FATEC Faculdade de Tecnologia de São José dos Campos FERNANDO JORGE REBELO PACHECO THIAGO TADEU VISENTIN SPERANDIN TECNOLOGIA VOIP: REDUÇÃO DE CUSTO COM TELEFONIA UTILIZANDO PABX IP São José dos Campos - SP 2009 I FERNANDO JORGE REBELO PACHECO THIAGO TADEU VISENTIN SPERANDIN TECNOLOGIA VOIP: REDUÇÃO DE CUSTO COM TELEFONIA UTILIZANDO PABX IP Trabalho de Graduação, apresentado à Faculdade de Tecnologia de São José dos Campos, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Tecnólogo em Informática com ênfase em redes de computadores. Orientador Renan Nogueira. São José dos Campos - SP 2009. II FERNANDO JORGE REBELO PACHECO THIAGO TADEU VISENTIN SPERANDIN TECNOLOGIA VOIP: REDUÇÃO DE CUSTO COM TELEFONIA UTILIZANDO PABX IP Trabalho de Graduação, apresentado à Faculdade de Tecnologia de São José dos Campos, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Tecnólogo em Informática com ênfase em redes de computadores. _______________________________________________________________ Dr. José Carlos Lombardi _______________________________________________________________ Me. Luiz Carlos Rosa Junior _______________________________________________________________ Esp. Renan França Gomes Nogueira ___/___/___ III Dedicatória: Dedico esta monografia a minha mãe Delfina, irmãos que estão presente em todos os momentos de minha vida e em memória ao meu pai Fernando. Fernando Jorge Rebelo Pacheco IV Dedicatória: Dedico esta monografia aos meus pais, irmãos, familiares, e amigos que de muitas formas me incentivaram e ajudaram para que fosse possível a concretização desta monografia. Thiago Tadeu Visentin Sperandin V AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a DEUS, aos nossos familiares, presentes em todos os momentos sejam bons ou ruins, aos colegas de faculdade por todos esses anos de batalhas e conquistas, ao orientador Renan Nogueira pela dedicação pela atenção e ao professor Giuliano Bertoti, pela atenção durante o curso e execução desta monografia. VI RESUMO A área de telecomunicações vem crescendo gradativamente através da necessidade de comunicação das pessoas a qualquer tempo e em qualquer lugar, a um custo reduzido. Esta área passa por uma inovação tecnológica, com o intuito de melhorar a comunicação entre os indivíduos, abordando principalmente o custo/beneficio. Com a implementação da tecnologia VoIP em um ambiente corporativo, pode –se melhorar a competitividade e a produtividade reduzindo os custos em comunicação. Essa tecnologia é aplicada em organizações que estejam procurando um novo método de comunicação, como uma boa alternativa para ser implementado. Este trabalho de graduação tem como finalidade estudar a tecnologia de telefonia VoIP e propor a implementação de um PABX Virtual em um ambiente corporativo com o intuito de diminuir os gastos com telefonia. Palavras chave: VoIP, telecomunicações, custo/benefício VII ABSTRACT The area of telecommunications is growing gradually through the communication needs of people at any time and anywhere, at little cost. This area is going through a technological innovation, in order to improve communication between individuals, primarily addressing the cost / benefit. With the implementation of VoIP technology in a corporate environment, it is possible to improve competitiveness and productivity by reducing communication costs. This technology is applied to organizations that are looking for a new method of communication as a good alternative to implement. This graduate work aims to study the technology of VoIP telephony and propose the implementation of a Virtual PBX in a corporate environment in order to reduce spending on telephony. Keywords: VoIP, telecommunications, cost / benefit VIII LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Acesso a Internet em 1991 ................................................................................... 21 Figura 2 - Acesso Mundial 1997 .......................................................................................... 22 Figura 3 - Backbone utilizado atualmente no Brasil.............................................................. 24 Figura 4 - Usuários conectados a rede .................................................................................. 28 Figura 5 - Pessoas conectadas a Internet............................................................................... 29 Figura 6 - Divisão do número de domínios........................................................................... 30 Figura 7 - Evolução do número de domínios .br ................................................................... 30 Figura 9 - Classificação entre países sobre o número de hosts .............................................. 32 Figura 10 - Voz sendo digitalizada ....................................................................................... 39 Figura 11 - Funcionamento do VoIP .................................................................................... 40 Figura 12 - Telefones IP....................................................................................................... 41 Figura 13 - SoftPhone .......................................................................................................... 42 Figura 14 - Arquitetura VoIP ............................................................................................... 43 Figura 15 - Atraso dos pacotes ............................................................................................. 46 Figura 16 - Atraso dos pacotes ............................................................................................. 47 Figura 17 - Encapsulamento dos pacotes UDP pelo o cabeçalho RTP................................... 50 Figura 18 - Comunicação entre dois terminais H.323 ........................................................... 51 Figura 19 - Arquitetura de protocolos multimídia Internet .................................................... 52 Figura 20 - Arquitetura SIP .................................................................................................. 54 Figura 21 - Arquitetura Asterisk........................................................................................... 55 Figura 22 - Cálculo do Jitter................................................................................................. 60 Figura 23 - O byte original do ToS no IPv4.......................................................................... 61 Figura 24 - Cabeçalhos IPv4 e IPv6 ..................................................................................... 64 Figura 25 - O campos DS do DiffServ.................................................................................. 65 Figura 26 - Cabeçalho de endereçamento ............................................................................. 66 Figura 27 - Violação da camada por parte do router no IPv4 ................................................ 67 Figura 28 - Encriptação ao nível da camada 3 ...................................................................... 68 Figura 29 - Fragmentação de um pacote ............................................................................... 69 Figura 30 - Arquitetura trixbox ............................................................................................ 73 Figura 31 - Tela de acesso ao trixbox ................................................................................... 75 Figura 32 - Tela de acesso como administrador .................................................................... 76 Figura 33 - Tela status servidor trixbox ................................................................................ 76 IX Figura 34 - Tela do System status......................................................................................... 77 Figura 35 - Configurando o X-Lite....................................................................................... 79 Figura 36 - PEER Details ..................................................................................................... 80 Figura 37 - User Details ....................................................................................................... 80 Figura 38 - Register String ................................................................................................... 80 Figura 39 - Rotas de entrada................................................................................................. 81 Figura 40 - Rota externa....................................................................................................... 82 Figura 41 - Organograma funcional da empresa ................................................................... 84 Figura 42 - Infra-estrutura atual da rede da empresa ............................................................. 86 Figura 43 - Funcionamento Telebox..................................................................................... 87 Figura 44 - Infra-estrutura proposta...................................................................................... 88 Figura 45 – Custo com ligações com telefonia tradicional .................................................... 89 Figura 46 – Conversão de custos para telefonia VoIP ........................................................... 90 Figura 47 – Telefonia tradicional x VoIP.............................................................................. 90 10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANS: Advanced Network Systems APIs: Application Programming Interface ARPANET: Advanced Research Projects Agency Network ATM: Asynchronous Transfer Mode CODEC’S: Compression\Descompression CoS: Class of Service CPU: Central Processing Unit CSNET: Computer Science Network CU: Currently Unused Diffserv: Differentiated Services DS: Differentiated Services DSCP: Códigos de Serviços Diferenciados DS: Differentiated Services FAPESP: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FOP: Flash Operator Panel GSM-Global System for Mobile Communications HTTP: HyperText Transfer Protocol HTML: HyperText Mark-up Language HD: Hard Disk IAX: Inter-Asterisk Exchange protocol IETF: Internet Engineering Task Force INTERNIC: Internet Network Information Center INTSERV: Integrated Services IPv4: Internet Protocol version 4 IPv6: Internet Protocol version 6 ISO/OSI : Open System Interconnection MGCP: Media Gateway Control Protocol NCP: Network Control Protocol NCSA: National Center for Supercomputing Applications NSF: National Research Education Network NSFNET: National Science Foundation Network 11 PABX: Private Automatic Branch Exchange PGP: Pretty Good Privacy POPs: Pontos de Presença PVP: Packet Video Protocol QoS: Quality of Service RAM: Random Access Memory RNP: Rede Nacional de Ensino e Pesquisa RENPAC: Rede Nacional de Comunicação de Dados por Comutação de Pacotes RSVP: Resource reservation Protocol RTCP: Real Time Control Protocol RTP: Real Time Transport Protocol SPC:Serviço de Proteção ao Crédito SIP: Session Iniciation Protocol TELNET: Teletype Network TOS: Type of Service UDP: User Datagram Protocol USC/ISI: University of Southern California/Information Sciences Institute USB: Universal Serial Bus USENET: Unix User Network URL: Uniform Resource Locator UUCP: Unix-to-Unix Copy Protocol VoIP: Voice Over Internet Protocol WAIS: Wide Area Information Service WAN: Wide Area Network 12 SUMÁRIO 1 2 3 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 15 1.1 Motivação.............................................................................................................. 15 1.2 Objetivos ............................................................................................................... 15 1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................... 15 1.2.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 15 1.3 Metodologia........................................................................................................... 16 1.4 Organização do trabalho ........................................................................................ 16 INTERNET E SUA EVOLUÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO ................................. 18 2.1 Entendendo a Internet ............................................................................................ 18 2.2 História e evolução cronológica da Internet............................................................ 19 2.3 Internet no Brasil ................................................................................................... 22 2.4 Evoluções da conectividade na Internet.................................................................. 25 2.5 A popularização da Internet ................................................................................... 26 2.6 Usuários conectados a Internet ............................................................................... 28 2.7 Crescimento da Internet no Brasil .......................................................................... 29 2.7.1 Números de domínios no Brasil.......................................................................... 30 2.7.2 Número de Hosts no Brasil................................................................................. 31 2.8 Riscos e ameaças na Internet.................................................................................. 32 2.9 Considerações Finais ............................................................................................. 34 SISTEMA DE TELEFONIA VOZ SOBRE IP ............................................................. 35 3.1 A Transformação do mercado de telecomunicações no Brasil ................................ 35 3.2 Voz Sobre Ip.......................................................................................................... 36 3.3 História cronológica do VoIP................................................................................. 37 3.4 Cenário atual do VoIP............................................................................................ 38 3.5 Funcionamento da tecnologia Voz sobre IP............................................................ 39 3.5.1 Formas de terminais de comunicação ................................................................. 41 3.6 Arquitetura de rede VoIP ....................................................................................... 42 3.7 Serviços da rede VoIP............................................................................................ 44 3.8 Problemas relacionados à qualidade de voz............................................................ 45 3.8.1 Perdas de pacotes ............................................................................................... 45 3.8.2 Jitter ................................................................................................................... 45 3.8.3 Delay / Latência ................................................................................................. 47 13 3.9 4 Protocolos de Transporte........................................................................................ 48 3.9.1 Real-Time Transport Protocol ............................................................................ 48 3.9.2 Real-Time Control Protocol................................................................................ 49 3.10 Protocolos de Sinalização ................................................................................... 51 3.10.1 Protocolo H.323 ................................................................................................. 51 3.10.2 Protocolo SIP ..................................................................................................... 52 3.11 Considerações Finais ......................................................................................... 54 ESPECIFICAÇÕES DE QUALIDADE ....................................................................... 55 4.1 Arquitetura Asterisk............................................................................................... 55 4.1.1 Canais ................................................................................................................ 56 4.1.2 Codecs ............................................................................................................... 57 4.1.3 Protocolos .......................................................................................................... 57 4.1.4 Aplicações.......................................................................................................... 57 4.2 QoS ....................................................................................................................... 58 4.2.1 Enquadramento .................................................................................................. 58 4.2.2 Parâmetros ......................................................................................................... 59 4.2.2.1 Throughput ..................................................................................................... 59 4.2.2.2 Largura de Banda............................................................................................ 59 4.2.2.3 Latência ou atraso ........................................................................................... 60 4.2.2.4 Jitter ............................................................................................................... 60 4.2.3 A solução ToS/IP precedente.............................................................................. 61 4.2.3.1 4.2.4 IntServ ............................................................................................................... 62 4.2.5 DiffServ ............................................................................................................. 63 4.2.5.1 4.2.5.1.1 4.6 Arquitetura DiffServ ....................................................................................... 63 Marcação de Pacotes ................................................................................... 64 Mecanismos de QoS no IPv6 ................................................................................. 65 4.6.1 Campos relevantes do protocolo para a aplicabilidade de QoS............................ 66 4.6.2 Problemas com DiffServ e IntServ..................................................................... 67 4.7 5 Modelos de Qos.............................................................................................. 62 Considerações Finais ............................................................................................. 69 MIGRAÇÃO DE TELEFONIA CONVENCIONAL PARA A TELEFONIA VOIP..... 70 5.1 Relação Custo/Benefício ........................................................................................ 70 5.1.1 Servidor Trixbox ................................................................................................ 72 5.2.1 Componentes necessários para a utilização ......................................................... 73 14 5.2.2 Procedimento para instalação ............................................................................. 74 5.2.3 Configurando o trixbox ...................................................................................... 75 5.2.4 Habilitando os módulos...................................................................................... 77 5.2.5 Configurando rotas de entrada e saída ................................................................ 79 5.3 6 ESTUDO DE CASO.................................................................................................... 83 6.1 7 Considerações Finais ............................................................................................ 82 Caracterização do empreendimento........................................................................ 83 6.1.2 Nome e Razão Social ......................................................................................... 83 6.1.3 Nome Fantasia.................................................................................................... 83 6.1.4 Situação da empresa ........................................................................................... 83 6.1.5 Área de Indústria ................................................................................................ 84 6.1.6 Mão de Obra ...................................................................................................... 84 6.1.7 Organograma funcional da empresa.................................................................... 84 6.2 Cenário atual.......................................................................................................... 85 6.3 Cenário proposto.................................................................................................... 86 6.4 Custo com a implementação................................................................................... 88 6.5 Considerações Finais ............................................................................................. 91 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 92 7.1 7.1.1 7.2 Contribuições e conclusões .................................................................................... 92 Publicações ........................................................................................................ 93 Trabalhos Futuros .................................................................................................. 93 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 94 ANEXO............................................................................................................................... 99 15 1 INTRODUÇÃO 1.1 Motivação A área de telecomunicações vem crescendo gradativamente, passando por inovações tecnológica com o intuito de melhorar a comunicação entre os indivíduos, abordando principalmente a segurança da voz e também a melhora na relação custo\beneficio. Com isso vem crescendo o número de empresas que apostam em novas tecnologias. O sistema de telefonia Voz sobre IP (VoIP) vem alterando o sistema clássico de telefonia (sinal analógico), tanto no ambiente corporativo quanto no ambiente residencial, onde a voz passa a ser trafegada juntamente com a rede dados. Com isso, há uma interligação entre a rede de dados e a rede de voz, graças a essa tecnologia. (MARTINS M.R. 2007) 1.2 Objetivos Nas subseções a seguir serão apresentados os objetivos deste trabalho 1.2.1 Objetivo Geral a) O objetivo deste trabalho é estudar VoIP (Voz sobre IP) abordando o custo\beneficio com a implementação de um PABX virtual. 1.2.2 Objetivos Específicos a) Apresentar a infra-estrutura da rede VoIP utilizada para o trafego de voz; b) Comparar e analisar as vulnerabilidades dos protocolos utilizados na tecnologia; c) Analisar o custo beneficio da implementação da telefonia VoIP; 16 d) Implementar um PABX de telefonia VoIP ; e) Aplicar o PABX virtual no ambiente corporativo; 1.3 Metodologia A tecnologia VoIP gera diversos benefícios como a redução de custo, além de oferecer uma série de serviços que as operadoras tradicionais oferecem aos clientes. (nexteg 2009) A implementação desta tecnologia torna a comunicação um ponto previsível para a redução de custos, mas antes de ser implementado em uma empresa é necessário analisar fatores, melhorando a competitividade e a produtividade, reduzindo os custos com a funcionalidade do VoIP. Permitindo a aceleração de processos em todas as subdivisões da organização, facilitando a integração entre os sistemas de informação sistemas de aplicações que sejam baseadas na voz. 1.4 Organização do trabalho Com o intuito de alcançar os objetivos desse trabalho, sua estrutura foi organizada da seguinte maneira: a) O segundo capítulo abordará toda a evolução da Internet explicando a questão da sua segurança. b) O terceiro capítulo apresentará à questão do sistema Voz sobre IP, apresentando as aplicações utilizadas para tornar essa infra-estrutura mais segura. c) O quarto capítulo apresentará um estudo referente à qualidade de serviço aplicado para área de telecomunicações. d) O quinto capítulo apresentará uma solução, referindo-se a implementação de um PABX e a relação custo\benefício da tecnologia. 17 e) O sexto capítulo abordará um estudo de caso realizando na CAT Indústria Comércio e Engenharia Industrial Ltda, abordando a questão do custo\beneficio no uso da tecnologia aplicada nesse ambiente. 18 2 INTERNET E SUA EVOLUÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO Esse capítulo irá apresentar a Internet, apontando sua história, evolução cronológica, a aplicabilidade e a evolução da Internet no Brasil, mostrando índices de usabilidade em todo o mundo. Questionando também os riscos e ameaças que a Internet pode oferecer para seus usuários. 2.1 Entendendo a Internet A Internet é uma rede que permite a facilidade de se realizar a troca de informações entre os computadores. Esses computadores podem ser de qualquer tipo de arquitetura e possuir qualquer sistema operacional, sendo assim, os computadores podem utilizar qualquer software que possa realizar esse tipo de comunicação. (VALE C. S.M.2000). A Internet é uma revolução sem procedentes no mundo da informática e das comunicações, as tecnologias de tráfego, sendo elas telefônicas, via rádio e outros são bases para uma integração da tecnologia, é um benefício de propagação de informação, colaboração e interação entre usuários independentemente de sua localização geográfica, mas também traz riscos aos seus usuários como invasões, golpes, etc.( BARRY M.L.2004) Portanto os computadores podem ser conectados a uma linha telefônica comum, canais via satélite entre outros. (VALE C. S.M.2000) A Internet pode ser caracterizada como: a) Meio de comunicação entre pessoas e processos; b) Mecanismo de suporte à pesquisa; c) Interação com qualquer pessoa do mundo; d) Não especifica nenhum hardware ou software; e) Oferece suporte a área comercial; 19 Segundo BARRY M.L. a Internet é um mecanismo de disseminação da informação e divulgação mundial e um meio para colaboração e interação entre indivíduos e seus computadores, independentemente de sua localização geográfica. 2.2 História e evolução cronológica da Internet A Internet nasceu com pequenas conquistas tecnológicas, uma das mais importantes é a capacidade de um computador compartilhar seus dados com vários outros computadores simultaneamente. (MAZZEO M.L. 2000) Nos anos 40 (pós-guerra) cientistas necessitavam que um banco de dados fosse acessível por qualquer outra pessoa, a partir disso foi criado um sistema que realizava o compartilhamento de todas as informações, onde as mesmas eram armazenadas em links que poderiam ser utilizados futuramente. 1967 - ARPANET foi criada, onde todos os computadores no Departamento de Defesa foram ligados transversalmente por todo os EUA. 1969 - Foi criada a primeira rede física executando a ligação de quatro nós, projeto realizado na Universidade de Santa Bárbara e Universidade de Utah, onde essa rede era ligada em um circuito de 50 Kbps. 1970 - Hosts (ARPANET) passam a utilizar Network Control Protocol (NCP). 1971 - Foi criado o primeiro programa de e-mail, possibilitando o envio de mensagens em uma rede distribuída. 1973 - ARPANET passa a realizar conexões internacionais, defini-se implementar protocolos TCP/IP permitindo assim a comunicação entre computadores com arquiteturas dispares. 1976 - Criação do padrão ETHERNET, possibilitando a transferência de dados via cabo coaxial. O Departamento de Defesa dos EUA experimentou o TCP/IP e decide o uso do ARPANET 1979 - Criada a USENET, onde pessoas passam a expressar suas idéias e discutir problemas técnicos em grupo a partir de uma rede. 20 1981 - Criação da CSNET (backbone criado pela National Science Foundation), com o intuito de fornecer serviços de rede a indivíduos que não tinham acesso ao ARPANET. 1982 – ARPA estabeleceu a Transmission Control Protocol (TCP) e Internet Protocol (IP) como Protocol Suíte, resultando as primeiras definições de que a Internet era um conjunto de redes conectadas. 1983 – Criação do Domain Name System (DNS), sistema que realiza a tradução de nomes de domínios em endereço de rede. 1985 – Criação do NSFNET possibilitando a interligação de todos os supercomputadores do centro de pesquisa americano. 1986- NSFNET e ARPANET passam a ser conectadas entre si passando a ser um backbone de uma nova rede conectada a outras estações, essas duas redes passam a ser denominadas como Internet. 1988 - Com o crescimento do trafego houve a necessidade de atualizar o projeto de rede novamente, portanto houve a fundação da Advanced Network Systems (ANS) para realizar pesquisas com o objetivo de alcançar melhorias na velocidade da rede. Neste mesmo ano passa-se a adotar o modelo ISO/OSI para avaliar o uso do protocolo TCP/IP na rede. 1991- NSF estabelece uma rede chamada The National Research Education Network, onde o objetivo é conduzir a alta velocidade de pesquisas na rede. 1993 - Universidade de Illinois em parceria com a NCSA houve o desenvolvimento da interface gráfica WWW chamado de “Mosaic for X”, o qual faz sucesso até hoje. A partir desse momento a Internet deixa de ser usada somente para fins acadêmicos, se tornando uma importante ferramenta para fins comerciais, proporcionando a abertura de diversos tipos de serviços. Países que foram conectados ao NSFNET: Bulgária, Costa Rica, Egito, Fiji, Gana, Guam, Indonésia, Kazakhstan, Kenia, Liechtenstein, Peru, Romênia, Federação Russa, Turquia, Ucrânia, UAE, Ilhas Virgens. 1995 - O trafego da rede passa a ser roteada através de interconexões de provedores, onde os tradicionais sistemas dial-up on-line como, por exemplo, o AOL passa a fornecer acesso à Internet, sendo assim tornando a rede de fácil acesso para a população. A partir de um momento, surgem vários provedores facilitando o acesso a essa rede mundial, possibilitando a interação entre as pessoas e abrindo as portas para o mercado, se tornando uma rede indispensável para o crescimento, sofrendo atualizações e melhorando a navegação dos usuários. 21 De acordo com figura 1 nota-se que em 1991 o acesso a Internet, está presente e poucos países como, por exemplo, Brasil, México, Estados Unidos etc. Figura 1 - Acesso a Internet em 1991 Fonte: skills-1st.co.uk Já na figura 2, no ano de 1997 a maioria dos países estão conectados à Internet, porém notamos que alguns países da África e Ásia sofrem com a falta de acessibilidade à rede. 22 Figura 2 - Acesso Mundial 1997 Fonte: skills-1st.co.uk Hoje a maioria dos países, inclusive os emergentes, já tem acesso à rede devido a facilidade, baixo custo e até mesmo projetos sociais que oferecem inclusão digital a comunidades carentes. Segundo (VALE C.S.M.2000) a Internet vem causando transformações nas comunicações, trabalho, comércio e entretenimento tornando-se um verdadeiro fenômeno mundial. 2.3 Internet no Brasil A Internet chegou ao Brasil em 1988 por uma iniciativa da comunidade acadêmica de São Paulo, juntamente com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP, a Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e do Laboratório Nacional de Computação Científica. (MAZZEO M.L. 2000). No ano de 1989 o Ministério da Ciência e Tecnologia resolveu criar a rede nacional de pesquisa (RNP), onde passou a organizar a rede nacional, trabalhando com o protocolo 23 TCP/IP que é utilizado mundialmente, portanto essa rede seria um ponto de ligação entre as redes regionais, acadêmicas ou comerciais. O objetivo do RNP é disponibilizar serviços de acesso à Internet em todo o Brasil, mas para o acontecimento dessa evolução tecnológica, criou-se o backbone RNP para interligar todas as instituições educacionais a Internet. (MAZZEO M.L. 2000). A partir de 1994 iniciou-se a exploração comercial da Internet, através de um projeto piloto da Embratel onde se permitia o acesso à Internet discada em todo o Brasil, com isso em abril de 1995 iniciou-se a conexão utilizando acessos dedicados via RENPAC ou linhas E1. Através dessa inovação tecnológica foi implantada a Internet comercial em todo o país, onde o backbone RNP foi ampliado à velocidade e ao número de pontos de presença (PoPs) utilizado para a interligação da rede, onde o mesmo teria que suportar os acessos comerciais. Portanto backbone passou a se chamar Internet/BR, onde empresas de provedores passaram a se conectar a espinha dorsal da rede, oferecendo acessos à rede aos usuários finais. Isso permitiu o acesso de provedores conectados aos PoPs através de uma linha telefônica, cuja a velocidade mínima era de 64Kbps. Devido ao aumento de acessos à rede no Brasil, surgiu a necessidade da melhora constante da infra-estrutura em relação à velocidade e a segurança da rede, onde algumas regiões metropolitanas passaram a obter uma conexão de alta velocidade. A figura 3 se refere ao atual backbone da Internet utilizado no Brasil chamado RNP 2, onde mostra que os estados brasileiros são conectados a rede através de PoPs, permitindo, também, conexões com o exterior. (MAZZEO M.L. 2000). 24 Figura 3 - Backbone utilizado atualmente no Brasil Fonte: rnp.br O backbone RNP2 começou a ser implementado em julho de 2000, com o objetivo de atender o avanço da tecnologia no Brasil interligando o país a uma rede de alta tecnologia, utilizando a tecnologia ATM para que os PoPs possam se conectar com maior fluxo de tráfego de dados. (MAZZEO M.L. 2000). Segundo MAZZEO M.L., a velocidade das Portas de Acesso dos PoPs, de até 155 Mbps, garante o atendimento da soma das diversas conexões virtuais estabelecidas e permite a elevação da largura de banda dessas conexões na medida em que a demanda justifica a atualização da velocidade. O RNP2 possui uma conexão dedicada internacional de 155 Mbps. 25 A partir de 2005, a rede começou a ser ampliada com o uso de tecnologia óptica, o que elevou a capacidade de operação da rede a 11 Gbps. Hoje o número de computadores residenciais e comerciais conectados a Internet vem crescendo devido à facilidade de acesso a rede. 2.4 Evoluções da conectividade na Internet A Internet pode ser classificada por dois tipos de categorias: Na primeira categoria, cada computador tem um endereço de acesso à Internet que é um host, para que esse computador tenha acesso o mesmo necessita de outro host chamado de provedor. (MAZZEO. M.L. 2000). Na segunda categoria pode ser subdividida em conexão permanente e conexão temporária. Na conexão permanente a ligação dos computadores era realizada por circuitos dedicados e para os computadores terem acesso os mesmos deveriam possuir endereço e nome de domínios fixos. Já a categoria de conexão temporária os computadores tinham acesso completo e ilimitado, pois é realizada através de linhas telefônicas discadas. (MAZZEO. M.L. 2000). Segundo Mazzeo M.L as formas de acesso a Internet seguiam as seguintes categorias: a) Acesso Dedicado: onde a conexão era Permanente, com o completo acesso à Internet e com a execução de aplicações cliente servidor; b) Acesso Discado de Protocolo: onde a conexão era Temporária, com completo acesso à Internet e também utilizando a execução de aplicações clientes; c) Acesso Discado de Terminal: Conexão Temporária, com Acesso limitado a Internet, via emulação de terminal, onde a transferência das informações ocorria através dos protocolos não TCP/IP; d) Acesso Discado UUCP: conexão temporária, com acesso limitado à Internet, através de protocolos do pacote Unix-to-Unix Copy Protocol (UUCP) do Unix, com acesso apenas ao serviço padrão da rede USENET (mail e Network News). 26 2.5 A popularização da Internet Com o aumento da popularização da Internet as taxas de acesso passam a crescer gradativamente, no ano de 1991 surgiu o primeiro provedor de acesso comercial, o qual era chamado de World, permitindo que o acesso de vários usuários a rede onde passou a ser mais popular, se tornando mundialmente conhecida. (RANGEL R 1998). No fim do ano de 1991 países como Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Chile, Grécia, Índia, Irlanda, Coréia do Sul, Espanha e Suíça, passam a se conectar nesta grande rede, e onde o volume de informações disponíveis na Internet passa a crescer. A rede passa a ter cerca de 100 mil servidores para buscar informações e recuperá-las. (RANGEL R 1998). Em 1991 a Universidade de Minnesota, lança o Gopher, que se refere a um sistema de categorização que realiza a apresentação de todos os recursos da rede que são agrupados por assuntos, permitindo aos usuários escolher a sua solicitação através de um menu do sistema, onde a busca na Internet passa a ser mais simples se tornando mais fácil para os usuários, pois os mesmos passam a realizar buscas na Internet com a utilização de palavras chaves. Neste mesmo ano a universidade de Nevada realiza atualizações no Gopher e lança o sistema chamado Verônica, capaz de realizar buscas em vários servidores Gopher simultaneamente. Neste mesmo ano cria-se o WAIS (Wide Area Information Service), que é um método que permite indexar bases de dados descentralizadas, de maneira que os usuários passam a realizar buscas através de palavras chaves em um servidor WAIS. Ainda no ano de 1991 Philip Zimmerman faz uma grande contribuição para a rede, através da criação do seu programa Pretty Good Privacy (PGP), que é capaz de criptografar a chave pública, tornando a rede mais segura em relação à obtenção de dados sigilosos em comunicações eletrônicas. No ano de 1992 ocorreu a tentativa de realizar um broadcast na rede, permitindo que a mesma mensagem fosse enviada ao mesmo tempo para vários usuários, o que não era previsto 27 na especificação original do TCP/IP que só permitia que um pacote fosse criado de um único endereçamento e encaminhado somente para um destinatário. Segundo Rangel R., Tim Berners-Lee inventa a World Wide Web , um sistema de hipertexto distribuído, baseado no modelo cliente-servidor, que se refere a um método eficiente de se reunir informações virtualmente. Os padrões da Web - o protocolo HTTP (HyperText Transfer Protocol), a HTML (HyperText Mark-up Language) e o método de identificação URL (Uniform Resource Locator), são disponibilizados na Internet. (RANGEL R 1998). Em 1993 a NSF cria o InterNIC, que realiza o controle e a concessão de endereços ip onde os domínos são mantidos em um banco de dados Directory of Directories, que contem todas as informações sobre a comunidade da rede, prestando informações sobre qualquer domínio disponibilizado na Internet. Segundo Rangel R. a Universidade de Illinois apresenta o programa Mosaic, que se trata de um cliente para a Web que funciona em modo gráfico e é capaz de mostrar imagens. O programa é um sucesso estrondoso, e finalmente as empresas e o grande público tomaram consciência da existência da Internet. No ano de 1994 a Internet completa vinte e cinco anos onde a comercialização cresce gradativamente se tornando mais popular em vários países, aumentando o número de usuários conectados em todo o mundo, onde a rede chega a possuir cerca de quatro milhões de servidores e sua taxa de crescimento alcança 10% ao mês, um índice que comprova que a Internet vem se popularizando ao decorrer dos anos. A partir desse momento a Internet deixa de ser a interação entre pessoas e passa a se tornar um alvo para os negócios, as tecnologias vão se multiplicando como, por exemplo, multimídia e telefonia. E novas tecnologias se tornam promissoras como, por exemplo, o Java, da Sun Microsystems, permitindo o envio do código executável através da rede etc. A Internet cresce com uma alta velocidade e é impossível prever o seu rumo. A Internet é um fato que vai transtornar as transações comerciais e a distribuição de informação. 28 O sucesso desse fato exigirá uma garantia de segurança dessa tecnologia que esta se tornando cada vez mais popular. 2.6 Usuários conectados a Internet Com o acelerado desenvolvimento da rede, a mesma passa a ser vista como um meio de comunicação em massa ideal para a mídia, oferecendo um grande número de informações aos usuários que estão conectados a ela. Porem é muito difícil saber a quantidade exata de usuários conectados a Internet devido a constante mudança de usuários acessando a rede. (VALE C. S.M.2000). Calcula-se que no ano de 1996 havia cera de 50 milhões de usuários conectados a rede hoje a estimativa passa de 275 milhões com mostra a figura 4. Figura 4 - Usuários conectados a rede Fonte: http://www.nua.ie/surveys/how_many_online/index.html Nos Estados Unidos pesquisas mostram que 40% das casas possuem computadores que tem o acesso a Internet, onde esse número cresce gradativamente com a tendência de novos negócios. Já na África onde se reúne cerca de 10% da população mundial, o acesso se torna mais difícil devido aos índices de miséria. No Brasil o número de pessoas que tem acesso à Internet esta em torno de 1.2 milhões devido o crescimento da infra-estrutura da rede de telefonia fixa e o aumento de provedores gratuitos oferecendo acesso à população. (VALE C. S.M.2000). 29 A figura 5 mostra o ranking de países onde há o maior número de pessoas conectadas a Internet Figura 5 - Pessoas conectadas a Internet Fonte: CETIC.br Neste gráfico podemos notar que países desenvolvidos tem o maior índice de internautas, devido a facilidade de acesso aos meios de tecnologia, mas também temos países em desenvolvimento como o Brasil que está na décima colocação, mostrando que países em desenvolvimento vem apostando no uso da tecnologia para gerar novos investimentos. 2.7 Crescimento da Internet no Brasil Neste item serão abordados dados estatísticos sobre o crescimento da Internet no Brasil, abordando o número de domínios, hosts desde a entrada da Internet no Brasil, abordando sua evolução estatística. 30 2.7.1 Números de domínios no Brasil Divisão dos Domínios Pressoas Fisica (blog.br, nom.br) 31949 37505 40540 6600 Profissionais liberais (adv.br,vet.br) 2922 Pessoas Juridicas - Sem restrição (inf.br,tv.br) Pessoas Juridicas - Com restrição (gov.br, mil.br, net.br) Universidades 1493619 COM.BR Figura 6 - Divisão do número de domínios Fonte: Registro.br Figura 7 - Evolução do número de domínios .br Fonte: Registro.br 09 08 20 07 20 20 06 05 20 04 20 03 20 20 02 01 20 00 20 99 20 19 98 97 19 19 96 1800000 1600000 1400000 1200000 1000000 800000 600000 400000 200000 0 19 Ním ero s d e Do m ín io Números de Domínios .br 31 Segundo a Registro.br em uma pesquisa realizada no ano 2000, no Brasil houve um crescimento no número de domínios de 2.199%, onde no ano de 1996 o número era de 7.574 e houve o aumento de 163.054 em janeiro do ano de 2000, já no mês de janeiro do ano de 2009 o número de domínios foi para 1.553.940 um total de crescimento de 919% referente ao ano de 2000, conforme mostra a figura 7. 2.7.2 Número de Hosts no Brasil Segundo a Registro.br em uma pesquisa realizada sobre o número de hosts, o Brasil apresentou um significativo crescimento, passando de 77.148 para 14.678.982 no período de 1996 a 2009, mostrado na figura 8. A figura 9 mostra a classificação dos países por número de hosts, o Brasil encontra-se em 5º lugar, onde no ano 2000 o Brasil se encontrava em 13º lugar e em janeiro de 1995 o país se encontrava em 45º lugar. Evolução do número de Host no Brasil 16000000 14000000 12000000 10000000 8000000 6000000 4000000 2000000 0 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 19 19 19 19 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 Figura 8 - Número de hosts no Brasil Fonte Registro.br 32 Figura 9 - Classificação entre países sobre o número de hosts Fonte Registro.br 2.8 Riscos e ameaças na Internet Os ataques geralmente ocorrem através de uma pessoa que se passa por outra pessoa através dos meios de comunicação induzindo o usuário a fornecer informações sigilosas, esse termo geralmente é conhecido como engenharia social que se refere à abordagem utilizando o bom senso. (OBERELHO R.R.2006). Segundo MITNICK D.K, engenharia social usa a influência e a persuasão para enganar as pessoas e convencê-las de que o engenheiro social é alguém que na verdade ele não é. Como resultado, o engenheiro social pode aproveitar-se das pessoas para obter as informações com ou sem o uso da tecnologia. Atacar ou fraudar um servidor na Internet, sendo eles de qualquer instituição como, por exemplo, uma instituição bancária ou uma instituição comercial, causa a exploração da 33 fragilidade dos usuários que são atacados através da Internet. Portanto vamos apresentar os tipos de fraudes que podem ocorrer na Internet. O scam é um tipo de golpe que tem como objetivo fraudar contas bancárias e obter vantagens financeiras, geralmente os ataques ocorrem via correio eletrônico, onde os usuários acessam os links maus “intencionados”, onde o usuário lança os seus dados pessoais e sigilosos, com isso os golpistas passam a fraudar esses usuários com o intuito de obter vantagens financeiras. (OBERELHO R.R.2006). O Phishing que também pode ser conhecido como phishing scam ou phishing/scam, refere-se a um tipo de fraude que é caracterizada como envio de mensagens não solicitado pelo destinatário, que se passa por uma instituição conhecida, aplicando golpes nos usuários com paginas falsificadas. “Segundo OBERELHO R.R a palavra phishing (de “fishing”) vem de uma analogia criada pelos fraudadores, onde “iscas” (e-mails) são usadas para “pescar” senhas e dados financeiros de usuários da Internet.” Portanto essas mensagens que são enviadas para o usuário a instalar arquivos maliciosos que tem como objetivo de fraudar dados pessoais e financeiros, geralmente esses arquivos fraudulentos solicitam sempre um formulário contendo dados pessoais e financeiros, captando informações restritas que possam privilegiar indivíduos que aplicam essa “isca”. (OBERELHO R.R.2006). Exemplos de tipos de mensagens fraudulentas seria a inclusão de seu nome no SPC/ SERASA, cancelamento de um cadastro pessoal, cancelamento de uma conta bancária, onde essas mensagens induzem o usuário a clicar em um link, sendo que o mesmo passa a realizar o download de arquivos fraudulentos, onde os usuários passam a ser atacados. (OBERELHO R.R.2006). Os boatos, também pode ser chamado de hoaxes, é um tipo de e-mail onde esses tipos de mensagens são enganosas, ou seja, alarmes falsos que geralmente são emitidos com endereços falsos de órgãos governamentais e através da leitura desses e-mails nota-se que se tratam de informações absurdas. O intuito dos boatos e verificar por quanto tempo essas 34 mensagens se propagam na rede, sendo assim esse tipo de mensagem é responsável por ocupar a maioria do espaço da caixa de e-mail do destinatário. Portanto é importante informar que pode comprometer a credibilidade da pessoa. (OBERELHO R.R.2006). Para evitar esses tipos de fraudes é necessário que no caso de uma mensagem que possa gerar algum tipo de desconfiança sempre é necessário verificar se realmente a página é segura e, caso for possível, entrar em contato com a própria instituição. 2.9 Considerações Finais Esse capítulo apresentou a Internet, apontando sua historia, evolução cronológica, a aplicabilidade e a evolução da Internet no Brasil, mostrando índices de usabilidade em todo o mundo. Ressaltando também os riscos e ameaças que a Internet pode oferecer para seus usuários. 35 3 SISTEMA DE TELEFONIA VOZ SOBRE IP Este capítulo tem como finalidade apresentar o mercado da tecnologia após as privatizações das empresas de telefonia no Brasil, mostrando a situação do mercado com o uso do VoIP, destacando o seu funcionamento do tráfego de voz por IP suas vantagens, obstáculos e protocolos aplicados que garantem o funcionamento da tecnologia. 3.1 A Transformação do mercado de telecomunicações no Brasil Até 1998 o mercado de telecomunicações brasileiro era representado pela empresa Telebrás, em conseqüência da privatização. Com a abertura do mercado houve novas perspectivas de novas operadoras de telefonia fixa sendo elas nacionais ou internacionais, proporcionando a presença da tecnologia em todo o país. Devido essa iniciativa o mercado passou a obter características competitivas com presença de várias empresas exercendo suas atividades, onde cada região do país possui empresas espelho, evitando que o mercado de telecomunicações se torne novamente monopolizado. As empresas de telecomunicação que ingressaram no país foram: Intelig para competir com a Embratel para a realização de ligações de longa distancia; a Vésper com a Telefônica no estado de São Paulo; a GVT para concorrer com a Brasil Telecom na região sul do país, centro-oeste e algumas localidades do Norte do País e a Vésper para concorrer com a Telemar, em parte das regiões sudeste, nordeste e norte do país. Com esta nova perspectiva, os fornecedores de equipamentos de telecomunicações como, por exemplo, Ericsson e Siemens, passaram a obter uma grande lucratividade, com a venda de equipamentos de comunicação para as operadoras de telecomunicações para que as mesmas pudessem atender as necessidades de seus clientes. 36 Esta perspectiva melhorou a desempenho da Internet e de outras redes em relação à conectividade propondo a convergência para dados fax, imagem, vídeo e voz onde os mesmos passam a trafegar por uma mídia comum, sendo assim o uso de voz sobre o protocolo de Internet passa a ser interessante alternativa para a implementação de novos serviços com preços competitivos. (nexteg 2009) 3.2 Voz Sobre Ip O sistema de telefonia Voz sobre IP (VoIP) que também pode ser conhecido como telefonia sobre IP ou como telefonia sobre a Internet, permite que voz seja transmitida por uma rede de dados, ou seja, todo o sistema de telefonia pode trafegar pela Internet. O conceito de VoIP nasceu da junção do mundo das redes públicas de telecomunicações, com digitalização do tráfego entre centrais telefônicas e com o mundo da Internet, para a redução dos custos de telefonia. (NEXTEG 2009) VoIP vem do termo Voice Over Internet Protocol, esta tecnologia unifica dois mundos como a telefonia e dados em uma só rede convergente, onde o tráfego telefônico é realizado pela rede de dados. Esse sistema é definido como comunicação multimídia, permitindo que ligações telefônicas possam ser realizadas através de uma rede IP, portanto esse termo pode ser utilizado para o transporte da voz e também para o transporte de dados. Para que uma ligação multimídia possa ser estabelecida entre dois ou mais indivíduos é necessário que haja uma sinalização entre os mesmos, de modo que o indivíduo que esteja realizando a chamada avise o outro sobre sua intenção, portanto esse meio de sinalização controla, cria e finaliza a chamada realizada por uma rede IP. Para que esse processo ocorra é necessário que haja a troca de pacotes entre os indivíduos através da rede. A Internet é utilizada como meio para a transferência e troca de pacotes, objetivando assim que os mesmos alcancem o seu destino final. (JUNIOR V.G 2005) 37 3.3 História cronológica do VoIP A seguir será apresentada a historia cronológica do VoIP (JUNIOR V.G 2005) 1970 – Dany Cohen começa a realizar pesquisas para transportar áudio em redes de pacotes, onde o mesmo relata a transmissão de voz através de pacotes e em tempo real entre o USC/ISI (University of Southern California/Information Sciences Institute) e o MIT’s Lincoln Lab. 1977 – Surge o primeiro protocolo de Internet que permite transportar voz em pacotes. 1981 – Surgimento do Packet Video Protocol (PVP), que se refere a um protocolo para o transporte de vídeos em pacotes pela Internet. 1992 - Henning Schulzrinne começa a realizar o desenvolvimento do protocolo RealTime Transport Protocol (RTP). 1995 – O protocolo Real-Time Transport Protocol (RTP) foi lançado como IETF Proposed Standard. 1995 - Surgiu a aplicação, o CU-SeeMe, que foi dos primeiros protótipos de vídeo conferência disponibilizado na Internet. Onde era aplicado inicialmente para MacOs e depois para Windows, utilizando um processo responsável pela distribuição de sinais de vídeo conferência. 1996 – Publicação do primeiro serviço disponibilizado no mercado com a tecnologia voz sobre IP onde recebia o nome de Delta Three, a partir desse momento seguindo a Net2phone, iBasis e Telematrix. 1996 – A Microsoft publica no mercado o seu primeiro sistema de conferência sobre redes de pacotes, chamado de Microsoft NetMeeting v1.0. 1998 – Surgimento dos primeiros sistemas que possuem a capacidade de integrar softwares a voz sobre IP, com o uso de aparelhos telefônicos comuns. (IZÚ.A 2005) 1999 – O protocolo SIP foi aceito como norma, pelo IETF como um protocolo de sinalização para a criação, modificação e finalização de sessões com um ou mais indivíduos participantes. (JUNIOR V.G 2005) 2000 - Empresas, como por exemplo, a “Nortel” (Canadá) desenvolveu Hardware para a telefonia VoIP. Através desse equipamento o VoIP se torna menos dependente ao computador. Antes todo o processo dessa tecnologia era processado pela CPU. Agora todo 38 esse processo ocorre nestes Hardwares, possibilitando a flexibilidade do sistema. (LESSA.M.E 2007) 2003 – Fundação do Skype onde o mesmo passa a conquistar vários usuários e, inclusive em países onde há pouco conhecimento dessa tecnologia, sendo assim se firmando como o programa padrão de conversas pela Internet em todo o mundo. 2005 - A qualidade de transmissão da voz na tecnologia VoIP passa a possuir grandes componentes ao seu favor, como por exemplo, a priorização de tráfego pela rede e protocolos de compactação com maior capacidade. 2007 - Segundo uma pesquisa realizada pela empresa “Infonetics Research”, o número de usuários VoIP chega a 47 milhões. No Brasil cerca de 68% das empresas brasileiras já utilizam essa tecnologia, com o intuito de alcançar baixo custo com telefonia. Hoje com o aumento do uso da Internet banda larga, várias pessoas podem se beneficiar do VoIP, pois qualquer indivíduo que possua um computador e um software simples pode usufruir dessa tecnologia. 3.4 Cenário atual do VoIP Um dos maiores pontos positivos nessa tecnologia é a redução de custos que pode atingir as empresas de telecomunicações ou até mesmo companhias que exercem outras atividades onde há a necessidade de interligar seus escritórios espalhados em outras localidades. (NEXTEG 2009) VoIP, como qualidade e custo reduzido, ultrapassam o sistema tradicional de telefonia fixa, que existem no mercado atual, onde o mesmo pode se tornar um requisito empresarial. A implementação de VoIP em uma empresa pode reduzir o custo das comunicações, melhorando o controle de custos empresariais, tornando a comunicação um ponto previsível para a redução de custos, mas antes de ser implementado em uma empresa é necessário analisar fatores, essa tecnologia é aplicada para organizações que esteja procurando um novo método de comunicação como uma boa alternativa para ser implementado. 39 Uma implementação pode melhorar a competitividade, produtividade e reduzindo os custos com a funcionalidade do VoIP. Isto permite a aceleração de processos em todas as subdivisões da organização, facilitando a integração entre os sistemas de informação e sistemas de aplicações que sejam baseados na voz. Mas uma implementação de forma inadequada pode prejudicar e ate mesmo paralisar a organização. (NEXTEG 2009) 3.5 Funcionamento da tecnologia Voz sobre IP A tecnologia Voz sobre IP é muito complexa porem fácil de ser compreendida, como visto no item abordado anteriormente. Para o funcionamento dessa tecnologia a utilização de um telefone IP ou um softphone instalado em um computador, realiza a captura da voz do interlocutor e através da utilização de CODEC’S (compression\descompression) e realiza a compressão da voz com qualidade para que a mesma possa ser transmitida em uma quantidade de banda menor. (MARTINS D.A.2006) Portanto a voz é digitalizada e transformada em dados, que serão passados por meios de pacotes entre cada telefone IP ou softphone instalado em um computador, conforme ilustrado na figura 10. Figura 10 - Voz sendo digitalizada Fonte: MARTINS D.A 2006 40 Com a compressão da voz ela pode ser dividida em pequenas amostras e colocada em pacotes IP para que possam ser transmitidos na rede. A partir do momento em que esses pacotes chegam ao receptor o processo inverso é realizado, portanto o telefone IP e o softphone retiram a amostra que foi transmitida pelo pacote IP e remonta a mensagem da voz para que possa ser compreendida pelos indivíduos. (MARTINS D.A.2006) A figura 11 ilustra uma situação do funcionamento da rede de telefonia VoIP. Figura 11 - Funcionamento do VoIP Fonte: upvision.com.br O resultado de uma ligação realizada pela tecnologia VoIP é similar a uma ligação telefônica no sistema tradicional de telefonia. Para que esse procedimento seja possível, são realizados entre os terminais dois tipos de conexão os quais são: a) Tráfego de voz (utilizando UDP-IP), b) Controle desse processo (normalmente em TCP-IP). Os protocolos de controle utilizados nessa tecnologia são o SIP, que se identifica mais com a Internet que se trata de uma tendência mundial e o H.323, protocolo com o perfil de telefonia pública. (NEXTEG 2009) Os principais requisitos para que o sistema de telefonia VoIP funcione são: a) Tempo reduzido de propagação dos dados entre os terminais para que não ocorra o atraso da voz entre os terminais 41 b) Estabilidade das redes envolvidas, que podem gerar falhas no áudio ou até mesmo na perda das ligações, a banda disponível na conexão. c) Tipos de terminais envolvidos que sejam compatíveis a recursos de cancelamento de eco. 3.5.1 Formas de terminais de comunicação O sistema VoIP é relacionado com software, onde os mesmos podem obter formas diferentes, como por exemplo: a) IP Phone: Refere-se a aparelho de telefone de aparência comum a um aparelho de telefone tradicional, com hardware e o software necessário para o funcionamento com uma interface RJ45 para rede Ethernet. Portanto esse equipamento assume um IP na rede interna, é um equipamento dedicado e pode ser usado com o um telefone tradicional. (NEXTEG 2009) Exemplos desses aparelhos são mostrados na figura 12. Figura 12 - Telefones IP Fonte: vb.net/products/CISCO/iptelephones.jpg 42 b) SoftPhone: Refere-se a um software que é executado em um computador comum, onde o mesmo se tranforma em um telefone multimidia com capacidade de trafegar dados e voz podendo realizar chamadas através da Internet. Outras soluções utilizam um equipamento adicional, similar a um telefone, onde o mesmo é conectado a interface do computador (normalmente USB) melhorando a performance de áudio ou processamento do computador. Seu custo é mais baixo, mais flexível. Porém, como o mesmo pode ser executado em um computador compartilhando o seu processamento, é mais exposto a falhas e perda de performance. (NEXTEG 2009) Figura 13 - SoftPhone Fonte: VoIP-info.de/img/news/xpro.jpg 3.6 Arquitetura de rede VoIP A diferença entre uma rede VoIP de uma rede de telefonia tradicional é a arquitetura de computação, onde as redes de telefonia tradicional são de comutação de circuitos, já a rede do sistema VoIP é baseada na comutação de pacotes. 43 Figura 14 - Arquitetura VoIP Fonte :Inatel.com.br Como visto na figura 14 o sistema VoIP é composta por vários componentes tais como: a) Terminais que se refere à entidade que tem a responsabilidade de interar o usuário com o sistema em si, promovendo as funcionalidades relacionadas com o tratamento e a reprodução da sinalização de voz dos interlocutores, sendo assim sua principal funcionalidade esta relacionada com o transporte das informações, utilizando a sinalização e a correção dos erros. (BALBINOT.R 2002) b) Gateway que tem a responsabilidade de interar o sistema com as outras tecnologias, permitido a interligação de redes que não sejam da mesma tecnologia de comunicação, seu principal papel é a interconexão com o sistema de rede publica de telefonia comutada (RPTC), onde o gateway pode ser dividido em três segmentos como gateways de sinalização, gateways de mídia e controladores de gateway. 44 c) Servidores que funcionam no nível de aplicação e tem a responsabilidade de controlar as mensagens de sinalização são encaminhadas e também controlam o serviço de tarifação. Segundo BALBINOT R. é importante destacar que o problema da voz sobre IP é mais amplo que a questão da telefonia IP. Logicamente o problema de telefonia IP tem suas características próprias e é de extrema importância, mas a VoIP pode ser utilizada igualmente no contexto de videoconferências, áudio conferências, transmissão de áudio com alta fidelidade, entre outras diversas aplicações. 3.7 Serviços da rede VoIP Para que se obtenha o serviço de voz sobre IP são necessários quatro componentes: a) Transporte: responsável pelo transporte das informações, realizado em tempo real através do protocolo RTCP (Real Time Control Protocol), onde o mesmo tem a funcionalidade de que não haja a perda dos pacotes ou até mesmo o atraso dos mesmos, além de outras dificuldades relacionadas pelo próprio transporte. (JUNIOR V.G 2005) b) Controle do transponde: responsável pela a administração e controle dos pacotes realizado através do RTCP. c) Sinalização: responsável pelo controle e finalização das chamadas. d) Aplicação: responsável pelas características de implementação do sistema de telefonia VoIP como, por exemplo, a sinalização com a capacidade de promover outros recursos como chamada em espera, conferencia, entre outras. 45 3.8 Problemas relacionados à qualidade de voz 3.8.1 Perdas de pacotes O processo de transmissão de voz é muito sensível e o seu atraso torna inviável o uso do protocolo TCP devido obter a característica de retransmissão, onde devemos usar o protocolo UDP, pois é o mais indicado para sua implementação, mas este protocolo não apresenta a garantia em relação à entrega dos pacotes. As perdas maiores que 10 % são intoleráveis. (MOURA.T.N. 2002) O atraso de pacote é definido como a diferença de tempo, em segundos, entre o momento em que o terminal que realiza o processo da chamada envia o primeiro bit do pacote e no momento em que o terminal receptor recebe este bit, sendo assim o seu comportamento é aleatório em função da carga na rede. Esse problema ocorre devido ao eco, à sobreposição do locutor onde ocorre a demora na escuta do sinal de voz do interlocutor para o receptor, pois ao iniciar sua fala, ocorre uma sobreposição dos locutores, e a variação no intervalo entre chegadas de pacotes no receptor. .(PINHEIRO P.S 2003). 3.8.2 Jitter O Jitter se refere à variação do atraso dos pacotes, que é a variação da taxa de chegada dos pacotes devido o atraso na rede. A alternativa para a solução desse problema seria a utilização de um buffer introduzido no lado receptor acrescentando um determinado atraso onde o mesmo será experimentado pelo pacote, incluindo o atraso que foi gerado pelo próprio buffer. (PINHEIRO P.S 2003). 46 Segundo PINHEIRO P.S este método é razoável no ambiente de redes locais ou Intranets corporativas onde o atraso é pequeno. Em redes WAN onde o atraso máximo pode assumir valores inaceitavelmente elevados não seria aplicável. Portanto a escolha do atraso a ser introduzido pelo buffer no momento de recepção é uma solução de compromisso entre o atraso admissível e a taxa de perda dos pacotes. A figura 15 se refere a um caso onde o atraso esperado é de 20 ms, mas a chegada real dos pacotes ocorre em intervalos distintos. Figura 15 - Atraso dos pacotes Fonte (MOURA T.N 2002) 47 3.8.3 Delay / Latência No sistema de telefonia a latência refere-se à medida de tempo a partir do momento em que o emissor inicia uma chamada onde a mesma passa a ser percebida pelo receptor. A latência não degrada a qualidade do som, mas sim o seu resultado podendo ocorrer uma falta de sincronização entre os usuários durante o processo de comunicação entre si. (MOURA T.N 2002) Os tempos limites de transmissão são: a) 0 até 150 ms: aceitável para a maior parte das aplicações; b) 150 até 400 ms: aceitável para ligações internacionais; c) 400 ms: inaceitável para a maioria das aplicações; A figura 16 mostra os atrasos que um pacote pode sofrer durante execução de uma ligação telefônica. Figura 16 - Atraso dos pacotes Fonte (MOURA T.N 2002) 48 3.9 Protocolos de Transporte As aplicações de Internet utilizam o protocolo TCP/IP como transporte, já uma rede VoIP utiliza os protocolos RTP/UDP/IP para que seja efetuado o processo de transporte da voz. O protocolo TCP possui uma confiabilidade por utilizar confirmações e retransmissões para o processo de recebimento dos pacotes, onde o mesmo permite que sua taxa de transmissão seja ajustada, portanto sua taxa de transmissão aumentará quando a rede permanecer descongestionada porem poderá diminuir quando o host de origem não receber uma notificação positiva do host de destino, ou seja, o protocolo TCP se torna inaceitável para aplicações que exigem tempo real como, por exemplo, a transmissão de voz. O protocolo User Datagram Protocol (UDP) promove serviço de entrega de forma não confiável utilizando o IP para o transporte das mensagens entre dois pontos na Internet, quando o mesmo é aplicado juntamente com o protocolo RTP permite que as aplicações transitem dados real-time como, por exemplo, vídeo e áudio. (MOURA T.N 2002) 3.9.1 Real-Time Transport Protocol Real-time Transport Protocol (RTP) é um protocolo da camada de aplicação que tem como sua principal finalidade carregar informações multimídias que permanecem contidas em seus cabeçalhos. O protocolo RTP é transportado sobre os pacotes UDP utilizando seus métodos de multiplexação. Permite que o lado emissor realize o encapsulamento da informação de mídia em pacotes RTP, onde os mesmos serão encapsulados em segmentos UDP e enviados para a camada IP. Portanto esse protocolo se torna mais utilizado devido permitir uma maior interoperabilidade entre as aplicações de mídia (MOURA T.N 2002) O protocolo RTP possui identificadores do tipo payload, onde há uma numeração seqüencial e marcas temporais (timestamping). Essa identificação permite a detecção de uma 49 mídia que esta sendo transportada pelo RTP para a identificação de profiles que possam ser estendidos na operação do protocolo. (BALBINOT R.2002) Segundo BALBINOT R. a numeração seqüencial possibilita que os diferentes pacotes enviados, não somente possam ser reordenados da forma correta na recepção, mas também é importante para a operação dos buffers de jitter, em conjunto com o timestamp, possibilitando uma visão temporal da informação sendo repassada. Portanto o protocolo RTP oferece mecanismo que permite a entrada das informações de forma simples onde a determinação é realizada com base temporal obtendo uma seqüência apropriada das informações onde é possível verificar se um dado do pacote foi perdido ou não. (BALBINOT R.2002) 3.9.2 Real-Time Control Protocol O Real-time Control Protocol (RTCP) tem a finalidade de realizar o monitoramento da qualidade se serviço e repassar as informações para os participantes que estão presentes na sessão que se encontra em andamento, sendo assim o mesmo é baseado na transmissão de pacotes de controle para todos os participantes. (BALBINOT R.2002) O Protocolo RTCP pode ser utilizado juntamente com o protocolo RTP, portanto os pacotes RTCP são transmitidos por cada participante presente em uma sessão RTP e também para outros participantes na sessão utilizando o IP multicast. (MOURA T.N 2002) Segundo MOURA T.N os pacotes RTCP são enviados periodicamente e contém informações que representam estatísticas que podem ser úteis para a aplicação. Estas estatísticas incluem o número de pacotes perdidos e o jitter. As funções executadas pelo RTCP são: a) Prover um feedback da qualidade da distribuição das informações; 50 b) Controlar a taxa para que o protocolo RTP possa ser escalado para um maior número de participantes; c) Transportar um número mínimo de informações de controle de sessão; A figura 17 mostra o encapsulamento dos pacotes UDP pelo cabeçalho RTP, quando ao serem transmitidos esses pacotes chegam ao seu destino, sendo assim algumas informações de controle são envidas para o receptor pelo protocolo RTCP. Figura 17 - Encapsulamento dos pacotes UDP pelo o cabeçalho RTP Fonte (MOURA T.N 2002) 51 3.10 Protocolos de Sinalização 3.10.1 Protocolo H.323 O protocolo H.323 tem como finalidade especificar sistemas de comunicação multimídia em redes que são baseadas em pacotes com o objetivo de desenvolver uma Qualidade de Serviço (QoS), estabelecendo padrões para codificar e decodificar os fluxos de dados de áudio e vídeo. (VILEBALDO C.S.A.E 2005) O H.323 é independente dos aspectos que são relacionados à rede. Portanto podem ser aplicados em qualquer tecnologia de enlace, podendo atuar em redes Ethernet, Fast Ethernet, FDDI, ou Token Ring. Esse padrão não possui nenhuma restrição referente à topologia da rede, sendo assim pode obter uma única ligação ponto a ponto, ou ate mesmo de um único segmento de rede, mas podem ser complexas, em relação aos segmentos de redes interconectados. (VILEBALDO C.S.A.E 2005) A figura 18 mostra a comunicação entre dois terminais H.323 realizado em uma rede baseada em pacotes. Figura 18 - Comunicação entre dois terminais H.323 Fonte (VILEBALDO C.S.A.E 2005) 52 3.10.2 Protocolo SIP O SIP (Session Iniciation Protocol) trata-se de um protocolo de comunicação, definindo como os computadores, telefones, celulares vão realizar a troca de informações entre si. Portanto o SIP é um protocolo de controle que refere-se à camada de aplicações do Modelo OSI (Open System Interconnection), e é utilizado para a realização de inicio, modificação ou termino das sessões ou chamadas multimídia entre indivíduos. O protocolo SIP possui funcionalidades como a localização dos indivíduos, estabelecimento de chamadas, oferecendo suporte a unicast ou multicast, possibilitando a administração das chamadas como, por exemplo, transferências, conferência etc. (REZENDE S.R.A 2006) O SIP faz parte de uma arquitetura de protocolos de Conferência Multimídia da Internet. A figura 19 mostra os protocolos pertencentes a essa arquitetura. Figura 19 - Arquitetura de protocolos multimídia Internet Fonte (REZENDE S.R.A 2006) O protocolo SIP é capaz de realizar e determinar a capacidade do meio de transmissão entre os indivíduos, estabelecendo o nível mínimo de comunicação entre os dois pontos, 53 permitindo que as informações sejam trocadas entre seus respectivos parâmetros. (PINHEIRO P.S 2003). Durante o funcionamento do SIP as requisições são geradas pelo o usuário onde essas requisições são enviadas para o servidor (entidade receptora), que realiza o processamento das requisições e envia a resposta ao usuário. O usuário SIP é denominado como "agente usuário", que é formado por dois módulos que são obrigatórios para todo o usuário: a) Agente usuário cliente, que tem a responsabilidade de gerar requisições b) Agente usuário servidor, que tem a responsabilidade de responder as requisições. O protocolo SIP é composto pelos servidores como: Servidor de Registro: responsável pelo recebimento de atualizações da localização dos usuários na rede; (PINHEIRO P.S 2003). Servidor Proxy: responsável pelo o recebimento das requisições e encaminhá-las para outros servidores que possua informações sobre a localização do usuário que esta sendo chamado; A figura 20 mostra a arquitetura do protocolo SIP e seus respectivos servidores. 54 Figura 20 - Arquitetura SIP Fonte (REZENDE S.R.A 2006) 3.11 Considerações Finais Este capítulo apresentou o mercado da tecnologia após as privatizações das empresas de telefonia no Brasil, mostrando a situação do mercado com o uso do VoIP, destacando o seu funcionamento do tráfego de voz por IP, suas vantagens, obstáculos e protocolos aplicados para o funcionamento da tecnologia. 55 4 ESPECIFICAÇÕES DE QUALIDADE Este capítulo irá abordar a arquitetura do PABX asterisk, informando seus componentes necessários para a sua aplicabilidade, estudando a qualidade de serviço nesta tecnologia 4.1 Arquitetura Asterisk O Asterisk é um software livre, com código aberto, que permite implementar em software os recursos encontrados em um PABX de telefonia tradicional, utilizando tecnologia VoIP onde essa aplicação foi desenvolvida para oferecer maior flexibilidade. (B.O.PINHEIRO 2005) Devido suas APIs serem definidas em torno do núcleo o astrisk se torna transparente a protocolos, codecs e hardware, podendo ser compativel com qualquer outra tecnologia que possa se lançada no mercado, sem que haja a necessidade de realizar mudanças no núcleo do programa. Sua arquitetura é representada na figura 21. Figura 21 - Arquitetura Asterisk Fonte (asteriskexperts) 56 4.1.1 Canais O canal refere-se a uma linha telefônica como um circuito de voz digital, geralmente o canal é composto por um sinal analógico e alguma combinação de CODEC e protocolo de sinalização SIP com a tecnologia GSM.( GOMILLION.D , 2005) As conexões de telefonia mais antigas eram analógicas gerando ruídos e eco. Hoje boa parte do sistema de telefonia tradicional passaram para o sistema de telefonia digital, portanto o sinal analógico é codificado na forma digital permitindo a compactação da voz. Abaixo seguem exemplos de hardwares que a plataforma asterisk suporta: a) Zaptel – Wildcard T410P – Placa E1/T1 com quatro portas, b) Zaptel – Wildcard T405P – Placa E1/T1 com quatro portas, c) Zaptel – TDM400P – Placa com quatro portas para telefones analógicos, Segundo GOMILLION.D , 2005, segue exemplo de canais que a plataforma asterisk suporta: a) Agent: canal de agente DAC. b) Console: Cliente de console do Linux, com driver para placas de som. c) H323: protocolo mais antigo de VoIP, d) IAX e IAX2: Inter-Asterisk Exchange protocol, refere-se a um protocolo próprio da plataforma Asterisk. e) MGCP: Media Gateway Control Protocol, f) Phone: Canal de telefonia do Linux. g) SIP: Session Initiation Protocol, 57 4.1.2 Codecs Para colocar chamadas telefônicas na rede de dados é necessário que os CODECs efetuem a codificação da voz, permitindo a codificação a 8 Kilobits por segundo, com uma compressão de 8 para 1 .( GOMILLION.D , 2005) Abaixo alguns CODECs que o asterisk suporta: a) G.711 ulaw (usado nos Estados Unidos) – (64 Kbps). b) G.711 alaw (usado na Europa e no Brasil) – (64 Kbps). c) G.726 - 32kbps no Asterisk 1.0.3, 16/24/32/40kbps no CVS HEA 4.1.3 Protocolos O protocolo de sinalização estabelecer as conexões, com o intuito de determinar o ponto de destino, e também identificar questões que estão relacionadas à sinalização de telefonia como, por exemplo, campainha, identificador da chamada, desconexão etc. ( GOMILLION.D , 2005) O asterisk suporta os protocolos: a) SIP b) H323 c) IAXv1 e v2 d) MGCP e) SCCP (Cisco Skinny). 4.1.4 Aplicações Para realizar a conexão das chamadas de entrada com as chamadas de saída ou com outros usuários do asterisk são utilizadas diversas aplicações como, por exemplo, o dial, as 58 funcionalidades do Asterisk são criadas no formato de aplicações como o VoiceMail(), correio de voz,conferência, entre outras. ( GOMILLION.D , 2005) 4.2 QoS A Internet utiliza o protocolo IP (Internet Protocol) para a comunicação. O IP oferece um serviço best-effort para o transporte dos pacotes, que consiste num utilizador que envia fluxo de dados, ao mesmo tempo em que a largura de banda é compartilhada com todos os fluxos de dados enviados por outros utilizadores. (OLIVEIRA H.A. 2006) Com o aumento da popularidade da Internet, várias aplicações passaram a utilizar-se dela para se comunicar. Deste modo, é necessário que exista um controle do quanto cada aplicação utilizará da largura de banda disponível. E cada aplicação possui seu atraso permitido, largura de banda necessária, perda de pacotes sem que exista comprometimento da informação e disponibilidade. E com esses parâmetros, pode-se determinar qual QoS (Quality of Service) será utilizado. 4.2.1 Enquadramento A IETF (Internet Engineering Task Force) é uma comunidade internacional preocupada com a evolução da arquitetura da Internet e seu perfeito funcionamento. A IETF possui dois modelos arquiteturais: Serviços Diferenciados (DiffServ) e o Serviço Integrados (IntServ). O IntServ, caracteriza-se por fornecer garantias de Qos individualmente a cada fluxo . Já o DiffServ, foi criado para suprir os problemas do IntServ em backbones das grandes empresas, pois ao invés de um tratamento individualizado do fluxo, cria grupos de CoS (Class of Service), passando assim a garantir QoS a um grupo semelhante de fluxo. (OLIVEIRA H.A. 2006) 59 4.2.2 Parâmetros Hoje existem várias aplicações que utilizam a Internet para trocar informações, por isso é necessário prever qual o impacto dessas aplicações na rede. Existem dois tipos de medida, a ativa e a passiva. Na medida ativa, o administrador de rede gera um tráfego na rede, e decide se a aplicação deve ser aceita ou não na rede. Nesse tipo, existe um aumento do trafego na rede, porém, como não faz parte do comportamento normal da rede, é considerado artificial. Já na passiva, é apenas medido o trafego gerado pelos utilizadores da rede, ou seja, não altera o fluxo normal da rede. (OLIVEIRA H.A. 2006) Em caso de necessidade é possível aumentar a largura de banda, e então os mecanismos de retransmissão entram em ação em caso de erros na transmissão. Porém aplicativos de voz e vídeo não suportam retransmissão de pacotes e caso aumente a métrica de atraso e de jitter pode degradar a aplicação ou até inutilizar. Por isso é importante verificar não somente os equipamentos como os utilizadores para saber como está o funcionamento da aplicação. Seguem algumas definições: 4.2.2.1 Throughput É a taxa de transmissão da rede quando envia ou recebe dados. 4.2.2.2 Largura de Banda Expressa a quantidade em bits/s que a rede suporta, ou seja, é a capacidade de transmissão de dados na rede. 60 4.2.2.3 Latência ou atraso É a diferença entre o início de um evento e o momento que seu efeito torna-se perceptível, no nosso caso é o tempo de resposta de um único pacote desde quando este saiu do transmissor até a sua resposta. 4.2.2.4 Jitter O tempo de transmissão de vários quadros pode variar ao longo da rede, mesmo que eles sejam enviados em intervalos regulares pode haver sobrecarregamento da rede ou atraso nas filas e com isso o receptor não receberá os quadros de forma regular. Nesse caso ocorre jitter. Para corrigir este problema, é necessária a criação de um buffer para que os quadros atrasados cheguem ao receptor e então todos sejam enviados na ordem e tempo corretos. Caso a quantidade de jitter aumente, o atraso no buffer aumenta. Para tentar minimizar esse problema é utilizado o adaptative jitter buffer, ou seja, caso aumente o jitter, o buffer também aumenta. Caso o jitter diminui, o buffer também diminui. E caso o jitter seja muito grande, pode ocorrer o descarte de alguns quadros do buffer. (OLIVEIRA H.A. 2006). A figura 22 ilustra esse processo. Figura 22 - Cálculo do Jitter Fonte (OLIVEIRA H.A. 2006) 61 Perda de pacotes podem degradar a qualidade do aplicativo, então é necessário verificar o atraso, o jitter e as perdas de pacote antes de qualquer implementação de aplicações VoIP. Para que ocorra uma transmissão mais confiável de voz em tempo real, são necessários alguns requisitos: Atraso ponto a ponto não deve ser superior a 150 ms. O jitter não pode passar dos 50 ms As perdas de pacotes não devem ser maiores que 1%. 4.2.3 A solução ToS/IP precedente No campo ToS no IPv4, os três primeiros bits de precedência são utilizados para classificar os pacotes no extremo da rede. Caso a rede esteja congestionada, o pacote marcado com uma precedência baixa é descartado para que pacote com precedência alta passe a frente. Existem dois níveis de atraso que o pacote pode ser marcado, o throughput e o de fiabilidade (bits DTS) no seu processo de forwarding. (OLIVEIRA H.A. 2006) Porém existem alguns problemas. O primeiro é que só é permitido especificar prioridade relativa ao pacote, ou seja, não é possível especificar que o HTTP e o telnet sejam pacotes de alta prioridade. O segundo é que os bits IP precedente e DTS geralmente não são implementados pelos fabricantes. A figura 23 ilustra esse processo. Figura 23 - O byte original do ToS no IPv4 Fonte (OLIVEIRA H.A. 2006) 62 4.2.3.1 Modelos de Qos Para aplicações VoIP, é necessário uma largura de banda entre 8 kbps e 64 kbps (dependendo do codec) e os jitters com atraso de no máximo 150 ms. No caso de ftp, como não existe jitter, a perda de pacotes pode degradar o throughput. (OLIVEIRA H.A. 2006) Para implementar uma aplicação VoIP, foram definido dois modelos pela IETF que já foram brevemente explicados. O Integrated Services (IntServ) e o Differentiated Services (DiffServ). 4.2.4 IntServ Nessa seção será abordada a arquitetura e os módulos do IntServ, suas aplicações e as classes de serviço. IntServ é uma arquitetura com o objetivo de fornecer um conjunto de extensões para o serviço best efforce, auxiliando aplicações como VoIP, videoconferência e outras aplicações em tempo real que necessitam de QoS. (OLIVEIRA H.A. 2006) Esta arquitetura reserva recursos entre os dois pontos da comunicação assim garantindo a QoS necessitada pela aplicação ao longo da rede. RSVP – ReSource reserVation Protocol É um protocolo de sinalização de reserva de recursos, em que as próprias aplicações requeiram da rede reservas de recursos para sua necessidade. Trabalha em uma única direção (simplex) da origem até o destino e caso seja necessário usar ligações duplex, cria-se duas sessões RSVP. Ele também é utilizado por roteadores, onde para cada nó em que os dados irão fluir, os roteadores entregam a requisição de controle da QoS, caso todos os roteadores possuam suporte a QoS. 63 O InteServ depende do RSVP para reserva do QoS necessário para a aplicação. Um fluxo de dados é identificado por endereço IP de origem, número do porto de origem, endereço de IP de destino, número do porto de destino e o protocolo de transporte. (OLIVEIRA H.A. 2006) Existem dois tipos de serviços que são requisitados pelo RSVP. O primeiro permite ter um atraso e largura de banda de acordo com a reserva do aplicativo. O segundo oferece um melhor best efforce e um atraso baixo. Algumas das desvantagens do RSVP é que ao longo do caminho, todos os equipamentos devem suportar RSVP. Deve sempre atualizar as reservas, ocorrendo assim um aumento do trafego. 4.2.5 DiffServ Como no IntServ é necessário fazer o tratamento individualizado dos diferentes fluxos e com isso o número de mensagens para o RSVP aumenta muito. Foi criado então um grupo de trabalho para criar uma arquitetura de QoS, que não utilizasse a sinalização do RSVP e que não precisasse atualizar a reserva do RSVP em todo o caminho. (OLIVEIRA H.A. 2006) A idéia principal da arquitetura é disponibilizar vários serviços na Internet sem tem a necessidade de fazer reserva de banda para cada fluxo, ou seja, existem várias classes em que são agrupados fluxos com distintos requisitos de QoS e cada classe possui um tratamento diferenciado. 4.2.5.1 Arquitetura DiffServ A idéia fundamental do DiffServ é definir um domínio de Diferenciação de Serviços. Nesse domínio, também chamado de domínio DS, possui um conjunto de nós que compartilham uma mesma política de serviços. Cada domínio está preparado para usar DSCP (Códigos de Serviços Diferenciados) em diferentes PHB (Comportamento por Enlace). 64 Na arquitetura IntServ, quem diz qual a QoS que precisa são os terminais, já no DiffServ funciona de acordo com o as classes de tráfego conforme varia as necessidades de QoS. Enquanto o IntServ é utilizado para soluções QoS com sinalização ponto a ponto, atualização da reserva RSVP. O DiffServ classifica o trafego em diferentes classes (CoS) e aplica o QoS nessas classes. Cada pacote é encaixado em classes através da marcação do campos Type of Service (ToS), conforme mostrada na figura 24. Figura 24 - Cabeçalhos IPv4 e IPv6 Fonte (OLIVEIRA H.A. 2006) No extremo da rede os pacotes sofrem um tratamento de encaminhamento (PHB) que é aplicado a cada elemento de rede, inserindo no pacote um valor de atraso, jitter, largura de banda. A combinação da marcação de pacotes e PHB torna o pacote escalonável. (OLIVEIRA H.A. 2006) 4.2.5.1.1 Marcação de Pacotes Existem seis bits utilizados para classificar os pacotes. O campo é agora chamado Differentiated Services (DS). Estes seis bits substituem os três bits IP Procedences, e chamado DSCP. Assim, qualquer nó pode suportar até 64 classes diferentes. Na arquitetura DiffServ a classificação e QoS funciona através do DSCP. (OLIVEIRA H.A. 2006), conforme mostrado na figura 25. 65 Figura 25 - O campos DS do DiffServ Fonte (OLIVEIRA H.A. 2006) 4.6 Mecanismos de QoS no IPv6 O IPv6 é a versão mais atual do protocolo IP.onde o mesmo esta sendo implantado gradativamente na Internet com a mesma aplicabilidade que o IPv4, como uma situação que tecnicamente é chamada de "pilha dupla" ou "dual stack", por algum tempo. (OLIVEIRA H.A. 2006) O IPv6 tem como objetivo substituir o protocolo IPv4, que é capaz de suportar em torno de 4 bilhões (4 x 10 9) de endereços, ja o IPv6 tem a capacidade de suportar cerca de 3.4 x 10 38 endereços do novo protocolo. O protocolo IPv6, chama mais atenção dos fabricantes como, por exemplo, cisco e Nokia, devido ter uma maior capacidade de introduzir campos de endereços, sendo eles de destino ou de origem no Internet protocol IP. Devido a sua maior capacidade de alocar endereços, como foi citado anteriormente, esse protocolo pode resolver problemas relacionados a endereço, aumentando o tamanho para 128 bits, tanto no campo de origem quanto no campo destino. A figura 26 mostra o formato básico do cabeçalho de endereçamento do protocolo IPv6. 66 Figura 26 - Cabeçalho de endereçamento Fonte (OLIVEIRA H.A. 2006) 4.6.1 Campos relevantes do protocolo para a aplicabilidade de QoS No protocolo IPv6 a qualidade de serviço é dividida em dois campos, cujo quais são o campo traffic class e o campo flow label. (OLIVEIRA H.A. 2006) Traffic class é identificado por um campo de 4 bits esse campo foi desenvolvido com o intuito de permitir que o tráfego de origem possa identificar qual a prioridade desejada dos pacotes. Flow label se refere a um campo de 20 bits onde sua função é identificar qual o fluxo de trafego, para que os nós intermediários possam aplicar esta etiqueta (label) identificando os fluxos para determinados tratamentos. O traffic class é direcionado para o catalogo de trafego que recebe o nome de DiffServ, já o flow label refere-se a geração dos fluxos prioritários, chamado de IntServ. O modelo IntServ tem como finalidade oferecer suporte de QoS aos fluxos individuais de pacotes baseando-se em seu pressuposto. Este modelo necessita da aplicação de um protocolo de reserva de recursos requer que os routers mantenham a informação do estado de cada fluxo. (OLIVEIRA H.A. 2006) 67 Já o modelo DiffServ é um mecanismo de QoS possibilitando o controle de agregados de fluxos. As reservas de recursos são realizadas para agregações denominadas de Behavior Aggregate, onde as redes que implementam serviços diferenciados são denominadas como Domínios de Serviços Diferenciados (DS), esse domínio é composto por um conjunto de nós que compartilham a mesma política de serviços. Assim com esses termos a qualidade de serviço se torna de extrema importância, devido a necessidade de se aplicar QoS nas tecnologias atuais como o VoIP, multiconferência etc. 4.6.2 Problemas com DiffServ e IntServ Em relação à integração dos serviços, no traffic class sua principal finalidade refere-se ao aumento da eficiência nos fluxos prioritários, anulando o problema de violação da camada. (OLIVEIRA H.A. 2006) A figura 27 mostra o que ocorre quando um dispositivo realiza sua operação em um que não seja a dele, sendo assim são gerados problemas referentes ao nível de desempenho. Neste caso o router realiza a identificação dos fluxos utilizados na camada de rede e na camada de transporte. Figura 27 - Violação da camada por parte do router no IPv4 Fonte (OLIVEIRA H.A. 2006) 68 No protocolo IPv4 a identificação dos fluxos é realizada através de source address, destination address, source port, destination port e protocol. Já no IPv6 a identificação é realizada pelos campos source address, destination address e flow label. Há outros problemas referente a violação da camada, esses problemas podem ser verificado quando há a existência de encriptação da camada de rede ou quando ocorre a fragmentação, a partir do momento em que a camada de rede é encriptada todas as camadas acima são encriptadas também, sendo assim o router conseqüentemente identificará os fluxos. (OLIVEIRA H.A. 2006) A figura 28 mostra um problema de encriptação, onde é abordado a diferenciação de trafego DiffServ a integração de serviços IntServ. Figura 28 - Encriptação ao nível da camada 3 Fonte - (OLIVEIRA H.A. 2006) Na fragmentação o caso é mais simples, pois sempre que há um fragmento existe um cabeçalho TCP, onde haverá pacotes que o fluxo não será identificado. A figura 29 mostra um pacote fragmentado em dois fragmentos, onde o cabeçalho TCP só aparece em um dele. 69 Figura 29 - Fragmentação de um pacote Fonte (OLIVEIRA H.A. 2006) 4.7 Considerações Finais Este capítulo apresentou a arquitetura do PABX asterisk, informando seus componentes necessários para a sua aplicabilidade, estudando a qualidade de serviço nesta tecnologia 70 5 MIGRAÇÃO DE TELEFONIA CONVENCIONAL PARA A TELEFONIA VOIP Este capítulo irá abordar a relação custo/benefício com o uso da tecnologia VoIP, apresentado as tarifações de telefonia VoIP e o servidor VoIP denominado Trixbox com o intuito de funcionar como um PABX IP. 5.1 Relação Custo/Benefício A principal vantagem da tecnologia VoIP refere-se ao custo\benefício em relação ao sistema de telefonia tradicional. Com o aumento do número de usuários conectados a Internet a tecnologia VoIP passa a ser um atrativo para a redução de custos com telefonia. Devido esse aumento da procura pela tecnologia, várias empresas passaram a oferecer o serviço de voz sobre IP, com isso essa tecnologia passa a ser a principal concorrente das operadoras de telefonia convencional. (Cliconnect.com.br) O avanço dessa tecnologia permite o uso da rede de dados para o tráfego de voz, reduzindo os gastos com telefonia. Com isso várias empresas em localidades diferentes passam a ser beneficiadas pelo sistema de telefonia VoIP, permitindo a comunicação entre si sem qualquer gasto adicional. Outros pontos fortes dessa tecnologia além da redução de custo com as ligações telefônicas são: a) Redução com a manutenção: permitindo o gerenciamento centralizado, facilitando o controle em relação aos gastos com telefonia e por se tratar de um software instalado em servidores, onde a configuração e manutenção possam ser realizadas de maneira fácil e remotamente. b) Recursos avançados: correio de voz e serviço de teleconferência, essa tecnologia também oferece a mobilidade, pois o usuário pode se comunicar através de um Softphone, que pode ser instalado no notebook ou em desktop, 71 reduzindo os custos associados à atualização de serviço em um sistema de telefonia tradicional, permitindo o benefício da empresas com o uso de recursos inovadores, além de poder utilizar telefones USB ou telefones tradicionais desde que os mesmos sejam adaptados para que possam ser utilizados nesta tecnologia. c) Cabeamento: essa tecnologia viabiliza um único cabeamento para a rede de voz e também para a rede de dados, se tornando outro ponto para a economia com a aplicabilidade do VoIP. A tabela 1 mostra um comparativo de tarifas de algumas operadoras que oferecem o serviço VoIP no Brasil. Tabela 1 – Tarifação VoIP - Fonte: site das operadoras Note que os valores da tarifação entre as operadoras VoIP são semelhantes principalmente para ligações locais para fixo, além disso a telefonia VoIP dispensa a necessidade de adquirir planos e assinaturas onde você realmente paga somente os minutos falados, com esses dados podemos visualizar que o mercado de telefonia VoIP vem se tornando cada vez mais competitivo no Brasil. Já a telefonia tradicional também vem se tornado um mercado competitivo, onde a cada dia as operadoras de telefonia tradicional lançam promoções para competir umas com as outras, mas mesmo assim as operadoras de telefonia VoIP passam a tornar suas concorrentes no mercado, fazendo que as operadoras de telefonia tradicional baixem suas tarifas cada vez mais, mas mesmo assim a tarifação das operadoras de telefonia VoIP possui valores de tarifas mais atrativas para os clientes. 72 A tabela 2 mostra um comparativo de tarifas de algumas operadoras que oferecem o serviço de telefonia fixa no estado de São Paulo, note que os valores de ligações são bem semelhantes, onde podemos visualizar a competitividade do mercado de telefonia no estado de São Paulo. Tabela 2 – Tarifação telefonia convencional - Fonte: site das operadoras 5.1.1 Servidor Trixbox O trixbox refere-se a uma aplicação que roda sob a distribuição Linux, voltada para VoIP, denominada Asterisk, que satisfaz as necessidades de uma organização em relação ao sistema de telecomunicações, permitindo a implementação de uma central telefônica digital, aplicando a tecnologia VoIP de forma flexível. (PINHEIRO B.O. 2005) Essa arquitetura garante a confiabilidade, redução de custos em relação à troca de hardware para a sua expansão, flexibilidade e confiabilidade em uma rede de dados, se tornando uma grande evolução no ramo de telecomunicações, além oferece a mobilidade, pois o usuário pode se comunicar através de um Softphone, telefone USB ou até mesmo com um telefone tradicional desde que o mesmo seja adaptado para ser utilizado na tecnologia VoIP. 73 Após a implementação do servidor trixbox, teremos um PABX virtual configurado de acordo com as necessidades de uma empresa ou até mesmo de uma residência, permitindo implementar uma solução VoIP de maneira simples e com baixo custo. A figura 30 mostra o funcionamento e arquitetura da implementação do servidor trixbox. Figura 30 - Arquitetura trixbox 5.2.1 Componentes necessários para a utilização Para a utilização e implementação do servidor trixbox são necessários os seguintes componentes: a) Um computador para ser utilizado como servidor com o Trixbox instalado; b) Ramais (softfones ou equipamentos de tecnologia VoIP); c) Uma conta de uma operadora VoIP para ligar para qualquer telefone, d) Um acesso à Internet de boa qualidade. 74 Para a implementação desse servidor recomenda-se o uso de um computador com pelo menos 512Mb de RAM, com um mínimo de 40Gb de HD, neste projeto foi utilizado um computador com 1Gb de memória RAM com processador AMD athlon X2. 5.2.2 Procedimento para instalação O trixbox está disponível no site http://www.trixbox.org/downloads. A versão utilizada foi o trixbox Community Edition (CE). Realize o download do aplicativo e grave em um cd, coloque o mesmo no drive e reinicie o computador para que o mesmo possa dar um boot pelo cd, em seguida aparecerá uma tela, aperte enter para carregar e detectar os componentes do computador, logo após aparecerá uma tela para selecionar a opção de idioma do teclado, selecione o idioma e aperte OK, em seguida selecione a zona de horário e a cidade que faz parte o seu fuso horário. A tela a seguir refere-se à senha do usuário root, onde será criada a senha de acesso ao trixbox, em seguida o HD será formatado e vários arquivos serão instalados. Os arquivos instalados para o funcionamento do trixbox são: a) CentOS - o Sistema Operacional Linux; b) Asterisk - o PABX IP de código livre; c) freePBX - interface Web para configuração; d) SugarCRM – que realiza o gerenciamento de contatos; e) A2Billing - sistema de tarifação; f) Flash Operator Panel (FOP) - painel para o gerenciamento de ligações; g) Web Meet Me Control - para gerenciamento de conferências; h) Asterisk-Stat - para gerar relatórios de ligações efetuadas (CDR); i) mySQL, Apache, PHP e outras bibliotecas; j) Ferramentas de administração do servidor. A figura 31 mostra a tela de inicialização do servidor trixbox após a instalação dos aplicativos necessários para o seu funcionamento. 75 Figura 31 - Tela de acesso ao trixbox 5.2.3 Configurando o trixbox O servidor trixbox possui uma interface gráfica para que o Asterisk possa ser configurado, essa interface gráfica facilita a configuração do PABX IP e essa interface pode ser acessada pelo navegador Web através o endereço IP do servidor. As principais funções do servidor trixbox são: a) Extensions: função que realiza a manutenção de ramais e de correio de voz; b) Trunks: permite a configuração de troncos para possa se conectar com outros sistemas; c) Outbound Routes: permite o gerenciamento de quais troncos devem ser utilizados para que as chamadas possam ser efetuadas; d) Inbound Routes: permite a especificação do destino das ligações recebidas; e) DID Routes: especifica o destino de chamadas identificadas; f) On Hold Music: permite a configuração e gravação de música de espera para o atendimento; g) System Recordings: permite a gravação das mensagens informativas; Para realizar a configuração acesse a interface gráfica pelo navegador web com o endereço IP informado na tela de inicialização do servidor, Clique na opção switch no user mode, para logar como administrador no sistema, conforme mostra a figura 32: 76 Figura 32 - Tela de acesso como administrador Após o acessar o sistema para o gerenciamento do trixbox, você terá acesso a tela de status do seu servidor conforme mostra a figura 33. Figura 33 - Tela status servidor trixbox 77 5.2.4 Habilitando os módulos No PBX são habilitados os principais módulos do servidor trixbox para o funcionamento da aplicação. No menu principal do Trixbox, clique no menu PBX e selecione a opção PBX settings; na aba administração, clique no menu setup e selecione a opção system status, você tem acesso status da aplicação referente a configuração de canais, ramais de utilização, registro SIP e outros, conforme a figura 34. Figura 34 - Tela do System status Para a configuração dos ramais a serem aplicados selecione a opção PBX , em seguida selecione PBX settings, na aba administração clique em setup e em seguida selecione a opção Extensions, através desses passos serão configurados os ramais com o protocolo SIP que é o mais utilizado em aplicações VoIP. 78 Em seguida na tela add an Extensions selecione a opção Generic SIP Device e clique em Submit. Na tela a seguir existem vários parâmetros, sendo que os parâmetros necessários para a configuração são: a) User Extension: 2001 (número do ramal) b) Display Name: Fernando (usuário do ramal) c) Secret: ***** (senha de acesso ao ramal) Na opção Voicemail, mude o Status para a opção enable, para que o correio de voz possa ser habilitado. a) Voicemail password: ***** (senha da caixa postal) b) Email address: [email protected] (para receber a mensagem de voz via email) c) Email attachment: yes (para anexar a mensagem de voz no email) Logo após clique em "Submit" para criar o ramal e clique em Apply Configuration Changes para atualizar as configurações no Asterisk. Uma observação muito importante refere-se as faixas reservadas e não devem ser utilizadas para a configuração dos ramais no seu trixbox, cujo as quais são: 200, 300-399, 666, 70-79, 700-799 e 7777 O softfone utilizado neste projeto foi o Softfone X-Lite que está disponível no site http://www.counterpath.com, realize a instalação dessa aplicação no computador sendo ele Windows ou Linux, após a instalação realize a configuração do mesmo com as seguintes opções: a) Proxy: 192.168.0.31 (endereço IP do seu servidor Trixbox) b) Ramal: 2001 (o número do ramal criado) c) Senha de acesso: ****** (senha do ramal) A tela de configuração do X-Lite é mostrada na figura 35. 79 Figura 35 - Configurando o X-Lite 5.2.5 Configurando rotas de entrada e saída Para que o trixbox possa ser utilizado é necessário realizar a configuração dos troncos sejam eles de entrada de ligações ou de saída de ligações, para o funcionamento desse servidor VoIP é necessário a contratação de um provedor de telefonia VoIP, neste projeto foi utilizado o provedor vono, pois oferece serviços como identificador de chamadas, correio de voz etc. e também devido o mesmo trabalhar com o protocolo de sinalização SIP. Na aba PBX em PBX settings selecione administração clique em setup e escolha a opção Trunks e depois em Add SIP Trunk, para realizar o cadastro do Provedor VoIP para podermos efetuar ligações. Os campos necessários para a configuração são: a) Outbound Caller ID,(identificação da conta como por exemplo (11) 40634529) b) Trunk Name ( nome do tronco como por exemplo vono ) 80 c) PEER Details ( informações sobre conta, usuário, senha, provedor, portas conforme a instrução mostrada na figura 36) Figura 36 - PEER Details a) User context (vono in) b) User Details ( código com informações de usuário, provedor, host etc. conforme a ilustração mostrada na figura 37) Figura 37 - User Details Register String (informações sobre a conta do Provedor, senha de acesso, número de telefone onde a ligação será encaminhada e as portas conforme a ilustração mostrada na figura 38) Figura 38 - Register String 81 Logo após todas essas configurações clique em submit changes e em Apply Configuration Changes, para que essas configurações possam ser registradas no servidor VoIP. Já em relação ao direcionamento de ligação para os ramais é necessário realizar a configuração das rotas de chegadas, onde é necessário configurar a opção inbound routes em seguida aparecerá a opção de configuração das rotas conforme a figura 39. Figura 39 - Rotas de entrada Para as rotas saiam de um tronco específico é necessário realizar a configuração para que as ligações possam ser encaminhadas para um número específico, sendo assim é necessário realizar a configuração da opção Outbound Routes com as seguintes informações e logo após selecione submit changes e clique em Apply Configuration Changes . a) Route Name: Vono (nome da rota de saída utilizada) b) Dial Patterns= 7|. c) Trunk Sequence - Selecione SIP/Vono (rota criada) A configuração da rota externa é mostrada na figura 40. 82 Figura 40 - Rota externa Com essa configuração toda a vez que for efetuar uma chamada é necessário digitar 7 + o número de telefone . Seguindo todas essas opções de configuração do servidor, teremos um PABX virtual com capacidade de realizar todo o gerenciamento de uma central telefônica com baixo custo. 5.3 Considerações Finais Este capítulo apresentou a relação custo/beneficio com o uso da tecnologia VoIP, apresentado as tarifações de telefonia VoIP e o servidor VoIP denominado Trixbox que funciona como um PABX IP. 83 6 ESTUDO DE CASO Este capítulo irá apresentar a empresa e qual a importância de realizar o processo de implementação do sistema de telefonia VoIP, como solução em telecomunicações visando a redução de custo no ambiente corporativo de pequenas e médias empresas. 6.1 Caracterização do empreendimento 6.1.2 Nome e Razão Social CAT - Indústria e Comercio e Engenharia Industrial Ltda. End.: Rua Gilberto Menotti Eugenio Cará nº 21 Bairro: Palmeiras São José, São José dos Campos – SP. CEP: 12.237-895 6.1.3 Tel. (12) 3934-6006 Nome Fantasia CAT ENGENHARIA 6.1.4 Situação da empresa Trata-se de uma empresa voltada para o desenvolvimento de projetos e desenhos indústrias nas áreas de mecânica, elétrica, instrumentação e outros. Atua no ramo de prestação de serviços de Engenharia Industrial, fornecendo soluções técnicas e econômicas para empresas dos mais diversos setores. 84 Constantemente investe em recursos materiais e humanos, visando sempre garantir qualidade de atendimento e rapidez nos serviços prestados, atendendo seus clientes a qual a mesma trabalha no sistema de parceria com ferramentarias e industriais de base especializadas e com profissionais altamente qualificados. 6.1.5 Área de Indústria A empresa CAT Indústria e Comercio e Engenharia Industrial, possui uma área total de seu terreno de 600 m², onde tem uma área construída de 500 m². 6.1.6 Mão de Obra Trabalham na empresa 10 pessoas em um só turno de trabalho. Não há ampliações previstas. 6.1.7 Organograma funcional da empresa. O organograma da empresa é mostrado na figura 41. Figura 41 - Organograma funcional da empresa 85 6.2 Cenário atual A empresa atualmente utiliza a concessionária de telefonia “Telefônica S/A” como solução em telecomunicações para o ambiente corporativo, utilizando duas linhas telefônicas com o plano de 400 minutos, em cada uma, que podem ser utilizados apenas para realizar ligações locais. O valor da assinatura mensal é de R$72,21 cada, sendo uma linha telefônica empresarial e outra residencial. Além do serviço de voz, a empresa dispõe de serviço de dados com a Internet Speedy, através também da Telefônica, operando sob a velocidade de 512Kbps. Equipamentos da empresa: a) 14 (quatorze) computadores com configurações Intel DualCore 2Ghz, Memória 2GB, HD 40GB b) 1(um) plotter, c) 2 (duas) impressoras laser d) 1 (um) servidor com configurações ADM Athlon XP 2,9GHz, Memória 1,5GB, HD 500GB. e) 1(um) PABX (Intelbrás) f) 1 (um) switch g) 5 (cinco) aparelhos telefônicos. A figura 42 mostra como se encontra a rede atual da empresa. 86 Figura 42 - Infra-estrutura atual da rede da empresa 6.3 Cenário proposto A proposta para esta empresa é implementar o uso da tecnologia VoIP com solução em telecomunicações, dispensando o uso da telefonia tradicional, com o intuito de reduzir custos com telecomunicações. Com isso dispensaria o uso de uma linha telefônica, pois a outra linha que a empresa utiliza se aplicaria para a recepção do link de Internet com a velocidade de 512Kbps, lembrando que a tecnologia VoIP utilizará somente uma banda de 64 Kbps para seu funcionamento, pois a mesma necessita de CODECs que efetuem a codificação da voz, onde mesmos permitem a codificação da voz, segue exemplo de CODECS utilizados na tecnologia G.711 ulaw (usado nos Estados Unidos) – (64 Kbps) e o G.711 alaw (usado na Europa e no Brasil) – (64 Kbps). A implementação do servidor estudado neste trabalho dispensaria a utilização do PABX no ambiente, onde seria aplicado o uso do servidor que funciona como um PABX IP com baixo custo, além de não existir a necessidade de pessoal especializado em telefonia para 87 a manutenção deste novo PABX IP, bastando apenas profissional especializado em TI, uma vez que a nova infra-estrutura roda sob um simples PC. A ferramenta responsável por suportar o serviço de PABX IP roda com um hardware mínimo, composto de um computador com pelo menos 512Mb de RAM e um mínimo de 40Gb de HD, para que o serviço possa funcionar com sucesso de acordo com a necessidade da empresa. A voz passaria pela flexibilidade e confiabilidade da rede de dados atual. Neste tipo de implementação o usuário não dispensaria o uso de aparelhos telefônicos, uma vez que os mesmos podem ser reaproveitados através de adaptadores denominados telebox para a utilização da tecnologia VoIP. Os itens necessários para o funcionamento são: aparelho telefônico de qualquer modelo, telebox com duas saídas de áudio, filtro anti-ruído para eliminar ruídos das ligações, duplicador de saída de som (opcional) e união de cabo de telefônico (opcional). A figura 43 mostra como esses adaptadores funcionam. Figura 43 - Funcionamento Telebox Além do serviço de Internet a empresa terá que assinar o um provedor VoIP, responsável por prover acesso à tecnologia. É importante lembrar que o provedor de telefonia VoIP não é necessário pagar pela a assinatura, como acontece na telefonia tradicional, pois a empresa paga apenas o que utiliza. Na figura abaixo mostra como ficaria a rede proposta com a aplicação da tecnologia na empresa. Repare que nesta nova infra-estrutura uma linha telefônica é eliminada, e o PABX 88 convencional é substituído por 1 (um) computador que será responsável por rodar a ferramenta Trixbox. Com base no que consta na planta após a implementação, é possível notar que a infra-estrutura de um modo geral continua a mesma, uma vez que a infra-estrutura de dados é toda aproveitada sem qualquer modificação e/ou ampliação, para que então ocorra o tráfego de Voz na rede, que será gerenciado pelo servidor do Trixbox (PABX IP). A figura 44 mostra a infra-estrutura proposta. Figura 44 - Infra-estrutura proposta 6.4 Custo com a implementação Para a implementação do serviço de telefonia VoIP, utilizando o servidor VoIP trixbox será necessário os seguintes requisitos: a) 1 (um) computador com 512Mb de RAM e um mínimo de 40Gb de HD; b) Adaptadores telebox ou softfones; c) Provedor VoIP; d) Link de Internet; 89 Com esses equipamentos ao valor da implementação seria de R$ 410,00 , onde o valor do computador com as configurações necessárias sairia por R$ 310,00 o telebox com o valor de R$ 22,00 para cada aparelho telefônico tradicional, com relação ao provedor VoIP onde não é necessário pagar pela a assinatura, como acontece na telefonia tradicional, pois a empresa paga apenas o que utiliza e o link de Internet de 512Kbps com o valor de R$89,90, lembrado que essa tecnologia utiliza uma banda de 64Kbps, o restante da banda a empresa utiliza de acordo com as suas necessidades. Esta implementação garante a confiabilidade, redução de custos em relação à troca de hardware para a sua expansão, flexibilidade e confiabilidade em uma rede de dados, se tornando uma grande evolução no ramo de telecomunicações, além oferece a mobilidade, reduzindo os custos associados à atualização de serviço em um sistema de telefonia tradicional, permitindo o benefício da empresa com o uso de recursos inovadores. Implementando em uma organização a economia com telefonia chega a 80%, além da redução de custo com o cabeamento, pois viabiliza um único cabeamento para a rede de voz e também para a rede de dados. Na figura 45 mostra os valores mensais de utilização de telefonia na empresa durante um ano repare que o custo ligações é bem elevado, pois esta empresa utiliza mais ligações interurbanas. Telefonica R$ 300,00 R$ 250,00 R$ 200,00 R$ 150,00 R$ 100,00 R$ 50,00 R$ n Ja ro ro ei ve Fe i re ço ar M ril Ab M aio n Ju ho ho l Ju to os Ag m te Se o br Telefonica Figura 45 – Custo com ligações com telefonia tradicional tu Ou o br ve No o br m br em z De o 90 Já com a implementação da tecnologia VoIP na empresa, o custo com tarifação é reduzido, devido a voz trafegar pela rede de dados sobre um link de Internet, na figura 46 mostra a conversão dos valores de custo com telefonia do mesmo período utilizando o sistema de telefonia VoIP. VoIP R$ 90,00 R$ 80,00 R$ 70,00 R$ 60,00 R$ 50,00 R$ 40,00 R$ 30,00 R$ 20,00 R$ 10,00 R$ iro ne Ja ve Fe i re ro ço ar M r il Ab aio M n Ju ho o lh Ju to os Ag m te Se o br tu Ou o br ve No o br m br em z De o VoIP Figura 46 – Conversão de custos para telefonia VoIP Portanto após esta conversão, pode-se visualizar que com a utilização do sistema de telefonia VoIP o custo com as ligações chega a reduzir em 80% com relação ao sistema de telefonia tradicional, comprovando que realmente o VoIP é uma opção atrativa para a redução de custos com comunicação em ambiente corporativo conforme ilustrado na figura 47. Comparativo Telefonia Convencional x VoIP R$ 300,00 R$ 250,00 R$ 200,00 R$ 150,00 Telefonica R$ 100,00 VoIP R$ 50,00 R$ Ja n ei ro Fe M Ab a ve r il re rço iro M aio Ju n ho Ju l ho Ag S De Ou No o s et e z m tub vem em to br ro br br o o o Figura 47 – Telefonia tradicional x VoIP 91 6.5 Considerações Finais Este capítulo apresentou a empresa e a importância de realizar o processo de implementação do sistema de telefonia VoIP, como solução em telecomunicações visando a redução de custo no ambiente corporativo de pequenas e médias empresas. 92 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho apresentou um estudo bibliográfico sobre o sistema de telefonia VoIP com relação ao custo\beneficio, aplicando um PABX VoIP em um ambiente corporativo. Este Capítulo está organizado como segue: a Seção 7.1 apresenta as considerações finais e conclusões deste trabalho, enquanto a Seção 7.2 apresenta sugestões para trabalhos futuros. 7.1 Contribuições e conclusões A seguir são apresentadas as contribuições deste trabalho: a) Apresentação da infra-estrutura da rede VoIP utilizada para o trafego de voz; b) Analise das vulnerabilidades dos protocolos utilizados na tecnologia; c) Analise de custo/beneficio da implementação da tecnologia VoIP; d) Implementação de um PABX de telefonia VoIP ; e) Implementação PABX virtual para pequenas e medias empresas; A partir destas contribuições, pode-se concluir que a) O uso do sistema de telefonia VoIP, é um fator extremamente importante para o quesito de redução de custo\ beneficio para as organizações; b) Este sistema oferece uma economia de 80% com relação à telefonia tradicional; c) Redução de custo com cabeamento, um único cabeamento para a rede de voz e dados; d) Com o uso desta tecnologia pode melhorar a competitividade e a produtividade, reduzindo os custos com a funcionalidade do VoIP; e) VoIP pode ser aplicado de maneira simples de acordo com a necessidade de cada ambiente onde pode ser aplicado; f) Gerenciamento da tecnologia é centralizado facilitando o controle em relação aos gastos com telefonia; 93 7.1.1 Publicações Durante a execução deste trabalho foram publicados os seguintes artigos: a) Implementação de servidor asterisk como solução para central telefônica VoIP, publicado no XI Simpósio de Iniciação Cientifica e Tecnológica da Fatec-SP, 2009 b) Implementação de servidor trixbox como solução para central telefônica VoIP, publicado na IX Mostra de Produção Científica da Unisal em Lorena – SP, 2009 7.2 Trabalhos Futuros A seguir são apresentadas sugestões para trabalhos futuros: a) Implementação de atendimento eletrônico com o uso do servidor trixbox; b) Analise das Vulnerabilidades do servidor trixbox como solução para central telefônica VoIP; c) Segurança no sistema de Telefonia VoIP; d) VoIP: estudo sobre o protocolo SIP e suas vulnerabilidades; 94 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES M.B.J, VoIP a primeira evolução do século 21, disponibilizado em <http://www.inf.ufsc.br/~adriana/fase_01/tgs/trab_03/Trabalho3.pdf> (acessado em 03/06/2009) Acesso a internet, disponibilizado em< www.skills-1st.co.uk/.../internet-map>.(acessado em 10/03/2009) BALBINOT R.; SILVEIRA G.J; CASTELLO C.F; SANTOS M.P ,QUADRA S.A. Voz sobre IP- Tecnologia e tendências . Universidade católica do Rio Grande do Sul - XXI Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores 2002 BARRY M. L; VINTON G. C; CLARK D; KAHN E.R; KLEINROCK L, LYNCH D, POSTEL J, LARRY G. R; WOLFF. S, História da Internet, disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72992007000500017&script=sci_arttext> (acessado em 10/04/2009) COLCHER S; GOMES A.T.A; SILVA O.A;FILHO S.L.G; SOARES G.F.L; VoIP Voz sobre IP, Editora Campus. SP: 2006 Custos e economia ocultos em voip, disponível em <http://www.cliconnect.com/br/Artigos/custoseconomiavoip.htm> (acessado em 10/10/2009) Domínios e usuários conectados, disponibilizado em <http://74.125.93.132/search?q=cache:wArLgaoChccJ:ftp://ftp.registro.br/pub/doc/tutorialdnssec.pdf+Registro.br&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>; (acessado em 20/03/2009) GOMES V.H.C; Voz sobre IP VoIP, disponibilizado em <http://www.inatel.com.br> (acessado em 28/05/2009) 95 GOMILLION D;DEMPSTER B; Construindo Sistemas de Telefonia Com O Asterisk, tradução Dov Bigio, editora Packt Publishing, 2006 Intel, nexteg, VoIP , disponível em <http://www.nexteg.com.br> , (acessado em 12/04/2009) IZÚ A; MIGUITA W, Voip a revolução da telefonia, disponibilizado em <http://conhecimento.incubadora.fapesp.br/portal/trabalhos/2005/VoIPEARevolu_c3_a7_c3_ a3oNaTelefoniaSegundaParte> (acessado em 10/06/2009) JÚNIOR V.G, Voz Sobre IP – Segurança de transmissões, Trabalho de conclusão de curso da Universidade Católica de Goiás. GO: 2005 LESSA M.E; SOUZA X.C.L ; Voice over IP , disponibilizado em <http://www.gta.ufrj.br/grad/07_1/voip/> (acessado em 06/06/2009) MARTINS D.A ;HAMAD A.;COSTA C.H.C.J.B; JUNIOR M.R.I, Segurança aplicada à VoIP sobre o protocolo SIP: Estudo das vulnerabilidades e suas soluções, trabalho de conclusão de curso, FIAP – Faculdade de Tecnologia .SP:2006 MARTINS M.R; Segurança em sistemas voz sobre IP, Trabalho de conclusão de curso, Centro Universitário SENAC São Paulo. SP:.2007 MAZZEO M.L; Evolução da Internet no Brasil e no Mundo. SP: Ministério da Ciência e Tecnologia 2000 MITNICK, Kevin D; William L. Simon. A arte de enganar. Tradução: Kátia Aparecida Roque; revisão técnica: Olavo José Anchieschi Gomes. (2003) São Paulo : Makron Books. MOURA T.N; Voice over Internet Protocol – Voip, disponibilizado em <http://voip.ic.uff.br/Voip_Survey.html> (acessado em 27/05/2009) OBERELHO R.R, Fundamentos de Segurança e Criptografia na Internet. SP: Digerati Books,2006. 96 OLIVEIRA A.H; VoIP em IPv6,disponibilizado em <http://ipv6.estg.ipleiria.pt/voip/IPv6@ESTG-Leiria_VoIPv6_Relatorio_Final.pdf> (acessado em 30/6/2009) PINHEIRO P.S; LOPES V.S.L.A; GONÇALVES F.L; Voz Sobre IP –Voip, disponibilizado em <http://www.cefetrio.hpg.ig.com.br/ciencia_e_educacao/8/trabalhos/rlc_1_2003/VoIP/> (acessado em 20/06/2009) PINHEIRO O.B; Voz sobre IP utilizando asterisk, Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal de Larvas, Departamento de ciência da computação, Minas Gerais MG:.2005 RANGEL R.A; História da Internet, Disponível em <http://www.buscalegis.ufscr.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/2621/2192> (Acesso em 06/04/2009) REZENDE S; R; A; Análise das vulnerabilidades e ataques ao protocolo SIP, União educacional de Minas Gerais, trabalho de conclusão de curso. Faculdade de ciências aplicadas de minas. MG :2000 Softphone, disponibilizado em <www.voip-info.de/img/news/xpro.jpg> (acessado em 15/05/2009) SOUZA M.R; LIMA E.A; SANTOS L.R; Implementação de um pabx ip e gateway voip com asterisk, trabalho de conclusão de curso , Universidade tecnológica Federal do Paraná. PR:.2006 TANEMBAUM, Andrew S, Redes de computadores, SP: Elsevier,2003. Tarifação VoIP, operadora G1 VoIP <www.g1voip.com/cartao_virtual.htm> ( acessado em 20/09/2009) disponibilizado em 97 Tarifação telefonia tradicional, Telefônica, disponibilizado em <http://www.telefonica.com.br/portal/site/on/menuitem.d0b02f69c229bab126633a106970fda 0/?vgnextoid=b38641ef9c49c110VgnVCM1000000d64d50aRCRD&vgnextchannel=0211903 a97978110VgnVCM1000000102a8c0RCRD> ( acessado em 21/09/2009) Tarifação telefonia tradicional, Embratel, disponibilizado em <http://www.embratel.com.br/Embratel02/cda/portal/0,2997,RE_P_3124,00.html> (acessado em 21/09/2009) Tarifação VoIP, operadora Lig, disponibilizado em< http://www.melig.com.br/> (http://www.embratel.com.br/Embratel02/cda/portal/0,2997,RE_P_3124,00.html acessado em 20/09/2009) Tarifação VoIP, operadora Skype, disponibilizado em http://www.skype.com/intl/pt/prices/callrates (acessado em 20/9/2009) Tarifação VoIP, operadora Terra VoIP, disponibilizado em http://voip.terra.com.br/vcp.cgi?+_stt=2015 (acessado em 20/09/2009) Tarifação VoIP, operadora UOL-VoIP, disponível em <https://voip.uol.com.br/tarifas.htm>,( acessado em 20/09/2009) Telebox, disponibilizado em< http://www.scribd.com/doc/2569530/Usando-Seu-TelefoneSem-Fio-no-Skype>>, (acessado em 9/11/2009) Telefone IP, disponibilizado em < http://vb.net/products/CISCO/iptelephones.jpg> (acessado em 15/05/2009) Usuários conectados a internet, disponibilizado em <http://www.cetic.br/pesquisas/index.htm >, (acessado em 10/03/2009) VALE C.S.M; COSTA C.D; ALVES N. Internet, histórico, evolução e gestão. SP : CBPF Books 2000 98 VILEBALDO C.S.A.E, Protocolos SIP X H.323, disponibilizado em <http://www.cefetrio.hpg.com.br/ciencia_e_educacao/8/RLC_1_2005_SIP_H323_I_1.htm> (acessado em 17/06/2009) 99 ANEXO