UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PAPEL DO PEDAGOGO EMPRESARIAL FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS UTILIZADAS PELA GERAÇÃO Y Por: Areta dos Santos Ramos Guimarães Orientador Prof. Me. Jorge Vieira da Rocha Rio de Janeiro 2010 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PAPEL DO PEDAGOGO EMPRESARIAL FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS UTILIZADAS PELA GERAÇÃO Y Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para Obtenção do grau de especialista em Pedagogia Empresarial. Por: Areta dos Santos Ramos Guimarães Rio de Janeiro 2010 3 AGRADECIMENTOS Aos professores, em especial ao professor Lindomar Silva e as amigas de curso Deise Giseli, Joseane Tarantino e Elayne Márcia, que foram fundamentais para o sucesso desse curso. 4 DEDICATÓRIA Dedico a Emanoel Guimarães meu esposo que me dá total apoio para meu crescimento profissional e pessoal. A Ângela minha mãe e Ayla Vitória minha irmã, que sempre estão a meu lado, dando apoio, torcendo e orando em todos os momentos da minha vida. 5 RESUMO Dentro das organizações e das empresas o pedagogo empresarial exerce um papel determinante, na aprendizagem organizacional, favorecendo as mudanças comportamentais e retendo o capital intelectual nas instituições. Desenvolve modelos de gestão que devem evoluir para que considerem as diversas ambições e perfis existentes dentro da empresa, que facilite a convivência entre esses grupos heterogêneos e permita a identificação e a proteção, aos chamados empreendedores corporativos. Um desses grupos é a chamada geração y. É a primeira geração da história a ter maior conhecimento do que as anteriores de uma área essencial: a tecnologia. Convivendo com a diversidade das famílias multifacetadas, tendo passado a infância com a agenda cheia de atividades e de aparelhos eletrônicos, as pessoas dessa geração são multitarefa, vivem em ação e administram bem o tempo. Querem trabalhar para viver, mas não vivem para trabalhar. Captando os acontecimentos em tempo real e se conectando com uma variedade de pessoas, desenvolveram a visão sistêmica e aceitam a diversidade. Suas habilidades com a tecnologia permitiu desenvolver competências diferentes das de mais gerações, podendo acarretar alguns conflitos dentro da empresa. O pedagogo empresarial sendo um mediador atua também entre a empresa e a geração Y, colabora para sua permanência e auxilia em seus anseios profissionais. 6 METODOLOGIA A Gestão do Conhecimento esta ligada diretamente a capacidade da empresa de gerir a aquisição, manipulação e aproveitamento de dados e informações para estruturar as estratégias da empresa e suas tomadas de decisões. Não é de hoje que o conhecimento desempenha um papel fundamental na história. Sua aquisição e aplicação sempre representaram estímulo para as conquistas de inúmeras civilizações. No entanto, apenas "saber muito" sobre alguma coisa não proporciona, por si só, maior poder de competição para uma organização. É quando aliado a sua gestão que ele faz diferença. A criação e a implantação de processos que gerem, armazenem, gerenciem e disseminem o conhecimento representam o mais novo desafio a ser enfrentado pelas empresas. Termos como “organização aprendente”, "capital intelectual", "capital humano", "capacidade inovadora", "ativos intangíveis" ou "inteligência empresarial" já fazem parte do dia-a-dia de muitos executivos. O conceito de gestão do conhecimento parte da premissa de que todo o conhecimento existente na empresa, na cabeça das pessoas, nas veias dos processos e no coração dos departamentos, pertence também à organização. Em contrapartida, todos os colaboradores que contribuem para esse sistema podem usufruir de todo o conhecimento presente na organização. Portanto, gestão de competência trata-se de como criar condições para que as competências existentes dentro da organização gerem valor, tendo como pressuposto que o domínio de certas competências aquelas raras, valiosas, difíceis de serem desenvolvidas, confere à organização um desempenho superior ao de seus concorrentes, essa abordagem busca direcionar esforços para desenvolver competências fundamentais à consecução dos objetivos organizacionais. A gestão de pessoas baseada em competências envolve mudanças: no modo de selecionar pessoas para trabalhar na organização e/ou para exercer 7 funções diferenciadas na mesma organização (seleção interna); nas ações de treinamento, de desenvolvimento e de educação voltadas para o aprimoramento profissional dos empregados; assim como nas formas de remuneração diferenciadas que valorizem as diferentes contribuições dos empregados. Quando é falado modelo de gestão, não nos referimos às ações isoladas, mas à inter-relação de estratégias e ações com uma lógica comum. No caso do modelo de gestão por competências a lógica comum é associar a gestão de pessoas à estratégia organizacional. Transformando conhecimentos em competências. Novas tecnologias utilizadas pela geração y, além de agilizar o trabalho das empresas, aumentam a produtividade e competitividade. Por eles serem talentosos a possibilidade de trocar de empresa e muito grande haja vista sua falta de subordinação, impaciência e imediatismos. O pedagogo empresarial entra nesses casos para medir e possivelmente reter esses jovens funcionários na empresa através de situações que o levem a refletir e a considerar a flexibilidade de horários, serviços voluntários e planos de carreira que permitam que cresçam e permaneçam na mesma instituição. Expor esses jovens a desafios como à progressão salarial atrelada a metas, incentivo. Mudá-los de setores para que conheçam a diversidade da empresa. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I – A função de educar dentro de um ambiente organizacional e a evolução 10 1.1 – Aprendizagem Organizacional 11 CAPÍTULO II – Pedagogo Empresarial e sua relação com a tecnologia 12 2.2 – O papel do pedagogo empresarial frente às novas tecnologias 13 CAPÍTULO III – As gerações que marcaram época antes da Geração Y 15 3.1 – Em dez anos 16 CAPÍTULO IV – Características da Geração y 17 4.1 – Perfil da Geração Y 17 4.2 – A Geração Y no ambiente de trabalho 18 4.3 – Como às organizações podem se tornar mais flexíveis 19 CAPÍTULO V – O futuro da Geração Y 21 5.1 – As futuras profissões da Geração Y 22 CONCLUSÃO 24 BIBLIOGRAFIA 25 ANEXOS ENTREVISTAS 27 ANEXOS INTERNET 32 9 INTRODUÇÃO Lidar com as novas tecnologias, ainda é um desafio para muitas pessoas, toda via verifica-se que a sua utilização é quase que obrigatório na maior parte das atividades nas organizações, por isso, esses componentes não devem ser ignorados. Existe um determinado grupo que por crescer fazendo uso destas tecnologias, tem muita facilidade em dominá-las, a todo o momento nas empresas este que está denominada como geração y. Com essas tecnologias o desenvolvimento das atividades fica cada vez mais fácil, e as pessoas que trabalham nessas instituições podem ter, dependendo da sua função, um horário mais flexível. Já a geração y tem necessidade dessas tecnologias, pois quase nada podem fazer sem ela. A empresa para reterem essa nova demanda de jovens que estão entrando no mercado precisa de pessoas qualificadas para mediar possíveis conflitos nas organizações, haja vista que esses jovens não se prendem a trabalho, mas na sua qualidade de vida, e desenvolvimento profissional. O pedagogo empresarial deve ouvi-los, pois não buscam as condições econômicas para sobrevivência, mas o prazer, a alegria, o contato com o outro e incentivar o compartilhamento do uso dessas tecnologias pelos funcionários da empresa e estimular o ambiente de trabalho para a geração y, dando feedback e orientado quando necessário. 10 CAPITULO I A FUNÇÃO DE EDUCAR DENTRO DE UM AMBIENTE ORGANIZACIONAL E A EVOLUÇÃO DO PEDAGOGO EMPRESARIAL O pedagogo tem uma atuação que vai além do cotidiano escolar. A pedagogia empresarial explora a importância da formação continuada como treinamentos e capacitações. Como as mudanças sofridas pela educação, a aprendizagem deixou de acontecer somente na instituição escolar e passou a acontecer em diversos espaços. A pedagogia empresarial desenvolve atividades que estimulam a criatividade, a sensibilidade entre outros do lado profissional e pessoal de cada individuo, provocando mudanças no comportamento. E quando isso acontece é sinal que ocorreu aprendizagem que é, em verdade, função do pedagogo. O domínio de conhecimentos, técnicas e praticas juntamente com o conjunto de experiências de outros especialistas da organização formam um corpo multidisciplinar que elabora projetos, estimulando a aprendizagem organizacional. O pedagogo como mediador, implementa sistematicamente mudanças no ambiente de trabalho e como características próprias. O pedagogo trás um envolvimento, observação, sensibilidade, técnica, criatividade e equilíbrio para esse ambiente. Desenvolver a cooperação é um dos grandes desafios desses profissionais. Através do conhecimento educacional colabora para uma interação dessas práticas. O pedagogo lida com práticas educativas que estão relacionadas a vários ramos de atuação de outros segmentos. Podendo assim avaliar o desempenho dos funcionários dentro da instituição passo a passo, conduzindoo como mediador a encontrar o melhor caminho dentro da empresa, estimulando o desenvolvimento pessoal e profissional do funcionário. 11 Algumas atividades que o pedagogo pode desempenhar dentro de uma organização é elaborar projetos, mediar conflitos, interagir entre setores para garantir a qualidade oferecida pela empresa. De fato o que vemos hoje é que o sucesso da empresa está diretamente ligado ao sucesso profissional de seus funcionários, haja vista que as habilidades adquiridas por eles são aplicadas no seu cotidiano. A necessidade das empresas em encontrar um profissional que englobe tantas habilidades como criatividade, espírito inovador, comprometimento, liderança, cooperação, mediação de conflitos, faz com que o pedagogo se destaque frente a tantas outras carreiras. Ademais, o saber ensinar ainda é o grande diferencial. 1.1 - Aprendizagem organizacional A educação corporativa dentro do contexto organizacional, está relacionada aos conceitos de organizações que aprendem, conseguindo interdisciplinar conceito, de forma a modificá-los e dar continuidade a cooperação e troca de conhecimento. Visando melhores resultados para a empresa a aprendizagem organizacional, passa a ter como foco o desenvolvimento das pessoas suprindo necessidades que tenham um modelo pronto, estático para desenvolver as habilidades e conhecimentos do funcionário proporcionando acesso continuado a esse mecanismo de aprendizagem. Formando o capital intelectual possibilita a empresa a atrair e a reter talentos agregando valor ao negócio. São necessárias algumas habilidades ao pedagogo empresarial como, observar a mudança de humores na equipe, perceber o clima organizacional, identificar o que motiva as pessoas da organização, sensibilidade para captar a linguagem não verbal, dessa forma obterá melhores resultados e a aprendizagem acontecerá de fato. 12 CAPITULO II PEDAGOGO EMPRESARIAL E A SUA RELAÇÃO COM A TECNOLOGIA A tecnologia, hoje passou a ser o pilar para toda a estrutura de um país. O trabalho que se iniciou com artesões onde havia grande necessidade de mão de obra, hoje chega facilitada com a alta tecnologia. É claro que o ser humano, é indispensável para realizar determinadas atividades, mas esses necessitam de conhecimentos específicos e refinado preparo técnico. Parar se obter estes conhecimentos específicos e refinado preparo técnico há necessidade da especialização é aí que entra a educação no trabalho e o papel do pedagogo na organização. O Pedagogo antigamente só tinha ramo de trabalho dentro da escola e devido a suas características de ser um mediador, solucionador de conflitos e até mesmo de realizar varias funções ao mesmo tempo, houve uma necessidade de trazer este profissional para o campo empresarial. Assim, como na escola o pedagogo também trabalha com as questões educacionais e comportamentais, na empresa assim alguns conceitos trazidos com ele deve ser desmitificado. Com tantas facilidades de ingresso e permanência na escola, garantidos pela Lei nº 9394/96, a qualificação profissional do brasileiro é baixa. “ A família é pobre. Mora numa casa onde não tem saneamento básico. O ambiente facilita a transmissão de doenças. As doenças enfraquecem o corpo, que fica desnutrido. A criança desnutrida não aprende direito o que é ensinado. E quem não estuda não consegue um bom emprego. Isto acaba tornando-se um circulo vicioso onde a “pobreza reproduz “pobreza”. O único jeito de quebrar este círculo é a educação. Isto porque uma pessoa instruída pode defender melhor os seus direitos e saber quais são as suas obrigações.”(DIMENSTEIN, 1993). E o pedagogo vem entre outras questões, ajudar na quebra esses paradigmas citados por, Dimenstein, e tentar igualar essas condições de 13 acesso as oportunidades. O pedagogo tem quase livre acesso em todos os setores de uma empresa possibilitando ver quais dificuldades, sugestões, promoções e mudanças podem ser feitas em determinado local para melhorar a vida dos funcionários e não aumentar custos para as organizações. “É pensando criticamente a pratica de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. (FREIRE, 1999) Com essa fala de Paulo Freire, podemos entender que o Pedagogo deve se preparar, para preparar os outros indivíduos que chegam ao mercado de trabalho, com isso despertar o censo crítico, para saber discutir seus direitos e deveres no mundo do trabalho. Deve-se encontrar um meio termo entre a expectativa de mercado, e a competência humana que deve ser contraposta no mercado, privilegiando o objetivo da ética da cidadania sobre a produção econômica. 2.2 O papel do pedagogo empresarial frente às novas tecnologias A tecnologia ajuda muito, facilita o acesso à informação, ao conhecimento, por isso o pedagogo deve estar preparado para ter e transmitir todo esse conhecimento tecnológico. Atualmente os computadores, notebooks, iphones, sms, MSN, sites de relacionamentos, e-mails, entre outros, são ferramentas usadas pelas empresas para ganhar mais clientes e garantir a permanência da geração y na empresa. Haja vista toda essa conjuntura o pedagogo empresarial precisa incorporar um novo papel afim de transformar toda essa informação em conhecimento, com o auxilio dessa tecnologia. Não há duvida que o mundo vive uma mudança de paradigma, um desconforto de todos em busca de respostas diante de tantas mudanças. Isso se deve em grande parte aos avanços tecnológicos. O surgimento da internet possibilita que as pessoas se mantenham informadas sobre diversos assuntos 14 provenientes de diversas partes do mundo instantaneamente algo inimaginável para as pessoas há apenas duas décadas atrás, por isso a geração y que chega para trabalhar, precisa ser estimulada, pois tudo é tão fácil de fazer e mexer para eles que logo ficam entediados não gostando do que fazem. 15 CAPITULO III AS GERAÇÕES QUE MARCARAM ÉPOCA ANTES DA GERAÇÃO Y A TRADICIONAL, nascidos até 1945, é a geração que enfrentou uma grande guerra e passou pela Grande Depressão. Com os países arrasados, precisaram reconstruir o mundo e sobreviver. São práticos, dedicados, gostam de hierarquias rígidas, ficam bastante tempo na mesma empresa, muitas das vezes em apenas uma a vida toda, e sacrificam-se para alcançar seus objetivos. OS BABY-BOOMERS, nascidos entre 1946 a 1964, são os filhos do pós-guerra, que romperam padrões e lutaram pela paz. Já não conheceram o mundo destruído e mais otimista, puderam pensar em valores pessoais e na boa educação dos filhos. Têm relações de amor e ódio com os superiores, são focados e preferem agir em consenso com os outros. GERAÇÃO X, nascidos entre 1965 a 1977, esse período, as condições materiais do planeta permitiam pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações. Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação puderam tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Mas, como enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na década de 80, também se tornaram céticos e superprotetores. 16 3.1- Em dez anos A geração que nasceu nas décadas de 60 e 70 estará no topo da pirâmide, ocupando cargos de poder, ou rumando para a aposentadoria. Os próximos na linha trabalhista atendem por Geração Y ou Millennials, que são os jovens nascidos a partir da segunda metade dos anos 1980, na era da informática e da globalização. E é o embate entre essas idades que vai causar as principais revoluções. Enquanto alguns quarentões de hoje foram acostumados a hierarquias e horários rígidos, a carreiras estáveis e promessas de promoção, os jovens de 20 e poucos não pensam em passar muito tempo no escritório, desempenhar a mesma função por longos períodos ou aposentarse cedo. 17 CAPITULO IV CARACTERÍSTICAS DA GERAÇÃO Y Já a GERAÇÃO Y a qual integra aqueles que nasceram a partir de 1978, com o mundo relativamente estável, cresceram em uma década de valorização intensa da infância, com internet e computador portando diversos softweres além de uma educação mais sofisticada que as gerações anteriores, faz parte de suas vidas . Assim ganharam auto-estima e não se sujeitam a atividades que não fazem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam com autoridades como se eles fossem um colega de turma. 4.1 Perfil da Geração Y São jovens, dinâmicos, antenados, inquietos e muitas vezes impacientes. Necessitam de respostas imediatas às suas questões, pois perguntam muito. Querem reconhecimento e promoções o quanto antes. Não tem medo de arriscar, e buscar novos ares, e isso ocorre com muita frequência. Estão atrás de salários ambiciosos, não querem empregos de ínicio de carreira, sente-se à vontade para expressar seu descontentamento, com tal fato. Quando o assunto é carreira, estão sempre procurando conhecimentos técnicos e capacitação profissional. Trabalham melhor em equipes e procuram empregos que ofereçam flexibilidade de horário, mobilidade, home Office (trabalhar em casa) e planos de carreira. A Microsoft, os funcionários agora revisam metas de carreira duas vezes por ano com o chefe imediato. A primeira dificuldade encontrada pelas empresas é que, até então, várias delas não tinham de fazer muito esforço para atrair jovens profissionais, o simples prestígio era suficiente para atrair e manter talentos desde o início da carreira. Mas o sobrenome corporativo, que por muito tempo garantiu a fidelidade dos profissionais não exerce o mesmo fascínio sobre a nova geração. Usar a internet, celular, conversar de maneira 18 quase cifrada e desafiando as leis de gramática e ortografia são características que fazem parte do dia-a-dia. Os Y não aprenderam a desfrutar de um livro, porque acham que podem obter a mesma informação em minutos, pela internet. Por isso, constituem uma geração de resultados, não de processos. E uma geração do curto prazo, já que cresceram vendo as novidades mudarem em pouquíssimo tempo. Alguns especialistas afirmam que essa geração desenvolveu mais o hemisfério direito do cérebro por causa dos estímulos da internet e dos videogames (atividades como a leitura exigem o uso do esquerdo). 4.2 A geração y no ambiente do trabalho São aptos a exercer tarefas múltiplas, de cultura orientada para equipes, de agilidade e muita habilidades, com recursos de informática, estão sempre conectados a alguma mídia, muitas vezes de forma simultânea. São consumidores de TV, rádio, internet, celular, videogame, iphones e mp12. Por transitar ininterruptamente entre esses veículos, estão sendo cotados nas empresas, pois, as informações circulam em tempo real mantendo a empresa por dentro dos últimos acontecimentos. A supervisão excessiva que receberam na infância os tornaram dependentes de direcionamento externo e da apreciação constante das figuras de autoridade, feedback. Eles são incapazes de determinarem por si mesmos as direções que devem tomar, esperam que outros, com maior autoridade, o façam. Como resultado, a Geração Y tem dificuldade em adaptação em ambientes de trabalho onde se espera que os funcionários trabalhem e aprendam o serviço sob pouca supervisão. Além disso, eles possuem as ferramentas e o conhecimento para trabalharem com os sistemas de informação das companhias e responderem ao desafio de trabalhar com times virtuais, em cima de projetos complexos. Criados para trabalharem em equipe, são bem adaptados a ambientes de trabalho colaborativos. 19 4.3 Como as organizações podem se tornar mais flexíveis Membros da Geração Y respondem muito bem a treinamentos baseados em trabalho de equipe e não a leituras ou teorias extraídas de livros. Com isso, essa geração tem a oportunidade de cometer e processar erros em um ambiente seguro e transferir esse conhecimento para seu trabalho. Algumas áreas específicas de desenvolvimento que esses jovens deviam manter o foco: - Conhecimento de suas limitações pessoais e como adaptar o comportamento para obterem o impacto desejado. Iniciativas de auto-treinamento irão ajudar essa geração a aprender a lidar com feedbacks, desenvolver a flexibilidade para comandar e ser comandado em ambientes de trabalho em constante mudança e cultivar a motivação interna necessária para ser bem-sucedido em qualquer situação. - Habilidade de se comunicar. Porque a Geração Y cresceu com e-mail, Instant Messaging, mensagens de texto e salas de bate-papo, seus membros tendem a confiar demais nas tecnologias de comunicação. Isso pode servir-lhes muito bem em equipes de trabalho virtuais, em que interações face-a-face não são tão comuns, mas eles precisam conhecer as expectativas de comunicação profissional: quando o cara-a-cara, telefone, texto ou e-mail e funcionam para prevenir mal entendidos que geralmente são resultados do excesso de confiança em ferramentas de comunicação tecnológicas. - Habilidade de colaboração para resolução de problemas. O treinamento nessa área irá ajudá-los a responder a questões complexas em um ambiente em que tempo, controle e soluções convencionais são bem-vindas. As organizações podem encontrar a combinação perfeita de política, estrutura e treinamento para que o recrutamento da Geração Y atinja bons níveis de exploração das qualidades e da lealdade. Ajudá-los a elevarem sua capacidade de ouvir críticas dará a essa geração as ferramentas que precisam para gerenciar a atual realidade dos ambientes de trabalho e as incertezas do futuro. Dados os recursos, sabedoria e suporte de gerações mais velhas, a 20 Geração Y pode se tornar um catalisador para um futuro melhor um que beneficie a todos. 21 CAPITULO V O FUTURO DA GERAÇÃO Y As transformações estão acontecendo rapidamente em todas as áreas, algumas que estão ocorrendo há algum tempo são: 1- a busca pela qualidade de vida, 2- a preocupação com o meio ambiente, 3- a realização pessoal, características fortes da geração y que tomarão conta de todo o mercado de trabalho. Em aproximadamente dez anos o mundo estará mais veloz e interligado, as novas tecnologias irão ampliar ainda mais a possibilidade de trabalhar em qualquer parte do mundo em qualquer horário, uma dessas tecnologias já muito usada é a vídeo conferência. Profuturo - Programa de Estudos do Futuro, da FIA-USP A geração y vai ao comando das empresas visando melhorar a qualidade de vida e o meio ambiente. Os escritórios serão virtuais, como já acontecem em alguns lugares do mundo. 22 “Há novas formas de adaptar a rotina ao trabalho que vão combinar o lado bom de estar perto da família com o lado ruim de estar o tempo todo ligado na empresa” afirma Marcelo Neri, diretor do centro de políticas sociais da FGV. As especializações serão valorizadas, a formação profissional andará lado a lado com a realização pessoal. Profuturo - Programa de Estudos do Futuro, da FIA-USP. 5.1 - AS FUTURAS PROFISSÕES DA GERAÇÃO Y Por serem preocupados com o meio ambiente, ao voluntariado, a realização pessoal algumas profissões começam a se destacar entre a geração y, são elas: GERENTE DE ECORRELAÇÕES Serão profissionais de áreas como direito, engenharia ambiental e relações públicas. Vão trabalhar com consumidores, grupos ambientais e agências governamentais para desenvolver e maximizar programas ecológicos. Cada vez mais necessário em um mercado em que as empresas precisam ter responsabilidade ambiental e nem sempre sabem como implementar políticas do gênero. 23 CHEFE DE INOVAÇÃO É o responsável por colocar a companhia sempre um passo à frente da concorrência. Trata-se de alguém com formação em marketing, relações humanas ou comunicação e que entende de novas tecnologias. Seu papel é transitar por diferentes áreas da organização para pesquisar, projetar e aplicar inovações. GERENTE DE COMÉRCIO DIGITAL Cuida do desenvolvimento e da implementação de estratégias para vender produtos e serviços na web. Deve entender de marketing, tecnologia da informação e comunicação. Vai se tornar mais valorizado à medida que lojas físicas começarem a entrar em extinção. CONSELHEIRO DE APOSENTADORIA Ajuda a planejar o período pós-carreira, organizando também as finanças do aposentado. Sua formação pode ser em contabilidade, recursos humanos e áreas ligadas a consultoria de carreiras. Com a tendência de envelhecimento da população e as aposentadorias cada vez mais instáveis, ele será o guia profissional e financeiro para a terceira idade. COORDENADOR DE EDUCAÇÃO Vai ajudar o funcionário a alcançar níveis avançados nas áreas em que é especializado. Precisa entender de educação, psicologia e conhecer bem a empresa, o pedagogo empresarial. A nova carreira segue a linha de valorização da pessoa e não apenas do profissional, tendência que, nos últimos anos, provou ser mais lucrativa. 24 CONCLUSÃO A pedagogia empresarial é uma grande aliada que as organizações tem para uma nova era voltada para o capital intelectual e as pessoas que nelas trabalham. Faz com que cada funcionário seja descoberto através de suas habilidades sendo valorizado, ouvido e em muitas vezes tendo sua opinião aceita para melhoria do trabalho. O pedagogo empresarial faz essa ponte absorvendo e estimulando a criatividade da maioria dos funcionários que continuam sendo acima de tudo a tecnologia mais perfeita inventada, qual seja: o ser humano. Mudanças tecnológicas, econômicas e sociais ocorrem a um ritmo alucinante nos dias de hoje, capaz de afundar as empresas que não se adaptem aos novos tempos. A aprendizagem permite lidar com a mudança ou, por vezes, dirigi-la, e a mudança sugere-nos que a aprendizagem deve ser contínua. 25 BIBLIOGRAFIA CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. 4° ed., São Paulo: Atlas, 1999. DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel. São Paulo: Ática,1993. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 12ª ed. São Paulo. Paz e Terra. 1999 FREIRE, P. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1991. GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artmed, 2000. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê?. 4ª. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2001. LOPES, Izolda. Pedagogia empresarial: formas e contextos de atuação/ Izolda Lopes (organizadora), Ana Beatriz Trindade, Marcia Alvim Cadinha. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2008. RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial - atuação do pedagogo na empresa. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2003. RIBEIRO, S. C. A Educação e a inserção do Brasil na Modernidade. Cadernos de Pesquisa. Fundação Carlos Chagas, S. Paulo, n. 84, p.63-82, fev.1993. MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 1996. MOSCOVICI, Fela. Equipes dão certo: a multiplicação do talento humano. 4ª ed., Rio de Janeiro: Jose Olympio, 1998. 26 VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de pesquisa em Administração. Constant, 3ª ed. São Paulo : Atlas, 2007. VERGARA, Sylvia Constant & Eduardo D. Gestão com Pessoas e Subjetividade/ (organizadores) São Paulo: Atlas. 2007 IBM: www.ibm.com/br/services/bcs/studies/hcm08/index.phtml BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. p. 27894. Disponível em: <http:// www.mec.gov.br/legislacao> Acesso em: 23 mar. 2005. 27 ANEXOS Entrevista Geração Y vai dominar força de trabalho por Roberta Prescott 05/06/2008 Em entrevista, Don Tapscott adianta as dificuldades que as empresas vão enfrentar para conciliar suas necessidades com as dos jovens Foto: Kelsen Fernandes Dinâmica e imersa em tecnologia, a nova geração de profissionais, chamada geração Y, representa um desafio para a TI das empresas. Atender aos anseios destes jovens sem comprometer a segurança e as políticas das companhias é um problema que cabe aos CIOs solucionar. Em entrevista exclusiva à InformationWeek Brasil e IT Web, Don Tapscott, diretor da New Paradigm e co-autor de Wikinomics e de outros dez livros, desenha como estes jovens mudam o ambiente de trabalho das companhias. Leia mais: artigo do professor da Fundação Getúlio Vargas, João Brandão, sobre o perfil da geração y. InformationWeek Brasil - Como você define a geração Y (ou net)? Don Tapscott - Nascidos entre 1977 e 1997, a geração net é a primeira leva de jovens totalmente imersa na interatividade, hiperestimulação e ambiente digital. Globalmente, eles representam um quarto da população do mundo e daqui a pouco vão dominar a força de trabalho, consumo e política. 28 IWB - Como estes jovens vão mudar a maneira que as companhias trabalham? Tapscott - Eles têm a expectativa de um ambiente de trabalho inovador, com flexibilidade de horário, mobilidade e um processo de tomada de decisão muito ágil. Eles ficarão frustrados se encontrarem um ambiente de controles rígidos e que os digam como é melhor que eles façam o trabalho deles. O velho modelo de "recrutar, gerenciar e manter" os empregados não funciona mais. IWB - Qual é o impacto da entrada desta geração para a TI das companhias? Tapscott - Muito grande. Esta geração nasceu em bits e está completamente confortável com tecnologia. Eles querem o estado da arte da tecnologia e de ferramentas de colaboração, tais como wikis e mensagens instantâneas, que os ajudam para trabalhar. Quando convém, eles anseiam por trabalhar desde outras localidades, em casa, por exemplo, e esperam que as tecnologias estejam disponíveis nestas localizações remotas. IWB - Qual tipo de novos valores a geração Y traz para as companhias? Tapscott - Os jovens pensam e se relacionam de forma diferente, e estão dispostos a trabalhar em um ambiente de constantes mudanças. Ainda que os integrantes da geração net sejam confidentes, criativos, independentes e tenham mente aberta, eles tendem a ser um grande desafio para gerenciar. Eles demandam novas oportunidades para aprender e responsabilidade, querem feedbacks instantâneos, primam por balancear a vida profissional e pessoal e anseiam por relacionamentos fortes no ambiente de trabalho. Por isto, as companhias precisam alterar sua cultura de gestão destes jovens, sem, no entanto, perder o respeito com as necessidades dos outros funcionários. Se cultivado propriamente, esta geração traz vantagens para organização no que se refere à inovação e competitividade. IWB - Nos Estados Unidos já é nítido o impacto desta geração nas companhias? Tapscott - Sim, os representantes mais velhos da geração net estão agora 29 com uns 31 anos de idade e já impactaram bastante em como as companhias operam. O CEO da Deloitte me disse que a leva atual de jovens recrutados são os mais produtivos da história da organização. As empresas que não saciarem as necessidades desta geração verão seus novos empregados se frustrarem e saírem IWB - Na sua opinião, estas mudanças ocorrem da mesma maneira ao redor do mundo? Quais seriam as diferenças entre os países? Tapscott - Sim, tenho visto. Como parte do meu novo livro, Grown Up Digital, nós pesquisamos milhares de jovens de 12 países ao redor do mundo. Existem diferenças regionais na abordagem do trabalho. Por exemplo, os jovens primam pela liberdade. Na América do Norte, liberdade geralmente significa fazer o próprio horário e trabalhar de casa sempre que puderem. Já em economias emergentes, pelo contrário, significa trocar de empresa rapidamente e facilmente. Isto, claro, é um desafio para os empregadores, especialmente desde que a geração net na Índia e China pode praticamente dobrar seu salário apenas após iniciar a carreira em uma organização multinacional. Esta entrevista complementa a reportagem de capa da edição 202 de InformationWeek, que aborda os desafios da geração Y para as empresas. 30 ANEXOS Entrevista Ele sabe tudo sobre o futuro do trabalho Galileu entrevista o profeta do trabalho. Segundo o professor do MIT, no futuro as empresas ficarão (ou parecerão) menores, não existirão mais "carreiras", os empregos vão acabar e trabalharemos por prazer Poucas pessoas podem fazer previsões tão precisas sobre o futuro do trabalho quanto Thomas W. Malone, professor do Massachusetts Institute of Technology Sloan School of Management, uma das principais escolas de negócios do planeta. Malone foi um dos primeiros a prever que a descentralização do controle empresarial e a busca de valores humanos em vez das vantagens econômicas seriam cruciais para moldar o novo trabalho. Autor do livro O Futuro dos Empregos, ele contou como deverá ser o trabalho em 2020. GALILEU - Qual força influenciará esse novo trabalho? Malone: A queda nos custos da comunicação terá efeitos profundos que ainda não foram bem entendidos ou avaliados. Muitas outras coisas que poderíamos pensar que são fatores independentes são, na verdade, permitidos pela queda dos custos na transmissão de dados. GALILEU - Você crê que o que aconteceu com as empresas depois da crise seja um sintoma da descentralização do poder? Malone: Crises estimulam pessoas (e companhias) a deixar hábitos tradicionais e considerar possibilidades inovadoras. E a descentralização é uma delas. GALILEU - E as empresas que já possuíam o poder descentralizado estão em vantagem? Malone: É cedo para dizer quem se sairá melhor. Mas há um exemplo interessante: o Google, que tem uma estrutura organizacional muito descentralizada, parece estar indo muito bem, apesar da crise. GALILEU - Estamos preparados para um mercado de trabalho que vise mais o prazer e menos o lucro? Malone: O mundo está mudando de forma que torna mais fácil as pessoas terem sucesso nos negócios quando tentam satisfazer uma série de valores humanos, além dos lucros. Mas nem todo mundo já está preparado para essas mudanças. GALILEU - E quem serão os responsáveis pelas mudanças? Malone: As novas gerações são mais receptivas a modos de pensar mais 31 solidários e livres do que os mais velhos. São eles que vão revolucionar o mundo. GALILEU - O conceito de "emprego" será extinto? Malone: No futuro, os profissionais vão transformar-se de empregados para empregadores independentes. Isto é: eles terão não apenas um "emprego", mas um "portfólio de projetos". 32 ANEXOS Internet vocesa.abril.com.br Geração Y chega à liderança! Trabalhar com jovens é um desafio constante. Cada geração é fruto da educação que recebeu de seus pais e também da interacção com o ambiente e a sociedade. Nos últimos anos, o mundo vem passando por diversas revoluções, que alteraram profundamente o comportamento das pessoas. O surgimento da internet e a revolução digital, por exemplo, trouxeram avanços sem precedentes. No mundo do trabalho, isso traz um desafio interessante: começam a chegar ao mercado os jovens que cresceram regidos pelos bits e bytes do mundo digital. Chamados de geração Y, esses jovens têm menos de 30 anos e possuem características muito próprias - e o choque cultural acontece quando passam a ser comandados pelo pessoal de outras gerações. Mais do que evitar conflitos, ter uma política de recursos humanos que entenda a geração Y pode trazer um excelente ganho de productividade. Moldados pelo imediatismo da internet, a geração Y necessita de estímulos para desafiá-la a oferecer o que tem de melhor: a ousadia, a criatividade, a facilidade para realizar tarefas múltiplas e o espírito questionador. Algumas dessas características, inerentes no espírito dos jovens, foram levadas ao paroxismo pelo mundo contemporâneo. De um lado, seus pais, libertários da década de 60, que viveram a utopia do "é proibido proibir", estimularam ao máximo o espírito contestador dos jovens. O acesso fácil às informações, trazido pela internet, temperou o caldo de cultura. 33 O resultado é que, para extrair ao máximo as potencialidades dessa talentosa geração, é necessário abrir-se ao diálogo. Fazê-los entender é muito mais producente do que simplesmente mandar. Para essa geração, a hierarquia não é um argumento-fim. Sem contar a falta de formalidade desses jovens, cuja educação sempre privilegiou a individualidade - e suas manifestações. Outra característica marcante dos jovens da geração Y é a capacidade de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo. Não surpreende mais encontrar um deles falando ao telemóvel, digitando no MSN e assistindo TV, enquanto come. Ao mesmo tempo em que isso comprova as habilidades multifacetadas necessárias para conseguir equilibrar diversas actividades, muitas vezes esse aspecto também vem junto com a dificuldade de esperar a concretização de um projeto de longo prazo. A tendência a dispersar a concentração não é algo incomum. Para fugir dessa armadilha e buscar a maior produtividade da geração Y, uma das alternativas é, por exemplo, dividir um projecto mais longo em etapas mais curtas, com metas e prazos predeterminados, cujos resultados podem ser obtidos com maior rapidez. Com características tão peculiares, principalmente para a geração anterior que teve de se adaptar, à marra, às modernidades tecnológicas, e para quem o mundo digital não é o habitat natural, é compreensível que surjam dificuldades na comunicação entre eles. No call center, por exemplo, que é provavelmente o sector da economia que mais emprega jovens, esse desafio é permanente. Mas, também, muito gratificante, pois essa nova geração induz à renovação e traz um espírito de inovação às empresas - e ambas as características são a alma da sobrevivência, no longo prazo, de qualquer negócio. As empresas precisam rever a sua formação e sistemas de avaliação de resultados, para melhor refletir o mundo contemporâneo e os jovens que ajudarão a construir o futuro. Texto de Alexandra Periscinoto, presidente da empresa de call center SPCOM (Brasil), que tem mais de 4 mil funcionários - a imensa maioria com menos de 30 anos. 34 ANEXOS Internet http://portalexame.abril.com.br/carreira/noticias Tendências O poder nas mãos da geração Y A pesquisadora do Hay Group diz que 20% dos jovens com menos de 30 anos que trabalham nas empresas brasileiras já ocupam cargos de liderança Luciene Antunes, de EXAME 0 comentário 10/03/2010 | 16:22 Alexandre Battibugli Caroline: "Até 2014, a geração Y ocupará quase metade dos postos no mercado de trabalho" De acordo com um estudo recente coordenado pela pesquisadora Caroline Marcon, da consultoria de recursos humanos Hay Group, cerca de 20% dos jovens que trabalham em grandes empresas brasileiras já ocupam cargos de 35 liderança. O levantamento foi realizado com 5 600 profissionais nascidos a partir da década de 80, a chamada geração Y, em empresas dos setores de tecnologia, mineração e industrial. 1) A proporção de pessoas da geração Y em cargos de liderança foi surpreendente? Já havia uma percepção de que a ascensão da geração Y está ocorrendo mais rapidamente do que a de seus antecessores. Além de quantificar o fenômeno, a pesquisa mostrou que essa evolução está ocorrendo de forma ainda mais veloz do que se imaginava. 2) Por que a trajetória da geração Y é mais acelerada? Em comparação com os executivos mais velhos, os jovens da geração Y tiveram muito mais acesso a informações mais cedo. Com isso, eles chegam às empresas com uma bagagem diferenciada de formação, domínio de idiomas e uso de novas tecnologias, um conjunto de habilidades que facilita a evolução da carreira. 3) Em quais áreas de negócios a participação de pessoas da geração Y em cargos de liderança é maior? Em geral, empresas de tecnologia são mais conectadas com os valores dessa geração. No Brasil, companhias como BuscaPé, Nextel e Oi estão entre as que possuem uma quantidade acima da média de funcionários e líderes da geração Y. 4) O Brasil se destaca no número de jovens que já ocupam posiçõeschave nas empresas? Seguimos tendências mundiais. Estima-se que, em 2014, a geração Y será quase metade da força de trabalho mundial. 5) Quais são as mudanças de cultura que a geração Y está trazendo para as empresas? Os representantes da geração Y são mais interdependentes e tendem a trabalhar melhor em equipe do que seus antecessores. Por causa disso, têm uma demanda maior por avaliações de desempenho e uma relação mais informal com os superiores, ainda que respeitem uma liderança que considerem inspiradora e legítima. 6) Existem ainda muitos conflitos entre gerações? Ainda é muito difícil para os profissionais mais velhos entender como os mais jovens conseguem fazer tantas coisas simultaneamente. Questionam se o 36 fazem com qualidade e comprometimento, já que por vezes estão conectados ao MSN, falando ao telefone, ouvindo música ao mesmo tempo em que trabalham. 7) Outra das características da geração Y é a alta rotatividade. Ao chegar a postos de liderança, esses jovens tendem a sossegar num mesmo lugar? Não. Independentemente do nível hierárquico, eles vão ser sempre ansiosos por galgar posições mais altas e oportunidades de aprendizado, por isso irão manter o radar ligado em oportunidades dentro e fora da companhia. Essa noção de apego e sacrifício por uma determinada empresa não faz parte do repertório da geração Y. 37 ÍNDICE INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I – A função de educar dentro de um ambiente organizacional e a evolução 10 1.1 – Aprendizagem Organizacional 11 CAPÍTULO II – Pedagogo Empresarial e sua relação com a tecnologia 12 2.2 – O papel do pedagogo empresarial frente às novas tecnologias 13 CAPÍTULO III – As gerações que marcaram época antes da Geração Y 15 3.1 – Em dez anos 16 CAPÍTULO IV – Características da Geração y 17 4.1 – Perfil da Geração Y 17 4.2 – A Geração Y no ambiente de trabalho 18 4.3 – Como às organizações podem se tornar mais flexíveis 19 CAPÍTULO V – O futuro da Geração Y 21 5.1 – As futuras profissões da Geração Y 22 CONCLUSÃO 24 BIBLIOGRAFIA 25 ANEXOS ENTREVISTAS 27 ANEXOS INTERNET 32 ÍNDICE 37