À procura da árvore do biodiesel Luiz Alberto Colnago Mini-curso sobre Biodiesel– UFSCAR 08/10/2007 [email protected] Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Motivos Ø Altos preços do petróleo Ø Gases do efeito estufa Ø Combustíveis renováveis Ø Reciclam o gás carbônico via fotossíntese Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 2 Ciclo do carbono Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Juliana Petrochi Rodriques UNB 3 Gasolina Álcool Ø Brasil - líder mundial Ø Balanço energético cana ~ 8 vezes Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 4 Óleo diesel Ø Transporte e máquinas agrícolas Ø P&D álcool Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 5 Alternativas para óleo diesel Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 6 Triglicerídeos (óleos e gorduras) Estrutura de um triglicerídeo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 7 Principais Ac. Graxos Caprílico C8 CH3(CH2)6COOH Cáprico C10 CH3(CH2)8COOH Láurico C12 CH3(CH2)10COOH Palmítico C16:0 CH3(CH2)14COOH Palmitolêico C16:1 CH3(CH2)5CH=CH(CH2)7COOH Esteárico C18:0 CH3(CH2)16COOH Olêico C18:1 CH3(CH2)7CH=CH(CH2)7COOH Linolêico C18:2 CH3(CH2)4CH=CHCH2CH=CH(CH2)7COOH Linolênico C18:3 CH3(CH2)2CH=CHCH2CH=CHCH2CH=CH(CH2)7COOH Araquídico C20:0 CH3(CH2)18COOH Gadolêico C20:1 CH3(CH2)7CH=CH(CH2)9COOH Behênico C22:0 CH3(CH2)20COOH Erúcico C22:1 CH3(CH2)7CH=CH(CH2)11COOH Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 8 Triglicerídeos (TG) 1- Uso do óleo virgem 2- Pirólise 3- H- Bio 4- Conversão dos TG em biodiesel Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 9 1- Uso direto dos óleos vegetais. Vantagens - Fácil obtenção (prensagem e filtragem) - Baixo custo de produção - Acessível à região de difícil acesso (produção local) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 10 Cetano Estrutura de um triglicerídeo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 11 Desvantagens (motores convencionais) Alta viscosidade - Entupimento de filtros/bicos injetores - Depósito de carbono nos motores - Contaminação do óleo do motor Opção para motores estacionário Motor diesel - Geradores (Aquecimento do óleo) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 12 2- Pirólise (craqueamento) + + Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 13 Craqueador UNB Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 14 Pirólise 2- Vantagens -Produz dezenas de produtos químicos - Além do diesel: solventes, matéria primas (plásticos) Desvantagem - Custo? Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 15 H-bio ( Petrobras) Hidrogenação total (H2) + Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Propano 16 HDT ( hidrogenação do diesel para uso em grandes cidades). - Redução do teor de enxofre. Diagrama do processo HDT/H-Bio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 17 Rendimento do processo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 18 H- Bio Vantagens Similar ao diesel Sem custo adicional de produção (Além do H2) Desvantagens: Refinaria Logística Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 19 Biodiesel Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 20 Produto da reação de transesterificação Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 21 Biodiesel Vantagens: Ø Logística Ø Incentivos governamentais Ø Semelhantes ao diesel Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 22 Cetano Monoester de ácido esteárico Moléculas do biodiesel Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 23 Biodiesel Desvantagens: Ø Custo Ø Catálise química ou enzimática Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 24 Biodiesel do ponto de vista do agronegócio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 25 Cenário Biodiesel 120 B i l h õ e s d e l i tr o s 100 Total geral Mercado interno Mercado externo 80 60 40 20 0 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 Ano Plano nacional de agroenergia MAPA – 2006-2011 www.embrapa.br Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 26 Cenário Biodiesel M ilh õ es d e h ectares 25 20 15 10 5 0 2005 2010 2015 2020 Ano 2025 2030 2035 Plano nacional de agroenergia MAPA – 2006-2011 www.embrapa.br Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 27 Cenário Biodiesel 6000 5000 kg/ha 4000 3000 2000 1000 0 2005 2010 2015 2020 2025 2030 Ano Plano nacional de agroenergia MAPA – 2006-2011 www.embrapa.br Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 28 Gargalos? Ø Produtividade Ø Qualidade do óleo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 29 Produtividade Ø Soja, Mamona, girassol Ø Até 1 Ton/ha/ano de óleo Ø Dendê – 5 Ton/ha/ano Ø Alta temperatura e água Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Amazônia 30 BIODIESEL: ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO POTENCIAL BABAÇ BABAÇU MAMONAMAMONA-PALMA DENDÊ SOJASOJA-MAMONAMAMONAALGODÃO (CAROÇ (CAROÇO) SOJASOJA-ALGODÃOALGODÃOGIRASSOL SOJASOJA-ALGODÃOALGODÃOGIRASSOLGIRASSOL-CANOLA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 31 O que fazer? Ø Cultivares dedicada ao biodiesel üAlta produtividade >3 Ton/ha/ano üAdaptadas a todas as regiões brasileiras ü Incluindo o semi-árido nordestino. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 32 Como fazer? Ø Melhoramento genético ü Plantas comerciais para alto óleo Ø Identificação de plantas silvestre ü Pinhão manso, macaúba, pequi, tucumã, etc Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 33 Bocaiuva/Macaúba 2 a 4 ton/ha/ano Adap. Renato Roscoe Embrapa Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 34 Pinhão Manso 0,5 a 5T/ha/ano ~ 35% óleo Ácaro branco Adap. Renato Roscoe Embrapa Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 35 Como acelerar? Ø Métodos de análise ultra-rápidos ü Milhões de sementes por ano Ø Teor de óleo e Qualidade Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 36 Ressonância Magnética Nuclear (RMN) ü Análise in vivo: Ø Sementes analisadas podem ser plantadas Ø Quantidade e qualidade (insaturação) ü Métodos rápidos Ø RMN de alta resolução (min.) Ø Baixa Resolução (ms a seg.) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 37 Quantidade de óleo RMN (Baixa resolução ~ 3 análise/min.) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 38 Quantidade de óleo Ø RMN on-line Ø CWFP – Continuous wave free precession Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 39 0,5s SSFP Amplitude A B C D E F G H -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 0,3ms RMN convencional e CWFP Azeredo et al, Analytical chemistry 72,2401, 2000 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 40 D V d RMN on-line Colnago et al, Analytical Chemistry 79, 2382, 2007 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 41 RMN on-line Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 42 CWFP amplitude (au) 140 120 100 80 60 40 20 0 0 a) 2 4 6 8 10 12 14 Time (s) Análise de 99 sementes (+ 20 mil amostras hora) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 43 0.7 0.6 Oil mass (g) 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 CWFP amplitude (au) Correlação r2=0.96 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 44 Qualidade do óleo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 45 Qualidade Parâmetros Glicerina Livre Triglicerídeos Teor de água Álcool Viscosidade Número de cetano Índice de iodo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 46 Cenário atual Ø Soja, girassol, algodão (poliinsaturados) Ø Número de cetano (100) – linolen. = 20 Ø Mamona= Alta viscosidade (2x) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 47 6 Oleico 4 60 Ll 40 Ln 2 2 Viscosidade (mm /s) Número de cetano 80 20 0 6 8 10 12 14 16 18 20 22 Ácidos graxos Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 48 Cenário desejado ü G. Knothe, Fuel Processing Tecnology 86, 1059,2005 Ø Alto teor de ácido oleico Ø Número de cetano = acima de 60 Ø Mais estável Ø Menor viscosidade que os saturados Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 49 Composição de óleos e gorduras Ácido Graxo (%total) Matéria prima 18:3 Linolen. 18:2 Linol. 18:1 oleic. saturados Algodão Algodão - 54 19 27 Linhaça Linhaça 58 14 19 9 Girassol Girassol - 68 19 Soja Soja 6 62 22 13 10 Dendê Dendê - 2 25 73 Amendoim Amendoim - 32 49 19 Canola Canola 5 22 62 6 Macadamia Macadamia Oliva Oliva 2 10 73 14 1 10 76 13 Mamona Mamona - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 7 80% Ricinoleico Ricinoleico 6 80% 50 Qualidade por RMN Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 51 Espectrômetro de RMN (alta resolução) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 52 Insaturação RMN 13C : soja (A) mamona (B) e virola (C). Leal et al. Ciên. Cult. 33,1475, 1981 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 53 Baixa resolução Ø Medida da relaxação T2 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 54 CPMG echo amplitude (au) 1,0 0,5 A B D C 0,0 0,0 0,5 1,0 Time (s) A-linhaça; B- Soja; C- Macadâmia; D- Mamona Prestes et al, 2007, Ministério da Agricultura, Pecuária Analytica Chimica e Abastecimento Acta 55 Similarity values Dendrograma de HCA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 56 a) 4.4 4.2 b) 4.0 54 3.8 3.6 3.6 3.8 4.0 2 4.2 4.4 4.6 -1 µ (mm .s ) calculated from GC Cetane number from NMR 2 -1 µ (mm .s ) from NMR 4.6 51 48 45 42 Prestes et al, 2007, Analytica Chimica Acta 39 42 45 48 51 54 57 Cetane number calculated from GC Regressão multivariada (PLS) Prestes et al, 2007, Ministério da Agricultura, Pecuária Analytica Chimica e Abastecimento Acta 57 0 .0 0 .5 1 .0 1 .5 2 .0 T e m p o (s ) Espectros de RMN das sementes (+ 1000 amostras/hora) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 58 Amendoim com alto oleico Ignácio Godoy, IAC (3 x 7000 amostras) 0.3 0.2 0.1 0.0 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 0 10 20 30 40 50 Número da semente Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 59 Colaboradores: Prof. Mario Engelsberg - Depto de Física/UFPe Prof. Emanuel Carrilho – IQSC/USP Dra Lucimara Forato - Embrapa Prof. Rodrigo Azeredo - Depto Química/UFF Estudantes e Bolsistas: Dr Lucio Barbosa; Lucineia Vizzoto; MSc André Sousa (DTI) Dout: Rosilene Prestes; Tiago Venâncio (IQSC/USP) MSc: Fabiana Diuk; Daniela Toma (IQSC/USP) MSc Cátia Correa (IQSC) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 60 Financiamentos FINEP Ø Ø Avaliação on-line da qualidade de produtos agroindustriais por RMN Novas oleaginosas como fonte de matéria prima para produção de biodiesel FAPESP Ø Desenvolvimento de instrumentação e aplicações de RMN na análise de alimentos Ø Desenvolvimento de tecnologias ultra-rápidas de RMN para determinação da quantidade e qualidade de óleo vegetais em sementes intactas Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 61 [email protected] Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 62