DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP XIII Feira e Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial São Paulo-SP Jornada de Palestras da Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira PAINEL 1: “O papel social e empresarial na Economia Verde” 9 de novembro de 2011 Economia verde, desenvolvimento sustentável e inovação Os caminhos da indústria brasileira Nelson Pereira dos Reis Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp Vice presidente Departamento de Meio Ambiente – DMA Diretor Titular Desenvolvimento Sustentável e economia verde: novos paradigmas de produção e consumo/ novo modelo econômico DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP 2 eventos importantes estão na agenda ambiental internacional nos próximos meses: a COP-17 (dez/ 2011, Durban); e a Conferência Rio + 20 (Rio de Janeiro, em jun/ 2012. Enquanto a COP-17 tratará da agenda do Clima, a Rio + 20 tratará da agenda de desenvolvimento sustentável dos países, sob o enfoque da Economia Verde. O conceito de Economia Verde fundamenta-se no conceito de desenvolvimento sustentável, sendo iniciativa da ONU (Pnuma) para assessorar governos na formatação ou mudança de enfoque de políticas públicas, investimentos e gastos dos países nas áreas de: 1.Agricultura e silvicultura sustentáveis; 2.Tecnologias limpas; 3.Energias renováveis; 4.Fornecimento de recursos hídricos; 5.Transporte verde; 6.Gestão de resíduos; 7.Edifícios verdes. Além de Economia Verde, a Rio+20 vai tratar de: •Erradicação da pobreza •Governança Global para o Desenvolvimento Sustentável 2 2 Desenvolvimento Sustentável e economia verde: novos paradigmas de produção e consumo/ novo modelo econômico DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Objetivo geral da economia verde, com reflexo direto no setor empresarial: Reconfigurar os negócios e a infraestrutura para dar mais retorno aos investimentos de capital econômico, natural e humano e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de gases de efeito estufa, extrair e usar menos recursos naturais, gerar menos resíduos e reduzir disparidades sociais. Redução das emissões dos gases de efeito estufa: -os principais setores industriais brasileiros já têm sua gestão do carbono em suas fábricas há muito tempo, antes mesmo da promulgação dos marcos regulatórios no tema (Políticas Nacional e Estadual de Mudanças Climáticas). -já são benchmarking mundiais em termos de redução de GEE , no entanto, os marcos legais não reconhecem as ações já implementadas. -principais fonte de emissão do Brasil: desmatamento, e, no Estado de São Paulo, o setor de transportes. Inovação tecnológica, mecanismos de mercado, instrumentos econômicos, marcos regulatórios coerentes. 3 3 O papel da inovação em produtos e processos industriais DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Inovação na indústria brasileira , em produtos e processos (Fonte: Brasil Inovador, 2006, MCT/CNI) 40 empresas brasileiras muito bem sucedidas e premiadas pela Finep (Prêmio de Inovação Tecnológica), foram amostradas diretamente, em 2006, em trabalho do MCT, da Finep e CNI, tendo se destacado por suas inovações tecnológicas aplicadas a produtos e/ou processos. Tiveram também como resultado aumento significativo de produtividade, de valor agregado e competitividade. Observou-se que: 1. Em 33% das empresas amostradas, a inovação de produtos ou processos foi motivada por aspectos ambientais ou teve sua inclusão como principal característica da inovação 5 5 O papel da inovação em produtos e processos industriais DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Exemplos - aspectos ambientais e sociais em produtos (Fonte: Brasil Inovador, 2006, MCT/CNI) Aproveitamento dos recursos da BIODIVERSIDADE BRASILEIRA – fármacos, cosméticos e alimentos (barras de cereais) 6 6 O papel da inovação em produtos e processos industriais DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Exemplos (Fonte: Brasil Inovador, 2006, MCT/CNI) Substituição de matériasprimas e componentes em adesivos industriais (base de solvente para base água) Substituição e reciclagem de CFCs em máquinas e equipamentos de refrigeração 7 7 O papel da inovação em produtos e processos industriais DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Exemplos (Fonte: Brasil Inovador, 2006, MCT/CNI) Biocombustíveis de fontes renováveis (amendoim e gordura bovina e óleos comestíveis usados) e sustentáveis (agricultura familiar) Uso de sub-produtos, “resíduos” como matéria-prima – biotecnologia transformando casca de camarão em alimento funcional, usado em recuperação de pacientes 8 8 O papel da inovação em produtos e processos industriais DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Inovação na indústria brasileira , em produtos e processos (Fonte: Brasil Inovador, 2006, MCT/CNI) 2. Em 17% das empresas amostradas, mencionam-se melhorias nos aspectos ambientais, com redução de impactos ambientais, seja na fase de produção e/ou de uso do produto, advindos da inovação tecnológica no produto ou no processo 9 9 O papel da inovação em produtos e processos industriais DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Exemplos (Fonte: Brasil Inovador, 2006, MCT/CNI) Peças para a indústria: REDUÇÃO no consumo de combustível e energia na produção Avião a álcool para uso agrícola: REDUÇÃO DE EMISSÕES de gases de efeito estufa e ELIMINAÇÃO do uso de substâncias potencialmente tóxicas Automação de processos industriais promovendo RECUPERAÇÃO DE ENERGIA 1010 O papel da inovação em produtos e processos industriais DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Inovação na indústria brasileira , em produtos e processos (Fonte: Brasil Inovador, 2006, MCT/CNI) 3. Em 8% dos casos, há aspectos ambientais, com redução de impactos ambientais seja na fase de produção e/ou de uso do produto, advindos da inovação tecnológica no produto ou no processo, mas não são sequer focados ou valorizados pelas empresas inovadoras 1111 O papel da inovação em produtos e processos industriais DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Exemplos (Fonte: Brasil Inovador, 2006, MCT/CNI) Torre de telecomunicação: REDUÇÃO DE EMISSÕES E CONSUMO DE ENERGIA NO TRANSPORTE (uso de materiais mais leves e compactos) Veículos para transporte coletivo: construção modular da carroceria REDUZINDO A GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (sucatas) quando da substituição de peças Autopeça: sistema de injeção eletrônica no motor flex fuel: REDUÇÃO DE EMISSÕES E USO DE COMBUSTÍVEIS DE FONTE RENOVÁVEL em automóveis 1212 O papel da inovação em produtos e processos industriais DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Portanto... Em quase 60% dos casos amostrados de empresas que aumentaram de forma significativa a produtividade, lucratividade e competitividade há, direta ou indiretamente, aspectos ambientais positivos envolvidos, geradores de benefícios ambientais passíveis de identificação e quantificação. Nesses, em pouco mais da metade, aspectos e ganhos ambientais foram legitimados/validados pelo mecanismo de PATENTE, uma vez que caracterizaram a inovação. De 2006 para cá, este quadro de inovações e empresas inovadoras, incluindo questões energéticas e ambientais, deve ter evoluído muito, apesar de não publicado. 1313 Inovação em produtos e processos industriais : relação com mecanismos de mercado, instrumentos econômicos e marcos regulatórios DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Instrumentos essenciais à valorização da inovação ambiental e de sustentabilidade nos produtos e processos mecanismos de controle e acesso ao mercado. Além das patentes, muito aplicadas às inovações tecnológicas, aplicam-se outros mecanismos, tais como: Normas certificáveis (ou não) produtos e organizações (ISO 14001, SA 8000, NBR 16001 e ISO 26000; pegadas hídrica e de carbono, em desenvolvimento; pegada ecológica) Selos verdes (Blue Angel, Nordic Swan, Ecolabel) REACH e GHS (setor químico) FSC, Cerflor (certificações de produtos florestais levando em conta critérios de sustentabilidade) Outras iniciativas/outros mecanismos de mercado (setoriais) 1414 Inovação em produtos e processos industriais : relação com mecanismos de mercado, instrumentos econômicos e marcos regulatórios DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Instrumentos essenciais à valorização da inovação ambiental e de sustentabilidade nos produtos e processos (cont.) Instrumentos econômicos (REDD, MDL/CDM, entre outros) e de incentivo fiscal/tributário (redução de IPI e fundos, por exemplo) devem estar previstos em novos e antigos marcos regulatórios. Marcos regulatórios devem ser formulados e/ou reformulados de modo a envolver as partes interessadas e os profissionais, para serem aplicáveis e, de fato, promoverem a gestão para a sustentabilidade e viabilizar nova economia. 1515 Política de inovação DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Investimento em Inovação O valor investido em inovação na indústria ainda é baixo no país, não pelo fato de o empresário não ser inovador, mas pelas dificuldades para obtenção de créditos, além da alta carga de impostos sentidas principalmente pelas micro e pequenas empresas. Política de inovação brasileira Há três meses foi lançado pelo Governo Federal o “ Plano Brasil Maior”, que estabelece diretrizes para uma nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior para o período de 2011 a 2014. Objetivos principais: em linhas gerais, a viabilização do desenvolvimento sustentável, já que estimula inovar e investir para ampliar a competitividade, sustentar o crescimento e melhorar a qualidade de vida. Principais características: a desoneração dos custos às iniciativas de Inovação e o estímulo ao crescimento de pequenos negócios no Brasil, por meio da expansão das linhas de financiamento. 1616 Contato DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP Fiesp Departamento de Meio Ambiente Av.Paulista, 1313 - 5º Andar Telefone: 11 - 3549.4675 e-mail: [email protected] Home Page http://www.fiesp.com.br/ambiente/default.aspx