Mesa Redonda: Ventilação Mecânica • Congresso Centro-Oeste de Medicina Intensiva 1 a 9 de maio de 2009 em Goiânia. • Novos modos ventilatórios o que eles mudaram no prognóstico dos pacientes? a) Ventilação Não Invasiva b) Ventilação de Alta Freqüência c) Ventilação Líquida d) NAVA Eduardo Juan Troster VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA 2 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA • OBJETIVOS – Troca gasosa – Diminuição do trabalho respiratório – Aumento do volume pulmonar 3 Riscos da Cânula Traqueal • Inerentes ao procedimento de intubação – Inerentes a perda de defesa da via aérea – Seqüelas da cânula na via aérea 4 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA 5 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA 6 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA 7 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA • CRITÉRIOS DE SELEÇÃO – Evidência de Insuficiência Respiratória Aguda – Cooperativos – Descartadas as contraindicações 8 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA • CONTRA INDICAÇÕES – Coma (alto risco de aspiração ou vômitos) – Instabilidade hemodinâmica – Sangramento gastrointestinal – Cirurgia recente: facial, gástrica, esofágica – Alteração anatômica fixa de via aérea superior – Trauma de face e/ou queimadura – Secreção excessiva de via aérea 9 – Obesidade mórbida VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA • INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA – Primariamente Ventilatória ( CO2) – Primariamente Hipoxêmica ( O2) 10 VNI • Insuficiência Respiratória Ventilatória – DPOC – Asma – Doença neuromuscular • Insuficiência Respiratória Hipoxêmica – – – – – Pneumonia SDRA Edema agudo de pulmão Hemorragia Pulmonar Contusão pulmonar 11 VENTILATÓRIA • Doença Pulmonar Crônica • Doença Neuromuscular • Apnéia do Sono 12 Crit Care Med, 1998 HIPOXEMIA NÃO INVASIVA 0 CONVENCIONAL 6 0 0 6 0 1998 13 N Engl J Med, PaO2/FiO2 HIPOXÊMICA PNEUMONIA PRÉ BIPAP PÓS BIPAP PRÉ BIPAP PÓS BIPAP 14 CHEST, 1995 INVASIVA EQUIPAMENTO 15 VNI: EQUIPAMENTO 16 INTERFACES 17 VNI 18 19 20 21 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA • MONITORIZAÇÃO – Troca gasosa – Subjetivos (conforto, dispnéia, nível de consciência) – Objetivos (uso de musculatura acessória, FR, FC) – Complicações (distensão gástrica, necrose facial, acúmulo de secreções, náuseas e vômitos) 22 VANTAGENS 1. Aplicação • Fácil de iniciar e retirar • Permite uso intermitente • Melhora conforto e diminui sedação 2. Boca • Preserva fala e deglutição • Preserva tosse • Reduz necessidade 3. Evita resistência da COT 4. Evita as complicações da COT • Trauma local • Aspiração • Lesão da hipofaringe laringe e traqueia • Infecções Nosocomiais 23 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA 35 32 Não invasiva COT 30 25 20 12 15 12 11 8 10 5 5 0 1,5 1,4 0 1 0 0 Pneumotórax Distensão Gástrica Hipotensão Pneumonia Sinusite Lesão direta 24 1. Sistema: correção lenta da troca gasosa • Distensão Gástrica • Tempo gasto inicialmente 2. Máscara Escape de ar • Hipoxemia se remoção acidental • Irritação do olho • Lesão de pele 3. Falta de acesso e proteção de Via aérea : Broncoaspiração • Aspiração de secreções Desvantagens 25 Mesa Redonda: Ventilação Mecânica • Novos modos ventilatórios o que eles mudaram no prognóstico dos pacientes? a) Ventilação Não Invasiva b) Ventilação de Alta Freqüência c) Ventilação Líquida d) NAVA Eduardo Juan Troster Ventilação de Alta Freqüência Bases Fisiológicas • Desde o advento da VM com pressão positiva se observou que esta induz ou potencializa a lesão pulmonar: – Greenfield et al., 1964- cães ventilados por 1 a 2hs com PIP 28 a 32cmH2O – aumento da tensão superficial e atelectasias; – Barsch et al., 1970 e Kolobow et al., 1987 mostraram evidência patológica de edema e hemorragia alveolar, lesão vascular e membrana hialina em animais submetidos à VM; – Dreyfuss et al.,1985; Dreyfuss et al., 1988; Hernadez et al., 1989 – descreveram como fatores independentes de lesão pulmonar os altos picos inspiratórios e altos volumes correntes 27 Ventilação de Alta Freqüência Bases Fisiológicas – Dreyfuss et al., 1988 - Am Rev Respir Dis 137:1159-1164 – VM em ratos com HiP-HiV, LoPHiV, HiP-LoV I125 albumin (%) Extravascular lung water (ml/kg) 10 90 9 80 8 70 7 60 6 50 5 40 4 30 3 2 20 1 10 0 0 HiP-HiV LoP-HiV HiP-LoV HiP-HiV LoP-HiV HiP-LoV 28 Ventilação de Alta Freqüência Bases Fisiológicas – Enhorning, 1972; Robertson, 1976 – postularam que a lesão pulmonar na atelectasia decorria das forças de estresse na abertura e fechamento das vias aéreas terminais; – McCulooch et al., 1988 – 1º estudo mostrando que a atelectasia potencializava a progressão da lesão pulmonar aguda em coelhos depletados de surfactante e com grau de re-expansão como variável controlada (VAFO com volume pulmonar alto, volume pulmonar baixo, e ventilação convencional com VC- 15 ml/kg e PEEP para PO2 entre 70 e 100, em FiO2100%) – diferenças significativas na mecânica pulmonar, na histologia pulmonar. 29 Volume Pulmonar Alto X Baixo McCulloch PR et al, Am Rev Resp Dis 1988 30 Ventilação de Alta Freqüência Bases Fisiológicas – Kolton et al, 1989; Hamilton et al.,1983 – VAFO após manobras de recrutamento (insuflação acima das pressões de abertura dos pulmões) reduzia a lesão pulmonar aguda; – Meredith et al., 1989; DeLemos et al., 1992 – mostram diferenças significativas já nas 1º 24 hs em animais ventilados desde nascimento com VAFO com aeração alveolar e animais em VM convencional; 31 Ventilação de Alta Freqüência Bases Fisiológicas – Muscedere et al., 1994 – demonstrou que a ventilação com volume expiratório final baixo potencializa a lesão pulmonar e é tão deletéria quanto a hiperdistensão; 32 Ventilação de Alta Freqüência Racionalização fisiológica para o seu uso 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 Atelectasia 1º ponto de Inflexão 0 10 20 30 Pressão (cm H2O) Normal 40 Hiperdistensão 33 Ventilação de Alta Freqüência Histórico • Em 1915 Henderson e Chillingworth descreveram os efeitos de taxas ventilatórias rápidas na troca gasosa; • Em 1952 Jack Emerson patenteou um dispositivo de alta freqüência para uso clinico; 34 Ventilação de Alta Freqüência Definição • VM numa FR alta • Ventilação com VC pequeno e menor que o espaço morto anatômico • Conceitos clássicos de ventilação não explicam a troca resultante de gases 35 Ventilação de Alta Freqüência • Pressão aumentada para manter Vp>CRF: – alta o suficiente para evitar colapso das áreas menos complacentes; – baixa o suficiente para evitar distensão de áreas mais complacentes; • As oscilações são sobrepostas a um Vp relativamente constante: – Evita mudanças no volume cíclico entre expansão e retração 36 Tipos de Ventilação Tipos de VM (convencional e alta freqüência) Ventilador FR inspiração expiração VMC 2- 60 ativa passiva VAF com PP VAF jato 60-150 ativa passiva 60-600 ativa passiva VAFO 300- 3600 ativa ativa 37 Tipos de VAFO • Pistão – oscilador – Humminbird V • Caixa de som – Sensor Medics 3100A • Interruptor de fluxo – Inspiratório – Infant Star – Expiratório – Babylog 8000 38 Ventilação de Alta Frequência Oscilatória Hummingbird V Sensor Medics 3100 A e 3100B 39 VAF – interruptores de fluxo • Ventilação Convencional em cças até 20 kg • Ventilação de Alta Freqüência Oscilatória em RN até 3 a 5 Kg 40 VAFO – mecanismos de troca gasosa 41 VAFO –indicações em RN • Falha Ventilação Convencional – S. Escape de Ar • Enfisema Intersticial • Pneumotórax • Fístula Bronco Pleural – D. Membrana Hialina – Pneumonia,Atelectasia, Hipoplasia Pulmonar – Hipertensão Pulmonar • Em associação ao Óxido Nítrico 42 VAFO indicações • Falha Ventilação Convencional – Prematuros • PIP > 22 (relativo) • PIP > 25 (absoluto) – Termo • PIP > 25 (relativo) • PIP > 28 (absoluto) 43 VAFO- indicações • Tratamento Primário – RNPT – Hérnia Diafragmática 44 Crianças • Indicações – Falha VC • SDRA • Fístula Bronco Pleural 45 Fístula Bronco Pleural em VC 46 Fístula Bronco Pleural em VAFO 47 48 49 Volume Pulmonar (ml) Pressão Via Aerea (cm H2O) Manobra de Recrutamento na VAFO 50 40 30 sec 30 20 10 0 50 40 30 sec 30 20 10 0 Time 50 Mesa Redonda: Ventilação Mecânica • Novos modos ventilatórios o que eles mudaram no prognóstico dos pacientes? a) Ventilação Não Invasiva b) Ventilação de Alta Freqüência c) Ventilação Líquida d) NAVA Eduardo Juan Troster VENTILAÇÃO LÍQUIDA • PERFLUORCARBONO – ALTA SOLUBILIDADE PARA O2 E CO2 – BAIXA TENSÃO SUPERFICIAL – INERTE, INODORO E INCOLOR – ELIMINADO POR EVAPORAÇÃO • TOTAL OU PARCIAL 52 PEEP Tradicional PEEP Liquido Proporcional 53 Pre Enchimento Liquido 5 min apos enchimento 54 1 hora apos instalacao liquido 55 Mesa Redonda: Ventilação Mecânica • Novos modos ventilatórios o que eles mudaram no prognóstico dos pacientes? a) Ventilação Não Invasiva b) Ventilação de Alta Freqüência c) Ventilação Líquida d) NAVA Eduardo Juan Troster Neural Adjusted Ventilatory Assist NAVA 57 66 75 915 Rev. 00 Neuro-muscular coupling Health μV Disease μV μV Edi ml VT 66 75 915 Rev. 00 ml ml 58 NAVA concept Nature 1999 59 59 10 % 10 % 10 % VV t (l) V t (l) t (l) t (l) (l)V t (l) A(% didi)(%(%)V)t V E AEdiE A 0.5 l 0.5 l 0.5 l (% AA di E A EdiE di)(%(%) ) If the diaphragm becomes weaker and/or the inspiratory load increases, the diaphragm electrical activation must increase to maintain a given volume. V Vt (l) t (l) A (% didi)(%(%) ) V t (l) E AE diE A HH ealthy H ealthy ealthy ODOP P DD C OCPC P P PI P PI I Post-polio COPD Healthy NAVA – Neuro ventilatory coupling Sinderby et al JAP 1998 10 s 10 s 10 s Time (s) Time (s) Time (s) 60 60 NAVA Esophagus 61 61 NAVA 62 62 NAVA accessories PC Card Edi Edi Cable Catheter Edi Module 63 63 Edi Catheters Package Each Edi Catheter is sterile and packed individually Package can be used for dipping the Edi Catheter in water Instruction for insertion and positioning of the Edi Catheter come with the package of each Edi Catheter Delivered in numbers of 5 each 64 64 Edi curve 65 65 Select correct Edi Catheter size 66 66 Edi Catheter positioning procedure The NEX-measure 67 67 Edi Catheter positioning procedure Nasal insertion Insertion distance Y for nasal insertion Fr/cm Calculation of Y 16 Fr NEX cm · 0.9 + 18 = Y cm 12 Fr NEX cm · 0.9 + 15 = Y cm 8 Fr 125 cm NEX cm · 0.9 + 18 = Y cm 8 Fr 100 cm NEX cm · 0.9 + 8 = Y cm 6 Fr 50 cm NEX cm · 0.9 + 3.5 = Y cm 6 Fr 49 cm NEX cm · 0.9 + 2.5 = Y cm 68 68 Edi Catheter positioning procedure Oral insertion Insertion distance Y for oral insertion Fr/cm Calculation of Y 16 Fr NEX cm · 0.8 + 18 = Y cm 12 Fr NEX cm · 0.8 + 15 = Y cm 8 Fr 125 cm NEX cm · 0.8 + 18 = Y cm 8 Fr 100 cm NEX cm · 0.8 + 8 = Y cm 6 Fr 50 cm NEX cm · 0.8 + 3.5 = Y cm 6 Fr 49 cm NEX cm · 0.8 + 2.5 = Y cm 69 69 Edi Catheter positioning procedure Insert the Edi Catheter 70 70 Edi Catheter positioning procedure Connect the cable 71 71 Edi Catheter positioning procedure Neural access 72 72 Edi Catheter positioning procedure Edi Catheter positioning window • Four ECG curves for Edi catheter position • Edi curve • Scale and sweep speed settings • Freeze function 73 73 Edi Catheter positioning procedure The Edi signal 74 74 Edi Catheter positioning procedure Position and Edi signal 75 75 Edi Catheter positioning procedure PositionEdiand Edi signal Catheter too far down 76 76 Edi Catheter positioning procedure Position and Edi signal Edi Catheter too far up 77 77 Edi Monitoring 78 78 NAVA preview • Estimated Ppeak (Pest) in NAVA = = NAVA Level x (Edi peak – Edi min) + PEEP 79 79 Select ventilation mode 80 80 Set NAVA ventilation mode 81 81 Low Edi signal •Hyperventilation •Sedation •Neural disorder •Muscle relaxants 82 82 Benefícios do NAVA •Melhora a interação do paciente com o ventilador •Aumenta a monitorização respiratória •Desfecho final: Mortalidade e Morbidade ???? 83 83 Independente do Modo Ventilatório escolhido: a) Conhecer bem como funciona, isto é, estude o mecanismo de funcionamento b) Evite VILI ( Lesão induzida pela VM) , isto é, evite hiperventilação e hiperoxemia c) Evite Pneumonia associada a VM d) Tempo prolongado de VM, isto é, desmame no momento adequado 84 84 85 Muito Obrigado pela Atenção Quem quiser copiar as aulas e divulgálas estão à disposição no Multimídia Desk com a Karla ou Glaucie. Fiquem à vontade pois : “O Verdadeiro papel da ciência é diminuir o sofrimento da humanidade” Bertold Brecht 86