Objectivos para orientar o estudo dos conteúdos de História da Cultura e das Artes 10º Ano (2009 -2010) Professor: Luís Paulo Ribeiro Módulo 2: A Cultura do Senado A – O século I a. C./d. C., o século de Augusto (o tempo) 1 – Relacionar as expressões: “Século de Augusto” e “Pax Romana” R/ - O chamado século de Augusto está associado à ideia de “Pax Romana”, porque a eficácia governativa do imperador Octávio César Augusto permitiu ao império romano viver um longo período de paz. 2 – Referir o conjunto de aspectos que explicam a eficácia da organização político – administrativa do império romano. R/ - a) Existência de um poder autocrático…. (…) 3 - Enunciar as principais características do mundo romano. R/ - a) Domínio militar; b) Centralização político-administrativa; (…) 4 – Analisar os vários níveis de realização do poder imperial. R/ - a) No plano militar – restabeleceu a ordem e a disciplina militar e estimulou o espírito de conquista; b) No plano político – reformou o aparelho político-administrativo aumentando o poder imperial e reduzindo o poder do Senado; c) No plano social – Promoveu a paz (“Pax Romana”) criando uma estrutura social fortemente hierarquizada (patrícios, plebeus e escravos); d) No plano cultural – usou a prosperidade económica para proteger as artes e o trabalho intelectual; 1 e) No plano religioso – restabeleceu a religião tradicional ligada ao culto dos antepassados e criou o culto imperial. 5 - Dizer em que consistiu o fenómeno da romanização. R/ - Consistiu numa política cultural destinada a levar o modo de vida romana às restantes partes do Império. Para isso, os romanos realizaram obras por todo o Império. a) Abrindo estradas (as vias romanas); b) Construindo cidades à imagem e semelhança de Roma; c) Levantando pontes, aquedutos, templos, termas, arcos de triunfo e mausoléus …; d) Desbravando florestas, fazendo arroteamentos dos campos e fundando indústrias; e) Construindo equipamentos sociais como bibliotecas… B – Roma: o modelo urbano no império (o espaço) 6 – Identificar os povos fundadores da cidade de Roma. R/ - Povos fundadores de Roma (século VIII a. C. – ano 753) a) Latinos (povo que habitava o monte Palatino); b) Sabinos (povo que habitava o monte Quirinal). Neste período Roma não passava de uma grande aldeia urbanisticamente desorganizada, constituída por montes rodeados de terrenos alagados de água que mais tarde foram drenados de modo a permitir o alargamento contínuo do espaço habitado. 7 – Avaliar o papel desempenhado pelos etruscos na renovação urbanística de Roma. R/ - O domínio de Roma pelos etruscos no século VII a. C., a implantação do regime monárquico e a realização das primeiras grandes obras, como a “Cloaca Máxima”. 8 – Mencionar os principais momentos e intervenientes relacionados com a renovação urbanística de Roma. R/ - a) O domínio etrusco (século VII a. C.); b) A expulsão dos etruscos, o fim do regime monárquico e a implantação do regime republicano no ano de 509 a. C.; 2 c) O longo período da República (de 509 a 27 a. C) e a construção do império romano: - Crescimento urbano de Roma; - Desenvolvimento de uma política de conquistas; - Intensificação das actividades económicas facilitada pelas vias romanas; - Crescimento populacional de Roma e renovação urbanítica; - Roma, centro do mundo (“todos os caminhos vão dar a Roma”). 9 – Referir os dois paradigmas estabelecidos pela cidade de Roma. R/ - A cidade de Roma, enquanto “Urbe” ou modelo a seguir, transformou-se num duplo paradigma para todo o mundo romano: a)Paradigma a nível administrativo e civilizacional – apesar de as cidades do império apresentarem diferentes estatutos jurídicos (municípios, colónias …) todas elas, enquanto sedes de administração regional, dispunham de uma estrutura interna baseada no modelo das instituições e órgãos governativos da cidade de Roma; b) Paradigma a nível urbanístico – porque cada cidade era uma pequena Roma com o seu fórum, as suas termas, basílicas, anfiteatros, templos… distribuídos num espaço urbano organizado em torno de dois eixos viários ortogonais (o cardo e o decúmano). C – O Senado: os senadores e o cursus honorum (o local) 10 – Definir os conceitos de senado, de retórica e de cursus honorum. R/ - a) Senado – órgão legislativo e deliberativo do Estado Romano(principal órgão político da República); b) Retórica – arte de bem falar. Era a principal arma de discussão argumentativa necessária ao sucesso dos senadores; c) Cursus honorum – carreira das honras baseadas em magistraturas hierarquizadas 11 – Definir o conceito de Direito romano. R/ - Conjunto de normas jurídicas compiladas pelos romanos ao longo da sua História. 3 12 – Apontar as duas principais características do Direito Romano. R/ - a) Racionalidade e lucidez dos princípios gerais enunciados; b) Pragmatismo na análise das situações do quotidiano de carácter económico, social, familiar, étnico e político, bem como na forma de encarar as várias regiões do império. D – A língua latina: a construção do latim; o latim de Cícero; o latim do limes (síntese 1) 13 – Situar no tempo o aparecimento e o período de formação da língua latina. R/ - A formação da língua latina vai desde cerca de 1700 a. C. até ao ano de 509 a. C. (início do regime republicano) e atinge o seu apogeu no século I a. C., período em que se torna a língua oficial de todo o império. 14 – Identificar os diferentes falares mediterrânicos que influenciaram a língua latina no seu período de formação. R/ - O latim recebeu influências: a) etruscas; d) gregas (desde o século VII b) gaulesas; através da Magna Grécia) c) do dialecto cartaginês; 15 – Situar no tempo o período de ouro da língua latina. R/ - O período entre o século Ia. C. e o século II d. C. é o período de ouro da língua latina cultivado por grandes figuras da cultura romana: 16 – Indicar o nome de alguns dos principais cultores do latim vernáculo. R/ - Estes são os nomes de maior destaque: a) Virgílio; d) Séneca; b) Horácio; e) Tácito; c) Tito Lívio; f) Lucano. Obs: Estes autores deram origem a uma das literaturas mais desenvolvidas da Antiguidade. 17 – Distinguir entre o latim erudito e o latim popular ou latim do limes. R/ - Depois do seu período de ouro o latim assumiu 2 formas distintas: a) O latim erudito - falado pelas elites e baseado na pureza e rigor gramatical; b) O latim popular ou do “limes” – falado a nível local e sujeito a alterações. 4 18– Explicar o surgimento das línguas novilatinas. R/ - A partir do século III d. C., o latim erudito deixou de ser falado e restringiu-se à forma escrita. O latim do “limes”generalizou-se como língua falada e deu origem às actuais línguas novilatinas que depois de sofrerem transformações ao nível dos vários romances (falares) medievais, levaram ao aparecimento do a) Português; b) Espanhol; c) Italiano; d) Francês; e) Romeno. E – O ócio, os tempos do lúdico; os jogos do circo; a preocupação com as artes (síntese 2) 19 – Interpretar o sentido do termo ócio no contexto da cultura romana do tempo da República e do tempo do Império. R/ - Tempo livre vivido com dignidade numa entrega às tarefas da cultura e consequente enriquecimento do espírito. Esta ideia de ócio é própria do período republicano e ainda se conserva, em parte, no período imperial, na medida em que as elites romanas, admiradoras da cultura grega entregam o cuidado da educação dos filhos aos pedagogos gregos. Contudo, no período imperial a ideia de ócio sofre alterações, na medida em que vai para além das preocupações culturais e intelectuais, para valorizar os vários jogos públicos tradicionais: a) Corridas de cavalos no Circo Máximo (selecção do melhor animal para sacrificar e oferecer aos deuses); b) As grandes procissões associadas a representações teatrais (mostra ritual dedicada à apresentação pública das estátuas dos deuses); c) Os combates rituais entre gladiadores e feras (ritual sagrado destinado a oferecer aos deuses os gladiadores mortos em combate). Obs: Todos estes jogos revestiam uma dimensão religiosa, na medida em que funcionavam como oferta dos humanos aos deuses 5 20– Descrever a atitude das classes mais cultas face à generalização do gosto popular pelos jogos violentos, como os combates de gladiadores. R/ - De entre todos os jogos, o combate de gladiadores foram os que se tornaram mais populares. Contudo, o seu carácter violento e irracional suscitou a sua rejeição pelas classes mais cultas e pela aristocracia que como Catão (95 – 46 a. C.) se preferiu suicidar do que viver para assistir ao colapso dos bons costumes da República. Tal rejeição das classes cultas e aristocráticas fez com que estas se refugiassem nas “villas” elegendo um modo de vida bucólico, ligado aos prazeres simples do campo, ao gosto da leitura, da música, da filosofia e das artes. F – A ARTE ROMANA I – Arquitectura 21 – Justificar a importância da arquitectura no contexto da arte romana. R/ - A arquitectura constitui a expressão máxima do génio artístico do povo romano. Constitui, igualmente, o maior legado artístico de Roma. 22 – Identificar a grande obra de referência da arquitectura romana e da arquitectura ocidental até ao século XVI. R/ - Como obra de referência da arquitectura romana existe “Os Dez Livros da Arquitectura” de Vitrúvio, arquitecto do tempo do imperador Octávio César Augusto. 23 – Mencionar as principais características da arquitectura romana em termos gerais e em termos específicos. R/ - A principal característica da arquitectura romana residia no pragmatismo e na funcionalidade porque se preocupava com a resolução de problemas práticos/técnicos da arte de construir e tinha por objectivo dar resposta a necessidades: a) Demográficas; b) Económicas; c) Políticas; d) Culturais. Desse pragmatismo e funcionalidade fazem parte as seguintes características: a) “Utilitas” (utilidade); b) “Firmitas” (solidez); 6 c) “Decorum” (decoro/dignidade; d) “Venustas” (beleza); e) Grandeza/monumentalidade; f) Poder e força 24 – Relacionar a arquitectura romana com os avanços tecnológicos que a acompanharam. R/ a) Variedade e plasticidade dos materiais utilizados (pedra, mármore, tijolo, madeira e vários tipos de “opus”; b) Criação de novos sistemas construtivos (arcos, abóbadas, cúpulas e arcadas); c) Desenvolvimento das técnicas e dos instrumentos de engenharia: - Aperfeiçoamento dos conhecimentos de orografia e topografia, - Criação de técnicas de terraplanagem, - Desenvolvimento dos processos de embasamento e de suporte, - Invenção das cofragens e cimbres, - Utilização de grampos de metal para fortalecer as juntas. 25 – Referir as preocupações dos arquitectos romanos face à utilização das ordens arquitectónicas gregas. R/ - Os avanços tecnológicos foram acompanhados pelo desenvolvimento de uma exagerada decoração ornamental (o chamado barroquismo) mediante a adopção de ordens da arquitectura grega (colunas, capitéis, entablamentos e frontões) sem preocupações estruturais (como as contempladas na “Secção de Ouro”), mas apenas como elementos decorativos. 26 – Indicar as duas ordens arquitectónicas criadas pelos romanos. R/ - Dentro dessas preocupações, essencialmente, decorativas criaram-se duas novas ordens: a) A ordem toscana (semelhante à dórica) b) A ordem compósita (semelhante à coríntia). 7 27 – Referir as funções da arquitectura religiosa romana. R/ - A arquitectura religiosa romana desempenha, simultaneamente, funções religiosas, políticas e sociais. Reveste-se, por isso, de uma grande importância que deriva do facto de estar associada a dois aspectos centrais do mundo romano: a) O culto do imperador, com os seus templos, que se estendem a todas as partes do império; b) O culto prestado, por cada cidade, aos deuses protectores e que exigiam a construção de templos especiais. 28 – Referir os vários tipos de arquitectura religiosa. R/ - Pelo seu valor sagrado e simbólico, os templos, os santuários e os simples altares assinalavam os lugares mais importantes das cidades e apresentavam, no essencial, dois aspectos distintos: a) Influências ítalo-etruscas e greco-helenísticas; b) Alterações estruturais e decorativas tipicamente romanas ao nível das plantas, coberturas, materiais utilizados etc… Os exemplares mais antigos da arquitectura religiosa romana datam dos séculos IV e II a. C. e possuíam plantas redondas ou rectangulares (casos dos templos de Vesta e da Fortuna Virilis). 29 – Caracterizar cada um dos tipos arquitectónicos referidos. R/ - Os templos do período republicano apresentam características comuns apesar da diversidade de plantas, materiais e dimensões: a) Erguiam-se sobre um “podium”; b) Possuíam um aspecto frontal (fachada assinalada pelo pórtico e pelas escadarias de acesso ao templo (ao contrário o templo grego era omnilateral); c) Apresentavam uma planta rectangular com uma só “cella”; d) Encontravam-se orientados no terreno (seguindo o eixo axial da “cella”), tendo em conta a posição ocupada pelos augúres para observar o voo das aves antes da adivinhação; e) Na maioria das vezes não tinham peristilo, pois eram falsamente perípteros, na medida em que as colunas laterais se encontravam embebidas ou adossadas às paredes exteriores da “cella”; 8 f) As colunas e o entablamento eram à maneira grega (seguindo uma das ordens), mas possuíam uma função meramente decorativa. Este modelo de templos do período republicano espalhou-se pelas províncias (ex.: Maison Carré, em Nímes, França). No contexto da arquitectura religiosa, os santuários merecem um especial destaque pelo seu aspecto grandioso e complexidade (eram constituídos por vastos recintos abertos para a paisagem e construídos como amplos anfiteatros rodeados de arcadas, atrás das quais estavam os templos, os alojamentos para sacerdotes e crentes, lojas e outras dependências (ver p. 110). Os exemplares mais sumptuosos e monumentais da arquitectura religiosa romana datam da época do imperial e encontram-se em grande número no PróximoOriente. Contudo, o mais notável de todos é o Panteão de Roma que, no entender de muitos é a melhor obra arquitectónica conservada dos tempos romanos. (Arquitectura e obras públicas) 30 – Analisar os objectivos que presidiram à realização das obras públicas no mundo romano. R/ - Foi sobretudo no período imperial que tanto os imperadores como os governadores das províncias procuravam afirmar o seu poder e riqueza associando o seus nomes a obras públicas destinadas a embelezar a cidade e a melhorar as condições de vida da sua população. 31 – Referir as obras públicas características do período republicano e do período imperial. R/ - No período da República as obras públicas consistiam, essencialmente, em grandes obras de engenharia civil com carácter prático e utilitário: estradas, pontes e aquedutos. No período imperial as obras públicas procuraram dar ênfase à vida pública em termos funcionais e lúdicos: a) Em termos funcionais, através da construção de fóruns constituídos por um conjunto de edifícios que, como as basílicas, mercados, templos e palácios, asseguravam as funções sociais que faziam do fórum um centro político, religioso, social e económico; 9 b) Em termos lúdicos, através da construção de edifícios que como os anfiteatros, teatros, termas e circos, asseguravam as condições de lazer e divertimento tão apreciados na vida quotidiana da época imperial. 32 – Caracterizar as seguintes obras públicas: basílicas, anfiteatros, teatros e termas. R/ a) Basílicas – edifícios multifuncionais de grandes dimensões que serviam para albergar tribunais, cúrias e outras repartições públicas; b) Anfiteatros – edifícios destinados aos jogos circenses. Edifícios de planta circular ou elíptica, sem cobertura e erguendo-se à altura de vários andares, (3 ou 4) sustentados por um complexo sistema de abóbadas que, por sua vez, sustentavam a arena e as galerias sob as bancadas; c) Teatros - Edifícios destinados a representações teatrais (semelhantes aos anfiteatros na forma e na decoração eram, no entanto, de menor dimensão); d) Termas – Funcionavam como balneários públicos e eram importantes locais de encontro e convívio social no dia a dia, continham piscinas de água quente e fria, saunas, ginásios, estádios, hipódromos, salas de reunião, bibliotecas, teatros, lojas, amplos espaços verdes ao ar livre e apresentavam uma construção de escala monumental baseada em plantas onde se conjugavam, de forma harmoniosa, todos os espaços interiores e exteriores. A decoração utilizava revestimentos a mármore policromado, belas composições de mosaicos, estuques dourados e muita estatuária artística. (Arquitectura privada: as variantes da casa romana) 33 – Determinar e caracterizar os dois tipos principais da arquitectura privada romana. R/ a) Domus – casa unifamiliar com a seguintes características: -Paredes exteriores feitas de tijolo e ladrilho cozido e o interior feito com taipa e estuques; - Aspecto baixo com telhado de cerâmica ligeiramente inclinado para o interior; - Aberta para dentro e fechada para fora; 10 - As divisões organizavam-se em torno de um ou dois pátios interiores (o atrium e o peristilo) que asseguravam a iluminação e ventilação da casa e, ainda, a circulação das pessoas; - Decoração interior baseada em pavimentos de mármore policromado ou de mosaicos. As paredes de estuque eram pintadas com belas representações; b) Insula – Prédio urbano de arrendamento constituído por pequenos apartamentos (os cenacula) e destinado a alojar famílias mais pobres. Tinham em média 3 ou 4 andares, nalguns casos podia chegar aos 8 andares. O rés-dochão era utilizado para lojas abertas para a rua. Apresentava escadas íngremes, mau isolamento térmico e acústico, pequena altura do pé-direito, falta de arejamento e localizava-se, habitualmente, em ruas estreitas. (Arquitectura comemorativa) 34 – Justificar a importância da arquitectura comemorativa romana. R/ - Reflecte o espírito histórico e triunfalista dos romanos e a sua consequente necessidade de assinalar e evocar os grandes feitos político-militares (Ex.: a Coluna de Trajano e os Arcos de Triunfo) (O urbanismo) 35 – Explicar as preocupações urbanísticas do mundo romano. R/ - As referidas preocupações decorrem do facto de o mundo romano ser um mundo de cidades caracterizadas por um traçado de vias principais em linha recta (o cardo e o decúmano) e pela existência do fórum, enquanto centro político, religioso, social e económico. II – ESCULTURA: o Homem enquanto indivíduo 36 – Descrever os traços essenciais da escultura romana ao nível da estatuária e do relevo. R/ - A escultura romana caracteriza-se por ser realista e estar centrada na personalidade do indivíduo frequentemente representada sob a forma de busto (os romanos de espírito mais pragmático preferiam o realismo emocional da representação à perfeição clássica) 11 37 – Analisar as técnicas próprias do relevo. R/ - A escultura do relevo foi utilizada pelos romanos com fins essencialmente ornamentais, comemorativos e narrativos ou históricos, tendo adoptado uma dupla técnica: a) Técnica de representação baseada: - Na exploração da profundidade através da gradação dos planos; - No recurso a diferentes tipos de relevo (alto, médio e baixo); - Nos efeitos de perspectiva e construção espacial; b) Técnica do escorço (arte de representar baseada num efeito de perspectiva em que um objecto/figura assume proporções menores do que a realidade) usada, sobretudo, na representação de cenas militares que, em muitos casos, chegam a ser caóticas devido à multiplicidade e sobreposição das personagens; c) Técnica da narração baseada na criação de cenas contínuas em que a figura principal surge repetida, as figuras secundárias colocadas lado a lado e as restantes são dispostas apenas com o objectivo de dar vivacidade e pormenor à narrativa (Coluna de Trajano). III – A PINTURA E O MOSAICO (Pintura) 38 – Indicar e caracterizar a diversidade temática da pintura romana. R/ - A pintura romana de carácter mural (feita a fresco e destinada a decorar os interiores) e móvel (feita a encáustica ou a têmpera sobre painéis de madeira) apresenta uma grande diversidade temática: a) Pintura triunfal – que incide sobre cenas históricas (batalhas, episódios políticos …) e é usada com funções políticas, documentais e comemorativas; b) Pintura mitológica – que incide sobre os mitos e mistérios da vida dos deuses narrados em composições ricas de personagens e colorido; c) Pintura de paisagem – inspirada em cenas da natureza e marcada por uma fantasia de carácter bucólico e poético; d) Pintura de naturezas-mortas e de cenas de género _ caracterizadas pelo realismo e atenção ao pormenor; e) Pintura do retrato – feita a fresco nas paredes ou a encáustica sobre painéis de madeira ou de metal à semelhança do que se fazia no Egipto. 12 39 – Determinar o âmbito de utilização da pintura romana. R/ - A pintura romana era utilizada em: a) Edifícios públicos (basílicas, termas …); b) Edifícios religiosos (templos e túmulos …); c) Edifícios oficiais (villas e palácios …); d) Edifícios privados (habitações familiares) (Mosaico) 40 - Caracterizar a arte romana do mosaico. R/ - O mosaico romano é formado por pequenas tesselas de materiais coloridos (mármores, pedras várias e vidro) aplicadas sobre a argamassa fresca que cobria os locais de suporte, primeiramente o chão, depois as paredes exteriores e até os tectos de pequenas cúpulas. O professor: ___________________________________ (Luís Paulo Ribeiro) 13