Estudo da propagação vertical de uma pororoca Unidade acadêmica de física www.ubthenews.com/topics/ionosphere.htm O AIRGLOW • O AIRGLOW é uma luminosidade natural emitida continuamente na alta atmosfera (80 e 100km) por átomos e moléculas excitados que, ao retornarem para os níveis fundamentais, emitem fótons. Para que estudar o airglow? •Estudo da dinâmica atmosférica em altas altitudes. •Melhoramentos de modelos da atmosfera. •Estudo da ionosfera para aplicações nas comunicações entre satélites e estações em solo. •Aplicação mais precisa de GPS. •Proteção de equipamentos e de pessoas em estações espaciais. •Previsão de Clima Espacial. •Monitoramento da temperatura, etc. Instrumentação • • • • • Fotômetro. Interferômetro de Fabry-Perot. Imageador. Radar meteórico. Digisonda. Localizados em São João do Cariri e Cajazeiras - Pb Ondas de gravidade As ondas de gravidade são ondas atmosféricas verticais transversas resultantes do desequilíbrio entre o gradiente de pressão e a força de gravidade. Estas ondas apresentam um período entre 270 s e 8 hs (FRITTS e ALEXANDER, 2003). Ondas de gravidade na troposfera Ondas de gravidade na mesosfera Geração de Ondas de Gravidade Atmosfera menos densa Altura de Equilibrio Empuxo Peso Atmosfera mais densa Tipos de ondas de gravidade • Bandas – Aparecem como uma série de ondas quasemonocromáticas, com comprimento de onda horizontal da ordem de dezenas a centenas de quilômetros, com duração de até oito horas. • Ripples e Ladders – São ondas de menor escala, entre 10 e 15 km de comprimento de onda horizontal, com duração de dezenas de minutos. • Pororoca – Frente (escura ou clara) de onda acompanhadas por um trem de ondas ou não e, muitas vezes, ocupando todo o céu. Normmalmente é observada entre 80 e 100km de altitude. Imagens das Emissões da pororoca do dia 20/10/2006 Filme Fotômetro dados de 20/10/2006 OI557,7nm NaD 300 375 225 INT. (R) INT.(R) 500 250 125 0 18 20 22 24 26 150 75 0 28 18 4000 OH(6,2) 24 26 28 22 24 26 28 BG 3000 2500 2000 1500 8 5 3 1000 18 TEMPERATURA(K) 22 10 INT (R/s) INT.(R) 3500 20 20 22 24 26 28 240 0 18 20 Hora Local 225 210 195 Temperatura OH 180 18 20 22 24 Hora Local 26 28 Vento Vento Zonal - 20/10/2006 Vento Meridional - 20/10/2006 Velocidade (m/s) Velocidade (m/s) 100 80 60 40 20 0 -20 -40 -60 -80 -100 18 19 20 Dia 21 22 100 80 60 40 20 0 -20 -40 -60 -80 -100 18 19 20 Dia 21 22 vento N 80 22h Velocidade (m/s) 40 0 16h W E 24h 12h 14h 40 30h 26h 80 S Perfil do número de onda vertical • Para sabermos se uma pororoca é propagante, evanescente ou existe um ducto, precisamos de características da onda como: velocidade de fase, período, comprimento de onda horizontal e direção de propagação; e com esses dados nos podemos calcular o m2(número de onda vertical) utilizando programas desenvolvidos pelo grupo de pesquisa (Aerolume). Quando o m2>0 pode dizer que a pororoca é propagante e m2<0 é dita evanescente. Programa para calcular o espectro da pororoca Espectro da pororoca Conclusão • A presença da pororoca não foi observada pelo fotômetro nas emissões do OI5577 e do O2 atmosférico, porém, ocorreu uma forte variação da intensidade do airglow do sódio quase que simultaneamente com a intensidade do OH (6,2). Uma forte subida de ~50% da intensidade do OH (6,2) em apenas 17 minutos foi observado quando a frente da pororoca passava pelo zênite. • O vento meridional predominou durante a noite e teve uma variação significativa de 21,7 m/s/h, enquanto que o vento zonal não teve mudanças significativas na sua direção. • Com o perfil do número de onda vertical podemos identificar a presença de um ducto propagante que rebaixou a camada do OH(6,2) concordando com a análise dos outros instrumentos, provavelmente o que pode ter contribuído foi o vento para a formação de ducto e consequentemente o surgimento da pororoca. OBRIGADO !