Atlas Digital de MINAS GERAIS 1 de 6 Saúde O sistema de saúde do estado de Minas Gerais, assim como em todos os outros estados do Brasil, funciona com estrutura hierárquica onde os municípios são responsáveis por procedimentos mais elementares, os estados por aqueles de média complexidade e a União responsável por procedimentos mais complexos. Minas Gerais vem atingindo melhoras significativas no setor da saúde nos últimos anos. Tais fatos podem ser evidenciados através da melhora das condições socioeconômicas da população, da imunização de doenças e também através do acesso ao saneamento básico. Juntamente com esses fatores, a busca pela garantia ao acesso igualitário à saúde através da constituição de 1988, resultou na implementação do SUS (Sistema Único de Saúde) ajudando também assim a melhoria das condições de saúde do Estado. O estado encontra-se dividido em 13 macrorregiões e por 75 microrregiões, ambas de saúde. A metodologia utilizada para esta divisão está contida no Plano Diretor de Regionalização da Saúde (PDR / MG), que é considerado um esboço do cenário da saúde em Minas Gerais. Este Plano foi estruturado com o objetivo de dividir as funções entre os diversos setores da administração pública com base em conceitos, critérios e metodologias próprias fundamentados em questões sanitárias, epidemiológicas, geográficas, sociais, de oferta de serviço e acessibilidade. Com os dados e as informações em mãos, o serviço de saúde de Minas Gerais foi então regionalizado. Um importante dado a ser considerado para o diagnóstico da situação da saúde em um determinado local é a Taxa de Mortalidade Infantil, que consiste na mortalidade infantil (óbitos de crianças durante o primeiro ano de vida) observada durante um determinado tempo, referida ao número de nascidos vivos do mesmo período. Constata-se que durante o período de 1997 a 2005, a taxa de mortalidade infantil mineira sofreu uma significativa queda, acompanhando assim a tendência nacional: Projeto FAPEMIG DEG 2774/06 Coordenadora - Ana Maria S. Bruzzi Andrade – Geógrafa – MSc. 13-Saúde.doc Atlas Digital de MINAS GERAIS 2 de 6 Taxa de Mortalidade infantil - Minas Gerais Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Taxa 26,04 24,75 23,61 22,6 21,69 20,89 20,18 19,54 18,64 Taxa de Mortalidade Infantil - Minas Gerais 30 25 20 Taxa 15 10 5 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: MS/SVS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC Projeto FAPEMIG DEG 2774/06 Coordenadora - Ana Maria S. Bruzzi Andrade – Geógrafa – MSc. 13-Saúde.doc Atlas Digital de MINAS GERAIS 3 de 6 Taxa de Mortalidade Infantil - Minas Gerais 30 25 20 Taxa 15 10 5 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: MS/SVS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC O mapa a seguir destaca o número absoluto de óbitos infantis constatados nas microrregiões do Estado no ano de 2005. Projeto FAPEMIG DEG 2774/06 Coordenadora - Ana Maria S. Bruzzi Andrade – Geógrafa – MSc. 13-Saúde.doc Atlas Digital de MINAS GERAIS 4 de 6 Políticas de prevenção fazem parte do programa de saúde do Estado. Os investimentos envolvem tratamento de esgoto, da água, programas de vacinação, dentre outros, visando combater as doenças antes mesmo que elas atinjam a população. De acordo com o DATASUS, 82% das casas recebem água tratada e 66,2% possuem redes de esgoto. Estes tipos de investimentos melhoram a saúde da população assim como a qualidade de vida, diminuindo os custos com tratamento de doentes e aumentando assim a expectativa de vida. Proporção de moradores por tipo de abastecimento de água Abastecimento Água 1991 2000 Rede Geral 72. 73519055 82. 02487416 Poço ou nascente (na propriedade) 22. 00758914 15. 0896716 Outras formas 5.257220308 2.885454237 Fonte: IBGE / Censos Demográficos Proporção de moradores por tipo de instalação Sanitária Instalação Sanitária Projeto FAPEMIG DEG 2774/06 Coordenadora - Ana Maria S. Bruzzi Andrade – Geógrafa – MSc. 1991 2001 13-Saúde.doc Atlas Digital de MINAS GERAIS 5 de 6 Rede de esgoto ou pluvial 53, 65109001 66, 36004839 Fossa Séptica 1, 778361574 2, 537454466 Fossa Rudimentar 23, 36077685 16, 93270289 2, 12450028 1, 654188225 0 5, 991267606 Outro escoadouro 6, 301451787 0, 964961429 Não sabe o tipo de escoadouro 0, 080045975 0 Não tem instalação Sanitária 12, 70377353 5, 559376993 Vala Rio, lago ou mar Fonte: IBGE / Censos Demográficos Os dados acima mostram medidas de saneamento que auxiliam a contenção do aumento de doenças. O abastecimento de água para a população mineira é majoritariamente pela rede geral de tratamento. Em 2000, em torno de 82,02% das pessoas obtinham água desta forma, 15,08% possuíam poço ou nascente enquanto 2,88% tiravam sua água de outros meios. Quanto à instalação sanitária, 63,3% possuem rede de esgoto e pluvial, seguido das fossas rudimentares utilizadas por 16,93% e os usuários de rios e lagos correspondem a 5,56%. Em relação ao atendimento a pacientes, em 2006, segundo o DATASUS foi realizado mais de 130 mil atendimentos de baixa complexidade, 81 mil atendimentos especializados e mais de 39 mil atendimentos de alta complexidade. Ainda no mesmo ano foram registradas 1.176.472 internações hospitalares. Quanto aos profissionais da área, Minas Gerais contava em 2006, segundo dados do Ministério da Saúde, 32 608 médicos correspondendo a proporção de 1,67 médicos 1000 habitantes, se posicionando assim acima da média estimada pela Organização Mundial de Saúde (que é de 1 médico para casa mil habitantes). Esta distribuição geográfica dos médicos influencia no bem estar da sociedade uma vez que são esses profissionais, os provedores da base serviços de saúde. O governo do Estado vem implementando programas no campo da saúde, tais como: Programa Viva Vida, o já citado Plano de Regionalização de Minas Gerais, Saúde em Casa e o Pro-Hosp. Projeto FAPEMIG DEG 2774/06 Coordenadora - Ana Maria S. Bruzzi Andrade – Geógrafa – MSc. 13-Saúde.doc Atlas Digital de MINAS GERAIS 6 de 6 O Programa Viva Vida foi lançado em outubro de 2003 e tem como principal objetivo reduzir a mortalidade infantil e materna no estado de Minas Gerais. Para sua realização foi necessário um estudo minucioso que buscava identificar as principais causas de óbitos maternos e infantis juntamente com as áreas de maior incidência. O Saúde em Casa, lançado em abril de 2005, tem como principal objetivo ampliar o programa federal Saúde da Família otimizando assim seus resultados. Por fim o Pro-Hosp que se caracteriza por ser um programa inovador no país que visa promover à população do Estado um atendimento hospitalar de qualidade. Destacam-se também projetos como a Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação da Saúde, o Programa Agita Minas que incentiva práticas de atividade físicas, o Programa de Hipertensão e Diabetes, o Programa de Atenção ao deficiente, o Farmácia de Minas e o PREVPRI – Prevenção Primária do Câncer. Projeto FAPEMIG DEG 2774/06 Coordenadora - Ana Maria S. Bruzzi Andrade – Geógrafa – MSc. 13-Saúde.doc