O Sermão da Montanha “Bem aventurados os pobres de espírito porque deles é o reino dos céus” É preciso reconhecer a nossa pequenez espiritual para lutar para alcançar um lugar melhor no Reino de Deus. Pobre de espírito é o simples, ignorante, sem malicia, mas é também aquele que verificando a sua condição de pouco adiantamento espiritual, e aspirando a perfeição, reconhece que muito ainda necessita melhorar. A pobreza porem é de espírito e não material, a humildade nenhuma relação tem com os bens materiais. “Bem aventurados os que choram porque serão consolados” Os sofrimentos deste mundo não são frutos do acaso, nem devido ao pecado original. “Os que choram” são aqueles que sofrem com paciência e resignação as expiações dos seus próprios débitos contraídos em outras existências de aprendizado e evolução. “Serão consolados” pela felicidade que inunda o coração daqueles que se sentem no caminho correto da evolução espiritual, merecendo o auxilio dos espíritos superiores. “Bem aventurados os mansos porque eles herdarão a Terra” A violência que sempre caracterizou o comportamento do homem terreno desaparecerá dentro em pouco. O império da força dará lugar ao reinado do Amor, e o egoísmo será banido do relacionamento entre as criaturas para ser substituído pelo altruísmo. Aquele que não corresponder a essas mudanças morais e espirituais não poderão participar dessa nova sociedade do futuro, sofrendo o processo de expurgo. “Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça porque serão fartos” As diferenças sociais, sofrimentos físicos e morais, são agentes poderosos do progresso dos seres. O homem que junta riquezas para si colabora com a criação, porque reúne inúmeras atenções em torno de um bem comum. Tal agrupamento em torno deste bem em comum são necessários por somar esforços para a melhoria material do planeta em que vivemos. Serão fartos aqueles que colaborarem consciente e desprendidamente pela construção da nova sociedade de Amor e Entendimento. “Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” A misericórdia compreende não somente o perdão as ofensas, mas principalmente o seu esquecimento. Aqui precisamos recordar que “a cada um será dado segundo as suas obras”. E imensamente necessitados que somos muito precisamos também doar em beneficio do nosso próximo para merecer o amparo que vem suprir as nossas enormes deficiências espirituais. A misericórdia deve estar sempre ligada a pratica da caridade porque uma vem completar a outra. “Bem aventurados os limpos de coração porque verão a Deus” O Mestre definiu muito bem que os limpos o fossem de coração e não simplesmente de exterioridade, como o queriam os fariseus da sua época. Em primeiro lugar devemos purificar nossos espíritos das imperfeições para que as nossas palavras e ações pudessem ser puras como as de uma criança. “Bem Aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus” Num mundo de violências como o de hoje, violências provocando violências, agressão desencadeando agressões. Desde o ambiente familiar ate o âmbito internacional, o relacionamento entre os homens tem sido baseado na Lei do Mais Forte. O fraco revida como pode as agressões recebidas, alimentando incessantemente a atmosfera bélica em que todos respiram. Os pacificadores serão chamados filhos de Deus porque, combatendo a violência destruidora, estarão cooperando com o criador para a manutenção da Harmonia Universal. “Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é reino dos Céus” Os que tem amor a justiça vem sendo perseguidos implacavelmente por aqueles que não podem aceitá-los na sua grandeza espiritual. A cruz e a arena romana, a fogueira da Inquisição, a difamação atual. Como o orgulho e o egoísmo dos homens não permitem a esses seres esclarecidos viverem aqui a justiça que almejam, resta o consolo de que, no Reino dos Céus, poderão tela na sua plenitude. “Bem aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e mentindo, disserem todo mal contra vos. Folgai e exultai porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim também perseguiram os profetas que viveram antes de vos” Está é a maneira segura de avaliarmos a eficácia do nosso trabalho, se os materialistas e os sectários se levantam contra nos maior terá sido a repercussão da nossa atividade junto aos necessitados de toda a ordem. “Vós sóis o sal da terra” O sal dá sabor aos alimentos e preserva-os da deteriorização. Os cristãos devem ser o espírito da humanidade, preservando-a da degradação moral. O sal é útil na harmonização do sabor dos alimentos, assim como os seguidores do Mestre devem ser agentes da harmonia no seio da humanidade. E para que o sal possa exercer a sua atividade, precisa estar em contato com os alimentos, penetrando-os e misturando-se a eles. O sal, porem, deve ser usado na medida certa, nem de mais, nem de menos. O sal, também, não perde a sua características quando se mistura a outros elementos. “Vós sóis a luz do mundo” A luz destrói as trevas. A ignorância é treva da alma. Os discípulos de Jesus destroem a ignorância. Por conseguinte, os discípulos de Jesus são a luz espiritual do mundo. Uma cidade, erguida no cabeço de um monte, é vista por todos, desde muito longe. Assim é o discípulo de Jesus: todos o observam a ver se não desmente com os atos o que prega com as palavras. Os que tiveram a ventura de conhecer as leis divinas, deverão esforçar-se para que o maior numero possível de criaturas as conheçam também. Não espalhar os conhecimentos espirituais é esconder egoisticamente a luz que deveria beneficiar a muitos. Tais médiuns que se afastam do trabalho mediúnico: apagam a luz que em si traziam para clarearem o caminho a irmãos menos evoluídos. “Não vim revogar a lei, sim cumpri-la” Existia na Lei Judaica, duas leis distintas. Uma a lei imutável, de fundo moral, transmitida por Moises pelo Plano Espiritual, a outra é de caráter disciplinar. Jesus se referia a Lei Divina que resumese no amor ao próximo. Jesus nos chama a atenção para a necessidade da pratica dos ensinamentos morais da Lei, para que interiorizemos aqueles princípios e não somente nos limitemos a conhecê-los mais ou menos profundamente. “Entra em acordo sem demora com seu adversário” Os sentimentos endereçados a outrem, sejam de ódio ou afeição, originam formas pensamentos semelhantes a projeteis. Os sentimentos emitidos em direção dos nossos semelhantes podem atingi-los de modo mais cruel do que se o fizéssemos valendo-nos de uma arma tradicional. O “fogo do inferno” descrito, são os sofrimentos advindos da reação dos nossos atos impensados. Pois que segundo a lei de Ação e Reação no campo espiritual, somos responsáveis por todos os atos que praticamos. Precisamos ter o nosso coração limpo quando nos dirigirmos a Deus em oração. Porque a prece é um sentimento que nos liga ao Criador, e esse sentimento precisa estar livre de qualquer manifestação de inferioridade que tolha a sua expansão sublime. Cuidemos de nos entender com os nossos adversários enquanto estamos com eles lado a lado nessa escola que é o plano físico, porque uma vez desencarnados, os erros do presente serão somados aos débitos das existências anteriores, dificultando ainda mais o nosso reerguimento, o qual somente alcançaremos “quando tivermos pagos até o último centavo”. “Se teus olhos de fazem decair, arrancaos” Se quando encarnados, podemos fazer exatamente o oposto daquilo que pensamos, porque o pensamento ainda permanece oculto aos que nos cercam, quando desencarnados a situação muda totalmente. Os sentimentos para os desencarnados não constituem segredo, porque eles se espelham na aura, alterando sua estrutura e cor, de forma característica. Quando Jesus nos aconselha a cortar a mão ou arrancar o olho, quer dizer que devemos destruir em nós mesmos com grande dor e sacrifício, tudo o que possa nos levar ao erro. “Aquele que repudiar sua mulher a expõe a tornar-se adultera” O divorcio, bastante comum entre os Judeus na época de Jesus, poderia abalar de maneira significativa os alicerce da família, uma instituição de enorme importância no processo evolutivo dos espíritos. E ademais o divorcio age apenas como um paliativo de um problema que devera ser mais cedo ou mais tarde solucionado. “Seja a tua palavra: Sim, sim; não, não” Aquele que tem pureza no coração, transmite sinceridade nas palavras e se impõe pela sua superioridade, sem necessidade de artifícios. Por outro lado, aquele cujas palavras traduzem falsidade, provocará dúvidas e desconfiança nos semelhantes, mesmo que jure por todos os “santos” da criação. As palavras do Mestre nos conduzem a prática da lealdade e da sinceridade, a qual deve ser uma das preocupações constantes de todo aprendiz do Evangelho. “A qualquer que te ferir numa face, volta-lhe também a outra” Jesus veio para esclarecer as coisas ditas por Moises. Unicamente a Deus cabe punir ao faltoso. Para tanto, estabeleceu Jesus a lei imutável da Ação e Reação, a qual se aplica não somente ao plano da matéria, mas também e principalmente aos fatos morais. “Amai os vossos inimigos” O ódio e a agressão são males que mais afligem aqueles que os alimentam do que aos seus inimigos. Obedecendo a Lei de Ação e Reação, essas atitudes se refletem, para atingir com violência o ponto de partida, ferindo profundamente seus responsáveis. Alguns consideram covardia perdoar. Outros apenas conseguem esquecer as ofensas, mas a preocupação do cristão deverá ser compreender, perdoar e amar considerando o ofensor como uma criança espiritual necessitados de exemplos de amor e fraternidade “Sede perfeito como perfeito é o nosso Pai Celestial” Jesus deu-nos o modelo a ser procurado em nossas tentativas de evolução. A perfeição poderá ser resumida na prática da caridade cristã, já que ela encerra todas as outras virtudes. A caridade e a negação de todos os vícios e defeitos, principalmente o egoísmo, base de todos os males da humanidade. “Ignore a tua mão esquerda o que faz a direita” Dar com ostentação não é caridade, muito ao contrário, é falta da mesma, porque estamos humilhando o beneficiado. Dar secretamente, pelo prazer de ajudar, pelo amor ao semelhante, é duplamente caridade, como nos diz Kardec é caridade material e caridade moral. A primeira que beneficia o corpo, a segunda que aquece o espírito. “Quando orares entra no teu quarto” Ainda hoje não faltam os fariseus que, no tempo do Mestre se caracterizavam pela hipocrisia. Quando oram. O fazem mais para se desfazerem de uma obrigação social, do que para se ligarem ao Criador de forma espontânea e consciente. A eficácia da prece é notável. Que o digam aqueles que já passaram por instantes de grande sofrimento espiritual. Se freqüentemente não somos atendidos em nossos pedidos é porque estes não nos seriam de utilidade ao progresso espiritual. Mas, o que é pedir em nome de Jesus? É rogar auxilio em nome do nosso semelhante. E se não pudermos auxiliá-lo objetivamente, nos diz Emmanuel, três coisas poderemos transmitir a ele, com certeza: Paciência, coragem e resignação. Oração Dominical Nos diz Kardec que o Pai Nosso “resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com o próximo. Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão, o pedido das coisas necessárias a vida e o principio da caridade”. “Pai Nosso que estas nos céus, santificado seja o teu nome” Com estas palavras o Mestre desfez a imagem do Deus de Moises para chamá-lo de Pai. O Mestre iguala todas as raças, todas as religiões e todas as filosofias. O Pai não é meu nem tampouco é seu. O Pai é Nosso. “Venha o teu reino” O reino dos céus esta dentro de nós porque o Criador não nos abandona em hipótese nenhuma, nós, porém, nem sempre o aceitamos dentro de nós. A nossa participação no banquete espiritual do reino dos Céus, depende de fazermos brilhar dentro de nós as virtudes que nos caracterizam como espíritos criados perfeitos. “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” Deus estabeleceu para a manutenção da harmonia universal uma Lei, a Lei do Amor. É o trabalho que nos impulsiona para a perfeição que é Deus, orientados pelo amor e fiscalizados pela justiça. Quando fugimos ao caminho do Amor, retardamos nossa evolução. Fazer a vontade do Pai é respeitar as leis, as leis divinas. “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” No decorrer de nosso caminho evolutivo o pão nosso vai gradativamente se transformando. Caminha da inércia total para a luta pela sobrevivência, daí para a satisfação dos instintos, para alcançar a vivencia das emoções. Com sua ascensão auxiliada pelo sofrimento, conquistadas as facilidades materiais sem ter alcançado a paz o homem volta-se para as coisas do espírito e ai percebe que sua alma encontra-se em estado de inanição por falta quase total de alimento. “Perdoa as nossas dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores” A Lei da Justiça tem como base uma outra lei Natural, a Lei de Ação e Reação, a qual pode ser aplicada não só ao plano físico mas também ao plano espiritual. Quando o Mestre diz “assim como” Jesus esta se referindo a esta mesma lei, que é traduzida pelo espiritismo pelo: “A cada um será dado segundo as suas obras”. “Não nos deixe cair em tentações, mas livranos do mal. Assim seja” É preciso entender que Jesus não nos ensinou a pedir ao Criador que Ele nos afastasse de todas as tentações. Disse apenas que deveríamos procurar não cair quando as enfrentássemos. Se o Pai nos afastasse das provas e expiações não teríamos como redimir nossos erros e assim não poderíamos evoluir. As tentações constituem variadas lições para o nosso espírito primitivo, indispensável ao seu aprendizado moral e intelectual. “Quando jejuares, unge a cabeça” O principal jejum para o cristão deve ser o jejum espiritual, jejum de pensamentos e atitudes. Ele deve representar um ato de disciplina e não um ato de auto punição ou de auto promoção. O jejum como disciplina espiritual pode ser comparado ao processo de reforma interior, através do combate de nossos vícios e defeitos. “Ajuntar tesouros no céu” Não quis o Mestre com este ensinamento condenar a riqueza, mas apenas alertar contra o apego excessivo aos bens materiais. A riqueza é um meio de aglutinar esforços do homem em torno de uma idéia comum para o bem de todos. Os homens não sabem ainda se unir fraternalmente; necessitam obter lucros pessoais dessas sociedades, para que elas possam prosperar para beneficio do coletivo. Dizendo que o nosso coração estaria com esse tesouro, disso o Mestre que nossas riquezas espirituais se encontram vinculada aos nossos sentimentos. “Os olhos são a lâmpada do corpo” Olhar e ver são dois verbos de significados distintos: o primeiro significa o ato físico de dirigir os nossos olhos para determinado local, o segundo representa a compreensão do fato visado. Todos olham de forma mais ou menos semelhante, porque o processo físico é idêntico, mas cada espírito vê a sua maneira, entende os fatos segundo sua capacidade intelectual e os sente de acordo com a sua condição moral. O espírito, tendo sintonizado suas vibrações com os planos inferiores, vai desarquivando experiências negativas do passado, identificando os fatos atuais com aquelas, e fazendo prognósticos errôneos e julgamentos pessimistas. As entidades ignorantes ou maléficas projetam suas criações mentais sobre o obsediado, envolvem-no em uma atmosfera de trevas que o impossibilita de ver claramente todos os aspectos do fato. É necessário aprender a ver o bem em todas as coisas, a ver o aspecto divino das experiências, por mais dolorosas que elas sejam. “Não podeis servir a Deus e as riquezas” O homem que se deixa envolver pela sede de poder material, pelas suas riquezas esquece o seu destino de espírito eterno, aprendiz das Leis Divinas, e não aprende assim os caminhos evolutivos que o levam a Deus. Jesus não abandona os ricos porque a prova que enfrentam é mais dura ainda que a prova da pobreza. Ela excita o orgulho, a vaidade, o egoísmo, os nossos grandes males morais, que levam ao malogro a maioria dos espíritos que reencarnam. Por outro lado, é um grande veiculo de redenção porque permite ao administrador de riquezas, desenvolver a pratica da caridade, do amor ao próximo, da solidariedade e da fraternidade. “Observai as aves do céu” Jesus não faz uma dissertação em defesa da preguiça, da negligencia e do fatalismo. O espírito inerte emperra o mecanismo evolutivo. O trabalho honesto proporciona inúmeros benefícios aos nossos semelhantes, alem de nos permitir usufruir das coisas materiais que necessitamos. Mas não devemos nos apegarmos ao trabalho como sendo nossas únicas preocupações, esquecendo nosso verdadeiro objetivo. Se trabalharmos não precisaremos nos preocupar com o restante, porque o Pai nos provera, não devemos acumular riquezas improdutivas porque elas permanecerão na terra quando voltarmos a outra vida; se pouco tivermos, tranqüilo estaremos, porque pouco poderemos perder com os revezes da vida; e se nos acharmos na penúria, devemos confiar em Deus porque ele sabe melhor o que precisamos para nosso aperfeiçoamento moral. “Não julgueis para que não sejais julgados” Jesus mais uma vez afirma a lei de Ação e Reação. Todo ato construtivo e bom traz alegria e satisfação àquele que o praticou, enquanto que atos destrutivos e maus desencadeiam reações deste mesmo teor. “Tira primeiro a trave do teu olho, e então veras para tirar o argueiro do olho de teu irmão” O Exemplo que damos ao nosso próximo ao nos desfazermos da trave que nos cobre é tudo o que necessita nosso próximo pra olhar-se a si mesmo em busca dos seus ciscos. A trave que impede de ver claramente, é o nosso orgulho, nosso egoísmo, os quais somente serão afastados quando fizermos conscientemente a nossa auto análise, reconhecendo-os, e iniciando contra eles um árduo mas compensador combate. “Não lanceis perolas aos porcos” No momento em que vivemos precisamos ser objetivos nas nossas atividades, procurando os meios de atingir ao maior número de necessitados no prazo mais breve possível. Os ensinamentos de Jesus devem ser divulgados e exemplificados a todos, porém sem pajeamento e sem paternalismo, pois não há mais tempo. Aqueles que se comprazem no mal e se recusam a evoluir, necessitarão de muito mais tempo para despertar do que podem dispor no momento. “Pedi e dar-se-vos-a” Esse é o ensinamento da fé operante e da confiança viva na Justiça Divina. Não se limitou o Mestre a dizer “pedi e dar-se-vosa”, mas completou esclarecendo a necessidade de buscar e bater a fim de encontrar “as boas coisas” de que necessitamos. “Entrai pela porta estreita” Por que teria o Mestre comparado o caminho do mal na evolução humana a uma estrada espaçosa e uma porta larga? Porque são elas que atraem a todos aqueles que não se dispõem ao sacrifício de procurarem os caminhos estreitos e ultrapassarem as portas apertadas. Os caminhos fáceis são os preferidos ...É preciso trabalho para seguir pelos caminhos difíceis, é preciso desprendimento, dedicação, desejo intimo de melhoria espiritual. Disse-nos o Mestre “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai senão por mim”. Ou seja, é Ele a nossa porta estreita. “Acautelai-vos dos falsos profetas” O momento que atravessamos é de tão grande importância para o destino dos espíritos habitantes deste nosso planeta, que tanto as trevas quanto os Planos Superiores tem enviado todos os esforços para orientar, cada um a sua maneira, a nossa evolução espiritual. É assim que as armas usadas pelos agentes do mal, tornam-se a cada dia mais sofisticadas, dificultando o seu reconhecimento e combate. “Edificar a casa sobre rocha” Novamente volta o Mestre a dizer que não basta apenas ouvir as suas palavras, porque seria construir sobre a areia. É preciso praticar os ensinamentos de maneira a dar sólidos alicerces ao edifício moral que vamos construir. Devemos notar que Jesus não prometeu uma vida sem tormentos se praticássemos os seus ensinos, mas apenas que teríamos forças suficientes para superá-los com serenidade. Os espíritos instrutores durante dezenas de anos repetiram a necessidade do estudo e do conhecimento da doutrina. Hoje nós podemos afirmar que nosso maior obstáculo para a redenção da humanidade é a falta de pratica cristã; falta de exercício da caridade. “Jesus ensinava com Autoridade” Os escribas, sacerdotes e rabinos estavam somente preocupados em manter o controle religioso sobre a população, explorando-a em todos os sentidos, principalmente no aspecto financeiro através dos impostos, doações, dízimos, etc. Somente se dirigiam aos pobres para relembrá-los dos rituais, dos cerimoniais, dos sacrifícios e oferendas a que estavam obrigados pela rigorosa regulamentação, religiosa da época. E os sofredores do corpo e do espírito estavam desamparados, sentiam-se perdidos sem a assistência moral e material que tanto necessitavam. Quando Jesus lhes falou com a autoridade de governador espiritual do planeta, sentiram-se banhados pela sua grandiosa aura de espírito divinizado que envolve toda a humanidade, reconhecendo nele o Caminho, a Verdade e a Vida. O Caminho que nos leva a Fonte inesgotável de Todo o Amor, a Verdade que nos esclarece e nos liberta das imperfeições, e a Vida feliz na eternidade do Seu Reino.