COMUNIDADE DE
COMUNIDADES: UMA
NOVA PARÓQUIA
A conversão pastoral da
paróquia
INTRODUÇÃO

A paróquia é a presença pública da Igreja e
referência para os batizados

A mudança de época da sociedade e o processo
de secularização diminuíram a sua influência

Por isso, cresce o desafio de renovar a paróquia
em vista da sua missão

EG: a paróquia possui uma grande plasticidade,
pode assumir formas muito diferentes que
requerem a docilidade e a criatividade
missionária do pastor e da comunidade
2
INTRODUÇÃO


A paróquia necessita de conversão pastoral
Será necessário considerar o Vaticano II,
Aparecida, as DGAE, os pronunciamentos
do Papa Francisco em visita ao Brasil e a
EG
3
INTRODUÇÃO

Texto com seis capítulos

1 – inspirado na GS, indica os sinais dos tempos que
interpelam a paróquia atual

2 – a recuperação de dados bíblicos sobre as
primeiras comunidades

3 – breve histórico das comunidades paroquiais

4 - fundamentos eclesiológicos da comunidade

5 - enfatiza os sujeitos e as tarefas da conversão
pastoral

6 - proposições para a paróquia
4
INTRODUÇÃO

Questões que norteiam o texto:

Qual a situação de nossas paróquias?

Quais as causas do esfriamento na
comunidade?


O que é preciso para que ocorra uma mudança?

Que aspectos merecem revisão urgente?

O que propor e assumir na realidade brasileira?
A conversão pastoral da paróquia consiste
em ampliar a formação de pequenas
5
CAPÍTULO 1
6
SINAIS DOS TEMPOS E
CONVERSÃO PASTORAL
INTRODUÇÃO

O Concílio Vaticano II propõe o diálogo entre Igreja e
sociedade, destacando a pastoral e a ação
evangelizadora

Isso exige que a Igreja se revitalize continuamente no
Espírito

As mudanças na Igreja constituem a sua identidade de
acolher o que o Espírito Santo dá a conhecer em
diferentes momentos históricos

Trata-se de discernir os acontecimentos, nas exigências
e nas aspirações de nossos tempos, quais sejam os sinais
verdadeiros da presença ou dos desígnios de Deus
7
NOVOS CONTEXTOS: DESAFIOS E
OPORTUNIDADES

O progresso dá acesso a novas tecnologias

A emergência da subjetividade, a preocupação com a ecologia, o
voluntariado, a tolerância e o respeito pelo diferente despertam a
consciência de pertença ao planeta e de integração entre tudo e
todos

Cresce a responsabilidade de construir a própria personalidade e
plasmar a identidade social e isso pode fortalecer a subjetividade,
enfraquecer os vínculos comunitários e transformar a noção de
tempo e espaço

O consumismo afeta a identidade, a liberdade, acentua o egoísmo

Difunde-se a noção de que a pessoa livre e autônoma precisa se
libertar da família, da religião e da sociedade
8
NOVOS CONTEXTOS: DESAFIOS E
OPORTUNIDADES

Há rejeição dos valores da fé, vale o aqui e agora

O mercado ganha força e existe apenas o consumidor

O lucro e as leis do mercado são medidas absolutas

A pobreza e a miséria desafiam a consciência, a
violência é sinal de exclusão, a droga desafia as
famílias

A sociedade valoriza só o que é útil

A paróquia não consegue atender a população e esgota
suas forças
9
NOVOS CONTEXTOS: DESAFIOS E
OPORTUNIDADES

Muitos procuram a Igreja, mas não buscam a
comunhão nem querem participar de um grupo de
cristãos e há dificuldades para acolher quem chega

Os meios de comunicação são aperfeiçoados
produzindo um mundo cada vez mais informado,
conectando a todos e atingindo a privacidade de
pessoas e instituições

A Igreja tem destacado a importância da inculturação
no processo de evangelização

É necessário saber inculturar o Evangelho no contexto
da comunicação virtual
10
NOVOS CONTEXTOS: DESAFIOS E
OPORTUNIDADES

A renovação paroquial exige novas formas de
evangelizar o meio urbano e o rural

Há uma forte tendência no mundo para que a
sociedade seja laicista e a religião não interfira
na esfera pública

Chega-se a pensar numa sociedade pós-cristã

Trata-se de uma cultura sempre mais
secularizada, que evita a influência do
cristianismo nas decisões morais da sociedade
11
NOVOS CENÁRIOS DA FÉ E DA
RELIGIÃO

A vivência da fé é exercida numa religiosidade não
institucional, sem comunidade, ligada a interesses
pessoais

O pluralismo liberta as pessoas de normas fixas, mas
causa perda das referências fundamentais, gera
fragmentação da vida e da cultura, nem sempre respeita
o outro e seu exagero provoca indiferentismo

A participação na vida eclesial tornou-se uma opção na
sociedade pluralista

A comunidade cristã é chamada a inserir-se na
sociedade em que vive para testemunhar o Evangelho
12
NOVOS CENÁRIOS DA FÉ E DA
RELIGIÃO

A vivência religiosa está cada vez mais
midiática

Há quem expresse sua religiosidade
conectando-se apenas pelas mídias: os jovens
nas redes sociais e os idosos na televisão

Emerge uma experiência religiosa com menor
senso de pertença comunitária

Evidencia-se uma adesão parcial à fé cristã e
está em crise o engajamento na paróquia
13
A REALIDADE DA PARÓQUIA

Em si, a paróquia está unida a outras paróquias e
inserida na sociedade. A paróquia não é um todo em si
mesmo ou comunidade autônoma

Há paróquias que não assumem a renovação conciliar

Porém, outras vivenciam experiências de conversão
pastoral

São ocupadas com evangelização, catequese como
processo de iniciação cristã, animação bíblica, liturgia
viva e participativa, atuação da juventude, ministérios
exercidos por leigos e leigas, os Conselhos
Comunitários, o CPP e o Conselho Econômico
14
A REALIDADE DA PARÓQUIA

O desafio é sair em missão, deixar de ocupar-se apenas
com a rotina. Devemos vencer a mesmice

O modelo paroquial depende mais dos presbíteros. O
laicato precisa ocupar espaço, evitando que a troca do
pároco mude completamente as diretrizes da
comunidade

A paróquia tem sido o principal espaço do ministério
presbiteral e é nas comunidades que nascem as
vocações

Os limites da evangelização e missão se refletem nos
15
A REALIDADE DA PARÓQUIA

Temos cristãos que formam grupos fechados

Geralmente são pessoas que promovem certo
fundamentalismo católico e nutrem sentimentos
de superioridade espiritual e fuga do mundo

Temos paroquias ou capelas que funcionam mais
como instituição

Na fé cristã não há lugar para capelas fechadas,
em forma de sociedade ou clube

A comunidade eclesial exige fé, esperança e
caridade
16
A NOVA TERRITORIALIDADE

A territorialidade é o principal critério para a experiência
eclesial

Hoje, o território não é mais importante que as relações
sociais

A transformação do tempo exige uma nova noção de limites
paroquiais

Prefere-se entender o espaço como lugar habitado, onde as
pessoas interagem e convivem. A paróquia é muito mais o
local onde a pessoa vive sua fé e a compartilha

O referencial é o sentido de pertença à comunidade. Por isso,
alguém pode participar de uma paróquia na qual não reside
17
A NOVA TERRITORIALIDADE

Mas a territorialidade não pode ser desprezada por
ser referência para a maioria dos católicos

Ela evita que a comunidade seja apenas um grupo
por afinidade que se reúne, mas faz com que suas
portas estejam abertas para todos

A paróquia não territorial pode existir em função
do rito, nacionalidade ou outra razão pastoral

Essa segunda possibilidade precisa ser
aprofundada e a mídia também deve ser
considerada
18
REVISÃO DE ESTRUTURAS
OBSOLETAS

A primazia do fazer ofuscou o ser cristão e é preciso
responder às inquietações novas

O DAp propõe abandonar as estruturas que já não
favorecem a transmissão da fé

EG: As estruturas devem ser mais missionárias, a
pastoral ordinária mais comunicativa e aberta, os
agentes pastorais devem estar em atitude constante
de saída, favorecendo a resposta positiva de todos

Devemos anunciar Jesus em linguagem acessível e
atual
19
REVISÃO DE ESTRUTURAS
OBSOLETAS

Há excesso de burocracia e falta de acolhida

Predomina o aspecto administrativo sobre o
pastoral, e sacramentalização sem evangelização

O problema está nas atividades mal vividas, sem
motivações adequadas

Falta uma espiritualidade que impregne a ação e a
torne desejável

São necessários os serviços e ministérios dos leigos

O apelo à revisão e renovação das paróquias ainda
não deu suficientemente fruto
20
A URGÊNCIA DA CONVERSÃO
PASTORAL

A conversão pastoral sugere renovação
missionária das comunidades, para passar de
uma pastoral de mera conservação para uma
pastoral decididamente missionária

Trata-se de uma conversão pessoal e
comunitária

A Igreja, santa e pecadora, sempre necessita
de purificação e deve exercitar
continuamente a penitência e a renovação
21
A URGÊNCIA DA CONVERSÃO
PASTORAL

Pastoral é exercício da maternidade da Igreja que gera,
amamenta, faz crescer, corrige, alimenta, conduz

Falta uma Igreja capaz de redescobrir as entranhas da
misericórdia

Conversão pessoal e a pastoral andam juntas

A comunidade paroquial deve ser acolhedora,
samaritana, orante e eucarística para formar o Corpo
Místico de Cristo

Observam-se atitudes de medo em relação à mudança
22
CONVERSÃO PARA A MISSÃO

A conversão pastoral supõe passar para
uma pastoral que dialogue com o mundo

A conversão e a revisão das estruturas se
realizam para buscar maior fidelidade ao
que Jesus quer da sua comunidade

O discípulo de Cristo é uma pessoa em
comunidade para se dar aos outros
23
BREVE CONCLUSÃO

A paróquia atual está desafiada a se renovar
diante das aceleradas mudanças deste tempo

Fugir desse desafio é uma atitude impensável
para o discípulo missionário de Cristo

Isso exige coragem de enxergar os limites das
práticas atuais em vista de uma ousadia
missionária capaz de atender aos novos
contextos que desafiam a evangelização
24
CAPÍTULO 2
25
COMUNIDADES NA BÍBLIA
INTRODUÇÃO

A comunidade cristã encontra sua
inspiração na Palavra testemunhada e
anunciada por Jesus, em nome do Pai, e
confiada aos apóstolos

Para que a paróquia conheça uma
conversão pastoral, é preciso que se volte às
fontes bíblicas, revisitando o contexto e as
circunstâncias nas quais o Senhor
estabeleceu a Igreja
26
A COMUNIDADE DE ISRAEL

No antigo Israel, a comunidade era marcada
pela Aliança estabelecida com Deus

É a assembleia dos chamados por Deus para
formarem o seu povo santo

As famílias de Israel se reuniam como
comunidade religiosa e social

No tempo de Jesus, a vida comunitária em
Israel estava se desintegrando
27
A COMUNIDADE DE ISRAEL

Jesus participava da vida comunitária de
Israel. Todos os dias ele parava para rezar em
família. Aos sábados, participava das reuniões
da comunidade na sinagoga

Anualmente participava das peregrinações para
visitar o Templo em Jerusalém

Jesus apoiava a experiência comunitária da
vivência da fé e, ao mesmo tempo, manifestava
progressivamente que Ele é o Senhor do sábado
e expressão definitiva da Palavra de Deus
28
JESUS: O NOVO MODO DE SER
PASTOR

Jesus é o Bom Pastor. Seu agir revela um novo
jeito de cuidar das pessoas

Ele tinha um cuidado especial para com os
doentes e afastados do convívio social. Tocava-os
para curá-los, tanto da lepra quanto da exclusão

Jesus anunciava a Boa-Nova para todos. Recebia
prostitutas e pecadores; pagãos e samaritanos;
leprosos e possessos; mulheres, crianças e
doentes; publicanos e soldados; e muitos pobres

Sua própria vida era o testemunho do que
ensinava
29
A COMUNIDADE DE JESUS NA
PERSPECTIVA DO REINO DE DEUS

Jesus veio para anunciar a Boa-Nova aos pobres,
proclamar a libertação aos presos, aos cegos a
recuperação da vista, libertar os oprimidos e anunciar
um ano de graça da parte do Senhor

Ele valorizou a casa das famílias. Visitou pessoas e
entrou em muitas casas. Hospedava-se na casa de
Marta

Deu aos discípulos a missão de entrar nas casas e levar
a paz. Entrar na casa significava entrar na vida
daquela pequena comunidade que nela habitava

Jesus constituiu o grupo dos Doze Apóstolos
30
A COMUNIDADE DE JESUS NA
PERSPECTIVA DO REINO DE
DEUS

A comunidade de apóstolos e discípulos foi
aprendendo com Jesus um novo jeito de viver:

na comunhão com Jesus

na igualdade de dignidade

na partilha dos bens

na amizade

no serviço: como nova forma de entender o poder

no perdão

na oração em comum

na alegria
31
AS PRIMEIRAS COMUNIDADES
CRISTÃS

Na Páscoa, a comunidade dos discípulos fez a
experiência do encontro com o Ressuscitado
que transmitiu aos apóstolos o Espírito Santo,
para que se tornassem testemunhas do
Evangelho

O Espírito concedeu diversos carismas que
acompanhavam o anúncio evangélico

Os apóstolos criaram comunidades onde a
essência de cada cristão se define como filiação
divina

Convocada por Deus, a comunidade primitiva
32
AS PRIMEIRAS COMUNIDADES
CRISTÃS

Toda comunidade cristã se inspira nos
quatro elementos distintivos da Igreja
primitiva:


o ensinamento dos apóstolos

a comunhão fraterna

a fração do pão (Eucaristia)

as orações
Essa experiência permitia que a própria
existência da comunidade fosse
essencialmente missionária
33
AS PRIMEIRAS COMUNIDADES
CRISTÃS

A comunhão

A comunhão fundamentava-se na experiência
eucarística e se expandia nas diversas dimensões da
vida pessoal, comunitária e social

A Eucaristia nutre a esperança da realização plena
do cristão no mistério de Cristo e sustenta a fé e a
esperança na vinda de Cristo. Exige comportamento
ético e compromisso com os sofredores

A comunhão cristã se expressava na unidade entre
judeus e gregos, romanos e árabes, homens e
mulheres, crianças e idosos
34
AS PRIMEIRAS COMUNIDADES
CRISTÃS

A partilha

A comunidade primitiva vive a comunhão de bens. A
partilha era do amor a Cristo e aos irmãos

Isso implicava entender o dízimo, como a
manifestação da fé

As coletas que Paulo promove são sinais concretos
de solidariedade e comunhão dos cristãos
convertidos do paganismo para com os judeucristãos de Jerusalém

A comunhão de bens é uma atitude concreta vivida
pela comunidade que surgiu da Páscoa
35
AS PRIMEIRAS COMUNIDADES
CRISTÃS

A iniciação cristã

Em Antioquia, os discípulos são chamados de cristãos

A comunidade realizava o processo da iniciação dos
futuros cristãos que visava mergulhar no mistério de
Cristo

Primeiramente ele recebia o querigma para acolher
Cristo como seu Salvador. Depois, era acompanhado
por membros da comunidade no catecumenato

Na Quaresma ocorria a purificação e a iluminação. Na
vigília pascal, era batizado, crismado e recebia a
Eucaristia. Sua formação era continuada no tempo
pascal com a mistagogia
36
AS PRIMEIRAS COMUNIDADES
CRISTÃS

A missão

Os cristãos receberam o envio: Ide, pois fazer discípulos
entre todas as nações. Trata-se da missão de anunciar a
Boa-Nova da salvação a toda criatura

Por isso a comunidade anuncia Jesus e acolhe novos
membros

Essa missão impulsiona as comunidades a expandirem a
mensagem de Cristo além de suas fronteiras geográficas

A missão é sustentada especialmente por casais
missionários: Prisca e Áquila, Andrônico e Júnia, Evodia e
Síntique
37
AS PRIMEIRAS COMUNIDADES
CRISTÃS

A esperança

Os cristãos são testemunhas da esperança. A
ressurreição é o anúncio central da comunidade

A Igreja vive da certeza de que habitará na casa da
Trindade

Viviam da esperança na vinda de Jesus Cristo no fim
dos tempos

Esta esperança no Cristo que virá faz a comunidade
sentir-se peregrina

O Novo Testamento, assim, permite identificar os
cristãos como peregrinos e, ao mesmo tempo, como os
seguidores do Caminho
38
A IGREJA-COMUNIDADE

No tempo das primeiras pregações, a civilização
urbana se expandia pela bacia do mar Mediterrâneo, e
as cidades promoviam uma revolução social e cultural

Por isso Paulo usa a imagem da casa, lugar estável
onde se reúne a família. Ele emprega o conceito Igreja
Doméstica e as comunidades são formadas por Igrejas
Domésticas

A Igreja do Novo Testamento será denominada como
assembleia convocada por Deus. O termo Igreja
indicava a comunidade e era empregado também para
comunidade doméstica
39
A IGREJA-COMUNIDADE

A comunidade cristã primitiva é compreendida como o
povo eleito de Deus, o verdadeiro Israel

Contudo, a eleição não se reduz aos judeus, pois se
estende a todos que creem no Cristo, também os
pagãos

A comunidade primitiva foi marcada pela experiência
da presença viva do Espírito Santo, pois o Reino de
Deus se revela na palavra e nas obras

A Igreja anunciava Jesus com palavras e obras que
comunicavam a salvação já operante na história
40
BREVE CONCLUSÃO

Na visão bíblica, o ser humano é membro de uma
comunidade, faz parte do povo da Aliança, encontra sua
identidade pessoal como membro do Povo de Deus

O NT usa a ideia de Corpo de Cristo

As primeiras comunidades servem de inspiração para
toda comunidade que pretenda ser discípula
missionária de Jesus Cristo

O NT apresenta elementos e critérios comuns para a
vivência comunitária. Por isso, a Igreja não deve ter
medo de aceitar e de criar novos modelos, satisfazendo
assim as exigências de sua vida e missão
41
CAPÍTULO 3
42
SURGIMENTO DA PARÓQUIA
E SUA EVOLUÇÃO
INTRODUÇÃO

A dimensão comunitária da fé cristã conheceu
diferentes formas de se concretizar historicamente

A paróquia é um instrumento importante para a
construção da identidade cristã; é o lugar onde o
cristianismo se torna visível em nossa cultura e
história

É verdade que a origem da paróquia é marcada por um
contexto cultural muito diferente do atual

Muitos aspectos históricos precisam ser recuperados e
outros revistos, diante das mudanças de época e a
necessidade de acentuar o sentido comunitário da fé
43
AS COMUNIDADES NA IGREJA
ANTIGA

O cristianismo dos três primeiros séculos vivia de forma
clandestina no Império Romano. As comunidades sofreram
perseguição e martírio

É o tempo dos Santos Padres quando a Igreja precisou
delinear carismas e ministérios, definindo a função dos
bispos, presbíteros e diáconos

Aprofundou-se a ideia de fraternidade cristã. As
comunidades sentiam-se responsáveis umas pelas outras e
sustentavam muitas obras de caridade com o jejum

As comunidades eram tão organizadas que até os não
cristãos recebiam ajuda
44
A ORIGEM DAS PARÓQUIAS

Em 313, o edito de Milão declarou a liberdade
religiosa para o Império

O edito de Tessalônica, em 381, tornou o
cristianismo religião oficial do império

As assembleias ficaram mais massivas e
anônimas

As comunidades se organizaram de acordo com
a vida social, estabelecendo-se territorialmente
e organizando-se administrativamente
45
A ORIGEM DAS PARÓQUIAS

No final do séc. III, surgem locais fixos para
as diversas reuniões da comunidade.
Chamavam-se paróquia as comunidades
rurais

No séc. V, a paroquia adquire maior
autonomia com os presbíteros que estão à
sua frente. A territorialidade determinou a
transformação das comunidades em
46
A ORIGEM DAS PARÓQUIAS

O presbítero realizava o batismo, porém a consumação
ou perfeição (atual crisma) era reservada ao bispo

As paróquias se estenderam pelas cidades devido ao
aumento da população e passaram a ser a Igreja na
cidade

Com o fim do Império Romano no Ocidente, os bárbaros
assimilaram a cultura romana e a autoridade da Igreja

Havia uma estreita ligação entre Igreja, Estado e
sociedade

Aparecem ordens religiosas e mosteiros atraindo
pessoas que buscavam uma espiritualidade que a
47
A ORIGEM DAS PARÓQUIAS

No início do segundo milênio, emergiu a noção
dois poderes: o temporal e o espiritual

Gregório VII promoveu a Reforma Gregoriana
que pretendia fazer a Igreja voltar às suas
origens e afirmar o poder papal diante das
ameaças dos senhores feudais

A paróquia permaneceu sendo uma referência
para os cristãos
48
A ORIGEM DAS PARÓQUIAS

O Concílio de Trento, no século XVI, não
modificou o perfil estrutural da paróquia.
Insistiu que o pároco residisse na paróquia
e instituiu o seminário. Estabeleceu os
critérios de territorialidade

As suas determinações delinearam o modelo
de paróquia que chegou até o Vaticano II
49
A FORMAÇÃO DAS PARÓQUIAS NO
BRASIL

O catolicismo chegou marcado por ordens
religiosas irmandades de fiéis

Em 1855, o Império fechou os noviciados,
comprometendo esta estrutura. As paróquias
eram a única instância institucional

Com a República, chegaram congregações
trazendo a escola católica
50
A FORMAÇÃO DAS PARÓQUIAS NO
BRASIL

Na época, um padre atendia extensas regiões. Nas
cidades grandes, alguns religiosos, mais ocupados
com escolas, assumiram paróquias

Cresceu um catolicismo com participação do leigo
em associações, com muita reza e pouca missa. No
século XIX se introduziu a reforma tridentina e se
tentou paroquializar a capela

O catolicismo popular não se alinhou muito à
paróquia e isso influenciou na situação das
comunidades paroquiais brasileiras
51
FORMAÇÃO DAS PARÓQUIAS NO
BRASIL

A paróquia é o lugar de receber os sacramentos
e atender às suas necessidades religiosas. Por
isso muitos se dizem católicos não-praticantes

No período pré-industrial, a paróquia abraçava
a sociedade local em suas diferentes
manifestações e diversos ambientes

A paróquia, segundo o Código de 1917, era
concebida como a menor circunscrição local,
pastoral e administrativa
52
A PARÓQUIA NO CONCÍLIO
ECUMÊNICO VATICANO II

O Vaticano II apresenta a Igreja Particular. A paróquia
está em comunhão com as demais paróquias que
formam a Igreja Particular. Ela é compreendida a
partir da diocese, porção do Povo de Deus. A paróquia é
parte da diocese

A reflexão sobre a Igreja Particular parte da Eucaristia
e insiste no valor da Igreja reunida em assembleia
eucarística

A comunidade se expressa na comunhão dos seus
membros entre si, com as outras comunidades e com
toda a diocese reunida em torno do seu bispo. A Igreja é
53
A PARÓQUIA NO CONCÍLIO
ECUMÊNICO VATICANO II

O Vaticano II alargou a compreensão da missão
da Igreja no mundo. Integrando a LG com a GS,
temos a visão da Igreja sobre si mesma e sobre
sua relação com o mundo

O mundo é o lugar dos discípulos que o Cristo
convocou para formarem a Igreja, mostrando o
sentido comunitário e missionário da paróquia

O AA enfatizou o caráter comunitário da vida
cristã. Insiste-se que a comunidade paroquial
tenha maior abertura e deixe de ser auto
referencial
54
A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA
AMÉRICA LATINA E CARIBE

Na década de 60 ocorreram mudanças no contexto latino-
americano. As paróquias não ficaram alheias aos novos
desafios, servindo de refúgio a perseguidos, centros de
denúncia de tortura e instância de reflexão em busca de
justiça

Em Medellín, os bispos propuseram uma revisão da
pastoral de conservação, sustentada na
sacramentalização e na fraca evangelização

Medellín sugeriu a formação de CEBs, insistiu na vida
comunitária e litúrgica. Destacou que a vida comunitária
supõe alcançar a salvação mediante a vivência de fé e de
amor
55
A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA
AMÉRICA LATINA E CARIBE

Em Puebla expandiu-se a experiência das CEBs,
que integram pessoas numa íntima relação na
fé; se nutrem da Palavra e da Eucaristia, vivem
o compromisso do mandamento do amor e são
constituídas de poucos membros, como células
da grande comunidade

A paróquia é concebida como centro de
coordenação e animação de comunidades,
grupos e movimentos, reconhecendo mais a
reunião dos fiéis do que o território
56
A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA
AMÉRICA LATINA E CARIBE

Santo Domingo abordou a paróquia como família de Deus
e destacou sua missão

A paróquia, comunidade de comunidades e movimentos,
acolhe as angústias e esperanças dos homens, anima e
orienta a comunhão, participação e missão

Definiu paróquia como a própria Igreja que vive no meio
das casas dos seus filhos e filhas

Denunciou a lentidão na renovação paroquial,
especialmente entre seus agentes e na falta de maior
engajamento dos fiéis leigos. Sugeriu a setorização da
paróquia e o protagonismo dos leigos
57
A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA
AMÉRICA LATINA E CARIBE

O grande apelo de Aparecida foi a conversão pastoral.
A paróquia deve ser rede de comunidades de tal modo
que seus membros vivam em comunhão como
autênticos discípulos missionários

Elas são células vivas da Igreja e o lugar privilegiado
no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência
concreta de Cristo e a comunhão eclesial. São casa e
escolas de comunhão e devem ser comunidade de
comunidades

Propõe a comunidade como centro da vivência cristã.
A paroquia deve ser um todo orgânico que envolva os
diversos aspectos da vida
58
A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NO
BRASIL

O Plano de Emergência quis revitalizar as paróquias.
Destacou o tríplice múnus que se expressa na paróquia
enquanto comunidade de fé, culto e caridade

O laicato foi estimulado a trabalhar pelo bem comum

A Igreja começava a traçar uma pastoral de conjunto, e
isso implicava o levantamento da realidade das
paróquias

A CF de 1964 teve com o tema: “Igreja em Renovação”
e como lema: “Lembre-se, você também é Igreja”. Em
1965, foi o tema: “Paróquia em Renovação” e o lema:
“Faça da sua paróquia uma comunidade de fé, culto e
59
A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NO
BRASIL

As DGAE afirmam que a paróquia tem um importante
papel na vivência da fé. Para a maioria dos fiéis, é o único
espaço de inserção na Igreja

É urgente que se torne comunidade de comunidades vivas
e dinâmicas de discípulos missionários

Em 2013, a CNBB refletiu sobre a paróquia. O Estudo 104
foi difundido no Brasil, envolvendo e mobilizando desde
as pequenas comunidades até os regionais da CNBB

Temos também pronunciamentos do Papa por ocasião da
JMJ. Não podemos ficar fechados na paróquia quando
tantas pessoas estão esperando o Evangelho
60
A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NO
BRASIL

Papa Francisco: a paróquia é presença eclesial no
território, âmbito para a escuta da Palavra, o
crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a
caridade, a adoração e a celebração

A paróquia incentiva e forma os agentes da
evangelização

A paróquia é comunidade de comunidades, santuário
onde os sedentos vão beber para continuarem a
caminhar, e centro de constante envio missionário

O apelo à renovação das paróquias ainda não deu
suficientemente fruto
61
BREVE CONCLUSÃO

As paróquias nascem da necessidade de atendimento aos
cristãos

O Vaticano II promoveu a eclesiologia de comunhão, a
valorização dos leigos e a abertura da dimensão cultual

Os documentos do CELAM registram a lentidão na
renovação paroquial. Esse atraso deve ser compensado
com uma autêntica conversão pastoral

A Igreja do Brasil desde 1962 reflete sua realidade
paroquial e busca a renovação

O Papa Francisco indica e colabora para que ocorra essa
mudança
62
CAPÍTULO 4
63
COMUNIDADE PAROQUIAL
INTRODUÇÃO

A Igreja encontra seu fundamento e origem no
Mistério Trinitário

O Espírito Santo garante que a comunidade não seja
uma realidade sociológica ou psicológica, mas lhe dá
o dom da unidade que permite a comunhão das
pessoas com Cristo e entre si

Essa unidade encontra a sua expressão mais
imediata e visível na Paróquia

Pela paróquia, a Igreja participa do cotidiano das
pessoas, das relações sociais e concretiza a
experiência do discipulado missionário
64
TRINDADE: FONTE E META DA
COMUNIDADE

A dimensão comunitária se inspira na própria Santíssima
Trindade

Sem comunidade não há como viver autenticamente a
experiência cristã

Na Trindade o amor é distinção das pessoas e unidade do
mistério. Na Igreja, a diversidade de dons e carismas
propõe a unidade do povo de Deus

Como a Trindade, a comunidade vive no amor que une as
diferenças num só coração

A comunhão e a missão trinitária inspiram a missão da
comunidade. O desejo da Trindade é que todos conheçam e
participem desse amor
65
DIOCESE E PARÓQUIA

A paróquia não é uma parte ou repartição da Igreja,
como a diocese não é apenas a reunião das paróquias.
Uma nova paróquia estabelece uma nova presença da
Igreja

Todos estão em profunda comunhão no mistério da
comunhão dos santos, que se reflete nas dioceses com
suas paróquias que constituem a Igreja visível e rezam
em comunhão com seus membros que faleceram

A paróquia é concebida em relação à diocese. Dela
recebe as orientações pastorais e define sua atividade
66
DEFINIÇÃO DE PARÓQUIA

Na Bíblia, aparecem o substantivo paroikía (morada,
habitação em pátria estrangeira) e o adjetivo paroikós
(vizinho, próximo, que habita junto)

A Igreja é integrada por estrangeiros, pelos que estão
de passagem pelos imigrantes ou peregrinos, pois o
cristão não está em sua pátria definitiva

É uma “estação” onde se vive de forma provisória, pois
o cristão segue o caminho da salvação

A paróquia está ligado à acolhida dos que estão em
peregrinação. Ela é referência, lar, casa e, ao mesmo
tempo, hospedaria
67
DEFINIÇÃO DE PARÓQUIA

Direito Canônico: é uma determinada comunidade de
fiéis, constituída de maneira estável na Igreja
particular, e seu cuidado pastoral é confiado ao
pároco, como a seu pastor próprio, sob autoridade do
bispo diocesano

Dois elementos: a comunidade de fiéis e comunhão com
a diocese

Ela é o lugar onde todos os fiéis podem ser
congregados pela celebração Eucarística, retomando
os elementos presentes nos Atos

Pode-se traduzir a missão da paróquia nas tarefas
derivadas do tríplice múnus de Cristo
68
COMUNIDADE DE FIÉIS

A paróquia é uma comunidade de fiéis que torna
presente a Igreja num determinado lugar

O que a caracteriza é o fato de agregar seus
membros numa identidade coletiva

Comunidade significa união íntima ou comunhão
das pessoas entre si e delas com Deus Trindade,
que se realiza pelo Batismo e pela Eucaristia

A paróquia, entendida como comunidade, é o local
onde se ouve a convocação feita por Deus, em
Cristo, para que todos sejam um e vivam como
irmãos
69
COMUNIDADE DE FIÉIS

Comunidade de fiéis indica a união, a partir da fé,
daqueles que são batizados e estão em plena comunhão
com a Igreja

O Vaticano II concebe a paróquia como comunidade de
pessoas em Cristo

O sentido comunitário não inibe a dimensão pessoal,
pois a unidade da comunidade não extingue a
pluralidade de pessoas

Os dons e carismas individuais, partilhados, colaboram
para o enriquecimento de toda a comunidade
70
TERRITÓRIO PAROQUIAL

Para o Direito, a paróquia, via de regra, é territorial,
mas onde for conveniente, constituam-se paróquias
pessoais

O espírito comunitário não pode desprezar o valor do
território para estimular a pertença e a acolhida dos
fiéis

É a comunidade à qual pertencem os fiéis, sem exclusão
ou elitismo, aberta a todos e respeitando a diversidade
de cada fiel

É uma comunidade formada pelos fiéis que se reúnem
71
COMUNIDADE: CASA DOS
CRISTÃOS

A comunidade é a experiência de Igreja que
acontece ao redor da casa Paróquia. É a Igreja
que está onde as pessoas se encontram

A ideia de comunidade como casa fornece o
conceito de lar, ambiente de vida, referência e
aconchego de todos que transitam pelas
estradas da vida

Recuperar a ideia de casa significa garantir o
referencial para o cristão peregrino encontrarse no lar
72
COMUNIDADE: CASA DOS
CRISTÃOS

Casa da Palavra

Na qual o discípulo escuta, acolhe e pratica a Palavra.
A Igreja se define pelo acolhimento do Verbo de Deus
que, encarnando, armou a sua tenda entre nós

A liturgia é o lugar privilegiado para a Igreja escutar a
voz do Senhor. Ela constitui o âmbito privilegiado onde
Deus fala hoje ao seu povo, que escuta e responde

A comunidade é assim a casa da iniciação à vida cristã

Os Círculos Bíblicos e a prática da Leitura Orante, na
perspectiva da animação bíblica da pastoral, muito
podem oferecer para que esse encontro se realize
73
COMUNIDADE: CASA DOS
CRISTÃOS

Casa do pão

A comunidade cristã vive da Eucaristia: A fé da Igreja é
essencialmente fé eucarística e alimenta- se, de modo
particular, à mesa da Eucaristia que é o momento
principal da vida comunitária

Ela é o encontro de Deus com a comunidade, da
comunidade com Deus e dos membros da comunidade
entre si

Nela, se estabelecem as novas relações que o Evangelho
propõe a partir da filiação divina, e a fraternidade é a
expressão da comunhão com Deus e as pessoas
74
COMUNIDADE: CASA DOS
CRISTÃOS

Casa da caridade – ágape

Na Palavra e na Eucaristia, o cristão, vive numa nova
dimensão, a relação com Deus e com o próximo: a
dimensão do amor como ágape

A amizade torna-se expressão do ágape, centro da
caridade cristã. Essa amizade se traduz em compaixão
pelos que sofrem. Os membros da comunidade vivem o
compromisso social

A vida fraterna não pode limitar-se ao âmbito de uma
comunidade, é preciso que haja uma presença pública
da Igreja por meio de cristãos que explicitem a visão de
mundo e concepção de vida de acordo com o Evangelho
75
COMUNIDADES PARA A MISSÃO

O testemunho da comunidade cristã é missionário
quando ela assume os compromissos que
colaboram para garantir a dignidade do ser
humano e a humanização das relações sociais

O testemunho é anterior ao discurso e às palavras

A missão requer o anúncio explícito da Boa-Nova:
anunciar Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado

Esse anúncio não pode ser pressuposto, nem
mesmo entre os membros da própria comunidade
76
COMUNIDADES PARA A MISSÃO

O querigma é a explicitação do testemunho

Uma fé sem testemunho e querigma ficaria
reduzida a práticas de culto e religiosidade sem
propor mudança de vida

A comunidade deve ter consciência que ela é, por
sua natureza, missionária e precisa ser
constantemente missionada

Para ser missionária, a paróquia precisa ir ao
encontro das pessoas
77
BREVE CONCLUSÃO

A Igreja proporciona o encontro entre a
iniciativa de Deus e a ação humana

Ela é o ícone da Santíssima Trindade no
tempo e a elevação do tempo ao coração da
Trindade

A descentralização da paróquia deveria ser
a grande missão da Igreja que busca
desenvolver a cultura da proximidade e do
encontro
78
CAPÍTULO 5
79
SUJEITOS E TAREFAS DA
CONVERSÃO PAROQUIAL
INTRODUÇÃO

Relação e distinção entre sacerdócio comum e ministerial.
Todos estão envolvidos em diferentes tarefas

Jesus, o Bom Pastor, acolhe o povo, sobretudo os pobres,
revelando um novo jeito de cuidar

A renovação paroquial depende de um renovado amor à
pastoral

Os sujeitos da conversão hão de se comprometer a ser
presença evangelizadora, próximos de todos,
especialmente junto aos que se encontram nas periferias,
sejam geográficas, sejam existenciais

A missão é de todos
80
OS BISPOS

Os bispos serão os primeiros a fomentar a
conversão pastoral das paróquias, especialmente
na missão com os afastados, chamados a fazer da
Igreja casa e escola de comunhão

O Papa estimula os bispos a serem pastores
próximos das pessoas, cuidando da esperança

Devem ser animadores de uma nova mentalidade e
postura pastoral, animar e ajudar os presbíteros
que enfrentam diariamente os desafios e as
dificuldades da pastoral
81
OS PRESBÍTEROS

A maioria dos presbíteros é identificada como padre-
pastor. Porém, há uma sobrecarga de tarefas e isso
prejudica o padre

Encontramos padres desencantados, cansados, que
precisam de ajuda

Outra preocupação é a atualização do padre diante das
mudanças que ocorrem na modernidade

A missão do pároco requer uma vivência mais
comunitária, garantindo a continuidade da ação
evangelizadora, especialmente quando o padre é
substituído
82
OS PRESBÍTEROS

A conversão da paróquia depende muito do padre. Isso
exige uma profunda consciência de que ele é um dom
para a comunidade e presença visível de Cristo

A paróquia há de fazer a diferença no atendimento,
começando pelo padre e isso exige profunda
experiência de Cristo, espírito missionário, coração
paterno, que seja animador da vida espiritual e
evangelizador, capaz de promover a participação

O pároco precisa ser um homem de Deus e fazer uma
profunda experiência de encontro com Cristo que o leva
ao encontro dos afastados.

Ele deve ser servidor do povo
83
OS DIÁCONOS PERMANENTES

Aparecida: os diáconos acompanhem a formação
de novas comunidades eclesiais, especialmente
nas fronteiras geográficas e culturais, aonde não
chega a ação evangelizadora da Igreja

A conversão paroquial supõe a atuação de
diáconos, preferencialmente se estiverem
morando em comunidades urbanas ou rurais

Também a eles pode ser confiada uma comunidade
não territorial. A eles pode ser confiada a
administração de uma paróquia
84
OS CONSAGRADOS

Religiosos, religiosas e membros de
Institutos Seculares são chamados a
participar da renovação paroquial

As religiosas, presentes em muitas
paróquias, poderão contribuir na renovação
das paróquias para que sejam comunidades
de comunidades

O seu apostolado implica referência e
comunhão com a diocese e seu plano de
pastoral
85
OS LEIGOS

A missão dos leigos deriva do Batismo e da
Confirmação

É preciso fomentar sua participação nas
comunidades eclesiais, grupos bíblicos, conselhos
pastorais e de administração paroquial

Isso supõe reconhecer a diversidade de carismas,
serviços e ministérios dos leigos

É urgente desencadear um processo integral de
formação do laicato, que seja programada,
sistemática e não meramente ocasional
86
OS LEIGOS

É preciso vencer o clericalismo em relação
à atuação dos leigos

Diz o Papa: O pároco clericaliza, o leigo lhe
pede que o clericalize, porque é mais
cômodo

Leigos e leigas devem crescer na
consciência de vocacionados a “ser Igreja” e
precisam dispor de espaço para atuarem na
comunidade participando na construção da
comunidade de comunidades
87
OS LEIGOS

A família

A família encontra-se confrontada com outras formas de
convivência. Precisamos de iniciativas para
conscientizar as pessoas sobre a importância da família

Constatam-se políticas públicas que nem sempre
respeitam a família. O mais importante é ser feliz sem
pensar nos demais: amor sem compromisso.

Temos pessoas unidas sem o vínculo sacramental, ou em
segunda união, as que vivem sozinhas sustentando os
filhos. Crianças são adotadas por pessoas solteiras ou do
mesmo sexo, que vivem em união estável
88
OS LEIGOS

A família

A Igreja, precisa acolher com amor todos os seus
filhos. Sem esquecer todo ensinamento cristão
sobre a família, é preciso usar de misericórdia

Muitos se afastam por se sentirem rejeitados, sem
uma proposta de viver a fé em meio à dificuldade

Acolher, orientar e incluir nas comunidades
aqueles que vivem numa outra configuração
familiar são desafios inadiáveis
89
OS LEIGOS

As mulheres

São muitos os serviços e ministérios que dependem
da mulher. Elas são a maioria nas comunidades

Reconhecer seu valor e sua missão na paróquia é um
dever de todos

Uma Igreja sem mulheres é como o Colégio
Apostólico sem Maria. São o ícone de Maria, aquela
que ajuda a crescer

A presença das mulheres deve ser garantida nos
diversos âmbitos onde se tomam as decisões
90
OS LEIGOS

Os jovens

A paróquia precisa ter abertura para os jovens

Os jovens apreciam participar de campanhas de
solidariedade, voluntariado e atividades da
comunidade

Têm ousadia para vencer a comodidade e dar
testemunho da vivência cristã

Buscar novos meios de comunicação, especialmente as
redes sociais, é uma tarefa que depende da presença da
juventude

O Papa pede que os jovens se rebelem contra a cultura
do provisório
91
OS LEIGOS

Os idosos

Muitos idosos participam da vida paroquial, mas nem
sempre eles são escutados em suas preocupações

A comunidade há de resgatar os valores das pessoas idosas

Frequentar a comunidade paroquial é muito importante
para fortalecer os laços de amizade e suportar as
dificuldades e a vida em fraternidade é uma alternativa à
solidão e ao abandono

Para muitos idosos, a comunidade é uma nova família

Toda comunidade deve encontrar espaço de convivência
para idosos
92
COMUNIDADES ECLESIAIS DE
BASE

As CEBs trazem um novo ardor evangelizador e uma
capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja

Em comunhão com seu bispo e com a pastoral diocesana,
são sinal de vitalidade na Igreja Particular

São presença da Igreja junto aos mais simples, na busca de
uma sociedade mais justa e solidária. Elas constituem uma
forma privilegiada de vivência comunitária da fé, inserida
no seio da sociedade em perspectiva profética

Tendo a sua centralidade na Palavra, na Eucaristia e no
valor do pequeno grupo, contribuem com a conversão
pastoral da paróquia
93
MOVIMENTOS E ASSOCIAÇÕES DE
FIÉIS

São sinais da Providência para a Igreja. Muitas paróquias
contam com movimentos de leigos na pastoral

Eles são escolas ou linhas de espiritualidade que atraem
muitas pessoas, pois se organizam em torno de carismas.

A Igreja sempre acolheu a diversidade de carismas

O grande desafio, contudo, consiste na vivência da comunhão
e na pastoral de conjunto da diocese e das comunidades

Por terem organização supradiocesana, recebem orientações
independentes da diocese. Alguns planos pastorais não
acolhem movimentos, e há preconceito em relação a eles
94
MOVIMENTOS E ASSOCIAÇÕES DE
FIÉIS

A tarefa consiste em encontrar caminhos que
possibilitem a comunhão

Isso supõe empenho e abertura dos movimentos e
associações para se integrarem nas comunidades e
igualmente abertura e acolhimento das paróquias

Eles têm o dever de serviço na paróquia e na
diocese e a paróquia não tem direito de excluir ou
negar a existência de movimentos e associações

É muito salutar que movimentos e associações se
integrem na pastoral orgânica
95
COMUNIDADES AMBIENTAIS E
TRANSTERRITORIAIS

Temos comunidades ambientais ou transterritoriais
formadas por grupos de moradores de rua,
universitários, empresários ou artistas, por exemplo

É preciso pensar e planejar a ação evangelizadora
nesses ambientes, integrando-os à paróquia

As escolas também podem ser comunidades dentro
das paróquias

Outro tipo de comunidade são as universidades, um
grande areópago na busca do diálogo entre fé e
razão. Trata-se de marcar uma presença cristã nessa
importante instância da sociedade
96
BREVE CONCLUSÃO

O desafio é estimular a organização de pessoas e
comunidades, para que promovam uma intensa vida
de discípulos missionários

Isso se realiza pelo vínculo, pela partilha da
caminhada e pelo planejamento pastoral

A complexidade da realidade atual requer meios e
recursos que não se limitam à paróquia.

Coexistem outras organizações eclesiais que
precisam estar em comunhão com a paróquia: a vida
consagrada, movimentos e associações
97
CAPÍTULO 6
98
PROPOSIÇÕES PASTORAIS
INTRODUÇÃO

Temos a tentação de pensar que os
resultados da ação pastoral dependem
apenas da nossa capacidade de agir e
programar

Ai de nós se esquecermos que sem Cristo
nada podemos fazer

É preciso recuperar o primado de Deus e o
lugar do Espírito Santo em nossa ação
evangelizadora, pois nunca será possível
haver evangelização sem a ação do Espírito
99
COMUNIDADES DA COMUNIDADE
PAROQUIAL

A grande comunidade pode ser setorizada

A paróquia descentraliza seu atendimento e favorece o
aumento de lideranças

A setorização é um meio e é preciso identificar quem vai
pastorear, animar e coordenar as pequenas
comunidades

Trata-se de uma nova organização, com maior delegação
de responsabilidades

São formadas por um pequeno grupo de pessoas, onde
todos se conhecem, partilham a vida e cuidam-se uns
dos outros, como discípulos missionários
100
COMUNIDADES DA COMUNIDADE
PAROQUIAL

O início dos trabalhos pode ser com pessoas que já
estão atuando

Em seguida devem atrair aqueles que apenas
participam da missa ou da celebração

O último passo é missionário, buscando, atraindo e
acolhendo os afastados

Onde for possível, a setorização pode ser territorial,
onde não o for, o critério é da adesão por afeto ou
interesse

Nos edifícios ou condomínios, temos dificuldade de
formar grupos, pois vizinhança não significa partilha
101
COMUNIDADES DA COMUNIDADE
PAROQUIAL

Nas grandes cidades, a recusa em abrir as casas
pode ser um fator complicador

É importante garantir encontros regulares e uma
comunicação entre os membros que traduza
interesse e compromisso de amizade e
fraternidade

O fundamento da comunidade está na Palavra de
Deus e na Eucaristia, daí a importância da
Leitura Orante da Bíblia e dos Círculos Bíblicos

Podem surgir vocações para serviços e
102
COMUNIDADES DA COMUNIDADE
PAROQUIAL

Podemos formar comunidades que se reúnam em
diversos pontos, em horários e dias diferentes, para
que todos possam ter opções

Para facilitar os encontros, a diocese ou a paróquia
poderá criar subsídios

O importante é que a comunidade faça o seu caminho,
sempre unida à Palavra, à oração, à comunhão
fraterna e ao compromisso de serviço aos pobres

As pessoas são acolhidas, têm vínculo de pertença e
se reúnem para crescer na vida como seguidoras de
Jesus
103
ACOLHIDA E VIDA FRATERNA

As pessoas devem acolher e oferecer o perdão,
porque a comunidade é o lugar da reconciliação

A conversão pastoral supõe rever as relações entre
as pessoas. Inveja, fofoca e interesses pessoais
ferem a unidade e comprometem a comunhão

A vida comunitária exige ser autêntico discípulo
de Cristo

Não será possível acolher os afastados se a
comunidade vive se desencontrando
104
ACOLHIDA E VIDA FRATERNA

A inspiração vem dos primeiros cristãos: Vede como
eles se amam! Testemunhando o amor fraterno, a
paróquia será missionária

Comunidade missionária é acolhedora. É preciso
melhorar a acolhida, dialogando e propondo caminhos
àqueles que se sentem distanciados

Acolher melhor é uma tarefa da secretaria paroquial,
superando a burocracia, a frieza, a impessoalidade e
estabelecendo relações mais personalizadas

A secretaria é uma porta de entrada para a comunidade
105
ACOLHIDA E VIDA FRATERNA

A acolhida deve priorizar a escuta do outro para
conhecer suas angústias e esperanças. Essa escuta não
pode ficar só no atendimento religioso

Muitas pessoas procuram a Igreja nos momentos
difíceis. Para oferecer acolhida e aconselhamento, a
comunidade deverá preparar pessoas que tenham o
dom de escutar

O aconselhamento dado por pessoas habilitadas é uma
urgência nas paróquias

É necessário oferecer o Sacramento da Reconciliação
106
ACOLHIDA E VIDA FRATERNA

É preciso receber cada pessoa na sua condição
religiosa e humana sem colocar obstáculos
doutrinais e morais

Durante o caminho da fé, ela será orientada a uma
conversão e conhecerá a doutrina e a moral cristãs

A paróquia é instância de acolhida e missão. Por
isso, devemos deixar as portas abertas para que as
pessoas possam rezar sempre que desejarem

Devemos rever os horários das celebrações
107
INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

A comunidade deve ser casa de iniciação à
vida cristã. A catequese como iniciação à vida
cristã ainda é desconhecida em muitas
comunidades

Pretende-se passar da catequese como mera
instrução e adotar o processo catecumenal,
conforme orientação do RICA e do Diretório
Nacional da Catequese

A catequese deve ser centrada na Palavra,
expressão maior da animação bíblica da
108
LEITURA ORANTE DA PALAVRA

Muitos não se familiarizaram com a Bílbia. A Leitura
Orante em comunhão com a Igreja possibilita ler a
Bíblia sem reducionismos intimistas, fundamentalismos
e ideologias

Pela homilia, a comunidade descobre a presença e a
eficácia da Palavra em sua vida. Ela deve evitar
discursos genéricos, demorados, abstratos ou
divagações. Isso implica em preparar a homilia

A VD recomenda a celebração da Palavra nas
comunidades. É urgente formar ministros da Palavra,
especialmente sobre liturgia e técnicas de comunicação
109
LITURGIA E ESPIRITUALIDADE

O Vaticano II buscou maior participação da
assembleia

Comentários infindáveis, cânticos desalinhados com a
Palavra, homilias longas e a ausência de momentos de
silêncio são alguns dos aspectos que merecem revisão

É necessário evitar a separação entre culto e
misericórdia, liturgia e ética, celebração e serviço

A Eucaristia remete ao encontro e serviço aos pobres

As comunidades precisam valorizar o domingo como o
dia em que a família cristã se encontra com Cristo
110
LITURGIA E ESPIRITUALIDADE

Devemos ter qualidade atrativa para fomentar a
espiritualidade das pequenas comunidades sem substituir
a experiência do pequeno grupo

A vida litúrgica e o cultivo da espiritualidade precisam ser
pontos fortes nas igrejas, pois fortalecem as comunidades e
podem atrair afastados

A celebração e a oração exigem conversão, mas muitas
vezes se desenvolvem sem essa dimensão. Pela oração
superam-se o desânimo e o cansaço diante da missão

A piedade popular precisa ser impregnada pela Palavra e
conduzida à celebração do mistério pascal. A devoção
mariana será uma oportunidade para seguir Jesus
111
CARIDADE

As comunidades precisarão acolher em especial os
moralmente perdidos e os socialmente excluídos

O amor ao próximo é um dever de toda a comunidade. O
cuidado com os necessitados impele a comunidade a
defender a vida

As paróquias precisam acolher fraternalmente todos,
especialmente os que estão caídos à beira do caminho

Merecem acolhida e caridade da Igreja divorciados,
casais em segunda união, homossexuais, solitários,
deprimidos, doentes mentais
112
CARIDADE

A comunidade deve marcar presença diante dos
desafios da humanidade: defesa da vida, ecologia,
ética na política, economia solidária e cultura da
paz

Por isso a paróquia deve favorecer a educação
para a cidadania e implementar uma pastoral
ecológica

Devemos evitar o comercio e o consumo de álcool
nos espaços da comunidade. Uma das drogas mais
ameaçadoras da sociedade é o álcool
113
CONSELHOS, ORGANIZAÇÃO
PAROQUIAL E MANUTENÇÃO

A comunhão e participação exigem engajamento n
sustento e na administração paroquial

Há paróquias que já avançaram na organização do
dízimo. Evite-se o sentido de taxa ou mensalidade e
a ideia de retribuição

A participação financeira deverá ser um processo
desencadeado pelas pequenas comunidades

A formação de pequenas comunidades favorece a
subsidiariedade
114
CONSELHOS, ORGANIZAÇÃO
PAROQUIAL E MANUTENÇÃO

A conversão pastoral supõe considerar a
importância dos processos participativos de todos
os membros da comunidade paroquial

Para essa participação, é preciso estimular o CPP
e o Conselho de Assuntos Econômicos

É necessária a concordância entre os dois
Conselhos

É preciso proporcionar formação específica para
os membros do Conselho de Assuntos Econômicos

A administração precisa considerar que ela
115
CONSELHOS, ORGANIZAÇÃO
PAROQUIAL E MANUTENÇÃO

Paróquias são pessoas jurídicas, daí a necessidade do
Conselho de Assuntos Econômicos

A questão da manutenção também exige novas
posturas como desenvolver fundos de solidariedade
entre as paróquias

Trata-se de ajuda mútua entre as pequenas
comunidades da mesma paróquia, entre as paróquias
da diocese e com áreas de missão

É preciso distribuir melhor o clero. Isso compete ao
bispo, com apoio do Conselho Presbiteral e dos padres
116
CONSELHOS, ORGANIZAÇÃO
PAROQUIAL E MANUTENÇÃO

A comunidade paroquial não pode se
separar da vida diocesana

Sua unidade se faz na oração, nos vínculos
de pertença e na ação pastoral orgânica e
de conjunto

Além da solidariedade entre comunidades
da paróquia e da diocese, devemos manter
vínculos afetivos e efetivos com paróquias
de áreas missionárias, especialmente na
Amazônia
117
ABERTURA ECUMÊNICA E
DIÁLOGO

A atitude ecumênica e o diálogo garantem respeito e
acolhimento mútuos

Isso é enriquecido quando a comunidade se reúne com
outras confissões cristãs para rezar e meditar a Palavra

Estimula-se a Semana de Oração pela Unidade dos
Cristãos

É urgente superar o espírito de divisão. A comunhão
nos conduz ao diálogo ecumênico

As comunidades não perdem sua identidade no
encontro com os que buscam Deus de coração sincero.
Nesse sentido, se encontra o diálogo inter-religioso
118
NOVA FORMAÇÃO

A conversão da paróquia exige um novo estilo de
formação que permita desencadear a conversão
nas pessoas e a mudança na comunidade

A formação deve considerar a prática das
comunidades e as experiências das pessoas

É preciso rever as estruturas de formação do clero
e do laicato. É fundamental a preparação dos
padres para essa nova mentalidade de missão

Devemos envolver as pessoas no saber, no fazer e
no ser cristão. Há muita informação, mas falta
formação
119
MINISTÉRIOS LEIGOS

Na Igreja há uma pluralidade de ministérios

Deus enriquece a Igreja com carismas que estão a
serviço da comunidade e fazem crescer a sua dimensão
ministerial

É importante a participação de leigos nos diferentes
ministérios e serviços

Destaque especial deve ser dado ao Ministério da
Palavra. Estimule-se também a formação para o
Ministério da Coordenação

Os ministros precisam de sólida formação doutrinal,
pastoral e espiritual
120
COMUNICAÇÃO NA PASTORAL

O ser humano atual é informado e conectado, acessa
dados e vive entre os espaços virtuais. A ausência da
paróquia nesses meios é inconcebível

A renovação paroquial não pode descuidar da
mutação dos códigos de comunicação existentes com
amplo pluralismo social e cultural

É importante promover uma comunicação mais
direta e objetiva na Igreja. As reuniões de pastoral
carecem de uma linguagem menos prolixa e de uma
metodologia mais clara e envolvente
121
COMUNICAÇÃO NA PASTORAL

Devemos considerar a experiência religiosa que se dá
pelos meios midiáticos e virtuais e influenciam
pessoas, disseminam informações e formam opinião
sobre temas religiosos

Pessoas idosas utilizam muito da televisão para rezar,
acompanhar as celebrações eucarísticas e se informar
sobre temas da fé

O desafio das TVs e sites católicos é desenvolver uma
pastoral de conjunto que respeite a pluralidade, mas
garanta a comunhão na renovação paróquial
122
SAIR EM MISSÃO

Aparecida reconhece que muitos católicos que
procuram outras denominações religiosas buscam
verdadeiramente Deus

É urgente ir ao encontro daqueles que se afastaram da
comunidade ou dos que a concebem apenas como uma
referência para serviços religiosos

Ocasiões especiais são a preparação de pais e
padrinhos para o Batismo, Curso de Noivos, Exéquias e
a formação de pais de crianças e jovens da catequese
123
BREVE CONCLUSÃO

Algumas características fundamentais:

formar pequenas comunidades a partir do
anúncio querigmático, unidas pela fé, esperança
e caridade

meditar a Palavra de Deus pela Leitura Orante

celebrar a Eucaristia, unindo as comunidades da
Paróquia

estabelecer o CPP e o Conselho de Assuntos
Econômicos, garantindo comunhão participação
124
BREVE CONCLUSÃO

Algumas características fundamentais:

valorizar o laicato e incentivar a formação para os
ministérios

acolher a todos, especialmente os afastados, atraindo
para a vida em comunidade, expressão da missão

viver a caridade e fazer a opção preferencial pelos
pobres

estimular que a igreja matriz e as demais igrejas da
paróquia tornem-se centros de irradiação e animação
da fé e da espiritualidade
125
BREVE CONCLUSÃO

Algumas características fundamentais:

dar maior atenção aos condomínios e conjuntos
de residências populares

garantir a comunhão com a totalidade da
diocese

utilizar os recursos da mídia e as novas formas
de comunicação e relacionamento

ser uma Igreja em saída missionária
126
CONCLUSÃO

Novos contextos exigem a conversão pastoral da
paróquia

Precisamos assumir a condição de discípulos
missionários, com novo ardor pela missão

No século XXI, a paróquia poderá ser territorial, não
territorial, ambiental ou opcional por afinidades

O que indicará a novidade missionária será o tipo de
relacionamento que se estabelecerá nas comunidades

Busca-se uma vivência comunitária da fé, de acordo
com o Evangelho
127
CONCLUSÃO

A ação evangelizadora da paroquia precisa
dispor de tempo, interesse e recursos

A Missão Continental é constituída de duas
dimensões:

Programática: atividades de índole missionária
capazes de expressar a conversão pastoral da
comunidade

Paradigmática: ocupa-se da necessidade de
mudar a mentalidade em razão da
missionariedade
128
CONCLUSÃO

Precisamos refletir sobre as seguintes questões:

Quais são os pontos deste texto que provocam a
reflexão sobre a nossa comunidade paroquial?

Que atividades pastorais e estruturas precisam ser
revisadas?

Em que aspectos já estamos vivendo a conversão
pastoral?

Como a nossa paróquia pode tornar-se comunidade
de comunidades?

O que precisamos assumir para sermos uma
paróquia missionária?
129
CONCLUSÃO

Em sintonia com a Missão Continental, A Igreja no
Brasil pode elaborar um programa para conversão
pastoral das paróquias

A Paróquia seja a fonte da aldeia a que todos acorrem
na sua sede para beber da Água Viva

Confiamos à Maria o empenho de todas as paróquias e
dioceses do Brasil para a conversão pastoral

Aquele que renova todas as coisas ilumine e conduza os
passos da renovação

A conversão paroquial exige uma renovação espiritual
e pastoral que se expressa na nova evangelização
130
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COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA