SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MEC – SETEC
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MARCELINA TERUKO FUJII MASCHIO
ESTUDO SOBRE A POSSIBILIDADE DE
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA NA
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Cuiabá - MT
Junho 2009
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE MATO GROSSO - IFMT
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
E TECNOLÓGICA INCLUSIVA
MARCELINA TERUKO FUJII MASCHIO
ESTUDO SOBRE A POSSIBILIDADE DE
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA NA
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Cuiabá - MT
Junho 2009
Ficha Catalográfica
Maschio, Marcelina Teruko Fujii
Título do Trabalho
Cuiabá -MT, 2009
88 folhas
Costa, Romeu Rony Cavalcante
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Mato Grosso
Trabalho de Conclusão Curso de Especialização em
Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva
MARCELINA TERUKO FUJII MASCHIO
ESTUDO SOBRE A POSSIBILIDADE DE
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA NA
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Departamento de
Pesquisa e Pós-Graduação do
Curso
de
Especialização
em
Educação Profissional e Tecnológica
Inclusiva, do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de
Mato Grosso, como exigência para a
obtenção do título de Especialista.
Orientador: Prof. Dr .Romeu Rony Cavalcante da Costa
Co-Orientador: Prof. Msc. Vanderley Flor da Rosa
Cuiabá - MT
Setembro 2009
MARCELINA TERUKO FUJII MASCHIO
ESTUDO SOBRE A POSSIBILIDADE DE
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA NA
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Educação Profissional
e Tecnológica Inclusiva, submetido à Banca Examinadora composta pelos
Professores do Programa de Pós-Graduação do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, como parte dos requisitos necessários à
obtenção do título de Especialista.
Aprovado em: ____________________
______________________________________________
Prof. Dr .Romeu Rony Cavalcante da Costa (Orientador)
Prof. MsC. Vanderley Flor da Rosa (Co-orientador)
______________________________________________
Prof. MSc. Lenir Antonio Hannecker (Membro da Banca)
_____________________________________________
Prof. MSc Luiz Carlos Cavalheiro da Silva (Membro da Banca)
Cuiabá - MT
Junho 2007
DEDICATÓRIA
Às pessoas que são a razão de meu
viver Joelson, Maria Júlia e João
Matheus.
AGRADECIMENTOS
Ao orientador Prof. Romeu Rony Cavalcante da Costa e Prof.
Vanderley Flor da Rosa pela dedicação e acompanhamento.
Aos professores da banca, Prof. Lenir Antonio Hannecker e
Prof. Luiz Carlos Cavalheiro da Silva pelas sugestões.
À UTFPR e toda comunidade acadêmica, pela oportunidade de
cumprir mais um etapa.
Aos membros do TECNEP, NAPNES, Coordenadores de Curso
e alunos, pela disponibilidade em contribuir com este trabalho.
Ao Franclin, Andrea Poletto, Bruna, Prof. Hildebrando,
organizadores
e
colaboradores
do
IFMT,
docentes
do
curso,
pelos
conhecimentos, disponibilização de materiais e acolhimento.
Aos amigos de curso, pelas trocas de experiências, dicas,
materiais e pela amizade.
Aos meus familiares, pela infinita paciência, compreensão e
bondade, durante todas as etapas da minha vida.
A consciência da relação desigual é o primeiro momento
que pode explicitar uma nova necessidade.
SPOSITO, 1993
RESUMO
O presente trabalho busca verificar se uma universidade, predominantemente
tecnológica possui condições, tanto no que se refere a capital intelectual,
quanto a laboratórios e equipamentos e principalmente, se há espaços nos
projetos pedagógicos de cursos que possam incentivar e propiciar o
desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (TA) nos cursos superiores ofertados,
tanto de graduação tecnológica, licenciatura e bacharelados. Foi escolhida a
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com 11 campi. Foram
pesquisados alunos, professores, coordenadores de curso e representantes do
NAPNES. Foram analisados os projetos de abertura e os projetos pedagógicos
dos cursos (PPC), os regulamentos tanto de atividades complementares, como
de trabalho de conclusão de curso (TCC). Também foram realizadas visitas em
instituições que acolhem pessoas com deficiências e idosos. Também foram
utilizados diálogos sistemáticos com alunos durantes as aulas de Metodologia
da Pesquisa. Esta disciplina tinha por objetivo elaborar os projetos de pesquisa
dos TCC. Este trabalho apresenta um caso de sucesso de um trabalho de TCC
realizado por aluno sobre uma adaptação de rampas em cadeira de rodas.
Conclui que a UTFPR possui características que permitam o desenvolvimento
de TA e salienta a dificuldade de fomento para custeio de materiais
necessários. Ressalta que é possível desenvolver TA desde que os alunos e
professores sintam a necessidade e conheçam a importância deste trabalho no
sentido de propiciar a busca da autonomia às pessoas com necessidades
educacionais especiais, e acima de tudo, que docentes e estudantes possam
saber que podem e devem contribuir para uma sociedade cada vez mais
inclusiva.
Palavras-chave: Tecnologia Assistiva, Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, pessoas com necessidades educacionais especiais.
ABSTRACT
This study aims to determine whether a university has predominantly
technological conditions, both with regard to intellectual capital, as the
laboratories and equipment, especially if there are spaces in the pedagogical
courses that can encourage and facilitate the development of Assistive
Technology (TA) in the undergraduate courses offered both undergraduate
technology degree and bachelor. She was named Federal University of
Technology - Paraná (UTFPR), with 11 campuses. We surveyed students,
teachers, course coordinators and representatives of NAPNES. We analyzed
the projects and the opening of the pedagogical courses (PPC), the regulations
of both complementary activities, such as working end of course (TCC). Also,
visits were made in institutions that host people with disabilities and the elderly.
Were also used systematic dialogue with students during classes in Research
Methodology. This course aimed to develop research projects of the TCC. This
paper presents a case of a successful work done by TCC student on an
adaptation of ramps in a wheelchair. Concludes that the UTFPR has features
that enable the development of TA and highlights the difficulty of funding for
development of materials needed. He points out that it is possible to develop
ED from students and teachers feel the need and know the importance of this
work to facilitate the pursuit of independence to people with special educational
needs, and above all, that teachers and students to know they can and should
contribute to a society increasingly inclusive.
Keywords: Assistive Technology, Federal University of Technology - Paraná,
people with special educational needs.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Tipos de Tecnologia Assistiva...........................................
27
Figura 2
Dispositivos para utilização de computadores...................
27
Figura 3
Adaptações Estruturais em Ambientes..............................
28
Figura 4
Adaptações em veículos....................................................
29
Figura 5
Bengala de alumínio, com ponteira rotativa.......................
30
Figura 6
Bengala eletrônica.............................................................
30
Figura 7
Mesa de relevo táteis.........................................................
31
Figura 8
Teclado ampliado com fio..................................................
31
Figura 9
Ampliador automático........................................................
32
Figura 10
Balança de banheiro..........................................................
32
Figura 11
Leitor autônomo.................................................................
33
Figura 12
Óculos para longas distâncias...........................................
33
Figura 13
Pocket ampliador de caracteres........................................
34
Figura 14
Ampliador portátil...............................................................
34
Figura 15
Ampliador portátil...............................................................
35
Figura 16
Virador de páginas.............................................................
35
Figura 17
Descrição do funcionamento da cadeira............................
77
Figura 18
Sugestão de rampas..........................................................
78
Figura 19
Acoplamento das rampas..................................................
79
Figura 20
Lançamento das rampas...................................................
79
Figura 21
Projeção dos motores e das rampas.................................
80
Figura 22
Retorno à posição inicial....................................................
80
Figura 23
Motor vidro elétrico............................................................
81
Figura 24
Trilho em alumínio.............................................................
82
Figura 25
Modelo do formato de trilho...............................................
82
Figura 26
Acoplamento do motor no trilho.........................................
83
Figura 27
Sugestão de acionamentos...............................................
84
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO........................................................................................
13
2
JUSTIFICATIVA......................................................................................
16
3
OBJETIVOS...........................................................................................
18
3.1
OBJETIVO GERAL.................................................................................
18
3.2
OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................
18
4
DEFICIÊNCIA, FUNCIONALIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA.......
19
4.1
DEFICIÊNCIA..........................................................................................
19
4.2
FUNCIONALIDADE.................................................................................
20
4.3
TECNOLOGIA ASSISTIVA.....................................................................
23
4.3.1
Categorias de Tecnologia Assistiva (TA)................................................
25
4.4
PRINCIPAIS TIPOS, SEGUNDO ÁREAS DE APLICAÇÃO....................
27
4.4.1
Adaptações para Atividades da Vida Diária e da Vida Prática................
27
4.4.2
Sistemas de Comunicação......................................................................
27
4.4.3
Dispositivos para Utilização de Computadores.......................................
27
4.4.4
Unidades de Controle Ambiental.............................................................
28
4.4.5
Adaptações Estruturais em Ambientes Domésticos, Profissionais ou
Públicos...................................................................................................
28
4.4.6
Adequação da Postura Sentada.............................................................
28
4.4.7
Adaptações para Déficits Visuais e Auditivos.........................................
28
4.4.8
Equipamentos para a Mobilidade............................................................
28
4.4.9
Adaptações em Veículos.........................................................................
29
4.4.10
Diversos..................................................................................................
29
4.5
ALGUNS EXEMPLOS DE PRODUTOS COMERCIAIS DE
TECNOLOGIA ASSISTIVA..................................................................... 29
5
METODOLOGIA.....................................................................................
47
5.1
MÉTODO.................................................................................................
47
5.2
LOCAL DA PESQUISA...........................................................................
47
5.3
PARTICIPANTES DA PESQUISA...........................................................
48
5.4
PROCEDIMENTOS.................................................................................
49
5.5
COLETA DE DADOS..............................................................................
50
5.6
ANÁLISE DOS DADOS...........................................................................
51
6
RESULTADOS........................................................................................
52
6.1
LOCAL
DA
PESQUISA:
A
UNIVERSIDADE
TECNOLÓGICA
FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR)..........................................................
6.1.1
52
Descrição dos Cursos ofertados pela Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (UTFPR)...................................................................
53
6.1.1.1 Cursos Técnicos de Nível Médio.............................................................
53
6.1.1.2 Cursos de Graduação.............................................................................
54
6.1.2
Relação dos cursos ofertados nos campi da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (UTFPR)...................................................................
56
6.1.2.1 Cursos de Pós-Graduação lato sensu (Especialização).........................
60
6.1.2.2 Cursos de Pós-Graduação stricto sensu...............................................
62
6.1.2.3 Outras atividades....................................................................................
64
6.2
BUSCANDO
POTENCIAIS
DE
DESENVOLVIMENTO
EM
TECNOLOGIA ASSISTIVA NA UTFPR.................................................. 64
7
RESULTADOS.......................................................................................
7.1
DISCUSSÕES:
POTENCIALIDADES
E
FRAGILIDADES
67
DO 74
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA NA UTFPR.......
7.2
EXEMPLO DE UM CASO DE SUCESSO: O TRABALHO DE
CONCLUSAO DE CURSO DO ALUNO ROBERTO BATISTA DA
SILVA JUNIOR.......................................................................................
76
8
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................
85
9
REFERÊNCIAS……………………………………………………………….
87
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, vive-se um momento bastante importante no que
refere-se a inclusão de grupos minoritários. Várias medidas vêm sendo
adotadas na busca de tentar corrigir ou minimizar algumas injustiças cometidas
historicamente pela sociedade. Entre as ações, pode-se citar a implantação do
sistema de cotas para no ingresso no Ensino Superior. Ressalta-se também a
tentativa de minimizar a desigualdade existente entre homens e mulheres, e
para tal, discute-se o cumprimento da lei de cotas para aumentar a
representação política das mulheres no legislativo. Já nem há tanta indignação
quando a informação via mídia televisiva, escrita ou Web noticía o preconceito,
maus tratos, abuso de poder, violência, entre tantas outras que invadem
nossas casas. A sociedade não pode perder a capacidade de indignar-se frente
a estes problemas que abalam as convicções do sentido ético da humanidade,
que acirram a intolerância e colocam em risco não só os direitos sociais, mas
acima de tudo, os direitos humanos, os direitos previstos na constituição
brasileira.
Também, parece que só recentemente veio à tona a preocupação
com a dificuldade de acesso de usuários de cadeiras de rodas, carrinhos de
bebê, idosos, obesos, entre outros, a locais públicos ou privados, em que
procura-se
adequar
as
construções
para
atender
aos
princípios
de
acessibilidade arquitetônica, que passou a ser fundamental, inclusive como um
dos critérios de avaliação do Ministério de Educação (MEC) em instituições
educacionais. Ressalta-se inclusive a preocupação com sítios e portais
públicos disponíveis na rede mundial de computadores para que seja acessível
às pessoas com ou sem deficiência, assim como, a presença de tradutores da
Língua Brasileira de Sinais (Libras) em eventos políticos, culturais, sociais, nos
programas de TV, entre outros.
Estas ações ganham mais adeptos a cada dia, em direção a um país
mais igualitário, equitativo em que se busca a tão esperada responsabilidade
social, que agora, é passível de ser certificada, assim como de ser incluída na
responsabilização dos entes públicos (accountability). Cita-se aí a Lei nº 10.098
de 19 de dezembro de 2000 que estabelece normas gerais e critérios básicos
para a promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida.
Sabe-se que a sociedade atual deve buscar mudanças na direção
de uma sociedade que inclua pessoas com e sem necessidades especiais e
uma das formas possíveis de auxiliar é propor soluções (que podem até ser
simples) tendo em vista facilitar ações da vida diária, como para a locomoção,
alimentação, educação, saúde, lazer, esporte, trabalho, educação, entre outras.
Para que possa efetivamente haver inclusão, torna-se necessário buscar todas
as formas possíveis de minimizar as dificuldades, seja com a utilização de
instrumentos simples que facilitem as atividades da vida diária, até complexos
e sofisticados programas e softwares que possibilitem uma vida mais
independente e autônoma. Estes instrumentos são chamados de Tecnologia
Assistiva.
Para Bersch (2006), os serviços de Tecnologia Assistiva são
normalmente transdisciplinares e envolvem profissionais de diversas áreas. No
Brasil, encontram-se também terminologias diferentes que aparecem como
sinônimos de Tecnologia Assistiva, tais como: "Ajudas Técnicas", "Tecnologia
de Apoio", "Tecnologia Adaptativa" e "Adaptações".
Para Bersch (2006) seu objetivo é proporcionar à pessoa com
deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através
da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente,
habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e
sociedade.
Pressupõe-se que alguns fatores podem facilitar o desenvolvimento
de Tecnologia Assistiva (TA), como: conhecimento, tecnologia, capital
intelectual presente nas pessoas, laboratórios e equipamentos. Desta forma,
locais férteis para seu desenvolvimento deveriam ser as escolas, os centros
educacionais, as universidades, atendendo ao princípio de ensino, pesquisa e
extensão.
Ciente de que nas universidades concentram-se vários fatores que
permitem e facilitam o desenvolvimento de Tecnologia Assistiva e a sociedade
espera que ela cumpra o seu papel no que se refere à devolutiva à sociedade
em forma de produtos, bens ou serviços, assim como, a responsabilidade de
formar profissionais, que além de conhecimentos técnicos e profissionais,
adquiram também a formação humana, ética, que possibilite interagir, interferir
e contribuir na qualidade de vida e de cidadania da população. Caberia
também neste trabalho a reflexão quanto as dificuldades de fomento para
desenvolvimento de pesquisas que pudessem alavancar produções de novos
equipamentos nesta área, assim como, dos custos para a aquisição destes
equipamentos por parte do usuário, em que em grande parte, a família acaba
por assumir o ônus, ou então, muitos que poderiam se beneficiar, ficam à
margem por falta de condições financeiras.
Diante do exposto, o presente trabalho tem por objetivo verificar as
reais possibilidades de desenvolvimento de Tecnologia Assistiva nos cursos
superiores ofertados pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR).
2 JUSTIFICATIVA
A universidade, enquanto fundamental para o desenvolvimento
tecnológico e social de uma sociedade, possui raízes em dois modelos: o
humboldtiano, que ressalta a capacidade da especulação do saber e o
napoleônico que enfatiza o caráter instrumental da universidade como
produtora de forças profissionais, de cunho mais experimental. Os dois
modelos entendem que ela deve estar a serviço da sociedade. Desta forma,
mesmo a universidade considerada “clássica” ou a “tecnológica”, ambas têm
como objetivo primordial reverter o fruto de seu trabalho em benefício da
sociedade.
Compete à universidade, além de possibilitar o acesso ao
conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, formar profissionais
que possam ter uma forte dimensão humana, ambientalmente e socialmente
responsável,
conhecedor
das
mazelas
sociais,
para
que
possa,
independentemente de sua profissão ou formação, fazer uma leitura crítica do
mundo e nele poder interferir, atuando de forma ética.
Ao adentrar em uma universidade especializada por área de saber,
especificamente na área tecnológica verifica-se a existência de máquinas,
equipamentos, assim como pesquisadores e alunos ávidos por conhecimento,
com possibilidade de realizar pesquisas que possam originar em novos
produtos, processos, serviços, ou aperfeiçoar os já existentes. É preciso
apontar
diretrizes
efetivamente
ser
para
que
revertidas
as
à
pesquisas
sociedade,
lá
desenvolvidas
especialmente
aos
possam
grupos
minoritários, que em muitos casos, permanecem à margem da sociedade.
Para Baroni (2008), então presidente do Conselho Nacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) “a tecnologia é fundamental para
o deficiente ter uma vida autônoma” e compete à sociedade possibilitar a
autonomia destes. Assim, a educação profissional e tecnológica é cada vez
mais importante como elemento estratégico para garantir o exercício da
cidadania e para uma melhor inserção de jovens e trabalhadores na sociedade
contemporânea, plena de grandes e contínuas mudanças. É imprescindível
que, além de propor equipamentos que possam facilitar as tarefas da vida
diária de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, possam, em
cosequência, auxiliar a terem maior autonomia, a fim de que possam participar
mais efetivamente na sociedade, exercendo seu papel de cidadão.
Inserir a UTFPR na complexa sociedade moderna é buscar
respostas para os desafios de que a humanidade necessita, do novo
conhecimento, da ciência, da inovação tecnológica, da educação, da pesquisa
e da capacitação, dos arranjos produtivos locais, da insercao social, do viés
humanitário, do desenvolvimento social, do acesso à cultura, que sao fatores
determinantes e indispensáveis para o desenvolvimento das nações.
A UTFPR tem, pois, a responsabilidade de continuar elevando seus
indicadores acadêmicos, por meio da formação que além de tecnológica possa
ser humanística, pois agora favorecida por um arcabouço jurídico conquistado
com a autonomia universitária, acrescido das possibilidades de buscar recursos
adicionais
e
de
ampliar a
mobilidade com
instituições
nacionais
e
internacionais, que esta possa cada vez mais atender as demandas, os
anseios e as necessidades da sociedade, por meio de serviços, como o
desenvolvimento de tecnologia assistiva.
Uma característica fundamental dos cursos ofertados pela UTFPR, é
que estes, em sua maioria, são de natureza tecnológica, com viés industrial,
que possuem laboratórios e equipamentos bastante adequados que possam vir
a possibilitar o desenvolvimento de Tecnologia Assistiva. Outro ponto
fundamental é a existência de alguns grupos de pesquisa com características
que buscam a inovação tecnológica, que também poderiam ser bastante
favoráveis para tal fim. Acrescente-se a institucionalização do NAPNES em
cada um dos 11 campi instalados no Estado do Paraná, que promove ações
desde sensibilização e capacitação de servidores e alunos para uma
universidade que seja efetivamente inclusiva.
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Verificar a possibilidade e o potencial de desenvolvimento de
Tecnologia Assistiva nos cursos superiores ofertados pela Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Sensibilizar
a
UTFPR
para
que
haja
engajamento
no
desenvolvimento de Tecnologia Assistiva.
Demonstrar aos envolvidos no curso (coordenador de curso,
docentes, alunos) a possibilidade de produção de Tecnologia Assistiva,
vinculada às áreas de atuação de cada curso, assim como, incentivar para que
possam visualizar quais equipamentos e materiais podem ser desenvolvidos.
Ampliar o número de alunos, docentes, servidores sensibilizados
para a Educação Inclusiva, para que estes atuem como multiplicadores no
desenvolvimento de Tecnologia Assistiva.
4 DEFICIÊNCIA, FUNCIONALIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
Para melhorar a funcionalidade das pessoas com deficiência, podem
ser utilizados equipamentos diversos que permitam ou facilitem o convívio, a
fim de auxiliar nas atividades da vida diária, para buscar mais autonomia e
funcionalidade em vários aspectos, como por exemplo, na comunicação, na
mobilidade, na alimentação, dadas as limitações presentes. Cabe então,
primeiramente conhecer o que é deficiência, seus tipos e quais as suas
funcionalidades.
4.1 DEFICIÊNCIA
De acordo com a “Sociedade Inclusiva” (2008) da Pontificie
Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG, deficiência é todo e
qualquer comprometimento que afeta a integridade da pessoa e traz prejuízos
na sua locomoção, na coordenação de movimento, na fala, na compreensão de
informações, na orientação espacial ou na percepção e contato com as outras
pessoas.
A deficiência gera dificuldades ou impossibilidade de execução de
atividades comuns às outras pessoas, e, inclusive, resulta na dificuldade da
manutenção de emprego. Diante disso, a Constituição Federal de 1998
dispensou tratamento diferenciado às pessoas com deficiência.
DEFICIÊNCIA FÍSICA é todo comprometimento da mobilidade,
coordenação motora geral ou da fala, causado por lesões neurológicas,
neuromusculares e ortopédicas ou ainda por má formação congênita ou
adquirida.
DEFICIÊNCIA MENTAL é um atraso ou lentidão no desenvolvimento
mental que pode ser percebido na maneira de falar, caminhar, escrever. O grau
de deficiência mental varia de leve a profundo.
DEFICIÊNCIA VISUAL é caracterizada por uma limitação no campo
visual. Pode variar de cegueira total à visão subnormal. Neste caso, ocorre
diminuição na percepção de cores e mais dificuldades de adaptação à luz.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA é a perda total ou parcial da capacidade de
compreender a fala através do ouvido. Pode ser surdez leve, nesse caso, a
pessoa consegue se expressar oralmente e perceber a voz humana com ou
sem a utilização de um aparelho. Pode ser ainda, surdez profunda.
4.2 FUNCIONALIDADE
Para Bersch (2008) o termo funcionalidade deve ser entendido num
sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse. De acordo com
a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF
da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001), o objetivo geral da
classificação é proporcionar uma linguagem unificada e padronizada como um
sistema de descrição da saúde e de estados relacionados à saúde. Ela define
os componentes da saúde e alguns componentes do bem-estar relacionados à
saúde (tais como educação e trabalho). Os domínios contidos na CIF podem,
portanto, ser considerados como domínios da saúde e domínios relacionados à
saúde. Esses domínios são descritos com base na perspectiva do corpo, do
indivíduo e da sociedade em duas listas básicas: (1) Funções e Estruturas do
Corpo, e (2) Atividades e Participação. Como uma classificação, a CIF agrupa
sistematicamente diferentes domínios de uma pessoa em um determinado
estado de saúde.
Funcionalidade é um termo que abrange todas as funções do corpo,
atividades e participação; de maneira similar, incapacidade é um termo que
abrange incapacidades, limitação de atividades ou restrição na participação. A
CIF também relaciona os fatores ambientais que interagem com todos estes
construtos. Neste sentido, ela permite ao usuário registrar perfis úteis da
funcionalidade, incapacidade e saúde dos indivíduos em vários domínios.
Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), o
modelo de intervenção para a funcionalidade deve ser biopsicosocial e diz
respeito a avaliação e intervenção em:
•
Funções e estruturas do corpo - Deficiência
•
Atividades e participação - Limitações de atividades e de
participação.
Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais
A CIF é uma classificação com múltiplos propósitos elaborada para
servir a várias disciplinas e setores diferentes. Seus objetivos
específicos podem ser resumidos da seguinte maneira:
§ fornecer uma base científica para a compreensão e o estudo dos
determinantes e dos efeitos da saúde e das condições relacionadas à
saúde;
§ estabelecer uma linguagem comum para a descrição da saúde e
dos estados relacionados à saúde para melhorar a comunicação
entre diferentes usuários, como profissionais de saúde,
pesquisadores, o elaborador das políticas públicas e o público,
inclusive pessoas com incapacidades;
§ permitir comparação de dados entre países, disciplinas
relacionadas à saúde, entre os serviços e em diferentes momentos ao
longo do tempo;
§ fornecer um esquema de codificação para sistemas de informações
de saúde.
Esses objetivos estão inter-relacionados desde que a necessidade e
a utilização da CIF requerem a construção de um sistema prático e
significante para ser aplicado em diferentes usos, na política de
saúde, garantia de qualidade e avaliação de resultados em diferentes
culturas.
Baseado na OMS (2003) a Classificação Internacional de
Funcionalidade (CFI) apresenta as seguintes definições:
a) Quanto às Funções e Estruturas do Corpo e Deficiências
Definições:
• Funções do Corpo são as funções fisiológicas dos sistemas
orgânicos (incluindo as funções psicológicas);
• Estruturas do Corpo são as partes anatômicas do corpo, tais
como, órgãos, membros e seus componentes;
• Deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo,
como um desvio importante ou uma perda.
b) Quanto às Atividades e Participações/Limitações de Atividades e Restrições
de Participação
Definições:
• Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo.;
• Participação é o envolvimento numa situação da vida.
• Limitações de Atividades são dificuldades que um indivíduo pode
encontrar na execução de atividades.
• Restrições de Participação são problemas que um indivíduo pode
experimentar no envolvimento em situações reais da vida.
c) Quanto aos Fatores Contextuais
Representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de um
indivíduo. Eles incluem dois fatores - Ambientais e Pessoais - que podem ter
efeito num indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a
Saúde e os estados relacionados com a saúde do indivíduo.
d) Quanto aos Fatores Ambientais
Constituem o ambiente físico, social e atitudinal na qual as pessoas
vivem e conduzem sua vida. Esses fatores são externos aos indivíduos e
podem ter uma influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho,
enquanto membros da sociedade, sobre a capacidade do indivíduo para
executar ações ou tarefas, ou sobre a função ou estrutura do corpo do
indivíduo.
e) Quanto aos Fatores Pessoais
São os históricos particulares da vida e do estilo de vida de um
indivíduo e englobam as características do indivíduo que não são parte de uma
condição de saúde ou de um estado de saúde. Esses fatores podem incluir o
sexo, raça, idade, outros estados de saúde, condição física, estilo de vida,
hábitos, educação recebida, diferentes maneiras de enfrentar problemas,
antecedentes sociais, nível de instrução, profissão, experiência passada e
presente, (eventos na vida passada e na atual), padrão geral de
comportamento, caráter, características psicológicas individuais e outras
características, todas ou algumas das quais podem desempenhar um papel na
incapacidade em qualquer nível.
f) Quanto aos Modelos Conceituais
Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade
foram propostos vários modelos conceituais:
Quanto ao modelo médico: considera a incapacidade como um
problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro
problema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento
individual por profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade têm por
objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e mudança de comportamento. A
assistência médica é considerada como a questão principal e, a nível político, a
principal resposta é a modificação ou reforma da política de saúde.
Quanto ao modelo social: o modelo social de incapacidade, por
sua vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela
sociedade e, basicamente, como uma questão de integração plena do indivíduo
na sociedade. A incapacidade não é um atributo de um indivíduo, mas sim um
conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente
social.
Assim, a solução do problema requer uma ação social e é da
responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais
necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em
todas as áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica
que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa
questão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é
uma questão política.
Quanto à abordagem biopsicossocial: a CIF baseia-se numa
integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias
perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial".
Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das
diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social.
4.3 TECNOLOGIA ASSISTIVA
De acordo com Bersch (2006) assistive technology, é um termo
presente na legislação norte-americana que regulamenta as pessoas com
deficiência nos Estados Unidos, traduzido no Brasil como “Tecnologia
Assistiva”. Ainda, segundo esta autora, a Tecnologia Assistiva é utilizada para
identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para
proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência.
Tem sido utilizado para referir-se a todo o conjunto de produtos especiais e
outros recursos que, de alguma maneira contribui para tornar viável uma vida
independente para as pessoas com deficiência.
O Comitê de Ajudas Técnicas da Secretaria Especial dos
Direitos Humanos (SEDH/PR) adota a seguinte definição de Tecnologia
Assistiva:
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias,
estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas
com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (CAT,
2007)
De acordo com Galvão Filho (2009) Tecnologia Assistiva, no
seu sentido mais amplo, vai além da mera consideração de artefato ou
ferramenta, para abarcar, também, a idéia de metodologias, processos ou
serviços.
Tecnologia Assistiva engloba todo e qualquer equipamento, produto
ou sistema que torna possível a essas pessoas melhor qualidade de vida,
através do aumento, manutenção ou da devolução das suas capacidades
funcionais. Os produtos e artefatos inseridos dentro de Tecnologia Assistiva
podem variar desde uma simples bengala a um sistema computadorizado de
comunicação.
Estão incluídos, por exemplo, brinquedos e roupas adaptadas,
computadores e seus softwares, equipamentos de comunicação com aumento,
chaves e acionadores especiais, dispositivos para sentar e posicionar,
automóveis e adaptações para mobilidade manual e elétrica, aparelhos
auditivos, auxílios visuais, próteses e órteses, além de centenas de itens
adaptados ou disponíveis no mercado
O sítio “Tecnologia Assistiva” (2009) disponível no endereço http:
www.entreamigos.com.br define Tecnologia Assistiva como qualquer item,
peça de equipamento ou sistema de produtos, adquirido comercialmente ou
desenvolvido artesanalmente, produzido em série, modificado ou feito sob
medida, que é usado para aumentar, manter ou melhorar habilidades de
pessoas com limitações funcionais, sejam físicas ou sensoriais.
Bersch (2006) ressalta que a Tecnologia Assistiva é composta de
recursos e serviços. Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou
parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sobmedida utilizado para
aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com
deficiência. Os serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente
uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos.
Para a autora os recursos podem variar de uma simples bengala a
um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas
adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam
questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada,
recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação
alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida,
auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados
ou
disponíveis
comercialmente.
Os
serviços
são
aqueles
prestados
profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar
um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, as avaliações,
experimentação e treinamento de novos equipamentos. Os serviços de
Tecnologia
assistiva
são
normalmente
transdisciplinares
envolvendo
profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia, Terapia Ocupacional,
Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Enfermagem, Medicina, Engenharia,
Arquitetura, Design e Técnicos de muitas outras especialidades
4.3.1 Categorias de Tecnologia Assistiva (TA)
De acordo com Bersch (2008) as diretrizes gerais da American with
Disabilities Act. (ADA), determinam esta classificação que pode variar segundo
alguns autores. Ressalta-se a importância conferida ao universo de recursos,
que eram confundidos com equipamentos da área médica/hospitalar, bem
como outros não reconhecidos como ajudas de vida diária. Esta classificação
organiza a utilização, prescrição, estudo e pesquisa destes materiais e
serviços, além de oferecer ao mercado focos específicos de trabalho e
especialização.
1.
Auxílios para a vida diária - Materiais e produtos para auxílio
em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar
banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa, entre
outros.
2.
CAA (CSA) - Comunicação aumentativa (suplementar) e
alternativa - Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a
comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com
limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de
comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e
softwares dedicados para este fim.
3.
Recursos de acessibilidade ao computador - Equipamentos de
entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de
acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou
alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de
voz, entre outros), que permitem as pessoas com deficiência a
usarem o computador.
4.
Sistemas de controle de ambiente - Sistemas eletrônicos que
permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar
remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança,
entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e
arredores.
5.
Projetos arquitetônicos para acessibilidade - Adaptações
estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de
rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que
retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da
pessoa com deficiência.
6.
Órteses e próteses - Troca ou ajuste de partes do corpo,
faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais
ou outros recursos ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os
protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os
gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como
lembretes instantâneos.
7.
Adequação Postural - Adaptações para cadeira de rodas ou
outro sistema de sentar, visando o conforto e distribuição adequada
da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e
encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que
propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do
suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.
8.
Auxílios de mobilidade - Cadeiras de rodas manuais e
motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e
qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.
9.
Auxílios para cegos ou com visão sub-normal - Auxílios para
grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para
equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão,
sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações
etc.
10. Auxílios para surdos ou com déficit auditivo - Auxílios que inclui
vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez,
telefones com teclado - teletipo (TTY), sistemas com alerta táctilvisual, entre outros.
11. Adaptações em veículos - Acessórios e adaptações que
possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de
rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados
no transporte pessoal.
O sítio “Tecnologia Assistiva” (2009), complementa com as
seguintes características:
•
A Tecnologia é considerada Assistiva quando é usada para
auxiliar no desempenho funcional de atividades, reduzindo
incapacidades para a realização de atividades da vida diária e da vida
prática, nos diversos domínios do cotidiano. É diferente da tecnologia
reabilitadora, usada, por exemplo, para auxiliar na recuperação de
movimentos diminuídos.
•
Instrumentos são aqueles que requerem habilidades
específicas do usuário para serem utilizados, por exemplo, uma
cadeira de rodas, que precisa ser conduzida pelo usuário.
Equipamentos são os dispositivos que não dependem de
habilidades específicas do usuário, por exemplo, óculos, sistema de
assento.
•
A Tecnologia Assistiva pode ser comercializada em série, sob
encomenda ou desenvolvida artesanalmente. Se produzida para
atender um caso específico, é denominada individualizada. Muitas
vezes é preciso modificar dispositivos de tecnologia assistiva
adquiridos no comércio, para que se adaptem a características
individuais do usuário.
•
Pode ser simples ou complexa, dependendo dos materiais e
da tecnologia empregados.
•
Pode ser geral, quando é aplicada à maioria das atividades
que o usuário desenvolve (como um sistema de assento, que
favorece diversas habilidades do usuário), ou específica, quando é
utilizada em uma única atividade (por exemplo, instrumentos para a
alimentação, aparelhos auditivos).
•
A Tecnologia Assistiva envolve tanto o objeto, ou seja, a
tecnologia concreta (o equipamento ou instrumento), quanto o
conhecimento requerido no processo de avaliação, criação, escolha e
prescrição, isto é, a tecnologia teórica.
4.4 PRINCIPAIS TIPOS, SEGUNDO ÁREAS DE APLICAÇÃO
Figura 1: Tipos de Tecnologia Assistiva
4.4.1 Adaptações para Atividades da Vida Diária e da Vida Prática
Dispositivos
que
auxiliam
no
desempenho
de
tarefas
de
autocuidado, como o banho, o preparo de alimentos, a manutenção do lar,
alimentação, vestuário, entre outras.
4.4.2
Sistemas de Comunicação
Permitem o desenvolvimento da expressão e recepção de
mensagens. Existem sistemas computadorizados e manuais. Variam de acordo
com o tipo, severidade e progressão da incapacidade.
4.4.3
Dispositivos para Utilização de Computadores
Figura 2: Dispositivos para utilização de computadores
Existem recursos para recepção e emissão de mensagens, acessos
alternativos, teclados e mouses adaptados, que permitem a pessoas com
lesões físicas operar computadores.
4.4.4
Unidades de Controle Ambiental
São unidades computadorizadas que permitem o controle de
equipamentos eletrodomésticos, sistemas de segurança, de comunicação, de
iluminação, em casa ou em outros ambientes.
4.4.5
Adaptações Estruturais em Ambientes Domésticos, Profissionais ou
Públicos
Figura 3: Adaptações Estruturais em Ambientes
São dispositivos que reduzem ou eliminam barreiras arquitetônicas,
como por exemplo, rampas, elevadores, entre outros.
4.4.6
Adequação da Postura Sentada
Existe um grande número de produtos que permitem montar
sistemas de assento e adaptações em cadeiras de rodas individualizadas.
Permitem uma adequação da postura sentada que favorece a estabilidade
corporal, a distribuição equilibrada da pressão na superfície da pele, o conforto,
o suporte postural.
4.4.7
Adaptações para Déficits Visuais e Auditivos
São lentes de aumento, telas aumentadas, sistemas de alerta
visuais, amplificadores e outros.
4.4.8
Equipamentos para a Mobilidade
São as cadeiras de rodas e outros equipamentos de mobilidade,
como andadores, bengalas, muletas e acessórios. Ao selecionar um dispositivo
de auxílio à mobilidade, este deve ser adequado à necessidade funcional do
usuário, avaliando-se força, equilíbrio, coordenação, capacidades cognitivas,
medidas antropométricas e postura funcional.
4.4.9
Adaptações em Veículos
Figura 4: Adaptações em veículos
Incluem as modificações em veículos para a direção segura,
sistemas para acesso e saída do veículo, como elevadores de plataforma ou
dobráveis, plataformas rotativas, plataformas sob o veículo, guindastes, tábuas
de transferência, correias e barras.
4.4.10
Diversos
Entre outros equipamentos existentes, adaptados às pessoas com
falta de audição, encontram-se a campainha luminosa; sinalizador de batidas
na porta; o despertador vibratório; o alarme luminoso; os celulares com
mensagem escrita e a babá com sinais luminosos.
4.5 ALGUNS EXEMPLOS DE PRODUTOS COMERCIAIS DE TECNOLOGIA
ASSISTIVA
Este tópico tem por objetivo elencar e demonstrar as possibilidades
de desenvolvimento de Tecnologia Assistiva, por meio da apresentação de
portfólios comerciais de produtos de empresas do ramo, disponíveis para
compra na rede mundial de computadores.
PRODUTOS COMERCIAIS DISPONIVEIS NA INTERNET
http://www.tecnologia-assistiva.org.br/faq.php
Figura 5: Bengala de alumínio, com ponteira rotativa
A bengala apresenta excelente custo/benefício com ponteira rotativa,
mesmo após muitos quilômetros de utilização e acrescido de duplo elástico
para a montagem, que permite ao usuário maior segurança. São extremamente
leves. Disponível nos tamanhos 90 a 140 cm, nas opções fibra de vidro, fibra
de carbono e alumínio.
Figura 6: Bengala eletrônica
É a primeira bengala eletrônica que detecta objetos ao nível dos pés,
pernas, tronco e cabeça. Baseada na tecnologia de ultrasson, que é a que
permite aos golfinhos encontrarem alimento e aos morcegos guiarem-se no
escuro, que permite detectar todos os objetos à frente, tanto ao nível dos pés e
pernas, como do tronco e da cabeça, fornece inclusive, informação da distância
para os obstáculos independentemente da sua textura, permitindo-lhe saber
para que lado é que deve deslocar-se para se desviar. Uma bengala normal
toca em objetos, ao nível do chão, no máximo a 1 metro de distância. Esta
detecta todos os objetos num raio de 4m, à sua frente, a qualquer altura. É
dobrável como uma bengala normal, tem um punho ergonômico e anatômico,
tem o tamanho que necessitar e pode usar o seu tipo de ponteira favorita. Toda
a informação dada é tátil, permitindo manter-se atento a todos os ruídos à
volta, o que melhora substancialmente a mobilidade.
Figura 7: Mesa de relevo táteis
Possibilita a criação de diagramas táteis e os fazer falar. Isto é, os
símbolos, ícones, regiões e toda a superfície tátil é explicada por voz humana.
Exemplo, ao estudar geografia do Brasil, tem-se um mapa com os diferentes
países representados em relevo. Ao tocar em determinado local, ouve com voz
humana, o nome do estado, se der dois toques ouve uma descrição histórica
sobre o estado, e assim sucessivamente. A mesa de relevos táteis vem com os
programas necessários para, também, poder construir os seus próprios
materiais didáticos, para que possa permitir e encorajar o estudo autônomo e
independente.
Figura 8: Teclado ampliado com fio
As pessoas com baixa visão necessitam de um maior contraste e
ampliação das teclas para desenvolverem perfeitamente o seu trabalho no
computador. Os teclados ampliados são teclados perfeitamente normais no
tamanho e funcionalidade, a diferença está na dimensão das teclas, no
tamanho das letras com um aumento de 400% relativamente aos teclados
tradicionais e no contraste mais intenso das letras face às cores das teclas. A
ampliação das teclas permite a uma pessoa com baixa visão ter uma maior
percepção de onde tem de pressionar sem cometer erros. Estes teclados são
indicados para usar juntamente com um bom software de ampliação permitindo
facilmente pressionar teclas de atalho e escrever livremente.
Figura 9: Ampliador automático
É o primeiro ampliador automático para as pessoas com baixa visão.
Permite às pessoas com baixa visão ler com facilidade. Ao contrário das "lupas
TV" ou os "ampliadores de caracteres", este digitaliza e captura a página
completa, de forma que a leitura seja mais prazerosa e dispensa o uso de
mesa de leitura. Pode apresentar texto como um simples parágrafo disposto de
acordo com as suas preferências: disposição por coluna; como linha contínua
(disposição por linha); e mesmo uma palavra de cada vez (palavra-a-palavra).
Ajuste a melhor velocidade de leitura e desloca o texto automaticamente, à
velocidade escolhida. Permitir deslocar manualmente o texto, também tem a
capacidade de deslocar passo-a-passo o que quer que esteja lendo.
Deslocamento do texto apenas na vertical. Não é necessário deslocar
manualmente o livro no ampliador; o texto é capturado e reordenado para ser
apresentado no monitor.
Pode alternar facilmente entre ler e escrever, utilizar o PC, ou
trabalhar no modo de divisão do monitor. Pode ainda escrever à mão, fazer
palavras cruzadas, ler o rótulo de uma garrafa.
Uma das melhores características é a portabilidade, pois dobra-se e
transforma-se num pacote compacto e leve. Sendo muito mais leve que um
ampliador de caracteres e tendo uma alça de transporte e pode ser facilmente
transportado de um cômodo para outro. Para viagens mais longas, está
disponível uma mala de transporte.
Figura 10: Balança de banheiro
A balança é ligada automaticamente assim que subir nela. Existem
três padrões de medida de peso, que pode ser facilmente alterado, o resultado
é mostrado na tela que é bem larga e também falado pela balança.
Figura 11: Leitor autônomo
É aparentemente um scanner normal. Vê o documento, reconhece
todo o texto que o documento contiver e o lê em português, em poucos
segundos. Não necessita ser ligado ao PC, tem o seu próprio disco rígido com
espaço disponível para mais de dez milhões de páginas. Controle de volume e
da velocidade da fala com o toque de um botão. Lê desde cartas, panfletos,
jornais, relatórios, livros e qualquer outro documento escrito, permitindo-lhe
gravar para futura audição. Permite a leitura de códigos de barras, para fácil
identificação dos seus objetos.
Figura 12: Óculos para longas distâncias
Os óculos foram desenhados para situações em que a visão de
longe é requisitada. É rápido e eficaz para ver televisão, espetáculos (teatro,
cinema, etc.) ou até para utilizar em conferências. É constituído por duas lentes
fixas de 3 dioptrias, e duas lentes individualmente ajustáveis de 3 dioptrias
também (todas com revestimento anti-reflexo), permitindo uma ampliação de
2.1x. Calculado para permitir uma visão clara a aproximadamente 3m, dispõe
de um campo visual de 9º (1m / 3m), sendo especialmente adaptado para
indivíduos com distância interpupilar média entre 60mm e 68mm. Pode ser
utilizado durante horas, por ser de material particularmente leve.
Figura 13: Pocket ampliador de caracteres
É compacto, portátil, autônomo e leve ampliador de caracteres. Com
focagem automática e desenhado para ser verdadeiramente portátil, É fino e
leve, pesa apenas 250g. Por ser leve pode ser usado para ler detalhadamente
os preços nas lojas, as composições dos produtos alimentares no
supermercado, assinar pagamentos do cartão de crédito, ler cardápio nos
restaurantes, ler o programa no teatro, consultar os programas da televisão, ver
uma revista ou um jornal enquanto viaja. Através de uma câmera miniatura,
consegue transferir e aumentar a imagem do objeto para a tela de 5 polegadas.
A imagem da tela aparece em alto contraste (branco/preto ou preto/branco)
para uma melhor leitura e menos esforço visual. Inclui uma bolsa de transporte.
Ao levantar ou aproximar do objeto, pode-se controlar também a ampliação até
8x, podendo ver melhor o objeto. Incorporando uma bateria para mais de 2
horas de uso.
Figura 14: Ampliador portátil
Ampliador portátil, com apenas 1,2 kg, possibilita ampliar as imagens
ou texto, da lousa da sala de aula, ao longe, bem como de textos sobre a
mesa. Pode ser ligado a um monitor ou a um computador, via USB. Ligado ao
computador pode ser utilizado como filmadora. Não necessita de carregador ou
de bateria. A alimentação pode ser feita através do computador e todos os
comandos podem ser controlados pelo teclado do PC.
Figura 15: Ampliador portátil
Ampliador portátil, com apenas 1,2 kg, possibilita ampliar as imagens
ou texto, da lousa da sala de aula, ao longe, bem como de textos sobre a
mesa. Pode ser ligado a um monitor ou a um computador, via USB. Ligado ao
computador por ser utilizado como filmadora. Não necessita de carregador ou
de bateria.
Figura 16: Virador de páginas
Permite ao usuário o controle total e passo-a-passo no processo de
folhear um livro. As características únicas deste aparelho permitem que se
trabalhe com páginas amassadas, vincadas, grudentas ou mal anguladas.
Mesmo que o usuário esteja sentado ou deitado, as páginas podem ser
manipuladas com precisão, uma a uma ou sequencialmente caso for
necessário uma procura dirigida. A única assistência necessária externa ao
usuário é a colocação do documento a ser lido, posicionar o controle de
acionamento e ocasionalmente limpar o mecanismo. Pode ser comandada por
uma grande variedade de chaves e acionadores, além de unidades de controle
remoto. Não e necessário ajuste quanto ao tamanho de página, textura ou tipo
de documento. Aceita a maior parte dos livros e revistas de tamanho máximo
30 x 23 cm e até 5 cm de espessura (lombada). Possui cobertura plástica,
interna e externa, mantêm o documento a ser lido em posição firme e plana.
Uma fita elástica segura publicações finas como panfletos e revistas.
O avanço e retrocesso das páginas, individual ou continuamente é
acionado por um rolo de borracha que dispensa o uso de fita adesiva ou cola.
Embutido no corpo do equipamento está um tripé dobrável para uso em mesas
e superfícies planas e possui uma prática alça para o transporte manual.
Ganchos traseiros permitem o uso em suportes ou mesas para leitura do
usuário em posição deitada.
Como anteriormente citado, neste trabalho, a apresentação de
produtos já disponíveis para comercialização, objetiva demonstrar o que já foi
produzido de modo que, ao visualizar o catálogo, este possa inspirar para o
desenvolvimento de outros produtos. A seguir será apresentado o Catálogo da
Tecnologia Assistiva da empresa MN.
QUADRO 1: Catálogo MN de Tecnologia Assistiva
Catálogo MN - TECNOLOGIA ASSISTIVA
PEGADOR: auxilia no vestuário e segura objetos leves de
metal com o ímã existente em sua extremidade. Sua
mandíbula, confeccionada em plástico resistente, segura
objetos leves de até 8 cm de largura.
PEGADOR DOBRÁVEL: possui um sistema de gatilho
eficiente que facilita a preensão de qualquer tipo de objeto.
ALÇA TIRACOLO PARA SACOLAS: a alça distribui o
peso de pesadas sacolas pelas costas e ombros. Ajuda a
eliminar lesões de tendão ao carregar sacolas utilizando
uma preensão em gancho por tempo prolongado.
CHAVEIRO: sua empunhadura de plástico resistente
fornece uma alavanca maior para facilitar o giro das
chaves. Para pessoas com artrite ou fraqueza preensora.
A chave é dobrável quando não utilizada.
ANTI-DERRAPANTE: evita movimento em ambas as
superfícies, sem grudar nos objetos. Pode ser utilizado
sobre bandejas, mesas, como adaptação para preensão
ou para posicionamento de almofadas em cadeiras de
rodas.
ADAPTAÇÃO PARA TELEFONE: a alça flexível desta
adaptação
ajusta-se
facilmente
em
volta
da
mão,
fornecendo uma preensão segura e confortável. Ideal para
pessoas com preensão e destreza limitadas.
BANDEJA ADAPTÁVEL:estável, ajusta-se a quase todo
tipo de sofá ou cadeira com braço. Possui divisórias
internas. Um adaptador para cadeira de rodas permite que
a bandeja gire para facilitar o entrar e o sair da cadeira.
CORTADOR DE REMÉDIO: elimina a inexatidão ao se
dividir o medicamento. Possui um compartimento para
armazenagem de comprimidos.
DISPOSITIVO GIRATÓRIO EM "T": para pessoas com
destreza diminuída. Encaixa em maçanetas, chaves,
torneiras e outras alavancas irregulares.
TUBO DE ESPUMA: utilizado para engrossar cabos de
utensílios e ferramentas. Disponível em três diâmetros
externos e internos diferentes.
ADAPTAÇÃO PARA MEIA: o desenho desta adaptação
foi inspirado no formato do pé. O fundo achatado permite
que pés de qualquer tamanho deslizem facilmente. As
extensões laterais mantêm a meia aberta para fácil
colocação.
As
bordas
suaves
da
adaptação
não
machucam o pé nem desfiam as meias
ADAPTAÇÃO PARA MEIA-CALÇA: as canaletas de
plástico podem ser dobradas o quanto for necessário para
se ajustar a qualquer tamanho de meia. As tiras podem ser
ajustadas. Requer o uso de ambas as mãos.
ADAPTAÇÃO PARA BOTÃO E ZÍPER:apresenta em uma
das extremidades uma adaptação para botão e, na outra,
um gancho para zíper. Possui cabo de madeira.
ADAPTAÇÃO
PARA
BOTÃO:
esta
adaptação
de
borracha suave torna a tarefa de abotoar roupas mais fácil.
BASTÃO PARA VESTUÁRIO: uma das extremidades
possui um gancho em "C" e a outra, um gancho tipo
empurra-puxa. O comprimento desta adaptação faz com
que a pessoa não necessite curvar-se, tornando-a ideal
para aqueles com flexão de quadril diminuída ou
movimento limitado de membros superiores.
CADARÇO ELÁSTICO: é ideal para aqueles com flexão
de quadril diminuída ou destreza limitada. O nó e o laço
devem ser realizados apenas uma vez.
CADARÇO ELÁSTICO PARA TÊNIS: mais largos e mais
fáceis de manejar que outros cadarços elásticos.
CALÇADEIRA
DE
METAL:
feita
em
aço
e
com
empunhadura de borracha de modo a facilitar a preensão.
CALÇADEIRA PLÁSTICA COM ALÇA: sua alça permite
uma preensão mais confortável para os dedos, podendo
ser utilizada para puxar meias.
ABDUTOR DE JOELHOS: oferece um posicionamento
confortável e eficiente em abdução de membros inferiores
quando na posição sentada ou deitada.
ALMOFADA LAP TOP: ajuda a pessoa a manter um
correto posicionamento e evita o deslizamento, também
atua como uma barreira de segurança.
ALMOFADA LATERAL: acomoda pessoas menores em
cadeira de rodas de tamanho padrão. A espessura de 2,5
cm de cada lateral reduz a largura de uma cadeira de
rodas comum em 5 cm, fornecendo maior estabilidade.
DESCANSO DE BRAÇO PARA CADEIRA DE RODAS:
Feito de compensado, proporciona uma fácil entrada e
saída com um simples pivoteamento para cima. Pode ser
usado tanto do lado esquerdo quanto do lado direito.
SUPORTE DE BRAÇO: canaleta plástica e espuma para
elevação do braço. A canaleta é moldável com aquecedor
e possui um sistema de fixação e Velcro®.
SUPORTE DE BRAÇO: fornece apoio ao braço inteiro,
mantendo a integridade do ombro. Elimina pontos de
pressão e auxilia no posicionamento de tronco e membros
inferiores. Encaixa-se facilmente no braço da cadeira de
rodas.
SUPORTE DE BRAÇO EM ESPUMA: ideal para o
posicionamento de mãos durante o tratamento e exercício.
Posiciona e eleva o braço, assegura o conforto, além de
facilitar o controle de edema. Ajusta-se a bandejas, mesas
ou camas de maneira estável.
GOTEIRA COM FORRO NC: a combinação da goteira
com o forro fornece suporte e proteção para o pé. A goteira
é feita de espuma encapada de vinil.
PROTETOR PALMAR: permite movimentação livre dos
dedos, enquanto previne de maneira confortável o
aparecimento de contraturas de dedos e lacerações da
pele na palma.
PROTETOR DE COTOVELO/CALCANHAR: protege o
cotovelo ou o calcanhar. Alivia úlcera de pressão.
Apresenta
excelente
conformidade
em
volta
de
proeminências ósseas.
LUVA PARA CADEIRA DE RODAS: a meia luva permite
melhor destreza manual. O couro de pele de cabra macio é
durável e forte. A malha no dorso mantém as mãos
ventiladas.
ALÇA PARA MEMBROS INFERIORES: é uma adaptação
para pessoas com fraqueza de flexores de quadril após
recolocação total de quadril. O encaixe para mão facilita a
preensão.
ALMOFADA GIRATÓRIA: almofada que permite fácil
movimentação em qualquer direção. Auxilia na prevenção
de tensões nas costas e no quadril. Gira 360° para facilitar
o acesso e a saída de veículos.
CORDA PARA MUDANÇA DE DECÚBITO: a corda
possui apresenta quatro argolas espaçadas a cada 25 cm.
A argola longa na perna ou na estrutura da cama. É
necessária uma boa força de preensão.
ALMOFADA PORTÁTIL: a almofada portátil encaixa em
quase todos os tipos de cadeiras e cadeiras de rodas e
tem uma capa removível e lavável.
ADAPTAÇÃO REDONDA PARA SEGURAR CARTAS:
para
pessoas
com
preensão
limitada.
As
cartas
permanecem entre dois discos de plástico, eliminando a
necessidade de se segurar as cartas individualmente.
BARALHO PARA DÉFICIT VISUAL: os números, letras e
figuras são aumentados para rápido reconhecimento. As
cartas possuem tamanho padrão e uma cor para cada
naipe. Ideal para o uso de pessoas com pelo menos 5% de
visão normal.
BARALHO JUMBO: cartas gigantes, de fácil visualização
e manejo. Para pessoas com déficit de preensão fina e
déficit visual. Cada carta mede 18 cm x 14 cm.
SUPORTE DE CARTAS EM MEIA-LUA: ideal para
pessoas
com
déficit
de
preensão.
Mantém
confortavelmente cartas de tamanho padrão ou maiores.
Pode ser utilizado em mãos ou sobre a mesa.
SUPORTE DE CARTAS EM PLÁSTICO: para pessoas
com controle de movimentação de dedos limitada.
ADAPTAÇÃO BULBO PARA ESCRITA: adaptação de
plástico no formato de bulbo, utilizável em qualquer caneta
ou lápis padrão. Proporciona uma postura de escrita
confortável.
ADAPTAÇÃO TRIANGULAR PARA ESCRITA: disponível
em dois tamanhos: o pequeno ajusta-se à maioria dos
lápis e canetas comuns e o grande se ajusta à giz de cera
e canetas mais largas.
AUXILIAR PARA DIGITAÇÃO : deslize pela mão e ajusteo com o velcro®, para pacientes com preensão limitada ou
musculatura fraca de dedos. É necessária flexão de punho
e cotovelo. Ajustável com aquecedor.
AUXILIAR PARA ESCRITA: desenhado para se ajustar
firmemente a mão, esta adaptação de plástico moldável
segura lápis e canetas em ângulo ajustável.
ADAPTAÇÃO PARA ESCRITA: ferramenta de escrita
adaptável. Encaixe uma caneta, lápis ou pincel na
adaptação.
ADAPTAÇÃO TUBO DE ESPUMA PARA ESCRITA:
proporcionam
uma
preensão
confortável
e
são
antiderrapantes. Ajudam a reduzir a pressão na escrita e a
fadiga associada a ela.
CANETA
ERGONÔMICA:
caneta
projetada
ergonomicamente para exigir pressão mínima na sua
apreensão. O suave ondulado na área do polegar permite
uma preensão mais segura.
ADAPTAÇÃO "PASSARINHO" PARA ESCRITA: ideal
para pessoas com déficit em coordenação, destreza ou
força de preensão. Pode ser utilizada por pessoas que não
possuem preensão em pinça.
SUPORTE DE LIVRO PARA CAMA: ajustável, pode servir
como mesinha, suporte ou bandeja de cama. Pode ser
angulado para uso na posição supina. Tiras de elástico
mantém livros ou revistas bem posicionados.
SUPORTE DE LIVRO: segura as páginas de um livro para
leitura ou para exposição. Apresenta duas hastes providas
de molas que facilitam as mudanças de páginas. Ideal para
pessoas que utilizem apenas uma das mãos.
ÓCULOS PRISMÁTICOS: colocam a imagem num ângulo
correto para que não seja necessário o movimento da
cabeça para ler um livro ou ver TV. Se necessário, ajustase sobre lentes corretivas.
LUPA DE PENDURAR: é colocada em volta do pescoço,
deixando ambas as mãos livres. A lupa é mantida no lugar
pelos dois pés de espuma que descansam sobre o peito e
um cordão ajustável. A inserção bifocal fornece um
aumento de 5 vezes.
LUPA COM LUZ: feita de lente acrílica de cristal e corpo
de plástico rígido onde se acopla a lâmpada e um
compartimento de pilhas. Fornece um aumento de duas
vezes e o bifocal, de quatro vezes.
LUPA DE PÁGINA INTEIRA: reduz o esforço dos olhos e
facilita a leitura de mapas, jornais e outros documentos.
Aumenta uma página inteira ao mesmo tempo.
LUPA HORIZONTAL: proporciona um aumento de duas
vezes. Funciona como uma régua ao seguir um texto,
aumentando linha por linha. Seu tamanho portátil permite o
acondicionamento fácil em bolsas ou no bolso.
PRATO COM RELEVO INTERNO: auxiliar valioso para
pessoas que se alimentam com apenas uma das mãos.
Sua borda não permite que o alimento caia para fora do
prato e facilita a alimentação com o garfo ou colher.
PRATO ADAPTADO: produto ideal para pessoas com
flexibilidade e coordenação motora limitadas, ataxia ou
outra desordem neurológica
BORDA DE PRATO INTERNA PEQUENA: aparador
moldado em plástico, utilizável em pratos de diferentes
diâmetros. Os ganchos são moldados diretamente na
unidade, sem apresentar emendas ou articulações.
BORDA DE PRATO INTERNA GRANDE: aparador
moldado em plástico, utilizável em pratos de diferentes
diâmetros. Os ganchos são moldados diretamente na
unidade, sem apresentar emendas ou articulações.
APARADOR
DE
COMIDA
EM
PLÁSTICO
TRANSPARENTE: ajusta-se a pratos de diferentes
diâmetros (22 cm a 25 cm), podendo ser colocado
rapidamente com o uso de uma única mão.
APARADOR DE COMIDA EM AÇO INOXIDÁVEL: evita o
acúmulo de comida que costuma acontecer em junções.
Não há parafusos, rebites ou peças separadas que
possam cair ou quebrar. Este aparador dá ao indivíduo
maior independência e ajusta-se a vários tipos de pratos.
CANECA COM ALÇAS E TAMPA: possui uma tampa com
um bico que controla o fluxo do líquido. Suas duas alças
facilitam a empunhadura e sua larga base previne
tombamentos acidentais. Pode ir ao micro-ondas e à
máquina de lavar louças.
SUPORTE PARA CANUDOS E CANUDO FLEXÍVEL:
suporte para canudos desenhado para se ajustar a
qualquer canudo, prende-se a borda do copo. Com oito
furos que ajudam a manter os canudos no ângulo
desejado.
COPO ADAPTADO: permite preensão facilitada utilizandose somente o polegar e o indicador. Ideal para pessoas
com déficit de força muscular.
COPO RECORTADO: para pessoas com dificuldade em
estender a cabeça devido a lesão em nível de pescoço.
Também útil para crianças portadoras de paralisia
cerebral. O recorte permite a visualização do líquido pelo
terapeuta.
SUBSTITUIÇÃO DE PREENSÃO: ajustável através de
velcro e anel. Pode servir também como adaptação para
canetas e lápis. Fácil de colocar e tirar.
SUBSTITUIÇÃO
DE
PREENSÃO:
desenhado
especialmente para quadriplégicos. Permite às pessoas
com preensão limitada ou ausente o uso de talheres,
instrumentos para escrita, etc.
SUBSTITUIÇÃO DE PREENSÃO COM SUPORTE DE
PUNHO: eficiente em casos de punho caído. Possui um
encaixe na palma que se mantém numa posição fixa.
TALHERES: para pessoas com preensão deficitária,
permitem um máximo de controle com um mínimo de
esforço. Pode ser rodado para acomodar quase qualquer
tipo de dificuldade na alimentação.
COLHERES:
possuem
cabo
emborrachado
e
são
facilmente anguladas. Vem encapados e protege os dentes
e lábios durante o uso. Ideal para pessoas com
espasticidade ou com pobre controle manual. Não é
recomendável para pessoas com forte reflexo de mordida.
TALHERES COM PESO: o peso do cabo (170 g)
proporciona maior controle sobre a movimentação. Ideal
para pessoas com controle manual limitado, com doença
de Parkinson ou espasticidade.
TALHERES: borracha macia, antiderrapante, com cabo
flexível que se adapta confortavelmente a qualquer tipo de
preensão e a qualquer ângulo.
TALHERES: borracha macia, antiderrapante, com cabo
flexível que se adapta confortavelmente a qualquer tipo de
preensão e a qualquer ângulo.
TALHER PEDIÁTRICO DE PLÁSTICO: proporciona à
criança uma preensão mais natural durante a alimentação.
Feito de plástico moldado. Vem com engrossador.
TALHER ENGROSSADO: desenhado para a mão artrítica,
compensa preensão e controle muscular deficitários. Uma
concavidade para o dedo indicador ajuda no controle
direcional. Feito de aço cirúrgico e cabo de polipropileno
TALHERES
EM
BALANÇO:
útil
para
quando
a
movimentação de punho e dedos está ausente ou limitada.
Estes talheres permitem que a comida permaneça sempre
nivelada.
Conforme já citado, ao exemplificar algumas variedades de
produtos, inclusive já disponíveis para comercialização, pretende-se que estes
possam inspirar o desenvolvimento de novos produtos, ou a partir destes,
realizar inovações, adaptações, ou simplesmente apresentar aos alunos,
docentes pesquisadores, coordenadores de cursos quais são os produtos de
Tecnologia Assistiva.
5 METODOLOGIA
5.1 MÉTODO
O trabalho foi realizado em três partes:
a) um estudo exploratório;
b) investigação focalizada;
c) análise final e elaboração do relatório.
Na fase exploratória, foram identificadas as fontes de dados os
informantes. A investigação focalizada se iniciou com a coleta sistemática dos
dados documentais. Nesta parte da pesquisa documental foram realizadas
análises dos projetos de implantação dos cursos, planos de curso,
planejamentos de ensino, elaboração de formulário a ser encaminhado, entre
outros.
Esta pesquisa foi pautada pelo Estudo de Caso, pois esta pode ser
caracterizada como uma pesquisa empírica que: investiga um fenômeno
contemporâneo dentro de seu contexto real; as fronteiras entre o fenômeno e o
contexto não são claramente evidentes; múltiplas fontes de evidências são
utilizadas.
As aplicações do Estudo de Caso podem explicar ligações causais
em intervenções ou situações da vida real que são complexas para tratamento
através de estratégias experimentais ou de levantamento de dados.
5.2 LOCAL DA PESQUISA
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) é a
primeira universidade tecnológica do país. Esta foi transformada do Centro
Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR). Tem suas origens na
Escola de Aprendizes Artífices, fundada em 1909, por Nilo Peçanha. É possível
confundir a história da educação profissional no Brasil com a própria história
das origens da UTFPR, pois esta herdou uma longa e expressiva trajetória
nesta modalidade de educação.
Atualmente, a UTFPR tem como principal foco a graduação, a pósgraduação e a extensão. Oferece 56 cursos superiores (Tecnologia,
bacharelados, Engenharias e licenciaturas). A consolidação do ensino incentiva
o crescimento da pós-graduação, com a oferta dezenas de cursos de
especialização, seis mestrados e dois doutorados, além de grupos de
pesquisa.
A Universidade Tecnológica (UTFPR) também atende a necessidade
de pessoas que desejam qualificação profissional de nível médio, por meio da
oferta de cursos técnicos em diversas áreas do mercado. Na área de relações
empresariais e comunitárias, atua fortemente com o segmento empresarial e
comunitário, por meio do desenvolvimento de pesquisa aplicada, da cultura
empreendedora, de atividades sociais e extraclasse, entre outras.
Com abrangência em todas as regiões do estado do Paraná, a
UTFPR possui atualmente onze campi. Cada Campus oferta cursos de acordo
com a necessidade da região onde está instalado.
A
UTFPR
desenvolve
cursos
de
Educação
Básica,
que
compreendem os Cursos Técnicos de Nível Médio, nas formas integrada e
subsequente, assim como na modalidade Proeja, cursos de Educação Superior
de Graduação, que são os Cursos Superiores de Tecnologia, Bacharelados e
Licenciaturas e cursos de pós-graduação stricto e lato sensu. Também oferta
cursos de extensão e de qualificação, visando a educação continuada.
5.3 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Participaram
desta
pesquisa
os
coordenadores
dos
cursos
superiores, docentes e os representantes dos NAPNES (Núcleo de
Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais), presente
nos onze campi da UTFPR.
A amostra foi selecionada por participantes que retornaram os
questionários devidamente respondidos, assim como os que estavam
presentes quando da realização das entrevistas.
5.4 PROCEDIMENTOS
Inicialmente foram realizadas pesquisas em revistas especializadas,
visitas às instituições e organizações que possuem pessoas com mobilidade
reduzida ou baixa mobilidade para que possibilitasse verificar quais
equipamentos, produtos ou sistemas poderiam propiciar maior autonomia nas
atividades diárias das pessoas.
Foram realizadas visitas ao Instituto de Cegos na cidade de
Londrina, na Escola Especial Procopense, na VISIAUDIO, além de uma
específica com alunos da UTFPR ao Hospital João Lima, sendo as três últimas
citadas localizadas no município de Cornélio Procópio. Neste hospital a equipe
de alunos foi recebida por fisioterapeutas, professores de Educação Física,
Nutricionista, Psicóloga, Assistente Social, médicos, enfermeiras e cuidadores
de idosos. Estes contribuíram apresentando as maiores dificuldades e as
demandas existentes para embasar as possíveis alternativas de confecção de
Tecnologia Assistiva na UTFPR.
Após realização de levantamento bibliográfico acerca dos seguintes
temas: tecnologia assistiva, classificação e tipos, para entendimento prévio do
assunto a ser pesquisado, foram efetuadas análise de documentos
institucionais com o objetivo de verificar quais os cursos apresentam potencial
para o desenvolvimento de tecnologia assistiva (TA). Foram analisados os
projetos dos cursos superiores ofertados pela UTFPR, planos de cursos,
planos de ensino, as ementas, os laboratórios, os equipamentos, as áreas de
especialidade dos docentes e de laboratoristas que atuam nos cursos.
Discussão com os alunos durante as aulas de Metodologia da
Pesquisa a fim de explanar sobre as possibilidades de produção de Tecnologia
Assistiva, incentivando que estes visualizam as possibilidades de elaborar seus
projetos visando atender esta demanda de produção nas disciplinas de Projeto
Integrador e Trabalho de Conclusão de Curso
Envio aos representantes do NAPNES da planilha elaborada pelo
Gestor Estadual do Programa TECNEP – “Educação, Tecnologia e
Profissionalização para Alunos com Necessidades Educacionais Especiais” no
Paraná, Prof. Vanderley Flor da Rosa, também docente desta universidade. Foi
solicitado
que
encaminhassem
as
planilhas
para
preenchimento
aos
coordenadores de curso.
5.5 COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi feita por instrumentos como: observação e
questionário. A observação foi feita em visitas já citadas, assim como nas
oficinas e laboratórios dos cursos com o intuito de verificar se estes propiciam o
desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (TA).
Posteriormente foi realizada a coleta de dados, por meio de envio de
questionários
via
e-mail,
apresentando
o
objetivo
da
pesquisa,
aos
participantes bem como, para investigar a percepção, assim como para buscar
compreender suas concepções sobre a inclusão e sobre a possibilidade de
envolvimento no desenvolvimento de TA.
5.6 ANÁLISE DOS DADOS
A análise dos dados ocorreu de forma a buscar relações entre as
informações coletadas e as teorias e pesquisas acerca do assunto. Foram
buscadas convergências e divergências entre as relações estabelecidas e as
informações coletadas acerca do desenvolvimento de TA, para traçar paralelos
entre elas.
Esta análise foi dividida em cinco etapas:
1ª) visitas às organizações e instituições para detectar necessidades
reais de Tecnologia Assistiva;
2ª) análise dos projetos de curso, ementas dos cursos ofertados pela
UTFPR;
3ª) verificação das oficinas, equipamentos, laboratórios a fim de
verificar quais permitem e são adequados para o desenvolvimento de
Tecnologia Assisitiva;
4ª) envio de formulários para preenchimentos aos coordenadores de
curso e representantes dos NAPNES de cada campus; 3ª)análise dos
formulários;
5ª)análise do referencial teórico e;
6ª) busca de relação tais entre a teoria e os dados coletados.
As
etapas tiveram como
objetivo
buscar característica que
possibilitem o desenvolvimento de TA, inclusive em situações de sala de aula,
isto é, de ensino e de aprendizagem.
Na última etapa estas características específicas encontradas em
cada grupo foram analisadas dinamicamente no levantamento e foram
acompanhadas de reflexão à luz da fundamentação teórica, tecendo
considerações para concluir o trabalho.
6 RESULTADOS
6.1 LOCAL DA PESQUISA: A UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO
PARANÁ (UTFPR)
A Universidade Tecnológica no Paraná teve uma trajetória que
começou com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices pelo então
presidente Nilo Peçanha, em 1909, cuja escola foi inaugurada um ano depois.
O ensino era destinado a garotos de camadas menos favorecidas da
sociedade, chamados de “desprovidos da sorte”. Em 1936, o ensino foi
tornando-se cada vez mais profissional até que, no ano seguinte, a escola
começou a ministrar o então chamado, ensino de 1º grau, e passou a chamarse Liceu Industrial do Paraná.
Com a organização da educação profissional em todo o país, em
1941, o Liceu passou a se chamar Escola Técnica de Curitiba, e, dois anos
depois, iniciaram-se os primeiros cursos técnicos: Construção de Motores,
Edificações, Desenho Técnico e Decoração de Interiores. Em 1959, o ensino
técnico foi unificado no país e a Instituição passou à denominação de Escola
Técnica Federal do Paraná.
Em 1974 foram implantados os primeiros cursos de curta duração de
Engenharia de Operações e, em 1978, a Instituição passou à condição de
Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná – CEFET-PR. Nas duas
décadas seguintes, o CEFET-PR implantou e consolidou seus cursos de
graduação e iniciou seus programas de pós-graduação. A partir de 1990,
ocorreu a expansão para o interior do Estado e o CEFET-PR passou a atuar
nos municípios Medianeira, Pato Branco, Cornélio Procópio, Ponta Grossa,
Campo Mourão e Dois Vizinhos.
Em outubro de 2005, o Projeto de Transformação do CEFET-PR em
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR foi sancionado pelo
Presidente da República. Em 2006, ao completar um ano de atividades como
Universidade, dois novos campi foram implantados nas cidades de Apucarana
e Londrina, iniciando suas atividades no 1o. semestre de 2007. Em 2007 a
Universidade contou com a implantação do Campus Toledo e do Campus
Francisco Beltrão. Atualmente a UTFPR possui 11 campi em funcionamento,
sendo predominante a atuação na área industrial.
6.1.1 Descrição dos Cursos ofertados pela Universidade Tecnológica Federal
do Paraná (UTFPR)
A UTFPR desenvolve, na área de ensino os cursos de Educação
Básica - que compreendem os Cursos Técnicos de Nível Médio, basicamente
na forma integrada e os cursos de Educação Superior de Graduação,
compreendendo os Cursos Superiores de Tecnologia, Bacharelados e
Licenciaturas.
6.1.1.1 Cursos Técnicos de Nível Médio
A UTFPR oferece os Cursos de Educação Profissional de Nível
Médio, conhecido como Curso Técnico. De acordo com a disponibilidade de
cada campus os cursos são ofertados em diferentes áreas e em três formas
distintas, de acordo com o nível de formação e idade do estudante, são elas:
Curso Técnico Integrado, Curso Técnico Integrado na Modalidade de Educação
de Jovens e Adultos - PROEJA e Curso Técnico Subsequente.
Cursos Técnicos Integrados – São cursos voltados aos estudantes
que possuem a formação no Ensino Fundamental. O termo integrado significa
que o curso garante tanto a formação do Ensino Médio quanto a formação
técnica profissional. Assim, ao concluir este curso, que tem duração de 04
(quatro) anos e confere ao formando o diploma de Técnico de Nível Médio, o
estudante poderá prosseguir seus estudos em curso de nível superior e poderá
exercer uma atividade profissional técnica.
Cursos Técnicos Integrados na Modalidade de Educação de Jovens
e Adultos (PROEJA) – São cursos destinados aos jovens com idade acima dos
17 (dezessete) anos, que concluíram o Ensino Fundamental e buscam a
formação no Ensino Médio integrada à formação Técnica profissional sob a
forma de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O curso tem duração de 03
anos e confere ao formando o diploma de Técnico de Nível Médio, habilitando
o estudante ao prosseguimento de estudos em curso de nível superior e ao
exercício de uma atividade profissional técnica. O estudante deve ter idade
mínima de 17 (dezessete) anos na data da matrícula.
Curso Técnico Subsequente – Esta forma de curso é destinada aos
estudantes que já possuam formação no Ensino Médio e buscam somente a
formação Técnica de Nível Médio, tendo duração de 18 meses. Na UTFPR,
esta opção de curso só é ofertada no Campus Dois Vizinhos.
6.1.1.2 Cursos de Graduação
Engenharia Industrial: os cursos de Engenharia Industrial da UTFPR,
nas diferentes áreas e ênfases ofertadas, possuem, como diretrizes
orientadoras, um aprofundado embasamento científico (principalmente apoiado
nas matérias de Matemática e Física), e uma carga horária mínima de 50% em
atividades de laboratório para disciplinas de formação profissional. A prática
profissional é obrigatória, sendo obtida por intermédio da realização do Estágio
Curricular Supervisionado. Outra importante característica é a necessidade do
desenvolvimento de um projeto final, denominado de Trabalho de Conclusão
de Curso. Nesse Trabalho, o aluno irá aplicar e integrar os conhecimentos
adquiridos ao longo do curso e será desenvolvido sob o acompanhamento de
um professor orientador. Além dos diversos conhecimentos técnicos, inerentes
à formação do engenheiro, e visando uma formação integral, o curso possui
considerável carga horária para disciplinas nas áreas de informática,
administração/gerenciamento
e
legislação,
capacitando
o
profissional
engenheiro a exercer atividades como projetista, gerente, pesquisador,
consultor, professor, entre outras. O Curso tem duração de 10 semestres e, ao
final, o estudante recebe o Diploma de Engenheiro Industrial, o qual habilita-o
ao registro profissional no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia – CREA e ao prosseguimento da sua formação acadêmica em
curso de pós-graduação.
Engenharia de Produção: os Cursos de Engenharia de Produção
caracterizam-se por possuírem em sua estrutura curricular quatro diretrizes
principais:
•
intensiva carga horária em disciplinas de embasamento científico
(Matemática e Física);
•
oferta de disciplinas nas áreas de Economia e Administração;
•
oferta de disciplinas relacionadas aos Sistemas de Produção;
•
oferta
de
disciplinas
de
formação
profissional
específica,
dedicadas à ênfase de cada curso.
Na UTFPR, semelhante aos Cursos de Engenharia Industrial, os
cursos de Engenharia de Produção são desenvolvidos em 10 semestres,
incluindo-se o Estágio Curricular Supervisionado obrigatório e o Trabalho de
Conclusão de Curso, integrados à estrutura curricular. Ao estudante concluinte
é atribuído o título de Engenheiro de Produção, na sua respectiva área de
formação. O diploma possibilita o registro no Conselho de Classe e o
prosseguimento da sua formação acadêmica em curso de Pós-Graduação.
Bacharelado: são caracterizados por proporcionarem uma formação
ampla na área em que são ofertados. Para tal, a estrutura curricular contempla
as disciplinas de formação básica, disciplinas de formação profissional,
disciplinas de cunho tecnológico e conteúdos de formação complementar.
Esses cursos titulam seus estudantes com o grau de Bacharel e o diploma de
Bacharelado possibilita a continuidade de estudos em curso de PósGraduação. Os Bacharelados da UTFPR, como as demais modalidades de
Graduação, são caracterizados por uma forte formação prática e de aplicações
tecnológicas.
Licenciatura: objetivam a formação de professores para as áreas em
que são ofertados. A estrutura curricular desses cursos contempla as
disciplinas de formação específica na área em que são ofertados, aliadas às
disciplinas necessárias à atividade didática, inerente à profissão-professor. O
estudante formado recebe o grau de Licenciado, que possibilita atuar como
professor nos sistemas de ensino público ou privado, bem com a continuidade
da sua formação acadêmica em curso de Pós-Graduação.
Cursos
Superiores
de
Tecnologia
(CSTs):
objetivam
formar
profissionais focados na inovação, no desenvolvimento e na aplicação da
tecnologia. A atuação do Tecnólogo se faz necessária em áreas que exigem
um elevado aprofundamento e especialização de conhecimentos tecnológicos.
A organização curricular desses cursos, na UTFPR, traz, entre suas
principais características e inovações, a estruturação de todas as atividades
educacionais fundamentadas nas bases da Ciência, da Tecnologia e da
Gestão, propiciando o domínio da Ciência pela aplicação em processos
tecnológicos, e o desenvolvimento no estudante de habilidades gerenciais pela
gestão do processo de aprendizagem vivenciado ao longo do curso.
Predominam, nas diretrizes curriculares dos CSTs, as atividades em
laboratórios, as atividades complementares de cunho social, cultural e de
extensão, o Estágio Curricular Supervisionado obrigatório e o Trabalho de
Conclusão de Curso.
Os CSTs na UTFPR são desenvolvidos em três anos, excluídos os
tempos necessários ao Estágio Curricular e ao Trabalho de Conclusão de
Curso. O estudante concluinte recebe o Diploma de Tecnólogo com
possibilidade do registro profissional no respectivo Conselho de Classe, bem
como o prosseguimento de estudos em cursos de Pós-Graduação.
6.1.2 Relação dos cursos ofertados nos campi da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (UTFPR)
CAMPUS APUCARANA
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Vestuário.
• Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda.
• Curso Superior de Tecnologia em Processos Químicos.
CAMPUS CAMPO MOURÃO
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Informática.
• Curso Superior de Tecnologia em Alimentos.
• Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet.
• Curso de Engenharia Ambiental.
• Curso de Engenharia de Produção Civil.
• Curso de Engenharia de Alimentos.
CAMPUS CORNÉLIO PROCÓPIO
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Eletrotécnica.
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Mecânica.
• Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial.
• Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
• Curso Superior de Tecnologia em Manutenção Industrial.
• Curso de Engenharia Industrial Elétrica - ênfase: Eletrotécnica.
• Curso de Engenharia Industrial Mecânica. Curso Técnico de Nível Médio
Integrado em Eletrotécnica
CAMPUS CURITIBA
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Eletrônica
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Gestão de Pequenas e Médias
Empresas
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Mecânica
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Segurança do Trabalho
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado - modalidade: Educação de Jovens e
Adultos (PROEJA) em Edificações
• Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial
• Curso Superior de Tecnologia em Comunicação Institucional
• Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico
• Curso Superior de Tecnologia em Mecatrônica Industrial
• Curso Superior de Tecnologia em Processos Ambientais
• Curso Superior de Tecnologia em Radiologia
• Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de Telecomunicações
• Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de Informação
• Curso de Graduação (Bacharelado) em Design
• Curso de Graduação (Bacharelado) em Educação Física
• Curso de Graduação (Bacharelado) em Química
• Curso de Graduação (Licenciatura) em Letras Português-Inglês
• Curso de Graduação (Licenciatura) em Física
• Engenharia da Computação
• Engenharia Industrial Elétrica – ênfase: Automação
• Engenharia Industrial Elétrica – ênfase: Eletrônica/Telecomunicações
• Engenharia Industrial Elétrica – ênfase: Eletrotécnica
• Engenharia Industrial Mecânica
• Engenharia Produção Civil
• Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial
(CPGEI) – Mestrado / Doutorado
• Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE) - Mestrado
• Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais
(PPGEM) - Mestrado
• Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
(PPGEC) – Mestrado
CAMPUS FRANCISCO BELTRÃO
• Curso Técnico de Nível Médio em Agropecuária
Modalidade: Subseqüente (Pós-Médio).
• Curso Superior de Tecnologia em Horticultura.
• Curso de Graduação em Zootecnia (bacharelado).
• Curso de Engenharia Florestal.
CAMPUS DOIS VIZINHOS
• Curso Técnico de Nível Médio em Agropecuária Modalidade: Subsequente
(Pós-Médio).
• Curso Superior de Tecnologia em Horticultura.
• Curso de Graduação em Zootecnia (bacharelado).
• Curso de Engenharia Florestal.
CAMPUS LONDRINA
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Controle Ambiental modalidade:
Educação de Jovens e Adultos - PROEJA
• Curso Superior de Tecnologia em Alimentos
• Curso de Engenharia Ambiental
CAMPUS MEDIANEIRA
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Química.
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Segurança do Trabalho.
• Curso Superior de Tecnologia em Alimentos.
• Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistema
• Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental.
• Curso Superior de Tecnologia em Manutenção Industrial.
• Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial.
CAMPUS PATO BRANCO
• Curso Técnico de Nível Médio em Geomensura.
• Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
• Curso Superior de Tecnologia em Manutenção Industrial.
• Curso Superior de Administração (Bacharelado).
• Curso Superior de Agronomia (Bacharelado).
• Curso Superior de Ciências Contábeis (Bacharelado).
• Curso Superior de Licenciatura em Letras Português-Inglês.
• Curso Superior de Licenciatura em Matemática.
• Curso Superior de Química (Bacharelado em Química Industrial/Licenciatura
em Química).
• Curso de Engenharia de Produção Civil.
• Curso de Engenharia de Produção Eletromecânica.
• Curso de Engenharia de Computação.
• Curso de Engenharia Industrial Elétrica.
• Curso de Mestrado Acadêmico em Agronomia.
CAMPUS PONTA GROSSA
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Agroindústria.
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Mecânica
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Eletroeletrônica modalidade:
Educação de jovens e adultos (PROEJA).
• Curso Superior de Tecnologia em Alimentos.
• Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
• Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial.
• Curso Superior de Tecnologia em Fabricação Mecânica.
• Curso de Engenharia de Produção em Controle e Automação.
• Curso de Engenharia de Produção Mecânica.
• Mestrado em Engenharia da Produção.
• Mestrado em Educação Científica e Tecnológica.
CAMPUS TOLEDO
• Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Informática.
• Curso Superior de Tecnologia em Processos Químicos.
• Curso de Engenharia Industrial Elétrica. Ênfase: Automação.
6.1.2.1 Cursos de Pós-Graduação lato sensu (Especialização)
São ofertados cursos de pós-graduação lato sensu (Especialização)
nas seguintes áreas:
Campus Campo Mourão
• Curso de Especialização em Tecnologia e Gestão Agroindustrial
• Curso de Especialização em Auditoria Ambiental
Campus Cornélio Procópio
• Curso de Especialização em Engenharia e Segurança do Trabalho
• Curso de Especialização em Cultura, Tecnologia e Ensino de Línguas
• Curso de Especialização em Tecnologia Java
• MBA em Gestão da Produção
• Curso de Especialização em Automação e Controle de Processos Industriais
• Curso de Especialização em Gerontologia
• Curso de Especialização em Auditoria e Gestão Ambiental
• Curso de Especialização em Redes de Computadores
• Curso de Especialização em Configuração e Gerenciamento de Ativos
• Curso de Especialização em Informática na Educação
Campus Curitiba
• Curso de Especialização em Atividade Física na Empresa
• Curso de Especialização em Auditoria e Qualidade Ambiental
• Curso de Especialização em Automação Industrial
• Curso de Especialização em Comunicação e Cultura
• Curso de Especialização em Comunicação Empresarial – Assessoria de
Imprensa
• Curso de Especialização em Comunicação Empresarial e Institucional
• Curso de Especialização em Design de Interiores
• Curso de Especialização em Design de Mobiliário – Projeto e Gestão
• Curso de Especialização em Eficiência Energética na Indústria
• Curso de Especialização em Eletrônica de Potência e Acionamento Elétrico
• Curso de Especialização em Embalagem – Projeto e Produção
• Curso de Especialização em Engenharia e Segurança do Trabalho
• Curso de Especialização em Engenharia de Produção
• Curso de Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas
• Curso de Especialização em Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho
• Curso de Especialização em Gerência de Manutenção
• Curso de Especialização em Gerenciamento de Obras
• Curso de Especialização em Gestão da Manufatura
• Curso de Especialização em Gestão de Negócios
• Curso de Especialização em Gestão do Conhecimento nas Organizações
• Curso de Especialização em Gestão do Desenvolvimento de Produtos
• Curso de Especialização em Gestão Educação Profissional – Modalidade EJA
• Curso de Especialização em Gestão Estratégica da Produção
• Curso de Especialização em Gestão Financeira
• Curso de Especialização em Gestão e Tecnologia da Informação
• Curso de Especialização em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira
• Curso de Especialização em Língua Estrangeira Moderna
• Curso de Especialização em Literatura Brasileira e História Nacional
• Curso de Especialização em Literatura Dramática e Teatro
• Curso de Especialização em Métodos Experimentais Aplicados ao Ensino da
Biologia
• Curso de Especialização em Métodos Experimentais Aplicados ao Ensino da
Química
• Curso de Especialização em Patologia das Construções
• Curso de Especialização em Química Analítica Ambiental
• Curso de Especialização em Técnicas de Fabricação e Produção Mecânica
• Curso de Especialização em Tecnologia da Inovação
• Curso de Especialização em Tecnologia Java
• Curso de Especialização em Teleinformática e Redes de Computadores
• Curso de Especialização em Televisão Digital
• Curso de Especialização em Tomografia
Campus Londrina
• Curso de Especialização em Educação Ambiental
• Curso de Especialização em Educação Profissional
• Curso de Especialização em Desenvolvimento de Produtos Alimentícios
• Curso de Especialização em Tecnologia Java
6.1.2.2 Cursos de Pós-Graduação stricto sensu
a) Programa
de
Pós-Graduação
em
Engenharia
Informática Industrial (CPGEI) - Campus Curitiba
Área de avaliação: Engenharia IV
Elétrica
e
Mestrado Acadêmico e Doutorado
Conceito Capes: 4
Áreas
de
Concentração:
Engenharia
Biomédica,
Informática
Industrial, Telemática.
b) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de
Materiais - Campus Curitiba
Área de avaliação: Engenharia III
Mestrado Acadêmico
Conceito Capes: 3
Áreas de Concentração: Engenharia Térmica, Engenharia de
Materiais, Engenharia da Manufatura, Mecânica dos Solos e
Vibrações.
c) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
(PPGEP) - Campus Ponta Grossa
Área de avaliação: Engenharia III
Mestrado Acadêmico
Conceito Capes: 3
Áreas de Concentração: Gestão Industrial
d) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil - Campus
Curitiba
Área de avaliação: Engenharia I
Mestrado Acadêmico
Conceito Capes: 3
Áreas de Concentração: Construção Civil e Meio Ambiente
e) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) Campus Pato Branco
Área de avaliação: Engenharia IV
Mestrado Acadêmico
Conceito Capes: 3
Áreas de Concentração: Sistemas e Processamento de Energia
f) Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE) - Campus
Curitiba
Área de avaliação: Multidisciplinar
Mestrado Acadêmico e Doutorado
Conceito Capes: 4
Áreas de Concentração: Tecnologia & Desenvolvimento; Tecnologia
& Interação; Tecnologia & Trabalho.
g) Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGA) - Campus
Pato Branco
Área de avaliação: Ciências Agrárias
Mestrado Acadêmico
Conceito Capes: 3
Áreas de Concentração: Produção Vegetal
h) Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia
(PPGECT) - Campus Ponta Grossa
Área de avaliação: Ensino de Ciência e Tecnologia
Mestrado Acadêmico
Conceito Capes: 4
Áreas de Concentração: Ciência, Tecnologia e Ensino
6.1.2.3 Outras Atividades
E, objetivando a construção de uma política pública inclusiva, a
instituição conta com o Programa TECNEP - Educação, Tecnologia e
Profissionalização para Alunos com Necessidades Educacionais Especiais.
Para isto o NAPNE - Núcleo de Atendimento aos Alunos com Necessidades
Educacionais Especiais é responsável pela articulação de pessoas e
instituições e pelo desenvolvimento de ações para criação de uma cultura de
educação para a convivência, aceitação da diversidade, buscando a quebra
das barreiras arquitetônicas, educacionais e atitudinais.
A Instituição possui também o Programa Jovem Empreendedor, que
visa disseminar a cultura empreendedora na Universidade, oportunizando aos
alunos tornarem-se empresários de sucesso.
6.2 BUSCANDO POTENCIAIS DE DESENVOLVIMENTO EM TECNOLOGIA
ASSISTIVA NA UTFPR
Tendo em vista que em todos os cursos superiores ofertados pela
UTFPR preveem em seu Regulamento da Organização Didático-Pedagógica o
desenvolvimento de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), este permite
que a Tecnologia Assistiva seja desenvolvida por alunos no final de curso.
De acordo com o Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) para os cursos de Graduação da UTFPR (2006):
Art. 1.o - O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade
obrigatória, constituída por disciplinas/unidades curriculares dos
currículos dos cursos de Graduação da UTFPR e tem como
objetivos:
I - Desenvolver a capacidade de aplicação dos conceitos e teorias
adquiridas durante o curso de forma integrada, por meio da
execução de um projeto de pesquisa.
II - Desenvolver a capacidade de planejamento e disciplina para
resolver problemas dentro das diversas áreas de formação.
III - Despertar o interesse pela pesquisa como meio para a resolução
de problemas.
IV - Estimular o espírito empreendedor, por meio da execução de
projetos que levem ao desenvolvimento de produtos, os quais
possam ser patenteados e/ou comercializados.
V - Intensificar a extensão universitária, por intermédio da resolução
de problemas existentes nos diversos setores da sociedade.
VI - Estimular a construção do conhecimento coletivo.
VII - Estimular a interdisciplinaridade.
VIII - Estimular a inovação tecnológica.
IX - Estimular o espírito crítico e reflexivo no meio social onde está
inserido.
X - Estimular a formação continuada.
Art. 2.o - O TCC poderá ser desenvolvido individualmente ou em
equipe, podendo esta ser multidisciplinar, com participação de
alunos de diferentes cursos, de acordo com normas complementares
estabelecidas para cada curso.
§ 1.o - O TCC será caracterizado por uma pesquisa científica e/ou
tecnológica aplicada.
§ 2.o - É vedada a convalidação de TCC realizado em outro curso de
graduação.
Art. 3.o - O TCC constitui-se de uma atividade desenvolvida em duas
etapas, denominadas TCC 1 e TCC 2 . Os cursos que adotam o
regime anual poderão desenvolver uma única atividade de TCC
(composta de TCC 1 e TCC 2) ao longo de um ano letivo.
Nesse trabalho, os alunos devem aplicar e integrar os conhecimentos
adquiridos ao longo do curso e será desenvolvido sob a orientação de um
professor orientador. Além dos diversos conhecimentos técnicos, inerentes à
formação, visando uma formação integral.
Outra
possibilidade
para
ser
explorada
foram
os
Projetos
Integradores, presente nos cursos superiores, que têm por objetivo integrar,
através de uma atividade de projeto contextualizado, os conhecimentos
envolvidos nas unidades curriculares de cada módulo, geralmente a partir do
terceiro, dependendo do curso.
Após estudo de cada projeto de curso, foram sugeridas e
demonstradas,
as
possibilidades
equipamentos,
materiais
de
pudessem
pesquisar,
ser
projetar,
desenvolvidos,
desenvolver,
dentro
da
especificidade da área de conhecimento de cada curso. Além de demonstrar,
foram sugeridos os mais úteis e de fácil desenvolvimento, inicialmente, para
que se pudesse criar a cultura de que a UTFPR possui grande potencial nesta
área.
Outro ponto fundamental foi a sensibilização da comunidade para o
desenvolvimento do voluntariado, da responsabilidade social, de que é possível
transformar o nosso mundo em um mundo melhor, com menos desigualdade
social, de raça, de gênero, de religião, entre outros.
7 RESULTADOS
Os resultados foram obtidos por meio de preenchimento de
formulários ou por Coordenadores de Curso, ou por representantes do
NAPNES, assim como de estudos efetuados nos projetos de abertura dos
cursos, nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) e em conversa com
alunos. É importante citar que as respostas foram transcritas literalmente, da
mesma forma em que foram enviadas pelos participantes das pesquisas e
outras foram preenchidas baseadas nos estudos já citados.
Entre as possibilidades de desenvolvimento de Tecnologia Assistiva
na UTFPR, destacam-se:
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ALIMENTOS
ENGENHARIA DE ALIMENTOS
Elaboração de cardápios em Braille, ou com letras em alto relevo;
análise sensorial dos alimentos; solicitação junto aos órgãos competentes da
exigência de rótulos de produtos alimentícios alternativos (Braille) quando
solicitados, por exemplo, no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor).
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL ELÉTRICA
Elaborar cadeiras auxiliares automatizadas para entrada de pessoas
com mobilidade comprometida em piscinas com eixo rotatório; plataformas
elevatórias pneumáticas ou mecânicas que permitam o deslocamento de
pessoas que encontram-se nas macas para as camas hospitalares e viceversa; cadeira de rodas motorizada com controle inteligente e comando de voz;
“robôs” com controle remoto que realizem pequenas atividades, como por
exemplo, buscar equipamentos que não estejam ao alcance das mãos
(acionamento remoto de equipamentos domésticos).
Projetos voltados a acessibilidade atendendo as necessidades de
implantação, funcionamento, manutenção e operação de sistemas elétricos,
automatizados, instalados em concessionárias de energia, indústrias, comércio
ou residências.
Elaborar e executar projetos de automação, utilizando técnicas de
acionamentos de máquinas, controladores e atuadores eletropneumáticos que
possibilitem maior autonomia na gestão comercial elétrica; acionamento de
rede elétrica remota ou por voz.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
Ferramentas ou ambientes de aprendizagem voltado à acessibilidade
que permitam uma comunicação mais efetiva, cuidando sempre que toda
comunicação seja composta por mais de um estímulo, ou seja a combinação
da escrita com a falada, da imagem com a fala, entre outras; elaborar modelos
e layout de placas em braille para identificação de salas e de ambientes em
prédios, assim como
de pequenas placas
a serem
colocadas
nos
equipamentos e utilidades domésticas, placas com números em braille para
elevadores.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM CONCRETO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MATERIAIS DE CONTRUÇÃO
Elaborar projetos visando acessibilidade arquitetônica, em todos os
seus aspectos, como largura de porta, barras em banheiros, rampas, entre
outros.
Utilização do concreto em áreas de edificações residenciais,
comerciais e industriais, viabilizando a acessibilidade de PNEs.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA
Utilizar roupas com etiquetas em braille.
Elaborar roupas que possuam bolsos para acondicionar aparelhos
auditivos, fones de ouvido ou qualquer aparelho ou instrumento de Tecnologia
Assistiva; roupas elaboradas de modo que permitam a passagem de fios,
acondicionamento de bolsas, entre outros; roupas adaptadas e elaboradas
visando amenizar eventuais faltas de membros.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MÓVEIS
Criar design que permita adaptações nos móveis residenciais e
comerciais, assim como àqueles que destinam-se a locais públicos (inclusive
cadeiras para obesos, para pessoas muito alta ou muito baixa; para cadeiras
com apoio de cabeça acolchoado de proteção aos movimentos involuntários...);
Propor
móveis
ergonomicamente
customizados
para
casos
específicos.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO
Adaptar material gráfico com texturas, alto relevo, letras maiores,
visando facilitar o acesso à comunicação.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL
ENGENHARIA AMBIENTAL
Criar equipamentos com materiais que possam ser reutilizados,
readaptados ou reciclados. Assessorar os cursos de design de móveis ou de
moda para que elaborem modelos clássicos, que não necessitem seguir
ditames das tendências de cada época, pois isto acaba gerando mais resíduos,
dada a necessidade de comprar outros mais novos, por este modelo já estar
“ultrapassado” (consumismo exagerado).
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA MANUFATURA
Planejar linhas de gestão da manufatura com sistemas especiais que
possibilitem ou facilitem a interação do aluno com deficiência com as máquinas
e facilidade de atuação na linha de produção.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MANUTENÇÃO
Realização das manutenções necessárias aos equipamentos e
produtos de Tecnologia Assistiva.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
Desenvolver projetos nas áreas de conhecimento em metrologia e
qualidade, produção e sistemas, eletroeletrônica, eletrônica digital, mecânica
estrutural, comunicações; materiais; fabricação, projetos, automação que
permitam o desenvolvimento de sistemas e produtos em TA.
Equipamentos com voz (elevadores, eletrodomésticos...).
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
MECÂNICA
Automatização de veículos.
Automatização de cadeiras de rodas.
Construção de plataformas elevatórias e elevadores.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM QUÍMICA
AMBIENTAL/PROCESSOS AMBIENTAIS
Propor construção de processos e tecnologias para auxiliar e atender
PNEs no mercado por profissionais da área de química, habilitado para atuar
na resolução dos graves problemas ambientais, ocasionados pelo grande
crescimento populacional e industrial.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA
Desenvolver sistemas auxiliares ou próteses para a comunicação.
Propor técnicas para utilizar adequadamente e de forma otimizada
aplicadas aos PNEs, equipamentos de tecnologia na área para auxiliar os
serviços de saúde.
Elaborar equipamentos para facilitar a entrada nas máquinas de
radiologia.
Disponibilizar laudos “falados”.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE
TELECOMUNICAÇÕES
Desenvolver equipamentos e serviços de telecomunicações, tendo
em vista o campo de atuação de PNEs nas empresas públicas e privadas que
utilizam sistemas de radiotransmissão, telemática, telefonia fixa e celular,
televisão aberta e a cabo, internet
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS PARA INTERNET
ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO
DE SISTEMAS
Utilizar adaptações com a finalidade de possibilitar a interação, no
computador, a alunos com diferentes graus de comprometimento motor,
sensorial e/ou de comunicação e linguagem, em processos de ensino e de
aprendizagem.
Desenvolvimento de softwares específicos para atendimento das
especificidades.
Desenvolver controles para ambientes.
Desenvolver adaptações especiais, como tela sensível ao toque, ou
ao sopro, detector de ruídos, mouse acoplado a parte do corpo que possui
movimento voluntário e varredura automática de itens em velocidade ajustável.
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA ÊNFASE AUTOMAÇÃO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA ÊNFASE ELETRÔNICA
/TELECOMUNICAÇÕES
Comandar remotamente aparelhos eletrodomésticos, acender e
apagar luzes, abrir e fechar portas, enfim, ter um maior controle e
independência nas atividades da vida diária.
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA ÊNFASE ELETROTÉCNICA
Desenvolver projetos ou produtos relacionados com a inserção de
PNEs e acessibilidade as atividades de trabalho visando possíveis adaptações
em áreas que possibilitem a inserção de PNES no mercado de trabalho em
geração, transmissão, distribuição e utilização de energia elétrica; sistemas de
potência; máquinas e equipamentos elétricos, instalações elétricas prediais,
comerciais e industriais; acionamentos industriais; fontes alternativas de
energia; sistemas de medição e controle elétrico.
ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ELETROMECÂNICA
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO EM CONTROLE E AUTOMAÇÃO
Desenvolver produtos e projetos em engenharia do produto;
processos
de
planejamento
manufatura;
e
projeto
desenvolvimento
de
de
ferramental;
manufatura;
método,
arranjo
análise,
físico
de
equipamentos; planejamento; programação, manutenção e expedição de
produtos; controle de qualidade; manutenção de máquinas e instalações
mecânicas, assistência técnica; auditoria; fiscalização; análise e elaboração de
projetos industriais votados a acessibilidade.
Desenvolver sistemas que possibilitem suportar para texto ou livro
que facilitem a leitura para pessoas com deficiência
Adaptar veículos automotores de acordo com a especificidade;
Adaptar máquinas e equipamentos customizados.
Plataformas elevatórias para entrada com cadeiras de rodas em
veículos
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIVIL
Projetos e produtos em executáveis em obras de construção civil
planejadas em projeto, prevendo o acesso de PNEs em sua implantação e nos
controle de sistemas produtivos, visando a integração dos fatores da produção,
qualidade do produto e otimização do processo.
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
Elaborar recursos e materiais didáticos alternativos, acompanhados
de suas respectivas estratégias de utilização, para auxiliar no processo de
ensino e aprendizagem como material dourado, ábaco, soroban, ciclo
trigonométrico, gráficos com alto relevo ou texturas, torre de Hanói.
Elaborar material para alfabetização como dominós em relevo, jogos
de memória.
Trabalhar com gráficos todos com colagens para que se possa “ler”
pelo tato.
LICENCIATURA EM QUÍMICA/BACHARELADO EM QUÍMICA TECNOLÓGICA
- ÊNFASE QUÍMICA
Elaborar projetos e produtos que viabilizem a acessibilidade e a
inserção de PNEs nos processos de produção, tratamentos prévios e
complementares de produtos e resíduos; análises químicas e físico-químicas,
químico-biológicas, bromatológicas, toxicológicas, biotecnológicas e legais;
padronização
e
controle
de
qualidade;
operação
e
manutenção
de
equipamentos e instalações; pesquisa e desenvolvimento; gerenciamento,
coordenação, orientação e responsabilidade técnica na indústria e comércio.
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
Elaboração de sistemas de gestão de controle de manutenção de
equipamentos.
BACHARELADO EM AGRONOMIA
Criação de jardins sensoriais
BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Elaboração de sistemas de gestão de controle financeiro com
acessibilidade.
BACHARELADO EM DESIGN
Desenvolver trabalhos, projetos, exercícios posturais corretos para o
aluno com deficiência física, em cadeira adaptada ou de rodas, utilizando
almofadas, ou faixas para estabilização do tronco, ou velcro.
BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA/ÊNFASE ORIENTAÇÃO
DE ATIVIDADE FÍSICA E GESTÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
Estudo ergonômico customizado para elaboração de equipamentos
de Tecnologia Assistiva.
Projetos de estudo de ângulos dos movimentos corporais no auxílio
de equipamentos para reabilitação.
Propor trabalhos e projetos aplicáveis a acessibilidade em atividades
físicas, nas suas diversas manifestações: ginástica, exercícios físicos, esporte,
jogos, luta, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e
acrobáticas,
musculação,
lazer,
recreação,
reabilitação,
ergonomia,
relaxamento corporal, exercícios compensatórios a atividade laboral e do
cotidiano e outras práticas corporais.
BACHARELADO EM QUÍMICA INDUSTRIAL/LICENCIATURA EM
QUÍMICA
Estudo de composição química de produtos que visem lubrificação,
deslize, para equipamentos de tecnologia assistiva.
BACHARELADO EM ZOOTECNIA
Projetos com animais visando a reabilitação de pacientes.
7.1
DISCUSSÕES:
POTENCIALIDADES
E
FRAGILIDADES
DO
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA NA UTFPR
Observa-se que após o envio dos formulários foi necessário o
reenvio dado o pequeno retorno de respostas por parte dos campi. As
tentativas de contato por telefone e e-mail também foram freqüentes. Nos
campi mais próximos foram realizadas visitas in loco. Este pode ser um
indicador da ainda falta de visualização da possibilidade de se criar um viés
acentuado de caráter humanístico nos tão pragmáticos centros de educação
profissional e de pesquisa tecnológica.
Um fator bastante pertinente a ser citado refere-se que os projetos
para desenvolvimento de Tecnologia Assistiva poderão ser fortemente
potencializados se elaborados em conjunto com vários cursos, de forma
multidisciplinar, multiprofissional, pois geralmente pode ocorrer de um curso
detectar a necessidade, mas não possuir o ferramental para executá-lo, ou
então, tem-se o instrumental, mas falta a demanda.
Um fator que merece destaque refere-se à quase totalidade dos
participantes que argumentaram que um grande limitador refere-se à falta de
disponibilidade de materiais necessários e recursos financeiros para o
desenvolvimento do projeto e/ou elaboração de protótipos.
Entre os docentes e alunos da parte de automação, foi citado
também a dificuldade de conversão e armazenamento de energia, nos casos
pertinentes.
Outro caso a ser enaltecido refere-se ao desejo de ousar, ou seja,
em conversas surgiram várias propostas e idéias com a utilização de
tecnologias complexas, como por exemplo, da utilização de nanotecnologia,
como por exemplo, para a emissão de cheiros e odores nos projetos, entre
outras citadas. Houve casos também de projetos em que ainda não se tem
acesso à tecnologia necessária, ou então, que muitas das idéias dependem por
enquanto, de pesquisas extremamente complexas.
Conclui-se que a já citada falta de recursos financeiros e materiais
para que possa desenvolver projetos, assim como fomento especifico para os
trabalhos de conclusão de curso e projetos integradores são os grandes
dificultadores de desenvolvimento de TA. Há que se buscar mobilização para
criar mecanismos de fomento junto aos órgãos competentes ou de parcerias
para o desenvolvimento de TA.
É possível afirmar que a UTFPR possui todas as condições
necessárias para desenvolver TA. Inclusive, por indicação do gestor estadual
do TECNEP, Prof. Vanderley Flor da Rosa, a TA foi incluída como uma das
linhas de desenvolvimento prevista nos Regulamentos de Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC). Cabe registrar que a maior contribuição do
trabalho foi a sementinha plantada, da sensibilização de conhecer as
necessidades dos que possuem alguma necessidade específica, sobre o
“olhar” voltado para saber que se tem condições pessoais, físicas de
desenvolvimento de TA.
7.2 EXEMPLO DE UM CASO DE SUCESSO: O TRABALHO DE CONCLUSAO
DE CURSO (TCC) DO ALUNO ROBERTO BATISTA DA SILVA JUNIOR
Entre vários trabalhos desenvolvidos por alunos da UTFPR, destacase aqui o do ROBERTO BATISTA DA SILVA JUNIOR, como Trabalho de
Conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial,
orientado pelo Professor José Roberto Shimazaki. Este projeto começou a ser
esboçado nas aulas de Metodologia da Pesquisa, que tinha como um de seus
objetivos elaborar os projetos a serem desenvolvidos no TCC. Aqui será
transcrita, com a devida autorização do aluno, apenas o capitulo que trata
especificamente da parte técnica do projeto de uma cadeira de rodas adaptada
com rampas para transpor obstáculos em locais em que não há acessibilidade.
Torna-se pertinente a divulgação de um trabalho para que possa ter
idéia do nível de complexidade a que um trabalho desta natureza pode chegar
no desenvolvimento de Tecnologia Assistiva.
Título: Dispositivo para cadeira de rodas para transpor obstáculos de pequenas
alturas
Descrição de funcionamento
Consiste em um dispositivo que possa ser adicionado a cadeira
motorizada ou manual, a fim de auxiliar a subida de pequenos obstáculos
encontrados no trajeto da cadeira.
O projeto será separado em partes para melhor entendimento.
1
Figura 17- Descrição do funcionamento da cadeira
1- Cadeira de rodas motorizada padrão;
2- Rampas para acesso aos obstáculos;
3- Conjunto de motores responsável por movimentar as
rampas;
4- Trilhos, pelos quais o conjunto de motores se desloca;
5- Acionamentos.
Cadeira de rodas motorizada padrão
Para este projeto foi escolhido aleatoriamente um modelo de cadeira
de rodas motorizada, neste caso um modelo da marca Baxmann Jaguaribe,
segue abaixo as especificações:
Aço
com
pintura
epóxi,
dobrável
com
apoio
para
braços
escamoteável, apoio para pés removível, almofada em espuma, controlador
com joystick de alta tecnologia, motores com redutor e freio eletromagnético
acoplado que acompanha 2 baterias e 1 carregador;
Altura 64 cm, Assento 44 cm, Peso c/ bateria 58 kg, Peso sem
bateria 29 kg indicado para usuário ate 90kg. Preço R$ 6.689,19.
Pode-se notar que o preço de uma cadeira de rodas motorizada não
é acessível a todas as pessoas com necessidades especiais, por isso o projeto
pode ser aplicado também à cadeira de rodas manuais, devendo fazer apenas
algumas modificações como, baterias, controles, e pequenas alterações na
estrutura da cadeira.
Rampas
Tem como finalidade alcançar o obstáculo ao qual impede a
locomoção do individuo, as rampas serão deslocadas através de um conjunto
de motores e trilhos até o obstáculo para que a cadeira possa utilizá-la como
apoio.
As rampas poderão ser confeccionadas em metal leve, não
influenciando assim no peso da cadeira, e auxiliando no dimensionamento dos
motores, não exigindo grande esforço dos mesmos.
O tipo de rampa escolhido como sugestão para o projeto tem as
seguintes especificações:
Rampa em alumínio perfurado (reduz substancialmente o peso,
mantendo a resistência) com superfície antiderrapante e comprimento total de
116 cm. Largura de cada rampa de 21 cm. Cada uma tem o peso de 3.1 kg e
agüenta uma carga máxima de 400 kg. Indicada para desníveis até 20 cm.
As informações correspondentes a tamanho podem ser alteradas
de acordo com cada cadeira.
Figura 18 – Sugestão de rampas
A forma escolhida para junção das rampas com os motores é
através de conjunto de engrenagens, como mostra a Figura 19.
Parte interna do
trilho, composta por
engrenagens, ou
“dentes”, para
acoplamento do
motor.
Trilho acoplado à rampa
Motor
Figura 19– Acoplamento das rampas
Conjunto de Motores
Composto por dois motores, um para lançar a rampa para frente da
cadeira (Figura 19), e o segundo transporta todo conjunto de motores e rampa
pelos trilhos, levando a rampa até o obstáculo (Figura 21), assim que a cadeira
sobe e passa pelas rampas, o primeiro e o segundo motor devolvem todo
conjunto para posição inicial (Figura 20).
Figura 20- Lançamento das Rampas
Figura 21 - Projeção dos motores e das rampas
Figura 22– Retorno à posição inicial
Os motores de corrente contínua são os mais aconselhados para
este projeto, pois são muito utilizados em serviços que necessitam de
velocidades variáveis, possuem uma região de potência constante e uma
característica de rápida aceleração e desaceleração.
Deve ser levado em conta para a escolha do motor:
• Voltagem específica da bateria, de acordo com a cadeira
utilizada (normalmente 12 ou 24 volts);
• Velocidade das rampas (valor escolhido);
• Peso das rampas (variável de acordo com o material
escolhido);
• Peso do conjunto dos motores (de acordo com os motores
escolhidos + rampas).
Os valores adotados podem ser adequados de acordo com cada
caso.
Um exemplo seria os motores de vidro elétrico de automóveis, pois
podem ser encontrados facilmente em lojas de peças de automóveis, sendo
novos ou recondicionados (Figura 23).
Figura 23 – Motor vidro elétrico
O modelo acima tem as seguintes especificações:
TABELA 1 - Especificações do motor sugerido
Tensão do Terminal
Sem carga
Carregado
Travado
Tensão nominal
Tensão de teste
Corrente
Tem. de arranque
Aumento de temperatura
Velocidade de operação
Corrente
Torque
12V/24V
13.5V/27.0V
2.5A Max/1.25A
10V Max
40C ºMax
40-45 CPM
4A Max/2.0A
12 +_ Nm
Existem vários outros modelos no mercado deve-se escolher de
acordo com cada projeto, pois os mesmos podem apresentar variações.
Trilhos
É através deles que os motores percorrem ao redor da cadeira,
podem ser confeccionados do mesmo material das rampas, seguindo como
sugestão o alumínio, possuem um formato interno de canaleta.
Figura 24– Trilho em Alumínio
Os trilhos devem percorer toda a extensão inferior da cadeira,
ganhando um formato oval.
Figura 25 – Modelo do Formato de Trilho
A parte interna dos trilhos deverá conter dentes para encaixe do
motor.
Parte interna do
trilho, composta por
engrenagens, ou
“dentes”, para
acoplamento do
motor
Trilho acoplado à cadeira
Motor
Figura 26 – Acoplamento do motor no trilho
Controle dos motores
Uma maneira simples de se controlar uma carga de potência
no motor é utilizar um reostato em série.
Variando-se a resistência do reostato, pode-se modificar a
corrente na carga e, portanto, a potência aplicada a ela. A grande desvantagem
deste tipo de controle, denoninado Linear, é que a queda de tensão no
reostato, multiplicada pela corrente que ele controla, gera uma grande
quantidade de calor.
O controle passa a dissipar e pedir mais potência que a
aplicada na própria carga em determinadas posições do ajuste. Outra
possibilidade é o emprego de um dispositivo de potência (normalmente um
transistor) que é controlado por um potenciômetro. Embora o potenciômetro
usado no controle dissipe pequena potência, pois a corrente nele é menor, a
potência dissipada pelo dispositivo que controla a corrente principal é elevada.
Na eletrônica moderna, o rendimento com pequenas perdas e
a ausência de grandes dissipadores que ocupem espaço é fundamental,
principalmente quando circuitos de alta potência estão sendo controlados.
Outra forma seria um controle de potência com outras
configurações de maior rendimento, como as que fazem uso das tecnologias
do PWM (Pulse Width Modulation) ou modulação da largura de pulso.
O principio é uma antiga idéia que foi utilizada no passado em
sistemas de telecomunicações e depois para controlar acionamentos de
inversores e motores.
PWM é um tipo de modulação no tempo, que consiste na
codificação de um determinado sinal num trem de pulsos de largura variável,
onde a informação do sinal está contida na largura dos pulsos.
Acionamentos
Os acionamentos referente aos motores das rampas e dos trilhos
devem ser adaptados no console da cadeira, proxímo aos originais do produto,
tendo fácil alcance das mãos, os tipos devem ser escolhidos de acordo com a
necessidade de cada usuário, tendo em vista dificuldades com a movimetação
das mãos e dedos.
Podem ser utilizados desde simples botões liga/desliga, até
comando de voz ativa, o ideal seria alavanca com controle de velocidade,
eletrônico ou não.
Neste exemplo é utilizado os botões liga/desliga, devido ao seu
baixo custo e facilidade na instalação.
Figura 27- Sugestões de acionamentos
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se que torna-se imprescindível, cada vez mais que as
universidades possam formar, além de profissionais, pessoas, no seu sentido
mais específico e nobre da palavra. Formar pessoas sensíveis às mazelas
sociais, à violência, ao preconceito, às desigualdades sociais e à gritante
diferença de distribuição de renda e de privilégios, com capacidade de atuar e
intervir na sociedade em que o índice de brasileiros jovens de 18 a 24 anos que
têm acesso ao Ensino Superior ainda é inferior a muitos países, inclusive
comparado aos países da América Latina. Então, aos que conseguem adentrar
é preciso que estes possam direcionar seus objetivos e incluir também as
questões sociais.
Este foi uma das premissas do presente trabalho, ou seja, unir
docentes, coordenadores de curso, alunos e a comunidade para que juntos
possam ousar na procura de caminhos, analisar os pontos fortes e as
fragilidades da UTFPR quanto a possibilidade, viabilidade, responsabilidade
inclusive social de se investir na pesquisa e na produção de Tecnologia
Assistiva.
Baseado na análise dos projetos dos cursos superiores que são
ofertados nesta universidade, nos seus 11 campi, e no espaço conquistado
pelos membros atuantes do TECNEP e NAPNES junto aos gestores, seja na
linha criada em seus regulamentos de TCC, seja nos projetos integradores e
grupos de pesquisa, salienta a necessidade de envolvimento de toda
comunidade acadêmica, para que haja convergência de objetivos comuns, que
neste
caso
especifico,
foi a
sensibilização
e
a
motivação
para
o
desenvolvimento de Tecnologia Assistiva na universidade.
Foi preciso apontar caminhos, neste caso, levando-os a conhecer
as necessidades daqueles que possuem baixa ou mobilidade reduzida, mesmo
que temporariamente, para que pudessem visualizar como podem contribuir
para a autonomia na vida diária das pessoas, buscando desenvolver materiais,
produtos, recursos, sistemas, adaptações, próteses, órteses que possibilitem
facilitar e melhorar a qualidade de vida.
Apesar de a pesquisa apontar a falta de fomento como um dos
grandes limitadores, cabe registrar que a intenção e a possibilidade de abrir a
perspectiva de atendimento a estas demandas já pode ser considerado um
pequeno ponto de partida para uma sociedade mais inclusiva.
É imprescindível que a sociedade possa abrir espaço para as
pessoas com necessidades educacionais especiais, para isto, é preciso que
haja mudanças de paradigmas e quebra de preconceitos. Salienta-se que a
sociedade é composta por pessoas e que esta só mudará se cada um, em seu
interior buscar esta mudança e sentir-se responsável por possibilitar em muitos
casos uma certa autonomia, oferecendo equipamentos que o auxiliem na vida
diária. A Educação Inclusiva vem ganhando paulatinamente novos sentidos e
novas concepções, desta forma há que se ter um esforço coletivo,
compartilhado, conjunto, entre a universidade e a sociedade, a fim de garantir
que as limitações possam aos poucos serem transpostas com o auxílio de
Tecnologia Assistiva.
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