COP16 – Espaço Brasil
Painel: Planeta Sustentável –
O Poder da Coletividade
Tópicos sobre Ações
de Mitigação no
Saneamento
realizadas pela Sabesp
Marcelo Morgado
Assessor de Meio Ambiente da Presidência
Cancun, 10/12/10
Topicos
Dados da Sabesp;
Saneamento e mudanças climáticas;
Efeitos sobre o negócio e papel chave do setor;
Sabesp pioneira em reportar e elaborar um
inventário de carbono e reportar no CDP;
Esforços da Sabesp em mitigação;
Programa de Redução de Perdas;
Adoção de fontes alternativas de energia;
Parcerias para pesquisa e inovação;
Renovação de frota com carros flex.
Sabesp
Uma das maiores provedoras de
serviços da água e esgoto do mundo...
Total
Internacional
115.0
108.4
63.1
26.0
Veolia
Suez
RWE
AGBAR
25.6
Sabesp
23.8
United
Utilities
15.7
ACEA
14.5
Severn
Trent
13.2
SAUR
Fonte: Pinsent Masons – Water Yearbook – 2006-2007
(inclui 3,3 milhões de clientes em municípios servidos com água em atacado)
Forte governança corporativa ...
Companhia de capital misto;
Listada no “Novo Mercado” e na NYSE, implicando em altos
padrões de governança corporativa (SOX, SEC, CVM, órgãos
de controle do governo paulista etc.);
100% de ações ordinárias.
NYSE
25,7%
Bovespa
24,0%
Estado de
São Paulo
50,3%
Expansão dos serviços de saneamento é
um grande desafio no Brasil…
Serviço de água
Serviço de esgoto
< 40%
< 10%
40,1 a 60%
10,1 a 20%
60,1 a 80%
20,1 a 40%
80,1 a 90%
40,1 a 70%
> 90%
> 70%
Fonte: SNIS, 2007
Para atingir essa ambiciosa meta, o volume de
investimentos foi duplicado
Plano de investimentos no total de R$ 8,6 bilhões para 2009 a 2013
Investimentos (R$ milhão)
2000
1708
1800
1751
1753
1748
2010P
2011P
2012P
1651
1600
1400
1200
1000
800
601
905
921
2006
2007
678
600
400
200
0
2004
2005
2008
2009P
Saneamento & Mudanças Climáticas
Impactos do Aquecimento Global no Negócio
Diretos:
• ciclos de chuva instáveis e secas, mais evaporação em represas, maior
consumo devido ao calor, mais casos de afloramento de algas, eventual
ampliação de pluma e contaminação de águas subterrâneas.
Indiretos:
• Investimentos e despesas para atender às metas desafiadoras do
Estado de São Paulo ( 20% de redução até 2020 – linha de base: 2005);
• Dano a instalações (ETAs de Franca e Campo Limpo inundadas em
2009).
Papel Chave do Setor de Saneamento
• Setor eletrointensivo pelas necessidades da aeração no
tratamento de esgoto e do bombemanto de água e esgoto
(sobretudo a água, que é distribuída pressurizada, enquanto o
esgoto é coletado, em geral, por gravidade) – Sabesp é o maior
consumidor de eletricidade de S. Paulo – 1,82% do total;
• o peso na economia. No Brasil, o saneamento foi responsável
por 2,1% do total das emissões de GEE's em 2005 (2,0% em
1990). Em valores absolutos em 2005: 18107 Gg de CH4 e 639 Gg
de CO2. Em 2005, para comparação, emissões dos aterros :
7,8%, efluentes industriais: 3,3%. (Fonte: 2ª Comunicação Nac.
Bras. ao UNFCC - 2010). No inventário paulista (base 2005) o
valor é próximo: 1,6% (26,5% das emissões do segmento
"Resíduos e Efluentes" que representa 6% dos GEEs no estado).
Os efluentes industriais contribuem com 1,1% e os
incineradores industriais com 0,01%.
Tendência de inércia positiva do saneamento
O saneamento potencialmente reduz as emissões conforme a
universalização avança, pois:
1) menor geração de metano em fossas sépticas e (degradação
anaeróbia dos sólidos sedimentados) e aterros de lodo;
2) tratamento por lodos ativados tende a ser preponderante e é
aeróbio. Mesmo com maior consumo de energia gera menos
metano. Nas ETEs maiores o lodo segue para biodigestores e o
biogás é queimado em tochas;
3) possibilidade de cobertura de lagoas facultativas e queima de
biogás e lodo para gerar energia nas maiores ETEs.
Obs: os inventários podem não mostrar esta tendência ao
complia somente emissões de ETEs que tendem a aumentar em
número.
Oportunidades para conciliar “Ecologia com Econômia”
• reduzir perdas de água (vazamentos) e ao mesmo tempo: 1)
consumir menos eletricidade (bombeamento e tratamento); 2) evitar
investimentos para trazer água bruta de ainda mais longe, com
gastos extras em bombeamento;
• capturar carbono via reflorestamento de mata ciliar em rios, lagos e
represas e ao mesmo tempo: 1) manter a qualidade da água de
mananciais, significando menos produtos químicos; 2) prevenir a
erosão e enchentes, redução de fluxo e piora de qualidade por
assoreamento;
• estimular o uso racional da água economizando energia e ao
mesmo tempo: 1) criar um novo serviço para grandes clientes; 2)
evitar investimentos no desenvolvimento de novos mananciais.
• produzir energia a partir de represas e lançamentos com diferença
de cota, sem criar novas áreas inundadas;
• queimar lodo de biogás de ETE’s e gerar eletricidade e vapor (calor
para digestão termofílica, gerando-se mais metano e menos lodo);
Conclusões: inércia positiva em GEE’s com universalização do
saneamento com benefícios sociais e ambientais.
1º Inventário de Carbono da Sabesp e
Participação no CDP
1º inventário de empresa de saneamento na América do Sul
Em 2008, a Sabesp publicou o seu primeiro inventário de carbono
apontando 1.719.159 de toneladas de CO2-e, referente ao
ano de 2007. A principal fonte de emissões diretas é a coleta e
tratamento de esgotos, correspondendo a 93,2%. A segunda mais
importante são as emissões indiretas associadas ao consumo de
eletricidade: 3,7%.
Nota: a avaliação seguiu os protocolos GHG.
TIPO DE EMISSÃO
Diretas
Indiretas
Total
ATIVIDADE
EMISSÕES DE CO2e (t)
Tratamento d e esgotos
(tratado e não tratado)
1.590.268
Frota própria de veículos
22.106
Frota náutica (vigilância de represas)
4
Geradores e outros equipamentos
23.222
Eletricidade
62.928
Frota alugada
20.365
Transporte aéreo de funcionários
266
-
1.719.159
Participação no CDP desde 2006 ...
Foi tomada a decisão de ingressar no CDP Supply Chain
em 2011 (200 fornecedores chave serão selecionados
com base em curva ABC e envolvidos via seminário e
questionários;
Perspectiva de adesão ao novo CDP Water (uma
pesquisa com dados sobre pegada da água foi publicada
no Manual de Uso Racional da Água no Comércio em
parceria com a Fecomercio.
Esforços da Sabesp pela Mitigação
A Sabesp apoia metas dasafiadoras na COP15
Nosso Presidente subscreveu a campanha “Seal The Deal” do
Pacto Global da ONU (148 mensagens de CEO’s, sendo 12 de
empresas brasileiras
A Sabesp é uma compania brasileira líder em
sanemanto. O aquecimento global irá impactar
nosso negócio, afetando o ciclo de chuvas. Por isto
estamos já tomando ações para economizar
energia, reduzir perdas de água, produzindo
energia renovável de biogás e hidroeletricidade em
empresas
e
patrocinando
projetos
de
reflorestamento ciliar. A Sabesp segue a Política
Estadual de Mudanças Climáticas, que expressa
nosso compromisso para superar este desafio.
Nós objetivamos fazer mais e desejamos que os
lideres mundiais consensem um compromisso
poderoso para lídar com esta ameaça para a
humanidade e outras espécies na Terra, nossa
casa comum.
Gesner Oliveira
Presidente da Sabesp
Sabesp patrocina parcerias para conscientização e
projetos na questão das mudanças climáticas
O Planeta Sustentável é uma iniciativa para
divulgar os conceitos de sustentabilidade e
boas práticas, através de um portifólio de
36 revistas e um sítio exclusivo, organizada
pela Editora Abril - o maior grupo editorial
da América do Sul. Também se promovem
reuniões com personalidades (Ex: Pavan
Sukhdev - PNUMA, prêmios Nobel Al Gore e
Muhammed Yunus), exposições de
sensibilização como o "Planeta no Parque
do Ibirapuera, em São Paulo, manuais para
promover boas atitudes ambientais etc.
www.planetasustentavel.com.br
Parceiros patrocinadores
Através de parceria com a Fapesp, a Sabesp dará um salto em
pesquisa, tecnologia e inovação (R$ 50 milhões em 5 anos)
Uma das 7 linhas de pesquisa é voltada para projetos de eficiência
energética no saneamento
Sabesp
FAPESP
6.00
6.00
6.00
10.12
11.12
11.12
11.12
2011
2012
2013
2014
5.00
2.00
3.42
3.50
4.78
2007
2008
2009
7.12
2010
A FAPESP é uma das principais instituições no desenvolvimento de pesquisa
científica e tecnológica no Brasil, com orçamento anual de R$ 400 miilhões
FAPESP
SABESP
Cooperação com companhias líderes em tecnologia ...
A Sabesp e a GE assinaram um termo de cooperação técnica para
parceria em projetos de tratamento de água e esgoto (membranas
de ultrafiltração, MBR), reúso de efluente final e geração de
energia no Brasil e no exterior.
50% do suprimento de água da RMSP (20 milhões
hab.) provêm de grande distância ...
CAIEIRAS
21
Projeto 1 Milhão de Árvores no Cantareira
“A água não nasce em árvores, mas sem árvores não se tem água”
A parceria com as ONGs (Instituto Ipê e The Nature Conservancy) e
empresas como a Dersa, plantou em 2009, 552.000 mudas de 60
espécies diferentes. O projeto é apoiado pelos municípios locais e
pela Sec. Est. de Meio Ambiente. Busca-se envolver a comunidade
local e se criou em 2010 uma cooperativa de restauradores florestais
para estimular a geração de renda e emprego.
Projeto “1 Milhão de Árvores no Cantareira”
Parcerias com ONG’s com apoio de Prefeituras e Sec. Est. Meio Ambiente
Represa do Jacareí (Joanópolis) – Parque Ambiental do
Mangue Seco - Prefeitura de Joanópolis – 40 ha
Represa do Cachoeira (Piracaia)
TNC (The Nature Conservancy) – 350 ha
Represa do Atibainha (Nazaré Paulista)
Instituto Ipê – 35 ha (ampliado em 18 ha)
“552.000 mudas plantadas até dez/09”
Plantar árvores: Compromisso com o futuro ...
– Produção de até 80 espécies nativas
– Plantio de 140 mil mudas de 2003 a
2006
– Plantio de 800 mil mudas de 2007 a
2009 (em 2009 plantadas 547.750 no
Cantareira e 130 mil por força de
TACs e TCRAs)
– Viveiros:
• Viveiro do Jaguari (Vargem):
100.000 mudas em saquinho 2L/ano
+ 400.000 mudas de tubete/ano
• Viveiro do Morro Grande (Cotia):
60.000 mudas/ano
• Viveiro Jales: 5.000 mudas/ano
• Viveiro previsto para Botucatu:
1,5 milhão de mudas/ano
A Sabesp patrocina projetos com foco em mudanças
climáticas: "Árvores-flecha"
O Inst. Modclima está desenvolvendo um sistema de bombardeio
aéreo com cartuchos contendo mudas, visando tornar mais viável
a recuperação de áreas degradadas, sobretudo em locais de relevo
acidentado
Programa de redução de perdas
Reduzir perdas de água para elevar a eficiência
operacional e a sustentabilidade ambiental e financeira
Metas Programa Corporativo de Redução de Perdas
800
40
34,0
700
35
32,4 31,9
31,4
29,5
30
28
26
500
553
547
24
25
22
520 511
21
467
400
20
18
421
17
389
360
300
342
20
16
15
14
324
307
290
200
272
255
239
13
221 211
100
15
10
5
0
0
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
IPDt - water loss index per connection (liters/ connection x day)
IPF - water loss index (%)
Perdas médias no Brasil: > 40%
2018
(%)
litros/ramal.dia
600
Melhoria da eficiência operacional &
Fontes alternativas
Aproveitamento de potencial energético através
das PCHs (Pequenas Centrais Hidroelétricas)...
• Cronograma e prazos:
Assinatura do contrato:
-dezembro/09;
Licença de Instalação:
-janeiro/10 a junho/11 (18 meses);
Obras:
-julho/11 a outubro/12 (16 meses);
Operação/Exploração Comercial:
-novembro/12 a outubro/30
(término da outorga – ANEEL).
• Potencial Instalado:
PCH Guaraú – 4.186 kW
PCH Cascata – 2.869 kW
• Valor:
Investimento aproximado de R$ 22 milhões para a construção das PCHs. Todo esse
valor será investido pelo vencedor da licitação, sem qualquer aporte por parte da
Sabesp.
Mesmo pequenas economias são importantes e podem
ser replicadas
Coletores solares fornecem água quente (1,8 m³/h @
55oC) para lavar adensador e centrífugas para desaguar
o lodo (12 t/dia), economizando 120 kWh/mês e
prescindindo de produtos químicos, devido à alta
temperatura).
ETE Taubaté-Tremembé
Cobertura de lagoas anaeróbias
Cobertura de lagoas anaeróbias para eliminar odor e
permitir reter e queimar metano em tochas, ou em
pequenos geradores para o consumo local de
eletricidade.
Parceria: Sansuy, fornecedor
de geomembranas de PVC e
responsável pelo projeto e
instalação. Em estudo o
desenvolvimento de
coberturas planas.
ETE Guzolândia
Frota renovada com carros flex e otimização
Em 2009, 4800 veículos livres e pesados da frota foram
substítuidos por flex e o álcool se tornou de uso
obrigatório.
A conversão trouxe 1,2 milhão de litros de economia
anual, devido a melhor performance dos motores novos
e racionalização do número de carros (1603 próprios
decomissionados para 1442 arrendados).
A manutenção foi terceirizada com cláusulas contratuais
sobre a performance do serviço.
A participação do álcool na compra de combustíveis
passou de 17 para 28% (o diesel contém hoje 5% de
biodiesel ).
O efeito global foi uma redução anual de emissões de
1200 t de CO2-e.
Reconhecimento
Uma das 22 “Empresas Líderes em Políticas de Mudanças
Climáticas”
Prêmio da Revista
Època – Ed Globo
Pense sobre Aquecimento global nos seus
hábitos diários, inclusive ao beber água
Cada garrafa PET 1,5 litro requer 200 ml de petróleo
para ser fabricada. Muita água mineral viaja de muito
longe por avião. O vôo das ilhas Fiji para São
Francisco de significa 0,85 kg de combustível por
garrafa. O mundo consome 180 bilhões de litros de
água mineral por ano. Este negócio emite 60000 t de
CO2-e / ano somente na Austrália (equivale a 1300
carros rodando num ano).
Beba água da torneira
(claro que se for de boa procedência)
Obrigado!
Marcelo Morgado
Assessor de Meio Ambiente da Presidência
[email protected]
www.sabesp.com.br – twitter: @ciasabesp
Flicker: www.flickr.com/sabesp
Youtube: www.youtube.com/SaneamentoSabesp
Blog da Sabesp: www.blogdasabesp.com.br
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