Revista Portuguesa
de
irurgia
II Série • N.° 32 • Suplemento • Março 2015
xxxV congresso nacional de cirurgia
PROGRAMA
E
RESUMOS
ISSN 2183-1165
Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia
SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
PROGRAMA
e
RESUMOS
5 a 7 de Março de 2015
FIGUEIRA DA FOZ
R e v i s t a Po r t u g u e s a d e C i r u r g i a
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
Corpo Editorial Editor Chefe – Jorge Penedo (Centro Hospitalar de Lisboa Central), Editor Cientifico – Carlos Costa Almeida
(Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), Editor Técnico – José Augusto Gonçalves (Centro Hospitalar Barreiro-Montijo),
Editores Associados – António Gouveia (Centro Hospitalar de S. João) Beatriz Costa (Centro Hospitalar e Universitário de
Coimbra) e Nuno Borges (Centro Hospitalar de Lisboa Central), Editores Eméritos – José Manuel Schiappa (Hospital CUF
Infante Santo) e Vitor Ribeiro (Hospital Privado da Boa Nova, Matosinhos) • Conselho Científico A. Araújo Teixeira (Instituto
Piaget, Hospital de S. João, Porto), Eduardo Barroso (Centro Hospitalar de Lisboa Central), F. Castro e Sousa (Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra), Fernando José Oliveira (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), Francisco Oliveira Martins (Centro
Hospitalar de Lisboa Central), Henrique Bicha Castelo (Centro Hospitalar de Lisboa Norte), João Gíria (Hospital Garcia de Orta,
Almada), João Patrício (Hospital da Universidade de Coimbra), Jorge Girão (Hospital dos Capuchos, Lisboa), Jorge Maciel (Centro
Hospitalar Vila Nova de Gaia e Espinho - Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia), Jorge Santos Bessa (Hospital de
Egas Moniz, Lisboa), Júlio Leite (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), José Guimarães dos Santos (Instituto de Oncologia
do Porto), José Luís Ramos Dias (Hospital CUF Descobertas, Lisboa), José M. Mendes de Almeida (Hospital CUF Descobertas, Lisboa),
Nuno Abecasis (Instituto Português de Oncologia de Lisboa – Secretário Geral da SPC), Pedro Moniz Pereira (Hospital Garcia
de Orta, Almada), Rodrigo Costa e Silva (CHLO – Hospital Ega Moniz) • Edição e Propriedade Sociedade Portuguesa de Cirurgia
– Rua Xavier Cordeiro, 30 – 1000-296 Lisboa, Tels.: 218 479 225/6, Fax: 218 479 227, [email protected]
• Redacção e Publicidade SPOT Depósito Legal 255701/07
Índice
ÓRGÃOS SOCIAIS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA .
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PATROCINADORES DO CONGRESSO
MENSAGEM DO PRESIDENTE
MENSAGEM DO PRESIDENTE DE HONRA .
EDITORIAL DA DIRECÇÃO.
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CURSOS PRÉ-CONGRESSO NACIONAL
PROGRAMA DO XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA .
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REGULAMENTO DOS TRABALHOS APRESENTADOS NO CONGRESSO NACIONAL
RESUMOS
Revista Portuguesa de Cirurgia
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
Órgãos Sociais
DIRECÇÃO
CONSELHO FISCAL
PRESIDENTE
PRESIDENTE
Prof. Doutor Jorge Maciel
Prof. Doutor J. Crespo Mendes de Almeida
VICE-PRESIDENTES
VOGAIS
Prof. Doutor Francisco Oliveira Martins
Prof. Doutor António Bernardes
Dr. Carlos Casimiro
Dr. Fernando Ferreira
SECRETÁRIO-GERAL
Dr. Nuno Abecasis
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
SECRETÁRIOS-GERAIS ADJUNTOS
PRESIDENTE
Dr. Mário Mendes
Dr. Gil Gonçalves
Prof. Doutor J. Guilherme Tralhão
Prof. Doutor Júlio Leite
VICE-PRESIDENTE
Dr. Vieira Amândio
TESOUREIRO
Dr. Vasco Geraldes
VOGAIS
TESOUREIRO ADJUNTO
Dr. Jorge Pais
Dra. Lurdes Gandra
Dr. Carlos Luz
VOGAIS
Prof. Doutor José Barbosa
Dr. Jaime Vilaça
Dr. Jorge Pereira
Dr. Eduardo Oliveira
Dr. Hugo Pinto Marques
Dr. João Coutinho
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
PATROCINADORES DO CONGRESSO
Revista Portuguesa de Cirurgia
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
MENSAGEM DO PRESIDENTE
Caro Colega
A Sociedade Portuguesa de Cirurgia vai levar a cabo mais uma reunião magna dos cirurgiões portugueses
– o seu Congresso Anual de 2015. O evento decorrerá de 5 a 7 de Março de 2015 e esperamos que mereça a
adesão da generalidade dos cirurgiões e que tenha o sucesso científico que a qualidade da prática dos nossos
profissionais faz augurar.
Para o próximo ano, após reflexão profunda sobre o congresso de 2014 e avaliação dos aspectos financeiros,
logísticos e de possibilidade de angariação de patrocínios, quer para a Sociedade o poder concretizar, quer para
os sócios conseguirem apoios da indústria, decidiu a Direcção da SPC, que o Congresso de 2015 irá decorrer na
Figueira da Foz, no Hotel “Eurostar”.
Trata-se de uma unidade hoteleira de 4 estrelas, recentemente inaugurada, localizada num local aprazível
– avenida marginal da cidade, dotada de todas as infra-estruturas que consideramos indispensáveis, com excelentes
condições de conforto, que seguramente irão proporcionar aos congressistas, patrocinadores e acompanhantes,
uma estadia aprazível, onde para além de uma partilha de conhecimento científico sejam também possíveis bons
momentos de são convívio social.
A estrutura do congresso será análoga à do ano anterior, tendo-se efectuado algumas alterações por forma a
corrigir aspectos que foram considerados menos bem, quer pela Direcção quer pelos nossos pares. Tentamos dar
ouvido e corrigir/ implementar as sugestões que recebemos.
Como principal reunião dos cirurgiões, é por excelência, o fórum adequado para cotejar experiências, pelo
que convidamos todos a irem e a apresentarem a sua vivência cirúrgica, bem como os trabalhos de investigação
em que se encontrem envolvidos.
Pedimos especial atenção para as normas a que se devem submeter os trabalhos que queiram apresentar, bem
como para os prazos que deverão ser escrupulosamente cumpridos.
Para além dos cirurgiões portugueses que convidamos para tomar parte activa no Congresso, teremos também
connosco um conjunto de cirurgiões estrangeiros, que com a sua experiência e conhecimento, contribuirão
também para o elevado nível científico que pretendemos alcançar. Para todos, o nosso agradecimento pela
colaboração graciosa.
Espero encontrá-los brevemente na Figueira da Foz
Saudações amigas
Jorge Maciel
Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
MENSAGEM DO PRESIDENTE DE HONRA
Tive o privilégio de ser convidado pela Sociedade Portuguesa de Cirurgia para ser o Presidente de Honra
do XXXV Congresso Nacional.
Foi com grande prazer, sentindo-me profundamente sensibilizado, que aceitei o convite, e a honra.
O Congresso Nacional é um dos eventos científicos organizados pela nossa Sociedade que mais necessita de ser,
não só acarinhado como, mais que tudo, participado. O papel de um cirurgião (em treino ou já com o treino
terminado) não se limita à actividade clínica diária; faz parte das nossas obrigações o permanente estudo, a
auto-educação contínua e a contribuição para a educação dos colegas que nos rodeia e, como corolário destas
obrigações, a transmissão e avaliação científica das nossas experiências. A progressão da cirurgia portuguesa
está dependente do envolvimento de todos os cirurgiões nestas actividades; é um erro profundo pensar que
a dedicação profissional e a satisfação pessoal se podem considerar completas apenas com a execução de uma
actividade clínica, mais ou menos esforçada. As reuniões científicas e a vida social entre pares são fundamentais
sob vários aspectos. A preparação de cada um de nós, as respostas às dúvidas que acreditamos ser os únicos a
ter, os casos particulares onde aprendemos novos pontos de vista e que temos vontade de discutir e avaliar, tudo
isso deve ser compartilhado em reuniões científicas que ocorrem regularmente e, também, publicado e discutido
nas Revistas Científicas como a nossa “Revista Português de Cirurgia”. O cirurgião isolado estagna e, cada vez
mais, é uma “espécie em via de extinção” até porque também, mais e mais, sobretudo em países pequenos como
o nosso, a prática clínica deverá progredir, tão depressa quanto possível, em nome da Qualidade, para uma
prática de grupo, multidisciplinar e, dentro do razoável, especializada, articulando-se em rede com os grupos
que actuarão de forma mais “básica” (todos são necessários e uma rede devidamente estruturada assim os devia
incorporar).
A obrigatória formação contínua leva a que todos nos devamos articular cientificamente, de preferência
dentro da estrutura mais indicada para isso, a Sociedade Portuguesa de Cirurgia. É a esta que cumpre fazer a
coordenação das acções de formação, se necessário em articulação com as outras Instituições como Faculdades,
Hospitais e Sociedades ou Grupos Nacionais e Internacionais, e que tem de ser o dialogante preferencial com o
Ministério da Saúde ou mesmo, se necessário, com o Ministério da Educação e do Ensino Superior.
Mais do que nunca a Sociedade Portuguesa de Cirurgia tem suprido o papel – que deveria ser o principal e o
mais empenhado – do Ministério da Saúde, no que respeita às obrigações de formação dos Internos. Deve ser o
Ministério a providenciar o programa base e a custear grande parte das acções de formação; os tempos não estão
fáceis, é um facto, mas a escolha, infeliz, de formar médicos que vão trabalhar a “custo zero de formação” para o
estrangeiro (tal como muitos outros profissionais) não entrou na compreensão dos governantes.
Com tudo isto a vida profissional adulterou-se e vemos Internos de Cirurgia a fazer um enorme número de
serviços de urgência por mês e os Serviços a deixarem de poder ter vida hospitalar por razão das “folgas”, das
sobrecargas de trabalho e, em última instância, pelo desinteresse que se instala progressivamente. É extremamente
difícil, nestas circunstâncias, juntar à prática clínica o tempo e os complementos necessários para elaborar
trabalhos, fazer pesquisas ou preparar devidamente o estudo e progredir, de forma calma e bem estruturada,
Revista Portuguesa de Cirurgia
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numa carreira; estas dificuldades são acrescidas pelo que estas condições transmitem às hierarquias que também
sentem os mesmos problemas ficando limitadas nos apoios que deveriam fornecer.
O nosso XXXV Congresso terá lugar, desta vez, na Figueira da Foz, como habitualmente no início de Março:
de 5 a 7. É uma nova política de desenraizamento do Congresso, que agora passa, como há bastante tempo atrás,
a ter lugar em diversos pontos do país; creio que é positivo e, não só chama a atenção do público em geral para
as nossas actividades e problemas como poderá – assim o espero bem –, facilitar a participação de todos aqueles
que, de outro modo, possam ter dificuldades em deslocações mais longas.
É sempre um prazer ver a participação de novas e, ainda mais, jovens, caras nos Congressos Nacionais. Esse
prazer será aumentado sempre que veja estes novos participantes “participar mesmo”; com isto quero dizer o
ter o gosto de os ver intervir, questionar e argumentar durante as sessões científicas. E mesmo fora delas, em
contacto directo com os palestrantes e outros intervenientes; é para isso que eles foram convidados e lá estão.
O Congresso Nacional tem «rotinas estabelecidas»: Mesas Redondas, Nacionais, Internacionais e de
Internos, as «Provas de Caras», Conferências, discussões de casos clínicos, Comunicações Livres e Vídeo e
os Cursos Pós-graduados. Em particular estes, em geral na véspera do primeiro dia de Congresso, são uma
oportunidade a não perder quanto a actualização de temas muito actuais. As comunicações Livres são sessões em
que também haverá muito a aprender pela oportunidade que oferecem de apresentar resultados da investigação
que decorre, muitas vezes de forma quase desapercebida, em grande número dos nossos Centros; também aqui
é importante a discussão científica, bem concertada e sólida. Outras oportunidades existem, para todos, mas
em particular para os mais novos e em “estreia” nestes eventos: o contacto com figuras internacionais. É sempre
um momento especial estar nessas situações e há que procurar tirar o maior proveito científico possível das
mesmas; os contactos internacionais são pontes para fases de maior intensidade de treino e de possibilidades
de educação e especialização, ainda que haja que esperar pelo momento certo para as mesmas. Demasiado
cedo ou fora de contexto não se demonstram úteis e demasiado tarde, menos ainda; mas isto faz parte de uma
outra problemática que, ainda que muito falada de forma ligeira, é-o pouco de forma consistente e levando a
resultados: como estruturar um Curriculum Vitæ?
Muito mais haveria a dizer mas o espaço não chega. Lá estarei, na Figueira da Foz, à disposição de todos para
conversar e discutir estes pontos, e todos os mais que queiram trazer, esperando ver-vos em grande número, para
bem da nossa Cirurgia
Abraços
José M. Schiappa
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
EDITORIAL DA DIRECÇÃO
Caros Colegas
Somos chegados mais uma vez ao ponto alto da vida da nossa Sociedade, o seu Congresso Nacional.
Mantém-se o esforço por descentralizar a sua localização mas sem descurar as condições logísticas que uma
organização desta envergadura exige. Vamos uma vez mais estrear um Centro de Congressos recentemente
inaugurado, localizado numa zona central do país e que oferece as melhores condições de instalação e acessibilidade
a todos os cirurgiões portugueses.
A prova da vitalidade e importância que o Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Cirurgia tem na
vida da comunidade cirúrgica portuguesa é que mais uma vez se bateu o recorde de comunicações livres, vídeos
e posters submetidos.
O enorme trabalho de classificação e selecção de todas estas comunicações ficou a cargo de júris constituídos
essencialmente pelos diferentes Capítulos da Sociedade, que também tiveram a responsabilidade de organizar a
maior parte das sessões científicas.
Há centenas de colegas envolvidos na organização das sessões do Congresso que tentámos que proviessem de
todos os Serviços de Cirurgia do país.
Mais uma vez teremos entre nós várias figuras importantes da Cirurgia Mundial que connosco partilharão
saberes e experiência.
Haverá uma plêiade de Cursos pré Congresso que abordarão a maior parte das vertentes da nossa especialidade,
muitos deles com componente prático.
A participação da Indústria, tão importante para a viabilidade económica da SPC, também parece estar a
ultrapassar a gravíssima crise dos últimos anos.
A organização do Congresso Nacional exige um enorme esforço para que todos somos chamados a contribuir,
mas não pode esgotar a actividade da Sociedade nem da sua Direcção.
A manutenção e expansão da Revista, o desenvolvimento do site, a realização e patrocínio de reuniões
científicas e cursos profissionais e uma preocupação crescente com a qualidade da formação dos internos de
Cirurgia Geral são alvo do esforço quotidiano de quem está à frente da Sociedade. Também em relação a estes
assuntos haverá desenvolvimentos e novidades que serão apresentados e discutidos no próximo Congresso.
A Sociedade Portuguesa de Cirurgia é cada vez mais uma sociedade aberta e inclusiva em que o contributo
de todos é solicitado e acolhido. O nosso Congresso espelha a qualidade da actividade cirúrgica nacional.
É com a maior alegria que vos convoco para a reunião magna da Cirurgia portuguesa
Em Março
Na Figueira da Foz
Nuno Abecasis
Secretário Geral
Revista Portuguesa de Cirurgia
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
CURSOS PRÉ-CONGRESSO NACIONAL
QUINTA-FEIRA, 5 DE MARÇO 2015
Cursos pré Congresso
Cirurgia mamária – Cancro da mama e tratamento sistémico primário
Coordenadores: J. Luis Fougo, Teresa Santos, Rui ALves
Indicação para quimioterapia neoadjuvante – Margarida Damasceno
Como monitorizar a resposta com os exames de imagem – António Cardoso
08:30 – 13:00 Como avaliar a resposta patológica e como fazer o relatório Anatomia Patológica final e o estadiamento TNM – Isabel Amendoeira
Sala 3
Quais as alternativas farmacológicas e resultados. Qual o papel do Trastuzumab. – Helena Gervásio
O caso particular da hormonoterapia neoadjuvante. – Margarida Damasceno
Implicações da quimioterapia neoadjuvante para o cirurgião e resultados. – André Magalhães
Cirurgia vascular – Úlcera venosa da perna: do diagnóstico ao tratamento; Tromboembolismo
venoso
Presidente: Costa Almeida
Moderadores: José Neves, Mateus Mendes
Úlcera venosa da perna: do diagnóstico ao tratamento
Introdução. A importância clínica e social do problema – Luis Moniz
Fisiopatologia e Diagnóstico diferencial
As úlceras da perna – o que as distingue – Américo Figueiredo
Fisiopatologia e Diagnóstico da úlcera venosa – Luis Reis
Comentadores: Amélia Vieira, Conceição Marques, Luis Carvalho, Luis Gasparinho
Prevenção e tratamento
08:30 – 13:00 Prevenção da úlcera venosa – Pedro Vaz
Sala 2
Tratamento médico da úlcera venosa – Natália Santos
Tratamento cirúrgico da úlcera venosa – C.E. Costa Almeida
Escleroterapia na úlcera venosa – Pratas Balhau
Termoablação na úlcera venosa – Amélia Estevão
Comentadores: Aida Paulino, Cristina Aniceto, Eduardo Oliveira, João Magro
Tromboembolismo venoso – atualização
Mesa: Costa Almeida, Pratas Balhau, Pereira Alves
Introdução – Costa Almeida
Apresentação do livro “Tromboembolismo venoso – Diagnóstico e tratamento”, editado pelo
Capítulo de Cirurgia Vascular da SPC – Pereira Alves
Comentadores: Augusto Lourenço, L. Filipe Pinheiro, Luis Silveira
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
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Curso de Cirurgia Hepatobiliopancreática – Cirurgia hepática; técnicas e procedimentos
Presidente: Francisco Castro Sousa; Vice Presidentes: Luis Graça, Paulino Pereira
Mesa 1 – Aspetos práticos da cirurgia nas hepatectomias direita e esquerda:
o posicionamento do doente – Sónia Vilaça
que incisão – Mafalda Sobral
que afastador – Mónica Martins
a abordagem e isolamento das estruturas hilares – Manuel Oliveira
abordagem da cava retro hepática e das veis supra hepáticas – Raquel Mega
o controle pedicular, a exclusão vascular – Henrique Alexandrino
08:30 – 13:00
Cirurgia laparoscópica na resseção hepática – Jaime Vilaça, Renato Bessa Melo
Discussão – Joaquim Falcão, Paulo Mira
Sala 4
Mesa 2 – Aspetos práticos da cirurgia nas hepatectomias direita e esquerda:
técnicas de secção parenquimatosa – Tânia Almeida
técnicas de hemostase – J.António Pereira
técnicas de bilistase – Pedro Rodrigues
controle hemodinâmico ideal per-operatório: a perspetiva do cirurgião – Jorge Daniel
controle hemodinâmico ideal per-operatório: a perspetiva do anestesista – Valentina Oliveira
adaptação da estratégia em função do fígado que temos – Guilherme Tralhão
Discussão – Emanuel Furtado; J Coutinho, J Davide
Conferência final – aspetos práticos da cirurgia do fígado – Laurence Chiche
Cirurgia endócrina – Introdução à Ecografia de Tiróide e Paratiróide
Coordenador: João Capela
Monitores: Ana Oliveira, Henrique Candeias, João Capela, Pedro Sá Couto, Virginia Soares
Introdução do Curso – João Capela
Introdução à Ecografia – Patrícia Calvinho
Ecografia da tireóide e cadeias ganglionares: anatomia ecográfica – Pedro Sá Couto
08:30 – 13:00
Ecografia da tireóide: patologia ecográfica – Ana Oliveira
Ecografia da paratireóide: indicações e anatomia ecográfica – João Capela
Indicação para biopsia guiada por ecografia – Henrique Candeias
Noções básicas de biopsia guiada por ecografia – Virginia Soares
Casos clínicos: fotos e vídeos – João Capela
Manuseamento do ecógrafo – Patricia Calvinho
Tireóide normal
Casos práticos: Patologia tireoideia, paratireoideia e adenomegalias
Revista Portuguesa de Cirurgia
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Hospital
Figueira
da Foz
Trauma – MUSEC (Modular ultrasound ESTES Course)
Diretor: Jorge Pereira; Co-diretor: Mauro Zago
Instrutores: Eva Barbosa, L.F. Pinheiro, Fernando Ferreira, Rodrigues Silva
Módulo Ecografia básica em urgência
Cenários interativos
Discussão plenária de imagens
Revisão de conceitos e artefactos
08:30 – 13:00 Sessões teóricas
Sala 5
Vesícula e Rins
Aorta
Ecografia de compressão e “fraturas”
Tecidos moles
Cenários interativos
Estações práticas
Teste
Esofagogastroduodenal – Doença do Redluxo Gastro Esofágico e Hérnia do Hiato
Presidente: Jorge Maciel
Coordenadores: António M. Gouveia / Manuela Baptista
Introdução – Jorge Maciel, António Gouveia
Da Epidemiologia ao Diagnóstico – António Gouveia
08:30 – 13:00 Estudos Funcionais Esofágicos – Manuela Baptista
Sala 1
Esófago de Barrett – Papel da Gastroenterologia – A. Dias Pereira
Indicação e tratamento cirúrgico – Ângelo Ferreira
Técnica cirúrgica – John Preto
Pós operatório e avaliação de resultados – Eduardo Costa
Falência terapêutica e Cirurgia Revisional – Jorge Santos
Parede abdominal – Tratamento cirúrgico da Hérnia inguinal
Introdução ao Curso (Teórico-prático) – Carlos Magalhães
Principais aspetos / técnicas no tratamento da hérnia inguinal – Artur Flores, Carlos Magalhães
Intervenção cirúrgica com transmissão (TEP) – Carlos Magalhães/Mário Marcos
08:30 – 13:00 Prevenção da dor pós operatória pós hernioplastia inguinal – Carlos Magalhães
Intervenção cirúrgica com transmissão (TEP) – Carlos Magalhães/Artur Flores
Hospital
Figueira
da Foz
As indicações/ vantagens da abordagem laparoscópica/videoassistida – Carlos Magalhães
Intervenção cirúrgica com transmissão (TAPP) – Artut Flores, Mário Marcos
Discussão
Curso de Cuidados Intensivos
Abdómen agudo no doente crítico – António Oliveira
Consequências imunológicas da transfusão sanguínea – Nuno Carvalho
08:30 – 13:00 Dispositivos cirúrgicos para hemóstase – Marco Serôdio
Sala 6
Cuidados peri operatórios com a toma de anticoagulantes e antiagregantes – César Carvalho
Estratégias de minimização de transfusão alogénica – Robalo Nunes
Atualização diagnóstica e terapêutica da colite pseudomembranosa – Rosa Ferreira
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
PROGRAMA DO CONGRESSO
Revista Portuguesa de Cirurgia
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
QUINTA-FEIRA, 5 DE MARÇO 2015
Cursos pré Congresso
08:30 - 13:00
SALA 1
SALA 2
Sala 3
SALA 4
SALA 5
SALA 6
H. Figueira H. Figueira
da Foz
da Foz
Esofago
Gastro
Duodenal
Cirurgia
Vascular
Cirurgia
Mamária
Hepato
Bilio
Pancreático
Trauma
Cuidados
Intensivos
Cirurgia
Parede
Endócrina Abdominal
Congresso Nacional
14:00 - 16:00
SALA 1
SALA 2
SALA 3
SALA 4
SALA 5
Comunicação Oral
CO-HBP 1
Comunicação Oral
CO-CR 1
Poster
P-HBP 1 || P-CR 1
P-EGD 1 || P-Trauma
P-Vários 1 || P-Vários 2
Vídeo
V-Vários 1
Vídeo
V-EGD
SALA 4
SALA 5
Intervalo
16:00 - 16:30
16:30 - 18:30
SALA 1
SALA 2
Mesa Redonda
Internos
Prova de Caras
SALA 3
Mesa Redonda
Trauma
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
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QUINTA-FEIRA, 5 DE MARÇO 2015
XXXV CONGRESSO NACIONAL
14:00 – 16:00
CO – HBP 1 – Joaquim Falcão, J. António Pereira, Guilherme Tralhão
Sala 1
CO – CR 1 – Carlos Almeida, Sandra Amado, Marisa Santos
Sala 2
Poster – HBP 1 – Alexandre Costa, César Carvalho, Marco Serôdio, Nuno Carvalho
Poster – CR 1 – António Manso, Jorge Santos, Rui Martins, Stélio Rua
14:00 – 16:00
Poster – EGD 1 – João Raposo, Hamilton Batista, António Ferreira, A. Trovão Lima
Poster – Trauma – Luis Reis, Maria Macedo, Soares Oliveira, Susana Onofre
Sala 3
Poster – Vários 1 – J. Augusto Martins, Pedro Vaz, Cassilda Cidade, Sandra Ferraz
Poster – Vários 2 – Elsa Costa, Filipe Ribeiro, Elza Almeida
14:00 – 16:00
Vídeos – Vários 1 – José Polónia, Cristina Aniceto, Edgar Amorim
Sala 4
Vídeos – EGD – Rui Maio, Bela Pereira, André Lázaro
Sala 5
16:00 – 16:30
INTERVALO
Mesa Redonda de Internos: Energia e Biomateriais em Bloco Operatório
Presidente: Jorge Maciel
Moderadores: Duarte Soares, Olímpia Cid, Teresa Braga
16:30 – 18:30
Tipos de energia e cuidados para se evitarem complicações – Andreia Brandão
Novos biomateriais e tratamento das hérnias da parede abdominal – M.Rui Gonçalves
Sala 1
Endopróteses e a sua influência no tratamento das doenças oncológicas – Luciana Cidade
Biomateriais e rejeição – Milene Sá
Neo-orgãos: uma visão de futuro – Teresa Braga
Mesa Redonda: Trauma
Presidente: P.Moniz Pereira
Moderadores: Pedro Amado, Carlos Mesquita, Renato Bessa Melo
Simulação Clínica – Estado de Arte – Nuno Freitas
16:30 – 18:30 Simulação e Trauma – Jorge Fernandes
Sala 4
Fast; e-Fast – Fernando Ferreira
MUSEC – Modular ultrasound ESTES Course – Mauro Zago
Macsim model – Carl Montan
Medical response to major incidents – experiência portuguesa – Pedro Ramos
Revista Portuguesa de Cirurgia
14
Prova de Caras –
Presidente: José C.Mendes Almeida
16:30 – 18:30
Moderadores: Marisa Santos, Manuel Limbert, Miguel Coelho
Caso Clínico Norte – Joana Ferreira
Sala 2
Caso Clínico Centro – Fernando Valério
Caso Clínico Sul – Raquel Mega
18:45
Assembleia Geral da SPC
Sala 1
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
SEXTA FEIRA, 6 DE MARÇO 2015
08:00 – 10:00
SALA 1
SALA 2
SALA 3
SALA 4
SALA 5
Comunicação Oral
CO-HBP 2
Comunicação Oral
CO-CR 2
Poster
P-HBP 2 || P-CR 2
P-EGD 2 || P-Mama
P-Endócrinas 1 || P-Vários 3
Comunicação Oral
CO-EGD 1
Vídeo
V-Vários 2
mini M.Redonda
Cancro da Mama
e Hereditariedade
Simpósio
Schulke
Mesa Redonda
Isquémia
Intestinal Aguda
Comunicação Oral
CO-Mama
Intervalo
10:00 – 10:30
10:30 – 11:30
11:30 – 13:00
mini M.Redonda
Registo
Cancro do Recto
mini M.Redonda
SPC Obesidade
O Sleeve vai bater
o bypass
mini M.Redonda
APC
Ambulatório
Sessão de Abertura
Almoço
13:00 – 14:00
14:00 – 16:30
Mesa Redonda
SPCMin
Avanços em Cirurgia
endoscópica
Mesa Redonda
Acalásia
Gist gástrico
Intervalo
16:30 – 17:00
17:00 – 19:00
Poster
Comunicação Oral
Capítulo Português
P-HBP 3 || P-CR 3
Comunicação Oral
CO-Investigação Básica
do ACS
P-Parede Abdominal 1 || P-EGD 3
CO-Endócrinas
P-Vários 4 || P-Vários 5
Revista Portuguesa de Cirurgia
16
Vídeo
V-HBP
SEXTA FEIRA, 6 DE MARÇO 2015
CO – HBP 2 – Emanuel Furtado, Pedro Rodrigues, António Folgado
Sala 1
08:00 – 10:00 CO – CR 2 – Lurdes Gandra, Alexandre Monteiro, Susana Ourô
Sala 2
CO – EGD 1 – Pimenta da Rocha, Jorge Pais, Luisa Quaresma
Sala 4
Poster – HBP 2 – Vitor Nunes, Mónica Rocha, António Pinho, Henrique Ferrão
Poster – CR 2 – J. Martins Lima, Margarida Martins, Ana Azevedo, Ana Formiga
08:00 – 10:00
Poster – EGD 2 – João Pereira, Manuela Baptista, Manuel Mega, Rui F. Almeida
Poster – Mama – Fernanda Fernandes, Inês Morujão, Pelicano Borges, Joana Esteves
Sala 3
Poster – Endócrinas 1 – Pedro Koch, Liliana Coutinho, J. Mário Coutinho, Patrícia Gilde
Poster – Vários 3 – Ilda Barbosa, Manuela Dias, Joseph Silva, Aida Paulino
08:00 – 10:00 Vídeo – Vários 2 – Jorge Caravana, Branco Lopes, Rui M. Costa
10:00 – 10:30
Sala 5
INTERVALO
mini Mesa redonda: Cancro da mama e hereditariedade
Presidente: Joaquim Abreu
10:30 – 11:30 Moderadores: Teresa Santos, Rui Alves
Sala 4
O estado da arte e critérios para testes genéticos – Marc Tischkowitz
A experiência de uma Consulta para doentes de alto risco – Susy Costa
mini Mesa redonda : Registo do cancro do recto como instrumento de qualidade
Presidente: Júlio Leite
Moderadores: P. Correia Silva, João Gíria
10:30 – 11:30 A visão do Imagiologista – Daniel R. Andrade
Sala 1
A visão do patologista – M. José Brito
A visão do cirurgião – Mesquita Rodrigues
Resultados iniciais – António Manso
mini Mesa redonda : Cirurgia de Ambulatório (sessão da APCA)
Presidente: Carlos Magalhães
10:30 – 11:30 Moderadores: António Ferrão, David Andrade
Sala 2
Dificuldades para o crescimento da CA em Portugal – José Anibal
Colecistectomia Laparoscópica – Artur Flores
mini Mesa redonda: Sociedade Portuguesa de Cirurgia de Obesidade
Presidente: Mário Nora / Rui Ribeiro
10:30 – 11:30
Moderadores: J. Carlos Campos
Sala 3
“O Sleeve vai bater o Bypass?”
O Sleeve é a técnica mais adequada – Maia Costa
O Bypass é a técnica mais eficaz – Manuel Carvalho
Simpósio Schulke
10:30 – 11:30 Novos desafios na Prevenção e Controle de Infeção
Sala 5
A importância dos antisépticos da nova geração
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
17
Sessão de Abertura
Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia: Jorge Maciel
Conferência – Formação em Cirurgia na era da subespecialização – Laurence Chiche
11:30 – 13:00
Presidente de Honra – Qualidade em Cirurgia – José M. Schiappa
Bastonário da Ordem dos Médicos – José Manuel Silva
Sala 1
Sua Excelª Ministro da Saúde: Paulo Macedo
Convidados: Presidente da Câmara M. Figueira da Foz – João Ataíde; Presidente CA Hospital
F. Foz – Pedro Beja Afonso
13:00 – 14:00
ALMOÇO
Mesa Redonda: Isquémia intestinal aguda
Presidente: Pereira Alves
Moderadores: C. Costa Almeida, J. Neves Antunes, E. Lima Costa
14:00 – 16:30
Caso Clínico – Patrícia Amaral/F. Oliveira Martins
Fisiopatologia e diagnóstico – Maria Veiga Macedo
Sala 4
Imagiologia: do diagnóstico à terapêutica – Tiago Bilhin
Cirurgia – Luis F. Pinheiro
Reserva funcional e intestino curto – Beatriz Costa
Mesa Redonda: Patologia esofagogástrica menos frequente
Presidente: Paulo Costa
Moderadores: Alberto Midões,Eduardo Oliveira, J.M. Correia Neves
Acalásia- de Heller até POEM – uma viagem com o destino correto?
Estratégia diagnóstica – Manuela Baptista
14:00 – 16:30
POEM estado atual – Francisco Baldaque
Sala 2
Cirurgia – estado atual – Jorge Santos
GIST – perspetivas atuais
Contribuição do anátomo-patologista – J. Manuel Lopes
Terapêutica cirurgica – quando e como – Jorge Penedo
Papel da terapêrutica molecular – como maximizar o seu efeito – Nascimento Costa
Mesa Redonda SPCMin: Avanços em cirurgia endoscópica
Presidente: Jaime Vilaça/ António Bernardes
Moderadores: Nuno Marcos, João Malaquias, João Almeida
TAMIS, TATA e NOSE – Pedro Leão
14:00 – 16:30 Mini-invasão em peritonite – Stelio Rua
Sala 1
Cirurgia por porta única – Salvador Morales Conde
Novas fronteiras em CPRE – Jorge Canena
Robótica em cirurgia geral, realidade e ficção – Carlos Vaz
Avanços em imagem endoscópica – Eduardo Targarona
14:00 – 16:00 CO – Mama – J. Luis Fougo, Paulina Lopes, Eugénia Granjo
Revista Portuguesa de Cirurgia
18
Sala 5
16:30 – 17:00
INTERVALO
Mesa redonda American College of Surgeons
Presidente: F. Castro Sousa
17:00 – 19:00
Investigação e formação – Porquê, quando e como – Paulo Costa
Sala 2
Investigação Translacional – Guilherme Tralhão
Investigação em contexto de formação clínica – Costa Maia
O desafio da investigação durante a formação – a realidade – Jorge Soares
17:00 – 19:00
CO – Investigação Básica – F. Oliveira Martins, Nuno Figueiredo, Filomena Botelho
Sala 1
CO – Endócrinas – Isabel Nascimento, Lucília Conceição, Francisco Miranda
Sala 4
Poster – HBP 3 – Dulce Diogo, Jorge Lamelas, Donzília Silva, Miguel Mendes
Poster – CR 3 – M. José Pinheiro, Raquel Dias, Vitor Santos
17:00 – 19:00
Poster – Parede Abdominal 1 – Eva Barbosa, Sacadura Fonseca, Rui Escaleira
Poster – EGD 3 – M. Gorete Jorge, Juliana Oliveira, Hans Eickhoff, Carla Freitas
Sala 3
Poster – Vários 4 – Vitor Silva, Ângelo Figueiredo, Conceição Monteiro
Poster – Vários 5 – Daniel Cartucho, André Oliva, Ricardo Pereira, Ana Bento
17:00 – 19:00 Vídeo -HBP – José M. Cecílio, Sónia Vilaça, J. Santos Coelho
Sala 5
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
19
SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
SÁBADO, 7 DE MARÇO 2015
Congresso Nacional
08:00 - 10:00
SALA 1
SALA 2
SALA 3
SALA 4
SALA 5
Comunicação Oral
CO-EGD 2
Comunicação Oral
CO-HBP 3
Poster
P-HBP 4 || P-CR 4
P-Parede Abdominal 2
P-Endócrinas 2 || P-Vários 6
Comunicação Oral
CO-Vários
Vídeo
V-CR
Intervalo
10:00 - 10:30
10:30 - 13:00
Mesa Redonda
Problemas Clínicos
Mesa Redonda
Obstrução e sépsis
biliar
Simpósio Roche
Mesa Redonda
Doença Diverticular
Cólon
Conferência
Tratamento
Colangiocarcinoma
Almoço
13:00 - 14:00
14:00 - 16:30
Mesa Redonda
Tumor Folicular
Tiroide
Conferência
Tratamento
Hiperparatiroidismo
Primário
Conferência
Cirurgia HBP de precisão
Mesa Redonda
Sápsis secundária
a Cir. Digestiva
Conferência
A prática da Cir. HBP a um nível
nacional
Simpósio Roche
Intervalo
16:30 - 17:00
17:00 - 19:00
Mesa Redonda
Sarcomas
Crohn perineal
Melhores
Comunicações
Melhores
Posteres
Revista Portuguesa de Cirurgia
20
Melhores
Vídeos
SÁBADO, 7 DE MARÇO 2015
CO – EGD 2 – J. Paulo Freire, Amândio Matos, Fernando Viveiros
Sala 1
08:00 – 10:00 CO – HBP 3 – Paulo Mira, Silvio Vale, Mónica Martins
Sala 2
CO – Vários – M. Goreti Sarabando, Amélia Tavares
Sala 4
Poster – HBP 4 – J. António Pereira, Jorge Carrapita, Gina Melo, Marta Guimarães
Poster – CR 4 – F. Gil Costa, Luis Orey, Mário Sérgio, Pedro Leão
08:00 – 10:00 Poster – Parede Abdominal 2 – José Janeiro, Rui Costa, Licínia Dias
Sala 3
Poster – Endócrinas 2 – Pedro Gomes, Olívia Andril, Carlos Soares
Poster Vários 6 – Carlos Ferreira, Soraia Silva, Gil Faria
08:00 – 10:00 Vídeo – CR – Carlos Neves, Fernando Manata, Jorge Sousa
10:00 – 10:30
Sala 5
INTERVALO
Mesa Redonda: Obstrução e Sépsis biliar
Presidente: F.Castro Sousa
Moderadores: Jorge Daniel, João Coutinho, António Gouveia
10:30-12:30
Colecistite aguda – Pedro Rodrigues
Sala 2
Síndrome de Mirizzi – Luís Graça
Colangite e obstrução intermitente – Jaime Vilaça
Obstrução progressiva benigna – Henrique Alexandrino
Obstrução progressiva maligna – Jorge Paulino
Conferência: Abordagem e tratamento multidisciplinar do colangiocarcinoma hilar
12:30-13:00
Presidente: José David
Sala 2
Conferencista: Hugo P. Marques
10:30 – 11:30
Simpósio Roche: Tratamento da Carcinoma Basocelular avançado
Apresentador – Vitor Farricha
Sala 3
Mesa Redonda:Problemas Clínicos; como tratar?
Presidente: Pedro Coito
Moderadores: António Gouveia, J. Mário Cecílio, Luiz Cortez
Profilaxia antitrombótica. Quanto tempo? – C.E. Costa Almeida
Trombose hemorroidária. Como tratar – A. Araújo Teixeira
10:30 – 13:00 Hérnia do Hiato volumosa. Quando não operar – Ângelo Ferreira
Sala 1
Infeção do local cirúrgico pós plastia herniária – Carlos Santos
Tratamento médico da diverticulite não complicada – Regina Candeias
Cisto Pilonidal. Como abordar – Bruno Pinto
Nódulo da Supra-renal. Como estudar – Francisco Carrilho
Hérnia Spiegel. Como diagnosticar e tratar – Edgar Amorim
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
21
Mesa Redonda: Doença diverticular do cólon complicada
Presidente: Anabela Rocha
Moderadores: Teresa Lindo, Fernando Barbosa, Carlos Casimiro
Imagiologia diagnóstica e de intervenção: indicações e resultados – Paulo Donato
10:30 – 13:00 Hemorragia diverticular: diagnóstico e tratamento – Francisco Portela
Sala 4
Diverticulite perfurada: o estado da arte – Costa Pereira
Tratamento cirúrgico da diverticulite aguda: indicações, opções, resultados – Alexandre Duarte
Cirurgia electiva – as indicações, a oportunidade e as dificuldades técnicas – Nuno Rama
Operação de Hartmann – qual a realidade da reconstrução – João Corte Real
13:00 – 14:00
ALMOÇO
Mesa Redonda: Tumor Folicular da Tiróide e Lesão Folicular de significado indeterminado
Presidente: João Capela
Moderadores: Ana Oliveira, Pedro Sá Couto, J. Mário Coutinho
14:00 – 16:00
Classificação de Bethesda e correlação histológica – Evelina Mendonça
Como estudar? Quando operar – Fernando Rodrigues
Sala 1
Tiroidectomia total vs “menos que total”. Papel do exame extemporâneo – Taveira Gomes
Que lugar para novas técnicas cirúrgicas – Vitor Rocha
Como fazer uma tiroidectomia com segurança – Jesus Villar del Moral
Conferência: Tratamento cirúrgico atual do hiperparatiroidismo primário
16:00 – 16:30 Presidente: José Rocha
Sala 1
Conferencista: Jesus Villar del Moral
Mesa Redonda: Sarcomas
Presidente: António Bettencourt
Moderadores: J.Guimarães Santos, Nuno Abecassis
14:00 – 15:15 Imagiologia e técnicas de diagnóstico – J. P. Conceição Silva
Sala 4
Abordagem dos Sarcomas dos membros – Vitor Farricha
Abordagem dos Sarcomas retroperotoneais – José Flávio
Abordagem dos Sarcomas do tronco – Hugo Vasques
Mesa Redonda: D. Crohn perianal
Presidente: João Pimentel
15:15 – 16:30
Moderadores: Vasco Geraldes, J. Miguel Cardoso
Abordagem diagnóstica inicial – Thomas Golda
Terapêutica Médica – J. Ramos de Deus
Estratégia da terapêutica cirúrgica – Thomas Golda
Revista Portuguesa de Cirurgia
22
Sala 4
Conferência: Cirurgia HBP de precisão
14:00 – 15:00 Presidente: Costa Maia
Sala 3
Conferencista: Eduardo Barroso
Conferência: A prática da Cirurgia HBP a um nível nacional
15:00 – 16:00 Presidente: Américo Martins
Sala 3
Conferencista: Olivier Farges
Simpósio Roche: Especificidades do tratamento do Cancro da Mama HER 2+
Presidente – J. Abreu Sousa
16:00 – 17:00
Moderador – Deolinda Pereira
Aspetos técnicos e práticos do diagnóstico do cancro da mama HER 2+ – Saudade André
Sala 3
Implicações da classificação molecular no tipo de cirurgia do cancro da mama – Gonzalo Castro Parga
Novas terapêuticas co cancro da mama HER 2+ – Paulo Cortes
Mesa Redonda: Sépsis secundária a cirurgia digestiva; como prevenir, como tratar.
Presidente: F.José Oliveira
Moderadores: Horta Oliveira, António Oliveira, José A. Sousa
14:00 – 16:30
Deiscência em anastomose esofágica, gástrica e côto duodenal – Jonh Preto
Deiscência em anastomose colo-rectal – Luis Galindo
Sala 2
Deiscência em anastomose Hepatobiliopancreática – António Ruivo
Que apoio pode dar o Imagiologista de intervenção – Belarmino Gonçalves
Relevância dos Fungos no prognóstico – António Ferreira
Melhores Vídeos
Presidente: António Bernardes; Moderadores: J.P. Araújo Teixeira, Rodrigo Costa Silva
17:00 – 19:00
Melhores e-Poster
Presidente: F. Oliveira Martins; Moderadores: Vieira Amândio, João Casteleiro
Melhores Comunicações orais
Presidente: Jorge Maciel; Moderadores: Vitor Faria, Mesquita Lima
19:00 – 19:15 Sessão de Encerramento
Sala 4
Sala 3
Sala 1
Sala 1
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
23
SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA
XXXIV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
REGULAMENTO DE APRESENTAÇÃO E SELEÇÃO DE COMUNICAÇÕES
AO XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
1.
Ao congresso nacional podem ser submetidas comunicações de 3 tipos: comunicação livre, vídeo e poster.
O primeiro autor do trabalho deve estar inscrito no congresso.
2.
Todas elas devem ser submetidas sob a forma de resumos e exclusivamente por via informática através do
site www.spcir.com. A data limite de submissão dos resumos é 19 de novembro de 2014, às 08.00 horas.
3.
Todos os resumos devem referir: título, autores, instituição(ões) e serviço(s), autor correspondente e respetivo
contacto (e-mail), tipo de apresentação (comunicação oral, vídeo ou e-poster), área científica a que se refere
(cada um dos capítulos da spc e outros). Segue-se o texto do resumo que deve obrigatoriamente explicitar
o objetivo ou introdução, material e métodos, resultados e discussão/conclusão.
Neste resumo não deve ser incluída qualquer referência que permita a identificação do hospital de
origem do trabalho.
O texto do resumo terá um limite de 1500 caracteres.
4.
Os resumos que não cumpram estes requisitos serão recusados.
5.
Os resumos referentes a comunicação oral serão distribuídos ao júri nomeado pelos respetivos capítulos
da área científica a que se candidatam e pela Direção da spc nas áreas não abrangidas por aqueles, por via
eletrónica.
6.
As respetivas avaliação e classificação, serão reenviadas pela mesma via à direção até à data limite de 22 de
dezembro de 2014.
7.
As comunicações melhor classificadas nas respetivas áreas serão apresentadas como comunicações orais
com 7 minutos de apresentação e 3 minutos de discussão nas sessões para tal destinadas. As comunicações
preteridas serão apresentadas sob a forma de e-poster.
8.
Os autores correspondentes serão informados da decisão do júri de aceitação ou recusa da apresentação dos
seus trabalhos e sob que forma, até ao dia 12 de janeiro de 2015.
9.
As comunicações livres apresentadas nas sessões das respetivas áreas científicas serão classificadas pela mesa
da sessão, que elegerá a melhor de cada sessão.
10. O conjunto das melhores comunicações livres apresentadas ao congresso nas diferentes áreas científicas
serão apresentadas em conjunto na sessão final do congresso sendo premiadas as três primeiras classificadas
(ex aqueo).
Revista Portuguesa de Cirurgia
24
11. Todos os vídeos submetidos para apresentação ao congresso devem ser enviados até ao dia 5 de dezembro
de 2014.
O envio dos vídeos poderá ser feito das seguintes formas:
• por correio registado: para refreshbubbles (Rua Dr. Alberto Sampaio, 513, R/C Esquerdo
– 4760 292 V.N. Famalicão – Telefone – 919711439), em suporte DVD (formato MP4 recomendado)
• via WeTransfer: https://www.wetransfer.com para o email [email protected]
Caso opte pelo envio por WeTransfer, ser-lhe-á enviado posteriormente um email de confirmação da
receção do vídeo.
Para o envio de vídeos que estejam em formato DVD, será necessário comprimir os ficheiros em formato
ZIP ou outro equivalente.
Recomenda-se no entanto que o mesmo seja feito para todos os formatos.
Informação adicional para o envio dos vídeos por WeTransfer: WeTransfer – How it works
12. Nos vídeos submetidos para apreciação, não deve ser incluída qualquer referência que permita a
identificação do hospital de origem do trabalho.
13. Os vídeos serão visualizados por um júri que selecionará aqueles que serão apresentados nas sessões de vídeo
do congresso. Cada vídeo terá 8 minutos para apresentação e 4 minutos de discussão.
14. Os autores correspondentes serão informados da decisão do júri de aceitação ou recusa da apresentação dos
seus trabalhos e sob que forma, até ao dia 26 de janeiro de 2015.
15. A mesa das respetivas sessões elegerá dois vídeos por sessão que serão apresentados na sessão em conjunto
na sessão final dos melhores vídeos, sendo premiados os três primeiros classificados (ex aqueo).
16. As comunicações poster submetidas ao congresso serão apresentadas em formato eletrónico. As comunicações
orais não admitidas para apresentação neste formato (após avaliação do júri de seleção) serão apresentadas
sob a forma de e-poster. O e-poster deve ser enviado através da página web da spc, até ao dia 28 de Janeiro
de 2015. Após esta data não serão aceites os trabalhos nem é permitida qualquer alteração ao conteúdo do
mesmo. Organizar-se-ão sessões com os e-posters, agrupados por temas e discutido por um júri de peritos
na área que selecionará um poster como o melhor da sessão. Esses e-posters serão colocados numa pasta
informática dos melhores posters que ficará disponível nos monitores de apresentação. Um júri selecionará
os 10 melhores e-posters que serão discutidos e apresentados na sessão dos melhores e-posters, sendo
premiados os três melhores trabalhos (ex aqueo).
17. Todas as avaliações dos resumos, vídeos, apresentação de comunicações livres, vídeos e e-posters serão
feitas de acordo com critérios pré definidos e constantes das grelhas de classificação que se anexam a este
regulamento.
A Direcção da SPC
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
25
XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA
5 A 7 DE MARÇO DE 2015
RESUMO DE COMUNICAÇÃO
SALA 1
05-03-2015
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C002)
14H00
SESSÃO CO-HBP 1
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C001)
TÍTULO: Experiência de um Serviço no Tratamento Cirúrgico
SESSÃO CO-HBP 1
RESUMO:
TÍTULO: Raras metástases de Carcinoma de Células Renais
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
para a vesícula biliar: dois casos clínicos de uma
única instituição e revisão de literatura.
Objectivo/Introduçâo: Apresentar 2 casos de metástases vesiculares de Carcinoma das Células Renais
(RCC) e rever a literatura. Material e Métodos: Os
arquivos da instituição foram revistos entre 2009 e
2014 e identificados 2 casos de metástases de RCC
para a vesícula. A revisão de literatura baseou-se
numa pesquisa sistemática no PubMed. O impacto das
características clinicopatológicas na sobrevida global
(OS) foi analisado usando os métodos Kaplan-Meier
e univariate Cox-regression. A sobrevida entre grupos
foi comparada usando o log-rank test. Resultados: O
cohort final incluiu 52 casos. A relação M:F foi 2:1 e a
idade média foi 62.5. Em 74.4% dos casos, o diagnóstico foi incidental. Dos casos com histologia disponível
das metástases de RCC para a vesícula, 97, 4% eram
do tipo células claras. A maioria dos doentes (36/52)
demonstraram lesões metácronas para a vesícula com
intervalo livre de doença (DFI) de 4 anos (range 0.2527), sendo que 21 destes eram metástases únicas. A
sobrevida livre de doença (DFS) mediana foi 37 meses
(95% CI, 24-48). OS aos três e cinco anos foi de 74%
e 62% respectivamente. Análises univariada revelou
que idade menor que 45 anos (HR 8.98; 95% CI, 1.7845.18; p=0.008) e DFI < 24 meses (HR 10.25; 95%
CI, 1.01-103.67; p=0.049) estão associados a menor
OS. Discussão: Metástases de RCC para a vesícula
são raras e estão associadas a um padrão distinto de
metástases subsequentes. Colecistectomia simples
está associada a um aumento de OS e ausência de
recidiva local. Doentes jovens e menor DFI estão associados a menor OS.
Hospital Dr. Nélio Mendonça
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Costa Neves M, Neofytou K, Giakoustidis A, Hazell S,
Wotherspoon A, Gore M, Mudan S
Mafalda Costa Neves
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
das Metástases Hepáticas de Carcinoma Gástrico e
Esofágico
Objectivo/Introduçâo: A hepatectomia (Hp) por
metástases hepáticas (MH) de carcinoma gástrico (CG)
é aceitável em doentes seleccionados. A Hp por MH
de carcinoma do esófago (CE) e da transição esofago-gástrica (CTEG) tem tido resultados menos favoráveis.
Material e Métodos: Análise dos doentes submetidos
a Hp por MHCG, MHCE e MHCTEG (Janeiro/1991 a
Junho/2014). Dezoito doentes (15 do sexo masculino);
idade média 65±10, 9 anos. Apresentação síncrona: 13
casos. Tumor primário: CG em 14 casos, CE em 2; CTEG
em 2. Histologia do tumor primário: adenocarcinoma
(17 casos) e carcinoma epidermóide (1 caso). Nódulo
único: 13 doentes. Morbilidade aos 90 dias (Dindo-Clavien). Análise estatística com SPSS™ v. 21.0. Resultados: Realizadas 17 Hp minor e 1 Hp major. Ressecção
síncrona do tumor primário: 8 casos. Morbilidade major:
5 casos (27, 8%); mortalidade: 1 caso (5, 6%) (sepsis
por deiscência anastomótica em ressecção síncrona).
Sobrevida aos 5 anos de 19, 7%. Sobrevida mediana
superior nas MHCG (20 meses) e MHCE (18 meses),
em comparação com as MHCTEG (7 meses) (p<0.05).
Análise univariada: ressecção metácrona e ausência
de morbilidade major associadas a melhor sobrevida.
Análise multivariada: ressecção metácrona como factor
independente de melhor sobrevida (HR: 6, 2;p<0.05).
Discussão: Em doentes seleccionados com MHCG e
MHCE, a Hp é uma terapêutica a considerar. Na nossa
série, as MHCTEG apresentaram piores resultados. A
ressecção metácrona está associada a melhor sobrevida, possivelmente pela melhor selecção dos doentes
pela terapêutica sistémica.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Henrique Alexandrino1, 2, Luís Ferreira1, Ricardo Martins1, 2, Marco Serôdio1, Mónica Martins1, 2, J. Guilherme Tralhão1, 2, Francisco Castro e Sousa1, 2
Henrique Alexandrino
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
27
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C003)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Abordagem cirúrgica das metástases síncronas de
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cancro do recto: estratégia inversa, simultânea ou
clássica?
Objectivo/Introduçâo: Na cirurgia das metástases
hepaticas de cancro colo-rectal (MHCCR), a avaliação da melhor abordagem para o caso específico das
metástases síncronas de carcinoma do recto (MSCR)
nunca foi estudada separadamente. Avaliam-se os
resultados das abordagens cirúrgicas possíveis para
as MSCR. Material e Métodos: Análise retrospectiva
da base de dados do Livermetsurvey entre 1996 e
2014. Foram estudadas variáveis clinico-patológicas e
os resultados a curto e longo prazo para a abordagem
inversa (AI), simultânea (AS) e clássica (AC). A análise
estatística foi feita com o SPSS 22.0. Resultados: Dos
924 doentes com MHCCR, 156 (16, 8%) foram submetidos a ressecção com intuito curativo por MSCR; destes, 28 (17.9%) foram submetidos a AI, 50 (32.1%) a
AS e 78 (50%) a AC. Foi possível concluir a abordagem
planeada em 68% dos dos doentes com AI, 94% com
AS e 96% com AC. A necessidade de hepatectomia em
dois tempos e uma primeira hepatectomia não curativa
(ambas OR 0.42, IC 0.003 – 0.512, p=0.013) diminuíram a probabilidade de completar a AI. A morbilidade
e mortalidade operatórias foram semelhantes entre os
3 grupos. A comparação entre as principais variáveis
clinico-patológicas não revelou diferenças entre os grupos com excepção do género (p=0.01) e a sobrevivência aos 5 anos foi sobreponível (p=0.11). Discussão: O
risco cirúrgico e os resultados a longo prazo são semelhantes entre a AI, AS e AC. A necessidade de uma
hepatectomia em dois tempos e uma primeira hepatectomia não curativa podem comprometer sucesso da AI.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Mafalda Sobral, Hugo Pinto Marques, Emanuel Vigia,
Susana Rodrigues, Jorge Lamelas, Raquel Mega, Américo Martins, Eduardo Barroso.
Mafalda Sobral
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
-internamento, re-intervenção e taxa de fístulas. Resultados: 115 doentes com tumores quísticos do pâncreas
foram submetidos a cirurgia, destes, 60 foram no sexo
feminino (52%). As lesões mais frequentes foram IPMN
com 59 ressecçoes (51%) e os tumores serosos com 21
ressecções (18.3%). A DPC foi a cirurgia mais frequentemente realizada (55 casos). A pancreatectomia corpo
caudal foi realizada em 32 casos. Foram re-operados 7
doentes. 11 doentes (10%) foram re-internados, sendo
o motivo mais frequente a estase gástrica. Registaram-se 31% de complicações minor e 11% complicações
major (Clavien III e IV). 14 (12%) desenvolveram fístula
pancreática. Das 115 ressecções registou-se mortalidade em 4 casos (3.5%) nos 30 dias pós-peratório. Discussão: Nos tumores quísticos, a ressecção cirúrgica
é o tratamento de escolha para os doentes sintomáticos e na suspeita de malignidade. O tipo de ressecção
depende da localização da lesão.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Aguiar C; Filipe E.; Bicho L; Marques H.; Vigia E., Nobre
A.; Paulino J.; Martins A; Barroso E
Catarina Aguiar
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C005)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Tumores neuro-endócrinos do pâncreas: lições
aprendidas
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuro-endócrinos
do pâncreas (TNEP) são raros, representando cerca
de 3% das neoplasias pancreáticas. A sua abordagem
terapêutica é ainda alvo de debate. Os autores analisam os TNEP operados na sua instituição e realizam
uma reflexão sobre o tema. Material e Métodos: Foi
realizado o estudo retrospetivo das cirurgias de TNEP
no período de 2004 a 2014. Foram analisadas: características demográficas, apresentação clínica, localização das lesões, abordagem cirúrgica e sua morbilidade, histologia e evolução clínica. Resultados: Foram
identificados 24 doentes (idade média de 56 anos; 58,
3% do sexo feminino). As lesões localizavam-se em
igual número na cabeça/processo uncinado e no corpo/
cauda. A intenção cirúrgica ab initio era curativa em
92% dos casos e cito-redutora nos restantes. A abordagem cirúrgica foi: duodenopancreatectomia cefálica em
8 doentes (33%), pancreatectomias corporocaudais em
11 (46%) e enucleação em 5 (21%). Ocorreram 4 fístulas pancreáticas (16, 6%) e 1 fístula biliar por lesão do
colédoco. Funcionalmente, a maioria das lesões eram
de comportamento biológico incerto (62, 5%) sendo os
restantes insulinoma (4; 16, 7%), gastrinoma (1), glucagonoma (1), somatostatinoma (1) e tumor produtor
de corticotropina. Discussão: O tratamento de eleição
dos TNEP é a resseção cirúrgica sendo o prognóstico
e atitudes subsequentes determinados pelo tipo e grau
histológicos. A abordagem deve ser concentrada em
centros de referência.
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
AUTORES: Pedro Soares-Moreira, Pedro Nuno Brandão, Vilma
Martins, Vítor Costa Simões, Cecília Pinto, António
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C004)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Tumores quísticos do Pâncreas: Análise da casuís-
tica em 10 anos num Centro de referência em Cirurgia Hepato-biliar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores quísticos do pâncreas são lesões relativamente raras. Habitualmente
são um achado incidental em exames imagiológicos de
rotina. A melhoria dos métodos de imagem tem proporcionado a caracterização de novas entidades clínico-patológicas com diferentes potenciais de malignidade.
Avaliação dos resultados no tratamento dos tumores
quísticos do pâncreas no nosso Centro. Material e
Métodos: Análise retrospectiva da casuística de tumores quísticos do pâncreas entre Julho 2004 a Junho de
2014. Foram analisados as seguintes variáveis: idade,
sexo, tipo de lesões, cirurgia realizada, Clavien, re-
Revista Portuguesa de Cirurgia
28
Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge
Daniel, José Davide
CONTACTO: Pedro Soares Moreira
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C006)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Resultados a longo prazo do transplante sequencial
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
por hepatocarcinoma utilizando a técnica de duplo
“piggy-back”: uma experiência de 13 anos.
Objectivo/Introduçâo: Os resultados a longo prazo
do transplante hepático (TH) com a técnica de “duplo
piggy-back” estão pouco estudados no hepatocarcinoma (CHC). Analisamos os resultados comparativamente ao transplante cadavérico. Material e Métodos:
Entre Janeiro de 2001 e Janeiro de 2014, 260 doentes
submetidos a TH por CHC foram analisados a partir de
uma base prospectiva. Destes, 114 foram submetidos
a TH sequencial. A comparação entre grupos foi feita
utilizando “propensity score matching”. Resultados: A
sobrevivência global aos 3 e 5 anos foi de 63% e 58%
respectivamente. Doentes com mais de 50 anos tiveram
maior probabilidade de receber um fígado de PAF (OR
1, 94, CI 1.02-3.69). Em análise multivariável, a infecção por VHC (HR 1.560, CI 1.03 – 2.38), o número de
tumores (HR 1.15, CI 1.01 – 1.31), o tamanho do maior
tumor (HR 1.08, CI 1.02 – 1.16) e a invasão microvascular (HR 2.39, CI 1.45 – 3.93) influenciaram negativamente a sobrevivência. Após ajustar para potenciais
variáveis de confundimento, o transplante sequencial
e o cadavérico tiveram uma sobrevivência aos 5 anos
semelhante (p=1.17). Com um período mínimo livre
de doença de 6 anos, em 13 doentes (11, 4%) houve
recidiva da Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF).
Discussão: O TH sequencial por CHC com a técnica
de duplo piggy-back, é exequível, seguro e obtém
resultados semelhantes ao transplante cadavérico. O
benefício de expandir a pool de dadores tem que ser
equilibrado em relação ao risco potencial, mas real, de
transmissão da PAF.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Hugo Pinto Marques, Vasco Ribeiro, Tânia Almeida,
Sílvia Silva, João Aniceto, Mafalda Sobral, Élia Mateus,
Américo Martins, Eduardo Barroso
Hugo Pinto Marques
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
série de doentes operados, identificando os factores
de prognóstico mais importantes para a sobrevida dos
doentes. Material e Métodos: Realizou-se um estudo
retrospectivo, com base na análise dos doentes operados por MHCCR, registados no Livermetsurvey, entre 4/
1996 e 2 2014 (N=924).Foram analisadas variáveis dos
doentes, do tumor primário, das MHCCR e da cirurgia.
Foi realizada a análise uni e multivariada das variáveis
definidas Resultados: Foram consideradas significativas em análise univariada: cea inicial <200, metástases unilaterais, menos de 5 metástases, metástases
inicialmente ressecáveis, ressecção hepática curativa
e globalmente curativa (p<0.001). Em análise multivariada foram significativos: o género(p=0.44), ressecção
hepática curativa(p=0.003) e a resposta a quimioterpia
pré-operatória (p=0.003). Discussão: A cirurgia de ressecção das metástases hepáticas, englobada numa
estratégia multidisciplinar, permite obter sobrevidas
a longo prazo. O conhecimento dos factores de prognóstico permitem, no futuro uma melhor selecção dos
doentes a tratar
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
R.Mega; T. Almeida; S. Rodrigues; V.Ribeiro; J. Lamelas; H. Pinto Marques; A. Martins; E. Barroso
Raquel Mega
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C008)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Será a ressecção hepática em colangiocarcinomas
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C007)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Sobrevivência e factores de prognóstico em 924
doentes submetidos a ressecção hepática por
MHCCR
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Cerca de 50% doentes com
carcinoma colo-rectal desenvolvem metástases hepáticas ao longo da sua vida. A possibilidade de uma
sobrevida longa (de cura?) para estes doentes reside
numa estratégia onco-cirúrgica em que a ressecção
hepática é fulcral. Os autores pretendem analisar a sua
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
volumosos ou multifocais justificada? – Resultados
de um estudo multicêntrico
Objectivo/Introduçâo: O papel da cirurgia em doentes
com colangiocarcinoma intrahepático (CCI) volumoso
ou multifocal permanece pouco claro. Este estudo pretende avaliar os resultados a longo prazo de doentes
submetidos a ressecção de CCI volumosos (7cm) ou
mulifocais. Material e Métodos: Foram selecionados
557 doentes submetidos a cirurgia hepática por CCI
entre 1990 e 2013, através de consulta de uma base
de dados multi-institucional. Foram analisadas variáveis clinicopatológicas e sobrevida global. Resultados:
Dos 557 doentes, 215 tinham um nódulo único e de
dimensões reduzidas de CCI (grupo A) e 342 tinham
CCI volumoso ou multifocal (grupo B). Os doentes do
grupo B apresentaram mais frequentemente invasão
vascular (22, 5 vs.38, 5%), invasão directa de órgãos
adjacentes (6, 5 vs.12, 9%) e metástases ganglionares
(13, 3 vs.21, 0%) (p Discussão: A ressecção hepática pode ser feita de forma segura em doentes com
CCI volumosos ou multifocais. Os resultados a longo
prazo para estes doentes podem ser estratificados de
forma segura com base em scores de prognóstico que
incluam o número de nódulos, a existência de metástases ganglionares e o grau de diferenciação histológico
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
S. Rodrigues, J. Lamelas, H. P. Marques, G. Spolverato, Y. Kim, S. Alexandrescu, I. Popescu, L. Aldrighetti,
T. Gamblin, J. Miura, S. Maithel, M. Squires, C. Puli-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
29
tano, C. Sandroussi, G. Mentha, ?T. Bauer, T. Newhook,
F.Shen, G.Poultsides, J.Marsh, T.M.Pawlik, E.Barroso
CONTACTO: Susana Cristina Cardoso Rodrigues
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C009)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Ressecções pancreáticas por Neoplasia Mucinosa
Papilar Intraductal – Experiência de uma década.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A ressecção pancreática por
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tumores quisticos tem vindo a aumentar nos últimos
anos, principalmente devido à Neoplasia Mucinosa
Papilar Intraductal (IPMN) que são lesões de amplo
espectro displásico. Material e Métodos: Foi analisada
a nossa série de doentes submetidos a cirurgia pancreática nos últimos 10 anos, relativamente às variáveis clinico-patológicas relevantes para o prognóstico.
Foi utilizado o SPSS 20 para tratamento estatístico dos
dados. Resultados: Entre Junho de 2004 e Junho de
2014 foram operados 59 doentes com o diagnóstico de
IPMN. Destes, 26 (44%) tinham componente invasivo e
38 (64%) localizavam-se na cabeça do pâncreas; 54%
das cirurgias realizadas (n=32) foram Duodenopancreatectomias cefálicas. A Sobrevivência Global (SG) foi
de 58, 9% e 53% aos 3 e 5 anos; no subgrupo dos
doentes com IPMN Invasivo a SG decresce para os
43% e 32% aos 3 e 5 anos, respectivamente. Em análise univariável, tiveram influência na SG: a presença
de doença invasiva (HR 2, 81; 95% IC 1, 07-7, 4), o
sexo masculino (HR 4.49; 95% IC 1.3-15.4), idade (HR
1, 08; 95% IC 1.02-1.15) e ressecção vascular (HR 3,
27; 95% IC 1, 17-9, 15). O subtipo do adenocarcinoma
não se revelou estatisticamente significativo nem para
a SG nem para a Sobrevida Livre de Doença. Discussão: O prognóstico dos IPMN é melhor que o do adenocarcinoma do pâncreas. A idade mais avançada, sexo
masculino, presença de doença invasiva e a necessidade de ressecção vascular podem influenciar a sobrevida a longo prazo.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sofia Costa Corado, Edite FIlipe, Emanuel Vigia, Ana
Marta Nobre, Luis Bicho, Jorge Paulino Pereira, Eduardo Barroso
Sofia Costa Corado
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
vel identificaram-se as variáveis elegíveis para elaborar
por regressão logística modelos explicativos da ocorrência de CB. Resultados: Estudaram-se 506 doentes
consecutivos submetidos a um primeiro TH (G1=363;
G2=143). A incidência global de CB foi 24, 7% (IC95%
21, 1-28, 6): 27, 0% no G1 e 18, 9% no G2 (p=0, 057).
As incidências de estenose e de fístula biliar foram tendencialmente mais elevadas em G1 do que em G2: 19,
6% (15, 7-23, 8) vs. 15, 4% (10, 1-22, 0) (p=0, 275) e
6, 6% (4, 4-9, 5) vs. 2, 8% (0, 9-6, 6) (p= 0, 091). Não
se encontraram diferenças estatisticamente significativas nas taxas de colangiopancreatografia retrógrada
endoscópica, reoperação e retransplante. Verificaram-se 2 óbitos no G1. Não se encontrou associação entre
a ocorrência de CB e os diâmetros das vias biliares ou o
tempo de isquémia fria. O modelo explicativo ajustado à
idade do receptor e do dador e ao diagnóstico de base
identifica o uso do tubo de Kehr como aumentando a
possibilidade da ocorrência de CB (OR 1, 64; IC95%
1, 01-2, 66; p=0, 047). Discussão: Encontrou-se evidência de que a utilização de tubo de Kehr no TH pode
aumentar a possibilidade de ocorrência de CB.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Carmelino J ; Rodrigues S; Pinto Marques H; Martins A;
Virella D; Alves M; Barroso E
Janine Andreia Rebelo Carmelino
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C011)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Litíase Biliar Intra-hepática
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A litíase biliar intra-hepática
ocorre frequentemente em países asiáticos, porém
é uma entidade rara no mundo ocidental. Na maioria dos casos, a dor abdominal e a colangite surgem
como clínica de apresentação, sendo a cirrose biliar e o
colangiocarcinoma complicações tardias. A ressecção
hepática assume-se actualmente como o tratamento
definitivo. Este estudo teve como objectivo a análise da
casuística do Serviço, bem como descrição das características clínicas e avaliação do tratamento cirúrgico
da litíase biliar intrahepática. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes com litíase biliar intra-hepática no período compreendido entre 1 de Janeiro
de 2001 e 31 de Dezembro de 2013. Resultados: 33
doentes foram diagnosticados com litíase biliar intra-hepática, sendo que a distribuição por género foi de
14 homens e 19 mulheres. A média de idades foi de
52, 8 anos. 94% dos casos foram diagnosticados em
contexto sintomático, correspondendo os restante a
achados incidentais. Verificou-se uma predominância
da litíase no lobo esquerdo (70%) sendo bilateral em
12% dos casos. Uma ressecção hepática foi realizada
em 67% dos doentes, com baixa incidência de complicações. Discussão: A litíase biliar intra-hepática é
uma patologia rara. Na maioria dos casos afecta apenas um lobo hepático, sendo a hepatectomia parcial um
método de tratamento eficaz e definitivo.
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C010)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Anastomose biliar no transplante: com ou sem tubo
de Kehr?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As complicações biliares (CB)
ocorrem em 10-30% dos transplantes hepáticos (TH).
O objectivo deste trabalho é verificar se a utilização
do tubo de Kehr afecta a incidência de CB. Material
e Métodos: Análise de coortes históricas de doentes
submetidos a TH entre 1/1/2008 e 31/12/2012 (5 anos).
Consideraram-se 2 grupos: G1, em que o tubo de Kehr
foi utilizado e G2 em que não foi. Na análise univariá-
HOSPITAL: Hospital de Braga
CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Revista Portuguesa de Cirurgia
30
AUTORES: Cláudio Branco; Fernanda Nogueira; Sónia Vilaça; Joa-
quim Falcão
CONTACTO: Cláudio Branco
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C012)
SESSÃO CO-HBP 1
TÍTULO: Neoplasias Papilares Mucinosas Intraductais do
Pâncreas: Uma Experiência Crescente
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasias mucinosas papi-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 2
lares intraductais (IPMNs) são doenças do epitélio pancreático ductal, que correspondem a cerca de 7% das
neoplasias pancreáticas. Podem variar em relação com
a localização e o grau de malignidade. Este trabalho
tem como objectivo a revisão dos doentes com diagnóstico de IPMNs, submetidos a cirurgia entre 2006
e 2014. Material e Métodos: Análise prospectiva dos
doentes com IPMNs submetidos a cirurgia entre 2006 e
2014. Resultados: Foram operados 15 doentes (77%
do sexo feminino, com idade média de 61, 5 anos).
As lesões constituíram achado incidental em 40% dos
casos, em 26% a apresentação clínica foi de pancreatite aguda. As lesões localizavam-se na cabeça (8), no
corpo (3), na cauda (3) e em todo o órgão (1). O tamanho médio das lesões foi de 40, 2 mm. O procedimento
mais vezes realizado foi a duodenopancreatectomia
cefálica (7 doentes). A morbilidade obtida nesta série
foi de 26, 6%, não se registando necessidade de re-intervenção. Não houve mortalidade associada ao procedimento. Discussão: As IPMNs são neoplasias raras
cujo reconhecimento tem vindo a aumentar. O espectro
de malignidade é variável, desde lesões benignas a
malignas. A criação de bases de dados e o seguimento
destes doentes poderão contribuir para uma abordagem mais personalizada desta patologia.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Pedro Nuno Brandão, Vilma Martins, Vítor Costa
Simões, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares,
Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide
Pedro Nuno Brandão
[email protected]
05-03-2015
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mento T e N na neoplasia do cólon sigmoide. Material e
Métodos: Material e métodos: Estudo retrospectivo de
87 doentes com neoplasia do cólon sigmoide, (código
ICD-9:1533) num período de 3 anos (2011-2013). Idade
média de 70 anos, 54% homens. Determinação de
neutrófilos e linfócitos no hemograma prévio à cirurgia. Registo do estadiamento T e N (AJCC) da peça de
resseção cirúrgica. Avaliação estatística com Kruskal-Wallis e ANOVA. Resultados: Resultados: A maioria,
52%, estadiamento T3, e 59% com estadiamento N0.
Constatou-se elevação de relação N/L de T1 para T4,
em valor absoluto e percentual com significado estatístico (p <0, 05). Não se encontrou relação do rácio N/L e
estadiamento N. Discussão: Discussão: A relação N/L
traduz processo inflamatório e estado imune. A elevação do rácio N/L indica processo inflamatório, com elevação de neutrófilos e compromisso da resposta imune,
com redução de linfócitos, que se poderá relacionar
com o estadiamento T e N. Conclusão: 1- O rácio N/L
relacionou-se com o estadiamento T. 2- O rácio N/L não
se relacionou com o estadiamento N.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Colo-Proctologia
Nuno Carvalho (1, 2), Gisela Marcelino (3), Lucasz
Zubala (4), Soraia Martins (5), Andreia Nunes(5), Margarida Ferreira (1), Diogo Albergaria (1, 2), Filipa Eiró
(1), Gabriela Machado (1), J Corte-Real(1)
nuno carvalho
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C62)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: A Rácio Neutrófilos/Eosinófilos é preditor da neces-
sidade de cirurgia na diverticulite aguda do cólon
sigmoide
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A diverticulite aguda (DA) é
uma entidade complexa, com amplo espectro de manifestações, desde formas ligeiras, tratadas em ambulatório, até quadros de choque séptico, com elevadas
taxas de mortalidade. Objectivo: Avaliar a relação entre
o Rácio Neutrófilos / Eosinófilos (N/E) com a classificação de Hinchey e a necessidade de cirurgia na DA
do cólon sigmoide. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 3 anos (2008-2010), 174 doentes internados por DA, confirmada por tomografia computorizada.
Determinação de N e E na admissão. Avaliação com
classificação de Hinchey modificada e necessidade
de cirurgia. Estatística com Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Resultados: 161 doentes com Hinchey < III, 17
submetidos a cirurgia. Elevação de N e redução de E do
estadio 0 para o estadio IV ( p<0, 05). Elevação do rácio
N/E do estadio O para o estadio IV (p<0, 05). O rácio
N/E discriminou a necessidade de cirurgia com uma
área abaixo da curva de 0, 86. Para rácio N/E > 244,
o risco relativo de cirurgia foi de 32. Discussão: Os
N são marcadores de inflamação/infecção, níveis mais
elevados surgem em situações de maior gravidade. A
contagem de E reduz-se com a gravidade do quadro
séptico. Assim, o Rácio N/E é previsível que aumente
com a classificação de Hinchey e necessidade cirurgia.
Conclusão: 1- O Rácio N/E relacionou-se positivamente
com a classificação de Hinchey 2- O Rácio N/E superior
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C61)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: A Rácio Neutrófilos / Linfócitos pode prever o esta-
diamento TN na neoplasia da sigmoide?
Introdução: As neoplasias
associam-se a um processo inflamatório sistémico,
que pode alterar a contagem de neutrófilos do sangue
periférico. O compromisso da imuno-vigilância, em
parte dependente dos linfócitos pode contribuir para
a ocorrência de neoplasia. Objetivo: Avaliar se o rácio
Neutrófilos / Linfócitos (N/L) se relaciona com o estadia-
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
31
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A quimiorradioterapia neoad-
a 244 é marcador de necessidade de cirurgia
HOSPITAL: Hospital Garcia de Orta, EPE
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Nuno Carvalho (1, 2) Gisela Marcelino (3), Gabriel Oli-
veira (1), Celso Marialva (1), Rafaela Campanha (1),
Diogo Albergaria (1, 2), Margarida Ferreira (1), Filipa
Eiró (1), Gabriela Machado (1), Rui Lebre (1), J Corte-Real (1)
CONTACTO: nuno carvalho
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C63)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: A utilização de próteses metálicas autoexpansíveis
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
(PMAE) na oclusão intestinal por carcinoma coloretal (CCR)
Objectivo/Introduçâo: 10 a 30% dos doentes com
CCR apresentam-se na urgência em oclusão intestinal.
A utilização de PMAE contribui para a evicção de um
estoma, possibilitando uma preparação adequada do
doente, diferindo-o para uma cirurgia eletiva. Pretende-se comparar os resultados a longo prazo da utilização
de PMAE na oclusão intestinal por CCR. Material e
Métodos: Estudo observacional, analítico, longitudinal
de coortes com colheita retrospetiva de dados. Análise
da morbilidade, recidiva, sobrevida livre de doença
(SLD) e sobrevida global (SG) dos doentes tratados
com intuito curativo por oclusão intestinal por CCR
entre 2006 e 2012. Resultados: 79 doentes foram tratados com PMAE como ponte para cirurgia (grupo 1)
e 47 foram submetidos a intervenção cirúrgica urgente
(grupo 2). O sexo, idade (70, 9 +-11, 4 anos) e estadio
TNM foi semelhante. Follow-up 43, 2 +- 3, 6 meses.
Sem diferenças estatisticamente significativa na morbilidade (p=0, 23) e realização de QT adjuvante (p=0, 53).
A recidiva, apesar de não ter significância estatística, foi
superior no grupo 2 (34, 5% vs 42, 5%, p=0, 492). A SLD
(22, 2 vs 19, 7 meses, p=0, 652) e a SG (43, 2 vs 31, 9
meses, p=0, 096) foram superiores no grupo 1 apesar
de não terem significância estatística. A necessidade de
um estoma definitivo foi estatisticamente superior (p<0,
001) no grupo 2. Discussão: As PMAE no tratamento
do CCR em oclusão intestinal parecem resultar numa
menor recidiva, maior SG e SLD. Porém, a grande diferença está na menor necessidade de estoma definitivo,
com impacto na qualidade de vida.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Colo-Proctologia
M Sousa(1), L Lourenço(2), A Gomes(1), R Rocha(1), R
Marinho(1), M Fragoso(1), D Horta(2), N Pignatelli(1), J
Reis(2), V Nunes(1)
Marta David Sousa
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
juvante (QT/RT) na neoplasia do recto permite melhor
controlo local da doença e pode oferecer uma resposta
tumoral completa. Avaliar a resposta tumoral após QT/
RT na neoplasia do recto avançada e correlacionar
o tipo de resposta com a sobrevivência e a recorrência. Material e Métodos: Foram submetidos a QT/
RT e ressecção do recto 95 doentes com neoplasia
avançada do recto entre 2001 e 2011. Comparou-se
as sobrevidas global e livre de doença aos 5 anos e
a recorrência entre os doentes com resposta tumoral
completa (ToNo), intermédia (T1-2 N0) ou pobre (T3-4
ou N ) Resultados: Os doentes foram classificados de
acordo com a resposta tumoral: completa (n=15; 15,
8%), intermédia (n=39; 41, 1%) e pobre (n=41; 43, 2%).
O grau de regressão tumoral (completo vs intermédio
vs pobre) associou-se a sobrevida global (SG) e livre de
doença (SLD) aos 5 anos significativamente superior
no grupo da resposta completa ( SG: 92, 9% vs 94, 7%
vs 51, 7%; SLD: 93, 3% vs 87, 1% vs 33, 1%). O grau
de regressão tumoral influenciou o risco de recorrência sistémica. Os factores com impacto na sobrevida
livre de doença foram: o grau de regressão (factor de
maior impacto), a invasão perivascular e perineural e
o grau de diferenciação do tumor Discussão: A resposta tumoral à QT/RT na neoplasia avançada do recto
submetida a ressecção é um indicador precoce e consistente de prognóstico, revelando-se um instrumento
importante na orientação terapêutica actual e futura
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Fernando Melo; António Bernardes; Catarina Melo;
João Pimentel; Fernando J. Oliveira
Fernando Jorge Ferreira Melo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C65)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: Acuidade diagnóstica do Score de Alvarado no
diagnóstico de apendicite aguda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Apendicite Aguda (AA) é
uma causa comum de cirurgia abdominal urgente. O
diagnóstico é essencialmente clínico, no entanto, para
evitar apendicectomias não terapêuticas, várias metodologias têm sido desenvolvidas, como é exemplo, o
Score de Alvarado (SA). Este score, ao avaliar três
sintomas, três sinais e dois achados laboratoriais, pretende estratificar os doentes com quadro clínico suspeito de AA. Objetivo: Validar o SA no diagnóstico de
AA na população de um hospital distrital. Material e
Métodos: Estudo retrospetivo de validação do SA para
AA, tendo como gold standard o exame histológico.
Foram avaliados, entre janeiro de 2009 e dezembro de
2013, os processos clínicos dos doentes admitidos por
quadro suspeito de AA e submetidos a apendicectomia.
Resultados: Cumprem os critérios 449 doentes, sendo
51, 4% do género feminino e 48, 6% masculino. Analisaram-se os diferentes pontos de corte no diagnóstico
de AA, bem como a determinação do valor que confere
maior acuidade para o diagnóstico. Discussão: Nos
hospitais distritais a disponibilidade de meios complementares de diagnóstico pode ser limitada e, portanto,
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C64)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: Resposta
tumoral ao tratamento neoadjuvante
como factor de prognóstico em doentes com neoplasia avançada do recto.
Revista Portuguesa de Cirurgia
32
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
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a validação de scores clínico-laboratoriais como o de
Alvarado é imprescindível. Trata-se de uma escala simples e rápida e que pode ter alto valor na triagem de
doentes com suspeita diagnóstica de AA.
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Colo-Proctologia
Manuela Romano, Vanessa Bettencourt, Ana Vieira,
Pedro Silva Vaz, António Gouveia
Manuela Romano
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C66)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: Ileostomia fantasma
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As deiscências das anastomo-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ses colorrectais constituem um grande desafio para
o cirurgião, sendo responsáveis por um aumento da
morbilidade e mortalidade pós-operatória.O tratamento
depende da gravidade associada, podendo ser conservador, minimamente invasivo ou re-intervenção cirúrgica
de urgência. Existe controvérsia quanto à realização ou
não do estoma de proteção da anastomose, sendo mais
consensual o seu uso perante a constatação de deiscência no intra ou pós-operatório. O estoma acarreta
morbilidade e mortalidade associadas à sua presença
e encerramento. Material e Métodos: Pretende-se
descrever a nossa experiência com o uso da ileostomia
fantasma na resseção anterior do reto baixa ou com
risco aumentado de deiscência. Foram incluídos todos
os doentes submetidos a ressecção anterior do reto
por neoplasia do reto de Novembro 2012 a Setembro
2014.A amostra foi agrupada em doentes com ileostomia fantasma e com ileostomia ad inicium.Pretende-se
comparar as complicações decorrentes em ambos os
grupos no pós-operatório, a morbilidade e mortalidade
associadas, o tempo de internamento e as complicações
detectadas no seguimento dos dois grupos. Discussão:
Na maioria dos doentes com ileostomia fantasma não
foi necessária a maturação da ileostomia.Quando detectada deiscência da anastomose colorrectal, a maturação
foi fácil, rápida e com morbilidade reduzida.Este procedimento pode ser considerado uma alternativa eficaz e
válida que pode evitar, na maioria dos casos, um estoma
temporário em casos seleccionados.
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Colo-Proctologia
Sofia Jardim Neves, Miguel Semião, Tobias Teles, Rui
Cunha, Manuela Gomes, João Casteleiro
Sofia Jardim Neves
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
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e perda de qualidade de vida para o doente. Na tentativa de diminuir os riscos dessas cirurgias surgiram as
ressecções locais por abordagem transanal em casos
previamente seleccionados. Material e Métodos: Este
trabalho avalia os resultados da cirurgia TEO utilizada
em 41 doentes operados no período compreendido
entre Fevereiro de 2008 e Setembro de 2013. Resultados: Foram operados 41 doente, sendo 22 do sexo
masculino (53.6%). A idade média foi de 61.8. A distância mínima da lesão à margem anal foi de 3cm e
máxima de 10cm. O tamanho da lesão variou entre
0.5cm e 9.8cm. Nenhum doente fez neoadjuvância. O
defeito foi encerrado em 75.6% dos doentes. Houve
complicações em 9 doentes (22%), 2 casos de deiscência da sutura, 6 de hemorragia e 1 caso de estenose. O
diagnóstico histológico mais frequente foi o de adenocarcinoma (78%), seguido de adenoma (14.6%), tumor
neuroendócrino (4.9%) e sem tumor residual (2.4%).
Em relação ao estadiamento T da classificação TNM
o mais frequente foi T1 (85.4%), T2 (9.8%), T3 (2.4%)
e sem tumor residual (2.4%). Houve 3 casos de recidiva local (7.3%). Discussão: Em doentes com tumor
do reto em estadio inicial a ressecção local por TEO
é uma técnica eficaz e com baixa taxa de morbilidade
associada. Sendo uma alternativa de escolha evitando
cirurgias major.
Hospital de Santarém, EPE
Colo-Proctologia
Joana Miranda, Carlos Véo, Edgar Aleman, Marcos
Denadai, Maximiliano Cadamuro Neto, Luís Romagnolo, Armando Melani
Joana Santos Miranda
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C68)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: Avaliação de eventos durante o 1º ano de follow-up
de carcinoma do cólon nos estadios 0, I e II.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença regional é o principal
determinante do prognóstico do cancro do cólon. No
carcinoma do cólon sem envolvimento ganglionar (estadios 0, I e II) a sobrevivência aos 5 anos ronda os 90%.
As recomendações atuais para a vigilância no 1º ano,
nestes doentes, são de avaliações trimestrais/semestrais. O objetivo deste trabalho é avaliar o número de
eventos e a taxa de recidiva no 1º ano pós-operatório
do carcinoma do cólon em estadios 0, I, e II e determinar de que forma estes resultados poderão contribuir para otimizar o plano de follow-up durante este
período. Material e Métodos: Estudo observacional e
retrospectivo dos doentes com carcinoma do cólon em
estadios 0, I e II, intervencionados durante o ano de
2013. Foram considerados eventos os sintomas, sinais
e elevações do CEA. Os dados foram colhidos pelo
processo eletrónico e o seu tratamento foi realizado
através do programa SPSS, V20. Resultados: Foram
encontrados 149 doentes dos quais 131 considerados
elegíveis. 56, 5% dos doentes pertenciam ao sexo
masculino e a média de idades foi de 67 anos. Foram
diagnosticados 72 casos em estadio II, 58 em estadio I
e 1 com carcinoma in situ. A taxa de complicações pós-operatórias foi de 35, 1%. Foram detetadas 4 recidivas
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C67)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: TEO – “Transanal Endoscopic Operation” no Tra-
tamento de Tumores do Reto: Estudo Retrospetivo
em 41 Doentes
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Durante muito tempo os tumores do reto necessitavam de uma abordagem agressiva
para o seu tratamento, com alto risco de morbilidade
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
33
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
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EMAIL:
(3%), duas sob a forma de metastização hepática, uma
caso de carcinomatose peritoneal e uma recidiva local.
Discussão: A taxa de recidiva do carcinoma do cólon
em estádios precoces é baixa, como corroborado nesta
amostra, sendo provável que a vigilância trimestral no
1º ano possa não ser vantajosa.
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE
Colo-Proctologia
AI Ferreira, C Costa Pereira, D Machado, JC Pereira, A
Mesquita, P Reis, J Guimarães, JF Videira, J Abreu de
Sousa
Ana Isabel Gomes Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C69)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: Adenocarcinoma do cólon: factores de prognóstico
para metastização e tempo livre de doença.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar da diminuição progres-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
siva da incidência, a neoplasia colo-rectal mantém-se
como uma das principais causas de morte por cancro.
O objectivo deste trabalho foi avaliar factores de risco
para metastização e para o tempo livre de doença em
doentes com neoplasia do cólon. Material e Métodos:
Foram analisados todos os casos com diagnóstico de
adenocarcinoma do cólon, estadiamento pré e intra-operatório e estudo anátomo-patológico sem localizações
secundárias, submetidos a cirurgia electiva curativa num
período de 5 anos e com follow-up de 5 anos. Foram
registadas múltiplas variáveis e identificada a ocorrência
de metastização e o tempo livre de doença, sendo os
dados submetidos a estudo estatístico (SPSS, versão
22). Resultados: Foram incluídos 251 doentes, sendo
que a análise estatística univariável revelou que pT e pN
(classificação TNM, AJCC, 7ª edição), a existência de
invasão perineural, a presença de produção de muco e
as classificações de Dukes, MAC e TNM, apresentavam
significância estatística (p < 0, 05) quer para a ocorrência
de recidiva quer para o tempo livre de doença. A análise
multivariável permitiu definir a classificação TNM, a invasão perineural e a existência de envolvimento ganglionar
como os mais fortes factores preditivos. Discussão: Os
critérios de inclusão culminaram num grupo de estudo
homogéneo, permitindo a identificação de vários factores de risco, os quais deverão ser tidos em conta pois
parecem influenciar o prognóstico destes doentes.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Oliveira, P.; Ventura, L.; Baptista, H.; Oliveira, F.
Pedro Filipe Craveiro Coutinho Oliveira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cipalmente se a jusante do ângulo esplénico. A cirurgia descompressiva, com ou sem exérese do tumor,
é o tratamento standard. Uma abordagem inicial cada
vez mais utilizada tem sido a colocação de prótese. O
presente trabalho compara, em termos de eficácia e
outcomes, a utilização de próteses do cólon em detrimento da cirurgia urgente. Material e Métodos: Foi
realizado um estudo retrospetivo (entre 2009-13) que
incluiu 43 doentes em oclusão intestinal por carcinoma
do cólon esquerdo ou reto. A amostra foi dividida em
dois grupos: doentes submetidos a cirurgia emergente
ou submetidos a colocação de prótese cólica. Foram
avaliadas as seguintes variáveis (SPSS versão 20): a)
tipo de cirurgia, b) complicações, c) tempo de internamento, d) sobrevida livre de doença e e) sobrevida global. Resultados: A amostra divide-se em 12 doentes
a quem foi colocada prótese cólica (28%) e 31 submetidos a cirurgia de urgência (72%). A localização mais
frequente foi o sigmóide (77%) e acirurgia a Operação
de Hartmann (56%). Do número total de Operações de
Hartmann 4% foi em cirurgia eletiva após colocação de
prótese. A morbimortalidade associada foi mais elevada
no grupo da cirurgia de urgência. Discussão: Dada a
alta morbimortalidade associada à cirurgia e a grande
probabilidade de confeção de um estoma, deve-se considerar a prótese cólica como uma alternativa segura à
cirurgia.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Colo-Proctologia
Ana Cristina Rodrigues, Luísa Calais Pereira, Diana
Gomes, Telma Brito, Mário Rui Gonçalves, Sara Domingues, Luís Lopes, Paulo Passos, Fernando Barbosa
Ana Cristina Fernandes Rodrigues
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C71)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: Re-estadiamento pós radioquimioterapia neoadju-
vante no tumor do reto. Qual a fiabilidade da RMN?
Estudo retrospectivo.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na maioria dos centros internacionais é hoje relativamente consensual a realização de
radioquimioterapia neoadjuvante nos tumores do recto
localmente avançados. O que ainda se encontra em
debate é a atual capacidade de prever a resposta biológica tumoral com os exames de imagem de que dispomos, nomeadamente a RMN de alta definição/ difusão
(RMN/DW), e a eventual alteração da estratégia terapêutica. Material e Métodos: Os autores apresentam
a experiência de uma Unidade Colorectal no que diz
respeito à capacidade da RMN de re-estadiamento de
prever a resposta biológica tumoral em doentes com
neoplasia do recto localmente avançada submetidos
a radioquimioterapia neoadjuvante e posteriormente a
cirurgia. Apresentam um estudo retrospectivo e observacional de 62 doentes realizando a análise comparativa dos estadiamento imagiológico pré-operatório
e do resultado histopatológico final da peça cirúrgica.
Discussão: Considerando as limitações da ecografia
endorectal na detecção da margem circunferencial de
ressecção e na distinção fibrose versus tumor, tendo
a tomografia computorizada o seu principal papel na
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C70)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: Próteses do cólon como ponte para cirurgia: sim ou
não?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A oclusão intestinal é uma das
formas de apresentação do carcinoma coloretal, prin-
Revista Portuguesa de Cirurgia
34
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
detecção de doença à distância e não estando ainda
esclarecido o papel da PET neste contexto, a RMN de
alta definiçao/ DW é a melhor ferramenta de re-estadiamento de que actualmente dispomos.
Hospital Beatriz Ângelo
Colo-Proctologia
Ourô S, Ferreira A, Gargaté, L, Oliveira, H, Maio R
Susana Ourô
[email protected]
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma ductal invasor
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C72)
SESSÃO CO-CR 1
TÍTULO: O papel da prótese endoluminal autoexpansível na
abordagem do CCR oclusivo
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma colorretal (CCR)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 4
manifesta-se sob a forma de oclusão intestinal aguda
em até 25% dos doentes. Nestes casos as opções
terapêuticas incluem o tratamento cirúrgico, realização de estoma descompressivo ou colocação de prótese endoluminal autoexpansível (PEAE). Os autores
propõem-se a rever o papel desta última abordagem do
quadro de CCR oclusivo. Material e Métodos: Revisão
da casuística de colocação de próteses endoluminais
na abordagem do CCR oclusivo e avaliação de resultados, a partir da consulta de processos clínicos, com
tratamento estatístico de dados (SPSS v22) e revisão
da literatura. Resultados: De Janeiro de 2011 a Outubro de 2014 foram colocadas 18 PEAE para abordagem do CCR em doentes com quadro oclusivo, das
quais 6 colocadas com intuito paliativo, 3 para tratamento de estenose anastomótica e 11 como ponte para
cirurgia eletiva. Neste grupo, verificou-se morbilidade
associada à colocação da PEAE, em três doentes. Os
restantes 8 foram submetidos a tratamento cirúrgico
eletivo, sem menção a morbi-mortalidade, tendo sido
efetuada abordagem laparoscópica em 4 doentes. Discussão: A colocação de PEAE por via endoscópica
pode constituir uma alternativa à abordagem terapêutica urgente num quadro de CCR oclusivo, conforme
se conclui da nossa experiência institucional. Contudo,
as séries publicadas apresentam resultados por vezes
contraditórios, daí a necessidade de mais estudos que
clarifiquem a utilidade e validade deste procedimento.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Colo-Proctologia
Brásio, R; Malaquias, R; Barbeiro, S; Gil, I; Rama, N;
Alves, P; Garcia, R; Matos, O; Faria, V
Rita Maria Duarte Brásio
[email protected]
05-03-2015
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
(CDI) da mama raramente metastiza para a glândula
supra-renal, sendo ainda mais raro as metástases
isoladas e metacronas. Estudos acerca de neoplasias malignas com metastização isolada na glândula
supra-renal sugerem que a adrenalectomia pode levar
a um benefício na sobrevida. Relativamente à radicalidade cirúrgica, recidiva local, intervalo livre de doença
e sobrevida a abordagem laparoscópica e a laparotómica são equivalentes. No entanto, a adrenalectomia
laparoscópica apresenta todos os benefícios das técnicas minimamente invasivas. Os autores apresentam
o vídeo de uma adrenalectomia direita laparoscópica
por metástase de CDI da mama. Mulher de 58 anos
com antecedentes de CDI da mama direita submetida
a mastectomia simples e pesquisa de gânglio sentinela
em 2010, classificada no EstadioIIA. Realizou tratamento adjuvante com quimioterapia e hormonoterapia.
No segundo ano de follow-up, por elevação do CA15-3
foi efetuado estudo complementar que demonstrou
uma massa na glândula supra-renal esquerda cuja
biópsia revelou metástase de CDI da mama. Foi submetida a adrenalectomia esquerda laparoscópica que
decorreu sem intercorrências. Em 2013, por nova elevação do CA15-3 foi diagnosticada uma metástase isolada na glândula supra-renal contra-lateral. A doente foi
submetida a adrenalectomia direita laparoscópica, que
decorreu sem intercorrências no período peri e pós-operatório.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Cirurgia Endócrina
Liberal, M.; Leite, M.; Santos, M.; Barbosa, L.; Soares,
C.; Pereira, B.; Maciel, J.
Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V36)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Estabilização cirúrgica da parede torácica em
Trauma
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O traumatismo torácico com
retalho costal móvel associa-se a morbilidade significativa. As medidas terapêuticas iniciais visam o tratamento das complicações pleuro-pulmonares subjacentes, por vezes com ventilação mecânica. Em retalhos
com grande instabilidade, o tempo de ventilação poderá
ser prolongado, aumentando de forma significativa
os riscos inerentes a esta técnica. A estabilização da
parede por osteossíntese das costelas, defendida por
alguns autores, tem-se mostrado eficaz na redução do
tempo de ventilação, bem como numa recuperação
funcional mais rápida, reduzindo assim a morbilidade.
Material e Métodos: Os Autores apresentam um caso
clinico de um doente de 65 anos de idade, vitima de
acidente de viação com traumatismo do torso e retalho
costal móvel antero-lateral direito. Após tentativa inicial
de tratamento conservador, foi necessária uma laparotomia por instabilidade hemodinâmica com lesão esplénica e hepática. Após recuperação do trauma abdominal, o doente permanecia ventilado por intolerância às
tentativas de desmame considerando-se a realização
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V35)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Abordagem Laparoscópica de Metástase Meta-
crona de Carcinoma da Mama em Glândula Supra-Renal Direita
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
35
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
de fixação das costelas. Resultados: Apresenta-se um
vídeo ilustrativo da fixação das costelas com material
de osteosíntese. São evidentes, durante o filme, os
focos de fractura e a instabilidade mecânica provocada
pelas fracturas. Discussão: Apesar de pouco utilizada,
a fixação de fracturas costais em contexto de retalhos
costais instáveis, reduz o tempo de ventilação assistida
e melhora a recuperação funcional dos doentes.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Trauma
Júlio Constantino, Jorge Pereira, António Lemos, Luis
Pinheiro
Jorge Almeida Pereira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V37)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Tiroidectomia transaxilar – Emergência de uma
nova era
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na Europa são escassos os
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
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exemplos de abordagens minimamente invasivas à
tiroide. O MIVAT não evita a cervicotomia e as abordagens transaxilares robóticas difundidas por grupos
italianos usam incisões generosas e uma tecnologia
cara e difícil de adaptar. No extremo Oriente há equipas que têm desenvolvido uma ampla experiência de
tiroidectomia transaxilar com uso de simples instrumentos de laparoscopia, hoje com milhares de casos
tratados. O autor fez formação com o cirurgião com a
maior experiência mundial na técnica, o Professor Tran
Ngoc Luong de Hanoi. O objectivo deste vídeo é o de
descrever a técnica no nosso meio. Material e Métodos: O caso apresentado é o de uma doente sujeita a
lobectomia tiroideia por via transaxial. A abordagem usa
3 portas: uma de 10 mm e duas de 5 mm. A cirurgia é
feita com recurso a insuflação com CO2 e a dissecção
é feita com bisturi eléctrico e harmónico. Resultados:
O pós operatório decorreu de forma normal, sem complicações. O resultado estético é perfeito. Discussão:
As abordagens minimamente invasivas para a tiroide
têm tido dificuldade em estabelecer-se porque provavelmente os grupos que se dedicam a esta cirurgia não
são grupos experientes em laparoscopia. Tal como este
vídeo demonstra, esta cirurgia pode ser feita com segurança por esta via de abordagem com recursos existentes em praticamente todos os Hospitais. Os resultados
estéticos são fantásticos.
Hospital da Arrábida
Cirurgia Endócrina
Jaime Vilaça, Humberto Rebelo, Humberto Cristino
Jaime Vilaça
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ambulatório tem crescido substancialmente. Material e Métodos: Vídeo elucidativo de caso clínico.
Resultados: Homem com hérnia inguinal bilateral,
sem co-morbilidades ou antecedentes cirúrgicos, foi
submetido a correcção de hérnia inguinal bilateral por
via laparoscópica – TEP com prótese auto-adesiva.
O procedimento e o pós-operatório decorreram sem
intercorrências, tendo o paciente alta no mesmo dia da
intervenção cirúrgica. O paciente encontra-se actualmente assintomático e sem evidência de recorrência.
Discussão: A hernioplastia inguinal laparoscópica
por TEP é um procedimento que, embora exija uma
curva de aprendizagem prolongada, se executada por
cirurgiões experientes, não acarreta tempo operatório
significativamente superior à via aberta, apresentando
claras vantagens para o doente que apresenta um pós-operatório menos doloroso, podendo regressar à sua
rotina diária e laboral de forma mais rápida. No caso
do TEP, existe a vantagem de não haver violação do
peritoneu, reduzindo os riscos de lesão de órgãos intra-abdominais. Trata-se de um procedimento passível de
realizar em regime ambulatório com alta no próprio dia,
uma vez que apresenta baixa taxa de complicações,
baixa taxa de conversão e elevada taxa de satisfação
dos doentes. A utilização de próteses auto-adesivas
nas abordagens laparoscópicas/vídeo-assistidas pode
ser uma solução para a problemática da fixação das
próteses no tratamento de hérnias inguinais.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Graça Cardoso, Carlos Magalhães
Maria da Graça Pereira Cardoso
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V39)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Mestastase esplénica: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O objectivo deste trabalho é
proceder a apresentação em vídeo da ressecção multiorgânica do baço, cólon e cauda do pâncreas por
tumor esplénico invasivo. Resultados: Mulher de 78
anos, submetida a histerectomia com anexectomia
bilateral, linfadenectomia pélvica, omentectomia por
adenocarcinoma do endométrio, tipo células claras, em
2012, com realização de QT quimioterapia adjuvante.
Em TC TAP de seguimento detectada: “Massa esplénica expandindo todo o seu terço inferior, com cerca de
7 cm de maior eixo, em continuidade com outra massa
de menores dimensões, projectando-se no hilo esplénico. Apresentam contacto com o ângulo esplénico,
sem plano de clivagem com este, e com a cauda do
pâncreas”, e “litiase vesicular”. Foi colocada a hipótese
de diagnóstico de linfoma/angiossarcoma esplénico
tendo sido referenciada para consulta de cirurgia geral
e submetida através de uma abordagem laparoscópica
a: colecistectomia, esplenopancreatectomia caudal
com colectomia esquerda em bloco. Sem intercorrências intra e pós-operatórias. Posteriormente, o resultado anatomo-patologico revelou: “Metástase esplénica de carcinoma de células claras, compatível com
origem primária endometrial invadindo a porção caudal
do pâncreas e à camada muscular própria do cólon”.
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V38)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Correcção de hérnia inguinal bilateral laparoscópica
por TEP em ambulatório com prótese auto-adesiva
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Nas últimas 3 décadas, o
número de procedimentos cirúrgicos em regime de
Revista Portuguesa de Cirurgia
36
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Discussão: Este caso clínico traz-nos a complexidade
de abordagem laparoscópica de um tumor invadido
múltiplos órgãos em continguidade e a surpresa diagnóstica tratando-se de um caso raro de metastização
esplénica.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Esplenica
Sofia Frade, Daniela Cavadas, Francisco Fernandes,
Francisco Toscano, Rouslan Barbyine, Nelson Silva
Sofia Alexandra Marques Frade
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V40)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Deixa para amanhã o que não pode fazer hoje? Hér-
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
nias ventrais planeadas: a experiência do nosso
serviço
Objectivo/Introduçâo: A cirurgia de urgência impõe a
necessidade de saber lidar com um abdómen aberto.
São várias as situações que levam a uma laparostomia. No nosso serviço a experiência centra-se principalmente em casos de cirurgias de controlo de dano
com necessidade de revisitação precoce do abdómen
ou casos de síndromes de compartimento abdominal.
A chave para gerir um abdómen aberto é encerrá-lo o
mais precocemente possível, prevenindo as complicações inerentes a este estado, nomeadamente as fístulas enteroatmosféricas, infeções terciárias ou desequilíbrios hidroeletrolíticos que perpetuam o estado
pro-inflamatório. O encerramento primário da fáscia é
o cenário ideal, porém, estadios 3 ou 4 da classificação
dos abdómens agudos podem exigir uma hérnia ventral
planeada. Resultados: O presente vídeo visa mostrar
a experiência do nosso serviço na gestão de abdómens
abertos complexos e apresentação do nosso algoritmo
de atuação. São apresentados casos clínicos em que o
encerramento da pele ou recurso a um enxerto cutâneo,
isto é, a construção de uma hérnia ventral planeada foi
a solução para encerramento da parede abdominal.
Discussão: Apesar de não se tratar da situação ideal
para o encerramento precoce de um abdómen aberto,
a hérnia ventral planeada pode fazer a diferença para
manter o doente vivo, de forma a planear de forma diferida, com um doente com melhor estado geral e nutricional, a reconstrução abdominal definitiva.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Rita Peixoto, Jorge Valverde, Joana F. Correia, Daniela
Macedo Alves, Maria João Lima, Rosa Saraiva, Fernando Ferreira, Eva Barbosa, António Taveira Gomes
Rita Peixoto
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
contexto. O avanço da técnica cirúrgica e o aparecimento recente de estratégias de controlo de danos,
vieram acrescentar uma complexidade muito própria
a esta patologia, tornando-a, frequentemente, um problema de difícil resolução. A disponibilidade de novos
biomateriais associada a abordagens cirúrgicas revisitadas, tem permitido a reparação destas hérnias com
aceitável recuperação funcional da parede abdominal. Material e Métodos: Os autores apresentam em
vídeo um caso de um doente de 60 anos com hérnia
incisional gigante recidivada, reparada pela técnica de
separação posterior de componentes (SPC). Tinha sido
submetido inicialmente a sigmoidectomia por diverticulite com fistula colo-vesical e posteriormente a reparação de hérnia incisional por laparoscopia, complicada
de infecção grave e necessidade de remoção da prótese intra-peritoneal. Resultados: Apresenta-se a SPC
num vídeo didático, onde se salientam os passos que
levam aos melhores resultados. Utiliza-se uma prótese
de polipropileno auto-adesiva, inovação técnica que
permite reduzir significativamente o tempo de cirurgia.
O pós-operatório decorreu sem incidentes e a re-avaliação após um ano de cirurgia não revelou recidiva.
Discussão: A técnica de separação posterior de componentes constitui uma opção válida na resolução de
hérnias incisionais gigantes.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Jorge Pereira, Julio Constantino, Luis Pinheiro
Jorge Almeida Pereira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V42)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Textiloma Mimetizando Quisto do Mesentério: A
Propósito de um Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos do mesentério são
tumores abdominais raros, que afectam igualmente
ambos os sexos. A apresentação clínica depende da
sua localização e dimensão, ainda que habitualmente o
diagnóstico seja incidental. O tratamento recomendado
é a ressecção cirúrgica. Material e Métodos: Apresentação de caso clínico Resultados: Os autores apresentam, sob a forma de vídeo, o caso de um doente
do sexo masculino de 67 anos de idade, com antecedentes de gastrectomia parcial por úlcera gástrica aos
35 anos, referenciado à consulta de Cirurgia Geral por
massa abdominal volumosa. Ao exame objectivo constatou-se uma massa abdominal palpável com cerca de
20 cm de maior diâmetro, móvel, de superfície regular,
de consistência elástica e não pulsátil. A TC abdominal
demonstrou formação quística única, com 17x14 cm,
de paredes finas e regulares, conteúdo heterogéneo
e sem relação com estruturas vasculares, admitindo-se provável quisto do mesentério. Optou-se pela realização de laparoscopia diagnóstica/terapêutica que
revelou massa compatível com textiloma envolvido por
granuloma de corpo estranho. Discussão: Os textilomas não apresentam achados clínicos ou imagiológicos específicos. Devem ser incluídos no diagnóstico
diferencial de massas abdominais, especialmente em
doentes com cirurgias abdominais prévias.
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V41)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Separação posterior de componentes
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hérnia incisional é a com-
plicação mais comum após cirurgia por laparotomia
mediana e a principal causa de re-intervenção neste
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
37
HOSPITAL: Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Unidade II
Mesentério
Fonseca, S.(1), Campos, J.(2), Pires, F. (3), Costa, S
(1), Marcos, N.(1), Carvalho, C. (1), Maciel, J. (1)
Sofia Filomena Pereira Fonseca
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V43)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Tratamento cirúrgico de hérnia umbilical recidivada
por via laparoscópica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias são uma protrusão
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
total ou parcial de um órgão através de um orifício natural ou defeito adquirido. Quando surge através de um
defeito resultante de uma ferida operatória, denomina-se hérnia incisional. O diagnóstico é clínico, podendo
apoiar-se nos exames de imagem, nomeadamente a
ecografia e a TC. O encarceramento/estrangulamento
das hérnias da parede abdominal é a complicação que
mais riscos comporta, pelo que o tratamento cirúrgico
está indicado na maioria dos casos, por via laparotómica ou laparoscópica. Material e Métodos: Doente
de 56 anos seguida por tumefacção umbilical, compatível com hérnia umbilical recidivada. Havia referência a
prévia correcção de hérnia umbilical na infância e posterior correcção cirúrgica da recidiva da mesma, com
prótese plana, por via anterior, aquando da realização
de colecistectomia laparoscópica. Resultados: No
período intra-operatório foi identificada hérnia umbilical,
sem sinais de inviabilidade do conteúdo herniário e a
presença de uma prótese, que foi removida. Realizada
redução e correcção da hérnia por via laparoscópica,
com uma prótese de dupla face, fixada à parede abdominal anterior com tackers. O período pós-operatório
decorreu sem intercorrências e a doente teve alta ao
2º dia. Discussão: A correcção cirúrgica das hérnias
da parede abdominal anterior por laparoscopia é um
procedimento seguro, rápido, eficaz e com resultados
demonstrados. É particularmente vantajosa quando se
trata de doentes portadores de hérnias da parede abdominal recidivadas.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Mário Rui Gonçalves; Diana Gomes; Telma Brito; Luisa
Pereira; Ana Cristina Rodrigues; Eduardo Vasconcelos;
Jesus Ventura; Alberto Midões
Mário Rui Gonçalves
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 5
tomias desnecessárias. A metodologia mais utilizada
na pesquisa do GSA é a marcação com radioisótopos, mas o recurso a corantes fluorescentes têm-se
revelado útil e fiável. Com este trabalho pretende-se
demonstrar como se excuta a técnica de dupla marcação do GSA, com verde de indocianina e com azul
patente. Material e Métodos: O azul patente é injetado
na região peri-aréolar, imediatamente antes da intervenção. De seguida, intraoperatoriamente, injeta-se o
verde de indocianina. Com recurso a câmara photodynamic eye, a fluorescência é pesquisada e é marcado o
trajeto seguido pelo corante até atingir o GSA. É então
feita uma pequena incisão para localizar os gânglios
duplamente marcados. Segue-se a excisão dos mesmos e envio para exame histológico que é realizado em
diferido. Resultados: Em 93% dos casos, existiu correta marcação do GSA, com uma média de 3 gânglios
excisados. Conforme suportado por alguns estudos
publicados, esta técnica é adequada para a localização de gânglios metastizados. Discussão: O processo
de dupla marcação do GSA, com corante fluorescente
e corante vital permite uma melhor e mais fiável localização do gânglio sentinela axilar. Trata-se de uma
técnica fácil de realizar, sem envolvimento de radiação ionizante, com menores custos associados e com
igual fiabilidade em relação à marcação com radioisótopos.
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE
Cirurgia Mamária
Mourato M.B., Costa C., Reia M., Taré F., Fialho G.,
Rosado D., Delgado E., Dominguez J., Guerrero M.,
Romero M.A., Coelho A., Silva V., Messias F. Barbosa I.
Maria Beatriz Baptista de Oliveira Mourator
[email protected]
05-03-2015
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V012)
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Cirurgia de Nissen? Quando as coisas correm
mal?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivos/Introdução A abor-
dagem laparóscopica para o tratamento cirúrgico da
Doença de Refluxo Gastroesofágico (DRGE) traz vantagens inegavéis. As taxas de falha com esta abordagem variam entre 2-17%. Material e Métodos: Apresentamos dois vídeos de complicações: – Homem
de 35 anos com uma hérnia transdiafragmática após
correção primária em 2008, com uma acalásia secundária. Foi submetido a esofagomiotomia e cirurgia de
Toupet. – Mulher de 45 anos com DRGE submetida a
um Nissen Laparóscopico em 2012. Posteriormente,
foi diagnosticado espasmo esofágico difuso, pelo que
necessário realizar esofagomiotomia e cirurgia de Dor.
Discussão: No primeiro doente, a causa mais comum
de falência de Nissen, foi a responsável pelo insucesso
da cirurgia inicial. Verificou-se uma acalásia secundária,
pelo que se optou por realizar uma miotomia e fundoplicatura parcial. No segundo caso, dado o agravamento
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V44)
SESSÃO V-VÁRIOS 1
TÍTULO: Pesquisa do Gânglio Sentinela Axilar em neopla-
sias da mama, com recuso a técnica dupla – fluorescência com verde de indocianina e corante azul
patente.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pesquisa do gânglio sentinela
axilar (GSA) é um procedimento essencial no estadiamento de neoplasias da mama, evitando linfadenec-
Revista Portuguesa de Cirurgia
38
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
clínico, com aparecimento de disfagia e dor torácica,
identificou-se um espasmo esofágico difuso. Foi submetida a miotomia associada a fundoplicatura de 270
graus. Conclusão A reoperação laparóscopica da cirurgia antirefluxo é extremamente complexa e para que
sejam alcançados bons resultados é essencial treino
avançado em laparoscopia. Não existe uma técnica
ideal neste tipo de doentes, sendo essencial adaptá-la à causa da falha do tratamento inicial e diagnosticar
problemas adicionais. Ambos os doente encontram-se
neste momento assintomáticos.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Jorge Valverde, Daniela.Macedo Alves, Margarida Vinagreiro, Joana Correia, Maria.João, Lima, Rosa Saraiva,
Rita Peixoto, Emanuel Guerreiro, A.Taveira Gomes
Jorge Valverde
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V014)
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Carcinoma Gastrico in situ – Abordagem Laparós-
copica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivos/Introdução A abor-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V013)
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Miotomia de Heller com fundoplicatura anterior –
Made in Hospital de Braga
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A acalásia é a alteração de
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
motilidade esofágica mais comum. A opção pela dilatação endoscópica, apesar de ser uma alternativa terapeutica, apresenta uma elevada taxa de recidiva e pode
vir a complicar futura abordagem cirurgica, nomeadamente por laparoscopia. Material e Métodos: Mulher
de 30 anos, com múltiplas observações de urgência por
disfagia, regurgitação esporádica e dor torácica desde
2010. Consulta da Unidade Funcional Esofago-Gástrica
do Hospital de Braga em Abril de 2013 – estudo dirigido:
EDA sem alterações, radiografia contrastada esofago-gastrica e TC toraco-abdominal com contraste oral a
revelarem estenose da porção terminal do canal esofágico, pHmetria com refluxo no esófago proximal e traçado manométrico compatível com acalasia – esfíncter
esofágico inferior com relaxamento incompleto (30%).
Proposta para cirurgia, que realizou em Novembro de
2013. Boa evolução clinica, tendo alta no quarto dia
pós-operatório, com boa tolerância a alimentação oral.
Seguida em consulta, encontrando-se assintomática e
sem evidencia de recidiva. Resultados: O vídeo mostra os principais momentos da miotomia de Heller com
fundoplicatura anterior, por via laparoscópica. Sublinha-se a necessidade de uma boa exposição de ambos os
pilares diafragmáticos, seguido da miotomia proximal
e distal à junção esófago-gastrica, terminando com a
fundoplicatura anterior. Discussão: A laparoscopia no
tratamento da acalásia apresenta resultados sobreponíveis à abordagem clássica, com evidentes benefícios
para o doente.
Hospital de Braga
Cirurgia Esófago Gástrica
José Pedro Pinto, Dina Luís, Patrícia Botelho, Teresa
Carneiro, António Gomes
José Pedro Pinto
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
dagem laparoscópica para o tratamento de neoplasias
gástricas é ainda no mundo ocidental um tema controverso. O único estudo prospetivo do ocidente por
Husher et al demonstrou que esta técnica é segura
e comparável à técnica aberta. Material e Métodos:
Apresentamos um vídeo de uma gastrectomia subtotal
BII, com linfadenectomia D1, realizada por via laparoscópica numa doente de 79 anos com o diagnóstico de
carcinoma gástrico in situ do antro. Foram utilizados 5
trocares – 1x10 mm no umbigo, 1x12mm no flanco esq
e 3x5mm (2 no flanco dto e 1 no flanco esq). O tempo
total do acto cirúrgico foi de 2h30m. Discussão: A utilização deste tipo de abordagem é mais consensual para
os tumores gástricos Tis ou T1a, dado apresentarem
uma percentagem de metastização ganglionar regional de apenas 1-3%. No entanto, pode ser utilizada em
tumores de estádios superiores, exigindo, no entanto,
maior diferenciação cirúrgica e conhecimentos avançados em cirurgia laparoscópica. Conclusão Vários
estudos prospetivos confirmam que a resseção laparóscopica para neoplasias gástricas é segura e exequível, não se verificando aumento da morbilidade quando
comparada com a técnica aberta, e possibilitando
sobrevidas similares. Como vantagens acrescenta-se
ainda diminuição das perdas sanguíneas, início mais
precoce da dieta oral e redução do tempo de internamento. A doente teve alta ao 6º dia de pós-operatório,
sem intercorrências.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Jorge Valverde, Margarida Vinagreiro, Daniela Macedo
Alves, Emanuel Guerreiro, A.Taveira Gomes
Jorge Valverde
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V015)
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Gastrectomia atípica laparoscópica por GIST justa-
cárdico
Objectivo – Demonstração
cirúrgica de gastrectomia atípica por GIST gástrico de
localização difícil. Resultados: Apresenta-se um caso
clínico relativo a doente do sexo feminino de 66 anos,
HIV positivo, que foi internada no serviço de doenças
infecciosas com um quadro de anemia. No decurso da
sua investigação foi identificada uma lesão extramucosa da região subcárdica com ulceração superficial.
Foi realizado um TAC abdominal e uma ecoendoscopia que revelaram uma lesão da parede gástrica com
4 cm de diâmetro e características sugestivas de GIST.
Foi efetuada gastrectomia atípica sem utilização de
sutura automática dado tratar-se de lesão localizada na
imediação da transição esofagogástrica. Foi realizada
por via laparoscópica, usando o bisturi ultrassónico e
o encerramento com fio reabsorvível. O pós-operatório
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
39
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
decorreu sem incidentes e a doente teve alta ao 6º dia.
O exame histológico revelou um GIST de baixo risco.
Em reunião de grupo oncológico esofagogastroduodenal foi decidido manter apenas vigilância. À data da
última consulta a doente encontrava-se assintomática e
com valor de Hg de 12, 6 g/dl. Discussão: A gastrectomia atípica em GIST de localização subcárdica poderá
ser realizada sem o recurso a máquina de sutura automática evitando assim a possibilidade de atingimento
do cárdia e perigo de estenose.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
José Barbosa, Eduardo Lima da Costa, António Pereira
José Adelino Lobarinhas Barbosa
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V016)
SESSÃO V-EGD
portas de entrada. A dissecção efetuou-se com bisturi
harmónico e bisturi eléctrico. A crossa da veia ázigos
foi controlada com máquina de sutura automática. O
esófago foi plastiado com sutura de aproximação da
camada muscular longitudinal. No final foi deixado um
dreno medastínico. Resultados: O pós operatório não
teve complicações. Retomou o trabalho ao 13º dia após
a cirurgia. Dois meses depois, com dieta sem restrições, o doente refere que não tem o menor sintoma de
disfagia ou dor torácica. Discussão: O posicionamento
ventral para a abordagem do esófago torácico por
vídeo cirurgia permite uma visualização pormenorizada
do órgão e das estruturas que o circundam. A cirurgia
por esta via tem acréscimo de qualidade e proporciona
um pós operatório rápido, confortável e com retorno
precoce à atividade laboral.
Hospital da Arrábida
Cirurgia Esófago Gástrica
Jaime Vilaça, Luís Lencastre, Ana Fonte Boa, John Preto
Jaime Vilaça
[email protected]
TÍTULO: Miotomia de Heller e Fundoplicatura robótica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os autores apresentam o vídeo
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V018)
de um caso clínico no decurso de estágio observacional realizado num Hospital em Nova Iorque, nas áreas
da laparoscopia e robótica. Material e Métodos: Caso
Clinico: Doente sexo feminino, 73 anos, com quadro clínico de disfagia, perda ponderal e intolerância à dieta
com cerca de 1 ano de evolução. Internamento com o
diagnóstico de acalásia proposta para Miotomia Heller
e Fundoplicatura Robótica, pelo cirurgião e de acordo
com a opção da doente. O procedimento decorreu sem
intercorrências, utilizando o Robot Da Vinci. Teve alta,
sem complicações. Discussão: O vídeo demonstra o
avanço nos procedimentos de cirurgia minimamente
invasiva, com destaque para as vantagens e limitações
relativas à laparoscopia
Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
P. Costa (1), J. Teixeira, (2) C. Fernandes(1), V.
Taranu(1), L. Martins(1), D. Soares(1)
Pedro Miguel Pinto dos Santos Costa
[email protected]
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Baypass Gástrico Laparoscópico em Doente com
Situs Inversus Completo
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O situs inversus completo é
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V017)
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Videotoracoscopia em decúbito ventral para trata-
mento de leiomioma gigante do esófago torácico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As abordagens por via toracos-
cópica do esófago têm ganho crescente popularidade
nos últimos anos, com todas as vantagens da cirurgia
vídeo-assistida e minimamente invasiva. O posicionamento ventral demonstrou facilidade na exposição
do órgão e vantagens anestésicas. O presente vídeo
tem como objectivo evidenciar este benefícios e sistematizar a técnica. Material e Métodos: Doente de 43
anos com disfagia de longa data. Estudado por esofagoscopia, eco-endoscopia e TAC torácica, tendo-se
evidenciado um leiomioma esófago toracico com 10 cm
de longitude e envolvimento circunferencial. Foi realizada uma enucleação do leiomioma (e esofagoplastia)
por via toracoscópica posterior direita. A cirurgia usou 4
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
40
uma condição rara com posicionamento em espelho
das vísceras torácicas e abdominais que não contra-indica a aplicação das técnicas cirúrgicas convencionais desde que devidamente adaptadas as alterações
anatómicas existentes. Os autores apresentam um
vídeo que mostra um Bypass Gástrico Alto Laparoscópico em doente de 46 anos de idade com obesidade mórbida e IMC de 46Kg/m2, com situs inversus
completo diagnosticado na infância, com dextrocardia
e inversão de órgãos abdominais. Material e Métodos: Vídeo demonstrativo da aplicação dos conceitos
gerais da técnica cirúrgica convencional para Bypass
Gástrico Alto Laparoscópico, adaptados à realidade de
uma doente com situs inversus completo. O procedimento foi realizado em Outubro de 2013. Resultados:
Os autores mostram as principais alterações necessárias relativamente à técnica habitualmente utilizada. O
tempo cirúrgico foi de 130 minutos e o peri-operatório
decorreu sem intercorrências. O pós-operatório teve
evolução e duração sobreponível aos doentes sem
esta alteração anatómica. Discussão: O Bypass Gástrico Alto Laparoscópico mostrou ser um procedimento
seguro quando executado por cirurgiões experientes
em doentes com situs inverso completo, desde que se
conheça previamente essa situação de forma a permitir
antecipar as dificuldades técnicas esperadas e adaptar
a técnica.
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Rui Pinto; Washington da Costa;Teresa Santos; Diana
Brito; Pinto Correia
Rui Pinto
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V019)
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Ganho Ponderal após “Switch” Duodenal?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objectivo: Revisão laparoscó-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
pica de um “switch” duodenal após ganho ponderal.
Introdução: O “switch” duodenal (SD) é descrito como
a técnica mais eficaz na perda ponderal, actualmente
indicada nos superobesos ou doentes com ineficácia
terapêutica após cirurgia bariátrica prévia. Material e
Métodos: Mulher, 30 anos, obesidade mórbida (IMC
=54/m2 ). Em 2007, peso de 203, 7 kg, submetida a
“sleeve” gástrico, tendo uma perda ponderal até os 127
kg. Conversão para SD em 2008 por ineficácia terapêutica. (perda até 127 Kg e depois recuperação para
155 Kg). Voltou a emagrecer até um mínimo de 117 Kg
mas volta a recuperar progressivamente até aos 140,
9 Kg pré-operatórios, com o duodenal switch. Cirurgia:
Por laparoscopia, adesiólise com dissecção do hiato
esofágico e cruroplastia. Plicatura de bolsa de “sleeve”
pouco dilatada e colocação de anel Minimizer® encerrado sobre Fouchet 36F a 7, 5 cm. Identificou-se ansa
alimentar de 320 cm e uma ansa comum de 170 cm.
Procedeu-se a encurtamento da ansa alimentar para
200 cm e da ansa comum para 100 cm (com ressecção
dos 120 cm de excesso de ansa alimentar). Resultados: Sem intercorrências no pós-operatório, alta às
24 horas. Actualmente, 2 meses de catamnese, com
perda ponderal de 20 kg (121 Kg). Discussão: A ineficácia terapêutica após SD é infrequente. O erro técnico
sendo a causa mais comum do ganho ponderal, implica
a sua identificação e revisão. Neste caso em particular
verificou-se uma componente restritiva e malabsortiva
inadequada que se corrigiu.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Esófago Gástrica
Viveiros, Octávio; Ribeiro Rui; Paredes, Bárbara;
Guerra, Anabela; Pereira, João; Manaças, Leonor.
Octávio Domingos Maciel Viveiros
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
textiloma no hipocôndrio esquerdo, condicionando processo infecioso e erosão do fundo gástrico. Foi realizada gastrectomia atípica e drenagem abdominal. No
pós-operatório verificou-se preenchimento de novo da
cavidade, cuja abordagem conservadora possibilitou
a sua regressão completa. Discussão: Cerca de 20%
dos textilomas permanecem silenciosos durante anos,
cujas complicações geralmente ocorrem como abcessos e erosões para o tubo digestivo. O granuloma resultante coloca dificuldades diagnósticas, nomeadamente
o diagnóstico diferencial com neoplasia. Esta hipótese
deve ser sempre considerada na presença de tumores
capsulados, com localização e apresentação bizarras,
na evidência de um procedimento cirúrgico prévio ao
diagnóstico.
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Sílvia da Silva (1), Carla Freitas (1), Cesar Alvarez (1),
João Pinto-de-Sousa (1, 2)
Sílvia Raquel Coelho da Silva
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V21)
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Gastrectomia total laparoscópica por adenocarci-
noma do corpo gástrico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente do sexo masculino, de
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V20)
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Textiloma mimetiza GIST dezasseis anos depois de
uma laparotomia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os texilomas ocorrem infre-
quentemente, e cuja real incidência é difícil de estimar
pelas implicações médico-legais subjacentes. Este
trabalho documenta um textiloma cuja apresentação
simulou uma neoplasia, inicialmente interpretada como
um possível GIST gástrico. Material e Métodos: O
caso reporta-se a um doente de 60 anos com volumosa neoformação abdominal em investigação. Como
antecedentes salienta-se cirurgia abdominal urgente
há 16 anos. Por infeção secundária da lesão o doente
foi internado e submetido a drenagem percutânea. A
evidência de conteúdo entérico na drenagem sugeriu
fistulização para o estômago, confirmada imagiologicamente. Face à hipótese de neoplasia gástrica perfurada
o doente foi proposto para laparotomia exploradora.
Resultados: Intra-operatoriamente foi identificado um
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
78 anos de idade, recorreu ao Serviço de Urgência por
quadro de hematemeses, astenia e anorexia.Foi realizada endoscopia digestiva alta que revelou lesão ulcerada, muito friável ao nível da pequena curvatura do
corpo gástrico, sugestiva de lesão neoplásica. As biópsias da lesão revelaram tratar-se de um adenocarcinoma tubular invasor do corpo gástrico (HER2 positivo).
Os restantes estudos complementares não revelaram
metástases ou adenomegálias e o doente foi proposto
para gastrectomia total. Material e Métodos: O doente
foi submetido a gastrectomia total por via laparoscópica
com confecção de esófago-jejunostomia termino-lateral
e jejuno-jejunostomia latero-lateral mecânicas. Resultados: O período pós-operatório decorreu sem complicações e o doente teve alta ao oitavo dia pós-operatório. O resultado da anatomia patológica da peça
operatória revelou um adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado do corpo gástrico, com infiltração da subserosa, sem envolvimento das margens de
ressecção ou dos anéis da anastomose com doença
metastática em três de vinte e seis gânglios linfáticos
regionais (Classificação TNM -T3 N2 IVL 1/ AJCC Estádio IIIA). Foi proposto para QT adjuvante. Discussão:
A abordagem laparoscópica na realização de gastrectomias totais pode ser utilizada de forma segura e permite
bons resultados (possibilita um período pós-operatório
com menos dor e com menor risco de complicações
associadas à ferida operatória).
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Emília Fraga; Ricardo França; João Almeida; Fernando
José Oliveira
Ana Emília Crisóstomo Fraga
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
41
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V22)
SESSÃO V-EGD
TÍTULO: Gastrectomia Atípica Laparoscópica – Por Lipoma
Gástrico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O lipoma gástrico é um tumor
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
gástrico benigno raro. Os tumores benignos gástricos
são geralmente achados incidentais em exame endoscópico ou radiológico. Este vídeo tem como objetivo
apresentar um caso de um doente com lipoma gástrico
sintomático excisado por gastrectomia atípica laparoscópica. Material e Métodos: Doente do sexo masculino
de 51 anos com antecedentes de obesidade, dislipidémia e diabetes mellitus. Por queixas de epigastralgias e
hematemeses, realizou uma endoscopia digestiva alta
que mostrou com lesão polipóide ulcerada no corpo distal do estômago, na transição grande curvatura – face
anterior, com cerca de 4 cm, irressecável endoscópicamente. Resultados: A tomografia computorizada
não mostrou outras lesões e a ecoendoscopia sugeriu
tratar-se de um lipoma da parede gástrica. A lesão foi
marcada com tinta-da-china no período pré-operatório
e o doente foi submetido a gastrectomia atípica por via
laparoscópica Internamento decorreu sem intercorrências com alta ao 5º dia pós-operatório assintomático. A avaliação histológica mostrou tratar-se de um
lipoma gástrico. Ao sexto mês após a cirurgia, o doente
mantém-se assintomático. Discussão: Apesar da sua
raridade, o lipoma gástrico deve ser diagnosticado histologicamente. Assim, todas as lesões gástricas benignas volumosas, não passíveis de serem removidas por
endoscopia, devem ser excisadas por cirurgia. A gastrectomia atípica por via laparoscópica é uma técnica
eficaz, segura e minimamente invasiva.
Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
Cirurgia Esófago Gástrica
Machado A., Oliva A., Carvalho M., Félix R., Quintana.
C., Caravana J.
Arnaldo Furtado Paiva de Oliveira Machado
[email protected]
05-03-2015
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
de 6 meses. No exame anoretal, identificou-se tumefação vegetante palpável na parede posterior do reto,
aos 4-5 cm, móvel, sem quaisquer outras alterações.
A colonoscopia mostrou um pólipo séssil com 40-45
mm de extensão no reto distal, não removível endoscopicamente, cuja biópsias revelaram adenoma predominantemente viloso com displasia de baixo grau. Nos
exames de imagem (TC e RMN) não se visualizavam
invasão da submucosa nem adenomegalias. Foi realizada a resseção transanal da lesão pelo plano da submucosa. Resultados: A histologia revelou tratar-se de
adenoma viloso com lesões de displasia de baixo grau
alternando com focos de displasia de alto grau, sem
invasão vascular venosa e bordos livres. Discussão:
A abordagem transanal é uma técnica viável no tratamento do adenoma viloso do reto, permitindo a exérese completa da lesão nomeadamente em tumores de
pequena e média dimensão.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Colo-Proctologia
Rosa Saraiva (1); Rita Peixoto; Maria João Lima;
Daniela Macedo Alves; Joana Correia; Jorge Valverde;
Gonzalo Ruibal (1); António Taveira Gomes. Artur Silva
Rosa Maria de Lima Monteiro Saraiva
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P002)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Neoplasia do cólon metastizada – Existirá lugar
para a Cirurgia?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A recidiva após cirurgia é um
problema major e geralmente a causa de morte. Material e Métodos: Os autores apresentam o caso clínico
de um doente de 77 anos, internado em 2008 por neoplasia do ângulo esplénico do cólon em oclusão submetido a hemicolectomia esquerda tipo Mickulicz (ADC
G2 T3NxMx). No estadiamento sistémico não apresentava alterações. Iniciou tratamento adjuvante com
FOLFOX. No follow-up apresentou lesões do pulmão
direito, sugestivas de malignidade na PET e outra ao
nível do baço e cauda do pâncreas sugestiva de recidiva pelo que iniciou terapêutica com FOLFIRI. Foi submetido a resseção atípica pulmonar, esplenectomia,
resseção pancreático-caudal e reconstituição do trânsito intestinal. Nos controlos imagiológicos, apresentou
metástase pulmonar e hepática, retomando FOLFIRI/
cetuximab. Como intercorrências destacam-se um
episódio de TEP, rash cutâneo, diarreia e depressão.
Por agravamento iniciou mitC/5FU “de Gramount”, e
cumpriu SBRT hepática e pulmonar. Já em 2013, por
progressão da metastização, passou a Panitumumab
e posteriormente a irinotecano/cetuximab paliativo com
necessidade crescente da analgesia. Apesar de todas
as medidas médico-cirúrgicas o doente faleceu em
2013. Discussão: O tratamento deve ser de acordo
com as características do paciente e do tumor. As
comorbilidades aliadas à baixa tolerância a esquemas
tóxicos fazem do tratamento adjuvante um desafio. É
necessário personalizar o tratamento para melhor adequação das opções cirúrgicas na abordagem do doente
metastizado.
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P001)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Adenoma Viloso Gigante
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução:
Os adenomas
vilosos representam cerca de 3% a 16% de todos os
pólipos adenomatosos e podem atingir grandes dimensões. Os graus mais elevados de displasia são mais
comuns nos adenomas de maior tamanho. Estudos têm
demonstrado que o tempo para um adenoma progredir
para cancro varia entre os 7 e os 10 anos. Objetivo:
Demonstrar os passos de uma resseção transanal de
um pólipo adenomatoso do recto. Material e Métodos:
Caso Clínico: Mulher de 58 anos, história de episódios
recorrentes de rectorragias e tumefação rectal que prolapsa no esforço defecatório, com evolução de cerca
Revista Portuguesa de Cirurgia
42
HOSPITAL: Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: A.Laranjeira; J.Travassos; R. Sanchez; C. Rito; S.
Ribeiro; A. Martins; J. Patrício; A. Machado; S. Antunes;
J. Caravana
CONTACTO: Ânia Laranjeira
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P003)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Abdómen Agudo por Perfuração Jejunal: uma Apre-
sentação da Doença de Bechet
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Doença de Behcet é uma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
patologia recorrente e sistémica caracterizada pelo
achado de vasculite inespecífica em múltiplos órgãos.
Envolve o tracto gastrointestinal em 10-50% dos casos.
O ileon terminal e cego são as zonas preferenciais. A
presença de úlceras resulta numa elevada taxa de complicações como perfuração, fistulas, hemorragia e peritonite. Material e Métodos: CASO CLÍNICO Homem,
38 anos. AP: toxicodependência, VIH1, HCV, toxoplasmose cerebral, TP, Uveíte anterior. Recorre ao SU por
dor abdominal e vómitos, com 24h evolução. Ao exame
objectivo, quadro de abdómen agudo. Lesões maculo-pustulares nos membros. Analiticamente: Hb13.3g/dL,
Leuc 7300, Plaquetas 112000. PCR 1.81mg/dl RX tórax
e abdómen: pneumoperitoneu. TC Abdominal e pélvica:
“pneumoperitoneu. Líquido peri-hepático e na cavidade
pélvica. Distensão de delgado com parede espessada.
Colecção conteúdo entérico”. Resultados: Submetido
a laparotomia exploradora identificando-se doença multissegmentar com múltiplas estenoses uma das quais,
perfurada. Procedeu-se a ressecção do jejuno comprometido. Histologia: Doença de Behcet (ulcerações
isquémicas). Discussão: Não há exames patognomónicos. A histologia, conjugada com história de ulceras
orais, uveíte e lesões dermatológicas, confirmam o
diagnóstico (Study Group for Behcet´s Disease). Faz
diagnóstico diferencial com DII. O tratamento é empírico com corticosteróides, imunossupressores e outros
agentes. Quando este é ineficaz, há doença extensa ou
complicações, deve ser considerada a cirurgia.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Colo-Proctologia
C. Vicente; S. Nogueira; R. Souto; A. Freitas; J.M Novo
de Matos; A. C. Fradique
Carla Sofia de Sousa Vicente
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
33 anos, sofrendo de Doença de Crohn ileocecal com
discrepância entre sintomas intestinais (discretos) e
valores bioquímicos (anemia, PCR elevada), seguido
em Gastroenterologia. Em 2010, iniciou dor lombar, elevação da creatinina e dilatação pielocalicial: fez TC-AP,
suspeita de fibrose retroperitoneal. Por pielonefrites
recorrentes com necessidade de nefrostomias bilaterais, foi feita reimplantação uretérica com retalho Boari
à direita (2012). Má evolução, com IRC e exclusão funcional renal direita. Em 2014, acorreu ao Serviço de
Urgência por dor no flanco direito, com empastamento,
sob cicatriz de lombotomia. Realizou TC-AP. Resultados: Diagnosticou-se doença ileocecal com abcesso e
fistulização cutânea; suspeita de fistula enterovesical.
Submetido a curso de antibioterapia, seguido de ressecção ileocecal e nefrectomia direita. Boa evolução,
com recuperação parcial da função renal. Discussão:
Fibrose retroperitoneal progressiva num doente com
Doença de Crohn deve suscitar suspeita de doença
intestinal activa: pode existir progressão de doença fistulizante (mesmo com clínica GI fruste) promovendo o
agravamento da fibrose. Imunossupressão agressiva
e tratamento cirúrgico da doença inflamatória de base
podem minorar as complicações desta entidade nosológica.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Marisa Tomé, António Manso, Sheila Martins, Júlio S.
Leite, F Castro Sousa
Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P005)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: A propósito de um caso clínico – Perfuração iatro-
génica do colon após colonoscopia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colonoscopia é um método
seguro e frequentemente utilizado no rastreio do cancro do cólon, no entanto, não é isento de complicações.
A perfuração do colón e a hemorragia, apesar de raras,
são as complicações mais graves desta técnica. A incidência da perfuração iatrogénica do cólon é de 0.1%
nas colonoscopias diagnósticas e de 0.2% nas colonoscopias terapêuticas. O quadro clinico depende do local,
tamanho e mecanismo de perfuração, extensão da
contaminação peritoneal e condição clinica do doente.
Os sintomas mais frequentes são a dor e distensão
abdominal. A morbilidade associada a esta complicação depende do tempo de diagnóstico decorrido entre a
realização da colonoscopia e a deteção da perfuração.
Quanto mais cedo for o diagnóstico, menor é a morbilidade associada. O tratamento da perfuração iatrogénica do cólon pode ser realizado por via endoscopia
através da colocação de clips (se iatrogenia for detetada no decorrer do procedimento), ou submetendo o
doente a uma intervenção cirúrgica. Relativamente ao
tratamento cirúrgico, o encerramento primário, quando
possível, é o preferencial. Material e Métodos: Homem
de 67 anos, que durante a realização de uma colonoscopia total, constataram uma perfuração iatrogénica
do colon. O doente foi submetido a uma laparotomia
exploradora, sendo que a perfuração localizava-se no
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P004)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Fibrose Retroperitoneal como Manifestação de
Doença de Crohn em Atividade, a Propósito de um
Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Fibrose Retroperitoneal é
Idiopática em > 70% dos casos, mas pode estar associada a doenças auto-imunes, como a Doença de Crohn.
Pode progredir com obstrução uretérica e Insuficiência
Renal Crónica (IRC). Material e Métodos: Homem de
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
43
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cólon sigmoide, a mais frequentemente descrita na
literatura.O doente foi submetido ao encerramento primário da lesão. Discussão: O encerramento primário é
um tratamento seguro.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Colo-Proctologia
Rita da Silva, Vasco Vasconcelos, Novo de Matos
Ana Rita Pinto Tavares da Silva
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P006)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Síndrome de Lynch: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Síndrome de Lynch (SL) é
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
uma entidade hereditária de transmissão autossómica
dominante, de elevada penetrância, que resulta da presença de mutações germinais num de cinco genes de
reparação do ADN. Associa-se a um risco elevado de
desenvolvimento de carcinoma do cólon e reto (CCR),
em idade jovem e em localização proximal, sendo muitas vezes múltiplos. Podem também estar presentes
tumores extracólicos, sendo o mais frequente o do
endométrio. O diagnóstico clínico do SL baseia-se nos
critérios de Amsterdão e de Bethesda. O tratamento
do cancro do cólon em doentes com SL, consiste na
colectomia total. O prognóstico é mais favorável para
o SL do que para o CCR esporádico, no mesmo estadio. Material e Métodos: Homem de 49 anos, com dor
abdominal, hematoquézias e emagrecimento. AP: SL
com hemicolectomia direita aos 26 anos. Resultados:
TC de estadiamento: lesão neoformativa extensa no
ângulo esplénico aderente à cauda do pâncreas. Colonoscopia: No transverso, neoplasia ulcerada e estenosante (adenocarcinoma (ADC) pouco diferenciado);
na sigmoideia distal, pólipo séssil (adenoma tubular
com displasia de baixo grau). Submetido a resseção
em bloco do cólon restante, baço, cauda do pâncreas
e grande curvatura do estômago. Citologia do líquido
ascítico: suspeita de malignidade Histopatologia: ADC
do cólon com invasão do pâncreas e do estômago –
T4bN0M0. Discussão: A vigilância sistemática e o tratamento individualizado é extremamente importante na
abordagem do SL.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Colo-Proctologia
Débora Correia, Joana Faustino, Rui Mendes, Luísa
Moniz, Carlos Nascimento, Raúl Mesquita Lima
Débora Correia
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
nada por Pielonefrite Aguda Obstrutiva; colocado Cateter Duplo J. Por agravamento analítico, pedida TC-AP:
cólon sigmóide com espessamento parietal, abcesso
peri-cólico volumoso, colecção pélvica – suspeita de
diverticulite aguda perfurada. Resultados: Submetida
a laparotomia exploradora: abcesso envolvendo o ovário direito (necrosado) e espessamento cólico atribuído
a processo inflamatório adjacente sem aparente perfuração intestinal. Anexectomia e drenagem abdominal
(suspeita de DIP/tumor ovárico). Clister opaco pós-operatório (PO): escassa progressão de contraste na
transição recto-sigmóide, sem fístulas. Alta ao 10º dia.
Enviada ao Serviço de Urgência no 19º dia PO: anorexia, astenia, febre, dor abdominal. Leucocitose. TC-AP:
abcessos pélvicos. Disponibilizada histologia da peça
de anexectomia: Metástase Ovárica de Adenocarcinoma Colo-Rectal. Realizada Operação de Hartmann
e drenagem abdominal. Alta ao 10º dia. Iniciará QT
adjuvante. Discussão: Este caso ilustra a dificuldade
na determinação pré e per-operatória da etiologia dos
abcessos intra-abdominais, e a frequente exuberância
macroscópica das metástases ováricas síncronas de
CCR, relativamente ao tumor primário. Realça a necessidade de, perante abcessos peri-cólicos/pélvicos em
doentes de risco, suspeitar de possível perfuração de
CCR.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Marisa Tomé (1), Luís Ferreira (1), Maria João Koch (1),
Luís Ventura (2), Mónica Martins (1), Gorete Jorge (1),
F Castro e Sousa (1)
Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P008)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Linfoma Não Hodgkin do íleo – a propósito de um
caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os Linfomas são o 3º tipo mais
frequente de tumores malignos do intestino delgado.
Cerca de 60 a 80% são de células B. O Linfoma não
hodgkin (LNH) gastrointestinal primário corresponde a
cerca de 30% de todos os LNH extranodais. A perfuração é uma forma de apresentação rara e constitui uma
urgência cirúrgica. Material e Métodos: Os autores
apresentam o caso clinico de um homem de 63 anos,
submetido a laparotomia exploradora no contexto de
perfuração de víscera oca durante procedimento endoscópico. Resultados: Doente internado no Serviço de
Medicina por quadro de emagrecimento, enfartamento
pós-prandial e hipersudorese noturna. Realizou tomografia computorizada que mostrou derrame pleural
bilateral, ascite de moderado volume, espessamento
concêntrico da parede do íleo distal. Durante o internamento realizou colonoscopia interrompida por dor
abdominal difusa tendo a radiografia abdominal identificado ar subdiafragmático. Foi submetido a laparotomia
exploradora, observando-se a presença de um tumor
do ileo distal (10 cm de extensão) com envolvimento
transmural e múltiplos gânglios linfáticos aumentados
de volume. Procedeu-se a enterectomia segmentar
(18cm) e anastomose termino-terminal manual e bióp-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P007)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Abcesso Intra-Abdominal e Carcinoma Colo-Rectal:
a Propósito de um Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os abcessos intra-abdominais
e as massas ováricas exigem que sejam equacionados
vários diagnósticos diferenciais. Relata-se um caso de
Cancro Colo-Rectal (CCR) com apresentação incomum. Material e Métodos: Mulher de 76 anos, inter-
Revista Portuguesa de Cirurgia
44
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
sia do epiplon. No internamento evolui favoravelmente.
A histologia revelou tratar-se de um LNH de células B.
Discussão: A localização primária mais frequente do
LNH GI é o íleo.O tratamento cirúrgico do LNHintestinal
localizado é a ressecção segmentar com anastomose
primária, não havendo vantagem na ressecção ganglionar alargada
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Colo-Proctologia
Marta Martins, Ana Cristina Carvalho, Diana Brito,
Juliana Oliveira, José Monteiro, Salete Ferreira, Manuel
Lima Terroso, José Pinto Correia
Marta Cristina Da Cruz Martins
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P010)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Quando a lesão peri-anal é manifestação de doença
maligna: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões ano-rectais, ainda
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P009)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Oxigenoterapia hiperbárica no tratamento das fístu-
las enterocutâneas e perianais
As fístulas enterocutâneas
e perianais constituem um desafio terapêutico e causam grande impacto na vida do doente. A utilização
da oxigenoterapia hiperbárica (OHB) como tratamento
adjuvante nos casos de doença Crohn fistulizante tem
sido discutida, atualmente está reservada aos casos
refratários à terapêutica convencional. Nas fístulas
pós-radioterapia existem apenas relatos de casos. O
mecanismo de ação da OHB engloba: mediação da
resposta inflamatória e imunológica, estimulação da
produção de colagénio, promoção da angiogénese e
ação bactericida. Neste trabalho, pretende-se avaliar o
potencial benefício da OHB no tratamento das fístulas.
Material e Métodos: Estudo retrospectivo. Procedeu-se à consulta dos processos clínicos dos doentes com
diagnóstico de fístulas enterocutâneas e/ou perianais,
submetidos a tratamento com OHB. Resultados:
Foram tratados 7 doentes, idade média 53, 7 anos. Três
apresentavam doença de Crohn fistulizante refractária
e 4 doentes apresentavam fístulas pós radioterapia.
O número médio de sessões de OHB foi 57. Todos os
doentes apresentaram melhoria clínica (encerramento
da fístula, diminuição da dor ou da drenagem). Não se
verificaram complicações associadas a OHB e a adesão ao tratamento foi elevada. Discussão: Nos casos
analisados verificou-se melhoria clínica, confirmando
os resultados entusiasmantes de relatos prévios. Em
doentes que não respondem a terapêutica convencional, a OHB deve ser uma opção a considerar. São
necessários mais estudos para definir o papel da OHB
neste contexto.
Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica da Marinha
Colo-Proctologia
Isabel Rosa (1), Tania Meira(1), Francisco Guerreiro (2, 3)
Isabel Rosa
[email protected]
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
que na sua maioria de natureza benigna, devem levantar a suspeita de lesão neoplásica, nomeadamente nos
casos de progressão lenta, com história pregressa de
infecções locais refractárias. Resultados: Homem, 75
anos, referenciado à consulta de Cirurgia Geral por
suspeita de fístula peri-anal com 4 meses de evolução,
dolorosa e pruriginosa, com crescimento progressivo. À
inspeção, lesão arredondada de 5 cm, na região nadegueira esquerda, em contiguidade com o esfíncter anal.
Realizadas colonoscopia (lesão exofítica no sigmóide e
neoplasia do canal anal compatíveis com adenocarcinoma) e RMN pélvica (lesão nodular alongada, do terço
distal do recto ao sulco nadegueiro, passando pela
vertente posterior do esfíncter anal com 7x2 cm, sem
alterações na gordura mesorrectal ou adenomegalias
pélvicas). O tratamento com QT neoadjuvante permitiu uma redução (clínica e imagiológica) praticamente
completa, que foi seguido de uma amputação abdominoperineal alargada. Na AP observados mínimos focos
residuais de adenocarcinoma colorectal com regressão
tumoral moderada na transição recto-anal e completa
no sigmoide – pT2N0M0. Pós-operatório sem intercorrências, com um período livre de doença de 21 meses.
Discussão: Os tumores do canal anal são raros, nomeadamente os da região anorretal, sendo o adenocarcinoma um dos subtipos menos comuns. No presente
caso, a exuberância da apresentação e o atraso na
procura médica, condicionaram a estratégia cirúrgica e,
consequentemente, o prognóstico.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Colo-Proctologia
Ana Cristina Rodrigues (1), Diana Gomes (1), Telma
Brito (1), Luísa Calais Pereira (1), Mário Rui Gonçalves
(1), Paulo Passos (1)
Ana Cristina Fernandes Rodrigues
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P011)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Abcesso perianal recidivante: manifestação clínica
de tumor quístico retro-rectal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores retro-rectais locali-
zam-se na região pré-sagrada, no espaço virtual entre
o recto e sacro, e incluem diversas lesões nomeadamente congénitas, neoplásicas, inflamatórias e neurogénicas. Devido à sua reduzida incidência e apresentação clínica muito variável, são diagnosticados muito
após o início dos sintomas, podendo associar-se a
morbilidade significativa. Os autores descrevem o caso
de um tumor retro-rectal diagnosticado em contexto
de abcesso perianal recidivante. Material e Métodos:
Homem de 22 anos, com história de múltiplas vindas
ao serviço de urgência e drenagens cirúrgicas de repetição por abcesso e fístula perianal recidivante. Os
sintomas consistiam em febre, dor e tumefacção peria-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
45
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
nais, sem sinais inflamatórios ou alterações analíticas
associadas. Ao exame anorectal verificou-se ligeiro
abaulamento da parede posterior do recto, ausência de
orifício interno identificável e orifício externo com drenagem purulenta. Na exploração sob anestesia geral,
identificou-se uma parede quística retro-rectal, confirmado por RMN pélvica como tumor retro-rectal com
4x3x4cm. Procedeu-se à excisão completa da lesão utilizando uma abordagem perineal posterior com excisão
do cóccix. O estudo anatomopatológico revelou quisto
retro-rectal do tipo teratoma. Discussão: Os tumores
retro-rectais devem ser ponderados no diagnóstico
diferencial de doentes com abcesso ou fístula perianal recidivantes, de forma a permitir o seu tratamento
de forma atempada e evitando múltiplas intervenções
diagnósticas e terapêuticas
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
MJ Koch, A Oliveira, S Martins, JC Campos, JS Leite, F
Castro Sousa
M João Koch
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P013)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Hematoma gigante do cólon por hemofilia adqui-
rida, um caso único.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O desenvolvimento de auto-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P012)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Fibrose Pélvica: uma Complicação do Futuro?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: No tratamento da neoplasia do
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
recto, a associação da Radioterapia à cirurgia reduz o
risco de recidiva local em cerca de 40% comparado à
cirurgia apenas, o que resulta num aumento da sobrevida dos doentes com neoplasia do recto. As complicações agudas associadas à radioterapia são geralmente
locais e autolimitados. Com o aumento do tempo de
follow up, tem se assistido cada vez mais às complicações tardias da radioterapia que podem ocorrer vários
meses ou até anos após o tratamento. Das complicações gastrointestinais, as mais frequentes são alterações da anastomose (estenose, fístula e abcesso),
quadros de obstrução intestinal e proctites. As alterações extra gastrointestinais mais frequentes são alteração dos tecidos moles pélvicos e ureterohidronefrose.
É, no entanto, muitas vezes difícil a distinção entre
processo inflamatório/fibrose e recidiva local ou tumor
secundário à radioterapia. O objectivo do trabalho é
fazer uma revisão da literatura e apresentar dois casos
clínicos de doentes que após vários anos do tratamento
primário da neoplasia do recto, desenvolveram complicações pélvicas, sem evidência de recidiva de doença.
Discussão: A radioterapia é essencial no tratamento
neoplasia do recto, no entanto, estamos a assistir a um
número crescente de complicações tardias que podem
estar associadas ao tratamento.Apesar de existir poucos estudos neste sentido, é importante para o clínico
que faz o follow-up estar alerta para a possibilidade de
complicações tardias.
Hospital Litoral Alentejano, EPE
Colo-Proctologia
Cruz, A. (1); Rocha, V. (1); Mateus, A. (1); Sousa, D. (1);
Marinho, D. (1); Ferreia, A. (1); Martins, J. (1)
Ana Isabel Cruz
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
-anticorpos contra o fator VIII em doentes não hemofílicos é uma entidade rara. Material e Métodos:
Homem, 66 anos, com D.Crohn, recorreu ao SU com
dor abdominal, diarreia e hematoquézias com 1 dia de
evolução, sem história de traumatismo ou instrumentação cólica. Apresentava hemoglobina 8.9g/dl e discreto
aumento do APTT. A sigmoidoscopia mostrou um coágulo gigante, não passível de remoção, mucosa violácea e sugestão de necrose em 20cm. TC inicial não
revelou sinais de hemorragia activa ou espessamento
da parede cólica. Evoluiu com distensão abdominal
e persistência de rectorragias, com necessidade de
múltiplas transfusões. O estudo da coagulação mostrou descida da actividade do factor VIII e elevação do
respectivo anticorpo inibidor. Após estabilização clínica
e reposição de factor VIII foi submetido a laparotomia
exploradora, verificando-se distensão do cólon direito
e hematoma intramural do cólon esquerdo, tendo-se
procedido a hemicolectomia esquerda com colostomia
terminal. No pós-operatório fez prednisolona 4 meses,
com titulação negativa dos anticorpos anti-factor VIII às
3 semanas pós cirurgia. Reconstituiu o trânsito intestinal ao 5º mês pós-operatório sem intercorrências.
Discussão: O hematoma intramural do cólon espontâneo está descrito em casos de anticoagulação ou
instrumentação cólica. Não encontramos na literatura
casos associados a hemofilias adquiridas. Reforçamos
a importância do estudo dos distúrbios de coagulação
aquando do tratamento das hemorragias digestivas.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Colo-Proctologia
Joana Figueiredo, Nuno Borges, José A. Pascoalinho,
Ricardo Matos
Joana Bernardino Figueiredo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P014)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Doença de Paget extramamária secundária: um
caso clinico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença de Paget extrama-
mária é uma neoplasia rara que afecta áreas cutâneas
ricas em glândulas apócrinas, nomeadamente a região
genital e perianal. É frequentemente secundária a uma
neoplasia subjacente sendo o carcinoma a forma mais
frequente. A excisão cirúrgica é a terapêutica de eleição. Resultados: Apresenta-se o caso de uma doente
do sexo feminino, 79 anos que recorreu à consulta
de Cirurgia Geral por queixas de massa perianal com
hemorragia esporádica. Ao exame objectivo apresentava tumor pediculado da margem do anús associado a
eritema cutâneo. Foi submetida a ressecção da lesão,
com diagnóstico histológico de adenocarcinoma bem
diferenciado e doença de Paget na periferia invadindo
as margens cirúrgicas. Posteriormente efectuou-se
Revista Portuguesa de Cirurgia
46
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
alargamento das margens com reconstrução através
de retalho cutâneo. Pós-operatório sem intercorrências.
Vigilância após 1 ano sem recidiva.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Colo-Proctologia
Francisco Fernandes, Daniela Cavadas, Sofia Frade,
Conceição Cardoso, Isabel Paixão
Francisco José do Rosário Fernandes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P015)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Síndrome de Ogilvie com necessidade de trata-
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mento cirúrgico: uma apresentação inicial cada vez
mais rara
Objectivo/Introduçâo: A Pseudo-obstrução cólica
aguda, também conhecida com síndrome de Ogilvie é
uma condição caracterizada pela distensão massiva do
cólon, principalmente do cego e hemicólon direito mas
ocasionalmente de todo o cólon. Na grande maioria
dos casos está associada a uma patologia subjacente.
A fisiopatologia desta condição ainda não se encontra
totalmente esclarecida, no entanto, a evidência actual
aponta uma disfunção do sistema nervoso autónomo
como a causa mais provável. Material e Métodos:
Doente de 77 anos admitida por quadro de dor abdominal e vómitos de estase. Na observação apresentava
abdómen globoso, com RHA ausentes e globalmente
doloroso.Na avaliação analítica destacava-se ligeiro
aumento dos parâmetros inflamatórios, com o Rx de
abdómen a revelar distensão de todo o cólon. Realizou
TC que revelou marcada distensão cólica com áreas
de ar parietal. Foi submetida a laparotomia exploradora com identificação de marcada distensão de todo o
cólon e risco iminente de rotura do cego, tendo-se realizado colectomia total com ileostomia terminal Resultados: AP: Sem evidência de obstrução mecânica.
Discussão: Os objectivos da terapêutica são o alivio
do desconforto e a minimização do risco de isquémia e
perfuração, que estão associadas a aumento da mortalidade. A terapêutica cirúrgica é a última linha de tratamento, existindo alternativamente a terapêutica conservadora, farmacológica e endoscópica, no entanto,
perante a iminência da perfuração ou falência de outras
terapêuticas, a cirurgia será a opção mais adequada.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Colo-Proctologia
Daniel Jordão, Inês Sales; Inês Gil, Rita Brásio, Rita
Malaquias, Paulo Alves, Nuno Rama, Rui Garcia, Olivia
Andril Matoa Sandra Ferraz, Gilberto Figueiredo, Maria
de Jesus Alves, Vitor Faria
Daniel Filipe Martins Jordão
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
endócrinos do trato digestivo. A maioria das lesões são
assintomáticas, sendo diagnosticadas incidentalmente
durante estudo endoscópico/imagiológico. O seu tratamento pode ser efectuado por via endoscópica ou por
via transanal, dependendo do seu tamanho, localização
e metastização. Material e Métodos: Neste trabalho os
autores apresentam um caso clínico relativo a doente
com diagnóstico de tumor neuroendócrino do recto submetido a tratamento endoscópico. Resultados: Doente
do sexo masculino de 58 anos seguido em Consulta
de Cirurgia Geral por rectorragias frequentes. Realizou
estudo endoscópico que revelou formação polipóide
subepitelial com cerca de 12mm na proximidade da
linha pectínea. Posteriormente realizada ecoendoscopia, colocando-se as hipóteses diagnósticas de leiomioma/GIST. Realizou ainda tomografia computorizada
abdomino-pélvica (TC) que não revelou quaisquer
lesões secundárias. Efectuada exérese endoscópica
revelando tratar-se de tumor neuroendócrino bem
diferenciado do recto. Caso apresentado em Consulta
de Grupo Multidisciplinar decidindo-se vigilância. Discussão: A incidência dos tumores neuroendócrinos do
recto têm vindo aumentar devio ao aumento do rastreio
endoscópico realizado. Apesar de poderem ser muito
agressivos, quando detectados precocemente podem
ser tratados por via endoscópica.
Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco
Gentil, EPE
Colo-Proctologia
Louro, Hugo (1); Leite, Mariana (2); Liberal, Maria (2);
Gandra, António (2); Francisco, Elsa (2); Lucas, M Conceição (2); Maciel, Jorge (2)
Hugo Cardoso Louro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P017)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Megacolon tóxico ideopático – Caso Clínico.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O quadro de megacólon tóxico
e a sua evolução representa um desafio na prática clínica. Material e Métodos: Neste trabalho retrata-se
um caso clínico representativo desta patologia. Resultados: Doente do sexo feminino, 76 anos, totalmente
dependente, Índice de Karnosky 40. Antecedentes
de histerectomia total com anexectomia por patologia
benigna. Síndrome demencial associado e obstipação
crónica, com necessidade de apoio farmacológico para
manter o trânsito intestinal. Desenvolve clínica de oclusão intestinal, com recurso ao Serviço de Urgência.
Evolução para megacólon tóxico, refractário ao tratamento médico e com instalação de sépsis grave, tendo
sido necessária colectomia total com ileostomia terminal. Boa evolução no pós-operatório, apesar de pneumotórax associado a cateter venoso central. Estudo
anatomopatológico do cólon não esclarece etiologia do
quadro. Discussão: Megacólon tóxico como entidade
clínica associada a instalação e evolução potencialmente rápidas, requerendo ajuste dinâmico das estratégicas terapêuticas a adoptar.
HOSPITAL: Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P016)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Tumor Neuroendócrino do Recto
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos
do recto representam cerca de 19% dos tumores neuro-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
47
AUTORES: Leite, M; Liberal, M; Louro, H; Campos, J; Carrapita, J;
Maciel-Barbosa, J.
CONTACTO: Mariana Leite
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P018)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Abdómen agudo como 1ª manifestação de Doença
de Crohn
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Doença de Crohn é uma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
doença inflamatória crónica, de causa ainda desconhecida, que pode afectar qualquer segmento do trato
gastrointestinal. O diagnóstico é difícil sendo baseado
em dados clínicos, radiológicos, endoscópicos e histológicos. As suas manifestações clinicas são variáveis
e vão depender da localização e gravidade da doença.
Embora a apresentação aguda seja rara, a ileíte terminal simula um quadro de apendicite aguda. Os autores
apresentam um caso clínico de um jovem de 24 anos,
com antecedentes de Doença de Refluxo Gastro Esofágico e anorexia nervosa. O doente dá entrada no serviço
de urgência por quadro de dor abdominal tipo cólica,
peri-umbilical com irradiação à fossa ilíaca direita,
acompanhado de vómitos. Realizou exames imagiológicos que descrevem liquido intra-peritoneal e provável
abcesso em relação com apêndice cecal. Por apresentar agravamento clínico com instalação de quadro séptico é submetido a intervenção cirúrgica, tendo-se verificado peritonite generalizada com ponto de origem em
região ileo-cecal fistulizada e abecedada. Procedeu-se
a ressecção ileo-cecal com ileostomia terminal, tendo o
pós-operatório decorrido sem intercorrências. O exame
anatomopatológico confirmou a suspeita intraoperatória
de Doença de Crohn, tendo o doente sido encaminhado
para consulta de Gastrenterologia.
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Colo-Proctologia
Monteiro, N.; Rufino, S.C.; Fontinha, J.P.; Cortez, L.
Nuno Monteiro
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
des anaplásico do cólon sigmóide e recto, desenvolvido
no contexto de terapêutica imunossupressora e infecção
concomitante por EBV. Inicia quimioterapia (R-CHOP).
Faz 7 ciclos sem evidência de melhoria clínica. Progressão de doença com recidiva pélvica, óssea, pulmonar e cerebral. Morte a 17/7/2014. Discussão: Este
caso alerta para a hipótese de um linfoma oculto numa
doença perianal complexa sem sinais de cicatrização em
doente sob imunossupressão agressiva. Na DII há um
risco acrescido de CCR e de doenças hematológicas.
Está comprovada uma relação directa entre a imunossupressão iatrogénica e as doenças linfoproliferativas.
Linfoma B difuso de células grandes anaplásico tem mau
prognóstico, agravado, neste caso, pela infecção concomitante por EBV, dificultando o sucesso terapêutico.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Manuel Rosete (1), Paula César (2), Fernando Azevedo
(1), Mónica Martins (1), Júlio Soares Leite (1), Francisco Castro e Sousa (1)
Manuel Fernandes Lourenço e Gonzalez Rosete
[email protected]
05-03-2015
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P73)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Efeito da cirurgia bariátrica no refluxo gastroesofá-
gico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A relação entre obesidade
e a doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) tem
demonstrado ser estreita. O aumento do índice de
massa corporal (IMC) e a acumulação de gordura
visceral estão associadas com um risco 2 a 3 vezes
superior de desenvolver sintomas de refluxo ou lesões
esofágicas. A cirurgia bariátrica tem evidenciado ser
benéfica na resolução do refluxo. Material e Métodos: Analisaram-se retrospetivamente os processos
de todos os doentes submetidos a cirurgia bariátrica
no serviço de Cirurgia B entre 2010 e 2013. Foram
analisadas as comorbilidades pré-operatórias e a sua
persistência 1 ano após a cirurgia. Os doentes foram
inquiridos sobre a presença de sintomas de refluxo ou
alterações endoscópicas antes e depois da cirurgia.
As diferenças foram consideradas significativamente
estatísticas para valores de p Resultados: A cirurgia
bariátrica melhorou os sintomas de refluxo em 78.6%
dos doentes obesos com DGRE, apresentando resolução completa ou parcial das queixas. O bypass gástrico
mostrou ser o melhor procedimento para doentes com
DRGE pré-operatória. Uma maior proporção de doentes submetidos a gastrectomia vertical laparoscópica
iniciou queixas de refluxo previamente não existentes.
Discussão: A cirurgia bariátrica constitui um procedimento eficaz na maioria das queixas de refluxo gastroesofágico, permitindo igualmente a perda de peso e
a melhoria de outras comorbilidades. A literatura atual
indica o bypass laparoscópico como procedimento de
eleição nestes casos.
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P019)
SESSÃO P-CR 1
TÍTULO: Linfoma B difuso anaplásico desenvolvido em
doença de Crohn perianal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Homem de 22 anos, com diag-
nóstico de Doença de Crohn desde Julho 2012 medicado com azatioprina e 5-ASA. Em Setembro 2013
apresenta doença perianal refractária a antibioterapia e
imunossupressores. Observa-se orifício fistuloso às 5h
em litotomia, volumosa ulceração canal anal e destruição do esfincter posteriormente. Realizada fistulotomia
com ileostomia de derivação. Iniciou terapêutica biológica e vacuoterapia sem sucesso optando-se pela realização de amputação abdomino-perineal em Dezembro
2013. Pós-operatório complicado por febre persistente,
infecção da ferida abdominal, ferida perineal sem evidência de cicatrização. Sem resolução com antibioterapia. Histologia revelou linfoma B difuso de células gran-
Revista Portuguesa de Cirurgia
48
HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Esófago Gástrica
AUTORES: Marta Costa, Emília Fraga, Ana Bento, Mário Santos,
João Almeida, Fernando Oliveira
CONTACTO: Marta Raquel Pereira da Costa
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P411)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Hérnia de Hiato Gigante Encarcerada
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Hérnia de hiato gigante é uma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
entidade pouco frequente, representando 5-10% do
total de hérnias de hiato. Consiste na presença de>30%
do estômago em localização intratorácica e geralmente
integra, em simultâneo, um componente de deslizamento e paraesofágico. A incidência de encarceramento
e estrangulamento é diminuta. Masculino, 89 anos, com
antecedentes de patologia cardíaca, recorreu ao Serviço
de Urgência por náuseas, hematemeses e dispneia com
24h de evolução. Apresentava-se hemodinamicamente
estável, subfebril e com elevação dos parâmetros inflamatórios. Na radiografia torácica observou-se hérnia
de hiato gigante.Realizou EDA, após protecção da via
aérea, que revelou isquemia da mucosa do corpo gástrico e úlcera com 5cm de diâmetro na junção esófago-gástrica. Foi submetido a laparoscopia que confirmou
herniação gástrica completa com sinais de sofrimento,
que reverteu após redução do saco herniário. Foi realizada correcção de hérnia de hiato e fundoplicatura de
Dor. Internamento complicado com hematemeses e perfuração iatrogénica na junção esófago-gástrica por EDA,
tendo sido submetido a exclusão esofágica bipolar. Teve
alta com boa tolerância alimentar pela jejunostomia a
Witzel, a aguardar reconstituição de trânsito esofágico.
Habitualmente, em doentes sintomáticos, o tratamento
definitivo é cirúrgico. Adicionalmente, devido aos riscos
hemorrágico, de estrangulamento, vólvulo e, perfuração
em hérnias paraesofágicas e mistas, recomenda-se a
correcção cirúrgica electiva.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Cirurgia Esófago Gástrica
Ferreira J, Barbosa L, Santos M, Tavares A, Viveiros F,
Costa E, Ponte A, Pinho R, Maciel J
Joana Ferreira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
género, idade, sintomatologia, topografia, procedimento
cirúrgico, histologia e estadiamento das lesões. Resultados: Foram intervencionados 117 doentes (66homens
e 51mulheres).Destes, 105(89.7%) foram submetidos
a cirurgia com intenção curativa, 21 realizadas pela via
laparoscópica(VL) e as restantes 84 por via aberta(VA).
Foram realizadas 12(10.3%) cirurgias com intenção paliativa, 4 realizadas por VL e as restantes 8 por
VA.Histologicamente foram identificados 4(3.42%) carcinomas in situ, 7(5.98%) tumores do estroma gastrointestinal, 74(63.2%) adenocarcinomas do tipo intestinal,
16(13.7%) adenocarcinomas do tipo difuso, 9(7.69%)
adenocarcinomas do tipo misto, 1(0.85%) carcinoma
neuroendócrino, 2(1.71%) leiomiomas e 4(3.42%) lesões
não classificáveis. Discussão: A complexidade da abordagem da neoplasia gástrica promoveu o desenvolvimento de uma Unidade Funcional.Na neoplasia maligna
a ressecção cirúrgica permanece a opção curativa.Se no
que concerne às neoplasias benignas a VL tem um papel
bem estabelecido, é objetivo desta Unidade acompanhar
o propósito de que os princípios oncológicos da VA se
mantenham na abordagem por VL.
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Ana Cristina Carvalho, Hugo Mesquita, Carlos Santos
Costa, Diana Brito, Marta Martins, Andreia Santos,
Juliana Oliveira, Manuel Ferreira, José Esteves, Jorge
Magalhães, Pinto Correia
Ana Cristina da Silva Carvalho
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P75)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Obstrução intestinal por migração de balão intra-
-gástrico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O balão intra-gástrico (BIG)
constitui uma opção no tratamento da obesidade mórbida, quer como terapêutica não cirúrgica quer como
preparação pré-operatória, apresentando uma taxa de
complicações major inferior a 3%. Resultados: Doente
de 46 anos de idade, com obesidade mórbida (IMC:
52, 3Kg/m2), admitida no serviço de urgência 8 meses
após colocação de BIG, com quadro de intolerância alimentar e dejeções diarreicas. Realizou Rx abdominal
simples que evidenciou níveis hidroaéreos de delgado
e TC que evidenciou corpo estranho (BIG desinsuflado)
no lúmen de ansa ileal; após falência de tratamento
conservador, repetiu estudo imagiológico com TC que
demonstrou persistência de BIG no íleon terminal e
dilatação das ansas a montante, com cerca de 4 cm de
calibre máximo. A doente foi então submetida a laparoscopia exploradora, verificando-se presença de ansa
de íleon aderente à parede abdominal (Pfannenstiel
prévio), com BIG nesse local a condicionar quadro obstrutivo; realizada enterotomia com extração de balão
por via laparoscópica, tendo a doente apresentado posterior resolução do quadro oclusivo. Não se registaram
intercorrências pós-operatórias. Discussão: A obstrução condicionada por migração de BIG constitui uma
complicação rara, cujo risco aumenta após 6 meses de
colocação. O diagnóstico precoce é essencial, possibilitando em alguns casos a extração endoscópica e
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P74)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Experiência da nossa Unidade Funcional de Cirurgia
Esofago-Gastro-Duodenal em Neoplasia Gástrica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresenta-se a casuística refe-
rente ao tratamento cirúrgico das neoplasias gástricas de
janeiro de 2013 a outubro de 2014 (a alargar até dezembro de 2014), tempo de existência da Unidade Funcional
de Patologia Esofago-gastro-duodenal do nosso Serviço.
Material e Métodos: Colheita de informação em base
de dados da Unidade Funcional para análise das neoplasias gástricas intervencionadas em função das variáveis
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
49
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
evitando morbilidade adicional. A laparoscopia constitui
uma abordagem cirúrgica eficaz no tratamento deste
tipo de complicação.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
P. Andrea-Ferreira; M. Aral; E. Costa, A. Gouveia, J.
Preto; J. Barbosa; J. Costa-Maia.
Patrícia Andrea Pinheiro da Silva de Sousa Ferreira e
Bouça Machado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P76)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Ulcera péptica perfurada no adolescente – uma
revisão da literatura a propósito de 2 casos clínicos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença ulcerosa péptica é
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
uma causa de dor abdominal em idade pediátrica, principalmente na segunda década de vida. Apesar de ser
uma etiologia rara, está presente em cerca de 8.1%
das crianças que realizam endoscopia digestiva alta
na Europa. A complicação por perfuração é ainda mais
rara. Material e Métodos: Relatamos dois casos de
úlcera péptica perfurada em adolescentes ocorridos no
espaço de um mês, num hospital nível II. Em ambos os
casos, o diagnóstico pré-operatório presumível era de
apendicite aguda. A abordagem cirúrgica inicial num dos
doentes foi por laparotomia de McBurney convertida em
laparotomia mediana pela dissociação entre os discretos sinais inflamatórios do apêndice e o derrame peritoneal purulento. No segundo caso, a abordagem inicial
foi por laparoscopia exploradora também convertida em
laparotomia mediana pelo mesmo motivo associado a
dificuldades técnicas. Além do relato dos casos clínicos,
foi feita uma revisão da literatura através de uma pesquisa na base de dados PubMed/Medline. Discussão:
A perfuração ulcerosa péptica deve fazer parte do diagnóstico diferencial dos adolescentes com dor abdominal
aguda e sinais de irritação peritoneal. Nos doentes com
suspeita pré-operatoria de apendicite aguda, a discrepância entre os sinais inflamatórios do apêndice e o
derrame peritoneal deve levantar a suspeita de úlcera
péptica perfurada. O diagnóstico precoce e o tratamento
adequado destes doentes contribuem para o excelente
prognóstico desta patologia em idade pediátrica.
Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Hugo Maciel Ribeiro, Filipa Santos, Henrique Morais,
Jessica Neves, João Pinho, Vera Vieira, Nuno Azenha,
Isabel Borges, Alice Fonseca, Amândio Matos, Lucília
Conceição, Raquel Dias, José Mário Cecílio.
Hugo José Maciel Ribeiro
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tratamento, estando reservada nas complicações. A
perfuração é uma das complicações e ocorre em cerca
de 2 a 10% dos doentes com úlcera duodenal. Este trabalho visa averiguar a incidência e o perfil dos doentes
operados com perfuração de úlcera péptica (duodenal
e pré-pilórica)nos últimos 5 anos, tendo em conta diversas variáveis Material e Métodos: Análise retrospectiva
dos livros de bloco e processos clínicos de consulta/
internamento, registando-se todos os casos de Perfuração de Úlcera (pré-pilórica e duodenal) no período de
tempo entre 01/01/2009-31/12/2014. Caracterização da
amostra através das seguintes variáveis: idade, género,
co-morbilidades, tempo decorrido entre o inicio dos sintomas e a cirurgia, episódio inaugural v.s diagnóstico
pré-existente, procedimento cirúrgico efectuado, complicações e abordagem terapêutica no pós-operatório
incluindo a erradicação de H.Pylori e a utilização de IBP
Resultados: Registaram-se cerca de 67 casos com predomínio do género masculino, não havendo, na maioria
dos casos, diagnóstico prévio. Salienta-se a associação
ao abuso de alcool e AINEs. O tempo decorrido entre
o diagnóstico e a cirurgia raramente ultrapassou as 6h
e o procedimento mais frequentemente realizado foi a
ulcerorrafia e a epiplonplastia. À data da alta praticamente todos os doentes ficaram medicados com IBP e
alguns fizeram erradicação para o H.Pylori. Discussão:
Comentário dos resultados baseando-se na bibliografia
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Guerreiro, Ana; Jervis, Maria João; Febra, Pedro; Voabil, Carlos; Candeias, Maria Regina
Ana Isabel Vicente Guerreiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P78)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Nem sempre corre como esperado!
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Das complicações do bypass
gástrico (BG) as fístulas são das mais desastrosas,
estando associadas a taxas consideráveis de morbilidade e mortalidade e existindo uma acesa discussão
na literatura sobre a sua abordagem. Ocorrem em 2-5%
dos BG e a mortalidade pode chegar aos 37, 5%. Material e Métodos: Os autores descrevem um caso de
fístula do “pouch” gástrico pós BG. Resultados: Trata-se de um homem de 35 anos, IMC 45 Kg/m2 e DM2
submetido a BG laparoscópico que após 8 dias iniciou
um quadro de dor abdominal intensa sendo identificada
a presença de fístula. Foi submetido a laparotomia
exploradora com drenagem e “patch” de epiplon e realizou EDA, que revelou orifício fistuloso do ângulo de
His, sendo colocada prótese metálica autoexpansível
(PMAE). Necessitou de revisão da PMAE aos 7, 10 e
14 dias, removendo-a 35 dias após a última revisão.
No exame de controlo foi identificado orifício fistuloso
patente ao nível do qual se encontrava a extremidade
do dreno. Este foi reposicionado e colocou-se nova
PMAE. Teve alta no 67º dia de internamento e a PMAE
foi removida 4 semanas depois sem sinais de recidiva
da fístula. Discussão: A abordagem das fístulas pós
BG permanece um desafio e a utilização de próteses
endoscópicas apresenta resultados promissores com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P77)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Perfuração de Úlcera Péptica: perfil dos doentes
operados nos últimos 5 anos no Serviço de Cirurgia
Geral do HJJF – ULSBA
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A compreensão da fisiopatologia da úlcera péptica alterou o papel da cirurgia no seu
Revista Portuguesa de Cirurgia
50
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
taxas de sucesso de 75-100%. Os autores realçam a
importância da identificação dos factores que possam
dificultar a cicatrização da fístula.
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Catarina Longras, Washington Costa, Diana Brito, Ana
Cristina Carvalho, Marta Martins, Vânia Castro, Teresa
Neto, Rui Pinto, Ricardo Moreira, Pinto Correia
Catarina Longras
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P79)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Complicação Tardia de Fístula pós-Sleeve gástrico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Sleeve gástrico é um dos
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
procedimentos cirúrgicos mais amplamente difundidos
para o tratamento da obesidade mórbida. As fístulas do
tubo gástrico complicam 5% destes procedimentos, e o
seu tratamento por endoscopia, nomeadamente a colocação de prótese gástrica, poderá evitar a necessidade
de reintervenções cirúrgicas. Material e Métodos:
Mulher, 45 anos, IMC 46.7 Kg/m2 após remoção de
banda gástrica em 2013, submetida a Sleeve gástrico
em Junho de 2014. Em D2 pós-operatório inicia quadro
de sudorese profusa, taquicárdia e aumento dos parametros inflamatórios, tendo-se documentado em TAC
uma fístula proximal do tubo gástrico. Resultados:
Optou-se por colocação de prótese gástrica, por via
endoscópica, para exclusão do orifício fistuloso. Boa
evolução clínica e laboratorial com alta e acompanhamento em ambulatório, tendo sdo feita remoção endoscópica de prótese às 7 semanas. No 20º dia após estes
procedimento, recorre à Urgência por quadro suboclusivo, destacando-se imagiológicamente presença de
material protésico no ileon distal, a aproximadamente
50cm da válvula ileo-cecal. Submetida a Enterotomia
para remoção de prótese Enterectomia segmentar. Boa
evolução com alta ao 5º dia e trãnsito intestinal restabelecido. Discussão: As róteses endoscópicas são alternativas válidas para o tratamento das fístulas do tubo
gástrico em doentes hemodinamicamente estáveis,
carecendo contudo de vigilância ajustada à sua evoluçã. Não estão totalmente isentas de complicações,
como o caso relatado documenta.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Pereira, Joana; Pestana Marques, Pedro; Nunes, José
Luis; Raposo D´Almeida, João; Mendes de Almeida,
Prof. Dr. José
Joana Pereira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
no espaço de Peterson.O diagnóstico representa um
desafío clínico, visto que a sintomatologia e as alterações imagiológicas são pouco específicas. Material e
Métodos: Estudo retrospectivo baseado na consulta do
processo clínico do doente. Resultados: Doente com
antecedentes de bypass gástrico via laparoscópico,
recorre ao SE por queixas de dor abdominal associada a
vómitos.TC abdominal “marcada distensão de intestino
delgado e presença de liquido peritoneal”. Submetida
a laparoscopia exploradora objectivando-se lesões de
insuficiência vascular na parede das ansas intestinais.
Após conversão, identificou-se hérnia interna ao nível
do espaço de Petersson.Após redução do conteúdo
herniário, realizada enterectomia segmentar (30 cm) da
ansa biliar por isquemia irreversível.Regressão parcial
dos sinais de má perfusão no restante delgado, mas
dada a extensão das lesões, optou-se por tratamento
conservador e confecção de laparostomia.Second look:
constatou-se melhoria franca dos sinais de má perfusão, pelo que se decidiu por encerramento da parede
abdominal. Discussão: Apesar de ser consensual o
encerramento dos defeitos mesentéricos na tentativa
de evitar esta entidade, a marcada perda de peso pode
motivar a sua reabertura, condicionando o seu aparecimento. A laparosocopia exploradora deve ser realizada
nos doentes com elevada suspeição clínica.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Vera Oliveira, Ferreira de Almeida, Trovão Lima, Tiago
Ferreira, Jose Reis, Gil Gonçalves, Mario Nora
Vera Lucia Oliveira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P81)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Torção Secundária de Epíplon – Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A torção do grande epíploon é
uma causa rara de abdómen agudo, podendo ser primária ou secundária. A secundária é mais comum e
está associada a condições pré-existentes. A torção
do epíploon sobre o seu próprio eixo leva a isquémia e
necrose. Os doentes geralmente apresentam um quadro
de dor abdominal que mimetiza outras patologias como a
apendicite aguda ou colecistite aguda. A tomografia computorizada (TC) abdominal com contraste é importante
no diagnóstico. Material e Métodos: Doente do sexo
feminino de 54 anos com antecedentes bypass gástrico
em Y-Roux por via laparoscópica, por obesidade, com
ida ao serviço de urgência por quadro de dor abdominal
associada a vómitos. Resultados: A ecografia abdominal e endoscopia digestiva alta não mostraram alterações, já a TC abdominal com contraste mostrou uma
densificação da gordura intra-abdominal e aspeto em
“redemoinho”, colocando a hipótese de torção epíploon
ou hérnia interna com comprometimento vascular. A
doente foi submetida a laparotomia exploradora, onde se
constatou uma torção da metade direita do epíploon com
necrose, tendo-se realizado omentectomia parcial. O
pós-operatório decorreu sem intercorrências, tendo alta
ao 3º dia clinicamente bem. Ao 9º mês após a cirurgia, a
doente mantém-se assintomática. Discussão: A torção
do epíploon é uma causa rara de abdómen agudo. Dado
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P80)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Caso raro de Oclusao intestinal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O bypass gástrico laparos-
cópico é a cirurgia Gold Standard no tratamento da
obesidade. A oclusão intestinal por hérnia interna, complicação pouco comum, ocorre predominantemente
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
51
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
que o diagnóstico pré-operatório é difícil, é recomendado
a realização de TC com contraste. O tratamento desta
entidade é cirúrgico podendo a abordagem ser a laparoscopia ou laparotomia.
Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
Cirurgia Esófago Gástrica
A. Machado (1), M. Amaro (1), R. Félix (1), R. Sanchez
(1), J. Patrício (1), M. Carvalho (1), Caravana J. (1)
Arnaldo Furtado Paiva de Oliveira Machado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P82)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Um ano e meio após departamentação, resultados
de uma Unidade Esofago-Gástrica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O objetivo do trabalho dos
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
autores é fazer uma análise retrospectiva do trabalho
realizado na Unidade de esofago-gastro de um Serviço
de Cirurgia Geral após a sua departamentação. Resultados: Entre Janeiro de 2013 e Agosto de 2014 foram
referenciados 111 doentes, 71, 2% do sexo masculino.
Foram submetidos a cirurgia 63, 1% (n=70), colocada
prótese em 13, 5% (n=13) e 23, 4% (n=26) não foram
submetidos a intervenção. Dos 111 doentes, 0, 9%
(n=1) do esófago distal, 3, 4% (n=4) eram carcinomas
do cardia Siewert I, 12, 6% (n=14) Siewert II, 6, 3% (n=7)
Siewert III, 23, 4% (n=26) do corpo, 35, 1% (n=39) do
antro, 9, 9% (n=10) do corpo-antro, 2, 7% (n=3) do coto
gástrico. Foi realizada laparoscopia de estadiamento
em 38, 7% (n=43). Nos doentes operados, 4, 5% (n=4)
foram submetidos a esofagectomia transhiatal, 51, 9%
(n=41) gastrectomia total, 16, 5% (n=13) gastrectomia
subtotal, 5, 1% (n=4) gastrectomia total com ressecção
multivisceral, 1, 3% (n=1) gastrectomia subtotal com
ressecção multivisceral, 6, 3% (n=5) laparoscopia estadiamento e 1, 3% (n=1) transversostomia em ansa. Em
32% (n=36) foi realizada linfadenectomia D2. A mortalidade foi 1, 4% (n=1), a morbilidade foi 2, 9% (n=2) deiscência de anastomose, 2, 9% (n=2) evisceração, 2, 9%
(n=2) pneumonia nosocomial, 1, 4% (n=1) TEP, 1, 4%
(n=1) estenose anastomose, 1% (n=1) Colecção residual, 1% (n=1) peritonite biliar. Os autores pretendem,
ainda, realizar uma análise estatística do subgrupo de
doentes operados e paliadoscom prótese endoscópica.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Albergaria D. Frois Borges, M. Oliveira G, Onofre, S.
Carvalho, R. Soares, J. Silva, M. Pires, S. Luz, C. Santos, J.C., Corte Real, J.
Diogo Albergaria
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
está isenta de complicações nem reintervenções, apesar de raramente colocar a vida dos doentes em risco.
As complicações mais frequentes são: slippage, obstrução gástrica, dilatação da bolsa, infecções do port
e migração da banda. Os autores apresentam o caso
de uma doente com oclusão intestinal por “twisting” do
tubo de banda gástrica. Resultados: Doente 34 anos,
género feminino, com antecedentes de obesidade mórbida, submetida a colocação da banda gástrica em
2008, sem registo de intercorrências. Desenvolve quadro de dor abdominal súbita, difusa, associada a náuseas, vómitos e enfartamento. Recorreu ao Serviço de
Urgência onde realizou radiografia abdominal que mostrou níveis hidro-aéreos e torção do tubo da banda?;
uma TC confirmou o quadro oclusivo condicionado pela
banda gástrica. Foi submetida a cirurgia urgente com
remoção de banda gástrica, e resolução do quadro de
oclusão do intestino delgado; o pós-operatório decorreu
sem intercorrências. Discussão: A banda gástrica apesar de ser considerada uma técnica segura está associada a múltiplas complicações com necessidade de
reintervenção cirúrgica. O “twisting” do tubo da banda
gástrica com oclusão intestinal associada é uma complicação rara, mas possível desta técnica.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Marisa Aral, Silvestre Carneiro, Vítor Devesa, John
Preto, José A. Barbosa, J. Costa Maia
Marisa Aral
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P84)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Gastrectomia Laparoscópica – Primeiros Passos...
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução A patologia gástrica
é responsável por um número muito significativo das
admissões em serviços de cirurgia. Se a abordagem
laparoscópica, com as vantagens que lhe estão inerentes, desde cedo foi considerada ideal para etiologias
benignas, a controvérsia persistiu relativamente às indicações perante malignidade. Os autores apresentam os
primeiros passos da laparoscopia na cirurgia gástrica
no Serviço de Cirurgia do Hospital ao qual pertencem,
salientando a importância da supervisão durante a curva
de aprendizagem. Material e Métodos: Procedeu-se a
uma revisão bibliográfica exaustiva que permitiu integrar o estado da arte relativamente à gastrectomia em
geral e à abordagem laparoscópica em particular. Os
processos de todos os doentes submetidos a gastrectomia foram analisados minuciosamente e após recolha
dos dados relevantes procedeu-se a comparação com
os valores reportados na bibliografia, para enquadrar
os resultados obtidos no nosso Serviço. Resultados: O
ainda reduzido número de doentes não permite avaliar
se há diferenças estatisticamente significativas relativamente aos procedimentos convencionais, mas foi possível verificar isoladamente uma diminuição da dor e
ileus no pós-operatório imediato com alta mais precoce
para o domicílio. Discussão: Tratando-se de um procedimento tecnicamente exigente, requer cirurgiões com
competência em laparoscopia avançada. É fundamental definir parâmetros para avaliar a eficácia das cirur-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P83)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Twisting: uma Complicação Rara de Banda Gástrica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A banda gástrica foi, no pas-
sado, um dos procedimentos bariátricos mais realizados; é considerado uma cirurgia segura e a menos
invasiva de todas as cirurgias bariátricas. Contudo, não
Revista Portuguesa de Cirurgia
52
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gias realizadas, garantindo o rigoroso cumprimento das
leges artis.
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Sónia Bispo, Sofia Nunes, Javier Arias
Sónia Isabel Bárbora Bispo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P85)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Gastrectomia Vertical no Tratamento da Obesidade
Mórbida – Resultados de uma Série de 963 Doentes
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: O tratamento cirúr-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gico da Obesidade tem sido encarado, nos últimos
anos, como uma poderosa arma de combate a um flagelo da sociedade moderna. Para além de actuar no
controlo de peso, a terapêutica cirúrgica desta doença
consegue também bons resultados no tratamento de
comorbilidades associadas, melhorando assim a qualidade de vida dos doentes. Objectivo: Avaliar os resultados obtidos por 963 doentes com gastrectomia vertical,
operados por uma equipa dedicada à Obesidade Mórbida. Material e Métodos: Material e Métodos: Estudo
observacional retrospectivo de 963 doentes com Obesidade Mórbida tratados cirurgicamente com gastrectomia vertical. Análise descritiva e tratamento estatístico.
Resultados: Resultados: Apresenta-se os resultados
obtidos no tratamento da obesidade com gastrectomia
vertical incidindo na seriação de dados de Peso e Índice
de Massa Corporal e Percentagem de Peso Perdido.
O tamanho e recuo temporal da série permite analisar
resultados com 5 anos de terapia cirúrgica. São ainda
apresentadas complicações e causas de falência terapêutica. Discussão: Conclusão: A gastrectomia vertical
laparoscópica é um procedimento seguro e efectivo no
tratamento da Obesidade Mórbida e das comorbilidades associadas a esta doença, apresentando elevados
valores de eficácia e tolerabilidade quando realizados
por uma equipa experiente e dedicada.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
França, N.; Marques, P.; Chiado, A; Chiado, C; Nunes,
J.; D´Almeida, J.; Almeida, J
Nuno França
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
trico, entre Maio/2010 e Junho/ 2013. Resultados: Dos
119 doentes, 93 eram do género feminino, com idade
mediana de 44 anos (22-65 anos). A taxa de complicações global foi 4, 2%, com 4 casos de complicação major,
sem registo de mortalidade. Verificou-se um decréscimo
do IMC (índice de massa corporal) de 44.8kg/m2 para
37.8kg/m2, e 34.6kg/m2, aos 3 e 6 meses. A percentagem de excesso de peso perdido (%EWL) aumentou
gradualmente de 36, 3% aos 3 meses, para 51, 3%
aos 6 meses. Aos 6 meses de follow-up, analisando as
comorbilidades, verificou-se uma diminuição significativa
da receituário habitual. Discussão: A análise da nossa
série permite concluir que o sleeve gástrico é uma técnica segura e eficaz no tratamento da obesidade mórbida. Um maior tempo de seguimento é necessário para
determinar os resultados a longo prazo relativamente a
comorbilidades, % EWL e ganho ponderal.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Marisa Aral, Manuel Sousa, John Preto, Hugo S. Sousa,
António Gouveia, Eduardo Lima Costa, Silvestre Carneiro, José A. Barbosa, J. Costa Maia
Marisa Aral
[email protected]
05-03-2015
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P152
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Perfuração espontânea vesícula biliar Tipo II? um
caso raro de abcesso hepático
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Homem de 69 anos, ante-
cedentes de DM2NID e AVC. Internado por Medicina
Interna (diabetes descompensada e dor abdominal).
Por persistência das queixas álgicas, realizou TC-AP
ao 15ºdia de internamento que revelou líquido intrabdominal, colecção sub-frénica (15x9 cm) e vesícula
de paredes mal definidas, com alteração estrutural
dos segmentos IV e V. Observado por Cirurgia Geral
apresentava abdómen mole, doloroso no hipocôndrio
direito, sem reacção peritoneal. Analiticamente leucocitose de 35 000 e PCR 16, 4. Ecografia abdominal
evidenciou abcessos hepático e subfrénico em complicação de colecistite aguda litiásica perfurada. Perante
clínica e co-morbilidades optou-se pela cirurgia. Realizada incisão de Kocher com evidência de peritonite
biliar, abcesso sub-frénico (600 cc de pus) e ruptura
da cápsula hepática com loca hepática abecedada de
cerca de 8x6 cm em plano de contiguidade com perfuração da vesícula biliar. Foi colecistectomizado e os
abcessos drenados. Realizou ciclo de antibioterapia
dirigida após cirurgia, tendo tido alta ao 14º dia pós-operatório. Discussão: O abcesso hepático é uma
complicação rara da perfuração da vesícula biliar. Em
1934 Niemeier classificou as perfurações da vesícula
biliar em 3 tipos, de perfuração livre a fistula colecistoentérica. Perante diagnóstico de perfuração da vesícula
biliar, mesmo perante clínica frustre, deverá ser realizada abordagem cirúrgica precoce, diminuindo assim a
morbilidade e mortalidade associadas.
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P86)
SESSÃO P-EGD 1
TÍTULO: Sleeve Gástrico: experiência de uma Unidade de
Tratamento Cirúrgica de Obesidade
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A gastrectomia vertical (sleeve
gástrico) não sendo a nossa opção de primeira linha, é
uma técnica de cirurgia bariátrica cada vez mais difundida e com vantagens reconhecidas. Os autores apresentam a experiência de uma Unidade de Tratamento
Cirúrgica de Obesidade, analisando os dados demográficos, comorbilidades, complicações e perda ponderal.
Material e Métodos: Os autores apresentam os resultados dos primeiros 119 casos submetidos a sleeve gás-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
53
HOSPITAL: Hospital de Vila Franca de Xira
CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
AUTORES: Marques, Cláudia; Bentes, Nuno; Rábago, Angeles;
Morais, João; Rodrigues, Francisco
CONTACTO: Cláudia Neves Marques
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P153)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Pâncreas Anular no Adulto – a propósito de um
caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pâncreas anular é uma ano-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
malia congénita rara, inicialmente descrita por Tiedemann em 1918. Fruto do advento de modalidades diagnósticas mais sofisticadas, estudos apontam para uma
incidência de 1/1000. Caracteriza-se pela extensão de
tecido pancreático ao redor da 2ª porção do duodeno
(D2), causando variáveis graus de compressão extrínseca e subsequente obstrução. A teoria mais aceite
quanto à sua origem embriológica descreve um anormal
desenvolvimento do botão pancreático ventral e da sua
fusão ao duodeno. Pode estar associado a outras anomalias, sendo a má rotação intestinal a mais frequentemente encontrada nos adultos. Resultados: Relata-se o
caso clínico de um jovem de raça negra, 23 anos, que
recorreu ao Serviço de urgência por quadro de suboclusão intestinal alta. Realizou tomografia computorizada abdomino-pélvica que revelou marcada distensão
gástrica e de D1 e a presença de anel de parênquima
pancreático a rodear D2, condicionando estenose por
compressão extrínseca. Em adição, mostrou trajecto
anómalo da veia mesentérica superior, posterior à artéria
homónima, sugerindo algum grau de má-rotação. Estudo
complementar com endoscopia digestiva alta apenas
evidenciou sinais de gastrite crónica. Neste contexto, foi
submetido a gastro-jejunostomia e vagotomia supraseletiva laparoscópica. Boa evolução no pós-operatório. Discussão: O pâncreas anular pode não se diagnosticar na
infância e manifestar-se apenas na idade adulta e deve
surgir no diagnóstico diferencial de oclusão intestinal alta.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Marta Fragoso, Marta Sousa, António Gomes, Ricardo
Rocha, Rui Marinho, Nuno Pignatelli, Énio Afonso, Vitor
Nunes
Marta Ramos Fragoso
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
dos: Mulher, 62 anos de idade. Na sequência de dois
episódios de cólica biliar no período de 1 mês, associada
a astenia, anorexia e perda ponderal, realiza estudo complementar.Analiticamente a destacar elevação marcada
do marcador CA 19, 9 (458, 8). Aspectos ecográficos
sugestivos de processo inflamatório crónico.Contudo,
TAC abdominal a evidenciar irregularidade suspeita da
parede da vesícula não se podendo excluir carcinoma.
Submetida a colecistectomia por via laparoscópica com
colheita de lavado peritoneal e exame extemporâneo da
peça operatória que excluíram a suspeita pré-operatória
de carcinoma. Cirurgia e pós-operatório sem intercorrências. Exame anatomopatológico confirmou o diagnóstico
de CX. Discussão: Embora a CX constitua uma condição benigna, geralmente os exames complementares de
diagnóstico do pré-operatório não são suficientes para a
diferenciar do carcinoma da vesícula. O exame extemporâneo realizado permite orientar o cirurgião no sentido
da ressecção cirúrgica mais adequada de acordo com os
achados histopatológicos.
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Ana Teresa Bernardo, Rui Quintanilha, Luís Amaral,
Vítor Carneiro, António Silva Melo
Ana Teresa Bernardo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P155)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Pancreatite auto-imune: a neoplasia do pâncreas
que não exige cirurgia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Pancreatite Auto-imune (PAI)
é uma patologia crónica fibro-inflamatória do pâncreas,
actualmente enquadrada numa doença multi-orgânica
associada a hipergamaglobulinémia IgG4. Frequentemente tem características clínicas, analíticas e imagiológicas indiferenciáveis da neoplasia pancreática, mas
com excelente resposta à corticoterapia. Material e
Métodos: Caso clínico Resultados: Doente do sexo
feminino, 75 anos, antecedentes irrelevantes, recorre
ao serviço de urgência por perda ponderal, icterícia
indolor, colúria/acolia com 15 dias de evolução. Destacava-se exame objectivo abdominal normal, parâmetros analíticos de colestase e, imagiologicamente,
nódulo cefálico com envolvimento inflamatório difuso
pancreático. Efectuou colangiopancreatografia retrógrada endoscópica sugestiva de estenose maligna
extrínseca da via biliar, colocando-se prótese descompressiva; ecoendoscopia com biópsia do nódulo
(4 cm), confirmando envolvimento inflamatório difuso.
Com valor de CA 19.9 normal, citologia negativa para
neoplasia e título de IgG4 1180mg/dl, iniciou prova terapêutica com corticóides. Houve resposta serológica e
imagiológica franca, sem estenose ou recorrência clínica após remoção da prótese, mantendo vigilância em
consulta. Discussão: Pretende-se ilustrar a problemática no diagnóstico diferencial entre PAI e neoplasia
pancreática, similares na sua apresentação, mas com
terapêutica e prognóstico distintos. Recorrendo a critérios de estratificação pode evitar-se um procedimento
cirúrgico com morbimortalidade relevante.
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P154)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Colecistite Xantogranulomatosa
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colecistite xantogranulomatosa
(CX) é uma doença inflamatória rara da vesícula biliar
que se caracteriza por um intenso processo inflamatório
com destruição focal ou difusa que se pode estender à
parede da vesícula e estruturas adjacentes. Pode mimetizar clínica e radiologicamente o carcinoma da vesícula,
motivo pelo qual assume relevância clínica com importantes implicações na abordagem cirúrgica. Resulta-
Revista Portuguesa de Cirurgia
54
HOSPITAL: Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
AUTORES: Carracha M.(1), Rocha F.(1), Rodrigues C.(2), Rocha
C.(1), Oliveira M.(1), Almeida S.(1), Pinto B.(1),
Guminski S.(1), Carneiro F.(1)
CONTACTO: Miguel Carracha
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P156)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Cervicalgia como manifestação inaugural de heman-
gioma hepático
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hemangioma hepático é uma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
malformação vascular congénita que afecta sobretudo
mulheres na 5ª década de vida, constituindo o tumor
benigno mais comum do fígado. Geralmente é assintomático, não tendo os autores encontrado na literatura nenhum caso em que a cervicalgia surge como
a primeira manifestação clínica do mesmo. Material
e Métodos: Consulta e recolha de dados do processo
clínico da doente. Resultados: Doente do sexo feminino, 52 anos de idade, com antecedentes de litíase
vesicular sintomática, admitida por cervicalgia de início
espontâneo durante a noite e que motivou despertar
do sono, posteriormente com migração álgica lombar
irradiando aos quadrantes superiores do abdómen.
Avaliação analítica geral sem alterações significativas
e exames imagiológicos abdominais (ecografia, TC e
RMN) identificando hemangioma hepático associado
a hematoma subcapsular de 12.5 x 9.5 x 5 cm. Submetida a segmentectomia VII e VIII e colecistectomia,
com evolução clínica favorável e alta ao 6º dia pós-operatório. Assintomática desde então, com 3 meses
de follow-up. Discussão: A indicação para tratamento
do hemangioma hepático surge quando este se torna
sintomático, contudo a inespecificidade da cervicalgia
como primeiro sintoma tumoral dificultou um célere
diagnóstico do mesmo. A migração da dor para os quadrantes abdominais superiores levou à investigação
imagiológica que permitiu o diagnóstico, com posterior
abordagem cirúrgica.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Alberto Figueira (1), Ana Lontro (1), Cláudia Pereira (1),
Francisco Tortosa (2), Manuel Ribeiro (1), Paulo Viana
(1), Carlos Miranda (1), António Ruivo (1), João Coutinho (1), Mendes de Almeida (1)
Alberto Sérgio Santos Figueira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cia por desconforto abdominal com 15 dias de evolução associada a náuseas e vómitos alimentares ocasionais. Apresentava massa palpável nos quadrantes
direitos, dura, indolor e pouco móvel. Realizou TAC
abdomino-pélvica onde foi possível identificar vesicula biliar com cerca de 16 cm de extensão longitudinal e com parede espessada. No fígado visualizava-se massa de 4, 8 cm de diâmetro, que se admite um
angioma cavernoso, assim como lesões secundárias.
Submetida a cirurgia urgente no dia 3 de Novembro
2014 por suspeita de colecistite aguda litiásica. Realizada incisão de Kocher. Identificação de vesícula biliar
com extensão até à fossa ilíaca direita, com parede
muito espessada. Múltiplos focos secundários hepáticos (segmentos V e VI). Realizada colecistectomia e
hepatectomia parcial dos segmentos V e VI. Análise
histológica de carcinoma da vesícula com metastização
hepática. Pós-operatório sem complicações com alta
ao 8º dia. Orientação em consulta de Decisão Terapêutica para tratamento multidisciplinar. Discussão:
Os carcinomas da vesicula são muito agressivos e na
maioria das vezes o seu diagnóstico é incidental no
contexto de suspeita de patologia vesicular sintomática
beninga.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
J. Nobre, A. Couceiro, G. Capelão, M. Laureano, P.
Clara, M. Coelho dos Santos, I. Gonçalves
João Miguel Salvador Nobre
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P158)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Íleo biliar e «diferentes» formas de apresentação –
casos clínicos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: O íleo biliar é uma
complicação rara e grave da litíase biliar. Trata-se de
uma obstrução intestinal mecânica secundária à presença de um cálculo biliar no lúmen intestinal. Pela
sua raridade, que implica dificuldade e, muitas vezes,
atraso no diagnóstico, os autores consideram pertinente a exposição de 2 casos com formas «diferentes»
de apresentação. Métodos/Resultados: Apresentação
e documentação fotográfica de 2 casos clínicos. Caso
1 – mulher, 66 anos, com dor abdominal e vómitos cuja
investigação revelou a presença de íleo biliar. Transferida de outra instituição, foi submetida a colecistectomia com colangiografia, enterectomia, extracção do
cálculo e duodenorrafia. Caso 2: homem, 84 anos,
internado com o diagnóstico de pancreatite com colangite de etiologia litiásica (dor abdominal e perfil analítico compatíveis). Por agravamento do quadro durante
o internamento com sinais de quadro oclusivo realizou
tomografia computorizada (TC) que revelou íleo biliar.
Submetido a colecistectomia com colangiografia, enterotomia, extracção do cálculo e duodenorrafia. Discussão/ Conclusão: O íleo biliar é uma complicação rara da
litíase vesicular que acomete essencialmente pessoas
com mais de 65 anos e do sexo feminino. A apresentação típica é sob a forma de oclusão intestinal. A TC
é o meio de diagnóstico mais específico. O tratamento
é cirúrgico contemplando a enterotomia com remoção
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P157)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Massa abdominal invulgar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma da vesícula biliar
é raro e de mau prognóstico. Normalmente é assintomático até um estadio avançado ou a sua clínica
mimetiza a de litíase vesicular, tornando o seu diagnóstico precoce um desafio. Resultados: Doente do
sexo feminino, 77 anos, recorre ao Serviço de Urgên-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
55
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
do cálculo associados a colecistectomia com encerramento da fístula bilio-entérica.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Graça Cardoso, Vilma Martins, Sílvia Neves, Cecília
Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa
Silva, José Davide
Maria da Graça Pereira Cardoso
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P159)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Colecistite Enfisematosa
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Relato de caso clinico de Cole-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cistite Enfisematosa. Discussão: A colecistite enfisematosa é uma patologia rara, (1% de todas as colecistites agudas). Caracteriza-se pela presença de ar
no lúmen, parede da vesícula biliar e, ou, nos tecidos
perivesiculares, na ausência de fistula entre a arvore
biliar e o tracto gastrointestinal. Deve-se à infecção
por bactérias produtoras de gás. É mais frequente
em idosos e diabéticos. Os meios imagiológicos são
essenciais ao seu diagnóstico. Apresenta pior prognóstico que a colecistite não enfisematosa, devido ao
elevado risco de complicações(gangrena, perfuração,
abcesso). O tratamento implica colecistectomia precoce e antibioterapia de largo espectro. Os autores
apresentam o caso clínico de uma doente de 56 anos,
diabética com antecedentes de enfarte do miocárdio,
hipocoagulada, que recorre ao Serviço de urgência
por dor lombar direita e vómitos. Ao exame físico dor
ligeira à palpação profunda do quadrante superior
direito, sem massas palpáveis, sem defesa. Analiticamente elevação marcadores inflamatórios. Ecografia
e Tomografia computorizada que revelaram “vesícula
biliar moderadamente distendida com cálculos intraluminais, nível hidroaéreo intraluminal. Sem sinais de
dilatação das vias biliares intra ou extra-hepáticas ou
de pneumobilia. Aspectos suspeitos para colecistite
enfisematosa”. Submetida a Colecistectomia laparoscópica sem intercorrências. O exame anatomopatológico da peça confirmou colecistite aguda enfisematosa.
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Alexandra Carrazedo; Catarina Rocha; Isabel Armas;
Pedro Fernandes; Rui Reis; Julio Novo; Paulo silva;
Adriana Sousa; Herminia Martins
Alexandra Maria Carrazedo
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
aeroportia no contexto de uma isquémia intestinal num
doente do sexo masculino, 85 anos, sem antecedentes
relevantes, trazido ao serviço de urgência num quadro
de sépsis abdominal. A TAC em regime de urgência
revelou marcada aeroportia. Foi intervencionado e submetido a enterectomia segmentar por necrose ansas.
Ás 48h da intervenção, foi realizada uma TAC de controlo, verificando-se a total ausência das exuberantes
alterações encontradas inicialmente. Material e Métodos: “Case Report” Resultados: Exposição de imagens de TAC seleccionadas pelo autor. Discussão: A
aeroportia é um achado raro, que tem vindo a aumentar
graças ao uso mais frequente de técnicas imagiológicas mais avançadas. Embora classicamente seja considerado como um indicador de prognóstico sombrio,
atualmente também está associado a múltiplas entidades clínicas sem morbilidade ou mortalidade significativas.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Olavo Gomes; Alexandra Alves; Bernardo Maria;
Mariana Morgado; Alberto Figueira; Luís Miranda; Mendes Almeida
Olavo da Costa Gomes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P161)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Pneumoperitoneu como Apresentação de Fístula
Colecisto-Gástrica.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As fístulas colecisto-entéricas
são atualmente raras, sendo o subtipo colecisto-gástrico o mais incomum. Como causas principais estão
descritas litíase vesicular, úlcera gástrica, carcinoma
da vesícula ou gástrico. Apesar de descritas na literatura há anos, não existem consensos quando à melhor
abordagem cirúrgica. Resultados: Masculino, 65 anos,
recorre ao SU por dor abdominal, febre e prostração.
À admissão apresentava-se hemodinamicamente
estável, abdómen doloroso à palpação, sem sinais de
irritação peritoneal. Analiticamente com aumento dos
marcadores inflamatórios e agravamento da função
renal. TAC abdomino-pélvico revelou pneumoperitoneu
e coleção peri-hepática direita. Submetido a laparotomia com suspeita de perfuração de víscera oca, constatando-se intra-operatoriamente peritonite purulenta
generalizada, vesícula biliar esclero-atrófica perfurada
e fístula colecisto-gástrica. Efetuada colecistectomia,
fistulectomia e gastrorrafia. Discussão: O diagnóstico pré-operatório de fístula colecisto-entérica é difícil,
apenas colocado por avaliação imagiológica apurada
e confirmado no intra-operatório. A avaliação clínica
revela uma capacidade de suspeição extremamente
baixa. Podem ser a causa de colangite, peritonite ou
ileus biliar. O tratamento cirúrgico mais adequado,
nomeadamente no que se refere à gestão do segmento entérico fistulizado é ainda controverso. A morbi-mortalidade associada às complicações é alta, sendo
o diagnóstico precoce importante para um melhor
outcome.
HOSPITAL: Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P160)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Aeroportia: a propósito de um Caso
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A aeroportia é defenida pela
presença de ar no sistema porta, intra ou extra hepático. É um diagnóstico imagiológico por excelência,
não havendo forma de o aferir clinicamente e cuja fisiopatologia não é conhecida. Apresenta-se um caso de
Revista Portuguesa de Cirurgia
56
AUTORES: C Ferreira; C Gomes; A Melo; J Dias; J Gaspar; A
Ribeiro; A Oliveira.
CONTACTO: Cátia Ferreira
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P162)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Pedras no caminho...
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O íleus biliar é uma compli-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cação rara da colecistolítiase sendo responsável por
1-4% das oclusões intestinais. Este quadro resulta da
existência de uma fistula bilio-entérica, sendo mais frequente em doentes idosos e acarretando uma elevada
taxa de mortalidade. Material e Métodos: Doente do
sexo feminino, 66 anos de idade. Quadro de dor abdominal peri-umbilical, tipo cólica e vómitos com cerca de
6 dias de evolução. A avaliação analítica revelou leucocitose e aumento dos parâmetros inflamatórios. A TC
abdominal mostrou distensão marcada do intestino delgado condicionada por calculo com 2, 4cm nas últimas
ansas ileais, bem como aerobilia na via biliar principal
e vias biliares intra-hepáticas à esquerda. Resultados:
Foi submetida a enterectomia com extracção de cálculo a 19 de Fevereiro de 2014, tendo o pós operatório
decorrido sem complicações. A doente teve alta ao 7º
dia de pós operatório com transito intestinal restabelecido e a tolerar dieta. Discussão: Na grande maioria
dos casos a cirurgia é mandatória para a resolução do
íleus biliar. De acordo com a literatura a enterectomia
com extração do cálculo é a intervenção mais frequentemente realizada. Nalguns casos as fistulas bilioentéricas encerram espontaneamente; nos casos em que
persistem a colecistectomia e encerramento da fístula
são realizadas num segundo tempo.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Susana Rodrigues, Jorge Lamelas, Américo Martins,
Eduardo Barroso
Susana Cristina Cardoso Rodrigues
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
da convergência ductal causada por lesão expansiva
compatível com tumor de Klatskin tipo II, referindo
ainda que a convergência se encontrava em topografia
francamente extra-hepática. Sem evidência de invasão
vascular e de doença metastática, passível de ressecção cirúrgica. Dado que a confluência e a respectiva
lesão correspondiam ao terço médio da via biliar, optou-se apenas por ressecção desta com linfadenectomia
e hepaticojejunostomia. Discussão: No tratamento
cirúrgico dos colangiocarcinomas, a abordagem é individualizada de acordo com a localização do tumor na
árvore biliar e, muitas vezes, a ressecabilidade só consegue ser determinada durante a exploração cirúrgica,
pelo que o cirurgião deve estar preparado para adequar
estratégia cirúrgica aos achados intra-operatórios.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Nídia Moreira, L. Simões Reis, C. E. Costa Almeida, M.
I. Coelho, M. N. Albano, C. M. Costa Almeida
Nidia Maria Pinto Moreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P164)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: IPMN – A propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente do sexo masculino, 55
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P163)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Colangiocarcinoma: a importância da localização
do tumor no planeamento da intervenção – a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os colangiocarcinomas são
tumores com origem no epitélio das vias biliares, raros,
que metastizam precocemente. A cirurgia é o único
tratamento potencialmente curativo mas apenas uma
minoria de doentes se apresenta com doença localizada no momento do diagnóstico e são candidatos para
a ressecção do tumor. Material e Métodos: Os autores
apresentam um caso de um doente com colangiocarcinoma submetido a tratamento cirúrgico. Resultados:
Relata-se o caso de um homem de 80 anos que iniciou subitamente um quadro de prurido, icterícia obstrutiva, colúria e fezes acólicas. A colangio-ressonância
mostrou dilatação das vias biliares intra-hepáticas e
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
anos, com história dores abdominais na adolescência,
associadas a pancreatite crónica não litiásica. Desde
há 3 anos refere diarreia persistente associada a emagrecimento de cerca de 8 Kg, sem anorexia. Seguido
em consulta de gastroenterologia onde realizou colonoscopia que se revelou normal. Há 4 meses iniciou
tratamento com Pancreatina (Kreon) por insuficiência
exócrina do pâncreas, sem alteração da sua função
endócrina, com resolução da diarreia e recuperação
quase completa do peso, sem outra sintomatologia
associada. Foi identificado por Ecografia abdominal e
posteriormente por TC acentuada dilatação do Wirsung
com massa sólida no segmento corpóreo-caudal com
cerca de 20mm, havendo calcificações na localização habitual do prolongamento uncinado do pâncreas
assim como na cauda. Sem invasão loco-regional ou
adenopatias. Restantes aspectos dentro da normalidade, particularmente a área hépato-biliar. Sem antecedentes pessoais relevantes. Foi referenciado à consulta de Cirurgia Geral para estudo, tendo-se colocado
como hipótese diagnóstica IPMN do ducto principal em
doente com pancreatite crónica. Foi submetido a duodenopancreatectomia total com preservação esplenica
e preservação pilórica. No pós-operatorio apresentou
febre com identificação de colecção subfrenica tratada
com antibioterapia. O resultado histológico identificou.
Neoplasia papilar intraductal com displasia de grau
intermédio do pâncreas.
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
André Batista, Pedro Vieira, Rita Baia, Joana Almeida,
Margarida Correia, Aurora Pinto, Rui Garcia
André Santos Batista
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
57
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P165)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Adenomiose da Papila de Vater – um caso raro
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores benignos da papila
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
CONTACTO:
EMAIL:
são pouco frequentes e de entre estes a adenomiose
tem uma incidência rara. A importância destas lesões
prende-se com o facto de poderem ser causa de icterícia
obstrutiva e com a possibilidade de se tratarem de lesões
pré-malignas. Resultados: Os autores apresentam um
caso de uma doente do sexo feminino de 75 anos de
idade, submetida a duodenopancreatectomia cefálica
por nódulo sólido cefalopancreático detectado nos exames de imagem pré-operatórios. Ao exame macroscópico da peça operatória não foi visível ou palpável
qualquer nódulo cefalopancreático, verificando-se uma
acentuada dilatação da via biliar principal e área de protusão da papila de Vater. O exame histológico da peça
operatória revelou adenomiose da papila. Discussão:
Com uma incidência muito baixa a adenomiose da papila
é uma hipótese diagnóstica raramente colocada; quando
o diagnóstico de adenomiose é suspeitado pré-operatoriamente, o tratamento consiste na ressecção local da
lesão, evitando a duodenopancreatectomia cefálica.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Marta Guimarães, Joana Magalhães, Pedro Rodrigues,
Gil Gonçalves, Domingos Rodrigues, Mário Nora, Leonor Matos, Isabel Caldas
Joana da Silva Magalhães
[email protected]
carcinoma da vesícula. O procedimento em one stage
associa-se a morbilidade e mortalidade elevadas.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
André Gonçalves; André Magalhães; Marinho Almeida;
Ana Fareleira; Luís Malheiro; J. Costa-Maia
André Gonçalves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P167)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Colecistectomia laparoscópica num caso de Situs
Inversus total
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O situs inversus total é uma
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P166)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Ileus biliar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O íleus biliar é definido como
CONTACTO:
EMAIL:
uma oclusão intestinal mecânica por cálculo biliar. É
uma causa rara de oclusão intestinal (1 a 4%), ocorre
em doentes idosos (idade média 74.3 anos), tem predominância no sexo feminino (3.5 a 6:1) e associa-se a
uma morbilidade e mortalidade elevadas. O tratamento
desta patologia é cirúrgico. Resultados: Doente de
82 anos recorreu ao SU por dor abdominal em cólica
e vómitos com 4 dias de evolução. A avaliação clínica
e estudo efectuados levaram à realização de TC abdominal que demonstrou oclusão intestinal de delgado
secundário à presença de cálculo de 35mm visível no
íleo médio, em doente com litíase vesicular e fístula
entre o fundo vesicular e o duodeno. De forma urgente,
e considerando as comorbilidades, a doente foi submetida a enterolitotomia assistida por laparoscopia, com
remoção de cálculo biliar de 4, 5x4x2, 3cm. Sem intercorrências, a doente teve alta ao 4º dia pós-operatório.
Discussão: As opções cirúrgicas para esta patologia
incluem: enterolitotomia apenas; enterectomia segmentar; enterolitotomia, colecistectomia e reparação de fístula colecisto-entérica em one stage ou two stages. Não
há consenso na literatura qual a melhor intervenção.
A enterolitotomia apenas associa-se a menor morbilidade, mas tem o risco de novo episódio de íleus biliar,
persistência de sintomas biliares e risco acrescido de
malformação congénita rara em que há transposição
completa das vísceras torácicas e abdominais. Na
ausência de anomalias cardíacas, estes doentes apresentam uma esperança média de vida normal. A litíase
vesicular sintomática é registada com uma frequência
semelhante à da população em geral, podendo o diagnóstico ser mais difícil devido às alterações anatómicas.
Resultados: A propósito do tema, os autores apresentam o caso clínico de uma mulher de 53 anos com situs
inversus total já conhecido e quadro clínico compatível
com litíase vesicular sintomática. A doente foi submetida a colecistectomia laparoscópica, tendo apresentado
uma evolução pós-operatória favorável. Discussão: A
colecistectomia laparoscópica é o tratamento de escolha
na litíase vesicular sintomática mesmo nos doentes com
situs inversus total. São necessárias algumas adaptações em relação à técnica cirúrgica standard tendo em
conta a anatomia “em espelho”, sendo também crucial
estar atento a eventuais anomalias da árvore biliar.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Loureiro, R; Daniel, C; Gomes, A; Ferreira, M; Oliveira;
G; Prata, B; Oliveira, H.
Ana Rita Mateus Loureiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P168)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Hidatidose Hepática: Experiência de um Serviço de
Cirurgia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hidatidose humana é uma
zoonose parasitária causada por céstodos do género
Echinococcus.A espécie E.granulosus é responsável
pela expressão quistica da doença, que pode manter-se assintomática durante anos, sendo o fígado o órgão
mais afectado.O diagnóstico é suportado por técnicas
imagiológicas combinadas com testes serológicos.
As opções terapêuticas incluem a abordagem farmacológica, percutânea e cirúrgica. Material e Métodos: Estudo retrospectivo dos casos de equinococose
hepática diagnosticados no período de 2007 a 2014.
Resultados: Foram identificados 17 casos, com predomínio do sexo masculino.De acordo com a OMS, os
quistos foram classificados como tipo II(n=3), II/III(n=2),
III(n=3), IV(n=4) e V(n=5).Na sua maioria, apresentaram-se como achado incidental(65%).Daqueles cuja
Revista Portuguesa de Cirurgia
58
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
apresentação surgiu sob a forma de complicação (n=6;
35%) – fístulas (biliar [n=3] e cólica [n=1]), infecção
intra-quística(n=1) e colangite(n=1). Por falência da
terapêutica farmacológica ou surgimento de complicações, foram operados (periquistectomia com colecistectomia) sete doentes, quatro dos quais realizaram CPRE
pós-operatória e um pré-operatória.Registou-se apenas um caso de complicação pós-operatória:abcesso
da loca do quisto. Discussão: Apesar da diminuição na
incidência, a hidatidose constitui ainda um importante
problema de saúde pública, nomeadamente em zonas
endémicas, onde se justifica a existência de uma consulta de Hidatidologia.A sua apresentação sob a forma
complicada revelou-se pouco frequente, tendo sido a
abordagem cirúrgica eficaz.
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Freire-Gomes A., Neuparth M., Silva V.
Ana Freire Gomes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P170)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Tumor carcinóide multiorgânico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P169)
SESSÃO P-HBP 1
TÍTULO: Pancreatite aguda enfisematosa: uma patologia ful-
minante
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Pancreatite Enfisematosa
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
(PE) é uma infecção necrotizante do pâncreas rara e
life-threatening, com taxa de mortalidade estimada
entre 50-70%. Caracteriza-se pela presença de gás
intra ou peri-pancreático e é frequentemente causada
pela presença de bactérias gram-negativas produtoras
de gás. A tomografia computorizada é o exame complementar imagiológico de eleição para o diagnóstico.
Sendo a necrosectomia a terapêutica standard para
situações de necrose infectada, em casos sem disfunção orgânica, poder-se-á optar por tratamento conservador. Objectivo: Registo de caso de pancreatite
aguda enfisematosa com evolução fulminante. Material e Métodos: Revisão de caso clínico. Resultados:
Os autores apresentam o caso dum indivíduo do sexo
masculino, 75 anos, autónomo, sem antecedentes
relevantes. Recorreu ao SU após vários episódios de
vómitos alimentares com cerca de 3 horas de evolução, associado a sinais de irritação peritoneal na região
epigástrica. Quadro analítico compatível com pancreatite aguda. Admitido em unidade de cuidados intensivos. Imagiologicamente confirmada PE. Em menos
de 48 horas, desenvolvimento de disfunção múltipla
de órgãos. Decidiu-se por intervenção cirúrgica constatando-se processo necro-hemorrágico enfisematoso
retroperitoneal, associado a total necrose do pâncreas
e isquemia irreversível do intestino delgado, processo
incompatível com vida. Discussão: A PE é uma patologia rara e pode ter um desenvolvimento catastrófico
para o doente, que, no caso clínico apresentado, ocorreu em menos de 48 horas.
Centro Hospitalar do Nordeste, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Reis, RA; Teixeira, NM; Rodrigues, A; Meireles, L; Rocha,
C; Carrazedo, A; Armas, I; Fernandes, P; Oliveira, H.
Rui Filipe Almeida Ferreira e Reis
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
do pulmão representam 20% dos carcinomas pulmonares e têm um comportamento e prognóstico muito variável. O tratamento de escolha é a ressecçao cirúrgica.
A recidiva pode ser multiorgânica atingindo frequentemente o sistema gastrointestinal, incluindo o fígado e
o pâncreas. Apresentação de caso clinico de recidiva
multiôrgânica, num período de 10 anos, por tumor carcinóide do pulmão. Material e Métodos: Doente sexo
feminino, 39 anos, submetida a bilobectomia pulmonar
direita em 2004 por tumor carcinóide atípico do pulmão
(pT1N1Mx). Em 2008 são diagnosticadas metástases
hepáticas que se mantiveram estáveis até 2013, altura
em que foi proposto transplante hepático (TH). Resultados: Foi submetida a TH dador vivo em Outubro 2013.
No intra-operatório constataram-se lesões pancreáticas milimétricas que se biopsaram. Histologicamente
correspondiam a metástases de tumor carcinóide. Foi
submetida a pancreatectomia total em Fevereiro 2014,
encontrando-se neste momento livre de doença. Discussão: Nos tumores neuroendócrinos pulmonares a
recidiva pode ser multiorgânica. Nalguns casos, a biologia do tumor pode justificar o recurso a terapêuticas
cirúrgicas extremas que pode chegar à transplantação
hepática.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Aguiar C; Bicho L; Marques H.; Martins A.; Barroso E
Catarina Aguiar
[email protected]
05-03-2015
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P270)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Trauma Pancreático Fechado Isolado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O trauma pancreático tem
uma incidência de 1-5% no trauma abdominal fechado
e associa-se em 90% dos casos a lesões de órgãos
vizinhos. Os achados clinico-laboratoriais são inespecíficos, mas o diagnóstico precoce é essencial para
diminuir a morbimortalidade. Esta pode ser precoce
com hemorragia ou tardia com formação de fístula pancreática, abcesso abdominal, infeção de ferida, pancreatite e pseudocisto. Material e Métodos: Uma mulher
de 34 anos iniciou dor epigástrica exuberante após
trauma da região abdominal por queda na banheira. À
admissão clinicamente estável com TC com extenso
hematoma na retrocavidade dos epíplons de 13x7cm,
sem extravasamento ativo, associado a possível laceração pancreática com líquido livre peripancreático
(grau II-III AAST). Assumido tratamento conservador.
Resultados: Evolução favorável iniciando dieta ao
5º dia. Subida transitória de amílase sérica ao 11º dia
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
59
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
estudada com ressonância onde se mantem imagem
de hematoma e aparente descontinuidade pancreática
central com coleção hídrica. Verificou-se regressão
analítica e imagiológica com estabilidade clinica pelo
que foi possível alta ao 20º dia. Após um ano mantem-se assintomática apresentando RM com lesão cística
simples e regressão das dimensões do hematoma (1,
8cm). Discussão: O diagnóstico de trauma pancreático
é difícil dada a baixa sensibilidade e especificidade dos
exames. A melhor estratégia terapêutica está ainda em
estudo, mas o tratamento conservador tem revelado
resultados promissores.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Trauma
Joana F Correia, Daniela Macedo Alves, Maria João
Lima, Rita Peixoto, Rosa Saraiva, Jorge Valverde, Carlos Raposo, António Taveira Gomes
Joana F Correia
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P272)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Trauma Torácico: um ano num Serviço de Urgência
Médico-cirúrgico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O trauma torácico é uma causa
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P271)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Tentativa de suicídio: quando duas lesões poten-
cialmente fatais se tornam inconsequentes
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: No doente politraumatizado,
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tanto o traumatismo torácico como o traumatismo crânio-encefálico constituem duas importantes causas de
morbilidade e mortalidade. Material e Métodos: Relatamos o caso de um doente do sexo masculino, de 33
anos de idade, trazido pela equipa do INEM ao Serviço
de Urgência por duas lesões perfurantes auto-infligidas. Uma das lesões a nível da face anterior esquerda
do tórax por arma branca perfuro-cortante com uma
profundidade de aproximadamente 8cm e outra lesão
a nível da transição parieto-occipital esquerda por
arma perfuro-contundente. O doente foi submetido a
uma toracotomia antero-lateral para extracção da arma
branca em segurança. Intra-operatoriamente verificou-se que a arma se encontrava alojada a nível da cisura
oblíqua e em contacto com o pericárdio, mas sem laceração destes órgãos. Após estabilização, o doente foi
transferido para outro hospital ao cuidado da Neurocirurgia. Realizou TAC crânio-encefálica sem alterações
e a arma branca foi posteriormente removida sem intercorrências. O doente regressou ao hospital de origem
ao nono dia pós-operatório e teve alta dois dias depois
clinicamente bem. Discussão: Apesar das lesões
fatais que poderiam ter resultado dos ferimentos auto-infligidos, o doente apresentava à entrada uma elevada probabilidade de sobrevivência (TRISS: 98, 4%).
A pronta actuação da equipa cirúrgica contribuiu para a
rápida recuperação do doente e permitiu o transporte
do doente em segurança para a unidade hospitalar de
referência em traumatologia.
Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE
Trauma
Hugo Maciel Ribeiro, Filipa Santos, Henrique Morais,
Jessica Neves, João Pinho, Vera Vieira, Nuno Azenha,
Isabel Borges, Alice Fonseca, Amândio Matos, Lucília
Conceição, Raquel Dias, José Mário Cecílio
Hugo José Maciel Ribeiro
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
importante de admissões no SU sendo responsável
por 25% das mortes por trauma. Estudar os casos de
trauma torácico admitidos em 1 ano no SU Medico-cirúrgico Material e Métodos: Análise retrospectiva do
trauma torácico no SU (Ago/13 e Jul/14) Resultados:
Dos 529 doentes com trauma torácico, foram analisados os 86 com lesão torácica. Destes, 51(59, 3%)
eram homens e 35(40, 7%) mulheres, e média de idade
64, 59±18, 75 anos. 77(89, 53%) apresentava trauma
fechado e 9(10, 47%) penetrante. Etiologia: queda em
68(79, 07%), acidente de viação em 7(8, 13%), agressão em 2(2, 33%) e arma branca em 9(10, 47%). A
lesão mais comum foi fratura de costelas, 14(16, 27%)
com fratura única, 20(23, 25%) dupla, 11(12, 70%) tripla, 14(16, 27%) quadrupla e 11(12, 79%) mais que 4
arcos costais. 2(2, 33%) com vollet costal e 3(3, 49%)
fratura do esterno. Pneumotórax em 24(27, 91%),
hemotórax em 14(16, 28%), hemopneumotórax em
9(10, 47%), pneumomediastino em 1(1, 16%). 42(48,
33%) foram internados e 2(2, 33%) em UCI. Em 18(75,
40%) foi realizada drenagem e 10(11, 63%) referenciados a Cirurgia Torácica. Apenas 1 morte. Discussão: O
trauma torácico apesar de na sua maioria, não necessitar de tratamento hospitalar, deve ser abordado como
uma possível condição ameaçadora de vida. Assim, é
importante avaliar a etiologia, a idade e comorbilidades,
que como fatores de prognóstico, influenciam a decisão terapêutica. Em lesões graves, o diagnóstico precoce pode ser life-saving, pela ação imediata no SU ou
envolvimento atempado da Cirurgia Torácica
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Trauma
T. Calado, B. Pinto, C. Leichsenring, V. Geraldes, F.
Carneiro
Telma Calado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P273)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Abordagem multidisciplinar de um traumatismo
pélvico complexo
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O traumatismo pélvico repre-
senta um grande desafio na abordagem do politraumatizado, envolvendo em 65% dos casos lesões associadas potencialmente graves quando existe fractura
do anel pélvico. Vítimas destas lesões requerem uma
rápida e eficaz abordagem, que geralmente envolve
várias especialidades e tomadas de decisão por vezes
difíceis. Material e Métodos: Relato de caso clínico
e revisão de literatura. Resultados: Relata-se o caso
de um homem de 46 anos, vítima de acidente em
moto4 de que resultou fractura da bacia de Malgaigne,
avulsão do recto distal com destruição esfincteriana,
laceração escrotal com exposição testicular e fractura
tibio-peronial esquerda; hemodinamicamente consta-
Revista Portuguesa de Cirurgia
60
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
CONTACTO: Henrique Morais
EMAIL: [email protected]
tou-se choque hipovolémico (III). Após pronto início de
medidas de ressuscitação, avançou-se para o BO com
Cirurgia Geral, Ortopedia e Urologia. Realizada laparotomia exploradora, que não mostrou lesões, e colostomia em ansa (sigmóide); seguiu-se a redução e fixação
externa da bacia, osteossíntese da sínfise púbica, e
redução e osteossíntese da tíbia e perónio esquerdos; procedeu-se depois a exploração testicular com
orquidopexia esquerda e reconstrução escrotal; por fim
realizou-se exploração perineal com encerramento do
topo distal do recto e packing hemostático de extensa
loca perineal. O doente foi transferido por helitransporte
para outro hospital por indisponibilidade de UCI, regressando 2 meses depois ao hospital de origem. Discussão: Uma abordagem terapêutica inicial eficaz neste
caso foi essencial para uma favorável resolução.
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE
Trauma
TARÉ, F., Costa, C., Reia, M., Mourato, M., Fialho, G.,
Rosado, D., Coelho, A., Magro, J., Barbosa, I.
Filipa Alexandra Gonçalves Taré
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P275)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Um traumatismo abdominal por arma de fogo com-
plexo
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O traumatismo abdominal por
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P274)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Trauma abdominal fechado... na estabilidade instável
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O trauma abdominal fechado
no doente hemodinâmicamente instável que responde
favoravelmente às manobras de ressuscitação iniciais
representa um desafio peculiar uma vez que se por
um lado permite uma investigação diagnóstica mais
adequada por outro pode tornar-se instável a qualquer
momento. Material e Métodos: Homem de 61anos,
saudável, vítima de traumatismo troraco-abdominal
contuso por queda de bicicleta. Recorre ao SU 4 h
depois por dor abdominal. A entrada apresentava-se
em choque classe III, com um hematoma da parede
abdominal e abdómen doloroso á palpação. Após a
abordagem inicial o doente apresentou uma resposta
hemodinâmica favorável. EFAST:” Moderado volume
de derrame peritoneal.” No contexto do restabelecimento da estabilidade hemodinâmica efectou-se TAC
-abdomino-pélvica: “Exuberante hemoperitoneu sem
foco de hemorragia activa identificável.” Decidiu-se por
laparotomia exploradora: denagem de hemoperitoneu
(±2l); identificação da laceração de vasos gastro-epiploicos e da artéria mesentérica superior, laqueação
dos primeiros e reconstrução da segunda. Instituição,
de terapêutica tranfusional com glóbulos rubros e
plasma fresco congelado. Em D5 apresentou drenagem
abdominal hemática súbita de 350cc com instabilidade
hemodinâmica: re-laparotomia – vaso sangrante da
parede abdominal no trajecto do dreno. Resultados: O
doente evoluiu depois sem intercorrências teve alta ao
12º dia. Discussão: Este caso demonstra a complexidade do processo de decisão associado à abordagem
do doente vítima de trauma.
HOSPITAL: Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE
CAPÍTULO: Trauma
AUTORES: Morais, H; Santos, AF; Ribeiro, M; Neves, J; Pinho, J;
Vieira, V; Azenha, N; Borges, I; Dias, R; Fonseca, A;
Conceição, L; Couceiro, J; Matos, A; Cecílio, J
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
arma de fogo cursa com um largo espectro de lesões
que dependem do calibre, velocidade e trajectória do
projéctil, e da distância de disparo. A cirurgia é necessária em 85-95% dos casos. Material e Métodos:
Apresenta-se um caso de traumatismo por arma de
fogo complexo sobre o qual procedemos a revisão
de literatura. Resultados: Reporta-se o caso de um
homem de 40 anos admitido na sequência de tentativa
de suicídio com arma de fogo em choque hipovolémico, tendo orifício de entrada no flanco esquerdo e o
de saída na região lombar homolateral. Foi realizada
laparotomia exploradora onde se encontrou secção
completa de ansa de delgado e do cólon transverso,
perfuração gástrica, destruição do pólo inferior do rim
esquerdo, secção completa do psoas ilíaco esquerdo
e dos músculos lombares e 2 costelas fracturadas com
esquírolas intra-abdominais; procedeu-se a encerramento dos topos de intestino delgado e do topo distal
do cólon transverso, colostomia do topo proximal deste,
gastrorrafia, nefrectomia esquerda e packing hemostático da lesão muscular retroperitoneal, em 1h de cirurgia; foi necessário suporte transfusional e aminérgico
peri-operatório. 72h depois realizou-se second-look
onde se procedeu a anastomose do jejuno e colocação
de prótese de dupla face na região lombar. O doente
teve alta 23 dias após a admissão. Discussão: O traumatismo abdominal por arma de fogo pode ser dramático, requerendo uma actuação imediata, geralmente
uma cirurgia damage control, como no presente caso.
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE
Trauma
TARÉ, F., Costa, C., Reia, M., Mourato, M., Fialho, G.,
Rosado, D., Capote, H., Romero, M., Barbosa, I.
Filipa Alexandra Gonçalves Taré
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P276)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Do sinal vermelho à pulseira vermelha
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento dos politrauma-
tizados requer uma avaliação sistemática.As lesões
abdominais e pélvicas continuam a ser uma causa
de morte evitável, sendo um dos principais locais de
hemorragia significativa Material e Métodos: Doente
de 31 anos, vítima de acidente de motociclo, com abordagem cirúrgica emergente na admissão hospitalar
por instabilidade hemodinâmica, tendo-se identificado
na avaliação primária:fratura instável da bacia, fraturas complexas e expostas dos membros inferiores
e superiores, hematoma extenso do escroto, fraturas
coaptadas de arcos costais bilateralmente e contusão
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
61
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
miocárdica.No bloco operatório, objectivou-se laceração do recto com secção do esfíncter externo, sufusão
hemorrágica do mesocólon direito e cego, e hematoma
retroperitoneal.Submetido a reparação do recto por via
perineal com rafia do músculo esfíncter externo, colostomia de protecção, drenagem, osteotaxia femoro-tibial
direita e da bacia.Pós-operatório complicado de choque
com disfunção multiorgânica necessitando de suporte
vasopressor e ventilação mecânica invasiva, 15 UCE,
14 PFC, 10g fibrinogénio e 5 pools de plaquetas.Ao 4º
dia pós-operatório, choque séptico com fasceíte necrotizante envolvendo toda a região perineal, escroto e
flancos, sendo submetido a múltiplos desbridamentos
e fasciotomias Resultados: Extubado ao fim de 15
dias.As restantes fraturas foram tratadas durante o
internamento.Alta ao fim de 150 dias com capacidade
ambulatória.Lesão bilateral do plexo lombo-sagrado.A
aguardar reconstrução do trânsito e em fisioterapia
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Trauma
Catanho C., Miranda C., Ramalho D., Cunha Martins A.,
Tirado A., França C., Mendes de Almeida J.
Carolina Catanho
[email protected]
AUTORES: DS Aveiro, J Pereira, H Pinho, A Oliveira, LF Pinheiro
CONTACTO: Débora Sousa Aveiro
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P278)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Dragão Chinês – A importância da avaliação terciá-
ria no politraumatizado
A urgência do CHLC-HSJ
recebeu em 2013, 690 doentes politraumatizados. À
chegada dos doentes, é feita uma avaliação 1ª e 2ª
(ATLS), com resolução imediata de todas as lesões
emergentes identificadas e procede-se a categorização
e estabilização hemodinâmica do doente definindo-se a estratégia de tratamento das lesões. Está descrito que cerca de 80% das vítimas morrem nas 1as
6h por trauma torácico grave, 90% na 1ª semana por
TCE e 8% de lesões tardias não identificadas na avaliação 2ª. Resultados: Homem 39A, transferido de outro
Hospital; Acidente de moto; Trauma toracoabdominal
fechado e de membro sup. Avaliação 1ª – Hospital de
Origem; Avaliação 2ª – no HSJ; estabilidade Hemodinâmica ; ABCDE sobreponível a avaliação 1ª; Bacia
estável; Equimose extensa, flanco direito; ENG (conteúdo alimentar);Algaliação (hematuria); Hgb10.8g/dl (13,
1inicial); AST/ALT>; CK>2000. TC-TAP: s/pneumotórax, pneumomediastino, pneumoperitoneu; laceração/
contusão hepática-seg.IV/VIII; lâmina de líquido peri
e sub-hepática. Extravasão de contraste junção pielo-calicial direita. Plano: Internamento em UCI Ao 3º dia
de internamento: Agravamento clinico e analítico com
evidência imagiológica hemopneumoperitoneu – SCA
(PIA>20) – indicação cirúrgica emergente. Discussão: Segundo os estudos publicados a maioria das
lesões que escapam avaliação 2ª manifestam-se nas
1as 48h após o traumatismo, resultando em agravamento da morbi mortalidade sobertudo doentes vitimas
de Trauma fechados, salientando importancia da avaliação 3ª
Centro Hospitalar Lisboa Central
Trauma
Miguel Onofre Domingues*, Dra. Susana Nunes, Dr.
Mário Mendes, Dra. Maria José Pinheiro**, Prof. Dr.
Guedes da Silva
Miguel Onofre Dominges
[email protected]
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P277)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Cirurgia de controlo de danos em trauma duodeno-
pancreático grave
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões duodeno-pancreáti-
cas são raras, no entanto têm altas taxas de morbilidade e mortalidade. A sua abordagem é um desafio, e
irá depender, entre outros fatores, do grau da lesão e
da estabilidade hemodinâmica do doente. Pode variar
desde um tratamento conservador e simples, a procedimentos complexos como a duodenopancreatectomia.
Material e Métodos: Os autores apresentam um caso
clínico de um doente de 51 anos, vítima de acidente
de viação, colisão frontal, sem cinto de segurança. À
entrada apresentava dor abdominal e hematemeses.
O estudo imagiológico revelou disrupção do complexo
duodenopancreático, com hematoma e ar retroperitoneal. Foi submetido a laparotomia exploradora com
cirurgia de controlo de danos urgente e a duodenopancreatectomia cefálica, em segundo tempo às 48 horas.
Resultados: O doente teve alta após 49 dias e aos 24
meses de follow-up encontra-se clinicamente bem. Discussão: Nas lesões de maior gravidade, envolvendo
o pâncreas, duodeno e a via biliar principal, a decisão
de realizar uma DPC é inevitável. Este procedimento
requer um cirurgião experiente e um paciente adequado
para a tolerar. No contexto de trauma agudo, a conjugação destes factores é difícil, tornando impossível a
resolução imediata do problema. A abordagem inicial
passa pela cirurgia de controlo de danos. Esta permite
um primeiro controlo da hemorragia e da contaminação existente, possibilitando a estabilização do doente,
essencial para a tolerância a uma cirurgia major definitiva posterior.
HOSPITAL: Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
CAPÍTULO: Trauma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P279)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Insuficiência intestinal no doente traumatizado crí-
tico – Um evento precoce e frequente
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A citrulinémia é considerada
um parâmetro objectivo da massa enterocitária funcionante. Objectivos: Determinar a prevalência da insuficiência intestinal e o perfil cinético da citrulinémia em traumatizados graves e correlacioná-la com os índices de
gravidade e prognóstico. Material e Métodos: Estudo
prospectivo de 23 traumatizados críticos. As aminoacidémias foram determinadas, por cromatografia de troca
Revista Portuguesa de Cirurgia
62
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
iónica, na admissão, ao 1º e 3º dias e comparadas com
as de 11 indivíduos saudáveis. Resultados: Nos traumatizados graves, a citrulinémia no momento da admissão foi significativamente inferior à dos controlos (19,
5±11, 1 vs 32, 2±6, 6 µmol/L, p=0, 001). A prevalência
da insuficiência intestinal (hipocitrulinémia <20 µmol/L)
foi de 65, 2%. A citrulinémia aumentou até ao 3º dia,
com diferenças não significativas. A citrulinémia basal
correlacionou-se com o índice de choque (r=-55, 1%,
p=0, 008) e a duração do suporte ventilatório (r=-42,
7%, p=0, 042). A citrulinémia <20 µmol/L no momento
da admissão associou-se ao género masculino e
admissões não primárias; menor idade; maior índice
de choque, Injury Severity Score; maiores durações do
suporte ventilatório e do internamento hospitalar e na
UCI (n.s.). A citrulinémia não se correlacionou significativamente com a glutaminémia. Discussão: A insuficiência intestinal desenvolveu-se precoce e frequentemente após o trauma grave. A massa enterocitária
funcionante, avaliada pela citrulinémia, correlacionou-se negativamente com o índice de choque e a duração
do suporte ventilatório.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Trauma
Beatriz Costa (1, 5), Paulo Martins (2, 5), Marta Simões
(3), Carla Veríssimo (3), Marisa Tomé (1), Gilberto Marques (4), Manuela Grazina (3, 5), Jorge Pimentel (2, 5),
F. Castro Sousa (1, 5)
Beatriz Pinto da Costa
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
com boa evolução. Teve alta ao 17º dia. Discussão:
Os traumatismos fechados constituem um desafio diagnostico e terapeutico
Hospital de Vila Franca de Xira
Trauma
Tiago Louro, Margarida Brilhante, Francisco Rodrigues
Tiago Xavier Louro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P281)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Lei de Murphy na física de uma queda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Homem de 76 anos, autónomo
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P280)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Mais um desafio para um sobrevivente
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os traumatismos abdominais
fechados constituem uma das principais causas de
lesão abdominal observados no SU e são geralmente
causados por acidentes de viação. Material e Métodos: Relato de caso clínico Resultados: Homem de 43
anos, politraumatizado, vitima de acidente de viação,
com choque frontal de alto impacto e encarceramento,
de que resultou traumatismo torácico, abdominal e lombar. Antecedentes de linfoma desde há 18 anos, com 3
recidivas, último ciclo de RQT há 3 meses e esplenectomia há 10 anos. Na admissão no S.U. do HVFX: GCS
15, amnésia para o ocorrido, eupneico, m.v. simétrico,
escoriação torácica do cinto de segurança, perfil tensional adequado, dor abdominal difusa severa, abdómen
plano, pouco depressível. Imagiologicamente revelou
hemopneumoperitoneu moderado. Foi submetido a
laparotomia exploradora que revelou hemoperitoneu,
laceração do meso do delgado a 20 cm da válvula ileocecal, meso da sigmóide e recto, laceração de ansa
delgado e rotura da sigmóide. Submetido a ressecção
segmentar de delgado e ressecção segmentar sigmóidea com anastomose colorectal. Esteve internado
na UCI no P.O. sem intercorrências. Transferido para
o serviço de cir. geral, no qual foi identificada infeção
da ferida operatória, tratado antibioterapia, desinfeção, limpeza e pensos diários. Desenvolveu também
abcesso abdominal inter-ansas, confirmado em TC
abdominopélvico que foi tratado com antibioterapia e
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
com antecedentes pessoais de doença de Parkinson
e hiperplasia benigna prostática, sob terapêutica com
ácido acetilsalicílico. Trazido ao serviço de urgência (SU) do HVFX por quadro de dor abdominal após
queda da própria altura, com ferida incisa no mento. À
admissão, doente prostrado, apirético, com dor abdominal intensa e defesa. Analiticamente, Hb 13, 5 g/dL,
agravamento função renal e PCR 12, 71mg/dL, sem
outras alterações. Realizou TC-AP que revelou ascite
de médio volume e hidronefrose bilateral concomitante com distensão do recto por fezes. Foi realizada
paracentese evacuadora com saída de liquido serohematico. Por persistência de dor abdominal, com agravamento de função renal perante ausência de outras
alterações em contexto de trauma abdominal fechado o
doente foi submetido a laparotomia exploradora, verificando-se ruptura da bexiga, com balão de algália livre
intraabdominal e sub-oclusão por fecalomas extensos
em todo o cólon e ampola rectal. Foi efectuada rafia
da bexiga e cirurgia de Hartmann. O doente apresentou evolução pós operatória favorável, com retoma de
trânsito intestinal por colostomia ao D2 pós-operatório.
Discussão: Aproximadamente 10% de todos os doentes vitimas de trauma e sob admissão em SU apresenta
lesões do trato genitourinário. A maioria destas lesões
(cerca de 80%) resulta de traumatismos fechados,
nomeadamente acidentes viação e quedas de altura
elevada. O segmento mais frágil e móvel da bexiga corresponde à doma vesical.
Hospital de Vila Franca de Xira
Trauma
Marques, Cláudia; Malú, Carlitos; Rábago, Angeles;
Morais, João; Rodrigues, Francisco
Cláudia Neves Marques
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P282)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: A perigosa vida no campo... Traumatismo cervical
penetrante
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O traumatismo cervical é uma
das situações mais desafiantes com que um Cirurgião
se pode deparar em situações de emergência dada a
multiplicidade de sistemas de órgãos (por exemplo,
vias respiratórias, vasculares, neurológicas, gastrointestinais) nesta topografia. A compreensão clara das
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
63
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
relações anatómicas dentro do pescoço e dos mecanismos de lesão é fundamental para o desenvolvimento de uma estratégia de diagnóstico e terapêutica
adequada. Caso Clínico Doente do sexo feminino com
88 anos. Admitida no Serviço de Urgência por traumatismo cervical penetrante (Zona II) após queda da
própria altura enquanto transportava uma foice (causa
da lesão). Na avaliação primária salienta-se a presença
de pneumotórax à direita. A doente foi submetida a
exploração cirúrgica urgente, destacando-se a presença de laceração esofágica que foi sujeita a rafia.
O período pós-operatório decorreu sem intercorrências.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Trauma
Álvaro Gonçalves, Aires Martins, Manuel Ferreira, Bárbara Lima, Helena Devesa, Eduardo Vasconcelos, Inês
Gomes, Alberto Midões
Álvaro Gonçalves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P284)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Arqueologia Cirúrgica. Gossipiboma em trânsito
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Homem de 56 anos, com ante-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P283)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Hérnia interna pós traumática... a dobrar.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias internas traumáticas
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
são raras e definem-se por protusão de uma víscera
através de uma lesão traumática do mesentério. Objetivos: Alertar para uma possível complicação tardia do
traumatismo abdominal. Resultados: Doente do sexo
masculino, 38 anos, vítima de acidente de viação com
choque frontal do qual resultou traumatismo abdominal
e dos membros inferiores (MIs). Objectivou-se fractura
bilateral dos MIs e dor difusa à palpação abdominal,
sem defesa. Sem alterações imagiológicas do tórax
e abdómen. Foi submetido a cirurgia ortopédica com
alta ao 5º dia. Assintomático até 3 semanas após o
acidente, altura em que iniciou quadro suboclusivo
que resolveu com tratamento médico. Por manutenção do desconforto abdominal, dirigiu-se ao Serviço
de Urgência onde realizou TAC que revelou distensão
de ansas de intestino delgado, com espessamento
parietal por provável hérnia interna. Durante laparotomia exploradora identificaram-se duas soluções de
continuidade do mesossigmóide com herniação do
intestino delgado pelos dois orifícios. Procedeu-se à
redução do conteúdo herniário, lise de bridas e encerramento dos orifícios herniários. Pós-operatório sem
complicações e alta ao 5º dia de internamento a tolerar dieta e com trânsito intestinal restabelecido. Discussão: Um quadro suboclusivo/oclusivo tardio num
contexto pós traumático deve ser suspeito de hérnia
interna.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Trauma
J. Nobre, A. Couceiro, G. Capelão, M. Laureano, P.
Clara, A. Inácio, M. Coelho dos Santos, I. Gonçalves
João Miguel Salvador Nobre
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cedentes pessoais de laparotomia exploradora há 30
anos na sequência de acidente viação e tentativa de
suicídio há 1 ano – ingestão de organofosforados.
Recorre ao Serviço de urgência (SU) do HVFX em
Fevereiro/2014 por dor abdominal inespecífica com 2
dias de evolução, associada a vómitos e recente obstipação. Perda ponderal de cerca de 10kg nos últimos
meses. À admissão, abdómen distendido e timpanizado, globalmente doloroso, com maior intensidade
no quadrante inferior esquerdo. Rx abdómen em carga
com escassos níveis hidroaéreos no intestino delgado.
Realizou TC-AP que revelou acentuado espessamento
e distensão de ansas de delgado. Internado em contexto de quadro de suboclusão, perante agravamento
clínico e imagiológico, com distensão de ansas ao
nível cólico esquerdo e ansas de intestino delgado,
com níveis hidroaéreos, decidiu-se pela realização de
cirurgia ao 2º dia de internamento (D2) – Laparotomia
exploradora, com evidência de aderências entre múltiplas ansas de delgado, fixação à goteira parieto-cólica
e aparente fístula interansas jejuno-ileais, com realização de 2 ressecções segmentares de intestino delgado
com anastomose primária e exteriorização de corpo
estranho endoluminal – compressa grande contrastada. Anatomia patológica revelou necrose isquémica
da parede intestinal, com perfuração. Doente apresentou boa evolução no internamento, com retorno do trânsito intestinal, com tolerância alimentar e alta ao D9 de
internamento.
Hospital de Vila Franca de Xira
Trauma
Marques, Cláudia; Malú, Carlitos; Rábago, Angeles;
Morais, João; Rodrigues, Francisco
Cláudia Neves Marques
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P285)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Disseção do tronco braquiocefálico por trauma-
tismo torácico fechado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Lesão das artérias supra-aórti-
cas é rara e aparece no contexto de trauma torácico
severo principalmente aberto. São lesões habitualmente fatais. Material e Métodos: Caso clínico. Resultados: Homem de 41 anos foi admitido na sequência
acidente de barco com projecção anterior e traumatismo
torácico fechado. Referia dor antero-superior do hemitórax direito, omalgia bilateral e da transição cervico-dorsal. Sem outras queixas ou alterações do exame
físico. Gasometria e ECG sem alterações. Radiografia
demonstrou fractura de ambas as clavículas, omoplata
direita, apófise transversa de D2 e do 2º ao 4º arcos
costais direitos. Por este motivo, foi pedido TC torácico que mostrou hemopericárdio de pequeno volume
e dissecção do trombo braquiocefálico. TC craniocefálico sem alterações. O doente foi transferido para um
Revista Portuguesa de Cirurgia
64
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
hospital com Cirurgia Cardiotorácica onde iniciou hipocoagulação e ficou em vigilância. Às 24h repetiu TC
torácico que demostrou suspeita de pseudoaneurisma.
Por anisocoria, repetiu ainda TC cranioencefálico que
demonstrou focos contusionais hemorrágicos occipito-parietais bilaterais, córtico-subcorticais. Foi realizado
by-pass com enxerto de PTFE da aorta ascendente ao
tronco braquiocefálico distal. Discussão: Nos sobreviventes, as lesões do tronco braquicefálico podem ser
assintomáticas. A radiografia pode não ter alterações
significativas pelo que é necessário um alto índice de
suspeição para efectuar o diagnóstico por angio-TC ou
aortografia. O reparo é feito habitualmente por interposição de enxerto.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Trauma
Castro Lima, B.; Ferreira, M.; Martins, A.; Gonçalves,
A.; Midões, A.
Bárbara Castro Lima
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P287)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Hematoma Duodenal por Traumatismo Fechado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hematoma duodenal é uma
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P286)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Ferimento cervical auto-infligido
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresentamos um caso de
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
trauma cervical, do qual resultou lesão vascular e choque hemorrágico. O uso do vaso lesado para colocação
de catéter foi a única solução possível, uma vez que o
colapso vascular impedia o acesso venoso. Material e
Métodos: Homem de 58 anos, trazido ao SU em choque hemorrágico profundo, com hemorragia activa de
ferimento cervical. 15 minutos antes da sua chegada,
tentou o suicídio com uma tesourada cervical com
tesoura de sebes com lâmina de 20cm. Transportado
directamente para o BO, onde encontrámos um ferimento bilateral e profundo, com secção das jugulares
anteriores e jugular interna direita, bem como destruição muscular importante. No havia outras lesões. Os
sinais vitais eram TA 30/20mmHg, FC 160bpm. Todas
as lesões venosas foram laqueadas. Não se conseguia
obter acesso vascular para administrar fluídos, produtos sanguíneos ou drogas, pelo que se colocou catéter venoso central directamente no coto distal da veia
jugular interna direita. Encerrou-se temporariamente o
pescoço e foi para a UCI. Resultados: Nas 14 horas
seguintes foi transfundido com 8 UCE, 8 UPFC e 2
pools de plaquetas. Voltou ao BO onde se colocou um
catéter subclávio e se encerrou definitivamente o pescoço. A estadia na UCI foi complicada de pneumonia
que levou sua morte no 34º dia pós-operatório, nunca
tendo recuperado estado neurológico aceitável. Discussão: Reforçamos a importância de cirurgia de controlo de danos apesar do mau resultado deste caso. O
uso do vaso lesado, em casos desesperados, pode ser
necessário.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Trauma
Júlio Constantino, Catarina Afonso, Débora Aveiro,
Jorge Pereira, Luís Filipe Pinheiro
Júlio Constantino
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
entidade rara que ocorre mais frequentemente em
crianças sujeitas a traumatismo abdominal fechado.
A localização anatómica do duodeno, próximo da
coluna vertebral, aliada à sua rica vascularização contribui para o desenvolvimento desta entidade, que se
complica muitas vezes com um quadro de pancreatite
aguda traumática pela íntima relação do duodeno com
este órgão. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso clinico referente a um doente de 15 anos
que recorre ao SU com quadro de dor abdominal e
vómitos após traumatismo no hipocôndrio direito no dia
anterior, enquanto jogava futebol. O RX de abdómen
não revelava alterações. Realizou TAC que revelava
hematoma extenso da 2ª e 3ª porção duodenais com
importante redução do seu lúmen, associado a heterogeneidade da apófise uncinada pancreática. Analiticamente apresentava valores de lípase e amílase aumentados em relação com pancreatite aguda secundária ao
traumatismo. Resultados: Dada a estabilidade hemodinâmica do doente e a ausência de pneumoperitoneu,
o doente foi submetido a tratamento conservador, com
colocação de sonda nasogastrica, hidratação, analgesia e nutrição parentérica. Teve uma evolução favorável com alta ao final de cerca de 1 mês. Discussão:
O tratamento conservador é atualmente a abordagem
de primeira linha no traumatismo duodenal fechado,
com uma grande taxa de sucesso sobretudo quando
o diagnóstico é feito de forma precoce. Quando este
falha, a cirurgia torna-se necessária com realização da
drenagem do hematoma.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Trauma
Aires Martins, Manuel Ferreira, Álvaro Gonçalves, Bárbara C. Lima, Helena Devesa, Teresa Almeida, Francisco Fazeres, Alberto Midões.
Aires Martins
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P288)
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Fractura pélvica em doente instável
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fratura pélvica está associada
a elevada morbimortalidade. A hemorragia é responsável por cerca de 40% da mortalidade. Na maioria dos
doentes a fixação da bacia e ressuscitação hemodinâmica permitem a sua estabilização, contudo em cerca
de 10% dos casos a hemorragia é de origem arterial,
não sendo estas medidas suficientes. Resultados:
Doente de 82 anos, sexo feminino, vítima de atropelamento, apresentava GCS3, hipotensão e taquicardia.
Foi entubada, ventilada e iniciou fluidoterapia. No SU
apresentava-se sedada (GCS 3) e hemodinamicamente
estável. TC com: contusão cerebral; fratura da clavícula
e ombro esquerdo; múltiplas fraturas da grelha costal
esquerda, múltiplas fraturas do corpo do púbis e ramo
isquiopúbico com hematoma pélvico esquerdo (5, 4cm
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
65
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
x 3 cm) e hemorragia arterial ativa. Instabilidade hemodinâmica, tendo sido realizado packing pélvico e penso
aspirativo incisional (arteriografia indisponível).No dia
seguinte foi realizada arteriografia com embolização da
artéria obturadora. O packing pélvico foi removido às
48h, com evolução favorável. Discussão: Nas fracturas pélvicas é importante a cooperação multidisciplinar.
As principais abordagens são: fixação da bacia (anel
pélvico instável), packing pélvico e angioembolização
(hemorragia arterial).Nos casos de hemorragia arterial
activa associada a instabilidade hemodinâmica a taxa
de mortalidade é elevada. Nestes casos, o Cirurgião
Geral assume um papel de destaque, sendo importante
conhecer e dominar procedimentos como o packing
pélvico.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Trauma
Patrícia Amaral, Octávio Viveiros, Maria Veiga de
Macedo, João Sacadura Fonseca, Francisco d?Oliveira
Martins
Patrícia Amaral
[email protected]
SALA 3
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: “Pneumoperitoneu incidental”. E agora?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pneumoperitoneu pode ser
SESSÃO P-TRAUMA
TÍTULO: Síndrome de Jael
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O síndrome de Jael foi definido
CONTACTO:
EMAIL:
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P290)
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P289)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
05-03-2015
como um traumatismo penetrante por arma branca,
intencional, na região cranio-facial. Neste trabalho
apresenta-se um caso clínico que ilustra este síndrome.
Resultados: Doente de 41 anos deu entrada na Sala
de Emergência após traumatismo penetrante na região
pré-auricular direita, com arma branca in situ. Sem
hemorragia activa, o doente apresentava-se com ECG
de 15, e hemodinamicamente normal. Foi realizado
angio-TC cranio-facial que revelou arma branca com
ponto de entrada anterior ao pavilhão auricular direito,
que depois atravessa a glândula parótida ipsilateral e
passa entre o côndilo da mandíbula e a apófise estilóide, continuando no espaço parafaríngeo direito até
à parede da orofaringe, atingindo a vertente esquerda
desta; o objecto perfurante passava entre as carótidas interna e externa direitas, não havendo evidência
de lesão destes vasos. Não havia lesão intracraniana.
Procedeu-se a remoção da arma branca no bloco operatório em apoio a Cirurgia Maxilo-Facial e Cirurgia Vascular. Sem intercorrências no pós-operatório, nomeadamente sem parésia facial. Realizou TC em D2 que
excluiu presença de colecções hemáticas. Discussão:
Nos países ocidentais as lesões penetrantes por arma
branca na região cranio-facial são raras. Os riscos significativos de complicações neurológicas e vasculares
implicam uma abordagem multidisciplinar. O tratamento
de lesões penetrantes com arma in situ é problemático
ainda mais pela dificuldade na exposição.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Trauma
André Gonçalves; Marinho Almeida; André Magalhães;
Ana Fareleira; Luís Malheiro; J. Costa-Maia
André Gonçalves
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cirúrgico ou não cirúrgico. O segundo tem tratamento
conservador e pode ter causas torácicas, ginecológicas,
abdominais, entre outras. 90% dos pneumoperitoneus
não iatrogénicos são causados por perfuração de víscera oca, sendo uma emergência. Resultados: Caso
Clínico Mulher de 30 anos, com doença de Crohn há
6 anos. Medicada com infliximab e azatioprina, motivo
pelo qual realizou Rx tórax de rotina. Recorreu ao SU
3 dias depois por indicação do gastrenterologista, por
existir um pneumoperitoneu. Encontrava-se assintomática, com abdómen timpanizado, sem outras alterações.
Análises bem. TC abdómen com pneumoperitoneu, derrame pélvico e estenoses intestinais. Após discussão da
situação com a gastrenterologia ficou em vigilância em
internamento, medicada com metronidazol e ciprofloxacina. Programada cirurgia eletiva das estenoses(8-10
semanas após parar medicação). Realizou RM 1 mês
após internamento, que confirmou as estenoses, distensão ileal e pequeno pneumoperitoneu. 2 meses depois
referiu desconforto abdominal. TC abdominal mostrou
pneumoperitoneu de novo. Foi submetida a laparotomia
exploradora, detectando-se 11 estenoses, com realização de 10 estenosoplastias e 1 resseção em cunha. Não
se observou nenhum local de perfuração. Pós-operatório
sem intercorrências, alta ao 9º dia. Discussão: Em caso
de pneumopritoneu sem abdómen agudo deve realizar-se avaliação cuidadosa para evitar cirurgias desnecessárias devendo existir uma vigilância apertada.
Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
Pneumoperitoneu
Ana Raquel Martins, Cátia Rito, Joana Patrício, Ânia
Laranjeira, Susana Ribeiro, Raquel Sanches, Sofia
Antunes, Arnaldo Machado, José Carlos Travassos,
Jorge Caravana, Nuno Veloso, Isabel Medeiros, Rogério Godinho
Ana Raquel Martins
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P291)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Nefrectomia bilateral de rins poliquisticos em
doente renal cronico terminal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença renal poliquistica
autossomica dominante (DRPAD) leva progressivamente a insuficiencia renal cronica (IRC). A nefrectomia pode ser considerada na presença de sintomas
compressivos por efeito de massa, infecçoes recorrentes, hemorragia, suspeita de malignidade e em pré
transplante renal em caso de extensão dos rins poliquisticos para a fossas iliacas. Resultados: Doente do
sexo masculino, 58 anos, DRPAD com envolvimento
hepático e pancreático, IRC terminal sob hemodialise,
hiperparatiroidismo secundário, HTA, Aneurisma sacu-
Revista Portuguesa de Cirurgia
66
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
AUTORES: Santos, T; Machado, D; Ribeiro, C; Serra, M, Lages, R;
lar cerebral submetido a exclusao com clip. Apresenta
queixas de enfartamento, saciedade precoce e desnutrição. Em Tomografia Computorizada documenta-se
rins com exuberante aumento dimensional, com 29
cm a direita e 33 cm a esquerda, sendo o parenquima
renal totalmente ocupado por incontaveis formaçoes
quisticas coalescentes, não complicadas, invadindo as
fossas iliacas. Opta-se por nefrectomia bilateral pelo
efeito de massa e preparação para transplante renal,
que se realiza sem intercorrencias no intra operatorio.
O exame anatomo patologico revelou rins poliquisticos,
com 4400g à direita e 4600g à esquerda. Discussão:
A indicação e o timing de nefrectomia dos rins por
DRPAD em doentes IRC terminal é controverso. Neste
caso particular foi colocada indicação cirúrgica devido
a compressão gastro intestinal com desnutrição grave.
No seguimento clinico do doente a nefrectomia bilateral
permitiu restabelecimento nutricional e colocação em
lista activa para transplante renal.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Cirurgia Renal
Magro, P; Barata, R; Fernandes, R; Godinho, J;
Nogueira, S; Messias, H.
Paula Magro
[email protected]
Cordeiro, S; Vieira, A; Oliveira, E
CONTACTO: Maria Teresa da Costa Santos
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P293)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Íleus Biliar: a propósito de um Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O íleus biliar constitui uma
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P292)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: GIST avançado: persistência e eficácia das terapêu-
ticas – caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas-
trintestinal (GIST) são raros.A cirurgia é potencialmente
curativa, o tratamento adjuvante com imatinib é indicado
nos casos de alto risco e o seu uso em neo-adjuvância
pode ser útil em casos selecionados. Resultados:
Mulher, 58 anos, admitida por dor e tumefação hipogástrica cuja investigação demonstrou massa pélvica
(14x14x13cm) e metástases hepáticas.A sua possível
irressecabilidade motivou biópsia que confirmou GIST e
permitiu tratamento inicial com imatinib.Ocorreu hemorragia intratumoral e, após angioembolização, fistulização para o delgado.Aos 3 meses foi operada (resseção
em bloco do tumor, das ansas ileais de onde parecia
provir e de sigmóide envolvida, e dissecção completa
das paredes pélvicas e vesical aderentes) e o exame
histopatológico revelou GIST de alto grau do íleon.
Prosseguiu tratamento com imatinib cuja dose foi duplicada por progressão das lesões hepáticas.Re-operada
aos 33 meses por recidiva (massa de 92x80mm) apesar da substituição por sunitinib – efetuada excisão do
tumor recidivante, localizado ao grande epíploon, e do
apêndice por apresentar nódulo que se revelou metastático.Atualmente com 57 meses de evolução, sob sunitinib, sem evidência de doença extra-hepática e com
as metástases hepáticas estabilizadas, considera-se
eventual cirurgia de resseção. Discussão: Apesar de
ser um GIST avançado de alto risco, tem sido possível
manter uma sobrevida relativamente prolongada, com
boa qualidade, recorrendo ao escalonamento terapêutico de acordo com a evolução da doença.
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
CAPÍTULO: GIST
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
causa rara de oclusão intestinal mecânica. A Tríade de
Rigler (aerobilia, oclusão intestinal e cálculo ectópico)
permite o seu diagnóstico. A mortalidade associada
é elevada, sobretudo por afectar doentes idosos com
co-morbilidades importantes. Material e Métodos:
Doente do sexo masculino de 91 anos, com antecedentes de Cardiopatia Isquémica, que recorre ao SU
por dor abdominal e vómitos com 24 horas de evolução. À observação apresentava abdómen distendido,
difusamente doloroso à palpação, com defesa e dor à
descompressão. Analiticamente destacava-se leucocitose de 17.700 com neutrofilia e PCR de 33, 5mg/dL.
O Rx simples do abdómen apresentava níveis hidro-aéreos e a TC abdomino-pélvica revelou aerobilia,
fístula colecisto-duodenal e oclusão intestinal provocada por cálculo de 3, 7x2, 5cm na cavidade pélvica.
Resultados: Foi submetido a laparotomia exploradora
constatando-se volumoso cálculo no delgado distal e
ansa com sinais de sofrimento, tendo-se procedido a
ressecção segmentar da ansa inviável, englobando o
cálculo. O pós-operatório decorreu sem complicações
major, tendo tido alta ao 18º dia pós-operatório, clinicamente bem. Discussão: O íleus biliar deve ser considerado no diagnóstico diferencial de oclusão intestinal.
A terapêutica assenta na resolução da obstrução por
remoção do cálculo, habitualmente por enterolitotomia,
com posterior abordagem da fístula e colecistectomia
na mesma intervenção (one stage procedure) ou diferida se houver elevado risco cirúrgico (two stage procedure).
Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
Cirurgia do Intestino Delgado
J. Patrício(1), A. Peças(1), M. Bento(1), J. Caravana(1)
Joana Fazenda dos Santos Duarte Patrício
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P294)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Perfuração Intestinal por Ingestão de Blister de
Comprimido: a propósito de um Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A ingestão de corpos estra-
nhos é comum sobretudo em crianças, alcoólicos ou
doentes psiquiátricos. Apesar da maioria atravessar o
tracto gastro-intestinal sem incidentes, os mais irregulares ou pontiagudos podem causar complicações até
semanas após a ingestão. Geralmente o diagnóstico é
dado pelos achados imagiológicos. Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 82 anos internada em
instituição de saúde, que recorre ao SU por dor abdominal e náuseas com 24 horas de evolução. À obser-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
67
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
AUTORES: Aniceto, João; Amaral, Luís; Filipe, Edite; Pinto Mar-
vação apresentava abdómen distendido e timpanizado,
difusamente doloroso à palpação, com defesa. Os
parâmetros analíticos e o Rx simples do abdómen não
apresentavam alterações relevantes, tendo realizado
TC abdomino-pélvica que revelou material hiperdenso
no lúmen de uma ansa de intestino delgado com cerca
de 30x26mm, sugestivo de invólucro de comprimido,
com sinais de perfuração associados. Resultados:
Foi submetida a laparotomia exploradora confirmando-se perfuração por blister de comprimido associada a
peritonite purulenta contida por plastron, pelo que se
procedeu a ressecção segmentar de delgado. O pós-operatório decorreu sem complicações major, tendo
tido alta ao 10º dia pós-operatório, clinicamente bem.
Discussão: Apesar de rara, a perfuração por corpo
estranho é uma entidade a considerar no diagnóstico
diferencial do abdómen agudo. Quer a laparoscopia
quer a laparotomia são válidas como abordagem inicial, embora nos casos que envolvam corpos estranhos
pequenos a primeira possa acarretar maior dificuldade
na identificação da lesão.
Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
Cirurgia do Intestino Delgado
J. Patrício(1), C. Rito(1), M. Bento(1), J. Caravana(1)
Joana Fazenda dos Santos Duarte Patrício
[email protected]
ques, Hugo; Silva Melo, António; Barroso, Eduardo
CONTACTO: João Pedro Aniceto
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P297)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: A eterna surpresa no diagnóstico da dor na fossa
ilíaca direita
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A endossalpingiose define-se
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P296)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: “Abdominal Cocoon Syndrome”
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Abdominal Cocoon Syn-
drome é uma causa extremamente rara de obstrução
intestinal, que consiste no encapsulamento total ou parcial do intestino delgado por uma membrana fibrosa.
Foi descrito pela primeira vez por Foo et al. em 1978,
sendo mais comum em jovens do sexo feminino, nas
regiões tropicais e sub-tropicais. Material e Métodos:
Apresentamos o caso de um doente do sexo masculino, 48 anos, admitido por oclusão intestinal, com dor
e distensão abdominal, acompanhado por vómitos
biliares e massa dura palpável nos quadrantes superiores do abdómen. Realizou radiografia simples de
abdómen, que revelou distensão de ansas intestinais
e níveis hidro-aéreos e TC-AP, a revelar massa sacular contendo ansas de intestino delgado dilatadas,
suspeitando-se de hérnia interna. Por agravamento do
quadro, foi proposta laparotomia exploradora, tendo-se
constatado encapsulamento completo por membrana
fibrosa de todo o jejuno e íleon, condicionando ansas
em concertina, extensamente aderentes por bridas.
Efectuou-se excisão de cápsula peritoneal e lise de bridas. Como complicações pós-operatórias, íleus paralítico ao 5º dia de pós-operatório e infecção da ferida
operatória ao 10º dia com deiscência supra-aponevrótica. Discussão: O Abdominal Cocoon Syndrome
cursa geralmente com um quadro de oclusão intestinal,
requerendo intervenção cirúrgica precoce. O diagnóstico é difícil e, quase sempre, intra-operatorio. O tratamento de escolha consiste na excisão da membrana
fibrosa e lise de aderências.
HOSPITAL: Centro Hospitalar Lisboa Central
CAPÍTULO: Cirurgia do Intestino Delgado
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
pela presença de epitélio tubar em localização ectópica. A localização mais frequente é o ovário, mas pode
ocorrer no colo uterino, bexiga, apêndice e mais, raramente, no peritoneu. A sua incidência e etiologia não
estão bem definidas e o seu achado é incidental na
maioria dos casos. A clínica inclui dor pélvica e infertilidade. Resultados: Caso clínico: Doente do sexo
feminino de 42 anos de idade observada em consulta
por dor abdominal contínua na FID, com alguns meses
de evolução. À palpação apresentava dor e massa palpável na FID. Controlo analítico sem alterações. TC
abdomino-pélvica: formação de conteúdo hídrico com
38mm, bem delimitada, sem parede, sem calcificações
ou componente sólido, em íntima relação com a parede
do cólon ascendente, provável quisto de duplicação
entérico. Colonoscopia sem alterações. Proposta para
hemicolectomia direita laparoscópica. Intra-operatoriamente: lesão quística sem relação com o cólon mas na
dependência do peritoneu parietal. Submetida a excisão do quisto. Boa evolução com alta em D1 pós-operatório. Exame histológico da peça revelou tratar-se de
lesões de endossalpingiose. Discussão: O diagnóstico
diferencial para lesões nodulares da FID pode tornar-se um desafio. A laparoscopia exploradora evitou o
recurso a abordagens mais invasivas.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Patologia ginecológica
MJ Ferreira, G Oliveira, M Fernandes, M Couto, R Loureiro, S Coelho, H Oliveira
Maria João Pessoa Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P298)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Oclusão intestinal por ingestão de corpo estranho:
caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A oclusão de intestino delgado
é frequente. A causa é habitualmente mecânica, por
aderências em contexto pós cirúrgico mas existem
causas mais raras como a oclusão por corpo estranho. Esta última tem maior incidência na infância e em
doentes com alterações cognitivas, apresentamos um
desses casos Material e Métodos: Homem de 80 anos
com doença de Alzheimer e sem antecedentes cirúrgicos abdominais, observado por vómitos, febre, dor e
distensão abdominal com 24h de evolução. A radiografia abdominal corroborou quadro oclusivo, com distensão de ansas de intestino delgado e níveis hidroaéreos
Resultados: O doente foi submetido a laparotomia
Revista Portuguesa de Cirurgia
68
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
exploradora urgente, constatando-se oclusão de jejuno
por corpo estranho intra-luminal removido por enterotomia (esponja da loiça). O pós-operatório foi complicado de infeção respiratória nosocomial tratada com
antibioterapia. Teve alta ao dia 17º dia. Foi observado
ao 1º e 3º mês de pós-operatório, assintomático. Discussão: Apesar da oclusão intestinal ser uma patologia frequente, o diagnóstico etiológico pode ser difícil.
Devemos considerar causas incomuns nas crianças,
idosos, doentes com alterações cognitivas e doentes
sem cirurgias prévias
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Oclusão intestinal
Tobias Teles, Rui Cunha, Sofia Jardim Neves, Miguel
Semião, Hugo Gameiro, Manuela Gomes
Tobias Teles
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P301)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Enfarte Esplénico – Causa Rara de Dor Abdominal
Aguda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O enfarte esplénico é uma
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P300)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Invaginação intestinal no adulto: a importância da
verdadeira cirurgia paliativa
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar de ser uma entidade
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
comum na infância, a invaginação intestinal no adulto
é rara e habitualmente está associada a um tumor
maligno primitivo ou secundário em 20-50% dos casos.
Acomete habitualmente indivíduos entre os 40 e 60
anos, sem predominância entre géneros, e tem como
localização mais comum o intestino delgado. Clinicamente tem várias formas de apresentação, desde os
sinais mais inespecíficos aos mais sugestivos, como
a presença de obstrução em 50% dos casos. A dor
abdominal está habitualmente presente. Resultados:
Os autores apresentam o caso de um homem de 40
anos, autónomo, com sarcoma indiferenciado de células fusiformes metastizado, com atingimento cutâneo,
pulmonar, hepático e cerebral, internado por oclusão
intestinal alta. Apresentava dor abdominal e intolerância alimentar altamente debilitantes, sofrimento físico
e psicológico consequentes e agravamento súbito do
estado geral. Foi submetido a laparoscopia exploradora, observando-se invaginação intestinal jejunojejunal, condicionada por metástase tumoral única na
parede jejunal, a 15 cm do ângulo de Treitz. Efetuou-se resseção entérica segmentar com bons resultados
clínicos a curto prazo e resolução do quadro oclusivo.
Discussão: Serve o presente caso para ilustrar uma
apresentação possível de metastização intraabdominal, num quadro de doença disseminada. Os autores
enfatizam o papel preponderante da verdadeira cirurgia
paliativa, ao proporcionar franca melhoria na qualidade
de vida do doente numa fase avançada da sua doença.
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
Intestino Delgado
Rita Castro, Luís Amaral, Rui Quintanilha, Emanuel
Silva, Tiago Rama, Ana Goulart, Ana Teresa Bernardo,
Ricardo Borges, Catarina Moura, António Melo
Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
causa rara de dor abdominal aguda. A etiologia é variável sendo a doença tromboembólica a principal causa.
O espectro clínico de apresentação é diversificado
sendo que 33% dos casos são assintomáticos. Material
e Métodos: Apresentação de um caso clínico Resultados: Mulher de 72 anos, que recorreu ao Serviço de
Urgência com um quadro de dor abdominal intensa no
hipocôndrio esquerdo com dois dias de evolução. Ao
exame objectivo salientava-se abdómen distendido e
doloroso à palpação no hipocôndrio e flanco esquerdo.
Era portadora de pacemaker e tinha antecedentes de
hipertiroidismo. Analiticamente apresentava leucocitose
e PCR elevada. Realizou ecografia que mostrou lesão
focal pseudonodular com 55x48x38mm no pólo inferior
do baço, sugestiva de área de enfarte. A TC confirmou
a suspeita de enfarte esplénico. A doente foi internada
e realizou tratamento conservador, repouso absoluto,
hidratação, anticoagulação, oxigénio suplementar e
analgesia. Teve alta ao 5º dia admitindo-se como factor etiológico a doença tromboembólica. Repetiu TC 4
meses mais tarde constatando-se regressão da área de
enfarte. De momento, encontra-se sem queixas abdominais. Discussão: A dor no hipocôndrio esquerdo é
o sintoma mais frequente de enfarte esplénico. A ecografia e/ou TC podem confirmar o diagnóstico. O tratamento é inicialmente médico e cirúrgico quando existem complicações ou dúvida diagnóstica. O prognóstico
depende da doença subjacente responsável.
Centro Hospitalar do Oeste
Baço- enfarte esplénico
Carla Menezes, Rosário Roque, Santa Rita
Carla Menezes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P302)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Lipossarcoma retroperitoneal gigante: do achado à
cirurgia.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os sarcomas de partes moles
correspondem a 1% de todos os tumores em adultos
e apenas 15% têm origem no retroperitoneu. Por outro
lado, um terço dos tumores retroperitoneais são sarcomas, sendo o lipossarcoma o tipo histológico mais
comum (40%). Diagnosticados maioritariamente como
incidentalomas, são com frequência sintomáticos apenas por efeito de massa. Material e Métodos: Caso
Clínico Resultados: Doente do sexo masculino, 65
anos, diabético tipo 2 e anticoagulado com varfarina no
contexto de fibrilhação auricular paroxística. Recorre ao
serviço de urgência por cansaço, distensão abdominal e
obstipação há 3 meses. Da avaliação inicial salientava-se abdómen volumoso e pouco timpanizado, anemia
(Hb 10, 5g/dl e INR >10. A tomografia computorizada
(TC) revelou volumosa massa lipomatosa encapsulada
abdominal. Sem critérios para biópsia percutânea, rea-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
69
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
lizou estudo vascular abdominal por angio-TC e aorto/
arteriografia, sem possibilidade de embolização arterial
selectiva. Foi submetido a tumorectomia de lipossarcoma desdiferenciado (38x30x20cm com 11Kg) com
estadiamento T2b N0 M0 G2 (FNCLCC). Pós-operatório complicado de hematoma intra-abdominal, após
reiniciar anticoagulação, com tratamento conservador.
Actualmente assintomático sob vigilância oncológica.
Discussão: Os tumores retroperitoneais são um desafio terapêutico pela sua raridade, apresentação localmente avançada, complexidade anatómica e exigência
técnica naquele que é o seu único tratamento potencialmente curativo – cirurgia.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Tumores Retroperitoneais
Carracha M., Pinto B., Sanchez P., Rocha C., Oliveira
M., Almeida S., Guminski S., Carneiro F.
Miguel Carracha
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P304)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Linfoma Primário da Parótida: a propósito de um
caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O linfoma primário da parótida
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P303)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Aplicabilidade da Terapia por Pressão Negativa no
Pe Diabético
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Pé Diabético refere-se às diver-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
sas alterações e complicações ocorridas, isoladamente
ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos
diabéticos. O custo humano e financeiro dessa complicação é imenso sendo primordial a sua prevenção,
o seu correto e atempado diagnóstico assim como o
seu tratamento. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso de pé diabético submetido a limpeza
e desbridamento cirúrgico e posteriormente orientado
com terapia de pressão negativa(TPN) Resultados:
Doente do sexo feminino, 42 anos de idade com diabetes insulino-dependente que recorreu ao SU por ferida
do pé direito com semanas de evolução progressiva
sem melhoria. Ao exame objetivo apresentava ferida
ulcerada, infectada com necrose do arco plantar e calcâneo direito com envolvimento tendinoso e da fáscia
plantar com trajetos fistulosos cutâneos sem evidência
de compromisso vascular. Efetuadalimpeza e desbridamento cirúrgico no bloco operatório Iniciou TPN verificando-se uma contração mais rápida ferida, diminuição do exsudado e aumento do tecido de granulação.
Teve alta com TPN que manteve em ambulatório com
progressiva melhoria clinica. Foi avaliada e orientada
pela nutrição e consulta de diabetes para otimização
do controle glicémico Discussão: O pé diabético tem
uma fisiopatologia complexa. A TPN está indicada nas
úlceras no pé diabético sem compromisso vascular. É
importantes nestes doentes a abordagem multidisciplinar para redução de complicações, internamentos e
amputações de membro.
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Pé diabético/Terapia de Pressão negativa
Teresa Santos (1), Cristina Carvalho (1), Rui Pinto (1),
Pinto Correia(1)
Maria Teresa Castro Santos Neto
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
constitui um pequeno subgrupo de LNH da cabeça e
pescoço. A incidência é de aproximadamente 0, 3% de
todos os tumores e 2-5% das neoplasias das glândulas
salivares. A excisão cirúrgica é preconizada como ferramenta diagnóstica. Material e Métodos: CASO CLÍNICO Homem de 42 anos que recorre à consulta por
tumefacção pré-auricular esquerda de aparecimento
recente, assintomática. Negou história pessoal ou familiar de doenças auto-imunes ou neoplásicas. À palpação identificou-se uma massa firme e móvel de cerca
de 3 cm. O nervo facial estava intacto. Não havia outras
adenopatias cervicais palpáveis. PAAF inconclusiva. Foi
submetido a parotidectomia superficial esquerda com
preservação do nervo facial. Resultados: A histologia
revelou o diagnóstico de Linfoma Não-Hodgkin de Células B. O estudo de extensão, mostrou tratar-se de linfoma primário, localizado sem sinais de envolvimento à
distância. Sem evidência de recorrência. Discussão: O
linfoma da parótida deve ser considerado no diagnóstico
diferencial de lesões quísticas das glândulas salivares. A
existência de doença auto-imune e linfadenopatia deve
aumentar o índice de suspeição de patologia linfoproliferativa, o que não aconteceu. A maioria dos doentes
necessita de parotidectomia superficial para se chegar
ao diagnóstico definitivo. Neste caso, dado a existência
de uma forma rara, localizada e completamente ressecada de doença, não foi necessário fazer QT/RT.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Cabeça e Pescoço
C. Vicente; S. Nogueira; R. Souto; A. Freitas; J.M. Novo
de Matos; A. C. Fradique
Carla Sofia de Sousa Vicente
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P306)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Diverticulo de Meckel e torsão intestinal – um caso
clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O divertículo de Meckel é a
malformação congénita mais frequente do tracto gastrointestinal, resulta da persistência do ducto onfalo-mesentérico e a maioria é assintomática no adulto.
Resultados: Caso clínico de um homem de 18 anos
que recorre ao serviço de urgência por dor epigástrica,
distensão abdominal, intolerância alimentar e vómitos
biliares. Episódios recorrentes de dor e distensão abdominal. Inicialmente admitido como quadro sub-oclusivo
inespecífico com suspeita imagiológica de doença inflamatório intestinal (tomografia computorizada), optou-se
por tratamento conservador. Ao 2º dia, início de dor no
quadrante inferior direito com sinais de irritação peritoneal ao exame físico. Submetido a laparotomia exploradora, constatando-se divertículo de Meckel necrótico,
com torsão à volta de cordão fibrótica. Realizada enterectomia segmentar com anastomose primária. Pós-
Revista Portuguesa de Cirurgia
70
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
-operatorio complicado com anafilaxia (provavelmente
a metronidazol) com boa resposta a terapêutica. Alta
ao 14º dia. Discussão: O desafio clínico apresentado
pelos divertículos prende-se no diagnóstico precoce e
tratamento cirúrgico atempado. Devido à sua raridade,
é necessário alto índice de suspeição. Neste caso, a
apresentação clínica inicialmente compatível com torsão intestinal deveu-se a presença de cordão fibrótico
que culminou na necrose do divertículo, com alteração
posterior do quadro clínico.
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Intestino Delgado
Nádia Tenreiro, Sílvia Silva, Herculano Moreira, António
Oliveira, Luís Madureira, Sílvia Silva
Nádia Tenreiro Amarante Almeida
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P307)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Oclusão Intestinal por Fitobezoar: caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A oclusão intestinal é um dos
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
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principais problemas encontrados pelo cirurgião em
contexto de urgência e uma importante causa de morbilidade e mortalidade. Material e Métodos: Caso
clínico: F, 84 anos, leucodermica, antecedentes de
cirurgia por perfuração de úlcera péptica. Recorre ao
SU por quadro de vómitos, obstipação e distensão
abdominal. Objetivamente, desidratada, abdómen com
cicatriz de laparotomia mediana, distendido, doloroso,
RHA aumentados. Análises com elevação dos parâmetros inflamatórios e sinais de desidratação. Tomografia
sugestiva de oclusão intestinal e pequeno pneumoperitoneu. Foi submetida a laparotomia constatando-se
múltiplas bridas que não condicionavam oclusão. Não
se identificou perfuração. Intestino delgado dilatado
com obstáculo intra-luminal na transição jejuno-ileal.
Procedeu-se a enterotomia longitudinal e extração de
corpo estranho, sugestivo de fitobezoar. Alta da Cirurgia ao 10º dia, com recomendações dietéticas. Quatro semanas após a intervenção, re-internamento por
oclusão alta. Intra-operatoriamente identificou-se nova
oclusão por fitobezoar. Resultados: Resultado histológico: células de aspeto vegetal. Fitobezoar. Discussão: A oclusão por bezoar representa 2 a 4, 8% dos
casos de oclusão mecânica e apenas só 1% tem clínica
de abdómen agudo. Deve ser considerada em doentes
com cirurgia gástrica prévia. A enterotomia com extração do bezoar é o procedimento de escolha.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Cirurgia do Intestino Delgado
Nogueira, Sara; Souto, Ricardo; Vicente, Carla; Matos,
Claudia; Silva, Eduardo; Carneiro, Francisco
Sara Andreia Tavares Nogueira
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HOSPITAL:
CAPÍTULO:
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dade abdominal. A sua etiologia não á clara, mas tem
provável origem congénita. O diagnóstico pré operatório é muitas vezes dificultado devido ao seu curso clinico silencioso.A sua forma de apresentação e as suas
manifestações clinicas são variáveis e inespecificas.
Material e Métodos: Colheita de dados no processo
clinico Resultados: Doente de 32 anos, parto por cesariana há 3 meses, apendicectomizada, que inicia quadro de dor tipo moinha há cerca de um mês, localizada
à região peri umbilical, acompanhado de anorexia.À
observação palpa-se massa no hipocôndrio esquerdo,
de contornos bem definidos, ovalada, dolorosa ao
toque, mole, móvel.Realizou exames de imagem que
revelam lesão nodular localizada no flanco esquerdo,
bem delimitada, com dimensões estimadas em 82x73
mm.Analiticamente a doente apresentava elevação da
PCR (7.4), sem leucocitose, com marcadores tumorais
negativos.Opta-se por excisão cirúrgica da lesão.Intraoperatoriamente define-se tumor amarelado do mesentério, tendo-se procedido a ressecção em bloco da
lesão e de ansa de jejuno adjacente. O exame anatomo
patológico revelou linfangioma quistico do mesentério
com 9cm de diâmetro. Discussão: Os LQ do mesentério são entidades raras e de difícil diagnóstico, cujo tratamento é cirúrgico, com remoção completa da lesão,
mesmo em doentes assintomáticos. Neste caso, a
doente não apresentou complicações no pós operatório
imediato e não apresenta sinais de recidiva no seguimento clinico.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Lesões do mesentério / intestino delgado
Magro, P; Barata, R; Fernandes, R; Nogueira, S; Godinho, J; Messias, H
Paula Magro
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RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P309)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Oclusão intestinal como manifestação rara de
tuberculose intestinal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A tuberculose constitui, a nível
mundial, uma das mais importantes doenças transmissíveis estando o abdómen envolvido em apenas 11%
dos doentes com tuberculose extra-pulmonar. Material
e Métodos: Doente de 82 anos de idade, sexo masculino, com antecedentes pessoais de gastrite crónica
medicado com esomeprazol, que recorre ao SU por dor
abdominal generalizada, tipo cólica, com 2meses de
evolução e agravamento recente nas últimas 24horas
associada a náuseas e vómitos. Ao exame objetivo
salientava-se um abdómen distendido, doloroso à
palpação dos quadrantes superiores, timpanizado e
com ruídos hidro-aéreos aumentados. Analiticamente,
hemoglobina 16g/dL, sem leucocitose, PCR negativa,
função renal e hepática sem alterações. A radiografia
abdominal em pé mostrou um padrão de níveis hidro-aéreos compatível com oclusão intestinal (delgado)
pelo que realizou TC abdominal-pélvica que confirma
distensão marcada de ansas do delgado proximal com
transição abrupta de calibre e um segundo espessamento segmentar proximal ao descrito. No intraoperatório constatou-se a presença de 2 lesões estenosantes
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P308)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Linfangioma quistico do mesentério
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os linfangiomas quisticos(LQ)
são tumores benignos raros, particularmente na cavi-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
71
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
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ileais, a maior condicionando oclusão luminal e distensão de ansas a montante, e 2 nódulos intramurais,
tendo sido realizada enterectomia segmentar. Resultados: A histologia da peça operatória foi compatível com
doença granulomatosa intestinal – tuberculose intestinal. Discussão: Este caso clínico alerta para uma
etiologia, embora rara, de oclusão intestinal de difícil
e tardio diagnóstico dada a sua apresentação clínica
pouco específica.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Intestino Delgado
Clara Sampaio, Francisco Fernandes, Sofia Frade, Luís
Moniz, Hélder Viegas
CLARA SAMPAIO
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P310)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Dor abdominal numa doente com endometriose
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A endometriose consiste na pre-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
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sença de tecido endometrial fora da cavidade uterina,
com localização pélvica ou extra-pélvica (trato gastro-intestinal, cicatrizes cirúrgicas, pulmão, etc.), sendo
a dor pélvica a forma de apresentação mais comum.
Quando se desenvolve no ovário, com formação de um
quisto, denomina-se endometrioma. O tratamento pode
ser médico ou cirúrgico, sendo a abordagem cirúrgica
preferencial a via laparoscópica. O objectivo deste trabalho consiste em apresentar o caso clínico de uma doente
com endometrioma do ovário esquerdo. Material e
Métodos: Doente do sexo feminino, 46 anos, com antecedentes conhecidos de endometriose medicada em
ambulatório com Visanne® (dienogest) e múltiplas idas
à urgência por queixas de dor recorrente nos quadrantes
esquerdos do abdómen com má resposta à analgesia.
Realizou estudo ecográfico num dos episódios que revelou formação quística a nível da área anexial esquerda
com 30.4x30.2mm e colecção líquida discretamente
heterogénea com 30mm a nível da fossa ilíaca esquerda.
Resultados: Foi submetida a anexectomia esquerda por
via laparoscópica e excisão de nódulo da parede abdominal. Período pós-operatório sem intercorrências, tendo
tido alta ao 2º dia pós-operatório, clinicamente bem. Histologia revelou tratar-se de quisto endometrial (endometrioma). Doente actualmente assintomática.
Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
Patologia Ginecológica
Antunes S., Silva A., Machado A., Sanchez R., Félix R.,
Amaro M., Ribeiro S., Caravana J.
Sofia Carralas Antunes
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HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
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sias da próstata. É normalmente bem tolerado e com
complicações em apenas 2% dos casos, sendo que a
hemorragia significativa surge em menos de 1% dos
casos e o hematoma pélvico é uma complicação rara.
O tratamento dos hematomas pélvicos, complicados por
drenagem espontânea para o recto, pode passar pela
necessidade de derivação fecal temporária, sendo que
os dispositivos de derivação fecal, geralmente indicados
em casos de incontinência fecal e infecções necrotizantes do períneo, são uma forma de evitar colostomias de
derivação. Case Report: Apresentamos o caso de um
homem de 62 anos, antiagregado, que após realização
de uma biópsia prostática recorre ao Serviço de Urgência por dor perianal, retenção urinária e hematoquézias.
Objectiva-se prolapso hemorroidário irredutível e um
volumoso hematoma perineal, confirmado imagiologicamente e com repercussão analítica significativa. Intra-operatoriamente constata-se a existência de uma solução de continuidade da mucosa rectal que contacta com
a loca do hematoma. Discussão: A abordagem deste
doente passou pela drenagem cirúrgica do hematoma e
colocação de um dispositivo de derivação fecal. Pretendemos apresentar este caso clínico de uma complicação rara de uma biópsia prostática transrectal associada
a uma abordagem terapêutica pouco frequente.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Complicações de Procedimentos Invasivos
B. Pinto; A. Cebola; S. Almeida; M. Carracha; M. Oliveira; C. Rocha; C. Sobrinho; E. Silva; F. Carneiro.
Bruno Lima Pinto
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P312)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: A raridade de um lipossarcoma
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Lipossarcomas (LS) são tumo-
res malignos de origem mesenquimatosa e representam
o tipo histológico mais frequente de sarcomas de tecidos moles. Contudo constituem um grupo heterogéneo
de lesões distintas que apresentam múltiplas dificuldades diagnósticas. Surgem normalmente na 7ª década
de vida e os locais de aparecimento mais frequentes
são as extremidades, o retroperitoneu e a região inguinal. A Organização Mundial de Saúde reconhece actualmente quatro grandes subtipos de LS: LS bem diferenciado / tumor lipomatoso atípico; LS de-diferenciado; LS
mixóide; LS pleomórfico. Estes quatro subgrupos são
caracterizados por distintas morfologias, achados genéticos únicos, assim como distintas evoluções clínicas.
Objectivo: descrição de caso raro. Material e Métodos:
Revisão de caso clínico. Resultados: Os autores apresentam o caso raro de um individuo do sexo masculino,
de 68 anos, sem antecedentes relevantes, que recorreu
ao serviço de urgência por massa abdominal de médio
volume com cerca de 1 ano de evolução. Negava sintomas constitucionais. Durante o estudo imagiológico
realizado confirmou-se massa peri-umbilical e flanco
esquerdo de médio volume com cerca de 12cm de
diâmetro de contorno relativamente bem definido. Foi
assim submetido a exérese da lesão que se verificou
encontrar na dependência da musculatura da parede
abdominal. A exérese da lesão foi total com margens
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P311)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Hematoma perineal: uma complicação rara de um
procedimento comum.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: A biópsia prostá-
tica transrectal ecoguiada é um procedimento minimamente invasivo, utilizado na investigação de neopla-
Revista Portuguesa de Cirurgia
72
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
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de ressecção livres. Discussão: O caso apresentado
representa uma raridade tanto no que diz respeito à própria patologia, como na localização da mesma.
Centro Hospitalar do Nordeste, EPE
Neoplasia dos tecidos moles
Reis, R; Teixeira, NM; Rocha, C; Novo, J; Carrazedo, A;
Armas, I; Fernandes, P; Oliveira, H.
Rui Filipe Almeida Ferreira e Reis
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P313)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Perfuração intestinal: um frango com ossos a mais...
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A ingestão de corpos estranhos
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
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CONTACTO:
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é uma situação clínica frequente. A maioria desses
objetos são eliminados espontaneamente através do
tubo digestivo. A perfuração intestinal ocorre apenas
em 1% dos casos e costuma estar associada à ingestão acidental de objectos longos e pontiagudos. A abordagem é dependente da causa e consequências da
perfuração. Material e Métodos: Caso Clínico e Revisão da Literatura. Resultados: Doente do sexo masculino, 57 anos, sem antecedentes de relevo. Recorreu à
Urgência por dor abdominal tipo cólica nos quadrantes
inferiores com 24h de evolução. Na anamnese referiu ter ingerido frango há 2 dias. Exame objetivo com
sinais de irritação peritoneal. Analiticamente, aumento
dos parâmetros inflamatórios. TC abdómen revelou
ansa de delgado com paredes espessadas e imagem
linear densa que poderá representar corpo estranho.
Submetido a laparotomia exploradora tendo-se identificado perfuração de ansa de íleon, causada por osso de
frango em posição transmural. Realizada enterectomia
segmentar com anastomose mecânica. Por boa evolução, teve alta ao 6º dia de pós-operatório. Discussão:
A perfuração do trato gastrointestinal provocada por
ossos é uma entidade rara. A clínica é variável e pode
mimetizar outras situações clínicas (apendicite aguda
ou diverticulite aguda). Muitas vezes os doentes não
recordam a ingestão de corpos estranhos, o que frequentemente atrasa o diagnóstico. Um diagnóstico de
suspeição precoce e uma intervenção atempada são
fundamentais para minimizar a morbilidade.
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE
Cirurgia do Intestino Delgado
Reia, Marta; Costa, Cristina; Mourato, Beatriz; Taré,
Filipa; Fialho, Guilherme; Rosado, Daniela; Guerrero,
Monica; Romero, Miguel; Barbosa, Ilda.
Marta de Fátima Oliveira Lourenço Reia
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
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EMAIL:
SALA 3
diagnósticas. Material e Métodos: Apresentamos o
caso de ARS, masculino de76 anos, com antecedentes
de HTA, dislipidemia, HBP e hiperuricemia, que recorre
ao SU por agravamento de quadro arrastado de sintomas constitucionais – astenia e anorexia, com dor
abdominal difusa, distensão abdominal e alterações do
trânsito no sentido da obstipação – com agravamento
nessa semana. A colonoscopia e a endoscopia digestiva alta não mostraram patologia. A tomografia toracoabdominopélvica levantou a suspeita de carcinomatose peritoneal, sem primário estabelecido. O estudo
do líquido ascítico revelou um exsudato negativo para
células malignas e negativo para PCR do M. tuberculosis. Foi decidida minilaparotomia para biópsias. As biópsias. O resultado histológico mostrou “?envolvimento
por processo inflamatório crónico granulomatoso, onde
se identificam múltiplos granulomas epitelioides, por
vezes com centro necrótico, e com presença associada
de células gigantes multinucleadas de tipo Langhans?”
Resultados: O doente iniciou terapêutica antituberculose com recuperação completa do bom estado geral e
com regressão da sintomatologia.
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Peritoneu
Madureira, L; Esteves, A; Tenreiro, N; Silva, S; Avelar,
P; Dias, J; Oliveira, A
Luís Madureira
[email protected]
05-03-2015
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P319)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Endometriose do Grande Omento: desafio Diagnós-
tico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A endometriose é doença de
controversa instalação, evolução e repetidos fracassos
no tratamento médico e cirúrgico. O conhecimento da
extensão extrapélvica é ainda limitada, e as consequências clínicas estão insuficientemente caracterizadas. Ainda que o progresso no conhecimento da morfologia, da fisiopatologia e de exames seja constante, a
detecção laparoscópica da endometriose extrapélvica
tem uma importância crescente. Material e Métodos:
CASO CLÍNICO: Mulher de 44 anos, dor localizada à
FIE. Queixas de dismenorreia e menorragias. Negou
ACO Ecografia abdominal e pélvica: Na FIE existe
lesão com 4 cm, predominantemente líquida, com nível
líquido e edema do tecido lipomatoso. TC Abdominal e
pélvica: No flanco/fossa ilíaca esquerda adjacente ao
cólon descendente e moldando ansas de delgado, formação nodular com densidade hídrica mais densa na
zona de declive não sendo possível excluir componente
hemático, bem circunscrita com 3, 8x3, 5 cm. Decidida
Laparoscopia Diagnóstica com excisão de massa adjacente ao grande omento. Resultados: A.Patológica:
fragmento nodular 4, 3x4, 8x3, 3cm. Superfície exterior
bosselada. Em secção corresponde a estrutura quística com 3, 7x3, 3cm de conteúdo hemático – Endometrioma. Discussão: Na literatura 5-12% das mulheres
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P314)
SESSÃO P-VARIOS 1
TÍTULO: Tuberculose peritoneal: apresentação de caso
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A tuberculose peritoneal é uma
doença de baixa incidência mas com elevada morbilidade e mortalidade. A importância do diagnóstico
correcto atempado impõe-se dado que é uma situação
potencialmente curável comparada com as alternativas
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
73
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
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apresentam endometriose extra-uterina e por ordem
decrescente a nível da sigmóide, apêndice, omento,
cicatrizes cirúrgicas e na região inguinal. Este caso traduz uma forma rara da doença e constituiu um desafio
diagnóstico
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Ginecológica
C. Vicente; A. Freitas; J.M. Novo de Matos; A. Caldeira
Fradique
Carla Sofia de Sousa Vicente
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P320)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Hemorragia digestiva de origem obscura – a pro-
prósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hemorragia digestiva de ori-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gem obscura (HDO) define-se como hemorragia do
tubo digestivo sem etiologia óbvia e que persiste ou
recorre após avaliações endoscópicas alta e baixa e
estudo radiológico contrastado do intestino delgado
inconclusivos. Na maioria dos casos, a origem da
hemorragia situa-se no intestino delgado. Material e
Métodos: Apresentação de um caso clínico de uma
doente de 62 anos, seguida em consulta de Cirurgia por
episódios recorrentes de HDO. Após estudo por videocápsula, identificou-se uma procidência endoluminal
ao nível da mucosa do jejuno proximal, compatível com
lesão submucosa. Foi então realizada enteroTC que
identificou uma lesão nodular de 3 cm no jejuno proximal, com componente polipoide endoluminal e compatível com GIST. Resultados: Foi proposta terapêutica
cirúrgica, tendo-se efectuado, por laparotomia, ressecção de ansa jejunal, que apresentava uma lesão nodular vascularizada, e anastomose primária. O período
pós-operatório decorreu sem complicações e a doente
tem permanecido assintomática e sem recorrência de
novos episódios de hemorragia digestiva. A avaliação
histológica viria a revelar um GIST de baixo risco. Discussão: O intestino delgado é responsável pela maioria das situações de HDO. Infelizmente, é também o
segmento de mais difícil acesso e estudo. Globalmente,
os tumores do intestino delgado são a 2ª causa mais
frequente. Nestes casos, o tratamento definitivo passa,
naturalmente, pela cirurgia de ressecção.
HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida
Hemorragia digestiva
Souto, Ricardo (1); Nogueira, Sara (2); Vicente, Carla
(3); Amaral, João (4); Soares, Mira (5)
Ricardo Souto
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HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Os quistos da 2ª fenda são os mais frequentes (95%)
e raramente são diagnosticados na infância. Material
e Métodos: Apresentamos o caso dum homem de 56
anos que recorreu ao serviço de urgência por tumefacção na região látero-cervical esquerda, dolorosa, fixa,
consistência dura e crescimento rápido (2 semanas). A
ecografia e tomografia cervicais descreveram volumosas massas (6 cm) de contornos lobulados e conteúdo
espesso, sugerindo lesões quísticas. Resultados: Foi
realizada aspiração, com saída de conteúdo quístico.
Por agravamento clínico e analítico, foi internado e realizada drenagem cirúrgica. Ao 5º dia de pós-operatório,
sob meropenem, apresentou episódio de cefaleias e
convulsão tónico-clónica generalizada, como apresentação inicial dum quadro de meningoencefalite. Teve alta
ao 18º dia após a drenagem e foi submetido a exérese
do quisto branquial após 2 meses. Discussão: A antibioterapia está indicada em casos de infecção, embora
o tratamento definitivo seja cirúrgico. As complicações
relacionam-se com a recorrência dos episódios de infecção e abcedação. Podem comprometer as estruturas
adjacentes, estando descritos casos de lesão neurovascular e trajectos fistulosos. Este caso reveste-se de
especial interesse pela raridade do quadro de encefalite
como complicação dum quisto branquial infectado.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Cirurgia da Cabeça e Pescoço
Maria João Lima, Joana F. Correia, Rita Peixoto,
Daniela Macedo Alves, Rosa Saraiva, Jorge Valverde,
Virgínia Soares, Pedro Koch, Taveira Gomes
Maria João Lima
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P322)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Síndrome da artéria mesentérica superior
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Síndrome da artéria mesen-
térica superior é uma causa rara de obstrução intestinal proximal, caracterizada pela compressão da
terceira porção do duodeno devido à diminuição do
espaço entre a artéria mesentérica superior e a aorta,
primariamente atribuída à perda de gordura mesentérica. Material e Métodos: Os autores apresentam
um caso clínico de Síndrome da artéria mesentérica
superior. Resultados: Mulher de 19 anos com quadro
de 2 anos de evolução de epigastralgia pós-prandial,
enfartamento precoce, anorexia não seletiva, náuseas
e vómitos, com agravamento e perda ponderal de 10
Kg no último mês. Ao exame objetivo, abdómen com
ruídos hidroaéreos aumentados e doloroso no epigastro. Radiografia de abdómen com câmara gástrica com
afunilamento ajusante. No trânsito gastro-duodenal, um
estômago hipotónico, destacando-se marcado atraso
no esvaziamento, com passagem lenta de contraste
em D3. A tomografia computorizada revelou a presença
de um ângulo agudo de cerca de 20-25% entre a emergência da artéria mesentérica superior e a aorta. Apresentou resolução da sintomatologia gastrointestinal
com tratamento conservador mediante descompressão gastrointestinal com sonda nasogástrica, fluidoterapia e pró-cinético em SOS. Na consulta externa de
seguimento de primeiro mês, estava clinicamente bem,
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P321)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Meningoencefalite: Complicação Rara dum Quisto
Branquial Infectado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos branquiais resultam
de anomalias durante o desenvolvimento embrionário,
por ausência de obliteração das fendas branquiais.
Revista Portuguesa de Cirurgia
74
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tendo engordado 5Kg. Discussão: Fisionomia magra
e perturbações comportamentais conduziram a uma
perda de peso desencadeando a patologia. Tratamento
poderá necessitar de intervenção cirúrgica em caso de
insucesso do tratamento conservador.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Gastrointestinal
Miguel Albano, Nídia Moreira, Guillermo Martinez, Prof.
Doutor Carlos Costa Almeida
Miguel José Nico Albano
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P323)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Abordagem Híbrida ao Pé Diabético Séptico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Considerando que 85% das
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
amputações são precedidas de uma úlcera que pode
ser prevenida, o autor apresenta um caso clínico de pé
diabético isquémico com preservação do membro com
técnica cirúrgica híbrida. Material e Métodos: Caso clínico: Homem de 84 anos, DM2 há 40 anos, recorre ao
SU por agravamento de feridas ulceradas dos dedos do
pé esquerdo com 3 meses de evolução, a fazer pensos,
no centro de saúde. Após realização de penso, teve alta
medicado com antibiótico, referenciado para consulta
urgente de pé diabético. Na consulta constatou-se
gangrena infectada do 2º e 3º dedos com necessidade
de colheita de exsudato para zaragatoa. Realizou-se
exame bacteriológico e avaliação global do doente,
incluíndo estudo vascular por angiotac que revelou:
MI esq-femoral comum com volumosa placa calcificada oclusiva que envolve a origem da artéria femoral profunda, mas permeável. Ao nível do terço distal
e transição femoro-popliteia existem múltiplas estenoses severas (>70%). Estenoses moderadas/graves do
segmento P1 e P2 da popliteia.Submetido a endarterectomia da femoral comum esquerda com colocação
intraoperatória de stent na femoral profunda.Realizado
posteriormente angioplastia percutânea com balão de 5
mm do 1/3 distal da femoral superficial, sem estenoses
limitantes do fluxo no controlo angiográfico. Colocação
de stent autoexpansível de 7x30mm na origem da artéria femoral superficial. Discussão: A incidência do pé
diabético isquémico tem vindo a aumentar na medida
da longevidade do doente diabético.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Pé Diabético
Viveiros, Octávio; Cavadas, Daniela; Onofre, Miguel;
Sousa, Virgínia Formiga, Ana; Tiago, Bilhim; Neves,
José Antunes
Octávio Domingos Maciel Viveiros
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HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
localizando-se ao nível da artéria pulmonar ou da aorta.
Material e Métodos: Mulher, 81 anos, com dor abdominal, náuseas, vómitos e perda ponderal desde Maio de
2014, com múltiplos internamentos, cuja investigação
TC foi compatível com espessamento e hipocaptação
da parede de segmentos do intestino delgado, ligeira
proeminência das estruturas vasculares do mesentério
adjacente e enfartes esplénicos.O estudo endoscópico foi inespecifico. Por agravamento clínico, realizou
3 meses depois AngioTC abdominal que identificou
lesões de novo, atípicas, hipodensas, e hipervasculares, com aparente ponto de partida em ansa de intestino delgado e com provável metastização peritoneal
subfrénica direita.Foi submetida a enterectomia segmentar do delgado e ressecção de massa envolvendo
tumor diagramático. Como intercorrência de pós-operatório refere-se hemorragia digestiva alta tratada endoscopicamenter e ao 10º dia quadro de choque refractário, diagnosticando-se isquémia multivisceral maciça,
com evolução desfavorável e óbito. O resultado histológico revelou metástases intestinais e diafragmática de
sarcoma indiferenciado da íntima com crescimento preferencial endovascular, com possível origem primária
na aorta. Discussão: O caso clínico ilustra uma causa
rara de dor abdominal com comportamento agressivo,
reforçando a necessidade de considerar etiologias atípicas aquando do estudo da dor abdominal.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Vascular/Metastização
Joana Figueiredo, Nuno borges, José A. Pascoalinho,
Ricardo Matos
Joana Bernardino Figueiredo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P325)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Gangrena de Fournier, um caso invulgar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Gangrena de Fournier, defi-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P324)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
SESSÃO P-VÁRIOS 2
AUTORES:
TÍTULO: No final era um sarcoma indiferenciado da íntima.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O sarcoma da íntima tem uma
CONTACTO:
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apresentação clínica inespecífica, podendo causar
êmbolos periféricos ou crescer ao longo do lúmen,
nida como uma fasceíte necrotizante, é uma infecção
polimicrobiana grave do tecido celular subcutâneo e
fáscias, rapidamente progressiva, com alta morbilidade e mortalidade, atingindo habitualmente os genitais, períneo e parede abdominal. A sua etiologia está
geralmente associada a patologia urogenital, anorectal ou dermatológica. O curso dramático desta condição requer o seu rápido reconhecimento, drenagem e
desbridamento cirúrgico exaustivo, derivação fecal e
urinária, terapêutica antimicrobiana de largo espectro
e suporte intensivo. Este trabalho tem como objectivo
apresentar um caso clínico de um homem de 66 anos
de idade, com diagnóstico de Gangrena de Fournier de
etiologia e curso clínico pouco habituais. É também realizada uma revisão da literatura com enfoque na abordagem e tratamento desta rara patologia.
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE
Patologia do períneo e parede abdominal – Gangrena
de Fournier
Miguel Tomé, Filipa Caldeira, Nuno Mendonça, Sara
Patrocínio, Cláudia Galrão
Miguel Gonçalves Tomé
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
75
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P326)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Diverticulite de Meckel, uma causa rara de oclusão
intestinal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O divertículo de Meckel é a má
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
formação congénita mais frequente do intestino delgado e está presente em cerca de 2% da população.
Encontra-se em 95% dos casos no bordo anti-mesentérico do ID a cerca de 60cm da válvula ileo-cecal,
podendo conter mucosa gástrica, cólica e pancreática.
A larga maioria destes divertículos são assintomáticos
sendo descobertos incidentalmente. Só 4 a 6% dos
divertículos de Meckel dão complicações. Material e
Métodos: Processo clínico, fotografias e exames complementares Resultados: Caso clínico de um jovem do
sexo masculino com 20 anos que recorre ao SU com
quadro de dor abdominal, vómitos e obstipação com
cerca de 3 h de evolução. RX e TAC confirmaram o
quadro oclusivo de ID. O doente foi submetido a cirurgia onde se constatou a presença de diverticulite de
Meckel que condicionava obstrução de delgado tendo-se realizado enterectomia segmentar de delgado. Alta
ao 3º dia pos-op com trânsito intestinal mantido e a
tolerar dieta ligeira Discussão: As complicações do
divertículo de Meckel são mais frequentes em idade
pediátrica, sendo a hemorragia a principal complicação
e é também a principal causa de hemorragia digestiva
em idade pediátrica. A oclusão por diverticulite, intussuscepção ou volvo é mais frequente na idade adulta.
Quando se suspeita clinicamente de apendicite aguda
não confirmada intra-operatoriamente deve ser pesquisada a presença de divertículo de Meckel. O tratamento
das complicações da diverticulite de Meckel consiste na
diverticulectomia ou resseção segmentar de delgado
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Intestino Delgado
Gustavo Capelão, Ana Couceiro, João Nobre, Mónica
Laureano, Sandra Amado, Ana Inácio, Miguel Coelho
dos Santos
Gustavo Capelão
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
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estudo imagiológico que comprovava o diagnóstico e
levantada suspeita de corpo estranho pélvico no raio-x. Realizada laparotomia exploradora com detecção e
remoção de compressa cirúrgica. Discussão: Constitui
uma complicação cirúrgica rara mas, deve constar no
diagnóstico diferencial dos doentes com antecedentes
cirúrgicos. A prevenção é essencial já que apresenta
consequências de morbi-mortalidade para o doente e
medico-legais para o cirurgião.
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Oclusão intestinal
M. Serra, T. Santos, R. Lages, C. Ribeiro, D. Machado,
V. Francisco, M. Martins, J. Sousa, G. Sarabando
Marta Lopes Serra
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P328)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Ileus biliar condicionando diverticulite de Meckel
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Divertículo de Meckel está pre-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P327)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-VÁRIOS 2
CONTACTO:
EMAIL:
TÍTULO: Caso Invulgar de Oclusão
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O textiloma trata-se do aban-
dono inadvertido de compressa cirúrgica após o encerramento do campo operatório. Infelizmente mantém-se
um erro médico comum, com uma taxa de incidência
de 1 a cada 1000-15000 cirurgias intra-abdominais.
Fatores de risco: mulher, obesidade, cirurgia de emergência, grandes perdas hemorrágicas e alterações
na equipa cirúrgica. As suas manifestações podem
ser exsudativas (abcessos e fístulas) ou assépticas
(aderências e encapsulações). A taxa de mortalidade
associada descrita na literatura é de 18, 9%. Resultados: Descreve-se o caso clínico de mulher com antecedente de histerectomia com anexectomia bilateral
no ano anterior. Recorre ao serviço de urgência por
sintomas característicos de oclusão intestinal, com
sente em apenas aproximadamente 2% da população
sendo a sua inflamação bastante rara. Ileus biliar corresponde à obstrução intestinal causada pela migração de um cálculo biliar para o aparelho digestivo. Os
autores apresentam um caso clínico de impactação de
um calculo biliar num divertículo de Meckel. Doente de
60 anos que se apresenta com dor abdominal com 12
horas de evolução. Ao exame objectivo apresentava
dor abdominal difusa com reacção peritoneal. A avaliação analítica revelava leucocitose com neutrofilia e
aumento da proteína C reactiva. Imagiologicamente a
TAC colocava a hipótese de corpo estranho no ileon
distal vs intussuscepção com inflamação local. Foi submetido a laparotomia exploradora onde se verificou calculo biliar impactado na base de diverticulo de Meckel
com obstrução do mesmo e consequente diverticulite.
Foi realizada ressecção segmentar do segmento envolvido de ileon. O pós operatório decorreu sem intercorrências, tendo alta ao 4º dia pós operatório. Ileus biliar
condicionando diverticulite de Meckel é uma patologia extremamente rara, existindo até à data apenas 3
casos descritos na literatura.
Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE
Gastrointestinal
Miguel Cunha, Kalina Hristova, Edgar Amorim, Juan
Rachadell, M. Americano
Miguel Fernandes da Conceição Cunha
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P329)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Fistula aorto-auricular como causa de dor abdominal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente de 79 anos, sexo femi-
nino, com antecedentes de cirurgia valvular aórtica,
colecistectomia e gastrectomia subtotal, que recorreu
ao SU por dor abdominal nos quadrantes esquerdos.
No exame físico, tinha dor à palpação do flanco e FIE,
sem defesa; análises com D-dímeros 2083 e troponina
0.203; TAC com sinais de insuficiência cardíaca, quisto
Revista Portuguesa de Cirurgia
76
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
renal direito e que descartou hipótese de isquémia da
mesentérica ou patologia intra-abdominal. O ecocardiograma transtorácico demonstrou “aneurisma gigante da
aorta ascendente, dilatação das cavidades direitas...”. A
doente manteve as queixas de dor abdominal pelo que
foi sendo reavaliada pela Cirurgia Geral, mantendo-se
a opinião de não haver patologia cirúrgica intra-abdominal e pela Urologia que descartou hipótese de rotura
de quisto renal. Foi realizado ecocardiograma transesofágico, que demonstrou presença de fistula aorto-auricular direita. Resultados: A doente foi submetida a
intervenção cirúrgica pela Cirurgia Cardio-torácica, que
comprovou a existência da fístula e realizou ressecção
aneurismática e encerramento do orifício da aurícula
direita. A doente faleceu no bloco operatório por hemorragia incontrolável secundária a discrasia sanguínea e
fragilidade aórtica. Discussão: A dor abdominal não é
uma apresentação de patologia exclusivamente abdominal, não se podendo excluir outras patologias, ainda
que raras ou improváveis e deve-se manter a investigação do quadro clínico, abrangendo outras áreas médicas, até esclarecimento da etiologia.
Hospital Central do Funchal SESARAM EPE
Dor abdominal no serviço de urgência
Pereira, H; Silva, S.; Subotin, I.; Viveiros, R.; Costa
Neves, M.; Olim, M.; Fernandes, D.; Barreto, R.; Menezes, F.; Gomes, M.; Silva, M.; Brazão, A.; Teixeira, A.
Helga Pereira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P331)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Hipertensão secundária a reninoma – a cura lapa-
roscópica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P330)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
TÍTULO: Fasceite Necrotizante – Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fasceite necrotizante (FN) é
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
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EMAIL:
uma doença grave, incomum e potencialmente fatal,
que se caracteriza pela infecção dos tecidos moles
supra-fasciais. Esta Infecção resulta do sinergismo
entre bactérias aerobias, anaeróbias e fungos. A FN do
períneo pode atingir qualquer sexo e idade, no entanto
sabe-se que a incidência nos homens é superior, numa
proporção de 10:1, em relação às mulheres. Relativamente à sua etiologia pode estar associada a patologia
colorrectal, urogenital, dermatológica, ou idiopática. A
maioria dos doentes apresenta factores predisponentes, como Diabetes mellitus ou alcoolismo, no entanto,
teoricamente qualquer estado de imunossupressão
pode estar associado. Trata-se de uma importante
causa de morbilidade e mortalidade, em que o diagnóstico precoce, bem como o desbridamento cirúrgico agressivo, a antibioterapia de largo espectro e as
medidas de suporte são fundamentais. No caso clínico
apresentado procura-se demonstrar que o diagnostico
e tratamento precoces são premissas essenciais, para
o prognóstico do doente.
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Gangrena de Fournier
Praxedes, V.; Baptista, J.; André, A.; Nascimento, J.;
Trindade, C.; Azeda, C.; Cortez, L.
Vanessa Sofia Pereira Praxedes
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
O reninoma é um tumor
benigno de células justa-glomerulares, constituindo-se
como causa rara e potencialmente curável de hipertensão arterial secundária, apresentando maior prevalência em adolescentes e adultos jovens do género feminino. Material e Métodos: Consulta e recolha de dados
do processo clinico da doente. Resultados: Doente do
sexo feminino, 25 anos de idade, com HTA diagnosticada aos 19, já com nefro e cardiopatia hipertensivas,
seguida em consulta de Medicina Interna desde os
21 anos. Sob nidfedipina, enalapril/hidroclorotiazida e
espironolacotna, cumpridora da terapêutica, mas com
controlo tensional inadequado. Da investigação etiológica, a salientar hiperrreninemia e hiperaldosteronemia
e TC abdominal, identificando nódulo de 2 cm no rim
direito, a favor do diagnóstico de reninoma. Submetida
a enucleação laparoscópica do tumor, sem intercorrências e com alta clínica ao segundo dia pós-operatório.
De momento assintomática e normotensa sem necessidade de intervenção farmacológica. Discussão: Trata-se de um tumor prevalente em idade jovem e, não obstante a benignidade a ele inerente, acarreta elevado
risco de lesão secundária de órgão-alvo. Neste sentido
salienta-se a importância da identificação precoce do
reninoma, surgindo a intervenção cirúrgica como a
única opção potencialmente curativa, com elevada taxa
de sucesso a longo prazo.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Lararoscopia
Alberto Figueira (1), Ana Lontro (1), Cláudia Pereira (1),
Sara Croca (3), Igor Nunes (3), Tiago Santos (3) Lurdes
Correia (2), Leonor Carvalho (3), Manuel Ribeiro (1),
Paulo Viana (1), Carlos Miranda (1), António Ruivo (1),
João Coutinho (1), Mendes de Almeida (1)
Alberto Sérgio Santos Figueira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P332)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: 365 Dias de Cirurgia de Ambulatório
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Cirurgia de Ambulatório é o
regime preferencial para tratamento cirúrgico de doentes que reúnam critérios clínicos favoráveis, de acordo
com a patologia e procedimento programado e após
avaliação em consultas de Cirurgia Geral e Anestesiologia. Em Janeiro de 2014 foi estabelecida a conjuntura necessária para a implementação deste regime no
nosso centro hospitalar. Desta forma, apresenta-se o
processo e resultados do primeiro ano de actividade.
Material e Métodos: Foi elaborada uma análise retrospectiva da casuística da Unidade de Cirurgia Ambulatória. Resultados: Criou-se uma lista de espera com
o objetivo de atingir 30% da produtividade cirúrgica do
serviço, repartida em três dias semanais de atividade
em bloco operatório. Numa primeira fase a alta era
dada no dia da intervenção, sendo que posteriormente
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
77
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
a atividade foi estendida para a pernoita, possibilitando
assim inclusão de maior número de doentes e melhor
rentabilidade dos recursos. Discussão: Os resultados
iniciais da nossa Unidade de Ambulatório revelam-se
promissores, ao encontro dos objetivos inicialmente
delineados e da realidade descrita na literatura.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia ambulatória
Alberto Figueira, Ana Lontro, Sara Fernandes, Bernardo Maria, Jelena Pajic, Mendes de Almeida
Alberto Sérgio Santos Figueira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P333)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
CONTACTO:
EMAIL:
TÍTULO: Causa incomum de massa na fossa ilíaca direita –
anos observada no serviço de urgência com quadro de
oclusão intestinal. Intraoperatoriamente constatou-se
a presença de corpo estranho no lúmen ileal condicionando obstrução total. A extração do corpo estranho
revelou tratar-se de um fitobezoar. Os autores descrevem o percurso diagnóstico e terapêutico da doente,
recorrendo à análise retrospectiva do processo clínico
da mesma. É ainda realizada uma revisão da literatura.
Os fitobezoares são aglomerados de fibras vegetais
não digeridas encontradas no tracto gastrointestinal,
mais frequentemente no estômago. A apresentação
clínica é muitas vezes inespecífica, constituindo uma
causa rara de oclusão intestinal.
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE
Patologia do intestino delgado
Sara Patrocinio, Nuno Mendonça, Miguel Tomé, Filipa
Caldeira, José Luis Almeida
Sara Patrocinio
[email protected]
caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A patologia associada ao apên-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P335)
dice ileocecal continua a ser a causa mais frequente de
dor ou massa localizada na fossa ilíaca direita (FID),
sendo o diagnóstico muitas vezes desafiante. Os sarcomas retroperitoneais são raros e, na maioria das
vezes, são diagnosticados apenas quando se tornam
volumosos, tornando-se sintomáticos pelo seu efeito de
massa. Material e Métodos: Mulher de 68 anos recorre
à urgência por dor na FID com 5 dias de evolução. No
exame físico foi detetada massa dolorosa. Analiticamente apresentava elevação dos parâmetros de infeção e a avaliação com ecografia sugeria o diagnóstico
de abcesso apendicular com 5cm de diâmetro. Ficou
internada para tratamento com antibioterapia e estudo
complementar Resultados: Apesar da melhoria clinica
e analítica, manteve a massa palpável. Fez estudo com
TC abdominal que revelou lesão em íntima relação com
apêndice ileocecal, sugerindo o diagnóstico de mucocelo apendicular e colonoscopia que não demonstrou
alterações. Posteriormente foi submetida a laparotomia exploradora, constatando-se lesão retroperitoneal
justa apêndice ileocecal, que foi totalmente excisada. O
pós-operatório decorreu sem complicações. O estudo
histológico revelou leiomiossarcoma. O caso foi apresentado em consulta multidisciplinar mantendo-se
vigilância. Discussão: Embora a apendicite aguda
seja a causa mais comum, existem outras patologias
raras responsáveis por lesões na FID. O sarcoma tem
especial importância uma vez que um dos fatores mais
importantes no prognóstico é a sua excisão completa
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Sarcoma retroperitoneal
Tobias Teles, Rui Cunha, Sofia Jardim Neves, Miguel
Semião, João Casteleiro Alves
Tobias Teles
[email protected]
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Quistos do Mesentério – Revisão bibliográfica a
propósito de 2 casos clínicos
Os quistos mesentéricos
são raros e a sua incidência varia entre 1/100.000 a
1/250.000 admissões hospitalares de doentes cirúrgicos. Geralmente são assintomáticos e detectados ocasionalmente através de exames de imagem. O diagnóstico definitivo é apenas estabelecido após a avaliação
histológica. Material e Métodos: Descrição de dois
casos que ilustram diferentes formas de apresentação clínica e abordagem terapêutica. Resultados: No
primeiro caso, mulher de 35 anos, com perda de 5%
do peso total e sintomas abdominais inespecíficos. No
segundo, mulher de 42 anos, com dor abdominal do
tipo cólica no flanco esquerdo, com 3 dias de evolução. A avaliação imagiológica através de TC e posteriormente RMN revelou aspectos sugestivos de quisto
do mesentério em ambos. A ressecção completa dos
quistos constituiu a abordagem terapêutica de eleição.
No primeiro realizou-se por laparoscopia e no segundo
por laparotomia mediana. Discussão: A clínica inespecífica, o curso longo e a baixa incidência na população, aliados ao reduzido número de casos descritos
na literatura, tornam o diagnóstico e a abordagem terapêutica dos quistos mesentéricos um desafio. A TC e
a RMN são os meios complementares de diagnóstico
de eleição. Permitem estabelecer a localização, volume
e relações anatómicas, contribuindo para a decisão
terapêutica e no planeamento cirúrgico. Actualmente
a ressecção cirúrgica via laparoscópica é considerada
o Gold standard. Os quistos mesentéricos raramente
recorrem e a maioria dos doentes apresenta um excelente prognóstico.
Hospital Beatriz Ângelo
Quistos do Mesentério
Dos Santos, M (1); Oom, R (1); Sousa, M (1); Luz, G
(1); Garrido, R (1); Maio, R (1)
Marta Sofia Alves dos Santos
[email protected]
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P334)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Um caso de oclusão intestinal por fitobezoar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este trabalho tem como objec-
CONTACTO:
EMAIL:
tivo apresentar o caso clínico de uma doente com 58
Revista Portuguesa de Cirurgia
78
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P336)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Avaliação da morbilidade das cirurgias de máxima
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
redução tumoral no cancro do ovário – uma abordagem multidisciplinar
Objectivo/Introduçâo: Avaliar morbilidade per e pós-operatória das cirurgias de máxima redução tumoral
por cancro do ovário e suas implicações no tratamento
sistémico. No cancro avançado do ovário a cirurgia
citorredutora completa tem valor prognóstico. Material e Métodos: Análise retrospectiva de 25 doentes
submetidas a cirurgia citorredutora completa entre
Jan.2005-Nov. 2014. Avaliação das complicações
operatórias pela classificação Clavien-Dindo. Resultados: A mediana das idades foi de 60A (26-75). Estádios FIGO: IIIC-87%, IV-13%. Quatorze doentes foram
submetidas a cirurgia primária e 21 a cirurgia após QT.
Além da cirurgia padrão, 16% foram submetidas a peritonectomia total, 48% a esplenectomia, 40% resseção
segmentar intestino delgado, 28% ressecção anterior
do recto, 8% colecistectomia, 8% sub-segmentectomia
hepática, 4% cistectomia parcial e 4% gastrectomia
parcial. Complicações per-operatórias: 40% repartidas
igualmente por transfusões de concentrado eritrocitário
e traumatismo de órgão. Complicações pós-operatórias: 60%, das quais 66, 7% foram de grauII, sendo a
mais frequente a anemia. Reintervenção cirúrgica apenas para ressutura da parede. Medianas internamento:
14d; SNG:3d; cateter vesical:7d. Intervalo médio entre
a cirurgia e a QT: 39, 4±15, 4d. Discussão: Apesar da
agressividade cirúrgica a maioria das complicações foi
minor. A cirurgia não prejudicou o intervalo óptimo para
a realização de terapêutica adjuvante. Uma equipa
multidisciplinar experiente permite realizar este tipo de
intervenções com segurança.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Oncológica
Iolanda Ferreira (1), Filipa Ferreira(1), António Pinho
(2), Guilherme Tralhão (3), Cristina Frutuoso (1), Isabel
Torgal (1)
Iolanda João Mora Cruz de Freitas Ferreira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
que séptico. Ao 7º dia foi possivel realizar penso com
vacuoterapia. Foram isolados E. faecium e P. aeruginosa nas amostras biológicas colhidas, tendo realizado antibioterapia dirigida. Resultados: Verificou-se
controlo progressivo do quadro séptico com estratégia
combinada de abordagem cirúrgica, suporte de órgão
e antibioterapia. Houve normalização dos parâmetros
inflamatórios e recuperação total da falência multiorgânica. A doente foi transferida para o serviço de Cirurgia
Plástica onde se encontra a realizar enxertos cutâneos
para encerramento do defeito abdominal. Discussão:
Neste caso, verificou-se que uma estratégia multidisciplinar baseada na intervenção cirúrgica precoce e
agressiva, na optimização máxima de suporte de órgão
e antibioterapia dirigida contribuiu para a sobrevivência
da doente.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia de Urgência
Filipa Ferreira; Hugo Domingos; Paulo Fernandes; J.C.
Mendes de Almeida
Filipa Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P338)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Lipossarcoma
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P337)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Choque séptico por fasceíte necrotizante: a mu-
dança de paradigma
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fasceíte necrotizante apre-
senta-se como uma entidade com elevada mortalidade
(9-29%). A presença de sépsis agrava o prognóstico.
Apresenta-se o caso de uma doente que deu entrada
no SU com quadro de choque séptico por fasceíte
necrotizante abdominal. Material e Métodos: Doente
do sexo feminino, 45 anos, recorre ao SU por quadro compatível com choque séptico devido a fasceíte
necrotizante abdominal com ponto de partida em foliculite com 1 semana de evolução. A doente foi submetida
a sucessivos desbridamentos cirúrgicos extensos e a
fasciectomia. Foi admitida na UCI durante 6 dias por
quadro de falência multiorgânica no contexto de cho-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
retroperitoneal – incidentaloma
pouco comum
Objectivo/Introduçâo: O lipossarcoma é um tumor
maligno de células mesenquimatosas, em 19% dos
casos de localização retroperitoneal. Tem maior prevalência entre os 50 e os 70 anos de idade, sendo que
a apresentação clínica varia com a localização, tamanho, tipo histológico e grau de malignidade tumoral.
Material e Métodos: Consulta e recolha de dados
do processo clínico do doente. Resultados: ‘Doente
do sexo masculino, 59 anos de idade, assintomático,
com detecção de tumor abdominal em ecografia de
rotina para vigilância de quisto renal não complicado.
A TC identificou lesão compatível com lipossarcoma
retroperitoneal anterior ao rim direito de 13 x 11 x 16
cm. Submetido a exérese em bloco da massa tumoral
(1900 g), com necessidade de nefrectomia direita. Anatomia patológica de lipossarcoma bem diferenciado.
Teve alta ao 6º dia pós-operatório, mantendo-se clinicamente estável até à data. Discussão: Não obstante
o volume tumoral, a única abordagem potencialmente
curativa para o lipossarcoma é a ressecção cirúrgica
com margens livres, sendo que, neste caso, as grandes
dimensões e a ausência de plano de clivagem com o
rim e ureter direitos obrigaram a nefrectomia “de necessidade”.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Tumores retroperitoneais
Alberto Figueira (1), Ana Lontro (1), Cláudia Pereira (1),
António Alves (2), Dolores Presa (2), Manuel Ribeiro
(1), Paulo Viana (1), Carlos Miranda (1), António Ruivo
(1), João Coutinho (1), Mendes de Almeida (1)
Alberto Sérgio Santos Figueira
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
79
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P339)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: Oclusão intestinal por aderência rara
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O desenvolvimento
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
exponencial da cirurgia abdominal na segunda metade do
século XX, nos países desenvolvidos, foi responsável
pela mudança de paradigma do doente em oclusão.
As aderências são, hoje, a causa mais comum de oclusão mecânica de delgado. Podemos categoriza-las em
três grupos: pós-operatórias, congénitas e pós-inflamatórias, sendo os dois últimos extremamente raros.
Material e Métodos: Relato de caso clínico e revisão
de publicações sobre o tema. Resultados: Mulher, 79
anos, sem antecedentes cirúrgicos. Admitida no S.U.
com quadro sub-oclusivo, com uma semana de evolução. Analiticamente: apenas com aumento dos parâmetros inflamatórios. T.C. abdomino-pélvico: “Ascite de
médio volume. Distensão das ansas do delgado (...)
sem sinais de obstrução mecânica”. Pela melhoria inicial, decidido internamento, com tentativa abordagem
conservadora. Dado o agravamento clinico, ao 5º dia de
internamento, foi submetido a laparotomia exploradora,
com identificação de aderência a condicionar oclusão
de delgado, com isquemia de segmento com 20 cm.
Realizada enterectomia segmentar e anastomose enteroentérica latero-lateral com sutura mecânica. Cirurgia
e pós-operatório sem complicações, tendo a doente
alta ao 8º dia pós-operatório. Discussão: As aderências congénitas ou pós-inflamatórias, apesar de causa
excecional de obstrução intestinal, não podem ser
esquecidas na abordagem do doente em oclusão. Só
o reconhecimento atempado e a abordagem oportuna
pode prevenir complicações graves.
Hospital de Braga
Oclusão intestinal
José Pedro Pinto, Charlene Viana, Dina Luís, Patrícia
Botelho, Conceição Antunes
José Pedro Pinto
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 1
da peça revelou neoplasia pleomórfica, com marcadores positivos para HMB45 e melanA, sugestiva de
tumor de células perivasculares epitelióides maligno
(PEComa maligno) ou metástase de melanoma maligno
S-100 negativo. Investigação clínica negativa para
melanoma maligno. O doente foi encaminhado para a
consulta de Oncologia com o diagnóstico de PEComa.
Discussão: PEComas são neoplasias mesenquimatosas compostas por células epitelióides perivasculares.
Raros, abrangem uma ampla diversidade de tumores.
O tratamento é cirúrgico, uma vez que não são sensíveis a radio ou quimioterapia. Os PEComas malignos
apresentam-se como uma patologia altamente agressiva, com um desfecho fatal.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
PEComa
Inês Donas-Boto, Fernanda Quirino, J.C. Mendes de
Almeida
Inês Donas-Boto Figueiredo Esturrenho
[email protected]
06-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C013)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Drenagem Biliar Percutânea – morbimortalidade
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A icterícia obstrutiva é uma
entidade frequente na Cirurgia. A drenagem biliar não
cirúrgia torna-se necessária em três situações: paliação, terapêutica, e ponte para cirurgia. No entanto,
estes procedimentos apresentam elevada taxa de morbimortalidade. O objectivo desta revisão é caracterizar
esta população com especial ênfase nas complicações
pós drenagem biliar percutânea (DBP). Material e
Métodos: Revisão retrospectiva de processos clínicos
dos doentes internados num serviço de Cirurgia que
realizaram de drenagem biliar por colangiografia percutânea transhepática (CPT) num período de 3 anos.
Análise dos dados com recurso a Excel® e SPSS®.
Resultados: No período em estudo foram submetidos
a DBP 84 doentes, num total de 129 procedimentos,
o mais frequente dos quais a drenagem biliar mista. A
bilirrubina total (BT) pré drenagem foi em média 18, 4
mg/dL [4, 6 – 38]. A DBP foi o tratamento definitivo em
78% dos doentes. A taxa global de complicações foi de
44%, as mais comuns a colangite (60%), pancreatite
aguda (18%) e coleperitoneu (16%), com prolongamento do tempo de internamento superior a 8 dias. A
taxa de mortalidade precoce (< 30 dias) directamente
relacionada com o procedimento foi de 10%, principalmente associada ao coleperitoneu. A drenagem
era paliativa em todos estes doentes e o valor médio
de BT 22, 16 mg/dL. Discussão: As técnicas de DBP
estão associadas a elevadas taxas de complicações. É
necessário um elevado nível de suspeição clínica para
o diagnóstico precoce e tratamento atempado.
HOSPITAL: Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P340)
SESSÃO P-VÁRIOS 2
TÍTULO: PEComa maligno
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O objectivo deste trabalho é a
apresentação clínica, características patológicas e imunohistoquímicas de um caso raro – PEComa. Material
e Métodos: Apresentação de um caso clínico. Revisão
de literatura. Resultados: Doente de 48 anos, sexo
masculino, sem antecedentes pessoais relevantes.
Recorreu ao Serviço de Urgência por dor abdominal
localizada ao hipocôndrio esquerdo, sem outra sintomatologia. Apresentava massa palpável no hipocôndrio
esquerdo até 8cm abaixo do bordo costal e a TC com
contraste realizada revelou formação heterogénea com
cerca de 205x172mm no plano axial, na dependência da vertente anterior do baço, provável hematoma
crónico. Submetido a esplenectomia com constatação
intraoperatória de massa amarelada, de consistência
mole, que invadia o baço, sem planos de clivagem com
estruturas adjacentes. O relatório anátomo patológico
Revista Portuguesa de Cirurgia
80
AUTORES: Isabel Caldas, Leonor Matos, Mariana Santos, Marta
Guimarães, Pedro Rodrigues, Domingos Rodrigues,
Trovão Lima, Gil Gonçalves, Mário Nora
CONTACTO: Isabel Caldas
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C014)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Timing da colecistectomia após CPRE
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Nos doentes submetidos a
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
colecistectomia laparoscópica (CVL) após realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), observa-se que os doentes com maior
intervalo de tempo entre a CPRE e a colecistectomia
parecem apresentar processos inflamatórios e fibróticos mais intensos que aumentam a complexidade da
colecistectomia e poderão predispor a complicações.
OBJECTIVO Avaliar o impacto intra-operatório e nas
complicações pós-operatórias do timing da CVL pós-CPRE. Estabelecer o intervalo de tempo mais favorável à realização da colecistectomia sem intercorrências.
Material e Métodos: Estudo retrospectivo. Nos doentes submetidos a CVL após CPRE foram analisados:
co-morbilidade, datas de CPRE e CVL, dificuldade
na realização de CVL, complicações pós-operatórias.
Foram considerados indicadores de dificuldade o
tempo de cirurgia, complicações intra-operatórias e
uso de dreno. Resultados: Maioria sexo feminino.
Motivo de internamento mais frequente: coledocolitiase, colangite. Verificou-se uma correlação positiva,
entre o tempo decorrido entre a CPRE e a cirurgia e o
tempo operatório. Tempo operatório significativamente
superior nas CVL realizadas > 30 dias após a CPRE.
Verificou-se uma associação significativa entre complicações intra-operatórias/CVL mais difícil e o tempo
entre CPRE e CVL > 30 dias. Discussão: O atraso na
CVL pós-CPRE, acarreta maior dificuldade na realização da cirurgia e mais complicações intra-operatórias.
É vantajosa a realização precoce (<30 dias) da colecistectomia após CPRE.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Margarida Ferreira, Nuno Carvalho, Filipa Eiró, Gabriela
Machado, Rui Branco, António Folgado, Rui Lebre
Margarida Silva Ferreira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tico de CHC submetidos a RF percutânea entre 2002
e 2014. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos
doentes com CHC submetidos a RF percutânea entre
2002 e 2014. Resultados: Foram analisados 50 doentes submetidos a RF percutânea (92% do sexo masculino, idade média de 65 anos), 52% com cirrose alcoólica, 14% com cirrose por VHB, 20% com cirrose por
VHC, 14% com cirrose de etiologia mista. A resposta
foi total em 84% dos doentes, sendo, apenas, parcial
em 16%. Na maioria dos doentes, o procedimento não
foi efectuado como ponte para transplante hepático. A
estimativa de sobrevivência global foi de 4, 14±0, 52
anos (65, 5% de sobrevivência aos 3 anos). Discussão: A RF percutânea é importante na abordagem minimamente invasiva dos doentes com CHC, permitindo a
redução tumoral objectiva, como forma de tratamento
primário, com intuito paliativo, em doentes não candidatos a cirurgia, ou como terapêutica de ponte em doentes em lista de espera para transplante hepático.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Pedro Nuno Brandão(1), Vítor Costa Simões(1), Carlos Macedo(2), João André Oliveira(2), Manuel Teixeira
Gomes(2), Manuel Ribeiro(2), António Canha(1), Donzília Sousa Silva(1), Jorge Daniel(1), José Davide(1)
Pedro Nuno Brandão
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C016)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Existirá Benefício na Realização Sistemática de
Colangiografia Intra-Operatória na Pancreatite
Aguda Biliar?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Embora a pancreatite aguda
biliar (PAB) seja desencadeada pela presença de cálculos na via biliar principal (VBP), o benefício associado à colangiografia intra-operatória (CIO) de rotina,
no momento da colecistectomia, permanece matéria
de debate. A análise de factores preditivos de positividade na CIO é a proposta dos autores. Material e
Métodos: Análise retrospectiva dos doentes submetidos a colecistectomia laparoscópica com CIO por PAB
no período de 1 de Janeiro de 2008 a 31 de Dezembro de 2013. Estudadas variáveis pré-operatórias
(dados demográficos, manifestações clínicas, dados
analíticos e achados imagiológicos da árvore biliar),
intra-operatórias (positividade da técnica, gesto cirúrgico e sua duração, complicações intra-operatórias)
e pós- operatórias (recorrência de pancreatite aguda,
necessidade de CPRE/reintervenção, morbilidade e
mortalidade). Análise estatística com SPSS 21. Resultados: A série inclui 190 doentes com idade média de
62 anos, predominando o sexo feminino com 62, 1%
(n=118). Positividade para a presença de cálculos na
CIO em 9, 5%, com necessidade de exploração das
vias biliares. Necessidade de CPRE pós-operatória em
apenas 1% desses doentes. Das CIO negativas, < 1%
necessitou de CPRE após intervenção. Discussão: A
CIO é um procedimento fácil e seguro com benefícios
inquestionáveis na detecção de litíase das vias biliares.
Contudo, os dados sugerem um valor preditivo positivo
baixo para a CIO na PAB.
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C015)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Radiofrequência: Uma Alternativa no Carcinoma
Hepatocelular
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A incidência de carcinoma
hepatocelular (CHC) está a aumentar. A radiofrequência (RF) é um método amplamente reconhecido para o
tratamento de doentes com CHC, seleccionados, com
intuito paliativo ou como ponte para transplante. Está,
actualmente, reconhecido o seu importante papel como
arma terapêutica nestes doentes. Este trabalho tem
como objectivo a revisão dos doentes com diagnós-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
81
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
AUTORES: Sílvia Pereira, Catarina Morais, Vítor Costa Simões,
Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília
Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide
CONTACTO: Sílvia Pereira
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C017)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Influência da infecção peri-operatória nos resul-
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tados a curto prazo da cirurgia por colangiocarcinoma hilar
Objectivo/Introduçâo: A morbi-mortalidade na cirurgia
do colangiocarcinoma hilar (CH) continua a representar
um problema significativo. Os autores propõem-se analisar o impacto da infecção neste contexto. Material e
Métodos: Análise retrospectiva dos doentes operados
por CH, no nosso centro. Análise estatística com SPSS
19.0. Resultados: Entre Janeiro 2004 e Dezembro de
2013 foram operados 147 doentes por CH. Em 110 foi
possível realizar uma cirurgia com intuito curativo e
em 90 (81, 8%) foi feita drenagem biliar pré-operatória. 90 doentes foram submetidos a ressecção hepática (81, 8%). Em 48 (43, 6%) doentes a microbiologia era positiva na prótese biliar e em 52 (47, 3%) foi
isolado pelo menos um agente infeccioso no período
peri-operatório. A drenagem biliar aumentou o risco de
infecção peri-operatória (OR 4.29, p=0.009). A infecção
da prótese biliar associou-se a um aumento de incidência de complicações infecciosas (OR 2.94, p=0.007). A
infecção peri-operatória aumentou a incidência de complicações infecciosas (OR 4.56, p<0.001) e da taxa de
complicações global (OR 2.21, p=0.043), sem afectar a
morbilidade major ou a mortalidade, mas aumentando
o tempo total de internamento (de 11.8 + 8.9 para 20.5
+ 15.1, p<0.001). Discussão: O isolamento de agentes
infecciosos é muito frequente no período peri-operatório
nos CH e associa-se à drenagem biliar. Tem sobretudo
impacto no aumento das complicações menos graves e
no tempo de internamento. Devem ser feitos esforços
no sentido de prevenir a infecção e detectar as complicações infecciosas precocemente.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sílvia Gomes da Silva; Hugo Pinto Marques; Raquel
Mega; João Santos Coelho; Américo Martins; Eduardo
Barroso
Sílvia Gomes da Silva
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cronas (EMS) é controversa. Avaliação dos resultados
da RH em doentes com MHCCR síncronas. Material
e Métodos: 375 doentes foram submetidos a RH por
MHCCR; 69% dos tumores primários localizavam-se
no colon esquerdo e recto; 214(57, 1%) apresentavam
metástases síncronas. O número de lesões foi de 2,
26 ± 2, 4 (1 – 16) e 3, 6 ± 3, 3 (1 – 20) nos casos com
metástases metácronas e EMS respectivamente (p
Resultados: Mortalidade na RS de 6% e morbilidade
major de 13, 4%. A sobrevivência global aos 5 anos foi
de 42, 1% vs 26, 6% nos doentes que realizaram QTA
(p=0, 037) e de 46, 5% vs 33, 1% nos doentes com
MHCCR síncronas com ressecção metácrona e síncrona respectivamente (p=ns). Na análise multivariada,
a idade>70 (OR 0, 59p=0.042) e a doença bilobar (OR
0, 63 p=0, 023) associaram-se a pior prognóstico. Discussão: A abordagem dos doentes com MHCCR síncronas é complexa. A estratégia multidisciplinar deve
ser individualizada. As RS devem ser ponderadas nos
casos com resposta à QTA, com idade
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
F. Castro Sousa, R. Martins, C. Carvalho, M. Serôdio,
B. Costa, M. Martins, H. Alexandrino, MA Cipriano, FC
Alves, ME Mártires, JG Tralhão.
José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C019)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Disfunção Bioenergética em Cirurgia Hepática:
Factor Determinante na Função Hepatocelular após
Hepatectomia?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A regeneração hepatocelular após hepatectomia (Hp) implica um aumento das
necessidades energéticas. A falência energética poderá
contribuir para a insuficiência hepática pós-operatória
(IHA). A mitocôndria é o organelo celular responsável
pela produção de energia. O papel da disfunção mitocondrial após Hp é desconhecido. Material e Métodos:
Trinta e dois doentes (idade média 62, 6 ±10, 8 anos)
submetidos a 8 hepatectomias major e 24 minor. Realizadas 2 biópsias hepáticas, uma no início da Hp e outra
no final. Isolamento mitocondrial e medição do potencial de membrana. Avaliação bioquímica da função
hepatocelular. Morbilidade pós-operatória aos 90 dias
(Dindo-Clavien). Autorização da Comissão de Ética;
consentimento informado obtido de todos os doentes.
Análise estatística com SPSS™ v. 21.0. Resultados:
Morbilidade major em 7 casos (23, 4%); mortalidade
num caso (3, 3%) (IHA grau C). Variação da função
mitocondrial com associação significativa com clampagem do pedículo (CPH) (p<0.05). Correlação positiva entre a disfunção mitocondrial e picos de ALT e de
lactato arterial (r=0, 90;p<0.05). Disfunção mitocondrial
associada de forma significativa à morbilidade associada ao fígado (OR:1, 2;p<0.05). Discussão: A disfunção mitocondrial ocorre na Hp, é mais pronunciada com
CPH prolongada e associa-se à disfunção hepatocelular. Este estudo sugere que a disfunção mitocondrial
poderá ser um novo e importante factor de prognóstico
de IHA, justificando que venha a ser alvo de estudo
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C018)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Tratamento Cirúrgico de Doentes com Metástases
Hepáticas Sincronas de Carcinoma Colo-Rectal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hepatectomia(RH) (±quimio-
terapia (QT)) é única opção com intuito curativo das
metastases hepaticas de cancro colo-rectal(MHCCR).
A estratégia terapêutica nos doentes com MHCCR sín-
Revista Portuguesa de Cirurgia
82
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
de novas estratégias de condicionamento farmacológico.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Henrique Alexandrino1, 2, Ana Teresa Varela3, 4, Luís
Ferreira1, Ricardo Martins1, 2, Filipe V. Duarte3, 4,
João S. Teodoro3, 4, Marco Serôdio1, Mónica Martins1,
2, Anabela Rolo4, 5, J. Guilherme Tralhão1, 2, Carlos
Palmeira3, 4, Francisco Castro e Sousa1, 2
Henrique Alexandrino
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C20)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Colecistite aguda: tratamento conservador vs cirúr-
gico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O goldstandard do tratamento
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
da Colecistite Aguda(CA) é colecistectomia urgente.
Pretendemos comparar goldstandard c/ a opção conservadora não cirurgica. Material e Métodos: Estudo
retrospectivo.Dtes admitidos c/diagnóstico deCA
em2013. Analisados dados demográficos e clínicos
comparando outcomes de morbimortalidade de 2
grupos:A) tratamento conservador(n=60) e B) tratamento cirúrgico(n=118). Resultados: Os 2 grupos são
semelhantes na distribuição por sexo. Distintos(p<0,
05)na média de idades(69 vs 56, 3 anos) e presença de
=3comorbilidades (52% vs 26%). Razão para terapêutica conservadora: comorbilidades, >3 dias de evolução
e coledocolitiase. No grupo A a cirurgia definitiva eletiva foi efectuada em 38Dtes(63%).Tempo de internamento no 1º internamento foi significativamente maior
no grupoA(12, 9 vs 5, 7 dias), assim como a taxa de
reinternamento(15% vs 6%). A abordagem laparoscópica significativamente mais frequente no grupoB(95%
vs 84%), com taxa de conversão de 7%. Sem conversões no grupoA. No grupoA 33 Dtes(87%) não tiveram
complicações cirurgicas, grupoB 69%(81Dtes) não
complicaram. Número total de dias de internamento
significativamente maior no grupoA (16, 85 vs 5, 7 dias).
Discussão: A colecistectomia laparoscopica urgente
mantém-se como tratamento standard da CA. A abordagem conservadora tem maior tempo de internamento
e reinternamentos.Nos indivíduos mais idosos e c/ mais
comorbilidades, o tratamento conservador teve tendência p/ menos complicações relacionadas c/ a cirurgia.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Marinho R, Rocha R, Gomes A, Sousa M, Fragoso M,
Pignatelli N, Carneiro C, Nunes V
Rui Marinho
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
por litíase vesicular sintomática. História de icterícia,
colangite e pancreatite são factores preditivos positivos. O risco de litíase da VBP deve ser estratificado
pré-operatoriamente e a sua existência pode ser confirmada por colangiografia intra-operatória previamente
à exploração da via biliar principal. A literatura suporta
que a exploração laparoscópica da via biliar principal
(ELVBP) apresenta diversas vantagens relativamente à
exploração por via aberta e à colangiopancreatografia
retrógrada endoscópica (CPRE). Material e Métodos:
Os autores realizam a análise retrospectiva da ELVBP
realizada na sua instituição no período de 01/01/2010 a
03/03/2014. Resultados: Foram operados 159 doentes
(idade média: 67 anos; 57, 2% do sexo feminino). Destes, em 77% havia suspeita pré-operatória de litíase da
VBP e a apresentação clínica foi de colangite na maioria (71%) dos casos. Foi concretizada a exploração
trans-cística em 19% e trans-coledocócica em 81% dos
casos. Efectuada anastomose biliodigestiva em 36%
dos doentes. Verificou-se necessidade de conversão
em 19% dos doentes. Globalmente foi conseguida a
limpeza eficaz da VBP em cerca de 90% dos doentes.
A morbilidade foi de 13% e a necessidade de reintervenção de 4%. Discussão: A ELVBP é um tratamento
eficaz da litíase da VBP com vantagens significativas e
que não acresce morbilidade relativamente à exploração por via aberta ou CPRE.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Pedro Soares-Moreira, Pedro Nuno Brandão, Vilma
Martins, Vítor Costa Simões, Sílvia Neves, Cecília
Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa
Silva, Jorge Daniel, José Davide
Pedro Soares Moreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C22)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Ensinamentos de 6846 Colecistectomias Laparos-
cópicas
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colecistectomia laparoscó-
pica (CL) é a técnica de eleição no tratamento da litíase vesicular (LV). Apesar de tendencialmente seguro,
não é desprovido de morbilidade. Este estudo procura
apresentar os resultados globais obtidos e identificar
factores de risco preditivos de complicações operatórias.
Material e Métodos: Análise prospectiva dos doentes
submetidos a CL de 1991 a 2014. Regressão logística
para análise de múltiplas variáveis. Resultados: Foram
operados 6846 doentes com LV (69% do sexo feminino,
idade média: 53, 21±15, 15 anos), 17% com colecistite aguda. A duração média do procedimento foi 50,
32±21, 90 minutos. Lesão iatrogénica da via biliar em 11
doentes (0, 16%). A taxa de conversão foi 8, 09% (554
doentes). A taxa de complicações pós-operatórias foi 5,
02%. A mortalidade foi 0, 20% (14 doentes). Na análise
de múltiplas variáveis, a idade, o género, a obesidade, a
classificação ASA, a presença de colecistite aguda e a
experiência do cirurgião foram variáveis estatisticamente
significativas na conversão e nas complicações intra e
pós-operatórias (p Discussão: Os resultados obtidos
são satisfatórios e de acordo com a literatura interna-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C21)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Exploração laparoscópica da via biliar principal:
experiência acumulada
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A litíase da Via Biliar Principal
(VBP) está presente em 10-15% das colecistectomias
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
83
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cional. O risco de complicações peri-operatórias pode
ser estimado a partir das características do doente, dos
achados clínicos (colecistite aguda) e da experiência do
cirurgião. A previsão duma «colecistectomia difícil» deve
envolver precocemente um cirurgião experiente.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Pedro Nuno Brandão, Vítor Costa Simões, Cecília
Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa
Silva, Jorge Daniel, José Davide
Pedro Nuno Brandão
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C23)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Tumores benignos sólidos do Fígado – Casuística
de um Centro de referência em Cirurgia Hepato-biliar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores benignos do fígado
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ocorrem em 20 a 40% da população, apresentando-se habitualmente como incidentalomas. A terapêutica
cirúrgica está indicada para os tumores sintomáticos
e naqueles em que há dúvida diagnóstica. Análise dos
resultados do tratamento cirúrgico dos tumores benignos, no nosso Centro. Material e Métodos: Análise
retrospectiva da casuística de Fevereiro 2005 a Junho
2014.Dos 906 casos de tumores sólidos benignos do
fígado discutidos em RMD, apenas foram submetidos
a ressecção cirúrgica 172 doentes (19%). Foram analisadas variáveis clínico-patológicas mais relevantes.
Resultados: O resultado histológico final foi Hiperplasia
Nodular focal em 65 ressecções (37.8%), adenoma em
59 (34.3%) e hemangioma em 48 (27.9%). A maioria dos
doentes apresentavam 1 nódulo único e localizavam-se
preferencialmente no lobo direito em 77casos (44.8%). A
dor abdominal foi a principal indicação operatória. A enucleação foi o tipo de cirurgia mais realizado (45.3%dos
casos). A ressecção cirúrgica foi por via laparotómica
em 134 casos (77.9%) e em 38casos (22.1%) por via
laparoscópica. Registaram-se 14 casos de morbilidade
(8.2%), dos quais, 3 casos com complicações major
(Clavien III). Não houve registo de mortalidade. Discussão: Na abordagem de tumores benignos, a indicação
cirúrgica é exepção. A abordagem destes doentes e
respectiva estratégia global de tratamento deve ser realizada em centros com experiência, de forma a tornar a
mortalidade nula e reduzir a morbilidade.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Aguiar C; Coelho J; Bicho L; Marques H; Martins A; Barroso E
Catarina Aguiar
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 2
da colecistite aguda, sendo a via laparoscópica o gold
standard. No entanto, nos doentes idosos outras terapêuticas poderão ser perspectivadas. O objectivo deste
trabalho foi o de avaliar se a escolha dos doentes e
de diferentes abordagens terá tido impacto na morbilidade. Material e Métodos: Analisámos os processos
de todos os doentes internados com o diagnóstico de
colecistite aguda entre 2009-2013, com idade superior
a 60 anos. Resultados: A amostra tinha um total de
388 doentes com idade média de 75 anos. Todos os
doentes foram submetidos a uma das seguintes terapêuticas: colecistectomia laparoscópica (Grupo I): 25%,
colecistectomia por laparotomia (Grupo II): 46%, colecistostomia (Grupo III): 5% e terapêutica médica (Grupo
IV): 24%. As terapêuticas revelaram diferenças na taxa
de mortalidade (5%) e complicações (33%). Morbilidade: Grupo I – 20%, Grupo II – 39%, Grupo III – 58%,
Grupo IV – 33%. Mortalidade: Grupo I – 0%, Grupo II
– 7%, Grupo III – 16%, Grupo IV – 7%. A colecistectomia laparoscópica destacou-se como a terapêutica que
se associou a menor taxa de complicações e a menor
tempo de internamento. Não se demonstrou qualquer
correlação das diferentes co-morbilidades (diabetes
mellitus, patologia cardíaca, cerebral, ou outras) com
a taxa de complicações. Discussão: Neste estudo
verificamos que a colecistectomia laparoscópica permanece como método preferencial de tratamento
dos doentes com colecistite aguda com mais de
60 anos.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Canhoto, C. Viveiros, D., Velez, A., Manata, F., Oliveira,
F.J.
Carolina Canhoto
[email protected]
06-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C73)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Há indicadores fiáveis pré-operatórios de certeza e/
ou de gravidade de apendicite aguda?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Estudar o valor da clínica, dos
exames laboratoriais e imagiológicos como diagnóstico de certeza de apendicite aguda (A.A.), e como
indicador da gravidade revelada pelo exame anatomopatológico. Material e Métodos: Em 272 doentes,
com idade média de 40 anos, operados por suspeita
de A.A. em 2012 e 2013 avaliaram-se parâmetros clínicos, laboratoriais e ecográficos e correlacionaram-se com a anatomopatologia. Resultados: O exame
histológico confirmou o diagnóstico em 238 (87.5%)
doentes e revelou A.A.: flegmonosa em 32, supurada
em 164, gangrenada/perfurada em 42. Não houve diferença significativa na gravidade ou no tipo de manifestações clínicas entre o grupo com apêndice patológico
e o com histologia normal.A ecografia não apresentou
sensibilidade ou especificidade para diagnóstico de
A.A.. A leucocitose foi maior nos doentes com confirmação histológica de A.A. mas sem diferença significativa
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C24)
SESSÃO CO-HBP 2
TÍTULO: Tratamento da Colecistite Aguda em doentes com
mais de 60 anos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colecistectomia é aceite actu-
almente como a terapêutica preferencial no tratamento
Revista Portuguesa de Cirurgia
84
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
entre os diferentes tipos histológicos. A leucocitose de
10850x106/L mostrou sensibilidade (84.6%), especificidade (76, 1%) e valor preditivo positivo (98.9%) na
discriminação entre histologia normal e patológica. A
PCR mostrou poder discriminativo entre os tipos histológicos. PCR de 5, 27mg/dl foi significativa para o
diagnóstico de A.A. gangrenada/perfurada. Discussão:
Quando existe suspeita clínica de A.A., leucocitose
superior a 10850x106/L pode ser um contributo válido
para ajudar ao diagnóstico. A PCR é um bom indicador
da severidade da inflamação revelada no exame histológico.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Catarina Melo, António Bernardes, Fernando Melo, Fernando José Oliveira
Catarina Melo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C75)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Introdução da técnica laparoscópica na apendicec-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C74)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Invaginação intestinal – Revisão de casos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação intestinal é uma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tomia, experiência de um serviço de Cirurgia Geral
Introdução: A abordagem
cirúrgica da apendicite aguda pode ser laparotómica
ou laparoscópica. A opção entre estas duas abordagens mantem-se controversa. Objectivos: Análise das
complicações associadas a cada uma das formas de
abordagem. Material e Métodos: Material e métodos:
Foram analisados retrospectivamente os processos
dos doentes submetidos a apendicectomia pelas técnicas laparoscópica e laparotómica entre 01/10/2013
e 31/10/2014. Resultados: Resultados: Dos 29 doentes submetidos a laparoscopia, 2 apresentaram morbilidade (6, 9%), nomeadamente infecção da ferida
operatória em ambos os casos. O doente submetido
a laparoscopia com necessidade de conversão apresentou deiscência da sutura e ileus prolongado. Dos
89 doentes submetidos a laparotomia, 13 apresentaram morbilidade (14, 6%), nomeadamente infecção da
ferida operatória (6, 7%), seroma/ hematoma da ferida
operatória (3, 4%), evisceração (1, 1%), abcesso intra-abdominal (1, 1%), ileus prolongado (2, 2%) e fístula
entero-cutânea (1, 1%). Discussão: Conclusões: Na
presente amostra verifica-se uma tendência para uma
menor taxa de morbilidade associada à técnica laparoscópica, que se aproxima da descrita na literatura. Com
o aumento da experiencia na abordagem minimamente
invasiva, espera-se uma redução significativa da taxa
de morbilidade.
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE
Colo-Proctologia
Filipa Caldeira, Miguel Tomé, Nuno Mendonça, Sara
Patrocinio
Filipa Caldeira
[email protected]
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
patologia frequente em idade pediátrica, mas rara nos
adultos. O objectivo deste estudo é avaliar os sintomas, diagnóstico e tratamento dos casos de invaginação intestinal do serviço de Cirurgia 2 do Centro
Hospitalar Tondela-Viseu dos últimos 10 anos. Material e Métodos: Os autores identificaram 7 casos de
invaginação intestinal em indivíduos com mais de 18
anos. O diagnóstico e a terapêutica dos doentes foram
revistos. Resultados: Dos 7 doentes identificados,
apenas 1 era do sexo masculino. O diagnóstico foi
estabelecido por ecografia abdominal em 2 doentes,
por TC em outros 2 e nos restantes o diagnóstico foi
intra-operatório. A maioria dos doentes (n=4) apresentava uma invaginação ileocólica, sendo que apenas 1
deles tinha uma invaginação entérica. Apenas 1 caso
de invaginação intestinal estava ligado à presença
de um tumor maligno. Dois casos foram idiopáticos e
nos restantes 4 foram identificadas lesões benignas
que condicionavam a invaginação. Todos os doentes
foram submetidos a tratamento cirúrgico, sendo que de
todos eles apenas se procedeu à desinvaginação do
segmento atingido num caso. Nos restantes, foi feita
excisão de região invaginada com anastomose primária. Discussão: Ao contrário do que está descrito na
literatura, a maioria dos casos identificados estavam
associados a lesões benignas. O diagnóstico foi possível de ser estabelecido na maioria dos doentes no pré-operatório. O tratamento desta situação clínica passa
pela cirurgia, com ou sem redução primária da invaginação.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Colo-Proctologia
Couto, M; Fernandes M; Caldes P; Vicente J, Oliveira
H.
Mafalda Raquel dos Santos Couto
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C76)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Impacto Oncológico da Fistula Anastomótica Após
Ressecção Curativa de Cancro do Recto
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fistula anastomótica é a prin-
cipal complicação major da ressecção cirúrgica curativa
nos doentes com cancro do recto, aumentando a morbi-mortalidade e a taxa de reintervenções cirúrgicas. O
agravamento do prognóstico oncológico nestes doentes é ainda controverso. Pretende-se analisar eventuais
factores preditivos de fístula anastomótica e avaliar o
seu impacto oncológico. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes operados entre Jul 99 e
Dez 12, estudando-se múltiplos factores implicados no
aparecimento de fistula anast., recidiva local e à distância. Na análise estatística usaram-se os testes X2,
t test; modelos de regressão logística e de regres. de
Cox, método de Kaplan-Meyer (curvas de sobrevida) e
cálculo dos odds ratios e 95%CI. Resultados: Foram
operados 222 doentes; ocorreu fistula anastomótica em
24 (10.8%), recidiva local em 14 e à distância em 54
doentes. Aos 5 anos, Tx de sobrevida global: 70.5% e
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
85
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
livre de doença: 65%. Na análise dos factores preditivos de fistulização, nenhum foi seleccionado; na recidiva local, os factores preditivos foram a excisão adequada do mesorecto e as margens circunferenciais da
peça; na recidiva à distância, foram a QT adjuvante e a
ocorrência de recidiva local. Discussão: Neste estudo
o risco de fistula anastomótica foi maior no sexo F e
não diminuiu com a confecção ab initio de estoma derivativo. A fístula anastomótica não aumentou o risco de
recidiva local ou à distância, e não mostrou nenhum
impacto negativo nas sobrevidas global e livre de
doença.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Alexandre Monteiro, Júlio Leite, Marco Serôdio, Fernando Azevedo, Francisco Castro Sousa
Alexandre Monteiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C78)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Diverticulite aguda complicada: qual o rumo do seu
tratamento cirúrgico?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença diverticular do cólon
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C77)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Abcessos ano-rectais: Descrição demográfica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os abcessos ano-retais são
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
das patologias sépticas cirúrgicas mais frequente na
urgência. Constitui nosso objetivo caraterizar a população com abcesso ano-retal submetido a cirurgia no
nosso Hospital. Material e Métodos: Estudo retrospetivo observacional onde foram consultados os processos dos doentes pelo SAM operados em 2010,
com a Classificação ICD-9, código 566, para abcesso
ano-retal. 93 doentes. Classificação dos abcessos de
acordo com Parks. Resultados: Idade média 47 anos,
71% do sexo masculino. Abcesso mais comum foi o
perianal (74%), seguido do ísquiorectal (17%), inter-esfincteriano (8%) e supra-levantador (1%). Os sintomas mais comuns foram dor e tumefação, 87% e 62%
respetivamente. 65% de taxa de sucesso na identificação de fístula, sendo identificado em todos os abcessos
inter-esfincterianos. Não se identificou trajeto fistuloso
nos abcessos supra-levantadores. O procedimento
cirúrgico foi a drenagem, com fistulotomia se identificado o trajeto. O tempo médio de internamento foi de
3 dias. Documentou-se 2 casos de incontinência após
drenagem e 1 caso de incontinência após drenagem e
fistulotomia. Com um follow-up de 22 meses, 15 doentes apresentaram fístula e 9 recorrência do abcesso.
Discussão: Idade média 47 anos, sexo masculino mais
prevalente. Predomínio do abcesso perianal (74%).
Taxa de sucesso de identificação da fístula em 65%.
Tempo médio de internamento de 3 dias. Documentou-se recorrência de abcesso em 10% e fístula no pós-operatório em 16%.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Colo-Proctologia
Clara Eiró, F.; Roque, D.; Ferreira, M.; Machado, G.;
Carvalho, N.; Folgado, A.; Lebre, R.; Corte Real, J.
Filipa Clara Eiró
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
pode afectar até 60% dos indivíduos com idade superior
a 80 anos. Até 15% destes doentes apresentarão inflamação aguda e 25% diverticulite complicada: abcesso,
peritonite, fístula ou oclusão. Objectivo: Determinar o
número de diverticulites agudas internadas, o tratamento cirúrgico escolhido e os seus resultados. Quantificar a recorrência da doença, as cirurgias electivas e
os seus resultados. Material e Métodos: Estudaram-se retrospectivamente 160 casos (91 homens e 69
mulheres, com uma média de 60, 9 anos de idade) de
diverticulite aguda internados entre 1 de Janeiro de
2009 e 30 de Setembro de 2014. Resultados: Verificaram-se 139 diverticulites agudas não complicadas e
21 complicadas, destas 13 hinchey II, 7 hinchey III e 1
hinchey IV. Foram submetidos a cirurgia 16 doentes.
As opções cirúrgicas foram: lavagem peritoneal laparoscópica com necessidade de re-intervenção e operação de Hartmann em 3 doentes, lavagem peritoneal
e rafia de divertículo perfurado (morbilidade 50%), OA
em 3 doentes (morbilidade 33, 3%), resseção com
anastomose primária (morbilidade 0%). A mortalidade
foi de 0, 62%. Discussão: Registaram-se 33 doentes
(20, 6%) com novos episódios, 16 foram submetidos
a sigmoidectomia electiva. Dos restantes 17 doentes,
apenas 4 voltaram a desenvolver diverticulite aguda. O
tratamento por LVL falhou e as suas indicações têm de
ser melhor definidas. É necessária uma maior amostra
para concluir quanto a resultados entre cirurgia com/
sem anastomose primária.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Colo-Proctologia
MJ Ferreira, G Oliveira, M Fernandes, M Couto, R Loureiro, S Coelho, H Oliveira
Maria João Pessoa Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C79)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Organização de uma Unidade Colo-rectal. Experiên-
cia de um jovem Hospital.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Inaugurado em Janeiro de
2012, este hospital serve uma população de 278 mil
habitantes, apresentando 424 camas de internamento,
64 postos em hospital de dia e 8 salas de bloco operatório. Dispõe de uma Unidade Coloretal implementada
com todas as valências necessárias à abordagem deste
tipo de doente. Os autores pretendem avaliar a capacidade desta nova organização na orientação e tratamento dos doentes com patologia coloretal. Material e
Métodos: Estudo retrospectivo da atividade da Unidade
Coloretal de um jovem Hospital desde a sua abertura,
num período de 3 anos. Resultados: A Unidade Coloretal do nosso Hospital integra as Especialidades de Cirurgia, Gastrenterologia, Anatomia Patológica, Imagiologia,
Oncologia, Medicina Nuclear, Radioterapia e Nutrição.
Revista Portuguesa de Cirurgia
86
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
CONTACTO: Isabel Rosa
EMAIL: [email protected]
Tem a capacidade de realizar exames convencionais
bem como técnicas de Radiologia de intervenção (stents
endoluminais), dinâmica (RMN pélvica dinâmica), estudos funcionais (manometria endorectal) e ecografia
endorectal/anal. Dispõe ainda de Consulta Externa de
Risco Familiar, Proctologia Médica e Cirúrgica, Doença
Inflamatória Intestinal (DII) e Estomaterapia, bem como
de Grupos Multidisciplinares de Oncologia Gastrointestinal, Patologia do Pavimento Pélvico e DII. Discussão:
Sendo uma área médica de enorme complexidade, um
elevado número de recursos são necessárias na abordagem do doente com patologia colorectal. Torna-se
óbvia a relevância de uma unidade hospitalar bem equipada e com profissionais experientes, motivados e num
setting multidisciplinar.
Hospital Beatriz Ângelo
Colo-Proctologia
Ourô, S, Sousa M, Santos M, Oom R, Gonçalves J,
Féria L, Garcia H, Maio R
Organização de uma Unidade Colo-rectal. Experiência
de um jovem Hospital.
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C81)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Fatores Preditivos de Resposta à Terapêutica Neoad-
juvante no Cancro do Recto Localmente Avançado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os autores pretendem estudar
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C80)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Melanoma do Canal Anal: 15 anos de experiência
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O melanoma do canal anal
(MCA) representa 1% das neoplasias desta localização. A rectorragia é o sintoma de apresentação mais
comum e pode confundir-se com hemorróidas ou
pólipos. À data do diagnóstico, 1/3 dos doentes tem
doença metastática regional ou à distância. Os critérios
de prognóstico descritos são: espessura, proliferação
celular e o estadio da doença. A terapêutica é pouco eficaz e o prognóstico é reservado. Avaliação dos aspetos
clínicos e morfológicos e a sua importância prognóstica. Material e Métodos: Estudo retrospectivo. Análise
de 15 casos, diagnosticados em 15 anos. Resultados:
A mediana de idades foi 74 anos e 70% eram mulheres.
O sintoma mais frequente foi a rectorragia(60%). À data
do diagnóstico: 66, 7% estavam no estadio I, 13, 3%
estadio II e 20% no estadio III. Morfologicamente: 66,
7% eram epitelioides, 60% tinha > 10mitoses/10CGA e
a espessura média (dos casos ressecados) foi 16, 3mm.
As opções terapêuticas foram: ressecção abdomino-perineal (30%); excisão local (6, 7%); electroquimioterapia seguida de excisão local (26, 7%), quimioterapia
sistémica (13, 3%); radioterapia (13, 3%) e imunoterapia (6, 7%); 13, 3% não realizou terapêutica. O seguimento dos doentes foi > 5 anos em 20% dos casos; 1-5
anos (26, 7%); 6-12 meses(20%) e < 6 meses em 30%.
À data do estudo 46, 7% tinham falecido. Discussão: O
MCA tem mau prognóstico. Não se consegue estabelecer relação entre os critérios morfológicos avaliados e
sobrevivência. A terapêutica instituída não foi uniforme
nem se relaciona com o curso da doença.
HOSPITAL: Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil, EPE
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Rosa I, Sousa M(1), Pena B(2), Rosa J(2), Vasques
H(1), Farricha V(1), Abcassis N(1), Cabeçadas J(2),
Bettencourt A(1)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
a relação da resposta tumoral à terapêutica neoadjuvante com determinadas variáveis como o sexo, idade,
ASA, valor de hemoglobina, localização do tumor, grau
de diferenciação, valor de CEA e, tempo decorrido entre
a nQRT e a cirurgia. Material e Métodos: Foi efetuado
um estudo de coorte retrospetivo que incluiu 39 doentes de ambos os sexos com idades compreendidas
entre os 44 e os 83 anos submetidos a tratamento neoadjuvante com quimioterapia (5-Fluorouracil) e radioterapia (50 Gy) seguida de cirurgia de ressecção, entre
2011 e 2014. Os dados foram posteriormente tratados
através de análise estatística utilizando um método de
regressão logística. Resultados: Foi possível constatar resposta completa ao tratamento neoadjuvante em
17.94% dos doentes e que em 76.32% dos doentes
houve um “downstaging” da doença. Através da análise estatística verificou-se que o grau de diferenciação
do tumor está significativamente associado à resposta
tumoral, considerando-se que tem valor preditivo na
resposta completa à nQRT com melhor resposta nos
doentes com tumores bem diferenciados. Discussão:
A terapêutica neoadjuvante é atualmente uma componente essencial no tratamento dos doentes com tumores do recto localmente avançados conduzindo a um
“downstaging” da doença e em determinados casos à
remissão completa. Reveste-se de extrema importância o estudo dos fatores que possam ser preditivos de
resposta, de modo a uma melhor seleção dos doentes
que beneficiem desta terapêutica.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Colo-Proctologia
Aires Martins, Manuel Ferreira, Álvaro Gonçalves, Bárbara C. Lima, Helena Devesa, Teresa Almeida, Fernando Barbosa, Francisco Fazeres, Alberto Midões.
Aires Martins
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C82)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Oclusão intestinal: Casuística de um Serviço de
Cirurgia Geral
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A oclusão intestinal constitui
um motivo frequente de internamento nos Serviços
de Cirurgia Geral. A sua etiologia tem-se modificado
ao longo do tempo. No passado as hérnias da parede
abdominal estranguladas foram a principal causa.
Tal ainda se passa nos países em desenvolvimento,
enquanto que nos países desenvolvidos as bridas são
actualmente a etiologia mais frequente, sendo responsáveis por 60% dos casos nos EUA. Material e Métodos: Os autores apresentam a casuística dos doentes
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
87
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
internados no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital
Garcia de Orta com o diagnóstico de oclusão intestinal
de Janeiro de 2012 a Dezembro de 2013. Resultados:
No período referido foram internados 223 doentes com
o diagnóstico de oclusão intestinal, sendo que 86% dos
casos foram de oclusão de delgado e 14% de cólon.
Relativamente à etiologia da oclusão de delgado, predominaram as bridas (45.8%) e as hérnias (42.7%).
No caso da oclusão por brida, optou-se por tratamento
conservador em 72% dos doentes. Em relação aos
casos de oclusão do cólon, as etiologias mais frequentes foram o volvo (42%) e as neoplasias (32%). 62%
dos casos de volvo foram tratados endoscopicamente.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Colo-Proctologia
Gabriela Machado, Mikhail Costa, Sandra Carlos, Rui
Cardoso, Luis Galindo, Pedro Moniz Pereira, António
Folgado, João Corte Real
Gabriela Machado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C84)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: A abordagem transanal na exérese total do mesor-
recto (ETM) é segura?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A abordagem transanal endos-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C83)
SESSÃO CO-CR 2
TÍTULO: Que factores influenciam o resultado funcional e a
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
qualidade de vida após ressecção anterior (RA) por
neoplasia do recto?
Objectivo/Introduçâo: É controversa a conservação
do esfíncter à custa de mau resultado funcional e de má
qualidade de vida. O objectivo do estudo consistiu em
avaliar o impacto funcional da RAR bem como os seus
factores determinantes. Material e Métodos: Material e
Métodos: Envio de questionários sobre disfunção intestinal (score LARS, ” low anterior ressection syndrome”,
entre 0 e 42) e qualidade de vida a todos os doentes
operados entre 2006 e 2012, com RA curativa, sem
recidiva. Efetuou-se análise comparativa entre os grupos e regressão logística para avaliação do impacto de
vários factores na ocorrência de score LARS severo (>
30). Resultados: Resultados: Dos 105 doentes elegíveis, 62 responderam ao questionário com idade média
de 63±12 anos e LARS médio de 19±14. Apresentaram
LARS severo 15 (24%) doentes; apenas 25 (40, 3%)
tinham sido submetidos a radioquimio (RQ) neoadjuvante. A RQ, o sexo, idade e fístula anastomótica não
tiveram associação com LARS severo. A excisão total
do mesorecto associou-se a elevado risco (OR = 5, 2 CI
95%: 1, 4-19, 3) de LARS severo, em comparação com
a excisão parcial. O score LARS correlacionou-se com
o resultado do questionário sobre qualidade de vida
(p<0, 05). Discussão: Conclusão: Confirmou-se que
24% dos doentes com RA apresentaram grave rebate
funcional com má qualidade de vida e que a excisão
total do mesorrecto associou-se a maior probabilidade
de maus resultados funcionais. Neste estudo, a RQ
não teve impacto funcional significativo, provavelmente
devido ao pequeno número de casos.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Ana Oliveira, António Manso, Manuel Rosete, Sheila
Martins, Júlio S. Leite, F. Castro e Sousa
Ana Oliveira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 4
cópica parece facilitar a mobilização distal do recto, que
é por via laparoscópica. Objectivo do estudo verificar
a viabilidade e segurança da exérese rectal transanal.
Material e Métodos: Material e métodos. Foi avaliada a
experiência inicial em doentes com carcinoma do recto
que necessitaram de proctectomia interesfinctérica.
Após a dissecção interesfinctérica colocou-se porta
única no canal anal. Procurou dissecar-se no sentido
proximal até ao Douglas. Completou-se a ressecção
recto-sigmoide por via convencional num caso ou por
laparoscopia em dois e efectuou-se anastomose colo-anal manual. Resultados: Resultados. Realizaram-se 3 proctectomias transanais: num com radioquimio
neoadjuvante (ypT2N0), outro tumor viloso em toalha
associado a pT3N0 e noutro por excisão local incompleta de pT1. Num houve dificuldades intraoperatórias
na mobilização do tumor em relação à próstata, outro
exposição pélvica inadequada por deficiente relaxamento e noutro dificuldade na dissecção antero-lateral,
com lesão ureteral identificada na abordagem laparoscópica abdominal e corrigida através de reimplantação
na bexiga. Não ocorreu morbilidade significativa e as
peças com adequada ETM sem invasão das margens.
Discussão: Conclusão. Estes resultados preliminares
e os dados da literatura sugerem tratar-se de uma intervenção que pode facilitar a mobilização do recto distal,
mas com curva de aprendizagem ainda mal definida,
exigindo experiência em laparoscopia colo-rectal e em
técnicas transanais.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Julio S Leite, António Manso, M Gorete Jorge, Soraia
Silva, Sheila Martins, JG Tralhão, F Castro-Sousa
Júlio Soares Leite
[email protected]
06-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C37)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: GLP-1 em jejum como preditor da perda de peso
após Bypass Gástrico.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O GLP-1 tem diversas funções
na homeostasia da glucose, incluindo a estimulação da
secreção de insulina e a redução da fome e da ingestão
alimentar. Diversos estudos têm concluído que alguns
marcadores do metabolismo da glicose podem prever a
perda de peso após RYGB. Material e Métodos: Coorte
prospectiva de 141 doentes submetidos a bypass gástrico entre Janeiro de 2010 e Junho de 2011. Avaliação de níveis de GLP-1 em amostras congeladas em
bio-banco. Resultados: A maioria dos doentes era do
sexo feminino (91%) e 61% tinha síndrome metabólico.
Revista Portuguesa de Cirurgia
88
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
O IMC médio pré-operatório era de 45.8 kg/m2 e desceu para 29.8 kg/m2 12 meses após a cirurgia. O valor
médio de GLP-1 era de 4.61 pM. A percentagem de
excesso de peso perdido (%EPP) correlacionou-se de
forma negativa com os níveis de GLP-1 (p=0.008). Uma
regressão linear multivariável concluiu que o IMC aos 12
meses se associava de forma significativa com o IMC
pré-operatório (p<0.001), idade (p=0.01) e níveis de
GLP-1 em jejum (p=0.02). Os níveis de insulina, glicemia em jejum, HBA1c e a presença de síndrome metabólico não se relacionaram de forma independente com
o IMC aos 12 meses. Discussão: Os níveis de GLP-1
em jejum relacionam-se de forma inversa com a perda
de peso após RYGB. O GLP-1 pode ser um marcador
global de metabolismo da glicose, mais sensíveis que a
glicemia em jejum, insulinemia, HbA1c ou a presença de
doenças do espectro do síndrome metabólico.
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Cirurgia Esófago Gástrica
Gil Faria(1), John Preto(2), João Tiago Guimarães(2),
Conceição Calhau(1), António Taveira-Gomes(1), José
Costa Maia (2)
Gil Faria
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C39)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: A abordagem trimodal no tratamento do cancro do
esófago: estudo retrospectivo
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro do esófago é uma
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C38)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Revisão de utilidade e indicação da laparoscopia de
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
estadiamento no cancro gástrico – A perspectiva de
5 anos de experiência num Serviço
Objectivo/Introduçâo: A laparoscopia de estadiamento no cancro gástrico ainda é um método diagnóstico sem nível de evidência científica. Alguns grupos
de trabalho consideram tratar-se de um meio de diagnóstico simples e minimamente invasivo que possibilita
descartar metastização à distância, evitar laparotomias
desnecessárias e apoiar a planificação de tratamentos neoadjuvantes. Material e Métodos: Feita a revisão das laparoscopias de estadiamento realizadas de
forma protocolizada pela Unidade do Andar Supra-mesocólico do Serviço de cirurgia de 1 de Janeiro de
2008 a 31 de Dezembro de 2013. Resultados: Foram
realizadas 69 laparoscopias de estadiamento de cancro
gástrico durante os 5 anos do estudo, correspondentes
a cerca de 1/3 dos doentes com cancro gástrico seguidos no Serviço de Cirurgia no referido espaço temporal.
Houve 16 laparoscopias que verificaram a existência de
metastização à distância, sendo maioritariamente por
se verificar carcinomatose peritoneal. Discussão: A
laparoscopia de estadiamento revelou-se um método
com 0% de morbi-mortalidade que permitiu identificar
situações de metastização à distância não constatados
em exames imagiológicos. Essa situação foi mais frequente em doentes com estadios mais avançados, com
grau de diferenciação G4, com atingimento do corpo ou
do cardia e em quadros de linite plástica.
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Vieira, P.; Correia, M.; Batista, A.; Baía, R.; Almeida, J.;
Garcia, R.; Pinto, A.; Cortez, L.
Pedro Jorge Guarda Filipe Vieira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
das doenças oncológicas com pior prognóstico. A quimio-radioterapia (QRT) neoadjuvante pode melhorar
a sobrevida através do controlo loco-regional e prevenção das micrometástases. São apresentados os
resultados de uma Unidade Funcional (UF) Multidisciplinar institucional. Material e Métodos: Foram revistos 32 doentes consecutivos, operados até 30/09/2014
após QRT neoadjuvante. Os doentes foram avaliados
e acompanhados em todas as fases do diagnóstico
e terapêutica no âmbito da UF. Caracterizaram-se os
seguintes parâmetros: localização do tumor, tipo histológico, estadio TNM, via de abordagem, resposta histológica (rP), nº de gânglios ressecados/metastizados,
mortalidade e sobrevida. Resultados: Predominavam
os tumores do terço distal (66%), os CPC (72%) e o
estadio III (75%). A via de abordagem preferencial foi a
de Ivor-Lewis (78%). Foram ressecados em média 19,
7 gânglios por doente. Verificou-se metastização ganglionar em 41% dos doentes. Foi obtida cirurgia R0 em
91% dos doentes. Houve resposta positiva à QRT neoadjuvante em 78%, com 22% de rP completa. A mortalidade a 30 dias foi de 13% e a sobrevida a 3 e 5 anos
foi de 34 e 12, 5% respectivamente. Discussão: A terapêutica trimodal permite obter bons resultados mesmo
em UFs de médio volume. Os dados reforçam a vantagem para os doentes em concentrar o tratamento desta
patologia em UFs multidisciplinares, de composição e
funcionamento estáveis, com demonstração prévia de
qualidade.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Esófago Gástrica
Diogo Carrola Gomes(2), Caldeira Fradique(1), Luísa
Quaresma(1), Guedes Da Silva(1), Mário Oliveira(1),
Lígia Costa(1), Gualdino Silva(1), Alexandra Pupo(1),
Jorge Esteves(1), Mateus Marques(1), Fernanda
Cabrita(1), Gonçalo Fernandez(1), Filomena Pina(1),
Diogo Carrola Gomes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C40)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Fatores clinico-patológicos associados à deiscên-
cia do coto duodenal nos doentes submetidos a
cirurgia no cancro gástrico.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A deiscência do coto duodenal é
um fator com impacto significativo na morbilidade associada à cirurgia de ressecção gástrica. Neste sentido,
os autores propõem-se a avaliar os fatores clinico-patológicos associados à deiscência do coto duodenal nos
doentes com cancro gástrico submetidos a ressecção
cirúrgica. Material e Métodos: O estudo coorte retrospetivo de 185 doentes com carcinoma gástrico submetidos a cirurgia de ressecção no período compreendido
entre setembro de 2009 e setembro de 2014. Realizada análise descritiva e comparação entre o grupo de
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
89
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
AUTORES: Diana Gonçalves; Henrique Mora; José Barbosa, J.
doentes com e sem deiscência. Avaliadas correlações
com análise multivariada de fatores clinico-patológicos
(regressão logística binária). Resultados: Verificamos
uma taxa de 7% (n=15) de deiscência do coto duodenal na nossa amostra. Estes doentes apresentam uma
média de idades de 68.7 anos (46-79), 73.3% do sexo
masculino (n=11). Foi realizada gastrectomia subtotal
em 50, 3% dos casos e gastrectomia total em 44, 9%
dos casos. Não foram observadas correlações estatisticamente significativas entre as variáveis estudadas e
a ocorrência de deiscência do coto duodenal na análise
multivariada. Verifica-se no entanto uma relação significativa entre a idade e a ocorrência de deiscência (p 0,
027). Discussão: Os resultados não permitem definir
correlações estatisticamente significativas na nossa
amostra, embora se verifique uma média de idade
superior no grupo com deiscência do coto duodenal, o
que se torna relevante no tratamento de uma população progressivamente mais envelhecida.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Calais, L; Rodrigues, A; Gonçalves M; Gomes, D; Brito,
T; Vasconcelos, E; Fazeres, F.
Luisa Maria Calais Pereira
[email protected]
Costa Maia
CONTACTO: Diana Maria de Oliveira Gonçalves
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C42)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Fístulo-jejunostomia em Y-de-Roux: Abordagem
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C41)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Perfuração de Úlcera Péptica: casuística de um Ser-
viço de Cirurgia Geral
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Ao longo das 2 últimas déca-
das verificou-se a diminuição de incidência de perfuração de úlcera péptica, essencialmente pela introdução
de medicação anti-ulcerosa e terapêutica de erradicação do H. pylori. Contudo, a mortalidade mantém-se
constante entre os 10-25%, podendo atingir os 50%
em doentes com sintomatologia há mais de 24 horas.
Material e Métodos: Análise retrospectiva de doentes intervencionados no nosso Centro Hospitalar por
perfuração de úlcera péptica entre Janeiro de 2010 e
Outubro de 2014. Resultados: Foram submetidos a
cirurgia por perfuração de úlcera péptica 117 doentes,
dos quais 75% do sexo masculino, com uma média
de idades de 54 (21-94) anos. Trinta e oito (32%) dos
procedimentos foram realizados por laparoscopia, com
uma taxa de conversão de 13%. No grupo de doentes
laparotomizados, verificou-se uma mediana do tempo
de internamento de 7 dias, sendo a dieta reintroduzida
em média ao 4º dia, comparativamente à mediana
de 5 dias de internamento e reintrodução da dieta ao
3º dia no grupo submetido a laparoscopia. A taxa de
mortalidade global foi de 12%. A taxa de morbilidade
foi de 18.9%. Discussão: Os doentes que necessitam
de intervenção cirúrgica por perfuração de úlcera péptica ocorrem maioritariamente em contexto de urgência. Apesar de ser um procedimento seguro, a cirurgia
laparoscópica deverá ser realizada preferencialmente
por Cirurgião experiente, parecendo ser mais eficaz na
diminuição da dor pós-operatória, diminuição do tempo
de internamento e reintrodução de dieta.
HOSPITAL: Centro Hospitalar de São João, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Esófago Gástrica
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
alternativa para tratamento das fistulas crónicas
pós gastrectomia vertical
Objectivo/Introduçâo: As fístulas crónicas da junção
gastro-esofágica são uma das complicações associadas à gastrectomia vertical. Embora raras o seu tratamento é controverso. Apresentam-se dois casos em
que foi utilizado como tratamento a realização de fistulo-jejunostomia em Y-de-Roux. Material e Métodos:
O primeiro caso trata-se de uma doente submetida a
gastrectomia vertical laparoscópica em 06/12, na qual
foi detectada fístula precoce da junção gastro-esofágica, tratada com terapêutica endoscópica. Até 05/14
foram necessários 2 tratamentos endoscópicos por
recidiva, altura em que foi realizada fistulo-jejunostomia
látero-lateral em Y-de-Roux. No segundo caso a doente
realizou gastrectomia vertical em 10/12 também complicada por fístula, tendo realizado inicialmente terapêutica endoscópica. Nos 2 anos seguintes apresentou
2 episódios compatíveis com recidiva, tendo sido submetida a segundo tratamento endoscópico eficaz. Por
nova recidiva em 10/14 foi submetida a fistulo-jejunostomia látero-lateral em Y-de-Roux. Resultados: Não se
registou morbilidade precoce. Trânsito esófago-gástrico
verificou progressão do conteúdo pela anastomose
fístulo-jejunal em ambos os casos. Mantêm-se assintomáticas. Discussão: Nos casos apresentados, a realização de fistulo-jejunostomia em Y-de-Roux demonstrou ser um método eficaz e seguro para a resolução
de fístulas crónicas da junção gastro-esofágica, após
falência do tratamento endoscópico.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Filipa Ferreira (1); João Coutinho (1); António Ruivo (1);
Carlos Miranda (1); Manuel Ribeiro (1); Carlos Noronha
Ferreira (2); J. C. Mendes de Almeida (1)
Filipa Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C43)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Lessons from a quarter of century treating esopha-
geal perforations: a proposal of a decision-making
algorithm
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Esophageal perforation(EP)
is a rare diagnosis, with a high morbidity and mortality, and its therapy is still challenging. The aim of this
study was to assess the etiology, specific treatment and
outcome of EP in order to generate an optimal therapeutic approach to improve patient’s outcome. Material
e Métodos: Analysis of a prospective database with
cases of EP(n=71) treated in an Upper GI Surgery Unit,
Revista Portuguesa de Cirurgia
90
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
AUTORES: Ricardo Rocha, Rui Marinho, António Gomes, Marta
between January 1991 and October 2014. Resultados:
The majority of EP were traumatic(60, 6%) and thoracic(62%). The median timing of diagnosis was 24[1-336]
hours. The severity score median was 4[0-14]. Non-operative treatment was done in 22, 5%. Primary repair
was the most common option (52, 7%) in operative treatment. The median LOS was 26[4-266] days. The morbidity and mortality rates were 40, 8% and 15, 5%. Morbidity was significantly associated to etiology(p=0, 003),
type of management(p=0, 001) and severity score(p<0,
001) [presence at presentation of tachycardia(p=0, 001),
pleural effusion(p<0, 001), non-contained leak(p<0,
001) and respiratory compromise(p<0, 001)]. Mortality
was significantly associated to etiology(p=0, 02), esophageal pathology(p=0, 002), location(p=0, 004) and
severity score(p=0, 009) [age(0, 016), presence at presentation of tachycardia(p=0, 002), hypotension(p=0,
006) and cancer(p=0, 07)]. The timing of diagnosis
didn’t significantly influence morbidity or mortality. Discussão: Based in the results of this study we propose a
decision-making algorithm to best assist in the choice of
EP treatment in each patient.
University of Porto Medical School
Cirurgia Esófago Gástrica
M Aral (1, 2), P Salvador (1), J Barbosa (1, 2), H Santos-Sousa (1, 2), J Costa-Maia (2)
Hugo Santos Sousa
[email protected]
Sousa, Marta Fragoso, David Aparício Carla Carneiro,
Vitor Nunes
CONTACTO: Ricardo Rocha
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C45)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Outcomes of Minimally Invasive Esophagectomy
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C44)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Factores de risco para recidiva no cancro gástrico
(CaG) ressecável: impacto da quimioterapia peroperatória (QtPO).
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro gástrico é uma das
neoplasias GI mais frequentes, com sobrevida aos 5
anos de 30%.A QtPO é considerada o gold standard
do tratamento do CaG ressecável. Pretendemos analisar factores de risco para recidiva, com um follow
up de 3 anos, e comparar os resultados da QTPO
vs Cirurgia sem QTPO. Material e Métodos: Estudo
retrospectivo.Dtes c/adenocarcinoma gástrico ressecável, de 2007 a 2011. Análise uni e multivariada
para factores de risco para recidiva e comparação de
2 grupos:A) com QtPO(n=18) e B)tratamento cirúrgico
sem QtPO(n=112). Resultados: Analisamos 130 doentes: 60, 8% masculino, idade média 69, 1a. Early gastric
cancer:21%, T2:44%, T3: 27% e T4: 8%. N0: 42% e N:
58%. Pouco diferenciados 53, 8%. Gastrectomia total
foi feita em 52% dos doentes. Taxa de recidiva: 30%
aos 3 anos.Sobrevida livre de doença foi 10, 9 meses.
Factores que apresentaram associação positiva e
linear com a existência de recidiva (p0, 05, e a taxa
de recidivas locorregionais (p Discussão: Estudamos
uma população de doentes num intervalo de tempo pré
QtPO e o seu início. Os factores de risco para recidiva
foram: o subtipo de Lauren, nº de gânglios positivos e
o grau de diferenciação.A QtPO contribuiu significativamente para a redução da recidiva locorregional mas
não para o nº global de recidivas.
HOSPITAL: Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Esófago Gástrica
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
versus Open Esophagectomy for Esophageal Cancer: a Single-Center Case-Control Study
Objectivo/Introduçâo: Esophagectomy is a major
surgery associated with significant morbidity and mortality. There is growing evidence in literature that the
minimally invasive approach in esophagectomy (MIE)
may decrease morbidity. The aim of this study was the
comparative analysis of the outcomes between MIE
and open esophagectomy (OE) for esophageal cancer.
Material e Métodos: Analysis (case-control study) of
a prospective database with esophageal cancer cases
submitted to curative intent surgery, between May 2006
and October 2014, in an Upper GI Surgery Unit. For this
analysis, cases of non-resectional surgery were excluded. Resultados: From the initial population (n=79), 65
cases (Group A: 24 MIE – 13 totally MIE and 11 hybrid
MIE; Group B: 41 OE, including 5 cases of conversion
from MIE) were included. Both groups were matched
for gender, age, comorbidities, BMI, tumor location and
histology, staging (cT and cN), neoadjuvant therapy and
type of surgery. The presence of postoperative morbidity was 37, 5% in MIE vs 61% in OE (p=0, 058), with
a rate of respiratory complications of 16, 7% and 22%,
respectively (p=ns). Statistically significant differences
were seen in Clavien classification of postoperative
morbidity (p=0, 018) and in postoperative mortality (MIE
0% vs OE 22%, p=0, 021). Discussão: The results of
this case-control study provide further evidence for the
feasibility and possible improvements in the postoperative morbidity and mortality of MIE, when performed in
differentiated centers.
University of Porto Medical School
Cirurgia Esófago Gástrica
M Aral (1, 2), M Mesquita (1), J Barbosa (1, 2), H Santos-Sousa (1, 2), J Costa-Maia (2)
Hugo Santos Sousa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C46)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Lavado Peritoneal – Importância no Adenocarci-
noma Gástrico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A carcinomatose peritoneal é a
forma mais comum de progressão do adenocarcinoma
gástrico(AG) avançado e apresenta prognóstico reservado, com sobrevida de 3-- 6 meses. A citologia peritoneal positiva(CP+) constitui doença M1, apresentando
sobrevida semelhante à dos doentes com metastização
peritoneal macroscópica. Avaliar a importância diagnóstica e prognóstica da CP no AG. Material e Méto-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
91
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
dos: Estudo retrospectivo dos doentes submetidos
a cirurgia por AG de 2011-2013 Resultados: Foram
submetidos a cirurgia 149doentes. Observou--se intra-operatoriamente carcinomatose macroscópica em
8.7%dos procedimentos. Foi realizada CP em 63.1%,
das quais 31.2% revelou CP+, havendo reclassificação
para estadio M1 em19.4%. Verificou--se relação estatisticamente significativa entre a CP e o cT(p=0.001),
cM(p=0.009), pT(p=0.002) e pN(p<0.001).Nos doentes
cM0 e sem carcinomatose macroscópica, demonstrou-se que a CP+ está associada a um risco 5.9x superior
de progressão da doença durante o follow up(p=0.029).
Discussão/Conclusão: Em concordância com a literatura, demonstrou--se que a CP é um determinante
factor no estadiamento e prognóstico do adenocarcinoma gástrico, devendo ser realizada de forma sistemática. Apesar das terapias adjuvantes, a sobrevida
dos doentes com doença localmente avançada permanece limitada.Várias meta--análises demonstram
benefício na sobrevida dos doentes com CP+ sem carcinomatose macroscópica com a realização de HIPEC.
Assim, é essencial a realização de CP de forma sistematizada para selecionar os doentes candidatos a
HIPEC
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Cirurgia Esófago Gástrica
Ferreira J, Louro H, Francisco E, Esteves J, Tavares A,
Viveiros F, Costa E, Maciel J
Joana Ferreira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
71 meses. Discussão: A Cirurgia Bariátrica é fundamental no tratamento da Obesidade Mórbida e suas
comorbilidades. Considera-se essencial o acompanhamento por equipas multidisciplinares. A Cirurgia Revisional da Obesidade mostrou-se uma opção segura e
eficaz.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Tomé, M.(1);Milheiro, A.(1);Campos, J.(1);Monteiro,
A.(1);Martins, M.(1);Manso, A.(1);Tralhão, G.(1);Silva,
S.(1);Martins, S.(1);Almeida, J.(2);Cupido, M.(2);Santos,
L.(3);Oliveira, P.(4);Ruas, L.(4);Rodrigues, D.(4);Bastos,
M.(5);Castro Sousa, F.(1)
Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C48)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Importância da radioquimioterapia pré-operatória
no carcinoma do esófago
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento gold-standard no
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C47)
SESSÃO CO-EGD 1
TÍTULO: Experiência de Quatro Anos de uma Unidade de
Tratamento Cirúrgico da Obesidade
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Cirurgia Bariátrica é o trata-
mento mais eficaz da Obesidade Mórbida. Pretende-se
analisar resultados imediatos e à distância da Unidade
de Tratamento Cirúrgico da Obesidade entre 1/10/2010
e 30/10/2014. Material e Métodos: Operados 459
doentes, 88, 67% mulheres, idade 42, 84±9, 61 anos,
IMC 46, 25±6, 98Kg/m2. As intervenções foram: colocação de Banda Gástrica Calibrável (n=32), “Gastric
Sleeve” (n=220), “Bypass Gástrico” (n=206), “Duodenal Switch” (n=1). Em 65 efectuaram-se gestos cirúrgicos associados. Realizadas 68 intervenções Redo.
Comorbilidades em 64, 71%; os diabéticos tinham
taxa de HbA1c pré-operatória de 8, 2±2, 2%. Consulta
de catamenese 1 mês após a intervenção e depois
semestralmente. Resultados: Morbilidade (Dindo-Clavien II, III, IV) em 8, 1%, mortalidade em 0, 4%.
A% de excesso de peso perdido (%EPP) foi máxima
aos 18 meses de pós-operatório. Aos 36 meses foi: 38,
58% na Banda Gástrica; 60, 20% no “Gastric Sleeve”;
65, 99% no “Bypass Gástrico”. A taxa de conversão foi
0, 87%. Nas intervenções Redo a%EPP foi 46, 29%
aos 24 meses, e não houve associação a aumento do
risco de complicações. Melhoria da HTA em 96, 16%,
da dislipidémia em 82, 35% e da Diabetes Mellitus em
todos os diabéticos – taxa de HbA1c aos 24meses de
5, 8±0, 86%. O tempo de catamenese foi 22, 73±13,
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
92
carcinoma do esófago (CE) é cirúrgico, apesar da elevada morbilidade. Mesmo com terapêutica multimodal
a sobrevivência global (SG) aos 3 anos é cerca de 30%.
Doentes sem condições cirúrgicas têm indicação para
radioquimioterapia (RQT) a título curativo. Pretende-se
avaliar toxicidade, resposta e sobrevivência de doentes
com CE submetidos a RQT a título pré-operatória (PO)
ou curativo. Material e Métodos: Incluídos os doentes
com CE que efectuaram tratamento de RQT concomitante ou sequencial com 5FU cisplatina entre 12/2002 e
08/2014. Determinadas resposta à terapêutica e toxicidade aguda (CTCAE 4.0). Sobrevivência analisada pelo
método de Kaplan-Meier. Erro tipo I 0, 05. Resultados:
82 doentes, 92, 7% do sexo masculino, idade mediana
61, 5 anos. 80, 5% dos tumores localizados nos terços
médio/inferior. 74, 4% eram carcinomas epidermóides,
sendo 68, 3% cT3N. RQT PO realizada em 80, 5% e
curativa em 19, 5%; 86, 6% completaram protocolo.
Toxicidade graus 3-4 durante RQT 31, 7%, sobretudo
hematológica (17, 1%). Submetidos a cirurgia 38 doentes (46, 3%), com resposta patológica completa em 47,
4%. Complicações cirúrgicas em 60, 5%. Nos doentes
que completaram protocolo, houve diferença entre operados e não operados na sobrevivência livre de doença
(SLD; aos 3 anos: 46, 3% vs. 10, 4%, p Discussão: A
realização de cirurgia após RQT tem impacto significativo nas SLD e SG, embora com elevada morbilidade
pós-operatória.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
João Casalta-Lopes(1, 2), Inês Nobre-Góis(1), Tânia
Teixeira(1), Filipa Vinagre(1), Rosário Lebre(3), Anabela Barros(3), Margarida Borrego(1)
João Casalta-Lopes
[email protected]
SALA 1
06-03-2015
17H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C97)
SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO
TÍTULO: Avaliação dos efeitos da administração do Gluca-
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gon-like Peptide-2 num modelo animal de anastomose intestinal – Análise preliminar
Objectivo/Introduçâo: A deiscência anastomótica
constitui uma das complicações mais temíveis em
cirurgia digestiva. O Glucagon-like Peptide-2 (GLP2)
é um factor de crescimento gastrointestinal potente e
relativamente específico. Material e Métodos: Ratos
Wistar (n=28) foram submetidos a ressecção ileal, com
ou sem administração pós-operatória de GLP2(2-33) e
sacrificados ao 3º ou ao 7º dia. A avaliação da cicatrização anastomótica foi realizada através da classificação de Houdart-Hutschenreiter (H.E.); a concentração
e distribuição de colagénio (I e III) com a técnica de
Gordon-Sweet; a neoangiogénese e proliferação epitelial com os Acs anti-CD31 e anti-Ki67; a densidade das
células de Paneth e caliciformes, dos miofibroblastos
subepiteliais e das células gliais do plexo entérico com
o PAS-D/Azul Alcian pH2, 5 e os Acs anti-aSMA e S100.
Resultados: O GLP2(2-33) associou-se a maior grau
de re-epitelização (p=0, 022), maior score de neoangiogénese (densidade neovasos=16, 1±5, 2/mm2 vs 5,
4±2, 1/mm2, p=0, 0001), maior índice de proliferação
epitelial (80, 5±8 vs 72, 4±13, 3% de células Ki-67 positivas/cripta, n.s.), maior expressão de colagénio III na
submucosa (p=0, 007), maior densidade de miofibroblastos subepitheliais (p=0, 022) e maior expressão de
S-100 nos plexos (n.s.) ao 7º dia. Com o GLP2(2-33),
verificou-se uma menor concentração de colagénio I
(n.s.) e similar densidade de células de Paneth e caliciformes. Discussão: Os resultados sugerem uma influência favorável do GLP2(2-33) nas fases inflamatória e
proliferativa da cicatrização anastomótica.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Investigação Básica
Beatriz Costa (1, 5), Margarida Abrantes (2), Augusta
Cipriano (3), Ângela Jesus (3), Mário Ruivo (3), Paulo
Teixeira (3), Lígia Castro (3), Cristina Gonçalves (4),
Ana Bela Sarmento Ribeiro (4), Maria Filomena Botelho
(2), F. Castro Sousa (1, 5)
Beatriz Pinto da Costa
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Objectivo – avaliar o efeito de extratos proteicos de hAM
(hAMPE) em três linhas celulares de CHC humano.
Material e Métodos: As hAM foram sujeitas a ações
mecânicas com o objetivo de extrair as proteínas, posteriormente quantificadas no Nanodrop®. Os estudos
in vitro foram realizados em três linhas celulares: HuH7
(mP53), HepG2 (wP53) e Hep3B2.1-7 (nP53). As células foram incubadas com 1µg/µL de hAMPE durante 72
horas. Foram realizados estudos in vitro que permitiram
avaliar a morte celular e vias metabólicas envolvidas,
stress oxidativo e expressão de proteínas de interesse
(como a P53 e?-Catenina). A estirpe de ratinhos Balb/c-nu/nu foi utilizada com o objetivo de avaliar o efeito
in vivo da terapia com hAMPE. Resultados: A hAMPE
induz morte celular nas linhas celulares em estudo.
Este extrato induz desregulação do ciclo celular, danos
do ADN e diminuição da expressão de P53 e?-Catenina. Nos estudos in vivo, verificamos que o hAMPE
induz uma diminuição na taxa de crescimento tumoral.
Discussão: A hAMPE pode ser útil na terapia do CHC.
No entanto, os mecanismos de ação deste tratamento
podem variar consoante o perfil tumoral.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Investigação Básica
Ana Mamede(1, 2, 3, 4), Sara Guerra(1), Andreia
Alves(2), Maria João Carvalho (1, 3, 4, 5), Mafalda
Laranjo(1, 3, 4), Ana Brito(1, 3, 4), Ana Pires(1, 4), Paulo
Moura (5), Ana Abrantes (1, 3, 4), Cláudio Maia(2), JG
Tralhão (1, 3, 6), MF Botelho (1, 3, 4), FCastro-Sousa(1)
José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C99)
SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO
TÍTULO: A proliferação celular hepática após laqueação por-
tal selectiva é máxima aos 7 dias não aumentando
pela acção da insulina
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A laqueao/embolizao portal
selectiva (PVL) habitualmente usada previamente s
resseces hepticas major, para induzir hipertrofia compensatria heptica e diminuir o risco de falncia do fgado
futuro remanescente. As principais limitaes desta tcnica
so a eficcia varivel da mesma e o intervalo de tempo
entre este procedimento e a hepatectomia, podendo
ocorrer progresso tumoral. Avaliar os efeitos da PVL e
da insulina na induo da hipertrofia heptica, como estratgia para encurtar o intervalo de tempo entre esta e a
hepatectomia. Material e Métodos: A funo e a morfologia hepticas, foram avaliadas em 3 grupos de ratos wistar, uma, duas e 4 semanas aps PVL isolada e com perfuso de insulina, comparando estes 2 grupos com ratos
sem PVL (controlos) (n=6/grupo). Resultados: A PVL
induziu atrofia heptica ipsilateral e hipertrofia contralateral, sem significativas diferenas nas dimenses globais
do fgado ou nos seus parmetros funcionais, nos grupos
PVL e PVL com insulina; Na primeira semana aps o procedimento, a PVL e a PVL com insulina resultaram num
significativo aumento da proliferao hepatocitria, quando
comparados com o grupo controle. Discussão: A PVL
aumentou a proliferao hepatocitria, com um pico aos
7 dias aps o procedimento, sem aumento significativo
quando associada a perfuso de insulina, sugerindo que
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C98)
SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO
TÍTULO: Extratos de membrana amniótica no tratamento do
carcinoma hepatocelular: estudos in vitro e in vivo
Alguns estudos têm revelado o efeito anticancerígeno da membrana amniótica
humana (hAM). Os mecanismos celulares responsáveis pelas propriedades anti-cancerígenas da hAM são
ainda pouco compreendidos. O carcinoma hepatocelular (CHC) tem uma elevada incidência e mortalidade
em todo mundo; principalmente devido à falta de tratamentos eficazes em fases mais avançadas da doença.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
93
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
o intervalo entre a PVL e a hepatectomia pode muito
provavelmente ser encurtado, diminundo o risco de progresso tumoral.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Investigação Básica
Marta Guimarães, Tiago Morais, Sofia Pereira, Ana
Monteiro, Ana Vilaça, Tiago Ferreira, Pedro Rodrigues,
Gil Gonçalves, Vera Oliveira, Mário Nora, Mariana P.
Monteiro
Marta Filomena Gonçalves de Castro Guimarães
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C101)
SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO
TÍTULO: Hepatotoxicidade da Quimioterapia: Validação de
um Modelo Animal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hepatotoxicidade associada
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C100)
SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO
TÍTULO: Desenvolvimento de modelo animal de cancro da
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
próstata em ratinhos da estirpe BALB/c-nu/nu:
modelo totalmente ortotópico versus modelo localmente avançado
Objectivo/Introduçâo: Modelos animais capazes de
reproduzir o comportamento do cancro da próstata
(CaP) são fundamentais para o estudo desta doença.
Os modelos ortotópicos quando comparados com os
heterotópicos, apresentam um comportamento mais
próximo daquele que se observa na doença humana.
Tem sido difícil desenvolver um modelo animal de CaP
com capacidade metastática. Objetivo – desenvolver
um modelo ortotópico animal de CaP com capacidade
metastática. Material e Métodos: Estudo desenvolvido com células da linha PC3 (ATCC). Inoculação
ortotópica em ratinhos BALB/c-nu/nu, machos, 6 a 8
semanas. Minilaparotomia para inocular 15x106 células/animal. Compararam-se dois tipos diferentes de
inoculação: no lobo dorso-lateral da próstata (modelo
completamente ortotópico) e nas vesículas seminais
(modelo localmente avançado). Os animais foram occisados quando se verificou uma perda significativa do
peso corporal e/ou quando apresentavam sinais de
degradação do seu bem-estar geral. Resultados: Nos
modelos completamente ortotópicos não houve desenvolvimento tumoral após 1, 4 e 8 meses. No modelo
localmente avançado desenvolveu-se tumor não só
nas vesículas seminais, mas também obtivemos uma
metástase hepática, 3 semanas após a cirurgia. A histologia de ambas as lesões revelou tratar-se de um CaP
Gleason 10 (5 5). Discussão: Podemos afirmar que o
microambiente é importante para o desenvolvimento do
CaP no modelo animal. O desenvolvimento da variante
localmente avançada resultou em doença local, mas
também metastática.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Investigação Básica
Ana Catarina Mamede1, 2, 3, 4, Edgar Tavares da
Silva1, 5, Rui Oliveira1, 6, David Castelo1, 5, Pedro
Simões5, Alfredo Mota5, Ana Margarida Abrantes1, 3,
4, José Guilherme Tralhão1, 3, 7, Maria Filomena Botelho1, 3, 4, F. Castro Sousa7
José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
à quimioterapia (HAQT) pode condicionar maior morbi-mortalidade após hepatectomia (Hp) por metástases.
A HAQT ocorre em 3 padrões: esteatose simples (ES);
esteatohepatite (CASH); e síndrome de obstrução sinusoidal (SOS). Não foram desenvolvidos ainda modelos
animais satisfatórios de HAQT. Estes modelos permitirão o estudo dos mecanismos de regeneração hepatocelular após Hp. Material e Métodos: Estudo de acordo
com as normas institucionais. Dez ratos Wistar machos,
8 semanas de idade. Três grupos: Grupo A (n=4), injecção intra-peritoneal (i.p.) de irinotecano (IRN) (75 mg/
kg) e 5-fluorouracilo (5-FU) (50 mg/kg), durante 4 semanas; Grupo B (n=4), injecção i.p. de IRN (50 mg/kg) e
5-FU (50 mg/kg), durante 4 semanas; Grupo C (n=2),
controle. Sacrifício uma semana após última administração. Colhidos: fígado para exame histológico (hematoxilina-eosina, tricrômio de Masson e reticulina); sangue
para transaminases e bilirrubina. Resultados: Dilatação sinusoidal nos grupos A e B, em comparação com o
grupo C (?2p<0.05). Não foram encontradas lesões de
ES ou CASH. Sem variação estatisticamente significativa no peso ou nos valores de ALT, AST ou bilirrubina.
Discussão: Neste modelo, a administração de IRN
com 5-FU não condicionou o aparecimento de ES ou
CASH. Pelo contrário induziu dilatação sinusoidal, lesão
que ocorre no SOS. Poderá assim vir a revelar-se um
modelo útil para o estudo dos mecanismos celulares da
regeneração hepática após Hp nos doentes submetidos
a quimioterapia neo-adjuvante.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Investigação Básica
Henrique Alexandrino1, 2, Ana T. Varela3, 4, Rui C.
Oliveira5, João Cardoso2, Filipe V. Duarte3, 4, João S.
Teodoro3, 4, Anabela Rolo4, 6, M. Augusta Cipriano5,
J. Guilherme Tralhão1, 2, Lígia Prado e Castro5, Carlos
Palmeira3, 4, Francisco Castro e Sousa1, 2
Henrique Alexandrino
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C102)
SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO
TÍTULO: O butirato e o irinotecano: uma potencial sinergia
na terapêutica do cancro do cólon
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Uma dieta rica em fibra die-
tética está relacionada com uma menor incidência de
cancro de cólon (CC). A fermentação microbiana da
fibra leva à produção de butirato (BT), considerado
como um agente quimiopreventivo. O irinotecano (IR) é
usado no tratamento do CC. A sensibilização das células resistentes à quimioterapia com o butirato poderá
ser uma solução possível para aumentar a eficácia
terapêutica do IR. Este estudo visa avaliar o potencial
da combinação de BT com o IR no tratamento do CC.
Material e Métodos: A fim de obter o IC50 (concentração que inibe a proliferação celular em 50%) o ensaio
Revista Portuguesa de Cirurgia
94
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
CAPÍTULO: Investigação Básica
AUTORES: Rui Oliveira 1, 4, Margarida Abrantes 1, 2, 3, ET Silva 1,
MTT foi realizado. A citometria de fluxo permitiu estudar a viabilidade celular e tipos de morte, a razão BAX/
BCL-2 e o potencial de membrana mitocondrial (MMP).
A expressão de VEGF foi determinada por Western blot.
Estudo in vivo com Balb/c nu/nu permitiram avaliar o
efeito da combinação no crescimento tumoral. Resultados: A combinação de BT e IR induziu um decréscimo
significativo da proliferação celular e viabilidade celular.
Observou-se um aumento da razão BAX/BCL-2 e uma
diminuição da MMP. A expressão de VEGF decresce
com o tratamento com BT. Os dados obtidos in vivo
sugerem que a combinação induz a inibição do crescimento tumoral. Discussão: A combinação de BT e IR
tem um efeito citotóxico significativo nas linhas celulares de CC e inibe o crescimento tumoral. A utilização
de compostos naturais como o BT em combinação com
agentes quimioterapêuticos pode ser uma nova solução para o tratamento de CC.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Investigação Básica
Encarnação JC1, 2, Amaral RA1, 3, Pires AS1, 4, 5,
Gonçalves TJ1, 2, Abrantes AB1, 5, 6, Casalta-Lopes
JE1, Sarmento-Ribeiro AB6, 7, Tralhão, JG1, 6, 8, Botelho MF1, 5, 6 F Castro-Sousa8
Jose Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão
[email protected]
5, S. Pires 1, AC Mamede 1, M Gomes 1, JG Tralhão 1,
6, MA Cipriano 4, L. Prado e Castro 4, MF Botelho 1, 2,
3, F. Castro Sousa 1, 6
CONTACTO: José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C104)
SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO
TÍTULO: NIS, Iodo-131 e colangiocarcinoma, um curioso tri-
ângulo.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Estudos recentes evidencia-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C103)
SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO
TÍTULO: O Papel do Microambiente Tumoral no Desenvolvi-
mento de Tumores Colorectais Primários e Secundários.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Desenvolvimento de um modelo
ortotópico (ORT) de carcinoma colorretal (CRC), capaz
de reproduzir a doença humana, a nível local e metastático, bem como a caracterização do microambiente
tumoral; o que possibilitará novas abordagens diagnósticas, prognósticas e terapêuticas. Material e Métodos:
Dois modelos ORT de CRC, no cego e no cólon descendente, são utilizados de forma a possibilitar um estudo
comparativo do crescimento tumoral. Ratos RNU
(Rowett nude), submetidos a cecostomia e colostomia
distal com fístula cutâneo-mucosa serão divididos em 3
grupos, inoculados na submucosa cólica com 3 linhas
de CRC (WiDr, C2BBe1, LS1034) de localizações distintas (cego, cólon descendente e retosigmóide). Sacrifício dos animais aos 4 meses ou após perda superior
a 10% do peso inicial. Colhido tecido para análise histológica. Caracterização imunohistoquímica das linhas
utilizadas para deteção de células de tipo stem cell e
factores de migração celular. Resultados: Registou-se
desenvolvimento tumoral quando as células foram inoculadas no local homólogo ao da sua origem. Na linha
WiDr observou-se desenvolvimento local e na C2BBe1
desenvolvimento local e secundário. Avaliação histológica revelou padrões morfológicos e de invasão sobreponíveis aos dos observados em humanos. Na linha
WiDr identificaram-se células de tipo stem. Discussão:
O microambiente tumoral é crucial no desenvolvimento
do CRC e este modelo ORT permitirá o estudo detalhado deste tumor, possibilitando novos marcadores
prognósticos e terapêuticas.
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ram uma expressão aumentada da bomba de sódio e
iodo (NIS) no colangiocarcinoma (CC), abrindo portas
para uma nova abordagem terapêutica para este tipo
de tumor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia terapêutica da radioterapia metabólica com 131I em
duas linhas celulares humanas, uma de CC (TFK1) e
uma de colangiócitos (H69). Material e Métodos: Por
imunofluorescência avaliou-se a expressão de NIS
nas duas linhas celulares. Ambas as linhas celulares
foram irradiadas com 131I de modo a avaliar o efeito
na sobrevivência celular através do ensaio clonogénico. Por citometria de fluxo avaliou-se o efeito do 131I
nas células TFK1, na viabilidade celular e na expressão
de BAX, BCL2 e citocromo C. Resultados: Verificou-se que as duas linhas celulares expressam NIS e que
após a irradiação com 131I, a expressão membranar
de NIS aumenta nas células TFK1 e diminui nas H69.
A irradiação com 131I induziu um decréscimo na sobrevivência celular dependente da dose nas células TFK1,
não afetando a sobrevivência celular das células H69.
O tratamento com 131I induziu morte celular por apoptose nas células TFK1 através do aumento da razão
BAX/BCL2 e da libertação de citocromo c. Discussão:
De acordo com os resultados obtidos a irradiação com
131I apenas induz decréscimo na sobrevivência celular
das células TFK1; sendo estes resultados indicativos
da eficácia selectiva sobre as células tumorais desta
abordagem terapêutica.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Investigação Básica
A Fernandes1, 2; AF Brito1, 3; AM Abrantes1; AC
Ribeiro1; AC Gonçalves5; AB Sarmento-Ribeiro5; JG
Tralhão1, 5; MF Botelho1, 2; F Castro-Sousa5
José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C105)
SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO
TÍTULO: Casuística Apendicectomias- Relação entre Score
de Alvarado e achados intraoperatórios e anatomopatologicos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresenta se uma casuística
de Janeiro/2013 a Outubro/2014 de 280 doentes com
clínica de apendicite aguda apendicectomizados, com
idades entre os 5 e os 91 anos.Procurou-se estabe-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
95
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 5
lecer relação entre o score de Alvarado e a evolução
clínica da apendicite aguda bem como achados intraoperatorios e anatomopatológicos. Resultados: Todos
os doentes apresentaram dor localizada na fossa ilíaca
direita, a maioria com menos de 24h de evolução, frequentemente como queixa isolada ou acompanhada de
sintomas gastrointestinais.O score de Alvarado mais
comum foi 5/10. 59% foi a taxa exames de imagem
pedidos ma admissão.Quase todos os doentes foram
intervencionados de urgência, a maioria por laparotomia na fossa ilíaca direita.Anatomopatologicamente
foram diagnosticados apêndices com várias alterações
macroscopicas, com hiperplasia linfóide ou sem qualquer alteração.Salienta-se o diagnostico histológico em
apêndices com características macroscópicas típicas
de apendicite aguda de 3 neoplasias, das quais 2 tumores neuroendócrinos (carcinóides)sem necessidade de
reintervenção e 1 adenocarcinoma que motivou reintervenção para hemicolectomia direita e ainda 1 caso de
foco de endometriose no apêndice Discussão: Não se
encontrou uma relação significativa entre o Score de
Alvarado e a evolução clinica/imagiológica ou achados
anatomopatológicos.Os resultados corroboram o facto
do quadro de apendicite aguda poder ocorrer em apêndices previamente “doentes”, reforçando a necessidade
da confirmação histológica do diagnóstico
Hospital de Vila Franca de Xira
Investigação Básica
Alves M, Salgueiro T
Magda Teresa Varelas Alves
[email protected]
06-03-2015
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
de internamento e um custo reduzido em aproximadamente 16.000 euros. Não se verificiou aumento na
morbilidade cirurgica nestes doentes. Discussão:
Nos primeiros meses de implementação deste protocolo, e mesmo tendo em conta o reduzido número
de casos, é claro que as medidas implementadas
atingiram os objetivos propostos sem prejuízo para o
doente.
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Cirurgia Mamária
Teresa Santos, Vânia Castro, Mónica Rebelo, João
Lima Reis, Marina Oliveira, José Monteiro, Lima Terroso, Pinto Correia
Maria Teresa Castro Santos Neto
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C107)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Carga Tumoral Total no Gânglio Sentinela e Metas-
RESUMO:
14H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C106)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Protocolo de Alta Precoce em Cirurgia da Mama?
Resultados dos Primeiros Meses
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Com o objetivo de diminuir o
número de dias de internamento nos doentes submetidos a cirurgia oncológica da mama, foi efetuado um
protocolo de alta precoce, entre o Serviço de Cirurgia Geral e a Unidade Móvel de Apoio Domiciliário
(UMAD). Material e Métodos: Os autores apresentam
o protocolo instituído na sua instituição assim como os
resultados dos primeiros meses de implementação do
mesmo. Resultados: A UMAD tem como objetivos a
continuidade dos cuidados hospitalares recorrendo a
ações de promoção da saúde, tratamento da doença
e reabilitação prestadas em domicílio à família/utente
submetido a cirurgia da mama. Os doentes têm alta
às 48h pós operatórias se preencherem os critérios
de inclusão no protocolo. É realizada pela UMAD uma
supervisão e realização de pensos ao utente assim
como identificação e prevenção precoce de complicações no domicílio, evitando reinternamento. A informação clínica de cada observação diária é fornecida ao
cirurgião responsável. Nos primeiros 5 meses foram
incluídas 15 doentes, houve uma redução de 53 dias
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
96
tização Adicional de Gânglios Não Sentinela em
Doentes com Cancro da Mama
Objectivo/Introduçâo: A avaliação do risco de metastização de gânglios não sentinela após biópsia de gânglio sentinela(BGS) positiva levou à criação de algoritmos. Propusemo-nos a verificar se a carga tumoral
total(CTT) determinada por OSNA(one-step nucleic
acid amplification)deve ser incluída nos nossos critérios de decisão Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 2 grupos consecutivos de doentes: Out/10
a Jun/13 todos os doentes submetidos a Esvaziamento
Axilar(EA) após BGS positiva; de Jun/13 a Out/14 critérios para EA – macrometástase(>5.000 cópias de RNA)
e um ou mais dos seguintes: T2, presença de invasão
linfovascular (ILV), multifocalidade ou > 2 GS positivos.
Oitenta e oito doentes com c ancro da mama primário com BGS positiva(OSNA) submetidos a EA. Variáveis estudadas: subtipo histológico, T, grau histológico,
multifocalidade, ILV, receptores hormonais e Her2,
número de GS metastizados e CTT (soma do número
de cópias RNA em todos os GS positivos – variável
contínua e categorizada 15.000 cópias). Análise estatística: regressão logística e Chi2; Stata v.13. Significado estatístico p<0, 05. Resultados: GNS positivos
pré Jun/13 – 38%; pós Jun/13 – 48%. As variáveis Grau
histológico e CTT (variável contínua e categórica 15000
cópias) correlacionaram-se de forma significativa com
a presença de metastização em GNS (análise uni e
multivariada). Discussão: Apesar da melhor selecção
de doentes para a realização de EA com a inclusão
dos critérios acima descritos, parece-nos adequada
a inclusão da variável CTT no nosso algoritmo de
decisão.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Mamária
Andre Gonçalves; Andre Magalhães; Susy Costa; Fernando Osório; Alda Correia; Helena Carreira; Isabel
Amendoeira; Patricia Pontes; José Luis Fougo; J. Costa
Maia
André Gonçalves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C108)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Cancro da Mama e Radiografia intra-operatória da
peça: experiência em 100 doentes
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na cirurgia conservadora da
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mama, a obtenção de margens de ressecção tumoral
negativas é essencial para reduzir o risco de recorrência local. Material e Métodos: Estudo retrospectivo
de doentes com carcinoma de mama, com recurso à
radiografia intra-operatória da peça cirúrgica no aparelho Faxitron. Avaliaram-se os seguintes parâmetros:
tipo de lesão, tamanho da lesão, estudo imagiológico
vs patológico, margens livres de doença e necessidade
de re-intervenção. Resultados: Foram estudadas 100
doentes num período de 9 meses (novembro de 2013 a
agosto de 2014), com uma média de idades de 59 (29-84)
anos. Todas as doentes tinham patologia maligna, com
dimensão média de 17 mm. Obteve-se excisão primária
completa em 82 doentes. As margens positivas ocorreram em 18 doentes (18%), dos quais 13 com ca Invasor
na margem. Houve necessidade de re-intervenção em
15 doentes (15%) para alargamento de margens/totalização de mastectomia. Foi identificado CDIS na peça
de alargamento em 7 doentes. Discussão: A monitorização radiográfica intra-operatória é uma mais-valia
na avaliação da excisão tumoral adequada na cirurgia
conservadora da mama. Contribui para a redução de
re-intervenções, pela possibilidade de alargamento de
margens na cirurgia inicial. A realização de radiografia
na sala de intervenção cirúrgica é fácil, segura e rápida
na avaliação de margens livres de doença.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Mamária
Diana Gonçalves, José Luís Fougo, Fernando Osório,
André Magalhães, Susy Costa, José Costa Maia
Diana Maria de Oliveira Gonçalves
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Her2), tipo histológico e grau de proliferação do tumor,
carga tumoral no gânglio sentinela (GS) e número de
GS negativos foram correlacionadas com a macrometastização na linfadenectomia utilizando o método de
regressão logística binária. Resultados: Constatou-se
macrometastização na linfadenectomia em 3 (10%) dos
doentes com BGSmic. Das variáveis analisadas não se
identificou nenhum fator preditivo de macrometastização. Discussão: Os 3 doentes com macrometastização
cumpriam os critérios propostos pela National Comprehensive Cancer Network (NCCN) para pertencer ao
grupo onde se admite que não se complete a linfadenectomia perante evidência de metastização axilar.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Cirurgia Mamária
Rodrigues Brito, T.; Ferreira, M.; Rodrigues, A.; Gonçalves M.; Calais Pereira, L.; Gomes, D.; Ferreira, S.;
Gonçalves, A.; Midões, A.
TELMA ANITA RODRIGUES BRITO
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C110)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Avaliação da estratégia cirúrgica na patologia onco-
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C109)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Macrometastização na linfadenectomia axilar após
deteção de micrometastização na biópsia de gânglio sentinela
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A biópsia do gânglio sentinela é
o procedimento recomendado no estadiamento axilar do
carcinoma invasivo da mama com gânglios axilares clinicamente negativos. Atualmente questiona-se a realização da linfadenectomia quando há micrometastização
na BGS (BGSmic+). Pretendeu-se quantificar e analisar
a presença de macrometastização nos gânglios não
sentinela dos doentes com BGSmic+, e utilizando esses
dados, pesquisar fatores preditivos de macrometastização, de acordo com as características do doente e do
tumor, que pudessem ajudar a ponderar a necessidade
de linfadenectomia perante BGSmic+. Material e Métodos: Análise retrospetiva de 30 doentes com resultado
de BGSmic após One-step nucleic acid amplification
(OSNA) submetidos a linfadenectomia de março/2012
a outubro/2014. As variáveis sexo, idade, dimensão,
positividade de recetores (estrogénio, progesterona e
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
lógica mamária – implicação no tratamento multidisciplinar
Objectivo/Introduçâo: As técnicas oncoplásticas (CO)
em cirurgia conservadora (CC) da mama e a reconstrução imediata (RI) após mastectomia (MT) são estratégias cirúrgicas complexas oferecidas às doentes tratadas por patologia oncológica mamária. O objetivo do
trabalho é determinar se a adição destes procedimentos
à cirurgia oncológica tem impacto no tratamento multidisciplinar, nomeadamente atraso no início da terapêutica adjuvante. Material e Métodos: Estudo observacional comparativo de doentes tratadas, de Janeiro
a Dezembro de 2013 com cirurgia seguida de terapêutica adjuvante (n=474) RT ou QT. Os grupos de estudo
foram as doentes submetidas a CC exclusiva (n=71)
versus, CC CO uni (n=171) ou bilateral (n=91) ou MT
exclusiva (n=95) versus MT RI uni (n=72) ou bilateral
(n=4). As variáveis em estudo foram o tempo de internamento, margens cirúrgicas, complicações Clavien III e
intervalo de tempo entre cirurgia e início de terapêutica
adjuvante. Resultados: 474 doentes realizaram cirurgia
seguida de terapêutica adjuvante. A mediana de dias
até ao início de terapêutica adjuvante em doentes submetidas a CC foi 48 dias (41-59), CC CO unilateral 50
dias (41-60), CC CO bilateral 49 dias (42.5-55), MT sem
RI 48 dias (40-62), MT RI unilateral 50 dias (43-60) e
MT RI bilateral 51.5 dias (40-60). Na amostra global o
intervalo foi de 49 dias (41-60) sem diferença estatística
(p=0.696). Discussão: A adição destas técnicas não
interfere no início da terapêutica adjuvante contribuindo
para a demonstração da sua segurança oncológica.
Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil, EPE
Cirurgia Mamária
Sousa M, Santos C, Oom R, Nogueira R, Moniz J, Santos A, Alves R, Faria J, Bettencourt A
Mariana Rosa Ferreira Sousa
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
97
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C111)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Experiência da Pesquisa de Gânglio Sentinela no
Carcinoma da Mama: estudo retrospectivo
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O status axilar é uma fator de
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
prognóstico importante no estadiamento do cancro da
mama (CM). Em doentes com axilas negativas, a pesquisa de gânglio sentinela (PGS) emergiu como uma
forma de reduzir a morbilidade provocada pelo esvaziamento axilar(EA).Os autores demonstram a experiência
com a PGS na instituição (implementada desde 2006)
e suas implicações no EA. Material e Métodos: Estudo
retrospectivo de 426 doentes com CM, diagnosticadas
entre 7/01/09 e 18/2/13 na instituição. Dados recolhidos do processo clínico. Resultados: Foram analisadas 426 doentes com uma média de idade de 58±11,
6. Doentes com axila positiva no diagnóstico (14, 5%),
foram submetidas a EA. Doentes com axila negativa (e
se indicação), fizeram PGS (73%). Das que efetuaram
PGS, 37(13, 5%)foram realizados previamente a quimioterapia primária (QT1º). Nestes, em 62% a histologia foi positiva implicando EA. O número médio de gânglios excisados na PGS foi 1, 7±0, 7. O extemporâneo
foi realizado em 272 (64%) dos doentes, sendo que em
0, 5% (2) o gânglio não foi identificado, procedendo-se
a EA. Foi detetado uma taxa de 5, 5% de falsos negativos no imprint (maioria micrometástases).A partir de
2013 apenas macrometástases no extemporâneo fizeram EA. A taxa de EA foi 33, 5% (91 casos). Em média
nos EA (excluídas doentes com QT1º), foram excisados 17 gânglios, com uma média de 3 metastizados.
Discussão: Portanto, abordagens menos invasivas da
axila são um conceito em evolução. Alguns EAs realizados nos primeiros anos do estudo poderiam ser evitados no contexto atual.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Mamária
Mariana Costa, Rita Caldas, Florinda Cardoso, Teresa
Santos, Gil Gonçalves, Mário Nora
Mariana da Silva Costa
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
para cirurgia conservadora, divididas em 3 grupos, após
RM: 1) 9.4% em que a RM não diferiu da ME; 2) 17,
0% sobrestimaram o tamanho do tumor – 55, 6% submetidas, no final, a mastectomia e a histologia mostrou
1/5(20%) falsos positivos; 3) 69, 8% com doença oculta
na mesma mama – 54, 1% alteraram a estratégia para
mastectomia e a histologia revelou 40% falsos positivos.
Discussão: Apesar da RM não revelar alterações major
no tamanho do tumor, ela correlacionou-se melhor com
as dimensões da histologia; de facto, a informação da
RM evitou nova cirurgia em 80%. Foram descritos 40%
de falsos positivos na RM após mastectomia, nos doentes inicialmente propostos para cirurgia conservadora, o
que reforça a necessidade de biopsias de revisão.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Mamária
Marina Morais, André Pinho, André T. Magalhães, Ana
Sofia Preto, António Cardoso, Isabel Amendoeira, José
Luís Fougo, J Costa-Maia
Marina Morais
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C113)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Quimioterapia neoadjuvante no cancro da mama:
como predizer o resultado?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: -determinar quais os factores
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C112)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: RM e carcinoma lobular invasor: actualização
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Devido ao padrão de cresci-
mento difuso, os carcinoma lobulares invasores (CLI),
são mais propensos a diferente tamanho do tumor em
mamografia e ecografia (ME) e a multifocalidade e multicentricidade. O objectivo foi determinar a influência da
ressonância magnética (RM) na caracterização tumoral
e resultados cirúrgicos. Material e Métodos: Estudo
retrospectivo de 70 mulheres diagnosticadas com CLI,
entre 1/01/07 e 31/03/14. Foram efectuadas 24 cirurgias
conservadoras e 46 mastectomias. Foram avaliados a
correlação entre o tamanho do tumor na RM e na histologia final e a alteração da atitude cirúrgica. Resultados:
A RM correlacionou-se melhor que a ME com o tamanho
do tumor na histologia (R=0, 748 Vs R=0, 710; p=0.001).
Apenas 75, 7% mulheres foram inicialmente propostas
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
98
preditivos de resposta patológica completa (pCR) à
quimioterapia (QT) neoadjuvante no cancro da mama
-determinar quais os factores preditivos de ausência
de resposta a QT neoadjuvante no cancro da mama
A QT neoadjuvante deve ser equacionada nas doentes com tumores localmente avançados e que seriam
candidatas a cirurgia conservadora da mama se apresentassem um tumor de menores dimensões apesar de
não acarretar alterações na sobrevida global quando
comparada com a QT adjuvante. Material e Métodos:
Estudo descritivo, retrospectivo que abrange o período
entre Janeiro 2010 e Junho 2014. Incluídos os doentes
com cancro da mama submetidos a QT neoadjuvante.
Os dados foram analisados com recurso ao IBM SPSS
statistics 20 através de regressão logística binominal
estudando a relação entre factores clinico-patológicos e
marcadores moleculares com a pCR e, também, com a
ausência de resposta. Resultados: A amostra é constituída por 36 mulheres (28-84 anos); 7 delas apresentaram pCR. Relativamente aos factores preditivos de
pCR, o único factor que se revelou estatisticamente significativo foi a presença de receptores de estrogénios
positivos. Quanto aos factores preditivos de ausência
de resposta nenhum dos analisados se revelou estatisticamente significativo. Discussão: A pertinência do
estudo revela-se no facto de não se encontrarem definidos os factores preditivos de pCR à QT neoadjuvante. A
presença de receptores de estrogénios foi o único factor que se revelou estatisticamente significativo.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Cirurgia Mamária
Álvaro Gonçalves, Aires Martins, Manuel Ferreira, Bárbara Lima, Helena Devesa, Inês Gomes, Alberto Midões
Álvaro Gonçalves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C114)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: O.S.N.A. (One Step Nucleic Acid Amplification), uma
solução ou mais confusão?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A técnica do gânglio sentinela
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mantém-se como standard no tratamento cirúrgico do
cancro de mama inicial. Os métodos intra-operatórios
empregues no estudo da invasão metastática baseiam-se em métodos histoquímicos, que além da sensibilidade pouco elevada, não avaliam a totalidade dos
gânglios, com resultados subjetivos entre observadores e protocolos diversos entre as várias instituições.
Surge então o One Step Nucleic Acid Amplification
(OSNA), método rápido e reprodutível, de amplificação e detecção molecular do mRNA da citoqueratina
19, capaz de ajudar à decisão clínica durante a cirurgia inicial, evitando reinternamentos para o esvaziamento axilar. Material e Métodos: Revisão da literatura
Resultados: O OSNA tem uma boa correlação com os
resultados da patologia clínica, com aumento da sensibilidade na detecção de micrometástases, e aumento
dos esvaziamentos axilares. Com o estudo Z0011 a
sugerir a omissão de esvaziamentos axilares em casos
específicos, o papel do OSNA parece estar comprometido. No entanto, parece haver uma correlação entre
aos resultados do OSNA e o número de metástases
em gânglios não-sentinela, com predição dos doentes
com maior risco. Discussão: Apesar das vantagens,
o OSNA aumenta a indicação para esvaziamento axilar, o que contraria a tendência atual para o tratamento
conservador do cancro de mama. Sugere-se então um
papel (ainda por definir) na predição de gânglios não-sentinela metastizados, o que poderá orientar a criação/compleição de nomogramas influentes na decisão
clínica do esvaziamento.
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE
Cirurgia Mamária
Fialho, Guilherme L.; Costa, Cristina S.; Reia, Marta O.;
Mourato, Beatriz O.; Taré, Filipa G.; Rosado, Daniela
G.; Soeiro, Eduardo F.; Barbosa, Ilda F.
Guilherme Lourenço Fialho
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
rados, 347 realizaram CCM oncológica. O diagnóstico
histológico foi de 317 CI e 30 CDIS. Foram realizadas
205 (58, 4%) tumorectomias com marcação prévia da
lesão e em 260 (74, 0%) foram empregues técnicas
oncoplásticas. O tamanho médio das lesões foi de 16,
8mm (10, 3 DP). Registaram-se 66 casos com margens
cirúrgicas intraoperatórias com <1mm. Destes, 47 tiveram alargamento de margem por indicação do exame
extemporâneo macroscópico intraoperatório, evitando
46 (13, 3%) casos de reoperações. Doze (3, 5%) doentes foram reoperados por margens positivas no exame
anatomopatológico definitivo. Discussão: Este estudo
revela uma taxa de re-excisões por margens cirúrgicas
positivas após CCM muito inferior às encontradas na
literatura. Os resultados estão provavelmente relacionados com o método de avaliação de margens intra-operatorias utilizado por esta unidade dedicada à patologia da mama.
Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil, EPE
Cirurgia Mamária
Oom, R; Sousa, M; Nogueira, R; Santos, C; Vargas Moniz,
J; Santos, A; Alves, R; Leal de Faria, J; Bettencourt, A.
Rodrigo Oom
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C116)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Pesquisa do Gânglio Sentinela Axilar em neoplasias
da mama, com recuso a fluorescência e corante azul
patente? Casuística e Analise de Custo-Eficácia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pesquisa do gânglio sentinela axilar (GSA) em doentes com neoplasia da mama,
permite um estadiamento adequado e uma redução da
morbilidade associada à linfadenectomia axilar (LA). A
nossa Unidade adotou a técnica de fluorescência com
verde de indocianina (VdI) e o azul patente (AP) para
pesquisar o GSA. Pretende-se apresentar a casuística da Unidade e a análise de custo-eficácia do procedimento. Material e Métodos: Fez-se uma analise
retrospectiva dos casos de pesquisa do GSA, entre
01/07/2011 e 31/10/2014. A técnica consiste na injeção
periareolar dos corantes VdI e AP, perioperatoriamente,
seguida, da detecção de fluorescência com a Câmara
Photodynamic Eye e excisão dos gânglios marcados.
Fez-se ainda a analise dos custos deste método, comparando-os com a técnica de radioisótopos. Resultados: No período referido foram realizadas 72 intervenções, obtendo-se marcação do GSA em 93% dos casos.
A histologia revelou 49 casos de negatividade, 1 caso
de micrometastase (MicM), 17 casos de macrometases
(MacM) e 5 casos inconclusivos. Os custos desta técnica incluem a aquisição do equipamento (22000?) e
consumíveis (162, 3? x 72 = 11685, 6), somando 33685,
6?, enquanto que os custos associados à realização
da técnica com radioisótopos varia entre 52438, 4? e
70739, 25?. Discussão: A pesquisa do GSA com VdI é
uma técnica que revela uma boa relação custo-eficácia,
sendo uma válida opção para Unidades que não dispõem de Medicina Nuclear. Com recurso a esta técnica
foi possível poupar a LA em 73, 62% dos casos.
HOSPITAL: Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C115)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Taxas de reintervenção em cirurgia conservadora
da mama (CCM) inferiores a 5% – Perguntem-nos
como...
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Margens positivas na CCM
associam-se a aumento da recidiva local e implicam
taxas de re-excisão até 72% segundo a literatura.
Nesta Unidade de Mama, as margens cirúrgicas são
avaliadas intraoperatoriamente por um exame macroscópico da peça, realizado por um anatómo-patologista.
O objectivo deste trabalho é avaliar a taxa de re-excisão por margens positivas na CCM. Material e Métodos: Estudo retrospectivo e observacional em que se
avaliam os doentes submetidos a CCM oncológica
no ano de 2013. A margem foi considerada positiva
quando < 1mm. Resultados: Dos 817 doentes ope-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
99
CAPÍTULO: Cirurgia Mamária
AUTORES: Mourato M.B., Costa C., Reia M., Taré F., Fialho G.,
Rosado D., Delgado E., Dominguez J., Guerrero M.,
Romero M.A., Coelho A., Silva V., Messias F. Barbosa I.
CONTACTO: Maria Beatriz Baptista de Oliveira Mourator
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C117)
SESSÃO CO-MAMA
TÍTULO: Taxa de Reintervenção Cirúrgica para Obtenção de
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 4
Margens Livres após Tumorectomia por Cancro da
Mama- Estudo Retrospectivo de Sete Anos de uma
Unidade Funcional de Patologia da Mama
Objectivo/Introduçâo: O Tratamento Conservador do
Cancro da Mama (TCCM), que envolve tumorectomia
seguida de radioterapia, é atualmente o tratamento
padrão para o cancro da mama nos estadios I e II. É
uma técnica segura nos tumores detetados precocemente, pois fornece o mesmo nível de sobrevida global
que a mastectomia, permitindo simultaneamente obter
melhores resultados estéticos. Existem, no entanto,
alguns factores que podem comprometer os resultados
do TCCM, nomeadamente a multifocalidade do tumor
ou a presença de um componente in situ. Quando a
excisão tumoral não é completa ou as margens de
segurança estão comprometidas, habitualmente é
necessária uma re-intervenção, que pode consistir noutro procedimento conservador ou numa mastectomia.
Os diversos estudos realizados sobre este tema apresentam taxas de re-intervenção entre 17 e 68%, o que
reflete uma variabilidade significativa. São igualmente
variáveis, os factores que contribuíram para essas
taxas. Este estudo pretende analisar a taxa de re-intervenção cirúrgica para obtenção de margens livres
após tumorectomia numa Unidade Funcional de Patologia de Mama, e das variáveis que possam influenciar
essa taxa. Foi realizada uma análise retrospetiva dos
processos clínicos dos doentes submetidos a TCCM no
período compreendido entre 1 de Janeiro de 2007 e 31
de Dezembro de 2013. Obteve-se uma amostra de 516
doentes, tendo 45 (8, 72%) doentes sido submetidas a
re-intervenção para obtenção de margens livres.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Mamária
Ana Catarina Pinho, Filipa Marujo, Paulina Viana
Lopes, António Araújo, Caldeira Fradique
Ana Catarina Valente dos Santos Pinho
[email protected]
06-03-2015
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
abordagem da patologia nodular da Tiroide, e procurar
critérios de risco para neoplasia da tiróide. Material e
Métodos: Estudo retrospectivo baseado na colheita de
dados do processo clínico referentes a todos os doentes
submetidos a tiroidectomia e ou lobectomia num único
serviço de Cirurgia Geral entre 1 de Janeiro de 2007 e
30 de Junho de 2014. Os dados recolhidos foram submetidos a análise estatística multivariada. Resultados:
Foram efectuadas 533 intervenções em 509 doentes,
87% do género feminino e 13% do masculino, com uma
idade média de 54, 2±13, 9 anos. Efectuou-se tiroidectomia total em 72, 9% dos doentes, lobectomia em
23% e tiroidectomia restante em 8.9%. A alta ocorreu
em média aos 1, 11±0, 49 dias. A taxa de complicações
global foi de 17, 2% (89, 8% Clavien-Dindo I/ II), e a de
complicações definitivas de 2, 76%. A presunção pré-operatória de malignidade (classificação de Bethesda
na citopunção categoria IV a VI), verificou-se em 10,
6% dos casos, porém a taxa de malignidade apurada
na peça operatória foi de 30, 4%. Dos parâmetros analisados apenas a citologia aspirativa (p=0.0017) a presença de micocalcificações na ecografia (p <0, 0001) e
a suspeição ao exame físico (p=0, 046) se revelaram
bons preditores de malignidade. Discussão: No contexto da avaliação dos doentes com patologia nodular
da tiróide constata-se a imperiosidade de dar relevância a outros parâmetros além da citologia aspirativa
para maximizar a acuidade diagnóstica.
Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE
Cirurgia Endócrina
Morais, H; Santos, AF; Neves, J; Ribeiro, M; Pinho, J;
Vieira, V; Azenha, N; Borges, I; Dias, R; Fonseca, A;
Conceição, L; Matos, A; Cecílio, J
Henrique Morais
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C86)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Correlação entre o exame histológico, citológico e
ecográfico de lesões malignas e suspeitas da glândula tiroideia.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A citologia aspirativa com agulha fina é um procedimento diagnóstico amplamente
aceite, assim como a sua realização guiada por ecografia.Apesar de inúmeras publicações científicas
terem identificado características ecográficas que conferem maior suspeita de malignidade a um determinado
nódulo, não existem, ainda, critérios ecográficos com
suficiente especificidade e sensibilidade que permitam o diagnóstico de malignidade.Objetivos:Avaliar os
critérios ecográficos de suspeita de malignidade e de
que forma podem predizer o resultado citológico e histológico.Em relação ao resultado citológico calcular a
taxa de falsos positivos e falsos negativos através da
análise histológica da peça operatória.Avaliar a taxa
de falsos negativos no exame citológico para nódulos
com mais de 3 cm. Material e Métodos: Retrospetivo.
CAFJul2012-Jul2014, cujo resultado citológico foi suspeito ou maligno.Definimos como características de
suspeição:forma irregular, contornos irregulares; microcalcificações, hipoecogenicidade marcada, hipoecogenicidade e dimensão AP Discussão: A combinação de
17H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C85)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Abordagem e tratamento da patologia nodular da
tiróide: uma avaliação retrospectiva
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este trabalho visa proceder
à avaliação retrospectiva dos resultados obtidos na
Revista Portuguesa de Cirurgia
100
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
características ecográficas com o resultado citológico
auxiliou na diferenciação entre nódulo suspeito e provavelmente maligno.A estratificação do risco permite
definir a estratégia diagnóstica e terapêutica.
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Cirurgia Endócrina
Sofia Guerreiro, Catarina Bispo, Henrique Sobral Candeias, Maria do Rosário Eusébio, Luís Cortez
Sofia Guerreiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C87)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Incidência de carcinoma em bócio: experiência de
um ano
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Segundo a literatura, a incidên-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cia de carcinoma em bócio multinodular é de 5-10%.
O objectivo deste trabalho é analisar a incidência de
casos de carcinoma na análise histológica definitiva
de tiroideias cuja citologia aspirativa com agulha fina
(CAAF) era compatível com doença benigna. Material
e Métodos: Análise dos processos clínicos de 237
doentes submetidos a cirurgia da glândula tiroideia,
entre 1/1 e 31/12/2013, com diagnóstico pré-operatório de doença benigna. Resultados: Dos 321 doentes operados em 2013 num serviço de cirurgia, 238
(74%) tinham a última CAAF efectuada compatível com
doença benigna. 36 desses 238 doentes (15%) tiveram
o diagnóstico de carcinoma na análise histológica da
peça operatória: 32 casos de carcinoma papilar, 3 de
carcinoma folicular e 1 de medular. Nesses 36 doentes
foram efectuados os seguintes tipos de ressecção: 28
tiroidectomias totais, 5 lobectomias e uma istmectomia
(que tiveram depois de ser totalizadas) e 2 totalizações
de tiroidectomia em doentes submetidos vários anos
antes a lobectomia. Relativamente ao estádio destes
carcinomas papilares: 15 eram T1aNx, 7 T1bNx, 2
T1aN1a, 3 T2Nx, 4 T3Nx e um T3N1a. Dos 3 carcinomas foliculares, 2 eram T3Nx e um T2Nx. O carcinoma
medular foi estadiado como T1aNx. Discussão: A incidência de carcinoma em bócio foi superior ao descrito
na literatura (15%) e nem sempre num estádio precoce,
o que nos pode levar a reflectir sobre a importância dos
exames pré-operatórios e a sua influência no posterior
procedimento cirúrgico.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Endócrina
Carmelino J ; Coutinho JM; Tavares AP; Barroso E
Janine Andreia Rebelo Carmelino
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
dos doentes eram do sexo feminino, com média de
idades de 60, 1 anos. A calcémia pré-operatória média
foi 11, 04mg/dl e o valor médio de PTHi, 278, 93µg/
ml. A ecografia cervical e a cintigrafia das paratiroideias
com sestamibi foram as mais utilizadas na localização
da lesão. O recurso à RMN cervico-torácica aumentou.
A determinação da PTHi por punção bilateral das veias
jugulares ecoguiada foi uma inovação, sendo positiva
na identificação da lateralização da lesão em 40% e
facilitando a opção cirúrgica. Optou-se pela exploração
das paratiroideias ou a utilização de azul de metileno
intra-operatório em 37, 7% e 4, 3%, respectivamente.
A via de abordagem cirúrgica de eleição foi a cervicotomia de Kocker. A determinação da PTHi intra-operatória
foi realizada em 67 doentes, verificando-se descida dos
valores > 50% em 83, 5%. Em 75, 8% dos doentes
houve necessidade de reposição de cálcio no pós-operatório imediato. Os resultados histológicos foram
49 adenomas, 15 hiperplasias e 1 carcinoma. A maioria das lesões tinha dimensões entre os 10 e 15mm. O
tempo médio de internamento foi 4, 7 dias. Discussão:
Os AA consideram útil a punção bilateral das jugulares
ecoguiada, nos casos em que os exames clássicos pré-operatórios não são conclusivos. A cirurgia é eficaz na
resolução dos sintomas associados.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Cirurgia Endócrina
Rafael A (1); Silva S (1); Capella V(1); Correia D(1);
Allen M (2); Torrinha J (1)
Ana Rafael
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C89)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Nódulo da tiroide categoria Bethesda III: poderão os
achados semiológicos e ecográficos ser preditores
de malignidade?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O sistema Bethesda agrupa
citologias da tiroide em 6 categorias, associando risco
de malignidade e orientação terapêutica. 7% das citologias são Bethesda III (BIII)-atipia de significado indeterminado, não sendo consensual a orientação correta
deste grupo Existem estudos sobre dados ecográficos
para prever malignidade, no entanto, a maioria é prévia
à classificação Bethesda e poucos focam o grupo III O
presente trabalho pretende analisar o valor da ecografia e dados semiológicos na previsão de malignidade
de nódulos BIII Material e Métodos: Estudo retrospetivo. Recolha de dados semiológicos e ecográficos
dos casos BIII de Janeiro de 2011 a Agosto de 2014.
Os nódulos foram agrupados em 3categorias de risco
ecográficas baseadas no algoritmo TIRADs As variáveis categóricas foram estudadas com o teste Chi-quadrado/Fisher, as variáveis contínuas com o t teste independente e as categorias de risco ecográfico com uma
regressão logística Resultados: Incluídos 38doentes
(média de 51anos) com 21 taxa de malignidade. A análise univariada revelou como preditores de malignidade
o contorno e calcificações(p Discussão: Os achados
ecográficos podem ser úteis na decisão cirúrgica dos
doentes BIII.Apesar de não existir uma diferença estatisticamente significativa, o presente estudo demons-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C88)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: HPT1º. Experiência nos Últimos 8 Anos e Meio
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O HPT1º é uma doença comum
associada a várias comorbilidades. A cirurgia é tratamento de eleição. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, unicêntrico, de 69 doentes com HPT1º operados entre Jan/2006 e Jun/2014. Resultados: 89, 4%
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
101
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
trou uma clara tendência de risco que beneficiará com
o aumento do número da amostra
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Cirurgia Endócrina
Manuel A.V. Ferreira; Helena Devesa; Barbara Lima;
Aires Martins; Álvaro Gonçalves; Francisco Fazeres;
Irene Leitão; Alberto Midões
Manuel Alexandre Viana Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C90)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Hiperparatiroidismo Primário: Abordagem Cirúr-
gica e Resultados
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento cirúrgico do hiper-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
paratiroidismo primário (HPTp) evoluiu de uma abordagem clássica para técnicas de abordagem unilateral
e, posteriormente, uniglandular. Pretendeu-se avaliar
a persistência e recidiva, considerando as diferentes
abordagens cirúrgicas. Material e Métodos: Revisão
dos registos clínicos de doentes submetidos a paratiroidectomia (PT), com o diagnóstico de HPTp entre junho
de 2006 e outubro de 2010. Resultados: Realizados
140 procedimentos cirúrgicos em 136 doentes – 86%
F, 14% M, idade média 60 anos, PTH pré-operatória
média de 279pg/mL. Identificaram-se 6 casos (4%) de
persistência, com segunda intervenção em 4 doentes,
e nenhum caso de recidiva (seguimento médio de 4, 4
anos). Realizadas 105 PT uniglandulares, 19 PT biglandulares e 15 PT subtotais. Verificada persistência em
9% das abordagens bilaterais (n= 69; 43 tiroidectomias
totais associadas) – 2 casos de PT uniglandular, 2 PT
biglandular, 1 PT subtotal e 1 caso sem identificação
per-operatória de glândula anómala (posterior esternotomia e exérese de glândula ectópica). A abordagem foi
unilateral em 24 doentes (lobectomia em 14 doentes) e
seletiva em 47 (34%) dos casos, ambas sem persistência ou recidiva. Discussão: Os resultados demonstram
um número elevado de casos de abordagem bilateral,
condicionados por necessidade de tiroidectomia concomitante. As abordagens unilateral ou seletiva não se
associaram a persistência ou recidiva. Os casos de persistência apresentam frequências semelhantes na PT
biglandular (11%) e subtotal (7%).
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Endócrina
P. Andrea-Ferreira, T. Bouça-Machado, L.Sá-Vinhas, J.
Capela, L. Matos-Lima, J. Costa-Maia
Patrícia Andrea Pinheiro da Silva de Sousa Ferreira e
Bouça Machado
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
intra-operatório da PTH (ioPTH), permitiu a realização
de cirurgia minimamente-invasiva. O nosso estudo
pretende avaliar se existe um valor final de ioPTH que
permita predizer o risco de persistência/recorrência da
doença. Material e Métodos: Estudo de observância,
retrospectivo. Análises dos doentes submetidos a paratiroidectomia entre 2003 e 2013, com recurso a doseamento de ioPTH. Os doentes foram divididos em 3 grupos baseados no valor final do doseamento de ioPTH.
A persistência de hiperparatiroidismo foi definida como
hipercalcemia (> 2, 42mmol/L) nos primeiros 6 meses
de pós-operatório e a recidiva como hipercalcemia
a partir dos primeiros 6 meses, ou a manutenção de
sintomas compatíveis com HPT1º. Resultados: Analisados 58 doentes, com uma mediana de idades de
64 anos. A taxa de persistência foi de 10, 3% e recorrência de 3, 4%. 21 doentes tiveram doseamento final
de ioPTH< 40pg/mL, 12 doentes com doseamento de
40-59pg/mL e 23 doentes com doseamento de >60pg/
mL. Não houve diferenças na morbilidade. O grupo com
ioPTH >60pg/mL teve mais casos de persistência/recidiva (p60pg/mL(17, 4%;p Discussão: O risco de persistência, recidiva e de reintervenções é maior no grupo
de doentes com doseamento de ioPTH?60pg/mL.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Endócrina
Cláudia Paiva, Filomena Soares, Catarina Morais,
Raquel Correia, José Polónia
Cláudia Maria Linhas Paiva
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C92)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Metastização Ganglionar Lateral Síncrona no Carci-
noma bem Diferenciado da Tiróide: Que Cirurgia?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A extensão do esvaziamento
cervical terapêutico nos dts com metastização ganglionar lateral (MGL) por carcinoma bem diferenciado
da tiróide (CBDT) é controversa. A opção cirúrgica da
instituição neste contexto é o esvaziamento sistemático dos níveis II-VI, propondo-se os autores a rever
os resultados desta abordagem. Material e Métodos:
Análise retrospectiva de 55 dts tratados entre 01.2009
e 12.2013, por MGL síncrona de CBDT submetidos
a tiroidectomia total com esvaziamento seletivo II-VI
Resultados: A mediana da idade foi 46 anos. 74, 5%
dos dts eram do sexo feminino. A adenopatia cervical
palpável foi a forma de apresentação clínica em 40%
dos casos, e a CBA foi diagnóstica em 96% dos dts.
O carcinoma papilar foi o mais frequente (96, 4%). A
mediana do tamanho do tumor foi 14 mm e 22% eram
carcinomas micropapilares. 78% dos dts tinham MG no
compartimento central. A mediana de gg metastizados
no compartimento lateral foi de 3 em 21 isolados. A disfunção do nervo espinal acessório ocorreu em 41.8%
dos dts. A taxa de hipocalcémia sintomática foi de
40% e 27, 3% destes dts necessitaram de cálcio aos 6
meses. A lesão do NLR ocorreu em 6 doentes, em 4 por
invasão tumoral. A taxa de SG e SLD aos 5 anos foi de
95% e de 60%. Discussão: A morbilidade desta cirurgia tem impacto relevante na qualidade de vida dos dts.
A frequência de metastização no compartimento central
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C91)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: PTH intra-operatória no hiperparatiroidismo primário
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento cirúrgico do
hiperparatiroidismo primário (HPT1º)é a única hipótese
de cura. O avanço nos estudos de localização pré-operatória das paratiróides, associada ao doseamento
Revista Portuguesa de Cirurgia
102
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
justifica a sua necessidade. De acordo com a literatura,
a localização e o nº de ggs laterais metastizados poderão permitir esvaziamentos laterais mais selectivos
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE
Cirurgia Endócrina
Cátia Ribeiro1, Cláudia Araújo1, José Carlos Pereira1,
Alexandre Sousa1, Manuel Jácome2, Pedro Antunes1,
Laurinda Giesteira1, Dora Cunha1, Augusto Moreira1,
Cristina Sanches1, Jorge Guimarães1, Abreu de
Sousa1
Catia Raquel Lopes Ribeiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C93)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Adenomas Paratiroideus de Grande Volume
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os adenomas da paratiroide
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
são a causa mais frequente de hiperparatiroidismo primário. A maioria oscila entre 70 mg a 1 g. Os adenomas gigantes com mais de 3, 5 g são particularmente
raros. Material e Métodos: Revisão dos registos clínicos de doentes submetidos a paratiroidectomia entre
1/ 2002 e 1/ 2012, para avaliar as características dos
adenomas de grande volume e compará-las com as
dos de menor peso Resultados: Foram selecionados
132 casos de adenoma entre os doentes operados por
hiperparatiroidismo primário e divididos em 3 grupos: 3,
5g(n=15). < 1 g 1-3, 5 g >3, 5g p Peso médio(mg) 503
1789 7415 – Idade média(anos) 60 57 60 0, 609 Sexo
masculino/feminino 8/72(11%) 8/29(28%) 4/11(36%)
0, 174 PTH(pg/ml) 149, 7 339, 0 953, 9 Discussão:
Os adenomas paratiroideus mais pesados eram significativamente de maiores dimensões, com níveis mais
elevados de PTH e de calcemia pré-operatórios. No
pós-operatório cursaram com valores mais elevados de
calcemia mas níveis mais baixos de PTH, o que poderá
estar relacionado com a demora na queda de elevados
valores séricos de cálcio e com maior frenação das restantes glândulas.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Endócrina
João Capela, Patrícia Andrea Ferreira, Matos Lima, J.
Costa Maia
João Capela Costa
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
rio. Desse total foram excluídos inicialmente 18 pacientes, 17 por ausência de registos de dados e 1 por morte
no pós-operatório. Assim sendo, da amostra final fazem
parte um total de 70 pacientes, com média de idades
49 anos; 53 dos quais em programa de hemodiálise, 5
em diálise peritoneal e 5 transplantados renais. Resultados: Tendo em conta o valor de referência de PTH
de 300pg/mL (guidelines do KDOQI), e as definições
de hiperparatiroidismo persistente e de hiperparatiroidismo recorrente, constatou-se persistência de hiperparatiroidismo secundário(HPTS) em 13 pacientes(18,
6%) e recorrência de HPTS em 3 deles(4, 3%). Dos 13
doentes em que se constatou persistência do HPTS, 6
foram submetidos a nova intervenção cirúrgica e uma
nova exploração cirúrgica em 1 doente do grupo das
recorrências. Discussão: As re-operações são desafiantes, estando relacionadas com taxas mais altas de
complicações. A persistência do HPT geralmente resulta
de ressecção inicial incompleta e/ou de glândula supranumerária ou ectópica e em aproximadamente 15% dos
casos necessita nova intervenção.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Endócrina
Catarina Morais, Filomena Soares, Cláudia Paiva,
Raquel Correia, Vitor Valente, Moreira da Costa, José
Polónia
Ana Catarina Afonso Morais Fernandes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C95)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Hiperparatiroidismo primário – tratamento cirúrgico.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hiperparatiroidismo primá-
rio (HPT 1º) é uma doença endócrina comum. O tratamento cirúrgico é a única hipótese de cura. Durante
muitos anos a abordagem cervical bilateral era a única
opção cirúrgica. Os avanços nas técnicas de localização pré-operatória e o doseamento da PTH intra-operatória (ioPTH) permitiram a realização de cirurgia dirigida
às glândulas patológicas. O objectivo do nosso trabalho
é avaliar do tratamento cirúrgico do HPT 1º Material e
Métodos: Estudo de observância, retrospectivo. Análises dos doentes submetidos a paratiroidectomia por
HPT 1º, no período de tempo 2003 e 2013. Resultados: Foram operados 121 doentes por HPT 1º, com
uma mediana de idades de 64 anos. 75% são do sexo
feminino. O tempo de internamento pós-operatório foi
de 4 dias. Foi realizado doseamento de ioPTH em 58
doentes (48%). O tempo de cirurgia foi semelhante
entre este grupo e o grupo de doentes que não realizou
doseamento de ioPTH (80 minutos versus 76 minutos;
p>0, 05). A hipocalcemia foi a complicação pós-operatória mais frequente (9%). A taxa de persistência foi
de 8% (10 doentes) e de recidiva 2, 5% (3 doentes).
Dos doentes com recidiva ou persistência, 6 (5%)
foram reintervencionados, 5 dos quais com resolução
do quadro clínico. Discussão: O tratamento cirúrgico
do HPT1º é seguro e eficaz. Em casos de persistência/
recidiva a reintervenção é uma possibilidade que uma
elevada taxa de cura.
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Endócrina
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C94)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Hiperparatiroidismo Secundário: Persistência vs
Recorrência
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
O objectivo deste trabalho
passa por documentar a nossa experiência na cirurgia
de hiperparatiroidismo secundário. Constatar as taxas
de recidiva/persistência e quais as estratégias terapêuticas subsequentes. Material e Métodos: Entre o período
de 1 de Janeiro de 2003 e 31 de Dezembro de 2013, um
total de 88 pacientes foram submetidos a paratiroidectomia com o diagnóstico de hiperparatiroidismo secundá-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
103
AUTORES: Cláudia Paiva, Filomena Soares, Catarina Morais,
Raquel Correia, José Polónia.
CONTACTO: Cláudia Maria Linhas Paiva
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C96)
SESSÃO CO-ENDOCRINAS
TÍTULO: Paratiroidectomia iatrogénica durante tiroidectomia
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
total: condições favorecedoras e repercussão na
calcémia
Objectivo/Introduçâo: Identificar condições eventuais
favorecedoras da excisão inadvertida de paratiróides
(PTi) durante tiroidectomias totais e observar o tipo de
alterações na calcémia pós-operatória relacionadas
com a PTi. Material e Métodos: Foram submetidos a
tiroidectomia total 326 doentes de Janeiro de 2011 a
Dezembro de 2013. Em 250 (77%) doentes (Grupo I)
não se observou PTi. Em 76 (23%) doentes (Grupo II)
ocorreu PTi: 1 paratiróide em 59 (18%) e 2 paratiróides
em 17 (5%). Avaliou-se a hipocalcémia pós-operatória
nos dois grupos e estudou-se as características anatomopatológicas das PTi. Resultados: Não houve
hipocalcémias definitivas. Houve hipocalcémia transitória em 141 doentes (56, 4%) do Grupo I e em 62 (81,
6%) do Grupo II. O decréscimo da calcémia foi mais
significativo no Grupo II, mas não foi influenciado pelo
número de paratiróides removidas. A anatomopatologia
identificou 74 paratiróides extra-tiroideias e 19 intra-tiroideias. Das 74 extra-tiroideias, 42 (57%) tinham
morfologia alterada (estroma adiposo abundante). A
análise estatística revelou que o risco de PTi aumentou quando as paratiróides tinham morfologia alterada
ou eram intra-tiroideias. Não houve relação significativa entre a PTi e: as características macroscópicas
da tiróide; a patologia; linfadenectomia associada Discussão: Paratiróides intra-tiroideias ou com morfologia
alterada aumenta o risco de excisão iatrogénica em 20
vezes. A preservação das paratiróides não elimina mas
oferece hipocalcémias transitórias menos acentuadas
após tiroidectomia total.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Endócrina
Catarina Melo, António Bernardes, Fernando Melo, Fernando José Oliveira
Catarina Melo
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
uma mulher, 39 anos, com dor no hipocôndrio esquerdo
com 6 meses de duração. Refere história de acidente de
viação 1 mês antes do início da dor, mas na altura do
mesmo não foi observada em nenhum serviço de saúde.
Sem outros antecedentes pessoais relevantes. Por agravamento da dor realizou uma TC Abdominal que revelou
uma lesão quística do baço de 19 cm de diâmetro. Foi
realizada uma fenestração do quisto via laparoscópica,
com o intuito de preservar a função esplénica. A anatomia patologia revelou tratar-se de um pseudoquisto do
baço. A doente teve alta ao 2º dia pós operatório.
Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE
quisto esplenico
Miguel Cunha, Kalina Hristova, Nicole Cardoso, Victor
Hugo, Diogo Veiga, João Melo, Juan Rachadell, Edgar
Amorim, M. Americano
Miguel Fernandes da Conceição Cunha
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V46)
SESSÃO V-VÁRIOS 2
TÍTULO: Pseudoquisto do Baço
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente do sexo feminino, 33
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
anos, enviada pelo médico de família por quisto do
baço 10x12 cm. Por queixas de epigastralgias e pirose
realizou Endoscopia Digestiva Alta que evidenciou compressão extrínseca do fundo gástrico. Realizou posteriormente TC que descreveu Volumosa lesão a nível do
baço com dimensões de 12x10cm, de conteúdo liquido
homogéneo e de paredes parcialmente calcificadas de
provável natureza quística. A doente foi submetida a
fenestração de quisto esplenico VL. Foi colocado dreno
aspirativo no espaço subfrenico esquerdo. O pós-operatório decorreu sem complicações. O exame histológico foi compatível com pseudoquisto do baço.
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Cirurgia do Baço
André Batista, Pedro Vieira, Margarita Gonzalez, Joana
Almeida, Rita Baía, Margarida Correia, Aurora Pinto,
Rui Garcia
André Santos Batista
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V47)
SESSÃO V-VÁRIOS 2
TÍTULO: Aspetos técnicos da cardiomiotomia com fundopli-
SALA 5
06-03-2015
catura no tratamento da acalásia
08H00
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento cirúrgico da aca-
lásia através da miotomia do cardia foi descrito pela
primeira vez por Heller em 1913. É um procedimento
altamente eficaz e constitui atualmente o procedimento
padrão para o tratamento desta disfunção esofágica. A
associação da fundoplicatura a esta cirurgia diminuiu a
incidência de refluxo gastro-esofágico, uma complicação inicialmente comum. A via laparoscópica acresce
os benefícios desta abordagem e é a abordagem mais
utilizada hoje em dia. O diagnóstico correto, a seleção
adequada dos doentes e a técnica cirúrgica são fundamentais para o sucesso deste procedimento. Material e
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V45)
SESSÃO V-VÁRIOS 2
TÍTULO: Quisto esplénico volumoso – Abordagem laparos-
copica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos esplénicos são raros,
geralmente encontram-se associados a história de
trauma, infecção ou enfarte. Este vídeo retrata o caso de
Revista Portuguesa de Cirurgia
104
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Métodos: Vídeo com descrição e considerações sobre
a técnica cirúrgica da cardiomiotomia com fundoplicatura por via laparoscópica. Resultados: Os autores
apresentam a técnica cirúrgica que utilizam preferencialmente, com destaque para: mobilização adequada
do esófago torácico; disseção conservadora do cárdia;
miotomia gástrica extendida com vista à diminuição da
disfagia tardia; associação da fundoplicatura de Dor
para prevenção da doença de refluxo gastroesofágica
iatrogénica, sem aumento da disfagia e a que se associa o benefício da proteção da miotomia. Discussão: A
cardiomiotomia com fundoplicatura por via laparoscópica para o tratamento da acalásia é um procedimento
seguro, altamente eficaz a curto e longo prazo e com
reduzidos efeitos secundários.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Pedro Soares-Moreira, Carlos Nogueira, Mário Marcos,
Jorge Santos
Pedro Soares Moreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V49)
SESSÃO V-VÁRIOS 2
TÍTULO: Volumoso paraganglioma retro-peritoneal – um
diagnóstico raro
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os paragangliomas, tal como
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V48)
SESSÃO V-VÁRIOS 2
TÍTULO: Pé Diabético Séptico: Desbridamento Cirúrgico De
Urgência
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objectivo: Demonstração vide-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ográfica de desbridamento cirúrgico de pé diabético
séptico. Introdução: As infecções moderadas e graves
requerem tratamento urgente. Estes doentes, devem
ser internados para início de antibioterapia e tratamento
cirúrgico urgente, com colheita de material para microbiologia. O tratamento urgente tem como objectivos
controlar o foco séptico e minimizar o efeito altamente
destrutivo da infecção em compartimento fechado.
Material e Métodos: Caso clínico: Homem de 48 anos,
antecedentes de DM2 e internamento anterior por pé
diabético séptico em 2012. Medicado com antidiabéticos orais. Recorre à consulta externa de pé diabético
com ferida infectada com exsudato do terço distal da
face plantar do pé esquerdo e celulite associada do
dorso do pé com 5 dias de evolução. Procedeu-se a
desbridamento cirúrgico com abertura da fáscia plantar
com colheita de exsudato e tecido desvitalizado para
microbiologia. Incisão de drenagem na face dorsal.
Posteriormente foi internado com realização de desbridamentos seriados e tratamento local. Discussão: O
tratamento do pé diabético é uma verdadeira urgência
médico-cirúrgica. Um diagnóstico atempado e tratamento célere e adequado evita a perda do membro. O
desbridamento cirúrgico urgente está indicado sempre
que existir fleimão ou abcesso contido num compartimento relativamente rígido. Este pode ser realizado na
consulta externa, pequena cirurgia, ou na enfermaria
sob condições de assépsia mínimas.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Pé diabético
Viveiros, Octávio; Figueiredo, Joana; Cavadas, Daniela;
Formiga, Ana; Neves, José Antunes
Octávio Domingos Maciel Viveiros
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
os feocromocitomas, são tumores neuroendócrinos
com origem nas células cromafins. Localizam-se em
80-85% dos casos na medula supra-renal. Quando
têm origem extra-adrenal, são designados de paragangliomas. Têm uma incidência muito baixa e são muitas
vezes assintomáticos e apenas diagnosticados quando
surgem complicações resultantes do seu volume ou
metástase concomitantes. O seu diagnóstico baseia-se no doseamento bioquímico dos seus produtos de
secreção e no estudo imagiológico. A cirurgia constitui
o seu único tratamento curativo. Material e Métodos:
Caso clínico Resultados: Homem de 51 anos de idade
que recorre ao serviço de urgência por quadro de febre,
dor abdominal com irradiação para o dors o e vómitos
pós-prandiais, com 4 dias de evolução. O TC abdominal revelou volumosa massa neoplásica, com cerca de
16x10cm de diâmetro, bem delimitada, com captação
heterogénea de contraste e áreas não captantes por
provável necrose. Diagnósticos diferenciais: GIST,
sarcoma retroperitoneal ou tumor desmóide. Realizou
RM que confirmou volumosa neoformação, que desvia anteriormente o colón transverso e o pâncreas,
comprimindo a face anterior do rim esquerdo, contactando com estas estruturas sem planos de clivagem.
Submetido a biópsia que revelou neoplasia de padrão
epitelial que sugere natureza hepatocelular. Decide-se
a exploração cirúrgica por via laparotómica com exérese da totalidade da lesão, respeitando as estruturas
vizinhas. O exame histológico foi compatível com Paraganglioma.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Retrperitoneu
Fonseca, S. (1), Francisco, E. (1), Campos, J. (2), Marcos, N. (1), Lucas, MC.(1), Pereira, B. (1 ), Carvalho, C.
(1), Maciel, J. (1)
Sofia Filomena Pereira Fonseca
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V50)
SESSÃO V-VÁRIOS 2
TÍTULO: GIST gástrico: gastrectomia parcial atípica laparos-
cópica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A ressecção completa com
margens livres é o tratamento de escolha do tumor
do estroma gastrointestinal (GIST). O comportamento
biológico único destes tumores permitiu a expansão
da cirurgia minimamente invasiva ao seu tratamento.
Material e Métodos: Os autores apresentam um caso
clinico de GIST gástrico tratado por via laparoscópica.
Resultados: Mulher, 68 anos, com lesão gástrica suspeita de GIST após estudo inicial por queixas dispépticas. Endoscopia digestiva alta revela lesão pseudopolipóide gástrica, bem delimitada. Estudo complementado
com TC e ecoendoscopia mostra na parede interna do
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
105
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores de Klatskin, so
1/3 superior do corpo gástrico lesão vegetante com
cerca de 20mm de diâmetro, sem lesões secundárias.
Submetida a gastrectomia parcial atipica laparoscópica,
que decorreu sem intercorrências. Resultado anatomopatológico viria a confirmar GIST gástrico e ressecção
R0. Pós-operatório favorável, encontrando-se doente
assintomática e em seguimento clinico. Discussão:
Os autores quiseram mostrar um caso onde é visível
a segurança e eficácia, já descritas na literatura, da via
laparoscópica na abordagem do GIST gástrico.
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Rui Rainho, Manuel Mega, Sergiu Usurelu, António
Gouveia
Rui Tiago Fonseca Rainho
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V51)
SESSÃO V-VÁRIOS 2
TÍTULO: Hérnia para-esofágica gigante tipo III: Operação de
Nissen laparoscópica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este trabalho tem como objec-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tivo a apresentação em suporte vídeo de cruroplastia
com fundoplicatura de Nissen laparoscópica em doente
com hérnia para-esofágica gigante tipo III. Material e
Métodos: Doente do sexo masculino, com 79 anos, com
hérnia para-esofágica gigante contendo praticamente
todo o estômago (corpo, fundo e antro) no mediastino.
Com dois internamentos prévios por encarceramento
que evoluíram favoravelmente com tratamento médico.
Submetido a cruroplastia com fundoplicatura de Nissen
por via laparoscópica. Apresentou boa evolução e teve
alta no 8º dia pós-operatório. Sem qualquer queixa na
consulta do 2º mês pós-op. Discussão: As hérnias de
hiato dividem-se em 4 tipos, sendo o diagnóstico estabelecido maioritariamente através da endoscopia. O
tipo III é raro e consiste na herniação do esófago abdominal e de praticamente todo o estômago na cavidade
torácica. As hérnias para-esofágicas são consideradas
gigantes quando pelo menos 33% do estômago se
encontra na cavidade torácica; nestes casos a terapêutica cirúrgica é o único tratamento definitivo disponível.
Actualmente o tratamento cirúrgico laparoscópico constitui um método efectivo e seguro na reparação das hérnia de hiato, minimizando deste modo a agressão de
uma laparotomia, tal como é demonstrado neste vídeo.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Manuela Fernandes, César Prudente, Sandra Coelho,
Júlio Marques, Pedro Caldes, Gina Oliveira, Maria João
Ferreira, Mafalda Couto, Rita Loureiro, Horta Oliveira
Manuela Maio Graça Fernandes
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
colangiocarcinomas raros, cujo diagnstico, preparao
pr-operatria e teraputica cirrgica, deve estar protocolada nas instituies de referncia, na qual estes doentes
so tratados. Neste trabalho, os autores apresentam
uma tcnica cirrgica como tratamento de um tumor de
Klatskin tipo II, tendo como objectivo a ilustrao do tratamento desta situao, mostrando para isso a tcnica
standardizada praticada na instituio qual pertencem.
Material e Métodos: Apresentao de caso clnico, sob a
forma de um vdeo, no qual ilustramos uma hepatectomia esquerda alargada ao segmento I, com linfadenectomia do ligamento hepato-duodenal, resseco da via
biliar e hepatico-jejunostomia em Y de Roux, referente
a um doente de 71 anos de idade, sexo masculino,
que deu entrada na nossa instituio por um quadro de
colangite, cujo estudo etiolgico revelou uma leso nodular pericentimtrica da confluncia da via biliar, compativel com tumor de Klatskin. Discussão: O doente, foi
proposto para drenagem externa da via biliar por CPT,
do fgado direito, e os colangiogramas obtidos confirmaram o envolvimento tumoral da confluncia biliar; 34
dias aps, foi re-internado electivamente e submetido
cirurgia descrita, tendo tido alta, sem complicaes, ao
8 dia ps-operatrio. A histologia da pea confirmou a suspeita pr-operatria: ADENOCARCINOMA DA VIA BILIAR
proximal envolvendo o ducto heptico comum e ductos
biliares intra-hepticos, da confluncia, sem metstases
ganglionares regionais.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Marta Guimarães, Vera Oliveira, Pedro Rodrigues,
Joana Magalhães, Domingos Rodrigues, Gil Gonçalves, Mário Nora
Marta Filomena Gonçalves de Castro Guimarães
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V53)
SESSÃO V-VÁRIOS 2
TÍTULO: Abordagem Laparoscópica de Linfangioma Cístico
Retroperitoneal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os linfangiomas císticos são
tumores benignos raros do sistema linfático. A grande
maioria desenvolve-se nas crianças, sendo extremamente raro nos adultos. A sua localização é diversa
representando o retroperitoneu um dos locais menos
frequentes. A maioria é assintomática, pelo que a sua
deteção é um achado em estudos imagiológicos. O tratamento de escolha é a resseção cirúrgica. Apresentamos o vídeo da exérese de um linfangioma cístico
retroperitoneal por via laparoscópica. Mulher de 53
anos enviada à Consulta de Cirurgia Geral por apresentar uma formação cística medial à cauda do pâncreas com cerca de 7cm de origem indeterminada por
ecografia abdominal. Foi realizado estudo complementar por TC abdominal e RMN abdominal que revelou
tratar-se de uma lesão de 8cm localizada entre o corpo
gástrico e a cauda do pâncreas compatível com linfangioma. Foi submetida a exérese de lesão por via laparoscópica que se encontrava aderente à face posterior
do estômago, mas sem continuidade com a mesma. O
internamento decorreu sem intercorrências e teve alta
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V52)
SESSÃO V-VÁRIOS 2
TÍTULO: Hepatectomia esquerda alargada ao segmento I,
ressecção da via biliar, e hepatico-jejunostomia em
Y de Roux por tumor de Klatskin tipo II
Revista Portuguesa de Cirurgia
106
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 5
ao 3º dia pós-operatório. O estudo anátomo-patológico
confirmou o diagnóstico de linfangioma.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Linfangioma Cístico Retroperitoneal/Tumor Linfático
Liberal, M.; Louro, H.; Ferreira, J.; Marcos, N.; Gandra,
L.; Pereira, B.; Maciel, J.
Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreia
[email protected]
06-03-2015
17H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V001)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Operação de Frey
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite crónica carac-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
teriza-se pela destruição inflamatória progressiva do
parênquima pancreático, associado a dor crónica e
perda das funções exócrinas/endócrinas. O tratamento
destes pacientes constitui um desafio: pelas limitações
no completo entendimento da doença, imprevisibilidade
da sua evolução clínica e controvérsias quanto às opcções terapêuticas. Material e Métodos: Apresentação
de caso clínico – vídeo – ilustrando uma operação de
ressecção e drenagem pancreática – operação de Frey,
num doente de 37 anos de idade, sexo masculino, com
antecedentes de alcoolismo, seguido em consulta de
cirurgia geral e dor multidisciplinar por pancreatite crónica, sem insuficiência endócrina/exócrina, com dor
crónica sob tratamento opidóide. Este doente apresentava, desde 2006 até Maio de 2014, 19 internamentos por agudização das queixas álgicas. Em Maio do
presente ano, recorreu à nossa consulta por ictericia
obstrutiva, tendo feito TAC pancreático e ColangioRMN
que documentaram 2 pseudocistos, uma ao nível do
corpo/cauda com 6 cm e um outro com 3 cm ao nível da
cabeça pancreática. Discussão: O doente foi proposto
para tratamento cirúrgico pela ocorrência “de novo” de
icterícia obstrutiva, associada a dor crónica intratável
e submetido a cirurgia de ressecção e drenagem. No
pós-operatório imediato foi re-operado por hemorragia
digestiva. Aos 30 dias de pós-operatório re-avaliado em
consulta externa: ganho ponderal de 4 Kg e sem necessidade de qualquer analgesia.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Vera Oliveira, Gil Gonçalves, Marta Guimarães, Pedro
Rodrigues, Domingos Rodrigues, Mário Nora
Marta Filomena Gonçalves de Castro Guimarães
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
hepatopatia crónica alcoólica (classe A de Child, Meld
6), foi detectado, numa ecografia de rotina, um nódulo
hepático nos segmentos IV/VIII com 6, 3 cm; os marcadores tumorais eram normais. A lesão era fortemente
sugestiva de hepatocarcinoma (HCC) e encontrava-se
na vizinhança imediata da veia supra-hepática direita
pelo que se decidiu realizar uma quimio-embolização
com micro-esferas de Doxirubicina. Esta terapêutica foi
coroada de sucesso com redução do diâmetro da lesão
(5, 8 cm) e “ afastamento” dos eixos vasculares. Foi-lhe
proposta uma meso-hepatectomia que o doente veio a
aceitar. No vídeo mostrar-se-ão as diferentes fases da
intervenção em que foi utilizada a abordagem supra-hilar dos pedículos glissonianos. A ressecção dos
segmentos IV/V/VIII foi feita após controlo de todos os
elementos vasculares e com clampagem, selectiva e
intermitente dos pedículos sectoriais. O doente não foi
transfundido e o pós-operatório decorreu sem incidentes. O exame histopatológico confirmou o diagnóstico
de HCC.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Francisco Castro e Sousa, Henrique Alexandrino, Mª
João Kock, Fernando Azevedo, Ana Luísa Almeida,
Sandra Amado
Francisco José Franquera Castro e Sousa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V003)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Segmentectomia do III
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Quase 50% dos doentes sub-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V002)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Meso hepatectomia por hepatocarcinoma sobre cir-
rose
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Num doente de 74 anos, do
CONTACTO:
EMAIL:
sexo masculino, sofrendo de HTA, diabetes mellitus e
metidos a ressecção do tumor cólico, vão desenvolver
doença hepática metácrona. A ressecção cirúrgica da
totalidade das metástases hepáticas juntamente com
a quimioterapia (QT), aumentam de forma significativa
a sobrevida destes doentes. Resultados: Os autores
apresentam um caso de uma mulher com 72 anos, com
antecedentes de duas neoplasias síncronas da transição rectosigmoideia, submetida a sigmoidectomia em
Junho 2012 (pT3G2N2). Foi proposta para quimioterapia adjuvante tendo realizado seis ciclos de QT com
capecitabina até Novembro de 2012. No fim de Outubro de 2013, e após exames de follow-up, foi detectada
metástase única hepática no segmento III. A doente
foi submetida a segmentectomia do III em Dezembro
2013, que decorreu sem intercorrências, assim como
o pós-operatório. O exame histológico da peça operatória confirmou a presença de metástase hepática de
adenocarcinoma moderadamente diferenciado compatível com proveniência de primário de origem cólica.
Actualmente a doente encontra-se assintomática e sem
evidência de novas lesões metastáticas. Discussão:
A cirurgia é o tratamento standard na doença hepática
metastástica colorectal e parece constituir a única hipótese de cura nestes doentes.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Joana Magalhães, Pedro Rodrigues, Marta Guimarães,
Domingos Rodrigues, Gil Gonçalves, Mário Nora
Joana da Silva Magalhães
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
107
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V004)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Síndrome de Bouveret: uma solução laparoscópica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Síndrome de Bouveret é uma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
forma rara de ileus biliar caracterizada pela migração
e impactação de cálculos no duodeno ou estômago
através de uma fístula colecistoentérica, causando
obstrução. Existem apenas cerca de 300 casos reportados mundialmente sendo o protótipo referente a
doentes do sexo feminino, com várias comorbilidades,
na 7ª-8ª décadas de vida. A taxa de mortalidade ronda
os 10-30%. O tratamento assenta na combinação de
uma terapêutica endoscópica e cirúrgica. A questão
remanesce no tipo de abordagem a realizar e se a
colecistectomia, com encerramento da fístula concomitante, deve ser realizada. Resultados: Os autores
apresentam o caso de uma mulher de 54 anos, que
recorre ao Serviço de Urgência por quadro de astenia, pirose, dispepsia e náuseas com cerca de 1 mês
de evolução e recentemente com vómitos alimentares
pós-prandiais imediatos. Após realização de EDA e TC
abdominal constatou-se a presença de dois cálculos
volumosos na 1ª porção do duodeno, causando obstrução quase total do lúmen, associada a fístula colecistoduodenal, confirmando o diagnóstico de Síndrome
de Bouveret. Foram realizadas tentativas de remoção
endoscópica, sem sucesso. Foi posteriormente submetida a gastrotomia laparoscópica com remoção dos
cálculos, protelando-se o tratamento cirúrgico definitivo
para segundo tempo. Discussão: Este caso reporta-nos a uma entidade rara que impõe ainda um grande
desafio ao nível do tratamento cirúrgico definitivo
mas em que a cirurgia laparoscópica se mostra promissora.
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Rita Castro (1), Luís Bernardo (1), Joana Mendes (1),
Ana Catarina Rego (2), Filipa Ávila (2), Emanuel Silva
(1), Tiago Rama (1), Ana Goulart (1), Ana Teresa Bernardo (1), Ricardo Borges (1), Catarina Moura (1), António Melo (1)
Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
retroperitoneoscópica) parece diminuir a morbilidade
do procedimento. Material e Métodos: Revisão retrospetiva de processo clínico. Resultados: Mulher de 80
anos internada por PA biliar grave (falência respiratória
persistente) com evolução para NPI ao 2º dia de internamento. Infeção local e sépsis controladas com drenagens por via percutânea e antibioterapia, com evolução
para WON. Submetida a necrosectomia pancreática
laparoscópica e colecistectomia ao 80º dia de PA. Boa
evolução pós operatória (PO), teve alta ao 9º dia PO
com resolução imagiológica da WON praticamente
completa. Discussão: A necrosectomia pancreática
transperitoneal é o último degrau no tratamento da NPI.
No caso apresentado a abordagem por laparoscopia foi
tecnicamente exigente mas exequível, permitiu o tratamento da etiologia, e associou-se a uma rápida recuperação pós operatória.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Isabel Caldas, Pedro Rodrigues, Mariana Santos, Leonor Matos, Domingos Rodrigues, Gil Gonçalves, Mário
Nora
Isabel Caldas
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V006)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Segmentectomias hepáticas em doente com metás-
tases de carcinoma colo-rectal e “blue-liver”
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Uma doente de 33 anos foi
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V005)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Necrosectomia pancreática laparoscópica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite aguda (PA) é uma
das patologias urgentes mais frequentes na Cirurgia,
sendo que 20% têm um curso grave. A gravidade da PA
prende-se com a disfunção de orgão, segundo os critérios de Marshall, e complicações locais, a mais severa
das quais a necrose pancreática infectada (NPI). O
“step-up approach” é consensualmente aceite como
a abordagem preferencial da NPI por estar associada
a diminuição significativa da morbilidade. Nos casos
em que é necessária a necrosectomia cirúrgica, idealmente após formação de “walled-off necrosis” (WON),
a abordagem minimamente invasiva (laparoscópica ou
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
108
internada em Maio de 2013 num Hospital Distrital por
diverticulite aguda. Uma colonoscopia, realizada meses
depois, diagnosticou uma neoplasia da sigmoide com
metástases hepáticas síncronas que motivou uma
sigmoidectomia (T4b, N1b, M1) em Agosto de 2013.
Após seis ciclos de Folfox foi enviada a uma consulta
para tratamento de três lesões metastáticas: uma de
grandes dimensões (6cm) no segmento IV, outra no
segmento II com 7mm e uma terceira no segmento
VIII com 12 mm. Foi decidido propô-la para exérese
cirúrgica o que a doente veio a aceitar, . No video
detalhar-se-ão os diferentes passos da intervenção
em que se comprovou existir um síndrome de obstrução sinusoidal, confirmado, aliás, pelo estudo histológico. Com clampagens pediculares intermitentes foi
realizada uma exérese atípica dos segmentos IV+II e
uma subsegmentectomia II. A ecografia per-operatória,
com contraste, não permitiu detectar qualquer lesão
no segmento VIII. O pós-operatório decorreu sem
acidentes e a doente foi submetida a quimioterapia
adjuvante. Dez meses após a intervenção não apresenta sinais clínicos, biológicos ou imagiológicos de
recidiva.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Francisco Castro e Sousa, José Guilherme Tralhão,
Henrique Alexandrino, Soraia Silva, Ana Luísa Macedo,
Paula Moura
Francisco José Franquera Castro Sousa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V007)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Síndrome de Mirizzi: qual o Limite da Laparoscopia?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Síndrome de Mirizzi (SM) é
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
uma complicação rara da colelitíase. É a compressão
extrínseca obstrutiva da via biliar principal (VBP) por
cálculos impactados na vesícula ou canal cístico. É
classificado em 5 tipos, sendo a sua abordagem cirúrgica um desafio. Material e Métodos: Mulher de 47
anos com colelitíase sintomática com 3 anos de evolução. No dia anterior à colecistectomia laparoscópica
(CL) programada, recorre ao serviço de urgência por
dor no hipocôndrio direito e vómitos. Analiticamente
padrão colestático. Ecografia abdominal: cálculo de
13mm na VBP. Proposta para CL com exploração da
VBP. Resultados: Laparoscopia exploradora: cálculo
no que parecia ser a bolsa de Hartmann; após várias
tentativas de identificação do cístico detecta-se fístula
colecistocoledocociana – SM tipo IV – e o cálculo no
colédoco distal. Colangiografia: confirmação da distorção anatómica. Converte-se para confirmação destes
achados. Realiza-se resseção em bloco da vesícula e
VB afectada, sutura do colédoco distal e hepaticojejunostomia em Y-Roux. Pós-operatório com fistula biliar
de baixo débito 3 dias. Follow-up sem intercorrências.
Discussão: A abordagem cirúrgica do SM é muito controversa pela dificuldade diagnóstica pré e intra-operatória e complexidade do tratamento cirúrgico definitivo,
sendo a taxa de conversão elevada. Neste caso a abordagem laparoscópica na disseção e identificação das
estruturas foi possível. A finalização por laparoscopia
ou via aberta em cada caso dependerá da certeza diagnóstica e da experiência cirúrgica.
Hospital Lusíadas
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Maria de Jesus Oliveira, Carmen Maillo, Genoveva
Piçarra, Carlos Martins Soares
Maria de Jesus Oliveira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
nua de baixa pressão. Drenagem de abcesso retroperitoneal por lombostomia direita (3cm), com intuito de
manter a separação de compartimentos. Resultados:
Realizadas várias lavagens do compartimento, a maioria em sistema bed-side surgery na ICU, com melhoria
progressiva. A doente apresentou necrose do duodeno
com fístula duodenocompartimental com encerramento espontâneo. Discussão: Com esta técnica é
possível realizar uma necrosectomia extensa (mesmo
de sequestros sólidos) com minimização da agressão
cirúrgica (menor taxa de mortalidade).Evita as complicações associadas a laparostomias de longa duração e
permite de forma segura e simples abordagens repetitivas, maioria das quais podem ser feitas na UCI (“bed
side surgery”).
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Patrícia Amaral, Octávio Viveiros, Maria Veiga de
Macedo, João Sacadura Fonseca, Francisco d?Oliveira
Martins
Patrícia Amaral
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V009)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Hepaticojejunostomia em Y de Roux por via lapa-
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V008)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Abordagem mini-invasiva de pancreatite aguda
necrotizante extensa
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite aguda é fre-
quente, geralmente auto-limitada e com evolução favorável. Em cerca de 20% é grave e está associada a
necrose com elevada morbimortalidade. Na presença
de necrose infectada a drenagem é o tratamento de
referência, com o objectivo de controlar o foco séptico.
Material e Métodos: Doente de 74 anos, colestase,
realizou CPRE complicada de pancreatite aguda grave,
com necessidade de cuidados intensivos. TC abdominopélvico (2ª semana): identificação de necrose infetada
com abcesso retroperitoeal extenso, foi proposta para
intervenção cirúrgica. Realizada incisão com cerca de
3cm no hipocôndrio esquerdo através da técnica MINI
(Mini Invasive Necrosectomy Infected) marsupialização
do compartimento pancreático e necrosectomia vídeo-assistida. Manteve dreno na loca com aspiração conti-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
roscópica no tratamento de síndrome de Mirizzi tipo
IV de Csendes
Objectivo/Introduçâo: Em 1948 o famoso cirurgião
argentino Pablo Mirizzi descreveu um síndrome de
colestase associado a encravamento de um cálculo
no infundíbulo vesicular. Esta complicação da litíase
vesicular pode, em raras circunstâncias complicar-se
de uma fístula colecistobiliar. Material e Métodos: Um
doente com 64 anos, bom estado geral e história de
patologia biliar de longa data é referenciado à consulta,
após um surto de colangite Tóquio I tratada no domicílio. O estudo efectuado com análises, ecografia, TAC e
colangioRMN mostrou um síndrome de Mirizzi tipo IV
na classificação de Csendes. Não havia suspeita de
neoplasia no estudo pre-operatório. A cirurgia programada foi colecistectomia, colangiografia intra-operatória e anastomose biliodigestiva em Y de Roux, por via
laparoscópica. Resultados: A cirurgia foi executada
como planeado, pese embora a exuberante inflamação
dos tecidos e o achado intra-operatório de fístula colecistoduodenal. Volvidos 2 meses o doente está assintomático. A histologia da peça cirúrgica mostrou-se livre
de estruturas neoplásicas. Discussão: Numa época
de tanta subespecialização, convém lembrar que há
também muitas situações de patologia benigna que exigem competências avançadas para a sua abordagem
e tratamento. A litíase biliar é uma doença muitíssimo
frequente que se acompanha de complicações muito
diversas e que por vezes precisam de grupos especialmente dedicados para obter resultados satisfatórios.
Hospital da Arrábida
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Jaime Vilaça, Luís Lencastre, Rui Mendes da Costa,
Ana Fonte Boa
Jaime Vilaça
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
109
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V010)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: O Mundo ao Contrário
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Objetivos/Introdução Situs
inversus totalis (SIT) é uma entidade muito rara. A
sua incidência estará na ordem dos 1:20.000. Existem
pouco casos reportados de colecistectomia laparoscópica em doentes com SIT. Material e Métodos: Apresentamos um vídeo de uma Colecistectomia Laparóscopica (CL) realizada numa doente de 25 anos com
SIT, sem outros antecedentes de relevo. Deu entrada
no Serviço de Urgência com um quadro de dor abdominal no quadrante superior esquerdo, compatível com
Colecistite Aguda (CA) – que se veio a confirmar intraoperatoriamente. Foi então realizada CL com alteração
da técnica americana com 4 trocares para uma técnica
em espelho, com toda a necessária reorientação das
competências oculomotoras para a alteração anatómica da doente. Discussão: O diagnóstico de CA num
doente com SIT obriga a um alto índice de suspeição,
dado as óbvias alterações clínicas no quadro destes
doentes. Esta situação origina frequentes atrasos de
diagnóstico. No Bloco Operatório (BO) é necessário
realizar um procedimento cirúrgico mais pensado e
menos intuitivo. É essencial uma concertada reorganização do equipamento no BO e uma maior atenção
às alterações anatómicas destes doentes. Conclusão
A Colecistectomia Laparóscopica num doente com
SIT é perfeitamente exequível. O facto de ter sido
realizada por um cirurgião canhoto poderá ter facilitado a realização do procedimento em espelho, como
relatado na literatura. A doente teve alta ao segundo
dia do pós-operatório. Teve uma excelente evolução
clínica.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Jorge Valverde, Rita Peixoto, Joana Correia, Daniela.
Macedo Alves, Maria.João Lima, Rosa Saraiva, Emanuel Guerreiro, A.Taveira Gomes
Jorge Valverde
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
tica do triângulo de Calot, laqueação eletiva dos seus
elementos, dissecção da vesícula, verificação final da
hemostase. Todos os instrumentos empregues são reutilizáveis e as laqueações necessárias usaram energia
bipolar e monopolar, e pontos intracorporais. As pinças
que não são substituídas durante a cirurgia não usam
trocars. Resultados: O pós operatório não registou
eventos negativos. O resultado estético é excelente.
Discussão: Este vídeo vem na sequência de um trabalho desenvolvido pelo autor nos últimos anos que valida
estratégias económicas para a realização de procedimentos minimamente invasivos vulgares.
Hospital da Arrábida
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Jaime Vilaça, Luís Lencastre, Ana Fonte Boa
Jaime Vilaça
[email protected]
06-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P20)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Metástase mamária de adenocarcinoma do recto,
um raro caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresentação de caso clínico
de doente com carcinoma do recto com um padrão
de metastização raramente observado. Discussão:
A metastização para a mama do adenocarcinoma do
recto é muito rara. Estão descritos apenas 15 casos na
literatura e está habitualmente associada à presença
de metastização multiorgânica. Trata-se de uma doente
de 55 anos com carcinoma do recto, submetida em
2009 a quimio-radioterapia neoadjuvante seguida de
ressecção anterior do recto seguida de quimioterapia
adjuvante (ypT3N0M0). Em 2011 foi diagnosticada
metastização pulmonar sob a forma de lesão única
na língula do pulmão esquerdo, tendo sido submetida
a metastasectomia. Em 2012 detectou um nódulo da
mama esquerda, motivo pelo qual realizou ecografia e
mamografia, que revelou um nódulo sólido no QIE da
mama esquerda com cerca de 2, 8 cm de características suspeitas. A biópsia revelou uma metástase do
adenocarcinoma do recto. Foi submetida a tumorectomia alargada seguida de quimioterapia e radioterapia.
Em 2014 foi diagnosticada uma recidiva de metástase
do carcinoma do recto na mama esquerda, tendo sido
realizada mastectomia total esquerda. Após 5.5 anos
de follow-up a doente encontra-se sem evidencia de
doença. Mantem bom estado geral (ECOG 0) mantendo a sua atividade profissional. Apesar do mau prognóstico do carcinoma do recto em estádio IV, este caso
demonstra que a abordagem multimodal da oligometastização á distancia em doentes selecionados pode
proporcionar sobrevivências prolongadas.
HOSPITAL: Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Ana Mesquita(1), Francisco Senra (1), Ana Ferreira(1),
José Carlos Pereira(1), Pedro C Martins(1), Alexan-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V011)
SESSÃO V-HBP
TÍTULO: Minilaparoscopia por custo mínimo – Colecistectomia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A cirurgia por custo mínimo é
uma estratégia que alia a racionalização de gastos com
a manutenção dos mais altos padrões que qualidade
cirúrgica. Da mesma forma que a filosofia de poupança
com qualidade pode ser importada da cirurgia convencional para a laparoscopia, também este conceito pode
ser incorporado em novas propostas menos invasivas e
mais apelativas. O objectivo deste vídeo é demonstrar
a exequibilidade da colecistectomia minilaparoscópica
por custo mínimo. Material e Métodos: Utilizando instrumentos de minilaparoscopia, realizou-se um colecistectomia electiva numa doente jovem que padecia de
litíase vesicular sintomática. Os passos de qualidade
estão todos bem patentes na intervenção: libertação
de aderências e exposição do hilo vesicular, visão crí-
Revista Portuguesa de Cirurgia
110
dre Sousa(1), Cátia Ribeiro(1), Laurinda Giesteira(1),
Mariana Afonso(2), Abreu de Sousa(1)
CONTACTO: Ana Mesquita
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P21)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Estenose de anastomose colo-rectal – a propósito
de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A estenose da anastomose
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
após cirurgia colo-rectal é frequente com incidência
descrita de até 30%. 5% dos casos são sintomáticos e,
habitualmente, manifestam-se tardiamente. A dilatação
endoscópica permite, em regra, a resolução dos sintomas. Resultados: Relata-se o caso clínico de uma
jovem de raça negra, 25 anos, com 3 episódios, num
ano, de oclusão mecânica por volvo do cólon sigmóide.
Em contexto de urgência conseguiu-se descompressão endoscópica. Posteriormente foi submetida a sigmoidectomia laparoscópica com anastomose termino-terminal (TT) mecânica. Foi reinternada ao 20º dia
por oclusão mecânica. Fez tomografia computorizada
(TC) abdominal e rectossigmoidoscopia (RSC) identificando-se obstrução total, inultrapassável da anastomose colo-rectal. Foi submetida a ressecção urgente e
reanastomose TT washout. TC abdominal ao 9º dia de
pós-operatório com re-estenose da anastomose com
calibre de 15mm. Ao 17º dia realiza RSC que identifica
agravamento (12 mm). Após discussão multidisciplinar,
decidiu-se colocação de prótese endoluminal biodegradável (ELLA BD) transanastomótica que é colocada
ao 24º dia de pós-operatório. Nesta altura identifica-se
estenose com calibre de 9-10 mm. Doente tem estado
assintomática desde então. Discussão: A estenose
anastomótica em cirurgia colo-rectal mantém-se um
desafio para o cirurgião. Não há um tratamento de
excelência, definitivo e eficaz. As próteses biodegradáveis começam a ser utilizadas neste contexto, com poucos casos descritos, mas com resultados promissores.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Colo-Proctologia
Marta Fragoso, António Gomes, Marta Sousa, Ricardo
Rocha, Rui Marinho, Ana Oliveira, Rita Carvalho, Catarina Rodrigues, Énio Afonso, Vitor Nunes
Marta Ramos Fragoso
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mente TC que revelaram colecção líquida no psoas-ilíaco direito, sugestiva de abcesso. Foi feita drenagem e instituída antibioterapia, tendo o doente tido alta
cerca de 1 semana depois. Colonoscopia sem alterações. Novo internamento cerca de 5 meses depois,
continuando a observar-se a colecção referida, com
dimensões superiores; efectuado tratamento médico.
3 meses depois, ocorre novo episódio de febre e dor
na FID que motivou vinda ao SU; efectuada TC que
revelou colecção líquida com gás, com maiores dimensões. Fez-se biópsia aspirativa da lesão, que mostrou
tecido fibroinflamatório. Novo episódio 4 meses depois
condicionou nova biópsia que revelou neoplasia com
produção de mucina. Posteriormente submetido a
laparotomia, tendo-se encontrado volumosa massa
aderente ao apêndice ileo-cecal e psoas ilíaco, cujo
interior estava preenchido por conteúdo gelatinoso.
Efectuada hemicolectomia direita (R2); EAP revelou
adenocarcinoma do apêndice T4aN1M1a. Actualmente
sob QT adjuvante. Discussão: Este caso dá conta
duma forma de apresentação muito rara de adenocarcinoma do apêndice, em que só o EAP tornou possível o
diagnóstico.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Fernando J. Azevedo, Marisa Tomé, António Milheiro,
Alexandre Monteiro, F. Castro e Sousa
Fernando J. Azevedo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P23)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Adenocarcinoma Mucinoso Perineal: a propósito de
um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os adenocarcinomas mucino-
sos perianais ou do canal anal são entidades clínicas
muito raras constituindo 3 a 11% de todos os carcinomas anais. Até à data, a literatura existente resume-se
a uma série de case reports e casuísticas, e associam
estes a adenocarcinomas rectais com extensão perineal, origem primária em glândulas anais ou em fístulas
perianais crónicas Resultados: Doente de 72 anos de
idade, com antecedentes pessoais de hipertensão arterial e histerectomia há mais de 20 anos com história de
emissão de pús, por fezes dor na defecação e tenesmo
há vários anos e drenagem prévia de um abcesso há
2 anos; que recorreu ao SU com uma massa perineal
pétrea, bilateral e circunferencial à volta do canal anal,
com pontos de drenagem de material mucóide. Ao
toque rectal apresenta estenose circunferencial. Biópsia incisional revela adenocarcinoma mucinoso.RM pélvica demonstra volumosa massa perineal, com extensa
infiltração glútea bilateralmente, estendendo-se proximalmente e circunferencialmente ao recto, sem o
invadir, até ao nível pélvico. Ao nível do canal anal há
descontinuidade dos esfíncteres em continuidade com
a massa. Endoscopia digestiva baixa demonstra deformação extrínseca do canal com mucosa normal. Discussão: Os autores acreditam que este caso clínico é
muito sugestivo de um adenocarcinoma mucinoso com
origem numa fístula perianal crónica. Estes tumores
são raros e desafiantes devido a um difícil diagnóstico,
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P22)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Adenocarcinoma mucinoso do apêndice – uma
apresentação invulgar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenocarcinoma do apên-
dice é um tipo de tumor extremamente raro. A sua
apresentação clínica pode traduzir-se por massa palpável na FID ou por episódios de apendicite aguda de
repetição. No caso descrito, a apresentação clínica foi
muito pouco habitual. Material e Métodos: Homem de
78 anos, trazido ao SU por febre e dor na FID com 1
semana de evolução. Efectuou ecografia e posterior-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
111
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
estado avançado da doença quando este é feito e um
mau prognóstico.
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Colo-Proctologia
Veiga, D.(1); Baptista V.(1) ; Melo J.(1) ; Cunha, M.(1)
; Hristova, K.(1) ; Cardoso, N.(1) ; Quaresma, P.(1) ;
Carranca, C.(1); Americano, M.(1); Bahia, Carla(2)
Diogo Nuno Martins Félix Rodrigues Veiga
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P24)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Fístula iliocecal: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Perante um caso de hemor-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ragia digestiva baixa (HDB) maciça o diagnóstico
diferencial costuma centrar-se em poucas patologias
com frequente necessidade de intervenção cirúrgica
atempada em caso de falência de medidas médicas.
Apresentamos um caso raro e fulminante de HDB por
fístula entre o cego e artéria ilíaca externa. Material e
Métodos: Homem de 78 anos anticoagulado trazido ao
Serviço de Urgências em choque no contexto de HDB.
Clinicamente com abdómen doloroso nos quadrantes
inferiores sem sinais peritoneais. Analiticamente apresentava anemia, leucocitose e INR de 5. TC a revelar
hematoma com bolhas aéreas envolvendo artéria ilíaca
externa e sinais de hipoperfusão do cego. Admitido na
UCI com diagnóstico de choque misto por abcesso de
psoas para estabilização. Por agravamento progressivo
decide-se abordagem cirúrgica. Resultados: Durante
laparotomia encontra-se volumoso hemoperitoneu com
ponto de partida na fístula entre cego e artéria ilíaca
externa direita por stent vascular prévio. Por isquemia
generalizada do cólon opta-se por colectomia total e
laqueação da artéria ilíaca externa e bypass femoro-femoral ficando o doente em laparostomia. Pós operatório complicado por sépsis abdominal por micro-organismos multirrresistentes, isquemia critica dos
membros inferiores e HDB com ponto de partida no
íleon distal culminando em morte. Discussão: Dado
o envelhecimento progressivo de população e proliferação das técnicas endo-vasculares o Cirurgião deve
estar sensibilizado para casos mais raros de HDB.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Colo-Proctologia
Mikhail Costa, Nadia Duarte, Gabriela Machado,
Susana Onofre, Carlus Luz, João Corte Real
Mikhail Costa
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ambiente. O objectivo deste trabalho é descrever uma
técnica nova para o tratamento de estenose colorrectal com máquina sutura circular e tratamento simultâneo de fistulectomia pelvirrectal. Material e Métodos:
Doente de 51 anos, ASA 2, que é sujeita a operação de
Hartmann após perfuração do recto alto por iatrogenia
endoscópica. A reconstrução de trânsito decorre sem
complicações. Cinquenta dias depois dá entrada pelo
SU com abcesso da fossa isquiorrectal. Após a drenagem cirúrgica desenvolve fístula pelvirrectal e estenose
da anastomose colorrectal. Decide-se realizar abordagem por laparotomia com fistulectomia supra elevador
do ânus e curetagem do trajeto pélvico. A estenose foi
tratada com agrafagem circular controlada por colotomia anterior, com ressecção da área fibrótica. Resultados: A execução técnica foi simples e parece facilmente
reprodutível. O pós operatório decorreu de forma favorável. A doente encontra-se assintomática, 18 meses
após a intervenção. Discussão: O tratamento cirúrgico
apresentado revelou-se sedutor pela facilidade de execução e pelo excelente resultado a curto prazo. Serão
necessários estudos experimentais e aleatórios para
validar definitivamente a técnica para a resolução deste
problema.
Hospital da Arrábida
Colo-Proctologia
Jaime Vilaça, Ana Fonte Boa, Luís Lencastre, Pedro
Leão
Jaime Vilaça
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P26)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: O Papel da Reeducação do Pavimento Pélvico
na Incontinência Fecal pós-Cirurgia Ano-Rectal
Benigna: Série de Casos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução. A terapia de Reeducação do Pavimento Pélvico (Biofeedback) é uma
abordagem não invasiva à incontinência fecal pós-cirúrgica. Consiste na educação do doente para o
controlo do pavimento pélvico, através da consciencialização do controlo do esfíncter anal externo. Objetivo:
avaliar o papel do Biofeedback na incontinência fecal
pós-Cirurgia Ano-Rectal Benigna. Material e Métodos:
Série de casos da população que frequentou a Consulta de Biofeedback após Cirurgia Ano-Rectal Benigna
do Hospital Garcia de Orta no período de 26 meses.
Foram avaliados dados demográficos, motivo de consulta, adesão à consulta, tempo de seguimento, adesão
à terapêutica e grau de incontinência antes e depois da
intervenção. Resultados: Foram seguidos 11 doentes
com uma idade média de 62, 8 anos. O principal motivo
de referenciação foi incontinência para fezes (54, 5%),
seguido de incontinência para gases (45, 5%) e urgência defecatória (45, 5%). 2 doentes desistiram da consulta (18, 2%). O tempo médio de seguimento foi de 4,
1 meses. Dos doentes que não abandonaram a consulta, todos cumpriram o programa proposto. A média
do score de Cleveland na primeira consulta foi de 9, 3,
sendo que após conclusão da intervenção foi de 2, 1.
A média do score de Vaizey na primeira consulta foi de
9, 0, sendo que após conclusão da intervenção foi de
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P25)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Tratamento de fístula pelvirrectal com estenose de
anastomose colorrectal – Técnica inovadora com
máquina circular
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Quando acontecem no contexto de infecção, as estenoses colorrectais são particularmente complexas de tratar pela dissecção em
terreno inflamatório e reconstrução nesse mesmo
Revista Portuguesa de Cirurgia
112
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
3, 3. Discussão: Os resultados obtidos permitem afirmar que pode haver um papel para o Biofeedback na
terapêutica da incontinência pós-Cirurgia Ano-Rectal
Benigna.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Colo-Proctologia
Fróis Borges, M.; Rocha, C.; Corte Real, J.
Miguel Fróis Borges
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P27)
SESSÃO P-CR 2
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
TÍTULO: Hérnia interna- A propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias internas são protu-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
sões de víscera, através de um orifício peritoneal ou
mesentérico, nos limites da cavidade peritoneal. A incidência global é inferior a 1%, correspondendo a entre
0, 5% a 5, 8% dos casos de obstrução do intestino delgado. A gravidade dos sintomas está relacionada com a
presença, ou ausência, de encarceramento e estrangulamento. As hérnias internas podem ser paraduodenais,
pericecais, do hiato de winslow, transmesentéricas/
transmesoclócica, do mesosigmóide, pélvicas e transepiplóicas. No que toca às transmesentéricas, estas
podem ser congénitas ou adquiridas. No caso desta
última, a sua incidência tem aumentado devido a procedimentos cirúrgicos anteriores, nomeadamente com
a reconstrução em Y-Roux. No entanto, as congénitas
ocorrem em 35% dos casos, sendo mais frequentes
nas crianças. No nosso caso, os autores apresentam
uma mulher de 27 anos, sem antecedentes médico-cirúrgicos relevantes, que recorreu ao SU com quadro oclusivo, tendo-se constatado no intra-operatório a
existência de uma hérnia transmesentérica.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Colo-Proctologia
Catarina Góis Macedo, Daniel Travancinha, Luís
Galindo, João Corte Real
Catarina Góis Macedo
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
gem de tomografia computorizada sugestiva de invaginação intestinal na transição ileocecal. Abordagem
endoscópica sem sucesso. Na intervenção cirúrgica
constatou-se ocupação total da região da válvula ileocecal por lesão multipolipóide, procedeu-se a hemicolectomia direita, análise histopatológica confirma SPJ,
sem lesão maligna. A doente apresenta ainda anemia,
artropatia cristalina, osteomalacia secundária, hiperparatiroidismo, esteatose hepática e diabetes mellitus.
Discussão: Na SPJ, as ressecções intestinais no tratamento das complicações obstrutivas devem limitar-se,
tanto quando possível tendo em conta a probabilidade
aumentada de neoplasia maligna, ao segmento atingido para diminuir a possibilidade de ocorrência de SIC
e suas complicações absortivas de difícil gestão.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Colo-Proctologia
Rodrigues Brito, T.; Rodrigues, A.; Gonçalves M.; Calais
Pereira, L.; Gomes, D.; Ferreira, S.; Midões, A.
TELMA ANITA RODRIGUES BRITO
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P29)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Invaginação ileocecal no adulto em relação com
apendicite aguda: a propósito de um Caso Clinico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação ileocecal no
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P28)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Síndrome de Peutz-Jeghers – Complicações obs-
trutivas, neoplásicas e absortivas
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A síndrome de Peutz-Jeghers
(SPJ) caracteriza-se por polipose intestinal associada
a pigmentação mucocutânea melanótica, tem incidência estimada de 1/50 000-200 000 nados-vivos. CASO
CLÍNICO Doente do sexo feminino, 59 anos. Diagnóstico de SPJ aos 21 anos. Polipose gastrointestinal, com
diversas polipectomias endoscópicas e 4 intervenções
cirúrgicas por quadros oclusivos, com uma ressecção
intestinal nesse contexto de extensão desconhecida.
Duodenopancreatectomia cefálica em 2003 por adenocarcinoma duodenal. Múltiplos internamentos por
desnutrição severa por síndrome do Intestino Curto
(SIC). Em maio/2014 apresentou agravamento de queixas compatíveis com quadro suboclusivo, com ima-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
adulto é rara. Está relacionada com processos neoplásicos como o adenoma, o mucocelo e o adenocarcinoma
apendiculares, além dos casos idiopáticos. A ressecção oncológica é, habitualmente, indicada para diagnóstico e tratamento adequados. A apendicite aguda,
como etiologia, é muito rara. Resultados: Relata-se o
caso de um jovem do sexo masculino, 26 anos, sem
antecedentes. Recorreu ao serviço de urgência por
dor abdominal na fossa ilíaca e flanco direitos com 12
horas de evolução. Apresentava dor à palpação na
fossa ilíaca direita, sem reacção peritoneal. Analiticamente com leucocitose, neutrofilia e elevação da PCR.
Fez ecografia e Tomografia computorizada abdomino-pélvica que mostraram imagem sugestiva de invaginação ileocecal e imagem nodular hiperdensa com 13
mm aparentemente no cólon ascendente com marcada
densificação dos planos adiposos adjacentes. Laparoscopia exploradora revelou uma massa de consistência
sólida na base apendicular. Realizou-se uma hemicolectomia direita por laparotomia. Boa evolução no
pós-operatório. O estudo anatomopatológico revelou
processo inflamatório activo do apêndice, transmural,
com solução de continuidade, congestão e edema da
parede. Discussão: A invaginação ileocecal na idade
adulta é rara. A redução endoscópica está descrita na
literatura, contudo, a frequente relação com processos
neoplásicos nesta idade favorece a ressecção como
o tratamento de eleição. Existem escassos relatos de
invaginação ileocecal associada a apendicite aguda.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Colo-Proctologia
Marta Fragoso, Rita Tomás,António Gomes, Marta Sousa,
Ricardo Rocha, Rui Marinho, Énio Afonso, Vitor Nunes
Marta Ramos Fragoso
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
113
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Miguel Cunha, Kalina Hristova, Nicole Cardoso, Victor
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P30)
Hugo, Diogo Veiga, João Melo, Juan Rachadell, Edgar
Amorim, M. Americano
CONTACTO: Miguel Fernandes da Conceição Cunha
EMAIL: [email protected]
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Megacólon hipogangliónico no adulto
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Hipoganglionose é uma enti-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
dade rara, pertencente ao grupo das disganglioses
intestinais. É caracterizada pela diminuição da quantidade de células ganglionares nos plexos mioentérico e
submucoso, e pode ocorrer na forma isolada ou associada à Doença de Hirschsprung. O diagnóstico na
idade adulta é menos frequente do que durante a infância, cursando com história de obstipação crónica, uso
regular de laxante, episódios de distensão abdominal,
cólica abdominal e pseudo-oclusão intestinal. Material
e Métodos: Homem de 36 anos, natural do Senegal,
que desde a infância tinha episódios de distensão
abdominal e obstipação. Na idade adulta manteve queixas de distensão abdominal e dor tipo cólica mas com
trânsito intestinal regular. Num destes episódios recorreu ao Serviço de urgência e foi submetido a ressecção cólica. O doente manteve as queixas, motivo pelo
qual 2 anos depois volta ao Serviço de Urgência. Em
internamento realizou clister opaco e colonoscopia que
revelaram colon distendido com ausência de contractilidade, sugestivo de agangliose cólica. Resultados:
O doente foi proposto para colectomia total. O exame
anatomopatológico da peça operatória foi compatível
com hipoganglionose cólica. Discussão: O diagnóstico de hipoganglionose é difícil de obter no período
pré-operatório. O tratamento cirúrgico pode revelar-se
essencial para melhorar a qualidade de vida do doente.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Colo-Proctologia
Rosa Matias, Susana Nunes, Mª José Pinheiro
Rosa de Jesus Casado Matias
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P32)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Tumor de Buschke-Lowenstein
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: O papilomavírus
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P31)
SESSÃO P-CR 2
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
TÍTULO: Duplicação entérica: duplicação quística de cólon
num adulto.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Duplicação quística intestinal
é uma patologia congénita rara, normalmente diagnosticada e tratada em idade pediátrica. Os autores apresentam um caso clínico de um doente com 46 anos
com dor abdominal tipo intermitente com 6 meses de
evolução. Ao exame objectivo o doente apresentava
dor abdominal generalizada sem reacção peritoneal.
Imagiologicamente identificou-se provável quisto de
duplicação entérica (8 x 5 x 5 cm) com provável comunicação a ansas do jejuno (?), com extensão ao mesenterio. Foi submetido a laparotomia exploradora onde se
identificou quisto bilobulado de 10 x 6 cm aderente a
face inferior do mesocólon transverso, sem aparente
comunicação com ansas intestinais, realizada a sua
exerése. A anatomia patológica confirmou o diagnostico
de quisto enterogénico. Tendo em conta a raridade da
patologia apresentada um elevado grau de suspeição
é necessário para realizar o diagnóstico de duplicação
entérica especialmente na idade adulta.
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE
CONTACTO:
EMAIL:
humano (HPV) é um vírus do qual são conhecidos
mais de 70 tipos, 20 dos quais podem infectar o tracto
genital. Os condilomas acuminados são a doença de
transmissão sexual mais frequentemente observada
em proctologia. Quando estas lesões envolvem o canal
anal o seu tratamento torna-se mais complexo. Material
e Métodos: Caso clínico: Doente do sexo masculino
de 49 anos, HIV, com Tumor de Buschke-Lowenstein,
que recorreu à Urgência com quadro de pré-cordialgia
intensa. Por síndrome coronário agudo fez coronariografia sendo admitido em Unidade de Tratamentos
Intensivos Coronários. Após administração de dupla
antiagregação e anticoagulação terapêutica inicia quadro de choque hipovolémico por hemorragia de extensa
lesão condilomatosa perianal com necessidade de múltiplas transfusões e introdução de aminas. Por manutenção de quadro de choque e impossibilidade de tratamento médico fez ressecção extensa de lesão perianal.
O doente fez um pós-operatório sem intercorrências
e encontra-se em acompanhamento ambulatório com
boa cicatrização de ferida operatória e melhoria clínica evidente. Resultados: Resultados: Apresenta-se
o caso clínico devidamente documentado. Discute-se
o caso clínico e as opções terapêuticas. Discussão:
Conclusão: O tratamento de condilomas perianais é
desafiante. Em casos de lesões grandes, complicadas
de hemorragia, a terapia cirúrgica com intuito paliativo
é uma opção a ter em conta.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Colo-Proctologia
França, N.; Nogueira, F.; Marques, P.; Malaquias, J.;
D´Almeida, J.; Almeida, J.
Nuno França
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P33)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Invaginação Intestinal no Adulto? A Propósito de
um Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação é uma causa fre-
quente de oclusão intestinal na infância mas representa
apenas 2% dos casos de oclusão no adulto, ocorrendo
maioritariamente entre a 60 e 70 anos. No adulto, esta
situação esta frequentemente associada a lesões inflamatórias ou neoplasia. Este póster visa apresentar um
caso clínico acerca da invaginação intestinal no adulto,
fazendo uma breve revisão acerca do tema. Material e
Métodos: Processos informáticos de urgência, consulta
Revista Portuguesa de Cirurgia
114
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
e internamento, registo em livro de bloco operatório e
documentação fotográfica. Resultados: Caso clínico
relativo a homem de 78 anos, com antecedentes irrelevantes, que recorre ao serviço de urgência com dor
abdominal localizada aos quadrantes direitos do abdómen, com cerca de 3 dias de evolução; sem outros sintomas acompanhantes. Referia também alguma astenia, anorexia e perda ponderal não quantificada desde
há 3 meses, sintomas estes que não valorizou. À observação destacava-se a palpação de empastamento no
flanco/fossa ilíaca direita, sem sinais de irritação peritoneal. Realizou TC que revelou “na junção ileocecal
espessamento heterogéneo da parede do intestino com
invaginação, condicionando obstrução. Estes aspectos
são fortemente suspeitos de neoplasia”. Laparotomia
de urgência, constatou-se tumoração ao nível do cego
com aparente invaginação do apêndice ileocecal a condicionar obstrução. Efectuou-se hemicolectomia direita
e enviou-se a peça para exame anatomo-patológico
(ainda a aguardar resultado histológico). Discussão:
Revisão teórica acerca do tema.
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Colo-Proctologia
Guerreiro, Ana; Febra, Pedro; Castro, João; Voabil,
Carlos; D?Almeida, Vitor; Duro, Emília; Gabriel, Luís
Ana Isabel Vicente Guerreiro
[email protected]
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Ana Cristina Carvalho, Diana Brito, Marta Martins, Car-
los Santos Costa, Manuel Ferreira, Jorge Magalhães,
Pinto Correia.
CONTACTO: Ana Cristina da Silva Carvalho
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO- (P35)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Tumor quístico pré-sagrado associado a perturba-
ção da marcha
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores quísticos retro-rec-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P34)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Quando o Cego roda...
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cego é o segundo local mais
frequente para ocorrência de vólvulos, sendo estes responsáveis por 1 a 1, 5% de todas as oclusões intestinais do adulto. Material e Métodos: Apresenta-se o
caso clínico de senhora com 83 anos e antecedentes
de colectomia do transverso por adenocarcinoma há
10 anos, submetida hemicolectomia direita por vólvulo
do cego. Resultados: Doente admitida no Serviço de
Urgência por dor abdominal na fossa ilíaca direita associada a paragem de emissão de gases e fezes com 2
dias de evolução.O RX abdominal apresentava níveis
hidroaéreos.Internada para tratamento conservador do
quadro.Realizou colonoscopia em D2 de internamento
com progressão até ao cego e identificação de estenose
franqueável a montante da anastomose.Às 48horas,
por manutenção do quadro foi proposta para laparotomia exploradora.No intra-operatório identificação de
vólvulo do cego.Opção por hemicolectomia direita alargada abrangendo a anastomose prévia. Discussão:
Sabe-se que nesta faixa etária o vólvulo do cego está
frequente associado com obstipação crónica, obstrução cólica, antecedentes cirúrgicos ou colonoscopia.O
quadro pode evoluir favoravelmente com tratamento
conservador.O tratamento endoscópico será eficaz em
30% dos doentes, mas atendendo aos riscos do procedimento, a cirurgia deverá ser a opção.Os achados
no intra-operatório assim como o estado fisiológico
do doente orientam a estratégia cirúrgica.A resseção
cirúrgica impede a recorrência do quadro e a doente
mantém-se assintomática aos 6 meses de follow-up.
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tais são lesões congénitas com origem em remanescentes embrionários do intestino posterior. São tumores raros, mais frequentes em mulheres e geralmente
assintomáticos. O diagnóstico e abordagem cirúrgica
são complexos. Material e Métodos: Doente com 36
anos, com antecedentes de cesariana por laparotomia
mediana. Recorreu ao SU com queixas de dor hipogástrica e alterações da marcha com 2 meses de evolução.
A ecografia abdominal revelou “formação quística não
homogénea na região anexial esquerda”. Realizou TC
em consulta que demonstrou “lesão com 10, 5x8, 5x8,
3, localizada entre o sacro e o reto, apresentando bordos bem definidos, regulares, sem realce parietal ou
calcificações, com conteúdo homogéneo e densidade
liquida, admitindo-se como hip ótese de diagnostico
hamartoma quístico retro-rectal, quisto de duplicação rectal ou linfangioma quístico”. Fez RM pélvica
que confirmou uma “lesão quística multiloculada, sem
invasão das raízes sagradas”. Submetida a excisão da
lesão por laparotomia mediana, devido às suas dimensões. Resultados: Pós-operatório sem intercorrências
e alta ao 4º dia. O exame anatomopatológico demonstrou hamartoma quístico retro-rectal. Assintomática ao
2º mês pós-operatório. Discussão: As lesões retro-rectais são potencialmente malignas. O diagnóstico
de certeza exige confirmação histológica e a excisão
cirúrgica é o tratamento “gold standard”, sendo a via de
abordagem (abdominal clássica, laparoscópica ou posterior) fundamentalmente dependente das dimensões
da lesão.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Colo-Proctologia
Luís Ferreira, Miguel Fernandes, Henrique Alexandrino,
Mónica Martins, Júlio Leite, Francisco Castro e Sousa
Luís Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P36)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Apendicite aguda: forma de apresentação de um
tumor neuroendócrino do apêndice
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A propósito de um caso clínico
de apendicite aguda, os autores pretendem fazer uma
breve revisão teórica sobre os tumores neuroendócrinos do apêndice. Material e Métodos: Processo clínico, registo do bloco operatório, documentação fotográfica, revisão da literatura através de pesquisa na
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
115
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
pubmed e medscape. Resultados: Criança do sexo
masculino, de 8 anos de idade, admitida de urgência
por quadro de dor abdominal na FID, com cerca de
36h de evolução, clinicamente sugestiva de apendicite
aguda. Foi proposta e submetida a apendicectomia. O
apêndice ileocecal, macroscopicamente, era compatível com apendicite aguda. O pós operatório decorreu
sem complicações e a criança teve alta ao 3ºdia de
internamento. O resultado anatomopatológico com perfil
imuno-histoquímico, revelou tumor neuroendócrino do
apêndice ileocecal. Foi feito seguimento em consulta de
cirurgia, com estadiamento imagiológico por TAC (T1a
N0 M0). O caso foi enviado para discussão, em consulta
multidisciplinar de tumores neuroendócrinos que, após
revisão de lâminas, decidiu pela não necessidade de
terapêutica adicional. Discussão: Os tumores primários
do apêndice são tumores raros dos quais os tumores
neuroendócrinos são considerados os mais comuns. O
diagnóstico de certeza é anatomopatologico/imunohistoquímico e ocorre, na maioria dos casos, no contexto
de apendicectomia por apendicite aguda. A apendicectomia é considerada curativa e apropriada nos casos de
lesões menores que 1 cm. O tamanho do tumor é considerado o principal factor de prognóstico.
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Colo-Proctologia
Pedro Febra(1), Ana Guerreiro (1), Regina Candeias(1),
Carlos Quintana (2), Carlos Voabil (1).
Pedro Febra
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
primária com posterior cirurgia semi-electiva, ficando a
laparotomia urgente reservada aos casos de falência
endoscópica ou nos que há suspeita inicial de complicações.
Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
Colo-Proctologia
J. Patrício(1), J. Travassos(1), A. Laranjeira(1), M.
Bento(1), J. Caravana(1)
Joana Fazenda dos Santos Duarte Patrício
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P38)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Invaginação Cólica: Mimetização de Neoplasia
Intestinal Pediculada
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação intestinal é uma
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P37)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Volvos Síncronos do Cólon Descendente: a propó-
sito de um Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O volvo ocorre pela torção de
um segmento intestinal sobre o seu eixo mesentérico,
sendo a obstipação crónica o principal factor de risco.
Apesar do Rx poder sugerir o diagnóstico deve ser
feita TC abdominal para excluir sinais de sofrimento
intestinal. A ocorrência simultânea de 2 volvos é extremamente rara. Material e Métodos: Doente do sexo
feminino de 83 anos com antecedentes de demência,
institucionalizada em lar, que recorre ao SU por dor
abdominal e obstipação com 2 dias de evolução. À
observação apresentava abdómen muito distendido e
timpanizado, pouco depressível, doloroso à palpação
mas sem defesa. Analiticamente sem alterações relevantes. O Rx simples do abdómen apresentava imagem
compatível com volvo do cólon descendente. Resultados: Foi feita tentativa de distorção por retosigmoidoscopia não eficaz, pelo que foi submetida a laparotomia
exploradora que revelou 2 extensos volvos contíguos
do cólon sigmoide e do ângulo esplénico com sinais de
sofrimento da parede após descompressão, tendo-se
procedido a hemicolectomia esquerda tipo Hartmann.
O pós-operatório decorreu sem intercorrências, tendo
tido alta ao 7º dia pós-operatório, clinicamente bem.
Discussão: O volvo é uma causa de oclusão a considerar em doentes institucionalizados, sobretudo nos
que fazem medicação obstipante. A melhor abordagem
terapêutica consiste na descompressão endoscópica
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
entidade clínica pouco frequente no adulto e pode estar
associada a doença neoplásica, que causa alterações
na actividade peristáltica e permite que um segmento
intestinal se invagine no seguinte. Esta lesão causa
compromisso vascular do segmento invaginado e obstrução intestinal. O envolvimento do colon sigmóide é
raro. Divulgação de uma patologia pouco frequente e
uma forma peculiar de apresentação. Material e Métodos: Processo clínico do doente. Resultados: Homem
de 58 anos com escorrência mucosanguinolenta pelo
canal anal com um mês de evolução, associada a quadro de suboclusão intestinal. O abdómen estava distendido e doloroso nos quadrantes inferiores. O toque
rectal revelava preenchimento completo da ampola por
lesão de aspecto polipóide, friável, de base não tocável.
A colonoscopia mostrou lesão aparentemente polipóide,
impedindo a progressão do endoscópio. A TC revelou extenso processo de invaginação desde a região
superior do sigmóide até ao terço inferior do recto.
Estabelecido o diagnóstico de invaginação cólica, o
doente foi submetido a cirurgia com colectomia do segmento invaginado e confecção de colostomia terminal.
O exame histológico mostrou adenocarcinoma invasor
moderadamente diferenciado. Discussão: A invaginação de um segmento cólico distal pode mimetizar um
tumor pediculado, quer no exame objectivo quer em
exame endoscópico. A TC é o exame com maior acuidade diagnóstica. A ressecção cirúrgica do segmento
invaginado, com ou sem anastomose, é o tratamento
preconizado.
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Colo-Proctologia
Ana Melo, Cátia Ferreira, Herculano Moreira, João
Gaspar, António Oliveira
Ana Andreia de Melo Rodrigues
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P39)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Adenocarcinoma Mucinoso do Apêndice: a propó-
sito de um Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasias malignas primá-
rias do apêndice-ileo cecal são raras, sendo encontra-
Revista Portuguesa de Cirurgia
116
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
das em menos de 1% de todas as apendicectomias.
Discussão: Caso clínico: Mulher, 59 anos, com antecedentes pessoais de nódulo da tiróide e HTA. Recorreu
ao Serviço de Urgência (SU) em Julho de 2014 por dor
na fossa ilíaca direita (FID), tipo cólica, com 8 dias de
evolução. Ao exame objectivo apresentava dor à palpação profunda na FID, onde se palpava uma massa de
consistência dura. Analiticamente apresentava aumento
dos parâmetros inflamatórios e a TC abdomino-pélvica
revelou colecção abcedada na FID, adjacente ao cego
e à parede abdominal anterior. Admitiu-se a hipótese
diagnóstica de abcesso apendicular, iniciando antibioterapia de largo espectro com melhoria clínica, analítica e imagiológica. Três meses após a alta, recorreu
novamente ao serviço de urgência com quadro de dor
na FID com 2 dias de evolução. Os autores apresentam as hipóteses diagnósticas, tratamento e posterior
follow-up da doente. Discussão: O adenocarcinoma
mucinoso do apêndice ileo-cecal, ao contrário de
outros tumores apendiculares, manifesta-se frequentemente como um quadro que mimetiza a apendicite
aguda. O seu diagnóstico diferencial é crucial de modo
a permitir um correcto diagnóstico e tratamento atempado. Apesar da escassez de dados, o tratamento cirúrgico preconizado é a hemicolectomia direita. Contudo,
existem poucos estudos orientadores relativamente
às melhores abordagens terapêuticas, follow-up e
prognóstico.
Centro Hospitalar do Oeste
Colo-Proctologia
Rodrigues, A.; Marques, A.; Costa A.; Nobre, M.
Ana Luísa Ascenso Rodrigues
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
que mostrou sinais de hemorragia activa do delgado
proximal e ainda angiografia mesentérica que revelou
angiodisplasia do recto, com embolização selectiva.
Doente teve alta, é seguido em consulta, mantém-se
assintomático e com Hb de 12, 3.
Hospital de Vila Franca de Xira
Colo-Proctologia
Morgado M, Queimado H, Ramos L, Rodrigues F.
Miguel Morgado
[email protected]
06-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P87)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Hérnia Diafragmática Após Esófago-Gastrectomia
Trans-Hiatal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: A migração de
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P40)
SESSÃO P-CR 2
TÍTULO: Proctopexia, 8 UCEs
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A angiodisplasia é uma mal-
formação vascular do tubo digestivo, sendo causa frequente de hemorragia digestiva e anemia sem foco. A
maioria dos doentes tem mais de 60 anos. As lesões
são frequentemente múltiplas, afectando principalmente o cego ou cólon ascendente. A abordagem diagnóstica e terapêutica passa por intervenções endoscópicas, percutâneas, medicamentosas e, por vezes,
cirúrgicas. Material e Métodos: Doente do sexo masculino de 33 anos, com antecedentes de esquizofrenia,
que recorreu ao SU por rectorragia abundante. Ao EO
apresentava fissuras anais e hemorróidas de grau II
sem hemorragia activa, e analiticamente hemoglobina
de 8, 9 g/dL. Internou-se para estudo com rectossigmoidoscopia que revelou hemorróidas internas congestionadas. Submetido a proctopexia de Longo sem
intercorrências, teve alta. Regressa 7 dias depois da
cirurgia por novo quadro de rectorragias. Rectossigmoidoscopia identificou úlceras do canal anal com coágulo
aderente, distalmente ao local cirúrgico. EDA sem alterações. Internado na UCI por manter perdas hemáticas
com necessidade de múltiplas transfusões. Três dias
depois foi submetido a revisão de proctopexia, não se
identificando fonte hemorrágica activa. Fez um total de
8 UCE. Realizou cintigrafia com eritrócitos marcados
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
órgãos abdominais para a cavidade torácica é uma
complicação rara, mas potencialmente letal em doentes submetidos a esofagectomias e gastrectomias
totais. Material e Métodos: Caso clinico: Doente do
sexo masculino, 67 anos, com antecedentes de gastrectomia total e esofagectomia distal com esofagojejunostomia em “Y de Roux” 2 meses antes. Recorreu ao
S.U. com um quadro de dor abdominal súbita na região
epigástrica associada a vómitos biliares. Ao exame
objectivo apresentava um abdómen doloroso à palpação com defesa. Realizou um Rx do tórax e abdómen
que revelou uma hérnia diafragmática aparentemente
sem evidência de pneumoperitoneu. Solicitou-se uma
TC-Tóraco-Abdominal que confirmou a hérnia diafragmática, com distensão de todos os segmentos do
intestino delgado e grosso, parecendo haver compressão do jejuno. Na laparotomia exploradora constatou-se a herniação para a cavidade torácica de todo cólon
transverso que se encontrava dilatado e isquémico,
tendo-se realizado colectomia sub-total com anastomose ileo-rectal e rafia diafragmática. O pós-operatório
complicou-se de empiema pleural com necessidade de
drenagens percutâneas guiadas por TC. Discussão:
Discussão: A incidência de hernia diafragmática após
esofagectomia varia de 0, 69% a 1% (técnica aberta)
chegando aos 26% em algumas séries (com as técnicas minimamente invasivas). Na maioria das vezes o
diangóstico é feito nos primeiros dias após a cirurgia e
apesar de ser uma complicação rara está associada à
elevada morbilidade.
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Victor Hugo (1), Diogo Veiga (1), Miguel Cunha (1),
João Melo (1), J.C.Carranca (1), Óscar Dias (1), Jorge
Brito (2), M.Americano (1)
Victor Hugo
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
117
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P88)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Síndrome Hemofagocítico: uma complicação pós-
-operatória rara
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A síndrome hemofagocítica
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
(SHF) caracteriza-se por uma hiperactivação pró-inflamatória do sistema imunitário, com infiltração
macrofágica orgânica, fagocitose dos precursores
hematopoiéticos, induzindo febre, pancitopenia, hepatoesplenomegalia, hiperferritinemia e hipofibrinogenemia. Apresentamos um caso clínico de Síndrome
Hemofagocítico. Material e Métodos: Consulta e recolha de dados do processo clínico. Resultados: Descrevemos o caso clínico de uma mulher de 28 anos com
antecedentes de esofagectomia total com interposição
cólica no contexto de estenose cáustica aos 3 anos de
idade. Após várias tentativas infrutíferas de dilatações
endoscópicas por estenose da anastomose esófago-cólica foi submetida, em Maio de 2014, a ressecção da
estenose e re-anastomose esófago-cólica. Após alta,
no 17º dia pós-operatório, desenvolveu febre, disfagia,
drenagem de conteúdo seropurulento pela cervicotomia e aumento dos parâmetros inflamatórios. Realizaram-se exames auxiliares de diagnóstico que revelaram um pequeno abcesso mediastínico, abordado de
forma conservadora, e excluíram a existência de fístulas esófago-brônquica e esófago-cutânea. Adicionalmente constatou-se pancitopenia, hipofibrinogenemia
e hiperferritinemia, quadro compatível com SHF. Após
instituição de corticoterapia e gama-globulina verificou-se reversão clínica e analítica. Discussão: A SHF é
uma condição rara com elevada taxa de mortalidade.
Deve ser considerada nos casos de febre de origem
inespecífica e pancitopenia associada à deterioração
de outros órgãos.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Fernandes, S (1). Figueira, A (2). Lontro, A (3). Maria,
B (4).Miranda, C (5). Freire, J (5). Miranda, L (6). de
Almeida, M (7)
Sara Bernadete Rodrigues Fernandes
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
trou uma massa pediculada a preencher o lúmen da
metade proximal do esófago, com 17, 5 cm de extensão longitudinal. A PET não revelou outras alterações
para além da lesão esofágica. O doente foi submetido a uma cervicotomia esquerda com esternotomia
parcial, esofagotomia e exérese de pólipo gigante do
esófago. A análise histológica revelou um LPSDD, de
alto grau, com diferenciação lipoblástica “homóloga” e
diferenciação rabdomiossarcomatosa “heteróloga”. A
margem de ressecção cirúrgica encontrava-se a mais
de 1, 5cm da neoplasia. O doente encontra-se assintomático e sem evidência de doença oncológica. Discussão: A polipectomia constitui na literatura a forma
mais comum de tratamento cirúrgico do LPS esofágico,
enquanto o papel da QT e da RT se mantém controverso. O subtipo histológico de LPSDD identificado
no caso descrito constitui uma raridade anatomopatológica.
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Pereira, JC (1) Brito, D (1) Moreira, A (1) Ferreira, A (1)
Martins, P (1) Afonso, M (2) Coimbra, N (2) Bacelar, T
(3) Videira, F (1) Guimarães, J (1) Abreu de Sousa, J (1)
José Carlos Pereira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P90)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: GIST e adenocarcinoma do cólon: uma combinação
rara
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os GIST são neoplasias raras
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P89)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Lipossarcoma desdiferenciado em pólipo gigante
do esófago cervical
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A localização esofágica de um
lipossarcoma (LPS) é incomum e sua manifestação é
na maior parte dos casos descritos sob a forma de um
pólipo. Os tipos histológicos mais frequentes são o LPS
bem diferenciado e o LPS mixoide, sendo o LPS desdiferenciado (DD) uma entidade extremamente rara. Os
autores relatam o caso clínico de um doente com um
LPSDD do esófago cervical que se apresentou sob a
forma de um pólipo gigante. Resultados: Doente do
sexo masculino, com 73 anos, com disfagia para sólidos e emagrecimento com 4 meses de evolução. A
EDA identificou uma lesão polipóide do esófago cervical. A biópsia foi inconclusiva. A angio-RMN demons-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
118
do tecido mesenquimatoso do trato gastrointestinal
(0, 1-3% dos tumores GI) com uma incidência de 1,
5 casos/100, 000/ano. São tipicamente diagnosticados em adultos, com uma incidência máxima na 6ª e
7ª décadas de vida. Estes tumores têm um potencial
maligno, no entanto o seu comportamento tem sido difícil de prever e a sua associação com outras neoplasias
gastrointestinais tem sido raramente descrita na literatura. Os casos relatados descrevem situações de diagnósticos incidentais, durante procedimentos cirúrgicos
por outras neoplasias GI. Relatamos um caso clínico de
uma mulher de 88 anos, referenciada à nossa consulta
por suspeita de GIST gástrico. Realizada TC de estadiamento que descreve o GIST já conhecido e espessamento do cego e cólon ascendente, lesão em provável
relação com neoplasia. É submetida a hemicolectomia
direita e ressecção em cunha da parede gástrica com
excisão completa da lesão. A avaliação anátomo-patológica confirma GIST gástrico e adenocarcinoma do
cólon ascendente pT3N1M0.
Centro Hospitalar do Oeste
Cirurgia Esófago Gástrica
Adriano Marques, Ana Rodrigues, Margarida Brito e
Melo, Ágata Ferreira, António Duarte, Manuel Nobre
Adriano Marques
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P91)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Dilatação gástrica aguda: dois episódios na mesma
doente
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A dilatação gástrica aguda é
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
uma situação rara que pode evoluir para necrose, perfuração, choque e morte. Múltiplas são as suas causas, tais como: complicações pós-cirúrgicas, volvo,
síndrome da artéria mesentérica superior, pancreatite
aguda, trauma, anorexia nervosa e bulimia, polifagia
psicogénica, diabetes mellitus, distúrbios eletrolíticos,
entre outros. Material e Métodos: Doente do sexo
feminino, de 25 anos, com antecedentes de anorexia nervosa e bulimia que recorreu duas vezes ao SU
(Jan.2013 e Out.2014) com o mesmo quadro clínico:
abdómen muitíssimo distendido, doloroso em todos os
quadrantes, com defesa; fez radiografia e ecografia que
mostraram marcada dilatação gástrica com conteúdo
heterogéneo. Resultados: 1º episódio: Colocada sonda
nasogástrica sem drenagem. Por agravamento das
queixas e instabilidade hemodinâmica foi submetida a
laparotomia exploradora urgente com identificação de
mega-estômago, sem áreas de necrose; realizada descompressão manual retrógrada com aspiração de 7L
de conteúdo. Apresentou boa evolução com alta no 8º
dia pós-operatório. 2º episódio: Submetida a drenagem
de 5L de conteúdo gástrico com sonda de “fouchet” de
grande calibre sob anestesia geral para proteção da via
aérea. Apresentou boa evolução com alta no 2º dia pós-operatório. Discussão: Com este caso clínico pretendemos alertar para a importância do diagnóstico e intervenção precoces nesta patologia. Na impossibilidade
de drenagem por sonda e evolução para instabilidade
hemodinâmica a cirurgia urgente é indicada.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Manuela Fernandes, César Prudente, Sandra Coelho,
Maria João Ferreira, Gina Oliveira, Mafalda Couto, Rita
Loureiro, Horta Oliveira
Manuela Maio Graça Fernandes
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
padrão de isquémia hepática aguda e coagulopatia.
Realizou TC-AP que revelou estenose da emergência
do tronco celíaco com sinais de hipoperfusão gástrica,
hepática e enfarte esplénico. Foi submetida a laparotomia exploradora, constatando-se compressão extrínseca do tronco celíaco pelo lig. mediano arcuato do diafragma, tendo-se procedido à sua libertação mecânica,
resultando em reperfusão imediata. Teve alta a D10
de pós-operatório. Realizou angio-TC de controlo que
revelou boa perfusão orgânica, destacando-se apenas
cicatriz de enfarte esplénico segmentar. Discussão: O
síndrome do lig. mediano arcuato é uma entidade patológica rara mas que deve ser considerada em doentes
com dor abdominal pós-prandial sem etiologia esclarecida, podendo o seu tratamento atempado impedir consequências desastrosas para o doente.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Maria, B; Costa Gomes, O; Morgado, M; Fernandes, S;
Freire, J; de Almeida, M
Bernardo Conde Moreira Maria
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P93)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Estado Nutricional no Cancro Gástrico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os doentes com carcinoma
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P92)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Síndrome do Ligamento Mediano Arcuato: Caso Clí-
nico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
O síndrome do ligamento
mediano arcuato, ou síndrome de Dunbar, é uma entidade nosológica rara que resulta de uma sobreposição
do ligamento mediano arcuato em relação à origem do
tronco celíaco, que pode levar a compressão sintomática deste ramo arterial e até a isquémia dos órgãos que
o mesmo perfunde. Material e Métodos: Consulta e
recolha de dados do processo clínico. Resultados: Descrevemos o caso clínico de uma mulher de 53 anos com
AP irrelevantes, submetida a fundoplicatura de Nissen
em 07/2014 por EEI hipertensivo sintomático, sem alívio
com terapêutica farmacológica. Em D4 pós-op. iniciou
quadro de epigastralgia e prostração; com abdómen
distendido e timpanizado; analiticamente destacava-se
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gástrico são particularmente susceptíveis à desnutrição. A deficiência nutricional destes doentes relaciona
se com a diminuição da ingestão alimentar, saciedade
precoce, obstrução mecânica pelo tumor, vómitos, dor
e/ou desconforto abdominal e ao catabolismo associado
ao tumor. Vários estudos mostram que a desnutrição é
um factor de risco independente para o aumento de
complicações pós-operatórias infeciosas, aumento da
mortalidade, aumento do tempo de internamento e respectivos custos associados. Pretendemos caracterizar
o estado nutricional do doente com cancro gástrico no
período pré-operatório e verificar se existe relação entre
estado nutricional pré-operatório e a localização do cancro gástrico, dimensão do tumor e metastização ganglionar. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 37
doentes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico
(60% homens, 49% mulheres), com idade média de
63 anos. Foram avaliados os parâmetros – antropometria, proteínas seriadas totais, albumina, pré- albumina
e transferrina. Resultados: No grupo estudado 29.7%
dos doentes estava desnutrida na fase pré-operatória.
A desnutrição verificou-se em 72, 7% dos tumores
do antro e apenas em 18% dos tumores proximais. A
dimensão do tumor foi superior a 5 cm em 9 doentes
desnutridos. A metastização ganglionar também apresentou relação directa com a desnutrição. Discussão:
Confirma se assim que o carcinoma gástrico cursa
habitualmente com desnutrição, e é mais frequente nos
tumores do antro e com invasão em profundidade
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Esófago Gástrica
Catarina Leite Bispo, Alexandra Pupo, Luisa Quaresma,
J.M.Gualdino Silva, A. Caldeira Fradique
Catarina Leite Bispo
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
119
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P94)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Esofagectomia com Interposição Cólica na Substi-
tuição Esofágica por Estenose Cáustica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os doentes com estenose
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cáustica do esófago necessitam frequentemente de
tratamento cirúrgico. As alternativas cirúrgicas são
diversas e diferem quanto à abordagem operatória e
realização de esofagectomia, ao tipo de plastia utilizada
e via de colocação da mesma. Material e Métodos:
Descrição do caso clínico Resultados: Doente masc.,
41 anos de idade, admitido com diagnóstico de estenose cáustica do esófago proximal, resultante de ingestão voluntária de ác. sulfúrico cerca de 1 ano antes. Inicialmente tratado noutra instituição, viria a desenvolver
(~ 5 meses) disfagia grave, por estenose punctiforme
aos 20 cm, com uma extensão longitudinal de 7 cm.
Foram efetuadas dilatações endoscópicas, com mau
resultado funcional, e colocou prótese esofágica para
recuperação ponderal (perda de ~40 Kg). Foi submetido a “esofagectomia quase total e gastrectomia proximal, por via torácica direita e abdominal, com interposição de segmento isoperistáltico de cólon esquerdo e
anastomose esófago-cólica cervical. Na presente data,
o doente apresenta franca recuperação ponderal. Discussão: A realização de esofagectomia quase total por
via transtorácica com substituição do esófago por plastia cólica esquerda isoperistáltica foi a opção selecionada. As vantagens encontradas foram a existência de
um pedículo vascular adequado, o lúmen mais estreito
e o comprimento adequado do segmento cólico, procurando reduzir o desenvolvimento de estase, bem como
o potencial maligno ou ocorrência de eventuais complicações de um esófago deixado “in situ”.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
António M. Gouveia, John Preto, Marisa Aral, Ana Beatriz Almeida, Ana Fareleira, Manuela Baptista, José Barbosa, J. Costa Maia
António M. Gouveia
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
proeminente hérnia intratorácica e horizontalização do
respectivo conteúdo à esquerda, condicionando volvo
no eixo axial. Resultados: Foi submetida a cirurgia no
dia 15 de Outubro de 2014, tendo-se constatado braquiesófago, pelo que se procedeu a operação de Collis-Nissen. O defeito herniário foi corrigido com prótese
de dupla face. O pós operatório decorreu sem intercorrências. A doente teve alta ao 5º dia de pós operatório
com transito intestinal restabelecido e a tolerar dieta.
Discussão: O volvo gástrico, agudo ou crónico, é uma
patologia que implica tratamento cirúrgico. É necessário manter um grau elevado de suspeição para esta
patologia, uma vez que se trata de uma situação rara
mas com uma mortalidade elevada.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Esófago Gástrica
Susana Rodrigues, Mafalda Sobral, Ba´rbara Paredes,
Alexandra Pupo, Lui´sa Quaresma, Gualdino Silva,
Guedes da Silva, Caldeira Fradique
Susana Cristina Cardoso Rodrigues
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P96)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Tratamento laparoscópico de refluxo grave em
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P95)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Rara e torcida...
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O volvo gástrico é uma patolo-
gia rara, que se define pela rotação de mais de 180º do
estômago sobre um dos seus eixos, desconhecendo-se a sua real incidência. É necessário um alto grau
de suspeição no diagnóstico desta patologia que pode
apresentar-se sobre a forma de abdómen agudo ou
de queixas gastro-intestinais arrastadas, tendo uma
taxa de mortalidade elevada na apresentação aguda.
Material e Métodos: Doente do sexo feminino, 79
anos de idade, status pós enucleação de leiomioma
do esófago em 2013. Quadro de vómitos aquosos e
alimentares, com sensação de impactação alimentar
e disfagia alta com alguns dias de evolução. Rx tórax
com estômago intratorácico. EDA com hérnia mista
complicada de volvo gástrico. TC com estômago com
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
120
doente com antecedente de gastrectomia polar
superior – Cirurgia feita-à-medida
Objectivo/Introduçâo: A gastrectomia polar superior
foi uma abordagem indicada para tumores do cárdia
antes de se constatar os maus resultados funcionais
e de radicalidade inadequada. O refluxo gastro-esofágico grave é uma das consequências que limita muito
a qualidade de vida destes doentes. O objectivo deste
trabalho é mostrar uma alternativa que pondera riscos
e benefícios para resolução desse problema. Material e Métodos: Doente que foi sujeito a gastrectomia
polar superior 20 anos antes por carcinoma da cárdia.
Apresentava uma qualidade de vida muito comprometida, episódios de repetição de infecção respiratória e
esofagite grave na endoscopia. Havia preservação da
artéria gástrica esquerda. Foi decidido uma abordagem laparoscópica para desgastrogastrectomia subtotal e confecção de gastrojejunostomia em Y de Roux.
Resultados: A cirurgia foi executada como planeado
e não se registaram complicações no pós operatório.
A resolução dos sintomas exuberantes de refluxo foi
total. A endoscopia aos 2 meses mostrou quase normalidade da mucosa esofágica distal. Discussão: O
planeamento cirúrgico personalizado em casos de
mau resultado funcional digestivo é fundamental para
evitar riscos desnecessários e obter a cura dos sintomas. Neste caso, a esofagite grave fariam a cirurgia de
desgastrogastrectomia total num terreno hostil de múltiplas aderências, uma operação particularmente arriscada. Aliando uma estratégia mais conservadora com
uma abordagem minimamente invasiva, obtivemos um
excelente resultado funcional e patológico.
Hospital da Arrábida
Cirurgia Esófago Gástrica
Jaime Vilaça, Ana Fonte Boa, Luís Lencastre, John Preto
Jaime Vilaça
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P97)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Impacto do suporte nutricional precoce na morbi-
mortalidade e tempo de internamento
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este estudo teve como objetivo
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
avaliar o impacto do suporte nutricional peri operatório
nos doentes submetidos a cirurgia de ressecção por
adenocarcinoma gástrico, do ponto de vista nutricional e sua associação com morbimortalidade, tempo de
internamento e custos hospitalares. Material e Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo caso-controlo, com 152 doentes.A análise foi realizada através
do grupo controlo, com 39 doentes que receberam
suporte nutricional no pós-operatório e 113 do grupo de
intervenção precoce, que o iniciaram no pré operatório.
Resultados: A maioria dos doentes era do sexo masculino e idade média de 67, 95 ± 11, 9 anos. A amostra
apresentava no primeiro dia de internamento, IMC de
25, 8±4, 8Kg/m2 e uma percentagem de perda de peso
de 7, 7±7, 3%, verificando-se que indivíduos com IMC
mais baixos, apresentavam uma maior perda de peso
(p =0, 03).No grupo de intervenção, doentes com IMC
mais baixo (p=0, 001) e maior perda de peso (p=0, 000)
realizaram suplementação nutricional prévia. A ocorrência de complicações foi mais frequente no grupo controlo (59, 0 vs 38, 9%, p=0, 03), sendo que segundo
Classificação Clavien-Dindo, o Grau IIIb foi o mais frequente neste grupo (17, 9%). No grupo de intervenção
a complicação mais frequente foi a IIIa (18, 6%), reduzindo a IIIb para 5, 3%. A mortalidade hospitalar ocorreu
em 5, 3% dos casos, em ambos os grupos. Discussão:
A média de dias de internamento foi menor no grupo de
intervenção(20, 4 vs 29, 2, p=0, 035), contribuindo para
uma redução de cerca de 30% dos custos associados.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Ruivo Elisa (1) Fazeres Francisco (2) Rodriguez Jesús
(2) Vasconcelos Eduardo(2) Terleira Helena(3) González Manuel (4) Midões Alberto (2)
Elisa Arieira Ruivo
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
massa no estômago excluso. Cinco anos após bypass,
e por manter epigastralgias recorrentes, foram repetidos os exames de imagem, com o diagnóstico subsequente de neoplasia subserosa do antro com 4.5cm.
Foi submetida a gastrectomia do estômago excluso,
por suspeita de GIST.A histologia da peça revelou um
retalho de parede gástrica com mucosa antral e um
cisto pancreático heterotópico, enquanto que no grande
epíplon, foram identificados 6 nódulos macroscopicamente compatíveis com tecido pancreático confirmado
após estudo imunohistoquímico.Após a cirurgia e até à
data, a doente manteve-se assintomática. Discussão:
O caso descrito é o 1ºcaso de tecido pancreático ectópico diagnosticado após bypass gástrico; trata-se de
uma situação rara, difícil diagnosticar e de tratamento
controverso
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Marta Guimarães, Joana Magalhães, Pedro Rodrigues,
Gil Gonçalves, Domingos Rodrigues, Mário Nora, Leonor Matos, Isabel Caldas
Joana da Silva Magalhães
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P100)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Metastização de Krukenberg – Um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente 77 anos, AP: HTA,
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P98)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Pâncreas ectópico em estômago excluso
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pâncreas ectópico é a pre-
sença de tecido pancreático, sem continuidade anatómica e vascular, com o pâncreas normal;é uma
situação rara, difícil diagnosticar e cujo tratamento é
controverso Resultados: Os autores apresentam o
caso de uma mulher, 43 anos, previamente submetida
a bypass gástrico alto laparoscópico sem comorbilidades.No 7ºmês pós bypass, iniciou quadro de epigastralgia, intensa e súbita, agravada pela ingestão alimentar,
que motivou várias idas ao SU, ficando internada um
mês após o início deste quadro para estudo.No internamento manteve-se assintomática e sem alterações
analíticas;a EDA e trânsitoEGJ foram normais.A TC e
RMN abdominal, foram relatadas como normais, apesar de retrospectivamente perceber-se a existência de
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Bronquite asmatiforme e sequelas de TVP paraneoplásica ilio-femoral esquerda. Operada em Novembro
2012 por Neoplasia Gástrica tendo realizado Gastrectomia total radical. Anatomia patológica: Adenocarcinoma
gástrico moderadamente diferenciado, G2. pT4b N3a
M1. Realizou QT neo-adjuvante e adjuvante. Em Abril
2014, realizou Tac abdómino-pélvico de controlo que
revelou: na cavidade pélvica destaca-se a presença,
de novo, de massa predominantemente quística, com
60x59 mm, embora com área sólida mural com 27, 5
x 26 mm em topografia anexai direita, que neste contexto se atribui a metastase (Krukenberg?). Doente foi
operada e realizou histerectomia total + anexectomia
bilateral + biópsias de implantes peritoneais. O pós-operatório decorreu sem intercorrrências. A anatomia
patológica mostrou ser metastização de adenocarcinoma gástrico nos ovários confirmando a hipótese
de metastização de Krukenberg. A doente encontra-se neste momento a realizar quimioterapia. Material
e Métodos: Dados colhidos do processo da doente
Resultados: A doente encontra-se a realizar quimioterapia com bons resultados. Discussão: Podemos
concluir que nesta situação a cirurgia era a terapêutica
mais indicada visto que podia ser uma neoplasia do
ovário e necessitava de avaliação pela anatomia patológica. Visto ter sido confirmada a hipótese de ser uma
metástase de Krukenberg a doente esta a realizar quimioterapia que bons resultados.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Rui Barata, P. Magro, R. Fernandes, C. Soares, B. Clemente, A. Martinho, H. Messias, António Galzerano
Rui Barata
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
121
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P101)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: GIST esofágico: causa rara de toracalgia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
trointestinal (GIST) são raros, com incidência de 10
a 20 pessoas/milhão/ano. A localização esofágica
é rara. Material e Métodos: Doente de 63 anos que
recorre ao SU por toracalgia bilateral e regurgitação,
com quatro meses de evolução e agravamento recente.
A telerradiografia de tórax demonstrou hipotransparência paracardíaca esquerda; TC torácica revelou
massa maioritariamente sólida, de contornos bem definidos (13x12x11cm), ocupando a vertente posterior
da metade inferior do hemitórax esquerdo, sem plano
de clivagem com o esófago. A EDA sem alterações e
a ecoendoscopia demonstrou lesão com compressão
do esófago; biópsias sugestivas de GIST. A PET-CT
revelou massa neoplásica maligna com alto grau metabólico. Terapêutica com Imatinib durante 10 meses,
com boa resposta imagiológica e funcional (PET-CT).
Submetido a tumorectomia e pneumectomia atípica
por toracotomia esquerda. Resultados: Pós-operatório
sem intercorrências e alta ao 5º dia. O exame anatomopatológico demonstrou tumor não viável sem invasão
das margens. Assintomática, sem sinais de recidiva e
medicada com Imatinib aos três meses. Discussão: A
recessão cirúrgica é o tratamento “gold standard” e o
único com potencial curativo destas lesões. Os inibidores da tirosina cinase têm um papel importante como
terapêutica neoadjuvante e/ou adjuvante, com redução
da viabilidade tumoral e aumento da sobrevida livre de
doença.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Luís Ferreira(1), Miguel Fernandes(1), Henrique Alexandrino(1), João Bernardo(2), José Guilherme Tralhão(1), Francisco Castro e Sousa(1)
Luis Ferreira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
presença de corpos estranhos intragástricos. Por suspeita clínica dos invólucros conterem cocaína e elevado
risco de perfuração pelo prolongado tempo de ingestão, foi proposta cirurgia para extracção dos mesmos.
Procedeu-se a gastrotomia – remoção de 55 invólucros. O pós-operatório sem complicações. Discussão:
O caso relatado ilustra a forma menos frequente de
apresentação de um BP. Sendo a abordagem destes
indivíduos um desafio actual para o cirurgião importa
saber: Quais as formas de apresentação dos BP? A
melhor estratégia de diagnóstico e tratamento médico
e legal? Quais os métodos mais adequados e com
menos riscos na remoção dos invólucros e em que
fases?
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Esófago Gástrica
Dr. Miguel Onofre Domingues*; Dr. Nuno Borges**;
Dr. Ricardo Matos*; Prof.Dr. Guedes da Silva
Miguel Onofre Domingues
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P103)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Afinal havia outro... Leiomiossarcoma Gástrico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Leiomiossarcoma gástrico é
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P102)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: WANTED – Body Packer Sindrome
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Portugal é uma das principais
portas de entrada na Europa de estupefacientes traficados, sendo o transporte no tubo digestivo o principal
motivo de contacto com os serviços de saúde. Estes
indivíduos conhecidos como bodypackers (BP) acorrem, na maioria das vezes às urgências sob custódia
judicial e em raras excepções de forma voluntária.
Nos últimos 2 anos foram referenciados à Urgência
do Hospital de São José 1530 casos com suspeita de
transporte de estupefaciente, dos quais, 3 necessitaram de ser submetidos a cirurgia como é o caso relatado neste poster Resultados: Homem, 52A recorre
ao SU, voluntariamente, dor abdominal, epigástrica;
náuseas, vómitos e sintomas compatíveis com empacotamento gástrico; referindo ingestão 7 dias antes de
55 invólucros de estupefacientes. Auto medicou-se com
laxantes osmóticos sem eficácia. RX Abd- imagens de
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
122
uma entidade rara e representa cerca de 1% das neoplasias gástricas. A apresentação e o outcome desta
patologia não são muito claros, existindo estudos que
mostram uma sobrevida superior aos adenocarcinomas gástricos. Material e Métodos: Caso clínico de
homem, 73 anos com antecedentes de adenocarcinoma mucinoso do cego e adenocarcinoma gástrico
síncrono, submetido a hemicolectomia direita e gastrectomia subtotal radical bilroth II em 2010. Em Março
de 2014 surge com melenas e anemia. EDA: sangue
vivo no lúmen. Coto gástrico com formação polipoide
ulcerada. TC toraco-abdomino-pélvica: adenopatias
mediastino-hilares e múltiplas adenopatias/implantes
peritoneais perigástricos sugerindo recidiva tumoral.
Marcadores tumorais CEA e CA 19.9 normais. Decisão Terapêutica (DT): laparoscopia dignóstica, que
não evidenciou existência de implantes peritoneais.
Por persistência das perdas hemáticas, fez Radioterapia hemostática. Manteve hemorragia com anemia
importante optando-se pela realização de degastrogastrectomia. Resultados: Histologia: leiomiossarcoma
gástrico com índice mitótico elevado. Foi novamente
a DT: sem indicação para tratamento adjuvante. Discussão: Apesar da suspeita inicial de recidiva tumoral
do adenocarcinoma gástrico, a histologia da peça operatória revelou tratar-se de uma neoplasia rara e mais
indolente sem necessidade de tratamento adjuvante. A
opção cirúrgica foi fulcral para o tratamento definitivo da
doença.
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Lages, R; Santos, T; Serra, M; Ribeiro, C; Machado, D;
Alves, J; Noronha, J; Sarabando, G.
Rita Ribeiro Lages
[email protected]
e mortalidade. Resultados: Total de 78 doentes, 66.6%
homens. A média de idade foi de 60.2. Foi realizada
radiografia abdominal em 84.6% e tomografia computorizada abdomino-pélvica em 69.2%. A duração média
de internamento foi de 11 dias. O local de perfuração
mais frequente foi duodenal em 32%, pré-pilórico em
29.5% e pilórico em 16.7%. Registaram-se complicações em 28.2% dos doentes. A taxa de mortalidade
foi de 10.3%. Discussão: A idade média de PUP tem
vindo a aumentar, o que pode dever-se à melhoria do
tratamento médico da DUP, assim com a uma utilização
maior de AINE e aspirina nos doentes idosos. Os dados
acompanham a literatura, com taxa de mortalidade inferior ao descrito, e em grande parte em doentes admitidos com critérios de choque.
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Esófago Gástrica
AUTORES: Diana Souto Brito, Ana Cristina Carvalho, Marta Martins, Teresa Santos, Vânia Castro, Washington da
Costa, Pinto Correia
CONTACTO: Diana Souto Brito
EMAIL: [email protected]
TELEFONE: 912216492
MORADA: Rua Alves Anjo nº 45
LOCALIDADE: Póvoa de Varzim
CÓD. POSTAL: 4490-464
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P104
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: MANECs: a propósito de um Caso Clinico.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gastrointestinais são neoplasias raras, sendo que os
gástricos constituem menos de 1% de todas as neoplasias gástricas. Devido a apresentações clinico/morfológicas distintas, foram divididos em 4 tipos. O NET1
é o mais frequente (75%), e associa-se a gastrites crónicas. O NET4 (MANEC- carcinoma misto adenoneuroendocrino), mais raro, tem um componente de carcinoma, geralmente glandular, e um neuroendócrino,
com pelo menos 30% de cada um deles. Material e
Métodos: Apresento o caso clinico de um doente do
sexo masculino, 38 anos, previamente saudável, com
queixas de enfartamento, anorexia e emagrecimento
de cerca de 12Kg (17%) com 1 ano de evolução. Na
sequência da investigação diagnóstica realizou endoscopia digestiva alta que evidenciou uma lesão volumosa exofitica do antro gástrico, cuja biopsia revelou
um adenocarcinoma moderadamente diferenciado com
padrão intestinal. A TC de estadiamento foi negativa
para lesões secundárias. Laboratorialmente salientava-se uma anemia microcitica e marcadores tumorais
CEA e CA 19-9 normais. Foi submetido a gastrectomia subtotal radical com Y de Roux. Resultados: O
resultado anátomo-patológico foi de Carcinoma Misto
Adenoneuroendócrino-MANEC: T2N0 L1 V0 PN0. Discussão: Apesar de ser uma entidade relativamente
rara, tem-se verificado um aumento na sua incidência,
provavelmente pelo aumento da acuidade diagnostica.
A sua abordagem depende do estadio da doença, mas
quando possível a cirurgia com intuito curativo é goldstandard.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Capella V., Coelho F., Gonçalves N., Cardoso J.G.,
Costa C.
Vanessa Capella
[email protected]
SALA 3
06-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P123)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Schwannoma Vagal Cervical mimetizando nódulo
único da Tiróide
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Schwannomas com origem no
nervo vago cervical são tumores extremamente raros,
de crescimento lento na face lateral do pescoço. O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica completa
com preservação neuronal sempre que possível. São
na sua maioria benignos, pelo que deve ser realizada
uma abordagem cirúrgica conservadora. No caso descrito, o diagnóstico é realizado no intra-operatório por
mimetizar patologia nodular da tiróide nos exames
pré operatórios. Apresenta-se o caso de uma doente
de 35 anos, referenciada por nódulo direito da tiroide,
sem queixas compressivas. Apresentava ecografia
tiroideia descrevendo formação nodular única do lobo
direito, bem circunscrita, quística na sua zona central
e orla de aspecto sólido, com 33x23 mm de diâmetros
e duas Citologias aspirativas com diagnóstico benigno
– Bócio colóide. Tendo sido programada hemitiroidectomia direita, intraoperatoriamente foi excluída qualquer
patologia nodular tiroideia e identificada uma massa
com as referidas dimensões em posição interjugulocarotídea, condiccionando antepulsão e medialização da
carótida primitiva e em continuidade com nervo vago.
Foi realizada a sua exérese com preservação do nervo
vago não envolvido, sem complicações pós operatórias, encontrando-se no 6º mês de seguimento sem
evidência de recidiva. Apresenta-se o caso pela forma
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P105)
SESSÃO P-EGD 2
TÍTULO: Úlcera Péptica Perfurada: casuística de 5 anos do
Serviço de Cirurgia Geral do CHAA
Apesar da prevalência de
doença ulcerosa péptica (DUP) ter diminuído nas últimas décadas, a taxa de perfuração de ulcera péptica
(PUP) tem-se mantido estável. Cerca de 70% das
mortes por DUP são devidas a perfuração. A taxa de
mortalidade é variável na literatura, de 10-40%, e está
descrito alto risco de morbilidade (20-50%). O tratamento cirúrgico urgente é o gold standart do tratamento, indicando-se a rafia da perfuração, com ou sem
epiplonplastia. Material e Métodos: Incluídos todos os
doentes intervencionados por PUP de Janeiro 2009 a
Dezembro 2013, através de consulta do processo clínico, com avaliação de dados demográficos, exames
complementares de diagnóstico, local da perfuração,
tipo de cirurgia, duração de internamento, morbilidade
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
123
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
de apresentação, revisão da bibliográfica, salientando-se que é fundamental uma cuidadosa técnica cirúrgica
para obter um a total excisão com diminuta iatrogenia.
Hospital da Luz
Cirurgia Endócrina
Miguel Allen(1), Carlos Ferreira(1), Pedro Oliveira(2)
Miguel Allen
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P124)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Paraganglioma – Um tumor desafiante
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Paragangliomas são tumores
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
neuroendócrinos raros, na sua maioria benignos. São
tumores com origem nas células cromafins e podem
produzir catecolaminas. Material e Métodos: Apresentação de caso clínico Resultados: Homem de 76 anos
com dor lombar direita e hipertensão arterial. Realizou
RMN, PET-FDG e Cintigrama com MIBG: formação
com 6 cm, sólida, adjavente ao pólo inferior do rim
esquerdo compatível com tumor de origem neurogénica. Estas alterações aliadas ao aumento dos valores
de cromogranina, ácido vanilmandélico, metanefrinas,
renina e normetanefrinas plasmáticas permitiu o diagnóstico de paraganglioma. Submetido a laparotomia
exploradora com excisão tumoral, após medicação pré-operatória com fenoxibenzamina e atenolol, sem incidentes (controlo hemodinâmico imediato). Em seguimento em ambulatório sem alterações. Discussão: Os
paragangliomas são tumores extra-adrenérgicos que
podem produzir catecolaminas. O diagnóstico é feito
com base na clínica, doseamento das catecolaminas e
métodos de imagem. O efeito da libertação de catecolaminas pode causar morbimortalidade significativa no
perioperatório, daí a necessidade de no pré-operatório
haver controlo da TA e controlo da FC. Após a remoção do tumor produtor, verifica-se controlo da TA mas
também o risco de hipotensão e choque (diminuição
catecolaminas). É necessário manter um seguimento
em ambulatório pelo risco de recidiva e metastização.
O tratamento cirúrgico do paraganglioma requer o
conhecimento da sua fisiopatologia de forma a reduzir
complicações.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia Endócrina
Milene Sá, Carlos Cruz
Milene Sá
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
haver transformação maligna associada, pelo que
esta entidade não deve ser descurada. Resultados:
Homem de 77 anos, com antecedentes de epilepsia,
síndrome demencial, HTA e DMNID. Referenciado à
consulta por bócio multinodular, com predomínio no
lobo direito.Concomitantemente, apresentava tumefação cervical anterior, com cerca de 20 cm, com disfonia e dispneia na posição de decúbito dorsal. O doente
tinha sido submetido a 2 excisões cirúrgicas do tumor
no passado, a última há 7 anos, e cujo resultado histológico revelou um lipoma pleiomórfico. O estudo TAC
revelou a natureza lipomatosa do tumor, condicionando
desvio para a esquerda da laringe e da traqueia. Proposto para tratamento cirúrgico, tendo sido realizada
a exerese do tumor através de uma incisão cervical
arciforme, seguida de tiroidectomia total. Foi necessário reconstruir os planos musculares da face anterior
e lateral do pescoço, bem como a plastia dos retalhos
cutâneos. Foi mantido sob entubação oro-traqueal profilatica durante 3 dias, sem intercorrências após extubação. Discussão: O caso ilustra uma forma de apresentação pouco comum de um lipoma gigante, que para
além de alterações estéticas e funcionais, representava
um desafio para a abordagem da glândula tiroideia.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Endócrina
Ana Catarina Pinho, Ana Crespo, Diogo Casal, Francisco Carvalho, José Mário Coutinho
Ana Catarina Valente dos Santos Pinho
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P126)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Cistos do canal tireoglosso: casuística do Serviço
de Cirurgia do Hospital de Braga (2001-2012)
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cisto do canal tireoglosso é
a forma mais comum de cisto congénito do pescoço,
tendo origem em remanescentes do ducto tireoglossal.
A maioria dos casos ocorre em crianças embora cerca
de 1/3 surja após os 20 anos. A forma de apresentação
mais comum é a tumefação cervical, sendo que pode
manifestar-se como abcesso/fístula. O diagnóstico é
clínico. A abordagem cirúrgica preferencial é a Operação de Sistrunk, descrita em 1920. Material e Métodos: Foram analisados todos os doentes submetidos
a cirurgia por cisto do canal tireoglosso entre 2001 e
2012. Resultados: Foram incluídos 41 doentes, sendo
23 do sexo feminino (56%), com uma média etária
de 33 anos. A manifestação inicial mais comum foi a
tumefação cervical, sendo que 16 doentes (39%) se
apresentaram com fístula/abcesso cervical. A maioria
dos doentes realizou ecografia (27 (65, 8%).O procedimento cirúrgico realizado em todos os doentes foi a
Operação de Sistrunk, que decorreram sem intercorrências no período imediato. O tempo médio de internamento foi de 1 dia e meio. Foram operados 9 casos de
recidiva, tendo apenas um ocorrido durante o período
em estudo. Discussão: O cisto do canal tireoglosso
deve ser considerado no diagnóstico diferencial do
nódulo cervical, sobretudo no adulto jovem. A ausência de informação relativa à cirurgia prévia da maioria
dos casos de recidiva prejudica uma correta avaliação
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P125)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Lipoma Gigante da Região Cervical Anterior: Um
Desafio na Abordagem de um Bócio Multinodular
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os lipomas são tumores de
partes moles de crescimento lento e natureza benigna.
Surgem frequentemente no tronco e membros, mas
também podem surgir a nível da cabeça e pescoço.
Raramente atingem grandes proporções, passando
a designar-se de lipoma gigante. Nestes casos, pode
Revista Portuguesa de Cirurgia
124
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
do risco de recidiva associado à operação de Sistrunk
nesta série.
Hospital de Braga
Cirurgia Endócrina
Hugo Palma Rios, Charlène Viana, Pedro Leão, Ricardo
Pereira
Hugo Palma Rios
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P127)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Metástases ósseas de carcinoma bem diferenciado
da tiroide: A propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma bem diferenciado
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
da tiróide (CDT) tem bom prognóstico. Metástases à
distância (10-15%) têm impacto na sobrevida Material
e Métodos: Sexo feminino, 86 anos, antecedentes de
carcinoma da mama, cólon e papilar da tiróide(CPT)
variante folicular, submetida noutra instituição a lobectomia direita em 2008, sem follow up.Iniciou dor na
anca direita em Nov/2013. Realizou RMN e cintigrafia
que mostraram metástase no ilíaco.Biopsia:compatível
com metástase de carcinoma de origem folicular da
tiróide.A ecografia revelou nódulo sólido da tiroide
à esquerda com 16mm, cuja citologia foi colóide.A
revisão das lâminas confirmou CPT variante folicular
com 5 cms.Realizou, em Março/2014, RT externa do
ilíaco para controlo álgico, seguida de totalização de
tiroidectomia(microcarcinoma papilar padrão folicular)
e terapêutica com 150 mCi de I 131.O cintilograma do
8º dia, além de restos tireoideus, foi compatível com
metastização na parede torácica.Nessa data: TSH
> 100; TGB = 29805.00; AAT = 1.7.Actualmente está
assintomática e aguarda TC toracoabdominal, cintilograma ósseo, doseamento de TSH, TGB e AAT e
eografia cervical. Discussão: Metástases ósseas de
CPT são menos de 2%.A variante folicular tem potencial de metastização hematogénea, estando indicada a
tiroidectomia total adjuvada com I131.Deve ser considerada a ressecção cirúrgica, e tratamento com I131 se
existir captação do radiofármaco, repetido enquanto se
verificar benefício.A radioterapia externa paliativa deve
ser considerada para controlo sintomatico
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Endócrina
Fernandes C., Casanova-Gonçalves F., Domingues S.,
Matos Lima L., Costa Maia J.
Cristina Fernandes
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
nodular da tiroide, sem queixas compressivas ou de
rouquidão. A ecografia mostrava tiroideia de dimensões
normais com duas imagens quisticas não suspeitas e
lesão nodular sólida, escassamente vascularizada laterocervical direita de 26x18mm. A citologia ecoguiada
(Nov.2013) de provável gânglio laterocervical com
25x16mm mostrava células linfoides soltas, sem atipias
evidentes. A reavaliação imagiológica (Maio2014) mostrava adenopatia laterocervical direita de 27x20mm,
sem evidência de outras adenopatias, mantendo a
tiróide apenas nódulo de 8x6mm do lobo direito. À Tac
tratava-se de lesão pouco captante, de contornos regulares e definidos que condiciona desvio lateroexterno
jugular interna e interno da carótida comum. Foi submetida a exérese da referida massa via minicervicotomia, com abordagem longitundinal ao longo da face
externa da carótida primitiva e dissecção pelo plano
jugulo carotídeo. Constatou-se ser na dependência de
ramo do plexo simpático cervical. O exame Extemporâneo mostrou Neoplasia angio-mixoide de baixo grau
de malignidade com 29mm de diâmetro e o resultado
definitivo foi Schwannoma. A doente teve alta ao 2º dia
pós operatótio, sem complicações, encontrando-se no
3º mês de seguimento, com Síndrome de Horner, sem
evidência de recidiva.
Hospital Litoral Alentejano, EPE
Cirurgia Endócrina
Allen, M (1); Mateus, A(1); Sousa, D(1); Cruz, A(1);
Marinho, D(1); Ferreira, A(1); Cussati, P(2); Martins,
J.(1)
Miguel Allen
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P129)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Fome do Osso: um caso de Adenoma Paratiroideu
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hiperparatiroidismo cons-
titui um dos principais mecanismos fisiopatológicos a
considerar perante um caso de hipercalcémia. O seu
estudo focaliza-se na caracterização morfológica e funcional das glândulas paratiroideias. O adenoma paratiroideu constitui a mais frequente lesão causadora de
hipercalcémia por hiperfuncionamento glandular. Habitualmente assintomático até calcémias de 11- 12 mg/
dl, esta lesão pode apresentar-se como um espectro
de sintomas e sinais resultantes dos efeitos metabólicos, neurológicos, cardiovasculares, renais e gastrintestinais resultantes da hipercalcémia, bem como das
consequências da acção da paratormona sobre o osso.
Apresentamos um cado de adenoma paratiróideu, em
doente do sexo feminino, com osteomalacia acentuada e osteíte fibrosante quística complicada de várias
fracturas ósseas patológicas. Operada sob risco anestésico-cirúrgico elevado, sob anticoagulação terapêutica por tromboembolismo pulmonar recente, a cirurgia
permitiu uma reversão imediata do quadro analítico de
hiperparatiroidismo, com subsequente instalação de “
hungry bone syndrome” devidamente acompanhado e
tratado.
HOSPITAL: Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Endócrina
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P128)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Schwannoma com origem no plexo simpático cervi-
cal em doente com patologia nodular da tiroide.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Schwannomas são tumores
benignos com origem em nervos periféricos, sendo
muito raros aqueles com origem no plexo simpático
cervical, sendo o tratamento cirurgico. Apresenta-se
uma doente de 55 anos, referenciada por patologia
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
125
AUTORES: Borges R., Medeiros A., Moura C., Castro R., Bernardo
A.T., Goulart A., Rama T., Melo A.S., Anselmo J., Carneiro V.
CONTACTO: Ricardo Borges
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P130)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
TÍTULO: Bócio Multinodular Gigante: O Passado no Presente
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O bócio multinodular (BMN) é
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
definido como o aumento da glândula tiróide por proliferação heterogénea das células foliculares. É uma patologia benigna comum cujo a incidência varia com o sexo
e com a deficiência de ingestão de iodo. O tamanho da
glândula relaciona-se com o tempo de evolução, pelo
que os doentes com bócio de longa duração tendem a
apresentar bócio de grandes dimensões. Resultados:
Doente do sexo masculino, 77 anos, que apresentava
massa cervical de grandes dimensões, dismorfia marcada e discreto compromisso ventilatório. Realizou TC
cervico-torácico que demostrou glândula tiróide multinodular de dimensões aumentadas, com componente
intratorácico, condicionando compressão de estruturas
adjacentes. Programada abordagem cirúrgica conjunta
com Cirurgia Torácica, procedendo-se realização de
tiroidectomia total com identificação e preservação dos
nervos laríngeos recorrentes. A histologia revelou glândula tiróide de 710 grs (lobo esquerdo 138*10*65mm
e lobo direito 125*50*45mm), constituída por múltiplos
nódulos colóides e adenomatosos num contexto de
BMN. O pós-operatório imediato cursou com hipocalcémia sintomática e necessidade de suplementação com
cálcio oral. O doente teve alta ao 11º dia pós-operatório.
Discussão: Actualmente o BMN é diagnosticado em
estadios precoces sendo delineada a estratégia terapêutica no decurso do estudo da doença. Por conseguinte, BMN gigantes com compromisso da via aérea e
do tubo digestivo são cada vez mais raros, tornando-se
um desafio para o cirurgião.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Cirurgia Endócrina
Barbosa L(1); Francisco E(1); Ferreira J(1); Santos
M(1); Silva A(1); Matos L(1); Póvoa A(1); Maciel J(1)
Lilite Barbosa
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
Devido a esta diferenciação, pode muitas vezes ser
diagnosticado como uma lesão maligna. Os objectivos
são a revisão da literatura e apresentação de um caso
clínico duma doente tratada na nossa instituição, por
um nódulo submaxilar e cujo diagnóstico diferencial foi
com metástase de carcinoma papilar da tiroide. Discussão: Demonstra-se a necessidade da realização
de diagnóstico diferencial de uma massa cervical do
compartimento 2, entre patologia específica de uma
glândula salivar e potencial metástase de carcinoma
diferenciado.
Hospital Litoral Alentejano, EPE
Cirurgia Endócrina
Cruz, A. (1); Allen, M. (1); Mateus, A. (1); Sousa, D. (1);
Marinho, D. (1); Ferreia, A. (1); Martins, J. (1)
Ana Isabel Cruz
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P132)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Excisão Laparoscópica de Ganglioneuroma Retro-
peritoneal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O ganglioneuroma é um tumor
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P131)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Dificuldade diagnóstica de Adenoma Pleomórfico
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
da Glândula Submadibular
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenoma pleomórfico é o
tumor mais frequente das glândulas salivares, responsável por 90% dos tumores benignos. Cerca de 75 a
85% dos adenomas pleomórficos ocorrem na parótida,
8% na glândula submandibular e 7 a 15% nas restantes glândulas salivares. Uma característica dos adenomas pleomórficos é a extensa diferenciação do epitélio,
observado principalmente na biópsia fina ou na PAAF.
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
126
neurogénico benigno raro, com origem na crista neural.
Pode conter células de Schwann, ganglionares e tecido
fibroso. Pode ocorrer em qualquer localização ao longo
da cadeia simpática, sendo mais comum no mediastino, retroperitoneu e glândulas supra-renais. Apresenta
crescimento lento com baixo potencial de malignidade,
podendo atingir 8cm de maior eixo. Raramente causa
sintomas e estes podem ocorrer vários anos após o
início do crescimento, por compressão de estruturas
envolventes. O diagnóstico é habitualmente incidental. A Tomografia Computorizada(TC) e a Ressonância
Magnética(RMN) são os meios de imagem mais úteis.
O diagnóstico definitivo é estabelecido por biópsia incisional ou excisional. O tratamento consiste na excisão
completa do tumor. Material e Métodos: Apresentamos
um doente do sexo masculino com 37 anos de idade,
com achado imagiológico em TC de lesão para-aórtica
esquerda com cerca de 7 cm de maior eixo. Realizou
RNM que revelou lesão heterogénea, para-aórtica
esquerda, colocando a hipótese de ganglioneuroma.
O doseamento de catecolaminas e ácido vanil-mandélico foi normal. Resultados: O doente foi submetido a exérese laparoscópica da lesão retroperitoneal
sem intercorrências. O estudo anatomo-patológico da
peça operatória confirmou a suspeita de ganglioneuroma. Após um ano, o doente encontra-se assintomático. Discussão: O tratamento do ganglioneuroma
retroperitoneal consiste na excisão completa do tumor
sendo a abordagem laparoscópica um procedimento
seguro.
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Cirurgia Endócrina
Vânia Castro, Diana Brito, Ricardo Moreira, Manuel
Ferreira, Artur Castro, Andreia Santos, Pinto Correia
Vânia Alexandra Oliveira de Castro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P133)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Bócio multinodular mergulhante: um desafio clínico
e cirúrgico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O bócio intratorácico é uma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
manifestação incomum da patologia tiroideia, ocorrendo geralmente em contexto de bócio multinodular.
O diagnóstico pode ser acidental em doentes assintomáticos ou descoberto durante o estudo de um quadro
de disfagia, rouquidão, desconforto cervical ou dispneia. Apesar de ser uma patologia benigna, a incidência de carcinoma no bócio multinodular pode rondar os
5-10%. Resultados: Os autores apresentam o caso de
uma mulher de 51 anos, com bócio multinodular mergulhante com 27 anos de evolução, com início recente
de quadro clínico de disfagia e dispneia. O TC evidenciava aumento significativo do lobo esquerdo com
o polo inferior atingindo a crossa da aorta, a 1cm da
carina, e condicionando desvio e diminuição do calibre
da traqueia. Coexistia pequeno nódulo de 8mm no lobo
direito. Por este motivo foi submetida a tiroidectomia
total, por via cervical. A histologia foi compatível com
nódulo de bócio adenomatóide à esquerda e carcinoma
papilar à direita. Discussão: Este caso demonstra as
dimensões que podem ser atingidas pelo bócio multinodular mergulhante de longa evolução, colocando
por vezes desafios técnicos ao cirurgião e alerta para
a possibilidade inerente de neoplasia maligna concomitante.
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
Cirurgia Endócrina
Rita Castro, Luís Amaral, Armando Medeiros, Emanuel
Silva, Tiago Rama, Ana Goulart, Ana Teresa Bernardo,
Ricardo Borges, Catarina Moura, António Melo
Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
em 27 dos casos e 2 explorações dirigidas (uma das
quais na reintervenção). Primariamente, foi realizada
paratiroidectomia subtotal em 23 doentes, paratiroidectomia de 2 glândulas em 3 doentes e de 1 glândula em
2 doentes. Discussão: A exploração cervical bilateral
com visualização das 4 paratiroides e paratiroidectomia
subtotal permitiu tratamento eficaz em 96% dos casos.
Na exploração dirigida ou paratiroidectomia limitada a
eficácia foi de 50%. Nesta amostra, a exploração cervical com paratiroidectomia subtotal foi mais eficaz no
tratamento do hiperparatiroidismo terciário do que a
abordagem dirigida, o que está de acordo com a evidência actual.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Endócrina
Filomena Soares, Ana Catarina Afonso, Cláudia Paiva,
Raquel Correia, Vítor Valente, José Polónia
Maria Filomena Soares Moreira da Ressurreição
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P135)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Shwannoma cervical: uma tumefacção cervical
simpática, mas pouco
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Shwannoma cervical é um
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P134)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Tratamento cirúrgico do hiperparatiroidismo terciá-
rio: cinco anos de experiência na Unidade 2 de
Cirurgia Geral do Centro Hospitalar do Porto
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hiperparatiroidismo terciário
é frequente em doentes com antecedentes de doença
renal crónica após transplante renal. O objectivo deste
trabalho consistiu em avaliar 5 anos de experiência no
tratamento cirúrgico do hiperparatiroidismo terciário.
Material e Métodos: Estudo retrospectivo englobando
doentes operados entre Janeiro de 2008 e Dezembro de
2013. Resultados: Em 652 doentes submetidos transplante renal, 28 foram operados por hiperparatiroidismo
terciário (4, 3%). Nesta amostra, vinte encontravam-se assintomáticos (elevação da PTH e hipercalcemia
persistente), 6 apresentavam queixas osteoarticulares
e 2 litíase renal. O tempo médio entre o transplante e a
paratiroidectomia foi de 60, 5 meses. Foram realizadas
um total de 29 intervenções, englobando uma reintervenção por hiperparatiroidismo persistente (glândula
ectópica). Foi realizada exploração cervical bilateral
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tumor do sistema nervoso periférico, de características benignas, com origem nas células de Schwann.
e que raramente está na dependência da cadeia cervical simpática. Os autores descrevem o caso de um
doente com shwannoma da cadeia cervical simpática
submetido a cirurgia. Resultados: Homem, 26 anos,
avaliado por tumefacção cervical direita indolor com 6
anos de evolução e crescimento recente. Realizou ecografia que mostrou imagem nodular no compartimento
II cervical de 28x40mm, isoecóica, heterogénea, com
áreas quísticas centrais e sugerindo esclarecimento
por RMN; esta mostrou uma lesão nodular fusiforme,
de 46x32x25mm com área sólida periférica que captava contraste avidamente e áreas císticas centrais,
na dependência do espaço carotídeo direito, bem delimitada e sem sinais de agressividade, favorecendo a
hipótese de schwannoma. A PBA foi inconclusiva por
material insuficiente. A exploração cirúrgica confirmou
os achados imagiológicos e revelou a origem do tumor
na cadeia simpática cervical. O exame anatomopatológico foi compatível com Shwannoma. O doente desenvolveu um Síndrome de Horner no pós-operatório. Discussão: O Shwannoma da cadeia cervical simpática é
um tumor benigno raro, que deve ser considerado em
presença de uma massa cervical lateral isolada. Um
exame de imagem pré-operatório como TC ou RMN é
mandatório para orientar o diagnóstico, o tratamento é
cirúrgico. A presença de Síndrome de Horner no pós-operatório confirma a origem na cadeia cervical simpática.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Endócrina
Marisa Aral, João Capela, Filomena Valente, Matos
Lima
Marisa Aral
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
127
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P136)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: O auto-transplante de paratiróide na cirurgia da
tiróide
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hipoparatiroidismo definitivo
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
pós-tiroidectomia é expectável, principalmente nos procedimentos mais extensos. Desde, Lahey, em 1926,
o auto-transplante de paratiróide é usado para evitar
esta complicação. Material e Métodos: Apresentam-se 3 casos clínicos de doentes com carcinoma papilar
submetidos a tiroidectomia total e esvaziamento ganglionar cervical, e auto-transplante de paratiróide no
antebraço não dominante. Resultados: Questionou-se
a viabilidade das paratiroides procedendo-se a auto-transplante. No pós-operatório foram medicados com
cálcio e calcitriol.Todos desenvolveram hipocalcémia
sintomática.A PTH no sangue da fossa antecubital dos
2 membros foi medida ao 8º e ao 30º dia, sendo normal
um mÊs depois no membro do enxerto, 1, 5x superior à
do membro contralateral. A cintigrafia confirmou enxerto
funcionante. Discussão: O risco de hipoparatiroidismo
definitivo após tiroidectomia varia com as séries, sendo
maior quando se associa esvaziamento do compartimento central.O enxerto de paratiróide tem uma taxa
de sucesso de 85%-99% Nestes doentes, o enxerto
evidenciou alguma função no 8º dia de pós-operatório
e normalização aos 30 dias.Conclui-se, assim, que o
enxerto de paratiroide é um procedimento simples e
minimiza o hipoparatiroidismo secundário à cirurgia.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia Endócrina
Liliana Duarte, Ana Oliveira, Natália Santos, Luís Filipe
PInheiro
Liliana Duarte
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
papilar sem extensão extra-tiroideia e com margens
cirúrgicas livres. A doente foi submetida a tratamento
complementar com iodo radioativo e encontra-se sem
evidência de doença oncológica. Discussão: Apesar
da maior parte das LQC serem benignas, a metastização gglionar cervical de carcinoma da tiróide pode
mimetizar uma formação quística e ser a primeira manifestação da doença. No caso descrito, a hipótese de
um segundo tumor primário não foi excluída pela análise anatomopatológica.
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE
Cirurgia Endócrina
Pereira, JC (1) Mesquita, A (1) Moreira, A (1) Dias, T (1)
Jacome, M (2) Afonso, M (2) Bacelar, T (3) Brito, D (1)
Guimarães, J (1) Sanches, C (1) Abreu de Sousa, J (1)
José Carlos Pereira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P138)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Glândulas Salivares Major: Experiência de um Ser-
viço
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Nas afecções das glândulas
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P137)
SESSÃO P-ENDOCRINAS 1
TÍTULO: Quisto cervical como manifestação de um carci-
noma papilar da tiróide
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões quísticas cervicais
(LQC) são na sua maioria quistos branquiais ou linfangiomas. A presença de tecido tiroideu num quisto cervical pode levar a um diagnóstico não expectável: um
carcinoma primário da tiróide. Resultados: Os autores
descrevem um caso clínico de uma dte com 49 anos,
com uma tumefação cervical direita cuja TC revelou
uma lesão bem circunscrita, hipocaptante, com 6, 4cm
e a PBA não revelou células malignas. A dte foi submetida a uma excisão cirúrgica da referida lesão, a qual se
encontrava em contacto com as estruturas vasculonervosas do pescoço. A lesão foi excisada sem violação
da cápsula. Histologicamente verificou-se na parede do
quisto a existência de focos sugestivos de carcinoma
papilar da tiróide. Foram isolados 4 ggs linfáticos sem
alterações. Observando retrospetivamente os cortes da
TC, observou-se um nódulo infracentimétrico no lobo
direito da tiróide. A PBA identificou uma lesão folicular
de significado indeterminado. Foi submetida a tiroidectomia total, tendo-se diagnosticado um microcarcinoma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
128
salivares assumem preponderância as lesões tumorais e a litíase e suas complicações. Os tumores são
mais frequentes na parótida e são maioritariamente
benignos. O seu tratamento é cirúrgico e pode ser
um desafio, quer pela variabilidade anatómica, quer
pelas estruturas vasculo-nervosas próximas.Com o
presente trabalho pretendeu-se mostrar a experiência
da Unidade Cirurgia Extra-Digestiva do CHP na abordagem desta patologia, opções cirúrgicas e suas principais complicações. Material e Métodos: Procedeu-se a análise retrospectiva dos doentes operados por
patologia das Glândulas Salivares Major, na Unidade
Cirurgia Extra-Digestiva do CHP, num período de 82
meses, entre Março 2009 e Novembro 2013. Resultados: Apuraram-se registos de 146 doentes, com predomínio do sexo feminino (52%), com idade média de
49 anos. Houve um predomínio de patologia benigna
da glândula Parótida, (Adenoma Pleomórfico e Tumor
de Warthin). A patologia maligna mais frequente foi o
carcinoma epitelial-miopepitelial. Na patologia das restantes glândulas salivares predominou a litíase e suas
complicações. Em ambos os caso, o tratamento passou
pela excisão parcial ou total da glândula afectada. Discussão: A morbilidade da nossa série vai de acordo
com o descrito na literatura, dentro da precoce a mais
frequente é a paresia temporária do nervo facial sendo
de referir que os 4 casos de Paralisia completa ocorreram em doentes em que houve sacrifício deliberado por
invasão do nervo pela lesão.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Endócrina
José Presa Fernandes (1); Catarina Morais (1); Ezequiel Silva (1); Silvia Neves (1); Vitor Simões (1); José
Polónia (1)
José Miguel Presa Fernandes
[email protected]
SALA 3
06-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P171)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Adenocarcinoma da vesicular biliar incidental: a
propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenocarcinoma da vesícula
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
biliar é um tumor raro, associado a mau prognóstico,
geralmente diagnosticado em estadio avançado da
doença. Com o aumento da frequência de colecistectomias, verificou-se também um aumento da incidência
de adenocarcinoma da vesícula biliar incidental (0, 3
a 2%), que é diagnosticado pela anatomia-patológica
durante ou após a cirurgia. Resultados: É apresentado o caso de um doente do género masculino, de
64 anos, com antecedentes de Obesidade, HTA, Diabetes Mellitus e colelitíase sintomática. Foi submetido
electivamente a colecistectomia via laparoscópica,
com identificação de uma lesão polipóide do infundíbulo da vesícula biliar, suspeita, pelo que se converteu
para laparotomia de Kocher, procedendo-se à colecistectomia. Foi realizado um exame anatomo-patológico
extemporâneo que revelou um adenocarcinoma bem
diferenciado da vesícula biliar (pT1bN0). No mesmo
tempo operatório, o doente foi ainda submetido a linfadenectomia hilar e hepatectomia atípica dos segmentos
IV e V, não sendo identificadas metástases. Realizou
TC tóraco-abdomino-pélvica que não identificou secundarização. Durante o internamento teve como complicações um ARDS, com necessidade de internamento
em cuidados intensivos, e uma hérnia incisional submetida a cura cirúrgica. Teve alta após 23 dias de internamento, clinicamente bem. Discussão: O aumento
da incidência do adenocarcinoma da vesícula biliar incidental, permitiu a detecção desta patologia em estadios
mais precoces, com melhor prognóstico associado.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Marta Sousa, Pedro Fidalgo, Carlos Ascensão, Cristina
Maia Santos, Vítor Pereira
Marta Sofia Farinha Capelo de Sousa
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
recorreu ao SU por quadro de dor abdominal associada
a tumefação no hipocôndrio direito com vários meses
de evolução.Realizou TC abdominal que constatou ao
nível do hipocôndrio e flanco direitos imagem ovalar
com cerca de 12 cm de parede espessada e irregular
compatível com abcesso multisseptado embora não se
pudessem excluir outros diagnósticos.Por agravamento
do quadro, decidida laparotomia exploradora, na qual
se constatou volumoso abcesso sub-hepático com
envolvimento da parede abdominal tendo sido efetuada
drenagem e observado presença de cálculo biliar retido
que se extraiu.Restante internamento sem intercorrências, tendo tido alta ao 5º dia de pós-op. Discussão:
Frequentemente o diagnóstico desta complicação é
tardia, pelo que é necessário elevado índice de suspeição. Torna-se imperioso a toilette peritoneal cuidada
com recolha de todos os cálculos perdidos.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Tiago Fonseca, Luciana Costa, Rosa Sousa, António
Soares, Jorge Costa, Gil Gonçalves, Mário Nora
Tiago Feiteira Fonseca
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P173)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Ileus biliar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Ileus biliar é uma causa rara de
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P172)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: O Cálculo Perdido – A propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A perfuração vesicular com
perda de cálculos constitui a complicação mais
frequente associada a colecistectomia laparoscópica(20-40%).Clinicamente pode manifestar-se, desde
infeção da parede abdominal, oclusão intestinal, abcessos intra-abdominais recidivantes e por quadros fistulosos.São fatores de risco:sexo masculino, idade avançada, colecistite prévia, perda de cálculos pigmentados
e tamanho >1 cm com localização peri-hepática. Resultados: Homem de 76 anos, submetido a colecistectomia laparoscópica em 2010 por litiase vesicular sintomática, complicada por rotura vesicular acidental com
extravasamento de bile e cálculos.Em Setembro/2014
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
oclusão do tracto gastrointestinal. Ocorre em 25% das
oclusões de intestino delgado nos doentes com mais de
65 anos. Comorbilidades contribuem para a significativa morbimortalidade associada a esta doença Material e Métodos: Apresentação de caso clínico Resultados: Mulher, 91 anos, com diabetes mellitus (DM),
insuficiência renal crónica, com vómitos, obstipação e
agravamento da função renal. Avaliação por cirurgia
por dor abdominal. TAC: aerobilia, distensão intestinal
e cálculo no lúmen intestinal. Laparotomia confirmou
o diagnóstico (realizada enterolitotomia. Alta ao 13º
dia. Mulher, 87 anos, com HTA, DM, fibrilhação auricular, com vómitos, dor abdominal e tosse produtiva.
Avaliação por cirurgia por agravamento da dor. Eco e
TAC: aerobilia, fístula biliar-gastrointestinal e cálculo no
lúmen intestinal. Laparotomia confirmou o diagnóstico
(realizada enterolitotomia). Paragem cárdiorespiratória
ao 3º dia. Discussão: Ileus biliar resulta da presença
de fístula colecistoentérica que permite passagem e
impactação de cálculo no lúmen intestinal. Mais frequente em mulheres com mais de 65 anos (maior morbilidade). A tríade radiológica, de oclusão intestinal,
aerobilia e cálculo de localização aberrante ocorre em
apenas 30% dos casos, sendo assim, a TAC permite
o diagnóstico precoce. O tratamento preferencial nestes casos é a enterolitotomia. A abordagem da fístula
no mesmo tempo cirúrgico deve ser reservada para
os doentes mais jovens, clinicamente estáveis e sem
comorbilidades significativas.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Milene Sá, José Teixeira, Júlio Constantino, Jorge
Pereira, Rosa Simão, Luís Filipe Pinheiro
Milene Sá
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
129
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P174)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Tratamento endovascular de um aneurisma do
ramo direito da artéria hepática direita
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os aneurismas das artérias
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
digestivas são uma entidade rara (0.1-2%). A etiologia
é variável sendo usualmente provocados por aterosclerose. A artéria esplénica é o local mais comum (60%),
seguido da artéria hepática(20%) e artéria mesentérica
superior (6%). A maioria são assintomáticos, sendo
achados em exames de rotina. A ruptura espontânea,
quando ocorre associa-se a 30% de mortalidade. Apresentação do caso clínico de aneurisma do ramo direito
da artéria hepática direita por tratamento endovascular.
Material e Métodos: Doente sexo feminino, 73 anos,
com antecedentes pessoais de HTA, sem queixas. Em
exames de rotina aneurisma do ramo direito da artéria hepática direita com cerca de 2x2 cm. Resultados:
Doente submetida a embolização com detachable
coils de aneurisma do ramo direito da artéria hepática
direita, sem intercorrências. Internamento sem complicações, com alta ao 2º dia pós-op. Discussão: A
cirurgia e embolização são opções de tratamento nos
aneurismas e pseudoaneurismas das artérias digestivas. O sucesso terapêutico das técnicas endovasculares atinge 90-100%, sendo mais vantajoso em termos
de curta permanência hospitalar, menor necessidade
transfusao e rápido controlo hemorrágico.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Aguiar C; Bicho L; Coimbra E.; Marques H.; Martins A.;
Barroso E
Catarina Aguiar
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
valores de bilirrubina. Duas semanas depois é submetido ao 2º tempo, com totalização de tri-sectorectomia
esquerda também aqui sem intercorrências relevantes. Discussão: O tratamento cirúrgico dos tumores
de klatskin pode ser complexo e a tri-sectorectomia
esquerda é uma forma de aumentar a possibilidade de
uma margem negativa em alguns doentes. A opção de
associar esta cirurgia ao ALPPS ainda não foi descrita.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sobral, Mafalda; Corado, Sofia; Pinto Marques, Hugo;
Santos Coelho, João; Mega, Raquel; Martins, Américo;
Barroso, Eduardo.
Mafalda Sobral
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P176)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Hepatocarcinoma com Metastização para a Glan-
dula Supra-Renal Esquerda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hepatocarcinoma é o tumor
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P175)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: ALPPS: Um recurso precioso em situações difíceis.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A tri-sectorectomia esquerda
CONTACTO:
EMAIL:
pode aumentar a probabilidade de uma margem livre
nos tumores de Klatskin. O ALPPS (Associating Liver
Partitionand Portal vein Ligation for Staged hepatectomy), utilizado habitualmente como uma técnica para
aumentar a reserva hepática, pode ser usado para
tornar ressecáveis alguns tumores avançados. Apresenta-se uma doente com um tumor de Klatskin tipo
IV, submetido a uma estratégia cirúrgica original. Material e Métodos: Doente de 39 anos, com quadro de
icterícia obstrutiva. Tratava-se de um tumor de Klatskin
tipo IV, após CPRE é submetido a embolizaçãoportal
esquerda para posterior hepatectomia esquerda alargada. Por icterícia persistente é submetido a CPT, que
revela invasão do sector anterior direito, e separação
dos ramos biliares para os segmentos 6 e 7. Foi então
proposta, como medida de recurso, uma tri-sectorectomia esquerda por ALPPS. Resultados: Primeira intervenção: Secção parenquimatosa, linfadenectomia e
hepatico-jejunostomia a 4 canais para os segmentos 6
e 7. A análise histológica demonstrou não haver tumor
na margem e registou-se uma progressiva descida dos
primitivo do fígado mais frequente. A sua disseminação
associa-se muitas vezes a trombose da veia porta, sendo
pouco comum a sua metastização à distância. Material
e Métodos: Apresentamos o caso de um homem de
70 anos de idade com antecedentes cirrose hepática
alcoólica a quem foi diagnosticado hepatocarcinoma no
fígado direito em 2013 com metástase síncrona da glândula supra-renal esquerda.Em fevereiro de 2014 foi submetido a hepatetomia parcial (segmentetomia VI, VII e
VIII) e suprarrenalectomia esquerda – pT2G1N0M1R0,
decidindo-se vigilância clínica pós-cirúrgica em Consulta
de Grupo. Sem necessidade de tratamento adjuvante.
Resultados: Desde então mantem-se assintomático e
sem evidência de recidiva nos estudos imagiológicos de
seguimento que efetuou até à data.
Hospital de Braga
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Alexandra Babo (1), Claudio Branco (1), Fernanda
Nogueira (1), Sónia Vilaça (1), Joaquim Falcão (1);
Alexandra Babo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P177)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Migração de espinha de peixe – causa rara de
abcesso hepático
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar de raras, estão descri-
tas diferentes complicações hepatobiliares após perfuração do tracto gastrointestinal por espinha de peixe,
sendo o abcesso hepático a mais frequente. Na maioria das vezes, o doente não tem memória da ingestão
da espinha. Material e Métodos: Descrição de caso
clínico Resultados: Os autores descrevem um caso
clínico de uma doente de 58 anos de idade que recorreu ao serviço de urgência por vómitos, diarreia e febre
com 3 dias de evolução. Analiticamente apresentava
aumento dos parâmetros inflamatórios e insuficiência
renal aguda. Realizou ecografia abdominal, que reve-
Revista Portuguesa de Cirurgia
130
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
lou imagem sugestiva de abcesso hepático complexo,
o que, após realização de tomografia computadorizada abdominal, revelou tratar-se de um abcesso no
segmento III com 7 cm de maior diâmetro, em relação
com objecto hiperdenso com 4, 5 cm de comprimento,
compatível com espinha de peixe. Foi submetida a tratamento cirúrgico, com drenagem do abcesso, remoção
do corpo estranho e do tecido inflamatório, e rafia de
perfuração gástrica. Teve alta, com a situação resolvida, 12 dias após a operação. Discussão: A perfuração do tracto gastrointestinal por corpo estranho deve
ser considerada nos casos de abcesso hepático de
causa desconhecida, especialmente naqueles refractários ao tratamento convencional, mesmo que o doente
não refira a sua deglutição
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
M. Inês Coelho; Nídia Moreira; Joaquim Ferreira; Luís
Simões Reis; C. M. Costa Almeida
Maria Inês Coelho
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P179)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Ectopia da Vesícula Biliar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P178)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Falso quisto pancreático complicado de pneumope-
ritoneu após drenagem
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite aguda é fre-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
quente, geralmente com evolução favorável. Cerca
de 1 a 8% das pancreatites agudas complicam com
pseudo-quisto pancreático, a maioria resolve espontaneamente. Quando é necessário, as drenagens mini-invasivas são o tratamento de referência. Material e
Métodos: Doente de 44 anos, submetido a drenagem
endoscópica transgástrica de falso quisto pancreático
( 3 cateteres). Pós-drenagem complicada de abdómen agudo e pneumoperitoneu. Realizada pequena
incisão (3cm) no hipocôndrio esquerdo, identificado
pneumoperitoneu e líquido ascítico reacional, colocado
dreno aspirativo peritoneal. Realizada marsupialização
do compartimento pancreático com identificação de
necrose pancreática. Procedeu-se a necrosectomia
através da técnica MINI (Mini Invasive Necrosectomy
Infected) e remoção de 1 cateter de drenagem. Colocado dreno aspirativo na loca. Remoção de restantes 2
cateteres por via endoscópica. Resultados: Pequena
fístula gástrica que encerrou ao 7º dia de pós-operatório. Realizadas lavagens diárias do compartimento e
dreno aspirativo. Teve alta ao 20º dia de pós-operatorio. Encerramento total da marsupialização ao fim de 1
mês de pós-operatório. Discussão: Esta técnica permite individualizar o compartimento pancreático, relevante nos casos de complicações (ex. fístula gástrica)
e permite realizar necrosectomia com minimização da
agressão cirúrgica. Evita a necessidade de laparotomia
e permite de forma segura e simples abordagens repetitivas, maioria das quais em regime “bed side surgery”.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Patrícia Amaral, Octávio Viveiros, Maria Veiga de
Macedo, João Sacadura Fonseca, Francisco d?Oliveira
Martins
Patrícia Amaral
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
variações anatómicas
encontradas na vesícula e nas vias biliares são revestidas de enorme importância, já que podem ser responsáveis por lesões iatrogénicas graves. A vesícula biliar
pode apresentar alterações no número, na sua forma
e na localização, podendo ser intra-hepática, parcial
ou totalmente flutuante (quando ocorre fixação através
de meso longo) ou localizada à esquerda. Material e
Métodos: Processo clínico e vídeo da cirurgia. Resultados: Apresentamos o caso clínico de um homem de
65 anos que recorreu ao Serviço de Urgência por dor
abdominal localizada ao epigastro associada a vómitos com dois dias de evolução. Apresentava abdómen
doloroso à palpação epigástrica e ligeira leucocitose
nas análises. A radiografia do abdómen não mostrou
alterações significativas. Realizou ecografia abdominal
que mostrou vesícula com cálculos, com pronunciado
espessamento da parede, compatível com colecistite
aguda litiásica. O doente foi operado – colecistectomia laparoscópica – e internado no serviço de Cirurgia.
Intraoperatoriamente verificou-se a presença de vesícula com parede edemaciada e eritematosa com zonas
friáveis, encastoada no segmento III hepático. Tecnicamente foi uma cirurgia laboriosa. O pós-operatório
decorreu sem complicações. Discussão: A vesícula
“ectópica” pode estar encastoada no parênquima hepático e localizada à esquerda. Tal facto pode complicar
o diagnóstico clínico porque provoca menor reacção
peritoneal e dificultar a cirurgia dada a abordagem do
triângulo de Calot ser diferente.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
A. Couceiro, G. Capelão, J. Nobre, M. Laureano, S.
Hilário, J. Pais, M. Coelho dos Santos
Ana dos Santos Couceiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P180)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Icterícia obstrutiva por lesão tumoral da ampola de
Vater: um caso insólito
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A icterícia obstrutiva pode ser
um desafio diagnóstico persistindo, por vezes, a dúvida
entre malignidade e benignidade. Em alguns casos, o
diagnóstico definitivo é conseguido após resseção e
exame anatomo-patológico da peça. Os autores descrevem um caso de icterícia obstrutiva por metástase
de carcinoma da mama na ampola de Vater. Material e Métodos: Mulher de 74 anos, antecedentes de
mastectomia direita em 1989 por neoplasia da mama,
diabetes mellitus. Quadro de icterícia obstrutiva, anorexia e perda ponderal nos últimos 2 meses. Realizou
TC que relatava “dilatação irregular do Wirsung, nódulo
hipodenso com 10mm que comunica com o canal pancreático”; a ecoendoscopia mostrou”ectasia quística do
Wirsung a nível da cabeça pancreática”; CPRE sem
alterações; a citologia da via biliar referia processo
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
131
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
inflamatório esclerosante. Submetida a duodenopancreatectomia cefálica (DPC). O estudo anatomopatológico revelou metástase de carcinoma invasor da mama
na ampola de Vater, observando-se tecido tiroideu ectópico (TTE) adjacente ao tumor, na lâmina própria do
duodeno. Discussão: Cerca de um terço dos casos de
carcinoma da mama metastizam à distância, sendo a
localização ampular apenas descrita em 2 casos, vários
anos após diagnóstico do tumor primário. O TTE resulta
de um defeito na embriogénese da tiróide estando descritas na literatura inúmeras localizações. A presença
síncrona de metástase de carcinoma da mama e TTE
na ampola de Vater é um caso único nunca antes descrito na literatura.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
A.Oliveira(1), R. Martins(1), M. Tomé (1), M.G. Jorge(1),
M.A. Cipriano(2), J.G. Tralhão(1), F. Castro-Sousa(1)
Ana Oliveira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P182)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Neoplasia da vesícula biliar: uma apresentação
pouco comum
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A neoplasia da vesícula biliar é o
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P181)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Uma causa mediterrânica de abcesso hepático
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O abcesso hepático piogênico
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
é um desafio terapêutico quando o doente apresenta
sintomas atípicos. Uma causa de insucesso no seu tratamento é a migração, não reconhecida, de um corpo
estranho a partir do tracto gastrointestinal. Material
e Métodos: Doente de 78 anos, com quadro de dor
abdominal e febre com 3 meses de evolução. Diagnostico de abcesso hepático, sem resposta a antibioterapia dirigida (S. anginosus e E. corrodens) e drenagem
percutânea. A TC evidenciou imagem linear hiperdensa
(35mm) em contacto com abcesso no lobo esquerdo.
Admitido abcesso hepático por perfuração por espinha
de peixe, foi colocada indicação cirúrgica. Resultados:
Intra-operatoriamente constatou-se espinha de peixe
intra-hepática, no seg IVb, com abcesso com 6cm.
Aderência do epíploon ao piloro, sem evidência de perfuração. Procedeu-se a remoção do corpo estranho e
drenagem do abcesso. Pós-operatório sem intercorrências. Discussão: A perfuração causada pela ingestão
de corpos estranhos é incomum e a formação subsequente de abscesso hepático ainda mais rara. Dos
casos descritos, os locais mais frequentes de perfuração são o estômago e o duodeno e o corpo estranho a
espinha de peixe. O sucesso do tratamento depende
do rápido reconhecimento da etiologia subjacente. Na
ausência de resposta à drenagem e antibioterapia, a
migração de um corpo estranho deverá ser considerada um potencial factor etiológico. Apesar da raridade,
este é o segundo caso identificado na nossa instituição, o que acreditamos dever-se à típica dieta do nosso
país.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sílvia Gomes da Silva; João Santos Coelho; António
Murinello; Nuno Carrilho; Ana Marta Nobre; Eduardo
Barroso
Sílvia Gomes da Silva
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cancro mais frequente das vias biliares e a 5ª neoplasia
mais frequente do trato gastrointestinal. As condições
que predispõem à inflamação crónica são considerados
factores de risco para o aparecimento da doença. A deteção precoce é essencial no tratamento e cura. A cirurgia
é o único tratamento com influência na sobrevida, no
entanto apenas 10% dos doentes tem tumores ressecáveis aquando do diagnóstico inicial. A sobrevida a 5
anos é inferior a 5%, sendo a sobrevida mediana cerca
de 6 meses. O estadiamento é feito de acordo com as
guidelines da AJCC. A doença metastática e a invasão
nodal à distância têm apenas indicação para tratamento
paliativo. A quimioterapia tem um papel na doença irressecável. Apresentamos um caso clínico de uma mulher
de 72 anos, natural do Reino Unido, submetida a laparotomia exploradora urgente por oclusão do intestino
delgado. Na intervenção constatou-se espessamento
da vesícula biliar, suspeito de neoplasia e a presença de
várias formações nodulares (1 a 2cm) no delgado, uma
das quais condicionando estenose e quadro de oclusão
intestinal. Foi realizada colecistectomia e enterectomia
segmentar das 3 ansas com nódulos macroscópicos. O
diagnóstico anatomopatológico é de adenocarcinoma da
vesícula biliar com metástases no intestino delgado. Iniciou quimioterapia adjuvante paliativa com gemcitabina
e cisplatina. A TC de reavaliação revela metastização
pulmonar e carcinomatose peritoneal.
Centro Hospitalar do Oeste
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Adriano Marques, Ana Rodrigues, Isabel Dias, Pedro
Coito, António Duarte, Manuel Nobre
Adriano Marques
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P183)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Ileus Biliar: Complicação Rara de Litiase Vesicular
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Ileus biliar é uma causa
rara de oclusão intestinal que se deve à impactação
de um cálculo vesicular de grandes dimensões a nível
do intestino delgado. Com uma incidência inferior a 0,
5%, é responsável por 1 a 4% de todos casos de oclusão intestinal mecânica. Trata-se de uma patologia de
diagnóstico tardio, devido à intermitência dos sintomas
e dificuldade na identificação da causa da oclusão,
estando associada a taxas de morbi-mortalidade consideráveis nos doentes com comorbilidades associadas. O tratamento standard consiste na extracção do
cálculo obstrutivo. Material e Métodos: Neste trabalho os autores apresentam um caso clínico de doente
com diagnóstico de ileus biliar submetida a tratamento
cirúrgico. Resultados: Doente do sexo feminino de 74
anos, com antecedentes de litiase vesicular e esclerose múltipla, internada com diagnóstico de Colecistite
Aguda submetida a tratamento conservador. Ao 6º dia
Revista Portuguesa de Cirurgia
132
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
de internamento inicia quadro clínico compatível com
oclusão intestinal confirmado por tomografia computorizada abdomino-pélvica (TC), que revelou fístula
bilo-entérica e oclusão intestinal por bezoar a 12cm
da válvula ileo-cecal. Doente submetida a laparotomia
exploradora, sendo efectuada extracção de dois cálculos biliares por enterotomia. Pós-operatório imediato
sem intercorrências. Observada em consulta de seguimento, apresentando-se assintomática. Discussão: O
ileus biliar tem indicação para laparotomia urgente, e
o seu tratamento standard consiste na extracção cirúrgica do cálculo obstrutivo.
Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco
Gentil, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Louro, Hugo(1); Liberal, Maria(2); Leite, Mariana(2);
Barbosa, Lilite(2); Santos, Mariana(2); Fonseca,
Sofia(2); Santos, Vitor(2); Lucas, M Conceição(2);
Maciel, Jorge(2)
Hugo Cardoso Louro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P185)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Mais compatíveis só os gémeos homozigóticos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O transplante hepático de
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P184)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Ectopia Pancreática Sintomática
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pâncreas ectópico consiste
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
na presença de tecido pancreático em localização atípica, sem relação anatómica ou vascular com o órgão
ortotópico.A sua incidência estima-se entre 0, 5-15%,
sendo mais frequente a localização gástrica, duodenal
e jejunal. A abordagem terapêutica depende da presença de sintomas e/ou suspeita de malignidade.Os
autores descrevem a apresentação clínica, diagnóstico
e tratamento de um caso clínico desta rara entidade.
Resultados: Mulher, 26 anos, saudável, seguida por
queixas dispépticas inespecíficas.Exame objectivo e
analítico sem alterações.Endoscopia alta e ecoendoscopia revelaram neoformação submucosa justa-pilórica
sugestiva de tumor do estroma gastrointestinal (GIST).
Sem outras lesões em TAC.Indicação cirúrgica pela
presença de sintomas e incerteza diagnóstica.Realizada gastrectomia subtotal atípica com gastroduodenostomia mecânica tipo BI. Cirurgia e pós-operatório
sem intercorrências. A histologia da peça operatória
revelou nódulo de 3 cm de maior diâmetro na espessura da parede gástrica com achados compatíveis com
ectopia pancreática. Evolução clínica favorável com
melhoria sintomática significativa durante o período de
seguimento. Discussão: O pâncreas ectópico é frequentemente um achado incidental assintomático.Contudo, encontra-se sujeito aos mesmos processos inflamatórios e neoplásicos do pâncreas ortotópico.Embora
se trate de uma condição rara, deve ser considerado no
diagnóstico diferencial de outras lesões subepiteliais,
como os tumores carcinóides, linfomas ou GISTs.
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Ana Teresa Bernardo, Luís Amaral. Rui Quintanilha,
António Silva Melo
Ana Teresa Bernardo
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
dador vivo é, para muitos doentes, uma solução para a
escassez de dadores cadáver. O objectivo deste trabalho é apresentar o caso clínico de um jovem que recebeu, da mesma dadora, um enxerto de medula óssea e
28 anos depois o hemifígado direito. Material e Métodos: Doente do sexo masculino, 38 anos de idade, com
antecedentes de leucemia mielóide aguda em 1986 e
submetido com sucesso a transplante de medula óssea
doada pela irmã. Em 2009 foi-lhe diagnosticada cirrose
hepática secundária à infecção pelo vírus da hepatite
C, adquirida durante as transfusões de hemoderivados
a que foi submetido. Em Julho de 2013 foram detectados 2 nódulos de carcinoma hepatocelular. O doente foi
então proposto para quimioembolização dos mesmos e
posterior transplante hepático recorrendo à mesma irmã
como dador vivo. Resultados: O transplante decorreu
a 24/05/2014, sem complicações quer para o dador
quer para o receptor. O pós operatório também não
teve intercorrências de relevo tendo o dador e o receptor alta respectivamente ao 6º e 13º dia pós operatório.
Dador e receptor encontram-se clinica e analiticamente
bem, 6 meses após transplante. Optou-se por, apesar
da “semelhança” a nível do sistema imunitário, instituir
imunossupressão com ciclosporina. Discussão: Neste
caso, o transplante hepático de dador vivo permitiu ao
doente uma redução quer do tempo de espera por um
órgão, quer do risco de futuros episódios de rejeição do
enxerto.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Carmelino J; Ribeiro V; Pinto Marques H; Martins A;
Barroso E
Janine Andreia Rebelo Carmelino
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P186)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Hepatectomia direita por tumor miofibroblástico
inflamatório volumoso
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores miofibroblásticos
inflamatórios (TMI) são compostos de células miofibroblásticas acompanhadas de infiltrado inflamatório e
ocorrem principalmente em crianças ou adultos jovens.
São tumores raros, que podem aparecer em qualquer
parte do corpo, mas mais frequentemente no mesentério, epíplon, retroperitoneu, pelve e tecidos moles abdominais em 73% dos casos. Resultados: Homem de
71 anos, com antecedentes de nefrectomia direita em
2002 por tumor. Apresentava queixas de moedeira no
hipocôndrio direito e hepatomegalia com extensão ao
plano umbilical. Foram realizadas TC e RM abdominal,
que mostraram volumosa formação expansiva no hipocôndrio/flanco direito, com 16cm de maior diâmetro,
sem plano de clivagem com o lobo direito do fígado. As
lâminas da peça de nefrectomia foram revistas, tendo
sido identificado um TMI, com margens livres de lesão.
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
133
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
O doente foi então proposto para cirurgia, sendo submetido a hepatectomia direita e hemicolectomia direita
em bloco. A recidiva do tumor prévio foi confirmada histologicamente. Discussão: O tratamento preconizado
para os TMI é a ressecção cirúrgica e a re-excisão no
caso de tumores recorrentes. Os TMI extra-pulmonares
recidivam em aproximadamente 25%, mas as metástases acontecem em menos de 2% dos casos. Apesar do
progresso nesta área, características como o tamanho
do tumor, atipia nucleas, actividade mitóticas e necrose
ainda não têm uma correlação perfeita com o prognóstico.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Marina Morais, Renato Bessa de Melo, Marinho de
Almeida, Manuel Oliveira, J Costa Maia
Marina Morais
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P188)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Passagem Estreita
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasia papilares intra-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P187)
SESSÃO P-HBP 2
TÍTULO: Tumor pseudo-papilar do pâncreas: um achado
imagiológico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasias pseudo-papi-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
lares do pâncreas são raras, com baixo potencial de
malignidade. Representam 1-3% de todas as neoplasias pancreáticas. São mais frequentes em mulheres
jovens. Material e Métodos: Apresenta-se o caso clínico de uma mulher de 25 anos, com neoplasia da cauda
do pâncreas detetada em tomografia computadorizada
realizada em contexto de apendicite aguda complicada
com abcesso. Resultados: Foi realizada biópsia da
referida lesão cujo resultado revelou tratar-se neoplasia pseudo-papilar sólida do pâncreas. Submetida a
espleno-pancreatectomia caudal, sem intercorrências
no internamento. Alta ao 6º dia pós-operatório. A histologia da peça confirmou tratar-se de neoplasia pseudo-papilar da cauda do pâncreas, com 5 cm de maior diâmetro, limitada ao parênquima, sem invasão vascular
ou metástases ganglionares. Sem evidência de recidiva
aos 9 meses de seguimento. Discussão: As neoplasias pseudo-papilares do pâncreas representam 1-3%
de todas as neoplasias pancreáticas. São dez vezes
mais frequentes em mulheres e afetam predominantemente indivíduos jovens. Localizam-se predominantemente no corpo e cauda do pâncreas.10-15% dos
doentes com estas neoplasias apresentam metástases
ao diagnóstico. O diagnóstico deve ser feito por biópsia aspirativa para as diferenciar de outras lesões de
maior agressividade. Devido ao seu potencial de malignidade, a resseção cirúrgica está recomendada, sendo
que cerca de 95% dos doentes ficam curados após a
cirurgia. A quimioterapia e radioterapia não são usadas
por rotina.
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sílvia Silva; Nádia Tenreiro; Luís Madureira; José Lage;
João Gaspar; Arnaldo Nunes; Pedro Pinheiro; Fernando Próspero
Sílvia Monteiro da silva
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
-ductais das vias biliares (IPMN-b) são uma variante
dos tumores das vias biliares, caracterizadas por um
crescimento endoluminal seguindo a sequência adenoma-carcinoma. Apresentam uma produção elevada
de mucina podendo estar associadas a microlitíase,
o que pode condicionar obstrução das vias biliares.
Cerca de 40-80% dos IPMN-b à data do diagnóstico
apresentam componente invasivo, fazendo-nos pensar
que os IPMN-b têm um grande potencial de malignidade. Material e Métodos: Doente do sexo masculino,
73 anos, caucasiana. Submetido a colecistectomia há
40 anos por litíase sintomática, complicada de icterícia no pós-operatório. Desde há 2 anos que apresenta
quadros de colangite e pancreatites de repetição, tendo
realizado 2 CPRE que mostram dilatação da árvore
biliar à esquerda, sem evidência de litíase da via biliar,
imagens de subtração ou estenose. A Colangio-RM
obteve um resultado concordante. Resultados: Submetido a hepatectomia esquerda a 11/09/2014, tendo
a intervenção e o pós-operatório decorrido sem complicações. O exame anatamo-patológico mostrou tratar-se de uma IPMN-b com displasia de baixo grau da via
biliar intra-hepática esquerda com margens cirúrgicas
sem tumor. Discussão: Trata-se de uma patologia de
difícil diagnóstico pré-operatório, sendo o prognóstico
favorável comparativamente com outros tumores das
vias biliares não papilares.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Tânia Almeida, Susana Rodrigues, Sofia Carrelha,
Raquel Mega, Jorge Lamelas, Eduardo Barroso
Tânia Almeida
[email protected]
06-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P221)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Carcinoma oculto da mama com metástases gan-
glionares axilares – Um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma oculto é uma
entidade pouco frequente definida pela presença de
metástases com tumor primário indetetável na altura
da apresentação. A presença de adenopatias axilares
é a forma de apresentação mais comum do carcinoma
oculto da mama, ocorrendo em cerca de 1% dos casos
de cancro da mama e tendo como origem mais provável a mama homolateral. Material e Métodos: Trata-se
de uma doente de 37 anos, com antecedentes familiares de primeiro e segundo grau de cancro da mama,
referenciada a consulta de Cirurgia Geral para biópsia
de adenopatia axilar esquerda com 3 meses de evolu-
Revista Portuguesa de Cirurgia
134
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
AUTORES: Marta Sousa, Zacharoula Sidiropoulou, Pedro Fidalgo,
ção. O resultado histológico da biópsia revelou metástase de carcinoma compatível com origem na mama.
Realizou posteriormente ecomamografia, TAC-TAP,
TAC cervical, RM mamária e PET de corpo sem evidência de lesão primária. Foi submetida a QT, seguida de
esvaziamento ganglionar axilar (Histologia: 19 gânglios
sem metástase, mas 8 deles com aspetos sugestivos
de efeito terapêutico primário em eventuais gânglios
previamente metastizados, com resposta total) e posteriormente RT da mama homolateral. Presentemente
com 6 meses livre de doença, mantendo follow-up.
Discussão: O carcinoma oculto da mama acarreta
uma dificuldade diagnóstica e um verdadeiro desafio
terapêutico. Sendo consensual a terapêutica dirigida
à metastização ganglionar axilar com QT e esvaziamento ganglionar axilar, a terapêutica dirigida ao foco
primário desconhecido é fonte de discussão, podendo-se optar pela mastectomia radical modificada ou
pela RT.
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Cirurgia Mamária
Vieira, P.; Correia, M.; Ferreira, P.; Branco, L.; Rigueira,
V.; Cortez, L.
Pedro Jorge Guarda Filipe Vieira
[email protected]
Carlos Ascensão, Cristina Maia Santos, Vítor Pereira
CONTACTO: Marta Sofia Farinha Capelo de Sousa
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P223)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Comportamento do tumor filóide da mama: estudo
retrospectivo
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores filóides são tumo-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P222)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Tumor neuroendócrino da mama primário: uma
apresentação rara
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos
da mama são uma entidade rara, que corresponde a
1-2% dos cancros da mama. Uma diferenciação neuroendócrina focal pode ser encontrada em diversos
subtipos histológicos do cancro da mama devendo,
nos tumores neuroendócrinos, estar presente uma
expressão difusa dos marcadores neuroendócrinos
específicos, em mais de 50% das células tumorais. O
diagnóstico de tumor primário é feito se outras localizações primárias forem excluídas e/ou se estiver presente
um componente de carcinoma in situ. Resultados: É
apresentado o caso clínico de uma doente do género
feminino, de 80 anos, que apresentou um nódulo irregular da mama esquerda, identificado na ecografia e
mamografia com um BI-RADS 4a. Foi realizada uma
biópsia por tru-cut, cuja histopatologia revelou carcinoma neuroendócrino, com positividade de 100% para
sinaptofisina, bem como para os receptores hormonais.
Após o estadiamento e exclusão de outras localizações
primárias possíveis, a doente foi submetida a mastectomia simples com pesquisa de gânglio sentinela, que
foi negativo para metástases. O resultado histopatológico definitivo foi de carcinoma neuroendócrino pouco
diferenciado da mama, sub-tipo molecular um luminal
B – HER2 negativo. Discussão: Os tumores neuroendócrinos mamários são mais frequentes em mulheres
idosas, e não parecem ser clinica e radiologicamente
distintos dos outros cancros da mama. É essencial o
seu diagnóstico precoce com biópsia e a exclusão de
outras localizações, com implicações no tratamento.
HOSPITAL: Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Mamária
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
res fibroepiteliais da mama raros, com potencial maligno
variável, contabilizando menos de 1% dos tumores
da mama. Apresentam tendência a comportamento
benigno, semelhantes a fibroadenomas, podendo sofrer
transformação maligna com crescimento rápido e capacidade de metastização à distância. Actualmente são
classificados pela Organização Mundial da Saúde como
benignos, borderline ou malignos. A ressecção cirúrgica
completa é o tratamento standard. Material e Métodos:
Foram estudados os processos de doentes operados
na nossa instituição de Janeiro de 2004 a Setembro de
2014. Os dados demográficos, tipo de apresentação,
tamanho do tumor, diagnóstico pré-operatório, tratamento, resultado histopatológico e seguimento foram
avaliados retrospectivamente e analisados. Resultados: Formam relatados um total de 105 casos de tumor
filóide da mama nos doentes operados entre Janeiro
de 2004 e Setembro de 2014. A presença de nódulo da
mama foi a forma de apresentação em todos os casos.
Contabilizam-se 11 casos de tumor filoide maligno, 30
casos de tumor filoide borderline e 74 casos de tumor
filoide borderline. Discussão: Os tumores filóides são
tumores raros, com excelente prognóstico se excisão
completa, sendo a cirurgia conservadora segura e a
opção mais utilizada. A maioria dos tumores filóides
malignos apresenta também bom prognóstico, sendo
curados apenas com cirurgia. No entanto, foi observada
mortalidade em 4 dos casos de tumores filóides malignos, relacionada com recidiva precoce.
Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco
Gentil, EPE
Cirurgia Mamária
João Guardado Correia, Isabel Cristina, M. Eugénia
Granjo, Anabela Costa, Paula Messias, Conceição Silva
João Filipe Guardado Correia
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P224)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Entidades Raras que Simulam Malignidade na Mama
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro da mama é o cancro
mais frequente na mulher e o seu diagnóstico assenta
no teste triplo: a clinica, a imagem e a biópsia da lesão
suspeita. Nas situações em que existe conflituo de
resultados está indicada a biópsia excisional. As entidades raras mamárias condicionam facilmente discrepâncias e a necessidade de excisão. Material e Métodos: Apresentamos 2 casos de mulheres submetidas
a biópsia excisional: Primeira doente com 56 anos,
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
135
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
menopáusica, diabética não insulino tratada de longa
data, com lesão nodular palpável na mama direita de
carácter evolutivo desde há 1 ano, correspondendo a
área nodular hiperecogénica de 3, 2cm com processo
inflamatório linfo-histiocitário associado na biópsia.
Segunda doente com 46 anos, não menopáusica, que
após mastalgia identifica em imagem mamográfica
distorção espiculada justa mamilar da mama direita
associada a ectasia ductal difusa na ecografia e resultado de fibroadenomatose na biópsia. Resultados: No
primeiro caso identificação de mastite linfocítica compatível com mastite associada a diabetes mellitus e no
segundo caso observou-se ectasia ductal, com evidência de rotura e processo inflamatório granulomatoso
associado. Discussão: A discrepância no teste triplo
com que as entidades raras inflamatórias da mama se
podem apresentar levantam alta suspeição para malignidade conduzindo à sua excisão apesar da ausência
de malignidade nas biópsias. A caracterização histológica final destas entidades permite o correto encaminhamento futuro destas doentes
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Cirurgia Mamária
Joana F Correia, Maria João Lima, Daniela Alves, Rita
Peixoto, Rosa Saraiva, Jorge Valverde, João Pinto,
Manuela Dias, António Taveira Gomes
Joana F Correia
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P225)
SESSÃO P-MAMA
CONTACTO:
EMAIL:
TÍTULO: Metastização ganglionar intramamária de neoplasia
procedimento comum, mas a sua complexidade tem
aumentado com a introdução de técnicas oncoplásticas
e reconstrutivas. O objectivo deste trabalho é avaliar
o tempo de internamento dos doentes operados por
cirurgia oncológica da mama nesta Unidade. Material
e Métodos: Estudo retrospectivo observacional sobre
817 doentes tratados em 2013. Foram analisados os
dados demográficos, anatomopatológicos e os tempos de internamento de acordo com a cirurgia realizada. Segundo as normas utilizadas, todos os doentes
com linfadenectomia axilar ou reconstrução mamária
imediata têm um internamento previsto de?48h após
a cirurgia. Os restantes poderão ter alta em? 24h.
Resultados: Foram registadas 644 cirurgias oncológicas da mama. 99, 4%? e a mediana da idade foi
60(49-69)anos. A mediana do tempo de internamento
foi de 1 (1-2) dia e 61, 0% das admissões tiveram no
máximo 1 dia de internamento. Das 350 tumorectomias, a mediana do tempo de internamento foi de 1
(1-1) dia e das 294 mastectomias (174 sem reconstrução e 120 com reconstrução imediata) foi de 2 (1-2)
dias. Discussão: Apesar do aumento da complexidade
cirúrgica, nesta unidade de grande volume, a cirurgia oncológica da mama mantém tempo de internamento mediano de 1 dia, suportando a possibilidade
de cirurgia ambulatória para a grande maioria dos
doentes
Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil, EPE
Cirurgia Mamária
Oom, R; Sousa, M; Nogueira, R; Santos, C; Barroca, R;
Vargas Moniz, J; Santos, A; Alves, R; Leal de Faria, J;
Bettencourt, A.
Rodrigo Oom
[email protected]
oculta, provavel neoplasia oculta da mama
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Muito pouco é conhecido sobre
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
o significado clínico da metastização neoplásica dos
gânglios intramamários no carcinoma mamário. Na literatura internacional estão descritos apenas dois casos
de metastização ganglionar intramamária de neoplasia
oculta. No presente poster apresenta-se um caso de
metastização ganglionar intramamária de uma neoplasia oculta, provavelmente primária da mama, e a
sua abordagem diagnóstica e terapêutica. Este tipo de
casos constituem um desafio diagnóstico e terapêutico
e devem sempre ser geridos no contexto multidisciplinar de centros de referência
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Cirurgia Mamária
Dra Claudia Santos, Dra Zacharoula Sidiropoulou, Dra
Ana Virginia Araujo, Dra Helena Contente, Dra Claudia
Branco, Dr Rogerio Matias
Claudia Sofia Filaho Santos
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P227)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Pesquisa do Gânglio Sentinela por fluorescência
com verde de indocianina: a experiência de um hospital insular.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O estado anátomo-patológico
dos gânglios linfáticos axilares é essencial para o estadiamento do carcinoma da mama e escolha da abordagem terapêutica.A pesquisa do gânglio sentinela
(PGS) é um procedimento standard em doentes sem
evidência clínica de metastização axilar.Na nossa instituição a PGS era realizada apenas pela técnica de injeção subareolar de azul patente até Setembro de 2012,
altura em que se associou a injeção intratumoral do
verde de indocianina para identificação do GS por fluorescência. Material e Métodos: Revisão de 57 casos
de PGS pela técnica combinada azul patente/verde de
indocianina entre Setembro de 2012 e Junho de 2014
em doentes com estadiamento axilar clinicamente
negativo, sem tratamento neoadjuvante. Resultados:
Foram analisadas 57 doentes, com uma média de idades de 59, 2 anos.Os carcinomas dividem-se em ductal
in situ(2), ductal invasivo(50), lobular(4) e doença de
Paget(1).O tratamento cirúrgico instituído foi a cirurgia
conservadora(41) e a mastectomia(16).O GS foi identificado em 49 casos (taxa de detecção:85, 96%), nos
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P226)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Tempo de internamento na cirurgia oncológica da
mama
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A alta incidência de cancro
da mama torna a cirurgia oncológica da mama um
Revista Portuguesa de Cirurgia
136
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
quais o exame extemporâneo foi positivo (11), negativo(34) ou inconclusivo(4).Taxa de falsos negativos
de 4, 1%.Dos esvaziamentos axilares realizados (20)
apenas se verificou invasão ganglionar além do GS
em 3 casos. Discussão: A PGS por fluorescência permitiu evitar 32 linfadenectomias axilares nas doentes
com GS negativo.Trata-se de uma técnica promissora
com especial interesse em instituições onde o recurso
à medicina nuclear para pesquisa por radioisótopos se
encontra limitado.
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
Cirurgia Mamária
Ana Teresa Bernardo, Maria Inês Leite, Luís Bernardo,
Luís Amaral, António Silva Melo
Ana Teresa Bernardo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P415)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Mastite granulomatosa idiopática, um diagnóstico
inesperado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A mastite granulomatosa idio-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P228)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Lingangite carcinomatosa no homem – a propósito
de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro da mama no homem
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
é uma doença rara ( Material e Métodos: Apresenta-se caso clínico de homem 70 anos, com lesão nodular
mamária esquerda. Antecedentes pessoais e familiares irrelevantes. Apresentava empastamento palpável
em toda a mama esquerda com eritema, ulceração da
pele e invaginação do mamilo, dolorosa e aderente aos
planos profundos. Axila ipsilateral com adenopatias palpáveis. Marcadores tumorais normais. Biopsia incisional: carcinoma ductal invasivo, Grau 2, com recetores
de estrogénio positivo( ), recetores de progesterona e
Her2. Estadiamento com TC toraco-abdominal – adenopatias axilares bilaterais e lesões secundárias pulmonares. Cintigrafia óssea – sem metastização óssea.
Consulta de Decisão Terapêutica: Quimioterapia (QT)
paliativa. Fez 3 linhas de QT com radioterapia (RT). Em
2011 surge na mama contralateral carcinoma ductal
invasivo, Grau 2, HER2, recetores estrogénios, recetores de progesterona negativo. Resultados: Apesar de
manter QT paliativa, teve progressão da doença com
quadro exuberante de linfangite carcinomatosa. Faleceu 68 meses após o diagnóstico. Discussão: O cancro da mama no homem é muitas vezes diagnosticado
em estadio avançado. A opção terapêutica é de acordo
com o estadiamento, sendo sempre individualizado.
Apesar da exuberante progressão da doença, foi possível um controlo relativo com os esquemas de QT e RT,
proporcionando ao doente incremento da qualidade de
vida.
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Cirurgia Mamária
Lages, R; Santos, T; Serra, M; Ribeiro, C; Machado, D;
Alves, J; Noronha, J; Sarabando, G.
Rita Ribeiro Lages
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
pática (MGI) é uma patologia benigna rara cuja etiologia é ainda desconhecida. Apresenta-se, na maior parte
dos casos, com abcesso mamário. Pela sua apresentação clínica e imagiológica pode mimetizar um carcinoma inflamatório da mama fazendo assim diagnóstico
diferencial com esta entidade. A sua raridade e peculiaridades tornam pertinente a sua divulgação. Material e Métodos: Apresentação e documentação fotográfica de caso clínico. Resultados: Doente do sexo
feminino, 43 anos, multípara, sem história de gravidez
ou amamentação recente, que recorreu ao Serviço de
Urgência com dor e tumefacção da mama esquerda
com cerca de um mês de evolução, com evidência de
sinais inflamatórios locais. A doente realizou ecografia
que apresentava colecção abcedada e que não excluía
malignidade. Submetida a drenagem cirúrgica do
abcesso e biopsia incisional do tecido mamário. Histologia compatível com mastite granulomatosa idiopática.
Discussão: A MGI é uma patologia benigna que, pela
sua raridade, é muitas vezes confundida com patologia
maligna ou infecciosa e, consequentemente, tratada de
forma incorrecta. Apresenta-se, tipicamente, na mulher
em idade fértil com uma tumefacção mamária sem
atingimento sistémico. O diagnóstico correcto requer a
exclusão de outras etiologias e confirmação histológica
definitiva. O tratamento é, ainda, controverso podendo
variar desde vigilância até corticoterapia ou quadrantectomia mamária.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Mamária
Graça Cardoso, Marco Santos, Rita Sampaio, Cecília
Pinto, Artur Flores, Jorge Santos, José Davide
Maria da Graça Pereira Cardoso
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P229)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Cancro da mama bilateral síncrono – A propósito de
um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro da mama bilateral
ocorre em cerca de 1% de todos os casos de carcinoma
da mama, sendo em 30% dos casos síncrono (intervalo
diagnóstico menor que um ano). Material e Métodos:
Os autores apresentam o caso de uma doente com
cancro da mama bilateral síncrono. Resultados: Trata-se de uma doente de 39 anos enviada à consulta de
Senologia há cerca de um ano e meio por nódulo palpável no quadrante supero-externo da mama esquerda.
Realizou estudo mamário que revelou lesão suspeita
no quadrante supero-externo da mama esquerda e
duas lesões igualmente suspeita no quadrante superior
da mama direita. A microbiópsia revelou carcinoma infiltrante à esquerda e carcinoma infiltrante com padrão
lobular à direita, com recetores hormonais positivos. O
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
137
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
estadiamento não evidenciou lesões metastáticas. Foi
proposta para mastectomia bilateral com reconstrução
imediata com expansores e esvaziamento axilar bilateral. O estudo histológico revelou: mama esquerda
com carcinoma ductal infiltrante bilateral multifocal com
áreas de carcinoma tubulo-lobular, pT2 pN1a pMx;
mama direita com carcinoma ductal infiltrante multicêntrico e bilateral com padrão lobular, pT1c pN1a pMx.
Iniciou quimioterapia, hormonoterapia e radioterapia.
Até à data tem mantido boa evolução sem complicações ou evidência de recidiva. Discussão: Apesar
de ser uma entidade rara, a incidência de cancro da
mama bilateral tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Para tal tem contribuído a melhoria dos métodos
diagnósticos, permitindo detetar lesões em estadios
iniciais.
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Cirurgia Mamária
Sofia Sousa, Fernanda Bastos, Ana Fazenda, Daniel
Cartucho, Mahomede Americano
Ana Sofia Amaral de Sousa
[email protected]
dra Ferreira; Inês Gomes; Ana Gonçalves; Rui Gomes;
Alberto Midões
CONTACTO: Manuel Alexandre Viana Ferreira
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P231)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Metástase única no jejuno de carcinoma da mama
diagnosticado e tratado 12 anos antes
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro da mama é a doença
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P230)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Breast Phyllodes Tumour: A single center retros-
pective analysis
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Phyllodes Tumor(PT) is a rare
broepithelial neoplasm making up 0.3to 0.5%of all
breast tumours. The World Health Organization subclassified the PT histologically as benign, borderline,
or malignant according to its features such as tumour
margins, stromal overgrowth, tumour necrosis, cellular atypia, nuclear pleomorphism and mitotic rate. The
majority of PTs are benign, while malignant comprise
about 25% of cases In this article we review our experience regarding the PTs and perform a review of the
literature highlighting some issues surrounding the
management of PTs Material e Métodos: Data from
patients with breast PT were collected retrospectively
from 2003 to 2013. Diagnosis was confirmed histologically on the surgical specimens Resultados:
11cases were included. All patients were female, with
a median age of 56, 6years. 6of them had previous
history of fibroadenoma and 1patients had personal
history of carcinoma. There were 5benign, 3borderline and 3malignant phyllodes tumours. 8patients (72,
7%) underwent conservative surgery, while 2 (27, 3%)
underwent mastectomy It was observed 3phyllodes-related first events; 2local recurrences, one chest-wall
involvement and there were no evidence detected of
distant events or phyllodes-related deaths Discussão:
Surgical therapy is the gold standard for the treatment
of PTs. Studies have shown no differences between
breast conserving surgery versus mastectomy as far
as metastasis-free survival. According to NCCN Guidelines, PTs should be removed with, at least, 1cm free
margins
HOSPITAL: Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Mamária
AUTORES: Manuel A.V. Ferreira; Telma Brito; Helena Devesa;
Barbara Lima; Aires Martins; Álvaro Gonçalves; San-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
maligna mais frequentemente diagnosticada nas
mulheres. Os locais de metastização mais frequentes
são o osso, o pulmão e o fígado. O nosso objectivo é
apresentar caso clínico de metástase única jejunal de
carcinoma da mama. Material e Métodos: Descrição
do caso e documentação fotográfica. Resultados:
Trata-se de uma mulher de 61 anos, com antecedentes
de carcinoma ductal invasor (triplo negativo) da mama
esquerda em 2002 – submetida quimioterapia (QT)
neoadjuvante, seguida de cirurgia conservadora com
esvaziamento axilar homolateral e QT e RT adjuvantes. Sem evidência de recidiva locorregional da doença.
Dois meses antes de recorrer ao nosso hospital, iniciou
dor abdominal tipo cólica após as refeições associada
a sintomas gerais. Analiticamente com anemia (Hb – 8,
4g/dL). Realizou TAC que revelou uma lesão de 20cm
de maior diâmetro com envolvimento do intestino delgado. Decidiu-se por laparotomia tendo-se efectuado
exérese em bloco de lesão jejunal e segmento do cólon
transverso. Pós-operatório decorreu sem intercorrências. Exame anatomo-patológico revelou carcinoma
indiferenciado, que face aos achados morfológicos e
clínicos é compatível com metástase de carcinoma da
mama. Realizou QT adjuvante (carboplatino e paclitaxel). Actualmente em seguimento, sem evidência de
recidiva. Discussão: As formas habituais de manifestação das neoplasias do delgado são a hemorragia, a
perfuração ou a obstrução. Embora sejam lesões raras
a possibilidade de se tratar de lesões metastáticas deve
ser considerada.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Mamária
Cláudia Paiva, Sílvia Pereira, José Garcia, Ana Cristina
Silva, Marisa Santos, Jorge Santos
Cláudia Maria Linhas Paiva
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P232)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Carcinoma metaplásico espinocelular da mama: a
propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma metaplásico da
mama é uma variante rara, caracterizada pela presença de 2 ou mais tipos celulares, sendo responsável por <1% de todos os cancros da mama. Podem ser
epiteliais ou mistos (OMS). O carcinoma metaplásico
espinocelular pertence ao 1ºgrupo e representa <0,
1% dos carcinomas da mama. A propósito de um caso
clínico os autores abordam as características clínicas,
Revista Portuguesa de Cirurgia
138
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Mamária
AUTORES: Lages, R; Santos, T; Serra, M; Ribeiro, C; Machado, D;
anatomopatológicas, estratégias terapêuticas e prognóstico desta variante histológica. Resultados: CASO
CLÍNICO: Mulher de 53 anos com nódulo de 35mm
localizado no quadrante inferior externo (QIE) da mama
direita e adenomegalia axilar homolateral palpável. O
estudo imagiológico mostrou lesão sólida no QIE com
35mm, irregular e com calcificações pleomórficas e, na
axila homolateral, adenopatia de 5mm suspeita. Realizou microbiópsia do nódulo e PBA do gânglio, revelando uma lesão pavimentosa associada a carcinoma
ductal in situ, e citologia ganglionar negativa. Foi submetida a mastectomia total e biópsia de gânglio sentinela. O exame anatomopatológico revelou um carcinoma metaplásico de tipo espinocelular queratizante,
de 29mm, associado a carcinoma ductal in situ de alto
grau, com 35mm; recetores de estrogénio/progesterona-- e HER2+. Fez tratamento adjuvante com quimioterapia (FEC-D) + trastuzumab e até à data actual,
sem evidência de recidiva. Discussão: O carcinoma
metaplásico espinocelular da mama é raro, mas deve
ser sempre considerado na abordagem de um nódulo
mamário.
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE
Cirurgia Mamária
AI Ferreira (1), N Coimbra (2), A Sousa (1), C Ribeiro
(1), PC Martins (1), C Leal (2), P Reis (1), J Abreu de
Sousa (1)
Ana Isabel Gomes Ferreira
[email protected]
Alves, J; Noronha, J; Sarabando, G.
CONTACTO: Rita Ribeiro Lages
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P234)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Avaliação dos resultados estéticos no tratamento
cirúrgico do cancro da mama
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Avaliação objectiva do resul-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P233)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Uma agulha no palheiro. Carcinoma Ductal Invasivo
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O corrimento mamilar é uma
das queixas mais comumente observadas em consulta de Senologia. Nestes casos o exame citológico
do corrimento torna-se essencial. Material e Métodos: Apresenta-se um caso clínico de uma doente do
sexo feminino, 61 anos, com corrimento mamário à
esquerda. Corrimento mamilar esquerdo unicanalicular,
sem outras alterações mamárias. A ecografia mamária/
mamografia: ectasia ductal bilateral, mais acentuada a
esquerda. Na galactografia: ectasia de ductos de 1ª e
2ª ordem e aos 2.2 cm imagem de subtracção compatível com papilomatose intraductal. Citologia: proliferação epitelial com atipia. Submetida a excisão de galactóforos. Histologia da peça operatória: Papilomatose
intraductal sem atipias com foco de carcinoma ductal
invasivo na periferia. Submetida a mastectomia simples
com pesquisa de gânglio sentinela que foi negativa.
Resultados: Histologia da peça operatória: carcinoma
invasor, com margens negativas, RE, RP, HER2-, Ki67
10%. Decisão Terapêutica: terapêutica hormonal. Discussão: O papiloma ductal é uma doença benigna no
entanto é mandatório excluir patologia maligna em que
está associada em 5 a 20%. No referido caso clínico
o achado concomitante de foco de carcinoma invasor
obrigou a revisão da atitude terapêutica inicial. O facto
de se tratar de um carcinoma com receptores hormonais positivos, Ki67 10%, luminal A, com baixo risco de
recidiva, o tratamento hormonal foi o escolhido.
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tado estético da cirurgia conservadora no tratamento
do cancro da mama, identificando os factores que o
influenciam. Material e Métodos: Efectuada análise
retrospectiva das doentes submetidas a cirurgia conservadora de cancro da mama no ano de 2012.Recolhidos dados através da consulta dos processos clínicos e
efectuada entrevista presencial por um observador. Em
todos os casos, foi atribuída uma classificação subjectiva de acordo com a escala de Harvard Foi calculado o
Índice de Retração da Mama (“Breast Retraction Assessment – BRA”) para cada doente e avaliados os factores que influenciaram esse índice. Análise estatística
com o SPSS 21. Resultados: Analisadas 33 mulheres,
com uma mediana de idades de 59 anos, submetidas a cirurgia conservadora de cancro da mama. A
mediana do BRA na nossa amostra foi de 2, 69 [AIQ
1, 01-4, 13]. Foram identificados como determinantes independentes do BRA a idade, o volume mamário removido e a realização de quimioterapia adjuvante (QTadj) (p Discussão: A realização de QT adj,
a idade superior e o maior volume mamário removido
na cirurgia foram os factores que influenciaram negativamente e de forma independente o resultado estético
final.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Mamária
Cláudia Paiva, Raquel Correia, Susana Marta, Isabel
Novais, António Pereira, José Polónia
Cláudia Maria Linhas Paiva
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P235)
SESSÃO P-MAMA
TÍTULO: Retalho de grande epíplon: uma opção reconstru-
tiva no carcinoma da mama avançado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A reconstrução de defeitos
extensos da parede torácica resultantes da excisão de
cancro da mama recidivado constituí um importante
desafio técnico para o cirurgião. O retalho de grande
epíploon mostra-se uma opção em situações em que
os retalhos musculocutâneos pediculados não são possíveis. Os autores apresentam o caso de uma doente
de 53 anos com antecedentes de mastectomia radical
modificada direita por carcinoma invasor da mama
direita com quimioterapia neo-adjuvante e adjuvante,
que ao terceiro mês pós-operatório apresenta recidiva
local e axilar direita extensa. Foi submetida a resseção
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
139
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
AUTORES: Jorge Valverde, Daniela.Macedo Alves, Joana Correia,
em bloco da massa tumoral a nível da região torácica
anterior e axilar com exérese dos músculos peitoral
maior e menor, serreado anterior, infra-escapular e
pedículo vascular do grande dorsal por invasão neoplásica. Para reconstrução do defeito torácico foi usado
um retalho pediculado de grande epíploon obtido por
via laparoscópica. Posteriormente realizou-se um
enxerto parcial de pele. Na reconstrução de defeitos
torácicos extensos o retalho pediculado de grande epíploon confecionado por via laparoscópica é um método
fiável em defeitos de grandes dimensões e com uma
morbilidade mínima.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Cirurgia Mamária
Liberal, M.; Guedes, T.; Louro, H.; Leite, M.; Francisco,
E.; Costa, S.; Ferreira, A. A.; Pereira, B.; Maciel, J.
Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreira
[email protected]
06-03-2015
Maria.João, Lima, Rosa Saraiva, Rita Peixoto, Eva Barbosa, A.Taveira Gomes
CONTACTO: Jorge Valverde
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P342)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Invaginação íleon-ileal em doente com Síndrome de
Peutz-Jeghers: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Síndrome de Peutz-Jeghers
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P341)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Hérnia torácica pós-traumatica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivos/Introdução Hérnias
Torácicas simples são incomuns, com apenas 300
casos relatados. Dividem-se em congénitas e adquiridas. As adquiridas traumáticas são sem dúvidas as
mais frequentes. O caso apresentado é único, na literatura não estão descritas hérnias torácicas traumáticas sem conteúdo abdominal, mas com um deslizamento importante desse conteudo juntamente com o
saco. Material e Métodos: Homem de 67 anos, com
antecedentes de obesidade mórbida e seguido na
consulta desde 2011 por hérnia complexa da parede
toraco-abdominal, com afastamento de 8 cm do 9º
espaço intercostal. O doente foi submetido a cirurgia
bariátrica (CHSJ – Fev 2013) para controlo do peso e
posterior correcção da hérnia. Resultados: Intra-operatoriamente (3-12-2013) constatou-se saco herniário
diafragamático-pleural contendo pulmão esquerdo. A
redundância do diafragma levou ao deslizamento das
estruturas intra-abdominais para o defeito costal de
8 cm, sem no entanto se localizarem intra-torácicas
Foi efetuada ressecção do saco herniário e plicatura
do diafragma e encerramento parcial da pleura. Colocado dreno torácico e efectuada a aproximação das
costelas com fio de aço. Verificada atrofia dos músculos laterais da parede abdominal pelo que foi realizada dissecção entre o oblíquo interno e externo até
ao bordo lateral do recto abdominal e aí colocada rede
de polipropileno. Discussão: O pós-operatório decorreu sem intercorrências relevantes com alta clínica ao
15º dia de internamento. Sem recidiva até à presente
data.
HOSPITAL: Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
CAPÍTULO: Hernia Torácica
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
(SPJ) é uma doença autossómica dominante rara,
caracterizada pela presença de pólipos hamartomatosos gastrointestinais, pigmentação mucocutânea e
aumento do risco de neoplasias. Material e Métodos:
Apresenta-se o caso clínico de um homem de 52 anos
admitido com quadro de oclusão intestinal secundária a
invaginação intestinal. Resultados: Doente com história de dor abdominal fixa com meses de evolução, associada a anorexia, perda de peso e obstipação recente.
Agravamento recente da dor abdominal, com náuseas
e vómitos associados. Sem transito para gases e fezes.
Apresentava dor à palpação dos quadrantes inferiores
do abdómen e massa palpável no quadrante inferior
direito. Realizada Tomografia computadorizada (TC)
que revelava imagem de invaginação entero-entérica,
com distensão do intestino delgado a montante. Submetido a lapatotomia exploradora, onde se identificou
invaginação íleon-ileal com 25 cm de extensão, duas
neoplasias palpáveis, com extenso edema da parede.
Realizada redução da invaginação intestinal, enterectomia segmentar de cerca de 70 cm e enterostomia. A
histologia revelou a presença de 5 lesões polipóides no
segmento de íleon enviado, compatíveis com pólipos
hamartomatosos -Síndrome de Peutz-Jeghers. Discussão: O tratamento atual da invaginação em doentes com SPJ consiste na combinação de laparotomia
exploradora com endoscopia intra-operatória, que permite a visualização de todo o tubo digestivo e exérese
de múltiplos pólipos, evitando assim a incidência de
futuras invaginações.
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Intestino delgado
Sílvia Silva; Nádia Tenreiro; Luís Madureira; Fernando
Próspero; José Lage
Sílvia Monteiro da Silva
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P343)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Nem tudo o que parece é
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A torsão de um mucocelo do
apêndice ileo-cecal é um evento raro e também uma
causa pouco comum de abdómen agudo apresentando-se clinicamente de forma indistinguível de apendicite
aguda. Frequentemente o diagnóstico é intra-operatório. Material e Métodos: Os autores apresentam o
caso de um doente de 72 anos de idade com um quadro de dor abdominal intermitente localizada na fossa
Revista Portuguesa de Cirurgia
140
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
CAPÍTULO: Cirurgia do Baço
AUTORES: Daniel Jordão, Inês Sales; Inês Gil, Rita Brásio, Rita
ilíaca direita, com 1 mês de evolução e de agravamento
progressivo nos 4 dias que antecederam a ida ao Serviço de Urgência. No exame objectivo apresentava dor
à palpação profunda na fossa ilíaca direita. A Tc feita
no Serviço de Urgência revelava colecção de 7, 7 cm
de maior eixo adjacente ao apêndice ileo-cecal, tendo
sido colocada indicação cirúrgica por provável abcesso
apendicular. Resultados: Após laparotomia de McBurney constatou-se uma torção do apêndice ileo-cecal
com congestão vascular. A torção estava associada a
um mucocelo do apêndice. O doente foi submetido a
apendicectomia. No pós-operatório não houve intercorrências tendo alta ao 2º dia. Discussão: Apesar da
apendicite aguda ser a emergência cirúrgica abdominal
mais frequente, a torção do apêndice ileo-cecal é uma
causa rara de abdómen agudo. Num quadro clínico de
dor abdominal suspeito de apendicite aguda, a torção
do apêndice deve ser considerada no diagnóstico diferencial.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Urgência
Mafalda Sobral, Miguel Onofre, Emanuel Vigia, Ricardo
Matos, Eduardo Barroso
Mafalda Sobral
[email protected]
Malaquias, Paulo Alves, Nuno Rama, Sandra Ferraz,
Gilberto Figueiredo, Maria de Jesus Alves, Vitor Faria
CONTACTO: Daniel Filipe Martins Jordão
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P345)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Novo Paradigma no Cancro Oral – A Propósito de
um Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro oral representa 85%
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P344)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Quistos Gigantes do Baço: A propósito de 2 casos
clínicos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões quísticas do baço
são doenças relativamente raras e normalmente assintomáticas, sendo habitualmente divididas entre parasitárias e não parasitárias e estas em quisto primários
e psedoquistos. Apresentamos dois casos de apresentação atípica, um pseudoquisto e um quisto primário
do baço. Material e Métodos: Doente A com queixas
urinárias altas, tendo realizado eco renal que mostrou lesão quística esplénica de grandes dimensões
(15x11x12cm), achados confirmados por TC e RMN.
Foi submetida a esplenectomia total por via aberta, com
AP compatível com Pseudoquisto do Baço. Doente B
realizou eco abdominal por desconforto no hipocôndrio
esquerdo, com a eco inicial a mostrar 2 lesões quisticas esplénicas, que aumentaram de volume durante o
seguimento, por suspeita de quisto hidático fez terapêutica com Albendazol. Por aumento das dimensões(11, 4
e 3, 7cm) e suspeita de quisto hidático foi submetido a
esplenectomia total por via aberta, com AP sem parasitas e compatível com Quisto simples do baço. Resultados: Ambos os doentes apresentavam sintomatologia
e lesões quisticas de grandes dimensões. Discussão:
Recentemente têm sido descritas técnicas terapêuticas
com preservação do baço, no entanto, estes procedimentos são tecnicamente mais desafiantes e associados a maior morbilidade quando realizados por cirurgiões sem experiência. A esplenectomia total continua
a ser o método de eleição no tratamento de lesões de
grandes dimensões, com envolvimento hilar e que não
podem ser removidas com segurança por outras técnicas.
HOSPITAL: Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
dos cancros da cabeça e pescoço sendo que 90%
correspondem a carcinomas espinocelulares (CEC).
Os factores de risco clássicos são o tabaco e o álcool,
mas tem-se vindo a observar um aumento na incidência de cancros da cavidade oral relacionados com
infecção pelo HPV, que tendem a aparecer em idades
mais jovens e no sexo feminino. Material e Métodos:
Caso clínico. Resultados: Sexo feminino, 64 anos,
referenciada a consulta por área leucoplásica na gengiva inferior a nível da linha média, associada a tumefacção e dor intensa, que a doente relacionava com o
início recente de uso de prótese dentária. Antecedentes: hipertensão e deslipidemia; sem hábitos etílicos
ou tabágicos, sem história de irradiação da cabeça e
pescoço, infecções ou neoplasias. Realizou 2 biópsias,
sem evidência de neoplasia, e uma citologia de gânglio cervical que também foi negativa. TAC: lesão de
tecidos moles (2, 7cm) com invasão óssea subjacente;
sem adenopatias claramente suspeitas. Submetida a
cirurgia – efectuado exame extemporâneo de biopsia
incisional que revelou CEC invasor, seguido de pelviglossectomia mediana anterior com mandibulectomia
segmentar, esvaziamento cervical conservador bilateral
e reconstrução com retalho livre osteomiocutâneo antebraquial radial. Discussão: Este caso pretende alertar
para o aparecimento de um número crescente de CEC
da cavidade oral não associados aos factores de risco
clássicos e que colocam problemas adicionais de diagnóstico e tratamento.
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE
Cabeça e Pescoço
Machado D., Moreira A., Choupina M., Martins J.,
Ribeiro M., Abreu de Sousa J.
Daniela Machado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P346)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Leiomioma Intestinal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os leiomiomas, tumores benig-
nos de origem muscular lisa, são as neoplasias benignas sintomáticas mais comuns do intestino delgado
(30% a 35% das neoplasias benignas do intestino delgado). Consoante o seu desenvolvimento, intramural
ou intra e extramural, poderão causar obstrução ou
hemorragia intestinal, sendo estas as formas de apre-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
141
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
CAPÍTULO: Quistos retroperitoneais
AUTORES: Rita Castro, Luís Amaral, Emanuel Silva, Tiago Rama,
sentação mais comuns. Esta pode apresentar-se sob
a forma de hemorragia obscura-visivel ou obscura-oculta. Em 25% dos casos a sua origem pode mesmo
permanecer desconhecida, sendo que 33% a 50%
recorre entre 3 a 5 anos. Estão descritos casos onde os
doentes com hemorragia obscura-visivel foram submetidos a uma média de 20 transfusões de concentrado
eritrócitario até a identificação da lesão. Este tipo de
hemorragias representa 1% das hemorragias digestivas. Material e Métodos: Relata-se caso clínico de
doente do sexo feminino, 81 anos, com quadro de
rectorragias intermitentes com repercussão hemodinâmica e analítica. Realizou endoscopia alta e colonoscopia, inconclusivas. Por persistência do quadro, foi
realizada arteriografia que revelou tumor sangrante do
íleon. Resultados: Submetida a ressecção segmentar
do ileon após identificação do tumor. Após imunohistoquímica foi diagnosticado Leiomioma Intestinal. Após a
alta foi encaminhada à consulta externa da especialidade para reobservação. Discussão: Perante o risco
de complicação do quadro e uma vez que o diagnóstico da benignidade é imunohistoquimico, o tratamento
cirurgico é quase sempre indicado.
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Hemorragia Digestiva – Neoplasia do Intestino Delgado
Pacheco, A.; Caratão, F.
André Cabral Pacheco
[email protected]
Ana Goulart, Ana Teresa Bernardo, Ricardo Borges,
Catarina Moura, António Melo
CONTACTO: Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P348)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Íleus biliar: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Corresponde à oclusão intesti-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P347)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
TÍTULO: Quisto renal gigante solitário: um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões quísticas retroperi-
toneais englobam uma extensa lista de diagnósticos
diferenciais. Frequentemente, o rim é sede de lesões
quísticas que podem atingir dimensões consideráveis,
sendo fundamental excluir patologia maligna devido
às diferentes implicações terapêuticas. Resultados:
Os autores descrevem o caso de uma mulher de 57
anos encaminhada à consulta por dor abdominal nos
quadrantes inferiores e desconforto lombar esquerdo
com vários meses de evolução. Ao exame objetivo
apresentava massa volumosa (>15cm), ocupando todo
o flanco e fossa ilíaca esquerdos, de consistência mole,
regular, indolor e móvel. Em TC, apresentava-se como
lesão quística retroperitoneal, com 20x16x14cm, coexistindo com “ausência de rim esquerdo”. Sem exames
de imagem prévios. Foi proposta cirurgia, constatando-se volumoso quisto renal solitário gigante, ocupando
a totalidade do parênquima renal esquerdo e condicionando efeito compressivo das estruturas adjacentes. Foi excisado em bloco por laparotomia mediana,
sendo a histologia compatível com hidronefrose, identificando-se parênquima renal, com estruturas tubulares
da medula e raros glomérulos esclerohialinizados. A
estrutura era unilocular, com 28x15x12cm. Discussão:
Serve o presente caso clínico para descrever a forma
de apresentação de uma entidade rara, habitualmente
congénita, assim como ilustrar a abordagem cirúrgica
da lesão.
HOSPITAL: Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
CONTACTO:
EMAIL:
nal mecânica condicionada pela passagem de cálculos
através de uma fístula bilio-entérica espontânea. 75%
destas fístulas desenvolvem-se entre a vesícula e o
duodeno. É uma etiologia rara, com incidência de 1-4%
das oclusões intestinais, sendo mais frequente nos idosos, sobretudo mulheres (85%). Está associada a uma
alta taxa de mortalidade (11-17%). Resultados: Caso
clínico de mulher de 90 anos. Antecedentes de litíase
vesicular e obesidade. Recorre ao serviço de urgência
por vómitos biliares e obstipação. Realizou raio-x abdominal que mostrava níveis hidro-aéreos e ecografia
abdominal com litíase vesicular. Optou-se por TC abdominal que mostrou tratar-se de caso de íleus biliar. Foi
submetida a enterotomia jejunal com remoção de cálculo. Discussão: Causa rara de oclusão intestinal pode
ocorrer em doentes sem patologia biliar conhecida
(50%). Sem sintomatologia característica, são necessários exames complementares, preferencialmente a
TC, para identificar esta etiologia.
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Íleus Biliar
M. Serra, T. Santos, R. Lages, C. Ribeiro, D. Machado,
M. Martins, J. Sousa, G. Sarabando
Marta Lopes Serra
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P349)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Adenocarcinoma de jejuno e íleo: experiência e
revisão da literatura
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os adenocarcinomas de jejuno
e íleo (AJI) são extremamente raros correspondendo
a cerca de 11% de todas as neoplasias malignas do
intestino delgado. Apresentando-se com sintomas
vagos, o diagnóstico é tardio e frequentemente após
aparecimento de complicações, como a obstrução e a
perfuração. Desde Janeiro de 2000 até Maio de 2014,
apenas 2 doentes foram operados neste contexto,
ambos no contexto de urgência. Resultados: Casos
clínicos O primeiro doente apresentou-se no Serviço de
Urgência com um quadro clínico de oclusão completa
de delgado e o segundo com perfuração de víscera
oca. Ambos foram submetidos a laparotomia urgente
com ressecção segmentar intestinal em bloco com o
mesentério adjacente. A histologia da peça confirmou
doença localmente avançada (T4) e com metastização ganglionar associada (N2) sendo propostos para
quimioterapia adjuvante (QTa). Aos 24 e 9 meses de
Revista Portuguesa de Cirurgia
142
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
seguimento, respetivamente, os doentes encontram-se
vivos. Discussão: Os AJI são raros e apresentam-se,
frequentemente, como doença avançada. A perfuração,
como manifestação inicial, é excecional. A cirurgia é
essencial no tratamento destes doentes e, mesmo no
contexto de urgência, deverá respeitar os princípios
oncológicos. Deverá garantir margens macroscópicas e exérese em bloco com o mesentério adjacente
como forma de garantir um estadiamento adequado e
melhor controlo local da doença. O valor da QTa ainda
não está validado mas os dados disponíveis prenunciam um aumento da sobrevivência global e livre de
doença
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Intestino Delgado
Vitor Costa Simões, José Miguel Presa Fernandes,
Pedro Soares Moreira, Sara Magalhães, Olinda Lima,
Gil Faria, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, José
Davide
Vitor Costa Simões
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P351)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Hidatidose Peritoneal: apresentação rara – a propó-
sito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Hidatose é uma zoonose
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P350)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Metastização Rara para o Baço – Um Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente 59 anos, AP: Irrele-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
vantes. Doente realizou em Novembro de 2013 laringectomia total de recurso + encerramento com retalho
de grande peitoral por carcinoma pavimento-celular
da laringe. YpT2 (G2) N0 Mx. Em Outubro de 2014
recorre ao SU por dor abdominal e aumento do perímetro abdominal desde há 2 meses. Analiticamente sem
alterações. Realizou Ecografia abdominal que mostrou
volumosa lesão nodular, com componente líquido com
20 cm, do Baço posteriormente realizou Tac Abomino-pélvico que mostrou: Volumosa lesão nodular ocupando o hipocôndrio e flanco esquerdos, empurrando
o estômago, a causa do Pâncreas e o fígado para a
direita com 21x16x23 cm. O baço apresenta-se deformado e de dimensões aumentadas parecendo englobado pela massa anteriormente descrita. No pólo inferior do rim direito vemos lesão nodular exofítica com
realce intenso com 3, 5 x 2, 5 cm. No fígado assinalamos lesão nodular heterogénea, com realce periférico,
com 2, 5 cm, sugestiva de lesão secundária. Doente
realizou eslpenectomia + metastectomia + nefrectomia
radical direita. Pos-op sem intercorrências. Anatomia
patológica revelou lesão do baço e lesões hepáticas metastização do carcinoma pavimento-celular da
laringe e a lesão renal compatível com neoplasia de
células renais. Material e Métodos: Dados colhidos do
processo clínico do doente. Discussão: Em conclusão
podemos afirmar que este tipo de metastização é muito
rara e o prognóstico do doente é reservado.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Cirurgia do Baço
Rui Barata, P. Magro, R. Fernandes, C. Soares, B. Clemente, A. Martinho, H. Messias, António Galzerano
Rui Barata
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
parasitária c/ distribuição mundial, em Portugal os
casos são exporádicos. A apresentação peritoneal é
rara(13% dos casos descritos), podendo ser primária
ou secundária (mais comum) a rotura espontânea ou
traumatica/cirurgica de quistos (QH) intrabdominais.
Material e Métodos: Caso clínico de hidatidose peritoneal secundária(HPS) e revisão da literatura. Resultados: Homem, 75 anos c/ AP de cirurgia hepática por
traumatismo, há 10anos.Internado por dor abdominal,
vómitos e oligúria.EO: massa no epigastro/hipocôndrio
esquerdo, dolorosa à palpação, sem defesa/reacção
peritoneal. Realizou US, TC e RMN abdominal:quisto
hepático c/ calcificações grosseiras no segm VII de
9cm; outra lesão no hipocôndrio direito estendendo-se
ao epigastro e cavidade pélvica, nodular bem definida,
heterogénea, c/áreas hipodensas nodulares no seu
interior, septadas com calcificações à periferia, sugestiva de QH c/ vesículas filhas, condicionando ligeira
uretero-hidronefrose esquerda.Analiticamente Ac-Echinococcus positivo e lesão renal aguda.Fez Albendazole (29dias), seguido de ressecção por laparotomia
da HPS, alta clinicamente assintomático. Discussão:
Apenas 3.2% dos casos de QH hepáticos rompem provocando HPS. A HPS geralmente é assintomatica até
apresentar tamanho suficiente para ser compressiva. A
uropatia obstrutiva c/lesão renal associada está previamente descrita em apenas 1caso.A hidatose peritoneal
deve ser totalmente excisada associando-se a terapêutica c/ Albendazol pré e/ou peri-procedimento.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Quisto hidático peritoneal
Ricardo Rocha, David Aparicio, Rui Marinho, António
Gomes, Marta Sousa, Marta Fragoso, Marta Jonet,
Carla Carneiro, Vitor Nunes
Ricardo Rocha
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P352)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Doença Renal Poliquística – a propósito de um caso
clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente 45 anos, AP: DRC5,
HTA, Doença renal poliquística. Doença com uma
evolução de 20 anos tendo induzido Hemodiálise em
junho 2014. O Doente referia queixas álgicas ocasionais associadas a enfartamento precoce. A razão da
sua cirurgia é para poder realizar transplante renal
de dador vivo, visto os seus rins terem 37 e 35 cm de
tamanho. Realizou tac abomino pélvico que mostrou:
Estendemos a apreciação até à cavidade pélvica por se
identificar rins cujo eixo de maior diâmetro é de 37 cm
á direita e de 35 cm à esquerda. O parênquima renal
é todo ele substituído por múltiplas formações nodulares hipodensas e algumas hiperdensas. Algumas formações quísticas apresentam calcificasses periféricas
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
143
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
finas. Não há uretero-hidronefrose. A Anatomia patológica mostrou rim esquerdo com 4760 gr, 35x25x20 cm
e rim direito com 5228, 34x25x21 cm, Ambos os rins
têm alterações morfológicas compatíveis com doença
renal poliquística. Material e Métodos: Toda a informação foi colhida do processo clínico do doente. Resultados: Para operar este doente foi usada uma incisão
de Chevron. O doente não teve complicações no pós
operatório e neste momento prepara o processo para
a realização de transplante renal de dador vivo. Discussão: Em conclusão podemos dizer que este doente
beneficiou desta cirurgia visto agora, poder ser transplantado porque antes não teria espaço para colocar o
rim em qualquer uma das Fossas Ilíacas.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Cirurgia da transplantação
Rui Barata, P. Magro, R. Fernandes, C. Soares, B. Clemente, A. Martinho, H. Messias, António Galzerano
Rui Barata
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P354)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Perfuração de úlcera entérica num doente imuno-
comprometido
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O aparecimento de úlceras na
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P353)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: “Abdominal cocoon syndrome” – um caso clínico
raro
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A peritonite esclerosante encap-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
sulante é uma entidade clínica rara. Caracteriza-se pelo
encarceramento parcial ou completo do intestino delgado dentro de uma bolsa fibrosa espessa. Expressa-se por episódios recorrentes de dor abdominal, perda
ponderal e oclusão intestinal. Imagiologicamente pode
observar-se um conglomerado de ansas de delgado
rodeado por uma membrana. Causas associadas são:
diálise peritoneal, terapêutica prolongada com Practolol, sarcoidose, lúpus eritematoso sistémico, cateteres
abdominais de longa duração, transplante hepático e
doença inflamatória pélvica tuberculosa. Material e
Métodos: Apresentação e discussão de caso clínico.
Resultados: Sexo masculino, 30 anos, saudável. Múltiplas idas ao Serviço de Urgência nos últimos dois anos
por dor abdominal, náuseas, vómitos e suboclusão
intestinal, com agravamento no período pós-prandial,
tendo sempre alta com terapêutica sintomática por
ausência de alterações analíticas ou imagiológicas. No
último episódio, por apresentar clínica e imagiologia
compatíveis com suboclusão intestinal de delgado, foi
realizada laparotomia exploradora, na qual se constatou peritonite esclerosante encapsulante, contendo a
totalidade do intestino delgado. Foi realizada enterólise com libertação de delgado e resolução do quadro
clínico. Discussão: O “abdominal cocoon syndrome”
é uma entidade clínica rara, com clínica inespecífica
e sem factores etiológicos preditores. O diagnóstico
definitivo e o tratamento são realizados cirurgicamente,
com resolução do quadro clínico.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Oclusão Intestinal
Almeida, S.; Rocha, C.; Carracha, M.; Pinto, B.; Calado,
J.; Godinho, A.; Carneiro, F.
Sara Almeida
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
orofaringe e no esófago nos doentes com infecção VIH
é comum e geralmente está associado a infecções oportunistas virais ou fúngicas. A presença destas úlceras
noutros segmentos do tubo digestivo não é frequente,
sendo a sua perfuração uma causa rara de abdómen
agudo, como no caso clínico apresentado. Resultados: Homem de 44 anos, com diagnóstico de infecção
VIH1 há 10 anos, e desde há 3 meses com quadro
de odinofagia e disfagia de agravamento progressivo,
associado a perda ponderal de 12Kg. O doente iniciou
terapêutica anti-retroviral e corticóide oral por úlceras
da cavidade oral e esofágicas, cujas biópsias foram
inconclusivas. Após 2 semanas, recorreu ao Serviço
de Urgência por dor abdominal intensa. À observação
apresentava defesa na fossa ilíaca direita. Procedeu-se
a laparotomia de McBurney, constatando-se perfuração punctiforme no ileon terminal. Foi realizada enterectomia segmentar e ileostomia. No pós-operatório, o
doente manteve a terapêutica anti-retroviral com restabelecimento do trânsito intestinal e progressiva cicatrização e desaparecimento das úlceras orofaríngeas e
esofágicas. O exame anatomopatológico da peça operatória revelou múltiplas úlceras ileais, ocasionalmente
com atingimento transmural, envoltas por processo de
vasculite. Discussão: No doente imunocomprometido,
o abdómen agudo é um desafio etiológico, incluindo
afecções pouco frequentes.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Intestino Delgado
Rosa Matias, Carlos Vitorino, Susana Nunes, Maria
José Pinheiro
Rosa de Jesus Casado Matias
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P355)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Adenocarcinoma do íleon: uma entidade rara e de
diagnóstico tardio
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A neoplasia do intestino del-
gado é uma entidade rara, apresentando uma incidência anual de cerca de 2.1 casos por 100, 000 pessoas,
sendo o adenocarcinoma, o segundo tipo histológico
mais frequente (em 33% dos casos). A localização distal deste tipo de tumor é menos habitual, o que torna o
adenocarcinoma do íleon num evento invulgar. A raridade deste tipo de patologia, associada a uma apresentação clínica pouco específica, origina habitualmente
um atraso no diagnóstico e tratamento. Resultados:
Doente de 66 anos admitida no S.U. com quadro de dor
abdominal localizada na fossa ilíaca direita com cerca
de 6 dias de evolução e agravamento progressivo. Anorexia, náuseas e vómitos no dia de admissão. Empastamento doloroso à palpação na fossa ilíaca direita. Exames complementares revelaram tumor inflamatório do
apêndice ileocecal. Intraoperatoriamente constatou-se
Revista Portuguesa de Cirurgia
144
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
neoformação com envolvimento do apêndice ileocecal,
cego e segmento de íleon distal. Adenopatias na raíz
do mesentério. Optou-se pela realização de hemicolectomia direita com ressecção em bloco de íleon distal. O
resultado histológico revelou adenocarcinoma do íleon,
que se estendia ao apêndice ileocecal e condicionando
apendicite aguda (pT4N0). Discussão: Este caso apresenta uma patologia pouco frequente, caracterizada
por um diagnóstico tardio e de difícil realização. Sublinhamos neste trabalho, a importância de um diagnóstico mais precoce e um tratamento adequado, de forma
a obter um aumento da taxa de sobrevivência destes
doentes.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Intestino delgado
Celso Nabais, Raquel Salústio, Catarina Leite Bispo,
Francisco V Sousa, Eusébio Porto, Carlos Cardoso,
Gualdino Silva, Caldeira Fradique
Celso Nabais
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P357)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Endometriose: uma causa invulgar de apendicite
aguda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A apendicite aguda é uma infla-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P356)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Afinal não era apendicite aguda?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A apendicectomia é a cirur-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gia mais realizada em regime de urgência. Com a
difusão da utilização de exames complementares de
diagnóstico (ECD) a taxa remoção de apêndices sem
alterações histológicas (“brancos”) diminuiu. Material
e Métodos: Colheita de dados, com recurso ao processo clínico, referentes a todas as apendicectomias
realizadas em regime de urgência no ano de 2013, com
um total de 339 casos, de forma a analisar a taxa de
apendicectomias negativas, assim como dados demográficos, meios complementares de diagnóstico mais
utilizados e os achados intra-operatórios quando o
apêndice era histologicamente normal. Resultados: O
total de apendicectomias negativas foi de 54 (15.9%).
Foram utilizados ECD em 53%, a ecografia foi utilizada
em 31.3% e a tomografia computorizada em 18%. Em
crianças o achado intra-operatório mais encontrado
foi adenite mesentérica, em doentes dos 18-50 anos
o diagnóstico diferencial foi principalmente com patologia pélvica, e em doentes com mais de 50 anos só se
registaram duas apendicectomias negativas, uma delas
correspondendo a uma ileíte terminal. Discussão: A
apendicite aguda continua a ser um diagnóstico difícil,
e apesar dos avanços nas técnicas diagnosticas, a clínica mantém-se predominante. A maior taxa de apendicectomias negativas ocorreu na mulher em idade fértil,
e os achados intra-operatórios espelham o diagnóstico
diferencial com patologia pélvica.
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Apêndice íleo-cecal
Diana Souto Brito, Ana Cristina Carvalho, Marta Martins, Teresa Santos, Catarina Longras, Washington da
Costa, Pinto Correia
Diana Souto Brito
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mação do apêndice ileocecal. Existem várias causas
para a obstrução do lúmen apendicular e subsequente
congestão vascular, inflamação e edema. Material e
Métodos: Apresentamos o caso de uma doente de 30
anos, saudável, sem medicação habitual, que recorreu ao Serviço de Urgência por dor hipogástrica com
24h de evolução. O quadro clínico acompanhava-se
de anorexia. A doente negava vómitos, febre e alterações do trânsito intestinal. Na palpação abdominal
apresentava dor difusa, com defesa e sinais de irritação peritoneal na fossa ilíaca direita. Os parâmetros
inflamatórios e a ecografia abdominal eram compatíveis com apendicite aguda. A doente foi submetida a
laparoscopia exploradora, constatando-se apendicite
aguda supurativa com peritonite localizada, tendo sido
realizada apendicectomia laparoscópica. O pós-operatório decorreu favoravelmente, tendo a doente alta ao
3º dia. Resultados: A peça operatória era constituída
por um apêndice ileocecal com 3 cm de comprimento,
revestido por serosa hemorrágica, de calibre irregular e
com conteúdo hemorrágico. O exame histológico revelou endometriose apendicular e sinais de apendicite
aguda. Discussão: Os autores salientam a pertinência
deste caso uma vez que a endometriose do apêndice
é muito rara, representando apenas 1% de todos os
casos de endometriose. Esta entidade clínica geralmente é assintomática, mas apresenta-se por vezes
sob a forma de apendicite aguda, hemorragia digestiva
baixa ou obstrução intestinal.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Apêndice Ileocecal
Macedo Alves D. (1), Correia J. F. (1), Lima M. J. (1),
Peixoto R. (1), Valverde J. (1), Saraiva R. (1), Teixeira
A. (1), Cocco F. (1), Amaro T. (2), Taveira Gomes A. (1)
Daniela Macedo Alves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P358)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Tumor Fibroso Solitário Extra-pleural
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tumor fibroso solitário (TFS)
é um diagnóstico pouco frequente, de localização preferencialmente pleural. A apresentação extratorácica é
extremamente rara. É um tumor de origem mesenquimatosa, clinicamente assintomático ou com expressão
clínica inespecífica. O diagnóstico é histológico. Tem
um comportamento biológico incerto, embora se considere que o longo tempo de evolução, as localizações
abdominal e retroperitoneal e certas características histológicas (atipia focal, necrose, hemorragia, margens
infiltrativas, alto índice mitótico) se associem a maiores
taxas de recidiva local e de metastização. Não existem
indicações sobre o follow-up. Material e Métodos:
Apresentação e discussão de caso clínico. Resultados: Sexo masculino, 49 anos, raça negra, hipertenso
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
145
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
controlado. Recorreu ao Serviço de Urgência por aparecimento de massa palpável a nível abdominal, sem
outras queixas. À observação apresentava abdómen
com abaulamento central, onde se palpava massa com
cerca de 10cm de maior eixo, de consistência elástica,
móvel e indolor. Realizou TC abdomino-pélvica, que
confirmou a existência de massa sólida e heterogénea
em topografia mesentérica. Foi realizada a excisão da
mesma por laparotomia mediana sem intercorrências.
A histologia da peça estabeleceu o diagnóstico de
TFS extrapleural. Em follow-up em consulta de Cirurgia Geral, sem evidência de recidiva ou metastização.
Discussão: O TFS extrapleural é um tumor raro. O
diagnóstico é histológico. O comportamento biológico é
incerto. Não existem normas para o follow-up.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Casos Raros
Almeida, S.; Rocha, C.; Carracha, M.; Pinto, B.; Calado,
J.; Godinho, A.; Carneiro, F.
Sara Almeida
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P360)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Iatrogenia na Entubação Nasogástrica: Dois Casos
Clínicos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A entubação nasogástrica, um
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P359)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Quisto esplénico revelado por apendicite aguda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos esplénicos são
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
achados raros. Os quistos verdadeiros, com epitélio,
dividem-se em parasitários e não parasitários, sendo
estes últimos congénitos ou neoplásicos. São geralmente detetados em crianças e adultos jovens e podem
causar dor a nível do hipocôndrio esquerdo, saciedade
precoce, náuseas ou vómitos. Este trabalho pretende
alertar para um achado raro que pode implicar tratamento cirúrgico. Material e Métodos: Descrição de
um caso clínico e revisão da literatura. Resultados:
Doente do sexo masculino, 15 anos, previamente saudável, recorre ao SU por dor epigástrica com 24h de
evolução e migração para a FID associada a vómito alimentar. Ao exame objectivo apresentava-se apirético,
hemodinamicamente estável, com dor à palpação da
FID e sinais de irritação peritoneal. Analiticamente com
elevação dos parâmetros inflamatórios. Na ecografia
com imagem sugestiva de apendicite aguda e volumosa
coleção intraesplénica subcapsular. A TAC revelou formação quística intra-esplénica com 130x120x120 mm,
simples, homogénea, densidade hídrica, sem septos ou
vegetações. Trata-se portanto de um quisto esplénico
simples diagnosticado incidentalmente no contexto de
uma apendicite aguda. O doente foi apendicectomizado
e posteriormente encaminhado para consulta de Cirurgia para orientação relativamente à lesão esplénica.
Discussão: O tratamento dos quistos esplénicos não
parasitários assintomáticos e de pequenas dimensões
é geralmente conservador. Em quistos com mais de 5
cm ou sintomáticos recomenda-se tratamento cirúrgico.
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Quisto esplénico
Pedro Fernandes, Isabel Armas, Rui Reis, Alexandra
Carrazedo, Catarina Rocha, Diego Pita Perez, Hermínia Martins
Pedro Miguel Fernandes
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
procedimento invasivo rotineiro nos serviços de cirurgia geral apesar das suas indicações cada vez mais
seletivas, não é isenta de complicações. Além das
complicações minor mais frequentes, estão descritos
na literatura casos raros associados a elevada morbilidade e mesmo mortalidade. A perfuração de víscera
ou a entubação nasotraqueal por sonda nasogástrica
não são inéditas. Descrevemos dois casos de iatrogenia associada a entubação nasogástrica: doente de
83 anos internada por oclusão intestinal e submetida a
cirurgia de lise de bridas e ressecção segmentar do delgado, com agravamento clínico ao quarto dia pós-operatório por perfuração gástrica pela sonda nasogástrica; doente de 68 anos com múltiplas co-morbilidades,
no pós-operatório de colecistectomia via laparoscópica,
com quadro de dificuldade respiratória, em que se identifica entubação nasotraqueal com a extremidade da
sonda na cavidade pleural direita. Servem estes casos
para alertar e relembrar as eventuais complicações
da entubação nasogástrica e morbi-mortalidade associada. A utilização seletiva da sonda nasogástrica, a
consideração destas complicações durante a entubação e um elevado nível de suspeição ajudarão a prevenir desfechos fatais.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Iatrogenia na Entubação Nasogástrica
Inês Alegre, Marcio Madeira, Jorge Rebanda, Zacharoula Sidiropoulou, Carlos Resende, Carlos Neves
Inês Alegre Marçal Santos
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P361)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Hematoma duodenal espontâneo: caso raro de
oclusão do trato GI superior
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hematoma intestinal espon-
tâneo é uma complicação rara da terapia anticoagulante, sendo a oclusão do intestino delgado subsequente ainda mais rara. Material e Métodos: Doente
do sexo feminino, 83 anos admitida com quadro clínico de oclusão intestinal. Medicada recentemente
com anticoagulante oral. Analiticamente apresentava
um INR 22.49. A radiografia abdominal de pé mostrava níveis hidroaéreos e a TC abdominal revelou
um espessamento concêntrico das paredes do intestino delgado, com início na 3ª porção do duodeno, ao
longo de uma extensão de cerca de 30 cm, sugestivo
de hematoma. Sem história de trauma. Resultados:
Submetida a tratamento conservador com evolução
clínica favorável, tendo alta ao 7º dia de internamento
a tolerar dieta oral e trânsito intestinal regularizado.
Observada em consulta de seguimento 3 meses após a
alta, assintomática e com INR no intervalo terapêutico.
Discussão: A oclusão intestinal na sequência de níveis
supra-terapêuticos de anticoagulante é um evento raro
Revista Portuguesa de Cirurgia
146
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mas a considerar na presença de dor abdominal e INR
aumentado. A ecografia e TC abdominais são úteis
para confirmação diagnóstica, devendo ser efetuadas
quando disponíveis. O principal tratamento é médico:
suspensão da terapêutica anticoagulante, correcção do
tempo protrombina e da anemia. Geralmente a resolução completa do hematoma ocorre em 3 semanas.
O diagnóstico é importante pois muitos doentes podem
ser tratados conservadoramente com excelentes resultados.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Hematoma espontaneo Tracto GI
Catarina Afonso, Milene Sá Jorge Pereira, Luis Pinheiro,
Júlio Constantino
Ana Catarina Afonso
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P363)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: GIST fora de órgão??
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P362)
SESSÃO P-VÁRIOS 3
TÍTULO: Ileus Biliar – A propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O ileus biliar (IB) é uma enti-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
dade invulgar, correspondendo a cerca de 1-4% de
todos os casos de oclusão intestinal alta (OIA). Ainda
assim, representa 25% de todos os casos de OIA na
população com mais de 65 anos. Apesar de todos os
avanços médicos alcançados nas últimas décadas, o
tratamento ideal neste tipo situações permanece controverso. Material e Métodos: Apresenta-se um caso
clínico de uma doente de 97 anos que recorreu ao serviço de urgência por um quadro clínico compatível com
oclusão intestinal. Foi realizada avaliação imagiológica
por tomografia computorizada que evidenciou aerobilia
e distensão de ansas de delgado com níveis ar-líquido,
condicionadas por formação oclusiva intraluminal ileal
de limites bem definidos, com cerca de 3 cm. Resultados: Foi submetida a terapêutica cirúrgica por laparotomia, tendo-se constatado processo oclusivo de delgado condicionado por cálculo biliar impactado no íleon
distal. O tratamento consistiu em enterolitotomia, com
consequente resolução da oclusão e um pós-operatório
sem complicações. Discussão: A abordagem cirúrgica
do IB não é consensual. Se, por um lado, a resolução
da oclusão intestinal através da enterolitotomia não
merece discussão, já a abordagem da fístula bilioentérica no mesmo tempo operatório não reúne o mesmo
consenso, uma vez que esta acrescenta risco de iatrogenia e mortalidade. Estes dados tornam-se ainda mais
relevantes se se tiver em conta que estas patologias
surgem mais frequentemente em doentes idosos e com
co-morbilidades importantes.
HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida
Oclusão intestinal alta
Souto, Ricardo (1); Nogueira, Sara (2); Vicente, Carla
(3); Costa Jorge, Gonçalo (4); Cabeleira, Alexandra (5);
Sá Leão, Daniela (6); Soares, Mira (7)
Ricardo Souto
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
trointestinal (GIST) são os tumores mesenquimatosos mais frequentes do tubo digestivo. Os tumores do
estroma estra gastrointestinal (EGIST) são tumores
mesenquimatosos que tem origem fora do trato gastro-intestinal com manifestações clinico-patologicas e perfil
molecular idêntico ao dos GIST. Os locais mais comuns
de ocorrência destes tumores são o epiploon, mesentério, retroperitoneu e fígado. Material e Métodos:
Doente do sexo feminino, 76 anos de idade. Aumento
progressivo do volume abdominal desde Julho/2014.
A TC mostrou lesão retroperitoneal com 16x10x22cm,
sem origem nos órgãos adjacentes. Resultados: Foi
submetida a ressecção de massa retroperitoneal no dia
9 de Outubro de 2014, tendo o pós operatório decorrido
sem intercorrências. A doente teve alta ao 5º dia de pós
operatório. A histologia mostrou tratar-se de um tumor
do estroma extragastrointestinal, CD 117 (c-KIT) positivo. Discussão: OS EGIST são tumores extremamente
raros, não sendo conhecida a sua verdadeira origem.
Manifestam-se por grandes massas o que condiciona
o seu prognóstico. Uma cirurgia agressiva, associada
ao uso de imatinib é a forma terapêutica mais eficaz. É
necessário manter um seguimento regular dada a sua
elevada taxa de recorrência.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Tumores Retroperitoneais
Susana Rodrigues, Alexandra Pupo, Lui´sa Quaresma,
Gualdino Silva, Guedes da Silva, Caldeira Fradique
susana Cristina Cardoso Rodrigues
[email protected]
06-03-2015
17H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P41)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Volvulo do cego
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Vólvulo do cego representa
cerca de 25% dos casos de vólvulo intestinal, sendo
esta a causa mais frequente de vólvulo do colon em
mulheres grávidas. O seu aparecimento está relacionado com o desenvolvimento embriológico e também
com fatores epidemiológicos como a obstipação crónica, lesões do colon, cirurgias colon prévias e gravidez. Material e Métodos: Homem de 33 anos, sem
antecedentes de relevo, que recorreu ao SU por dor
abdominal mais intensa na FID, com 12h de evolução.
ECD: -Raio X abdominal: dilatação do colon direito,
com imagem sugestiva de grão de café; -TC abd: “Volumosa coleção com conteúdo gasoso e intestinal que se
estende desde a cavidade pélvica, ligeiramente lateralizada à esquerda e que ascende até ao plano renal e
que parece estar em contiguidade com estrutura intestinal filiforme localizada à FID, que se admite estar em
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
147
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
relação com o apêndice cecal.” Resultados: Intra-operatoriamente: Doente submetido a laparotomia exploradora. Constatou-se: “distensão marcada do cego
consequente a rotação axial do mesentério cecal e do
ileo terminal; o cego devido a exuberante distensão
apresentava laceração longitudinal da serosa”. Realizada correção da torção e rafia do cego, e apendicectomia. Discussão: Doente com vólvulo do cego corrigido
cirurgicamente. No D2 de pós operatório apresentou
anemia franca associada a sinais de irritação peritoneal
tendo sido submetido a reintervenção. Constatação
de hemoperitoneu sem identificação do foco hemorrágico.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Colo-Proctologia
Diana Gomes; Raquel Rodrigues; Mário Rui Gonçalves; Jorge Coutinho; Fernando Barbosa
Diana Carina Lima Gomes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P43)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Eructações Fétidas: do desagradável ao diagnóstico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Retrata o caso clínico de um
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P42)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Íleo Biliar com Obstrução Cólica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A impactação cólica de cálculo
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
biliar é uma causa rara de oclusão intestinal. Está geralmente associada à existência e fístula colecistocólica.
A transição rectossigmoideia é o local mais frequente
de encravamento do cálculo. Resultados: Os autores reportam o caso clínico de um indivíduo, do sexo
feminino, 56 anos. Deu entrada no serviço de urgência
com quadro de dor e distensão abdominais, paragem
de emissão de gases e fezes e falsas vontades com 3
dias de evolução associado a vómitos fecaloides com
1 dia de evolução. Ao toque rectal apresentava ampola
rectal livre, sem fezes palpáveis, sem sangue. A TAC foi
diagnóstica, revelando imagem compatível com cálculo
biliar de grandes dimensões na ampola rectal a condicionar oclusão, bem como aerobilia e evidência de
fístula colecistocólica. O cálculo foi expelido espontaneamente com as fezes, resolvendo o quadro oclusivo.
A doente foi submetida, electivamente, a colecistectomia laparosco?pica e correcção de fístula colecistocólica. Discussão: Embora extremamente raro, o íleo
biliar com obstrução cólica deve ser equacionado como
diagnóstico diferencial de oclusão intestinal. A TAC com
contraste é habitualmente diagnóstica. O tratamento
deverá passar, inicialmente, pela resolução do quadro
agudo, com remoção do cálculo através de endoscopia digestiva baixa, permitindo a resolução da causa
obstrutiva, seguido de colecistectomia laparosco?pica,
com correção da fístula colecistocólica em cirurgia electiva.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Colo-Proctologia
H Ferreira Mora, D Gonçalves, H Santos-Sousa, E Lima
da Costa, P Correia da Silva, J Costa Maia
Henrique Miguel Ferreira Mora
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
homem de 60 anos de idade que dá entrada no Serviço
de Urgência com dor epigástrica com 4 dias de evolução, eructações fétidas e 2 episódios de vómitos fecalóides. Sem hemorragia digestiva, alteração dos hábitos intestinais ou sintomas sistémicos. Exame físico
com bom estado geral e perfil analítico apenas com
anemia normocítica normocrómica. Realizou estudo
complementar com diagnóstico de fístula gastro-cólica
de origem neoplásica e metastização hepática difusa.
Proposto para abordagem cirúrgica, constatando-se
intra-operatoriamente neoplasia do ângulo esplénico
com fistulização gástrica, sem plano de clivagem com
o baço e cauda do pâncreas. Submetido a colectomia
segmentar esquerda alta, esplenectomia, pancreatectomia distal, gastrectomia parcial e biópsia hepática.
Histologia da peça revelou adenocarcinoma invasor do
cólon transverso, com invasão até à mucosa gástrica,
sem alterações displásicas do baço e pâncreas e confirmou metástase hepática de primário cólico (pT4bG2N2aM1V1, D Dukes). Proposto para Quimioterapia
paliativa que terminou sem complicações. Aos 7 meses
de pós-operatório doente com bom estado geral (Índice
de Karnofsky de 100%), recuperação ponderal e sem
queixas. A patologia oncológica, com incidência crescente e atingindo faixas etárias cada vez mais precoces representa um desafio diagnóstico sucessivo. Este
caso não só realça essa complexidade, como também
adverte para formas de apresentação pontuais e singulares.
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Colo-Proctologia
Rita Marques, Carina Gomes, Ana Sofia Esteves,
Bruno Pinto, Paulo Jorge Sousa, Artur Ribeiro, António
Oliveira
Rita Marques Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P44)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Concepção de uma Base de Dados do Cancro
Colorretal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
Atualmente atravessam-se
tempos conturbados, a que a Saúde e a Medicina não
são alheias. O mundo demonstra-se mais competitivo,
tornando-se vital adaptar, melhorar e evoluir em conhecimento e sabedoria. Para planear e tomar decisões
acertadas é necessária informação, que se pretende
atualizada, correta, relevante, rapidamente disponível e interpretável. Material e Métodos: Neste trabalho procedeu-se à modelação, ao nível conceptual e
lógico, de uma base de dados, para o registo, análise
e medição dos resultados decorrentes do diagnóstico e
tratamento do cancro colorretal. Adicionalmente, imprimindo um cunho prático, desenvolveram-se aspetos
relacionados com a implementação do modelo numa
instituição. Resultados: O processo de modelação
Revista Portuguesa de Cirurgia
148
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
incorporou os fundamentos tecnológicos de uma base
de dados, especificamente os modelos entidade-relacionamento e relacional, assente num processo
assistencial integrado específico aliado à experiência
da prática clínica quotidiana, como substrato para a
análise de requisitos. Discussão: Em Portugal, a filosofia corrente nos prestadores de cuidados na oncologia colorretal, área de relevância crescente, ainda não
privilegia o registo e colheita de dados, nem a consequente obtenção e análise da informação gerada. Um
dos setores capitais são as Tecnologias da Informação
e Comunicação, incluindo os Sistemas de Informação,
que nesta tipologia de organização pretendem reunir,
guardar e fornecer informação relevante, utilizando-a
no funcionamento, gestão e processo de tomada de
decisão.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Colo-Proctologia
Nuno Rama, Victor Raposo, Paulo Clara, Paulo Alves,
Victor Faria e João Pimentel,
Nuno José Gomes Rama
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P46)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Divertículo de Meckel – Causa de oclusão intestinal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O divertículo de Meckel é
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P45)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Endometriose cólica – A propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Endometriose define-se pela
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
presença de estroma e de glândulas endometriais em
localização extra-uterina. Pensa-se que pode ocorrer
entre 1 a 7% das mulheres. Normalmente, situa-se na
pélvis, mas pode ser encontrada em qualquer parte do
corpo. O envolvimento rectovaginal ou cólico, ocorre
entre 5 a 12% dos casos, sendo a transição rectosigmóide o local mais frequente afectado. Os sintomas
gastrointestinais não são específicos, podendo se
manifestar como diarreia, obstipação, dor abdominal e,
em casos raros, obstrução. Assim sendo, o diagnóstico
diferencial é diverso, podendo ir desde a doença inflamatória intestinal, diverticulite, síndrome do intestino
irritável e neoplasia. O tratamento pode passar pela
cirurgia, com dissecção pélvica extensa ou ressecção
de intestino. Os autores, apresentam um caso clínico de
uma mulher de 38 anos, que se dirigiu à urgência com
um quadro de dor abdominal nos quadrantes inferiores,
diarreia e vómitos. Foi internada com o diagnóstico de
abcesso tubo-ovárico à esquerda. Foi operada, e constatou-se quadro inflamatório extenso do sigmóide e
anexo esquerdo, com peritonite localizada. Suspeitou-se inicialmente de um quadro de diverticulite aguda,
no entanto no meso-sigmóide estava presente uma
parede quística, com conteúdo acastanhado/hemorrágico que nos fez suspeitar de endometriose. Devido ao
grande processo inflamatório e aderêncial envolvente,
a doente foi submetida sigmoidectomia com colostomia
na fossa ilíaca esquerda.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Colo-Proctologia
Catarina Góis, Nuno Carvalho, Filipa Passos, Luís
Galindo, João Corte Real
Catarina Luísa Coelho Góis
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
a malformação congénita mais comum do delgado.
Representa uma causa pouco frequente de oclusão
intestinal no adulto. Descreve-se um caso de oclusão mecânica do delgado por torção do divertículo de
Meckel. Resultados: Homem de 74 anos de idade,
sem cirurgias prévias, recorre ao serviço de urgência
por queixas com dois dias de evolução de dor abdominal difusa, obstipação e náuseas sem vómitos. Internamento recente por clínica sobreponível, interpretada
como quadro oclusivo funcional e que resolveu com
tratamento conservador. Ao exame apresentava-se
apirético, com dor generalizada à palpação abdominal,
sem sinais de irritação peritoneal ou outras alterações.
Analiticamente com aumento dos parâmetros inflamatórios. Na TAC com distensão de delgado e cólon com
níveis hidroaéreos, sem evidência de lesões a condicionar oclusão. Colonoscopia sem lesões. Inicialmente
optou-se por tratamento conservador. Por persistência
da dor e distensão de ansas com níveis hidroaéreos
no Rx, optou-se por laparotomia exploradora. Intraoperatoriamente verificou-se divertículo do íleo terminal a
condicionar oclusão mecânica por torção sobre ansa de
delgado. Submetido a enterectomia segmentar e anastomose ileocólica. Pós-operatório sem intercorrências.
Discussão: O diagnóstico de divertículo de Meckel
é muitas vezes intra-operatório, o que pode atrasar o
tratamento da condição aumentando o risco de complicações. Esta entidade não deve ser esquecida como
diagnóstico diferencial de oclusão intestinal.
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Colo-Proctologia
Pedro Fernandes, Isabel Armas, Rui Reis, Alexandra
Carrazedo, Catarina Rocha, Ana Rodrigues, Diego Pita
Perez, Hermínia Martins
Pedro Miguel Fernandes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P47)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Tumor Neuroendócrino do Apêndice – Diagnóstico
Anatomo-patológico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar dos tumores neuroen-
dócrinos poderem estar presentes em diversos locais
anatómicos, o jejuno, ileon, apêndice cecal e cego são
as localizações que mais frequentemente estão associadas ao síndroma carcinóide clássico. Os sintomas
são vagos e inespecíficos, podendo estar relacionados
com a libertação local de serotonina ou com os efeitos
locais do tumor. A incidência anual deste tipo de tumores corresponde a 0, 16 por cada 100.000 habitantes,
sendo a frequência semelhante em homens e mulheres,
com idade média, à data do diagnóstico, de 47 anos.
Como factores de risco ambientais, podem-se destacar a ingesta de gorduras saturadas. Analiticamente os
marcadores tumorais com relevo são a cromoganina
A (CgA), que se encontra elevada em 60-100% dos
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
149
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
casos, e a enolase neuro-específica. O estudo imagiológico destes doentes deve incluir rx torax, tomografia
computorizada axial (TC) do abdómen e pélvis e cintigrafia com octreótido. O tratamento gold-standard para
os doentes com tumores neuroendócrinos do apêndice
cecal é a sua resseção cirúrgica, sendo que para tumores 2cm está recomendada a hemicolectomia direita.
Contudo, a maioria dos tumores neuroendócrinos do
apêndice cecal apenas são diagnosticados após a
análise anatomopatológica, como iremos demonstrar
com recurso a um caso clínico. Para seguimento dos
doentes com resseção completa do tumor está recomendado Rx Torax e TC Abdominopélvica em cada
6-12meses.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Colo-Proctologia
Faustino, Joana1; Capella, Vanessa1; Correia,
Débora1; Gonçalves, Nádia2; Mendes, Rui2; Nascimento, Carlos3; Milheiro, Adelaide4; Costa, Carlos3
Joana Farias Mota Faustino
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P49)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Metástases atípicas do cancro do reto
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Metástases na glândula suprar-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P48)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Adenocarcinoma do Recto – A implicação de um
nada
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os autores apresentam um
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
caso clínico de um doente com 57 anos diagnosticado
com adenocarcinoma do recto em colonoscopia realizada por pesquisa de sangue oculto nas fezes positivo.
Durante o processo de estadiamento pré operatório
(cT3 N+ M0) é identificada lesão nodular, de contornos
bem definidos, peritumoral, extraluminal de aspecto
ovaloide e de natureza indeterminada, sem aspectos de malignidade, com planos de clivagem com os
órgãos adjacentes. O caso foi discutido em reunião
multidisciplinar optando-se por intervenção cirúrgica.
Submetido a ressecção anterior do recto e exerése de
nódulo, ovóide, com 4, 7 cm de maior eixo, de consistência dura e cor esbranquiçada, que se encontrava
livre na cavidade abdominal, por entre as ansas intestinais, não aderente a qualquer órgão abdómino-pélvico
ou outras estruturas. O resultado anatomopatologico
das peças operatórias revelou: Adenocarcinoma tipo
intestinal (GII), ulcerado ( 0/15 ganglios) pT3 pN0 Mx.
Nódulo fibroso com sinais de esteatonecrose com focos
de calcificação. Embora o resultado anatomopatologico do nódulo não seja conclusivo os autores admitem assim como diagnostico mais provável a torção
de apêndice epiploico como causa do nódulo peritumoral encontrado. Tendo este “nada” uma implicação
fulcral na abordagem terapêutica deste interessante
caso.
Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE
Colo-Proctologia
Miguel Cunha (1), Joana Roseira (2), Juan Rachadell
(1), Hermano Garcia (2), Rui Maio(2)
Miguel Fernandes da Conceição Cunha
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
renal (GSR) ocorrem mais frequentemente em doentes
com neoplasia do pulmão, mama e rins. As metástases na GSR de cancro coloretal (CCR), ocorrem usualmente por disseminação hematogénea, são pouco frequentes, geralmente apresentam mau prognóstico e na
sua maioria não apresentam indicação cirúrgica. Metástase isolada na GSR de CCR é extremamente rara. As
metástases na GSR normalmente são diagnosticadas
durante a catamnese de doentes com CCR, uma vez
que na sua maioria são assintomáticas. Os níveis séricos de CEA estão normalmente elevados. O tratamento
cirúrgico é controverso, mas a suprarrenalectomia está
aparentemente associada a um melhor prognóstico,
relativamente à quimioterapia (QT) e radioterapia (RT).
Material e Métodos: Homem de 67 anos, submetido a
resseção abdómino-perineal em 07/13 pós QT/RT neoadjuvante, por adenocarcinoma pouco diferenciado do
reto baixo T3N1Mx. Resultados: TC abdominal 06/14:
volumoso tumor na GSR direita, com cerca 7 cm. PET:
lesão compatível com depósito secundário com 7cm na
GSR direita. Analiticamente: elevação do CEA. Submetido a suprarrenalectomia direita a 08/14. Histopatologia: metástase de adenocarcinoma primário do reto.
Discussão: Apesar da escassa literatura que apoia a
eficácia do tratamento, a suprarrenalectomia realizada
em doentes com metástases isoladas na GSR de CCR
representa o tratamento padrão na abordagem terapêutica.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Colo-Proctologia
Débora Correia, Joana Faustino, Rui Mendes, Luísa
Moniz, Carlos Nascimento, Raúl Mesquita Lima
Débora Correia
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P50)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Revisão das primeiras 100 cirurgias colo-rectais
laparoscópicas
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Avaliação dos resultados das
primeiras 100 cirurgias colo-rectais laparoscópicas no
âmbito da patologia oncológica. Material e Métodos:
Foram analisadas todas as cirurgias colo-rectais laparoscópicas realizadas nesta instituição pelo mesmo
cirurgião num período de 6 anos. De forma consecutiva
e sistemática foram avaliados parâmetros como tempo
operatório, dias de internamento, margens, número de
gânglios excisados, taxa de conversão. Todos estes
parâmetros foram inter-relacionados com o estadio,
existência de permeação venosa, linfática e nervosa
além do número de gânglios metastizados. Resultados: Os resultados obtidos permitem uma comparação com centros de referencia nesta área da cirurgia
oncológica, permitiram uma avaliação do desempenho
e qualidade do trabalho efectuado além de motivarem a
equipa para a melhoria contínua. Através desta análise
Revista Portuguesa de Cirurgia
150
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
também foi possível avaliar a curva de aprendizagem,
determinar qual a sua dimensão e a evolução posterior à mesma. Discussão: Só com o registo sistemático e sua avaliação é possível estabelecer metas de
qualidade e eficácia e “tentar ser sempre melhor”... A
divulgação de resultados será uma prova de humildade
dando a possibilidade de “auditoria externa” e como tal
uma oportunidade de melhoria.
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim Vila do Conde, EPE
Colo-Proctologia
Eduardo Coutinho, Adelaide Graça, Diva Silva, Milheiro
da Costa
Eduardo Lopes Coutinho
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P51)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Invaginação intestinal do adulto por GIST do jejuno
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação intestinal define-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
-se como a migração de um segmento intestinal através do lumen intestinal a jusante. A incidência é maior
em crianças, sendo considerada rara nos adultos e de
causa idiopática em 8-20% dos casos. A invaginação
secundária é originada por várias lesões orgânicas,
benignas ou malignas, e iatrogénicas. A tomografia
axial computorizada (TC) é o exame de diagnóstico
mais sensível e a cirurgia, segundo princípios oncológicos, o tratamento definitivo. Material e Métodos:
Descreve-se o caso de uma doente do sexo feminino,
de 90 anos, que recorre ao serviço de urgência com um
quadro compatível com oclusão intestinal por invaginação do jejuno, secundária a um GIST. Resultados: A
hipótese diagnóstica foi confirmada por TC pré-operatória, tendo a doente sido submetida a cirurgia. Realizou-se uma ressecção segmentar de intestino delgado. O
resultado do estudo da lesão revelou tratar-se de um
GIST de grau II, com 4.8 cm de diâmetro. Discussão:
O diagnóstico pré-operatório de invaginação intestinal
é possível na maioria dos casos, sendo a TC o meio
de diagnóstico mais sensível e eficaz. Nos adultos,
a invaginação cólica é, na maior parte das vezes de
causa maligna, enquanto que a do intestino delgado é
de causa benigna. Perante a suspeita, e independentemente da causa, o tratamento de eleição é a laparotomia exploradora e a cura cirúrgica da causa subjacente.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Colo-Proctologia
Mário Rui Gonçalves; Diana Gomes; Telma Brito; Ana
Cristina Rodrigues; Luisa Pereira; Fernando Barbosa;
Alberto Midões
Mário Rui Gonçalves
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
sexo feminino, com antecedentes de talassemia, osteoporose e cirurgia ao colo do fémur. Medicação habitual:
ciclobenzoprina, etoricoxib, gabapentina, ácido zoledrónico. Foi encaminhada a consulta externa de Ginecologia por achado em TC de “imagem hipodensa de
paredes calcificadas, que coloca diagnóstico diferencial
entre lesão uterina- fibromioma calcificado ou lesão do
ovário direito”. Foi assumido diagnóstico de teratoma
do ovário direito e a doente foi proposta para histerectomia total e anexectomia bilateral tendo-se constatado
intra-operatoriamente anexos sem alterações e uma
massa que correspondia ao apêndice que foi excisado.
O diagnóstico anatomo-patológico da peça revelou
um cistadenoma mucinoso do apêndice. Resultados:
A doente evoluiu favoravelmente e teve alta ao D5 de
pós-operatório. Discussão: O mucocelo é definido
como uma distensão do lúmen do apêndice devido à
acumulação de substâncias mucinosas. A incidência
ronda os 0.2-0.3% e é mais comum no sexo feminino
(4:1), em idades superiores a 50 anos. É importante a
distinção entre o cistadenoma e o cistadenocarcinoma,
uma vez que a conduta será diferente. Cerca de 50%
apresenta-se com clínica de apendicite aguda sendo
que os restantes são assintomáticos. Muitas vezes
levam a interpretações diagnósticas erróneas nomeadamente na mulher que tem a região anexial como fator
de confusão tal como aconteceu no caso descrito.
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Colo-Proctologia
Melo D.; Brahim A.; Rocha A; Mateus N.
Débora da Silva Melo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P53)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Uma causa rara de apendicite aguda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A apendicite aguda é definida
como a inflamação da camada apendicular interna que
se propaga às restantes partes. O factor etiológico predominante é a obstrução da luz apendicular que origina
o desenvolvimento de uma infecção secundária. Esta
obstrução pode dever-se à hiperplasia dos folículos linfóides em 50-60% dos casos, à presença de um fecalito
em 30-40% dos casos – que se associa com formas
de pior prognóstico – e outras causas infrequentes,
que constituem 1% dos casos de apendicite, como os
tumores e os corpos estranhos. Material e Métodos:
Apresentação de caso clínico. Resultados: Os autores apresentam o caso de um homem de 34 anos, que
recorre ao serviço de urgência por quadro de dor abdominal nos quadrantes direitos com 5 dias de evolução,
associada a náuseas e febre. Realizou TC abdominal,
que mostrava sinais inflamatórios na FID a envolver o
cego e o apêndice ileo-cecal com espessamento parietal concêntrico e ligeira densificação da gordura mesentérica. O apêndice não se individualizava devido a
múltiplos artefactos condicionados por corpo estranho
de densidade metálica com cerca de 10x8mm na topografia da emergência do apêndice, lâmina fluída peri-cecal, sem colecções fluídas organizadas. A hipótese
de apendicite por corpo estranho é a mais provável. O
doente foi submetido a apendicectomia laparotómica.
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P52)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Mucocelo do apêndice – um diagnóstico dúbio.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Descrição e revisão teórica de
um caso clinico de diagnóstico incidental de mucocelo
do apêndice. Material e Métodos: Doente de 62 anos,
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
151
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Intra-operatoriamente constatou-se a presença de
apendicite aguda complicada por perfuração contida, a
exploração da peça operatória confirmou corpo estranho compatível com chumbo de caçadeira.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Colo-Proctologia
Fonseca, S., Francisco, E., Esteves, J., Vale, S., Carvalho, C., Maciel, J.
Sofia Filomena Pereira Fonseca
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P54)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Tumor retrorretal: do diagnóstico à exérese cirúr-
gica pela abordagem de Kraske
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores pré-sagrados, tam-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
bém designados retrorretais, são raros. O tipo histológico do tumor é variável, a maioria deles são congénitos (2/3 dos casos) com origem em remanescentes
embriológicos. Outros tipos descritos são os neurogénicos, inflamatórios, ósseos e mistos. Resultados: O
presente caso descreve uma doente de 42 anos com
história de dor lombar com 6 meses de evolução. Foi
referenciada à Consulta externa de Cirurgia Geral
após ter realizado uma Ressonância Magnética que
revelou no espaço pré-sagrado inferior uma lesão de
aspeto bilobado com conteúdo quístico e multiloculado,
de 60x30mm, com desvio da ampola retal. Foi submetida a exérese do tumor retrorretal por via posterior, a
chamada abordagem de Kraske. A histologia da peça
operatória mostrou tratar-se de um teratoma cístico.
Discussão: Os sintomas associados, tal como no presente caso, são inespecíficos, e muitas vezes o diagnóstico é feito incidentalmente. A resseção cirúrgica é
o tratamento adequado dado o risco de malignidade,
de crescimento da lesão e transformação maligna e
de infeção quando associada nas lesões quísticas (até
30%). A abordagem cirúrgica é feita por via laparotómica, posterior ou combinada, dependendo da localização, tamanho do tumor e envolvimento das estruturas
adjacentes. Neste caso, dado tratar-se de uma lesão
baixa, sem invasão dos órgãos pélvicos, a abordagem
de Kraske com remoção das últimas 2 peças coccígeas
foi suficiente para uma exérese completa.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Colo-Proctologia
Rita Peixoto, Rosa Saraiva, Jorge Valverde, Joana F.
Correia, Daniela Macedo Alves, Maria João Lima, José
Manuel Oliveira, António Taveira Gomes
Rita Peixoto
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
diferencial é fundamentalmente com apendicite aguda
e carcinoma colo-rectal. Raramente o diagnóstico é
conseguido no pré-operatório. A má-rotação intestinal
resulta de uma alteração no desenvolvimento embrionário. Em 6% dos doentes, o cego não desce no abdómen e permanece sub-hepático. Material e Métodos:
Apresentamos um doente do masculino, 40 anos de
idade, raça caucasiana com antecedentes de espondiliteanquilosante e diverticulose cólica. Recorreu ao Serviço de Urgência por dor abdominal generalizada, mais
intensa na fossa ilíaca direita com um dia de evolução.
No exame objectivo, de salientar abdómen doloroso à
palpação profunda do hipocôndrio/ flanco direito.?As
análises revelaram parâmetros inflamatórios elevados.
A TC demonstrou um espessamento do apêndice ileo-cecal com implantação em cego sub-hepático. Resultados: O doente foi submetido a laparotomia sub-costal
direita, tendo-se constatado diverticuliteperfurada do
cego. Procedeu-se a resseção ileo-cecal. Alta no quinto
dia após a intervenção, sem intercorrências. Discussão: A diverticulite cecal complicada de perfuração é
uma causa rara de abdómen agudo. Esta etiologia não
pode ser esquecida no diagnóstico diferencial no pré-operatório, para permitir programar o tratamento adequado.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Colo-Proctologia
Tânia Almeida, Raquel Mega, Susana Nunes, Hugo
Pinto Marques, Américo Martins, Eduardo Barroso
Tânia Almeida
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P56)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Aeroportia não Fatal: mudança do paradígma
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A aeroportia é um achado ima-
giológico que se identifica raramente. Associa-se frequentemente a situações de isquemia intestinal e cursa
com uma mortalidade próximo de 100%. A aeroportia
quando reconhecida na isquemia intestinal exige uma
intervenção cirúrgica de emergência. O objetivo dos
autores visa apresentar 3 casos clínicos de aeroportia
por isquemia intestinal que não culminaram na morte
dos pacientes. Material e Métodos: Reportagem de
3 casos não fatais de aeroportia. Resultados: Descrição de três casos clínicos de doentes com fatores
de risco cardiovasculares, admitidos em contexto de
urgência por sépsis grave, tendo-se detetado no estudo
efetuado achados sugestivos de isquemia intestinal
com aeroportia. A proposta cirúrgica foi imediata. Intra-operatóriamente evidenciou-se isquemia de cólon
direito, em dois dos doentes e do jejuno no terceiro.
Um dos doentes, já depois da alta, voltou a ter novo
episódio de isquemia intestinal, desta vez do intestino delgado. Discussão: A aeroportia quando associada à isquemia intestinal torna o prognóstico ainda
mais sombrio, elevando substancialmente a taxa de
mortalidade. Contudo, só o reconhecimento e intervenção rápidos contribuem para a mudança deste
paradigma.
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P55)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Diverticulite cecal: as limitações da semiologia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A diverticulitececal é rara,
especialmente em populações ocidentais. Na maioria
dos doentes, os divertículos são únicos. O diagnóstico
Revista Portuguesa de Cirurgia
152
AUTORES: Wilson Malta, Isabel Mesquita, Mónica Sampaio, Jorge
Santos
CONTACTO: Wilson Malta
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P57)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Diverticulite Aguda: a Experiência do Serviço de
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Cirurgia Geral do CHVNG/E e as Novas Tendências
de Abordagem
Objectivo/Introduçâo: A diverticulite aguda desenvolve-se em cerca de 20% dos casos de diverticulose e
destes 25% vão necessitar de cirurgia de urgência. Nas
últimas décadas a sua incidência e complicações têm
aumentado substancialmente. Desde então o número
de publicações a respeito deste tema expandiu-se,
bem como as opções terapêuticas. Apesar disso, muitas dúvidas persistem e as suas decisões terapêuticas.
Com este estudo pretendemos comparar com os dados
apresentados na literatura e definir as tendências do
Serviço de Cirurgia Geral na abordagem da diverticulite aguda. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de
121 doentes com o diagnóstico de diverticulite aguda
do colón no período de Janeiro de 2012 a Dezembro
de 2013. Resultados: No período estudado 286 doentes foram diagnosticados com diverticulose sendo
que 121 foram internados por diverticulite aguda. Não
houve predominância significativamente estatística
entre os sexos e a idade média ao diagnóstico foi de
61, 44 anos (24-92anos). Cerca de 47, 11% tinham
idades compreendidas entre os 51 e 70 anos. Em
93, 39% apenas o cólon esquerdo estava atingido. O
tempo de internamento médio foi de 8, 62 dias. O tratamento conservador foi realizado em 85, 12%. Entre
os doentes submetidos a tratamento cirúrgico durante
o internamento a operação de Hartmann foi realizada
em 78, 57%. A percentagem de novos casos de internamento por DA foi de 19, 01%. Discussão: A abordagem
terapêutica da diverticulite aguda deve ser individualizada.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Colo-Proctologia
Liberal, M.; Leite, M.; D`Almeida, G.; Tavares, A.; Cardoso, J.; Santos, V.; Pereira, B.; Maciel, J.
Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
Mulher de 33 anos, que recorreu ao Serviço de Urgência com um quadro de oclusão intestinal com 4 dias
de evolução.Trata-se de uma doente sem antecedentes
relevantes. Ao exame objectivo salientava-se abdómen
distendido, timpanizado, difusamente doloroso à palpação, com ruidos hidroaéreos metálicos e o toque rectal
revelava ampola vazia. Analiticamente não apresentava
alterações. A radiografia de abdómen mostrava distensão do ângulo esplénico do colón. A TC revelou aspectos que sugeriam hérnia interna/brida. A doente foi submetida a laparotomia exploradora observando-se volvo
do colón direito e, após desrotação depreendeu-se má
rotação intestinal e inexistência de aderências ao retroperitoneu. Face às múltiplas microperfurações e áreas
de necrose no cego e cólon ascendente realizou-se
hemicolectomia direita com anastomose primária. Um
ano após a cirurgia a doente encontra-se sem sintomas
gastrointestinais. Discussão: As anomalias congénitas
da rotação intestinal raramente são diagnosticadas no
adulto. A apresentação clinica pode ser inespecifica tornando o diagnóstico difícil e por vezes tardio. O tratamento clássico da má rotação intestinal sintomática é o
procedimento de Ladd.
Centro Hospitalar do Oeste
Colo-Proctologia
Menezes Carla, Roque Rosário, Santa Rita Carlos
Carla Manuela Pereira Menezes
[email protected]
06-03-2015
17H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P106)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Metástases Intraesplénicas de Carcinoma Gástrico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma gástrico é o quarto
tumor mais prevalente e a segunda causa de morte por
neoplasia no mundo. A metastização habitual ocorre
para o fígado, pulmão e peritoneu sendo a metastização esplénica isolada rara. Os autores apresentam dois
casos clínicos de carcinomas gástricos que evoluíram
com metastização esplénica isolada e com indicação
para esplenectomia. Material e Métodos: Descrição
e documentação imagiológica de dois casos clínicos.
Resultados: Tratam-se de 2 doentes, um do sexo
feminino, com 78 anos e outro do sexo masculino, com
74 anos com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico.
Em follow-up, realizada tomografia axial computadorizada (TAC) onde foram identificadas imagens nodulares intra-esplénicas compatíveis com metastização.
Realizada PET scan confirmando exclusivamente as
lesões observadas na TAC. Assim, foram apresentados
em reunião multidisciplinar de Oncologia e decidido
por esplenectomia. O estudo histológico de ambas as
peças confirmou a resseção completa bem como a
filiação secundaria ao carcinoma gástrico. Actualmente
os dois doentes estão livres de doença. Discussão: A
metastização esplénica isolada de carcinomas gástricos ocorre muito raramente. A esplenectomia deve ser
considerada uma opção de tratamento como forma de
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P58)
SESSÃO P-CR 3
TÍTULO: Má rotação intestinal no adulto: a propósito de um
caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A má rotação intestinal é uma
anomalia congénita causada pela ausência ou rotação
incompleta do intestino durante o período embrionário.
A incidência é de 1 em cada 500 recém-nascidos. Os
casos sintomáticos são raros e o diagnóstico é frequentemente feito intraoperatoriamente. Material e Métodos: Apresentação de um caso clínico Resultados:
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
153
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
aumento de sobrevida. Por se tratar de um tema raro,
merece ser partilhado com a comunidade científica.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Wilson Malta, Isabel Mesquita, Jorge Santos
Wilson Malta
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P107)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Forma Rara de Apresentação de Neoplasia Gástrica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasias são factores de
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
risco reconhecidos para fenómenos tromboembólicos.
O carcinoma gástrico (CG) apresenta-se frequentemente com sintomas dispépticos, de obstrução ou
relacionados com a metastização. A trombose venosa
(TV) como forma de apresentação do CG, apesar de
já descrita, é rara. O síndroma da veia cava superior
(SVCS) é a forma mais rara de apresentação, estando
descrito um número escasso de casos a nível mundial.
Material e Métodos: Foram consultados os processos
dos doentes com diagnóstico de CG entre Março/2011
e Outubro/2014, tendo sido identificados três doentes
com TV como forma de apresentação de CG. Resultados: Dos três doentes, um apresentou-se com trombose venosa profunda de ambos os membros inferiores
e tromboembolismo pulmonar, outro apresentou-se
com TV do membro superior esquerdo e veia jugular
interna esquerda, a forma de apresentação no ultimo
caso foi como SVCS. Em todos os doente foi subsequentemente diagnosticada CG. Discussão: Os doentes com neoplasias têm múltiplos factores de risco para
doença tromboembólica. As neoplasias mais frequentemente associadas a fenómenos tromboembólicos têm
origem no pâncreas, ovário e cérebro. O tromboembolismo em doentes com neoplasias esta associado a
uma diminuição da sobrevida global, não sendo claro
qual o seu verdadeiro impacto. O diagnóstico de fenómenos tromboembólicos até um ano após o diagnostico
da neoplasia está associado a um estádio avançado da
doença e a um pior prognóstico.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Esófago Gástrica
Susana Rodrigues, Alexandra Pupo, Lui´sa Quaresma,
Gualdino Silva, Guedes da Silva, Caldeira Fradique
Susana Cristina Cardoso Rodrigues
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
vamento progressivo, após episódio de vómito forçado
e tosse. Apresentava-se hemodinamicamente estável,
polipneico, taquicárdico e com dor à palpação do epigastro, sem defesa. Fez TC toraco-abdomino-pélvica:
“hidropneumotórax esquerdo a condicionar desvio do
mediastino para a direita e sinais de pneumomediastino”. Colocado um dreno torácico à esquerda com
saída de líquido entérico. Evoluiu para sépsis e foi decidida a cirurgia. Resultados: Submetido a toracotomia
póstero-lateral esquerda, identificando-se perfuração
esofágica justa diafragmática, confirmada com endoscopia intra-operatória. Efectuada laparotomia mediana
supra-umbilical, realizado encerramento primário da
perfuração e drenagem das cavidades mediastínica e
abdominal. Pós-operatório sem intercorrências. Transferido para o país de origem ao 21º dia de pós-operatório, a tolerar dieta líquida. Discussão: A cirurgia não
está indicada em todos os casos e depende da estabilidade do doente, extensão da contaminação, grau de
inflamação, doença esofágica subjacente e localização
da perfuração. O “golden period” para o encerramento
primário de uma perfuração esofágica é nas primeiras
24h.
Hospital Dr. Nélio Mendonça, Funchal
Cirurgia Esófago Gástrica
D. Fernandes, F. Menezes, R. Barreto, H. Silva, M. Olim
Sousa, R. Viveiros, S. Silva, I. Subotin, L. Silva, N. Jardim, P. Gonçalves, A. Quintal, A. Teixeira
Diana Fernandes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P109)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Síndrome de Boerhaave: a propósito de dois casos
clínicos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O síndrome de Boerhaave (SB)
constitui uma emergência cirúrgica com elevada taxa
de mortalidade. Nas perfurações com mais de 24h de
evolução o tratamento é controverso e a mortalidade
>50%. Material e Métodos: Apresentam-se dois casos
com mais de 24h de evolução. Homem, 50 anos, com
etilismo crónico e litíase vesicular. Recorre à Urgência
por vómitos e epigastralgias. Interpretado como cólica
biliar refractária foi submetido a colecistectomia laparoscópica três dias depois. No pós-operatório, taquicardia, dispneia, sudorese intensa e na TC torácica volumoso hidropneumotórax direito, pneumomediastino e
rotura esofágica distal. Enviado ao nosso Hospital com
dispneia. Na laparotomia, com abertura do diafragma,
realizou-se drenagem do abcesso, desbridamento,
patch de Thal fúndico, exclusão esofágica cervical e
jejunostomia de alimentação. Alta ao 71º dia. Homem,
54 anos, com etilismo crónico. Entra no SU com epigastralgias com dois dias de evolução, vómitos, hematemeses e em sépsis. Endoscopia revelou mucosa
esofágica ulcerada e orifício fistuloso a 2cm do cárdia.
Realizou esofagograma e TC torácica que confirmou
perfuração esofágica distal e mediastinite. Na laparotomia presença de intensa periesofagite associada à
perfuração. Efectuou-se gastrectomia polar superior
com tubo gástrico, piloromiotomia, jejunostomia e, por
toracotomia direita, completou-se a esofagectomia com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P108)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Síndrome de Boerhaave – Um Desafio Diagnóstico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A perfuração esofágica é uma
emergência cirúrgica. A maioria das perfurações ocorre
após a instrumentação endoscópica mas a perfuração após o vómito forçado, conhecida por síndrome
de Boerhaave, é a causa desta perfuração em 15%
dos casos. Material e Métodos: Homem de 75 anos,
turista, recorreu ao SU por um quadro com 10h de evolução de dor retroesternal e dispneia súbita de agra-
Revista Portuguesa de Cirurgia
154
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
anastomose esofagogástrica manual. Alta ao 25º dia.
Discussão: No SB as 24h de evolução não são um
cut-off mágico.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Manuel Rosete, Ana Oliveira, Mónica Martins, Maria
Gorete Jorge, Beatriz Costa, Carlos Mesquita, Júlio
Soares Leite, Francisco Castro e Sousa
Manuel Fernandes Lourenço e Gonzalez Rosete
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P110)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Linfoma Gástrico Primário – Revisão de 10 anos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os Linfomas Primários Gástri-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cos representam entre 2 a 8% do total de neoplasias
primárias do estômago. Os mais frequentes são o
MALT e o Linfoma difuso de grandes células B. O seu
tratamento é multidisciplinar e tem sofrido importantes
alterações, com o desvio para formas de tratamento sistémicas, em detrimento de terapeuticas locais, nomeadamente a cirurgia. Material e Métodos: No período
entre Janeiro de 2002 e Dezembro de 20011, foram
diagnosticadas 712 neoplasias gástricas. Dessas, 16
(2%), tratavam-se de linfomas gástricos. A média de
idades foi de 58 anos, entre os 9 e os 80 anos. A distribuição por géneros foi de 50% homens e 50% mulheres. 5 dos casos referem-se a Linfomas de MALT e 11
Linfomas Difusos de Grandes Células B. Resultados:
Foram apenas operados 2 doentes.Um dos doentes
encontrava-se sob quimioterapia, tendo sido submetido a gastrectomia total com esplenectomia e pancreatectomia distal por hemorragia digestiva alta; o outro
doente foi submetido a gastrectomia total, em contexto
de suspeita de neoplasia gastrica aquando de cirurgia
urgente por HDA. Os restantes foram todos tratados
com Quimioterapia sistémica. 4 doentes morreram
no decurso do seu tratamento com quimioterapia, em
média 8 meses após o diagnóstico. Todos os restantes
encontram-se vivos. Discussão: Os linfomas gástricos
primários são uma entidada rara. O seu tratamento tem
evoluido no sentido da terapeutica sistémica e erradicação de H.pilory nos MALT de baixo grau, reservando a
cirurgia apenas para casos seleccionados ou urgentes.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Ricardo Rocha, Rui Marinho, António Gomes, Marta
Sousa, Marta Fragoso, Carla Carneiro, Vitor Nunes
Ricardo Rocha
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
clássico ou carcinomatose mucinosa. Esta última pode
ter origem num tumor mucinoso de alto grau do estômago, cólon, pâncreas ou vesícula biliar. Resultados:
Homem de 76 anos, internado por pneumonia bilateral
e ascite de causa indeterminada. Por manter quadro
séptico foi realizada paracentese com saída de liquido
purulento, negativo para células neoplásicas. Estudo
endoscópio digestivo superior e inferior sem evidência de lesões tumorais. Por agravamento clínico para
choque séptico foi realizada laparotomia exploradora
que evidenciou ascite mucinosa de grande volume
com retração dos mesos, sendo impossível de isolar os
diferentes orgãos intra-abdominais e objetivar o tumor
primário. O doente viria a falecer ao 5º dia pós-op. O
exame histológico dos implantes peritoneais e do epiploon revelaram envolvimento neoplásico por tumor
com origem provável no trato digestivo superior (estômago). Discussão: A carcinomatose mucinosa é uma
forma de apresentação neoplásica rara. Por vezes não
é possível identificar a sua origem primária. Apesar do
estudo do trato digestivo superior ter sido negativo, os
achados histológicos apontam para origem gástrica. A
disseminação peritoneal do carcinoma gástrico existe
em 40% dos doentes em estadio II e III, representando
um fator de mau prognóstico.
Hospital de Braga
Cirurgia Esófago Gástrica
Hugo Palma Rios, Charlène Viana, Claúdio Branco,
Ana Martins, Conceição Antunes.
Hugo Palma Rios
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P112)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Perfuração gástrica por corpo estranho: será possí-
vel um tratamento conservador?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Uma perfuração gástrica seja
por corpo estranho, durante EDA ou por doença ulcerosa péptica, constitui na maioria das situações uma
urgência cirúrgica. Contudo, especialmente para a
doença ulcerosa péptica, tem-se vindo a demonstrar
que, em doentes com elevado risco cirúrgico, o tratamento conservador pode ser considerado uma opção.
O mesmo poder-se-á dizer de perfurações traumáticas?
Resultados: Homem 57 anos com múltiplos factores
de risco, antecedentes de cirurgia cardíaca e patologia
respiratória grave, condicionando um alto risco cirúrgico; iniciou quadro de dor precordial com posterior
agravamento e irradiação para o epigastro. Após exclusão de cardiopatia isquémica pediu-se TAC Abdominal que revela corpo estranho encarcerado na parede
pilórica com evidência de pequenas bolhas gasosas
livres sub-hepáticas. Coloca-se assim o diagnóstico
de perfuração gástrica contida, que pelo seu arrastado
quadro (72h), risco cirúrgico e não evidência de sépsis abdominal, optou-se por tratamento conservador
(método de Taylor) com boa evolução clínica. Após 2
meses reinternado por quadro sugestivo de oclusão
intestinal alta contudo, autolimitado e com boa evolução com novo tratamento conservador. TAC de controlo
demonstra a presença do corpo estranho em topografia
diferente, nomeadamente perivesicular. Actualmente
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P111)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Choque séptico por carcinomatose mucinosa de
primário desconhecido
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pseudomixoma peritoneal
é uma condição rara que representa a disseminação
peritoneal de uma neoplasia produtora de mucina.
Pode apresentar-se de duas formas: pseudomixoma
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
155
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
doente mantém vigilância e acompanhamento em consulta externa. Discussão: O tratamento conservador
em perfurações por corpos estranhos parece ser uma
opção viável em casos muito seleccionados
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Veiga, D (1); Baptista V.(1); Melo J.(1); Cunha, M.(1);
Hristova, K.(1); Cardoso, N.(1); Carranca, C.(1); Americano, M (1); Brito, J. (2)
Diogo Nuno Martins Félix Rodrigues Veiga
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P113)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: É muita fruta! – Caso Clínico sobre abordagem e
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tratamento de bezoar gástrico após ingestão de
diospiros.
Objectivo/Introduçâo: Abordar caso clínico de doente
com fitobezoar gástrico submetida a gastrotomia e
biópsia de úlcera gástrica. Material e Métodos: História clínica e Endoscopia Digestiva Alta Resultados:
Mulher 66 anos previamente saudável que após ingestão de quantidade não mensurável de diospiros, inicia
quadro de epigastralgia que motiva consulta médica.
Realiza EDA, diagnóstica de fitobezoar gástrico. A
medida terapêutica instituída foi a ingestão diária de 1L
de Coca-Cola. Por agravamento das queixas ao fim de
3 meses, recorre ao serviço de urgência e repete EDA
que confirma o diagnóstico, já com úlcera gástrica e
impossibilidade de extracção endoscópica. É internada
para realização de gastrotomia com remoção de diospirofitobezoar e biópsia de úlcera gástrica. Pós-operatório com infecção da ferida operatória, cuja microbiologia
revelou Streptococcus Anginossu. Instituida antibioterapia dirigida (TSA) com alta ao 17º dia. Follow-up sem
intercorrencias. Discussão: Os bezoares gástricos
constituem um diagnóstico raro e incidental aquando
da realização de exames de imagem ou endoscópicos.
A clínica e os achados do exame objectivo revelam-se
inespecíficos. A EDA é útil no diagnóstico e abordagem
terapêutica inicial por dissolução química. Em caso de
insucesso e/ou complicações, procede-se a intervenção cirúrgica.
Hospital de Vila Franca de Xira
Cirurgia Esófago Gástrica
Alves M.V., Caseiro C., Bentes N., Correia P., Antunes
T.S.
Magda Alves
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
é uma subtipo raro dos tumores do estroma gastrointestinal com origem no mesentério ou epíploon. Resultados: Mulher de 87 anos, bom estado geral, observada por aumento do perímetro abdominal com dois
meses de evolução, disfagia para sólidos e trânsito
apenas para gases com duas semanas de evolução. O
estudo imagiológico revelou ascite de grande volume e
uma volumosa massa entre o estômago e o pâncreas.
Submetida a laparotomia exploradora onde se observou uma volumosa massa na dependência do ovário
esquerdo, uma massa retro-pancreática com 13 cm
e ascite mucinosa de grande volume. O exame histológico descreve um tumor mucinoso de malignidade
borderline do tipo intestinal do ovário esquerdo com
pseudomixoma peritoneal e E-GIST retro-pancreático.
A doente teve alta ao 10º dia pós-op e foi decidido não
realizar qualquer tratamento suplementar. Discussão:
Esta doente apresenta um tumor ovárico de malignidade bordeline (FIGO 1C) com carcinomatose mucinosa associada, e de forma síncrona, um E-GIST com
origem na retrocavidade dos epíploons, ou seja, dois
tumores extremamente raros. Presentemente, não está
descrita na literatura qualquer relação entre estes dois
tumores e as implicações prognósticas que a sua coexistência implica.
Hospital de Braga
Cirurgia Esófago Gástrica
Hugo Palma Rios, Charlène Viana, Humberto Cristino,
Pedro Leão
Hugo Palma Rios
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P115)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Estou deprimida?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Megaesófago resultante de
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P114)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Ascite mucinosa: dois tumores síncronos raros!
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os carcinomas epiteliais do
CONTACTO:
EMAIL:
ovário classificam-se em vários subtipos, sendo que
os tumores mucinosos representam apenas 3% dos
casos. Embora estes tumores sejam habitualmente de
baixo grau, podem estar associados a carcinomatose,
sob a forma de pseudomixoma peritoneal. O E-GIST
Revista Portuguesa de Cirurgia
156
acalásia é raro, mas uma causa severa de obstrução
da via aérea. Os autores apresentam o caso clinico
de uma jovem de 26 anos, que anteriormente a sua
admissão na urgência era seguida na consulta de Psiquiatria por transtorno alimentar. Material e Métodos:
Doente admitida no serviço de urgência com queixas
de dificuldade respiratória e tratada com o diagnostico
de obstrução da via aérea severa e edema da epiglote,
que condicionou falência respiratória. Após o diagnóstico imagiológico de megaesófago, confirmou-se por
estudo endoscópico tratar-se de acalásia. Resultados:
Melhoria sintomática após terapêutica cirúrgica laparoscópica, estando actualmente sem queixas. Discussão: A acalásia do esófago deverá ser considerada
como diagnóstico diferencial de obstrução das vias
aéreas.
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Inês Guerreiro (1); Ana Cristina Alves (1); João Abrantes (2); José Neves (1)
Inês Pereira Guerreiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P116)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Impacto da Neoadjuvância no Tratamento do Can-
cro Gástrico: a nossa experiência
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma gástrico é dos
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mais comuns em Portugal, apresentando uma incidência de 27 novos casos/ano por 100000 habitantes, com
uma taxa de mortalidade de 23%. Enquanto lesões no
estadio I podem atingir 70 a 75% de sobrevivência aos
5 anos após resseção, nos estadios avançados assiste-se a um decréscimo da taxa de sobrevivência para
cerca de 35% aos 5 anos. Estes resultados reforçam a
importância de terapias complementares no tratamento
dos estadios mais avançados da doença. Material e
Métodos: Realizado estudo retrospectivo seriado de
doentes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico, estadios > Ia, submetidos a gastrectomia entre
1/1/2012 e 1/8/2014. Realizado análise estatística dos
dados com SPSS 20. Resultados: Foram submetidos
a gastrectomia 77 doentes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico com estadio > Ia com idades compreendidas entre os 42 e os 86 anos. 52% dos doentes foram submetidos a gastrectomia subtotal e 48%
a gastrectomia total. A taxa de morbilidade foi 19, 5%.
22% dos doentes realizaram QT neoadjuvante, não se
verificando maior taxa de complicações, sendo observada diminuição do N em 23% dos doentes. Discussão: O carcinoma gástrico apresenta-se como um dos
tumores mais comuns do nosso país, sendo agressivo
nos casos localmente avançados. As terapias neoadjuvantes são essenciais na melhoria dos outcomes para
os doentes em estadios mais avançados, uma vez que
podem permitir um downstaging da lesão, sem estarem
associadas a maior morbimortalidade pós-operatória.
Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco
Gentil, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Louro, Hugo (1); Leite, Mariana (2); Liberal, Maria(2);
Gandra, António (2); Francisco, Elsa(2); Tavares, Amélia(2); Viveiros, Fernando(2); Lucas, M Conceição(2);
Maciel, Jorge(2)
Hugo Cardoso Louro
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gástrico tubular (OMS), intestinal (Lauren), bem diferenciado, c-erb2 e Ki67 90% TC Toraco-abdomino-pélvico: segmento VII hepático calcificação residual
pós-hidática. Sem adenopatias. O doente foi submetido
a gastrectomia subtotal Y Roux, verificando-se intra-operatoriamente a presença de duas neoplasias síncronas a nível gástrico. Resultados: Histologia: ADENOCARCINOMAS GÁSTRICOS (síncronos): -antro
pilórico tipo de células discoesas, difuso de Lauren,
pouco diferenciado (G3), pT4b; -pequena curvatura,
de tipo tubular bem diferenciado, intestinal de Lauren,
pT4a; pN3a (8/12) Discussão: Conclui-se que o relato
de dois adenocarcinomas síncronos histologicamente
distintos de localização gástrica, é extremamente rara
após revisão da literatura
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Esófago Gástrica
C. Vicente; S. Nogueira; R. Souto; A. Freitas; J. Ascensão Santos; J.M. Novo de Matos; A. C. Fradique
Carla Sofia de Sousa Vicente
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P118)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: GIST: uma emergência cirúrgica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P117)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Adenocarcinomas Gástricos Síncronos: quando
um tumor não vem só?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As estimativas da incidência de
CONTACTO:
EMAIL:
neoplasias primárias múltiplas em doentes com cancro
gástrico (CG) variam de 1, 7% a 8, 0%. Alguns relatos
sugerem que o desenvolvimento de múltiplos tumores
primários em doentes com CG é ainda mais frequente.
Na literatura são raras as descrições de tumores síncronos no mesmo órgão exceptuando os casos de neoplasias síncronas do cólon. Material e Métodos: CASO
CLÍNICO: Sexo masculino, 88 anos. AP: DMT2; HTA.
Enviado à Consulta por anemia. EDA: lesão vegetante
do piloro irregular que se estende circunferencialmente
numa extensão de 12mm; Biópsia: adenocarcinoma
trintestinais (GIST) são os tumores mesenquiais mais
comuns do trato gastrointestinal. A cirurgia continua a
ser a base do tratamento curativo. Material e Métodos:
Um caso clinico com revisão narrativa. Resultados:
Doente do sexo feminino com 51 anos, que recorreu ao
serviço de urgência por quadro de melenas e astenia
com 3 dias de evolução. Efectuou EDA sem evidencia
de hemorragia. TC abdominal revelou ansa do intestino
delgado com espessamento parietal do bordo mesentérico. Durante estudo, apresentou choque hipovolemico
com Hb de 6, 3. Procedeu-se a laparotomia, constatou-me massa no jejuno proximal, tendo sido realizada
enterectomia segmentar com anastemose. O diagnóstico anátomo-patológico revelou se tratar de um tumor
de estroma gastrointestinal (GIST). Doente iniciou imitinab, estando actualmente sem evidencia de doença
activa aos 6 meses. Discussão: Embora os GIST são
incomuns, podem-se apresentam-se como situações
graves, sendo necessário uma actuação imediata.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Brito M 1, Ivo M 1, Franco M 2, Malaquias J 1, Mendes
de Almeida J 1 rito M 1, Ivo M 1, Franco M 2, Malaquias
J 1, Mendes de Almeida J 1
Miguel Galvão Brito
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P119)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: GIST do pequeno epíplon – a propósito de um caso
clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas-
trointestinal (GIST) são raros. Pertencem ao grupo
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
157
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
dos tumores com origem mesenquimatosa e ocorrem
essencialmente no estômago e no intestino delgado
(80% dos casos), podendo incidir em qualquer área do
trato gastrointestinal. Em situações ainda mais raras
estes podem desenvolver-se em zonas fora do tracto
gastrointestinal, como no epíplon, mesentério e peritoneu (< 10% dos casos). Material e Métodos: Os autores relatam o caso de uma paciente de 74 anos que foi
admitida por distensão abdominal, ascite e massa volumosa ocupando todos os quadrantes do abdómen. Em
TC toracoabdominopélvica, evidência de ascite abundante e uma massa intra-abdominal heterogénea com
25x20 cm. Endoscopia digestiva alta demonstrando
compressão extrínseca antro-pilórica. Assim, a paciente
foi submetida a laparotomia exploradora com evidência
de um tumor sólido com componente quístico com origem no pequeno epíplon. Foi efectuada a exerese da
lesão com excisão tangencial da pequena curvatura e
gastrojejunostomia Billroth II. Resultados: O exame
anátomo-patológico demonstrou tratar-se de uma neoplasia de células fusiformes, mostrando o estudo imunohistoquímico características de GIST. O pós-operatório
decorreu sem intercorrências, tendo a doente alta ao
23º dia de pós-operatório clinicamente bem. Realizou
terapêutica adjuvante com Imatinib e encontra-se no
23º mês de pós-operatório sem evidência de doença.
Discussão: Além da apresentação do caso clínico é
também efectuada uma breve revisão da literatura.
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Ana Goulart (1), Joana Mendes(1), Luís Amaral(1), Rui
Quintanilha(1), Nuno Maciel(2), António Melo(1)
Ana Ferreira Goulart
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
necessidade de re-intervenção em apenas 6 doentes (22%). Não se registou mortalidade aos 30 dias.
Discussão: O estudo revelou cirurgia esofágica sem
registo de mortalidade aos 30 dias e com taxas de morbilidade precoce de 56%. Regista-se ainda a crescente
importância das técnicas minimamente invasivas no
tratamento da patologia esofágica.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Tiago Castro, Vera Oliveira, António José Reis, Ferreira
Almeida, Trovão Lima, Mário Nora
Tiago Castro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P121)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Volvo Gástrico Intratorácico, a Propósito de um
Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O volvo gástrico intratorácico
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P120)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Morbimortalidade na cirurgia esofágica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A cirurgia do esófago tem uma
morbilidade alta (20-80%), com uma fracção importante
relativa a complicações respiratórias e cardíacas. As
deiscências ou leaks de anastomose, abcessos, fístulas, lesões do nervo laríngeo recorrente ou infeções
de ferida operatória são as principais complicações
cirúrgicas. A mortalidade descrita na literatura é de 0
a 22%. Este trabalho tem como objectivo descrever a
morbilidade e mortalidade associadas à cirurgia do esófago de um Serviço de Cirurgia Geral. Material e Métodos: Revisão do processo de 27 doentes submetidos a
cirurgia esofágica entre 1999 e 2014. Foram avaliados
o tipo e localização da lesão, abordagens cirúrgicas,
tempo de internamento, morbilidade precoce e tardia,
re-intervenções e mortalidade aos 30 dias de pós-operatório. Resultados: Os diagnósticos apresentados
foram carcinoma epidermóide do 1/3 médio ou inferior
em 14 doentes, adenocarcinoma do terço inferior em 6
doentes, 1 tumor do estroma e patologia benigna nos
restantes 6 doentes. Não se registou qualquer morbilidade no pós-operatório precoce em 44% dos doentes
(n: 12). A morbilidade apresentada foi essencialmente
devida a complicações pulmonares/ respiratórias, com
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
é uma entidade rara e pode apresentar-se de forma
aguda, potencialmente fatal. Relata-se um caso de volvo
gástrico intratorácico, com necessidade de tratamento
cirúrgico urgente. Material e Métodos: Doente de 64
anos, sexo masculino, internado no Serviço de Psiquiatria por Doença Bipolar. Inicia dor torácica súbita, vómitos e mal-estar geral, atribuídos a transtorno de somatização. Três dias depois do início do quadro, mantém
náuseas, vómitos e dor toraco-abdominal que evolui
para choque séptico. Exame abdominal com sinais de
irritação peritoneal. Colocação de sonda nasogástrica
difícil. Radiografia torácica: opacidade do hemitórax
direito. Ecografia abdominal: derrame peritoneal. TC-TAP: estômago intratorácico rodado, derrame pleural e
peritoneal, pneumoperitoneu. Resultados: Submetido
a laparotomia exploradora urgente: hérnia do hiato tipo
IV, volvo gástrico com perfuração do fundo. Redução
do conteúdo herniário, gastrectomia atípica, encerramento dos pilares do diafragma, lavagem peritoneal e
drenagem. Realizou trânsito esófago-gastro-duodenal
e TC-AP pós-operatórios: sem fístulas/colecções intra-abdominais. Pneumonia nosocomial. Alta ao 23º dia
pós-operatório. Um mês após a alta apresentava boa
tolerância à dieta, sem queixas de refluxo gastro-esofágico. Discussão: Este caso ilustra que o volvo gástrico
intratorácico agudo pode ter uma clínica inespecífica; a
tríade de Borchardt deve levantar suspeição e motivar
avaliação urgente do doente.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Marisa Tomé, Ana Oliveira, Soraia Silva, Gorete Jorge,
Carlos Mesquita, F Castro e Sousa
Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P122)
SESSÃO P-EGD 3
TÍTULO: Abordagem da fístula gastrocutânea: a propósito
de dois casos clínicos.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: A fístula gastrocu-
tânea representa por definição a fístula, que une o esto-
Revista Portuguesa de Cirurgia
158
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
mago e a pele. É uma situação rara e difícil de tratar
com uma taxa alta de mortalidade 13-60%. A deiscência
pós-operatória de suturas è responsável pelos 80-85%
casos dessas fístulas. Foram descritas múltiplas estratégias na abordagem da fístula gástrica externa. O
objetivo do nosso trabalho é realizar uma revisão da
abordagem conservadora e cirúrgica dessa patologia e
relatar dois casos tratados cirurgicamente com sucesso
no nosso serviço. Material e Métodos: Revisão da literatura e descrição de dois casos Discussão: Os doentes com fístulas diagnosticadas no pós-operatório imediato, ou complicadas com peritonite, sépsis e/ou sinais
de instabilidade hemodinâmica devem ser re-operados.
A abordagem cirúrgica pode ser laparotómica ou laparoscópica. Foram reportadas várias técnicas cirúrgicas:
sutura simples do orifício gástrico, excisão parcial da
parede gástrica com re-encerramento e gastrectomia
parcial. Nos casos de impossibilidade de encerramento
pode ser colocado o tubo de gastrostomia pelo orifício
gástrico. A jejunostomia é uma outra opção descrita.
Em todos os doentes é importante a implementação de
um complexo de medidas conservadoras típicas: controlo das alterações hidro-electrolíticas, anemia, infeção, o suporte nutricional, supressão da acidez gástrica
com IBPs e da secreção total com somatostatina ou
derivados. Quando uma abordagem inicial conservadora não tem resultados, a cirurgia permanece a ultima
opção.
Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Viorel Taranu, Pedro Costa, Lisandra Martins, Rui Bettencourt, Duarte Soares.
Viorel Taranu
[email protected]
06-03-2015
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
lou lesão quística com calcificações periféricas com
cerca de 9cm de maior diâmetro, a nivel do segmento
VI hepático. Analiticamente apresentava serologia
positiva para presença anticorpo anti-Echinococcus.
Resultados: Realizou 4 semanas de albendazol em
ambulatório, tendo sido submetido a periquistectomia
parcial hepática e colecistectomia com colangiografia
intra-operatória por via laparoscópica. Período pós-operatório (PO) sem intercorrências, tendo tido alta ao
5º dia PO clinicamente bem. Após a alta realizou mais
4 semanas de albendazol. Doente actualmente assintomático, sem evidência de recidiva.
Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Antunes S., Silva A., Ribeiro S., Machado A., Sanchéz
R., Caravana J.
Sofia Carralas Antunes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P190)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Transformação nodular angiomatosa esclerosante
(TNAE) do Baço – a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A TNAE do baço foi descrita
17H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P189)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Abordagem laparoscópica de um caso de quisto
hidático hepático
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hidatidose é uma infecção
parasitária causada pela forma larvar do Echinococcus granulosus em humanos. Produz lesões quísticas
características mais frequentemente localizadas no
fígado e pulmões. Geralmente assintomática, as manifestações clínicas surgem como resultado da compressão de órgãos adjacentes pelo quisto ou por complicações resultantes de rotura, infecção ou fistulização.
A abordagem cirúrgica é a base do tratamento, sendo
que na última década a abordagem laparoscópica se
tem tornado mais popular. O objectivo deste trabalho
consiste em apresentar o caso clínico de um doente
com um quisto hidático hepático. Material e Métodos:
Doente do sexo masculino de 72 anos, com antecedentes pessoais de HTA e hipercolesterolémia, controlados
com dieta. Foi enviado à consulta de cirurgia geral por
achado imagiológico compatível com quisto hidático
hepático, assintomático. TC abdomino-pélvica reve-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
em 2004 por Martel. Representa uma lesão benigna
rara, consistindo numa proliferação nodular vascular
da polpa vermelha associada a esclerose. Material e
Métodos: Mulher de 45 anos, com dor no hipocôndrio
esquerdo com um mês de evolução. A TC revelou lesão
nodular (3cm) irregular e mal definida entre a cauda do
pâncreas e o hilo esplénico. O estudo com RM e Ecoendoscopia com Doppler confirmou malformação vascular com expressão intra e extra-esplénica e extensão
à cauda do pâncreas. Proposta para esplenectomia
com pancreatectomia caudal. Resultados: Intra-operatoriamente constatou-se nódulo duro, irregular, do
polo inferior do baço associado a dilatação e tortuosidade da veia esplénica, sem plano de clivagem com
a cauda do pâncreas. Avaliação anatomo-patológica
confirmou TNAE com positividade para CD4, CD8 e
CD31. Encontra-se no 6ºM de follow-up, assintomática.
Discussão: O diagnóstico diferencial da TNAE do baço
inclui lesões vasculares benignas e malignas, como o
hemangioendotelioma e o angiossarcoma. Não estão
identificadas características imagiológicas que permitam uma distinção segura. Apenas a avaliação imuno-histoquimica confirma o diagnóstico, pelo que a esplenectomia é a única abordagem segura e eficaz. Por se
tratarem de lesões raras, a sua etiopatogenia ainda não
está esclarecida. Estudos recentes tem demostrado
uma relação com IgG4, sendo necessários mais casos
para a confirmar. Os autores esperam que este caso
possa contribuir para compreender melhor a etiopatogenia destas lesões.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sílvia Gomes da Silva; Marta Eusébio; Ana Lúcia Santos; Ana Marta Nobre; Jorge Paulino Pereira; Eduardo
Barroso
Sílvia Gomes da Silva
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
159
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P191)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Nefrectomia direita com ressecção da veia cava
com trombectomia por volumoso tumor renal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores renais são raros
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
representando 2-3% de todos os tumores sólidos. A
maioria são assintomáticos, sendo diagnosticados
incidentalmente em exames de rotina. O prognóstico
depende do tipo, tamanho e da sua extensão a órgãos
vizinhos. Apresentação de caso clínico por volumoso
tumor renal envolvendo a veia cava na face posterior e
com trombo intra-cava. Material e Métodos: Doente 60
anos, sexo masculino, sem antecedentes pessoais relevantes, assintomático. Em exame ecografia de rotina
constatou-se tumor renal direito, sólido. A TC identifica
volumosa massa renal direita envolvendo a veia cava
inferior (VCI). Resultados: Sob exclusão vascular
total do rim incluindo clampagem da VCI, procedeu-se
ao isolamento do hilo hepático e da veia cava infra-renal, veia renal esquerda e veia cava supra-hepática.
Realizou-se a nefrectomia direita com linfadenectomia
loco-regional e venotomia para remoção de trombo
da veia cava. Pós-operatório sem complicações. Histologia: Carcinoma de células renais de tipo células
claras, pT3a, N0, Mx. Neste momento a fazer Quimioterapia adjuvante. Discussão: A existência de trombo
na VCI por tumor renal é factor de mau prognóstico.
A nefrectomia radical com trombectomia da VCI, realizada em centros com experiência, permite o controlo
local da doença e hipótese de sobrevivência a longo
prazo.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Aguiar C; Bicho L; Marques H.; Martins A.; Barroso E
Catarina Aguiar
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mamente invasiva por via retroperitoneal e transperitoneal, necrosectomia por laparotomia, fasciotomia
subcutânea e laparostomia. Discussão: Atualmente
o cirurgião dispõe de uma vasto leque de técnicas no
tratamento das complicações locais da PA. Apesar
de, nos últimos anos, as vantagens da menor invasão
possível terem ficado claras na literatura, é preciso
não esquecer que em algumas situações é necessário
“subir um degrau” na terapêutica e, caso a caso, selecionar qual das técnicas vai conferir maior benefício ao
doente.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Isabel Caldas, Mariana Santos, Leonor Matos, Marta
Guimarães, Pedro Rodrigues, Domingos Rodrigues,
Trovão Lima, Gil Gonçalves, Mário Nora
Isabel Caldas
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P193)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Hemangioma hepático gigante – a propósito de um
caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hemangioma é a neoplasia
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P192)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Intervenção na Pancreatite Aguda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite aguda (PA) é uma
patologias frequente, sendo que 20% têm um curso
grave. A gravidade da PA prende-se com a disfunção
de órgão segundo os critérios de Marshall, e complicações locais. O “step-up approach” é consensualmente
aceite como a abordagem preferencial da necrose pancreática infetada (NPI) por estar associada a diminuição significativa da morbilidade. Nos casos em que é
necessária a necrosectomia cirúrgica, idealmente após
formação de “walled-off necrosis” (WON), a abordagem
minimamente invasiva parece diminuir a morbilidade.
Material e Métodos: Revisão retrospetiva de processos clínicos de doentes internados por pancreatite
aguda com necessidade de intervenção por Cirurgia.
Resultados: Os autores apresentam iconografia original das diversas técnicas de intervenção empregues
por cirurgiões na PA, nomeadamente no tratamento
da NPI e da síndrome de compartimento abdominal,
respetivas notas clínicas e indicações. Serão abordadas a drenagem percutânea, necrosectomia mini-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
hepática benigna mais comum. A maioria são assintomáticos, diagnosticados incidentalmente e não necessitam de tratamento cirúrgico. No entanto podem causar sintomas, como dor abdominal ou os decorrentes
da compressão de estruturas adjacentes, o que indica
necessidade de tratamento. Material e Métodos: Os
autores apresentam um caso de uma doente submetida a tratamento cirúrgico por volumoso hemangioma
hepático. Resultados: Relata-se o caso de uma
mulher de 55 anos com queixas de dor epigástrica e
distensão abdominal que realizou ecografia abdominal
seguida de TC abdominal, as quais permitiram constatar a presença de uma lesão nodular no lobo esquerdo
do fígado. Na Consulta de Cirurgia foi solicitada RMN
hepática, que mostrou uma volumosa massa ocupando
o lobo esquerdo, com 14 x 17 x 11 cm, compatível
com hemangioma. Considerando as diferentes opções
terapêuticas, foi decidido tratamento cirúrgico eletivo.
Discussão: Embora existam outras opções terapêuticas, quando se decide pela intervenção cirúrgica, a
ressecção da lesão é a técnica de eleição, podendo no
entanto, perante uma lesão volumosa, ser necessária
uma ressecção anatómica.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Nídia Moreira, M. I. Coelho, L. C. Carvalho, C. E. Costa
Almeida, M. N. Albano, C. M. Costa Almeida
Nídia Maria Pinto Moreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P194)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Carcinossarcoma da Vesícula Biliar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinossarcoma da vesícula
biliar (CSVB) representa menos de 1% das neoplasias
Revista Portuguesa de Cirurgia
160
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
da vesícula e caracteriza-se pela presença concomitante de componente histológico de carcinoma e sarcoma. A clínica é inespecífica, sendo a sobrevida média
entre 7 a 17 meses. Resultados: Doente do sexo feminino, 63 anos, admitida no serviço de urgência com
quadro clínico e imagiológico (ecografia) compatíveis
com colecistite aguda; analiticamente, leucocitose
13, 82x109/L, PCR 21mg/L. A doente foi submetida a
colecistectomia laparoscópica, verificando-se sinais de
colecistite aguda. Histologicamente, verificada lesão
polipoide de 2, 5cm com adenocarcinoma moderadamente diferenciado a envolver a espessura da parede
vesicular sem invasão da serosa, com áreas de diferenciação cartilagínea de tipo condrossarcomatoso
(pT2NxR1). A TC abdominal de estadiamento não evidenciou alterações. Após apresentação em reunião
multidisciplinar, foi realizada segmentectomia 4b e 5,
com linfadenectomia do ligamento hepatoduodenal e
exérese de locais de portas de trocares, verificando-se
componente de adenocarcinoma a envolver o leito vesicular. A doente apresentou-se tardiamente a consulta
de oncologia, pelo que não foi submetida a QT adjuvante. A doente apresenta-se dez meses após cirurgia
sem evidência de doença neoplásica. Discussão: O
tratamento cirúrgico é o único tratamento curativo do
CSVB. Torna-se crucial um conhecimento mais aprofundado desta patologia e definição de linhas de orientação terapêutica específicas.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Andrea-Ferreira P; Oliveira M; Bessa-Melo R; L. Graça;
Costa-Maia J
Patrícia Andrea Pinheiro da Silva de Sousa Ferreira e
Bouça Machado
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Mutações encontradas nas formas de Insulinoma associado a NF-1 e não relatadas na forma esporádica tem
demonstrado uma relação entre as duas. A raridade
da associação ainda não permitiu esclarecer se representa apenas uma coincidência ou se os Insulinomas
são uma rara manifestação da doença. Este caso contribuirá para esclarecer esta associação, podendo o
gene NF1 ser considerado um gene supressor de insulinomas e provavelmente outros tumores endócrinos do
pâncreas.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sílvia Gomes da Silva; Ana Marta Nobre; Jorge Paulino
Pereira, Eduardo Barroso
Sílvia Gomes da Silva
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P196)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Pseudoaneurisma da artéria gastroduodenal – a
propósito de um caso clínico
Os pseudoaneurismas das
artérias adjacentes ao pâncreas são complicações tardias e incomuns da pancreatite aguda e da crónica agudizada. A sua manifestação clínica associa-se a elevada
morbi-mortalidade. Resultados: Utente do sexo masculino, de 35 anos de idade, com antecedentes de pancreatite crónica alcoólica, com internamentos prévios
por agudização de pancreatite. Recorreu novamente
ao Serviço de Urgência por dor abdominal, tendo sido
internado com o diagnóstico clínico e analítico de pancreatite crónica agudizada. Na ecografia da admissão
apresentava uma coleção cefalopancreática de 3, 6cm
de maior dimensão e várias calcificações pancreáticas
dispersas. Por agravamento da dor abdominal com a
introdução da dieta realizou uma tomografia computadorizada (TC) abdomino-pélvica que evidenciou alterações inflamatórias pancreáticas e peripancreáticas, um
pseudoquisto cefalopancreático de 3 cm de maior diâmetro e, adjacente a este, uma dilatação sacular aneurismática da artéria gastroduodenal medindo 3, 6x2,
7x2, 5cm. O doente foi submetido a angioembolização
selectiva do pseudoaneurisma, e a angio-TC de controlo não documentou sinais de perfusão do pseudoaneurisma. A evolução clínica foi favorável e o doente
teve alta ao 6º dia após o procedimento. Discussão: O
diagnóstico precoce dum pseudoaneurisma dos vasos
peripancreáticos permite o seu tratamento adequado
e atempado por via endovascular, pelo que é possível
uma redução significativa da morbi-mortalidade associada a esta entidade nosológica.
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Pedro Saraiva(1), Carlos Soares(1, 2), Jacinta Queirós(1), Paulo Morgado(3), Mónica Rocha(1, 2), J Pinto-de-Sousa(1, 2)
Pedro Filipe Teixeira Gomes Saraiva
[email protected]
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P195)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Neurofibromatose tipo 1 e insulinoma. Mera coinci-
dência?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A neurofibromatose tipo 1 (NF-
1), conhecida como Doença de von Recklinghausen, é
uma doença autossômica dominante, multissistêmica
com incidência de 1/3000 ao ano. Enquanto a associação a paragangliomas, feocromocitomas ou somatostatinomas está bem estabelecida, a coexistência
de insulinoma é rara com apenas 4casos publicados.
Material e Métodos: Doente de 45anos com NF-1
diagnosticada na infância, com episódios recorrentes
de hipoglicemia com um ano de evolução. Estabelecido o diagnóstico de hiperinsulinémia endógena, realizou TC que mostrou formação nodular na cabeça do
pâncreas com 3cm compatível com Insulinoma. Em
avaliação multidisciplinar proposto para Duodenopancreatectomia cefálica (DPC). Resultados: Intra-operatoriamente constatou-se nódulo de 5cm na cabeça do
pâncreas, sem lesões secundarias, sendo submetido
a DPC de Traverso-Longmire. Avaliação anatomo-patológica confirmou o diagnóstico. Encontra-se no
6ºM de follow-up, normoglicémico e sem evidência de
doença. Discussão: O caso descrito é o 5º conhecido de Insulinomas em Doença von Recklinghausen.
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
161
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P197)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Actinomicose Hepática
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Actinomicose é uma infeção
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
indolente causada por bacilos anaeróbios gram-positivos do género Actinomyces. Estas bactérias colonizam
determinadas mucosas, que quando lesadas, servem
de porta de entrada para o microrganismo, com consequente formação de abcessos locais ou à distância.
A Actinomicose hepática é rara e o seu diagnóstico
complexo, uma vez que os sintomas são inespecíficos,
apresenta características imagiológicas que podem
simular outras etiologias e as culturas são difíceis de
obter. Material e Métodos: Homem de 69 anos, hemodialisado, recorre ao SU por dor abdominal, tendo realizado Ecografia que revelou “massa suspeita na dependência do antro gástrico e do lobo esquerdo do fígado”
e TAC abdominal que relatou “espessamento do antro
gástrico com trajeto fistuloso para o lobo esquerdo do
fígado onde se identifica coleção com líquido e ar”. A
EDA não identificou lesões na mucosa gástrica. Resultados: Por quadro de febre alta, foi realizada drenagem
guiada por TAC da coleção hepática. A cultura revelou
Actinomyces meyeri pelo que cumpriu 4 semanas de
ampicilina ev. Realizou então ecografia que não mostrou sinais de abcesso. Teve alta com amoxicilina oral
durante 4 semanas, mantendo-se assintomático e sem
recidiva. Discussão: A Actinomicose hepática é uma
doença rara e de difícil diagnóstico. É comum os doentes apresentarem febre com constatação de lesões
abecedadas no fígado. O tratamento preconizado consiste em antibioterapia com uma penicilina endovenosa
por um longo período.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Loureiro, R; Gomes, A; Daniel, C; Prudente, C; Prata, B;
Oliveira, H.
Ana Rita Mateus Loureiro
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
foi inicialmente internada para realizar antibioterapia
e colocação de prótese por colangiopancreatografia
retrógrada endoscópica (CPRE). Após 4 semanas de
terapêutica com albendazol realizou pericistectomia
parcial e colecistectomia com colangiografia intra-operatória. Ao 8º dia pós-operatório (PO) removeu
prótese da via biliar por CPRE e teve alta ao 13º dia
PO clinicamente bem. Até à data, a doente encontra-se
assintomática e sem evidência de recidiva. Discussão:
O tratamento da hidatidose continua a ser um desafio,
sendo a abordagem cirúrgica o tratamento mais eficaz
principalmente quando há um aumento progressivo
dos quistos hidáticos ou compressão de estruturas
adjacentes.
Hospital Espírito Santo, EPE – Évora
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Machado A.(1), Santos C.(1), Silva A.(1), Antunes S.(1),
Ribeiro S., Félix R.(1), Caravana J.(1)
Arnaldo Furtado Paiva de Oliveira Machado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P199)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Pancreas heterotópico e malrotação intestinal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pâncreas heterotópico é
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P198)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Hidatidose Hepática – A Propósito de Um Caso
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hidatidose é uma parasitose
causada por Echinococcus granulosus em humanos,
sendo as lesões encontradas mais frequentemente
no fígado e pulmão. Os quistos hidáticos são normalmente achados ocasionais e assintomáticos, mas
podem complicar, causando dor com o seu crescimento, icterícia obstrutiva, colangite ou choque anafilático, no caso de rotura. O objetivo deste trabalho é
apresentar um caso clínico de um doente com icterícia
obstrutiva / colangite por um quisto hidático do fígado.
Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 64
anos com ida ao serviço de urgência por quadro de
icterícia obstrutiva complicada com colangite. A ecografia e tomografia computorizada abdominal mostraram
lesão compatível com hidatidose de 11.5 x 8.8 cm no
seg. IV/V do fígado, a comprimir a via bilar principal e
outras estruturas adjacentes. Resultados: A doente
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
162
uma anomalia congénita, rara, com uma incidência
estimada de 0.6-13.7% na população mundial. A localização mais habitual é na submucosa do estômago,
duodeno e jejuno. Material e Métodos: Descrição do
caso: Homem de 39 anos, iniciou quadro de dor epigástrica, com irradiação em cinturão, associada a
vómitos pós-prandiais tardios. ECD: -EDA com descrição: “estômago com massa polipoide com umbilicação
central localizada na grande curvatura pré-pilórica.”
-TC abdómen – vólvulo na transição duodeno-jejunal;
evidência de malrotação intestinal com corkscrew sign;
rotação abdominal completa com colon e angulo de
Treitz à direita. Presença de lesão nodular na região
pilórica com aproximadamente 22 mm. Resultados:
Intra-operatoriamente: Doente submetido a laparotomia exploradora. Constatação de mal rotação
intestinal: angulo de Treitz localizado á direita e eixo
mesentérico portal localizado á esquerda. Torção da
1ª ansa de jejuno, devido á presença de tumefação
com consistência fibroelástica, transmural com aproximadamente 3x3 cm localizada no bordo mesentérico
do jejuno. Realizou-se colecistectomia, desrotação
intestinal e enterectomia segmentar no local da lesão.
Anatomia patológica: “nódulo na submucosa entérica
compatível com pâncreas ectópico, sem evidência de
malignidade.” Discussão: Trata-se de doente com
pâncreas heterotópico, submucoso, localizado na
primeira ansa do jejuno e uma malrotação intestinal
incompleta.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Diana Gomes; Conceição Monteiro, Rui Escaleira
Diana Carina Lima Gomes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P200)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Fístula Pancreatico – Pleural
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fístula pancreático – pleural
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
é uma complicação rara da pancreatite, ocorrendo em
0.4% dos doentes. Caracteriza-se por derrame pleural
volumoso, geralmente à esquerda, com doseamento
de amílase>1000 U/L. A CPRM permite identificação
do trajecto fistuloso e visualização de alterações da
estrutura pancreática. Masculino, 57 anos, com antecedentes de pancreatite crónica de etiologia alcoólica,
observado no SU por tosse e toracalgia direita. Identificou-se derrame pleural extenso à direita, tendo sido
colocado dreno torácico e efectuada análise bioquímica do líquido pleural que revelou amilase>1000 U/L.
Realizou CPRM que demonstrou trajecto fistuloso com
ponto de partida na transição corpo/cauda do pâncreas
com comunicação para o Wirsung. Cumpriu tratamento
conservador com nutrição parentérica total e octreótico durante 3 semanas. Por falência do tratamento
médico, foi submetido a esplenopancreatectomia distal com pancreaticojejunostomia em Y de Roux. Pós-operatório sem intercorrências. O tratamento conservador consiste em nutrição parentérica total, octreótido
e drenagem torácica durante 2-3 semanas, com taxa
de sucesso de 31-65%. O tratamento endoscópico por
CPRE deve ser realizado quando existe estenose/disrupção do Wirsung. O tratamento cirúrgico está reservado aos casos de falência do tratamento conservador,
consistindo pancreatectomia distal com pancreaticojejunostomia.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Ferreira J, Francisco E, Tavares A, Costa E, Mendes M,
Vale S, Maciel J
Joana Ferreira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
localização.Opção por conversão do procedimento
sem identificação da vesícula biliar;não foi realizada
colangiografia intra-operatória dada a boa visualização
da via biliar.O pós-operatório decorreu sem intercorrências e a colangiorressonância posterior confirmou
o diagnóstico de agenesia da vesícula. Discussão: A
agenesia da vesícula é uma anomalia rara.O diagnóstico é frequentemente estabelecido no intra-operatório
tal como verificado na doente apresentada.A doente foi
posteriormente submetida a estudo dirigido sem que
se objetivassem outras malformações.Está sob tratamento sintomático com queixas controladas.
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Carlos Santos Costa, Pinto Correia, Ana Cristina Carvalho, Diana Brito, Marta Martins, Teresa Santos, Vânia
Castro, Catarina Longras, Jorge Magalhães.
Carlos Manuel Santos Costa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P202)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Hepaticojejunostomia: será possível voltar atrás?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar de pouco frequentes
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P201)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Traídos pela Anatomia: Agenesia da Vesícula Biliar:
um diagnóstico intra-operatório
CONTACTO:
EMAIL:
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A agenesia vesicular é uma
anomalia rara com uma incidência entre 0, 01 e 0, 05%.
Parece estar associada a outras malformações digestivas, cardiovasculares ou genitourinárias, muitas vezes
incompatíveis com a vida.Em 50-75% há associação
com litíase da via biliar principal.Sintomas inespecíficos e falsos positivos em ecografia podem ser a causa
de cirurgia desnecessária nestes doentes. Material
e Métodos: Apresenta-se o caso clínico de doente
do sexo feminino com 43 anos com diagnóstico intra-operatório de agenesia vesicular. Resultados: Doente
referenciada a Cirurgia Geral por sintomas dispépticos e ecografia compativel com litíase numa vesícula
biliar escleroatrófica.A doente foi proposta para colecistectomia laparoscópica.No intra-operatório e, após
minuciosa exploração, verificada ausência de vesícula
biliar na sua topografia habitual ou em qualquer outra
as lesões iatrogénicas da via biliar durante as colecistectomias por via laparoscópica continuam a ser uma
das mais graves complicações desta cirurgia. Material e Métodos: Doente do sexo masculino, 79 anos,
caucasiano. Submetido a colecistectomia laparoscópica em Julho/2013 por litíase sintomática, com lesão
iatrogénica da via biliar principal resolvida intra-operatoriamente com hepaticojejunostomia em Y-Roux. Por
estenose da hepaticojejunostomia com colangites de
repetição foi referenciado ao nosso centro. Resultados: Submetido a hepaticocoledocostomia sob tubo
em T em Janeiro/2014. Remoção do tubo em T em
Agosto/2014. Encontra-se actualmente sem queixas
e analiticamente bem. Discussão: A hepaticocoledocostomia, quando possível, é uma alternativa cirúrgica
a considerar em doentes seleccionados, em centros
especializados.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Susana Rodrigues, Jorge Lamelas, Américo Martins,
Eduardo Barroso
Susana Cristina Cardoso Rodrigues
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P203)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Variação Rara em Cirurgia Comum
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A vascularização extra-hepá-
tica e a anatomia das vias biliares ao nível do triângulo de Calot são altamente variáveis. Descreve-se o
caso de doente, com artéria hepática direita aberrante
(AHD) que percorre a face anterior do infundíbulo e o
fundo da vesicula biliar. Resultados: Mulher, 29 anos,
com episódios recorrentes de dor abdominal nos quadrantes direitos, acompanhados de náuseas e vómitos
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
163
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
com 6 meses de evolução. Realizou ecografia abdominal que evidenciou litíase biliar, tendo sido proposta
para colecistectomia. Durante a dissecção do triângulo
de Calot identificou-se o canal cístico e uma estrutura
vascular pulsátil, com calibre e trajecto não compatíveis com a artéria cística. Verificou-se a presença de
uma AHD aberrante que se dirigia para a vesicula, percorrendo o infundíbulo e o fundo anteriormente, com
divisão em 2 ramos segmentares que entravam separadamente no lobo hepático direito. A AngioTAC realizada posteriormente evidenciou a presença de duas
artérias hepáticas esquerdas e uma AHD aberrante
com origem na artéria mesentérica superior. Discussão: Existem várias alterações anatómicas documentadas sobre a origem e trajecto das artérias cística e
hepática direita. Na literatura, estão descritos apenas
2 casos semelhantes de uma AHD aberrante que atravessa anteriormente o infundíbulo e o fundo da vesícula
antes de entrar no fígado. A laqueação inadvertida da
AHD durante a colecistectomia tem sido associada a
isquémia, por vezes com necessidade de lobectomia
hepática.
Hospital Beatriz Ângelo
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Dos Santos. M (1), Oom. R (1), Sousa. M (1), Luz. G
(1), Garrido. R (1), Maio. R (1)
Marta Sofia Alves dos Santos
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
risco de recorrência da doença hepática e em doentes com MCR não ressecáveis com longo historial de
QTs
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Joana Magalhães. Marta Guimarães, Pedro Rodrigues,
Gil Gonçalves, Domingos Rodrigues, Mário Nora, Leonor Matos, Isabel Caldas
Joana da Silva Magalhães
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P205)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Abordagem laparoscópica como tratamento de pri-
meira linha nos quistos biliares sintomáticos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos biliares são cole-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P204)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Colocação cirúrgica de cateter intra-arterial para
quimioterapia no tratamento de metástases colo-rectais
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A cirurgia é o único tratamento
curativo nas metástases hepáticas colo-rectais (MCR),
contudo, dada a sua elevada recorrência, o seu tratamento (tx) mantém-se um desafio.As terapêuticas loco-regionais são cada vez mais utilizadas no seu tratamento, com o objectivo de diminuir a doença tumoral,
aumentando a sua ressecabilidade, como adjuvância
da cirurgia, e como terapias paliativas Resultados:
A combinação de quimioterapia intra-arterial(QIA)e
QTsistémica(QTs)pode estar indicada:MCR refractárias
à QTconvencional, como tx de 1ªlinha no ”downstaging”
de MCR potencialmente ressecáveis/não ressecáveis
e como tx de”resgate”em pacientes refractários a QT
1ªe/ou2ªlinha. A QIA tira partido do facto de a maioria
do afluxo sanguíneo tumoral ter origem na art.hepática,
permitindo aumentar a concentração do quimiofármaco
ao nível do hepatócito até15x mais, quando comparada à QTs. O cateter de QIA pode ser colocado por
via percutânea ou cirúrgica.A via cirúrgica está indicada
na laparotomia/laparoscopia para cirurgia hepática ou
colo-rectal, sendo a via percutânea usada no contexto
paliativo ou de neoadjuvância.As 2 vias são comparáveis em termos de sucesso de colocação, patência
primária e possibilidade de migração. Os autores descrevem a colocação de um cateter na art.gastroduodenal por via cirúrgica, salientando esta abordagem
como alternativa à percutânea. Discussão: Este procedimento deve ser considerado em doentes com alto
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ções hepáticas de líquido seroso que não comunicam
com a via biliar. A maioria são assintomáticos e constituem um achado imagiológico, no entanto, os quistos
de grandes dimensões podem provocar desconforto
abdominal, sendo outras complicações raras. Material
e Métodos: É apresentado o caso de uma doente do
sexo feminino, 79 anos, antecedentes de adenocarcinoma do recto submetida a RAR, com quisto biliar
já conhecido e sintomatologia de dor no hipocôndrio
direito. Analiticamente sem alterações, serologia para
Echinococcus negativa, marcadores tumorais normais,
ecografia abdominal referindo “formação quística no
lobo direito multiloculada com 8, 5cm” e TC do abdómen relatando “lesão quística nos segmentos inferiores do lobo direito com 86mm de natureza biliar”.
Resultados: A doente foi submetida a destelhamento
e fenestração do quisto por via laparoscópica. O pós-operatório decorreu sem intercorrências. Discussão:
O tratamento dos quistos biliares está reservado para
os doentes sintomáticos, podendo também haver indicação em situações de rápido crescimento, ectasia das
vias biliares e suspeita de malignidade. Técnicas utilizadas anteriormente como a drenagem percutânea e
a escleroterapia têm sido abandonadas devido às elevadas taxas de recidiva. O destelhamento laparoscópico é atualmente considerado o gold standard no tratamento dos quistos biliares sintomáticos, uma vez que
apresenta taxas de recorrência extremamente baixas e
uma boa recuperação pós operatória.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Loureiro, R; Prudente, C; Gomes, A; Couto, M; Fernandes, M; Prata, B; Oliveira, H.
Ana Rita Mateus Loureiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P206)
SESSÃO P-HBP 3
TÍTULO: Hematoma hepático pós-CPRE – uma complicação
rara
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hematoma hepático é uma
complicação rara da colangiografia pancreática retrógrada endoscópica (CPRE) e existem poucos casos
Revista Portuguesa de Cirurgia
164
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
descritos na literatura. Material e Métodos: Descrição
de caso clínico Resultados: Os autores descrevem um
caso clínico de um doente de 71 anos de idade com
coledocolitíase que foi submetido a CPRE, tendo sido
realizada esfincterotomia e extracção de 2 cálculos
com sucesso. Cerca de 36 horas depois iniciou um
quadro de dor abdominal localizada ao hipocôndrio
direito, tendo realizado ecografia e tomografia abdominal computadorizada, que revelaram a presença de
um hematoma hepático no lobo direito com cerca de
20 cm. O doente foi tratado conservadoramente com
êxito, tendo-se confirmado imagiologicamente, aos 10
meses, ausência da lesão hepática. Discussão: Discussão/ Conclusão: As complicações hemorrágicas
extraluminais após CPRE são relativamente raras mas
potencialmente ameaçadores da vida, pelo que devem
ser rapidamente identificadas e tratadas.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
M. Inês Coelho; Nídia Moreira; Joaquim Ferreira; Luís
Reis; C. M. Costa Almeida
Maria Inês Coelho
[email protected]
SALA 3
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Schwannoma Retroperitoneal: Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Schwannoma é um
SESSÃO P-HBP 3
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
TÍTULO: Hiperplasia Nodular Regenerativa e Carcinoma
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
17H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P236)
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P207)
RESUMO:
06-03-2015
Hepatocecular? Uma Associação Rara Numa Entidade Rara
Objectivo/Introduçâo: A hiperplasia nodular regenerativa é uma entidade rara de patogénese ainda mal compreendida. Descrita como um processo micronodular
difuso benigno, é frequentemente associada a doenças
do tecido conjuntivo, doenças hematológicas malignas,
drogas e, por vezes, a alterações no fluxo sanguíneo
hepático portal. Encontram-se descritos casos esporádicos de associação com carcinoma hepatocelular.
Resultados: Homem, 34 anos, seguido em consulta
externa por hiperplasia nodular regenerativa no contexto de shunt porto-sistémico congénito. Referência a
queixas de pirose, saciedade precoce e enfartamento
pós-prandial. Analiticamente com evidência de citólise
e colestase. O estudo imagiológico revelou volumosa
massa heterogénea no lobo hepático esquerdo, com
cerca de 15cm de maior diâmetro, cuja biópsia demonstrou achados compatíveis com carcinoma hepatocelular. Foi submetido a lobectomia esquerda, sem registo
de intercorrências, tendo o exame anatomopatológico
confirmado a presença de um carcinoma hepatocelular
bem diferenciado. Discussão: Relatamos um caso de
carcinoma hepatocelular em contexto de uma hiperplasia nodular regenerativa com shunt porto-sistémico,
uma associação rara numa entidade rara.
Hospital de Braga
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Cláudio Branco; Patrícia Botelho; Dália Fernandes;
Carla Rolanda; Sónia Vilaça; Fernando Pardal, Joaquim Falcão
Cláudio Branco
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
tumor
benigno da bainha dos nervos periféricos. Surge geralmente na cabeça, pescoço e tronco. A localização
retroperitoneal é rara e corresponde entre 0, 3 a 3%
do total de casos. Material e Métodos: Caso Clínico:
Doente sexo feminino, 79 anos, internada no Serviço
de Medicina Interna para estudo de obstipação e desconforto abdominal, com vários dias de evolução. Analiticamente sem alterações relevantes, efetuou TAC
que revelou em posição retroperitoneal esquerda volumosa massa cística, com cerca de 12cm de contornos
bem definidos. Efetuada laparotomia e ressecção da
massa, cuja anatomia patológica revelou tratar-se de
um Schwannoma. Teve alta ao 11.º dia pós-operatório
com alterações ligeiras de sensibilidade e motilidade do
membro inferior esquerdo. Discussão: O diagnóstico
pré-operatório é difícil devido à evolução clínica inespecífica e baixa frequência destes casos. Apenas o
exame anatomopatológico faz o diagnóstico definitivo.
A excisão cirúrgica é o tratamento de escolha.
Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
P. Costa, J. C. Nunes, J. A. Sousa, C. Fernandes, V.
Taranu, L. Martins, D. Soares
Pedro Miguel Pinto dos Santos Costa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P237)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Diverticulite perfurada do jejuno, incidentaloma em
cirurgia de hérnia estrangulada
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Relato de caso clínico de diver-
ticulo do jejuno perfurado Discussão: A doença diverticular intestinal é uma patologia bastante frequente,
afectando cerca de dois terços da população idosa.
Contudo o atingimento do intestino delgado é raro.
Quando localizada ao intestino delgado distribui-se pelo
duodeno, em 60 a 70% dos casos, pelo jejuno, em 20 a
25%; e pelo íleo, em 5 a 10% dos casos. Os divertículos
de jejuno e íleo são falsos divertículos, constituídos por
mucosa, são frequentemente múltiplos e assintomáticos. As suas possíveis complicações incluem diverticulite, perfuração, obstrução e hemorragia. O tratamento
da perfuração diverticular é habitualmente cirúrgico.
Os autores apresentam o caso clinico de uma doente
de 89 anos com antecedentes de múltiplas cirurgias
abdominais, que recorre ao Serviço de Urgência por
dor abdominal generalizada e vómitos. Ao exame físico
apresentava eventração peri-umbilical encarcerada.
Foi proposta para cirurgia de urgência tendo-se verificado saco herniário com epiplon necrosado. À exploração cavidade abdominal observa-se ainda segmento
de jejuno com múltiplos divertículos, um dos quais per-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
165
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
furado. Efectuada enterectomia segmentar. Pós- operatório sem intercorrências. Exame anatomopatológico
da peça confirma presença de divertículo de jejuno com
perfuração focal e lesões de peritonite associadas.
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Alexandra Carrazedo; Catarina Rocha; Isabel Armas;
Pedro Fernandes; Rui Reis; Lília Meireles; Hermínia
Martins
Alexandra Maria Carrazedo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P238)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Separação posterior de componentes: a propósito
de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias podem resultar de
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
alterações genéticas do colagénio, falhas na cicatrização, sobretudo no encerramento de laparotomias.
Como consequência do elevado número de laparotomias, a reparação de hérnia ventral é um dos procedimentos cirúrgicos mais comuns. O progresso da técnica cirúrgica e o advento de estratégias de controlo
de danos, tornaram a gestão de defeitos da parede
abdominal um desafio. A associação de novos biomateriais a abordagens cirúrgicas revisitadas, tem permitido
a reparação destas hérnias com recuperação funcional
da parede abdominal satisfatória. Material e Métodos:
A técnica de separação posterior de componentes consiste numa incisão do bordo lateral do folheto posterior do reto abdominal, com início na região mediana,
dividindo o folheto aponevrótico posterior do músculo
oblíquo interno. A dissecção continua-se ao longo de
um plano lateral, ao longo da espaço pré-peritoneal.
Os autores apresentam um caso clínico onde se utiliza
esta técnica, adicionando uma prótese de polipropileno
auto-adesiva, inovação que permitiu reduzir significativamente o tempo de cirurgia. Discussão: A técnica de
separação de componentes é um método eficaz para o
tratamento de hérnias complexas e de grandes dimensões. A principal vantagem desta técnica é a preservação do feixe neurovascular da musculatura abdominal,
e consequente funcionalidade da parede muscular.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Catarina Afonso, Jorge Pereira, Luís Pinheiro, Júlio
Constantino
Ana Catarina Afonso
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
misto. O CBC Gigante representa menos de 1% dos
CBC e define-se por lesão com diâmetro superior a
5cm. Material e Métodos: Caso clínico Resultados:
Doente do sexo feminino, 68 anos, admitida no SU por
tumor cutâneo da região lombar, com 10cm de extensão, múltiplas erosões com hemorragia activa. Evolução
de cerca de 30 anos. Submetida a exérese da massa
tumoral sem encerramento primário, que revelou atingimento do tecido celular subcutâneo, sem aparente
atingimento muscular. Após confirmação histológica
procedeu-se a enxerto cutâneo. O Exame histológico
revelou CBC Nodular com 10x10x3, 4cm e CBC Superficial adjacente, com margens livres. Em consulta de
seguimento aos 6 meses não existem sinais de recidiva. Discussão: O CBC Gigante é uma entidade rara,
representa menos de 1% dos CBC, sendo mais comum
no tronco e geralmente associada a negligência na procura de tratamento. Lesões com dimensões superiores
a 10cm estão associadas a metastização em 50% dos
casos. O tratamento cirúrgico consiste na exérese de
tumor, com confirmação histológica de margens livres.
Aconselha-se o follow-up a longo prazo devido às altas
taxas de recorrência locorregional e possível metastização.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Sara Catarino, Liliana Duarte, Carlos Casimiro, Luís
Filipe Pinheiro
Sara Catarino
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P240)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Menstruação Umbilical: Forma de Apresentação de
um Caso de Endometriose Umbilical Primária
A endometriose umbilical
representa 0, 5-1% de todos os casos de endometriose
extra-genital. Quando presente, surge associada a
cicatrizes cirúrgicas, sendo a endometriose umbilical
primária uma forma de apresentação mais rara. Este
trabalho descreve um caso clínico desta entidade
pouco frequente. Resultados: Mulher de 32 anos, nulípara. Enviada à consulta por nódulo umbilical com 2
anos de evolução. Nos últimos 4 meses, o nódulo apresentava hemorragia, edema e dor durante o cataménio.
Referia igualmente disparêunia, períodos menstruais
irregulares e dolorosos. À observação, apresentava
na metade inferior da cicatriz umbilical um nódulo com
cerca de 2 cm, fibro-elástico, irregular e doloroso ao
toque; presença de hérnia umbilical redutível, com colo
de 5 mm. Realizou ecografia e TAC que excluíram a
presença de outros focos de endometriose ou outras
lesões. Procedeu-se à excisão do nódulo e laparoscopia exploradora utilizando o defeito aponevrótico
umbilical para confirmação da inexistência de outros
focos intra-peritoneais. Realizada plastia do defeito
com retalhos locais, obtendo-se um bom resultado cosmético. O pós-operatório decorreu sem complicações
e a doente apresenta-se assintomática. Discussão: A
endometriose é uma patologia ginecológica frequente,
no entanto apresentação umbilical primária é rara.
A excisão cirúrgica da lesão poupando o umbigo é o
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P239)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Carcinoma Basocelular Gigante: Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Carcinoma Basocelular
(CBC) é o tipo mais comum de cancro da pele. Apresenta um crescimento lento com infiltração local progressiva e baixa taxa de metastização. Classifica-se
em 5 subtipos clínicos: nodular, superficial, cístico, pigmentado e morfeico, mas em 40% pode ter um padrão
Revista Portuguesa de Cirurgia
166
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tratamento de eleição, sendo recomendado, se possível, o tratamento laparoscópico simultâneo em caso de
envolvimento pélvico/intra-peritoneal.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia da Parede Abdominal
Ana Catarina Pinho, Diogo Carrola Gomes, José Rodrigues Baltazar, Alexandra R. Pupo, Mário Fernandes,
Caldeira Fradique
Ana Catarina Valente dos Santos Pinho
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P241)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Hemangioma Intra-muscular: a propósito de um
caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hemangioma intra-muscular
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
é uma lesão vascular rara, benigna, representando
menos de 1% de todos os hemangiomas. Em 80-90%
dos casos ocorre em idade inferior a 30 anos. Vários
músculos podem ser afetados, sendo mais frequente
no tecido muscular das extremidades. Os sintomas
relacionam-se com o tamanho do tumor, sendo a dor o
sintoma mais frequente. A Ecografia, Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética são úteis para
o diagnóstico. O diagnóstico definitivo é estabelecido
após análise histológica da peça operatória. O tratamento consiste na excisão completa da lesão. A taxa
de recorrência local é de cerca de 18%. Apresentamos
o caso clínico de um doente do sexo masculino, com
33 anos, que na sequência de um episódio de urgência por cólica renal apresenta à palpação da região do
hipogastro uma massa com cerca de 10 cm, dura, não
dolorosa à palpação. No estudo de imagem esta massa
apresentava-se com cerca de 9 cm de maior eixo, vascularizada, na dependência do músculo recto abdominal direito. O doente foi então submetido eletivamente a
biópsia excisional desta lesão. O estudo anatomo-patológico revelou tratar-se de hemangioma intra-muscular
com áreas de padrão capilar e padrão cavernoso. Após
6 meses o doente encontra-se assintomático sem evidência de recidiva. O hemangioma intra-muscular apesar de raro, afeta indivíduos jovens. A excisão completa
da lesão e estudo anatomopatológico são essenciais
para o diagnóstico definitivo e tratamento.
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Vânia Castro, Teresa Santos, Marina Oliveira, António
Abreu, Andreia Santos, Pinto Correia
Vânia Alexandra Oliveira de Castro
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
por rotura da artéria epigástrica, sem história de traumatismo. Material e Métodos: Estudo retrospectivo
por consulta de processo.Foram estudados os casos
de internamento no nosso Serviço, desde o início de
2013, por hematoma da parede abdominal, sem história prévia de traumatismo. Resultados: Estudaram-se
4 doentes, todos do sexo feminino, dos quais 3 recebendo anticoagulação com varfarina e um com dupla
antiagregação e enoxaparina em doses terapêuticas.
Todos se apresentaram no serviço de urgência com
queixas de dor abdominal e sensação de distensão
abdominal.Todos necessitaram, no decorrer do internamento, de reposição volémica com concentrado de
eritrócitos e plasma.Num doente optou-se por uma atitude expectante, enquanto nos restantes foi realizada a
embolização da artéria epigástrica sangrante por angiografia.Não houve mortalidade.Existiram complicações
em dois doentes, tendo um apresentado lesão renal
aguda pelo contraste e outro lesão parcial do nervo
femoral.Todos tiveram alta curados, não se tendo registado casos de recidiva na catamenese. Discussão: Os
hematomas da parede abdominal sem trauma prévio
são uma complicação possível em doentes anticoagulados, sobretudo em períodos de descompensação
terapêutica.Podem apresentar rebate hemodinâmico
severo pelo que o seu tratamento deve ser atempado e
realizado, se possível, de forma minimamente invasiva.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Miguel Fernandes, Luís Ferreira, Francisco Castro e
Sousa
Miguel Parra Fernandes
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P243)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Hérnia de Grynfelt: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias lombares são raras,
e representam menos de 2% de todas as hérnias
abdominais, estando descritos cerca de 300 casos na
literatura. Estes podem ocorrer em duas localizações
anatómicas distintas: os triângulos lombares superior
(Grynfelt) e inferior (Petit). Anatomicamente, sabe-se que o triângulo de Grynfelt é um triângulo infertido limitado pelo bordo posterior do músculo oblíquo
interno, músculos para-espinhais e pela 12 ª costela.
O objectivo deste trabalho é relatar um caso clínico e
respectiva marcha de diagnóstico de um doente com
hérnia de Grynfelt sintomática. Resultados: O caso a
apresentar diz respeito a um homem de 76 anos que
recorreu ao SU por dor no flanco direito que agravava
com os esforços e flexão do tronco. Á observação apresentava abdómen mole, doloroso à palpação do flanco
direito, zona onde se palpava massa mal delimitada e
de consistência elástica. Efectuou ecografia e TC abdominal que revelaram “Hérnia da parede abdominal na
vertente lateral direita com conteúdo de gordura apresentando um colo de cerca de 27 mm” Foi efectuado o
diagnóstico de hérnia de Grynfelt tendo sido submetido
a herniplastia de hérnia de Grynfelt direita com colocação de prótese pré-peritoneal. Pós-operatório sem
intercorrências.
HOSPITAL: Centro Hospitalar Lisboa Central
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P242)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Hematomas Volumosos da Parede Abdominal sem
História de Trauma
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A utilização terapêutica cres-
cente de anticoagulantes e/ou antiagregantes coloca
novos desafios diagnósticos e terapêuticos.Descrevem-se casos de hematomas da parede abdominal
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
167
CAPÍTULO: Cirurgia da Parede Abdominal
AUTORES: Sofia Frade, Daniela Cavadas, Francisco Fernandes,
Helder Viegas
CONTACTO: Sofia Alexandra Marques Frade
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P245)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Foco de Endometriose
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A existência de várias teorias
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
acerca do aparecimento da endometriose é reveladora
do insuficiente conhecimento da causa desta patologia.
O que se sabe é que uma das suas formas de apresentação é a “teoria migratória”, caracterizada pelo aparecimento de focos de tecido endometrial funcionante,
em locais distantes, por via de disseminação linfática e
hematogénica. Material e Métodos: Apresento o caso
clinico de uma doente do sexo feminino, 36 anos, com
nodulo subcutâneo umbilical com 4 anos de evolução
e que 1 ano antes iniciara queixas álgicas nesse local.
No decorrer da colheita da história clinica apurou-se
que a dor era cíclica e mais intensa durante o período
menstrual. A ecografia de partes mole revelou formação nodular localizada superficialmente e de estrutura
heterogénea. Submetida a cirurgia, no intraoperatório
verificou-se a existência de uma pequena hérnia umbilical e de formação nodular que se excisou. Resultados:
O exame anátomo-patológico confirmou a suspeita clinica de foco de endometriose. Discussão: De entre os
vários locais de disseminação a forma cutânea é rara
embora sendo a mais comum fora da cavidade abdominal. Na região umbilical, não está claro o mecanismo
de implantação, embora haja dados na literatura que
afirmam poder existir uma certa predileção das células
endometriais por cicatrizes. O tratamento cirúrgico é o
indicado e costuma conduzir a bons resultados
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Capella V., Coelho F., Gonçalves N., Cardoso J.G.,
Costa C.
Vanessa Capella
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ligeira dos parâmetros inflamatórios. Internamento por
sub-oclusão por prováveis bridas ou aderências. Laparotomia exploradora por agravamento clinico e analítico que revelou hérnia interna no mesosigmóide, com
cerca de 5cm de diâmetro, o qual se inseria na fossa
ilíaca direita dividindo o andar infra-mesocólico em dois
totalmente separados e comunicando entre si, exclusivamente, pelo orifício herniário.Redução retrógrada do
jejuno e ileon, que se encontravam viáveis. Libertação
do cólon sigmóide e das suas aderências á FID com
resolução do orifício herniário. Teve alta sem intercorrências. Discussão: O quadro clínico é idêntico para
todo o tipo de hérnias. Os exames complementares de
diagnóstico podem facilitar o diagnóstico. A laparoscopia e laparotomia exploradora são os principais recursos de diagnóstico e terapêutica
Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
P. Costa, R. Bettencourt, C. Fernandes, V. Taranu, L.
Martins, D. Soares
Pedro Miguel Pinto dos Santos Costa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P247)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Catástrofe abdominal... Fasceíte necrotizante após
apendicite aguda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Apendicite aguda é a patolo-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P246)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Hérnia Interna: Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias abdominais internas
são situações raras causadas por defeitos congénitos
do desenvolvimento embriológico anómalo incluindo a
má rotação intestinal, do mesentério ou adquiridos por
procedimentos cirúrgicos. Material e Métodos: Caso
Clínico: Mulher, 66 anos, deu entrada no serviço de
urgência por dor epigástrica, sem irradiação, associada
a náuseas e vómitos de conteúdo alimentar, paragem
de emissão de gases e fezes com 2 dias de evolução.
Antecedentes de histerectomia com anexectomia bilateral há cerca de 16 anos. Ao exame físico apresentava
abdómen difusamente doloroso á palpação, sem sinais
de irritação peritoneal. Analiticamente com elevação
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Revista Portuguesa de Cirurgia
168
gia cirúrgica abdominal urgente mais frequente e com
amplo espectro de gravidade. A fasceíte necrotizante é
uma complicação rara e grave que pode ocorrer após
apendicectomia, sobretudo nos casos de apendicite
aguda com peritonite e na abordagem laparotómica.
Resultados: Mulher de 30 anos, obesa, observada no
SU por abdominal, diarreia e febre com 8 dias de evolução. Interpretada inicialmente como gastroenterite, foi
posteriormente internada por agravamento clínico. TC
abdominal revelou volumoso derrame peritoneal. Submetida a Laparotomia exploradora com evidência de
apendicite aguda necrosada com peritonite extensa. No
1º dia pós-op foi observada celulite da face lateral da
parede abdominal e região inguinal esquerdas com evolução para choque séptico. Realizadas múltiplas fasciectomias. Manteve cuidados de penso e desbridamento
dos tecidos desvitalizados. Foi colocado posteriormente
penso com pressão negativa, distribuído pelas várias
locas (“spider technique”) com boa evolução cicatricial. Teve alta quatro meses após a admissão para
uma unidade de reabilitação. Na primeira consulta de
seguimento apresentava apenas ferida na região inguinal esquerda em granulação. Discussão: A apendicite
aguda é uma patologia benigna comum, com excelente
prognóstico e baixa morbilidade na maioria dos casos.
A fasceíte necrotizante é uma complicação grave com
elevada morbi-mortalidade e que deve ser considerada
nos casos complicados de apendicite aguda.
Hospital de Braga
Cirurgia da Parede Abdominal
Hugo Palma Rios, Charlène Viana, Carlos Veiga, Humberto Cristino, Pedro Leão, Mesquita Rodrigues.
Hugo Palma Rios
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P248)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Conteúdo herniário insólito
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Relato de caso clínico de her-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
niação da vesícula biliar e parênquima hepático através
da parede abdominal anterior Discussão: Designa-se
hérnia a saída ou protusão de um ou mais órgãos, ou
parte dele, através de uma abertura ou fraqueza congénita ou adquirida, da parede ou cavidade que o contém. A herniação da vesicula biliar através da parede
abdominal é uma entidade rara. Associa-se frequentemente a hérnias incisionais ou carcinoma da vesicula.
Os autores apresentam o caso clinico de um doente
de 76 anos, sem antecedentes cirúrgicos, que recorre
ao Serviço de urgência por dor abdominal generalizada
e obstipação. Ao exame objectivo apresentava hérnia
epigástrica não redutível, não dolorosa e sem sinais
inflamatórios. Por manter queixas álgicas abdominais
intensas realizou ecografia e tomografia computorizada
que revelaram hérnia epigástrica com herniação da
gordura epiplóica acompanhada do fundo da vesícula
biliar e de pequena quantidade de parênquima hepático
do lobo esquerdo. Estruturas sem sinais de sofrimento,
inflamação ou isquemia. Doente encaminhado para
consulta externa a aguardar cirurgia electiva.
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Alexandra Carrazedo; Catarina Rocha; Isabel Armas;
Pedro Fernandes; Rui Reis; Lilia Meireles; Paulo silva;
Adriana Sousa; Herminia Martins
Alexandra Maria Carrazedo
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
luminal é difícil e feito muitas vezes por exclusão. A história clínica é de crucial importância para o diagnóstico
etiológico tendo de se excluir histórias traumaticas anteriores nomeadamente a realização de piercings, injeções
sub-cutâneas e picadas de insetos
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Gustavo Capelão, Ana Couceiro, João Nobre, Mónica
Laureano, Ana Inácio, Miguel Coelho dos Santos
Gustavo Capelão
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P250)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Cego encarcerado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hérnia inguinal encarcerada é
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P249)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Etiologia rara de nódulo peri-umbilical
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os nódulos peri umbilicais sem
CONTACTO:
EMAIL:
história de traumatismo podem ser manifestações de
múltiplas patologias. As hérnias umbilicais e incisionais
são de longe as mais frequentes. No entanto devemos
sempre pensar noutras patologia, nomeadamente o
nódulo da Irmã Maria José, granulomas de corpo estranho e abcessos da parede abdominal Resultados: Caso
clínico de uma paciente de 46 anos enviada ao SU por
quadro de emagrecimento, retorragias esporádicas e
dor abdominal mais nos quadrantes direitos desde há 2
meses com carater intermitente e com agravamento com
a ingestão alimentar. Apresentava também nódulo peri
umbilical direito doloroso palpável desde há 4 dias. Sem
náuseas, diarreia ou obstipação Ecograficamente apresentava “ansa de parede espessada com trajeto fistuloso
para o musculo reto abdominal direito onde se observa
abcesso com corpo estranho filiforme de ecogenicidade
cálcica”. Foi submetida a mini laparotomia infra umbilical tendo-se realizado exérese em bloco do abcesso do
musculo reto abdominal e do epiplon adjacente. As ansas
de delgado adjacentes ao epiplon não apresentavam
lesões. A doente teve alta 36h após a cirurgia Discussão: O diagnóstico de etiológico de abcesso da parede
abdominal provocado por corpo estranho de origem intra
uma das patologias urgentes mais frequentes em cirurgia. O seu diagnóstico é maioritariamente clínico através
do exame objetivo, variando a sua abordagem cirúrgica
em função do conteúdo do saco herniário. Material e
Métodos: Apresentamos um caso clínico raro de hérnia
inguinal de deslizamento encarcerada em que o saco
herniário é constituído pelo cego. Resultados: Homem,
85 anos, recorre ao serviço de urgência por hérnia inguinal direita encarcerada com 5 dias de evolução e dor
com 24 horas, sem sinais clínicos de estrangulamento
ao exame objetivo. Submetido a correção cirúrgica de
urgência, encontrando-se saco herniário constituído
por cego, sem sinais de isquémia. Corrigida a hérnia
segundo técnica de Rutkow-Robbins sem complicações, encontrando-se atualmente doente assintomático
e sem recidiva herniária. Discussão: Reportamos este
caso pouco comum pois os cirurgiões devem estar atentos à constituição do saco herniário, embora a sua confirmação seja difícil antes da exploração intraoperatória.
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Rui Rainho, Manuel Mega, Carlos Costa Almeida, António Gouveia
Rui Tiago Fonseca Rainho
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P251)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Uma hérnia de Amyand ainda mais rara
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Hérnia de Amyand é hérnia
inguinal contendo o apêndice íleo-cecal. Entidade rara
(<1%) geralmente diagnosticada intraoperatoriamente,
podendo o apêndice estar sem alterações, ou ter alterações inflamatórias com diferentes graus de gravidade
(0.13%). Apresenta-se o caso clínico de homem de
76 anos, com antecedentes de herniorrafia esquerda,
internado para tratamento cirúrgico electivo de hérnia
inguinal direita. Intraoperatoriamente verificou-se que o
conteúdo do saco herniário era o apêndice íleo-cecal
com alterações sugestivas de mucocelo. Procedeu-se
a apendicectomia e posterior hernioplastia pela técnica
de Gilbert, pela mesma incisão de abordagem inicial.
Não se registaram quaisquer intercorrências e alta hos-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
169
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
pitalar deu-se ao 1º dia pós-operatório. O estudo histopatológico da peça operatória revelou uma Neoplasia
Mucinosa de Baixo Grau do Apêndice (LAMN) Discussão: A hérnia de Amyand é uma entidade rara, sendo
ainda mais rara a presença de uma neoplasia benigna
do apêndice. Os autores não encontraram nenhum
caso análogo, na bibliografia consultada.
Hospital Dr Nélio Mendonça – Funchal
Cirurgia da Parede Abdominal
Maria Olim Sousa; Fernandes, D.;Menezes, F.;Teixeira,
H.; Barreto, R.; Viveiros, R.; Silva, S.; Nóbrega, S.; Ferreira, L.; Teixeira, A.
Maria Olim Sousa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P252)
SESSÃO P-PAREDE 1
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
TÍTULO: Redução em Massa
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hérnia inguinal é uma patolo-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gia comum, com risco de encarceramento e estrangulamento muito baixo (0.3-3%). Em doentes com hérnia
inguinal encarcerada sem sinais de estrangulamento,
considera-se razoável a redução da hérnia, aconselhando-se o follow-up nos 2 dias seguintes. Material e
Métodos: Processo clínico. Resultados: Apresenta-se
o caso clínico de um homem de 60 anos que recorreu ao
serviço de urgência por dor abdominal difusa e vómitos
com um dia de evolução. Apresentava abdómen mole,
doloroso à palpação periumbilical, com hérnia inguinal
esquerda encarcerada. Reduziu-se a hérnia e o doente
teve alta sendo encaminhado para a consulta externa
de cirurgia. Passados dois dias recorreu ao serviço de
urgência por dor abdominal no flanco esquerdo e vómitos. Apresentava abdómen mole, sem defesa e hérnia
inguinal esquerda reduzida. Fez radiografia do abdómen que mostrou ansa de delgado distendida com nível
hidroaéreo. A tomografia abdominal mostrou aspectos
característicos de uma oclusão mecânica do intestino
delgado por obstáculo localizado em hérnia inguinal
esquerda, sem sinais de estrangulamento. Foi submetido a laparotomia. Intraoperatoriamente encontrou-se
o saco herniário inguinal esquerdo, intraperitoneal, com
ansa de delgado encarcerada. A ansa libertada estava
viável e procedeu-se à correcção da hérnia inguinal. O
pós-operatório decorreu sem intercorrências. Discussão: A hipótese diagnóstica de oclusão intestinal por
hérnia inguinal encarcerada deve ser equacionada
mesmo quando parece evidente a sua redução.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
A. Couceiro, G. Capelão, J. Nobre, M. Laureano, S.
Hilário, A. Inácio, M. Coelho dos Santos
Ana dos Santos Couceiro
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
costoxifoideu na linha média anterior do diafragma.
Material e Métodos: Caso clínico. Resultados:
Homem de 77 anos é enviado à urgência de Cirurgia
Geral por vómito pós prandial abundante sucedido de
epigastralgia em cólica. Negava alterações do trânsito
intestinal. No decurso da investigação, a TC demonstrou hérnia diafragmática anterior direita com conteúdo
adiposo e cólon transverso no seu interior, sem sinais
de sofrimento ou níveis hidroaéreos mas com distensão a montante e ligeiro desvio cardíaco. Foi realizada
laparotomia com redução do conteúdo da hérnia, excisão do saco herniário e rafia do defeito de aproximadamente 10 cm. O pós-operatório decorreu sem intercorrências e encontra-se seguido em consulta externa,
sem evidência de recidiva. Discussão: Hérnia de Morgagni pode ser reparada por via torácica ou abdominal, de forma vídeo-assistida ou por via aberta, usando
prótese ou não, todas com resultados satisfatórios e
similares.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Castro Lima, B.; Ferreira, M.; Martins, A.; Gonçalves,
A.; Fazeres, F.; Midões, A.
Bárbara Castro Lima
[email protected]
06-03-2015
17H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P364)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Persistência do canal onfalo-mesentérico no adulto:
a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A persistência do canal onfalo-
-mesentérico ocorre em 2% da população, e é sintomático em cerca de 20%. Pode apresentar-se sob diferentes formas, sendo a mais frequente o divertículo de
Meckel. A persistência total é ainda mais rara. Ocorre
principalmente na população pediátrica e quando se
manifesta, é frequentemente sob a forma de alterações
umbilicais, oclusão intestinal, ventre agudo ou hemorragia digestiva baixa. Material e Métodos: Apresentação
de um caso clínico. Resultados: Caso Clínico: Doente
de 75 anos, sem antecedentes cirúrgicos, recorreu ao
serviço de urgência por drenagem umbilical de conteúdo fecal, sem outros sintomas associados. Antecedentes de um síndrome nefrótico e uma gamapatia
monoclonal de significado incerto, sob terapêutica imunossupressora. A TAC abdomino-pélvica não esclareceu a sua origem. Foi submetido a laparotomia exploradora, tendo sido detectada uma persistência completa
do canal onfalo-mesentérico que foi ressecado e feita
anastomose primária. Discussão: O caso clínico ilustra uma situação rara, com poucos casos descritos na
literatura, principalmente na população adulta. A terapêutica imunossupressora e a hipoalbuminémia poderão ser eventuais factores de risco para o despoletar da
situação, já que alteram as características dos tecidos,
nomeadamente a pele. Com este caso, pretende-se
alertar para uma possível causa de fistula entero-cutâ-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P253)
SESSÃO P-PAREDE 1
TÍTULO: Hérnia de Morgagni
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Hérnia de Morgagni é rara,
principalmente no adulto. Trata-se de um defeito retro-
Revista Portuguesa de Cirurgia
170
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
nea, ainda que rara e pouco frequente, em doentes
sem antecedentes cirúrgicos abdominais.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Anomalias congénitas do tubo digestivo
Liliana Duarte, Catarina Afonso, Ana Oliveira, Luís
Filipe PInheiro
Liliana Duarte
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P365)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Dor na FID: Caso Clinico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresentação de caso clínico
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
de GIST com apresentação clínica de dor aguda na
FID. Revisão teórica (apresentação, diagnóstico, tratamento, follow-up). Material e Métodos: Revisão bibliográfica. Consulta de processo clínico. Resultados:
Sexo masculino, 80 anos, AP prostatectomia por HBP.
Quadro de dor intensa, súbita, constante, na FID, sem
irradiação, sem outras queixas ou sintomas. Ao exame
objectivo: abdómen mole, doloroso na FID, com dor à
descompressão. TAC (imagens disponíveis): “ massa
sólida polilobulada heterogénea intraperitoneal.”. Laparotomia exploradora: exérese de tumor sólido (imagens
disponíveis), 12x10x10cm, aderente a ansa de jejuno,
epiploon e mesocolon da junção ileo-cecal. Anatomopatologia: Tumor do estroma gastrointestinal maligno
(grupo 3b).” GIST é um tumor mesenquimatoso do trato
gastrointestinal com potencial maligno. O seu diagnóstico é imuno-histoquimico e a sua apresentação clinica
é inespecífica, geralmente por sintomas relacionados
com o seu tamanho e localização. A TC é o exame de
eleição para diagnostico. O seu tratamento é cirúrgico,
podendo a terapêutica biológica neoadjuvante com
inibidores do KIT ser considerada em tumores irressecáveis ou >10 cm. Existem preditores de recorrência:
dimensão, índice mitótico e localização de origem; que
ajudam na decisão de realizar quimioterapia. O follow-up é feito com TC. Discussão: O doente apresentava
tumor com origem no delgado que foi totalmente excisado. Iniciou tratamento com imatinib. Follow-up a 6
meses sem sinais de recidiva.
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Tumor do estroma gastrointestinal
Jervis, Maria João; Candeias, Maria Regina; Almeida,
Vitor
Maria João Jervis
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
desta patologia. Material e Métodos: Apresentação
de dois casos clínicos. Revisão científica da literatura.
Resultados: Caso 1: doente de género masculino, 60
anos de idade, raça caucasiana, com antecedentes de
hipertensão arterial, dislipidémia e diabetes mellitus
tipo 2, já submetido a várias intervenções cirúrgicas
por hidrosadenite perineal. Caso clínico 2: doente de
género masculino, 37 anos de idade, raça caucasiana,
sem antecedentes de relevo. Ambos realizaram exames complementares de diagnóstico que confirmaram
hidrosadenite perineal. Foram submetidos a excisão
radical de lesões com envolvimento perianal com preservação do esfíncter anal. Foi realizada reconstrução
imediata com retalhos nadegueiros de rotação bilaterais. Discussão: O tratamento cirúrgico da hidrosadenite supurativa implica a reconstrução de uma área
muitas vezes extensa. Os retalhos nadegueiros com
base nas artérias glúteas superior e inferior constituem
uma técnica versátil relativamente simples e permitem
uma reconstrução perineal total nos casos mais graves
desta patologia. A colaboração entre a Cirurgia Plástica
e Geral é assim de importância fulcral para a optimização do seu tratamento.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia plástica e reconstrutiva.
Filipe Madeira Martins; Rainho, R; Vaz, M; Zenha, H;
Ramos, S; Lindo, T(1); Sanches, F; Lima, J.
Filipe Madeira Martins
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P367)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Tumor desmóide do mesentério: relato de caso
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores desmoides, tam-
bém conhecidos como fibromatose agressiva, são tumores raros com características histológicas benignas e
sem potencial metastático. Apesar da sua benignidade,
não se pode falar em doença benigna dada a etiologia
desconhecida e o comportamento clínico imprevisível.
Material e Métodos: Doente de 71anos, sexo masculino, com antecedentes médico-cirúrgicos de hipertensão arterial e apendicectomia. Recorre ao SU por
distensão e dor abdominal generalizada, tipo cólica,
agravadas nas últimas 48h e com início há 4meses.
Doente queixoso com abdómen distendido e doloroso à palpação da região periumbilical e quadrantes
superiores, palpando-se uma massa na transição dos
quadrantes esquerdos. Analiticamente salientava-se
apenas elevação da PCR (138.3mg/dL) e a TC abdominal-pélvica confirmou volumosa massa de 17x15cm,
heterogénea, envolvendo o delgado com crescimento
exofítico, condicionando distensão de ansas intestinais
a montante e empurramento de ansas adjacentes. No
intraoperatório constatou-se a presença de volumoso
tumor do intestino delgado, perfurado e selado pelo
grande epíploon e, adicionalmente, um implante do
mesentério, tendo sido realizadas 2 enterectomias segmentares. O pós-operatório decorreu sem intercorrências. Resultados: A histologia das peças operatórias
confirmou tratar-se de tumores desmoides. Discussão: Os tumores desmóides mesentéricos, apesar de
histologicamente benignos, podem manifestar-se como
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P366)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Hidrosadenite Supurativa Perineal. Dois casos clí-
nicos.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hidrosadenite supurativa é
um processo inflamatório crónico que atinge as glândulas sudoríparas apócrinas e cujo tratamento se
revela muitas vezes um desafio cirúrgico. O objectivo
dos autores é salientar a necessidade de colaboração entre as Cirurgias Plástica e Geral no tratamento
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
171
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
lesões de comportamento local agressivo sendo a excisão cirúrgica o tratamento de eleição.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Intestino Delgado
Clara Sampaio, Luís Moniz
Clara Sampaio
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P368)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Mais um Caso Raro de E-GIST
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Tumores do estroma extra-gas-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
trointestinal são tumores abdominais extremamente
raros que partilham as características histológicas
e imuno-histoquímicas dos GIST, mas não estão na
dependência da parede do trato GI, podendo ocorrer no
epíploon, no mesentério ou no peritoneu. Dada a raridade destes tumores é difícil caraterizá-los apropriadamente. Os autores apresentam o caso de uma mulher
de 69 anos com uma massa palpável nos quadrantes
superiores do abdómen associada a perda ponderal de
15kg num mês, anorexia, dor abdominal e alteração
dos hábitos intestinais. Realizou endoscopia digestiva
alta e baixa em ambulatório que não revelaram qualquer alteração. O TC abdomino-pélvico mostrou 4
nódulos hepáticos nos segmentos III, IV e VII, lesão
expansiva móvel com cerca de 10cm ao nível do ângulo
esplénico cólico e conglomerado adenopático/implantes ao nível dos vasos ilíacos. Posteriormente realizou
biópsias hepáticas inconclusivas. O PET não revelou
outras lesões. Submetida a laparotomia exploradora,
constatando-se várias lesões no grande epíploon, a
maior com cerca de 10cm aderente ao ângulo esplénico do cólon, realizando-se colectomia segmentar do
transverso, do descendente proximal e epiplonectomia.
O estudo anátomo-patológico revelou tratar-se de um
E-GIST do grande epíplon. Realizou novo estudo de
imagem que revelou aumento do número de lesões
hepáticas. Foi classificada em EstadioIV e proposta
para tratamento paliativo com Imatinib cuja resposta foi
avaliada por PET e TC.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
E-GIST
Liberal, M.; Fonseca, S.; Louro, H.; Leite, M.; Costa, P.;
Graça, S.; Pereira, B.; Maciel, J.
Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
excisão de nódulo pré-auricular esquerdo com alguns
meses de evolução, interpretado como quisto sebáceo.
Negava episódios de inflamação ou drenagem de conteúdo. Objetivamente, lesão dura, contornos regulares,
indolor, móvel, sem orifício de drenagem. Por suspeição clínica realizou biópsia e tomografia de partes
moles e pescoço, que diagnosticaram adenoma com
2.5 cm de maior eixo, circunscrito à glândula parótida
esquerda. Foi submetida a parotidectomia superficial
parcial, sem intercorrências, com alta em 24h. Resultados: Resultado histológico: adenoma pleomórfico
com presença focal de tecido glandular. Discussão:
A parotidectomia superficial parcial é uma opção cirúrgica segura e eficaz no tratamento de adenomas da
parótida. É uma cirurgia simples, rápida, com taxas de
recidiva semelhantes à parotidectomia superficial convencional e com menor incidência de lesão do nervo
facial.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Cirurgia da Cabeça e Pescoço
Nogueira, Sara(1); Souto, Ricardo(2); Vicente, Carla(2);
Matos, Claudia(2); Santos, João Ascensão(2); Silva,
Eduardo(1); Carneiro, Francisco(1)
Sara Andreia Tavares Nogueira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P370)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Torção Esplénica – Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A torção do Baço é uma causa
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P369)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Adenoma Pleomórfico da Parótida. A propósito de
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
um caso clínico.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenoma pleomórfico é a
neoplasia mais comum das glândulas salivares, representando cerca de 45 a 60% de todos os tumores salivares. A grande maioria localiza-se na glândula parótida, superficial ao nervo facial. Material e Métodos:
Caso clínico: F, 20 anos, referenciada à consulta para
Revista Portuguesa de Cirurgia
172
rara de dor abdominal. O objectivo deste trabalho é a
apresentação de um caso clínico, a revisão da literatura
e a discussão das dificuldade no diagnóstico e opções
terapêuticas. Material e Métodos: É relatado o caso
clínico, os exames complementares, os achados operatórios e a cirurgia realizada. Por fim é realizada uma
revisão da literatura e discutidas as opções terapêuticas. Resultados: Uma mulher de 40anos recorreu ao
Serviço de urgência com dor abdominal no quadrante
superior esquerdo do abdómen. A doente realizou uma
Tomografia Computorizada que mostrou um baço não
contrastado. A doente foi submetida a Laparoscopia
urgente. Intra-operatoriamente foi verificada a existência de um baço flutuante com uma torção de 360º.
Após a reversão da sua torção, foi verificado enfarte
esplénico. Foi realizada esplenectomia laparoscópica.
O pós-operatório decorreu sem complicações. Discussão: A torção do baço é uma causa rara de abdómen
agudo. Um dos factores presdisponentes é o desenvolvimento anormal dos ligamentos suspensores do baço.
Os exames de imagem, como a Tumografia Computorizada contratada e Ecografia Doppler, desempenham
um papel fundamental no seu diagnóstico. o objectivo
da cirurgia é sempre que possível a preservação esplénica.
Hospital de Braga
Cirurgia do Baço
Veiga C, Cristino H, Leão P, Viana C, Rodrigues M.
Carlos Veiga
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P371)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Perfuração de divertículo duodenal: tratamento
cirúrgico e revisão da literatura
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O duodeno é a segunda locali-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
zação mais frequente de divertículos do tubo digestivo.
As complicações são radas e a perfuração só foi registada em menos de 200 casos. Resultados: Caso clínico
Uma doente do sexo feminino de 79 anos de idade foi
admitida no Serviço de Urgência com queixas de dor
abdominal e vómitos com 24 horas de evolução. Na
investigação desencadeada, foi realizada uma tomografia abdominal com a identificação de pneumoperitoneu.
A laparotomia evidenciou um divertículo perfurado da
quarta porção do duodeno, tendo-se procedido à respectiva ressecção. Discussão: O primeiro registo de um
divertículo duodenal data de 1710 e estima-se que a sua
incidência poderá atingir os 22%. No entanto, complicações são extremamente raras e incluem hemorragia,
inflamação, compressão de estruturas adjacentes, neoplasia, colestase e perfuração. A perfuração é frequentemente retroperitoneal, os sintomas inespecíficos e
raramente estão presentes sinais de irritação peritoneal
tornando o seu diagnóstico desafiante. Ar extraluminal
retroperitoneal e espessamento da gordura mesentérica na tomografia poderão ser valiosas pistas para o
diagnóstico. Apesar de o tratamento não cirúrgico já ter
sido descrito em alguns doentes, o tratamento padrão
continua a ser cirúrgico incluindo a diverticulectomia e a
duodenopancreatectomia.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Duodeno
Vitor Costa Simões*, Bruno Santos*, Sara Magalhães**,
Gil Faria*, Donzília Sousa Silva*, José Davide*
Vitor Costa Simões
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tares sem evidência de lesão à distância ou residual.
Discussão: Os NE do delgado são entidades raras,
constituindo no entanto, 1 dos tumores primários mais
frequentes do delgado. Estão muitas vezes associados a sintomas obstrutivos que motivam a intervenção
cirúrgica. Neste caso, o doente apresentou um quadro
suboclusivo não sendo possível discernir através dos
exames complementares se o espessamento parietal
intestinal era causa ou consequência da obstrução do
corpo estranho. O presente caso mostra o papel curativo e diagnóstico da cirurgia.
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Intestino Delgado
Vieira Ana, Borges Sílvia, Monteiro Ana, Paulino Aida,
Gouveia António.
Ana Vieira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P373)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Intussuscepção no Adulto – Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A intussuscepção intestinal
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P372)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Tumor Neuroendócrino do intestino delgado: a pro-
pósito de um caso improvável
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos
(NE) do intestino delgado são raros e tem origem em
células intestinais primitivas. As manifestações são
muito variadas, desde sintomas obstrutivos a carcinoides, associados à libertação de peptídeos. O tratamento ideal passa pela resseção cirúrgica. O presente
poster mostrar o caso clínico de um NE que simula uma
obstrução por corpo estranho. Material e Métodos:
Doente do sexo masculino, 82 anos, com quadro de
perda ponderal, náuseas, enfartamento e alterações de
trânsito intestinal. O estudo complementar evidenciou
espessamento do mesentério e ansas de intestino delgado, no lúmen identificou um corpo estranho metálico,
não sendo possível excluir espessamento parietal atribuível a lesão orgânica. Foi submetido a resseção em
bloco do ileo terminal e cego. Histologia: tumor neuroendócrino bem diferenciado, G1. Sem metastização em
26 gânglios mesentéricos. T3 N0 Mx (R0). O pós-operatório foi favorável – alta ao 6º dia. Exames complemen-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
constitui uma patologia rara no adulto. A sua apresentação é variável e inespecífica, correspondendo a
aproximadamente 1% dos casos de oclusão intestinal
no adulto. Os autores pretendem apresentar o caso
clínico dum doente com uma oclusão intestinal completa causada por intussuscepção jejuno-ileal. Material
e Métodos: Descrição e documentação fotográfica de
caso clínico. Resultados: Doente do sexo feminino,
com 49 anos de idade, sem morbilidades conhecidas
e sem antecedentes cirúrgicos. Foi admitida no Serviço
de Urgência com quadro clínico e radiográfico compatível com oclusão intestinal do intestino delgado. A TC
abdominal apresentava achados sugestivos de oclusão intestinal por intussuscepção do intestino delgado
em provável relação com um lipoma do íleo. Foi realizada laparoscopia que confirmou o diagnóstico, identificando-se segmento isquémico de íleo invaginado,
condicionando distensão de delgado a montante. Procedeu-se à ressecção segmentar do intestino delgado
assistida por laparoscopia. Teve alta ao 5º dia pós-operatório, sem intercorrências. O exame anatomopatológico da peça operatória confirmou o diagnóstico de
lipoma da submucosa intestinal. Discussão: A maioria
dos casos de intussuscepção no adulto é secundária a
lesão orgânica, nomeadamente neoplasia. A cirurgia de
ressecção intestinal é o tratamento de eleição.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Intestino Delgado
Bruno Santos, Vítor Costa Simões, Gil Faria, Donzília
Sousa Silva, José Davide
Bruno Miguel da Silva Santos
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P374)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Complicação congénita tardia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Oclusão intestinal é uma
das principais causas da a recorrência ao serviço de
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
173
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
urgência por abdómen agudo. Sendo 20% das cirurgias
são por oclusão intestinal. O Diagnóstico e tratamento
cirúrgico precoce diminui a morbilidade e complicações
que podem contribuir a elevada taxa de mortalidade em
20%. A etiologia é variável segundo a sua classificação:
1. Obstrução mecânica -Estenose: congénita, adquirida, inflamatória, vascular, radioterapia, neoplasica
-Obturação: áscaris, fecaloma, corpo estranho, bezoar,
cálculo biliar -Compressão extrínseca: aderências,
bridas, hérnias -Obstrução com sofrimento de ansa:
-Causa vascular primária e secundária 2. Obstrução
funcional: Causa local e sistémica. Resultados: Os
Autores relatam um caso raro de oclusão intestinal causada por uma membrana abdominal congénita. Tratava
de Doente sexo masculino de 70 anos de idade, leucodérmico, com antecedentes pessoais hiperuricemia e
patologia cardíaca. Recorreu aos SU por dor abdominal
tipo cólica de inicio súbita com paragem de emissão
de gases e fezes com cerca de 3 dias de evolução.
Com sinais e sintomas de oclusão intestinal. Exames:
RX- com níveis hidro-aéreos e distensão do intestino
delgado ; TC revelou:marcada distensão intestinal com
exuberante níveis hidroaéreos de causa oclusiva por
volvulo mesentérico do delgado. Submetido a laparatomia exploradora constatou-se membrana congénita
espessa e encapsulada que fazia a oclusão do ID na
raiz mesentérica.
Hospital de Vila Franca de Xira
Oclusão intestinal por membrana congénita.
Malú C.; Louro T.; Marques C.; Bentes Nuno; Foneca
C.; Rabago A. ; Morais J.
Carlitos Malú
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
envolvimento ganglionar. A doente será apresentada
em consulta multidisciplinar, para decisão da terapêutica mais adequada, que implicará linfadenectomia e/ou
radioterapia e/ou octreótido.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Tumor Neuroendócrino cutâneo
Miguel Albano, Nídia Moreira, Armando Infuli, Luís
Simões Reis, Prof. Doutor Carlos Costa Almeida
Miguel José Nico Albano
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P376)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Fasceíte necrotizante: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As infeções necrotizantes dos
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P375)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Carcinoma de células de Merkel
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Carcinoma das células de
Merkel da pele é uma neoplasia cutânea rara e agressiva que afeta predominantemente adultos caucasianos
de idade avançada e que possui elevada propensão
para recorrência local e metástases linfáticas regionais.
Material e Métodos: Os autores apresentam um caso
clínico de uma doente com tumor neuroendócrino cutâneo. Resultados: Mulher de 84 anos de idade, com dor
e edema no membro inferior esquerdo com concomitante massa inguinal, de 15cm de maior eixo, contornos regulares, consistência dura, aderente aos planos
profundos. Ecografia e Tomografia axial revelam massa
de 18x10x9cm em relação provável com conglomerado
adenopático, condicionando oclusão venosa ilíaca e
compressão do ureter esquerdo. Procede-se a biópsia,
obtendo-se o resultado de metástase ganglionar de
carcinoma neuroendócrino com localização primitiva
desconhecida. PET-scan com 68 Ga-Péptidos revela
aspetos compatíveis com lesões neuroendócrinas
com elevada expressão (heterogénea) de recetores de
somatostatina. Discussão: Assim, trata-se de um caso
de carcinoma de células de Merkel com envolvimento
ganglionar de tumor primário desconhecido, situação
que ocorre em 14% dos casos e de melhor prognóstico, comparativamente a um tumor identificável com
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tecidos moles podem evoluir rapidamente para quadros
de sépsis e falência multiorgânica. A fasceíte necrotizante traduz-se pela rápida progressão de um processo
infecioso ao longo do plano de uma fáscia, com necrose
secundária do tecido subcutâneo. Esta patologia acarreta uma elevada mortalidade, variando entre 20 e
80%, sendo de extrema importância o seu reconhecimento precoce. Resultados: Os autores apresentam
o caso de um homem com 64 anos, que recorreu ao
Serviço de Urgência por tumefação dolorosa com sinais
inflamatórios da parede torácica anterolateral, com 1
semana de evolução, tendo rapidamente entrado em
choque sético grave. Foi submetido a desbridamento
cirúrgico agressivo, observando-se necrose extensa
dos tecidos atingindo a fáscia, compatível com fasceíte
necrotizante. Foi submetido a vários desbridamentos
e aplicação imediata de pensos de pressão negativa,
associados a sessões de oxigenoterapia hiperbárica,
acabando posteriormente por realizar enxerto de pele
fina, com excelente resultado funcional e sem complicações. Discussão: Este caso realça a necessidade
de reconhecimento, diagnóstico e atuação precoces
na abordagem multidisciplinar desta patologia. Desbridamentos cirúrgicos e antibioterapia adequada, com
recurso ao tratamento por pressão negativa e à Medicina Hiperbárica, otimizaram as condições de cicatrização local e controlo da doença sistémica, culminando
com a mais-valia da Cirurgia Plástica na fase reconstrutiva.
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
Tecidos Moles
Rita Castro, Luís Amaral, Teresa Eloi, Paula Moniz,
Emanuel Silva, Tiago Rama, Ana Goulart, Ana Teresa
Bernardo, Ricardo Borges, Catarina Moura, António
Melo
Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P377)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Adenocarcinoma do Intestino Delgado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução As neoplasias do
intestino delgado são raras. Os adenocarcinomas cons-
Revista Portuguesa de Cirurgia
174
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Algarve, EPE
CAPÍTULO: Hérnia interna
AUTORES: Melo, J; Veiga, D; Cunha, M; Batista, V; Hristova, K;
tituem 50% dos tumores malignos do delgado, com o
pico de incidência na 7ª década de vida. Os sintomas
são inespecificos podendo ocorrer obstrução intestinal
e hemorragia. O diagnóstico é muitas vezes tardio por
falta de suspeita clínica, pela baixa frequência e inespecificidade clínica. O tratamento é essencialmente cirúrgico. O prognóstico depende do estadio no diagnóstico.
Caso Clinico JADM, homem, 59a, Défice de Factor X,
seguido em Gastroenterologia por adenoma da papila
de Vater excisado em 2012, diagnosticado por episódios de hemorragia digestiva alta. Por recidiva local foi
submetido a excisão em 2013. Por novos episódios
de hemorragia sem lesão da papila, realizou cápsula
endoscópica que revelou tumor na transição jejuno-ileon. A TC abdominal corroborou o diagnóstico, sendo
encaminhado para consulta de Cirurgia, onde foi proposta cirurgia. Foi submetido a Ressecção Segmentar
de Intestino Delgado, não se identificando adenopatias
ou outras lesões. Pós-operatório sem intercorrências. A
Anatomia patológica revelou Adenocarcinoma moderadamente diferenciado pT3N0R0. Conclusão As neoplasias do intestino delgado são raras, sendo necessário
um elevado índice de suspeita para o diagnóstico e
tratamento atempados. Este caso mostra que apesar
de por vezes já existir um diagnóstico, devemos considerar outras opções e direccionar o estudo como se o
doente estivesse a ser estudado pela 1ª vez.
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Adenocarcinoma do Intestino Delgado
Rui Cunha, Sofia Jardim Neves, Tobias Teles, Miguel
Semião, Guillermo Pastor
Rui Ricardo Martins da Cunha
[email protected]
Sousa, A; Rivero, A; Americano, M.
CONTACTO: João Pedro Melo Neves
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P379)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Tumor de Evans da parede torácica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O sarcoma fibromixóide de
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P378)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Hérnia Interna Transmesentérica Congénita
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias abdominais internas
são protusões de órgãos abdominais através de uma
abertura peritoneal ou mesentérica normal ou anómala.
Representam 5 a 10% das hérnias abdominais internas. São uma causa rara de oclusão intestinal ( Material e Métodos: Mulher, 82 anos, recorreu ao SU por
dor abdominal generalizada, associada a obstipação e
vómitos, com 7 dias de evolução. Ao exame objectivo
apresentava abdómen distendido, depressível, com
dor à palpação profunda periumbilical, sem defesa ou
sinais de irritação peritoneal, com RHA diminuídos.
Analiticamente com aumento parâmetros inflamatórios
e IRA. Rx abdominal com esboço de níveis HA delgado.
Realizou TC abdominopélvica: “distensão delgado, com
níveis HA e pneumatose parietal”. A doente foi submetida a laparotomia exploradora, constatando-se necrose
isquémica irreversível de todo o intestino delgado, condicionada por hérnia interna, por brecha (8cm) mesentérica do íleo distal, levando a formação de volvo. Procedeu-se ao encerramento da cavidade e certificou-se
o óbito 5 horas após a cirurgia. Discussão: As causas
da formação do defeito mesentérico, ainda permanecem incertas. Dado que as hérnias abdominais internas
congénitas são entidades raras, o seu diagnóstico é um
desafio para o cirurgião bem como para o radiologista.
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
baixo grau (Tumor de Evans) é uma neoplasia rara,
mais comum em adultos jovens e de meia idade, frequentemente localizado nas extremidades inferiores
mas que pode surgir noutros locais, como a parede
torácica. Material e Métodos: Apresentamos o caso
clínico de um doente de 88 anos, referenciado à consulta de Cirurgia Geral por uma tumefação na parede
antero-lateral do hemitórax direito. O doente apresentava entre vários antecedentes a história de hemicolectomia direita por adenocarcinoma, há 2 anos. No
estudo, este doente foi submetido a uma colonoscopia
que identificou dois pólipos, cuja histologia revelou adenomas com displasia de baixo grau. Realizou também
uma TAC tóraco-abdómino-pélvica, que revelou na
parede torácica um nódulo sólido, com cerca de 32 x
15 mm de dimensões, sem evidente envolvimento da
costela subjacente. A lesão foi biopsada, sendo o resultado compatível com fibromatose. Após discussão do
caso em Consulta de Grupo Oncológico, foi decidida
a exérese cirúrgica da referida lesão. Foi possível, sob
sedação e anestesia local, uma resseção R0 da lesão,
que não envolvia a costela. Resultados: A histologia da
lesão revelou tratar-se de um sarcoma fibromixóide de
baixo grau, sem envolvimento das margens cirúrgicas.
Após revisão do caso por Oncologia foi decidido manter
vigilância clínica. Discussão: A pertinência deste caso
deve-se à raridade do diagnóstico, ao facto da idade
do doente não ser a mais habitual e à diversidade de
diagnósticos diferenciais.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Pele e tecidos moles
Macedo Alves D. (1), Valverde J. (1), Vinagreiro M. (1),
Ferreira F. (1), Silva A. O. (2), Taveira Gomes A. (1)
Daniela Macedo Alves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P380)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Um caso de oclusão intestinal por metastização de
melanoma maligno
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A metastização do melanoma
maligno para o tracto gastrointestinal é frequente, mas
a sua detecção é rara. O diagnóstico não implica cirurgia, a não ser que a apresentação clínica seja uma
complicação aguda – oclusão intestinal, perfuração
ou hemorragia. O objectivo deste trabalho consiste na
apresentação de um caso clínico de oclusão intestinal
por metástases de melanoma no intestino delgado.
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
175
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL: Hospital de Braga
CAPÍTULO: Síndrome de Bouveret
AUTORES: Charlène Viana1, José Pedro Pinto1, Ana Cristina
Material e Métodos: Descrição de caso clínico. Resultados: Os autores apresentam o caso de uma mulher
de 84 anos, com antecedentes de melanoma maligno
do membro inferior direito – submetida a exérese larga
de lesão em 2011. Admitida no Serviço de Urgência por
quadro clínico compatível com oclusão intestinal, com
presença de abdómen agudo. Submetida a laparotomia
exploradora urgente. Verificou-se a presença de neoplasia a cerca de 20 cm da válvula ileo-cecal, a condicionar invaginação ileo-ileal, com distensão de ansas a
montante. Procedeu-se a enterectomia segmentar com
anastomose semi-mecânica isoperistáltica. Durante o
internamento evoluiu progressivamente na dieta com
restabelecimento do trânsito intestinal. Ferida operatória complicada de infecção superficial, que manteve
cuidados em regime de ambulatório. A histologia confirmou o diagnóstico de metástase de melanoma. Discussão: O diagnóstico de metastização de melanoma
para o intestino delgado é mais frequente pela apresentação de sintomatologia aguda. Neste caso, apesar
do mau prognóstico, a cirurgia permitiu uma adequada
paliação, com melhoria da qualidade de vida da doente.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Melanoma
Filomena Soares, Pedro Nuno Brandão, Raquel da Inez
Correia, Vítor Valente, José Polónia
Maria Filomena Soares Moreira da Ressurreição
[email protected]
Ribeiro1, Humberto Cristino1, Mesquita Rodrigues1, 2,
Pedro Leão1, 3
CONTACTO: Charlène Viana
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P382)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Tuberculose peritoneal: a propósito de um caso
clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A tuberculose peritoneal (TP)
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P381)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Sindrome de Bouveret: Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O íleus biliar é causa de oclu-
são intestinal mecânica em 1 a 4% dos casos. A maioria
ocorre a nível do íleo terminal ou da válvula ileo-cecal
contudo, em <5% dos casos, forma-se uma fístula colecisto-duodenal com consequente obstrução ao esvaziamento gástrico, o denominado Síndrome de Bouveret.
Dada a raridade desta entidade o diagnóstico é, muitas
vezes, tardio, estando associado a uma elevada morbi-mortalidade. Material e Métodos: Relato de caso clínico e revisão bibliográfica sobre o tema. Resultados:
Homem de 99 anos, previamente autónomo admitido
por quadro de vómitos incoercíveis e emagrecimento
com duas semanas de evolução.Fez TAC abdominal
que mostrou cálculo biliar com 30mm na primeira porção
do duodeno e aerobilia. Realizou EDA que confirmou a
presença de obstrução de D1 devido a cálculo biliar,
não passível de remoção endoscópica. Foi submetido a
intervenção cirúrgica tendo-se comprovado intraoperatoriamente Síndrome de Bouveret e removido o cálculo
por gastrotomia. No pós-operatório foi admitido em UCI
tendo acabado por falecer por disfunção multiorgânica
ao 4º dia de pós operatório. Discussão: O Síndrome de
Bouveret é uma forma rara de ileus biliar que, por si só,
já é uma causa invulgar de oclusão intestinal. Todavia,
deve ser diagnóstico diferencial perante uma situação
de oclusão com obstrução ao esvaziamento gástrico.
A maioria dos doentes tem idade avançada e múltiplas
comorbilidades pelo que, um alto índice de suspeição e
a instituição de tratamento precoce são fundamentais
na melhoria do prognóstico.
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
constitui 12% dos casos de tuberculose extrapulmonar
e 1-3% do total de casos. O diagnóstico é difícil dada
a apresentação insidiosa e as limitações dos exames
complementares de diagnóstico disponíveis. O exame
cultural do líquido ascítico ou o exame histológico de
biópsias peritoneais constituem a forma de diagnóstico
de eleição. O bom prognóstico depende do diagnóstico
precoce e início atempado da terapêutica antibacilar.
Apresenta-se um caso clínico demonstrativo de uma
forma de apresentação incomum de uma doença rara.
Resultados: Doente do sexo masculino, 24 anos, saudável, recorreu ao serviço de urgência por dor abdominal, vómitos e anorexia com 3 dias de evolução.
Apresentava dor generalizada à palpação abdominal,
com contratura nos quadrantes direitos. Aumento dos
parâmetros inflamatórios nas análises e, na ecografia
abdominal, volumoso derrame peritoneal, não homogéneo, com hiper-reflectividade da gordura abdominal.
Foi submetido a laparotomia exploradora por quadro de
abdómen agudo. Observou-se uma peritonite difusa,
com nódulos peritoneais disseminados. Realizaram-se
colheitas de líquido ascítico e biópsias peritoneais cujo
exame histológico confirmou o diagnóstico de tuberculose peritoneal. Realizou posteriormente TC toraco-abdomino-pélvica que não demonstrou adenopatias
ou alterações torácicas. Iniciou terapêutica antibacilar
com melhoria do quadro clínico, apresentando boa tolerância ao tratamento dois meses após início do tratamento.
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Tuberculose peritoneal
Catarina Soares Ribeiro, Teresa Santos, Daniela
Machado, Rita Lages, Marta Serra, Filipe Ribeiro, Sandra Cordeiro, António Oliveira, Amélia Vieira.
Catarina Soares Ribeiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P383)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Massa tumoral retro-peritoneal – uma forma rara de
apresentação de seminoma oculto
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores de células germi-
nativas são as neoplasias malignas mais frequentes
no homem entre os 15 e os 35 anos, dos quais 45%
são seminomas. Manifestam-se habitualmente por
uma massa testicular palpável e dolorosa, e apenas
Revista Portuguesa de Cirurgia
176
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
em 1-2, 5% têm uma origem extra-gonadal. A forma de
apresentação retroperitoneal é habitualmente secundária a uma localização testicular. Material e Métodos:
Homem de 44 anos, com quadro de dor progressiva
na região lombo-sagrada. Sem alterações ao exame
físico, realizou uma ecografia abdominal que revelou um conglomerado adenopático lombo-aórtico
esquerdo, a condicionar compressão do ureter no terço
proximal, tendo-lhe sido realizada uma nefrostomia percutânea. Realizou de seguida uma TC abdominal, que
confirmou os achados ecográficos. Ecografia escrotal
sem alterações. Submeteu-se a biópsia guiada por TC
que apenas revelou presença de tecido necrótico, inadequado para diagnóstico. Marcadores tumorais negativos. Sem diagnóstico definido, foi submetido a laparotomia com excisão radical da lesão, a qual se veio a
revelar tratar-se de metastização ganglionar compatível
com seminoma. Repete ecografia escrotal, que apenas
revelou textura heterogénea do testículo esquerdo,
sem nódulos definidos. Foi submetido a orquidectomia
esquerda, cujo EAP foi compatível com seminoma em
“burn-out”. Actualmente bem, sob QT adjuvante com
BEP. Discussão: O caso exposto salienta um exemplo
de seminoma com sintomatologia inicial atípica, do qual
resultou um diagnóstico a partir já de uma lesão secundária.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cavidade retro-peritoneal
Fernando J. Azevedo, Alexandre Monteiro, Manuel
Rosete, Guilherme Tralhão, F. Castro e Sousa
Fernando J. Azevedo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P385)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: Textiloma intra-abdominal: a propósito de 2 casos
clínicos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na literatura científica, a des-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P384)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
TÍTULO: Transformação maligna de um sinus pilonidalis
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este trabalho tem como objec-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tivo apresentar um caso clinico de um doente de 40
anos de idade com história pessoal conhecida de sinus
pilonidalis sacrococcígeo, observado em contexto
de urgência por episódio de infecção do mesmo, em
Janeiro de 2012. O doente apresentou uma evolução
clinica desfavorável, com necessidade de múltiplas drenagens e desbridamentos cirúrgicos, motivando a realização de biopsias, tendo a última das quais revelado
a presença de carcinoma epidermóide. Procedeu-se a
análise retrospectiva do processo clinico do doente e
uma revisão da literatura. A degeneração maligna do
sinus pilonidalis é extremamente rara, sendo o carcinoma epidermóide o tipo histológico mais comum. Atendendo à elevada taxa de morbimortalidade associada
a esta patologia, é indispensável um elevado grau de
suspeita clinica, bem como diagnóstico e tratamento
precoces.
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE
Patologia da pele e tecidos moles
Nuno Mendonça; Filipa Caldeira; Sara Patrocinio;
Miguel Tomé; Zara Caetano
Nuno Mendonça
[email protected]
CONTACTO:
EMAIL:
crição de casos clínicos de corpos estranhos em
cavidades corporais é escassa, provavelmente pelas
implicações legais que estas situações podem envolver. O corpo estranho mais frequentemente esquecido
é a compressa (45-80% dos casos), sendo conhecido
por textiloma. Resultados: Caso 1: Doente do género
masculino, de 69 anos, com antecedentes de colecistectomia por laparotomia de Kocher electiva, há 19
anos, por colelitíase sintomática. Por achado imagiológico em ecografia abdominal, com imagem quística
não pura no hipocôndrio direito, confirmado por TC, foi
submetido electivamente à exérese do quisto. O resultado histopatológico revelou um granuloma de corpo
estranho encapsulado, com 10, 5cm de maior diâmetro. Teve alta clinicamente bem. Caso 2: Doente do
género feminino, de 49 anos, com antecedentes cirúrgicos de cesariana, há 4 anos. Recorreu à urgência
por dor intensa nos quadrantes abdominais superiores,
apresentando uma massa dura e dolorosa à palpação
no flanco esquerdo. Na TC detectou-se um textiloma
justa-aponevrótico, desviando as ansas intestinais. Foi
submetida de urgência a uma laparotomia exploradora
e exérese do tumor inflamatório com ressecção em
bloco da trompa esquerda. O resultado histopatológico
revelou um tumor inflamatório de corpo estranho peri-tubário, com 12cm de maior diâmetro. Teve alta clinicamente bem. Discussão: A presença de corpos estranhos intra-abdominais, nomeadamente de textilomas,
está associada a morbilidade/mortalidade importantes.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Granuloma de corpo estranho
Marta Sousa, Pedro Fidalgo, Carlos Ascensão, Cristina
Maia Santos, Vítor Pereira
Marta Sofia Farinha Capelo de Sousa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P386)
SESSÃO P-VÁRIOS 4
TÍTULO: O Estranho Caso de um Tumor Cístico Abdominal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: Alguns tumores
mucinosos ováricos incomuns foram recentemente
denominados de “seromucinosos” por apresentarem
também característica de tumor seroso. Os tumores
boderline são cerca de 15% de todos os tumores ováricos epiteliais. A idade de ocorrência é mais precoce
10 anos em relação ao cancro de ovário. A etiologia
não está bem esclarecida. Objetivo: Demonstrar o trajeto clínico de um tumor cístico abdominal, que só a
partir do ato cirúrgico se esclarece sua origem. Material e Métodos: Caso Clínico: Mulher, 71 anos, com
múltiplas cormobidades, referenciada por ginecologia,
com provável lesão de seroma peritoneal no contexto
de pó-operatório de Histerectomia Anexotomia bilateral
acerca de 30 anos. Fez drenagens percutaneas, devido
estar sintomática, cujo citológico revelou não existir
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
177
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 3
CAPÍTULO: Falência Intestinal e Nutrição Parentérica
AUTORES: Beatriz Caldeira1, Eduardo Lima da Costa1, Cristina
elementos celulares. Nos exames de imagens (TC e
RMN) mostram lesão cística, pélvica, estendendo-se a
cavidade abdominal medindo cerca de 18, 3 X 15, 2 X
22 cm (longitudinal X antero-posterior X latero-lateral).
Submetida a exérese de volumoso tumor cístico abdominal, de origem em região anexial esquerda e fímbrias
de trompas visíveis. Resultados: A histologia revelou
tumor boderline seromucinoso. Citologia negativa para
células malignas. Discussão: Conclusão: Os tumores
seromucinosos, podem ser classificados de tumores
proliferativos atípicos para carcinoma invasivo. Seu
comportamento clinico não é tão agressivo quanto o
de outros tipos. A terapia adjuvante é necessária para
pacientes com factores de mau prognóstico.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Cirurgia Geral/Ginecologia
Rosa Saraiva; Jorge Valverde; Rita Peixoto; Maria João
Lima; Daniela Macedo Alves; Joana Correia; Ana Teixeira; António Taveira Gomes, João Pinto
Rosa Maria de Lima Monteiro Saraiva
[email protected]
06-03-2015
Teixeira2, José Costa Maia1
CONTACTO: Ana Beatriz Mendes Caldeira
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P388)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Sazonalidade do Sinus Pilonidalis Sacro-Coccígeo
complicado de abcesso – um resultado inesperado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A infecção do sinus pilonidalis
17H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P387)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Falência Intestinal e Nutrição Parentérica Domiciliá-
ria: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Ao longo das últimas décadas
temos assistido à implementação de programas de
Nutrição Parentérica Domiciliária (NPD), sobretudo no
EUA (100 -180 dts/milhão hab) mas também na Europa,
destacando-se aqui a Dinamarca, Holanda e RU(2-40
dts/milhão hab). Resultados: Dte sexo feminino, 38 A,
internada no S. Dças Infecciosas por retinite a CMV em
contexto de infecção HIV.Três dias após a admissão
desenvolve quadro de isquemia mesentérica.Submetida a LE, foi realizada enterectomia subtotal (preservação 40 cm proximais de jejuno) com estoma terminal
e fístula mucosa do cólon. Reconstituição do trânsito
restabelecida em 2º tempo após estabilização clínica.
Perante insuficiência intestinal tipo 3, foi inserida em
Programa de NPDActualmente encontra-se bem, mantendo vigilância clínica e laboratorial neste Centro, não
se registando intercorrências até ao momento. Discussão: A falência intestinal define-se cm incapacidade do
intestino absorver adequadamente os nutrientes major,
electrólitos e água de modo a manter a integridade da
composição corporal e 1 função normal.Divide-se em
3 Tipos:1e2 (duração < ou > 28 dias) e3(admitida cm
irreversível).A NPD veio mudar o conceito da impossibilidade de substituição intestinal em caso de falência
tipo3, provando a possibilidade de qualidade de vida
e mm capacidade de trabalho em dts nesta situação.À
semelhança da diálise peritoneal, a possibilidade de se
transferir para o domicílio a substituição intestinal, conduz a vantagens, ganhos económicos e a 1 mudança
de paradigma nesta área
HOSPITAL: Centro Hospitalar de São João, EPE
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
sacro-coccígeo (SPSC ) e a formação de abcesso é
um motivo frequente de admissão no serviço de urgência. Sendo a infecção de SPSC, uma infecção da pele
e partes moles, é expectável que apresente variação
sazonal, conforme descrito para outras infecções cutâneas. OBJECTIVO Avaliar a incidência e sazonalidade
da infecção do SPSC. Hipótese: o SPSC complicado
de abcesso apresenta um pico de incidência no verão.
Material e Métodos: Estudo retrospectivo de doentes
admitidos 2010-2013 por episódio inaugural de SPSC
complicado de abcesso (ICD-9: 6850). Foram excluídas
recidivas e admissões electivas. Analisou-se a relação
entre incidência de SPSC e valores de variáveis climatológicas (temperatura mínima e máxima, precipitação,
humidade relativa e pressão atmosférica) – consulta de
arquivo meteorológico instituto português mar e atmosfera; análise estatística programa STATA. Resultados:
Foram analisados 250 doentes, maioria sexo masculino, idade média 26 anos. Verificou-se um padrão de
sazonalidade, consistente para os 4 anos analisados,
com três picos anuais de incidência: Fevereiro-Março,
Junho-Julho e Outubro-Novembro. Não se verificou
correlação com as variáveis climatológicas. Discussão: Esta é, no nosso conhecimento, a primeira descrição da sazonalidade do SPSC infectado complicado
de abcesso. Verificou-se um padrão sazonal com três
picos, consistente nos vários anos, sem relação com
clima – semelhante ao descrito para outras entidades nosológicas – e de difícil explicação e enquadramento.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Incidência e sazonalidade de Sinus Pilonidalis
Margarida Ferreira, Nuno Carvalho, Filipa Eiró, Gabriela
Machado, Rui Branco, António Folgado, Rui Lebre
Margarida Silva Ferreira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P389)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Oclusão Intestinal por Adenocarcinoma do Ileo:
Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do intestino del-
gado são raros, sendo que o Adenocarcinoma representa 50% dos tumores deste segmento do tubo
digestivo. Localiza-se maioritariamente nos segmentos
proximais do intestino delgado (> 50% no duodeno e
raramente no íleo). Pode apresentar-se com sintomas GI inespecíficos (emagrecimento, anemia e dor
Revista Portuguesa de Cirurgia
178
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
abdominal) ou com oclusão ou perfuração intestinal. O
diagnóstico geralmente é intra-operatório, numa fase
avançada da doença. Resultados: O caso clínico trata-se de uma doente de 63 anos seguida em consulta
de Gastroenterologia por anemia, dispepsia e vómitos.
Neste contexto, realizou EDA, colonoscopia e TC abdomino-pélvica (TC-AP) que não mostraram alterações
significativas. Aguardava realizar enterografia por TC
quando recorreu ao SU por dor abdominal e vómitos
incoercíveis. Tinha defesa abdominal à palpação. O Rx
abdominal tinha vários níveis hidroaéreos de delgado e
a TC-AP visualizou plastron na FID. Perante quadro de
oclusão intestinal, foi submetida a laparotomia exploradora que constatou a presença de tumor estenosante
do íleo e de adenopatia calcificada, sendo realizada
enterectomia e linfadenectomia local. A anatomia-patológica da peça operatória foi de Adenocarcinoma ileal
com metastização ganglionar. Foi orientada para consulta de oncologia onde iniciou QT. Discussão: Este
caso reveste-se de particular importância pela raridade
do adenocarcinoma no íleo, bem como pelas manifestações inespecíficas que requerem alto grau de suspeita.
Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE
intestino delgado
Jessica Neves, Filipa Santos, Henrique Morais, Hugo
Ribeiro, João Pinho, Vera Vieira, Nuno Azenha, Isabel
Borges, Alice Fonseca, Raquel Oliveira, Lucilia Conceição, Amândio Matos, José Cecílio
Jessica Antunes Neves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P391)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Casuística Operatória de Cancro do Reto – 4 Anos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A possibilidade de melhorar a
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P390)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
TÍTULO: Casuística de GIST submetidos a cirurgia em 10
anos (2005-2014), na ULSBA, Beja
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tumor do estroma gastroin-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
CONTACTO:
EMAIL:
testinal (GIST) é uma entidade rara, sendo no entanto
o tumor mesenquimatoso mais frequente no trato gastrointestinal. O objectivo deste trabalho é a apresentação da casuística de GIST submetidos a cirurgia no
Serviço de Cirurgia Geral em 10 anos (2005-2014).
Material e Métodos: Consulta de processos clínicos e
relatórios de anatomia patológica. Resultados: Apresentam-se 20 casos de GIST. Analisam-se os seguintes parâmetros: idade, género, forma de apresentação,
localização, terapêutica efectuada e follow-up. A idade
média de apresentação foi aos 72 anos, com predomínio do género masculino. Na amostra estudada o local
de origem mais frequente foi o estômago. Discussão:
Este estudo vem confirmar que os GIST são tumores
pouco frequentes. Existiram duas recidivas (GIST do
delgado).
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Tumor do estroma gastrointestinal
Jervis, Maria João; Matoso, João; Febra, Pedro; Candeias, Maria Regina
Maria João Jervis
[email protected]
abordagem do tratamento cirúrgico do cancro do reto
é uma preocupação permanente dos cirurgiões. A revisão casuística permite ter noção da qualidade do tratamento efetuado e prever a necessidade de mudança
de estratégia para oferecer o melhor aos doentes.
Material e Métodos: Análise retrospectiva através da
consulta dos processos clínicos. Utilização do software
SPSS v.22. Breve revisão bibliográfica para comparação multiséries. Foram incluídos doentes submetidos a
cirurgia de resseção de cancro retal de Julho de 2009 a
Junho de 2013 e excluídos aqueles submetidos apenas
a tratamento médico e estoma derivativo. Apresentam-se a análise descritiva da série, as curvas de sobrevivência e recidiva, a comparação multiséries e as conclusões. Resultados: Foram operados 188 doentes. A
média de internamento foi de 11 dias, com mediana de
9. 18% dos doentes foram submetidos a neoadjuvância
com 21% de resposta completa. 40% procedimentos
foram efectuados por laparoscopia com 12.2% de taxa
de conversão. A taxa de morbilidade foi de 30.3% (7.4%
de complicações anastomóticas). A taxa de reintervenção foi de 13.3%. A taxa de mortalidade aos 30 dias foi
de 3.2%. Houve menor nº de complicações pós-operatórias na cirurgia laparoscópica. O nº médio de gânglios
ressecados foi de 13. Houve 30 casos de recidiva, com
tempo médio de recidiva local de 40 meses e tempo
médio de disseminação metastática de 26 meses. A
sobrevida aos 5 anos foi de 71.5%. Discussão: Os
resultados foram sobreponíveis às séries publicadas.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Casuística operatória
A. Couceiro (1), R. Malaquias (2), S. Amado (1), M.J.
Alves (2), M. Coelho dos Santos (1), V. Faria (2)
Ana dos Santos Couceiro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P392)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Laparostomias: um longo caminho a percorrer
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O conceito de controlo de dano
surgiu na década de 90, para traumatismos graves,
mas rapidamente se expandiu para a sépsis abdominal. As laparostomias permitem facilidade no acesso à
cavidade abdominal para controlo do foco. Apesar dos
benefícios que lhe são reconhecidos, a morbimortalidade entre estudos não é consensual. Material e Métodos: Análise retrospectiva da mortalidade, morbilidade
e taxa de encerramento primário da aponevrose em
doentes submetidos a laparostomia entre Jan/2009 e
Jun/2014 e possíveis factores de risco peri-operatórios.
Resultados: Dos 56 doentes (55% homens), a idade
média foi 58 anos e o score ASA>=3. As indicações
mais comuns foram peritonite, pancreatite aguda e
isquemia mesentérica. A laparostomia em 78% dos
casos foi assistida por vácuo. A mortalidade intra-hospitalar foi 66%. O encerramento da aponevrose
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
179
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
no mesmo internamento foi possível em 45, 5%, numa
mediana de 6 dias (0-120). Foram relatadas 13 complicações (fístulas, abcessos, evisceração e hérnias
incisionais). Os doentes com idade superior a 65 anos
apresentaram maior mortalidade (p=0.038) e menor
encerramento definitivo (p=0.076), enquanto doentes
com internamentos na UCI superiores a 1 mês tiveram
mais complicações (p=0.011). Discussão: A cirurgia
de controlo de dano é uma estratégia cada vez mais
reconhecida como “life-saving”, mas associada a complicações e internamento prolongado. Apesar dos seus
benefícios, a taxa de mortalidade ainda é alta nestes
doentes críticos, causada na maior parte das vezes por
falência multi-orgânica.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia de urgência
Marina Morais, Renato Melo, Vítor Devesa, J Costa-Maia
Marina Morais
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P394)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Simpaticectomia toracoscópica bilateral por hiper-
-hidrose primária: 3 anos de casuística
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivos/Introdução: A hiper-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P393)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: A Colecistectomia Laparoscópica em Regime de
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Ambulatório sem Pernoita é Segura e Satisfatória
para os Doentes?
Objectivo/Introduçâo: A Colecistectomia Laparoscópica tem-se difundido como uma intervenção cirúrgica
segura. Pretende-se avaliar os resultados das colecistectomias realizadas em regime de ambulatório, sem
pernoita, numa Unidade de Cirurgia de Ambulatório
(UCA). Material e Métodos: Realizaram-se 100 colecistectomias laparoscópicas entre 1/7/2012 e 30/06/2014,
programadas para regime de ambulatório sem pernoita,
de acordo com critérios pré-definidos. Às 24h de pós-operatório realizou-se um telefonema para detectar
complicações. Realizou-se, posteriormente, um inquérito de satisfação aos doentes. Resultados: Cem doentes submetidos a colecistectomia laparoscópica, 79%
mulheres, idade média de 47, 81±12, 28(20-75)anos;
72% ASA II, 25% ASA I e 3% ASA III. 43% tinham história
de cólica biliar, 4% de colecistite aguda, 53% de queixas
dispépticas litíase vesicular. A duração da intervenção foi
de 56, 35±19, 31(20-130)minutos. A taxa de conversão
foi de 1%. Um doente pernoitou no hospital, os restantes permaneceram no recobro 326, 72±84, 62(155-560)
minutos. Ocorreu morbilidade em 3% (Dindo-Clavien
I), tendo 2 doentes acorrido ao Serviço de Urgência.
Não houve re-admissões, nem mortalidade. 97% ficaram satisfeitos com o regime utilizado no tratamento. A
catamenese foi de 209, 83±197, 62 dias. Discussão: A
colecistectomia laparoscópica em regime de ambulatório sem pernoita mostrou-se uma intervenção segura,
que garantiu resultados semelhantes aos descritos em
regime de internamento; 97% dos doentes operados
mostraram satisfação com a metodologia utilizada.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia de Ambulatório
Marisa Tomé, Fernando Azevedo, Gorete Jorge, J Guilherme Tralhão, Francisco Castro e Sousa
Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
-hidrose primária (HP) é uma patologia que afeta 1-2%
da população, e embora não sendo ameaçadora de
vida, causa enormes dificuldades sociais/profissionais/
psicológicas.É, portanto, imperativo optar precocem/
pela melhor estratégia terapêutica, a fim de melhorar a qualidade de vida do doente.Considerando q o
tx médico é frequentem/ineficaz e c/importantes efeitos adversos, a simpaticectomia toracoscópica (ST)
assume-se, atualm/, como o tx de referência, apresentando resultados favoráveis e um elevado grau de
satisfação do doente. Este trabalho tem como objetivos
avaliar a eficácia da ST em doentes com HP tendo por
base o alívio dos sintomas, a hipersudorese compensatória e o grau de satisfação após cx.Entre Jan/11
e Dez/13, um total de 37 doentes (24 do sexo fem.,
idade média 27 anos)foram submetidos a ST bilateral.
O período médio de seguim/o foi de 26 meses, apresentando como indicação cx mais frequente a hiperhidrose palmar.A taxa de sudorese residual foi de 27% e
de hipersudorese compensatória de 92%.Apesar deste
valor, 92% dos doentes repetiriam cx, apresentando-se
muito satisfeitos c/os resultados obtidos. Realizou-se
um inquérito de satisfação após cx ao qual responderam 26 doentes. A casuística observada realça a
importância da ST como tx adequado na abordagem
da HP, assim como a necessidade de informação pré-op.dada ao doente sobre a elevada taxa de sudorese
compensatória. A melhoria acentuada da qualidade
de vida dos doentes torna evidente esta opção terapêutica.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Simpaticectomia toracoscópica bilateral por hiperhidrose primária
Leonor Matos, Isabel Caldas, Ana Marta Pereira,
Luciana Costa, Tiago Ferreira, António José Reis, Rui
Ferreira de Almeida, Artur Trovão Lima, Mário Nora
Maria Leonor Sampaio Maia Pereira de Matos
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P395)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Colecistite aguda com mais de 72 h de evolução.
Quem e quando operar?
Introdução: A controvérsia,
relativamente ao momento ideal para submeter um
doente com colecistite aguda a intervenção cirúrgica,
continua presente. Existe uma tendência de operar os
doentes com 48-72h de evolução e de fazer terapêutica médica >72h de evolução. A evolução clínica deste
último grupo nem sempre é favorável, tendo alguns
destes doentes que ser operados durante o internamento. Não existe evidência científica que permita
decidir de forma homogénea que doentes operar, nem
critérios que nos permitam prever quais os doentes que
potencialmente não vão responder à terapia antibiótica.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo:
Revista Portuguesa de Cirurgia
180
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Objectivo: O objectivo deste projecto é utilizar técnicas
de aprendizagem automática para estabelecer os critérios de indicação cirúrgica. Material e Métodos: Material e Métodos: A aprendizagem automática (machine
learning) foi utilizada com sucesso em problemas clínicos, nomeadamente na sepsis em contexto de urgência
e na predição de sobrevivência das doenças oncológicas. Neste projecto vão ser desenvolvidas vários classificadores com base nos dados dos doentes. Por exemplo, o objectivo de um dado classificador vai ser prever
o momento ideal para operar um doente que apresenta
>72h de evolução. Serão desenvolvidos algoritmos que
permitam resposta às questões colocadas e à dificuldades técnicas que este tipo de questões levanta: poucos
dados para treinar o sistema, dados não balanceados,
função de custo não trivial para o algoritmo (o peso de
um falso positivo é diferente do peso de um falso negativo).
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Decisão em cirurgia
Teresa Cabral Braga; João V. Graça; J. C. Mendes de
Almeida
Teresa Cabral Braga
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P397)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Terapêutica de Oclusão Intestinal: Laparoscopia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os bezoares resultam da acu-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P396)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
TÍTULO: Tumores Neuroendócrinos do apendice ileocecal: a
propósito de 2 casos clinicos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tumor carcinoide embora
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
raro, é o tipo histológico mais frequente no apêndice
ileocecal.O pico incidência ocorre 3ª-4ª décadas, mas
podem ocorrer em qualquer idade, inclusive em crianças.Na sua maioria são um achado incidental apos
uma apendicectomia por apendicite aguda, sendo
diagnosticados histologicamente.São indolentes e as
metastases(T>2cm) são habitualmente locoregionais.
Geralmente o prognóstico é excelente se doença local.
Em tumores Discussão: Em 280 apendicectomias
realizadas em 21 meses, foram diagnosticados incidentalmente 2 casos de tumores neuroendocrinos em
mulheres com 12 e 53 anos.Ambas foram sujeitas a
apendicectomia urgente por clinica de apendicite aguda
com 2 e 5 dias de evolução respectivamente sem mais
sintomatologia.O diagnóstico histológico da primeira foi
tumor neuroendocrino com 2mm de diâmetro e localização incomum, o corpo do apêndice e na segunda
um tumor de 1, 5cm no apex.Em ambas, dada a localização, o tamanho tumoral e margens livres, a apendicectomia foi curativa.Da análise dos dados e segundo
a literatura, verificou se que estes tumores são os mais
frequentes no apêndice ocorrendo principalmente
mulheres e as localizações mais comuns são o apex e
base seguindo se o corpo.em tumores
Hospital de Vila Franca de Xira
Casos Clinicos
Alves M., Salgueiro T.
Magda Teresa Varelas Alves
[email protected]
mulação de materiais não digeridos no lúmen do tubo
digestivo. São classificados de acordo com a sua
composição. Fitobezoares são compostos por matéria
vegetal e são o tipo mais frequente. Entre os factores
de risco destacam-se as alterações da anatomia e/ou
motilidade do tracto gastrointestinal, ausência de dentição e ingestão abundante de alimentos ricos em fibras.
Quando presentes podem estar associados a inúmeras complicações como oclusão intestinal. Material
e Métodos: Doente do sexo feminino de 63 anos de
idade, que recorreu ao SU por dor e distensão abdominal, vómitos e náuseas com início no próprio dia, e
ao EO apresentava abdómen doloroso à palpação mas
sem reacção peritoneal. Analiticamente destacava-se
leucocitose e neutrofilia ligeira. O Rx simples do abdómen em pé mostrou distensão intestinal e a ecografia
abdominal superior revelou sinais de provável oclusão/
sub-oclusão, confirmada posteriormente por tomografia
computorizada abdominal que sugeriu bezoar impactado no íleon. Optou-se por laparoscopia exploradora,
com remoção de fitobezoar do íleon e resolução da
oclusão intestinal por laparoscopia (vídeo).
Hospital de Vila Franca de Xira
Cirurgia do intestino delgado
Morgado M, Queimado H, Ramos L, Rodrigues F.
Miguel Morgado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P398)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Adenocarcinoma do Delgado – Revisão de Casos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenocarcinoma primário do
intestino delgado representa menos de 2% de todas
as neoplasias do tubo digestivo.Os sintomas inespecíficos condicionam um diagnóstico tardio e assim um
pior prognóstico.O presente trabalho pretende rever e
analisar a experiência da nossa instituição na abordagem desta rara condição. Material e Métodos: Revisão retrospetiva dos doentes diagnosticados com adenocarcinoma primário do delgado entre 1995 e 2014.
Analisadas variáveis como apresentação clínica, meios
de diagnóstico, abordagem terapêutica, procedimentos
cirúrgicos, tratamento adjuvante e sobrevida. Resultados: O estudo incluiu 8 doentes, com uma média
de idades de 64, 1 anos.Os sintomas mais comuns à
apresentação foram dor abdominal e vómitos.Tumores
localizados no duodeno(5), jejuno(2) e íleon(1). Seis
doentes submetidos a cirurgia, 5 com intuito curativo
e apenas 1 com caráter urgente.O tratamento cirúrgico
foi a enterectomia segmentar(3);resseção ileocólica(1
);gastrojejunostomia(1) e duodenopancreatectomia(1).
Tratamento adjuvante com quimioterapia(4) e radioterapia (1).Sobrevida global de 46, 5 meses com 4 casos
de mortalidade por progressão da doença. Discussão:
O diagnóstico precoce do adenocarcinoma do delgado
é crucial para a resseção cirúrgica radical, o único trata-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
181
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mento potencialmente curativo.A sua raridade dificulta
a acumulação de evidência para estabelecer guidelines
de abordagem terapêutica.A análise de séries de casos
de cada centro é importante para um maior conhecimento acerca desta entidade
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
EPE
Tumores do Delgado
Ana Teresa Bernardo, Luís Amaral, Rui Quintanilha,
Vítor Carneiro, António Silva Melo
Ana Teresa Bernardo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P399)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Tumores do Estroma Gastrointestinal – Casuística
de 5 Anos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
trointestinal (GIST) são raros e de apresentação clínica
variável. O prognóstico depende do índice mitótico,
tamanho e localização. A cirurgia é potencialmente
curativa, o imatinib é útil, como adjuvante, nos doentes de risco intermédio/alto e está indicado na doença
localmente avançada e/ou metastática. Material e
Métodos: No sentido de coligir a experiência do serviço – estudo retrospectivo dos doentes com GIST diagnosticados entre Jan/2010 e Nov/2014. Resultados:
Diagnosticados 15 doentes com média de 70 anos,
12 do sexo feminino. A apresentação clínica foi variável, desde achado incidental a choque hemorrágico. A
TAC foi o exame de maior utilidade, a ecografia apenas
identificou a lesão em 50% dos casos. A maioria dos
tumores localizava-se no jejuno/ileon (47%). 14 doentes foram operados e as dimensões tumorais variaram
de 1-19cm. A estratificação de risco pós-operatória definiu 7 casos de alto risco e a realização de terapêutica
adjuvante. O seguimento médio foi de 17 meses (0 a 52
meses), com um doente falecido sem cirurgia (complicação médica após o diagnóstico), um óbito pós-operatório e outro aos 12 meses por doença não relacionada.
Discussão: Apesar da raridade dos GIST, nesta série
foi evidente a variedade de apresentações clínicas e
comportamento de acordo com os factores de prognóstico. A terapêutica médica, além da eficácia adjuvante,
pode, a título paliativo, permitir a manutenção do controle prolongado de doenças avançadas com boa qualidade de vida, como ocorreu em duas doentes.
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Tumores do Estroma Gastrointestinal
Machado D., Santos T., Ribeiro C., Serra M., Lages R.,
Rosmaninho F., Esteves J., Moreira R., Oliveira E.
Daniela Machado
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
contexto de úlceras de perna refratárias à terapêutica
(UPRT). Introdução: UM refere-se a degeneração neoplásica que pode complicar úlceras de várias etiologias.
Deve ser suspeitada e excluída em caso de UPRT. O
conhecimento das suas características clínicas permite
ao cirurgião ter um elevado índice de suspeição e identifica-la precocemente. Material e Métodos: Material e
métodos: descrição dos casos clínicos de UM identificados em doentes com UPRT, por um período de 2
anos. Fotografias dos casos. Revisão da bibliografia.
Resultados: Resultados: em 2 anos, foram identificados e tratados 4 casos de UM. Procedeu-se a excisão
alargada das lesões, com conservação do membro
em 2 doentes e amputação por invasão óssea em 2
casos. Discussão: Discussão/Conclusão: A identificação dos sinais clínicos de suspeição de malignidade
é importante para um diagnóstico precoce, que evite
a necessidade de amputação, com melhoria da qualidade de vida do doente. Estes sinais clínicos são:
bordos irregulares e elevados, tecido de granulação
exuberante, úlcera que surge em local de cicatriz, etc.
Biópsias da lesão fornecem diagnóstico definitivo. O
estadiamento requer avaliação de eventual invasão
óssea, ganglionar e presença de metastização à distância. O tratamento é a excisão alargada. A amputação é necessária em caso de invasão óssea ou fístula
de osteomielite. A invasão ganglionar impõe esvaziamento ganglionar dos linfáticos que drenam a região
afetada.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Neoplasia em úlcera de perna
Virgínia Sousa (1); José Neves (2); Ana Formiga (2);
Joana Cabete (1); Sara Campos (1); Daniela Cavadas
(2); Miguel Onofre (2); Joana Figueiredo (2)
Virgínia Coelho de Sousa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P401)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Perfuração septada de Diverticulo do jejuno – A pro-
pósito de um caso clinico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença diverticular do intes-
tino delgado é uma doença rara, tendo a jejunal uma
incidência descrita de 0, 1 a 1, 4%. Maioritariamente,
é composta por pseudodiverticulos, sendo raramente
sintomática. Caso: doente do sexo masculino, 84 anos
de idade, recorre ao serviço de urgência com queixas de dor abdominal mais acentuada nos quadrantes esquerdos e febre com uma semana de evolução.
Analiticamente apresentava parâmetros inflamatórios
aumentados e imagiologicamente perfuração septada
do intestino delgado. Neste contexto, é submetido a
laparotomia tendo-se procedido a resseção de massa
inflamatória jejunal. O exame anatomopatológico da
peça revelou, uma perfuração de diverticulo jejunal em
contexto de doença diverticular do jejuno. A agudização da doença diverticular jejunal é uma entidade rara
e de difícil diagnóstico. A mortalidade associada a perfuração é de 40%, sendo importante um diagnóstico e
tratamento precoces.
HOSPITAL: Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE
CAPÍTULO: Patologia do Intestino delgado
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P400)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Úlcera de Marjolin: patologia a excluir em úlceras
crónicas refratárias
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivo: descrever a úlcera de
Marjolin (UM) como entidade clínica rara importante no
Revista Portuguesa de Cirurgia
182
AUTORES: Nuno Mendonça; Sara Patrocinio; Filipa Caldeira;
Miguel Tome; Zara Caetano
CONTACTO: Nuno Gonçalo Gonçalves de Mendonça
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P402)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Mesotelioma Peritoneal Maligno: Causa rara de
ascite
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O mesotelioma é uma doença
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
maligna que envolve as membranas serosas. O mesotelioma peritoneal maligno (MPM) é o segundo mais
frequente, responsável por 10 a 15% dos casos.
Doença rara, agressiva e geralmente relacionada com
a exposição ocupacional ao asbesto. Os sintomas são
inespecíficos e o nível de suspeição clinica é baixo.
Exposição de um caso sobre uma patologia cirúrgica
pouco frequente. Material e Métodos: Processo clínico
do doente. Resultados: Homem de 64 anos, reformado de mineiro, com dor e distensão abdominal com
um mês de evolução, associada a infrequência defecatória e perda ponderal. O abdómen estava distendido
com ascite de médio volume. A TC mostrou líquido livre,
múltiplos nódulos peritoneais e massa volumosa adjacente a transição rectosigmoideia. O estudo citológico
do líquido peritoneal não mostrou células malignas.
O estudo endoscópico digestivo foi normal. Por agravamento clínico foi decidida laparotomia exploradora,
confirmando-se os achados imagiológicos e realizadas
biópsias que revelaram MPM. Proposta quimioterapia
paliativa. Discussão: A maioria dos casos de MPM tem
envolvimento peritoneal difuso. A morbilidade e mortalidade estão relacionadas com a progressão da doença
peritoneal. Doentes seleccionados podem ser submetidos a cirurgia de citorredução associada a quimioterapia hipertermica intraperitoneal. A quimioterapia citotóxica é uma opção terapêutica razoável para os doentes
sem indicação para tratamento cirúrgico.
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Mesotelioma Maligno Peritoneal
Ana Melo, Cátia Ferreira, Herculano Moreira, Pedro
Pinheiro, Arnaldo Nunes, António Oliveira
Ana Andreia de Melo Rodrigues
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cirurgia, controversa. A cirurgia é a opção terapêutica
para todos os liposarcomas retroperitoneais, com exceção do liposarcoma indiferenciado que pode beneficiar
de terapêutica neoadjuvante, dada a sua maior taxa de
recidiva e capacidade de metastização. O prognóstico
está relacionado com o subtipo histológico do tumor,
o grau, segundo a classificação de Nacional Center
Institute e a French Federaton of Cancers Center, e
a ressecabilidade cirúrgica. Sendo factores de mau
prognóstico: subtipo indifereciado, grau 2-3, estadio II-III, tamanho > 20cm e margens cirúrgicas envolvidas,
que por vezes não é linear porque o tumor confunde-se com a gordura retroperitoneal. O caso clínico
apresentado corresponde a um lipossarcoma do retroperitoneu, bem diferenciado, que se caracteriza por
um crescimento local agressivo e baixa incidência de
metástases à distância. Pesava 6Kg e foi submetido a
resseção cirúrgica R0 e terapêutica adjuvante. Para os
tumores bem diferenciados a sobrevida aos 5 anos é
de 90%.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Tecidos moles
Faustino, Joana1; Capella, Vanessa1; Correia,
Débora1; Mendes, Rui2; Moniz, Luísa2; Nascimento,
Carlos3; Canhoto, Artur4; Costa, Carlos3
Joana Farias Mota Faustino
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P404)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Síndrome de compartimento da mão após extrava-
samento de contraste endovenoso
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O extravasamento de contraste
endovenoso durante a realização de TAC é uma das
causas de síndrome de compartimento ao nível das
extremidades. Material e Métodos: Apresentamos o
caso clínico de uma mulher de 52 anos, com antecedentes de mastectomia radical bilateral por carcinoma
da mama e trombose da veia subclávia e jugular esquerdas associada a cateter venoso central. Hipocoagulada
desde então. Durante a realização de TAC verificou-se
o extravasamento de contraste ao nível de uma veia
do antebraço, pelo que foi encaminhada para o Serviço
de Urgência. Foi observada por Cirurgia Geral cerca
de 1h30 após o evento, apresentado edema endurecido da mão e do terço inferior do antebraço esquerdo,
com limitação dos movimentos da mão, dor à dorsiflexão passiva da mesma, diminuição da temperatura
dos dedos. Ainda sem parestesias. Foi diagnosticado
síndrome de compartimento da mão com necessidade
de descompressão cirúrgica. Foram revertidas as alterações da coagulação relacionadas com a medicação
habitual da doente, tendo sido possível a realização de
fasciotomias 4h após o evento inicial. Resultados: A
evolução no pós-operatório foi favorável, com redução
marcada do edema nas primeiras 24h, o que possibilitou o encerramento parcial e progressivo das incisões
desde as 48h após a cirurgia, e alta no 7º dia pós-operatório. Discussão: O diagnóstico e a intervenção cirúrgica precoces (em menos de 6h) foram cruciais para
um tratamento adequado, evitando consequências graves e permitindo uma recuperação funcional rápida.
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P403)
SESSÃO P-VÁRIOS 5
TÍTULO: Lipossarcoma Retroperitoneal – A Propósito de um
Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os liposarcomas correspon-
dem a 24% dos sarcomas dos tecidos moles, encontrando-se em posição retroperitoneal em 15-45% dos
casos, que, por seu turno, correspondem a 0, 2-0, 3%
das neoplasias malignas. Histologicamente podem ser
caracterizados em bem diferenciados, indiferenciados,
com células mixoides, o mais frequente, presente em
50% dos casos e com células pleiomórficas. O seu
comportamento varia consoante o subtipo em questão,
sendo a biópsia guiada por ecografia, previamente à
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
183
HOSPITAL: Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
CAPÍTULO: Pele e tecidos moles
AUTORES: Macedo Alves D., Peixoto R., Lima M. J., Correia J. F.,
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C50)
SESSÃO CO-EGD 2
Saraiva R., Valverde J., Vinagreiro M., Ferreira F., Guerreiro E., Taveira Gomes A.
CONTACTO: Daniela Macedo Alves
EMAIL: [email protected]
TÍTULO: Impacto da deiscência esofago-jejunal na sobrevida
RESUMO:
SALA 1
07-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C49)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Adenocarcinoma gástrico enxertado em polipo –
análise estatística
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Anualmente realizam-se milha-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
res de endoscopias (EDA). Não fazendo parte do plano
de rastreio nacional, é necessário um elevado nivel de
suspeição em doentes com patologia dispéptica refratária à terapêutica ou outros sinais de alarme. O cancro
gástrico tem uma incidência na Europa de 9, 4/100.000
hab e em Portugal de 13, 7/100.000 hab, com uma
elevadíssima mortalidade (10, 5/100.000 Portugal). O
principal factor etiológico na génese do cancro gástrico
é a infeção por H. Pylori, esta é responsável por um
estado de inflamação crónica na mucosa gástrica, que
predispõe para a quebra da sua barreira protectora. A
partir daí, desenvolve-se um processo de gastrite crónica, metaplasia, displasia e finalmente carcinoma. No
entanto, o adenocarcinoma gástrico (90% dos cancros
gástricos) pode surgir raramente, a partir de tumores
benignos, nomeadamente polipos que sofrem transformação maligna. Ao contrário dos adenocarcinomas do
cólon esta transformação é muito rara no estômago.
Material e Métodos: Analisámos 450 doentes com
adenocarcinoma gástrico, dos quais identificámos 10
cujo o adenocarcinoma enxertava em polipo. Resultados: Das variáveis analisadas, salientamos que todos
os doentes tinham adenocarcinomas do tipo intestinal,
entre bem e moderamente diferenciado. Todos eles
foram diagnosticados no Estadio IA, apresentando à
data uma sobrevivência de 100%. Discussão: Nesta
série, os adenocarcinomas enxertados em polipo representam 2% dos adenocarcinomas gástricos, 100% dos
doentes têm um estadio precoce de doença e bom
prognóstico.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Esófago Gástrica
Paredes, B; Fradique, A; Silva, G; Pupo, A; Quaresma,
L; Rodrigues, S; Sobral, M.
Adenocarcinoma gástrico enxertado em polipo – análise estatística
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
global e livre de doença nos doentes submetidos a
cirurgia de ressecção por carcinoma gástrico.
Objectivo/Introduçâo: A falência da anastomose
esófago-jejunal é uma das complicações mais graves
e potencialmente fatais associadas à cirurgia gástrica.
Apesar da taxa de mortalidade associada a esta complicação ter diminuído nas últimas décadas, continua a
ter grande impacto na morbilidade, tempo de internamento e custos associados ao tratamento do carcinoma
gástrico. Pretende-se avaliar o impacto da deiscência
anastomótica esofago-jejunal na sobrevida dos doentes submetidos a cirurgia de ressecção gástrica. Material e Métodos: Estudo coorte retrospetivo de doentes
(n=78) submetidos a cirurgia ressecção com diagnóstico de carcinoma gástrico, no período de Janeiro de
2010 a Dezembro de 2013. Realizada análise de sobrevida global e sobrevida livre de doença com método de
Kaplan-Meier (teste Log Rank) e regressão de Cox.
Resultados: Verificamos deiscência anastomótica
em 13% dos doentes. A análise de sobrevivência não
define diferença estatisticamente significativa entre grupos, na sobrevida global (p=0, 216) e sobrevida livre
de doença (p=0, 314). Na análise multivariada com o
modelo de Cox, a deiscência esofagojejunal, a classificação ASA e maior número de gânglios linfáticos ressecados associaram-se de modo significativo ao óbito, já
na recidiva verifica-se associação significativa nas variáveis estadio anatomopatológico e grau e diferenciação. Discussão: Apesar de não se verificar diferença
estatisticamente significativa na sobrevida dos grupos
estudados, a deiscência anastomótica associa-se de
modo significativo à morte na amostra estudada.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Calais L, Rodrigues, A; Gonçalves, M; Brito, T; Gomes,
D; Vasconcelos E; Fazeres, F.
Luisa Maria Calais Pereira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C51)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Gastrectomia Vertical em Regime Ambulatório – Os
Primeiros Casos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: A Gastrectomia
Vertical Laparoscópica (GVL) tem-se afirmado como
um procedimento seguro na cirurgia de obesidade e
no controlo de comorbilidades relacionadas com esta
doença. Recentemente cada vez mais equipas têm iniciado programas de realização deste procedimento em
regime ambulatório. Objectivo: Apresenta-se os resultados iniciais de um programa de GVL em regime ambulatório. Avalia-se a segurança e eficácia deste procedimento. Material e Métodos: Material e Métodos:
Estudo observacional retrospectivo com incidência nos
primeiros 24 doentes com Obesidade Mórbida tratados
por GVL em regime ambulatório. Análise descritiva e
tratamento estatístico. Resultados: Resultados: São
Revista Portuguesa de Cirurgia
184
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
enunciados os procedimentos utilizados em regime
ambulatório. Os dados antropométricos dos primeiros
doentes são apresentados e discutidos com base em
Peso e Índice de Massa Corporal e comparados com
dados de doentes tratados pela mesma equipa em
regime de internamento. São discutidas as complicações apresentadas pelos doentes. Discussão: Conclusão: A GVL é um procedimento seguro em regime
ambulatório com inerentes vantagens para o doente e
para a instituição. Existem poucos estudos referentes
a este procedimento em regime ambulatório nomeadamente que incidam na selecção de doentes com vista à
potenciação da sua segurança e resultados.
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
França, N; Marques, P; Chiado, A.; Chiado, C.; Nunes,
J.; D´Almeida, J.; Almeida, J.
Nuno França
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C53)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Management of esophageal perforation: validation
of a severity score
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: The Pittsburgh group has sug-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C52)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Doença do Refluxo Gastroesofágico: a experiência
de um hospital terciário
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O uso prolongado de inibidores
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
da bomba de protões permite alcançar o controlo sintomático na doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
Contudo, a cirurgia permanece uma opção viável para
os doentes com um controlo médico suboptimo ou que
procuram uma alternativa à medicação crónica. A fundoplicatura laparoscópica é o tratamento cirúrgico eficaz e cada vez mais difundido. Os autores descrevem
a experiência no tratamento da DRGE de uma unidade
diferenciada em cirurgia esofagogástrica. Material e
Métodos: Revisão retrospectiva dos dados clínicos e
demográficos dos doentes submetidos a tratamento
cirúrgico de DRGE entre 2006 e 2013. O diagnóstico
pré-operatório foi baseado em dados clínicos e confirmado por manometria, pHmetria e EDA. Resultados: Neste período foram operados 241 doentes (63,
9% mulheres; idade média 53±14 anos). A maioria foi
submetida a fundoplicatura de Nissen (96%) e a maioria das cirurgias foi por via laparoscópica (96%). A
mediana do tempo de internamento foi de 4 dias (1-86
dias). Em termos de morbilidade observou-se 12, 4%
de complicações. A maioria dos doentes (96%) apresenta boa qualidade de vida no pós-operatório (boa/
excelente em 79% e razoável em 17%). Verificou-se
recidiva da DRGE em 3% dos doentes. Discussão: A
fundoplicatura laparoscópica é segura e eficaz no tratamento sintomático da DRGE, com baixa morbilidade e
boa qualidade de vida no pós-operatório.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Ana Fareleira, Marisa Aral, Hugo Santos Sousa,
Manuela Baptista, Eduardo Lima Costa, John Preto,
António Gouveia, Silvestre Carneiro, José Barbosa, J
Costa Maia
Ana Fareleira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
gested a perforation severity score (PSS) for better
decision-making in the management of esophageal
perforation (EP). The aim of this study was to analyze
the usefulness of the Pittsburgh PSS in an independent study population. Material e Métodos: Analysis
of a prospective database with cases of EP treated in
an Upper GI Surgery Unit. The study period was 19912014. The PSS (range 0-18) was established using
10 clinical variables; points 1= age>75, tachycardia,
leukocytosis, pleural effusion; 2= fever, noncontained
leak, respiratory compromise, time to diagnosis >24h;
and 3= presence of cancer, hypotension. Resultados:
The study comprises a total of 71 patients. Etiology was
spontaneous (Boerhaave), iatrogenic (instrumentation)
and traumatic (trauma/foreign body) perforation in 18,
3%, 21, 1% and 60, 6%, respectively. Cancer was present in 7 cases. Operative treatment (77, 5%) was more
common than non-operative management. Morbidity
and mortality were 40, 8% and 15, 5%. The mean PSS
was 4, 46. PSS was significantly higher in patients with
fatal outcome (7, 36 vs 3, 93; p=0, 009) and in morbidity
cases (6, 55 vs 3, 02; p<0, 001). Moreover PSS was
significantly higher in operative cases (5, 13 vs 2, 19;
p<0, 001). The ROC curves for PSS showed a good
prediction of morbidity (AUC=0, 801;p<0, 001) and
mortality (AUC=0, 745;p=0, 01). Discussão: The Pittsburgh PSS reliably correlates with the seriousness of
EP. It is a useful tool to identify appropriate candidates
for non-operative management of EP.
University of Porto Medical School
Cirurgia Esófago Gástrica
M Aral (1, 2), P Salvador (1), J Barbosa (1, 2), H Santos-Sousa (1, 2), J Costa-Maia (2)
Hugo Santos Sousa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C54)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Abordagem torácica minimamente invasiva no car-
cinoma esofágico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A resseção cirúrgica constitui a
única opção cirúrgica definitiva no carcinoma esofágico
ressecável. Este trabalho pretende avaliar a eficácia e
segurança da toracoscopia como meio de abordagem
minimamente invasivo na esofagectomia subtotal por
neoplasias do esófago torácico. Material e Métodos:
Analisaram-se retrospetivamente os processos de
todos os doentes submetidos a esofagectomia subtotal
por neoplasia maligna do esófago entre 2008 e 2014 no
serviço de Cirurgia B. Dividiram-se os 60 doentes em
3 grupos, segundo a abordagem cirúrgica utilizada –
abordagem torácica por toracoscopia, abordagem torácica por toracotomia e abordagem trans-hiatal – e analisaram-se vários parâmetros, como as complicações
pós-operatórias e a qualidade da linfadenectomia. As
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
185
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
diferenças foram consideradas significativamente estatísticas para valores de p Resultados: A abordagem
trans-hiatal apresentou um tempo médio de duração
significativamente mais baixo relativamente aos restantes grupos. A linfadenectomia realizada na abordagem
torácica por toracotomia mostrou-se significativamente
mais eficaz que nos restantes grupos. A taxa de complicações intratorácicas não apresentou diferenças significativamente estatísticas nos 3 grupos. Discussão: A
abordagem torácica minimamente invasiva apresentou
um bom perfil de segurança, embora com maior tempo
operatório e um menor número de gânglios excisados.
Esta abordagem oferece melhor visualização das estruturas torácicas durante a cirurgia e maior conforto ao
doente no pós-operatório.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Marta Costa, Emília Fraga, Ana Bento, João Almeida,
Fernando José Oliveira
Marta Raquel Pereira da Costa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C56)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Úlcera Péptica Perfurada (UPP): Abordagem Lapa-
roscópica vs Aberta
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A UPP constitui a indicação
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C55)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: O valor da Proteína C-Reactiva na identificação das
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
complicações na cirurgia por adenocarcinoma gástrico
Objectivo/Introduçâo: A proteína C-reactiva (PCR) é
um marcador sensível, mas inespecífico, de inflamação. A evidência da acuidade diagnóstica da PCR na
cirurgia gastro esofágica é limitada. Este estudo pretendeu estudar a utilidade da PCR doseada às 24h,
48h e 72h de pós-operatório e a sua associação com
morbilidade. Material e Métodos: Estudo retrospetivo
com doentes submetidos a cirurgia gástrica curativa
por adenocarcinoma no CHTS entre Janeiro de 2009
e Agosto de 2014 (n=107). Foram comparadas as
medições da PCR no pós-operatório entre os doentes
com e sem complicações. Foi utilizado o teste do chi-quadrado para variáveis contínuas (sexo, histologia,
estadio, ASA, cirurgia realizada e via de abordagem)
e o teste de T-student para idades. Elaboraram-se curvas ROC para determinar qual o melhor momento para
medição da PCR e estabelecer limites. Resultados:
Dos 107 doentes submetidos a gastrectomias totais
(n=68), subtotais (n=33) e totalizações (n=5), 77 realizaram a colheita às 24h, 61 às 48h e 59 às 72h. Os
dois grupos considerados são comparáveis do ponto de
vista estatistico. Foram determinadas curvas ROC considerando os valores de PCR em cada um dos grupos e
estabeleceu-se a relação com morbilidade, verificando-se áreas sob a curva (AUC) de 54% às 24h, 70% às
48h e de 80% às 72h. Neste último, um limite de 177, 5
mg/dL apresenta sensibilidade de 80% e especificidade
de 61, 4%). Discussão: O aumento da PCR às 48 e
72h parecer ser preditivo de complicações nos doentes
submetidos a gastrectomia por adenocarcinoma.
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Vítor Neves Lopes, Maria de Jesus Dantes, Carla Freitas, João Pinto-de- Sousa
Vítor Neves Lopes
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mais frequente de cirurgia gastroduodenal de urgência.
Com este estudo pretende-se comparar os resultados
da abordagem cirúrgica por via laparoscópica com a via
clássica, no tratamento da UPP. Material e Métodos:
Estudo retrospectivo de doentes submetidos a cirurgia
urgente por UPP entre Janeiro de 2009 e Junho de 2014
no Hospital de Santo António. Resultados: A amostra
é constituída por 95 doentes, com uma mediana de
idades de 49 anos. A maioria dos doentes é do sexo
masculino (75, 8%); 39% foram operados por laparoscopia (LAP), com uma taxa de conversão para cirurgia aberta de 19%. Os doentes operados por LAP não
eram significativamente diferentes em co-morbilidades
ou gravidade clínica. Contudo, os doentes operados
por LAP eram mais novos (48 vs 61 anos; p=0.002).
A taxa global de complicações foi inferior nos doentes
operados por LAP (22, 2% vs 43, 9%; p=0.045). Não
se encontraram diferenças estatisticamente significativas nas complicações sépticas intra-abdominais
(p=NS) e taxa de reoperação (p=NS). A dor pós-operatória foi menor nos doentes operados por LAP nos
primeiros 2 dias de pós-operatório (p Discussão: A
abordagem laparoscópica da UPP apresenta uma morbilidade comparável à técnica aberta, beneficiando da
menor dor pós-operatória e da retoma mais precoce da
dieta.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Bruno Santos, Vítor Costa Simões, Gil Faria, Jorge
Santos
Bruno Miguel da Silva Santos
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C57)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Is Minimally Invasive Esophagectomy Oncologi-
cally Safe? Results of a Case-Control Study
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Esophagectomy is one of the
most challenging surgical procedures. Minimally invasive techniques (MIE) have been introduced in an
attempt to reduce postoperative complications and
recovery times. Debate continues over whether the
quality of the oncological resection is compromised. The
aim of this study was the comparative analysis of the
oncologic results between MIE and open esophagectomy (OE). Material e Métodos: We performed a case-control study based in a prospective database with
esophageal cancer cases submitted to curative intent
surgery, between May 2006 and October 2014. Resultados: The 65 cases included in this study were divided
in two groups (24 MIE vs 41 OE), which were matched
for gender, age, comorbidities, BMI, tumor location and
histology, staging, neoadjuvant therapy and type of
surgery. The postoperative in-hospital mortality was 0
in MIE and 22% in OE. Statistically significant differen-
Revista Portuguesa de Cirurgia
186
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
ces were observed in the mean of lymph nodes (LN)
retrieved (18, 5±8, 9 vs 15, 3±10, 6, p=0, 049), but there
weren’t significant differences in R0 resection rate (95,
8% vs 89, 5%). The median follow-up was 9 [0-97] months. For the survival and recurrence analysis the cases
of in-hospital mortality were excluded. Recurrence
occurred in 37, 5% vs 56, 3% (p=ns), respectively. In
disease-specific and disease-free survival curves there
weren’t significant differences between the 2 groups.
Discussão: The results of this case-control study provide further evidence for the oncological safety of MIE,
with comparable results to OE.
University of Porto Medical School
Cirurgia Esófago Gástrica
M Aral (1, 2), M Mesquita (1), J Barbosa (1, 2), H Santos-Sousa (1, 2), J Costa-Maia (2)
Hugo Santos Sousa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C59)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Análise de uma Série de 161 Casos Consecutivos
de GIST
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores estromais gastroin-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C58)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Úlcera Péptica Perfurada: Fatores Preditivos de
Morbilidade e Mortalidade
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A úlcera péptica perfurada é
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
frequentemente uma doença aguda e severa mandatória de tratamento cirúrgico urgente. As elevadas taxas
de morbilidade (20-50%) e mortalidade (3-40%) justificam a procura de fatores preditivos de má evolução
clínica. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de
doentes internados com o diagnóstico de úlcera péptica perfurada de 1 Janeiro/2003 a 31 Dezembro/2013.
Análise de alguns dos principais fatores de morbimortalidade descritos na literatura. Resultados: Avaliados
102 doentes dos quais 34 do sexo feminino e 68 do
sexo masculino. Maior taxa de mortalidade no sexo
feminino (26, 5% vs 8, 82%) e naqueles com idade igual
ou superior a 60 anos (20, 6% vs 0, 5%). 52, 6% daqueles com evolução superior a 24 horas tiveram desfecho
fatal. A presença de pelo menos uma co-morbilidadde
importante aumentou a morbilidade (57, 1% vs 33, 3%)
sem aumentar a taxa de mortalidade (14, 3% vs 15%).
Ulcerorrafia com omentoplastia foi realizada na maioria dos doentes com obtenção de taxas de mortalidade
semelhantes na abordagem laparoscópica (14, 3%)
e na via aberta (14, 7%). A Classes ASA III e IV e a
score de Boey de 3 e 4 pontos corresponderam taxas
mais elevadas de mortalidade (16, 7%; 43, 8%; 19, 5%
e 71, 4%; respetivamente). Discussão: Taxas de morbilidade e mortalidade sobreponíveis às da literatura.
Sexo feminino, idade avançada, evolução superior a
24 horas, classe ASA elevada e elevado score de Boey
preditivos de má evolução clínica. Via de abordagem
cirúrgica e co-morbilidades sem influência na taxa de
mortalidade.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Oliveira G.; Couto M.; Ferreira M.; Fernandes M.; Loureiro R.; Oliveira A.
Gina Marisa Fonseca Oliveira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
testinais (GISTs) representam 1-3% de todos os tumores gastrointestinais, sendo o tumor mesenquimatoso
mais frequente do trato digestivo. Material e Métodos:
Análise retrospectiva de 161 doentes com GIST tratados no nosso hospital, de 1993-2012. Resultados:
Foram avaliados 161 casos, com mediana de idades
de 66 anos (26-89 anos); 147 foram submetidos a ressecção cirúrgica, 55, 1% eram do género feminino.
As localizações mais comuns foram estômago (61,
4%) e intestino delgado (31%); a maioria dos doentes
foi submetida a exérese local (23, 1%) ou ressecção
segmentar (54, 4%); 15, 6% (n=23) via laparoscópica.
O tamanho mediano das lesões foi 4, 9 cm (0, 3-24
cm); 78, 2% apresentaram índice mitótico? 5/50 CGA.
A classificação de risco dos tumores foi: baixo, muito
baixo ou nulo em 60, 1% dos casos; 16, 8% moderado
e 23, 1% elevado. Obtiveram-se margens cirúrgicas R0
em 74, 8%, R1 em 17% e R2 em 8, 2% dos casos. A
sobrevida específica aos 5 anos foi de 90, 5%. Na análise univariada salientaram-se a localização (p=0, 046),
as dimensões (p=0, 02), o índice mitótico (p=0, 001),
a classe de risco (p=0, 002) e as margens cirúrgicas
(R0/R1) (p Discussão: A localização, as dimensões e
o índice mitótico são factores importantes no prognóstico dos doentes com GIST, mas na nossa série apenas a ressecção macroscopicamente completa (R0/R1)
influenciou significativamente a sobrevida dos doentes.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Marisa Aral, António Gouveia, José Manuel Lopes, J.
Costa-Maia
Marisa Aral
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C60)
SESSÃO CO-EGD 2
TÍTULO: Cirurgia bariátrica revisional: experiência inicial de
uma Unidade de Tratamento Cirúrgico de Obesidade
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A obesidade é um problema
importante, sobretudo em países desenvolvidos. Na
Europa atinge >20% dos adultos. A cirurgia é a terapêutica mais eficaz a longo prazo na perda ponderal,
melhoria de comorbilidades e redução da taxa de mortalidade. A par do aumento do número de cirurgias bariátricas, verifica-se a expansão da cirurgia revisional,
com incidência 5-50%, por complicações ou falência.
Material e Métodos: Analisou-se uma base de dados
prospectiva de doentes submetidos a cirurgia revisional entre 2012 e 2013 numa unidade diferenciada em
Cirurgia Bariátrica Resultados: Neste período foram
operados 75 doentes (68 mulheres; idade média 46±9
anos), com IMC médio 44, 4±6, 9 Kg/m2. As indicações incluíram falência terapêutica (59% dos casos) e
complicações (41%). A cirurgia revisional decorreu em
média 85 meses após a cirurgia inicial e 71 doentes
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
187
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 2
HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
AUTORES: João Martins1, Henrique Alexandrino1, 2, Rui Cae-
foram operados em 2 tempos (2 casos de conversão de
Sleeve em Bypass gástrico (BGYR), 1 substituição de
banda e 1 conversão de banda em BGYR). O excesso
de peso perdido foi: 53, 6±25, 5% aos 6 meses, 63,
1±16, 7% aos 12 meses e 63, 8±18, 2% aos 24 meses.
Registaram-se complicações precoces em 5 doentes
(6, 6%). Discussão: A cirurgia revisional está associada a maior morbilidade e menor perda de peso que
a cirurgia bariátrica primária. Esta série revela bons
resultados na perda ponderal a curto prazo e baixa
morbilidade, que pode ser explicada pela programação
em 2 tempos operatórios. Será necessário um follow-up
mais longo para confirmar se os resultados se mantêm
a longo prazo.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Esófago Gástrica
Ana Fareleira, Hugo Sousa, Frederica Gonçalves, Eduardo Costa, António Gouveia, Silvestre Carneiro, José
Barbosa, John Preto, J Costa Maia
Ana Fareleira
[email protected]
07-03-2015
tano Oliveira3, Daniela Falcão1, Ricardo Martins1, 2,
Luís Ferreira2, Marco Serôdio2, Mónica Martins1, 2, M.
Augusta Cipriano3, José Guilherme Tralhão1, 2, Lígia
Prado e Castro3, Francisco Castro e Sousa1, 2
CONTACTO: Henrique Alexandrino
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C26)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Tumores neuroendócrinos do pâncreas: tratamento
cirúrgico e resultados
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C25)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Hepatotoxicidade da Quimioterapia: Avaliação His-
topatológica e Relação com a Morbilidade Pós-Operatória
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A quimioterapia neo-adjuvante
(QT) antes de ressecção hepática (RH) por metástases
de cancro colo-rectal (MHCRC) pode induzir hepatotoxicidade (HAQT), aumentando a morbi-mortalidade
e o risco de Insuficiência Hepática Aguda (IHA). A
HAQT surge em três padrões histopatológicos: esteatose, esteatohepatite (CASH) e síndrome de obstrução sinusoidal (SOS). Material e Métodos: Incluídos
84 doentes (idade média 62 ±9, 6 anos) submetidos
a RH por MHCRC (Janeiro/2010 a Dezembro/2012).
Avaliação dos dados clínicos e revisão histológica
“cega” do fígado não-tumoral quanto a: SOS, esteatose moderada a severa (ES) ou CASH. Apresentação
metácrona em 54 casos (64%). QT em 28 doentes: 20
com irinotecano; 8 com oxaliplatina. Hepatectomias: 28
major e 56 minor. Morbilidade pós-operatória aos 90
dias (Dindo-Clavien). Estudo estatístico com SPSS™
v. 21.0. Resultados: Morbilidade major: 12 casos
(14, 3%). Mortalidade em 2 casos (2, 4%) (IHA grau
C). SOS em 10 casos, ES em 10 e CASH em 9. SOS
associado à QT (OR: 4, 6;p<0.05); ES associou-se de
forma significativa à obesidade (OR:27, 5;p<0.005);
não se identificaram factores preditivos de CASH. Morbilidade major associada de forma significativa ao SOS
(OR:14, 5;p<0.05). Não se verificou associação entre
ES ou CASH e morbilidade pós-operatória. Discussão:
O SOS associou-se a aumento da morbilidade major
após RH o que deverá ser tido em conta na definição
da estratégia terapêutica. ES fortemente associada à
obesidade; ES e CASH não estão associadas na nossa
série a um aumento da morbi-mortalidade.
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
do pâncreas (TNEP) são neoplasias raras, caracterizados por uma clínica diversificada, sendo a cirurgia
o único tratamento curativo. Nas últimas décadas,
assistiu-se a uma aplicação crescente de técnicas
minimamente invasivas. Material e Métodos: análise
retrospetiva dos registos clínicos de doentes submetidos a cirurgia pancreática por TNEP entre junho de
2006 a novembro de 2013; analisados fatores como o
diagnóstico pré-operatório, localização, procedimento,
tempo de internamento, morbilidade e mortalidade.
Resultados: Registaram-se 29 procedimentos, relativos a 28 doentes (19F;9M), com uma média de idade
de 55 anos (min=14, max=76); 8 doentes apresentavam diagnóstico pré-operatório de insulinoma. Foram
realizadas 5 pancreatectomias proximais, 4 duodenopancreatectomias cefálicas, 13 pancreatectomias distais (10 com preservação esplénica) e 7 enucleações.
A abordagem foi laparoscópica em 15 doentes (52%; 2
pancreatectomias proximais, 7 distais, 6 enucleações),
2 conversões; mediana de tempo de internamento de
11 dias. Verificou-se morbilidade operatória em 9 doentes (4 Clavien I-II, 5 Clavien III-IV; 3 fístulas pancreáticas) e 2 casos de mortalidade. A recorrência de doença
foi de 11%. Discussão: A via laparoscópica consituiu a
principal forma de abordagem no tratamento cirúrgico
dos TNEPs; o tratamento deve ser agressivo, dada a
significativa taxa de recorrência associada, e decorrer
num centro de referência em cirurgia hepato-bilio-pancreática, sob orientação de equipa multidisciplinar.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
P. Andrea-Ferreira; T. Bouça-Machado; M. Oliveira; R.
Bessa-Melo; L. Graça; J. Costa-Maia.
Patrícia Andrea Pinheiro da Silva de Sousa Ferreira e
Bouça Machado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C27)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Laparoscopia por custo mínimo – Estudo prospec-
tivo observacional de 100 colecistectomias consecutivas
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A racionalização de recursos
e a necessidade de padronização das técnicas para
Revista Portuguesa de Cirurgia
188
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
AUTORES: Cláudia Paiva, Catarina Morais, Ezequiel Silva, Sílvia
avaliação de resultados, são hoje necessárias para a
sustentabilidade e incremento de qualidade da cirurgia.
Os objectivos deste trabalho são analisar os resultados
clínicos, cumprimento da qualidade dos procedimentos, eventuais riscos e impacto económico. Material e
Métodos: Duas equipas lideradas pelo mesmo cirurgião, realizaram e registaram prospectivamente 100
colecistectomias consecutivas entre 8 de abril e 18 de
novembro de 2014. Excluíram-se todos os casos de
colecistite aguda em urgência, exploração da via biliar
principal por litíase e suspeita de carcinoma da vesícula.
Todos os casos foram gravados em vídeo e fotografados os pontos determinantes da cirurgia. Analisaram-se dados demográficos, risco cirúrgico, IMC, história
prévia biliar, estudo analítico e ecográfico, cumprimento
do protocolo, tempos da cirurgia, identificação de estruturas, pós operatório imediato e na primeira consulta.
O estudo estatístico usará o programa SPSS. Resultados: 75% do sexo feminino; idade média de 53, 3
anos; IMC 26, 87; tempo cirúrgico médio 39 min; tempo
médio de laqueação do hilo 7 min; protocolo totalmente
cumprido a “custo mínimo” em 93% dos casos; internamento menor do que 23 horas em 100%; uma infecção
de ferida operatória; nenhuma conversão para laparotomia; nenhuma complicação major; Discussão: Os
resultados preliminares são muito encorajadores. Discussão e resultados estatísticos definitivos serão apresentados em congresso.
Hospital da Arrábida e Cliria
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Jaime Vilaça, Luís Lencastre, Ana Fonte Boa, Jorge
Cabral, Francisco Cabral
Jaime Vilaça
[email protected]
Neves, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares,
Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide
CONTACTO: Cláudia Maria Linhas Paiva
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C29)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Tratamento cirúrgico do adenocarcinoma ductal do
pâncreas – experiência de uma década
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro do pâncreas repre-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C28)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Factores de conversão na colecistectomia laparos-
cópica por colecistite aguda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colecistectomia laparoscó-
pica (CL) é o tratamento de eleição na colecistite aguda
(CA), sendo considerada segura e eficaz. A conversão
é, por vezes, necessária para completar a cirurgia em
segurança. Este estudo procura demonstrar a experiência acumulada e os resultados obtidos no tratamento
dos doentes com CA submetidos a CL, avaliando os
factores relacionados com a conversão. Material e
Métodos: Estudo de observância, retrospectivo, dos
doentes submetidos a CL no período entre 2009 e 2013.
Análise descritiva e tratamento estatístico com SPSS
21. Resultados: Incluídos 400 doentes submetidos a
CL, 56% do sexo feminino. A maioria (70%) foi operada
nas primeiras 72 horas de evolução da doença. A taxa
de conversão foi de 13%. As causas de conversão mais
frequentemente implicadas foram: existência de processo aderencial importante (30%), incapacidade na
correcta identificação da anatomia (24%) e hemorragia
de difícil controlo (20%). O género, a idade e a classificação ASA correlacionaram-se com a conversão (p
Discussão: A CL pode ser realizada com segurança
na colecistite aguda com taxa de conversão aceitável e
resultados satisfatórios.
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
senta a 4ª causa de morte por tumor nos países desenvolvidos, na sua grande maioria adenocarcinomas
ductais (adcD). Sendo a ressecção cirúrgica a única
potencial cura, apresentamos os resultados do nosso
centro no tratamento desta patologia. Material e Métodos: Foi analisada a nossa série de doentes submetidos a cirurgia pancreática nos últimos 10 anos, relativamente às variáveis clinico-patológicas relevantes para
o prognóstico. Utilizamos o SPSS 20 para tratamento
estatístico dos dados. Resultados: Entre Janeiro de
2004 e Dezembro de 2013, foram realizadas 593 cirurgias – 208 por adcD do pâncreas. Destes, 180 (87%)
localizavam-se na cabeça do pâncreas; 158 (75%)
foram ressecados, 123 (54%) das ressecções foram
Duodenopancreatectomias. Foi necessária ressecção
vascular em 39 doentes (15%). A Sobrevivência Global
(SG) foi de 27, 5% e 9, 7% aos 3 e 5 anos, e a Sobrevida
Livre de Doença 18, 5% e 8, 2% aos 3 e 5 anos, respectivamente. Em análise univariável, tiveram influência na
SG: o estadiamento (p=0, 035), margem positiva (HR 1,
95; 95% IC 1, 28-2, 95), ressecção vascular (HR 1, 87;
95% IC 1, 18-2, 95), reintervenção (HR 3, 76; 95% IC 2,
2-6, 4), morbilidade major (HR 4, 8; 95% IC 2, 9-8, 0) e
terapêutica adjuvante (p=0, 002). Discussão: O prognóstico do adcD do pâncreas é muito reservado, mesmo
na presença de doença ressecável. Factores como a
margem positiva, necessidade de ressecção vascular,
reintervenção, morbilidade major e ausência de terapêutica adjuvante, podem influenciar a sobrevivência.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sofia Costa Corado, Ana Marta Nobre, Emanuel Vigia,
Luís Bicho, Edite Filipe, Jorge Paulino Pereira, Eduardo
Barroso
Sofia Costa Corado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C30)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Pseudocisto do Pâncreas: A nossa experiência no
Tratamento Cirúrgico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pseudocisto do pâncreas
(PP) é uma complicação frequente da pancreatite e a
sua abordagem terapêutica depende das suas características: origem, dimensão, localização, evolução e
manifestações associadas. Apresentar a experiência
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
189
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
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na abordagem cirúrgica do PP e avaliar os resultados
globais obtidos. Material e Métodos: Análise retrospectiva de dados relativos a doentes com PP operados entre 1984 e 2014. Resultados: No período em
estudo, foram operados 67 doentes com idade média
de 49 anos, 39 do sexo masculino (58, 2%) e 28 do
sexo feminino (41, 8%). A dor abdominal foi a principal
manifestação (79%), verificando-se sintomas compressivos em 7, 5% dos casos. As lesões localizavam-se na
cabeça (16%), na cauda (13%) e no corpo (7%) do pâncreas. O tamanho das lesões variou entre 2 e 22 cm. A
ecografia permitiu o diagnóstico em 75% dos doentes.
A drenagem interna foi a cirurgia mais frequentemente
realizada. A taxa de recidiva foi de 18% e a taxa de
complicações pós-operatórias foi de 20%. Registou-se
uma taxa de mortalidade de 3% em contexto de disfunção multiorgânica. A recorrência foi mais frequente
nos doentes submetidos a drenagem externa. Não
se encontraram variáveis com significado estatístico
na morbilidade e na mortalidade. Discussão: A cirurgia permanece uma arma fundamental no tratamento
do pseudocisto pancreático. A drenagem externa está
associada a maior taxa de recorrência e deve ser reservada a situações muito particulares.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Cláudia Paiva, Bruno Santos, Sílvia Neves, Cecília
Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa
Silva, Jorge Daniel, José Davide
Cláudia Maria Linhas Paiva
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
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(n.s.). Discussão: Os resultados reforçam a importância de um alto índice de suspeição para detecção intraoperatória e do tratamento num centro de referência.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Beatriz Costa (1, 2), J. Guilherme Tralhão (1, 2), Ricardo
Martins (1, 2), Marisa Tomé (1), Manuel Rosete (1), F.
Castro Sousa (1, 2)
Beatriz Pinto da Costa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C32)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Metástases hepáticas e pulmonares de Carcinoma
Colo-Retal: até quando operar?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Nos doentes com metástases
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C31)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Tratamento cirúrgico das lesões iatrogénicas da via
biliar principal – Estudo retrospectivo de 54 casos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões iatrogénicas da via
biliar principal (LIVBP) associam-se a elevada morbilidade e a um risco não negligenciável de mortalidade. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 54
doentes operados por LIVBP. Resultados: Segundo
Strasberg, 33% das lesões eram do tipo E1, 17% do
E3, 4% do E4 e 2% do E5; 2, 9% associavam-se a
lesão vascular. O diagnóstico intra-operatório foi realizado em 44%. A reparação definitiva foi imediata em
44% dos casos. A maioria das lesões (72%) foi tratada
com hepaticojejunostomia em Y de Roux. As taxas de
mortalidade e morbilidade foram de 1, 9% e 22, 2%,
respectivamente. Durante a catamenese (47, 5±45, 1
meses), 20% dos doentes desenvolveram colangite;
em 80% o resultado foi excelente (Terblanche). Idade
> 70 anos, lesões de alto grau, mecanismo energético,
sépsis inicial, reparação diferida, hepaticojejunostomia
prévia, ressecção hepática e intervenções associadas
associaram-se a maior morbilidade (n.s.). A revisão de
hepaticojejunostomia constituiu um factor preditivo de
colangite (p=0, 035) e de pior resultado na classificação
de Terblance (n.s.). Lesões vasculares e revisões de
hepaticojejunostomia constituíram factores preditivos
de menor sobrevida livre de colangite (p=0, 001 e p=0,
002, respectivamente); tratamento cirúrgico diferido e
intervenções prévias constituíram factores adversos
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
hepáticas de carcinoma colo-rectal(MHCCR), a ressecção cirúrgica é o único tratamento com potencial
curativo.O significado da metastização pulmonar(MP)
neste contexto tem sido insuficientemente estudado.
Este estudo pretende avaliar o impacto da MP em
doentes submetidos a ressecção de MHCCR. Material
e Métodos: Análise retrospectiva da base de dados
de doentes operados por MHCCR(livermetsurvey)no
nosso Centro de 1996-2014.Os doentes ressecados
por MHCCR foram divididos em 4 grupos:metastização
hepática apenas(G0);com metástases pulmonares operadas(G1);com metástases pulmonares não
operadas(G2);com metastização noutros locais(G3).
Análise estatística realizada com SPSS22.0. Resultados: No período de jan/96 a Jan/14, 1014 doentes
foram operados por MHCCR.Destes, 934(92, 1%)foram
submetidos a ressecção hepática.177(17, 5%)apresentaram metástases pulmonares.A sobrevivência aos 5
anos do G0(n=794)foi 42%, G1(n=33) 45%, G2(n=144)
24% e G3(n= 43) 0%.A sobrevivência dos doentes submetidos a laparotomia exploradora foi também 0%. A
comparação entre os doentes submetidos a ressecção
de MHCCR na presença de doença pulmonar não operada e de doença extra-hepática e pulmonar não tem
significado estatístico(p=0.22)mas sugere uma clara
diferença de sobrevivência. Discussão: A presença de
MP operável em doentes com MHCCR operadas não
diminui a sobrevivência a longo prazo.A presença de
MP não operável parece associar-se a melhor prognóstico do que as outras formas de metastização e pode
legitimar a ressecção das MHCCR.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Tânia Almeida, Raquel Mega, Hugo Pinto Marques,
Susana Rodrigues, Vasco Ribeiro, Jorge Lamelas, Eduardo Barroso
Tânia Almeida
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C33)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Pseudoquisto pancreático: como e quando abordar?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os pseudoquistos pancreáti-
cos são coleções, no pâncreas ou adjacentes à glân-
Revista Portuguesa de Cirurgia
190
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
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EMAIL:
dula, capsuladas, de fluido com elevada concentração
de enzimas pancreáticas. Surgem, geralmente, quatro semanas ou mais após 3 a 10% dos episódios de
pancreatite aguda, com ou sem necrose. Podem também ocorrer na pancreatite crónica e no traumatismo
pancreático Material e Métodos: Revisão de todos
os casos de pseudoquistos pancreáticos diagnosticados entre Janeiro de 2010 a Agosto de 2014. Resultados: Foi realizado estudo retrospectivo de todos os
pseudoquistos pancreáticos diagnosticados, tendo-se
encontrado 41 casos, 14 do sexo feminino e 27 do sexo
masculino, média de idade de 57 anos. Cerca de 29
casos foram tratados conservadoramente com seguimento radiológico. Foram submetidos a tratamento
endoscópio 8 casos e 4 casos realizaram tratamento
cirúrgico. Discussão: Atualmente, a conduta terapêutica no tratamento do pseudoquisto pancreático é preferencialmente conservadora, pois em cerca de 50% dos
casos verifica-se regressão espontânea. A maioria dos
trabalhos defende a drenagem, endoscópica, percutânea ou cirúrgica, dos quistos com mais de seis semanas que permanecem superiores a 5 cm, daqueles que
aumentam ao longo do tempo e de todos aqueles que
são sintomáticos (dor ou massa abdominal, obstrução
biliar ou do esvaziamento gástrico) ou que se complicam (hemorragia, infeção).
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Marta Martins, Diana Brito, Ana Cristina Carvalho,
Vania Castro, Juliana Oliveira, Jorge Magalhães, José
Monteiro, Salete Ferreira, José Pinto Correia
Marta Cristina Da Cruz Martins
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Discussão: Esta análise mostra que o TIPS não tem
impacto na morbimortalidade pos-operatória, não prejudica o transplante e afirma-se como estratégia segura
como ponte para transplante. Com o crescente número
de doentes em lista para transplante, todo o procedimento que permita a sua optimização merece a nossa
atenção.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sílvia Gomes da Silva, Mariana Tomé, Élia Coimbra,
João Santos Coelho, Hugo Pinto Marques, Américo
Martins, Eduardo Barroso
Sílvia Gomes da Silva
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C35)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Factores Preditivos de Positividade da Colangio-
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C34)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Impacto do TIPS no transplante hepático: experiên-
cia de um centro
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As complicações relacionadas
com a hipertensão portal fazem parte da progressão da
cirrose. O transplante hepático é o tratamento ideal na
doença hepática em fase terminal. O aperfeiçoamento
da técnica cirurgica e a melhoria dos cuidados pos-operatórios aumentou sobrevida e qualidade de vida
pós-transplante. Ao reduzir a incidência de complicações relacionadas com a hipertensão portal, o TIPS tem
um papel fundamental como ponte para transplante.
Mas a que custo? Os autores propôem-se analisar as
implicações do TIPS no transplante hepático. Material
e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes transplantados com TIPS, no nosso centro. Sobrevivência
calculada com método Kaplan-Meier e curvas comparadas com teste log-rank. Estatisticamente significativo
o valor de p<0, 05. Análise estatística com SPSS 19.0.
Resultados: Entre 2004 e 2014 foram transplantados
50 doentes com TIPS prévio. Foram comparados com
transplantados com ascite refractária e/ou hemorragia
digestiva alta recidivante, sem TIPS. Sem diferença
estatisticamente significativa no tempo operatório,
transfusão, complicações arteriais, portais ou biliares,
taxa de re-intervenção e de falência do enxerto, mortalidade a 30 dias, tempo de internamento e sobrevida.
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
grafia Intra-Operatória na Suspeita de Colédocolitíase
Objectivo/Introduçâo: A realização sistemática de
colangiografia intra-operatória (CIO) aquando da colecistectomia laparoscópica (CL) permanece matéria de
debate. A análise de factores preditivos de positividade
na CIO permite definir a utilização selectiva da técnica
na suspeita de colédoco-litíase. Esta é a proposta dos
autores. Material e Métodos: Análise retrospectiva
dos doentes submetidos a CL com CIO no período de
2008 a 2013. Foram analisados dados demográficos,
achados intra e pós-operatórios. Análise estatística
com SPSS 21. Resultados: A série inclui 645 doentes com idade média de 62 anos, predominando o sexo
feminino com 58.8% (n=379). A história de colangite,
icterícia, alterações analíticas ou imagiológicas das
vias biliares e idade do doente registaram os valores
preditivos positivos mais significativos para a presença
de litíase na árvore biliar. Dos doentes submetidos a
exploração das vias biliares, registou-se elevada percentagem de resolução da colédoco-lítiase (>90%),
com uma respectiva baixa percentagem a necessitar de
CPRE pós-operatória. Discussão: A CIO é um procedimento fácil e seguro com benefícios inquestionáveis na
detecção de litíase das vias biliares. Deve ser sistemática em doentes com factores preditivos positivos para
litíase das vias biliares. A exploração laparoscópica das
vias biliares, realizada por um cirurgião experiente, é
um método seguro e eficaz na resolução da colédocolitíase, com complicações mínimas, evitando a necessidade de uma intervenção adicional e internamentos
prolongados.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Sílvia Pereira, Ezequiel Silva, Vítor Costa Simões,
Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília
Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide
Sílvia Pereira
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
191
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C36)
SESSÃO CO-HBP 3
TÍTULO: Reparação Cirúrgica de Lesões Iatrogénicas da Via
Biliar: a experiência de 10 anos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões iatrogénicas das vias
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
SALA 4
biliares (LIVB) acarretam elevada morbilidade e a sua
abordagem é complexa. A via laparoscópica na colecistectomia foi tradicionalmente associada ao incremento
desta iatrogenia. Os autores revêm as LIVB pós-colecistectomia abordadas na sua instituição e realizam
uma reflexão sobre o tema. Material e Métodos: Foi
realizada a análise retrospetiva das LIVB no período de
2005 a 2014. Foram analisados: tempo entre a colecistectomia, o reconhecimento da lesão e a reparação definitiva; tipo de lesão; recurso a colangiografia
intra-operatória; reparação definitiva; e evolução pós-operatória. Resultados: Foram identificados 35 doentes com idade média de 56 anos, dos quais 54, 3% do
sexo feminino; 71, 4% eram referenciados de outros
hospitais. O diagnóstico de LIVB foi tardio em 13 doentes (31, 1%). As LIVB foram categorizadas de acordo
com a classificação de Bismuth nos tipos: 1 (17, 2%),
2 (40, 0%), 3 (22, 8%) e 4 (20, 0%). A reparação inicial
foi eficaz em 74, 3% doentes. Houve necessidade de
reintervenção cirúrgica num caso de estenose tardia.
Registaram-se 2 óbitos (5, 8%) por sépsis, já presente
na admissão. Discussão: Apesar da diminuição da
taxa de LIVB durante a colecistectomia elas permanecem como uma complicação significativa desta cirurgia
e continuam a ser reconhecidas tardiamente. Os esforços devem centrar-se na prevenção mas, em caso de
ocorrência, o diagnóstico precoce e a referência a um
centro especializado são fundamentais.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática
Pedro Soares-Moreira, Pedro Nuno Brandão, Vítor
Costa Simões, Cecília Pinto, António Canha, Paulo
Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José
Davide
Pedro Soares Moreira
[email protected]
07-03-2015
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
tivo de todos os casos de doentes vítimas de trauma
internados em UCIP entre 07/2007 e 06/2012. Foram
estudadas 53 variáveis, entre as quais a idade, score
ASA, ISS, APACHE II, medicação, status hemodinâmico e neurológico à entrada, alcoolémia, e analisadas
estatisticamente para verificar a sua relação com a
mortalidade. Resultados: Foram estudados 99 casos,
predominantemente do sexo masculino (73, 4%), com
idade média de 54.6 anos. O mecanismo de trauma
mais frequente foi a queda (41.8%). O score ISS médio
foi de 22.65. A alcoolémia foi doseada em apenas 52
doentes, registando-se valores acima de 0, 5mg/dL
em 34.6% dos casos. 88.9% dos doentes necessitaram de suporte ventilatório. A mortalidade global foi de
16.2%. A análise multivariada dos dados permitiu conferir uma relação independente com a mortalidade para
as seguintes variáveis: toma de anticoagulantes ou de
antiagregantes e o score de Glasgow. Discussão: A
casuística apresentada permite inferir que a toma de
anticoagulantes ou de antigregantes, bem como um
score de Glasgow baixo no SU ou à data de alta da
UCIP, são preditivos de mortalidade.
Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE
Trauma
A. Lemos, D. Aveiro, N. Santos, J. Pereira, L. Pinheiro
António Carlos
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C119)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Gangrena de Fournier – O paradigma da abordagem
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Avaliação retrospectiva da
abordagem efectuada nos doentes com Gangrena de
Fournier. Determinação da acuidade prognóstica do
Índice de Severidade da Gangrena de Fournier (ISGF)
e do Índice de Uludag (IU). Material e Métodos: Estudo
retrospectivo baseado na colheita de dados do processo clínico referentes a todos os doentes internados
num único serviço de Cirurgia Geral entre 1 de Janeiro
de 2008 e 30 de Outubro de 2014 com o diagnóstico de
gangrena de Fournier. Os dados foram submetidos a
análise multivariada. Resultados: Foram apurados 18
doentes, 16 do género masculino e 2 do feminino, com
uma idade média de 65, 52±9, 79 anos e um índice
de Charlson de 5, 06±2, 39. À admissão apresentavam
um ISGF e um IU de 3, 94±4, 78 e 7, 11±4, 70 respectivamente, bem como uma área de extensão corporal
atingida (ECA) de 1, 73±1, 36%. Em 5 doentes com um
ISGF médio de 3, 0, intentou-se uma terapêutica exclusivamente médica, que se revelou eficaz em 3 casos,
não se registou mortalidade neste sub-grupo. Dos 15
doentes desbridados cirurgicamente 20% foram colostomizados e 40% re-intervencionados. A mortalidade
global foi de 16, 7%, quer o ISGF (p=0, 65), quer o IU
(p=0, 67) não demonstraram boa acuidade prognóstica
na previsão deste desfecho, contudo a associação do
ISGF à ECA demonstrou uma boa acuidade prognóstica
(p=0.025). Discussão: A abordagem exclusivamente
médica pode ter lugar num grupo muito seleccionado
de doentes. Os índices prognósticos neste grupo de
doentes foram incapazes de reflectir adequadamente a
extensão do processo mórbido.
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C118)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Factores preditores de mortalidade no doente trau-
matizado. Análise retrospectiva de doentes vítimas
de trauma em Cuidados Intensivos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O trauma é motivo frequente
de admissão no Serviço de Urgência (SU). Além da
intervenção cirúrgica, é por vezes necessário internamento em Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente
(UCIP). Este estudo visa descrever o perfil de doentes vítimas de trauma admitidos em UCIP e analisar os
respectivos factores preditivos de mortalidade. Material
e Métodos: Os autores fizeram um estudo retrospec-
Revista Portuguesa de Cirurgia
192
HOSPITAL: Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE
CAPÍTULO: Pele e Tecidos Moles
AUTORES: Morais, H; Santos, AF; Neves, J; Ribeiro, M; Pinho, J;
Vieira, V; Azenha, N; Borges, I; Dias, R; Fonseca, A;
Conceição, L; Matos, A; Cecílio, J
CONTACTO: Henrique Morais
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C120)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Sarcomas retroperitoneais: casuística de 15 anos
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os sarcomas são tumores
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
malignos heterogéneos que representam apenas
cerca de 1% das neoplasias malignas do adulto. Os
sarcomas rertroperitoneais (SRP) caracterizam-se por
apresentarem grandes dimensões aquando do seu
diagnóstico e elevadas taxas de recidiva. O único tratamento curativo é a cirurgia. Material e Métodos: Neste
estudo retrospectivo serão incluídos doentes com SRP,
primário ou recidiva, submetidos a cirurgia de resseção
tumoral entre maio de 1999 e maio de 2014. A sua análise encontra-se em de atualização. Resultados: Entre
maio de 1999 e dezembro de 2011 foram realizados
85 procedimentos cirúrgicos, dos quais 40% em tumores primários. Os grupos histológicos mais frequentes
foram o lipossarcoma e o leiomiossarcoma (77, 6%)
e cerca de metade de alto grau de diferenciação (49,
4%). Obtida cirurgia R0 em 56, 5% (n=48) com necessidade de resseção de órgão em 65, 9%. Em 9, 4% e
8, 2% foi realizado algum tipo de terapia neoadjuvante,
e em 24% e 12, 9% terapia adjuvante, radioterapia e
quimioterapia, respectivamente. A mediana de internamento foi de 9 dias com uma morbilidade estimada
em 32, 9%. A mediana do follow-up foi de 22 meses
sendo a sobrevida global de 52, 4% e aos 3 anos e de
44, 9% aos 5 anos. A sobrevida livre de doença foi de
27, 6% aos 3 anos e 20, 5% aos 5 anos. A sobrevida
global associada a cirurgia R0 vs R1 e R2 foi superior
(p Discussão: A cirurgia R0, em SPR primários ou recidiva, é o tratamento com maior impacto na sobrevida
global.
Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil, EPE
Sarcomas retroperitoneais: casuistica de 15 anos
Ricardo Nogueira, Rodrigo Oom, Mariana Sousa, Hugo
Vasques, Victor Farricha, Nuno Abecasis, António Bettencourt
Ricardo Nogueira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Recomenda-se a sua colocação com controle ecográfico. Quando a ecografia não está disponível a abordagem preferencial é a subclávia (SC). A abordagem
SC comparada com a jugular interna baixa (JIB) tem
maior taxa de complicações mecânicas sem aparente
menor taxa de complicações infecciosas ou trombóticas. Material e Métodos: Descrição da técnica e experiência preliminar dos primeiros 20 casos de colocação
de DAVCTI por abordagem JIB em ambulatório. Avaliaram-se dados demográficos, indicação de DAVCTI,
dados técnicos e complicações imediatas. Resultados: Técnica: Cateterização JIB (técnica de Seldinger) seguida de tunelização do catéter e colocação do
depósito peitoral homolateral. Experiência: Colocados
20 DAVCTI. 11 homens e 9 mulheres, idade média de
61, 8 anos. Indicações foram neoplasia do cólon e recto
(8 casos), neoplasia da mama, esófago e estômago (3
casos cada). 18 colocados à direita (90%) e 2 (10%) à
esquerda. Anestesia local em 7 doentes (35%), associada a sedação em 13 doentes (65%). Complicações:
punção arterial em 3 casos (15%) e falência em 1 caso
(5%). Não se registaram pneumo e/ou hemotórax. Discussão: A utilização da abordagem JIB sem controlo
ecográfico não apresentou complicações imediatas
importantes, demonstrando-se como técnica segura.
Aguardamos resultado de eventuais complicações tardias, como infecção e trombose.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Cirurgia Vascular
Fróis Borges, M.; Carvalho, N.; Corte Real, J.
Miguel Fróis Borges
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C122)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Abordagem Nutricional em Diferentes UCIs
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As atuais orientações
da
ASPEN e ESPEN recomendam um aporte calórico de
25 Kcal/Kg peso corporal/dia no doente crítico, preferencialmente por via entérica. OBJETIVOS: Avaliar o
suporte nutricional efetuado atualmente em 9 UCIs,
incluindo o tempo de início, adequação às necessidades calóricas, avaliação da carga calórica e proporção
de macronutrientes fornecida. Material e Métodos:
Estudo multicêntrico prospectivo observacional envolvendo 9 UCIs de hospitais nacionais Resultados:
Foram admitidos 46 doentes até à data aos quais foi
fornecido um aporte energético médio de 13, 7 ± 5, 2
kcal/kg/dia (59-70% e 68-79% do aporte necessário
estimado dependendo da equação preditiva usada). A
nutrição por via entérica foi utilizada em 74% dos dias,
a nutrição por via parentérica correspondeu a 7%. Em
relação à composição nutricional da dieta, a proporção
de carga calórica divide-se em 94% das recomendações mínimas de hidratos de carbono, 77% de lípidos
e 42 ou 45% de proteínas (recomendações ESPEN/
ASPEN). Discussão: O aporte energético é feito preferencialmente por via entérica. A maioria das UCI prefere
utilizar as recomendações da ASPEN optando por uma
“Hiponutrição Permissiva” com uso exclusivo de NVE,
em detrimento de suplementação energética com NVP.
Constata-se também que dos três macronutrientes for-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C121)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Colocação de Dispositivo de Acesso Venoso Cen-
tral Totalmente Implantável por Via Percutânea
Jugular Interna Baixa: Técnica e Experiência Preliminar
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O dispositivo de acesso venoso
central totalmente implantável (DAVCTI) é a via de
acesso preferencial da quimioterapia oncológica actual.
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
193
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
necidos aos doentes o aporte proteico é que se encontra em maior défice.
Hospital de Braga
Cuidados Intensivos
Alexandra Babo(1), Heloísa Castro(2), Sílvia Castro(3),
Paula Castelões(4), Ricardo Marinho(5), Andreia Salgueiro(5), Paulo Martins(5), Sónia Cabral(6), Estevão
Lafuente(7), Pedro Moura(8) Mariana Santos(9), Bruno
Pereira(9), Aníbal Marinho(2)
Alexandra Babo
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C123)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Reconstrução do recorrente – Trabalho experimental
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A remobilização da corda vocal
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
(cv) aquando da lesão per-operatória do recorrente não
tem sido bem sucedida. Objetivo – reconstrução do
recorrente de modo a conseguir a mobilização perfeita
da cv correspondente. Escolheu-se a cabra, porque o
aparelho fonatório é anatómica e funcionalmente idêntico ao do homem. Material e Métodos: Foram utilizadas nove cabras, Capra hircus, com idade 3-6 anos e
peso 32-43 Kg. Seis animais foram incluídos no Grupo
I, em que após secção e excisão de cerca de 5 mm
de recorrente esquerdo, realizámos a sua reconstrução com interposição de enxerto de veia (colateral da
safena) preenchida com músculo da região cervical, e
três no Grupo II, em que só era provocado o defeito
no nervo. Foram avaliados: movimento das cv (1);
da voz (2) em quatro cabras, três do Grupo I e uma
do II; na 2ª operação, passados 11 meses, o aspeto
macroscópico do enxerto (3) e efetuada a sua colheita
para estudo histológico (4). Resultados: No Grupo I:
(1) 83, 3% recuperaram os movimentos das cv com
perfeição; (2) 100% recuperaram a voz; (3) 100% de
enxertos perfeitos; (4) 50% de recuperação do aspeto
normal do nervo periférico. No Grupo II: (1) 66% paralisação mediana e uma recuperou a mobilidade da cv;
(2) esta cabra teve recuperação pouco consistente da
voz; (3) mau aspeto dos enxertos; (4) 0% de regeneração nervosa. Discussão: É uma técnica simples,
barata, de fácil reprodução, sem sequelas anatómicas
ou funcionais e que remobiliza, com perfeição, a corda
vocal. Achamos possível a transposição para a cirurgia
humana.
Nenhum
Investigação experimental
Luís Silveira
Luís Silveira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
indução (QTI) pode tornar um doente com um tumor
considerado tecnicamente irressecável num candidato
a cirurgia radical, com um ganho de sobrevivência global (SG). Material e Métodos: Estudo retrospetivo,
uni-institucional, que avaliou os doentes com CCOLA
que realizaram QTI entre janeiro de 2010 e dezembro
de 2013. Resultados: Foram submetidos a QTI com
docetaxel, cisplatina e 5-Fluorouacilo (TPF) 42 doentes com CCOLA. A mediana de idades foi de 56 anos
(35-75) e 81% (34) dos doentes era do sexo masculino.
Os doentes foram estadiados clinicamente como IVa na
sua maioria (92.9%). O protocolo TPF foi integralmente
realizado (4 ciclos) em 81% da amostra e todos os
doentes realizaram uma TC de avaliação de resposta
no final do 2º ciclo. Foi demonstrada uma resposta parcial em 73, 8% (31) e uma resposta imagiológica completa em 4, 8% (2) dos doentes. Foram submetidos a
cirurgia 22 doentes (52, 4%). A taxa de resposta patológica completa foi de 18% (4) e em 41% (9) dos doentes as margens cirúrgicas foram superiores a 5 mm. O
tempo de follow-up mediano foi de 19 meses (2-51) e
a taxa de SG aos 2 anos foi de 72% nos doentes submetidos a cirurgia e de 22% nos doentes não operados
(p=0.002). Discussão: Na nossa experiência, a QTI
permitiu oferecer cirurgia com intenção curativa a mais
de metade dos doentes previamente considerados não
candidatos a cirurgia, com claro impacto positivo na
sua SG.
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE
Cirurgia da Cabeça e Pescoço
Pereira, JC (1) Araújo, C (1) Ribeiro, C (1) Sousa, A (1)
Cassiano, M (2) Guimarães, J (1) Moreira, A (1) Sanches, C (1) Cunha, D (1) Lencastre, L (1) Capelo, R (1)
Brito, D (1) Abreu de Sousa, J (1)
José Carlos Pereira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C125)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Determinação da concentração plasmática de glu-
tamina no doente cirúrgico crítico – Requisito para
suplementação com glutamina exógena?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: No doente crítico, a depleção
de glutamina é frequente e constitui um factor preditivo de mortalidade mas a suplementação permanece
controversa. Objectivos: Determinar a concentração
plasmática de glutamina em doentes cirúrgicos críticos
e analisar a sua correlação com o prognóstico. Material
e Métodos: Estudo prospectivo de 28 doentes cirúrgicos críticos. As aminoacidémias foram determinadas,
por cromatografia de troca iónica, na admissão, ao 1º
e ao 3º dias e comparadas com as de 11 indivíduos
saudáveis. Os índices de gravidade e evolução foram
registados. Resultados: A glutaminémia basal dos
doentes críticos foi inferior à dos controlos [385, 1±123,
1 vs 515±57, 9 µmol/L, p=0, 002] e diminuiu até ao 3º
dia (p=0, 042). A glutaminémia basal correlacionou-se
com o SAPSII (r=-39, 4%, p=0, 042) e Injury Severity
Score (r=-43, 3%, p=0, 039) e a do 3º dia com as durações de internamento na UCI (r=-66, 5%, p=0, 009) e
do suporte ventilatório (r=-65%, p=0, 012). A hipoglu-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C124)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Quimioterapia de indução seguida de cirurgia no
carcinoma da cavidade oral localmente avançado
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma da cavidade oral
localmente avançado (CCOLA) tem um prognóstico
muito reservado. A resposta tumoral à quimioterapia de
Revista Portuguesa de Cirurgia
194
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
taminémia grave (<420 µmol/L), objectivada em 64,
3% dos casos, associou-se a menor idade (p=0, 025),
trauma, admissão primária, choque, ausência de sépsis (n.s.); maiores Abreviated Injury Scale (p=0, 019),
Injury Severity Score (p=0, 007) e SAPSII (n.s.), taxas
de mortalidade hospitalar e de complicações infecciosas, duração do suporte ventilatório e do internamento (n.s.). Discussão: Nesta série, a prevalência
da depleção grave de glutamina foi elevada. A monitorização da glutaminémia pode contribuir para uma definição mais precisa das indicações para a suplementação.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cuidados Intensivos
Beatriz Costa (1, 5), Paulo Martins (2, 5), Marta Simões
(3), Carla Veríssimo (3), Marisa Tomé (1), Gilberto Marques (4), Manuela Grazina (3, 5), Jorge Pimentel (2, 5),
F. Castro Sousa (1, 5)
Beatriz Pinto da Costa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C127)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Biodisponibilidade da arginina plasmática: factor
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C126)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Varicose Veins surgery – Can we preserve the Great
Saphenous Vein? – Yes We Can!
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Duplex ultrasound (DUS) study
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
of varicose veins (VV) defined two patterns of reflux
of great saphenous vein (GSV) according to 2009
“The VEIN-TERM” consensus: axial reflux: continuous
reflux from inguinal region to the malleolus. Segmental
reflux: involving venous segments without continuity It is
accepted that if only superficial branches are varicose
simple avulsion is enough and GSV is preserved Preservation of GSV is debatable, although previous studies have shown no progression in around 2/3 of cases
Follow-up of patients with segmental reflux treated with
preservation of GSV. Material e Métodos: 54 limbs:
sex, age, CEAP class, clinical results, DUS findings
Same surgical team, considering two items: worthwhile
surgery and recurrence of VV DUS follow-up: -no reflux
-maintenance of reflux -progression of reflux. Resultados: 42 females, 12 males Age: 27 to 77. Mean 52, 7
years CEAP: C2- 37; C3- 12; C4- 5. Patterns: Varicose
collaterals only- 8 limbs, Collaterals plus troncular GSF
segments – 14 limbs Collaterals plus saphenofemoral junction reflux – 32 limbs Worthwhile surgery -95,
5% Recurrence- 1 DUS post op: -No reflux of GSV- 32
(58%) -Maintenance of GSV reflux without progression:
21 (40%) -Progression- 1 (2%) Follow-up: 12, 1 months
(1, 2 to 36 months). Discussão: Preservation of GSF
has shown good/consistent results. “Can we preserve
the GSF? “ answer is “ Yes we can” We need long-term
follow-up and larger numbers to transform preservation
of the GSF with segmental refluxive patterns, into a
recommendation.
Centro Hospitalar Lisboa Central
Cirurgia Vascular
Toscano, F.(1); Alves, C.P.(2)
Francisco Toscano
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
preditivo de mortalidade hospitalar no doente traumatizado crítico – Análise preliminar
Objectivo/Introduçâo: A arginina é um aminoácido
determinante na resposta metabólica ao trauma grave.
Objectivos: Determinar a concentração plasmática de
arginina, citrulina e ornitina em traumatizados críticos e
analisar a sua correlação com o prognóstico. Material e
Métodos: Estudo prospectivo de 23 traumatizados críticos. As aminoacidémias foram determinadas, por cromatografia de troca iónica, na admissão, ao 1º e ao 3º
dias e comparadas com as de 11 indivíduos saudáveis.
A biodisponibilidade da Arginina (BA) foi calculada e os
índices de gravidade e evolução registados. Resultados: As concentrações de arginina, citrulina e ornitina
na admissão foram significativamente inferiores às dos
controlos (arginina: 41, 2±20, 6 vs 56, 1±11, 9 µmol/L,
p=0, 034). A prevalência de hipoargininémia foi de 82,
6% e a BA foi de 62, 4±25, 6%. A mortalidade hospitalar
foi superior nos pacientes com argininémia <26 µmol/L
(75 vs 15, 8%, p=0, 04). A BA <42% constituiu um factor preditivo de mortalidade [n=6 (26, 1%); 66, 7 vs 11,
8%, p=0, 021; odds ratio=5, 7, acuidade=82, 6%)]. A
BA relacionou-se com a probabilidade de morte que foi
de 2, 8±1, 9% (IC95% 1, 9-8, 3) quando >81% e de
61, 8±8, 8% (IC95% 50, 8-72, 7) quando <41%, p=0,
0001]. Na análise multivariada, apenas o SOFA=7, 5
foi significativo (p=0, 042). Discussão: Neste estudo, a
prevalência de hipoargininémia no doente traumatizado
crítico foi elevada. A BA, utilizada como bioindicador de
desregulação do metabolismo da arginina mais sensível do que a argininémia isolada, constituiu um factor
preditivo de mortalidade hospitalar.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cuidados Intensivos
Beatriz Costa (1, 5), Paulo Martins (2, 5), Marta Simões
(3), Carla Veríssimo (3), Marisa Tomé (1), Gilberto Marques (4), Manuela Grazina (3, 5), Jorge Pimentel (2, 5),
F. Castro Sousa (1, 5)
Beatriz Pinto da Costa
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C128)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Hernioplastia Inguinal Via Laparoscópica (TEP) –
experiência com próteses autoaderentes e técnica
sem fixação de prótese
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A abordagem por via laparoscópica das hérnia inguinais está difundida a nível
mundial e é reconhecida como uma das técnicas a ser
considerada no tratamento desta patologia. A via extraperitoneal apresenta excelentes índices de qualidade e
apresenta neste momento os mesmos tópicos de discussão associados às restantes técnicas: qual a melhor
prótese a ser utilizada e qual o menor mecanismo de
fixação. Material e Métodos: Os autores apresentam
a sua experiência na hernioplastia inguinal via laparoscopica (TEP) com a utilização de próteses autoaderen-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
195
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
AUTORES: Inês Alegre, Marcio Madeira, Jorge Rebanda, Zacha-
tes e com técnica sem fixação da prótese. No período
de 2013 e 2014 foram intervencionados 47 pacientes
Resultados: Neste período foram submetidos a hernioplastia inguinal via laparoscópica (TEP) um total de 47
pacientes, com média de 42 anos e sendo 44 do sexo
masculino. A distribuição foi a seguinte: 28 pacientes
com prótese auto-adesiva e 19 pacientes com prótese
semibasorvivel sem qualquer mecanismo de fixação.
Foram operadas um total de 81 hérnias inguinais. O
tempo médio de cirurgias foi de 38 minutos e todos tiveram alta no próprio dia da intervenção. Com um tempo
médo de follow up de 9 meses estão todos assintomáticos e sem rediviva. Discussão: Os autores apresentam esta experiência concluindo que esta técnica
poderá ser uma opção a considerar, permitindo elevar
os indices de qualidade da abordagem extraperitoneal
e ultrapassando uma das principais críticas a ela associada e que se relaciona com as questões económicas.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Cirurgia da Parede Abdominal
Cralos Magalhães, Silvia Pereira, Artur Flores, Mário
Marcos
Carlos Magalhães
[email protected]
roula Sidiropoulou, Carlos Resende, Carlos Neves
CONTACTO: Inês Alegre Marçal Santos
EMAIL: [email protected]
SALA 5
07-03-2015
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V23)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Excisão Total de Mesorrecto via Transanal no trata-
mento do Cancro do Recto
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Ao longo dos últimos anos tem-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C129)
SESSÃO CO-VÁRIOS
TÍTULO: Pneumoperitoneu Progressivo Pré-Operatório no
Tratamento da Hernia Incisional
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pneumoperitoneu progres-
sivo pré-operatório (PPP) tem sido utilizado na reparação de hérnias incisionais de grandes dimensões,
diminuindo o risco de síndrome compartimental abdominal e disfunção respiratória pós-operatória. Propomo-nos fazer uma revisão de casos de reparação de
hérnia incisional com PPP num período de 8 anos e
meio, assim como uma revisão da literatura. Material
e Métodos: Levantamento dos casos com diagnóstico
de hérnia ventral, hérnia ventral incisional ou hérnia da
cavidade abdominal no período em estudo. Selecionados aqueles com mais de 5 dias entre a data de internamento e a da intervenção cirúrgica. Obtidos estes
processos e identificados aqueles em que se realizou
PPP. Recolhidos dados para caracterização da amostra. Resultados: Identificados 13 doentes submetidos
a PPP, com um tempo de internamento médio de 28,
2 dias, dos quais, em media, 13, 1 dias corresponderam ao pré-operatório com criação de PPP. Como
complicações pós-operatórias identificados um caso
de recidiva da hérnia, um de infeção da ferida operatória e um outro de necrose dos bordos da ferida. Discussão: Esta revisão de casos vêm reforçar o papel
do PPP na prevenção de algumas das complicações
mais frequentemente associadas à cirurgia de hérnia
incisional, uma vez que não foram encontradas complicações de hipertensão intra-abdominal ou distúrbios respiratórios pós-operatórios. Associada a baixa
morbilidade, esta técnica deve continuar a ser considerada no tratamento da hérnia incisional de grandes
dimensões.
HOSPITAL: Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
CAPÍTULO: Cirurgia da Parede Abdominal
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
-se verificado uma marcada evolução no tratamento
cirúrgico do cancro do recto. A excisão total do mesorrecto (TME) é considerada tratamento padrão nesta
patologia desde que a técnica foi descrita. A morbilidade
considerável associada à TME via aberta encorajou o
desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas.
Estas têm-se provado alternativas viáveis, com menor
morbilidade e resultados oncológicos semelhantes. Os
autores pretendem descrever uma técnica cirúrgica inovadora como alternativa viável à TME via aberta ou via
laparoscópica, aplicada à ressecção anterior do recto
no tratamento do cancro do recto. Material e Métodos:
Vídeo cirúrgico com descrição passo a passo da técnica de TME via transanal (ta) (procedimento cirúrgico
detalhado e referências anatómicas) e suas indicações.
Foram obtidos todos os consentimentos legais indicados. Resultados: Esta técnica é clinicamente exequível e segura quando se verifica uma selecção criteriosa
de pacientes e a equipa cirúrgica é suficientemente
experiente na realização do procedimento. Discussão:
Alguns estudos demonstram que a taTME assistida por
laparoscopia quando realizada por uma equipa especializada é segura e vai de encontro às exigências
oncológicas para uma cirurgia de cancro rectal de elevada qualidade. Pode ainda oferecer vantagens sobre
a cirurgia laparoscópica pura relativamente à visualização e dissecção do mesorrecto distal. A análise de
séries precoces de taTME assistida por laparoscopia é
promissora.
Hospital Clínic de Barcelona, Espanha
Colo-Proctologia
Filipe Madeira Martins; Delgado, S; Fernandez Hevía,
M; Bravo, R; Momblan, D; Lacy, A.
Filipe Madeira Martins
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V24)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Correção por Via Laparoscópica de Secção Ureteral
com Colocação de Duplo J
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A incidência de secção ureteral
em cirurgias videolaparoscópicas colorretais varia de 0,
2 a 0, 6%. Atualmente houve uma diminuição na incidência não só devido a maior experiência das equipas,
Revista Portuguesa de Cirurgia
196
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
como também pela aplicação da dissecção de medial
para lateral. Trata-se de um doente do sexo masculino,
56 anos, com lesão úlcero-vegetante iniciando-se a 2
cm e extendendo-se até 7 cm da margem anal, acometendo mais de 50% da circunferência retal. A histologia
revelou tratar-se de um adenocarcinoma do reto. Ao
estadiamento não foram encontradas lesões secundárias. Realizou neoadjuvância. Material e Métodos:
Apresentação de um vídeo com os detalhes técnicos
e a viabilidade da correção laparoscópica após secção
ureteral esquerda. Resultados: O procedimento realizado foi a amputação abdomino perineal do reto por
via laproscópica. Durante a dissecção medial-lateral
houve secção do terço médio do ureter esquerdo, que
foi corrigida com a passagem de cateter duplo J e com
ureterorrafia via laparoscópica. O doente evoluiu satisfatoriamente sem complicações, tendo recebido alta
no quarto dia pós-operatório. Com quarenta dias de
pós-operatório foi realizada uma cistoscopia para retirada do cateter duplo J que decorreu sem intercorrências. Oito meses após a cirurgia, o doente encontra-se
assintomático em seguimento oncológico. Discussão:
Apesar de ser uma complicação grave, a correção
laparoscópica da secção ureteral é factível e segura,
não necessitando de conversão para via laparotómica.
Hospital de Santarém, EPE
Colo-Proctologia
Joana Miranda, Carlos Véo, Ivan Barcelos, Marcos
Denadai, Maximiliano Cadamuro Neto, Luís Romagnolo, Armando Melani
Joana Santos Miranda
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
resultados funcional e oncológico desta cirurgia (7)
que oferece uma conservação da integridade corporal
e uma melhor qualidade de vida ao doente. (1) Polett,
Nicholls Ann Surg 198:159-163 (4) Miles (1908) Lancet
2: 1812-1813 (5) Schissel Br J Surg 81(9):1376-1378
(7) Marks G Ann Surg Oncol 1995;2(3):221-7
HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida
Colo-Proctologia
Stelio Rua (1) Hugo Capote (2) Edouardo Soeiro (2)
Ilda Barbosa (2)
Stelio Rua
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V26)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Caso Raro de Suboclusão Intestinal em Adulto
RESUMO:
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V25)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Tumor do recto ultra baixo – SSR Sphincter Saving
Surgery- com exisão total do esfincter interno
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Em 1949 dois anatomopatolo-
gista Blair e West constataram na histologia de peças
de APR que a margem distal era raramente invadida
e que a margem radial não era avaliável! Pela taxa de
recidiva local colocaram em duvida a qualidade do ato
cirúrgico. (1) Em 1982, Heald e Quirke responderem
a estas dúvidas descrevendo a excisão total do meso
recto que permitiu uma drástica diminuição da taxa de
recidiva local com um aumento da sobrevida. Esta diminuição da margem distal permitiu evitar a cirurgia mutilante descrita por Miles em 1908 em favor da cirurgia
com conservação do esfíncter anal. Material e Métodos: Caso clinico: abril 2014 Doente feminino de 68
anos ASA II IMC 22, com adc G1 a 5 mm da línea pectínea. A cirurgia efectuada foi o TATA (trans anal abdominal trans anal proctosigmoidectomia). Resultados:
A histologia revelou ypT0N0M0, uma resposta patológica completa; margem radial de 15 mm e distal de 10
m; índex de Wexner de 5. Discussão: A cirurgia com
conservação do aparelho esfíncterico foi reactualizada
pelo Prof. Schiessel (5). Em 1984 o Prof. Gerald Marks
descreveu a SSR como uma cirurgia em 3 tempos; o
primeiro tempo perineal facilita a abordagem do recto
abaixo da fascia de Waldeyer. De salientar os bons
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Jovem por Anomalia da Rotação e Fixação Intestinal
Objectivo/Introduçâo: As anomalias da rotação
intestinal tem uma prevalência estimada de 1:200-500
nados vivos. Ocorrem durante a gestação e manifestam-se habitualmente durante o período neonatal,
raramente na fase adulta. Complicações como vólvulo
intestinal, hérnias internas, sub/oclusão alta (bandas
de Ladd que encurralam a 2ª/3ª porções do duodeno)
podem ocorrer conforme o grau de malrotação. O vídeo
proposto pelos autores documenta um caso de suboclusão intestinal por hérnia interna em defeito criado
por banda peritoneal de Ladd, associado a suboclusão
alta por compressão duodenal. Os autores pretendem
alertar para situações raras de malrotação congénita
do cólon em adultos, com atenção às particularidades
na abordagem cirúrgica destes doente. Resultados:
Masculino de 27 anos, obeso, com história de sintomas dispépticos intermitentes inespecíficos associados a vómitos biliares, sem causa aparente em estudo
endoscópico. Recorre ao SU com quadro suboclusivo
por aparente hérnia interna e anomalia topográfica do
cólon em TC abdominopelvica. Submetido a laparoscopia exploradora com redução de hérnia interna e
encerramento do defeito mesentérico. Reintervencionado 72h depois por quadro de suboclusão alta com
distensão gástrica e duodenal em imagem de TC. Realizada manobra de Kocker com resolução aparente dos
sintomas.
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Colo-Proctologia
Ana Marta Pereira, Mario Nora, Gil Gonçalves
Ana Marta Pinheiro Pereira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V27)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Reconstrução do trânsito intestinal por via laparos-
cópica pós colectomia tipo Hartmann.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A reconstrução do trânsito
intestinal pós colectomia tipo Hartmann é uma das
cirurgias electivas de cólon associadas a maior morbilidade e mortalidade. Apesar da abordagem mais fre-
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
197
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
quente ser por via aberta, dada a existência de peritonite prévia, existem diversos relatos que sugerem a via
laparoscópica como uma alternativa terapêutica segura
e eficaz. Resultados: Apresentamos o caso de um
homem de 79 anos de idade, submetido a colectomia
tipo Hartmann urgente por diverticulite aguda perfurada,
em Janeiro de 2014. Foi proposto para reconstrução
do trânsito intestinal em Outubro de 2014. Efectuámos
a reconstrução do trânsito intestinal por via laparoscópica e o pós-operatório decorreu sem intercorrências.
O doente retomou dieta e trânsito para gases ao 2º
dia pós-operatório, tendo alta ao 6º dia. Discussão: A
existência de uma peritonite prévia não é contra-indicação absoluta para cirurgia laparoscópica. A reconstrução do trânsito intestinal pós-Hartmann por via
laparoscópica poderá ser uma alternativa terapêutica
eficaz.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Colo-Proctologia
Gil Faria, Mónica Sampaio, Bruno Santos, Jorge Santos
Gil Faria
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V29)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Tumor do apendice ileo-cecal: abordagem laparos-
copica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O apêndice ileo cecal é uma
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V28)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Resseção Anterior do Reto e Histeretomia por
RESUMO:
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Via Laparoscópica com Extração da Peça por Via
Transvaginal
Objectivo/Introduçâo: Doente do sexo feminino com
59 anos de idade com antecedentes de prolapso uterino 3º grau. Por queixas de tenesmo e perdas hemáticas com 3 meses de evolução realizou colonoscopia
que mostrou lesão vegetante na parede posterior do
reto distal, com 4cm de extensão; histologia revelou
adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Após
estadiamento trata-se de neoplasia do reto T3N0M0.
Material e Métodos: A doente realizou neoadjuvância
e foi submetida à 12ª semana a resseção anterior do
reto e histeretomia por via laparoscópica com extraçao
da peça por via transvaginal e ileostomia de proteção
que decorreu sem complicações. Resultados: Pós-operatório decorreu sem intercorrências, doente iniciou dieta oral no 1º dia e teve alta ao 3º dia. A histologia
demonstrou ausência de lesão residual (ypT0), isto é,
resposta patológica completa. Dos 12 gânglios dissecados nenhum estava comprometido (ypN0); útero –
leiomioma, cervicite crônica, atrofia endometrial. Discussão: Pretende-se com este vídeo demonstrar uma
técnica segura e eficaz para o tratamento das duas
patologias em simultâneo.
Hospital de Santarém, EPE
Colo-Proctologia
Joana Miranda, Carlos Véo, Ivan Barcelos, Marcos
Denadai, Maximiliano Cadamuro Neto, Luís Romagnolo, Armando Melani
Joana Santos Miranda
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
localização frequente dos tumores neuroendocrinos
do tubo digestivo (17%) (1) e representam cerca de
0, 7 a 1.4% de todas as apendicectomias O diagnóstico é feito na peça de histologia A cirurgia é o pilar do
tratamento podendo ser associada à necessidade de
alargamento Material e Métodos: Caso clínico JUNHO
2013 Mulher de 41 anos ASA 1 IMC 22, apresenta dor
abdominal Fez Tac abdominal colonoscopia e biopsia
de lesão localizado ao nível do orifício apendicular,
compatível com tumor neuroendócrino Foi efetuado
hemicolectomia direita laparoscópica exteriorização da
peça por minilaparotomia de apoio ressecção e anastomose latero-lateral mecânica isoperistáltica extracorporal Resultados: Tempo cirúrgico 2 horas Alta ao 4º
dia pós-operatório Histologia Tumor do apêndice com
22 mm e 28 gânglios isolados Tumor carcinoide bem
diferenciado T2 N0 G1 Discussão: O termo carcinoide
terá sido introduzido em 1907 por Obendorfer para definir um tumor com corportamento menos agressivo do
que o carcinoma Em 2010 a World health Organization
WHO defina uma nova classificação (3) Como factor de
pronóstico a dimensão do tumor é o mais importante A
agressividade relacionada com o número de mitose e a
positividade para o Ki-67 antigen O seguimento é baseado na clínica e nos exames complementares de Tc
abdominal e marcadores tumorais com periodicidade
anual (7) (1) Smeenk Euro J Surg Oncol 2008 ;34:196201 (3) Oberg Cancer Metastasis Revue 2011;30
suppl1:3-7 (7) Landerhom BJSurg 2011 ;98:1617
HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida
Colo-Proctologia
Stelio Rua (1) Irene Martins (2) Paula Borralho (3) Jõao
Gíria (1)
Stelio Rua
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V30)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Resseção Anterior do Reto e Hepatectomia Simultâ-
neas por Via Laparoscópica no Tratamento da Neoplasia Colorretal Metastático
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A melhor estratégia para lesões
hepáticas sincronas ressecáveis permanece controversa. A ressecção laparoscópica hepática e colorretal simultâneas ainda é pouco utilizada mas parece
apresentar benefícios. Apresentamos um doente do
sexo masculino, 68 anos que realizou uma colonoscopia evidenciando lesão vegetante na junção retossigmóide com a biópsia confirmando tratar-se de um
adenocarcinoma. Durante o estadiamento a tomografia
de abdomen também mostrou um nódulo hipodenso
e com realce heterogêneo de 3cm na extremidade do
lobo esquerdo. Material e Métodos: O video contém
os principais tempos da cirurgia laparoscópica combinada, resseção anterior do reto com anastomose
Revista Portuguesa de Cirurgia
198
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
colorretal primária e segmentectomia lateral esquerda.
Resultados: Foi submetido a resseção anterior do
reto por via e em seguida foi realizada segmentectomia lateral esquerda. O tempo total de cirurgia foi de
três horas e trinta minutos. Apresentou boa evolução
pós-operatória, recebendo alta no terceiro pós-operatório. A histologia demonstrou adenocarcinoma tubular
moderadamente diferenciado, com invasão da gordura
pericólica e nenhum gânglio comprometido de 21, além
de metástase hepática de adenocarcinoma colorretal
(pT3N0M1). Discussão: As ressecções colorretais
laparoscópicas combinadas a hepatectomias podem
ser utilizadas em determinados casos no tratamento da
neoplasia metastática.
Hospital de Santarém, EPE
Colo-Proctologia
Joana Miranda, Luís Romagnolo, Ivan Barcelos, Carlos Véo, Marcos Denadai, Maximiliano Cadamuro Neto,
Armando Melani
Joana Santos Miranda
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V32)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: How to avoid pitfalls on laparoscopic colorectal
surgery
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Colorectal laparoscopic pro-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V31)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Polipo Pré-Maligno do Recto: Tamis
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A cirurgia transanal minima-
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
mente invasiva (TAMIS) surgiu em 2009 como alternativa à excisão transanal clássica (TAE) ou à microcirurgia transanal endoscópica (TEM) para excisão
de lesões do recto. Vantagens: várias plataformas de
acesso com instrumentos de laparoscopia standard.
Descreve-se uma técnica segura e eficaz de excisão
de polipo do recto pré-maligno. Material e Métodos:
Homem, 70 anos, dislipidémico. Prova de sangue
oculto nas fezes positiva, fez colonoscopia: lesão aos
10 cm da margem anal envolvendo metade da circunferência do recto, feitas biópsias. Histologia: adenoma
viloso com displasia de alto grau (DAG). Ecoendoscopia de estadiamento local: sem adenopatias loco-regionais. Proposto para TAMIS. Resultados: Anestesia
geral, posição litotomia. Plataforma Gelpoint Path®.
Pneumorecto 14mmHg, câmara 5mm 30º, 2 portas trabalho 5mm. Excisão submucosa de polipo séssil 3.3 cm
com margens de segurança. Encerramento com pontos
separados de fio reabsorvível 4/0. Alta às 24h. Histologia da peça: adenoma tubulo-viloso com DAG, margem
excisional livre. Follow-up de 8 meses sem intercorrências. Discussão: A TAMIS tem vindo a ser adoptada
para excisão de lesões do recto, pela sua facilidade de
execução, uso de equipamento de laparoscopia habitual e evicção de cirurgia major em doentes seleccionados. As recomendações actuais são: lesões benignas
ou neoplasias in situ do recto médio/alto. Mais estudos
e maior tempo de follow-up são necessários para clarificar outras indicações e seguimento.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
Colo-Proctologia
Maria de Jesus Oliveira, Carlos Leichsenring, Vasco
Geraldes, Miguel Carracha, Bruno Pinto, Francisco
Carneiro
Maria de Jesus Oliveira
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cedures are rapidly becoming the standard of care for
many benign and malignant intestinal disorders. Since
early experiences, several intraoperative and postoperative complications have become evident as well as
methods and precautions to prevent these often disastrous problems. Intraoperative complications have been
reported to occur in 4-16% of procedures, although
variable definitions across reports. Material e Métodos: The group describes the technique for different
laparoscopic colorectal resections.The key steps are
demonstrated as the high vascular tie or the splenic flexure mobilization, among others. Potential pitfalls are
described, namely those which may conduce to ureter,
vascular or bowel injuries. Resultados: A didactic video
was performed in order to highlight common pitfalls
of laparoscopic colorectal surgery, as well as offering
practical approaches to their management, pointing out
the knowledge of the colorectal group. Discussão: A
laparoscopic approach for colorectal disease is safe,
feasible, and effective. Nonetheless it´s associated with
potential pitfalls that pose challenges to the surgeon and
team, and its identification and management may not
directly parallel those during an open approach. Hence,
it is essential for the team to have a good working knowledge of how to avoid and fix these potential problems
when they do occur.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Colo-Proctologia
Alves P, Rama N, Garcia R, Andril O, Faria V
Paulo Fernando Lopes Alves
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V33)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Abordagem cirúrgica de hamartoma quístico retro-
-rectal: a propósito de um caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os hamartomas quísticos retro-
-rectais (tailguts cysts) são lesões congénitas raras,
decorrentes de anomalias do desenvolvimento. A raridade destas lesões e sua localização anatómica conduzem a dificuldades diagnósticas e terapêuticas. O
tratamento de eleição é a ressecção cirúrgica completa.
Material e Métodos: Apresentação de um caso clínico.
Resultados: Os autores apresentam, sob a forma
de vídeo, o caso de uma mulher de 24 anos, caucasiana, referida a Cirurgia Geral por Gastroenterologia.
A doente apresentava queixas crónicas de desconforto
perianal, sem proctalgia. Do estudo realizado, a RMN
revelou o diagnóstico de lesão nodular com cerca de 3,
3 x 2, 8 cm de maiores eixos, aparentemente localizada
no espaço retro-rectal, de conteúdo algo heterogéneo.
Tendo em conta a localização, o género e grupo etário
da doente, é de considerar como primeira hipótese o
grupo das doenças de anomalias do desenvolvimento.
Procedeu-se à ressecção cirúrgica da lesão, usando
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
199
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
uma via de abordagem posterior transcoccígea (via de
Kraske). O pós-operatório decorreu sem intercorrências e 3 meses após a cirurgia, a paciente encontrava-se assintomática, sem evidência de recorrência da
doença. A histologia confirmou o diagnóstico de hamartoma quístico (tailgut cyst), sem sinais de malignidade.
Discussão: A via de Kraske é uma via de abordagem
segura do hamartoma quístico retro-rectal, permitindo
a ressecção completa, quando existe um alto índice
de suspeição nos exames radiológicos e a localização
anatómica da lesão o permite.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Colo-Proctologia
Fonseca, S., Liberal, M. Marcos, N., Pereira B., Carvalho C., Maciel J.
Sofia Filomena Pereira Fonseca
[email protected]
SALA 3
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Diferenças na cirurgia do cólon: eletiva vs urgência
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro coloretal é a terceira
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Tratamento cirúrgico laparoscópico de perfuração
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
08H00
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P59)
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V34)
RESUMO:
07-03-2015
iatrogénica endoscópica do cólon sigmóide com
cerca de 7 cm.
Objectivo/Introduçâo: A perfuração iatrogénica do
colon ocorre em cerca de 0, 19% dos estudos endoscópicos. A via de abordagem para o seu tratamento
carece ainda de consenso, observando-se na literatura uma crescente valorização da via laparoscópica,
ainda que com algumas limitações. Material e Métodos: Neste trabalho descrevemos um caso clínico de
abordagem laparoscópica para o tratamento de lesão
sigmóidea extensa. Resultados: Doente do sexo feminino, 81 anos, submetida a colonoscopia no contexto
de anemia crónica em estudo. Durante o procedimento,
perfuração iatrogénica do cólon sigmóide, com cerca
de 7 cm de extensão, em região com múltiplas aderências e angulações. Submetida a tratamento cirúrgico
emergente, tendo-se optado por abordagem laparoscópica, com encerramento directo da extensa lesão
cólica e cuidada toilette peritoneal. Pós-operatório
com dor abdominal associada a enfisema subcutâneo exuberante mas de resolução espontânea; sem
outras complicações. Discussão: Demonstrada viabilidade da abordagem laparoscópica para o tratamento
da lesão, mesmo que extensa e num contexto anatómico hostil, com impacto positivo na morbilidade do
doente. Outros estudos são necessários para melhor
sustentar as vantagens e limitações desta via de abordagem.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE –
Unidade II
Colo-Proctologia
Leite, M; Liberal, M; Louro, H; Campos, J; Marcos, N;
Carrapita, J; Maciel-Barbosa, J.
Mariana Leite
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
neoplasia mais frequente do mundo ocidental e a quarta
mais mortal sendo também uma das que apresenta
maior probabilidade de cura desde que diagnosticada
atempadamente e submetida a um tratamento cirúrgico
radical. Cerca de 10% de todas as cirurgias por neoplasia do cólon são efetuadas num contexto de urgência
normalmente por oclusão intestinal. Este estudo pretende avaliar os resultados da nossa experiência de
cirurgia dos carcinomas do cólon esquerdo e reto no
contexto de cirurgia programada vs urgência. Material
e Métodos: O estudo retrospetivo inclui 281 doentes
operados a carcinoma do cólon esquerdo ou reto no
período de 5 anos (2009-13) submetidos a cirurgia eletiva ou de urgência e divididos por estadios da doença.
As variáveis analisadas (SPSS.v20) incluíam tipo de
cirurgia, complicações pós-operatórias, dias de internamento, taxa de re-intervenção, sobrevida global e livre
de doença. Resultados: Foram incluídos 281 doentes,
62% homens, média de idades de 69 anos. 87% das
cirurgias foram eletivas e a localização mais frequente
o sigmóide. A taxa de complicações e dias de internamento foram maiores no grupo da cirurgia de urgência
face ao grupo da cirurgia programada, 47% vs 33% e
15, 4 vs 10, 6 respetivamente. Discussão: A cirurgia de
urgência continua a ser um desafio dado não haver um
estadiamento correto da neoplasia nem um doente bem
preparado. Tal como demonstrado, a morbimortalidade,
a sobrevida livre de doença e a sobrevida global são
afetadas pela urgência da intervenção.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Colo-Proctologia
Ana Cristina Rodrigues, Luísa Calais Pereira, Diana
Gomes, Telma Brito, Mário Rui Gonçalves, Paulo Passos, Fernando Barbosa
Ana Cristina Fernandes Rodrigues
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P60)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Metástase cerebral isolada e neoplasia do cólon –
caso clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As metástases cerebrais são
os tumores cerebrais mais frequentes. Ocorrem mais
frequentemente nos tumores do pulmão, mama, testículo e melanoma e raramente têm origem nos tumores
gastrointestinais. Constituem invariavelmente um sinal
de mau prognóstico. Resultados: Os autores apresentam um caso raro de uma doente submetida a hemicolectomia direita por adenocarcinoma mucinoso do cólon
direito, a quem foi diagnosticada um ano depois uma
metástase cerebral, sem evidência de outros focos de
secundarização. Discussão: As metástases cerebrais
Revista Portuguesa de Cirurgia
200
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
no cancro colo-rectal são raras, ocorrendo em cerca de
4% dos doentes. Destes, 90% têm evidência de doença
metastática extracraniana (mais frequentemente pulmonar e hepática). Em cerca de 60% dos casos o tumor
primário localiza-se no cólon sigmóide ou no recto. O
seu tratamento é controverso, sendo que o mais consensual na literatura é a ressecção cirúrgica associada
a radioterapia.
Hospital Garcia de Orta, EPE
Colo-Proctologia
Gabriela Machado, Mikhail Costa, Sandra Carlos, Rui
Cardoso, Luis Galindo, Pedro Moniz Pereira, António
Folgado, João Corte Real
Gabriela Machado
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P61)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: A Esfincterotomia Lateral Interna no tratamento da
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Fissura Anal Crónica
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Avaliação dos resultados da
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
Esfincterotomia Lateral Interna (ELI) no tratamento da
fissura anal crónica (FAC). Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes submetidos a ELI entre
1/1/2012 e 30/09/2014, através da consulta de base de
dados informatizada e dos processos clínicos. Resultados: Durante o período em análise foram submetidos
a cirurgia 34 doentes (20 mulheres e 14 homens), com
idade média de 53 anos. Destes 26 foram referenciados
directamente pelo Médico Assistente. Todos apresentavam sintomatologia com mais de 1 ano de evolução
(proctalgia)) e 30 rectorragias frequentes. A indicação
cirúrgica foi colocada por falência do tratamento médico
em 30 doentes, e em 4 por motivos económicos. Efectuaram terapêutica médica de relaxamento do esfíncter
26 doentes, sendo que 7 realizaram ainda toxina botulínica. O tempo médio de internamento foi 1 dia. A taxa
de mortalidade foi de 0% e apenas 1 doente apresentou
morbilidade, com incontinência para gases. Ocorreram
6 recidivas, 5 das quais com resolução após tratamento
médico. Discussão: Apesar de ser hoje consensual
que a primeira abordagem no tratamento da FAC é
médica, a ELI é uma opção segura e eficaz aquando da
falência do mesmo, como demonstra a nossa série.
Centro Hospitalar de São João, EPE
Colo-Proctologia
Beatriz Caldeira, Pedro Correia da Silva, José Costa
Maia
Ana Beatriz Mendes Caldeira
[email protected]
América é de 10 a 20 casos por milhão. Este trabalho
tem por objectivo caracterizar os casos de GIST que
ocorreram entre Janeiro de 2003 e Outubro de 2014,
o seu tratamento e seguimento dos doentes portadores
desta patologia. Material e Métodos: Trabalho retrospectivo por consulta de processos clínicos dos doentes
portadores de GIST de Janeiro 2003 até Outubro 2014.
O tratamento dos dados foi efectuado com o programa
informático Excel. Resultados: Foram contabilizados
29 casos de GIST. A idade média é de 67 anos, com
59% de homens e 41% de mulheres. A localização mais
frequente é o estômago, seguido do intestino delgado.
Em 90% dos casos (26 doentes) a ressecção tumores
foi completa. Foram considerados 3 doentes para terapêutica com Imatinib. Discussão: Quando executável,
a cirurgia é a terapêutica de eleição para o tratamento
dos GIST. Dentro das abordagens à disposição do cirurgião, a cirurgia minimamente incásica mostra-se eficaz e
segura para o tratamento desta patologia. Esta entidade
tem um leque alargado de apresentações e formas, e
com agressividades variadas. O Imatinib demonstra-se
uma arma eficaz para tratamento do mais agressivos.
Hospital de Santarém, EPE
Colo-Proctologia
Olga Oliveira, Lara Madeira, António Soares, José Lima
Olga Manuela Duarte Correia de Oliveira
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P63)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Apendicite aguda: experiência acumulada em 500
apendicectomias
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A apendicite aguda (AA) é a
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P62)
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: GIST: uma patologia, várias abordagens. A revisão
de 10 anos.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gastro-
-intestinal (GIST) são tumores raros, representando
menos de 1% de todas as neoclássicas gastro-intestinais. A sua incidência anual nos Estados Unidos da
CONTACTO:
EMAIL:
causa mais frequente de abdómen agudo. Apesar dos
avanços nas técnicas auxiliares de diagnóstico, o exame
físico continua a ser preponderante no diagnóstico e
o tratamento de eleição é a apendicectomia. Revisão
casuística de doentes submetidos a apendicectomia
por AA. Material e Métodos: Estudo de observância,
retrospetivo dos doentes submetidos a apendicectomia
por AA entre 5 de Setembro de 2011 e 25 de Outubro
de 2014. Resultados: Durante o período em estudo,
500 doentes foram submetidos a apendicectomia no
contexto de AA. A idade média da população estudada
foi de 38, 6 anos. Registou-se um ligeiro predomínio
do sexo feminino (261; 52, 2%). A abordagem cirúrgica
foi laparoscópica em 74% (370) dos casos. Em 35%
(175) dos doentes, foi registada peritonite ou abcesso.
A moda do internamento foi de 2 dias (média de 4, 3), a
taxa de reintervenção foi de 3, 4% (17) e a de reinternamentos de 2% (10). Não houve mortalidade associada
ao procedimento. Discussão: A apendicectomia continua a ser o tratamento de eleição da apendicite aguda
apresentando um morbilidade reduzida.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Colo-Proctologia
José Presa Fernandes (1), Wilson Malta (1), Graça Cardoso (1), Pedro Moreira (1), Vítor Simões (1), Donzília Sousa Silva (1), Jorge Daniel (1), Jorge Santos (1),
José Polónia (1), José Davide (1)
José Miguel Presa Fernandes
[email protected]
XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
201
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P64)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Encerramento de Colostomia de Proteção na Cirur-
gia Oncológica do Reto
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na cirurgia oncológica do reto,
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
a colostomia derivativa reduz o grau de complicações
da anastomose colo-retal. Pretende-se avaliar os
resultados e complicações do encerramento de colostomias em doentes submetidos cirurgia por carcinoma
do reto. Material e Métodos: Reviram-se retrospectivamente 92 doentes submetidos a encerramento da
colostomia de proteção entre Jan. 2012 e Dez. 2013.
Caracterizou-se a população e avaliaram-se os resultados. Resultados: A mediana de idades foi de 62 anos
e predominou o sexo masculino (62%). A cirurgia inicial
foi precedida de terapêutica neoadjuvante em 85% dos
casos e seguida de terapêutica adjuvante em 54.3%. O
tempo entre a primeira e a segunda cirurgia foi de 11
meses. Registaram-se 13 complicações referentes ao
procedimento cirúrgico. No total, 27 doentes referiam
alterações funcionais após o encerramento. Sete doentes foram re-operados após o encerramento da colostomia.Tratamentos neoadjuvantes ou adjuvantes não
se associaram a aumento de complicações. O encerramento precoce da colostomia (primeiros 6 meses)
relacionou-se com o aumento da taxa de complicações
(p=.043). Discussão: As taxas de complicações e re-intervenções associada ao procedimento são baixas.
Registou-se menor taxa de complicações nas reconstruções após os 6 meses, que poderá estar em relação
com o processo de cicatrização da anastomose colo-retal. O elevado número de doentes com alterações de
trânsito intestinal carece de uma análise em contexto
prospetivo.
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE
Colo-Proctologia
Alexandre Sousa; Catarina Rocha; Cátia Ribeiro; José
Carlos Pereira; Pedro C. Martins; Ana Mesquita; Ana
Ferreira; Fernanda Sousa; Gonçalves Dias; José Pedro
Silva; José Videira; Abreu de Sousa
Alexandre Manuel Paulo de Sousa
[email protected]
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
de risco. Resultados: Foram operados 745 cólons e
retos no período estudado, tendo sido efetuadas 649
anastomoses. Identificaram-se retrospetivamente 38
deiscências, perfazendo uma taxa de incidência de 5,
86%, sendo que a mortalidade associada foi de 23, 7%.
Os principais procedimentos que deram origem a deiscência foram sigmoidectomia, hemicolectomia direita,
resseção anterior do reto e hemicolectomia esquerda.
A taxa de confecção de estoma de derivação na cirurgia
inicial foi de 13, 2%. A maioria das deiscências encontradas (58%) verificou-se em cirurgia eletiva e as restantes em cirurgia de urgência: 39% por oclusão e 3%
por perfuração. Após o diagnóstico de deiscência, 79%
dos doentes foram submetidos a um estoma terminal,
8% a uma nova anastomose sem estoma de derivação,
5% a estoma de derivação sem anastomose, 9% a confeção de nova anastomose com estoma de derivação,
laparostomia e terapêutica de suporte.
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Colo-Proctologia
Pimenta de Castro J, Pereira LG, Mestre R, Jácome P
João David do Vale Pimenta de Castro
[email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P66)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Duplicação do Canal Anal em Idade Adulta: Caso
Clínico e Revisão do Tratamento Cirúrgico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A duplicação do canal anal
(DCA) é a malformação congénita mais rara do tubo
digestivo. Atinge maioritariamente mulheres e está
associada a outras malformações congénitas. O tratamento gold-standard é cirúrgico com a finalidade
de prevenir as complicações infecciosas e a eventual
progressão para neoplasia (Dukes 1956). As técnicas descritas são exérese em bloco por via perineal,
via pré-sagrada e mucosectomia anal, entre outras.
Resultados: O caso clínico trata-se de uma doente de
48 anos com antecedentes de HTA, DM tipo 2 e obesidade mórbida que aos 40 anos teve dois episódios
de abcesso perianal posterior. Foi referenciada à consulta de Coloproctologia onde se objectivou um orifício
na linha média, posterior ao ânus, que ao toque apresentava lúmen cego com cerca de 3 cm. Foi realizado
estudo complementar com RMN pélvica, ecoendoscopia anal, colonografia e clister opaco que confirmaram
a presença de DCA com identificação de estruturas
esfincterianas, sem aparentes trajectos fistulosos do
canal anal acessório para o ânus ou recto. A doente foi
proposta para cirurgia que recusou, tendo abandonado
a consulta. Aos 45 anos desenvolveu novo episódio de
abcesso perianal posterior. Foi reproposta cirurgia que
novamente recusou. Mantém seguimento em consulta.
Discussão: Este caso reveste-se de particular importância pela sua raridade, estando descritos cerca de 60
casos. Este caso foi diagnosticado aos 40 anos, constituindo o caso diagnosticado mais tardiamente e sem
progressão até à data para neoplasia.
HOSPITAL: Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Jessica Neves, Raquel Dias, Filipa Santos, Henrique
Morais, Hugo Ribeiro, João Pinho, Vera Vieira, Nuno
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P65)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Deiscência de anastomose em cirurgia do cólon e
reto, experiência de 8 anos na Unidade Local de
Saúde do Baixo Alentejo
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A deiscência de anastomose,
definida como extravasão de conteúdo luminal numa
junção cirúrgica entre duas vísceras ocas, é a complicação mais temida da cirurgia do cólon e reto. A sua
incidência varia entre 1 e 30%, com uma mortalidade
entre 25 a 35%. Em cirurgiões colorretais experientes
é considerada aceitável uma taxa compreendida entre
4 e 6%. Pretende determinar-se a taxa de incidência
de deiscência de anastomoses em cirurgia do cólon e
reto e a mortalidade associada num serviço de Cirurgia
Geral, bem como identificar o seu tratamento e fatores
Revista Portuguesa de Cirurgia
202
Azenha, Isabel Borges, Alice Fonseca, Lucília Conceição, Amândio Matos, José Cecílio
CONTACTO: Jessica Antunes Neves
EMAIL: [email protected]
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P67)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Abordagem cirúrgica da apendicite aguda: laparo-
tomia ou laparoscopia?
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A laparoscopia revolucionou a
HOSPITAL:
CAPÍTULO:
AUTORES:
CONTACTO:
EMAIL:
cirurgia, sendo atualmente a via de eleição para inúmeras patologias. No entanto, apesar dos estudos
desenvolvidos nos últimos 20 anos, na apendicite
aguda (AA) esta continua a suscitar inúmeras dúvidas.
Comparação dos resultados globais entre abordagem
laparoscópica e clássica no tratamento da AA. Material e Métodos: Estudo de observância, retrospectivo, dos doentes submetidos a apendicectomia no
contexto de AA entre 05/09/2011 e 25/10/2014, por
via laparoscópica e clássica, excluindo as conversões. Análise estatística com SPSS 21. Resultados:
A amostra reúne 470 doentes (idade média: 38 anos;
52, 6% do sexo feminino). Os doentes submetidos a
laparoscopia foram, em média, 9 anos mais novos e
predominou o sexo feminino (p Discussão: Apesar
do carácter retrospetivo e não controlado do estudo, a
idade do doente, o género e a presunção de abcesso
ou peritonite poderão ser fatores determinantes para a
opção da via cirúrgica. A apendicectomia laparoscópica
continua a ser a nossa via preferencial no tratamento
da AA.
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Colo-Proctologia
José Presa Fernandes, Wilson Malta, Graça Cardoso,
Pedro Moreira, Vítor Simões, Donzília Sousa Silva,
Jorge Daniel, Jorge Santos, José Polónia, José Davide
José Miguel Presa Fernandes
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formativa. Discreta densificação da gordura peri-intestinal adjacente. Útero de dimensões aumentadas, com
imagem nodular volumosa e heterogénea envolvendo
a parede posterior do fundo e corpo, limites bem definidos, medindo 111x78x105 mm. A anatomia patológica
mostrou útero compatível com fibroleiomioma (10 cm) e
adenocarcinoma mucinoso, ulcerado, da válvula óleo-cecal. pT3 N0 Mx. Material e Métodos: Todas a informações foram retiradas do processo clínico do doente.
Resultados: A doente teve um pós-operatório sem
intercorrências, e está realizar tratamento oncológico.
Nomeadamente Quimioterapia Discussão: Em conclusão podemos afirmar que a cirurgia foi o tratamento
adequado para esta doente.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Colo-Proctologia
Rui Barata, P. Magro, R. Fernandes, C. Soares, B. Clemente, A. Martinho, H. Messias, António Galzerano
Rui Barata
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RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P68)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Enterite Rádica – um caso invulgar de suboclusão
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A radioterapia (RT) é uma tera-
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P413)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Adenocarcinoma Mucinoso da Válvula Ileo-cecal –
Caso Clínico
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente 52 anos, sem antece-
dentes pessoais relevantes. Recorre ao SU por quadro
de náuseas e vómitos, intermitente, com 3-4 meses
evolução. Aumento do perímetro abdominal e massa
no hipogastro com aparecimento há 3 semanas. Dor
abdominal tipo cólica, generalizada, sem defesa com
2 dias evolução. Analiticamente tinha uma leucócitos
e PCR aumentada. Realizou Rx abdómen em pé que
mostrou NHA exuberantes. Posteriormente realizou Tac
Abdómino-pélvico que mostrou: Moderada a marcada
distensão de asas de delgado, envolvendo todo o delgado até à proximidade da válvula ileo-cecal. Cólon não
distendido. Ampola rectal colapsada. Espessamento
parietal circunferencial envolvendo trajecto imediatamente distal da última anda ilegal e a válvula ileo-cecal,
de aspecto obstrutivo/oclusivo suspeito de lesão neo-
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pêutica útil, mas os efeitos secundários são significativos por alterações orgânicas nas áreas irradiadas.
Aproximadamente um terço dos doentes com enterite
rádica necessita de cirurgia, que se associa a elevada
morbilidade e risco de recorrência. Resultados: Sexo
feminino, 74 anos, recorre ao Serviço de Urgência por
episódios intermitentes e autolimitados de dor abdominal e vómitos que motivaram perda ponderal de cerca
de 9kg. Antecedentes de neoplasia do útero tratada
com radioterapia (RT) e anemia megaloblástica. Realizou colonoscopia sem alterações. TAC abdominal com
grande distensão de todo o intestino delgado e cólon
e “resíduos fecais de densidade elevada”. Laparoscopia diagnóstica com identificação de estenose de
ansa de jejuno proximal. Procedeu-se a laparotomia
de Pfannenstiel com identificação do segmento estenosado com um corpo estranho esférico intraluminal
(esfera de vidro) que não ultrapassava o local estenótico e condicionava efeito de válvula. Realizada ressecção segmentar do segmento intestinal e anastomose
termino-terminal com Biosyn 3/0. A doente negou ter
consciência de ter ingerido o objecto descrito. Pós-operatório sem complicações com alta ao 6º dia. Follow up
de 5 meses sem queixas, com recuperação do peso
que apresentava antes do inicio do quadro. Histologia
da peça com alterações compatíveis com o diagnóstico
de enterite rádica. Discussão: A enterite rádica é uma
complicação da RT e, quando sintomática, pode necessitar de tratamento cirúrgico.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Colo-Proctologia
J. Nobre, A. Couceiro, G. Capelão, M. Laureano, P.
Clara, M. Coelho dos Santos, I. Gonçalves
João Miguel Salvador Nobre
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XXXV Congresso Nacional de Cirurgia
203
RESUMO DE COMUNICAÇÃO- (P69)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Síndrome de Klippel-Trenaunay: uma causa rara de
hemorragia digestiva baixa
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: INTRODUÇÃO: A síndrome
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de Klippel-Trenaunay (SKT) é uma patologia congénita rara, caracterizada por malformações capilares
cutâneas, anomalias vasculares e/ou linfáticas e hipertrofia óssea e/ou de tecidos moles. O envolvimento
gastrointestinal ocorre em cerca de 20% dos casos,
manifestando-se frequentemente por hemorragia
digestiva. A abordagem, no caso de envolvimento colorectal, depende da extensão da doença e gravidade
da hemorragia. Material e Métodos: Apresentação
de caso clínico com base nos dados do processo clínico eletrónico, procedendo-se a breve revisão bibliográfica. Resultados: Doente do sexo masculino, 44
anos, com quadro clínico dominado por hematoquézias
recorrentes com necessidade de suporte transfusional
episódico. O exame endoscópico colorectal revelou
rede venosa submucosa exuberante, circunferencial,
desde o reto ao ângulo esplénico. Estudo tomografico
e angiografico corroboraram a hipótese diagnóstica de
SKT. Perante a recorrência das perdas hemáticas com
necessidade de suporte transfusional frequente, optou-se pela ressecção rectosigmoideia com finalização
tipo Hartmann, sem complicações pós-operatórias imediatas, e sem evidência de recorrência hemorrágica, à
data. Discussão: Descreve-se o caso de um doente
com SKT com exuberante envolvimento cólico e episódios repetidos e relevantes de hemorragia gastro-intestinal. Apesar de rara, esta entidade pode resultar
em hemorragias com rebate hemodinâmico importante
e necessidade de embolização terapêutica ou cirurgia
de resseção.
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
Colo-Proctologia
Inês Sales, Daniel Jordão, Rita Brásio, Paulo Alves, Rui
Garcia, Nuno Rama, Vítor Faria
Inês Ferrer Sales
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culino que realizou TAC abdominal que revelou lesão
quística com 203x210 mm de maior eixo, que se estendia desde a hemicúpula diafragmática esquerda até
ao cólon sigmóide, sem aparente invasão de estruturas adjacentes. Foi efetuada laparotomia exploradora
com incisão mediana supra e infra-umbilical. Durante
a cirurgia verificou-se que a lesão quística se encontrava na dependência da parede gástrica. Foi realizada gastrectomia atípica. O pós-operatório decorreu
sem qualquer incidente, o doente teve alta ao 12º dia
pós-operatório. Discussão: Os GIST são entidades
que, pela variedade de localizações que podem apresentar levam a variadas formas de apresentação.
A cirurgia minimamente invasiva, quando exequível demonstra-se eficaz e segura para este tipo de
tumores.
Hospital de Santarém, EPE
Colo-Proctologia
Olga Oliveira, António Estrela, Luís Ferreira, Natacha
Nunes, Nuno Vilela, Pedro Carvalho, José Lima
Olga Manuela Duarte Correia de Oliveira
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RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P71)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Um caso raro de duplo volvo intestinal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O volvo intestinal ocorre mais
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P70)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Tumor do estroma gastrointestinal: dois casos,
duas realidades
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O objectivo deste poster é
apresentar dois casos de GIST, um gástrico e outro
rectal, demonstrando a variabilidade desta entidade.
Resultados: Utente de 67 anos de idade, sexo masculino, com várias comorbilidades. Realizou colonoscopia
que revelou “tumoração volumosa aparentemente recoberta de mucosa normal, bastante vascularizada (lesão
sub-mucosa?) no recto distal”. A histologia demonstrou
ausência de células tutorais. O doente foi submetido a
excisão da lesão por via trans-anal utilizando o dispositivo Gel Point. A cirurgia decorreu sem intercorrências.
O pós-operatório foi complicado de septicemia que
resolveu com antibioterapia. O doente teve alta ao 10º
dia pós-operatório. Utente de 76 anos, do sexo mas-
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Revista Portuguesa de Cirurgia
204
frequentemente no colon e é raro no intestino delgado.
A ocorrência de dois volvos intestinais simultaneamente no mesmo doente é extremamente rara. Material e Métodos: Os autores apresentam o caso de um
duplo volvo intestinal. Resultados: Trata-se de um
homem de 81 anos que recorreu ao SU por um quadro de oclusão intestinal. Apresentava antecedentes de
uma cirurgia por volvo do intestino delgado há 3 anos.
O exame abdominal revelou marcada distensão e dor
generalizada sem defesa. Realizou TC abdominal que
colocou hipótese de volvo do delgado. Foi submetido a
laparotomia urgente, constatando-se duplo volvo intestinal (delgado e colon transverso), sem viabilidade das
ansas envolvidas, que foram ressecadas. Face a instabilidade hemodinâmica durante a cirurgia, optou-se
por laparostomia e transferência para a UCI. Após 48
horas, constatou-se viabilidade intestinal e realizou-se
anastomose do delgado, colostomia e fístula mucosa.
Por elevação dos parâmetros inflamatórios, realizou TC
abdominal ao 9º dia que não revelou alterações. Teve
como intercorrências pneumonia e IC descompensada,
acabando por falecer ao 12º dia após a primeira cirurgia. Discussão: O duplo volvo intestinal é muito raro,
pelo que não existe um padrão de atuação. Nenhum
estudo define um tratamento ótimo. A opção a tomar
dependerá do julgamento do cirurgião face as circunstâncias particulares de cada caso.
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Colo-Proctologia
Sofia Sousa, António Rivero, António Lourenço, Daniel
Cartucho, Mahomede Americano
Ana Sofia Amaral de Sousa
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RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P72)
SESSÃO P-CR 4
TÍTULO: Cirurgia Colo-Rectal Oncológica Laparoscópica: A
Nossa Modesta Experiência
RESUMO: 
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