Revista Portuguesa de irurgia II Série • N.° 32 • Suplemento • Março 2015 xxxV congresso nacional de cirurgia PROGRAMA E RESUMOS ISSN 2183-1165 Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA PROGRAMA e RESUMOS 5 a 7 de Março de 2015 FIGUEIRA DA FOZ R e v i s t a Po r t u g u e s a d e C i r u r g i a XXXV Congresso Nacional de Cirurgia Corpo Editorial Editor Chefe – Jorge Penedo (Centro Hospitalar de Lisboa Central), Editor Cientifico – Carlos Costa Almeida (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), Editor Técnico – José Augusto Gonçalves (Centro Hospitalar Barreiro-Montijo), Editores Associados – António Gouveia (Centro Hospitalar de S. João) Beatriz Costa (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra) e Nuno Borges (Centro Hospitalar de Lisboa Central), Editores Eméritos – José Manuel Schiappa (Hospital CUF Infante Santo) e Vitor Ribeiro (Hospital Privado da Boa Nova, Matosinhos) • Conselho Científico A. Araújo Teixeira (Instituto Piaget, Hospital de S. João, Porto), Eduardo Barroso (Centro Hospitalar de Lisboa Central), F. Castro e Sousa (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), Fernando José Oliveira (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), Francisco Oliveira Martins (Centro Hospitalar de Lisboa Central), Henrique Bicha Castelo (Centro Hospitalar de Lisboa Norte), João Gíria (Hospital Garcia de Orta, Almada), João Patrício (Hospital da Universidade de Coimbra), Jorge Girão (Hospital dos Capuchos, Lisboa), Jorge Maciel (Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia e Espinho - Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia), Jorge Santos Bessa (Hospital de Egas Moniz, Lisboa), Júlio Leite (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), José Guimarães dos Santos (Instituto de Oncologia do Porto), José Luís Ramos Dias (Hospital CUF Descobertas, Lisboa), José M. Mendes de Almeida (Hospital CUF Descobertas, Lisboa), Nuno Abecasis (Instituto Português de Oncologia de Lisboa – Secretário Geral da SPC), Pedro Moniz Pereira (Hospital Garcia de Orta, Almada), Rodrigo Costa e Silva (CHLO – Hospital Ega Moniz) • Edição e Propriedade Sociedade Portuguesa de Cirurgia – Rua Xavier Cordeiro, 30 – 1000-296 Lisboa, Tels.: 218 479 225/6, Fax: 218 479 227, [email protected] • Redacção e Publicidade SPOT Depósito Legal 255701/07 Índice ÓRGÃOS SOCIAIS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 PATROCINADORES DO CONGRESSO MENSAGEM DO PRESIDENTE MENSAGEM DO PRESIDENTE DE HONRA . EDITORIAL DA DIRECÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 CURSOS PRÉ-CONGRESSO NACIONAL PROGRAMA DO XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 . . . . . . . . . . . . . . 24 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 REGULAMENTO DOS TRABALHOS APRESENTADOS NO CONGRESSO NACIONAL RESUMOS Revista Portuguesa de Cirurgia 2 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA Órgãos Sociais DIRECÇÃO CONSELHO FISCAL PRESIDENTE PRESIDENTE Prof. Doutor Jorge Maciel Prof. Doutor J. Crespo Mendes de Almeida VICE-PRESIDENTES VOGAIS Prof. Doutor Francisco Oliveira Martins Prof. Doutor António Bernardes Dr. Carlos Casimiro Dr. Fernando Ferreira SECRETÁRIO-GERAL Dr. Nuno Abecasis MESA DA ASSEMBLEIA GERAL SECRETÁRIOS-GERAIS ADJUNTOS PRESIDENTE Dr. Mário Mendes Dr. Gil Gonçalves Prof. Doutor J. Guilherme Tralhão Prof. Doutor Júlio Leite VICE-PRESIDENTE Dr. Vieira Amândio TESOUREIRO Dr. Vasco Geraldes VOGAIS TESOUREIRO ADJUNTO Dr. Jorge Pais Dra. Lurdes Gandra Dr. Carlos Luz VOGAIS Prof. Doutor José Barbosa Dr. Jaime Vilaça Dr. Jorge Pereira Dr. Eduardo Oliveira Dr. Hugo Pinto Marques Dr. João Coutinho XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 3 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA PATROCINADORES DO CONGRESSO Revista Portuguesa de Cirurgia 4 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA MENSAGEM DO PRESIDENTE Caro Colega A Sociedade Portuguesa de Cirurgia vai levar a cabo mais uma reunião magna dos cirurgiões portugueses – o seu Congresso Anual de 2015. O evento decorrerá de 5 a 7 de Março de 2015 e esperamos que mereça a adesão da generalidade dos cirurgiões e que tenha o sucesso científico que a qualidade da prática dos nossos profissionais faz augurar. Para o próximo ano, após reflexão profunda sobre o congresso de 2014 e avaliação dos aspectos financeiros, logísticos e de possibilidade de angariação de patrocínios, quer para a Sociedade o poder concretizar, quer para os sócios conseguirem apoios da indústria, decidiu a Direcção da SPC, que o Congresso de 2015 irá decorrer na Figueira da Foz, no Hotel “Eurostar”. Trata-se de uma unidade hoteleira de 4 estrelas, recentemente inaugurada, localizada num local aprazível – avenida marginal da cidade, dotada de todas as infra-estruturas que consideramos indispensáveis, com excelentes condições de conforto, que seguramente irão proporcionar aos congressistas, patrocinadores e acompanhantes, uma estadia aprazível, onde para além de uma partilha de conhecimento científico sejam também possíveis bons momentos de são convívio social. A estrutura do congresso será análoga à do ano anterior, tendo-se efectuado algumas alterações por forma a corrigir aspectos que foram considerados menos bem, quer pela Direcção quer pelos nossos pares. Tentamos dar ouvido e corrigir/ implementar as sugestões que recebemos. Como principal reunião dos cirurgiões, é por excelência, o fórum adequado para cotejar experiências, pelo que convidamos todos a irem e a apresentarem a sua vivência cirúrgica, bem como os trabalhos de investigação em que se encontrem envolvidos. Pedimos especial atenção para as normas a que se devem submeter os trabalhos que queiram apresentar, bem como para os prazos que deverão ser escrupulosamente cumpridos. Para além dos cirurgiões portugueses que convidamos para tomar parte activa no Congresso, teremos também connosco um conjunto de cirurgiões estrangeiros, que com a sua experiência e conhecimento, contribuirão também para o elevado nível científico que pretendemos alcançar. Para todos, o nosso agradecimento pela colaboração graciosa. Espero encontrá-los brevemente na Figueira da Foz Saudações amigas Jorge Maciel Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 5 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA MENSAGEM DO PRESIDENTE DE HONRA Tive o privilégio de ser convidado pela Sociedade Portuguesa de Cirurgia para ser o Presidente de Honra do XXXV Congresso Nacional. Foi com grande prazer, sentindo-me profundamente sensibilizado, que aceitei o convite, e a honra. O Congresso Nacional é um dos eventos científicos organizados pela nossa Sociedade que mais necessita de ser, não só acarinhado como, mais que tudo, participado. O papel de um cirurgião (em treino ou já com o treino terminado) não se limita à actividade clínica diária; faz parte das nossas obrigações o permanente estudo, a auto-educação contínua e a contribuição para a educação dos colegas que nos rodeia e, como corolário destas obrigações, a transmissão e avaliação científica das nossas experiências. A progressão da cirurgia portuguesa está dependente do envolvimento de todos os cirurgiões nestas actividades; é um erro profundo pensar que a dedicação profissional e a satisfação pessoal se podem considerar completas apenas com a execução de uma actividade clínica, mais ou menos esforçada. As reuniões científicas e a vida social entre pares são fundamentais sob vários aspectos. A preparação de cada um de nós, as respostas às dúvidas que acreditamos ser os únicos a ter, os casos particulares onde aprendemos novos pontos de vista e que temos vontade de discutir e avaliar, tudo isso deve ser compartilhado em reuniões científicas que ocorrem regularmente e, também, publicado e discutido nas Revistas Científicas como a nossa “Revista Português de Cirurgia”. O cirurgião isolado estagna e, cada vez mais, é uma “espécie em via de extinção” até porque também, mais e mais, sobretudo em países pequenos como o nosso, a prática clínica deverá progredir, tão depressa quanto possível, em nome da Qualidade, para uma prática de grupo, multidisciplinar e, dentro do razoável, especializada, articulando-se em rede com os grupos que actuarão de forma mais “básica” (todos são necessários e uma rede devidamente estruturada assim os devia incorporar). A obrigatória formação contínua leva a que todos nos devamos articular cientificamente, de preferência dentro da estrutura mais indicada para isso, a Sociedade Portuguesa de Cirurgia. É a esta que cumpre fazer a coordenação das acções de formação, se necessário em articulação com as outras Instituições como Faculdades, Hospitais e Sociedades ou Grupos Nacionais e Internacionais, e que tem de ser o dialogante preferencial com o Ministério da Saúde ou mesmo, se necessário, com o Ministério da Educação e do Ensino Superior. Mais do que nunca a Sociedade Portuguesa de Cirurgia tem suprido o papel – que deveria ser o principal e o mais empenhado – do Ministério da Saúde, no que respeita às obrigações de formação dos Internos. Deve ser o Ministério a providenciar o programa base e a custear grande parte das acções de formação; os tempos não estão fáceis, é um facto, mas a escolha, infeliz, de formar médicos que vão trabalhar a “custo zero de formação” para o estrangeiro (tal como muitos outros profissionais) não entrou na compreensão dos governantes. Com tudo isto a vida profissional adulterou-se e vemos Internos de Cirurgia a fazer um enorme número de serviços de urgência por mês e os Serviços a deixarem de poder ter vida hospitalar por razão das “folgas”, das sobrecargas de trabalho e, em última instância, pelo desinteresse que se instala progressivamente. É extremamente difícil, nestas circunstâncias, juntar à prática clínica o tempo e os complementos necessários para elaborar trabalhos, fazer pesquisas ou preparar devidamente o estudo e progredir, de forma calma e bem estruturada, Revista Portuguesa de Cirurgia 6 numa carreira; estas dificuldades são acrescidas pelo que estas condições transmitem às hierarquias que também sentem os mesmos problemas ficando limitadas nos apoios que deveriam fornecer. O nosso XXXV Congresso terá lugar, desta vez, na Figueira da Foz, como habitualmente no início de Março: de 5 a 7. É uma nova política de desenraizamento do Congresso, que agora passa, como há bastante tempo atrás, a ter lugar em diversos pontos do país; creio que é positivo e, não só chama a atenção do público em geral para as nossas actividades e problemas como poderá – assim o espero bem –, facilitar a participação de todos aqueles que, de outro modo, possam ter dificuldades em deslocações mais longas. É sempre um prazer ver a participação de novas e, ainda mais, jovens, caras nos Congressos Nacionais. Esse prazer será aumentado sempre que veja estes novos participantes “participar mesmo”; com isto quero dizer o ter o gosto de os ver intervir, questionar e argumentar durante as sessões científicas. E mesmo fora delas, em contacto directo com os palestrantes e outros intervenientes; é para isso que eles foram convidados e lá estão. O Congresso Nacional tem «rotinas estabelecidas»: Mesas Redondas, Nacionais, Internacionais e de Internos, as «Provas de Caras», Conferências, discussões de casos clínicos, Comunicações Livres e Vídeo e os Cursos Pós-graduados. Em particular estes, em geral na véspera do primeiro dia de Congresso, são uma oportunidade a não perder quanto a actualização de temas muito actuais. As comunicações Livres são sessões em que também haverá muito a aprender pela oportunidade que oferecem de apresentar resultados da investigação que decorre, muitas vezes de forma quase desapercebida, em grande número dos nossos Centros; também aqui é importante a discussão científica, bem concertada e sólida. Outras oportunidades existem, para todos, mas em particular para os mais novos e em “estreia” nestes eventos: o contacto com figuras internacionais. É sempre um momento especial estar nessas situações e há que procurar tirar o maior proveito científico possível das mesmas; os contactos internacionais são pontes para fases de maior intensidade de treino e de possibilidades de educação e especialização, ainda que haja que esperar pelo momento certo para as mesmas. Demasiado cedo ou fora de contexto não se demonstram úteis e demasiado tarde, menos ainda; mas isto faz parte de uma outra problemática que, ainda que muito falada de forma ligeira, é-o pouco de forma consistente e levando a resultados: como estruturar um Curriculum Vitæ? Muito mais haveria a dizer mas o espaço não chega. Lá estarei, na Figueira da Foz, à disposição de todos para conversar e discutir estes pontos, e todos os mais que queiram trazer, esperando ver-vos em grande número, para bem da nossa Cirurgia Abraços José M. Schiappa XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 7 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA EDITORIAL DA DIRECÇÃO Caros Colegas Somos chegados mais uma vez ao ponto alto da vida da nossa Sociedade, o seu Congresso Nacional. Mantém-se o esforço por descentralizar a sua localização mas sem descurar as condições logísticas que uma organização desta envergadura exige. Vamos uma vez mais estrear um Centro de Congressos recentemente inaugurado, localizado numa zona central do país e que oferece as melhores condições de instalação e acessibilidade a todos os cirurgiões portugueses. A prova da vitalidade e importância que o Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Cirurgia tem na vida da comunidade cirúrgica portuguesa é que mais uma vez se bateu o recorde de comunicações livres, vídeos e posters submetidos. O enorme trabalho de classificação e selecção de todas estas comunicações ficou a cargo de júris constituídos essencialmente pelos diferentes Capítulos da Sociedade, que também tiveram a responsabilidade de organizar a maior parte das sessões científicas. Há centenas de colegas envolvidos na organização das sessões do Congresso que tentámos que proviessem de todos os Serviços de Cirurgia do país. Mais uma vez teremos entre nós várias figuras importantes da Cirurgia Mundial que connosco partilharão saberes e experiência. Haverá uma plêiade de Cursos pré Congresso que abordarão a maior parte das vertentes da nossa especialidade, muitos deles com componente prático. A participação da Indústria, tão importante para a viabilidade económica da SPC, também parece estar a ultrapassar a gravíssima crise dos últimos anos. A organização do Congresso Nacional exige um enorme esforço para que todos somos chamados a contribuir, mas não pode esgotar a actividade da Sociedade nem da sua Direcção. A manutenção e expansão da Revista, o desenvolvimento do site, a realização e patrocínio de reuniões científicas e cursos profissionais e uma preocupação crescente com a qualidade da formação dos internos de Cirurgia Geral são alvo do esforço quotidiano de quem está à frente da Sociedade. Também em relação a estes assuntos haverá desenvolvimentos e novidades que serão apresentados e discutidos no próximo Congresso. A Sociedade Portuguesa de Cirurgia é cada vez mais uma sociedade aberta e inclusiva em que o contributo de todos é solicitado e acolhido. O nosso Congresso espelha a qualidade da actividade cirúrgica nacional. É com a maior alegria que vos convoco para a reunião magna da Cirurgia portuguesa Em Março Na Figueira da Foz Nuno Abecasis Secretário Geral Revista Portuguesa de Cirurgia 8 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA CURSOS PRÉ-CONGRESSO NACIONAL QUINTA-FEIRA, 5 DE MARÇO 2015 Cursos pré Congresso Cirurgia mamária – Cancro da mama e tratamento sistémico primário Coordenadores: J. Luis Fougo, Teresa Santos, Rui ALves Indicação para quimioterapia neoadjuvante – Margarida Damasceno Como monitorizar a resposta com os exames de imagem – António Cardoso 08:30 – 13:00 Como avaliar a resposta patológica e como fazer o relatório Anatomia Patológica final e o estadiamento TNM – Isabel Amendoeira Sala 3 Quais as alternativas farmacológicas e resultados. Qual o papel do Trastuzumab. – Helena Gervásio O caso particular da hormonoterapia neoadjuvante. – Margarida Damasceno Implicações da quimioterapia neoadjuvante para o cirurgião e resultados. – André Magalhães Cirurgia vascular – Úlcera venosa da perna: do diagnóstico ao tratamento; Tromboembolismo venoso Presidente: Costa Almeida Moderadores: José Neves, Mateus Mendes Úlcera venosa da perna: do diagnóstico ao tratamento Introdução. A importância clínica e social do problema – Luis Moniz Fisiopatologia e Diagnóstico diferencial As úlceras da perna – o que as distingue – Américo Figueiredo Fisiopatologia e Diagnóstico da úlcera venosa – Luis Reis Comentadores: Amélia Vieira, Conceição Marques, Luis Carvalho, Luis Gasparinho Prevenção e tratamento 08:30 – 13:00 Prevenção da úlcera venosa – Pedro Vaz Sala 2 Tratamento médico da úlcera venosa – Natália Santos Tratamento cirúrgico da úlcera venosa – C.E. Costa Almeida Escleroterapia na úlcera venosa – Pratas Balhau Termoablação na úlcera venosa – Amélia Estevão Comentadores: Aida Paulino, Cristina Aniceto, Eduardo Oliveira, João Magro Tromboembolismo venoso – atualização Mesa: Costa Almeida, Pratas Balhau, Pereira Alves Introdução – Costa Almeida Apresentação do livro “Tromboembolismo venoso – Diagnóstico e tratamento”, editado pelo Capítulo de Cirurgia Vascular da SPC – Pereira Alves Comentadores: Augusto Lourenço, L. Filipe Pinheiro, Luis Silveira XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 9 Curso de Cirurgia Hepatobiliopancreática – Cirurgia hepática; técnicas e procedimentos Presidente: Francisco Castro Sousa; Vice Presidentes: Luis Graça, Paulino Pereira Mesa 1 – Aspetos práticos da cirurgia nas hepatectomias direita e esquerda: o posicionamento do doente – Sónia Vilaça que incisão – Mafalda Sobral que afastador – Mónica Martins a abordagem e isolamento das estruturas hilares – Manuel Oliveira abordagem da cava retro hepática e das veis supra hepáticas – Raquel Mega o controle pedicular, a exclusão vascular – Henrique Alexandrino 08:30 – 13:00 Cirurgia laparoscópica na resseção hepática – Jaime Vilaça, Renato Bessa Melo Discussão – Joaquim Falcão, Paulo Mira Sala 4 Mesa 2 – Aspetos práticos da cirurgia nas hepatectomias direita e esquerda: técnicas de secção parenquimatosa – Tânia Almeida técnicas de hemostase – J.António Pereira técnicas de bilistase – Pedro Rodrigues controle hemodinâmico ideal per-operatório: a perspetiva do cirurgião – Jorge Daniel controle hemodinâmico ideal per-operatório: a perspetiva do anestesista – Valentina Oliveira adaptação da estratégia em função do fígado que temos – Guilherme Tralhão Discussão – Emanuel Furtado; J Coutinho, J Davide Conferência final – aspetos práticos da cirurgia do fígado – Laurence Chiche Cirurgia endócrina – Introdução à Ecografia de Tiróide e Paratiróide Coordenador: João Capela Monitores: Ana Oliveira, Henrique Candeias, João Capela, Pedro Sá Couto, Virginia Soares Introdução do Curso – João Capela Introdução à Ecografia – Patrícia Calvinho Ecografia da tireóide e cadeias ganglionares: anatomia ecográfica – Pedro Sá Couto 08:30 – 13:00 Ecografia da tireóide: patologia ecográfica – Ana Oliveira Ecografia da paratireóide: indicações e anatomia ecográfica – João Capela Indicação para biopsia guiada por ecografia – Henrique Candeias Noções básicas de biopsia guiada por ecografia – Virginia Soares Casos clínicos: fotos e vídeos – João Capela Manuseamento do ecógrafo – Patricia Calvinho Tireóide normal Casos práticos: Patologia tireoideia, paratireoideia e adenomegalias Revista Portuguesa de Cirurgia 10 Hospital Figueira da Foz Trauma – MUSEC (Modular ultrasound ESTES Course) Diretor: Jorge Pereira; Co-diretor: Mauro Zago Instrutores: Eva Barbosa, L.F. Pinheiro, Fernando Ferreira, Rodrigues Silva Módulo Ecografia básica em urgência Cenários interativos Discussão plenária de imagens Revisão de conceitos e artefactos 08:30 – 13:00 Sessões teóricas Sala 5 Vesícula e Rins Aorta Ecografia de compressão e “fraturas” Tecidos moles Cenários interativos Estações práticas Teste Esofagogastroduodenal – Doença do Redluxo Gastro Esofágico e Hérnia do Hiato Presidente: Jorge Maciel Coordenadores: António M. Gouveia / Manuela Baptista Introdução – Jorge Maciel, António Gouveia Da Epidemiologia ao Diagnóstico – António Gouveia 08:30 – 13:00 Estudos Funcionais Esofágicos – Manuela Baptista Sala 1 Esófago de Barrett – Papel da Gastroenterologia – A. Dias Pereira Indicação e tratamento cirúrgico – Ângelo Ferreira Técnica cirúrgica – John Preto Pós operatório e avaliação de resultados – Eduardo Costa Falência terapêutica e Cirurgia Revisional – Jorge Santos Parede abdominal – Tratamento cirúrgico da Hérnia inguinal Introdução ao Curso (Teórico-prático) – Carlos Magalhães Principais aspetos / técnicas no tratamento da hérnia inguinal – Artur Flores, Carlos Magalhães Intervenção cirúrgica com transmissão (TEP) – Carlos Magalhães/Mário Marcos 08:30 – 13:00 Prevenção da dor pós operatória pós hernioplastia inguinal – Carlos Magalhães Intervenção cirúrgica com transmissão (TEP) – Carlos Magalhães/Artur Flores Hospital Figueira da Foz As indicações/ vantagens da abordagem laparoscópica/videoassistida – Carlos Magalhães Intervenção cirúrgica com transmissão (TAPP) – Artut Flores, Mário Marcos Discussão Curso de Cuidados Intensivos Abdómen agudo no doente crítico – António Oliveira Consequências imunológicas da transfusão sanguínea – Nuno Carvalho 08:30 – 13:00 Dispositivos cirúrgicos para hemóstase – Marco Serôdio Sala 6 Cuidados peri operatórios com a toma de anticoagulantes e antiagregantes – César Carvalho Estratégias de minimização de transfusão alogénica – Robalo Nunes Atualização diagnóstica e terapêutica da colite pseudomembranosa – Rosa Ferreira XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 11 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA PROGRAMA DO CONGRESSO Revista Portuguesa de Cirurgia 12 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA QUINTA-FEIRA, 5 DE MARÇO 2015 Cursos pré Congresso 08:30 - 13:00 SALA 1 SALA 2 Sala 3 SALA 4 SALA 5 SALA 6 H. Figueira H. Figueira da Foz da Foz Esofago Gastro Duodenal Cirurgia Vascular Cirurgia Mamária Hepato Bilio Pancreático Trauma Cuidados Intensivos Cirurgia Parede Endócrina Abdominal Congresso Nacional 14:00 - 16:00 SALA 1 SALA 2 SALA 3 SALA 4 SALA 5 Comunicação Oral CO-HBP 1 Comunicação Oral CO-CR 1 Poster P-HBP 1 || P-CR 1 P-EGD 1 || P-Trauma P-Vários 1 || P-Vários 2 Vídeo V-Vários 1 Vídeo V-EGD SALA 4 SALA 5 Intervalo 16:00 - 16:30 16:30 - 18:30 SALA 1 SALA 2 Mesa Redonda Internos Prova de Caras SALA 3 Mesa Redonda Trauma XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 13 QUINTA-FEIRA, 5 DE MARÇO 2015 XXXV CONGRESSO NACIONAL 14:00 – 16:00 CO – HBP 1 – Joaquim Falcão, J. António Pereira, Guilherme Tralhão Sala 1 CO – CR 1 – Carlos Almeida, Sandra Amado, Marisa Santos Sala 2 Poster – HBP 1 – Alexandre Costa, César Carvalho, Marco Serôdio, Nuno Carvalho Poster – CR 1 – António Manso, Jorge Santos, Rui Martins, Stélio Rua 14:00 – 16:00 Poster – EGD 1 – João Raposo, Hamilton Batista, António Ferreira, A. Trovão Lima Poster – Trauma – Luis Reis, Maria Macedo, Soares Oliveira, Susana Onofre Sala 3 Poster – Vários 1 – J. Augusto Martins, Pedro Vaz, Cassilda Cidade, Sandra Ferraz Poster – Vários 2 – Elsa Costa, Filipe Ribeiro, Elza Almeida 14:00 – 16:00 Vídeos – Vários 1 – José Polónia, Cristina Aniceto, Edgar Amorim Sala 4 Vídeos – EGD – Rui Maio, Bela Pereira, André Lázaro Sala 5 16:00 – 16:30 INTERVALO Mesa Redonda de Internos: Energia e Biomateriais em Bloco Operatório Presidente: Jorge Maciel Moderadores: Duarte Soares, Olímpia Cid, Teresa Braga 16:30 – 18:30 Tipos de energia e cuidados para se evitarem complicações – Andreia Brandão Novos biomateriais e tratamento das hérnias da parede abdominal – M.Rui Gonçalves Sala 1 Endopróteses e a sua influência no tratamento das doenças oncológicas – Luciana Cidade Biomateriais e rejeição – Milene Sá Neo-orgãos: uma visão de futuro – Teresa Braga Mesa Redonda: Trauma Presidente: P.Moniz Pereira Moderadores: Pedro Amado, Carlos Mesquita, Renato Bessa Melo Simulação Clínica – Estado de Arte – Nuno Freitas 16:30 – 18:30 Simulação e Trauma – Jorge Fernandes Sala 4 Fast; e-Fast – Fernando Ferreira MUSEC – Modular ultrasound ESTES Course – Mauro Zago Macsim model – Carl Montan Medical response to major incidents – experiência portuguesa – Pedro Ramos Revista Portuguesa de Cirurgia 14 Prova de Caras – Presidente: José C.Mendes Almeida 16:30 – 18:30 Moderadores: Marisa Santos, Manuel Limbert, Miguel Coelho Caso Clínico Norte – Joana Ferreira Sala 2 Caso Clínico Centro – Fernando Valério Caso Clínico Sul – Raquel Mega 18:45 Assembleia Geral da SPC Sala 1 XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 15 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA SEXTA FEIRA, 6 DE MARÇO 2015 08:00 – 10:00 SALA 1 SALA 2 SALA 3 SALA 4 SALA 5 Comunicação Oral CO-HBP 2 Comunicação Oral CO-CR 2 Poster P-HBP 2 || P-CR 2 P-EGD 2 || P-Mama P-Endócrinas 1 || P-Vários 3 Comunicação Oral CO-EGD 1 Vídeo V-Vários 2 mini M.Redonda Cancro da Mama e Hereditariedade Simpósio Schulke Mesa Redonda Isquémia Intestinal Aguda Comunicação Oral CO-Mama Intervalo 10:00 – 10:30 10:30 – 11:30 11:30 – 13:00 mini M.Redonda Registo Cancro do Recto mini M.Redonda SPC Obesidade O Sleeve vai bater o bypass mini M.Redonda APC Ambulatório Sessão de Abertura Almoço 13:00 – 14:00 14:00 – 16:30 Mesa Redonda SPCMin Avanços em Cirurgia endoscópica Mesa Redonda Acalásia Gist gástrico Intervalo 16:30 – 17:00 17:00 – 19:00 Poster Comunicação Oral Capítulo Português P-HBP 3 || P-CR 3 Comunicação Oral CO-Investigação Básica do ACS P-Parede Abdominal 1 || P-EGD 3 CO-Endócrinas P-Vários 4 || P-Vários 5 Revista Portuguesa de Cirurgia 16 Vídeo V-HBP SEXTA FEIRA, 6 DE MARÇO 2015 CO – HBP 2 – Emanuel Furtado, Pedro Rodrigues, António Folgado Sala 1 08:00 – 10:00 CO – CR 2 – Lurdes Gandra, Alexandre Monteiro, Susana Ourô Sala 2 CO – EGD 1 – Pimenta da Rocha, Jorge Pais, Luisa Quaresma Sala 4 Poster – HBP 2 – Vitor Nunes, Mónica Rocha, António Pinho, Henrique Ferrão Poster – CR 2 – J. Martins Lima, Margarida Martins, Ana Azevedo, Ana Formiga 08:00 – 10:00 Poster – EGD 2 – João Pereira, Manuela Baptista, Manuel Mega, Rui F. Almeida Poster – Mama – Fernanda Fernandes, Inês Morujão, Pelicano Borges, Joana Esteves Sala 3 Poster – Endócrinas 1 – Pedro Koch, Liliana Coutinho, J. Mário Coutinho, Patrícia Gilde Poster – Vários 3 – Ilda Barbosa, Manuela Dias, Joseph Silva, Aida Paulino 08:00 – 10:00 Vídeo – Vários 2 – Jorge Caravana, Branco Lopes, Rui M. Costa 10:00 – 10:30 Sala 5 INTERVALO mini Mesa redonda: Cancro da mama e hereditariedade Presidente: Joaquim Abreu 10:30 – 11:30 Moderadores: Teresa Santos, Rui Alves Sala 4 O estado da arte e critérios para testes genéticos – Marc Tischkowitz A experiência de uma Consulta para doentes de alto risco – Susy Costa mini Mesa redonda : Registo do cancro do recto como instrumento de qualidade Presidente: Júlio Leite Moderadores: P. Correia Silva, João Gíria 10:30 – 11:30 A visão do Imagiologista – Daniel R. Andrade Sala 1 A visão do patologista – M. José Brito A visão do cirurgião – Mesquita Rodrigues Resultados iniciais – António Manso mini Mesa redonda : Cirurgia de Ambulatório (sessão da APCA) Presidente: Carlos Magalhães 10:30 – 11:30 Moderadores: António Ferrão, David Andrade Sala 2 Dificuldades para o crescimento da CA em Portugal – José Anibal Colecistectomia Laparoscópica – Artur Flores mini Mesa redonda: Sociedade Portuguesa de Cirurgia de Obesidade Presidente: Mário Nora / Rui Ribeiro 10:30 – 11:30 Moderadores: J. Carlos Campos Sala 3 “O Sleeve vai bater o Bypass?” O Sleeve é a técnica mais adequada – Maia Costa O Bypass é a técnica mais eficaz – Manuel Carvalho Simpósio Schulke 10:30 – 11:30 Novos desafios na Prevenção e Controle de Infeção Sala 5 A importância dos antisépticos da nova geração XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 17 Sessão de Abertura Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia: Jorge Maciel Conferência – Formação em Cirurgia na era da subespecialização – Laurence Chiche 11:30 – 13:00 Presidente de Honra – Qualidade em Cirurgia – José M. Schiappa Bastonário da Ordem dos Médicos – José Manuel Silva Sala 1 Sua Excelª Ministro da Saúde: Paulo Macedo Convidados: Presidente da Câmara M. Figueira da Foz – João Ataíde; Presidente CA Hospital F. Foz – Pedro Beja Afonso 13:00 – 14:00 ALMOÇO Mesa Redonda: Isquémia intestinal aguda Presidente: Pereira Alves Moderadores: C. Costa Almeida, J. Neves Antunes, E. Lima Costa 14:00 – 16:30 Caso Clínico – Patrícia Amaral/F. Oliveira Martins Fisiopatologia e diagnóstico – Maria Veiga Macedo Sala 4 Imagiologia: do diagnóstico à terapêutica – Tiago Bilhin Cirurgia – Luis F. Pinheiro Reserva funcional e intestino curto – Beatriz Costa Mesa Redonda: Patologia esofagogástrica menos frequente Presidente: Paulo Costa Moderadores: Alberto Midões,Eduardo Oliveira, J.M. Correia Neves Acalásia- de Heller até POEM – uma viagem com o destino correto? Estratégia diagnóstica – Manuela Baptista 14:00 – 16:30 POEM estado atual – Francisco Baldaque Sala 2 Cirurgia – estado atual – Jorge Santos GIST – perspetivas atuais Contribuição do anátomo-patologista – J. Manuel Lopes Terapêutica cirurgica – quando e como – Jorge Penedo Papel da terapêrutica molecular – como maximizar o seu efeito – Nascimento Costa Mesa Redonda SPCMin: Avanços em cirurgia endoscópica Presidente: Jaime Vilaça/ António Bernardes Moderadores: Nuno Marcos, João Malaquias, João Almeida TAMIS, TATA e NOSE – Pedro Leão 14:00 – 16:30 Mini-invasão em peritonite – Stelio Rua Sala 1 Cirurgia por porta única – Salvador Morales Conde Novas fronteiras em CPRE – Jorge Canena Robótica em cirurgia geral, realidade e ficção – Carlos Vaz Avanços em imagem endoscópica – Eduardo Targarona 14:00 – 16:00 CO – Mama – J. Luis Fougo, Paulina Lopes, Eugénia Granjo Revista Portuguesa de Cirurgia 18 Sala 5 16:30 – 17:00 INTERVALO Mesa redonda American College of Surgeons Presidente: F. Castro Sousa 17:00 – 19:00 Investigação e formação – Porquê, quando e como – Paulo Costa Sala 2 Investigação Translacional – Guilherme Tralhão Investigação em contexto de formação clínica – Costa Maia O desafio da investigação durante a formação – a realidade – Jorge Soares 17:00 – 19:00 CO – Investigação Básica – F. Oliveira Martins, Nuno Figueiredo, Filomena Botelho Sala 1 CO – Endócrinas – Isabel Nascimento, Lucília Conceição, Francisco Miranda Sala 4 Poster – HBP 3 – Dulce Diogo, Jorge Lamelas, Donzília Silva, Miguel Mendes Poster – CR 3 – M. José Pinheiro, Raquel Dias, Vitor Santos 17:00 – 19:00 Poster – Parede Abdominal 1 – Eva Barbosa, Sacadura Fonseca, Rui Escaleira Poster – EGD 3 – M. Gorete Jorge, Juliana Oliveira, Hans Eickhoff, Carla Freitas Sala 3 Poster – Vários 4 – Vitor Silva, Ângelo Figueiredo, Conceição Monteiro Poster – Vários 5 – Daniel Cartucho, André Oliva, Ricardo Pereira, Ana Bento 17:00 – 19:00 Vídeo -HBP – José M. Cecílio, Sónia Vilaça, J. Santos Coelho Sala 5 XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 19 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA SÁBADO, 7 DE MARÇO 2015 Congresso Nacional 08:00 - 10:00 SALA 1 SALA 2 SALA 3 SALA 4 SALA 5 Comunicação Oral CO-EGD 2 Comunicação Oral CO-HBP 3 Poster P-HBP 4 || P-CR 4 P-Parede Abdominal 2 P-Endócrinas 2 || P-Vários 6 Comunicação Oral CO-Vários Vídeo V-CR Intervalo 10:00 - 10:30 10:30 - 13:00 Mesa Redonda Problemas Clínicos Mesa Redonda Obstrução e sépsis biliar Simpósio Roche Mesa Redonda Doença Diverticular Cólon Conferência Tratamento Colangiocarcinoma Almoço 13:00 - 14:00 14:00 - 16:30 Mesa Redonda Tumor Folicular Tiroide Conferência Tratamento Hiperparatiroidismo Primário Conferência Cirurgia HBP de precisão Mesa Redonda Sápsis secundária a Cir. Digestiva Conferência A prática da Cir. HBP a um nível nacional Simpósio Roche Intervalo 16:30 - 17:00 17:00 - 19:00 Mesa Redonda Sarcomas Crohn perineal Melhores Comunicações Melhores Posteres Revista Portuguesa de Cirurgia 20 Melhores Vídeos SÁBADO, 7 DE MARÇO 2015 CO – EGD 2 – J. Paulo Freire, Amândio Matos, Fernando Viveiros Sala 1 08:00 – 10:00 CO – HBP 3 – Paulo Mira, Silvio Vale, Mónica Martins Sala 2 CO – Vários – M. Goreti Sarabando, Amélia Tavares Sala 4 Poster – HBP 4 – J. António Pereira, Jorge Carrapita, Gina Melo, Marta Guimarães Poster – CR 4 – F. Gil Costa, Luis Orey, Mário Sérgio, Pedro Leão 08:00 – 10:00 Poster – Parede Abdominal 2 – José Janeiro, Rui Costa, Licínia Dias Sala 3 Poster – Endócrinas 2 – Pedro Gomes, Olívia Andril, Carlos Soares Poster Vários 6 – Carlos Ferreira, Soraia Silva, Gil Faria 08:00 – 10:00 Vídeo – CR – Carlos Neves, Fernando Manata, Jorge Sousa 10:00 – 10:30 Sala 5 INTERVALO Mesa Redonda: Obstrução e Sépsis biliar Presidente: F.Castro Sousa Moderadores: Jorge Daniel, João Coutinho, António Gouveia 10:30-12:30 Colecistite aguda – Pedro Rodrigues Sala 2 Síndrome de Mirizzi – Luís Graça Colangite e obstrução intermitente – Jaime Vilaça Obstrução progressiva benigna – Henrique Alexandrino Obstrução progressiva maligna – Jorge Paulino Conferência: Abordagem e tratamento multidisciplinar do colangiocarcinoma hilar 12:30-13:00 Presidente: José David Sala 2 Conferencista: Hugo P. Marques 10:30 – 11:30 Simpósio Roche: Tratamento da Carcinoma Basocelular avançado Apresentador – Vitor Farricha Sala 3 Mesa Redonda:Problemas Clínicos; como tratar? Presidente: Pedro Coito Moderadores: António Gouveia, J. Mário Cecílio, Luiz Cortez Profilaxia antitrombótica. Quanto tempo? – C.E. Costa Almeida Trombose hemorroidária. Como tratar – A. Araújo Teixeira 10:30 – 13:00 Hérnia do Hiato volumosa. Quando não operar – Ângelo Ferreira Sala 1 Infeção do local cirúrgico pós plastia herniária – Carlos Santos Tratamento médico da diverticulite não complicada – Regina Candeias Cisto Pilonidal. Como abordar – Bruno Pinto Nódulo da Supra-renal. Como estudar – Francisco Carrilho Hérnia Spiegel. Como diagnosticar e tratar – Edgar Amorim XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 21 Mesa Redonda: Doença diverticular do cólon complicada Presidente: Anabela Rocha Moderadores: Teresa Lindo, Fernando Barbosa, Carlos Casimiro Imagiologia diagnóstica e de intervenção: indicações e resultados – Paulo Donato 10:30 – 13:00 Hemorragia diverticular: diagnóstico e tratamento – Francisco Portela Sala 4 Diverticulite perfurada: o estado da arte – Costa Pereira Tratamento cirúrgico da diverticulite aguda: indicações, opções, resultados – Alexandre Duarte Cirurgia electiva – as indicações, a oportunidade e as dificuldades técnicas – Nuno Rama Operação de Hartmann – qual a realidade da reconstrução – João Corte Real 13:00 – 14:00 ALMOÇO Mesa Redonda: Tumor Folicular da Tiróide e Lesão Folicular de significado indeterminado Presidente: João Capela Moderadores: Ana Oliveira, Pedro Sá Couto, J. Mário Coutinho 14:00 – 16:00 Classificação de Bethesda e correlação histológica – Evelina Mendonça Como estudar? Quando operar – Fernando Rodrigues Sala 1 Tiroidectomia total vs “menos que total”. Papel do exame extemporâneo – Taveira Gomes Que lugar para novas técnicas cirúrgicas – Vitor Rocha Como fazer uma tiroidectomia com segurança – Jesus Villar del Moral Conferência: Tratamento cirúrgico atual do hiperparatiroidismo primário 16:00 – 16:30 Presidente: José Rocha Sala 1 Conferencista: Jesus Villar del Moral Mesa Redonda: Sarcomas Presidente: António Bettencourt Moderadores: J.Guimarães Santos, Nuno Abecassis 14:00 – 15:15 Imagiologia e técnicas de diagnóstico – J. P. Conceição Silva Sala 4 Abordagem dos Sarcomas dos membros – Vitor Farricha Abordagem dos Sarcomas retroperotoneais – José Flávio Abordagem dos Sarcomas do tronco – Hugo Vasques Mesa Redonda: D. Crohn perianal Presidente: João Pimentel 15:15 – 16:30 Moderadores: Vasco Geraldes, J. Miguel Cardoso Abordagem diagnóstica inicial – Thomas Golda Terapêutica Médica – J. Ramos de Deus Estratégia da terapêutica cirúrgica – Thomas Golda Revista Portuguesa de Cirurgia 22 Sala 4 Conferência: Cirurgia HBP de precisão 14:00 – 15:00 Presidente: Costa Maia Sala 3 Conferencista: Eduardo Barroso Conferência: A prática da Cirurgia HBP a um nível nacional 15:00 – 16:00 Presidente: Américo Martins Sala 3 Conferencista: Olivier Farges Simpósio Roche: Especificidades do tratamento do Cancro da Mama HER 2+ Presidente – J. Abreu Sousa 16:00 – 17:00 Moderador – Deolinda Pereira Aspetos técnicos e práticos do diagnóstico do cancro da mama HER 2+ – Saudade André Sala 3 Implicações da classificação molecular no tipo de cirurgia do cancro da mama – Gonzalo Castro Parga Novas terapêuticas co cancro da mama HER 2+ – Paulo Cortes Mesa Redonda: Sépsis secundária a cirurgia digestiva; como prevenir, como tratar. Presidente: F.José Oliveira Moderadores: Horta Oliveira, António Oliveira, José A. Sousa 14:00 – 16:30 Deiscência em anastomose esofágica, gástrica e côto duodenal – Jonh Preto Deiscência em anastomose colo-rectal – Luis Galindo Sala 2 Deiscência em anastomose Hepatobiliopancreática – António Ruivo Que apoio pode dar o Imagiologista de intervenção – Belarmino Gonçalves Relevância dos Fungos no prognóstico – António Ferreira Melhores Vídeos Presidente: António Bernardes; Moderadores: J.P. Araújo Teixeira, Rodrigo Costa Silva 17:00 – 19:00 Melhores e-Poster Presidente: F. Oliveira Martins; Moderadores: Vieira Amândio, João Casteleiro Melhores Comunicações orais Presidente: Jorge Maciel; Moderadores: Vitor Faria, Mesquita Lima 19:00 – 19:15 Sessão de Encerramento Sala 4 Sala 3 Sala 1 Sala 1 XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 23 SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIA XXXIV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA REGULAMENTO DE APRESENTAÇÃO E SELEÇÃO DE COMUNICAÇÕES AO XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA 1. Ao congresso nacional podem ser submetidas comunicações de 3 tipos: comunicação livre, vídeo e poster. O primeiro autor do trabalho deve estar inscrito no congresso. 2. Todas elas devem ser submetidas sob a forma de resumos e exclusivamente por via informática através do site www.spcir.com. A data limite de submissão dos resumos é 19 de novembro de 2014, às 08.00 horas. 3. Todos os resumos devem referir: título, autores, instituição(ões) e serviço(s), autor correspondente e respetivo contacto (e-mail), tipo de apresentação (comunicação oral, vídeo ou e-poster), área científica a que se refere (cada um dos capítulos da spc e outros). Segue-se o texto do resumo que deve obrigatoriamente explicitar o objetivo ou introdução, material e métodos, resultados e discussão/conclusão. Neste resumo não deve ser incluída qualquer referência que permita a identificação do hospital de origem do trabalho. O texto do resumo terá um limite de 1500 caracteres. 4. Os resumos que não cumpram estes requisitos serão recusados. 5. Os resumos referentes a comunicação oral serão distribuídos ao júri nomeado pelos respetivos capítulos da área científica a que se candidatam e pela Direção da spc nas áreas não abrangidas por aqueles, por via eletrónica. 6. As respetivas avaliação e classificação, serão reenviadas pela mesma via à direção até à data limite de 22 de dezembro de 2014. 7. As comunicações melhor classificadas nas respetivas áreas serão apresentadas como comunicações orais com 7 minutos de apresentação e 3 minutos de discussão nas sessões para tal destinadas. As comunicações preteridas serão apresentadas sob a forma de e-poster. 8. Os autores correspondentes serão informados da decisão do júri de aceitação ou recusa da apresentação dos seus trabalhos e sob que forma, até ao dia 12 de janeiro de 2015. 9. As comunicações livres apresentadas nas sessões das respetivas áreas científicas serão classificadas pela mesa da sessão, que elegerá a melhor de cada sessão. 10. O conjunto das melhores comunicações livres apresentadas ao congresso nas diferentes áreas científicas serão apresentadas em conjunto na sessão final do congresso sendo premiadas as três primeiras classificadas (ex aqueo). Revista Portuguesa de Cirurgia 24 11. Todos os vídeos submetidos para apresentação ao congresso devem ser enviados até ao dia 5 de dezembro de 2014. O envio dos vídeos poderá ser feito das seguintes formas: • por correio registado: para refreshbubbles (Rua Dr. Alberto Sampaio, 513, R/C Esquerdo – 4760 292 V.N. Famalicão – Telefone – 919711439), em suporte DVD (formato MP4 recomendado) • via WeTransfer: https://www.wetransfer.com para o email [email protected] Caso opte pelo envio por WeTransfer, ser-lhe-á enviado posteriormente um email de confirmação da receção do vídeo. Para o envio de vídeos que estejam em formato DVD, será necessário comprimir os ficheiros em formato ZIP ou outro equivalente. Recomenda-se no entanto que o mesmo seja feito para todos os formatos. Informação adicional para o envio dos vídeos por WeTransfer: WeTransfer – How it works 12. Nos vídeos submetidos para apreciação, não deve ser incluída qualquer referência que permita a identificação do hospital de origem do trabalho. 13. Os vídeos serão visualizados por um júri que selecionará aqueles que serão apresentados nas sessões de vídeo do congresso. Cada vídeo terá 8 minutos para apresentação e 4 minutos de discussão. 14. Os autores correspondentes serão informados da decisão do júri de aceitação ou recusa da apresentação dos seus trabalhos e sob que forma, até ao dia 26 de janeiro de 2015. 15. A mesa das respetivas sessões elegerá dois vídeos por sessão que serão apresentados na sessão em conjunto na sessão final dos melhores vídeos, sendo premiados os três primeiros classificados (ex aqueo). 16. As comunicações poster submetidas ao congresso serão apresentadas em formato eletrónico. As comunicações orais não admitidas para apresentação neste formato (após avaliação do júri de seleção) serão apresentadas sob a forma de e-poster. O e-poster deve ser enviado através da página web da spc, até ao dia 28 de Janeiro de 2015. Após esta data não serão aceites os trabalhos nem é permitida qualquer alteração ao conteúdo do mesmo. Organizar-se-ão sessões com os e-posters, agrupados por temas e discutido por um júri de peritos na área que selecionará um poster como o melhor da sessão. Esses e-posters serão colocados numa pasta informática dos melhores posters que ficará disponível nos monitores de apresentação. Um júri selecionará os 10 melhores e-posters que serão discutidos e apresentados na sessão dos melhores e-posters, sendo premiados os três melhores trabalhos (ex aqueo). 17. Todas as avaliações dos resumos, vídeos, apresentação de comunicações livres, vídeos e e-posters serão feitas de acordo com critérios pré definidos e constantes das grelhas de classificação que se anexam a este regulamento. A Direcção da SPC XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 25 XXXV CONGRESSO NACIONAL DE CIRURGIA 5 A 7 DE MARÇO DE 2015 RESUMO DE COMUNICAÇÃO SALA 1 05-03-2015 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C002) 14H00 SESSÃO CO-HBP 1 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C001) TÍTULO: Experiência de um Serviço no Tratamento Cirúrgico SESSÃO CO-HBP 1 RESUMO: TÍTULO: Raras metástases de Carcinoma de Células Renais RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: para a vesícula biliar: dois casos clínicos de uma única instituição e revisão de literatura. Objectivo/Introduçâo: Apresentar 2 casos de metástases vesiculares de Carcinoma das Células Renais (RCC) e rever a literatura. Material e Métodos: Os arquivos da instituição foram revistos entre 2009 e 2014 e identificados 2 casos de metástases de RCC para a vesícula. A revisão de literatura baseou-se numa pesquisa sistemática no PubMed. O impacto das características clinicopatológicas na sobrevida global (OS) foi analisado usando os métodos Kaplan-Meier e univariate Cox-regression. A sobrevida entre grupos foi comparada usando o log-rank test. Resultados: O cohort final incluiu 52 casos. A relação M:F foi 2:1 e a idade média foi 62.5. Em 74.4% dos casos, o diagnóstico foi incidental. Dos casos com histologia disponível das metástases de RCC para a vesícula, 97, 4% eram do tipo células claras. A maioria dos doentes (36/52) demonstraram lesões metácronas para a vesícula com intervalo livre de doença (DFI) de 4 anos (range 0.2527), sendo que 21 destes eram metástases únicas. A sobrevida livre de doença (DFS) mediana foi 37 meses (95% CI, 24-48). OS aos três e cinco anos foi de 74% e 62% respectivamente. Análises univariada revelou que idade menor que 45 anos (HR 8.98; 95% CI, 1.7845.18; p=0.008) e DFI < 24 meses (HR 10.25; 95% CI, 1.01-103.67; p=0.049) estão associados a menor OS. Discussão: Metástases de RCC para a vesícula são raras e estão associadas a um padrão distinto de metástases subsequentes. Colecistectomia simples está associada a um aumento de OS e ausência de recidiva local. Doentes jovens e menor DFI estão associados a menor OS. Hospital Dr. Nélio Mendonça Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Costa Neves M, Neofytou K, Giakoustidis A, Hazell S, Wotherspoon A, Gore M, Mudan S Mafalda Costa Neves [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: das Metástases Hepáticas de Carcinoma Gástrico e Esofágico Objectivo/Introduçâo: A hepatectomia (Hp) por metástases hepáticas (MH) de carcinoma gástrico (CG) é aceitável em doentes seleccionados. A Hp por MH de carcinoma do esófago (CE) e da transição esofago-gástrica (CTEG) tem tido resultados menos favoráveis. Material e Métodos: Análise dos doentes submetidos a Hp por MHCG, MHCE e MHCTEG (Janeiro/1991 a Junho/2014). Dezoito doentes (15 do sexo masculino); idade média 65±10, 9 anos. Apresentação síncrona: 13 casos. Tumor primário: CG em 14 casos, CE em 2; CTEG em 2. Histologia do tumor primário: adenocarcinoma (17 casos) e carcinoma epidermóide (1 caso). Nódulo único: 13 doentes. Morbilidade aos 90 dias (Dindo-Clavien). Análise estatística com SPSS™ v. 21.0. Resultados: Realizadas 17 Hp minor e 1 Hp major. Ressecção síncrona do tumor primário: 8 casos. Morbilidade major: 5 casos (27, 8%); mortalidade: 1 caso (5, 6%) (sepsis por deiscência anastomótica em ressecção síncrona). Sobrevida aos 5 anos de 19, 7%. Sobrevida mediana superior nas MHCG (20 meses) e MHCE (18 meses), em comparação com as MHCTEG (7 meses) (p<0.05). Análise univariada: ressecção metácrona e ausência de morbilidade major associadas a melhor sobrevida. Análise multivariada: ressecção metácrona como factor independente de melhor sobrevida (HR: 6, 2;p<0.05). Discussão: Em doentes seleccionados com MHCG e MHCE, a Hp é uma terapêutica a considerar. Na nossa série, as MHCTEG apresentaram piores resultados. A ressecção metácrona está associada a melhor sobrevida, possivelmente pela melhor selecção dos doentes pela terapêutica sistémica. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Henrique Alexandrino1, 2, Luís Ferreira1, Ricardo Martins1, 2, Marco Serôdio1, Mónica Martins1, 2, J. Guilherme Tralhão1, 2, Francisco Castro e Sousa1, 2 Henrique Alexandrino [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 27 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C003) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Abordagem cirúrgica das metástases síncronas de RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cancro do recto: estratégia inversa, simultânea ou clássica? Objectivo/Introduçâo: Na cirurgia das metástases hepaticas de cancro colo-rectal (MHCCR), a avaliação da melhor abordagem para o caso específico das metástases síncronas de carcinoma do recto (MSCR) nunca foi estudada separadamente. Avaliam-se os resultados das abordagens cirúrgicas possíveis para as MSCR. Material e Métodos: Análise retrospectiva da base de dados do Livermetsurvey entre 1996 e 2014. Foram estudadas variáveis clinico-patológicas e os resultados a curto e longo prazo para a abordagem inversa (AI), simultânea (AS) e clássica (AC). A análise estatística foi feita com o SPSS 22.0. Resultados: Dos 924 doentes com MHCCR, 156 (16, 8%) foram submetidos a ressecção com intuito curativo por MSCR; destes, 28 (17.9%) foram submetidos a AI, 50 (32.1%) a AS e 78 (50%) a AC. Foi possível concluir a abordagem planeada em 68% dos dos doentes com AI, 94% com AS e 96% com AC. A necessidade de hepatectomia em dois tempos e uma primeira hepatectomia não curativa (ambas OR 0.42, IC 0.003 – 0.512, p=0.013) diminuíram a probabilidade de completar a AI. A morbilidade e mortalidade operatórias foram semelhantes entre os 3 grupos. A comparação entre as principais variáveis clinico-patológicas não revelou diferenças entre os grupos com excepção do género (p=0.01) e a sobrevivência aos 5 anos foi sobreponível (p=0.11). Discussão: O risco cirúrgico e os resultados a longo prazo são semelhantes entre a AI, AS e AC. A necessidade de uma hepatectomia em dois tempos e uma primeira hepatectomia não curativa podem comprometer sucesso da AI. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Mafalda Sobral, Hugo Pinto Marques, Emanuel Vigia, Susana Rodrigues, Jorge Lamelas, Raquel Mega, Américo Martins, Eduardo Barroso. Mafalda Sobral [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: -internamento, re-intervenção e taxa de fístulas. Resultados: 115 doentes com tumores quísticos do pâncreas foram submetidos a cirurgia, destes, 60 foram no sexo feminino (52%). As lesões mais frequentes foram IPMN com 59 ressecçoes (51%) e os tumores serosos com 21 ressecções (18.3%). A DPC foi a cirurgia mais frequentemente realizada (55 casos). A pancreatectomia corpo caudal foi realizada em 32 casos. Foram re-operados 7 doentes. 11 doentes (10%) foram re-internados, sendo o motivo mais frequente a estase gástrica. Registaram-se 31% de complicações minor e 11% complicações major (Clavien III e IV). 14 (12%) desenvolveram fístula pancreática. Das 115 ressecções registou-se mortalidade em 4 casos (3.5%) nos 30 dias pós-peratório. Discussão: Nos tumores quísticos, a ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha para os doentes sintomáticos e na suspeita de malignidade. O tipo de ressecção depende da localização da lesão. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Aguiar C; Filipe E.; Bicho L; Marques H.; Vigia E., Nobre A.; Paulino J.; Martins A; Barroso E Catarina Aguiar [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C005) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Tumores neuro-endócrinos do pâncreas: lições aprendidas RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuro-endócrinos do pâncreas (TNEP) são raros, representando cerca de 3% das neoplasias pancreáticas. A sua abordagem terapêutica é ainda alvo de debate. Os autores analisam os TNEP operados na sua instituição e realizam uma reflexão sobre o tema. Material e Métodos: Foi realizado o estudo retrospetivo das cirurgias de TNEP no período de 2004 a 2014. Foram analisadas: características demográficas, apresentação clínica, localização das lesões, abordagem cirúrgica e sua morbilidade, histologia e evolução clínica. Resultados: Foram identificados 24 doentes (idade média de 56 anos; 58, 3% do sexo feminino). As lesões localizavam-se em igual número na cabeça/processo uncinado e no corpo/ cauda. A intenção cirúrgica ab initio era curativa em 92% dos casos e cito-redutora nos restantes. A abordagem cirúrgica foi: duodenopancreatectomia cefálica em 8 doentes (33%), pancreatectomias corporocaudais em 11 (46%) e enucleação em 5 (21%). Ocorreram 4 fístulas pancreáticas (16, 6%) e 1 fístula biliar por lesão do colédoco. Funcionalmente, a maioria das lesões eram de comportamento biológico incerto (62, 5%) sendo os restantes insulinoma (4; 16, 7%), gastrinoma (1), glucagonoma (1), somatostatinoma (1) e tumor produtor de corticotropina. Discussão: O tratamento de eleição dos TNEP é a resseção cirúrgica sendo o prognóstico e atitudes subsequentes determinados pelo tipo e grau histológicos. A abordagem deve ser concentrada em centros de referência. HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática AUTORES: Pedro Soares-Moreira, Pedro Nuno Brandão, Vilma Martins, Vítor Costa Simões, Cecília Pinto, António RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C004) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Tumores quísticos do Pâncreas: Análise da casuís- tica em 10 anos num Centro de referência em Cirurgia Hepato-biliar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores quísticos do pâncreas são lesões relativamente raras. Habitualmente são um achado incidental em exames imagiológicos de rotina. A melhoria dos métodos de imagem tem proporcionado a caracterização de novas entidades clínico-patológicas com diferentes potenciais de malignidade. Avaliação dos resultados no tratamento dos tumores quísticos do pâncreas no nosso Centro. Material e Métodos: Análise retrospectiva da casuística de tumores quísticos do pâncreas entre Julho 2004 a Junho de 2014. Foram analisados as seguintes variáveis: idade, sexo, tipo de lesões, cirurgia realizada, Clavien, re- Revista Portuguesa de Cirurgia 28 Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide CONTACTO: Pedro Soares Moreira EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C006) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Resultados a longo prazo do transplante sequencial RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: por hepatocarcinoma utilizando a técnica de duplo “piggy-back”: uma experiência de 13 anos. Objectivo/Introduçâo: Os resultados a longo prazo do transplante hepático (TH) com a técnica de “duplo piggy-back” estão pouco estudados no hepatocarcinoma (CHC). Analisamos os resultados comparativamente ao transplante cadavérico. Material e Métodos: Entre Janeiro de 2001 e Janeiro de 2014, 260 doentes submetidos a TH por CHC foram analisados a partir de uma base prospectiva. Destes, 114 foram submetidos a TH sequencial. A comparação entre grupos foi feita utilizando “propensity score matching”. Resultados: A sobrevivência global aos 3 e 5 anos foi de 63% e 58% respectivamente. Doentes com mais de 50 anos tiveram maior probabilidade de receber um fígado de PAF (OR 1, 94, CI 1.02-3.69). Em análise multivariável, a infecção por VHC (HR 1.560, CI 1.03 – 2.38), o número de tumores (HR 1.15, CI 1.01 – 1.31), o tamanho do maior tumor (HR 1.08, CI 1.02 – 1.16) e a invasão microvascular (HR 2.39, CI 1.45 – 3.93) influenciaram negativamente a sobrevivência. Após ajustar para potenciais variáveis de confundimento, o transplante sequencial e o cadavérico tiveram uma sobrevivência aos 5 anos semelhante (p=1.17). Com um período mínimo livre de doença de 6 anos, em 13 doentes (11, 4%) houve recidiva da Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF). Discussão: O TH sequencial por CHC com a técnica de duplo piggy-back, é exequível, seguro e obtém resultados semelhantes ao transplante cadavérico. O benefício de expandir a pool de dadores tem que ser equilibrado em relação ao risco potencial, mas real, de transmissão da PAF. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Hugo Pinto Marques, Vasco Ribeiro, Tânia Almeida, Sílvia Silva, João Aniceto, Mafalda Sobral, Élia Mateus, Américo Martins, Eduardo Barroso Hugo Pinto Marques [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: série de doentes operados, identificando os factores de prognóstico mais importantes para a sobrevida dos doentes. Material e Métodos: Realizou-se um estudo retrospectivo, com base na análise dos doentes operados por MHCCR, registados no Livermetsurvey, entre 4/ 1996 e 2 2014 (N=924).Foram analisadas variáveis dos doentes, do tumor primário, das MHCCR e da cirurgia. Foi realizada a análise uni e multivariada das variáveis definidas Resultados: Foram consideradas significativas em análise univariada: cea inicial <200, metástases unilaterais, menos de 5 metástases, metástases inicialmente ressecáveis, ressecção hepática curativa e globalmente curativa (p<0.001). Em análise multivariada foram significativos: o género(p=0.44), ressecção hepática curativa(p=0.003) e a resposta a quimioterpia pré-operatória (p=0.003). Discussão: A cirurgia de ressecção das metástases hepáticas, englobada numa estratégia multidisciplinar, permite obter sobrevidas a longo prazo. O conhecimento dos factores de prognóstico permitem, no futuro uma melhor selecção dos doentes a tratar Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática R.Mega; T. Almeida; S. Rodrigues; V.Ribeiro; J. Lamelas; H. Pinto Marques; A. Martins; E. Barroso Raquel Mega [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C008) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Será a ressecção hepática em colangiocarcinomas RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C007) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Sobrevivência e factores de prognóstico em 924 doentes submetidos a ressecção hepática por MHCCR RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Cerca de 50% doentes com carcinoma colo-rectal desenvolvem metástases hepáticas ao longo da sua vida. A possibilidade de uma sobrevida longa (de cura?) para estes doentes reside numa estratégia onco-cirúrgica em que a ressecção hepática é fulcral. Os autores pretendem analisar a sua HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: volumosos ou multifocais justificada? – Resultados de um estudo multicêntrico Objectivo/Introduçâo: O papel da cirurgia em doentes com colangiocarcinoma intrahepático (CCI) volumoso ou multifocal permanece pouco claro. Este estudo pretende avaliar os resultados a longo prazo de doentes submetidos a ressecção de CCI volumosos (7cm) ou mulifocais. Material e Métodos: Foram selecionados 557 doentes submetidos a cirurgia hepática por CCI entre 1990 e 2013, através de consulta de uma base de dados multi-institucional. Foram analisadas variáveis clinicopatológicas e sobrevida global. Resultados: Dos 557 doentes, 215 tinham um nódulo único e de dimensões reduzidas de CCI (grupo A) e 342 tinham CCI volumoso ou multifocal (grupo B). Os doentes do grupo B apresentaram mais frequentemente invasão vascular (22, 5 vs.38, 5%), invasão directa de órgãos adjacentes (6, 5 vs.12, 9%) e metástases ganglionares (13, 3 vs.21, 0%) (p Discussão: A ressecção hepática pode ser feita de forma segura em doentes com CCI volumosos ou multifocais. Os resultados a longo prazo para estes doentes podem ser estratificados de forma segura com base em scores de prognóstico que incluam o número de nódulos, a existência de metástases ganglionares e o grau de diferenciação histológico Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática S. Rodrigues, J. Lamelas, H. P. Marques, G. Spolverato, Y. Kim, S. Alexandrescu, I. Popescu, L. Aldrighetti, T. Gamblin, J. Miura, S. Maithel, M. Squires, C. Puli- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 29 tano, C. Sandroussi, G. Mentha, ?T. Bauer, T. Newhook, F.Shen, G.Poultsides, J.Marsh, T.M.Pawlik, E.Barroso CONTACTO: Susana Cristina Cardoso Rodrigues EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C009) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Ressecções pancreáticas por Neoplasia Mucinosa Papilar Intraductal – Experiência de uma década. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A ressecção pancreática por HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tumores quisticos tem vindo a aumentar nos últimos anos, principalmente devido à Neoplasia Mucinosa Papilar Intraductal (IPMN) que são lesões de amplo espectro displásico. Material e Métodos: Foi analisada a nossa série de doentes submetidos a cirurgia pancreática nos últimos 10 anos, relativamente às variáveis clinico-patológicas relevantes para o prognóstico. Foi utilizado o SPSS 20 para tratamento estatístico dos dados. Resultados: Entre Junho de 2004 e Junho de 2014 foram operados 59 doentes com o diagnóstico de IPMN. Destes, 26 (44%) tinham componente invasivo e 38 (64%) localizavam-se na cabeça do pâncreas; 54% das cirurgias realizadas (n=32) foram Duodenopancreatectomias cefálicas. A Sobrevivência Global (SG) foi de 58, 9% e 53% aos 3 e 5 anos; no subgrupo dos doentes com IPMN Invasivo a SG decresce para os 43% e 32% aos 3 e 5 anos, respectivamente. Em análise univariável, tiveram influência na SG: a presença de doença invasiva (HR 2, 81; 95% IC 1, 07-7, 4), o sexo masculino (HR 4.49; 95% IC 1.3-15.4), idade (HR 1, 08; 95% IC 1.02-1.15) e ressecção vascular (HR 3, 27; 95% IC 1, 17-9, 15). O subtipo do adenocarcinoma não se revelou estatisticamente significativo nem para a SG nem para a Sobrevida Livre de Doença. Discussão: O prognóstico dos IPMN é melhor que o do adenocarcinoma do pâncreas. A idade mais avançada, sexo masculino, presença de doença invasiva e a necessidade de ressecção vascular podem influenciar a sobrevida a longo prazo. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sofia Costa Corado, Edite FIlipe, Emanuel Vigia, Ana Marta Nobre, Luis Bicho, Jorge Paulino Pereira, Eduardo Barroso Sofia Costa Corado [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: vel identificaram-se as variáveis elegíveis para elaborar por regressão logística modelos explicativos da ocorrência de CB. Resultados: Estudaram-se 506 doentes consecutivos submetidos a um primeiro TH (G1=363; G2=143). A incidência global de CB foi 24, 7% (IC95% 21, 1-28, 6): 27, 0% no G1 e 18, 9% no G2 (p=0, 057). As incidências de estenose e de fístula biliar foram tendencialmente mais elevadas em G1 do que em G2: 19, 6% (15, 7-23, 8) vs. 15, 4% (10, 1-22, 0) (p=0, 275) e 6, 6% (4, 4-9, 5) vs. 2, 8% (0, 9-6, 6) (p= 0, 091). Não se encontraram diferenças estatisticamente significativas nas taxas de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, reoperação e retransplante. Verificaram-se 2 óbitos no G1. Não se encontrou associação entre a ocorrência de CB e os diâmetros das vias biliares ou o tempo de isquémia fria. O modelo explicativo ajustado à idade do receptor e do dador e ao diagnóstico de base identifica o uso do tubo de Kehr como aumentando a possibilidade da ocorrência de CB (OR 1, 64; IC95% 1, 01-2, 66; p=0, 047). Discussão: Encontrou-se evidência de que a utilização de tubo de Kehr no TH pode aumentar a possibilidade de ocorrência de CB. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Carmelino J ; Rodrigues S; Pinto Marques H; Martins A; Virella D; Alves M; Barroso E Janine Andreia Rebelo Carmelino [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C011) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Litíase Biliar Intra-hepática RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A litíase biliar intra-hepática ocorre frequentemente em países asiáticos, porém é uma entidade rara no mundo ocidental. Na maioria dos casos, a dor abdominal e a colangite surgem como clínica de apresentação, sendo a cirrose biliar e o colangiocarcinoma complicações tardias. A ressecção hepática assume-se actualmente como o tratamento definitivo. Este estudo teve como objectivo a análise da casuística do Serviço, bem como descrição das características clínicas e avaliação do tratamento cirúrgico da litíase biliar intrahepática. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes com litíase biliar intra-hepática no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2001 e 31 de Dezembro de 2013. Resultados: 33 doentes foram diagnosticados com litíase biliar intra-hepática, sendo que a distribuição por género foi de 14 homens e 19 mulheres. A média de idades foi de 52, 8 anos. 94% dos casos foram diagnosticados em contexto sintomático, correspondendo os restante a achados incidentais. Verificou-se uma predominância da litíase no lobo esquerdo (70%) sendo bilateral em 12% dos casos. Uma ressecção hepática foi realizada em 67% dos doentes, com baixa incidência de complicações. Discussão: A litíase biliar intra-hepática é uma patologia rara. Na maioria dos casos afecta apenas um lobo hepático, sendo a hepatectomia parcial um método de tratamento eficaz e definitivo. RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C010) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Anastomose biliar no transplante: com ou sem tubo de Kehr? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As complicações biliares (CB) ocorrem em 10-30% dos transplantes hepáticos (TH). O objectivo deste trabalho é verificar se a utilização do tubo de Kehr afecta a incidência de CB. Material e Métodos: Análise de coortes históricas de doentes submetidos a TH entre 1/1/2008 e 31/12/2012 (5 anos). Consideraram-se 2 grupos: G1, em que o tubo de Kehr foi utilizado e G2 em que não foi. Na análise univariá- HOSPITAL: Hospital de Braga CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Revista Portuguesa de Cirurgia 30 AUTORES: Cláudio Branco; Fernanda Nogueira; Sónia Vilaça; Joa- quim Falcão CONTACTO: Cláudio Branco EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C012) SESSÃO CO-HBP 1 TÍTULO: Neoplasias Papilares Mucinosas Intraductais do Pâncreas: Uma Experiência Crescente RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasias mucinosas papi- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 2 lares intraductais (IPMNs) são doenças do epitélio pancreático ductal, que correspondem a cerca de 7% das neoplasias pancreáticas. Podem variar em relação com a localização e o grau de malignidade. Este trabalho tem como objectivo a revisão dos doentes com diagnóstico de IPMNs, submetidos a cirurgia entre 2006 e 2014. Material e Métodos: Análise prospectiva dos doentes com IPMNs submetidos a cirurgia entre 2006 e 2014. Resultados: Foram operados 15 doentes (77% do sexo feminino, com idade média de 61, 5 anos). As lesões constituíram achado incidental em 40% dos casos, em 26% a apresentação clínica foi de pancreatite aguda. As lesões localizavam-se na cabeça (8), no corpo (3), na cauda (3) e em todo o órgão (1). O tamanho médio das lesões foi de 40, 2 mm. O procedimento mais vezes realizado foi a duodenopancreatectomia cefálica (7 doentes). A morbilidade obtida nesta série foi de 26, 6%, não se registando necessidade de re-intervenção. Não houve mortalidade associada ao procedimento. Discussão: As IPMNs são neoplasias raras cujo reconhecimento tem vindo a aumentar. O espectro de malignidade é variável, desde lesões benignas a malignas. A criação de bases de dados e o seguimento destes doentes poderão contribuir para uma abordagem mais personalizada desta patologia. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Pedro Nuno Brandão, Vilma Martins, Vítor Costa Simões, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide Pedro Nuno Brandão [email protected] 05-03-2015 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mento T e N na neoplasia do cólon sigmoide. Material e Métodos: Material e métodos: Estudo retrospectivo de 87 doentes com neoplasia do cólon sigmoide, (código ICD-9:1533) num período de 3 anos (2011-2013). Idade média de 70 anos, 54% homens. Determinação de neutrófilos e linfócitos no hemograma prévio à cirurgia. Registo do estadiamento T e N (AJCC) da peça de resseção cirúrgica. Avaliação estatística com Kruskal-Wallis e ANOVA. Resultados: Resultados: A maioria, 52%, estadiamento T3, e 59% com estadiamento N0. Constatou-se elevação de relação N/L de T1 para T4, em valor absoluto e percentual com significado estatístico (p <0, 05). Não se encontrou relação do rácio N/L e estadiamento N. Discussão: Discussão: A relação N/L traduz processo inflamatório e estado imune. A elevação do rácio N/L indica processo inflamatório, com elevação de neutrófilos e compromisso da resposta imune, com redução de linfócitos, que se poderá relacionar com o estadiamento T e N. Conclusão: 1- O rácio N/L relacionou-se com o estadiamento T. 2- O rácio N/L não se relacionou com o estadiamento N. Hospital Garcia de Orta, EPE Colo-Proctologia Nuno Carvalho (1, 2), Gisela Marcelino (3), Lucasz Zubala (4), Soraia Martins (5), Andreia Nunes(5), Margarida Ferreira (1), Diogo Albergaria (1, 2), Filipa Eiró (1), Gabriela Machado (1), J Corte-Real(1) nuno carvalho [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C62) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: A Rácio Neutrófilos/Eosinófilos é preditor da neces- sidade de cirurgia na diverticulite aguda do cólon sigmoide RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A diverticulite aguda (DA) é uma entidade complexa, com amplo espectro de manifestações, desde formas ligeiras, tratadas em ambulatório, até quadros de choque séptico, com elevadas taxas de mortalidade. Objectivo: Avaliar a relação entre o Rácio Neutrófilos / Eosinófilos (N/E) com a classificação de Hinchey e a necessidade de cirurgia na DA do cólon sigmoide. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 3 anos (2008-2010), 174 doentes internados por DA, confirmada por tomografia computorizada. Determinação de N e E na admissão. Avaliação com classificação de Hinchey modificada e necessidade de cirurgia. Estatística com Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Resultados: 161 doentes com Hinchey < III, 17 submetidos a cirurgia. Elevação de N e redução de E do estadio 0 para o estadio IV ( p<0, 05). Elevação do rácio N/E do estadio O para o estadio IV (p<0, 05). O rácio N/E discriminou a necessidade de cirurgia com uma área abaixo da curva de 0, 86. Para rácio N/E > 244, o risco relativo de cirurgia foi de 32. Discussão: Os N são marcadores de inflamação/infecção, níveis mais elevados surgem em situações de maior gravidade. A contagem de E reduz-se com a gravidade do quadro séptico. Assim, o Rácio N/E é previsível que aumente com a classificação de Hinchey e necessidade cirurgia. Conclusão: 1- O Rácio N/E relacionou-se positivamente com a classificação de Hinchey 2- O Rácio N/E superior 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C61) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: A Rácio Neutrófilos / Linfócitos pode prever o esta- diamento TN na neoplasia da sigmoide? Introdução: As neoplasias associam-se a um processo inflamatório sistémico, que pode alterar a contagem de neutrófilos do sangue periférico. O compromisso da imuno-vigilância, em parte dependente dos linfócitos pode contribuir para a ocorrência de neoplasia. Objetivo: Avaliar se o rácio Neutrófilos / Linfócitos (N/L) se relaciona com o estadia- RESUMO: Objectivo/Introduçâo: XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 31 RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A quimiorradioterapia neoad- a 244 é marcador de necessidade de cirurgia HOSPITAL: Hospital Garcia de Orta, EPE CAPÍTULO: Colo-Proctologia AUTORES: Nuno Carvalho (1, 2) Gisela Marcelino (3), Gabriel Oli- veira (1), Celso Marialva (1), Rafaela Campanha (1), Diogo Albergaria (1, 2), Margarida Ferreira (1), Filipa Eiró (1), Gabriela Machado (1), Rui Lebre (1), J Corte-Real (1) CONTACTO: nuno carvalho EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C63) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: A utilização de próteses metálicas autoexpansíveis RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: (PMAE) na oclusão intestinal por carcinoma coloretal (CCR) Objectivo/Introduçâo: 10 a 30% dos doentes com CCR apresentam-se na urgência em oclusão intestinal. A utilização de PMAE contribui para a evicção de um estoma, possibilitando uma preparação adequada do doente, diferindo-o para uma cirurgia eletiva. Pretende-se comparar os resultados a longo prazo da utilização de PMAE na oclusão intestinal por CCR. Material e Métodos: Estudo observacional, analítico, longitudinal de coortes com colheita retrospetiva de dados. Análise da morbilidade, recidiva, sobrevida livre de doença (SLD) e sobrevida global (SG) dos doentes tratados com intuito curativo por oclusão intestinal por CCR entre 2006 e 2012. Resultados: 79 doentes foram tratados com PMAE como ponte para cirurgia (grupo 1) e 47 foram submetidos a intervenção cirúrgica urgente (grupo 2). O sexo, idade (70, 9 +-11, 4 anos) e estadio TNM foi semelhante. Follow-up 43, 2 +- 3, 6 meses. Sem diferenças estatisticamente significativa na morbilidade (p=0, 23) e realização de QT adjuvante (p=0, 53). A recidiva, apesar de não ter significância estatística, foi superior no grupo 2 (34, 5% vs 42, 5%, p=0, 492). A SLD (22, 2 vs 19, 7 meses, p=0, 652) e a SG (43, 2 vs 31, 9 meses, p=0, 096) foram superiores no grupo 1 apesar de não terem significância estatística. A necessidade de um estoma definitivo foi estatisticamente superior (p<0, 001) no grupo 2. Discussão: As PMAE no tratamento do CCR em oclusão intestinal parecem resultar numa menor recidiva, maior SG e SLD. Porém, a grande diferença está na menor necessidade de estoma definitivo, com impacto na qualidade de vida. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Colo-Proctologia M Sousa(1), L Lourenço(2), A Gomes(1), R Rocha(1), R Marinho(1), M Fragoso(1), D Horta(2), N Pignatelli(1), J Reis(2), V Nunes(1) Marta David Sousa [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: juvante (QT/RT) na neoplasia do recto permite melhor controlo local da doença e pode oferecer uma resposta tumoral completa. Avaliar a resposta tumoral após QT/ RT na neoplasia do recto avançada e correlacionar o tipo de resposta com a sobrevivência e a recorrência. Material e Métodos: Foram submetidos a QT/ RT e ressecção do recto 95 doentes com neoplasia avançada do recto entre 2001 e 2011. Comparou-se as sobrevidas global e livre de doença aos 5 anos e a recorrência entre os doentes com resposta tumoral completa (ToNo), intermédia (T1-2 N0) ou pobre (T3-4 ou N ) Resultados: Os doentes foram classificados de acordo com a resposta tumoral: completa (n=15; 15, 8%), intermédia (n=39; 41, 1%) e pobre (n=41; 43, 2%). O grau de regressão tumoral (completo vs intermédio vs pobre) associou-se a sobrevida global (SG) e livre de doença (SLD) aos 5 anos significativamente superior no grupo da resposta completa ( SG: 92, 9% vs 94, 7% vs 51, 7%; SLD: 93, 3% vs 87, 1% vs 33, 1%). O grau de regressão tumoral influenciou o risco de recorrência sistémica. Os factores com impacto na sobrevida livre de doença foram: o grau de regressão (factor de maior impacto), a invasão perivascular e perineural e o grau de diferenciação do tumor Discussão: A resposta tumoral à QT/RT na neoplasia avançada do recto submetida a ressecção é um indicador precoce e consistente de prognóstico, revelando-se um instrumento importante na orientação terapêutica actual e futura Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Fernando Melo; António Bernardes; Catarina Melo; João Pimentel; Fernando J. Oliveira Fernando Jorge Ferreira Melo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C65) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: Acuidade diagnóstica do Score de Alvarado no diagnóstico de apendicite aguda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Apendicite Aguda (AA) é uma causa comum de cirurgia abdominal urgente. O diagnóstico é essencialmente clínico, no entanto, para evitar apendicectomias não terapêuticas, várias metodologias têm sido desenvolvidas, como é exemplo, o Score de Alvarado (SA). Este score, ao avaliar três sintomas, três sinais e dois achados laboratoriais, pretende estratificar os doentes com quadro clínico suspeito de AA. Objetivo: Validar o SA no diagnóstico de AA na população de um hospital distrital. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de validação do SA para AA, tendo como gold standard o exame histológico. Foram avaliados, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2013, os processos clínicos dos doentes admitidos por quadro suspeito de AA e submetidos a apendicectomia. Resultados: Cumprem os critérios 449 doentes, sendo 51, 4% do género feminino e 48, 6% masculino. Analisaram-se os diferentes pontos de corte no diagnóstico de AA, bem como a determinação do valor que confere maior acuidade para o diagnóstico. Discussão: Nos hospitais distritais a disponibilidade de meios complementares de diagnóstico pode ser limitada e, portanto, RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C64) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: Resposta tumoral ao tratamento neoadjuvante como factor de prognóstico em doentes com neoplasia avançada do recto. Revista Portuguesa de Cirurgia 32 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: a validação de scores clínico-laboratoriais como o de Alvarado é imprescindível. Trata-se de uma escala simples e rápida e que pode ter alto valor na triagem de doentes com suspeita diagnóstica de AA. Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE Colo-Proctologia Manuela Romano, Vanessa Bettencourt, Ana Vieira, Pedro Silva Vaz, António Gouveia Manuela Romano [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C66) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: Ileostomia fantasma RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As deiscências das anastomo- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ses colorrectais constituem um grande desafio para o cirurgião, sendo responsáveis por um aumento da morbilidade e mortalidade pós-operatória.O tratamento depende da gravidade associada, podendo ser conservador, minimamente invasivo ou re-intervenção cirúrgica de urgência. Existe controvérsia quanto à realização ou não do estoma de proteção da anastomose, sendo mais consensual o seu uso perante a constatação de deiscência no intra ou pós-operatório. O estoma acarreta morbilidade e mortalidade associadas à sua presença e encerramento. Material e Métodos: Pretende-se descrever a nossa experiência com o uso da ileostomia fantasma na resseção anterior do reto baixa ou com risco aumentado de deiscência. Foram incluídos todos os doentes submetidos a ressecção anterior do reto por neoplasia do reto de Novembro 2012 a Setembro 2014.A amostra foi agrupada em doentes com ileostomia fantasma e com ileostomia ad inicium.Pretende-se comparar as complicações decorrentes em ambos os grupos no pós-operatório, a morbilidade e mortalidade associadas, o tempo de internamento e as complicações detectadas no seguimento dos dois grupos. Discussão: Na maioria dos doentes com ileostomia fantasma não foi necessária a maturação da ileostomia.Quando detectada deiscência da anastomose colorrectal, a maturação foi fácil, rápida e com morbilidade reduzida.Este procedimento pode ser considerado uma alternativa eficaz e válida que pode evitar, na maioria dos casos, um estoma temporário em casos seleccionados. Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Colo-Proctologia Sofia Jardim Neves, Miguel Semião, Tobias Teles, Rui Cunha, Manuela Gomes, João Casteleiro Sofia Jardim Neves [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: e perda de qualidade de vida para o doente. Na tentativa de diminuir os riscos dessas cirurgias surgiram as ressecções locais por abordagem transanal em casos previamente seleccionados. Material e Métodos: Este trabalho avalia os resultados da cirurgia TEO utilizada em 41 doentes operados no período compreendido entre Fevereiro de 2008 e Setembro de 2013. Resultados: Foram operados 41 doente, sendo 22 do sexo masculino (53.6%). A idade média foi de 61.8. A distância mínima da lesão à margem anal foi de 3cm e máxima de 10cm. O tamanho da lesão variou entre 0.5cm e 9.8cm. Nenhum doente fez neoadjuvância. O defeito foi encerrado em 75.6% dos doentes. Houve complicações em 9 doentes (22%), 2 casos de deiscência da sutura, 6 de hemorragia e 1 caso de estenose. O diagnóstico histológico mais frequente foi o de adenocarcinoma (78%), seguido de adenoma (14.6%), tumor neuroendócrino (4.9%) e sem tumor residual (2.4%). Em relação ao estadiamento T da classificação TNM o mais frequente foi T1 (85.4%), T2 (9.8%), T3 (2.4%) e sem tumor residual (2.4%). Houve 3 casos de recidiva local (7.3%). Discussão: Em doentes com tumor do reto em estadio inicial a ressecção local por TEO é uma técnica eficaz e com baixa taxa de morbilidade associada. Sendo uma alternativa de escolha evitando cirurgias major. Hospital de Santarém, EPE Colo-Proctologia Joana Miranda, Carlos Véo, Edgar Aleman, Marcos Denadai, Maximiliano Cadamuro Neto, Luís Romagnolo, Armando Melani Joana Santos Miranda [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C68) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: Avaliação de eventos durante o 1º ano de follow-up de carcinoma do cólon nos estadios 0, I e II. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença regional é o principal determinante do prognóstico do cancro do cólon. No carcinoma do cólon sem envolvimento ganglionar (estadios 0, I e II) a sobrevivência aos 5 anos ronda os 90%. As recomendações atuais para a vigilância no 1º ano, nestes doentes, são de avaliações trimestrais/semestrais. O objetivo deste trabalho é avaliar o número de eventos e a taxa de recidiva no 1º ano pós-operatório do carcinoma do cólon em estadios 0, I, e II e determinar de que forma estes resultados poderão contribuir para otimizar o plano de follow-up durante este período. Material e Métodos: Estudo observacional e retrospectivo dos doentes com carcinoma do cólon em estadios 0, I e II, intervencionados durante o ano de 2013. Foram considerados eventos os sintomas, sinais e elevações do CEA. Os dados foram colhidos pelo processo eletrónico e o seu tratamento foi realizado através do programa SPSS, V20. Resultados: Foram encontrados 149 doentes dos quais 131 considerados elegíveis. 56, 5% dos doentes pertenciam ao sexo masculino e a média de idades foi de 67 anos. Foram diagnosticados 72 casos em estadio II, 58 em estadio I e 1 com carcinoma in situ. A taxa de complicações pós-operatórias foi de 35, 1%. Foram detetadas 4 recidivas RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C67) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: TEO – “Transanal Endoscopic Operation” no Tra- tamento de Tumores do Reto: Estudo Retrospetivo em 41 Doentes RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Durante muito tempo os tumores do reto necessitavam de uma abordagem agressiva para o seu tratamento, com alto risco de morbilidade XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 33 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: (3%), duas sob a forma de metastização hepática, uma caso de carcinomatose peritoneal e uma recidiva local. Discussão: A taxa de recidiva do carcinoma do cólon em estádios precoces é baixa, como corroborado nesta amostra, sendo provável que a vigilância trimestral no 1º ano possa não ser vantajosa. Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE Colo-Proctologia AI Ferreira, C Costa Pereira, D Machado, JC Pereira, A Mesquita, P Reis, J Guimarães, JF Videira, J Abreu de Sousa Ana Isabel Gomes Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C69) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: Adenocarcinoma do cólon: factores de prognóstico para metastização e tempo livre de doença. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar da diminuição progres- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: siva da incidência, a neoplasia colo-rectal mantém-se como uma das principais causas de morte por cancro. O objectivo deste trabalho foi avaliar factores de risco para metastização e para o tempo livre de doença em doentes com neoplasia do cólon. Material e Métodos: Foram analisados todos os casos com diagnóstico de adenocarcinoma do cólon, estadiamento pré e intra-operatório e estudo anátomo-patológico sem localizações secundárias, submetidos a cirurgia electiva curativa num período de 5 anos e com follow-up de 5 anos. Foram registadas múltiplas variáveis e identificada a ocorrência de metastização e o tempo livre de doença, sendo os dados submetidos a estudo estatístico (SPSS, versão 22). Resultados: Foram incluídos 251 doentes, sendo que a análise estatística univariável revelou que pT e pN (classificação TNM, AJCC, 7ª edição), a existência de invasão perineural, a presença de produção de muco e as classificações de Dukes, MAC e TNM, apresentavam significância estatística (p < 0, 05) quer para a ocorrência de recidiva quer para o tempo livre de doença. A análise multivariável permitiu definir a classificação TNM, a invasão perineural e a existência de envolvimento ganglionar como os mais fortes factores preditivos. Discussão: Os critérios de inclusão culminaram num grupo de estudo homogéneo, permitindo a identificação de vários factores de risco, os quais deverão ser tidos em conta pois parecem influenciar o prognóstico destes doentes. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Oliveira, P.; Ventura, L.; Baptista, H.; Oliveira, F. Pedro Filipe Craveiro Coutinho Oliveira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cipalmente se a jusante do ângulo esplénico. A cirurgia descompressiva, com ou sem exérese do tumor, é o tratamento standard. Uma abordagem inicial cada vez mais utilizada tem sido a colocação de prótese. O presente trabalho compara, em termos de eficácia e outcomes, a utilização de próteses do cólon em detrimento da cirurgia urgente. Material e Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo (entre 2009-13) que incluiu 43 doentes em oclusão intestinal por carcinoma do cólon esquerdo ou reto. A amostra foi dividida em dois grupos: doentes submetidos a cirurgia emergente ou submetidos a colocação de prótese cólica. Foram avaliadas as seguintes variáveis (SPSS versão 20): a) tipo de cirurgia, b) complicações, c) tempo de internamento, d) sobrevida livre de doença e e) sobrevida global. Resultados: A amostra divide-se em 12 doentes a quem foi colocada prótese cólica (28%) e 31 submetidos a cirurgia de urgência (72%). A localização mais frequente foi o sigmóide (77%) e acirurgia a Operação de Hartmann (56%). Do número total de Operações de Hartmann 4% foi em cirurgia eletiva após colocação de prótese. A morbimortalidade associada foi mais elevada no grupo da cirurgia de urgência. Discussão: Dada a alta morbimortalidade associada à cirurgia e a grande probabilidade de confeção de um estoma, deve-se considerar a prótese cólica como uma alternativa segura à cirurgia. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Colo-Proctologia Ana Cristina Rodrigues, Luísa Calais Pereira, Diana Gomes, Telma Brito, Mário Rui Gonçalves, Sara Domingues, Luís Lopes, Paulo Passos, Fernando Barbosa Ana Cristina Fernandes Rodrigues [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C71) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: Re-estadiamento pós radioquimioterapia neoadju- vante no tumor do reto. Qual a fiabilidade da RMN? Estudo retrospectivo. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na maioria dos centros internacionais é hoje relativamente consensual a realização de radioquimioterapia neoadjuvante nos tumores do recto localmente avançados. O que ainda se encontra em debate é a atual capacidade de prever a resposta biológica tumoral com os exames de imagem de que dispomos, nomeadamente a RMN de alta definição/ difusão (RMN/DW), e a eventual alteração da estratégia terapêutica. Material e Métodos: Os autores apresentam a experiência de uma Unidade Colorectal no que diz respeito à capacidade da RMN de re-estadiamento de prever a resposta biológica tumoral em doentes com neoplasia do recto localmente avançada submetidos a radioquimioterapia neoadjuvante e posteriormente a cirurgia. Apresentam um estudo retrospectivo e observacional de 62 doentes realizando a análise comparativa dos estadiamento imagiológico pré-operatório e do resultado histopatológico final da peça cirúrgica. Discussão: Considerando as limitações da ecografia endorectal na detecção da margem circunferencial de ressecção e na distinção fibrose versus tumor, tendo a tomografia computorizada o seu principal papel na RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C70) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: Próteses do cólon como ponte para cirurgia: sim ou não? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A oclusão intestinal é uma das formas de apresentação do carcinoma coloretal, prin- Revista Portuguesa de Cirurgia 34 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: detecção de doença à distância e não estando ainda esclarecido o papel da PET neste contexto, a RMN de alta definiçao/ DW é a melhor ferramenta de re-estadiamento de que actualmente dispomos. Hospital Beatriz Ângelo Colo-Proctologia Ourô S, Ferreira A, Gargaté, L, Oliveira, H, Maio R Susana Ourô [email protected] RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma ductal invasor RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C72) SESSÃO CO-CR 1 TÍTULO: O papel da prótese endoluminal autoexpansível na abordagem do CCR oclusivo RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma colorretal (CCR) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 4 manifesta-se sob a forma de oclusão intestinal aguda em até 25% dos doentes. Nestes casos as opções terapêuticas incluem o tratamento cirúrgico, realização de estoma descompressivo ou colocação de prótese endoluminal autoexpansível (PEAE). Os autores propõem-se a rever o papel desta última abordagem do quadro de CCR oclusivo. Material e Métodos: Revisão da casuística de colocação de próteses endoluminais na abordagem do CCR oclusivo e avaliação de resultados, a partir da consulta de processos clínicos, com tratamento estatístico de dados (SPSS v22) e revisão da literatura. Resultados: De Janeiro de 2011 a Outubro de 2014 foram colocadas 18 PEAE para abordagem do CCR em doentes com quadro oclusivo, das quais 6 colocadas com intuito paliativo, 3 para tratamento de estenose anastomótica e 11 como ponte para cirurgia eletiva. Neste grupo, verificou-se morbilidade associada à colocação da PEAE, em três doentes. Os restantes 8 foram submetidos a tratamento cirúrgico eletivo, sem menção a morbi-mortalidade, tendo sido efetuada abordagem laparoscópica em 4 doentes. Discussão: A colocação de PEAE por via endoscópica pode constituir uma alternativa à abordagem terapêutica urgente num quadro de CCR oclusivo, conforme se conclui da nossa experiência institucional. Contudo, as séries publicadas apresentam resultados por vezes contraditórios, daí a necessidade de mais estudos que clarifiquem a utilidade e validade deste procedimento. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Colo-Proctologia Brásio, R; Malaquias, R; Barbeiro, S; Gil, I; Rama, N; Alves, P; Garcia, R; Matos, O; Faria, V Rita Maria Duarte Brásio [email protected] 05-03-2015 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: (CDI) da mama raramente metastiza para a glândula supra-renal, sendo ainda mais raro as metástases isoladas e metacronas. Estudos acerca de neoplasias malignas com metastização isolada na glândula supra-renal sugerem que a adrenalectomia pode levar a um benefício na sobrevida. Relativamente à radicalidade cirúrgica, recidiva local, intervalo livre de doença e sobrevida a abordagem laparoscópica e a laparotómica são equivalentes. No entanto, a adrenalectomia laparoscópica apresenta todos os benefícios das técnicas minimamente invasivas. Os autores apresentam o vídeo de uma adrenalectomia direita laparoscópica por metástase de CDI da mama. Mulher de 58 anos com antecedentes de CDI da mama direita submetida a mastectomia simples e pesquisa de gânglio sentinela em 2010, classificada no EstadioIIA. Realizou tratamento adjuvante com quimioterapia e hormonoterapia. No segundo ano de follow-up, por elevação do CA15-3 foi efetuado estudo complementar que demonstrou uma massa na glândula supra-renal esquerda cuja biópsia revelou metástase de CDI da mama. Foi submetida a adrenalectomia esquerda laparoscópica que decorreu sem intercorrências. Em 2013, por nova elevação do CA15-3 foi diagnosticada uma metástase isolada na glândula supra-renal contra-lateral. A doente foi submetida a adrenalectomia direita laparoscópica, que decorreu sem intercorrências no período peri e pós-operatório. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Cirurgia Endócrina Liberal, M.; Leite, M.; Santos, M.; Barbosa, L.; Soares, C.; Pereira, B.; Maciel, J. Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V36) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Estabilização cirúrgica da parede torácica em Trauma RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O traumatismo torácico com retalho costal móvel associa-se a morbilidade significativa. As medidas terapêuticas iniciais visam o tratamento das complicações pleuro-pulmonares subjacentes, por vezes com ventilação mecânica. Em retalhos com grande instabilidade, o tempo de ventilação poderá ser prolongado, aumentando de forma significativa os riscos inerentes a esta técnica. A estabilização da parede por osteossíntese das costelas, defendida por alguns autores, tem-se mostrado eficaz na redução do tempo de ventilação, bem como numa recuperação funcional mais rápida, reduzindo assim a morbilidade. Material e Métodos: Os Autores apresentam um caso clinico de um doente de 65 anos de idade, vitima de acidente de viação com traumatismo do torso e retalho costal móvel antero-lateral direito. Após tentativa inicial de tratamento conservador, foi necessária uma laparotomia por instabilidade hemodinâmica com lesão esplénica e hepática. Após recuperação do trauma abdominal, o doente permanecia ventilado por intolerância às tentativas de desmame considerando-se a realização 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V35) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Abordagem Laparoscópica de Metástase Meta- crona de Carcinoma da Mama em Glândula Supra-Renal Direita XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 35 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de fixação das costelas. Resultados: Apresenta-se um vídeo ilustrativo da fixação das costelas com material de osteosíntese. São evidentes, durante o filme, os focos de fractura e a instabilidade mecânica provocada pelas fracturas. Discussão: Apesar de pouco utilizada, a fixação de fracturas costais em contexto de retalhos costais instáveis, reduz o tempo de ventilação assistida e melhora a recuperação funcional dos doentes. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Trauma Júlio Constantino, Jorge Pereira, António Lemos, Luis Pinheiro Jorge Almeida Pereira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V37) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Tiroidectomia transaxilar – Emergência de uma nova era RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na Europa são escassos os HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: exemplos de abordagens minimamente invasivas à tiroide. O MIVAT não evita a cervicotomia e as abordagens transaxilares robóticas difundidas por grupos italianos usam incisões generosas e uma tecnologia cara e difícil de adaptar. No extremo Oriente há equipas que têm desenvolvido uma ampla experiência de tiroidectomia transaxilar com uso de simples instrumentos de laparoscopia, hoje com milhares de casos tratados. O autor fez formação com o cirurgião com a maior experiência mundial na técnica, o Professor Tran Ngoc Luong de Hanoi. O objectivo deste vídeo é o de descrever a técnica no nosso meio. Material e Métodos: O caso apresentado é o de uma doente sujeita a lobectomia tiroideia por via transaxial. A abordagem usa 3 portas: uma de 10 mm e duas de 5 mm. A cirurgia é feita com recurso a insuflação com CO2 e a dissecção é feita com bisturi eléctrico e harmónico. Resultados: O pós operatório decorreu de forma normal, sem complicações. O resultado estético é perfeito. Discussão: As abordagens minimamente invasivas para a tiroide têm tido dificuldade em estabelecer-se porque provavelmente os grupos que se dedicam a esta cirurgia não são grupos experientes em laparoscopia. Tal como este vídeo demonstra, esta cirurgia pode ser feita com segurança por esta via de abordagem com recursos existentes em praticamente todos os Hospitais. Os resultados estéticos são fantásticos. Hospital da Arrábida Cirurgia Endócrina Jaime Vilaça, Humberto Rebelo, Humberto Cristino Jaime Vilaça [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ambulatório tem crescido substancialmente. Material e Métodos: Vídeo elucidativo de caso clínico. Resultados: Homem com hérnia inguinal bilateral, sem co-morbilidades ou antecedentes cirúrgicos, foi submetido a correcção de hérnia inguinal bilateral por via laparoscópica – TEP com prótese auto-adesiva. O procedimento e o pós-operatório decorreram sem intercorrências, tendo o paciente alta no mesmo dia da intervenção cirúrgica. O paciente encontra-se actualmente assintomático e sem evidência de recorrência. Discussão: A hernioplastia inguinal laparoscópica por TEP é um procedimento que, embora exija uma curva de aprendizagem prolongada, se executada por cirurgiões experientes, não acarreta tempo operatório significativamente superior à via aberta, apresentando claras vantagens para o doente que apresenta um pós-operatório menos doloroso, podendo regressar à sua rotina diária e laboral de forma mais rápida. No caso do TEP, existe a vantagem de não haver violação do peritoneu, reduzindo os riscos de lesão de órgãos intra-abdominais. Trata-se de um procedimento passível de realizar em regime ambulatório com alta no próprio dia, uma vez que apresenta baixa taxa de complicações, baixa taxa de conversão e elevada taxa de satisfação dos doentes. A utilização de próteses auto-adesivas nas abordagens laparoscópicas/vídeo-assistidas pode ser uma solução para a problemática da fixação das próteses no tratamento de hérnias inguinais. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Graça Cardoso, Carlos Magalhães Maria da Graça Pereira Cardoso [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V39) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Mestastase esplénica: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O objectivo deste trabalho é proceder a apresentação em vídeo da ressecção multiorgânica do baço, cólon e cauda do pâncreas por tumor esplénico invasivo. Resultados: Mulher de 78 anos, submetida a histerectomia com anexectomia bilateral, linfadenectomia pélvica, omentectomia por adenocarcinoma do endométrio, tipo células claras, em 2012, com realização de QT quimioterapia adjuvante. Em TC TAP de seguimento detectada: “Massa esplénica expandindo todo o seu terço inferior, com cerca de 7 cm de maior eixo, em continuidade com outra massa de menores dimensões, projectando-se no hilo esplénico. Apresentam contacto com o ângulo esplénico, sem plano de clivagem com este, e com a cauda do pâncreas”, e “litiase vesicular”. Foi colocada a hipótese de diagnóstico de linfoma/angiossarcoma esplénico tendo sido referenciada para consulta de cirurgia geral e submetida através de uma abordagem laparoscópica a: colecistectomia, esplenopancreatectomia caudal com colectomia esquerda em bloco. Sem intercorrências intra e pós-operatórias. Posteriormente, o resultado anatomo-patologico revelou: “Metástase esplénica de carcinoma de células claras, compatível com origem primária endometrial invadindo a porção caudal do pâncreas e à camada muscular própria do cólon”. RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V38) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Correcção de hérnia inguinal bilateral laparoscópica por TEP em ambulatório com prótese auto-adesiva RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Nas últimas 3 décadas, o número de procedimentos cirúrgicos em regime de Revista Portuguesa de Cirurgia 36 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Discussão: Este caso clínico traz-nos a complexidade de abordagem laparoscópica de um tumor invadido múltiplos órgãos em continguidade e a surpresa diagnóstica tratando-se de um caso raro de metastização esplénica. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Esplenica Sofia Frade, Daniela Cavadas, Francisco Fernandes, Francisco Toscano, Rouslan Barbyine, Nelson Silva Sofia Alexandra Marques Frade [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V40) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Deixa para amanhã o que não pode fazer hoje? Hér- RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: nias ventrais planeadas: a experiência do nosso serviço Objectivo/Introduçâo: A cirurgia de urgência impõe a necessidade de saber lidar com um abdómen aberto. São várias as situações que levam a uma laparostomia. No nosso serviço a experiência centra-se principalmente em casos de cirurgias de controlo de dano com necessidade de revisitação precoce do abdómen ou casos de síndromes de compartimento abdominal. A chave para gerir um abdómen aberto é encerrá-lo o mais precocemente possível, prevenindo as complicações inerentes a este estado, nomeadamente as fístulas enteroatmosféricas, infeções terciárias ou desequilíbrios hidroeletrolíticos que perpetuam o estado pro-inflamatório. O encerramento primário da fáscia é o cenário ideal, porém, estadios 3 ou 4 da classificação dos abdómens agudos podem exigir uma hérnia ventral planeada. Resultados: O presente vídeo visa mostrar a experiência do nosso serviço na gestão de abdómens abertos complexos e apresentação do nosso algoritmo de atuação. São apresentados casos clínicos em que o encerramento da pele ou recurso a um enxerto cutâneo, isto é, a construção de uma hérnia ventral planeada foi a solução para encerramento da parede abdominal. Discussão: Apesar de não se tratar da situação ideal para o encerramento precoce de um abdómen aberto, a hérnia ventral planeada pode fazer a diferença para manter o doente vivo, de forma a planear de forma diferida, com um doente com melhor estado geral e nutricional, a reconstrução abdominal definitiva. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Rita Peixoto, Jorge Valverde, Joana F. Correia, Daniela Macedo Alves, Maria João Lima, Rosa Saraiva, Fernando Ferreira, Eva Barbosa, António Taveira Gomes Rita Peixoto [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: contexto. O avanço da técnica cirúrgica e o aparecimento recente de estratégias de controlo de danos, vieram acrescentar uma complexidade muito própria a esta patologia, tornando-a, frequentemente, um problema de difícil resolução. A disponibilidade de novos biomateriais associada a abordagens cirúrgicas revisitadas, tem permitido a reparação destas hérnias com aceitável recuperação funcional da parede abdominal. Material e Métodos: Os autores apresentam em vídeo um caso de um doente de 60 anos com hérnia incisional gigante recidivada, reparada pela técnica de separação posterior de componentes (SPC). Tinha sido submetido inicialmente a sigmoidectomia por diverticulite com fistula colo-vesical e posteriormente a reparação de hérnia incisional por laparoscopia, complicada de infecção grave e necessidade de remoção da prótese intra-peritoneal. Resultados: Apresenta-se a SPC num vídeo didático, onde se salientam os passos que levam aos melhores resultados. Utiliza-se uma prótese de polipropileno auto-adesiva, inovação técnica que permite reduzir significativamente o tempo de cirurgia. O pós-operatório decorreu sem incidentes e a re-avaliação após um ano de cirurgia não revelou recidiva. Discussão: A técnica de separação posterior de componentes constitui uma opção válida na resolução de hérnias incisionais gigantes. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Jorge Pereira, Julio Constantino, Luis Pinheiro Jorge Almeida Pereira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V42) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Textiloma Mimetizando Quisto do Mesentério: A Propósito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos do mesentério são tumores abdominais raros, que afectam igualmente ambos os sexos. A apresentação clínica depende da sua localização e dimensão, ainda que habitualmente o diagnóstico seja incidental. O tratamento recomendado é a ressecção cirúrgica. Material e Métodos: Apresentação de caso clínico Resultados: Os autores apresentam, sob a forma de vídeo, o caso de um doente do sexo masculino de 67 anos de idade, com antecedentes de gastrectomia parcial por úlcera gástrica aos 35 anos, referenciado à consulta de Cirurgia Geral por massa abdominal volumosa. Ao exame objectivo constatou-se uma massa abdominal palpável com cerca de 20 cm de maior diâmetro, móvel, de superfície regular, de consistência elástica e não pulsátil. A TC abdominal demonstrou formação quística única, com 17x14 cm, de paredes finas e regulares, conteúdo heterogéneo e sem relação com estruturas vasculares, admitindo-se provável quisto do mesentério. Optou-se pela realização de laparoscopia diagnóstica/terapêutica que revelou massa compatível com textiloma envolvido por granuloma de corpo estranho. Discussão: Os textilomas não apresentam achados clínicos ou imagiológicos específicos. Devem ser incluídos no diagnóstico diferencial de massas abdominais, especialmente em doentes com cirurgias abdominais prévias. RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V41) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Separação posterior de componentes RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hérnia incisional é a com- plicação mais comum após cirurgia por laparotomia mediana e a principal causa de re-intervenção neste XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 37 HOSPITAL: Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Unidade II Mesentério Fonseca, S.(1), Campos, J.(2), Pires, F. (3), Costa, S (1), Marcos, N.(1), Carvalho, C. (1), Maciel, J. (1) Sofia Filomena Pereira Fonseca [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V43) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Tratamento cirúrgico de hérnia umbilical recidivada por via laparoscópica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias são uma protrusão HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: total ou parcial de um órgão através de um orifício natural ou defeito adquirido. Quando surge através de um defeito resultante de uma ferida operatória, denomina-se hérnia incisional. O diagnóstico é clínico, podendo apoiar-se nos exames de imagem, nomeadamente a ecografia e a TC. O encarceramento/estrangulamento das hérnias da parede abdominal é a complicação que mais riscos comporta, pelo que o tratamento cirúrgico está indicado na maioria dos casos, por via laparotómica ou laparoscópica. Material e Métodos: Doente de 56 anos seguida por tumefacção umbilical, compatível com hérnia umbilical recidivada. Havia referência a prévia correcção de hérnia umbilical na infância e posterior correcção cirúrgica da recidiva da mesma, com prótese plana, por via anterior, aquando da realização de colecistectomia laparoscópica. Resultados: No período intra-operatório foi identificada hérnia umbilical, sem sinais de inviabilidade do conteúdo herniário e a presença de uma prótese, que foi removida. Realizada redução e correcção da hérnia por via laparoscópica, com uma prótese de dupla face, fixada à parede abdominal anterior com tackers. O período pós-operatório decorreu sem intercorrências e a doente teve alta ao 2º dia. Discussão: A correcção cirúrgica das hérnias da parede abdominal anterior por laparoscopia é um procedimento seguro, rápido, eficaz e com resultados demonstrados. É particularmente vantajosa quando se trata de doentes portadores de hérnias da parede abdominal recidivadas. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Mário Rui Gonçalves; Diana Gomes; Telma Brito; Luisa Pereira; Ana Cristina Rodrigues; Eduardo Vasconcelos; Jesus Ventura; Alberto Midões Mário Rui Gonçalves [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 5 tomias desnecessárias. A metodologia mais utilizada na pesquisa do GSA é a marcação com radioisótopos, mas o recurso a corantes fluorescentes têm-se revelado útil e fiável. Com este trabalho pretende-se demonstrar como se excuta a técnica de dupla marcação do GSA, com verde de indocianina e com azul patente. Material e Métodos: O azul patente é injetado na região peri-aréolar, imediatamente antes da intervenção. De seguida, intraoperatoriamente, injeta-se o verde de indocianina. Com recurso a câmara photodynamic eye, a fluorescência é pesquisada e é marcado o trajeto seguido pelo corante até atingir o GSA. É então feita uma pequena incisão para localizar os gânglios duplamente marcados. Segue-se a excisão dos mesmos e envio para exame histológico que é realizado em diferido. Resultados: Em 93% dos casos, existiu correta marcação do GSA, com uma média de 3 gânglios excisados. Conforme suportado por alguns estudos publicados, esta técnica é adequada para a localização de gânglios metastizados. Discussão: O processo de dupla marcação do GSA, com corante fluorescente e corante vital permite uma melhor e mais fiável localização do gânglio sentinela axilar. Trata-se de uma técnica fácil de realizar, sem envolvimento de radiação ionizante, com menores custos associados e com igual fiabilidade em relação à marcação com radioisótopos. Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE Cirurgia Mamária Mourato M.B., Costa C., Reia M., Taré F., Fialho G., Rosado D., Delgado E., Dominguez J., Guerrero M., Romero M.A., Coelho A., Silva V., Messias F. Barbosa I. Maria Beatriz Baptista de Oliveira Mourator [email protected] 05-03-2015 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V012) SESSÃO V-EGD TÍTULO: Cirurgia de Nissen? Quando as coisas correm mal? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivos/Introdução A abor- dagem laparóscopica para o tratamento cirúrgico da Doença de Refluxo Gastroesofágico (DRGE) traz vantagens inegavéis. As taxas de falha com esta abordagem variam entre 2-17%. Material e Métodos: Apresentamos dois vídeos de complicações: – Homem de 35 anos com uma hérnia transdiafragmática após correção primária em 2008, com uma acalásia secundária. Foi submetido a esofagomiotomia e cirurgia de Toupet. – Mulher de 45 anos com DRGE submetida a um Nissen Laparóscopico em 2012. Posteriormente, foi diagnosticado espasmo esofágico difuso, pelo que necessário realizar esofagomiotomia e cirurgia de Dor. Discussão: No primeiro doente, a causa mais comum de falência de Nissen, foi a responsável pelo insucesso da cirurgia inicial. Verificou-se uma acalásia secundária, pelo que se optou por realizar uma miotomia e fundoplicatura parcial. No segundo caso, dado o agravamento RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V44) SESSÃO V-VÁRIOS 1 TÍTULO: Pesquisa do Gânglio Sentinela Axilar em neopla- sias da mama, com recuso a técnica dupla – fluorescência com verde de indocianina e corante azul patente. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pesquisa do gânglio sentinela axilar (GSA) é um procedimento essencial no estadiamento de neoplasias da mama, evitando linfadenec- Revista Portuguesa de Cirurgia 38 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: clínico, com aparecimento de disfagia e dor torácica, identificou-se um espasmo esofágico difuso. Foi submetida a miotomia associada a fundoplicatura de 270 graus. Conclusão A reoperação laparóscopica da cirurgia antirefluxo é extremamente complexa e para que sejam alcançados bons resultados é essencial treino avançado em laparoscopia. Não existe uma técnica ideal neste tipo de doentes, sendo essencial adaptá-la à causa da falha do tratamento inicial e diagnosticar problemas adicionais. Ambos os doente encontram-se neste momento assintomáticos. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Jorge Valverde, Daniela.Macedo Alves, Margarida Vinagreiro, Joana Correia, Maria.João, Lima, Rosa Saraiva, Rita Peixoto, Emanuel Guerreiro, A.Taveira Gomes Jorge Valverde [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V014) SESSÃO V-EGD TÍTULO: Carcinoma Gastrico in situ – Abordagem Laparós- copica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivos/Introdução A abor- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V013) SESSÃO V-EGD TÍTULO: Miotomia de Heller com fundoplicatura anterior – Made in Hospital de Braga RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A acalásia é a alteração de HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: motilidade esofágica mais comum. A opção pela dilatação endoscópica, apesar de ser uma alternativa terapeutica, apresenta uma elevada taxa de recidiva e pode vir a complicar futura abordagem cirurgica, nomeadamente por laparoscopia. Material e Métodos: Mulher de 30 anos, com múltiplas observações de urgência por disfagia, regurgitação esporádica e dor torácica desde 2010. Consulta da Unidade Funcional Esofago-Gástrica do Hospital de Braga em Abril de 2013 – estudo dirigido: EDA sem alterações, radiografia contrastada esofago-gastrica e TC toraco-abdominal com contraste oral a revelarem estenose da porção terminal do canal esofágico, pHmetria com refluxo no esófago proximal e traçado manométrico compatível com acalasia – esfíncter esofágico inferior com relaxamento incompleto (30%). Proposta para cirurgia, que realizou em Novembro de 2013. Boa evolução clinica, tendo alta no quarto dia pós-operatório, com boa tolerância a alimentação oral. Seguida em consulta, encontrando-se assintomática e sem evidencia de recidiva. Resultados: O vídeo mostra os principais momentos da miotomia de Heller com fundoplicatura anterior, por via laparoscópica. Sublinha-se a necessidade de uma boa exposição de ambos os pilares diafragmáticos, seguido da miotomia proximal e distal à junção esófago-gastrica, terminando com a fundoplicatura anterior. Discussão: A laparoscopia no tratamento da acalásia apresenta resultados sobreponíveis à abordagem clássica, com evidentes benefícios para o doente. Hospital de Braga Cirurgia Esófago Gástrica José Pedro Pinto, Dina Luís, Patrícia Botelho, Teresa Carneiro, António Gomes José Pedro Pinto [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dagem laparoscópica para o tratamento de neoplasias gástricas é ainda no mundo ocidental um tema controverso. O único estudo prospetivo do ocidente por Husher et al demonstrou que esta técnica é segura e comparável à técnica aberta. Material e Métodos: Apresentamos um vídeo de uma gastrectomia subtotal BII, com linfadenectomia D1, realizada por via laparoscópica numa doente de 79 anos com o diagnóstico de carcinoma gástrico in situ do antro. Foram utilizados 5 trocares – 1x10 mm no umbigo, 1x12mm no flanco esq e 3x5mm (2 no flanco dto e 1 no flanco esq). O tempo total do acto cirúrgico foi de 2h30m. Discussão: A utilização deste tipo de abordagem é mais consensual para os tumores gástricos Tis ou T1a, dado apresentarem uma percentagem de metastização ganglionar regional de apenas 1-3%. No entanto, pode ser utilizada em tumores de estádios superiores, exigindo, no entanto, maior diferenciação cirúrgica e conhecimentos avançados em cirurgia laparoscópica. Conclusão Vários estudos prospetivos confirmam que a resseção laparóscopica para neoplasias gástricas é segura e exequível, não se verificando aumento da morbilidade quando comparada com a técnica aberta, e possibilitando sobrevidas similares. Como vantagens acrescenta-se ainda diminuição das perdas sanguíneas, início mais precoce da dieta oral e redução do tempo de internamento. A doente teve alta ao 6º dia de pós-operatório, sem intercorrências. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Jorge Valverde, Margarida Vinagreiro, Daniela Macedo Alves, Emanuel Guerreiro, A.Taveira Gomes Jorge Valverde [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V015) SESSÃO V-EGD TÍTULO: Gastrectomia atípica laparoscópica por GIST justa- cárdico Objectivo – Demonstração cirúrgica de gastrectomia atípica por GIST gástrico de localização difícil. Resultados: Apresenta-se um caso clínico relativo a doente do sexo feminino de 66 anos, HIV positivo, que foi internada no serviço de doenças infecciosas com um quadro de anemia. No decurso da sua investigação foi identificada uma lesão extramucosa da região subcárdica com ulceração superficial. Foi realizado um TAC abdominal e uma ecoendoscopia que revelaram uma lesão da parede gástrica com 4 cm de diâmetro e características sugestivas de GIST. Foi efetuada gastrectomia atípica sem utilização de sutura automática dado tratar-se de lesão localizada na imediação da transição esofagogástrica. Foi realizada por via laparoscópica, usando o bisturi ultrassónico e o encerramento com fio reabsorvível. O pós-operatório RESUMO: Objectivo/Introduçâo: XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 39 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: decorreu sem incidentes e a doente teve alta ao 6º dia. O exame histológico revelou um GIST de baixo risco. Em reunião de grupo oncológico esofagogastroduodenal foi decidido manter apenas vigilância. À data da última consulta a doente encontrava-se assintomática e com valor de Hg de 12, 6 g/dl. Discussão: A gastrectomia atípica em GIST de localização subcárdica poderá ser realizada sem o recurso a máquina de sutura automática evitando assim a possibilidade de atingimento do cárdia e perigo de estenose. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Esófago Gástrica José Barbosa, Eduardo Lima da Costa, António Pereira José Adelino Lobarinhas Barbosa [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V016) SESSÃO V-EGD portas de entrada. A dissecção efetuou-se com bisturi harmónico e bisturi eléctrico. A crossa da veia ázigos foi controlada com máquina de sutura automática. O esófago foi plastiado com sutura de aproximação da camada muscular longitudinal. No final foi deixado um dreno medastínico. Resultados: O pós operatório não teve complicações. Retomou o trabalho ao 13º dia após a cirurgia. Dois meses depois, com dieta sem restrições, o doente refere que não tem o menor sintoma de disfagia ou dor torácica. Discussão: O posicionamento ventral para a abordagem do esófago torácico por vídeo cirurgia permite uma visualização pormenorizada do órgão e das estruturas que o circundam. A cirurgia por esta via tem acréscimo de qualidade e proporciona um pós operatório rápido, confortável e com retorno precoce à atividade laboral. Hospital da Arrábida Cirurgia Esófago Gástrica Jaime Vilaça, Luís Lencastre, Ana Fonte Boa, John Preto Jaime Vilaça [email protected] TÍTULO: Miotomia de Heller e Fundoplicatura robótica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os autores apresentam o vídeo HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V018) de um caso clínico no decurso de estágio observacional realizado num Hospital em Nova Iorque, nas áreas da laparoscopia e robótica. Material e Métodos: Caso Clinico: Doente sexo feminino, 73 anos, com quadro clínico de disfagia, perda ponderal e intolerância à dieta com cerca de 1 ano de evolução. Internamento com o diagnóstico de acalásia proposta para Miotomia Heller e Fundoplicatura Robótica, pelo cirurgião e de acordo com a opção da doente. O procedimento decorreu sem intercorrências, utilizando o Robot Da Vinci. Teve alta, sem complicações. Discussão: O vídeo demonstra o avanço nos procedimentos de cirurgia minimamente invasiva, com destaque para as vantagens e limitações relativas à laparoscopia Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPE Cirurgia Esófago Gástrica P. Costa (1), J. Teixeira, (2) C. Fernandes(1), V. Taranu(1), L. Martins(1), D. Soares(1) Pedro Miguel Pinto dos Santos Costa [email protected] SESSÃO V-EGD TÍTULO: Baypass Gástrico Laparoscópico em Doente com Situs Inversus Completo RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O situs inversus completo é RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V017) SESSÃO V-EGD TÍTULO: Videotoracoscopia em decúbito ventral para trata- mento de leiomioma gigante do esófago torácico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As abordagens por via toracos- cópica do esófago têm ganho crescente popularidade nos últimos anos, com todas as vantagens da cirurgia vídeo-assistida e minimamente invasiva. O posicionamento ventral demonstrou facilidade na exposição do órgão e vantagens anestésicas. O presente vídeo tem como objectivo evidenciar este benefícios e sistematizar a técnica. Material e Métodos: Doente de 43 anos com disfagia de longa data. Estudado por esofagoscopia, eco-endoscopia e TAC torácica, tendo-se evidenciado um leiomioma esófago toracico com 10 cm de longitude e envolvimento circunferencial. Foi realizada uma enucleação do leiomioma (e esofagoplastia) por via toracoscópica posterior direita. A cirurgia usou 4 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 40 uma condição rara com posicionamento em espelho das vísceras torácicas e abdominais que não contra-indica a aplicação das técnicas cirúrgicas convencionais desde que devidamente adaptadas as alterações anatómicas existentes. Os autores apresentam um vídeo que mostra um Bypass Gástrico Alto Laparoscópico em doente de 46 anos de idade com obesidade mórbida e IMC de 46Kg/m2, com situs inversus completo diagnosticado na infância, com dextrocardia e inversão de órgãos abdominais. Material e Métodos: Vídeo demonstrativo da aplicação dos conceitos gerais da técnica cirúrgica convencional para Bypass Gástrico Alto Laparoscópico, adaptados à realidade de uma doente com situs inversus completo. O procedimento foi realizado em Outubro de 2013. Resultados: Os autores mostram as principais alterações necessárias relativamente à técnica habitualmente utilizada. O tempo cirúrgico foi de 130 minutos e o peri-operatório decorreu sem intercorrências. O pós-operatório teve evolução e duração sobreponível aos doentes sem esta alteração anatómica. Discussão: O Bypass Gástrico Alto Laparoscópico mostrou ser um procedimento seguro quando executado por cirurgiões experientes em doentes com situs inverso completo, desde que se conheça previamente essa situação de forma a permitir antecipar as dificuldades técnicas esperadas e adaptar a técnica. Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Rui Pinto; Washington da Costa;Teresa Santos; Diana Brito; Pinto Correia Rui Pinto [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V019) SESSÃO V-EGD TÍTULO: Ganho Ponderal após “Switch” Duodenal? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objectivo: Revisão laparoscó- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: pica de um “switch” duodenal após ganho ponderal. Introdução: O “switch” duodenal (SD) é descrito como a técnica mais eficaz na perda ponderal, actualmente indicada nos superobesos ou doentes com ineficácia terapêutica após cirurgia bariátrica prévia. Material e Métodos: Mulher, 30 anos, obesidade mórbida (IMC =54/m2 ). Em 2007, peso de 203, 7 kg, submetida a “sleeve” gástrico, tendo uma perda ponderal até os 127 kg. Conversão para SD em 2008 por ineficácia terapêutica. (perda até 127 Kg e depois recuperação para 155 Kg). Voltou a emagrecer até um mínimo de 117 Kg mas volta a recuperar progressivamente até aos 140, 9 Kg pré-operatórios, com o duodenal switch. Cirurgia: Por laparoscopia, adesiólise com dissecção do hiato esofágico e cruroplastia. Plicatura de bolsa de “sleeve” pouco dilatada e colocação de anel Minimizer® encerrado sobre Fouchet 36F a 7, 5 cm. Identificou-se ansa alimentar de 320 cm e uma ansa comum de 170 cm. Procedeu-se a encurtamento da ansa alimentar para 200 cm e da ansa comum para 100 cm (com ressecção dos 120 cm de excesso de ansa alimentar). Resultados: Sem intercorrências no pós-operatório, alta às 24 horas. Actualmente, 2 meses de catamnese, com perda ponderal de 20 kg (121 Kg). Discussão: A ineficácia terapêutica após SD é infrequente. O erro técnico sendo a causa mais comum do ganho ponderal, implica a sua identificação e revisão. Neste caso em particular verificou-se uma componente restritiva e malabsortiva inadequada que se corrigiu. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Esófago Gástrica Viveiros, Octávio; Ribeiro Rui; Paredes, Bárbara; Guerra, Anabela; Pereira, João; Manaças, Leonor. Octávio Domingos Maciel Viveiros [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: textiloma no hipocôndrio esquerdo, condicionando processo infecioso e erosão do fundo gástrico. Foi realizada gastrectomia atípica e drenagem abdominal. No pós-operatório verificou-se preenchimento de novo da cavidade, cuja abordagem conservadora possibilitou a sua regressão completa. Discussão: Cerca de 20% dos textilomas permanecem silenciosos durante anos, cujas complicações geralmente ocorrem como abcessos e erosões para o tubo digestivo. O granuloma resultante coloca dificuldades diagnósticas, nomeadamente o diagnóstico diferencial com neoplasia. Esta hipótese deve ser sempre considerada na presença de tumores capsulados, com localização e apresentação bizarras, na evidência de um procedimento cirúrgico prévio ao diagnóstico. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Sílvia da Silva (1), Carla Freitas (1), Cesar Alvarez (1), João Pinto-de-Sousa (1, 2) Sílvia Raquel Coelho da Silva [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V21) SESSÃO V-EGD TÍTULO: Gastrectomia total laparoscópica por adenocarci- noma do corpo gástrico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente do sexo masculino, de RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V20) SESSÃO V-EGD TÍTULO: Textiloma mimetiza GIST dezasseis anos depois de uma laparotomia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os texilomas ocorrem infre- quentemente, e cuja real incidência é difícil de estimar pelas implicações médico-legais subjacentes. Este trabalho documenta um textiloma cuja apresentação simulou uma neoplasia, inicialmente interpretada como um possível GIST gástrico. Material e Métodos: O caso reporta-se a um doente de 60 anos com volumosa neoformação abdominal em investigação. Como antecedentes salienta-se cirurgia abdominal urgente há 16 anos. Por infeção secundária da lesão o doente foi internado e submetido a drenagem percutânea. A evidência de conteúdo entérico na drenagem sugeriu fistulização para o estômago, confirmada imagiologicamente. Face à hipótese de neoplasia gástrica perfurada o doente foi proposto para laparotomia exploradora. Resultados: Intra-operatoriamente foi identificado um HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: 78 anos de idade, recorreu ao Serviço de Urgência por quadro de hematemeses, astenia e anorexia.Foi realizada endoscopia digestiva alta que revelou lesão ulcerada, muito friável ao nível da pequena curvatura do corpo gástrico, sugestiva de lesão neoplásica. As biópsias da lesão revelaram tratar-se de um adenocarcinoma tubular invasor do corpo gástrico (HER2 positivo). Os restantes estudos complementares não revelaram metástases ou adenomegálias e o doente foi proposto para gastrectomia total. Material e Métodos: O doente foi submetido a gastrectomia total por via laparoscópica com confecção de esófago-jejunostomia termino-lateral e jejuno-jejunostomia latero-lateral mecânicas. Resultados: O período pós-operatório decorreu sem complicações e o doente teve alta ao oitavo dia pós-operatório. O resultado da anatomia patológica da peça operatória revelou um adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado do corpo gástrico, com infiltração da subserosa, sem envolvimento das margens de ressecção ou dos anéis da anastomose com doença metastática em três de vinte e seis gânglios linfáticos regionais (Classificação TNM -T3 N2 IVL 1/ AJCC Estádio IIIA). Foi proposto para QT adjuvante. Discussão: A abordagem laparoscópica na realização de gastrectomias totais pode ser utilizada de forma segura e permite bons resultados (possibilita um período pós-operatório com menos dor e com menor risco de complicações associadas à ferida operatória). Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Emília Fraga; Ricardo França; João Almeida; Fernando José Oliveira Ana Emília Crisóstomo Fraga [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 41 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V22) SESSÃO V-EGD TÍTULO: Gastrectomia Atípica Laparoscópica – Por Lipoma Gástrico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O lipoma gástrico é um tumor HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 gástrico benigno raro. Os tumores benignos gástricos são geralmente achados incidentais em exame endoscópico ou radiológico. Este vídeo tem como objetivo apresentar um caso de um doente com lipoma gástrico sintomático excisado por gastrectomia atípica laparoscópica. Material e Métodos: Doente do sexo masculino de 51 anos com antecedentes de obesidade, dislipidémia e diabetes mellitus. Por queixas de epigastralgias e hematemeses, realizou uma endoscopia digestiva alta que mostrou com lesão polipóide ulcerada no corpo distal do estômago, na transição grande curvatura – face anterior, com cerca de 4 cm, irressecável endoscópicamente. Resultados: A tomografia computorizada não mostrou outras lesões e a ecoendoscopia sugeriu tratar-se de um lipoma da parede gástrica. A lesão foi marcada com tinta-da-china no período pré-operatório e o doente foi submetido a gastrectomia atípica por via laparoscópica Internamento decorreu sem intercorrências com alta ao 5º dia pós-operatório assintomático. A avaliação histológica mostrou tratar-se de um lipoma gástrico. Ao sexto mês após a cirurgia, o doente mantém-se assintomático. Discussão: Apesar da sua raridade, o lipoma gástrico deve ser diagnosticado histologicamente. Assim, todas as lesões gástricas benignas volumosas, não passíveis de serem removidas por endoscopia, devem ser excisadas por cirurgia. A gastrectomia atípica por via laparoscópica é uma técnica eficaz, segura e minimamente invasiva. Hospital Espírito Santo, EPE – Évora Cirurgia Esófago Gástrica Machado A., Oliva A., Carvalho M., Félix R., Quintana. C., Caravana J. Arnaldo Furtado Paiva de Oliveira Machado [email protected] 05-03-2015 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de 6 meses. No exame anoretal, identificou-se tumefação vegetante palpável na parede posterior do reto, aos 4-5 cm, móvel, sem quaisquer outras alterações. A colonoscopia mostrou um pólipo séssil com 40-45 mm de extensão no reto distal, não removível endoscopicamente, cuja biópsias revelaram adenoma predominantemente viloso com displasia de baixo grau. Nos exames de imagem (TC e RMN) não se visualizavam invasão da submucosa nem adenomegalias. Foi realizada a resseção transanal da lesão pelo plano da submucosa. Resultados: A histologia revelou tratar-se de adenoma viloso com lesões de displasia de baixo grau alternando com focos de displasia de alto grau, sem invasão vascular venosa e bordos livres. Discussão: A abordagem transanal é uma técnica viável no tratamento do adenoma viloso do reto, permitindo a exérese completa da lesão nomeadamente em tumores de pequena e média dimensão. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Colo-Proctologia Rosa Saraiva (1); Rita Peixoto; Maria João Lima; Daniela Macedo Alves; Joana Correia; Jorge Valverde; Gonzalo Ruibal (1); António Taveira Gomes. Artur Silva Rosa Maria de Lima Monteiro Saraiva [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P002) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Neoplasia do cólon metastizada – Existirá lugar para a Cirurgia? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A recidiva após cirurgia é um problema major e geralmente a causa de morte. Material e Métodos: Os autores apresentam o caso clínico de um doente de 77 anos, internado em 2008 por neoplasia do ângulo esplénico do cólon em oclusão submetido a hemicolectomia esquerda tipo Mickulicz (ADC G2 T3NxMx). No estadiamento sistémico não apresentava alterações. Iniciou tratamento adjuvante com FOLFOX. No follow-up apresentou lesões do pulmão direito, sugestivas de malignidade na PET e outra ao nível do baço e cauda do pâncreas sugestiva de recidiva pelo que iniciou terapêutica com FOLFIRI. Foi submetido a resseção atípica pulmonar, esplenectomia, resseção pancreático-caudal e reconstituição do trânsito intestinal. Nos controlos imagiológicos, apresentou metástase pulmonar e hepática, retomando FOLFIRI/ cetuximab. Como intercorrências destacam-se um episódio de TEP, rash cutâneo, diarreia e depressão. Por agravamento iniciou mitC/5FU “de Gramount”, e cumpriu SBRT hepática e pulmonar. Já em 2013, por progressão da metastização, passou a Panitumumab e posteriormente a irinotecano/cetuximab paliativo com necessidade crescente da analgesia. Apesar de todas as medidas médico-cirúrgicas o doente faleceu em 2013. Discussão: O tratamento deve ser de acordo com as características do paciente e do tumor. As comorbilidades aliadas à baixa tolerância a esquemas tóxicos fazem do tratamento adjuvante um desafio. É necessário personalizar o tratamento para melhor adequação das opções cirúrgicas na abordagem do doente metastizado. 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P001) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Adenoma Viloso Gigante RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: Os adenomas vilosos representam cerca de 3% a 16% de todos os pólipos adenomatosos e podem atingir grandes dimensões. Os graus mais elevados de displasia são mais comuns nos adenomas de maior tamanho. Estudos têm demonstrado que o tempo para um adenoma progredir para cancro varia entre os 7 e os 10 anos. Objetivo: Demonstrar os passos de uma resseção transanal de um pólipo adenomatoso do recto. Material e Métodos: Caso Clínico: Mulher de 58 anos, história de episódios recorrentes de rectorragias e tumefação rectal que prolapsa no esforço defecatório, com evolução de cerca Revista Portuguesa de Cirurgia 42 HOSPITAL: Hospital Espírito Santo, EPE – Évora CAPÍTULO: Colo-Proctologia AUTORES: A.Laranjeira; J.Travassos; R. Sanchez; C. Rito; S. Ribeiro; A. Martins; J. Patrício; A. Machado; S. Antunes; J. Caravana CONTACTO: Ânia Laranjeira EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P003) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Abdómen Agudo por Perfuração Jejunal: uma Apre- sentação da Doença de Bechet RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Doença de Behcet é uma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: patologia recorrente e sistémica caracterizada pelo achado de vasculite inespecífica em múltiplos órgãos. Envolve o tracto gastrointestinal em 10-50% dos casos. O ileon terminal e cego são as zonas preferenciais. A presença de úlceras resulta numa elevada taxa de complicações como perfuração, fistulas, hemorragia e peritonite. Material e Métodos: CASO CLÍNICO Homem, 38 anos. AP: toxicodependência, VIH1, HCV, toxoplasmose cerebral, TP, Uveíte anterior. Recorre ao SU por dor abdominal e vómitos, com 24h evolução. Ao exame objectivo, quadro de abdómen agudo. Lesões maculo-pustulares nos membros. Analiticamente: Hb13.3g/dL, Leuc 7300, Plaquetas 112000. PCR 1.81mg/dl RX tórax e abdómen: pneumoperitoneu. TC Abdominal e pélvica: “pneumoperitoneu. Líquido peri-hepático e na cavidade pélvica. Distensão de delgado com parede espessada. Colecção conteúdo entérico”. Resultados: Submetido a laparotomia exploradora identificando-se doença multissegmentar com múltiplas estenoses uma das quais, perfurada. Procedeu-se a ressecção do jejuno comprometido. Histologia: Doença de Behcet (ulcerações isquémicas). Discussão: Não há exames patognomónicos. A histologia, conjugada com história de ulceras orais, uveíte e lesões dermatológicas, confirmam o diagnóstico (Study Group for Behcet´s Disease). Faz diagnóstico diferencial com DII. O tratamento é empírico com corticosteróides, imunossupressores e outros agentes. Quando este é ineficaz, há doença extensa ou complicações, deve ser considerada a cirurgia. Centro Hospitalar Lisboa Central Colo-Proctologia C. Vicente; S. Nogueira; R. Souto; A. Freitas; J.M Novo de Matos; A. C. Fradique Carla Sofia de Sousa Vicente [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: 33 anos, sofrendo de Doença de Crohn ileocecal com discrepância entre sintomas intestinais (discretos) e valores bioquímicos (anemia, PCR elevada), seguido em Gastroenterologia. Em 2010, iniciou dor lombar, elevação da creatinina e dilatação pielocalicial: fez TC-AP, suspeita de fibrose retroperitoneal. Por pielonefrites recorrentes com necessidade de nefrostomias bilaterais, foi feita reimplantação uretérica com retalho Boari à direita (2012). Má evolução, com IRC e exclusão funcional renal direita. Em 2014, acorreu ao Serviço de Urgência por dor no flanco direito, com empastamento, sob cicatriz de lombotomia. Realizou TC-AP. Resultados: Diagnosticou-se doença ileocecal com abcesso e fistulização cutânea; suspeita de fistula enterovesical. Submetido a curso de antibioterapia, seguido de ressecção ileocecal e nefrectomia direita. Boa evolução, com recuperação parcial da função renal. Discussão: Fibrose retroperitoneal progressiva num doente com Doença de Crohn deve suscitar suspeita de doença intestinal activa: pode existir progressão de doença fistulizante (mesmo com clínica GI fruste) promovendo o agravamento da fibrose. Imunossupressão agressiva e tratamento cirúrgico da doença inflamatória de base podem minorar as complicações desta entidade nosológica. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Marisa Tomé, António Manso, Sheila Martins, Júlio S. Leite, F Castro Sousa Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P005) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: A propósito de um caso clínico – Perfuração iatro- génica do colon após colonoscopia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colonoscopia é um método seguro e frequentemente utilizado no rastreio do cancro do cólon, no entanto, não é isento de complicações. A perfuração do colón e a hemorragia, apesar de raras, são as complicações mais graves desta técnica. A incidência da perfuração iatrogénica do cólon é de 0.1% nas colonoscopias diagnósticas e de 0.2% nas colonoscopias terapêuticas. O quadro clinico depende do local, tamanho e mecanismo de perfuração, extensão da contaminação peritoneal e condição clinica do doente. Os sintomas mais frequentes são a dor e distensão abdominal. A morbilidade associada a esta complicação depende do tempo de diagnóstico decorrido entre a realização da colonoscopia e a deteção da perfuração. Quanto mais cedo for o diagnóstico, menor é a morbilidade associada. O tratamento da perfuração iatrogénica do cólon pode ser realizado por via endoscopia através da colocação de clips (se iatrogenia for detetada no decorrer do procedimento), ou submetendo o doente a uma intervenção cirúrgica. Relativamente ao tratamento cirúrgico, o encerramento primário, quando possível, é o preferencial. Material e Métodos: Homem de 67 anos, que durante a realização de uma colonoscopia total, constataram uma perfuração iatrogénica do colon. O doente foi submetido a uma laparotomia exploradora, sendo que a perfuração localizava-se no RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P004) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Fibrose Retroperitoneal como Manifestação de Doença de Crohn em Atividade, a Propósito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Fibrose Retroperitoneal é Idiopática em > 70% dos casos, mas pode estar associada a doenças auto-imunes, como a Doença de Crohn. Pode progredir com obstrução uretérica e Insuficiência Renal Crónica (IRC). Material e Métodos: Homem de XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 43 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cólon sigmoide, a mais frequentemente descrita na literatura.O doente foi submetido ao encerramento primário da lesão. Discussão: O encerramento primário é um tratamento seguro. Centro Hospitalar Lisboa Central Colo-Proctologia Rita da Silva, Vasco Vasconcelos, Novo de Matos Ana Rita Pinto Tavares da Silva [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P006) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Síndrome de Lynch: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Síndrome de Lynch (SL) é HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: uma entidade hereditária de transmissão autossómica dominante, de elevada penetrância, que resulta da presença de mutações germinais num de cinco genes de reparação do ADN. Associa-se a um risco elevado de desenvolvimento de carcinoma do cólon e reto (CCR), em idade jovem e em localização proximal, sendo muitas vezes múltiplos. Podem também estar presentes tumores extracólicos, sendo o mais frequente o do endométrio. O diagnóstico clínico do SL baseia-se nos critérios de Amsterdão e de Bethesda. O tratamento do cancro do cólon em doentes com SL, consiste na colectomia total. O prognóstico é mais favorável para o SL do que para o CCR esporádico, no mesmo estadio. Material e Métodos: Homem de 49 anos, com dor abdominal, hematoquézias e emagrecimento. AP: SL com hemicolectomia direita aos 26 anos. Resultados: TC de estadiamento: lesão neoformativa extensa no ângulo esplénico aderente à cauda do pâncreas. Colonoscopia: No transverso, neoplasia ulcerada e estenosante (adenocarcinoma (ADC) pouco diferenciado); na sigmoideia distal, pólipo séssil (adenoma tubular com displasia de baixo grau). Submetido a resseção em bloco do cólon restante, baço, cauda do pâncreas e grande curvatura do estômago. Citologia do líquido ascítico: suspeita de malignidade Histopatologia: ADC do cólon com invasão do pâncreas e do estômago – T4bN0M0. Discussão: A vigilância sistemática e o tratamento individualizado é extremamente importante na abordagem do SL. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Colo-Proctologia Débora Correia, Joana Faustino, Rui Mendes, Luísa Moniz, Carlos Nascimento, Raúl Mesquita Lima Débora Correia [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: nada por Pielonefrite Aguda Obstrutiva; colocado Cateter Duplo J. Por agravamento analítico, pedida TC-AP: cólon sigmóide com espessamento parietal, abcesso peri-cólico volumoso, colecção pélvica – suspeita de diverticulite aguda perfurada. Resultados: Submetida a laparotomia exploradora: abcesso envolvendo o ovário direito (necrosado) e espessamento cólico atribuído a processo inflamatório adjacente sem aparente perfuração intestinal. Anexectomia e drenagem abdominal (suspeita de DIP/tumor ovárico). Clister opaco pós-operatório (PO): escassa progressão de contraste na transição recto-sigmóide, sem fístulas. Alta ao 10º dia. Enviada ao Serviço de Urgência no 19º dia PO: anorexia, astenia, febre, dor abdominal. Leucocitose. TC-AP: abcessos pélvicos. Disponibilizada histologia da peça de anexectomia: Metástase Ovárica de Adenocarcinoma Colo-Rectal. Realizada Operação de Hartmann e drenagem abdominal. Alta ao 10º dia. Iniciará QT adjuvante. Discussão: Este caso ilustra a dificuldade na determinação pré e per-operatória da etiologia dos abcessos intra-abdominais, e a frequente exuberância macroscópica das metástases ováricas síncronas de CCR, relativamente ao tumor primário. Realça a necessidade de, perante abcessos peri-cólicos/pélvicos em doentes de risco, suspeitar de possível perfuração de CCR. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Marisa Tomé (1), Luís Ferreira (1), Maria João Koch (1), Luís Ventura (2), Mónica Martins (1), Gorete Jorge (1), F Castro e Sousa (1) Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P008) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Linfoma Não Hodgkin do íleo – a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os Linfomas são o 3º tipo mais frequente de tumores malignos do intestino delgado. Cerca de 60 a 80% são de células B. O Linfoma não hodgkin (LNH) gastrointestinal primário corresponde a cerca de 30% de todos os LNH extranodais. A perfuração é uma forma de apresentação rara e constitui uma urgência cirúrgica. Material e Métodos: Os autores apresentam o caso clinico de um homem de 63 anos, submetido a laparotomia exploradora no contexto de perfuração de víscera oca durante procedimento endoscópico. Resultados: Doente internado no Serviço de Medicina por quadro de emagrecimento, enfartamento pós-prandial e hipersudorese noturna. Realizou tomografia computorizada que mostrou derrame pleural bilateral, ascite de moderado volume, espessamento concêntrico da parede do íleo distal. Durante o internamento realizou colonoscopia interrompida por dor abdominal difusa tendo a radiografia abdominal identificado ar subdiafragmático. Foi submetido a laparotomia exploradora, observando-se a presença de um tumor do ileo distal (10 cm de extensão) com envolvimento transmural e múltiplos gânglios linfáticos aumentados de volume. Procedeu-se a enterectomia segmentar (18cm) e anastomose termino-terminal manual e bióp- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P007) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Abcesso Intra-Abdominal e Carcinoma Colo-Rectal: a Propósito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os abcessos intra-abdominais e as massas ováricas exigem que sejam equacionados vários diagnósticos diferenciais. Relata-se um caso de Cancro Colo-Rectal (CCR) com apresentação incomum. Material e Métodos: Mulher de 76 anos, inter- Revista Portuguesa de Cirurgia 44 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: sia do epiplon. No internamento evolui favoravelmente. A histologia revelou tratar-se de um LNH de células B. Discussão: A localização primária mais frequente do LNH GI é o íleo.O tratamento cirúrgico do LNHintestinal localizado é a ressecção segmentar com anastomose primária, não havendo vantagem na ressecção ganglionar alargada Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Colo-Proctologia Marta Martins, Ana Cristina Carvalho, Diana Brito, Juliana Oliveira, José Monteiro, Salete Ferreira, Manuel Lima Terroso, José Pinto Correia Marta Cristina Da Cruz Martins [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P010) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Quando a lesão peri-anal é manifestação de doença maligna: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões ano-rectais, ainda RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P009) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Oxigenoterapia hiperbárica no tratamento das fístu- las enterocutâneas e perianais As fístulas enterocutâneas e perianais constituem um desafio terapêutico e causam grande impacto na vida do doente. A utilização da oxigenoterapia hiperbárica (OHB) como tratamento adjuvante nos casos de doença Crohn fistulizante tem sido discutida, atualmente está reservada aos casos refratários à terapêutica convencional. Nas fístulas pós-radioterapia existem apenas relatos de casos. O mecanismo de ação da OHB engloba: mediação da resposta inflamatória e imunológica, estimulação da produção de colagénio, promoção da angiogénese e ação bactericida. Neste trabalho, pretende-se avaliar o potencial benefício da OHB no tratamento das fístulas. Material e Métodos: Estudo retrospectivo. Procedeu-se à consulta dos processos clínicos dos doentes com diagnóstico de fístulas enterocutâneas e/ou perianais, submetidos a tratamento com OHB. Resultados: Foram tratados 7 doentes, idade média 53, 7 anos. Três apresentavam doença de Crohn fistulizante refractária e 4 doentes apresentavam fístulas pós radioterapia. O número médio de sessões de OHB foi 57. Todos os doentes apresentaram melhoria clínica (encerramento da fístula, diminuição da dor ou da drenagem). Não se verificaram complicações associadas a OHB e a adesão ao tratamento foi elevada. Discussão: Nos casos analisados verificou-se melhoria clínica, confirmando os resultados entusiasmantes de relatos prévios. Em doentes que não respondem a terapêutica convencional, a OHB deve ser uma opção a considerar. São necessários mais estudos para definir o papel da OHB neste contexto. Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica da Marinha Colo-Proctologia Isabel Rosa (1), Tania Meira(1), Francisco Guerreiro (2, 3) Isabel Rosa [email protected] RESUMO: Objectivo/Introduçâo: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: que na sua maioria de natureza benigna, devem levantar a suspeita de lesão neoplásica, nomeadamente nos casos de progressão lenta, com história pregressa de infecções locais refractárias. Resultados: Homem, 75 anos, referenciado à consulta de Cirurgia Geral por suspeita de fístula peri-anal com 4 meses de evolução, dolorosa e pruriginosa, com crescimento progressivo. À inspeção, lesão arredondada de 5 cm, na região nadegueira esquerda, em contiguidade com o esfíncter anal. Realizadas colonoscopia (lesão exofítica no sigmóide e neoplasia do canal anal compatíveis com adenocarcinoma) e RMN pélvica (lesão nodular alongada, do terço distal do recto ao sulco nadegueiro, passando pela vertente posterior do esfíncter anal com 7x2 cm, sem alterações na gordura mesorrectal ou adenomegalias pélvicas). O tratamento com QT neoadjuvante permitiu uma redução (clínica e imagiológica) praticamente completa, que foi seguido de uma amputação abdominoperineal alargada. Na AP observados mínimos focos residuais de adenocarcinoma colorectal com regressão tumoral moderada na transição recto-anal e completa no sigmoide – pT2N0M0. Pós-operatório sem intercorrências, com um período livre de doença de 21 meses. Discussão: Os tumores do canal anal são raros, nomeadamente os da região anorretal, sendo o adenocarcinoma um dos subtipos menos comuns. No presente caso, a exuberância da apresentação e o atraso na procura médica, condicionaram a estratégia cirúrgica e, consequentemente, o prognóstico. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Colo-Proctologia Ana Cristina Rodrigues (1), Diana Gomes (1), Telma Brito (1), Luísa Calais Pereira (1), Mário Rui Gonçalves (1), Paulo Passos (1) Ana Cristina Fernandes Rodrigues [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P011) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Abcesso perianal recidivante: manifestação clínica de tumor quístico retro-rectal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores retro-rectais locali- zam-se na região pré-sagrada, no espaço virtual entre o recto e sacro, e incluem diversas lesões nomeadamente congénitas, neoplásicas, inflamatórias e neurogénicas. Devido à sua reduzida incidência e apresentação clínica muito variável, são diagnosticados muito após o início dos sintomas, podendo associar-se a morbilidade significativa. Os autores descrevem o caso de um tumor retro-rectal diagnosticado em contexto de abcesso perianal recidivante. Material e Métodos: Homem de 22 anos, com história de múltiplas vindas ao serviço de urgência e drenagens cirúrgicas de repetição por abcesso e fístula perianal recidivante. Os sintomas consistiam em febre, dor e tumefacção peria- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 45 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: nais, sem sinais inflamatórios ou alterações analíticas associadas. Ao exame anorectal verificou-se ligeiro abaulamento da parede posterior do recto, ausência de orifício interno identificável e orifício externo com drenagem purulenta. Na exploração sob anestesia geral, identificou-se uma parede quística retro-rectal, confirmado por RMN pélvica como tumor retro-rectal com 4x3x4cm. Procedeu-se à excisão completa da lesão utilizando uma abordagem perineal posterior com excisão do cóccix. O estudo anatomopatológico revelou quisto retro-rectal do tipo teratoma. Discussão: Os tumores retro-rectais devem ser ponderados no diagnóstico diferencial de doentes com abcesso ou fístula perianal recidivantes, de forma a permitir o seu tratamento de forma atempada e evitando múltiplas intervenções diagnósticas e terapêuticas Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia MJ Koch, A Oliveira, S Martins, JC Campos, JS Leite, F Castro Sousa M João Koch [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P013) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Hematoma gigante do cólon por hemofilia adqui- rida, um caso único. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O desenvolvimento de auto- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P012) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Fibrose Pélvica: uma Complicação do Futuro? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: No tratamento da neoplasia do HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: recto, a associação da Radioterapia à cirurgia reduz o risco de recidiva local em cerca de 40% comparado à cirurgia apenas, o que resulta num aumento da sobrevida dos doentes com neoplasia do recto. As complicações agudas associadas à radioterapia são geralmente locais e autolimitados. Com o aumento do tempo de follow up, tem se assistido cada vez mais às complicações tardias da radioterapia que podem ocorrer vários meses ou até anos após o tratamento. Das complicações gastrointestinais, as mais frequentes são alterações da anastomose (estenose, fístula e abcesso), quadros de obstrução intestinal e proctites. As alterações extra gastrointestinais mais frequentes são alteração dos tecidos moles pélvicos e ureterohidronefrose. É, no entanto, muitas vezes difícil a distinção entre processo inflamatório/fibrose e recidiva local ou tumor secundário à radioterapia. O objectivo do trabalho é fazer uma revisão da literatura e apresentar dois casos clínicos de doentes que após vários anos do tratamento primário da neoplasia do recto, desenvolveram complicações pélvicas, sem evidência de recidiva de doença. Discussão: A radioterapia é essencial no tratamento neoplasia do recto, no entanto, estamos a assistir a um número crescente de complicações tardias que podem estar associadas ao tratamento.Apesar de existir poucos estudos neste sentido, é importante para o clínico que faz o follow-up estar alerta para a possibilidade de complicações tardias. Hospital Litoral Alentejano, EPE Colo-Proctologia Cruz, A. (1); Rocha, V. (1); Mateus, A. (1); Sousa, D. (1); Marinho, D. (1); Ferreia, A. (1); Martins, J. (1) Ana Isabel Cruz [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: -anticorpos contra o fator VIII em doentes não hemofílicos é uma entidade rara. Material e Métodos: Homem, 66 anos, com D.Crohn, recorreu ao SU com dor abdominal, diarreia e hematoquézias com 1 dia de evolução, sem história de traumatismo ou instrumentação cólica. Apresentava hemoglobina 8.9g/dl e discreto aumento do APTT. A sigmoidoscopia mostrou um coágulo gigante, não passível de remoção, mucosa violácea e sugestão de necrose em 20cm. TC inicial não revelou sinais de hemorragia activa ou espessamento da parede cólica. Evoluiu com distensão abdominal e persistência de rectorragias, com necessidade de múltiplas transfusões. O estudo da coagulação mostrou descida da actividade do factor VIII e elevação do respectivo anticorpo inibidor. Após estabilização clínica e reposição de factor VIII foi submetido a laparotomia exploradora, verificando-se distensão do cólon direito e hematoma intramural do cólon esquerdo, tendo-se procedido a hemicolectomia esquerda com colostomia terminal. No pós-operatório fez prednisolona 4 meses, com titulação negativa dos anticorpos anti-factor VIII às 3 semanas pós cirurgia. Reconstituiu o trânsito intestinal ao 5º mês pós-operatório sem intercorrências. Discussão: O hematoma intramural do cólon espontâneo está descrito em casos de anticoagulação ou instrumentação cólica. Não encontramos na literatura casos associados a hemofilias adquiridas. Reforçamos a importância do estudo dos distúrbios de coagulação aquando do tratamento das hemorragias digestivas. Centro Hospitalar Lisboa Central Colo-Proctologia Joana Figueiredo, Nuno Borges, José A. Pascoalinho, Ricardo Matos Joana Bernardino Figueiredo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P014) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Doença de Paget extramamária secundária: um caso clinico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença de Paget extrama- mária é uma neoplasia rara que afecta áreas cutâneas ricas em glândulas apócrinas, nomeadamente a região genital e perianal. É frequentemente secundária a uma neoplasia subjacente sendo o carcinoma a forma mais frequente. A excisão cirúrgica é a terapêutica de eleição. Resultados: Apresenta-se o caso de uma doente do sexo feminino, 79 anos que recorreu à consulta de Cirurgia Geral por queixas de massa perianal com hemorragia esporádica. Ao exame objectivo apresentava tumor pediculado da margem do anús associado a eritema cutâneo. Foi submetida a ressecção da lesão, com diagnóstico histológico de adenocarcinoma bem diferenciado e doença de Paget na periferia invadindo as margens cirúrgicas. Posteriormente efectuou-se Revista Portuguesa de Cirurgia 46 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: alargamento das margens com reconstrução através de retalho cutâneo. Pós-operatório sem intercorrências. Vigilância após 1 ano sem recidiva. Centro Hospitalar Lisboa Central Colo-Proctologia Francisco Fernandes, Daniela Cavadas, Sofia Frade, Conceição Cardoso, Isabel Paixão Francisco José do Rosário Fernandes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P015) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Síndrome de Ogilvie com necessidade de trata- RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mento cirúrgico: uma apresentação inicial cada vez mais rara Objectivo/Introduçâo: A Pseudo-obstrução cólica aguda, também conhecida com síndrome de Ogilvie é uma condição caracterizada pela distensão massiva do cólon, principalmente do cego e hemicólon direito mas ocasionalmente de todo o cólon. Na grande maioria dos casos está associada a uma patologia subjacente. A fisiopatologia desta condição ainda não se encontra totalmente esclarecida, no entanto, a evidência actual aponta uma disfunção do sistema nervoso autónomo como a causa mais provável. Material e Métodos: Doente de 77 anos admitida por quadro de dor abdominal e vómitos de estase. Na observação apresentava abdómen globoso, com RHA ausentes e globalmente doloroso.Na avaliação analítica destacava-se ligeiro aumento dos parâmetros inflamatórios, com o Rx de abdómen a revelar distensão de todo o cólon. Realizou TC que revelou marcada distensão cólica com áreas de ar parietal. Foi submetida a laparotomia exploradora com identificação de marcada distensão de todo o cólon e risco iminente de rotura do cego, tendo-se realizado colectomia total com ileostomia terminal Resultados: AP: Sem evidência de obstrução mecânica. Discussão: Os objectivos da terapêutica são o alivio do desconforto e a minimização do risco de isquémia e perfuração, que estão associadas a aumento da mortalidade. A terapêutica cirúrgica é a última linha de tratamento, existindo alternativamente a terapêutica conservadora, farmacológica e endoscópica, no entanto, perante a iminência da perfuração ou falência de outras terapêuticas, a cirurgia será a opção mais adequada. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Colo-Proctologia Daniel Jordão, Inês Sales; Inês Gil, Rita Brásio, Rita Malaquias, Paulo Alves, Nuno Rama, Rui Garcia, Olivia Andril Matoa Sandra Ferraz, Gilberto Figueiredo, Maria de Jesus Alves, Vitor Faria Daniel Filipe Martins Jordão [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: endócrinos do trato digestivo. A maioria das lesões são assintomáticas, sendo diagnosticadas incidentalmente durante estudo endoscópico/imagiológico. O seu tratamento pode ser efectuado por via endoscópica ou por via transanal, dependendo do seu tamanho, localização e metastização. Material e Métodos: Neste trabalho os autores apresentam um caso clínico relativo a doente com diagnóstico de tumor neuroendócrino do recto submetido a tratamento endoscópico. Resultados: Doente do sexo masculino de 58 anos seguido em Consulta de Cirurgia Geral por rectorragias frequentes. Realizou estudo endoscópico que revelou formação polipóide subepitelial com cerca de 12mm na proximidade da linha pectínea. Posteriormente realizada ecoendoscopia, colocando-se as hipóteses diagnósticas de leiomioma/GIST. Realizou ainda tomografia computorizada abdomino-pélvica (TC) que não revelou quaisquer lesões secundárias. Efectuada exérese endoscópica revelando tratar-se de tumor neuroendócrino bem diferenciado do recto. Caso apresentado em Consulta de Grupo Multidisciplinar decidindo-se vigilância. Discussão: A incidência dos tumores neuroendócrinos do recto têm vindo aumentar devio ao aumento do rastreio endoscópico realizado. Apesar de poderem ser muito agressivos, quando detectados precocemente podem ser tratados por via endoscópica. Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Colo-Proctologia Louro, Hugo (1); Leite, Mariana (2); Liberal, Maria (2); Gandra, António (2); Francisco, Elsa (2); Lucas, M Conceição (2); Maciel, Jorge (2) Hugo Cardoso Louro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P017) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Megacolon tóxico ideopático – Caso Clínico. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O quadro de megacólon tóxico e a sua evolução representa um desafio na prática clínica. Material e Métodos: Neste trabalho retrata-se um caso clínico representativo desta patologia. Resultados: Doente do sexo feminino, 76 anos, totalmente dependente, Índice de Karnosky 40. Antecedentes de histerectomia total com anexectomia por patologia benigna. Síndrome demencial associado e obstipação crónica, com necessidade de apoio farmacológico para manter o trânsito intestinal. Desenvolve clínica de oclusão intestinal, com recurso ao Serviço de Urgência. Evolução para megacólon tóxico, refractário ao tratamento médico e com instalação de sépsis grave, tendo sido necessária colectomia total com ileostomia terminal. Boa evolução no pós-operatório, apesar de pneumotórax associado a cateter venoso central. Estudo anatomopatológico do cólon não esclarece etiologia do quadro. Discussão: Megacólon tóxico como entidade clínica associada a instalação e evolução potencialmente rápidas, requerendo ajuste dinâmico das estratégicas terapêuticas a adoptar. HOSPITAL: Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II CAPÍTULO: Colo-Proctologia RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P016) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Tumor Neuroendócrino do Recto RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos do recto representam cerca de 19% dos tumores neuro- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 47 AUTORES: Leite, M; Liberal, M; Louro, H; Campos, J; Carrapita, J; Maciel-Barbosa, J. CONTACTO: Mariana Leite EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P018) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Abdómen agudo como 1ª manifestação de Doença de Crohn RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Doença de Crohn é uma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: doença inflamatória crónica, de causa ainda desconhecida, que pode afectar qualquer segmento do trato gastrointestinal. O diagnóstico é difícil sendo baseado em dados clínicos, radiológicos, endoscópicos e histológicos. As suas manifestações clinicas são variáveis e vão depender da localização e gravidade da doença. Embora a apresentação aguda seja rara, a ileíte terminal simula um quadro de apendicite aguda. Os autores apresentam um caso clínico de um jovem de 24 anos, com antecedentes de Doença de Refluxo Gastro Esofágico e anorexia nervosa. O doente dá entrada no serviço de urgência por quadro de dor abdominal tipo cólica, peri-umbilical com irradiação à fossa ilíaca direita, acompanhado de vómitos. Realizou exames imagiológicos que descrevem liquido intra-peritoneal e provável abcesso em relação com apêndice cecal. Por apresentar agravamento clínico com instalação de quadro séptico é submetido a intervenção cirúrgica, tendo-se verificado peritonite generalizada com ponto de origem em região ileo-cecal fistulizada e abecedada. Procedeu-se a ressecção ileo-cecal com ileostomia terminal, tendo o pós-operatório decorrido sem intercorrências. O exame anatomopatológico confirmou a suspeita intraoperatória de Doença de Crohn, tendo o doente sido encaminhado para consulta de Gastrenterologia. Centro Hospitalar de Setúbal, EPE Colo-Proctologia Monteiro, N.; Rufino, S.C.; Fontinha, J.P.; Cortez, L. Nuno Monteiro [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 des anaplásico do cólon sigmóide e recto, desenvolvido no contexto de terapêutica imunossupressora e infecção concomitante por EBV. Inicia quimioterapia (R-CHOP). Faz 7 ciclos sem evidência de melhoria clínica. Progressão de doença com recidiva pélvica, óssea, pulmonar e cerebral. Morte a 17/7/2014. Discussão: Este caso alerta para a hipótese de um linfoma oculto numa doença perianal complexa sem sinais de cicatrização em doente sob imunossupressão agressiva. Na DII há um risco acrescido de CCR e de doenças hematológicas. Está comprovada uma relação directa entre a imunossupressão iatrogénica e as doenças linfoproliferativas. Linfoma B difuso de células grandes anaplásico tem mau prognóstico, agravado, neste caso, pela infecção concomitante por EBV, dificultando o sucesso terapêutico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Manuel Rosete (1), Paula César (2), Fernando Azevedo (1), Mónica Martins (1), Júlio Soares Leite (1), Francisco Castro e Sousa (1) Manuel Fernandes Lourenço e Gonzalez Rosete [email protected] 05-03-2015 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P73) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Efeito da cirurgia bariátrica no refluxo gastroesofá- gico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A relação entre obesidade e a doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) tem demonstrado ser estreita. O aumento do índice de massa corporal (IMC) e a acumulação de gordura visceral estão associadas com um risco 2 a 3 vezes superior de desenvolver sintomas de refluxo ou lesões esofágicas. A cirurgia bariátrica tem evidenciado ser benéfica na resolução do refluxo. Material e Métodos: Analisaram-se retrospetivamente os processos de todos os doentes submetidos a cirurgia bariátrica no serviço de Cirurgia B entre 2010 e 2013. Foram analisadas as comorbilidades pré-operatórias e a sua persistência 1 ano após a cirurgia. Os doentes foram inquiridos sobre a presença de sintomas de refluxo ou alterações endoscópicas antes e depois da cirurgia. As diferenças foram consideradas significativamente estatísticas para valores de p Resultados: A cirurgia bariátrica melhorou os sintomas de refluxo em 78.6% dos doentes obesos com DGRE, apresentando resolução completa ou parcial das queixas. O bypass gástrico mostrou ser o melhor procedimento para doentes com DRGE pré-operatória. Uma maior proporção de doentes submetidos a gastrectomia vertical laparoscópica iniciou queixas de refluxo previamente não existentes. Discussão: A cirurgia bariátrica constitui um procedimento eficaz na maioria das queixas de refluxo gastroesofágico, permitindo igualmente a perda de peso e a melhoria de outras comorbilidades. A literatura atual indica o bypass laparoscópico como procedimento de eleição nestes casos. RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P019) SESSÃO P-CR 1 TÍTULO: Linfoma B difuso anaplásico desenvolvido em doença de Crohn perianal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Homem de 22 anos, com diag- nóstico de Doença de Crohn desde Julho 2012 medicado com azatioprina e 5-ASA. Em Setembro 2013 apresenta doença perianal refractária a antibioterapia e imunossupressores. Observa-se orifício fistuloso às 5h em litotomia, volumosa ulceração canal anal e destruição do esfincter posteriormente. Realizada fistulotomia com ileostomia de derivação. Iniciou terapêutica biológica e vacuoterapia sem sucesso optando-se pela realização de amputação abdomino-perineal em Dezembro 2013. Pós-operatório complicado por febre persistente, infecção da ferida abdominal, ferida perineal sem evidência de cicatrização. Sem resolução com antibioterapia. Histologia revelou linfoma B difuso de células gran- Revista Portuguesa de Cirurgia 48 HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Esófago Gástrica AUTORES: Marta Costa, Emília Fraga, Ana Bento, Mário Santos, João Almeida, Fernando Oliveira CONTACTO: Marta Raquel Pereira da Costa EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P411) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Hérnia de Hiato Gigante Encarcerada RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Hérnia de hiato gigante é uma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: entidade pouco frequente, representando 5-10% do total de hérnias de hiato. Consiste na presença de>30% do estômago em localização intratorácica e geralmente integra, em simultâneo, um componente de deslizamento e paraesofágico. A incidência de encarceramento e estrangulamento é diminuta. Masculino, 89 anos, com antecedentes de patologia cardíaca, recorreu ao Serviço de Urgência por náuseas, hematemeses e dispneia com 24h de evolução. Apresentava-se hemodinamicamente estável, subfebril e com elevação dos parâmetros inflamatórios. Na radiografia torácica observou-se hérnia de hiato gigante.Realizou EDA, após protecção da via aérea, que revelou isquemia da mucosa do corpo gástrico e úlcera com 5cm de diâmetro na junção esófago-gástrica. Foi submetido a laparoscopia que confirmou herniação gástrica completa com sinais de sofrimento, que reverteu após redução do saco herniário. Foi realizada correcção de hérnia de hiato e fundoplicatura de Dor. Internamento complicado com hematemeses e perfuração iatrogénica na junção esófago-gástrica por EDA, tendo sido submetido a exclusão esofágica bipolar. Teve alta com boa tolerância alimentar pela jejunostomia a Witzel, a aguardar reconstituição de trânsito esofágico. Habitualmente, em doentes sintomáticos, o tratamento definitivo é cirúrgico. Adicionalmente, devido aos riscos hemorrágico, de estrangulamento, vólvulo e, perfuração em hérnias paraesofágicas e mistas, recomenda-se a correcção cirúrgica electiva. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Cirurgia Esófago Gástrica Ferreira J, Barbosa L, Santos M, Tavares A, Viveiros F, Costa E, Ponte A, Pinho R, Maciel J Joana Ferreira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: género, idade, sintomatologia, topografia, procedimento cirúrgico, histologia e estadiamento das lesões. Resultados: Foram intervencionados 117 doentes (66homens e 51mulheres).Destes, 105(89.7%) foram submetidos a cirurgia com intenção curativa, 21 realizadas pela via laparoscópica(VL) e as restantes 84 por via aberta(VA). Foram realizadas 12(10.3%) cirurgias com intenção paliativa, 4 realizadas por VL e as restantes 8 por VA.Histologicamente foram identificados 4(3.42%) carcinomas in situ, 7(5.98%) tumores do estroma gastrointestinal, 74(63.2%) adenocarcinomas do tipo intestinal, 16(13.7%) adenocarcinomas do tipo difuso, 9(7.69%) adenocarcinomas do tipo misto, 1(0.85%) carcinoma neuroendócrino, 2(1.71%) leiomiomas e 4(3.42%) lesões não classificáveis. Discussão: A complexidade da abordagem da neoplasia gástrica promoveu o desenvolvimento de uma Unidade Funcional.Na neoplasia maligna a ressecção cirúrgica permanece a opção curativa.Se no que concerne às neoplasias benignas a VL tem um papel bem estabelecido, é objetivo desta Unidade acompanhar o propósito de que os princípios oncológicos da VA se mantenham na abordagem por VL. Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Ana Cristina Carvalho, Hugo Mesquita, Carlos Santos Costa, Diana Brito, Marta Martins, Andreia Santos, Juliana Oliveira, Manuel Ferreira, José Esteves, Jorge Magalhães, Pinto Correia Ana Cristina da Silva Carvalho [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P75) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Obstrução intestinal por migração de balão intra- -gástrico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O balão intra-gástrico (BIG) constitui uma opção no tratamento da obesidade mórbida, quer como terapêutica não cirúrgica quer como preparação pré-operatória, apresentando uma taxa de complicações major inferior a 3%. Resultados: Doente de 46 anos de idade, com obesidade mórbida (IMC: 52, 3Kg/m2), admitida no serviço de urgência 8 meses após colocação de BIG, com quadro de intolerância alimentar e dejeções diarreicas. Realizou Rx abdominal simples que evidenciou níveis hidroaéreos de delgado e TC que evidenciou corpo estranho (BIG desinsuflado) no lúmen de ansa ileal; após falência de tratamento conservador, repetiu estudo imagiológico com TC que demonstrou persistência de BIG no íleon terminal e dilatação das ansas a montante, com cerca de 4 cm de calibre máximo. A doente foi então submetida a laparoscopia exploradora, verificando-se presença de ansa de íleon aderente à parede abdominal (Pfannenstiel prévio), com BIG nesse local a condicionar quadro obstrutivo; realizada enterotomia com extração de balão por via laparoscópica, tendo a doente apresentado posterior resolução do quadro oclusivo. Não se registaram intercorrências pós-operatórias. Discussão: A obstrução condicionada por migração de BIG constitui uma complicação rara, cujo risco aumenta após 6 meses de colocação. O diagnóstico precoce é essencial, possibilitando em alguns casos a extração endoscópica e RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P74) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Experiência da nossa Unidade Funcional de Cirurgia Esofago-Gastro-Duodenal em Neoplasia Gástrica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresenta-se a casuística refe- rente ao tratamento cirúrgico das neoplasias gástricas de janeiro de 2013 a outubro de 2014 (a alargar até dezembro de 2014), tempo de existência da Unidade Funcional de Patologia Esofago-gastro-duodenal do nosso Serviço. Material e Métodos: Colheita de informação em base de dados da Unidade Funcional para análise das neoplasias gástricas intervencionadas em função das variáveis XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 49 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: evitando morbilidade adicional. A laparoscopia constitui uma abordagem cirúrgica eficaz no tratamento deste tipo de complicação. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Esófago Gástrica P. Andrea-Ferreira; M. Aral; E. Costa, A. Gouveia, J. Preto; J. Barbosa; J. Costa-Maia. Patrícia Andrea Pinheiro da Silva de Sousa Ferreira e Bouça Machado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P76) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Ulcera péptica perfurada no adolescente – uma revisão da literatura a propósito de 2 casos clínicos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença ulcerosa péptica é HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: uma causa de dor abdominal em idade pediátrica, principalmente na segunda década de vida. Apesar de ser uma etiologia rara, está presente em cerca de 8.1% das crianças que realizam endoscopia digestiva alta na Europa. A complicação por perfuração é ainda mais rara. Material e Métodos: Relatamos dois casos de úlcera péptica perfurada em adolescentes ocorridos no espaço de um mês, num hospital nível II. Em ambos os casos, o diagnóstico pré-operatório presumível era de apendicite aguda. A abordagem cirúrgica inicial num dos doentes foi por laparotomia de McBurney convertida em laparotomia mediana pela dissociação entre os discretos sinais inflamatórios do apêndice e o derrame peritoneal purulento. No segundo caso, a abordagem inicial foi por laparoscopia exploradora também convertida em laparotomia mediana pelo mesmo motivo associado a dificuldades técnicas. Além do relato dos casos clínicos, foi feita uma revisão da literatura através de uma pesquisa na base de dados PubMed/Medline. Discussão: A perfuração ulcerosa péptica deve fazer parte do diagnóstico diferencial dos adolescentes com dor abdominal aguda e sinais de irritação peritoneal. Nos doentes com suspeita pré-operatoria de apendicite aguda, a discrepância entre os sinais inflamatórios do apêndice e o derrame peritoneal deve levantar a suspeita de úlcera péptica perfurada. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado destes doentes contribuem para o excelente prognóstico desta patologia em idade pediátrica. Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Hugo Maciel Ribeiro, Filipa Santos, Henrique Morais, Jessica Neves, João Pinho, Vera Vieira, Nuno Azenha, Isabel Borges, Alice Fonseca, Amândio Matos, Lucília Conceição, Raquel Dias, José Mário Cecílio. Hugo José Maciel Ribeiro [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tratamento, estando reservada nas complicações. A perfuração é uma das complicações e ocorre em cerca de 2 a 10% dos doentes com úlcera duodenal. Este trabalho visa averiguar a incidência e o perfil dos doentes operados com perfuração de úlcera péptica (duodenal e pré-pilórica)nos últimos 5 anos, tendo em conta diversas variáveis Material e Métodos: Análise retrospectiva dos livros de bloco e processos clínicos de consulta/ internamento, registando-se todos os casos de Perfuração de Úlcera (pré-pilórica e duodenal) no período de tempo entre 01/01/2009-31/12/2014. Caracterização da amostra através das seguintes variáveis: idade, género, co-morbilidades, tempo decorrido entre o inicio dos sintomas e a cirurgia, episódio inaugural v.s diagnóstico pré-existente, procedimento cirúrgico efectuado, complicações e abordagem terapêutica no pós-operatório incluindo a erradicação de H.Pylori e a utilização de IBP Resultados: Registaram-se cerca de 67 casos com predomínio do género masculino, não havendo, na maioria dos casos, diagnóstico prévio. Salienta-se a associação ao abuso de alcool e AINEs. O tempo decorrido entre o diagnóstico e a cirurgia raramente ultrapassou as 6h e o procedimento mais frequentemente realizado foi a ulcerorrafia e a epiplonplastia. À data da alta praticamente todos os doentes ficaram medicados com IBP e alguns fizeram erradicação para o H.Pylori. Discussão: Comentário dos resultados baseando-se na bibliografia Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Guerreiro, Ana; Jervis, Maria João; Febra, Pedro; Voabil, Carlos; Candeias, Maria Regina Ana Isabel Vicente Guerreiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P78) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Nem sempre corre como esperado! RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Das complicações do bypass gástrico (BG) as fístulas são das mais desastrosas, estando associadas a taxas consideráveis de morbilidade e mortalidade e existindo uma acesa discussão na literatura sobre a sua abordagem. Ocorrem em 2-5% dos BG e a mortalidade pode chegar aos 37, 5%. Material e Métodos: Os autores descrevem um caso de fístula do “pouch” gástrico pós BG. Resultados: Trata-se de um homem de 35 anos, IMC 45 Kg/m2 e DM2 submetido a BG laparoscópico que após 8 dias iniciou um quadro de dor abdominal intensa sendo identificada a presença de fístula. Foi submetido a laparotomia exploradora com drenagem e “patch” de epiplon e realizou EDA, que revelou orifício fistuloso do ângulo de His, sendo colocada prótese metálica autoexpansível (PMAE). Necessitou de revisão da PMAE aos 7, 10 e 14 dias, removendo-a 35 dias após a última revisão. No exame de controlo foi identificado orifício fistuloso patente ao nível do qual se encontrava a extremidade do dreno. Este foi reposicionado e colocou-se nova PMAE. Teve alta no 67º dia de internamento e a PMAE foi removida 4 semanas depois sem sinais de recidiva da fístula. Discussão: A abordagem das fístulas pós BG permanece um desafio e a utilização de próteses endoscópicas apresenta resultados promissores com RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P77) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Perfuração de Úlcera Péptica: perfil dos doentes operados nos últimos 5 anos no Serviço de Cirurgia Geral do HJJF – ULSBA RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A compreensão da fisiopatologia da úlcera péptica alterou o papel da cirurgia no seu Revista Portuguesa de Cirurgia 50 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: taxas de sucesso de 75-100%. Os autores realçam a importância da identificação dos factores que possam dificultar a cicatrização da fístula. Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Catarina Longras, Washington Costa, Diana Brito, Ana Cristina Carvalho, Marta Martins, Vânia Castro, Teresa Neto, Rui Pinto, Ricardo Moreira, Pinto Correia Catarina Longras [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P79) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Complicação Tardia de Fístula pós-Sleeve gástrico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Sleeve gástrico é um dos HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: procedimentos cirúrgicos mais amplamente difundidos para o tratamento da obesidade mórbida. As fístulas do tubo gástrico complicam 5% destes procedimentos, e o seu tratamento por endoscopia, nomeadamente a colocação de prótese gástrica, poderá evitar a necessidade de reintervenções cirúrgicas. Material e Métodos: Mulher, 45 anos, IMC 46.7 Kg/m2 após remoção de banda gástrica em 2013, submetida a Sleeve gástrico em Junho de 2014. Em D2 pós-operatório inicia quadro de sudorese profusa, taquicárdia e aumento dos parametros inflamatórios, tendo-se documentado em TAC uma fístula proximal do tubo gástrico. Resultados: Optou-se por colocação de prótese gástrica, por via endoscópica, para exclusão do orifício fistuloso. Boa evolução clínica e laboratorial com alta e acompanhamento em ambulatório, tendo sdo feita remoção endoscópica de prótese às 7 semanas. No 20º dia após estes procedimento, recorre à Urgência por quadro suboclusivo, destacando-se imagiológicamente presença de material protésico no ileon distal, a aproximadamente 50cm da válvula ileo-cecal. Submetida a Enterotomia para remoção de prótese Enterectomia segmentar. Boa evolução com alta ao 5º dia e trãnsito intestinal restabelecido. Discussão: As róteses endoscópicas são alternativas válidas para o tratamento das fístulas do tubo gástrico em doentes hemodinamicamente estáveis, carecendo contudo de vigilância ajustada à sua evoluçã. Não estão totalmente isentas de complicações, como o caso relatado documenta. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Pereira, Joana; Pestana Marques, Pedro; Nunes, José Luis; Raposo D´Almeida, João; Mendes de Almeida, Prof. Dr. José Joana Pereira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: no espaço de Peterson.O diagnóstico representa um desafío clínico, visto que a sintomatologia e as alterações imagiológicas são pouco específicas. Material e Métodos: Estudo retrospectivo baseado na consulta do processo clínico do doente. Resultados: Doente com antecedentes de bypass gástrico via laparoscópico, recorre ao SE por queixas de dor abdominal associada a vómitos.TC abdominal “marcada distensão de intestino delgado e presença de liquido peritoneal”. Submetida a laparoscopia exploradora objectivando-se lesões de insuficiência vascular na parede das ansas intestinais. Após conversão, identificou-se hérnia interna ao nível do espaço de Petersson.Após redução do conteúdo herniário, realizada enterectomia segmentar (30 cm) da ansa biliar por isquemia irreversível.Regressão parcial dos sinais de má perfusão no restante delgado, mas dada a extensão das lesões, optou-se por tratamento conservador e confecção de laparostomia.Second look: constatou-se melhoria franca dos sinais de má perfusão, pelo que se decidiu por encerramento da parede abdominal. Discussão: Apesar de ser consensual o encerramento dos defeitos mesentéricos na tentativa de evitar esta entidade, a marcada perda de peso pode motivar a sua reabertura, condicionando o seu aparecimento. A laparosocopia exploradora deve ser realizada nos doentes com elevada suspeição clínica. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Vera Oliveira, Ferreira de Almeida, Trovão Lima, Tiago Ferreira, Jose Reis, Gil Gonçalves, Mario Nora Vera Lucia Oliveira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P81) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Torção Secundária de Epíplon – Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A torção do grande epíploon é uma causa rara de abdómen agudo, podendo ser primária ou secundária. A secundária é mais comum e está associada a condições pré-existentes. A torção do epíploon sobre o seu próprio eixo leva a isquémia e necrose. Os doentes geralmente apresentam um quadro de dor abdominal que mimetiza outras patologias como a apendicite aguda ou colecistite aguda. A tomografia computorizada (TC) abdominal com contraste é importante no diagnóstico. Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 54 anos com antecedentes bypass gástrico em Y-Roux por via laparoscópica, por obesidade, com ida ao serviço de urgência por quadro de dor abdominal associada a vómitos. Resultados: A ecografia abdominal e endoscopia digestiva alta não mostraram alterações, já a TC abdominal com contraste mostrou uma densificação da gordura intra-abdominal e aspeto em “redemoinho”, colocando a hipótese de torção epíploon ou hérnia interna com comprometimento vascular. A doente foi submetida a laparotomia exploradora, onde se constatou uma torção da metade direita do epíploon com necrose, tendo-se realizado omentectomia parcial. O pós-operatório decorreu sem intercorrências, tendo alta ao 3º dia clinicamente bem. Ao 9º mês após a cirurgia, a doente mantém-se assintomática. Discussão: A torção do epíploon é uma causa rara de abdómen agudo. Dado RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P80) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Caso raro de Oclusao intestinal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O bypass gástrico laparos- cópico é a cirurgia Gold Standard no tratamento da obesidade. A oclusão intestinal por hérnia interna, complicação pouco comum, ocorre predominantemente XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 51 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: que o diagnóstico pré-operatório é difícil, é recomendado a realização de TC com contraste. O tratamento desta entidade é cirúrgico podendo a abordagem ser a laparoscopia ou laparotomia. Hospital Espírito Santo, EPE – Évora Cirurgia Esófago Gástrica A. Machado (1), M. Amaro (1), R. Félix (1), R. Sanchez (1), J. Patrício (1), M. Carvalho (1), Caravana J. (1) Arnaldo Furtado Paiva de Oliveira Machado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P82) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Um ano e meio após departamentação, resultados de uma Unidade Esofago-Gástrica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O objetivo do trabalho dos HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: autores é fazer uma análise retrospectiva do trabalho realizado na Unidade de esofago-gastro de um Serviço de Cirurgia Geral após a sua departamentação. Resultados: Entre Janeiro de 2013 e Agosto de 2014 foram referenciados 111 doentes, 71, 2% do sexo masculino. Foram submetidos a cirurgia 63, 1% (n=70), colocada prótese em 13, 5% (n=13) e 23, 4% (n=26) não foram submetidos a intervenção. Dos 111 doentes, 0, 9% (n=1) do esófago distal, 3, 4% (n=4) eram carcinomas do cardia Siewert I, 12, 6% (n=14) Siewert II, 6, 3% (n=7) Siewert III, 23, 4% (n=26) do corpo, 35, 1% (n=39) do antro, 9, 9% (n=10) do corpo-antro, 2, 7% (n=3) do coto gástrico. Foi realizada laparoscopia de estadiamento em 38, 7% (n=43). Nos doentes operados, 4, 5% (n=4) foram submetidos a esofagectomia transhiatal, 51, 9% (n=41) gastrectomia total, 16, 5% (n=13) gastrectomia subtotal, 5, 1% (n=4) gastrectomia total com ressecção multivisceral, 1, 3% (n=1) gastrectomia subtotal com ressecção multivisceral, 6, 3% (n=5) laparoscopia estadiamento e 1, 3% (n=1) transversostomia em ansa. Em 32% (n=36) foi realizada linfadenectomia D2. A mortalidade foi 1, 4% (n=1), a morbilidade foi 2, 9% (n=2) deiscência de anastomose, 2, 9% (n=2) evisceração, 2, 9% (n=2) pneumonia nosocomial, 1, 4% (n=1) TEP, 1, 4% (n=1) estenose anastomose, 1% (n=1) Colecção residual, 1% (n=1) peritonite biliar. Os autores pretendem, ainda, realizar uma análise estatística do subgrupo de doentes operados e paliadoscom prótese endoscópica. Hospital Garcia de Orta, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Albergaria D. Frois Borges, M. Oliveira G, Onofre, S. Carvalho, R. Soares, J. Silva, M. Pires, S. Luz, C. Santos, J.C., Corte Real, J. Diogo Albergaria [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: está isenta de complicações nem reintervenções, apesar de raramente colocar a vida dos doentes em risco. As complicações mais frequentes são: slippage, obstrução gástrica, dilatação da bolsa, infecções do port e migração da banda. Os autores apresentam o caso de uma doente com oclusão intestinal por “twisting” do tubo de banda gástrica. Resultados: Doente 34 anos, género feminino, com antecedentes de obesidade mórbida, submetida a colocação da banda gástrica em 2008, sem registo de intercorrências. Desenvolve quadro de dor abdominal súbita, difusa, associada a náuseas, vómitos e enfartamento. Recorreu ao Serviço de Urgência onde realizou radiografia abdominal que mostrou níveis hidro-aéreos e torção do tubo da banda?; uma TC confirmou o quadro oclusivo condicionado pela banda gástrica. Foi submetida a cirurgia urgente com remoção de banda gástrica, e resolução do quadro de oclusão do intestino delgado; o pós-operatório decorreu sem intercorrências. Discussão: A banda gástrica apesar de ser considerada uma técnica segura está associada a múltiplas complicações com necessidade de reintervenção cirúrgica. O “twisting” do tubo da banda gástrica com oclusão intestinal associada é uma complicação rara, mas possível desta técnica. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Marisa Aral, Silvestre Carneiro, Vítor Devesa, John Preto, José A. Barbosa, J. Costa Maia Marisa Aral [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P84) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Gastrectomia Laparoscópica – Primeiros Passos... RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução A patologia gástrica é responsável por um número muito significativo das admissões em serviços de cirurgia. Se a abordagem laparoscópica, com as vantagens que lhe estão inerentes, desde cedo foi considerada ideal para etiologias benignas, a controvérsia persistiu relativamente às indicações perante malignidade. Os autores apresentam os primeiros passos da laparoscopia na cirurgia gástrica no Serviço de Cirurgia do Hospital ao qual pertencem, salientando a importância da supervisão durante a curva de aprendizagem. Material e Métodos: Procedeu-se a uma revisão bibliográfica exaustiva que permitiu integrar o estado da arte relativamente à gastrectomia em geral e à abordagem laparoscópica em particular. Os processos de todos os doentes submetidos a gastrectomia foram analisados minuciosamente e após recolha dos dados relevantes procedeu-se a comparação com os valores reportados na bibliografia, para enquadrar os resultados obtidos no nosso Serviço. Resultados: O ainda reduzido número de doentes não permite avaliar se há diferenças estatisticamente significativas relativamente aos procedimentos convencionais, mas foi possível verificar isoladamente uma diminuição da dor e ileus no pós-operatório imediato com alta mais precoce para o domicílio. Discussão: Tratando-se de um procedimento tecnicamente exigente, requer cirurgiões com competência em laparoscopia avançada. É fundamental definir parâmetros para avaliar a eficácia das cirur- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P83) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Twisting: uma Complicação Rara de Banda Gástrica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A banda gástrica foi, no pas- sado, um dos procedimentos bariátricos mais realizados; é considerado uma cirurgia segura e a menos invasiva de todas as cirurgias bariátricas. Contudo, não Revista Portuguesa de Cirurgia 52 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gias realizadas, garantindo o rigoroso cumprimento das leges artis. Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Sónia Bispo, Sofia Nunes, Javier Arias Sónia Isabel Bárbora Bispo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P85) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Gastrectomia Vertical no Tratamento da Obesidade Mórbida – Resultados de uma Série de 963 Doentes RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: O tratamento cirúr- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gico da Obesidade tem sido encarado, nos últimos anos, como uma poderosa arma de combate a um flagelo da sociedade moderna. Para além de actuar no controlo de peso, a terapêutica cirúrgica desta doença consegue também bons resultados no tratamento de comorbilidades associadas, melhorando assim a qualidade de vida dos doentes. Objectivo: Avaliar os resultados obtidos por 963 doentes com gastrectomia vertical, operados por uma equipa dedicada à Obesidade Mórbida. Material e Métodos: Material e Métodos: Estudo observacional retrospectivo de 963 doentes com Obesidade Mórbida tratados cirurgicamente com gastrectomia vertical. Análise descritiva e tratamento estatístico. Resultados: Resultados: Apresenta-se os resultados obtidos no tratamento da obesidade com gastrectomia vertical incidindo na seriação de dados de Peso e Índice de Massa Corporal e Percentagem de Peso Perdido. O tamanho e recuo temporal da série permite analisar resultados com 5 anos de terapia cirúrgica. São ainda apresentadas complicações e causas de falência terapêutica. Discussão: Conclusão: A gastrectomia vertical laparoscópica é um procedimento seguro e efectivo no tratamento da Obesidade Mórbida e das comorbilidades associadas a esta doença, apresentando elevados valores de eficácia e tolerabilidade quando realizados por uma equipa experiente e dedicada. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia Esófago Gástrica França, N.; Marques, P.; Chiado, A; Chiado, C; Nunes, J.; D´Almeida, J.; Almeida, J Nuno França [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 trico, entre Maio/2010 e Junho/ 2013. Resultados: Dos 119 doentes, 93 eram do género feminino, com idade mediana de 44 anos (22-65 anos). A taxa de complicações global foi 4, 2%, com 4 casos de complicação major, sem registo de mortalidade. Verificou-se um decréscimo do IMC (índice de massa corporal) de 44.8kg/m2 para 37.8kg/m2, e 34.6kg/m2, aos 3 e 6 meses. A percentagem de excesso de peso perdido (%EWL) aumentou gradualmente de 36, 3% aos 3 meses, para 51, 3% aos 6 meses. Aos 6 meses de follow-up, analisando as comorbilidades, verificou-se uma diminuição significativa da receituário habitual. Discussão: A análise da nossa série permite concluir que o sleeve gástrico é uma técnica segura e eficaz no tratamento da obesidade mórbida. Um maior tempo de seguimento é necessário para determinar os resultados a longo prazo relativamente a comorbilidades, % EWL e ganho ponderal. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Marisa Aral, Manuel Sousa, John Preto, Hugo S. Sousa, António Gouveia, Eduardo Lima Costa, Silvestre Carneiro, José A. Barbosa, J. Costa Maia Marisa Aral [email protected] 05-03-2015 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P152 SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Perfuração espontânea vesícula biliar Tipo II? um caso raro de abcesso hepático RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Homem de 69 anos, ante- cedentes de DM2NID e AVC. Internado por Medicina Interna (diabetes descompensada e dor abdominal). Por persistência das queixas álgicas, realizou TC-AP ao 15ºdia de internamento que revelou líquido intrabdominal, colecção sub-frénica (15x9 cm) e vesícula de paredes mal definidas, com alteração estrutural dos segmentos IV e V. Observado por Cirurgia Geral apresentava abdómen mole, doloroso no hipocôndrio direito, sem reacção peritoneal. Analiticamente leucocitose de 35 000 e PCR 16, 4. Ecografia abdominal evidenciou abcessos hepático e subfrénico em complicação de colecistite aguda litiásica perfurada. Perante clínica e co-morbilidades optou-se pela cirurgia. Realizada incisão de Kocher com evidência de peritonite biliar, abcesso sub-frénico (600 cc de pus) e ruptura da cápsula hepática com loca hepática abecedada de cerca de 8x6 cm em plano de contiguidade com perfuração da vesícula biliar. Foi colecistectomizado e os abcessos drenados. Realizou ciclo de antibioterapia dirigida após cirurgia, tendo tido alta ao 14º dia pós-operatório. Discussão: O abcesso hepático é uma complicação rara da perfuração da vesícula biliar. Em 1934 Niemeier classificou as perfurações da vesícula biliar em 3 tipos, de perfuração livre a fistula colecistoentérica. Perante diagnóstico de perfuração da vesícula biliar, mesmo perante clínica frustre, deverá ser realizada abordagem cirúrgica precoce, diminuindo assim a morbilidade e mortalidade associadas. RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P86) SESSÃO P-EGD 1 TÍTULO: Sleeve Gástrico: experiência de uma Unidade de Tratamento Cirúrgica de Obesidade RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A gastrectomia vertical (sleeve gástrico) não sendo a nossa opção de primeira linha, é uma técnica de cirurgia bariátrica cada vez mais difundida e com vantagens reconhecidas. Os autores apresentam a experiência de uma Unidade de Tratamento Cirúrgica de Obesidade, analisando os dados demográficos, comorbilidades, complicações e perda ponderal. Material e Métodos: Os autores apresentam os resultados dos primeiros 119 casos submetidos a sleeve gás- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 53 HOSPITAL: Hospital de Vila Franca de Xira CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática AUTORES: Marques, Cláudia; Bentes, Nuno; Rábago, Angeles; Morais, João; Rodrigues, Francisco CONTACTO: Cláudia Neves Marques EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P153) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Pâncreas Anular no Adulto – a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pâncreas anular é uma ano- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: malia congénita rara, inicialmente descrita por Tiedemann em 1918. Fruto do advento de modalidades diagnósticas mais sofisticadas, estudos apontam para uma incidência de 1/1000. Caracteriza-se pela extensão de tecido pancreático ao redor da 2ª porção do duodeno (D2), causando variáveis graus de compressão extrínseca e subsequente obstrução. A teoria mais aceite quanto à sua origem embriológica descreve um anormal desenvolvimento do botão pancreático ventral e da sua fusão ao duodeno. Pode estar associado a outras anomalias, sendo a má rotação intestinal a mais frequentemente encontrada nos adultos. Resultados: Relata-se o caso clínico de um jovem de raça negra, 23 anos, que recorreu ao Serviço de urgência por quadro de suboclusão intestinal alta. Realizou tomografia computorizada abdomino-pélvica que revelou marcada distensão gástrica e de D1 e a presença de anel de parênquima pancreático a rodear D2, condicionando estenose por compressão extrínseca. Em adição, mostrou trajecto anómalo da veia mesentérica superior, posterior à artéria homónima, sugerindo algum grau de má-rotação. Estudo complementar com endoscopia digestiva alta apenas evidenciou sinais de gastrite crónica. Neste contexto, foi submetido a gastro-jejunostomia e vagotomia supraseletiva laparoscópica. Boa evolução no pós-operatório. Discussão: O pâncreas anular pode não se diagnosticar na infância e manifestar-se apenas na idade adulta e deve surgir no diagnóstico diferencial de oclusão intestinal alta. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Marta Fragoso, Marta Sousa, António Gomes, Ricardo Rocha, Rui Marinho, Nuno Pignatelli, Énio Afonso, Vitor Nunes Marta Ramos Fragoso [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dos: Mulher, 62 anos de idade. Na sequência de dois episódios de cólica biliar no período de 1 mês, associada a astenia, anorexia e perda ponderal, realiza estudo complementar.Analiticamente a destacar elevação marcada do marcador CA 19, 9 (458, 8). Aspectos ecográficos sugestivos de processo inflamatório crónico.Contudo, TAC abdominal a evidenciar irregularidade suspeita da parede da vesícula não se podendo excluir carcinoma. Submetida a colecistectomia por via laparoscópica com colheita de lavado peritoneal e exame extemporâneo da peça operatória que excluíram a suspeita pré-operatória de carcinoma. Cirurgia e pós-operatório sem intercorrências. Exame anatomopatológico confirmou o diagnóstico de CX. Discussão: Embora a CX constitua uma condição benigna, geralmente os exames complementares de diagnóstico do pré-operatório não são suficientes para a diferenciar do carcinoma da vesícula. O exame extemporâneo realizado permite orientar o cirurgião no sentido da ressecção cirúrgica mais adequada de acordo com os achados histopatológicos. Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Ana Teresa Bernardo, Rui Quintanilha, Luís Amaral, Vítor Carneiro, António Silva Melo Ana Teresa Bernardo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P155) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Pancreatite auto-imune: a neoplasia do pâncreas que não exige cirurgia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Pancreatite Auto-imune (PAI) é uma patologia crónica fibro-inflamatória do pâncreas, actualmente enquadrada numa doença multi-orgânica associada a hipergamaglobulinémia IgG4. Frequentemente tem características clínicas, analíticas e imagiológicas indiferenciáveis da neoplasia pancreática, mas com excelente resposta à corticoterapia. Material e Métodos: Caso clínico Resultados: Doente do sexo feminino, 75 anos, antecedentes irrelevantes, recorre ao serviço de urgência por perda ponderal, icterícia indolor, colúria/acolia com 15 dias de evolução. Destacava-se exame objectivo abdominal normal, parâmetros analíticos de colestase e, imagiologicamente, nódulo cefálico com envolvimento inflamatório difuso pancreático. Efectuou colangiopancreatografia retrógrada endoscópica sugestiva de estenose maligna extrínseca da via biliar, colocando-se prótese descompressiva; ecoendoscopia com biópsia do nódulo (4 cm), confirmando envolvimento inflamatório difuso. Com valor de CA 19.9 normal, citologia negativa para neoplasia e título de IgG4 1180mg/dl, iniciou prova terapêutica com corticóides. Houve resposta serológica e imagiológica franca, sem estenose ou recorrência clínica após remoção da prótese, mantendo vigilância em consulta. Discussão: Pretende-se ilustrar a problemática no diagnóstico diferencial entre PAI e neoplasia pancreática, similares na sua apresentação, mas com terapêutica e prognóstico distintos. Recorrendo a critérios de estratificação pode evitar-se um procedimento cirúrgico com morbimortalidade relevante. RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P154) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Colecistite Xantogranulomatosa RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colecistite xantogranulomatosa (CX) é uma doença inflamatória rara da vesícula biliar que se caracteriza por um intenso processo inflamatório com destruição focal ou difusa que se pode estender à parede da vesícula e estruturas adjacentes. Pode mimetizar clínica e radiologicamente o carcinoma da vesícula, motivo pelo qual assume relevância clínica com importantes implicações na abordagem cirúrgica. Resulta- Revista Portuguesa de Cirurgia 54 HOSPITAL: Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática AUTORES: Carracha M.(1), Rocha F.(1), Rodrigues C.(2), Rocha C.(1), Oliveira M.(1), Almeida S.(1), Pinto B.(1), Guminski S.(1), Carneiro F.(1) CONTACTO: Miguel Carracha EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P156) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Cervicalgia como manifestação inaugural de heman- gioma hepático RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hemangioma hepático é uma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: malformação vascular congénita que afecta sobretudo mulheres na 5ª década de vida, constituindo o tumor benigno mais comum do fígado. Geralmente é assintomático, não tendo os autores encontrado na literatura nenhum caso em que a cervicalgia surge como a primeira manifestação clínica do mesmo. Material e Métodos: Consulta e recolha de dados do processo clínico da doente. Resultados: Doente do sexo feminino, 52 anos de idade, com antecedentes de litíase vesicular sintomática, admitida por cervicalgia de início espontâneo durante a noite e que motivou despertar do sono, posteriormente com migração álgica lombar irradiando aos quadrantes superiores do abdómen. Avaliação analítica geral sem alterações significativas e exames imagiológicos abdominais (ecografia, TC e RMN) identificando hemangioma hepático associado a hematoma subcapsular de 12.5 x 9.5 x 5 cm. Submetida a segmentectomia VII e VIII e colecistectomia, com evolução clínica favorável e alta ao 6º dia pós-operatório. Assintomática desde então, com 3 meses de follow-up. Discussão: A indicação para tratamento do hemangioma hepático surge quando este se torna sintomático, contudo a inespecificidade da cervicalgia como primeiro sintoma tumoral dificultou um célere diagnóstico do mesmo. A migração da dor para os quadrantes abdominais superiores levou à investigação imagiológica que permitiu o diagnóstico, com posterior abordagem cirúrgica. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Alberto Figueira (1), Ana Lontro (1), Cláudia Pereira (1), Francisco Tortosa (2), Manuel Ribeiro (1), Paulo Viana (1), Carlos Miranda (1), António Ruivo (1), João Coutinho (1), Mendes de Almeida (1) Alberto Sérgio Santos Figueira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cia por desconforto abdominal com 15 dias de evolução associada a náuseas e vómitos alimentares ocasionais. Apresentava massa palpável nos quadrantes direitos, dura, indolor e pouco móvel. Realizou TAC abdomino-pélvica onde foi possível identificar vesicula biliar com cerca de 16 cm de extensão longitudinal e com parede espessada. No fígado visualizava-se massa de 4, 8 cm de diâmetro, que se admite um angioma cavernoso, assim como lesões secundárias. Submetida a cirurgia urgente no dia 3 de Novembro 2014 por suspeita de colecistite aguda litiásica. Realizada incisão de Kocher. Identificação de vesícula biliar com extensão até à fossa ilíaca direita, com parede muito espessada. Múltiplos focos secundários hepáticos (segmentos V e VI). Realizada colecistectomia e hepatectomia parcial dos segmentos V e VI. Análise histológica de carcinoma da vesícula com metastização hepática. Pós-operatório sem complicações com alta ao 8º dia. Orientação em consulta de Decisão Terapêutica para tratamento multidisciplinar. Discussão: Os carcinomas da vesicula são muito agressivos e na maioria das vezes o seu diagnóstico é incidental no contexto de suspeita de patologia vesicular sintomática beninga. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática J. Nobre, A. Couceiro, G. Capelão, M. Laureano, P. Clara, M. Coelho dos Santos, I. Gonçalves João Miguel Salvador Nobre [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P158) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Íleo biliar e «diferentes» formas de apresentação – casos clínicos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: O íleo biliar é uma complicação rara e grave da litíase biliar. Trata-se de uma obstrução intestinal mecânica secundária à presença de um cálculo biliar no lúmen intestinal. Pela sua raridade, que implica dificuldade e, muitas vezes, atraso no diagnóstico, os autores consideram pertinente a exposição de 2 casos com formas «diferentes» de apresentação. Métodos/Resultados: Apresentação e documentação fotográfica de 2 casos clínicos. Caso 1 – mulher, 66 anos, com dor abdominal e vómitos cuja investigação revelou a presença de íleo biliar. Transferida de outra instituição, foi submetida a colecistectomia com colangiografia, enterectomia, extracção do cálculo e duodenorrafia. Caso 2: homem, 84 anos, internado com o diagnóstico de pancreatite com colangite de etiologia litiásica (dor abdominal e perfil analítico compatíveis). Por agravamento do quadro durante o internamento com sinais de quadro oclusivo realizou tomografia computorizada (TC) que revelou íleo biliar. Submetido a colecistectomia com colangiografia, enterotomia, extracção do cálculo e duodenorrafia. Discussão/ Conclusão: O íleo biliar é uma complicação rara da litíase vesicular que acomete essencialmente pessoas com mais de 65 anos e do sexo feminino. A apresentação típica é sob a forma de oclusão intestinal. A TC é o meio de diagnóstico mais específico. O tratamento é cirúrgico contemplando a enterotomia com remoção RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P157) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Massa abdominal invulgar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma da vesícula biliar é raro e de mau prognóstico. Normalmente é assintomático até um estadio avançado ou a sua clínica mimetiza a de litíase vesicular, tornando o seu diagnóstico precoce um desafio. Resultados: Doente do sexo feminino, 77 anos, recorre ao Serviço de Urgên- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 55 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: do cálculo associados a colecistectomia com encerramento da fístula bilio-entérica. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Graça Cardoso, Vilma Martins, Sílvia Neves, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, José Davide Maria da Graça Pereira Cardoso [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P159) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Colecistite Enfisematosa RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Relato de caso clinico de Cole- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cistite Enfisematosa. Discussão: A colecistite enfisematosa é uma patologia rara, (1% de todas as colecistites agudas). Caracteriza-se pela presença de ar no lúmen, parede da vesícula biliar e, ou, nos tecidos perivesiculares, na ausência de fistula entre a arvore biliar e o tracto gastrointestinal. Deve-se à infecção por bactérias produtoras de gás. É mais frequente em idosos e diabéticos. Os meios imagiológicos são essenciais ao seu diagnóstico. Apresenta pior prognóstico que a colecistite não enfisematosa, devido ao elevado risco de complicações(gangrena, perfuração, abcesso). O tratamento implica colecistectomia precoce e antibioterapia de largo espectro. Os autores apresentam o caso clínico de uma doente de 56 anos, diabética com antecedentes de enfarte do miocárdio, hipocoagulada, que recorre ao Serviço de urgência por dor lombar direita e vómitos. Ao exame físico dor ligeira à palpação profunda do quadrante superior direito, sem massas palpáveis, sem defesa. Analiticamente elevação marcadores inflamatórios. Ecografia e Tomografia computorizada que revelaram “vesícula biliar moderadamente distendida com cálculos intraluminais, nível hidroaéreo intraluminal. Sem sinais de dilatação das vias biliares intra ou extra-hepáticas ou de pneumobilia. Aspectos suspeitos para colecistite enfisematosa”. Submetida a Colecistectomia laparoscópica sem intercorrências. O exame anatomopatológico da peça confirmou colecistite aguda enfisematosa. Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Alexandra Carrazedo; Catarina Rocha; Isabel Armas; Pedro Fernandes; Rui Reis; Julio Novo; Paulo silva; Adriana Sousa; Herminia Martins Alexandra Maria Carrazedo [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: aeroportia no contexto de uma isquémia intestinal num doente do sexo masculino, 85 anos, sem antecedentes relevantes, trazido ao serviço de urgência num quadro de sépsis abdominal. A TAC em regime de urgência revelou marcada aeroportia. Foi intervencionado e submetido a enterectomia segmentar por necrose ansas. Ás 48h da intervenção, foi realizada uma TAC de controlo, verificando-se a total ausência das exuberantes alterações encontradas inicialmente. Material e Métodos: “Case Report” Resultados: Exposição de imagens de TAC seleccionadas pelo autor. Discussão: A aeroportia é um achado raro, que tem vindo a aumentar graças ao uso mais frequente de técnicas imagiológicas mais avançadas. Embora classicamente seja considerado como um indicador de prognóstico sombrio, atualmente também está associado a múltiplas entidades clínicas sem morbilidade ou mortalidade significativas. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Olavo Gomes; Alexandra Alves; Bernardo Maria; Mariana Morgado; Alberto Figueira; Luís Miranda; Mendes Almeida Olavo da Costa Gomes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P161) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Pneumoperitoneu como Apresentação de Fístula Colecisto-Gástrica. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As fístulas colecisto-entéricas são atualmente raras, sendo o subtipo colecisto-gástrico o mais incomum. Como causas principais estão descritas litíase vesicular, úlcera gástrica, carcinoma da vesícula ou gástrico. Apesar de descritas na literatura há anos, não existem consensos quando à melhor abordagem cirúrgica. Resultados: Masculino, 65 anos, recorre ao SU por dor abdominal, febre e prostração. À admissão apresentava-se hemodinamicamente estável, abdómen doloroso à palpação, sem sinais de irritação peritoneal. Analiticamente com aumento dos marcadores inflamatórios e agravamento da função renal. TAC abdomino-pélvico revelou pneumoperitoneu e coleção peri-hepática direita. Submetido a laparotomia com suspeita de perfuração de víscera oca, constatando-se intra-operatoriamente peritonite purulenta generalizada, vesícula biliar esclero-atrófica perfurada e fístula colecisto-gástrica. Efetuada colecistectomia, fistulectomia e gastrorrafia. Discussão: O diagnóstico pré-operatório de fístula colecisto-entérica é difícil, apenas colocado por avaliação imagiológica apurada e confirmado no intra-operatório. A avaliação clínica revela uma capacidade de suspeição extremamente baixa. Podem ser a causa de colangite, peritonite ou ileus biliar. O tratamento cirúrgico mais adequado, nomeadamente no que se refere à gestão do segmento entérico fistulizado é ainda controverso. A morbi-mortalidade associada às complicações é alta, sendo o diagnóstico precoce importante para um melhor outcome. HOSPITAL: Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P160) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Aeroportia: a propósito de um Caso RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A aeroportia é defenida pela presença de ar no sistema porta, intra ou extra hepático. É um diagnóstico imagiológico por excelência, não havendo forma de o aferir clinicamente e cuja fisiopatologia não é conhecida. Apresenta-se um caso de Revista Portuguesa de Cirurgia 56 AUTORES: C Ferreira; C Gomes; A Melo; J Dias; J Gaspar; A Ribeiro; A Oliveira. CONTACTO: Cátia Ferreira EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P162) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Pedras no caminho... RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O íleus biliar é uma compli- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cação rara da colecistolítiase sendo responsável por 1-4% das oclusões intestinais. Este quadro resulta da existência de uma fistula bilio-entérica, sendo mais frequente em doentes idosos e acarretando uma elevada taxa de mortalidade. Material e Métodos: Doente do sexo feminino, 66 anos de idade. Quadro de dor abdominal peri-umbilical, tipo cólica e vómitos com cerca de 6 dias de evolução. A avaliação analítica revelou leucocitose e aumento dos parâmetros inflamatórios. A TC abdominal mostrou distensão marcada do intestino delgado condicionada por calculo com 2, 4cm nas últimas ansas ileais, bem como aerobilia na via biliar principal e vias biliares intra-hepáticas à esquerda. Resultados: Foi submetida a enterectomia com extracção de cálculo a 19 de Fevereiro de 2014, tendo o pós operatório decorrido sem complicações. A doente teve alta ao 7º dia de pós operatório com transito intestinal restabelecido e a tolerar dieta. Discussão: Na grande maioria dos casos a cirurgia é mandatória para a resolução do íleus biliar. De acordo com a literatura a enterectomia com extração do cálculo é a intervenção mais frequentemente realizada. Nalguns casos as fistulas bilioentéricas encerram espontaneamente; nos casos em que persistem a colecistectomia e encerramento da fístula são realizadas num segundo tempo. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Susana Rodrigues, Jorge Lamelas, Américo Martins, Eduardo Barroso Susana Cristina Cardoso Rodrigues [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: da convergência ductal causada por lesão expansiva compatível com tumor de Klatskin tipo II, referindo ainda que a convergência se encontrava em topografia francamente extra-hepática. Sem evidência de invasão vascular e de doença metastática, passível de ressecção cirúrgica. Dado que a confluência e a respectiva lesão correspondiam ao terço médio da via biliar, optou-se apenas por ressecção desta com linfadenectomia e hepaticojejunostomia. Discussão: No tratamento cirúrgico dos colangiocarcinomas, a abordagem é individualizada de acordo com a localização do tumor na árvore biliar e, muitas vezes, a ressecabilidade só consegue ser determinada durante a exploração cirúrgica, pelo que o cirurgião deve estar preparado para adequar estratégia cirúrgica aos achados intra-operatórios. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Nídia Moreira, L. Simões Reis, C. E. Costa Almeida, M. I. Coelho, M. N. Albano, C. M. Costa Almeida Nidia Maria Pinto Moreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P164) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: IPMN – A propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente do sexo masculino, 55 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P163) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Colangiocarcinoma: a importância da localização do tumor no planeamento da intervenção – a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os colangiocarcinomas são tumores com origem no epitélio das vias biliares, raros, que metastizam precocemente. A cirurgia é o único tratamento potencialmente curativo mas apenas uma minoria de doentes se apresenta com doença localizada no momento do diagnóstico e são candidatos para a ressecção do tumor. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso de um doente com colangiocarcinoma submetido a tratamento cirúrgico. Resultados: Relata-se o caso de um homem de 80 anos que iniciou subitamente um quadro de prurido, icterícia obstrutiva, colúria e fezes acólicas. A colangio-ressonância mostrou dilatação das vias biliares intra-hepáticas e HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: anos, com história dores abdominais na adolescência, associadas a pancreatite crónica não litiásica. Desde há 3 anos refere diarreia persistente associada a emagrecimento de cerca de 8 Kg, sem anorexia. Seguido em consulta de gastroenterologia onde realizou colonoscopia que se revelou normal. Há 4 meses iniciou tratamento com Pancreatina (Kreon) por insuficiência exócrina do pâncreas, sem alteração da sua função endócrina, com resolução da diarreia e recuperação quase completa do peso, sem outra sintomatologia associada. Foi identificado por Ecografia abdominal e posteriormente por TC acentuada dilatação do Wirsung com massa sólida no segmento corpóreo-caudal com cerca de 20mm, havendo calcificações na localização habitual do prolongamento uncinado do pâncreas assim como na cauda. Sem invasão loco-regional ou adenopatias. Restantes aspectos dentro da normalidade, particularmente a área hépato-biliar. Sem antecedentes pessoais relevantes. Foi referenciado à consulta de Cirurgia Geral para estudo, tendo-se colocado como hipótese diagnóstica IPMN do ducto principal em doente com pancreatite crónica. Foi submetido a duodenopancreatectomia total com preservação esplenica e preservação pilórica. No pós-operatorio apresentou febre com identificação de colecção subfrenica tratada com antibioterapia. O resultado histológico identificou. Neoplasia papilar intraductal com displasia de grau intermédio do pâncreas. Centro Hospitalar de Setúbal, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática André Batista, Pedro Vieira, Rita Baia, Joana Almeida, Margarida Correia, Aurora Pinto, Rui Garcia André Santos Batista [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 57 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P165) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Adenomiose da Papila de Vater – um caso raro RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores benignos da papila HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: CONTACTO: EMAIL: são pouco frequentes e de entre estes a adenomiose tem uma incidência rara. A importância destas lesões prende-se com o facto de poderem ser causa de icterícia obstrutiva e com a possibilidade de se tratarem de lesões pré-malignas. Resultados: Os autores apresentam um caso de uma doente do sexo feminino de 75 anos de idade, submetida a duodenopancreatectomia cefálica por nódulo sólido cefalopancreático detectado nos exames de imagem pré-operatórios. Ao exame macroscópico da peça operatória não foi visível ou palpável qualquer nódulo cefalopancreático, verificando-se uma acentuada dilatação da via biliar principal e área de protusão da papila de Vater. O exame histológico da peça operatória revelou adenomiose da papila. Discussão: Com uma incidência muito baixa a adenomiose da papila é uma hipótese diagnóstica raramente colocada; quando o diagnóstico de adenomiose é suspeitado pré-operatoriamente, o tratamento consiste na ressecção local da lesão, evitando a duodenopancreatectomia cefálica. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Marta Guimarães, Joana Magalhães, Pedro Rodrigues, Gil Gonçalves, Domingos Rodrigues, Mário Nora, Leonor Matos, Isabel Caldas Joana da Silva Magalhães [email protected] carcinoma da vesícula. O procedimento em one stage associa-se a morbilidade e mortalidade elevadas. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática André Gonçalves; André Magalhães; Marinho Almeida; Ana Fareleira; Luís Malheiro; J. Costa-Maia André Gonçalves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P167) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Colecistectomia laparoscópica num caso de Situs Inversus total RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O situs inversus total é uma RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P166) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Ileus biliar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O íleus biliar é definido como CONTACTO: EMAIL: uma oclusão intestinal mecânica por cálculo biliar. É uma causa rara de oclusão intestinal (1 a 4%), ocorre em doentes idosos (idade média 74.3 anos), tem predominância no sexo feminino (3.5 a 6:1) e associa-se a uma morbilidade e mortalidade elevadas. O tratamento desta patologia é cirúrgico. Resultados: Doente de 82 anos recorreu ao SU por dor abdominal em cólica e vómitos com 4 dias de evolução. A avaliação clínica e estudo efectuados levaram à realização de TC abdominal que demonstrou oclusão intestinal de delgado secundário à presença de cálculo de 35mm visível no íleo médio, em doente com litíase vesicular e fístula entre o fundo vesicular e o duodeno. De forma urgente, e considerando as comorbilidades, a doente foi submetida a enterolitotomia assistida por laparoscopia, com remoção de cálculo biliar de 4, 5x4x2, 3cm. Sem intercorrências, a doente teve alta ao 4º dia pós-operatório. Discussão: As opções cirúrgicas para esta patologia incluem: enterolitotomia apenas; enterectomia segmentar; enterolitotomia, colecistectomia e reparação de fístula colecisto-entérica em one stage ou two stages. Não há consenso na literatura qual a melhor intervenção. A enterolitotomia apenas associa-se a menor morbilidade, mas tem o risco de novo episódio de íleus biliar, persistência de sintomas biliares e risco acrescido de malformação congénita rara em que há transposição completa das vísceras torácicas e abdominais. Na ausência de anomalias cardíacas, estes doentes apresentam uma esperança média de vida normal. A litíase vesicular sintomática é registada com uma frequência semelhante à da população em geral, podendo o diagnóstico ser mais difícil devido às alterações anatómicas. Resultados: A propósito do tema, os autores apresentam o caso clínico de uma mulher de 53 anos com situs inversus total já conhecido e quadro clínico compatível com litíase vesicular sintomática. A doente foi submetida a colecistectomia laparoscópica, tendo apresentado uma evolução pós-operatória favorável. Discussão: A colecistectomia laparoscópica é o tratamento de escolha na litíase vesicular sintomática mesmo nos doentes com situs inversus total. São necessárias algumas adaptações em relação à técnica cirúrgica standard tendo em conta a anatomia “em espelho”, sendo também crucial estar atento a eventuais anomalias da árvore biliar. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Loureiro, R; Daniel, C; Gomes, A; Ferreira, M; Oliveira; G; Prata, B; Oliveira, H. Ana Rita Mateus Loureiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P168) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Hidatidose Hepática: Experiência de um Serviço de Cirurgia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hidatidose humana é uma zoonose parasitária causada por céstodos do género Echinococcus.A espécie E.granulosus é responsável pela expressão quistica da doença, que pode manter-se assintomática durante anos, sendo o fígado o órgão mais afectado.O diagnóstico é suportado por técnicas imagiológicas combinadas com testes serológicos. As opções terapêuticas incluem a abordagem farmacológica, percutânea e cirúrgica. Material e Métodos: Estudo retrospectivo dos casos de equinococose hepática diagnosticados no período de 2007 a 2014. Resultados: Foram identificados 17 casos, com predomínio do sexo masculino.De acordo com a OMS, os quistos foram classificados como tipo II(n=3), II/III(n=2), III(n=3), IV(n=4) e V(n=5).Na sua maioria, apresentaram-se como achado incidental(65%).Daqueles cuja Revista Portuguesa de Cirurgia 58 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: apresentação surgiu sob a forma de complicação (n=6; 35%) – fístulas (biliar [n=3] e cólica [n=1]), infecção intra-quística(n=1) e colangite(n=1). Por falência da terapêutica farmacológica ou surgimento de complicações, foram operados (periquistectomia com colecistectomia) sete doentes, quatro dos quais realizaram CPRE pós-operatória e um pré-operatória.Registou-se apenas um caso de complicação pós-operatória:abcesso da loca do quisto. Discussão: Apesar da diminuição na incidência, a hidatidose constitui ainda um importante problema de saúde pública, nomeadamente em zonas endémicas, onde se justifica a existência de uma consulta de Hidatidologia.A sua apresentação sob a forma complicada revelou-se pouco frequente, tendo sido a abordagem cirúrgica eficaz. Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Freire-Gomes A., Neuparth M., Silva V. Ana Freire Gomes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P170) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Tumor carcinóide multiorgânico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P169) SESSÃO P-HBP 1 TÍTULO: Pancreatite aguda enfisematosa: uma patologia ful- minante RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Pancreatite Enfisematosa HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: (PE) é uma infecção necrotizante do pâncreas rara e life-threatening, com taxa de mortalidade estimada entre 50-70%. Caracteriza-se pela presença de gás intra ou peri-pancreático e é frequentemente causada pela presença de bactérias gram-negativas produtoras de gás. A tomografia computorizada é o exame complementar imagiológico de eleição para o diagnóstico. Sendo a necrosectomia a terapêutica standard para situações de necrose infectada, em casos sem disfunção orgânica, poder-se-á optar por tratamento conservador. Objectivo: Registo de caso de pancreatite aguda enfisematosa com evolução fulminante. Material e Métodos: Revisão de caso clínico. Resultados: Os autores apresentam o caso dum indivíduo do sexo masculino, 75 anos, autónomo, sem antecedentes relevantes. Recorreu ao SU após vários episódios de vómitos alimentares com cerca de 3 horas de evolução, associado a sinais de irritação peritoneal na região epigástrica. Quadro analítico compatível com pancreatite aguda. Admitido em unidade de cuidados intensivos. Imagiologicamente confirmada PE. Em menos de 48 horas, desenvolvimento de disfunção múltipla de órgãos. Decidiu-se por intervenção cirúrgica constatando-se processo necro-hemorrágico enfisematoso retroperitoneal, associado a total necrose do pâncreas e isquemia irreversível do intestino delgado, processo incompatível com vida. Discussão: A PE é uma patologia rara e pode ter um desenvolvimento catastrófico para o doente, que, no caso clínico apresentado, ocorreu em menos de 48 horas. Centro Hospitalar do Nordeste, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Reis, RA; Teixeira, NM; Rodrigues, A; Meireles, L; Rocha, C; Carrazedo, A; Armas, I; Fernandes, P; Oliveira, H. Rui Filipe Almeida Ferreira e Reis [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 do pulmão representam 20% dos carcinomas pulmonares e têm um comportamento e prognóstico muito variável. O tratamento de escolha é a ressecçao cirúrgica. A recidiva pode ser multiorgânica atingindo frequentemente o sistema gastrointestinal, incluindo o fígado e o pâncreas. Apresentação de caso clinico de recidiva multiôrgânica, num período de 10 anos, por tumor carcinóide do pulmão. Material e Métodos: Doente sexo feminino, 39 anos, submetida a bilobectomia pulmonar direita em 2004 por tumor carcinóide atípico do pulmão (pT1N1Mx). Em 2008 são diagnosticadas metástases hepáticas que se mantiveram estáveis até 2013, altura em que foi proposto transplante hepático (TH). Resultados: Foi submetida a TH dador vivo em Outubro 2013. No intra-operatório constataram-se lesões pancreáticas milimétricas que se biopsaram. Histologicamente correspondiam a metástases de tumor carcinóide. Foi submetida a pancreatectomia total em Fevereiro 2014, encontrando-se neste momento livre de doença. Discussão: Nos tumores neuroendócrinos pulmonares a recidiva pode ser multiorgânica. Nalguns casos, a biologia do tumor pode justificar o recurso a terapêuticas cirúrgicas extremas que pode chegar à transplantação hepática. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Aguiar C; Bicho L; Marques H.; Martins A.; Barroso E Catarina Aguiar [email protected] 05-03-2015 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P270) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Trauma Pancreático Fechado Isolado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O trauma pancreático tem uma incidência de 1-5% no trauma abdominal fechado e associa-se em 90% dos casos a lesões de órgãos vizinhos. Os achados clinico-laboratoriais são inespecíficos, mas o diagnóstico precoce é essencial para diminuir a morbimortalidade. Esta pode ser precoce com hemorragia ou tardia com formação de fístula pancreática, abcesso abdominal, infeção de ferida, pancreatite e pseudocisto. Material e Métodos: Uma mulher de 34 anos iniciou dor epigástrica exuberante após trauma da região abdominal por queda na banheira. À admissão clinicamente estável com TC com extenso hematoma na retrocavidade dos epíplons de 13x7cm, sem extravasamento ativo, associado a possível laceração pancreática com líquido livre peripancreático (grau II-III AAST). Assumido tratamento conservador. Resultados: Evolução favorável iniciando dieta ao 5º dia. Subida transitória de amílase sérica ao 11º dia XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 59 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: estudada com ressonância onde se mantem imagem de hematoma e aparente descontinuidade pancreática central com coleção hídrica. Verificou-se regressão analítica e imagiológica com estabilidade clinica pelo que foi possível alta ao 20º dia. Após um ano mantem-se assintomática apresentando RM com lesão cística simples e regressão das dimensões do hematoma (1, 8cm). Discussão: O diagnóstico de trauma pancreático é difícil dada a baixa sensibilidade e especificidade dos exames. A melhor estratégia terapêutica está ainda em estudo, mas o tratamento conservador tem revelado resultados promissores. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Trauma Joana F Correia, Daniela Macedo Alves, Maria João Lima, Rita Peixoto, Rosa Saraiva, Jorge Valverde, Carlos Raposo, António Taveira Gomes Joana F Correia [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P272) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Trauma Torácico: um ano num Serviço de Urgência Médico-cirúrgico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O trauma torácico é uma causa RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P271) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Tentativa de suicídio: quando duas lesões poten- cialmente fatais se tornam inconsequentes RESUMO: Objectivo/Introduçâo: No doente politraumatizado, HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tanto o traumatismo torácico como o traumatismo crânio-encefálico constituem duas importantes causas de morbilidade e mortalidade. Material e Métodos: Relatamos o caso de um doente do sexo masculino, de 33 anos de idade, trazido pela equipa do INEM ao Serviço de Urgência por duas lesões perfurantes auto-infligidas. Uma das lesões a nível da face anterior esquerda do tórax por arma branca perfuro-cortante com uma profundidade de aproximadamente 8cm e outra lesão a nível da transição parieto-occipital esquerda por arma perfuro-contundente. O doente foi submetido a uma toracotomia antero-lateral para extracção da arma branca em segurança. Intra-operatoriamente verificou-se que a arma se encontrava alojada a nível da cisura oblíqua e em contacto com o pericárdio, mas sem laceração destes órgãos. Após estabilização, o doente foi transferido para outro hospital ao cuidado da Neurocirurgia. Realizou TAC crânio-encefálica sem alterações e a arma branca foi posteriormente removida sem intercorrências. O doente regressou ao hospital de origem ao nono dia pós-operatório e teve alta dois dias depois clinicamente bem. Discussão: Apesar das lesões fatais que poderiam ter resultado dos ferimentos auto-infligidos, o doente apresentava à entrada uma elevada probabilidade de sobrevivência (TRISS: 98, 4%). A pronta actuação da equipa cirúrgica contribuiu para a rápida recuperação do doente e permitiu o transporte do doente em segurança para a unidade hospitalar de referência em traumatologia. Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE Trauma Hugo Maciel Ribeiro, Filipa Santos, Henrique Morais, Jessica Neves, João Pinho, Vera Vieira, Nuno Azenha, Isabel Borges, Alice Fonseca, Amândio Matos, Lucília Conceição, Raquel Dias, José Mário Cecílio Hugo José Maciel Ribeiro [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: importante de admissões no SU sendo responsável por 25% das mortes por trauma. Estudar os casos de trauma torácico admitidos em 1 ano no SU Medico-cirúrgico Material e Métodos: Análise retrospectiva do trauma torácico no SU (Ago/13 e Jul/14) Resultados: Dos 529 doentes com trauma torácico, foram analisados os 86 com lesão torácica. Destes, 51(59, 3%) eram homens e 35(40, 7%) mulheres, e média de idade 64, 59±18, 75 anos. 77(89, 53%) apresentava trauma fechado e 9(10, 47%) penetrante. Etiologia: queda em 68(79, 07%), acidente de viação em 7(8, 13%), agressão em 2(2, 33%) e arma branca em 9(10, 47%). A lesão mais comum foi fratura de costelas, 14(16, 27%) com fratura única, 20(23, 25%) dupla, 11(12, 70%) tripla, 14(16, 27%) quadrupla e 11(12, 79%) mais que 4 arcos costais. 2(2, 33%) com vollet costal e 3(3, 49%) fratura do esterno. Pneumotórax em 24(27, 91%), hemotórax em 14(16, 28%), hemopneumotórax em 9(10, 47%), pneumomediastino em 1(1, 16%). 42(48, 33%) foram internados e 2(2, 33%) em UCI. Em 18(75, 40%) foi realizada drenagem e 10(11, 63%) referenciados a Cirurgia Torácica. Apenas 1 morte. Discussão: O trauma torácico apesar de na sua maioria, não necessitar de tratamento hospitalar, deve ser abordado como uma possível condição ameaçadora de vida. Assim, é importante avaliar a etiologia, a idade e comorbilidades, que como fatores de prognóstico, influenciam a decisão terapêutica. Em lesões graves, o diagnóstico precoce pode ser life-saving, pela ação imediata no SU ou envolvimento atempado da Cirurgia Torácica Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Trauma T. Calado, B. Pinto, C. Leichsenring, V. Geraldes, F. Carneiro Telma Calado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P273) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Abordagem multidisciplinar de um traumatismo pélvico complexo RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O traumatismo pélvico repre- senta um grande desafio na abordagem do politraumatizado, envolvendo em 65% dos casos lesões associadas potencialmente graves quando existe fractura do anel pélvico. Vítimas destas lesões requerem uma rápida e eficaz abordagem, que geralmente envolve várias especialidades e tomadas de decisão por vezes difíceis. Material e Métodos: Relato de caso clínico e revisão de literatura. Resultados: Relata-se o caso de um homem de 46 anos, vítima de acidente em moto4 de que resultou fractura da bacia de Malgaigne, avulsão do recto distal com destruição esfincteriana, laceração escrotal com exposição testicular e fractura tibio-peronial esquerda; hemodinamicamente consta- Revista Portuguesa de Cirurgia 60 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: CONTACTO: Henrique Morais EMAIL: [email protected] tou-se choque hipovolémico (III). Após pronto início de medidas de ressuscitação, avançou-se para o BO com Cirurgia Geral, Ortopedia e Urologia. Realizada laparotomia exploradora, que não mostrou lesões, e colostomia em ansa (sigmóide); seguiu-se a redução e fixação externa da bacia, osteossíntese da sínfise púbica, e redução e osteossíntese da tíbia e perónio esquerdos; procedeu-se depois a exploração testicular com orquidopexia esquerda e reconstrução escrotal; por fim realizou-se exploração perineal com encerramento do topo distal do recto e packing hemostático de extensa loca perineal. O doente foi transferido por helitransporte para outro hospital por indisponibilidade de UCI, regressando 2 meses depois ao hospital de origem. Discussão: Uma abordagem terapêutica inicial eficaz neste caso foi essencial para uma favorável resolução. Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE Trauma TARÉ, F., Costa, C., Reia, M., Mourato, M., Fialho, G., Rosado, D., Coelho, A., Magro, J., Barbosa, I. Filipa Alexandra Gonçalves Taré [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P275) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Um traumatismo abdominal por arma de fogo com- plexo RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O traumatismo abdominal por RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P274) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Trauma abdominal fechado... na estabilidade instável RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O trauma abdominal fechado no doente hemodinâmicamente instável que responde favoravelmente às manobras de ressuscitação iniciais representa um desafio peculiar uma vez que se por um lado permite uma investigação diagnóstica mais adequada por outro pode tornar-se instável a qualquer momento. Material e Métodos: Homem de 61anos, saudável, vítima de traumatismo troraco-abdominal contuso por queda de bicicleta. Recorre ao SU 4 h depois por dor abdominal. A entrada apresentava-se em choque classe III, com um hematoma da parede abdominal e abdómen doloroso á palpação. Após a abordagem inicial o doente apresentou uma resposta hemodinâmica favorável. EFAST:” Moderado volume de derrame peritoneal.” No contexto do restabelecimento da estabilidade hemodinâmica efectou-se TAC -abdomino-pélvica: “Exuberante hemoperitoneu sem foco de hemorragia activa identificável.” Decidiu-se por laparotomia exploradora: denagem de hemoperitoneu (±2l); identificação da laceração de vasos gastro-epiploicos e da artéria mesentérica superior, laqueação dos primeiros e reconstrução da segunda. Instituição, de terapêutica tranfusional com glóbulos rubros e plasma fresco congelado. Em D5 apresentou drenagem abdominal hemática súbita de 350cc com instabilidade hemodinâmica: re-laparotomia – vaso sangrante da parede abdominal no trajecto do dreno. Resultados: O doente evoluiu depois sem intercorrências teve alta ao 12º dia. Discussão: Este caso demonstra a complexidade do processo de decisão associado à abordagem do doente vítima de trauma. HOSPITAL: Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE CAPÍTULO: Trauma AUTORES: Morais, H; Santos, AF; Ribeiro, M; Neves, J; Pinho, J; Vieira, V; Azenha, N; Borges, I; Dias, R; Fonseca, A; Conceição, L; Couceiro, J; Matos, A; Cecílio, J HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: arma de fogo cursa com um largo espectro de lesões que dependem do calibre, velocidade e trajectória do projéctil, e da distância de disparo. A cirurgia é necessária em 85-95% dos casos. Material e Métodos: Apresenta-se um caso de traumatismo por arma de fogo complexo sobre o qual procedemos a revisão de literatura. Resultados: Reporta-se o caso de um homem de 40 anos admitido na sequência de tentativa de suicídio com arma de fogo em choque hipovolémico, tendo orifício de entrada no flanco esquerdo e o de saída na região lombar homolateral. Foi realizada laparotomia exploradora onde se encontrou secção completa de ansa de delgado e do cólon transverso, perfuração gástrica, destruição do pólo inferior do rim esquerdo, secção completa do psoas ilíaco esquerdo e dos músculos lombares e 2 costelas fracturadas com esquírolas intra-abdominais; procedeu-se a encerramento dos topos de intestino delgado e do topo distal do cólon transverso, colostomia do topo proximal deste, gastrorrafia, nefrectomia esquerda e packing hemostático da lesão muscular retroperitoneal, em 1h de cirurgia; foi necessário suporte transfusional e aminérgico peri-operatório. 72h depois realizou-se second-look onde se procedeu a anastomose do jejuno e colocação de prótese de dupla face na região lombar. O doente teve alta 23 dias após a admissão. Discussão: O traumatismo abdominal por arma de fogo pode ser dramático, requerendo uma actuação imediata, geralmente uma cirurgia damage control, como no presente caso. Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE Trauma TARÉ, F., Costa, C., Reia, M., Mourato, M., Fialho, G., Rosado, D., Capote, H., Romero, M., Barbosa, I. Filipa Alexandra Gonçalves Taré [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P276) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Do sinal vermelho à pulseira vermelha RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento dos politrauma- tizados requer uma avaliação sistemática.As lesões abdominais e pélvicas continuam a ser uma causa de morte evitável, sendo um dos principais locais de hemorragia significativa Material e Métodos: Doente de 31 anos, vítima de acidente de motociclo, com abordagem cirúrgica emergente na admissão hospitalar por instabilidade hemodinâmica, tendo-se identificado na avaliação primária:fratura instável da bacia, fraturas complexas e expostas dos membros inferiores e superiores, hematoma extenso do escroto, fraturas coaptadas de arcos costais bilateralmente e contusão XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 61 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: miocárdica.No bloco operatório, objectivou-se laceração do recto com secção do esfíncter externo, sufusão hemorrágica do mesocólon direito e cego, e hematoma retroperitoneal.Submetido a reparação do recto por via perineal com rafia do músculo esfíncter externo, colostomia de protecção, drenagem, osteotaxia femoro-tibial direita e da bacia.Pós-operatório complicado de choque com disfunção multiorgânica necessitando de suporte vasopressor e ventilação mecânica invasiva, 15 UCE, 14 PFC, 10g fibrinogénio e 5 pools de plaquetas.Ao 4º dia pós-operatório, choque séptico com fasceíte necrotizante envolvendo toda a região perineal, escroto e flancos, sendo submetido a múltiplos desbridamentos e fasciotomias Resultados: Extubado ao fim de 15 dias.As restantes fraturas foram tratadas durante o internamento.Alta ao fim de 150 dias com capacidade ambulatória.Lesão bilateral do plexo lombo-sagrado.A aguardar reconstrução do trânsito e em fisioterapia Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Trauma Catanho C., Miranda C., Ramalho D., Cunha Martins A., Tirado A., França C., Mendes de Almeida J. Carolina Catanho [email protected] AUTORES: DS Aveiro, J Pereira, H Pinho, A Oliveira, LF Pinheiro CONTACTO: Débora Sousa Aveiro EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P278) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Dragão Chinês – A importância da avaliação terciá- ria no politraumatizado A urgência do CHLC-HSJ recebeu em 2013, 690 doentes politraumatizados. À chegada dos doentes, é feita uma avaliação 1ª e 2ª (ATLS), com resolução imediata de todas as lesões emergentes identificadas e procede-se a categorização e estabilização hemodinâmica do doente definindo-se a estratégia de tratamento das lesões. Está descrito que cerca de 80% das vítimas morrem nas 1as 6h por trauma torácico grave, 90% na 1ª semana por TCE e 8% de lesões tardias não identificadas na avaliação 2ª. Resultados: Homem 39A, transferido de outro Hospital; Acidente de moto; Trauma toracoabdominal fechado e de membro sup. Avaliação 1ª – Hospital de Origem; Avaliação 2ª – no HSJ; estabilidade Hemodinâmica ; ABCDE sobreponível a avaliação 1ª; Bacia estável; Equimose extensa, flanco direito; ENG (conteúdo alimentar);Algaliação (hematuria); Hgb10.8g/dl (13, 1inicial); AST/ALT>; CK>2000. TC-TAP: s/pneumotórax, pneumomediastino, pneumoperitoneu; laceração/ contusão hepática-seg.IV/VIII; lâmina de líquido peri e sub-hepática. Extravasão de contraste junção pielo-calicial direita. Plano: Internamento em UCI Ao 3º dia de internamento: Agravamento clinico e analítico com evidência imagiológica hemopneumoperitoneu – SCA (PIA>20) – indicação cirúrgica emergente. Discussão: Segundo os estudos publicados a maioria das lesões que escapam avaliação 2ª manifestam-se nas 1as 48h após o traumatismo, resultando em agravamento da morbi mortalidade sobertudo doentes vitimas de Trauma fechados, salientando importancia da avaliação 3ª Centro Hospitalar Lisboa Central Trauma Miguel Onofre Domingues*, Dra. Susana Nunes, Dr. Mário Mendes, Dra. Maria José Pinheiro**, Prof. Dr. Guedes da Silva Miguel Onofre Dominges [email protected] RESUMO: Objectivo/Introduçâo: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P277) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Cirurgia de controlo de danos em trauma duodeno- pancreático grave RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões duodeno-pancreáti- cas são raras, no entanto têm altas taxas de morbilidade e mortalidade. A sua abordagem é um desafio, e irá depender, entre outros fatores, do grau da lesão e da estabilidade hemodinâmica do doente. Pode variar desde um tratamento conservador e simples, a procedimentos complexos como a duodenopancreatectomia. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso clínico de um doente de 51 anos, vítima de acidente de viação, colisão frontal, sem cinto de segurança. À entrada apresentava dor abdominal e hematemeses. O estudo imagiológico revelou disrupção do complexo duodenopancreático, com hematoma e ar retroperitoneal. Foi submetido a laparotomia exploradora com cirurgia de controlo de danos urgente e a duodenopancreatectomia cefálica, em segundo tempo às 48 horas. Resultados: O doente teve alta após 49 dias e aos 24 meses de follow-up encontra-se clinicamente bem. Discussão: Nas lesões de maior gravidade, envolvendo o pâncreas, duodeno e a via biliar principal, a decisão de realizar uma DPC é inevitável. Este procedimento requer um cirurgião experiente e um paciente adequado para a tolerar. No contexto de trauma agudo, a conjugação destes factores é difícil, tornando impossível a resolução imediata do problema. A abordagem inicial passa pela cirurgia de controlo de danos. Esta permite um primeiro controlo da hemorragia e da contaminação existente, possibilitando a estabilização do doente, essencial para a tolerância a uma cirurgia major definitiva posterior. HOSPITAL: Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE CAPÍTULO: Trauma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P279) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Insuficiência intestinal no doente traumatizado crí- tico – Um evento precoce e frequente RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A citrulinémia é considerada um parâmetro objectivo da massa enterocitária funcionante. Objectivos: Determinar a prevalência da insuficiência intestinal e o perfil cinético da citrulinémia em traumatizados graves e correlacioná-la com os índices de gravidade e prognóstico. Material e Métodos: Estudo prospectivo de 23 traumatizados críticos. As aminoacidémias foram determinadas, por cromatografia de troca Revista Portuguesa de Cirurgia 62 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: iónica, na admissão, ao 1º e 3º dias e comparadas com as de 11 indivíduos saudáveis. Resultados: Nos traumatizados graves, a citrulinémia no momento da admissão foi significativamente inferior à dos controlos (19, 5±11, 1 vs 32, 2±6, 6 µmol/L, p=0, 001). A prevalência da insuficiência intestinal (hipocitrulinémia <20 µmol/L) foi de 65, 2%. A citrulinémia aumentou até ao 3º dia, com diferenças não significativas. A citrulinémia basal correlacionou-se com o índice de choque (r=-55, 1%, p=0, 008) e a duração do suporte ventilatório (r=-42, 7%, p=0, 042). A citrulinémia <20 µmol/L no momento da admissão associou-se ao género masculino e admissões não primárias; menor idade; maior índice de choque, Injury Severity Score; maiores durações do suporte ventilatório e do internamento hospitalar e na UCI (n.s.). A citrulinémia não se correlacionou significativamente com a glutaminémia. Discussão: A insuficiência intestinal desenvolveu-se precoce e frequentemente após o trauma grave. A massa enterocitária funcionante, avaliada pela citrulinémia, correlacionou-se negativamente com o índice de choque e a duração do suporte ventilatório. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Trauma Beatriz Costa (1, 5), Paulo Martins (2, 5), Marta Simões (3), Carla Veríssimo (3), Marisa Tomé (1), Gilberto Marques (4), Manuela Grazina (3, 5), Jorge Pimentel (2, 5), F. Castro Sousa (1, 5) Beatriz Pinto da Costa [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: com boa evolução. Teve alta ao 17º dia. Discussão: Os traumatismos fechados constituem um desafio diagnostico e terapeutico Hospital de Vila Franca de Xira Trauma Tiago Louro, Margarida Brilhante, Francisco Rodrigues Tiago Xavier Louro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P281) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Lei de Murphy na física de uma queda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Homem de 76 anos, autónomo RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P280) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Mais um desafio para um sobrevivente RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os traumatismos abdominais fechados constituem uma das principais causas de lesão abdominal observados no SU e são geralmente causados por acidentes de viação. Material e Métodos: Relato de caso clínico Resultados: Homem de 43 anos, politraumatizado, vitima de acidente de viação, com choque frontal de alto impacto e encarceramento, de que resultou traumatismo torácico, abdominal e lombar. Antecedentes de linfoma desde há 18 anos, com 3 recidivas, último ciclo de RQT há 3 meses e esplenectomia há 10 anos. Na admissão no S.U. do HVFX: GCS 15, amnésia para o ocorrido, eupneico, m.v. simétrico, escoriação torácica do cinto de segurança, perfil tensional adequado, dor abdominal difusa severa, abdómen plano, pouco depressível. Imagiologicamente revelou hemopneumoperitoneu moderado. Foi submetido a laparotomia exploradora que revelou hemoperitoneu, laceração do meso do delgado a 20 cm da válvula ileocecal, meso da sigmóide e recto, laceração de ansa delgado e rotura da sigmóide. Submetido a ressecção segmentar de delgado e ressecção segmentar sigmóidea com anastomose colorectal. Esteve internado na UCI no P.O. sem intercorrências. Transferido para o serviço de cir. geral, no qual foi identificada infeção da ferida operatória, tratado antibioterapia, desinfeção, limpeza e pensos diários. Desenvolveu também abcesso abdominal inter-ansas, confirmado em TC abdominopélvico que foi tratado com antibioterapia e HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: com antecedentes pessoais de doença de Parkinson e hiperplasia benigna prostática, sob terapêutica com ácido acetilsalicílico. Trazido ao serviço de urgência (SU) do HVFX por quadro de dor abdominal após queda da própria altura, com ferida incisa no mento. À admissão, doente prostrado, apirético, com dor abdominal intensa e defesa. Analiticamente, Hb 13, 5 g/dL, agravamento função renal e PCR 12, 71mg/dL, sem outras alterações. Realizou TC-AP que revelou ascite de médio volume e hidronefrose bilateral concomitante com distensão do recto por fezes. Foi realizada paracentese evacuadora com saída de liquido serohematico. Por persistência de dor abdominal, com agravamento de função renal perante ausência de outras alterações em contexto de trauma abdominal fechado o doente foi submetido a laparotomia exploradora, verificando-se ruptura da bexiga, com balão de algália livre intraabdominal e sub-oclusão por fecalomas extensos em todo o cólon e ampola rectal. Foi efectuada rafia da bexiga e cirurgia de Hartmann. O doente apresentou evolução pós operatória favorável, com retoma de trânsito intestinal por colostomia ao D2 pós-operatório. Discussão: Aproximadamente 10% de todos os doentes vitimas de trauma e sob admissão em SU apresenta lesões do trato genitourinário. A maioria destas lesões (cerca de 80%) resulta de traumatismos fechados, nomeadamente acidentes viação e quedas de altura elevada. O segmento mais frágil e móvel da bexiga corresponde à doma vesical. Hospital de Vila Franca de Xira Trauma Marques, Cláudia; Malú, Carlitos; Rábago, Angeles; Morais, João; Rodrigues, Francisco Cláudia Neves Marques [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P282) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: A perigosa vida no campo... Traumatismo cervical penetrante RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O traumatismo cervical é uma das situações mais desafiantes com que um Cirurgião se pode deparar em situações de emergência dada a multiplicidade de sistemas de órgãos (por exemplo, vias respiratórias, vasculares, neurológicas, gastrointestinais) nesta topografia. A compreensão clara das XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 63 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: relações anatómicas dentro do pescoço e dos mecanismos de lesão é fundamental para o desenvolvimento de uma estratégia de diagnóstico e terapêutica adequada. Caso Clínico Doente do sexo feminino com 88 anos. Admitida no Serviço de Urgência por traumatismo cervical penetrante (Zona II) após queda da própria altura enquanto transportava uma foice (causa da lesão). Na avaliação primária salienta-se a presença de pneumotórax à direita. A doente foi submetida a exploração cirúrgica urgente, destacando-se a presença de laceração esofágica que foi sujeita a rafia. O período pós-operatório decorreu sem intercorrências. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Trauma Álvaro Gonçalves, Aires Martins, Manuel Ferreira, Bárbara Lima, Helena Devesa, Eduardo Vasconcelos, Inês Gomes, Alberto Midões Álvaro Gonçalves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P284) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Arqueologia Cirúrgica. Gossipiboma em trânsito RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Homem de 56 anos, com ante- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P283) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Hérnia interna pós traumática... a dobrar. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias internas traumáticas HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: são raras e definem-se por protusão de uma víscera através de uma lesão traumática do mesentério. Objetivos: Alertar para uma possível complicação tardia do traumatismo abdominal. Resultados: Doente do sexo masculino, 38 anos, vítima de acidente de viação com choque frontal do qual resultou traumatismo abdominal e dos membros inferiores (MIs). Objectivou-se fractura bilateral dos MIs e dor difusa à palpação abdominal, sem defesa. Sem alterações imagiológicas do tórax e abdómen. Foi submetido a cirurgia ortopédica com alta ao 5º dia. Assintomático até 3 semanas após o acidente, altura em que iniciou quadro suboclusivo que resolveu com tratamento médico. Por manutenção do desconforto abdominal, dirigiu-se ao Serviço de Urgência onde realizou TAC que revelou distensão de ansas de intestino delgado, com espessamento parietal por provável hérnia interna. Durante laparotomia exploradora identificaram-se duas soluções de continuidade do mesossigmóide com herniação do intestino delgado pelos dois orifícios. Procedeu-se à redução do conteúdo herniário, lise de bridas e encerramento dos orifícios herniários. Pós-operatório sem complicações e alta ao 5º dia de internamento a tolerar dieta e com trânsito intestinal restabelecido. Discussão: Um quadro suboclusivo/oclusivo tardio num contexto pós traumático deve ser suspeito de hérnia interna. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Trauma J. Nobre, A. Couceiro, G. Capelão, M. Laureano, P. Clara, A. Inácio, M. Coelho dos Santos, I. Gonçalves João Miguel Salvador Nobre [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cedentes pessoais de laparotomia exploradora há 30 anos na sequência de acidente viação e tentativa de suicídio há 1 ano – ingestão de organofosforados. Recorre ao Serviço de urgência (SU) do HVFX em Fevereiro/2014 por dor abdominal inespecífica com 2 dias de evolução, associada a vómitos e recente obstipação. Perda ponderal de cerca de 10kg nos últimos meses. À admissão, abdómen distendido e timpanizado, globalmente doloroso, com maior intensidade no quadrante inferior esquerdo. Rx abdómen em carga com escassos níveis hidroaéreos no intestino delgado. Realizou TC-AP que revelou acentuado espessamento e distensão de ansas de delgado. Internado em contexto de quadro de suboclusão, perante agravamento clínico e imagiológico, com distensão de ansas ao nível cólico esquerdo e ansas de intestino delgado, com níveis hidroaéreos, decidiu-se pela realização de cirurgia ao 2º dia de internamento (D2) – Laparotomia exploradora, com evidência de aderências entre múltiplas ansas de delgado, fixação à goteira parieto-cólica e aparente fístula interansas jejuno-ileais, com realização de 2 ressecções segmentares de intestino delgado com anastomose primária e exteriorização de corpo estranho endoluminal – compressa grande contrastada. Anatomia patológica revelou necrose isquémica da parede intestinal, com perfuração. Doente apresentou boa evolução no internamento, com retorno do trânsito intestinal, com tolerância alimentar e alta ao D9 de internamento. Hospital de Vila Franca de Xira Trauma Marques, Cláudia; Malú, Carlitos; Rábago, Angeles; Morais, João; Rodrigues, Francisco Cláudia Neves Marques [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P285) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Disseção do tronco braquiocefálico por trauma- tismo torácico fechado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Lesão das artérias supra-aórti- cas é rara e aparece no contexto de trauma torácico severo principalmente aberto. São lesões habitualmente fatais. Material e Métodos: Caso clínico. Resultados: Homem de 41 anos foi admitido na sequência acidente de barco com projecção anterior e traumatismo torácico fechado. Referia dor antero-superior do hemitórax direito, omalgia bilateral e da transição cervico-dorsal. Sem outras queixas ou alterações do exame físico. Gasometria e ECG sem alterações. Radiografia demonstrou fractura de ambas as clavículas, omoplata direita, apófise transversa de D2 e do 2º ao 4º arcos costais direitos. Por este motivo, foi pedido TC torácico que mostrou hemopericárdio de pequeno volume e dissecção do trombo braquiocefálico. TC craniocefálico sem alterações. O doente foi transferido para um Revista Portuguesa de Cirurgia 64 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: hospital com Cirurgia Cardiotorácica onde iniciou hipocoagulação e ficou em vigilância. Às 24h repetiu TC torácico que demostrou suspeita de pseudoaneurisma. Por anisocoria, repetiu ainda TC cranioencefálico que demonstrou focos contusionais hemorrágicos occipito-parietais bilaterais, córtico-subcorticais. Foi realizado by-pass com enxerto de PTFE da aorta ascendente ao tronco braquiocefálico distal. Discussão: Nos sobreviventes, as lesões do tronco braquicefálico podem ser assintomáticas. A radiografia pode não ter alterações significativas pelo que é necessário um alto índice de suspeição para efectuar o diagnóstico por angio-TC ou aortografia. O reparo é feito habitualmente por interposição de enxerto. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Trauma Castro Lima, B.; Ferreira, M.; Martins, A.; Gonçalves, A.; Midões, A. Bárbara Castro Lima [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P287) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Hematoma Duodenal por Traumatismo Fechado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hematoma duodenal é uma RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P286) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Ferimento cervical auto-infligido RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresentamos um caso de HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: trauma cervical, do qual resultou lesão vascular e choque hemorrágico. O uso do vaso lesado para colocação de catéter foi a única solução possível, uma vez que o colapso vascular impedia o acesso venoso. Material e Métodos: Homem de 58 anos, trazido ao SU em choque hemorrágico profundo, com hemorragia activa de ferimento cervical. 15 minutos antes da sua chegada, tentou o suicídio com uma tesourada cervical com tesoura de sebes com lâmina de 20cm. Transportado directamente para o BO, onde encontrámos um ferimento bilateral e profundo, com secção das jugulares anteriores e jugular interna direita, bem como destruição muscular importante. No havia outras lesões. Os sinais vitais eram TA 30/20mmHg, FC 160bpm. Todas as lesões venosas foram laqueadas. Não se conseguia obter acesso vascular para administrar fluídos, produtos sanguíneos ou drogas, pelo que se colocou catéter venoso central directamente no coto distal da veia jugular interna direita. Encerrou-se temporariamente o pescoço e foi para a UCI. Resultados: Nas 14 horas seguintes foi transfundido com 8 UCE, 8 UPFC e 2 pools de plaquetas. Voltou ao BO onde se colocou um catéter subclávio e se encerrou definitivamente o pescoço. A estadia na UCI foi complicada de pneumonia que levou sua morte no 34º dia pós-operatório, nunca tendo recuperado estado neurológico aceitável. Discussão: Reforçamos a importância de cirurgia de controlo de danos apesar do mau resultado deste caso. O uso do vaso lesado, em casos desesperados, pode ser necessário. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Trauma Júlio Constantino, Catarina Afonso, Débora Aveiro, Jorge Pereira, Luís Filipe Pinheiro Júlio Constantino [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: entidade rara que ocorre mais frequentemente em crianças sujeitas a traumatismo abdominal fechado. A localização anatómica do duodeno, próximo da coluna vertebral, aliada à sua rica vascularização contribui para o desenvolvimento desta entidade, que se complica muitas vezes com um quadro de pancreatite aguda traumática pela íntima relação do duodeno com este órgão. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso clinico referente a um doente de 15 anos que recorre ao SU com quadro de dor abdominal e vómitos após traumatismo no hipocôndrio direito no dia anterior, enquanto jogava futebol. O RX de abdómen não revelava alterações. Realizou TAC que revelava hematoma extenso da 2ª e 3ª porção duodenais com importante redução do seu lúmen, associado a heterogeneidade da apófise uncinada pancreática. Analiticamente apresentava valores de lípase e amílase aumentados em relação com pancreatite aguda secundária ao traumatismo. Resultados: Dada a estabilidade hemodinâmica do doente e a ausência de pneumoperitoneu, o doente foi submetido a tratamento conservador, com colocação de sonda nasogastrica, hidratação, analgesia e nutrição parentérica. Teve uma evolução favorável com alta ao final de cerca de 1 mês. Discussão: O tratamento conservador é atualmente a abordagem de primeira linha no traumatismo duodenal fechado, com uma grande taxa de sucesso sobretudo quando o diagnóstico é feito de forma precoce. Quando este falha, a cirurgia torna-se necessária com realização da drenagem do hematoma. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Trauma Aires Martins, Manuel Ferreira, Álvaro Gonçalves, Bárbara C. Lima, Helena Devesa, Teresa Almeida, Francisco Fazeres, Alberto Midões. Aires Martins [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P288) SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Fractura pélvica em doente instável RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fratura pélvica está associada a elevada morbimortalidade. A hemorragia é responsável por cerca de 40% da mortalidade. Na maioria dos doentes a fixação da bacia e ressuscitação hemodinâmica permitem a sua estabilização, contudo em cerca de 10% dos casos a hemorragia é de origem arterial, não sendo estas medidas suficientes. Resultados: Doente de 82 anos, sexo feminino, vítima de atropelamento, apresentava GCS3, hipotensão e taquicardia. Foi entubada, ventilada e iniciou fluidoterapia. No SU apresentava-se sedada (GCS 3) e hemodinamicamente estável. TC com: contusão cerebral; fratura da clavícula e ombro esquerdo; múltiplas fraturas da grelha costal esquerda, múltiplas fraturas do corpo do púbis e ramo isquiopúbico com hematoma pélvico esquerdo (5, 4cm XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 65 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: x 3 cm) e hemorragia arterial ativa. Instabilidade hemodinâmica, tendo sido realizado packing pélvico e penso aspirativo incisional (arteriografia indisponível).No dia seguinte foi realizada arteriografia com embolização da artéria obturadora. O packing pélvico foi removido às 48h, com evolução favorável. Discussão: Nas fracturas pélvicas é importante a cooperação multidisciplinar. As principais abordagens são: fixação da bacia (anel pélvico instável), packing pélvico e angioembolização (hemorragia arterial).Nos casos de hemorragia arterial activa associada a instabilidade hemodinâmica a taxa de mortalidade é elevada. Nestes casos, o Cirurgião Geral assume um papel de destaque, sendo importante conhecer e dominar procedimentos como o packing pélvico. Centro Hospitalar Lisboa Central Trauma Patrícia Amaral, Octávio Viveiros, Maria Veiga de Macedo, João Sacadura Fonseca, Francisco d?Oliveira Martins Patrícia Amaral [email protected] SALA 3 SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: “Pneumoperitoneu incidental”. E agora? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pneumoperitoneu pode ser SESSÃO P-TRAUMA TÍTULO: Síndrome de Jael RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O síndrome de Jael foi definido CONTACTO: EMAIL: 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P290) RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P289) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: 05-03-2015 como um traumatismo penetrante por arma branca, intencional, na região cranio-facial. Neste trabalho apresenta-se um caso clínico que ilustra este síndrome. Resultados: Doente de 41 anos deu entrada na Sala de Emergência após traumatismo penetrante na região pré-auricular direita, com arma branca in situ. Sem hemorragia activa, o doente apresentava-se com ECG de 15, e hemodinamicamente normal. Foi realizado angio-TC cranio-facial que revelou arma branca com ponto de entrada anterior ao pavilhão auricular direito, que depois atravessa a glândula parótida ipsilateral e passa entre o côndilo da mandíbula e a apófise estilóide, continuando no espaço parafaríngeo direito até à parede da orofaringe, atingindo a vertente esquerda desta; o objecto perfurante passava entre as carótidas interna e externa direitas, não havendo evidência de lesão destes vasos. Não havia lesão intracraniana. Procedeu-se a remoção da arma branca no bloco operatório em apoio a Cirurgia Maxilo-Facial e Cirurgia Vascular. Sem intercorrências no pós-operatório, nomeadamente sem parésia facial. Realizou TC em D2 que excluiu presença de colecções hemáticas. Discussão: Nos países ocidentais as lesões penetrantes por arma branca na região cranio-facial são raras. Os riscos significativos de complicações neurológicas e vasculares implicam uma abordagem multidisciplinar. O tratamento de lesões penetrantes com arma in situ é problemático ainda mais pela dificuldade na exposição. Centro Hospitalar de São João, EPE Trauma André Gonçalves; Marinho Almeida; André Magalhães; Ana Fareleira; Luís Malheiro; J. Costa-Maia André Gonçalves [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cirúrgico ou não cirúrgico. O segundo tem tratamento conservador e pode ter causas torácicas, ginecológicas, abdominais, entre outras. 90% dos pneumoperitoneus não iatrogénicos são causados por perfuração de víscera oca, sendo uma emergência. Resultados: Caso Clínico Mulher de 30 anos, com doença de Crohn há 6 anos. Medicada com infliximab e azatioprina, motivo pelo qual realizou Rx tórax de rotina. Recorreu ao SU 3 dias depois por indicação do gastrenterologista, por existir um pneumoperitoneu. Encontrava-se assintomática, com abdómen timpanizado, sem outras alterações. Análises bem. TC abdómen com pneumoperitoneu, derrame pélvico e estenoses intestinais. Após discussão da situação com a gastrenterologia ficou em vigilância em internamento, medicada com metronidazol e ciprofloxacina. Programada cirurgia eletiva das estenoses(8-10 semanas após parar medicação). Realizou RM 1 mês após internamento, que confirmou as estenoses, distensão ileal e pequeno pneumoperitoneu. 2 meses depois referiu desconforto abdominal. TC abdominal mostrou pneumoperitoneu de novo. Foi submetida a laparotomia exploradora, detectando-se 11 estenoses, com realização de 10 estenosoplastias e 1 resseção em cunha. Não se observou nenhum local de perfuração. Pós-operatório sem intercorrências, alta ao 9º dia. Discussão: Em caso de pneumopritoneu sem abdómen agudo deve realizar-se avaliação cuidadosa para evitar cirurgias desnecessárias devendo existir uma vigilância apertada. Hospital Espírito Santo, EPE – Évora Pneumoperitoneu Ana Raquel Martins, Cátia Rito, Joana Patrício, Ânia Laranjeira, Susana Ribeiro, Raquel Sanches, Sofia Antunes, Arnaldo Machado, José Carlos Travassos, Jorge Caravana, Nuno Veloso, Isabel Medeiros, Rogério Godinho Ana Raquel Martins [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P291) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Nefrectomia bilateral de rins poliquisticos em doente renal cronico terminal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença renal poliquistica autossomica dominante (DRPAD) leva progressivamente a insuficiencia renal cronica (IRC). A nefrectomia pode ser considerada na presença de sintomas compressivos por efeito de massa, infecçoes recorrentes, hemorragia, suspeita de malignidade e em pré transplante renal em caso de extensão dos rins poliquisticos para a fossas iliacas. Resultados: Doente do sexo masculino, 58 anos, DRPAD com envolvimento hepático e pancreático, IRC terminal sob hemodialise, hiperparatiroidismo secundário, HTA, Aneurisma sacu- Revista Portuguesa de Cirurgia 66 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: AUTORES: Santos, T; Machado, D; Ribeiro, C; Serra, M, Lages, R; lar cerebral submetido a exclusao com clip. Apresenta queixas de enfartamento, saciedade precoce e desnutrição. Em Tomografia Computorizada documenta-se rins com exuberante aumento dimensional, com 29 cm a direita e 33 cm a esquerda, sendo o parenquima renal totalmente ocupado por incontaveis formaçoes quisticas coalescentes, não complicadas, invadindo as fossas iliacas. Opta-se por nefrectomia bilateral pelo efeito de massa e preparação para transplante renal, que se realiza sem intercorrencias no intra operatorio. O exame anatomo patologico revelou rins poliquisticos, com 4400g à direita e 4600g à esquerda. Discussão: A indicação e o timing de nefrectomia dos rins por DRPAD em doentes IRC terminal é controverso. Neste caso particular foi colocada indicação cirúrgica devido a compressão gastro intestinal com desnutrição grave. No seguimento clinico do doente a nefrectomia bilateral permitiu restabelecimento nutricional e colocação em lista activa para transplante renal. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Cirurgia Renal Magro, P; Barata, R; Fernandes, R; Godinho, J; Nogueira, S; Messias, H. Paula Magro [email protected] Cordeiro, S; Vieira, A; Oliveira, E CONTACTO: Maria Teresa da Costa Santos EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P293) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Íleus Biliar: a propósito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O íleus biliar constitui uma RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P292) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: GIST avançado: persistência e eficácia das terapêu- ticas – caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas- trintestinal (GIST) são raros.A cirurgia é potencialmente curativa, o tratamento adjuvante com imatinib é indicado nos casos de alto risco e o seu uso em neo-adjuvância pode ser útil em casos selecionados. Resultados: Mulher, 58 anos, admitida por dor e tumefação hipogástrica cuja investigação demonstrou massa pélvica (14x14x13cm) e metástases hepáticas.A sua possível irressecabilidade motivou biópsia que confirmou GIST e permitiu tratamento inicial com imatinib.Ocorreu hemorragia intratumoral e, após angioembolização, fistulização para o delgado.Aos 3 meses foi operada (resseção em bloco do tumor, das ansas ileais de onde parecia provir e de sigmóide envolvida, e dissecção completa das paredes pélvicas e vesical aderentes) e o exame histopatológico revelou GIST de alto grau do íleon. Prosseguiu tratamento com imatinib cuja dose foi duplicada por progressão das lesões hepáticas.Re-operada aos 33 meses por recidiva (massa de 92x80mm) apesar da substituição por sunitinib – efetuada excisão do tumor recidivante, localizado ao grande epíploon, e do apêndice por apresentar nódulo que se revelou metastático.Atualmente com 57 meses de evolução, sob sunitinib, sem evidência de doença extra-hepática e com as metástases hepáticas estabilizadas, considera-se eventual cirurgia de resseção. Discussão: Apesar de ser um GIST avançado de alto risco, tem sido possível manter uma sobrevida relativamente prolongada, com boa qualidade, recorrendo ao escalonamento terapêutico de acordo com a evolução da doença. HOSPITAL: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE CAPÍTULO: GIST HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: causa rara de oclusão intestinal mecânica. A Tríade de Rigler (aerobilia, oclusão intestinal e cálculo ectópico) permite o seu diagnóstico. A mortalidade associada é elevada, sobretudo por afectar doentes idosos com co-morbilidades importantes. Material e Métodos: Doente do sexo masculino de 91 anos, com antecedentes de Cardiopatia Isquémica, que recorre ao SU por dor abdominal e vómitos com 24 horas de evolução. À observação apresentava abdómen distendido, difusamente doloroso à palpação, com defesa e dor à descompressão. Analiticamente destacava-se leucocitose de 17.700 com neutrofilia e PCR de 33, 5mg/dL. O Rx simples do abdómen apresentava níveis hidro-aéreos e a TC abdomino-pélvica revelou aerobilia, fístula colecisto-duodenal e oclusão intestinal provocada por cálculo de 3, 7x2, 5cm na cavidade pélvica. Resultados: Foi submetido a laparotomia exploradora constatando-se volumoso cálculo no delgado distal e ansa com sinais de sofrimento, tendo-se procedido a ressecção segmentar da ansa inviável, englobando o cálculo. O pós-operatório decorreu sem complicações major, tendo tido alta ao 18º dia pós-operatório, clinicamente bem. Discussão: O íleus biliar deve ser considerado no diagnóstico diferencial de oclusão intestinal. A terapêutica assenta na resolução da obstrução por remoção do cálculo, habitualmente por enterolitotomia, com posterior abordagem da fístula e colecistectomia na mesma intervenção (one stage procedure) ou diferida se houver elevado risco cirúrgico (two stage procedure). Hospital Espírito Santo, EPE – Évora Cirurgia do Intestino Delgado J. Patrício(1), A. Peças(1), M. Bento(1), J. Caravana(1) Joana Fazenda dos Santos Duarte Patrício [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P294) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Perfuração Intestinal por Ingestão de Blister de Comprimido: a propósito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A ingestão de corpos estra- nhos é comum sobretudo em crianças, alcoólicos ou doentes psiquiátricos. Apesar da maioria atravessar o tracto gastro-intestinal sem incidentes, os mais irregulares ou pontiagudos podem causar complicações até semanas após a ingestão. Geralmente o diagnóstico é dado pelos achados imagiológicos. Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 82 anos internada em instituição de saúde, que recorre ao SU por dor abdominal e náuseas com 24 horas de evolução. À obser- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 67 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: AUTORES: Aniceto, João; Amaral, Luís; Filipe, Edite; Pinto Mar- vação apresentava abdómen distendido e timpanizado, difusamente doloroso à palpação, com defesa. Os parâmetros analíticos e o Rx simples do abdómen não apresentavam alterações relevantes, tendo realizado TC abdomino-pélvica que revelou material hiperdenso no lúmen de uma ansa de intestino delgado com cerca de 30x26mm, sugestivo de invólucro de comprimido, com sinais de perfuração associados. Resultados: Foi submetida a laparotomia exploradora confirmando-se perfuração por blister de comprimido associada a peritonite purulenta contida por plastron, pelo que se procedeu a ressecção segmentar de delgado. O pós-operatório decorreu sem complicações major, tendo tido alta ao 10º dia pós-operatório, clinicamente bem. Discussão: Apesar de rara, a perfuração por corpo estranho é uma entidade a considerar no diagnóstico diferencial do abdómen agudo. Quer a laparoscopia quer a laparotomia são válidas como abordagem inicial, embora nos casos que envolvam corpos estranhos pequenos a primeira possa acarretar maior dificuldade na identificação da lesão. Hospital Espírito Santo, EPE – Évora Cirurgia do Intestino Delgado J. Patrício(1), C. Rito(1), M. Bento(1), J. Caravana(1) Joana Fazenda dos Santos Duarte Patrício [email protected] ques, Hugo; Silva Melo, António; Barroso, Eduardo CONTACTO: João Pedro Aniceto EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P297) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: A eterna surpresa no diagnóstico da dor na fossa ilíaca direita RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A endossalpingiose define-se RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P296) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: “Abdominal Cocoon Syndrome” RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Abdominal Cocoon Syn- drome é uma causa extremamente rara de obstrução intestinal, que consiste no encapsulamento total ou parcial do intestino delgado por uma membrana fibrosa. Foi descrito pela primeira vez por Foo et al. em 1978, sendo mais comum em jovens do sexo feminino, nas regiões tropicais e sub-tropicais. Material e Métodos: Apresentamos o caso de um doente do sexo masculino, 48 anos, admitido por oclusão intestinal, com dor e distensão abdominal, acompanhado por vómitos biliares e massa dura palpável nos quadrantes superiores do abdómen. Realizou radiografia simples de abdómen, que revelou distensão de ansas intestinais e níveis hidro-aéreos e TC-AP, a revelar massa sacular contendo ansas de intestino delgado dilatadas, suspeitando-se de hérnia interna. Por agravamento do quadro, foi proposta laparotomia exploradora, tendo-se constatado encapsulamento completo por membrana fibrosa de todo o jejuno e íleon, condicionando ansas em concertina, extensamente aderentes por bridas. Efectuou-se excisão de cápsula peritoneal e lise de bridas. Como complicações pós-operatórias, íleus paralítico ao 5º dia de pós-operatório e infecção da ferida operatória ao 10º dia com deiscência supra-aponevrótica. Discussão: O Abdominal Cocoon Syndrome cursa geralmente com um quadro de oclusão intestinal, requerendo intervenção cirúrgica precoce. O diagnóstico é difícil e, quase sempre, intra-operatorio. O tratamento de escolha consiste na excisão da membrana fibrosa e lise de aderências. HOSPITAL: Centro Hospitalar Lisboa Central CAPÍTULO: Cirurgia do Intestino Delgado HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: pela presença de epitélio tubar em localização ectópica. A localização mais frequente é o ovário, mas pode ocorrer no colo uterino, bexiga, apêndice e mais, raramente, no peritoneu. A sua incidência e etiologia não estão bem definidas e o seu achado é incidental na maioria dos casos. A clínica inclui dor pélvica e infertilidade. Resultados: Caso clínico: Doente do sexo feminino de 42 anos de idade observada em consulta por dor abdominal contínua na FID, com alguns meses de evolução. À palpação apresentava dor e massa palpável na FID. Controlo analítico sem alterações. TC abdomino-pélvica: formação de conteúdo hídrico com 38mm, bem delimitada, sem parede, sem calcificações ou componente sólido, em íntima relação com a parede do cólon ascendente, provável quisto de duplicação entérico. Colonoscopia sem alterações. Proposta para hemicolectomia direita laparoscópica. Intra-operatoriamente: lesão quística sem relação com o cólon mas na dependência do peritoneu parietal. Submetida a excisão do quisto. Boa evolução com alta em D1 pós-operatório. Exame histológico da peça revelou tratar-se de lesões de endossalpingiose. Discussão: O diagnóstico diferencial para lesões nodulares da FID pode tornar-se um desafio. A laparoscopia exploradora evitou o recurso a abordagens mais invasivas. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Patologia ginecológica MJ Ferreira, G Oliveira, M Fernandes, M Couto, R Loureiro, S Coelho, H Oliveira Maria João Pessoa Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P298) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Oclusão intestinal por ingestão de corpo estranho: caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A oclusão de intestino delgado é frequente. A causa é habitualmente mecânica, por aderências em contexto pós cirúrgico mas existem causas mais raras como a oclusão por corpo estranho. Esta última tem maior incidência na infância e em doentes com alterações cognitivas, apresentamos um desses casos Material e Métodos: Homem de 80 anos com doença de Alzheimer e sem antecedentes cirúrgicos abdominais, observado por vómitos, febre, dor e distensão abdominal com 24h de evolução. A radiografia abdominal corroborou quadro oclusivo, com distensão de ansas de intestino delgado e níveis hidroaéreos Resultados: O doente foi submetido a laparotomia Revista Portuguesa de Cirurgia 68 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: exploradora urgente, constatando-se oclusão de jejuno por corpo estranho intra-luminal removido por enterotomia (esponja da loiça). O pós-operatório foi complicado de infeção respiratória nosocomial tratada com antibioterapia. Teve alta ao dia 17º dia. Foi observado ao 1º e 3º mês de pós-operatório, assintomático. Discussão: Apesar da oclusão intestinal ser uma patologia frequente, o diagnóstico etiológico pode ser difícil. Devemos considerar causas incomuns nas crianças, idosos, doentes com alterações cognitivas e doentes sem cirurgias prévias Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Oclusão intestinal Tobias Teles, Rui Cunha, Sofia Jardim Neves, Miguel Semião, Hugo Gameiro, Manuela Gomes Tobias Teles [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P301) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Enfarte Esplénico – Causa Rara de Dor Abdominal Aguda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O enfarte esplénico é uma RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P300) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Invaginação intestinal no adulto: a importância da verdadeira cirurgia paliativa RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar de ser uma entidade HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: comum na infância, a invaginação intestinal no adulto é rara e habitualmente está associada a um tumor maligno primitivo ou secundário em 20-50% dos casos. Acomete habitualmente indivíduos entre os 40 e 60 anos, sem predominância entre géneros, e tem como localização mais comum o intestino delgado. Clinicamente tem várias formas de apresentação, desde os sinais mais inespecíficos aos mais sugestivos, como a presença de obstrução em 50% dos casos. A dor abdominal está habitualmente presente. Resultados: Os autores apresentam o caso de um homem de 40 anos, autónomo, com sarcoma indiferenciado de células fusiformes metastizado, com atingimento cutâneo, pulmonar, hepático e cerebral, internado por oclusão intestinal alta. Apresentava dor abdominal e intolerância alimentar altamente debilitantes, sofrimento físico e psicológico consequentes e agravamento súbito do estado geral. Foi submetido a laparoscopia exploradora, observando-se invaginação intestinal jejunojejunal, condicionada por metástase tumoral única na parede jejunal, a 15 cm do ângulo de Treitz. Efetuou-se resseção entérica segmentar com bons resultados clínicos a curto prazo e resolução do quadro oclusivo. Discussão: Serve o presente caso para ilustrar uma apresentação possível de metastização intraabdominal, num quadro de doença disseminada. Os autores enfatizam o papel preponderante da verdadeira cirurgia paliativa, ao proporcionar franca melhoria na qualidade de vida do doente numa fase avançada da sua doença. Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Intestino Delgado Rita Castro, Luís Amaral, Rui Quintanilha, Emanuel Silva, Tiago Rama, Ana Goulart, Ana Teresa Bernardo, Ricardo Borges, Catarina Moura, António Melo Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: causa rara de dor abdominal aguda. A etiologia é variável sendo a doença tromboembólica a principal causa. O espectro clínico de apresentação é diversificado sendo que 33% dos casos são assintomáticos. Material e Métodos: Apresentação de um caso clínico Resultados: Mulher de 72 anos, que recorreu ao Serviço de Urgência com um quadro de dor abdominal intensa no hipocôndrio esquerdo com dois dias de evolução. Ao exame objectivo salientava-se abdómen distendido e doloroso à palpação no hipocôndrio e flanco esquerdo. Era portadora de pacemaker e tinha antecedentes de hipertiroidismo. Analiticamente apresentava leucocitose e PCR elevada. Realizou ecografia que mostrou lesão focal pseudonodular com 55x48x38mm no pólo inferior do baço, sugestiva de área de enfarte. A TC confirmou a suspeita de enfarte esplénico. A doente foi internada e realizou tratamento conservador, repouso absoluto, hidratação, anticoagulação, oxigénio suplementar e analgesia. Teve alta ao 5º dia admitindo-se como factor etiológico a doença tromboembólica. Repetiu TC 4 meses mais tarde constatando-se regressão da área de enfarte. De momento, encontra-se sem queixas abdominais. Discussão: A dor no hipocôndrio esquerdo é o sintoma mais frequente de enfarte esplénico. A ecografia e/ou TC podem confirmar o diagnóstico. O tratamento é inicialmente médico e cirúrgico quando existem complicações ou dúvida diagnóstica. O prognóstico depende da doença subjacente responsável. Centro Hospitalar do Oeste Baço- enfarte esplénico Carla Menezes, Rosário Roque, Santa Rita Carla Menezes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P302) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Lipossarcoma retroperitoneal gigante: do achado à cirurgia. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os sarcomas de partes moles correspondem a 1% de todos os tumores em adultos e apenas 15% têm origem no retroperitoneu. Por outro lado, um terço dos tumores retroperitoneais são sarcomas, sendo o lipossarcoma o tipo histológico mais comum (40%). Diagnosticados maioritariamente como incidentalomas, são com frequência sintomáticos apenas por efeito de massa. Material e Métodos: Caso Clínico Resultados: Doente do sexo masculino, 65 anos, diabético tipo 2 e anticoagulado com varfarina no contexto de fibrilhação auricular paroxística. Recorre ao serviço de urgência por cansaço, distensão abdominal e obstipação há 3 meses. Da avaliação inicial salientava-se abdómen volumoso e pouco timpanizado, anemia (Hb 10, 5g/dl e INR >10. A tomografia computorizada (TC) revelou volumosa massa lipomatosa encapsulada abdominal. Sem critérios para biópsia percutânea, rea- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 69 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: lizou estudo vascular abdominal por angio-TC e aorto/ arteriografia, sem possibilidade de embolização arterial selectiva. Foi submetido a tumorectomia de lipossarcoma desdiferenciado (38x30x20cm com 11Kg) com estadiamento T2b N0 M0 G2 (FNCLCC). Pós-operatório complicado de hematoma intra-abdominal, após reiniciar anticoagulação, com tratamento conservador. Actualmente assintomático sob vigilância oncológica. Discussão: Os tumores retroperitoneais são um desafio terapêutico pela sua raridade, apresentação localmente avançada, complexidade anatómica e exigência técnica naquele que é o seu único tratamento potencialmente curativo – cirurgia. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Tumores Retroperitoneais Carracha M., Pinto B., Sanchez P., Rocha C., Oliveira M., Almeida S., Guminski S., Carneiro F. Miguel Carracha [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P304) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Linfoma Primário da Parótida: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O linfoma primário da parótida RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P303) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Aplicabilidade da Terapia por Pressão Negativa no Pe Diabético RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Pé Diabético refere-se às diver- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: sas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos diabéticos. O custo humano e financeiro dessa complicação é imenso sendo primordial a sua prevenção, o seu correto e atempado diagnóstico assim como o seu tratamento. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso de pé diabético submetido a limpeza e desbridamento cirúrgico e posteriormente orientado com terapia de pressão negativa(TPN) Resultados: Doente do sexo feminino, 42 anos de idade com diabetes insulino-dependente que recorreu ao SU por ferida do pé direito com semanas de evolução progressiva sem melhoria. Ao exame objetivo apresentava ferida ulcerada, infectada com necrose do arco plantar e calcâneo direito com envolvimento tendinoso e da fáscia plantar com trajetos fistulosos cutâneos sem evidência de compromisso vascular. Efetuadalimpeza e desbridamento cirúrgico no bloco operatório Iniciou TPN verificando-se uma contração mais rápida ferida, diminuição do exsudado e aumento do tecido de granulação. Teve alta com TPN que manteve em ambulatório com progressiva melhoria clinica. Foi avaliada e orientada pela nutrição e consulta de diabetes para otimização do controle glicémico Discussão: O pé diabético tem uma fisiopatologia complexa. A TPN está indicada nas úlceras no pé diabético sem compromisso vascular. É importantes nestes doentes a abordagem multidisciplinar para redução de complicações, internamentos e amputações de membro. Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Pé diabético/Terapia de Pressão negativa Teresa Santos (1), Cristina Carvalho (1), Rui Pinto (1), Pinto Correia(1) Maria Teresa Castro Santos Neto [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: constitui um pequeno subgrupo de LNH da cabeça e pescoço. A incidência é de aproximadamente 0, 3% de todos os tumores e 2-5% das neoplasias das glândulas salivares. A excisão cirúrgica é preconizada como ferramenta diagnóstica. Material e Métodos: CASO CLÍNICO Homem de 42 anos que recorre à consulta por tumefacção pré-auricular esquerda de aparecimento recente, assintomática. Negou história pessoal ou familiar de doenças auto-imunes ou neoplásicas. À palpação identificou-se uma massa firme e móvel de cerca de 3 cm. O nervo facial estava intacto. Não havia outras adenopatias cervicais palpáveis. PAAF inconclusiva. Foi submetido a parotidectomia superficial esquerda com preservação do nervo facial. Resultados: A histologia revelou o diagnóstico de Linfoma Não-Hodgkin de Células B. O estudo de extensão, mostrou tratar-se de linfoma primário, localizado sem sinais de envolvimento à distância. Sem evidência de recorrência. Discussão: O linfoma da parótida deve ser considerado no diagnóstico diferencial de lesões quísticas das glândulas salivares. A existência de doença auto-imune e linfadenopatia deve aumentar o índice de suspeição de patologia linfoproliferativa, o que não aconteceu. A maioria dos doentes necessita de parotidectomia superficial para se chegar ao diagnóstico definitivo. Neste caso, dado a existência de uma forma rara, localizada e completamente ressecada de doença, não foi necessário fazer QT/RT. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Cabeça e Pescoço C. Vicente; S. Nogueira; R. Souto; A. Freitas; J.M. Novo de Matos; A. C. Fradique Carla Sofia de Sousa Vicente [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P306) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Diverticulo de Meckel e torsão intestinal – um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O divertículo de Meckel é a malformação congénita mais frequente do tracto gastrointestinal, resulta da persistência do ducto onfalo-mesentérico e a maioria é assintomática no adulto. Resultados: Caso clínico de um homem de 18 anos que recorre ao serviço de urgência por dor epigástrica, distensão abdominal, intolerância alimentar e vómitos biliares. Episódios recorrentes de dor e distensão abdominal. Inicialmente admitido como quadro sub-oclusivo inespecífico com suspeita imagiológica de doença inflamatório intestinal (tomografia computorizada), optou-se por tratamento conservador. Ao 2º dia, início de dor no quadrante inferior direito com sinais de irritação peritoneal ao exame físico. Submetido a laparotomia exploradora, constatando-se divertículo de Meckel necrótico, com torsão à volta de cordão fibrótica. Realizada enterectomia segmentar com anastomose primária. Pós- Revista Portuguesa de Cirurgia 70 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: -operatorio complicado com anafilaxia (provavelmente a metronidazol) com boa resposta a terapêutica. Alta ao 14º dia. Discussão: O desafio clínico apresentado pelos divertículos prende-se no diagnóstico precoce e tratamento cirúrgico atempado. Devido à sua raridade, é necessário alto índice de suspeição. Neste caso, a apresentação clínica inicialmente compatível com torsão intestinal deveu-se a presença de cordão fibrótico que culminou na necrose do divertículo, com alteração posterior do quadro clínico. Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE Intestino Delgado Nádia Tenreiro, Sílvia Silva, Herculano Moreira, António Oliveira, Luís Madureira, Sílvia Silva Nádia Tenreiro Amarante Almeida [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P307) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Oclusão Intestinal por Fitobezoar: caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A oclusão intestinal é um dos HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: principais problemas encontrados pelo cirurgião em contexto de urgência e uma importante causa de morbilidade e mortalidade. Material e Métodos: Caso clínico: F, 84 anos, leucodermica, antecedentes de cirurgia por perfuração de úlcera péptica. Recorre ao SU por quadro de vómitos, obstipação e distensão abdominal. Objetivamente, desidratada, abdómen com cicatriz de laparotomia mediana, distendido, doloroso, RHA aumentados. Análises com elevação dos parâmetros inflamatórios e sinais de desidratação. Tomografia sugestiva de oclusão intestinal e pequeno pneumoperitoneu. Foi submetida a laparotomia constatando-se múltiplas bridas que não condicionavam oclusão. Não se identificou perfuração. Intestino delgado dilatado com obstáculo intra-luminal na transição jejuno-ileal. Procedeu-se a enterotomia longitudinal e extração de corpo estranho, sugestivo de fitobezoar. Alta da Cirurgia ao 10º dia, com recomendações dietéticas. Quatro semanas após a intervenção, re-internamento por oclusão alta. Intra-operatoriamente identificou-se nova oclusão por fitobezoar. Resultados: Resultado histológico: células de aspeto vegetal. Fitobezoar. Discussão: A oclusão por bezoar representa 2 a 4, 8% dos casos de oclusão mecânica e apenas só 1% tem clínica de abdómen agudo. Deve ser considerada em doentes com cirurgia gástrica prévia. A enterotomia com extração do bezoar é o procedimento de escolha. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Cirurgia do Intestino Delgado Nogueira, Sara; Souto, Ricardo; Vicente, Carla; Matos, Claudia; Silva, Eduardo; Carneiro, Francisco Sara Andreia Tavares Nogueira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dade abdominal. A sua etiologia não á clara, mas tem provável origem congénita. O diagnóstico pré operatório é muitas vezes dificultado devido ao seu curso clinico silencioso.A sua forma de apresentação e as suas manifestações clinicas são variáveis e inespecificas. Material e Métodos: Colheita de dados no processo clinico Resultados: Doente de 32 anos, parto por cesariana há 3 meses, apendicectomizada, que inicia quadro de dor tipo moinha há cerca de um mês, localizada à região peri umbilical, acompanhado de anorexia.À observação palpa-se massa no hipocôndrio esquerdo, de contornos bem definidos, ovalada, dolorosa ao toque, mole, móvel.Realizou exames de imagem que revelam lesão nodular localizada no flanco esquerdo, bem delimitada, com dimensões estimadas em 82x73 mm.Analiticamente a doente apresentava elevação da PCR (7.4), sem leucocitose, com marcadores tumorais negativos.Opta-se por excisão cirúrgica da lesão.Intraoperatoriamente define-se tumor amarelado do mesentério, tendo-se procedido a ressecção em bloco da lesão e de ansa de jejuno adjacente. O exame anatomo patológico revelou linfangioma quistico do mesentério com 9cm de diâmetro. Discussão: Os LQ do mesentério são entidades raras e de difícil diagnóstico, cujo tratamento é cirúrgico, com remoção completa da lesão, mesmo em doentes assintomáticos. Neste caso, a doente não apresentou complicações no pós operatório imediato e não apresenta sinais de recidiva no seguimento clinico. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Lesões do mesentério / intestino delgado Magro, P; Barata, R; Fernandes, R; Nogueira, S; Godinho, J; Messias, H Paula Magro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P309) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Oclusão intestinal como manifestação rara de tuberculose intestinal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A tuberculose constitui, a nível mundial, uma das mais importantes doenças transmissíveis estando o abdómen envolvido em apenas 11% dos doentes com tuberculose extra-pulmonar. Material e Métodos: Doente de 82 anos de idade, sexo masculino, com antecedentes pessoais de gastrite crónica medicado com esomeprazol, que recorre ao SU por dor abdominal generalizada, tipo cólica, com 2meses de evolução e agravamento recente nas últimas 24horas associada a náuseas e vómitos. Ao exame objetivo salientava-se um abdómen distendido, doloroso à palpação dos quadrantes superiores, timpanizado e com ruídos hidro-aéreos aumentados. Analiticamente, hemoglobina 16g/dL, sem leucocitose, PCR negativa, função renal e hepática sem alterações. A radiografia abdominal em pé mostrou um padrão de níveis hidro-aéreos compatível com oclusão intestinal (delgado) pelo que realizou TC abdominal-pélvica que confirma distensão marcada de ansas do delgado proximal com transição abrupta de calibre e um segundo espessamento segmentar proximal ao descrito. No intraoperatório constatou-se a presença de 2 lesões estenosantes RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P308) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Linfangioma quistico do mesentério RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os linfangiomas quisticos(LQ) são tumores benignos raros, particularmente na cavi- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 71 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ileais, a maior condicionando oclusão luminal e distensão de ansas a montante, e 2 nódulos intramurais, tendo sido realizada enterectomia segmentar. Resultados: A histologia da peça operatória foi compatível com doença granulomatosa intestinal – tuberculose intestinal. Discussão: Este caso clínico alerta para uma etiologia, embora rara, de oclusão intestinal de difícil e tardio diagnóstico dada a sua apresentação clínica pouco específica. Centro Hospitalar Lisboa Central Intestino Delgado Clara Sampaio, Francisco Fernandes, Sofia Frade, Luís Moniz, Hélder Viegas CLARA SAMPAIO [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P310) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Dor abdominal numa doente com endometriose RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A endometriose consiste na pre- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: sença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, com localização pélvica ou extra-pélvica (trato gastro-intestinal, cicatrizes cirúrgicas, pulmão, etc.), sendo a dor pélvica a forma de apresentação mais comum. Quando se desenvolve no ovário, com formação de um quisto, denomina-se endometrioma. O tratamento pode ser médico ou cirúrgico, sendo a abordagem cirúrgica preferencial a via laparoscópica. O objectivo deste trabalho consiste em apresentar o caso clínico de uma doente com endometrioma do ovário esquerdo. Material e Métodos: Doente do sexo feminino, 46 anos, com antecedentes conhecidos de endometriose medicada em ambulatório com Visanne® (dienogest) e múltiplas idas à urgência por queixas de dor recorrente nos quadrantes esquerdos do abdómen com má resposta à analgesia. Realizou estudo ecográfico num dos episódios que revelou formação quística a nível da área anexial esquerda com 30.4x30.2mm e colecção líquida discretamente heterogénea com 30mm a nível da fossa ilíaca esquerda. Resultados: Foi submetida a anexectomia esquerda por via laparoscópica e excisão de nódulo da parede abdominal. Período pós-operatório sem intercorrências, tendo tido alta ao 2º dia pós-operatório, clinicamente bem. Histologia revelou tratar-se de quisto endometrial (endometrioma). Doente actualmente assintomática. Hospital Espírito Santo, EPE – Évora Patologia Ginecológica Antunes S., Silva A., Machado A., Sanchez R., Félix R., Amaro M., Ribeiro S., Caravana J. Sofia Carralas Antunes [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: sias da próstata. É normalmente bem tolerado e com complicações em apenas 2% dos casos, sendo que a hemorragia significativa surge em menos de 1% dos casos e o hematoma pélvico é uma complicação rara. O tratamento dos hematomas pélvicos, complicados por drenagem espontânea para o recto, pode passar pela necessidade de derivação fecal temporária, sendo que os dispositivos de derivação fecal, geralmente indicados em casos de incontinência fecal e infecções necrotizantes do períneo, são uma forma de evitar colostomias de derivação. Case Report: Apresentamos o caso de um homem de 62 anos, antiagregado, que após realização de uma biópsia prostática recorre ao Serviço de Urgência por dor perianal, retenção urinária e hematoquézias. Objectiva-se prolapso hemorroidário irredutível e um volumoso hematoma perineal, confirmado imagiologicamente e com repercussão analítica significativa. Intra-operatoriamente constata-se a existência de uma solução de continuidade da mucosa rectal que contacta com a loca do hematoma. Discussão: A abordagem deste doente passou pela drenagem cirúrgica do hematoma e colocação de um dispositivo de derivação fecal. Pretendemos apresentar este caso clínico de uma complicação rara de uma biópsia prostática transrectal associada a uma abordagem terapêutica pouco frequente. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Complicações de Procedimentos Invasivos B. Pinto; A. Cebola; S. Almeida; M. Carracha; M. Oliveira; C. Rocha; C. Sobrinho; E. Silva; F. Carneiro. Bruno Lima Pinto [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P312) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: A raridade de um lipossarcoma RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Lipossarcomas (LS) são tumo- res malignos de origem mesenquimatosa e representam o tipo histológico mais frequente de sarcomas de tecidos moles. Contudo constituem um grupo heterogéneo de lesões distintas que apresentam múltiplas dificuldades diagnósticas. Surgem normalmente na 7ª década de vida e os locais de aparecimento mais frequentes são as extremidades, o retroperitoneu e a região inguinal. A Organização Mundial de Saúde reconhece actualmente quatro grandes subtipos de LS: LS bem diferenciado / tumor lipomatoso atípico; LS de-diferenciado; LS mixóide; LS pleomórfico. Estes quatro subgrupos são caracterizados por distintas morfologias, achados genéticos únicos, assim como distintas evoluções clínicas. Objectivo: descrição de caso raro. Material e Métodos: Revisão de caso clínico. Resultados: Os autores apresentam o caso raro de um individuo do sexo masculino, de 68 anos, sem antecedentes relevantes, que recorreu ao serviço de urgência por massa abdominal de médio volume com cerca de 1 ano de evolução. Negava sintomas constitucionais. Durante o estudo imagiológico realizado confirmou-se massa peri-umbilical e flanco esquerdo de médio volume com cerca de 12cm de diâmetro de contorno relativamente bem definido. Foi assim submetido a exérese da lesão que se verificou encontrar na dependência da musculatura da parede abdominal. A exérese da lesão foi total com margens RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P311) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Hematoma perineal: uma complicação rara de um procedimento comum. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: A biópsia prostá- tica transrectal ecoguiada é um procedimento minimamente invasivo, utilizado na investigação de neopla- Revista Portuguesa de Cirurgia 72 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de ressecção livres. Discussão: O caso apresentado representa uma raridade tanto no que diz respeito à própria patologia, como na localização da mesma. Centro Hospitalar do Nordeste, EPE Neoplasia dos tecidos moles Reis, R; Teixeira, NM; Rocha, C; Novo, J; Carrazedo, A; Armas, I; Fernandes, P; Oliveira, H. Rui Filipe Almeida Ferreira e Reis [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P313) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Perfuração intestinal: um frango com ossos a mais... RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A ingestão de corpos estranhos HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: é uma situação clínica frequente. A maioria desses objetos são eliminados espontaneamente através do tubo digestivo. A perfuração intestinal ocorre apenas em 1% dos casos e costuma estar associada à ingestão acidental de objectos longos e pontiagudos. A abordagem é dependente da causa e consequências da perfuração. Material e Métodos: Caso Clínico e Revisão da Literatura. Resultados: Doente do sexo masculino, 57 anos, sem antecedentes de relevo. Recorreu à Urgência por dor abdominal tipo cólica nos quadrantes inferiores com 24h de evolução. Na anamnese referiu ter ingerido frango há 2 dias. Exame objetivo com sinais de irritação peritoneal. Analiticamente, aumento dos parâmetros inflamatórios. TC abdómen revelou ansa de delgado com paredes espessadas e imagem linear densa que poderá representar corpo estranho. Submetido a laparotomia exploradora tendo-se identificado perfuração de ansa de íleon, causada por osso de frango em posição transmural. Realizada enterectomia segmentar com anastomose mecânica. Por boa evolução, teve alta ao 6º dia de pós-operatório. Discussão: A perfuração do trato gastrointestinal provocada por ossos é uma entidade rara. A clínica é variável e pode mimetizar outras situações clínicas (apendicite aguda ou diverticulite aguda). Muitas vezes os doentes não recordam a ingestão de corpos estranhos, o que frequentemente atrasa o diagnóstico. Um diagnóstico de suspeição precoce e uma intervenção atempada são fundamentais para minimizar a morbilidade. Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE Cirurgia do Intestino Delgado Reia, Marta; Costa, Cristina; Mourato, Beatriz; Taré, Filipa; Fialho, Guilherme; Rosado, Daniela; Guerrero, Monica; Romero, Miguel; Barbosa, Ilda. Marta de Fátima Oliveira Lourenço Reia [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 diagnósticas. Material e Métodos: Apresentamos o caso de ARS, masculino de76 anos, com antecedentes de HTA, dislipidemia, HBP e hiperuricemia, que recorre ao SU por agravamento de quadro arrastado de sintomas constitucionais – astenia e anorexia, com dor abdominal difusa, distensão abdominal e alterações do trânsito no sentido da obstipação – com agravamento nessa semana. A colonoscopia e a endoscopia digestiva alta não mostraram patologia. A tomografia toracoabdominopélvica levantou a suspeita de carcinomatose peritoneal, sem primário estabelecido. O estudo do líquido ascítico revelou um exsudato negativo para células malignas e negativo para PCR do M. tuberculosis. Foi decidida minilaparotomia para biópsias. As biópsias. O resultado histológico mostrou “?envolvimento por processo inflamatório crónico granulomatoso, onde se identificam múltiplos granulomas epitelioides, por vezes com centro necrótico, e com presença associada de células gigantes multinucleadas de tipo Langhans?” Resultados: O doente iniciou terapêutica antituberculose com recuperação completa do bom estado geral e com regressão da sintomatologia. Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE Peritoneu Madureira, L; Esteves, A; Tenreiro, N; Silva, S; Avelar, P; Dias, J; Oliveira, A Luís Madureira [email protected] 05-03-2015 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P319) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Endometriose do Grande Omento: desafio Diagnós- tico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A endometriose é doença de controversa instalação, evolução e repetidos fracassos no tratamento médico e cirúrgico. O conhecimento da extensão extrapélvica é ainda limitada, e as consequências clínicas estão insuficientemente caracterizadas. Ainda que o progresso no conhecimento da morfologia, da fisiopatologia e de exames seja constante, a detecção laparoscópica da endometriose extrapélvica tem uma importância crescente. Material e Métodos: CASO CLÍNICO: Mulher de 44 anos, dor localizada à FIE. Queixas de dismenorreia e menorragias. Negou ACO Ecografia abdominal e pélvica: Na FIE existe lesão com 4 cm, predominantemente líquida, com nível líquido e edema do tecido lipomatoso. TC Abdominal e pélvica: No flanco/fossa ilíaca esquerda adjacente ao cólon descendente e moldando ansas de delgado, formação nodular com densidade hídrica mais densa na zona de declive não sendo possível excluir componente hemático, bem circunscrita com 3, 8x3, 5 cm. Decidida Laparoscopia Diagnóstica com excisão de massa adjacente ao grande omento. Resultados: A.Patológica: fragmento nodular 4, 3x4, 8x3, 3cm. Superfície exterior bosselada. Em secção corresponde a estrutura quística com 3, 7x3, 3cm de conteúdo hemático – Endometrioma. Discussão: Na literatura 5-12% das mulheres RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P314) SESSÃO P-VARIOS 1 TÍTULO: Tuberculose peritoneal: apresentação de caso RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A tuberculose peritoneal é uma doença de baixa incidência mas com elevada morbilidade e mortalidade. A importância do diagnóstico correcto atempado impõe-se dado que é uma situação potencialmente curável comparada com as alternativas XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 73 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: apresentam endometriose extra-uterina e por ordem decrescente a nível da sigmóide, apêndice, omento, cicatrizes cirúrgicas e na região inguinal. Este caso traduz uma forma rara da doença e constituiu um desafio diagnóstico Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Ginecológica C. Vicente; A. Freitas; J.M. Novo de Matos; A. Caldeira Fradique Carla Sofia de Sousa Vicente [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P320) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Hemorragia digestiva de origem obscura – a pro- prósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hemorragia digestiva de ori- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gem obscura (HDO) define-se como hemorragia do tubo digestivo sem etiologia óbvia e que persiste ou recorre após avaliações endoscópicas alta e baixa e estudo radiológico contrastado do intestino delgado inconclusivos. Na maioria dos casos, a origem da hemorragia situa-se no intestino delgado. Material e Métodos: Apresentação de um caso clínico de uma doente de 62 anos, seguida em consulta de Cirurgia por episódios recorrentes de HDO. Após estudo por videocápsula, identificou-se uma procidência endoluminal ao nível da mucosa do jejuno proximal, compatível com lesão submucosa. Foi então realizada enteroTC que identificou uma lesão nodular de 3 cm no jejuno proximal, com componente polipoide endoluminal e compatível com GIST. Resultados: Foi proposta terapêutica cirúrgica, tendo-se efectuado, por laparotomia, ressecção de ansa jejunal, que apresentava uma lesão nodular vascularizada, e anastomose primária. O período pós-operatório decorreu sem complicações e a doente tem permanecido assintomática e sem recorrência de novos episódios de hemorragia digestiva. A avaliação histológica viria a revelar um GIST de baixo risco. Discussão: O intestino delgado é responsável pela maioria das situações de HDO. Infelizmente, é também o segmento de mais difícil acesso e estudo. Globalmente, os tumores do intestino delgado são a 2ª causa mais frequente. Nestes casos, o tratamento definitivo passa, naturalmente, pela cirurgia de ressecção. HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida Hemorragia digestiva Souto, Ricardo (1); Nogueira, Sara (2); Vicente, Carla (3); Amaral, João (4); Soares, Mira (5) Ricardo Souto [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Os quistos da 2ª fenda são os mais frequentes (95%) e raramente são diagnosticados na infância. Material e Métodos: Apresentamos o caso dum homem de 56 anos que recorreu ao serviço de urgência por tumefacção na região látero-cervical esquerda, dolorosa, fixa, consistência dura e crescimento rápido (2 semanas). A ecografia e tomografia cervicais descreveram volumosas massas (6 cm) de contornos lobulados e conteúdo espesso, sugerindo lesões quísticas. Resultados: Foi realizada aspiração, com saída de conteúdo quístico. Por agravamento clínico e analítico, foi internado e realizada drenagem cirúrgica. Ao 5º dia de pós-operatório, sob meropenem, apresentou episódio de cefaleias e convulsão tónico-clónica generalizada, como apresentação inicial dum quadro de meningoencefalite. Teve alta ao 18º dia após a drenagem e foi submetido a exérese do quisto branquial após 2 meses. Discussão: A antibioterapia está indicada em casos de infecção, embora o tratamento definitivo seja cirúrgico. As complicações relacionam-se com a recorrência dos episódios de infecção e abcedação. Podem comprometer as estruturas adjacentes, estando descritos casos de lesão neurovascular e trajectos fistulosos. Este caso reveste-se de especial interesse pela raridade do quadro de encefalite como complicação dum quisto branquial infectado. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Cirurgia da Cabeça e Pescoço Maria João Lima, Joana F. Correia, Rita Peixoto, Daniela Macedo Alves, Rosa Saraiva, Jorge Valverde, Virgínia Soares, Pedro Koch, Taveira Gomes Maria João Lima [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P322) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Síndrome da artéria mesentérica superior RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Síndrome da artéria mesen- térica superior é uma causa rara de obstrução intestinal proximal, caracterizada pela compressão da terceira porção do duodeno devido à diminuição do espaço entre a artéria mesentérica superior e a aorta, primariamente atribuída à perda de gordura mesentérica. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso clínico de Síndrome da artéria mesentérica superior. Resultados: Mulher de 19 anos com quadro de 2 anos de evolução de epigastralgia pós-prandial, enfartamento precoce, anorexia não seletiva, náuseas e vómitos, com agravamento e perda ponderal de 10 Kg no último mês. Ao exame objetivo, abdómen com ruídos hidroaéreos aumentados e doloroso no epigastro. Radiografia de abdómen com câmara gástrica com afunilamento ajusante. No trânsito gastro-duodenal, um estômago hipotónico, destacando-se marcado atraso no esvaziamento, com passagem lenta de contraste em D3. A tomografia computorizada revelou a presença de um ângulo agudo de cerca de 20-25% entre a emergência da artéria mesentérica superior e a aorta. Apresentou resolução da sintomatologia gastrointestinal com tratamento conservador mediante descompressão gastrointestinal com sonda nasogástrica, fluidoterapia e pró-cinético em SOS. Na consulta externa de seguimento de primeiro mês, estava clinicamente bem, RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P321) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Meningoencefalite: Complicação Rara dum Quisto Branquial Infectado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos branquiais resultam de anomalias durante o desenvolvimento embrionário, por ausência de obliteração das fendas branquiais. Revista Portuguesa de Cirurgia 74 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tendo engordado 5Kg. Discussão: Fisionomia magra e perturbações comportamentais conduziram a uma perda de peso desencadeando a patologia. Tratamento poderá necessitar de intervenção cirúrgica em caso de insucesso do tratamento conservador. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Gastrointestinal Miguel Albano, Nídia Moreira, Guillermo Martinez, Prof. Doutor Carlos Costa Almeida Miguel José Nico Albano [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P323) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Abordagem Híbrida ao Pé Diabético Séptico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Considerando que 85% das HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: amputações são precedidas de uma úlcera que pode ser prevenida, o autor apresenta um caso clínico de pé diabético isquémico com preservação do membro com técnica cirúrgica híbrida. Material e Métodos: Caso clínico: Homem de 84 anos, DM2 há 40 anos, recorre ao SU por agravamento de feridas ulceradas dos dedos do pé esquerdo com 3 meses de evolução, a fazer pensos, no centro de saúde. Após realização de penso, teve alta medicado com antibiótico, referenciado para consulta urgente de pé diabético. Na consulta constatou-se gangrena infectada do 2º e 3º dedos com necessidade de colheita de exsudato para zaragatoa. Realizou-se exame bacteriológico e avaliação global do doente, incluíndo estudo vascular por angiotac que revelou: MI esq-femoral comum com volumosa placa calcificada oclusiva que envolve a origem da artéria femoral profunda, mas permeável. Ao nível do terço distal e transição femoro-popliteia existem múltiplas estenoses severas (>70%). Estenoses moderadas/graves do segmento P1 e P2 da popliteia.Submetido a endarterectomia da femoral comum esquerda com colocação intraoperatória de stent na femoral profunda.Realizado posteriormente angioplastia percutânea com balão de 5 mm do 1/3 distal da femoral superficial, sem estenoses limitantes do fluxo no controlo angiográfico. Colocação de stent autoexpansível de 7x30mm na origem da artéria femoral superficial. Discussão: A incidência do pé diabético isquémico tem vindo a aumentar na medida da longevidade do doente diabético. Centro Hospitalar Lisboa Central Pé Diabético Viveiros, Octávio; Cavadas, Daniela; Onofre, Miguel; Sousa, Virgínia Formiga, Ana; Tiago, Bilhim; Neves, José Antunes Octávio Domingos Maciel Viveiros [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: localizando-se ao nível da artéria pulmonar ou da aorta. Material e Métodos: Mulher, 81 anos, com dor abdominal, náuseas, vómitos e perda ponderal desde Maio de 2014, com múltiplos internamentos, cuja investigação TC foi compatível com espessamento e hipocaptação da parede de segmentos do intestino delgado, ligeira proeminência das estruturas vasculares do mesentério adjacente e enfartes esplénicos.O estudo endoscópico foi inespecifico. Por agravamento clínico, realizou 3 meses depois AngioTC abdominal que identificou lesões de novo, atípicas, hipodensas, e hipervasculares, com aparente ponto de partida em ansa de intestino delgado e com provável metastização peritoneal subfrénica direita.Foi submetida a enterectomia segmentar do delgado e ressecção de massa envolvendo tumor diagramático. Como intercorrência de pós-operatório refere-se hemorragia digestiva alta tratada endoscopicamenter e ao 10º dia quadro de choque refractário, diagnosticando-se isquémia multivisceral maciça, com evolução desfavorável e óbito. O resultado histológico revelou metástases intestinais e diafragmática de sarcoma indiferenciado da íntima com crescimento preferencial endovascular, com possível origem primária na aorta. Discussão: O caso clínico ilustra uma causa rara de dor abdominal com comportamento agressivo, reforçando a necessidade de considerar etiologias atípicas aquando do estudo da dor abdominal. Centro Hospitalar Lisboa Central Vascular/Metastização Joana Figueiredo, Nuno borges, José A. Pascoalinho, Ricardo Matos Joana Bernardino Figueiredo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P325) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Gangrena de Fournier, um caso invulgar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Gangrena de Fournier, defi- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P324) HOSPITAL: CAPÍTULO: SESSÃO P-VÁRIOS 2 AUTORES: TÍTULO: No final era um sarcoma indiferenciado da íntima. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O sarcoma da íntima tem uma CONTACTO: EMAIL: apresentação clínica inespecífica, podendo causar êmbolos periféricos ou crescer ao longo do lúmen, nida como uma fasceíte necrotizante, é uma infecção polimicrobiana grave do tecido celular subcutâneo e fáscias, rapidamente progressiva, com alta morbilidade e mortalidade, atingindo habitualmente os genitais, períneo e parede abdominal. A sua etiologia está geralmente associada a patologia urogenital, anorectal ou dermatológica. O curso dramático desta condição requer o seu rápido reconhecimento, drenagem e desbridamento cirúrgico exaustivo, derivação fecal e urinária, terapêutica antimicrobiana de largo espectro e suporte intensivo. Este trabalho tem como objectivo apresentar um caso clínico de um homem de 66 anos de idade, com diagnóstico de Gangrena de Fournier de etiologia e curso clínico pouco habituais. É também realizada uma revisão da literatura com enfoque na abordagem e tratamento desta rara patologia. Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE Patologia do períneo e parede abdominal – Gangrena de Fournier Miguel Tomé, Filipa Caldeira, Nuno Mendonça, Sara Patrocínio, Cláudia Galrão Miguel Gonçalves Tomé [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 75 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P326) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Diverticulite de Meckel, uma causa rara de oclusão intestinal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O divertículo de Meckel é a má HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: formação congénita mais frequente do intestino delgado e está presente em cerca de 2% da população. Encontra-se em 95% dos casos no bordo anti-mesentérico do ID a cerca de 60cm da válvula ileo-cecal, podendo conter mucosa gástrica, cólica e pancreática. A larga maioria destes divertículos são assintomáticos sendo descobertos incidentalmente. Só 4 a 6% dos divertículos de Meckel dão complicações. Material e Métodos: Processo clínico, fotografias e exames complementares Resultados: Caso clínico de um jovem do sexo masculino com 20 anos que recorre ao SU com quadro de dor abdominal, vómitos e obstipação com cerca de 3 h de evolução. RX e TAC confirmaram o quadro oclusivo de ID. O doente foi submetido a cirurgia onde se constatou a presença de diverticulite de Meckel que condicionava obstrução de delgado tendo-se realizado enterectomia segmentar de delgado. Alta ao 3º dia pos-op com trânsito intestinal mantido e a tolerar dieta ligeira Discussão: As complicações do divertículo de Meckel são mais frequentes em idade pediátrica, sendo a hemorragia a principal complicação e é também a principal causa de hemorragia digestiva em idade pediátrica. A oclusão por diverticulite, intussuscepção ou volvo é mais frequente na idade adulta. Quando se suspeita clinicamente de apendicite aguda não confirmada intra-operatoriamente deve ser pesquisada a presença de divertículo de Meckel. O tratamento das complicações da diverticulite de Meckel consiste na diverticulectomia ou resseção segmentar de delgado Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Intestino Delgado Gustavo Capelão, Ana Couceiro, João Nobre, Mónica Laureano, Sandra Amado, Ana Inácio, Miguel Coelho dos Santos Gustavo Capelão [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: estudo imagiológico que comprovava o diagnóstico e levantada suspeita de corpo estranho pélvico no raio-x. Realizada laparotomia exploradora com detecção e remoção de compressa cirúrgica. Discussão: Constitui uma complicação cirúrgica rara mas, deve constar no diagnóstico diferencial dos doentes com antecedentes cirúrgicos. A prevenção é essencial já que apresenta consequências de morbi-mortalidade para o doente e medico-legais para o cirurgião. Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Oclusão intestinal M. Serra, T. Santos, R. Lages, C. Ribeiro, D. Machado, V. Francisco, M. Martins, J. Sousa, G. Sarabando Marta Lopes Serra [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P328) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Ileus biliar condicionando diverticulite de Meckel RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Divertículo de Meckel está pre- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P327) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-VÁRIOS 2 CONTACTO: EMAIL: TÍTULO: Caso Invulgar de Oclusão RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O textiloma trata-se do aban- dono inadvertido de compressa cirúrgica após o encerramento do campo operatório. Infelizmente mantém-se um erro médico comum, com uma taxa de incidência de 1 a cada 1000-15000 cirurgias intra-abdominais. Fatores de risco: mulher, obesidade, cirurgia de emergência, grandes perdas hemorrágicas e alterações na equipa cirúrgica. As suas manifestações podem ser exsudativas (abcessos e fístulas) ou assépticas (aderências e encapsulações). A taxa de mortalidade associada descrita na literatura é de 18, 9%. Resultados: Descreve-se o caso clínico de mulher com antecedente de histerectomia com anexectomia bilateral no ano anterior. Recorre ao serviço de urgência por sintomas característicos de oclusão intestinal, com sente em apenas aproximadamente 2% da população sendo a sua inflamação bastante rara. Ileus biliar corresponde à obstrução intestinal causada pela migração de um cálculo biliar para o aparelho digestivo. Os autores apresentam um caso clínico de impactação de um calculo biliar num divertículo de Meckel. Doente de 60 anos que se apresenta com dor abdominal com 12 horas de evolução. Ao exame objectivo apresentava dor abdominal difusa com reacção peritoneal. A avaliação analítica revelava leucocitose com neutrofilia e aumento da proteína C reactiva. Imagiologicamente a TAC colocava a hipótese de corpo estranho no ileon distal vs intussuscepção com inflamação local. Foi submetido a laparotomia exploradora onde se verificou calculo biliar impactado na base de diverticulo de Meckel com obstrução do mesmo e consequente diverticulite. Foi realizada ressecção segmentar do segmento envolvido de ileon. O pós operatório decorreu sem intercorrências, tendo alta ao 4º dia pós operatório. Ileus biliar condicionando diverticulite de Meckel é uma patologia extremamente rara, existindo até à data apenas 3 casos descritos na literatura. Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE Gastrointestinal Miguel Cunha, Kalina Hristova, Edgar Amorim, Juan Rachadell, M. Americano Miguel Fernandes da Conceição Cunha [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P329) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Fistula aorto-auricular como causa de dor abdominal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente de 79 anos, sexo femi- nino, com antecedentes de cirurgia valvular aórtica, colecistectomia e gastrectomia subtotal, que recorreu ao SU por dor abdominal nos quadrantes esquerdos. No exame físico, tinha dor à palpação do flanco e FIE, sem defesa; análises com D-dímeros 2083 e troponina 0.203; TAC com sinais de insuficiência cardíaca, quisto Revista Portuguesa de Cirurgia 76 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: renal direito e que descartou hipótese de isquémia da mesentérica ou patologia intra-abdominal. O ecocardiograma transtorácico demonstrou “aneurisma gigante da aorta ascendente, dilatação das cavidades direitas...”. A doente manteve as queixas de dor abdominal pelo que foi sendo reavaliada pela Cirurgia Geral, mantendo-se a opinião de não haver patologia cirúrgica intra-abdominal e pela Urologia que descartou hipótese de rotura de quisto renal. Foi realizado ecocardiograma transesofágico, que demonstrou presença de fistula aorto-auricular direita. Resultados: A doente foi submetida a intervenção cirúrgica pela Cirurgia Cardio-torácica, que comprovou a existência da fístula e realizou ressecção aneurismática e encerramento do orifício da aurícula direita. A doente faleceu no bloco operatório por hemorragia incontrolável secundária a discrasia sanguínea e fragilidade aórtica. Discussão: A dor abdominal não é uma apresentação de patologia exclusivamente abdominal, não se podendo excluir outras patologias, ainda que raras ou improváveis e deve-se manter a investigação do quadro clínico, abrangendo outras áreas médicas, até esclarecimento da etiologia. Hospital Central do Funchal SESARAM EPE Dor abdominal no serviço de urgência Pereira, H; Silva, S.; Subotin, I.; Viveiros, R.; Costa Neves, M.; Olim, M.; Fernandes, D.; Barreto, R.; Menezes, F.; Gomes, M.; Silva, M.; Brazão, A.; Teixeira, A. Helga Pereira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P331) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Hipertensão secundária a reninoma – a cura lapa- roscópica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P330) SESSÃO P-VÁRIOS 2 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: TÍTULO: Fasceite Necrotizante – Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fasceite necrotizante (FN) é HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: uma doença grave, incomum e potencialmente fatal, que se caracteriza pela infecção dos tecidos moles supra-fasciais. Esta Infecção resulta do sinergismo entre bactérias aerobias, anaeróbias e fungos. A FN do períneo pode atingir qualquer sexo e idade, no entanto sabe-se que a incidência nos homens é superior, numa proporção de 10:1, em relação às mulheres. Relativamente à sua etiologia pode estar associada a patologia colorrectal, urogenital, dermatológica, ou idiopática. A maioria dos doentes apresenta factores predisponentes, como Diabetes mellitus ou alcoolismo, no entanto, teoricamente qualquer estado de imunossupressão pode estar associado. Trata-se de uma importante causa de morbilidade e mortalidade, em que o diagnóstico precoce, bem como o desbridamento cirúrgico agressivo, a antibioterapia de largo espectro e as medidas de suporte são fundamentais. No caso clínico apresentado procura-se demonstrar que o diagnostico e tratamento precoces são premissas essenciais, para o prognóstico do doente. Centro Hospitalar de Setúbal, EPE Gangrena de Fournier Praxedes, V.; Baptista, J.; André, A.; Nascimento, J.; Trindade, C.; Azeda, C.; Cortez, L. Vanessa Sofia Pereira Praxedes [email protected] CONTACTO: EMAIL: O reninoma é um tumor benigno de células justa-glomerulares, constituindo-se como causa rara e potencialmente curável de hipertensão arterial secundária, apresentando maior prevalência em adolescentes e adultos jovens do género feminino. Material e Métodos: Consulta e recolha de dados do processo clinico da doente. Resultados: Doente do sexo feminino, 25 anos de idade, com HTA diagnosticada aos 19, já com nefro e cardiopatia hipertensivas, seguida em consulta de Medicina Interna desde os 21 anos. Sob nidfedipina, enalapril/hidroclorotiazida e espironolacotna, cumpridora da terapêutica, mas com controlo tensional inadequado. Da investigação etiológica, a salientar hiperrreninemia e hiperaldosteronemia e TC abdominal, identificando nódulo de 2 cm no rim direito, a favor do diagnóstico de reninoma. Submetida a enucleação laparoscópica do tumor, sem intercorrências e com alta clínica ao segundo dia pós-operatório. De momento assintomática e normotensa sem necessidade de intervenção farmacológica. Discussão: Trata-se de um tumor prevalente em idade jovem e, não obstante a benignidade a ele inerente, acarreta elevado risco de lesão secundária de órgão-alvo. Neste sentido salienta-se a importância da identificação precoce do reninoma, surgindo a intervenção cirúrgica como a única opção potencialmente curativa, com elevada taxa de sucesso a longo prazo. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Lararoscopia Alberto Figueira (1), Ana Lontro (1), Cláudia Pereira (1), Sara Croca (3), Igor Nunes (3), Tiago Santos (3) Lurdes Correia (2), Leonor Carvalho (3), Manuel Ribeiro (1), Paulo Viana (1), Carlos Miranda (1), António Ruivo (1), João Coutinho (1), Mendes de Almeida (1) Alberto Sérgio Santos Figueira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P332) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: 365 Dias de Cirurgia de Ambulatório RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Cirurgia de Ambulatório é o regime preferencial para tratamento cirúrgico de doentes que reúnam critérios clínicos favoráveis, de acordo com a patologia e procedimento programado e após avaliação em consultas de Cirurgia Geral e Anestesiologia. Em Janeiro de 2014 foi estabelecida a conjuntura necessária para a implementação deste regime no nosso centro hospitalar. Desta forma, apresenta-se o processo e resultados do primeiro ano de actividade. Material e Métodos: Foi elaborada uma análise retrospectiva da casuística da Unidade de Cirurgia Ambulatória. Resultados: Criou-se uma lista de espera com o objetivo de atingir 30% da produtividade cirúrgica do serviço, repartida em três dias semanais de atividade em bloco operatório. Numa primeira fase a alta era dada no dia da intervenção, sendo que posteriormente XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 77 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: a atividade foi estendida para a pernoita, possibilitando assim inclusão de maior número de doentes e melhor rentabilidade dos recursos. Discussão: Os resultados iniciais da nossa Unidade de Ambulatório revelam-se promissores, ao encontro dos objetivos inicialmente delineados e da realidade descrita na literatura. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia ambulatória Alberto Figueira, Ana Lontro, Sara Fernandes, Bernardo Maria, Jelena Pajic, Mendes de Almeida Alberto Sérgio Santos Figueira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P333) SESSÃO P-VÁRIOS 2 CONTACTO: EMAIL: TÍTULO: Causa incomum de massa na fossa ilíaca direita – anos observada no serviço de urgência com quadro de oclusão intestinal. Intraoperatoriamente constatou-se a presença de corpo estranho no lúmen ileal condicionando obstrução total. A extração do corpo estranho revelou tratar-se de um fitobezoar. Os autores descrevem o percurso diagnóstico e terapêutico da doente, recorrendo à análise retrospectiva do processo clínico da mesma. É ainda realizada uma revisão da literatura. Os fitobezoares são aglomerados de fibras vegetais não digeridas encontradas no tracto gastrointestinal, mais frequentemente no estômago. A apresentação clínica é muitas vezes inespecífica, constituindo uma causa rara de oclusão intestinal. Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE Patologia do intestino delgado Sara Patrocinio, Nuno Mendonça, Miguel Tomé, Filipa Caldeira, José Luis Almeida Sara Patrocinio [email protected] caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A patologia associada ao apên- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P335) dice ileocecal continua a ser a causa mais frequente de dor ou massa localizada na fossa ilíaca direita (FID), sendo o diagnóstico muitas vezes desafiante. Os sarcomas retroperitoneais são raros e, na maioria das vezes, são diagnosticados apenas quando se tornam volumosos, tornando-se sintomáticos pelo seu efeito de massa. Material e Métodos: Mulher de 68 anos recorre à urgência por dor na FID com 5 dias de evolução. No exame físico foi detetada massa dolorosa. Analiticamente apresentava elevação dos parâmetros de infeção e a avaliação com ecografia sugeria o diagnóstico de abcesso apendicular com 5cm de diâmetro. Ficou internada para tratamento com antibioterapia e estudo complementar Resultados: Apesar da melhoria clinica e analítica, manteve a massa palpável. Fez estudo com TC abdominal que revelou lesão em íntima relação com apêndice ileocecal, sugerindo o diagnóstico de mucocelo apendicular e colonoscopia que não demonstrou alterações. Posteriormente foi submetida a laparotomia exploradora, constatando-se lesão retroperitoneal justa apêndice ileocecal, que foi totalmente excisada. O pós-operatório decorreu sem complicações. O estudo histológico revelou leiomiossarcoma. O caso foi apresentado em consulta multidisciplinar mantendo-se vigilância. Discussão: Embora a apendicite aguda seja a causa mais comum, existem outras patologias raras responsáveis por lesões na FID. O sarcoma tem especial importância uma vez que um dos fatores mais importantes no prognóstico é a sua excisão completa Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Sarcoma retroperitoneal Tobias Teles, Rui Cunha, Sofia Jardim Neves, Miguel Semião, João Casteleiro Alves Tobias Teles [email protected] SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Quistos do Mesentério – Revisão bibliográfica a propósito de 2 casos clínicos Os quistos mesentéricos são raros e a sua incidência varia entre 1/100.000 a 1/250.000 admissões hospitalares de doentes cirúrgicos. Geralmente são assintomáticos e detectados ocasionalmente através de exames de imagem. O diagnóstico definitivo é apenas estabelecido após a avaliação histológica. Material e Métodos: Descrição de dois casos que ilustram diferentes formas de apresentação clínica e abordagem terapêutica. Resultados: No primeiro caso, mulher de 35 anos, com perda de 5% do peso total e sintomas abdominais inespecíficos. No segundo, mulher de 42 anos, com dor abdominal do tipo cólica no flanco esquerdo, com 3 dias de evolução. A avaliação imagiológica através de TC e posteriormente RMN revelou aspectos sugestivos de quisto do mesentério em ambos. A ressecção completa dos quistos constituiu a abordagem terapêutica de eleição. No primeiro realizou-se por laparoscopia e no segundo por laparotomia mediana. Discussão: A clínica inespecífica, o curso longo e a baixa incidência na população, aliados ao reduzido número de casos descritos na literatura, tornam o diagnóstico e a abordagem terapêutica dos quistos mesentéricos um desafio. A TC e a RMN são os meios complementares de diagnóstico de eleição. Permitem estabelecer a localização, volume e relações anatómicas, contribuindo para a decisão terapêutica e no planeamento cirúrgico. Actualmente a ressecção cirúrgica via laparoscópica é considerada o Gold standard. Os quistos mesentéricos raramente recorrem e a maioria dos doentes apresenta um excelente prognóstico. Hospital Beatriz Ângelo Quistos do Mesentério Dos Santos, M (1); Oom, R (1); Sousa, M (1); Luz, G (1); Garrido, R (1); Maio, R (1) Marta Sofia Alves dos Santos [email protected] RESUMO: Objectivo/Introduçâo: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P334) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Um caso de oclusão intestinal por fitobezoar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este trabalho tem como objec- CONTACTO: EMAIL: tivo apresentar o caso clínico de uma doente com 58 Revista Portuguesa de Cirurgia 78 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P336) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Avaliação da morbilidade das cirurgias de máxima RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: redução tumoral no cancro do ovário – uma abordagem multidisciplinar Objectivo/Introduçâo: Avaliar morbilidade per e pós-operatória das cirurgias de máxima redução tumoral por cancro do ovário e suas implicações no tratamento sistémico. No cancro avançado do ovário a cirurgia citorredutora completa tem valor prognóstico. Material e Métodos: Análise retrospectiva de 25 doentes submetidas a cirurgia citorredutora completa entre Jan.2005-Nov. 2014. Avaliação das complicações operatórias pela classificação Clavien-Dindo. Resultados: A mediana das idades foi de 60A (26-75). Estádios FIGO: IIIC-87%, IV-13%. Quatorze doentes foram submetidas a cirurgia primária e 21 a cirurgia após QT. Além da cirurgia padrão, 16% foram submetidas a peritonectomia total, 48% a esplenectomia, 40% resseção segmentar intestino delgado, 28% ressecção anterior do recto, 8% colecistectomia, 8% sub-segmentectomia hepática, 4% cistectomia parcial e 4% gastrectomia parcial. Complicações per-operatórias: 40% repartidas igualmente por transfusões de concentrado eritrocitário e traumatismo de órgão. Complicações pós-operatórias: 60%, das quais 66, 7% foram de grauII, sendo a mais frequente a anemia. Reintervenção cirúrgica apenas para ressutura da parede. Medianas internamento: 14d; SNG:3d; cateter vesical:7d. Intervalo médio entre a cirurgia e a QT: 39, 4±15, 4d. Discussão: Apesar da agressividade cirúrgica a maioria das complicações foi minor. A cirurgia não prejudicou o intervalo óptimo para a realização de terapêutica adjuvante. Uma equipa multidisciplinar experiente permite realizar este tipo de intervenções com segurança. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Oncológica Iolanda Ferreira (1), Filipa Ferreira(1), António Pinho (2), Guilherme Tralhão (3), Cristina Frutuoso (1), Isabel Torgal (1) Iolanda João Mora Cruz de Freitas Ferreira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: que séptico. Ao 7º dia foi possivel realizar penso com vacuoterapia. Foram isolados E. faecium e P. aeruginosa nas amostras biológicas colhidas, tendo realizado antibioterapia dirigida. Resultados: Verificou-se controlo progressivo do quadro séptico com estratégia combinada de abordagem cirúrgica, suporte de órgão e antibioterapia. Houve normalização dos parâmetros inflamatórios e recuperação total da falência multiorgânica. A doente foi transferida para o serviço de Cirurgia Plástica onde se encontra a realizar enxertos cutâneos para encerramento do defeito abdominal. Discussão: Neste caso, verificou-se que uma estratégia multidisciplinar baseada na intervenção cirúrgica precoce e agressiva, na optimização máxima de suporte de órgão e antibioterapia dirigida contribuiu para a sobrevivência da doente. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia de Urgência Filipa Ferreira; Hugo Domingos; Paulo Fernandes; J.C. Mendes de Almeida Filipa Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P338) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Lipossarcoma RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P337) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Choque séptico por fasceíte necrotizante: a mu- dança de paradigma RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fasceíte necrotizante apre- senta-se como uma entidade com elevada mortalidade (9-29%). A presença de sépsis agrava o prognóstico. Apresenta-se o caso de uma doente que deu entrada no SU com quadro de choque séptico por fasceíte necrotizante abdominal. Material e Métodos: Doente do sexo feminino, 45 anos, recorre ao SU por quadro compatível com choque séptico devido a fasceíte necrotizante abdominal com ponto de partida em foliculite com 1 semana de evolução. A doente foi submetida a sucessivos desbridamentos cirúrgicos extensos e a fasciectomia. Foi admitida na UCI durante 6 dias por quadro de falência multiorgânica no contexto de cho- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: retroperitoneal – incidentaloma pouco comum Objectivo/Introduçâo: O lipossarcoma é um tumor maligno de células mesenquimatosas, em 19% dos casos de localização retroperitoneal. Tem maior prevalência entre os 50 e os 70 anos de idade, sendo que a apresentação clínica varia com a localização, tamanho, tipo histológico e grau de malignidade tumoral. Material e Métodos: Consulta e recolha de dados do processo clínico do doente. Resultados: ‘Doente do sexo masculino, 59 anos de idade, assintomático, com detecção de tumor abdominal em ecografia de rotina para vigilância de quisto renal não complicado. A TC identificou lesão compatível com lipossarcoma retroperitoneal anterior ao rim direito de 13 x 11 x 16 cm. Submetido a exérese em bloco da massa tumoral (1900 g), com necessidade de nefrectomia direita. Anatomia patológica de lipossarcoma bem diferenciado. Teve alta ao 6º dia pós-operatório, mantendo-se clinicamente estável até à data. Discussão: Não obstante o volume tumoral, a única abordagem potencialmente curativa para o lipossarcoma é a ressecção cirúrgica com margens livres, sendo que, neste caso, as grandes dimensões e a ausência de plano de clivagem com o rim e ureter direitos obrigaram a nefrectomia “de necessidade”. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Tumores retroperitoneais Alberto Figueira (1), Ana Lontro (1), Cláudia Pereira (1), António Alves (2), Dolores Presa (2), Manuel Ribeiro (1), Paulo Viana (1), Carlos Miranda (1), António Ruivo (1), João Coutinho (1), Mendes de Almeida (1) Alberto Sérgio Santos Figueira [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 79 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P339) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: Oclusão intestinal por aderência rara RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O desenvolvimento HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: exponencial da cirurgia abdominal na segunda metade do século XX, nos países desenvolvidos, foi responsável pela mudança de paradigma do doente em oclusão. As aderências são, hoje, a causa mais comum de oclusão mecânica de delgado. Podemos categoriza-las em três grupos: pós-operatórias, congénitas e pós-inflamatórias, sendo os dois últimos extremamente raros. Material e Métodos: Relato de caso clínico e revisão de publicações sobre o tema. Resultados: Mulher, 79 anos, sem antecedentes cirúrgicos. Admitida no S.U. com quadro sub-oclusivo, com uma semana de evolução. Analiticamente: apenas com aumento dos parâmetros inflamatórios. T.C. abdomino-pélvico: “Ascite de médio volume. Distensão das ansas do delgado (...) sem sinais de obstrução mecânica”. Pela melhoria inicial, decidido internamento, com tentativa abordagem conservadora. Dado o agravamento clinico, ao 5º dia de internamento, foi submetido a laparotomia exploradora, com identificação de aderência a condicionar oclusão de delgado, com isquemia de segmento com 20 cm. Realizada enterectomia segmentar e anastomose enteroentérica latero-lateral com sutura mecânica. Cirurgia e pós-operatório sem complicações, tendo a doente alta ao 8º dia pós-operatório. Discussão: As aderências congénitas ou pós-inflamatórias, apesar de causa excecional de obstrução intestinal, não podem ser esquecidas na abordagem do doente em oclusão. Só o reconhecimento atempado e a abordagem oportuna pode prevenir complicações graves. Hospital de Braga Oclusão intestinal José Pedro Pinto, Charlene Viana, Dina Luís, Patrícia Botelho, Conceição Antunes José Pedro Pinto [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 1 da peça revelou neoplasia pleomórfica, com marcadores positivos para HMB45 e melanA, sugestiva de tumor de células perivasculares epitelióides maligno (PEComa maligno) ou metástase de melanoma maligno S-100 negativo. Investigação clínica negativa para melanoma maligno. O doente foi encaminhado para a consulta de Oncologia com o diagnóstico de PEComa. Discussão: PEComas são neoplasias mesenquimatosas compostas por células epitelióides perivasculares. Raros, abrangem uma ampla diversidade de tumores. O tratamento é cirúrgico, uma vez que não são sensíveis a radio ou quimioterapia. Os PEComas malignos apresentam-se como uma patologia altamente agressiva, com um desfecho fatal. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE PEComa Inês Donas-Boto, Fernanda Quirino, J.C. Mendes de Almeida Inês Donas-Boto Figueiredo Esturrenho [email protected] 06-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C013) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Drenagem Biliar Percutânea – morbimortalidade RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A icterícia obstrutiva é uma entidade frequente na Cirurgia. A drenagem biliar não cirúrgia torna-se necessária em três situações: paliação, terapêutica, e ponte para cirurgia. No entanto, estes procedimentos apresentam elevada taxa de morbimortalidade. O objectivo desta revisão é caracterizar esta população com especial ênfase nas complicações pós drenagem biliar percutânea (DBP). Material e Métodos: Revisão retrospectiva de processos clínicos dos doentes internados num serviço de Cirurgia que realizaram de drenagem biliar por colangiografia percutânea transhepática (CPT) num período de 3 anos. Análise dos dados com recurso a Excel® e SPSS®. Resultados: No período em estudo foram submetidos a DBP 84 doentes, num total de 129 procedimentos, o mais frequente dos quais a drenagem biliar mista. A bilirrubina total (BT) pré drenagem foi em média 18, 4 mg/dL [4, 6 – 38]. A DBP foi o tratamento definitivo em 78% dos doentes. A taxa global de complicações foi de 44%, as mais comuns a colangite (60%), pancreatite aguda (18%) e coleperitoneu (16%), com prolongamento do tempo de internamento superior a 8 dias. A taxa de mortalidade precoce (< 30 dias) directamente relacionada com o procedimento foi de 10%, principalmente associada ao coleperitoneu. A drenagem era paliativa em todos estes doentes e o valor médio de BT 22, 16 mg/dL. Discussão: As técnicas de DBP estão associadas a elevadas taxas de complicações. É necessário um elevado nível de suspeição clínica para o diagnóstico precoce e tratamento atempado. HOSPITAL: Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P340) SESSÃO P-VÁRIOS 2 TÍTULO: PEComa maligno RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O objectivo deste trabalho é a apresentação clínica, características patológicas e imunohistoquímicas de um caso raro – PEComa. Material e Métodos: Apresentação de um caso clínico. Revisão de literatura. Resultados: Doente de 48 anos, sexo masculino, sem antecedentes pessoais relevantes. Recorreu ao Serviço de Urgência por dor abdominal localizada ao hipocôndrio esquerdo, sem outra sintomatologia. Apresentava massa palpável no hipocôndrio esquerdo até 8cm abaixo do bordo costal e a TC com contraste realizada revelou formação heterogénea com cerca de 205x172mm no plano axial, na dependência da vertente anterior do baço, provável hematoma crónico. Submetido a esplenectomia com constatação intraoperatória de massa amarelada, de consistência mole, que invadia o baço, sem planos de clivagem com estruturas adjacentes. O relatório anátomo patológico Revista Portuguesa de Cirurgia 80 AUTORES: Isabel Caldas, Leonor Matos, Mariana Santos, Marta Guimarães, Pedro Rodrigues, Domingos Rodrigues, Trovão Lima, Gil Gonçalves, Mário Nora CONTACTO: Isabel Caldas EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C014) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Timing da colecistectomia após CPRE RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Nos doentes submetidos a HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: colecistectomia laparoscópica (CVL) após realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), observa-se que os doentes com maior intervalo de tempo entre a CPRE e a colecistectomia parecem apresentar processos inflamatórios e fibróticos mais intensos que aumentam a complexidade da colecistectomia e poderão predispor a complicações. OBJECTIVO Avaliar o impacto intra-operatório e nas complicações pós-operatórias do timing da CVL pós-CPRE. Estabelecer o intervalo de tempo mais favorável à realização da colecistectomia sem intercorrências. Material e Métodos: Estudo retrospectivo. Nos doentes submetidos a CVL após CPRE foram analisados: co-morbilidade, datas de CPRE e CVL, dificuldade na realização de CVL, complicações pós-operatórias. Foram considerados indicadores de dificuldade o tempo de cirurgia, complicações intra-operatórias e uso de dreno. Resultados: Maioria sexo feminino. Motivo de internamento mais frequente: coledocolitiase, colangite. Verificou-se uma correlação positiva, entre o tempo decorrido entre a CPRE e a cirurgia e o tempo operatório. Tempo operatório significativamente superior nas CVL realizadas > 30 dias após a CPRE. Verificou-se uma associação significativa entre complicações intra-operatórias/CVL mais difícil e o tempo entre CPRE e CVL > 30 dias. Discussão: O atraso na CVL pós-CPRE, acarreta maior dificuldade na realização da cirurgia e mais complicações intra-operatórias. É vantajosa a realização precoce (<30 dias) da colecistectomia após CPRE. Hospital Garcia de Orta, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Margarida Ferreira, Nuno Carvalho, Filipa Eiró, Gabriela Machado, Rui Branco, António Folgado, Rui Lebre Margarida Silva Ferreira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tico de CHC submetidos a RF percutânea entre 2002 e 2014. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes com CHC submetidos a RF percutânea entre 2002 e 2014. Resultados: Foram analisados 50 doentes submetidos a RF percutânea (92% do sexo masculino, idade média de 65 anos), 52% com cirrose alcoólica, 14% com cirrose por VHB, 20% com cirrose por VHC, 14% com cirrose de etiologia mista. A resposta foi total em 84% dos doentes, sendo, apenas, parcial em 16%. Na maioria dos doentes, o procedimento não foi efectuado como ponte para transplante hepático. A estimativa de sobrevivência global foi de 4, 14±0, 52 anos (65, 5% de sobrevivência aos 3 anos). Discussão: A RF percutânea é importante na abordagem minimamente invasiva dos doentes com CHC, permitindo a redução tumoral objectiva, como forma de tratamento primário, com intuito paliativo, em doentes não candidatos a cirurgia, ou como terapêutica de ponte em doentes em lista de espera para transplante hepático. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Pedro Nuno Brandão(1), Vítor Costa Simões(1), Carlos Macedo(2), João André Oliveira(2), Manuel Teixeira Gomes(2), Manuel Ribeiro(2), António Canha(1), Donzília Sousa Silva(1), Jorge Daniel(1), José Davide(1) Pedro Nuno Brandão [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C016) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Existirá Benefício na Realização Sistemática de Colangiografia Intra-Operatória na Pancreatite Aguda Biliar? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Embora a pancreatite aguda biliar (PAB) seja desencadeada pela presença de cálculos na via biliar principal (VBP), o benefício associado à colangiografia intra-operatória (CIO) de rotina, no momento da colecistectomia, permanece matéria de debate. A análise de factores preditivos de positividade na CIO é a proposta dos autores. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes submetidos a colecistectomia laparoscópica com CIO por PAB no período de 1 de Janeiro de 2008 a 31 de Dezembro de 2013. Estudadas variáveis pré-operatórias (dados demográficos, manifestações clínicas, dados analíticos e achados imagiológicos da árvore biliar), intra-operatórias (positividade da técnica, gesto cirúrgico e sua duração, complicações intra-operatórias) e pós- operatórias (recorrência de pancreatite aguda, necessidade de CPRE/reintervenção, morbilidade e mortalidade). Análise estatística com SPSS 21. Resultados: A série inclui 190 doentes com idade média de 62 anos, predominando o sexo feminino com 62, 1% (n=118). Positividade para a presença de cálculos na CIO em 9, 5%, com necessidade de exploração das vias biliares. Necessidade de CPRE pós-operatória em apenas 1% desses doentes. Das CIO negativas, < 1% necessitou de CPRE após intervenção. Discussão: A CIO é um procedimento fácil e seguro com benefícios inquestionáveis na detecção de litíase das vias biliares. Contudo, os dados sugerem um valor preditivo positivo baixo para a CIO na PAB. RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C015) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Radiofrequência: Uma Alternativa no Carcinoma Hepatocelular RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A incidência de carcinoma hepatocelular (CHC) está a aumentar. A radiofrequência (RF) é um método amplamente reconhecido para o tratamento de doentes com CHC, seleccionados, com intuito paliativo ou como ponte para transplante. Está, actualmente, reconhecido o seu importante papel como arma terapêutica nestes doentes. Este trabalho tem como objectivo a revisão dos doentes com diagnós- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 81 HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática AUTORES: Sílvia Pereira, Catarina Morais, Vítor Costa Simões, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide CONTACTO: Sílvia Pereira EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C017) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Influência da infecção peri-operatória nos resul- RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tados a curto prazo da cirurgia por colangiocarcinoma hilar Objectivo/Introduçâo: A morbi-mortalidade na cirurgia do colangiocarcinoma hilar (CH) continua a representar um problema significativo. Os autores propõem-se analisar o impacto da infecção neste contexto. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes operados por CH, no nosso centro. Análise estatística com SPSS 19.0. Resultados: Entre Janeiro 2004 e Dezembro de 2013 foram operados 147 doentes por CH. Em 110 foi possível realizar uma cirurgia com intuito curativo e em 90 (81, 8%) foi feita drenagem biliar pré-operatória. 90 doentes foram submetidos a ressecção hepática (81, 8%). Em 48 (43, 6%) doentes a microbiologia era positiva na prótese biliar e em 52 (47, 3%) foi isolado pelo menos um agente infeccioso no período peri-operatório. A drenagem biliar aumentou o risco de infecção peri-operatória (OR 4.29, p=0.009). A infecção da prótese biliar associou-se a um aumento de incidência de complicações infecciosas (OR 2.94, p=0.007). A infecção peri-operatória aumentou a incidência de complicações infecciosas (OR 4.56, p<0.001) e da taxa de complicações global (OR 2.21, p=0.043), sem afectar a morbilidade major ou a mortalidade, mas aumentando o tempo total de internamento (de 11.8 + 8.9 para 20.5 + 15.1, p<0.001). Discussão: O isolamento de agentes infecciosos é muito frequente no período peri-operatório nos CH e associa-se à drenagem biliar. Tem sobretudo impacto no aumento das complicações menos graves e no tempo de internamento. Devem ser feitos esforços no sentido de prevenir a infecção e detectar as complicações infecciosas precocemente. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sílvia Gomes da Silva; Hugo Pinto Marques; Raquel Mega; João Santos Coelho; Américo Martins; Eduardo Barroso Sílvia Gomes da Silva [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cronas (EMS) é controversa. Avaliação dos resultados da RH em doentes com MHCCR síncronas. Material e Métodos: 375 doentes foram submetidos a RH por MHCCR; 69% dos tumores primários localizavam-se no colon esquerdo e recto; 214(57, 1%) apresentavam metástases síncronas. O número de lesões foi de 2, 26 ± 2, 4 (1 – 16) e 3, 6 ± 3, 3 (1 – 20) nos casos com metástases metácronas e EMS respectivamente (p Resultados: Mortalidade na RS de 6% e morbilidade major de 13, 4%. A sobrevivência global aos 5 anos foi de 42, 1% vs 26, 6% nos doentes que realizaram QTA (p=0, 037) e de 46, 5% vs 33, 1% nos doentes com MHCCR síncronas com ressecção metácrona e síncrona respectivamente (p=ns). Na análise multivariada, a idade>70 (OR 0, 59p=0.042) e a doença bilobar (OR 0, 63 p=0, 023) associaram-se a pior prognóstico. Discussão: A abordagem dos doentes com MHCCR síncronas é complexa. A estratégia multidisciplinar deve ser individualizada. As RS devem ser ponderadas nos casos com resposta à QTA, com idade Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática F. Castro Sousa, R. Martins, C. Carvalho, M. Serôdio, B. Costa, M. Martins, H. Alexandrino, MA Cipriano, FC Alves, ME Mártires, JG Tralhão. José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C019) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Disfunção Bioenergética em Cirurgia Hepática: Factor Determinante na Função Hepatocelular após Hepatectomia? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A regeneração hepatocelular após hepatectomia (Hp) implica um aumento das necessidades energéticas. A falência energética poderá contribuir para a insuficiência hepática pós-operatória (IHA). A mitocôndria é o organelo celular responsável pela produção de energia. O papel da disfunção mitocondrial após Hp é desconhecido. Material e Métodos: Trinta e dois doentes (idade média 62, 6 ±10, 8 anos) submetidos a 8 hepatectomias major e 24 minor. Realizadas 2 biópsias hepáticas, uma no início da Hp e outra no final. Isolamento mitocondrial e medição do potencial de membrana. Avaliação bioquímica da função hepatocelular. Morbilidade pós-operatória aos 90 dias (Dindo-Clavien). Autorização da Comissão de Ética; consentimento informado obtido de todos os doentes. Análise estatística com SPSS™ v. 21.0. Resultados: Morbilidade major em 7 casos (23, 4%); mortalidade num caso (3, 3%) (IHA grau C). Variação da função mitocondrial com associação significativa com clampagem do pedículo (CPH) (p<0.05). Correlação positiva entre a disfunção mitocondrial e picos de ALT e de lactato arterial (r=0, 90;p<0.05). Disfunção mitocondrial associada de forma significativa à morbilidade associada ao fígado (OR:1, 2;p<0.05). Discussão: A disfunção mitocondrial ocorre na Hp, é mais pronunciada com CPH prolongada e associa-se à disfunção hepatocelular. Este estudo sugere que a disfunção mitocondrial poderá ser um novo e importante factor de prognóstico de IHA, justificando que venha a ser alvo de estudo RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C018) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Tratamento Cirúrgico de Doentes com Metástases Hepáticas Sincronas de Carcinoma Colo-Rectal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hepatectomia(RH) (±quimio- terapia (QT)) é única opção com intuito curativo das metastases hepaticas de cancro colo-rectal(MHCCR). A estratégia terapêutica nos doentes com MHCCR sín- Revista Portuguesa de Cirurgia 82 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de novas estratégias de condicionamento farmacológico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Henrique Alexandrino1, 2, Ana Teresa Varela3, 4, Luís Ferreira1, Ricardo Martins1, 2, Filipe V. Duarte3, 4, João S. Teodoro3, 4, Marco Serôdio1, Mónica Martins1, 2, Anabela Rolo4, 5, J. Guilherme Tralhão1, 2, Carlos Palmeira3, 4, Francisco Castro e Sousa1, 2 Henrique Alexandrino [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C20) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Colecistite aguda: tratamento conservador vs cirúr- gico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O goldstandard do tratamento HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: da Colecistite Aguda(CA) é colecistectomia urgente. Pretendemos comparar goldstandard c/ a opção conservadora não cirurgica. Material e Métodos: Estudo retrospectivo.Dtes admitidos c/diagnóstico deCA em2013. Analisados dados demográficos e clínicos comparando outcomes de morbimortalidade de 2 grupos:A) tratamento conservador(n=60) e B) tratamento cirúrgico(n=118). Resultados: Os 2 grupos são semelhantes na distribuição por sexo. Distintos(p<0, 05)na média de idades(69 vs 56, 3 anos) e presença de =3comorbilidades (52% vs 26%). Razão para terapêutica conservadora: comorbilidades, >3 dias de evolução e coledocolitiase. No grupo A a cirurgia definitiva eletiva foi efectuada em 38Dtes(63%).Tempo de internamento no 1º internamento foi significativamente maior no grupoA(12, 9 vs 5, 7 dias), assim como a taxa de reinternamento(15% vs 6%). A abordagem laparoscópica significativamente mais frequente no grupoB(95% vs 84%), com taxa de conversão de 7%. Sem conversões no grupoA. No grupoA 33 Dtes(87%) não tiveram complicações cirurgicas, grupoB 69%(81Dtes) não complicaram. Número total de dias de internamento significativamente maior no grupoA (16, 85 vs 5, 7 dias). Discussão: A colecistectomia laparoscopica urgente mantém-se como tratamento standard da CA. A abordagem conservadora tem maior tempo de internamento e reinternamentos.Nos indivíduos mais idosos e c/ mais comorbilidades, o tratamento conservador teve tendência p/ menos complicações relacionadas c/ a cirurgia. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Marinho R, Rocha R, Gomes A, Sousa M, Fragoso M, Pignatelli N, Carneiro C, Nunes V Rui Marinho [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: por litíase vesicular sintomática. História de icterícia, colangite e pancreatite são factores preditivos positivos. O risco de litíase da VBP deve ser estratificado pré-operatoriamente e a sua existência pode ser confirmada por colangiografia intra-operatória previamente à exploração da via biliar principal. A literatura suporta que a exploração laparoscópica da via biliar principal (ELVBP) apresenta diversas vantagens relativamente à exploração por via aberta e à colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Material e Métodos: Os autores realizam a análise retrospectiva da ELVBP realizada na sua instituição no período de 01/01/2010 a 03/03/2014. Resultados: Foram operados 159 doentes (idade média: 67 anos; 57, 2% do sexo feminino). Destes, em 77% havia suspeita pré-operatória de litíase da VBP e a apresentação clínica foi de colangite na maioria (71%) dos casos. Foi concretizada a exploração trans-cística em 19% e trans-coledocócica em 81% dos casos. Efectuada anastomose biliodigestiva em 36% dos doentes. Verificou-se necessidade de conversão em 19% dos doentes. Globalmente foi conseguida a limpeza eficaz da VBP em cerca de 90% dos doentes. A morbilidade foi de 13% e a necessidade de reintervenção de 4%. Discussão: A ELVBP é um tratamento eficaz da litíase da VBP com vantagens significativas e que não acresce morbilidade relativamente à exploração por via aberta ou CPRE. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Pedro Soares-Moreira, Pedro Nuno Brandão, Vilma Martins, Vítor Costa Simões, Sílvia Neves, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide Pedro Soares Moreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C22) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Ensinamentos de 6846 Colecistectomias Laparos- cópicas RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colecistectomia laparoscó- pica (CL) é a técnica de eleição no tratamento da litíase vesicular (LV). Apesar de tendencialmente seguro, não é desprovido de morbilidade. Este estudo procura apresentar os resultados globais obtidos e identificar factores de risco preditivos de complicações operatórias. Material e Métodos: Análise prospectiva dos doentes submetidos a CL de 1991 a 2014. Regressão logística para análise de múltiplas variáveis. Resultados: Foram operados 6846 doentes com LV (69% do sexo feminino, idade média: 53, 21±15, 15 anos), 17% com colecistite aguda. A duração média do procedimento foi 50, 32±21, 90 minutos. Lesão iatrogénica da via biliar em 11 doentes (0, 16%). A taxa de conversão foi 8, 09% (554 doentes). A taxa de complicações pós-operatórias foi 5, 02%. A mortalidade foi 0, 20% (14 doentes). Na análise de múltiplas variáveis, a idade, o género, a obesidade, a classificação ASA, a presença de colecistite aguda e a experiência do cirurgião foram variáveis estatisticamente significativas na conversão e nas complicações intra e pós-operatórias (p Discussão: Os resultados obtidos são satisfatórios e de acordo com a literatura interna- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C21) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Exploração laparoscópica da via biliar principal: experiência acumulada RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A litíase da Via Biliar Principal (VBP) está presente em 10-15% das colecistectomias XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 83 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cional. O risco de complicações peri-operatórias pode ser estimado a partir das características do doente, dos achados clínicos (colecistite aguda) e da experiência do cirurgião. A previsão duma «colecistectomia difícil» deve envolver precocemente um cirurgião experiente. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Pedro Nuno Brandão, Vítor Costa Simões, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide Pedro Nuno Brandão [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C23) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Tumores benignos sólidos do Fígado – Casuística de um Centro de referência em Cirurgia Hepato-biliar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores benignos do fígado HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ocorrem em 20 a 40% da população, apresentando-se habitualmente como incidentalomas. A terapêutica cirúrgica está indicada para os tumores sintomáticos e naqueles em que há dúvida diagnóstica. Análise dos resultados do tratamento cirúrgico dos tumores benignos, no nosso Centro. Material e Métodos: Análise retrospectiva da casuística de Fevereiro 2005 a Junho 2014.Dos 906 casos de tumores sólidos benignos do fígado discutidos em RMD, apenas foram submetidos a ressecção cirúrgica 172 doentes (19%). Foram analisadas variáveis clínico-patológicas mais relevantes. Resultados: O resultado histológico final foi Hiperplasia Nodular focal em 65 ressecções (37.8%), adenoma em 59 (34.3%) e hemangioma em 48 (27.9%). A maioria dos doentes apresentavam 1 nódulo único e localizavam-se preferencialmente no lobo direito em 77casos (44.8%). A dor abdominal foi a principal indicação operatória. A enucleação foi o tipo de cirurgia mais realizado (45.3%dos casos). A ressecção cirúrgica foi por via laparotómica em 134 casos (77.9%) e em 38casos (22.1%) por via laparoscópica. Registaram-se 14 casos de morbilidade (8.2%), dos quais, 3 casos com complicações major (Clavien III). Não houve registo de mortalidade. Discussão: Na abordagem de tumores benignos, a indicação cirúrgica é exepção. A abordagem destes doentes e respectiva estratégia global de tratamento deve ser realizada em centros com experiência, de forma a tornar a mortalidade nula e reduzir a morbilidade. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Aguiar C; Coelho J; Bicho L; Marques H; Martins A; Barroso E Catarina Aguiar [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 2 da colecistite aguda, sendo a via laparoscópica o gold standard. No entanto, nos doentes idosos outras terapêuticas poderão ser perspectivadas. O objectivo deste trabalho foi o de avaliar se a escolha dos doentes e de diferentes abordagens terá tido impacto na morbilidade. Material e Métodos: Analisámos os processos de todos os doentes internados com o diagnóstico de colecistite aguda entre 2009-2013, com idade superior a 60 anos. Resultados: A amostra tinha um total de 388 doentes com idade média de 75 anos. Todos os doentes foram submetidos a uma das seguintes terapêuticas: colecistectomia laparoscópica (Grupo I): 25%, colecistectomia por laparotomia (Grupo II): 46%, colecistostomia (Grupo III): 5% e terapêutica médica (Grupo IV): 24%. As terapêuticas revelaram diferenças na taxa de mortalidade (5%) e complicações (33%). Morbilidade: Grupo I – 20%, Grupo II – 39%, Grupo III – 58%, Grupo IV – 33%. Mortalidade: Grupo I – 0%, Grupo II – 7%, Grupo III – 16%, Grupo IV – 7%. A colecistectomia laparoscópica destacou-se como a terapêutica que se associou a menor taxa de complicações e a menor tempo de internamento. Não se demonstrou qualquer correlação das diferentes co-morbilidades (diabetes mellitus, patologia cardíaca, cerebral, ou outras) com a taxa de complicações. Discussão: Neste estudo verificamos que a colecistectomia laparoscópica permanece como método preferencial de tratamento dos doentes com colecistite aguda com mais de 60 anos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Canhoto, C. Viveiros, D., Velez, A., Manata, F., Oliveira, F.J. Carolina Canhoto [email protected] 06-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C73) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Há indicadores fiáveis pré-operatórios de certeza e/ ou de gravidade de apendicite aguda? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Estudar o valor da clínica, dos exames laboratoriais e imagiológicos como diagnóstico de certeza de apendicite aguda (A.A.), e como indicador da gravidade revelada pelo exame anatomopatológico. Material e Métodos: Em 272 doentes, com idade média de 40 anos, operados por suspeita de A.A. em 2012 e 2013 avaliaram-se parâmetros clínicos, laboratoriais e ecográficos e correlacionaram-se com a anatomopatologia. Resultados: O exame histológico confirmou o diagnóstico em 238 (87.5%) doentes e revelou A.A.: flegmonosa em 32, supurada em 164, gangrenada/perfurada em 42. Não houve diferença significativa na gravidade ou no tipo de manifestações clínicas entre o grupo com apêndice patológico e o com histologia normal.A ecografia não apresentou sensibilidade ou especificidade para diagnóstico de A.A.. A leucocitose foi maior nos doentes com confirmação histológica de A.A. mas sem diferença significativa RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C24) SESSÃO CO-HBP 2 TÍTULO: Tratamento da Colecistite Aguda em doentes com mais de 60 anos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colecistectomia é aceite actu- almente como a terapêutica preferencial no tratamento Revista Portuguesa de Cirurgia 84 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: entre os diferentes tipos histológicos. A leucocitose de 10850x106/L mostrou sensibilidade (84.6%), especificidade (76, 1%) e valor preditivo positivo (98.9%) na discriminação entre histologia normal e patológica. A PCR mostrou poder discriminativo entre os tipos histológicos. PCR de 5, 27mg/dl foi significativa para o diagnóstico de A.A. gangrenada/perfurada. Discussão: Quando existe suspeita clínica de A.A., leucocitose superior a 10850x106/L pode ser um contributo válido para ajudar ao diagnóstico. A PCR é um bom indicador da severidade da inflamação revelada no exame histológico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Catarina Melo, António Bernardes, Fernando Melo, Fernando José Oliveira Catarina Melo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C75) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Introdução da técnica laparoscópica na apendicec- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C74) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Invaginação intestinal – Revisão de casos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação intestinal é uma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tomia, experiência de um serviço de Cirurgia Geral Introdução: A abordagem cirúrgica da apendicite aguda pode ser laparotómica ou laparoscópica. A opção entre estas duas abordagens mantem-se controversa. Objectivos: Análise das complicações associadas a cada uma das formas de abordagem. Material e Métodos: Material e métodos: Foram analisados retrospectivamente os processos dos doentes submetidos a apendicectomia pelas técnicas laparoscópica e laparotómica entre 01/10/2013 e 31/10/2014. Resultados: Resultados: Dos 29 doentes submetidos a laparoscopia, 2 apresentaram morbilidade (6, 9%), nomeadamente infecção da ferida operatória em ambos os casos. O doente submetido a laparoscopia com necessidade de conversão apresentou deiscência da sutura e ileus prolongado. Dos 89 doentes submetidos a laparotomia, 13 apresentaram morbilidade (14, 6%), nomeadamente infecção da ferida operatória (6, 7%), seroma/ hematoma da ferida operatória (3, 4%), evisceração (1, 1%), abcesso intra-abdominal (1, 1%), ileus prolongado (2, 2%) e fístula entero-cutânea (1, 1%). Discussão: Conclusões: Na presente amostra verifica-se uma tendência para uma menor taxa de morbilidade associada à técnica laparoscópica, que se aproxima da descrita na literatura. Com o aumento da experiencia na abordagem minimamente invasiva, espera-se uma redução significativa da taxa de morbilidade. Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE Colo-Proctologia Filipa Caldeira, Miguel Tomé, Nuno Mendonça, Sara Patrocinio Filipa Caldeira [email protected] RESUMO: Objectivo/Introduçâo: patologia frequente em idade pediátrica, mas rara nos adultos. O objectivo deste estudo é avaliar os sintomas, diagnóstico e tratamento dos casos de invaginação intestinal do serviço de Cirurgia 2 do Centro Hospitalar Tondela-Viseu dos últimos 10 anos. Material e Métodos: Os autores identificaram 7 casos de invaginação intestinal em indivíduos com mais de 18 anos. O diagnóstico e a terapêutica dos doentes foram revistos. Resultados: Dos 7 doentes identificados, apenas 1 era do sexo masculino. O diagnóstico foi estabelecido por ecografia abdominal em 2 doentes, por TC em outros 2 e nos restantes o diagnóstico foi intra-operatório. A maioria dos doentes (n=4) apresentava uma invaginação ileocólica, sendo que apenas 1 deles tinha uma invaginação entérica. Apenas 1 caso de invaginação intestinal estava ligado à presença de um tumor maligno. Dois casos foram idiopáticos e nos restantes 4 foram identificadas lesões benignas que condicionavam a invaginação. Todos os doentes foram submetidos a tratamento cirúrgico, sendo que de todos eles apenas se procedeu à desinvaginação do segmento atingido num caso. Nos restantes, foi feita excisão de região invaginada com anastomose primária. Discussão: Ao contrário do que está descrito na literatura, a maioria dos casos identificados estavam associados a lesões benignas. O diagnóstico foi possível de ser estabelecido na maioria dos doentes no pré-operatório. O tratamento desta situação clínica passa pela cirurgia, com ou sem redução primária da invaginação. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Colo-Proctologia Couto, M; Fernandes M; Caldes P; Vicente J, Oliveira H. Mafalda Raquel dos Santos Couto [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C76) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Impacto Oncológico da Fistula Anastomótica Após Ressecção Curativa de Cancro do Recto RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fistula anastomótica é a prin- cipal complicação major da ressecção cirúrgica curativa nos doentes com cancro do recto, aumentando a morbi-mortalidade e a taxa de reintervenções cirúrgicas. O agravamento do prognóstico oncológico nestes doentes é ainda controverso. Pretende-se analisar eventuais factores preditivos de fístula anastomótica e avaliar o seu impacto oncológico. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes operados entre Jul 99 e Dez 12, estudando-se múltiplos factores implicados no aparecimento de fistula anast., recidiva local e à distância. Na análise estatística usaram-se os testes X2, t test; modelos de regressão logística e de regres. de Cox, método de Kaplan-Meyer (curvas de sobrevida) e cálculo dos odds ratios e 95%CI. Resultados: Foram operados 222 doentes; ocorreu fistula anastomótica em 24 (10.8%), recidiva local em 14 e à distância em 54 doentes. Aos 5 anos, Tx de sobrevida global: 70.5% e XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 85 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: livre de doença: 65%. Na análise dos factores preditivos de fistulização, nenhum foi seleccionado; na recidiva local, os factores preditivos foram a excisão adequada do mesorecto e as margens circunferenciais da peça; na recidiva à distância, foram a QT adjuvante e a ocorrência de recidiva local. Discussão: Neste estudo o risco de fistula anastomótica foi maior no sexo F e não diminuiu com a confecção ab initio de estoma derivativo. A fístula anastomótica não aumentou o risco de recidiva local ou à distância, e não mostrou nenhum impacto negativo nas sobrevidas global e livre de doença. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Alexandre Monteiro, Júlio Leite, Marco Serôdio, Fernando Azevedo, Francisco Castro Sousa Alexandre Monteiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C78) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Diverticulite aguda complicada: qual o rumo do seu tratamento cirúrgico? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença diverticular do cólon RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C77) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Abcessos ano-rectais: Descrição demográfica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os abcessos ano-retais são HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: das patologias sépticas cirúrgicas mais frequente na urgência. Constitui nosso objetivo caraterizar a população com abcesso ano-retal submetido a cirurgia no nosso Hospital. Material e Métodos: Estudo retrospetivo observacional onde foram consultados os processos dos doentes pelo SAM operados em 2010, com a Classificação ICD-9, código 566, para abcesso ano-retal. 93 doentes. Classificação dos abcessos de acordo com Parks. Resultados: Idade média 47 anos, 71% do sexo masculino. Abcesso mais comum foi o perianal (74%), seguido do ísquiorectal (17%), inter-esfincteriano (8%) e supra-levantador (1%). Os sintomas mais comuns foram dor e tumefação, 87% e 62% respetivamente. 65% de taxa de sucesso na identificação de fístula, sendo identificado em todos os abcessos inter-esfincterianos. Não se identificou trajeto fistuloso nos abcessos supra-levantadores. O procedimento cirúrgico foi a drenagem, com fistulotomia se identificado o trajeto. O tempo médio de internamento foi de 3 dias. Documentou-se 2 casos de incontinência após drenagem e 1 caso de incontinência após drenagem e fistulotomia. Com um follow-up de 22 meses, 15 doentes apresentaram fístula e 9 recorrência do abcesso. Discussão: Idade média 47 anos, sexo masculino mais prevalente. Predomínio do abcesso perianal (74%). Taxa de sucesso de identificação da fístula em 65%. Tempo médio de internamento de 3 dias. Documentou-se recorrência de abcesso em 10% e fístula no pós-operatório em 16%. Hospital Garcia de Orta, EPE Colo-Proctologia Clara Eiró, F.; Roque, D.; Ferreira, M.; Machado, G.; Carvalho, N.; Folgado, A.; Lebre, R.; Corte Real, J. Filipa Clara Eiró [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: pode afectar até 60% dos indivíduos com idade superior a 80 anos. Até 15% destes doentes apresentarão inflamação aguda e 25% diverticulite complicada: abcesso, peritonite, fístula ou oclusão. Objectivo: Determinar o número de diverticulites agudas internadas, o tratamento cirúrgico escolhido e os seus resultados. Quantificar a recorrência da doença, as cirurgias electivas e os seus resultados. Material e Métodos: Estudaram-se retrospectivamente 160 casos (91 homens e 69 mulheres, com uma média de 60, 9 anos de idade) de diverticulite aguda internados entre 1 de Janeiro de 2009 e 30 de Setembro de 2014. Resultados: Verificaram-se 139 diverticulites agudas não complicadas e 21 complicadas, destas 13 hinchey II, 7 hinchey III e 1 hinchey IV. Foram submetidos a cirurgia 16 doentes. As opções cirúrgicas foram: lavagem peritoneal laparoscópica com necessidade de re-intervenção e operação de Hartmann em 3 doentes, lavagem peritoneal e rafia de divertículo perfurado (morbilidade 50%), OA em 3 doentes (morbilidade 33, 3%), resseção com anastomose primária (morbilidade 0%). A mortalidade foi de 0, 62%. Discussão: Registaram-se 33 doentes (20, 6%) com novos episódios, 16 foram submetidos a sigmoidectomia electiva. Dos restantes 17 doentes, apenas 4 voltaram a desenvolver diverticulite aguda. O tratamento por LVL falhou e as suas indicações têm de ser melhor definidas. É necessária uma maior amostra para concluir quanto a resultados entre cirurgia com/ sem anastomose primária. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Colo-Proctologia MJ Ferreira, G Oliveira, M Fernandes, M Couto, R Loureiro, S Coelho, H Oliveira Maria João Pessoa Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C79) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Organização de uma Unidade Colo-rectal. Experiên- cia de um jovem Hospital. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Inaugurado em Janeiro de 2012, este hospital serve uma população de 278 mil habitantes, apresentando 424 camas de internamento, 64 postos em hospital de dia e 8 salas de bloco operatório. Dispõe de uma Unidade Coloretal implementada com todas as valências necessárias à abordagem deste tipo de doente. Os autores pretendem avaliar a capacidade desta nova organização na orientação e tratamento dos doentes com patologia coloretal. Material e Métodos: Estudo retrospectivo da atividade da Unidade Coloretal de um jovem Hospital desde a sua abertura, num período de 3 anos. Resultados: A Unidade Coloretal do nosso Hospital integra as Especialidades de Cirurgia, Gastrenterologia, Anatomia Patológica, Imagiologia, Oncologia, Medicina Nuclear, Radioterapia e Nutrição. Revista Portuguesa de Cirurgia 86 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: CONTACTO: Isabel Rosa EMAIL: [email protected] Tem a capacidade de realizar exames convencionais bem como técnicas de Radiologia de intervenção (stents endoluminais), dinâmica (RMN pélvica dinâmica), estudos funcionais (manometria endorectal) e ecografia endorectal/anal. Dispõe ainda de Consulta Externa de Risco Familiar, Proctologia Médica e Cirúrgica, Doença Inflamatória Intestinal (DII) e Estomaterapia, bem como de Grupos Multidisciplinares de Oncologia Gastrointestinal, Patologia do Pavimento Pélvico e DII. Discussão: Sendo uma área médica de enorme complexidade, um elevado número de recursos são necessárias na abordagem do doente com patologia colorectal. Torna-se óbvia a relevância de uma unidade hospitalar bem equipada e com profissionais experientes, motivados e num setting multidisciplinar. Hospital Beatriz Ângelo Colo-Proctologia Ourô, S, Sousa M, Santos M, Oom R, Gonçalves J, Féria L, Garcia H, Maio R Organização de uma Unidade Colo-rectal. Experiência de um jovem Hospital. [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C81) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Fatores Preditivos de Resposta à Terapêutica Neoad- juvante no Cancro do Recto Localmente Avançado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os autores pretendem estudar RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C80) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Melanoma do Canal Anal: 15 anos de experiência RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O melanoma do canal anal (MCA) representa 1% das neoplasias desta localização. A rectorragia é o sintoma de apresentação mais comum e pode confundir-se com hemorróidas ou pólipos. À data do diagnóstico, 1/3 dos doentes tem doença metastática regional ou à distância. Os critérios de prognóstico descritos são: espessura, proliferação celular e o estadio da doença. A terapêutica é pouco eficaz e o prognóstico é reservado. Avaliação dos aspetos clínicos e morfológicos e a sua importância prognóstica. Material e Métodos: Estudo retrospectivo. Análise de 15 casos, diagnosticados em 15 anos. Resultados: A mediana de idades foi 74 anos e 70% eram mulheres. O sintoma mais frequente foi a rectorragia(60%). À data do diagnóstico: 66, 7% estavam no estadio I, 13, 3% estadio II e 20% no estadio III. Morfologicamente: 66, 7% eram epitelioides, 60% tinha > 10mitoses/10CGA e a espessura média (dos casos ressecados) foi 16, 3mm. As opções terapêuticas foram: ressecção abdomino-perineal (30%); excisão local (6, 7%); electroquimioterapia seguida de excisão local (26, 7%), quimioterapia sistémica (13, 3%); radioterapia (13, 3%) e imunoterapia (6, 7%); 13, 3% não realizou terapêutica. O seguimento dos doentes foi > 5 anos em 20% dos casos; 1-5 anos (26, 7%); 6-12 meses(20%) e < 6 meses em 30%. À data do estudo 46, 7% tinham falecido. Discussão: O MCA tem mau prognóstico. Não se consegue estabelecer relação entre os critérios morfológicos avaliados e sobrevivência. A terapêutica instituída não foi uniforme nem se relaciona com o curso da doença. HOSPITAL: Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE CAPÍTULO: Colo-Proctologia AUTORES: Rosa I, Sousa M(1), Pena B(2), Rosa J(2), Vasques H(1), Farricha V(1), Abcassis N(1), Cabeçadas J(2), Bettencourt A(1) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: a relação da resposta tumoral à terapêutica neoadjuvante com determinadas variáveis como o sexo, idade, ASA, valor de hemoglobina, localização do tumor, grau de diferenciação, valor de CEA e, tempo decorrido entre a nQRT e a cirurgia. Material e Métodos: Foi efetuado um estudo de coorte retrospetivo que incluiu 39 doentes de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 44 e os 83 anos submetidos a tratamento neoadjuvante com quimioterapia (5-Fluorouracil) e radioterapia (50 Gy) seguida de cirurgia de ressecção, entre 2011 e 2014. Os dados foram posteriormente tratados através de análise estatística utilizando um método de regressão logística. Resultados: Foi possível constatar resposta completa ao tratamento neoadjuvante em 17.94% dos doentes e que em 76.32% dos doentes houve um “downstaging” da doença. Através da análise estatística verificou-se que o grau de diferenciação do tumor está significativamente associado à resposta tumoral, considerando-se que tem valor preditivo na resposta completa à nQRT com melhor resposta nos doentes com tumores bem diferenciados. Discussão: A terapêutica neoadjuvante é atualmente uma componente essencial no tratamento dos doentes com tumores do recto localmente avançados conduzindo a um “downstaging” da doença e em determinados casos à remissão completa. Reveste-se de extrema importância o estudo dos fatores que possam ser preditivos de resposta, de modo a uma melhor seleção dos doentes que beneficiem desta terapêutica. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Colo-Proctologia Aires Martins, Manuel Ferreira, Álvaro Gonçalves, Bárbara C. Lima, Helena Devesa, Teresa Almeida, Fernando Barbosa, Francisco Fazeres, Alberto Midões. Aires Martins [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C82) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Oclusão intestinal: Casuística de um Serviço de Cirurgia Geral RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A oclusão intestinal constitui um motivo frequente de internamento nos Serviços de Cirurgia Geral. A sua etiologia tem-se modificado ao longo do tempo. No passado as hérnias da parede abdominal estranguladas foram a principal causa. Tal ainda se passa nos países em desenvolvimento, enquanto que nos países desenvolvidos as bridas são actualmente a etiologia mais frequente, sendo responsáveis por 60% dos casos nos EUA. Material e Métodos: Os autores apresentam a casuística dos doentes XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 87 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: internados no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Garcia de Orta com o diagnóstico de oclusão intestinal de Janeiro de 2012 a Dezembro de 2013. Resultados: No período referido foram internados 223 doentes com o diagnóstico de oclusão intestinal, sendo que 86% dos casos foram de oclusão de delgado e 14% de cólon. Relativamente à etiologia da oclusão de delgado, predominaram as bridas (45.8%) e as hérnias (42.7%). No caso da oclusão por brida, optou-se por tratamento conservador em 72% dos doentes. Em relação aos casos de oclusão do cólon, as etiologias mais frequentes foram o volvo (42%) e as neoplasias (32%). 62% dos casos de volvo foram tratados endoscopicamente. Hospital Garcia de Orta, EPE Colo-Proctologia Gabriela Machado, Mikhail Costa, Sandra Carlos, Rui Cardoso, Luis Galindo, Pedro Moniz Pereira, António Folgado, João Corte Real Gabriela Machado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C84) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: A abordagem transanal na exérese total do mesor- recto (ETM) é segura? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A abordagem transanal endos- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C83) SESSÃO CO-CR 2 TÍTULO: Que factores influenciam o resultado funcional e a RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: qualidade de vida após ressecção anterior (RA) por neoplasia do recto? Objectivo/Introduçâo: É controversa a conservação do esfíncter à custa de mau resultado funcional e de má qualidade de vida. O objectivo do estudo consistiu em avaliar o impacto funcional da RAR bem como os seus factores determinantes. Material e Métodos: Material e Métodos: Envio de questionários sobre disfunção intestinal (score LARS, ” low anterior ressection syndrome”, entre 0 e 42) e qualidade de vida a todos os doentes operados entre 2006 e 2012, com RA curativa, sem recidiva. Efetuou-se análise comparativa entre os grupos e regressão logística para avaliação do impacto de vários factores na ocorrência de score LARS severo (> 30). Resultados: Resultados: Dos 105 doentes elegíveis, 62 responderam ao questionário com idade média de 63±12 anos e LARS médio de 19±14. Apresentaram LARS severo 15 (24%) doentes; apenas 25 (40, 3%) tinham sido submetidos a radioquimio (RQ) neoadjuvante. A RQ, o sexo, idade e fístula anastomótica não tiveram associação com LARS severo. A excisão total do mesorecto associou-se a elevado risco (OR = 5, 2 CI 95%: 1, 4-19, 3) de LARS severo, em comparação com a excisão parcial. O score LARS correlacionou-se com o resultado do questionário sobre qualidade de vida (p<0, 05). Discussão: Conclusão: Confirmou-se que 24% dos doentes com RA apresentaram grave rebate funcional com má qualidade de vida e que a excisão total do mesorrecto associou-se a maior probabilidade de maus resultados funcionais. Neste estudo, a RQ não teve impacto funcional significativo, provavelmente devido ao pequeno número de casos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Ana Oliveira, António Manso, Manuel Rosete, Sheila Martins, Júlio S. Leite, F. Castro e Sousa Ana Oliveira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 4 cópica parece facilitar a mobilização distal do recto, que é por via laparoscópica. Objectivo do estudo verificar a viabilidade e segurança da exérese rectal transanal. Material e Métodos: Material e métodos. Foi avaliada a experiência inicial em doentes com carcinoma do recto que necessitaram de proctectomia interesfinctérica. Após a dissecção interesfinctérica colocou-se porta única no canal anal. Procurou dissecar-se no sentido proximal até ao Douglas. Completou-se a ressecção recto-sigmoide por via convencional num caso ou por laparoscopia em dois e efectuou-se anastomose colo-anal manual. Resultados: Resultados. Realizaram-se 3 proctectomias transanais: num com radioquimio neoadjuvante (ypT2N0), outro tumor viloso em toalha associado a pT3N0 e noutro por excisão local incompleta de pT1. Num houve dificuldades intraoperatórias na mobilização do tumor em relação à próstata, outro exposição pélvica inadequada por deficiente relaxamento e noutro dificuldade na dissecção antero-lateral, com lesão ureteral identificada na abordagem laparoscópica abdominal e corrigida através de reimplantação na bexiga. Não ocorreu morbilidade significativa e as peças com adequada ETM sem invasão das margens. Discussão: Conclusão. Estes resultados preliminares e os dados da literatura sugerem tratar-se de uma intervenção que pode facilitar a mobilização do recto distal, mas com curva de aprendizagem ainda mal definida, exigindo experiência em laparoscopia colo-rectal e em técnicas transanais. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Julio S Leite, António Manso, M Gorete Jorge, Soraia Silva, Sheila Martins, JG Tralhão, F Castro-Sousa Júlio Soares Leite [email protected] 06-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C37) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: GLP-1 em jejum como preditor da perda de peso após Bypass Gástrico. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O GLP-1 tem diversas funções na homeostasia da glucose, incluindo a estimulação da secreção de insulina e a redução da fome e da ingestão alimentar. Diversos estudos têm concluído que alguns marcadores do metabolismo da glicose podem prever a perda de peso após RYGB. Material e Métodos: Coorte prospectiva de 141 doentes submetidos a bypass gástrico entre Janeiro de 2010 e Junho de 2011. Avaliação de níveis de GLP-1 em amostras congeladas em bio-banco. Resultados: A maioria dos doentes era do sexo feminino (91%) e 61% tinha síndrome metabólico. Revista Portuguesa de Cirurgia 88 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: O IMC médio pré-operatório era de 45.8 kg/m2 e desceu para 29.8 kg/m2 12 meses após a cirurgia. O valor médio de GLP-1 era de 4.61 pM. A percentagem de excesso de peso perdido (%EPP) correlacionou-se de forma negativa com os níveis de GLP-1 (p=0.008). Uma regressão linear multivariável concluiu que o IMC aos 12 meses se associava de forma significativa com o IMC pré-operatório (p<0.001), idade (p=0.01) e níveis de GLP-1 em jejum (p=0.02). Os níveis de insulina, glicemia em jejum, HBA1c e a presença de síndrome metabólico não se relacionaram de forma independente com o IMC aos 12 meses. Discussão: Os níveis de GLP-1 em jejum relacionam-se de forma inversa com a perda de peso após RYGB. O GLP-1 pode ser um marcador global de metabolismo da glicose, mais sensíveis que a glicemia em jejum, insulinemia, HbA1c ou a presença de doenças do espectro do síndrome metabólico. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Cirurgia Esófago Gástrica Gil Faria(1), John Preto(2), João Tiago Guimarães(2), Conceição Calhau(1), António Taveira-Gomes(1), José Costa Maia (2) Gil Faria [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C39) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: A abordagem trimodal no tratamento do cancro do esófago: estudo retrospectivo RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro do esófago é uma RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C38) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Revisão de utilidade e indicação da laparoscopia de RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: estadiamento no cancro gástrico – A perspectiva de 5 anos de experiência num Serviço Objectivo/Introduçâo: A laparoscopia de estadiamento no cancro gástrico ainda é um método diagnóstico sem nível de evidência científica. Alguns grupos de trabalho consideram tratar-se de um meio de diagnóstico simples e minimamente invasivo que possibilita descartar metastização à distância, evitar laparotomias desnecessárias e apoiar a planificação de tratamentos neoadjuvantes. Material e Métodos: Feita a revisão das laparoscopias de estadiamento realizadas de forma protocolizada pela Unidade do Andar Supra-mesocólico do Serviço de cirurgia de 1 de Janeiro de 2008 a 31 de Dezembro de 2013. Resultados: Foram realizadas 69 laparoscopias de estadiamento de cancro gástrico durante os 5 anos do estudo, correspondentes a cerca de 1/3 dos doentes com cancro gástrico seguidos no Serviço de Cirurgia no referido espaço temporal. Houve 16 laparoscopias que verificaram a existência de metastização à distância, sendo maioritariamente por se verificar carcinomatose peritoneal. Discussão: A laparoscopia de estadiamento revelou-se um método com 0% de morbi-mortalidade que permitiu identificar situações de metastização à distância não constatados em exames imagiológicos. Essa situação foi mais frequente em doentes com estadios mais avançados, com grau de diferenciação G4, com atingimento do corpo ou do cardia e em quadros de linite plástica. Centro Hospitalar de Setúbal, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Vieira, P.; Correia, M.; Batista, A.; Baía, R.; Almeida, J.; Garcia, R.; Pinto, A.; Cortez, L. Pedro Jorge Guarda Filipe Vieira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: das doenças oncológicas com pior prognóstico. A quimio-radioterapia (QRT) neoadjuvante pode melhorar a sobrevida através do controlo loco-regional e prevenção das micrometástases. São apresentados os resultados de uma Unidade Funcional (UF) Multidisciplinar institucional. Material e Métodos: Foram revistos 32 doentes consecutivos, operados até 30/09/2014 após QRT neoadjuvante. Os doentes foram avaliados e acompanhados em todas as fases do diagnóstico e terapêutica no âmbito da UF. Caracterizaram-se os seguintes parâmetros: localização do tumor, tipo histológico, estadio TNM, via de abordagem, resposta histológica (rP), nº de gânglios ressecados/metastizados, mortalidade e sobrevida. Resultados: Predominavam os tumores do terço distal (66%), os CPC (72%) e o estadio III (75%). A via de abordagem preferencial foi a de Ivor-Lewis (78%). Foram ressecados em média 19, 7 gânglios por doente. Verificou-se metastização ganglionar em 41% dos doentes. Foi obtida cirurgia R0 em 91% dos doentes. Houve resposta positiva à QRT neoadjuvante em 78%, com 22% de rP completa. A mortalidade a 30 dias foi de 13% e a sobrevida a 3 e 5 anos foi de 34 e 12, 5% respectivamente. Discussão: A terapêutica trimodal permite obter bons resultados mesmo em UFs de médio volume. Os dados reforçam a vantagem para os doentes em concentrar o tratamento desta patologia em UFs multidisciplinares, de composição e funcionamento estáveis, com demonstração prévia de qualidade. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Esófago Gástrica Diogo Carrola Gomes(2), Caldeira Fradique(1), Luísa Quaresma(1), Guedes Da Silva(1), Mário Oliveira(1), Lígia Costa(1), Gualdino Silva(1), Alexandra Pupo(1), Jorge Esteves(1), Mateus Marques(1), Fernanda Cabrita(1), Gonçalo Fernandez(1), Filomena Pina(1), Diogo Carrola Gomes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C40) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Fatores clinico-patológicos associados à deiscên- cia do coto duodenal nos doentes submetidos a cirurgia no cancro gástrico. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A deiscência do coto duodenal é um fator com impacto significativo na morbilidade associada à cirurgia de ressecção gástrica. Neste sentido, os autores propõem-se a avaliar os fatores clinico-patológicos associados à deiscência do coto duodenal nos doentes com cancro gástrico submetidos a ressecção cirúrgica. Material e Métodos: O estudo coorte retrospetivo de 185 doentes com carcinoma gástrico submetidos a cirurgia de ressecção no período compreendido entre setembro de 2009 e setembro de 2014. Realizada análise descritiva e comparação entre o grupo de XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 89 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: AUTORES: Diana Gonçalves; Henrique Mora; José Barbosa, J. doentes com e sem deiscência. Avaliadas correlações com análise multivariada de fatores clinico-patológicos (regressão logística binária). Resultados: Verificamos uma taxa de 7% (n=15) de deiscência do coto duodenal na nossa amostra. Estes doentes apresentam uma média de idades de 68.7 anos (46-79), 73.3% do sexo masculino (n=11). Foi realizada gastrectomia subtotal em 50, 3% dos casos e gastrectomia total em 44, 9% dos casos. Não foram observadas correlações estatisticamente significativas entre as variáveis estudadas e a ocorrência de deiscência do coto duodenal na análise multivariada. Verifica-se no entanto uma relação significativa entre a idade e a ocorrência de deiscência (p 0, 027). Discussão: Os resultados não permitem definir correlações estatisticamente significativas na nossa amostra, embora se verifique uma média de idade superior no grupo com deiscência do coto duodenal, o que se torna relevante no tratamento de uma população progressivamente mais envelhecida. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Calais, L; Rodrigues, A; Gonçalves M; Gomes, D; Brito, T; Vasconcelos, E; Fazeres, F. Luisa Maria Calais Pereira [email protected] Costa Maia CONTACTO: Diana Maria de Oliveira Gonçalves EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C42) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Fístulo-jejunostomia em Y-de-Roux: Abordagem RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C41) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Perfuração de Úlcera Péptica: casuística de um Ser- viço de Cirurgia Geral RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Ao longo das 2 últimas déca- das verificou-se a diminuição de incidência de perfuração de úlcera péptica, essencialmente pela introdução de medicação anti-ulcerosa e terapêutica de erradicação do H. pylori. Contudo, a mortalidade mantém-se constante entre os 10-25%, podendo atingir os 50% em doentes com sintomatologia há mais de 24 horas. Material e Métodos: Análise retrospectiva de doentes intervencionados no nosso Centro Hospitalar por perfuração de úlcera péptica entre Janeiro de 2010 e Outubro de 2014. Resultados: Foram submetidos a cirurgia por perfuração de úlcera péptica 117 doentes, dos quais 75% do sexo masculino, com uma média de idades de 54 (21-94) anos. Trinta e oito (32%) dos procedimentos foram realizados por laparoscopia, com uma taxa de conversão de 13%. No grupo de doentes laparotomizados, verificou-se uma mediana do tempo de internamento de 7 dias, sendo a dieta reintroduzida em média ao 4º dia, comparativamente à mediana de 5 dias de internamento e reintrodução da dieta ao 3º dia no grupo submetido a laparoscopia. A taxa de mortalidade global foi de 12%. A taxa de morbilidade foi de 18.9%. Discussão: Os doentes que necessitam de intervenção cirúrgica por perfuração de úlcera péptica ocorrem maioritariamente em contexto de urgência. Apesar de ser um procedimento seguro, a cirurgia laparoscópica deverá ser realizada preferencialmente por Cirurgião experiente, parecendo ser mais eficaz na diminuição da dor pós-operatória, diminuição do tempo de internamento e reintrodução de dieta. HOSPITAL: Centro Hospitalar de São João, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Esófago Gástrica HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: alternativa para tratamento das fistulas crónicas pós gastrectomia vertical Objectivo/Introduçâo: As fístulas crónicas da junção gastro-esofágica são uma das complicações associadas à gastrectomia vertical. Embora raras o seu tratamento é controverso. Apresentam-se dois casos em que foi utilizado como tratamento a realização de fistulo-jejunostomia em Y-de-Roux. Material e Métodos: O primeiro caso trata-se de uma doente submetida a gastrectomia vertical laparoscópica em 06/12, na qual foi detectada fístula precoce da junção gastro-esofágica, tratada com terapêutica endoscópica. Até 05/14 foram necessários 2 tratamentos endoscópicos por recidiva, altura em que foi realizada fistulo-jejunostomia látero-lateral em Y-de-Roux. No segundo caso a doente realizou gastrectomia vertical em 10/12 também complicada por fístula, tendo realizado inicialmente terapêutica endoscópica. Nos 2 anos seguintes apresentou 2 episódios compatíveis com recidiva, tendo sido submetida a segundo tratamento endoscópico eficaz. Por nova recidiva em 10/14 foi submetida a fistulo-jejunostomia látero-lateral em Y-de-Roux. Resultados: Não se registou morbilidade precoce. Trânsito esófago-gástrico verificou progressão do conteúdo pela anastomose fístulo-jejunal em ambos os casos. Mantêm-se assintomáticas. Discussão: Nos casos apresentados, a realização de fistulo-jejunostomia em Y-de-Roux demonstrou ser um método eficaz e seguro para a resolução de fístulas crónicas da junção gastro-esofágica, após falência do tratamento endoscópico. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Filipa Ferreira (1); João Coutinho (1); António Ruivo (1); Carlos Miranda (1); Manuel Ribeiro (1); Carlos Noronha Ferreira (2); J. C. Mendes de Almeida (1) Filipa Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C43) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Lessons from a quarter of century treating esopha- geal perforations: a proposal of a decision-making algorithm RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Esophageal perforation(EP) is a rare diagnosis, with a high morbidity and mortality, and its therapy is still challenging. The aim of this study was to assess the etiology, specific treatment and outcome of EP in order to generate an optimal therapeutic approach to improve patient’s outcome. Material e Métodos: Analysis of a prospective database with cases of EP(n=71) treated in an Upper GI Surgery Unit, Revista Portuguesa de Cirurgia 90 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: AUTORES: Ricardo Rocha, Rui Marinho, António Gomes, Marta between January 1991 and October 2014. Resultados: The majority of EP were traumatic(60, 6%) and thoracic(62%). The median timing of diagnosis was 24[1-336] hours. The severity score median was 4[0-14]. Non-operative treatment was done in 22, 5%. Primary repair was the most common option (52, 7%) in operative treatment. The median LOS was 26[4-266] days. The morbidity and mortality rates were 40, 8% and 15, 5%. Morbidity was significantly associated to etiology(p=0, 003), type of management(p=0, 001) and severity score(p<0, 001) [presence at presentation of tachycardia(p=0, 001), pleural effusion(p<0, 001), non-contained leak(p<0, 001) and respiratory compromise(p<0, 001)]. Mortality was significantly associated to etiology(p=0, 02), esophageal pathology(p=0, 002), location(p=0, 004) and severity score(p=0, 009) [age(0, 016), presence at presentation of tachycardia(p=0, 002), hypotension(p=0, 006) and cancer(p=0, 07)]. The timing of diagnosis didn’t significantly influence morbidity or mortality. Discussão: Based in the results of this study we propose a decision-making algorithm to best assist in the choice of EP treatment in each patient. University of Porto Medical School Cirurgia Esófago Gástrica M Aral (1, 2), P Salvador (1), J Barbosa (1, 2), H Santos-Sousa (1, 2), J Costa-Maia (2) Hugo Santos Sousa [email protected] Sousa, Marta Fragoso, David Aparício Carla Carneiro, Vitor Nunes CONTACTO: Ricardo Rocha EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C45) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Outcomes of Minimally Invasive Esophagectomy RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C44) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Factores de risco para recidiva no cancro gástrico (CaG) ressecável: impacto da quimioterapia peroperatória (QtPO). RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro gástrico é uma das neoplasias GI mais frequentes, com sobrevida aos 5 anos de 30%.A QtPO é considerada o gold standard do tratamento do CaG ressecável. Pretendemos analisar factores de risco para recidiva, com um follow up de 3 anos, e comparar os resultados da QTPO vs Cirurgia sem QTPO. Material e Métodos: Estudo retrospectivo.Dtes c/adenocarcinoma gástrico ressecável, de 2007 a 2011. Análise uni e multivariada para factores de risco para recidiva e comparação de 2 grupos:A) com QtPO(n=18) e B)tratamento cirúrgico sem QtPO(n=112). Resultados: Analisamos 130 doentes: 60, 8% masculino, idade média 69, 1a. Early gastric cancer:21%, T2:44%, T3: 27% e T4: 8%. N0: 42% e N: 58%. Pouco diferenciados 53, 8%. Gastrectomia total foi feita em 52% dos doentes. Taxa de recidiva: 30% aos 3 anos.Sobrevida livre de doença foi 10, 9 meses. Factores que apresentaram associação positiva e linear com a existência de recidiva (p0, 05, e a taxa de recidivas locorregionais (p Discussão: Estudamos uma população de doentes num intervalo de tempo pré QtPO e o seu início. Os factores de risco para recidiva foram: o subtipo de Lauren, nº de gânglios positivos e o grau de diferenciação.A QtPO contribuiu significativamente para a redução da recidiva locorregional mas não para o nº global de recidivas. HOSPITAL: Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Esófago Gástrica HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: versus Open Esophagectomy for Esophageal Cancer: a Single-Center Case-Control Study Objectivo/Introduçâo: Esophagectomy is a major surgery associated with significant morbidity and mortality. There is growing evidence in literature that the minimally invasive approach in esophagectomy (MIE) may decrease morbidity. The aim of this study was the comparative analysis of the outcomes between MIE and open esophagectomy (OE) for esophageal cancer. Material e Métodos: Analysis (case-control study) of a prospective database with esophageal cancer cases submitted to curative intent surgery, between May 2006 and October 2014, in an Upper GI Surgery Unit. For this analysis, cases of non-resectional surgery were excluded. Resultados: From the initial population (n=79), 65 cases (Group A: 24 MIE – 13 totally MIE and 11 hybrid MIE; Group B: 41 OE, including 5 cases of conversion from MIE) were included. Both groups were matched for gender, age, comorbidities, BMI, tumor location and histology, staging (cT and cN), neoadjuvant therapy and type of surgery. The presence of postoperative morbidity was 37, 5% in MIE vs 61% in OE (p=0, 058), with a rate of respiratory complications of 16, 7% and 22%, respectively (p=ns). Statistically significant differences were seen in Clavien classification of postoperative morbidity (p=0, 018) and in postoperative mortality (MIE 0% vs OE 22%, p=0, 021). Discussão: The results of this case-control study provide further evidence for the feasibility and possible improvements in the postoperative morbidity and mortality of MIE, when performed in differentiated centers. University of Porto Medical School Cirurgia Esófago Gástrica M Aral (1, 2), M Mesquita (1), J Barbosa (1, 2), H Santos-Sousa (1, 2), J Costa-Maia (2) Hugo Santos Sousa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C46) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Lavado Peritoneal – Importância no Adenocarci- noma Gástrico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A carcinomatose peritoneal é a forma mais comum de progressão do adenocarcinoma gástrico(AG) avançado e apresenta prognóstico reservado, com sobrevida de 3-- 6 meses. A citologia peritoneal positiva(CP+) constitui doença M1, apresentando sobrevida semelhante à dos doentes com metastização peritoneal macroscópica. Avaliar a importância diagnóstica e prognóstica da CP no AG. Material e Méto- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 91 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dos: Estudo retrospectivo dos doentes submetidos a cirurgia por AG de 2011-2013 Resultados: Foram submetidos a cirurgia 149doentes. Observou--se intra-operatoriamente carcinomatose macroscópica em 8.7%dos procedimentos. Foi realizada CP em 63.1%, das quais 31.2% revelou CP+, havendo reclassificação para estadio M1 em19.4%. Verificou--se relação estatisticamente significativa entre a CP e o cT(p=0.001), cM(p=0.009), pT(p=0.002) e pN(p<0.001).Nos doentes cM0 e sem carcinomatose macroscópica, demonstrou-se que a CP+ está associada a um risco 5.9x superior de progressão da doença durante o follow up(p=0.029). Discussão/Conclusão: Em concordância com a literatura, demonstrou--se que a CP é um determinante factor no estadiamento e prognóstico do adenocarcinoma gástrico, devendo ser realizada de forma sistemática. Apesar das terapias adjuvantes, a sobrevida dos doentes com doença localmente avançada permanece limitada.Várias meta--análises demonstram benefício na sobrevida dos doentes com CP+ sem carcinomatose macroscópica com a realização de HIPEC. Assim, é essencial a realização de CP de forma sistematizada para selecionar os doentes candidatos a HIPEC Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Cirurgia Esófago Gástrica Ferreira J, Louro H, Francisco E, Esteves J, Tavares A, Viveiros F, Costa E, Maciel J Joana Ferreira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: 71 meses. Discussão: A Cirurgia Bariátrica é fundamental no tratamento da Obesidade Mórbida e suas comorbilidades. Considera-se essencial o acompanhamento por equipas multidisciplinares. A Cirurgia Revisional da Obesidade mostrou-se uma opção segura e eficaz. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Tomé, M.(1);Milheiro, A.(1);Campos, J.(1);Monteiro, A.(1);Martins, M.(1);Manso, A.(1);Tralhão, G.(1);Silva, S.(1);Martins, S.(1);Almeida, J.(2);Cupido, M.(2);Santos, L.(3);Oliveira, P.(4);Ruas, L.(4);Rodrigues, D.(4);Bastos, M.(5);Castro Sousa, F.(1) Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C48) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Importância da radioquimioterapia pré-operatória no carcinoma do esófago RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento gold-standard no RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C47) SESSÃO CO-EGD 1 TÍTULO: Experiência de Quatro Anos de uma Unidade de Tratamento Cirúrgico da Obesidade RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Cirurgia Bariátrica é o trata- mento mais eficaz da Obesidade Mórbida. Pretende-se analisar resultados imediatos e à distância da Unidade de Tratamento Cirúrgico da Obesidade entre 1/10/2010 e 30/10/2014. Material e Métodos: Operados 459 doentes, 88, 67% mulheres, idade 42, 84±9, 61 anos, IMC 46, 25±6, 98Kg/m2. As intervenções foram: colocação de Banda Gástrica Calibrável (n=32), “Gastric Sleeve” (n=220), “Bypass Gástrico” (n=206), “Duodenal Switch” (n=1). Em 65 efectuaram-se gestos cirúrgicos associados. Realizadas 68 intervenções Redo. Comorbilidades em 64, 71%; os diabéticos tinham taxa de HbA1c pré-operatória de 8, 2±2, 2%. Consulta de catamenese 1 mês após a intervenção e depois semestralmente. Resultados: Morbilidade (Dindo-Clavien II, III, IV) em 8, 1%, mortalidade em 0, 4%. A% de excesso de peso perdido (%EPP) foi máxima aos 18 meses de pós-operatório. Aos 36 meses foi: 38, 58% na Banda Gástrica; 60, 20% no “Gastric Sleeve”; 65, 99% no “Bypass Gástrico”. A taxa de conversão foi 0, 87%. Nas intervenções Redo a%EPP foi 46, 29% aos 24 meses, e não houve associação a aumento do risco de complicações. Melhoria da HTA em 96, 16%, da dislipidémia em 82, 35% e da Diabetes Mellitus em todos os diabéticos – taxa de HbA1c aos 24meses de 5, 8±0, 86%. O tempo de catamenese foi 22, 73±13, HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 92 carcinoma do esófago (CE) é cirúrgico, apesar da elevada morbilidade. Mesmo com terapêutica multimodal a sobrevivência global (SG) aos 3 anos é cerca de 30%. Doentes sem condições cirúrgicas têm indicação para radioquimioterapia (RQT) a título curativo. Pretende-se avaliar toxicidade, resposta e sobrevivência de doentes com CE submetidos a RQT a título pré-operatória (PO) ou curativo. Material e Métodos: Incluídos os doentes com CE que efectuaram tratamento de RQT concomitante ou sequencial com 5FU cisplatina entre 12/2002 e 08/2014. Determinadas resposta à terapêutica e toxicidade aguda (CTCAE 4.0). Sobrevivência analisada pelo método de Kaplan-Meier. Erro tipo I 0, 05. Resultados: 82 doentes, 92, 7% do sexo masculino, idade mediana 61, 5 anos. 80, 5% dos tumores localizados nos terços médio/inferior. 74, 4% eram carcinomas epidermóides, sendo 68, 3% cT3N. RQT PO realizada em 80, 5% e curativa em 19, 5%; 86, 6% completaram protocolo. Toxicidade graus 3-4 durante RQT 31, 7%, sobretudo hematológica (17, 1%). Submetidos a cirurgia 38 doentes (46, 3%), com resposta patológica completa em 47, 4%. Complicações cirúrgicas em 60, 5%. Nos doentes que completaram protocolo, houve diferença entre operados e não operados na sobrevivência livre de doença (SLD; aos 3 anos: 46, 3% vs. 10, 4%, p Discussão: A realização de cirurgia após RQT tem impacto significativo nas SLD e SG, embora com elevada morbilidade pós-operatória. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Esófago Gástrica João Casalta-Lopes(1, 2), Inês Nobre-Góis(1), Tânia Teixeira(1), Filipa Vinagre(1), Rosário Lebre(3), Anabela Barros(3), Margarida Borrego(1) João Casalta-Lopes [email protected] SALA 1 06-03-2015 17H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C97) SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO TÍTULO: Avaliação dos efeitos da administração do Gluca- RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gon-like Peptide-2 num modelo animal de anastomose intestinal – Análise preliminar Objectivo/Introduçâo: A deiscência anastomótica constitui uma das complicações mais temíveis em cirurgia digestiva. O Glucagon-like Peptide-2 (GLP2) é um factor de crescimento gastrointestinal potente e relativamente específico. Material e Métodos: Ratos Wistar (n=28) foram submetidos a ressecção ileal, com ou sem administração pós-operatória de GLP2(2-33) e sacrificados ao 3º ou ao 7º dia. A avaliação da cicatrização anastomótica foi realizada através da classificação de Houdart-Hutschenreiter (H.E.); a concentração e distribuição de colagénio (I e III) com a técnica de Gordon-Sweet; a neoangiogénese e proliferação epitelial com os Acs anti-CD31 e anti-Ki67; a densidade das células de Paneth e caliciformes, dos miofibroblastos subepiteliais e das células gliais do plexo entérico com o PAS-D/Azul Alcian pH2, 5 e os Acs anti-aSMA e S100. Resultados: O GLP2(2-33) associou-se a maior grau de re-epitelização (p=0, 022), maior score de neoangiogénese (densidade neovasos=16, 1±5, 2/mm2 vs 5, 4±2, 1/mm2, p=0, 0001), maior índice de proliferação epitelial (80, 5±8 vs 72, 4±13, 3% de células Ki-67 positivas/cripta, n.s.), maior expressão de colagénio III na submucosa (p=0, 007), maior densidade de miofibroblastos subepitheliais (p=0, 022) e maior expressão de S-100 nos plexos (n.s.) ao 7º dia. Com o GLP2(2-33), verificou-se uma menor concentração de colagénio I (n.s.) e similar densidade de células de Paneth e caliciformes. Discussão: Os resultados sugerem uma influência favorável do GLP2(2-33) nas fases inflamatória e proliferativa da cicatrização anastomótica. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Investigação Básica Beatriz Costa (1, 5), Margarida Abrantes (2), Augusta Cipriano (3), Ângela Jesus (3), Mário Ruivo (3), Paulo Teixeira (3), Lígia Castro (3), Cristina Gonçalves (4), Ana Bela Sarmento Ribeiro (4), Maria Filomena Botelho (2), F. Castro Sousa (1, 5) Beatriz Pinto da Costa [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Objectivo – avaliar o efeito de extratos proteicos de hAM (hAMPE) em três linhas celulares de CHC humano. Material e Métodos: As hAM foram sujeitas a ações mecânicas com o objetivo de extrair as proteínas, posteriormente quantificadas no Nanodrop®. Os estudos in vitro foram realizados em três linhas celulares: HuH7 (mP53), HepG2 (wP53) e Hep3B2.1-7 (nP53). As células foram incubadas com 1µg/µL de hAMPE durante 72 horas. Foram realizados estudos in vitro que permitiram avaliar a morte celular e vias metabólicas envolvidas, stress oxidativo e expressão de proteínas de interesse (como a P53 e?-Catenina). A estirpe de ratinhos Balb/c-nu/nu foi utilizada com o objetivo de avaliar o efeito in vivo da terapia com hAMPE. Resultados: A hAMPE induz morte celular nas linhas celulares em estudo. Este extrato induz desregulação do ciclo celular, danos do ADN e diminuição da expressão de P53 e?-Catenina. Nos estudos in vivo, verificamos que o hAMPE induz uma diminuição na taxa de crescimento tumoral. Discussão: A hAMPE pode ser útil na terapia do CHC. No entanto, os mecanismos de ação deste tratamento podem variar consoante o perfil tumoral. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Investigação Básica Ana Mamede(1, 2, 3, 4), Sara Guerra(1), Andreia Alves(2), Maria João Carvalho (1, 3, 4, 5), Mafalda Laranjo(1, 3, 4), Ana Brito(1, 3, 4), Ana Pires(1, 4), Paulo Moura (5), Ana Abrantes (1, 3, 4), Cláudio Maia(2), JG Tralhão (1, 3, 6), MF Botelho (1, 3, 4), FCastro-Sousa(1) José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C99) SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO TÍTULO: A proliferação celular hepática após laqueação por- tal selectiva é máxima aos 7 dias não aumentando pela acção da insulina RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A laqueao/embolizao portal selectiva (PVL) habitualmente usada previamente s resseces hepticas major, para induzir hipertrofia compensatria heptica e diminuir o risco de falncia do fgado futuro remanescente. As principais limitaes desta tcnica so a eficcia varivel da mesma e o intervalo de tempo entre este procedimento e a hepatectomia, podendo ocorrer progresso tumoral. Avaliar os efeitos da PVL e da insulina na induo da hipertrofia heptica, como estratgia para encurtar o intervalo de tempo entre esta e a hepatectomia. Material e Métodos: A funo e a morfologia hepticas, foram avaliadas em 3 grupos de ratos wistar, uma, duas e 4 semanas aps PVL isolada e com perfuso de insulina, comparando estes 2 grupos com ratos sem PVL (controlos) (n=6/grupo). Resultados: A PVL induziu atrofia heptica ipsilateral e hipertrofia contralateral, sem significativas diferenas nas dimenses globais do fgado ou nos seus parmetros funcionais, nos grupos PVL e PVL com insulina; Na primeira semana aps o procedimento, a PVL e a PVL com insulina resultaram num significativo aumento da proliferao hepatocitria, quando comparados com o grupo controle. Discussão: A PVL aumentou a proliferao hepatocitria, com um pico aos 7 dias aps o procedimento, sem aumento significativo quando associada a perfuso de insulina, sugerindo que RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C98) SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO TÍTULO: Extratos de membrana amniótica no tratamento do carcinoma hepatocelular: estudos in vitro e in vivo Alguns estudos têm revelado o efeito anticancerígeno da membrana amniótica humana (hAM). Os mecanismos celulares responsáveis pelas propriedades anti-cancerígenas da hAM são ainda pouco compreendidos. O carcinoma hepatocelular (CHC) tem uma elevada incidência e mortalidade em todo mundo; principalmente devido à falta de tratamentos eficazes em fases mais avançadas da doença. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 93 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: o intervalo entre a PVL e a hepatectomia pode muito provavelmente ser encurtado, diminundo o risco de progresso tumoral. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Investigação Básica Marta Guimarães, Tiago Morais, Sofia Pereira, Ana Monteiro, Ana Vilaça, Tiago Ferreira, Pedro Rodrigues, Gil Gonçalves, Vera Oliveira, Mário Nora, Mariana P. Monteiro Marta Filomena Gonçalves de Castro Guimarães [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C101) SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO TÍTULO: Hepatotoxicidade da Quimioterapia: Validação de um Modelo Animal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hepatotoxicidade associada RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C100) SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO TÍTULO: Desenvolvimento de modelo animal de cancro da RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: próstata em ratinhos da estirpe BALB/c-nu/nu: modelo totalmente ortotópico versus modelo localmente avançado Objectivo/Introduçâo: Modelos animais capazes de reproduzir o comportamento do cancro da próstata (CaP) são fundamentais para o estudo desta doença. Os modelos ortotópicos quando comparados com os heterotópicos, apresentam um comportamento mais próximo daquele que se observa na doença humana. Tem sido difícil desenvolver um modelo animal de CaP com capacidade metastática. Objetivo – desenvolver um modelo ortotópico animal de CaP com capacidade metastática. Material e Métodos: Estudo desenvolvido com células da linha PC3 (ATCC). Inoculação ortotópica em ratinhos BALB/c-nu/nu, machos, 6 a 8 semanas. Minilaparotomia para inocular 15x106 células/animal. Compararam-se dois tipos diferentes de inoculação: no lobo dorso-lateral da próstata (modelo completamente ortotópico) e nas vesículas seminais (modelo localmente avançado). Os animais foram occisados quando se verificou uma perda significativa do peso corporal e/ou quando apresentavam sinais de degradação do seu bem-estar geral. Resultados: Nos modelos completamente ortotópicos não houve desenvolvimento tumoral após 1, 4 e 8 meses. No modelo localmente avançado desenvolveu-se tumor não só nas vesículas seminais, mas também obtivemos uma metástase hepática, 3 semanas após a cirurgia. A histologia de ambas as lesões revelou tratar-se de um CaP Gleason 10 (5 5). Discussão: Podemos afirmar que o microambiente é importante para o desenvolvimento do CaP no modelo animal. O desenvolvimento da variante localmente avançada resultou em doença local, mas também metastática. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Investigação Básica Ana Catarina Mamede1, 2, 3, 4, Edgar Tavares da Silva1, 5, Rui Oliveira1, 6, David Castelo1, 5, Pedro Simões5, Alfredo Mota5, Ana Margarida Abrantes1, 3, 4, José Guilherme Tralhão1, 3, 7, Maria Filomena Botelho1, 3, 4, F. Castro Sousa7 José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: à quimioterapia (HAQT) pode condicionar maior morbi-mortalidade após hepatectomia (Hp) por metástases. A HAQT ocorre em 3 padrões: esteatose simples (ES); esteatohepatite (CASH); e síndrome de obstrução sinusoidal (SOS). Não foram desenvolvidos ainda modelos animais satisfatórios de HAQT. Estes modelos permitirão o estudo dos mecanismos de regeneração hepatocelular após Hp. Material e Métodos: Estudo de acordo com as normas institucionais. Dez ratos Wistar machos, 8 semanas de idade. Três grupos: Grupo A (n=4), injecção intra-peritoneal (i.p.) de irinotecano (IRN) (75 mg/ kg) e 5-fluorouracilo (5-FU) (50 mg/kg), durante 4 semanas; Grupo B (n=4), injecção i.p. de IRN (50 mg/kg) e 5-FU (50 mg/kg), durante 4 semanas; Grupo C (n=2), controle. Sacrifício uma semana após última administração. Colhidos: fígado para exame histológico (hematoxilina-eosina, tricrômio de Masson e reticulina); sangue para transaminases e bilirrubina. Resultados: Dilatação sinusoidal nos grupos A e B, em comparação com o grupo C (?2p<0.05). Não foram encontradas lesões de ES ou CASH. Sem variação estatisticamente significativa no peso ou nos valores de ALT, AST ou bilirrubina. Discussão: Neste modelo, a administração de IRN com 5-FU não condicionou o aparecimento de ES ou CASH. Pelo contrário induziu dilatação sinusoidal, lesão que ocorre no SOS. Poderá assim vir a revelar-se um modelo útil para o estudo dos mecanismos celulares da regeneração hepática após Hp nos doentes submetidos a quimioterapia neo-adjuvante. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Investigação Básica Henrique Alexandrino1, 2, Ana T. Varela3, 4, Rui C. Oliveira5, João Cardoso2, Filipe V. Duarte3, 4, João S. Teodoro3, 4, Anabela Rolo4, 6, M. Augusta Cipriano5, J. Guilherme Tralhão1, 2, Lígia Prado e Castro5, Carlos Palmeira3, 4, Francisco Castro e Sousa1, 2 Henrique Alexandrino [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C102) SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO TÍTULO: O butirato e o irinotecano: uma potencial sinergia na terapêutica do cancro do cólon RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Uma dieta rica em fibra die- tética está relacionada com uma menor incidência de cancro de cólon (CC). A fermentação microbiana da fibra leva à produção de butirato (BT), considerado como um agente quimiopreventivo. O irinotecano (IR) é usado no tratamento do CC. A sensibilização das células resistentes à quimioterapia com o butirato poderá ser uma solução possível para aumentar a eficácia terapêutica do IR. Este estudo visa avaliar o potencial da combinação de BT com o IR no tratamento do CC. Material e Métodos: A fim de obter o IC50 (concentração que inibe a proliferação celular em 50%) o ensaio Revista Portuguesa de Cirurgia 94 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE CAPÍTULO: Investigação Básica AUTORES: Rui Oliveira 1, 4, Margarida Abrantes 1, 2, 3, ET Silva 1, MTT foi realizado. A citometria de fluxo permitiu estudar a viabilidade celular e tipos de morte, a razão BAX/ BCL-2 e o potencial de membrana mitocondrial (MMP). A expressão de VEGF foi determinada por Western blot. Estudo in vivo com Balb/c nu/nu permitiram avaliar o efeito da combinação no crescimento tumoral. Resultados: A combinação de BT e IR induziu um decréscimo significativo da proliferação celular e viabilidade celular. Observou-se um aumento da razão BAX/BCL-2 e uma diminuição da MMP. A expressão de VEGF decresce com o tratamento com BT. Os dados obtidos in vivo sugerem que a combinação induz a inibição do crescimento tumoral. Discussão: A combinação de BT e IR tem um efeito citotóxico significativo nas linhas celulares de CC e inibe o crescimento tumoral. A utilização de compostos naturais como o BT em combinação com agentes quimioterapêuticos pode ser uma nova solução para o tratamento de CC. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Investigação Básica Encarnação JC1, 2, Amaral RA1, 3, Pires AS1, 4, 5, Gonçalves TJ1, 2, Abrantes AB1, 5, 6, Casalta-Lopes JE1, Sarmento-Ribeiro AB6, 7, Tralhão, JG1, 6, 8, Botelho MF1, 5, 6 F Castro-Sousa8 Jose Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão [email protected] 5, S. Pires 1, AC Mamede 1, M Gomes 1, JG Tralhão 1, 6, MA Cipriano 4, L. Prado e Castro 4, MF Botelho 1, 2, 3, F. Castro Sousa 1, 6 CONTACTO: José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C104) SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO TÍTULO: NIS, Iodo-131 e colangiocarcinoma, um curioso tri- ângulo. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Estudos recentes evidencia- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C103) SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO TÍTULO: O Papel do Microambiente Tumoral no Desenvolvi- mento de Tumores Colorectais Primários e Secundários. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Desenvolvimento de um modelo ortotópico (ORT) de carcinoma colorretal (CRC), capaz de reproduzir a doença humana, a nível local e metastático, bem como a caracterização do microambiente tumoral; o que possibilitará novas abordagens diagnósticas, prognósticas e terapêuticas. Material e Métodos: Dois modelos ORT de CRC, no cego e no cólon descendente, são utilizados de forma a possibilitar um estudo comparativo do crescimento tumoral. Ratos RNU (Rowett nude), submetidos a cecostomia e colostomia distal com fístula cutâneo-mucosa serão divididos em 3 grupos, inoculados na submucosa cólica com 3 linhas de CRC (WiDr, C2BBe1, LS1034) de localizações distintas (cego, cólon descendente e retosigmóide). Sacrifício dos animais aos 4 meses ou após perda superior a 10% do peso inicial. Colhido tecido para análise histológica. Caracterização imunohistoquímica das linhas utilizadas para deteção de células de tipo stem cell e factores de migração celular. Resultados: Registou-se desenvolvimento tumoral quando as células foram inoculadas no local homólogo ao da sua origem. Na linha WiDr observou-se desenvolvimento local e na C2BBe1 desenvolvimento local e secundário. Avaliação histológica revelou padrões morfológicos e de invasão sobreponíveis aos dos observados em humanos. Na linha WiDr identificaram-se células de tipo stem. Discussão: O microambiente tumoral é crucial no desenvolvimento do CRC e este modelo ORT permitirá o estudo detalhado deste tumor, possibilitando novos marcadores prognósticos e terapêuticas. HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ram uma expressão aumentada da bomba de sódio e iodo (NIS) no colangiocarcinoma (CC), abrindo portas para uma nova abordagem terapêutica para este tipo de tumor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia terapêutica da radioterapia metabólica com 131I em duas linhas celulares humanas, uma de CC (TFK1) e uma de colangiócitos (H69). Material e Métodos: Por imunofluorescência avaliou-se a expressão de NIS nas duas linhas celulares. Ambas as linhas celulares foram irradiadas com 131I de modo a avaliar o efeito na sobrevivência celular através do ensaio clonogénico. Por citometria de fluxo avaliou-se o efeito do 131I nas células TFK1, na viabilidade celular e na expressão de BAX, BCL2 e citocromo C. Resultados: Verificou-se que as duas linhas celulares expressam NIS e que após a irradiação com 131I, a expressão membranar de NIS aumenta nas células TFK1 e diminui nas H69. A irradiação com 131I induziu um decréscimo na sobrevivência celular dependente da dose nas células TFK1, não afetando a sobrevivência celular das células H69. O tratamento com 131I induziu morte celular por apoptose nas células TFK1 através do aumento da razão BAX/BCL2 e da libertação de citocromo c. Discussão: De acordo com os resultados obtidos a irradiação com 131I apenas induz decréscimo na sobrevivência celular das células TFK1; sendo estes resultados indicativos da eficácia selectiva sobre as células tumorais desta abordagem terapêutica. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Investigação Básica A Fernandes1, 2; AF Brito1, 3; AM Abrantes1; AC Ribeiro1; AC Gonçalves5; AB Sarmento-Ribeiro5; JG Tralhão1, 5; MF Botelho1, 2; F Castro-Sousa5 José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C105) SESSÃO CO-INVESTIGAÇÂO TÍTULO: Casuística Apendicectomias- Relação entre Score de Alvarado e achados intraoperatórios e anatomopatologicos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresenta se uma casuística de Janeiro/2013 a Outubro/2014 de 280 doentes com clínica de apendicite aguda apendicectomizados, com idades entre os 5 e os 91 anos.Procurou-se estabe- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 95 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 5 lecer relação entre o score de Alvarado e a evolução clínica da apendicite aguda bem como achados intraoperatorios e anatomopatológicos. Resultados: Todos os doentes apresentaram dor localizada na fossa ilíaca direita, a maioria com menos de 24h de evolução, frequentemente como queixa isolada ou acompanhada de sintomas gastrointestinais.O score de Alvarado mais comum foi 5/10. 59% foi a taxa exames de imagem pedidos ma admissão.Quase todos os doentes foram intervencionados de urgência, a maioria por laparotomia na fossa ilíaca direita.Anatomopatologicamente foram diagnosticados apêndices com várias alterações macroscopicas, com hiperplasia linfóide ou sem qualquer alteração.Salienta-se o diagnostico histológico em apêndices com características macroscópicas típicas de apendicite aguda de 3 neoplasias, das quais 2 tumores neuroendócrinos (carcinóides)sem necessidade de reintervenção e 1 adenocarcinoma que motivou reintervenção para hemicolectomia direita e ainda 1 caso de foco de endometriose no apêndice Discussão: Não se encontrou uma relação significativa entre o Score de Alvarado e a evolução clinica/imagiológica ou achados anatomopatológicos.Os resultados corroboram o facto do quadro de apendicite aguda poder ocorrer em apêndices previamente “doentes”, reforçando a necessidade da confirmação histológica do diagnóstico Hospital de Vila Franca de Xira Investigação Básica Alves M, Salgueiro T Magda Teresa Varelas Alves [email protected] 06-03-2015 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de internamento e um custo reduzido em aproximadamente 16.000 euros. Não se verificiou aumento na morbilidade cirurgica nestes doentes. Discussão: Nos primeiros meses de implementação deste protocolo, e mesmo tendo em conta o reduzido número de casos, é claro que as medidas implementadas atingiram os objetivos propostos sem prejuízo para o doente. Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Cirurgia Mamária Teresa Santos, Vânia Castro, Mónica Rebelo, João Lima Reis, Marina Oliveira, José Monteiro, Lima Terroso, Pinto Correia Maria Teresa Castro Santos Neto [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C107) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Carga Tumoral Total no Gânglio Sentinela e Metas- RESUMO: 14H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C106) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Protocolo de Alta Precoce em Cirurgia da Mama? Resultados dos Primeiros Meses RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Com o objetivo de diminuir o número de dias de internamento nos doentes submetidos a cirurgia oncológica da mama, foi efetuado um protocolo de alta precoce, entre o Serviço de Cirurgia Geral e a Unidade Móvel de Apoio Domiciliário (UMAD). Material e Métodos: Os autores apresentam o protocolo instituído na sua instituição assim como os resultados dos primeiros meses de implementação do mesmo. Resultados: A UMAD tem como objetivos a continuidade dos cuidados hospitalares recorrendo a ações de promoção da saúde, tratamento da doença e reabilitação prestadas em domicílio à família/utente submetido a cirurgia da mama. Os doentes têm alta às 48h pós operatórias se preencherem os critérios de inclusão no protocolo. É realizada pela UMAD uma supervisão e realização de pensos ao utente assim como identificação e prevenção precoce de complicações no domicílio, evitando reinternamento. A informação clínica de cada observação diária é fornecida ao cirurgião responsável. Nos primeiros 5 meses foram incluídas 15 doentes, houve uma redução de 53 dias HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 96 tização Adicional de Gânglios Não Sentinela em Doentes com Cancro da Mama Objectivo/Introduçâo: A avaliação do risco de metastização de gânglios não sentinela após biópsia de gânglio sentinela(BGS) positiva levou à criação de algoritmos. Propusemo-nos a verificar se a carga tumoral total(CTT) determinada por OSNA(one-step nucleic acid amplification)deve ser incluída nos nossos critérios de decisão Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 2 grupos consecutivos de doentes: Out/10 a Jun/13 todos os doentes submetidos a Esvaziamento Axilar(EA) após BGS positiva; de Jun/13 a Out/14 critérios para EA – macrometástase(>5.000 cópias de RNA) e um ou mais dos seguintes: T2, presença de invasão linfovascular (ILV), multifocalidade ou > 2 GS positivos. Oitenta e oito doentes com c ancro da mama primário com BGS positiva(OSNA) submetidos a EA. Variáveis estudadas: subtipo histológico, T, grau histológico, multifocalidade, ILV, receptores hormonais e Her2, número de GS metastizados e CTT (soma do número de cópias RNA em todos os GS positivos – variável contínua e categorizada 15.000 cópias). Análise estatística: regressão logística e Chi2; Stata v.13. Significado estatístico p<0, 05. Resultados: GNS positivos pré Jun/13 – 38%; pós Jun/13 – 48%. As variáveis Grau histológico e CTT (variável contínua e categórica 15000 cópias) correlacionaram-se de forma significativa com a presença de metastização em GNS (análise uni e multivariada). Discussão: Apesar da melhor selecção de doentes para a realização de EA com a inclusão dos critérios acima descritos, parece-nos adequada a inclusão da variável CTT no nosso algoritmo de decisão. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Mamária Andre Gonçalves; Andre Magalhães; Susy Costa; Fernando Osório; Alda Correia; Helena Carreira; Isabel Amendoeira; Patricia Pontes; José Luis Fougo; J. Costa Maia André Gonçalves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C108) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Cancro da Mama e Radiografia intra-operatória da peça: experiência em 100 doentes RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na cirurgia conservadora da HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mama, a obtenção de margens de ressecção tumoral negativas é essencial para reduzir o risco de recorrência local. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de doentes com carcinoma de mama, com recurso à radiografia intra-operatória da peça cirúrgica no aparelho Faxitron. Avaliaram-se os seguintes parâmetros: tipo de lesão, tamanho da lesão, estudo imagiológico vs patológico, margens livres de doença e necessidade de re-intervenção. Resultados: Foram estudadas 100 doentes num período de 9 meses (novembro de 2013 a agosto de 2014), com uma média de idades de 59 (29-84) anos. Todas as doentes tinham patologia maligna, com dimensão média de 17 mm. Obteve-se excisão primária completa em 82 doentes. As margens positivas ocorreram em 18 doentes (18%), dos quais 13 com ca Invasor na margem. Houve necessidade de re-intervenção em 15 doentes (15%) para alargamento de margens/totalização de mastectomia. Foi identificado CDIS na peça de alargamento em 7 doentes. Discussão: A monitorização radiográfica intra-operatória é uma mais-valia na avaliação da excisão tumoral adequada na cirurgia conservadora da mama. Contribui para a redução de re-intervenções, pela possibilidade de alargamento de margens na cirurgia inicial. A realização de radiografia na sala de intervenção cirúrgica é fácil, segura e rápida na avaliação de margens livres de doença. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Mamária Diana Gonçalves, José Luís Fougo, Fernando Osório, André Magalhães, Susy Costa, José Costa Maia Diana Maria de Oliveira Gonçalves [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Her2), tipo histológico e grau de proliferação do tumor, carga tumoral no gânglio sentinela (GS) e número de GS negativos foram correlacionadas com a macrometastização na linfadenectomia utilizando o método de regressão logística binária. Resultados: Constatou-se macrometastização na linfadenectomia em 3 (10%) dos doentes com BGSmic. Das variáveis analisadas não se identificou nenhum fator preditivo de macrometastização. Discussão: Os 3 doentes com macrometastização cumpriam os critérios propostos pela National Comprehensive Cancer Network (NCCN) para pertencer ao grupo onde se admite que não se complete a linfadenectomia perante evidência de metastização axilar. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Cirurgia Mamária Rodrigues Brito, T.; Ferreira, M.; Rodrigues, A.; Gonçalves M.; Calais Pereira, L.; Gomes, D.; Ferreira, S.; Gonçalves, A.; Midões, A. TELMA ANITA RODRIGUES BRITO [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C110) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Avaliação da estratégia cirúrgica na patologia onco- RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C109) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Macrometastização na linfadenectomia axilar após deteção de micrometastização na biópsia de gânglio sentinela RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A biópsia do gânglio sentinela é o procedimento recomendado no estadiamento axilar do carcinoma invasivo da mama com gânglios axilares clinicamente negativos. Atualmente questiona-se a realização da linfadenectomia quando há micrometastização na BGS (BGSmic+). Pretendeu-se quantificar e analisar a presença de macrometastização nos gânglios não sentinela dos doentes com BGSmic+, e utilizando esses dados, pesquisar fatores preditivos de macrometastização, de acordo com as características do doente e do tumor, que pudessem ajudar a ponderar a necessidade de linfadenectomia perante BGSmic+. Material e Métodos: Análise retrospetiva de 30 doentes com resultado de BGSmic após One-step nucleic acid amplification (OSNA) submetidos a linfadenectomia de março/2012 a outubro/2014. As variáveis sexo, idade, dimensão, positividade de recetores (estrogénio, progesterona e HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: lógica mamária – implicação no tratamento multidisciplinar Objectivo/Introduçâo: As técnicas oncoplásticas (CO) em cirurgia conservadora (CC) da mama e a reconstrução imediata (RI) após mastectomia (MT) são estratégias cirúrgicas complexas oferecidas às doentes tratadas por patologia oncológica mamária. O objetivo do trabalho é determinar se a adição destes procedimentos à cirurgia oncológica tem impacto no tratamento multidisciplinar, nomeadamente atraso no início da terapêutica adjuvante. Material e Métodos: Estudo observacional comparativo de doentes tratadas, de Janeiro a Dezembro de 2013 com cirurgia seguida de terapêutica adjuvante (n=474) RT ou QT. Os grupos de estudo foram as doentes submetidas a CC exclusiva (n=71) versus, CC CO uni (n=171) ou bilateral (n=91) ou MT exclusiva (n=95) versus MT RI uni (n=72) ou bilateral (n=4). As variáveis em estudo foram o tempo de internamento, margens cirúrgicas, complicações Clavien III e intervalo de tempo entre cirurgia e início de terapêutica adjuvante. Resultados: 474 doentes realizaram cirurgia seguida de terapêutica adjuvante. A mediana de dias até ao início de terapêutica adjuvante em doentes submetidas a CC foi 48 dias (41-59), CC CO unilateral 50 dias (41-60), CC CO bilateral 49 dias (42.5-55), MT sem RI 48 dias (40-62), MT RI unilateral 50 dias (43-60) e MT RI bilateral 51.5 dias (40-60). Na amostra global o intervalo foi de 49 dias (41-60) sem diferença estatística (p=0.696). Discussão: A adição destas técnicas não interfere no início da terapêutica adjuvante contribuindo para a demonstração da sua segurança oncológica. Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE Cirurgia Mamária Sousa M, Santos C, Oom R, Nogueira R, Moniz J, Santos A, Alves R, Faria J, Bettencourt A Mariana Rosa Ferreira Sousa [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 97 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C111) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Experiência da Pesquisa de Gânglio Sentinela no Carcinoma da Mama: estudo retrospectivo RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O status axilar é uma fator de HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: prognóstico importante no estadiamento do cancro da mama (CM). Em doentes com axilas negativas, a pesquisa de gânglio sentinela (PGS) emergiu como uma forma de reduzir a morbilidade provocada pelo esvaziamento axilar(EA).Os autores demonstram a experiência com a PGS na instituição (implementada desde 2006) e suas implicações no EA. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 426 doentes com CM, diagnosticadas entre 7/01/09 e 18/2/13 na instituição. Dados recolhidos do processo clínico. Resultados: Foram analisadas 426 doentes com uma média de idade de 58±11, 6. Doentes com axila positiva no diagnóstico (14, 5%), foram submetidas a EA. Doentes com axila negativa (e se indicação), fizeram PGS (73%). Das que efetuaram PGS, 37(13, 5%)foram realizados previamente a quimioterapia primária (QT1º). Nestes, em 62% a histologia foi positiva implicando EA. O número médio de gânglios excisados na PGS foi 1, 7±0, 7. O extemporâneo foi realizado em 272 (64%) dos doentes, sendo que em 0, 5% (2) o gânglio não foi identificado, procedendo-se a EA. Foi detetado uma taxa de 5, 5% de falsos negativos no imprint (maioria micrometástases).A partir de 2013 apenas macrometástases no extemporâneo fizeram EA. A taxa de EA foi 33, 5% (91 casos). Em média nos EA (excluídas doentes com QT1º), foram excisados 17 gânglios, com uma média de 3 metastizados. Discussão: Portanto, abordagens menos invasivas da axila são um conceito em evolução. Alguns EAs realizados nos primeiros anos do estudo poderiam ser evitados no contexto atual. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Mamária Mariana Costa, Rita Caldas, Florinda Cardoso, Teresa Santos, Gil Gonçalves, Mário Nora Mariana da Silva Costa [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: para cirurgia conservadora, divididas em 3 grupos, após RM: 1) 9.4% em que a RM não diferiu da ME; 2) 17, 0% sobrestimaram o tamanho do tumor – 55, 6% submetidas, no final, a mastectomia e a histologia mostrou 1/5(20%) falsos positivos; 3) 69, 8% com doença oculta na mesma mama – 54, 1% alteraram a estratégia para mastectomia e a histologia revelou 40% falsos positivos. Discussão: Apesar da RM não revelar alterações major no tamanho do tumor, ela correlacionou-se melhor com as dimensões da histologia; de facto, a informação da RM evitou nova cirurgia em 80%. Foram descritos 40% de falsos positivos na RM após mastectomia, nos doentes inicialmente propostos para cirurgia conservadora, o que reforça a necessidade de biopsias de revisão. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Mamária Marina Morais, André Pinho, André T. Magalhães, Ana Sofia Preto, António Cardoso, Isabel Amendoeira, José Luís Fougo, J Costa-Maia Marina Morais [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C113) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Quimioterapia neoadjuvante no cancro da mama: como predizer o resultado? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: -determinar quais os factores RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C112) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: RM e carcinoma lobular invasor: actualização RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Devido ao padrão de cresci- mento difuso, os carcinoma lobulares invasores (CLI), são mais propensos a diferente tamanho do tumor em mamografia e ecografia (ME) e a multifocalidade e multicentricidade. O objectivo foi determinar a influência da ressonância magnética (RM) na caracterização tumoral e resultados cirúrgicos. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 70 mulheres diagnosticadas com CLI, entre 1/01/07 e 31/03/14. Foram efectuadas 24 cirurgias conservadoras e 46 mastectomias. Foram avaliados a correlação entre o tamanho do tumor na RM e na histologia final e a alteração da atitude cirúrgica. Resultados: A RM correlacionou-se melhor que a ME com o tamanho do tumor na histologia (R=0, 748 Vs R=0, 710; p=0.001). Apenas 75, 7% mulheres foram inicialmente propostas HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 98 preditivos de resposta patológica completa (pCR) à quimioterapia (QT) neoadjuvante no cancro da mama -determinar quais os factores preditivos de ausência de resposta a QT neoadjuvante no cancro da mama A QT neoadjuvante deve ser equacionada nas doentes com tumores localmente avançados e que seriam candidatas a cirurgia conservadora da mama se apresentassem um tumor de menores dimensões apesar de não acarretar alterações na sobrevida global quando comparada com a QT adjuvante. Material e Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo que abrange o período entre Janeiro 2010 e Junho 2014. Incluídos os doentes com cancro da mama submetidos a QT neoadjuvante. Os dados foram analisados com recurso ao IBM SPSS statistics 20 através de regressão logística binominal estudando a relação entre factores clinico-patológicos e marcadores moleculares com a pCR e, também, com a ausência de resposta. Resultados: A amostra é constituída por 36 mulheres (28-84 anos); 7 delas apresentaram pCR. Relativamente aos factores preditivos de pCR, o único factor que se revelou estatisticamente significativo foi a presença de receptores de estrogénios positivos. Quanto aos factores preditivos de ausência de resposta nenhum dos analisados se revelou estatisticamente significativo. Discussão: A pertinência do estudo revela-se no facto de não se encontrarem definidos os factores preditivos de pCR à QT neoadjuvante. A presença de receptores de estrogénios foi o único factor que se revelou estatisticamente significativo. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Cirurgia Mamária Álvaro Gonçalves, Aires Martins, Manuel Ferreira, Bárbara Lima, Helena Devesa, Inês Gomes, Alberto Midões Álvaro Gonçalves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C114) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: O.S.N.A. (One Step Nucleic Acid Amplification), uma solução ou mais confusão? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A técnica do gânglio sentinela HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mantém-se como standard no tratamento cirúrgico do cancro de mama inicial. Os métodos intra-operatórios empregues no estudo da invasão metastática baseiam-se em métodos histoquímicos, que além da sensibilidade pouco elevada, não avaliam a totalidade dos gânglios, com resultados subjetivos entre observadores e protocolos diversos entre as várias instituições. Surge então o One Step Nucleic Acid Amplification (OSNA), método rápido e reprodutível, de amplificação e detecção molecular do mRNA da citoqueratina 19, capaz de ajudar à decisão clínica durante a cirurgia inicial, evitando reinternamentos para o esvaziamento axilar. Material e Métodos: Revisão da literatura Resultados: O OSNA tem uma boa correlação com os resultados da patologia clínica, com aumento da sensibilidade na detecção de micrometástases, e aumento dos esvaziamentos axilares. Com o estudo Z0011 a sugerir a omissão de esvaziamentos axilares em casos específicos, o papel do OSNA parece estar comprometido. No entanto, parece haver uma correlação entre aos resultados do OSNA e o número de metástases em gânglios não-sentinela, com predição dos doentes com maior risco. Discussão: Apesar das vantagens, o OSNA aumenta a indicação para esvaziamento axilar, o que contraria a tendência atual para o tratamento conservador do cancro de mama. Sugere-se então um papel (ainda por definir) na predição de gânglios não-sentinela metastizados, o que poderá orientar a criação/compleição de nomogramas influentes na decisão clínica do esvaziamento. Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE Cirurgia Mamária Fialho, Guilherme L.; Costa, Cristina S.; Reia, Marta O.; Mourato, Beatriz O.; Taré, Filipa G.; Rosado, Daniela G.; Soeiro, Eduardo F.; Barbosa, Ilda F. Guilherme Lourenço Fialho [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: rados, 347 realizaram CCM oncológica. O diagnóstico histológico foi de 317 CI e 30 CDIS. Foram realizadas 205 (58, 4%) tumorectomias com marcação prévia da lesão e em 260 (74, 0%) foram empregues técnicas oncoplásticas. O tamanho médio das lesões foi de 16, 8mm (10, 3 DP). Registaram-se 66 casos com margens cirúrgicas intraoperatórias com <1mm. Destes, 47 tiveram alargamento de margem por indicação do exame extemporâneo macroscópico intraoperatório, evitando 46 (13, 3%) casos de reoperações. Doze (3, 5%) doentes foram reoperados por margens positivas no exame anatomopatológico definitivo. Discussão: Este estudo revela uma taxa de re-excisões por margens cirúrgicas positivas após CCM muito inferior às encontradas na literatura. Os resultados estão provavelmente relacionados com o método de avaliação de margens intra-operatorias utilizado por esta unidade dedicada à patologia da mama. Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE Cirurgia Mamária Oom, R; Sousa, M; Nogueira, R; Santos, C; Vargas Moniz, J; Santos, A; Alves, R; Leal de Faria, J; Bettencourt, A. Rodrigo Oom [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C116) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Pesquisa do Gânglio Sentinela Axilar em neoplasias da mama, com recuso a fluorescência e corante azul patente? Casuística e Analise de Custo-Eficácia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pesquisa do gânglio sentinela axilar (GSA) em doentes com neoplasia da mama, permite um estadiamento adequado e uma redução da morbilidade associada à linfadenectomia axilar (LA). A nossa Unidade adotou a técnica de fluorescência com verde de indocianina (VdI) e o azul patente (AP) para pesquisar o GSA. Pretende-se apresentar a casuística da Unidade e a análise de custo-eficácia do procedimento. Material e Métodos: Fez-se uma analise retrospectiva dos casos de pesquisa do GSA, entre 01/07/2011 e 31/10/2014. A técnica consiste na injeção periareolar dos corantes VdI e AP, perioperatoriamente, seguida, da detecção de fluorescência com a Câmara Photodynamic Eye e excisão dos gânglios marcados. Fez-se ainda a analise dos custos deste método, comparando-os com a técnica de radioisótopos. Resultados: No período referido foram realizadas 72 intervenções, obtendo-se marcação do GSA em 93% dos casos. A histologia revelou 49 casos de negatividade, 1 caso de micrometastase (MicM), 17 casos de macrometases (MacM) e 5 casos inconclusivos. Os custos desta técnica incluem a aquisição do equipamento (22000?) e consumíveis (162, 3? x 72 = 11685, 6), somando 33685, 6?, enquanto que os custos associados à realização da técnica com radioisótopos varia entre 52438, 4? e 70739, 25?. Discussão: A pesquisa do GSA com VdI é uma técnica que revela uma boa relação custo-eficácia, sendo uma válida opção para Unidades que não dispõem de Medicina Nuclear. Com recurso a esta técnica foi possível poupar a LA em 73, 62% dos casos. HOSPITAL: Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C115) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Taxas de reintervenção em cirurgia conservadora da mama (CCM) inferiores a 5% – Perguntem-nos como... RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Margens positivas na CCM associam-se a aumento da recidiva local e implicam taxas de re-excisão até 72% segundo a literatura. Nesta Unidade de Mama, as margens cirúrgicas são avaliadas intraoperatoriamente por um exame macroscópico da peça, realizado por um anatómo-patologista. O objectivo deste trabalho é avaliar a taxa de re-excisão por margens positivas na CCM. Material e Métodos: Estudo retrospectivo e observacional em que se avaliam os doentes submetidos a CCM oncológica no ano de 2013. A margem foi considerada positiva quando < 1mm. Resultados: Dos 817 doentes ope- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 99 CAPÍTULO: Cirurgia Mamária AUTORES: Mourato M.B., Costa C., Reia M., Taré F., Fialho G., Rosado D., Delgado E., Dominguez J., Guerrero M., Romero M.A., Coelho A., Silva V., Messias F. Barbosa I. CONTACTO: Maria Beatriz Baptista de Oliveira Mourator EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C117) SESSÃO CO-MAMA TÍTULO: Taxa de Reintervenção Cirúrgica para Obtenção de RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 4 Margens Livres após Tumorectomia por Cancro da Mama- Estudo Retrospectivo de Sete Anos de uma Unidade Funcional de Patologia da Mama Objectivo/Introduçâo: O Tratamento Conservador do Cancro da Mama (TCCM), que envolve tumorectomia seguida de radioterapia, é atualmente o tratamento padrão para o cancro da mama nos estadios I e II. É uma técnica segura nos tumores detetados precocemente, pois fornece o mesmo nível de sobrevida global que a mastectomia, permitindo simultaneamente obter melhores resultados estéticos. Existem, no entanto, alguns factores que podem comprometer os resultados do TCCM, nomeadamente a multifocalidade do tumor ou a presença de um componente in situ. Quando a excisão tumoral não é completa ou as margens de segurança estão comprometidas, habitualmente é necessária uma re-intervenção, que pode consistir noutro procedimento conservador ou numa mastectomia. Os diversos estudos realizados sobre este tema apresentam taxas de re-intervenção entre 17 e 68%, o que reflete uma variabilidade significativa. São igualmente variáveis, os factores que contribuíram para essas taxas. Este estudo pretende analisar a taxa de re-intervenção cirúrgica para obtenção de margens livres após tumorectomia numa Unidade Funcional de Patologia de Mama, e das variáveis que possam influenciar essa taxa. Foi realizada uma análise retrospetiva dos processos clínicos dos doentes submetidos a TCCM no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2007 e 31 de Dezembro de 2013. Obteve-se uma amostra de 516 doentes, tendo 45 (8, 72%) doentes sido submetidas a re-intervenção para obtenção de margens livres. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Mamária Ana Catarina Pinho, Filipa Marujo, Paulina Viana Lopes, António Araújo, Caldeira Fradique Ana Catarina Valente dos Santos Pinho [email protected] 06-03-2015 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: abordagem da patologia nodular da Tiroide, e procurar critérios de risco para neoplasia da tiróide. Material e Métodos: Estudo retrospectivo baseado na colheita de dados do processo clínico referentes a todos os doentes submetidos a tiroidectomia e ou lobectomia num único serviço de Cirurgia Geral entre 1 de Janeiro de 2007 e 30 de Junho de 2014. Os dados recolhidos foram submetidos a análise estatística multivariada. Resultados: Foram efectuadas 533 intervenções em 509 doentes, 87% do género feminino e 13% do masculino, com uma idade média de 54, 2±13, 9 anos. Efectuou-se tiroidectomia total em 72, 9% dos doentes, lobectomia em 23% e tiroidectomia restante em 8.9%. A alta ocorreu em média aos 1, 11±0, 49 dias. A taxa de complicações global foi de 17, 2% (89, 8% Clavien-Dindo I/ II), e a de complicações definitivas de 2, 76%. A presunção pré-operatória de malignidade (classificação de Bethesda na citopunção categoria IV a VI), verificou-se em 10, 6% dos casos, porém a taxa de malignidade apurada na peça operatória foi de 30, 4%. Dos parâmetros analisados apenas a citologia aspirativa (p=0.0017) a presença de micocalcificações na ecografia (p <0, 0001) e a suspeição ao exame físico (p=0, 046) se revelaram bons preditores de malignidade. Discussão: No contexto da avaliação dos doentes com patologia nodular da tiróide constata-se a imperiosidade de dar relevância a outros parâmetros além da citologia aspirativa para maximizar a acuidade diagnóstica. Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE Cirurgia Endócrina Morais, H; Santos, AF; Neves, J; Ribeiro, M; Pinho, J; Vieira, V; Azenha, N; Borges, I; Dias, R; Fonseca, A; Conceição, L; Matos, A; Cecílio, J Henrique Morais [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C86) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Correlação entre o exame histológico, citológico e ecográfico de lesões malignas e suspeitas da glândula tiroideia. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A citologia aspirativa com agulha fina é um procedimento diagnóstico amplamente aceite, assim como a sua realização guiada por ecografia.Apesar de inúmeras publicações científicas terem identificado características ecográficas que conferem maior suspeita de malignidade a um determinado nódulo, não existem, ainda, critérios ecográficos com suficiente especificidade e sensibilidade que permitam o diagnóstico de malignidade.Objetivos:Avaliar os critérios ecográficos de suspeita de malignidade e de que forma podem predizer o resultado citológico e histológico.Em relação ao resultado citológico calcular a taxa de falsos positivos e falsos negativos através da análise histológica da peça operatória.Avaliar a taxa de falsos negativos no exame citológico para nódulos com mais de 3 cm. Material e Métodos: Retrospetivo. CAFJul2012-Jul2014, cujo resultado citológico foi suspeito ou maligno.Definimos como características de suspeição:forma irregular, contornos irregulares; microcalcificações, hipoecogenicidade marcada, hipoecogenicidade e dimensão AP Discussão: A combinação de 17H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C85) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Abordagem e tratamento da patologia nodular da tiróide: uma avaliação retrospectiva RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este trabalho visa proceder à avaliação retrospectiva dos resultados obtidos na Revista Portuguesa de Cirurgia 100 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: características ecográficas com o resultado citológico auxiliou na diferenciação entre nódulo suspeito e provavelmente maligno.A estratificação do risco permite definir a estratégia diagnóstica e terapêutica. Centro Hospitalar de Setúbal, EPE Cirurgia Endócrina Sofia Guerreiro, Catarina Bispo, Henrique Sobral Candeias, Maria do Rosário Eusébio, Luís Cortez Sofia Guerreiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C87) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Incidência de carcinoma em bócio: experiência de um ano RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Segundo a literatura, a incidên- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cia de carcinoma em bócio multinodular é de 5-10%. O objectivo deste trabalho é analisar a incidência de casos de carcinoma na análise histológica definitiva de tiroideias cuja citologia aspirativa com agulha fina (CAAF) era compatível com doença benigna. Material e Métodos: Análise dos processos clínicos de 237 doentes submetidos a cirurgia da glândula tiroideia, entre 1/1 e 31/12/2013, com diagnóstico pré-operatório de doença benigna. Resultados: Dos 321 doentes operados em 2013 num serviço de cirurgia, 238 (74%) tinham a última CAAF efectuada compatível com doença benigna. 36 desses 238 doentes (15%) tiveram o diagnóstico de carcinoma na análise histológica da peça operatória: 32 casos de carcinoma papilar, 3 de carcinoma folicular e 1 de medular. Nesses 36 doentes foram efectuados os seguintes tipos de ressecção: 28 tiroidectomias totais, 5 lobectomias e uma istmectomia (que tiveram depois de ser totalizadas) e 2 totalizações de tiroidectomia em doentes submetidos vários anos antes a lobectomia. Relativamente ao estádio destes carcinomas papilares: 15 eram T1aNx, 7 T1bNx, 2 T1aN1a, 3 T2Nx, 4 T3Nx e um T3N1a. Dos 3 carcinomas foliculares, 2 eram T3Nx e um T2Nx. O carcinoma medular foi estadiado como T1aNx. Discussão: A incidência de carcinoma em bócio foi superior ao descrito na literatura (15%) e nem sempre num estádio precoce, o que nos pode levar a reflectir sobre a importância dos exames pré-operatórios e a sua influência no posterior procedimento cirúrgico. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Endócrina Carmelino J ; Coutinho JM; Tavares AP; Barroso E Janine Andreia Rebelo Carmelino [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dos doentes eram do sexo feminino, com média de idades de 60, 1 anos. A calcémia pré-operatória média foi 11, 04mg/dl e o valor médio de PTHi, 278, 93µg/ ml. A ecografia cervical e a cintigrafia das paratiroideias com sestamibi foram as mais utilizadas na localização da lesão. O recurso à RMN cervico-torácica aumentou. A determinação da PTHi por punção bilateral das veias jugulares ecoguiada foi uma inovação, sendo positiva na identificação da lateralização da lesão em 40% e facilitando a opção cirúrgica. Optou-se pela exploração das paratiroideias ou a utilização de azul de metileno intra-operatório em 37, 7% e 4, 3%, respectivamente. A via de abordagem cirúrgica de eleição foi a cervicotomia de Kocker. A determinação da PTHi intra-operatória foi realizada em 67 doentes, verificando-se descida dos valores > 50% em 83, 5%. Em 75, 8% dos doentes houve necessidade de reposição de cálcio no pós-operatório imediato. Os resultados histológicos foram 49 adenomas, 15 hiperplasias e 1 carcinoma. A maioria das lesões tinha dimensões entre os 10 e 15mm. O tempo médio de internamento foi 4, 7 dias. Discussão: Os AA consideram útil a punção bilateral das jugulares ecoguiada, nos casos em que os exames clássicos pré-operatórios não são conclusivos. A cirurgia é eficaz na resolução dos sintomas associados. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Cirurgia Endócrina Rafael A (1); Silva S (1); Capella V(1); Correia D(1); Allen M (2); Torrinha J (1) Ana Rafael [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C89) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Nódulo da tiroide categoria Bethesda III: poderão os achados semiológicos e ecográficos ser preditores de malignidade? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O sistema Bethesda agrupa citologias da tiroide em 6 categorias, associando risco de malignidade e orientação terapêutica. 7% das citologias são Bethesda III (BIII)-atipia de significado indeterminado, não sendo consensual a orientação correta deste grupo Existem estudos sobre dados ecográficos para prever malignidade, no entanto, a maioria é prévia à classificação Bethesda e poucos focam o grupo III O presente trabalho pretende analisar o valor da ecografia e dados semiológicos na previsão de malignidade de nódulos BIII Material e Métodos: Estudo retrospetivo. Recolha de dados semiológicos e ecográficos dos casos BIII de Janeiro de 2011 a Agosto de 2014. Os nódulos foram agrupados em 3categorias de risco ecográficas baseadas no algoritmo TIRADs As variáveis categóricas foram estudadas com o teste Chi-quadrado/Fisher, as variáveis contínuas com o t teste independente e as categorias de risco ecográfico com uma regressão logística Resultados: Incluídos 38doentes (média de 51anos) com 21 taxa de malignidade. A análise univariada revelou como preditores de malignidade o contorno e calcificações(p Discussão: Os achados ecográficos podem ser úteis na decisão cirúrgica dos doentes BIII.Apesar de não existir uma diferença estatisticamente significativa, o presente estudo demons- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C88) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: HPT1º. Experiência nos Últimos 8 Anos e Meio RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O HPT1º é uma doença comum associada a várias comorbilidades. A cirurgia é tratamento de eleição. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, unicêntrico, de 69 doentes com HPT1º operados entre Jan/2006 e Jun/2014. Resultados: 89, 4% XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 101 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: trou uma clara tendência de risco que beneficiará com o aumento do número da amostra Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Cirurgia Endócrina Manuel A.V. Ferreira; Helena Devesa; Barbara Lima; Aires Martins; Álvaro Gonçalves; Francisco Fazeres; Irene Leitão; Alberto Midões Manuel Alexandre Viana Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C90) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Hiperparatiroidismo Primário: Abordagem Cirúr- gica e Resultados RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento cirúrgico do hiper- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: paratiroidismo primário (HPTp) evoluiu de uma abordagem clássica para técnicas de abordagem unilateral e, posteriormente, uniglandular. Pretendeu-se avaliar a persistência e recidiva, considerando as diferentes abordagens cirúrgicas. Material e Métodos: Revisão dos registos clínicos de doentes submetidos a paratiroidectomia (PT), com o diagnóstico de HPTp entre junho de 2006 e outubro de 2010. Resultados: Realizados 140 procedimentos cirúrgicos em 136 doentes – 86% F, 14% M, idade média 60 anos, PTH pré-operatória média de 279pg/mL. Identificaram-se 6 casos (4%) de persistência, com segunda intervenção em 4 doentes, e nenhum caso de recidiva (seguimento médio de 4, 4 anos). Realizadas 105 PT uniglandulares, 19 PT biglandulares e 15 PT subtotais. Verificada persistência em 9% das abordagens bilaterais (n= 69; 43 tiroidectomias totais associadas) – 2 casos de PT uniglandular, 2 PT biglandular, 1 PT subtotal e 1 caso sem identificação per-operatória de glândula anómala (posterior esternotomia e exérese de glândula ectópica). A abordagem foi unilateral em 24 doentes (lobectomia em 14 doentes) e seletiva em 47 (34%) dos casos, ambas sem persistência ou recidiva. Discussão: Os resultados demonstram um número elevado de casos de abordagem bilateral, condicionados por necessidade de tiroidectomia concomitante. As abordagens unilateral ou seletiva não se associaram a persistência ou recidiva. Os casos de persistência apresentam frequências semelhantes na PT biglandular (11%) e subtotal (7%). Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Endócrina P. Andrea-Ferreira, T. Bouça-Machado, L.Sá-Vinhas, J. Capela, L. Matos-Lima, J. Costa-Maia Patrícia Andrea Pinheiro da Silva de Sousa Ferreira e Bouça Machado [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: intra-operatório da PTH (ioPTH), permitiu a realização de cirurgia minimamente-invasiva. O nosso estudo pretende avaliar se existe um valor final de ioPTH que permita predizer o risco de persistência/recorrência da doença. Material e Métodos: Estudo de observância, retrospectivo. Análises dos doentes submetidos a paratiroidectomia entre 2003 e 2013, com recurso a doseamento de ioPTH. Os doentes foram divididos em 3 grupos baseados no valor final do doseamento de ioPTH. A persistência de hiperparatiroidismo foi definida como hipercalcemia (> 2, 42mmol/L) nos primeiros 6 meses de pós-operatório e a recidiva como hipercalcemia a partir dos primeiros 6 meses, ou a manutenção de sintomas compatíveis com HPT1º. Resultados: Analisados 58 doentes, com uma mediana de idades de 64 anos. A taxa de persistência foi de 10, 3% e recorrência de 3, 4%. 21 doentes tiveram doseamento final de ioPTH< 40pg/mL, 12 doentes com doseamento de 40-59pg/mL e 23 doentes com doseamento de >60pg/ mL. Não houve diferenças na morbilidade. O grupo com ioPTH >60pg/mL teve mais casos de persistência/recidiva (p60pg/mL(17, 4%;p Discussão: O risco de persistência, recidiva e de reintervenções é maior no grupo de doentes com doseamento de ioPTH?60pg/mL. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Endócrina Cláudia Paiva, Filomena Soares, Catarina Morais, Raquel Correia, José Polónia Cláudia Maria Linhas Paiva [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C92) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Metastização Ganglionar Lateral Síncrona no Carci- noma bem Diferenciado da Tiróide: Que Cirurgia? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A extensão do esvaziamento cervical terapêutico nos dts com metastização ganglionar lateral (MGL) por carcinoma bem diferenciado da tiróide (CBDT) é controversa. A opção cirúrgica da instituição neste contexto é o esvaziamento sistemático dos níveis II-VI, propondo-se os autores a rever os resultados desta abordagem. Material e Métodos: Análise retrospectiva de 55 dts tratados entre 01.2009 e 12.2013, por MGL síncrona de CBDT submetidos a tiroidectomia total com esvaziamento seletivo II-VI Resultados: A mediana da idade foi 46 anos. 74, 5% dos dts eram do sexo feminino. A adenopatia cervical palpável foi a forma de apresentação clínica em 40% dos casos, e a CBA foi diagnóstica em 96% dos dts. O carcinoma papilar foi o mais frequente (96, 4%). A mediana do tamanho do tumor foi 14 mm e 22% eram carcinomas micropapilares. 78% dos dts tinham MG no compartimento central. A mediana de gg metastizados no compartimento lateral foi de 3 em 21 isolados. A disfunção do nervo espinal acessório ocorreu em 41.8% dos dts. A taxa de hipocalcémia sintomática foi de 40% e 27, 3% destes dts necessitaram de cálcio aos 6 meses. A lesão do NLR ocorreu em 6 doentes, em 4 por invasão tumoral. A taxa de SG e SLD aos 5 anos foi de 95% e de 60%. Discussão: A morbilidade desta cirurgia tem impacto relevante na qualidade de vida dos dts. A frequência de metastização no compartimento central RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C91) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: PTH intra-operatória no hiperparatiroidismo primário RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento cirúrgico do hiperparatiroidismo primário (HPT1º)é a única hipótese de cura. O avanço nos estudos de localização pré-operatória das paratiróides, associada ao doseamento Revista Portuguesa de Cirurgia 102 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: justifica a sua necessidade. De acordo com a literatura, a localização e o nº de ggs laterais metastizados poderão permitir esvaziamentos laterais mais selectivos Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE Cirurgia Endócrina Cátia Ribeiro1, Cláudia Araújo1, José Carlos Pereira1, Alexandre Sousa1, Manuel Jácome2, Pedro Antunes1, Laurinda Giesteira1, Dora Cunha1, Augusto Moreira1, Cristina Sanches1, Jorge Guimarães1, Abreu de Sousa1 Catia Raquel Lopes Ribeiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C93) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Adenomas Paratiroideus de Grande Volume RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os adenomas da paratiroide HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: são a causa mais frequente de hiperparatiroidismo primário. A maioria oscila entre 70 mg a 1 g. Os adenomas gigantes com mais de 3, 5 g são particularmente raros. Material e Métodos: Revisão dos registos clínicos de doentes submetidos a paratiroidectomia entre 1/ 2002 e 1/ 2012, para avaliar as características dos adenomas de grande volume e compará-las com as dos de menor peso Resultados: Foram selecionados 132 casos de adenoma entre os doentes operados por hiperparatiroidismo primário e divididos em 3 grupos: 3, 5g(n=15). < 1 g 1-3, 5 g >3, 5g p Peso médio(mg) 503 1789 7415 – Idade média(anos) 60 57 60 0, 609 Sexo masculino/feminino 8/72(11%) 8/29(28%) 4/11(36%) 0, 174 PTH(pg/ml) 149, 7 339, 0 953, 9 Discussão: Os adenomas paratiroideus mais pesados eram significativamente de maiores dimensões, com níveis mais elevados de PTH e de calcemia pré-operatórios. No pós-operatório cursaram com valores mais elevados de calcemia mas níveis mais baixos de PTH, o que poderá estar relacionado com a demora na queda de elevados valores séricos de cálcio e com maior frenação das restantes glândulas. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Endócrina João Capela, Patrícia Andrea Ferreira, Matos Lima, J. Costa Maia João Capela Costa [email protected] CONTACTO: EMAIL: rio. Desse total foram excluídos inicialmente 18 pacientes, 17 por ausência de registos de dados e 1 por morte no pós-operatório. Assim sendo, da amostra final fazem parte um total de 70 pacientes, com média de idades 49 anos; 53 dos quais em programa de hemodiálise, 5 em diálise peritoneal e 5 transplantados renais. Resultados: Tendo em conta o valor de referência de PTH de 300pg/mL (guidelines do KDOQI), e as definições de hiperparatiroidismo persistente e de hiperparatiroidismo recorrente, constatou-se persistência de hiperparatiroidismo secundário(HPTS) em 13 pacientes(18, 6%) e recorrência de HPTS em 3 deles(4, 3%). Dos 13 doentes em que se constatou persistência do HPTS, 6 foram submetidos a nova intervenção cirúrgica e uma nova exploração cirúrgica em 1 doente do grupo das recorrências. Discussão: As re-operações são desafiantes, estando relacionadas com taxas mais altas de complicações. A persistência do HPT geralmente resulta de ressecção inicial incompleta e/ou de glândula supranumerária ou ectópica e em aproximadamente 15% dos casos necessita nova intervenção. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Endócrina Catarina Morais, Filomena Soares, Cláudia Paiva, Raquel Correia, Vitor Valente, Moreira da Costa, José Polónia Ana Catarina Afonso Morais Fernandes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C95) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Hiperparatiroidismo primário – tratamento cirúrgico. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hiperparatiroidismo primá- rio (HPT 1º) é uma doença endócrina comum. O tratamento cirúrgico é a única hipótese de cura. Durante muitos anos a abordagem cervical bilateral era a única opção cirúrgica. Os avanços nas técnicas de localização pré-operatória e o doseamento da PTH intra-operatória (ioPTH) permitiram a realização de cirurgia dirigida às glândulas patológicas. O objectivo do nosso trabalho é avaliar do tratamento cirúrgico do HPT 1º Material e Métodos: Estudo de observância, retrospectivo. Análises dos doentes submetidos a paratiroidectomia por HPT 1º, no período de tempo 2003 e 2013. Resultados: Foram operados 121 doentes por HPT 1º, com uma mediana de idades de 64 anos. 75% são do sexo feminino. O tempo de internamento pós-operatório foi de 4 dias. Foi realizado doseamento de ioPTH em 58 doentes (48%). O tempo de cirurgia foi semelhante entre este grupo e o grupo de doentes que não realizou doseamento de ioPTH (80 minutos versus 76 minutos; p>0, 05). A hipocalcemia foi a complicação pós-operatória mais frequente (9%). A taxa de persistência foi de 8% (10 doentes) e de recidiva 2, 5% (3 doentes). Dos doentes com recidiva ou persistência, 6 (5%) foram reintervencionados, 5 dos quais com resolução do quadro clínico. Discussão: O tratamento cirúrgico do HPT1º é seguro e eficaz. Em casos de persistência/ recidiva a reintervenção é uma possibilidade que uma elevada taxa de cura. HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Endócrina RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C94) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Hiperparatiroidismo Secundário: Persistência vs Recorrência RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O objectivo deste trabalho passa por documentar a nossa experiência na cirurgia de hiperparatiroidismo secundário. Constatar as taxas de recidiva/persistência e quais as estratégias terapêuticas subsequentes. Material e Métodos: Entre o período de 1 de Janeiro de 2003 e 31 de Dezembro de 2013, um total de 88 pacientes foram submetidos a paratiroidectomia com o diagnóstico de hiperparatiroidismo secundá- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 103 AUTORES: Cláudia Paiva, Filomena Soares, Catarina Morais, Raquel Correia, José Polónia. CONTACTO: Cláudia Maria Linhas Paiva EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C96) SESSÃO CO-ENDOCRINAS TÍTULO: Paratiroidectomia iatrogénica durante tiroidectomia RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: total: condições favorecedoras e repercussão na calcémia Objectivo/Introduçâo: Identificar condições eventuais favorecedoras da excisão inadvertida de paratiróides (PTi) durante tiroidectomias totais e observar o tipo de alterações na calcémia pós-operatória relacionadas com a PTi. Material e Métodos: Foram submetidos a tiroidectomia total 326 doentes de Janeiro de 2011 a Dezembro de 2013. Em 250 (77%) doentes (Grupo I) não se observou PTi. Em 76 (23%) doentes (Grupo II) ocorreu PTi: 1 paratiróide em 59 (18%) e 2 paratiróides em 17 (5%). Avaliou-se a hipocalcémia pós-operatória nos dois grupos e estudou-se as características anatomopatológicas das PTi. Resultados: Não houve hipocalcémias definitivas. Houve hipocalcémia transitória em 141 doentes (56, 4%) do Grupo I e em 62 (81, 6%) do Grupo II. O decréscimo da calcémia foi mais significativo no Grupo II, mas não foi influenciado pelo número de paratiróides removidas. A anatomopatologia identificou 74 paratiróides extra-tiroideias e 19 intra-tiroideias. Das 74 extra-tiroideias, 42 (57%) tinham morfologia alterada (estroma adiposo abundante). A análise estatística revelou que o risco de PTi aumentou quando as paratiróides tinham morfologia alterada ou eram intra-tiroideias. Não houve relação significativa entre a PTi e: as características macroscópicas da tiróide; a patologia; linfadenectomia associada Discussão: Paratiróides intra-tiroideias ou com morfologia alterada aumenta o risco de excisão iatrogénica em 20 vezes. A preservação das paratiróides não elimina mas oferece hipocalcémias transitórias menos acentuadas após tiroidectomia total. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Endócrina Catarina Melo, António Bernardes, Fernando Melo, Fernando José Oliveira Catarina Melo [email protected] CONTACTO: EMAIL: uma mulher, 39 anos, com dor no hipocôndrio esquerdo com 6 meses de duração. Refere história de acidente de viação 1 mês antes do início da dor, mas na altura do mesmo não foi observada em nenhum serviço de saúde. Sem outros antecedentes pessoais relevantes. Por agravamento da dor realizou uma TC Abdominal que revelou uma lesão quística do baço de 19 cm de diâmetro. Foi realizada uma fenestração do quisto via laparoscópica, com o intuito de preservar a função esplénica. A anatomia patologia revelou tratar-se de um pseudoquisto do baço. A doente teve alta ao 2º dia pós operatório. Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE quisto esplenico Miguel Cunha, Kalina Hristova, Nicole Cardoso, Victor Hugo, Diogo Veiga, João Melo, Juan Rachadell, Edgar Amorim, M. Americano Miguel Fernandes da Conceição Cunha [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V46) SESSÃO V-VÁRIOS 2 TÍTULO: Pseudoquisto do Baço RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente do sexo feminino, 33 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: anos, enviada pelo médico de família por quisto do baço 10x12 cm. Por queixas de epigastralgias e pirose realizou Endoscopia Digestiva Alta que evidenciou compressão extrínseca do fundo gástrico. Realizou posteriormente TC que descreveu Volumosa lesão a nível do baço com dimensões de 12x10cm, de conteúdo liquido homogéneo e de paredes parcialmente calcificadas de provável natureza quística. A doente foi submetida a fenestração de quisto esplenico VL. Foi colocado dreno aspirativo no espaço subfrenico esquerdo. O pós-operatório decorreu sem complicações. O exame histológico foi compatível com pseudoquisto do baço. Centro Hospitalar de Setúbal, EPE Cirurgia do Baço André Batista, Pedro Vieira, Margarita Gonzalez, Joana Almeida, Rita Baía, Margarida Correia, Aurora Pinto, Rui Garcia André Santos Batista [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V47) SESSÃO V-VÁRIOS 2 TÍTULO: Aspetos técnicos da cardiomiotomia com fundopli- SALA 5 06-03-2015 catura no tratamento da acalásia 08H00 RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tratamento cirúrgico da aca- lásia através da miotomia do cardia foi descrito pela primeira vez por Heller em 1913. É um procedimento altamente eficaz e constitui atualmente o procedimento padrão para o tratamento desta disfunção esofágica. A associação da fundoplicatura a esta cirurgia diminuiu a incidência de refluxo gastro-esofágico, uma complicação inicialmente comum. A via laparoscópica acresce os benefícios desta abordagem e é a abordagem mais utilizada hoje em dia. O diagnóstico correto, a seleção adequada dos doentes e a técnica cirúrgica são fundamentais para o sucesso deste procedimento. Material e RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V45) SESSÃO V-VÁRIOS 2 TÍTULO: Quisto esplénico volumoso – Abordagem laparos- copica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos esplénicos são raros, geralmente encontram-se associados a história de trauma, infecção ou enfarte. Este vídeo retrata o caso de Revista Portuguesa de Cirurgia 104 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Métodos: Vídeo com descrição e considerações sobre a técnica cirúrgica da cardiomiotomia com fundoplicatura por via laparoscópica. Resultados: Os autores apresentam a técnica cirúrgica que utilizam preferencialmente, com destaque para: mobilização adequada do esófago torácico; disseção conservadora do cárdia; miotomia gástrica extendida com vista à diminuição da disfagia tardia; associação da fundoplicatura de Dor para prevenção da doença de refluxo gastroesofágica iatrogénica, sem aumento da disfagia e a que se associa o benefício da proteção da miotomia. Discussão: A cardiomiotomia com fundoplicatura por via laparoscópica para o tratamento da acalásia é um procedimento seguro, altamente eficaz a curto e longo prazo e com reduzidos efeitos secundários. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Pedro Soares-Moreira, Carlos Nogueira, Mário Marcos, Jorge Santos Pedro Soares Moreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V49) SESSÃO V-VÁRIOS 2 TÍTULO: Volumoso paraganglioma retro-peritoneal – um diagnóstico raro RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os paragangliomas, tal como RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V48) SESSÃO V-VÁRIOS 2 TÍTULO: Pé Diabético Séptico: Desbridamento Cirúrgico De Urgência RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objectivo: Demonstração vide- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ográfica de desbridamento cirúrgico de pé diabético séptico. Introdução: As infecções moderadas e graves requerem tratamento urgente. Estes doentes, devem ser internados para início de antibioterapia e tratamento cirúrgico urgente, com colheita de material para microbiologia. O tratamento urgente tem como objectivos controlar o foco séptico e minimizar o efeito altamente destrutivo da infecção em compartimento fechado. Material e Métodos: Caso clínico: Homem de 48 anos, antecedentes de DM2 e internamento anterior por pé diabético séptico em 2012. Medicado com antidiabéticos orais. Recorre à consulta externa de pé diabético com ferida infectada com exsudato do terço distal da face plantar do pé esquerdo e celulite associada do dorso do pé com 5 dias de evolução. Procedeu-se a desbridamento cirúrgico com abertura da fáscia plantar com colheita de exsudato e tecido desvitalizado para microbiologia. Incisão de drenagem na face dorsal. Posteriormente foi internado com realização de desbridamentos seriados e tratamento local. Discussão: O tratamento do pé diabético é uma verdadeira urgência médico-cirúrgica. Um diagnóstico atempado e tratamento célere e adequado evita a perda do membro. O desbridamento cirúrgico urgente está indicado sempre que existir fleimão ou abcesso contido num compartimento relativamente rígido. Este pode ser realizado na consulta externa, pequena cirurgia, ou na enfermaria sob condições de assépsia mínimas. Centro Hospitalar Lisboa Central Pé diabético Viveiros, Octávio; Figueiredo, Joana; Cavadas, Daniela; Formiga, Ana; Neves, José Antunes Octávio Domingos Maciel Viveiros [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: os feocromocitomas, são tumores neuroendócrinos com origem nas células cromafins. Localizam-se em 80-85% dos casos na medula supra-renal. Quando têm origem extra-adrenal, são designados de paragangliomas. Têm uma incidência muito baixa e são muitas vezes assintomáticos e apenas diagnosticados quando surgem complicações resultantes do seu volume ou metástase concomitantes. O seu diagnóstico baseia-se no doseamento bioquímico dos seus produtos de secreção e no estudo imagiológico. A cirurgia constitui o seu único tratamento curativo. Material e Métodos: Caso clínico Resultados: Homem de 51 anos de idade que recorre ao serviço de urgência por quadro de febre, dor abdominal com irradiação para o dors o e vómitos pós-prandiais, com 4 dias de evolução. O TC abdominal revelou volumosa massa neoplásica, com cerca de 16x10cm de diâmetro, bem delimitada, com captação heterogénea de contraste e áreas não captantes por provável necrose. Diagnósticos diferenciais: GIST, sarcoma retroperitoneal ou tumor desmóide. Realizou RM que confirmou volumosa neoformação, que desvia anteriormente o colón transverso e o pâncreas, comprimindo a face anterior do rim esquerdo, contactando com estas estruturas sem planos de clivagem. Submetido a biópsia que revelou neoplasia de padrão epitelial que sugere natureza hepatocelular. Decide-se a exploração cirúrgica por via laparotómica com exérese da totalidade da lesão, respeitando as estruturas vizinhas. O exame histológico foi compatível com Paraganglioma. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Retrperitoneu Fonseca, S. (1), Francisco, E. (1), Campos, J. (2), Marcos, N. (1), Lucas, MC.(1), Pereira, B. (1 ), Carvalho, C. (1), Maciel, J. (1) Sofia Filomena Pereira Fonseca [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V50) SESSÃO V-VÁRIOS 2 TÍTULO: GIST gástrico: gastrectomia parcial atípica laparos- cópica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A ressecção completa com margens livres é o tratamento de escolha do tumor do estroma gastrointestinal (GIST). O comportamento biológico único destes tumores permitiu a expansão da cirurgia minimamente invasiva ao seu tratamento. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso clinico de GIST gástrico tratado por via laparoscópica. Resultados: Mulher, 68 anos, com lesão gástrica suspeita de GIST após estudo inicial por queixas dispépticas. Endoscopia digestiva alta revela lesão pseudopolipóide gástrica, bem delimitada. Estudo complementado com TC e ecoendoscopia mostra na parede interna do XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 105 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores de Klatskin, so 1/3 superior do corpo gástrico lesão vegetante com cerca de 20mm de diâmetro, sem lesões secundárias. Submetida a gastrectomia parcial atipica laparoscópica, que decorreu sem intercorrências. Resultado anatomopatológico viria a confirmar GIST gástrico e ressecção R0. Pós-operatório favorável, encontrando-se doente assintomática e em seguimento clinico. Discussão: Os autores quiseram mostrar um caso onde é visível a segurança e eficácia, já descritas na literatura, da via laparoscópica na abordagem do GIST gástrico. Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Rui Rainho, Manuel Mega, Sergiu Usurelu, António Gouveia Rui Tiago Fonseca Rainho [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V51) SESSÃO V-VÁRIOS 2 TÍTULO: Hérnia para-esofágica gigante tipo III: Operação de Nissen laparoscópica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este trabalho tem como objec- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tivo a apresentação em suporte vídeo de cruroplastia com fundoplicatura de Nissen laparoscópica em doente com hérnia para-esofágica gigante tipo III. Material e Métodos: Doente do sexo masculino, com 79 anos, com hérnia para-esofágica gigante contendo praticamente todo o estômago (corpo, fundo e antro) no mediastino. Com dois internamentos prévios por encarceramento que evoluíram favoravelmente com tratamento médico. Submetido a cruroplastia com fundoplicatura de Nissen por via laparoscópica. Apresentou boa evolução e teve alta no 8º dia pós-operatório. Sem qualquer queixa na consulta do 2º mês pós-op. Discussão: As hérnias de hiato dividem-se em 4 tipos, sendo o diagnóstico estabelecido maioritariamente através da endoscopia. O tipo III é raro e consiste na herniação do esófago abdominal e de praticamente todo o estômago na cavidade torácica. As hérnias para-esofágicas são consideradas gigantes quando pelo menos 33% do estômago se encontra na cavidade torácica; nestes casos a terapêutica cirúrgica é o único tratamento definitivo disponível. Actualmente o tratamento cirúrgico laparoscópico constitui um método efectivo e seguro na reparação das hérnia de hiato, minimizando deste modo a agressão de uma laparotomia, tal como é demonstrado neste vídeo. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Manuela Fernandes, César Prudente, Sandra Coelho, Júlio Marques, Pedro Caldes, Gina Oliveira, Maria João Ferreira, Mafalda Couto, Rita Loureiro, Horta Oliveira Manuela Maio Graça Fernandes [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: colangiocarcinomas raros, cujo diagnstico, preparao pr-operatria e teraputica cirrgica, deve estar protocolada nas instituies de referncia, na qual estes doentes so tratados. Neste trabalho, os autores apresentam uma tcnica cirrgica como tratamento de um tumor de Klatskin tipo II, tendo como objectivo a ilustrao do tratamento desta situao, mostrando para isso a tcnica standardizada praticada na instituio qual pertencem. Material e Métodos: Apresentao de caso clnico, sob a forma de um vdeo, no qual ilustramos uma hepatectomia esquerda alargada ao segmento I, com linfadenectomia do ligamento hepato-duodenal, resseco da via biliar e hepatico-jejunostomia em Y de Roux, referente a um doente de 71 anos de idade, sexo masculino, que deu entrada na nossa instituio por um quadro de colangite, cujo estudo etiolgico revelou uma leso nodular pericentimtrica da confluncia da via biliar, compativel com tumor de Klatskin. Discussão: O doente, foi proposto para drenagem externa da via biliar por CPT, do fgado direito, e os colangiogramas obtidos confirmaram o envolvimento tumoral da confluncia biliar; 34 dias aps, foi re-internado electivamente e submetido cirurgia descrita, tendo tido alta, sem complicaes, ao 8 dia ps-operatrio. A histologia da pea confirmou a suspeita pr-operatria: ADENOCARCINOMA DA VIA BILIAR proximal envolvendo o ducto heptico comum e ductos biliares intra-hepticos, da confluncia, sem metstases ganglionares regionais. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Marta Guimarães, Vera Oliveira, Pedro Rodrigues, Joana Magalhães, Domingos Rodrigues, Gil Gonçalves, Mário Nora Marta Filomena Gonçalves de Castro Guimarães [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V53) SESSÃO V-VÁRIOS 2 TÍTULO: Abordagem Laparoscópica de Linfangioma Cístico Retroperitoneal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os linfangiomas císticos são tumores benignos raros do sistema linfático. A grande maioria desenvolve-se nas crianças, sendo extremamente raro nos adultos. A sua localização é diversa representando o retroperitoneu um dos locais menos frequentes. A maioria é assintomática, pelo que a sua deteção é um achado em estudos imagiológicos. O tratamento de escolha é a resseção cirúrgica. Apresentamos o vídeo da exérese de um linfangioma cístico retroperitoneal por via laparoscópica. Mulher de 53 anos enviada à Consulta de Cirurgia Geral por apresentar uma formação cística medial à cauda do pâncreas com cerca de 7cm de origem indeterminada por ecografia abdominal. Foi realizado estudo complementar por TC abdominal e RMN abdominal que revelou tratar-se de uma lesão de 8cm localizada entre o corpo gástrico e a cauda do pâncreas compatível com linfangioma. Foi submetida a exérese de lesão por via laparoscópica que se encontrava aderente à face posterior do estômago, mas sem continuidade com a mesma. O internamento decorreu sem intercorrências e teve alta RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V52) SESSÃO V-VÁRIOS 2 TÍTULO: Hepatectomia esquerda alargada ao segmento I, ressecção da via biliar, e hepatico-jejunostomia em Y de Roux por tumor de Klatskin tipo II Revista Portuguesa de Cirurgia 106 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 5 ao 3º dia pós-operatório. O estudo anátomo-patológico confirmou o diagnóstico de linfangioma. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Linfangioma Cístico Retroperitoneal/Tumor Linfático Liberal, M.; Louro, H.; Ferreira, J.; Marcos, N.; Gandra, L.; Pereira, B.; Maciel, J. Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreia [email protected] 06-03-2015 17H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V001) SESSÃO V-HBP TÍTULO: Operação de Frey RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite crónica carac- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: teriza-se pela destruição inflamatória progressiva do parênquima pancreático, associado a dor crónica e perda das funções exócrinas/endócrinas. O tratamento destes pacientes constitui um desafio: pelas limitações no completo entendimento da doença, imprevisibilidade da sua evolução clínica e controvérsias quanto às opcções terapêuticas. Material e Métodos: Apresentação de caso clínico – vídeo – ilustrando uma operação de ressecção e drenagem pancreática – operação de Frey, num doente de 37 anos de idade, sexo masculino, com antecedentes de alcoolismo, seguido em consulta de cirurgia geral e dor multidisciplinar por pancreatite crónica, sem insuficiência endócrina/exócrina, com dor crónica sob tratamento opidóide. Este doente apresentava, desde 2006 até Maio de 2014, 19 internamentos por agudização das queixas álgicas. Em Maio do presente ano, recorreu à nossa consulta por ictericia obstrutiva, tendo feito TAC pancreático e ColangioRMN que documentaram 2 pseudocistos, uma ao nível do corpo/cauda com 6 cm e um outro com 3 cm ao nível da cabeça pancreática. Discussão: O doente foi proposto para tratamento cirúrgico pela ocorrência “de novo” de icterícia obstrutiva, associada a dor crónica intratável e submetido a cirurgia de ressecção e drenagem. No pós-operatório imediato foi re-operado por hemorragia digestiva. Aos 30 dias de pós-operatório re-avaliado em consulta externa: ganho ponderal de 4 Kg e sem necessidade de qualquer analgesia. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Vera Oliveira, Gil Gonçalves, Marta Guimarães, Pedro Rodrigues, Domingos Rodrigues, Mário Nora Marta Filomena Gonçalves de Castro Guimarães [email protected] CONTACTO: EMAIL: hepatopatia crónica alcoólica (classe A de Child, Meld 6), foi detectado, numa ecografia de rotina, um nódulo hepático nos segmentos IV/VIII com 6, 3 cm; os marcadores tumorais eram normais. A lesão era fortemente sugestiva de hepatocarcinoma (HCC) e encontrava-se na vizinhança imediata da veia supra-hepática direita pelo que se decidiu realizar uma quimio-embolização com micro-esferas de Doxirubicina. Esta terapêutica foi coroada de sucesso com redução do diâmetro da lesão (5, 8 cm) e “ afastamento” dos eixos vasculares. Foi-lhe proposta uma meso-hepatectomia que o doente veio a aceitar. No vídeo mostrar-se-ão as diferentes fases da intervenção em que foi utilizada a abordagem supra-hilar dos pedículos glissonianos. A ressecção dos segmentos IV/V/VIII foi feita após controlo de todos os elementos vasculares e com clampagem, selectiva e intermitente dos pedículos sectoriais. O doente não foi transfundido e o pós-operatório decorreu sem incidentes. O exame histopatológico confirmou o diagnóstico de HCC. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Francisco Castro e Sousa, Henrique Alexandrino, Mª João Kock, Fernando Azevedo, Ana Luísa Almeida, Sandra Amado Francisco José Franquera Castro e Sousa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V003) SESSÃO V-HBP TÍTULO: Segmentectomia do III RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Quase 50% dos doentes sub- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V002) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO V-HBP TÍTULO: Meso hepatectomia por hepatocarcinoma sobre cir- rose RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Num doente de 74 anos, do CONTACTO: EMAIL: sexo masculino, sofrendo de HTA, diabetes mellitus e metidos a ressecção do tumor cólico, vão desenvolver doença hepática metácrona. A ressecção cirúrgica da totalidade das metástases hepáticas juntamente com a quimioterapia (QT), aumentam de forma significativa a sobrevida destes doentes. Resultados: Os autores apresentam um caso de uma mulher com 72 anos, com antecedentes de duas neoplasias síncronas da transição rectosigmoideia, submetida a sigmoidectomia em Junho 2012 (pT3G2N2). Foi proposta para quimioterapia adjuvante tendo realizado seis ciclos de QT com capecitabina até Novembro de 2012. No fim de Outubro de 2013, e após exames de follow-up, foi detectada metástase única hepática no segmento III. A doente foi submetida a segmentectomia do III em Dezembro 2013, que decorreu sem intercorrências, assim como o pós-operatório. O exame histológico da peça operatória confirmou a presença de metástase hepática de adenocarcinoma moderadamente diferenciado compatível com proveniência de primário de origem cólica. Actualmente a doente encontra-se assintomática e sem evidência de novas lesões metastáticas. Discussão: A cirurgia é o tratamento standard na doença hepática metastástica colorectal e parece constituir a única hipótese de cura nestes doentes. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Joana Magalhães, Pedro Rodrigues, Marta Guimarães, Domingos Rodrigues, Gil Gonçalves, Mário Nora Joana da Silva Magalhães [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 107 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V004) SESSÃO V-HBP TÍTULO: Síndrome de Bouveret: uma solução laparoscópica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Síndrome de Bouveret é uma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: forma rara de ileus biliar caracterizada pela migração e impactação de cálculos no duodeno ou estômago através de uma fístula colecistoentérica, causando obstrução. Existem apenas cerca de 300 casos reportados mundialmente sendo o protótipo referente a doentes do sexo feminino, com várias comorbilidades, na 7ª-8ª décadas de vida. A taxa de mortalidade ronda os 10-30%. O tratamento assenta na combinação de uma terapêutica endoscópica e cirúrgica. A questão remanesce no tipo de abordagem a realizar e se a colecistectomia, com encerramento da fístula concomitante, deve ser realizada. Resultados: Os autores apresentam o caso de uma mulher de 54 anos, que recorre ao Serviço de Urgência por quadro de astenia, pirose, dispepsia e náuseas com cerca de 1 mês de evolução e recentemente com vómitos alimentares pós-prandiais imediatos. Após realização de EDA e TC abdominal constatou-se a presença de dois cálculos volumosos na 1ª porção do duodeno, causando obstrução quase total do lúmen, associada a fístula colecistoduodenal, confirmando o diagnóstico de Síndrome de Bouveret. Foram realizadas tentativas de remoção endoscópica, sem sucesso. Foi posteriormente submetida a gastrotomia laparoscópica com remoção dos cálculos, protelando-se o tratamento cirúrgico definitivo para segundo tempo. Discussão: Este caso reporta-nos a uma entidade rara que impõe ainda um grande desafio ao nível do tratamento cirúrgico definitivo mas em que a cirurgia laparoscópica se mostra promissora. Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Rita Castro (1), Luís Bernardo (1), Joana Mendes (1), Ana Catarina Rego (2), Filipa Ávila (2), Emanuel Silva (1), Tiago Rama (1), Ana Goulart (1), Ana Teresa Bernardo (1), Ricardo Borges (1), Catarina Moura (1), António Melo (1) Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: retroperitoneoscópica) parece diminuir a morbilidade do procedimento. Material e Métodos: Revisão retrospetiva de processo clínico. Resultados: Mulher de 80 anos internada por PA biliar grave (falência respiratória persistente) com evolução para NPI ao 2º dia de internamento. Infeção local e sépsis controladas com drenagens por via percutânea e antibioterapia, com evolução para WON. Submetida a necrosectomia pancreática laparoscópica e colecistectomia ao 80º dia de PA. Boa evolução pós operatória (PO), teve alta ao 9º dia PO com resolução imagiológica da WON praticamente completa. Discussão: A necrosectomia pancreática transperitoneal é o último degrau no tratamento da NPI. No caso apresentado a abordagem por laparoscopia foi tecnicamente exigente mas exequível, permitiu o tratamento da etiologia, e associou-se a uma rápida recuperação pós operatória. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Isabel Caldas, Pedro Rodrigues, Mariana Santos, Leonor Matos, Domingos Rodrigues, Gil Gonçalves, Mário Nora Isabel Caldas [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V006) SESSÃO V-HBP TÍTULO: Segmentectomias hepáticas em doente com metás- tases de carcinoma colo-rectal e “blue-liver” RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Uma doente de 33 anos foi RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V005) SESSÃO V-HBP TÍTULO: Necrosectomia pancreática laparoscópica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite aguda (PA) é uma das patologias urgentes mais frequentes na Cirurgia, sendo que 20% têm um curso grave. A gravidade da PA prende-se com a disfunção de orgão, segundo os critérios de Marshall, e complicações locais, a mais severa das quais a necrose pancreática infectada (NPI). O “step-up approach” é consensualmente aceite como a abordagem preferencial da NPI por estar associada a diminuição significativa da morbilidade. Nos casos em que é necessária a necrosectomia cirúrgica, idealmente após formação de “walled-off necrosis” (WON), a abordagem minimamente invasiva (laparoscópica ou HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 108 internada em Maio de 2013 num Hospital Distrital por diverticulite aguda. Uma colonoscopia, realizada meses depois, diagnosticou uma neoplasia da sigmoide com metástases hepáticas síncronas que motivou uma sigmoidectomia (T4b, N1b, M1) em Agosto de 2013. Após seis ciclos de Folfox foi enviada a uma consulta para tratamento de três lesões metastáticas: uma de grandes dimensões (6cm) no segmento IV, outra no segmento II com 7mm e uma terceira no segmento VIII com 12 mm. Foi decidido propô-la para exérese cirúrgica o que a doente veio a aceitar, . No video detalhar-se-ão os diferentes passos da intervenção em que se comprovou existir um síndrome de obstrução sinusoidal, confirmado, aliás, pelo estudo histológico. Com clampagens pediculares intermitentes foi realizada uma exérese atípica dos segmentos IV+II e uma subsegmentectomia II. A ecografia per-operatória, com contraste, não permitiu detectar qualquer lesão no segmento VIII. O pós-operatório decorreu sem acidentes e a doente foi submetida a quimioterapia adjuvante. Dez meses após a intervenção não apresenta sinais clínicos, biológicos ou imagiológicos de recidiva. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Francisco Castro e Sousa, José Guilherme Tralhão, Henrique Alexandrino, Soraia Silva, Ana Luísa Macedo, Paula Moura Francisco José Franquera Castro Sousa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V007) SESSÃO V-HBP TÍTULO: Síndrome de Mirizzi: qual o Limite da Laparoscopia? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Síndrome de Mirizzi (SM) é HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: uma complicação rara da colelitíase. É a compressão extrínseca obstrutiva da via biliar principal (VBP) por cálculos impactados na vesícula ou canal cístico. É classificado em 5 tipos, sendo a sua abordagem cirúrgica um desafio. Material e Métodos: Mulher de 47 anos com colelitíase sintomática com 3 anos de evolução. No dia anterior à colecistectomia laparoscópica (CL) programada, recorre ao serviço de urgência por dor no hipocôndrio direito e vómitos. Analiticamente padrão colestático. Ecografia abdominal: cálculo de 13mm na VBP. Proposta para CL com exploração da VBP. Resultados: Laparoscopia exploradora: cálculo no que parecia ser a bolsa de Hartmann; após várias tentativas de identificação do cístico detecta-se fístula colecistocoledocociana – SM tipo IV – e o cálculo no colédoco distal. Colangiografia: confirmação da distorção anatómica. Converte-se para confirmação destes achados. Realiza-se resseção em bloco da vesícula e VB afectada, sutura do colédoco distal e hepaticojejunostomia em Y-Roux. Pós-operatório com fistula biliar de baixo débito 3 dias. Follow-up sem intercorrências. Discussão: A abordagem cirúrgica do SM é muito controversa pela dificuldade diagnóstica pré e intra-operatória e complexidade do tratamento cirúrgico definitivo, sendo a taxa de conversão elevada. Neste caso a abordagem laparoscópica na disseção e identificação das estruturas foi possível. A finalização por laparoscopia ou via aberta em cada caso dependerá da certeza diagnóstica e da experiência cirúrgica. Hospital Lusíadas Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Maria de Jesus Oliveira, Carmen Maillo, Genoveva Piçarra, Carlos Martins Soares Maria de Jesus Oliveira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: nua de baixa pressão. Drenagem de abcesso retroperitoneal por lombostomia direita (3cm), com intuito de manter a separação de compartimentos. Resultados: Realizadas várias lavagens do compartimento, a maioria em sistema bed-side surgery na ICU, com melhoria progressiva. A doente apresentou necrose do duodeno com fístula duodenocompartimental com encerramento espontâneo. Discussão: Com esta técnica é possível realizar uma necrosectomia extensa (mesmo de sequestros sólidos) com minimização da agressão cirúrgica (menor taxa de mortalidade).Evita as complicações associadas a laparostomias de longa duração e permite de forma segura e simples abordagens repetitivas, maioria das quais podem ser feitas na UCI (“bed side surgery”). Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Patrícia Amaral, Octávio Viveiros, Maria Veiga de Macedo, João Sacadura Fonseca, Francisco d?Oliveira Martins Patrícia Amaral [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V009) SESSÃO V-HBP TÍTULO: Hepaticojejunostomia em Y de Roux por via lapa- RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V008) SESSÃO V-HBP TÍTULO: Abordagem mini-invasiva de pancreatite aguda necrotizante extensa RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite aguda é fre- quente, geralmente auto-limitada e com evolução favorável. Em cerca de 20% é grave e está associada a necrose com elevada morbimortalidade. Na presença de necrose infectada a drenagem é o tratamento de referência, com o objectivo de controlar o foco séptico. Material e Métodos: Doente de 74 anos, colestase, realizou CPRE complicada de pancreatite aguda grave, com necessidade de cuidados intensivos. TC abdominopélvico (2ª semana): identificação de necrose infetada com abcesso retroperitoeal extenso, foi proposta para intervenção cirúrgica. Realizada incisão com cerca de 3cm no hipocôndrio esquerdo através da técnica MINI (Mini Invasive Necrosectomy Infected) marsupialização do compartimento pancreático e necrosectomia vídeo-assistida. Manteve dreno na loca com aspiração conti- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: roscópica no tratamento de síndrome de Mirizzi tipo IV de Csendes Objectivo/Introduçâo: Em 1948 o famoso cirurgião argentino Pablo Mirizzi descreveu um síndrome de colestase associado a encravamento de um cálculo no infundíbulo vesicular. Esta complicação da litíase vesicular pode, em raras circunstâncias complicar-se de uma fístula colecistobiliar. Material e Métodos: Um doente com 64 anos, bom estado geral e história de patologia biliar de longa data é referenciado à consulta, após um surto de colangite Tóquio I tratada no domicílio. O estudo efectuado com análises, ecografia, TAC e colangioRMN mostrou um síndrome de Mirizzi tipo IV na classificação de Csendes. Não havia suspeita de neoplasia no estudo pre-operatório. A cirurgia programada foi colecistectomia, colangiografia intra-operatória e anastomose biliodigestiva em Y de Roux, por via laparoscópica. Resultados: A cirurgia foi executada como planeado, pese embora a exuberante inflamação dos tecidos e o achado intra-operatório de fístula colecistoduodenal. Volvidos 2 meses o doente está assintomático. A histologia da peça cirúrgica mostrou-se livre de estruturas neoplásicas. Discussão: Numa época de tanta subespecialização, convém lembrar que há também muitas situações de patologia benigna que exigem competências avançadas para a sua abordagem e tratamento. A litíase biliar é uma doença muitíssimo frequente que se acompanha de complicações muito diversas e que por vezes precisam de grupos especialmente dedicados para obter resultados satisfatórios. Hospital da Arrábida Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Jaime Vilaça, Luís Lencastre, Rui Mendes da Costa, Ana Fonte Boa Jaime Vilaça [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 109 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V010) SESSÃO V-HBP TÍTULO: O Mundo ao Contrário RESUMO: Objectivo/Introduçâo: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Objetivos/Introdução Situs inversus totalis (SIT) é uma entidade muito rara. A sua incidência estará na ordem dos 1:20.000. Existem pouco casos reportados de colecistectomia laparoscópica em doentes com SIT. Material e Métodos: Apresentamos um vídeo de uma Colecistectomia Laparóscopica (CL) realizada numa doente de 25 anos com SIT, sem outros antecedentes de relevo. Deu entrada no Serviço de Urgência com um quadro de dor abdominal no quadrante superior esquerdo, compatível com Colecistite Aguda (CA) – que se veio a confirmar intraoperatoriamente. Foi então realizada CL com alteração da técnica americana com 4 trocares para uma técnica em espelho, com toda a necessária reorientação das competências oculomotoras para a alteração anatómica da doente. Discussão: O diagnóstico de CA num doente com SIT obriga a um alto índice de suspeição, dado as óbvias alterações clínicas no quadro destes doentes. Esta situação origina frequentes atrasos de diagnóstico. No Bloco Operatório (BO) é necessário realizar um procedimento cirúrgico mais pensado e menos intuitivo. É essencial uma concertada reorganização do equipamento no BO e uma maior atenção às alterações anatómicas destes doentes. Conclusão A Colecistectomia Laparóscopica num doente com SIT é perfeitamente exequível. O facto de ter sido realizada por um cirurgião canhoto poderá ter facilitado a realização do procedimento em espelho, como relatado na literatura. A doente teve alta ao segundo dia do pós-operatório. Teve uma excelente evolução clínica. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Jorge Valverde, Rita Peixoto, Joana Correia, Daniela. Macedo Alves, Maria.João Lima, Rosa Saraiva, Emanuel Guerreiro, A.Taveira Gomes Jorge Valverde [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 tica do triângulo de Calot, laqueação eletiva dos seus elementos, dissecção da vesícula, verificação final da hemostase. Todos os instrumentos empregues são reutilizáveis e as laqueações necessárias usaram energia bipolar e monopolar, e pontos intracorporais. As pinças que não são substituídas durante a cirurgia não usam trocars. Resultados: O pós operatório não registou eventos negativos. O resultado estético é excelente. Discussão: Este vídeo vem na sequência de um trabalho desenvolvido pelo autor nos últimos anos que valida estratégias económicas para a realização de procedimentos minimamente invasivos vulgares. Hospital da Arrábida Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Jaime Vilaça, Luís Lencastre, Ana Fonte Boa Jaime Vilaça [email protected] 06-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P20) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Metástase mamária de adenocarcinoma do recto, um raro caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresentação de caso clínico de doente com carcinoma do recto com um padrão de metastização raramente observado. Discussão: A metastização para a mama do adenocarcinoma do recto é muito rara. Estão descritos apenas 15 casos na literatura e está habitualmente associada à presença de metastização multiorgânica. Trata-se de uma doente de 55 anos com carcinoma do recto, submetida em 2009 a quimio-radioterapia neoadjuvante seguida de ressecção anterior do recto seguida de quimioterapia adjuvante (ypT3N0M0). Em 2011 foi diagnosticada metastização pulmonar sob a forma de lesão única na língula do pulmão esquerdo, tendo sido submetida a metastasectomia. Em 2012 detectou um nódulo da mama esquerda, motivo pelo qual realizou ecografia e mamografia, que revelou um nódulo sólido no QIE da mama esquerda com cerca de 2, 8 cm de características suspeitas. A biópsia revelou uma metástase do adenocarcinoma do recto. Foi submetida a tumorectomia alargada seguida de quimioterapia e radioterapia. Em 2014 foi diagnosticada uma recidiva de metástase do carcinoma do recto na mama esquerda, tendo sido realizada mastectomia total esquerda. Após 5.5 anos de follow-up a doente encontra-se sem evidencia de doença. Mantem bom estado geral (ECOG 0) mantendo a sua atividade profissional. Apesar do mau prognóstico do carcinoma do recto em estádio IV, este caso demonstra que a abordagem multimodal da oligometastização á distancia em doentes selecionados pode proporcionar sobrevivências prolongadas. HOSPITAL: Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE CAPÍTULO: Colo-Proctologia AUTORES: Ana Mesquita(1), Francisco Senra (1), Ana Ferreira(1), José Carlos Pereira(1), Pedro C Martins(1), Alexan- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V011) SESSÃO V-HBP TÍTULO: Minilaparoscopia por custo mínimo – Colecistectomia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A cirurgia por custo mínimo é uma estratégia que alia a racionalização de gastos com a manutenção dos mais altos padrões que qualidade cirúrgica. Da mesma forma que a filosofia de poupança com qualidade pode ser importada da cirurgia convencional para a laparoscopia, também este conceito pode ser incorporado em novas propostas menos invasivas e mais apelativas. O objectivo deste vídeo é demonstrar a exequibilidade da colecistectomia minilaparoscópica por custo mínimo. Material e Métodos: Utilizando instrumentos de minilaparoscopia, realizou-se um colecistectomia electiva numa doente jovem que padecia de litíase vesicular sintomática. Os passos de qualidade estão todos bem patentes na intervenção: libertação de aderências e exposição do hilo vesicular, visão crí- Revista Portuguesa de Cirurgia 110 dre Sousa(1), Cátia Ribeiro(1), Laurinda Giesteira(1), Mariana Afonso(2), Abreu de Sousa(1) CONTACTO: Ana Mesquita EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P21) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Estenose de anastomose colo-rectal – a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A estenose da anastomose HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: após cirurgia colo-rectal é frequente com incidência descrita de até 30%. 5% dos casos são sintomáticos e, habitualmente, manifestam-se tardiamente. A dilatação endoscópica permite, em regra, a resolução dos sintomas. Resultados: Relata-se o caso clínico de uma jovem de raça negra, 25 anos, com 3 episódios, num ano, de oclusão mecânica por volvo do cólon sigmóide. Em contexto de urgência conseguiu-se descompressão endoscópica. Posteriormente foi submetida a sigmoidectomia laparoscópica com anastomose termino-terminal (TT) mecânica. Foi reinternada ao 20º dia por oclusão mecânica. Fez tomografia computorizada (TC) abdominal e rectossigmoidoscopia (RSC) identificando-se obstrução total, inultrapassável da anastomose colo-rectal. Foi submetida a ressecção urgente e reanastomose TT washout. TC abdominal ao 9º dia de pós-operatório com re-estenose da anastomose com calibre de 15mm. Ao 17º dia realiza RSC que identifica agravamento (12 mm). Após discussão multidisciplinar, decidiu-se colocação de prótese endoluminal biodegradável (ELLA BD) transanastomótica que é colocada ao 24º dia de pós-operatório. Nesta altura identifica-se estenose com calibre de 9-10 mm. Doente tem estado assintomática desde então. Discussão: A estenose anastomótica em cirurgia colo-rectal mantém-se um desafio para o cirurgião. Não há um tratamento de excelência, definitivo e eficaz. As próteses biodegradáveis começam a ser utilizadas neste contexto, com poucos casos descritos, mas com resultados promissores. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Colo-Proctologia Marta Fragoso, António Gomes, Marta Sousa, Ricardo Rocha, Rui Marinho, Ana Oliveira, Rita Carvalho, Catarina Rodrigues, Énio Afonso, Vitor Nunes Marta Ramos Fragoso [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mente TC que revelaram colecção líquida no psoas-ilíaco direito, sugestiva de abcesso. Foi feita drenagem e instituída antibioterapia, tendo o doente tido alta cerca de 1 semana depois. Colonoscopia sem alterações. Novo internamento cerca de 5 meses depois, continuando a observar-se a colecção referida, com dimensões superiores; efectuado tratamento médico. 3 meses depois, ocorre novo episódio de febre e dor na FID que motivou vinda ao SU; efectuada TC que revelou colecção líquida com gás, com maiores dimensões. Fez-se biópsia aspirativa da lesão, que mostrou tecido fibroinflamatório. Novo episódio 4 meses depois condicionou nova biópsia que revelou neoplasia com produção de mucina. Posteriormente submetido a laparotomia, tendo-se encontrado volumosa massa aderente ao apêndice ileo-cecal e psoas ilíaco, cujo interior estava preenchido por conteúdo gelatinoso. Efectuada hemicolectomia direita (R2); EAP revelou adenocarcinoma do apêndice T4aN1M1a. Actualmente sob QT adjuvante. Discussão: Este caso dá conta duma forma de apresentação muito rara de adenocarcinoma do apêndice, em que só o EAP tornou possível o diagnóstico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Fernando J. Azevedo, Marisa Tomé, António Milheiro, Alexandre Monteiro, F. Castro e Sousa Fernando J. Azevedo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P23) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Adenocarcinoma Mucinoso Perineal: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os adenocarcinomas mucino- sos perianais ou do canal anal são entidades clínicas muito raras constituindo 3 a 11% de todos os carcinomas anais. Até à data, a literatura existente resume-se a uma série de case reports e casuísticas, e associam estes a adenocarcinomas rectais com extensão perineal, origem primária em glândulas anais ou em fístulas perianais crónicas Resultados: Doente de 72 anos de idade, com antecedentes pessoais de hipertensão arterial e histerectomia há mais de 20 anos com história de emissão de pús, por fezes dor na defecação e tenesmo há vários anos e drenagem prévia de um abcesso há 2 anos; que recorreu ao SU com uma massa perineal pétrea, bilateral e circunferencial à volta do canal anal, com pontos de drenagem de material mucóide. Ao toque rectal apresenta estenose circunferencial. Biópsia incisional revela adenocarcinoma mucinoso.RM pélvica demonstra volumosa massa perineal, com extensa infiltração glútea bilateralmente, estendendo-se proximalmente e circunferencialmente ao recto, sem o invadir, até ao nível pélvico. Ao nível do canal anal há descontinuidade dos esfíncteres em continuidade com a massa. Endoscopia digestiva baixa demonstra deformação extrínseca do canal com mucosa normal. Discussão: Os autores acreditam que este caso clínico é muito sugestivo de um adenocarcinoma mucinoso com origem numa fístula perianal crónica. Estes tumores são raros e desafiantes devido a um difícil diagnóstico, RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P22) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Adenocarcinoma mucinoso do apêndice – uma apresentação invulgar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenocarcinoma do apên- dice é um tipo de tumor extremamente raro. A sua apresentação clínica pode traduzir-se por massa palpável na FID ou por episódios de apendicite aguda de repetição. No caso descrito, a apresentação clínica foi muito pouco habitual. Material e Métodos: Homem de 78 anos, trazido ao SU por febre e dor na FID com 1 semana de evolução. Efectuou ecografia e posterior- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 111 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: estado avançado da doença quando este é feito e um mau prognóstico. Centro Hospitalar do Algarve, EPE Colo-Proctologia Veiga, D.(1); Baptista V.(1) ; Melo J.(1) ; Cunha, M.(1) ; Hristova, K.(1) ; Cardoso, N.(1) ; Quaresma, P.(1) ; Carranca, C.(1); Americano, M.(1); Bahia, Carla(2) Diogo Nuno Martins Félix Rodrigues Veiga [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P24) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Fístula iliocecal: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Perante um caso de hemor- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ragia digestiva baixa (HDB) maciça o diagnóstico diferencial costuma centrar-se em poucas patologias com frequente necessidade de intervenção cirúrgica atempada em caso de falência de medidas médicas. Apresentamos um caso raro e fulminante de HDB por fístula entre o cego e artéria ilíaca externa. Material e Métodos: Homem de 78 anos anticoagulado trazido ao Serviço de Urgências em choque no contexto de HDB. Clinicamente com abdómen doloroso nos quadrantes inferiores sem sinais peritoneais. Analiticamente apresentava anemia, leucocitose e INR de 5. TC a revelar hematoma com bolhas aéreas envolvendo artéria ilíaca externa e sinais de hipoperfusão do cego. Admitido na UCI com diagnóstico de choque misto por abcesso de psoas para estabilização. Por agravamento progressivo decide-se abordagem cirúrgica. Resultados: Durante laparotomia encontra-se volumoso hemoperitoneu com ponto de partida na fístula entre cego e artéria ilíaca externa direita por stent vascular prévio. Por isquemia generalizada do cólon opta-se por colectomia total e laqueação da artéria ilíaca externa e bypass femoro-femoral ficando o doente em laparostomia. Pós operatório complicado por sépsis abdominal por micro-organismos multirrresistentes, isquemia critica dos membros inferiores e HDB com ponto de partida no íleon distal culminando em morte. Discussão: Dado o envelhecimento progressivo de população e proliferação das técnicas endo-vasculares o Cirurgião deve estar sensibilizado para casos mais raros de HDB. Hospital Garcia de Orta, EPE Colo-Proctologia Mikhail Costa, Nadia Duarte, Gabriela Machado, Susana Onofre, Carlus Luz, João Corte Real Mikhail Costa [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ambiente. O objectivo deste trabalho é descrever uma técnica nova para o tratamento de estenose colorrectal com máquina sutura circular e tratamento simultâneo de fistulectomia pelvirrectal. Material e Métodos: Doente de 51 anos, ASA 2, que é sujeita a operação de Hartmann após perfuração do recto alto por iatrogenia endoscópica. A reconstrução de trânsito decorre sem complicações. Cinquenta dias depois dá entrada pelo SU com abcesso da fossa isquiorrectal. Após a drenagem cirúrgica desenvolve fístula pelvirrectal e estenose da anastomose colorrectal. Decide-se realizar abordagem por laparotomia com fistulectomia supra elevador do ânus e curetagem do trajeto pélvico. A estenose foi tratada com agrafagem circular controlada por colotomia anterior, com ressecção da área fibrótica. Resultados: A execução técnica foi simples e parece facilmente reprodutível. O pós operatório decorreu de forma favorável. A doente encontra-se assintomática, 18 meses após a intervenção. Discussão: O tratamento cirúrgico apresentado revelou-se sedutor pela facilidade de execução e pelo excelente resultado a curto prazo. Serão necessários estudos experimentais e aleatórios para validar definitivamente a técnica para a resolução deste problema. Hospital da Arrábida Colo-Proctologia Jaime Vilaça, Ana Fonte Boa, Luís Lencastre, Pedro Leão Jaime Vilaça [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P26) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: O Papel da Reeducação do Pavimento Pélvico na Incontinência Fecal pós-Cirurgia Ano-Rectal Benigna: Série de Casos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução. A terapia de Reeducação do Pavimento Pélvico (Biofeedback) é uma abordagem não invasiva à incontinência fecal pós-cirúrgica. Consiste na educação do doente para o controlo do pavimento pélvico, através da consciencialização do controlo do esfíncter anal externo. Objetivo: avaliar o papel do Biofeedback na incontinência fecal pós-Cirurgia Ano-Rectal Benigna. Material e Métodos: Série de casos da população que frequentou a Consulta de Biofeedback após Cirurgia Ano-Rectal Benigna do Hospital Garcia de Orta no período de 26 meses. Foram avaliados dados demográficos, motivo de consulta, adesão à consulta, tempo de seguimento, adesão à terapêutica e grau de incontinência antes e depois da intervenção. Resultados: Foram seguidos 11 doentes com uma idade média de 62, 8 anos. O principal motivo de referenciação foi incontinência para fezes (54, 5%), seguido de incontinência para gases (45, 5%) e urgência defecatória (45, 5%). 2 doentes desistiram da consulta (18, 2%). O tempo médio de seguimento foi de 4, 1 meses. Dos doentes que não abandonaram a consulta, todos cumpriram o programa proposto. A média do score de Cleveland na primeira consulta foi de 9, 3, sendo que após conclusão da intervenção foi de 2, 1. A média do score de Vaizey na primeira consulta foi de 9, 0, sendo que após conclusão da intervenção foi de RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P25) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Tratamento de fístula pelvirrectal com estenose de anastomose colorrectal – Técnica inovadora com máquina circular RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Quando acontecem no contexto de infecção, as estenoses colorrectais são particularmente complexas de tratar pela dissecção em terreno inflamatório e reconstrução nesse mesmo Revista Portuguesa de Cirurgia 112 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: 3, 3. Discussão: Os resultados obtidos permitem afirmar que pode haver um papel para o Biofeedback na terapêutica da incontinência pós-Cirurgia Ano-Rectal Benigna. Hospital Garcia de Orta, EPE Colo-Proctologia Fróis Borges, M.; Rocha, C.; Corte Real, J. Miguel Fróis Borges [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P27) SESSÃO P-CR 2 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: TÍTULO: Hérnia interna- A propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias internas são protu- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: sões de víscera, através de um orifício peritoneal ou mesentérico, nos limites da cavidade peritoneal. A incidência global é inferior a 1%, correspondendo a entre 0, 5% a 5, 8% dos casos de obstrução do intestino delgado. A gravidade dos sintomas está relacionada com a presença, ou ausência, de encarceramento e estrangulamento. As hérnias internas podem ser paraduodenais, pericecais, do hiato de winslow, transmesentéricas/ transmesoclócica, do mesosigmóide, pélvicas e transepiplóicas. No que toca às transmesentéricas, estas podem ser congénitas ou adquiridas. No caso desta última, a sua incidência tem aumentado devido a procedimentos cirúrgicos anteriores, nomeadamente com a reconstrução em Y-Roux. No entanto, as congénitas ocorrem em 35% dos casos, sendo mais frequentes nas crianças. No nosso caso, os autores apresentam uma mulher de 27 anos, sem antecedentes médico-cirúrgicos relevantes, que recorreu ao SU com quadro oclusivo, tendo-se constatado no intra-operatório a existência de uma hérnia transmesentérica. Hospital Garcia de Orta, EPE Colo-Proctologia Catarina Góis Macedo, Daniel Travancinha, Luís Galindo, João Corte Real Catarina Góis Macedo [email protected] CONTACTO: EMAIL: gem de tomografia computorizada sugestiva de invaginação intestinal na transição ileocecal. Abordagem endoscópica sem sucesso. Na intervenção cirúrgica constatou-se ocupação total da região da válvula ileocecal por lesão multipolipóide, procedeu-se a hemicolectomia direita, análise histopatológica confirma SPJ, sem lesão maligna. A doente apresenta ainda anemia, artropatia cristalina, osteomalacia secundária, hiperparatiroidismo, esteatose hepática e diabetes mellitus. Discussão: Na SPJ, as ressecções intestinais no tratamento das complicações obstrutivas devem limitar-se, tanto quando possível tendo em conta a probabilidade aumentada de neoplasia maligna, ao segmento atingido para diminuir a possibilidade de ocorrência de SIC e suas complicações absortivas de difícil gestão. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Colo-Proctologia Rodrigues Brito, T.; Rodrigues, A.; Gonçalves M.; Calais Pereira, L.; Gomes, D.; Ferreira, S.; Midões, A. TELMA ANITA RODRIGUES BRITO [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P29) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Invaginação ileocecal no adulto em relação com apendicite aguda: a propósito de um Caso Clinico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação ileocecal no RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P28) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Síndrome de Peutz-Jeghers – Complicações obs- trutivas, neoplásicas e absortivas RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A síndrome de Peutz-Jeghers (SPJ) caracteriza-se por polipose intestinal associada a pigmentação mucocutânea melanótica, tem incidência estimada de 1/50 000-200 000 nados-vivos. CASO CLÍNICO Doente do sexo feminino, 59 anos. Diagnóstico de SPJ aos 21 anos. Polipose gastrointestinal, com diversas polipectomias endoscópicas e 4 intervenções cirúrgicas por quadros oclusivos, com uma ressecção intestinal nesse contexto de extensão desconhecida. Duodenopancreatectomia cefálica em 2003 por adenocarcinoma duodenal. Múltiplos internamentos por desnutrição severa por síndrome do Intestino Curto (SIC). Em maio/2014 apresentou agravamento de queixas compatíveis com quadro suboclusivo, com ima- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: adulto é rara. Está relacionada com processos neoplásicos como o adenoma, o mucocelo e o adenocarcinoma apendiculares, além dos casos idiopáticos. A ressecção oncológica é, habitualmente, indicada para diagnóstico e tratamento adequados. A apendicite aguda, como etiologia, é muito rara. Resultados: Relata-se o caso de um jovem do sexo masculino, 26 anos, sem antecedentes. Recorreu ao serviço de urgência por dor abdominal na fossa ilíaca e flanco direitos com 12 horas de evolução. Apresentava dor à palpação na fossa ilíaca direita, sem reacção peritoneal. Analiticamente com leucocitose, neutrofilia e elevação da PCR. Fez ecografia e Tomografia computorizada abdomino-pélvica que mostraram imagem sugestiva de invaginação ileocecal e imagem nodular hiperdensa com 13 mm aparentemente no cólon ascendente com marcada densificação dos planos adiposos adjacentes. Laparoscopia exploradora revelou uma massa de consistência sólida na base apendicular. Realizou-se uma hemicolectomia direita por laparotomia. Boa evolução no pós-operatório. O estudo anatomopatológico revelou processo inflamatório activo do apêndice, transmural, com solução de continuidade, congestão e edema da parede. Discussão: A invaginação ileocecal na idade adulta é rara. A redução endoscópica está descrita na literatura, contudo, a frequente relação com processos neoplásicos nesta idade favorece a ressecção como o tratamento de eleição. Existem escassos relatos de invaginação ileocecal associada a apendicite aguda. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Colo-Proctologia Marta Fragoso, Rita Tomás,António Gomes, Marta Sousa, Ricardo Rocha, Rui Marinho, Énio Afonso, Vitor Nunes Marta Ramos Fragoso [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 113 CAPÍTULO: Colo-Proctologia AUTORES: Miguel Cunha, Kalina Hristova, Nicole Cardoso, Victor RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P30) Hugo, Diogo Veiga, João Melo, Juan Rachadell, Edgar Amorim, M. Americano CONTACTO: Miguel Fernandes da Conceição Cunha EMAIL: [email protected] SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Megacólon hipogangliónico no adulto RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Hipoganglionose é uma enti- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dade rara, pertencente ao grupo das disganglioses intestinais. É caracterizada pela diminuição da quantidade de células ganglionares nos plexos mioentérico e submucoso, e pode ocorrer na forma isolada ou associada à Doença de Hirschsprung. O diagnóstico na idade adulta é menos frequente do que durante a infância, cursando com história de obstipação crónica, uso regular de laxante, episódios de distensão abdominal, cólica abdominal e pseudo-oclusão intestinal. Material e Métodos: Homem de 36 anos, natural do Senegal, que desde a infância tinha episódios de distensão abdominal e obstipação. Na idade adulta manteve queixas de distensão abdominal e dor tipo cólica mas com trânsito intestinal regular. Num destes episódios recorreu ao Serviço de urgência e foi submetido a ressecção cólica. O doente manteve as queixas, motivo pelo qual 2 anos depois volta ao Serviço de Urgência. Em internamento realizou clister opaco e colonoscopia que revelaram colon distendido com ausência de contractilidade, sugestivo de agangliose cólica. Resultados: O doente foi proposto para colectomia total. O exame anatomopatológico da peça operatória foi compatível com hipoganglionose cólica. Discussão: O diagnóstico de hipoganglionose é difícil de obter no período pré-operatório. O tratamento cirúrgico pode revelar-se essencial para melhorar a qualidade de vida do doente. Centro Hospitalar Lisboa Central Colo-Proctologia Rosa Matias, Susana Nunes, Mª José Pinheiro Rosa de Jesus Casado Matias [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P32) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Tumor de Buschke-Lowenstein RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: O papilomavírus RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P31) SESSÃO P-CR 2 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: TÍTULO: Duplicação entérica: duplicação quística de cólon num adulto. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Duplicação quística intestinal é uma patologia congénita rara, normalmente diagnosticada e tratada em idade pediátrica. Os autores apresentam um caso clínico de um doente com 46 anos com dor abdominal tipo intermitente com 6 meses de evolução. Ao exame objectivo o doente apresentava dor abdominal generalizada sem reacção peritoneal. Imagiologicamente identificou-se provável quisto de duplicação entérica (8 x 5 x 5 cm) com provável comunicação a ansas do jejuno (?), com extensão ao mesenterio. Foi submetido a laparotomia exploradora onde se identificou quisto bilobulado de 10 x 6 cm aderente a face inferior do mesocólon transverso, sem aparente comunicação com ansas intestinais, realizada a sua exerése. A anatomia patológica confirmou o diagnostico de quisto enterogénico. Tendo em conta a raridade da patologia apresentada um elevado grau de suspeição é necessário para realizar o diagnóstico de duplicação entérica especialmente na idade adulta. HOSPITAL: Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE CONTACTO: EMAIL: humano (HPV) é um vírus do qual são conhecidos mais de 70 tipos, 20 dos quais podem infectar o tracto genital. Os condilomas acuminados são a doença de transmissão sexual mais frequentemente observada em proctologia. Quando estas lesões envolvem o canal anal o seu tratamento torna-se mais complexo. Material e Métodos: Caso clínico: Doente do sexo masculino de 49 anos, HIV, com Tumor de Buschke-Lowenstein, que recorreu à Urgência com quadro de pré-cordialgia intensa. Por síndrome coronário agudo fez coronariografia sendo admitido em Unidade de Tratamentos Intensivos Coronários. Após administração de dupla antiagregação e anticoagulação terapêutica inicia quadro de choque hipovolémico por hemorragia de extensa lesão condilomatosa perianal com necessidade de múltiplas transfusões e introdução de aminas. Por manutenção de quadro de choque e impossibilidade de tratamento médico fez ressecção extensa de lesão perianal. O doente fez um pós-operatório sem intercorrências e encontra-se em acompanhamento ambulatório com boa cicatrização de ferida operatória e melhoria clínica evidente. Resultados: Resultados: Apresenta-se o caso clínico devidamente documentado. Discute-se o caso clínico e as opções terapêuticas. Discussão: Conclusão: O tratamento de condilomas perianais é desafiante. Em casos de lesões grandes, complicadas de hemorragia, a terapia cirúrgica com intuito paliativo é uma opção a ter em conta. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Colo-Proctologia França, N.; Nogueira, F.; Marques, P.; Malaquias, J.; D´Almeida, J.; Almeida, J. Nuno França [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P33) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Invaginação Intestinal no Adulto? A Propósito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação é uma causa fre- quente de oclusão intestinal na infância mas representa apenas 2% dos casos de oclusão no adulto, ocorrendo maioritariamente entre a 60 e 70 anos. No adulto, esta situação esta frequentemente associada a lesões inflamatórias ou neoplasia. Este póster visa apresentar um caso clínico acerca da invaginação intestinal no adulto, fazendo uma breve revisão acerca do tema. Material e Métodos: Processos informáticos de urgência, consulta Revista Portuguesa de Cirurgia 114 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: e internamento, registo em livro de bloco operatório e documentação fotográfica. Resultados: Caso clínico relativo a homem de 78 anos, com antecedentes irrelevantes, que recorre ao serviço de urgência com dor abdominal localizada aos quadrantes direitos do abdómen, com cerca de 3 dias de evolução; sem outros sintomas acompanhantes. Referia também alguma astenia, anorexia e perda ponderal não quantificada desde há 3 meses, sintomas estes que não valorizou. À observação destacava-se a palpação de empastamento no flanco/fossa ilíaca direita, sem sinais de irritação peritoneal. Realizou TC que revelou “na junção ileocecal espessamento heterogéneo da parede do intestino com invaginação, condicionando obstrução. Estes aspectos são fortemente suspeitos de neoplasia”. Laparotomia de urgência, constatou-se tumoração ao nível do cego com aparente invaginação do apêndice ileocecal a condicionar obstrução. Efectuou-se hemicolectomia direita e enviou-se a peça para exame anatomo-patológico (ainda a aguardar resultado histológico). Discussão: Revisão teórica acerca do tema. Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE Colo-Proctologia Guerreiro, Ana; Febra, Pedro; Castro, João; Voabil, Carlos; D?Almeida, Vitor; Duro, Emília; Gabriel, Luís Ana Isabel Vicente Guerreiro [email protected] CAPÍTULO: Colo-Proctologia AUTORES: Ana Cristina Carvalho, Diana Brito, Marta Martins, Car- los Santos Costa, Manuel Ferreira, Jorge Magalhães, Pinto Correia. CONTACTO: Ana Cristina da Silva Carvalho EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO- (P35) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Tumor quístico pré-sagrado associado a perturba- ção da marcha RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores quísticos retro-rec- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P34) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Quando o Cego roda... RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cego é o segundo local mais frequente para ocorrência de vólvulos, sendo estes responsáveis por 1 a 1, 5% de todas as oclusões intestinais do adulto. Material e Métodos: Apresenta-se o caso clínico de senhora com 83 anos e antecedentes de colectomia do transverso por adenocarcinoma há 10 anos, submetida hemicolectomia direita por vólvulo do cego. Resultados: Doente admitida no Serviço de Urgência por dor abdominal na fossa ilíaca direita associada a paragem de emissão de gases e fezes com 2 dias de evolução.O RX abdominal apresentava níveis hidroaéreos.Internada para tratamento conservador do quadro.Realizou colonoscopia em D2 de internamento com progressão até ao cego e identificação de estenose franqueável a montante da anastomose.Às 48horas, por manutenção do quadro foi proposta para laparotomia exploradora.No intra-operatório identificação de vólvulo do cego.Opção por hemicolectomia direita alargada abrangendo a anastomose prévia. Discussão: Sabe-se que nesta faixa etária o vólvulo do cego está frequente associado com obstipação crónica, obstrução cólica, antecedentes cirúrgicos ou colonoscopia.O quadro pode evoluir favoravelmente com tratamento conservador.O tratamento endoscópico será eficaz em 30% dos doentes, mas atendendo aos riscos do procedimento, a cirurgia deverá ser a opção.Os achados no intra-operatório assim como o estado fisiológico do doente orientam a estratégia cirúrgica.A resseção cirúrgica impede a recorrência do quadro e a doente mantém-se assintomática aos 6 meses de follow-up. HOSPITAL: Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tais são lesões congénitas com origem em remanescentes embrionários do intestino posterior. São tumores raros, mais frequentes em mulheres e geralmente assintomáticos. O diagnóstico e abordagem cirúrgica são complexos. Material e Métodos: Doente com 36 anos, com antecedentes de cesariana por laparotomia mediana. Recorreu ao SU com queixas de dor hipogástrica e alterações da marcha com 2 meses de evolução. A ecografia abdominal revelou “formação quística não homogénea na região anexial esquerda”. Realizou TC em consulta que demonstrou “lesão com 10, 5x8, 5x8, 3, localizada entre o sacro e o reto, apresentando bordos bem definidos, regulares, sem realce parietal ou calcificações, com conteúdo homogéneo e densidade liquida, admitindo-se como hip ótese de diagnostico hamartoma quístico retro-rectal, quisto de duplicação rectal ou linfangioma quístico”. Fez RM pélvica que confirmou uma “lesão quística multiloculada, sem invasão das raízes sagradas”. Submetida a excisão da lesão por laparotomia mediana, devido às suas dimensões. Resultados: Pós-operatório sem intercorrências e alta ao 4º dia. O exame anatomopatológico demonstrou hamartoma quístico retro-rectal. Assintomática ao 2º mês pós-operatório. Discussão: As lesões retro-rectais são potencialmente malignas. O diagnóstico de certeza exige confirmação histológica e a excisão cirúrgica é o tratamento “gold standard”, sendo a via de abordagem (abdominal clássica, laparoscópica ou posterior) fundamentalmente dependente das dimensões da lesão. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Colo-Proctologia Luís Ferreira, Miguel Fernandes, Henrique Alexandrino, Mónica Martins, Júlio Leite, Francisco Castro e Sousa Luís Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P36) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Apendicite aguda: forma de apresentação de um tumor neuroendócrino do apêndice RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A propósito de um caso clínico de apendicite aguda, os autores pretendem fazer uma breve revisão teórica sobre os tumores neuroendócrinos do apêndice. Material e Métodos: Processo clínico, registo do bloco operatório, documentação fotográfica, revisão da literatura através de pesquisa na XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 115 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: pubmed e medscape. Resultados: Criança do sexo masculino, de 8 anos de idade, admitida de urgência por quadro de dor abdominal na FID, com cerca de 36h de evolução, clinicamente sugestiva de apendicite aguda. Foi proposta e submetida a apendicectomia. O apêndice ileocecal, macroscopicamente, era compatível com apendicite aguda. O pós operatório decorreu sem complicações e a criança teve alta ao 3ºdia de internamento. O resultado anatomopatológico com perfil imuno-histoquímico, revelou tumor neuroendócrino do apêndice ileocecal. Foi feito seguimento em consulta de cirurgia, com estadiamento imagiológico por TAC (T1a N0 M0). O caso foi enviado para discussão, em consulta multidisciplinar de tumores neuroendócrinos que, após revisão de lâminas, decidiu pela não necessidade de terapêutica adicional. Discussão: Os tumores primários do apêndice são tumores raros dos quais os tumores neuroendócrinos são considerados os mais comuns. O diagnóstico de certeza é anatomopatologico/imunohistoquímico e ocorre, na maioria dos casos, no contexto de apendicectomia por apendicite aguda. A apendicectomia é considerada curativa e apropriada nos casos de lesões menores que 1 cm. O tamanho do tumor é considerado o principal factor de prognóstico. Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE Colo-Proctologia Pedro Febra(1), Ana Guerreiro (1), Regina Candeias(1), Carlos Quintana (2), Carlos Voabil (1). Pedro Febra [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: primária com posterior cirurgia semi-electiva, ficando a laparotomia urgente reservada aos casos de falência endoscópica ou nos que há suspeita inicial de complicações. Hospital Espírito Santo, EPE – Évora Colo-Proctologia J. Patrício(1), J. Travassos(1), A. Laranjeira(1), M. Bento(1), J. Caravana(1) Joana Fazenda dos Santos Duarte Patrício [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P38) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Invaginação Cólica: Mimetização de Neoplasia Intestinal Pediculada RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação intestinal é uma RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P37) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Volvos Síncronos do Cólon Descendente: a propó- sito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O volvo ocorre pela torção de um segmento intestinal sobre o seu eixo mesentérico, sendo a obstipação crónica o principal factor de risco. Apesar do Rx poder sugerir o diagnóstico deve ser feita TC abdominal para excluir sinais de sofrimento intestinal. A ocorrência simultânea de 2 volvos é extremamente rara. Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 83 anos com antecedentes de demência, institucionalizada em lar, que recorre ao SU por dor abdominal e obstipação com 2 dias de evolução. À observação apresentava abdómen muito distendido e timpanizado, pouco depressível, doloroso à palpação mas sem defesa. Analiticamente sem alterações relevantes. O Rx simples do abdómen apresentava imagem compatível com volvo do cólon descendente. Resultados: Foi feita tentativa de distorção por retosigmoidoscopia não eficaz, pelo que foi submetida a laparotomia exploradora que revelou 2 extensos volvos contíguos do cólon sigmoide e do ângulo esplénico com sinais de sofrimento da parede após descompressão, tendo-se procedido a hemicolectomia esquerda tipo Hartmann. O pós-operatório decorreu sem intercorrências, tendo tido alta ao 7º dia pós-operatório, clinicamente bem. Discussão: O volvo é uma causa de oclusão a considerar em doentes institucionalizados, sobretudo nos que fazem medicação obstipante. A melhor abordagem terapêutica consiste na descompressão endoscópica HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: entidade clínica pouco frequente no adulto e pode estar associada a doença neoplásica, que causa alterações na actividade peristáltica e permite que um segmento intestinal se invagine no seguinte. Esta lesão causa compromisso vascular do segmento invaginado e obstrução intestinal. O envolvimento do colon sigmóide é raro. Divulgação de uma patologia pouco frequente e uma forma peculiar de apresentação. Material e Métodos: Processo clínico do doente. Resultados: Homem de 58 anos com escorrência mucosanguinolenta pelo canal anal com um mês de evolução, associada a quadro de suboclusão intestinal. O abdómen estava distendido e doloroso nos quadrantes inferiores. O toque rectal revelava preenchimento completo da ampola por lesão de aspecto polipóide, friável, de base não tocável. A colonoscopia mostrou lesão aparentemente polipóide, impedindo a progressão do endoscópio. A TC revelou extenso processo de invaginação desde a região superior do sigmóide até ao terço inferior do recto. Estabelecido o diagnóstico de invaginação cólica, o doente foi submetido a cirurgia com colectomia do segmento invaginado e confecção de colostomia terminal. O exame histológico mostrou adenocarcinoma invasor moderadamente diferenciado. Discussão: A invaginação de um segmento cólico distal pode mimetizar um tumor pediculado, quer no exame objectivo quer em exame endoscópico. A TC é o exame com maior acuidade diagnóstica. A ressecção cirúrgica do segmento invaginado, com ou sem anastomose, é o tratamento preconizado. Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE Colo-Proctologia Ana Melo, Cátia Ferreira, Herculano Moreira, João Gaspar, António Oliveira Ana Andreia de Melo Rodrigues [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P39) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Adenocarcinoma Mucinoso do Apêndice: a propó- sito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasias malignas primá- rias do apêndice-ileo cecal são raras, sendo encontra- Revista Portuguesa de Cirurgia 116 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: das em menos de 1% de todas as apendicectomias. Discussão: Caso clínico: Mulher, 59 anos, com antecedentes pessoais de nódulo da tiróide e HTA. Recorreu ao Serviço de Urgência (SU) em Julho de 2014 por dor na fossa ilíaca direita (FID), tipo cólica, com 8 dias de evolução. Ao exame objectivo apresentava dor à palpação profunda na FID, onde se palpava uma massa de consistência dura. Analiticamente apresentava aumento dos parâmetros inflamatórios e a TC abdomino-pélvica revelou colecção abcedada na FID, adjacente ao cego e à parede abdominal anterior. Admitiu-se a hipótese diagnóstica de abcesso apendicular, iniciando antibioterapia de largo espectro com melhoria clínica, analítica e imagiológica. Três meses após a alta, recorreu novamente ao serviço de urgência com quadro de dor na FID com 2 dias de evolução. Os autores apresentam as hipóteses diagnósticas, tratamento e posterior follow-up da doente. Discussão: O adenocarcinoma mucinoso do apêndice ileo-cecal, ao contrário de outros tumores apendiculares, manifesta-se frequentemente como um quadro que mimetiza a apendicite aguda. O seu diagnóstico diferencial é crucial de modo a permitir um correcto diagnóstico e tratamento atempado. Apesar da escassez de dados, o tratamento cirúrgico preconizado é a hemicolectomia direita. Contudo, existem poucos estudos orientadores relativamente às melhores abordagens terapêuticas, follow-up e prognóstico. Centro Hospitalar do Oeste Colo-Proctologia Rodrigues, A.; Marques, A.; Costa A.; Nobre, M. Ana Luísa Ascenso Rodrigues [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 que mostrou sinais de hemorragia activa do delgado proximal e ainda angiografia mesentérica que revelou angiodisplasia do recto, com embolização selectiva. Doente teve alta, é seguido em consulta, mantém-se assintomático e com Hb de 12, 3. Hospital de Vila Franca de Xira Colo-Proctologia Morgado M, Queimado H, Ramos L, Rodrigues F. Miguel Morgado [email protected] 06-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P87) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Hérnia Diafragmática Após Esófago-Gastrectomia Trans-Hiatal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: A migração de RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P40) SESSÃO P-CR 2 TÍTULO: Proctopexia, 8 UCEs RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A angiodisplasia é uma mal- formação vascular do tubo digestivo, sendo causa frequente de hemorragia digestiva e anemia sem foco. A maioria dos doentes tem mais de 60 anos. As lesões são frequentemente múltiplas, afectando principalmente o cego ou cólon ascendente. A abordagem diagnóstica e terapêutica passa por intervenções endoscópicas, percutâneas, medicamentosas e, por vezes, cirúrgicas. Material e Métodos: Doente do sexo masculino de 33 anos, com antecedentes de esquizofrenia, que recorreu ao SU por rectorragia abundante. Ao EO apresentava fissuras anais e hemorróidas de grau II sem hemorragia activa, e analiticamente hemoglobina de 8, 9 g/dL. Internou-se para estudo com rectossigmoidoscopia que revelou hemorróidas internas congestionadas. Submetido a proctopexia de Longo sem intercorrências, teve alta. Regressa 7 dias depois da cirurgia por novo quadro de rectorragias. Rectossigmoidoscopia identificou úlceras do canal anal com coágulo aderente, distalmente ao local cirúrgico. EDA sem alterações. Internado na UCI por manter perdas hemáticas com necessidade de múltiplas transfusões. Três dias depois foi submetido a revisão de proctopexia, não se identificando fonte hemorrágica activa. Fez um total de 8 UCE. Realizou cintigrafia com eritrócitos marcados HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: órgãos abdominais para a cavidade torácica é uma complicação rara, mas potencialmente letal em doentes submetidos a esofagectomias e gastrectomias totais. Material e Métodos: Caso clinico: Doente do sexo masculino, 67 anos, com antecedentes de gastrectomia total e esofagectomia distal com esofagojejunostomia em “Y de Roux” 2 meses antes. Recorreu ao S.U. com um quadro de dor abdominal súbita na região epigástrica associada a vómitos biliares. Ao exame objectivo apresentava um abdómen doloroso à palpação com defesa. Realizou um Rx do tórax e abdómen que revelou uma hérnia diafragmática aparentemente sem evidência de pneumoperitoneu. Solicitou-se uma TC-Tóraco-Abdominal que confirmou a hérnia diafragmática, com distensão de todos os segmentos do intestino delgado e grosso, parecendo haver compressão do jejuno. Na laparotomia exploradora constatou-se a herniação para a cavidade torácica de todo cólon transverso que se encontrava dilatado e isquémico, tendo-se realizado colectomia sub-total com anastomose ileo-rectal e rafia diafragmática. O pós-operatório complicou-se de empiema pleural com necessidade de drenagens percutâneas guiadas por TC. Discussão: Discussão: A incidência de hernia diafragmática após esofagectomia varia de 0, 69% a 1% (técnica aberta) chegando aos 26% em algumas séries (com as técnicas minimamente invasivas). Na maioria das vezes o diangóstico é feito nos primeiros dias após a cirurgia e apesar de ser uma complicação rara está associada à elevada morbilidade. Centro Hospitalar do Algarve, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Victor Hugo (1), Diogo Veiga (1), Miguel Cunha (1), João Melo (1), J.C.Carranca (1), Óscar Dias (1), Jorge Brito (2), M.Americano (1) Victor Hugo [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 117 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P88) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Síndrome Hemofagocítico: uma complicação pós- -operatória rara RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A síndrome hemofagocítica HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: (SHF) caracteriza-se por uma hiperactivação pró-inflamatória do sistema imunitário, com infiltração macrofágica orgânica, fagocitose dos precursores hematopoiéticos, induzindo febre, pancitopenia, hepatoesplenomegalia, hiperferritinemia e hipofibrinogenemia. Apresentamos um caso clínico de Síndrome Hemofagocítico. Material e Métodos: Consulta e recolha de dados do processo clínico. Resultados: Descrevemos o caso clínico de uma mulher de 28 anos com antecedentes de esofagectomia total com interposição cólica no contexto de estenose cáustica aos 3 anos de idade. Após várias tentativas infrutíferas de dilatações endoscópicas por estenose da anastomose esófago-cólica foi submetida, em Maio de 2014, a ressecção da estenose e re-anastomose esófago-cólica. Após alta, no 17º dia pós-operatório, desenvolveu febre, disfagia, drenagem de conteúdo seropurulento pela cervicotomia e aumento dos parâmetros inflamatórios. Realizaram-se exames auxiliares de diagnóstico que revelaram um pequeno abcesso mediastínico, abordado de forma conservadora, e excluíram a existência de fístulas esófago-brônquica e esófago-cutânea. Adicionalmente constatou-se pancitopenia, hipofibrinogenemia e hiperferritinemia, quadro compatível com SHF. Após instituição de corticoterapia e gama-globulina verificou-se reversão clínica e analítica. Discussão: A SHF é uma condição rara com elevada taxa de mortalidade. Deve ser considerada nos casos de febre de origem inespecífica e pancitopenia associada à deterioração de outros órgãos. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Fernandes, S (1). Figueira, A (2). Lontro, A (3). Maria, B (4).Miranda, C (5). Freire, J (5). Miranda, L (6). de Almeida, M (7) Sara Bernadete Rodrigues Fernandes [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: trou uma massa pediculada a preencher o lúmen da metade proximal do esófago, com 17, 5 cm de extensão longitudinal. A PET não revelou outras alterações para além da lesão esofágica. O doente foi submetido a uma cervicotomia esquerda com esternotomia parcial, esofagotomia e exérese de pólipo gigante do esófago. A análise histológica revelou um LPSDD, de alto grau, com diferenciação lipoblástica “homóloga” e diferenciação rabdomiossarcomatosa “heteróloga”. A margem de ressecção cirúrgica encontrava-se a mais de 1, 5cm da neoplasia. O doente encontra-se assintomático e sem evidência de doença oncológica. Discussão: A polipectomia constitui na literatura a forma mais comum de tratamento cirúrgico do LPS esofágico, enquanto o papel da QT e da RT se mantém controverso. O subtipo histológico de LPSDD identificado no caso descrito constitui uma raridade anatomopatológica. Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Pereira, JC (1) Brito, D (1) Moreira, A (1) Ferreira, A (1) Martins, P (1) Afonso, M (2) Coimbra, N (2) Bacelar, T (3) Videira, F (1) Guimarães, J (1) Abreu de Sousa, J (1) José Carlos Pereira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P90) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: GIST e adenocarcinoma do cólon: uma combinação rara RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os GIST são neoplasias raras RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P89) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Lipossarcoma desdiferenciado em pólipo gigante do esófago cervical RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A localização esofágica de um lipossarcoma (LPS) é incomum e sua manifestação é na maior parte dos casos descritos sob a forma de um pólipo. Os tipos histológicos mais frequentes são o LPS bem diferenciado e o LPS mixoide, sendo o LPS desdiferenciado (DD) uma entidade extremamente rara. Os autores relatam o caso clínico de um doente com um LPSDD do esófago cervical que se apresentou sob a forma de um pólipo gigante. Resultados: Doente do sexo masculino, com 73 anos, com disfagia para sólidos e emagrecimento com 4 meses de evolução. A EDA identificou uma lesão polipóide do esófago cervical. A biópsia foi inconclusiva. A angio-RMN demons- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 118 do tecido mesenquimatoso do trato gastrointestinal (0, 1-3% dos tumores GI) com uma incidência de 1, 5 casos/100, 000/ano. São tipicamente diagnosticados em adultos, com uma incidência máxima na 6ª e 7ª décadas de vida. Estes tumores têm um potencial maligno, no entanto o seu comportamento tem sido difícil de prever e a sua associação com outras neoplasias gastrointestinais tem sido raramente descrita na literatura. Os casos relatados descrevem situações de diagnósticos incidentais, durante procedimentos cirúrgicos por outras neoplasias GI. Relatamos um caso clínico de uma mulher de 88 anos, referenciada à nossa consulta por suspeita de GIST gástrico. Realizada TC de estadiamento que descreve o GIST já conhecido e espessamento do cego e cólon ascendente, lesão em provável relação com neoplasia. É submetida a hemicolectomia direita e ressecção em cunha da parede gástrica com excisão completa da lesão. A avaliação anátomo-patológica confirma GIST gástrico e adenocarcinoma do cólon ascendente pT3N1M0. Centro Hospitalar do Oeste Cirurgia Esófago Gástrica Adriano Marques, Ana Rodrigues, Margarida Brito e Melo, Ágata Ferreira, António Duarte, Manuel Nobre Adriano Marques [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P91) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Dilatação gástrica aguda: dois episódios na mesma doente RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A dilatação gástrica aguda é HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: uma situação rara que pode evoluir para necrose, perfuração, choque e morte. Múltiplas são as suas causas, tais como: complicações pós-cirúrgicas, volvo, síndrome da artéria mesentérica superior, pancreatite aguda, trauma, anorexia nervosa e bulimia, polifagia psicogénica, diabetes mellitus, distúrbios eletrolíticos, entre outros. Material e Métodos: Doente do sexo feminino, de 25 anos, com antecedentes de anorexia nervosa e bulimia que recorreu duas vezes ao SU (Jan.2013 e Out.2014) com o mesmo quadro clínico: abdómen muitíssimo distendido, doloroso em todos os quadrantes, com defesa; fez radiografia e ecografia que mostraram marcada dilatação gástrica com conteúdo heterogéneo. Resultados: 1º episódio: Colocada sonda nasogástrica sem drenagem. Por agravamento das queixas e instabilidade hemodinâmica foi submetida a laparotomia exploradora urgente com identificação de mega-estômago, sem áreas de necrose; realizada descompressão manual retrógrada com aspiração de 7L de conteúdo. Apresentou boa evolução com alta no 8º dia pós-operatório. 2º episódio: Submetida a drenagem de 5L de conteúdo gástrico com sonda de “fouchet” de grande calibre sob anestesia geral para proteção da via aérea. Apresentou boa evolução com alta no 2º dia pós-operatório. Discussão: Com este caso clínico pretendemos alertar para a importância do diagnóstico e intervenção precoces nesta patologia. Na impossibilidade de drenagem por sonda e evolução para instabilidade hemodinâmica a cirurgia urgente é indicada. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Manuela Fernandes, César Prudente, Sandra Coelho, Maria João Ferreira, Gina Oliveira, Mafalda Couto, Rita Loureiro, Horta Oliveira Manuela Maio Graça Fernandes [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: padrão de isquémia hepática aguda e coagulopatia. Realizou TC-AP que revelou estenose da emergência do tronco celíaco com sinais de hipoperfusão gástrica, hepática e enfarte esplénico. Foi submetida a laparotomia exploradora, constatando-se compressão extrínseca do tronco celíaco pelo lig. mediano arcuato do diafragma, tendo-se procedido à sua libertação mecânica, resultando em reperfusão imediata. Teve alta a D10 de pós-operatório. Realizou angio-TC de controlo que revelou boa perfusão orgânica, destacando-se apenas cicatriz de enfarte esplénico segmentar. Discussão: O síndrome do lig. mediano arcuato é uma entidade patológica rara mas que deve ser considerada em doentes com dor abdominal pós-prandial sem etiologia esclarecida, podendo o seu tratamento atempado impedir consequências desastrosas para o doente. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Maria, B; Costa Gomes, O; Morgado, M; Fernandes, S; Freire, J; de Almeida, M Bernardo Conde Moreira Maria [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P93) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Estado Nutricional no Cancro Gástrico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os doentes com carcinoma RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P92) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Síndrome do Ligamento Mediano Arcuato: Caso Clí- nico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O síndrome do ligamento mediano arcuato, ou síndrome de Dunbar, é uma entidade nosológica rara que resulta de uma sobreposição do ligamento mediano arcuato em relação à origem do tronco celíaco, que pode levar a compressão sintomática deste ramo arterial e até a isquémia dos órgãos que o mesmo perfunde. Material e Métodos: Consulta e recolha de dados do processo clínico. Resultados: Descrevemos o caso clínico de uma mulher de 53 anos com AP irrelevantes, submetida a fundoplicatura de Nissen em 07/2014 por EEI hipertensivo sintomático, sem alívio com terapêutica farmacológica. Em D4 pós-op. iniciou quadro de epigastralgia e prostração; com abdómen distendido e timpanizado; analiticamente destacava-se HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gástrico são particularmente susceptíveis à desnutrição. A deficiência nutricional destes doentes relaciona se com a diminuição da ingestão alimentar, saciedade precoce, obstrução mecânica pelo tumor, vómitos, dor e/ou desconforto abdominal e ao catabolismo associado ao tumor. Vários estudos mostram que a desnutrição é um factor de risco independente para o aumento de complicações pós-operatórias infeciosas, aumento da mortalidade, aumento do tempo de internamento e respectivos custos associados. Pretendemos caracterizar o estado nutricional do doente com cancro gástrico no período pré-operatório e verificar se existe relação entre estado nutricional pré-operatório e a localização do cancro gástrico, dimensão do tumor e metastização ganglionar. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 37 doentes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico (60% homens, 49% mulheres), com idade média de 63 anos. Foram avaliados os parâmetros – antropometria, proteínas seriadas totais, albumina, pré- albumina e transferrina. Resultados: No grupo estudado 29.7% dos doentes estava desnutrida na fase pré-operatória. A desnutrição verificou-se em 72, 7% dos tumores do antro e apenas em 18% dos tumores proximais. A dimensão do tumor foi superior a 5 cm em 9 doentes desnutridos. A metastização ganglionar também apresentou relação directa com a desnutrição. Discussão: Confirma se assim que o carcinoma gástrico cursa habitualmente com desnutrição, e é mais frequente nos tumores do antro e com invasão em profundidade Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Esófago Gástrica Catarina Leite Bispo, Alexandra Pupo, Luisa Quaresma, J.M.Gualdino Silva, A. Caldeira Fradique Catarina Leite Bispo [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 119 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P94) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Esofagectomia com Interposição Cólica na Substi- tuição Esofágica por Estenose Cáustica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os doentes com estenose HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cáustica do esófago necessitam frequentemente de tratamento cirúrgico. As alternativas cirúrgicas são diversas e diferem quanto à abordagem operatória e realização de esofagectomia, ao tipo de plastia utilizada e via de colocação da mesma. Material e Métodos: Descrição do caso clínico Resultados: Doente masc., 41 anos de idade, admitido com diagnóstico de estenose cáustica do esófago proximal, resultante de ingestão voluntária de ác. sulfúrico cerca de 1 ano antes. Inicialmente tratado noutra instituição, viria a desenvolver (~ 5 meses) disfagia grave, por estenose punctiforme aos 20 cm, com uma extensão longitudinal de 7 cm. Foram efetuadas dilatações endoscópicas, com mau resultado funcional, e colocou prótese esofágica para recuperação ponderal (perda de ~40 Kg). Foi submetido a “esofagectomia quase total e gastrectomia proximal, por via torácica direita e abdominal, com interposição de segmento isoperistáltico de cólon esquerdo e anastomose esófago-cólica cervical. Na presente data, o doente apresenta franca recuperação ponderal. Discussão: A realização de esofagectomia quase total por via transtorácica com substituição do esófago por plastia cólica esquerda isoperistáltica foi a opção selecionada. As vantagens encontradas foram a existência de um pedículo vascular adequado, o lúmen mais estreito e o comprimento adequado do segmento cólico, procurando reduzir o desenvolvimento de estase, bem como o potencial maligno ou ocorrência de eventuais complicações de um esófago deixado “in situ”. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Esófago Gástrica António M. Gouveia, John Preto, Marisa Aral, Ana Beatriz Almeida, Ana Fareleira, Manuela Baptista, José Barbosa, J. Costa Maia António M. Gouveia [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: proeminente hérnia intratorácica e horizontalização do respectivo conteúdo à esquerda, condicionando volvo no eixo axial. Resultados: Foi submetida a cirurgia no dia 15 de Outubro de 2014, tendo-se constatado braquiesófago, pelo que se procedeu a operação de Collis-Nissen. O defeito herniário foi corrigido com prótese de dupla face. O pós operatório decorreu sem intercorrências. A doente teve alta ao 5º dia de pós operatório com transito intestinal restabelecido e a tolerar dieta. Discussão: O volvo gástrico, agudo ou crónico, é uma patologia que implica tratamento cirúrgico. É necessário manter um grau elevado de suspeição para esta patologia, uma vez que se trata de uma situação rara mas com uma mortalidade elevada. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Esófago Gástrica Susana Rodrigues, Mafalda Sobral, Ba´rbara Paredes, Alexandra Pupo, Lui´sa Quaresma, Gualdino Silva, Guedes da Silva, Caldeira Fradique Susana Cristina Cardoso Rodrigues [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P96) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Tratamento laparoscópico de refluxo grave em RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P95) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Rara e torcida... RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O volvo gástrico é uma patolo- gia rara, que se define pela rotação de mais de 180º do estômago sobre um dos seus eixos, desconhecendo-se a sua real incidência. É necessário um alto grau de suspeição no diagnóstico desta patologia que pode apresentar-se sobre a forma de abdómen agudo ou de queixas gastro-intestinais arrastadas, tendo uma taxa de mortalidade elevada na apresentação aguda. Material e Métodos: Doente do sexo feminino, 79 anos de idade, status pós enucleação de leiomioma do esófago em 2013. Quadro de vómitos aquosos e alimentares, com sensação de impactação alimentar e disfagia alta com alguns dias de evolução. Rx tórax com estômago intratorácico. EDA com hérnia mista complicada de volvo gástrico. TC com estômago com HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 120 doente com antecedente de gastrectomia polar superior – Cirurgia feita-à-medida Objectivo/Introduçâo: A gastrectomia polar superior foi uma abordagem indicada para tumores do cárdia antes de se constatar os maus resultados funcionais e de radicalidade inadequada. O refluxo gastro-esofágico grave é uma das consequências que limita muito a qualidade de vida destes doentes. O objectivo deste trabalho é mostrar uma alternativa que pondera riscos e benefícios para resolução desse problema. Material e Métodos: Doente que foi sujeito a gastrectomia polar superior 20 anos antes por carcinoma da cárdia. Apresentava uma qualidade de vida muito comprometida, episódios de repetição de infecção respiratória e esofagite grave na endoscopia. Havia preservação da artéria gástrica esquerda. Foi decidido uma abordagem laparoscópica para desgastrogastrectomia subtotal e confecção de gastrojejunostomia em Y de Roux. Resultados: A cirurgia foi executada como planeado e não se registaram complicações no pós operatório. A resolução dos sintomas exuberantes de refluxo foi total. A endoscopia aos 2 meses mostrou quase normalidade da mucosa esofágica distal. Discussão: O planeamento cirúrgico personalizado em casos de mau resultado funcional digestivo é fundamental para evitar riscos desnecessários e obter a cura dos sintomas. Neste caso, a esofagite grave fariam a cirurgia de desgastrogastrectomia total num terreno hostil de múltiplas aderências, uma operação particularmente arriscada. Aliando uma estratégia mais conservadora com uma abordagem minimamente invasiva, obtivemos um excelente resultado funcional e patológico. Hospital da Arrábida Cirurgia Esófago Gástrica Jaime Vilaça, Ana Fonte Boa, Luís Lencastre, John Preto Jaime Vilaça [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P97) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Impacto do suporte nutricional precoce na morbi- mortalidade e tempo de internamento RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este estudo teve como objetivo HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: avaliar o impacto do suporte nutricional peri operatório nos doentes submetidos a cirurgia de ressecção por adenocarcinoma gástrico, do ponto de vista nutricional e sua associação com morbimortalidade, tempo de internamento e custos hospitalares. Material e Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo caso-controlo, com 152 doentes.A análise foi realizada através do grupo controlo, com 39 doentes que receberam suporte nutricional no pós-operatório e 113 do grupo de intervenção precoce, que o iniciaram no pré operatório. Resultados: A maioria dos doentes era do sexo masculino e idade média de 67, 95 ± 11, 9 anos. A amostra apresentava no primeiro dia de internamento, IMC de 25, 8±4, 8Kg/m2 e uma percentagem de perda de peso de 7, 7±7, 3%, verificando-se que indivíduos com IMC mais baixos, apresentavam uma maior perda de peso (p =0, 03).No grupo de intervenção, doentes com IMC mais baixo (p=0, 001) e maior perda de peso (p=0, 000) realizaram suplementação nutricional prévia. A ocorrência de complicações foi mais frequente no grupo controlo (59, 0 vs 38, 9%, p=0, 03), sendo que segundo Classificação Clavien-Dindo, o Grau IIIb foi o mais frequente neste grupo (17, 9%). No grupo de intervenção a complicação mais frequente foi a IIIa (18, 6%), reduzindo a IIIb para 5, 3%. A mortalidade hospitalar ocorreu em 5, 3% dos casos, em ambos os grupos. Discussão: A média de dias de internamento foi menor no grupo de intervenção(20, 4 vs 29, 2, p=0, 035), contribuindo para uma redução de cerca de 30% dos custos associados. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Ruivo Elisa (1) Fazeres Francisco (2) Rodriguez Jesús (2) Vasconcelos Eduardo(2) Terleira Helena(3) González Manuel (4) Midões Alberto (2) Elisa Arieira Ruivo [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: massa no estômago excluso. Cinco anos após bypass, e por manter epigastralgias recorrentes, foram repetidos os exames de imagem, com o diagnóstico subsequente de neoplasia subserosa do antro com 4.5cm. Foi submetida a gastrectomia do estômago excluso, por suspeita de GIST.A histologia da peça revelou um retalho de parede gástrica com mucosa antral e um cisto pancreático heterotópico, enquanto que no grande epíplon, foram identificados 6 nódulos macroscopicamente compatíveis com tecido pancreático confirmado após estudo imunohistoquímico.Após a cirurgia e até à data, a doente manteve-se assintomática. Discussão: O caso descrito é o 1ºcaso de tecido pancreático ectópico diagnosticado após bypass gástrico; trata-se de uma situação rara, difícil diagnosticar e de tratamento controverso Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Marta Guimarães, Joana Magalhães, Pedro Rodrigues, Gil Gonçalves, Domingos Rodrigues, Mário Nora, Leonor Matos, Isabel Caldas Joana da Silva Magalhães [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P100) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Metastização de Krukenberg – Um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente 77 anos, AP: HTA, RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P98) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Pâncreas ectópico em estômago excluso RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pâncreas ectópico é a pre- sença de tecido pancreático, sem continuidade anatómica e vascular, com o pâncreas normal;é uma situação rara, difícil diagnosticar e cujo tratamento é controverso Resultados: Os autores apresentam o caso de uma mulher, 43 anos, previamente submetida a bypass gástrico alto laparoscópico sem comorbilidades.No 7ºmês pós bypass, iniciou quadro de epigastralgia, intensa e súbita, agravada pela ingestão alimentar, que motivou várias idas ao SU, ficando internada um mês após o início deste quadro para estudo.No internamento manteve-se assintomática e sem alterações analíticas;a EDA e trânsitoEGJ foram normais.A TC e RMN abdominal, foram relatadas como normais, apesar de retrospectivamente perceber-se a existência de HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Bronquite asmatiforme e sequelas de TVP paraneoplásica ilio-femoral esquerda. Operada em Novembro 2012 por Neoplasia Gástrica tendo realizado Gastrectomia total radical. Anatomia patológica: Adenocarcinoma gástrico moderadamente diferenciado, G2. pT4b N3a M1. Realizou QT neo-adjuvante e adjuvante. Em Abril 2014, realizou Tac abdómino-pélvico de controlo que revelou: na cavidade pélvica destaca-se a presença, de novo, de massa predominantemente quística, com 60x59 mm, embora com área sólida mural com 27, 5 x 26 mm em topografia anexai direita, que neste contexto se atribui a metastase (Krukenberg?). Doente foi operada e realizou histerectomia total + anexectomia bilateral + biópsias de implantes peritoneais. O pós-operatório decorreu sem intercorrrências. A anatomia patológica mostrou ser metastização de adenocarcinoma gástrico nos ovários confirmando a hipótese de metastização de Krukenberg. A doente encontra-se neste momento a realizar quimioterapia. Material e Métodos: Dados colhidos do processo da doente Resultados: A doente encontra-se a realizar quimioterapia com bons resultados. Discussão: Podemos concluir que nesta situação a cirurgia era a terapêutica mais indicada visto que podia ser uma neoplasia do ovário e necessitava de avaliação pela anatomia patológica. Visto ter sido confirmada a hipótese de ser uma metástase de Krukenberg a doente esta a realizar quimioterapia que bons resultados. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Rui Barata, P. Magro, R. Fernandes, C. Soares, B. Clemente, A. Martinho, H. Messias, António Galzerano Rui Barata [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 121 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P101) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: GIST esofágico: causa rara de toracalgia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: trointestinal (GIST) são raros, com incidência de 10 a 20 pessoas/milhão/ano. A localização esofágica é rara. Material e Métodos: Doente de 63 anos que recorre ao SU por toracalgia bilateral e regurgitação, com quatro meses de evolução e agravamento recente. A telerradiografia de tórax demonstrou hipotransparência paracardíaca esquerda; TC torácica revelou massa maioritariamente sólida, de contornos bem definidos (13x12x11cm), ocupando a vertente posterior da metade inferior do hemitórax esquerdo, sem plano de clivagem com o esófago. A EDA sem alterações e a ecoendoscopia demonstrou lesão com compressão do esófago; biópsias sugestivas de GIST. A PET-CT revelou massa neoplásica maligna com alto grau metabólico. Terapêutica com Imatinib durante 10 meses, com boa resposta imagiológica e funcional (PET-CT). Submetido a tumorectomia e pneumectomia atípica por toracotomia esquerda. Resultados: Pós-operatório sem intercorrências e alta ao 5º dia. O exame anatomopatológico demonstrou tumor não viável sem invasão das margens. Assintomática, sem sinais de recidiva e medicada com Imatinib aos três meses. Discussão: A recessão cirúrgica é o tratamento “gold standard” e o único com potencial curativo destas lesões. Os inibidores da tirosina cinase têm um papel importante como terapêutica neoadjuvante e/ou adjuvante, com redução da viabilidade tumoral e aumento da sobrevida livre de doença. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Luís Ferreira(1), Miguel Fernandes(1), Henrique Alexandrino(1), João Bernardo(2), José Guilherme Tralhão(1), Francisco Castro e Sousa(1) Luis Ferreira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: presença de corpos estranhos intragástricos. Por suspeita clínica dos invólucros conterem cocaína e elevado risco de perfuração pelo prolongado tempo de ingestão, foi proposta cirurgia para extracção dos mesmos. Procedeu-se a gastrotomia – remoção de 55 invólucros. O pós-operatório sem complicações. Discussão: O caso relatado ilustra a forma menos frequente de apresentação de um BP. Sendo a abordagem destes indivíduos um desafio actual para o cirurgião importa saber: Quais as formas de apresentação dos BP? A melhor estratégia de diagnóstico e tratamento médico e legal? Quais os métodos mais adequados e com menos riscos na remoção dos invólucros e em que fases? Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Esófago Gástrica Dr. Miguel Onofre Domingues*; Dr. Nuno Borges**; Dr. Ricardo Matos*; Prof.Dr. Guedes da Silva Miguel Onofre Domingues [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P103) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Afinal havia outro... Leiomiossarcoma Gástrico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Leiomiossarcoma gástrico é RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P102) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: WANTED – Body Packer Sindrome RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Portugal é uma das principais portas de entrada na Europa de estupefacientes traficados, sendo o transporte no tubo digestivo o principal motivo de contacto com os serviços de saúde. Estes indivíduos conhecidos como bodypackers (BP) acorrem, na maioria das vezes às urgências sob custódia judicial e em raras excepções de forma voluntária. Nos últimos 2 anos foram referenciados à Urgência do Hospital de São José 1530 casos com suspeita de transporte de estupefaciente, dos quais, 3 necessitaram de ser submetidos a cirurgia como é o caso relatado neste poster Resultados: Homem, 52A recorre ao SU, voluntariamente, dor abdominal, epigástrica; náuseas, vómitos e sintomas compatíveis com empacotamento gástrico; referindo ingestão 7 dias antes de 55 invólucros de estupefacientes. Auto medicou-se com laxantes osmóticos sem eficácia. RX Abd- imagens de HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 122 uma entidade rara e representa cerca de 1% das neoplasias gástricas. A apresentação e o outcome desta patologia não são muito claros, existindo estudos que mostram uma sobrevida superior aos adenocarcinomas gástricos. Material e Métodos: Caso clínico de homem, 73 anos com antecedentes de adenocarcinoma mucinoso do cego e adenocarcinoma gástrico síncrono, submetido a hemicolectomia direita e gastrectomia subtotal radical bilroth II em 2010. Em Março de 2014 surge com melenas e anemia. EDA: sangue vivo no lúmen. Coto gástrico com formação polipoide ulcerada. TC toraco-abdomino-pélvica: adenopatias mediastino-hilares e múltiplas adenopatias/implantes peritoneais perigástricos sugerindo recidiva tumoral. Marcadores tumorais CEA e CA 19.9 normais. Decisão Terapêutica (DT): laparoscopia dignóstica, que não evidenciou existência de implantes peritoneais. Por persistência das perdas hemáticas, fez Radioterapia hemostática. Manteve hemorragia com anemia importante optando-se pela realização de degastrogastrectomia. Resultados: Histologia: leiomiossarcoma gástrico com índice mitótico elevado. Foi novamente a DT: sem indicação para tratamento adjuvante. Discussão: Apesar da suspeita inicial de recidiva tumoral do adenocarcinoma gástrico, a histologia da peça operatória revelou tratar-se de uma neoplasia rara e mais indolente sem necessidade de tratamento adjuvante. A opção cirúrgica foi fulcral para o tratamento definitivo da doença. Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Lages, R; Santos, T; Serra, M; Ribeiro, C; Machado, D; Alves, J; Noronha, J; Sarabando, G. Rita Ribeiro Lages [email protected] e mortalidade. Resultados: Total de 78 doentes, 66.6% homens. A média de idade foi de 60.2. Foi realizada radiografia abdominal em 84.6% e tomografia computorizada abdomino-pélvica em 69.2%. A duração média de internamento foi de 11 dias. O local de perfuração mais frequente foi duodenal em 32%, pré-pilórico em 29.5% e pilórico em 16.7%. Registaram-se complicações em 28.2% dos doentes. A taxa de mortalidade foi de 10.3%. Discussão: A idade média de PUP tem vindo a aumentar, o que pode dever-se à melhoria do tratamento médico da DUP, assim com a uma utilização maior de AINE e aspirina nos doentes idosos. Os dados acompanham a literatura, com taxa de mortalidade inferior ao descrito, e em grande parte em doentes admitidos com critérios de choque. HOSPITAL: Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Esófago Gástrica AUTORES: Diana Souto Brito, Ana Cristina Carvalho, Marta Martins, Teresa Santos, Vânia Castro, Washington da Costa, Pinto Correia CONTACTO: Diana Souto Brito EMAIL: [email protected] TELEFONE: 912216492 MORADA: Rua Alves Anjo nº 45 LOCALIDADE: Póvoa de Varzim CÓD. POSTAL: 4490-464 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P104 SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: MANECs: a propósito de um Caso Clinico. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gastrointestinais são neoplasias raras, sendo que os gástricos constituem menos de 1% de todas as neoplasias gástricas. Devido a apresentações clinico/morfológicas distintas, foram divididos em 4 tipos. O NET1 é o mais frequente (75%), e associa-se a gastrites crónicas. O NET4 (MANEC- carcinoma misto adenoneuroendocrino), mais raro, tem um componente de carcinoma, geralmente glandular, e um neuroendócrino, com pelo menos 30% de cada um deles. Material e Métodos: Apresento o caso clinico de um doente do sexo masculino, 38 anos, previamente saudável, com queixas de enfartamento, anorexia e emagrecimento de cerca de 12Kg (17%) com 1 ano de evolução. Na sequência da investigação diagnóstica realizou endoscopia digestiva alta que evidenciou uma lesão volumosa exofitica do antro gástrico, cuja biopsia revelou um adenocarcinoma moderadamente diferenciado com padrão intestinal. A TC de estadiamento foi negativa para lesões secundárias. Laboratorialmente salientava-se uma anemia microcitica e marcadores tumorais CEA e CA 19-9 normais. Foi submetido a gastrectomia subtotal radical com Y de Roux. Resultados: O resultado anátomo-patológico foi de Carcinoma Misto Adenoneuroendócrino-MANEC: T2N0 L1 V0 PN0. Discussão: Apesar de ser uma entidade relativamente rara, tem-se verificado um aumento na sua incidência, provavelmente pelo aumento da acuidade diagnostica. A sua abordagem depende do estadio da doença, mas quando possível a cirurgia com intuito curativo é goldstandard. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Capella V., Coelho F., Gonçalves N., Cardoso J.G., Costa C. Vanessa Capella [email protected] SALA 3 06-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P123) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Schwannoma Vagal Cervical mimetizando nódulo único da Tiróide RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Schwannomas com origem no nervo vago cervical são tumores extremamente raros, de crescimento lento na face lateral do pescoço. O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica completa com preservação neuronal sempre que possível. São na sua maioria benignos, pelo que deve ser realizada uma abordagem cirúrgica conservadora. No caso descrito, o diagnóstico é realizado no intra-operatório por mimetizar patologia nodular da tiróide nos exames pré operatórios. Apresenta-se o caso de uma doente de 35 anos, referenciada por nódulo direito da tiroide, sem queixas compressivas. Apresentava ecografia tiroideia descrevendo formação nodular única do lobo direito, bem circunscrita, quística na sua zona central e orla de aspecto sólido, com 33x23 mm de diâmetros e duas Citologias aspirativas com diagnóstico benigno – Bócio colóide. Tendo sido programada hemitiroidectomia direita, intraoperatoriamente foi excluída qualquer patologia nodular tiroideia e identificada uma massa com as referidas dimensões em posição interjugulocarotídea, condiccionando antepulsão e medialização da carótida primitiva e em continuidade com nervo vago. Foi realizada a sua exérese com preservação do nervo vago não envolvido, sem complicações pós operatórias, encontrando-se no 6º mês de seguimento sem evidência de recidiva. Apresenta-se o caso pela forma RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P105) SESSÃO P-EGD 2 TÍTULO: Úlcera Péptica Perfurada: casuística de 5 anos do Serviço de Cirurgia Geral do CHAA Apesar da prevalência de doença ulcerosa péptica (DUP) ter diminuído nas últimas décadas, a taxa de perfuração de ulcera péptica (PUP) tem-se mantido estável. Cerca de 70% das mortes por DUP são devidas a perfuração. A taxa de mortalidade é variável na literatura, de 10-40%, e está descrito alto risco de morbilidade (20-50%). O tratamento cirúrgico urgente é o gold standart do tratamento, indicando-se a rafia da perfuração, com ou sem epiplonplastia. Material e Métodos: Incluídos todos os doentes intervencionados por PUP de Janeiro 2009 a Dezembro 2013, através de consulta do processo clínico, com avaliação de dados demográficos, exames complementares de diagnóstico, local da perfuração, tipo de cirurgia, duração de internamento, morbilidade RESUMO: Objectivo/Introduçâo: XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 123 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de apresentação, revisão da bibliográfica, salientando-se que é fundamental uma cuidadosa técnica cirúrgica para obter um a total excisão com diminuta iatrogenia. Hospital da Luz Cirurgia Endócrina Miguel Allen(1), Carlos Ferreira(1), Pedro Oliveira(2) Miguel Allen [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P124) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Paraganglioma – Um tumor desafiante RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Paragangliomas são tumores HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: neuroendócrinos raros, na sua maioria benignos. São tumores com origem nas células cromafins e podem produzir catecolaminas. Material e Métodos: Apresentação de caso clínico Resultados: Homem de 76 anos com dor lombar direita e hipertensão arterial. Realizou RMN, PET-FDG e Cintigrama com MIBG: formação com 6 cm, sólida, adjavente ao pólo inferior do rim esquerdo compatível com tumor de origem neurogénica. Estas alterações aliadas ao aumento dos valores de cromogranina, ácido vanilmandélico, metanefrinas, renina e normetanefrinas plasmáticas permitiu o diagnóstico de paraganglioma. Submetido a laparotomia exploradora com excisão tumoral, após medicação pré-operatória com fenoxibenzamina e atenolol, sem incidentes (controlo hemodinâmico imediato). Em seguimento em ambulatório sem alterações. Discussão: Os paragangliomas são tumores extra-adrenérgicos que podem produzir catecolaminas. O diagnóstico é feito com base na clínica, doseamento das catecolaminas e métodos de imagem. O efeito da libertação de catecolaminas pode causar morbimortalidade significativa no perioperatório, daí a necessidade de no pré-operatório haver controlo da TA e controlo da FC. Após a remoção do tumor produtor, verifica-se controlo da TA mas também o risco de hipotensão e choque (diminuição catecolaminas). É necessário manter um seguimento em ambulatório pelo risco de recidiva e metastização. O tratamento cirúrgico do paraganglioma requer o conhecimento da sua fisiopatologia de forma a reduzir complicações. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia Endócrina Milene Sá, Carlos Cruz Milene Sá [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: haver transformação maligna associada, pelo que esta entidade não deve ser descurada. Resultados: Homem de 77 anos, com antecedentes de epilepsia, síndrome demencial, HTA e DMNID. Referenciado à consulta por bócio multinodular, com predomínio no lobo direito.Concomitantemente, apresentava tumefação cervical anterior, com cerca de 20 cm, com disfonia e dispneia na posição de decúbito dorsal. O doente tinha sido submetido a 2 excisões cirúrgicas do tumor no passado, a última há 7 anos, e cujo resultado histológico revelou um lipoma pleiomórfico. O estudo TAC revelou a natureza lipomatosa do tumor, condicionando desvio para a esquerda da laringe e da traqueia. Proposto para tratamento cirúrgico, tendo sido realizada a exerese do tumor através de uma incisão cervical arciforme, seguida de tiroidectomia total. Foi necessário reconstruir os planos musculares da face anterior e lateral do pescoço, bem como a plastia dos retalhos cutâneos. Foi mantido sob entubação oro-traqueal profilatica durante 3 dias, sem intercorrências após extubação. Discussão: O caso ilustra uma forma de apresentação pouco comum de um lipoma gigante, que para além de alterações estéticas e funcionais, representava um desafio para a abordagem da glândula tiroideia. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Endócrina Ana Catarina Pinho, Ana Crespo, Diogo Casal, Francisco Carvalho, José Mário Coutinho Ana Catarina Valente dos Santos Pinho [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P126) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Cistos do canal tireoglosso: casuística do Serviço de Cirurgia do Hospital de Braga (2001-2012) RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cisto do canal tireoglosso é a forma mais comum de cisto congénito do pescoço, tendo origem em remanescentes do ducto tireoglossal. A maioria dos casos ocorre em crianças embora cerca de 1/3 surja após os 20 anos. A forma de apresentação mais comum é a tumefação cervical, sendo que pode manifestar-se como abcesso/fístula. O diagnóstico é clínico. A abordagem cirúrgica preferencial é a Operação de Sistrunk, descrita em 1920. Material e Métodos: Foram analisados todos os doentes submetidos a cirurgia por cisto do canal tireoglosso entre 2001 e 2012. Resultados: Foram incluídos 41 doentes, sendo 23 do sexo feminino (56%), com uma média etária de 33 anos. A manifestação inicial mais comum foi a tumefação cervical, sendo que 16 doentes (39%) se apresentaram com fístula/abcesso cervical. A maioria dos doentes realizou ecografia (27 (65, 8%).O procedimento cirúrgico realizado em todos os doentes foi a Operação de Sistrunk, que decorreram sem intercorrências no período imediato. O tempo médio de internamento foi de 1 dia e meio. Foram operados 9 casos de recidiva, tendo apenas um ocorrido durante o período em estudo. Discussão: O cisto do canal tireoglosso deve ser considerado no diagnóstico diferencial do nódulo cervical, sobretudo no adulto jovem. A ausência de informação relativa à cirurgia prévia da maioria dos casos de recidiva prejudica uma correta avaliação RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P125) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Lipoma Gigante da Região Cervical Anterior: Um Desafio na Abordagem de um Bócio Multinodular RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os lipomas são tumores de partes moles de crescimento lento e natureza benigna. Surgem frequentemente no tronco e membros, mas também podem surgir a nível da cabeça e pescoço. Raramente atingem grandes proporções, passando a designar-se de lipoma gigante. Nestes casos, pode Revista Portuguesa de Cirurgia 124 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: do risco de recidiva associado à operação de Sistrunk nesta série. Hospital de Braga Cirurgia Endócrina Hugo Palma Rios, Charlène Viana, Pedro Leão, Ricardo Pereira Hugo Palma Rios [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P127) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Metástases ósseas de carcinoma bem diferenciado da tiroide: A propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma bem diferenciado HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: da tiróide (CDT) tem bom prognóstico. Metástases à distância (10-15%) têm impacto na sobrevida Material e Métodos: Sexo feminino, 86 anos, antecedentes de carcinoma da mama, cólon e papilar da tiróide(CPT) variante folicular, submetida noutra instituição a lobectomia direita em 2008, sem follow up.Iniciou dor na anca direita em Nov/2013. Realizou RMN e cintigrafia que mostraram metástase no ilíaco.Biopsia:compatível com metástase de carcinoma de origem folicular da tiróide.A ecografia revelou nódulo sólido da tiroide à esquerda com 16mm, cuja citologia foi colóide.A revisão das lâminas confirmou CPT variante folicular com 5 cms.Realizou, em Março/2014, RT externa do ilíaco para controlo álgico, seguida de totalização de tiroidectomia(microcarcinoma papilar padrão folicular) e terapêutica com 150 mCi de I 131.O cintilograma do 8º dia, além de restos tireoideus, foi compatível com metastização na parede torácica.Nessa data: TSH > 100; TGB = 29805.00; AAT = 1.7.Actualmente está assintomática e aguarda TC toracoabdominal, cintilograma ósseo, doseamento de TSH, TGB e AAT e eografia cervical. Discussão: Metástases ósseas de CPT são menos de 2%.A variante folicular tem potencial de metastização hematogénea, estando indicada a tiroidectomia total adjuvada com I131.Deve ser considerada a ressecção cirúrgica, e tratamento com I131 se existir captação do radiofármaco, repetido enquanto se verificar benefício.A radioterapia externa paliativa deve ser considerada para controlo sintomatico Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Endócrina Fernandes C., Casanova-Gonçalves F., Domingues S., Matos Lima L., Costa Maia J. Cristina Fernandes [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: nodular da tiroide, sem queixas compressivas ou de rouquidão. A ecografia mostrava tiroideia de dimensões normais com duas imagens quisticas não suspeitas e lesão nodular sólida, escassamente vascularizada laterocervical direita de 26x18mm. A citologia ecoguiada (Nov.2013) de provável gânglio laterocervical com 25x16mm mostrava células linfoides soltas, sem atipias evidentes. A reavaliação imagiológica (Maio2014) mostrava adenopatia laterocervical direita de 27x20mm, sem evidência de outras adenopatias, mantendo a tiróide apenas nódulo de 8x6mm do lobo direito. À Tac tratava-se de lesão pouco captante, de contornos regulares e definidos que condiciona desvio lateroexterno jugular interna e interno da carótida comum. Foi submetida a exérese da referida massa via minicervicotomia, com abordagem longitundinal ao longo da face externa da carótida primitiva e dissecção pelo plano jugulo carotídeo. Constatou-se ser na dependência de ramo do plexo simpático cervical. O exame Extemporâneo mostrou Neoplasia angio-mixoide de baixo grau de malignidade com 29mm de diâmetro e o resultado definitivo foi Schwannoma. A doente teve alta ao 2º dia pós operatótio, sem complicações, encontrando-se no 3º mês de seguimento, com Síndrome de Horner, sem evidência de recidiva. Hospital Litoral Alentejano, EPE Cirurgia Endócrina Allen, M (1); Mateus, A(1); Sousa, D(1); Cruz, A(1); Marinho, D(1); Ferreira, A(1); Cussati, P(2); Martins, J.(1) Miguel Allen [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P129) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Fome do Osso: um caso de Adenoma Paratiroideu RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hiperparatiroidismo cons- titui um dos principais mecanismos fisiopatológicos a considerar perante um caso de hipercalcémia. O seu estudo focaliza-se na caracterização morfológica e funcional das glândulas paratiroideias. O adenoma paratiroideu constitui a mais frequente lesão causadora de hipercalcémia por hiperfuncionamento glandular. Habitualmente assintomático até calcémias de 11- 12 mg/ dl, esta lesão pode apresentar-se como um espectro de sintomas e sinais resultantes dos efeitos metabólicos, neurológicos, cardiovasculares, renais e gastrintestinais resultantes da hipercalcémia, bem como das consequências da acção da paratormona sobre o osso. Apresentamos um cado de adenoma paratiróideu, em doente do sexo feminino, com osteomalacia acentuada e osteíte fibrosante quística complicada de várias fracturas ósseas patológicas. Operada sob risco anestésico-cirúrgico elevado, sob anticoagulação terapêutica por tromboembolismo pulmonar recente, a cirurgia permitiu uma reversão imediata do quadro analítico de hiperparatiroidismo, com subsequente instalação de “ hungry bone syndrome” devidamente acompanhado e tratado. HOSPITAL: Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Endócrina RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P128) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Schwannoma com origem no plexo simpático cervi- cal em doente com patologia nodular da tiroide. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Schwannomas são tumores benignos com origem em nervos periféricos, sendo muito raros aqueles com origem no plexo simpático cervical, sendo o tratamento cirurgico. Apresenta-se uma doente de 55 anos, referenciada por patologia XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 125 AUTORES: Borges R., Medeiros A., Moura C., Castro R., Bernardo A.T., Goulart A., Rama T., Melo A.S., Anselmo J., Carneiro V. CONTACTO: Ricardo Borges EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P130) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: TÍTULO: Bócio Multinodular Gigante: O Passado no Presente RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O bócio multinodular (BMN) é HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: definido como o aumento da glândula tiróide por proliferação heterogénea das células foliculares. É uma patologia benigna comum cujo a incidência varia com o sexo e com a deficiência de ingestão de iodo. O tamanho da glândula relaciona-se com o tempo de evolução, pelo que os doentes com bócio de longa duração tendem a apresentar bócio de grandes dimensões. Resultados: Doente do sexo masculino, 77 anos, que apresentava massa cervical de grandes dimensões, dismorfia marcada e discreto compromisso ventilatório. Realizou TC cervico-torácico que demostrou glândula tiróide multinodular de dimensões aumentadas, com componente intratorácico, condicionando compressão de estruturas adjacentes. Programada abordagem cirúrgica conjunta com Cirurgia Torácica, procedendo-se realização de tiroidectomia total com identificação e preservação dos nervos laríngeos recorrentes. A histologia revelou glândula tiróide de 710 grs (lobo esquerdo 138*10*65mm e lobo direito 125*50*45mm), constituída por múltiplos nódulos colóides e adenomatosos num contexto de BMN. O pós-operatório imediato cursou com hipocalcémia sintomática e necessidade de suplementação com cálcio oral. O doente teve alta ao 11º dia pós-operatório. Discussão: Actualmente o BMN é diagnosticado em estadios precoces sendo delineada a estratégia terapêutica no decurso do estudo da doença. Por conseguinte, BMN gigantes com compromisso da via aérea e do tubo digestivo são cada vez mais raros, tornando-se um desafio para o cirurgião. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Cirurgia Endócrina Barbosa L(1); Francisco E(1); Ferreira J(1); Santos M(1); Silva A(1); Matos L(1); Póvoa A(1); Maciel J(1) Lilite Barbosa [email protected] CONTACTO: EMAIL: Devido a esta diferenciação, pode muitas vezes ser diagnosticado como uma lesão maligna. Os objectivos são a revisão da literatura e apresentação de um caso clínico duma doente tratada na nossa instituição, por um nódulo submaxilar e cujo diagnóstico diferencial foi com metástase de carcinoma papilar da tiroide. Discussão: Demonstra-se a necessidade da realização de diagnóstico diferencial de uma massa cervical do compartimento 2, entre patologia específica de uma glândula salivar e potencial metástase de carcinoma diferenciado. Hospital Litoral Alentejano, EPE Cirurgia Endócrina Cruz, A. (1); Allen, M. (1); Mateus, A. (1); Sousa, D. (1); Marinho, D. (1); Ferreia, A. (1); Martins, J. (1) Ana Isabel Cruz [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P132) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Excisão Laparoscópica de Ganglioneuroma Retro- peritoneal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O ganglioneuroma é um tumor RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P131) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Dificuldade diagnóstica de Adenoma Pleomórfico HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: da Glândula Submadibular RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenoma pleomórfico é o tumor mais frequente das glândulas salivares, responsável por 90% dos tumores benignos. Cerca de 75 a 85% dos adenomas pleomórficos ocorrem na parótida, 8% na glândula submandibular e 7 a 15% nas restantes glândulas salivares. Uma característica dos adenomas pleomórficos é a extensa diferenciação do epitélio, observado principalmente na biópsia fina ou na PAAF. CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 126 neurogénico benigno raro, com origem na crista neural. Pode conter células de Schwann, ganglionares e tecido fibroso. Pode ocorrer em qualquer localização ao longo da cadeia simpática, sendo mais comum no mediastino, retroperitoneu e glândulas supra-renais. Apresenta crescimento lento com baixo potencial de malignidade, podendo atingir 8cm de maior eixo. Raramente causa sintomas e estes podem ocorrer vários anos após o início do crescimento, por compressão de estruturas envolventes. O diagnóstico é habitualmente incidental. A Tomografia Computorizada(TC) e a Ressonância Magnética(RMN) são os meios de imagem mais úteis. O diagnóstico definitivo é estabelecido por biópsia incisional ou excisional. O tratamento consiste na excisão completa do tumor. Material e Métodos: Apresentamos um doente do sexo masculino com 37 anos de idade, com achado imagiológico em TC de lesão para-aórtica esquerda com cerca de 7 cm de maior eixo. Realizou RNM que revelou lesão heterogénea, para-aórtica esquerda, colocando a hipótese de ganglioneuroma. O doseamento de catecolaminas e ácido vanil-mandélico foi normal. Resultados: O doente foi submetido a exérese laparoscópica da lesão retroperitoneal sem intercorrências. O estudo anatomo-patológico da peça operatória confirmou a suspeita de ganglioneuroma. Após um ano, o doente encontra-se assintomático. Discussão: O tratamento do ganglioneuroma retroperitoneal consiste na excisão completa do tumor sendo a abordagem laparoscópica um procedimento seguro. Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Cirurgia Endócrina Vânia Castro, Diana Brito, Ricardo Moreira, Manuel Ferreira, Artur Castro, Andreia Santos, Pinto Correia Vânia Alexandra Oliveira de Castro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P133) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Bócio multinodular mergulhante: um desafio clínico e cirúrgico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O bócio intratorácico é uma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: manifestação incomum da patologia tiroideia, ocorrendo geralmente em contexto de bócio multinodular. O diagnóstico pode ser acidental em doentes assintomáticos ou descoberto durante o estudo de um quadro de disfagia, rouquidão, desconforto cervical ou dispneia. Apesar de ser uma patologia benigna, a incidência de carcinoma no bócio multinodular pode rondar os 5-10%. Resultados: Os autores apresentam o caso de uma mulher de 51 anos, com bócio multinodular mergulhante com 27 anos de evolução, com início recente de quadro clínico de disfagia e dispneia. O TC evidenciava aumento significativo do lobo esquerdo com o polo inferior atingindo a crossa da aorta, a 1cm da carina, e condicionando desvio e diminuição do calibre da traqueia. Coexistia pequeno nódulo de 8mm no lobo direito. Por este motivo foi submetida a tiroidectomia total, por via cervical. A histologia foi compatível com nódulo de bócio adenomatóide à esquerda e carcinoma papilar à direita. Discussão: Este caso demonstra as dimensões que podem ser atingidas pelo bócio multinodular mergulhante de longa evolução, colocando por vezes desafios técnicos ao cirurgião e alerta para a possibilidade inerente de neoplasia maligna concomitante. Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Cirurgia Endócrina Rita Castro, Luís Amaral, Armando Medeiros, Emanuel Silva, Tiago Rama, Ana Goulart, Ana Teresa Bernardo, Ricardo Borges, Catarina Moura, António Melo Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: em 27 dos casos e 2 explorações dirigidas (uma das quais na reintervenção). Primariamente, foi realizada paratiroidectomia subtotal em 23 doentes, paratiroidectomia de 2 glândulas em 3 doentes e de 1 glândula em 2 doentes. Discussão: A exploração cervical bilateral com visualização das 4 paratiroides e paratiroidectomia subtotal permitiu tratamento eficaz em 96% dos casos. Na exploração dirigida ou paratiroidectomia limitada a eficácia foi de 50%. Nesta amostra, a exploração cervical com paratiroidectomia subtotal foi mais eficaz no tratamento do hiperparatiroidismo terciário do que a abordagem dirigida, o que está de acordo com a evidência actual. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Endócrina Filomena Soares, Ana Catarina Afonso, Cláudia Paiva, Raquel Correia, Vítor Valente, José Polónia Maria Filomena Soares Moreira da Ressurreição [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P135) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Shwannoma cervical: uma tumefacção cervical simpática, mas pouco RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Shwannoma cervical é um RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P134) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Tratamento cirúrgico do hiperparatiroidismo terciá- rio: cinco anos de experiência na Unidade 2 de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar do Porto RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hiperparatiroidismo terciário é frequente em doentes com antecedentes de doença renal crónica após transplante renal. O objectivo deste trabalho consistiu em avaliar 5 anos de experiência no tratamento cirúrgico do hiperparatiroidismo terciário. Material e Métodos: Estudo retrospectivo englobando doentes operados entre Janeiro de 2008 e Dezembro de 2013. Resultados: Em 652 doentes submetidos transplante renal, 28 foram operados por hiperparatiroidismo terciário (4, 3%). Nesta amostra, vinte encontravam-se assintomáticos (elevação da PTH e hipercalcemia persistente), 6 apresentavam queixas osteoarticulares e 2 litíase renal. O tempo médio entre o transplante e a paratiroidectomia foi de 60, 5 meses. Foram realizadas um total de 29 intervenções, englobando uma reintervenção por hiperparatiroidismo persistente (glândula ectópica). Foi realizada exploração cervical bilateral HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tumor do sistema nervoso periférico, de características benignas, com origem nas células de Schwann. e que raramente está na dependência da cadeia cervical simpática. Os autores descrevem o caso de um doente com shwannoma da cadeia cervical simpática submetido a cirurgia. Resultados: Homem, 26 anos, avaliado por tumefacção cervical direita indolor com 6 anos de evolução e crescimento recente. Realizou ecografia que mostrou imagem nodular no compartimento II cervical de 28x40mm, isoecóica, heterogénea, com áreas quísticas centrais e sugerindo esclarecimento por RMN; esta mostrou uma lesão nodular fusiforme, de 46x32x25mm com área sólida periférica que captava contraste avidamente e áreas císticas centrais, na dependência do espaço carotídeo direito, bem delimitada e sem sinais de agressividade, favorecendo a hipótese de schwannoma. A PBA foi inconclusiva por material insuficiente. A exploração cirúrgica confirmou os achados imagiológicos e revelou a origem do tumor na cadeia simpática cervical. O exame anatomopatológico foi compatível com Shwannoma. O doente desenvolveu um Síndrome de Horner no pós-operatório. Discussão: O Shwannoma da cadeia cervical simpática é um tumor benigno raro, que deve ser considerado em presença de uma massa cervical lateral isolada. Um exame de imagem pré-operatório como TC ou RMN é mandatório para orientar o diagnóstico, o tratamento é cirúrgico. A presença de Síndrome de Horner no pós-operatório confirma a origem na cadeia cervical simpática. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Endócrina Marisa Aral, João Capela, Filomena Valente, Matos Lima Marisa Aral [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 127 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P136) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: O auto-transplante de paratiróide na cirurgia da tiróide RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hipoparatiroidismo definitivo HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: pós-tiroidectomia é expectável, principalmente nos procedimentos mais extensos. Desde, Lahey, em 1926, o auto-transplante de paratiróide é usado para evitar esta complicação. Material e Métodos: Apresentam-se 3 casos clínicos de doentes com carcinoma papilar submetidos a tiroidectomia total e esvaziamento ganglionar cervical, e auto-transplante de paratiróide no antebraço não dominante. Resultados: Questionou-se a viabilidade das paratiroides procedendo-se a auto-transplante. No pós-operatório foram medicados com cálcio e calcitriol.Todos desenvolveram hipocalcémia sintomática.A PTH no sangue da fossa antecubital dos 2 membros foi medida ao 8º e ao 30º dia, sendo normal um mÊs depois no membro do enxerto, 1, 5x superior à do membro contralateral. A cintigrafia confirmou enxerto funcionante. Discussão: O risco de hipoparatiroidismo definitivo após tiroidectomia varia com as séries, sendo maior quando se associa esvaziamento do compartimento central.O enxerto de paratiróide tem uma taxa de sucesso de 85%-99% Nestes doentes, o enxerto evidenciou alguma função no 8º dia de pós-operatório e normalização aos 30 dias.Conclui-se, assim, que o enxerto de paratiroide é um procedimento simples e minimiza o hipoparatiroidismo secundário à cirurgia. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia Endócrina Liliana Duarte, Ana Oliveira, Natália Santos, Luís Filipe PInheiro Liliana Duarte [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: papilar sem extensão extra-tiroideia e com margens cirúrgicas livres. A doente foi submetida a tratamento complementar com iodo radioativo e encontra-se sem evidência de doença oncológica. Discussão: Apesar da maior parte das LQC serem benignas, a metastização gglionar cervical de carcinoma da tiróide pode mimetizar uma formação quística e ser a primeira manifestação da doença. No caso descrito, a hipótese de um segundo tumor primário não foi excluída pela análise anatomopatológica. Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE Cirurgia Endócrina Pereira, JC (1) Mesquita, A (1) Moreira, A (1) Dias, T (1) Jacome, M (2) Afonso, M (2) Bacelar, T (3) Brito, D (1) Guimarães, J (1) Sanches, C (1) Abreu de Sousa, J (1) José Carlos Pereira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P138) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Glândulas Salivares Major: Experiência de um Ser- viço RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Nas afecções das glândulas RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P137) SESSÃO P-ENDOCRINAS 1 TÍTULO: Quisto cervical como manifestação de um carci- noma papilar da tiróide RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões quísticas cervicais (LQC) são na sua maioria quistos branquiais ou linfangiomas. A presença de tecido tiroideu num quisto cervical pode levar a um diagnóstico não expectável: um carcinoma primário da tiróide. Resultados: Os autores descrevem um caso clínico de uma dte com 49 anos, com uma tumefação cervical direita cuja TC revelou uma lesão bem circunscrita, hipocaptante, com 6, 4cm e a PBA não revelou células malignas. A dte foi submetida a uma excisão cirúrgica da referida lesão, a qual se encontrava em contacto com as estruturas vasculonervosas do pescoço. A lesão foi excisada sem violação da cápsula. Histologicamente verificou-se na parede do quisto a existência de focos sugestivos de carcinoma papilar da tiróide. Foram isolados 4 ggs linfáticos sem alterações. Observando retrospetivamente os cortes da TC, observou-se um nódulo infracentimétrico no lobo direito da tiróide. A PBA identificou uma lesão folicular de significado indeterminado. Foi submetida a tiroidectomia total, tendo-se diagnosticado um microcarcinoma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 128 salivares assumem preponderância as lesões tumorais e a litíase e suas complicações. Os tumores são mais frequentes na parótida e são maioritariamente benignos. O seu tratamento é cirúrgico e pode ser um desafio, quer pela variabilidade anatómica, quer pelas estruturas vasculo-nervosas próximas.Com o presente trabalho pretendeu-se mostrar a experiência da Unidade Cirurgia Extra-Digestiva do CHP na abordagem desta patologia, opções cirúrgicas e suas principais complicações. Material e Métodos: Procedeu-se a análise retrospectiva dos doentes operados por patologia das Glândulas Salivares Major, na Unidade Cirurgia Extra-Digestiva do CHP, num período de 82 meses, entre Março 2009 e Novembro 2013. Resultados: Apuraram-se registos de 146 doentes, com predomínio do sexo feminino (52%), com idade média de 49 anos. Houve um predomínio de patologia benigna da glândula Parótida, (Adenoma Pleomórfico e Tumor de Warthin). A patologia maligna mais frequente foi o carcinoma epitelial-miopepitelial. Na patologia das restantes glândulas salivares predominou a litíase e suas complicações. Em ambos os caso, o tratamento passou pela excisão parcial ou total da glândula afectada. Discussão: A morbilidade da nossa série vai de acordo com o descrito na literatura, dentro da precoce a mais frequente é a paresia temporária do nervo facial sendo de referir que os 4 casos de Paralisia completa ocorreram em doentes em que houve sacrifício deliberado por invasão do nervo pela lesão. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Endócrina José Presa Fernandes (1); Catarina Morais (1); Ezequiel Silva (1); Silvia Neves (1); Vitor Simões (1); José Polónia (1) José Miguel Presa Fernandes [email protected] SALA 3 06-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P171) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Adenocarcinoma da vesicular biliar incidental: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenocarcinoma da vesícula HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: biliar é um tumor raro, associado a mau prognóstico, geralmente diagnosticado em estadio avançado da doença. Com o aumento da frequência de colecistectomias, verificou-se também um aumento da incidência de adenocarcinoma da vesícula biliar incidental (0, 3 a 2%), que é diagnosticado pela anatomia-patológica durante ou após a cirurgia. Resultados: É apresentado o caso de um doente do género masculino, de 64 anos, com antecedentes de Obesidade, HTA, Diabetes Mellitus e colelitíase sintomática. Foi submetido electivamente a colecistectomia via laparoscópica, com identificação de uma lesão polipóide do infundíbulo da vesícula biliar, suspeita, pelo que se converteu para laparotomia de Kocher, procedendo-se à colecistectomia. Foi realizado um exame anatomo-patológico extemporâneo que revelou um adenocarcinoma bem diferenciado da vesícula biliar (pT1bN0). No mesmo tempo operatório, o doente foi ainda submetido a linfadenectomia hilar e hepatectomia atípica dos segmentos IV e V, não sendo identificadas metástases. Realizou TC tóraco-abdomino-pélvica que não identificou secundarização. Durante o internamento teve como complicações um ARDS, com necessidade de internamento em cuidados intensivos, e uma hérnia incisional submetida a cura cirúrgica. Teve alta após 23 dias de internamento, clinicamente bem. Discussão: O aumento da incidência do adenocarcinoma da vesícula biliar incidental, permitiu a detecção desta patologia em estadios mais precoces, com melhor prognóstico associado. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Marta Sousa, Pedro Fidalgo, Carlos Ascensão, Cristina Maia Santos, Vítor Pereira Marta Sofia Farinha Capelo de Sousa [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: recorreu ao SU por quadro de dor abdominal associada a tumefação no hipocôndrio direito com vários meses de evolução.Realizou TC abdominal que constatou ao nível do hipocôndrio e flanco direitos imagem ovalar com cerca de 12 cm de parede espessada e irregular compatível com abcesso multisseptado embora não se pudessem excluir outros diagnósticos.Por agravamento do quadro, decidida laparotomia exploradora, na qual se constatou volumoso abcesso sub-hepático com envolvimento da parede abdominal tendo sido efetuada drenagem e observado presença de cálculo biliar retido que se extraiu.Restante internamento sem intercorrências, tendo tido alta ao 5º dia de pós-op. Discussão: Frequentemente o diagnóstico desta complicação é tardia, pelo que é necessário elevado índice de suspeição. Torna-se imperioso a toilette peritoneal cuidada com recolha de todos os cálculos perdidos. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Tiago Fonseca, Luciana Costa, Rosa Sousa, António Soares, Jorge Costa, Gil Gonçalves, Mário Nora Tiago Feiteira Fonseca [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P173) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Ileus biliar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Ileus biliar é uma causa rara de RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P172) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: O Cálculo Perdido – A propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A perfuração vesicular com perda de cálculos constitui a complicação mais frequente associada a colecistectomia laparoscópica(20-40%).Clinicamente pode manifestar-se, desde infeção da parede abdominal, oclusão intestinal, abcessos intra-abdominais recidivantes e por quadros fistulosos.São fatores de risco:sexo masculino, idade avançada, colecistite prévia, perda de cálculos pigmentados e tamanho >1 cm com localização peri-hepática. Resultados: Homem de 76 anos, submetido a colecistectomia laparoscópica em 2010 por litiase vesicular sintomática, complicada por rotura vesicular acidental com extravasamento de bile e cálculos.Em Setembro/2014 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: oclusão do tracto gastrointestinal. Ocorre em 25% das oclusões de intestino delgado nos doentes com mais de 65 anos. Comorbilidades contribuem para a significativa morbimortalidade associada a esta doença Material e Métodos: Apresentação de caso clínico Resultados: Mulher, 91 anos, com diabetes mellitus (DM), insuficiência renal crónica, com vómitos, obstipação e agravamento da função renal. Avaliação por cirurgia por dor abdominal. TAC: aerobilia, distensão intestinal e cálculo no lúmen intestinal. Laparotomia confirmou o diagnóstico (realizada enterolitotomia. Alta ao 13º dia. Mulher, 87 anos, com HTA, DM, fibrilhação auricular, com vómitos, dor abdominal e tosse produtiva. Avaliação por cirurgia por agravamento da dor. Eco e TAC: aerobilia, fístula biliar-gastrointestinal e cálculo no lúmen intestinal. Laparotomia confirmou o diagnóstico (realizada enterolitotomia). Paragem cárdiorespiratória ao 3º dia. Discussão: Ileus biliar resulta da presença de fístula colecistoentérica que permite passagem e impactação de cálculo no lúmen intestinal. Mais frequente em mulheres com mais de 65 anos (maior morbilidade). A tríade radiológica, de oclusão intestinal, aerobilia e cálculo de localização aberrante ocorre em apenas 30% dos casos, sendo assim, a TAC permite o diagnóstico precoce. O tratamento preferencial nestes casos é a enterolitotomia. A abordagem da fístula no mesmo tempo cirúrgico deve ser reservada para os doentes mais jovens, clinicamente estáveis e sem comorbilidades significativas. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Milene Sá, José Teixeira, Júlio Constantino, Jorge Pereira, Rosa Simão, Luís Filipe Pinheiro Milene Sá [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 129 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P174) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Tratamento endovascular de um aneurisma do ramo direito da artéria hepática direita RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os aneurismas das artérias HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: digestivas são uma entidade rara (0.1-2%). A etiologia é variável sendo usualmente provocados por aterosclerose. A artéria esplénica é o local mais comum (60%), seguido da artéria hepática(20%) e artéria mesentérica superior (6%). A maioria são assintomáticos, sendo achados em exames de rotina. A ruptura espontânea, quando ocorre associa-se a 30% de mortalidade. Apresentação do caso clínico de aneurisma do ramo direito da artéria hepática direita por tratamento endovascular. Material e Métodos: Doente sexo feminino, 73 anos, com antecedentes pessoais de HTA, sem queixas. Em exames de rotina aneurisma do ramo direito da artéria hepática direita com cerca de 2x2 cm. Resultados: Doente submetida a embolização com detachable coils de aneurisma do ramo direito da artéria hepática direita, sem intercorrências. Internamento sem complicações, com alta ao 2º dia pós-op. Discussão: A cirurgia e embolização são opções de tratamento nos aneurismas e pseudoaneurismas das artérias digestivas. O sucesso terapêutico das técnicas endovasculares atinge 90-100%, sendo mais vantajoso em termos de curta permanência hospitalar, menor necessidade transfusao e rápido controlo hemorrágico. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Aguiar C; Bicho L; Coimbra E.; Marques H.; Martins A.; Barroso E Catarina Aguiar [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: valores de bilirrubina. Duas semanas depois é submetido ao 2º tempo, com totalização de tri-sectorectomia esquerda também aqui sem intercorrências relevantes. Discussão: O tratamento cirúrgico dos tumores de klatskin pode ser complexo e a tri-sectorectomia esquerda é uma forma de aumentar a possibilidade de uma margem negativa em alguns doentes. A opção de associar esta cirurgia ao ALPPS ainda não foi descrita. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sobral, Mafalda; Corado, Sofia; Pinto Marques, Hugo; Santos Coelho, João; Mega, Raquel; Martins, Américo; Barroso, Eduardo. Mafalda Sobral [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P176) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Hepatocarcinoma com Metastização para a Glan- dula Supra-Renal Esquerda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hepatocarcinoma é o tumor RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P175) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: ALPPS: Um recurso precioso em situações difíceis. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A tri-sectorectomia esquerda CONTACTO: EMAIL: pode aumentar a probabilidade de uma margem livre nos tumores de Klatskin. O ALPPS (Associating Liver Partitionand Portal vein Ligation for Staged hepatectomy), utilizado habitualmente como uma técnica para aumentar a reserva hepática, pode ser usado para tornar ressecáveis alguns tumores avançados. Apresenta-se uma doente com um tumor de Klatskin tipo IV, submetido a uma estratégia cirúrgica original. Material e Métodos: Doente de 39 anos, com quadro de icterícia obstrutiva. Tratava-se de um tumor de Klatskin tipo IV, após CPRE é submetido a embolizaçãoportal esquerda para posterior hepatectomia esquerda alargada. Por icterícia persistente é submetido a CPT, que revela invasão do sector anterior direito, e separação dos ramos biliares para os segmentos 6 e 7. Foi então proposta, como medida de recurso, uma tri-sectorectomia esquerda por ALPPS. Resultados: Primeira intervenção: Secção parenquimatosa, linfadenectomia e hepatico-jejunostomia a 4 canais para os segmentos 6 e 7. A análise histológica demonstrou não haver tumor na margem e registou-se uma progressiva descida dos primitivo do fígado mais frequente. A sua disseminação associa-se muitas vezes a trombose da veia porta, sendo pouco comum a sua metastização à distância. Material e Métodos: Apresentamos o caso de um homem de 70 anos de idade com antecedentes cirrose hepática alcoólica a quem foi diagnosticado hepatocarcinoma no fígado direito em 2013 com metástase síncrona da glândula supra-renal esquerda.Em fevereiro de 2014 foi submetido a hepatetomia parcial (segmentetomia VI, VII e VIII) e suprarrenalectomia esquerda – pT2G1N0M1R0, decidindo-se vigilância clínica pós-cirúrgica em Consulta de Grupo. Sem necessidade de tratamento adjuvante. Resultados: Desde então mantem-se assintomático e sem evidência de recidiva nos estudos imagiológicos de seguimento que efetuou até à data. Hospital de Braga Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Alexandra Babo (1), Claudio Branco (1), Fernanda Nogueira (1), Sónia Vilaça (1), Joaquim Falcão (1); Alexandra Babo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P177) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Migração de espinha de peixe – causa rara de abcesso hepático RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar de raras, estão descri- tas diferentes complicações hepatobiliares após perfuração do tracto gastrointestinal por espinha de peixe, sendo o abcesso hepático a mais frequente. Na maioria das vezes, o doente não tem memória da ingestão da espinha. Material e Métodos: Descrição de caso clínico Resultados: Os autores descrevem um caso clínico de uma doente de 58 anos de idade que recorreu ao serviço de urgência por vómitos, diarreia e febre com 3 dias de evolução. Analiticamente apresentava aumento dos parâmetros inflamatórios e insuficiência renal aguda. Realizou ecografia abdominal, que reve- Revista Portuguesa de Cirurgia 130 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: lou imagem sugestiva de abcesso hepático complexo, o que, após realização de tomografia computadorizada abdominal, revelou tratar-se de um abcesso no segmento III com 7 cm de maior diâmetro, em relação com objecto hiperdenso com 4, 5 cm de comprimento, compatível com espinha de peixe. Foi submetida a tratamento cirúrgico, com drenagem do abcesso, remoção do corpo estranho e do tecido inflamatório, e rafia de perfuração gástrica. Teve alta, com a situação resolvida, 12 dias após a operação. Discussão: A perfuração do tracto gastrointestinal por corpo estranho deve ser considerada nos casos de abcesso hepático de causa desconhecida, especialmente naqueles refractários ao tratamento convencional, mesmo que o doente não refira a sua deglutição Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática M. Inês Coelho; Nídia Moreira; Joaquim Ferreira; Luís Simões Reis; C. M. Costa Almeida Maria Inês Coelho [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P179) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Ectopia da Vesícula Biliar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P178) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Falso quisto pancreático complicado de pneumope- ritoneu após drenagem RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite aguda é fre- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: quente, geralmente com evolução favorável. Cerca de 1 a 8% das pancreatites agudas complicam com pseudo-quisto pancreático, a maioria resolve espontaneamente. Quando é necessário, as drenagens mini-invasivas são o tratamento de referência. Material e Métodos: Doente de 44 anos, submetido a drenagem endoscópica transgástrica de falso quisto pancreático ( 3 cateteres). Pós-drenagem complicada de abdómen agudo e pneumoperitoneu. Realizada pequena incisão (3cm) no hipocôndrio esquerdo, identificado pneumoperitoneu e líquido ascítico reacional, colocado dreno aspirativo peritoneal. Realizada marsupialização do compartimento pancreático com identificação de necrose pancreática. Procedeu-se a necrosectomia através da técnica MINI (Mini Invasive Necrosectomy Infected) e remoção de 1 cateter de drenagem. Colocado dreno aspirativo na loca. Remoção de restantes 2 cateteres por via endoscópica. Resultados: Pequena fístula gástrica que encerrou ao 7º dia de pós-operatório. Realizadas lavagens diárias do compartimento e dreno aspirativo. Teve alta ao 20º dia de pós-operatorio. Encerramento total da marsupialização ao fim de 1 mês de pós-operatório. Discussão: Esta técnica permite individualizar o compartimento pancreático, relevante nos casos de complicações (ex. fístula gástrica) e permite realizar necrosectomia com minimização da agressão cirúrgica. Evita a necessidade de laparotomia e permite de forma segura e simples abordagens repetitivas, maioria das quais em regime “bed side surgery”. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Patrícia Amaral, Octávio Viveiros, Maria Veiga de Macedo, João Sacadura Fonseca, Francisco d?Oliveira Martins Patrícia Amaral [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: variações anatómicas encontradas na vesícula e nas vias biliares são revestidas de enorme importância, já que podem ser responsáveis por lesões iatrogénicas graves. A vesícula biliar pode apresentar alterações no número, na sua forma e na localização, podendo ser intra-hepática, parcial ou totalmente flutuante (quando ocorre fixação através de meso longo) ou localizada à esquerda. Material e Métodos: Processo clínico e vídeo da cirurgia. Resultados: Apresentamos o caso clínico de um homem de 65 anos que recorreu ao Serviço de Urgência por dor abdominal localizada ao epigastro associada a vómitos com dois dias de evolução. Apresentava abdómen doloroso à palpação epigástrica e ligeira leucocitose nas análises. A radiografia do abdómen não mostrou alterações significativas. Realizou ecografia abdominal que mostrou vesícula com cálculos, com pronunciado espessamento da parede, compatível com colecistite aguda litiásica. O doente foi operado – colecistectomia laparoscópica – e internado no serviço de Cirurgia. Intraoperatoriamente verificou-se a presença de vesícula com parede edemaciada e eritematosa com zonas friáveis, encastoada no segmento III hepático. Tecnicamente foi uma cirurgia laboriosa. O pós-operatório decorreu sem complicações. Discussão: A vesícula “ectópica” pode estar encastoada no parênquima hepático e localizada à esquerda. Tal facto pode complicar o diagnóstico clínico porque provoca menor reacção peritoneal e dificultar a cirurgia dada a abordagem do triângulo de Calot ser diferente. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática A. Couceiro, G. Capelão, J. Nobre, M. Laureano, S. Hilário, J. Pais, M. Coelho dos Santos Ana dos Santos Couceiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P180) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Icterícia obstrutiva por lesão tumoral da ampola de Vater: um caso insólito RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A icterícia obstrutiva pode ser um desafio diagnóstico persistindo, por vezes, a dúvida entre malignidade e benignidade. Em alguns casos, o diagnóstico definitivo é conseguido após resseção e exame anatomo-patológico da peça. Os autores descrevem um caso de icterícia obstrutiva por metástase de carcinoma da mama na ampola de Vater. Material e Métodos: Mulher de 74 anos, antecedentes de mastectomia direita em 1989 por neoplasia da mama, diabetes mellitus. Quadro de icterícia obstrutiva, anorexia e perda ponderal nos últimos 2 meses. Realizou TC que relatava “dilatação irregular do Wirsung, nódulo hipodenso com 10mm que comunica com o canal pancreático”; a ecoendoscopia mostrou”ectasia quística do Wirsung a nível da cabeça pancreática”; CPRE sem alterações; a citologia da via biliar referia processo XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 131 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: inflamatório esclerosante. Submetida a duodenopancreatectomia cefálica (DPC). O estudo anatomopatológico revelou metástase de carcinoma invasor da mama na ampola de Vater, observando-se tecido tiroideu ectópico (TTE) adjacente ao tumor, na lâmina própria do duodeno. Discussão: Cerca de um terço dos casos de carcinoma da mama metastizam à distância, sendo a localização ampular apenas descrita em 2 casos, vários anos após diagnóstico do tumor primário. O TTE resulta de um defeito na embriogénese da tiróide estando descritas na literatura inúmeras localizações. A presença síncrona de metástase de carcinoma da mama e TTE na ampola de Vater é um caso único nunca antes descrito na literatura. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática A.Oliveira(1), R. Martins(1), M. Tomé (1), M.G. Jorge(1), M.A. Cipriano(2), J.G. Tralhão(1), F. Castro-Sousa(1) Ana Oliveira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P182) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Neoplasia da vesícula biliar: uma apresentação pouco comum RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A neoplasia da vesícula biliar é o RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P181) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Uma causa mediterrânica de abcesso hepático RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O abcesso hepático piogênico HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: é um desafio terapêutico quando o doente apresenta sintomas atípicos. Uma causa de insucesso no seu tratamento é a migração, não reconhecida, de um corpo estranho a partir do tracto gastrointestinal. Material e Métodos: Doente de 78 anos, com quadro de dor abdominal e febre com 3 meses de evolução. Diagnostico de abcesso hepático, sem resposta a antibioterapia dirigida (S. anginosus e E. corrodens) e drenagem percutânea. A TC evidenciou imagem linear hiperdensa (35mm) em contacto com abcesso no lobo esquerdo. Admitido abcesso hepático por perfuração por espinha de peixe, foi colocada indicação cirúrgica. Resultados: Intra-operatoriamente constatou-se espinha de peixe intra-hepática, no seg IVb, com abcesso com 6cm. Aderência do epíploon ao piloro, sem evidência de perfuração. Procedeu-se a remoção do corpo estranho e drenagem do abcesso. Pós-operatório sem intercorrências. Discussão: A perfuração causada pela ingestão de corpos estranhos é incomum e a formação subsequente de abscesso hepático ainda mais rara. Dos casos descritos, os locais mais frequentes de perfuração são o estômago e o duodeno e o corpo estranho a espinha de peixe. O sucesso do tratamento depende do rápido reconhecimento da etiologia subjacente. Na ausência de resposta à drenagem e antibioterapia, a migração de um corpo estranho deverá ser considerada um potencial factor etiológico. Apesar da raridade, este é o segundo caso identificado na nossa instituição, o que acreditamos dever-se à típica dieta do nosso país. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sílvia Gomes da Silva; João Santos Coelho; António Murinello; Nuno Carrilho; Ana Marta Nobre; Eduardo Barroso Sílvia Gomes da Silva [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cancro mais frequente das vias biliares e a 5ª neoplasia mais frequente do trato gastrointestinal. As condições que predispõem à inflamação crónica são considerados factores de risco para o aparecimento da doença. A deteção precoce é essencial no tratamento e cura. A cirurgia é o único tratamento com influência na sobrevida, no entanto apenas 10% dos doentes tem tumores ressecáveis aquando do diagnóstico inicial. A sobrevida a 5 anos é inferior a 5%, sendo a sobrevida mediana cerca de 6 meses. O estadiamento é feito de acordo com as guidelines da AJCC. A doença metastática e a invasão nodal à distância têm apenas indicação para tratamento paliativo. A quimioterapia tem um papel na doença irressecável. Apresentamos um caso clínico de uma mulher de 72 anos, natural do Reino Unido, submetida a laparotomia exploradora urgente por oclusão do intestino delgado. Na intervenção constatou-se espessamento da vesícula biliar, suspeito de neoplasia e a presença de várias formações nodulares (1 a 2cm) no delgado, uma das quais condicionando estenose e quadro de oclusão intestinal. Foi realizada colecistectomia e enterectomia segmentar das 3 ansas com nódulos macroscópicos. O diagnóstico anatomopatológico é de adenocarcinoma da vesícula biliar com metástases no intestino delgado. Iniciou quimioterapia adjuvante paliativa com gemcitabina e cisplatina. A TC de reavaliação revela metastização pulmonar e carcinomatose peritoneal. Centro Hospitalar do Oeste Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Adriano Marques, Ana Rodrigues, Isabel Dias, Pedro Coito, António Duarte, Manuel Nobre Adriano Marques [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P183) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Ileus Biliar: Complicação Rara de Litiase Vesicular RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Ileus biliar é uma causa rara de oclusão intestinal que se deve à impactação de um cálculo vesicular de grandes dimensões a nível do intestino delgado. Com uma incidência inferior a 0, 5%, é responsável por 1 a 4% de todos casos de oclusão intestinal mecânica. Trata-se de uma patologia de diagnóstico tardio, devido à intermitência dos sintomas e dificuldade na identificação da causa da oclusão, estando associada a taxas de morbi-mortalidade consideráveis nos doentes com comorbilidades associadas. O tratamento standard consiste na extracção do cálculo obstrutivo. Material e Métodos: Neste trabalho os autores apresentam um caso clínico de doente com diagnóstico de ileus biliar submetida a tratamento cirúrgico. Resultados: Doente do sexo feminino de 74 anos, com antecedentes de litiase vesicular e esclerose múltipla, internada com diagnóstico de Colecistite Aguda submetida a tratamento conservador. Ao 6º dia Revista Portuguesa de Cirurgia 132 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de internamento inicia quadro clínico compatível com oclusão intestinal confirmado por tomografia computorizada abdomino-pélvica (TC), que revelou fístula bilo-entérica e oclusão intestinal por bezoar a 12cm da válvula ileo-cecal. Doente submetida a laparotomia exploradora, sendo efectuada extracção de dois cálculos biliares por enterotomia. Pós-operatório imediato sem intercorrências. Observada em consulta de seguimento, apresentando-se assintomática. Discussão: O ileus biliar tem indicação para laparotomia urgente, e o seu tratamento standard consiste na extracção cirúrgica do cálculo obstrutivo. Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Louro, Hugo(1); Liberal, Maria(2); Leite, Mariana(2); Barbosa, Lilite(2); Santos, Mariana(2); Fonseca, Sofia(2); Santos, Vitor(2); Lucas, M Conceição(2); Maciel, Jorge(2) Hugo Cardoso Louro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P185) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Mais compatíveis só os gémeos homozigóticos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O transplante hepático de RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P184) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Ectopia Pancreática Sintomática RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pâncreas ectópico consiste HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: na presença de tecido pancreático em localização atípica, sem relação anatómica ou vascular com o órgão ortotópico.A sua incidência estima-se entre 0, 5-15%, sendo mais frequente a localização gástrica, duodenal e jejunal. A abordagem terapêutica depende da presença de sintomas e/ou suspeita de malignidade.Os autores descrevem a apresentação clínica, diagnóstico e tratamento de um caso clínico desta rara entidade. Resultados: Mulher, 26 anos, saudável, seguida por queixas dispépticas inespecíficas.Exame objectivo e analítico sem alterações.Endoscopia alta e ecoendoscopia revelaram neoformação submucosa justa-pilórica sugestiva de tumor do estroma gastrointestinal (GIST). Sem outras lesões em TAC.Indicação cirúrgica pela presença de sintomas e incerteza diagnóstica.Realizada gastrectomia subtotal atípica com gastroduodenostomia mecânica tipo BI. Cirurgia e pós-operatório sem intercorrências. A histologia da peça operatória revelou nódulo de 3 cm de maior diâmetro na espessura da parede gástrica com achados compatíveis com ectopia pancreática. Evolução clínica favorável com melhoria sintomática significativa durante o período de seguimento. Discussão: O pâncreas ectópico é frequentemente um achado incidental assintomático.Contudo, encontra-se sujeito aos mesmos processos inflamatórios e neoplásicos do pâncreas ortotópico.Embora se trate de uma condição rara, deve ser considerado no diagnóstico diferencial de outras lesões subepiteliais, como os tumores carcinóides, linfomas ou GISTs. Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Ana Teresa Bernardo, Luís Amaral. Rui Quintanilha, António Silva Melo Ana Teresa Bernardo [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dador vivo é, para muitos doentes, uma solução para a escassez de dadores cadáver. O objectivo deste trabalho é apresentar o caso clínico de um jovem que recebeu, da mesma dadora, um enxerto de medula óssea e 28 anos depois o hemifígado direito. Material e Métodos: Doente do sexo masculino, 38 anos de idade, com antecedentes de leucemia mielóide aguda em 1986 e submetido com sucesso a transplante de medula óssea doada pela irmã. Em 2009 foi-lhe diagnosticada cirrose hepática secundária à infecção pelo vírus da hepatite C, adquirida durante as transfusões de hemoderivados a que foi submetido. Em Julho de 2013 foram detectados 2 nódulos de carcinoma hepatocelular. O doente foi então proposto para quimioembolização dos mesmos e posterior transplante hepático recorrendo à mesma irmã como dador vivo. Resultados: O transplante decorreu a 24/05/2014, sem complicações quer para o dador quer para o receptor. O pós operatório também não teve intercorrências de relevo tendo o dador e o receptor alta respectivamente ao 6º e 13º dia pós operatório. Dador e receptor encontram-se clinica e analiticamente bem, 6 meses após transplante. Optou-se por, apesar da “semelhança” a nível do sistema imunitário, instituir imunossupressão com ciclosporina. Discussão: Neste caso, o transplante hepático de dador vivo permitiu ao doente uma redução quer do tempo de espera por um órgão, quer do risco de futuros episódios de rejeição do enxerto. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Carmelino J; Ribeiro V; Pinto Marques H; Martins A; Barroso E Janine Andreia Rebelo Carmelino [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P186) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Hepatectomia direita por tumor miofibroblástico inflamatório volumoso RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores miofibroblásticos inflamatórios (TMI) são compostos de células miofibroblásticas acompanhadas de infiltrado inflamatório e ocorrem principalmente em crianças ou adultos jovens. São tumores raros, que podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas mais frequentemente no mesentério, epíplon, retroperitoneu, pelve e tecidos moles abdominais em 73% dos casos. Resultados: Homem de 71 anos, com antecedentes de nefrectomia direita em 2002 por tumor. Apresentava queixas de moedeira no hipocôndrio direito e hepatomegalia com extensão ao plano umbilical. Foram realizadas TC e RM abdominal, que mostraram volumosa formação expansiva no hipocôndrio/flanco direito, com 16cm de maior diâmetro, sem plano de clivagem com o lobo direito do fígado. As lâminas da peça de nefrectomia foram revistas, tendo sido identificado um TMI, com margens livres de lesão. XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 133 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: O doente foi então proposto para cirurgia, sendo submetido a hepatectomia direita e hemicolectomia direita em bloco. A recidiva do tumor prévio foi confirmada histologicamente. Discussão: O tratamento preconizado para os TMI é a ressecção cirúrgica e a re-excisão no caso de tumores recorrentes. Os TMI extra-pulmonares recidivam em aproximadamente 25%, mas as metástases acontecem em menos de 2% dos casos. Apesar do progresso nesta área, características como o tamanho do tumor, atipia nucleas, actividade mitóticas e necrose ainda não têm uma correlação perfeita com o prognóstico. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Marina Morais, Renato Bessa de Melo, Marinho de Almeida, Manuel Oliveira, J Costa Maia Marina Morais [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P188) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Passagem Estreita RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasia papilares intra- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P187) SESSÃO P-HBP 2 TÍTULO: Tumor pseudo-papilar do pâncreas: um achado imagiológico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasias pseudo-papi- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: lares do pâncreas são raras, com baixo potencial de malignidade. Representam 1-3% de todas as neoplasias pancreáticas. São mais frequentes em mulheres jovens. Material e Métodos: Apresenta-se o caso clínico de uma mulher de 25 anos, com neoplasia da cauda do pâncreas detetada em tomografia computadorizada realizada em contexto de apendicite aguda complicada com abcesso. Resultados: Foi realizada biópsia da referida lesão cujo resultado revelou tratar-se neoplasia pseudo-papilar sólida do pâncreas. Submetida a espleno-pancreatectomia caudal, sem intercorrências no internamento. Alta ao 6º dia pós-operatório. A histologia da peça confirmou tratar-se de neoplasia pseudo-papilar da cauda do pâncreas, com 5 cm de maior diâmetro, limitada ao parênquima, sem invasão vascular ou metástases ganglionares. Sem evidência de recidiva aos 9 meses de seguimento. Discussão: As neoplasias pseudo-papilares do pâncreas representam 1-3% de todas as neoplasias pancreáticas. São dez vezes mais frequentes em mulheres e afetam predominantemente indivíduos jovens. Localizam-se predominantemente no corpo e cauda do pâncreas.10-15% dos doentes com estas neoplasias apresentam metástases ao diagnóstico. O diagnóstico deve ser feito por biópsia aspirativa para as diferenciar de outras lesões de maior agressividade. Devido ao seu potencial de malignidade, a resseção cirúrgica está recomendada, sendo que cerca de 95% dos doentes ficam curados após a cirurgia. A quimioterapia e radioterapia não são usadas por rotina. Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sílvia Silva; Nádia Tenreiro; Luís Madureira; José Lage; João Gaspar; Arnaldo Nunes; Pedro Pinheiro; Fernando Próspero Sílvia Monteiro da silva [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 -ductais das vias biliares (IPMN-b) são uma variante dos tumores das vias biliares, caracterizadas por um crescimento endoluminal seguindo a sequência adenoma-carcinoma. Apresentam uma produção elevada de mucina podendo estar associadas a microlitíase, o que pode condicionar obstrução das vias biliares. Cerca de 40-80% dos IPMN-b à data do diagnóstico apresentam componente invasivo, fazendo-nos pensar que os IPMN-b têm um grande potencial de malignidade. Material e Métodos: Doente do sexo masculino, 73 anos, caucasiana. Submetido a colecistectomia há 40 anos por litíase sintomática, complicada de icterícia no pós-operatório. Desde há 2 anos que apresenta quadros de colangite e pancreatites de repetição, tendo realizado 2 CPRE que mostram dilatação da árvore biliar à esquerda, sem evidência de litíase da via biliar, imagens de subtração ou estenose. A Colangio-RM obteve um resultado concordante. Resultados: Submetido a hepatectomia esquerda a 11/09/2014, tendo a intervenção e o pós-operatório decorrido sem complicações. O exame anatamo-patológico mostrou tratar-se de uma IPMN-b com displasia de baixo grau da via biliar intra-hepática esquerda com margens cirúrgicas sem tumor. Discussão: Trata-se de uma patologia de difícil diagnóstico pré-operatório, sendo o prognóstico favorável comparativamente com outros tumores das vias biliares não papilares. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Tânia Almeida, Susana Rodrigues, Sofia Carrelha, Raquel Mega, Jorge Lamelas, Eduardo Barroso Tânia Almeida [email protected] 06-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P221) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Carcinoma oculto da mama com metástases gan- glionares axilares – Um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma oculto é uma entidade pouco frequente definida pela presença de metástases com tumor primário indetetável na altura da apresentação. A presença de adenopatias axilares é a forma de apresentação mais comum do carcinoma oculto da mama, ocorrendo em cerca de 1% dos casos de cancro da mama e tendo como origem mais provável a mama homolateral. Material e Métodos: Trata-se de uma doente de 37 anos, com antecedentes familiares de primeiro e segundo grau de cancro da mama, referenciada a consulta de Cirurgia Geral para biópsia de adenopatia axilar esquerda com 3 meses de evolu- Revista Portuguesa de Cirurgia 134 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: AUTORES: Marta Sousa, Zacharoula Sidiropoulou, Pedro Fidalgo, ção. O resultado histológico da biópsia revelou metástase de carcinoma compatível com origem na mama. Realizou posteriormente ecomamografia, TAC-TAP, TAC cervical, RM mamária e PET de corpo sem evidência de lesão primária. Foi submetida a QT, seguida de esvaziamento ganglionar axilar (Histologia: 19 gânglios sem metástase, mas 8 deles com aspetos sugestivos de efeito terapêutico primário em eventuais gânglios previamente metastizados, com resposta total) e posteriormente RT da mama homolateral. Presentemente com 6 meses livre de doença, mantendo follow-up. Discussão: O carcinoma oculto da mama acarreta uma dificuldade diagnóstica e um verdadeiro desafio terapêutico. Sendo consensual a terapêutica dirigida à metastização ganglionar axilar com QT e esvaziamento ganglionar axilar, a terapêutica dirigida ao foco primário desconhecido é fonte de discussão, podendo-se optar pela mastectomia radical modificada ou pela RT. Centro Hospitalar de Setúbal, EPE Cirurgia Mamária Vieira, P.; Correia, M.; Ferreira, P.; Branco, L.; Rigueira, V.; Cortez, L. Pedro Jorge Guarda Filipe Vieira [email protected] Carlos Ascensão, Cristina Maia Santos, Vítor Pereira CONTACTO: Marta Sofia Farinha Capelo de Sousa EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P223) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Comportamento do tumor filóide da mama: estudo retrospectivo RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores filóides são tumo- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P222) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Tumor neuroendócrino da mama primário: uma apresentação rara RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos da mama são uma entidade rara, que corresponde a 1-2% dos cancros da mama. Uma diferenciação neuroendócrina focal pode ser encontrada em diversos subtipos histológicos do cancro da mama devendo, nos tumores neuroendócrinos, estar presente uma expressão difusa dos marcadores neuroendócrinos específicos, em mais de 50% das células tumorais. O diagnóstico de tumor primário é feito se outras localizações primárias forem excluídas e/ou se estiver presente um componente de carcinoma in situ. Resultados: É apresentado o caso clínico de uma doente do género feminino, de 80 anos, que apresentou um nódulo irregular da mama esquerda, identificado na ecografia e mamografia com um BI-RADS 4a. Foi realizada uma biópsia por tru-cut, cuja histopatologia revelou carcinoma neuroendócrino, com positividade de 100% para sinaptofisina, bem como para os receptores hormonais. Após o estadiamento e exclusão de outras localizações primárias possíveis, a doente foi submetida a mastectomia simples com pesquisa de gânglio sentinela, que foi negativo para metástases. O resultado histopatológico definitivo foi de carcinoma neuroendócrino pouco diferenciado da mama, sub-tipo molecular um luminal B – HER2 negativo. Discussão: Os tumores neuroendócrinos mamários são mais frequentes em mulheres idosas, e não parecem ser clinica e radiologicamente distintos dos outros cancros da mama. É essencial o seu diagnóstico precoce com biópsia e a exclusão de outras localizações, com implicações no tratamento. HOSPITAL: Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Mamária HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: res fibroepiteliais da mama raros, com potencial maligno variável, contabilizando menos de 1% dos tumores da mama. Apresentam tendência a comportamento benigno, semelhantes a fibroadenomas, podendo sofrer transformação maligna com crescimento rápido e capacidade de metastização à distância. Actualmente são classificados pela Organização Mundial da Saúde como benignos, borderline ou malignos. A ressecção cirúrgica completa é o tratamento standard. Material e Métodos: Foram estudados os processos de doentes operados na nossa instituição de Janeiro de 2004 a Setembro de 2014. Os dados demográficos, tipo de apresentação, tamanho do tumor, diagnóstico pré-operatório, tratamento, resultado histopatológico e seguimento foram avaliados retrospectivamente e analisados. Resultados: Formam relatados um total de 105 casos de tumor filóide da mama nos doentes operados entre Janeiro de 2004 e Setembro de 2014. A presença de nódulo da mama foi a forma de apresentação em todos os casos. Contabilizam-se 11 casos de tumor filoide maligno, 30 casos de tumor filoide borderline e 74 casos de tumor filoide borderline. Discussão: Os tumores filóides são tumores raros, com excelente prognóstico se excisão completa, sendo a cirurgia conservadora segura e a opção mais utilizada. A maioria dos tumores filóides malignos apresenta também bom prognóstico, sendo curados apenas com cirurgia. No entanto, foi observada mortalidade em 4 dos casos de tumores filóides malignos, relacionada com recidiva precoce. Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Cirurgia Mamária João Guardado Correia, Isabel Cristina, M. Eugénia Granjo, Anabela Costa, Paula Messias, Conceição Silva João Filipe Guardado Correia [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P224) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Entidades Raras que Simulam Malignidade na Mama RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro da mama é o cancro mais frequente na mulher e o seu diagnóstico assenta no teste triplo: a clinica, a imagem e a biópsia da lesão suspeita. Nas situações em que existe conflituo de resultados está indicada a biópsia excisional. As entidades raras mamárias condicionam facilmente discrepâncias e a necessidade de excisão. Material e Métodos: Apresentamos 2 casos de mulheres submetidas a biópsia excisional: Primeira doente com 56 anos, XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 135 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: menopáusica, diabética não insulino tratada de longa data, com lesão nodular palpável na mama direita de carácter evolutivo desde há 1 ano, correspondendo a área nodular hiperecogénica de 3, 2cm com processo inflamatório linfo-histiocitário associado na biópsia. Segunda doente com 46 anos, não menopáusica, que após mastalgia identifica em imagem mamográfica distorção espiculada justa mamilar da mama direita associada a ectasia ductal difusa na ecografia e resultado de fibroadenomatose na biópsia. Resultados: No primeiro caso identificação de mastite linfocítica compatível com mastite associada a diabetes mellitus e no segundo caso observou-se ectasia ductal, com evidência de rotura e processo inflamatório granulomatoso associado. Discussão: A discrepância no teste triplo com que as entidades raras inflamatórias da mama se podem apresentar levantam alta suspeição para malignidade conduzindo à sua excisão apesar da ausência de malignidade nas biópsias. A caracterização histológica final destas entidades permite o correto encaminhamento futuro destas doentes Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Cirurgia Mamária Joana F Correia, Maria João Lima, Daniela Alves, Rita Peixoto, Rosa Saraiva, Jorge Valverde, João Pinto, Manuela Dias, António Taveira Gomes Joana F Correia [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P225) SESSÃO P-MAMA CONTACTO: EMAIL: TÍTULO: Metastização ganglionar intramamária de neoplasia procedimento comum, mas a sua complexidade tem aumentado com a introdução de técnicas oncoplásticas e reconstrutivas. O objectivo deste trabalho é avaliar o tempo de internamento dos doentes operados por cirurgia oncológica da mama nesta Unidade. Material e Métodos: Estudo retrospectivo observacional sobre 817 doentes tratados em 2013. Foram analisados os dados demográficos, anatomopatológicos e os tempos de internamento de acordo com a cirurgia realizada. Segundo as normas utilizadas, todos os doentes com linfadenectomia axilar ou reconstrução mamária imediata têm um internamento previsto de?48h após a cirurgia. Os restantes poderão ter alta em? 24h. Resultados: Foram registadas 644 cirurgias oncológicas da mama. 99, 4%? e a mediana da idade foi 60(49-69)anos. A mediana do tempo de internamento foi de 1 (1-2) dia e 61, 0% das admissões tiveram no máximo 1 dia de internamento. Das 350 tumorectomias, a mediana do tempo de internamento foi de 1 (1-1) dia e das 294 mastectomias (174 sem reconstrução e 120 com reconstrução imediata) foi de 2 (1-2) dias. Discussão: Apesar do aumento da complexidade cirúrgica, nesta unidade de grande volume, a cirurgia oncológica da mama mantém tempo de internamento mediano de 1 dia, suportando a possibilidade de cirurgia ambulatória para a grande maioria dos doentes Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE Cirurgia Mamária Oom, R; Sousa, M; Nogueira, R; Santos, C; Barroca, R; Vargas Moniz, J; Santos, A; Alves, R; Leal de Faria, J; Bettencourt, A. Rodrigo Oom [email protected] oculta, provavel neoplasia oculta da mama RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Muito pouco é conhecido sobre HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: o significado clínico da metastização neoplásica dos gânglios intramamários no carcinoma mamário. Na literatura internacional estão descritos apenas dois casos de metastização ganglionar intramamária de neoplasia oculta. No presente poster apresenta-se um caso de metastização ganglionar intramamária de uma neoplasia oculta, provavelmente primária da mama, e a sua abordagem diagnóstica e terapêutica. Este tipo de casos constituem um desafio diagnóstico e terapêutico e devem sempre ser geridos no contexto multidisciplinar de centros de referência Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Cirurgia Mamária Dra Claudia Santos, Dra Zacharoula Sidiropoulou, Dra Ana Virginia Araujo, Dra Helena Contente, Dra Claudia Branco, Dr Rogerio Matias Claudia Sofia Filaho Santos [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P227) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Pesquisa do Gânglio Sentinela por fluorescência com verde de indocianina: a experiência de um hospital insular. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O estado anátomo-patológico dos gânglios linfáticos axilares é essencial para o estadiamento do carcinoma da mama e escolha da abordagem terapêutica.A pesquisa do gânglio sentinela (PGS) é um procedimento standard em doentes sem evidência clínica de metastização axilar.Na nossa instituição a PGS era realizada apenas pela técnica de injeção subareolar de azul patente até Setembro de 2012, altura em que se associou a injeção intratumoral do verde de indocianina para identificação do GS por fluorescência. Material e Métodos: Revisão de 57 casos de PGS pela técnica combinada azul patente/verde de indocianina entre Setembro de 2012 e Junho de 2014 em doentes com estadiamento axilar clinicamente negativo, sem tratamento neoadjuvante. Resultados: Foram analisadas 57 doentes, com uma média de idades de 59, 2 anos.Os carcinomas dividem-se em ductal in situ(2), ductal invasivo(50), lobular(4) e doença de Paget(1).O tratamento cirúrgico instituído foi a cirurgia conservadora(41) e a mastectomia(16).O GS foi identificado em 49 casos (taxa de detecção:85, 96%), nos RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P226) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Tempo de internamento na cirurgia oncológica da mama RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A alta incidência de cancro da mama torna a cirurgia oncológica da mama um Revista Portuguesa de Cirurgia 136 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: quais o exame extemporâneo foi positivo (11), negativo(34) ou inconclusivo(4).Taxa de falsos negativos de 4, 1%.Dos esvaziamentos axilares realizados (20) apenas se verificou invasão ganglionar além do GS em 3 casos. Discussão: A PGS por fluorescência permitiu evitar 32 linfadenectomias axilares nas doentes com GS negativo.Trata-se de uma técnica promissora com especial interesse em instituições onde o recurso à medicina nuclear para pesquisa por radioisótopos se encontra limitado. Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Cirurgia Mamária Ana Teresa Bernardo, Maria Inês Leite, Luís Bernardo, Luís Amaral, António Silva Melo Ana Teresa Bernardo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P415) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Mastite granulomatosa idiopática, um diagnóstico inesperado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A mastite granulomatosa idio- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P228) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Lingangite carcinomatosa no homem – a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro da mama no homem HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: é uma doença rara ( Material e Métodos: Apresenta-se caso clínico de homem 70 anos, com lesão nodular mamária esquerda. Antecedentes pessoais e familiares irrelevantes. Apresentava empastamento palpável em toda a mama esquerda com eritema, ulceração da pele e invaginação do mamilo, dolorosa e aderente aos planos profundos. Axila ipsilateral com adenopatias palpáveis. Marcadores tumorais normais. Biopsia incisional: carcinoma ductal invasivo, Grau 2, com recetores de estrogénio positivo( ), recetores de progesterona e Her2. Estadiamento com TC toraco-abdominal – adenopatias axilares bilaterais e lesões secundárias pulmonares. Cintigrafia óssea – sem metastização óssea. Consulta de Decisão Terapêutica: Quimioterapia (QT) paliativa. Fez 3 linhas de QT com radioterapia (RT). Em 2011 surge na mama contralateral carcinoma ductal invasivo, Grau 2, HER2, recetores estrogénios, recetores de progesterona negativo. Resultados: Apesar de manter QT paliativa, teve progressão da doença com quadro exuberante de linfangite carcinomatosa. Faleceu 68 meses após o diagnóstico. Discussão: O cancro da mama no homem é muitas vezes diagnosticado em estadio avançado. A opção terapêutica é de acordo com o estadiamento, sendo sempre individualizado. Apesar da exuberante progressão da doença, foi possível um controlo relativo com os esquemas de QT e RT, proporcionando ao doente incremento da qualidade de vida. Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Cirurgia Mamária Lages, R; Santos, T; Serra, M; Ribeiro, C; Machado, D; Alves, J; Noronha, J; Sarabando, G. Rita Ribeiro Lages [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: pática (MGI) é uma patologia benigna rara cuja etiologia é ainda desconhecida. Apresenta-se, na maior parte dos casos, com abcesso mamário. Pela sua apresentação clínica e imagiológica pode mimetizar um carcinoma inflamatório da mama fazendo assim diagnóstico diferencial com esta entidade. A sua raridade e peculiaridades tornam pertinente a sua divulgação. Material e Métodos: Apresentação e documentação fotográfica de caso clínico. Resultados: Doente do sexo feminino, 43 anos, multípara, sem história de gravidez ou amamentação recente, que recorreu ao Serviço de Urgência com dor e tumefacção da mama esquerda com cerca de um mês de evolução, com evidência de sinais inflamatórios locais. A doente realizou ecografia que apresentava colecção abcedada e que não excluía malignidade. Submetida a drenagem cirúrgica do abcesso e biopsia incisional do tecido mamário. Histologia compatível com mastite granulomatosa idiopática. Discussão: A MGI é uma patologia benigna que, pela sua raridade, é muitas vezes confundida com patologia maligna ou infecciosa e, consequentemente, tratada de forma incorrecta. Apresenta-se, tipicamente, na mulher em idade fértil com uma tumefacção mamária sem atingimento sistémico. O diagnóstico correcto requer a exclusão de outras etiologias e confirmação histológica definitiva. O tratamento é, ainda, controverso podendo variar desde vigilância até corticoterapia ou quadrantectomia mamária. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Mamária Graça Cardoso, Marco Santos, Rita Sampaio, Cecília Pinto, Artur Flores, Jorge Santos, José Davide Maria da Graça Pereira Cardoso [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P229) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Cancro da mama bilateral síncrono – A propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro da mama bilateral ocorre em cerca de 1% de todos os casos de carcinoma da mama, sendo em 30% dos casos síncrono (intervalo diagnóstico menor que um ano). Material e Métodos: Os autores apresentam o caso de uma doente com cancro da mama bilateral síncrono. Resultados: Trata-se de uma doente de 39 anos enviada à consulta de Senologia há cerca de um ano e meio por nódulo palpável no quadrante supero-externo da mama esquerda. Realizou estudo mamário que revelou lesão suspeita no quadrante supero-externo da mama esquerda e duas lesões igualmente suspeita no quadrante superior da mama direita. A microbiópsia revelou carcinoma infiltrante à esquerda e carcinoma infiltrante com padrão lobular à direita, com recetores hormonais positivos. O XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 137 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: estadiamento não evidenciou lesões metastáticas. Foi proposta para mastectomia bilateral com reconstrução imediata com expansores e esvaziamento axilar bilateral. O estudo histológico revelou: mama esquerda com carcinoma ductal infiltrante bilateral multifocal com áreas de carcinoma tubulo-lobular, pT2 pN1a pMx; mama direita com carcinoma ductal infiltrante multicêntrico e bilateral com padrão lobular, pT1c pN1a pMx. Iniciou quimioterapia, hormonoterapia e radioterapia. Até à data tem mantido boa evolução sem complicações ou evidência de recidiva. Discussão: Apesar de ser uma entidade rara, a incidência de cancro da mama bilateral tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Para tal tem contribuído a melhoria dos métodos diagnósticos, permitindo detetar lesões em estadios iniciais. Centro Hospitalar do Algarve, EPE Cirurgia Mamária Sofia Sousa, Fernanda Bastos, Ana Fazenda, Daniel Cartucho, Mahomede Americano Ana Sofia Amaral de Sousa [email protected] dra Ferreira; Inês Gomes; Ana Gonçalves; Rui Gomes; Alberto Midões CONTACTO: Manuel Alexandre Viana Ferreira EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P231) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Metástase única no jejuno de carcinoma da mama diagnosticado e tratado 12 anos antes RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro da mama é a doença RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P230) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Breast Phyllodes Tumour: A single center retros- pective analysis RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Phyllodes Tumor(PT) is a rare broepithelial neoplasm making up 0.3to 0.5%of all breast tumours. The World Health Organization subclassified the PT histologically as benign, borderline, or malignant according to its features such as tumour margins, stromal overgrowth, tumour necrosis, cellular atypia, nuclear pleomorphism and mitotic rate. The majority of PTs are benign, while malignant comprise about 25% of cases In this article we review our experience regarding the PTs and perform a review of the literature highlighting some issues surrounding the management of PTs Material e Métodos: Data from patients with breast PT were collected retrospectively from 2003 to 2013. Diagnosis was confirmed histologically on the surgical specimens Resultados: 11cases were included. All patients were female, with a median age of 56, 6years. 6of them had previous history of fibroadenoma and 1patients had personal history of carcinoma. There were 5benign, 3borderline and 3malignant phyllodes tumours. 8patients (72, 7%) underwent conservative surgery, while 2 (27, 3%) underwent mastectomy It was observed 3phyllodes-related first events; 2local recurrences, one chest-wall involvement and there were no evidence detected of distant events or phyllodes-related deaths Discussão: Surgical therapy is the gold standard for the treatment of PTs. Studies have shown no differences between breast conserving surgery versus mastectomy as far as metastasis-free survival. According to NCCN Guidelines, PTs should be removed with, at least, 1cm free margins HOSPITAL: Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Mamária AUTORES: Manuel A.V. Ferreira; Telma Brito; Helena Devesa; Barbara Lima; Aires Martins; Álvaro Gonçalves; San- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: maligna mais frequentemente diagnosticada nas mulheres. Os locais de metastização mais frequentes são o osso, o pulmão e o fígado. O nosso objectivo é apresentar caso clínico de metástase única jejunal de carcinoma da mama. Material e Métodos: Descrição do caso e documentação fotográfica. Resultados: Trata-se de uma mulher de 61 anos, com antecedentes de carcinoma ductal invasor (triplo negativo) da mama esquerda em 2002 – submetida quimioterapia (QT) neoadjuvante, seguida de cirurgia conservadora com esvaziamento axilar homolateral e QT e RT adjuvantes. Sem evidência de recidiva locorregional da doença. Dois meses antes de recorrer ao nosso hospital, iniciou dor abdominal tipo cólica após as refeições associada a sintomas gerais. Analiticamente com anemia (Hb – 8, 4g/dL). Realizou TAC que revelou uma lesão de 20cm de maior diâmetro com envolvimento do intestino delgado. Decidiu-se por laparotomia tendo-se efectuado exérese em bloco de lesão jejunal e segmento do cólon transverso. Pós-operatório decorreu sem intercorrências. Exame anatomo-patológico revelou carcinoma indiferenciado, que face aos achados morfológicos e clínicos é compatível com metástase de carcinoma da mama. Realizou QT adjuvante (carboplatino e paclitaxel). Actualmente em seguimento, sem evidência de recidiva. Discussão: As formas habituais de manifestação das neoplasias do delgado são a hemorragia, a perfuração ou a obstrução. Embora sejam lesões raras a possibilidade de se tratar de lesões metastáticas deve ser considerada. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Mamária Cláudia Paiva, Sílvia Pereira, José Garcia, Ana Cristina Silva, Marisa Santos, Jorge Santos Cláudia Maria Linhas Paiva [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P232) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Carcinoma metaplásico espinocelular da mama: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma metaplásico da mama é uma variante rara, caracterizada pela presença de 2 ou mais tipos celulares, sendo responsável por <1% de todos os cancros da mama. Podem ser epiteliais ou mistos (OMS). O carcinoma metaplásico espinocelular pertence ao 1ºgrupo e representa <0, 1% dos carcinomas da mama. A propósito de um caso clínico os autores abordam as características clínicas, Revista Portuguesa de Cirurgia 138 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Mamária AUTORES: Lages, R; Santos, T; Serra, M; Ribeiro, C; Machado, D; anatomopatológicas, estratégias terapêuticas e prognóstico desta variante histológica. Resultados: CASO CLÍNICO: Mulher de 53 anos com nódulo de 35mm localizado no quadrante inferior externo (QIE) da mama direita e adenomegalia axilar homolateral palpável. O estudo imagiológico mostrou lesão sólida no QIE com 35mm, irregular e com calcificações pleomórficas e, na axila homolateral, adenopatia de 5mm suspeita. Realizou microbiópsia do nódulo e PBA do gânglio, revelando uma lesão pavimentosa associada a carcinoma ductal in situ, e citologia ganglionar negativa. Foi submetida a mastectomia total e biópsia de gânglio sentinela. O exame anatomopatológico revelou um carcinoma metaplásico de tipo espinocelular queratizante, de 29mm, associado a carcinoma ductal in situ de alto grau, com 35mm; recetores de estrogénio/progesterona-- e HER2+. Fez tratamento adjuvante com quimioterapia (FEC-D) + trastuzumab e até à data actual, sem evidência de recidiva. Discussão: O carcinoma metaplásico espinocelular da mama é raro, mas deve ser sempre considerado na abordagem de um nódulo mamário. Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE Cirurgia Mamária AI Ferreira (1), N Coimbra (2), A Sousa (1), C Ribeiro (1), PC Martins (1), C Leal (2), P Reis (1), J Abreu de Sousa (1) Ana Isabel Gomes Ferreira [email protected] Alves, J; Noronha, J; Sarabando, G. CONTACTO: Rita Ribeiro Lages EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P234) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Avaliação dos resultados estéticos no tratamento cirúrgico do cancro da mama RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Avaliação objectiva do resul- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P233) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Uma agulha no palheiro. Carcinoma Ductal Invasivo RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O corrimento mamilar é uma das queixas mais comumente observadas em consulta de Senologia. Nestes casos o exame citológico do corrimento torna-se essencial. Material e Métodos: Apresenta-se um caso clínico de uma doente do sexo feminino, 61 anos, com corrimento mamário à esquerda. Corrimento mamilar esquerdo unicanalicular, sem outras alterações mamárias. A ecografia mamária/ mamografia: ectasia ductal bilateral, mais acentuada a esquerda. Na galactografia: ectasia de ductos de 1ª e 2ª ordem e aos 2.2 cm imagem de subtracção compatível com papilomatose intraductal. Citologia: proliferação epitelial com atipia. Submetida a excisão de galactóforos. Histologia da peça operatória: Papilomatose intraductal sem atipias com foco de carcinoma ductal invasivo na periferia. Submetida a mastectomia simples com pesquisa de gânglio sentinela que foi negativa. Resultados: Histologia da peça operatória: carcinoma invasor, com margens negativas, RE, RP, HER2-, Ki67 10%. Decisão Terapêutica: terapêutica hormonal. Discussão: O papiloma ductal é uma doença benigna no entanto é mandatório excluir patologia maligna em que está associada em 5 a 20%. No referido caso clínico o achado concomitante de foco de carcinoma invasor obrigou a revisão da atitude terapêutica inicial. O facto de se tratar de um carcinoma com receptores hormonais positivos, Ki67 10%, luminal A, com baixo risco de recidiva, o tratamento hormonal foi o escolhido. HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tado estético da cirurgia conservadora no tratamento do cancro da mama, identificando os factores que o influenciam. Material e Métodos: Efectuada análise retrospectiva das doentes submetidas a cirurgia conservadora de cancro da mama no ano de 2012.Recolhidos dados através da consulta dos processos clínicos e efectuada entrevista presencial por um observador. Em todos os casos, foi atribuída uma classificação subjectiva de acordo com a escala de Harvard Foi calculado o Índice de Retração da Mama (“Breast Retraction Assessment – BRA”) para cada doente e avaliados os factores que influenciaram esse índice. Análise estatística com o SPSS 21. Resultados: Analisadas 33 mulheres, com uma mediana de idades de 59 anos, submetidas a cirurgia conservadora de cancro da mama. A mediana do BRA na nossa amostra foi de 2, 69 [AIQ 1, 01-4, 13]. Foram identificados como determinantes independentes do BRA a idade, o volume mamário removido e a realização de quimioterapia adjuvante (QTadj) (p Discussão: A realização de QT adj, a idade superior e o maior volume mamário removido na cirurgia foram os factores que influenciaram negativamente e de forma independente o resultado estético final. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Mamária Cláudia Paiva, Raquel Correia, Susana Marta, Isabel Novais, António Pereira, José Polónia Cláudia Maria Linhas Paiva [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P235) SESSÃO P-MAMA TÍTULO: Retalho de grande epíplon: uma opção reconstru- tiva no carcinoma da mama avançado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A reconstrução de defeitos extensos da parede torácica resultantes da excisão de cancro da mama recidivado constituí um importante desafio técnico para o cirurgião. O retalho de grande epíploon mostra-se uma opção em situações em que os retalhos musculocutâneos pediculados não são possíveis. Os autores apresentam o caso de uma doente de 53 anos com antecedentes de mastectomia radical modificada direita por carcinoma invasor da mama direita com quimioterapia neo-adjuvante e adjuvante, que ao terceiro mês pós-operatório apresenta recidiva local e axilar direita extensa. Foi submetida a resseção XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 139 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 AUTORES: Jorge Valverde, Daniela.Macedo Alves, Joana Correia, em bloco da massa tumoral a nível da região torácica anterior e axilar com exérese dos músculos peitoral maior e menor, serreado anterior, infra-escapular e pedículo vascular do grande dorsal por invasão neoplásica. Para reconstrução do defeito torácico foi usado um retalho pediculado de grande epíploon obtido por via laparoscópica. Posteriormente realizou-se um enxerto parcial de pele. Na reconstrução de defeitos torácicos extensos o retalho pediculado de grande epíploon confecionado por via laparoscópica é um método fiável em defeitos de grandes dimensões e com uma morbilidade mínima. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Cirurgia Mamária Liberal, M.; Guedes, T.; Louro, H.; Leite, M.; Francisco, E.; Costa, S.; Ferreira, A. A.; Pereira, B.; Maciel, J. Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreira [email protected] 06-03-2015 Maria.João, Lima, Rosa Saraiva, Rita Peixoto, Eva Barbosa, A.Taveira Gomes CONTACTO: Jorge Valverde EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P342) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Invaginação íleon-ileal em doente com Síndrome de Peutz-Jeghers: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Síndrome de Peutz-Jeghers 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P341) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Hérnia torácica pós-traumatica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivos/Introdução Hérnias Torácicas simples são incomuns, com apenas 300 casos relatados. Dividem-se em congénitas e adquiridas. As adquiridas traumáticas são sem dúvidas as mais frequentes. O caso apresentado é único, na literatura não estão descritas hérnias torácicas traumáticas sem conteúdo abdominal, mas com um deslizamento importante desse conteudo juntamente com o saco. Material e Métodos: Homem de 67 anos, com antecedentes de obesidade mórbida e seguido na consulta desde 2011 por hérnia complexa da parede toraco-abdominal, com afastamento de 8 cm do 9º espaço intercostal. O doente foi submetido a cirurgia bariátrica (CHSJ – Fev 2013) para controlo do peso e posterior correcção da hérnia. Resultados: Intra-operatoriamente (3-12-2013) constatou-se saco herniário diafragamático-pleural contendo pulmão esquerdo. A redundância do diafragma levou ao deslizamento das estruturas intra-abdominais para o defeito costal de 8 cm, sem no entanto se localizarem intra-torácicas Foi efetuada ressecção do saco herniário e plicatura do diafragma e encerramento parcial da pleura. Colocado dreno torácico e efectuada a aproximação das costelas com fio de aço. Verificada atrofia dos músculos laterais da parede abdominal pelo que foi realizada dissecção entre o oblíquo interno e externo até ao bordo lateral do recto abdominal e aí colocada rede de polipropileno. Discussão: O pós-operatório decorreu sem intercorrências relevantes com alta clínica ao 15º dia de internamento. Sem recidiva até à presente data. HOSPITAL: Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE CAPÍTULO: Hernia Torácica HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: (SPJ) é uma doença autossómica dominante rara, caracterizada pela presença de pólipos hamartomatosos gastrointestinais, pigmentação mucocutânea e aumento do risco de neoplasias. Material e Métodos: Apresenta-se o caso clínico de um homem de 52 anos admitido com quadro de oclusão intestinal secundária a invaginação intestinal. Resultados: Doente com história de dor abdominal fixa com meses de evolução, associada a anorexia, perda de peso e obstipação recente. Agravamento recente da dor abdominal, com náuseas e vómitos associados. Sem transito para gases e fezes. Apresentava dor à palpação dos quadrantes inferiores do abdómen e massa palpável no quadrante inferior direito. Realizada Tomografia computadorizada (TC) que revelava imagem de invaginação entero-entérica, com distensão do intestino delgado a montante. Submetido a lapatotomia exploradora, onde se identificou invaginação íleon-ileal com 25 cm de extensão, duas neoplasias palpáveis, com extenso edema da parede. Realizada redução da invaginação intestinal, enterectomia segmentar de cerca de 70 cm e enterostomia. A histologia revelou a presença de 5 lesões polipóides no segmento de íleon enviado, compatíveis com pólipos hamartomatosos -Síndrome de Peutz-Jeghers. Discussão: O tratamento atual da invaginação em doentes com SPJ consiste na combinação de laparotomia exploradora com endoscopia intra-operatória, que permite a visualização de todo o tubo digestivo e exérese de múltiplos pólipos, evitando assim a incidência de futuras invaginações. Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Intestino delgado Sílvia Silva; Nádia Tenreiro; Luís Madureira; Fernando Próspero; José Lage Sílvia Monteiro da Silva [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P343) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Nem tudo o que parece é RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A torsão de um mucocelo do apêndice ileo-cecal é um evento raro e também uma causa pouco comum de abdómen agudo apresentando-se clinicamente de forma indistinguível de apendicite aguda. Frequentemente o diagnóstico é intra-operatório. Material e Métodos: Os autores apresentam o caso de um doente de 72 anos de idade com um quadro de dor abdominal intermitente localizada na fossa Revista Portuguesa de Cirurgia 140 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: CAPÍTULO: Cirurgia do Baço AUTORES: Daniel Jordão, Inês Sales; Inês Gil, Rita Brásio, Rita ilíaca direita, com 1 mês de evolução e de agravamento progressivo nos 4 dias que antecederam a ida ao Serviço de Urgência. No exame objectivo apresentava dor à palpação profunda na fossa ilíaca direita. A Tc feita no Serviço de Urgência revelava colecção de 7, 7 cm de maior eixo adjacente ao apêndice ileo-cecal, tendo sido colocada indicação cirúrgica por provável abcesso apendicular. Resultados: Após laparotomia de McBurney constatou-se uma torção do apêndice ileo-cecal com congestão vascular. A torção estava associada a um mucocelo do apêndice. O doente foi submetido a apendicectomia. No pós-operatório não houve intercorrências tendo alta ao 2º dia. Discussão: Apesar da apendicite aguda ser a emergência cirúrgica abdominal mais frequente, a torção do apêndice ileo-cecal é uma causa rara de abdómen agudo. Num quadro clínico de dor abdominal suspeito de apendicite aguda, a torção do apêndice deve ser considerada no diagnóstico diferencial. Centro Hospitalar Lisboa Central Urgência Mafalda Sobral, Miguel Onofre, Emanuel Vigia, Ricardo Matos, Eduardo Barroso Mafalda Sobral [email protected] Malaquias, Paulo Alves, Nuno Rama, Sandra Ferraz, Gilberto Figueiredo, Maria de Jesus Alves, Vitor Faria CONTACTO: Daniel Filipe Martins Jordão EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P345) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Novo Paradigma no Cancro Oral – A Propósito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro oral representa 85% RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P344) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Quistos Gigantes do Baço: A propósito de 2 casos clínicos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões quísticas do baço são doenças relativamente raras e normalmente assintomáticas, sendo habitualmente divididas entre parasitárias e não parasitárias e estas em quisto primários e psedoquistos. Apresentamos dois casos de apresentação atípica, um pseudoquisto e um quisto primário do baço. Material e Métodos: Doente A com queixas urinárias altas, tendo realizado eco renal que mostrou lesão quística esplénica de grandes dimensões (15x11x12cm), achados confirmados por TC e RMN. Foi submetida a esplenectomia total por via aberta, com AP compatível com Pseudoquisto do Baço. Doente B realizou eco abdominal por desconforto no hipocôndrio esquerdo, com a eco inicial a mostrar 2 lesões quisticas esplénicas, que aumentaram de volume durante o seguimento, por suspeita de quisto hidático fez terapêutica com Albendazol. Por aumento das dimensões(11, 4 e 3, 7cm) e suspeita de quisto hidático foi submetido a esplenectomia total por via aberta, com AP sem parasitas e compatível com Quisto simples do baço. Resultados: Ambos os doentes apresentavam sintomatologia e lesões quisticas de grandes dimensões. Discussão: Recentemente têm sido descritas técnicas terapêuticas com preservação do baço, no entanto, estes procedimentos são tecnicamente mais desafiantes e associados a maior morbilidade quando realizados por cirurgiões sem experiência. A esplenectomia total continua a ser o método de eleição no tratamento de lesões de grandes dimensões, com envolvimento hilar e que não podem ser removidas com segurança por outras técnicas. HOSPITAL: Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dos cancros da cabeça e pescoço sendo que 90% correspondem a carcinomas espinocelulares (CEC). Os factores de risco clássicos são o tabaco e o álcool, mas tem-se vindo a observar um aumento na incidência de cancros da cavidade oral relacionados com infecção pelo HPV, que tendem a aparecer em idades mais jovens e no sexo feminino. Material e Métodos: Caso clínico. Resultados: Sexo feminino, 64 anos, referenciada a consulta por área leucoplásica na gengiva inferior a nível da linha média, associada a tumefacção e dor intensa, que a doente relacionava com o início recente de uso de prótese dentária. Antecedentes: hipertensão e deslipidemia; sem hábitos etílicos ou tabágicos, sem história de irradiação da cabeça e pescoço, infecções ou neoplasias. Realizou 2 biópsias, sem evidência de neoplasia, e uma citologia de gânglio cervical que também foi negativa. TAC: lesão de tecidos moles (2, 7cm) com invasão óssea subjacente; sem adenopatias claramente suspeitas. Submetida a cirurgia – efectuado exame extemporâneo de biopsia incisional que revelou CEC invasor, seguido de pelviglossectomia mediana anterior com mandibulectomia segmentar, esvaziamento cervical conservador bilateral e reconstrução com retalho livre osteomiocutâneo antebraquial radial. Discussão: Este caso pretende alertar para o aparecimento de um número crescente de CEC da cavidade oral não associados aos factores de risco clássicos e que colocam problemas adicionais de diagnóstico e tratamento. Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE Cabeça e Pescoço Machado D., Moreira A., Choupina M., Martins J., Ribeiro M., Abreu de Sousa J. Daniela Machado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P346) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Leiomioma Intestinal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os leiomiomas, tumores benig- nos de origem muscular lisa, são as neoplasias benignas sintomáticas mais comuns do intestino delgado (30% a 35% das neoplasias benignas do intestino delgado). Consoante o seu desenvolvimento, intramural ou intra e extramural, poderão causar obstrução ou hemorragia intestinal, sendo estas as formas de apre- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 141 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: CAPÍTULO: Quistos retroperitoneais AUTORES: Rita Castro, Luís Amaral, Emanuel Silva, Tiago Rama, sentação mais comuns. Esta pode apresentar-se sob a forma de hemorragia obscura-visivel ou obscura-oculta. Em 25% dos casos a sua origem pode mesmo permanecer desconhecida, sendo que 33% a 50% recorre entre 3 a 5 anos. Estão descritos casos onde os doentes com hemorragia obscura-visivel foram submetidos a uma média de 20 transfusões de concentrado eritrócitario até a identificação da lesão. Este tipo de hemorragias representa 1% das hemorragias digestivas. Material e Métodos: Relata-se caso clínico de doente do sexo feminino, 81 anos, com quadro de rectorragias intermitentes com repercussão hemodinâmica e analítica. Realizou endoscopia alta e colonoscopia, inconclusivas. Por persistência do quadro, foi realizada arteriografia que revelou tumor sangrante do íleon. Resultados: Submetida a ressecção segmentar do ileon após identificação do tumor. Após imunohistoquímica foi diagnosticado Leiomioma Intestinal. Após a alta foi encaminhada à consulta externa da especialidade para reobservação. Discussão: Perante o risco de complicação do quadro e uma vez que o diagnóstico da benignidade é imunohistoquimico, o tratamento cirurgico é quase sempre indicado. Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE Hemorragia Digestiva – Neoplasia do Intestino Delgado Pacheco, A.; Caratão, F. André Cabral Pacheco [email protected] Ana Goulart, Ana Teresa Bernardo, Ricardo Borges, Catarina Moura, António Melo CONTACTO: Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P348) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Íleus biliar: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Corresponde à oclusão intesti- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P347) SESSÃO P-VÁRIOS 3 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: TÍTULO: Quisto renal gigante solitário: um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões quísticas retroperi- toneais englobam uma extensa lista de diagnósticos diferenciais. Frequentemente, o rim é sede de lesões quísticas que podem atingir dimensões consideráveis, sendo fundamental excluir patologia maligna devido às diferentes implicações terapêuticas. Resultados: Os autores descrevem o caso de uma mulher de 57 anos encaminhada à consulta por dor abdominal nos quadrantes inferiores e desconforto lombar esquerdo com vários meses de evolução. Ao exame objetivo apresentava massa volumosa (>15cm), ocupando todo o flanco e fossa ilíaca esquerdos, de consistência mole, regular, indolor e móvel. Em TC, apresentava-se como lesão quística retroperitoneal, com 20x16x14cm, coexistindo com “ausência de rim esquerdo”. Sem exames de imagem prévios. Foi proposta cirurgia, constatando-se volumoso quisto renal solitário gigante, ocupando a totalidade do parênquima renal esquerdo e condicionando efeito compressivo das estruturas adjacentes. Foi excisado em bloco por laparotomia mediana, sendo a histologia compatível com hidronefrose, identificando-se parênquima renal, com estruturas tubulares da medula e raros glomérulos esclerohialinizados. A estrutura era unilocular, com 28x15x12cm. Discussão: Serve o presente caso clínico para descrever a forma de apresentação de uma entidade rara, habitualmente congénita, assim como ilustrar a abordagem cirúrgica da lesão. HOSPITAL: Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE CONTACTO: EMAIL: nal mecânica condicionada pela passagem de cálculos através de uma fístula bilio-entérica espontânea. 75% destas fístulas desenvolvem-se entre a vesícula e o duodeno. É uma etiologia rara, com incidência de 1-4% das oclusões intestinais, sendo mais frequente nos idosos, sobretudo mulheres (85%). Está associada a uma alta taxa de mortalidade (11-17%). Resultados: Caso clínico de mulher de 90 anos. Antecedentes de litíase vesicular e obesidade. Recorre ao serviço de urgência por vómitos biliares e obstipação. Realizou raio-x abdominal que mostrava níveis hidro-aéreos e ecografia abdominal com litíase vesicular. Optou-se por TC abdominal que mostrou tratar-se de caso de íleus biliar. Foi submetida a enterotomia jejunal com remoção de cálculo. Discussão: Causa rara de oclusão intestinal pode ocorrer em doentes sem patologia biliar conhecida (50%). Sem sintomatologia característica, são necessários exames complementares, preferencialmente a TC, para identificar esta etiologia. Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Íleus Biliar M. Serra, T. Santos, R. Lages, C. Ribeiro, D. Machado, M. Martins, J. Sousa, G. Sarabando Marta Lopes Serra [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P349) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Adenocarcinoma de jejuno e íleo: experiência e revisão da literatura RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os adenocarcinomas de jejuno e íleo (AJI) são extremamente raros correspondendo a cerca de 11% de todas as neoplasias malignas do intestino delgado. Apresentando-se com sintomas vagos, o diagnóstico é tardio e frequentemente após aparecimento de complicações, como a obstrução e a perfuração. Desde Janeiro de 2000 até Maio de 2014, apenas 2 doentes foram operados neste contexto, ambos no contexto de urgência. Resultados: Casos clínicos O primeiro doente apresentou-se no Serviço de Urgência com um quadro clínico de oclusão completa de delgado e o segundo com perfuração de víscera oca. Ambos foram submetidos a laparotomia urgente com ressecção segmentar intestinal em bloco com o mesentério adjacente. A histologia da peça confirmou doença localmente avançada (T4) e com metastização ganglionar associada (N2) sendo propostos para quimioterapia adjuvante (QTa). Aos 24 e 9 meses de Revista Portuguesa de Cirurgia 142 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: seguimento, respetivamente, os doentes encontram-se vivos. Discussão: Os AJI são raros e apresentam-se, frequentemente, como doença avançada. A perfuração, como manifestação inicial, é excecional. A cirurgia é essencial no tratamento destes doentes e, mesmo no contexto de urgência, deverá respeitar os princípios oncológicos. Deverá garantir margens macroscópicas e exérese em bloco com o mesentério adjacente como forma de garantir um estadiamento adequado e melhor controlo local da doença. O valor da QTa ainda não está validado mas os dados disponíveis prenunciam um aumento da sobrevivência global e livre de doença Centro Hospitalar do Porto, EPE Intestino Delgado Vitor Costa Simões, José Miguel Presa Fernandes, Pedro Soares Moreira, Sara Magalhães, Olinda Lima, Gil Faria, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, José Davide Vitor Costa Simões [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P351) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Hidatidose Peritoneal: apresentação rara – a propó- sito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Hidatose é uma zoonose RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P350) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Metastização Rara para o Baço – Um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente 59 anos, AP: Irrele- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: vantes. Doente realizou em Novembro de 2013 laringectomia total de recurso + encerramento com retalho de grande peitoral por carcinoma pavimento-celular da laringe. YpT2 (G2) N0 Mx. Em Outubro de 2014 recorre ao SU por dor abdominal e aumento do perímetro abdominal desde há 2 meses. Analiticamente sem alterações. Realizou Ecografia abdominal que mostrou volumosa lesão nodular, com componente líquido com 20 cm, do Baço posteriormente realizou Tac Abomino-pélvico que mostrou: Volumosa lesão nodular ocupando o hipocôndrio e flanco esquerdos, empurrando o estômago, a causa do Pâncreas e o fígado para a direita com 21x16x23 cm. O baço apresenta-se deformado e de dimensões aumentadas parecendo englobado pela massa anteriormente descrita. No pólo inferior do rim direito vemos lesão nodular exofítica com realce intenso com 3, 5 x 2, 5 cm. No fígado assinalamos lesão nodular heterogénea, com realce periférico, com 2, 5 cm, sugestiva de lesão secundária. Doente realizou eslpenectomia + metastectomia + nefrectomia radical direita. Pos-op sem intercorrências. Anatomia patológica revelou lesão do baço e lesões hepáticas metastização do carcinoma pavimento-celular da laringe e a lesão renal compatível com neoplasia de células renais. Material e Métodos: Dados colhidos do processo clínico do doente. Discussão: Em conclusão podemos afirmar que este tipo de metastização é muito rara e o prognóstico do doente é reservado. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Cirurgia do Baço Rui Barata, P. Magro, R. Fernandes, C. Soares, B. Clemente, A. Martinho, H. Messias, António Galzerano Rui Barata [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: parasitária c/ distribuição mundial, em Portugal os casos são exporádicos. A apresentação peritoneal é rara(13% dos casos descritos), podendo ser primária ou secundária (mais comum) a rotura espontânea ou traumatica/cirurgica de quistos (QH) intrabdominais. Material e Métodos: Caso clínico de hidatidose peritoneal secundária(HPS) e revisão da literatura. Resultados: Homem, 75 anos c/ AP de cirurgia hepática por traumatismo, há 10anos.Internado por dor abdominal, vómitos e oligúria.EO: massa no epigastro/hipocôndrio esquerdo, dolorosa à palpação, sem defesa/reacção peritoneal. Realizou US, TC e RMN abdominal:quisto hepático c/ calcificações grosseiras no segm VII de 9cm; outra lesão no hipocôndrio direito estendendo-se ao epigastro e cavidade pélvica, nodular bem definida, heterogénea, c/áreas hipodensas nodulares no seu interior, septadas com calcificações à periferia, sugestiva de QH c/ vesículas filhas, condicionando ligeira uretero-hidronefrose esquerda.Analiticamente Ac-Echinococcus positivo e lesão renal aguda.Fez Albendazole (29dias), seguido de ressecção por laparotomia da HPS, alta clinicamente assintomático. Discussão: Apenas 3.2% dos casos de QH hepáticos rompem provocando HPS. A HPS geralmente é assintomatica até apresentar tamanho suficiente para ser compressiva. A uropatia obstrutiva c/lesão renal associada está previamente descrita em apenas 1caso.A hidatose peritoneal deve ser totalmente excisada associando-se a terapêutica c/ Albendazol pré e/ou peri-procedimento. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Quisto hidático peritoneal Ricardo Rocha, David Aparicio, Rui Marinho, António Gomes, Marta Sousa, Marta Fragoso, Marta Jonet, Carla Carneiro, Vitor Nunes Ricardo Rocha [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P352) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Doença Renal Poliquística – a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente 45 anos, AP: DRC5, HTA, Doença renal poliquística. Doença com uma evolução de 20 anos tendo induzido Hemodiálise em junho 2014. O Doente referia queixas álgicas ocasionais associadas a enfartamento precoce. A razão da sua cirurgia é para poder realizar transplante renal de dador vivo, visto os seus rins terem 37 e 35 cm de tamanho. Realizou tac abomino pélvico que mostrou: Estendemos a apreciação até à cavidade pélvica por se identificar rins cujo eixo de maior diâmetro é de 37 cm á direita e de 35 cm à esquerda. O parênquima renal é todo ele substituído por múltiplas formações nodulares hipodensas e algumas hiperdensas. Algumas formações quísticas apresentam calcificasses periféricas XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 143 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: finas. Não há uretero-hidronefrose. A Anatomia patológica mostrou rim esquerdo com 4760 gr, 35x25x20 cm e rim direito com 5228, 34x25x21 cm, Ambos os rins têm alterações morfológicas compatíveis com doença renal poliquística. Material e Métodos: Toda a informação foi colhida do processo clínico do doente. Resultados: Para operar este doente foi usada uma incisão de Chevron. O doente não teve complicações no pós operatório e neste momento prepara o processo para a realização de transplante renal de dador vivo. Discussão: Em conclusão podemos dizer que este doente beneficiou desta cirurgia visto agora, poder ser transplantado porque antes não teria espaço para colocar o rim em qualquer uma das Fossas Ilíacas. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Cirurgia da transplantação Rui Barata, P. Magro, R. Fernandes, C. Soares, B. Clemente, A. Martinho, H. Messias, António Galzerano Rui Barata [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P354) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Perfuração de úlcera entérica num doente imuno- comprometido RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O aparecimento de úlceras na RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P353) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: “Abdominal cocoon syndrome” – um caso clínico raro RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A peritonite esclerosante encap- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: sulante é uma entidade clínica rara. Caracteriza-se pelo encarceramento parcial ou completo do intestino delgado dentro de uma bolsa fibrosa espessa. Expressa-se por episódios recorrentes de dor abdominal, perda ponderal e oclusão intestinal. Imagiologicamente pode observar-se um conglomerado de ansas de delgado rodeado por uma membrana. Causas associadas são: diálise peritoneal, terapêutica prolongada com Practolol, sarcoidose, lúpus eritematoso sistémico, cateteres abdominais de longa duração, transplante hepático e doença inflamatória pélvica tuberculosa. Material e Métodos: Apresentação e discussão de caso clínico. Resultados: Sexo masculino, 30 anos, saudável. Múltiplas idas ao Serviço de Urgência nos últimos dois anos por dor abdominal, náuseas, vómitos e suboclusão intestinal, com agravamento no período pós-prandial, tendo sempre alta com terapêutica sintomática por ausência de alterações analíticas ou imagiológicas. No último episódio, por apresentar clínica e imagiologia compatíveis com suboclusão intestinal de delgado, foi realizada laparotomia exploradora, na qual se constatou peritonite esclerosante encapsulante, contendo a totalidade do intestino delgado. Foi realizada enterólise com libertação de delgado e resolução do quadro clínico. Discussão: O “abdominal cocoon syndrome” é uma entidade clínica rara, com clínica inespecífica e sem factores etiológicos preditores. O diagnóstico definitivo e o tratamento são realizados cirurgicamente, com resolução do quadro clínico. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Oclusão Intestinal Almeida, S.; Rocha, C.; Carracha, M.; Pinto, B.; Calado, J.; Godinho, A.; Carneiro, F. Sara Almeida [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: orofaringe e no esófago nos doentes com infecção VIH é comum e geralmente está associado a infecções oportunistas virais ou fúngicas. A presença destas úlceras noutros segmentos do tubo digestivo não é frequente, sendo a sua perfuração uma causa rara de abdómen agudo, como no caso clínico apresentado. Resultados: Homem de 44 anos, com diagnóstico de infecção VIH1 há 10 anos, e desde há 3 meses com quadro de odinofagia e disfagia de agravamento progressivo, associado a perda ponderal de 12Kg. O doente iniciou terapêutica anti-retroviral e corticóide oral por úlceras da cavidade oral e esofágicas, cujas biópsias foram inconclusivas. Após 2 semanas, recorreu ao Serviço de Urgência por dor abdominal intensa. À observação apresentava defesa na fossa ilíaca direita. Procedeu-se a laparotomia de McBurney, constatando-se perfuração punctiforme no ileon terminal. Foi realizada enterectomia segmentar e ileostomia. No pós-operatório, o doente manteve a terapêutica anti-retroviral com restabelecimento do trânsito intestinal e progressiva cicatrização e desaparecimento das úlceras orofaríngeas e esofágicas. O exame anatomopatológico da peça operatória revelou múltiplas úlceras ileais, ocasionalmente com atingimento transmural, envoltas por processo de vasculite. Discussão: No doente imunocomprometido, o abdómen agudo é um desafio etiológico, incluindo afecções pouco frequentes. Centro Hospitalar Lisboa Central Intestino Delgado Rosa Matias, Carlos Vitorino, Susana Nunes, Maria José Pinheiro Rosa de Jesus Casado Matias [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P355) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Adenocarcinoma do íleon: uma entidade rara e de diagnóstico tardio RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A neoplasia do intestino del- gado é uma entidade rara, apresentando uma incidência anual de cerca de 2.1 casos por 100, 000 pessoas, sendo o adenocarcinoma, o segundo tipo histológico mais frequente (em 33% dos casos). A localização distal deste tipo de tumor é menos habitual, o que torna o adenocarcinoma do íleon num evento invulgar. A raridade deste tipo de patologia, associada a uma apresentação clínica pouco específica, origina habitualmente um atraso no diagnóstico e tratamento. Resultados: Doente de 66 anos admitida no S.U. com quadro de dor abdominal localizada na fossa ilíaca direita com cerca de 6 dias de evolução e agravamento progressivo. Anorexia, náuseas e vómitos no dia de admissão. Empastamento doloroso à palpação na fossa ilíaca direita. Exames complementares revelaram tumor inflamatório do apêndice ileocecal. Intraoperatoriamente constatou-se Revista Portuguesa de Cirurgia 144 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: neoformação com envolvimento do apêndice ileocecal, cego e segmento de íleon distal. Adenopatias na raíz do mesentério. Optou-se pela realização de hemicolectomia direita com ressecção em bloco de íleon distal. O resultado histológico revelou adenocarcinoma do íleon, que se estendia ao apêndice ileocecal e condicionando apendicite aguda (pT4N0). Discussão: Este caso apresenta uma patologia pouco frequente, caracterizada por um diagnóstico tardio e de difícil realização. Sublinhamos neste trabalho, a importância de um diagnóstico mais precoce e um tratamento adequado, de forma a obter um aumento da taxa de sobrevivência destes doentes. Centro Hospitalar Lisboa Central Intestino delgado Celso Nabais, Raquel Salústio, Catarina Leite Bispo, Francisco V Sousa, Eusébio Porto, Carlos Cardoso, Gualdino Silva, Caldeira Fradique Celso Nabais [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P357) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Endometriose: uma causa invulgar de apendicite aguda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A apendicite aguda é uma infla- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P356) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Afinal não era apendicite aguda? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A apendicectomia é a cirur- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gia mais realizada em regime de urgência. Com a difusão da utilização de exames complementares de diagnóstico (ECD) a taxa remoção de apêndices sem alterações histológicas (“brancos”) diminuiu. Material e Métodos: Colheita de dados, com recurso ao processo clínico, referentes a todas as apendicectomias realizadas em regime de urgência no ano de 2013, com um total de 339 casos, de forma a analisar a taxa de apendicectomias negativas, assim como dados demográficos, meios complementares de diagnóstico mais utilizados e os achados intra-operatórios quando o apêndice era histologicamente normal. Resultados: O total de apendicectomias negativas foi de 54 (15.9%). Foram utilizados ECD em 53%, a ecografia foi utilizada em 31.3% e a tomografia computorizada em 18%. Em crianças o achado intra-operatório mais encontrado foi adenite mesentérica, em doentes dos 18-50 anos o diagnóstico diferencial foi principalmente com patologia pélvica, e em doentes com mais de 50 anos só se registaram duas apendicectomias negativas, uma delas correspondendo a uma ileíte terminal. Discussão: A apendicite aguda continua a ser um diagnóstico difícil, e apesar dos avanços nas técnicas diagnosticas, a clínica mantém-se predominante. A maior taxa de apendicectomias negativas ocorreu na mulher em idade fértil, e os achados intra-operatórios espelham o diagnóstico diferencial com patologia pélvica. Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Apêndice íleo-cecal Diana Souto Brito, Ana Cristina Carvalho, Marta Martins, Teresa Santos, Catarina Longras, Washington da Costa, Pinto Correia Diana Souto Brito [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mação do apêndice ileocecal. Existem várias causas para a obstrução do lúmen apendicular e subsequente congestão vascular, inflamação e edema. Material e Métodos: Apresentamos o caso de uma doente de 30 anos, saudável, sem medicação habitual, que recorreu ao Serviço de Urgência por dor hipogástrica com 24h de evolução. O quadro clínico acompanhava-se de anorexia. A doente negava vómitos, febre e alterações do trânsito intestinal. Na palpação abdominal apresentava dor difusa, com defesa e sinais de irritação peritoneal na fossa ilíaca direita. Os parâmetros inflamatórios e a ecografia abdominal eram compatíveis com apendicite aguda. A doente foi submetida a laparoscopia exploradora, constatando-se apendicite aguda supurativa com peritonite localizada, tendo sido realizada apendicectomia laparoscópica. O pós-operatório decorreu favoravelmente, tendo a doente alta ao 3º dia. Resultados: A peça operatória era constituída por um apêndice ileocecal com 3 cm de comprimento, revestido por serosa hemorrágica, de calibre irregular e com conteúdo hemorrágico. O exame histológico revelou endometriose apendicular e sinais de apendicite aguda. Discussão: Os autores salientam a pertinência deste caso uma vez que a endometriose do apêndice é muito rara, representando apenas 1% de todos os casos de endometriose. Esta entidade clínica geralmente é assintomática, mas apresenta-se por vezes sob a forma de apendicite aguda, hemorragia digestiva baixa ou obstrução intestinal. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Apêndice Ileocecal Macedo Alves D. (1), Correia J. F. (1), Lima M. J. (1), Peixoto R. (1), Valverde J. (1), Saraiva R. (1), Teixeira A. (1), Cocco F. (1), Amaro T. (2), Taveira Gomes A. (1) Daniela Macedo Alves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P358) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Tumor Fibroso Solitário Extra-pleural RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tumor fibroso solitário (TFS) é um diagnóstico pouco frequente, de localização preferencialmente pleural. A apresentação extratorácica é extremamente rara. É um tumor de origem mesenquimatosa, clinicamente assintomático ou com expressão clínica inespecífica. O diagnóstico é histológico. Tem um comportamento biológico incerto, embora se considere que o longo tempo de evolução, as localizações abdominal e retroperitoneal e certas características histológicas (atipia focal, necrose, hemorragia, margens infiltrativas, alto índice mitótico) se associem a maiores taxas de recidiva local e de metastização. Não existem indicações sobre o follow-up. Material e Métodos: Apresentação e discussão de caso clínico. Resultados: Sexo masculino, 49 anos, raça negra, hipertenso XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 145 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: controlado. Recorreu ao Serviço de Urgência por aparecimento de massa palpável a nível abdominal, sem outras queixas. À observação apresentava abdómen com abaulamento central, onde se palpava massa com cerca de 10cm de maior eixo, de consistência elástica, móvel e indolor. Realizou TC abdomino-pélvica, que confirmou a existência de massa sólida e heterogénea em topografia mesentérica. Foi realizada a excisão da mesma por laparotomia mediana sem intercorrências. A histologia da peça estabeleceu o diagnóstico de TFS extrapleural. Em follow-up em consulta de Cirurgia Geral, sem evidência de recidiva ou metastização. Discussão: O TFS extrapleural é um tumor raro. O diagnóstico é histológico. O comportamento biológico é incerto. Não existem normas para o follow-up. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Casos Raros Almeida, S.; Rocha, C.; Carracha, M.; Pinto, B.; Calado, J.; Godinho, A.; Carneiro, F. Sara Almeida [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P360) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Iatrogenia na Entubação Nasogástrica: Dois Casos Clínicos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A entubação nasogástrica, um RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P359) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Quisto esplénico revelado por apendicite aguda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos esplénicos são HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: achados raros. Os quistos verdadeiros, com epitélio, dividem-se em parasitários e não parasitários, sendo estes últimos congénitos ou neoplásicos. São geralmente detetados em crianças e adultos jovens e podem causar dor a nível do hipocôndrio esquerdo, saciedade precoce, náuseas ou vómitos. Este trabalho pretende alertar para um achado raro que pode implicar tratamento cirúrgico. Material e Métodos: Descrição de um caso clínico e revisão da literatura. Resultados: Doente do sexo masculino, 15 anos, previamente saudável, recorre ao SU por dor epigástrica com 24h de evolução e migração para a FID associada a vómito alimentar. Ao exame objectivo apresentava-se apirético, hemodinamicamente estável, com dor à palpação da FID e sinais de irritação peritoneal. Analiticamente com elevação dos parâmetros inflamatórios. Na ecografia com imagem sugestiva de apendicite aguda e volumosa coleção intraesplénica subcapsular. A TAC revelou formação quística intra-esplénica com 130x120x120 mm, simples, homogénea, densidade hídrica, sem septos ou vegetações. Trata-se portanto de um quisto esplénico simples diagnosticado incidentalmente no contexto de uma apendicite aguda. O doente foi apendicectomizado e posteriormente encaminhado para consulta de Cirurgia para orientação relativamente à lesão esplénica. Discussão: O tratamento dos quistos esplénicos não parasitários assintomáticos e de pequenas dimensões é geralmente conservador. Em quistos com mais de 5 cm ou sintomáticos recomenda-se tratamento cirúrgico. Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE Quisto esplénico Pedro Fernandes, Isabel Armas, Rui Reis, Alexandra Carrazedo, Catarina Rocha, Diego Pita Perez, Hermínia Martins Pedro Miguel Fernandes [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: procedimento invasivo rotineiro nos serviços de cirurgia geral apesar das suas indicações cada vez mais seletivas, não é isenta de complicações. Além das complicações minor mais frequentes, estão descritos na literatura casos raros associados a elevada morbilidade e mesmo mortalidade. A perfuração de víscera ou a entubação nasotraqueal por sonda nasogástrica não são inéditas. Descrevemos dois casos de iatrogenia associada a entubação nasogástrica: doente de 83 anos internada por oclusão intestinal e submetida a cirurgia de lise de bridas e ressecção segmentar do delgado, com agravamento clínico ao quarto dia pós-operatório por perfuração gástrica pela sonda nasogástrica; doente de 68 anos com múltiplas co-morbilidades, no pós-operatório de colecistectomia via laparoscópica, com quadro de dificuldade respiratória, em que se identifica entubação nasotraqueal com a extremidade da sonda na cavidade pleural direita. Servem estes casos para alertar e relembrar as eventuais complicações da entubação nasogástrica e morbi-mortalidade associada. A utilização seletiva da sonda nasogástrica, a consideração destas complicações durante a entubação e um elevado nível de suspeição ajudarão a prevenir desfechos fatais. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Iatrogenia na Entubação Nasogástrica Inês Alegre, Marcio Madeira, Jorge Rebanda, Zacharoula Sidiropoulou, Carlos Resende, Carlos Neves Inês Alegre Marçal Santos [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P361) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Hematoma duodenal espontâneo: caso raro de oclusão do trato GI superior RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hematoma intestinal espon- tâneo é uma complicação rara da terapia anticoagulante, sendo a oclusão do intestino delgado subsequente ainda mais rara. Material e Métodos: Doente do sexo feminino, 83 anos admitida com quadro clínico de oclusão intestinal. Medicada recentemente com anticoagulante oral. Analiticamente apresentava um INR 22.49. A radiografia abdominal de pé mostrava níveis hidroaéreos e a TC abdominal revelou um espessamento concêntrico das paredes do intestino delgado, com início na 3ª porção do duodeno, ao longo de uma extensão de cerca de 30 cm, sugestivo de hematoma. Sem história de trauma. Resultados: Submetida a tratamento conservador com evolução clínica favorável, tendo alta ao 7º dia de internamento a tolerar dieta oral e trânsito intestinal regularizado. Observada em consulta de seguimento 3 meses após a alta, assintomática e com INR no intervalo terapêutico. Discussão: A oclusão intestinal na sequência de níveis supra-terapêuticos de anticoagulante é um evento raro Revista Portuguesa de Cirurgia 146 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mas a considerar na presença de dor abdominal e INR aumentado. A ecografia e TC abdominais são úteis para confirmação diagnóstica, devendo ser efetuadas quando disponíveis. O principal tratamento é médico: suspensão da terapêutica anticoagulante, correcção do tempo protrombina e da anemia. Geralmente a resolução completa do hematoma ocorre em 3 semanas. O diagnóstico é importante pois muitos doentes podem ser tratados conservadoramente com excelentes resultados. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Hematoma espontaneo Tracto GI Catarina Afonso, Milene Sá Jorge Pereira, Luis Pinheiro, Júlio Constantino Ana Catarina Afonso [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P363) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: GIST fora de órgão?? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P362) SESSÃO P-VÁRIOS 3 TÍTULO: Ileus Biliar – A propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O ileus biliar (IB) é uma enti- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dade invulgar, correspondendo a cerca de 1-4% de todos os casos de oclusão intestinal alta (OIA). Ainda assim, representa 25% de todos os casos de OIA na população com mais de 65 anos. Apesar de todos os avanços médicos alcançados nas últimas décadas, o tratamento ideal neste tipo situações permanece controverso. Material e Métodos: Apresenta-se um caso clínico de uma doente de 97 anos que recorreu ao serviço de urgência por um quadro clínico compatível com oclusão intestinal. Foi realizada avaliação imagiológica por tomografia computorizada que evidenciou aerobilia e distensão de ansas de delgado com níveis ar-líquido, condicionadas por formação oclusiva intraluminal ileal de limites bem definidos, com cerca de 3 cm. Resultados: Foi submetida a terapêutica cirúrgica por laparotomia, tendo-se constatado processo oclusivo de delgado condicionado por cálculo biliar impactado no íleon distal. O tratamento consistiu em enterolitotomia, com consequente resolução da oclusão e um pós-operatório sem complicações. Discussão: A abordagem cirúrgica do IB não é consensual. Se, por um lado, a resolução da oclusão intestinal através da enterolitotomia não merece discussão, já a abordagem da fístula bilioentérica no mesmo tempo operatório não reúne o mesmo consenso, uma vez que esta acrescenta risco de iatrogenia e mortalidade. Estes dados tornam-se ainda mais relevantes se se tiver em conta que estas patologias surgem mais frequentemente em doentes idosos e com co-morbilidades importantes. HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida Oclusão intestinal alta Souto, Ricardo (1); Nogueira, Sara (2); Vicente, Carla (3); Costa Jorge, Gonçalo (4); Cabeleira, Alexandra (5); Sá Leão, Daniela (6); Soares, Mira (7) Ricardo Souto [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 trointestinal (GIST) são os tumores mesenquimatosos mais frequentes do tubo digestivo. Os tumores do estroma estra gastrointestinal (EGIST) são tumores mesenquimatosos que tem origem fora do trato gastro-intestinal com manifestações clinico-patologicas e perfil molecular idêntico ao dos GIST. Os locais mais comuns de ocorrência destes tumores são o epiploon, mesentério, retroperitoneu e fígado. Material e Métodos: Doente do sexo feminino, 76 anos de idade. Aumento progressivo do volume abdominal desde Julho/2014. A TC mostrou lesão retroperitoneal com 16x10x22cm, sem origem nos órgãos adjacentes. Resultados: Foi submetida a ressecção de massa retroperitoneal no dia 9 de Outubro de 2014, tendo o pós operatório decorrido sem intercorrências. A doente teve alta ao 5º dia de pós operatório. A histologia mostrou tratar-se de um tumor do estroma extragastrointestinal, CD 117 (c-KIT) positivo. Discussão: OS EGIST são tumores extremamente raros, não sendo conhecida a sua verdadeira origem. Manifestam-se por grandes massas o que condiciona o seu prognóstico. Uma cirurgia agressiva, associada ao uso de imatinib é a forma terapêutica mais eficaz. É necessário manter um seguimento regular dada a sua elevada taxa de recorrência. Centro Hospitalar Lisboa Central Tumores Retroperitoneais Susana Rodrigues, Alexandra Pupo, Lui´sa Quaresma, Gualdino Silva, Guedes da Silva, Caldeira Fradique susana Cristina Cardoso Rodrigues [email protected] 06-03-2015 17H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P41) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Volvulo do cego RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Vólvulo do cego representa cerca de 25% dos casos de vólvulo intestinal, sendo esta a causa mais frequente de vólvulo do colon em mulheres grávidas. O seu aparecimento está relacionado com o desenvolvimento embriológico e também com fatores epidemiológicos como a obstipação crónica, lesões do colon, cirurgias colon prévias e gravidez. Material e Métodos: Homem de 33 anos, sem antecedentes de relevo, que recorreu ao SU por dor abdominal mais intensa na FID, com 12h de evolução. ECD: -Raio X abdominal: dilatação do colon direito, com imagem sugestiva de grão de café; -TC abd: “Volumosa coleção com conteúdo gasoso e intestinal que se estende desde a cavidade pélvica, ligeiramente lateralizada à esquerda e que ascende até ao plano renal e que parece estar em contiguidade com estrutura intestinal filiforme localizada à FID, que se admite estar em XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 147 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: relação com o apêndice cecal.” Resultados: Intra-operatoriamente: Doente submetido a laparotomia exploradora. Constatou-se: “distensão marcada do cego consequente a rotação axial do mesentério cecal e do ileo terminal; o cego devido a exuberante distensão apresentava laceração longitudinal da serosa”. Realizada correção da torção e rafia do cego, e apendicectomia. Discussão: Doente com vólvulo do cego corrigido cirurgicamente. No D2 de pós operatório apresentou anemia franca associada a sinais de irritação peritoneal tendo sido submetido a reintervenção. Constatação de hemoperitoneu sem identificação do foco hemorrágico. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Colo-Proctologia Diana Gomes; Raquel Rodrigues; Mário Rui Gonçalves; Jorge Coutinho; Fernando Barbosa Diana Carina Lima Gomes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P43) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Eructações Fétidas: do desagradável ao diagnóstico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Retrata o caso clínico de um RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P42) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Íleo Biliar com Obstrução Cólica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A impactação cólica de cálculo HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: biliar é uma causa rara de oclusão intestinal. Está geralmente associada à existência e fístula colecistocólica. A transição rectossigmoideia é o local mais frequente de encravamento do cálculo. Resultados: Os autores reportam o caso clínico de um indivíduo, do sexo feminino, 56 anos. Deu entrada no serviço de urgência com quadro de dor e distensão abdominais, paragem de emissão de gases e fezes e falsas vontades com 3 dias de evolução associado a vómitos fecaloides com 1 dia de evolução. Ao toque rectal apresentava ampola rectal livre, sem fezes palpáveis, sem sangue. A TAC foi diagnóstica, revelando imagem compatível com cálculo biliar de grandes dimensões na ampola rectal a condicionar oclusão, bem como aerobilia e evidência de fístula colecistocólica. O cálculo foi expelido espontaneamente com as fezes, resolvendo o quadro oclusivo. A doente foi submetida, electivamente, a colecistectomia laparosco?pica e correcção de fístula colecistocólica. Discussão: Embora extremamente raro, o íleo biliar com obstrução cólica deve ser equacionado como diagnóstico diferencial de oclusão intestinal. A TAC com contraste é habitualmente diagnóstica. O tratamento deverá passar, inicialmente, pela resolução do quadro agudo, com remoção do cálculo através de endoscopia digestiva baixa, permitindo a resolução da causa obstrutiva, seguido de colecistectomia laparosco?pica, com correção da fístula colecistocólica em cirurgia electiva. Centro Hospitalar de São João, EPE Colo-Proctologia H Ferreira Mora, D Gonçalves, H Santos-Sousa, E Lima da Costa, P Correia da Silva, J Costa Maia Henrique Miguel Ferreira Mora [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: homem de 60 anos de idade que dá entrada no Serviço de Urgência com dor epigástrica com 4 dias de evolução, eructações fétidas e 2 episódios de vómitos fecalóides. Sem hemorragia digestiva, alteração dos hábitos intestinais ou sintomas sistémicos. Exame físico com bom estado geral e perfil analítico apenas com anemia normocítica normocrómica. Realizou estudo complementar com diagnóstico de fístula gastro-cólica de origem neoplásica e metastização hepática difusa. Proposto para abordagem cirúrgica, constatando-se intra-operatoriamente neoplasia do ângulo esplénico com fistulização gástrica, sem plano de clivagem com o baço e cauda do pâncreas. Submetido a colectomia segmentar esquerda alta, esplenectomia, pancreatectomia distal, gastrectomia parcial e biópsia hepática. Histologia da peça revelou adenocarcinoma invasor do cólon transverso, com invasão até à mucosa gástrica, sem alterações displásicas do baço e pâncreas e confirmou metástase hepática de primário cólico (pT4bG2N2aM1V1, D Dukes). Proposto para Quimioterapia paliativa que terminou sem complicações. Aos 7 meses de pós-operatório doente com bom estado geral (Índice de Karnofsky de 100%), recuperação ponderal e sem queixas. A patologia oncológica, com incidência crescente e atingindo faixas etárias cada vez mais precoces representa um desafio diagnóstico sucessivo. Este caso não só realça essa complexidade, como também adverte para formas de apresentação pontuais e singulares. Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE Colo-Proctologia Rita Marques, Carina Gomes, Ana Sofia Esteves, Bruno Pinto, Paulo Jorge Sousa, Artur Ribeiro, António Oliveira Rita Marques Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P44) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Concepção de uma Base de Dados do Cancro Colorretal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Atualmente atravessam-se tempos conturbados, a que a Saúde e a Medicina não são alheias. O mundo demonstra-se mais competitivo, tornando-se vital adaptar, melhorar e evoluir em conhecimento e sabedoria. Para planear e tomar decisões acertadas é necessária informação, que se pretende atualizada, correta, relevante, rapidamente disponível e interpretável. Material e Métodos: Neste trabalho procedeu-se à modelação, ao nível conceptual e lógico, de uma base de dados, para o registo, análise e medição dos resultados decorrentes do diagnóstico e tratamento do cancro colorretal. Adicionalmente, imprimindo um cunho prático, desenvolveram-se aspetos relacionados com a implementação do modelo numa instituição. Resultados: O processo de modelação Revista Portuguesa de Cirurgia 148 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: incorporou os fundamentos tecnológicos de uma base de dados, especificamente os modelos entidade-relacionamento e relacional, assente num processo assistencial integrado específico aliado à experiência da prática clínica quotidiana, como substrato para a análise de requisitos. Discussão: Em Portugal, a filosofia corrente nos prestadores de cuidados na oncologia colorretal, área de relevância crescente, ainda não privilegia o registo e colheita de dados, nem a consequente obtenção e análise da informação gerada. Um dos setores capitais são as Tecnologias da Informação e Comunicação, incluindo os Sistemas de Informação, que nesta tipologia de organização pretendem reunir, guardar e fornecer informação relevante, utilizando-a no funcionamento, gestão e processo de tomada de decisão. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Colo-Proctologia Nuno Rama, Victor Raposo, Paulo Clara, Paulo Alves, Victor Faria e João Pimentel, Nuno José Gomes Rama [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P46) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Divertículo de Meckel – Causa de oclusão intestinal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O divertículo de Meckel é RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P45) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Endometriose cólica – A propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Endometriose define-se pela HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: presença de estroma e de glândulas endometriais em localização extra-uterina. Pensa-se que pode ocorrer entre 1 a 7% das mulheres. Normalmente, situa-se na pélvis, mas pode ser encontrada em qualquer parte do corpo. O envolvimento rectovaginal ou cólico, ocorre entre 5 a 12% dos casos, sendo a transição rectosigmóide o local mais frequente afectado. Os sintomas gastrointestinais não são específicos, podendo se manifestar como diarreia, obstipação, dor abdominal e, em casos raros, obstrução. Assim sendo, o diagnóstico diferencial é diverso, podendo ir desde a doença inflamatória intestinal, diverticulite, síndrome do intestino irritável e neoplasia. O tratamento pode passar pela cirurgia, com dissecção pélvica extensa ou ressecção de intestino. Os autores, apresentam um caso clínico de uma mulher de 38 anos, que se dirigiu à urgência com um quadro de dor abdominal nos quadrantes inferiores, diarreia e vómitos. Foi internada com o diagnóstico de abcesso tubo-ovárico à esquerda. Foi operada, e constatou-se quadro inflamatório extenso do sigmóide e anexo esquerdo, com peritonite localizada. Suspeitou-se inicialmente de um quadro de diverticulite aguda, no entanto no meso-sigmóide estava presente uma parede quística, com conteúdo acastanhado/hemorrágico que nos fez suspeitar de endometriose. Devido ao grande processo inflamatório e aderêncial envolvente, a doente foi submetida sigmoidectomia com colostomia na fossa ilíaca esquerda. Hospital Garcia de Orta, EPE Colo-Proctologia Catarina Góis, Nuno Carvalho, Filipa Passos, Luís Galindo, João Corte Real Catarina Luísa Coelho Góis [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: a malformação congénita mais comum do delgado. Representa uma causa pouco frequente de oclusão intestinal no adulto. Descreve-se um caso de oclusão mecânica do delgado por torção do divertículo de Meckel. Resultados: Homem de 74 anos de idade, sem cirurgias prévias, recorre ao serviço de urgência por queixas com dois dias de evolução de dor abdominal difusa, obstipação e náuseas sem vómitos. Internamento recente por clínica sobreponível, interpretada como quadro oclusivo funcional e que resolveu com tratamento conservador. Ao exame apresentava-se apirético, com dor generalizada à palpação abdominal, sem sinais de irritação peritoneal ou outras alterações. Analiticamente com aumento dos parâmetros inflamatórios. Na TAC com distensão de delgado e cólon com níveis hidroaéreos, sem evidência de lesões a condicionar oclusão. Colonoscopia sem lesões. Inicialmente optou-se por tratamento conservador. Por persistência da dor e distensão de ansas com níveis hidroaéreos no Rx, optou-se por laparotomia exploradora. Intraoperatoriamente verificou-se divertículo do íleo terminal a condicionar oclusão mecânica por torção sobre ansa de delgado. Submetido a enterectomia segmentar e anastomose ileocólica. Pós-operatório sem intercorrências. Discussão: O diagnóstico de divertículo de Meckel é muitas vezes intra-operatório, o que pode atrasar o tratamento da condição aumentando o risco de complicações. Esta entidade não deve ser esquecida como diagnóstico diferencial de oclusão intestinal. Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE Colo-Proctologia Pedro Fernandes, Isabel Armas, Rui Reis, Alexandra Carrazedo, Catarina Rocha, Ana Rodrigues, Diego Pita Perez, Hermínia Martins Pedro Miguel Fernandes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P47) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Tumor Neuroendócrino do Apêndice – Diagnóstico Anatomo-patológico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar dos tumores neuroen- dócrinos poderem estar presentes em diversos locais anatómicos, o jejuno, ileon, apêndice cecal e cego são as localizações que mais frequentemente estão associadas ao síndroma carcinóide clássico. Os sintomas são vagos e inespecíficos, podendo estar relacionados com a libertação local de serotonina ou com os efeitos locais do tumor. A incidência anual deste tipo de tumores corresponde a 0, 16 por cada 100.000 habitantes, sendo a frequência semelhante em homens e mulheres, com idade média, à data do diagnóstico, de 47 anos. Como factores de risco ambientais, podem-se destacar a ingesta de gorduras saturadas. Analiticamente os marcadores tumorais com relevo são a cromoganina A (CgA), que se encontra elevada em 60-100% dos XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 149 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: casos, e a enolase neuro-específica. O estudo imagiológico destes doentes deve incluir rx torax, tomografia computorizada axial (TC) do abdómen e pélvis e cintigrafia com octreótido. O tratamento gold-standard para os doentes com tumores neuroendócrinos do apêndice cecal é a sua resseção cirúrgica, sendo que para tumores 2cm está recomendada a hemicolectomia direita. Contudo, a maioria dos tumores neuroendócrinos do apêndice cecal apenas são diagnosticados após a análise anatomopatológica, como iremos demonstrar com recurso a um caso clínico. Para seguimento dos doentes com resseção completa do tumor está recomendado Rx Torax e TC Abdominopélvica em cada 6-12meses. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Colo-Proctologia Faustino, Joana1; Capella, Vanessa1; Correia, Débora1; Gonçalves, Nádia2; Mendes, Rui2; Nascimento, Carlos3; Milheiro, Adelaide4; Costa, Carlos3 Joana Farias Mota Faustino [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P49) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Metástases atípicas do cancro do reto RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Metástases na glândula suprar- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P48) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Adenocarcinoma do Recto – A implicação de um nada RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os autores apresentam um HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: caso clínico de um doente com 57 anos diagnosticado com adenocarcinoma do recto em colonoscopia realizada por pesquisa de sangue oculto nas fezes positivo. Durante o processo de estadiamento pré operatório (cT3 N+ M0) é identificada lesão nodular, de contornos bem definidos, peritumoral, extraluminal de aspecto ovaloide e de natureza indeterminada, sem aspectos de malignidade, com planos de clivagem com os órgãos adjacentes. O caso foi discutido em reunião multidisciplinar optando-se por intervenção cirúrgica. Submetido a ressecção anterior do recto e exerése de nódulo, ovóide, com 4, 7 cm de maior eixo, de consistência dura e cor esbranquiçada, que se encontrava livre na cavidade abdominal, por entre as ansas intestinais, não aderente a qualquer órgão abdómino-pélvico ou outras estruturas. O resultado anatomopatologico das peças operatórias revelou: Adenocarcinoma tipo intestinal (GII), ulcerado ( 0/15 ganglios) pT3 pN0 Mx. Nódulo fibroso com sinais de esteatonecrose com focos de calcificação. Embora o resultado anatomopatologico do nódulo não seja conclusivo os autores admitem assim como diagnostico mais provável a torção de apêndice epiploico como causa do nódulo peritumoral encontrado. Tendo este “nada” uma implicação fulcral na abordagem terapêutica deste interessante caso. Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE Colo-Proctologia Miguel Cunha (1), Joana Roseira (2), Juan Rachadell (1), Hermano Garcia (2), Rui Maio(2) Miguel Fernandes da Conceição Cunha [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: renal (GSR) ocorrem mais frequentemente em doentes com neoplasia do pulmão, mama e rins. As metástases na GSR de cancro coloretal (CCR), ocorrem usualmente por disseminação hematogénea, são pouco frequentes, geralmente apresentam mau prognóstico e na sua maioria não apresentam indicação cirúrgica. Metástase isolada na GSR de CCR é extremamente rara. As metástases na GSR normalmente são diagnosticadas durante a catamnese de doentes com CCR, uma vez que na sua maioria são assintomáticas. Os níveis séricos de CEA estão normalmente elevados. O tratamento cirúrgico é controverso, mas a suprarrenalectomia está aparentemente associada a um melhor prognóstico, relativamente à quimioterapia (QT) e radioterapia (RT). Material e Métodos: Homem de 67 anos, submetido a resseção abdómino-perineal em 07/13 pós QT/RT neoadjuvante, por adenocarcinoma pouco diferenciado do reto baixo T3N1Mx. Resultados: TC abdominal 06/14: volumoso tumor na GSR direita, com cerca 7 cm. PET: lesão compatível com depósito secundário com 7cm na GSR direita. Analiticamente: elevação do CEA. Submetido a suprarrenalectomia direita a 08/14. Histopatologia: metástase de adenocarcinoma primário do reto. Discussão: Apesar da escassa literatura que apoia a eficácia do tratamento, a suprarrenalectomia realizada em doentes com metástases isoladas na GSR de CCR representa o tratamento padrão na abordagem terapêutica. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Colo-Proctologia Débora Correia, Joana Faustino, Rui Mendes, Luísa Moniz, Carlos Nascimento, Raúl Mesquita Lima Débora Correia [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P50) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Revisão das primeiras 100 cirurgias colo-rectais laparoscópicas RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Avaliação dos resultados das primeiras 100 cirurgias colo-rectais laparoscópicas no âmbito da patologia oncológica. Material e Métodos: Foram analisadas todas as cirurgias colo-rectais laparoscópicas realizadas nesta instituição pelo mesmo cirurgião num período de 6 anos. De forma consecutiva e sistemática foram avaliados parâmetros como tempo operatório, dias de internamento, margens, número de gânglios excisados, taxa de conversão. Todos estes parâmetros foram inter-relacionados com o estadio, existência de permeação venosa, linfática e nervosa além do número de gânglios metastizados. Resultados: Os resultados obtidos permitem uma comparação com centros de referencia nesta área da cirurgia oncológica, permitiram uma avaliação do desempenho e qualidade do trabalho efectuado além de motivarem a equipa para a melhoria contínua. Através desta análise Revista Portuguesa de Cirurgia 150 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: também foi possível avaliar a curva de aprendizagem, determinar qual a sua dimensão e a evolução posterior à mesma. Discussão: Só com o registo sistemático e sua avaliação é possível estabelecer metas de qualidade e eficácia e “tentar ser sempre melhor”... A divulgação de resultados será uma prova de humildade dando a possibilidade de “auditoria externa” e como tal uma oportunidade de melhoria. Centro Hospitalar Póvoa de Varzim Vila do Conde, EPE Colo-Proctologia Eduardo Coutinho, Adelaide Graça, Diva Silva, Milheiro da Costa Eduardo Lopes Coutinho [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P51) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Invaginação intestinal do adulto por GIST do jejuno RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A invaginação intestinal define- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: -se como a migração de um segmento intestinal através do lumen intestinal a jusante. A incidência é maior em crianças, sendo considerada rara nos adultos e de causa idiopática em 8-20% dos casos. A invaginação secundária é originada por várias lesões orgânicas, benignas ou malignas, e iatrogénicas. A tomografia axial computorizada (TC) é o exame de diagnóstico mais sensível e a cirurgia, segundo princípios oncológicos, o tratamento definitivo. Material e Métodos: Descreve-se o caso de uma doente do sexo feminino, de 90 anos, que recorre ao serviço de urgência com um quadro compatível com oclusão intestinal por invaginação do jejuno, secundária a um GIST. Resultados: A hipótese diagnóstica foi confirmada por TC pré-operatória, tendo a doente sido submetida a cirurgia. Realizou-se uma ressecção segmentar de intestino delgado. O resultado do estudo da lesão revelou tratar-se de um GIST de grau II, com 4.8 cm de diâmetro. Discussão: O diagnóstico pré-operatório de invaginação intestinal é possível na maioria dos casos, sendo a TC o meio de diagnóstico mais sensível e eficaz. Nos adultos, a invaginação cólica é, na maior parte das vezes de causa maligna, enquanto que a do intestino delgado é de causa benigna. Perante a suspeita, e independentemente da causa, o tratamento de eleição é a laparotomia exploradora e a cura cirúrgica da causa subjacente. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Colo-Proctologia Mário Rui Gonçalves; Diana Gomes; Telma Brito; Ana Cristina Rodrigues; Luisa Pereira; Fernando Barbosa; Alberto Midões Mário Rui Gonçalves [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: sexo feminino, com antecedentes de talassemia, osteoporose e cirurgia ao colo do fémur. Medicação habitual: ciclobenzoprina, etoricoxib, gabapentina, ácido zoledrónico. Foi encaminhada a consulta externa de Ginecologia por achado em TC de “imagem hipodensa de paredes calcificadas, que coloca diagnóstico diferencial entre lesão uterina- fibromioma calcificado ou lesão do ovário direito”. Foi assumido diagnóstico de teratoma do ovário direito e a doente foi proposta para histerectomia total e anexectomia bilateral tendo-se constatado intra-operatoriamente anexos sem alterações e uma massa que correspondia ao apêndice que foi excisado. O diagnóstico anatomo-patológico da peça revelou um cistadenoma mucinoso do apêndice. Resultados: A doente evoluiu favoravelmente e teve alta ao D5 de pós-operatório. Discussão: O mucocelo é definido como uma distensão do lúmen do apêndice devido à acumulação de substâncias mucinosas. A incidência ronda os 0.2-0.3% e é mais comum no sexo feminino (4:1), em idades superiores a 50 anos. É importante a distinção entre o cistadenoma e o cistadenocarcinoma, uma vez que a conduta será diferente. Cerca de 50% apresenta-se com clínica de apendicite aguda sendo que os restantes são assintomáticos. Muitas vezes levam a interpretações diagnósticas erróneas nomeadamente na mulher que tem a região anexial como fator de confusão tal como aconteceu no caso descrito. Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE Colo-Proctologia Melo D.; Brahim A.; Rocha A; Mateus N. Débora da Silva Melo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P53) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Uma causa rara de apendicite aguda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A apendicite aguda é definida como a inflamação da camada apendicular interna que se propaga às restantes partes. O factor etiológico predominante é a obstrução da luz apendicular que origina o desenvolvimento de uma infecção secundária. Esta obstrução pode dever-se à hiperplasia dos folículos linfóides em 50-60% dos casos, à presença de um fecalito em 30-40% dos casos – que se associa com formas de pior prognóstico – e outras causas infrequentes, que constituem 1% dos casos de apendicite, como os tumores e os corpos estranhos. Material e Métodos: Apresentação de caso clínico. Resultados: Os autores apresentam o caso de um homem de 34 anos, que recorre ao serviço de urgência por quadro de dor abdominal nos quadrantes direitos com 5 dias de evolução, associada a náuseas e febre. Realizou TC abdominal, que mostrava sinais inflamatórios na FID a envolver o cego e o apêndice ileo-cecal com espessamento parietal concêntrico e ligeira densificação da gordura mesentérica. O apêndice não se individualizava devido a múltiplos artefactos condicionados por corpo estranho de densidade metálica com cerca de 10x8mm na topografia da emergência do apêndice, lâmina fluída peri-cecal, sem colecções fluídas organizadas. A hipótese de apendicite por corpo estranho é a mais provável. O doente foi submetido a apendicectomia laparotómica. RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P52) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Mucocelo do apêndice – um diagnóstico dúbio. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Descrição e revisão teórica de um caso clinico de diagnóstico incidental de mucocelo do apêndice. Material e Métodos: Doente de 62 anos, XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 151 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Intra-operatoriamente constatou-se a presença de apendicite aguda complicada por perfuração contida, a exploração da peça operatória confirmou corpo estranho compatível com chumbo de caçadeira. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Colo-Proctologia Fonseca, S., Francisco, E., Esteves, J., Vale, S., Carvalho, C., Maciel, J. Sofia Filomena Pereira Fonseca [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P54) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Tumor retrorretal: do diagnóstico à exérese cirúr- gica pela abordagem de Kraske RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores pré-sagrados, tam- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: bém designados retrorretais, são raros. O tipo histológico do tumor é variável, a maioria deles são congénitos (2/3 dos casos) com origem em remanescentes embriológicos. Outros tipos descritos são os neurogénicos, inflamatórios, ósseos e mistos. Resultados: O presente caso descreve uma doente de 42 anos com história de dor lombar com 6 meses de evolução. Foi referenciada à Consulta externa de Cirurgia Geral após ter realizado uma Ressonância Magnética que revelou no espaço pré-sagrado inferior uma lesão de aspeto bilobado com conteúdo quístico e multiloculado, de 60x30mm, com desvio da ampola retal. Foi submetida a exérese do tumor retrorretal por via posterior, a chamada abordagem de Kraske. A histologia da peça operatória mostrou tratar-se de um teratoma cístico. Discussão: Os sintomas associados, tal como no presente caso, são inespecíficos, e muitas vezes o diagnóstico é feito incidentalmente. A resseção cirúrgica é o tratamento adequado dado o risco de malignidade, de crescimento da lesão e transformação maligna e de infeção quando associada nas lesões quísticas (até 30%). A abordagem cirúrgica é feita por via laparotómica, posterior ou combinada, dependendo da localização, tamanho do tumor e envolvimento das estruturas adjacentes. Neste caso, dado tratar-se de uma lesão baixa, sem invasão dos órgãos pélvicos, a abordagem de Kraske com remoção das últimas 2 peças coccígeas foi suficiente para uma exérese completa. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Colo-Proctologia Rita Peixoto, Rosa Saraiva, Jorge Valverde, Joana F. Correia, Daniela Macedo Alves, Maria João Lima, José Manuel Oliveira, António Taveira Gomes Rita Peixoto [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: diferencial é fundamentalmente com apendicite aguda e carcinoma colo-rectal. Raramente o diagnóstico é conseguido no pré-operatório. A má-rotação intestinal resulta de uma alteração no desenvolvimento embrionário. Em 6% dos doentes, o cego não desce no abdómen e permanece sub-hepático. Material e Métodos: Apresentamos um doente do masculino, 40 anos de idade, raça caucasiana com antecedentes de espondiliteanquilosante e diverticulose cólica. Recorreu ao Serviço de Urgência por dor abdominal generalizada, mais intensa na fossa ilíaca direita com um dia de evolução. No exame objectivo, de salientar abdómen doloroso à palpação profunda do hipocôndrio/ flanco direito.?As análises revelaram parâmetros inflamatórios elevados. A TC demonstrou um espessamento do apêndice ileo-cecal com implantação em cego sub-hepático. Resultados: O doente foi submetido a laparotomia sub-costal direita, tendo-se constatado diverticuliteperfurada do cego. Procedeu-se a resseção ileo-cecal. Alta no quinto dia após a intervenção, sem intercorrências. Discussão: A diverticulite cecal complicada de perfuração é uma causa rara de abdómen agudo. Esta etiologia não pode ser esquecida no diagnóstico diferencial no pré-operatório, para permitir programar o tratamento adequado. Centro Hospitalar Lisboa Central Colo-Proctologia Tânia Almeida, Raquel Mega, Susana Nunes, Hugo Pinto Marques, Américo Martins, Eduardo Barroso Tânia Almeida [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P56) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Aeroportia não Fatal: mudança do paradígma RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A aeroportia é um achado ima- giológico que se identifica raramente. Associa-se frequentemente a situações de isquemia intestinal e cursa com uma mortalidade próximo de 100%. A aeroportia quando reconhecida na isquemia intestinal exige uma intervenção cirúrgica de emergência. O objetivo dos autores visa apresentar 3 casos clínicos de aeroportia por isquemia intestinal que não culminaram na morte dos pacientes. Material e Métodos: Reportagem de 3 casos não fatais de aeroportia. Resultados: Descrição de três casos clínicos de doentes com fatores de risco cardiovasculares, admitidos em contexto de urgência por sépsis grave, tendo-se detetado no estudo efetuado achados sugestivos de isquemia intestinal com aeroportia. A proposta cirúrgica foi imediata. Intra-operatóriamente evidenciou-se isquemia de cólon direito, em dois dos doentes e do jejuno no terceiro. Um dos doentes, já depois da alta, voltou a ter novo episódio de isquemia intestinal, desta vez do intestino delgado. Discussão: A aeroportia quando associada à isquemia intestinal torna o prognóstico ainda mais sombrio, elevando substancialmente a taxa de mortalidade. Contudo, só o reconhecimento e intervenção rápidos contribuem para a mudança deste paradigma. HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE CAPÍTULO: Colo-Proctologia RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P55) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Diverticulite cecal: as limitações da semiologia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A diverticulitececal é rara, especialmente em populações ocidentais. Na maioria dos doentes, os divertículos são únicos. O diagnóstico Revista Portuguesa de Cirurgia 152 AUTORES: Wilson Malta, Isabel Mesquita, Mónica Sampaio, Jorge Santos CONTACTO: Wilson Malta EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P57) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Diverticulite Aguda: a Experiência do Serviço de RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Cirurgia Geral do CHVNG/E e as Novas Tendências de Abordagem Objectivo/Introduçâo: A diverticulite aguda desenvolve-se em cerca de 20% dos casos de diverticulose e destes 25% vão necessitar de cirurgia de urgência. Nas últimas décadas a sua incidência e complicações têm aumentado substancialmente. Desde então o número de publicações a respeito deste tema expandiu-se, bem como as opções terapêuticas. Apesar disso, muitas dúvidas persistem e as suas decisões terapêuticas. Com este estudo pretendemos comparar com os dados apresentados na literatura e definir as tendências do Serviço de Cirurgia Geral na abordagem da diverticulite aguda. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 121 doentes com o diagnóstico de diverticulite aguda do colón no período de Janeiro de 2012 a Dezembro de 2013. Resultados: No período estudado 286 doentes foram diagnosticados com diverticulose sendo que 121 foram internados por diverticulite aguda. Não houve predominância significativamente estatística entre os sexos e a idade média ao diagnóstico foi de 61, 44 anos (24-92anos). Cerca de 47, 11% tinham idades compreendidas entre os 51 e 70 anos. Em 93, 39% apenas o cólon esquerdo estava atingido. O tempo de internamento médio foi de 8, 62 dias. O tratamento conservador foi realizado em 85, 12%. Entre os doentes submetidos a tratamento cirúrgico durante o internamento a operação de Hartmann foi realizada em 78, 57%. A percentagem de novos casos de internamento por DA foi de 19, 01%. Discussão: A abordagem terapêutica da diverticulite aguda deve ser individualizada. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Colo-Proctologia Liberal, M.; Leite, M.; D`Almeida, G.; Tavares, A.; Cardoso, J.; Santos, V.; Pereira, B.; Maciel, J. Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 Mulher de 33 anos, que recorreu ao Serviço de Urgência com um quadro de oclusão intestinal com 4 dias de evolução.Trata-se de uma doente sem antecedentes relevantes. Ao exame objectivo salientava-se abdómen distendido, timpanizado, difusamente doloroso à palpação, com ruidos hidroaéreos metálicos e o toque rectal revelava ampola vazia. Analiticamente não apresentava alterações. A radiografia de abdómen mostrava distensão do ângulo esplénico do colón. A TC revelou aspectos que sugeriam hérnia interna/brida. A doente foi submetida a laparotomia exploradora observando-se volvo do colón direito e, após desrotação depreendeu-se má rotação intestinal e inexistência de aderências ao retroperitoneu. Face às múltiplas microperfurações e áreas de necrose no cego e cólon ascendente realizou-se hemicolectomia direita com anastomose primária. Um ano após a cirurgia a doente encontra-se sem sintomas gastrointestinais. Discussão: As anomalias congénitas da rotação intestinal raramente são diagnosticadas no adulto. A apresentação clinica pode ser inespecifica tornando o diagnóstico difícil e por vezes tardio. O tratamento clássico da má rotação intestinal sintomática é o procedimento de Ladd. Centro Hospitalar do Oeste Colo-Proctologia Menezes Carla, Roque Rosário, Santa Rita Carlos Carla Manuela Pereira Menezes [email protected] 06-03-2015 17H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P106) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Metástases Intraesplénicas de Carcinoma Gástrico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma gástrico é o quarto tumor mais prevalente e a segunda causa de morte por neoplasia no mundo. A metastização habitual ocorre para o fígado, pulmão e peritoneu sendo a metastização esplénica isolada rara. Os autores apresentam dois casos clínicos de carcinomas gástricos que evoluíram com metastização esplénica isolada e com indicação para esplenectomia. Material e Métodos: Descrição e documentação imagiológica de dois casos clínicos. Resultados: Tratam-se de 2 doentes, um do sexo feminino, com 78 anos e outro do sexo masculino, com 74 anos com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico. Em follow-up, realizada tomografia axial computadorizada (TAC) onde foram identificadas imagens nodulares intra-esplénicas compatíveis com metastização. Realizada PET scan confirmando exclusivamente as lesões observadas na TAC. Assim, foram apresentados em reunião multidisciplinar de Oncologia e decidido por esplenectomia. O estudo histológico de ambas as peças confirmou a resseção completa bem como a filiação secundaria ao carcinoma gástrico. Actualmente os dois doentes estão livres de doença. Discussão: A metastização esplénica isolada de carcinomas gástricos ocorre muito raramente. A esplenectomia deve ser considerada uma opção de tratamento como forma de RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P58) SESSÃO P-CR 3 TÍTULO: Má rotação intestinal no adulto: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A má rotação intestinal é uma anomalia congénita causada pela ausência ou rotação incompleta do intestino durante o período embrionário. A incidência é de 1 em cada 500 recém-nascidos. Os casos sintomáticos são raros e o diagnóstico é frequentemente feito intraoperatoriamente. Material e Métodos: Apresentação de um caso clínico Resultados: XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 153 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: aumento de sobrevida. Por se tratar de um tema raro, merece ser partilhado com a comunidade científica. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Wilson Malta, Isabel Mesquita, Jorge Santos Wilson Malta [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P107) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Forma Rara de Apresentação de Neoplasia Gástrica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As neoplasias são factores de HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: risco reconhecidos para fenómenos tromboembólicos. O carcinoma gástrico (CG) apresenta-se frequentemente com sintomas dispépticos, de obstrução ou relacionados com a metastização. A trombose venosa (TV) como forma de apresentação do CG, apesar de já descrita, é rara. O síndroma da veia cava superior (SVCS) é a forma mais rara de apresentação, estando descrito um número escasso de casos a nível mundial. Material e Métodos: Foram consultados os processos dos doentes com diagnóstico de CG entre Março/2011 e Outubro/2014, tendo sido identificados três doentes com TV como forma de apresentação de CG. Resultados: Dos três doentes, um apresentou-se com trombose venosa profunda de ambos os membros inferiores e tromboembolismo pulmonar, outro apresentou-se com TV do membro superior esquerdo e veia jugular interna esquerda, a forma de apresentação no ultimo caso foi como SVCS. Em todos os doente foi subsequentemente diagnosticada CG. Discussão: Os doentes com neoplasias têm múltiplos factores de risco para doença tromboembólica. As neoplasias mais frequentemente associadas a fenómenos tromboembólicos têm origem no pâncreas, ovário e cérebro. O tromboembolismo em doentes com neoplasias esta associado a uma diminuição da sobrevida global, não sendo claro qual o seu verdadeiro impacto. O diagnóstico de fenómenos tromboembólicos até um ano após o diagnostico da neoplasia está associado a um estádio avançado da doença e a um pior prognóstico. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Esófago Gástrica Susana Rodrigues, Alexandra Pupo, Lui´sa Quaresma, Gualdino Silva, Guedes da Silva, Caldeira Fradique Susana Cristina Cardoso Rodrigues [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: vamento progressivo, após episódio de vómito forçado e tosse. Apresentava-se hemodinamicamente estável, polipneico, taquicárdico e com dor à palpação do epigastro, sem defesa. Fez TC toraco-abdomino-pélvica: “hidropneumotórax esquerdo a condicionar desvio do mediastino para a direita e sinais de pneumomediastino”. Colocado um dreno torácico à esquerda com saída de líquido entérico. Evoluiu para sépsis e foi decidida a cirurgia. Resultados: Submetido a toracotomia póstero-lateral esquerda, identificando-se perfuração esofágica justa diafragmática, confirmada com endoscopia intra-operatória. Efectuada laparotomia mediana supra-umbilical, realizado encerramento primário da perfuração e drenagem das cavidades mediastínica e abdominal. Pós-operatório sem intercorrências. Transferido para o país de origem ao 21º dia de pós-operatório, a tolerar dieta líquida. Discussão: A cirurgia não está indicada em todos os casos e depende da estabilidade do doente, extensão da contaminação, grau de inflamação, doença esofágica subjacente e localização da perfuração. O “golden period” para o encerramento primário de uma perfuração esofágica é nas primeiras 24h. Hospital Dr. Nélio Mendonça, Funchal Cirurgia Esófago Gástrica D. Fernandes, F. Menezes, R. Barreto, H. Silva, M. Olim Sousa, R. Viveiros, S. Silva, I. Subotin, L. Silva, N. Jardim, P. Gonçalves, A. Quintal, A. Teixeira Diana Fernandes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P109) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Síndrome de Boerhaave: a propósito de dois casos clínicos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O síndrome de Boerhaave (SB) constitui uma emergência cirúrgica com elevada taxa de mortalidade. Nas perfurações com mais de 24h de evolução o tratamento é controverso e a mortalidade >50%. Material e Métodos: Apresentam-se dois casos com mais de 24h de evolução. Homem, 50 anos, com etilismo crónico e litíase vesicular. Recorre à Urgência por vómitos e epigastralgias. Interpretado como cólica biliar refractária foi submetido a colecistectomia laparoscópica três dias depois. No pós-operatório, taquicardia, dispneia, sudorese intensa e na TC torácica volumoso hidropneumotórax direito, pneumomediastino e rotura esofágica distal. Enviado ao nosso Hospital com dispneia. Na laparotomia, com abertura do diafragma, realizou-se drenagem do abcesso, desbridamento, patch de Thal fúndico, exclusão esofágica cervical e jejunostomia de alimentação. Alta ao 71º dia. Homem, 54 anos, com etilismo crónico. Entra no SU com epigastralgias com dois dias de evolução, vómitos, hematemeses e em sépsis. Endoscopia revelou mucosa esofágica ulcerada e orifício fistuloso a 2cm do cárdia. Realizou esofagograma e TC torácica que confirmou perfuração esofágica distal e mediastinite. Na laparotomia presença de intensa periesofagite associada à perfuração. Efectuou-se gastrectomia polar superior com tubo gástrico, piloromiotomia, jejunostomia e, por toracotomia direita, completou-se a esofagectomia com RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P108) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Síndrome de Boerhaave – Um Desafio Diagnóstico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A perfuração esofágica é uma emergência cirúrgica. A maioria das perfurações ocorre após a instrumentação endoscópica mas a perfuração após o vómito forçado, conhecida por síndrome de Boerhaave, é a causa desta perfuração em 15% dos casos. Material e Métodos: Homem de 75 anos, turista, recorreu ao SU por um quadro com 10h de evolução de dor retroesternal e dispneia súbita de agra- Revista Portuguesa de Cirurgia 154 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: anastomose esofagogástrica manual. Alta ao 25º dia. Discussão: No SB as 24h de evolução não são um cut-off mágico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Manuel Rosete, Ana Oliveira, Mónica Martins, Maria Gorete Jorge, Beatriz Costa, Carlos Mesquita, Júlio Soares Leite, Francisco Castro e Sousa Manuel Fernandes Lourenço e Gonzalez Rosete [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P110) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Linfoma Gástrico Primário – Revisão de 10 anos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os Linfomas Primários Gástri- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cos representam entre 2 a 8% do total de neoplasias primárias do estômago. Os mais frequentes são o MALT e o Linfoma difuso de grandes células B. O seu tratamento é multidisciplinar e tem sofrido importantes alterações, com o desvio para formas de tratamento sistémicas, em detrimento de terapeuticas locais, nomeadamente a cirurgia. Material e Métodos: No período entre Janeiro de 2002 e Dezembro de 20011, foram diagnosticadas 712 neoplasias gástricas. Dessas, 16 (2%), tratavam-se de linfomas gástricos. A média de idades foi de 58 anos, entre os 9 e os 80 anos. A distribuição por géneros foi de 50% homens e 50% mulheres. 5 dos casos referem-se a Linfomas de MALT e 11 Linfomas Difusos de Grandes Células B. Resultados: Foram apenas operados 2 doentes.Um dos doentes encontrava-se sob quimioterapia, tendo sido submetido a gastrectomia total com esplenectomia e pancreatectomia distal por hemorragia digestiva alta; o outro doente foi submetido a gastrectomia total, em contexto de suspeita de neoplasia gastrica aquando de cirurgia urgente por HDA. Os restantes foram todos tratados com Quimioterapia sistémica. 4 doentes morreram no decurso do seu tratamento com quimioterapia, em média 8 meses após o diagnóstico. Todos os restantes encontram-se vivos. Discussão: Os linfomas gástricos primários são uma entidada rara. O seu tratamento tem evoluido no sentido da terapeutica sistémica e erradicação de H.pilory nos MALT de baixo grau, reservando a cirurgia apenas para casos seleccionados ou urgentes. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Ricardo Rocha, Rui Marinho, António Gomes, Marta Sousa, Marta Fragoso, Carla Carneiro, Vitor Nunes Ricardo Rocha [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: clássico ou carcinomatose mucinosa. Esta última pode ter origem num tumor mucinoso de alto grau do estômago, cólon, pâncreas ou vesícula biliar. Resultados: Homem de 76 anos, internado por pneumonia bilateral e ascite de causa indeterminada. Por manter quadro séptico foi realizada paracentese com saída de liquido purulento, negativo para células neoplásicas. Estudo endoscópio digestivo superior e inferior sem evidência de lesões tumorais. Por agravamento clínico para choque séptico foi realizada laparotomia exploradora que evidenciou ascite mucinosa de grande volume com retração dos mesos, sendo impossível de isolar os diferentes orgãos intra-abdominais e objetivar o tumor primário. O doente viria a falecer ao 5º dia pós-op. O exame histológico dos implantes peritoneais e do epiploon revelaram envolvimento neoplásico por tumor com origem provável no trato digestivo superior (estômago). Discussão: A carcinomatose mucinosa é uma forma de apresentação neoplásica rara. Por vezes não é possível identificar a sua origem primária. Apesar do estudo do trato digestivo superior ter sido negativo, os achados histológicos apontam para origem gástrica. A disseminação peritoneal do carcinoma gástrico existe em 40% dos doentes em estadio II e III, representando um fator de mau prognóstico. Hospital de Braga Cirurgia Esófago Gástrica Hugo Palma Rios, Charlène Viana, Claúdio Branco, Ana Martins, Conceição Antunes. Hugo Palma Rios [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P112) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Perfuração gástrica por corpo estranho: será possí- vel um tratamento conservador? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Uma perfuração gástrica seja por corpo estranho, durante EDA ou por doença ulcerosa péptica, constitui na maioria das situações uma urgência cirúrgica. Contudo, especialmente para a doença ulcerosa péptica, tem-se vindo a demonstrar que, em doentes com elevado risco cirúrgico, o tratamento conservador pode ser considerado uma opção. O mesmo poder-se-á dizer de perfurações traumáticas? Resultados: Homem 57 anos com múltiplos factores de risco, antecedentes de cirurgia cardíaca e patologia respiratória grave, condicionando um alto risco cirúrgico; iniciou quadro de dor precordial com posterior agravamento e irradiação para o epigastro. Após exclusão de cardiopatia isquémica pediu-se TAC Abdominal que revela corpo estranho encarcerado na parede pilórica com evidência de pequenas bolhas gasosas livres sub-hepáticas. Coloca-se assim o diagnóstico de perfuração gástrica contida, que pelo seu arrastado quadro (72h), risco cirúrgico e não evidência de sépsis abdominal, optou-se por tratamento conservador (método de Taylor) com boa evolução clínica. Após 2 meses reinternado por quadro sugestivo de oclusão intestinal alta contudo, autolimitado e com boa evolução com novo tratamento conservador. TAC de controlo demonstra a presença do corpo estranho em topografia diferente, nomeadamente perivesicular. Actualmente RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P111) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Choque séptico por carcinomatose mucinosa de primário desconhecido RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pseudomixoma peritoneal é uma condição rara que representa a disseminação peritoneal de uma neoplasia produtora de mucina. Pode apresentar-se de duas formas: pseudomixoma XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 155 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: doente mantém vigilância e acompanhamento em consulta externa. Discussão: O tratamento conservador em perfurações por corpos estranhos parece ser uma opção viável em casos muito seleccionados Centro Hospitalar do Algarve, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Veiga, D (1); Baptista V.(1); Melo J.(1); Cunha, M.(1); Hristova, K.(1); Cardoso, N.(1); Carranca, C.(1); Americano, M (1); Brito, J. (2) Diogo Nuno Martins Félix Rodrigues Veiga [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P113) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: É muita fruta! – Caso Clínico sobre abordagem e RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tratamento de bezoar gástrico após ingestão de diospiros. Objectivo/Introduçâo: Abordar caso clínico de doente com fitobezoar gástrico submetida a gastrotomia e biópsia de úlcera gástrica. Material e Métodos: História clínica e Endoscopia Digestiva Alta Resultados: Mulher 66 anos previamente saudável que após ingestão de quantidade não mensurável de diospiros, inicia quadro de epigastralgia que motiva consulta médica. Realiza EDA, diagnóstica de fitobezoar gástrico. A medida terapêutica instituída foi a ingestão diária de 1L de Coca-Cola. Por agravamento das queixas ao fim de 3 meses, recorre ao serviço de urgência e repete EDA que confirma o diagnóstico, já com úlcera gástrica e impossibilidade de extracção endoscópica. É internada para realização de gastrotomia com remoção de diospirofitobezoar e biópsia de úlcera gástrica. Pós-operatório com infecção da ferida operatória, cuja microbiologia revelou Streptococcus Anginossu. Instituida antibioterapia dirigida (TSA) com alta ao 17º dia. Follow-up sem intercorrencias. Discussão: Os bezoares gástricos constituem um diagnóstico raro e incidental aquando da realização de exames de imagem ou endoscópicos. A clínica e os achados do exame objectivo revelam-se inespecíficos. A EDA é útil no diagnóstico e abordagem terapêutica inicial por dissolução química. Em caso de insucesso e/ou complicações, procede-se a intervenção cirúrgica. Hospital de Vila Franca de Xira Cirurgia Esófago Gástrica Alves M.V., Caseiro C., Bentes N., Correia P., Antunes T.S. Magda Alves [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: é uma subtipo raro dos tumores do estroma gastrointestinal com origem no mesentério ou epíploon. Resultados: Mulher de 87 anos, bom estado geral, observada por aumento do perímetro abdominal com dois meses de evolução, disfagia para sólidos e trânsito apenas para gases com duas semanas de evolução. O estudo imagiológico revelou ascite de grande volume e uma volumosa massa entre o estômago e o pâncreas. Submetida a laparotomia exploradora onde se observou uma volumosa massa na dependência do ovário esquerdo, uma massa retro-pancreática com 13 cm e ascite mucinosa de grande volume. O exame histológico descreve um tumor mucinoso de malignidade borderline do tipo intestinal do ovário esquerdo com pseudomixoma peritoneal e E-GIST retro-pancreático. A doente teve alta ao 10º dia pós-op e foi decidido não realizar qualquer tratamento suplementar. Discussão: Esta doente apresenta um tumor ovárico de malignidade bordeline (FIGO 1C) com carcinomatose mucinosa associada, e de forma síncrona, um E-GIST com origem na retrocavidade dos epíploons, ou seja, dois tumores extremamente raros. Presentemente, não está descrita na literatura qualquer relação entre estes dois tumores e as implicações prognósticas que a sua coexistência implica. Hospital de Braga Cirurgia Esófago Gástrica Hugo Palma Rios, Charlène Viana, Humberto Cristino, Pedro Leão Hugo Palma Rios [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P115) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Estou deprimida? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Megaesófago resultante de RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P114) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Ascite mucinosa: dois tumores síncronos raros! RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os carcinomas epiteliais do CONTACTO: EMAIL: ovário classificam-se em vários subtipos, sendo que os tumores mucinosos representam apenas 3% dos casos. Embora estes tumores sejam habitualmente de baixo grau, podem estar associados a carcinomatose, sob a forma de pseudomixoma peritoneal. O E-GIST Revista Portuguesa de Cirurgia 156 acalásia é raro, mas uma causa severa de obstrução da via aérea. Os autores apresentam o caso clinico de uma jovem de 26 anos, que anteriormente a sua admissão na urgência era seguida na consulta de Psiquiatria por transtorno alimentar. Material e Métodos: Doente admitida no serviço de urgência com queixas de dificuldade respiratória e tratada com o diagnostico de obstrução da via aérea severa e edema da epiglote, que condicionou falência respiratória. Após o diagnóstico imagiológico de megaesófago, confirmou-se por estudo endoscópico tratar-se de acalásia. Resultados: Melhoria sintomática após terapêutica cirúrgica laparoscópica, estando actualmente sem queixas. Discussão: A acalásia do esófago deverá ser considerada como diagnóstico diferencial de obstrução das vias aéreas. Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Inês Guerreiro (1); Ana Cristina Alves (1); João Abrantes (2); José Neves (1) Inês Pereira Guerreiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P116) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Impacto da Neoadjuvância no Tratamento do Can- cro Gástrico: a nossa experiência RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma gástrico é dos HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mais comuns em Portugal, apresentando uma incidência de 27 novos casos/ano por 100000 habitantes, com uma taxa de mortalidade de 23%. Enquanto lesões no estadio I podem atingir 70 a 75% de sobrevivência aos 5 anos após resseção, nos estadios avançados assiste-se a um decréscimo da taxa de sobrevivência para cerca de 35% aos 5 anos. Estes resultados reforçam a importância de terapias complementares no tratamento dos estadios mais avançados da doença. Material e Métodos: Realizado estudo retrospectivo seriado de doentes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico, estadios > Ia, submetidos a gastrectomia entre 1/1/2012 e 1/8/2014. Realizado análise estatística dos dados com SPSS 20. Resultados: Foram submetidos a gastrectomia 77 doentes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico com estadio > Ia com idades compreendidas entre os 42 e os 86 anos. 52% dos doentes foram submetidos a gastrectomia subtotal e 48% a gastrectomia total. A taxa de morbilidade foi 19, 5%. 22% dos doentes realizaram QT neoadjuvante, não se verificando maior taxa de complicações, sendo observada diminuição do N em 23% dos doentes. Discussão: O carcinoma gástrico apresenta-se como um dos tumores mais comuns do nosso país, sendo agressivo nos casos localmente avançados. As terapias neoadjuvantes são essenciais na melhoria dos outcomes para os doentes em estadios mais avançados, uma vez que podem permitir um downstaging da lesão, sem estarem associadas a maior morbimortalidade pós-operatória. Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Louro, Hugo (1); Leite, Mariana (2); Liberal, Maria(2); Gandra, António (2); Francisco, Elsa(2); Tavares, Amélia(2); Viveiros, Fernando(2); Lucas, M Conceição(2); Maciel, Jorge(2) Hugo Cardoso Louro [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gástrico tubular (OMS), intestinal (Lauren), bem diferenciado, c-erb2 e Ki67 90% TC Toraco-abdomino-pélvico: segmento VII hepático calcificação residual pós-hidática. Sem adenopatias. O doente foi submetido a gastrectomia subtotal Y Roux, verificando-se intra-operatoriamente a presença de duas neoplasias síncronas a nível gástrico. Resultados: Histologia: ADENOCARCINOMAS GÁSTRICOS (síncronos): -antro pilórico tipo de células discoesas, difuso de Lauren, pouco diferenciado (G3), pT4b; -pequena curvatura, de tipo tubular bem diferenciado, intestinal de Lauren, pT4a; pN3a (8/12) Discussão: Conclui-se que o relato de dois adenocarcinomas síncronos histologicamente distintos de localização gástrica, é extremamente rara após revisão da literatura Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Esófago Gástrica C. Vicente; S. Nogueira; R. Souto; A. Freitas; J. Ascensão Santos; J.M. Novo de Matos; A. C. Fradique Carla Sofia de Sousa Vicente [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P118) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: GIST: uma emergência cirúrgica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P117) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Adenocarcinomas Gástricos Síncronos: quando um tumor não vem só? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As estimativas da incidência de CONTACTO: EMAIL: neoplasias primárias múltiplas em doentes com cancro gástrico (CG) variam de 1, 7% a 8, 0%. Alguns relatos sugerem que o desenvolvimento de múltiplos tumores primários em doentes com CG é ainda mais frequente. Na literatura são raras as descrições de tumores síncronos no mesmo órgão exceptuando os casos de neoplasias síncronas do cólon. Material e Métodos: CASO CLÍNICO: Sexo masculino, 88 anos. AP: DMT2; HTA. Enviado à Consulta por anemia. EDA: lesão vegetante do piloro irregular que se estende circunferencialmente numa extensão de 12mm; Biópsia: adenocarcinoma trintestinais (GIST) são os tumores mesenquiais mais comuns do trato gastrointestinal. A cirurgia continua a ser a base do tratamento curativo. Material e Métodos: Um caso clinico com revisão narrativa. Resultados: Doente do sexo feminino com 51 anos, que recorreu ao serviço de urgência por quadro de melenas e astenia com 3 dias de evolução. Efectuou EDA sem evidencia de hemorragia. TC abdominal revelou ansa do intestino delgado com espessamento parietal do bordo mesentérico. Durante estudo, apresentou choque hipovolemico com Hb de 6, 3. Procedeu-se a laparotomia, constatou-me massa no jejuno proximal, tendo sido realizada enterectomia segmentar com anastemose. O diagnóstico anátomo-patológico revelou se tratar de um tumor de estroma gastrointestinal (GIST). Doente iniciou imitinab, estando actualmente sem evidencia de doença activa aos 6 meses. Discussão: Embora os GIST são incomuns, podem-se apresentam-se como situações graves, sendo necessário uma actuação imediata. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Brito M 1, Ivo M 1, Franco M 2, Malaquias J 1, Mendes de Almeida J 1 rito M 1, Ivo M 1, Franco M 2, Malaquias J 1, Mendes de Almeida J 1 Miguel Galvão Brito [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P119) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: GIST do pequeno epíplon – a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas- trointestinal (GIST) são raros. Pertencem ao grupo XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 157 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dos tumores com origem mesenquimatosa e ocorrem essencialmente no estômago e no intestino delgado (80% dos casos), podendo incidir em qualquer área do trato gastrointestinal. Em situações ainda mais raras estes podem desenvolver-se em zonas fora do tracto gastrointestinal, como no epíplon, mesentério e peritoneu (< 10% dos casos). Material e Métodos: Os autores relatam o caso de uma paciente de 74 anos que foi admitida por distensão abdominal, ascite e massa volumosa ocupando todos os quadrantes do abdómen. Em TC toracoabdominopélvica, evidência de ascite abundante e uma massa intra-abdominal heterogénea com 25x20 cm. Endoscopia digestiva alta demonstrando compressão extrínseca antro-pilórica. Assim, a paciente foi submetida a laparotomia exploradora com evidência de um tumor sólido com componente quístico com origem no pequeno epíplon. Foi efectuada a exerese da lesão com excisão tangencial da pequena curvatura e gastrojejunostomia Billroth II. Resultados: O exame anátomo-patológico demonstrou tratar-se de uma neoplasia de células fusiformes, mostrando o estudo imunohistoquímico características de GIST. O pós-operatório decorreu sem intercorrências, tendo a doente alta ao 23º dia de pós-operatório clinicamente bem. Realizou terapêutica adjuvante com Imatinib e encontra-se no 23º mês de pós-operatório sem evidência de doença. Discussão: Além da apresentação do caso clínico é também efectuada uma breve revisão da literatura. Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Ana Goulart (1), Joana Mendes(1), Luís Amaral(1), Rui Quintanilha(1), Nuno Maciel(2), António Melo(1) Ana Ferreira Goulart [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: necessidade de re-intervenção em apenas 6 doentes (22%). Não se registou mortalidade aos 30 dias. Discussão: O estudo revelou cirurgia esofágica sem registo de mortalidade aos 30 dias e com taxas de morbilidade precoce de 56%. Regista-se ainda a crescente importância das técnicas minimamente invasivas no tratamento da patologia esofágica. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Tiago Castro, Vera Oliveira, António José Reis, Ferreira Almeida, Trovão Lima, Mário Nora Tiago Castro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P121) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Volvo Gástrico Intratorácico, a Propósito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O volvo gástrico intratorácico RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P120) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Morbimortalidade na cirurgia esofágica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A cirurgia do esófago tem uma morbilidade alta (20-80%), com uma fracção importante relativa a complicações respiratórias e cardíacas. As deiscências ou leaks de anastomose, abcessos, fístulas, lesões do nervo laríngeo recorrente ou infeções de ferida operatória são as principais complicações cirúrgicas. A mortalidade descrita na literatura é de 0 a 22%. Este trabalho tem como objectivo descrever a morbilidade e mortalidade associadas à cirurgia do esófago de um Serviço de Cirurgia Geral. Material e Métodos: Revisão do processo de 27 doentes submetidos a cirurgia esofágica entre 1999 e 2014. Foram avaliados o tipo e localização da lesão, abordagens cirúrgicas, tempo de internamento, morbilidade precoce e tardia, re-intervenções e mortalidade aos 30 dias de pós-operatório. Resultados: Os diagnósticos apresentados foram carcinoma epidermóide do 1/3 médio ou inferior em 14 doentes, adenocarcinoma do terço inferior em 6 doentes, 1 tumor do estroma e patologia benigna nos restantes 6 doentes. Não se registou qualquer morbilidade no pós-operatório precoce em 44% dos doentes (n: 12). A morbilidade apresentada foi essencialmente devida a complicações pulmonares/ respiratórias, com HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: é uma entidade rara e pode apresentar-se de forma aguda, potencialmente fatal. Relata-se um caso de volvo gástrico intratorácico, com necessidade de tratamento cirúrgico urgente. Material e Métodos: Doente de 64 anos, sexo masculino, internado no Serviço de Psiquiatria por Doença Bipolar. Inicia dor torácica súbita, vómitos e mal-estar geral, atribuídos a transtorno de somatização. Três dias depois do início do quadro, mantém náuseas, vómitos e dor toraco-abdominal que evolui para choque séptico. Exame abdominal com sinais de irritação peritoneal. Colocação de sonda nasogástrica difícil. Radiografia torácica: opacidade do hemitórax direito. Ecografia abdominal: derrame peritoneal. TC-TAP: estômago intratorácico rodado, derrame pleural e peritoneal, pneumoperitoneu. Resultados: Submetido a laparotomia exploradora urgente: hérnia do hiato tipo IV, volvo gástrico com perfuração do fundo. Redução do conteúdo herniário, gastrectomia atípica, encerramento dos pilares do diafragma, lavagem peritoneal e drenagem. Realizou trânsito esófago-gastro-duodenal e TC-AP pós-operatórios: sem fístulas/colecções intra-abdominais. Pneumonia nosocomial. Alta ao 23º dia pós-operatório. Um mês após a alta apresentava boa tolerância à dieta, sem queixas de refluxo gastro-esofágico. Discussão: Este caso ilustra que o volvo gástrico intratorácico agudo pode ter uma clínica inespecífica; a tríade de Borchardt deve levantar suspeição e motivar avaliação urgente do doente. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Marisa Tomé, Ana Oliveira, Soraia Silva, Gorete Jorge, Carlos Mesquita, F Castro e Sousa Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P122) SESSÃO P-EGD 3 TÍTULO: Abordagem da fístula gastrocutânea: a propósito de dois casos clínicos. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: A fístula gastrocu- tânea representa por definição a fístula, que une o esto- Revista Portuguesa de Cirurgia 158 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 mago e a pele. É uma situação rara e difícil de tratar com uma taxa alta de mortalidade 13-60%. A deiscência pós-operatória de suturas è responsável pelos 80-85% casos dessas fístulas. Foram descritas múltiplas estratégias na abordagem da fístula gástrica externa. O objetivo do nosso trabalho é realizar uma revisão da abordagem conservadora e cirúrgica dessa patologia e relatar dois casos tratados cirurgicamente com sucesso no nosso serviço. Material e Métodos: Revisão da literatura e descrição de dois casos Discussão: Os doentes com fístulas diagnosticadas no pós-operatório imediato, ou complicadas com peritonite, sépsis e/ou sinais de instabilidade hemodinâmica devem ser re-operados. A abordagem cirúrgica pode ser laparotómica ou laparoscópica. Foram reportadas várias técnicas cirúrgicas: sutura simples do orifício gástrico, excisão parcial da parede gástrica com re-encerramento e gastrectomia parcial. Nos casos de impossibilidade de encerramento pode ser colocado o tubo de gastrostomia pelo orifício gástrico. A jejunostomia é uma outra opção descrita. Em todos os doentes é importante a implementação de um complexo de medidas conservadoras típicas: controlo das alterações hidro-electrolíticas, anemia, infeção, o suporte nutricional, supressão da acidez gástrica com IBPs e da secreção total com somatostatina ou derivados. Quando uma abordagem inicial conservadora não tem resultados, a cirurgia permanece a ultima opção. Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Viorel Taranu, Pedro Costa, Lisandra Martins, Rui Bettencourt, Duarte Soares. Viorel Taranu [email protected] 06-03-2015 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: lou lesão quística com calcificações periféricas com cerca de 9cm de maior diâmetro, a nivel do segmento VI hepático. Analiticamente apresentava serologia positiva para presença anticorpo anti-Echinococcus. Resultados: Realizou 4 semanas de albendazol em ambulatório, tendo sido submetido a periquistectomia parcial hepática e colecistectomia com colangiografia intra-operatória por via laparoscópica. Período pós-operatório (PO) sem intercorrências, tendo tido alta ao 5º dia PO clinicamente bem. Após a alta realizou mais 4 semanas de albendazol. Doente actualmente assintomático, sem evidência de recidiva. Hospital Espírito Santo, EPE – Évora Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Antunes S., Silva A., Ribeiro S., Machado A., Sanchéz R., Caravana J. Sofia Carralas Antunes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P190) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Transformação nodular angiomatosa esclerosante (TNAE) do Baço – a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A TNAE do baço foi descrita 17H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P189) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Abordagem laparoscópica de um caso de quisto hidático hepático RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hidatidose é uma infecção parasitária causada pela forma larvar do Echinococcus granulosus em humanos. Produz lesões quísticas características mais frequentemente localizadas no fígado e pulmões. Geralmente assintomática, as manifestações clínicas surgem como resultado da compressão de órgãos adjacentes pelo quisto ou por complicações resultantes de rotura, infecção ou fistulização. A abordagem cirúrgica é a base do tratamento, sendo que na última década a abordagem laparoscópica se tem tornado mais popular. O objectivo deste trabalho consiste em apresentar o caso clínico de um doente com um quisto hidático hepático. Material e Métodos: Doente do sexo masculino de 72 anos, com antecedentes pessoais de HTA e hipercolesterolémia, controlados com dieta. Foi enviado à consulta de cirurgia geral por achado imagiológico compatível com quisto hidático hepático, assintomático. TC abdomino-pélvica reve- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: em 2004 por Martel. Representa uma lesão benigna rara, consistindo numa proliferação nodular vascular da polpa vermelha associada a esclerose. Material e Métodos: Mulher de 45 anos, com dor no hipocôndrio esquerdo com um mês de evolução. A TC revelou lesão nodular (3cm) irregular e mal definida entre a cauda do pâncreas e o hilo esplénico. O estudo com RM e Ecoendoscopia com Doppler confirmou malformação vascular com expressão intra e extra-esplénica e extensão à cauda do pâncreas. Proposta para esplenectomia com pancreatectomia caudal. Resultados: Intra-operatoriamente constatou-se nódulo duro, irregular, do polo inferior do baço associado a dilatação e tortuosidade da veia esplénica, sem plano de clivagem com a cauda do pâncreas. Avaliação anatomo-patológica confirmou TNAE com positividade para CD4, CD8 e CD31. Encontra-se no 6ºM de follow-up, assintomática. Discussão: O diagnóstico diferencial da TNAE do baço inclui lesões vasculares benignas e malignas, como o hemangioendotelioma e o angiossarcoma. Não estão identificadas características imagiológicas que permitam uma distinção segura. Apenas a avaliação imuno-histoquimica confirma o diagnóstico, pelo que a esplenectomia é a única abordagem segura e eficaz. Por se tratarem de lesões raras, a sua etiopatogenia ainda não está esclarecida. Estudos recentes tem demostrado uma relação com IgG4, sendo necessários mais casos para a confirmar. Os autores esperam que este caso possa contribuir para compreender melhor a etiopatogenia destas lesões. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sílvia Gomes da Silva; Marta Eusébio; Ana Lúcia Santos; Ana Marta Nobre; Jorge Paulino Pereira; Eduardo Barroso Sílvia Gomes da Silva [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 159 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P191) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Nefrectomia direita com ressecção da veia cava com trombectomia por volumoso tumor renal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores renais são raros HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: representando 2-3% de todos os tumores sólidos. A maioria são assintomáticos, sendo diagnosticados incidentalmente em exames de rotina. O prognóstico depende do tipo, tamanho e da sua extensão a órgãos vizinhos. Apresentação de caso clínico por volumoso tumor renal envolvendo a veia cava na face posterior e com trombo intra-cava. Material e Métodos: Doente 60 anos, sexo masculino, sem antecedentes pessoais relevantes, assintomático. Em exame ecografia de rotina constatou-se tumor renal direito, sólido. A TC identifica volumosa massa renal direita envolvendo a veia cava inferior (VCI). Resultados: Sob exclusão vascular total do rim incluindo clampagem da VCI, procedeu-se ao isolamento do hilo hepático e da veia cava infra-renal, veia renal esquerda e veia cava supra-hepática. Realizou-se a nefrectomia direita com linfadenectomia loco-regional e venotomia para remoção de trombo da veia cava. Pós-operatório sem complicações. Histologia: Carcinoma de células renais de tipo células claras, pT3a, N0, Mx. Neste momento a fazer Quimioterapia adjuvante. Discussão: A existência de trombo na VCI por tumor renal é factor de mau prognóstico. A nefrectomia radical com trombectomia da VCI, realizada em centros com experiência, permite o controlo local da doença e hipótese de sobrevivência a longo prazo. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Aguiar C; Bicho L; Marques H.; Martins A.; Barroso E Catarina Aguiar [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mamente invasiva por via retroperitoneal e transperitoneal, necrosectomia por laparotomia, fasciotomia subcutânea e laparostomia. Discussão: Atualmente o cirurgião dispõe de uma vasto leque de técnicas no tratamento das complicações locais da PA. Apesar de, nos últimos anos, as vantagens da menor invasão possível terem ficado claras na literatura, é preciso não esquecer que em algumas situações é necessário “subir um degrau” na terapêutica e, caso a caso, selecionar qual das técnicas vai conferir maior benefício ao doente. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Isabel Caldas, Mariana Santos, Leonor Matos, Marta Guimarães, Pedro Rodrigues, Domingos Rodrigues, Trovão Lima, Gil Gonçalves, Mário Nora Isabel Caldas [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P193) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Hemangioma hepático gigante – a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hemangioma é a neoplasia RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P192) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Intervenção na Pancreatite Aguda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A pancreatite aguda (PA) é uma patologias frequente, sendo que 20% têm um curso grave. A gravidade da PA prende-se com a disfunção de órgão segundo os critérios de Marshall, e complicações locais. O “step-up approach” é consensualmente aceite como a abordagem preferencial da necrose pancreática infetada (NPI) por estar associada a diminuição significativa da morbilidade. Nos casos em que é necessária a necrosectomia cirúrgica, idealmente após formação de “walled-off necrosis” (WON), a abordagem minimamente invasiva parece diminuir a morbilidade. Material e Métodos: Revisão retrospetiva de processos clínicos de doentes internados por pancreatite aguda com necessidade de intervenção por Cirurgia. Resultados: Os autores apresentam iconografia original das diversas técnicas de intervenção empregues por cirurgiões na PA, nomeadamente no tratamento da NPI e da síndrome de compartimento abdominal, respetivas notas clínicas e indicações. Serão abordadas a drenagem percutânea, necrosectomia mini- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: hepática benigna mais comum. A maioria são assintomáticos, diagnosticados incidentalmente e não necessitam de tratamento cirúrgico. No entanto podem causar sintomas, como dor abdominal ou os decorrentes da compressão de estruturas adjacentes, o que indica necessidade de tratamento. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso de uma doente submetida a tratamento cirúrgico por volumoso hemangioma hepático. Resultados: Relata-se o caso de uma mulher de 55 anos com queixas de dor epigástrica e distensão abdominal que realizou ecografia abdominal seguida de TC abdominal, as quais permitiram constatar a presença de uma lesão nodular no lobo esquerdo do fígado. Na Consulta de Cirurgia foi solicitada RMN hepática, que mostrou uma volumosa massa ocupando o lobo esquerdo, com 14 x 17 x 11 cm, compatível com hemangioma. Considerando as diferentes opções terapêuticas, foi decidido tratamento cirúrgico eletivo. Discussão: Embora existam outras opções terapêuticas, quando se decide pela intervenção cirúrgica, a ressecção da lesão é a técnica de eleição, podendo no entanto, perante uma lesão volumosa, ser necessária uma ressecção anatómica. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Nídia Moreira, M. I. Coelho, L. C. Carvalho, C. E. Costa Almeida, M. N. Albano, C. M. Costa Almeida Nídia Maria Pinto Moreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P194) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Carcinossarcoma da Vesícula Biliar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinossarcoma da vesícula biliar (CSVB) representa menos de 1% das neoplasias Revista Portuguesa de Cirurgia 160 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: da vesícula e caracteriza-se pela presença concomitante de componente histológico de carcinoma e sarcoma. A clínica é inespecífica, sendo a sobrevida média entre 7 a 17 meses. Resultados: Doente do sexo feminino, 63 anos, admitida no serviço de urgência com quadro clínico e imagiológico (ecografia) compatíveis com colecistite aguda; analiticamente, leucocitose 13, 82x109/L, PCR 21mg/L. A doente foi submetida a colecistectomia laparoscópica, verificando-se sinais de colecistite aguda. Histologicamente, verificada lesão polipoide de 2, 5cm com adenocarcinoma moderadamente diferenciado a envolver a espessura da parede vesicular sem invasão da serosa, com áreas de diferenciação cartilagínea de tipo condrossarcomatoso (pT2NxR1). A TC abdominal de estadiamento não evidenciou alterações. Após apresentação em reunião multidisciplinar, foi realizada segmentectomia 4b e 5, com linfadenectomia do ligamento hepatoduodenal e exérese de locais de portas de trocares, verificando-se componente de adenocarcinoma a envolver o leito vesicular. A doente apresentou-se tardiamente a consulta de oncologia, pelo que não foi submetida a QT adjuvante. A doente apresenta-se dez meses após cirurgia sem evidência de doença neoplásica. Discussão: O tratamento cirúrgico é o único tratamento curativo do CSVB. Torna-se crucial um conhecimento mais aprofundado desta patologia e definição de linhas de orientação terapêutica específicas. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Andrea-Ferreira P; Oliveira M; Bessa-Melo R; L. Graça; Costa-Maia J Patrícia Andrea Pinheiro da Silva de Sousa Ferreira e Bouça Machado [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Mutações encontradas nas formas de Insulinoma associado a NF-1 e não relatadas na forma esporádica tem demonstrado uma relação entre as duas. A raridade da associação ainda não permitiu esclarecer se representa apenas uma coincidência ou se os Insulinomas são uma rara manifestação da doença. Este caso contribuirá para esclarecer esta associação, podendo o gene NF1 ser considerado um gene supressor de insulinomas e provavelmente outros tumores endócrinos do pâncreas. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sílvia Gomes da Silva; Ana Marta Nobre; Jorge Paulino Pereira, Eduardo Barroso Sílvia Gomes da Silva [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P196) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Pseudoaneurisma da artéria gastroduodenal – a propósito de um caso clínico Os pseudoaneurismas das artérias adjacentes ao pâncreas são complicações tardias e incomuns da pancreatite aguda e da crónica agudizada. A sua manifestação clínica associa-se a elevada morbi-mortalidade. Resultados: Utente do sexo masculino, de 35 anos de idade, com antecedentes de pancreatite crónica alcoólica, com internamentos prévios por agudização de pancreatite. Recorreu novamente ao Serviço de Urgência por dor abdominal, tendo sido internado com o diagnóstico clínico e analítico de pancreatite crónica agudizada. Na ecografia da admissão apresentava uma coleção cefalopancreática de 3, 6cm de maior dimensão e várias calcificações pancreáticas dispersas. Por agravamento da dor abdominal com a introdução da dieta realizou uma tomografia computadorizada (TC) abdomino-pélvica que evidenciou alterações inflamatórias pancreáticas e peripancreáticas, um pseudoquisto cefalopancreático de 3 cm de maior diâmetro e, adjacente a este, uma dilatação sacular aneurismática da artéria gastroduodenal medindo 3, 6x2, 7x2, 5cm. O doente foi submetido a angioembolização selectiva do pseudoaneurisma, e a angio-TC de controlo não documentou sinais de perfusão do pseudoaneurisma. A evolução clínica foi favorável e o doente teve alta ao 6º dia após o procedimento. Discussão: O diagnóstico precoce dum pseudoaneurisma dos vasos peripancreáticos permite o seu tratamento adequado e atempado por via endovascular, pelo que é possível uma redução significativa da morbi-mortalidade associada a esta entidade nosológica. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Pedro Saraiva(1), Carlos Soares(1, 2), Jacinta Queirós(1), Paulo Morgado(3), Mónica Rocha(1, 2), J Pinto-de-Sousa(1, 2) Pedro Filipe Teixeira Gomes Saraiva [email protected] RESUMO: Objectivo/Introduçâo: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P195) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Neurofibromatose tipo 1 e insulinoma. Mera coinci- dência? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A neurofibromatose tipo 1 (NF- 1), conhecida como Doença de von Recklinghausen, é uma doença autossômica dominante, multissistêmica com incidência de 1/3000 ao ano. Enquanto a associação a paragangliomas, feocromocitomas ou somatostatinomas está bem estabelecida, a coexistência de insulinoma é rara com apenas 4casos publicados. Material e Métodos: Doente de 45anos com NF-1 diagnosticada na infância, com episódios recorrentes de hipoglicemia com um ano de evolução. Estabelecido o diagnóstico de hiperinsulinémia endógena, realizou TC que mostrou formação nodular na cabeça do pâncreas com 3cm compatível com Insulinoma. Em avaliação multidisciplinar proposto para Duodenopancreatectomia cefálica (DPC). Resultados: Intra-operatoriamente constatou-se nódulo de 5cm na cabeça do pâncreas, sem lesões secundarias, sendo submetido a DPC de Traverso-Longmire. Avaliação anatomo-patológica confirmou o diagnóstico. Encontra-se no 6ºM de follow-up, normoglicémico e sem evidência de doença. Discussão: O caso descrito é o 5º conhecido de Insulinomas em Doença von Recklinghausen. HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 161 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P197) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Actinomicose Hepática RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Actinomicose é uma infeção HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: indolente causada por bacilos anaeróbios gram-positivos do género Actinomyces. Estas bactérias colonizam determinadas mucosas, que quando lesadas, servem de porta de entrada para o microrganismo, com consequente formação de abcessos locais ou à distância. A Actinomicose hepática é rara e o seu diagnóstico complexo, uma vez que os sintomas são inespecíficos, apresenta características imagiológicas que podem simular outras etiologias e as culturas são difíceis de obter. Material e Métodos: Homem de 69 anos, hemodialisado, recorre ao SU por dor abdominal, tendo realizado Ecografia que revelou “massa suspeita na dependência do antro gástrico e do lobo esquerdo do fígado” e TAC abdominal que relatou “espessamento do antro gástrico com trajeto fistuloso para o lobo esquerdo do fígado onde se identifica coleção com líquido e ar”. A EDA não identificou lesões na mucosa gástrica. Resultados: Por quadro de febre alta, foi realizada drenagem guiada por TAC da coleção hepática. A cultura revelou Actinomyces meyeri pelo que cumpriu 4 semanas de ampicilina ev. Realizou então ecografia que não mostrou sinais de abcesso. Teve alta com amoxicilina oral durante 4 semanas, mantendo-se assintomático e sem recidiva. Discussão: A Actinomicose hepática é uma doença rara e de difícil diagnóstico. É comum os doentes apresentarem febre com constatação de lesões abecedadas no fígado. O tratamento preconizado consiste em antibioterapia com uma penicilina endovenosa por um longo período. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Loureiro, R; Gomes, A; Daniel, C; Prudente, C; Prata, B; Oliveira, H. Ana Rita Mateus Loureiro [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: foi inicialmente internada para realizar antibioterapia e colocação de prótese por colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Após 4 semanas de terapêutica com albendazol realizou pericistectomia parcial e colecistectomia com colangiografia intra-operatória. Ao 8º dia pós-operatório (PO) removeu prótese da via biliar por CPRE e teve alta ao 13º dia PO clinicamente bem. Até à data, a doente encontra-se assintomática e sem evidência de recidiva. Discussão: O tratamento da hidatidose continua a ser um desafio, sendo a abordagem cirúrgica o tratamento mais eficaz principalmente quando há um aumento progressivo dos quistos hidáticos ou compressão de estruturas adjacentes. Hospital Espírito Santo, EPE – Évora Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Machado A.(1), Santos C.(1), Silva A.(1), Antunes S.(1), Ribeiro S., Félix R.(1), Caravana J.(1) Arnaldo Furtado Paiva de Oliveira Machado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P199) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Pancreas heterotópico e malrotação intestinal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pâncreas heterotópico é RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P198) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Hidatidose Hepática – A Propósito de Um Caso RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hidatidose é uma parasitose causada por Echinococcus granulosus em humanos, sendo as lesões encontradas mais frequentemente no fígado e pulmão. Os quistos hidáticos são normalmente achados ocasionais e assintomáticos, mas podem complicar, causando dor com o seu crescimento, icterícia obstrutiva, colangite ou choque anafilático, no caso de rotura. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de um doente com icterícia obstrutiva / colangite por um quisto hidático do fígado. Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 64 anos com ida ao serviço de urgência por quadro de icterícia obstrutiva complicada com colangite. A ecografia e tomografia computorizada abdominal mostraram lesão compatível com hidatidose de 11.5 x 8.8 cm no seg. IV/V do fígado, a comprimir a via bilar principal e outras estruturas adjacentes. Resultados: A doente HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 162 uma anomalia congénita, rara, com uma incidência estimada de 0.6-13.7% na população mundial. A localização mais habitual é na submucosa do estômago, duodeno e jejuno. Material e Métodos: Descrição do caso: Homem de 39 anos, iniciou quadro de dor epigástrica, com irradiação em cinturão, associada a vómitos pós-prandiais tardios. ECD: -EDA com descrição: “estômago com massa polipoide com umbilicação central localizada na grande curvatura pré-pilórica.” -TC abdómen – vólvulo na transição duodeno-jejunal; evidência de malrotação intestinal com corkscrew sign; rotação abdominal completa com colon e angulo de Treitz à direita. Presença de lesão nodular na região pilórica com aproximadamente 22 mm. Resultados: Intra-operatoriamente: Doente submetido a laparotomia exploradora. Constatação de mal rotação intestinal: angulo de Treitz localizado á direita e eixo mesentérico portal localizado á esquerda. Torção da 1ª ansa de jejuno, devido á presença de tumefação com consistência fibroelástica, transmural com aproximadamente 3x3 cm localizada no bordo mesentérico do jejuno. Realizou-se colecistectomia, desrotação intestinal e enterectomia segmentar no local da lesão. Anatomia patológica: “nódulo na submucosa entérica compatível com pâncreas ectópico, sem evidência de malignidade.” Discussão: Trata-se de doente com pâncreas heterotópico, submucoso, localizado na primeira ansa do jejuno e uma malrotação intestinal incompleta. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Diana Gomes; Conceição Monteiro, Rui Escaleira Diana Carina Lima Gomes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P200) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Fístula Pancreatico – Pleural RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A fístula pancreático – pleural HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: é uma complicação rara da pancreatite, ocorrendo em 0.4% dos doentes. Caracteriza-se por derrame pleural volumoso, geralmente à esquerda, com doseamento de amílase>1000 U/L. A CPRM permite identificação do trajecto fistuloso e visualização de alterações da estrutura pancreática. Masculino, 57 anos, com antecedentes de pancreatite crónica de etiologia alcoólica, observado no SU por tosse e toracalgia direita. Identificou-se derrame pleural extenso à direita, tendo sido colocado dreno torácico e efectuada análise bioquímica do líquido pleural que revelou amilase>1000 U/L. Realizou CPRM que demonstrou trajecto fistuloso com ponto de partida na transição corpo/cauda do pâncreas com comunicação para o Wirsung. Cumpriu tratamento conservador com nutrição parentérica total e octreótico durante 3 semanas. Por falência do tratamento médico, foi submetido a esplenopancreatectomia distal com pancreaticojejunostomia em Y de Roux. Pós-operatório sem intercorrências. O tratamento conservador consiste em nutrição parentérica total, octreótido e drenagem torácica durante 2-3 semanas, com taxa de sucesso de 31-65%. O tratamento endoscópico por CPRE deve ser realizado quando existe estenose/disrupção do Wirsung. O tratamento cirúrgico está reservado aos casos de falência do tratamento conservador, consistindo pancreatectomia distal com pancreaticojejunostomia. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Ferreira J, Francisco E, Tavares A, Costa E, Mendes M, Vale S, Maciel J Joana Ferreira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: localização.Opção por conversão do procedimento sem identificação da vesícula biliar;não foi realizada colangiografia intra-operatória dada a boa visualização da via biliar.O pós-operatório decorreu sem intercorrências e a colangiorressonância posterior confirmou o diagnóstico de agenesia da vesícula. Discussão: A agenesia da vesícula é uma anomalia rara.O diagnóstico é frequentemente estabelecido no intra-operatório tal como verificado na doente apresentada.A doente foi posteriormente submetida a estudo dirigido sem que se objetivassem outras malformações.Está sob tratamento sintomático com queixas controladas. Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Carlos Santos Costa, Pinto Correia, Ana Cristina Carvalho, Diana Brito, Marta Martins, Teresa Santos, Vânia Castro, Catarina Longras, Jorge Magalhães. Carlos Manuel Santos Costa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P202) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Hepaticojejunostomia: será possível voltar atrás? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apesar de pouco frequentes RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P201) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Traídos pela Anatomia: Agenesia da Vesícula Biliar: um diagnóstico intra-operatório CONTACTO: EMAIL: RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A agenesia vesicular é uma anomalia rara com uma incidência entre 0, 01 e 0, 05%. Parece estar associada a outras malformações digestivas, cardiovasculares ou genitourinárias, muitas vezes incompatíveis com a vida.Em 50-75% há associação com litíase da via biliar principal.Sintomas inespecíficos e falsos positivos em ecografia podem ser a causa de cirurgia desnecessária nestes doentes. Material e Métodos: Apresenta-se o caso clínico de doente do sexo feminino com 43 anos com diagnóstico intra-operatório de agenesia vesicular. Resultados: Doente referenciada a Cirurgia Geral por sintomas dispépticos e ecografia compativel com litíase numa vesícula biliar escleroatrófica.A doente foi proposta para colecistectomia laparoscópica.No intra-operatório e, após minuciosa exploração, verificada ausência de vesícula biliar na sua topografia habitual ou em qualquer outra as lesões iatrogénicas da via biliar durante as colecistectomias por via laparoscópica continuam a ser uma das mais graves complicações desta cirurgia. Material e Métodos: Doente do sexo masculino, 79 anos, caucasiano. Submetido a colecistectomia laparoscópica em Julho/2013 por litíase sintomática, com lesão iatrogénica da via biliar principal resolvida intra-operatoriamente com hepaticojejunostomia em Y-Roux. Por estenose da hepaticojejunostomia com colangites de repetição foi referenciado ao nosso centro. Resultados: Submetido a hepaticocoledocostomia sob tubo em T em Janeiro/2014. Remoção do tubo em T em Agosto/2014. Encontra-se actualmente sem queixas e analiticamente bem. Discussão: A hepaticocoledocostomia, quando possível, é uma alternativa cirúrgica a considerar em doentes seleccionados, em centros especializados. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Susana Rodrigues, Jorge Lamelas, Américo Martins, Eduardo Barroso Susana Cristina Cardoso Rodrigues [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P203) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Variação Rara em Cirurgia Comum RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A vascularização extra-hepá- tica e a anatomia das vias biliares ao nível do triângulo de Calot são altamente variáveis. Descreve-se o caso de doente, com artéria hepática direita aberrante (AHD) que percorre a face anterior do infundíbulo e o fundo da vesicula biliar. Resultados: Mulher, 29 anos, com episódios recorrentes de dor abdominal nos quadrantes direitos, acompanhados de náuseas e vómitos XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 163 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: com 6 meses de evolução. Realizou ecografia abdominal que evidenciou litíase biliar, tendo sido proposta para colecistectomia. Durante a dissecção do triângulo de Calot identificou-se o canal cístico e uma estrutura vascular pulsátil, com calibre e trajecto não compatíveis com a artéria cística. Verificou-se a presença de uma AHD aberrante que se dirigia para a vesicula, percorrendo o infundíbulo e o fundo anteriormente, com divisão em 2 ramos segmentares que entravam separadamente no lobo hepático direito. A AngioTAC realizada posteriormente evidenciou a presença de duas artérias hepáticas esquerdas e uma AHD aberrante com origem na artéria mesentérica superior. Discussão: Existem várias alterações anatómicas documentadas sobre a origem e trajecto das artérias cística e hepática direita. Na literatura, estão descritos apenas 2 casos semelhantes de uma AHD aberrante que atravessa anteriormente o infundíbulo e o fundo da vesícula antes de entrar no fígado. A laqueação inadvertida da AHD durante a colecistectomia tem sido associada a isquémia, por vezes com necessidade de lobectomia hepática. Hospital Beatriz Ângelo Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Dos Santos. M (1), Oom. R (1), Sousa. M (1), Luz. G (1), Garrido. R (1), Maio. R (1) Marta Sofia Alves dos Santos [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: risco de recorrência da doença hepática e em doentes com MCR não ressecáveis com longo historial de QTs Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Joana Magalhães. Marta Guimarães, Pedro Rodrigues, Gil Gonçalves, Domingos Rodrigues, Mário Nora, Leonor Matos, Isabel Caldas Joana da Silva Magalhães [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P205) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Abordagem laparoscópica como tratamento de pri- meira linha nos quistos biliares sintomáticos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os quistos biliares são cole- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P204) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Colocação cirúrgica de cateter intra-arterial para quimioterapia no tratamento de metástases colo-rectais RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A cirurgia é o único tratamento curativo nas metástases hepáticas colo-rectais (MCR), contudo, dada a sua elevada recorrência, o seu tratamento (tx) mantém-se um desafio.As terapêuticas loco-regionais são cada vez mais utilizadas no seu tratamento, com o objectivo de diminuir a doença tumoral, aumentando a sua ressecabilidade, como adjuvância da cirurgia, e como terapias paliativas Resultados: A combinação de quimioterapia intra-arterial(QIA)e QTsistémica(QTs)pode estar indicada:MCR refractárias à QTconvencional, como tx de 1ªlinha no ”downstaging” de MCR potencialmente ressecáveis/não ressecáveis e como tx de”resgate”em pacientes refractários a QT 1ªe/ou2ªlinha. A QIA tira partido do facto de a maioria do afluxo sanguíneo tumoral ter origem na art.hepática, permitindo aumentar a concentração do quimiofármaco ao nível do hepatócito até15x mais, quando comparada à QTs. O cateter de QIA pode ser colocado por via percutânea ou cirúrgica.A via cirúrgica está indicada na laparotomia/laparoscopia para cirurgia hepática ou colo-rectal, sendo a via percutânea usada no contexto paliativo ou de neoadjuvância.As 2 vias são comparáveis em termos de sucesso de colocação, patência primária e possibilidade de migração. Os autores descrevem a colocação de um cateter na art.gastroduodenal por via cirúrgica, salientando esta abordagem como alternativa à percutânea. Discussão: Este procedimento deve ser considerado em doentes com alto HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ções hepáticas de líquido seroso que não comunicam com a via biliar. A maioria são assintomáticos e constituem um achado imagiológico, no entanto, os quistos de grandes dimensões podem provocar desconforto abdominal, sendo outras complicações raras. Material e Métodos: É apresentado o caso de uma doente do sexo feminino, 79 anos, antecedentes de adenocarcinoma do recto submetida a RAR, com quisto biliar já conhecido e sintomatologia de dor no hipocôndrio direito. Analiticamente sem alterações, serologia para Echinococcus negativa, marcadores tumorais normais, ecografia abdominal referindo “formação quística no lobo direito multiloculada com 8, 5cm” e TC do abdómen relatando “lesão quística nos segmentos inferiores do lobo direito com 86mm de natureza biliar”. Resultados: A doente foi submetida a destelhamento e fenestração do quisto por via laparoscópica. O pós-operatório decorreu sem intercorrências. Discussão: O tratamento dos quistos biliares está reservado para os doentes sintomáticos, podendo também haver indicação em situações de rápido crescimento, ectasia das vias biliares e suspeita de malignidade. Técnicas utilizadas anteriormente como a drenagem percutânea e a escleroterapia têm sido abandonadas devido às elevadas taxas de recidiva. O destelhamento laparoscópico é atualmente considerado o gold standard no tratamento dos quistos biliares sintomáticos, uma vez que apresenta taxas de recorrência extremamente baixas e uma boa recuperação pós operatória. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Loureiro, R; Prudente, C; Gomes, A; Couto, M; Fernandes, M; Prata, B; Oliveira, H. Ana Rita Mateus Loureiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P206) SESSÃO P-HBP 3 TÍTULO: Hematoma hepático pós-CPRE – uma complicação rara RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hematoma hepático é uma complicação rara da colangiografia pancreática retrógrada endoscópica (CPRE) e existem poucos casos Revista Portuguesa de Cirurgia 164 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: descritos na literatura. Material e Métodos: Descrição de caso clínico Resultados: Os autores descrevem um caso clínico de um doente de 71 anos de idade com coledocolitíase que foi submetido a CPRE, tendo sido realizada esfincterotomia e extracção de 2 cálculos com sucesso. Cerca de 36 horas depois iniciou um quadro de dor abdominal localizada ao hipocôndrio direito, tendo realizado ecografia e tomografia abdominal computadorizada, que revelaram a presença de um hematoma hepático no lobo direito com cerca de 20 cm. O doente foi tratado conservadoramente com êxito, tendo-se confirmado imagiologicamente, aos 10 meses, ausência da lesão hepática. Discussão: Discussão/ Conclusão: As complicações hemorrágicas extraluminais após CPRE são relativamente raras mas potencialmente ameaçadores da vida, pelo que devem ser rapidamente identificadas e tratadas. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática M. Inês Coelho; Nídia Moreira; Joaquim Ferreira; Luís Reis; C. M. Costa Almeida Maria Inês Coelho [email protected] SALA 3 SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Schwannoma Retroperitoneal: Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Schwannoma é um SESSÃO P-HBP 3 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: TÍTULO: Hiperplasia Nodular Regenerativa e Carcinoma HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: 17H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P236) RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P207) RESUMO: 06-03-2015 Hepatocecular? Uma Associação Rara Numa Entidade Rara Objectivo/Introduçâo: A hiperplasia nodular regenerativa é uma entidade rara de patogénese ainda mal compreendida. Descrita como um processo micronodular difuso benigno, é frequentemente associada a doenças do tecido conjuntivo, doenças hematológicas malignas, drogas e, por vezes, a alterações no fluxo sanguíneo hepático portal. Encontram-se descritos casos esporádicos de associação com carcinoma hepatocelular. Resultados: Homem, 34 anos, seguido em consulta externa por hiperplasia nodular regenerativa no contexto de shunt porto-sistémico congénito. Referência a queixas de pirose, saciedade precoce e enfartamento pós-prandial. Analiticamente com evidência de citólise e colestase. O estudo imagiológico revelou volumosa massa heterogénea no lobo hepático esquerdo, com cerca de 15cm de maior diâmetro, cuja biópsia demonstrou achados compatíveis com carcinoma hepatocelular. Foi submetido a lobectomia esquerda, sem registo de intercorrências, tendo o exame anatomopatológico confirmado a presença de um carcinoma hepatocelular bem diferenciado. Discussão: Relatamos um caso de carcinoma hepatocelular em contexto de uma hiperplasia nodular regenerativa com shunt porto-sistémico, uma associação rara numa entidade rara. Hospital de Braga Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Cláudio Branco; Patrícia Botelho; Dália Fernandes; Carla Rolanda; Sónia Vilaça; Fernando Pardal, Joaquim Falcão Cláudio Branco [email protected] CONTACTO: EMAIL: tumor benigno da bainha dos nervos periféricos. Surge geralmente na cabeça, pescoço e tronco. A localização retroperitoneal é rara e corresponde entre 0, 3 a 3% do total de casos. Material e Métodos: Caso Clínico: Doente sexo feminino, 79 anos, internada no Serviço de Medicina Interna para estudo de obstipação e desconforto abdominal, com vários dias de evolução. Analiticamente sem alterações relevantes, efetuou TAC que revelou em posição retroperitoneal esquerda volumosa massa cística, com cerca de 12cm de contornos bem definidos. Efetuada laparotomia e ressecção da massa, cuja anatomia patológica revelou tratar-se de um Schwannoma. Teve alta ao 11.º dia pós-operatório com alterações ligeiras de sensibilidade e motilidade do membro inferior esquerdo. Discussão: O diagnóstico pré-operatório é difícil devido à evolução clínica inespecífica e baixa frequência destes casos. Apenas o exame anatomopatológico faz o diagnóstico definitivo. A excisão cirúrgica é o tratamento de escolha. Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPE Cirurgia da Parede Abdominal P. Costa, J. C. Nunes, J. A. Sousa, C. Fernandes, V. Taranu, L. Martins, D. Soares Pedro Miguel Pinto dos Santos Costa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P237) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Diverticulite perfurada do jejuno, incidentaloma em cirurgia de hérnia estrangulada RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Relato de caso clínico de diver- ticulo do jejuno perfurado Discussão: A doença diverticular intestinal é uma patologia bastante frequente, afectando cerca de dois terços da população idosa. Contudo o atingimento do intestino delgado é raro. Quando localizada ao intestino delgado distribui-se pelo duodeno, em 60 a 70% dos casos, pelo jejuno, em 20 a 25%; e pelo íleo, em 5 a 10% dos casos. Os divertículos de jejuno e íleo são falsos divertículos, constituídos por mucosa, são frequentemente múltiplos e assintomáticos. As suas possíveis complicações incluem diverticulite, perfuração, obstrução e hemorragia. O tratamento da perfuração diverticular é habitualmente cirúrgico. Os autores apresentam o caso clinico de uma doente de 89 anos com antecedentes de múltiplas cirurgias abdominais, que recorre ao Serviço de Urgência por dor abdominal generalizada e vómitos. Ao exame físico apresentava eventração peri-umbilical encarcerada. Foi proposta para cirurgia de urgência tendo-se verificado saco herniário com epiplon necrosado. À exploração cavidade abdominal observa-se ainda segmento de jejuno com múltiplos divertículos, um dos quais per- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 165 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: furado. Efectuada enterectomia segmentar. Pós- operatório sem intercorrências. Exame anatomopatológico da peça confirma presença de divertículo de jejuno com perfuração focal e lesões de peritonite associadas. Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Alexandra Carrazedo; Catarina Rocha; Isabel Armas; Pedro Fernandes; Rui Reis; Lília Meireles; Hermínia Martins Alexandra Maria Carrazedo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P238) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Separação posterior de componentes: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias podem resultar de HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: alterações genéticas do colagénio, falhas na cicatrização, sobretudo no encerramento de laparotomias. Como consequência do elevado número de laparotomias, a reparação de hérnia ventral é um dos procedimentos cirúrgicos mais comuns. O progresso da técnica cirúrgica e o advento de estratégias de controlo de danos, tornaram a gestão de defeitos da parede abdominal um desafio. A associação de novos biomateriais a abordagens cirúrgicas revisitadas, tem permitido a reparação destas hérnias com recuperação funcional da parede abdominal satisfatória. Material e Métodos: A técnica de separação posterior de componentes consiste numa incisão do bordo lateral do folheto posterior do reto abdominal, com início na região mediana, dividindo o folheto aponevrótico posterior do músculo oblíquo interno. A dissecção continua-se ao longo de um plano lateral, ao longo da espaço pré-peritoneal. Os autores apresentam um caso clínico onde se utiliza esta técnica, adicionando uma prótese de polipropileno auto-adesiva, inovação que permitiu reduzir significativamente o tempo de cirurgia. Discussão: A técnica de separação de componentes é um método eficaz para o tratamento de hérnias complexas e de grandes dimensões. A principal vantagem desta técnica é a preservação do feixe neurovascular da musculatura abdominal, e consequente funcionalidade da parede muscular. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Catarina Afonso, Jorge Pereira, Luís Pinheiro, Júlio Constantino Ana Catarina Afonso [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: misto. O CBC Gigante representa menos de 1% dos CBC e define-se por lesão com diâmetro superior a 5cm. Material e Métodos: Caso clínico Resultados: Doente do sexo feminino, 68 anos, admitida no SU por tumor cutâneo da região lombar, com 10cm de extensão, múltiplas erosões com hemorragia activa. Evolução de cerca de 30 anos. Submetida a exérese da massa tumoral sem encerramento primário, que revelou atingimento do tecido celular subcutâneo, sem aparente atingimento muscular. Após confirmação histológica procedeu-se a enxerto cutâneo. O Exame histológico revelou CBC Nodular com 10x10x3, 4cm e CBC Superficial adjacente, com margens livres. Em consulta de seguimento aos 6 meses não existem sinais de recidiva. Discussão: O CBC Gigante é uma entidade rara, representa menos de 1% dos CBC, sendo mais comum no tronco e geralmente associada a negligência na procura de tratamento. Lesões com dimensões superiores a 10cm estão associadas a metastização em 50% dos casos. O tratamento cirúrgico consiste na exérese de tumor, com confirmação histológica de margens livres. Aconselha-se o follow-up a longo prazo devido às altas taxas de recorrência locorregional e possível metastização. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Sara Catarino, Liliana Duarte, Carlos Casimiro, Luís Filipe Pinheiro Sara Catarino [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P240) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Menstruação Umbilical: Forma de Apresentação de um Caso de Endometriose Umbilical Primária A endometriose umbilical representa 0, 5-1% de todos os casos de endometriose extra-genital. Quando presente, surge associada a cicatrizes cirúrgicas, sendo a endometriose umbilical primária uma forma de apresentação mais rara. Este trabalho descreve um caso clínico desta entidade pouco frequente. Resultados: Mulher de 32 anos, nulípara. Enviada à consulta por nódulo umbilical com 2 anos de evolução. Nos últimos 4 meses, o nódulo apresentava hemorragia, edema e dor durante o cataménio. Referia igualmente disparêunia, períodos menstruais irregulares e dolorosos. À observação, apresentava na metade inferior da cicatriz umbilical um nódulo com cerca de 2 cm, fibro-elástico, irregular e doloroso ao toque; presença de hérnia umbilical redutível, com colo de 5 mm. Realizou ecografia e TAC que excluíram a presença de outros focos de endometriose ou outras lesões. Procedeu-se à excisão do nódulo e laparoscopia exploradora utilizando o defeito aponevrótico umbilical para confirmação da inexistência de outros focos intra-peritoneais. Realizada plastia do defeito com retalhos locais, obtendo-se um bom resultado cosmético. O pós-operatório decorreu sem complicações e a doente apresenta-se assintomática. Discussão: A endometriose é uma patologia ginecológica frequente, no entanto apresentação umbilical primária é rara. A excisão cirúrgica da lesão poupando o umbigo é o RESUMO: Objectivo/Introduçâo: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P239) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Carcinoma Basocelular Gigante: Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Carcinoma Basocelular (CBC) é o tipo mais comum de cancro da pele. Apresenta um crescimento lento com infiltração local progressiva e baixa taxa de metastização. Classifica-se em 5 subtipos clínicos: nodular, superficial, cístico, pigmentado e morfeico, mas em 40% pode ter um padrão Revista Portuguesa de Cirurgia 166 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tratamento de eleição, sendo recomendado, se possível, o tratamento laparoscópico simultâneo em caso de envolvimento pélvico/intra-peritoneal. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia da Parede Abdominal Ana Catarina Pinho, Diogo Carrola Gomes, José Rodrigues Baltazar, Alexandra R. Pupo, Mário Fernandes, Caldeira Fradique Ana Catarina Valente dos Santos Pinho [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P241) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Hemangioma Intra-muscular: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O hemangioma intra-muscular HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: é uma lesão vascular rara, benigna, representando menos de 1% de todos os hemangiomas. Em 80-90% dos casos ocorre em idade inferior a 30 anos. Vários músculos podem ser afetados, sendo mais frequente no tecido muscular das extremidades. Os sintomas relacionam-se com o tamanho do tumor, sendo a dor o sintoma mais frequente. A Ecografia, Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética são úteis para o diagnóstico. O diagnóstico definitivo é estabelecido após análise histológica da peça operatória. O tratamento consiste na excisão completa da lesão. A taxa de recorrência local é de cerca de 18%. Apresentamos o caso clínico de um doente do sexo masculino, com 33 anos, que na sequência de um episódio de urgência por cólica renal apresenta à palpação da região do hipogastro uma massa com cerca de 10 cm, dura, não dolorosa à palpação. No estudo de imagem esta massa apresentava-se com cerca de 9 cm de maior eixo, vascularizada, na dependência do músculo recto abdominal direito. O doente foi então submetido eletivamente a biópsia excisional desta lesão. O estudo anatomo-patológico revelou tratar-se de hemangioma intra-muscular com áreas de padrão capilar e padrão cavernoso. Após 6 meses o doente encontra-se assintomático sem evidência de recidiva. O hemangioma intra-muscular apesar de raro, afeta indivíduos jovens. A excisão completa da lesão e estudo anatomopatológico são essenciais para o diagnóstico definitivo e tratamento. Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Vânia Castro, Teresa Santos, Marina Oliveira, António Abreu, Andreia Santos, Pinto Correia Vânia Alexandra Oliveira de Castro [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: por rotura da artéria epigástrica, sem história de traumatismo. Material e Métodos: Estudo retrospectivo por consulta de processo.Foram estudados os casos de internamento no nosso Serviço, desde o início de 2013, por hematoma da parede abdominal, sem história prévia de traumatismo. Resultados: Estudaram-se 4 doentes, todos do sexo feminino, dos quais 3 recebendo anticoagulação com varfarina e um com dupla antiagregação e enoxaparina em doses terapêuticas. Todos se apresentaram no serviço de urgência com queixas de dor abdominal e sensação de distensão abdominal.Todos necessitaram, no decorrer do internamento, de reposição volémica com concentrado de eritrócitos e plasma.Num doente optou-se por uma atitude expectante, enquanto nos restantes foi realizada a embolização da artéria epigástrica sangrante por angiografia.Não houve mortalidade.Existiram complicações em dois doentes, tendo um apresentado lesão renal aguda pelo contraste e outro lesão parcial do nervo femoral.Todos tiveram alta curados, não se tendo registado casos de recidiva na catamenese. Discussão: Os hematomas da parede abdominal sem trauma prévio são uma complicação possível em doentes anticoagulados, sobretudo em períodos de descompensação terapêutica.Podem apresentar rebate hemodinâmico severo pelo que o seu tratamento deve ser atempado e realizado, se possível, de forma minimamente invasiva. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Miguel Fernandes, Luís Ferreira, Francisco Castro e Sousa Miguel Parra Fernandes [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P243) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Hérnia de Grynfelt: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias lombares são raras, e representam menos de 2% de todas as hérnias abdominais, estando descritos cerca de 300 casos na literatura. Estes podem ocorrer em duas localizações anatómicas distintas: os triângulos lombares superior (Grynfelt) e inferior (Petit). Anatomicamente, sabe-se que o triângulo de Grynfelt é um triângulo infertido limitado pelo bordo posterior do músculo oblíquo interno, músculos para-espinhais e pela 12 ª costela. O objectivo deste trabalho é relatar um caso clínico e respectiva marcha de diagnóstico de um doente com hérnia de Grynfelt sintomática. Resultados: O caso a apresentar diz respeito a um homem de 76 anos que recorreu ao SU por dor no flanco direito que agravava com os esforços e flexão do tronco. Á observação apresentava abdómen mole, doloroso à palpação do flanco direito, zona onde se palpava massa mal delimitada e de consistência elástica. Efectuou ecografia e TC abdominal que revelaram “Hérnia da parede abdominal na vertente lateral direita com conteúdo de gordura apresentando um colo de cerca de 27 mm” Foi efectuado o diagnóstico de hérnia de Grynfelt tendo sido submetido a herniplastia de hérnia de Grynfelt direita com colocação de prótese pré-peritoneal. Pós-operatório sem intercorrências. HOSPITAL: Centro Hospitalar Lisboa Central RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P242) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Hematomas Volumosos da Parede Abdominal sem História de Trauma RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A utilização terapêutica cres- cente de anticoagulantes e/ou antiagregantes coloca novos desafios diagnósticos e terapêuticos.Descrevem-se casos de hematomas da parede abdominal XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 167 CAPÍTULO: Cirurgia da Parede Abdominal AUTORES: Sofia Frade, Daniela Cavadas, Francisco Fernandes, Helder Viegas CONTACTO: Sofia Alexandra Marques Frade EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P245) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Foco de Endometriose RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A existência de várias teorias HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: acerca do aparecimento da endometriose é reveladora do insuficiente conhecimento da causa desta patologia. O que se sabe é que uma das suas formas de apresentação é a “teoria migratória”, caracterizada pelo aparecimento de focos de tecido endometrial funcionante, em locais distantes, por via de disseminação linfática e hematogénica. Material e Métodos: Apresento o caso clinico de uma doente do sexo feminino, 36 anos, com nodulo subcutâneo umbilical com 4 anos de evolução e que 1 ano antes iniciara queixas álgicas nesse local. No decorrer da colheita da história clinica apurou-se que a dor era cíclica e mais intensa durante o período menstrual. A ecografia de partes mole revelou formação nodular localizada superficialmente e de estrutura heterogénea. Submetida a cirurgia, no intraoperatório verificou-se a existência de uma pequena hérnia umbilical e de formação nodular que se excisou. Resultados: O exame anátomo-patológico confirmou a suspeita clinica de foco de endometriose. Discussão: De entre os vários locais de disseminação a forma cutânea é rara embora sendo a mais comum fora da cavidade abdominal. Na região umbilical, não está claro o mecanismo de implantação, embora haja dados na literatura que afirmam poder existir uma certa predileção das células endometriais por cicatrizes. O tratamento cirúrgico é o indicado e costuma conduzir a bons resultados Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Capella V., Coelho F., Gonçalves N., Cardoso J.G., Costa C. Vanessa Capella [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ligeira dos parâmetros inflamatórios. Internamento por sub-oclusão por prováveis bridas ou aderências. Laparotomia exploradora por agravamento clinico e analítico que revelou hérnia interna no mesosigmóide, com cerca de 5cm de diâmetro, o qual se inseria na fossa ilíaca direita dividindo o andar infra-mesocólico em dois totalmente separados e comunicando entre si, exclusivamente, pelo orifício herniário.Redução retrógrada do jejuno e ileon, que se encontravam viáveis. Libertação do cólon sigmóide e das suas aderências á FID com resolução do orifício herniário. Teve alta sem intercorrências. Discussão: O quadro clínico é idêntico para todo o tipo de hérnias. Os exames complementares de diagnóstico podem facilitar o diagnóstico. A laparoscopia e laparotomia exploradora são os principais recursos de diagnóstico e terapêutica Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPE Cirurgia da Parede Abdominal P. Costa, R. Bettencourt, C. Fernandes, V. Taranu, L. Martins, D. Soares Pedro Miguel Pinto dos Santos Costa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P247) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Catástrofe abdominal... Fasceíte necrotizante após apendicite aguda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Apendicite aguda é a patolo- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P246) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Hérnia Interna: Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias abdominais internas são situações raras causadas por defeitos congénitos do desenvolvimento embriológico anómalo incluindo a má rotação intestinal, do mesentério ou adquiridos por procedimentos cirúrgicos. Material e Métodos: Caso Clínico: Mulher, 66 anos, deu entrada no serviço de urgência por dor epigástrica, sem irradiação, associada a náuseas e vómitos de conteúdo alimentar, paragem de emissão de gases e fezes com 2 dias de evolução. Antecedentes de histerectomia com anexectomia bilateral há cerca de 16 anos. Ao exame físico apresentava abdómen difusamente doloroso á palpação, sem sinais de irritação peritoneal. Analiticamente com elevação HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 168 gia cirúrgica abdominal urgente mais frequente e com amplo espectro de gravidade. A fasceíte necrotizante é uma complicação rara e grave que pode ocorrer após apendicectomia, sobretudo nos casos de apendicite aguda com peritonite e na abordagem laparotómica. Resultados: Mulher de 30 anos, obesa, observada no SU por abdominal, diarreia e febre com 8 dias de evolução. Interpretada inicialmente como gastroenterite, foi posteriormente internada por agravamento clínico. TC abdominal revelou volumoso derrame peritoneal. Submetida a Laparotomia exploradora com evidência de apendicite aguda necrosada com peritonite extensa. No 1º dia pós-op foi observada celulite da face lateral da parede abdominal e região inguinal esquerdas com evolução para choque séptico. Realizadas múltiplas fasciectomias. Manteve cuidados de penso e desbridamento dos tecidos desvitalizados. Foi colocado posteriormente penso com pressão negativa, distribuído pelas várias locas (“spider technique”) com boa evolução cicatricial. Teve alta quatro meses após a admissão para uma unidade de reabilitação. Na primeira consulta de seguimento apresentava apenas ferida na região inguinal esquerda em granulação. Discussão: A apendicite aguda é uma patologia benigna comum, com excelente prognóstico e baixa morbilidade na maioria dos casos. A fasceíte necrotizante é uma complicação grave com elevada morbi-mortalidade e que deve ser considerada nos casos complicados de apendicite aguda. Hospital de Braga Cirurgia da Parede Abdominal Hugo Palma Rios, Charlène Viana, Carlos Veiga, Humberto Cristino, Pedro Leão, Mesquita Rodrigues. Hugo Palma Rios [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P248) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Conteúdo herniário insólito RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Relato de caso clínico de her- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: niação da vesícula biliar e parênquima hepático através da parede abdominal anterior Discussão: Designa-se hérnia a saída ou protusão de um ou mais órgãos, ou parte dele, através de uma abertura ou fraqueza congénita ou adquirida, da parede ou cavidade que o contém. A herniação da vesicula biliar através da parede abdominal é uma entidade rara. Associa-se frequentemente a hérnias incisionais ou carcinoma da vesicula. Os autores apresentam o caso clinico de um doente de 76 anos, sem antecedentes cirúrgicos, que recorre ao Serviço de urgência por dor abdominal generalizada e obstipação. Ao exame objectivo apresentava hérnia epigástrica não redutível, não dolorosa e sem sinais inflamatórios. Por manter queixas álgicas abdominais intensas realizou ecografia e tomografia computorizada que revelaram hérnia epigástrica com herniação da gordura epiplóica acompanhada do fundo da vesícula biliar e de pequena quantidade de parênquima hepático do lobo esquerdo. Estruturas sem sinais de sofrimento, inflamação ou isquemia. Doente encaminhado para consulta externa a aguardar cirurgia electiva. Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Alexandra Carrazedo; Catarina Rocha; Isabel Armas; Pedro Fernandes; Rui Reis; Lilia Meireles; Paulo silva; Adriana Sousa; Herminia Martins Alexandra Maria Carrazedo [email protected] CONTACTO: EMAIL: luminal é difícil e feito muitas vezes por exclusão. A história clínica é de crucial importância para o diagnóstico etiológico tendo de se excluir histórias traumaticas anteriores nomeadamente a realização de piercings, injeções sub-cutâneas e picadas de insetos Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Gustavo Capelão, Ana Couceiro, João Nobre, Mónica Laureano, Ana Inácio, Miguel Coelho dos Santos Gustavo Capelão [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P250) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Cego encarcerado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hérnia inguinal encarcerada é RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P249) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Etiologia rara de nódulo peri-umbilical RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os nódulos peri umbilicais sem CONTACTO: EMAIL: história de traumatismo podem ser manifestações de múltiplas patologias. As hérnias umbilicais e incisionais são de longe as mais frequentes. No entanto devemos sempre pensar noutras patologia, nomeadamente o nódulo da Irmã Maria José, granulomas de corpo estranho e abcessos da parede abdominal Resultados: Caso clínico de uma paciente de 46 anos enviada ao SU por quadro de emagrecimento, retorragias esporádicas e dor abdominal mais nos quadrantes direitos desde há 2 meses com carater intermitente e com agravamento com a ingestão alimentar. Apresentava também nódulo peri umbilical direito doloroso palpável desde há 4 dias. Sem náuseas, diarreia ou obstipação Ecograficamente apresentava “ansa de parede espessada com trajeto fistuloso para o musculo reto abdominal direito onde se observa abcesso com corpo estranho filiforme de ecogenicidade cálcica”. Foi submetida a mini laparotomia infra umbilical tendo-se realizado exérese em bloco do abcesso do musculo reto abdominal e do epiplon adjacente. As ansas de delgado adjacentes ao epiplon não apresentavam lesões. A doente teve alta 36h após a cirurgia Discussão: O diagnóstico de etiológico de abcesso da parede abdominal provocado por corpo estranho de origem intra uma das patologias urgentes mais frequentes em cirurgia. O seu diagnóstico é maioritariamente clínico através do exame objetivo, variando a sua abordagem cirúrgica em função do conteúdo do saco herniário. Material e Métodos: Apresentamos um caso clínico raro de hérnia inguinal de deslizamento encarcerada em que o saco herniário é constituído pelo cego. Resultados: Homem, 85 anos, recorre ao serviço de urgência por hérnia inguinal direita encarcerada com 5 dias de evolução e dor com 24 horas, sem sinais clínicos de estrangulamento ao exame objetivo. Submetido a correção cirúrgica de urgência, encontrando-se saco herniário constituído por cego, sem sinais de isquémia. Corrigida a hérnia segundo técnica de Rutkow-Robbins sem complicações, encontrando-se atualmente doente assintomático e sem recidiva herniária. Discussão: Reportamos este caso pouco comum pois os cirurgiões devem estar atentos à constituição do saco herniário, embora a sua confirmação seja difícil antes da exploração intraoperatória. Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Rui Rainho, Manuel Mega, Carlos Costa Almeida, António Gouveia Rui Tiago Fonseca Rainho [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P251) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Uma hérnia de Amyand ainda mais rara RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Hérnia de Amyand é hérnia inguinal contendo o apêndice íleo-cecal. Entidade rara (<1%) geralmente diagnosticada intraoperatoriamente, podendo o apêndice estar sem alterações, ou ter alterações inflamatórias com diferentes graus de gravidade (0.13%). Apresenta-se o caso clínico de homem de 76 anos, com antecedentes de herniorrafia esquerda, internado para tratamento cirúrgico electivo de hérnia inguinal direita. Intraoperatoriamente verificou-se que o conteúdo do saco herniário era o apêndice íleo-cecal com alterações sugestivas de mucocelo. Procedeu-se a apendicectomia e posterior hernioplastia pela técnica de Gilbert, pela mesma incisão de abordagem inicial. Não se registaram quaisquer intercorrências e alta hos- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 169 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: pitalar deu-se ao 1º dia pós-operatório. O estudo histopatológico da peça operatória revelou uma Neoplasia Mucinosa de Baixo Grau do Apêndice (LAMN) Discussão: A hérnia de Amyand é uma entidade rara, sendo ainda mais rara a presença de uma neoplasia benigna do apêndice. Os autores não encontraram nenhum caso análogo, na bibliografia consultada. Hospital Dr Nélio Mendonça – Funchal Cirurgia da Parede Abdominal Maria Olim Sousa; Fernandes, D.;Menezes, F.;Teixeira, H.; Barreto, R.; Viveiros, R.; Silva, S.; Nóbrega, S.; Ferreira, L.; Teixeira, A. Maria Olim Sousa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P252) SESSÃO P-PAREDE 1 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: TÍTULO: Redução em Massa RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hérnia inguinal é uma patolo- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gia comum, com risco de encarceramento e estrangulamento muito baixo (0.3-3%). Em doentes com hérnia inguinal encarcerada sem sinais de estrangulamento, considera-se razoável a redução da hérnia, aconselhando-se o follow-up nos 2 dias seguintes. Material e Métodos: Processo clínico. Resultados: Apresenta-se o caso clínico de um homem de 60 anos que recorreu ao serviço de urgência por dor abdominal difusa e vómitos com um dia de evolução. Apresentava abdómen mole, doloroso à palpação periumbilical, com hérnia inguinal esquerda encarcerada. Reduziu-se a hérnia e o doente teve alta sendo encaminhado para a consulta externa de cirurgia. Passados dois dias recorreu ao serviço de urgência por dor abdominal no flanco esquerdo e vómitos. Apresentava abdómen mole, sem defesa e hérnia inguinal esquerda reduzida. Fez radiografia do abdómen que mostrou ansa de delgado distendida com nível hidroaéreo. A tomografia abdominal mostrou aspectos característicos de uma oclusão mecânica do intestino delgado por obstáculo localizado em hérnia inguinal esquerda, sem sinais de estrangulamento. Foi submetido a laparotomia. Intraoperatoriamente encontrou-se o saco herniário inguinal esquerdo, intraperitoneal, com ansa de delgado encarcerada. A ansa libertada estava viável e procedeu-se à correcção da hérnia inguinal. O pós-operatório decorreu sem intercorrências. Discussão: A hipótese diagnóstica de oclusão intestinal por hérnia inguinal encarcerada deve ser equacionada mesmo quando parece evidente a sua redução. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Cirurgia da Parede Abdominal A. Couceiro, G. Capelão, J. Nobre, M. Laureano, S. Hilário, A. Inácio, M. Coelho dos Santos Ana dos Santos Couceiro [email protected] CONTACTO: EMAIL: SALA 3 costoxifoideu na linha média anterior do diafragma. Material e Métodos: Caso clínico. Resultados: Homem de 77 anos é enviado à urgência de Cirurgia Geral por vómito pós prandial abundante sucedido de epigastralgia em cólica. Negava alterações do trânsito intestinal. No decurso da investigação, a TC demonstrou hérnia diafragmática anterior direita com conteúdo adiposo e cólon transverso no seu interior, sem sinais de sofrimento ou níveis hidroaéreos mas com distensão a montante e ligeiro desvio cardíaco. Foi realizada laparotomia com redução do conteúdo da hérnia, excisão do saco herniário e rafia do defeito de aproximadamente 10 cm. O pós-operatório decorreu sem intercorrências e encontra-se seguido em consulta externa, sem evidência de recidiva. Discussão: Hérnia de Morgagni pode ser reparada por via torácica ou abdominal, de forma vídeo-assistida ou por via aberta, usando prótese ou não, todas com resultados satisfatórios e similares. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Castro Lima, B.; Ferreira, M.; Martins, A.; Gonçalves, A.; Fazeres, F.; Midões, A. Bárbara Castro Lima [email protected] 06-03-2015 17H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P364) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Persistência do canal onfalo-mesentérico no adulto: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A persistência do canal onfalo- -mesentérico ocorre em 2% da população, e é sintomático em cerca de 20%. Pode apresentar-se sob diferentes formas, sendo a mais frequente o divertículo de Meckel. A persistência total é ainda mais rara. Ocorre principalmente na população pediátrica e quando se manifesta, é frequentemente sob a forma de alterações umbilicais, oclusão intestinal, ventre agudo ou hemorragia digestiva baixa. Material e Métodos: Apresentação de um caso clínico. Resultados: Caso Clínico: Doente de 75 anos, sem antecedentes cirúrgicos, recorreu ao serviço de urgência por drenagem umbilical de conteúdo fecal, sem outros sintomas associados. Antecedentes de um síndrome nefrótico e uma gamapatia monoclonal de significado incerto, sob terapêutica imunossupressora. A TAC abdomino-pélvica não esclareceu a sua origem. Foi submetido a laparotomia exploradora, tendo sido detectada uma persistência completa do canal onfalo-mesentérico que foi ressecado e feita anastomose primária. Discussão: O caso clínico ilustra uma situação rara, com poucos casos descritos na literatura, principalmente na população adulta. A terapêutica imunossupressora e a hipoalbuminémia poderão ser eventuais factores de risco para o despoletar da situação, já que alteram as características dos tecidos, nomeadamente a pele. Com este caso, pretende-se alertar para uma possível causa de fistula entero-cutâ- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P253) SESSÃO P-PAREDE 1 TÍTULO: Hérnia de Morgagni RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Hérnia de Morgagni é rara, principalmente no adulto. Trata-se de um defeito retro- Revista Portuguesa de Cirurgia 170 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: nea, ainda que rara e pouco frequente, em doentes sem antecedentes cirúrgicos abdominais. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Anomalias congénitas do tubo digestivo Liliana Duarte, Catarina Afonso, Ana Oliveira, Luís Filipe PInheiro Liliana Duarte [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P365) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Dor na FID: Caso Clinico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Apresentação de caso clínico HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de GIST com apresentação clínica de dor aguda na FID. Revisão teórica (apresentação, diagnóstico, tratamento, follow-up). Material e Métodos: Revisão bibliográfica. Consulta de processo clínico. Resultados: Sexo masculino, 80 anos, AP prostatectomia por HBP. Quadro de dor intensa, súbita, constante, na FID, sem irradiação, sem outras queixas ou sintomas. Ao exame objectivo: abdómen mole, doloroso na FID, com dor à descompressão. TAC (imagens disponíveis): “ massa sólida polilobulada heterogénea intraperitoneal.”. Laparotomia exploradora: exérese de tumor sólido (imagens disponíveis), 12x10x10cm, aderente a ansa de jejuno, epiploon e mesocolon da junção ileo-cecal. Anatomopatologia: Tumor do estroma gastrointestinal maligno (grupo 3b).” GIST é um tumor mesenquimatoso do trato gastrointestinal com potencial maligno. O seu diagnóstico é imuno-histoquimico e a sua apresentação clinica é inespecífica, geralmente por sintomas relacionados com o seu tamanho e localização. A TC é o exame de eleição para diagnostico. O seu tratamento é cirúrgico, podendo a terapêutica biológica neoadjuvante com inibidores do KIT ser considerada em tumores irressecáveis ou >10 cm. Existem preditores de recorrência: dimensão, índice mitótico e localização de origem; que ajudam na decisão de realizar quimioterapia. O follow-up é feito com TC. Discussão: O doente apresentava tumor com origem no delgado que foi totalmente excisado. Iniciou tratamento com imatinib. Follow-up a 6 meses sem sinais de recidiva. Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE Tumor do estroma gastrointestinal Jervis, Maria João; Candeias, Maria Regina; Almeida, Vitor Maria João Jervis [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: desta patologia. Material e Métodos: Apresentação de dois casos clínicos. Revisão científica da literatura. Resultados: Caso 1: doente de género masculino, 60 anos de idade, raça caucasiana, com antecedentes de hipertensão arterial, dislipidémia e diabetes mellitus tipo 2, já submetido a várias intervenções cirúrgicas por hidrosadenite perineal. Caso clínico 2: doente de género masculino, 37 anos de idade, raça caucasiana, sem antecedentes de relevo. Ambos realizaram exames complementares de diagnóstico que confirmaram hidrosadenite perineal. Foram submetidos a excisão radical de lesões com envolvimento perianal com preservação do esfíncter anal. Foi realizada reconstrução imediata com retalhos nadegueiros de rotação bilaterais. Discussão: O tratamento cirúrgico da hidrosadenite supurativa implica a reconstrução de uma área muitas vezes extensa. Os retalhos nadegueiros com base nas artérias glúteas superior e inferior constituem uma técnica versátil relativamente simples e permitem uma reconstrução perineal total nos casos mais graves desta patologia. A colaboração entre a Cirurgia Plástica e Geral é assim de importância fulcral para a optimização do seu tratamento. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia plástica e reconstrutiva. Filipe Madeira Martins; Rainho, R; Vaz, M; Zenha, H; Ramos, S; Lindo, T(1); Sanches, F; Lima, J. Filipe Madeira Martins [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P367) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Tumor desmóide do mesentério: relato de caso RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores desmoides, tam- bém conhecidos como fibromatose agressiva, são tumores raros com características histológicas benignas e sem potencial metastático. Apesar da sua benignidade, não se pode falar em doença benigna dada a etiologia desconhecida e o comportamento clínico imprevisível. Material e Métodos: Doente de 71anos, sexo masculino, com antecedentes médico-cirúrgicos de hipertensão arterial e apendicectomia. Recorre ao SU por distensão e dor abdominal generalizada, tipo cólica, agravadas nas últimas 48h e com início há 4meses. Doente queixoso com abdómen distendido e doloroso à palpação da região periumbilical e quadrantes superiores, palpando-se uma massa na transição dos quadrantes esquerdos. Analiticamente salientava-se apenas elevação da PCR (138.3mg/dL) e a TC abdominal-pélvica confirmou volumosa massa de 17x15cm, heterogénea, envolvendo o delgado com crescimento exofítico, condicionando distensão de ansas intestinais a montante e empurramento de ansas adjacentes. No intraoperatório constatou-se a presença de volumoso tumor do intestino delgado, perfurado e selado pelo grande epíploon e, adicionalmente, um implante do mesentério, tendo sido realizadas 2 enterectomias segmentares. O pós-operatório decorreu sem intercorrências. Resultados: A histologia das peças operatórias confirmou tratar-se de tumores desmoides. Discussão: Os tumores desmóides mesentéricos, apesar de histologicamente benignos, podem manifestar-se como RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P366) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Hidrosadenite Supurativa Perineal. Dois casos clí- nicos. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A hidrosadenite supurativa é um processo inflamatório crónico que atinge as glândulas sudoríparas apócrinas e cujo tratamento se revela muitas vezes um desafio cirúrgico. O objectivo dos autores é salientar a necessidade de colaboração entre as Cirurgias Plástica e Geral no tratamento XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 171 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: lesões de comportamento local agressivo sendo a excisão cirúrgica o tratamento de eleição. Centro Hospitalar Lisboa Central Intestino Delgado Clara Sampaio, Luís Moniz Clara Sampaio [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P368) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Mais um Caso Raro de E-GIST RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Tumores do estroma extra-gas- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: trointestinal são tumores abdominais extremamente raros que partilham as características histológicas e imuno-histoquímicas dos GIST, mas não estão na dependência da parede do trato GI, podendo ocorrer no epíploon, no mesentério ou no peritoneu. Dada a raridade destes tumores é difícil caraterizá-los apropriadamente. Os autores apresentam o caso de uma mulher de 69 anos com uma massa palpável nos quadrantes superiores do abdómen associada a perda ponderal de 15kg num mês, anorexia, dor abdominal e alteração dos hábitos intestinais. Realizou endoscopia digestiva alta e baixa em ambulatório que não revelaram qualquer alteração. O TC abdomino-pélvico mostrou 4 nódulos hepáticos nos segmentos III, IV e VII, lesão expansiva móvel com cerca de 10cm ao nível do ângulo esplénico cólico e conglomerado adenopático/implantes ao nível dos vasos ilíacos. Posteriormente realizou biópsias hepáticas inconclusivas. O PET não revelou outras lesões. Submetida a laparotomia exploradora, constatando-se várias lesões no grande epíploon, a maior com cerca de 10cm aderente ao ângulo esplénico do cólon, realizando-se colectomia segmentar do transverso, do descendente proximal e epiplonectomia. O estudo anátomo-patológico revelou tratar-se de um E-GIST do grande epíplon. Realizou novo estudo de imagem que revelou aumento do número de lesões hepáticas. Foi classificada em EstadioIV e proposta para tratamento paliativo com Imatinib cuja resposta foi avaliada por PET e TC. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II E-GIST Liberal, M.; Fonseca, S.; Louro, H.; Leite, M.; Costa, P.; Graça, S.; Pereira, B.; Maciel, J. Maria do Sameiro Gomes Liberal Ferreira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: excisão de nódulo pré-auricular esquerdo com alguns meses de evolução, interpretado como quisto sebáceo. Negava episódios de inflamação ou drenagem de conteúdo. Objetivamente, lesão dura, contornos regulares, indolor, móvel, sem orifício de drenagem. Por suspeição clínica realizou biópsia e tomografia de partes moles e pescoço, que diagnosticaram adenoma com 2.5 cm de maior eixo, circunscrito à glândula parótida esquerda. Foi submetida a parotidectomia superficial parcial, sem intercorrências, com alta em 24h. Resultados: Resultado histológico: adenoma pleomórfico com presença focal de tecido glandular. Discussão: A parotidectomia superficial parcial é uma opção cirúrgica segura e eficaz no tratamento de adenomas da parótida. É uma cirurgia simples, rápida, com taxas de recidiva semelhantes à parotidectomia superficial convencional e com menor incidência de lesão do nervo facial. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Cirurgia da Cabeça e Pescoço Nogueira, Sara(1); Souto, Ricardo(2); Vicente, Carla(2); Matos, Claudia(2); Santos, João Ascensão(2); Silva, Eduardo(1); Carneiro, Francisco(1) Sara Andreia Tavares Nogueira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P370) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Torção Esplénica – Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A torção do Baço é uma causa RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P369) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Adenoma Pleomórfico da Parótida. A propósito de HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: um caso clínico. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenoma pleomórfico é a neoplasia mais comum das glândulas salivares, representando cerca de 45 a 60% de todos os tumores salivares. A grande maioria localiza-se na glândula parótida, superficial ao nervo facial. Material e Métodos: Caso clínico: F, 20 anos, referenciada à consulta para Revista Portuguesa de Cirurgia 172 rara de dor abdominal. O objectivo deste trabalho é a apresentação de um caso clínico, a revisão da literatura e a discussão das dificuldade no diagnóstico e opções terapêuticas. Material e Métodos: É relatado o caso clínico, os exames complementares, os achados operatórios e a cirurgia realizada. Por fim é realizada uma revisão da literatura e discutidas as opções terapêuticas. Resultados: Uma mulher de 40anos recorreu ao Serviço de urgência com dor abdominal no quadrante superior esquerdo do abdómen. A doente realizou uma Tomografia Computorizada que mostrou um baço não contrastado. A doente foi submetida a Laparoscopia urgente. Intra-operatoriamente foi verificada a existência de um baço flutuante com uma torção de 360º. Após a reversão da sua torção, foi verificado enfarte esplénico. Foi realizada esplenectomia laparoscópica. O pós-operatório decorreu sem complicações. Discussão: A torção do baço é uma causa rara de abdómen agudo. Um dos factores presdisponentes é o desenvolvimento anormal dos ligamentos suspensores do baço. Os exames de imagem, como a Tumografia Computorizada contratada e Ecografia Doppler, desempenham um papel fundamental no seu diagnóstico. o objectivo da cirurgia é sempre que possível a preservação esplénica. Hospital de Braga Cirurgia do Baço Veiga C, Cristino H, Leão P, Viana C, Rodrigues M. Carlos Veiga [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P371) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Perfuração de divertículo duodenal: tratamento cirúrgico e revisão da literatura RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O duodeno é a segunda locali- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: zação mais frequente de divertículos do tubo digestivo. As complicações são radas e a perfuração só foi registada em menos de 200 casos. Resultados: Caso clínico Uma doente do sexo feminino de 79 anos de idade foi admitida no Serviço de Urgência com queixas de dor abdominal e vómitos com 24 horas de evolução. Na investigação desencadeada, foi realizada uma tomografia abdominal com a identificação de pneumoperitoneu. A laparotomia evidenciou um divertículo perfurado da quarta porção do duodeno, tendo-se procedido à respectiva ressecção. Discussão: O primeiro registo de um divertículo duodenal data de 1710 e estima-se que a sua incidência poderá atingir os 22%. No entanto, complicações são extremamente raras e incluem hemorragia, inflamação, compressão de estruturas adjacentes, neoplasia, colestase e perfuração. A perfuração é frequentemente retroperitoneal, os sintomas inespecíficos e raramente estão presentes sinais de irritação peritoneal tornando o seu diagnóstico desafiante. Ar extraluminal retroperitoneal e espessamento da gordura mesentérica na tomografia poderão ser valiosas pistas para o diagnóstico. Apesar de o tratamento não cirúrgico já ter sido descrito em alguns doentes, o tratamento padrão continua a ser cirúrgico incluindo a diverticulectomia e a duodenopancreatectomia. Centro Hospitalar do Porto, EPE Duodeno Vitor Costa Simões*, Bruno Santos*, Sara Magalhães**, Gil Faria*, Donzília Sousa Silva*, José Davide* Vitor Costa Simões [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tares sem evidência de lesão à distância ou residual. Discussão: Os NE do delgado são entidades raras, constituindo no entanto, 1 dos tumores primários mais frequentes do delgado. Estão muitas vezes associados a sintomas obstrutivos que motivam a intervenção cirúrgica. Neste caso, o doente apresentou um quadro suboclusivo não sendo possível discernir através dos exames complementares se o espessamento parietal intestinal era causa ou consequência da obstrução do corpo estranho. O presente caso mostra o papel curativo e diagnóstico da cirurgia. Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE Intestino Delgado Vieira Ana, Borges Sílvia, Monteiro Ana, Paulino Aida, Gouveia António. Ana Vieira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P373) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Intussuscepção no Adulto – Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A intussuscepção intestinal RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P372) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Tumor Neuroendócrino do intestino delgado: a pro- pósito de um caso improvável RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos (NE) do intestino delgado são raros e tem origem em células intestinais primitivas. As manifestações são muito variadas, desde sintomas obstrutivos a carcinoides, associados à libertação de peptídeos. O tratamento ideal passa pela resseção cirúrgica. O presente poster mostrar o caso clínico de um NE que simula uma obstrução por corpo estranho. Material e Métodos: Doente do sexo masculino, 82 anos, com quadro de perda ponderal, náuseas, enfartamento e alterações de trânsito intestinal. O estudo complementar evidenciou espessamento do mesentério e ansas de intestino delgado, no lúmen identificou um corpo estranho metálico, não sendo possível excluir espessamento parietal atribuível a lesão orgânica. Foi submetido a resseção em bloco do ileo terminal e cego. Histologia: tumor neuroendócrino bem diferenciado, G1. Sem metastização em 26 gânglios mesentéricos. T3 N0 Mx (R0). O pós-operatório foi favorável – alta ao 6º dia. Exames complemen- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: constitui uma patologia rara no adulto. A sua apresentação é variável e inespecífica, correspondendo a aproximadamente 1% dos casos de oclusão intestinal no adulto. Os autores pretendem apresentar o caso clínico dum doente com uma oclusão intestinal completa causada por intussuscepção jejuno-ileal. Material e Métodos: Descrição e documentação fotográfica de caso clínico. Resultados: Doente do sexo feminino, com 49 anos de idade, sem morbilidades conhecidas e sem antecedentes cirúrgicos. Foi admitida no Serviço de Urgência com quadro clínico e radiográfico compatível com oclusão intestinal do intestino delgado. A TC abdominal apresentava achados sugestivos de oclusão intestinal por intussuscepção do intestino delgado em provável relação com um lipoma do íleo. Foi realizada laparoscopia que confirmou o diagnóstico, identificando-se segmento isquémico de íleo invaginado, condicionando distensão de delgado a montante. Procedeu-se à ressecção segmentar do intestino delgado assistida por laparoscopia. Teve alta ao 5º dia pós-operatório, sem intercorrências. O exame anatomopatológico da peça operatória confirmou o diagnóstico de lipoma da submucosa intestinal. Discussão: A maioria dos casos de intussuscepção no adulto é secundária a lesão orgânica, nomeadamente neoplasia. A cirurgia de ressecção intestinal é o tratamento de eleição. Centro Hospitalar do Porto, EPE Intestino Delgado Bruno Santos, Vítor Costa Simões, Gil Faria, Donzília Sousa Silva, José Davide Bruno Miguel da Silva Santos [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P374) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Complicação congénita tardia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A Oclusão intestinal é uma das principais causas da a recorrência ao serviço de XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 173 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: urgência por abdómen agudo. Sendo 20% das cirurgias são por oclusão intestinal. O Diagnóstico e tratamento cirúrgico precoce diminui a morbilidade e complicações que podem contribuir a elevada taxa de mortalidade em 20%. A etiologia é variável segundo a sua classificação: 1. Obstrução mecânica -Estenose: congénita, adquirida, inflamatória, vascular, radioterapia, neoplasica -Obturação: áscaris, fecaloma, corpo estranho, bezoar, cálculo biliar -Compressão extrínseca: aderências, bridas, hérnias -Obstrução com sofrimento de ansa: -Causa vascular primária e secundária 2. Obstrução funcional: Causa local e sistémica. Resultados: Os Autores relatam um caso raro de oclusão intestinal causada por uma membrana abdominal congénita. Tratava de Doente sexo masculino de 70 anos de idade, leucodérmico, com antecedentes pessoais hiperuricemia e patologia cardíaca. Recorreu aos SU por dor abdominal tipo cólica de inicio súbita com paragem de emissão de gases e fezes com cerca de 3 dias de evolução. Com sinais e sintomas de oclusão intestinal. Exames: RX- com níveis hidro-aéreos e distensão do intestino delgado ; TC revelou:marcada distensão intestinal com exuberante níveis hidroaéreos de causa oclusiva por volvulo mesentérico do delgado. Submetido a laparatomia exploradora constatou-se membrana congénita espessa e encapsulada que fazia a oclusão do ID na raiz mesentérica. Hospital de Vila Franca de Xira Oclusão intestinal por membrana congénita. Malú C.; Louro T.; Marques C.; Bentes Nuno; Foneca C.; Rabago A. ; Morais J. Carlitos Malú [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: envolvimento ganglionar. A doente será apresentada em consulta multidisciplinar, para decisão da terapêutica mais adequada, que implicará linfadenectomia e/ou radioterapia e/ou octreótido. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Tumor Neuroendócrino cutâneo Miguel Albano, Nídia Moreira, Armando Infuli, Luís Simões Reis, Prof. Doutor Carlos Costa Almeida Miguel José Nico Albano [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P376) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Fasceíte necrotizante: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As infeções necrotizantes dos RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P375) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Carcinoma de células de Merkel RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O Carcinoma das células de Merkel da pele é uma neoplasia cutânea rara e agressiva que afeta predominantemente adultos caucasianos de idade avançada e que possui elevada propensão para recorrência local e metástases linfáticas regionais. Material e Métodos: Os autores apresentam um caso clínico de uma doente com tumor neuroendócrino cutâneo. Resultados: Mulher de 84 anos de idade, com dor e edema no membro inferior esquerdo com concomitante massa inguinal, de 15cm de maior eixo, contornos regulares, consistência dura, aderente aos planos profundos. Ecografia e Tomografia axial revelam massa de 18x10x9cm em relação provável com conglomerado adenopático, condicionando oclusão venosa ilíaca e compressão do ureter esquerdo. Procede-se a biópsia, obtendo-se o resultado de metástase ganglionar de carcinoma neuroendócrino com localização primitiva desconhecida. PET-scan com 68 Ga-Péptidos revela aspetos compatíveis com lesões neuroendócrinas com elevada expressão (heterogénea) de recetores de somatostatina. Discussão: Assim, trata-se de um caso de carcinoma de células de Merkel com envolvimento ganglionar de tumor primário desconhecido, situação que ocorre em 14% dos casos e de melhor prognóstico, comparativamente a um tumor identificável com HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tecidos moles podem evoluir rapidamente para quadros de sépsis e falência multiorgânica. A fasceíte necrotizante traduz-se pela rápida progressão de um processo infecioso ao longo do plano de uma fáscia, com necrose secundária do tecido subcutâneo. Esta patologia acarreta uma elevada mortalidade, variando entre 20 e 80%, sendo de extrema importância o seu reconhecimento precoce. Resultados: Os autores apresentam o caso de um homem com 64 anos, que recorreu ao Serviço de Urgência por tumefação dolorosa com sinais inflamatórios da parede torácica anterolateral, com 1 semana de evolução, tendo rapidamente entrado em choque sético grave. Foi submetido a desbridamento cirúrgico agressivo, observando-se necrose extensa dos tecidos atingindo a fáscia, compatível com fasceíte necrotizante. Foi submetido a vários desbridamentos e aplicação imediata de pensos de pressão negativa, associados a sessões de oxigenoterapia hiperbárica, acabando posteriormente por realizar enxerto de pele fina, com excelente resultado funcional e sem complicações. Discussão: Este caso realça a necessidade de reconhecimento, diagnóstico e atuação precoces na abordagem multidisciplinar desta patologia. Desbridamentos cirúrgicos e antibioterapia adequada, com recurso ao tratamento por pressão negativa e à Medicina Hiperbárica, otimizaram as condições de cicatrização local e controlo da doença sistémica, culminando com a mais-valia da Cirurgia Plástica na fase reconstrutiva. Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Tecidos Moles Rita Castro, Luís Amaral, Teresa Eloi, Paula Moniz, Emanuel Silva, Tiago Rama, Ana Goulart, Ana Teresa Bernardo, Ricardo Borges, Catarina Moura, António Melo Rita Alves Ribeiro Veloso de Castro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P377) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Adenocarcinoma do Intestino Delgado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução As neoplasias do intestino delgado são raras. Os adenocarcinomas cons- Revista Portuguesa de Cirurgia 174 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: Centro Hospitalar do Algarve, EPE CAPÍTULO: Hérnia interna AUTORES: Melo, J; Veiga, D; Cunha, M; Batista, V; Hristova, K; tituem 50% dos tumores malignos do delgado, com o pico de incidência na 7ª década de vida. Os sintomas são inespecificos podendo ocorrer obstrução intestinal e hemorragia. O diagnóstico é muitas vezes tardio por falta de suspeita clínica, pela baixa frequência e inespecificidade clínica. O tratamento é essencialmente cirúrgico. O prognóstico depende do estadio no diagnóstico. Caso Clinico JADM, homem, 59a, Défice de Factor X, seguido em Gastroenterologia por adenoma da papila de Vater excisado em 2012, diagnosticado por episódios de hemorragia digestiva alta. Por recidiva local foi submetido a excisão em 2013. Por novos episódios de hemorragia sem lesão da papila, realizou cápsula endoscópica que revelou tumor na transição jejuno-ileon. A TC abdominal corroborou o diagnóstico, sendo encaminhado para consulta de Cirurgia, onde foi proposta cirurgia. Foi submetido a Ressecção Segmentar de Intestino Delgado, não se identificando adenopatias ou outras lesões. Pós-operatório sem intercorrências. A Anatomia patológica revelou Adenocarcinoma moderadamente diferenciado pT3N0R0. Conclusão As neoplasias do intestino delgado são raras, sendo necessário um elevado índice de suspeita para o diagnóstico e tratamento atempados. Este caso mostra que apesar de por vezes já existir um diagnóstico, devemos considerar outras opções e direccionar o estudo como se o doente estivesse a ser estudado pela 1ª vez. Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Adenocarcinoma do Intestino Delgado Rui Cunha, Sofia Jardim Neves, Tobias Teles, Miguel Semião, Guillermo Pastor Rui Ricardo Martins da Cunha [email protected] Sousa, A; Rivero, A; Americano, M. CONTACTO: João Pedro Melo Neves EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P379) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Tumor de Evans da parede torácica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O sarcoma fibromixóide de RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P378) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Hérnia Interna Transmesentérica Congénita RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As hérnias abdominais internas são protusões de órgãos abdominais através de uma abertura peritoneal ou mesentérica normal ou anómala. Representam 5 a 10% das hérnias abdominais internas. São uma causa rara de oclusão intestinal ( Material e Métodos: Mulher, 82 anos, recorreu ao SU por dor abdominal generalizada, associada a obstipação e vómitos, com 7 dias de evolução. Ao exame objectivo apresentava abdómen distendido, depressível, com dor à palpação profunda periumbilical, sem defesa ou sinais de irritação peritoneal, com RHA diminuídos. Analiticamente com aumento parâmetros inflamatórios e IRA. Rx abdominal com esboço de níveis HA delgado. Realizou TC abdominopélvica: “distensão delgado, com níveis HA e pneumatose parietal”. A doente foi submetida a laparotomia exploradora, constatando-se necrose isquémica irreversível de todo o intestino delgado, condicionada por hérnia interna, por brecha (8cm) mesentérica do íleo distal, levando a formação de volvo. Procedeu-se ao encerramento da cavidade e certificou-se o óbito 5 horas após a cirurgia. Discussão: As causas da formação do defeito mesentérico, ainda permanecem incertas. Dado que as hérnias abdominais internas congénitas são entidades raras, o seu diagnóstico é um desafio para o cirurgião bem como para o radiologista. HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: baixo grau (Tumor de Evans) é uma neoplasia rara, mais comum em adultos jovens e de meia idade, frequentemente localizado nas extremidades inferiores mas que pode surgir noutros locais, como a parede torácica. Material e Métodos: Apresentamos o caso clínico de um doente de 88 anos, referenciado à consulta de Cirurgia Geral por uma tumefação na parede antero-lateral do hemitórax direito. O doente apresentava entre vários antecedentes a história de hemicolectomia direita por adenocarcinoma, há 2 anos. No estudo, este doente foi submetido a uma colonoscopia que identificou dois pólipos, cuja histologia revelou adenomas com displasia de baixo grau. Realizou também uma TAC tóraco-abdómino-pélvica, que revelou na parede torácica um nódulo sólido, com cerca de 32 x 15 mm de dimensões, sem evidente envolvimento da costela subjacente. A lesão foi biopsada, sendo o resultado compatível com fibromatose. Após discussão do caso em Consulta de Grupo Oncológico, foi decidida a exérese cirúrgica da referida lesão. Foi possível, sob sedação e anestesia local, uma resseção R0 da lesão, que não envolvia a costela. Resultados: A histologia da lesão revelou tratar-se de um sarcoma fibromixóide de baixo grau, sem envolvimento das margens cirúrgicas. Após revisão do caso por Oncologia foi decidido manter vigilância clínica. Discussão: A pertinência deste caso deve-se à raridade do diagnóstico, ao facto da idade do doente não ser a mais habitual e à diversidade de diagnósticos diferenciais. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Pele e tecidos moles Macedo Alves D. (1), Valverde J. (1), Vinagreiro M. (1), Ferreira F. (1), Silva A. O. (2), Taveira Gomes A. (1) Daniela Macedo Alves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P380) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Um caso de oclusão intestinal por metastização de melanoma maligno RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A metastização do melanoma maligno para o tracto gastrointestinal é frequente, mas a sua detecção é rara. O diagnóstico não implica cirurgia, a não ser que a apresentação clínica seja uma complicação aguda – oclusão intestinal, perfuração ou hemorragia. O objectivo deste trabalho consiste na apresentação de um caso clínico de oclusão intestinal por metástases de melanoma no intestino delgado. XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 175 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: Hospital de Braga CAPÍTULO: Síndrome de Bouveret AUTORES: Charlène Viana1, José Pedro Pinto1, Ana Cristina Material e Métodos: Descrição de caso clínico. Resultados: Os autores apresentam o caso de uma mulher de 84 anos, com antecedentes de melanoma maligno do membro inferior direito – submetida a exérese larga de lesão em 2011. Admitida no Serviço de Urgência por quadro clínico compatível com oclusão intestinal, com presença de abdómen agudo. Submetida a laparotomia exploradora urgente. Verificou-se a presença de neoplasia a cerca de 20 cm da válvula ileo-cecal, a condicionar invaginação ileo-ileal, com distensão de ansas a montante. Procedeu-se a enterectomia segmentar com anastomose semi-mecânica isoperistáltica. Durante o internamento evoluiu progressivamente na dieta com restabelecimento do trânsito intestinal. Ferida operatória complicada de infecção superficial, que manteve cuidados em regime de ambulatório. A histologia confirmou o diagnóstico de metástase de melanoma. Discussão: O diagnóstico de metastização de melanoma para o intestino delgado é mais frequente pela apresentação de sintomatologia aguda. Neste caso, apesar do mau prognóstico, a cirurgia permitiu uma adequada paliação, com melhoria da qualidade de vida da doente. Centro Hospitalar do Porto, EPE Melanoma Filomena Soares, Pedro Nuno Brandão, Raquel da Inez Correia, Vítor Valente, José Polónia Maria Filomena Soares Moreira da Ressurreição [email protected] Ribeiro1, Humberto Cristino1, Mesquita Rodrigues1, 2, Pedro Leão1, 3 CONTACTO: Charlène Viana EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P382) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Tuberculose peritoneal: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A tuberculose peritoneal (TP) RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P381) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Sindrome de Bouveret: Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O íleus biliar é causa de oclu- são intestinal mecânica em 1 a 4% dos casos. A maioria ocorre a nível do íleo terminal ou da válvula ileo-cecal contudo, em <5% dos casos, forma-se uma fístula colecisto-duodenal com consequente obstrução ao esvaziamento gástrico, o denominado Síndrome de Bouveret. Dada a raridade desta entidade o diagnóstico é, muitas vezes, tardio, estando associado a uma elevada morbi-mortalidade. Material e Métodos: Relato de caso clínico e revisão bibliográfica sobre o tema. Resultados: Homem de 99 anos, previamente autónomo admitido por quadro de vómitos incoercíveis e emagrecimento com duas semanas de evolução.Fez TAC abdominal que mostrou cálculo biliar com 30mm na primeira porção do duodeno e aerobilia. Realizou EDA que confirmou a presença de obstrução de D1 devido a cálculo biliar, não passível de remoção endoscópica. Foi submetido a intervenção cirúrgica tendo-se comprovado intraoperatoriamente Síndrome de Bouveret e removido o cálculo por gastrotomia. No pós-operatório foi admitido em UCI tendo acabado por falecer por disfunção multiorgânica ao 4º dia de pós operatório. Discussão: O Síndrome de Bouveret é uma forma rara de ileus biliar que, por si só, já é uma causa invulgar de oclusão intestinal. Todavia, deve ser diagnóstico diferencial perante uma situação de oclusão com obstrução ao esvaziamento gástrico. A maioria dos doentes tem idade avançada e múltiplas comorbilidades pelo que, um alto índice de suspeição e a instituição de tratamento precoce são fundamentais na melhoria do prognóstico. HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: constitui 12% dos casos de tuberculose extrapulmonar e 1-3% do total de casos. O diagnóstico é difícil dada a apresentação insidiosa e as limitações dos exames complementares de diagnóstico disponíveis. O exame cultural do líquido ascítico ou o exame histológico de biópsias peritoneais constituem a forma de diagnóstico de eleição. O bom prognóstico depende do diagnóstico precoce e início atempado da terapêutica antibacilar. Apresenta-se um caso clínico demonstrativo de uma forma de apresentação incomum de uma doença rara. Resultados: Doente do sexo masculino, 24 anos, saudável, recorreu ao serviço de urgência por dor abdominal, vómitos e anorexia com 3 dias de evolução. Apresentava dor generalizada à palpação abdominal, com contratura nos quadrantes direitos. Aumento dos parâmetros inflamatórios nas análises e, na ecografia abdominal, volumoso derrame peritoneal, não homogéneo, com hiper-reflectividade da gordura abdominal. Foi submetido a laparotomia exploradora por quadro de abdómen agudo. Observou-se uma peritonite difusa, com nódulos peritoneais disseminados. Realizaram-se colheitas de líquido ascítico e biópsias peritoneais cujo exame histológico confirmou o diagnóstico de tuberculose peritoneal. Realizou posteriormente TC toraco-abdomino-pélvica que não demonstrou adenopatias ou alterações torácicas. Iniciou terapêutica antibacilar com melhoria do quadro clínico, apresentando boa tolerância ao tratamento dois meses após início do tratamento. Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Tuberculose peritoneal Catarina Soares Ribeiro, Teresa Santos, Daniela Machado, Rita Lages, Marta Serra, Filipe Ribeiro, Sandra Cordeiro, António Oliveira, Amélia Vieira. Catarina Soares Ribeiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P383) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Massa tumoral retro-peritoneal – uma forma rara de apresentação de seminoma oculto RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores de células germi- nativas são as neoplasias malignas mais frequentes no homem entre os 15 e os 35 anos, dos quais 45% são seminomas. Manifestam-se habitualmente por uma massa testicular palpável e dolorosa, e apenas Revista Portuguesa de Cirurgia 176 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: em 1-2, 5% têm uma origem extra-gonadal. A forma de apresentação retroperitoneal é habitualmente secundária a uma localização testicular. Material e Métodos: Homem de 44 anos, com quadro de dor progressiva na região lombo-sagrada. Sem alterações ao exame físico, realizou uma ecografia abdominal que revelou um conglomerado adenopático lombo-aórtico esquerdo, a condicionar compressão do ureter no terço proximal, tendo-lhe sido realizada uma nefrostomia percutânea. Realizou de seguida uma TC abdominal, que confirmou os achados ecográficos. Ecografia escrotal sem alterações. Submeteu-se a biópsia guiada por TC que apenas revelou presença de tecido necrótico, inadequado para diagnóstico. Marcadores tumorais negativos. Sem diagnóstico definido, foi submetido a laparotomia com excisão radical da lesão, a qual se veio a revelar tratar-se de metastização ganglionar compatível com seminoma. Repete ecografia escrotal, que apenas revelou textura heterogénea do testículo esquerdo, sem nódulos definidos. Foi submetido a orquidectomia esquerda, cujo EAP foi compatível com seminoma em “burn-out”. Actualmente bem, sob QT adjuvante com BEP. Discussão: O caso exposto salienta um exemplo de seminoma com sintomatologia inicial atípica, do qual resultou um diagnóstico a partir já de uma lesão secundária. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cavidade retro-peritoneal Fernando J. Azevedo, Alexandre Monteiro, Manuel Rosete, Guilherme Tralhão, F. Castro e Sousa Fernando J. Azevedo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P385) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: Textiloma intra-abdominal: a propósito de 2 casos clínicos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na literatura científica, a des- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P384) SESSÃO P-VÁRIOS 4 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: TÍTULO: Transformação maligna de um sinus pilonidalis RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Este trabalho tem como objec- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tivo apresentar um caso clinico de um doente de 40 anos de idade com história pessoal conhecida de sinus pilonidalis sacrococcígeo, observado em contexto de urgência por episódio de infecção do mesmo, em Janeiro de 2012. O doente apresentou uma evolução clinica desfavorável, com necessidade de múltiplas drenagens e desbridamentos cirúrgicos, motivando a realização de biopsias, tendo a última das quais revelado a presença de carcinoma epidermóide. Procedeu-se a análise retrospectiva do processo clinico do doente e uma revisão da literatura. A degeneração maligna do sinus pilonidalis é extremamente rara, sendo o carcinoma epidermóide o tipo histológico mais comum. Atendendo à elevada taxa de morbimortalidade associada a esta patologia, é indispensável um elevado grau de suspeita clinica, bem como diagnóstico e tratamento precoces. Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE Patologia da pele e tecidos moles Nuno Mendonça; Filipa Caldeira; Sara Patrocinio; Miguel Tomé; Zara Caetano Nuno Mendonça [email protected] CONTACTO: EMAIL: crição de casos clínicos de corpos estranhos em cavidades corporais é escassa, provavelmente pelas implicações legais que estas situações podem envolver. O corpo estranho mais frequentemente esquecido é a compressa (45-80% dos casos), sendo conhecido por textiloma. Resultados: Caso 1: Doente do género masculino, de 69 anos, com antecedentes de colecistectomia por laparotomia de Kocher electiva, há 19 anos, por colelitíase sintomática. Por achado imagiológico em ecografia abdominal, com imagem quística não pura no hipocôndrio direito, confirmado por TC, foi submetido electivamente à exérese do quisto. O resultado histopatológico revelou um granuloma de corpo estranho encapsulado, com 10, 5cm de maior diâmetro. Teve alta clinicamente bem. Caso 2: Doente do género feminino, de 49 anos, com antecedentes cirúrgicos de cesariana, há 4 anos. Recorreu à urgência por dor intensa nos quadrantes abdominais superiores, apresentando uma massa dura e dolorosa à palpação no flanco esquerdo. Na TC detectou-se um textiloma justa-aponevrótico, desviando as ansas intestinais. Foi submetida de urgência a uma laparotomia exploradora e exérese do tumor inflamatório com ressecção em bloco da trompa esquerda. O resultado histopatológico revelou um tumor inflamatório de corpo estranho peri-tubário, com 12cm de maior diâmetro. Teve alta clinicamente bem. Discussão: A presença de corpos estranhos intra-abdominais, nomeadamente de textilomas, está associada a morbilidade/mortalidade importantes. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Granuloma de corpo estranho Marta Sousa, Pedro Fidalgo, Carlos Ascensão, Cristina Maia Santos, Vítor Pereira Marta Sofia Farinha Capelo de Sousa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P386) SESSÃO P-VÁRIOS 4 TÍTULO: O Estranho Caso de um Tumor Cístico Abdominal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: Alguns tumores mucinosos ováricos incomuns foram recentemente denominados de “seromucinosos” por apresentarem também característica de tumor seroso. Os tumores boderline são cerca de 15% de todos os tumores ováricos epiteliais. A idade de ocorrência é mais precoce 10 anos em relação ao cancro de ovário. A etiologia não está bem esclarecida. Objetivo: Demonstrar o trajeto clínico de um tumor cístico abdominal, que só a partir do ato cirúrgico se esclarece sua origem. Material e Métodos: Caso Clínico: Mulher, 71 anos, com múltiplas cormobidades, referenciada por ginecologia, com provável lesão de seroma peritoneal no contexto de pó-operatório de Histerectomia Anexotomia bilateral acerca de 30 anos. Fez drenagens percutaneas, devido estar sintomática, cujo citológico revelou não existir XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 177 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 3 CAPÍTULO: Falência Intestinal e Nutrição Parentérica AUTORES: Beatriz Caldeira1, Eduardo Lima da Costa1, Cristina elementos celulares. Nos exames de imagens (TC e RMN) mostram lesão cística, pélvica, estendendo-se a cavidade abdominal medindo cerca de 18, 3 X 15, 2 X 22 cm (longitudinal X antero-posterior X latero-lateral). Submetida a exérese de volumoso tumor cístico abdominal, de origem em região anexial esquerda e fímbrias de trompas visíveis. Resultados: A histologia revelou tumor boderline seromucinoso. Citologia negativa para células malignas. Discussão: Conclusão: Os tumores seromucinosos, podem ser classificados de tumores proliferativos atípicos para carcinoma invasivo. Seu comportamento clinico não é tão agressivo quanto o de outros tipos. A terapia adjuvante é necessária para pacientes com factores de mau prognóstico. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Cirurgia Geral/Ginecologia Rosa Saraiva; Jorge Valverde; Rita Peixoto; Maria João Lima; Daniela Macedo Alves; Joana Correia; Ana Teixeira; António Taveira Gomes, João Pinto Rosa Maria de Lima Monteiro Saraiva [email protected] 06-03-2015 Teixeira2, José Costa Maia1 CONTACTO: Ana Beatriz Mendes Caldeira EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P388) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Sazonalidade do Sinus Pilonidalis Sacro-Coccígeo complicado de abcesso – um resultado inesperado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A infecção do sinus pilonidalis 17H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P387) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Falência Intestinal e Nutrição Parentérica Domiciliá- ria: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Ao longo das últimas décadas temos assistido à implementação de programas de Nutrição Parentérica Domiciliária (NPD), sobretudo no EUA (100 -180 dts/milhão hab) mas também na Europa, destacando-se aqui a Dinamarca, Holanda e RU(2-40 dts/milhão hab). Resultados: Dte sexo feminino, 38 A, internada no S. Dças Infecciosas por retinite a CMV em contexto de infecção HIV.Três dias após a admissão desenvolve quadro de isquemia mesentérica.Submetida a LE, foi realizada enterectomia subtotal (preservação 40 cm proximais de jejuno) com estoma terminal e fístula mucosa do cólon. Reconstituição do trânsito restabelecida em 2º tempo após estabilização clínica. Perante insuficiência intestinal tipo 3, foi inserida em Programa de NPDActualmente encontra-se bem, mantendo vigilância clínica e laboratorial neste Centro, não se registando intercorrências até ao momento. Discussão: A falência intestinal define-se cm incapacidade do intestino absorver adequadamente os nutrientes major, electrólitos e água de modo a manter a integridade da composição corporal e 1 função normal.Divide-se em 3 Tipos:1e2 (duração < ou > 28 dias) e3(admitida cm irreversível).A NPD veio mudar o conceito da impossibilidade de substituição intestinal em caso de falência tipo3, provando a possibilidade de qualidade de vida e mm capacidade de trabalho em dts nesta situação.À semelhança da diálise peritoneal, a possibilidade de se transferir para o domicílio a substituição intestinal, conduz a vantagens, ganhos económicos e a 1 mudança de paradigma nesta área HOSPITAL: Centro Hospitalar de São João, EPE HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: sacro-coccígeo (SPSC ) e a formação de abcesso é um motivo frequente de admissão no serviço de urgência. Sendo a infecção de SPSC, uma infecção da pele e partes moles, é expectável que apresente variação sazonal, conforme descrito para outras infecções cutâneas. OBJECTIVO Avaliar a incidência e sazonalidade da infecção do SPSC. Hipótese: o SPSC complicado de abcesso apresenta um pico de incidência no verão. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de doentes admitidos 2010-2013 por episódio inaugural de SPSC complicado de abcesso (ICD-9: 6850). Foram excluídas recidivas e admissões electivas. Analisou-se a relação entre incidência de SPSC e valores de variáveis climatológicas (temperatura mínima e máxima, precipitação, humidade relativa e pressão atmosférica) – consulta de arquivo meteorológico instituto português mar e atmosfera; análise estatística programa STATA. Resultados: Foram analisados 250 doentes, maioria sexo masculino, idade média 26 anos. Verificou-se um padrão de sazonalidade, consistente para os 4 anos analisados, com três picos anuais de incidência: Fevereiro-Março, Junho-Julho e Outubro-Novembro. Não se verificou correlação com as variáveis climatológicas. Discussão: Esta é, no nosso conhecimento, a primeira descrição da sazonalidade do SPSC infectado complicado de abcesso. Verificou-se um padrão sazonal com três picos, consistente nos vários anos, sem relação com clima – semelhante ao descrito para outras entidades nosológicas – e de difícil explicação e enquadramento. Hospital Garcia de Orta, EPE Incidência e sazonalidade de Sinus Pilonidalis Margarida Ferreira, Nuno Carvalho, Filipa Eiró, Gabriela Machado, Rui Branco, António Folgado, Rui Lebre Margarida Silva Ferreira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P389) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Oclusão Intestinal por Adenocarcinoma do Ileo: Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do intestino del- gado são raros, sendo que o Adenocarcinoma representa 50% dos tumores deste segmento do tubo digestivo. Localiza-se maioritariamente nos segmentos proximais do intestino delgado (> 50% no duodeno e raramente no íleo). Pode apresentar-se com sintomas GI inespecíficos (emagrecimento, anemia e dor Revista Portuguesa de Cirurgia 178 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: abdominal) ou com oclusão ou perfuração intestinal. O diagnóstico geralmente é intra-operatório, numa fase avançada da doença. Resultados: O caso clínico trata-se de uma doente de 63 anos seguida em consulta de Gastroenterologia por anemia, dispepsia e vómitos. Neste contexto, realizou EDA, colonoscopia e TC abdomino-pélvica (TC-AP) que não mostraram alterações significativas. Aguardava realizar enterografia por TC quando recorreu ao SU por dor abdominal e vómitos incoercíveis. Tinha defesa abdominal à palpação. O Rx abdominal tinha vários níveis hidroaéreos de delgado e a TC-AP visualizou plastron na FID. Perante quadro de oclusão intestinal, foi submetida a laparotomia exploradora que constatou a presença de tumor estenosante do íleo e de adenopatia calcificada, sendo realizada enterectomia e linfadenectomia local. A anatomia-patológica da peça operatória foi de Adenocarcinoma ileal com metastização ganglionar. Foi orientada para consulta de oncologia onde iniciou QT. Discussão: Este caso reveste-se de particular importância pela raridade do adenocarcinoma no íleo, bem como pelas manifestações inespecíficas que requerem alto grau de suspeita. Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE intestino delgado Jessica Neves, Filipa Santos, Henrique Morais, Hugo Ribeiro, João Pinho, Vera Vieira, Nuno Azenha, Isabel Borges, Alice Fonseca, Raquel Oliveira, Lucilia Conceição, Amândio Matos, José Cecílio Jessica Antunes Neves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P391) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Casuística Operatória de Cancro do Reto – 4 Anos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A possibilidade de melhorar a RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P390) SESSÃO P-VÁRIOS 5 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: TÍTULO: Casuística de GIST submetidos a cirurgia em 10 anos (2005-2014), na ULSBA, Beja RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tumor do estroma gastroin- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: CONTACTO: EMAIL: testinal (GIST) é uma entidade rara, sendo no entanto o tumor mesenquimatoso mais frequente no trato gastrointestinal. O objectivo deste trabalho é a apresentação da casuística de GIST submetidos a cirurgia no Serviço de Cirurgia Geral em 10 anos (2005-2014). Material e Métodos: Consulta de processos clínicos e relatórios de anatomia patológica. Resultados: Apresentam-se 20 casos de GIST. Analisam-se os seguintes parâmetros: idade, género, forma de apresentação, localização, terapêutica efectuada e follow-up. A idade média de apresentação foi aos 72 anos, com predomínio do género masculino. Na amostra estudada o local de origem mais frequente foi o estômago. Discussão: Este estudo vem confirmar que os GIST são tumores pouco frequentes. Existiram duas recidivas (GIST do delgado). Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE Tumor do estroma gastrointestinal Jervis, Maria João; Matoso, João; Febra, Pedro; Candeias, Maria Regina Maria João Jervis [email protected] abordagem do tratamento cirúrgico do cancro do reto é uma preocupação permanente dos cirurgiões. A revisão casuística permite ter noção da qualidade do tratamento efetuado e prever a necessidade de mudança de estratégia para oferecer o melhor aos doentes. Material e Métodos: Análise retrospectiva através da consulta dos processos clínicos. Utilização do software SPSS v.22. Breve revisão bibliográfica para comparação multiséries. Foram incluídos doentes submetidos a cirurgia de resseção de cancro retal de Julho de 2009 a Junho de 2013 e excluídos aqueles submetidos apenas a tratamento médico e estoma derivativo. Apresentam-se a análise descritiva da série, as curvas de sobrevivência e recidiva, a comparação multiséries e as conclusões. Resultados: Foram operados 188 doentes. A média de internamento foi de 11 dias, com mediana de 9. 18% dos doentes foram submetidos a neoadjuvância com 21% de resposta completa. 40% procedimentos foram efectuados por laparoscopia com 12.2% de taxa de conversão. A taxa de morbilidade foi de 30.3% (7.4% de complicações anastomóticas). A taxa de reintervenção foi de 13.3%. A taxa de mortalidade aos 30 dias foi de 3.2%. Houve menor nº de complicações pós-operatórias na cirurgia laparoscópica. O nº médio de gânglios ressecados foi de 13. Houve 30 casos de recidiva, com tempo médio de recidiva local de 40 meses e tempo médio de disseminação metastática de 26 meses. A sobrevida aos 5 anos foi de 71.5%. Discussão: Os resultados foram sobreponíveis às séries publicadas. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Casuística operatória A. Couceiro (1), R. Malaquias (2), S. Amado (1), M.J. Alves (2), M. Coelho dos Santos (1), V. Faria (2) Ana dos Santos Couceiro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P392) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Laparostomias: um longo caminho a percorrer RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O conceito de controlo de dano surgiu na década de 90, para traumatismos graves, mas rapidamente se expandiu para a sépsis abdominal. As laparostomias permitem facilidade no acesso à cavidade abdominal para controlo do foco. Apesar dos benefícios que lhe são reconhecidos, a morbimortalidade entre estudos não é consensual. Material e Métodos: Análise retrospectiva da mortalidade, morbilidade e taxa de encerramento primário da aponevrose em doentes submetidos a laparostomia entre Jan/2009 e Jun/2014 e possíveis factores de risco peri-operatórios. Resultados: Dos 56 doentes (55% homens), a idade média foi 58 anos e o score ASA>=3. As indicações mais comuns foram peritonite, pancreatite aguda e isquemia mesentérica. A laparostomia em 78% dos casos foi assistida por vácuo. A mortalidade intra-hospitalar foi 66%. O encerramento da aponevrose XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 179 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: no mesmo internamento foi possível em 45, 5%, numa mediana de 6 dias (0-120). Foram relatadas 13 complicações (fístulas, abcessos, evisceração e hérnias incisionais). Os doentes com idade superior a 65 anos apresentaram maior mortalidade (p=0.038) e menor encerramento definitivo (p=0.076), enquanto doentes com internamentos na UCI superiores a 1 mês tiveram mais complicações (p=0.011). Discussão: A cirurgia de controlo de dano é uma estratégia cada vez mais reconhecida como “life-saving”, mas associada a complicações e internamento prolongado. Apesar dos seus benefícios, a taxa de mortalidade ainda é alta nestes doentes críticos, causada na maior parte das vezes por falência multi-orgânica. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia de urgência Marina Morais, Renato Melo, Vítor Devesa, J Costa-Maia Marina Morais [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P394) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Simpaticectomia toracoscópica bilateral por hiper- -hidrose primária: 3 anos de casuística RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivos/Introdução: A hiper- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P393) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: A Colecistectomia Laparoscópica em Regime de RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Ambulatório sem Pernoita é Segura e Satisfatória para os Doentes? Objectivo/Introduçâo: A Colecistectomia Laparoscópica tem-se difundido como uma intervenção cirúrgica segura. Pretende-se avaliar os resultados das colecistectomias realizadas em regime de ambulatório, sem pernoita, numa Unidade de Cirurgia de Ambulatório (UCA). Material e Métodos: Realizaram-se 100 colecistectomias laparoscópicas entre 1/7/2012 e 30/06/2014, programadas para regime de ambulatório sem pernoita, de acordo com critérios pré-definidos. Às 24h de pós-operatório realizou-se um telefonema para detectar complicações. Realizou-se, posteriormente, um inquérito de satisfação aos doentes. Resultados: Cem doentes submetidos a colecistectomia laparoscópica, 79% mulheres, idade média de 47, 81±12, 28(20-75)anos; 72% ASA II, 25% ASA I e 3% ASA III. 43% tinham história de cólica biliar, 4% de colecistite aguda, 53% de queixas dispépticas litíase vesicular. A duração da intervenção foi de 56, 35±19, 31(20-130)minutos. A taxa de conversão foi de 1%. Um doente pernoitou no hospital, os restantes permaneceram no recobro 326, 72±84, 62(155-560) minutos. Ocorreu morbilidade em 3% (Dindo-Clavien I), tendo 2 doentes acorrido ao Serviço de Urgência. Não houve re-admissões, nem mortalidade. 97% ficaram satisfeitos com o regime utilizado no tratamento. A catamenese foi de 209, 83±197, 62 dias. Discussão: A colecistectomia laparoscópica em regime de ambulatório sem pernoita mostrou-se uma intervenção segura, que garantiu resultados semelhantes aos descritos em regime de internamento; 97% dos doentes operados mostraram satisfação com a metodologia utilizada. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia de Ambulatório Marisa Tomé, Fernando Azevedo, Gorete Jorge, J Guilherme Tralhão, Francisco Castro e Sousa Marisa Isabel Trindade Tomé Marques Alves [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: -hidrose primária (HP) é uma patologia que afeta 1-2% da população, e embora não sendo ameaçadora de vida, causa enormes dificuldades sociais/profissionais/ psicológicas.É, portanto, imperativo optar precocem/ pela melhor estratégia terapêutica, a fim de melhorar a qualidade de vida do doente.Considerando q o tx médico é frequentem/ineficaz e c/importantes efeitos adversos, a simpaticectomia toracoscópica (ST) assume-se, atualm/, como o tx de referência, apresentando resultados favoráveis e um elevado grau de satisfação do doente. Este trabalho tem como objetivos avaliar a eficácia da ST em doentes com HP tendo por base o alívio dos sintomas, a hipersudorese compensatória e o grau de satisfação após cx.Entre Jan/11 e Dez/13, um total de 37 doentes (24 do sexo fem., idade média 27 anos)foram submetidos a ST bilateral. O período médio de seguim/o foi de 26 meses, apresentando como indicação cx mais frequente a hiperhidrose palmar.A taxa de sudorese residual foi de 27% e de hipersudorese compensatória de 92%.Apesar deste valor, 92% dos doentes repetiriam cx, apresentando-se muito satisfeitos c/os resultados obtidos. Realizou-se um inquérito de satisfação após cx ao qual responderam 26 doentes. A casuística observada realça a importância da ST como tx adequado na abordagem da HP, assim como a necessidade de informação pré-op.dada ao doente sobre a elevada taxa de sudorese compensatória. A melhoria acentuada da qualidade de vida dos doentes torna evidente esta opção terapêutica. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Simpaticectomia toracoscópica bilateral por hiperhidrose primária Leonor Matos, Isabel Caldas, Ana Marta Pereira, Luciana Costa, Tiago Ferreira, António José Reis, Rui Ferreira de Almeida, Artur Trovão Lima, Mário Nora Maria Leonor Sampaio Maia Pereira de Matos [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P395) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Colecistite aguda com mais de 72 h de evolução. Quem e quando operar? Introdução: A controvérsia, relativamente ao momento ideal para submeter um doente com colecistite aguda a intervenção cirúrgica, continua presente. Existe uma tendência de operar os doentes com 48-72h de evolução e de fazer terapêutica médica >72h de evolução. A evolução clínica deste último grupo nem sempre é favorável, tendo alguns destes doentes que ser operados durante o internamento. Não existe evidência científica que permita decidir de forma homogénea que doentes operar, nem critérios que nos permitam prever quais os doentes que potencialmente não vão responder à terapia antibiótica. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Revista Portuguesa de Cirurgia 180 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Objectivo: O objectivo deste projecto é utilizar técnicas de aprendizagem automática para estabelecer os critérios de indicação cirúrgica. Material e Métodos: Material e Métodos: A aprendizagem automática (machine learning) foi utilizada com sucesso em problemas clínicos, nomeadamente na sepsis em contexto de urgência e na predição de sobrevivência das doenças oncológicas. Neste projecto vão ser desenvolvidas vários classificadores com base nos dados dos doentes. Por exemplo, o objectivo de um dado classificador vai ser prever o momento ideal para operar um doente que apresenta >72h de evolução. Serão desenvolvidos algoritmos que permitam resposta às questões colocadas e à dificuldades técnicas que este tipo de questões levanta: poucos dados para treinar o sistema, dados não balanceados, função de custo não trivial para o algoritmo (o peso de um falso positivo é diferente do peso de um falso negativo). Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Decisão em cirurgia Teresa Cabral Braga; João V. Graça; J. C. Mendes de Almeida Teresa Cabral Braga [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P397) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Terapêutica de Oclusão Intestinal: Laparoscopia RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os bezoares resultam da acu- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P396) SESSÃO P-VÁRIOS 5 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: TÍTULO: Tumores Neuroendócrinos do apendice ileocecal: a propósito de 2 casos clinicos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O tumor carcinoide embora HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: raro, é o tipo histológico mais frequente no apêndice ileocecal.O pico incidência ocorre 3ª-4ª décadas, mas podem ocorrer em qualquer idade, inclusive em crianças.Na sua maioria são um achado incidental apos uma apendicectomia por apendicite aguda, sendo diagnosticados histologicamente.São indolentes e as metastases(T>2cm) são habitualmente locoregionais. Geralmente o prognóstico é excelente se doença local. Em tumores Discussão: Em 280 apendicectomias realizadas em 21 meses, foram diagnosticados incidentalmente 2 casos de tumores neuroendocrinos em mulheres com 12 e 53 anos.Ambas foram sujeitas a apendicectomia urgente por clinica de apendicite aguda com 2 e 5 dias de evolução respectivamente sem mais sintomatologia.O diagnóstico histológico da primeira foi tumor neuroendocrino com 2mm de diâmetro e localização incomum, o corpo do apêndice e na segunda um tumor de 1, 5cm no apex.Em ambas, dada a localização, o tamanho tumoral e margens livres, a apendicectomia foi curativa.Da análise dos dados e segundo a literatura, verificou se que estes tumores são os mais frequentes no apêndice ocorrendo principalmente mulheres e as localizações mais comuns são o apex e base seguindo se o corpo.em tumores Hospital de Vila Franca de Xira Casos Clinicos Alves M., Salgueiro T. Magda Teresa Varelas Alves [email protected] mulação de materiais não digeridos no lúmen do tubo digestivo. São classificados de acordo com a sua composição. Fitobezoares são compostos por matéria vegetal e são o tipo mais frequente. Entre os factores de risco destacam-se as alterações da anatomia e/ou motilidade do tracto gastrointestinal, ausência de dentição e ingestão abundante de alimentos ricos em fibras. Quando presentes podem estar associados a inúmeras complicações como oclusão intestinal. Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 63 anos de idade, que recorreu ao SU por dor e distensão abdominal, vómitos e náuseas com início no próprio dia, e ao EO apresentava abdómen doloroso à palpação mas sem reacção peritoneal. Analiticamente destacava-se leucocitose e neutrofilia ligeira. O Rx simples do abdómen em pé mostrou distensão intestinal e a ecografia abdominal superior revelou sinais de provável oclusão/ sub-oclusão, confirmada posteriormente por tomografia computorizada abdominal que sugeriu bezoar impactado no íleon. Optou-se por laparoscopia exploradora, com remoção de fitobezoar do íleon e resolução da oclusão intestinal por laparoscopia (vídeo). Hospital de Vila Franca de Xira Cirurgia do intestino delgado Morgado M, Queimado H, Ramos L, Rodrigues F. Miguel Morgado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P398) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Adenocarcinoma do Delgado – Revisão de Casos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O adenocarcinoma primário do intestino delgado representa menos de 2% de todas as neoplasias do tubo digestivo.Os sintomas inespecíficos condicionam um diagnóstico tardio e assim um pior prognóstico.O presente trabalho pretende rever e analisar a experiência da nossa instituição na abordagem desta rara condição. Material e Métodos: Revisão retrospetiva dos doentes diagnosticados com adenocarcinoma primário do delgado entre 1995 e 2014. Analisadas variáveis como apresentação clínica, meios de diagnóstico, abordagem terapêutica, procedimentos cirúrgicos, tratamento adjuvante e sobrevida. Resultados: O estudo incluiu 8 doentes, com uma média de idades de 64, 1 anos.Os sintomas mais comuns à apresentação foram dor abdominal e vómitos.Tumores localizados no duodeno(5), jejuno(2) e íleon(1). Seis doentes submetidos a cirurgia, 5 com intuito curativo e apenas 1 com caráter urgente.O tratamento cirúrgico foi a enterectomia segmentar(3);resseção ileocólica(1 );gastrojejunostomia(1) e duodenopancreatectomia(1). Tratamento adjuvante com quimioterapia(4) e radioterapia (1).Sobrevida global de 46, 5 meses com 4 casos de mortalidade por progressão da doença. Discussão: O diagnóstico precoce do adenocarcinoma do delgado é crucial para a resseção cirúrgica radical, o único trata- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 181 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mento potencialmente curativo.A sua raridade dificulta a acumulação de evidência para estabelecer guidelines de abordagem terapêutica.A análise de séries de casos de cada centro é importante para um maior conhecimento acerca desta entidade Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE Tumores do Delgado Ana Teresa Bernardo, Luís Amaral, Rui Quintanilha, Vítor Carneiro, António Silva Melo Ana Teresa Bernardo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P399) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Tumores do Estroma Gastrointestinal – Casuística de 5 Anos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gas- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: trointestinal (GIST) são raros e de apresentação clínica variável. O prognóstico depende do índice mitótico, tamanho e localização. A cirurgia é potencialmente curativa, o imatinib é útil, como adjuvante, nos doentes de risco intermédio/alto e está indicado na doença localmente avançada e/ou metastática. Material e Métodos: No sentido de coligir a experiência do serviço – estudo retrospectivo dos doentes com GIST diagnosticados entre Jan/2010 e Nov/2014. Resultados: Diagnosticados 15 doentes com média de 70 anos, 12 do sexo feminino. A apresentação clínica foi variável, desde achado incidental a choque hemorrágico. A TAC foi o exame de maior utilidade, a ecografia apenas identificou a lesão em 50% dos casos. A maioria dos tumores localizava-se no jejuno/ileon (47%). 14 doentes foram operados e as dimensões tumorais variaram de 1-19cm. A estratificação de risco pós-operatória definiu 7 casos de alto risco e a realização de terapêutica adjuvante. O seguimento médio foi de 17 meses (0 a 52 meses), com um doente falecido sem cirurgia (complicação médica após o diagnóstico), um óbito pós-operatório e outro aos 12 meses por doença não relacionada. Discussão: Apesar da raridade dos GIST, nesta série foi evidente a variedade de apresentações clínicas e comportamento de acordo com os factores de prognóstico. A terapêutica médica, além da eficácia adjuvante, pode, a título paliativo, permitir a manutenção do controle prolongado de doenças avançadas com boa qualidade de vida, como ocorreu em duas doentes. Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Tumores do Estroma Gastrointestinal Machado D., Santos T., Ribeiro C., Serra M., Lages R., Rosmaninho F., Esteves J., Moreira R., Oliveira E. Daniela Machado [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: contexto de úlceras de perna refratárias à terapêutica (UPRT). Introdução: UM refere-se a degeneração neoplásica que pode complicar úlceras de várias etiologias. Deve ser suspeitada e excluída em caso de UPRT. O conhecimento das suas características clínicas permite ao cirurgião ter um elevado índice de suspeição e identifica-la precocemente. Material e Métodos: Material e métodos: descrição dos casos clínicos de UM identificados em doentes com UPRT, por um período de 2 anos. Fotografias dos casos. Revisão da bibliografia. Resultados: Resultados: em 2 anos, foram identificados e tratados 4 casos de UM. Procedeu-se a excisão alargada das lesões, com conservação do membro em 2 doentes e amputação por invasão óssea em 2 casos. Discussão: Discussão/Conclusão: A identificação dos sinais clínicos de suspeição de malignidade é importante para um diagnóstico precoce, que evite a necessidade de amputação, com melhoria da qualidade de vida do doente. Estes sinais clínicos são: bordos irregulares e elevados, tecido de granulação exuberante, úlcera que surge em local de cicatriz, etc. Biópsias da lesão fornecem diagnóstico definitivo. O estadiamento requer avaliação de eventual invasão óssea, ganglionar e presença de metastização à distância. O tratamento é a excisão alargada. A amputação é necessária em caso de invasão óssea ou fístula de osteomielite. A invasão ganglionar impõe esvaziamento ganglionar dos linfáticos que drenam a região afetada. Centro Hospitalar Lisboa Central Neoplasia em úlcera de perna Virgínia Sousa (1); José Neves (2); Ana Formiga (2); Joana Cabete (1); Sara Campos (1); Daniela Cavadas (2); Miguel Onofre (2); Joana Figueiredo (2) Virgínia Coelho de Sousa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P401) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Perfuração septada de Diverticulo do jejuno – A pro- pósito de um caso clinico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A doença diverticular do intes- tino delgado é uma doença rara, tendo a jejunal uma incidência descrita de 0, 1 a 1, 4%. Maioritariamente, é composta por pseudodiverticulos, sendo raramente sintomática. Caso: doente do sexo masculino, 84 anos de idade, recorre ao serviço de urgência com queixas de dor abdominal mais acentuada nos quadrantes esquerdos e febre com uma semana de evolução. Analiticamente apresentava parâmetros inflamatórios aumentados e imagiologicamente perfuração septada do intestino delgado. Neste contexto, é submetido a laparotomia tendo-se procedido a resseção de massa inflamatória jejunal. O exame anatomopatológico da peça revelou, uma perfuração de diverticulo jejunal em contexto de doença diverticular do jejuno. A agudização da doença diverticular jejunal é uma entidade rara e de difícil diagnóstico. A mortalidade associada a perfuração é de 40%, sendo importante um diagnóstico e tratamento precoces. HOSPITAL: Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE CAPÍTULO: Patologia do Intestino delgado RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P400) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Úlcera de Marjolin: patologia a excluir em úlceras crónicas refratárias RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objetivo: descrever a úlcera de Marjolin (UM) como entidade clínica rara importante no Revista Portuguesa de Cirurgia 182 AUTORES: Nuno Mendonça; Sara Patrocinio; Filipa Caldeira; Miguel Tome; Zara Caetano CONTACTO: Nuno Gonçalo Gonçalves de Mendonça EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P402) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Mesotelioma Peritoneal Maligno: Causa rara de ascite RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O mesotelioma é uma doença HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: maligna que envolve as membranas serosas. O mesotelioma peritoneal maligno (MPM) é o segundo mais frequente, responsável por 10 a 15% dos casos. Doença rara, agressiva e geralmente relacionada com a exposição ocupacional ao asbesto. Os sintomas são inespecíficos e o nível de suspeição clinica é baixo. Exposição de um caso sobre uma patologia cirúrgica pouco frequente. Material e Métodos: Processo clínico do doente. Resultados: Homem de 64 anos, reformado de mineiro, com dor e distensão abdominal com um mês de evolução, associada a infrequência defecatória e perda ponderal. O abdómen estava distendido com ascite de médio volume. A TC mostrou líquido livre, múltiplos nódulos peritoneais e massa volumosa adjacente a transição rectosigmoideia. O estudo citológico do líquido peritoneal não mostrou células malignas. O estudo endoscópico digestivo foi normal. Por agravamento clínico foi decidida laparotomia exploradora, confirmando-se os achados imagiológicos e realizadas biópsias que revelaram MPM. Proposta quimioterapia paliativa. Discussão: A maioria dos casos de MPM tem envolvimento peritoneal difuso. A morbilidade e mortalidade estão relacionadas com a progressão da doença peritoneal. Doentes seleccionados podem ser submetidos a cirurgia de citorredução associada a quimioterapia hipertermica intraperitoneal. A quimioterapia citotóxica é uma opção terapêutica razoável para os doentes sem indicação para tratamento cirúrgico. Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE Mesotelioma Maligno Peritoneal Ana Melo, Cátia Ferreira, Herculano Moreira, Pedro Pinheiro, Arnaldo Nunes, António Oliveira Ana Andreia de Melo Rodrigues [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cirurgia, controversa. A cirurgia é a opção terapêutica para todos os liposarcomas retroperitoneais, com exceção do liposarcoma indiferenciado que pode beneficiar de terapêutica neoadjuvante, dada a sua maior taxa de recidiva e capacidade de metastização. O prognóstico está relacionado com o subtipo histológico do tumor, o grau, segundo a classificação de Nacional Center Institute e a French Federaton of Cancers Center, e a ressecabilidade cirúrgica. Sendo factores de mau prognóstico: subtipo indifereciado, grau 2-3, estadio II-III, tamanho > 20cm e margens cirúrgicas envolvidas, que por vezes não é linear porque o tumor confunde-se com a gordura retroperitoneal. O caso clínico apresentado corresponde a um lipossarcoma do retroperitoneu, bem diferenciado, que se caracteriza por um crescimento local agressivo e baixa incidência de metástases à distância. Pesava 6Kg e foi submetido a resseção cirúrgica R0 e terapêutica adjuvante. Para os tumores bem diferenciados a sobrevida aos 5 anos é de 90%. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Tecidos moles Faustino, Joana1; Capella, Vanessa1; Correia, Débora1; Mendes, Rui2; Moniz, Luísa2; Nascimento, Carlos3; Canhoto, Artur4; Costa, Carlos3 Joana Farias Mota Faustino [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P404) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Síndrome de compartimento da mão após extrava- samento de contraste endovenoso RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O extravasamento de contraste endovenoso durante a realização de TAC é uma das causas de síndrome de compartimento ao nível das extremidades. Material e Métodos: Apresentamos o caso clínico de uma mulher de 52 anos, com antecedentes de mastectomia radical bilateral por carcinoma da mama e trombose da veia subclávia e jugular esquerdas associada a cateter venoso central. Hipocoagulada desde então. Durante a realização de TAC verificou-se o extravasamento de contraste ao nível de uma veia do antebraço, pelo que foi encaminhada para o Serviço de Urgência. Foi observada por Cirurgia Geral cerca de 1h30 após o evento, apresentado edema endurecido da mão e do terço inferior do antebraço esquerdo, com limitação dos movimentos da mão, dor à dorsiflexão passiva da mesma, diminuição da temperatura dos dedos. Ainda sem parestesias. Foi diagnosticado síndrome de compartimento da mão com necessidade de descompressão cirúrgica. Foram revertidas as alterações da coagulação relacionadas com a medicação habitual da doente, tendo sido possível a realização de fasciotomias 4h após o evento inicial. Resultados: A evolução no pós-operatório foi favorável, com redução marcada do edema nas primeiras 24h, o que possibilitou o encerramento parcial e progressivo das incisões desde as 48h após a cirurgia, e alta no 7º dia pós-operatório. Discussão: O diagnóstico e a intervenção cirúrgica precoces (em menos de 6h) foram cruciais para um tratamento adequado, evitando consequências graves e permitindo uma recuperação funcional rápida. RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P403) SESSÃO P-VÁRIOS 5 TÍTULO: Lipossarcoma Retroperitoneal – A Propósito de um Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os liposarcomas correspon- dem a 24% dos sarcomas dos tecidos moles, encontrando-se em posição retroperitoneal em 15-45% dos casos, que, por seu turno, correspondem a 0, 2-0, 3% das neoplasias malignas. Histologicamente podem ser caracterizados em bem diferenciados, indiferenciados, com células mixoides, o mais frequente, presente em 50% dos casos e com células pleiomórficas. O seu comportamento varia consoante o subtipo em questão, sendo a biópsia guiada por ecografia, previamente à XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 183 HOSPITAL: Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE CAPÍTULO: Pele e tecidos moles AUTORES: Macedo Alves D., Peixoto R., Lima M. J., Correia J. F., RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C50) SESSÃO CO-EGD 2 Saraiva R., Valverde J., Vinagreiro M., Ferreira F., Guerreiro E., Taveira Gomes A. CONTACTO: Daniela Macedo Alves EMAIL: [email protected] TÍTULO: Impacto da deiscência esofago-jejunal na sobrevida RESUMO: SALA 1 07-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C49) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Adenocarcinoma gástrico enxertado em polipo – análise estatística RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Anualmente realizam-se milha- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: res de endoscopias (EDA). Não fazendo parte do plano de rastreio nacional, é necessário um elevado nivel de suspeição em doentes com patologia dispéptica refratária à terapêutica ou outros sinais de alarme. O cancro gástrico tem uma incidência na Europa de 9, 4/100.000 hab e em Portugal de 13, 7/100.000 hab, com uma elevadíssima mortalidade (10, 5/100.000 Portugal). O principal factor etiológico na génese do cancro gástrico é a infeção por H. Pylori, esta é responsável por um estado de inflamação crónica na mucosa gástrica, que predispõe para a quebra da sua barreira protectora. A partir daí, desenvolve-se um processo de gastrite crónica, metaplasia, displasia e finalmente carcinoma. No entanto, o adenocarcinoma gástrico (90% dos cancros gástricos) pode surgir raramente, a partir de tumores benignos, nomeadamente polipos que sofrem transformação maligna. Ao contrário dos adenocarcinomas do cólon esta transformação é muito rara no estômago. Material e Métodos: Analisámos 450 doentes com adenocarcinoma gástrico, dos quais identificámos 10 cujo o adenocarcinoma enxertava em polipo. Resultados: Das variáveis analisadas, salientamos que todos os doentes tinham adenocarcinomas do tipo intestinal, entre bem e moderamente diferenciado. Todos eles foram diagnosticados no Estadio IA, apresentando à data uma sobrevivência de 100%. Discussão: Nesta série, os adenocarcinomas enxertados em polipo representam 2% dos adenocarcinomas gástricos, 100% dos doentes têm um estadio precoce de doença e bom prognóstico. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Esófago Gástrica Paredes, B; Fradique, A; Silva, G; Pupo, A; Quaresma, L; Rodrigues, S; Sobral, M. Adenocarcinoma gástrico enxertado em polipo – análise estatística [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: global e livre de doença nos doentes submetidos a cirurgia de ressecção por carcinoma gástrico. Objectivo/Introduçâo: A falência da anastomose esófago-jejunal é uma das complicações mais graves e potencialmente fatais associadas à cirurgia gástrica. Apesar da taxa de mortalidade associada a esta complicação ter diminuído nas últimas décadas, continua a ter grande impacto na morbilidade, tempo de internamento e custos associados ao tratamento do carcinoma gástrico. Pretende-se avaliar o impacto da deiscência anastomótica esofago-jejunal na sobrevida dos doentes submetidos a cirurgia de ressecção gástrica. Material e Métodos: Estudo coorte retrospetivo de doentes (n=78) submetidos a cirurgia ressecção com diagnóstico de carcinoma gástrico, no período de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2013. Realizada análise de sobrevida global e sobrevida livre de doença com método de Kaplan-Meier (teste Log Rank) e regressão de Cox. Resultados: Verificamos deiscência anastomótica em 13% dos doentes. A análise de sobrevivência não define diferença estatisticamente significativa entre grupos, na sobrevida global (p=0, 216) e sobrevida livre de doença (p=0, 314). Na análise multivariada com o modelo de Cox, a deiscência esofagojejunal, a classificação ASA e maior número de gânglios linfáticos ressecados associaram-se de modo significativo ao óbito, já na recidiva verifica-se associação significativa nas variáveis estadio anatomopatológico e grau e diferenciação. Discussão: Apesar de não se verificar diferença estatisticamente significativa na sobrevida dos grupos estudados, a deiscência anastomótica associa-se de modo significativo à morte na amostra estudada. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Calais L, Rodrigues, A; Gonçalves, M; Brito, T; Gomes, D; Vasconcelos E; Fazeres, F. Luisa Maria Calais Pereira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C51) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Gastrectomia Vertical em Regime Ambulatório – Os Primeiros Casos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução: A Gastrectomia Vertical Laparoscópica (GVL) tem-se afirmado como um procedimento seguro na cirurgia de obesidade e no controlo de comorbilidades relacionadas com esta doença. Recentemente cada vez mais equipas têm iniciado programas de realização deste procedimento em regime ambulatório. Objectivo: Apresenta-se os resultados iniciais de um programa de GVL em regime ambulatório. Avalia-se a segurança e eficácia deste procedimento. Material e Métodos: Material e Métodos: Estudo observacional retrospectivo com incidência nos primeiros 24 doentes com Obesidade Mórbida tratados por GVL em regime ambulatório. Análise descritiva e tratamento estatístico. Resultados: Resultados: São Revista Portuguesa de Cirurgia 184 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: enunciados os procedimentos utilizados em regime ambulatório. Os dados antropométricos dos primeiros doentes são apresentados e discutidos com base em Peso e Índice de Massa Corporal e comparados com dados de doentes tratados pela mesma equipa em regime de internamento. São discutidas as complicações apresentadas pelos doentes. Discussão: Conclusão: A GVL é um procedimento seguro em regime ambulatório com inerentes vantagens para o doente e para a instituição. Existem poucos estudos referentes a este procedimento em regime ambulatório nomeadamente que incidam na selecção de doentes com vista à potenciação da sua segurança e resultados. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Cirurgia Esófago Gástrica França, N; Marques, P; Chiado, A.; Chiado, C.; Nunes, J.; D´Almeida, J.; Almeida, J. Nuno França [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C53) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Management of esophageal perforation: validation of a severity score RESUMO: Objectivo/Introduçâo: The Pittsburgh group has sug- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C52) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Doença do Refluxo Gastroesofágico: a experiência de um hospital terciário RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O uso prolongado de inibidores HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: da bomba de protões permite alcançar o controlo sintomático na doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Contudo, a cirurgia permanece uma opção viável para os doentes com um controlo médico suboptimo ou que procuram uma alternativa à medicação crónica. A fundoplicatura laparoscópica é o tratamento cirúrgico eficaz e cada vez mais difundido. Os autores descrevem a experiência no tratamento da DRGE de uma unidade diferenciada em cirurgia esofagogástrica. Material e Métodos: Revisão retrospectiva dos dados clínicos e demográficos dos doentes submetidos a tratamento cirúrgico de DRGE entre 2006 e 2013. O diagnóstico pré-operatório foi baseado em dados clínicos e confirmado por manometria, pHmetria e EDA. Resultados: Neste período foram operados 241 doentes (63, 9% mulheres; idade média 53±14 anos). A maioria foi submetida a fundoplicatura de Nissen (96%) e a maioria das cirurgias foi por via laparoscópica (96%). A mediana do tempo de internamento foi de 4 dias (1-86 dias). Em termos de morbilidade observou-se 12, 4% de complicações. A maioria dos doentes (96%) apresenta boa qualidade de vida no pós-operatório (boa/ excelente em 79% e razoável em 17%). Verificou-se recidiva da DRGE em 3% dos doentes. Discussão: A fundoplicatura laparoscópica é segura e eficaz no tratamento sintomático da DRGE, com baixa morbilidade e boa qualidade de vida no pós-operatório. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Ana Fareleira, Marisa Aral, Hugo Santos Sousa, Manuela Baptista, Eduardo Lima Costa, John Preto, António Gouveia, Silvestre Carneiro, José Barbosa, J Costa Maia Ana Fareleira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: gested a perforation severity score (PSS) for better decision-making in the management of esophageal perforation (EP). The aim of this study was to analyze the usefulness of the Pittsburgh PSS in an independent study population. Material e Métodos: Analysis of a prospective database with cases of EP treated in an Upper GI Surgery Unit. The study period was 19912014. The PSS (range 0-18) was established using 10 clinical variables; points 1= age>75, tachycardia, leukocytosis, pleural effusion; 2= fever, noncontained leak, respiratory compromise, time to diagnosis >24h; and 3= presence of cancer, hypotension. Resultados: The study comprises a total of 71 patients. Etiology was spontaneous (Boerhaave), iatrogenic (instrumentation) and traumatic (trauma/foreign body) perforation in 18, 3%, 21, 1% and 60, 6%, respectively. Cancer was present in 7 cases. Operative treatment (77, 5%) was more common than non-operative management. Morbidity and mortality were 40, 8% and 15, 5%. The mean PSS was 4, 46. PSS was significantly higher in patients with fatal outcome (7, 36 vs 3, 93; p=0, 009) and in morbidity cases (6, 55 vs 3, 02; p<0, 001). Moreover PSS was significantly higher in operative cases (5, 13 vs 2, 19; p<0, 001). The ROC curves for PSS showed a good prediction of morbidity (AUC=0, 801;p<0, 001) and mortality (AUC=0, 745;p=0, 01). Discussão: The Pittsburgh PSS reliably correlates with the seriousness of EP. It is a useful tool to identify appropriate candidates for non-operative management of EP. University of Porto Medical School Cirurgia Esófago Gástrica M Aral (1, 2), P Salvador (1), J Barbosa (1, 2), H Santos-Sousa (1, 2), J Costa-Maia (2) Hugo Santos Sousa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C54) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Abordagem torácica minimamente invasiva no car- cinoma esofágico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A resseção cirúrgica constitui a única opção cirúrgica definitiva no carcinoma esofágico ressecável. Este trabalho pretende avaliar a eficácia e segurança da toracoscopia como meio de abordagem minimamente invasivo na esofagectomia subtotal por neoplasias do esófago torácico. Material e Métodos: Analisaram-se retrospetivamente os processos de todos os doentes submetidos a esofagectomia subtotal por neoplasia maligna do esófago entre 2008 e 2014 no serviço de Cirurgia B. Dividiram-se os 60 doentes em 3 grupos, segundo a abordagem cirúrgica utilizada – abordagem torácica por toracoscopia, abordagem torácica por toracotomia e abordagem trans-hiatal – e analisaram-se vários parâmetros, como as complicações pós-operatórias e a qualidade da linfadenectomia. As XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 185 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: diferenças foram consideradas significativamente estatísticas para valores de p Resultados: A abordagem trans-hiatal apresentou um tempo médio de duração significativamente mais baixo relativamente aos restantes grupos. A linfadenectomia realizada na abordagem torácica por toracotomia mostrou-se significativamente mais eficaz que nos restantes grupos. A taxa de complicações intratorácicas não apresentou diferenças significativamente estatísticas nos 3 grupos. Discussão: A abordagem torácica minimamente invasiva apresentou um bom perfil de segurança, embora com maior tempo operatório e um menor número de gânglios excisados. Esta abordagem oferece melhor visualização das estruturas torácicas durante a cirurgia e maior conforto ao doente no pós-operatório. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Marta Costa, Emília Fraga, Ana Bento, João Almeida, Fernando José Oliveira Marta Raquel Pereira da Costa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C56) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Úlcera Péptica Perfurada (UPP): Abordagem Lapa- roscópica vs Aberta RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A UPP constitui a indicação RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C55) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: O valor da Proteína C-Reactiva na identificação das RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: complicações na cirurgia por adenocarcinoma gástrico Objectivo/Introduçâo: A proteína C-reactiva (PCR) é um marcador sensível, mas inespecífico, de inflamação. A evidência da acuidade diagnóstica da PCR na cirurgia gastro esofágica é limitada. Este estudo pretendeu estudar a utilidade da PCR doseada às 24h, 48h e 72h de pós-operatório e a sua associação com morbilidade. Material e Métodos: Estudo retrospetivo com doentes submetidos a cirurgia gástrica curativa por adenocarcinoma no CHTS entre Janeiro de 2009 e Agosto de 2014 (n=107). Foram comparadas as medições da PCR no pós-operatório entre os doentes com e sem complicações. Foi utilizado o teste do chi-quadrado para variáveis contínuas (sexo, histologia, estadio, ASA, cirurgia realizada e via de abordagem) e o teste de T-student para idades. Elaboraram-se curvas ROC para determinar qual o melhor momento para medição da PCR e estabelecer limites. Resultados: Dos 107 doentes submetidos a gastrectomias totais (n=68), subtotais (n=33) e totalizações (n=5), 77 realizaram a colheita às 24h, 61 às 48h e 59 às 72h. Os dois grupos considerados são comparáveis do ponto de vista estatistico. Foram determinadas curvas ROC considerando os valores de PCR em cada um dos grupos e estabeleceu-se a relação com morbilidade, verificando-se áreas sob a curva (AUC) de 54% às 24h, 70% às 48h e de 80% às 72h. Neste último, um limite de 177, 5 mg/dL apresenta sensibilidade de 80% e especificidade de 61, 4%). Discussão: O aumento da PCR às 48 e 72h parecer ser preditivo de complicações nos doentes submetidos a gastrectomia por adenocarcinoma. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Vítor Neves Lopes, Maria de Jesus Dantes, Carla Freitas, João Pinto-de- Sousa Vítor Neves Lopes [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mais frequente de cirurgia gastroduodenal de urgência. Com este estudo pretende-se comparar os resultados da abordagem cirúrgica por via laparoscópica com a via clássica, no tratamento da UPP. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de doentes submetidos a cirurgia urgente por UPP entre Janeiro de 2009 e Junho de 2014 no Hospital de Santo António. Resultados: A amostra é constituída por 95 doentes, com uma mediana de idades de 49 anos. A maioria dos doentes é do sexo masculino (75, 8%); 39% foram operados por laparoscopia (LAP), com uma taxa de conversão para cirurgia aberta de 19%. Os doentes operados por LAP não eram significativamente diferentes em co-morbilidades ou gravidade clínica. Contudo, os doentes operados por LAP eram mais novos (48 vs 61 anos; p=0.002). A taxa global de complicações foi inferior nos doentes operados por LAP (22, 2% vs 43, 9%; p=0.045). Não se encontraram diferenças estatisticamente significativas nas complicações sépticas intra-abdominais (p=NS) e taxa de reoperação (p=NS). A dor pós-operatória foi menor nos doentes operados por LAP nos primeiros 2 dias de pós-operatório (p Discussão: A abordagem laparoscópica da UPP apresenta uma morbilidade comparável à técnica aberta, beneficiando da menor dor pós-operatória e da retoma mais precoce da dieta. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Bruno Santos, Vítor Costa Simões, Gil Faria, Jorge Santos Bruno Miguel da Silva Santos [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C57) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Is Minimally Invasive Esophagectomy Oncologi- cally Safe? Results of a Case-Control Study RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Esophagectomy is one of the most challenging surgical procedures. Minimally invasive techniques (MIE) have been introduced in an attempt to reduce postoperative complications and recovery times. Debate continues over whether the quality of the oncological resection is compromised. The aim of this study was the comparative analysis of the oncologic results between MIE and open esophagectomy (OE). Material e Métodos: We performed a case-control study based in a prospective database with esophageal cancer cases submitted to curative intent surgery, between May 2006 and October 2014. Resultados: The 65 cases included in this study were divided in two groups (24 MIE vs 41 OE), which were matched for gender, age, comorbidities, BMI, tumor location and histology, staging, neoadjuvant therapy and type of surgery. The postoperative in-hospital mortality was 0 in MIE and 22% in OE. Statistically significant differen- Revista Portuguesa de Cirurgia 186 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: ces were observed in the mean of lymph nodes (LN) retrieved (18, 5±8, 9 vs 15, 3±10, 6, p=0, 049), but there weren’t significant differences in R0 resection rate (95, 8% vs 89, 5%). The median follow-up was 9 [0-97] months. For the survival and recurrence analysis the cases of in-hospital mortality were excluded. Recurrence occurred in 37, 5% vs 56, 3% (p=ns), respectively. In disease-specific and disease-free survival curves there weren’t significant differences between the 2 groups. Discussão: The results of this case-control study provide further evidence for the oncological safety of MIE, with comparable results to OE. University of Porto Medical School Cirurgia Esófago Gástrica M Aral (1, 2), M Mesquita (1), J Barbosa (1, 2), H Santos-Sousa (1, 2), J Costa-Maia (2) Hugo Santos Sousa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C59) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Análise de uma Série de 161 Casos Consecutivos de GIST RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores estromais gastroin- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C58) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Úlcera Péptica Perfurada: Fatores Preditivos de Morbilidade e Mortalidade RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A úlcera péptica perfurada é HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: frequentemente uma doença aguda e severa mandatória de tratamento cirúrgico urgente. As elevadas taxas de morbilidade (20-50%) e mortalidade (3-40%) justificam a procura de fatores preditivos de má evolução clínica. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de doentes internados com o diagnóstico de úlcera péptica perfurada de 1 Janeiro/2003 a 31 Dezembro/2013. Análise de alguns dos principais fatores de morbimortalidade descritos na literatura. Resultados: Avaliados 102 doentes dos quais 34 do sexo feminino e 68 do sexo masculino. Maior taxa de mortalidade no sexo feminino (26, 5% vs 8, 82%) e naqueles com idade igual ou superior a 60 anos (20, 6% vs 0, 5%). 52, 6% daqueles com evolução superior a 24 horas tiveram desfecho fatal. A presença de pelo menos uma co-morbilidadde importante aumentou a morbilidade (57, 1% vs 33, 3%) sem aumentar a taxa de mortalidade (14, 3% vs 15%). Ulcerorrafia com omentoplastia foi realizada na maioria dos doentes com obtenção de taxas de mortalidade semelhantes na abordagem laparoscópica (14, 3%) e na via aberta (14, 7%). A Classes ASA III e IV e a score de Boey de 3 e 4 pontos corresponderam taxas mais elevadas de mortalidade (16, 7%; 43, 8%; 19, 5% e 71, 4%; respetivamente). Discussão: Taxas de morbilidade e mortalidade sobreponíveis às da literatura. Sexo feminino, idade avançada, evolução superior a 24 horas, classe ASA elevada e elevado score de Boey preditivos de má evolução clínica. Via de abordagem cirúrgica e co-morbilidades sem influência na taxa de mortalidade. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Oliveira G.; Couto M.; Ferreira M.; Fernandes M.; Loureiro R.; Oliveira A. Gina Marisa Fonseca Oliveira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: testinais (GISTs) representam 1-3% de todos os tumores gastrointestinais, sendo o tumor mesenquimatoso mais frequente do trato digestivo. Material e Métodos: Análise retrospectiva de 161 doentes com GIST tratados no nosso hospital, de 1993-2012. Resultados: Foram avaliados 161 casos, com mediana de idades de 66 anos (26-89 anos); 147 foram submetidos a ressecção cirúrgica, 55, 1% eram do género feminino. As localizações mais comuns foram estômago (61, 4%) e intestino delgado (31%); a maioria dos doentes foi submetida a exérese local (23, 1%) ou ressecção segmentar (54, 4%); 15, 6% (n=23) via laparoscópica. O tamanho mediano das lesões foi 4, 9 cm (0, 3-24 cm); 78, 2% apresentaram índice mitótico? 5/50 CGA. A classificação de risco dos tumores foi: baixo, muito baixo ou nulo em 60, 1% dos casos; 16, 8% moderado e 23, 1% elevado. Obtiveram-se margens cirúrgicas R0 em 74, 8%, R1 em 17% e R2 em 8, 2% dos casos. A sobrevida específica aos 5 anos foi de 90, 5%. Na análise univariada salientaram-se a localização (p=0, 046), as dimensões (p=0, 02), o índice mitótico (p=0, 001), a classe de risco (p=0, 002) e as margens cirúrgicas (R0/R1) (p Discussão: A localização, as dimensões e o índice mitótico são factores importantes no prognóstico dos doentes com GIST, mas na nossa série apenas a ressecção macroscopicamente completa (R0/R1) influenciou significativamente a sobrevida dos doentes. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Marisa Aral, António Gouveia, José Manuel Lopes, J. Costa-Maia Marisa Aral [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C60) SESSÃO CO-EGD 2 TÍTULO: Cirurgia bariátrica revisional: experiência inicial de uma Unidade de Tratamento Cirúrgico de Obesidade RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A obesidade é um problema importante, sobretudo em países desenvolvidos. Na Europa atinge >20% dos adultos. A cirurgia é a terapêutica mais eficaz a longo prazo na perda ponderal, melhoria de comorbilidades e redução da taxa de mortalidade. A par do aumento do número de cirurgias bariátricas, verifica-se a expansão da cirurgia revisional, com incidência 5-50%, por complicações ou falência. Material e Métodos: Analisou-se uma base de dados prospectiva de doentes submetidos a cirurgia revisional entre 2012 e 2013 numa unidade diferenciada em Cirurgia Bariátrica Resultados: Neste período foram operados 75 doentes (68 mulheres; idade média 46±9 anos), com IMC médio 44, 4±6, 9 Kg/m2. As indicações incluíram falência terapêutica (59% dos casos) e complicações (41%). A cirurgia revisional decorreu em média 85 meses após a cirurgia inicial e 71 doentes XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 187 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 2 HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática AUTORES: João Martins1, Henrique Alexandrino1, 2, Rui Cae- foram operados em 2 tempos (2 casos de conversão de Sleeve em Bypass gástrico (BGYR), 1 substituição de banda e 1 conversão de banda em BGYR). O excesso de peso perdido foi: 53, 6±25, 5% aos 6 meses, 63, 1±16, 7% aos 12 meses e 63, 8±18, 2% aos 24 meses. Registaram-se complicações precoces em 5 doentes (6, 6%). Discussão: A cirurgia revisional está associada a maior morbilidade e menor perda de peso que a cirurgia bariátrica primária. Esta série revela bons resultados na perda ponderal a curto prazo e baixa morbilidade, que pode ser explicada pela programação em 2 tempos operatórios. Será necessário um follow-up mais longo para confirmar se os resultados se mantêm a longo prazo. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Esófago Gástrica Ana Fareleira, Hugo Sousa, Frederica Gonçalves, Eduardo Costa, António Gouveia, Silvestre Carneiro, José Barbosa, John Preto, J Costa Maia Ana Fareleira [email protected] 07-03-2015 tano Oliveira3, Daniela Falcão1, Ricardo Martins1, 2, Luís Ferreira2, Marco Serôdio2, Mónica Martins1, 2, M. Augusta Cipriano3, José Guilherme Tralhão1, 2, Lígia Prado e Castro3, Francisco Castro e Sousa1, 2 CONTACTO: Henrique Alexandrino EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C26) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Tumores neuroendócrinos do pâncreas: tratamento cirúrgico e resultados RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores neuroendócrinos 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C25) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Hepatotoxicidade da Quimioterapia: Avaliação His- topatológica e Relação com a Morbilidade Pós-Operatória RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A quimioterapia neo-adjuvante (QT) antes de ressecção hepática (RH) por metástases de cancro colo-rectal (MHCRC) pode induzir hepatotoxicidade (HAQT), aumentando a morbi-mortalidade e o risco de Insuficiência Hepática Aguda (IHA). A HAQT surge em três padrões histopatológicos: esteatose, esteatohepatite (CASH) e síndrome de obstrução sinusoidal (SOS). Material e Métodos: Incluídos 84 doentes (idade média 62 ±9, 6 anos) submetidos a RH por MHCRC (Janeiro/2010 a Dezembro/2012). Avaliação dos dados clínicos e revisão histológica “cega” do fígado não-tumoral quanto a: SOS, esteatose moderada a severa (ES) ou CASH. Apresentação metácrona em 54 casos (64%). QT em 28 doentes: 20 com irinotecano; 8 com oxaliplatina. Hepatectomias: 28 major e 56 minor. Morbilidade pós-operatória aos 90 dias (Dindo-Clavien). Estudo estatístico com SPSS™ v. 21.0. Resultados: Morbilidade major: 12 casos (14, 3%). Mortalidade em 2 casos (2, 4%) (IHA grau C). SOS em 10 casos, ES em 10 e CASH em 9. SOS associado à QT (OR: 4, 6;p<0.05); ES associou-se de forma significativa à obesidade (OR:27, 5;p<0.005); não se identificaram factores preditivos de CASH. Morbilidade major associada de forma significativa ao SOS (OR:14, 5;p<0.05). Não se verificou associação entre ES ou CASH e morbilidade pós-operatória. Discussão: O SOS associou-se a aumento da morbilidade major após RH o que deverá ser tido em conta na definição da estratégia terapêutica. ES fortemente associada à obesidade; ES e CASH não estão associadas na nossa série a um aumento da morbi-mortalidade. HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: do pâncreas (TNEP) são neoplasias raras, caracterizados por uma clínica diversificada, sendo a cirurgia o único tratamento curativo. Nas últimas décadas, assistiu-se a uma aplicação crescente de técnicas minimamente invasivas. Material e Métodos: análise retrospetiva dos registos clínicos de doentes submetidos a cirurgia pancreática por TNEP entre junho de 2006 a novembro de 2013; analisados fatores como o diagnóstico pré-operatório, localização, procedimento, tempo de internamento, morbilidade e mortalidade. Resultados: Registaram-se 29 procedimentos, relativos a 28 doentes (19F;9M), com uma média de idade de 55 anos (min=14, max=76); 8 doentes apresentavam diagnóstico pré-operatório de insulinoma. Foram realizadas 5 pancreatectomias proximais, 4 duodenopancreatectomias cefálicas, 13 pancreatectomias distais (10 com preservação esplénica) e 7 enucleações. A abordagem foi laparoscópica em 15 doentes (52%; 2 pancreatectomias proximais, 7 distais, 6 enucleações), 2 conversões; mediana de tempo de internamento de 11 dias. Verificou-se morbilidade operatória em 9 doentes (4 Clavien I-II, 5 Clavien III-IV; 3 fístulas pancreáticas) e 2 casos de mortalidade. A recorrência de doença foi de 11%. Discussão: A via laparoscópica consituiu a principal forma de abordagem no tratamento cirúrgico dos TNEPs; o tratamento deve ser agressivo, dada a significativa taxa de recorrência associada, e decorrer num centro de referência em cirurgia hepato-bilio-pancreática, sob orientação de equipa multidisciplinar. Centro Hospitalar de São João, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática P. Andrea-Ferreira; T. Bouça-Machado; M. Oliveira; R. Bessa-Melo; L. Graça; J. Costa-Maia. Patrícia Andrea Pinheiro da Silva de Sousa Ferreira e Bouça Machado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C27) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Laparoscopia por custo mínimo – Estudo prospec- tivo observacional de 100 colecistectomias consecutivas RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A racionalização de recursos e a necessidade de padronização das técnicas para Revista Portuguesa de Cirurgia 188 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: HOSPITAL: Centro Hospitalar do Porto, EPE CAPÍTULO: Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática AUTORES: Cláudia Paiva, Catarina Morais, Ezequiel Silva, Sílvia avaliação de resultados, são hoje necessárias para a sustentabilidade e incremento de qualidade da cirurgia. Os objectivos deste trabalho são analisar os resultados clínicos, cumprimento da qualidade dos procedimentos, eventuais riscos e impacto económico. Material e Métodos: Duas equipas lideradas pelo mesmo cirurgião, realizaram e registaram prospectivamente 100 colecistectomias consecutivas entre 8 de abril e 18 de novembro de 2014. Excluíram-se todos os casos de colecistite aguda em urgência, exploração da via biliar principal por litíase e suspeita de carcinoma da vesícula. Todos os casos foram gravados em vídeo e fotografados os pontos determinantes da cirurgia. Analisaram-se dados demográficos, risco cirúrgico, IMC, história prévia biliar, estudo analítico e ecográfico, cumprimento do protocolo, tempos da cirurgia, identificação de estruturas, pós operatório imediato e na primeira consulta. O estudo estatístico usará o programa SPSS. Resultados: 75% do sexo feminino; idade média de 53, 3 anos; IMC 26, 87; tempo cirúrgico médio 39 min; tempo médio de laqueação do hilo 7 min; protocolo totalmente cumprido a “custo mínimo” em 93% dos casos; internamento menor do que 23 horas em 100%; uma infecção de ferida operatória; nenhuma conversão para laparotomia; nenhuma complicação major; Discussão: Os resultados preliminares são muito encorajadores. Discussão e resultados estatísticos definitivos serão apresentados em congresso. Hospital da Arrábida e Cliria Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Jaime Vilaça, Luís Lencastre, Ana Fonte Boa, Jorge Cabral, Francisco Cabral Jaime Vilaça [email protected] Neves, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide CONTACTO: Cláudia Maria Linhas Paiva EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C29) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Tratamento cirúrgico do adenocarcinoma ductal do pâncreas – experiência de uma década RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro do pâncreas repre- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C28) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Factores de conversão na colecistectomia laparos- cópica por colecistite aguda RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A colecistectomia laparoscó- pica (CL) é o tratamento de eleição na colecistite aguda (CA), sendo considerada segura e eficaz. A conversão é, por vezes, necessária para completar a cirurgia em segurança. Este estudo procura demonstrar a experiência acumulada e os resultados obtidos no tratamento dos doentes com CA submetidos a CL, avaliando os factores relacionados com a conversão. Material e Métodos: Estudo de observância, retrospectivo, dos doentes submetidos a CL no período entre 2009 e 2013. Análise descritiva e tratamento estatístico com SPSS 21. Resultados: Incluídos 400 doentes submetidos a CL, 56% do sexo feminino. A maioria (70%) foi operada nas primeiras 72 horas de evolução da doença. A taxa de conversão foi de 13%. As causas de conversão mais frequentemente implicadas foram: existência de processo aderencial importante (30%), incapacidade na correcta identificação da anatomia (24%) e hemorragia de difícil controlo (20%). O género, a idade e a classificação ASA correlacionaram-se com a conversão (p Discussão: A CL pode ser realizada com segurança na colecistite aguda com taxa de conversão aceitável e resultados satisfatórios. HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: senta a 4ª causa de morte por tumor nos países desenvolvidos, na sua grande maioria adenocarcinomas ductais (adcD). Sendo a ressecção cirúrgica a única potencial cura, apresentamos os resultados do nosso centro no tratamento desta patologia. Material e Métodos: Foi analisada a nossa série de doentes submetidos a cirurgia pancreática nos últimos 10 anos, relativamente às variáveis clinico-patológicas relevantes para o prognóstico. Utilizamos o SPSS 20 para tratamento estatístico dos dados. Resultados: Entre Janeiro de 2004 e Dezembro de 2013, foram realizadas 593 cirurgias – 208 por adcD do pâncreas. Destes, 180 (87%) localizavam-se na cabeça do pâncreas; 158 (75%) foram ressecados, 123 (54%) das ressecções foram Duodenopancreatectomias. Foi necessária ressecção vascular em 39 doentes (15%). A Sobrevivência Global (SG) foi de 27, 5% e 9, 7% aos 3 e 5 anos, e a Sobrevida Livre de Doença 18, 5% e 8, 2% aos 3 e 5 anos, respectivamente. Em análise univariável, tiveram influência na SG: o estadiamento (p=0, 035), margem positiva (HR 1, 95; 95% IC 1, 28-2, 95), ressecção vascular (HR 1, 87; 95% IC 1, 18-2, 95), reintervenção (HR 3, 76; 95% IC 2, 2-6, 4), morbilidade major (HR 4, 8; 95% IC 2, 9-8, 0) e terapêutica adjuvante (p=0, 002). Discussão: O prognóstico do adcD do pâncreas é muito reservado, mesmo na presença de doença ressecável. Factores como a margem positiva, necessidade de ressecção vascular, reintervenção, morbilidade major e ausência de terapêutica adjuvante, podem influenciar a sobrevivência. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sofia Costa Corado, Ana Marta Nobre, Emanuel Vigia, Luís Bicho, Edite Filipe, Jorge Paulino Pereira, Eduardo Barroso Sofia Costa Corado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C30) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Pseudocisto do Pâncreas: A nossa experiência no Tratamento Cirúrgico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pseudocisto do pâncreas (PP) é uma complicação frequente da pancreatite e a sua abordagem terapêutica depende das suas características: origem, dimensão, localização, evolução e manifestações associadas. Apresentar a experiência XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 189 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: na abordagem cirúrgica do PP e avaliar os resultados globais obtidos. Material e Métodos: Análise retrospectiva de dados relativos a doentes com PP operados entre 1984 e 2014. Resultados: No período em estudo, foram operados 67 doentes com idade média de 49 anos, 39 do sexo masculino (58, 2%) e 28 do sexo feminino (41, 8%). A dor abdominal foi a principal manifestação (79%), verificando-se sintomas compressivos em 7, 5% dos casos. As lesões localizavam-se na cabeça (16%), na cauda (13%) e no corpo (7%) do pâncreas. O tamanho das lesões variou entre 2 e 22 cm. A ecografia permitiu o diagnóstico em 75% dos doentes. A drenagem interna foi a cirurgia mais frequentemente realizada. A taxa de recidiva foi de 18% e a taxa de complicações pós-operatórias foi de 20%. Registou-se uma taxa de mortalidade de 3% em contexto de disfunção multiorgânica. A recorrência foi mais frequente nos doentes submetidos a drenagem externa. Não se encontraram variáveis com significado estatístico na morbilidade e na mortalidade. Discussão: A cirurgia permanece uma arma fundamental no tratamento do pseudocisto pancreático. A drenagem externa está associada a maior taxa de recorrência e deve ser reservada a situações muito particulares. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Cláudia Paiva, Bruno Santos, Sílvia Neves, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide Cláudia Maria Linhas Paiva [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: (n.s.). Discussão: Os resultados reforçam a importância de um alto índice de suspeição para detecção intraoperatória e do tratamento num centro de referência. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Beatriz Costa (1, 2), J. Guilherme Tralhão (1, 2), Ricardo Martins (1, 2), Marisa Tomé (1), Manuel Rosete (1), F. Castro Sousa (1, 2) Beatriz Pinto da Costa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C32) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Metástases hepáticas e pulmonares de Carcinoma Colo-Retal: até quando operar? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Nos doentes com metástases RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C31) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Tratamento cirúrgico das lesões iatrogénicas da via biliar principal – Estudo retrospectivo de 54 casos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões iatrogénicas da via biliar principal (LIVBP) associam-se a elevada morbilidade e a um risco não negligenciável de mortalidade. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 54 doentes operados por LIVBP. Resultados: Segundo Strasberg, 33% das lesões eram do tipo E1, 17% do E3, 4% do E4 e 2% do E5; 2, 9% associavam-se a lesão vascular. O diagnóstico intra-operatório foi realizado em 44%. A reparação definitiva foi imediata em 44% dos casos. A maioria das lesões (72%) foi tratada com hepaticojejunostomia em Y de Roux. As taxas de mortalidade e morbilidade foram de 1, 9% e 22, 2%, respectivamente. Durante a catamenese (47, 5±45, 1 meses), 20% dos doentes desenvolveram colangite; em 80% o resultado foi excelente (Terblanche). Idade > 70 anos, lesões de alto grau, mecanismo energético, sépsis inicial, reparação diferida, hepaticojejunostomia prévia, ressecção hepática e intervenções associadas associaram-se a maior morbilidade (n.s.). A revisão de hepaticojejunostomia constituiu um factor preditivo de colangite (p=0, 035) e de pior resultado na classificação de Terblance (n.s.). Lesões vasculares e revisões de hepaticojejunostomia constituíram factores preditivos de menor sobrevida livre de colangite (p=0, 001 e p=0, 002, respectivamente); tratamento cirúrgico diferido e intervenções prévias constituíram factores adversos HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: hepáticas de carcinoma colo-rectal(MHCCR), a ressecção cirúrgica é o único tratamento com potencial curativo.O significado da metastização pulmonar(MP) neste contexto tem sido insuficientemente estudado. Este estudo pretende avaliar o impacto da MP em doentes submetidos a ressecção de MHCCR. Material e Métodos: Análise retrospectiva da base de dados de doentes operados por MHCCR(livermetsurvey)no nosso Centro de 1996-2014.Os doentes ressecados por MHCCR foram divididos em 4 grupos:metastização hepática apenas(G0);com metástases pulmonares operadas(G1);com metástases pulmonares não operadas(G2);com metastização noutros locais(G3). Análise estatística realizada com SPSS22.0. Resultados: No período de jan/96 a Jan/14, 1014 doentes foram operados por MHCCR.Destes, 934(92, 1%)foram submetidos a ressecção hepática.177(17, 5%)apresentaram metástases pulmonares.A sobrevivência aos 5 anos do G0(n=794)foi 42%, G1(n=33) 45%, G2(n=144) 24% e G3(n= 43) 0%.A sobrevivência dos doentes submetidos a laparotomia exploradora foi também 0%. A comparação entre os doentes submetidos a ressecção de MHCCR na presença de doença pulmonar não operada e de doença extra-hepática e pulmonar não tem significado estatístico(p=0.22)mas sugere uma clara diferença de sobrevivência. Discussão: A presença de MP operável em doentes com MHCCR operadas não diminui a sobrevivência a longo prazo.A presença de MP não operável parece associar-se a melhor prognóstico do que as outras formas de metastização e pode legitimar a ressecção das MHCCR. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Tânia Almeida, Raquel Mega, Hugo Pinto Marques, Susana Rodrigues, Vasco Ribeiro, Jorge Lamelas, Eduardo Barroso Tânia Almeida [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C33) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Pseudoquisto pancreático: como e quando abordar? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os pseudoquistos pancreáti- cos são coleções, no pâncreas ou adjacentes à glân- Revista Portuguesa de Cirurgia 190 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: dula, capsuladas, de fluido com elevada concentração de enzimas pancreáticas. Surgem, geralmente, quatro semanas ou mais após 3 a 10% dos episódios de pancreatite aguda, com ou sem necrose. Podem também ocorrer na pancreatite crónica e no traumatismo pancreático Material e Métodos: Revisão de todos os casos de pseudoquistos pancreáticos diagnosticados entre Janeiro de 2010 a Agosto de 2014. Resultados: Foi realizado estudo retrospectivo de todos os pseudoquistos pancreáticos diagnosticados, tendo-se encontrado 41 casos, 14 do sexo feminino e 27 do sexo masculino, média de idade de 57 anos. Cerca de 29 casos foram tratados conservadoramente com seguimento radiológico. Foram submetidos a tratamento endoscópio 8 casos e 4 casos realizaram tratamento cirúrgico. Discussão: Atualmente, a conduta terapêutica no tratamento do pseudoquisto pancreático é preferencialmente conservadora, pois em cerca de 50% dos casos verifica-se regressão espontânea. A maioria dos trabalhos defende a drenagem, endoscópica, percutânea ou cirúrgica, dos quistos com mais de seis semanas que permanecem superiores a 5 cm, daqueles que aumentam ao longo do tempo e de todos aqueles que são sintomáticos (dor ou massa abdominal, obstrução biliar ou do esvaziamento gástrico) ou que se complicam (hemorragia, infeção). Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Marta Martins, Diana Brito, Ana Cristina Carvalho, Vania Castro, Juliana Oliveira, Jorge Magalhães, José Monteiro, Salete Ferreira, José Pinto Correia Marta Cristina Da Cruz Martins [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Discussão: Esta análise mostra que o TIPS não tem impacto na morbimortalidade pos-operatória, não prejudica o transplante e afirma-se como estratégia segura como ponte para transplante. Com o crescente número de doentes em lista para transplante, todo o procedimento que permita a sua optimização merece a nossa atenção. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sílvia Gomes da Silva, Mariana Tomé, Élia Coimbra, João Santos Coelho, Hugo Pinto Marques, Américo Martins, Eduardo Barroso Sílvia Gomes da Silva [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C35) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Factores Preditivos de Positividade da Colangio- RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C34) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Impacto do TIPS no transplante hepático: experiên- cia de um centro RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As complicações relacionadas com a hipertensão portal fazem parte da progressão da cirrose. O transplante hepático é o tratamento ideal na doença hepática em fase terminal. O aperfeiçoamento da técnica cirurgica e a melhoria dos cuidados pos-operatórios aumentou sobrevida e qualidade de vida pós-transplante. Ao reduzir a incidência de complicações relacionadas com a hipertensão portal, o TIPS tem um papel fundamental como ponte para transplante. Mas a que custo? Os autores propôem-se analisar as implicações do TIPS no transplante hepático. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes transplantados com TIPS, no nosso centro. Sobrevivência calculada com método Kaplan-Meier e curvas comparadas com teste log-rank. Estatisticamente significativo o valor de p<0, 05. Análise estatística com SPSS 19.0. Resultados: Entre 2004 e 2014 foram transplantados 50 doentes com TIPS prévio. Foram comparados com transplantados com ascite refractária e/ou hemorragia digestiva alta recidivante, sem TIPS. Sem diferença estatisticamente significativa no tempo operatório, transfusão, complicações arteriais, portais ou biliares, taxa de re-intervenção e de falência do enxerto, mortalidade a 30 dias, tempo de internamento e sobrevida. HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: grafia Intra-Operatória na Suspeita de Colédocolitíase Objectivo/Introduçâo: A realização sistemática de colangiografia intra-operatória (CIO) aquando da colecistectomia laparoscópica (CL) permanece matéria de debate. A análise de factores preditivos de positividade na CIO permite definir a utilização selectiva da técnica na suspeita de colédoco-litíase. Esta é a proposta dos autores. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes submetidos a CL com CIO no período de 2008 a 2013. Foram analisados dados demográficos, achados intra e pós-operatórios. Análise estatística com SPSS 21. Resultados: A série inclui 645 doentes com idade média de 62 anos, predominando o sexo feminino com 58.8% (n=379). A história de colangite, icterícia, alterações analíticas ou imagiológicas das vias biliares e idade do doente registaram os valores preditivos positivos mais significativos para a presença de litíase na árvore biliar. Dos doentes submetidos a exploração das vias biliares, registou-se elevada percentagem de resolução da colédoco-lítiase (>90%), com uma respectiva baixa percentagem a necessitar de CPRE pós-operatória. Discussão: A CIO é um procedimento fácil e seguro com benefícios inquestionáveis na detecção de litíase das vias biliares. Deve ser sistemática em doentes com factores preditivos positivos para litíase das vias biliares. A exploração laparoscópica das vias biliares, realizada por um cirurgião experiente, é um método seguro e eficaz na resolução da colédocolitíase, com complicações mínimas, evitando a necessidade de uma intervenção adicional e internamentos prolongados. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Sílvia Pereira, Ezequiel Silva, Vítor Costa Simões, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide Sílvia Pereira [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 191 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C36) SESSÃO CO-HBP 3 TÍTULO: Reparação Cirúrgica de Lesões Iatrogénicas da Via Biliar: a experiência de 10 anos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As lesões iatrogénicas das vias HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: SALA 4 biliares (LIVB) acarretam elevada morbilidade e a sua abordagem é complexa. A via laparoscópica na colecistectomia foi tradicionalmente associada ao incremento desta iatrogenia. Os autores revêm as LIVB pós-colecistectomia abordadas na sua instituição e realizam uma reflexão sobre o tema. Material e Métodos: Foi realizada a análise retrospetiva das LIVB no período de 2005 a 2014. Foram analisados: tempo entre a colecistectomia, o reconhecimento da lesão e a reparação definitiva; tipo de lesão; recurso a colangiografia intra-operatória; reparação definitiva; e evolução pós-operatória. Resultados: Foram identificados 35 doentes com idade média de 56 anos, dos quais 54, 3% do sexo feminino; 71, 4% eram referenciados de outros hospitais. O diagnóstico de LIVB foi tardio em 13 doentes (31, 1%). As LIVB foram categorizadas de acordo com a classificação de Bismuth nos tipos: 1 (17, 2%), 2 (40, 0%), 3 (22, 8%) e 4 (20, 0%). A reparação inicial foi eficaz em 74, 3% doentes. Houve necessidade de reintervenção cirúrgica num caso de estenose tardia. Registaram-se 2 óbitos (5, 8%) por sépsis, já presente na admissão. Discussão: Apesar da diminuição da taxa de LIVB durante a colecistectomia elas permanecem como uma complicação significativa desta cirurgia e continuam a ser reconhecidas tardiamente. Os esforços devem centrar-se na prevenção mas, em caso de ocorrência, o diagnóstico precoce e a referência a um centro especializado são fundamentais. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia Hepáto-Bilio-Pancreática Pedro Soares-Moreira, Pedro Nuno Brandão, Vítor Costa Simões, Cecília Pinto, António Canha, Paulo Soares, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, José Davide Pedro Soares Moreira [email protected] 07-03-2015 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: tivo de todos os casos de doentes vítimas de trauma internados em UCIP entre 07/2007 e 06/2012. Foram estudadas 53 variáveis, entre as quais a idade, score ASA, ISS, APACHE II, medicação, status hemodinâmico e neurológico à entrada, alcoolémia, e analisadas estatisticamente para verificar a sua relação com a mortalidade. Resultados: Foram estudados 99 casos, predominantemente do sexo masculino (73, 4%), com idade média de 54.6 anos. O mecanismo de trauma mais frequente foi a queda (41.8%). O score ISS médio foi de 22.65. A alcoolémia foi doseada em apenas 52 doentes, registando-se valores acima de 0, 5mg/dL em 34.6% dos casos. 88.9% dos doentes necessitaram de suporte ventilatório. A mortalidade global foi de 16.2%. A análise multivariada dos dados permitiu conferir uma relação independente com a mortalidade para as seguintes variáveis: toma de anticoagulantes ou de antiagregantes e o score de Glasgow. Discussão: A casuística apresentada permite inferir que a toma de anticoagulantes ou de antigregantes, bem como um score de Glasgow baixo no SU ou à data de alta da UCIP, são preditivos de mortalidade. Centro Hospitalar TondelaViseu, EPE Trauma A. Lemos, D. Aveiro, N. Santos, J. Pereira, L. Pinheiro António Carlos [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C119) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Gangrena de Fournier – O paradigma da abordagem RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Avaliação retrospectiva da abordagem efectuada nos doentes com Gangrena de Fournier. Determinação da acuidade prognóstica do Índice de Severidade da Gangrena de Fournier (ISGF) e do Índice de Uludag (IU). Material e Métodos: Estudo retrospectivo baseado na colheita de dados do processo clínico referentes a todos os doentes internados num único serviço de Cirurgia Geral entre 1 de Janeiro de 2008 e 30 de Outubro de 2014 com o diagnóstico de gangrena de Fournier. Os dados foram submetidos a análise multivariada. Resultados: Foram apurados 18 doentes, 16 do género masculino e 2 do feminino, com uma idade média de 65, 52±9, 79 anos e um índice de Charlson de 5, 06±2, 39. À admissão apresentavam um ISGF e um IU de 3, 94±4, 78 e 7, 11±4, 70 respectivamente, bem como uma área de extensão corporal atingida (ECA) de 1, 73±1, 36%. Em 5 doentes com um ISGF médio de 3, 0, intentou-se uma terapêutica exclusivamente médica, que se revelou eficaz em 3 casos, não se registou mortalidade neste sub-grupo. Dos 15 doentes desbridados cirurgicamente 20% foram colostomizados e 40% re-intervencionados. A mortalidade global foi de 16, 7%, quer o ISGF (p=0, 65), quer o IU (p=0, 67) não demonstraram boa acuidade prognóstica na previsão deste desfecho, contudo a associação do ISGF à ECA demonstrou uma boa acuidade prognóstica (p=0.025). Discussão: A abordagem exclusivamente médica pode ter lugar num grupo muito seleccionado de doentes. Os índices prognósticos neste grupo de doentes foram incapazes de reflectir adequadamente a extensão do processo mórbido. 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C118) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Factores preditores de mortalidade no doente trau- matizado. Análise retrospectiva de doentes vítimas de trauma em Cuidados Intensivos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O trauma é motivo frequente de admissão no Serviço de Urgência (SU). Além da intervenção cirúrgica, é por vezes necessário internamento em Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP). Este estudo visa descrever o perfil de doentes vítimas de trauma admitidos em UCIP e analisar os respectivos factores preditivos de mortalidade. Material e Métodos: Os autores fizeram um estudo retrospec- Revista Portuguesa de Cirurgia 192 HOSPITAL: Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE CAPÍTULO: Pele e Tecidos Moles AUTORES: Morais, H; Santos, AF; Neves, J; Ribeiro, M; Pinho, J; Vieira, V; Azenha, N; Borges, I; Dias, R; Fonseca, A; Conceição, L; Matos, A; Cecílio, J CONTACTO: Henrique Morais EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C120) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Sarcomas retroperitoneais: casuística de 15 anos RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os sarcomas são tumores HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: malignos heterogéneos que representam apenas cerca de 1% das neoplasias malignas do adulto. Os sarcomas rertroperitoneais (SRP) caracterizam-se por apresentarem grandes dimensões aquando do seu diagnóstico e elevadas taxas de recidiva. O único tratamento curativo é a cirurgia. Material e Métodos: Neste estudo retrospectivo serão incluídos doentes com SRP, primário ou recidiva, submetidos a cirurgia de resseção tumoral entre maio de 1999 e maio de 2014. A sua análise encontra-se em de atualização. Resultados: Entre maio de 1999 e dezembro de 2011 foram realizados 85 procedimentos cirúrgicos, dos quais 40% em tumores primários. Os grupos histológicos mais frequentes foram o lipossarcoma e o leiomiossarcoma (77, 6%) e cerca de metade de alto grau de diferenciação (49, 4%). Obtida cirurgia R0 em 56, 5% (n=48) com necessidade de resseção de órgão em 65, 9%. Em 9, 4% e 8, 2% foi realizado algum tipo de terapia neoadjuvante, e em 24% e 12, 9% terapia adjuvante, radioterapia e quimioterapia, respectivamente. A mediana de internamento foi de 9 dias com uma morbilidade estimada em 32, 9%. A mediana do follow-up foi de 22 meses sendo a sobrevida global de 52, 4% e aos 3 anos e de 44, 9% aos 5 anos. A sobrevida livre de doença foi de 27, 6% aos 3 anos e 20, 5% aos 5 anos. A sobrevida global associada a cirurgia R0 vs R1 e R2 foi superior (p Discussão: A cirurgia R0, em SPR primários ou recidiva, é o tratamento com maior impacto na sobrevida global. Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE Sarcomas retroperitoneais: casuistica de 15 anos Ricardo Nogueira, Rodrigo Oom, Mariana Sousa, Hugo Vasques, Victor Farricha, Nuno Abecasis, António Bettencourt Ricardo Nogueira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Recomenda-se a sua colocação com controle ecográfico. Quando a ecografia não está disponível a abordagem preferencial é a subclávia (SC). A abordagem SC comparada com a jugular interna baixa (JIB) tem maior taxa de complicações mecânicas sem aparente menor taxa de complicações infecciosas ou trombóticas. Material e Métodos: Descrição da técnica e experiência preliminar dos primeiros 20 casos de colocação de DAVCTI por abordagem JIB em ambulatório. Avaliaram-se dados demográficos, indicação de DAVCTI, dados técnicos e complicações imediatas. Resultados: Técnica: Cateterização JIB (técnica de Seldinger) seguida de tunelização do catéter e colocação do depósito peitoral homolateral. Experiência: Colocados 20 DAVCTI. 11 homens e 9 mulheres, idade média de 61, 8 anos. Indicações foram neoplasia do cólon e recto (8 casos), neoplasia da mama, esófago e estômago (3 casos cada). 18 colocados à direita (90%) e 2 (10%) à esquerda. Anestesia local em 7 doentes (35%), associada a sedação em 13 doentes (65%). Complicações: punção arterial em 3 casos (15%) e falência em 1 caso (5%). Não se registaram pneumo e/ou hemotórax. Discussão: A utilização da abordagem JIB sem controlo ecográfico não apresentou complicações imediatas importantes, demonstrando-se como técnica segura. Aguardamos resultado de eventuais complicações tardias, como infecção e trombose. Hospital Garcia de Orta, EPE Cirurgia Vascular Fróis Borges, M.; Carvalho, N.; Corte Real, J. Miguel Fróis Borges [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C122) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Abordagem Nutricional em Diferentes UCIs RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As atuais orientações da ASPEN e ESPEN recomendam um aporte calórico de 25 Kcal/Kg peso corporal/dia no doente crítico, preferencialmente por via entérica. OBJETIVOS: Avaliar o suporte nutricional efetuado atualmente em 9 UCIs, incluindo o tempo de início, adequação às necessidades calóricas, avaliação da carga calórica e proporção de macronutrientes fornecida. Material e Métodos: Estudo multicêntrico prospectivo observacional envolvendo 9 UCIs de hospitais nacionais Resultados: Foram admitidos 46 doentes até à data aos quais foi fornecido um aporte energético médio de 13, 7 ± 5, 2 kcal/kg/dia (59-70% e 68-79% do aporte necessário estimado dependendo da equação preditiva usada). A nutrição por via entérica foi utilizada em 74% dos dias, a nutrição por via parentérica correspondeu a 7%. Em relação à composição nutricional da dieta, a proporção de carga calórica divide-se em 94% das recomendações mínimas de hidratos de carbono, 77% de lípidos e 42 ou 45% de proteínas (recomendações ESPEN/ ASPEN). Discussão: O aporte energético é feito preferencialmente por via entérica. A maioria das UCI prefere utilizar as recomendações da ASPEN optando por uma “Hiponutrição Permissiva” com uso exclusivo de NVE, em detrimento de suplementação energética com NVP. Constata-se também que dos três macronutrientes for- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C121) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Colocação de Dispositivo de Acesso Venoso Cen- tral Totalmente Implantável por Via Percutânea Jugular Interna Baixa: Técnica e Experiência Preliminar RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O dispositivo de acesso venoso central totalmente implantável (DAVCTI) é a via de acesso preferencial da quimioterapia oncológica actual. XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 193 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: necidos aos doentes o aporte proteico é que se encontra em maior défice. Hospital de Braga Cuidados Intensivos Alexandra Babo(1), Heloísa Castro(2), Sílvia Castro(3), Paula Castelões(4), Ricardo Marinho(5), Andreia Salgueiro(5), Paulo Martins(5), Sónia Cabral(6), Estevão Lafuente(7), Pedro Moura(8) Mariana Santos(9), Bruno Pereira(9), Aníbal Marinho(2) Alexandra Babo [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C123) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Reconstrução do recorrente – Trabalho experimental RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A remobilização da corda vocal HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: (cv) aquando da lesão per-operatória do recorrente não tem sido bem sucedida. Objetivo – reconstrução do recorrente de modo a conseguir a mobilização perfeita da cv correspondente. Escolheu-se a cabra, porque o aparelho fonatório é anatómica e funcionalmente idêntico ao do homem. Material e Métodos: Foram utilizadas nove cabras, Capra hircus, com idade 3-6 anos e peso 32-43 Kg. Seis animais foram incluídos no Grupo I, em que após secção e excisão de cerca de 5 mm de recorrente esquerdo, realizámos a sua reconstrução com interposição de enxerto de veia (colateral da safena) preenchida com músculo da região cervical, e três no Grupo II, em que só era provocado o defeito no nervo. Foram avaliados: movimento das cv (1); da voz (2) em quatro cabras, três do Grupo I e uma do II; na 2ª operação, passados 11 meses, o aspeto macroscópico do enxerto (3) e efetuada a sua colheita para estudo histológico (4). Resultados: No Grupo I: (1) 83, 3% recuperaram os movimentos das cv com perfeição; (2) 100% recuperaram a voz; (3) 100% de enxertos perfeitos; (4) 50% de recuperação do aspeto normal do nervo periférico. No Grupo II: (1) 66% paralisação mediana e uma recuperou a mobilidade da cv; (2) esta cabra teve recuperação pouco consistente da voz; (3) mau aspeto dos enxertos; (4) 0% de regeneração nervosa. Discussão: É uma técnica simples, barata, de fácil reprodução, sem sequelas anatómicas ou funcionais e que remobiliza, com perfeição, a corda vocal. Achamos possível a transposição para a cirurgia humana. Nenhum Investigação experimental Luís Silveira Luís Silveira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: indução (QTI) pode tornar um doente com um tumor considerado tecnicamente irressecável num candidato a cirurgia radical, com um ganho de sobrevivência global (SG). Material e Métodos: Estudo retrospetivo, uni-institucional, que avaliou os doentes com CCOLA que realizaram QTI entre janeiro de 2010 e dezembro de 2013. Resultados: Foram submetidos a QTI com docetaxel, cisplatina e 5-Fluorouacilo (TPF) 42 doentes com CCOLA. A mediana de idades foi de 56 anos (35-75) e 81% (34) dos doentes era do sexo masculino. Os doentes foram estadiados clinicamente como IVa na sua maioria (92.9%). O protocolo TPF foi integralmente realizado (4 ciclos) em 81% da amostra e todos os doentes realizaram uma TC de avaliação de resposta no final do 2º ciclo. Foi demonstrada uma resposta parcial em 73, 8% (31) e uma resposta imagiológica completa em 4, 8% (2) dos doentes. Foram submetidos a cirurgia 22 doentes (52, 4%). A taxa de resposta patológica completa foi de 18% (4) e em 41% (9) dos doentes as margens cirúrgicas foram superiores a 5 mm. O tempo de follow-up mediano foi de 19 meses (2-51) e a taxa de SG aos 2 anos foi de 72% nos doentes submetidos a cirurgia e de 22% nos doentes não operados (p=0.002). Discussão: Na nossa experiência, a QTI permitiu oferecer cirurgia com intenção curativa a mais de metade dos doentes previamente considerados não candidatos a cirurgia, com claro impacto positivo na sua SG. Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE Cirurgia da Cabeça e Pescoço Pereira, JC (1) Araújo, C (1) Ribeiro, C (1) Sousa, A (1) Cassiano, M (2) Guimarães, J (1) Moreira, A (1) Sanches, C (1) Cunha, D (1) Lencastre, L (1) Capelo, R (1) Brito, D (1) Abreu de Sousa, J (1) José Carlos Pereira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C125) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Determinação da concentração plasmática de glu- tamina no doente cirúrgico crítico – Requisito para suplementação com glutamina exógena? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: No doente crítico, a depleção de glutamina é frequente e constitui um factor preditivo de mortalidade mas a suplementação permanece controversa. Objectivos: Determinar a concentração plasmática de glutamina em doentes cirúrgicos críticos e analisar a sua correlação com o prognóstico. Material e Métodos: Estudo prospectivo de 28 doentes cirúrgicos críticos. As aminoacidémias foram determinadas, por cromatografia de troca iónica, na admissão, ao 1º e ao 3º dias e comparadas com as de 11 indivíduos saudáveis. Os índices de gravidade e evolução foram registados. Resultados: A glutaminémia basal dos doentes críticos foi inferior à dos controlos [385, 1±123, 1 vs 515±57, 9 µmol/L, p=0, 002] e diminuiu até ao 3º dia (p=0, 042). A glutaminémia basal correlacionou-se com o SAPSII (r=-39, 4%, p=0, 042) e Injury Severity Score (r=-43, 3%, p=0, 039) e a do 3º dia com as durações de internamento na UCI (r=-66, 5%, p=0, 009) e do suporte ventilatório (r=-65%, p=0, 012). A hipoglu- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C124) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Quimioterapia de indução seguida de cirurgia no carcinoma da cavidade oral localmente avançado RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O carcinoma da cavidade oral localmente avançado (CCOLA) tem um prognóstico muito reservado. A resposta tumoral à quimioterapia de Revista Portuguesa de Cirurgia 194 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: taminémia grave (<420 µmol/L), objectivada em 64, 3% dos casos, associou-se a menor idade (p=0, 025), trauma, admissão primária, choque, ausência de sépsis (n.s.); maiores Abreviated Injury Scale (p=0, 019), Injury Severity Score (p=0, 007) e SAPSII (n.s.), taxas de mortalidade hospitalar e de complicações infecciosas, duração do suporte ventilatório e do internamento (n.s.). Discussão: Nesta série, a prevalência da depleção grave de glutamina foi elevada. A monitorização da glutaminémia pode contribuir para uma definição mais precisa das indicações para a suplementação. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cuidados Intensivos Beatriz Costa (1, 5), Paulo Martins (2, 5), Marta Simões (3), Carla Veríssimo (3), Marisa Tomé (1), Gilberto Marques (4), Manuela Grazina (3, 5), Jorge Pimentel (2, 5), F. Castro Sousa (1, 5) Beatriz Pinto da Costa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C127) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Biodisponibilidade da arginina plasmática: factor RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C126) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Varicose Veins surgery – Can we preserve the Great Saphenous Vein? – Yes We Can! RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Duplex ultrasound (DUS) study HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: of varicose veins (VV) defined two patterns of reflux of great saphenous vein (GSV) according to 2009 “The VEIN-TERM” consensus: axial reflux: continuous reflux from inguinal region to the malleolus. Segmental reflux: involving venous segments without continuity It is accepted that if only superficial branches are varicose simple avulsion is enough and GSV is preserved Preservation of GSV is debatable, although previous studies have shown no progression in around 2/3 of cases Follow-up of patients with segmental reflux treated with preservation of GSV. Material e Métodos: 54 limbs: sex, age, CEAP class, clinical results, DUS findings Same surgical team, considering two items: worthwhile surgery and recurrence of VV DUS follow-up: -no reflux -maintenance of reflux -progression of reflux. Resultados: 42 females, 12 males Age: 27 to 77. Mean 52, 7 years CEAP: C2- 37; C3- 12; C4- 5. Patterns: Varicose collaterals only- 8 limbs, Collaterals plus troncular GSF segments – 14 limbs Collaterals plus saphenofemoral junction reflux – 32 limbs Worthwhile surgery -95, 5% Recurrence- 1 DUS post op: -No reflux of GSV- 32 (58%) -Maintenance of GSV reflux without progression: 21 (40%) -Progression- 1 (2%) Follow-up: 12, 1 months (1, 2 to 36 months). Discussão: Preservation of GSF has shown good/consistent results. “Can we preserve the GSF? “ answer is “ Yes we can” We need long-term follow-up and larger numbers to transform preservation of the GSF with segmental refluxive patterns, into a recommendation. Centro Hospitalar Lisboa Central Cirurgia Vascular Toscano, F.(1); Alves, C.P.(2) Francisco Toscano [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: preditivo de mortalidade hospitalar no doente traumatizado crítico – Análise preliminar Objectivo/Introduçâo: A arginina é um aminoácido determinante na resposta metabólica ao trauma grave. Objectivos: Determinar a concentração plasmática de arginina, citrulina e ornitina em traumatizados críticos e analisar a sua correlação com o prognóstico. Material e Métodos: Estudo prospectivo de 23 traumatizados críticos. As aminoacidémias foram determinadas, por cromatografia de troca iónica, na admissão, ao 1º e ao 3º dias e comparadas com as de 11 indivíduos saudáveis. A biodisponibilidade da Arginina (BA) foi calculada e os índices de gravidade e evolução registados. Resultados: As concentrações de arginina, citrulina e ornitina na admissão foram significativamente inferiores às dos controlos (arginina: 41, 2±20, 6 vs 56, 1±11, 9 µmol/L, p=0, 034). A prevalência de hipoargininémia foi de 82, 6% e a BA foi de 62, 4±25, 6%. A mortalidade hospitalar foi superior nos pacientes com argininémia <26 µmol/L (75 vs 15, 8%, p=0, 04). A BA <42% constituiu um factor preditivo de mortalidade [n=6 (26, 1%); 66, 7 vs 11, 8%, p=0, 021; odds ratio=5, 7, acuidade=82, 6%)]. A BA relacionou-se com a probabilidade de morte que foi de 2, 8±1, 9% (IC95% 1, 9-8, 3) quando >81% e de 61, 8±8, 8% (IC95% 50, 8-72, 7) quando <41%, p=0, 0001]. Na análise multivariada, apenas o SOFA=7, 5 foi significativo (p=0, 042). Discussão: Neste estudo, a prevalência de hipoargininémia no doente traumatizado crítico foi elevada. A BA, utilizada como bioindicador de desregulação do metabolismo da arginina mais sensível do que a argininémia isolada, constituiu um factor preditivo de mortalidade hospitalar. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Cuidados Intensivos Beatriz Costa (1, 5), Paulo Martins (2, 5), Marta Simões (3), Carla Veríssimo (3), Marisa Tomé (1), Gilberto Marques (4), Manuela Grazina (3, 5), Jorge Pimentel (2, 5), F. Castro Sousa (1, 5) Beatriz Pinto da Costa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C128) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Hernioplastia Inguinal Via Laparoscópica (TEP) – experiência com próteses autoaderentes e técnica sem fixação de prótese RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A abordagem por via laparoscópica das hérnia inguinais está difundida a nível mundial e é reconhecida como uma das técnicas a ser considerada no tratamento desta patologia. A via extraperitoneal apresenta excelentes índices de qualidade e apresenta neste momento os mesmos tópicos de discussão associados às restantes técnicas: qual a melhor prótese a ser utilizada e qual o menor mecanismo de fixação. Material e Métodos: Os autores apresentam a sua experiência na hernioplastia inguinal via laparoscopica (TEP) com a utilização de próteses autoaderen- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 195 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: AUTORES: Inês Alegre, Marcio Madeira, Jorge Rebanda, Zacha- tes e com técnica sem fixação da prótese. No período de 2013 e 2014 foram intervencionados 47 pacientes Resultados: Neste período foram submetidos a hernioplastia inguinal via laparoscópica (TEP) um total de 47 pacientes, com média de 42 anos e sendo 44 do sexo masculino. A distribuição foi a seguinte: 28 pacientes com prótese auto-adesiva e 19 pacientes com prótese semibasorvivel sem qualquer mecanismo de fixação. Foram operadas um total de 81 hérnias inguinais. O tempo médio de cirurgias foi de 38 minutos e todos tiveram alta no próprio dia da intervenção. Com um tempo médo de follow up de 9 meses estão todos assintomáticos e sem rediviva. Discussão: Os autores apresentam esta experiência concluindo que esta técnica poderá ser uma opção a considerar, permitindo elevar os indices de qualidade da abordagem extraperitoneal e ultrapassando uma das principais críticas a ela associada e que se relaciona com as questões económicas. Centro Hospitalar do Porto, EPE Cirurgia da Parede Abdominal Cralos Magalhães, Silvia Pereira, Artur Flores, Mário Marcos Carlos Magalhães [email protected] roula Sidiropoulou, Carlos Resende, Carlos Neves CONTACTO: Inês Alegre Marçal Santos EMAIL: [email protected] SALA 5 07-03-2015 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V23) SESSÃO V-CR TÍTULO: Excisão Total de Mesorrecto via Transanal no trata- mento do Cancro do Recto RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Ao longo dos últimos anos tem- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (C129) SESSÃO CO-VÁRIOS TÍTULO: Pneumoperitoneu Progressivo Pré-Operatório no Tratamento da Hernia Incisional RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O pneumoperitoneu progres- sivo pré-operatório (PPP) tem sido utilizado na reparação de hérnias incisionais de grandes dimensões, diminuindo o risco de síndrome compartimental abdominal e disfunção respiratória pós-operatória. Propomo-nos fazer uma revisão de casos de reparação de hérnia incisional com PPP num período de 8 anos e meio, assim como uma revisão da literatura. Material e Métodos: Levantamento dos casos com diagnóstico de hérnia ventral, hérnia ventral incisional ou hérnia da cavidade abdominal no período em estudo. Selecionados aqueles com mais de 5 dias entre a data de internamento e a da intervenção cirúrgica. Obtidos estes processos e identificados aqueles em que se realizou PPP. Recolhidos dados para caracterização da amostra. Resultados: Identificados 13 doentes submetidos a PPP, com um tempo de internamento médio de 28, 2 dias, dos quais, em media, 13, 1 dias corresponderam ao pré-operatório com criação de PPP. Como complicações pós-operatórias identificados um caso de recidiva da hérnia, um de infeção da ferida operatória e um outro de necrose dos bordos da ferida. Discussão: Esta revisão de casos vêm reforçar o papel do PPP na prevenção de algumas das complicações mais frequentemente associadas à cirurgia de hérnia incisional, uma vez que não foram encontradas complicações de hipertensão intra-abdominal ou distúrbios respiratórios pós-operatórios. Associada a baixa morbilidade, esta técnica deve continuar a ser considerada no tratamento da hérnia incisional de grandes dimensões. HOSPITAL: Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE CAPÍTULO: Cirurgia da Parede Abdominal HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: -se verificado uma marcada evolução no tratamento cirúrgico do cancro do recto. A excisão total do mesorrecto (TME) é considerada tratamento padrão nesta patologia desde que a técnica foi descrita. A morbilidade considerável associada à TME via aberta encorajou o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas. Estas têm-se provado alternativas viáveis, com menor morbilidade e resultados oncológicos semelhantes. Os autores pretendem descrever uma técnica cirúrgica inovadora como alternativa viável à TME via aberta ou via laparoscópica, aplicada à ressecção anterior do recto no tratamento do cancro do recto. Material e Métodos: Vídeo cirúrgico com descrição passo a passo da técnica de TME via transanal (ta) (procedimento cirúrgico detalhado e referências anatómicas) e suas indicações. Foram obtidos todos os consentimentos legais indicados. Resultados: Esta técnica é clinicamente exequível e segura quando se verifica uma selecção criteriosa de pacientes e a equipa cirúrgica é suficientemente experiente na realização do procedimento. Discussão: Alguns estudos demonstram que a taTME assistida por laparoscopia quando realizada por uma equipa especializada é segura e vai de encontro às exigências oncológicas para uma cirurgia de cancro rectal de elevada qualidade. Pode ainda oferecer vantagens sobre a cirurgia laparoscópica pura relativamente à visualização e dissecção do mesorrecto distal. A análise de séries precoces de taTME assistida por laparoscopia é promissora. Hospital Clínic de Barcelona, Espanha Colo-Proctologia Filipe Madeira Martins; Delgado, S; Fernandez Hevía, M; Bravo, R; Momblan, D; Lacy, A. Filipe Madeira Martins [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V24) SESSÃO V-CR TÍTULO: Correção por Via Laparoscópica de Secção Ureteral com Colocação de Duplo J RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A incidência de secção ureteral em cirurgias videolaparoscópicas colorretais varia de 0, 2 a 0, 6%. Atualmente houve uma diminuição na incidência não só devido a maior experiência das equipas, Revista Portuguesa de Cirurgia 196 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: como também pela aplicação da dissecção de medial para lateral. Trata-se de um doente do sexo masculino, 56 anos, com lesão úlcero-vegetante iniciando-se a 2 cm e extendendo-se até 7 cm da margem anal, acometendo mais de 50% da circunferência retal. A histologia revelou tratar-se de um adenocarcinoma do reto. Ao estadiamento não foram encontradas lesões secundárias. Realizou neoadjuvância. Material e Métodos: Apresentação de um vídeo com os detalhes técnicos e a viabilidade da correção laparoscópica após secção ureteral esquerda. Resultados: O procedimento realizado foi a amputação abdomino perineal do reto por via laproscópica. Durante a dissecção medial-lateral houve secção do terço médio do ureter esquerdo, que foi corrigida com a passagem de cateter duplo J e com ureterorrafia via laparoscópica. O doente evoluiu satisfatoriamente sem complicações, tendo recebido alta no quarto dia pós-operatório. Com quarenta dias de pós-operatório foi realizada uma cistoscopia para retirada do cateter duplo J que decorreu sem intercorrências. Oito meses após a cirurgia, o doente encontra-se assintomático em seguimento oncológico. Discussão: Apesar de ser uma complicação grave, a correção laparoscópica da secção ureteral é factível e segura, não necessitando de conversão para via laparotómica. Hospital de Santarém, EPE Colo-Proctologia Joana Miranda, Carlos Véo, Ivan Barcelos, Marcos Denadai, Maximiliano Cadamuro Neto, Luís Romagnolo, Armando Melani Joana Santos Miranda [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: resultados funcional e oncológico desta cirurgia (7) que oferece uma conservação da integridade corporal e uma melhor qualidade de vida ao doente. (1) Polett, Nicholls Ann Surg 198:159-163 (4) Miles (1908) Lancet 2: 1812-1813 (5) Schissel Br J Surg 81(9):1376-1378 (7) Marks G Ann Surg Oncol 1995;2(3):221-7 HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida Colo-Proctologia Stelio Rua (1) Hugo Capote (2) Edouardo Soeiro (2) Ilda Barbosa (2) Stelio Rua [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V26) SESSÃO V-CR TÍTULO: Caso Raro de Suboclusão Intestinal em Adulto RESUMO: RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V25) SESSÃO V-CR TÍTULO: Tumor do recto ultra baixo – SSR Sphincter Saving Surgery- com exisão total do esfincter interno RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Em 1949 dois anatomopatolo- gista Blair e West constataram na histologia de peças de APR que a margem distal era raramente invadida e que a margem radial não era avaliável! Pela taxa de recidiva local colocaram em duvida a qualidade do ato cirúrgico. (1) Em 1982, Heald e Quirke responderem a estas dúvidas descrevendo a excisão total do meso recto que permitiu uma drástica diminuição da taxa de recidiva local com um aumento da sobrevida. Esta diminuição da margem distal permitiu evitar a cirurgia mutilante descrita por Miles em 1908 em favor da cirurgia com conservação do esfíncter anal. Material e Métodos: Caso clinico: abril 2014 Doente feminino de 68 anos ASA II IMC 22, com adc G1 a 5 mm da línea pectínea. A cirurgia efectuada foi o TATA (trans anal abdominal trans anal proctosigmoidectomia). Resultados: A histologia revelou ypT0N0M0, uma resposta patológica completa; margem radial de 15 mm e distal de 10 m; índex de Wexner de 5. Discussão: A cirurgia com conservação do aparelho esfíncterico foi reactualizada pelo Prof. Schiessel (5). Em 1984 o Prof. Gerald Marks descreveu a SSR como uma cirurgia em 3 tempos; o primeiro tempo perineal facilita a abordagem do recto abaixo da fascia de Waldeyer. De salientar os bons HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Jovem por Anomalia da Rotação e Fixação Intestinal Objectivo/Introduçâo: As anomalias da rotação intestinal tem uma prevalência estimada de 1:200-500 nados vivos. Ocorrem durante a gestação e manifestam-se habitualmente durante o período neonatal, raramente na fase adulta. Complicações como vólvulo intestinal, hérnias internas, sub/oclusão alta (bandas de Ladd que encurralam a 2ª/3ª porções do duodeno) podem ocorrer conforme o grau de malrotação. O vídeo proposto pelos autores documenta um caso de suboclusão intestinal por hérnia interna em defeito criado por banda peritoneal de Ladd, associado a suboclusão alta por compressão duodenal. Os autores pretendem alertar para situações raras de malrotação congénita do cólon em adultos, com atenção às particularidades na abordagem cirúrgica destes doente. Resultados: Masculino de 27 anos, obeso, com história de sintomas dispépticos intermitentes inespecíficos associados a vómitos biliares, sem causa aparente em estudo endoscópico. Recorre ao SU com quadro suboclusivo por aparente hérnia interna e anomalia topográfica do cólon em TC abdominopelvica. Submetido a laparoscopia exploradora com redução de hérnia interna e encerramento do defeito mesentérico. Reintervencionado 72h depois por quadro de suboclusão alta com distensão gástrica e duodenal em imagem de TC. Realizada manobra de Kocker com resolução aparente dos sintomas. Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE Colo-Proctologia Ana Marta Pereira, Mario Nora, Gil Gonçalves Ana Marta Pinheiro Pereira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V27) SESSÃO V-CR TÍTULO: Reconstrução do trânsito intestinal por via laparos- cópica pós colectomia tipo Hartmann. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A reconstrução do trânsito intestinal pós colectomia tipo Hartmann é uma das cirurgias electivas de cólon associadas a maior morbilidade e mortalidade. Apesar da abordagem mais fre- XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 197 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: quente ser por via aberta, dada a existência de peritonite prévia, existem diversos relatos que sugerem a via laparoscópica como uma alternativa terapêutica segura e eficaz. Resultados: Apresentamos o caso de um homem de 79 anos de idade, submetido a colectomia tipo Hartmann urgente por diverticulite aguda perfurada, em Janeiro de 2014. Foi proposto para reconstrução do trânsito intestinal em Outubro de 2014. Efectuámos a reconstrução do trânsito intestinal por via laparoscópica e o pós-operatório decorreu sem intercorrências. O doente retomou dieta e trânsito para gases ao 2º dia pós-operatório, tendo alta ao 6º dia. Discussão: A existência de uma peritonite prévia não é contra-indicação absoluta para cirurgia laparoscópica. A reconstrução do trânsito intestinal pós-Hartmann por via laparoscópica poderá ser uma alternativa terapêutica eficaz. Centro Hospitalar do Porto, EPE Colo-Proctologia Gil Faria, Mónica Sampaio, Bruno Santos, Jorge Santos Gil Faria [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V29) SESSÃO V-CR TÍTULO: Tumor do apendice ileo-cecal: abordagem laparos- copica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O apêndice ileo cecal é uma RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V28) SESSÃO V-CR TÍTULO: Resseção Anterior do Reto e Histeretomia por RESUMO: HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Via Laparoscópica com Extração da Peça por Via Transvaginal Objectivo/Introduçâo: Doente do sexo feminino com 59 anos de idade com antecedentes de prolapso uterino 3º grau. Por queixas de tenesmo e perdas hemáticas com 3 meses de evolução realizou colonoscopia que mostrou lesão vegetante na parede posterior do reto distal, com 4cm de extensão; histologia revelou adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Após estadiamento trata-se de neoplasia do reto T3N0M0. Material e Métodos: A doente realizou neoadjuvância e foi submetida à 12ª semana a resseção anterior do reto e histeretomia por via laparoscópica com extraçao da peça por via transvaginal e ileostomia de proteção que decorreu sem complicações. Resultados: Pós-operatório decorreu sem intercorrências, doente iniciou dieta oral no 1º dia e teve alta ao 3º dia. A histologia demonstrou ausência de lesão residual (ypT0), isto é, resposta patológica completa. Dos 12 gânglios dissecados nenhum estava comprometido (ypN0); útero – leiomioma, cervicite crônica, atrofia endometrial. Discussão: Pretende-se com este vídeo demonstrar uma técnica segura e eficaz para o tratamento das duas patologias em simultâneo. Hospital de Santarém, EPE Colo-Proctologia Joana Miranda, Carlos Véo, Ivan Barcelos, Marcos Denadai, Maximiliano Cadamuro Neto, Luís Romagnolo, Armando Melani Joana Santos Miranda [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: localização frequente dos tumores neuroendocrinos do tubo digestivo (17%) (1) e representam cerca de 0, 7 a 1.4% de todas as apendicectomias O diagnóstico é feito na peça de histologia A cirurgia é o pilar do tratamento podendo ser associada à necessidade de alargamento Material e Métodos: Caso clínico JUNHO 2013 Mulher de 41 anos ASA 1 IMC 22, apresenta dor abdominal Fez Tac abdominal colonoscopia e biopsia de lesão localizado ao nível do orifício apendicular, compatível com tumor neuroendócrino Foi efetuado hemicolectomia direita laparoscópica exteriorização da peça por minilaparotomia de apoio ressecção e anastomose latero-lateral mecânica isoperistáltica extracorporal Resultados: Tempo cirúrgico 2 horas Alta ao 4º dia pós-operatório Histologia Tumor do apêndice com 22 mm e 28 gânglios isolados Tumor carcinoide bem diferenciado T2 N0 G1 Discussão: O termo carcinoide terá sido introduzido em 1907 por Obendorfer para definir um tumor com corportamento menos agressivo do que o carcinoma Em 2010 a World health Organization WHO defina uma nova classificação (3) Como factor de pronóstico a dimensão do tumor é o mais importante A agressividade relacionada com o número de mitose e a positividade para o Ki-67 antigen O seguimento é baseado na clínica e nos exames complementares de Tc abdominal e marcadores tumorais com periodicidade anual (7) (1) Smeenk Euro J Surg Oncol 2008 ;34:196201 (3) Oberg Cancer Metastasis Revue 2011;30 suppl1:3-7 (7) Landerhom BJSurg 2011 ;98:1617 HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida Colo-Proctologia Stelio Rua (1) Irene Martins (2) Paula Borralho (3) Jõao Gíria (1) Stelio Rua [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V30) SESSÃO V-CR TÍTULO: Resseção Anterior do Reto e Hepatectomia Simultâ- neas por Via Laparoscópica no Tratamento da Neoplasia Colorretal Metastático RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A melhor estratégia para lesões hepáticas sincronas ressecáveis permanece controversa. A ressecção laparoscópica hepática e colorretal simultâneas ainda é pouco utilizada mas parece apresentar benefícios. Apresentamos um doente do sexo masculino, 68 anos que realizou uma colonoscopia evidenciando lesão vegetante na junção retossigmóide com a biópsia confirmando tratar-se de um adenocarcinoma. Durante o estadiamento a tomografia de abdomen também mostrou um nódulo hipodenso e com realce heterogêneo de 3cm na extremidade do lobo esquerdo. Material e Métodos: O video contém os principais tempos da cirurgia laparoscópica combinada, resseção anterior do reto com anastomose Revista Portuguesa de Cirurgia 198 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: colorretal primária e segmentectomia lateral esquerda. Resultados: Foi submetido a resseção anterior do reto por via e em seguida foi realizada segmentectomia lateral esquerda. O tempo total de cirurgia foi de três horas e trinta minutos. Apresentou boa evolução pós-operatória, recebendo alta no terceiro pós-operatório. A histologia demonstrou adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado, com invasão da gordura pericólica e nenhum gânglio comprometido de 21, além de metástase hepática de adenocarcinoma colorretal (pT3N0M1). Discussão: As ressecções colorretais laparoscópicas combinadas a hepatectomias podem ser utilizadas em determinados casos no tratamento da neoplasia metastática. Hospital de Santarém, EPE Colo-Proctologia Joana Miranda, Luís Romagnolo, Ivan Barcelos, Carlos Véo, Marcos Denadai, Maximiliano Cadamuro Neto, Armando Melani Joana Santos Miranda [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V32) SESSÃO V-CR TÍTULO: How to avoid pitfalls on laparoscopic colorectal surgery RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Colorectal laparoscopic pro- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V31) SESSÃO V-CR TÍTULO: Polipo Pré-Maligno do Recto: Tamis RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A cirurgia transanal minima- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: mente invasiva (TAMIS) surgiu em 2009 como alternativa à excisão transanal clássica (TAE) ou à microcirurgia transanal endoscópica (TEM) para excisão de lesões do recto. Vantagens: várias plataformas de acesso com instrumentos de laparoscopia standard. Descreve-se uma técnica segura e eficaz de excisão de polipo do recto pré-maligno. Material e Métodos: Homem, 70 anos, dislipidémico. Prova de sangue oculto nas fezes positiva, fez colonoscopia: lesão aos 10 cm da margem anal envolvendo metade da circunferência do recto, feitas biópsias. Histologia: adenoma viloso com displasia de alto grau (DAG). Ecoendoscopia de estadiamento local: sem adenopatias loco-regionais. Proposto para TAMIS. Resultados: Anestesia geral, posição litotomia. Plataforma Gelpoint Path®. Pneumorecto 14mmHg, câmara 5mm 30º, 2 portas trabalho 5mm. Excisão submucosa de polipo séssil 3.3 cm com margens de segurança. Encerramento com pontos separados de fio reabsorvível 4/0. Alta às 24h. Histologia da peça: adenoma tubulo-viloso com DAG, margem excisional livre. Follow-up de 8 meses sem intercorrências. Discussão: A TAMIS tem vindo a ser adoptada para excisão de lesões do recto, pela sua facilidade de execução, uso de equipamento de laparoscopia habitual e evicção de cirurgia major em doentes seleccionados. As recomendações actuais são: lesões benignas ou neoplasias in situ do recto médio/alto. Mais estudos e maior tempo de follow-up são necessários para clarificar outras indicações e seguimento. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Colo-Proctologia Maria de Jesus Oliveira, Carlos Leichsenring, Vasco Geraldes, Miguel Carracha, Bruno Pinto, Francisco Carneiro Maria de Jesus Oliveira [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cedures are rapidly becoming the standard of care for many benign and malignant intestinal disorders. Since early experiences, several intraoperative and postoperative complications have become evident as well as methods and precautions to prevent these often disastrous problems. Intraoperative complications have been reported to occur in 4-16% of procedures, although variable definitions across reports. Material e Métodos: The group describes the technique for different laparoscopic colorectal resections.The key steps are demonstrated as the high vascular tie or the splenic flexure mobilization, among others. Potential pitfalls are described, namely those which may conduce to ureter, vascular or bowel injuries. Resultados: A didactic video was performed in order to highlight common pitfalls of laparoscopic colorectal surgery, as well as offering practical approaches to their management, pointing out the knowledge of the colorectal group. Discussão: A laparoscopic approach for colorectal disease is safe, feasible, and effective. Nonetheless it´s associated with potential pitfalls that pose challenges to the surgeon and team, and its identification and management may not directly parallel those during an open approach. Hence, it is essential for the team to have a good working knowledge of how to avoid and fix these potential problems when they do occur. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Colo-Proctologia Alves P, Rama N, Garcia R, Andril O, Faria V Paulo Fernando Lopes Alves [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V33) SESSÃO V-CR TÍTULO: Abordagem cirúrgica de hamartoma quístico retro- -rectal: a propósito de um caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os hamartomas quísticos retro- -rectais (tailguts cysts) são lesões congénitas raras, decorrentes de anomalias do desenvolvimento. A raridade destas lesões e sua localização anatómica conduzem a dificuldades diagnósticas e terapêuticas. O tratamento de eleição é a ressecção cirúrgica completa. Material e Métodos: Apresentação de um caso clínico. Resultados: Os autores apresentam, sob a forma de vídeo, o caso de uma mulher de 24 anos, caucasiana, referida a Cirurgia Geral por Gastroenterologia. A doente apresentava queixas crónicas de desconforto perianal, sem proctalgia. Do estudo realizado, a RMN revelou o diagnóstico de lesão nodular com cerca de 3, 3 x 2, 8 cm de maiores eixos, aparentemente localizada no espaço retro-rectal, de conteúdo algo heterogéneo. Tendo em conta a localização, o género e grupo etário da doente, é de considerar como primeira hipótese o grupo das doenças de anomalias do desenvolvimento. Procedeu-se à ressecção cirúrgica da lesão, usando XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 199 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: uma via de abordagem posterior transcoccígea (via de Kraske). O pós-operatório decorreu sem intercorrências e 3 meses após a cirurgia, a paciente encontrava-se assintomática, sem evidência de recorrência da doença. A histologia confirmou o diagnóstico de hamartoma quístico (tailgut cyst), sem sinais de malignidade. Discussão: A via de Kraske é uma via de abordagem segura do hamartoma quístico retro-rectal, permitindo a ressecção completa, quando existe um alto índice de suspeição nos exames radiológicos e a localização anatómica da lesão o permite. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Colo-Proctologia Fonseca, S., Liberal, M. Marcos, N., Pereira B., Carvalho C., Maciel J. Sofia Filomena Pereira Fonseca [email protected] SALA 3 SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Diferenças na cirurgia do cólon: eletiva vs urgência RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O cancro coloretal é a terceira SESSÃO V-CR TÍTULO: Tratamento cirúrgico laparoscópico de perfuração HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: 08H00 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P59) RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V34) RESUMO: 07-03-2015 iatrogénica endoscópica do cólon sigmóide com cerca de 7 cm. Objectivo/Introduçâo: A perfuração iatrogénica do colon ocorre em cerca de 0, 19% dos estudos endoscópicos. A via de abordagem para o seu tratamento carece ainda de consenso, observando-se na literatura uma crescente valorização da via laparoscópica, ainda que com algumas limitações. Material e Métodos: Neste trabalho descrevemos um caso clínico de abordagem laparoscópica para o tratamento de lesão sigmóidea extensa. Resultados: Doente do sexo feminino, 81 anos, submetida a colonoscopia no contexto de anemia crónica em estudo. Durante o procedimento, perfuração iatrogénica do cólon sigmóide, com cerca de 7 cm de extensão, em região com múltiplas aderências e angulações. Submetida a tratamento cirúrgico emergente, tendo-se optado por abordagem laparoscópica, com encerramento directo da extensa lesão cólica e cuidada toilette peritoneal. Pós-operatório com dor abdominal associada a enfisema subcutâneo exuberante mas de resolução espontânea; sem outras complicações. Discussão: Demonstrada viabilidade da abordagem laparoscópica para o tratamento da lesão, mesmo que extensa e num contexto anatómico hostil, com impacto positivo na morbilidade do doente. Outros estudos são necessários para melhor sustentar as vantagens e limitações desta via de abordagem. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Unidade II Colo-Proctologia Leite, M; Liberal, M; Louro, H; Campos, J; Marcos, N; Carrapita, J; Maciel-Barbosa, J. Mariana Leite [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: neoplasia mais frequente do mundo ocidental e a quarta mais mortal sendo também uma das que apresenta maior probabilidade de cura desde que diagnosticada atempadamente e submetida a um tratamento cirúrgico radical. Cerca de 10% de todas as cirurgias por neoplasia do cólon são efetuadas num contexto de urgência normalmente por oclusão intestinal. Este estudo pretende avaliar os resultados da nossa experiência de cirurgia dos carcinomas do cólon esquerdo e reto no contexto de cirurgia programada vs urgência. Material e Métodos: O estudo retrospetivo inclui 281 doentes operados a carcinoma do cólon esquerdo ou reto no período de 5 anos (2009-13) submetidos a cirurgia eletiva ou de urgência e divididos por estadios da doença. As variáveis analisadas (SPSS.v20) incluíam tipo de cirurgia, complicações pós-operatórias, dias de internamento, taxa de re-intervenção, sobrevida global e livre de doença. Resultados: Foram incluídos 281 doentes, 62% homens, média de idades de 69 anos. 87% das cirurgias foram eletivas e a localização mais frequente o sigmóide. A taxa de complicações e dias de internamento foram maiores no grupo da cirurgia de urgência face ao grupo da cirurgia programada, 47% vs 33% e 15, 4 vs 10, 6 respetivamente. Discussão: A cirurgia de urgência continua a ser um desafio dado não haver um estadiamento correto da neoplasia nem um doente bem preparado. Tal como demonstrado, a morbimortalidade, a sobrevida livre de doença e a sobrevida global são afetadas pela urgência da intervenção. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Colo-Proctologia Ana Cristina Rodrigues, Luísa Calais Pereira, Diana Gomes, Telma Brito, Mário Rui Gonçalves, Paulo Passos, Fernando Barbosa Ana Cristina Fernandes Rodrigues [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P60) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Metástase cerebral isolada e neoplasia do cólon – caso clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As metástases cerebrais são os tumores cerebrais mais frequentes. Ocorrem mais frequentemente nos tumores do pulmão, mama, testículo e melanoma e raramente têm origem nos tumores gastrointestinais. Constituem invariavelmente um sinal de mau prognóstico. Resultados: Os autores apresentam um caso raro de uma doente submetida a hemicolectomia direita por adenocarcinoma mucinoso do cólon direito, a quem foi diagnosticada um ano depois uma metástase cerebral, sem evidência de outros focos de secundarização. Discussão: As metástases cerebrais Revista Portuguesa de Cirurgia 200 HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: no cancro colo-rectal são raras, ocorrendo em cerca de 4% dos doentes. Destes, 90% têm evidência de doença metastática extracraniana (mais frequentemente pulmonar e hepática). Em cerca de 60% dos casos o tumor primário localiza-se no cólon sigmóide ou no recto. O seu tratamento é controverso, sendo que o mais consensual na literatura é a ressecção cirúrgica associada a radioterapia. Hospital Garcia de Orta, EPE Colo-Proctologia Gabriela Machado, Mikhail Costa, Sandra Carlos, Rui Cardoso, Luis Galindo, Pedro Moniz Pereira, António Folgado, João Corte Real Gabriela Machado [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P61) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: A Esfincterotomia Lateral Interna no tratamento da HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Fissura Anal Crónica RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Avaliação dos resultados da HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Esfincterotomia Lateral Interna (ELI) no tratamento da fissura anal crónica (FAC). Material e Métodos: Análise retrospectiva dos doentes submetidos a ELI entre 1/1/2012 e 30/09/2014, através da consulta de base de dados informatizada e dos processos clínicos. Resultados: Durante o período em análise foram submetidos a cirurgia 34 doentes (20 mulheres e 14 homens), com idade média de 53 anos. Destes 26 foram referenciados directamente pelo Médico Assistente. Todos apresentavam sintomatologia com mais de 1 ano de evolução (proctalgia)) e 30 rectorragias frequentes. A indicação cirúrgica foi colocada por falência do tratamento médico em 30 doentes, e em 4 por motivos económicos. Efectuaram terapêutica médica de relaxamento do esfíncter 26 doentes, sendo que 7 realizaram ainda toxina botulínica. O tempo médio de internamento foi 1 dia. A taxa de mortalidade foi de 0% e apenas 1 doente apresentou morbilidade, com incontinência para gases. Ocorreram 6 recidivas, 5 das quais com resolução após tratamento médico. Discussão: Apesar de ser hoje consensual que a primeira abordagem no tratamento da FAC é médica, a ELI é uma opção segura e eficaz aquando da falência do mesmo, como demonstra a nossa série. Centro Hospitalar de São João, EPE Colo-Proctologia Beatriz Caldeira, Pedro Correia da Silva, José Costa Maia Ana Beatriz Mendes Caldeira [email protected] América é de 10 a 20 casos por milhão. Este trabalho tem por objectivo caracterizar os casos de GIST que ocorreram entre Janeiro de 2003 e Outubro de 2014, o seu tratamento e seguimento dos doentes portadores desta patologia. Material e Métodos: Trabalho retrospectivo por consulta de processos clínicos dos doentes portadores de GIST de Janeiro 2003 até Outubro 2014. O tratamento dos dados foi efectuado com o programa informático Excel. Resultados: Foram contabilizados 29 casos de GIST. A idade média é de 67 anos, com 59% de homens e 41% de mulheres. A localização mais frequente é o estômago, seguido do intestino delgado. Em 90% dos casos (26 doentes) a ressecção tumores foi completa. Foram considerados 3 doentes para terapêutica com Imatinib. Discussão: Quando executável, a cirurgia é a terapêutica de eleição para o tratamento dos GIST. Dentro das abordagens à disposição do cirurgião, a cirurgia minimamente incásica mostra-se eficaz e segura para o tratamento desta patologia. Esta entidade tem um leque alargado de apresentações e formas, e com agressividades variadas. O Imatinib demonstra-se uma arma eficaz para tratamento do mais agressivos. Hospital de Santarém, EPE Colo-Proctologia Olga Oliveira, Lara Madeira, António Soares, José Lima Olga Manuela Duarte Correia de Oliveira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P63) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Apendicite aguda: experiência acumulada em 500 apendicectomias RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A apendicite aguda (AA) é a RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P62) HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: GIST: uma patologia, várias abordagens. A revisão de 10 anos. RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os tumores do estroma gastro- -intestinal (GIST) são tumores raros, representando menos de 1% de todas as neoclássicas gastro-intestinais. A sua incidência anual nos Estados Unidos da CONTACTO: EMAIL: causa mais frequente de abdómen agudo. Apesar dos avanços nas técnicas auxiliares de diagnóstico, o exame físico continua a ser preponderante no diagnóstico e o tratamento de eleição é a apendicectomia. Revisão casuística de doentes submetidos a apendicectomia por AA. Material e Métodos: Estudo de observância, retrospetivo dos doentes submetidos a apendicectomia por AA entre 5 de Setembro de 2011 e 25 de Outubro de 2014. Resultados: Durante o período em estudo, 500 doentes foram submetidos a apendicectomia no contexto de AA. A idade média da população estudada foi de 38, 6 anos. Registou-se um ligeiro predomínio do sexo feminino (261; 52, 2%). A abordagem cirúrgica foi laparoscópica em 74% (370) dos casos. Em 35% (175) dos doentes, foi registada peritonite ou abcesso. A moda do internamento foi de 2 dias (média de 4, 3), a taxa de reintervenção foi de 3, 4% (17) e a de reinternamentos de 2% (10). Não houve mortalidade associada ao procedimento. Discussão: A apendicectomia continua a ser o tratamento de eleição da apendicite aguda apresentando um morbilidade reduzida. Centro Hospitalar do Porto, EPE Colo-Proctologia José Presa Fernandes (1), Wilson Malta (1), Graça Cardoso (1), Pedro Moreira (1), Vítor Simões (1), Donzília Sousa Silva (1), Jorge Daniel (1), Jorge Santos (1), José Polónia (1), José Davide (1) José Miguel Presa Fernandes [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 201 RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P64) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Encerramento de Colostomia de Proteção na Cirur- gia Oncológica do Reto RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Na cirurgia oncológica do reto, HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: a colostomia derivativa reduz o grau de complicações da anastomose colo-retal. Pretende-se avaliar os resultados e complicações do encerramento de colostomias em doentes submetidos cirurgia por carcinoma do reto. Material e Métodos: Reviram-se retrospectivamente 92 doentes submetidos a encerramento da colostomia de proteção entre Jan. 2012 e Dez. 2013. Caracterizou-se a população e avaliaram-se os resultados. Resultados: A mediana de idades foi de 62 anos e predominou o sexo masculino (62%). A cirurgia inicial foi precedida de terapêutica neoadjuvante em 85% dos casos e seguida de terapêutica adjuvante em 54.3%. O tempo entre a primeira e a segunda cirurgia foi de 11 meses. Registaram-se 13 complicações referentes ao procedimento cirúrgico. No total, 27 doentes referiam alterações funcionais após o encerramento. Sete doentes foram re-operados após o encerramento da colostomia.Tratamentos neoadjuvantes ou adjuvantes não se associaram a aumento de complicações. O encerramento precoce da colostomia (primeiros 6 meses) relacionou-se com o aumento da taxa de complicações (p=.043). Discussão: As taxas de complicações e re-intervenções associada ao procedimento são baixas. Registou-se menor taxa de complicações nas reconstruções após os 6 meses, que poderá estar em relação com o processo de cicatrização da anastomose colo-retal. O elevado número de doentes com alterações de trânsito intestinal carece de uma análise em contexto prospetivo. Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE Colo-Proctologia Alexandre Sousa; Catarina Rocha; Cátia Ribeiro; José Carlos Pereira; Pedro C. Martins; Ana Mesquita; Ana Ferreira; Fernanda Sousa; Gonçalves Dias; José Pedro Silva; José Videira; Abreu de Sousa Alexandre Manuel Paulo de Sousa [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de risco. Resultados: Foram operados 745 cólons e retos no período estudado, tendo sido efetuadas 649 anastomoses. Identificaram-se retrospetivamente 38 deiscências, perfazendo uma taxa de incidência de 5, 86%, sendo que a mortalidade associada foi de 23, 7%. Os principais procedimentos que deram origem a deiscência foram sigmoidectomia, hemicolectomia direita, resseção anterior do reto e hemicolectomia esquerda. A taxa de confecção de estoma de derivação na cirurgia inicial foi de 13, 2%. A maioria das deiscências encontradas (58%) verificou-se em cirurgia eletiva e as restantes em cirurgia de urgência: 39% por oclusão e 3% por perfuração. Após o diagnóstico de deiscência, 79% dos doentes foram submetidos a um estoma terminal, 8% a uma nova anastomose sem estoma de derivação, 5% a estoma de derivação sem anastomose, 9% a confeção de nova anastomose com estoma de derivação, laparostomia e terapêutica de suporte. Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE Colo-Proctologia Pimenta de Castro J, Pereira LG, Mestre R, Jácome P João David do Vale Pimenta de Castro [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P66) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Duplicação do Canal Anal em Idade Adulta: Caso Clínico e Revisão do Tratamento Cirúrgico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A duplicação do canal anal (DCA) é a malformação congénita mais rara do tubo digestivo. Atinge maioritariamente mulheres e está associada a outras malformações congénitas. O tratamento gold-standard é cirúrgico com a finalidade de prevenir as complicações infecciosas e a eventual progressão para neoplasia (Dukes 1956). As técnicas descritas são exérese em bloco por via perineal, via pré-sagrada e mucosectomia anal, entre outras. Resultados: O caso clínico trata-se de uma doente de 48 anos com antecedentes de HTA, DM tipo 2 e obesidade mórbida que aos 40 anos teve dois episódios de abcesso perianal posterior. Foi referenciada à consulta de Coloproctologia onde se objectivou um orifício na linha média, posterior ao ânus, que ao toque apresentava lúmen cego com cerca de 3 cm. Foi realizado estudo complementar com RMN pélvica, ecoendoscopia anal, colonografia e clister opaco que confirmaram a presença de DCA com identificação de estruturas esfincterianas, sem aparentes trajectos fistulosos do canal anal acessório para o ânus ou recto. A doente foi proposta para cirurgia que recusou, tendo abandonado a consulta. Aos 45 anos desenvolveu novo episódio de abcesso perianal posterior. Foi reproposta cirurgia que novamente recusou. Mantém seguimento em consulta. Discussão: Este caso reveste-se de particular importância pela sua raridade, estando descritos cerca de 60 casos. Este caso foi diagnosticado aos 40 anos, constituindo o caso diagnosticado mais tardiamente e sem progressão até à data para neoplasia. HOSPITAL: Hospital Distrital Figueira da Foz, EPE CAPÍTULO: Colo-Proctologia AUTORES: Jessica Neves, Raquel Dias, Filipa Santos, Henrique Morais, Hugo Ribeiro, João Pinho, Vera Vieira, Nuno RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P65) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Deiscência de anastomose em cirurgia do cólon e reto, experiência de 8 anos na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A deiscência de anastomose, definida como extravasão de conteúdo luminal numa junção cirúrgica entre duas vísceras ocas, é a complicação mais temida da cirurgia do cólon e reto. A sua incidência varia entre 1 e 30%, com uma mortalidade entre 25 a 35%. Em cirurgiões colorretais experientes é considerada aceitável uma taxa compreendida entre 4 e 6%. Pretende determinar-se a taxa de incidência de deiscência de anastomoses em cirurgia do cólon e reto e a mortalidade associada num serviço de Cirurgia Geral, bem como identificar o seu tratamento e fatores Revista Portuguesa de Cirurgia 202 Azenha, Isabel Borges, Alice Fonseca, Lucília Conceição, Amândio Matos, José Cecílio CONTACTO: Jessica Antunes Neves EMAIL: [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P67) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Abordagem cirúrgica da apendicite aguda: laparo- tomia ou laparoscopia? RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A laparoscopia revolucionou a HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: cirurgia, sendo atualmente a via de eleição para inúmeras patologias. No entanto, apesar dos estudos desenvolvidos nos últimos 20 anos, na apendicite aguda (AA) esta continua a suscitar inúmeras dúvidas. Comparação dos resultados globais entre abordagem laparoscópica e clássica no tratamento da AA. Material e Métodos: Estudo de observância, retrospectivo, dos doentes submetidos a apendicectomia no contexto de AA entre 05/09/2011 e 25/10/2014, por via laparoscópica e clássica, excluindo as conversões. Análise estatística com SPSS 21. Resultados: A amostra reúne 470 doentes (idade média: 38 anos; 52, 6% do sexo feminino). Os doentes submetidos a laparoscopia foram, em média, 9 anos mais novos e predominou o sexo feminino (p Discussão: Apesar do carácter retrospetivo e não controlado do estudo, a idade do doente, o género e a presunção de abcesso ou peritonite poderão ser fatores determinantes para a opção da via cirúrgica. A apendicectomia laparoscópica continua a ser a nossa via preferencial no tratamento da AA. Centro Hospitalar do Porto, EPE Colo-Proctologia José Presa Fernandes, Wilson Malta, Graça Cardoso, Pedro Moreira, Vítor Simões, Donzília Sousa Silva, Jorge Daniel, Jorge Santos, José Polónia, José Davide José Miguel Presa Fernandes [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: formativa. Discreta densificação da gordura peri-intestinal adjacente. Útero de dimensões aumentadas, com imagem nodular volumosa e heterogénea envolvendo a parede posterior do fundo e corpo, limites bem definidos, medindo 111x78x105 mm. A anatomia patológica mostrou útero compatível com fibroleiomioma (10 cm) e adenocarcinoma mucinoso, ulcerado, da válvula óleo-cecal. pT3 N0 Mx. Material e Métodos: Todas a informações foram retiradas do processo clínico do doente. Resultados: A doente teve um pós-operatório sem intercorrências, e está realizar tratamento oncológico. Nomeadamente Quimioterapia Discussão: Em conclusão podemos afirmar que a cirurgia foi o tratamento adequado para esta doente. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE Colo-Proctologia Rui Barata, P. Magro, R. Fernandes, C. Soares, B. Clemente, A. Martinho, H. Messias, António Galzerano Rui Barata [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P68) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Enterite Rádica – um caso invulgar de suboclusão RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A radioterapia (RT) é uma tera- RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P413) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Adenocarcinoma Mucinoso da Válvula Ileo-cecal – Caso Clínico RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Doente 52 anos, sem antece- dentes pessoais relevantes. Recorre ao SU por quadro de náuseas e vómitos, intermitente, com 3-4 meses evolução. Aumento do perímetro abdominal e massa no hipogastro com aparecimento há 3 semanas. Dor abdominal tipo cólica, generalizada, sem defesa com 2 dias evolução. Analiticamente tinha uma leucócitos e PCR aumentada. Realizou Rx abdómen em pé que mostrou NHA exuberantes. Posteriormente realizou Tac Abdómino-pélvico que mostrou: Moderada a marcada distensão de asas de delgado, envolvendo todo o delgado até à proximidade da válvula ileo-cecal. Cólon não distendido. Ampola rectal colapsada. Espessamento parietal circunferencial envolvendo trajecto imediatamente distal da última anda ilegal e a válvula ileo-cecal, de aspecto obstrutivo/oclusivo suspeito de lesão neo- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: pêutica útil, mas os efeitos secundários são significativos por alterações orgânicas nas áreas irradiadas. Aproximadamente um terço dos doentes com enterite rádica necessita de cirurgia, que se associa a elevada morbilidade e risco de recorrência. Resultados: Sexo feminino, 74 anos, recorre ao Serviço de Urgência por episódios intermitentes e autolimitados de dor abdominal e vómitos que motivaram perda ponderal de cerca de 9kg. Antecedentes de neoplasia do útero tratada com radioterapia (RT) e anemia megaloblástica. Realizou colonoscopia sem alterações. TAC abdominal com grande distensão de todo o intestino delgado e cólon e “resíduos fecais de densidade elevada”. Laparoscopia diagnóstica com identificação de estenose de ansa de jejuno proximal. Procedeu-se a laparotomia de Pfannenstiel com identificação do segmento estenosado com um corpo estranho esférico intraluminal (esfera de vidro) que não ultrapassava o local estenótico e condicionava efeito de válvula. Realizada ressecção segmentar do segmento intestinal e anastomose termino-terminal com Biosyn 3/0. A doente negou ter consciência de ter ingerido o objecto descrito. Pós-operatório sem complicações com alta ao 6º dia. Follow up de 5 meses sem queixas, com recuperação do peso que apresentava antes do inicio do quadro. Histologia da peça com alterações compatíveis com o diagnóstico de enterite rádica. Discussão: A enterite rádica é uma complicação da RT e, quando sintomática, pode necessitar de tratamento cirúrgico. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Colo-Proctologia J. Nobre, A. Couceiro, G. Capelão, M. Laureano, P. Clara, M. Coelho dos Santos, I. Gonçalves João Miguel Salvador Nobre [email protected] XXXV Congresso Nacional de Cirurgia 203 RESUMO DE COMUNICAÇÃO- (P69) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Síndrome de Klippel-Trenaunay: uma causa rara de hemorragia digestiva baixa RESUMO: Objectivo/Introduçâo: INTRODUÇÃO: A síndrome HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: de Klippel-Trenaunay (SKT) é uma patologia congénita rara, caracterizada por malformações capilares cutâneas, anomalias vasculares e/ou linfáticas e hipertrofia óssea e/ou de tecidos moles. O envolvimento gastrointestinal ocorre em cerca de 20% dos casos, manifestando-se frequentemente por hemorragia digestiva. A abordagem, no caso de envolvimento colorectal, depende da extensão da doença e gravidade da hemorragia. Material e Métodos: Apresentação de caso clínico com base nos dados do processo clínico eletrónico, procedendo-se a breve revisão bibliográfica. Resultados: Doente do sexo masculino, 44 anos, com quadro clínico dominado por hematoquézias recorrentes com necessidade de suporte transfusional episódico. O exame endoscópico colorectal revelou rede venosa submucosa exuberante, circunferencial, desde o reto ao ângulo esplénico. Estudo tomografico e angiografico corroboraram a hipótese diagnóstica de SKT. Perante a recorrência das perdas hemáticas com necessidade de suporte transfusional frequente, optou-se pela ressecção rectosigmoideia com finalização tipo Hartmann, sem complicações pós-operatórias imediatas, e sem evidência de recorrência hemorrágica, à data. Discussão: Descreve-se o caso de um doente com SKT com exuberante envolvimento cólico e episódios repetidos e relevantes de hemorragia gastro-intestinal. Apesar de rara, esta entidade pode resultar em hemorragias com rebate hemodinâmico importante e necessidade de embolização terapêutica ou cirurgia de resseção. Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Colo-Proctologia Inês Sales, Daniel Jordão, Rita Brásio, Paulo Alves, Rui Garcia, Nuno Rama, Vítor Faria Inês Ferrer Sales [email protected] HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: culino que realizou TAC abdominal que revelou lesão quística com 203x210 mm de maior eixo, que se estendia desde a hemicúpula diafragmática esquerda até ao cólon sigmóide, sem aparente invasão de estruturas adjacentes. Foi efetuada laparotomia exploradora com incisão mediana supra e infra-umbilical. Durante a cirurgia verificou-se que a lesão quística se encontrava na dependência da parede gástrica. Foi realizada gastrectomia atípica. O pós-operatório decorreu sem qualquer incidente, o doente teve alta ao 12º dia pós-operatório. Discussão: Os GIST são entidades que, pela variedade de localizações que podem apresentar levam a variadas formas de apresentação. A cirurgia minimamente invasiva, quando exequível demonstra-se eficaz e segura para este tipo de tumores. Hospital de Santarém, EPE Colo-Proctologia Olga Oliveira, António Estrela, Luís Ferreira, Natacha Nunes, Nuno Vilela, Pedro Carvalho, José Lima Olga Manuela Duarte Correia de Oliveira [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P71) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Um caso raro de duplo volvo intestinal RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O volvo intestinal ocorre mais RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P70) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Tumor do estroma gastrointestinal: dois casos, duas realidades RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O objectivo deste poster é apresentar dois casos de GIST, um gástrico e outro rectal, demonstrando a variabilidade desta entidade. Resultados: Utente de 67 anos de idade, sexo masculino, com várias comorbilidades. Realizou colonoscopia que revelou “tumoração volumosa aparentemente recoberta de mucosa normal, bastante vascularizada (lesão sub-mucosa?) no recto distal”. A histologia demonstrou ausência de células tutorais. O doente foi submetido a excisão da lesão por via trans-anal utilizando o dispositivo Gel Point. A cirurgia decorreu sem intercorrências. O pós-operatório foi complicado de septicemia que resolveu com antibioterapia. O doente teve alta ao 10º dia pós-operatório. Utente de 76 anos, do sexo mas- HOSPITAL: CAPÍTULO: AUTORES: CONTACTO: EMAIL: Revista Portuguesa de Cirurgia 204 frequentemente no colon e é raro no intestino delgado. A ocorrência de dois volvos intestinais simultaneamente no mesmo doente é extremamente rara. Material e Métodos: Os autores apresentam o caso de um duplo volvo intestinal. Resultados: Trata-se de um homem de 81 anos que recorreu ao SU por um quadro de oclusão intestinal. Apresentava antecedentes de uma cirurgia por volvo do intestino delgado há 3 anos. O exame abdominal revelou marcada distensão e dor generalizada sem defesa. Realizou TC abdominal que colocou hipótese de volvo do delgado. Foi submetido a laparotomia urgente, constatando-se duplo volvo intestinal (delgado e colon transverso), sem viabilidade das ansas envolvidas, que foram ressecadas. Face a instabilidade hemodinâmica durante a cirurgia, optou-se por laparostomia e transferência para a UCI. Após 48 horas, constatou-se viabilidade intestinal e realizou-se anastomose do delgado, colostomia e fístula mucosa. Por elevação dos parâmetros inflamatórios, realizou TC abdominal ao 9º dia que não revelou alterações. Teve como intercorrências pneumonia e IC descompensada, acabando por falecer ao 12º dia após a primeira cirurgia. Discussão: O duplo volvo intestinal é muito raro, pelo que não existe um padrão de atuação. Nenhum estudo define um tratamento ótimo. A opção a tomar dependerá do julgamento do cirurgião face as circunstâncias particulares de cada caso. Centro Hospitalar do Algarve, EPE Colo-Proctologia Sofia Sousa, António Rivero, António Lourenço, Daniel Cartucho, Mahomede Americano Ana Sofia Amaral de Sousa [email protected] RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (P72) SESSÃO P-CR 4 TÍTULO: Cirurgia Colo-Rectal Oncológica Laparoscópica: A Nossa Modesta Experiência RESUMO: