CA SAD 3 - Como funciona o tratamento? Inicialmente a disponibilidade dos membros será um fator relevante para um bom encaminhamento, no entanto nem sempre isto é possível. Por isso algumas intervenções favoráveis são: os atendimentos individuais. Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas “Jardim das Acácias” E é através do atendimento familiar que os membros passam a receber atenção não só para sua angústia, como também começam a receber informações fundamentais para a melhor compreensão do quadro de dependência química, e conseqüentemente melhora no relacionamento familiar. Uma avaliação familiar também é muito importante para o tratamento, pois fornece dados que colaboram com o diagnóstico do dependente químico ajudando na escolha da intervenção mais adequada tanto para a família quanto para o dependente químico variando conforme necessidade de cada família. Muitos fatores contribuem para o desenvolvimento da dependência química, no entanto, a organização familiar mantém uma posição de saliência no desenvolvimento e prognóstico do quadro de dependência química. Neste sentido, a abordagem familiar é considerada como parte integrante do tratamento e fundamental para a melhora do dependente químico. Realização: (15) 3233-5628 Trabalho educativo desenvolvido para CAPS AD Enfermeira Caroline Lemes Cruz COREN / SP 10996/08 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA Atendimento: Apoio: Rede de Assistência em Saúde Mental “Jardim das Acácias” Av. Adhemar de Barros, 212 Trujillo - Sorocaba / SP 1 - O reflexo dos alcoolistas ou dependentes químicos na familia: A doença do alcoolismo ou do uso de substâncias químicas afeta não só o dependente químico, mas também sua família, o impacto que a família sofre decorrente do uso de álcool e/ou drogas de um de seus membros é correspondente às reações que vão ocorrendo com o indivíduo que a utiliza. Estudos mostram que a doença do alcoolismo manifesta-se também nos esposos(as) ou companheiros(as) dos usuários, o que é determinado como co-dependência, entre outros comprometimentos que a família sofre decorrente do usuário. Para isto, a inclusão da família no tratamento de alcoolistas e dependentes químicos é fundamental, e produz melhor desfecho quando comparadas com famílias que não são incluídas no tratamento. • Segunda fase: a família demonstra muita preocupação com o problema, tentando controlar o consumo de álcool e/ou de drogas, bem como as suas conseqüências físicas, emocionais, no campo do trabalho e no convívio social. Mentiras e cumplicidades relativas ao uso abusivo de álcool e drogas instauram um clima de segredo familiar. A regra é não falar do assunto, mantendo a ilusão de que as drogas e álcool não estão causando problemas na família. • Quarta fase: é caracterizado pela exaustão emocional, podendo surgir graves distúrbios de comportamento e de saúde em todos os membros da família. A situação fica insustentável, levando ao afastamento entre os membros gerando desestruturação familiar. • Terceira fase: a desorganização da família é enorme. Seus membros assumem papéis rígidos e previsíveis, servindo de facilitadores. As famílias assumem responsabilidades de atos que não são seus, e assim o dependente químico perde a oportunidade de perceber as conseqüências do abuso de álcool e drogas. É comum ocorrer uma inversão de papéis e funções, como por exemplo, a esposa que passa a assumir todas as responsabilidades de casa em decorrência do alcoolismo do marido, ou a filha mais velha que passa a cuidar dos irmãos em conseqüência do uso de drogas da mãe. Embora tais estágios definam um padrão da evolução do impacto das substâncias, não se pode afirmar que em todas as famílias o processo será o mesmo, mas indubitavelmente existe uma tendência dos familiares de se sentirem culpados e envergonhados por estar nesta situação. 2 - Características presentes em famílias de alcoolistas ou dependentes químicos • Primeira fase: a família demonstra o mecanismo de negação. Ocorre tensão e desentendimento e as pessoas deixam de falar o que pensam e sentem sobre o assunto. Muitas vezes, devido a estes sentimentos, a família demora muito tempo para admitir o problema e procurar ajuda externa e profissional, o que colabora para agravar o desfecho do caso.