ figuras de linguagem; • A concordância nominal; • A concordância verbal; • A concordância do verbo ser; • Casos especiais de concordância; • Concordância verbos impessoais; • Coesão e coerência; • Conectivos: preposição e conjunção; • Regência nominal; • Regência verbal; • Crase; • Colocação pronominal; • Pronome demonstrativo em relação ao tempo; • Pronome demonstrativo em relação ao espaço; • Pronome demonstrativo em relação à situação. Leitura Extraclasse • Leitura de todo e qualquer tipo de material que possa ser um convite prazeroso para o ato de ler: revistas em quadrinhos, revistas especializadas (carros, motos, moda, esportes...), folhetos, jornais, recortes de artigos de jornais e revistas, com assuntos variados, revistas ou encartes de jornais destinados ao público infantil e juvenil, romances e aventuras, livros ilustrados e paradidáticos. 144 Encaminhamento Metodológico Levando-se em conta que nenhuma prática é desenvolvida em sala de aula sem que esteja subjacente a ela uma concepção teórica consistente, é preciso ver o aluno como um ser construído e em construção por meio de suas vivências. Sendo assim, todas as práticas de sala de aula precisam ser problematizadas a partir da pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento de cada profissional da educação. A seleção de conteúdos, portanto, deve considerar o aluno como sujeito de um processo histórico cultural, assumindo a oralidade, a escrita e a leitura como conteúdos que implicam conhecimentos relativos às variedades linguísticas e às diferentes construções da língua, inclusive quanto aos aspectos argumentativos do discurso. Na prática da oralidade, devem ser consideradas habilidades tais como: • Temas variados (história da família, comunidade, etc) filmes, livros, etc. • Depoimentos do próprio aluno ou pessoas do seu convívio. • Entrevistas, trazer e levar informações, resumos, dar avisos, fazer convites, etc. Na prática da leitura precisa ser trazido à sala de aula com significação nas questões vivenciadas do leitor, no caso o aluno. O texto, após o acréscimo de informações, conhecimentos e opiniões, favorece a reflexão e ampliação do contexto de mundo. Dessa forma, a leitura deve ser vista como um veículo na formação e capacidade de leitores, interagindo com a oralidade e a escrita. A prática da escrita deve ter em mente que é preciso, primeiramente, planejar o que será produzido, quem será o leitor e aspectos que serão considerados na avaliação do texto. Por exemplo, garantem socialização da produção textual. Na prática da produção de texto podem ser trabalhados relatos (histórias de vida), bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos, textos literários e de divulgação científica, resumos (livro/artigos), etc. Essa prática orientará, não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a prática da leitura. Avaliação A avaliação será contínua, formativa, diagnóstica e priorizará a qualidade e o processo de aprendizagem, o desempenho do aluno, ao longo do ano letivo, no que diz respeito à fala, leitura e escrita. 145 A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que mostra ao expor suas idéias, fluência de sua fala, seu desembaraço, argumento que apresenta ao defender seus pontos de vista. A leitura será avaliada em questões abertas, debates, a compreensão e o posicionamento, diante do texto lido, e a reflexão que o aluno faz a partir da leitura. Na escrita, serão considerados os aspectos discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, trazendo clareza ao aluno, em relação aos parâmetros que serão avaliados. No decorrer do bimestre, será realizada a recuperação de estudos com valor de 10,0 pontos, sendo feita a retomada dos conteúdos e aplicada prova escrita. Referências AMARAL, Emília et al. Novas palavras: língua portuguesa: ensino médio. 2. ed. São Paulo: FTD, 2005. ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro &interação. São Paulo: Parábola Editoral, 2003. ____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007. BAKHTIN, Michail. Marxismo e filosofia da linguagem. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999. ____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa. Curitiba,2008. DISCIPLINA DE MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da Disciplina O Ensino de Matemática, proposto nesse projeto é um campo de estudos que possibilita ao professor balizar sua ação docente, fundamentada numa ação reflexiva, que concebe a Ciência Matemática como uma atividade humana que se encontra em construção. Contempla um desenvolvimento progressivo assistindo à maneira como foi sendo elaborada, em que se descobrem hesitações, dúvidas, contradições, que só um longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para que logo surjam outras hesitações, dúvidas e contradições. 146 Nesse sentido o processo de ensino-aprendizagem em matemática contribui para que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e a outras áreas do conhecimento, permitindo assim, que o estudante possa analisar e compreender questões sociais, políticas, econômicas e históricas. Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos O Ensino da Matemática esteve muitas vezes baseado na repetição, na memorização, no formalismo exagerado, na realização exaustiva de cálculos e na mera aplicação de técnicas e regras sem significado. Sabemos que o surgimento da matemática deve-se à necessidade que o homem tem de buscar soluções para resolver situações-problema do dia-a-dia. Por isso, acreditamos que o ensino da matemática deve ser dinâmico e também contribuir para desenvolver a capacidade de resolver situações-problema, validar ou refutar soluções, tomar decisões e raciocinar logicamente. Entendemos que a matemática é uma disciplina de investigação e os desafios precisam estar presentes e o trabalho a ser desenvolvido no contexto da Educação Matemática requer que o professor tenha uma postura teórica consistente; metodológica diversificada e; questionadora frente às concepções pedagógicas historicamente difundidas. Objetivos • Identificar os conhecimentos matemáticos como meio para compreender a sua realidade e o desenvolvimento para resolver situações-problema. • Auxiliar na formação de cidadãos conscientes; • Buscar o desenvolvimento intelectual dos alunos, promovendo sua autonomia, trabalhando a leitura e a interpretação de textos matemáticos, ensinando-os a expressar através da matemática. • Incentivar estratégias variadas de resolução de situações-problema, habituando-os à procura dos porquês dos fatos matemáticos, estimulando a argumentação. • Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes áreas de conhecimento. 147 Conteúdo Estruturante / Básico e Objetivo 6º Ano Conteúdo Estruturante NÚMEROS E ÁLGEBRA Conteúdo Básico Objetivo Específico Sistema de numeração decimal e não decimal. Conhecer métodos primitivos de contagem e as situações que motivaram sua criação e evolução. Números Naturais. Identificar diferentes representações do mesmo número. Números Racionais. Conhecer os símbolos e as regras básicas do sistema de numeração egípcio e romano. As operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação). Adição, subtração multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência. Ampliar e aprimorar a compreensão do sistema de numeração decimal. Ler e escrever corretamente números do sistema de numeração decimal. Identificar e ordenar números naturais. Utilizar os números naturais em situações de contagem e ordenação. Representar números naturais na reta numérica. Fatoração. Efetuar adição, subtração, multiplicação e divisão envolvendo números decimais. Expressões numéricas. Reconhecer e utilizar propriedades das operações. Transformação de números fracionários (na forma razão/quociente) em números decimais. Relacionar adição e subtração, multiplicação e divisão, como operações inversas. Estabelecer e registrar estratégias para resolver situações-problema por meio das operações com números naturais. Desenvolver o cálculo mental. Escrever produtos de fatores iguais na forma de potência, identificando base e expoente. Ler e calcular potências. Determinar raízes quadradas de números naturais. Resolver expressões numéricas envolvendo as quatro operações fundamentais, a potenciação e a radiciação. Reconhecer e escrever sequências de múltiplos de um número natural. Aplicar os critérios de divisibilidade como facilitadores para verificar se um número é divisível por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10. Escrever números naturais como produto de fatores primos. Representar partes especiais de um todo e certos resultados de medidas por meio de frações. Ler e escrever frações, identificando e dando significado ao numerador e denominador. Calcular uma fração de uma quantidade. Comparar frações. Operações com frações. GRANDEZAS E MEDIDAS Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário. Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo. Perímetro, área, volume. Capacidade, volume e suas relações. Ângulos (reto, agudo e obtuso). Resolver situações-problema envolvendo frações. Reconhecer e classificar ângulo (reto, agudo e obtuso). Identificar o metro como unidade padrão de medida de comprimento. Reconhecer e compreender os diversos sistemas de medidas. Operar com múltiplos e submúltiplos do quilograma. Calcular o perímetro usando unidades de medida padronizadas. Compreender e utilizar metro cúbico como padrão de medidas de volume. Realizar transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos. Calcular perímetro, área, volume, capacidade. 148 GEOMETRIA obtuso). Ponto, reta, semi-reta, segmento de reta e plano. Polígonos, círculo e circunferência. Sólidos geométricos e corpos redondos. Identificar e representar ponto, reta, semi-reta, segmento de reta e plano. Conceituar e classificar polígonos. Identificar corpos redondos. Identificar e relacionar os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas. Diferenciar círculo e circunferência identificando seus elementos. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Coleta, organização e descrição de dados. Leitura, interpretação e representação por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos. Reconhecer os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos. Desenvolver a leitura, interpretar e representar tabelas, listas, quadros e diagramas. Interpretar e identificar os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam. Gráficos de barras e colunas. 7º Ano Conteúdo Estruturante NÚMEROS E ÁLGEBRA Conteúdo Básico Objetivo Específico Número Inteiros. Reconhecer números inteiros em diferentes contextos. Números Racionais. Realizar operações com números inteiros. Equação e Inequação do primeiro grau. Reconhecer números racionais em diferentes contextos. Sistema de equações do primeiro grau. Razão e proporção. Regra de três simples. Realizar operações com números racionais. Compreender o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade. Compreender o conceito de incógnita. Utilizar e interpretar a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas. Compreender a razão como uma comparação entre duas grandezas em uma ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões. Reconhecer sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais. GRANDEZAS E MEDIDAS Ângulos e operações. GEOMETRIA Triângulos. Classificar ângulos (reto, agudo e obtuso) e fazer uso do transferidor e esquadros para medi-los. Quadriláteros. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Conteúdo Estruturante NÚMEROS E ÁLGEBRA Resolver situações-problema aplicando regra de três simples. Compreender o conceito de ângulo. Resolver operações com ângulos. Identificar a forma triangular e quadrangular nas situações do dia-a-dia. Reconhecer, representar triângulos, quadriláteros e seus respectivos elementos. Pesquisa estatística. Classificar os triângulos e quadriláteros quanto à medida dos lados e quanto às medidas dos ângulos. Analisar e interpretar informações de pesquisas estatísticas. Média aritmética. Ler, interpretar, construir e analisar gráficos. Moda e mediana. Calcular a média aritmética e a moda de dados estatísticos. Juros simples. Resolver situações-problema, envolvendo cálculo de juros simples. 8º Ano Conteúdo Básico Objetivo Específico Números racionais. Extrair a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais. Números irracionais. Reconhecer números irracionais em diferentes contextos. Equação e sistema de equações do primeiro grau. Compreender, identificar e reconhecer o número Π (Pi) como um número irracional especial. 149 grau. Compreender o objetivo da notação cientifica e sua aplicação. Potências. Operar com sistema de equações do primeiro grau. Expressões algébricas. Identificar monômios e polinômios e efetuar suas operações. Monômios e polinômios. Utilizar as regras de produtos notáveis para resolver problemas que envolva expressões algébricas. Produtos notáveis. Fatoração. Valor numérico de uma expressão algébrica. GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de comprimento. Medidas de área. Medidas de ângulos. Perímetro, área e volume. GEOMETRIA Cálculo do número de diagonais de um polígono. Soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo, quadrilátero e de polígonos regulares. Ângulos de um triângulo isósceles, equilátero e retângulo. Triângulos semelhantes. Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro. Paralelogramos (propriedades). TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Representar geometricamente produtos notáveis. Reconhecer e aplicar os casos de fatoração de polinômios. Construir procedimentos para calcular o valor numérico de uma expressão algébrica. Calcular o comprimento da circunferência. Calcular a área do círculo. Identificar ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal. Obter e utilizar fórmula para cálculo de área de superfície plana e para cálculo de volume de sólidos geométricos na resolução de situaçõesproblema algébricos. Calcular o número de diagonais de um polígono. Calcular a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo, quadrilátero e de polígonos regulares. Reconhecer e aplicar em situações-problema a construção de um triângulo. Definir, representar e identificar triângulo (isósceles, equilátero, retângulo) e paralelogramos. Reconhecer e aplicar em situações-problema as propriedades do triângulo (isósceles, eqüilátero, retângulo) e paralelogramos. Reconhecer triângulos semelhantes. Definir, representar e identificar as alturas, as medianas e as bissetrizes de um triângulo. Reconhecer um polígono regular como polígono que tem lados congruentes e ângulos congruentes. Compreender o sistema de coordenadas cartesianas, marcar pontos, identificar os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analisar seus elementos sob diversos contextos. Sistema de coordenadas cartesianas. Gráfico e informação. Interpretar e representar dados em diferentes gráficos. População e amostra. Utilizar o conceito de amostra para levantamento de dados. 9º Ano Conteúdo Estruturante NÚMEROS E ÁLGEBRA Conteúdo Básico Objetivo Específico Números reais. Operar com expoentes fracionários. Propriedade dos radicais. Identificar a potência de expoente fracionário como radical e aplicar as propriedades para sua simplificação. Equação do segundo grau. Teorema de Pitágoras. Equações irracionais. Regra de três simples e composta. Extrair uma raiz usando fatoração. Identificar uma equação do segundo grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos. Determinar as raízes de uma equação do segundo grau utilizando diferentes processos. Interpretar situações-problema em linguagem gráfica e algébrica. Identificar e resolver equações irracionais. GRANDEZAS E MEDIDAS Relações métricas no triângulo retângulo. Utilizar a regra de três simples e composta em situações-problema. Conhecer e aplicar as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo. 150 Trigonometria no triângulo retângulo. Noção intuitiva de função afim. FUNÇÕES Noção intuitiva de função quadrática. Utilizar o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo. Expressar a dependência de uma variável em relação à outra. Reconhecer uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função. Relacionar gráficos com tabelas que descrevem uma função. Reconhecer a função quadrática e sua representação gráfica e associar à concavidade da parábola em relação ao sinal da função. GEOMETRIA Semelhança de triângulos. Teorema de Tales. Poliedros. Analisar graficamente as funções afins e quadráticas. Verificar se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles. Compreender e utilizar o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problema. Conhecer e aplicar os critérios de semelhança dos triângulos. Aplicar o Teorema de Tales em situações-problema. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Noções básicas de análise combinatória. Realizar cálculo da superfície e volume de poliedros. Desenvolver o raciocínio combinatório por meio de situações-problema do dia-a-dia que envolvam contagem, aplicando o princípio multiplicativo. Noções de probabilidade. Descrever o espaço amostral em um experimento aleatório. Estatística. Calcular as chances de ocorrência de um determinado evento. Juros compostos. Resolver situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos. Encaminhamento Metodológico Para que o Ensino da Matemática contribua para a formação global do aluno, é fundamental explorar temas que de fato encontrem na matemática uma ferramenta indispensável para serem compreendidos. Assim, o aluno percebe a real necessidade dessa ciência para a sua vida. Procura-se trabalhar conteúdos significativos que promova a compreensão das idéias matemáticas. Os conteúdos explorados e atividades propostas permitem a abordagem de aspectos da vida do aluno, ligados a outras áreas do conhecimento e ao tratamento da informação. Os temas são abordados, sempre que possível, por meio de situações reais que valoriza o conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos problemas. Deve haver por parte do professor a insistência para que os alunos explicitem os procedimentos adotados e que expliquem oralmente ou por escrito as suas afirmações, quando tratarem de algoritmos e resolução de situações-problema e descobrir lógica do pensamento do aluno que levou ao erro na resolução dos exercícios matemáticos. Desta forma os temas são acompanhados de exposição do assunto no quadro negro para discussão com os alunos, resolução de exercícios e comentários, resolução 151 de situações-problema, resolução de exercícios extras para fixação, retomada de conteúdos, elaboração de problemas em grupo através de revistas, jornais, encartes, jogos, quebra-cabeça, desafios, leitura de textos complementares, uso de materiais manipulativos e calculadora. Avaliação A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem e servir como instrumento de diagnóstico do processo, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes (aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumentos de avaliação). O aluno é agente de cultura, um ser ativo e criador e por isso, capaz de superar as convenções e promover transformações. Cada indivíduo trabalha e reelabora as informações recebidas, daí a necessidade de se considerar não somente o produto, mas principalmente o processo. Só a consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas. A avaliação será de grande valia para a continuidade e revisão do trabalho do professor, indicando os pontos que não estão bem claro para os alunos e que deverão ser trabalhados com maior intensidade. Para o aluno será o momento de grande significação situando-o em relação aos seus progressos. Portanto, é necessário considerar a avaliação como recurso a serviço do desenvolvimento do aluno, que o leve a assumir um compromisso com a aprendizagem. A avaliação do processo de aprendizagem dos alunos é feita por meio de provas, debates, trabalhos em classe e extra-classe, trabalhos em grupo e individuais, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente, o desenvolvimento do aluno, que servirá como um diagnóstico do processo ensino-aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do trabalho e será um suporte para verificar a necessidade de uma nova metodologia ou de um processo de recuperação. Referências ANDRINI, Álvaro; VASCONCELLOS, Maria José. Novo Praticando Matemática. São Paulo: Editora do Brasil, 2007. 152 D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade . Belo Horizonte: Autêntica , 2001. DANTE , L.R. Tudo é Matemática . São Paulo: Ática, 2007. GIOVANNI, Jose Ruy; CASTRUCCI, Benedito; GIOVANNI JUNIOR. A conquista da matemática. São Paulo: FTD, 2009. IMENES, Luiz Márcio; LELLIS Marcelo. Matemática para todos. 2 ed. São Paulo: Scipione, 2002. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. Paraná, 2008. 6.2 Proposta Curricular do Ensino Médio DISCIPLINA DE ARTE – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina O ensino da arte, enquanto forma de conhecimento comporta várias características: representa a realidade, expressa visões de mundo e retrata aspectos políticos, ideológicos e sócio-culturais. Amplia o repertório cultural do aluno a partir de conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados. Desta forma o conceito de arte implícito ao ensino é influenciado por relações resultantes das diferentes formas de pensar, conseqüentes do momento histórico no qual se desenvolveram, com suas relações sócio-culturais, econômicas e políticas. A construção do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na experiência estética por meio da percepção, da análise, e da criação/ produção e contextualização histórica. O enfoque no Ensino Médio das relações de arte e sociedade, com ênfase na arte e ideologia, arte e seu conhecimento e arte e trabalho criador tem como referência o fato de serem as três principais concepções no campo das teorias críticas de arte. Estas formas de interpretação da arte têm o trabalho como categoria fundante, que possibilita abordá-las de forma orgânica no conjunto destas Diretrizes. Para dar suporte ao ensino da arte, torna-se fundamental interferir nos sentidos, expandir a visão de mundo e o espírito crítico, situar-se como sujeito de uma determinada história, legitimada culturalmente no tempo e no espaço. 153 Ressalta ainda, dentro da proposta, teorias de ordem estética e artística que devem compor a prática específica de cada linguagem artística. Histórico da Disciplina e Fundamentos Metodológicos Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. (BUDASZ, 2004, p. 15). Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira. Por volta do século XVIII houve a superação do modelo teocêntrico medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência. Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da Colônia. Após a chegada da família real de Portugal para o Brasil, em 1808, destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses encarregado da fundação da Academia de BelasArtes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa cuja concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil. Com a proclamação da República, em 1890 ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de idéias positivistas e liberais. Os positivistas defendiam a necessidade do ensino de Arte valorizar o desenho geométrico como forma de desenvolver a mente para o pensamento científico. Os liberais preocupados com o desenvolvimento econômico e industrial defendiam a necessidade de um ensino voltado para a preparação do trabalhador. Benjamin Constant, responsável pelo texto da reforma, direcionou o ensino para a valorização da ciência e da geometria e propagou o ideário positivista no Brasil. Essa proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de produção capitalista e 154 secundarizou o ensino de Arte, que passou a abordar, tão somente, as técnicas e artes manuais. De fato, as políticas educacionais centradas no atendimento às demandas da produção e do mercado de trabalho têm sido uma constante, como, por exemplo, no período do Governo de Getúlio Vargas (1930 a 1945); na ditadura militar (1964 a 1985) com o ensino técnico compulsório para o segundo grau; e na segunda metade da década de 1990, com a pedagogia das competências e habilidades que fundamentaram os Parâmetros Curriculares Nacionais. Nas primeiras décadas da República, ocorreu a Semana de Arte Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associado aos movimentos nacionalistas da época. Em contraposição a todas as formas anteriores de ensino procurou-se valorizar a cultura nacional com enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade de acordo com a concepção da Escola Nova. Pela primeira vez uma tendência pedagógica – Escola Nova – centrava sua ação no aluno e na sua cultura, em contraposição às formas anteriores de ensino impostas por modelos que não correspondiam ao universo cultural dos alunos. No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino da Arte. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar. A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram nas diversas áreas artísticas. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar. Com o Ato Institucional nº. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos e vários artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao regime foram perseguidos e exilados. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal nº. 5692/71, cujo artigo 7° determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental ( a partir do 6º ano) e do Ensino Médio. Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. 155 A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. Dentre os fundamentos pensados para a educação, destaca-se a pedagogia histórico-crítica, elaborada por Saviani da PUC de São Paulo que fundamentou o Currículo Básico para Ensino de 1º grau, publicado em 1990, e o Documento de Reestruturação do Ensino de 2º grau da Escola Pública do Paraná, publicado em seguida. Os PCN em Arte tiveram como principal fundamentação a proposta de Ana Mae Barbosa, denominada de Metodologia Triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE (Discipline Based Art Education) norte-americana, que teve origem no final dos anos de 1960 nos Estados Unidos. Na década de 1990, as empresas de capacitação de executivos e demais profissionais passaram a ver a arte e os conceitos de estética como meio e princípio nos seus cursos. Fundamentos Teórico - Metodológicos As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer. Na sociedade e no âmbito educacional algumas formas de conceituar arte foram incorporadas pelo senso comum em prejuízo do conhecimento de suas raízes históricas e do tipo de sociedade (democrática ou autoritária, por exemplo) e de ser humano (essencialmente criador, autônomo ou submisso, simples repetidor ou esclarecido) que pretendem formar, ou seja, a que concepção de educação vincula-se. São elas: • Arte como mímesis e representação(imitação); • Arte como expressão; • Arte como técnica (formalismo). Refletindo sobre esses conceitos acima se pretende que as Diretrizes atuais da Arte apontem aos professores, formas efetivas de levar o aluno a apropriar-se do conhecimento em arte, que produza novas maneiras de perceber e interpretar tanto os produtos artísticos quanto o próprio mundo. Nesse sentido, educar os alunos em arte é 156 possibilitar-lhes um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das possibilidades de fruição. Portanto, sob tal perspectiva, Vázquez (1978) aponta três interpretações fundamentais da arte a serem consideradas: • Arte como forma de conhecimento; • Arte como ideologia; • Arte como trabalho criador. É neste contexto que o ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estéticocultural, amplia os conhecimentos e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade, relaciona-se à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Nas aulas de Arte, os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de maneira crítica, o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdades e injustiças. Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive, é necessário ainda que o professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais, Música, Teatro e Dança), de suas pesquisas e experiências artísticas, estabelecendo relações com os conteúdos e saberes das outras áreas da disciplina de Arte, nas quais tiver algum domínio. Objetivo A disciplina visa o estímulo da percepção individual e da compreensão da cultura visual, levando o educando a compreender o processo histórico artístico, bem como as suas diversidades, assim como expressar-se e saber comunicar-se em arte, mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas. Conhecer a produção artística da humanidade em suas múltiplas funções com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, desenvolvendo a análise estética 157 e os saberes referentes à linguagem das artes visuais, da música e da expressão corporal. Possibilitar ao aluno um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das possibilidades de fruição e expressão artística e a apropriação do conhecimento em arte, por meio de um processo criador que transforme o real e produza novas maneiras de ver e sentir o mundo, num olhar multicultural e transformadora. Conteúdo Estruturante, Básico e Objetivo 1ª série do Ensino Médio Conteúdo Estruturante Elementos formais Artes visuais Composição Movimentos e períodos Teatro Conteúdo Básico Ponto,Linha,Forma,Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz. Teatro pobre; Teatro do oprimido e gêneros teatrais; História da dança e da música. Bidimensional e Tridimensional, Figura e fundo, Figurativo, Abstrato, Semelhanças e contrastes, RitmoVisual. Gêneros teatrais; Gêneros musicais; Teatro representação: sonoplastia, cenografia; caracterização, adereços e figurinos; Leitura de obra. Arte Pré-histórica, Civilização Egípcia, Cultura Grega, Cultura Grecoromana, Arte Pré Colombiana (arte indígena brasileira), Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval. Teatro pobre; Teatro do oprimido e gêneros teatrais; História da dança e da música. Objetivo Compreender os elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea. Produzir trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriar-se da prática e teoria dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. Compreender os elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Compreender a dimensão do teatro enquanto fator de transformação social. Produzir trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. 2ª série do Ensino Médio Conteúdo Estruturante Elementos formais Conteúdo Básico Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor. Objetivo Produzir trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e 158 Composição Artes Visuais Teatro Movimentos e Períodos Figurativo, Abstrato, Figura e fundo, Bi e tridimensional, Semelhanças e contrastes, Ritmo visual, Gêneros teatrais, Gêneros musicais. Teatro Representação , sonoplastia, cenografia, caracterização, figurino e adereços. Leitura de obra. Fotografia. Renascimento; Barroco; Neoclássico; Romantismo; Realismo; Impressionismo; Neoimpressionismo; Pósimpressionismo; Cubismo; Expressionismo; Fauvismo; Dadaísmo; Futurismo; Surrealismo; Op Art; Pop Art. História da fotografia. Arte Indígena brasileira. social. Compreender os elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Compreender a dimensão do teatro enquanto fator de transformação social. Produzir trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriar-se da prática e teoria das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. Apropriar-se da prática e teoria de técnicas e modos de composição teatrais. 3ª série do Ensino Médio Conteúdo Estruturante Teatro Dança Elementos Formais Composição Movimentos e períodos Conteúdos Básico Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor. Movimento corporal: ponto de apoio, salto, queda, rotação. Formação, deslocamento, sonoplastia, coreografia, gêneros. Ritmo, melodia, harmonia, intervalo melódico, harmônico, tonal e modal, improvisação. Gêneros teatrais e musicais. Figurativo, abstrato, figura e fundo, tridimensional e bidimensional, semelhanças, contrastes, ritmo visual. Pré-história brasileira; Arte holandesa no Brasil 1624; Leitura de obra; Arte barroca brasileira e relação com o barroco europeu; Arte acadêmica e ROM\ãntica e sua relação com arte neoclássica; Movimentos internacionais que influenciaram os artistas brasieleiros: expressionismo cubismo, futurismo e surrealismo; Modernismo:Semana de Arte Moderna 1922; Após SAM 1922; Concretismo; Década de 30, leitura de obra e análise dos estilos de artistas deste período; Bienais; Vídeo arte; Minimal arte; Arte conceitual: instalações, interferências, performance; Arte paranaense; Induastria cultural. Música: Gêneros diversos. Arte Indígena Brasileira. Objetivo Compreender os elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Compreender as diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Compreender a dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Compreender as diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriar-se da prática e teorias das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. 159 Encaminhamentos Metodológicos A aprendizagem dos conteúdos da linguagem da arte deve ser conduzida em torno do saber fazer e do saber compreender a sua própria produção e a dos demais artistas e parceiros. E aprender a fazer e a conhecer a arte é aprender a produzir e a ler a arte, cabendo ao professor a tarefa de articular essas ações. Essa articulação deve contemplar três momentos da organização pedagógica: • Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos. • Sentir e perceber: é a forma de apreciação, fruição e leitura a obra de arte. • Trabalho artístico: são a práticas criativas, os exercícios com os elementos que compõem uma obra de arte. Avaliação A avaliação em Arte não pode ser entendida como um mero instrumento de medição da apreensão conteúdos, pois busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. É diagnóstica e processual não estabelecendo parâmetros comparativos entre os alunos, mas discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Considera o desenvolvimento do pensamento estético, e leva em conta a sistematização dos conteúdos para a leitura da realidade. A sistematização da avaliação se dará na observação e registros dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações e produções artísticas como na música, teatro, dança, artes plásticas. Avaliação teórica relacionada ao conteúdo histórico da arte, pesquisas visuais, debates, apresentações teóricas, teatrais, musicais perfomáticas. Visando a necessidade de recuperação de estudos será oferecido além da retomada oral em sala, a oportunidade, de reelaboração de produções teóricas e ou práticas, preparadas de acordo com o conteúdo aplicado durante o bimestre, utilizando estratégias diferenciadas ou outras com variação de técnicas ou abordagem pedagógica, no valor de 10,0 ( dez vírgula zero) pontos. Os resultados possibilitarão ao professor analisar seu trabalho e reelaborar suas práticas pedagógicas visando garantir a aprendizagem para todos os alunos. 160 Referências BARBOSA, Ana M. A Imagem no Ensino da Arte. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 1991. FERRAZ, Maria Heloísa Corrêa de Toledo; FUSARI, Maria F. de Rezende. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 1993. FERRAZ, Maria Heloísa Corrêa de Toledo; FUSARI, Maria F. de Rezende. Metodologia do ensino de arte. São Paulo: Cortez, 1999. MARQUES. Isabel A. Dançando na Escola. São Paulo: Cortez, 2003. MED. Bohumil. Teoria da Música. Brasília: MusiMed, 1996. PORTINARI. Maribel. História da Dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989. SCHAFFER. R. Murray. O Ouvido Pensante. São Paulo: Unesp, 1991. STRICKLAND. Carol. Da Pré-História ao Pós-Moderno. Tradução de Angela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999. KOSIK, K. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação do. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba, 2006. Disponível em:<http://www.webartigos.com/articles/14770/1/O-Ensino-de-Arte-no-Brasil/pagina 1.html#ixzz0wQJ0uopW>. DISCIPLINA DE BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza. As ciências naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos; conhecer a realidade externa bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos. A vida pode ser compreendida em diversos níveis de organização: molecular, celular, do indivíduo, da população e da ecologia. Ao longo do ensino médio, o aluno estudará todos esses níveis. Em cada um deles os processos estará interligado pelo conceito unificador na biologia, o da evolução. O aluno reconhecerá que as espécies estão ligadas através de sua estrutura molecular, partilhando o mesmo código genético, e inclusive os mesmos genes. Essa 161 ligação tem continuidade na forma como os genes se expressam no desenvolvimento de cada ser, na sua fisiologia e também na interdependência com o meio ambiente. A percepção dessa comunhão em todos os níveis deve levar o aluno a um maior respeito pela vida e todas as suas expressões. Um dos objetivos da disciplina é que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e utilize-se dele no seu cotidiano. As ciências biológicas ocupam-se em observar, descrever, explicar e relacionar os diversos aspectos da vida no planeta e têm permitido ampliar e modificar a visão do homem sobre si próprio e sobre seu papel no mundo. Os jovens enfrentarão cada vez mais as decisões e consequências do conhecimento científico. Planejarão geneticamente seus filhos? Farão substituições de genes para corrigir doenças ou mesmo para estender seu tempo de vida? Saberão identificar as políticas ambientais corretas? Comerão alimentos transgênicos? Conhecer, refletir e posicionar-se sobre essas e outras questões é outro objetivo da disciplina. Histórico da Disciplina e Fundamentos Metodológicos Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível, também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo “classificação dos seres vivos” não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico “organismos geneticamente modificados”, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA, comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, 162 a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem. Objetivo • Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados em microscópio ou a olho nu; • Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia; • Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo; apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido, através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes etc.; • Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico; • Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações; • Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais, vegetais etc.; • Relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia (lógica interna) na compreensão de fenômenos; • Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico; • Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de problemas, fazendo uso, quando for o caso, de treinamento estatístico na análise de dados coletados; • Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados, utilizando elementos da Biologia; • Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado (existencial ou escolar); relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos biológicos (lógica externa); 163 • Reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos; • Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do senso comum relacionados a aspectos biológicos; • Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente; julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente; • Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável. Conteúdo Estruturante São entendidos como os saberes mais amplos da disciplina, que podem ser desdobrados em conteúdos pontuais, que faz parte de um corpo estruturado de saberes construídos e acumulados historicamente e que identificam a disciplina como um campo do conhecimento. Sobre os conteúdos estruturantes e seus desdobramentos para a disciplina de Biologia foram estabelecidos os seguintes conteúdos: I. Organização e Distribuição dos Seres Vivos O trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante deve ser permeado por uma concepção metodológica que permita abordar a classificação dos seres vivos como uma das tentativas de conhecer e compreender a diversidade biológica considerando, inclusive, a história biológica da VIDA. Desse modo, fica evidente a impossibilidade de discutir a classificação sem considerar as contribuições dos estudos sobre filogenética. II. Mecanismos Biológicos Neste conteúdo estruturante é importante que o professor considere o aprofundamento, a especialização e o conhecimento objetivo dos mecanismos biológicos. Para que se compreendam os sistemas vivos como fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação destes com os demais componentes do meio, é 164 importante adotar concepções metodológicas que favoreçam o estabelecimento de relações entre os diversos mecanismos de funcionamento e manutenção da vida. III. Biodiversidade Pretende-se que as reflexões propostas pelo trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante sejam permeadas por uma concepção metodológica que permita abordar as contribuições de Lamarck e Darwin para superar as ideias fixistas já superadas há muito pela ciência e supostamente pela sociedade. Pretende-se a superação das concepções alternativas do aluno, com a aproximação das concepções científicas, procurando relacionar os conceitos da genética, da evolução e da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos. IV. Manipulação Genética Ao propor este conteúdo estruturante pretende-se que o trabalho pedagógico seja permeado por uma concepção metodológica que permita a análise sobre as implicações dos avanços biológicos que se valem das técnicas de manipulação do material genético para o desenvolvimento da sociedade. 1ª série do Ensino Médio Conteúdo Estruturante Biodiversidade Conteúdo Básico 1- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Abordagem Teórico-Metodológica Perceber que a célula pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite agrupar e classificar os seres vivos. 2- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. Conhecer os principais tipos de relação ecológica, reconhecendo sua importância para o equilíbrio ecológico global. Objetivo • Estabelecer as características específicas dos microorganismos, dos organismos vegetais, animais e vírus; • Classificar os seres vivos quanto ao número de células, tipo de organização celular, forma de obtenção de energia e tipo de reprodução. • Identificar os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes; • Compreender a importância e valorizar a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas; • Reconhecer as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem. 2º série do Ensino Médio Conteúdo Estruturante Organização dos Seres Vivos Conteúdo Básico 1- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. Abordagem Teórico-Metodológica Introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os. Objetivo • Identificar e comparar as características dos diferentes grupos de seres vivos; • Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos. 165 2- Mecanismos de desenvolvimento embriológico. Utilizar os conhecimentos sobre reprodução para discutir o desenvolvimento embrionário, incluindo aspectos polêmicos como: contracepção, fecundação in vitro e aborto. • Conhecer, em linhas gerais, o processo do desenvolvimento embrionário e caracterizar as fases precursoras da célula ovo ou zigoto. 3ª série do Ensino Médio Conteúdo Estruturante Biodiversidade Mecanismos Biológicos Manipulação Genética Conteúdo Básico Abordagem Teórico-Metodológica Conhecer os fundamentos básicos da história evolutiva da vida e da espécie humana, desde os ancestrais mais remotos até hoje, o que favorece as reflexões sobre a origem, o presente e o futuro da nossa espécie. 1-Teorias evolutivas. 2- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. 3-Transmissão das características hereditárias. 4-Organismos geneticamente modificados. Valorizar os conhecimentos sobre a estrutura e o funcionamento dos sistemas de órgãos do corpo humano, reconhecendo-os como necessários para a identificação de eventuais disfunções orgânicas e manutenção da própria saúde. Valorizar os conhecimentos de genética, utilizando-os para compreender situações como herança dos grupos sanguineos, a determinação do sexo, prevenção e tratamento de certas doenças nos casos de incompatibilidade genética. Compreensão das técnicas de manipulação do DNA produzindo organismos geneticamente modificados. Objetivo • Conhecer, em linhas gerais, a história evolutiva dos vertebrados e, em particular, a da espécie humana; compreender e interpretar essa história com base na análise de árvores filogenéticas. • Compreeender os fundamentos das teorias evolucionistas, de modo a ter subsídios para refletir sobre a origem da vida e da espécie humana. • Conhecer a anatomia dos sistemas do corpo humano, compreender o papel de cada um, reconhecendo sinais e sintomas que o corpo nos envia. • Aplicar os conhecimentos relativos à herança de genes e a probabilidade na resolução de problemas envolvendo cruzamentos. • Relacionar os princípios de: dominância, segregação de alelos e combinação aleatória dos gametas com as proporções obtidas nos cruzamentos genéticos envolvendo um ou mais gens. • Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais. • Analisar osa interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética. Encaminhamento Metodológico Ao utilizar a problematização como uma abordagem metodológica no desenvolvimento dos quatro conteúdos estruturantes, parte-se do princípio da provocação e mobilização do aluno na busca por conhecimentos necessários para resolver problemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia ao cotidiano do aluno para que ele busque compreender e atuar na sociedade de forma crítica. Atenção especial deve ser dada à maneira como os recursos pedagógicos serão trabalhados e aos critérios político-pedagógicos da seleção destes recursos, de modo que eles contribuam para uma leitura crítica e para os recortes necessários dos conteúdos específicos 166 identificados como significativos para o ensino médio. O uso de diferentes imagens em vídeo, transparências, fotos, textos de apoio usados com frequência nas aulas de Biologia, requerem a problematização em torno da demonstração e da interpretação. Analisar quais os objetivos e expectativas a serem atingidas, além da concepção de ciência que se agrega às atividades que utilizam estes recursos, pode contribuir para a compreensão do papel do aluno frente a tais atividades. Estratégias de ensino como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a atividade experimental, o estudo do meio, os jogos didáticos, entre tantas outras, devem favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação de novos significados, pois esse processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes ideias propagadas em sala de aula. Práticas tão comuns em sala de aula, a leitura e a escrita merecem atenção, porque por um lado são repletas de significações e por outro podem levar a interpretações equivocadas do conhecimento científico. Elas são demarcadoras do papel social assumido pelo professor e pelos alunos e devem ser pensadas a partir do significado das mediações, das influências e incorporações que os alunos demonstram. As atividades experimentais, sejam elas de manipulação de material ou demonstrativo, também representam importante estratégia de ensino. Para a realização dessas atividades, não é preciso um aparato experimental sofisticado, mas a organização, discussão e análise, de procedimentos que possibilitem a interação com fenômenos biológicos, a troca de informações entre os grupos que participam da aula e, portanto, a emergência de novas interpretações. As atividades experimentais podem ser o ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou permitir a aplicação das ideias discutidas em aula, de modo a levar os alunos a aproximarem teoria e prática e, ao mesmo tempo, permitir que o professor perceba as explicações e as dúvidas manifestadas por seus alunos. Nas atividades experimentais demonstrativas é preciso permitir a participação do aluno e não apenas tê-lo como observador passivo. Algumas vezes, a atividade prática demonstrativa implica a ideia da existência de verdades definidas e formuladas em leis já comprovadas, isto é, uma ciência de realidade imutável. De outro lado, a atividade experimental, como resolução de problemas ou de hipóteses, pode trazer uma concepção de ciência diferente, como interpretação da realidade, de 167 maneira que as teorias e hipóteses são consideradas explicações provisórias. Nesse caso, estabelece-se maior contato do aluno com o experimento e com a atitude científica. Outra estratégia que, além de integrar conhecimentos, veicula uma concepção sobre a relação ser humano-ambiente e possibilita novas elaborações em pesquisa, é o estudo do meio. Este estudo pode ocorrer em locais como: parques, praças, terrenos baldios, praias, bosques, rios, zoológicos, hortas, mercados, aterros sanitários, fábricas, etc. Ainda com relação à abordagem metodológica, é importante que o professor de Biologia, ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei n.10.639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e cultura afrobrasileira e africana. Igualmente deve ser resguardado o espaço para abordagem da história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08. A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana, bem como, sobre a cultura indígena, poderá ser desenvolvida por meio de análises que envolvam a constituição genética da população brasileira. Os conteúdos específicos a serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos estruturantes quanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada, favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural. Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, este deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Portanto é necessário que o professor contextualize esta abordagem em relação aos conteúdos estruturantes, de tal forma que os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não sejam trabalhados isoladamente na disciplina de Biologia. Avaliação A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas. Desse modo a avaliação da aprendizagem escolar deve ser: • Um processo contínuo e sistemático; deve ser diagnóstica, constante e planejada, fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno; • Funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo atingidos, 168 utilizando instrumentos diversificados nesta verificação; • Orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quanto antes, e ao professor rever a sua prática metodológica; • Integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não apenas os aspectos cognitivos são analisados. Enfim, a avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos se tornam observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes. Quanto aos instrumentos da avaliação, teremos: prova escrita e oral, auto avaliação, trabalhos de pesquisa, tarefas em classe e extraclasse, trabalho integrado, participação. Cabe ao professor escolher entre as técnicas que considere mais apropriada para avaliar seus alunos, levando em consideração os conteúdos trabalhados, os objetivos estabelecidos e a metodologia utilizada, assim como a recuperação paralela que é atribuído valor 10,0 pontos. Lembrando sempre que não existe a maneira mais correta de avaliação; todas apresentam vantagens e desvantagens. Faz-se necessário ressaltar a necessidade de considerar os alunos como sujeitos históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem. Referências AMABIS; MARTHO. Fundamentos da biologia moderna. São Paulo:Moderna, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. BIOLOGIA. Curitiba, 2008. DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina A partir da data da revogação da lei:- LDB 9994/1996, onde a educação física passa de Área de Atividades para Componente Curricular, desde então tomando outro formato, com responsabilidades muito maiores na formação do aluno, não só com o físico mais também com o intelecto em busca de um ser humano mais autônomo; tratando de maneira cognitiva, lidando com o social, emocional e afetiva do aluno, passando a ser visto como saberes com sentidos e significados. A educação Física é um conjunto de 169 atividades físicas não-competitivas embasadas em esportes com fins recreativos, quanto à ciência que fundamenta a correta prática destas atividades; que é a ciência que estuda a natureza em seus aspectos mais gerais, procurando dar sentido e significado aos movimentos. A contribuição da Educação Física Escolar As informações disponíveis na literatura demonstram uma estreita associação entre os níveis habituais de prática da atividade física e os índices de adiposidade e de desempenho motor. A Educação Física escolar contribui para as crianças e os adolescentes sejam mais ativos no seu dia a dia, minimizando assim a tendência ao acumulo de gordura. Os alunos trabalhadores podem compor um grupo que desenvolva atividades voltadas à restituição de energias, estímulos de compensação e redução de cargas resultantes do cotidiano profissional. O avanço tecnológico tem trazido mudanças de hábitos aos homens com resultados positivos e negativos. Dentre os negativos, tem sido destaque o stress acumulado, que torna o indivíduo sujeito à doenças psicossomáticas, com ansiedade, frustrações e depressão ou até generalizado de insatisfações prejudicando as relações interpessoais. Outras causas citadas, como resultantes do avanço tecnológico, são os problemas respiratórios, musculares, distúrbios no aparelho imunológico, hipertensão arterial, arteriosclerose e cardiopatias. A Educação do corpo em movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de consciência e domínio de seu corpo e, a partir daí, construir para o seu desenvolvimento possibilidades de aprendizagem. Objetivo Organizar e praticar atividades corporais, valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível, bem como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras convencionais, com o intuito de torná-las mais adequadas ao momento do grupo, favorecendo a inclusão dos praticantes. Analisar, compreender e manipular os elementos que compõem regras como instrumentos de criação e transformações. Analisar alguns dos padrões de beleza, saúde e desempenho, presentes no cotidiano, e compreender sua inserção no contexto sócio-cultural em que são produzidos, 170 despertando para o senso crítico e relacionando-os com as práticas da cultura corporal de movimentos. Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e de outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais. O estudo do corpo em movimento na Educação Física, objetiva atingir a consciência e domínio corporal, trabalhada através dos pressupostos do movimento expresso na ginástica, dança e jogos historicamente colocados. Conteúdos Estruturantes – Conteúdos Específicos Manifestações esportivas Leitura do fenômeno esportivo com vistas a sua complexidade social, histórica e política; reconhecer sua condição técnica, tática, seus elementos básicos; o sentido da competição esportiva; articular o esporte com outras possibilidades corporais, constituintes desse patrimônio. Manifestações ginásticas Origem da ginástica e sua mudança no tempo (os significados culturais, das diferentes variações ginásticas); práticas ginásticas: reconhecimento dos limites e possibilidades corporais, que viabilizam a reflexão crítica no mundo: formas expressivas presentes no circo, nos malabares, acrobacia, cultura da rua. Jogos, brincadeiras e brinquedos A construção coletiva de jogos e brincadeiras; Por que brincamos? oficina de construção de brinquedos; brinquedos e brincadeiras tradicionais; brinquedos cantados, rodas e cirandas; diferentes manifestações e tipos de jogos; jogos e brincadeiras com e sem materiais; diferenças entre jogo e esporte. Manifestações estético-corporais na dança e no teatro A dança e o teatro como possibilidade de manifestação corporal; diferentes tipos de dança; por que dançamos? Danças tradicionais e folclóricas; desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas; mímica, imitação e representação. Conteúdo Estruturante GINASTICA LUTAS ESPORTE JOGOS E BRINCADEIRAS 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Básico Conteúdo Específico Ginástica - Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas artística/olímpica; assimétricas; Ginástica de - Alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; condicionamento físico; pular corda; step; core board; pilates; Ginástica geral - Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte). Lutas de aproximação; - Judô; luta olímpica; karatê; jui-jitsu, sumo. Lutas com instrumento - Esgrima; kendó; mediador; - Karatê; boxe; muay thai; taekwondo; Lutas que mantêm a - Angola; regional. distância; Capoeira. Coletivos; - Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; Individuais; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol. Radicais. - Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; - Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf. Jogos de tabuleiro; - Dama; trilha; resta um; xadrez; Jogos dramáticos; - Improvisação; imitação; mímica. Jogos cooperativos. - Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se 171 DANÇA Conteúdo Estruturante com im abraço. - Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbo. - Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango. 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Danças folclóricas; Danças de salão; Danças de rua. Conteúdo Básico Conteúdo Específico GINÁSTICA Ginástica artística/olímpica; Ginástica de condicionamento físico; Ginástica geral - Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas; - Alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; pular corda; step; core board; pilates; - Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte). LUTA Lutas de aproximação; Lutas com instrumento mediador; Lutas que mantêm a distância; Capoeira. - Judô; luta olímpica; karatê; jui-jitsu, sumo. - Esgrima; kendó; - Karatê; boxe; muay thai; taekwondo; - Angola; regional. ESPORTES Coletivos; Individuais; Radicais. - Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol. - Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; - Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf. JOGOS Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos cooperativos. - Dama; trilha; resta um; xadrez; - Improvisação; imitação; mímica. - Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com im abraço. DANÇA Danças folclóricas; Danças de salão; Danças de rua. - Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbo. - Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango. 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico GINÁSTICA Ginástica artística/olímpica; Ginástica de condicionamento físico; Ginástica geral - Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas; - Alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; pular corda; step; core board; pilates; - Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte). LUTA Lutas de aproximação; Lutas com instrumento mediador; Lutas que mantêm a distância; Capoeira. - Judô; luta olímpica; karatê; jui-jitsu, sumo. - Esgrima; kendó; - Karatê; boxe; muay thai; taekwondo; - Angola; regional. ESPORTES Coletivos; Individuais; Radicais. - Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol. - Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; - Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf. JOGOS Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos cooperativos. - Dama; trilha; resta um; xadrez; - Improvisação; imitação; mímica. - Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com abraço. 172 DANÇA Danças folclóricas; Danças de salão; Danças de rua. - Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbo. - Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango. Encaminhamentos Metodológicos As manifestações esportivas, manifestações ginásticas, jogos, brincadeiras e brinquedos, manifestações estéticas na dança e no teatro que compõe a especificidade da disciplina, sugere-se a organização das aulas em três momentos distintos: Primeiro momento: O conteúdo da aula é apresentado aos alunos e problematizado, buscando as melhores formas de organização para execução das atividades a serem desenvolvidas. Conversa-se com os alunos sobre as formas de execução da praticas corporais a fim de descobrir as possibilidades e os limites de cada um no desenvolvimento da atividade proposta. Segundo momento: É a fase do desenvolvimento das atividades e refere-se a apreensão do conhecimento. Neste momento o professor observa as atividades realizadas pelos alunos, podendo diagnosticar e intervir se necessário durante o movimento corporal, seja ela estimulada ou não pelo professor ou então gerada pelo próprio aluno. Terceiro momento: reflexão sobre a prática. Enquanto momento de dialogo, levar cada aluno pensar e repensar suas atitudes pedagógicas durante as aulas, ou seja, levantar todos os aspectos positivos e negativos juntos com eles. Partindo do exposto, pode-se concluir que uma aula de Educação Física compõese de: proposição do que vai ser executado; execução do que foi proposto e reflexão do que foi executado. Projetos Desenvolvidos pelos professores do Estabelecimento Escolar, podendo ter parcerias com estagiários das IES e PDE. Apresentações de dança referentes a datas comemorativas escolhida pelo professor(a), campeonato por bimestre de acordo com a modalidade, gincanas recreativa e cultural e festival. Obs. A aula prática deverá ser com o alongamento (ativo ou passivo), envolvendo todos os grupos musculares usados na modalidade. O conhecimento sobre a necessidade do alongamento no ensino fundamental e médio venha desenvolver sua flexibilidade, para que não sofra o encurtamento muscular na sua vida adulta. 173 Recursos Didáticos Trabalhos individuais, em pequenos e grandes grupos; recursos áudio visuais; recursos teóricos e práticos; aulas práticas; aulas teóricas; aulas expositivas, pesquisas em sites e livros. Avaliação Por meio de participação e progresso do aluno durante as atividades propostas; • Avaliação diagnóstica, diária e contínua; • O aluno será avaliado pelo seu grau de desenvolvimento em sua consciência corporal; • Avaliação quanto ao grau de superação de sua dificuldade de expressão. • A recuperação é paralela com valor de 10,0 pontos, sendo realizada nas aulas práticas com os exercícios executados e a parte teórica é aplicada uma prova escrita. Referências CARLINI, Alda Luiza. A Educação e a Corporalidade do educando. São Paulo: Discorpo, 1995. n. 4, p. 41-60. DARIDO, S.C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física na Escola: implicações para prática pedagogica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. ESCOBAR, M. Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. In: Revista Motrivivência, Florianópolis: Ijuí, 1995. n. 8, p.91 –100. KUNZ, Elenor. Educação Física: ensino & mudanças. Ijuí: Editora Unijuí, 1991. MEDINA, João P. S. O Brasileiro e seu Corpo. 2 ed. Campinas: Papirus, 1990. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Educação Física. Curitiba,2008. DISCIPLINA DE FILOSOFIA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina Em nossa realidade educacional brasileira, surge a necessidade de o estudante elaborar um pensamento autônomo e reflexivo que possibilite o auxílio do processo de 174 interpretação e compreensão do mundo, haja vista os inúmeros conflitos sócio-políticos, econômicos e culturais que nos circundam. A Disciplina de Filosofia no Ensino Médio ganha sua importância quando se compreende que a reflexão filosófica, elaborada a partir dos seus eixos temáticos propostos pelas Diretrizes Curriculares Estaduais de Filosofia (DCEF), pode levar o estudante ao conhecimento crítico-reflexivo necessário para que se tornem cidadãos plenos, interpretando e sugerindo soluções à sua realidade. Na particularidade da reflexão filosófica se propõe uma pluralidade interpretativa, auxiliando diretamente a possibilidade da criação e da ressignificação dos conceitos apresentados ao longo da sua história e do próprio pensamento humano. Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos Vivemos um momento histórico importante para a disciplina de Filosofia na Educação Básica brasileira. Desde 2005 se iniciou o processo de reimplantação da disciplina na grade curricular, passando a considerá-la novamente uma disciplina obrigatória e de importante relevância na formação do estudante. Em nosso estabelecimento educacional, apenas neste ano de 2010 a disciplina de Filosofia passa a ocupar as três séries do Ensino Médio. Segundo as DCEF, “no Brasil”, em linhas gerais, quando tomamos contato com a história da disciplina de Filosofia, percebemos um movimento de afirmação e busca do seu espaço, com a necessidade de justificar-se perante as demais disciplinas diante da insistente, porém pertinente pergunta: para que Filosofia? “Importante lembrar que vivemos ainda” um momento de defesa da disciplina de Filosofia, da sua consolidação no currículo escolar e da luta pela sua legitimação diante da sociedade brasileira, uma vez que seu reconhecimento legal se deu na correção da LDB em junho de 2008 pela lei 11.684. “Não menos importante na história da disciplina é a questão: qual Filosofia ensinar”? Essa indagação remete-nos ao conteúdo da Filosofia e também ao método de ensino, ou seja, de qual filosofar estas Diretrizes estão tratando. A sequência desse raciocínio nos impele a uma terceira questão: filosofar para quê? Essa linha de pensamento sobre o ensino de Filosofia está presente na Declaração de Paris para a Filosofia, redigida durante as jornadas internacionais Philosophie et démocratie dans le monde, quando sublinha: 175 [...] ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas [...] Consideramos que a atividade filosófica – que não deixa de discutir livremente nenhuma idéia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os argumentos dos outros – permite a cada um aprender e pensar por si mesmo [...] (UNESCO, 1995)” (DCEF, 2010: 47-48). Objetivos Analisar os problemas e conceitos criados ao longo da História da Filosofia e gerar discussões promissoras e criativas sobre sua história, proporcionando, similarmente, o desencadeamento de ações e transformações que interessam ao exercício da cidadania, torna-se o objetivo pretendido pela disciplina de Filosofia no Ensino Médio. Contudo, para se atingir tal objetivo, empregar-se-á a reflexão especifica da Filosofia, trazendo consigo as características de radicalidade (examinar as raízes de todas as coisas buscando sua origem), de rigorosidade (possuir um método e um caminho especifico) e de conjunto (dialogar com as diversas áreas de conhecimento). O objetivo surge na preocupação da construção e do enriquecimento do universo de conhecimento do estudante e sua consequente mudança de postura intelectiva, passando, assim, a desenvolver e utilizar a reflexão filosófica em sua vida cotidiana. 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Estruturante Específico Objetivo Mito e Filosofia -Caracterização dos diferentes modos de pensamento: mítico, religioso, filosófico e científico; -Proporcionar ao estudante a possibilidade de compreender que existem diferentes formas de abordagem de um mesmo problema, proporcionando, assim, o campo específico onde a disciplina de Filosofia atua; -Possibilitar ao estudante a compreensão da diversidade -Caracterização da passagem do pensamento mítico ao pensamento simbólica, religiosa e de alguns arquétipos que constituem a filosófico; realidade humana. -Apresentação dos elementos que permitiram o aparecimento da Filosofia. -Possibilitar que o estudante apreenda os diversos períodos e escolas da filosofia grega. Teoria do Conhecimento -Caracterizar os problemas acerca dos critérios da verdade, da origem do conhecimento e de sua possibilidade em concomitância à questão do método. -Possibilitar que o estudante reconheça e diferencie as diferentes concepções do conhecimento para alguns autores da História da Filosofia; -Possibilitar a compreensão da origem e da possibilidade do conhecimento crítico. Filosofia da Ciência -Apresentar um estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das diversas ciências; -Possibilitar a apreensão do processo da revolução científica ao longo da Filosofia moderna; -Perceber o surgimento do método científico na História da Filosofia; -Proporcionar a compreensão da relação entre ciência e técnica -Mostrar a provisoriedade do 176 conhecimento científico e sua e dos seus problemas decorrentes para o mundo tributação aos fundamentos contemporâneo. ideológicos, religiosos, econômicos, políticos, histórico e metodológicos. 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Estruturante Ética Específico Objetivo -Problematizar questões sobre os fundamentos da ação humana; -Problematizar questões sobre liberdade, emancipação, valores e deveres individuais e/ou coletivos. -Possibilitar que o estudante alcance a compreensão das origens e condições da moralidade humana, percebendo os fundamentos das diversas atividades de valoração e criação dos sentidos para a realidade; -Construir a compreensão da ética como condição para a compreensão da Filosofia política; - Compreender a ideia e o desenvolvimento do conceito de virtude. Política -Problematizar questões que envolvam o sentido dos conceitos de cidadania, igualdade, liberdade, democracia, poder, jusnaturalismo e contratualismo. -Perceber as condições de criação e desenvolvimento da sociedade; -Compreender as diversas interpretações filosóficas sobre a noção de Estado, Homem e Cultura na Historia da Filosofia; -Proporcionar reflexões sobre o surgimento e as caracterizações dos diferentes regimes políticos. Estética -Apresentação dos elementos que envolvam o problema do belo, da experiência estética e da relação entre arte e sociedade; -Possibilitar o estabelecimento da crítica ao processo artístico; -Definir os diversos conceitos da esfera estética dentro da História da Filosofia; -Elaborar a compreensão de um pensamento crítico sobre o processo da reprodutibilidade técnica na obra de arte; -Perceber as transformações decorrentes das novas tecnologias derivadas das transformações sociais. -Apresentação dos conteúdos que caracterizam a mímesis, a catarse, e a reprodutibilidade da técnica da arte. 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Estruturante Específico Objetivo Teoria do Conhecimento -Caracterizar os problemas acerca dos critérios da verdade, da origem do conhecimento e de sua possibilidade em concomitância à questão do método. -Caracterizar as diferentes questões sobre as origens, características e possibilidades do conhecimento na História da Filosofia; -Possibilitar a compreensão das condições de mutabilidade que proporcionam a passagem da Teoria do Conhecimento do período moderno para o período contemporâneo. Filosofia da Ciência -Apresentar um estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das diversas ciências; -Mostrar a provisoriedade do conhecimento científico e sua tributação aos fundamentos ideológicos, religiosos, econômicos, políticos, histórico e metodológicos. -Diferenciar os discursos e métodos próprios da Filosofia e da ciência na modernidade e contemporaneidade; -Estudar e examinar os métodos e os fundamentos da ciência moderna e contemporânea; -Aprofundar a compreensão dos diferentes paradigmas científicos; -Perceber o problema da universalização das ciências na Filosofia moderna e contemporânea. Ética -Problematizar questões sobre os fundamentos da ação humana; -Possibilitar que o estudante alcance a compreensão das origens e condições da moralidade humana, percebendo os fundamentos das diversas atividades de valoração e criação dos sentidos para a realidade; -Possibilitar a compreensão dos fundamentos éticas na Filosofia contemporânea. -Problematizar questões sobre liberdade, emancipação, valores e deveres individuais e/ou coletivos. Política -Problematizar questões que envolvam o sentido dos conceitos de cidadania, igualdade, liberdade, democracia, poder, jusnaturalismo e contratualismo. -Reconstruir a compreensão das condições de criação e desenvolvimento da sociedade humana ao longo da História da Filosofia; -Compreender os fundamentos da Filosofia política na contemporaneidade; -Reconhecer características do pensamento filosófico no atual contexto político. Estética -Apresentação dos elementos que -Possibilitar a compreensão dos fundamentos estéticos na 177 envolvam o problema do belo, da experiência estética e da relação entre arte e sociedade; -Apresentação dos conteúdos que caracterizam a mímesis, a catarse, e a reprodutibilidade da técnica da arte. Filosofia contemporânea; -Oportunizar ao estudante a compreensão e apreensão da realidade através da sensibilidade, percebendo que o conhecimento não é apenas resultado da atividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da relação do homem com a produção artística. Encaminhamento Metodológico Mobilizar o estudante para os conteúdos estruturantes da Filosofia será o fio condutor do processo metodológico no ensino da Filosofia. Esse processo mostra a tentativa de desenvolver a postura da compreensão e do enfrentamento das problemáticas questões que versam sobre a realidade humana, proporcionando uma postura crítica e reflexiva para que o estudante se situe filosoficamente nessa tarefa. Os conteúdos serão apresentados aos alunos de modo expositivo, interrogativo, dialógico e com leituras e discussões de textos clássicos da Filosofia. Os recursos didáticos serão: aulas expositivas, quadro negro, músicas, discussões, debates, seminários, livros, artigos, revistas, vídeos e poemas. Dessa forma, conseguir-se-á tal mobilização como o primeiro passo para o desenvolvimento filosófico do estudante. Avaliação A avaliação terá como principal objetivo diagnosticar o desenvolvimento do aluno em relação aos seus empreendimentos cognitivos, tais como: argumentação, reflexão, desenvolvimento textual, oralidade, desenvolvimento lógico do raciocínio, reconhecimento dos conceitos filosóficos e suas diferenças ao longo da Historia da Filosofia. O desenvolvimento da leitura dos textos filosóficos enriquecerá o aluno quanto ao vocabulário e capacidade de produção textual dentro das normas cultas da língua portuguesa. Esse processo avaliativo converge com o processo defendido pelas DCEF: Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensinoaprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. (DCEF, 2010, p. 62) 178 Referências ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2000. ARANHA, M. L. de Arruda; MARTINS, M. H. Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. rev. São Paulo: Moderna, 2003. ARANHA, M. L. de Arruda; MARTINS, M. H. Pires. Temas de filosofia. 2. ed. rev. São Paulo: Moderna, 2001. CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 12 ed. São Paulo: Ática, 2002. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. FILOSOFIA. Vários autores. Livro Didático Público. Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Filosofia. 2010. REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia: patrística e escolástica. São Paulo: Paulus, 2003. REALE,G; ANTISERI, D. História da Filosofia: do Humanismo a Kant. 2. ed., São Paulo: Paulus, 1990. VERNANT, Jean-Pierre. Mito e pensamento entre os gregos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 375-381. DISCIPLINA DE FÍSICA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina A Física é uma ciência que procura explicar os mistérios naturais a serem desvendados e está em contínua evolução. Ela está inserida em nossa cultura e na aplicação das tecnologias de nosso cotidiano tornando-se um instrumento necessário para compreensão do mundo natural e dos aparatos tecnológicos, bem como das diversas linguagens, para formação do cidadão como um todo. Seu objeto de estudo é o Universo, em toda sua complexidade, evolução, transformações e as interações que nele se apresentam, pois são inúmeras as contribuições que as descobertas científicas na área da Física, trouxeram para o avanço da nossa sociedade, em todas as áreas. O ensino de Física está centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar aos estudantes uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que esta 179 não é somente fruto da racionalidade científica, mas elemento essencial para o exercício da cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de participar e admirar a beleza da produção científica ao longo da história. O quadro conceitual de referência da Física está organizado em três campos de estudo: Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo. Objetivo Levar o estudante a refletir sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta ciência não é fruto apenas da pura racionalidade científica. Assim, busca-se contribuir para o desenvolvimento de um sujeito critico, capaz de admirar a beleza da produção científica e compreender a necessidade deste conhecimento para entender o universo de fenômenos que o cerca, percebendo a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos. Possibilitar o conhecimento da importância da linguagem matemática que estrutura os modelos físicos através de equações; compreender enunciados referentes a códigos e símbolos; interpretar e utilizar gráficos e tabelas; estabelecer relações matemáticas; elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados. Compreender que a busca do conhecimento físico, bem como sua evolução e aplicações possíveis são indispensáveis no processo de transformação da realidade social, econômica e política. Desenvolver no aluno o raciocínio indutivo e dedutivo, fatores indispensáveis nas soluções e explicações dos problemas propostos dos conhecimentos físicos. Conteúdo Estruturante Para a abordagem pedagógica em Física é necessário que o professor conheça a evolução das idéias e conceitos resultantes dessa evolução e as relações dessa evolução com a história da humanidade. Este conhecimento permite ao professor tornar didáticos os conceitos. 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Conteúdo Específico Desdobramento Estruturante MOVIMENTO Momentum, inércia e a conservação Espaço, tempo e massa, velocidade a do momentum 1 Lei de Newton, referenciais inerciais e não inerciais; unidades; vetores, unidades. 180 a Variação da quantidade de movimento Impulso, 2 Lei de Newton, aceleração, movimentos acelerados e = Impulso e a 2ª Lei de Newton retardados; unidades; vetores. Gravitação Leis de Kepler, Lei da Gravitação Universal, unidades, vetores; unidades . 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio Sistema massa mola, centro de gravidade, força resultante, unidades, vetores; unidades. Energia , Princípio da Conservação da Energia cinética e potencial; a conservação da energia mecânica; Energia,Trabalho e Potência transformação de energia e trabalho; unidades . Fluídos Massa específica e densidade, pressão e volume; princípio de Arquimedes e o empuxo, vasos comunicantes e princípio de Pascal. Tensão superficial, capilaridade, viscosidade. Unidades. Oscilações Ondas mecânicas (acústica); sistema massa-mola, unidades. 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante Conteúdo Específico Desdobramento Lei zero da Termodinâmica Calor e temperatura; propriedades térmicas, instrumentos de medida de temperatura – o termômetro e as escalas termométricas; equilíbrio térmico; teoria cinética dos gases; leis dos gases ideais; etc, unidades. TERMODINÂMICA Propriedades térmicas e dilatação dos materiais a 1 Lei da Termodinâmica a Entropia e a 3 Lei da Termodinâmica Coeficiente de dilatação, dilatação térmica em sólidos, líquidos e gases; unidades . Capacidade calorífica dos sólidos e gases e o calor específico; mudança de fase; calor latente, calor sensível e o calor como energia; energia interna de um gás ideal; conservação de energia variação da energia e o trabalho sobre um gás; unidades. Processos reversíveis e irreversíveis; a energia como uma constante do universo e a entropia; unidades. 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante Conteúdo Específico Desdobramento Carga elétrica Carga elétrica, processos de eletrização; unidades Campo eletromagnético Campo eletromagnético, indução eletromagnética, transformadores; vetores; unidades. Força eletromagnética Força elétrica e força magnética – Força de Lorentz, vetores, etc, unidades. Lei de Gauss (convergência e divergência das linhas de campo), Lei de Coulomb, Lei de Lenz e a conservação da energia, Lei de Ampére, a indução eletromagnética e o gerador, etc. Vetores; unidades. Equações de Maxwell ELETROMAGNETISMO Energia e o Princípio da conservação da energia Lei de Lenz e a conservação da energia; transformação de energia, trabalho e potencial elétrico, a energia potencial elétrica; energia nuclear: fissão e fusão nuclear; unidades. Elementos de um circuito elétrico A variação da carga elétrica no tempo fontes de energia, geradores, motores, resistores, capacitores, etc; unidades. Luz Fenômenos luminosos: refração e reflexão, espalhamento, interferência e difração; efeito fotoelétrico; efeito Compton; dualidade onda-partícula (De Broglie), unidades. 181 Observações importantes 1) Dada a importância que representa para a Física uma Unidade de medida, ela deve estar sempre presente, conforme o conteúdo ministrado. Ou seja, não é trabalhar sistemas de unidades em separado, mas com a relação entre as propriedades observadas no estudo da natureza e contemplar os aspectos qualitativos e quantitativos. 2) Na tabela acima colocaram-se vetores para todos os conteúdos que envolvem grandezas vetoriais. Mas, devemos lembrar que vetor não é um conteúdo físico e sim uma ferramenta matemática para o trabalho com grandezas que tenham módulo, direção e sentido. Portanto, não é um conteúdo físico. Metodologia O enfoque conceitual deverá acontecer considerando o conhecimento científico como uma construção humana com significado histórico e social, e não somente como uma equação matemática, seguindo o entendimento de que as equações prontas servem apenas como modelos provisórios e não como algo imutável. É preciso focalizar os conteúdos num contexto social, econômico, cultural e histórico, situados no tempo e no espaço. A abordagem dos conteúdos deverá considerar a relação teoria-prática visando proporcionar melhor interação entre professor estudante e objeto de estudo, explorar o conhecimento prévio do aluno, adquirido no cotidiano, sendo essas concepções alternativas apresentadas pelos estudantes a respeito de alguns conceitos, capazes de influenciar a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico de forma elaborada, sistematizada e significativa. No encaminhamento metodológico o professor utilizará os diversos recursos disponíveis, tais como teste de sondagens para avaliar o conhecimento prévio num todo; sondagem individual; aulas expositivas sobre o tema central; aulas experimentais; coleta e construção de material; vídeo; produção e interpretação de texto; grupos de estudos dirigidos. Explorar as possibilidades de trabalho conjunto com outras disciplinas e os conceitos de outros campos do conhecimento para melhor entendimento do conhecimento físico ou o contrário. 182 Critérios de Avaliação da Disciplina A avaliação em Física procurará verificar a apropriação dos conteúdos trabalhados, devendo considerar o progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das idéias em Física e a não neutralidade da ciência. Deve-se buscar, sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo, não só para verificar a apropriação do conteúdo, mas para, a partir dela, o professor (a) encontrar subsídios para intervir nos aspectos organizacionais relacionados à aprendizagem. A avaliação deve ser diversificada, e verificar a compreensão, a capacidade de interpretação de manuais, textos, exames laboratoriais (ultra-som, infravermelho, raio X, audiometria, etc.). A avaliação é continuada, formativa, devendo avaliar os alunos em todas as suas capacidades, prevalecendo o caráter qualitativo sobre o quantitativo. A recuperação dos conteúdos não assimilados ocorrerá sempre que for observada a não aprendizagem, devendo o professor proceder às adaptações necessárias quanto aos procedimentos didático-metodológicos e instrumentos de avaliação no sentido de garantir a apropriação dos conteúdos, cumprindo com caráter formativo da avaliação previsto no Projeto Político Pedagógico da escola. Os resultados da recuperação (valor 10,0 pontos) serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar. Referências BONJORNO, R.A; BONJORNO, J.R; BONJORNO,V; RAMOS, C.M. Física Completa: volume único. São Paulo: FTD, 2000. CIÊNCIA. Campinas: Mercado das Letras/ Associação de Leitura do Brasil-ALB, 1998. CONSTRUINDO uma cosmovisão científica. Rio de Janeiro: CBPF, 1998. FILHO, Aurélio Gonçalves; TOSCANO, Carlos. Física, volume único. São Paulo: Scipione, 2009. GASPAR, A. Física, volume único. São Paulo, Ática. MÁXIMO, A; ALVARENGA, B. Física de olho no mundo do trabalho volume único. São Paulo: Scipione, 2003. 183 MENEZES, Luiz Carlos. Uma Física para o Novo Ensino Médio. Física na Escola, 2010. PARANÁ. Secretaria de Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação. Fímica. Curitiba: MEC/SEED, 2009. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público. Curitiba, 2006. RAMALHO, Nicolau; TOLEDO. Os Fundamentos da Física: volume 3. 7. ed. São Paulo: Editora Moderna. DISCIPLINA DE GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina A Geografia surgiu a partir da necessidade de conhecer o território de trabalho humano. No princípio a humanidade apresentava características nômades para assegurar a sua sobrevivência. Dessa forma deu início a ampliação do conhecimento acerca do espaço. Quando a humanidade passou ao sedentarismo com as atividades agropecuárias e a desenvolver novos modos de produção, (produção comunitária, escravismo etc.) a criação de novas tecnologias de produção alterou as relações homem X natureza. Dessa forma surgiu a expansão territorial pautada em novas relações sócio-culturais. Com o desenvolvimento das ciências como Filosofia, Matemática aparecem contribuições para o surgimento da ciência Geográfica. Conceituar qualquer ramo do conhecimento científico é muito difícil, assim como definir a Geografia, pois as ciências interpenetram e se completam de tal forma que se toma difícil delimitar os seus respectivos objetos de estudos. Como definição da Geografia concordamos com Emmanuel De Martonne "como o estudo da distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos na superfície da Terra, da causa desta distribuição e das relações locais destes fenômenos". O estudo sobre a Geografia nas escolas, passou por uma série de modificação em relação à seleção de conteúdos e a metodologia de ensino. Vários fatores históricos, sociais, econômicos e políticos contribuíram para as mudanças. De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná, cabe à Geografia preparar nossos alunos para uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a "naturalidade" dos fenômenos que imprimem passividade 184 aos indivíduos (Casseti, 2002), e é tarefa do professor de dos alunos assumirem uma atitude investigativa de pesquisa e assumirem seu papel de agentes transformadores da realidade. História da Disciplina e Fundamentos Históricos Metodológicos Desde a alvorada humana, se estabeleceu uma relação entre o homem e a natureza, pois sobreviver era preciso, e o desenvolvimento social está baseado no domínio e apropriação da natureza que nos cerca, realizada por meio do trabalho, modelando e transformando o espaço, inclusive na atividade de planejar. Os primeiros povos nômades eram caçadores e sua sobrevivência estava diretamente ligada a abundancia da caça, assim eles desenvolveram conhecimentos sobre os ciclos reprodutivos da natureza (estações). Com o sedentarismo o homem passou a desenvolver técnicas agrícolas, domesticação de animais e para isso conhecer as variações climáticas e o regime das águas. Com o desenvolvimento do trabalho e novas técnicas de produção, fortaleceu o homem como grupo social e proporcionou para que, como espécie, se multiplicasse e buscasse novos horizontes em busca de satisfações sociais, biológicas e cognitivas e criou novas necessidades que se põem para alem da satisfação de sua condição humana. Na Antiguidade Oriental, os povos da Mesopotâmia e do Egito, por exemplo, por dependerem da irrigação para a produção agrícola, realizaram estudos dos regimes fluviais do Nilo, Tigre e Eufrates e estudos de geometria, pois as cheias desses rios influenciavam a demarcação das áreas para cultivo. Ainda nesse período, a atividade comercial levou à intensa navegação pelos mares Mediterrâneo e Vermelho, à expansão do mundo conhecido e, com isso, a maior produção de conhecimento geográfico. (ANDRADE, 1987). Na Antiguidade Clássica, muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações Sociedade ↔ Natureza, sobre a extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais. Estudos descritivos das áreas conquistadas e informações sobre a localização, o acesso e as características das cidades e regiões dos impérios eram conhecimentos fundamentais para suas organizações políticas e econômicas. Nesse contexto, desenvolveram-se outros conhecimentos, como os relativos à elaboração de mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da distribuição de terras e águas, bem como a defesa da tese da esfericidade da Terra, o 185 cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre outros. Na idade média o pensamento geográfico pouco se desenvolveu, pois os conhecimentos científicos foram influenciados pelo poder da Igreja e o que havia sido desenvolvido, como por exemplo a redondeza da Terra por Aristóteles no século III a.C., passou a ser negada. Pois para pode da época a Terra era um planisfério. [...]. No século VI, em Alexandria, procurou-se estabelecer que a Terra tinha uma forma tabular, por ser semelhante ao Tabernáculo judeu, sendo mais comprida que estreita [...]. A partir do século XVI, de modo especial, os viajantes colonialistas passaram a descrever e representar detalhadamente alguns elementos do espaço – rios, lagos, montanhas, desertos, planícies – e também as relações Homem ↔ Natureza, observadas em sociedades distintas com levantamento de dados sobre os territórios coloniais, suas riquezas naturais e seus aspectos humanos. Assuntos que mais tarde constituiriam parte do conhecimento disciplinar da Geografia tornaram-se preocupação de Estados, sociedades e pensadores interessados, por diferentes razões, em conhecer o espaço geográfico. Temas como comércio, formas de poder, organização do Estado, produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas de representação de territórios e extensões de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais. As novas colônias passaram a ser estudadas de maneira mais minuciosa, e financiadas pelas sociedades dominantes da época. As pesquisas dessas sociedades subsidiaram o surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico, destacadamente, a alemã e a francesa. O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas Ratzel (1844-1904) é apontado como fundador da Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. A escola francesa de pensamento geográfico teve como principal representante Vidal de La Blache (18451918). Para Ratzel e a escola alemã, a relação Sociedade ↔ Natureza influenciava o que ele denominava “conquistas cultas” de um povo, ou seja, as condições naturais do meio em que vivia determinado povo estabeleciam uma relação direta com seu nível de vida, seu domínio técnico e sua forma de organização social. 186 Para Vidal de La Blache e a escola francesa, a relação Sociedade ↔ Natureza criava um gênero de vida, próprio de uma determinada sociedade. O contato entre diferentes gêneros de vida seria, então, um elemento fundamental para o progresso humano, pois, para Vidal de La Blache, esse contato propiciaria verdadeiras oficinas de civilização. Esses argumentos, embora diferentes da Geografia Alemã, também justificavam a colonização dos povos que desenvolveram gêneros de vida muito simples, fortalecendo a ideia de missão civilizadora europeia (MORAES, 1987). O método da Geografia Clássica enfatizava a observação e a descrição minuciosa do espaço em estudo. Na escola geográfica francesa, esses aspectos faziam parte da pesquisa etnográfica da individualidade dos lugares. Enquanto na Europa, principalmente na Alemanha e na França, a Geografia já se encontrava sistematizada e presente nas universidades, desde o século XIX, no Brasil, isso só aconteceu mais tarde porque antes de ser objeto de desenvolvimento científico, a Geografia foi trabalhada como matéria de ensino. As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX (VLACH, 2004) e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No Ensino Médio, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular definida pelo artigo 3º do decreto de 02 de dezembro de 1837, que previa, como um dos conteúdos contemplados, os chamados princípios de Geografia. Essa primeira inserção dos conteúdos geográficos tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais. A institucionalização da Geografia no Brasil consolidou-se apenas a partir da década de 19302, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o território brasileiro com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo econômico. Para efetivar as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a exploração mineral, o desenvolvimento da indústria de base e das políticas sociais, fazia-se necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. No Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia Crítica ocorreram no final da década de 1980, em cursos de formação continuada e em discussões sobre reformulação curricular, promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, que publicou, em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. 187 Esse documento apresentava um projeto político-pedagógico que expressava a necessidade de repensar os fundamentos teóricos e os conteúdos básicos das disciplinas, da pré-escola à 8ª série. Nessa mesma linha, para o 2º Grau, foram produzidos documentos intitulados Reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná com cadernos separados para as disciplinas e para os cursos técnicos profissionalizantes. A abordagem teórica crítica, proposta para o Ensino da Geografia naqueles documentos, baseava-se na compreensão do espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela Sociedade humana. Para a seleção de conteúdos, pautava-se na dimensão econômica da produção do espaço geográfico com destaque para as atividades industriais e agrárias, além das questões relativas à urbanização. Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relação à chamada Geografia Tradicional e rejeitou a abordagem a - histórica, presa a uma metodologia de ensino reduzida à observação, à descrição e à memorização dos elementos naturais e humanos do espaço geográfico, tratados de maneira fragmentada. A compreensão e a incorporação da Geografia Crítica foram gradativas e, inicialmente, vinculadas, tanto aos programas de formação continuada que aconteceram no final dos anos de 1980 e início dos de 1990, quanto à utilização de livros didáticos fundamentados nessa perspectiva teórica. No entanto, essa incorporação da Geografia Crítica no ensino básico sofreu avanços e retrocessos em função do contexto histórico da década de 1990, quando aconteceram reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação. Essa reflexão deverá ser ancorada num suporte teórico crítico que vincule o objeto da Geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico. Para isso, será necessário ter como perspectiva tanto os períodos precedentes, quanto os possíveis movimentos de transformações futuros, numa análise que considere, permanentemente, o processo histórico. Objetivo Possibilitar a formação de costumes e consciência responsável quanto à utilização dos recursos naturais, construindo um relacionamento de equilíbrio entre homem e natureza. Conhecer a dinâmica das estações do ano, ciclo reprodutivo da 188 natureza, variações climáticas, os fenômenos físicos, biológicos e humanos da Terra. Perceber e se posicionar criticamente em relação à degradação ambiental provocada pelo consumismo estimulado por organismos econômicos nacionais e multinacionais; Posicionar-se frente às desigualdades e injustiças da produção e organização do espaço geográfico, analisando o modo capitalista de produção e a experiência de organização sócio-espacial do socialismo como uma das realidades do mundo bipolarizado. Compreender o espaço geográfico e seus determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais no atual contexto histórico, relacionando-o com contextos de outros períodos históricos. Ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem. Desenvolver o raciocínio geográfico, isto é, pensar a realidade geograficamente e despertar uma consciência espacial. Conteúdo Estruturante A abordagem pedagógica em Geografia deve desenvolver um ou mais conceitos básicos da disciplina - região, paisagem, território, lugar, sociedade, rede e natureza - e as categorias de análise do espaço geográfico - relações espaço-temporais e relações sociedade-natureza. Os conteúdos estruturantes da disciplina de geografia para o Ensino Fundamental e Médio são: 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Objetivo Conteúdo Específico Estruturante - Compreender a evolução do pensamento Dimensão - A evolução da geografia. econômica do geográfico e formação da ciência geográfica; - O espaço e suas representações. espaço - Capacitar o aluno para manipular noções de - Diferentes tipos de espaço, o natural e o paisagem, espaço e natureza; geográfico; geográfico. - Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da - O universo e a conquista espacial . Dimensão seleção, comparação e interpretação, identificação - A Terra: características, movimentos, política do as singularidades ou generalidades de cada lugar, evolução e estrutura. espaço paisagem ou território; - A deriva dos continentes e a tectônica de Geográfico; - Identificar as variáveis e principais formas de placas. relevo terrestre; - O relevo terrestre e seus agentes. Dimensão - Identificar as camadas da Terra; -Minerais e rochas da crosta terrestre. cultural e - Classificar as rochas segundo sua origem; - Os solos. - Identificar os principais tipos de climas do mundo e demográfica - A atmosfera e sua dinâmica: o tempo e o do espaço suas localizações; clima. geográfico; - * Lei 10639/03 – Debater com os alunos a - Formação do espaço geográfico importância da cultura e história dos afro brasileiro. Dimensão descendentes e indígenas e o papel destes na - Formação do relevo brasileiro. socioambiental sociedade; - Estrutura geológica do Brasil. do espaço - *Geografia do Paraná. geográfico. 189 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Objetivo Conteúdo Específico Estruturante - As grandes paisagens naturais da Terra: Dimensão - Caracterizar e localizar os principais tipos de econômica do paisagens e climas do mundo; o tempo, clima, vegetação, hidrografia. espaço - Permitir ao aluno reconhecer as contradições e os - A organização do espaço, a formação dos geográfico; conflitos econômicos, sociais e culturais, o que I estados nacionais e os países atuais. permite comparar e avaliar qualidade de vida, - Modos de produção, a organização do Dimensão hábitos, formas de utilização e/ou exploração de espaço no capitalismo e a globalização. política do recursos e pessoas em busca do respeito as - Quadro político e socioeconômico do ! espaço diferenças e de uma organização social mais mundo atual: a desintegração dos países I Geográfico; equânime. socialistas, a nova ordem mundial e as - Analisar as diferenças sociais, econômicas e !consequências da globalização. Dimensão culturais dos países capitalistas e socialistas; - Os, grandes conjuntos de países. - Compreender o processo de globalização mundial. cultural e - As grandes paisagens da terra: a demográfica - Identificar as características demográficas; destruição dos ecossistemas florestais, do espaço - Compreender as relações que norteiam as fluviais e marítimos. geográfico; divergências culturais, sociais e religiosas da - Conceitos demográficos, fundamentais e sociedade brasileira e mundial. distribuição da população mundial. Dimensão - Reconhecer a formação étnica da população; - Crescimento demográfico. socioambiental - Estrutura da população. - Explicar os motivos dos deslocamentos da do espaço população brasileira; - Migrações populares. geográfico. - * Lei 10639/03 – Debater com os alunos a importância da cultura e história dos afro descendentes e indígenas e o papel destes na sociedade; - *Geografia do Paraná. 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Objetivo Conteúdo Específico Estruturante INDÚSTRIAS - Permitir ao aluno reconhecer as contradições Dimensão e os conflitos econômicos, sociais e culturais, o econômica do - Conceito e evolução da indústria; que permite comparar e avaliar qualidade de espaço geográfico; - Classificação da indústria; vida, hábitos, formas de utilização e/ou - A expansão industrial; exploração de recursos e pessoas em busca do Dimensão política do - A indústria na era da globalização; respeito as diferenças e de uma organização espaço - A ciência na era tecnológica; - A indústria e o meio ambiente. social mais equânime. Geográfico; - Identificar a importância da indústria nas atividades econômicas, levando em conta que a Dimensão cultural e DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL PRINCIPAIS POTÊNCIAS MUNDIAIS. inovação tecnológica e a falta de planejamento demográfica do altera o meio ambiente causando sérios danos espaço geográfico; - A industrialização nos Estados Unidos, ao bioma terrestre; Dimensão Canadá Japão. - Discutir sobre projetos de lei que visam a socioambiental do - Industrialização européia. - Industrialização da Rússia e do leste proteção do meio ambiente e crescimento espaço geográfico. sustentável; europeu. - Problematizar o mundo contemporâneo, - Os novos países industrializados - Industria no Brasil considerando a complexidade das relações sociais. - Desconcentração industrial no Brasil - Tomar decisões diante de situações DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL concretas, recorrendo aos conhecimentos geográficos e de demonstrando capacidade de PRINCIPAIS POTÊNCIAS MUNDIAIS. - A industrialização nos Estados Unidos, percepção e de estabelecimento de relações com a vida cotidiana, numa perspectiva Japão. interdisciplinar. - Industrialização européia. - Industrialização da Rússia e do leste - Analisar a formação de uma cidade e diferenciar o processo de urbanização dos europeu. países desenvolvidos e subdesenvolvidos. - Os novos países industrializados - Perceber a necessidade das relações - Industria no Brasil econômicas mundiais. - Desconcentração industrial no Brasil. - Explicar as transformações, provocadas pela revolução técnica cientifica e pelo COMÉRCIO desenvolvimento da sociedade urbano - Conceito, origem e evolução. 190 industrial, relacionando-os com os impactos ambientais, com a globalização da economia e com a atuação do capital financeiro e das grandes corporações internacionais. - * Lei 10639/03 – Debater com os alunos a importância da cultura e história dos afro descendentes e indígenas e o papel destes na sociedade; - *Geografia do Paraná; - Comércio Internacional - Organismos Internacionais e dívidas externas. - Comércio Globalizado. Encaminhamentos Metodológicos A disciplina de Geografia por si só exige do educando uma postura crítica através dos conhecimentos adquiridos. Por exemplo, a partir do momento que o aluno recebe informações, conhecimentos sobre a paisagem através dos elementos que a compõem e compara com o seu conhecimento inicial, construirá um conceito mais critico que consiga perceber, e que esta, tem uma extensão que expressa fenômenos naturais e culturais. Propõe-se que os conteúdos sejam trabalhados de forma crítica e dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam interligadas, em coerência com os fundamentos teóricos propostos. Deve-se garantir a abordagem dos conteúdos que envolvam a temática de história e cultura afro-brasileira e africana, em cumprimento à Lei 10.639/03 e à Lei 11.645/08. O trabalho pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que tragam conhecimento sobre conteúdos específicos. De acordo com o conteúdo a ser abordado o professor poderá dar encaminhamentos diferentes, como a aula de campo, uso de recursos audiovisuais, cartografia, entre outros. Os recursos audiovisuais, reportagens, filmes e vídeos desde que trabalhados sob o ponto de vista da problematização dos conteúdos da Geografia, propicia a formação crítica tão necessária. Para propiciar a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias críticas dessa disciplina, que incorporam os conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado espaço. Os conteúdos básicos e específicos abordados possuem uma inter-relação com os diversos conteúdos estruturantes, não devendo haver, portanto, separação nas abordagens, pois as dimensões sócio-ambiental, cultural, demográfica, econômica e geopolítica de diversos conteúdos se comunicam o tempo todo. 191 Avaliação Nesse processo a avaliação está sendo realizada de forma contínua priorizando a qualidade e o processo de aprendizagem, contemplando a formação adquirida, onde os discentes poderão compreender e utilizar os conceitos Geográficos e as relações sociedade-natureza nas diversas escalas geográficas. Será enfatizada a avaliação formativa, diagnóstica e continuada, porque considera que os Alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagem diferentes, aponta dificuldades e possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa aos sujeitos do processo (professor e alunos), os resultados da sua prática e ajuda-os a refletir e reorganizar procedimentos que permitam uma aprendizagem significativa. Permite que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino e aprendizagem. A avaliação do processo de ensino aprendizagem utilizará instrumentos variados, que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos; produção de textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; relatórios de aula e de campo; apresentação de seminários; construção e análise de maquetes, entre outros. A avaliação terá como objetivo principal possibilitar a verificação da apropriação pelos alunos dos conceitos geográficos e assimilação das relações de poder, de espaçotempo e de sociedade-natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas. Referências COELHO, Marcos A. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2005. JAMES; MENDES. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: FTD, 2005. MOREIRA, Igor. Construindo o espaço. São Paulo: Ática, 2005. MOREIRA, Igor. O Espaço Geográfico: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008. VESENTINI, José W. Sociedade e espaço. São Paulo: Ática, 1999. 192 DISCIPLINA DE HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina A História tem como objetivo estudar os processos históricos e as relações humanas praticadas no tempo, como formas de agir, pensar e se relacionar social, cultural, econômica e politicamente. Deve-se considerar também como objeto de estudo as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como, as condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local. Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos História é uma ciência humana que estuda as transformações do ser humano no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, suas mudanças e permanências. Na concepção de História, as verdades prontas e definitivas não têm lugar, porque o trabalho pedagógico na disciplina deve dialogar com várias vertentes tanto quanto recusar o ensino de História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Do mesmo modo, recusam-se as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível em História, e consideram todas as afirmativas igualmente válidas. A produção do conhecimento, pelo historiador, requer um método específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. Construída a partir dos documentos e da experiência do historiador, a problematização produz uma narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações. Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem ser analisados a partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou comparar documentos entre si e com o contexto social e teórico que os constituíram, a produção do conhecimento propicia validar, refutar ou complementar a produção historiográfica existente. Como resultado, pode ainda contribuir para rever teorias, metodologias e técnicas na abordagem do objeto de estudo historiográfico. Essa metodologia pretende trabalhar as correntes historiográficas que dialogam entre si, e trazem grandes contribuições para a formação de um pensamento histórico pautado em uma nova racionalidade histórica: a Nova História, Nova História Cultural e a 193 Nova Esquerda Inglesa. Objetivo Através do ensino de História, busca-se suscitar no aluno, reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e a construção do conhecimento histórico. O educando deve exercitar o pensar historicamente não só em textos e documentos trabalhados didaticamente, mas dominar conceitos específicos da disciplina e refletir sobre as permanências e mudanças dentro do processo histórico, assim como, desenvolver a interpretação e compreensão dos fatos nesse processo. Objetivo • Articular os conteúdos estruturantes relacionandoos com os conteúdos básicos e específicos; • Suscitar no aluno, reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e a construção do conhecimento histórico das origens do homem à conquista do novo mundo; • Compreender os conceitos específicos da disciplina refletindo sobre as permanências e mudanças dentro do processo histórico; • Desenvolver a interpretação e compreensão Conteúdo Estruturante Relações de trabalho Relações de poder Relações de cultura 1º ANO DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Conteúdo Básico Específico Tema 1 Trabalho escravo, servil, assalariado, livre. Tema 2 Sociedade, política e econômica . Tema 3 Religião, arte, arquitetura e escrita. Tema 4 Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08, História e Cultura AfroBrasileira e Africana e Indígena. • A produção do conhecimento histórico: a História e o Historiador; tempo, memória e História; • As origens e o desenvolvimento inicial da humanidade, as diferentes formas de trabalho; • Das aldeias préhistóricas aos primeiros Estados e as relações de poder; • O surgimento da civilização Egípcia. As relações de trabalho, poder, cultura e religiosidade desta sociedade. . Análise da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena no Brasil; • Mesopotâmia, berço das civilizações; • As civilizações hebraicas e fenícias; • A civilização Grega e seu legado para a Abordagem TeóricoMetodológico • Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal; • Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia; • Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; • Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes; • O confronto de interpretações historiográficas e documentos Avaliação • A seleção dos conteúdos específicos, articulados a temática, conteúdos estruturantes estabelecidos, e a abordagem metodológica possibilitarão aos alunos; • Compreensão das ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos; • Pretende perceber como os estudantes compreendem: o conceito de trabalho a sociedade, política, economia, religião e cultura dos diferentes povos; • O trabalho livre nas sociedades do consumo produtivo (primeiras sociedades, indígenas, africanas, nômades, semi-nômades), o trabalho escravo e servil; a transição do trabalho servil e artesanal para o assalariado; • Elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes 194 dos acontecimentos no processo histórico. Objetivo • Articular os conteúdos estruturantes relacionandoos com os conteúdos básicos e específicos; • Suscitar no aluno, reflexões a civilização ocidental; • O esplendor de Roma; • A alta Idade Média. Trabalho servil, os sujeitos, cultura e religiosidade; • O nascimento e expansão do Islamismo; • A civilização bizantina; • A Baixa Idade Média; • A consolidação das monarquias na Europa moderna; • O Renascimento cultural e científico; • A expansão ultramarina européia, sociedade e cultura dos nativos americanos; • A política econômica dos Estados Nacionais europeus. Economia, cultura, poder; • A Reforma Protestante, movimentos sociais, culturais e políticos; • A Reforma Católica. • A política do absolutismo no Estado moderno. Conteúdo Estruturante Relações de trabalho Relações de poder históricos permitem aos studantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas histórica. •Análise de vídeos e documentos relativos à África. •Elaboração de trabalhos, poesias e imagens voltadas à cultura afro, africana e indígena. • Aulas expositivas, estudo dirigido . 2º ANO DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Conteúdo Básico Específico Tema 1 Urbanização, industrialização. Tema 2 O Estado e as relações de poder. Tema 3 -A organização social indígena na América précolombiana; -Trabalho escravo e compulsório (encomendas) nas colônias da América espanhola; - A organização social indígena na América portuguesa; Abordagem TeóricoMetodológica • Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço- de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes. • No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas, mapas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos por meio de avaliações objetivas e subjetivas. • Arguições orais, seminários e análise áudio- visual, caderno de atividades, produção de painéis com desenhos. jornais, revistas, análise de música, poemas. • Recuperação bimestral: valor 10,0 pontos. Avaliação •A seleção dos conteúdos específicos, articulados a temática, conteúdos estruturantes estabelecidos, e a abordagem metodológica possibilitarão aos alunos; 195 respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e a construção do conhecimento histórico da colonização da América ao século XIX; • Compreender os conceitos específicos da disciplina refletindo sobre as permanências e mudanças dentro do processo histórico; • Desenvolver a interpretação e compreensão dos acontecimentos no processo histórico. Relações de cultura Os sujeitos, as revoltas e as guerras entre os povos no Ocidente e Oriente. Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras entre os povos no processo de construção do Estado Nacional Brasileiro Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08, História e Cultura AfroBrasileira e Africana e Indígena. - O tráfico ultramarino de africanos escravizados; - Trabalho escravo na América portuguesa: engenho e mineração; - A exploração de trabalhadores na América inglesa, portuguesa e espanhola; -Lutas e resistências dos trabalhadores na América Latina; - Imperialismo e a exploração na África e na Ásia; - A transição do trabalho escravo para o trabalho livre . -Análise da História e Cultura AfroBrasileira e Africana e Indígena no Brasil; - A violência contra os povos indígenas na América; - A conquista e colonização da América espanhola; - A conquista e colonização da América inglesa; - A organização políticoadministrativa na América portuguesa; - As atividades econômicas na América portuguesa; - A presença holandesa no nordeste açucareiro; - A mineração no Brasil colonial; - Religião e sociedade na América portuguesa; - O Iluminismo; - As Revoluções Inglesas; - A Revolução Industrial; - A Revolução Francesa; - O Império Napoleônico; - O processo de Independência da América inglesa, portuguesa e espanhola; - O congresso de temporal; • Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia; • Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; • Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes; • O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas histórica. •Análise de vídeos e documentos relativos à África. •Elaboração de trabalhos, poesias e imagens voltadas à cultura afro, africana e indígena. • Aulas expositivas, estudo dirigido . . • Compreensão das ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. • A transição do trabalho servil e artesanal para o assalariado; o sistema industrial, Taylorismo, Fordismo e Toyotismo; o sindicalismo e legislação trabalhista, as experiências do trabalho livre nas sociedades revolucionárias; a mulher no mundo do trabalho. • Ocupação do território brasileiro e formação de vilas e cidades, urbanização e industrialização no Brasil; urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais, urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo, modernização do espaço urbano; • As metrópoles européias, as relações de poder sobre as colônias na expansão do capitalismo, o Iluminismo e os processos de independência da América Colonial, o Paraná no contexto da sua emancipação, o Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, 196 Viena e as revoluções liberais; - A Unificação da Itália e Alemanha; - O imperialismo na África e na Ásia; - O movimento operário e o advento do socialismo; - Brasil Imperial: 1ª Império, Regência, 2ª Império; - A América Latina no século XIX. - As civilizações agrícolas; - Diversidade cultural na América inglesa; - Transição do trabalho servil para o trabalho industrial; - Os movimentos sociais: Burguesia X Proletariado; - As conquistas trabalhistas: Ludismo, Cartismo, Sindical; - Arraiais, vilas e cidades; - Evangelização e inquisição; - Religiosidade popular na colônia; - Iluminismo: As “Luzes” contra as “Trevas”; - A moral burguesa e o operariado; - Símbolos nacionais; - As reformas urbanas e a criação de espaços de sociabilidades; - Crescimento dos nacionalismos; - Romantismo. positivismo) e a organização de trabalhadores, o Estado e as relações de poder na segunda metade do século XX; • América portuguesa, os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro, as revoltas sociais na América portuguesa, as revoltas e revoluções no Brasil no século XVII e XIX; • Elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes. • No processo avaliativo devese fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas, mapas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos por meio de avaliações objetivas e subjetivas. • Arguições orais, seminários e análise áudiovisual, caderno de atividades, produção de painéis com desenhos. jornais, revistas, análise de música, poemas. 197 • Recuperação bimestral: valor 10,0 pontos. Objetivo • Articular os conteúdos estruturantes relacionandoos com os conteúdos básicos e específicos; • Suscitar no aluno, reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e a construção do conhecimento histórico da expansão imperialista aos dias atuais; • Compreender os conceitos específicos da disciplina refletindo sobre as permanências e mudanças dentro do processo histórico; • Desenvolver a interpretação e compreensão dos acontecimentos no processo histórico; • Compreender a organização republicana ao Brasil atual. Conteúdo Estruturante Relações de trabalho. Relações de poder. Relações de cultura . 3º ANO DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Conteúdo Básico Específico Tema 1 O Estado, as relações de poder e as ditaduras. Tema 2 Movimentos sociais, políticos, culturais, guerras e revoluções na Europa e na América. Tema 3 Cultura e religiosidade. Tema 4 Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08, História e Cultura AfroBrasileira e Africana e Indígena. - Modo de Produção Capitalista classes sociais e conflitos; - A Transição do Império para a República no Brasil; - Classes sociais e conflitos; - Retomada de conteúdos- A colonização no século XVI; - Neocolonialismo no século XIX. -Análise da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena no Brasil; - Sociedades contemporâneas neoliberais; -O trabalhador durante o Regime Militar; - Classes sociais e conflitos; - O movimento operário até 1900. - O Estado enquanto naçãoAspectos da política brasileira; - 1930- Getúlio Vargas no poder; - A Era Vargas e o Estado Novo; - O regime liberal populista; - O Estado enquanto naçãoAspectos da política brasileira; - Processo de redemocratização, abertura política e anistia; - Neoliberalismo e o Brasil atual; - Conflitos Internacionais: Da Guerra Fria aos anos 1990; - O fim da Guerra Abordagem TeóricoMetodológico • Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal; • Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia; • Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; • Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes; • O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas histórica. •Análise de vídeos e documentos Avaliação • A seleção dos conteúdos específicos, articulados a temática, conteúdos estruturantes estabelecidos, e a abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a • Compreensão das ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. • As relações de resistência na sociedade ocidental moderna; as revoltas indígenas, africanas na América portuguesa; os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro, as revoltas sociais na América portuguesa, as revoltas e revoluções no Brasil no século XVII e XIX; • O nacionalismo nos Estados ocidentais, o populismo e as ditaduras na América Latina, o Estado e as relações de poder na segunda metade do século XX, o Estado na América Latina no contexto da Guerra Fria; o Estado ideologia e cultura; a independência das 198 Fria e a Nova Ordem Mundial -A globalização e o futuro da economia mundial; - O Estado enquanto naçãoaspecto da política brasileira; - Os primeiros tempos republicanos- A República da espada; - O apogeu da República velha; - Sociedade, política, economia e cultura na República velha; - O Tenentismo; - A crise de 1920; - O declínio da República velha. - Ideologias e classes sociais; - A propaganda nazi-fascista; - Movimentos culturais / Ideologia e classes sociais; - Semana de arte moderna; - Indústria cultural e propaganda; - Movimentos de contracultura, MPB, Jovem Guarda; - Diversidade cultural; - A influência anarquista em 1917; - Movimentos rurais, movimentos urbanos, movimento operário. relativos à África. •Elaboração de trabalhos, poesias e imagens voltadas à cultura afro, africana e indígena. • Aulas expositivas, estudo dirigido . colônias africanas e asiáticas. • As revoluções democráticaliberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA, as guerras mundiais no século XX, As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina, os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina, os Estados africanos e as guerras étnicas, a luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina, a mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas • Os rituais, mitos e imaginários dos povos (africanos, asiáticos, americanos e europeus), os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões (hinduísmo, budismo, confucionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo), os movimentos religiosos e culturais na passagem do feudalismo para o capitalismo, o modernismo brasileiro, representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte brasileira, as etnias indígenas e africanas e suas manifestações 199 artísticas, culturais e religiosas; as festas populares no Brasil: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo e outras; • Elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes. • No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas, mapas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos por meio de avaliações objetivas e subjetivas. • Arguições orais, seminários e análise áudiovisual, caderno de atividades, produção de painéis com desenhos. jornais, revistas, análise de música, poemas. • Recuperação bimestral: valor 10,0 pontos. Encaminhamento Metodológico Tendo como base os conteúdos estruturantes (relações de trabalho, poder e cultura) e propiciando aos alunos a formação da consciência histórica, faremos uma abordagem dos conteúdos bimestrais, trabalhando as seguintes articulações: • Focalizar acontecimentos, processo e o sujeito, delimitando o espaço para 200 observação do conteúdo tematizado (vários recortes temporais); • Análise e interpretação de diferentes conceitos de documento histórico, permitindo aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas; • Analisar os sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade; • Criar condições de elaborar conceitos que permitam pensar historicamente e superar a idéia de História como verdade absoluta. • Análise audio visual, TV Pendrive e leituras cartográficas. Avaliação Objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo, para tanto: • A avaliação será contínua e qualitativa, formativa e diagnóstica, através de diversas atividades, priorizando a análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos. • Produção de narrativas históricas; • Pesquisas bibliográficas; • Sistematização de conceitos históricos através de avaliações objetivas e subjetivas; • Recuperação bimestral é paralela, avaliada através de prova escrita no valor de 10,0 pontos. Referências ALVES, Alexandre; OLIVEIRA, Letícia Fagundes. Conexões com a História. 1 ed. v. 1, 2, 3. São Paulo: Moderna, 2010. MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patricia Ramos. História das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. História – Ensino Médio. Curitiba, 2008. VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio: Geral e Brasil. 2 ed. São Paulo: Scipione, 2006. 201 DISCIPLINA DE INGLÊS – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina A língua estrangeira (LE) moderna propõe a aprendizagem da mesma relacionada a outras aprendizagens. Serve de instrumento para a aquisição das habilidades comunicativas essenciais, tanto de compreensão (audição – leitura) como de produção (fala e escrita), sem perder de vista a preparação de um sujeito crítico, capaz de interagir com o mundo à sua volta. Objetivo Geral Produzir significados, além da gramática, o contexto sociolingüístico, considerando os papéis dos falantes na situação, os meios não lingüísticos e paralingüísticos (gestos, interjeições, etc), assim como a tipologia textual e estruturas típicas de situações de comunicação. Contribuir para que o aluno tenha acesso a manifestações culturais de outros povos, e perceba as diferenças entre os usos, as convenções e os valores de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira, de forma crítica, percebendo que não há cultura melhor que a outra. Conteúdo Estruturante O conteúdo estruturante de Língua Estrangeira Moderna é o discurso enquanto prática social, efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita. Os conteúdos serão desdobrados a partir de textos (verbais e nãoverbais de diferentes tipos.) Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos lingüísticos-discursivos a serem trabalhados. Discurso Texto Oralidade Leitura Escrita 202 Os conteúdos básicos selecionados são os mesmos para todas as séries e poderão ser retomados a cada momento em que se faça necessário, porém terão um grau sequencial de aprofundamento. Análise Linguística: elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos semânticos e léxicos. Conteúdos relacionados à norma padrão. Gêneros discursivos: jornalísticos, charges, cartas, receitas, cartoons, informativos, literários, etc. Intertextualidade: relação entre textos, referências, alusões, epígrafes, paródias, etc. 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteudo Estruturante Conteúdo Básico Leitura Discurso como prática social Escrita Oralidade Conteúdo Específico Leitura de textos de diferentes gêneros discursivos: charges; poemas; textos não-verbais ( gráficos, fotos, imagens, mapas);fábulas; narrativos;dissertativos, opinativos. Produção de texto a partir do tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; Reescrita textual: revisão de argumentos das idéias, dos elementos que compõem o gênero. Apresentções de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros. Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto. Objetivo Estimular a leitura e compreensão de pequenos textos e a observação de pequenos textos e a observação da gramática e do vocabulário. Lançar mão de inferências e cognatos para a compreensão de textos. Oportunizar situações de aprendizagem que levem os alunos a compreender a Língua Inglesa. Promover o aprendizado contínuo dentro e fora do ambiente escolar. 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteudo Estruturante Conteúdo Básico Leitura Escrita Discurso como prática social Conteúdo Específico Objetivo Leitura de textos de diferentes gêneros discursivos: charges; poemas; textos não-verbais ( gráficos, fotos, imagens, mapas);fábulas; narrativos;dissertativos, opinativos. Interpretação dos textos: entendimento/reflexão das palavras e/ou expressões como ironia e humor. Estimular a leitura e compreensão de pequenos textos e a observação de pequenos textos e a observação da gramática e do vocabulário. Lançar mão de inferências e cognatos para a compreensão de textos. Oportunizar situações de aprendizagem que levem os alunos a compreender a Língua Inglesa. Promover o aprendizado contínuo dentro e fora do Produção de texto a partir do tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; Reescrita textual: revisão de argumentos das idéias, dos elementos que compõem o gênero. Uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo de expressões como ironia e humor. 203 Oralidade Apresentções de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros. Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto. Discursos da oralidade como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros. ambiente escolar. Utilizar expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteudo Estruturante Discurso como prática social Conteúdo Básico Leitura Escrita Oralidade Conteúdo Específico Objetivo Leitura de textos de diferentes gêneros discursivos: charges; poemas; textos não-verbais ( gráficos, fotos, imagens, mapas);fábulas; narrativos;dissertativos, opinativos. Interpretação dos textos: entendimento/reflexão das palavras e/ou expressões como ironia e humor. Estimular a leitura e compreensão de pequenos textos e a observação de pequenos textos e a observação da gramática e do vocabulário. Utilizar adequadamente os recursos linguíticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. Lançar mão de inferências e cognatos para a compreensão de textos. Reconhecer palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual. Oportunizar situações de aprendizagem que levem os alunos a compreender a Língua Inglesa. Promover o aprendizado contínuo dentro e fora do ambiente escolar. Utilizar expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. Produção de texto a partir do tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; Reescrita textual: revisão de argumentos das idéias, dos elementos que compõem o gênero. Uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo de expressões como ironia e humor. Apresentções de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros. Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto. Discursos da oralidade como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros. Metodologia Os conteúdos se desenvolvem aproveitando a participação do aluno, de forma criativa, prática e, sobretudo cooperativa. Os conhecimentos linguísticos são fundamentais, pois assim o aluno irá interagir com o texto. O trabalho partirá do discurso em língua estrangeira, subsídio importante para que atinja a efetiva compreensão do enunciado. 204 A aprendizagem não se baseia exclusivamente na abordagem comunicativa, nem tampouco na conduta meramente estruturalista ou gramaticista. Aproveita de forma eclética diferentes condutas dirigidas à aprendizagem, dentro de um processo no qual o próprio contexto comunicativo é aproveitado como foco para a gramática prática, através de: • aulas expositivas e dialogadas; • atividades individuais (textos, pesquisas, livros) e/ou equipes; • textos interdisciplinares, games; • textos autênticos delivros, jornais, revistas, internet, etc.; • gramática contextualizada; • leitura e interpretação de textos; • músicas, vídeos. Critérios de Avaliação da Disciplina A avaliação será parte integrante do processo de aprendizagem e contribuirá para a construção de saberes. Ela ocorrerá de maneira contínua e cumulativa, sendo que os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos. Todas as capacidades discursivas serão avaliadas (leitura, oralidade, escrita) diariamente, de acordo com as atividades linguísticas e de compreensão de textos desenvolvidas em sala; para que se perceba os conhecimentos adquiridos pelos discentes. Dessa forma, o professor poderá rever conteúdos que não foram suficientemente trabalhados e garantir a efetiva interação do aluno com a aprendizagem. Através da avaliação diagnóstica, interpretação de textos, análise linguística, provas objetivas e subjetivas; trabalhos escritos individuais e/ou em grupos; leituras orais; pesquisas, entrevistas, o professor terá a possibilidade de repensar a sua metodologia de ensino e planejar suas aulas conforme as necessidades específicas de cada um. De acordo com a necessidade será feita a recuperação de estudos sendo feita paralelamente através de reestruturação de textos, exploração gramatical, reconstrução de atividades de linguagem escrita e diferentes enfoques de interpretação de textos, perfazendo o total de 10,0 pontos. 205 Referências ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Inglesa. Curitiba, 2008. PRESCHER E.; PASQUALIN, E.; AMOS, E. Graded English. São Paulo: Moderna, 2004. DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina O Ensino de Língua Portuguesa, no contexto atual, considerando os fins da educação, definidos em nosso PPP, deve garantir o direito à educação linguística contrária ao “ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos gramaticais” (Paraná, 1988), pois este direito se constitui como uma dimensão da cidadania. O educando deve ser levado à percepção da multiplicidade de usos e funções da língua, o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções frasais, a reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, consequentemente ser conduzido às atividades metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar sobre a língua. Nessa perspectiva, o estudo da língua ancora-se no discurso ou texto, extrapolando o tradicional horizonte da palavra e da frase. Busca-se na análise linguística, verificar como os elementos verbais (os recursos disponíveis da língua) e os elementos extra verbais (relacionados às condições e situação de produção) atuam na construção do sentido do texto. Segundo Soares (1999), a reflexão linguística deve voltar-se para a observação e análise da língua em uso, visando a construção de conhecimentos sobre o sistema linguístico (incluindo sua morfologia e sintaxe), as variedades da língua portuguesa, os diferentes registros, as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita (que no nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual), e demais aspectos relacionados ao funcionamento da linguagem. A escolha do conteúdo vai depender dos conhecimentos prévios e do desenvolvimento cognitivo e linguísticos dos alunos, bem como, das possibilidades de reflexão que cada texto oferece. 206 Ao se assumir a língua como interação, em sua dimensão discursivo-textual, o que importa não é o ensino da nomenclatura gramatical, de definições e regras (as quais até podem ser construídas pelo aluno, com a mediação do professor, mas só após ele ter entendido a função das diferentes palavras ou expressões do texto). O mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância em que o aluno pode chegar à compreensão de como a língua funciona e à decorrente competência textual. A prática de análise linguística constitui-se num trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno perceba o texto como um resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o objetivo do ensino. O trabalho com a gramática passa a ser visto sob outra perspectiva: não são os exercícios tradicionais da gramática, como reconhecer substantivos, adjetivos, aumentativos, lista de conjunções, que interessam; mas a compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado, como os elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto, ligam palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo autor. Pretende-se que o aluno tenha noção de unidade temática e da unidade estrutural, entendendo como um mesmo assunto é organizado e como as idéias e as partes do texto são costuradas, garantindo a interação com o leitor. Pelo exposto, considera-se que o trabalho com a língua oral e escrita supõe um processo de formação inicial e continuada que possibilita ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o, sempre necessário, aprofundamento teórico. É num processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica que acontecem entre os sujeitos do processo (professor e alunos), que a proposta curricular pode fundamentar uma prática cada vez mais competente e eficaz, em Língua Portuguesa. Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos A Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, prescreve: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 207 residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)”. O Estado de Direito garante a todos os cidadãos a igualdade perante as leis, porém sabemos que, historicamente, em nosso país, há um descompasso entre o que a lei propõe e a realidade vivida pela sociedade, incluídos, aí, os processos de educação. Nesse quadro, que papel desempenha a escola? É nos processos educativos, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões. A democratização do ensino levou para a instituição escolar os integrantes das classes menos favorecidas. A consequência foi a instalação do conflito entre a linguagem ensinada na escola, que é a norma das classes privilegiadas, e a linguagem das camadas populares. O conflito persiste quando se observa que Não basta dar a palavra ao outro, é necessário aceitá-la e devolvê-la ao outro: É devolvendo o direito à palavra – e na nossa sociedade isto inclui o direito à palavra escrita – que talvez possamos um dia ler a história contida, e não contada, da grande maioria que hoje ocupa os bancos das escolas públicas. (GERALDI, 1990, p. 124) Para aprofundar a discussão da disciplina de Língua Portuguesa, será apresentado um breve histórico com o intuito de refletir sobre essa disciplina escolar e suas mudanças nos diversos contextos sociais e políticos. Os aspectos históricos foram selecionados a partir de alguns recortes espaços-temporais entre o século XVI e o momento atual, em que novas teorias acerca da linguagem apontam diferentes concepções e metodologias para o ensino. O número reduzido desses recortes deve-se tanto à finalidade da dimensão histórica nestas Diretrizes quanto a pouca bibliografia específica referente à história da disciplina. De qualquer forma, é possível constatar a origem e a trajetória da dívida que, ainda hoje, a escola, notadamente a pública, tem para com o povo brasileiro: ensinar a ler e a escrever com a proficiência necessária e de direito àqueles que nasceram no universo 208 da Língua Portuguesa falada no Brasil e necessitam dela como um instrumento legítimo de luta e posicionamento, para que, de posse desse instrumento, possam assumir uma postura de cidadãos ativos na sociedade brasileira. Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas (MOLL, 2006, p. 13). A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista, que a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento. Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico de ensino organizava-se, então, a partir de dois objetivos: primeiro, uma pedagogia que por meio da catequese indígena visava à expansão católica e a um modelo econômico de subsistência da comunidade. Segundo, esse sistema objetivava a formação de elites subordinadas à metrópole, “favorecendo o modelo de sociedade escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do país colonizador” (LUZ; FREITAS, 2007). Evidenciava-se, já na constituição da escola e do ensino no Brasil, que o acesso à educação letrada era determinante na estrutura social, fazendo com que os colégios fossem destinados aos filhos da elite colonial. As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Essas práticas visavam à construção de uma civilização de aparências com base em uma educação “claramente reprodutivista, voltada para a perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial. Assim, priorizaram “[...] uma não-pedagogia, acionando no cotidiano o aparato repressivo para inculcar a obediência [à fé, ao rei e à lei]” (VILLALTA, 1997, p. 351). Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às escolas de ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos. No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português “era a língua da burocracia” (ILARI, 2007), ou seja, a língua das transações 209 comerciais, dos documentos legais. A interação entre colonizados e colonizadores resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos portugueses, num primeiro momento, com vistas ao conhecimento necessário para a dominação da nova terra. Essas línguas continuaram sendo usadas por muito tempo na comunicação informal por grande parte da população não escolarizada. Entretanto, a partir do século XVIII, época que coincide com as expedições bandeirantes e a descoberta da riqueza mineral do solo brasileiro, essa situação de bilinguismo passou a não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e, para isso, a unificação e padronização linguística constituíram-se fatores de relevância. A fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado índios e produzido literatura em língua indígena, foram expulsos do Brasil. Essa foi uma das primeiras medidas para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em todo o território. Essa hegemonia foi “conseguida, historicamente, a ferro e fogo: com decretos e proibições, expulsões e prisões, perseguições e massacres” (BAGNO, 2003, p. 74). O Laboratório de Estudos Urbanos (Labeurb) da UNICAMP, quando trata da colonização linguística, relata que: Foi nesse contexto, e influenciado por alguns ideais iluministas, que o Marquês de Pombal tornou obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças estruturais. O ensino, até então dominado pelos jesuítas, não se limitava mais às escolas de ler e contar, ou escolas elementares, dirigidas à população indígena. Eles também mantinham cursos de Letras e de Filosofia, que eram considerados secundários, e o curso de Teologia para a formação de sacerdotes (MOLL, 2006). Na época da expulsão, os jesuítas contavam com 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus (SODRÉ, 1984, p. 27-28). Toda essa organização foi substituída por aulas régias1 ministradas por profissionais de várias áreas (nomeados por indicação política ou religiosa). Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da elite colonial que se preparava para estudos posteriores na Europa. 210 Dentro dessas medidas, em 1772, foi criado o subsídio literário, um imposto que insidia sobre a carne, o vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção dos ensinos primário e secundário. Dessa forma, o ensino público (que atendia a alfabetização e catequese dos índios), anteriormente sob a tutela dos jesuítas, passou a ser financiado pela Metrópole. A intenção, com essas medidas, era modernizar a educação, tornando o ensino laico e colocando-o a serviço dos interesses da Coroa Portuguesa. No entanto, a falta da infraestrutura e de professores especializados acabou por gerar uma lacuna, que as aulas régias tentaram preencher. Além disso, a escolarização sofria interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação permaneceu até 1808, com a vinda da família real ao Brasil. Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que emergia. Essas instituições de ensino, portanto, privilegiaram as camadas superiores da sociedade, europeizando e produzindo uma educação que visava à manutenção do status quo. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e escrever a língua portuguesa, continuaram negligenciadas. Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Até 1869, o currículo privilegiava as disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância (LUZ; FREITAS, 2004). Seguindo os moldes do ensino de Latim, o ensino de Língua Portuguesa fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e Poética. Os professores eram “estudiosos autodidatas da língua e de sua literatura, com sólida formação humanística, que, a par de suas atividades profissionais (...) e do exercício de cargos públicos, que quase sempre detinham, dedicavam-se também ao ensino” (SOARES, 2001). Ainda no final do século XIX, e com o advento da República, a preocupação com a nascente industrialização influenciou a estrutura curricular: tendo em vista a formação profissional, as Humanidades não eram consideradas prioritárias, fortalecendo-se o caráter utilitário da educação. Houve, então, a necessidade de rever o acesso ao ensino para atender às necessidades da industrialização. Nesse momento em que a escola se abria a camadas cada vez maiores da população, o ensino de português tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada a “boa língua” – houve a tentativa de uma aprendizagem 211 hierarquizada e seletiva. No entanto, a multiplicação das escolas públicas expulsou dos currículos o curso de Retórica, isto é, a disciplina que fornecia às classes dirigentes uma técnica privilegiada que lhes permitia “assegurar-se da propriedade da linguagem” (FONTES, 1999, p. 47). O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português. Contudo, a mudança de denominação não significou que o objetivo do ensino de língua havia mudado também: Nesse período, o Latim começou a perder prestígio com a valorização da língua nacional. Esse declínio teve início já no contexto do movimento romântico, integrado, em sua maioria, por jovens burgueses que, entre outros princípios, defendiam uma língua brasileira que garantisse a unidade nacional, estabelecida conforme ideais de civilização e de ordem. Não se deve esquecer, porém, que o contexto romântico, no Brasil, coincidiu com a Proclamação da Independência, e seus ideais eram os ideais burgueses de consolidação do poder em uma nação recém-constituída. A literatura veiculada na variedade brasileira da língua portuguesa foi retomada, depois, pelos modernistas, os quais, em 1922, defendiam a necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar o falar brasileiro. O modernismo, embora não tenha protagonizado uma revolução na linguagem, contribuiu para aproximar nossa língua escrita do falar cotidiano do Brasil. O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo de expansão do ensino primário público, o qual incluiu, entre outras ações, a ampliação de vagas e, em 1971, a eliminação dos chamados exames de admissão (FREDERICO; OSAKABE, 2004). Como consequência desse processo, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes. No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. Nesse contexto, que foi também de consolidação da ditadura militar, uma concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de 212 memorização, no qual “a visão de reforço é acentuada, pois a aprendizagem é entendida como processada pela internalização inconsciente de hábitos (teoria comportamentalista/behaviorista)” (PERFEITO, 2007, p. 827). A pedagogia da formação de hábitos, memorização e reforço era adequada ao contexto autoritário que cerceava a reflexão e a crítica no ambiente escolar, impondo uma formação acrítica e passiva. Lei n. 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista2 que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo objeto é a língua vista como código), com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Essa concepção baseou-se nos estudos de Saussure, o qual se preocupou com a organização interna da língua ao elegê-la como objeto de estudo. Os seguidores de Saussure denominaram essa organização de estrutura. Nessa visão de ensino, continua a valer a tese que privilegia, no aprendizado e acesso ao uso competente da língua, o aluno oriundo das classes letradas. O viés utilitário e pragmático do trabalho pedagógico afastava o aluno vindo das classes menos favorecidas, da norma culta da língua portuguesa. A disciplina de Português passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), com base em estudos posteriores a Saussure, em especial nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação3. Na década de 70, além disso, outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas, entre elas: • a Sociolinguística, que volta-se para as questões da variação linguística; • a Análise do Discurso, que reflete sobre a relação sujeito-linguagem-história, relaciona-se à ideologia; • a Semântica, que preocupa-se com a natureza, função e uso dos significados; • a Linguística Textual, que apresenta como objeto o texto, considerando o sujeito e a situação de interação, estuda os mecanismos de textualização. Dessas teorias resultou o questionamento sobre a autoridade e a eficácia das aulas de gramática no ensino. Porém, apesar das discussões acadêmicas, os livros didáticos continuavam porta-vozes da concepção tradicional de linguagem, reforçando metodologias que não possibilitavam a todos os estudantes o aprimoramento no uso da 213 Língua Materna tanto no ensino da língua propriamente dito, quanto no trabalho com a literatura. As únicas inovações eram o trabalho sistemático com a produção de texto (compreendida como veículo de transmissão de mensagens) e a leitura entendida como um ato mecânico. O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. Com relação à literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. O objetivo era despertar o sentimento nacionalista e formar cidadãos respeitadores da ordem estabelecida. Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto poético, por exemplo, adotava-se o método francês, isto é, propunha-se a análise do texto conforme as estruturas formais: rimas, escansão de versos, ritmo, estrofes, etc. Cabia ao professor a condução da análise literária, e aos alunos, a condição de meros ouvintes. A historiografia literária, que ainda hoje resiste em algumas salas de aula, direcionava e limitava as leituras dos alunos. Em muitos casos, eram interpretações dos professores e/ou dos livros didáticos, desconsiderando o papel ativo do aluno no processo de leitura e, em outros, os textos eram levados para sala como pretexto para se ensinar gramática. Essa abordagem da literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto da época: no vigor da ditadura militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que visasse despertar o espírito crítico e criador dos alunos. A leitura literária era compreendida como subversiva, pois levava o sujeito à reflexão e à compreensão de si mesmo e do mundo. Ainda na década de 1970, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas. Entretanto, a abordagem do texto literário mudou apenas para uma metodologia que se centrava numa análise literária simplificada, com ênfase em questionários sobre personagens principais e secundários, tempo e espaço da narrativa. Com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve um aumento de cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e pesquisadores, possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganham força as 214 discussões sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na transformação social, política e econômica da sociedade brasileira. A consolidação da abertura política resultou em pesquisas que fortaleceram a pedagogia histórico-crítica, propiciando uma rede de outras pesquisas, inserindo, no pedagógico dos anos 80, uma vertente progressista. A pedagogia histórico-crítica vê a educação como mediação da prática social. “A prática social, põe-se, portanto, como ponto de partida e ponto de chegada da prática educativa” (SAVIANI, 2007, p. 420). Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos estudos linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. As novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final da década de 1970 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin4 passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Essas primeiras leituras contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. Deve-se aos teóricos do Círculo de Bakhtin o avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão linguística de caráter formal-sistemático por considerar tal concepção incompatível com uma abordagem histórica e viva da língua, uma vez que “a língua constitui um processo de evolução ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores” (BAKHTIN; VOLOCHINOV, 1999, p.127). O livro O texto na sala de aula, organizado por João Wanderley Geraldi, em 1984, marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo artigos de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Britto e o próprio Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre o ensino. Nessa coletânea, os autores citados dialogam com os professores, mobilizando-os para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula. Geraldi, em seu artigo, defende uma abordagem com as unidades básicas de ensino de português (leitura, produção textual e análise linguística), tendo como ponto de partida o texto. Essas produções teóricas influenciaram os programas de reestruturação do Ensino de 2.º Grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990, que já denunciavam “o ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no 215 repasse de conteúdos gramaticais” (PARANÁ, 1988, p. 2) e valorizavam o direito à educação linguística. O Currículo de Língua Portuguesa orientava os professores a um trabalho de sala de aula focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino tradicionalista: “optamos por um ensino não mais voltado à teoria gramatical ou ao reconhecimento de algumas formas de língua padrão, mas ao domínio efetivo de falar, ler e escrever” (PARANÁ, 1990, p. 56). Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do final da década de 1990, também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista5, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. Contudo, essa restrição, de acordo com Brait (2000, p. 24) “impede um trabalho mais aberto e histórico com os textos e seus leitores”. O trabalho com modelos préestabelecidos enfatiza os aspectos formais do texto, deixando de considerar que todo texto é um elo na cadeia da interação social, sempre é uma resposta ativa a outros textos e pressupõe outras respostas. A abordagem apenas formal exclui o texto de seu contexto social. Referente aos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio (PCNEM), no que se aplica especificamente à Literatura, Frederico e Osakabe (2004, p. 75) observam que os PCNEM “temendo parecer tradicionais e pretendendo-se modernos, alijam a experiência literária para uma vala comum na qual se mesclam produções literárias e não-literárias, equiparando-as. Temendo afirmar, não propõem”. A contundência dessa crítica se remete a uma experiência relatada nos PCNEM que delega aos alunos a definição do que é literário ou não-literário em um conjunto de textos, como se os alunos já tivessem conhecimento suficiente para elaborarem esse critério. Os autores defendem que a escola precisa trabalhar o texto literário na peculiaridade da sua elaboração linguística e das suas significações. Nesse sentido, considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentada pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas – as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às 216 práticas de ensino; seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado quando se abordar o Conteúdo Estruturante da disciplina. Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos6, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes. É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais7 que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade letrada. Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos. Objetivo Levar o aluno a criar o hábito da leitura e escrita, tornando-se um indivíduo livre. E que este indivíduo seja um usuário ativo da língua, posicionando-se de acordo com o seu ponto de vista de forma clara e objetiva. Conhecer as obras literárias e seus autores, situando-se, historicamente, para tornar-se um cidadão crítico e participativo. Trabalhar gramática de um modo reflexivo, expondo o aluno a diversos tipos de textos levando-o a refletir sobre fatos da língua. Enfatizar aspectos gramaticais fundamentais para produção de textos, mostrando como podem ser importantes para a eficácia da comunicação. 217 Observação: o estudo gramatical deverá ser, portanto, essencialmente funcional e reflexivo, como um instrumento que pode ser usado de acordo com necessidades variadas, para servir a expressões individuais muito particulares. Conteúdo Estruturante e Básico Em Língua Portuguesa, o Conteúdo Estruturante é o Discurso enquanto prática social e deve ser desenvolvido através das práticas de leitura, oralidade e escrita. Também a análise linguística deve ser abordada de forma a perpassar as práticas discursivas. Para esse trabalho serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Leitura • Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma colaborativa: inferências, coerência, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo, contextualização, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação; • Intertextualidade; • Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação, produzir outros textos, revisar, etc.; • Construção de sentido do texto; • Identificação do tema ou idéia central; • Finalidade; • Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no texto; • Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; • A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus efeitos de sentido; • Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no texto; • Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto. 218 Escrita • A produção e a reestruturação escrita como processo suscitado por uma real necessidade de prática social; • Unidade temática; • Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado; • Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão; • Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação pública, privada, cotidiana, solene, etc); • Trabalho com tópicos gramaticais a partir da reestruturação de textos e análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos: Fonologia; Morfologia; Sintaxe; - Semântica; Estilística; • Pontuação; • Elementos de coesão e coerência; • Marcadores de progressão textual; operadores argumentativos; função das conjunções; sequenciação, etc. Oralidade • Aspectos contextuais do texto oral; • Coerência global; • Unidade temática de cada gênero oral; • Articulação entre tópicos e subtópicos da interação oral; • Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições pronominais, sinônimos, etc.); • Intencionalidade dos textos; • Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal; • Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade; • Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social, formação, etc.) • Especificidades; • Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos; • Ampla variedade versus modalidade única; 219 • Elementos extralingüísticos (gestos, entonação, pausas, representação cênica) versus sinais gráficos; • Prosódia e entonação versus sinais gráficos; • Frases mais curtas versus frases mais longas; • Redundância versus concisão. Análise linguística – Escrita/Leitura/Oralidade • Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutores; • Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da enunciação; • A função das conjunções na conexão de sentido de texto provocada no texto; • Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no texto; • O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz (ou uso das expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente, obrigatoriamente, etc); • O discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto; • Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto; • A função do advérbio: modificador e circunstanciado; • O procedimento de concordância entre o substantivo e seus termos adjuntos; • Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia, ambigüidade, exagero, expressividade, etc); • As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes gêneros; • As variações lingüísticas; • O estudo da língua que se ancora no texto, extrapola o tradicional horizonte da palavra e da frase. Busca-se, na análise lingüística, verificar como os elementos verbais – os recursos disponíveis da língua – e os elementos extra verbais – as condições e situação de produção – atuam na construção de sentido do texto. 220 Gêneros textuais para o trabalho com a Língua Portuguesa Vários são os gêneros (orais e escritos) possíveis de serem trabalhados em sala de aula, advindos das diversas esferas sociais (artística, imprensa, publicitária, literária, jurídica, midiática, cotidiana, entre outras), como exemplo: Canção, textos dramáticos, romance, lendas, novelas, crônicas, contos, poemas, haicai, fábulas, diários, debates, artigos de opinião, editorial, carta do leitor, resenha crítica, verbetes, resumos e resenhas de textos, exposição oral, seminários, pesquisas, mesa redonda, piadas, histórias de humor, histórias em quadrinhos, tiras, cartum, caricaturas, propagandas, e-mails, cartas, bilhetes, convites, fotos, pinturas, esculturas, notícias, entrevistas, textos informativos e argumentativos, anúncios, provérbios, paródia, etc. 1ºAno – Conteúdos Literatura • O que é literatura? • O texto literário. • Gêneros, características. • Trovadorismo. • Humanismo. • Renascimento. • Classicismo. • Quinhentismo. • Barroco: Português e brasileiro. • Arcadismo: Português e brasileiro. Gramática • Sentido denotativo e conotativo. • Figuras de linguagens: Comparação, metáfora, ironia, metonímia, eufemismo. • Figuras de linguagem: Assonância, pleonasmo, antítese. • Nova ortografia: Acentuação. • Uso do hífen. • Classes gramaticais: Substantivo, adjetivo, pronomes. • Revisão de hífen e acentuação. 221 Produção de Texto • Dissertar, argumentar e narrar. 2º Ano - Conteúdos Literatura • Realismo no Brasil. • O naturalismo no Brasil. • O Romantismo • Poesia romântica no Brasil, leituras. Gramática • Revisão das classes gramaticais. • Acentuação gráfica. • Revisão dos tempos verbais. • Classe de palavras. • Análise morfológica. • Transitividade dos verbos. Produção De Texto • Leitura e interpretação de textos diversos. • Esquemas de redações. • Reestruturação de texto. 3º Ano - Conteúdos Literatura • Cronologia e Características dos Movimentos Literários; • Pré-Modernismo no Brasil momento histórico, principais características; • As vanguardas artísticas européias e o Modernismo no Brasil. • Semana de Arte Moderna momento histórico; • A primeira geração modernista brasileira; • Principais escritores, obras e características; • O modernismo em Portugal e a poesia. escritores e 222 • A segunda geração modernista brasileira: poesia. • Momento histórico, principais escritores, obras e características. • A segunda geração modernista brasileira: prosa. • A terceira geração modernista brasileira. • Momento histórico, principais escritores, obras e características. • Tendências contemporâneas da literatura portuguesa e brasileira. • Momento histórico, principais escritores, obras. Gramática • Figuras de linguagens. • Revisão de analise morfológica: adjetivo, substantivo, pronomes, artigos, preposições, advérbios, verbos,interjeições. • Coerência e coesão textual • Concordância Verbal Produção de texto • Dissertação, argumentação, carta ao leitor. Encaminhamento Metodológico Levando-se em conta que nenhuma prática é desenvolvida em sala de aula sem que esteja subjacente a ela uma concepção teórica consistente, é preciso ver o aluno como um ser construído e em construção por meio de suas vivências. Sendo assim, todas as práticas de sala de aula precisam ser problematizadas a partir da pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento de cada profissional da educação. A seleção de conteúdos, portanto, deve considerar o aluno como sujeito de um processo histórico cultural, assumindo a oralidade, a escrita e a leitura como conteúdos que implicam conhecimentos relativos às variedades lingüísticas e às diferentes construções da língua, inclusive quanto aos aspectos argumentativos do discurso. Na prática da oralidade, devem ser consideradas habilidades tais como: • Temas variados (história da família, comunidade, etc) filmes, livros, etc. • Depoimentos do próprio aluno ou pessoas do seu convívio. • Entrevistas, trazer e levar informações, resumos, dar avisos, fazer convites, etc. 223 Na prática da leitura precisa ser trazido à sala de aula com significação nas questões vivenciadas do leitor, no caso o aluno. O texto, após o acréscimo de informações, conhecimentos e opiniões, favorece a reflexão e ampliação do contexto de mundo. Dessa forma, a leitura deve ser vista como um veículo na formação e capacidade de leitores, interagindo com a oralidade e a escrita. A prática da escrita deve ter em mente que é preciso primeiramente planejar o que será produzido, quem será o leitor e aspectos que serão considerados na avaliação do texto. Por exemplo, garantem socialização da produção textual. Na prática da produção de texto podem ser trabalhados relatos (histórias de vida) bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos, textos literários e de divulgação científica, resumos (livro/artigos), etc. essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a prática da leitura. Avaliação A avaliação será contínua, formativa, diagnóstica e priorizará a qualidade e o processo de aprendizagem, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo no que diz respeito à fala, leitura e escrita. A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, fluência de sua fala, o seu desembaraço , a argumento que ele apresenta ao defender seus pontos de vista. A leitura será avaliada em questões abertas, debates, a compreensão e o posicionamento diante do texto lido e a reflexão que o aluno faz a partir da leitura. Na escrita serão considerados os aspectos discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, trazendo clareza ao aluno em relação aos parâmetros que serão avaliados. No decorrer do bimestre será realizada a recuperação de estudos com valor de 10,0 pontos, sendo feita a retomada dos conteúdos e aplicada prova escrita. Referências AMARAL, Emília et al. Novas palavras: língua portuguesa: ensino médio. 2. ed. renov. São Paulo: FTD, 2005. ANTUNES , Irandé. Aula de português: encontro &interação. São Paulo: Parábola Editoral, 2003. 224 ANTUNES, Irandé. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007. BAKHTIN, Michail. Marxismo e filosofia da linguagem. 9. ed. São Paulo: Hucitec, 1999. BAKHTIN, Michail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.Língua Portuguesa. Curitiba,2008. DISCIPLINA DE MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina O Ensino de Matemática proposto nesse projeto é um campo de estudos que possibilita ao professor balizar sua ação docente, fundamentada numa ação reflexiva, que concebe a Ciência Matemática como uma atividade humana que se encontra em construção. Contempla um desenvolvimento progressivo assistindo à maneira como foi sendo elaborada, em que se descobrem hesitações, dúvidas, contradições, que só um longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para que logo surjam outras hesitações, dúvidas e contradições. Nesse sentido o processo de ensino-aprendizagem em matemática contribui para que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e a outras áreas do conhecimento, permitindo assim, que o estudante possa analisar e compreender questões sociais, políticas, econômicas e históricas. Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos O Ensino da Matemática esteve muitas vezes baseado na repetição, na memorização, no formalismo exagerado, na realização exaustiva de cálculos e na mera aplicação de técnicas e regras sem significado. Sabemos que o surgimento da matemática deve-se à necessidade que o homem tem de buscar soluções para resolver situações-problema do dia-a-dia. Por isso, acreditamos que o ensino da matemática deve ser dinâmico e também contribuir para desenvolver a capacidade de resolver situações-problema, validar ou refutar soluções, tomar decisões e raciocinar logicamente. 225 Entendemos que a matemática é uma disciplina de investigação e os desafios precisam estar presentes e o trabalho a ser desenvolvido no contexto da Educação Matemática requer que o professor tenha uma postura teórica consistente; metodológica diversificada e; questionadora frente às concepções pedagógicas historicamente difundidas. Objetivo • Fazer com que o estudante construa por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser humano. • Formar um estudante crítico capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais por meio da interação com conhecimentos, inclusive matemáticos. Conteúdo Estruturante, Básico e Objetivo • Números e Álgebra; • Grandezas e Medidas; • Funções; • Geometrias; • Tratamento da Informação. 1ª série do Ensino Médio Conteúdo Estruturante NÚMEROS E ÁLGEBRA FUNÇÕES Conteúdo Básico Objetivo Específico - Conjuntos numéricos Representações. Diagrama de Venn. Operações. Relação de ordem R. - Escrever os elementos de um conjunto dado por suas propriedades. - Representar um conjunto por meio de uma curva fechada simples. - Operar em conjuntos. - Resolver situações-problema envolvendo operações com conjuntos. - Identificar os diversos conjuntos numéricos. - Função Afim Idéia de Função. Conceito de Função. Função composta, função inversa, função sobrejetora, função injetora e função bijetora. Gráfico de função afim no Plano Cartesiano. Zero ou raiz da função. Estudo do sinal da função do 1º grau. - Identificar função do 1º grau e classificá-la como crescente, decrescente e constante. - Calcular o zero da função do 1º grau. - Representar uma função do 1º grau no plano cartesiano. - Estudar o sinal da função do 1º grau. - Resolver situações problema envolvendo função do 1º grau. - Resolver inequações do 1º grau. - Resolver sistemas de inequações do 1º grau. - Resolver inequações simultâneas. - Resolver produto e quociente. - Definir função do 2º grau toda função dada por f(x) = ax² + bx + c, com a = 0. - Representar uma função do 2º grau no plano cartesiano. - Resolver situações-problema envolvendo função do 2º grau e sua representação gráfica. - Calcular o zero da função do 2º grau. - Interpretar graficamente os zeros da função do 2º grau. - Inequação do 1º grau Sistema de inequações do 1º grau. Inequações simultâneas. Inequações (produto e 226 quociente). - Função do 2º grau Definição. Representação gráfica Zeros da função. Estudo do vértice da parábola. Valor máximo e valor mínimo. Estudo do sinal. - Inequações do 2º grau Produto e quociente. - Exponenciais Introdução. Representação gráfica. Equações exponenciais. Função exponencial. Gráfico. - Logaritmo Definição. Gráfico. Condição de existência Equações logarítmicas. Mudança de base. - Progressões Aritméticas Definição e classificação. Termo geral de uma P.A.. Soma dos termos de uma P.A. GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIA TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO - Progressões Geométricas Definição. Termo geral de uma PG. Soma dos termos da PG. finita e infinita. Problemas envolvendo P.A. e PG. - Medidas de Área - Geometria Plana Referencial cartesiano. Gráficos cartesianos. Reta. Parábola. - Matemática Financeira Juros Simples. Juros Compostos. - Determinar a concavidade, as coordenadas do vértice e a intercessão com o eixo do “y”. - Resolver situações-problema envolvendo máximo e mínimo de funções do 2º grau. - Estudar o sinal da função do 2º grau. - Resolver inequações do 2º grau. - Resolver produto e quociente do 1º e 2º grau. - Mostrar a existência de equações cuja incógnita se encontra no expoente. - Resolver situações-problema envolvendo função exponencial. - Representar graficamente funções exponenciais. - Resolver equações exponenciais. - Resolver equações que necessitam de transformações e artifícios. - Definir função exponencial. - Representar uma função exponencial através de gráfico no plano cartesiano. - Compreender a função logarítmica a partir da resolução de situaçõesproblema e de sua representação gráfica. - Calcular o logaritmo, a base ou o logaritmando através da definição. - Verificar a existência do logaritmo. - Resolver equações logarítmicas. - Aplicar mudança de base em equações logarítmicas. - Relacionar algumas seqüências numéricas como sendo PA. - Resolver situações-problema envolvendo P.A. - Calcular a soma dos termos de uma P.A finita. - Aplicar soma de uma PA na resolução de situações-problema e na determinação de outros termos em conjunto com a fórmula do termo geral. - Relacionar algumas seqüências numéricas como sendo PG. - Resolver situações-problema envolvendo PG. - Determinar o termo geral de uma PG. finita. - Inserir meios geométricos entre dois números. - Calcular a soma dos termos de uma PG. - Determinar a área de figuras planas. - Identificar a abscissa e a ordenada de um ponto. - Localizar um ponto no plano cartesiano conhecendo as suas coordenadas. - Determinar todas as formas possíveis pelas quais podemos representar algebricamente uma reta ou uma parábola. - Representar graficamente no plano cartesiano uma reta e uma parábola. - Reconhecer a Matemática Financeira aplicada em diversos ramos da atividade humana. - Reconhecer juros simples e compostos como a compensação em dinheiro que se recebeu ou que se paga por uma quantia depositada ou emprestada no decorrer do tempo. - Reconhecer juros simples e compostos quando a compensação é baseada na quantia inicial. - Aplicar os conhecimentos adquiridos para resolver situações-problema de juros simples e compostos quando o tempo é dado em anos, meses ou dias. 2ª série do Ensino Médio Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos Objetivos Específicos 227 NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS - Matrizes Aplicação. Representação Genérica. Tipos de matrizes. Igualdade de matrizes. Operações com matrizes. Matriz inversa de segunda ordem. - Ressaltar a importância das matrizes no cotidiano. - Representar algebricamente uma matriz. - Reconhecer matriz quadrada, diagonal principal e secundária, e matriz identidade. - Operar com matriz quadrada. - Identificar as propriedades das matrizes. - Resolver exercícios que envolvam as operações com matrizes. −1 - Determinar a matriz inversa quando A . A =I - Determinantes Determinante de 1ª ordem. Determinante de 2ª ordem. Determinante de 3ª ordem. Regra de Sarrus. Propriedades dos determinantes. Determinante de Vandermonde. Aplicação de determinantes. - Reconhecer determinantes. - Resolver exercícios com determinantes de uma matriz de 1ª, 2ª e 3ª ordem, usando a regra de Sarrus. - Identificar as propriedades dos determinantes. - Reconhecer um determinante de Vandermonde. - Reconhecer quando três pontos, dadas as suas coordenadas, pertencem a uma mesma reta e relacionar com a Álgebra, com a aplicação de determinantes. - Revisar a definição de equação linear. - Identificar equação linear, e atribuindo valores arbitrários a equação, encontrar uma de suas soluções. - Resolver os sistemas lineares. - Classificar um sistema linear. - Resolver os sistemas lineares através da regra de Cramer. - Reconhecer a importância da análise de um sistema linear. - Sistema linear Equação linear. Sistema linear. Expressão matricial de um sistema de equações lineares. Classificação dos sistemas lineares. Regra de Cramer. Discussão de um sistema linear. - Trigonometria no triângulo retângulo Introdução. Razões trigonométricas de um ângulo agudo. Razões trigonométricas no triângulo retângulo. - Trigonometria na circunferência Unidade para medir arcos. Comprimento de um arco de circunferência. Circunferência trigonométrica ou ciclo trigonométrico. Arco central da circunferência. Ângulo central. Arcos côngruos. Primeira determinação positiva de um arco. - Triângulos quaisquer Introdução. Lei dos senos. Lei dos co-senos. Área de um triângulo. - Mostrar a importância do estudo da Trigonometria. - Definir seno, co-seno e tangente de um ângulo agudo usando a semelhança de triângulos. - Definir seno, co-seno e tangente de um ângulo agudo de um triângulo retângulo e aplicar essas definições na resolução de situações-problema. - Calcular o valor do seno, co-seno e tangente de 30º, 45º e 60º, que são chamados valores notáveis. - Definir arco de circunferência, bem como mostrar a existência do arco de uma volta e do arco nulo. - Definir ângulo central e estabelecer a relação entre a sua medida e a medida do arco submetido por ele. - Determinar a medida de uma circunferência por meio de uma fórmula matemática. - Estabelecer o grau e o radiano como unidades para medir arcos, bem como formular uma relação entre essas unidades. - Determinar o comprimento de um arco de circunferência por meio de uma fórmula matemática. - Estabelecer numa circunferência um sentido positivo de percurso (sentido anti-horário), bem como convencionar a origem dos arcos como sendo o ponto de coordenadas (1,0) e nomear como quadrantes cada uma das partes em que a circunferência fica dividida pelos eixos cartesianos. - Identificar como côngruos os arcos que têm a mesma extremidade no ciclo trigonométrico e se diferem apenas pelo numero de voltas inteiras, e estabelecer uma expressão geral para arcos côngruos. - Se α e β são côngruos: mostrar que β é a primeira determinação positiva de α , se 0 < β < 360º ou 0 < β < 2π. - Mostrar que resolver um triângulo, objetivo da trigonometria, é determinar os valores de todos os elementos do triângulo. - Mostrar que, em qualquer triângulo, existe uma relação entre as medidas dos lados e os senos dos ângulos opostos, permitindo calcular medidas 228 - Função trigonométrica FUNÇÕES TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO - Análise combinatória Métodos de contagem. Fatorial. Arranjos simples. Permutações simples. Combinações simples. Binômio de Newton. - Probabilidades Tipos de eventos. Probabilidade de um evento. Probabilidade da união de dois eventos. - Estatística Conceitos introdutórios. Medidas de tendência central. desconhecidas dos elementos de um triângulo. - Mostrar que, em qualquer triângulo, existe uma relação entre as medidas dos lados e os co-senos dos ângulos do triângulo, permitindo calcular medidas desconhecidas do triângulo. - Determinar a área de um triângulo em função das medidas de dois de seus lados e do seno do ângulo formado por esses lados. - Identificar as diferentes funções trigonométricas e realizar cálculos envolvendo-as. - Aplicar os conhecimentos sobre as funções para resolver situaçãoproblema. - Mostrar o significado da análise combinatória no contexto da Matemática. - Desenvolver esquemas que nos permitam resolver situações-problema de contagem. - Desenvolver um método algébrico que permita determinar um número de possibilidades de ocorrência de um acontecimento sem precisar escrever todas as possibilidades. - Identificar arranjo simples como um tipo de agrupamento em que um grupo é diferente de outro pela ordem ou pela natureza dos elementos componentes. - Identificar combinação como um tipo de agrupamento em que um grupo é diferente de outro apenas pela natureza dos elementos componentes. - Identificar permutação como um tipo de agrupamento em que cada grupo entram todos os elementos. - Reconhecer quando uma situação-problema envolve arranjos ou combinações. - Desenvolver técnicas que nos permitam resolver com mais facilidade situações-problema que envolva análise combinatória por meio de fórmulas. - Realizar cálculos utilizando binômio de Newton. - Desenvolver no aluno a capacidade de poder determinar o resultado de experimentos antes de sua realização. - Conhecer os vários tipos de eventos existentes e saber como se resolve cada um deles. - Conceituar e analisar medidas de tendência central baseadas em um projeto. - Definir espaço amostral, reconhecer o tipo de evento que está ocorrendo em determinado experimento. - Calcular a relação entre um número de eventos e o espaço amostral do experimento. 3ª série do Ensino Médio Conteúdo Estruturante NÚMEROS E ÁLGEBRA Conteúdo Básico Objetivo Específico - Números complexos Forma algébrica. Igualdade de números complexos. Operações com complexos. Potências de i. Representação gráfica. Determinação de módulo e argumento. Forma trigonométrica. - Identificar equações que apresentam discriminante menor que ZERO tem resolução através dos números complexos. - Introduzir a raiz de índice par de números negativos. - Representar algebricamente n.º complexos na forma z = a + bi. - Reconhecer quando dois números complexos são iguais. - Identificar conjugado de um número complexo como sendo sua parte real igual e sua parte imaginária simétrica. - Operar com números complexos na forma algébrica. - Calcular as potências de i. - Identificar a forma trigonométrica ou polar. - Saber operar com números complexos tanto na forma algébrica como na forma trigonométrica. - Saber identificar um polinômio e seus termos. - Saber que ao substituirmos valores nas variáveis e efetuando as operações indicadas encontraremos o valor numérico. - Identificar polinômios iguais, utilizando os coeficientes. - Saber operar com polinômios respeitando suas regras. - Usando o método da chave ou o dispositivo de Briot - Ruffini, todo polinômio de grau n pode ser decomposto num produto de n fatores do 1º grau. - Polinômios Grau de um polinômio. Valor numérico. Polinômios idênticos. Método de divisão Briot Ruffini. Teorema do resto. 229 - Equações matemáticas: Equações algébricas. Relações de Girard. - Utilizar o teorema de D’Alembert na divisão de um polinômio pôr um binômio da forma ax + b. - Reconhecer e resolver equações com expoentes maior que 2. - Utilizar teorema fundamental para a resolução de equações cúbicas, quadráticas, etc. - Mostrar que uma raiz pode ser dupla, tripla, ···, etc. - Mostrar que, se uma equação tem a + bi como raiz, terá, também, o conjugado a - bi como raiz. - Estabelecer relações de igualdade entre os coeficientes e as raízes de uma equação algébrica. - Pesquisar a existência de raízes racionais numa equação algébrica. GRANDEZAS E MEDIDAS - Medidas de Volume - Determinar que as unidades de medidas são utilizadas para calcular as diferentes grandezas e relacionar a matemática existente em suas unidades. GEOMETRIA - Geometria Analítica - Historiar o surgimento de um novo método de estudo da Geometria, chamado Geometria Analítica. - Representar, no plano pontos por meio de pares ordenados de números reais. - Determinar as coordenadas do ponto que divide um segmento de reta, dadas as coordenadas das extremidades do segmento. - Determinar as coordenadas do ponto médio de um segmento dadas as coordenadas das extremidades do segmento. - A utilização do conceito de módulo ou valor absoluto para definir distância entre dois pontos na reta real. - Usando a Geometria plana e a Álgebra, com a utilização de determinantes, determinar a área de um polígono, dadas as coordenadas de seus vértices. - Determinar todas as formas possíveis pelas quais podemos representar algebricamente uma reta. - Obter o coeficiente linear da função do 1º grau. - Obter o coeficiente angular da função do 1º grau. - Determinar o número real que expressa o valor da tangente do ângulo formado pela reta com o eixo das abscissas. - Usando os coeficientes angulares, estabelecer condições para que duas retas sejam perpendiculares. - Reconhecer analiticamente quando duas retas de um plano são paralelas ou concorrentes. - Usando sistemas de equações do 1º grau, determinar as coordenadas do ponto de encontro de duas retas. - Usando a condição de perpendicularidade, determinar as coordenadas do simétrico de um ponto dado em relação a uma reta. - Desenvolver algebricamente a equação simplificada da circunferência. - Verificar quando uma equação de segundo grau em X e Y representa uma circunferência. - Usando a fórmula da distância, verificar se um ponto é interno, externo ou pertence à circunferência. - Verificar analiticamente quando uma reta é secante, tangente ou exterior a uma circunferência. - Ponto Coordenadas cartesianas. Simetria de um ponto no plano cartesiano. Ponto que divide um segmento de reta. Distância entre dois pontos. Área de um polígono. Condição de alinhamento de três pontos. - Reta Equação da reta que passa pôr dois pontos. Formas de apresentação da equação da reta. Equação reduzida da reta. Equação segmentaria da reta. Equações paramétricas da reta. Equação da reta que passa por um ponto. Posições relativas de duas retas. Ângulo entre retas. Distância de um ponto à reta. Coeficiente linear e coeficiente angular de função Afim. GEOMETRIA - Circunferência Equação reduzida da circunferência. Reconhecimento da equação da circunferência. Posição de um ponto em relação à circunferência. Posição relativa de uma reta em relação à circunferência. - Geometria Plana Deslocamento de pontos no plano e distância entre - Identificar conceitos e propriedades em construções geométricas simples. - Reconhecer a aplicação adequada de cada instrumento de desenho e 230 dois pontos Polígonos (classificação elementos e propriedades). Círculo e circunferência. Perímetro e área. - Geometria Espacial Geometria de posições Poliedros (convexos e regulares). Prismas (regulares) Pirâmide Cilindro Cone Esfera utilizá-lo adequadamente. - Correlacionar representações e formas com modelos geométricos já conhecidos. - Avaliar comparativamente áreas e perímetros (polígonos, circulo e circunferência) em situações contextualizadas. - Desenvolver a capacidade de utilizar conceitos e propriedades já conhecidos na interpretação e resolução de situações-problema com representações geométricas. - Interpretar texto esquematizando idéias e esboçando modelos. - Utilizar os conceitos de geometria analítica e plana no espaço (planos ortogonais). - Identificar conceitos e propriedades em construções geométricas simples. - Reconhecer a aplicação adequada de cada figura e utilizá-lo adequadamente. - Correlacionar representações e formas com modelos geométricos já conhecidos. - Avaliar comparativamente áreas e volumes em situações contextualizadas. -Desenvolver a capacidade de utilizar conceitos e propriedades já conhecidos na interpretação e resolução de situações-problema com representações geométricas. - Esquematizar idéias e esboçar através da modelagem matemática. Encaminhamento Metodológico Resolução de Problemas Esta metodologia torna as aulas mais dinâmicas, por meio do qual o estudante tem a oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Uma das razões do ensino da Matemática é justamente ensinar os conteúdos problematizados de forma contextualizada, a partir da qual o estudante tenha condições de buscar várias alternativas de soluções para os mesmos. História da Matemática A História da Matemática possibilita ao estudante entender como o conhecimento matemático é historicamente construído, permitindo assim, a compreensão da natureza da Matemática e a sua relevância na vida da humanidade. O estudo da História propicia vincular descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinavam o pensamento e influenciava no avanço científico de cada época. A História da Matemática atua como elemento orientador na elaboração das atividades propostas, na escolha das situações-problema e, na compreensão de conceitos matemáticos. A História da Matemática proposta nesse projeto é compatível com a função descrita por Miguel e Miorim (2004), ou seja, ela deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática, bem como, para a promoção de ensino e da aprendizagem da Matemática escolar baseado na compreensão e na significação. 231 Modelagem Matemática A Modelagem Matemática promove o ensino e a aprendizagem da Matemática por meio da análise de problematizações do cotidiano, promovendo a integração do estudante no contexto social segundo análises críticas das situações de vida. Tendo um problema real e interessante, os estudantes devem levantar dados referentes ao assunto e encontrar meios matemáticos de analisá-los e resolvê-los, modelando a situação defrontada a aplicando os modelos encontrados, como forma de validá-los. Os problemas devem ser “extraídos” da realidade, pois a modelagem matemática consiste, essencialmente, na arte de transformar situações da realidade em problemas matemáticos. Uso de Jogos O uso dos jogos como estratégia de trabalho oferece maior motivação para o estudo, além de apresentar-se como um instrumento eficiente de ensino e de aprendizagem do conteúdo matemático e, também, como um instrumento que possibilita a fixação dos conteúdos trabalhados em sala. O trabalho com jogos possibilita ao professor analisar o raciocínio lógico desenvolvidos pelos estudantes e detectar dificuldades apresentadas pelos alunos. Outra característica importante que tal estratégia promove é a capacidade de trabalho em grupo de forma integrada. A abordagem dos conteúdos específicos pode transitar por todas as tendências da Educação Matemática. A figura a seguir sugere que tais tendências se articulem com enfoque nos conteúdos matemáticos. 232 Avaliação A avaliação proposta nesse projeto é vista de modo integrado com o ensino e a aprendizagem, sendo analisada por diversos métodos avaliativos: na forma escrita, oralmente, por meio de demonstrações, por meio da utilização de materiais manipuláveis, instrumentos como a calculadora, entre outros. O processo avaliativo não se restringe em apenas quantificar o nível de informação que o estudante domina. Nele são considerados não somente os resultados finais, mas também, os registros escritos, as manifestações orais, os erros de raciocínio e de cálculo. A avaliação deve abrir espaço para a interpretação e a discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte dos estudantes. A avaliação deve orientar o professor em sua prática docente; não é instrumento para reprovar ou reter alunos; por isso requer encaminhamentos metodológicos que abram espaço à interpretação e à discussão dos conteúdos trabalhados. Para que isso aconteça, é preciso considerar o diálogo entre professor e alunos na tomada de decisões, nos critérios avaliativos, na função da avaliação e nas posteriores intervenções, se necessárias. 233 Referências BOLDRINI, J.L. et al. Álgebra Linear. 3. ed. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980. BONGIOVANNI, V.; VISSOTO LEITE, O. R.; LAUREANO, J. L. T. Matemática e Vida. São Paulo: Ática, 1993. BOYER, C.B. História da matemática. Tradução: Elza F. Gomide. São Paulo: Edgard Blücher, 1974. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio: ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília, 1999. CAJORI, F. A history of mathematics. 50. ed. 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Las Matemáticas en Costa Rica. In: Memorias Tercer Congreso Nacional de Matemática. San José-Costa Rica, Octubre de 1990, p. 262-271. DISCIPLINA DE QUÍMICA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina A Química está presente em todo processo de desenvolvimento científico e tecnológico à partir das necessidades humanas. As suas aplicações podem ser percebidas em inúmeros fenômenos que ocorrem em nosso cotidiano os quais trazem contribuições ao longo da história da humanidade. O aluno reconhecerá que os acontecimentos que ocorrem na natureza diariamente são fenômenos que estão intimamente ligados ao conhecimento químico. O conhecimento químico está em constante transformação em virtude das necessidades humanas, uma vez que a Ciência é construída pelos seres humanos que estão sujeitos aos processos sociais, políticos e econômicos. A compreensão e apropriação do conhecimento científico e tecnológico devem ser adquiridos a partir do objeto do estudo da Química, que é o estudo da matéria e suas transformações. O papel central do estudo da Química no Ensino Médio é ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento e à participação social, favorecendo assim a formação do cidadão da sua história. A química observa as composições, as propriedades, as transformações das substâncias e este conhecimento propicia um melhor entendimento do mundo e, consequentemente, ajuda a obter melhor qualidade de vida. Dominar o conhecimento químico e compreender os fenômenos que nos rodeiam são condições essenciais para o exercício da cidadania. O cidadão participativo é capaz de tomar decisões e ter noções básicas sobre a Ciência e Tecnologia e apto a responder as indagações do cotidiano. Histórico da Disciplina O desenvolvimento de saberes e de práticas estão relacionados a transformação 236 da matéria. Os fatos marcantes da história do conhecimento químico em suas inter- relações econômica, política e social. Inicialmente, o homem obteve a partir do fogo diversos benefícios na história da humanidade. Dentre estes benefícios podemos destacar a extração, produção e o tratamento de metais como o cobre, o bronze, o ferro , o ouro, etc. Outros fatos marcaram e deram ênfase ao conhecimento químico que facilita a constituição do saber,estes foram: O domínio do fogo além de ser uma das mais antigas descobertas químicas e aquela que mais profundamente revolucionou a vida do homem e com inúmeras aplicações; Os alquimistas europeus buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal e esses manipularam diversos metais, como o cobre, o ferro e o ouro, além das vidrarias que foram aperfeiçoadas e hoje, muitas fazem parte dos laboratórios; Com o crescimento populacional favoreceu um aumento de doenças provocadas pelas péssimas condições sanitárias surgindo então a necessidade de produzir substâncias químicas minerais para a curar das enfermidades; A latroquímica surge com finalidade terapêutica: O experimentalismo marcou a ciência moderna e esteve presente no avanço da Química dos séculos XVIII e XIX em inúmeras investigações, tais como o isolamento de algumas substâncias gasosas (nitrogênio, cloro, hidrogênio e oxigênio) e a descoberta de muitos outros elementos metálicos: cobalto, platina, zinco, níquel, bismuto, manganês, molibdênio, telúrio, tungstênio e cobre. (PARANÁ, 2009). As diversas discussões sobre a teoria atômica favoreceu o desenvolvimento da Química como ciência. Houve um grande avanço da ciência durante a revolução, na busca de novos materiais o homem procura melhorar a qualidade de substâncias com o uso das tecnologias. Através de Lavoisier, a Química ganhou uma linguagem universal quanto à nomenclatura e aos conceitos fundamentais. No século XIX, com a consolidação da teoria atômica apresentada por John Dalton e os demais estudos foram feitos como: Friedrich Wöhler sintetizou a ureia (substância orgânica) a partir de um composto inorgânico; Dimitri Ivanovitch Mendeleev organizou uma classificação dos elementos químicos seguindo o mesmo princípio da periodicidade de propriedades em função dos pesos atômicos. No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a Química 237 se consolidou como a principal disciplina associada aos efetivos resultados na indústria. A Química é responsável pela investigação, produção e controle dos medicamentos, indústria bélica, estudos nucleares, estrutura atômica e formação das moléculas, mecânica quântica e outros. Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatro décadas do século XX passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de computação, com o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui uma era de transformações nas ciências que vêm modificando a maneira de se viver. Esse período, marcado pela: descoberta de novos materiais, engenharia genética, exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos estudos espaciais e pela farmacologia; marca o processo de consolidação científica, com destaque à Química, que participa das diferentes áreas das ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola. (PARANÀ. 2009). Fundamentos Teóricos Metodológicos O conhecimento químico e os demais saberes, estão em continua transformação. Esse processo de elaboração e transformação do conhecimento ocorre em função das necessidades humanas, uma vez que a ciência é construída por homens e mulheres, portanto, falível e inseparável dos processos sociais, políticos e econômicos. O desenvolvimento da sociedade no contexto capitalista passou a exigir das ciências respostas precisas e específicas a suas demandas econômicas, sociais, políticas, etc. A partir das décadas de 1960 e 1970, o processo de industrialização brasileiro influenciou a formação de cursos profissionalizantes, com métodos que privilegiavam a memorização de fórmulas, a nomenclatura, as classificações dos compostos químicos, as operações matemáticas e a resolução de problemas. Hoje o ensino de Química está voltado para a construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula. Estes conceitos estudados na visão conceitual devem ser retomados a cada passo, com o objetivo de ajudar a construir os conceitos envolvidos, dando o significado em diferentes contextos. Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica 238 compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos conceitos de Química. (PARANÁ, 2009). Segundo Paraná (2009) as diretrizes, propõe que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o qual, segundo Oliveira (2001): [...]deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação. A experimentação propicia a apropriação efetiva do conceito, pois deve ocorrer de forma a problematizar a construção dos conceitos químicos. A aprendizagem deve ocorrer através de atividade significativa e contextualizada. Segundo Paraná (2009), as diretrizes, propõe um trabalho pedagógico com o conhecimento químico que propicie ao aluno compreender os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele. Segundo o mesmo autor cabe ao professor criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais criticamente sobre o mundo. O ponto de partida para a organização dos conteúdos curriculares são os conteúdos estruturantes e seus respectivos conceitos. A partir do mesmo, o professor poderá desenvolver com os alunos os conceitos relacionados ao fenômeno em estudo levando em consideração o seu saber prévio. Objetivos • Reconhecer a química como criação humana, compreendendo os aspectos históricos e suas relações com o contexto cultural, sócio – econômico e político. • Possibilitar ao aluno compreender o conhecimento científico e suas aplicações. • Compreender códigos e símbolos próprios da química. • Compreender as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada no contexto do exercício da cidadania. • Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual. 239 Conteúdo Estruturante, Básico e Objetivo • Matéria e sua natureza • Biogeoquímica • Química sintética 1ª série do Ensino Médio Objetivo Estruturante Matéria e sua - Compreende a descoberta desta ciência; -Identificar situações do dia-a-dia onde a Química está inserida; natureza -Entender e questionar a ciência e seu tempo e avanços tecnológicos na área de química; -Conhecer e diferenciar substância pura de uma mistura; -Conceituar substâncias simples e compostas; -Reconhecer a evolução dos modelos atômicos; -Conhecer os elementos químicos; -Perceber a importância dos elementos na agricultura; -Reconhecer que os macro e micronutrientes são compostos por elementos químicos; -Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas; -Compreender os códigos e símbolos próprios da Química atual; -Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da Química e vice – versa; -Compreende a distribuição dos elétrons através do diagrama de Linus Pauling, bem como a ordenação dos elementos químicos na classificação periódica; -Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do tempo; -Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógica-formal). Básico - Matéria; - Ligações Químicas; - Funções Inorgânicas. Específico - Estrutura da matéria; - Substância; - Mistura; - Método de separação; - Fenômenos físicos; - Estrutura atômica; - Distribuição eletrônica; - Tabela periódica; - Ligações químicas; - Funções inorgânicas. 2ª série do Ensino Médio Objetivo Estruturante Básico Matéria e sua -Identificar, formular e nomear um ácido, uma base, um sal e um óxido. natureza -Identificar situações do dia a dia onde as funções inorgânicas estão inseridas. -Conhecer e utilizar adequadamente os indicadores químicos e a escala de pH. -Compreender a relação entre átomo e molécula. -Conhecer o significado de mol. -Relaciona massa atômica e massa molecular. -Entender a linguagem das fórmulas e equações na representação dos fenômenos químicos. -Interpretar e resolver questões que envolvam balanceamento de equações. -Classificar uma reação química. -Funções inorgânicas - Classificar as reações quanto à energia absorvida ou liberada. Matéria e sua - Calcular a variação de entalpia (∆H) de reações por natureza intermédio de gráficos de energia, tabelas ou equações termoquímicas ( aplicação da lei de Hess). - Calcular a variação de entalpia de uma reação com base em dados de energia de ligação. - Equações termoquímicas; Termoquímica - Princípios da termodinâmica; - Variação da entalpia; - Entropia e energia livre; - Lei de Hess; - Calorias. -Reconhece o estado gasoso, suas grandezas e equações Biogeoquímica Solução Específico - Funções inorgânicas - Relações de massas - Conceitos básicos - Cálculos - Reações Químicas - Tipos -Balanceamento - Soluções 240 gasosas. - Verifiquem e confrontem a importância dos gases no cotidiano. - Representar graficamente dados da concentração de reagentes e ou produtos de uma reação em função do tempo, com base em suas grandezas. - Reconhecer os principais fatores que modifica a velocidade de uma reação. - Explicar e analisar, a teoria das colisões moleculares, os fatores que influenciam na rapidez de uma reação: temperatura, superfície de contato e concentração. - Analisar a influência por experimentação. - Reconhecer o fenômeno nuclear e caracterizar as partículas radioativas. - Reconhecer no cotidiano algumas aplicações importantes da energia nuclear e reconhecer o risco do uso da mesma. - Caracterizar a meia-vida dos isótopos radioativos e descrever processos de produção de energia pela fissão e fusão nuclear. -Cinética das reações químicas; - Lei da velocidade das reações - Fatores que influenciam a velocidade das reações. - Leis da Radioatividade; - Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear). Velocidade das reações Radioatividade OBS: Os conteúdos básicos abordados na 2ª série do Ensino Médio estão sendo adequados gradativamente de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação e com o apoio do PNLD. O conteúdo de Química do Carbono será ministrado na 3ª série de 2013. 3ª série do Ensino Médio Objetivo Estruturante - Classificar as reações quanto à energia absorvida ou Matéria e sua liberada. natureza - Calcular a variação de entalpia (∆H) de reações por intermédio de gráficos de energia, tabelas ou equações termoquímicas ( aplicação da lei de Hess). - Calcular a variação de entalpia de uma reação com base em dados de energia de ligação. Básico Específico Reações químicas - Equações termoquímicas; - Princípios da termodinâmica; Termoquímica - Variação da entalpia; - Entropia e enrgia livre; - Lei de Hess; - Calorias. -Reconhece o estado gasoso, suas grandezas e equações Biogeoquímica Solução gasosas. - Verifiquem e confrontem a importância dos gases no cotidiano. - Representar graficamente dados da concentração de reagentes e ou produtos de uma reação em função do tempo, Velocidade com base em suas grandezas. das reações - Reconhecer os principais fatores que modifica a velocidade de uma reação. - Explicar e analisar, a teoria das colisões moleculares, os fatores que influenciam na rapidez de uma reação: temperatura, superfície de contato e concentração. - Analisar a influência por experimentação. - Reconhecer o fenômeno nuclear e caracterizar as partículas Radioatividade radioativas. - Reconhecer no cotidiano algumas aplicações importantes da energia nuclear e reconhecer o risco do uso da mesma. - Caracterizar a meia-vida dos isótopos radioativos e descrever processos de produção de energia pela fissão e fusão nuclear. - Soluções -Cinética das reações químicas; - Lei da velocidade das reações - Fatores que influenciam a velocidade das reações. - Leis da Radioatividade; - Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear). - Identificar o estado de equilíbrio por meio de análise de Química gráficos. sintética - Prever o sentido do deslocamento de um equilíbrio químico, aplicando o princípio de Le Chatelier, - Compreender o equilíbrio em meio aquoso. - Equilíbrio químico -Deslocamento de equilíbrio - Equilíbrio em meio aquoso Equilíbrio químico 241 Metodologia O ensino de Química deve contribuir para que o estudante tenha uma visão mais abrangente do universo. Assim, as fórmulas matemáticas não podem ser objeto central da aprendizagem, pois apenas representam modelos elaborados para entendermos determinado fenômeno ou evento químico. Os experimentos podem ser o ponto de partida para a compreensão de conceitos e sua relação com as ideias discutidas em aula. Os estudantes, assim, estabelecem relações entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, expressam ao professor suas dúvidas. A atividade laboratorial implica não somente fazer com as mãos, sentir e experimentar, mas, também, está relacionada à análise criteriosa e à articulação da teoria com a prática. Uma aula experimental, seja ela com manipulação do material pelo aluno ou demonstrativa, não está associada a um aparato experimental sofisticado, mas sim a sua organização, discussão e análise, possibilita, ainda, interpretar os fenômenos químicos e a troca de informações entre o grupo que participa da aula. A Química estuda o mundo material e sua constituição. Considera-se importante propor ao aluno leituras que contribuam para a sua formação e identificação cultural, que possam constituir elementos motivadores para a aprendizagem da Química, e contribuir, eventualmente, para a criação do hábito da leitura. São vários os recursos que o professor pode utilizar, dentre eles: • Revisar e aprofundar os conceitos. • Aproveitar os encadeamentos de ideias (contextualização). • Interpretar textos elaborados com a linguagem científica, que contenham tabelas, figuras, gráficos, fórmulas químicas, equações matemáticas, enfim, representações utilizadas pela química. • Executar operações básicas de laboratório. Critérios de Avaliação da Disciplina A avaliação deve ser processual, formativa e diversificada, levar em conta o conhecimento prévio do aluno, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no coletivo da escola. Esse processo ocorre por meio de interações recíprocas, no dia a dia no transcorrer da própria aula e sujeita a alterações em 242 seu desenvolvimento. Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos que leva a prática que se dá através de uma ação pedagógica em que a partir dos conhecimentos anteriores dos alunos sejam permitidos aos mesmos o entendimento e a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais por meios dos fenômenos químicos. A avaliação deve contemplar várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outros. Esses instrumentos com cada conteúdo e objetivo de ensino. Em relação à leitura de mundo, o aluno deverá posicionar criticamente nos debates conceituais, articulando o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas. Referências BELTRAN, N. O.; CISCATO, C. A. M.. Química. São Paulo: Cortez, 1991. BENABOU, J. E; RAMANOSKI, M. Química. São Paulo: Atual, 2003. BENN, F. R.; MCAULIFFE, C. A. Química e poluição. São Paulo: USP, 1981. BIANCHI, J.C.A.; ALBRECHT, C.H.; MAIA, D.J. Universo da Química. São Paulo: FTD, 2005. BRADY, J.E.; RUSSELL, J.W.; HOLUM, J.R. Química: a matéria e suas transformações. v. 2. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2003. BROWN, T.L.; LEMAY JR., H.E.; BURSTEN, B.E. Química Ciência Central. Rio de Janeiro: LTC, 1999. CARVALHO, A.; MACEDO, A. U. Química: Coleção Horizontes. São Paulo: IBEP, 199? COVRE, G. J. Química Total. São Paulo: FTD, 2001. FELTRE, R. Química . São Paulo: Moderna, 2004. PARANÁ. Secretaria de Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação. Química. Curitiba: MEC/SEED, 2009. PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. 4.ed. São Paulo: Moderna, 2006, v. 1, 2, 3. REIS, M. Química Integral. São Paulo: FTD, 1993. 243 SARDELLA, A.; FALCONE, N. Química: Série Brasil. São Paulo: Ática, 2004. SARDELLA, A.; MATEUS, E. Dicionário de Química. São Paulo: Ática, 1990. SOLOMONS, T. W. G. Química Orgânica 1. Rio de Janeiro: LTC, 1982. USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química: Química Orgânica. São Paulo: Saraiva, 2005, v.1, 2, 3. USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. São Paulo: Saraiva, 2002. DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade. No desenvolvimento da Sociologia, pode-se distinguir um triplo processo de formação de um núcleo disciplinar: a) a identidade cognitiva, que especifica as orientações, paradigmas, problemáticas e instrumentos de pesquisa da disciplina; b) a identidade social, forjada pelo processo de institucionalização através do qual a disciplina procura se estabilizar do ponto de vista de sua organização; c) a identidade histórica, que corresponde aos primeiros esforços de constituição do campo de trabalho, com os quais, em princípio, os integrantes da comunidade científica se identificam, segundo Wolf Lepenies, citado por Villas Bôas (1991). Tal orientação aplica-se neste documento para reconhecer como se constitui a disciplina Sociologia, definição do seu campo de estudo e o processo de sua institucionalização, especialmente no Brasil. A apreciação desenvolvida obedece aos critérios seletivos de relevância social e repercussão intelectual das obras e seus autores, boa parte delas, ensaios de investigação sociológica com inserções na historiografia e na etnografia. Histórico da Disciplina e Fundamentos Teóricos Metodológicos A Sociologia é um resultado do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a 244 clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los. O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização. Esses acontecimentos conjugados – a queda do Antigo Regime e a ascensão da democracia; a industrialização expandida pelas máquinas e a concentração de trabalhadores nas cidades; e a admissão de um método científico propiciado pelo racionalismo – garantem as condições para o desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade. Inicialmente, um pensamento de cunho conservador desenha-se mais como uma forma cultural de concepção do mundo, uma filosofia social preocupada em questionar a gênese da sociedade e a sua evolução. Portanto, a Sociologia é uma área de interesse muito recente, mas foi a primeira ciência social a se institucionalizar. Antes, portanto, da Ciência Politica e da Antropologia. Em que pese o termo Sociologie tenha sido criado por Auguste Comte (em 1838), que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem — inclusive a História, a Psicologia e a Economia. Em Comte, seu esquema sociológico era tipicamente positivista, (corrente que teve grande força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os "remédios" para os problemas de ordem social. As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no século XVIII, como as Revoluções Industrial e Francesa, colocaram em destaque mudanças significativas da vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas tradições. A Sociologia surge no século XIX como forma de entender essas mudanças e explicá-las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a Sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do capitalismo moderno. 245 Esta disciplina marca uma mudança na maneira de se pensar a realidade social, desvinculando-se das preocupações especulativas e metafísicas e diferenciando-se progressivamente enquanto forma racional e sistemática de compreensão da mesma. No que concerne ao Brasil, cabe frisar que a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva. Florestan Fernandes (1976), ao traçar três épocas de desenvolvimento da reflexão sociológica na sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma conexão episódica entre o direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A segunda é caracterizada pelo pensamento racional como forma de consciência social das condições da sociedade, nas primeiras décadas do século XX; a terceira época, em meados do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos sociais aos padrões de cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências metodológicas em países europeus e nos Estados Unidos. As questões sociais nas primeiras décadas do século XX propiciaram reflexões sobre suas dinâmicas. Em tons conservadores, encontram-se entre os ensaístas da realidade social: Silvio Romero (1851-1914), autor de inúmeras publicações, como Ensaios de sociologia e literatura (1901), Euclides da Cunha (1866-1909), cuja obra-prima foi Os Sertões (1902) e Oliveira Vianna (1883-1951) que, entre outras obras, escreveu Populações meridionais do Brasil (1920) e Formação étnica do Brasil colonial (1932), preocupados em reconhecer a identidade cultural da nação em afirmação, via uma mescla de história, política e sociedade. Os anos de 1930 foram de plena efervescência para a Sociologia que se institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no campo da pesquisa e da editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobre as peculiaridades da cultura e sociedade brasileiras. Entre as iniciativas que favoreceram o despertar da produção sociológica, estão as apontadas por Meucci (2008): a) introdução da cadeira de Sociologia nos cursos secundários chamados complementares, em 1925, nas Escolas Normais de Pernambuco e no Rio de Janeiro, em 1928, e de São Paulo, em 1933; b) criação dos cursos de Ciências Sociais na Escola Livre de Sociologia e Política, em 1933; na Universidade de São Paulo, em 1934; na Universidade do Distrito Federal, em 1935; e na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná, em 1938; c) publicação das consagradas obras Evolução Política do Brasil (1933) de Caio Prado Júnior, Casa grande e senzala (1933) de Gilberto Freyre e Raízes do Brasil (1936) de Sérgio Buarque de Holanda; d) surgimento de dicionários, coletâneas 246 de textos e periódicos que, juntamente com os manuais didáticos, se constituíram nos primeiros veículos de difusão do conhecimento sociológico, entre eles o Dicionário de Etnologia e Sociologia (1939) de Herbert Baldus e Emílio Willems; o Dicionário de Sociologia (1939) de Achiles Archero Júnior e Alberto Conte; a revista Sociologia (1939), primeiro periódico especializado em Sociologia publicado por Romano Barreto e Emílio Willems; e a coletânea organizada por Romano Barreto, Leituras Sociológicas (1940), com traduções de artigos publicados na Europa e nos Estados Unidos, considerados essenciais para o conhecimento da teoria social. São da década de 1930 grandes trabalhos de síntese interpretativa sobre a realidade social e política. Com as obras Casa grande e senzala (1933), Sobrados e mocambos (1936), Nordeste (1937) e Ordem e progresso (1959), Gilberto Freyre (19001987) projetou-se na análise das origens europeia e africana do povo brasileiro, considerado o primeiro especialista brasileiro com formação científica. Sociólogo de formação, com pós-graduação em ciências políticas, jurídicas e sociais nos Estados Unidos, Gilberto Freyre foi influenciado pela escola culturalista americana que se opunha às teorias sociais relevantes do século XIX, especialmente às de Marx e de Comte, afirma Meucci (2005). Essa influência, que o levou a problematizar a questão étnico-racial e a assumir a miscigenação como algo positivo, não o impediu de tratar o assunto sem questionar as estruturas da sociedade escravista. Gilberto Freyre foi um marco na Sociologia brasileira influenciando gerações, lecionou a cadeira de Sociologia na Escola Normal de Pernambuco, além de ter sido deputado estadual em 1946, quando do projeto de criação do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, em Recife. Caio Prado Júnior (1907-1980), ensaísta e político, foi o primeiro intelectual brasileiro a utilizar a análise marxista em estudos sobre a realidade cultural do país. Contribuiu com a história da política nacional, a partir das origens do Brasil Colônia, escrevendo várias obras de assuntos sociológicos, históricos, políticos e econômicos, entre as quais se destacam Evolução Política do Brasil (1933), Formação do Brasil contemporâneo (1942) e A questão agrária no Brasil (1979). Intelectual combativo, Caio Prado Jr. fundou a Editora Brasiliense, em 1943, e também participou da vida políticopartidária integrando a Aliança Liberal, que combatia o fascismo e o imperialismo. A história do Brasil fascina os pensadores sociais e Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), que conheceu a obra de Max Weber, dedicou-se a interpretar a concomitância da tradição e da modernidade brasileira. Em sua obra Raízes do Brasil 247 (1936), com a teoria da cordialidade do homem brasileiro, expõe a fragilidade da formação autoritária das elites culturais e políticas do país. Buarque de Holanda foi professor catedrático de História da Civilização Brasileira, na USP, de 1958 a 1969. São obras de interpretação dos processos histórico-sociais também, A cultura brasileira (1943) escrita por Fernando de Azevedo e Formação da sociedade brasileira (1944), de Nelson Werneck Sodré. Toda produção sociológica, expressa as condições sócio-culturais de sua época, num pulsar conjunto entre reflexão e interpretação e o contexto histórico vivido, mas isso não significa unidade temática e analítica dos estudos, que guardam diferenças teóricometodológicas e ideológicas. Desse modo, se nas primeiras décadas do século XX as preocupações culturais alimentaram as análises sociológicas, as décadas seguintes registraram uma concentração de estudos sobre fatos e questões políticas. O Estado brasileiro sob diversos ângulos – sua formação, instituições e atuação – exercia uma dominação que atraiu a atenção dos intelectuais. O período de 1945 a 1974 foi de grandes mudanças econômicas, sociais e institucionais no Brasil e as pesquisas trataram de temas da política e da cultura de forma simultânea, atualizando-os sob a luz de métodos de investigação científica que se firmavam na Sociologia. Villas Bôas (1991) comenta que a “imagem” que se preservou das ciências sociais foi positiva de um lado, porque buscava alicerçar os padrões do trabalho científico e, de outro lado, questionável, por deixar-se envolver pela crença nas transformações profundas da sociedade brasileira. Há um esforço de parte dos estudos em conceituar e formalizar modelos políticos e econômicos, mas muitos tendem a propor diretrizes para a ação política de grupos e partidos políticos. Não apenas autores nacionais analisam a sociedade no Brasil, mas também estrangeiros que aqui fizeram escola, como o francês Roger Bastide (1898-1974), um dos cientistas sociais da missão europeia, em 1938, à USP, onde lecionou Sociologia, especializando-se no estudo de religiões afro-brasileiras, além de ser parceiro de Florestan Fernandes na obra Relações raciais entre brancos e negros em São Paulo (1959); Jacques Lambert, autor de Os dois Brasis (1967) e Donald Pierson, que escreveu Teoria e pesquisa em Sociologia (1945) , Negros no Brasil (1942) e Cruz das almas (1951), para mencionar sociólogos. O sociólogo Octávio Ianni (1975) elenca três núcleos de problemas analisados pela Sociologia: a crise de transição da sociedade baseada no capitalismo agrário à 248 sociedade onde prepondera o capitalismo industrial; a reinterpretação da história social do país; e o caráter da revolução brasileira, ou seja, o caráter das mudanças sociais no curso da industrialização e ascensão da burguesia industrialA temática do desenvolvimento econômico e social é o forte de muitos estudos na produção sociológica de meados do século XX, analisando a crise das relações de produção na sociedade agrária ou a formação de um operariado urbano, o empresário industrial ou o nacionalismo econômico, o sindicalismo ou os governos populistas. Esses temas são abordados por: Florestan Fernandes em Mudanças sociais no Brasil: aspectos do desenvolvimento da sociedade brasileira (1960) e em Sociedade de classes e subdesenvolvimento (1968), Hélio Jaguaribe em Desenvolvimento econômico e desenvolvimento político; Celso Furtado em Formação econômica do Brasil; Octávio Ianni em Estado e capitalismo; Juarez Brandão Lopes em Desenvolvimento e mudança social; Gabriel Cohn em Petróleo e nacionalismo; Fernando Henrique Cardoso em Empresário industrial e desenvolvimento econômico; José Albertino Rodrigues em Sindicato e desenvolvimento no Brasil; Leôncio Martins Rodrigues em Conflito industrial e sindicalismo no Brasil; Luiz Pereira em Trabalho e desenvolvimento no Brasil; Otávio Guilherme Velho em Frentes de expansão e estrutura agrária; Luciano Martins em Industrialização, burguesia nacional e desenvolvimento. A ligação entre o processo histórico e as Ciências Sociais, especialmente a Sociologia, provoca reflexões no meio intelectual, como quando da nova configuração das relações de produção contida na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), promulgada por decreto do Presidente Getúlio Vargas em 1943, enquanto o Estatuto do Trabalhador Rural (ERT) só ocorreu 20 anos depois, em 1963. Reinterpretando a história social do trabalhador brasileiro e a formação da classe operária – do escravo ao trabalhador livre, no campo ou na cidade, negro, mulato, índio ou branco, nacional ou migrante – muitas pesquisas sociológicas aconteceram e foram publicadas. Entre elas estão: A integração do negro na sociedade de classes (1965), de Florestan Fernandes; As elites de cor (1955), de Thales de Azevedo; As metamorfoses do escravo, raças e classes no Brasil (1972), de Octávio Ianni; História das lutas sociais no Brasil (1962), de Everardo Dias; História Econômica do Brasil (1953), de Caio Prado Júnior; O campesinato brasileiro (1973), de Maria Isaura Pereira de Queiroz; Messianismo e conflito social (1966), de Maurício Vinhas de Queiroz, Sindicato e Estado (1966), de Azis Simão; Desenvolvimento e marginalidade (1974), de Maria Célia Paoli; Sociedade industrial no Brasil (1964), de Juarez Brandão Lopes. 249 O período da ditadura militar marcou uma inflexão na Sociologia, que se desenvolvia e teorizava acerca das tendências da revolução brasileira, abortada nos anos sessenta, mas pensado o processo de transformações por autores de renome, entre os quais Octávio Ianni, com Política e Revolução Social no Brasil (1965) e Florestan Fernandes, com Revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica (1974), onde produziu reflexões originais sobre o papel da Sociologia num período de transição da sociedade agroexportadora para a urbano-industrial. Um pensamento sociológico sobre os problemas latino-americanos floresceu, sobretudo entre os intelectuais brasileiros exilados em países europeus e da América Latina, em decorrência do golpe de Estado de 1964 e do Ato Institucional n. 5, em 1968. Esse alargamento do horizonte científico e político pode ser constatado na produção de Hélio Jaguaribe, com Problemas do desenvolvimento latino-americano (1967) ; Fernando Henrique Cardoso, com Mudanças sociais na América Latina (1969); Teothônio dos Santos, Dependência y cambio social (1970) ; Florestan Fernandes, com Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina (1973); Francisco Weffort, com Classes populares e política (1968); Celso Furtado, com Subdesenvolvimento e estagnação na América Latina (1966); Octávio Ianni, com A formação do Estado populista na América Latina (1974), entre outros autores e obras importantes. Dessa plêiade de pensadores sociais destaca-se a produção de dois grandes sociólogos – Florestan Fernandes (1920-1995) e Octávio Ianni (1926-2004) – formadores de gerações de pesquisadores por sua visão profunda do trabalho científico e inserção crítica no contexto econômico-político da América Latina. Ambos participaram da chamada escola de Sociologia paulista, onde também foram processadas as explicações sobre o preconceito racial no Brasil. Dessa fase, Fernandes escreveu A integração do negro à sociedade de classes (1964) e Ianni As metamorfoses do escravo (1962) e Raças e classes sociais no Brasil (1966). Florestan Fernandes foi professor da cátedra de Sociologia na USP e é considerado o fundador da Sociologia Crítica no Brasil, apoiando-se nos processos histórico-sociais que a tornaram um conhecimento científico no sistema sócio-cultural. Contribuiu para a consolidação da ciência social com as obras: Método de Interpretação Funcionalista na Sociologia (1953), Fundamentos empíricos da explicação sociológica (1959), Ensaios de sociologia geral e aplicada (1959), A sociologia numa era de revolução social (1963), A sociologia no Brasil: contribuição para o estudo de sua formação e 250 desenvolvimento (1977). Como um defensor da escola pública, Fernandes envolveu-se na Campanha em Defesa da Escola Pública, no início da década de 60 e escreveu Educação e sociedade no Brasil (1966). Fernandes participou do projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, concebendo a ciência como racionalizadora da vida social por meio da democratização educacional e a instauração de um sistema educativo moderno, laico, público, com pedagogia voltada às necessidades das classes populares. Sempre ativo nos movimentos reivindicativos, Florestan Fernandes lutou pela implantação de um regime político democrático no país, conciliando produção acadêmica e vida de político exilado, sendo professor convidado e visitante em diversas universidades estrangeiras. Octávio Ianni trouxe a reflexão política ao meio acadêmico e social a partir das vicissitudes de sociólogo banido da universidade pública brasileira como atestam algumas de suas publicações: Estado e Capitalismo no Brasil (1965), O Colapso do Populismo no Brasil (1968), A Formação do Estado Populista na América Latina (1975), Imperialismo e Cultura (1976). Dedicando os últimos anos de atividade a estudos sobre globalização, Ianni produziu: Dialética e Capitalismo (1987), Sociologia da Sociologia (1989), Ensaios de Sociologia da Cultura (1991), A Sociedade Global (1992), Teorias da globalização (1999), Enigmas da modernidade-mundo (2000). Objetivo Geral Introduzir o aluno egresso do nível fundamental de ensino no estudo da Sociologia, ao mesmo tempo em que se promove o aprimoramento de sua capacidade interpretativa e argumentativa. Compreender os processos de formação, transformação e funcionamento das sociedades contemporâneas. Trata-se de um modo de interpretar as contradições, os conflitos, as ambivalências e continuidades que configuram a vida cotidiana de cada um e da sociedade envolvente. Desenvolver a capacidade crítica e reflexiva do aluno, e seu grau de domínio e operacionalização de conceitos científicos através do exercício linguístico da argumentação, na perspectiva da transição didática do nível fundamental para o nível médio de ensino. 251 Instigar uma visão crítica nos alunos, para que eles se vejam como agentes transformadores da realidade vivenciada, produzindo seu conhecimento com uma fundamentação teórica disciplinar acerca de sua visão de mundo. Conteúdo Estruturante, Básico e Objetivo 1ª Série do Ensino Médio Objetivo Específico - Construir conhecimento para melhor compreender o contexto histórico da origem, formação e desenvolvimento das ciências, especialmente, a Sociologia. - Constatar os elementos essenciais do Renascimento, Reforma Protestante, Iluminismo, Revoluções burguesas: industrial e francesa que contribuem para a origem e desenvolvimento da Sociologia. - Expor, segundo Comte, sobre a teoria dos três estágios; características do pensamento científico, a ciência da sociedade: características e problemáticas; noção de estática e dinâmica; Religião da Humanidade e o positivismo no Brasil. - Demonstrar, em Durkheim, o conceito de consciência coletiva, solidariedade mecânica e orgânica, relação indivíduo x sociedade, definição do objeto da disciplina: fato social e as regras do método. - Em Karl Marx, compreender o papel da história, explicação do processo de desenvolvimento do capitalismo, materialismo histórico, dialética, proposta para solução dos problemas sociais, ideologia, mais-valia, alienação e outros. - Fazer com que o aluno seja capaz de elaborar uma crítica acerca do ponto de vista das teorias clássicas, inclusive superar algumas visões preconceituosas – senso comum – sobre marxismo, perceber que existem bastantes instrumentos de análise e reflexão quando se pretende realizar um estudo sociológico. - Estudar a Teoria de Max Weber: relação indivíduo x sociedade, definição de método e objeto, relação entre o conhecimento sociológico e o conhecimento histórico, conceitos mais importantes, que possam ser mobilizados nas discussões, como por exemplo, Ação Social (tradicional, afetiva, racional com relação a valores ou a fins. - Compreender a importância do pensamento dos teóricos clássicos e traçar um paralelo entre a realidade vivida e o pensamento teórico. - Apontar, sempre, os conceitos mais importantes que possam ser mobilizados nas discussões dos outros conteúdos da série. - Conceituar e estudar as instituições e relacioná-las com o processo de socialização. -Desenvolver no aluno a capacidade de entender a função social das instituições, visando um olhar crítico, apresentando os processos históricos que articulam as mudanças internas a essas instituições (familiares, escolares, religiosas e de egresso social). - Entender como se dá o processo de socialização dos indivíduos ao longo da vida, como está presente na sociedade e é a base da Sociologia Formal – Como a vida em sociedade exige que os indivíduos internalizem modelos de comportamento social estabelecidos por valores, regras e normas, linguagem e ideias. Conteúdo Estruturante - O surgimento da Sociologia. Conteúdo Básico - As grandes navegações. - O renascimento. - A reforma protestante. - O iluminismo. - Revolução industrial. - Revolução francesa. -Teorias sociológicas clássicas. - Auguste Comte. - Emile Durkheim. - Karl Marx. - Max Weber. - As instituições sociais e o Processo de socialização. - Instituição familiar (perspectivas teóricas sobre a família, diversidade familiar, novos arranjos familiares, papéis de gênero e família, violência e abuso na vida familiar). - Instituição escolar (perspectiva teórica sobre a escola em Durkheim, Marx, Weber, Bourdieu, Gramsci, dentre outros; teorias sobre a educação escolar e a desigualdade social, educação e industrialização (relação), educação e novas tecnologias, privatização da educação). 252 - Compreender a instituição sua organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo. - Refletir sobre as ações individuais e percebam que as ações em sociedade são interdependentes. - Eleger e analisar alguns autores dentre Gilberto Freyre, Oliveira Viana, Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Antônio Candido, Octavio Ianni, Francisco Weffort, José de Souza Martins, Fernando Henrique Cardoso, para estudar seus trabalhos e conceitos de suas teorias explicativas desenvolvidas, buscando apontar com quem estes autores dialogam qual a relevância desta obra no cenário nacional, como eles pensam a sociedade, que propostas apresentam para solução das problemáticas apontadas. -Sociologia brasileira. - Instituição religiosa (definição de religião; diversidade religiosa; perspectivas teóricas sobre a religião em Durkheim, Max Weber, Marx, dentre outros; gênero e religião; novos movimentos religiosos; fundamentalismo religioso; milenarismo). -Instituições de Egresso Social (prisões, manicômios, educandários, asilos, dentre outros). -Socialização (primária, secundária, contato, relação, interação, grupos sociais). - O Pensamento Sociológico brasileiro. Encaminhamento Metodológico Considerando que é o primeiro momento em que o aluno tem contato com a disciplina o encaminhamento dado será inicialmente com aulas expositivas, com o fito de explicar a importância da disciplina, discorrendo inclusive sobre sua trajetória histórica, ressalte-se a possibilidade de inferência por parte dos alunos. Em relação ao surgimento da Sociologia utilizará aula expositiva dialogada a utilização de um texto elaborado pelo professor, leitura do livro didático da Seed, fichamento de textos e resumos no caderno. No que tange aos demais conteúdos, também haverá aulas expositivas dialogadas, exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos, leitura de textos didáticos, jornalísticos e obras literárias, debates, apresentação de seminários e análises críticas. Serão solicitados trabalhos bimestrais, pesquisas para serem apresentadas e lidas em sala de aula, como forma de introdução acerca da temática abordada pelo conteúdo específico, além de produção de texto e relatório de filmes assistidos por parte dos alunos, questões de vestibular. Do mesmo modo, far-se-á uso de figuras ilustrativas e recursos audiovisuais (TVpendrive), filmes, quadro e giz. 2ª Série do Ensino Médio Objetivo Específico - Retomar o conteúdo sobre o surgimento da Sociologia para os alunos melhor compreenderem o contexto histórico da origem, formação e desenvolvimento da disciplina. - Constatar os elementos essenciais dos acontecimentos históricos do Conteúdo Estruturante -O surgimento da Sociologia e as e as Conteúdo Básico - As grandes navegações. - O renascimento. - A reforma protestante. - O iluminismo. 253 século XV até o século XVIII – traços preponderantes na formação da sociedade capitalista. - Abarcar a importância do pensamento dos teóricos clássicos, seus conceitos mais importantes e traçar um paralelo entre a realidade vivida e o pensamento teórico para mobilizar discussões com outros conteúdos da série. - Refletir de modo crítico a diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história - Estudar a sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a ela. - Constatar que existem várias formas de desigualdades sociais que estão presentes em outras sociedades, desta forma, desmistificando a ideia de que as sociedades capitalistas são as únicas onde existem desigualdades. - Entender que o trabalho nas diferentes sociedades, a ocorrência de desigualdades sociais, com as classes, estamentos e castas e classes sociais, verificando que a organização do trabalho nas sociedades capitalistas resulta em contradições com a busca da mais-valia por parte do capital, na medida em que se compara com outras sociedades. - Estudar as especificidades do trabalho na sociedade capitalista. - Expor que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”, variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política. - Explanar sobre Fordismo e Toyotismo, apontando suas peculiaridades (características) e diferenças na organização do trabalho. - Caracterizar o processo de Globalização, apontado as exclusões e pobreza, bem como, as transformações nas relações de trabalho advindas desse processo. -Traçar paralelo entre Globalização e movimentos anti-globalização. - Desvendar o modelo capitalista de produção e a organização do trabalho com o cenário atual, ou seja, a globalização e o neoliberalismo, mostrando como as relações de trabalho têm se alterado, isso a partir do entendimento do que é globalização, liberalismo e neoliberalismo. Tudo isso, tendo ciência dos vários cenários nacionais (entre eles campo/cidade), e como eles moldam a forma como se organiza o trabalho, ainda que, estejamos todos, pautados pelo capitalismo. - Caracterizar os direitos humanos. - Verificar o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a cidadania. - Apontar como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo. - Fazer com que o aluno possa identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos. - Compreender as diversas possibilidades de se entender a cidadania. - Analisar o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais em suas especificidades - características gerais que permeiam todos eles. – Projeto, ideologia e organização, inclusive influenciar políticas públicas. teorias clássicas. - Trabalho, Produção e Classes Sociais. - Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais. - Revolução industrial. - Revolução francesa. - Auguste Comte. - Emile Durkheim. - Karl Marx. - Max Weber. - Trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades. - Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais. - Formas de Trabalho: escravo, servil e assalariado. - Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições. - Trabalho no Brasil. -Globalização e (liberalismo) neoliberalismo. - Exclusão social e pobreza. - Fordismo e Toyotismo. - Direitos políticos, civis e sociais. - Direitos e cidadania. - Política pública. - Reforma agrária. - Reforma sindical. - Movimentos sociais. - Movimentos sociais no Brasil. -Movimentos ambientalistas. - ONG's. Encaminhamento Metodológico Utilizar-se-á produção de texto por parte dos alunos, as quais serão solicitadas após as aulas expositivas dialogadas, leitura (livro didático, textos didáticos e jornalísticos, obras literárias) e fichamento dos textos trazidos pelo professor ou pesquisados pelos alunos com resumos no caderno, exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos, leitura de textos, debates, apresentação de seminários e análises críticas. Serão solicitados trabalhos bimestrais – atividades no caderno, questionário, pesquisas para serem apresentadas e lidas em sala de aula, como forma de introdução acerca da 254 temática abordada pelo conteúdo específico ou instrumento de sondagem sobre conteúdo aprendido - questionário. Serão fornecidas questões de vestibular. Igualmente, far-se-á uso de figuras ilustrativas e recursos audiovisuais (TVpendrive), filmes acerca dos conteúdos propostos – com relatório/análise crítica. Ademais, utilizar-se-á quadro e giz. 3ª Série do Ensino Médio Objetivo Específico - Retomar o conteúdo sobre o surgimento da Sociologia para o aluno melhor compreender o contexto histórico da origem, formação e desenvolvimento da disciplina. - Constatar os elementos essenciais dos acontecimentos históricos do século XV até o século XVIII – traços preponderantes na formação da sociedade capitalista. - Rever a importância do pensamento dos teóricos clássicos, seus conceitos mais importantes e traçar um paralelo entre a realidade vivida e o pensamento teórico para mobilizar discussões com outros conteúdos da série. - Abarcar o desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição da análise das diferentes sociedades, a partir de problemáticas propostas, demonstrando entendimento sobre os expoentes – autores – das escolas antropológicas (evolucionismo, funcionalismo, culturalismo, estruturalismo, interpretativismo). - Identificar e compreender a diversidade cultural, étnica, religiosa, relativismo, etnocentrismo, alteridade e identidade, identidades e sociabilidades; construção social do gênero, relações de gênero, as diferenças sexuais e de gênero, construção social da cor; minorias, preconceito, hierarquia, desigualdades; dominação, hegemonia presentes nas sociedades. - Refletir que a cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea. - Conceituar indústria cultural e raciocinar que ela engloba os mecanismos que transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos. - Discutir e expor cientificamente sobre Indústria cultural, Meios de comunicação de massa, sociedade de consumo, Indústria cultural no Brasil. - Relacionar cultura de massa, cultura erudita, cultura popular. - Entender o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social. - Estudar a dinâmica temporal, espacial e cultural posta em sociedades indígenas, escolhendo um povo como objeto de estudo. - Elaborar um roteiro para pesquisa de campo e/ou de gabinete acerca de cultura indígena e afro-brasileira. - Desmistificar que cultura afro-brasileira se resume na dança, crenças e festas, mas buscar a construção de uma linhagem: África berço da hominização e sapienização da espécie humana. - Elaborar uma crítica sobre o desenvolvimento do Estado Moderno e as contradições do processo de formação das instituições políticas, a partir de análise de alguns clássicos como, Jean Jacques Rousseau, Thomas Hobbes e John Locke. - Analisar criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes nas sociedades, tais como as Formas de organização do estado. - Apontar a formação e desenvolvimento do Estado Moderno: Conceitos de poder, conceitos de ideologia, conceitos de dominação e legitimidade. - Estudar e avaliar o papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais. - Compreender os diversos mecanismos de dominação existentes nas Conteúdo Estruturante -O surgimento da Sociologia e as e as teorias clássicas. - Cultura e Indústria Cultural. - Poder, Política e Ideologia. Conteúdo Básico - As grandes navegações. - O renascimento. - A reforma protestante. - O iluminismo. - Auguste Comte. - Emile Durkheim. - Karl Marx. - Max Weber. - Escolas antropológicas (evolucionismo, funcionalismo, culturalismo, estruturalismo, interpretativismo). - Antropologia brasileira. - Diversidade e diferença cultural. - Relativismo. - Etnocentrismo. - Alteridade e identidade. - Relações de gênero. - Cultura afrobrasileira. - Cultura indígena. -Escola de Frankfurt (Indústria Cultural). - Estado. - Formas de organização do estado (absolutismo, liberal, bem-estar social, socialismo). - Teoria Política de Jean Jacques Rousseau, de Thomas Hobbes e de John Locke. - Conceito de 255 diferentes sociedades. - Refletir sobre as várias formas pelas quais a violência se apresenta e estabelece nas sociedades, especialmente, brasileira (violência legítima, violência urbana, violência contra “minorias”, violência simbólica, criminalidade, narcotráfico, crime organizado). ideologia em Marx. - Fenômeno da dominação em Max Weber. - Partidos Políticos. Encaminhamento Metodológico Utilizar-se-á a produção de texto por parte dos alunos, as quais serão solicitadas após as aulas expositivas dialogadas, leitura (livro didático, textos didáticos e jornalísticos, obras literárias) e fichamento dos textos trazidos pelo professor ou pesquisados pelos alunos e resumos no caderno, exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos, leitura de textos, debates, apresentação de seminários e análises críticas. Serão solicitados trabalhos bimestrais – atividades no caderno, questionário, pesquisas para serem apresentadas e lidas em sala de aula, como forma de introdução acerca da temática abordada pelo conteúdo específico ou instrumento de sondagem sobre conteúdo aprendido - questionário. Serão fornecidas questões de vestibular. Igualmente, far-se-á uso de figuras ilustrativas e recursos audiovisuais (TV pendrive), filmes acerca dos conteúdos propostos com relatório/análise crítica. Ademais, utilizar-se-á quadro e giz. Avaliação A avaliação no ensino de Sociologia, proposta pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, pauta-se numa concepção formativa e continuada, na qual os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em seu plano de trabalho docente, haja vista em que há flexibilidade de escolha sobre os conteúdos específicos a serem estudados em cada série do ensino médio. Concebe-se a avaliação como mecanismo de transformação social e articulandoa aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade. É um agir para transformar a situação posta. Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador. De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentaram dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Nesses termos, a 256 avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a reformulação da prática através das informações colhidas. A avaliação também se pretende continuada, processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação percebida como instrumento dialético da identificação de novos rumos, não significa menos rigor na prática de avaliar. Transposto para o ensino da Sociologia, esse rigor almejado na avaliação formativa, conforme Luckesi (2005) significa considerar como critérios básicos: a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais. As avaliações serão através de atividades desenvolvidas no caderno, trabalhos e instrumento de avaliação, podendo ter questões objetivas (de vestibular) e subjetivas (dissertação/ análise crítica), pesquisas, relatórios e/ou roteiro de leitura ou de filmes, fichamentos, resumos, seminários, reflexões críticas, debates, bem como, produções de texto. Sempre almejando a articulação entre teoria e prática, atingindo-se o objetivo de apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo. Baseado no desenvolvimento do aluno a recuperação de estudos será paralela, fazendo a retomada dos conteúdo e reavaliando os alunos no valor de 10,0 pontos através de trabalhos, relatórios e provas escrita. Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem. Referências ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1998. (Coleção primeiros passos, 171). BENEDICTH, Ruth. Padrões de comportamento. Lisboa: Edição Livros do Brasil,19*. (Coleção vida e cultura). BLAU, M. Peter (org.). Introdução ao estudo da estrutura social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1977. BOBBIO, Noberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992. 257 BOBBIO, Norberto; MATTELUCCI; Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. Brasilia: UNB, 1983. 2 v. BOSI, Ecléia. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. Petrópolis: Vozes, 1977. BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1974. BUFFA, Ester. Educação e cidadania. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1993. CANIVEZ, Patrice. Educar o cidadão?. São Paulo: Papirus, 1991. CASTELLS, Manuel. O Poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 2000. CERTEAU, Michael. A cultura no plural. Campinas: Papirus, 1995. DA MATTA, Roberto. Explorações: ensaios de sociologia interpretativa. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. DOIMO, Ana Maria. A Vez e a Voz do Popular: movimentos sociais no Brasil pós-70. Rio de Janeiro: Relumé-Dumará, 1995. EISENBERG, José; POGREBINSCHI, Thamy. Onde está a democracia?. Belo Horizonte: UFMG, 2002. GIDDENS, Anthony. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1989. GIDDENS, Anthony; TURNER, Jonathan (orgs.). Teoria social hoje. São Paulo: Editora UNESP, 1999. GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002. HENRIQUES, Ricardo. Desigualdade racial no Brasil: evolução das condições de vida na década de 90. Texto para discussão nº 807. Rio de Janeiro: IPEA, 2001. JONHSON, Allan. Dicionário de Sociologia. São Paulo: Editora Cidade. 1997. LARAIA, Roque Bastos. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. LEVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. 2. ed. Lisboa: Presença, 1975. MEAD, Margareth. Macho e fêmea: um estudo sobre os sexos no mundo em transformação. Petrópolis: Vozes, 1971. MAAR, Leo Wolfgang. O que é política?. São Paulo: Brasilense 1985. (Coleção Primeiros Passos Abril Cultural, 17). MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. 29. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991. 258 MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação de massa. São Paulo: Cultrix, 1971. ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. RAMOS, José Mário Ortiz. Televisão, publicidade e cultura de massa. Petrópolis: Vozes, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Sociologia: Ensino Médio. Curitiba, 2008. SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese da história da cultura brasileira. São Paulo: Civilização Brasileira, 1976. SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura?. São Paulo: Brasiliense, 1985. (Coleção Primeiros Passos). SOUTO, Cláudio. Teoria sociológica geral. Porto Alegre: Globo, 1974. TOMAZI, Nelson. Iniciação à Sociologia. 2. ed. São Paulo: Atual, 2000. TURNER, Jonathan H. Sociologia: conceitos e aplicações. São Paulo: Makron Books, 2000. VILA NOVA, Sebastião. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 1990. WHITAKER, Dulce. Escolha da carreira e globalização. 11. ed. São Paulo: Moderna, 1997. (Coleção Polêmica). 7 PROGRAMAS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES DESENVOLVIDADAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR A Instrução N. 004/2011 da SUED/SEED, institui o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino, como política pública e a necessidade de ações pedagógicas que garantam a qualidade de ensino, expede a seguinte instrução: 1. Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao Currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem, que visam ampliar a formação do aluno. 2. As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno têm os seguintes objetivos: a) promover a melhoria da qualidade do ensino, por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no 259 território em que está situada, em contraturno, a fim de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos; b) ofertar atividades complementares ao currículo escolar em contraturno vinculadas ao Projeto Político-Pedagógico da Escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade; c) possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais. 3. As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno serão organizadas a partir de nove macrocampos: Aprofundamento da aprendizagem, Experimentação e iniciação científica, Cultura e arte, Esporte e lazer, Tecnologias da informação, da comunicação e uso de mídias, Meio ambiente, Direitos humanos, Promoção da saúde, Mundo do trabalho e geração de rendas. 4. As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno deverão: a) fundamentar-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais, para o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, nas Diretrizes Operacionais para Educação Básica nas Escolas do Campo, na Resolução CNE/CEB n. 003/1999, Lei n. 11.645/2008 que fixa Diretrizes Nacionais para o funcionamento das Escolas Indígenas; b) fundamentar-se nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná; c) incorporar, como princípio educativo, a metodologia da problematização como instrumento de incentivo à pesquisa, à curiosidade pelo inusitado e ao desenvolvimento do espírito inventivo, nas práticas didáticas; d) promover a valorização da leitura em todos os campos do saber, desenvolvendo a capacidade de letramento dos alunos; e) articular teoria e prática, vinculando o trabalho intelectual com atividades práticas experimentais; f) utilizar novas mídias e tecnologias educacionais, como processos de dinamização dos ambientes de aprendizagem; g) ser incluídas no Projeto Político-Pedagógico: como Marco situacional, descrever as possibilidades e necessidades socioeducacionais e identificar os problemas relativos à gestão escolar e à aprendizagem dos alunos; Marco conceitual, definir a fundamentação teórica para a formação dos 260 sujeitos envolvidos; e como Marco operacional, apontar de que forma a escola assumirá e realizará as atividades, anexando neste documento a proposta pedagógica da Atividade Complementar; h) acontecer no contraturno em que os alunos estão matriculados; i) ser proposta pelo coletivo da escola, com a participação da comunidade, podendo ser desenvolvida em outro local disponível na comunidade onde a escola está inserida, desde que não ofereça risco à integridade dos alunos; j) ser registrada no Sistema de Registro Escolar (SERE), no Livro Registro de Classe e constar no Histórico Escolar do aluno participante a carga horária cumprida no programa; k) ter carga horária de quatro horas-aulas semanais para ser desenvolvida com o mesmo grupo de alunos, mais uma hora para o planejamento do professor; l) ser realizadas em 1 ou 2 dias, e em horários estabelecidos pela Escola, respeitado o turno em que foi autorizado, tendo em vista o benefício do aluno; m) ser desenvolvida conforme Calendário Escolar. Em nosso Estabelecimento de Ensino já ofertamos: sala de apoio, CELEM, SAREH, projeto esportivo: Hora Treinamento e estamos implantando a Banda Marcial, como atividades extracurriculares e em contraturno. 7.1 Programa de Atividades Complementares em Contra Turno Sala de Apoio De acordo com as orientações da Secretaria Estadual de Educação, nosso Estabelecimento possui duas salas de apoio de 5ª (6º ano) e 8ª (9º ano) séries, que funcionam no período matutino e seguem as seguintes instruções: Instrução Nº. 007/2011 -SUED/SEE, critérios para a abertura da demanda de horas-aula, do suprimento e das atribuições dos profissionais das Salas de Apoio à Aprendizagem do Ensino Fundamental, da Rede Pública Estadual de Educação. A Superintendente da Educação, no uso de suas atribuições e considerando: • a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96 ; • o Parecer CNE/CEB n. 04/98 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental; 261 • a Deliberação n. 007/99 – CEE-Pr, que define normas gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de alunos, do Sistema Estadual de Ensino; • a Resolução Secretarial N. 2772/2011, que regulamenta a ampliação das Salas de Apoio à Aprendizagem; • a necessidade de definir os critérios para a abertura de demanda para suprimento de horas-aula em Salas de Apoio à Aprendizagem para os anos finais do Ensino Fundamental; • a necessidade de definir as funções ou atribuições de cada professor integrante do processo de implantação das Salas de Apoio à Aprendizagem; • a ação pedagógica para enfrentamento dos problemas relacionados à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, no que se refere aos conteúdos básicos dessas disciplinas; • a implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos e o estabelecido no Plano de Metas da SEED, expede a seguinte instrução: I. Dos critérios para abertura e organização das turmas 1. As escolas terão abertura automática de (01)uma Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e (01)uma de Matemática para alunos matriculados no 6º ano/5ª série e 01(uma) Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e de Matemática para alunos matriculados no 9º ano/8ª série, independente do número de turmas ofertadas a essas séries/anos, nas instituições de ensino da Rede Pública Estadual. 2. As Salas de Apoio à Aprendizagem fazem parte do programa de atividades curriculares complementares e, portanto, devem funcionar em contraturno escolar. 3. A necessidade de funcionamento de mais de 01(uma) sala de Língua Portuguesa e de Matemática para os alunos matriculados no 6º ano e 9º ano deve ser oficializada, apresentando justificativa fundamentada que, após parecer do NRE, será analisada pelo DEB/Coordenação da Educação Integral. 4. Poderão ser solicitadas autorizações para funcionamento de salas de apoio à aprendizagem para o 7º ano e 8º ano, mediante justificativa fundamentada da 262 escola que, após parecer do NRE, será analisada pelo DEB/Coordenação de Educação Integral. 5. A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa e Matemática - será de 04 horas-aula semanais para os alunos, acrescidas de 01(uma) hora-aula-atividade para o professor, devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subsequentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno. 6. As Salas de Apoio à Aprendizagem deverão ser organizadas em turmas de no máximo 20 (vinte) alunos. 7. O funcionamento das Salas de Apoio à Aprendizagem está condicionado à frequência de alunos, existência de espaço físico adequado, professor e Plano de Trabalho Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola. II. Dos profissionais responsáveis pelo funcionamento das salas de apoio à aprendizagem 1. Atribuições da Direção e Equipe Pedagógica a) Apresentar e discutir a legislação específica do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem com o coletivo da escola. b) Decidir, com os professores regentes, sobre a indicação dos alunos para composição das turmas, de acordo com diagnóstico realizado. c) Orientar sobre a elaboração do Plano de Trabalho Docente para as Salas de Apoio à Aprendizagem, acompanhando sua efetivação e propondo metodologias adequadas às necessidades dos alunos, diferenciando-as das atividades da classe comum. d) Orientar as famílias a respeito do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem, informando aos pais ou responsáveis sobre a necessidade e importância dos alunos estenderem seu tempo escolar. e) Garantir a participação dos professores das Salas de Apoio à Aprendizagem no Conselho de Classe ou, na ausência desses professores, apresentar as questões relativas à aprendizagem dos alunos. f) Acompanhar os alunos, buscando sua participação integral no Programa, mantendo pais ou responsáveis informados quanto à frequência, aproveitamento nas Salas de Apoio à Aprendizagem e na classe comum. 263 g) Organizar as questões estruturais, tais como espaço físico apropriado, alimentação, acesso a materiais didáticos, garantindo a frequência dos alunos e o funcionamento das salas. h) Orientar os Professores no preenchimento dos relatórios das Salas de Apoio à Aprendizagem. i) Acompanhar a frequência e a movimentação dos alunos matriculados nas Salas de Apoio à Aprendizagem e providenciar a substituição quando da superação das dificuldades apresentadas, oportunizando o atendimento de novos alunos. j) Organizar o acompanhamento das Salas de Apoio à Aprendizagem em escolas com dualidade administrativa, garantindo seu funcionamento no contraturno. k) Encaminhar as solicitações de constituição de Salas de Apoio à Aprendizagem das instituições, de acordo com o disposto nos itens “I” “3” e “I” “4”, ao Núcleo Regional de Educação para Parecer e envio ao Departamento de Educação Básica. 2. Atribuições dos Professores Regentes: a) Diagnosticar as dificuldades referentes aos conteúdos básicos de Língua Portuguesa e Matemática, apresentadas pelos alunos, no que se refere ao conteúdos considerados básicos para as séries contempladas, indicando-os para a participação do Programa de Salas de Apoio à Aprendizagem. b) Participar, com a Equipe Pedagógica e o professor da Sala de Apoio à Aprendizagem, da definição de ações pedagógicas que possibilitem a superação das dificuldades apresentadas pelos alunos. c) Acompanhar o processo de aprendizagem do aluno durante e após a participação no Programa. d) Decidir, com a Equipe Pedagógica e os professores das Salas de Apoio, sobre a permanência ou a liberação dos alunos do Programa. e) Preencher as fichas de encaminhamento dos alunos indicados para o Programa. 3. Atribuições dos Professores de Salas de Apoio à Aprendizagem: a) Elaborar o Plano de Trabalho Docente juntamente com a Equipe Pedagógica, Professores Regentes, de acordo com o disposto no Projeto Político Pedagógico para Língua Portuguesa e Matemática, adequados à superação das dificuldades pertinentes a cada série, como segue: 264 I. 6º Ano: oralidade, leitura, escrita. Formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares, dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. II. 9º Ano: oralidade, leitura, escrita. Reconhecer as características e propriedades dos triângulos e quadriláteros; porcentagem; leitura, construção e interpretação de tabelas e gráficos; identificar e reconhecer números nas suas diversas representações; operações com números; cálculo de perímetro e área de polígonos; cálculo de conversão de medidas (tempo, temperatura, comprimento e capacidade); noções de função afim e quadrática. b) Desenvolver em sala o Plano de Trabalho Docente definido. c) Organizar e disponibilizar, para o coletivo de Professores regentes da turma e Equipe Pedagógica, pastas individuais dos alunos (de acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem). d) Manter o Livro Registro de Classe atualizado. e) Comunicar, por escrito, à Equipe Pedagógica, as faltas consecutivas dos alunos. f) Decidir, com a Equipe Pedagógica e os Professores regentes, a permanência ou a liberação dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem. g) Elaborar materiais didático-pedagógicos considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem. h) Participar do Conselho de Classe. i) Participar de formação continuada promovida pela SEED/NRE/Escola. j) Preencher e entregar os documentos referentes ao Programa no prazo preestabelecido. A Resolução n.º 2772/2011, no uso de suas atribuições, e considerando: • a Deliberação CEE n.º 07/99, que estabelece normas para avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em nível do Ensino Fundamental e Médio; • a necessidade de dar continuidade ao processo de democratização, de universalização do ensino e garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem efetiva dos alunos; • o princípio da flexibilização, disposto na LDBEN n. 9.394/96, segundo o qual cabe ao sistema de ensino criar condições possíveis para que o direito à aprendizagem seja garantido ao aluno; 265 • a ação pedagógica para enfrentamento dos problemas relacionados à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, no que se refere aos conteúdos básicos dessas disciplinas; • a implantação do Ensino Fundamental de 09(nove) anos e o estabelecido no Plano de Metas da SEED, resolve: Art. 1º. Ampliar as Salas de Apoio à Aprendizagem, a fim de atender os alunos do Ensino Fundamental, anos finais, nos estabelecimentos que ofertam esse nível de Ensino, no turno contrário ao qual estão matriculados. Art. 2º. Os critérios de abertura das demandas, do suprimento e atribuições dos profissionais das Salas de Apoio à Aprendizagem, observados na Resolução de Distribuição de Aulas, serão definidos por Instrução Normativa, emitida pela Superintendência da Educação. Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar desponta como inovador e excepcional, observando-se a necessidade de formular propostas e aprofundar conhecimentos teóricos e metodológicos, com vistas a, efetivamente, atingir o objetivo de dar continuidade ao processo de desenvolvimento psíquico e cognitivo de crianças e jovens hospitalizados, e à elaboração de uma política voltada para as necessidades pedagógico-educacionais e os direitos à educação e à saúde dos educandos que se encontram em particular etapa de vida, tanto em relação ao crescimento e desenvolvimento, quanto em relação à construção de estratégias sócio-interativas para o viver individual e em coletividade. Em sua prática pedagógico-educacional diária, as classes hospitalares visam dar continuidade ao ensino dos conteúdos da escola de origem do educando e/ou operam com conteúdos programáticos próprios à faixa etária destes educandos hospitalizados, o que os leva a sanar dificuldades de aprendizagem e/ou a oportunidade de aquisição de novos conteúdos intelectivos. As classes hospitalares também atuam em intervenção pedagógico-educacional não propriamente relacionada à experiência escolar, mas às necessidades do desenvolvimento psíquico e cognitivo da criança ou adolescente. 266 A possibilidade de atendimento em classes hospitalares serve à manutenção das aprendizagens escolares, ao retorno e à reintegração da criança ou jovem ao seu grupo escolar, e como acesso à escola regular na rede de ensino. Quando a ausência da criança na escola decorre de sua história de adoecimento e tratamento hospitalar, a frequência à classe hospitalar surge como um incentivo à criança e à família, que passam a buscar a escola regular após a alta hospitalar. A educação em hospital é um direito de todo educando hospitalizado. Sabe-se que na prática, nem todos estão tendo este direito respeitado ou atendido, uma vez que os dados evidenciam que ainda há um número pequeno de hospitais com classes hospitalares. Faz-se necessário considerar, seriamente, esta questão, uma vez que a literatura aponta para o importante papel do professor no desenvolvimento, nas aprendizagens e no resgate da saúde do educando hospitalizado. São objetivos do SAREH: Implantar o atendimento educacional aos educandos que se encontram impossibilitados de freqüentar a escola em virtude de situação de internamento hospitalar ou sob outras formas de tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar. CELEM Proposta Curricular da Disciplina de Língua Japonesa Apresentação da Disciplina Com o desenvolvimento tecnológico a sociedade está cada vez mais comunicativa, dinâmica e versátil. Um exemplo bem aparente está na diversidade de linguagens, principalmente na diversidade eletrônica. A língua é interação, mudança e transformação. O Brasil e o Japão cultivam relações amistosas há muitos e muitos anos. O número de japoneses que emigraram para o Brasil é grande e recentemente, muitos brasileiros se encontram vivendo e trabalhando no Japão. No mundo globalizado, o estudo da Língua Japonesa se faz necessário para a expansão de um conjunto de discursos que fazem circular a idéia de desenvolvimento, democracia, modernização e a comunicação de todos os seus segmentos. 267 O ensino da Língua Japonesa está diretamente ligado a formação do indivíduo para que o mesmo possa desenvolver a cidadania individual e coletiva, esteja preparado para expressar o seu senso crítico e ter uma visão do mundo. Entendemos o ensino da Língua Japonesa como um todo visando o desenvolvimento (ensino aprendizagem) de nossos alunos em leitura, interpretação, escrita, fala, compreensão auditiva e participação nas atividades culturais ligadas a cultura nipo-brasileira. Objetivo Geral • Capacitar o aluno a usar a Língua Japonesa em situações de comunicação oral e escrita por meio de textos informativos e diálogos; • Levar o aluno a reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, percebendo os seus benefícios para o desenvolvimento como um todo; • Levar o aluno a analisar os recursos expressivos da linguagem verbal e não verbal, relacionando texto e contexto em várias situações de uso. Conteúdo Os conteúdos serão estudados de forma global para que o aluno reconheça as formas de língua em todos os seus segmentos: ler e escrever, ouvir, compreender e falar. Em todas as séries serão trabalhados os projetos ligados a cultura japonesa, culinária, origami, dança do Bom-Odori e Matsuri Dance com apresentações nos eventos programados pela escola e eventos da comunidade nipo-brasileira. 1º Ano 1º Bimestre • Saudações • Agradecimentos • Números • Ienes • Vocábulos em Katakana • Horas • Kara / made 268 2º Bimestre • Dias da semana • Dias do mês • Meses do ano • Or. Nominal • Pronome Demonstrativo (subst.) • Or. Nominal (forma negativa) 3º Bimestre • Pronome Possessivo + Substantivo • Partícula de acréscimo • Pronome demostrantivo (adjetivo) • Adjetivo + no • Predicativo (adjetivo + I) • Predicativo (adjetivo. NA) 4º Bimestre • Locativo (existência) • O que (frase interrogativa) • Partícula enumerativa • Quem (frase interrogaiva) • Locativo (local de existência) 2º Ano 1º Bimestre • Regência Verbal • Ações do dia a dia • Verbos no presente • Frase Interrogativa • Frase negativa • Emprego do wa, ewa, dewa, niwa, towa • Conjunção alternativa • Adjunto Adverbial de Intensidade 269 • Expressão ga sukidesu/ga kiraidesu • Emprego do adjetivo + substantivo • Formação de verbos no infinitivo • Verbo na forma afirmativa (passado) • Verbo na forma negativa (passado) • Sequência de ações • Pronomes definidos • Pronomes indefinidos 2º Bimestre • Conjunção adversativa • Advérbios de tempo • Emprego do adjetivoI + adjetivo • Advérbio somente • Expressão de confirmação • Período de tempo • Adjetivo I, Adjetivo NA / passado • Período composto • Conjunção adversativa • Adjetivo NA + Adjetivo 3º Bimestre • Verbos na forma TE • Verbos: grupo: I, II, III • Expressão para pedir ajuda • Expressão para oferecer ajuda • Expressão proibitiva • Adjetivo NA + verbo • Orações coordenadas 4º Bimestre • Verbos noru/ oriru/ norikaeru • Horas e minutos • Período de tempo 270 • Verbos no Gerúndio • Verbo morar • Orações com seqüência de ações • Emprego de TO (companhia) • Denominação dos membros da família • Verbos que indicam aspirações 3º Ano 1º Bimestre • Advérbio I, NA + verbo • Verbo (transformar-se) • Verbo no informativo (afirmativo e negativo) • Verbo omoimasu • Difícil / fácil + verbo • Kara (causa) 2º Bimestre • TokiOrações Adjetivas • NODE (motivo) • Forma Básica do verbos (passado) • Forma Básica dos adjetivos (passado) • Forma Básica dos substantivos (passado) • Orações Alternativas 3º Bimestre • Suj. GA + atributo • Comparativo – dochira no houga • Comparativo – onajigurai • Comparativo – yori • Comparativo – mo~mo • Superlativo Relativo • Convite – ni ~ mashouka • Verbos e vocábulos relacionados à saúde 271 4º Bimestre • Possibilidade: deshou • Proibição polida (atenuada) • Expressão: mãe ni • Expressão: ato de • Suposição: deshou • Convite: masenka • Expressão: deshouka • Expressão: darou to amoimasu • Informação direita do interlocutor • Informação obtida indiretamente Metodologia • Aulas expositivas e explicativas; • Escrita das letras, palavras e frases em Hiragana, Katakana e Kanji, obedecendo a ordem dos traçados. • Aulas lúdicas através de jogos de Karuta Tori, Dominó, Jogos de Memória, Palavras Cruzadas e Bingos. • Formação de diálogos, utilizando itens estudados; • Exposições Orais, para desenvolver os aspectos da oralidade do aluno; • Simulação de vida cotidiana (mercado, restaurante, etc...) • Exercícios diversificados envolvendo itens gramaticais estudados; • Uso de cartões (desenho e frases) para a compreensão de palavras e itens gramaticais. Recursos Didáticos • Livros didáticos e paradidáticos; • Dicionários (Biblioteca da escola); • TV pendrive; • TV Paulo Freire; • Portal dia-a-dia educação; • OAC (Objeto de Aprendizagem Colaborativa); 272 • Revistas e jornais; • DVDs (músicas e filmes) • Cds (músicas e diálogos) • Dramatização • Jogos • Usos da Internet (Laboratório) Avaliação A avaliação será parte integrante do processo de aprendizagem e contribuirá para a verificação da construção de significados na interação com textos e nas produções textuais dos alunos. Ela ocorrerá de maneira contínua, cumulativa e processual, e deverá prevalecer o caráter diagnóstico e formativo, onde os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos. Todas as capacidades discursivas serão avaliadas (ler, ouvir, falar e escrever) diariamente, de acordo com as atividades desenvolvidas em sala, através de instrumentos diversificados; para que se percebam os conhecimentos adquiridos pelos discentes. Dessa forma, o professor poderá rever conteúdos que não foram suficientemente trabalhados e garantir a efetiva interação do aluno com a aprendizagem. Através da avaliação, o professor terá a possibilidade de repensar a sua metodologia de ensino e planejar suas aulas conforme as necessidades específicas de cada um. A recuperação paralela acontecerá durante todo o processo de ensinoaprendizagem, com metodologias diferenciadas e diversificadas para garantir ao aluno a apropriação dos conteúdos. Referências Bunka Shokyuu Nihongo – I E To Tasuku De Manabu Nihoingo Minnano Nihongo Kyoukasho Wo Tsukurou Tanoshiku Hanasou 273 Tanoshiku Kikou Sukitto Erin Ga Chosen – Nihongo Ga Dekimasu Waku Waku Bunpo Shiriizu Apostilas da Prova de Proficiência Proposta Curricular da Disciplina de Língua Espanhola Apresentação da Disciplina O ensino de espanhol como LE no CELEM proporciona o acesso a conhecimentos discursivos, linguísticos, culturais e sociopragmáticos, oportunizando o discurso, a percepção de possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Significados sociais e historicamente construídos e passíveis de transformação na prática social. A língua estrangeira é um instrumento de comunicação entre os povos. Ela assume funções de inserir sujeito num contexto global, contribuindo para seu próprio desenvolvimento e o da comunidade. Portanto esta disciplina reconhece que o aprendizado da língua estrangeira permite pensar criticamente sobre o papel da língua na sociedade, leva a conhecer a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do ser. Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentido, é formar subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e no mundo. A partir das reflexões em torno da abordagem por sócio discursiva (ISD), identificou-se na pedagogia crítica, o referencial teórico que sustenta a valorização da escola com o espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, compreensão da realidade social para a transformação da realidade. A língua estrangeira moderna propõe a aprendizagem do espanhol relacionada a outras aprendizagens. Serve de instrumento para a aquisição das habilidades comunicativas essenciais, tanto de compreensão (audição – leitura) como de produção 274 (fala e escrita), sem perder de vista a preparação de um sujeito crítico, capaz de interagir com o mundo à sua volta. Objetivo Geral • Contribuir para que o aluno tenha acesso a manifestações culturais de outros povos, e perceba as diferenças entre os usos, as convenções e os valores de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira, de forma crítica, entendendo que não há cultura melhor que a outra. • Aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, formar subjetividades, independente do grau de proficiência atingido. Analisar questões de ordem global e suas implicações. Desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade. • Adquirir capacidades discursivas de compreensão de texto e expressão escrita e oral. Aplicar e fixar de forma prática o conteúdo léxico e gramatical de cada unidade na fala, na leitura e na escrita. Desenvolver a leitura, a compreensão auditiva, a fala e a produção escrita, aplicando o conteúdo gramatical, lexical e cultural aprendido na prática das relações sociais às profissionais. Histórico da disciplina e fundamentos teóricos metodológicos Desde o início da colonização do Brasil, houve uma preocupação por parte dos colonizadores(os portugueses)em ensinar uma língua culta. A língua que integrava o currículo na época era o latim. Com a expulsão dos jesuítas (responsáveis pelo ensino da LE) outras línguas passaram a integrar o currículo. A partir da necessidade de atender às demandas advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João Vl assinou um decreto que criou as cadeiras de inglês e francês, houve então uma valorização do ensino das línguas modernas. A abordagem pedagógica utilizada no ensino era tradicional de raízes européias (voltada ao ensino de gramática). Para melhorar as relações comerciais do Brasil com países de língua hispânica e para se destacar no Mercosul, foi criada uma lei que tornou obrigatória a oferta de língua espanhola no país. O Estado do Paraná, a fim de valorizar o ensino de LEM problematizou as questões que envolvem o ensino da disciplina, sejam eles, políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais.” Na abordagem comunicativa, professor deixa de ser o centro do ensino e passa à condição de mediador do processo pedagógico. 275 Do aluno, é esperado que desempenhe o papel de sujeito de sua aprendizagem.”(DCE, 2008) Através do CELEM, se realiza no ensino de LE Espanhol, o acesso a conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio pragmáticos, oportunizando o discurso, a percepção de possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Significados sociais e historicamente construídos e passíveis de transformação na prática social “a pratica pedagógica é vista como processo dedicado a fomentar a possibilidade através da implementação de modos de compreensão e ação que encorajem a transformação de relações especificas entre formas sociais e capacidades humanas, e assim permita a expansão do espaço de identidades sociais em que as pessoas possam se transformar”. (JORDÃO, 2004, p.164) A língua estrangeira é um instrumento de comunicação entre os povos. Ela assume funções de inserir sujeito num contexto global, contribuindo para seu próprio desenvolvimento e o da comunidade. A importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas(LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas.(PARANÁ, 2008) Portanto esta disciplina reconhece que o aprendizado da língua estrangeira permite pensar criticamente sobre o papel da língua na sociedade, leva a conhecer a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do ser. Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentido, é formar subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e no mundo. Entende se que a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. Conteúdo Estruturante • Análise do discurso como prática social. 276 Conteúdo Básico 1º ano – espanhol Unidades temáticas Quem sou? Quem é? Leitura Tema do texto; • O espanhol no mundo. Conteúdo temático do gênero; • Propriedades estilísticas do gênero; • Aceitabilidade do texto; • Finalidade do texto; • Informatividade do texto; • Intencionalidade do texto; • Situacionalidade do texto; • Papel do locutor e interlocutor; • Conhecimento de mundo; • Temporalidade; • Referência textual. Comparação das unidades temáticas, linguísticas e composicionais de um texto com outros textos; Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da língua estrangeira estrangeiras estudada com a língua materna. Conhecimentos linguísticos: O alfabeto, pronomes pessoais, pronomes interrogativos, presente do Indicativo, “tú y usted” , voseo. Oralidade Variedades linguísticas. Intencionalidade do texto. Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países. Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos. 277 Escrita Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas. Clareza de idéias. Discussão sobre o tema a ser produzido. Produção textual. Revisão textual. Conhecimentos linguísticos: O alfabeto, pronomes pessoais, pronomes interrogativos, presente do Indicativo, “tú y usted” , voseo. Unidades temáticas O que fazemos? (Rotina) Como consumir com responsabilidade? (Consumo, estabelecimentos comerciais e públicos) Leitura Identificação do tema, do argumento principal. Interpretação observando: conteúdo Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros. Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção. Recurso veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto. Linguagem não verbal. Materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos. Conhecimentos linguísticos: Presente do Indicativo relacionado à rotina, numerais caridiais e ordinais, artigos e contrações. Oralidade Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos e publicidades. Análise dos recursos próprios da oralidade. Dramatização de pequenos diálogos. Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal). Apresentar clareza nas ideias. Escrita Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas. 278 Diferenciar a linguagem formal da informal. Análise lingüística. Conhecimentos linguísticos: ortografia, fonética e fonologia, elementos gramaticais: artigo neutro lo, contrações, presente do Indicativo relacionado à rotina, numerais cardiais e ordinais. Análise do discurso como prática social Unidades temáticas O que você gosta? (Comida) Somos o que usamos? (roupa e vestuário) - descrição Leitura Marcadores do discurso responsáveis pela progressão textuais; Conhecimentos linguísticos: verbo “gustar”, gênero e número, verbos que expressam gostos: “preferir y llevar”, descrição física. Oralidade Análise dos recursos próprios da oralidade. Dramatização de pequenos diálogos. Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal). Apresentar clareza nas ideias. Escrita Conhecimentos linguísticos: ortografia, os possessivos, os demonstrativos, advérbios de lugar; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto. Conhecimentos linguísticos: verbo “gustar”, gênero e número, verbos que expressam gostos: “preferir y llevar”, descrição física. Unidades temáticas Como é tua família? Onde as pessoas moram? Leitura Marcadores do discurso responsáveis pela progressão textuais; Pesquisa sobre a cultura Afro em países de língua espanhola. 279 Conhecimentos linguísticos: possessivos, demonstrativos. Oralidade Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal). Apresentar clareza nas ideias. Debate sobre a cultura Afro. Escrita Reestrutura e reescrita textual. Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas. Conhecimentos linguísticos: possessivos, demonstrativos. 2ºano – espanhol Unidades temáticas Do que você brincava quando era criança? Você está melhor? Você foi a festa? O que te deixa nervoso? Oralidade Variedades linguísticas sobre: Infância, saúde e doenças além de Festas. Intencionalidade do texto. Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países. Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos. Escrita Conhecimentos linguísticos: Pretérito Imperfeito, Pretérito Perfeito Composto do Indicativo; Pretérito Indefinido do Indicativo (Particípio Passado) e Expressões temporais que não incluem o presente. Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas. Clareza de ideias. Discussão sobre o tema a ser produzido. Produção textual. 280 Revisão textual. Esfera literária de circulação Contação de história* Conto Peça de teatro* Unidades temáticas Você vai viajar? O que acontecerá? Leitura Identificação do tema, do argumento principal. Interpretação observando: conteúdo Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros. Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção. Recurso veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto. Linguagem não verbal: Materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos. Conhecimentos linguísticos: Perífrases de futuro, Futuro Imperfeito e acentuação ortográfica. Oralidade Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos e publicidades sobre: Previsões do tempo e Internet. Análise dos recursos próprios da oralidade. Dramatização de pequenos diálogos. Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal). Apresentar clareza nas ideias. Escrita Reestrutura e reescrita textual de correspondência comercial Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas. Diferenciar a linguagem formal da informal. Análise linguística. Coesão e coerência. 281 Gêneros textuais Estudos linguísticos: Perífrases de futuro, Futuro Imperfeito e acentuação ortográfica. Esfera jornalística de circulação Artigo de opinião Boletim do tempo** Carta do leitor Entrevista** Notícia** Obituário Reportagem** Unidades temáticas O que você estudaria? Você está conectado? Você, o que acha? Oralidade Análise dos recursos próprios da oralidade em expressões utilizadas na argumentação. Dramatização de pequenos diálogos. Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal). Apresentar clareza nas idéias. Escrita Comparação das unidades temáticas, lingüísticas e composicionais de um texto com outros textos; Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula; Leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo sobre um mesmo tema e das abordagens de tais publicações; Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da língua estrangeira estrangeiras estudada com a língua materna. Conhecimentos linguísticos: Tempo Condicional Simples, Presente do Subjuntivo, Pretérito Perfeito do Subjuntivo. 282 Esfera escolar de circulação Aula em vídeo* Ata de reunião Exposição oral Palestra* Resenha Texto de opinião Esfera midiática de circulação Aula virtual Conversação chat Correio eletrônico (e-mail) Mensagem de texto (SMS) Videoclipe* Unidades temáticas O que você me aconselha? Você gosta de arte? Leitura Marcadores do discurso responsáveis pela progressão textuais; Conhecimentos linguísticos: Ortografia e uso do Imperativo. Debate sobre a cultura Afro. Oralidade Utilizar seu discurso de acordo com a situação utilizando provérbios populares e frases feitas. Debate sobre a cultura Afro. Escrita Conhecimentos linguísticos: Ortografia e uso do Imperativo, verbos regulares e irregulares. Reestrutura e reescrita textual. Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas. 283 3º ano - Aprimoramento Análise do discurso como prática social Esfera cotidiana de circulação Bilhete Cartão postal Letra de música Receita culinária Anúncio** Folder Placa Publicidade Comercial Unidades temáticas Gastronomia, alimentação, comidas e bebidas; Lazer, esportes e férias; Cartas e carreiras profissionais; Internet. Leitura Tema do texto; • Conteúdo temático do gênero; • Elementos composicionais do gênero; • Propriedades estilísticas do gênero; • Aceitabilidade do texto; • Finalidade do texto; • Informatividade do texto; • Intencionalidade do texto; • Situacionalidade do texto; • Papel do locutor e interlocutor; • Conhecimento de mundo; • Temporalidade; • Referência textual. Comparação das unidades temáticas, linguísticas e composicionais de um texto com outros textos; 284 Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da língua estrangeira estrangeiras estudada com a língua materna. Conhecimentos linguísticos:Condicional Simples, Presente do Subjuntivo, Palavras para expressar desejo, dúvida e suposição. Oralidade Variedades linguísticas. Intencionalidade do texto. Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países. Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos. Escrita Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas. Clareza de idéias. Discussão sobre o tema a ser produzido. Produção textual. Revisão textual. Conhecimentos linguísticos: Condicional Simples, Presente do Subjuntivo, Palavras para expressar desejo, dúvida e suposição. Unidades temáticas Trabalho e estudos; Cinema, televisão, literatura e espetáculos; Preservação da natureza e argumentação; Conselhos e ordens. Leitura Identificação do tema, do argumento principal. Interpretação observando: conteúdo Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros. Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção. Recurso veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto. 285 Linguagem não verbal. Materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos. Oralidade Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos e publicidades. Análise dos recursos próprios da oralidade. Dramatização de pequenos diálogos. Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal). Apresentar clareza nas ideias. Escrita Reestrutura e reescrita textual. Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas. Diferenciar a linguagem formal da informal. Análise Linguística. Coesão e coerência. Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: de gêneros selecionados para utilizar, adequadamente recursos linguísticos, como os ortografia, fonética e fonologia, elementos gramaticais. Conhecimentos linguísticos: Pretérito Imperfeito, Pretérito Perfeito e Pluscuamperfeito do Subjuntivo, Imperativo afirmativo e negativo. Unidades temáticas Saúde, enfermidades e remédios; Natureza, energia e meio ambiente; Arte. Oralidade Análise dos recursos próprios da oralidade. Dramatização de pequenos diálogos. Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal). Apresentar clareza nas ideias. Escrita Conhecimentos linguísticos: advérbios, heterotônicos prepoisições e locuções preposicionais e regime preposional. e heterosemânticos, 286 Pontuação e seus efeitos de sentido no texto. Esfera midiática de circulação Correio eletrônico (e-mail) Sinopse de filme Videoclipe* Unidades temáticas Negócios, roupa e moradia; Literatura e a música; Afro-descendentes. Leitura Marcadores do discurso responsáveis pela progressão textuais; Conhecimentos linguísticos: Pronomes Complementos, Interjeições, verbos de “cambio”. Oralidade Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal). Apresentar clareza nas ideias. - Debate sobre a cultura Afro. Escrita Reestrutura e reescrita textual. Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas. Conhecimentos linguísticos: Pronomes Complementos, Interjeições, verbos de “cambio”. Encaminhamento Metodológico Os conteúdos estruturantes abordam as questões linguísticas, as sócio pragmáticas, culturais e discursivas, assim como as quatro habilidades: leitura, escrita, audição e oralidade. Sendo assim, os conteúdos específicos a serem desdobrados a partir dos conteúdos estruturantes serão estabelecidos com referência aos textos de diferentes tipos destacando seus elementos linguísticos discursivos como indica as DCES. 287 Esses textos devem abordar uma prática reflexiva e crítica, desenvolvendo conhecimentos linguísticos, percebendo as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes nos mesmos. A partir desses itens mencionados, o professor deverá selecionar os textos, tendo como referência os fundamentos teórico-metodológicos da disciplina, bem como os objetivos do ensino da Língua Estrangeira. Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que as formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática social do uso da linguagem. As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade. Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não da memorização de conceitos. Serão selecionados a partir dos erros resultantes das atividades e da dificuldade dos alunos. Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a sua cultura com a do outro, percebe se como sujeito histórico e socialmente constituído e assim elabore a consciência da própria identidade. Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sócio interacional, ou seja, significativa. Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado contexto sócio cultural particular. O ensino de língua estrangeira estará articulando com as demais disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem muitas vezes estar relacionados entre si. A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar: a inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras. Os 288 alunos, nesta abordagem de ensino são encorajados a reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural aos textos que lhe são apresentados, envolvendo- os em atividades críticas e problematizadoras, que se concretizam por meio da língua como prática social. O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula precisa partir do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: A língua estrangeira moderna possibilita conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados. Para desenvolver essas habilidades serão utilizados: Textos que abordem os diversos tipos textuais e que apresentem diferentes graus de complexidade da linguística; Recursos visuais para auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula; Pesquisa de palavras no dicionário para auxiliar na conscientização dos possíveis sentidos das palavras; Elaborar pequenos textos; Pesquisa em jornais, revistas, internet; Músicas; Livros didáticos e paradidáticos. Linguagem comercial e profissional. Técnicas comerciais e de turismo. Recursos didáticos Livros didáticos e paradidáticos; Dicionários (Biblioteca da escola); TV pendrive; TV Paulo Freire; Portal dia-a-dia educação; OAC (Objeto de Aprendizagem Colaborativa); Revistas e jornais; Dvds (músicas e filmes); Cds (músicas e diálogos); Dramatização; Jogos; 289 Usos da Internet (Laboratório de informática); Revistas e jornais (Biblioteca da escola); Gravação de diálogos por filmagem devidamente autorizada. Critérios de Avaliação A avaliação será parte integrante do processo de aprendizagem e contribuirá para a verificação da construção de significados na interação com textos e nas produções textuais dos alunos. Ela ocorrerá de maneira contínua, cumulativa e processual, e deverá prevalecer o caráter diagnóstico e formativo, onde os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos. A frequência do curso deve ser de no mínimo de 75% por cento por bimestre. Todas as capacidades discursivas (leitura, oralidade e escrita) serão avaliadas (ler, ouvir, falar e escrever), de acordo com as atividades desenvolvidas em sala, para que se perceba os conhecimentos adquiridos pelos discentes. Dessa forma, o professor poderá rever conteúdos que não foram suficientemente trabalhados e garantir a efetiva interação do aluno com a aprendizagem. Através da avaliação, o professor terá a possibilidade de repensar a sua metodologia de ensino e planejar suas aulas conforme as necessidades específicas de cada um. Espera-se que o aluno Não abandone o curso. Tenha garantido o direito de concluir o curso com uma turma de no mínimo 15 alunos com frequência. Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal); Apresente suas ideias com clareza, coerência; Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; Organize a sequência de sua fala; Respeite os turnos de fala; Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; Exponha seus argumentos; • Realize leitura compreensiva do texto; • Identifique o conteúdo temático; • Identifique a ideia principal do texto; 290 • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Analise as intenções do autor; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; • Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual; • Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais. Todas estas formas avaliativas ocorrerão de maneira processual, diagnóstica e formativa. Será utilizado avaliação diagnóstica e somátoria, oral, auditiva e escrita, atividades realizadas em sala de aula através de músicas, soluções de problemas – questões para reflexão e posicionamento do aluno, tarefas de preenchimento de fichas de vídeo, pesquisas sobre literatura hispânica e publicidades. Os alunos simularão situações como entrevistas de trabalho, arte (a escolinha do Chaves, por exemplo). O aluno será gerenciado com atividades de reforço, revisão, relatórios sobre filmes como “Elsa y Fred”. Sendo assim, a avaliação possui um caráter progressivo, constante e sistematizado, oferecendo ao aluno a oportunidade de melhorar ou perceber as dificuldades da aprendizagem através da recuperação paralela, onde são reavalidos oralmente e na de forma escrita no valor de 10,0 pontos. E de acordo com o disposto na instrução normativa CELEM/SEED. Informamos que no final das avaliações será atribuída uma media bimestral e posteriormente uma media anual para aprovação com o valor de 6,0 pontos de média. Com o suporte das DCE (PARANÁ, 2008, p. 36) o programa do curso de atividade complementação curricular em período de contraturno: espanhol será um instrumento que oriente intervenções pedagógicas para além do conteúdo trabalhado, de forma que os objetivos de ensino explicitados nestas Diretrizes sejam alcançados. 291 Referências MARCUSCHI, L. A. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.. MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros Textuais & Ensino. (orgs.) 2. ed. Rio de Janeiro: Lucema, 2003. p. 19-36. MARTIN, IVAN Rodrigues. Síntesis curso de lengua española. São Paulo: Ática, 2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superienteência de Educação Departamento de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba,2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superientendência de Educação Departamento de Educação. Departamento de Educação Básica. Livro Didádico Público de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês/ vários autores. Curitiba,2006. Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/celem/modules/conteudo/conteudo.php? conteudo=55>. Banda Marcial Conteúdos A proposta desta disciplina é o estudo dos métodos técnicos e interpretativos abordados nas disciplinas de Metais, Percussão e Corpo Coreográfico. Será trabalhado obras escritas por compositores do popular ao clássico. Serão desenvolvidas aulas teóricas para conhecimento de partitura musical, aulas práticas com instrumentos musicais. Metais e Percussão, aulas práticas para comissão de frente, ensaio geral com todos os membros da Banda e Intercâmbio cultural entre Bandas e Fanfarras. Objetivos A atividade complementar de estudo visa, principalmente, a inclusão social de crianças e jovens pela música, através da reativação da Banda Marcial do Colégio Estadual Marcelino Champagnat. Serão ofertadas aulas teóricas para leitura de partituras, aulas práticas e de coreografia. Encaminhamentos Metodológicos Nas disciplinas de estudo será abordado métodos técnicos e interpretativos para Metais , Percussão e Corpo Coreográfico. Serão trabalhadas obras escritas por compositores do Popular ao Clássico, com destaque para período Romântico, Solístico e música de Câmara, trabalhando peças de compositores Brasileiros e estrangeiros. 292 • Divulgar a música instrumental; • Ampliar a freqüência de público presente aos concertos; • Colaborar para colocar o Estado do Paraná na vanguarda do segmento de BandasMarciais; • Estimular a formação de novas Bandas Marciais; • Incentivar o apoio de empresas públicas e privadas aos projetos culturais através da Lei de Incentivo promovendo acesso à cultura e cidadania. Local de Realização Colégio Estadual Marcelino Champagnat. Resultados Esperados Para o aluno A música possui uma influência significativa na formação das crianças e jovens, proporcionando prazer, alegria, bem-estar e realização pessoal. Conforme Ben & Hentschke (2003) os benefícios em levar a música para a escola são: • Desenvolvimento da expressão; • Auxílio na perda da inibição ao se comunicar em público; • Exercício do raciocínio; • Descoberta dos próprios talentos; • Aumento da auto-estima; • Conhecimento do próprio corpo, utilizando o seu potencial; A música, pela sua posição central em relação às outras artes, é considerada por muitos estudiosos uma atividade básica na formação do indivíduo, e quando consiste em um aprendizado sistemático e interdisciplinar, constitui-se em um poderoso veículo para a melhoria da qualidade de vida. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008, p.76) também tratam da importância da música, afirmando que: [...] é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de fazer compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou indireta interfere na vida da humanidade. 293 Para a escola Promover a oportunidade Musical aos alunos e Comunidade Escolar, contribuindo para desenvolvimento da Cidadania, Socialização dos alunos, Melhora no rendimento Escolar e garantir que o espaço Escolar seja local de encontro da Comunidade. Para a comunidade Para Comunidade escolar e de extrema importância, oportunidade de viver o espaço escolar e atender os seguintes objetivos: • expressar das habilidades musicais como uma opção pedagógica; • desenvolver a cidadania e do patriotismo através de uma organização cívico-musical; • formar músicos para conjuntos musicais de diversos ritmos e para orquestras; • participar com a banda de concursos estaduais e nacionais; • participar com a banda de desfiles cívicos; • participar com a banda de eventos internos do colégio e eventos externos, divulgando o projeto social; • ofertar atividade musical, retirando jovens em situação de risco das ruas, evitando a marginalidade e inclusão social. Avaliação Resultado esperado será avaliado conquistando a aproximação da comunidade escolar, tornando o ambiente agradável, com movimentações de crianças e jovens do próprio colégio, escolas vizinhas, igrejas e de entidades sociais ligados a núcleos de assistência às crianças e adolescentes em situação de risco e inclusão, estudando e praticando os saberes e prazeres da música, muitas vezes acompanhados pelos seus pais, familiares e amigos, seja nas aulas, nas apresentações, participando diretamente na formação intelectual, moral e cívica das nossas crianças e jovens, desenvolvendo a cidadania ou formando empreendedores e cidadãos capazes de interferir e modificar a sociedade em que vivem. A formação musical através da Banda Marcial Champagnat será um avanço cultural para nossa cidade, uma oportunidade real para nossas crianças e jovens se apaixonarem pela cultura, tocarem um instrumento musical, desenvolverem artes cênicas 294 através das aulas de coreografia, tornarem-se músicos, empreendedores e incentivadores para outros jovens, mostrando que a cultura é acessível a todo cidadão. Referências BRASIL. ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 20 maio 2011. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 20 maio 2011. BRASIL. Ministério da Cultura. Lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 1991 (Lei Rouanet). Disponível em: http://www.cultura.gov.br. Acesso em: 24 maio 2011. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Arte: Brasília: MEC /SEF, 1998. HENTSCHKE, Liane; DEL BEN, Luciana. Aula de música: do planejamento e avaliação à prática educativa. In: HENTSCHKE, L. DEL BEN, L. (Orgs.). Ensino de música: propostas para pensar e agir em sala de aula. São Paulo: Moderna, 2003. Hora Treinamento Conteúdos A Educação Física assim como todos os desportos é amplamente reconhecida como valiosos e indispensáveis agentes promotores no processo educativo integral. Devendo-se salientar, que inúmeros trabalhos científicos no campo da medicina desportiva nos permitem afirmar que a prática de uma atividade física sistematizada tem um papel fundamental na melhora da qualidade de vida atuando como agente preventivo contra diversas moléstias entre estas, as diabetes mellitus, as doenças cardiovasculares e respiratórias, as sarcopênia e as doenças neuro-degenerativas. Mais que elevas o nível de saúde das pessoas, o esporte é uma ferramenta eficaz para a formação do cidadão; auxiliando no desenvolvimento de importantes características como: sociabilidade, autoestima, autocontrole, respeito e companheirismo. Objetivos Acreditamos que a prática de um desporto baseado em um trabalho planejado auxiliará no desempenho escolar da criança, pois ela estará desenvolvendo aspectos básicos de uma formação, que estruturarão seu desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo, lhe proporcionando condições de se tornar uma pessoa independente, critica e 295 consciente de seu papel na sociedade. Diferentes trabalhos científicos e projetos sociais ligados ao esporte mostram que atividade física, em especial no que diz respeito aos adolescentes e crianças, têm um fator motivador extremamente positivo; assim, se bem trabalhado o projeto extrapola e muito a esfera da competição, sendo seus efeitos sentidos no dia a dia destes jovens constituindo-se em um fator importante de inclusão social. Encaminhamentos Metodológicos Dentro das metodologias de trabalho a serem empregados consider-se-a os aspectos técnicos do voleibol: os fundamentos do jogo, as situações do jogo, as situações decorrentes da utilização desses fundamentos e os exercícios elaborados para a aprendizagem e o treinamento dos fundamentos e das situações . Ressaltando que os fundamentos representam o conjunto de movimentos e gestos de voleibol, sendo sua correta execução uma condição primordial para que o aluno passa praticar o desporto, mas nunca evidenciando o erro. Na fase de aprendizagem dos fundamentos serão adotados vários métodos partindo sempre do conhecimento prévio do aluno. Assim poderá ter um melhor ajustamento ao modo mais eficaz de execução. Os exercícios serão apresentados através de descrição específica e de demonstração teórica (quando necessário), abrangendo várias maneiras de execução, desde formas individualizadas até formações em grupo. A ordem estabelecida para a apresentação dos fundamentos seguirá uma seqüência lógica de aprendizagem, que vai dos mais simples para o mais complexo, oportunizando ao aluno a repetição dos fundamentos já aprendidos quando da aprendizagem de um novo fundamento. Desenvolvimentos das atividades em forma de exercícios individual, duplas e em grupo. Exercícios de automatização, exercícios em situação de jogo, jogos adaptados e jogo oficial. Serão utilizados vídeos de jogos que possibilitarão uma melhor compreensão da situação do jogo, além de proporcionar maior motivação. Consultas à bibliografia específica, manuais de regras oficiais, para desenvolver e construir a fundamentação teórica. Além disso, buscar a possibilidade de recursos para assistir jogos da modalidade, como também participar de festivais, torneios, amistosos e campeonato. 296 Local de Realização O projeto será desenvolvido no espaço destinado aos desportos do Colégio e os principais materiais utilizados serão: redes, antenas, bolas de voleibol, bolas de borracha, arco, elásticos para a iniciação dos meninos e meninas. Resultados Esperados Para o aluno • Oportunidade de iniciação na modalidade, desenvolver o prazer pela prática esportiva, bem como desenvolvimento do voleibol. • Conhecer as regras da modalidade bem como estratégias, táticas e sinalizações; • Aperfeiçoar os fundamentos básicos e específicos da modalidade; • Interagir e cooperar, construindo um espírito esportivo; • Vivenciar e participar, desenvolver motivação pela modalidade do voleibol promovendo o trabalho em equipe; • Identificar e vivenciar os fundamentos básicos da modalidade e colocá-las em situação de participação em festivais e campeonatos escolares, representando o colégio. Para a escola Esta perspectiva entende-se o esporte como meio fundamental importância da construção da cidadania, na solidificação do estimulo e respeito a toda e qualquer iniciativa que possibilite aos participantes ser agente de suas ações. Promover ações sob a forma de manifestações desportivas, que contribuam para a melhora do desempenho dos alunos envolvidos e ao mesmo tempo auxilie na melhoria da qualidade de vida de cada um. Para a comunidade Uma oportunidade através do voleibol a participação de alunos de outras instituições em nossos projetos de voleibol, tendo sido amplamente difundido por diversas instituições entre este Brasil. Através da prática do voleibol teremos como objetivos ligados diretamente ao praticante, o desenvolvimento físico, técnico, tático, psicológico, moral e social. Auxiliando também, no desenvolvimento das capacidades físicas e perceptuais envolvidas na 297 execução dos fundamentos. Motivando a pratica da atividade física, formação do caráter e formação do cidadão futuro saudável e não a um sedentário. Avaliação Será observado o interesse e motivação dos alunos, percebendo-se através da sua participação o cumprimento das responsabilidades com horário e material. Será observado também a disciplina com o seu treinamento individual e o envolvimento com o treino geral, o respeito com os professores e os colegas. Será adotada avaliação processual, analisando o desenvolvimento na modalidade tanto em questões técnicas/táticas, como o seu aprimoramento como pessoa. Observarse-á a evolução técnica dos alunos servindo sempre de exemplo para outro. Referências BAYER, C. O ensino dos desportos coletivo.Lisboa: Dinalivro,1994.(Coleção Desporto). FEDERAÇÃO Portuguesa de Voleibol. Regras Oficiais 2009-2012. GARGANTA, J. Para uma teoria dos jogos desportivos coletivo. In: GRAÇA, Amândio.; OLIVEIRA, José. (eds). O ensino dos jogos desportivos coletivo. 3. ed. Lisboa: Universidade do Porto, 1998. MOUTINHO, C. A estrutura funcional do voleibol. In: GRAÇA, Amândio; OLIVEIRA, José (ed.) O ensino dos jogos coletivo. Centro de Estudos dos Jogos Desportivos Coletivo. FCDEF-UP, 2000, p. 141 – 156. TAVARES, F. Bases teóricas da componente táctica nos jogos desportivos coletivo. In: OLIVEIRA, José; TAVARES, Fernando (eds.) Estratégia e táctica nos jogos desportivos coletivo.FCDEF-UP, 1996, p. 25 – 32. Física Colégio Estadual Marcelino Champagnat Implementação: Aulas de Reforço de Física para os Alunos do Ensino Médio PROJETO DE REFORÇO DE FÍSICA Professor: Claudecir Pires de Freitas Turmas: 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio Turno: Matutino Local de Realização: Colégio Estadual Marcelino Champagnat - Ensino Fundamental e Médio. 298 Título do Projeto AULAS DE REFORÇO DE FÍSICA Apresentação Este projeto atende alunos do ensino médio do Colégio Estadual Marcelino Champagnat - EFM, que apresentam dificuldades de aprendizagem, na disciplina de Física. As aulas de reforço acontecem às quarta-feiras na 6ª aula (11h50min à 12h40min) com o Professor QPM de Física, Claudecir Pires de Freitas. Justificativa A Física, junto com a Matemática e a Química, é uma das disciplinas com maior dificuldade de compreensão, de acordo com a opinião dos estudantes do Ensino Médio. Portanto, o esforço por parte do professor para levar ao aluno a compreender e estabelecer as relações que explicam os fenômenos físicos que ocorrem no seu dia-a-dia, se transforma numa tarefa de rotina, que, muitas vezes, resulta ser desgastante. A metodologia aplicada é de fundamental importância nestas circunstâncias. O conhecimento de técnicas de ensino diversificadas permite que o aluno fique atento e descubra que o mundo e tudo o que nele acontece pode ser interpretado utilizando as leis da Física. Cabe ao professor estar atualizado com essas técnicas e inovar, renovando suas aulas para alcançar os objetivos que são propostos no planejamento da disciplina. A interdisciplinaridade também é uma ferramenta poderosa, pois permite visualizar e analisar os fenômenos desde um ponto de vista integrado. Desta maneira, o estudante compreende que todas as disciplinas relacionam-se umas com as outras, permitindo desenvolver as competências e habilidades desejadas no Ensino Médio. A aplicação deste projeto nasce da necessidade de melhorar o desempenho na disciplina, em virtude das dificuldades de aprendizagem apresentadas na sala de aula, acumuladas pelas defasagens dos conteúdos essenciais e que não são superadas pela recuperação de estudos. Portanto, é necessário o oferecimento de maior carga horária, para dar suporte na superação das dificuldades, carências de aprendizado dos alunos e acompanhamento com êxito dos próximos conteúdos. 299 Objetivos Gerais • Compreender que a busca do conhecimento físico, bem como sua evolução e aplicações possíveis são indispensáveis no processo de transformação da realidade social, econômica e política; • Criar no aluno hábitos de estudo que proporcionem conhecimentos necessários para a explicação dos fenômenos físicos; • Desenvolver no aluno o raciocínio indutivo e dedutivo, fatores indispensáveis nas soluções e explicações dos problemas propostos dos conhecimentos físicos; • Ampliar as possibilidades de aprendizagem dos alunos, dando-lhe oportunidade de reforçar e superar os desafios surgidos no caminhar do conteúdo de física baseados nas Diretrizes Curriculares do estado do Paraná, tornando-os independentes, na busca do conhecimento; • Elevar o índice de desempenho e aprendizado dos alunos com dificuldade de aprendizagem em física do ensino médio, do período matutino e possam superar e acompanhar os próximos conteúdos. Objetivos Específicos • Oferecer atividades pedagógicas, na 6ª aula do período matutino, para alunos com dificuldades de aprendizagem, propiciando o desenvolvimento do raciocínio lógico, da interpretação de dados e resoluções das questões propostas com êxito; • Estimular o trabalho em grupo, favorecendo a socialização na troca de informações; • Promover momentos estimulantes nas aulas de Física, proporcionando estratégias com o intuito de resolver as situações problemas; • Expressar–se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos de sua representação simbólica; • Conhecer e utilizar conceitos físicos e relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes; • Compreender e utilizar leis e teorias físicas; • Dimensionar o conhecimento físico com outras áreas do saber científico. 300 Conteúdos Conteúdo Estruturante: Movimento. Conteúdo Específico: Momentum, Inércia e a Conservação do Momentum. Variação da Quantidade de Movimento = Impulso e a 2ª Lei de Newton; Gravidade; 3ª Lei de Newton e Condições de Equilíbrio; Energia e o Princípio da Conservação da Energia. Conteúdo Estruturante: Termo - Dinâmica. Conteúdo Específico: Lei Zero da Termodinâmica; Propriedades Térmicas e Dilatação dos Materiais; 1ª Lei da Termodinâmica, Entropia e a 3ª Lei da Termodinâmica. Conteúdo Estruturante : Eletro - Magnetismo. Conteúdo Específico: Carga Elétrica; Campo Eletromagnético; Força Eletromagnética; Equações de Maxwell; Energia e o Princípio da Conservação da Energia; Elementos de um Circuito Elétrico; Luz. Abrangência Disciplinas que participarão do projeto quando houver necessidade de prérequisito e esclarecimento dos conteúdos de Matemática e Química. Cronograma Ano letivo de 2012 , segundo as necessidades apresentadas pelos alunos. Metodologias e Estratégias No encaminhamento metodológico o professor utilizará os diversos recursos disponíveis, tais como: • Apresentação do Projeto: Os alunos serão informados sobre a implementação do projeto e sua importância para a comunidade escolar; • Aula Expositiva e Dialogada: a exposição dos conteúdos dará de acordo com a série e com a dificuldade dos alunos nos conteúdos básicos e se forem necessários serão dados subsídios de matemática e química; • Resoluções de Exercícios: será elaborada lista de exercícios sobre os conteúdos com dificuldades de aprendizagem, para que o aluno possa desenvolver o raciocínio lógico, consiga fazer a interpretação de dados e resolver as questões propostas com êxito; 301 Elaboração de Exercícios: os alunos irão elaborar exercícios individuais ou em • duplas e resolverão os mesmos a fim de desenvolver o raciocínio indutivo e dedutivo; Aulas Experimentais: estas contemplarão os conteúdos que serão investigados • através dos experimentos que favorecerão a compreensão dos conceitos físicos e estimular a capacidade de observação, experimentação, comparação e conclusão com a finalidade de aprimorar o espírito lógico. Apresentação de Textos Elucidativos: os textos poderão ser elaborados ou • feita a leitura de jornais, revistas, livros ou outros materiais que enriqurecarão e contextualizarão os conteúdos com a defasagem. Os mesmos promovem o enriquecimento do assunto e, muitas vezes, a retomada dos conhecimentos adquiridos. A leitura ou a elaboração dos textos serão na maioria atualidades com temas abordados e com informações importantes a respeito de questões ingadas pelos alunos. Minicursos: • Minicursos com conteúdos e assuntos de Física não contemplados ao longo do curso de Ensino Médio. Construção de Material de Baixo Custo: Os materiais das práticas • experimentais serão construídos pelos alunos com materiais simples, de baixo custo e do seu cotidiano, que proporcionará o processo de conhecimento e servirá de objeto de estudo. Recursos Utilização dos recursos disponíveis: livro, jornal, televisão, DVD, pendrive, laboratório, data-show, TV Multimídia, caixas de experimentos da FUNBEC, etc Desenvolvimento • Os alunos que apresentarem maiores dificuldades de aprendizagem na disciplina de Física de cada turma do Ensino Médio ; • Alunos serão divididos em grupos de acordo como suas respectivas séries e em salas separadas; • Serão selecionados os conteúdos a partir das dificuldades apresentadas pelos alunos nas suas respectivas turmas, os graduando e o supervisor do projeto adequaram os conteúdos de cada série; 302 • Parceria com a Universidade Estadual de Londrina com apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). • Viabilização do projeto através de relatos e reuniões com direção e equipe pedagógica do Colégio Marcelino Champagnat. • Aplicação das atividades pelos graduandos e professor supervisor Claudecir com os demais docentes de Física e áreas afins, procurando manter o dialogo, troca de experiências, visando a melhoria do nível de aprendizagem dos alunos envolvidos no projeto. • A elaboração e resolução de exercícios de acordo com o grau de deficiência dos conteúdos e sua respectiva correção. • As aulas experimentais serão desenvolvidas para elucidar os conteúdos com a defazagem de conteúdos. • Os minicursos serão ministrados para promover o enriquecimento de alguns conteúdos que infelizmente não é dado no dia a dia das aulas por defit de carga horária. • A confecção de material de baixo custo serão feitos pelos alunos com materiais de fácil aquisição e que possuem em suas residências. Autoavaliação Avaliação dos pontos positivos e negativos das dificuldades e superações enfrentadas no decorrer do projeto. Resultados Esperados Para o aluno Espera-se dos alunos maior autonomia na busca do conhecimento físico, bem como sua evolução e aplicações possíveis, indispensáveis no processo de transformação da realidade social, econômica e política. Que o aluno crie hábitos de estudo que proporcionem conhecimentos necessários para a superar as dificuldades no processo de aprendizagem dos fenômenos físicos. Visa contribuir no desenvolvimento do raciocínio indutivo e dedutivo, fatores indispensáveis nas soluções e explicações dos problemas propostos dos conhecimentos físicos. 303 Espera -se a elevação do índice de desempenho e aprendizado dos alunos com dificuldade de aprendizagem em física do ensino médio, do período matutino e possam superar e acompanhar os próximos conteúdos. Para a escola Espera-se da escola o aumento das possibilidades para o aprendizagem dos alunos, dando-lhe oportunidade de reforçar e superar os desafios surgidos no caminhar do conteúdo de física, como gestão participativa e a convivência democrática. Visa à melhoria da qualidade de ensino beneficiadas pelo projeto, melhoria do rendimento escolar, redução da evasão escolar e repetência. Para a comunidade Espera-se a participação efetiva dos seus membros e a colaboração com a aprendizagem, bem como a compreensão do contexto em que se desenvolve esta prática educativa. Avaliação A avaliação será realizada de acordo com a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise e interpretação de dados, resoluções e elaborações de exercícios, acompanhamento de avanços e a superação das dificuldades ao longo do bimestre/ano letivo. Ao finalizar este projeto espera - se os alunos orientados do ensino médio tenham desenvolvido sua capacidade e criatividade na elaboração de atividades e promover mudanças de conceituais ou aprendizado do conhecimento científico. Referências BONJORNO, R.A; BONJORNO, J.R; BONJORNO,V; RAMOS, C.M. Física Completa: volume único. São Paulo: FTD, 2000. CIÊNCIA. Campinas: Mercado das Letras/ Associação de Leitura do Brasil-ALB, 1998. CONSTRUINDO uma cosmovisão científica. Rio de Janeiro: CBPF, 1998. FILHO, Aurélio Gonçalves; TOSCANO, Carlos. Física, volume único. São Paulo: Scipione, 2009. 304 GASPAR, A. Física, volume único. São Paulo, Ática. MÁXIMO, A; ALVARENGA, B. Física de olho no mundo do trabalho volume único. São Paulo: Scipione, 2003. MENEZES, Luiz Carlos. Uma Física para o Novo Ensino Médio. Física na Escola, 2010. PARANÁ. Secretaria de Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação. Física. Curitiba: MEC/SEED, 2009. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público. Curitiba, 2006. RAMALHO, Nicolau; TOLEDO. Os Fundamentos da Física: volume 3. 7. ed. São Paulo: Editora Moderna. Projeto Leitura de Textos de Filosofia e Sociologia Objetivo Geral • Proporcionar ao estudante do ensino médio um contato inicial com os textos clássicos da filosofia, bem como as análises e interpretações sociológicas. Objetivos Específicos • apreender as especificidades das leituras de textos filosóficos e sociológicos, no que se refere à linguagem discursiva. • preparar o estudante para avaliações, provas e exames externos (vestibulares, Enem, concursos públicos) que exigem o domínio de conhecimentos em Filosofia e Sociologia. • instigar a reflexão e o pensamento crítico. • desenvolver capacidade lógico-argumentativa. • desenvolver o hábito da leitura. • complementar as reflexões dos conteúdos trabalhados em sala. Metodologia Serão desenvolvidos grupos de estudos, com estudantes selecionados previamente, que desenvolverão a leitura, análise e discussão de textos clássicos da Filosofia e Sociologia sob a orientação de um professor responsável pela disciplina. Este exercício inclui a eventual utilização de filmes, vídeos e áudios que contribuam para a compreensão e enriqueçam as reflexões filosóficas e sociológicas. 305 Justificativas Tendo em vista o recente retorno das disciplinas de Sociologia e Filosofia no currículo obrigatório do Ensino Médio, bem como a exigência destes conhecimentos em exames e provas externas (vestibulares, Enem, concursos públicos), buscaremos preparar nossos estudantes e fortalecer o ensino de Filosofia e Sociologia no ensino médio. Além disso, o ensino da Filosofia e Sociologia corroboram com a necessidade histórica de formação crítica dos estudantes da escola pública, fornecendo-lhes um instrumental teórico para as práticas democráticas fundamentadas na função social republicana da escola pública, permitindo o acesso aos conhecimentos clássicos desenvolvidos pelas ciências humanas ao longo da história da humanidade. Avaliação Espera-se que o projeto promova uma modificação na relação que os estudantes estabelecem com o conhecimento, de maneira que iniciem um processo que os coloquem como sujeitos do próprio conhecimento, por meio da aproximação entre estudantes e professores como construtores do conhecimento. A avaliação será realizada mediante a observação da modificação desta postura em sala de aula, e a consequente, melhora do desempenho escolar no que se refere tanto à assimilação do conteúdo, quanto ao comportamento acadêmico. 7.2 Projetos/Eventos Desenvolvidos na Escola A escola tem garantido a participação dos alunos nos diversos eventos culturais promovidos pela SEED, Jogos Escolares, Semana Cultural, através das atividades realizadas internamente e selecionadas para os eventos. Os projetos internos, as parcerias com outras instituições vêem enriquecendo o currículo escolar e dinamizando o conhecimento, colaborando para a formação integral do educando. Destacamos abaixo algumas das atividades realizadas no ano de 2011 e decorrer de 2012 e que deverão ter continuidade nos anos posteriores, ressalvando-se algumas alterações que deverão ser realizadas motivadas por adequações que se fizerem necessárias na época de sua execução. 306 • Festas Juninas: Atividade integrada à Semana Cultural dos três períodos, contou com a participação de professores, alunos e funcionários para a decoração, barracas e apresentação das tradicionais quadrilhas. • Excursões/Passeios Educativos: consiste em visitas ao cinema, teatro, circo, exposições, instituições de ensino superior, e visa proporcionar aos alunos momentos de lazer, assim como ampliar sua cultura geral e intensificar a integração entre aluno e escola. Dentre essas atividades destacamos as seguintes: 1. Visita ao Museu de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual de Londrina, no mês de abril, pelos alunos do ensino médio do período matutino, que contou com o monitoramento dos estagiários de cursos de graduação da UEL. Os alunos puderam participar de atividades que possibilitaram conhecer os modelos utilizados no estudo do corpo humano e equipamentos que reproduzem fenômenos físicos e químicos. 2. Visita à Embrapa pelos alunos da segunda série do Ensino Médio durante os meses de setembro e outubro, dentro do programa Embrapa & Escola, que promove a interação da pesquisa com a comunidade escolar. Os alunos assistiram a apresentações sobre a estrutura e áreas de atuação da Empresa não apenas em Londrina, onde os objetos da pesquisa são o trigo, o girassol e principalmente a soja, mas também em outras 40 unidades distribuídas em várias cidades do Brasil. Como o tema central do programa é o cuidado com o meio-ambiente, foram expostos alguns pontos relevantes sobre água, ar, solo e a ação do homem sobre a natureza. A visita contou ainda com passagens pelos laboratórios de cuidados relacionados ao solo e controle biológico de pragas como a lagarta e o percevejo que atacam a soja. 3. Os alunos da 2ª e 3ª séries do ensino médio, matutino, acompanhados pela professora de Biologia, Elizabeth Krause, puderam conhecer o Departamento de Anatomia da Universidade Estadual de Londrina. A atividade foi uma excelente oportunidade para os alunos, alem de conhecer a Universidade, relacionarem a teoria a pratica. • Atividades em parceria: No decorrer do ano letivo contamos com a parceria de algumas instituições, que tornou possível a realização de várias 307 atividades/projetos de cunho pedagógico e que contribuem para a formação geral de nossos alunos, dentre eles destacamos os seguintes: apresentação de peça teatral; afetividade no relacionamento professor x aluno x aluno, para alunos do 1º ano do Ensino Médio (estagiárias de pedagogia-UEL); trabalho de análise institucional (estagiários de Psicologia-UEL); projeto de extensão universitária sobre bioética, para alunos do 3º ano do Ensino Médio (UEL); Semana de Sociologia para o Ensino Médio, para alunos do 2º e 3º anos dos períodos matutino e noturno com o Deptº de Ciências Sociais da UEL, onde os alunos participaram de atividades, como palestras, debates, apresentação artística, sobre os seguintes temas: “Direitos humanos, juventude e educação”? “A inserção do jovem no mercado de trabalho.”;“Treinamento esportivo”; Oficina: “Fragmentos de uma história real” / Por que filosofia? Educação para quê? Oficina: Introdução ao teatro: criação e movimento; Política na América Latina; Direitos sexuais e reprodutivos.”; “As teorias enunciativas na interpretação textual”; “As bases contraditórias da sociedade capitalista contemporânea”; “Ideologia e Poder: Uma Análise de Videoclips”; “Cultura e política em Angola”; Aquecimento global; “Juventude e violência”; “Olhares contemporâneos sobre a antiguidade”; “Ética e o mundo moderno.”; “Filosofia e Educação.”; “Uma introdução ao abolicionismo penal”; “RPG na escola”; “Deleuze e a criação de conceito.”; "Consumismo e Mídia"; “O menino de nariz vermelho” – oficina de criação cênica.; Oficina: Introdução ao teatro: criação e movimento; (psicologia / relacionamentos, namoro); “A concepção da morte na filosofia de Schopenhauer”; “A História da língua portuguesa: do proto-língua aos dias de hoje; "violência”; “Reflexões sobre a natureza – os seis elementos”; Sobre a linguagem cinematográfica; “Matrix e o Mito da Caverna”; “O sujeito processo de construção da identidade do lugar; “Protesto e música na ditadura”; “Pobreza, exclusões e desigualdades: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU”; ‘Direito e Democracia”; “Rousseau e a Educação”; “Reflexões Filosóficas para Crianças.”; “O mito da ciência”; Violência e Sociedade; “Música, tragédia e espírito dionisíaco em Nietzsche”; Academia Espaço Latino - Apresentação de dança; NOTURNO: “Lembranças do meu sertão: imagens do caipira em Londrina.”; “Direitos humanos, juventude e educação”; Filme: "Vinicius"; “Reflexões sobre a natureza – os seis elementos”; “A ideologia nacional e os jogos pan-americanos”,Geisa Lara 308 do Nascimento, “Produção de texto: Um olhar crítico para situações cotidianas”, Josemar Lucas. • Cultura Afro e Consciência Negra Apresentada de Forma Lúdica: Realização várias apresentações sobre a cultura afro e consciência negra. De maneira descontraída e interdisciplinar sem, contudo, perder a seriedade que o tema exige, foram expostos os diversos aspectos presentes nessa cultura tão rica e que sempre esteve presente na construção da história deste país. Cada turma optou por uma abordagem diferente, o que tornou o espetáculo ainda mais interessante. Mesclando elementos da atualidade com episódios da história, os alunos levaram à platéia peças de teatro, coreografias, poesias, números musicais, entre outras performances. O resultado cativou alunos, funcionários do colégio e professores que estavam prestigiando apresentação. Projetos de Arte • Amostra de Arte : As professoras responsáveis pelo desenvolvimento do projeto são Valeria Dal Ry e Paula Lopes Moreira. O projeto envolve a participação de alunos do 1ª., 2ª. e 3ª. séries do Ensino Médio. A amostra de Arte é uma exposição de produções artísticas, apresentações de peças teatrais, músicas e danças realizadas pelos alunos. Os objetivos deste projeto são: expor produções nas linguagens de pintura, desenho, fotografia, colagem, escultura e poesia realizadas pelos alunos ao longo do ano letivo de 2012, na disciplina de Arte, com a intenção de valorizar a criação estética e a poética pessoal. Apresentar peças de teatro, música ou dança de acordo com interesse individual ou coletivo, com intuito de estimular a expressão corporal e musical como também a originalidade e sensibilidade artística. • Jogando com Arte: Este trabalho é desenvolvido pelas professoras: Valeria Dal Ry e Paula Lopes Moreira, juntamente com os alunos do Ensino Médio. Eles deverão construir jogos, no qual fazem reflexões sobre as imagens de diferentes períodos. O trabalho inicia com a exploração da imagem, fazendo indagações sobre o que eles poderiam usar. Utilizam-se questões que norteiam o trabalho. Estas questões servem como guia para a leitura e para construção técnica do trabalho, cabendo um diálogo entre eles e o jogo, de forma a promover a observação dos elementos formais, das relações entre eles, ao mesmo tempo 309 permitindo uma construção das interpretações pessoais de cada aluno. Após esta etapa que dura aproximadamente duas aulas, iniciam-se o processo de construção do jogo, cada equipe elabora a sua idéia, constrói as suas regras, escolhe as suas imagens. Na etapa seguinte, os alunos dividem-se na turma e apresentam seus jogos para os demais colegas. A proposta tem como objetivo desenvolver o contato do educando com a imagem da obra de arte e suas especificidades de forma lúdica e prazerosa. O trabalho estimula os alunos a conhecerem mais sobre o conteúdo na disciplina de arte, a olhar a imagem construindo novos significados além do senso comum. Projeto Visitas – Faculdades • PUC – Pontifícia Universidade Católica: Os alunos das 3ªs. séries do Ensino Médio participaram da visita à PUC objetivando conhecer a infra-estrutura da Universidade, bem como os cursos ministrados pela faculdade, objetivando o conhecimento de características destes cursos, colaborando assim, na escolha de sua profissão. • Universidade Norte do Paraná : Participação dos alunos das 3ªs. séries do Ensino Médio do Programa “Unopar de Portas Abertas”, através da Campanha de Orientação Profissional. Os objetivos deste projeto consistem em ofertar orientação profissional para conhecer melhor a sua futura profissão, bem como a infra-estrutura da UNOPAR. • Faculdade Pitágoras: Participação dos alunos das 3ªs. séries do Ensino Médio da Feira das Profissões. Com este projeto os alunos têm a oportunidade de conhecerem a infra-estrutura da Faculdade Pitágoras, bem como assistirem palestras com profissionais diversificados, inclusive participação do Júri Simulado da Faculdade, visando o conhecimento de diversas profissões, colaborando com a escolha de sua profissão. 310 Projeto de Leitura: Ler é um Prazer “Um país se faz com homens e livros.” (Monteiro Lobato) Justificativa Despertar o gosto pela leitura tem sido um desafio sempre presente nas escolas. Através da leitura, pode-se viajar no tempo, vivenciar fantasias, magias e também pode proporcionar, muitas vezes, momentos inesquecíveis. Apesar de tudo isso, as escolas formam poucos leitores e o gosto pelos livros é uma raridade. Sabe-se que misturar a literatura com atividades didáticas tem sido a grande causa deste problema, pois os alunos não gostam de ler quando precisam fazer resumos ou preencher fichas após leitura. O projeto Ler é um prazer surge com a intenção de desenvolver o prazer pela leitura, formando consequentemente o hábito de ler, a fim de que o aluno construa tanto a sua autonomia, enquanto protagonista do seu conhecimento, da sua pesquisa, tanto quanto a sua cidadania, através da percepção das diferentes funções sociais da leitura, bem como tenha acesso a vários portadores de textos. O papel do educador neste projeto é de colaborar para que o aluno leia com domínio os diferentes gêneros textuais e compreenda a leitura em seus diversos objetivos, explícitos e implícitos. O projeto Ler é um prazer será desenvolvido por todos professores das diversas disciplinas do Colégio Estadual Marcelino Champagnat - Ensino Fundamental e Médio. Objetivos • Ler pelo prazer de ler; • Estimular a leitura; • Desenvolver a habilidade de leitura; • Desenvolver a competência de linguagem; • Desenvolver uma visão crítica e reflexiva; • Despertar o senso crítico e analítico do meio em que vive; • Ler para entender, contextualizar e transformar o mundo em que vive; • Utilizar, nas aulas, diversas estratégias de leitura e com os mais variados gêneros textuais; • Empregar atividades lúdicas de leitura(dinâmicas). 311 Metodologia / Estratégias • Leitura: silenciosa; oral; individual; coletiva; em grupos; etc. • Compreensão e interpretação de textos(oralidade / registro); • Reflexão e análise; • Socialização: dificuldades que sejam vencidas com a colaboração dos colegas e dos professores; • Atividades variadas e diferenciadas. Avaliação Será realizada a avaliação da leitura do aluno pelo(a) professor(a), que estabelecerá critérios e os divulgará aos alunos; a fim de monitorar, principalmente, os avanços e os resultados do projeto. Além disso, o(a) professor(a) realizará atividades sequencias de produção escrita que demonstrarão que objetivos foram alcançados e quais adequações serão necessárias durante o desenvolvimento do projeto, para que as atividades de leitura auxiliem no desenvolvimento da competência escritora do aluno. O(a) professor(a) identificará em sua disciplina as atividades, de acordo com os conteúdos, para serem abordadas em sala de aula. Referências MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. ROSING, Tânia Mariza Kuchenbecker. Da violência ao conto de fadas: o imaginário, meninos de rua, meninos de escola e adultos desescolarizados. Passo Fundo: EDIUPF, 1999. TRAVAGLIA, L. C. Tipelementos e a construção de uma teoria tipológica geral de textos. Mimeo, 2002. VILARDI, Raquel. Aprendendo a gostar de ler e formando leitores para a vida inteira. Rio de Janeiro: Dunya, 1977. Projeto A Leitura em todas as Disciplinas A linguagem é uma atividade intrínseca ao ser humano. Tem início nos primeiros passos da fala, na primeira infância, mas adquire significado efetivo a partir do momento que tem início o desejo de compreender o mundo. 312 Segundo Pretti (1974, p.7) "a língua é o suporte de uma dinâmica social", isto é, acompanha o homem em todos os momentos de sua vida, onde aspectos relacionados à expressão oral são tão significativos quanto a aspectos da escrita. Este aprendizado, que ocorre desde o nascimento, passa por vários estágios, mas encontra, na sistematização oferecida pela escola, o apoio necessário para seu fortalecimento, através de um aliado permanente: a leitura. Nesta busca, a escola exerce um papel fundamental em relação ao educando, pois tem como objetivo principal, através da motivação diária, torná-lo um leitor autônomo, conscientizando-o que a linguagem é aprimorada através da leitura, capacitando-o a interagir diante de situações reais e significativas, proporcionando-lhe um relacionamento adequado ao meio social em que vive. Desta relação com este sistema de códigos, diálogo permanente do leitor com o texto, através de uma leitura eficiente, decifrando-se os signos, atribuindo-lhes significados, depende sua inserção na sociedade. É essencial à pessoa, docente e discente, valorizar, comprometer-se e criar um vínculo indissociável com a leitura, compreendê-la como passaporte para a sobrevivência e libertação através da expressão de ideias, de forma consciente e crítica, pois a leitura somente se efetiva quando passa a ter um significado coerente para o leitor. Para que isto ocorra de forma eficaz, é necessário compreender, definitivamente, o sentido da palavra “leitura” no sentido amplo, entendida como instrumento pedagógico não somente nas aulas de Língua Portuguesa, mas instrumento de trabalho, utilizado, cuidadosamente, em qualquer campo do conhecimento, uma vez que é “matéria prima” presente em todas as disciplinas. Neste sentido, colocando-se em prática estes princípios, observa-se que o trabalho com a leitura, em sala de aula, demanda vários conhecimentos a ela associados. Assim, como proceder diante de dúvidas e questionamentos que surgem durante a leitura? São necessárias imediatas intervenções multidisciplinares com o objetivo de suprir estas lacunas, através de pesquisas referentes a conteúdos não conhecidos. Persistindo-se os obstáculos, deve-se solicitar o auxílio de docentes das diversas áreas do conhecimento. Esta busca de informações, tão presente no uso de tecnologias disponíveis, leva o ser humano a interagir com o conhecimento de forma globalizada. Tudo está ao seu alcance no momento que quiser. O conhecimento deixa de ser compartimentado. Temos, 313 na internet, um ponto de partida, mas não temos um ponto de chegada, pois o conhecimento é infinito. Por que, então, destinar somente à disciplina de Língua Portuguesa o trabalho com jornal? Realmente, o texto jornalístico destaca-se pela informação conceitual, isto é, significa suprimir usos linguísticos pobres de valores referenciais. A língua trabalhada no jornal é a padrão, porém os conhecimentos vinculados são multidisciplinares. O mesmo critério deve ser utilizado, também, para revistas, dicionários, obras literárias, etc., onde há um mundo de informações que podem ser trabalhadas por várias disciplinas. Representante legítima deste saber elaborado, a escola tem, portanto, a obrigação, através dos docentes, de estabelecer a mediação entre leitor e texto, elaborando estratégias de leitura, oferecendo condições para que se promova um crescimento contínuo do leitor, levando-o a aferir significação às informações recebidas no dia a dia, munindo-o de ferramentas que permitam lapidar estas habilidades, tornandoo cidadão do mundo. São, assim, compromissos dos docentes: investigar, analisar e selecionar, na escola, as várias possibilidades de leitura de forma a proporcionar o acesso do educando a esta diversidade de materiais, através de visitas à biblioteca, uso da sala de informática, exploração de materiais didáticos etc. A biblioteca se fortalece à medida que o docente faz dela seu material de trabalho indispensável. O docente provocará, certamente, desta forma, mudanças radicais ao redimensionar suas concepções sobre leitura, como a motivação à prática diária, de forma consciente e definitiva; tendo a certeza que a leitura é um conhecimento de responsabilidade de todas as áreas. Enquanto atividade social, a leitura compete a todos os professores. Ao professor de língua, porque deverá ajudar a desenvolver nas crianças – mais ainda naquelas que foram alfabetizadas abruptamente através de métodos puramente formais e analíticos – o prazer e a magia da palavra na obra literária. Aos demais professores, porque eles são o modelo de leitor do grupo profissional que representam: do geógrafo, do cientista, do matemático. (KLEIMAN e MORAES, 1999, p. 98). 314 Alguns procedimentos docentes para o trabalho com a leitura Muitos são os textos apresentados diariamente: contos, reportagens, poemas, histórias, propagandas, notícias, bulas de remédio, relatos, rótulos, filmes, fotos, charges, cartum, quadrinhos, croquis, gráficos, mapas, descrições, regras de trânsito, convites, especificações técnicas nos manuais, lista de compras, lista telefônica, receitas, discursos políticos, letras de músicas, dissertações etc.; e podem estar impressos nos mais diversos suportes: jornais, panfletos, outdoors, cartazes, livros, enciclopédias etc.; e têm o objetivo de colaborar na organização de conceitos, científicos, históricos e, principalmente, linguísticos. Qual seria, portanto, a conduta docente no processo de leitura: • Propor a leitura de textos de diversos gêneros, na disciplina, ou disciplinas afins para ampliar seus horizontes de expectativas, demonstrando as ligações que ocorrem entre as diversas áreas do conhecimento. • Identificar o gênero textual, definindo sua finalidade. • Esclarecer o porquê da leitura proposta: o que ler e para que fará isso. • Levar os leitores a compreenderem o que leem, através de sequências didáticas claras, desenvolvendo o senso crítico. • Ensinar, sem receio de reforçar procedimentos já explorados, diante de qualquer texto, por mais simples que se apresentem, como ler, decifrar o seu significado e produzir outro texto, quando necessário: finalidade, estrutura... • Demonstrar os aspectos dinâmicos e ativos do texto. • Promover a leitura das entrelinhas do texto. • Levar o texto para a experiência e visão de mundo do leitor. • Ler para os educandos para que tenham um conhecimento prévio sobre o texto e possam perceber, através da audição, nuances na entonação da voz, a pausa correta nos sinais de pontuação etc., enfim a importância destes cuidados para o sentido do mesmo. • Demonstrar que a leitura é uma condição prévia para a escrita. • Incentivar a leitura no contexto familiar, através de revistas, jornais, internet... • Incorporar a leitura como rotina nas aulas de sua disciplina. 315 • Estabelecer parcerias com outras disciplinas, através de projetos e/ou atividades paralelas. • Transmitir aos leitores este desejo de tomar este conhecimento para si. Em resumo, sendo uma atividade intrínseca ao ser humano, basta que faça, definitivamente, parte do cotidiano escolar. Deve-se vivenciá-la para desenvolvê-la. Referências KLEIMAN, Ângela B; MORAES, Silva E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes. Campinas: Mercado de letras, 1999. LIGESKI, José do Carmo. Leitura interdisciplinar: utopia ou uma possibilidade? Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ portals/pde/arquivos/8-4.pdf>. Acesso em: 27 maio 2012. PRETTI, Dino. Sociolingüística: os níveis da fala. São Paulo: Nacional, 1974. RATIER, Rodrigo. O desafio de ler e compreender em todas as disciplinas. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada /desafio-lercompreender-todas-disciplinas-525311.shtml>. Acesso em: 25 maio 2012. RATIER, Rodrigo. Para Isabel Solé, a leitura exige motivação, objetivos claros e estratégias. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/linguaportuguesa/fundamentos/isabel-sole-leitura-exige-motivacao-objetivos-claros-estrategias525401.shtml>. Acesso em: 27 maio 2012. SCHENINI, Fátima. Leitura e escrita estão em todas as disciplinas. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ conteudo Jornal. html? Id Conteudo=1310>. Acesso em: 27 maio 2012. SILVA, Rosa Amélia Pereira da. Compreender o ato de ler e praticar a leitura na vida e na escola. Disponível em: http://alb.com.br/arquivomorto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss06_09.pdf. Acesso em: 27 maio 2012. Centenário da Poetisa Paranaense Helena Kolody Projeto Gerador: Secretaria Estadual da Educação - Seed Título do Projeto : “Formando Leitores” Apresentação O presente trabalho tem como finalidade, através do projeto gerador proposto pela Secretaria Estadual de Educação, “Centenário da poetisa paranaense Helena 316 Kolody”, apresentado na Semana Pedagógica de 2012, possibilitar a participação do Colégio Estadual Marcelino Champagnat, de maneira efetiva, nas comemorações referentes aos cem anos do nascimento de Helena Kolody, nascida em 12 de outubro de 1912 e falecida em 14 de fevereiro de 2004, renomada autora paranaense. Professora da Educação Básica e inspetora de escola pública, filha de imigrantes ucranianos, Helena Kolody destaca-se no mundo literário por seus poemas e haicais. Foi a primeira mulher a produzir haicais no Brasil, cuja característica básica é a concisão, isto é, a arte de dizer o máximo com o mínimo. Sua obra caracteriza-se por linguagem simples, de grande sensibilidade, cujos temas versam sobre tempo, solidão, contemplação, transitoriedade, brevidade da existência, inquietação do poeta em relação à vida, ora a exaltação intensa da vida ora o desencanto. Há, também, a temática do amor, do desejo de realização, da questão da vida e da morte, da solidão e busca de sentido para a existência etc. Em 1999, em depoimento, através de entrevistas realizadas por alunos de uma escola municipal, utilizadas em sala de aula e em atividades do projeto Ler & Pensar, promovido pelo jornal Gazeta do povo, a poetisa afirma que “é muito comovente perceber que a escola não vive apenas a parte intelectual, mas também emotiva e psicológica”. Para a concretização desta proposta, pretende-se envolver docentes, discentes e toda a comunidade escolar no desenvolvimento de várias atividades pedagógicas que relacionem vida e obra da autora, visão de mundo, articuladas num contexto interdisciplinar, durante o ano letivo, possibilitando a descoberta e aprimoramento das múltiplas habilidades pessoais dos mesmos, fortalecendo-os e contribuindo, assim, para a construção de um ser completo. A comunidade escolar terá a oportunidade de, além de conhecer, valorizar vida e obra desta importante figura literária do Paraná, despertar a sensibilidade latente do homem em benefício, principalmente, do relacionamento pessoal, acumulando ensinamentos que levarão para toda a vida. Justificativa Fazer da leitura um hábito é a meta de todos os educadores, portanto, ao participar do projeto, será possível incentivar o prazer pela leitura, valorizar e proporcionar o conhecimento da história de vida e obra desta autora, fomentar o interesse por outros autores paranaenses, demonstrar aos educandos que eles são os construtores do seu 317 próprio conhecimento, ampliar sua visão de mundo, resgatar valores essenciais inerentes ao ser humano, através do contato com os vários textos de sua obra e, principalmente, incentivá-los a criar suas próprias histórias. Objetivos Gerais • Desenvolver nos alunos o hábito e o gosto pela leitura, através dos textos produzidos pela poetisa Helena Kolody, valorizando o resgate da memória cultural literária, torná-los capazes de expressar suas próprias ideias na oralidade e escrita, incentivar o relacionamento em equipe e interdisciplinar; levá-los a compreender as diversas conexões, elos, que se estabelecem entre as diversas áreas do conhecimento, transpondo o saber transmitido de forma limitada e fragmentada. • Através da valorização da literatura, levá-los a assimilar valores e conceitos de vida, demonstrados nas atitudes em seu convívio social. Objetivos Específicos Pretende-se que os alunos possam: • Inteirar-se da obra da autora Helena Kolody. • Identificar a história de vida da autora e características de sua época. • Conhecer especificidades de seus poemas e haicais, observando a identidade nos sentimentos, visão de mundo, identificados em todas as épocas. • Comparar a linguagem usada pela autora e a época atual. • Transformar o conhecimento assimilado em habilidades que possam ser utilizadas em suas vidas. • Vivenciar a interdisciplinaridade, identificando a correlação de fatos em torno de um mesmo tema, com o objetivo de entender o todo, possibilitando uma visão mais ampla do conhecimento. • Através da apresentação da poesia de Helena Kolody, transcender as fronteiras do conhecimento, desenvolver o pensamento crítico e reflexivo do leitor-aluno, resgatando a função básica da escola que é contribuir na formação humana integral. 318 Abrangência Todas as disciplinas, respeitando-se as afinidades entre os temas propostos. Cronograma Ano letivo de 2012. Definido pelos docentes, de acordo com projetos apresentados. Metodologia Serão definidas pelos docentes envolvidos, por meio de propostas interdisciplinares, de acordo com temáticas escolhidas, áreas de abrangência, disciplinas, encaminhamentos pedagógicos e resultado final esperado. Recursos Utilização de vários recursos disponíveis: livro, jornal, aparelho de som, televisão, DVD, pendrive, laboratório de informática etc. Desenvolvimento Definição da temática, após pesquisa sobre a autora pelos docentes, áreas de abrangência, possibilidades de interdisciplinaridade. Contatos com colegas de outras disciplinas, para definir possíveis caminhos e parcerias. Troca de informações com os colegas, distribuição das tarefas, para organização do projeto. Apresentação sistematizada da proposta interdisciplinar, em forma de projeto, à equipe pedagógica. Viabilização do projeto, com reuniões organizadas pelos docentes envolvidos, para encaminhamento e continuidade do processo no planejamento, elaboração de atividades e conteúdos abordados, de acordo com as áreas de conhecimento, de forma interdisciplinar. Aplicação das atividades pelos docentes, procurando manter permanente diálogo, troca de informações, ideias, visando o enriquecimento de ações para atingir o resultado esperado. 319 Organização, registro das atividades desenvolvidas, apresentação das mesmas à comunidade escolar (culminância). Observação: Todas as atividades devem ser registradas por meio de fotos, filmagens e registros escritos, de forma que possibilite a exposição, durante o processo, na escola e site, em página específica. Avaliação Realizada de acordo com critérios estabelecidos pelos docentes envolvidos e apresentados aos alunos, visando o acompanhamento de avanços, resultados obtidos, definindo, também, intervenções,quando necessárias, durante todo o processo. Autoavaliação Avaliação dos pontos positivos e negativos resultantes, determinando diferentes posturas para o momento e/ou projetos futuros. Referências CRUZ, Antônio Donizeti da. A poesia de Helena Kolody: busca do essencial. Disponível em: <http://www.ucm.es/info/especulo/numero26/kolody.html>. Acesso em: 11 abr. 2012. CRUZ, Antônio Donizeti da. Trajetória poética e social de Helena Kolody. Disponível em: <http://voos.sites.uol.com.br/p/ad/donizeti.htm>. Acesso em: 11 abr. 2012. FORTES, Clarissa Corrêa. Interdisciplinaridade: origem, conceito e valor. Disponível em: <http://www3.mg.senac.br/NR/rdonlyres/eh3tcog37oi43nz654g3dswloqyejkbfuxkj pbgehjepnlzyl4r3inoxahewtpql7drvx7t5hhxkic/Interdisciplinaridade.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Semana Pedagógica 2012. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/sem_pedagogica/fev_ 2012/educacao_basica_completo_sp2012.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2012. UNIOESTE. II Simpósio de Pesquisas em Letras. A influência da arte oriental na poesia de Helena Kolody e o ensino-aprendizagem do haicai. Disponível em: <http://www.literaturahistoriaememoria.com.br/annals/2008/Arquivos/Artigos/Seminario/se minario_memoria_2.pdf>. Acesso em: 11 abr.2012. 320 Projeto Integração Estudantes Campo - Cidade Objetivo geral • Possibilitar aos estudantes uma aproximação com a realidade sócio cultural da zona rural, que levará a uma abordagem desmistificadora e desnaturalizadora das relações sociais no campo brasileiro. Objetivos específicos • Compreender, a partir, das reflexões da Geografia, Sociologia e Filosofia, a dinâmica social da vida no campo. • Analisar o histórico processo das lutas sociais que se desenvolvem no campo brasileiro. • Apreender as contradições da vida do trabalhador rural, seu limites, suas dificuldades, suas perspectivas e aspirações. • Compreender os fundamentos filosóficos do discurso e da ação política dos movimentos sociais. Justificativa Os conteúdos estruturantes das disciplinas de Geografia, Filosofia e Sociologia, possibilitam um recorte teórico que os aproximam do mesmo objeto: o desenvolvimento de um assentamento de reforma agrária no campo brasileiro. Historicamente a luta pela democratização do acesso à terra no Brasil, vem acompanhado pela formação de movimentos sociais que contestam o direito absoluto à propriedade privada. Daí a polemica do tema reforma agrária, pois contesta um dos pilares que promovem a desigualdade social que fundamenta a sociedade capitalista. Isto cria uma série de concepções ideológicas sobre o MST (movimento dos trabalhadores sem terra) que mistificam a realidade em favor das classes dominantes, o senso comum aparece recheado de preconceitos e prenoções sobre a luta pela terra, que necessitam de um tratamento científico filosófico que desmistifique e desnaturalize este senso comum no sentido de construção de um conhecimento cientifico acerca do tema. Por isso a necessidade de um trabalho de campo, onde os estudantes terão contato direto, sem mediadores que mistificam a realidade, com a luta do movimento, para que possam recolher dados empíricos que posteriormente serão tratados à luz das reflexões teóricas da sociologia, geografia e filosofia. Neste sentido, esperamos que os estudantes superem, 321 por meio da reflexão crítica, as prenoções e preconceitos que reproduzem uma visão deturpada da realidade, reforçando assim, a função social da escola de produtora e reprodutora do conhecimento. Vale lembrar que este trabalho está respaldado teoricamente nas Diretrizes Curriculares para a educação básica do Estado do Paraná e nas Orientações Curriculares Nacionais para a educação, que definem o tratamento cientifico e desmistificador para o tema em questão Metodologia O projeto será realizado em duas etapas: na primeira etapa os estudantes (180 alunos) da 3°série do Ensino Médio, serão recepcionados pelos estudantes da Escola Itinerante do Acampamento Eli Vive localizado no município de Londrina, distrito de Lerroville. Nesta visita por meio de uma apresentação teatral e de um “bate-papo” será apresentada a luta do MST, a história de vida destes jovens, a realidade vivida no campo brasileiro. Na segunda etapa, os estudantes da escola itinerante visitarão o Colégio Marcelino Champagnat, inicialmente prevista para o segundo semestre, onde participarão de atividades que serão planejadas pelos alunos do Champagnat. As visitas serão realizadas no período matutino e acompanhadas por professores e equipe pedagógica de ambas as escolas. A atividade inclui o registro áudio visual da visita, com entrevistas com alunos e professores que posteriormente serão editados para a produção de um documentário. Avaliaçâo O trabalho será avaliado por meio da produção audiovisual que os alunos farão, já os que não participarem do evento deverão fazer uma atividade, previamente elaborada pelos professores, referente ao conteúdo trabalhado na visita. Projeto Grêmio Estudantil Tema GRÊMIO ESTUDANTIL MARCELINO CHAMPAGNAT Justificativa O grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais. Os atos 322 iniciados à existência jurídica do Grêmio Estudantil são expressos através, da Lei Federal nº 7.398, de 04 de novembro de 1985, Lei Estadual nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995. O grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola. Atuando nele, o aluno defende seus direitos e interesses e aprende ética e cidadania na prática. A Secretaria de Estado da Educação entende que toda representação estudantil deve ser estimulada, pois ela aponta um caminho para a democratização da Escola. Por isso, o Grêmio nas Escolas públicas deve ser estimulado pelos gestores da Escola, tendo em vista que ele é um apoio à Direção numa gestão colegiada. Os Grêmios Estudantis compõem uma das mais duradouras tradições da nossa juventude. Pode-se afirmar que no Brasil, com o surgimento dos grandes estabelecimentos de ensino secundário, nasceram também os Grêmios Estudantis, que cumpriram sempre um importante papel na formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude, organizando debates, apresentações teatrais, festivais de música, torneios esportivos e outras festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e política. Assim, os Grêmios contribuem, decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional de grande parcela da nossa juventude. O regime instaurado com o golpe militar de 1964 foi, entretanto, perverso com a juventude, promulgando leis que cercearam a livre organização dos estudantes e impediram as atividades dos Grêmios. Mas a juventude brasileira não aceitou passivamente essas imposições e atualmente participam de maneira organizada e democrática no processo de formação da cidadania. Objetivo Geral • Reativar o Grêmio Estudantil Marcelino Champagnat. Objetivo Específico • Integrar os alunos e a comunidade, promovendo eventos culturais como projeção de filmes, peças teatrais, gincanas, concursos de poesia, coral, festival de dança, de música, entre outras; • Organização de campeonatos esportivos nas diversas modalidades; 323 • Organizar palestras sobre, violência, drogas, sexualidade, meio ambiente, entre outras; • Organizar e divulgar campanhas de agasalho, de alimentos e de outros recursos para as populações carentes; • Organizar o jornal e a rádio da escola; • Organizar movimentos para discussão de assuntos de interesse da escola e da comunidade escolar. Metodologia • Divulgação nas salas do Ensino Fundamental e Médio sobre o Grêmio Estudantil; • Debate com os alunos para esclarecimentos da importância do Grêmio Estudantil; • Convocação de Assembleias com os representantes de turmas (CRT); • Eleição do Presidente e vice-presidente do CRT; • Leitura, análise e aprovação do Estatuto do Grêmio Estudantil; • Eleições para a Diretoria do Grêmio; • Oficinas de formação política com os integrantes do Grêmio; • Elaboração de propostas para o Plano de Trabalho do Grêmio Estudantil; Desenvolvimento Para organizar um Grêmio em sua Escola, em primeiro lugar, deve-se constituir uma comissão pró-Grêmio, formada por alunos representantes de turma ou escolhida entre seus pares para tal finalidade. Essa Comissão pró-Grêmio deverá elaborar um Estatuto e organizar a Assembleia Geral dos estudantes. Nessa Assembleia deverá ser esclarecido a todos os estudantes o que é um Grêmio, qual a finalidade do Grêmio dentro da Escola, aprovar o Estatuto apresentado e formar a comissão eleitoral. No início da reunião, deve-se escolher um participante para secretariá-la, isto é, aquele que ficará com a incumbência de escrever tudo o que houve na reunião, quem compareceu a que horas se iniciou, em que local se deu; quais assuntos foram tratados e quantos votaram pela aprovação e quantos votaram contra. No final da reunião, todos os presentes devem assinar esse documento. A Comissão Eleitoral ficará com a responsabilidade de marcar a data da eleição e receber a inscrição de chapas e candidatos, fiscalizar o processo eleitoral e resolver 324 eventuais dúvidas que surjam no processo eleitoral. Os membros dessa Comissão devem eleger um coordenador para centralizar as atividades. Esses também devem promover a apuração dos votos, declarar os vencedores e organizar um ato de posse. É muito importante produzir uma Ata Eleitoral onde constem as chapas e os candidatos concorrentes, as ocorrências e os resultados. Deve-se então juntar todas as atas e registrar tudo no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas ou em Cartório de Títulos e Documentos. O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, que não fazem parte do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações, tais como compra de livros para a biblioteca, transporte gratuito para estudantes, e muitas outras coisas. É muito importante criar o Grêmio em sua Escola, pois ele será um órgão reconhecido de apoio à Direção Escolar. O Grêmio Estudantil não terá caráter políticopartidário, religioso, racial e também não deverá ter fins lucrativos. A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão estabelecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembleia Geral do corpo discente do Estabelecimento de Ensino, convocada para este fim, obedecendo à legislação pertinente. A aprovação do Estatuto, a escolha dos Dirigentes e dos Representantes do Grêmio serão realizadas pelo voto direto e secreto de cada estudante, observando-se, no que couber, as normas da legislação eleitoral. São sócios do Grêmio todos os alunos matriculados e com frequência regular. Os representantes do Grêmio não poderão utilizar seu horário de aula para reuniões e quaisquer outras atividades sem autorização da Direção geral e do professor da turma. O Conselho de Representantes de Turma será eleito anualmente, no início do período letivo, em data fixada pelo Grêmio e/ou equipe pedagógica. O Conselho de Representantes de Turmas é a instância intermediária e deliberativa do Grêmio e será constituído pelos representantes de turmas eleitos pelos alunos de cada turma em voto secreto. O Estabelecimento de Ensino não se responsabilizará pelas dívidas ou outros compromissos assumidos pelo Grêmio. A realização de qualquer evento do Grêmio nas dependências do Estabelecimento deverá ser precedida de autorização do Conselho Escolar. 325 Quando da realização de qualquer evento ou reunião no interior do Estabelecimento, o Grêmio será responsável pela manutenção da limpeza, da ordem e por qualquer dano ao patrimônio ou a material do Estabelecimento. As atividades do Grêmio serão supervisionadas pelo Conselheiro (que deverá ser um profissional da Educação da Escola escolhido pelo Diretor e/ou alunos). Ao Conselheiro compete: 1. Acompanhar as atividades do Grêmio comparecendo à sua sede no mínimo uma vez por semana; 2. Informar à Direção do estabelecimento sobre as atividades do Grêmio; 3. Apresentar sugestões para o melhor funcionamento do Grêmio e seu relacionamento com a Direção do colégio; 4. Comunicar com antecedência à Direção seu afastamento, justificando-o. 5. Responder junto às instituições bancárias pela abertura e movimentação de conta-corrente do Grêmio Estudantil. O balanço anual de movimento financeiro do Grêmio será apresentado à Assembleia Geral dos alunos e ao Conselho Escolar ao final de cada mandato. Recursos • Internet; • Equipamentos audiovisuais; • Data show; • Salão Nobre; • Jornais; • Livros; • Revistas; • Periódicos; • Legislação Vigente. Avaliação • Acompanhamento das Ações desenvolvidas pela Diretoria do Grêmio; Referências http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=144 326 http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=145 http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=146 http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=147 http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=150 Projeto Senado Jovem Brasileiro Tema PROGRAMA SENADO JOVEM BRASILEIRO Justificativa O Programa Senado Jovem Brasileiro foi criado por meio da Resolução nº 42, de 2010, com o objetivo de proporcionar aos estudantes conhecimento acerca da estrutura e do funcionamento do Poder Legislativo brasileiro, bem como estimular um relacionamento permanente dos jovens cidadãos com o Senado Federal. O Concurso de Redação é promovido pelo Senado Federal desde 2008 e conta com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e das Secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal. A cada nova edição tem-se renovado e implementado novos formatos buscando sempre ampliar o relacionamento do Senado Federal com o público jovem, envolvendo toda a comunidade escolar. Nessa busca permanente pelo diálogo e interação com o jovem, a partir de 2011, o Senado Federal incorporou o Projeto Jovem Senador ao Programa Senado Jovem Brasileiro. Assim, a cada ano, todos os 27 alunos finalistas no Concurso de Redação têm a chance de atuar como Senador, na Capital Federal, como representante da sua unidade da Federação, podendo, inclusive, apresentar e defender um projeto de sua autoria. Objetivo Geral • Estimular nos estudantes dos dois últimos anos do ensino médio, regularmente matriculados nas escolas públicas das redes de ensino dos estados e do Distrito Federal, com idade de 16 a 19 anos – conforme os requisitos estabelecidos no 327 item 3 deste regulamento, a reflexão sobre o processo democrático e o exercício da cidadania. Objetivo Específico • Estimular o debate sobre o processo democrático de escolha dos nossos representantes. • Provocar a reflexão sobre a importância da atuação individual e coletiva para a consolidação dos valores éticos que constroem uma nação. • Contribuir para o processo de formação da cidadania, incentivando a participação política. • Disseminar informações sobre o papel institucional do Senado Federal e do Poder Legislativo brasileiro. • Fomentar a reflexão sobre a inter-relação entre as diferentes esferas de governo (municipal, estadual e federal) e a importância da atuação local para a transformação da realidade nacional. Metodologia • Divulgação nas salas de aula sobre o Concurso de redações do Senado Jovem Brasileiro; • Orientações para pesquisas em livros e na Internet; • Distribuição de papel rascunho para elaboração das redações; • Formação de Comissão de professores para selecionar a redação com melhor conteúdo; • Correção ortográfica do texto. Desenvolvimento O Concurso de Redação do Senado Federal sobre o tema da quinta edição do Concurso de Redação de 2012 é "Meu município, meu Brasil". São convidados a participar todos os alunos do 2º e do 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas estaduais e do Distrito Federal, com idade de 16 a 19 anos. Os 27 finalistas no Concurso de Redação – um por unidade da Federação – serão automaticamente selecionados para participar do Projeto Jovem Senador e terão a oportunidade de simular, durante três dias, 328 em Brasília, a atuação dos Senadores da República, vivenciando o processo de discussão e elaboração das leis do nosso País. Além disso, os finalistas serão premiados com notebook, medalha, certificado e publicação da sua redação no livreto produzido pelo Senado Federal. As escolas dos alunos classificados nos três primeiros lugares na etapa nacional receberão computadores (desktops), publicações técnicas e multimídia produzidas pelo Senado Federal e certificado de participação. Recursos • Internet; • folha de redação; • caneta azul ou preta; • Equipamentos audiovisuais; • Data show; • Salão Nobre; • Jornais; • Livros; • Revistas; • Periódicos. Avaliação Avaliação Interna • Acompanhamento da elaboração das redações; • Análise e seleção do melhor conteúdo; • Correção gramatical e ortográfica das redações; Avaliação Externa As redações inscritas no 5º Concurso de Redação do Senado Federal serão avaliadas segundo os seguintes critérios: • A identificação do aluno deverá constar apenas do rodapé (no campo específico) da folha de redação e da ficha de inscrição. 329 • A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas e ser manuscrita, em língua portuguesa, pelo próprio aluno, com caneta esferográfica azul ou preta, no papel timbrado do Senado Federal especialmente desenvolvido para o concurso. • A redação deverá conter título que retrate a mensagem principal do texto. • O texto deve abordar o tema proposto neste regulamento. • A apresentação textual será avaliada, observados a legibilidade, o respeito às margens e a indicação de parágrafos. • Serão observadas a correção gramatical e sintática, a objetividade, a originalidade, a ortografia, a propriedade vocabular e a organização e o encadeamento das ideias. • O texto deverá ser inédito, não podendo ter sido publicado em quaisquer mídias ou participado de concursos anteriores. • O aluno participante deverá ter plena liberdade para expor suas ideias, não sendo permitida a intervenção de outrem na produção do texto. • O texto deverá ser desenvolvido de forma a ter introdução, desenvolvimento das ideias e conclusão. Obs.: Em atendimento ao que está estabelecido no Decreto 6.583, de 29 de setembro de 2008, serão aceitas como corretas, até 31 de dezembro de 2012, ambas as ortografias, isto é, a forma de grafar e de acentuar as palavras vigentes até 31 de dezembro de 2008 e a que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009, pelo novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Serão desclassificadas as redações • impressas; • que tenham qualquer assinatura, pseudônimo, desenho; • rasura ou marca identificadora fora do campo específico; • que fugirem ao tema proposto e (ou) forem ilegíveis; • que contenham plágio; • que tiverem sido postadas após 28 de setembro de 2012. Referências www.senado.gov.br/jovemsenador 330 http://www12.senado.gov.br/jovemsenador/apresentacao http://www12.senado.gov.br/jovemsenador/regulamento Projeto Programa Parlamento Jovem Brasileiro Tema PROGRAMA PARLAMENTO JOVEM BRASILEIRO Justificativa A Câmara dos Deputados abre mais uma vez as portas à juventude do país com o Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) 2012. O programa é uma oportunidade para que jovens cidadãos brasileiros possam simular, durante cinco dias, a jornada de trabalho dos deputados federais. A nona edição do PJB será realizada entre 24 e 28 de setembro, e vai reunir 78 estudantes de todos os estados. A primeira edição do programa ocorreu em 2004. De lá para cá, houve a participação de 613 jovens parlamentares estudantes do ensino médio. Desde a edição do ano passado, além dos estudantes do terceiro ano, os do segundo ano também podem participar. Após sessão de instalação e posse dos jovens parlamentares, estes elegem sua Mesa Diretora. Os trabalhos têm início com distribuição dos parlamentares nas Comissões do Parlamento Jovem Brasileiro e distribuição dos projetos aos relatores. Os estudantes, assim, simulam todas as etapas do processo legislativo. O tema do projeto de lei a ser apresentado é livre. O jovem parlamentar também pode participar escrevendo projetos em qualquer área das Comissões Temáticas do Parlamento Jovem Brasileiro desde que a proposta tenha relevância e possa impactar positivamente na sociedade. O Parlamento Jovem Brasileiro, instalado anualmente, foi regulado pelo Ato da Mesa n.º 49/04 e pela Resolução 12/03 da Câmara dos Deputados. Objetivo Geral • Possibilitar a estudantes do Ensino Médio das escolas públicas e privadas brasileiras o exercício da cidadania, da representação política, da vivência do processo legislativo e da liderança, por meio de sua diplomação, posse, investidura e atuação em mandato legislativo. 331 Objetivo Específico • Propiciar aos jovens brasileiros a oportunidade de conhecer a rotina dos trabalhos legislativos na Câmara dos Deputados, difundir o processo democrático e despertar para a reflexão crítica e a representação política. Metodologia São critérios para participação no PJB: • Estar matriculado e frequentando regularmente o 2º ou o 3º ano do Ensino Médio em escolas públicas ou particulares; • Ter entre 16 anos ( completos até a data inicial de realização do programa, 24/09) e 22 anos ( até a data final de realização do programa, 28/09) ; • Não ter participado de nenhuma outra edição do Parlamento Jovem Brasileiro. Procedimento de Inscrição O estudante interessado em participar do PJB deve elaborar um projeto de lei. Este projeto de lei pode versar sobre qualquer tema. No entanto, sugere-se que esteja no domínio temático das comissões do PJB. Na página do Parlamento Jovem Brasileiro está disponibilizado um curso à distância gratuito denominado “Como elaborar um Projeto de Lei?” Esse curso foi desenvolvido especialmente para os interessados em participar do PJB. Nesta mesma página, há também outras indicações de materiais que podem auxiliar na elaboração do projeto. Após a elaboração do projeto de lei, o estudante deve proceder da seguinte maneira: • Retirar a Ficha de Inscrição ( word) ( pdf) na sua escola ou acessá-la pela página do PJB no portal da Câmara dos Deputados. • Preencher a Ficha de Inscrição, anexando: a) O projeto de sua autoria; b) Cópia do documento de identidade; c) Declaração de matrícula. • Entregar a Inscrição, o projeto e a documentação na sua escola para que sejam encaminhados ao Coordenador do PJB na Secretaria de Educação em seu estado. 332 • As inscrições de alunos que não preencham os critérios de participação e/ou que estiverem com a documentação incompleta são eliminadas do processo seletivo. Recursos • Internet • Curso à distância gratuito denominado “Como elaborar um Projeto de Lei?”. Avaliação O processo seletivo dos projetos do PJB ocorre em duas etapas: 1ª Etapa Os estudantes são pré-selecionados pelas Secretarias de Educação dos respectivos estados e do DF, com o apoio do Conselho Nacional dos Secretários de Educação — Consed, por mérito dos projetos e respeito aos critérios de participação e envio de documentação exigida. O número de projetos enviados ao Consed será de até 4 vezes o total de vagas do Estado no PJB. 2ª Etapa O CONSED, após análise, encaminha os projetos pré-selecionados à Câmara dos Deputados, onde uma comissão formada por servidores da área Legislativa da Casa realizará a seleção final dos 78 deputados jovens. Somente serão aceitas as inscrições enviadas através do Consed. Critério de Análise dos Projetos: Os projetos serão analisados sob os seguintes critérios: • Projeto de âmbito nacional; • Relevância do projeto para a sociedade; • Originalidade; • Aprofundamento da argumentação que justifica a proposição; • Respeito ao gênero textual, ou seja, texto escrito em formato de projeto de Lei. Os projetos serão eliminados sob os seguintes critérios: • Matéria evidentemente inconstitucional; 333 • Matéria fora da competência da Câmara dos Deputados (vício de iniciativa); • Projeto sem justificativa; • Projeto mal estruturado em termos de Técnica Legislativa; • Matéria fora da competência das Comissões do Parlamento Jovem Brasileiro. São adotados como critérios de desempate: • Pertinência temática; • Coesão textual. Os projetos aprovados garantem a seleção dos autores como Deputados Jovens. Dos Selecionados Os estudantes selecionados têm suas despesas custeadas pela Câmara dos Deputados, a saber: transporte aéreo; traslado aeroporto/hotel/aeroporto, em Brasília; traslados internos durante o evento; despesas referentes a acomodações; alimentação; e atendimento a eventuais problemas médicos e odontológicos emergenciais. Na semana da Jornada Parlamentar, os estudantes selecionados devem trajar: • Estudantes do sexo masculino: paletó e gravata; • Estudantes do sexo feminino: saia ou calça comprida e blazer. Não é permitido trajar bermudas, shorts, minissaias ou camisetas sem manga. Os estudantes selecionados (ou os seus responsáveis, quando o participante for menor de idade) autorizam o uso de sua imagem, em caráter gratuito, pela Câmara dos Deputados, para uso e reprodução em programas, projetos e atividades de cunho didático-pedagógicos e jornalísticos, para serem utilizadas integralmente ou em parte, com citação de nome, nas condições originais da captação das imagens, sem restrição de prazos, desde a data de início do programa. Referências http://www2.camara.gov.br/responsabilidade-social/parlamentojovem http://www2.camara.gov.br/responsabilidade-.social/parlamentojovem/2012/manual-deprocedimentos-pjb-2012 www2.camara.gov.br/responsabilidade-social/parlamentojovem 334 Projeto Teatro Título TEATRO BRASILEIRO Introdução A palavra teatro vem de “Teatron”, que significa “lugar onde se vai para ver”, com esta definição pode-se concluir que tudo o que se fala a respeito de teatro fica pequeno comparado com o que se vê numa peça. O projeto tem o objetivo de desenvolver a produção de uma peça teatral de escritores brasileiros e adaptada para o cotidiano da cidade de Londrina. Objetivos • Valorizar e respeitar a diversidade étnica e a pluralidade cultural; • Resgatar valores nacionalistas; • Promover a correlação entre as diversas culturas com a Brasileira; • Enriquecer o currículo escolar, através da interdisciplinaridade; • Preservação da identidade cultural do povo brasileiro. Justificativa Estabelece-se com prioridade um projeto que proporcionasse o trabalho coletivo. O teatro é um dos representantes máximo dessa prática. A peça é adaptada para o cotidiano sócio-cultural da cidade de Londrina, propõe análise e desenvolvimento do senso crítico relacionado à realidade atual que convive nossa população. Metodologia • Análise de filmes e textos; • Discussão e estudo do texto da peça; • Estudo da sonoplastia e iluminação da peça; • Aulas abordando temas transversais que auxiliam a produção da peça; • Ensaios e montagem da peça. 335 Avaliação O trabalho com teatro visa o respeito à diversidade étnica e pluralidade cultural e, através do trabalho coletivo entre os adolescentes, desenvolver o senso crítico à realidade atual. Os alunos serão avaliados constantemente, do início ao final das atividades propostas, de acordo com critérios estabelecido pelo docente, visando o acompanhamento dos avanços, resultados obtidos, definindo as intervenções durante o processo. Projeto África e Brasil: A relação entre o passado e presente na construção de uma Cultura Afro-Brasileira Objetivos Geral e Específico • Levar os alunos a entender como os africanos contribuíram na construção do social, cultural, religiosa e social de nosso país. E apesar disto, são discriminados vivendo em sua grande maioria a margem da sociedade; • Fazer com que os alunos reflitam sobre os conceitos de discriminação, inferioridade, superioridade, direitos humanos, liberdade, igualdade social, cidadania/cidadão; • Contribuir para o crescimento intelectual do aluno, no sentido do que é ser cidadão, com direitos e deveres e respeito ao próximo; Desenvolvimento • O projeto será desenvolvido nas disciplinas de Artes,Geografia e História trabalhando de maneira interdisciplinar nas 8ºanos. • Artes trabalhará com as mascaras africanas e suas simbologias; • Geografia irá trabalha a importância cultural, histórica e econômica de alguns países africanos, desmistificando o que a mídia constantemente aborda, miserabilidade dos países africanos. Será trabalhado também a importância em âmbito mundial e nacional de alguns negros, que lutaram por igualdade de direitos e respeito da sociedade. • Em História será discutido a questão da escravidão no Brasil: quando os africanos começaram a ser escravizados, como e onde conseguiam os negros para serem vendidos, como vinham para o Brasil; onde trabalhavam e sob que 336 condições; quais castigos eram submetidos; as formas de resistência e a importância de Zumbi dos Palmares; Em ambas disciplinas será trabalhado a questão da “Consciência critica”, ou seja, o fio condutor será o desenvolvimento da criticidade do aluno, para que possa antes de julgar,analisar, pesquisar formular seu próprio conceito sobre o papel e a importância do negro em nossa sociedade. Metodologia Arte: Simbologia das mascaras na cultura e na religiosidade nas cultura africana; Geografia: Pesquisa e confecção de cartazes; • Discussão em grupos, vídeo “Vista minha pele”; • Belezas naturais da África; • A importância cultural e a beleza dos negros brasileiros; • Trecho do documentário “ A negação do Brasil”, e debate sobre a influência da mídia na segregação racial; História: Aulas expositivas; • Leitura de texto livro didático e para-didático sobre a escravidão Zumbi e Leis que libertaram os escravos; • Debate sobre e como a vida dos negros no pós-libertação (13/05/1888) e na atualidade; • Pesquisa e confecção de instrumentos musicais eu fazem parte da herança cultural dos afro-brasileiros, com materiais reciclados (berimbau, pandeiro, etc); Metodologia Unificada • Apresentação de filme “ O poder de um jovem”; • Exposição de mascaras; • Exposição de painéis; • Exposição de instrumentos musicais; • Apresentação de capoeira (grupo de alunos); • Desfile com roupas afro; 337 Avaliação • Elaboração de painéis, instrumentos e mascaras; • Apresentação de seminários; • Debates em grupos; • Elaboração de textos; Olimpíada de Geografia Justificativa A participação dos alunos no Desafio National Geographic Brasil intitulada Viagem Do Conhecimento, visa despertar o interesse dos discentes na construção do saber geográfico, bem como promover uma retomada e um aprofundamento dos conteúdos, corroborando tanto para educadores como também para educandos na compreensão e na avaliação das relações sociedade-natureza sob uma perspectiva crítica, ética, solidária e sustentável. Os estudantes do Ensino Fundamental (8º e 9º ano) e do Ensino Médio (1ªsérie), podem participar destas avaliações, cabendo ao corpo docente promover discussões e revisões dos conteúdos trabalhados em sala de aula. Objetivos Promover um maior interesse dos alunos na disciplina de Geografia, bem como um maior aprofundamento de seus conceitos, estimulando-os a conhecer o país e o mundo onde vivem e suas constantes alterações. Metodologia Caberá aos professor e a equipe pedagógica possibilitar ao aluno as retomadas de conteúdos do ensino fundamental e médio. Podendo participar alunos dos 8º, 9º anos e 1ª série do ensino médio conforme entendimento do corpo docente. Avaliação A aplicação da Olimpíada de Geografia é diversificar os instrumentos de avaliação e interagir com a realidade escolar nacional. O professor avaliará com aferição de notas a participação e desempenho do aluno. 338 Políticas Públicas de Construção da Cidadania dos (as) Afro-Brasileiros (as) e o Estatuto da Igualdade Racial Tema de Estudo Políticas públicas, ações afirmativas, cidadania e igualdade racial no Estatuto da Igualdade Racial do Brasil. Título POLÍTICAS PÚBLICAS DE CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA DOS (AS) AFROBRASILEIROS (AS) E O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL. Justificativa O presente projeto tem por objetivo analisar o Estatuto da Igualdade Racial como um instrumento didático, visto como um conjunto de ações afirmativas, reparatórias e compensatórias para enfocar na disciplina de História, o conteúdo curricular História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Problematização Diante das recentes discussões historiográficas, quanto à concepção de História, e os fundamentos teórico-metodológicos adotados pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, pensamos em contribuir para que nossos(as) educandos(as)do Colégio Marcelino Champagnat de Londrina,reflitam e analisem a trajetória das lutas dos (as) afrodescendentes no Brasil. Neste trabalho, serão estudados os processos percorridos e seu contexto até a sanção do Estatuto da Igualdade Racial, em 2010. Objetivo Geral • Refletir sobre políticas públicas, ações afirmativas, cidadania e Igualdade Racial, a partir do Estatuto da Igualdade Racial. Objetivos Específicos • Analisar as ações afirmativas em relação aos (as) afro-brasileiros (as),de 2001 a 2010. • Estudar e problematizar a criação do Estatuto da Igualdade Racial, seu contexto e conteúdo, buscando entender as argumentações em prol e contra,proferidas pela sociedade em geral. 339 • Refletir o processo percorrido pelas comunidades afrodescendentes, a importância de suas participações na política, nas universidades, nas artes, na sociedade. • Analisar fragmentos do Estatuto daIgualdade Racial com osalunos e alunasuma cópia com o texto na íntegra será disponibilizado na biblioteca do Colégio, para acesso de todos (as). • Produção,por parte dos(as) educandos (as) de apresentações de slides, banners e/ou vídeos a favor da Igualdade de Direitos entre todos (as) e superação do racismo na Escola. Estratégias de Ação O Projeto será aplicado diretamente com os (as) educandos (as) do Colégio Marcelino Champagnat, especificamente no Ensino Fundamental II, nos 9ºs. anos. • Aulas expositivas: explicar o projeto; aplicar o instrumento de verificação de conhecimentos prévios; leitura de textos sobre legislação brasileira. • Aulas de vídeos sobre racismo: trechos de filmes, propagandas e documentários. • Leitura e análise de fragmentos do Estatuto. • Trabalhos em grupos, pesquisa na internet. • Elaboração de propagandas contra o Racismo e o preconceito na Escola. Ações Esperadas • Que os (as) educandos (as) reflitam sobre seu papel social, como agentes na história, para a busca de uma sociedade mais justa. • Reconheçam a possibilidade de se estudar a História através de um documento oficial, recém sancionado e seu contexto historiográfico. • Compreendam e saibam utilizar de forma apropriada os conceitos de: políticas públicas, racismo, preconceito, cidadania, etnia, exclusão social. • Considerem-se aptos a construir o conhecimento histórico e ampliem sua visão de mundo. (Projeto aplicado pela Profª. Elaine de Martini, de acordo com a proposta do PDE). 340 Semana Cultural e Desportiva 2012 Considerando que as aprendizagens efetivadas no ambiente escolar vão muito além da simples transmissão dos conteúdos teóricos e suas aplicações práticas, que elas estão presentes em todos os cantos, principalmente nas relações interpessoais, o colégio considera muito importante propiciar atividades coletivas em que seus participantes possam vivenciar experiências de trocas mútuas, estimulando atitudes de solidariedade e colaboração, contrastando com o individualismo e competitividade tão apregoados em nossa sociedade. As atividades realizadas durante este evento têm por objetivo: a) envolver alunos, professores, funcionários e comunidade na participação de atividades competitivas, recreativas e lúdicas que incentivem o trabalho em equipe, a competição saudável e o espírito de liderança; b) promover a integração do Colégio Estadual Marcelino Champagnat com a comunidade londrinense, estendendo suas atividades ao público geral; c) oportunizar a integração através de campanhas educativas e através de doações a instituições carentes da cidade. 8 PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E PROGRESSÃO PARCIAL 8.1 Avaliação A avaliação está vinculada ao processo ensino aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno possibilitando a organização de ações necessárias para suprir as deficiências constatadas, seja na reorganização dos conteúdos, instrumentos avaliativos ou método de ensino. Os procedimentos de avaliação deverão ser organizados de maneira a garantir a inclusão e permanência do aluno no sistema de ensino, estimular a iniciativa dos estudantes, assegurar o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitandose a comparação dos alunos entre si e utilizar para isso instrumentos e técnicas diversificados, como testes de aproveitamento oral, provas objetivas e dissertativas, trabalhos em grupo e individual, seminários, debates, relatórios individuais, autoavaliação, exercícios, entre outros, de maneira a considerar as características individuais do aluno no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos 341 aspectos qualitativos sobre os quantitativos e relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando para isso, métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas neste Projeto Político Pedagógico, sendo vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas, dessa forma o professor deve proporcionar a devida devolução das avaliações e juntos procederem a análise e revisão da mesma. A avaliação é contínua, cumulativa e processual e considera os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua melhor forma e tem como principal função auxiliar no acompanhamento do processo ensinoaprendizagem, quando o professor poderá estar verificando cada etapa da construção do conhecimento do educando, e assim organizar os procedimentos didáticos diversificados, evitando o julgamento apenas num determinado momento. Nesta perspectiva de avaliação, é obrigatório a retomada dos conteúdos não assimilados, ou seja, a recuperação de estudos, constituindo-se um direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos e, aproveitamento dos resultados mais vantajosos para o aluno. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem e será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticometodológicos diversificados. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina e respectivo registro no Livro de Registro de Classe. Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida 342 escolar, devendo o professor manter os registros do desempenho dos alunos no Livro de Registro de Classe sempre atualizados e especificados claramente, evitando dúvidas na interpretação dos registros. O professor deverá oportunizar durante todo o período letivo a análise das atividades avaliativas pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas. A disciplina de ensino religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar. A promoção resultará da combinação do resultado do aproveitamento escolar do aluno, expresso na forma de escala de notas de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) e da apuração da assiduidade. Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e freqüência, serão definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos. I – Será considerado aprovado o aluno que apresentar: • freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética dos bimestres, nas respectivas disciplinas, como segue: MA = 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB = 6,0 4 II – Será considerado reprovado o aluno que apresentar: • freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do período letivo e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero); • freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do período letivo, com qualquer média anual. O aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os Estudos de Recuperação Paralela, ao longo da série ou período letivo, será submetido à análise do Conselho de Classe que definirá pela sua aprovação ou não. A avaliação final deverá considerar, para efeito de promoção, todos os resultados obtidos durante o período letivo, incluído a recuperação de estudos. 343 Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento registrará, no histórico escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado. 8.2 Classificação e Reclassificação Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo critérios próprios, para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais. A classificação pode ser realizada: • por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série anterior na própria escola; • por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem; • independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série adequada. A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais: • proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pedagógica; • comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter deste o respectivo consentimento; • organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para efetivar o processo; • arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados; • registrar os resultados no histórico escolar do aluno. Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu histórico escolar. O resultado do processo de reclassificação realizado pela escola, devidamente documentado, será encaminhado à SEED para registro. 344 Caberá ao órgão competente da SEED, acompanhar durante dois anos, o aproveitamento escolar do aluno beneficiado por processo de reclassificação, nos casos que julgar necessários. Ficam vedadas a classificação ou reclassifficação para etapa inferior a anteriormente cursada. 8.3 Plano Personalizado de Atendimento – PPA/ Distorção Idade - Série A Superintendente da Educação, no uso de suas atribuições e considerando : • a Lei Federal n° 9394/96, que institui as Diretrizes e Bases da Educação Nacional; • a Lei n° 8069/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente; • a Resolução nº 04/2010 - CNE que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica ; • a Deliberação n° 09/01 – CEE, que dispõe sobre matrícula de ingresso, por transferência, progressão parcial, aproveitamento de estudos, classificação, reclassificação, adaptações, revalidação, equivalência, regularização de vida escolar; • a Instrução n° 02/09 – SUED/SEED que normatiza os procedimentos para registro da Progressão Parcial, da Classificação e Reclassificação em documentos escolares do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), emite o: Plano Personalizado de Atendimento – PPA Propõe corrigir a distorção idade/série por meio de estudos independentes e a reclassificação para estudantes matriculados, que estão frequentando o Ensino Fundamental e Médio, com defasagem de dois ou mais anos idade/série. A Instituição de Ensino poderá ofertar o programa, sempre que julgar necessário, desde que contemplado no Regimento Escolar. As decisões deverão ocorrer com a anuência dos envolvidos no processo, equipe diretiva, equipe técnico-pedagógica, professores, pais ou responsáveis e estudantes. 345 Cabe à SEED • orientar e capacitar os Núcleos Regionais de Educação - NREs para a implantação e execução do programa na adesão da Instituição de Ensino; • elaborar e enviar às Instituições de Ensino modelo de Termo de Compromisso para assinatura do pai ou responsável. Cabe ao NRE • identificar a existência de demanda de estudantes em situação de distorção idade série nas Instituições de Ensino sob sua jurisdição; • motivar, mobilizar, incentivar a direção e a equipe técnico-pedagógica para realizar o programa; • dar subsídios ao professor e equipe técnico-pedagógica, para a elaboração do plano de trabalho, metodologia da flexibilidade curricular; • avaliar o material didático organizado pelo professor; • orientar e acompanhar o programa; • promover encontros com professores e equipe pedagógica, orientando e acompanhando o desenvolvimento do programa; • solicitar, por e-mail, à Coordenação de Turmas e Matrículas – CTM/SEED reorganização das turmas e turnos. Cabe a Instituição de Ensino • proceder ao levantamento dos estudantes com 02(dois) anos ou mais de defasagem idade/série no início de cada ano letivo; • identificar as dificuldades escolares dos estudantes documentando-as mediante parecer pedagógico; • convocar pais ou responsáveis dos estudantes para esclarecimentos sobre os procedimentos adotados; • elaborar cronograma das atividades; • informar, por meio de edital, aos estudantes e pais ou responsáveis, sobre o cronograma das atividades quanto às datas de abertura e encerramento, local e horário das inscrições, avaliações e resultados de todos os procedimentos que envolvem o programa; • encaminhar o Termo de Compromisso para assinatura dos pais ou responsáveis; 346 • orientar os pais ou responsáveis e estudantes sobre as condições de estudos, acompanhamento, e condições dos espaços físicos que deverão proporcionar para os estudos independentes; • distribuir o material didático, produzido pelos professores, e orientar os estudantes sobre a sua utilização durante os estudos independentes; • organizar as aulas preparatórias; • encaminhar ao NRE informativos bimestrais referentes ao acompanhamento pedagógico dos estudantes reclassificados. Das Avaliações • a avaliação de disciplina será feita por prova escrita com duração de uma hora; • o estudante poderá participar de até 04 (quatro) disciplinas, com intervalo de meia hora no mesmo turno; • a realização das avaliações será individual; • nas avaliações os estudantes deverão demonstrar apropriação de conhecimento igual ou superior a 60% em cada um dos instrumentos de avaliação; • os resultados das avaliações serão divulgados no prazo de 07 (sete) dias após a conclusão das correções e sua validação por meio de Conselho de Classe extraordinário, convocado para esse fim; • os resultados serão divulgados de forma individual e registrados em ata específica com assinatura do pai ou seu responsável e do estudante; • as Instituições de Ensino poderão passar por uma reorganização na distribuição de turmas e turnos, solicitando através de e-mail ao NRE as adequações necessárias, após o resultado da reclassificação; • os estudantes reclassificados ficarão inseridos nas turmas/séries para onde avançarem e deverão, preferencialmente, participar de atividades voltadas ao acompanhamento pedagógico ou apoio à aprendizagem. Cabe ao Professor • elencar os conteúdos fundamentais da sua disciplina, contemplando o contido nas Diretrizes Curriculares Orientadoras do Estado do Paraná e nos Cadernos de Expectativas de Aprendizagem do Ensino Fundamental (anos finais) e do Ensino Médio; 347 • organizar o material didático para os estudos independentes; • organizar o material didático com clareza, possibilitando a compreensão dos conteúdos e atividades, respeitando as características locais e as particularidades da comunidade; • entregar o material à equipe técnico- pedagógica da Instituição de Ensino para apreciação e posterior avaliação da equipe de Educação Básica dos NREs; • elaborar as avaliações de acordo com as dificuldades dos estudantes participantes, levantadas pela equipe técnico-pedagógica; • organizar aulas preparatórias com características diferenciadas das aulas tradicionais; • sanar dúvidas durante as aulas preparatórias, baseando-se no material didático elaborado; • organizar as avaliações com 15 questões, sendo 10 questões com alternativas múltiplas com 04 opções, cada uma, e 05 questões dissertativas de leitura, interpretação e produção de texto. Cabe à Secretaria da Instituição de Ensino • fazer o levantamento dos alunos em distorção idade/série matriculados e frequentando na instituição de ensino; • registrar em ata todos os procedimentos que legalizam os procedimentos de reclassificação em conformidade com a Instrução n° 02/08 – SUED/SEED; • fazer a matrícula dos estudantes nas séries adequadas após a reclassificação; • arquivar na pasta individual do aluno reclassificado uma cópia da ata e as avaliações realizadas. Cabe aos Pais ou Responsável • assinar o Termo de Compromisso para o acompanhamento do programa e atender aos eventuais chamados da Instituição de Ensino; • acompanhar e orientar o estudante para os estudos independentes, visando o bom desempenho nas avaliações antes, durante e depois do processo de reclassificação; • orientar o estudante sobre as condições de estudos, bem como as condições físicas no momento dos estudos independentes; 348 • incentivar e apoiar o estudante no momento das revisões e avaliações; • assumir o compromisso, após a reclassificação, de continuar acompanhando e orientando o estudante nos seus estudos independentes e na escola. 8.4 Matrícula em regime de progressão parcial A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas, em regime seriado, poderá cursá-las subsequente e concomitantemente às séries seguintes. O estabelecimento de ensino não oferta o regime de progressão parcial. As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos, havendo incompatibilidade de horário, será estabelecido plano especial de estudos para a disciplina em dependência, plano esse devidamente registrado em relatório que deverá integrar a pasta individual do aluno. O regime de progressão parcial exige, para aprovação, a frequência determinada em lei e o aproveitamento estabelecido no regimento escolar. É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência de disciplina no Ensino Fundamental. A expedição de certificado ou diploma de conclusão do curso só poderá ocorrer após atendida plenamente a matriz curricular e sua respectiva carga horária. Concluído o curso e restando disciplina em dependência, a expedição do certificado ou diploma só poderá ser feita após a eliminação da disciplina em dependência. 9 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PPP O momento para a avaliação do PPP praticamente se restringe às reuniões pedagógicas no início do ano, onde é feita análise e comparativo dos resultados de aprovação e reprovação dos alunos, avaliação das atividades e projetos realizados, resultando na retificação ou ratificação dos mesmos e organização de novas propostas. O acompanhamento e revisão do PPP, no decorrer do ano letivo, ficam prejudicados devido ao acúmulo de atividades burocráticas e número de profissionais insuficiente, ou até mesmo pela dificuldade em envolver todos os profissionais neste mesmo objetivo. Apesar de não atingirmos a eficiência esperada neste ponto, o 349 acompanhamento do trabalho pedagógico é constantemente verificado pelos profissionais responsáveis, por meio de questionamentos e reflexão das práticas verificadas no decorrer do ano, seja por meio dos Conselhos de Classe ou Hora Atividade dos professores. A avaliação dos profissionais da escola é feita levando-se em consideração, principalmente, questões como assiduidade, envolvimento nas atividades propostas e pontualidade na apresentação dos registros de responsabilidade de cada profissional. 10 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO Ficará sob responsabilidade da equipe pedagógica e direção o encaminhamento, ao final de cada bimestre, a avaliação dos trabalhos realizados e planejamento do bimestre seguinte, garantindo a participação de todos os envolvidos no cotidiano escolar. 350 REFERÊNCIAS BRASIL. Conselho Nacional de Educação. DELIBERAÇÃO n. 03/06/CNE e DELIBERAÇÃO n. 02/10/CNE - Deliberações do Conselho Estadual. BRASIL. Constituição Federal (1988). BRASIL. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (8069/90). BRASIL. Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República Federativa do Brasil. Brasil sem Homofobia: Programa de combate à violência e à discriminação contra GLTB e de promoção da cidadania homossexual, 2008. FREIRE, Paulo: Ética, utopia e educação. Organizador: Danilo R. Streck. Petrópolis: Vozes, 2001. GADOTTI, Moacir. Uma só escola para todos: caminhos da autonomia escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. LDBEN nº 9394/96 - Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI nº 11.788/2008, DELIBERAÇÃO nº 2/2009/CEE e INSTRUÇÃO 006/2009/SUED/SEED - Estágio Dos Estudantes. LEI nº 11525/07. Enfrentamento a Violência Contra a Criança e o Adolescente. Disponível em: <www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo. php? conteudo=606>. LEI nº 9795/99 - Educação Ambiental. LEIS nº 10639/03 e nº 11645/08 - Equipe Multidisciplinar. MIRANDA, Hecília Tavares de.; MENEZES, Luís Carlos de. (orgs.). Almanaque da criação pedagógica: a aventura da explicação: ciência e linguagens. Petrópolis: Vozes, 2002. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. DELIBERAÇÃO ESTADUAL n. 03/06 – CEE – Ensino Fundamental de 9 anos. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. DELIBERAÇÃO ESTADUAL n. 04/06 – CEE – História e cultura afro-brasileira. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. DELIBERAÇÃO ESTADUAL n. 09/01 – CEE – Matrícula, Classificação. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. DELIBERAÇÕES n. 007/00, n. 09/01 e n.02 – CEE. PARANÁ. DECRETO n. 5679/05 - Prevenção ao Uso Indevido de Drogas. 351 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação INSTRUÇÃO nº 008/08 – SUED/SEED. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação INSTRUÇÃO nº 010/2008 – SUED/SEED. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação INSTRUÇÃO nº 012/08 – SUED/SEED. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. INSTRUÇÃO nº 004/11 – SUED/SEED. Mais Educação e Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Resolução n. 2772/11 – GS/SEED e Instrução n. 007/11 SUED/SEED – Sala de Apoio. PARECER nº 407/2011 – Implantação Simultânea do Ensino Fundamental de 9 anos. PARECER CP/CEE nº 01/09 - Diversidade Sexual/Sexualidade Humana. PARECER nº 07/10 CNE/CEB e RESOLUÇÃO nº 04/10 – Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Básica. PARECER nº 20/09 – CNE/CEB e RESOLUÇÃO nº 05/09 – Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. PARECER nº 22/09 CNE/CEB e RESOLUÇÃO nº 07/10 – Ensino Fundamental de 9 anos. PETRAGLIA, Izabel Cristina.”Olhar sobre o olhar que olha”: complexidade, holística e educação. Petrópolis: Vozes, 2001. PORTARIA nº 35/98, DECRETO nº 1143/99 e PORTARIA nº 413/02 - Educação Fiscal. RESOLUÇÃO nº 04/2010 CEB/CNE – RESOLUÇÃO nº 07/2010 - Diretrizes Curriculares Nacionais. RESOLUÇÃO nº 3794/04 - Estabelecer a nota 6,0 (seis) como média de aprovação para os alunos da rede pública estadual de educação básica a partir do ano letivo de 2005. RESOLUÇÃO nº 3904/08 e INSTRUÇÃO nº 019/08 – Celem. TAMOYO, Álvaro; PORTO, Juliana Barreira (orgs.). Valores e comportamento nas organizações. Petrópolis: Vozes, 2005. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br 0