Congresso Nacional de Feijão-caupi VI Reunião Nacional de Feijão-caupi Irrigação na produção de feijão-caupi Edson Alves Bastos Aderson Soares de Andrade Júnior Teresina, PI, 23 e 24/05/2006 - Importância do manejo de irrigação - Parâmetros do sistema solo-planta-atmosfera - Métodos de manejo de irrigação. - Manejo de irrigação em tempo real. - Lâmina de irrigação. - Tempo de irrigação. - Suspensão da irrigação - Uso de planilhas eletrônicas para o MI Importância do manejo racional de irrigação: Fornecer água de acordo com a necessidade hídrica; Permitir economia de água e energia; Manter favoráveis as condições de umidade do solo e fitossanidade das plantas; Proporcionar elevadas produtividades e produtos de de boa qualidade. Para praticar o manejo racional de irrigação é necessário: Parâmetros do sistema solo-planta-atmosfera: Solo: PMP, DS, f: auxiliam no entendimento do solo como reservatório de água; Planta: Z, Kc Atmosfera: ET, P, I: fatores que influenciam no esvaziamento ou abastecimento desse reservatório. Outros fatores Importante para o cálculo da disponibilidade de água no solo Qde. máxima de água aplicada Capacidade de armazenamento Como calcular ? Exemplo : CC = 13,9 cm3.cm-3 PMP = 4,2 cm3.cm-3 Z = 20 cm LTD = 19,4 mm Quando o turno de irrigação é diário, o conceito de soloreservatório deixa de ser importante O teor de água no solo deve ser mantido em um nível que permita a planta realizar seus processos fisiológicos, de forma a maximizar sua produção. Como calcular ? CC PMP LRD Z F 10 Exemplo : CC = 13,9 cm3.cm-3 ; PMP = 4,2 cm3.cm-3; Z = 20 cm F = 0,5 LRD = 9,7 mm É o somatório das perdas de água pela transpiração das plantas e evaporação do solo (Taxa que o reservatório seca) Como calcular ? ETC = ETo * Kc Medidas diretas Lisímetros Medidas indiretas Equações de estimativa Definição: É um equipamento que consiste de uma caixa impermeável, contendo um volume de solo, e que permite conhecer alguns termos do BAS. Tipos: (Somente para pesquisa) Lençol freático constante; Lisímetros de drenagem; Lisímetros de pesagem mesma finalidade Método do Tanque Classe A ETo = ECA * kp Tanque Classe A TABELA 3. Valores de coeficiente do Tanque Classe A circundado por grama, em função da velocidade do vento, bordadura e umidade relativa do ar. Velocidade do vento (m/s) <2 (leve) 2–5 (moderado) 5–8 (forte) >8 Muito forte Bordadura (Grama) (m) Baixa < 40 % 1 10 100 1000 1 10 100 1000 1 10 100 1000 1 10 100 1000 0,55 0,65 0,70 0,75 0,50 0,60 0,65 0,70 0,45 0,55 0,60 0,65 0,40 0,45 0,50 0,55 Fonte: Doorembos & Pruitt (1977) Umidade relativa do ar Média 40 – 70 % 0,65 0,75 0,80 0,85 0,60 0,70 0,75 0,80 0,50 0,60 0,65 0,70 0,45 0,55 0,60 0,60 Alta > 70 % 0,75 0,85 0,85 0,85 0,65 0,75 0,80 0,80 0,60 0,65 0,75 0,75 0,50 0,60 0,65 0,65 - Método de Tornthwaite: Tmed - Método de Camargo: Tmed, Qo - Método de Hargreaves & Samani: Tmax, Tmin, Tmed e Qo - Método de Andrade Júnior: Tmed e UR - Penman-Monteith: Tmed, RL, INS, V, UR e Patm Método de Penman-Monteith 1 900 ET o Rn G U2 es ea * s * T 275 s s Kc = ETC ETo É determinado experimentalmente e varia conforme a fase de desenvolvimento da planta Exemplo : Feijão-caupi Fase 1 (0 a 15 DAE): Kc =0,50 Fase 2 (16 a 44 DAE): Kc = 0,80 Fase 3 (45 a 57 DAE): Kc = 1,05 Fase 4 (58 a 70 DAE): Kc = 0,75 I – 0,56 II – 0,93 III – 1,01 IV – 0,72 I – 0,69 II – 0,83 III – 1,15 IV – 0,90 Precipitação pluviométrica total (Pp) Precipitação efetiva: (Pe) É a porção da chuva que se infiltra, fica armazenada no solo e disponível às plantas. A estimativa de Pe é difícil e trabalhosa. Na prática, pode-se admitir: Se Pp < LRD Pe = Pp Se Pp > LRD Pe = LRD Exemplo: Se Pp = 15,6 mm e LRD = 9,7 mm Então, Pe = 9,7 mm Como medir a chuva ? Pluviômetro caseiro L = V * 10 A A = 3,1415 * D2 4 Pluviômetro caseiro Pluviômetro caseiro 6.1 Método do turno de irrigação 6.2 Método da tensão de água no solo 6.3 Método do balanço de água no solo LRD TI ETC Exemplo: TI = 9,7 = 2 dias 4,5 Desvantagem: ETC médio A irrigação deve ser efetuada sempre que a tensão atingir um valor máximo que não prejudique o desenvolvimento das plantas Tabela 1 Culturas Alface Banana Batata-doce Cenoura Feijão Melão Melancia Milho Pastagens (gramíneas) Tensão de água no solo (kPa) 40 – 60 30 – 150 240 20 – 30 75 – 200 30 – 80 30 – 80 50 – 100 30 – 100 Fonte: Adaptado de Millar (1984) e Marouelli et al. (1989), citados por Sousa et al. (1997). Umidade (cm 3 cm -3 ) 0,19 a 0,17 0 - 20 cm 20 - 40 cm 0,14 0,12 0,09 0,07 0,04 1 10 100 1000 Potencial matricial (-kPa) Solo Arenoso Solo Arenoso 10000 0,24 b 0,22 0,19 0,17 0,14 0,12 0,09 0,07 0,04 10 100 1000 Potencial matricial (-kPa) Solo Aluvial Solo Aluvial 10000 Água que entra P + I = = Água que sai ETC Exemplo: ETC = 5 mm P=0 I = 5 mm Obs.: Será enfatizado posteriormente Consiste em se monitorar, continuamente, as variáveis climáticas por meio de técnicas de microprocessamento, da microeletrônica e de sensores, que possibilitam a aquisição, transferência e o armazenamento dos dados. Há necessidade de estações meteorológicas automáticas Sistema de aquisição de dados: dataloggers; sensores e computadores; Fonte de energia: baterias, painel solar ou conversores de energia de corrente alternada. Programação das leituras a cada minuto; Armazenamento dos valores médios de 30 min; Coleta de dados: soft em ambiente windows Transferência: disquete ou transmissão à distância (telemetria por modem telefônico, rádio ou satélite) Depois de coletados > ETo e ETC Informação disponível via homepage, fone ou fax. Lâmina líquida: Lâmina bruta: n LL ET C Pe 1 LB = LL/Ef Exemplo: Considerando que: - ETC = 13 mm -Pe = 4,20 mm -Ef = 0,81 LL = 13 – 4,2 = 8,8 mm LB = 8,8/0,81 = 10,9 mm LB T x60 I Em que: LB: lâmina bruta I: intensidade de aplicação Q I E xE 2 1 Q: vazão do aspersor (L/h) E1 x E2: espaçamentos entre laterais e entre aspersores (m x m) Exemplo: Considerando que: - Q = 3.200 L/h - E1 = 18 m - E2 = 18 m 3.200 I 9,9mm/h 18x18 10,9 T x60 66min 9,9 CC PMP LRD Z F 10 Exemplo : CC = 20,35 => 25,44 cm3.cm-3 ; PMP = 8,76 => 10,95 cm3.cm-3 Ds = 1,25 g/cm3 Z = 20 cm F = 0,6 LTD = 29 mm; LRD = 17,3 mm