JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE
Ano XIX - Número 252 - Viçosa, MG - Março de 2010
Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa
Dia de Campo - Silagem de cana com soja
soja para alimentação do rebanho, além de retratar sobre
recentes tecnologias, como a
soja resistente a glifosato.
Terceira: apresentada pelo
Prof. Mauro Wagner de Oliveira,
da Universidade Federal de Alagoas-UFAL e pela estagiária Isabela Arantes, estudante de Zootecnia, sobre a ensilagem de
cana com soja para alimentação
de bovinos leiteiros, com resultados de experimentos, e experiências em outras regiões do
Brasil, dizendo ainda sobre o
grande potencial de aumento
da produtividade da cana de
açúcar em nossa região, de acordo com as características de clima, temperatura e variedades
melhoradas geneticamente.
Professor Mauro Wagner ministrando palestra
Realizamos mais um dia de
campo no dia 20 de março, na
Fazenda Recreio, do produtor
José Geraldo Lisboa (GERE) no
município de Paula CândidoMG, dessa vez com o foco em
produção de silagem de cana
com a biomassa da parte aérea da soja, com o objetivo de
ratificar, e inovar alguns conceitos inerentes a esse volumoso.
A soja foi implantada em
uma área de 0,9 há no sistema
de plantio convencional (aração e gradagem) e foi distri-
buído no solo 250 kg do adubo 08-28-16, além de três pulverizações com adubo foliar e
aplicações preventivas com
fungicida e inseticida específicos.
Contamos com a presença
de 140 participantes entre estagiários, técnicos e produtores da região, além de cobertura com a TV local.
A programação deu início
com as inscrições, seguida da
abertura do evento pelo Zootecnista e técnico do PDPLRV Christiano Nascif, e em se-
guida os participantes foram
divididos em quatro estações
com seus respectivos assuntos:
Primeira estação: os estagiários da fazenda, Rodrigo
Moraes e Bernardo Procópio
apresentaram o histórico, o
manejo, a evolução e as metas da propriedade.
Segunda estação: o engenheiro agrônomo e consultor
técnico da Pioneer/Biogene
sementes, Dimas A. Del Bosco
Cardoso, ministrou sobre aspectos práticos da cultura da
Quarta e última estação:
a empresa JF Máquinas agrícolas, representada por Clóvis
E. Aguiar e Lucas A. Gallo em
parceria com a Agropecuária
Ubá, demonstrou com suas
máquinas, a colheita mecânica da cana e da soja, e enfatizou de que apesar da topografia não ser favorável, é possível a mecanização da colheita dessas duas culturas.
Dessa forma, a equipe do
PDPL-RV e parceiros não mediram esforços para proporcionar á todos, um dia de campo onde o conhecimento e a
tecnologia puderam servir de
exemplo, inspiração e estímulo para cada propriedade assistida pelo programa.
Apresentação prática de colheita de soja
Aspectos Práticos e Tecnologia aplicados na Cultura do Milho
No dia 1º de fevereiro de
2010 foi realizada uma visita
técnica na Fazenda Nô da Silva
de propriedade do Sr. Antônio
Maria da Silva Araújo, onde o
estagiário Paulo Vitor Ferreira
de Almeida, acompanhado pelo
Engenheiro Agrônomo e Técnico do PDPL-RV Thiago Camacho
Rodrigues abordaram o tema
aspectos práticos e tecnologias na cultura do milho que foram implantados na fazenda na
safra 2009/2010.
A Fazenda Nô da Silva hoje
tem próximo de 90 hectares
plantados com milho para grão
e silagem onde obteve uma produtividade de 9.000 kg/ha de
grão e 60 toneladas/ha de ma-
téria natural e fez uso de tecnologias como espaçamento reduzido com 70 cm entre linhas,
pulverização com fungicida,
milho híbrido (simples) transgênico, adubação verde com nabo
forrageiro e sorgo para palhada, adubação foliar com micronutrientes, adubação orgânica e
colheita realizada por uma en-
siladeira de 2 linhas. Os estagiários da 3ª fase então puderam
ter o esclarecimento do produtor, ver de perto os resultados e
acompanharam o processo de
ensilagem.
Foi mais uma oportunidade
para estagiários atualizarem os
conhecimentos na cultura do
milho e aprender a fazer uso de
novas tecnologias na busca do
aumento de produtividade e
consequentemente redução dos
custos.
Paulo Vitor F. Almeida
Estudante de Agronomia
Juliana Januzi
Estudante de Med. Veterinária
○
○
○
Pré-dipping:
Qual produto devo usar?
Pág. 4
Curso teórico e
prático de GPS
Pág. 4
○
Pág. 2
Pág. 3
○
Vale acreditar
na assistência
Momento do Produtor:
Raul Cardoso da Silva Filho e
Luiz da Silva Cardoso
Fazenda Floresta
○
Pág. 2
○
Utilização de Ionóforos na
Alimentação de Bovinos Leiteiros
○
Nesta edição
2
JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE
Ano XIX - Número 252 - Viçosa, MG - Março de 2010
Vale acreditar na assistência
Ter uma assistência técnica
e gerencial especializada para
ajudar na gestão da propriedade leiteira é algo cada vez mais
necessário. Para os municípios
situados em um raio de 50 km
da cidade de Viçosa isto é uma
realidade constante, pois há
mais de 20 anos existe um Programa de assistência técnica,
gerencial e de treinamentos, o
PDPL-RV, que acumula ótimos
resultados. Conhecido também
como convênio Nestlé, atua em
mais de 40 propriedades da região, capacitando jovens estudantes oriundos dos cursos de
Agronomia, Zootecnia e Medicina Veterinária, da Universidade
Federal de Viçosa. Todos os estagiários do Programa passam
por várias etapas de treinamento e seleção até chegarem às
propriedades, e por isso estão
capacitados para coordenar e
executar projetos de melhorias
em todas as áreas da atividade
leiteira.
Portanto para que ocorra êxito das atividades desenvolvidas
na propriedade, é de suma importância a integração produtor/estagiários, com canais abertos de comunicação e compreensão. O diálogo entre as partes
auxilia na gestão da propriedade
leiteira, minimiza erros e aumenta os lucros. Essa interação é
benéfica para ambos, uma vez que
há uma troca de informações e
experiências, cujos resultados
positivos são percebidos pelo
sucesso das propriedades assistidas pelo Programa.
A disponibilização da propriedade pelo produtor é de extrema importância, bem como o
envolvimento do mesmo com o
trabalho dos estagiários (estudantes da UFV, em final dos cursos e bem capacitados pelo
PDPL-RV). Dessa forma o produtor poderá passar para o estagiário toda sua experiência vivida
ao longo de anos, sobre o cotidiano da atividade. Com grande
experiência prática na atividade, o produtor colabora com os
estagiários no aprendizado diário, dessa maneira aumentando
a bagagem profissional dos mesmos, proporcionando um aprendizado sem igual para todos.
Por outro lado, os estagiários poderão transmitir seus conhecimentos teóricos, levar novas informações e tecnologias aos produtores, sempre na busca do
equilíbrio entre o ótimo econômico e o ótimo produtivo do negócio leite.
Na propriedade Sítio da Onça
do produtor Célio Coelho, esta relação é muito bem observada, onde
os estagiários são considerados
PARCEIROS. Segundo o produtor, os
estagiários são os administradores
de fato, passando do gerencial econômico, ao manejo geral da atividade leiteira. “A organização completa dos custos com a atividade é
algo que considero impossível de
ser feito por mim, pois sou informado sobre tudo que está acontecendo aqui em tempo real, me sentindo à vontade para levar a diante meu sítio. Também espero o esclarecimento de dúvidas, e sei que
mesmo quando não tiradas no momento, terei a resposta mais tarde numa outra oportunidade, porque ninguém é obrigado a saber
tudo. Sempre quero me atualizar
com novas formas de gerenciamento, até mesmo de manejo e com
os estudantes tenho alcançado
isto”, comenta Célio Coelho.
O envolvimento de ambas as
partes proporciona maior qualidade em qualquer atividade a ser realizada, dependendo sempre do
comprometimento de todos, assim
o resultado da assistência técnica
depende de um grande interesse
do produtor em crescer, se especializar e tornar a atividade sustentável no que tange ao econômico,
social, cultural e ambiental.
Filipe de Oliveira Cota
Estudante de Agronomia
Isabela G. Arantes de Oliveira
Estudante de Zootecnia
UTILIZAÇÃO DE IONÓFOROS NA
ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS LEITEIROS
Com o intuito de maximizar
o desempenho produtivo, cada
vez mais são utilizados alguns
tipos de aditivos, na alimentação animal. Um destes aditivos
utilizados na alimentação de
vacas leiteiras são os ionóforos (uma espécie de antibiótico, que age inibindo ou deprimindo o crescimento de alguns
microrganismos indesejáveis no
rúmen). São exemplos de ionóforos a monensina, a lasalocida e a salinomicina.
Os ionóforos interferem no
processo de fermentação dos
alimentos no rúmen, reduzindo a perda de energia e, assim, promovendo melhor desempenho animal. Além disto,
eles diminuem a velocidade de
passagem dos alimentos pelo
trato digestivo do animal, aumentando a digestibilidade da
fibra e diminuindo a degradação da proteína pelas bactérias do rúmen (aumentando a
quantidade de proteína de origem alimentar que chega ao
intestino para ser absorvida).
Os ionóforos inibem algumas
bactérias que são responsáveis por reduzirem o pH, deixando o ambiente rumenal
menos ácido, desta forma os
ionóforos ajudam na preven-
ção de uma afecção comum em
vacas leiteiras que é a acidose,
a qual leva a conseqüências negativas na reprodução e também
problemas de casco (como laminite).
Na Fazenda Ipiranga, de propriedade do Sr. Paulo Martiniano Cupertino, utiliza-se o ionóforo monensina acrescido de biotina (vitamina B, que auxilia
na formação de um casco mais
resistente) presente num núcleo
mineral utilizado para formulação do concentrado das vacas
em lactação (5% de inclusão na
mistura total do concentrado) e
tem-se observado redução das
afecções de casco, como laminite, hematomas e úlceras.
Como mais um recurso a favor do produtor de leite, os ionóforos podem ser utilizados
como ferramenta de melhora no
desempenho produtivo dos animais e redução de enfermidades
comuns em vacas leiteiras. Tudo
isto contribuindo para tornar a
atividade leiteira mais rentável.
Ítalo Stoupa Vieira
Estudante de Med. Veterinária
Rafael Brimana C. Silva
Estudante de Agronomia
DICAS DO AGRÔNOMO
JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE
Convênio DPA/FUNARBE/UFV
Publicação editada sob a
responsabilidade do Coordenador
do PDPL-RV:
Prof. Sebastião Teixeira Gomes
Jornalista Responsável:
Mateus Lima
(MTB 12.801/MG)
Redação:
Adubação verde uma alternativa sustentável
Os seus benefícios vão além do simples fato de melhorar as
características químicas do solo
Christiano Nascif
Zootecnista
Marcus Vinicius C. Moreira
Med. Veterinário
Reginaldo Campos de Oliveira
Med. Veterinário
Thiago Camacho Rodrigues
Engenheiro Agrônomo
Saionara Nunes Missuti
Secretária
Diagramação:
Gustavo Alberto
Coordenadora gráfica:
Mara Regina G. A. de Freitas
Impressão:
Gráfica Tribuna
(31) 3891 6110
Endereço do PDPL-RV: Subsolo
do Edifício Arthur da Silva
Bernardes, Campus da UFV, Cep:
36570-000,
Viçosa - MG
Telefax: (31) 3899 5250
E-mail: [email protected]
www.ufv.br/pdpl
Adubação verde é o cultivo de plantas com o intuito de incorporá-la ao solo, trazendo com isso
benefícios como cobertura do solo, controle de plantas daninhas, fixação de nitrogênio e
reciclagem de nutrientes. Na cultura da cana-de-açúcar adota-se a prática de adubação verde,
principalmente com leguminosas, por ocasião da reforma do canavial, após quinto e sexto corte e
antes do plantio em fevereiro-março.
Dentre as características desejáveis de uma planta a ser utilizada como adubo verde pode-se citar:
• Possibilidade de mecanização desde a semeadura
até a colheita de sementes;
• Ausência de sementes
dormentes;
• Sistema radicular vigoroso e profundo;
• Capacidade de se associar as bactérias fixadoras do
nitrogênio;
• Crescimento rápido para
controlar plantas daninhas;
• Possuir mecanismos, ou
sintetizar compostos, que
auxiliem no controle de pragas, por exemplo, nematóides e doenças.
Diversas leguminosas possuem estas características,
mas de modo geral há preferência pela Crotalaria juncea na região Centro-Sul do
Brasil. A Crotalária juncea
possui as seguintes vantagens:
• Crescimento inicial muito
rápido, o que lhe confere
grande competitividade com
as plantas daninhas;
• Apresenta efeito alelopático sobre as plantas daninhas;
• Chega a fixar 300 kg/ha
de nitrogênio.
A Crotalária juncea
deve ser semeada no começo de outubro com um
gasto de 40 kg de sementes/ha, sendo muito sensível à acidez e compactação do solo.
A adubação verde é uma
alternativa sustentável na
busca pelo menor gasto em
fertilizantes solúveis e na recuperação de áreas. Mas
assim como as outras culturas, cada etapa tem que
ser realizada com um máximo de cuidado para que
os resultados atinjam os objetivos propostos.
Paulo Vitor Ferreira de Almeida
Estudante de Agronomia
Ano XIX - Número 252 - Viçosa, MG - Março de 2010
MOMENTO
DO
JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE
PRODUTOR
Raul Cardoso da Silva Filho e
Luiz da Silva Cardoso
Fazenda Floresta
Produtor Raul Cardoso junto a sala de ordenha
Formado em Agronomia pela Universidade
Federal de Viçosa, Raul
Cardoso e seu irmão Luiz
Cardoso bancário na região de Visconde do Rio
Branco-MG, são sócios na
Fazenda Floresta. A propriedade é formada em
parte pela herança deixada pelo pai, juntamente com outra parte adquirida posteriormente.
A propriedade iniciou
a atividade leiteira no
ano de 2003 quando os
irmãos adquiriram alguns
animais e passou a receber assistência técnica e
gerencial do PDPL-RV em
fevereiro de 2009. Assim
o Programa juntamente
com os produtores se dedicou em desenvolver o
potencial de produção
da fazenda para os próximos anos, trabalhando
para que sejam atingidas
todas as metas traçadas.
Antes da assistência
do PDPL-RV a propriedade apresentava alguns índices não desejáveis, o
principal deles era o elevado número de vacas
secas e com reprodutivo atrasado, o que teve
como conseqüência um
comprometimento dos
indicadores técnicos e
econômicos da fazenda.
Hoje os índices da propriedade já responderam
positivamente e caminham em direção às metas traçadas para os próximos 5 anos, proporcionando uma melhor exploração do potencial
produtivo da propriedade (ver quadro abaixo).
Atualmente a Fazenda
Floresta possui 116 ha
destinados à pecuária
leiteira, sendo que destes 3 há são para o cultivo de cana-de-açúcar, 1
ha para milho grão e os
112 ha restantes de pastagens nativas e cultivadas, que estão sendo gradativamente substituídas
e reformadas por Brachiaria brizanta cv Marandu, Piatã e Brachiaria
decumbens os quais são
divididos em piquetes. A
propriedade fica localizada em uma região de
clima quente, com bom
índice pluviométrico,
isso favorece uma boa
produção das pastagens,
permitindo a implantação de um sistema semiextensivo com um rebanho de grau de sangue
variando de 1/2 HZ até
7/8 HZ, por ser um animal mais adaptado às
condições climáticas da
região. Buscando o melhoramento genético utiliza-se a inseminação artificial com acasalamento dirigido usando sêmen
da raça Holandesa e um
touro Gir registrado
para repasse.
Explorando o potencial produtivo das pastagens da propriedade, a
alimentação volumosa
das vacas em lactação é
feita a base de pasto na
época das águas e na
época da seca recebem
cana corrigida com uréia
e sulfato de amônio,
sendo que o concentrado produzido na propriedade é fornecido durante todo o ano, e pratica-se suplementação
mineral forçada e ingestão voluntária. No aleitamento as bezerras são
criadas em abrigos individuais e suplementadas
com concentrado peletizado, sendo que o desaleitamento ocorre próximo aos 90 dias de idade. Na fase de transição
os animais são alimentados a pasto com suplementação de concentrado e sal mineral. Na recria as novilhas são levadas a pasto com sal
mineral à vontade e na
época da seca elas recebem sal proteínado. As
vacas secas e novilhas
gestantes são alimentadas a pasto com sal mineral à vontade, sendo
que 30 dias antes do parto são levadas para o piquete de pré-parto próximo ao curral para
acompanhamento e passam a receber concentrado e cana corrigida.
A propriedade vem obtendo grandes avanços
com as práticas de manejo adotadas, com objetivo de continuarem crescendo na atividade, os
produtores continuam investindo em tecnologias,
3
em março de 2010 foi
inaugurada a ordenha mecânica de fosso com 4
conjuntos e através do capacitação da mão-deobra a mesma será otimizada permitindo uma exploração mais eficiente
do potencial produtivo da
propriedade e a implantação de novas tecnologias.
Portanto, com a dedicação dos irmãos juntamente com a assistência
técnica e gerencial do
PDPL-RV, as metas traçadas para a Fazenda Floresta serão atingidas, garantindo uma maior lucratividade para a propriedade.
Bezerros em abrigos individuais
Novilhas em fase reprodutiva
Bruno Gonçalves Caixeta - Estudante de Medicina Veterinária
Thiago M. R. Rocha - Estudante de Zootecnia
4
JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE
Pré-dipping: Qual
produto devo usar?
Atendendo as novas
tendências do mercado, a pecuária
leiteira está se tornando uma atividade
de alta tecnificação
cujo cenário exige
produções maiores e
melhores. Desta forma é necessário fazer uso de práticas que contribuam para
melhorar a qualidade do leite produzido.
Uma prática indispensável para obtenção de um leite de qualidade é a desinfecção dos tetos antes da
ordenha (pré-dipping) que
proporciona uma significativa diminuição do risco de
mastite, principalmente a
causada por patógenos ambientais, e também redução
em até 80% da contagem
bacteriana total.
Entretanto, é essencial
que o tipo de solução, tipo
do aplicador, a forma de
aplicação, o tempo de atuação e principalmente a
concentração do produto
sejam controlados rigorosamente. O erro em qualquer
um destes itens pode levar
a uma ineficiência da técnica de desinfecção e conseqüentes prejuízos para o
sistema de produção. O ideal
é fazer uma imersão de 7590% do teto com o desinfetante, e este deve permanecer no teto por no mínimo 20-30 segundos.
Os produtos mais utilizados na desinfecção são a
base iodo 0,3%, clorexidina
0,3% e cloro 0,8 a 1,2%. A
ampla utilização de iodo
0,3% no pré-dipping é justificada por suas características desejáveis, como rápida ação, amplo espectro,
excelente estabilidade, baixa toxicidade à pele da mão
do ordenhador e do teto do
animal, ausência de resíduos no leite, alta eficácia
germicida e estável na matéria orgânica. Por isso, tor-
na-se o de melhor escolha.
Outra opção são os produtos a base clorexidina 0,3%
que possuem características
semelhantes ao iodo 0,3%,
porém têm sua ação levemente diminuída na presença de matéria orgânica. O
cloro 0,8 a 1,2% também
apresenta larga utilização,
devido principalmente à sua
eficácia e baixo custo. No
entanto, possui como desvantagens irritação das
mãos do ordenhador, e, sobretudo, a grande perda de
eficiência na presença de
matéria orgânica.
Desta forma, cabe ao
produtor e ao técnico analisarem e definirem qual o
melhor produto a ser utilizado em sua propriedade
levando em consideração as
vantagens, desvantagens e
o custo benefício de cada
um, escolhendo aquele que
melhor se adapte a sua realidade.
Sendo uma medida prática e de baixo custo a utilização do pré-dipping torna-se indispensável no dia a
dia da atividade leiteira.
Assim, além de ajudar na
prevenção das infecções da
glândula mamária essa simples prática contribui para
a produção com um elevado padrão de qualidade.
Bento Soares F. de Sousa
Ernesto Barbosa Brandão
Estudantes de Med. Veterinária
Faculdade Pio Décimo
Ano XIX - Número 252 - Viçosa, MG - Março de 2010
10 MAIORES PRODUÇÕES MÊS DE FEVEREIRO/2010
PRODUTOR
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Produção
Total no mês
79.785
56.140
44.321
39.220
28.094
27.987
24.010
23.288
22.102
21.076
Município
Cajuri
Coimbra
Visc. do Rio Branco
Araponga
Coimbra
Ervália
Piranga
Piranga
Oratórios
Coimbra
Antônio Maria da Silva Araújo
José Afonso Frederico
Hermann Muller
Paulo Frederico
Paulo Martiniano Cupertino
Danilo de Castro
José Renato Araújo
Cristiano José da Silva Lana
Marco Túlio Araújo
Sérgio H. V. Maciel
10 MAIORES PRODUTIVIDADES MÊS DE FEVEREIRO/2010
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
PRODUTOR
Município
Antônio Maria da Silva Araújo
José Afonso Frederico
Ozanan Luiz Moreira
Paulo Frederico
Sérgio H. V. Maciel
Antônio Saraiva
Marcos Geraldo dos Santos
José Renato Araújo
Paulo Martiniano Cupertino
João Bosco Diogo
Danilo de Castro
Cajuri
Coimbra
Ubá
Araponga
Coimbra
Porto Firme
São Geraldo
Piranga
Coimbra
Porto Firme
Ervália
Produtividade por
Vacas em Lactação
23,13
19,29
19,13
18,68
18,01
14,27
15,09
13,56
14,86
16,21
18,29
Produtividade
por Vaca Total
17,61
16,27
15,18
12,94
12,77
12,23
11,60
11,60
11,42
11,40
11,11
Curso teórico e prático de GPS
O PDPL-RV com intuito
de melhorar a capacitação
de seus estagiários que ingressaram neste período,
promoveu um treinamento prático de manuseio
do GPS com o técnico do
Programa, e um curso teórico e prático do progra-
ma Data Geosis ministrado pelo com o Prof. Antônio Santana Ferraz do DEC
da UFV, os estudantes puderam aprender como
transferir dados do GPS
para o computador, fazer
mapas, calcular áreas,
ressaltando o agradeci-
mento pela boa vontade e
dedicação do professor
em repassar seus conhecimentos.
Paulo Frederico Filho
Estudante de Agronomia
R E C E I TA
Bolo na brasa
INGREDIENTES
3 xícaras (chá) de fubá mimoso
2 xícaras (chá) de açúcar
2 xícaras (chá) de leite
1 pitada de bicarbonato de sódio
MODO DE PREPARO
Junte o fubá, o açúcar e o leite.
O bicarbonato é colocado por último. É ele que faz a massa crescer.
Bata o bolo à mão. Para untar a forma que, na verdade, é uma panela
de ferro, use um pedaço de folha
de bananeira. É ele que protege a
massa levada à brasa. A panela é
colocada na taipa do fogão à lenha
e coberta com uma chapa de aço,
também com brasa. Assim, o bolo
fica pronto em 20 minutos. O segredo não está só na receita. Está
também no fogo. Tanto a brasa de
baixo, como a de cima, têm de estar na temperatura certa. Se passar do ponto, o bolo queima. A temperatura ideal para assar o bolo é
de 180 graus.
Fonte: http://globoruraltv.globo.com
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