1 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Ana Lúcia Lima de Carvalho Cláudia Aparecida Maia Michele Carolina dos Santos CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A Lins - SP LINS – SP 2012 2 ANA LÚCIA LIMA DE CARVALHO CLÁUDIA APARECIDA MAIA MICHELE CAROLINA DOS SANTOS CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação do Prof. Me. Irso Tófoli e orientação técnica da Prof.ª Ma. Heloísa Helena Rovery da Silva. LINS – SP 2012 3 Carvalho, Ana Lúcia Lima de; Maia, Cláudia Aparecida; Santos, Michele Carolina dos C321c Captação e retenção de clientes: BSB produtora de equipamentos de proteção individual / Ana Lúcia Lima de Carvalho; Cláudia Aparecida Maia; Michele Carolina dos Santos. – – Lins, 2012. 90p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2012. Orientadores: Irso Tófoli; Heloisa Helena Rovery da Silva 1. Captação. 2. Retenção. 3. Clientes. 4. Satisfação. 5. Fidelização de Clientes. I Título. CDU 658 2 ANA LÚCIA LIMA DE CARVALHO CLÁUDIA APARECIDA MAIA MICHELE CAROLINA DOS SANTOS CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em: ___/___/___ Banca Examinadora: Prof. Orientador: Irso Tófoli Titulação: Mestre em Administração pela Cenec/Faceca – Varginha, MG. Assinatura: ____________________________________ 1º Prof. (a): ______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ____________________________________ 2º Prof. (a): ______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ____________________________________ 3 Dedico este trabalho de conclusão de curso à pessoa mais importante da minha vida, minha mãe Maria (Lalá), que nunca mediu esforços para me ajudar. Sem ela não seria possível realizar mais esse sonho. Amo a senhora. Ana Lúcia Dedico este trabalho de conclusão de curso aos meus amores: mamãe, papai e Danilo. Sem vocês não estaria aqui realizando este nosso sonho. Cláudia 4 AGRADECIMENTOS Acima de tudo a Deus, por mais essa oportunidade e conquista. Obrigada por tudo! Aos meus pais, Maria (Lalá) e João Pedro (in memorian), que me deram toda a estrutura para que me tornasse a pessoa que sou hoje. Agradeço a Deus por ter escolhido vocês para serem meus pais, principalmente a senhora, mãe. A você, Lídia Helena, por toda dedicação e paciência de sempre. Obrigada pelas correções de Português e obrigada por ser essa irmã maravilhosa que és. Amo muito você. Ao meu cunhado “mala” Anderson, que também sempre esteve ao meu lado não só nessa fase da minha vida. Ao meu noivo, Luiz Gustavo, que esteve presente em todos os momentos dessa trajetória. Por ter me dado toda a ajuda e apoio que precisava. Mais uma vez, obrigada pela paciência, compreensão, incentivo, apoio e pelos dias estudados juntos, transmitindo toda a sua experiência e conhecimento. Muito obrigada por fazer parte da minha vida e torná-la mais feliz. Amo você! A minha saudosa avó, Helena, que também me apoiou para que concluísse mais essa faculdade. Aguentou todo o meu mau humor e estresse durante esses anos de estudo. Desculpe-me por algo! A minha amiga, Cláudia, que compartilhou expectativas, alegrias e ansiedades. Soube cultivar uma amizade que com o tempo amadureceu. Agradeço por estar ao meu lado com suas palavras carinhosas, dedicação e paciência. Desculpe-me por algum dia e que possa ter te chateado; pode ter certeza que essa nunca foi a minha intenção. 5 A você Michele, que conheci nesse último ano de faculdade. Obrigada por ter entrado no meu grupo de trabalho de conclusão de curso, pois acrescentou (e muito) nosso trabalho. Sem você, ele não teria ficado no nível que ficou. Você sentirá saudades de mim e da Cláudia, não acha? Ana Lúcia Em primeiro lugar a Deus, pela oportunidade na realização desse sonho. A minha família, pela paciência em me aturar, às vezes estressada, cansada e, em muitos momentos, ausente, mas sempre me apoiaram. Ao meu pai e, principalmente, minha mãe, pela educação e força de vontade em batalhar sempre; graças a vocês sou uma vitoriosa. Desculpem-me se algum dia falhei. Amo vocês! Ao meu noivo, Danilo, que é uma pessoa maravilhosa; está sempre do meu lado, paciente e compreensivo, dando força e auxiliando-me no que for preciso, principalmente nas dificuldades. Sem você ao meu lado, nada disso estaria acontecendo. Prometo que no próximo ano iremos “curtir” nosso casamento. Obrigada, Bibi... Te amo muito, e desculpe-me se algum dia te magoei! Aos meus sobrinhos queridos: Cris, Leo, Lê, Bru, Lara e Dudu! A minha etapa foi concluída; agora, realizem o sonho da titia: quero vê-los formados. Amo muito vocês e, apesar de algumas brigas, saibam que é por muito amor e carinho que os corrigimos; afinal, sou um pouquinho de mãe de cada um. A minha amiga, Ana, que desde o primeiro dia que nos conhecemos nos identificamos muito, nos completamos nos erros e acertos, sempre uma apoiando a outra. Sentirei muita saudade desse companheirismo, paciência e dedicação. Obrigada pelo apoio e desculpe se algum dia não superei as suas expectativas. A você, Michele, que conhecemos neste ultimo ano. Com certeza, acrescentou muito para o enriquecimento dessa monografia! Obrigada pela 6 dedicação e desculpe-me se algum dia a decepcionei. Estou certa de que você sentirá saudades de mim e da Ana, assim como nós sentiremos de você! Obrigada professor Irso, pois sem seu apoio não estaria aqui, neste ano, realizando esse trabalho de conclusão de curso junto com as minhas amigas Ana e Michele. Obrigada, Lídia Helena, pelo apoio, pois, apesar de seus compromissos, auxiliou-nos muito com todas as correções de português. Porém, de conjugação, modéstia parte, arrebentamos meninas!!! Cláudia A DEUS... Obrigada, Senhor, mais uma vez por estar ao meu lado e por me dar forças e sabedoria em todos os momentos. Agradeço pelo dom da vida e pelo infinito amor, fazendo com que eu me sinta cada dia mais, uma filha amada. Enfim, senhor, obrigada por tudo! A minha mãe Sônia... Que com suas virtudes ensinou-me a viver a vida com dignidade, aprendendo a dar valor às conquistas. E que, através de suas palavras de carinho, me conforta e me mostra o quanto me ama. Também te amo muito, mãe! A minha avó Aparecida... Vó, você é uma pessoa muito importante pra mim. Com sua simplicidade, me ensinou muito; deu-me uma educação sem igual e tem por mim um amor incondicional. Agradeço-lhe por tudo e, principalmente, por saber que estou sempre em suas orações. Amo-te muito! 7 A minha família... Que sempre esteve ao meu lado, torcendo por mim e me mostrando que tenho forças para vencer qualquer obstáculo. Amo vocês! A minha amiga Sandra... Sandra, amiga, o que seria de mim sem você? Você foi essencial nessa conclusão de curso, pois não me deixou desistir, mesmo sabendo o quanto foi difícil pra mim. Suas palavras foram como uma “injeção de ânimo” fazendo com que eu tivesse forças e coragem para continuar. Mais uma vez, obrigada! A minha amiga Érica... Érikids, bendita hora em que eu fui bater à sua janela, hein. Você também faz parte dessa conquista, pois, tenho certeza que o que você pôde fazer para me ajudar, você fez. Obrigada, Érikids! As minhas amigas e companheiras de monografia Ana Lúcia e Cláudia... A vocês eu só tenho a agradecer, pois, permitiram que eu fizesse parte dessa conquista que foi muito especial pra mim. Meninas, saibam que jamais me esquecerei de vocês, pois, nem imaginam o quanto me ajudaram. E fico muito grata e feliz por saber que consegui contribuir para o sucesso desse trabalho. Obrigada, mais uma vez, por tudo! Michele Carolina 8 Ao nosso querido professor e orientador, Irso, que nos transmitiu não só as metodologias do TCC e os conhecimentos específicos em administração, mas nos passou dicas para vida, que, com certeza, levaremos sempre conosco. Ressaltamos o quão é especial e admirável, realmente um exemplo de profissional e pessoa. Agradecemos também a Deus por ter lhe dado mais saúde para finalizarmos esse trabalho. Que Deus continue lhe abençoando, proporcionando muita saúde, paz e amor. A nossa professora e orientadora técnica, Heloisa, pela orientação e dedicação que contribuíram para a realização do trabalho. Obrigada Helô! À empresa BSB Produtora de Equipamentos de Proteção individual S/A que nos permitiu a realização da pesquisa para o nosso trabalho de conclusão de curso, dando-nos todo o suporte que precisamos, e sempre de boa vontade. Agradecemos também ao Renato, gerente regional de vendas, por ter dado a oportunidade de realização do trabalho, dispondo de toda sua atenção. Ana Lúcia, Cláudia e Michele 9 RESUMO Com o crescimento e o desenvolvimento das organizações e o número cada vez maior de concorrentes, as empresas tendem a acompanhar o incremento buscando diferenciais competitivos para melhor atender seus clientes e com isso torná-los mais satisfeitos. Para não perderem vendas, muitas empresas partem para o mercado da guerra de preços, diminuindo suas margens de lucro. Tal prática pode até trazer resultados no primeiro momento, mas não satisfará o cliente por muito tempo, exigindo que a empresa venha sempre sacrificar seus ganhos para mantê-lo fiel, impedindo o crescimento e ameaçando a perpetuação no mercado. Para suprir as necessidades e superar as expectativas dos clientes, a empresa deve adotar estratégias específicas visando a captação e retenção de seus clientes, pois, os mesmos são a base de um negócio e fator de sobrevivência da equipe coorporativa. O presente trabalho tem como objetivo conhecer os procedimentos adotados pela empresa estagiada no tocante ao relacionamento com os seus clientes – pessoa jurídica. Para atrair e captar um cliente, a empresa deve sempre inovar, propondo ideias com qualidade. O grupo que quer conseguir atingir a satisfação bem como a fidelização de seus clientes, deve ter em suas estratégias diferenciais competitivos perante seus concorrentes como: criatividade, inovação, qualidade em seus produtos e serviços prestados ao consumidor, criando, assim, um valor agregado à sua marca. Empresas inteligentes têm como objetivo encantar o cliente prometendo somente aquilo que podem oferecer e entregando mais do que prometem. Clientes encantados não apenas repetem as compras, como também contam aos outros suas boas experiências. Palavras-chave: Captação. Retenção. Clientes. Satisfação. Fidelização de clientes. 10 ABSTRACT With the growth and development of organizations and the increasing number of competitors, companies tend to follow the increment seeking competitive advantages to better serve its customers and thus make them more satisfied. To avoid losing sales, many companies leave the market to the price war, lowering their profit margins. This practice can bring up results at first, but will not satisfy the customer for long, demanding that the company will always sacrifice their earnings to keep it faithful, preventing the growth and threatening the perpetuation market. To meet the needs and exceed the expectations of customers, the company must adopt specific strategies aimed at attracting and retaining customers, because they are the foundation of a business and survival factor of the corporate team. This study aims to evaluate the procedures adopted by the company staged with regard to the relationship with their clients - legal entity. To attract and capture a customer, the company must always innovate, proposing ideas with quality. The group that wants to achieve the satisfaction and loyalty of their customers, their strategies should take into competitive advantages against its competitors such as creativity, innovation and quality in their products and services to the consumer, thus creating an added value to your brand. Smart companies aim to delight the customer promising only what they can deliver and deliver more than they promise. Customers delighted don´t only repeat purchases, but tell others your good experiences. Keywords: Capture. Retention. Customers. Satisfaction. Customer Loyalty. 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Logotipo da BSB ................................................................................ 18 Figura 2: Logotipo da marca Bracol .................................................................. 18 Figura 3: Logotipo da Steelpro Safety............................................................... 18 Figura 4: Logotipo da Fujiwara.......................................................................... 18 Figura 5: Partes de um calçado de segurança.................................................. 24 Figura 6: ISO 9001............................................................................................ 27 Figura 7: ISO 14001.......................................................................................... 28 Figura 8: Mapa de distribuição dos cem maiores clientes ................................ 29 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas BSB – Brasil Safety Brands CRM – Customer Relationship Management EPI – Equipamento de Proteção Individual ISO - International Organization For Standardization P&D – Pesquisa e Desenvolvimento PVC – Polyvinyl Chloride SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor SCM – Suplay Schain Management 12 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................. 14 CAPÍTULO I – A EMPRESA 1 HISTÓRICO DA EMPRESA................................................................... 16 1.1 O grupo Bertin ........................................................................................ 16 1.2 Brazil Safety Brands (BSB) ................................................................... 18 1.2.1 Histórico Bracol ...................................................................................... 19 1.2.2 Unidades estratégicas de negócio ......................................................... 20 1.2.2.1Apucarana - PR ..................................................................................... 21 1.2.2.2Eldorado - MS ........................................................................................ 21 1.2.2.3Assunção - PY ....................................................................................... 21 1.2.2.4Castanhal - PA ....................................................................................... 22 1.2.2.5Lins - SP ................................................................................................ 22 1.2.3 Produtos ................................................................................................. 22 1.2.3.1Calçados de couro ................................................................................. 23 1.2.3.2Luvas de Proteção ................................................................................. 24 1.2.3.3Botas de PVC ........................................................................................ 25 1.3 Missão .................................................................................................... 26 1.4 ISO ......................................................................................................... 26 1.5 ISO 9001 – Política de qualidade ........................................................... 26 1.6 ISO 14001 – Política ambiental .............................................................. 27 1.7 Área Comercial....................................................................................... 28 CAPÍTULO II – CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES 2 DEFINIÇÃO DE CLIENTES E SUA IMPORTÂNCIA À EMPRESA ....... 30 2.1 Tipos de clientes .................................................................................... 31 2.1.1 Categoria de clientes .............................................................................. 32 2.1.2 Fatores que influenciam o comportamento do cliente ............................ 33 2.1.3 Qualidade em serviços ........................................................................... 33 2.2 Atendimento na medida certa................................................................. 35 13 2.2.1 Atendimento ........................................................................................... 36 2.2.2 Atendimento tecnológico ........................................................................ 40 2.2.3 Atendimento por telefone ....................................................................... 41 2.2.4 Atendimento via internet ......................................................................... 42 2.3 Relacionamento com o cliente ............................................................... 42 2.4 Técnicas para captação de clientes ....................................................... 45 2.5 Técnicas para retenção de clientes ........................................................ 47 2.5.1 Fidelização ............................................................................................. 49 2.5.2 Satisfação de clientes ............................................................................ 50 2.6 Estratégias na captação e retenção de clientes ..................................... 52 2.7 Análise de crédito para clientes-pessoa jurídica .................................... 54 CAPÍTULO III – A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 57 3.1 Procedimentos adotados ao relacionamento com seus clientes ............ 58 3.2 Estratégias utilizadas na empresa para captação bem como a fidelização de seus clientes ................................................................................................ 60 3.3 Produtos e serviços ................................................................................ 62 3.4 Propaganda ............................................................................................ 63 3.5 Estratégia da empresa em relação ao valor da marca Bracol ................ 63 3.6 Estratégia na busca da satisfação do cliente. ........................................ 64 3.7 Parecer final sobre o caso ...................................................................... 65 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 67 CONCLUSÃO ................................................................................................... 68 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 70 APÊNDICES ..................................................................................................... 73 ANEXOS ........................................................................................................... 82 14 INTRODUÇÃO O mercado altamente globalizado produziu um elevado clima de competição entre as empresas. Sobrevivem aquelas que se destacam e conseguem estabelecer um relacionamento estável com os seus clientes, concebendo-os como os principais elementos para o alcance do sucesso da empresa. Baseada nos fundamentos de qualidade e focada no aprimoramento de seus produtos e serviços, a empresa que pretende se destacar, deve se aproximar cada vez mais dos seus clientes, analisando as suas necessidades emergentes e os fatores que lhes agregam valor. Isso somente será possível se as organizações criarem um mecanismo de relacionamento com os seus clientes que busca ouvir as suas necessidades, solicitações e reclamações, bem como avaliar os fatores que eles realmente consideram importantes na aquisição dos seus produtos ou serviços. Para realização desta monografia buscou-se encontrar uma empresa voltada aos valores citados, sendo, portanto, escolhida a BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A, empresa linense localizada na Avenida São Paulo, 1805. Trata-se de uma das maiores produtoras de calçados de segurança do mundo, com um potencial produtivo da ordem de 22 milhões de pares de calçados por ano. O objetivo deste trabalho consistiu em analisar as técnicas de captação e retenção de clientes, mostrando a sua importância em satisfazer e reter o cliente, em virtude a concorrência que aumenta todo o dia e também pelo fato de que os clientes estão cada vez mais exigentes. O tema abrange diversos departamentos, em especial a central de relacionamento, que é o departamento que tem o maior contato com o cliente. O objetivo geral da pesquisa foi o de conhecer os procedimentos adotados pela empresa estagiada no tocante ao relacionamento com os seus clientes – pessoa jurídica. A pergunta problema que norteou o trabalho foi: As técnicas utilizadas pela empresa são eficazes na captação e retenção de clientes? A priori surgiu a seguinte hipótese: 15 A utilização de técnicas apropriadas favorece na captação e retenção de clientes, pois contemplam procedimentos que envolvem o relacionamento empresa-empresa. Para a eficiência da pesquisa, foram utilizados os métodos e técnicas descritos no capítulo III desta monografia. O trabalho está assim estruturado: Capítulo I: apresenta a empresa onde foi realizada a pesquisa, elencando sua evolução histórica, unidades estratégicas de negócio, produtos, sistemas de qualidade, área comercial e principais clientes. Capítulo II: aborda a definição de clientes e sua importância para a empresa, onde estão destacadas as técnicas para captação e retenção de clientes e estratégias que buscam a satisfação junto à melhoria contínua. Capítulo III: apresenta-se a pesquisa realizada na empresa BSB, identificando os procedimentos adotados ao relacionamento com os seus clientes, bem como as estratégias utilizadas para a fidelização dos mesmos, visando sempre à satisfação do cliente e a preocupação em oferecer os melhores produtos e serviços. Para finalizar, apresenta-se a proposta de intervenção com a conclusão da pesquisa. 16 CAPÍTULO I A EMPRESA 1 HISTÓRICO DA EMPRESA 1.1 O grupo Bertin Henrique Bertin e seus irmãos fundaram em 25 de abril de 1977, na cidade de Lins, interior de São Paulo, um frigorífico de carne bovina, com o intuito de se transformar em uma das maiores empresas do setor. Os negócios foram expandindo e o sonho se tornou realidade. Crescendo pouco a pouco, de 14 cabeças de gado abatidas por dia, a capacidade do frigorífico passou a ser de 16,5 mil cabeças. Conforme estratégia da empresa e necessidade do mercado, a Companhia decidiu expandir seus negócios e verticalizar suas atividades, ingressando, na década de 80, no beneficiamento de couro. Os anos se passaram e outros segmentos foram incorporados em suas atividades, formando, assim, o Grupo Bertin, o qual se tornou a maior Companhia de verticalização da cadeia bovina sul-americana, exportando para mais de 70 países em diversos segmentos como: agropecuária, alimentos, lácteos, biodiesel, higiene e beleza, couros, produtos pet, equipamentos de proteção individual (EPIs), limpeza e higienização industrial, além de infraestrutura, construção civil, saneamento básico, energia, transporte, concessões de rodovias e ainda na área de hotelaria com o resort. Uma fusão realizada em setembro de 2009 uniu a JBS S/A com a Bertin, tornando-as a maior produtora de carne do mundo. A JBS (por ter maior número de ações) deteve, a partir de então, o controle das divisões de carnes, lácteos, biodiesel, ambiental, couros, transporte, produtos pet e de higiene e limpeza. O Grupo Bertin, além desta parceria com o Grupo JBS, mantém-se fortemente atuante em outros negócios como: Gaia Energia e Participações S/A – Produzindo energia renovável e promovendo menor impacto ambiental, aperfeiçoa os recursos naturais através 17 de tecnologias mais limpas como Centrais Hidrelétricas, Usinas Termoelétricas à base de biomassa e Usinas Eólicas. Star Energy – Visando a geração de energia termoelétrica a partir de diversas fontes minerais, como óleo combustível, gás natural e carvão mineral, fonte de energia independente de fatores climáticos. São Fernando Açúcar e Álcool – Investimento na geração de energia através da cana de açúcar, o qual é considerado o combustível do futuro, por ser renovável e gerar menos poluição; o etanol tem conquistado adeptos entre os consumidores e investidores. CIBE Concessões – Administrando mais de 1,5 mil quilômetros de rodovias, atuando em corredores importantes para o escoamento da produção agrícola e industrial que correspondem a 61% do transporte de cargas do país, através das concessionárias SPMAR, Rodovia das Colinas e Rodovias do Tietê. CIBE Saneamento – Atua pela empresa Águas de Itu, contribuindo com a melhoria da saúde e da qualidade de vida de mais de 1,7 milhão de brasileiros com serviços de beneficiamento e fornecimento de água e esgotamento sanitário, nos municípios do estado de São Paulo. COMAPI – Atua nos segmentos de bovinocultura de corte, cria, recria e engorda; gado de elite, melhoramento em genética da raça nelore; armazéns destinados à comercialização e distribuição de milho, soja, sorgo e demais segmentos agrícolas e silvicultura, área destinada ao plantio de eucalipto e reflorestamento. Esta produção é destinada à geração de energia através da biomassa, abastecendo grandes indústrias do país com aproximadamente 2.157 hectares, somando mais de 3,5 milhões de mudas plantadas. CONTERN Construções – Atua em diversos segmentos da construção civil em todo o território nacional, se destacando no mercado de infraestrutura, principalmente na área de transporte, saneamento e energia. Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas (SP), Ponte Joel Silveira (SE), Ferrovia Alto Araguaia (MT). Newdrop – Produz e comercializa soluções eficazes para a higienização de frigoríficos, laticínios e indústrias de alimentos em geral; além de uma completa linha de produtos para o atendimento de hotéis, hospitais, 18 lavanderias, restaurantes e empresas. São mais de 180 produtos distribuídos em todo território nacional. BLUE TREE PARK – Resort administrado pela rede de hotéis Blue Tree, oferece aos seus hóspedes 180 apartamentos, complexo aquático com 2.800m², gastronomia especializada em pratos regionais e internacionais, fitness center e um extenso conjunto de áreas e equipamentos de recreação e lazer. Também mantém uma ampla estrutura para eventos de negócios, com quatro salas para capacidade total de 450 pessoas e uma arena coberta para até 1.200 pessoas. 1.2 Brazil Safety Brands (BSB) Figura 1: Logotipo da BSB Fonte: BSB, 2012 Figura 2: Logotipo da marca Bracol Fonte: BSB, 2012 Figura 3: Logotipo da Steelpro Fonte: BSB, 2012 Figura 4: Logotipo da Fujiwara Fonte: BSB, 2012 BSB – Brazil Safety Brands é uma das maiores produtoras de calçados de segurança do mundo. A capacidade produtiva de suas plantas fabris é de mais de 22 milhões de pares de calçados por ano. A holding, criada em 2008, 19 com o objetivo de conquistar um market share mundial, reúne as marcas Bracol, Fujiwara e Steelpro, líderes em seus segmentos de atuação: a Fujiwara tem 22 anos de experiência de mercado; a marca Bracol; 15 anos e a Steelpro, 10 anos. A criação da BSB permitiu o desenvolvimento de novas tecnologias e melhor aproveitamento das matérias-primas das empresas que a compõe. Com isso, foi possível gerar economia em larga escala, melhorar o atendimento aos clientes, reduzir gastos e, consequentemente, melhorar a relação custo x benefício para os clientes e consumidores. A qualidade é uma das principais estratégias competitivas para aliar produtividade à melhoria de resultados. As unidades produtivas da BSB seguem rígidos padrões de qualidade e operam de maneira sustentável, com objetivo de preservar os recursos naturais. Essa política de redução dos impactos ambientais proporcionou às certificações International Organization for Standardization, ISO 14001 e ISO 9001 – conquistas pioneiras no setor, que atestam também o cumprimento dos requisitos legais e a implantação das soluções que garantiram a plena expansão da holding. 1.2.1 Histórico Bracol Em 1995, o grupo Bertin ingressou no mercado de EPIs, fabricando luvas de vaqueta e de raspas de couro, identificados comercialmente com a marca Brasan. Logo em seguida, começou a produzir calçados de segurança com a mesma marca, a fim de atender a demanda do mercado nacional. Em março de 1998, após o início da profissionalização, os administradores e acionistas da empresa decidiram focar suas atividades no mercado de calçado de segurança. Entretanto, a marca Brasan sofria desgastes e perda de credibilidade, devido seus padrões de qualidade e atendimento prestados ao mercado consumidor. No entanto, em agosto de 1998, com o intuito de mudar este posicionamento e prospectar clientes que valorizassem a relação custo x benefício, lançou-se a marca Bracol como uma nova opção em calçados de segurança para o mercado brasileiro e retirou definitivamente a Brasan de comercialização. 20 No ano de 2002, aproveitando a força da marca Bracol, a empresa começou a comercializar botas de Polyvinyl chloride (PVC), e, em 2003, luvas sintéticas. A Bracol cresce produzindo os melhores EPIs do mercado, sempre garantindo aos seus usuários segurança e conforto. Com esta evolução, surge a necessidade de ampliar a unidade fabril da empresa. O grupo Bertin então decide investir em uma nova estrutura expandindo de 6.200m² de área construída para 33.000m² atuais. A principal meta da marca Bracol, que há mais de 15 anos fabrica equipamentos de proteção individual para trabalhadores dos mais diferentes setores, é preservar vidas. Integrante da holding BSB, desde 2008, a marca Bracol mantém-se ao longo dos anos como uma das principais e mais importantes marcas do setor de segurança e saúde no trabalho. A Bracol baseia-se em honestidade para estabelecer sua relação com os clientes e concentra grande parte de seus esforços na prestação de serviços com excelência, porque entende que além do produto, o cliente necessita de soluções. Por isso, não mede esforços para fazer as escolhas certas, mantendo, assim, o maior patrimônio que existe: a vida das pessoas. Alinhado a isso, o slogan “Porque você é importante” valoriza a vida do trabalhador, pois, além de segurança, conforto e qualidade, a todo o momento e em qualquer lugar ele tem ao seu lado uma família para cuidar e se dedicar. Profissionais especializados trabalham diariamente para buscar tecnologias inovadoras que garantam eficácia em proteção e segurança no dia a dia do trabalhador. Máquinas com tecnologia de última geração e modernos laboratórios são usados no desenvolvimento, produção e análise de todos os itens, oferecendo ao mercado produtos de altíssima qualidade com o certificado ISO 9001. O cuidado com o meio ambiente é outra preocupação da Bracol. Certificada com a ISO 14001, a empresa prima por fornecedores, clientes e parceiros que compartilham a missão de preservar os recursos naturais de maneira sustentável. 1.2.2 Unidades estratégicas de negócio 21 A BSB conta com mais de 230 mil m² de área industrial, sendo 80.148m² de área construída. Sua capacidade produtiva/mês é de 1.998.600 pares, somando anualmente 23.983.200 pares, sendo que sua produção atual está em torno de 804.000 pares/mês e 9.648.000/ano. A Companhia conta com a colaboração de aproximadamente 2.568 funcionários distribuídos pelas seguintes unidades: 1.2.2.1 Apucarana – PR A unidade de Apucarana conta com a área produtiva BSB e a equipe comercial da marca Fujiwara sendo: Quantidade de funcionários: 625 Área construída: 15.375m² Área total: 45.796m² Capacidade produtiva/mês: 412.000 pares Capacidade produtiva/ano: 4.944.000 pares Produção atual/mês: 168.000 pares 1.2.2.2 Eldorado – MS Quantidade de funcionários: 191 Área construída: 6.850m² Área total: 15.800m² Capacidade produtiva/mês: 375.000 pares Capacidade produtiva/ano: 4.500.000 pares Produção atual/mês: 90.000 pares 1.2.2.3 Assunção – PY Quantidade de funcionários: 453 Área construída: 7.981m² Área total: 34.000m² Capacidade produtiva/mês: 1.050.000 pares Capacidade produtiva/ano: 12.600.000 pares 22 Produção atual/mês: 320.000 pares 1.2.2.4 Castanhal – PA Quantidade de funcionários: 288 Área construída: 7.846m² Área total: 56.381m² Capacidade produtiva/mês: 225.000 pares Capacidade produtiva/ano: 2.700.000 pares Produção atual/mês: 61.000 pares 1.2.2.5 Lins – SP A unidade de Lins conta com a área produtiva BSB de calçados de couro e botas de PVC, equipe comercial da marca Bracol, parte administrativa e operacional de SCM – Suplay Schain Management, financeiro, controladoria, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e marketing. Quantidade de funcionários: 905 Área construída: 36.826m² Área total: 72.260m² Capacidade produtiva/mês calçados de couro: 500.000 pares Capacidade produtiva/ano calçados de couro: 6.000.000 pares Produção atual/mês calçados de couro: 250.000 pares Produção atual/ano calçados de couro 3.000.000 pares Capacidade produtiva/mês botas de PVC: 306.000 pares Capacidade produtiva/ano botas de PVC: 3.672.000 Produção atual/mês botas de PVC: 235.000 pares Produção atual/ano botas de PVC: 2820.000 pares 1.2.3 Produtos A BSB atua no segmento de saúde e segurança do trabalho, produzindo e comercializando calçados de couro, botas impermeáveis de PVC, luvas, 23 vestimentas, óculos, máscaras, capacetes, protetores auriculares, cinturões, coletes refletivos, cintas ergonômicas, talabartes, conectores, dentre outros, para atender clientes específicos. Seu foco é manter uma política comercial agressiva com canais de distribuições estratégicos a fim de divulgar sua marca em diversos pontos do mundo expandindo cada vez mais seus negócios. A Bracol conquistou prêmio de marca mais lembrada pelos consumidores nos itens de calçados de segurança do Brasil nos anos de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2010 e 2011. Esta pesquisa é realizada anualmente pela revista Proteção, prêmio denominado como TOP OF MIND, (termo utilizado na área de marketing empresarial como maneira de qualificar as marcas que são mais populares na mente dos consumidores). 1.2.3.1 Calçados de couro Os calçados de segurança, como o próprio nome diz, protegem os trabalhadores, nas mais diversas situações onde eles possam ser colocados em risco. Existem várias linhas de calçados de segurança tanto para o mercado masculino quanto para o feminino. A Bracol também desenvolve calçados sob encomenda, de acordo com a necessidade de cada cliente. Em função do grau de proteção, o calçado de uso profissional pode ser classificado como: a) calçado de segurança para uso profissional destinado a proteger os usuários de lesões no setor de trabalho para o qual foi indicado. Deve ser equipado com acessórios pertinentes aos riscos e conter biqueira de aço (parte de metal protetora contra o risco de queda de objetos pesados ou perfurantes); b) calçado de segurança para uso profissional também indicado para proteção do trabalhador, contendo acessórios especiais; porém, sem biqueira de aço; c) calçado de trabalho para uso profissional também indicado às áreas com baixos níveis de riscos. Muito utilizado para uniformização; d) calçado social de trabalho para uso profissional também indicado às áreas com baixo ou nenhum risco. Também utilizado para uniformização. 24 Os principais concorrentes são: Arteflex, Marluvas, Fujiwara, Safetline e Bompel. Figura 5: Partes de um calçado de segurança Fonte: BSB, 2012 1.2.3.2 Luvas de proteção A mão é um dos principais e mais útil membro utilizado no dia a dia das pessoas devido permanecer sujeita a maiores agressões, sendo elas mecânicas, térmicas, químicas, por micro-organismos ou qualquer outro tipo de sensibilidade tátil dependendo do local de utilização. Portanto, deve-se protegê-las sempre e a Bracol procura expandir o seu portfólio de produtos, comercializando diversos tipos de luvas como: a) luvas com ou sem suporte têxtil em 100% antialérgico, produzidas com matéria-prima e tecnologia de alta qualidade, resistentes a corte, abrasões e perfurações; b) luvas de borracha vulcanizada, confeccionadas em náilon e poliéster, revestidas com borracha natural vulcanizada, na face palmar e ponta 25 dos dedos; c) látex natural com ou sem suporte têxtil em 100% antialérgico; com suporte têxtil, são altamente resistentes à abrasão, corte por lâmina, rasgamento e perfuração; sem suporte têxtil, são totalmente impermeáveis, além da proteção contra os riscos mecânicos; d) látex nitrílico com ou sem suporte têxtil em 100% antialérgico, produzido com fios que proporcionam excelente conforto e maleabilidade. Resistente a produtos químicos leves, além de ótima resistência mecânica; e) luvas de poliuretano são confeccionadas em náilon, revestidas com poliuretano na palma, face palmar dos dedos e pontas dos dedos; f) luvas de PVC, confeccionadas com revestimento total em cloreto de polivinila (PVC) na palma, face palmar dos dedos e pontas dos dedos, sendo altamente resistente a produtos químicos; g) luvas de vaqueta (couro) e raspa, confeccionadas em 100% vaqueta, ou mista (vaqueta e raspa) oferecendo excelente resistência mecânica, térmica e conforto ao usuário. Os principais concorrentes são: Promat, Danny, Yeling, Mapa, Fujiwara. 1.2.3.3 Botas de PVC O PVC é um material de características vantajosas como durabilidade, impermeabilidade, resistência à abrasão, ao ataque de agentes químicos. Os principais nichos de mercado são empresas alimentícias, agroindústria, construção, dentre outras. As botas de PVC da Bracol são produzidas e comercializadas em três linhas: a) linha Acqua Flex: possui um solado de ótima aderência e estabilidade oferecendo mais flexibilidade de movimentos, sendo produzidas com forro simples em poliéster, ou sem forro. b) linha Aqqua Fort: possui excelente resistência a abrasão e a substâncias líquidas, como sangue, leite, gorduras animais e vegetais, produtos químicos, detergentes em geral e derivados de petróleo. c) linha Aqqua leve: são botas mais leves, porém, com mesma resistência, propiciando maior conforto e durabilidade. Agora com 26 lançamento do opcional de polaina externa, protegendo o usuário contra a entrada de materiais. Os principais concorrentes são: Vulcabras, Italbotas, Alpargatas, Fujiwara e Zuquibraz. 1.3 Missão A Bracol EPIs tem a missão de produzir e comercializar equipamentos de proteção individual (EPIs) com a melhor relação custo x benefício do mercado, firmando também compromisso com a proteção do meio ambiente, com a segurança e integridade física de todos aqueles que depositam confiança na marca. 1.4 ISO A ISO, cuja sigla significa International Organization for Standardization, é uma entidade não governamental criada em 1947, com sede em Genebra, na Suíça. Seu objetivo é promover, no mundo, o desenvolvimento da normatização de atividades relacionadas com a intenção de facilitar o intercâmbio internacional de bens e de serviços. A empresa deve levar em conta o uso racional de recursos naturais, a proteção de florestas e a preservação da biodiversidade, entre outros quesitos. As regras da ISO são normas de gestão e garantia da qualidade que dão diretrizes para implantação do sistema de qualidade ao especificar todas as fases da produção ou da prestação de serviços, desde a execução até a pósvenda. Portanto, a ISO tem por objetivo organizar por escrito, todas as fases do processo produtivo, procedimentos e registros das ações realizadas. Através da documentação, pode-se definir todo o processo e melhorá-lo. 1.5 ISO 9001 – Política de qualidade A BSB considera a qualidade como fator de sucesso, comprometendo-se em manter o sistema de gestão da qualidade, visando uma posição de liderança nos mercados em que atua, conduzindo suas atividades de tal forma 27 a atender ou superar as expectativas de seus clientes, investindo continuamente no desenvolvimento de seus colaboradores, incorporando novas tecnologias, buscando a melhoria contínua de seus processos através de práticas seguras, proporcionando retorno compatível ao capital investido e preservando o meio ambiente. Figura 6: ISO 9001 Fonte: BSB, 2012 1.6 ISO 14001 – Política ambiental A BSB se compromete a: a) implementar e manter um sistema de gestão ambiental apropriado às atividades que desempenha, tornando-o um marco para estabelecer e buscar os objetivos e metas ambientais da empresa; b) melhorar continuamente seus processos, visando principalmente reduzir a quantidade de resíduos industriais devolvida à natureza; c) cumprir integralmente os requisitos legais e demais normas ambientais vigentes buscando superá-las sempre que possível; d) manter um sistema de comunicação com seu público interno e externo tornando transparentes suas atividades relacionadas ao meio ambiente; e) influenciar seus fornecedores para que adotem práticas de proteção ao meio ambiente em suas atitudes. 28 Figura 7: ISO 14001 Fonte: BSB, 2012 No Brasil, quem confere essa certificação é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ao contrário das demais certificações, não há um selo visível em produtos. Para saber se uma empresa tem a ISO 14001, devese consultar seu site ou centro de atendimento ao cliente. Em sua operação, a empresa deve levar em conta o uso racional de recursos naturais, a proteção de florestas e a preservação da biodiversidade, entre outros quesitos. 1.7 Área comercial O comercial é o departamento da empresa que está diretamente ligado aos clientes, fazendo o papel de intermediador destes com os demais setores da organização, sendo dividido em: central de relacionamento com clientes, administração de vendas, marketing e suporte Customer Relationship Management (CRM). A central de relacionamento com clientes tem o intuito de atender seus clientes-pessoa jurídica com qualidade a fim de satisfazer as necessidades e superar expectativas. O administrativo de vendas faz a parte operacional relacionada às vendas efetuadas aos clientes-pessoa jurídica da BSB, como: cadastro de clientes, conferência e análise crítica dos pedidos, devolução, pedidos de remessa, instrução de descontos e prorrogação de títulos. 29 O marketing da BSB é responsável em divulgar a imagem das marcas e produtos do grupo perante seus clientes e fornecedores através de outdoors, flyers, revistas, sites e outros. Organizam eventos como convenções de vendas, participação de feiras no segmento e desenvolvimento de materiais de apoio (catálogos, vídeos, banners, cartões de visita, brindes, entre outros). O CRM é a ferramenta de apoio à gestão de relacionamento com o cliente utilizado pela BSB, o qual disponibiliza informações diversas sobre o histórico de cada cliente, tanto em relação às compras como satisfação ou insatisfação registrada através de contatos internos realizados ou de iniciativa própria do cliente. Disponibiliza também de uma equipe de suporte e capacitação aos colaboradores internos e externos em relação a dúvidas e sugestões de melhorias para o desempenho do trabalho diário e atendimento aos clientes. A BSB tem uma carteira de mais de 26 mil clientes, sendo que destes, 13% estão ativos e compram frequentemente e dentre eles os 100 maiores clientes estão distribuídos por todo o território nacional da seguinte forma: Figura 8: Mapa de distribuição dos cem maiores clientes Fonte: Elaborado pelas autoras, 2012 30 CAPÍTULO II CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES 2 DEFINIÇÃO DE CLIENTES E SUA IMPORTÂNCIA À EMPRESA Segundo Ferreira (2004), cliente é aquele que compra; freguês e ou pessoa que utiliza, com certa regularidade, os serviços de profissional ou empresa. No latim, a palavra cliente refere-se à pessoa que tem acesso a um serviço ou produto mediante pagamento. Antigamente, na velha economia, quando a concorrência era pequena e a melhor ferramenta de relacionamento era a caderneta, definia-se cliente como aquele sujeito que entrava no estabelecimento e solicitava seu pedido. A questão da satisfação do cliente não importava. (ZUGAIB, 2010) Os tempos mudaram e as relações se tornaram mais complexas. As organizações, acredita-se que boa parte delas, perceberam que tratar o cliente como antes pode ser um mau negócio em meio à enorme concorrência. O cliente ganhou grande dimensão e deixar de notar esta questão, pode ser a causa de insucesso de várias empresas. (ZUGAIB, 2010) É importante saber que existe diferença entre cliente e consumidor, onde, Este é uma estatística, uma figura hipotética que simboliza milhões de pessoas indistintas que compram mecanicamente bens por seu valor funcional e utilitário. Já o cliente é um indivíduo identificável, com personalidade específica e gostos altamente seletivos e distintos, que está emocionalmente ligado às criações da empresa. Ser consumidor ou cliente é uma questão de atitude de compra. A mesma pessoa pode ser cliente e consumidor. Depende da empresa transformar cada consumidor em cliente. Afinal, ela só vale o que valem os seus clientes. (LONGINOTTI-BUITONI; LONGINOTTIBUITONI, 2000, p.XIII) Entretanto, sabe-se que a definição de cliente é muito mais ampla. Ou seja, cliente deve ser pensado como base de um negócio, como fator de 31 sobrevivência da empresa no mercado. Assim, tudo deve girar em torno deles, buscando conquistá-lo para torná-los fiéis. A importância de se ter um diferencial para com os clientes é fator imprescindível na sobrevivência da empresa, pois os clientes de atualmente são mais exigentes, têm mais conhecimento sobre o produto, têm o total acesso às informações e conseguem questionar e argumentar suas ideias. Conforme descrito por Tavernaro e Mattos (2009), é o cliente que, de forma inconsciente, consciente e motivadora, torna a marca evidenciada e extremamente valiosa no mercado e na mente das pessoas. Podendo também, levar uma empresa à falência. De acordo com Walton (apud ALMEIDA, 2001, p.22), “Clientes podem demitir todos de uma empresa, do alto executivo para baixo, simplesmente gastando seu dinheiro em outro lugar”. Portanto, conforme Whiteley (apud ALMEIDA, 2001, p.18), “Ganharão o jogo as empresas que têm como missão não só satisfazer como exceder as expectativas de seus clientes”. 2.1 Tipos de clientes Para que uma empresa consiga aplicar a estratégia adequada para tal cliente é preciso saber e conhecer os diversos tipos de clientes. De acordo com Júlio (2009), são eles: a) cliente pragmático – aquele que usa mais a razão que a emoção em suas decisões. Ele é rápido e não gosta de intimidades. b) cliente analítico – aquele que também usa mais a razão que a emoção em suas negociações. Porém, leva certo tempo para decidir e tem gestos pensativos. c) cliente afável – aquele que usa mais a emoção que a razão. É de fácil relacionamento e dispõe de tempo e atenção para com os vendedores. d) cliente expressivo – aquele que usa mais a emoção que a razão e é muito rápido e agitado. E para Lima (2012), existem também: e) cliente impaciente – aquele que é insistente, compulsivo e pode fazer piadas de mau gosto. 32 f) cliente silencioso – aquele que demonstra não ter conhecimento, quase não conversa e mostra-se sempre pensativo. g) cliente barganhador – aquele que procura sempre por vantagem. h) cliente indeciso – aquele que faz perguntas já feitas anteriormente, costuma ter o raciocínio lento e procura conversar mais. i) cliente agitado – aquele que é inquieto, interrompe a fala do outro e não tem paciência para ouvir o outro. j) cliente de bom senso – aquele que é amigável, agradável e inteligente. k) cliente bem humorado – aquele que é agradável, desvia o assunto constantemente. l) cliente inteligente – aquele que sabe sobre tudo e não aceita argumentos fracos. m) cliente confuso – aquele que é indeciso e costuma mudar sempre de opinião. n) cliente presunçoso – aquele que sempre fala “eu sei” depois de qualquer fala afirmativa e quase nunca ouve os outros. o) cliente detalhista – aquele que quase sempre não entende o processo e tem dificuldade de associar as ideias. p) cliente agressivo – aquele que gosta de discutir por qualquer coisa e tudo é motivo para crítica e briga. 2.1.1 Categoria de clientes Há três categorias de clientes, conforme descreveu Kotler e Keller (2006): a) clientes finais – são aquelas pessoas que utilizarão o produto ou serviço no dia a dia. Ou seja, eles constituem o alvo de quaisquer organizações. b) clientes intermediários – são os que adquirem os produtos para revenda ou industrialização. Todos os que se dedicam às atividades comerciais, normalmente, são intermediários. As indústrias são intermediárias quando compram matérias-primas que utilizarão no seu processo de transformação. 33 c) clientes internos – são as pessoas na organização a quem é repassado o trabalho concluído para que a mesma desempenhe a próxima função a fim de servir os clientes intermediários e finais. 2.1.2 Fatores que influenciam o comportamento do cliente Kotler e Keller (2006), relata quatro fatores que influenciam os clientes: a) fatores culturais – à medida que um indivíduo cresce, absorve certos valores, preferências e comportamentos de sua família. b) fatores sociais – os grupos sociais são formados por pessoas que têm o mesmo nível social ou parecidos. c) fatores pessoais – condição econômica, estilo de vida, idade e valores. d) fatores psicológicos – motivação, percepção, aprendizagem e memória. As pessoas ao escolher um produto ou serviço, são guiadas por impulsos e necessidades que se diferenciam de pessoa a pessoa. 2.1.3 Qualidade em serviços Antigamente, ter qualidade nos produtos era o suficiente para conquistar a satisfação dos clientes. Nos dias de hoje, nem a tecnologia é mais um diferencial e sim pré-requisito para competir no mercado. Assim, é necessário satisfazer e superar as expectativas dos clientes para que as empresas mantenham-se ativas. Nota-se, então, que Se, para obter-se vantagem competitiva em produtos, o fator preponderante é tecnologia, isto depende fundamentalmente de grandes investimentos. Em serviços, a situação é muito diferente; o capital já não é o fator preponderante, mas sim “sistemas gerenciais” e “gente”. Em serviços, o “ser humano” é que faz a grande diferença. E é justamente aqui, que aparece a vantagem competitiva! A favor do Brasil, há o fato de que o povo brasileiro é considerado um dos mais hospitaleiros do mundo (se não for o mais!). (ALMEIDA, 1995, p. 50) 34 Todavia, as características do povo brasileiro “fazem com que o Brasil, em qualidade de serviços – onde a interação humana é uma premissa fundamental – tenha uma extraordinária vantagem competitiva”. (ALMEIDA, 1995, p. 51) Além disso, para ter sucesso, é preciso inovar, ter velocidade nas respostas e capacidade de aprendizagem organizacional. É importante ressaltar que existem duas tendências indiscutíveis citadas por Almeida (1995), em todos os ramos de negócios, ou seja: um padrão de qualidade de produtos e/ou serviços cada vez maior e o preço cada vez menor. Então, a empresa que não se ajustar, tenderá a ficar à margem do negócio. “À medida que o mercado fique cada vez mais competitivo, e o cliente fique cada vez mais consciente, maior será a pressão por um melhor produto (qualidade) a um menor preço”. (ALMEIDA, 1995, p. 77) Toda decisão de um cliente é baseada numa análise de valor, seja ela consciente ou inconsciente. E, quando se julga o valor, levam-se em consideração, simultaneamente, os fatores qualidade e preço. Um adequado julgamento do valor de alguma coisa, seja um produto ou um serviço, depende de uma série de atributos de quem julga, dentre os quais: nível educacional, conhecimentos, informações, experiência, sensibilidade etc. (ALMEIDA, 1995, p. 78) Portanto, Ninguém, por mais desprovido que seja de adequados atributos para julgamento deixa de decidir pela melhor opção para si próprio (entenda-se como a melhor opção aquela de maior valor). É isto que todo mundo faz, nem sempre de maneira mais correta sob o ponto de vista geral ou técnico – mas, correta do ponto de vista de quem está decidindo. No fundo, no fundo, todos buscam decidir pelo produto ou serviço que tenha sempre um maior valor agregado. (ALMEIDA, 1995, p. 78) A palavra valor é definida como relação entre qualidade e preço, de acordo com o autor. Sabe-se que nem sempre as pessoas enxergam ou decidem pelo maior valor agregado. O cliente, normalmente, faz a opção pelo mais barato e, com 35 isso, as empresas que oferecem um produto de maior padrão de qualidade ficam em desvantagem. Então, é fator imprescindível para que estas empresas informem e esclareçam sobre as vantagens ou características que diferenciam o produto, ou seja, façam com que os clientes enxerguem o valor agregado ao produto. E esta é uma tarefa para o fornecedor. É preciso ficar claro que um produto mais „barato‟ pode ter um menor valor agregado que um eventual produto mais „caro‟. Quando alguém decide pelo „mais barato‟, está analisando apenas o aspecto custo da equação custo/benefício. (ALMEIDA, 1995, p. 81) Portanto, é preciso educar o cliente e este é um trabalho para as empresas que possuem produtos superiores. 2.2 Atendimento na medida certa Lima (2012), afirma que não se olha mais para o produto para apresentá-lo ao cliente. Olha-se para o cliente e suas necessidades. Assim, é possível oferecer soluções pontuais, preços justos, numa relação ganha-ganha. É evidente que não se deve fazer tudo o que o cliente quer sem que haja uma margem de contribuição viável na negociação. Mas desconsiderar suas necessidades e impor-lhe produtos-padrão parece não ser mais suficiente atualmente. (LIMA, 2012, p.110) Vive-se a era da customização, da personalização, do atendimento na medida certa das necessidades do cliente. Um exemplo de customização pode ser visto nas concessionárias de automóveis, onde quando um cliente vai para adquirir um carro novo, o vendedor dispõe de uma lista de acessórios para que ele possa ajustar o veículo às suas necessidades. Essa customização não se restringe, porém, apenas aos produtos. Formas de pagamento que atendam às datas mais adequadas para o cliente, horários de entrega da encomenda ou da execução de um serviço são também variáveis de customização e promovem um atendimento personalizado. A tônica é reconhecer e atender a cada 36 cliente segundo suas necessidades, a um preço justo para ele e viável para a empresa. (LIMA, 2012, p. 111) A tarefa de reconhecimento do cliente é muito mais do que conhecer seus dados pessoais, e-mail, implica também em registrar e analisar seus hábitos, preferências e estilos de vida. Esses registros servirão para os vendedores, serviços de atendimento ao consumidor (SAC) atenderem melhor seus clientes. “Pelo conhecimento de suas necessidades e exigências é que se propõe uma estrutura adequada de atendimento, com opções para as mais diversas situações”. (LIMA, 2012, p. 111) A comunicação também deve seguir o caminho da customização e personalização. Nas mídias diretas e personalizadas (revista própria, newsletter, mala-direta impressa e eletrônica, venda pessoal) a personalização se dá de forma tranquila, já que cada cliente recebe a correspondência nominalmente. O que deve ser considerada é a customização da comunicação conforme as características de cada público. (LIMA, 2012, p. 111) Mesmo quando se usa da mídia de massa, precisam-se elaborar mensagens conforme as expectativas de cada público-alvo. “Esses veículos oferecem informações acerca dos públicos atingidos por seus veículos – perfis dos públicos, horários e programações que ajudam a acertar o alvo adequadamente”. (LIMA, 2012, p. 111) 2.2.1 Atendimento Dentre os serviços prestados ao cliente, o atendimento destaca-se como um forte instrumento de diferenciação. “Um fantástico atendimento ao cliente é uma forma de diferenciar-se da „mesmice‟ dos produtos e preços”. (ALMEIDA, 2001, p. 20) Todo atendimento ao cliente começa com um momento verdade, que é todo momento de contato entre o cliente e a empresa. Para se ter um momento verdade com o cliente, não é necessário um contato face a face, pois eles acontecem por vários canais: telefone, fax, propaganda, mala-direta, internet. 37 Ter momentos verdade com os clientes não depende de cargo, hierarquia. “Do Office-boy ao Presidente, todos na empresa, com uma maior ou menor frequência, têm momento verdade com os clientes”. (ALMEIDA, 2001, p. 31) Contudo, o pessoal responsável pelo atendimento aos clientes revestese de uma importância estratégica, ou seja, no atendimento, „só tem contato‟ com o cliente. Conforme Almeida (2001), podem-se classificar os momentos verdade em três tipos: encantado (ou mágico), desencantado (trágico ou desastrado) e apático (ou normal). O momento verdade encantado é aquele em que o cliente recebe um atendimento excepcional. Sempre que o cliente procurar por serviços de qualidade, lembrará onde teve esse atendimento. Com isso, poderá até fazer propaganda positiva dessa empresa. Já o momento verdade desencantado, o cliente também lembrará, só que com efeito contrário, pois não teve o atendimento desejável e fará propaganda negativa de tal empresa. O momento verdade apático é aquele em que nada de grave acontece, aquele em que o cliente é atendido com indiferença. Tudo ocorre de maneira normal. Assim, passados alguns minutos, o cliente não lembra desta empresa porque nela, não teve nada de atração. É preciso surpreender o cliente – este é o constante desafio para se manter no mercado cada vez mais competitivo. Lefauve (apud ALMEIDA, 2001, p. 48) ressalta: “Você deve fazer as coisas tão surpreendentemente bem que os clientes se tornem, não menos defensores, mas, sim, verdadeiros apóstolos”. “Não adianta se fazer um fantástico atendimento, se a empresa insiste em cometer erros primários”. (ALMEIDA, 2001, p. 49) Primeiramente, deve satisfazer às necessidades básicas do cliente, aquilo que foi prometido. Depois disso, conhece-se mais o cliente e então, pode-se extrapolar, encantar, fazendo o que nenhuma empresa faz ou de uma maneira que outros não realizam. Para Almeida (2001), existem sete pecados do atendimento ao cliente. São eles: 38 a) apatia: é quando os funcionários de uma organização não demonstram que se importam com os clientes. b) má vontade: os funcionários tentam livrar-se do cliente e não resolvem seus problemas. c) frieza: o tratamento ao cliente é distante ou até mesmo desagradável. d) desdém: é quando os funcionários tratam os clientes com superioridade. e) robotismo: o funcionário age com os clientes de maneira mecânica e repetitiva. f) demasiado apego às normas: acontece com o funcionário que não é flexível e acaba dizendo “sinto muito, mas não podemos fazer mais nada”. g) jogo de responsabilidade: o funcionário sempre passa a situação do cliente para outro funcionário, que passa para outro e, com isso, o problema do cliente não é resolvido. Diante dos erros que não podem ser cometidos no atendimento ao cliente, relatado acima, Júlio (2009), destaca as maneiras corretas para se atender alguns tipos de clientes: Para atender um cliente pragmático deve-se ser objetivo e estar preparado, dando-lhes respostas seguras. O cliente analítico espera no atendimento, tempo e material a serem vistos para obter mais informações sobre sua compra. Atender bem um cliente afável significa não se esquecer de detalhes, fazer comentários particulares, conselhos pessoais e sobre negócios, ou seja, gosta de receber a maior atenção possível. Já o cliente expressivo, gosta de elogios e de manter uma relação amigável. O autor Lima (2010), descreve como atender de maneira correta e específica aos demais tipos de clientes citados no início deste capítulo. Assim, conforme Lima (2010), para atender adequadamente o cliente impaciente é preciso tratá-lo com cortesia, sinceridade e de maneira breve. O cliente silencioso gosta de ter o atendimento com atenção e perguntas claras. 39 Agir com tato, analisando minuciosamente sua fala para que se possa argumentar com convicção; deve ser o atendimento do cliente barganhador. Já o indeciso, deve-se agir com paciência e responder sempre com sinceridade às perguntas feitas e mesmo as repetidas. Para se atender bem a um cliente agitado, é necessário calma e evitar questões que tenham mais de um sentido. As respostas devem ser claras e objetivas. Os clientes de bom senso consideram um bom atendimento quando são tratados com simpatia, cordialidade e atenção. É preciso ter habilidade de retomar o rumo da conversa para se atender o cliente bom humorado, pois caso contrário se perderá nas conversas dele. Para atender o cliente inteligente precisa-se ter bom senso, lógica, segurança e nunca omitir informações. Já o cliente confuso é preciso ser firme e convincente, tendo paciência para repetir as explicações sempre que o cliente confuso solicitar. Ter habilidade, valorizar o cliente sem bajulá-lo é o atendimento essencial ao cliente presunçoso. Para que o cliente detalhista tenha o atendimento correto é preciso falar pausadamente, várias vezes e com clareza. E por fim, atender bem e correto o cliente agressivo, não se deve interromper sua fala e dar a segurança que o seu problema será resolvido. De uma maneira mais generalizada, Almeida (2001), descreve treze atitudes para um fantástico atendimento, ou seja, os profissionais precisam ter: a) uma apresentação impecável e adequada; b) postura; c) sorriso/humor/astral; d) empatia; e) o dom de saber escutar; f) gentileza; g) disposição; h) rapidez: “Para muitos clientes, mesmo que o serviço seja bom, ele não será se chegar tarde. Poucos clientes gostam de esperar para serem servidos”. (DENTON, apud ALMEIDA, 2001, p. 80); i) tranquilidade; 40 j) sinceridade: “Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também uma mentira, por menor que seja, estraga toda nossa vida”. (GANDHI, apud ALMEIDA, 2001, p.82); k) comunicação correta; l) precisão; m) compromisso. Portanto, para que se tenha um atendimento perfeito e adequado, além de conhecer e dominar as técnicas abordadas acima é preciso recepcionar os clientes com sorriso, entusiasmo, olhar no olho do cliente. E na despedida deve-se questionar ao cliente sobre sua satisfação, se ainda há dúvidas, reforçar a disponibilidade e agradecer, sempre. 2.2.2 Atendimento tecnológico Atendimento tecnológico, segundo Almeida (2001), é aquele que não é feito pessoalmente com o cliente e é baseado no uso de algum recurso tecnológico como: telefone, fax, internet, dentre outros. Cada um desses canais tem suas vantagens, seus custos, suas desvantagens, mas o importante e ideal é que se tenha disponível todos os canais para que o cliente contate a empresa, da maneira que desejar e melhor para ele. A tendência no atendimento é a empresa ter todos os canais disponíveis interligados. Quando o cliente contatar a empresa, seja por qualquer canal, quem o atende vai ter disponibilizadas, virtualmente, todas as informações que a empresa possui sobre o cliente. (ALMEIDA, 2001, p.112) Tecnologia é necessária, porém, nada substitui o contato humano. Por mais avançado que seja o dispositivo, ele será limitado na capacidade de interagir com o cliente, ou seja, só as pessoas podem ter atitudes proativas que são aquelas que dependem de emoção e sensibilidade. Os recursos de atendimento como música de espera no telefone, mensagem gravada, secretária eletrônica devem ser usados com bom senso, equilíbrio e breve. Portanto, “quanto mais rápido uma Companhia puder responder consistentemente melhor aos seus clientes, em comparação às concorrentes, 41 tanto, mais elevados serão seu crescimento, seus preços e sua lucratividade”. (STALK; HOUT, apud ALMEIDA, 2001, p. 117) 2.2.3 Atendimento por telefone Almeida (2001), lista vários passos tanto para um fantástico atendimento telefônico ao cliente, como aqueles que não podem ser feitos. Abaixo seguem os passos desejáveis para um excelente atendimento: a) atender a ligação no primeiro toque; b) logo após, é importante identificar a empresa e o funcionário, ambos com ênfase e calor humano; c) boa entonação de voz, pois através dela o cliente percebe a sinceridade e boa vontade; d) disponibilidade ao cliente; e) escutar com atenção a solicitação do cliente; f) empatia; g) certificar-se de toda a solicitação do cliente para que não haja dúvidas e resposta erradas; h) agilidade na solução ao problema e no atendimento; i) questionar se o cliente entendeu e está satisfeito; j) verificar se pode ajudar em algo mais; k) despedir de forma calorosa e com agradecimentos. Os demais são atitudes abomináveis ao atendimento por telefone: a) chamar o cliente de: bem, amor, flor; b) atender ao telefone acima de três toques; c) pedir calma ao cliente e falar que ele está nervoso; d) deixar o cliente esperando ainda mais por muito tempo; e) interromper a fala do cliente; f) prometer e não cumprir; g) pedir para que o cliente retorne a ligação pois no momento não pode atender; h) gritar ou até mesmo falar alto com o cliente. Contudo, na comunicação por telefone, à maneira como é passada a mensagem é tão importante quanto o próprio conteúdo. Quem atende o cliente 42 deve ter habilidade necessária para se comunicar de forma adequada com o momento e situação. 2.2.4 Atendimento via internet A internet e o telefone são os canais tecnológicos mais importantes de atendimento ao cliente. Assim, torna-se necessário saber os aspectos que têm que ser considerados ao usar a internet como meio de atendimento, como: a) velocidade de resposta, no máximo 24 horas para retornar ao cliente; b) brevidade nas mensagens, onde se devem usar no máximo duas páginas de texto; c) simplicidade e objetividade; d) certificar os arquivos para não enviá-los com vírus; e) evitar arquivos pesados; f) informar sempre a autoria de tal texto caso não seja próprio; g) ser elegante, evitar gírias e abreviações e também, evitar escrever tudo em letra maiúscula, pois estas estão associadas ao “gritar”; h) sigilo e discrição; i) jamais encaminhar SPAM; j) personalizar as mensagens, ou seja, como se cada mensagem fosse para aquele cliente em especial. 2.3 Relacionamento com o cliente Vendrame et al. (2003 apud TAVERNARO; MATTOS, 2009), afirmam que o marketing de relacionamento constrói laços entre a organização e seus clientes para melhorar o feedback e finalmente enriquecer os prospectos da lealdade do cliente. O objetivo básico do relacionamento é construir e manter uma base de clientes que sejam rentáveis para a organização. “A construção desta base de clientes somente será possível à medida que eles perceberem que estão ganhando algo com esta relação, por isso, há necessidade de criação de valor”. (TAVERNARO; MATTOS, 2009, p. 40) 43 Com isso, torna-se necessário que as empresas concentrem-se em algumas atividades como: tecnologia, seleção e rejeição de clientes, clientes individuais e cadeia de relacionamentos. Diante disso, e Com a evolução dos mercados e o acirramento da concorrência pode-se afirmar que existe atualmente uma valorização por parte das organizações, do que (KOTLER, 2000, p. 72) define como „processo de desenvolvimento de cliente‟, ou seja, do marketing de relacionamento. Diante desse enfoque, o gerenciamento de processos reconhecidos no mundo dos negócios sob a sigla CRM (Gestão do Relacionamento com o Cliente, ou Customer Relationship Management) torna-se cada mais necessário para a permanência e evolução de empresas eficazes e lucrativas no mercado. (GARRAFONI, et al., 2005, p. 111) Mas, afinal, o que é Gestão do Relacionamento com o Cliente – CRM? CRM é, segundo Rogers (2000, apud TAVERNARO; MATTOS, 2009), um modelo de gestão que busca promover a empresa de meios mais eficazes e integrados para atender, reconhecer e administrar o relacionamento com o cliente, partindo-se do pressuposto de que é mais rentável manter um bom cliente que conquistar um novo. Vale ressaltar que o CRM não se resume a um software que a empresa compra, instala e começa a usar. É, na verdade, através dessa ferramenta que a empresa colocará em prática sua filosofia. O CRM permite um olhar com mais atenção à base atual de clientes, entendê-los melhor, estreitar relacionamento buscando prolongá-lo e, em última instância, a fidelização. Swit (2001, apud TAVERNARO; MATTOS, 2009), afirma que o CRM vem auxiliar e propiciar os meios para conseguir lealdade do cliente, extrair mais valor da relação cliente/empresa, com a finalidade de maximizar lucros. Assim, com CRM é possível gerenciar a rentabilidade que o cliente trará ao longo do tempo que estiver com a empresa. Porém, a responsabilidade pelo bem estar, cuidados e satisfação do cliente é de todos, desde a direção até o pessoal da limpeza, onde todos 44 devem estar conectados para falarem a mesma língua. Desse modo, ressaltase a importância dos treinamentos dos colaboradores para o atendimento. A proposta do CRM é desenvolver em toda a empresa um processo contínuo de comunicação interativa com os clientes que Rogers (2000, apud TAVERNARO; MATTOS, 2009), define em três fases: a) conhecimento: através da reunião das informações vindas do contato com o cliente, passa a entender suas necessidades e particularidades, possibilitando a segmentação em níveis bastante detalhados. b) estratégia: depois de adquiridas as informações na fase anterior, pode-se determinar estratégias refinadas e mais corretas de atuação junto aos diferentes segmentos de mercado. c) ação: segundo Tavernaro; Mattos (2009), “implementação das estratégias definidas, monitoração dos resultados e ampliação do conhecimento sobre os clientes através da análise dos resultados das ações”. A ferramenta CRM é conhecida internacionalmente e tem como objetivo implementar as melhores práticas de gestão de clientes. De acordo com Woodcock (1998, apud TAVERNARO; MATTOS, 2009), o CRM pode ser utilizado para: a) aumentar a participação de mercado; b) reduzir custos da gestão de clientes; c) recrutar clientes novos e de qualidade de maneira direcionada; d) extrair mais valor dos clientes existentes; e) proteger as empresas dos clientes perigosos. O CRM visa também o aumento dos lucros e garantia de lealdade, pois com um maior conhecimento do cliente, crescem as vendas, já que a empresa sabe exatamente do que ele precisa e deseja. Segundo Kotler (1998, apud TAVERNARO; MATTOS, 2009), obter clientes errados e mantê-los é mais prejudicial ainda, pois o custo de lhes prestar serviços é maior do que o retorno obtido. Assim, o melhor a ser feito é utilizar as técnicas de gestão de clientes para reduzir o custo dos serviços prestados. Entretanto, vale salientar que o próprio CRM possibilita uma redução de custos, já que a partir do fato que a empresa conhece melhor seus 45 clientes efetivos e potenciais, têm-se condições de direcionar de forma mais específica e eficiente, as estratégias para a retenção dos mesmos. Portanto, de acordo com Certo; Peter (1993, apud TAVERNARO; MATTOS, 2009), o CRM deve ser entendido como uma ferramenta estratégica e tecnológica voltada para o atendimento e antecipação das necessidades dos clientes como primeiro plano, e, como segundo, a necessidade tecnológica. 2.4 Técnicas para captação de clientes Para haver um negócio vantajoso e próspero devem existir relacionamentos saudáveis entre os responsáveis pela empresa. Não considerando apenas dos diretores, mas os clientes, os empregados, os donos e os fornecedores. Por exemplo, se os clientes deixam a empresa e vão para os concorrentes, há um problema de relacionamento. Não se está identificando nem satisfazendo suas legítimas necessidades, conforme Ângelo (2010). E a regra número um dos negócios é: se não se corresponde às necessidades dos clientes, alguém o fará. O crescimento dos mercados e a focalização cada vez maior das empresas no cliente causaram a necessidade de utilização de métodos que proporcionem uma avaliação de cada segmento de mercado de forma específica. A captação de clientes está cada vez mais difícil em virtude da concorrência, que aumenta todo dia e também pelo fato de que os clientes estão cada vez mais exigentes. Hoje há um excesso de informação, de apelos e de novas ofertas inundando o mercado. A manutenção de uma clientela fiel, tarefa essencial à sobrevivência das empresas, vem se tornando cada vez mais complexa (BOGMANN, 2000). Por isso, segundo Kotler e Keller (2006), o desafio não é deixá-los satisfeitos, o desafio é conquistar clientes fiéis. A empresa que quer gerar lucros cada vez mais altos deve investir tempo na busca de novos clientes. Para atrair e captar um cliente, a empresa deve sempre inovar, propor ideias novas sempre com qualidade. Sua equipe de vendas deve participar de feiras setoriais em que pode encontrar novas indicações, proporcionando assim, as ações táticas do marketing. Para um planejamento estratégico, é fundamental um impacto vital no destino da 46 organização porque fornece orientações a longo prazo para as pessoas que decidem sobre os destinos da empresa. Toda essa atividade produz uma lista de possíveis clientes. A tarefa seguinte é a partir de entrevistas, identificar quais são os clientes efetivamente potenciais, clientes com a motivação, a capacidade e a oportunidade de comprar. Contudo, não basta dominar essas técnicas para atrair novos clientes: a empresa deve retê-los. (KOTLER e KELLER, 2006). Ângelo (2010), ainda cita que é importante pesquisar e estudar tudo sobre os seus clientes, como: Quem são os seus clientes? Você conhece o perfil deles? Analise a sua base atual de clientes e verifique se existe uma semelhança entre eles, além do fato de serem pequenas e médias empresas. A que ramo eles pertencem? Qual é a sua estrutura? Quem é o principal decisor? Com quem você fala? Todas essas perguntas vão ajudar a entender o canal de entrada em uma empresa e é essa pessoa que deve ser abordada. Posteriormente medir o retorno de cada iniciativa que se faz para captar mais clientes, perguntando àqueles que entrarem em contato com a sua empresa onde viram o seu nome. Dessa forma, você saberá onde concentrar seu investimento da próxima vez. Seus clientes são propagandas vivas quando recebem um bom atendimento e veem um bom trabalho. Uma das técnicas mais importantes na captação do cliente é a conscientização do funcionário. O primeiro contato do cliente com a empresa se for bem atendido faz toda a diferença. Por isso, é muito importante manterem satisfeitos os clientes internos. Gerenciar com eficiência e eficácia os subordinados representa grande caminho percorrido em direção ao sucesso. Se a empresa quiser captar e conservar os clientes, é melhor se acostumar, primeiro, à ideia de conservar seus subordinados. (BOGMANN, 2000) Deve-se sempre ir além das expectativas dos clientes. Ao atendê-lo, precisa-se apresentar-lhe um fator de diferenciação; nunca ser igual, procurar ser e fazer o melhor, pois a concorrência é premente e o mercado é dinâmico. Logo, não se pode perder tempo ou ficar estagnado. É primordial para qualquer empresa, de acordo com Almeida (2001), encantar sempre o cliente através de 47 um fantástico atendimento. O encantamento no atendimento é primordial para a captação de um cliente. É preciso exceder, extrapolar. É preciso encantar! 2.5 Técnicas para retenção de clientes Um programa de retenção começa com a identificação do tipo certo de clientes, uma vez que existem certos clientes que não justificam os esforços da empresa em mantê-los. Se certos tipos de clientes não permanecem, não tem potencial e não se tornam lucrativos, as empresas não devem investir com o objetivo de atraí-los nem tampouco recuperá-los. Percebe-se que a chave do sucesso e a conquista do cliente dependem cada vez mais do poder de persuasão de um bom vendedor. Por isso, a empresa deve estar atenta: recompensar as estrelas do atendimento, promover constantemente cursos de aperfeiçoamento e/ou reciclagem, desenvolver políticas salariais e de carreira, incentivar o trabalho em equipe e valorizar a iniciativa individual são medidas necessárias à agregação de valor ao relacionamento. Dessa maneira, decorre a percepção pelas empresas, da importância da retenção de seus clientes ativos, face à concorrência cada vez mais acirrada, o que transforma em desafio a responsabilidade de reter o cliente ativo. Conforme Vavra (1993), a retenção de clientes é de longe mais importante do que a atração de clientes. Quando se abre o mercado para a concorrência, as empresas aprendem que devem cortejar seus clientes para eles permanecerem fiéis. Empresas inteligentes têm como objetivo encantar o cliente prometendo somente aquilo que podem oferecer e entregando mais do que prometem. Clientes encantados não apenas repetem as compras, como também contam aos outros suas boas experiências. A empresa que propicia a sensação de encanto ao cliente tem grandes chances de estar à frente da concorrência e de gerar a tão sonhada fidelização. A superação de expectativas está ligada à existência de um ótimo relacionamento com os clientes e um atendimento excelente, digno de pessoas que incorporam a prática de excelência em suas rotinas. Na realidade, 48 pequenas ações e gentilezas podem fazer grande diferença, ainda mais em uma sociedade tão acostumada a ser mal atendida. As ações de retenção de clientes são necessárias quando há indícios de que sua fidelização está comprometida. Tem o objetivo de evitar a perda do cliente e garantir resultados consistentes em longo prazo. Empresas que conseguem identificar prontamente todos os seus clientes estão em ótima posição de medir a retenção de clientes a cada período. Dessa maneira, a retenção busca obter perda zero de clientes, utilizando toda a sua capacidade de atender as exigências de seus clientes. Entende-se que os clientes que trabalham com diversas instituições tendem a manter a sua maior movimentação ou, no mínimo, as mais rentáveis, devendo-se programar ações que permitam o estabelecimento de um relacionamento fidelíssimo entre a organização e o cliente. Vavra (1993), cita alguns elementos que compõem esta visão de retenção de clientes: a) atitudes que visem ao aumento da probabilidade de os clientes repetirem a compra, bem como a probabilidade de virem a comprar outros serviços da empresa ao invés de procurarem um concorrente; b) atividades e esforços focados na satisfação dos clientes após a compra; c) mensurar, sistematicamente, o grau de satisfação dos clientes pelos serviços atuais, planejando e alinhando sua operação em convergência com as expectativas dos clientes. Conforme Lima (2012), hoje, a concorrência, cada vez maior e mais ágil em suas ações, coloca os consumidores diante de inúmeras possibilidades de escolhas, fazendo com que o custo de conquista do cliente atinja valores muito elevados. E a conquista do cliente não é um fim em si mesma, estratégias e ações para retê-lo o maior tempo possível e conseguir sua fidelidade são também necessárias (reter o cliente é, entre outras coisas, uma forma de não perdê-lo para a concorrência, além de ter a rentabilidade aumentada). É bom lembrar que, via de regra, é mais barato segurar o cliente conquistado do que se conquistar um novo cliente. Muito embora isso não anule a necessidade de se investir na conquista de novos clientes, absolutamente. 49 Em suma, os esforços de marketing e vendas devem sempre buscar a conquista de novos clientes, mas não podem se esquecer daqueles que mantêm negócios regulares com a empresa e tampouco dos que estão deixando de fazer negócios sem um motivo justo. (LIMA, 2012, p.7) Julga Kotler (2007), que se uma empresa pode incrementar a retenção de clientes em 5%, isso se refletirá nos resultados econômicos com um incremento de 25%, a rentabilidade das empresas está altamente associada à capacidade na retenção de clientes. Dessa maneira, essa permanência busca obter perda zero de clientes, utilizando toda a sua capacidade de atender as exigências de seus clientes. Assim, para Bogmann (2000), o programa de retenção de clientes consiste em mobilizar as pessoas e a organização a favor da retenção, conhecer os clientes é retê-los, delegar poderes aos subordinados, manter-se em contato com o cliente, manter satisfeitos os clientes internos e ter uma integração organizacional, ou seja, é importante que todos os funcionários saibam que eles são responsáveis pelo bom atendimento aos clientes. A retenção de clientes depende de muita ação e de responsabilidade de todos os escalões da empresa, pois o processo de retenção começa dentro da empresa e progride ao atingir os clientes. 2.5.1 Fidelização Atualmente, as empresas de maior sucesso são aquelas que estão fazendo tudo para manter seus clientes. Segundo Bogmann (2000), cliente fiel é aquele que sempre volta à organização por ocasião de uma nova compra ou transação, por estar satisfeito com o produto ou com o serviço. Para Kotler (2007), fidelizar o cliente significa vender o maior número de produtos a um cliente por maior tempo possível, mantendo-o satisfeito. É conquistá-lo de tal forma que o impeça de migrar para a concorrência. A fidelização do cliente está fortemente ligada à questão da qualidade de serviços e, essa fidelização, integra o processo filosófico do marketing de relacionamento. 50 Sempre existem graus de fidelidade. Alguns clientes são mais fiéis, outros são menos. A fidelidade é, portanto, desenvolvida por meio de abordagens que desencadeiam e reforçam um estado mental positivo. O objetivo não é tornar todos os clientes fiéis, mas, sim, aumentar a fidelidade daqueles clientes mais propensos a reagir. Alguns clientes são mais suscetíveis de reagir a incentivos: outros, a atendimento diferenciado proporcionado apenas para clientes leais: enquanto outros, ainda, podem reagir apenas à combinação dos dois. Fidelização e personalização são ferramentas que estão sendo utilizadas pelas grandes empresas para que cativem os clientes antigos e se fortaleçam frente a um mercado cada vez mais competitivo. As empresas devem buscar entender como os clientes usam seus produtos ou serviços para estarem melhor posicionados além de buscar estratégias para construir fidelidade ao produto ou serviço oferecido. Atualmente, os programas de fidelidade estão se tornando comum, viraram necessidade, uma vez que o cliente deseja se sentir importante para a empresa e não se sentir como mais um nome no banco de dados. Uma empresa não precisa gastar muito na implantação de programas de fidelização, mas necessita perceber a importância de reter um cliente que ela já possui e de criar uma satisfação pelo uso do produto ou serviço. A resposta do cliente aos programas de fidelização irá depender da satisfação pelos produtos ou serviços prestados. A satisfação é essencial para a manutenção de qualquer negócio, pois oferecer produtos com qualidade a preços competitivos não é o suficiente. 2.5.2 Satisfação de clientes Para atingir a satisfação do cliente é necessário conhecer, avaliar os valores que contam mais para o cliente em relação ao produto que a empresa oferece. Os valores mais importantes para o cliente são aqueles que lhe proporcionam maior satisfação. Para satisfazer um cliente é importante saber entender as suas necessidades e atendê-las da forma que ele quer. O cliente precisa saber que a empresa irá tentar atender a sua necessidade para satisfazê-lo. 51 Percebe-se que a avaliação da satisfação dos clientes, em relação aos serviços prestados, é uma forma de evitar clientes insatisfeitos, corrigindo antecipadamente eventuais falhas. No mundo dos negócios, os seguidores são os clientes. Para atrair esses clientes, toda a empresa deve ser considerada um organismo para criar e satisfazer os clientes. A administração não deve julgar que sua tarefa é fabricar produtos, mas sim proporcionar satisfação a seus clientes. (ROCHA, 2000, p.158) O que influencia na satisfação dos clientes? Produtos e serviços de qualidade, preço percebido como justo, condições de pagamento satisfatórias, cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela empresa, disponibilidade dos produtos/serviços, entrega adequada, escuta atenciosa, diálogo de compromisso, descontos e ofertas especiais e facilidade da compra. Segundo Kotler (1999), a satisfação se mede na relação entre o que o cliente recebeu ou percebeu e o que esperava ter ou ver (percepção x expectativa). Se a percepção é maior do que a expectativa, o cliente fica mais satisfeito do que o esperado. Mas se for menor, frustra-se e não registra positivamente a experiência. Desse modo, como as expectativas dos clientes aumentam com o tempo, eles tendem a não mais se satisfazer se a empresa não conseguir acompanhar as mudanças de suas necessidades e desejos, o que demanda tempo e investimento. Nos casos de indiferença ou de clientes meramente satisfeitos, eles estão contentes com o serviço básico, mas gostaria de ter um conjunto de serviços suplementares que tornem o produto mais eficaz. Nesse caso, a empresa deve dispor de processos sensíveis de recuperação quando ocorrer problemas, para que os clientes não migrem para a categoria dos insatisfeitos. Devem-se desenvolver estratégias de recuperação preventiva para corrigir problemas que ocorram durante a entrega do serviço ou produto. Conforme Lovelock (2005 apud SILVA et al, 2009), alguns dos benefícios da satisfação dos clientes são: isolar os clientes da concorrência, cativar os mesmos clientes, ampliar/promover o boca a boca positivo e a redução do custo para atrair novos clientes. 52 Quanto maior for à satisfação, as informações positivas da empresa pelo cliente, maior será a fidelidade. Os clientes satisfeitos são menos suscetíveis às ofertas dos concorrentes. A reputação e a comunicação verbal são fontes de informação fundamentais para atraírem clientes novos. 2.6 Estratégias na captação e retenção de clientes A estratégia é um fator determinante de sucesso em muitas áreas da atividade humana. Segundo Mintzberg (2000 apud VIEIRA; BROCHINI, 2011), estratégia requer uma série de definições e que é uma dessas palavras que inevitavelmente define-se de uma forma, mas freqüentemente usa-se de outra. Estratégia é um padrão, isto é, consistência em comportamento ao longo do tempo. Cada empresa deve encontrar seu próprio caminho para o sucesso e os gerentes devem sempre manter a mente aberta para buscar várias opiniões antes de decidirem sobre uma estratégia, ajustando-as de acordo com as mudanças ocorridas no mercado. Compreender o valor do cliente é o primeiro passo em qualquer estratégia objetivada em conquistar, aumentar e manter clientes rentáveis por mais tempo. Os clientes mais propensos a deixarem uma empresa são identificados, antes de o relacionamento acabar, enquanto as ações previstas são feitas em razão de ganhar sua fidelidade. Segundo Gronroos (1993), para captar, fidelizar e reter um cliente na organização, é necessário seguir quatro opções de estratégias básicas: a) estratégia da qualidade técnica: significa que o desenvolvimento e a manutenção de uma qualidade técnica superior de um bem ou serviço é considerado a pedra fundamental das operações da empresa. A competência da empresa se deve a uma excelente qualidade técnica dos produtos. Funciona bem em situações onde a excelência técnica demonstrada pela empresa é, por si só, de valor crítico para os clientes. 53 b) estratégia de preço: significa que a empresa depende basicamente do nível e das ofertas específicas de preço como seu diferencial competitivo. A empresa deve observar as estratégias de preço dos concorrentes e manter o valor dos seus produtos de acordo com seus clientes. c) estratégia de imagem: a aplicação de uma estratégia de imagem significa que o diferencial competitivo é baseado em uma imaginação extra construída em torno dos bens ou serviços, imagem esta que é frequentemente criada através de anúncios ou outros meios de comunicação com o mercado. d) estratégia de serviços: significa criar uma série de serviços que ressaltem o relacionamento com os clientes. Está relacionada com a competência específica de uma empresa que pode ser vista através de sua habilidade para servir os clientes de forma competitiva criando, portanto, uma oferta diferenciada no mercado. Nesse contexto apresentado, pressupõe-se que é preciso encontrar os pontos fortes e fracos da empresa, corrigir os erros e reforçar os pontos positivos. Com isso, estará capacitado a iniciar, sem pontos obscuros, um programa de fidelização. Metas financeiras também precisam ser estabelecidas, pois um plano de fidelização de clientes pode levar anos para chegar ao ponto de equilíbrio, trazendo, assim, resultado à empresa. Objetivando garantir o sucesso da ação, é imprescindível estabelecer metas e objetivos realizáveis, mesmo que ambiciosos. Para Rocha e Veloso (1999), a empresa precisa armazenar as informações sobre contatos e feedbacks em bancos de dados, deixando-os acessíveis. Essas informações também podem ser agrupadas e especialmente tratadas, devendo-se, dessa forma, serem criadas ações de comunicação direcionadas aos clientes. Portanto, observa-se que dois pontos são fundamentais à obtenção do seu envolvimento: os serviços e a expectativa do cliente. A melhor forma de envolvimento sem dúvida é o serviço. O conceito de programas de fidelização envolve uma troca. É preciso que a empresa ofereça vantagens e benefícios àquele que dá preferência a seus produtos e serviços. Os programas de fidelização de clientes usam várias ferramentas promocionais; todavia, não podem ser confundidas com elas. Eles 54 envolvem ações contínuas. Como num relacionamento permanente que recompensam os clientes fiéis. Conforme Marins (2004), as empresas bem-sucedidas em manter altos níveis de fidelização de clientes nos apresentam algumas lições importantes sobre a fidelização de clientes: a) um bom produto ou serviço será sempre a base para o desenvolvimento da fidelidade do cliente. Sem ele, nenhum programa para fortalecer o relacionamento de uma empresa com seus clientes será bem-sucedido. b) as empresas devem desenvolver produtos e serviços personalizados de acordo com o que os clientes individuais querem e não de acordo com o que as empresas estão atualmente preparadas para oferecer ou de acordo com aquilo que acham que os clientes querem. c) desenvolver a fidelidade do cliente deve ser um compromisso de toda a empresa. Todas as atividades da organização devem servir ao objetivo de criar valor para o cliente. d) reunir informações sobre os clientes não é tudo. Por mais sofisticada que seja, a tecnologia da informação é simplesmente um instrumento para melhorar a qualidade do produto e do serviço para atender às necessidades individuais dos clientes. e) o impacto econômico do foco de uma empresa na fidelidade do cliente torna-se evidente apenas após um longo período de tempo. Portanto, a avaliação a longo prazo do comportamento do cliente é essencial para se compreender o retorno sobre o investimento em iniciativas de fidelização. Sem avaliação, uma empresa pode perder prematuramente o seu foco na fidelidade do cliente. f) nunca perca de vista as atividades dos seus concorrentes. Para reter e fidelizar um cliente, a empresa deve definir seus objetivos, identificar as necessidades dos clientes, desenvolver uma abordagem correta para se comunicar com eles, definir uma segmentação de público alvo e investir no treinamento de seus funcionários. Quanto mais se identifica as necessidades dos clientes, a tendência dele se tornar fiel é maior. 2.7 Análise de crédito para clientes-pessoa jurídica 55 Conforme Tófoli (2008), ao definir uma política de análise de crédito, a empresa deve estabelecer parâmetros que definam a concessão ou não do crédito, em quais condições deve ser concedido, qual o valor do limite do crédito, enfim, estabelecer normas aplicáveis para que as vendas se realizem e em maior volume, com segurança de recebimento dos valores correspondentes. Assim, antes de se efetivar as operações a prazo, deve-se proceder uma análise criteriosa e detalhada de dados cadastrais, que deve se repetir tantas vezes quantas acontecer a concessão de crédito – a venda a prazo – ou seja, a situação do cliente deve ser monitorada, principalmente no seu histórico de pagamentos, observando se há pontualidade ou atrasos nos cumprimentos das obrigações e sobre sua situação financeira, utilizando-se da centralização de serviços bancários – Serasa, Serviço de proteção ao credito – SPC‟s, dentro outros. (TÓFOLI, 2008, p. 82) É importante levar em consideração, na análise de crédito a ser concedido, os seguintes itens conhecidos como os 5 Cs: a) caráter: é analisado o comportamento do cliente quanto à pontualidade de seus pagamentos, a existência ou não de títulos protestados, pendências judiciais, enfim, sua integridade e honestidade. Este é considerado o C fundamental, pois se não for aceito, dispensará a necessidade da análise dos demais Cs. b) capacidade: não adianta o cliente ter a intenção de pagar uma conta se não possuir capacidade para tanto. Se o cliente for pessoa jurídica, a análise da capacidade de saldar os compromissos pode ser efetuada com base na análise dos índices financeiros, principalmente os índices de liquidez, de endividamento e de rentabilidade. c) capital: “para empresas, avalia-se a estrutura econômica e financeira, o nível de imobilização, tipos e modernidade das máquinas, tecnologia, critérios utilizados para a aquisição desses equipamentos.” (TÓFOLI, 2008, p. 82) d) colateral: para pessoa jurídica, analisam-se os ativos de propriedade da empresa. 56 e) condições: “este indicador identifica-se com a exposição aos efeitos das ocorrências externas à empresa, atividade econômica desenvolvida, influência da concorrência, sazonalidade de seus produtos etc.”. (TÓFOLI, 2008, p. 82) 57 CAPÍTULO III A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO Captar e fidelizar clientes têm sido o objetivo primordial das empresas, pois cada dia os clientes têm mais acesso as informações e, com isso, tornamse mais exigentes. Este fator deve-se a alta concorrência e a um mercado cada vez mais competitivo. Para uma empresa conseguir atingir esse objetivo, ela deve ter em suas estratégias, diferenciais competitivos perante seus concorrentes como: criatividade, inovação, qualidade em seus produtos e serviços prestados ao consumidor, criando, assim, um valor agregado à sua marca. A empresa não pode apenas vender o seu produto e ter como diferencial e estratégia, o preço e a qualidade; ela tem a grande responsabilidade de fazer bem feito, produtos com conforto e qualidade assegurada, serviços de consultoria e excelência de atendimento, pois terão no final do processo usuários que confiam na marca. Este é o pacote de serviço desejado pelos clientes. É preciso conhecer os tipos de clientes e suas características para utilizar corretamente as técnicas utilizadas para sua captação e fidelização, onde o fornecedor busca entender as necessidades do cliente e adequar, quando possível, seus produtos e serviços a ele. Com o objetivo de conhecer os procedimentos adotados pela empresa estagiada no tocante ao relacionamento com os seus clientes- pessoa jurídica foi realizada uma pesquisa de campo, no período de fevereiro a outubro de 2012, na empresa BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A. Situada em Lins-SP, na Avenida São Paulo, 1805, Bairro Jardim Guanabara, a BSB é uma das maiores produtoras de calçados de segurança do mundo, com capacidade produtiva que ultrapassa os 22 milhões de pares/ano. Possui ainda em seu portfólio um mix de marcas com produtos diferenciados para atender um nicho de mercado específico. 58 Não se mede esforços e nem investimentos para ter os melhores produtos com tecnologia atualizada. Para a realização da pesquisa foram utilizados os métodos: a) método de estudo de caso: foi realizado um estudo de caso na BSB, onde foram analisados os procedimentos adotados pela empresa estagiada no tocante ao relacionamento com os seus clientespessoas jurídicas. b) método de observação sistemática: onde foram observados, analisados e acompanhados os procedimentos adotados pela empresa estagiada referentes à captação e retenção de clientespessoas jurídicas. c) método histórico: foi observado o histórico de vida da empresa, desde o início, desenvolvimento até a posição atual. As técnicas utilizadas foram: Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A) Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B) Roteiro do Histórico da Empresa (APÊNDICE C) Roteiro de Entrevista com o Gerente de Vendas da Marca Bracol (APÊNDICE D) Roteiro de Entrevista com o Coordenador Administrativo BSB (APÊNDICE E) Roteiro de Entrevista com a Diretora Financeira (APÊNDICE F) Roteiro de Entrevista com a Supervisora da Central de Relacionamentos (APÊNDICE G) Roteiro de Entrevista com o Assistente de Vendas (APÊNDICE H) Segue relato e discussão da pesquisa na empresa. 3.1 Procedimentos adotados ao relacionamento com seus clientes O atendimento aos clientes da BSB é dividido por microrregiões, ou seja, é dividido por estados e dentro de cada estado conta com os representantes comerciais e o supervisor de vendas que ficam externos, mais precisamente localizados na região de atuação. 59 Os representantes são responsáveis em visitar os clientes realizando negociações de vendas, homologação de produtos, consultoria técnicas e até mesmo, análise de mercado para assim atender às necessidades dos clientes. É importante ressaltar que os representantes mantêm contato com seus clientes não só no momento da venda, mas em visitas de acompanhamento e cordialidade para a constatação da satisfação em relação à compra e venda de seus produtos. Já os supervisores realizam o gerenciamento da carteira de clientes cobrando as vendas e realização das metas, buscando, assim, o faturamento diário almejado. São responsáveis também, em dar suporte aos seus representantes e fazer visitas técnicas juntamente com eles para constatar as dificuldades apresentadas e, com isso, realizar um projeto de melhoria. Para dar suporte e continuidade a esse trabalho, a BSB investe em profissionais também qualificados para auxiliar os representantes e supervisores onde disponibiliza de uma equipe interna, que é denominada como central de relacionamento, a qual é responsável em atender todas as chamadas do telefone tronco. A partir daí, atender as solicitações feitas pelos clientes e caso a pessoa que atendeu não seja o responsável, deve direcionar ao departamento ou filial correspondente à necessidade do cliente. Nos casos de solicitações de orçamento é direcionado ao responsável pelo atendimento do cliente, pois cada região tem suas particularidades e condições diferenciadas, baseada na realidade regional e seus concorrentes locais. Na central de relacionamento, cada assistente gerencia uma carteira de clientes que é divida por estado da federação, efetuando o acompanhamento dos pedidos para que sejam faturados dentro do prazo negociado com o cliente. Caso isso não aconteça, ele é responsável em abrir uma ocorrência de atraso na entrega. Assim que receber o retorno com o motivo do atraso e o novo prazo de entrega, deve contatar o cliente e posicioná-lo, fazendo com que isso seja aceito da melhor forma possível sem prejudicar o relacionamento de ambas as partes. Na mesma divisão, são efetuadas campanhas de busca de negócios com os clientes pré-inativos, ou seja, que não compram há mais de dois meses, e os inativos temporários, que não compram há mais de quatro meses. 60 Para os clientes de primeira compra é feito o contato sessenta dias após o registro do pedido no sistema; sendo assim, o cliente já recebeu seu material e consegue mensurar se foi bem atendido e se está satisfeito com a nova parceria. Os clientes podem fazer seus contatos com a empresa através do site, no menu “Contato”, informando seus dados, solicitações e sugestões. Após o recebimento do e-mail, a central de relacionamento direciona as solicitações expostas ao responsável pelo atendimento da região desse cliente. Com isso, nota-se que não existe um departamento específico para o serviço de atendimento ao consumidor (SAC). 3.2 Estratégias utilizadas na empresa para captação bem como a fidelização de seus clientes Para captar e reter seus clientes, a empresa estudada utiliza de diversas estratégias que auxiliam o trabalho realizado pelos seus colaboradores. São elas: curva ABC, campanha de satisfação, pesquisa e desenvolvimento (P&D), pacote de serviços, capacitação de equipe, convenção de vendas, workshop e marketing. a) curva ABC: é uma proposta adotada recentemente pela BSB onde uma carteira de clientes é classificada em relação aos seus maiores clientes de acordo com seu faturamento, ou seja, 20% desses clientes pertencem à classe A, 30% como B e os demais são da classe C. A central de relacionamento, através dessa curva ABC, tem que manter contato, sem oferecer produtos, com seus clientes, onde a classe A tem que receber ligação pelo menos uma vez ao mês. Já os da classe B, pelo menos uma vez a cada dois meses. Porém, os demais, a empresa está estudando uma ação para ser realizada com eles. Esta estratégia tem o objetivo de estreitar a distância entre o cliente e a empresa para que eles tenham liberdade de falar diretamente com a central de relacionamento e não apenas com os representantes, buscando, assim, a solução para sua necessidade. b) campanhas de satisfação: existe uma pessoa específica para realizar campanha de satisfação com os clientes, utilizando o método de 61 amostragem; é feito contato aleatoriamente com 30% dos clientes de toda a carteira da empresa, a fim de identificar o nível de satisfação dos mesmos quanto à qualidade dos produtos e dos serviços prestados. Esse índice fica sinalizado no sistema onde indica conformidade perante a ISO. c) P&D: visando buscar a satisfação do usuário final, o P&D é responsável em desenvolver pesquisas de mercado a fim de despertar o desejo no cliente através de um designer diferenciado, avaliando a necessidade de conforto e proteção. Com isso, o cliente compra um produto inovador que proporciona conforto, durabilidade e preço interessante. Atualmente, a BSB tem como meta criar e desenvolver calçados de proteção que atendam principalmente o público feminino, com características específicas. d) pacote de serviços: a BSB tem como foco oferecer aos seus clientes, além dos produtos de qualidade, um pacote de serviços com excelência a fim de captar e fidelizar o cliente. e) capacitação de equipe: todos os colaboradores da equipe comercial passam por um treinamento que tem como duração o prazo de uma semana onde recebem as coordenadas para estarem aptos a exercer suas funções. f) convenção de vendas: são realizadas anualmente palestras e dinâmicas para toda a equipe comercial com o intuito de reforçar a política da empresa. Com isso, exerce-se o networking a fim de buscar novas tendências de mercado. Divulga-se também o planejamento de novos negócios e a importância de manter os clientes atuais. O resultado dessas convenções é satisfatório, o que justificaria sua prática semestralmente. g) workshop: representado por um profissional graduado em direito trabalhista e previdenciário, são realizados mensalmente workshops por todo o Brasil, a fim de levar conhecimento às empresas, gerentes de recursos humanos, diretores e áreas jurídicas para que tenham conhecimento e entendimento da lei. Existem vários pontos da legislação que demonstram que não basta apenas comprar e fornecer EPI, é preciso averiguar se está sendo utilizado 62 corretamente. A responsabilidade da empresa vai muito além de simplesmente produzir. h) marketing: preocupa-se em divulgar e fixar a marca Bracol e seu slogan em todo território nacional a fim de ressaltar a qualidade dos produtos oferecidos. 3.3 Produtos e serviços O grupo atua exclusivamente no ramo de produção de Equipamentos de Proteção Individual. O foco hoje é a proteção dos pés, mas atua também na proteção das mãos representada pelas luvas. Para a BSB, o EPI é um produto não só que cumpre regulamentos, prérequisitos e normas técnicas, mas, principalmente, que tem que transmitir bem estar. O usuário não pode ter a sensação de uso compulsório. Ele tem que usar, claro, porque é exigido, porque vai protegê-lo, mas, principalmente, porque se sente bem. O que comprova a teoria de Vavra (1993), de que serviços ao cliente envolvem o cuidado, consideração e atenção focadas nos clientes. Geralmente, serviço ao cliente é uma atenção e assistência não esperada pelos clientes, que os ajuda a obter maior satisfação de um produto ou serviço. Os serviços devem ser percebidos pelos clientes como algo de sinceridade; de outra forma, eles podem ser interpretados como apenas outro artifício de marketing para aumentar vendas. A BSB introduziu uma nova visão, a consciência de que não se deve apenas produzir, é ir muito além do produto, mostrar ao cliente que ao adquirir um produto ele tem também um pacote de serviços. O serviço consiste em um treinamento sobre uso adequado de EPIs e também em um trabalho forte de conscientização e consultoria sobre legislação. Os serviços devem atender plenamente às necessidades e expectativas dos clientes. Para que eles sejam executados com qualidade, é necessário saber como as expectativas são formuladas. Estas, de qualquer produto ou serviço específico, são estabelecidas durante o tempo de experiência. Oferecer produtos e serviços que satisfaçam, exige conhecimento das expectativas dos clientes. (BOGMANN, 2000) 63 É com esse compromisso que foram alinhados os propósitos da empresa em priorizar a saúde, a segurança e a proteção das pessoas. É assim que as inovações da BSB serão reconhecidas e respeitadas em todo lugar. 3.4 Propaganda A BSB dispõe de um departamento de marketing que é responsável em divulgar a marca Bracol e disseminar seu slogan, “Porque você é importante”, através de diversos meios de comunicação como: sites, revistas e anuários do setor de proteção individual, feiras, seminários mensais, patrocínios e propagandas regionais em televisão e rádio, outdoor, catálogos, banners, brindes com o logotipo da marca e os próprios colaboradores da BSB que estão distribuídos em todo o território nacional. 3.5 Estratégia da empresa em relação ao valor da marca Bracol Para Tavares (1998), pode-se dizer que o maior patrimônio de uma empresa é a marca, a qual é considerada única no mercado, o que contribui para diferenciá-la, competitivamente, de outras empresas. A marca estabelece um relacionamento e uma troca de intangíveis entre pessoas e produtos. O produto é o que a empresa fabrica, o que o consumidor compra é a marca. Os produtos não podem falar por si: a marca é que dá o significado e fala por eles. O produto tem um ciclo de vida, a marca não. Isto não significa que algumas não envelheçam. A marca revela faceta de diferenças nos produtos: funcionais experiências e simbólicas. A Bracol, valorizando essa questão do diferencial da marca, baseia-se em honestidade para estabelecer sua relação com os clientes e concentra grande parte de seus esforços na prestação de serviços com excelência, porque entende que além do produto, o cliente necessita de soluções. Profissionais especializados trabalham diariamente para buscar tecnologias inovadoras que garantam eficácia em proteção e segurança no dia a dia do trabalhador. 64 Disponibiliza de máquinas com tecnologia de última geração e modernos laboratórios são usados no desenvolvimento, produção e análise de todos os itens, oferecendo ao mercado produtos de altíssima qualidade. Com essas informações percebe-se que a marca Bracol não mede esforços para fazer as escolhas certas, mantendo, assim, o maior patrimônio que existe: a vida das pessoas. 3.6 Estratégia na busca da satisfação do cliente Visando a satisfação do cliente, a BSB conta hoje com os melhores produtos e tecnologia atualizada. Mas, não se trata apenas de produzir e vender, é muito importante a qualidade e a disponibilidade de informações. O cliente compra da empresa e principalmente repete suas compras, quando ele sente confiança e segurança naquilo que está sendo transmitido. A BSB realiza diversas estratégias que tem como foco a satisfação de seus clientes. E com o intuito de preservar essa satisfação e a fidelização do cliente, a empresa desenvolve constantemente o serviço de pós-venda que nada mais é do que uma fase que se inicia logo após o momento da aquisição de um produto ou serviços de uma organização e tem como objetivo, conhecer melhor o cliente. As empresas que ficarão na mente do consumidor, são aquelas que conseguem oferecer os melhores serviços, o atendimento diferenciado e o cuidado em conhecer seu consumidor. Conforme Bogmann (2000), a decisão de compra vai pesar a fidelidade do cliente com a empresa que não só atendeu, mas ultrapassou suas necessidades. Se o cliente está insatisfeito ou foi atendimento mal, será através do pós-venda que ele terá a oportunidade de reclamar e consequentemente, se sua reclamação for esclarecida, ele voltará à empresa. Por isso, é importante também o relacionamento com o cliente, pois, através do relacionamento podem-se estabelecer os canais e processos para que as reclamações possam ser conduzidas de forma adequada. A BSB visa à importância desse serviço, pois, as atividades e esforços do pós-venda deixam os clientes satisfeitos após a compra e somente clientes satisfeitos indicam a empresa para seus amigos. 65 A BSB acredita que todos os clientes são conquistados através dos diferenciais que ela oferece, dentre eles, o serviço prestado, ou seja, o compromisso em atender bem e principalmente superar as expectativas dos mesmos, praticando a empatia para solucionar da melhor maneira possível às solicitações dos clientes. 3.7 Parecer final sobre o caso Pode-se constatar que as técnicas utilizadas pela empresa são eficazes na busca de novos clientes, bem como para a manutenção dos atuais, pois, disponibiliza os melhores produtos e serviços visando sempre à satisfação do cliente-pessoa jurídica. A BSB acredita que para satisfazer e atender às necessidades de seus clientes, o processo de inovação deve ser contínuo, propondo novas ideias sempre enfatizando a qualidade. Com isso, adota diversas estratégias e dentre elas estão: curva ABC, campanha de satisfação, P&D, pacote de serviços, capacitação de equipe, convenção de vendas, workshop e marketing, que tem como foco a retenção de seus clientes, pois, de acordo com a teoria estudada o preço de adquirir novos clientes é cinco vezes maior do que o custo de reter clientes antigos. Com o intuito de estreitar a relação com o cliente, a empresa realiza constantemente o serviço de pós-venda, pois, é através dele que a empresa consegue checar o nível de satisfação dos serviços prestados, visando sempre à construção da lealdade e fidelização. Entretanto, ainda não dispõe de recursos de contatos mais estreitos com clientes, como comunicação através do telefone 0800, chat on-line e até mesmo visitas pessoais. É importante ressaltar que o cliente é a figura principal de toda organização. Com isso, é necessário que as decisões empresariais e tarefas operacionais levem em consideração as necessidades e expectativas do consumidor e trabalhem para superá-las, para atender completamente à satisfação de seus clientes. Entretanto, em função do volume de vendas e de clientes é fundamental que a manutenção dos procedimentos existentes esteja em constante avaliação e de acordo com o surgimento de novas necessidades, sejam 66 implantadas outras estratégias com o intuito de suprir esses déficits encontrados. Assim, pode-se dizer que a BSB preza muito ao relacionamento com seus clientes, pois, entende-se que quanto maior for a satisfação e as informações positivas da empresa ao cliente, maior será a fidelidade. 67 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Com a intenção de atingir a satisfação bem como a captação e fidelização de seus clientes, a BSB dispõe de estratégias diferenciadas como criatividade, inovação e qualidades em seus produtos e serviços prestados. De fato, essas estratégias e técnicas adotadas para captação e retenção de clientes-pessoa jurídica que a BSB utiliza são satisfatórias mediante o sucesso e reconhecimento do público alvo perante a marca Bracol. Entretanto, para completar essa gama de estratégias propõe-se um departamento específico de SAC através de um 0800 para ouvir atentamente e criticamente as solicitações feitas pelos clientes para então transformar as informações coletadas em base para desenvolvimento de ações estratégicas. Ou seja, buscar soluções para as ocorrências de qualquer tipo e manter o cliente informado até o final com mais agilidade e precisão no retorno. A fim de dar continuidade no processo de atendimento ao cliente, sugere-se o serviço de chat on-line durante o horário comercial que tem como objetivo, o esclarecimento de dúvidas técnicas e um parecer imediato das solicitações efetuadas pelos clientes. Em continuidade ao trabalho da curva ABC que é realizado pela central de relacionamento, recomenda-se um trabalho técnico disponibilizando de um funcionário para fazer visitas in loco estreitando, assim, o relacionamento empresa-cliente. Como forma de melhoria em relação à realização da convenção de vendas, que é feita anualmente, propõe-se a realização da mesma semestralmente, a fim de reforçar a política e as diretrizes da empresa em busca da realização dos resultados propostos. Teria o objetivo também de analisar e comparar as tendências de mercado. Enfim, pode-se confirmar que com o que foi proposto, a BSB poderá oferecer aos seus clientes um pacote de serviços completo onde dentro dele está o produto, pois, para a BSB esse é um fator essencial para captação e retenção de clientes. 68 CONCLUSÃO No mundo competitivo, para se manter no mercado e deter a preferência dos clientes, é fundamental para as empresas desenvolverem estratégias que visem à retenção e captação de clientes, pois, os mesmos são a base de um negócio e fator de sobrevivência da empresa. Torna-se necessário então, dispor de um diferencial para com os clientes a fim de superar as expectativas e não só suprir suas necessidades. Tentar fidelizar o cliente por meio de estratégias de preços é uma forma muito arriscada e finita; o preço deve sim, ser considerado como fator importante dentro da política da empresa, mas não como o principal. Sabe-se que é bem mais barato manter clientes a adquirir novos. Assim, vale ressaltar que além da qualidade nos produtos que a empresa oferece, deve-se ter qualidade em atendimento, ou seja, agregar valores aos produtos comercializados. O cliente satisfeito com o atendimento dá menor importância ao fator preço, proporcionando maior lucratividade à empresa. Entretanto, é importante enfatizar que o nível de serviço oferecido deve ser correspondente ao retorno financeiro que cada cliente proporciona ou tem potencial para isso. Desta forma, verificou-se que a BSB preocupa-se em se manter à frente de seus concorrentes, realizando contínuos investimentos e implementações para oferecer aos clientes produtos e serviços de qualidade que atendam ou mesmo superem às expectativas. Conclui-se, portanto, que as estratégias e objetivos das empresas precisam estar alinhados aos clientes e devem ser compartilhados com seus fornecedores e colaboradores assegurando a criação dos valores desejados pelos clientes para a satisfação de todas as partes envolvidas. Isso vai permitir que nos produtos, serviços, preços e prazos sejam construídos de acordo com a preferência e expectativas dos clientes. (KARAPETROVIC; WILLBORN, 1998, apud TÓFOLI; TÓFOLI; SANTOS, 2009) Neste particular, foi possível perceber a forte participação da empresa estagiada no sentido de alinhamento com seus clientes-pessoa jurídica e representantes, como já destacado no capítulo 3, onde utilizam de estratégias como curva ABC, campanha de satisfação, pesquisa e desenvolvimento (P&D), 69 pacote de serviços, capacitação de equipe, convenção de vendas, workshop e marketing. A realização deste trabalho resultou em alto nível de satisfação de suas autoras, pois proporcionou elevado crescimento teórico-prático, possibilidade de associar as técnicas e teorias vivenciadas em salas de aulas com a realização efetiva na empresa. Ressalta-se também, o profissionalismo e a competência dos profissionais da BSB disponibilizados para auxiliar no transcurso do trabalho. Considera-se, assim, que o assunto não está esgotado, podendo outros acadêmicos e profissionais, aprofundá-lo e redirecioná-lo. 70 REFERÊNCIAS ALMEIDA, S. Ah! Eu não acredito!: como cativar o cliente através de um fantástico atendimento. 17. ed. Salvador: Casa da Qualidade, 2001. ______. Cliente, eu não vivo sem você: o que você não pode deixar de saber sobre qualidade em serviços e clientes. Salvador: Casa da Qualidade, 1995. ANGELO, E. O que fazer para captar mais clientes? 2010. Belo Horizonte. Disponível em: <http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI11997817161,00-O+QUE+FAZER+PARA+CAPTAR+MAIS+CLIENTES.html> Acesso em: 27 mai. 2012. BOGMANN, I. Marketing de relacionamento: estratégias de fidelização e suas implicações financeiras. São Paulo: Nobel, 2000. BRACOLONLINE. Disponível em:<http://www.bracolonline.com.br> Acesso em: 19 mai. 2012. COM mais profissionalismo. Proteção. Novo Hamburgo: Proteção, Agosto, p. 96-99, 2012. FERREIRA, A.B.H. 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Disponível em: <http://webinsider.uol.com.br/2010/01/24/o-definicao-doque-e-um-cliente-se-renovou/> Acesso em: 15 mai. 2012. 73 APÊNDICES 74 APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso 1 INTRODUÇÃO Apresentar os objetivos do estudo de caso, os métodos e técnicas utilizados na pesquisa, assim como as dificuldades e facilidades encontradas na coleta de dados. 1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado a) Descrição das técnicas, as preocupações e as diretrizes da empresa no tocante a captação e manutenção de clientes-pessoa jurídica (PJ). b) Depoimentos de gerente de vendas, diretor e profissionais envolvidos no relacionamento com o cliente – PJ. 1.2 Discussão Confronto entre a teoria e a prática utilizada pela empresa. 1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificações de procedimentos. 75 APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática I Identificação da Empresa Razão Social:......................................................................................................... CNPJ:..................................................................................................................... Cidade: .............................................................. Estado: .................................... Ramo de Atividade:............................................................................................... II Aspectos a serem observados 1 Técnicas utilizadas para a captação e retenção de clientes. ............................................................................................................................... 2 Canais de comunicação para divulgação de seus produtos e serviços. ............................................................................................................................... 3 Níveis de exigência dos clientes quanto à satisfação e insatisfação na prestação dos serviços. ............................................................................................................................... 4 Política comercial e suas diretrizes mercadológicas. ............................................................................................................................... 76 APÊNDICE C – Roteiro do Histórico da Empresa I Identificação da Empresa Razão Social: ........................................................................................................ CNPJ:..................................................................................................................... Cidade:................................................................Estado:...................................... Ramo de Atividade:.............................................................................................. II Aspectos a serem observados 1 Início ............................................................................................................................... 2 Evolução das atividades econômicas ............................................................................................................................... 3 Evolução das instalações ............................................................................................................................... 4 Situação atual ............................................................................................................................... 5 Tratativa com o cliente ............................................................................................................................... 6 Técnicas de relacionamento com o cliente ............................................................................................................................... 7 Preocupações para com o cliente ............................................................................................................................... 8 Diretrizes de captações e retenções de clientes ............................................................................................................................... 77 APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista com o Gerente de Vendas da Marca Bracol I Identificação:............................................................................................... Qualificação Profissional:............................................................................ Tempo de atuação na empresa: ................................................................ Formação acadêmica: ................................................................................ Cidade: ................................................. Estado: ........................................ II Perguntas Específicas 1 Quais as técnicas mais comuns para captação de novos clientes utilizadas na BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A? .......................................................................................................................... 2 Atualmente, quais as dificuldades em captar clientes? ........................................................................................................................ 3 Quais os diferenciais competitivos que a BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A oferece para fidelizar seus clientes? .......................................................................................................................... 4 Quais as reclamações que os clientes da BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A têm feito regularmente? .......................................................................................................................... 5 Quais ações são tomadas mediante a essas reclamações? .......................................................................................................................... 6 Quais os meios de comunicação considerados mais importantes para a divulgação da marca e prospecção de novos clientes? .......................................................................................................................... 78 APÊNDICE E – Roteiro de Entrevista com o Coordenador Administrativo da BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A I Identificação: .............................................................................................. Qualificação Profissional: ........................................................................... Tempo de atuação na empresa: ................................................................ Formação acadêmica: ................................................................................ Cidade: ........................................................ Estado: ................................. II Perguntas Específicas 1 Qual é a sua experiência na área de relacionamento com clientes? .......................................................................................................................... 2 Atualmente, quais as dificuldades que uma empresa tem em captar clientes? .......................................................................................................................... 3 Quais os meios de comunicação considerados mais importantes para a divulgação da marca e prospecção de novos clientes? .......................................................................................................................... 4 Em sua opinião, existe algum processo administrativo (burocrático) que possa atrapalhar a captação ou a retenção de clientes? .......................................................................................................................... 5 Quais os processos mais importantes para a otimização e retenção de clientes? .......................................................................................................................... 79 APÊNDICE F – Roteiro de Entrevista com a Diretora Financeira I Identificação: .............................................................................................. Qualificação Profissional: ........................................................................... Tempo de atuação na empresa: ................................................................ Formação acadêmica: ................................................................................ Cidade: ..................................................... Estado: .................................... II Perguntas Específicas 1 Como a área financeira avalia um cliente com um bom potencial? .......................................................................................................................... 2 A análise de crédito interfere na captação e na retenção de clientes? .......................................................................................................................... 3 Como fazer para conciliar os interesses de vendas com finanças no sentido de captar e/ou reter clientes? .......................................................................................................................... 4 Qual sugestão você oferece para a empresa captar e reter clientes? .......................................................................................................................... 80 APÊNDICE G – Roteiro de Entrevista com a Supervisora da Central de Relacionamentos I Identificação: .............................................................................................. Qualificação Profissional: ........................................................................... Tempo de atuação na empresa: ................................................................ Formação acadêmica: ................................................................................ Cidade: .................................................... Estado: ..................................... II Perguntas Específicas 1 Quais as maiores dificuldades para retenção de clientes percebidas na empresa? .......................................................................................................................... 2 Como a empresa reage quando detecta insatisfação por parte de um cliente? .......................................................................................................................... 3 Quais as ações efetivas para reter clientes? .......................................................................................................................... 4 Quais os meios de comunicação considerados mais importantes para a divulgação da marca e retenção de clientes? .......................................................................................................................... 81 APÊNDICE H – Roteiro de Entrevista com o Assistente de Vendas I Identificação: .............................................................................................. Qualificação Profissional: ........................................................................... Tempo de atuação na empresa: ................................................................ Formação acadêmica: ................................................................................ Cidade: ................................................................. Estado: ........................ II Perguntas Específicas 1 Quais as técnicas mais comuns para captação de novos clientes utilizada na BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A? .......................................................................................................................... 2 Atualmente, quais as dificuldades em captar clientes? .......................................................................................................................... 3 Quais os diferenciais competitivos que a BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A oferece para fidelizar seus clientes? .......................................................................................................................... 4 Quais as reclamações que os clientes da BSB Produtora de Equipamentos de Proteção Individual S/A têm feito regularmente? .......................................................................................................................... 5 Quais ações são tomadas mediante a essas reclamações? .......................................................................................................................... 6 Quais os meios de comunicação considerados mais importantes para a divulgação da marca e prospecção de novos clientes? ...................................................................................................................... 82 ANEXOS 83 ANEXO A: LOCALIZAÇÃO DAS UNIDADES DE NEGÓCIOS Apucarana – PR 84 Eldorado – MS Assunção – PY 85 Castanhal – PA Lins – SP 86 ANEXO B: AS 10 MARCAS MAIS LEMBRADAS NO SEGMENTO 87 88 ANEXO C: TECNOLOGIA E QUALIDADE Injetoras Desma Injetoras Gusbi 89 90 Laboratórios e P & D