Ônibus Espacial Challenger Um desastre de ética e segurança Grupo: Eduardo Alexandre Raduenz Ricardo Bedin França 1 Aspectos Técnicos Nome da missão: sts 51-l (28/1/1986) Objetivo: colocar em funcionamento o observador do cometa de Halley e o segundo satélite de rastreamento e transmissão de dados. Tripulação: 7 pessoas 2 Aspectos Econômicos Projeto inicialmente sem objetivo definido -> dificuldade em obter apoio Vendido como 'rápido retorno' e com diversos alvos -> militar, científico, diplomático Necessidade de satisfazer vários setores -> desvio do objetivo principal, aspectos econômicos se superpõem aos técnicos 3 (Des)preparação da missão Necessidade de cumprimento estrito do cronograma em detrimento de um projeto sólido. Tensão no setor de engenharia - valores éticos dos engenheiros sendo suprimidos pela administração do projeto. 4 (Des)preparação da missão Ausência de um bom sistema de tomada de decisões -> política influenciando completamente as medidas tomadas pela NASA. Decisão de declarar status "operacional" da Challenger foi estritamente política e colocou o tempo em prioridade superior à segurança. 5 O cerne do desastre Um problema nos anéis de vedação do motor sólido foi detectado pelos engenheiros com 1 ano de antecedência, somente 7 meses depois, começou a ser foco de reuniões. Este grave problema foi disfarçado e acabou ignorado por muitos que poderiam ajudar a resolvê-lo. Os maiores conhecedores do problema acabaram isolados e sem apoio, incapazes de tomar as medidas cabíveis. 6 A última reunião NASA e MTI (empresa fabricante do motor sólido) se reuniram por teleconferência na véspera do lançamento, com comunicação limitada e possibilidade de censura. Ante uma possível postergação do lançamento, a NASA pressionou a MTI para seguir a missão mesmo sem segurança. Uma decisão político-administrativa da MTI anulou todos os esforços dos engenheiros para cancelar o lançamento. 7 A conseqüência Conforme os temores que já duravam um ano, após pouco mais de um minuto do lançamento, o Challenger explodiu devido à falha em um anel de vedação, matando todos os sete tripulantes. 8 Após o desastre A postura das companhias envolvidas continuou a mesma: manipulação de informação e falta de respeito. Os funcionários que discordavam desta postura sofreram forte retaliação. Ironicamente, a pressa que arruinou a missão causou uma parada superior a dois anos de interrupção do programa espacial estadunidense. 9 Atrocidades contra ética e segurança A adoção de uma postura excessivamente comercial em uma missão de alto risco como vôo espacial foi a maior causa do desastre. A 'venda' do projeto para várias fatias da economia deixou a engenharia submissa à política e administração. A decisão de comprometer a segurança da missão para satisfazer os 'clientes' foi abominável, já que o valor da vida humana deveria estar sempre em primeiro lugar. Também foi uma decisão absolutamente infeliz dado o alto risco a que foi submetido uma quantidade enorme de trabalho e capital. 10 Atrocidades contra ética e segurança A postura comercial da missão alastrou-se nas empresas e assim os problemas de segurança, mesmo quando detectados, foram desdenhados. As reuniões por teleconferência foram uma falha completa, devido à vulnerabilidade da comunicação a medidas políticas tais como a censura. O prejuízo humano dessa sucessão de erros vai além das mortes: os profissionais que tentaram e não conseguiram evitar esta catástrofe tiveram suas carreiras arruinadas. 11 Obrigado! 12