REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AA ANO LXIII - Nº 114 - QUINTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2008 - BRASÍLIA-DF MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2007/2008) PRESIDENTE ARLINDO CHINAGLIA – PT - SP 1º VICE-PRESIDENTE NARCIO RODRIGUES – PSDB-MG 2º VICE-PRESIDENTE INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR - PE 1º SECRETÁRIO OSMAR SERRAGLIO – PMDB - PR 2º SECRETÁRIO CIRO NOGUEIRA – PP - PI 3º SECRETÁRIO WALDEMIR MOKA – PMDB - MS 4º SECRETÁRIO JOSE CARLOS MACHADO – DEM - SE 1º SUPLENTE MANATO – PDT - ES 2º SUPLENTE ARNON BEZERRA – PTB - CE 3º SUPLENTE ALEXANDRE SILVEIRA – PPS - MG 4º SUPLENTE DELEY – PSC - RJ CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO SEÇÃO I 1 – ATA DA 173ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, VESPERTINA, DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 16 DE JULHO DE 2008 I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente OFÍCIOS Nº 148/08 – Do Senhor Deputado Márcio França, Vice-Líder do Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/ PRB, indicando o Deputado Dr. Ubiali para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 4.212/04................................................... Nº 158/08 – Do Senhor Deputado Márcio França, Vice-Líder do Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/ PRB, indicando o Deputado Paulo Rubem Santiago para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 1.627/07......................... Nº 160/08 – Do Senhor Deputado Márcio França, Vice-Líder do Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB, indicando o Deputado Júlio Delgado para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 555-A/06................................................. Nº 161/08 – Do Senhor Deputado Márcio França, Vice-Líder do Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/ PRB, indicando os Deputados do referido Bloco que integrarão a CPl com a finalidade de investigar escutas telefônicas clandestinas/ilegais, conforme denúncia publicada na Revista “Veja”, edição 2022, nº 33, de 22.8.07.................................................... Nº 627/08 – Do Senhor Deputado Duarte Nogueira, Vice-Líder do PSDB – indicando a Deputada Thelma de Oliveira para integrar a Comissão de Seguridade Social e Família.............................. Nº 629/08 – Do Senhor Deputado Duarte Nogueira, Vice-Líder do PSDB – indicando a Deputada Thelma de Oliveira para integrar a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público... Nº 249/08 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, indicando o Deputado Rodrigo Maia para integrar a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática........................................................... Nº 251/08 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, co- 33430 33430 33430 33431 municando que o Deputado Ronaldo Caiado deixa de integrar a Comissão de Seguridade Social e Família.................................................................... Nº 252/08 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, indicando o Deputado Ronaldo Caiado para integrar a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática........................................................... Nº 253/08 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, comunicando que os Deputados Edmar Moreira e Márcio Junqueira permutam as vagas que ocupam, de titular e suplente, na CPl com a finalidade de investigar escutas telefônicas clandestinas/ilegais, conforme denúncia publicada na Revista Veja, edição 2022, nº 33, de 22-8-07................................... Nº 320/08 – Do Senhor Deputado Mário Negromonte, Líder do PP – indicando o Deputado Renato Molling para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 495-A/06.... Nº 263/08 – Do Senhor Deputado Jovair Arantes, Líder do PTB – indicando o Deputado Nelson Marquezelli para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PLP nº 98/00.............. Nº 294/08 – Do Senhor Deputado Eduardo Cunha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, encaminhando o PL nº 4.100/04 e o de nº 7.063/06, apensado, apreciados pela referida Comissão......................................................................... Nº 317/08 – Do Senhor Deputado Eduardo Cunha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando a apreciação do PL nº 6.015-B/05 e 1.194/07, apensado............ 33431 33431 33431 33432 33432 33432 33432 COMUNICAÇÃO 33431 – Do Senhor Deputado Alceni Guerra, comunicando que está reassumindo o mandato de Deputado Federal................................................... 33431 PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 33431 Nº 276/2008 – Do Senado Federal – Dá nova redação aos §§ 4º e 6º do art. 66 da Constituição Federal, para permitir que os Vetos sejam apreciados separadamente no Senado Federal e na Câmara dos Deputados........................................................ Nº 277/2008 – Do Senado Federal – Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Cons- 33432 33433 33416 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS titucionais Transitórias para reduzir, anualmente, a partir do exercício de 2009, o percentual da Desvinculação de Receitas da União incidente sobre os recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição Federal....................................................... Nº 278/2008 – Do Sr. Marcelo Ortiz – Altera o inciso I do artigo 109 da Constituição Federal para transferir a competência para processar e julgar as ações de acidentes de trabalho para a Justiça Federal Comum...................................................... 33433 33434 PROJETOS DE LEI Nº 3.639/2008 – Da Srª Rebecca Garcia – Majora a pena de condutas lesivas ao meio ambiente...................................................................... Nº 3.647/2008 – Do Sr. Jorginho Maluly – Dispõe sobre o uso de comunicação via Internet no processo eleitoral, alterando a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997......................................... Nº 3.654/2008 – Do Sr. Valdir Colatto – Regulamenta o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, que reconhece aos remanescentes das comunidades de quilombos a propriedade definitiva das terras que estejam ocupando. .................................................................... Nº 3.673/2008 – Do Sr. Pompeo de Mattos – Altera o art. 124 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). ....................... Nº 3.681/2008 – Do Sr. José Linhares – Institui a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil e dá outras providências...... Nº 3.684/2008 – Do Sr. Jovair Arantes – Autoriza o Poder Executivo a instituir a Universidade Federal do Sudoeste de Goiás. ............................. Nº 3.686/2008 – Do Sr. Evandro Milhomen – Altera o art. 18 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, de forma a estabelecer a regionalização da distribuição dos recursos................................... Nº 3.688/2008 – Do Sr. Mendonça Prado – Dispõe sobre a isenção do Imposto de Renda para o transportador individual de passageiro na categoria de aluguel............................................................... 33439 33439 33440 33441 33442 33444 33445 33446 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 133/2008 – Do Sr. Silvinho Peccioli – Extingue o auxílio-moradia e a verba indenizatória do exercício parlamentar, dispondo sobre a responsabilidade da Câmara no provimento das condições adequadas de trabalho dos Deputados. . .............. 33446 REQUERIMENTOS Nº 2.097/2007 – Do Sr. Flávio Dino – Requer, nos termos regimentais, a apensação da Proposta de Emenda à Constituição nº 193/2007 às Propostas de Emenda à Constituição nº 554/1997 e nº 157/2003.. Nº 2.969/2008 – Do Sr. Raul Jungmann -Requer a revisão do despacho do PL nº 1.353/99 e 33447 Julho de 2008 apensados para incluir a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.............. Nº 2.986/2008 – Do Sr. Max Rosenmann – Requer a tramitação conjunta do Projeto de Lei nº 7.140, de 2002 com o Projeto de Lei nº 6.704, de 2006....... Nº 2.987/2008 – Do Sr. Bilac Pinto – Requer a revisão do despacho inicial do PL 3272/08, para incluir a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática entre as que deverão se pronunciar sobre a matéria..................................... Nº 2.991/2008 – Da Comissão de Minas e Energia – Requer, nos termos do art. 41, XX, e 141, do Regimento Interno, a revisão do despacho exarado ao Projeto de Lei nº 6.834/2006, para que seja incluída a Comissão de Minas e Energia na relação de Comissões determinadas a deliberar sobre o mérito......................................................... Nº 2.999/2008 – Do Sr. Ratinho Junior – Requer a revisão do despacho de distribuição do Projeto de Lei Nº 516, de 2007, para incluir o exame de mérito pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.................................... IV – Breves Comunicações MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE) – Contrariedade à transferência para 2009 do início das operações de trem de passageiros entre os Municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, com a possível inclusão da cidade de Missão Velha em seu itinerário, na região do Cariri, Estado do Ceará................................................................. ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB – BA) – Engajamento da oradora na luta pela reabertura de agência da Caixa Econômica Federal e manutenção de postos da Justiça do Trabalho, da Receita Federal do Brasil e do INSS no Município de Camacan, Estado da Bahia..................................................... PEDRO FERNANDES (PTB – MA) – Apelo aos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e das Comunicações e à Direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT em favor de abertura de negociações com os funcionários em greve................................................................. SEBASTIÃO BALA ROCHA (Bloco/PDT – AP) – Pedido aos Deputados de apoio à Emenda nº 215, apresentada à Medida Provisória nº 431, de 2008, sobre inclusão de servidores públicos dos ex-Territórios Federais em plano de carreira do Ministério da Educação.............................................. SIMÃO SESSIM (PP – RJ) – Homenagem ao jurista Célio Borja ao ensejo do transcurso do 80º aniversário natalício. Entrevista sob o título A questão é não ter medo da liberdade, concedida pelo jurista ao jornal O Globo................................ IRAN BARBOSA (PT – SE) – Apoio à nota Pela legitimidade e legalidade do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica, aprovado pelo Congresso Nacional, de au- 33447 33448 33448 33449 33449 33450 33450 33451 33451 33451 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS toria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE............................................ FERNANDO FERRO (PT – PE) – Manifestação de pesar pelo falecimento da Sra. Maria Alice, militante do Movimento de Mulheres contra o Desemprego, em Recife, Estado de Pernambuco....... PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Associação da Presidência à manifestação de pesar pelo falecimento da Sra. Maria Alice.............................. ADÃO PRETTO (PT – RS) – Expectativa de aprovação do Projeto de Resolução nº 5, de 2007, sobre a possibilidade de apresentação de emendas ao Orçamento Geral da União pela Comissão de Legislação Participativa.......................................... JANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP) – Lançamento, pelo Ministério da Saúde, da Campanha Nacional de Vacinação contra a Rubéola. Expectativa de aprovação, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, da proposta de tombamento da capoeira como patrimônio cultural brasileiro. ............................................................... PAULO RUBEM SANTIAGO (Bloco/PDT – PE) – Vantagens advindas da implementação da Lei nº 11.705, de 2008, coibitiva do consumo de bebidas alcoólicas por condutores de veículos automotores. Artigo Um Basta às Mortes Violentas no Trânsito, de autoria do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, publicado pelo jornal Correio Braziliense. ........................................................ LAEL VARELLA (DEM – MG) – Apoio às medidas adotadas pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul para coibição de ações criminosas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. .................................................. MARCELO TEIXEIRA (PR – CE) – Assinatura de convênio entre o Ministério do Turismo e o Governo do Estado do Ceará para duplicação de rodovia entre os Municípios de Aquiraz e Beberibe. Artigo $44 Milhões para CE-040 – Recursos Certos para Estradas......................................................... BRIZOLA NETO (Bloco/PDT – RJ) – Crise do setor de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. Críticas à atuação do Secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, diante do crescente número de vítimas inocentes por ações truculentas e desastrosas de policiais militares.................................................................. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ) – Associação ao pronunciamento do Deputado Brizola Neto sobre a crise do setor de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. Morte do funcionário Luiz Carlos Soares, da InfoGlobo, durante ação realizada por policiais militares. Pedido de afastamento do Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Apresentação de requerimento de informações ao Ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a Operação Satiagraha realizada pela Polícia 33455 33458 33458 33458 33458 33459 33460 33461 33462 Quinta-feira 17 33417 Federal. Abaixo-assinado elaborado pelo PSOL em protesto contra a decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, de concessão de habeas corpus em favor do banqueiro Daniel Dantas. Registro em cartório do documento do PSOL Compromisso Público dos Candidatos da Frente Rio Socialista............................................... IVAN VALENTE (PSOL – SP) – Transcurso do 40º aniversário de realização da greve de metalúrgicos na cidade de Osasco, Estado de São Paulo.. LEANDRO SAMPAIO (PPS – RJ) – Aprovação, pela Comissão de Seguridade Social e Família, de requerimento de realização de auditoria na aplicação de recursos do Sistema Único de Saúde – SUS repassados ao Município de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. Situação de intranqüilidade no Hospital Santa Teresa, na municipalidade, por falta de recursos..................................................... PAULO TEIXEIRA (PT – SP) – Apoio à atuação da Polícia Federal. Concessão de habeas corpus em favor do banqueiro Daniel Dantas pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes....................................................... DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA) – Transcurso do 20º aniversário de fundação da União de Negros pela Igualdade – UNEGRO. Perfil da entidade na luta contra o racismo e o preconceito social....................................................................... EUDES XAVIER (PT – CE) – Transcurso do 18º aniversário de fundação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio e Serviços, da Central Única dos Trabalhadores....................... ELIENE LIMA (PP – MT) – Realização, pela Comissão de Minas e Energia, de audiência pública para debate sobre o Programa Luz para Todos e o Programa Luz no Campo. Importância da aprovação da Medida Provisória nº 427, de 2008, sobre modernização do sistema de transporte ferroviário. Pujança da economia e desenvolvimento de municipalidades mato-grossenses com o aumento do volume de investimentos e expansões empresariais no Estado................................................................ FERNANDO MELO (PT – AC) – Desempenho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. Apoio à mobilização de seus funcionários por melhorias salariais................................. VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM) – Empenho da Casa na aprovação da Medida Provisória nº 431, de 2008, sobre a concessão de reajuste salarial a servidores do Poder Executivo.. DÉCIO LIMA (PT – SC) – Liberação, pelo Governo Federal, de recursos Programa de Aceleração do Crescimento – PAC para realização de obras de saneamento básico nos Municípios de Içara e Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina.......... PROFESSOR RUY PAULETTI (PSDB – RS) – Adoção de medidas governamentais para con- 33462 33463 33464 33464 33464 33465 33465 33467 33468 33468 33418 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tenção do processo inflacionário. Transcurso do 14º aniversário de criação do Plano Real..................... ANTÔNIO CARLOS BIFFI (PT – MS) – Importância da aprovação da proposta de estabelecimento do piso salarial nacional dos professores do ensino público infantil, fundamental e médio. Expectativa de sanção presidencial da matéria......................... FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB – CE) – Quadro de produção e comércio mundial de camarão, segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Camarão – ABCC. Solicitação ao Governo Federal de liberação de recursos para produtores nacionais de camarão prejudicados por enchentes e enxurradas na Região Nordeste. . ...................... WALDIR MARANHÃO (PP – MA) – Transcurso do 156º aniversário de fundação do Município de Imperatriz, Estado do Maranhão. Concessão da Comenda Frei Manoel Procópio a personalidades locais. .................................................................... JOSÉ ROCHA (PR – BA) – Transcurso do 46º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Brejolândia, Estado da Bahia. ..... TARCÍSIO ZIMMERMANN (PT – RS) – Liberação de recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI para o Município de Novo Hamburgo, Estado do Rio Grande do Sul. Reequipamento da Brigada Militar e da Polícia Civil do Estado e da Guarda Municipal de Novo Hamburgo................................................. CHICO D’ANGELO (PT – RJ) – Expectativa quanto ao bom termo das negociações entre a direção da PETROBRAS e petroleiros em greve...... PEDRO WILSON (PT – GO) – Sanção presidencial da lei que implanta o piso salarial nacional dos professores do ensino básico. Valorização da educação brasileira................................................. RÔMULO GOUVEIA (PSDB – PB) – Matéria sobre o desempenho de escolas públicas brasileiras publicada pela revista Época. Maiores investimentos governamentais no ensino público. Desempenho de instituições de ensino público do Estado da Paraíba no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB.................................................................... VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB – PB) – Apoio à Campanha Nacional pelo Acesso aos Medicamentos, promovida pelo Instituto de Defesa dos Usuários de Medicamentos, capitaneado por Antônio Barbosa. Adoção de medidas governamentais com vistas ao pleno acesso de populações carentes a fármacos. Empenho da Mesa Diretora, em especial do Presidente Arlindo Chinaglia, de inserção na pauta de matérias para atendimento às demandas sociais. Incompetência da gestão do Governo do Estado da Paraíba.................................................. JACKSON BARRETO (Bloco/PMDB – SE) – Apresentação de projeto de lei sobre a base de cálculo da contribuição dos municípios para o 33469 33469 33469 33470 33471 33471 33472 33472 33472 33473 Julho de 2008 Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP..................................................... NILMAR RUIZ (DEM – TO) – Contestação a críticas do Deputado Freire Júnior contra o Instituto de Previdência do Estado do Tocantins. Acerto da política previdenciária do Governador Marcelo Miranda................................................................... FERNANDO FERRO (PT – PE – Pela ordem) – Transcurso dos 70 anos do assassinato do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. ..... PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Associação da Presidência ao discurso do Deputado Fernando Ferro....................................................... ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP) – Participação do orador em reunião destinada ao debate da fiscalização, pela Polícia Rodoviária Federal, de estabelecimentos comerciais localizados às margens de rodovias federais. . ................................... EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC) – Apoio ao artigo publicado pelo Informativo nº 90, do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis -SINDUSCOM, a respeito de questões urbanas, de autoria do Presidente da entidade, Hélio Bairros. Defesa da realização de audiências públicas para discussão do assunto....................... NILSON MOURÃO (PT – AC) – Protesto contra a tentativa, pela Polícia Federal, de envolvimento do ex-Deputado Federal Luiz Eduardo Greenhalgh; do Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e do ex-MinistroChefe da Casa Civil, José Dirceu, em atos de corrupção..................................................................... SEBASTIÃO BALA ROCHA (Bloco/PDT – AP – Pela ordem) – Aquisição da companhia de bebidas Anheuser-Busch pela cervejaria belgobrasileira INBEV. Violação de direitos trabalhistas e econômicos pela INBEV...................................... RITA CAMATA (Bloco/PMDB – ES) – Divulgação, pelo Tribunal Superior Eleitoral, de dados sobre o processo eleitoral de 2008. Predominância feminina no universo dos eleitores brasileiros. Necessidade de maior participação das mulheres na política. Afastamento dos Delegados da Polícia Federal Protógenes Queiroz, Carlos Eduardo Pelegrini e Karina Souza, responsáveis pela Operação Satiagraha.............................................................. MILTON MONTI (PR – SP) – Criação da Frente Parlamentar Mista de Comunicação Social. Realização do 4º Congresso Brasileiro de Publicidade, em São Paulo, Estado de São Paulo. Importância da garantia da liberdade de expressão no País. Artigo Liberdade de Expressão é Pilar da Democracia, publicado pelo jornal O Globo. Apresentação de requerimento à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para encaminhamento, à Frente Parlamentar Mista de Comunicação Social, de proposições em tramitação na Casa sobre o tema........................................................... 33475 33475 33475 33476 33476 33476 33477 33477 33478 33479 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA – Pela ordem) – Participação do orador em encontro organizado pelos Grupos Parlamentares de Amizade Panamá-Cuba e Brasil-Cuba, na cidade do Panamá. Êxito da experiência socialista em Cuba. Apoio às mobilizações pela libertação de prisioneiros cubanos nos Estados Unidos da América. Transcurso do 20º aniversário de fundação da União dos Negros pela Igualdade – UNEGRO..................................... ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB – BA – Pela rodem) – Sanção pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva da proposta de instituição do piso salarial nacional dos professores do ensino básico. .......... VIEIRA DA CUNHA (Bloco/PDT – RS – Como Líder) – Contrariedade ao parecer final da CPI do Sistema Carcerário no tocante à responsabilização do Promotor de Justiça de Execução Criminal, Gilmar Bortolotto, pelas condições de funcionamento do Presídio Central de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. ...................................................... ANGELA PORTELA (PT – RR) – Queda dos índices nacionais de desnutrição infantil, segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde......... BARBOSA NETO (Bloco/PDT – PR) – Precariedade do sistema penitenciário brasileiro. Motim de menores infratores no Centro de Socioeducação São Francisco, no Município de Piraquara, Estado do Paraná. Implementação de políticas destinadas à reeducação de jovens infratores. Expectativa quanto ao desdobramento das conclusões da CPI do Sistema Carcerário............................................ JOFRAN FREJAT (PR – DF) – Protesto contra disposições da Medida Provisória nº 431, de 2008, relativas aos servidores da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA e do Hospital das Forças Armadas.......................................................................... SANDES JÚNIOR (PP – GO) – Redução da desigualdade de renda no País, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA........................................................................ VITOR PENIDO (DEM – MG) – Autuação de empresas, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por comércio de frango congelado com excesso de água............................................. NELSON BORNIER (Bloco/PMDB – RJ) – Inconsistência da propaganda governamental sobre a redução das taxas de juros e o controle da inflação.......................................................................... MAURÍCIO TRINDADE (PR – BA) – Comemoração do Dia Mundial da População sob o tema Planejamento familiar: é um direito, vamos fazer disso uma realidade. Atuação da Frente Parlamentar em Defesa do Planejamento Familiar. ................... FELIPE BORNIER (PHS – RJ) – Realização, pela Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, de reunião no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Apresentação pelos ex-Presidentes do Brasil, Fernando Henrique Cardoso; da Colôm- 33480 33482 33482 33483 33483 33484 33484 33485 33486 33486 Quinta-feira 17 33419 bia, César Gaviria, e do México, Ernesto Zedillo, de proposta de combate às drogas à Organização das Nações Unidas – ONU. Papel da sociedade civil organizada no combate às drogas.................. REBECCA GARCIA (PP – AM) – Concessão, pelo Estado do Ceará, de indenização à Sra. Maria da Penha Maia Fernandes, vítima de violência doméstica............................................................... VANDERLEI MACRIS (PSDB – SP) – Transcurso do 1º ano da tragédia ocorrida com aeronave da empresa TAM Linhas Aéreas S.A. Necessidade de investimentos no sistema aeroportuário nacional. Críticas à política de controle do tráfego aéreo adotada pelo Governo Luiz Inácio Lula da Silva. Atuação da CPI da Crise do Sistema de Tráfego Aéreo...................................................................... EDMILSON VALENTIM (Bloco/PCdoB – RJ) – Apelo à direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT de abertura de negociações com os trabalhadores em greve..................................... GORETE PEREIRA (PR – CE) – Benefícios advindos da Lei nº 11.705, de 2008, a chamada Lei Seca, coibitiva do uso de bebidas alcoólicas por condutores de veículos automotores. Desempenho financeiro das empresas cearenses Grendene, M. Dias Branco e da Companhia Energética do Ceará – COELCE no ranking divulgado pela revista Exame........................................................................... PEDRO CHAVES (Bloco/PMDB – GO) – Urgente realização da reforma tributária. Importância social do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar – PRONAF. Conclusão de trecho da Ferrovia Norte-Sul entre os Municípios de Campinorte e Porangatu, no Estado de Goiás.............................. IRAN BARBOSA (PT – SE) – Pedido ao Governo do Estado de Sergipe de agilização dos documentos necessários para o reconhecimento da Praça de São Francisco, do Município de São Cristóvão, como patrimônio cultural da humanidade.... INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE) – Incremento do setor de turismo do Estado de Pernambuco........................................................................ ANTONIO BULHÕES (Bloco/PMDB – SP) – Regozijo com a aprovação da proposta de estabelecimento do piso salarial nacional aos professores do ensino básico. Apoio à proposta de redução gradual da Desvinculação de Receitas da União – DRU.... MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB, AM) – Realização do XII Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, em Manaus, Estado do Amazonas........... VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB – SC) – Excessivo rigor da legislação ambiental vigente para com os produtores rurais. Urgente necessidade de revisão do Código Florestal Brasileiro. Expectativa, dos portadores de doenças incuráveis e incapacitantes, de cura com tratamentos com uso de células‑tronco. ....................................................... 33487 33488 33489 33490 33490 33491 33494 33495 33496 33496 33497 33420 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS (PR – MG) – Elevado valor das tarifas de energia elétrica. Metas do Programa Luz para Todos. Questionamento à política de universalização do acesso à eletricidade em face de outras deficiências infra-estruturais no País, como o saneamento básico...................... COSTA FERREIRA (PSC – MA) – Contrariedade ao pretendido reconhecimento legal e jurídico de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo e repúdio à possibilidade de adoção de crianças por casais homossexuais. . .......................................... VIGNATTI (PT – SC) – Defesa de aprovação do Projeto de Lei nº 2.199, de 2007, sobre a criação da Universidade Federal da Mesorregião da Grande Fronteira do MERCOSUL, com campus no Município de Chapecó, Estado de Santa Catarina........... VINICIUS CARVALHO (PTdoB – RJ) – Elogio ao Programa de Eficiência Energética da distribuidora de energia elétrica Ampla Energia e Serviços S/A, do Estado do Rio de Janeiro. . ....................... MARCELO GUIMARÃES FILHO (Bloco/PMDB – BA) – Necessidade de incremento da fiscalização estatal sobre o setor de segurança privada. Elogio à Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal por ação de combate a empresas de segurança clandestinas.............................................. CARLOS ALBERTO LERÉIA (PSDB – GO) – Rejeição, pelo Supremo Tribunal Federal, de liminar favorável ao uso do amianto. Defesa da utilização controlada do amianto crisotila. Impacto econômico da proibição do uso do material............................. AFONSO HAMM (PP – RS) – Transcurso do 80º aniversário de criação da Polícia Rodoviária Federal.................................................................... LUIZ BITTENCOURT (Bloco/PMDB – GO) – Expectativa de aprovação do Projeto de Lei nº 6.497, de 2006, sobre isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente na comercialização de máquinas, aparelhos, instrumentos e acessórios de uso agrícola....................................................... MANATO (Bloco/PDT – ES) – Apoio do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, à proposta da Academia Brasileira de Ciências relativa ao desenvolvimento científico na região amazônica. Anúncio, pelo Ministro, de medidas do Governo Federal para a área ambiental, durante a 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC. Artigo Já é amanhã no Brasil, publicado pelo jornal espanhol El País................................... ROBERTO ROCHA (PSDB – MA) – Transcurso do 149º aniversário do Município de Carolina, Estado do Maranhão............................................... Apresentação de proposições: WALDIR NEVES, NILSON MOURÃO, NELSON TRAD, CARLOS ABICALIL, PAULO RUBEM SANTIAGO, LUIZ PAULO VELLOZO LUCAS, ELIENE LIMA, JACKSON BARRETO, CHICO ALENCAR, WALDIR NEVES, SUELI VIDIGAL, ASDRUBAL BENTES, SUELI VI- 33500 33501 33502 33503 33503 33504 33505 33506 33507 33508 Julho de 2008 DIGAL, REBECCA GARCIA, FLÁVIO BEZERRA, JOÃO MAGALHÃES, FRANCISCO ROSSI, WANDENKOLK GONÇALVES, SILAS CÂMARA, ANTONIO CARLOS MENDES THAME, SILAS CÂMARA, SARNEY FILHO, SILAS CÂMARA, RENATO MOLLING, SILAS CÂMARA, ARMANDO ABÍLIO, BETO FARO, ALFREDO KAEFER, VANESSA GRAZZIOTIN, VITAL DO RÊGO FILHO, IRINY LOPES, MILTON MONTI, ELISMAR PRADO, DELEY, JILMAR TATTO, RICARDO QUIRINO, OTAVIO LEITE, ANDREIA ZITO, BARBOSA NETO, EDIGAR MÃO BRANCA, ELCIONE BARBALHO, LOBBE NETO, MIGUEL MARTINI, CHICO ALENCAR, LOBBE NETO, ROBERTO ROCHA, SILVINHO PECCIOLI, LUIZ CARLOS HAULY, JOÃO PAULO CUNHA, VITAL DO RÊGO FILHO, OSMAR SERRAGLIO.... V – Ordem do Dia PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Eleição dos representantes da Câmara dos Deputados à Comissão Representativa do Congresso Nacional........................................................................... Aprovação, por aclamação, dos nomes dos Parlamentares indicados........................................ JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM – BA – Pela ordem) – Informação à Presidência sobre o acolhimento de questão de ordem apresentada pelo orador, na gestão do ex-Presidente João Paulo Cunha, sobre a eleição dos representantes da Câmara dos Deputados à Comissão Representativa do Congresso Nacional não obstante o trancamento da pauta por medida provisória............................................. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Agradecimento ao Deputado José Carlos Aleluia.............. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Continuação da votação, em turno único, da Medida Provisória nº 431-B, de 2008, que dispõe sobre a reestruturação do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo – PGPE.................................................. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Votação de requerimento de retirada da medida provisória de pauta.................................................................. Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados JOSÉ GENOÍNO (PT – SP), RONALDO CAIADO (DEM – GO).................. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MAGELA (PT – DF), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ), EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC), ARNALDO JARDIM (PPS – SP), MANATO (Bloco/PDT – ES), LUCIANO CASTRO (PR – RR), DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP), DR. TALMIR (PV, SP), JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM, BA), RICARDO BARROS (PP – PR).. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Rejeição do requerimento...................................................... JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM – BA) – Pedido de verificação.................................................. 33510 33521 33521 33521 33521 33521 33522 33523 33523 33524 33524 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS JOSÉ GENOÍNO (PT – SP) – Pedido de verificação conjunta.................................................... PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Deferimento dos pedidos de verificação.......................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM – BA), EMANUEL FERNANDES (PSDB – SP).................................................. Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados JOSÉ GENOÍNO (PT – SP), EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC)................................................ Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado ROBERTO BRITTO (PP – BA)................................................................ GILMAR MACHADO (PT – MG – Pela ordem) – Votação pelo Congresso Nacional do projeto sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO. Excelência dos trabalhos realizados pelo Presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, Deputado Mendes Ribeiro Filho, e pelas Senadoras Serys Slhessarenko e Roseana Sarney. Sanção, pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de projeto de lei sobre a instituição do piso salarial nacional dos professores do ensino básico. Congratulações aos trabalhadores do setor de educação, à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, ao Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – SINDUTE, e ao Presidente do Sindicato dos Professores de Uberlândia, Neivaldo de Lima............................ VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB – PB – Pela ordem) – Congratulações à Presidência pela inclusão na pauta de matérias de relevante interesse social. Críticas à gestão administrativa do Governo do Estado da Paraíba. Morosidade no julgamento de crimes eleitorais no Estado. . ............................ VIEIRA DA CUNHA (Bloco/PDT – RS – Pela ordem) – Realização do 23º Congresso da Internacional Socialista, em Atenas, na Grécia. Eleição do orador para o cargo de Vice-Presidente da entidade...................................................................... PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Congratulações ao Deputado Vieira da Cunha pela eleição para o cargo de Vice-Presidente da Internacional Socialista................................................................ OSVALDO REIS (Bloco/PMDB – TO – Pela ordem) – Caráter leviano das acusações do Deputado Freire Júnior contra o Governador do Estado do Tocantins, Marcelo Miranda............................... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado PAULO ROBERTO (PTB – RS)............................................................. PAULO TEIXEIRA (PT – SP – Pela ordem) – Despreparo da Polícia Militar da cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, diante dos casos recentes de morte de pessoas de bem na abordagem policial. Urgente necessidade de reformulação 33524 33524 33524 33525 33525 33525 33525 33526 33526 33526 33527 Quinta-feira 17 33421 dos métodos de ação dos policiais militares cariocas.......................................................................... GERALDO THADEU (PPS – MG – Pela ordem) – Dificuldades da Frente Parlamentar das Hepatites Virais e Transplantes para marcação de audiência com o Ministro da Saúde. Necessidade de aprimoramento da política pública destinada à prevenção e ao tratamento das hepatites crônicas. ... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado COSTA FERREIRA (PSC – MA)............................................................. Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA)............. ARNALDO JARDIM (PPS – SP – Como Líder) – Solidariedade ao Deputado Geraldo Thadeu, em defesa dos portadores de hepatite crônica e contra a proliferação da doença no País. Natureza política do afastamento do Delegado Protógenes Queiroz de operação da Polícia Federal.............................. IRINY LOPES (PT – ES – Pela ordem) – Imediata adoção pelo Governo do Estado do Espírito Santo de providências diante da escalada da violência doméstica contra a mulher. ......................... CIDA DIOGO (PT – RJ – Pela ordem) – Solidariedade à Deputada Iriny Lopes, diante do agravamento do quadro de violência contra a mulher. Transcurso do 54º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Volta Redonda, Estado do Rio de Janeiro............................ CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE – Pela ordem) – Aprovação pelo Congresso Nacional do projeto sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO. Aprovação de emenda do parlamentar sobre reajuste do valor do salário mínimo. Defesa de aumento dos salários no País com vistas ao aumento do consumo, com melhor distribuição de renda e geração de riqueza................................................. EDUARDO VALVERDE (PT – RO – Pela ordem) – Envolvimento de políticos da Oposição em lavagem de dinheiro durante o processo de privatização do setor de telecomunicações, segundo relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito de Evasão de Divisas. ........................................... DOMINGOS DUTRA (PT – MA – Pela ordem) – Indicação do nome do orador para composição de CPI destinada à apuração de escutas telefônicas clandestinas. Motivo do indiciamento, pela CPI do Sistema Carcerário, do Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Gilmar Bortolotto.... VICENTINHO (PT – SP – Pela ordem) – Aprovação, pela Casa, de requerimento de realização de sessão solene em homenagem ao animador cultural Solano Trindade, ao ensejo do transcurso do centenário de nascimento.................................. JORGINHO MALULY (DEM, SP – Pela ordem) – Transcurso do 180º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Jaboticabal, 33527 33527 33529 33529 33529 33529 33530 33530 33530 33531 33531 33422 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Estado de São Paulo. Pedido à Casa de apuração de denúncia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo envolvendo indústria farmacêutica. Convite aos Parlamentares para participação em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, destinada ao debate da situação da aviação brasileira e de acidentes aéreos ocorridos no País, notadamente de tragédia com aeronave da empresa TAM – Linhas Aéreas S/A................... LUIZ COUTO (PT – PB – Pela ordem) – Multa imposta pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba ao ex-Secretário de Estado da Saúde, José Joácio de Araújo Morais......................................... DR. TALMIR (PV, SP – Pela ordem) – Outorga do título de Cidadão Prudentino ao Bispo Diocesano José Maria Libório Carmino Saracho. ................... PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aviso aos Parlamentares sobre a realização de votações nominais................................................................. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP – Pela ordem) – Solicitação aos Deputados do PT de comparecimento ao plenário. Relevância da votação de medida provisória sobre a reestruturação de carreiras do Estado. Apoio ao funcionamento da Casa durante o período de eleições municipais. ......................... MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE – Pela ordem) – Realização de romaria em homenagem à memória do Padre Cícero Romão Batista, no Município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. Empenho de lideranças e Parlamentares cearenses na beatificação do religioso.................................... RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE – Pela ordem) – Realização do Seminário Terceiro Setor em Xeque: o Dilema das Filantrópicas, destinado ao debate do Projeto de Lei nº 3.021, de 2008, acerca da certificação das entidades beneficentes de assistência social. Edição de fascículos do curso de educação a distância Responsabilidade Social e Sustentabilidade, promovido pela Fundação Demócrito Rocha. Relevância dos trabalhos sociais desenvolvidos pelo jornal O Povo. ........................ EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC – Pela ordem) – Recorde na produção agrícola no Estado de Santa Catarina................................................... DR. UBIALI (Bloco/PSB, SP – Pela ordem) – Criticas ao sistema prisional brasileiro. Apresentação de projeto de lei sobre a obrigatoriedade do trabalho e do estudo por presidiários. ................... GERSON PERES (PP – PA – Pela ordem) – Empenho da bancada federal paraense na alocação de recursos para a recuperação da BR-308........... RENATO AMARY (PSDB – SP – Pela ordem) – Instalação de fábrica da empresa Toyota no Município de Sorocaba, Estado de São Paulo............ VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM – Pela ordem) – Participação de Parlamentares brasileiros em reunião do Grupo Parlamentar de 33531 33532 33532 33533 33533 33533 33534 33535 33535 33536 33536 Julho de 2008 Amizade Panamá-Cuba, para debate da situação de jovens cubanos presos nos Estados Unidos da América.................................................................. RODRIGO ROCHA LOURES (Bloco/PMDB – PR – Pela ordem) – Lançamento da Plataforma Ambiental aos Municípios, elaborada pela Frente Parlamentar Ambientalista. Urgente realização da reforma tributária.................................................... MAURO LOPES (Bloco/PMDB – MG – Pela ordem) – Urgente aprovação da Medida Provisória nº 431, de 2008, sobre a reestruturação do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo...................... LELO COIMBRA (Bloco/PMDB – ES – Pela ordem) – Realização da 22ª Feira da Associação Capixaba de Supermercados do Espírito Santo. Urgente aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 495, de 2006.......................................... ARMANDO ABÍLIO (PTB – PB – Pela ordem) – Duplicação do trecho da BR-230 entre os Municípios de João Pessoa e Campina Grande, Estado da Paraíba.............................................................. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Encerramento da votação................................................... Rejeição do requerimento............................. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Votação do parecer do Relator quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária......................................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM – BA), DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP)........................................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado WELLINGTON ROBERTO (PR – PB)................................................................ PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Aprovação do parecer.................................................... PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Votação do parecer do Relator quanto ao não atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e sua adequação financeira e orçamentária........................................................... PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Votação de requerimento de verificação da votação do parecer (quebra de interstício)................................ Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM – BA)............................................................. Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados CARLOS SANTANA (PT – RJ), SILVIO COSTA (Bloco/PMN – PE)............... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP), ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA), LUCIANA GENRO (PSOL – RS), JOSÉ GENOÍNO (PT – SP), BER- 33537 33537 33538 33538 33538 33538 33539 33546 33546 33546 33546 33546 33546 33547 33547 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS NARDO ARISTON (Bloco/PMDB – RJ), JOFRAN FREJAT (PR – DF)................................................. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Rejeição do requerimento...................................................... Votação do parecer do Relator na parte em que manifesta opinião pelo não-atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária......................................................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ROGÉRIO MARINHO (Bloco/ PSB – RN).............................................................. Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA), AYRTON XEREZ (DEM – RJ)............................................................. Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ANDRÉ VARGAS (PT – PR).. Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado MAGELA (PT – DF).......... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA).......................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ANSELMO DE JESUS (PT – RO)......................................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP), MAURÍCIO RANDS (PT – PE)....................................................................... ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM, BA – Como Líder) – Inconsistência da proposta de reforma tributária em tramitação na Comissão Especial da Casa para solução das desigualdades regionais no País. Comprometimento da competitividade econômica da Região Nordeste em comparação com as Regiões Sudeste e Sul. Instalação de unidade da indústria automobilística Toyota no Município de Sorocaba, Estado de São Paulo, em detrimento do Estado da Bahia. Críticas a decisão da Justiça Federal de aplicação de multa à indústria de papel e celulose Veracel, instalada no Município baiano de Eunápolis. ............................................. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP – Como Líder) – Críticas à política salarial do Governo Federal para os servidores públicos. Imperfeições da Medida Provisória nº 431, de 2008, sobre a definição de planos de carreira para categorias do serviço público federal. ...................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados LUCIANA GENRO (PSOL – RS), JOFRAN FREJAT (PR – DF), CEZAR SILVESTRI (PPS – PR), FILIPE PEREIRA (PSC – RJ), MIGUEL MARTINI (PHS – MG), ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSB – SP)............... 33547 33548 33548 33548 33548 33549 33549 33550 33550 33550 33551 33552 33553 Quinta-feira 17 33423 Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSB – SP)................................................... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado SARNEY FILHO (PV – MA)...................................................................... PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aprovação do parecer do Relator pela admissibilidade. . . Votação do projeto de lei de conversão oferecido pelo Relator, ressalvados os destaques...... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados JORGINHO MALULY (DEM – SP), LOBBE NETO (PSDB – SP), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ), CEZAR SILVESTRI (PPS – PR), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP), MAURÍCIO RANDS (PT – PE), FILIPE PEREIRA (PSC – RJ), SARNEY FILHO (PV – MA). ............. ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA – Como Líder) – Apoio da Oposição ao mérito da Medida Provisória nº 431, de 2008, sobre a definição de planos de carreira de várias categorias do serviço público federal, sem prejuízo de ressalvas à proposição. Exclusão de categorias de servidores públicos da proposta encaminhada pelo Poder Executivo. Imperfeições da medida provisória e do parecer oferecido pelo Relator, Deputado Magela. ............ Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA)........................................................... PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Prorrogação da sessão até as 17h................................... Aprovação do projeto de lei de conversão, ressalvados os destaques...................................... MIGUEL MARTINI (PHS – MG) – Questão de ordem sobre o cerceamento do direito do Parlamentar de orientação da respectiva bancada...... PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Resposta à questão de ordem do Deputado Miguel Martini... PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Requerimento de destaque para votação em separado do art. 4º-D, constante do art. 26 do projeto de lei de conversão à Medida Provisória nº 431, de 2008. .. Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP)....................................................................... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados AUGUSTO FARIAS (PTB – AL), PAULO ROCHA (PT – PA).................. Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado JORGINHO MALULY (DEM – SP)............................................................. Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados JOSÉ MENTOR (PT – SP), JADER BARBALHO (Bloco/PMDB – PA)....... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados JOÃO CAMPOS (PSDB – GO), ZENALDO COUTINHO (PSDB 33553 33554 33554 33554 33728 33729 33729 33730 33730 33730 33730 33730 33730 33730 33730 33730 33424 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – PA), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ), LOBBE NETO (PSDB – SP), MIGUEL MARTINI (PHS – MG), RICARDO BARROS (PP – PR), ANTONIO CARLOS BISCAIA (PT – RJ), DR. UBIALI (Bloco/ PSB, SP), CLÁUDIO MAGRÃO (PPS – SP), FILIPE PEREIRA (PSC – RJ), BERNARDO ARISTON (Bloco/PMDB – RJ), LÉO ALCÂNTARA (PR – CE), BENEDITO DE LIRA (PP – AL), ARMANDO ABÍLIO (PTB – PB), SARNEY FILHO (PV – MA), VINICIUS CARVALHO (PTdoB – RJ)...................................... PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Manutenção do dispositivo destacado............................. AYRTON XEREZ (DEM – RJ) – Pedido de verificação............................................................... MAURÍCIO RANDS (PT – PE) – Pedido de verificação conjunta................................................ LOBBE NETO (PSDB – SP) – Pedido de verificação conjunta.................................................... PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Deferimento dos pedidos de verificação.......................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados LOBBE NETO (PSDB – SP), AYRTON XEREZ (DEM – RJ), MIGUEL MARTINI (PHS – MG), ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA).................................................. BERNARDO ARISTON (Bloco/PMDB – RJ – Pela ordem) – Críticas à política de segurança pública do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Artigos Uma sucessão de erros e Uma tragédia anunciada, publicados pelo jornal O Globo........... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado SARNEY FILHO (PV – MA)...................................................................... EDUARDO VALVERDE (PT – RO – Pela ordem) – Apoio do Governo Federal à implementação de programas pelo Governo do Estado de Rondônia na área de segurança pública, relacionados ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI. Sugestão para intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL com vistas à obtenção de acordo entre empresas integrantes de consórcios responsáveis pela construção de usinas hidrelétricas no Rio Madeira....... ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP – Pela ordem) – Aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição nº 195, de 2007, sobre o apostilamento do título de passagem para a inatividade, ao posto, graduação, cargo ou classe imediatamente superior, aos integrantes das Força Armadas, Polícia Federal, Polícias Militares, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil dos Estados e do Distrito Federal. Expectativa de criação de Comissão Especial para apreciação da matéria......... ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP – Pela ordem) – Inércia do Governo Federal diante do desmatamento na região amazônica...... 33731 33733 33733 33733 33733 33733 33733 33733 33736 33736 33736 33736 Julho de 2008 PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Informação ao Plenário sobre o encerramento da sessão às 17h..................................................................... MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE – Pela ordem) – Aumento do número de eleitores no País......................................................................... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB – AM)................................................... DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA – Pela ordem) – Realização, pela Comissão de Comissão de Minas e Energia, de audiência pública para debate sobre o Programa Luz para Todos.................. CIDA DIOGO (PT – RJ – Pela ordem) – Transcurso do 54º aniversário de fundação do Município de Volta Redonda, Estado do Rio de Janeiro......... MOACIR MICHELETTO (Bloco/PMDB – PR – Pela ordem) – Pedido à Presidência de registro do nome do orador no painel eletrônico................. RITA CAMATA (Bloco/PMDB – ES – Pela ordem) – Publicação, pelo Ministério da Saúde, das Portarias nº 1.531/01 e 364/01, sobre a instituição do Programa de Assistência Ventilatória Não-Invasiva aos Portadores de Doenças Neuromusculares...... VANDERLEI MACRIS (PSDB – SP – Pela ordem) – Transcurso do 1º ano da tragédia ocorrida com aeronave da TAM Linhas Aéreas S/A. Necessidade de mais atenção por parte do Governo Federal ao sistema aéreo brasileiro........................ FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB – CE – Pela ordem) – Pedido ao Ministério do Trabalho e Emprego de concessão de carta sindical às entidades representativas da classe dos pescadores............. DARCÍSIO PERONDI (Bloco/PMDB – RS – Pela ordem) – Crise financeira na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Estado do Pará. Pedido ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de urgente liberação de recursos orçamentários para a rede pública de saúde..................................................... ONYX LORENZONI (DEM – RS – Pela ordem) – Participação do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural........................................ MIGUEL MARTINI (PHS – MG) – Pedido à Presidência de concessão da palavra ao orador pela Liderança........................................................ PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Resposta ao Deputado Miguel Martini. Pretensão da Presidência de apresentação de proposta para impedimento da concessão de tempo destinado a Comunicações de Liderança a partidos com apenas 1 representante na Casa........................................ MIGUEL MARTINI (PHS – MG – Como Representante) – Caráter regimental da solicitação do orador à Presidência. Repúdio à manifestação da 33737 33737 33738 33738 33738 33739 33739 33739 33740 33740 33740 33741 33741 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Presidência. Balanço da atuação do Parlamentar no primeiro semestre de 2008................................ WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB – PB – Pela ordem) – Proposta de autoria do orador sobre a criação de plano complementar de qualificação profissional para os beneficiários do Programa Bolsa-Família............................................................... ARNALDO MADEIRA (PSDB – SP – Pela ordem) – Críticas à atuação do Governo Federal.. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ARMANDO ABÍLIO (PTB – PB), MARCELO SERAFIM (Bloco/ PSB – AM), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ)......... JORGINHO MALULY (DEM, SP – Pela ordem) – Queda do número de acidentes após entrada em vigor da Lei nº 11.705, de 19 de junho de 2008, a chamada Lei Seca. ................................................ FREIRE JÚNIOR (Bloco/PMDB – TO – Pela ordem) – Denúncia de irregularidades na gestão de recursos públicos pelo Governo do Estado do Tocantins................................................................. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados TADEU FILIPPELLI (Bloco/PMDB – DF), JOSÉ GENOÍNO (PT – SP), ANTONIO CRUZ (PP – MS), RICARDO QUIRINO (PR – DF)............................................... PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Aviso ao Plenário sobre não-realização de nova sessão extraordinária antes do recesso parlamentar......... ARNALDO JARDIM (PPS – SP – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Solicitação à Presidência de ampliação do prazo para apresentação de emendas ao Projeto de Lei nº 3.674, de 2008, sobre a criação do Fundo Soberano do Brasil – FSB...................................................................... 33741 33742 33744 33744 33744 33745 33745 33745 Quinta-feira 17 33425 PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Encerramento da votação................................................ Adiamento da votação da matéria em face da falta de quorum....................................................... VI – Encerramento 2 – PARECERES – Projetos de Lei nºs 4.100A/04 e 6.015-C/05................................................... 33745 33771 COMISSÃO 3 – DESIGNAÇÃO Comissão de Defesa do Consumidor, em 167-08......................................................................... 33777 SEÇÃO II 4 – ATOS DO PRESIDENTE a) Designar (substitutos): Adailton Alves de Oliveira, Adailton Alves de Oliveira, Alice Maria Costa Botelho Garcia, Antonio Ricardo Dias Kowalski, Daniela Guerson André, Edilson Gomes de Oliveira, Glecy de Fátima Oliveira, Kelsilene Gomes de Lima, Leda Marcia Resende, Maria Aparecida de Melo Brandão, Maria Aparecida de Melo Brandão, Maria Aparecida de Melo Brandão, Sheila Soares Costa, Silvia Maria de Souto França...................... 5 – PORTARIA – Nº 25/08 – Da Primeira Secretaria, referente ao credenciamento de entidade de classe................................................................. 6 – MESA 7 – LÍDER E VICE-LÍDERES 8 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO 9 – COMISSÕES SUPLEMENTO 33745 33745 – Indicação do Líder do Bloco PSB/PDT/ PCdoB/PMN/PRB – sairá publicada em suplemento a este Diário. 33777 33779 33426 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 SEÇÃO I Ata da 173ª Sessão, Extraordinária, Vespertina, em 16 de julho de 2008 Presidência dos Srs.: Arlindo Chinaglia, Presidente; Inocêncio Oliveira, 2º Vice-Presidente; Arnaldo Faria de Sá, § 2º do art. 18 do RI ÀS 12 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.: Arlindo Chinaglia Narcio Rodrigues Inocêncio Oliveira Osmar Serraglio Ciro Nogueira Waldemir Moka José Carlos Machado Deley Partido Bloco AMAZONAS Átila Lins PMDB PmdbPtc Marcelo Serafim PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Rebecca Garcia PP Silas Câmara PSC Vanessa Grazziotin PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Presentes Amazonas: 5 RONDÔNIA RORAIMA Angela Portela PT Edio Lopes PMDB PmdbPtc Francisco Rodrigues DEM Luciano Castro PR Marcio Junqueira DEM Maria Helena PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Presentes Roraima: 6 AMAPÁ Alessandro Sabino PMDB PmdbPtc Dalva Figueiredo PT Davi Alcolumbre DEM Evandro Milhomen PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Jurandil Juarez PMDB PmdbPtc Lucenira Pimentel PR Sebastião Bala Rocha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Presentes Amapá: 7 PARÁ Bel Mesquita PMDB PmdbPtc Beto Faro PT Elcione Barbalho PMDB PmdbPtc Gerson Peres PP Giovanni Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Lira Maia DEM Lúcio Vale PR Wandenkolk Gonçalves PSDB Zenaldo Coutinho PSDB Presentes Pará: 9 Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Mauro Nazif PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Moreira Mendes PPS Presentes Rondônia: 4 ACRE Fernando Melo PT Flaviano Melo PMDB PmdbPtc Gladson Cameli PP Nilson Mourão PT Sergio Petecão PMN PsbPdtPCdoBPmnPrb Presentes Acre: 5 TOCANTINS João Oliveira DEM Laurez Moreira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Lázaro Botelho PP Moises Avelino PMDB PmdbPtc NIlmar Ruiz DEM Osvaldo Reis PMDB PmdbPtc Vicentinho Alves PR Presentes Tocantins: 7 MARANHÃO Carlos Brandão PSDB Cleber Verde PRB PsbPdtPCdoBPmnPrb Costa Ferreira PSC Davi Alves Silva Júnior PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Flávio Dino PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Gastão Vieira PMDB PmdbPtc Julião Amin PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Pedro Fernandes PTB Pedro Novais PMDB PmdbPtc Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Pinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB PmdbPtc Ribamar Alves PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Sarney Filho PV Sebastião Madeira PSDB Waldir Maranhão PP Presentes Maranhão: 15 CEARÁ Ariosto Holanda PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Chico Lopes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Eudes Xavier PT Eunício Oliveira PMDB PmdbPtc Gorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT Leo Alcântara PR Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPtc Pastor Pedro Ribeiro PMDB PmdbPtc Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Zé Gerardo PMDB PmdbPtc Presentes Ceará: 14 PIAUÍ Átila Lira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Júlio Cesar DEM Osmar Júnior PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Presentes Piauí: 3 RIO GRANDE DO NORTE Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM João Maia PR Rogério Marinho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Sandra Rosado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Presentes Rio Grande do Norte: 5 PARAÍBA Armando Abílio PTB Damião Feliciano PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Luiz Couto PT Manoel Junior PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Rômulo Gouveia PSDB Vital do Rêgo Filho PMDB PmdbPtc Walter Brito Neto PRB PsbPdtPCdoBPmnPrb Wilson Braga PMDB PmdbPtc Wilson Santiago PMDB PmdbPtc Presentes Paraíba: 9 PERNAMBUCO Ana Arraes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb André de Paula DEM Quinta-feira 17 33427 Bruno Rodrigues PSDB Edgar Moury PMDB PmdbPtc Fernando Ferro PT Maurício Rands PT Paulo Rubem Santiago PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Pedro Eugênio PT Raul Henry PMDB PmdbPtc Raul Jungmann PPS Renildo Calheiros PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Roberto Magalhães DEM Silvio Costa PMN PsbPdtPCdoBPmnPrb Wolney Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Presentes Pernambuco: 14 ALAGOAS Benedito de Lira PP Carlos Alberto Canuto PMDB PmdbPtc Cristiano Matheus PMDB PmdbPtc Francisco Tenorio PMN PsbPdtPCdoBPmnPrb Givaldo Carimbão PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Presentes Alagoas: 5 SERGIPE Albano Franco PSDB Iran Barbosa PT Jackson Barreto PMDB PmdbPtc Pedro Valadares DEM Presentes Sergipe: 4 BAHIA Alice Portugal PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Claudio Cajado DEM Colbert Martins PMDB PmdbPtc Daniel Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Edigar Mão Branca PV Fábio Souto DEM Félix Mendonça DEM Fernando de Fabinho DEM Guilherme Menezes PT João Almeida PSDB João Leão PP Jorge Khoury DEM José Carlos Aleluia DEM José Rocha PR Joseph Bandeira PT Jusmari Oliveira PR Jutahy Junior PSDB Lídice da Mata PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPtc Mário Negromonte PP Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP 33428 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sérgio Barradas Carneiro PT Severiano Alves PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Tonha Magalhães PR Veloso PMDB PmdbPtc Walter Pinheiro PT Presentes Bahia: 29 MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Aelton Freitas PR Aracely de Paula PR Bonifácio de Andrada PSDB Carlos Melles DEM Carlos Willian PTC PmdbPtc Ciro Pedrosa PV Custódio Mattos PSDB Edmar Moreira DEM Eduardo Barbosa PSDB Elismar Prado PT George Hilton PP Geraldo Thadeu PPS Gilmar Machado PT Jaime Martins PR Jô Moraes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb João Magalhães PMDB PmdbPtc José Fernando Aparecido de PV José Santana de Vasconcellos PR Júlio Delgado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Juvenil PRTB Lael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Márcio Reinaldo Moreira PP Maria Lúcia Cardoso PMDB PmdbPtc Mário de Oliveira PSC Mário Heringer PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Mauro Lopes PMDB PmdbPtc Miguel Martini PHS Odair Cunha PT Paulo Abi-Ackel PSDB Rodrigo de Castro PSDB Vitor Penido DEM Presentes Minas Gerais: 33 ESPÍRITO SANTO Camilo Cola PMDB PmdbPtc Jurandy Loureiro PSC Luiz Paulo Vellozo Lucas PSDB Neucimar Fraga PR Rita Camata PMDB PmdbPtc Presentes Espírito Santo: 5 RIO DE JANEIRO Andreia Zito PSDB Antonio Carlos Biscaia PT Julho de 2008 Arnaldo Vianna PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Ayrton Xerez DEM Bernardo Ariston PMDB PmdbPtc Carlos Santana PT Chico Alencar PSOL Dr. Adilson Soares PR Edmilson Valentim PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Edson Ezequiel PMDB PmdbPtc Eduardo Cunha PMDB PmdbPtc Eduardo Lopes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Felipe Bornier PHS Geraldo Pudim PMDB PmdbPtc Jorge Bittar PT Leonardo Picciani PMDB PmdbPtc Luiz Sérgio PT Marcelo Itagiba PMDB PmdbPtc Marina Maggessi PPS Miro Teixeira PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Neilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPtc Pastor Manoel Ferreira PTB Silvio Lopes PSDB Simão Sessim PP Vinicius Carvalho PTdoB Presentes Rio de Janeiro: 26 SÃO PAULO Antonio Bulhões PMDB PmdbPtc Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Antonio Palocci PT Arnaldo Jardim PPS Arnaldo Madeira PSDB Beto Mansur PP Clodovil Hernandes PR Devanir Ribeiro PT Dr. Nechar PV Dr. Talmir PV Dr. Ubiali PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Duarte Nogueira PSDB Edson Aparecido PSDB Fernando Chucre PSDB Francisco Rossi PMDB PmdbPtc Frank Aguiar PTB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PTB Jilmar Tatto PT João Dado PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb João Paulo Cunha PT Jorginho Maluly DEM José Genoíno PT Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS José Mentor PT José Paulo Tóffano PV Julio Semeghini PSDB Lobbe Neto PSDB Luciana Costa PR Luiza Erundina PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Marcelo Ortiz PV Márcio França PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Milton Monti PR Nelson Marquezelli PTB Paulo Pereira da Silva PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Paulo Renato Souza PSDB Paulo Teixeira PT Reinaldo Nogueira PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Renato Amary PSDB Roberto Santiago PV Silvinho Peccioli DEM Silvio Torres PSDB Vanderlei Macris PSDB Walter Ihoshi DEM William Woo PSDB Presentes São Paulo: 47 MATO GROSSO Carlos Abicalil PT Eliene Lima PP Rogério Silva PP Thelma de Oliveira PSDB Presentes Mato Grosso: 4 DISTRITO FEDERAL Augusto Carvalho PPS Jofran Frejat PR Magela PT Ricardo Quirino PR Tadeu Filippelli PMDB PmdbPtc Presentes Distrito Federal: 5 GOIÁS Carlos Alberto Leréia PSDB Chico Abreu PR João Campos PSDB Leandro Vilela PMDB PmdbPtc Leonardo Vilela PSDB Luiz Bittencourt PMDB PmdbPtc Marcelo Melo PMDB PmdbPtc Pedro Chaves PMDB PmdbPtc Pedro Wilson PT Ronaldo Caiado DEM Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR Tatico PTB Presentes Goiás: 13 MATO GROSSO DO SUL Antônio Carlos Biffi PT Dagoberto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Geraldo Resende PMDB PmdbPtc Quinta-feira 17 33429 Nelson Trad PMDB PmdbPtc Waldir Neves PSDB Presentes Mato Grosso do Sul: 5 PARANÁ Affonso Camargo PSDB Alex Canziani PTB Alfredo Kaefer PSDB Andre Vargas PT Angelo Vanhoni PT Barbosa Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Dilceu Sperafico PP Eduardo Sciarra DEM Gustavo Fruet PSDB Luiz Carlos Hauly PSDB Luiz Carlos Setim DEM Marcelo Almeida PMDB PmdbPtc Moacir Micheletto PMDB PmdbPtc Nelson Meurer PP Ricardo Barros PP Rodrigo Rocha Loures PMDB PmdbPtc Takayama PSC Presentes Paraná: 17 SANTA CATARINA Angela Amin PP Carlito Merss PT Décio Lima PT Edinho Bez PMDB PmdbPtc Gervásio Silva PSDB Mauro Mariani PMDB PmdbPtc Nelson Goetten PR Paulo Bornhausen DEM Valdir Colatto PMDB PmdbPtc Vignatti PT Zonta PP Presentes Santa Catarina: 11 RIO GRANDE DO SUL Adão Pretto PT Afonso Hamm PP Darcísio Perondi PMDB PmdbPtc Germano Bonow DEM José Otávio Germano PP Luciana Genro PSOL Luis Carlos Heinze PP Marco Maia PT Maria do Rosário PT Mendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPtc Onyx Lorenzoni DEM Pompeo de Mattos PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Professor Ruy Pauletti PSDB Renato Molling PP Sérgio Moraes PTB Tarcísio Zimmermann PT Vieira da Cunha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Vilson Covatti PP Presentes Rio Grande do Sul: 18 33430 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS I – ABERTURA DA SESSÃO O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 333 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. No painel eletrônico, estão registrados 91 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. II – LEITURA DA ATA O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior. O SR. MILTON MONTI, servindo como 1º Secretário, procede à leitura do seguinte III – EXPEDIENTE OF.B/148/08 Brasília, 16 de julho de 2008 A Sua Excelência o Senhor Deputado Arlindo Chinaglia, Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Solicito a Vossa Excelência a indicação do deputado Dr. Ubiali (PSB –SP), como suplente, da Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 4.212, de 2004, do Sr. Atila Lira, que “altera dispositivos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e dá outras providências” (fixando normas para a educação superior das instituições públicas e privadas de ensino). Atenciosamente, – Márcio França, Vice-Líder do Bloco, Bloco PSB, PDT PCdoB, PMN e PRB. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. OF.B/158/08 Brasília, 10 de julho de 2008 A Sua Excelência o Senhor Deputado Arlindo Chinaglia, Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Solicito a Vossa Excelência indicar o Deputado Paulo Rubem Santiago (PDT), como suplente, da Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 1.627, de 2007, do Poder Executivo, que “dispõe sobre os sistemas de atendimento sócio educativo, regulamenta a execução das medidas des- Julho de 2008 tinadas ao adolescente, em razão de ato infracional, altera dispositivos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança, e do Adolescente, e dá outras providências”. Respeitosamente, – Deputado Márcio França, Vice-Líder do Bloco, PSB, PDT, PCdoB, PMN, e PRB. Defiro. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. OF.B/160/08 Brasília, 15 de julho de 2008 A Sua Excelência o Senhor Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Solícito a Vossa Excelência a indicação do Deputado Júlio Delgado (PSB – MG), como suplente, da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 555-A, de 2006, do Sr. Carlos Mota, que “revoga o art. 4º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003”, acabando com a cobrança de contribuição previdenciária sobre os proventos dos servidores públicos aposentados (Contribuição de Inativos). Respeitosamente, – Deputado Márcio França, Vice-Líder do Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN e PRB. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. OF.B/161/08 Brasília, 16 de julho de 2008 A Sua Excelência o Senhor Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Solicito a Vossa Excelência a indicação dos Deputados Manoel Junior (PSB – PB), como titular, e Dr. Ubiali (PSB – SP) e Rodrigo Rollemberg (PSB – DF), como suplente, da Comissão Parlamentar de Inquérito com a finalidade de investigar escutas telefônicas clandestinas/ilegais, conforme denúncia publicada na Revista Veja, edição 2.022, nº 33, de 22 de agosto de 2007. Respeitosamente, – Deputado Márcio França, Vice-Líder do Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN e PRB. Defiro. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33431 Ofício nº 251-L-DEM/08 OF. PSDB Nº 627/2008 Brasília, 15 de julho de 2008 Brasília, 15 de junho de 2008 A Sua Excelência o Senhor Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Excelentíssimo Senhor Deputado Arlindo Chinaglia, Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Indico a Vossa Excelência a Deputada Thelma de Oliveira, como membro suplente, para integrar a Comissão de Seguridade Social e Família. Respeitosamente, – Deputado José Aníbal, Líder do PSDB. Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência que o Deputado Ronaldo Caiado deixa de integrar, como membro titular, a Comissão de Seguridade Social e Família. Atenciosamente, – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas. Defiro. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Defiro. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Ofício nº 252-L-DEM/08 OF. PSDB Nº 629/2008 Brasília, 15 de julho de 2008 Brasília, 15 de julho de 2008 A Sua Excelência o Senhor Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Senhor Presidente, Indico a Vossa Excelência a Deputada Thelma de Oliveira, como membro titular, para integrar a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Respeitosamente, – Deputado José Aníbal, Líder do PSDB. Defiro. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Ofício nº 249-L-DEM/2008 Brasília, 15 de julho de 2008 Excelentíssimo Senhor Deputado Arlindo Chinaglia, Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Indico a Vossa Excelência o Deputado Rodrigo Maia para integrar, como membro titular, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em substituição ao Deputado Jorge Tadeu Mudalen. Atenciosamente, Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas. Defiro. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Excelentíssimo Senhor Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Indico a Vossa Excelência o Deputado Ronaldo Caiado para integrar, como membro titular, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em substituição ao Deputado José Mendonça Bezerra. Atenciosamente, – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas. Defiro. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Ofício nº 253-L-DEM/08 Brasília, 15 de julho de 2008 Excelentíssimo Senhor Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência que os Deputados Edmar Moreira e Marcio Junqueira permutam as vagas que ocupam, de titular e suplente, na Comissão Parlamentar de Inquérito com a finalidade de investigar, pelo prazo certo de 120 dias, escutas telefônicas clandestinas/ilegais, conforme denúncia publicada na revista Veja, edição 2022, nº 33, de 22 de agosto de 2007. Atenciosamente, – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas. 33432 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Defiro. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Of. nº 320 Brasília, 16 de julho de 2008 A Sua Excelência o Senhor Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Senhor Presidente, Indico o Deputado Renato Molling – PP/RS, como Suplente na Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 495-A, de 2006, do Senado Federal, que “acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, sobre a formação de novos municípios até o ano de 2000”. Atenciosamente, – Deputado Mário Negromonte, Líder do PP. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Ofício nº 263/2008 Brasília, 16 de julho de 2008 Exmº Sr. Deputado Arlindo Chinaglia DD. Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Indico a Vossa Excelência, nos termos regimentais, o Senhor Deputado Nelson Marquezelli (PTB – SP), na qualidade de Suplente, para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei Complementar nº 98, de 2000, do Sr. Júlio Redecker, que “dispõe sobre o comércio exterior e dá outras providências”. Ao ensejo, renovo a Vossa Excelência protestos de estima e consideração. Atenciosamente, – Deputado Jovair Arantes, Líder do PTB. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. OF. nº 294 – PP/2008 – CCJC Brasília, em 10 de junho de 2008 A Sua Excelência o Senhor Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Julho de 2008 Excelentíssimo Senhor Presidente, Encaminho a Vossa Excelência, para as providências regimentais cabíveis, o Projeto de Lei nº 4.100/2004 e o de nº 7.063/2006, apensado, apreciados por este Órgão Técnico, nesta data. Respeitosamente, – Deputado Eduardo Cunha, Presidente. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. OF. nº 317 – PP/2008 – CCJC Brasília, em 17 de junho de 2008 A Sua Excelência o Senhor Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Excelentíssimo Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, dos Projetos de Lei nºs 6.015-B/2005 e 1.194/2007, apensado. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Respeitosamente, – Deputado Eduardo Cunha, Presidente. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Ofício GAB.AG.090/2008 Brasília, 16 de julho de 2008 Excelentíssimo Senhor, Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Brasília – Distrito Federal Senhor Presidente, Com os meus cumprimentos, comunico a Vossa Excelência que a partir do dia 16 de julho de 2008, reassumo, nesta Casa, o mandato de Deputado Federal. De acordo com o Decreto de 14-7-2008 do ato de exoneração da Secretaria Extraordinária para Educação Integral do Distrito Federal, da qual ocupava o cargo de Secretário de Estado, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal, nesta data. Tendo informado, reitero meus votos de consideração e apreço. Atenciosamente, – Alceni Guerra, Deputado Federal. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Publique-se, afaste-se o respectivo suplente, em 16 de julho de 2008, a partir das 11h40min, nos termos dos §§ 2º e 3º, do art. 230 do RICD. Ao Senhor DiretorGeral. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 276, DE 2008 (Do Senado Federal) Ofício nº 947/2008 – SF Dá nova redação aos §§ 4º e 6º do art. 66 da Constituição Federal, para permitir que os Vetos sejam apreciados separadamente no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. Despacho: Apense-se à(ao) PEC nº 296/2000. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Dá nova redação aos §§ 4º e 6º do art. 66 da Constituição Federal, para permitir que os Vetos sejam apreciados separadamente no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. Art. 1º O art. 66 da Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 66. ................................................. ............................................................... § 4º O veto será apreciado separadamente, no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Senadores e dos Deputados, em escrutínio secreto, aplicandose, no que couber, as disposições do art. 65 desta Constituição. ............................................................... § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata. ..................................................... ” (NR) Art. 2º Os vetos encaminhados ao Congresso Nacional em data anterior à da promulgação desta Emenda serão apreciados em sessão conjunta, só podendo ser rejeitados pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. Quinta-feira 17 33433 Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º Revoga-se o inciso IV do § 3º do art. 57 da Constituição Federal. Senado Federal, 8 de julho de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 277, DE 2008 (Do Senado Federal) OFÍCIO Nº 946/2008 – SF Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reduzir, anualmente, a partir do exercício de 2009, o percentual da Desvinculação de Receitas da União incidente sobre os recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição Federal. Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Apensem-se a esta a PEC nº 416/2001 e suas apensadas. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reduzir, anualmente, a partir do exercício de 2009, o percentual da Desvinculação de Receitas da União incidente sobre os recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição Federal. Art. 1º O art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º: “Art. 76. ................................................. ............................................................... § 3º Para efeito do cálculo dos recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição, o percentual referido no caput deste artigo será de dez por cento no exercício de 2009, cinco por cento no exercício de 2010, e nulo no exercício de 2011.” (NR) Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação. Senado Federal, 7 de julho de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal. 33434 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 278, DE 2008 (Do Sr. Marcelo Ortiz e outros) Altera o inciso I do artigo 109 da Constituição Federal para transferir a competência para processar e julgar as ações de acidentes de trabalho para a Justiça Federal Comum. Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional: Art. 1º O inciso I do art. 109 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: “Art.109. ................................................ I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; ...................................................... ”(NR) Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Buscando contribuir para a ampliação do acesso à Justiça e o aperfeiçoamento dos trabalhos do Poder Judiciário, levamos à consideração dos membros do Congresso Nacional a presente proposta de emenda à Constituição baseada em valiosa sugestão da Associação Nacional dos Procuradores Federais da Previdência Social – ANPPREV, encaminhada com a seguinte exposição de motivos: “Honra-me levar à douta apreciação de Vossa Excelência o presente anteprojeto de Emenda Constitucional que contempla proposta de alteração da competência jurisdicional de conhecimento, processamento e julgamento das Ações de Acidentes do Trabalho para a Justiça Federal Comum, em prol da segurança e da melhoria nas relações da Administração com os segurados da Previdência Social. O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é sistema responsável pelas ações de concessão de benefícios de prestação conti- Julho de 2008 nuada e de serviços em prol dos segurados da Previdência Social e seus respectivos dependentes. A administração dos benefícios e serviços está a cargo do Instituto Nacional do Seguro (INSS). Por se tratar o INSS de autarquia federal, e na conformidade do artigo 109 da Constituição Federal, todas a demandas de natureza previdenciária, com exceção das decorrentes de acidentes do trabalho, tramitam na Justiça Federal Comum. Desde a promulgação da atual Carta Magna, a intenção notória do legislador é a unificação do campo acidentário com o previdenciário “stricto sensu”. Este movimento é visível nas Leis nº 8.212/91 e nº 8.213/91, respectivamente, Plano de Custeio e de Benefícios do RGPS. Em 1995, com as reformas promovidas pela Lei 9.032, de 28 de abril, houve a consolidação do regramento atinente aos benefícios previdenciários, extinguindo-se as pequenas e remanescentes distinções existentes entre os chamados “benefícios acidentários” e os “previdenciários”. Antes da vigência da Lei º 9.032, era de grande importância a diferenciação entre benefícios acidentários e previdenciários “stricto sensu”. Todavia, a relevância restou diminuída, uma vez que os porcentuais e o critério de cálculo dos benefícios foram igualados. Convém ressaltar que o RGPS compreende as seguintes prestações previdenciárias em sentido estrito. I – quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade h) auxílio-acidente; II – quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão; Do rol acima, no âmbito da infortunística são passíveis de deferimento apenas os benefícios por incapacidade, denominados benefícios de risco, e, desde o advento da Lei. 9.032, de 1995, possuem o exato valor do homônimo previdenciário, a saber: auxílio-doença, 91% Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS do salário-de-benefício1; auxílio-acidente, 50% salário-de-benefício (após 28.04.95 também é devido em decorrência de acidente que não guarde relação com o trabalho)2. Aposentadoria por invalizez, 100% do salário-de-benefício3 que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento4. Conquanto todos os benefícios decorrentes de acidente do trabalho sejam dispensados do requisito carência, tratando-se dos benefícios de auxílio-acidente e de pensão por morte, não há necessidade de comprovação de carência, quer sejam de origem acidentária, quer não (art. 26, I, da Lei de Benefícios). Com relação à aposentadoria por invalidez e ao auxílio-doença decorrentes de “acidente de qualquer natureza”, que englobam as causas laborais e extra laborais, também está afastada a exigência de comprovação de carência (art. 26, II, da Lei de Benefícios). Existem ainda outras hipóteses de dispensa de carência para benefícios previdenciários em sentido estrito, em se tratando de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase, alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteite deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida-Aids; e contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. Perceptível o caminhar da extinção das diferenciações entre benefícios decorrente de acidente do trabalho e os de índole estritamente previdenciária. A identidade e similitude entre os benefícios evidencia que a competência judicial para apreciação da matéria previdenciária deve ser unificada, concentrando-se na Justiça Federal as ações de cunho previdenciário decorrentes de acidentes do trabalho. A competência da Justiça Estadual nas Ações de Acidentes do Trabalho, cuja origem remonta à Primeira República (Lei nº 3.724/1919), justificava-se pelo fato de o seguro de acidentes do trabalho ter sido de responsabilidade do empregador, por conseguinte eventual indenização decorrente dessa relação jurídica ostentava natureza privada. 1. Art. 61 da LB, com redação dada pela Lei nº 9.032, de 28-4-95 2. Art. 86, § 1º, da Lei de Benefícios 3. Art. 44 da lei de Benefícios, com redação dada pela Lei nº 9.032, de 28-4-95 4. Art. 75 da LB com redação dada pela Lei nº 9.528, de 10-12-97 Quinta-feira 17 33435 Em que pesem as tentativas de abertura à iniciativa privada de atuação na área da infortunística, consolidouse o entendimento da manutenção da problemática acidentária na seara pública com a titularidade da concessão de benefícios e serviços nas mãos do INSS. A Constituição de 1988, no artigo 7º, XXVIII, estabeleceu o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. O infortúnio laboral pode gerar, a um só tempo, a responsabilidade civil do empregador, na existência de dolo ou culpa, e, em decorrência da relação previdenciária, a concessão de benefícios ou serviços pelo INSS em prol do segurado ou de seu dependente. A competência para apuração da responsabilidade civil do empregador, ações de acidente do trabalho fundadas no direito comum (propostas pelo empregado em face do empregador), restou alterada pela Emenda Constitucional nº 45, que deslocou da Justiça Estadual à Justiça do Trabalho, art. 114, VI da CF. A alteração constitucional propiciou racionalização das atividades jurisdicionais, com evidentes ganhos ao administrados, porque a demanda envolvendo empregado e empregador é típica da alçada da justiça trabalhista, que desde a EC 45, contempla também as questões afetas à responsabilidade por acidente do trabalho, fundadas no direito comum, envolvendo as mesmas partes processuais (empregado e empregador). Resta agora proceder ao deslocamento da competência atinente às ações relativas a acidente do trabalho fundadas no direito especial (Lei 8.213/91), ajuizadas em face do INSS para a Justiça Federal. A alteração do artigo 109, I, possibilitará o deslocamento das ações acidentárias fundadas na lei 8.213/91, para a Justiça Federal, em razão da natureza jurídica do INSS, autarquia federal, centralizando-se todas as demandas relativas a concessão e/ou revisão de benefícios previdenciários perante a Justiça Federal Comum. Diante da unificação no campo do direito material, não se justifica tratamento diferenciado, no campo processual, para as demandas acidentárias fundadas no direito especial. A alteração da competência material jurisdicional para a Justiça Federal é a conclusão lógica de todo esse processo histórico, alcançando-se, desta forma, uma real harmonização entre os Poderes de mesmo nível federativo. Colocar-se-á fim nas dificuldades de padronização do direito previdenciário decorrentes dos entendimentos proferidos pelos vinte e seis Tribunais de Justiça estaduais. Concentrar-se-á apenas em cinco Tribunais Regionais toda a matéria previdenciária, neste incluída 33436 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ações de acidente do trabalho, que são regidos pelos mesmos princípios norteadores. Convém ressaltar que a exceção constitucional prevista pelo artigo 109, I, que exclui a competência da Justiça Federal as ações acidentárias ajuizadas em face de autarquia federal, deveria atuar em prol do segurado da previdência, todavia, atualmente, a competência estadual repercute em desfavor dos segurados do INSS. No âmbito da Justiça Federal as causas de pequeno valor (até 60 salários-mínimos) terão curso perante o Juizado Especial Federal1, hipótese inocorrente na Justiça Estadual, porque a lei 9.0992 expressamente exclui as causas de acidentes de trabalho da Justiça Especial Estadual. Significa dizer, o segurado do INSS que sofrer infortúnio laboral está privado de se socorrer ao procedimento célere do Juizado Especial Federal, cujo procedimento simplificado dispensa a contratação de advogado. Não raro, subsistindo dúvida quanto ao nexo causal entre o acidente e o trabalho, deve o segurado-acidentado intentar ação perante a Justiça Estadual, que, após trâmite ordinário processual, por ocasião de sentença de mérito, julga improcedente o pedido da parte autora por não configurado o liame causal, a despeito de estar o segurado totalmente incapacitado para o trabalho. Nesta hipótese, extremamente comum, deve o segurado intentar nova ação perante a Justiça Federal para postular o homônimo, previdenciário. A unificação da competência na Justiça Federal proporcionará ao segurado o acesso ao Juizado Especial Federal, bem como a possibilidade de apresentação de pedido alternativo de benefício acidentário ou, caso entenda o magistrado não comprovado o nexo causal, a concessão de benefício previdenciário. A jurisprudência pátria tem proferido decisões no sentido da unificação. O próprio Superior Tribunal de Justiça (STJ) pacificou entendimento que as Ações Revisionárias de Pensão por Morte, mesmo as decorrentes de acidentes do trabalho, são de competência da Justiça Federal (Conflitos de Competência 89.282/RS, 62.531/RJ, 89.633/SP e 89.382/SP) 1. Lei nº 10.259/2001 2. Art. 3º (...) § 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. Julho de 2008 A atual política forte de expansão da Justiça Federal Comum, apoiada sobre tudo pela criação, em 2001 (Lei 10.259), dos Juizados Especiais Federais (JEF), tornou-a efetivamente presente em todos os lugares do país. Firmada a alteração da competência, aos segurados vitimados por acidentes do trabalho estará assegurado o acesso fácil e rápido a Justiça – em especial, nas causas de pequeno valor. Ademais, sob a ótica do segurado/demandante, a unificação da competência material para a Justiça Federal evitaria os desgastes provocados pelos casos de conflitos de competência existentes entre a Justiça Federal e Estadual. A peculiaridade da competência enseja, por muitas vezes, o envio incorreto de autos de primeira para a segunda instância, obrigando aos desembargadores federais que declarem incompetência, com a subsequente remessa dos autos ao Tribunal de Justiça para apreciação do recurso, e vice-versa. Da mesma forma, nas situações onde é controversa a natureza acidentária do fato gerador do benefício e o nexo causal com a atividade laborativa, o segurado não seria mais obrigado a aguardar todo julgamento de sua demanda na Justiça Estadual para só depois ingressar com um novo pedido na Federal. Para a Administração Pública Federal demandada, INSS, a unificação dos julgamentos de todas as demandas de natureza previdenciária na Justiça Federal Comum acarretará vantagens administrativas, com a uniformização dos procedimentos e otimização do quadro de funcionários públicos existentes para o cumprimento das decisões judiciais, o que também agilizará a situação do segurado que obteve judicialmente o reconhecimento do seu direito ao benefício. A proposta altera o inciso I do art. 109 do vigente Texto Constitucional, no que tange à competência das Ações Acidentárias, da Justiça Estadual para a Justiça Federal, para que se atenda aos objetivos supramencionados, com evidentes ganhos à população e à Administração Pública.” Pelas razões expostas, esclarecedoras da importância da alteração constitucional alvitrada para os trabalhadores brasileiros e maior eficiência dos órgãos jurisdicionais, contamos com o apoio dos nobres Pares do Congresso Nacional para o aprimoramento e a aprovação da proposta de emenda à Constituição ora apresentada. Sala das Sessões, 8 de julho de 2008. – Deputado Marcelo Ortiz. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Possui Assinaturas Suficientes: SIM Total de Assinaturas: Confirmadas: 183 Não Conferem: 008 Fora do Exercício: 002 Repetidas: 013 Ilegíveis: 000 Retiradas: 000 Total: 206 Assinaturas Confirmadas 1-MARCO MAIA (PT-RS) 2-LUCIANA GENRO (PSOL-RS) 3-AYRTON XEREZ (DEM-RJ) 4-JERÔNIMO REIS (DEM-SE) 5-DANIEL ALMEIDA (PCdoB-BA) 6-EDUARDO LOPES (PSB-RJ) 7-MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR-AL) 8-SEVERIANO ALVES (PDT-BA) 9-ROGERIO LISBOA (DEM-RJ) 10-DAMIÃO FELICIANO (PDT-PB) 11-FÁBIO RAMALHO (PV-MG) 12-ANTONIO CRUZ (PP-MS) 13-FERNANDO CORUJA (PPS-SC) 14-WOLNEY QUEIROZ (PDT-PE) 15-SANDES JÚNIOR (PP-GO) 16-JOÃO PAULO CUNHA (PT-SP) 17-CLÁUDIO DIAZ (PSDB-RS) 18-VILSON COVATTI (PP-RS) 19-MÁRIO HERINGER (PDT-MG) 20-IRINY LOPES (PT-ES) 21-LELO COIMBRA (PMDB-ES) 22-PASTOR MANOEL FERREIRA (PTB-RJ) 23-B. SÁ (PSB-PI) 24-MAGELA (PT-DF) 25-ANDRÉ DE PAULA (DEM-PE) 26-EDMILSON VALENTIM (PCdoB-RJ) 27-ZEQUINHA MARINHO (PMDB-PA) 28-VITOR PENIDO (DEM-MG) 29-ZÉ GERARDO (PMDB-CE) 30-MARCELO ORTIZ (PV-SP) 31-LEO ALCÂNTARA (PR-CE) 32-MARCELO MELO (PMDB-GO) 33-RUBENS OTONI (PT-GO) 34-EUDES XAVIER (PT-CE) 35-MOACIR MICHELETTO (PMDB-PR) 36-PAULO HENRIQUE LUSTOSA (PMDB-CE) 37-JAIME MARTINS (PR-MG) 38-ALINE CORRÊA (PP-SP) 39-ELISEU PADILHA (PMDB-RS) 40-JOSÉ EDUARDO CARDOZO (PT-SP) 41-EDSON DUARTE (PV-BA) 42-BARBOSA NETO (PDT-PR) Quinta-feira 17 33437 43-ANTÔNIO ANDRADE (PMDB-MG) 44-ARIOSTO HOLANDA (PSB-CE) 45-GLADSON CAMELI (PP-AC) 46-TATICO (PTB-GO) 47-EDGAR MOURY (PMDB-PE) 48-VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP) 49-ZÉ GERALDO (PT-PA) 50-MARCELO CASTRO (PMDB-PI) 51-MARCIO JUNQUEIRA (DEM-RR) 52-DR. TALMIR (PV-SP) 53-NELSON MEURER (PP-PR) 54-ELIENE LIMA (PP-MT) 55-EDUARDO SCIARRA (DEM-PR) 56-POMPEO DE MATTOS (PDT-RS) 57-JOSÉ PAULO TÓFFANO (PV-SP) 58-JOAQUIM BELTRÃO (PMDB-AL) 59-RODRIGO DE CASTRO (PSDB-MG) 60-DELEY (PSC-RJ) 61-RAUL JUNGMANN (PPS-PE) 62-OSVALDO REIS (PMDB-TO) 63-EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ) 64-AELTON FREITAS (PR-MG) 65-CRISTIANO MATHEUS (PMDB-AL) 66-ANTÔNIO ROBERTO (PV-MG) 67-RATINHO JUNIOR (PSC-PR) 68-PASTOR PEDRO RIBEIRO (PMDB-CE) 69-CHICO LOPES (PCdoB-CE) 70-ALDO REBELO (PCdoB-SP) 71-PAULO PIAU (PMDB-MG) 72-OSMAR SERRAGLIO (PMDB-PR) 73-ARNON BEZERRA (PTB-CE) 74-LEONARDO QUINTÃO (PMDB-MG) 75-VALADARES FILHO (PSB-SE) 76-CARLOS SOUZA (PP-AM) 77-JÚLIO CESAR (DEM-PI) 78-BETINHO ROSADO (DEM-RN) 79-WALDIR MARANHÃO (PP-MA) 80-EDIGAR MÃO BRANCA (PV-BA) 81-FERNANDO DE FABINHO (DEM-BA) 82-CHICO ALENCAR (PSOL-RJ) 83-SIMÃO SESSIM (PP-RJ) 84-LAERTE BESSA (PMDB-DF) 85-SATURNINO MASSON (PSDB-MT) 86-EDMAR MOREIRA (DEM-MG) 87-RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB-CE) 88-CARLOS ZARATTINI (PT-SP) 89-PAULO ROBERTO (PTB-RS) 90-SÉRGIO MORAES (PTB-RS) 91-NEILTON MULIM (PR-RJ) 92-PAULO RUBEM SANTIAGO (PDT-PE) 93-VIRGÍLIO GUIMARÃES (PT-MG) 94-SILVIO LOPES (PSDB-RJ) 95-FELIPE BORNIER (PHS-RJ) 33438 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 96-EUGÊNIO RABELO (PP-CE) 97-EUNÍCIO OLIVEIRA (PMDB-CE) 98-ILDERLEI CORDEIRO (PPS-AC) 99-DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP) 100-FLAVIANO MELO (PMDB-AC) 101-AFFONSO CAMARGO (PSDB-PR) 102-LIRA MAIA (DEM-PA) 103-JURANDIL JUAREZ (PMDB-AP) 104-PEDRO CHAVES (PMDB-GO) 105-NELSON TRAD (PMDB-MS) 106-JÚLIO DELGADO (PSB-MG) 107-MOISES AVELINO (PMDB-TO) 108-FRANCISCO RODRIGUES (DEM-RR) 109-NELSON BORNIER (PMDB-RJ) 110-JILMAR TATTO (PT-SP) 111-LUIZ CARLOS HAULY (PSDB-PR) 112-JORGE KHOURY (DEM-BA) 113-CHICO ABREU (PR-GO) 114-DAVI ALCOLUMBRE (DEM-AP) 115-RAFAEL GUERRA (PSDB-MG) 116-ANTÔNIO CARLOS BIFFI (PT-MS) 117-NELSON MARQUEZELLI (PTB-SP) 118-LEONARDO VILELA (PSDB-GO) 119-REINALDO NOGUEIRA (PDT-SP) 120-REGIS DE OLIVEIRA (PSC-SP) 121-PINTO ITAMARATY (PSDB-MA) 122-ASSIS DO COUTO (PT-PR) 123-JOÃO MAGALHÃES (PMDB-MG) 124-LUIZ BITTENCOURT (PMDB-GO) 125-JAIR BOLSONARO (PP-RJ) 126-LUIZ CARLOS BUSATO (PTB-RS) 127-SILVINHO PECCIOLI (DEM-SP) 128-TAKAYAMA (PSC-PR) 129-EDUARDO BARBOSA (PSDB-MG) 130-WANDENKOLK GONÇALVES (PSDB-PA) 131-ROSE DE FREITAS (PMDB-ES) 132-COLBERT MARTINS (PMDB-BA) 133-JOÃO DADO (PDT-SP) 134-URZENI ROCHA (PSDB-RR) 135-ANTONIO CARLOS BISCAIA (PT-RJ) 136-VITAL DO RÊGO FILHO (PMDB-PB) 137-MAURO LOPES (PMDB-MG) 138-ZONTA (PP-SC) 139-ÁTILA LINS (PMDB-AM) 140-FÉLIX MENDONÇA (DEM-BA) 141-PEDRO FERNANDES (PTB-MA) 142-MANOEL JUNIOR (PSB-PB) 143-SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT-AP) 144-SANDRA ROSADO (PSB-RN) 145-WILLIAM WOO (PSDB-SP) 146-MAX ROSENMANN (PMDB-PR) 147-ALFREDO KAEFER (PSDB-PR) 148-PAULO ROCHA (PT-PA) Julho de 2008 149-CARLOS ALBERTO LERÉIA (PSDB-GO) 150-ARMANDO ABÍLIO (PTB-PB) 151-DR. UBIALI (PSB-SP) 152-JUSMARI OLIVEIRA (PR-BA) 153-RODRIGO ROCHA LOURES (PMDB-PR) 154-GERALDO RESENDE (PMDB-MS) 155-JOÃO MAIA (PR-RN) 156-FRANCISCO PRACIANO (PT-AM) 157-AUGUSTO FARIAS (PTB-AL) 158-TARCÍSIO ZIMMERMANN (PT-RS) 159-FERNANDO MELO (PT-AC) 160-ADEMIR CAMILO (PDT-MG) 161-LINCOLN PORTELA (PR-MG) 162-SARNEY FILHO (PV-MA) 163-COSTA FERREIRA (PSC-MA) 164-MICHEL TEMER (PMDB-SP) 165-DÉCIO LIMA (PT-SC) 166-MARINA MAGGESSI (PPS-RJ) 167-ULDURICO PINTO (PMN-BA) 168-MANATO (PDT-ES) 169-JOÃO CAMPOS (PSDB-GO) 170-IBSEN PINHEIRO (PMDB-RS) 171-WALDIR NEVES (PSDB-MS) 172-DILCEU SPERAFICO (PP-PR) 173-MENDES RIBEIRO FILHO (PMDB-RS) 174-VICENTINHO ALVES (PR-TO) 175-ANGELA AMIN (PP-SC) 176-CARLOS SANTANA (PT-RJ) 177-LUCIANO CASTRO (PR-RR) 178-CIRO PEDROSA (PV-MG) 179-BERNARDO ARISTON (PMDB-RJ) 180-ANÍBAL GOMES (PMDB-CE) 181-MARCELO GUIMARÃES FILHO (PMDB-BA) 182-ÁTILA LIRA (PSB-PI) 183-REGINALDO LOPES (PT-MG) Assinaturas que Não Conferem 1-CARLOS WILLIAN (PTC-MG) 2-GEORGE HILTON (PP-MG) 3-MAURÍCIO TRINDADE (PR-BA) 4-PAULO MALUF (PP-SP) 5-JOSÉ OTÁVIO GERMANO (PP-RS) 6-WELLINGTON ROBERTO (PR-PB) 7-BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB-MG) 8-ELISMAR PRADO (PT-MG) Assinaturas de Deputados(as) fora do Exercício 1-FÁTIMA PELAES (PMDB-AP) 2-LUIZ CARREIRA (DEM-BA) Assinaturas Repetidas 1-FELIPE BORNIER (PHS-RJ) 2-EUGÊNIO RABELO (PP-CE) 3-WALDIR MARANHÃO (PP-MA) 4-ARIOSTO HOLANDA (PSB-CE) Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 5-ELISEU PADILHA (PMDB-RS) 6-JAIME MARTINS (PR-MG) 7-RAUL JUNGMANN (PPS-PE) 8-ILDERLEI CORDEIRO (PPS-AC) 9-NELSON BORNIER (PMDB-RJ) 10-MAURÍCIO TRINDADE (PR-BA) 11-MOACIR MICHELETTO (PMDB-PR) 12-ZEQUINHA MARINHO (PMDB-PA) 13-ANDRÉ DE PAULA (DEM-PE) PROJETO DE LEI Nº 3.639, DE 2008 (Da Sra. Rebecca Garcia) Majora a pena de condutas lesivas ao meio ambiente. Despacho: Apense-se à(ao) PL nº 80/2007. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei majora a pena de condutas lesivas ao meio ambiente. Art. 2º Os arts. 33 e 54 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 33. ................................................. Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único. .................................... ..............................................................“ “Art. 54. ................................................. Pena. ..................................................... § 1º ....................................................... Pena. ..................................................... § 2º ....................................................... Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. § 3º ......................................................“ Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. Justificação O projeto que ora apresento tem por objetivo majorar as penas dos crimes descritos no art. 33 (provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras) e 54 (causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora), da Lei de Crimes Ambientais. Quinta-feira 17 33439 No primeiro caso, a pena prevista hoje é de detenção de um a três anos ou multa, ou ambas cumulativamente. Proponho sua majoração para dois a cinco anos de reclusão e multa. No segundo caso, a pena prevista é de um a cinco anos de reclusão e multa se o crime resultar nos incisos de I a V do § 2º do art. 54, dentre os quais o inciso III, no caso de o crime “causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade”. A razão para o recrudescimento das penas está no relatório “O Estado Real das Águas no Brasil”, feito pela ONG Defensoria da Água. De acordo com tal documento, há vinte e uma mil áreas contaminadas no país e um alerta de que a contaminação dos cursos d’água cresceu 280% entre 2004 e 2007, com cerca de cinco milhões de pessoas afetadas diretamente e outras 15 milhões vítimas de impactos indiretos. (Notícia publicada no Correio Braziliense de 18/03/2008) Ora, desnecessário dizer da importância da água para a vida humana e de como esse bem da vida vem sendo escasseado nos últimos anos. É hora de bloquearmos essas condutas nocivas ao meio ambiente, mais especificamente ao mananciais aqüíferos, sob pena de, no futuro, não termos mais vida. Ante o exposto, conto com o apoio dos ilustres Pares para a aprovação deste projeto. Sala das Sessões, 1º de julho de 2008. – Deputada Rebecca Garcia. PROJETO DE LEI Nº 3.647, DE 2008 (Do Sr. Jorginho Maluly) Dispõe sobre o uso de comunicação via Internet no processo eleitoral, alterando a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997. Despacho: Apense-se à(ao) PL nº 2.358/2000. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Da Propaganda Eleitoral na Internet Art. 57-A. Os candidatos e os partidos poderão manter página na Internet para propaganda eleitoral, debates ou divulgação de programas do candidato. § 1º As páginas dos candidatos e dos partidos na Internet deverão ser cadastradas no Tribunal Regional Eleitoral para envio e recepção de mensagens eletrônicas. 33440 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS § 2º É permitida a utilização de propaganda paga e em sítios de propriedade de empresas de comunicação.” (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A Internet tornou-se um importante meio de interação entre as pessoas que hoje podem comunicar-se instantaneamente a partir de qualquer lugar do planeta. Nesse contexto, a facilidade para transmitir informações e o baixo custo têm conquistado um grande número de candidatos que desejam utilizar a Internet para divulgar suas idéias e programas e suprir o resumido espaço de tempo que lhes é destinado no rádio e na televisão. Entendemos que as regras dispostas na Resolução nº 22.718 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trazem limitações que restringem a divulgação de idéias e o amplo debate. Acreditamos que o uso da Internet, em virtude ser meio de comunicação de baixo custo e amplo acesso, possibilita o debate político e favorece a democracia. Certos da importância da medida pretendida, contamos com o apoio de nossos pares para a aprovação do projeto. Sala das Sessões, 2 de julho de 2008. – Deputado Jorginho Maluly. PROJETO DE LEI Nº 3.654, DE 2008 (Do Sr. Valdir Colatto) Regulamenta o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, que reconhece aos remanescentes das comunidades de quilombos a propriedade definitiva das terras que estejam ocupando. Despacho: Às Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Direitos Humanos e Minorias e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Esta lei dispõe sobre o reconhecimento da propriedade definitiva das terras ocupadas por remanescentes das comunidades de quilombos, nos termos do art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT. Para os fins desta Lei, remanescentes das comunidades de quilombos são aqueles que tenham vínculos culturais específicos que os identifiquem como descendentes de ancestrais negros que, durante a vigência do regime escravocrata, se agruparam para formar comunidades rurais de resistência. Julho de 2008 Ao remanescente das comunidades dos quilombos é reconhecido o direito de propriedade da terra que esteja ocupando, devendo o Estado emitir-lhe o respectivo título. A emissão do título de propriedade, a que se refere o art. 3º, far-se-á por processo administrativo, instaurado pelo órgão público competente, a pedido da parte interessada, que o instruirá com os meios de prova em direito admitidos. § 1º O título de propriedade definitiva será concedido ao remanescente das comunidades de quilombos, observados os seguintes requisitos: I – que o beneficiário comprove suas referências culturais que possam caracterizá-lo como remanescente de comunidade quilombola; II – que a área reivindicada esteja localizada em zona rural, e que esteja efetivamente ocupada e habitada pelo pretendente e sua família; § 2º Caso a área rural seja ocupada por mais de uma família de remanescentes das comunidades de quilombo, os beneficiários poderão requerer ao órgão público competente que o título de propriedade da área comum seja concedido ao conjunto de habitantes, em regime de condomínio, nos termos do art. 1.314 e seguintes da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. § 3º É vedada a concessão de título de propriedade a sociedade jurídica civil ou comercial. § 4º Havendo contencioso judicial sobre os limites e confrontações da área reivindicada, fica o processo administrativo sobrestado até o trânsito em julgado do respectivo processo. § 5º Não será instaurado o processo administrativo, nas hipóteses previstas nos artigos 1.238 a 1.244, da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, cumprindo ao interessado ajuizar a competente ação de usucapião de terras particulares. § 6º Nas hipóteses previstas nos § 4º e 5º deste artigo, aplicam-se, subsidiariamente, quando couber, as normas e ritos estabelecidos na Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976. § 7º Os direitos à ampla defesa e ao contraditório serão assegurados às partes interessadas no processo administrativo, a que se refere o caput deste artigo. É garantida a assistência jurídica gratuita, em todos os graus, aos remanescentes das comunidades dos quilombos, a fim de que possam promover a defesa das terras por eles ocupadas contra esbulhos e turbações. Fica assegurado aos remanescentes das comunidades dos quilombos o direito à preservação da identidade cultural, de suas tradições, usos e costumes. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Para fins de política agrícola, aos remanescentes das comunidades de quilombos será assegurado tratamento preferencial idêntico ao previsto para os beneficiários dos projetos de reforma agrária. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais reconhece aos remanescentes das comunidades dos quilombos a propriedade definitiva das terras que estejam ocupando. Trata-se de uma política de regularização da posse de áreas que, no passado, eram ocupadas pelas comunidades de quilombos e que, no decorrer dos anos, continuou na posse das famílias que ali remanesceram, conservando costumes, tradições e os valores culturais de seus ancestrais. Já se passaram vinte anos e, até hoje, a norma constitucional ainda não foi regulamentada. O Decreto nº 4.887, de 2003, foi editado com o objetivo de regulamentar a matéria, mas, infelizmente, vem sendo contestado no Supremo Tribunal Federal, porque foram encontrados vários indícios de inconstitucionalidade. Ademais, o Decreto não é o instrumento jurídico adequado para regulamentar matéria de direito, pois só pode versar sobre matéria administrativa. Destarte, entendemos que se faz necessária a apresentação de uma proposta concreta de regulamentação do Art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e é, exatamente, o que pretendemos fazer. Contamos com o apoio dos nobres pares, a fim de que, votada e aprovada a proposição e transformada em lei, possamos, em breve, contar com mais uma importante norma regulamentar que resolva definitivamente as inconsistências que, atualmente, têm levado a Administração Pública a equívocos jurídicos nos processos de titulação das terras dos remanescentes das comunidades dos quilombos. Sala das Sessões, 2 de julho de 2008. – Deputado Valdir Colatto. PROJETO DE LEI Nº 3.673, DE 2008 (Do Sr. Pompeo de Mattos) Altera o art. 124 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). Despacho: Apense-se à(ao) PL nº 2.433/2007. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica alterada a pena do art. 124 do DecretoLei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passando a vigorar com a seguinte redação: Quinta-feira 17 33441 Art. 124. ................................................ Pena – Detenção, de 1(um) a 2 (dois) anos. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Recentemente, na condição de presidente da Comissão de Direitos Humanos – CDHM, participei de audiência pública no Fórum de Campo Grande-MS, que teve por objetivo tomar conhecimento do processo criminal movido contra 9.896 mulheres que teriam feito aborto em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, nos últimos oito anos. O caso alcançou repercussão nacional, após o promotor Paulo Cesar dos Passos, numa decisão sem precedentes no país, pediu Polícia Civil, inquérito para investigação com base nas fichas de 9.896 mulheres que, desde 2000, teriam feito aborto em Clínica Médica daquela cidade. No evento, durante a audiência, o Dr. Aloísio Pereira dos Santos – juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri,e o Dr. Paulo César dos Passos – Promotor de Justiça, a Lei dos Juizados Especiais Federais, argumentara que nos casos de crimes com menor potencial ofensivo havia possibilidade de suspensão do processo mediante o cumprimento de algumas condições, como a prestação de serviços comunitários. Em uma segunda audiência sobre o tema, em Brasília, a CDHM ouviu do juiz Aloísio Pereira dos Santos, revelou um drama vivido pelas autoridades policiais e judiciárias durante as investigações das supostas práticas de aborto. Isto porque a apuração do crime de aborto difere substancialmente de todos os demais, como os acusados de homicídio, roubo, seqüestro, furto, etc. Via de regra, o processo de investigação não invade a vida íntima ou privada dos acusados, principalmente, em questões amorosas e sexuais, até porque isso não faz parte da persecução criminal. Todavia, o mesmo não se diz do crime de aborto porque o fato em que a mulher se envolve está umbilicalmente ligado à invasão de sua vida privada, ou seja, se ela praticou aborto é porque fez sexo. E nada mais é íntimo e delicado, do que a vida sexual de cada um. Assim, na forma em que a lei está em vigor, a autoridade policial deve instaurar o inquérito policial e começar a investigar. Neste caso não há outra alternativa a não ser a invasão da vida da mulher na medida em que a autoridade pergunta sobre o crime e todas as suas circunstâncias. No caso, se a mulher nega, um direito constitucional que lhe assiste, complica ainda mais para ela, pois diante da negativa, a autoridade deve buscar provas contra a acusada ou suspeita. Para bem instruir o inquérito ouve tes- 33442 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS temunhas, namorado, amante, familiares (pai/mãe); interroga, qualifica, pregressa a mulher e até corre o risco de sujeitá-la ao constrangimento de comparecer no IML para fazer o exame de corpo de delito. E aí a vida da mulher fica totalmente exposta. Mesmo que a investigação seja conduzida por uma Delegada de Policia, ainda assim, é constrangedor tal situação, a qual por força de sua função penetra, invade, a vida particular de cada uma delas. E esses detalhes passar a ser conhecidos por todos os policiais e outras autoridades encarregadas de apurar a suposta prática de aborto, até porque trata-se de ação penal pública incondicionada. O debates conduzidos nesta Casa, parecem apontar que entre os brasileiros a descriminalização, a legalização do aborto não encontra respaldo. Há muitas convicções pessoais, religiosas, filosóficas, enfim, uns a favor e outros contra, todos com razão. Provavelmente, uma consulta plebiscitária, nesse momento, rejeitaria o aborto. Todavia, neste cipoal é possível identificar entre as duas correntes de pensamento, pró e contra o aborto, um ponto comum, qual seja, a não invasão da privacidade da mulher que praticou um crime de aborto em face da legislação penal em vigor. Não vislumbro na sociedade o desejo de expor o opróbrio público as mulheres que em algum momento de sua vida praticaram aborto. Mas a nossa legislação atual assim obriga, ao impor a necessidade da instauração de instauração de inquérito policial para apurá-lo. Portanto, na medida que a sociedade e seus representantes, de forma majoritária, defendem a proibição do aborto, é mister que busquemos minimizar as conseqüências para as mulheres que praticarem aborto, preservando-lhes o máximo possível sua vida íntima. É a partir daí, que a presente proposta se coloca como uma alternativa, ou seja, a redução da pena do crime de aborto, dos atuais três anos de detenção para dois anos de detenção. O que isso significa na prática? O crime passará a ser de menor potencial ofensivo nos termos da Lei 9.099/95. Assim, o Delegado de Polícia ao tomar conhecimento do aludido crime fará apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência, conhecido como “TCO” e encaminhará ao Promotor para fazer a proposta de transação penal. Se tomarmos o exemplo de Campo Grande, não haveria a necessidade de instaurar inquérito policial para investigar cada ficha em que há fortes indícios de crime, muito menos indiciar, interrogar e qualificar esse contingente de mulheres, eis que a autoridade policial faria apenas o registro de fato no Termo Cir- Julho de 2008 cunstanciado de Ocorrência, anexando as fichas e encaminhado-as à Promotoria Pública para proposta de transação. Essa mudança legislativa resolverá de forma prática, rápida, sem maiores invasões à privacidade, intimidade ou transtornos emocionais às mulheres, mantendo, todavia, o aborto como crime em respeito à significativa parcela da sociedade que repudia esse ato por entendê-lo como desrespeito à vida. Sala das Sessões, de 3 de julho de 2008. – Pompeo de Mattos, Deputado Federal, Presidente da CDHM, PDT – RS PROJETO DE LEI Nº 3.681, DE 2008 (Do Sr. José Linhares) Institui a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil e dá outras providências. Despacho: Às Comissões de Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. Art. 1º Esta lei institui a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil, em consonância com os artigos 205 e 225 da Constituição Federal e com a Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999, e dá outras providências. § 1º Para os fins desta Lei, a Educação para o Desenvolvimento Sustentável substitui o terno Educação Ambiental, e é subdividida em formal e informal: I – Formal é um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino; II – Informal caracteriza-se por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características, como faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental. Art. 2º É instituída a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, a iniciar-se um ano após a publicação desta lei. Art. 3º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta lei, encaminhará ao Congresso Nacional o Plano Nacional de Educação Ambiental, em sintonia com Resolução das Nações Unidas que instituiu a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, contemplando os aspectos formais e informais Art. 4º Cada município e, supletivamente, o estado e a União, deverá: I – prover cursos e disciplinas no ensino básico que contemplem a educação ambiental como tema que Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS permeie todas as disciplinas do currículo da educação básica, conforme prevê o parágrafo 1º do art. 26 da Lei nº 9.394 de 1996; II – realizar programas de capacitação em educação ambiental e desenvolvimento sustentável para todos os professores em exercício. Art. 5º Os cursos de licenciatura deverão conter em sua grade curricular, como requisito obrigatório para a conclusão de curso, a disciplina Educação Ambiental, com duração de seis créditos. Parágrafo único – A disciplina Educação Ambiental de que trata este artigo deverá abordar os seguintes tópicos: as diferentes abordagens em Educação Ambiental; Educação Ambiental como área de conhecimento teórico-científico; Metodologia em Educação Ambiental; Educação Ambiental no ensino Formal; Conteúdos programáticos em Educação Ambiental; Aplicações nos currículos de ciências, biologia, história, geografia; Especificações didático-metodológicas para o ensino fundamental; Educação Ambiental e educação informal; Educação Ambiental e movimentos populacionais; Relação da Educação Ambiental com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável; As implicações da educação Ambiental com o desenvolvimento científico-tecnológico e papel da escola; A importância da Amazônia para o Brasil e o mundo; Água e energias renováveis; As instituições sociais e seu papel na transformação e no desenvolvimento; A fragilidade do ambiente físico e os efeitos sobre a atividade humana e as decisões; Os limites e o potencial do crescimento econômico e seu impacto na sociedade e no ambiente; O impacto dos níveis de consumo pessoais e da sociedade no meio ambiente. Art. 6º O art. 27 da Lei 9.394 de 1996 passa a vigorar acrescido do seguinte inciso V: “Art. 27. ................................................. V – o respeito à Terra e à vida, reconhecendo a interdependência e o valor intrínseco de todos os seres, a importância da biodiversidade e o dever de preservar o meio ambiente para as gerações atuais e futuras.” (NR) Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Vivemos numa situação de autêntica emergência planetária, marcada por toda uma série de graves problemas estreitamente relacionados: contaminação e degradação dos ecossistemas, esgotamento de recursos, crescimento incontrolado da população mundial, desequilíbrios insustentáveis, conflitos destrutivos, rápida perda de diversidade biológica e cultural. Quinta-feira 17 33443 Os educadores são chamados a prestar a devida atenção a esta situação, atendendo a apelos da sociedade e de órgãos como as Nações Unidas. O Brasil necessita assumir um compromisso para que toda a educação, tanto formal (desde a escola primária até a universidade) como informal (museus, mídia, igrejas), preste sistematicamente atenção à situação do mundo, com a finalidade de proporcionar uma percepção correta dos problemas e de fomentar atitudes e comportamentos favoráveis para construir um desenvolvimento sustentável. As Nações Unidas declararam a década que vivemos como a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, que tem como eixos temáticos a cidadania, os valores comunitários, a diversidade, a interdependência, a sustentabilidade, a qualidade de vida, a justiça social. Esses pontos não têm chamado muito a atenção da sociedade e da mídia. Poucos conhecem o fato de estarmos vivendo na Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Muito tem se falado sobre o tema, mas pouco se tem dito sobre como e por que a relação da espécie humana entre si, com as outras espécies e com a natureza chegou ao ponto de comprometer a própria continuidade da vida na Terra. Nas palavras de escritora Miriam Duailibi “Formamos uma sociedade predatória, excludente, competitiva, defensiva, fragmentária, discriminatória, autoritária. Sociedade onde se criam demandas fictícias que aumentam ininterruptamente o consumo, desconhecendo a capacidade de suporte e regeneração dos ecossistemas e a capacidade financeira da grande maioria dos seres humanos”. Compartilhamos com a visão desta escritora e de muitos outros que concordam em que a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável só poderá acontecer se os gestores e os educadores do sistema formal de ensino promoverem uma educação que propicie a compreensão do funcionamento da teia da vida, que torne possível a percepção das estreitas conexões existentes entre as condições do ambiente, as condições sociais e as condições econômicas. Às escolas cabe a missão de construir os alicerces de um novo paradigma, um outro modelo de civilização. O desmatamento da Amazônia é outro ponto que deve obrigatoriamente estar no centro das discussões no Brasil, uma vez que já constitui o foco das atenções mundiais. A imagem brasileira no exterior é prejudicada pela maneira como temos tratado a Amazônia. E não sem razão. Após cinco séculos de crescimento com dilapidação de capital natural, o país enfim tem-se dado conta de que seu futuro depende de uma guinada na marcha sobre a floresta, “a ferro e fogo”. A dicotomia desenvolvimento com preservação ambiental constitui hoje mais um chavão, uma expres- 33444 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS são vazia e ultrapassada. O desafio hoje seria mais bem expresso em termos de “casar sustentabilidade com tecnologia”. Assim será possível reverter em benefício da população amazônica e do país, hoje e para futuras gerações, a exploração de um dos maiores acervos de recursos naturais estratégicos. Com o momento adquirido pela questão amazônica, é hora de formular uma política ousada para a região que cobre mais da metade do Brasil e que é visada pelo mundo todo. É fora de dúvida que o mundo observa se o Brasil saberá ou não lidar com a Amazônia e precisamos dar uma resposta rápida e eficiente. A revolução amazônica dependerá também de forte influxo de conhecimento. O governo deveria encampar a proposta da Academia Brasileira de Ciências de investir R$ 30 bilhões até 2018 em pesquisa aplicada na região. O objetivo seria criar cadeias produtivas de alta tecnologia e elevado valor agregado, capazes de atrair capital privado. Uma Década de Educação para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil, como proponho na presente iniciativa de lei, será uma oportunidade sem igual de debatermos todas essas questões e muitas outras. A criação de disciplinas no Ensino Básico em toda a rede de ensino e de uma disciplina de Ecologia para as Licenciaturas será uma providência de enorme valor para o enriquecimento e o preparo para os novos professores, no sentido de formar uma consciência e uma inteligência voltada para a educação de nossas crianças. No entanto, o modelo de desenvolvimento para o trópico florestal ainda está por ser inventado. Mais que um fardo, isso representa para o país uma grande oportunidade. Tarefa árdua mas à qual não podemos nos furtar. Sala das Sessões, 8 de julho de 2008. – Deputado José Linhares, PP/CE. PROJETO DE LEI Nº 3.684, DE 2008 (Do Sr. Jovair Arantes) Autoriza o Poder Executivo a instituir a Universidade Federal do Sudoeste de Goiás. Despacho: Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a instituir a Universidade Federal do Sudoeste de Goiás, vincu- Julho de 2008 lada ao Ministério da Educação, com sede e foro no Município de Rio Verde, no Estado de Goiás. Art. 2º A Universidade Federal do Sudoeste de Goiás terá como objetivos a oferta do o ensino superior, nos diferentes campos do saber, em suas várias formas e modalidades, promover a pesquisa nas distintas áreas do conhecimento e a extensão universitária, prioritariamente direcionada ao atendimento das necessidades da região em que se insere. Art. 3º A Universidade Federal do Sudoeste de Goiás adquirirá personalidade jurídica mediante a inscrição de seu ato constitutivo no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, sendo regida por estatuto aprovado pela autoridade competente. Art. 4º O patrimônio da Universidade Federal do Sudoeste de Goiás será constituído pelos bens e direitos que lhe forem doados pela União, Estados, Municípios e por outras entidades públicas e particulares e por aqueles que venha a adquirir. Art. 5º Os recursos financeiros da Universidade Federal do Sudoeste de Goiás terão origem em: I – Dotação estabelecida no Orçamento Geral da União; II – auxílios e subvenções concedidos pela União, Estados, Municípios e por entidades públicas e particulares; III – remuneração por serviços prestados a entidades públicas e particulares; IV – operações de crédito e juros bancários; V – outras receitas eventuais. Art. 6º Fica o Poder Executivo autorizado a praticar os atos necessários à implantação do disposto nesta Lei. Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. Justificação Com quase seis milhões de habitantes, Goiás é o estado mais populoso do Centro-Oeste Brasileiro. O povoamento inicial dessa região ocorreu com a descoberta de jazidas de ouro, mas, hoje, a economia do estado de Goiás é bastante diversificada. Destacam-se os investimentos na produção agropecuária – a atividade mais explorada -, além da expansão do comércio e das indústrias alimentícia, de confecções, mobiliária e madeireira. Recentemente, Goiás vem se beneficiando de um processo de intensa industrialização da agropecuária. O domínio na tecnologia na produção transformou o estado em um dos grandes exportadores de grãos, além de possuir um dos maiores rebanhos do País, fornecendo leite e outros derivados, como carne, couro, lã e pele. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A modernização da produção econômica trouxe também o desafio de conciliar a expansão da agroindústria com a preservação do cerrado, considerado um dos biomas mais ricos do planeta. Esse cenário de crescimento econômico, fundamentado em desenvolvimento tecnológico e respeito à natureza, precisa de profissionais bem formados, investimentos em pesquisa e disseminação dos conhecimentos para se sustentar no longo prazo. O Estado de Goiás conta com três universidades públicas, sendo que apenas uma delas é federal. O Censo da Educação Superior de 2006 informa que a Universidade Federal de Goiás e a Universidade Estadual de Goiás ofereceram 12.769 vagas em 2006. Porém, o número de interessados era cerca de seis vezes maior, ultrapassando os 70 mil candidatos inscritos nos processos de seleção. O Sudoeste de Goiás é uma microrregião, em que se destaca o município de Rio Verde, maior produtor de grãos do Estado e centro difusor de novas tecnologias, segundo informações da Prefeitura. Hoje, o Município é responsável por 1% da produção nacional de grãos e essa produtividade é obtida sem agressões ao meio ambiente. Os números na agricultura de Rio Verde são resultados da utilização de tecnologia de ponta, mecanização de última geração, aliadas à profissionalização do produtor e à ação colaborativa entre o Poder Público e entidades privadas. O Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde (CEFET/Rio Verde) e a Universidade de Rio Verde, uma autarquia municipal, colaboraram para a construção dessa realidade. Rio Verde, face à modernização de sua agropecuária, tem se mostrado atrativo para novas empresas e grandes indústrias, atraindo também grande número de brasileiros de todas as partes do País. Nesse sentido, a ampliação da rede federal de educação superior é um imperativo para elevar a qualidade desse nível de ensino, fomentar a pesquisa e a extensão. É decisiva, ainda, para dar acesso a importantes camadas da população no prosseguimento de sua trajetória acadêmica e de se beneficiarem do desenvolvimento que a região vive, com formação melhor e maior empregabilidade. O Governo Federal tem considerado as necessidades de expansão de sua rede em diversas localidades, e o Sudoeste de Goiás certamente é uma área que deve ser alvo do Ministério da Educação, por ocasião da criação de novas universidades federais. Estou seguro de que a relevância dessa iniciativa garantirá o apoio dos ilustres Pares para sua aprovação. Sala das Sessões, 8 de julho de 2008. – Deputado Jovair Arantes. Quinta-feira 17 33445 PROJETO DE LEI Nº 3.686, DE 2008 (Do Sr. Evandro Milhomen) Altera o art. 18 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, de forma a estabelecer a regionalização da distribuição dos recursos. Despacho: Apense-se à(ao) PL nº 1.139/2007. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1o O art.19 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art.19. .................................................. ............................................................... § 8º Para a aprovação dos projetos será observado o princípio da não-concentração por região, por segmento e por beneficiário, a ser aferido pelo montante de recursos e pela quantidade de projetos. § 9º A distribuição de recursos resultantes dos projetos aprovados será efetivada de forma eqüitativa entre as cinco regiões político-administrativas brasileiras, na forma de regulamento §10. Os patrocínios, quando realizados por empresa pública ou de economia mista: I – respeitarão o critério definido no § 9º; II – serão efetuados mediante editais regionais para obtenção dos recursos previstos nesta lei.” (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A distribuição de recursos para fomento das atividades culturais, prevista na Lei Rouanet, não tem respeitado o princípio da eqüidade e o objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, tal como expresso no art. 3º, III, da Carta Magna, de reduzir as desigualdades regionais. A discrepância suscitou a recomendação por parte do Tribunal de Contas da União, no sentido de promover um maior equilíbrio federativo em relação ao incentivo à cultura. É esse o objetivo da presente proposta. Considerando que as empresas públicas são os principais agentes de fomento, entendemos que a elaboração dos editais deve ser regionalizada, de forma 33446 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a promover a eqüidade regional, que passará a integrar expressamente o conceito de não-concentração previsto na lei. Sala das Sessões, 8 de de 2008. – Deputado Evandro Milhomen. PROJETO DE LEI Nº 3.688, DE 2008 (Do Sr. Mendonça Prado) Dispõe sobre a isenção do Imposto de Renda para o transportador individual de passageiro na categoria de aluguel. Despacho: Às Comissões de Finanças e Tributação (Mérito e art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A partir da publicação da presente lei, o taxista (transportador individual de passageiros na categoria de aluguel) que possuir apenas um veículo com licenciamento para trabalhar na praça, autônomo e que possua como único bem em seu nome o veículo usado na categoria, será isento de recolher o Imposto de Renda. Art. 2º Será considerado autônomo aquele taxista que não for cotista de pessoa jurídica já constituída e que sobreviver exclusivamente da renda adquirida com o trabalho realizado com um único veículo licenciado para tal fim. Art. 3º A presente lei entrará em vigor de acordo com as regras estabelecidas pelo artigo 150, da Constituição Federal. Art. 4º A partir da publicação da presente lei ficam revogadas todas as disposições em contrário. Justificação Essa categoria de profissionais liberais vive com uma renda diminuta e ainda são onerados pela carga tributária brasileira. O discurso que a carga tributária brasileira é um empecilho ao desenvolvimento econômico e social de nossa sociedade trabalhadora é antigo. Pensando nisso, apresentamos o presente projeto visando reduzir para essa categoria de trabalhadores, que possui uma renda que mal dá para o sustento da família, o mais no seu desenvolvimento social e, em contrapartida, na sua educação e instrução.pedaço da fatia que o leão consumirá de sua renda. Dessa maneira, essa classe poderá investir Visa, assim, reduzir também a desigualdade entre as classes sociais brasileiras. Os governantes devem pautar seus atos nesse sentido. Quanto menor a Julho de 2008 desigualdade entre as classes, maior será o índice de desenvolvimento econômico. Deste modo, entendemos que o presente projeto merece prosperar. Sala das Sessões, 9 de julho de 2008. – Mendonça Prado, Democratas/SE. PROJETO DE RESOLUÇÃO (CD) Nº 133, DE 2008 (Do Sr. Silvinho Peccioli) Extingue o auxílio-moradia e a verba indenizatória do exercício parlamentar, dispondo sobre a responsabilidade da Câmara no provimento das condições adequadas de trabalho dos Deputados. Despacho: Apense-se à(ao) PRC nº 329/2006. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. A Câmara dos Deputados resolve: Art. 1º Ficam extintos: I – o auxílio-moradia, instituído pelo Ato da Mesa nº 104, de 1º de dezembro de 1988, e suas posteriores alterações; II – a verba indenizatória do exercício parlamentar, instituída pelo Ato da Mesa nº 62, de 5 de abril de 2001, e suas posteriores alterações. Parágrafo único. É assegurado o direito ao ressarcimento dos gastos efetuados até a data da publicação desta Resolução, observadas as exigências das normas então em vigor. Art. 2º À Mesa compete providenciar e disponibilizar a todos os Deputados as condições e os recursos físicos e materiais necessários ao exercício do mandato, inclusive os relacionados a moradia, locomoção e transporte, sendo vedado o pagamento de verba indenizatória para quaisquer desses fins. Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A apresentação do projeto de resolução em foco visa extinguir, de forma cabal e definitiva, a chamada “verba indenizatória do exercício do mandato”, assim como o auxílio-moradia pago a grande parte dos parlamentares. Todos sabemos o tamanho do desgaste que o pagamento desses recursos, assim como o reajustamento periódico dos respectivos valores, tem causado à imagem da Casa. Não há justificativa razoável, para a opinião pública, de se pagarem aos parlamentares quaisquer valores em dinheiro que excedam o subsídio previsto constitucionalmente como remuneração pelo mandato. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O que estamos propondo é que, em vez de simplesmente indenizar gastos efetuados pelos Deputados, a Casa passe a assumir integralmente a responsabilidade pelo suprimento das necessidades materiais inerentes ao exercício do mandato. No lugar do auxílio pecuniário para moradia, por exemplo, deverá ser providenciada acomodação apropriada para cada Deputado em hotel ou apartamento, conforme as conveniências e disponibilidades da Casa; ao invés do repasse de uma cota em dinheiro para a compra de passagens aéreas, serão entregues diretamente a cada parlamentar os bilhetes respectivos, adquiridos pela Casa sob o império das leis aplicáveis às compras feitas pela administração pública em geral. A extinção da verba indenizatória impedirá, também, a possibilidade de custeio, com dinheiro público, das despesas efetuadas por parlamentares no âmbito de seus escritórios políticos particulares, localizados nas respectivas bases eleitorais. É inadmissível que esses gastos continuem a ser reembolsados pela Câmara, pertencendo à esfera dos interesses pessoais de cada um dos Deputados, ali empenhados eminentemente na realização de atividades de cunho político-eleitoral. Por considerarmos que as mudanças preconizadas pelo presente projeto de resolução serão salutares para a imagem da Casa e dos próprios parlamentares, esperamos contar com o apoio de nossos ilustres Pares para sua aprovação na Câmara dos Deputados. Sala das Sessões, 8 de julho de 2008. – Deputado Silvinho Peccioli. REQUERIMENTO Nº 2.097, DE 2007 (Do Sr. Flávio Dino) Requer, nos termos regimentais, a apensação da Proposta de Emenda à Constituição nº 193/2007 às Propostas de Emenda à Constituição nº 554/1997 e nº 157/2003. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos dos art. 142 e 143 do Regimento Interno desta Casa, que a Proposta de Emenda à Constituição 193/2007, tramite conjuntamente com as Propostas de Emenda à Constituição nº 554/1997 e 157/2003. Sala das Sessões, 6 de dezembro de 2007. – Deputado Flávio Dino, PCdoB/MA. Defiro a apensação da Proposta de Emenda à Constituição n. 157/03 à Proposta de Emenda à Constituição n. 554/97. Indefiro a apensação quanto à Proposta de Emenda à Constituição n. 193/07, por conter matéria Quinta-feira 17 33447 nova, não regulada nas outras proposições, e não haver, até a presente data, parecer de admissibilidade aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania àquela proposição. Publique-se. Oficie-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. REQUERIMENTO 2.969, DE 2008 (Do Sr. Raul Jungmann) Requer a revisão do despacho do PL nº 1.353/99 e apensados para incluir a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 32, inciso XVI, alíneas b e f, e do art. 141, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a revisão do despacho de distribuição do PL nº 1.353/99 e seus apensados, PLs nº 2.751/00 (apensado: PL 7.622/06), 2.858/00 (apensado: PL 7.223/02) e 7.141/06, para que a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado possa também apreciar os projetos. Justificação Conforme proposto, o PL 1.353/99 modifica a Lei nº 9.034/95 (Lei do Crime Organizado), a fim de revogar o artigo que fixa em 180 dias o prazo máximo da prisão processual e determinar que, em se tratando de crime hediondo, prática de tortura, tráfico de drogas e terrorismo, decorrentes de organização criminosa, o cumprimento da pena seja efetuado em regime integralmente fechado. Por sua vez, o PL 2.751/00, tipifica o crime organizado, qualificando-o como hediondo. Ainda nesse sentido, o PL 2.858/00 inclui, entre os crimes contra a paz pública, a organização criminosa formada por três ou mais pessoas que, de forma estruturada e com divisão de tarefas, utilizam-se de violência, intimidação, corrupção, fraude ou outros meios assemelhados para cometer delito. Por fim, o PL 7.141/06 aumenta a pena base para o tráfico ilícito de entorpecentes, que passa a ser de 5 a 15 anos, determinando ainda que o condenado por este delito inicie o cumprimento da pena em regime fechado. Verifica-se, portanto, que as mencionadas proposições têm relação imediata com o campo temático da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, nos termos que dispõe o Regimento Interno da Câmara dos Deputados em seu art. 32, inciso XVI, alíneas “b” e “f”, que abrangem, respectivamente, “combate ao contrabando, crime organizado, seqües- 33448 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tro, lavagem de dinheiro, violência rural e urbana”, e “sistema penitenciário, legislação penal e processual penal, do ponto de vista da segurança pública”. Diante do exposto, o PL 1.353/99 e seus apensados deverão ser examinados por este Colegiado, após a necessária revisão do despacho. Sala das Sessões, 2 de julho de 2008. – Deputado Raul Jungmann, PPS/PE. Defiro. Revejo, nos termos do art. 141 do RICD, o despacho inicial aposto ao PL n. 1.353/99 e apensados para incluir a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Em caso de apresentação de substitutivo pela CSPCCO, deve-se observar a preferência, na votação, do substitutivo apresentado pela CCJC, a teor do inciso III do art. 191 do RICD. NOVO DESPACHO: CSPCCO e CCJC (mérito e art. 54). Proposição sujeita à apreciação do Plenário. Regime de tramitação: prioridade. Oficie-se. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. REQUERIMENTO Nº 2.986, DE 2008 (Do Sr. Max Rosenmann) Requer a tramitação conjunta do Projeto de Lei nº 7.140, de 2002 com o Projeto de Lei nº 6.704, de 2006. Senhor Presidente, Requeiro a tramitação conjunta do Projeto de Lei nº 7.140, de 2002, que “Altera o Código de Defesa do Consumidor de forma a garantir o acesso gratuito dos consumidores aos serviços de atendimento” e do Projeto de Lei nº 6.704, de 2006, que “Acrescenta § 3º ao art. 61 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, altera os incisos II e X do art. 6º e acrescenta o inciso XI ao art. 6º e o inciso XIV ao art. 39, todos da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para proibir a cobrança do consumidor de serviços de telecomunicações que dêem suporte a serviços de valor adicionado cujo objeto seja a recepção de reclamações referentes a vícios ou defeitos em produtos ou serviços ou a prestação de informações sobre a utilização de produtos ou serviços”, com base nos artigos 142 e 143 do Regimento Interno, uma vez que ambas proposições tratam do mesmo assunto. Sala das Sessões, 8 de julho de 2008. – Max Rosenmann, Deputado Federal – PMDB/PR. Oficie-se ao Requerente e, após, publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. Julho de 2008 REQUERIMENTO Nº 2.987, DE 2008 (Do Senhor Bilac Pinto ) Requer a revisão do despacho inicial do PL 3272/08, que disciplina a quebra, por ordem judicial, do sigilo das comunicações telefônicas de qualquer natureza, para fins de investigação criminal e instrução processual penal para incluir esta Comissão de Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), entre as que deverão se pronunciar sobre a matéria. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais, a revisão do despacho inicial do Projeto de Lei nº PL 3272/08 que “que disciplina a quebra, por ordem judicial, do sigilo das comunicações telefônicas de qualquer natureza, para fins de investigação criminal e instrução processual penal para incluir a Comissão de Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) entre as que deverão se pronunciar sobre a matéria. Justificação O projeto em referência, em seu despacho inicial, não contemplou a Comissão de Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), muito embora a matéria de que trata a proposição em questão esteja no seu rol de competências e atribuições, conforme prevê o art. 32, III, e,g e j do Regimento Interno, conforme pode ser demonstrado pelos dispositivos a seguir transcritos: Art. 1º Esta Lei disciplina a quebra, por ordem judicial, do sigilo das comunicações telefônicas de qualquer natureza, para fins de investigação criminal e instrução processual penal. § 1º Para os fins desta Lei, considera-se quebra do sigilo das comunicações telefônicas de qualquer natureza todo ato que intervém no curso dessas comunicações com a finalidade de conhecer as informações que estão sendo transmitidas, incluindo a interceptação, escuta e gravação. § 2º O registro, a análise e a utilização da informação contida nas comunicações, objeto de quebra de sigilo por ordem judicial, sujeitamse, no que couber, ao disposto nesta Lei. § 3º O disposto nesta Lei aplica-se ao fluxo de comunicações em sistemas de tecnologia da informação e telemática. ............................................................... Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 8º A prestadora responsável pela comunicação deverá implementar a quebra do sigilo autorizada, indicando ao juiz o nome do profissional responsável pela operação técnica, no prazo máximo de vinte e quatro horas, contado do recebimento da ordem judicial, sob pena de multa até o efetivo cumprimento da ordem, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. ............................................................... Art. 22. A Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL regulamentará, no prazo de cento e oitenta dias, o padrão dos recursos tecnológicos e facilidades necessárias ao cumprimento desta Lei, a serem disponibilizados gratuitamente por todas as prestadoras responsáveis pela comunicação. Conforme esses dispositivos, fica evidente que haverá intervenção no curso das comunicações telefônicas e de dados, que as prestadoras de serviços de telecomunicações deverão alterar os padrões de seus recursos tecnológicos e facilidades de serviços de acordo com regulamentação que será emitida pela Agência Nacional de Telecomunicações. À vista do exposto, entendo plenamente justificado o requerimento em questão, que possibilitará, sem dúvida alguma, um exame mais acurado do PL 3272/08, em especial sob o ângulo das suas implicações para os serviços de telecomunicações. Brasília, 8 de julho de 2008. – Deputado Bilac Pinto. DEFIRO. Revejo o despacho de distribuição aposto ao PL 3.272/2008, para incluir como competente quanto ao seu mérito a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que deverá pronunciar-se antes da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. [NOVO DESPACHO: CCTCI, CSPCCO e CCJC (mérito e art. 54 do RICD). Apreciação: Proposição sujeita à apreciação do Plenário. Regime de tramitação: prioridade.] Oficie-se e publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. REQUERIMENTO Nº 2.991, DE 2008 (Do Sr. Luiz Fernando Faria) Requer, nos termos do art. 41, XX, e 141, do Regimento Interno, a revisão do despacho exarado ao Projeto de Lei nº 6.834/2006, para que seja incluída a Co- Quinta-feira 17 33449 missão de Minas e Energia na relação de Comissões determinadas a deliberar sobre o mérito. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 41, XX, e 141, do Regimento Interno, a revisão do despacho exarado ao Projeto de Lei nº 6.834/2006, de autoria do Deputado Betinho Rosado, que “acrescenta parágrafo único ao art. 13 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, estabelecendo que o fornecimento e a instalação dos equipamentos de medição associados à tarifação do serviço prestado correrão às expensas da concessionária”, de maneira que seja incluída a Comissão de Minas e Energia na relação de Comissões determinadas a deliberar sobre o mérito, por entender que a matéria seja pertinente ao campo temático deste Órgão Técnico, conforme o art. 32, XIV, f, do Regimento Interno desta Casa, que versa sobre “política e estrutura de preços de recursos energéticos”. Sala das Sessões, 8 de Julho de 2008. – Deputado Luiz Fernando Faria, Presidente da Comissão de Minas e Energia. Defiro. Revejo, nos termos do art. 141 do RICD, o despacho inicial aposto ao PL n. 6.834/2006 para incluir a Comissão de Minas e Energia. NOVO DESPACHO: CME, CTASP e CCJC (art. 54). Proposição sujeita à apreciação pelas Comissões – art. 24, II. Regime de tramitação: ordinário. Oficie-se. Publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. REQUERIMENTO Nº 2.999, DE 2008 (Do Sr. Ratinho Junior) Requer a revisão do despacho de distribuição do Projeto de Lei Nº 516, de 2007, para incluir o exame de mérito pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 32, inciso III, alíneas d e e, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a revisão do despacho de distribuição do Projeto de Lei nº 516, de 2007, para incluir o exame de mérito pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, tendo em vista que a proposição citada trata diretamente da produção e a programação das emissoras de rádio e televisão. Para a matéria tratada no PL nº 516, de 2007, não resta dúvida de que a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática não pode ser preterida. Os campos temáticos e áreas de atividade 33450 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS da Comissão abarcam, necessariamente, os assuntos relativos a comunicações, à produção e à programação de emissoras de radiodifusão sonora e de sons e imagens (emissoras de rádio e televisão), conforme prevê o Regimento Interno desta Casa.. Sala das Sessões, 9 de julho 2008. – Ratinho Junior, Deputado Federal. INDEFIRO, pois a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática já consta como competente quanto ao mérito do PL 516/2007. Oficie-se e publique-se. Em 16-7-08. – Arlindo Chinaglia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Finda a leitura do expediente, passa-se às IV – BREVES COMUNICAÇÕES Seguindo o procedimento adotado nas sessões ordinárias, vamos destinar a primeira meia hora aos pronunciamentos dados como lido ou pronunciamentos de 1 minuto. Concedo a palavra ao Sr. Deputado Mauro Benevides. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a população da região do Cariri aguarda, ansiosamente, o início da operação de um trem ligando Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, com inclusão prevista também da cidade de Missão Velha, incrustada naquela faixa territorial do Ceará. A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos vem-se empenhando na almejada ferrovia, para colocá-la em condições de beneficiar 363.810 habitantes, com interrupções no cronograma respectivo, mesmo diante da natural pressão dos segmentos populacionais diretamente favorecidos pela interligação férrea. As estações estão sendo construídas aceleradamente, sendo 5 em Juazeiro e 4 no Crato, sob a supervisão da aludida companhia, em função de recursos já alocados a essa etapa indispensável ao abrigo dos futuros usuários. Transferindo-se o funcionamento para 2009, registrou-se natural frustração no sul da minha Unidade Federada, reclamando-se a intercessão das autoridades competentes a fim de que, ainda neste exercício, o trem venha a circular, sem mais delongas como a que agora anuncia a imprensa cearense. Apelo, desta tribuna, no sentido de o trem do Cariri principiar a locomoção sem interrupções, ardentemente pretendido por parte dos futuros beneficiários. Julho de 2008 É um desejo do qual me torno porta-voz neste instante, na esperança de que se antecipe o importante meio de comunicação, numa área que há contribuído significativamente para o desenvolvimento socioeconômico do Estado do Ceará. Acredito que os demais integrantes de nossa bancada endossarão este pleito, ora formulado com real interesse, por sua ressonância em todas as categorias ali radicadas. Sr. Presidente, reitero o apelo no sentido de que se mantenha o calendário anterior, para que ainda este ano o trem inicie o seu tráfego, vinculando aquelas 3 importantes cidades do Cariri: Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, e possivelmente o Município de Missão Velha. É um apelo que entendi de fazer nesta sessão àqueles que estão incumbidos da construção dessa rodovia. Era o que tinha a dizer. A SRA. ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB-BA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Camacan é uma cidade situada no Estado da Bahia, na região sul do Estado e na microrregião de Ilhéus e Itabuna. Possui uma população de cerca de 33 mil habitantes e uma área de 632,926 quilômetros quadrados, com uma densidade demográfica de 42,2 habitantes por quilômetros quadrados. O Município tem 4 distritos: São João do Panelinha, Jacareci, Leoventura e Novo Itamaraty, e um povoado, Jardim Cruzeiro, localizado às margens da BR-101. Durante a década de 70 até meados dos anos 80 foi um dos maiores produtores de cacau do País. No final dos anos 80 a praga da vassoura-de-bruxa (Crinipellis perniciosa) devastou e destruiu sua lavoura e obrigou os produtores a diversificarem suas atividades. A pecuária, o cultivo do café e a plantação de seringais foram algumas das alternativas adotadas pelos proprietários rurais, embora o cacau continue sendo o principal produto agrícola do município, agora com o cultivo de espécies resistentes à praga. A população de Camacan chegou a 50 mil antes do surgimento da vassoura-de-bruxa, e a cidade funcionava e funciona até hoje como um micropolo regional que inclui os Municípios de Pau Brasil, Mascote, Santa Luzia, Arataca e Jussari. Juntos produzem cerca de 120 mil sacas de cacau ao ano, o que fortalece o comércio local. A cidade tem cerca de 600 pontos comerciais entre lojas e grandes empresas, com 202 indústrias, que chegam a gerar 2.200 empregos, além das usinas intermediárias do leite, que geram em torno de R$2 milhões de reais por ano e garantem cerca de 1.200 empregos. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nos 6 primeiros meses de 2008 a Prefeitura de Camacan recebeu repasses constitucionais do Sistema Único de Saúde que totalizaram R$1.187.287,91. Os repasses do FPM para Camacan atingiram R$1.810.082,55 somente nos meses de maio e junho de 2008. Já os do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, somaram R$1.308.265,81 nos dois últimos meses. Os números acima dão uma pequena mostra da importância de Camacan e da necessidade de uma consistente presença do Estado na prestação de serviços públicos para a população da região. Por ter uma economia dinâmica e servir de pólo para os municípios vizinhos, Camacan sempre contou com agências e postos avançados de importantes órgãos públicos como Receita Federal, Justiça do Trabalho, INSS, agências dos bancos oficiais, além da CEPLAC e de diversos órgãos estaduais. Embora a presença desses órgãos públicos seja uma necessidade para os moradores da região, nos últimos tempos, por conta de absurdas políticas de redução dos serviços públicos prestados à população, alguns postos de serviços fecharam suas portas e outros ameaçam deixar a cidade. O fechamento da agência da Caixa Econômica Federal de Camacan trouxe grandes transtornos para a população e, apesar da Superintendência Regional da CEF recomendar a reabertura da agência, existe grande resistência da instituição em fazê-lo. A Justiça do Trabalho e a Receita Federal, que tinham seus postos em Camacan e atendiam milhares de cidadãos de toda a região, também decidiram fechar suas agências e, para revolta da população, o INSS ameaça fazer o mesmo. Em visita a Camacan, mantive contato com lideranças políticas e populares locais, que foram unânimes na condenação da política de desmonte da presença do Estado em Camacan. Comerciantes, agricultores, funcionários públicos, políticos, sindicalistas e até o Ministério Público desencadearam uma campanha que visa assegurar a presença dos órgãos públicos federais e estaduais em Camacan. Manifestei minha solidariedade a esta luta em defesa da manutenção dos órgãos públicos instalados no município e da reabertura daqueles que a cidade já possuiu e que foram fechados sem maiores justificativas. Comprometi-me a envidar esforços para reverter esse quadro que só trás prejuízos e transtornos à população. Solicitei audiência com a direção da Caixa Econômica Federal para discutir a reabertura da agência de Camacan, que é recomendada inclusive por sua Superintendência Regional. Os mesmos es- Quinta-feira 17 33451 forços estão sendo feitos na Justiça do Trabalho, na Receita Federal e no INSS. Espero ter em breve boas novas para levar ao conhecimento da população de Camacan. Muito obrigada. O SR. PEDRO FERNANDES (PTB-MA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, volto a fazer um apelo ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao Ministério de Minas e Energia e à Direção dos Correios para que se sentem com os funcionários dos Correios. O comando de greve fez uma visita à Comissão de Trabalho e está disposto a negociar. O que não pode é o Governo desconhecer que foi feito um acordo e que os funcionários dos Correios estão cheios de razão, porque foi assinado um compromisso, mas esse compromisso não está sendo cumprido. Não sinto nem do Ministério das Comunicações nem da Diretoria dos Correios boa vontade em ceder para que acabemos com essa greve. A Comissão de Educação, que presido, está se colocando à disposição para intermediar essa questão. Quem está sofrendo muito é a população. Afinal de contas, a Empresa de Correios e Telégrafos é uma das empresas mais queridas e prestigiadas deste País. Então, seus funcionários têm um prestígio com a sociedade, e esse prestígio precisa ser reconhecido pelo Governo. Faço aqui este apelo, Sr. Presidente. O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA (Bloco/PDTAP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em breve iremos votar a Medida Provisória nº 431, e quero pedir apoio e atenção especial para a Emenda nº 215, de autoria da Deputada Maria Helena, que inclui os servidores dos ex-territórios da área de educação no plano de carreira do MEC, e também os colégios militares. Temos de acabar com essa segregação, com essa discriminação contra os servidores públicos federais dos ex‑territórios. Repito: servidores públicos federais da União, portanto, e não do Estado. Eles estão à disposição do Estado por força de convênio, por força de interesse da União. Foi a União que teve interesse em colocar esses servidores à disposição dos Estados. É a União que paga seus salários, vencimentos, suas remunerações. Por isso, nada mais justo que esses servidores tenham o mesmo tratamento que têm os demais servidores da União. Eles são discriminados; ficam isolados e segregados. Temos de acabar com isso! Portanto, peço à Casa apoio. Muito obrigado. O SR. SIMÃO SESSIM (PP-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, registro os meus sinceros votos de felicitações ao ilustre brasileiro e grande 33452 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mestre que passou por esta Casa, o jurista e Ministro Célio Borja, a quem dedico não apenas a minha eterna amizade, mas sobretudo grande carinho, gratidão, respeito e admiração. Célio Borja, essa enciclopédia do Direito e da Justiça, cuja vida tem sido dedicada à sustentação dos alicerces dos ideais do Estado Democrático, completou, na terça-feira, 15 de julho, 80 anos não só de vida plena, mas também de raro exemplo, de solidez de caráter, de sabedoria e experiência, graças a Deus, para a felicidade de todos nós brasileiros. Falo, Sr. Presidente, do grande cidadão carioca, advogado, sociólogo e psicólogo, que iniciou a sua vida pública na UDN e que ainda muito jovem já estava envolvido com a Juventude Universitária Católica, passando pela vice-presidência da União Nacional dos Estudantes – UNE. Em 1962, assumia a suplência de Deputado Estadual. E aos 35 anos, elegeu-se pela primeira vez Deputado Estadual pela extinta Guanabara, tornando-se, logo depois, um dos executivos do Governo de Carlos Lacerda. A partir daí, não parou mais: chegou a esta Casa Legislativa em 1972, tornando-se também o seu Presidente. Eu, particularmente, tenho motivos e orgulho de sobra para festejar um momento tão importante como este na história contemporânea do nosso País. Até porque Célio Borja, que tem uma história de relevantes, de inestimáveis serviços prestados à Nação brasileira, foi, para a minha felicidade, o grande incentivador e responsável pelo meu ingresso, também ainda jovem, nesta Casa legislativa, aonde cheguei em 1979 para exercer o meu primeiro mandato de Deputado Federal, depois da inesquecível e gratificante experiência como Prefeito da minha querida e amada cidade de Nilópolis, no Rio de Janeiro. Célio Borja tem um significado muito especial para a minha vida, porque, como meu guru e líder político, não só me incentivou a chegar aonde cheguei como também mostrou-me o verdadeiro caminho da probidade, da retidão e da honradez que deve nortear os passos de quem escolhe como ideal a nobre e dignificante missão da vida pública. Eu e Célio Borja fomos eleitos juntos, Deputados Federais, em 1978, sendo que ele foi reeleito, com muita justiça e com a mais numerosa votação do Estado do Rio de Janeiro. Mais adiante, já em I986, Célio Borja era indicado pelo então Presidente José Sarney para ocupar a Suprema Corte, tendo se aposentado em 1992, quando também assumiu o cargo de Ministro da Justiça do Governo do Presidente Fernando Collor de Melo. Por tudo isto e muito mais, é que faço minhas as palavras de justiça do Presidente do Supremo Tribunal Julho de 2008 Federal, Ministro Gilmar Mendes, um dos sucessores do nosso homenageado na mais alta Corte deste País, quando diz: “Não é sempre que se pode celebrar em uníssono a admiração nacional em torno de um grande mestre” – como o jurista Célio Borja – “um insigne brasileiro, cuja carreira atesta, degrau por degrau, a solidez inquestionável do caráter, a impar estatura de experiência marcada pela coerência e lucidez, o inconteste brilho da dignidade jamais ofuscada em mais de três décadas dedicadas ao serviço público”. Eu diria mais, Sr. Presidente: falar de Célio Borja, é de fato reviver a biografia de um homem de caráter, de convicções, movido que sempre foi pelo idealismo de obstinada fidelidade às suas idéias. Célio Borja tem a sua trajetória irretocável pelos canais paralelos pelos quais transitou com suas convicções de democrata, liberal, legalista e defensor da transição do arbítrio para os amplos e claros espaços da liberdade. Aliás, liberdade esta, Sr. Presidente, que o ilustre jurista Célio Borja defendeu numa extraordinária entrevista concedida aos jornalistas Fernanda Godoy e Lydia Medeiros, na edição de domingo, dia 13, de O Globo, cujo teor eu solicito seja inserido nos Anais desta Casa, como marco de minha homenagem pessoal a este homem público, verdadeiro guardião do Direito, e que deve servir de exemplo para todos nós, para esta e outras futuras gerações. Muito obrigado ENTREVISTA A QUE SE REFERE O ORADOR O País “A QUESTÃO É NÃO TER MEDO DA LIBERDADE” Fernanda Godoy e Lydia Medeiros Ex-ministro do STF e da Justiça critica juízes, políticos e o crescente cerceamento das liberdades individuais. Na próxima terça-feira, Célio de Oliveira Borja, carioca, jurista, ex-presidente da Câmara, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e da Justiça, completa 80 anos, sem saudades da vida pública. Hoje, prefere a companhia da família e da biblioteca de 32 mil livros que forram as paredes de uma casa em Teresópolis, do apartamento onde mora, em Copacabana, e do escritório, dois andares abaixo, onde, diariamente, começa bem cedo a trabalhar, elaborando pareceres jurídicos. Foi lá que recebeu O Globo para esta entrevista, em que criticou a conduta de juízes e políticos, e o excesso Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de regulamentação na vida dos cidadãos, inclusive no processo eleitoral que acaba de começar. O habeas corpus concedido ao banqueiro Daniel Dantas reforça a sensação de que a polícia prende e a Justiça solta? Como o senhor vê esse debate? Célio Borja: Uma das grandes transformações da Justiça no País adveio de um decreto do regente do Reino do Brasil, que não permitia a prisão a não ser por decreto judicial. Obrigava o juiz a fundamentar a ordem de prisão. Ninguém pode ser preso sem saber as razões. E, no caso desse habeas corpus, penso eu, o que levou o presidente do STF a concedê-lo foi a lembrança de que isso é fundamental num regime democrático. Houve abuso? Borja: Evidentemente. Os advogados de defesa se queixaram de não ter tido acesso ao inquérito policial. É uma violência. A Constituição diz que o advogado é essencial à Justiça. Estão esquecendo disso. Estamos virando um Estado policial. Há excesso de regulamentação da vida privada. É preciso estabelecer um limite do poder do legislador, ter sintonia muito fina entre o que pertence a cada um e aquilo que, sendo do domínio individual, no entanto, tem uma repercussão social ruinosa. Um exemplo? Borja: A questão da bebida e do volante. A repercussão social disso é tamanha, que justifica a proibição. Em que áreas o senhor vê excesso de regulamentação? Borja: No processo eleitoral. Um jovem que inicia a carreira política nesse regime não vai a lugar algum. Os meios dos quais se pode valer, os mais modestos, estão impedidos. Querem impedir o uso do celular na campanha. Mandar uma mensagem política pelo celular, como ocorreu na Espanha e está ocorrendo nos EUA. Qual é o problema da comunicação entre cidadãos? É cercear a liberdade pessoal. A questão é não ter medo da liberdade. Os exageros podem ser uma resposta ao sentimento de impunidade? Borja: Há um clamor indiscutível contra o abastardamento da vida pública e da vida administrativa no Brasil. Sendo que a vida administrativa ainda é muito menos afetada por esse abastardamento moral do que a vida política. A vida política tornou-se invivível. Assusta a falta de compostura. Perdeu-se a noção do decoro. Eu dirigiria um apelo a deputados e senadores, para que atentem para o fato de que o povo está olhando. Não espera ação penal para dizer quem é e quem não é corrupto. Julga pelo que vê e ouve. Quinta-feira 17 33453 O que pensa sobre o movimento para impedir candidatos com ficha criminal? Borja: O caminho é esse que está sendo discutido no Senado, modificar a Lei de inelegibilidades. Ela é que diz que só se pode barrar a candidatura se houver sentença transitada em julgado. O que é inconstitucional é não cumprir a lei. Salvo se ela for declarada inconstitucional. Enquanto for lei e não se puder argüir contra ela um argumento sólido, deve ser obedecida pelos juízes. Esse movimento não seria também uma resposta ao clamor popular? Borja: O clamor popular sempre se dirige ao Legislativo. Nunca ao Judiciário. Juiz não dá entrevista, não se deixa influenciar por clamor popular. Noto que a idéia de que o juiz é imparcial e isento fica muito comprometida pelo fato de o clamor público ser fundamento para a ação judicial. O juiz não pode virar Pilatos. Isso está acontecendo? Borja: Sim. E é pena, porque se perde a confiança na Justiça. É muito bom clamar. Mas é péssimo se sentir injustiçado. O juiz não pode ter medo de opinião de ninguém. Tem de fundamentar a sentença, recorrendo não só à prova, mas, na interpretação do Direito, ao argumento de autoridade; ele vai aos livros. É uma pena, porque hoje os juízes não gostam mais dos livros. Concorda com o ex-ministro Saulo Ramos, que disse que preferem ver televisão? Borja: Não (risos). Mas há pouca leitura. Os juízes não estão lendo para dar sentença. Por mais ilustrados que sejam. Tenho 32 mil livros, e é com eles que trabalho. Não invento. A impressão, quando vejo os acórdãos e as sentenças, é que os juízes puseram de parte a ciência do Direito. E vivem mais de uma certa intuição do justo. O justo não é uma sensação. O justo se demonstra. Não é essa vontade de se abrir à opinião popular. Isso conduz a uma insegurança brutal. O questionamento da arbitrariedade de prisões de crimes de colarinho branco não reforça a sensação de que a Justiça é para alguns e não para todos? Borja: Reforça, claro. Mas a prisão de Daniel Dantas foi um show. A culpa não é só da Justiça. A culpa é da polícia, porque chama a mídia. Quando eu era ministro da Justiça, proibi. A morosidade da Justiça não conduz também a esse clamor popular? Que respostas o Judiciário pode dar? Borja: A investigação policial deve desaguar na ação penal. Há um rito estabelecido na lei para que qualquer um de nós responda em juízo por qualquer tipo de delito que cometa. O processo penal é a garantia da liberdade de todos nós. 33454 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A corrupção está entranhada no dia-a-dia. Como sair disso? Borja: Tornar pública a intransigência com o crime na administração. Isso só uma grande liderança pode fazer. Faltam homens com esse perfil? Borja: Faltam grandes lideranças morais na administração. Quando o chefe passa a mão na cabeça de quem prevaricou está dando sinal verde. “Não sabe”, “não é com ele”? É com ele, sim. Se sou o chefe da administração, tudo é comigo. Esse é o tormento do homem público. É muito pouco ombro para muita carga. Lideres políticos, inclusive o Presidente, usam o argumento da presunção de inocência para não punir. Borja: Juridicamente, as duas instâncias, judicial e administrativa, são separadas. Um funcionário pode ser demitido do serviço púbico por processo administrativo e absolvido criminalmente na Justiça. Isso é uma forma de tirar o corpo fora. Mas vamos jogar nos braços do povo parte dessa responsabilidade, que é a de perdoar, ser leniente com os que se comportam dessa maneira, e são reeleitos. Vê possibilidade de avanço para a reforma política? Borja: Nenhuma. É preciso homens de Estado, e nós não temos. Temos políticos, gente que dá jeitinho nas coisas. Estão pensando, por exemplo, em financiamento público de campanha. Isso não é reforma. É uma providência de ordem ética, mais nada. O que seria essencial para uma reforma política? Borja: É preciso que o homem de Estado, não o politiquinho, se sintonize com seu tempo, mas não se subordine àquilo que parece ser a tendência, porque às vezes as tendências são suicidas. O homem de Estado antevê os tempos futuros. Não planta couves, planta carvalhos. E estamos aqui com plantadores de couves. Por que essa é uma área em que o Brasil não evolui? Borja: Estamos numa fase em que nossa introspecção não chegou ao fim. O grande problema é saber o que somos e o que queremos. Não individualmente, mas como povo. Não sabemos. O Brasil ainda é um arquipélago. A TV ajudou brutalmente o Brasil a se encontrar consigo mesmo. Mas esse processo ainda não chegou àquele ponto em que as pessoas tomam consciência não apenas de si mesmas, mas da sociedade, da Nação. Esse processo está em marcha acelerada, amadurecendo rapidamente. O senhor vê exemplos desse amadurecimento? Julho de 2008 Borja: Cinto de segurança; o apoio à Lei Seca. São sinais animadores de que estamos adquirindo essa consciência. Vamos chegar lá. Nesse momento, será possível uma verdadeira reforma política. Que não exclui nada. Pode-se discutir, e civilizadamente. Não é preciso demonizar quem tem opinião diferente, como já aconteceu. Há uma crise na democracia representativa? Borja: Há. Advém da supressão do eleitor como protagonista do processo político. Os partidos substituíram os eleitores. E são, na verdade, associações de profissionais. Deveriam ser associações de cidadãos. Foi assim que foram concebidos. Qual a saída? Borja: É restabelecer a função do eleitor como protagonista do processo político. Por exemplo, acabar com o voto no partido. Eleitor vota no candidato e assume a responsabilidade daquele que escolher. O senhor é contra o voto em lista? BORJA: Absolutamente. É a forma de fechar esse processo de exclusão do cidadão da vida política. Mas o Congresso está indo por esse caminho. Borja: Está. O fortalecimento dessas associações de profissionais, desses sindicatos, em detrimento do cidadão, excluído do processo. Os donos do partido fazem os candidatos, e tenho que me limitar a escolher numa lista. Sou favorável até ao candidato independente, sem patrocínio de partido. Não enfraquece os partidos? Borja: E qual é o mal? Enquanto associações políticas de cidadãos, devem ser respeitados. Como associação de profissionais da política, não. E a única maneira de transformá-los é com o voto direto do eleitor no candidato, em que ele assume a responsabilidade. Qual sua expectativa para as eleições aqui no Rio? Borja: Nenhuma. O Rio não teve, nesses últimos 30 anos, grandes administradores. Teve políticos importantes. E, ultimamente, tem sido infelicitado pela ascensão dos maquiadores políticos. Eu, aos 80 anos, acordo toda santa manhã para trabalhar, dois expedientes. Prefeito, governador, presidente, eles não podem ser diferentes. Não é para se exibir, não. Trabalhar mesmo. Ir para seu gabinete, despachar, decidir. Ir à rua. Isso é administrar, distribuir tarefas. Cobrar. E, à noite, ele volta para casa, janta, vê um pouco de TV e dorme. Como qualquer trabalhador. Como esse sujeito, que ganha para trabalhar, como todos nós, não trabalha? Faz figuração? Como é fazer 80 anos, depois de ter ocupado postos importantes na vida pública? Como vê o passado e o futuro? Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Borja: O futuro não vejo. Aos 80 anos você está batendo com o nariz na parede. No passado, penso muito pouco. Penso nas lembranças familiares, as boas e as trágicas. Perdi uma filha que tinha 50 anos. Lembro dos meus pais, irmãos, da família enorme, do Rio Grande do Norte. Meu pai veio para o Rio. Minha mãe era carioca. Devo a ele minha formação. A ela, a ternura, o bom gosto. Sou casado há 56 anos. Tive 5 filhos, 10 netos, uma bisneta nascida e um bisneto nascendo. É disso que lembro. Não posso dizer sequer que tenho saudade de qualquer desses postos. Acho que não tive alegrias, só preocupações. A grande alegria da minha vida são os livros. “O clamor popular sempre se dirige ao Legislativo, nunca ao Judiciário. Juiz não se deixa influenciar por clamor popular” O homem de Estado antevê os tempos futuros. Não planta couves, planta carvalhos. E estamos aqui com plantadores de couves “A Constituição foi respeitada até o fim”. Ocupar o Ministério da Justiça durante impeachment de Collor foi o momento mais difícil. O Ministério da Justiça no Governo Collor foi o último, e o mais difícil, posto da longa carreira política de Célio Borja. Como ministro da Justiça, teria de conduzir investigações da Polícia Federal sobre o Presidente. O pedido de impeachment atiçou a crise. Era o primeiro governo eleito pelo voto pós-ditadura, e os militares se inquietavam com a instabilidade política. Seu papel era manter as instituições funcionando. O período deixou seqüelas: – Tive câncer de pulmão. Operei há 13 anos, sou dado como curado. E dois médicos me disseram que ele era o produto do que sofri naquele período, o traumatismo moral que aquilo representou. – Os ministros conhecidos como “notáveis”, inclusive Marcílio Marques Moreira e Celso Lafer, queriam deixar o governo: – Dificilmente as pessoas compreendem que você não é corrupto simplesmente porque está cumprindo seu dever. Não podíamos sair. Eu vivia em contato com os militares, sabia o que acontecia. Mas não se quebrou uma vidraça, e a Constituição foi respeitada até o fim, nos detalhes. – Forjada na formação católica e na tradição liberal, a carreira começou na então Faculdade de Direito do Distrito Federal, hoje parte da UERJ, onde ingressou aos 17 anos, foi da Juventude Universitária Católica e vicepresidente da UNE. Em 1962, candidatou-se a deputado estadual pela UDN. Obteve a suplên- Quinta-feira 17 33455 cia e só assumiu o mandato no ano seguinte. À época, a UDN carioca estava dividida, e Borja se identificava com o grupo dos “bacharéis”, a exemplo de Afonso Arinos, mas foi líder do Governo Carlos Lacerda na Assembléia e participou de seu secretariado. Em 1966, a ditadura militar já no poder, Borja se filia à Arena, partido do regime. Em 1970, elege-se Deputado Federal pela Guanabara. Em 1974, renova o mandato e é escolhido líder do Governo Geisel. É cogitado para ministro da Justiça, mas termina na Presidência da Câmara. – No cargo, ameaçou renunciar em protesto contra a cassação de deputados. A “abertura lenta, gradual e segura” já se esboçava. Borja defendeu o fim dos crimes de opinião, a mudança na legislação sindical para assegurar o direito de associação e a anistia “ampla geral e irrestrita”. – Em 1985, no Governo Sarney, integrou a Comissão Afonso Arinos, precursora da Assembléia Nacional Constituinte. Em 1986, assumiu uma cadeira no Supremo Tribunal Federal, de onde saiu em 1992, para integrar o Governo Collor. O SR. IRAN BARBOSA (PT-SE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna hoje para reiterar o meu compromisso e do nosso mandato em defesa da educação pública de qualidade e da instituição do piso salarial nacional do magistério público, cuja projeto de lei será sancionado na tarde desta quarta-feira, dia 16 de julho, pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Aproveito para manifestar total apoio à nota pública divulgada ontem, 15 de julho, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, intitulada: Pela legitimidade e legalidade do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica, aprovado pelo Congresso Nacional. Na nota, a CNTE repudia qualquer manobra política com o intuito de impedir a implantação do piso salarial profissional nacional do magistério, nos termos aprovados pelo Congresso Nacional. Ao mesmo tempo, quero lamentar profundamente a publicação de documento do Conselho Nacional de Secretários de Educação – CONSED na última segunda-feira. Basicamente o documento propõe 2 coisas: o veto do Presidente Lula à lei que instituiu o piso salarial nacional do magistério público e a edição de uma medida provisória para substituir o trabalho desenvolvido durante quase 13 meses por este Parlamento. Esse documento constitui, na verdade, uma manobra, um golpe e uma afronta ao trabalho desenvolvido 33456 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS não apenas nesta Casa, mas no Congresso Nacional, portanto, o trabalho dos representantes do povo e das Unidades da Federação. Lamentando a postura que o CONSED assume neste momento, classifico o referido documento como um desrespeito ao Poder Legislativo, onde o projeto do piso salarial foi amplamente debatido e articulado com os diferentes segmentos do magistério público, dos Governos, das entidades sindicais, dos secretários, enfim, de todo os envolvidos nesta questão. Lembro que durante a fase de discussão, o CONSED, por diversas vezes, foi chamado a participar, e foi ouvido. Exatamente por isso, a nossa surpresa com a manifestação do CONSED, que agora acena com propostas de veto ao projeto do piso e favorável à edição de uma medida provisória. A exemplo da CNTE, deixo claro meu total repúdio a tais propostas. Sr. Presidente, para finalizar, peço que seja inserida nos Anais da Casa a nota: Pela legitimidade e legalidade do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica, aprovado pelo Congresso Nacional, da CNTE, e que ao seu teor seja dada ampla divulgação nesta Casa. Era o que tinha para o momento. Muito obrigado. NOTA A QUE SE REFERE O ORADOR: PELA LEGITIMIDADE E LEGALIDADE DO PISO SALARIAL PROFISSIONAL NACIONAL DO MAGISTÉRIO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO BÁSICA, APROVADO PELO CONGRESSO NACIONAL É com enorme perplexidade e espanto que a CNTE – entidade representativa de cerca de 2,5 milhões de trabalhadores da educação básica pública de todo País – recebe o documento do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED), divulgado no dia 14 de julho de 2008, sugerindo às vésperas da sanção presidencial: veto ao projeto de lei que visa regulamentar o Piso Salarial do Magistério Público da Educação Básica (à luz do artigo 60, e, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do artigo 41 da Lei nº 11.494/2007); edição de medida provisória em substituição ao PL aprovado por todos os partidos com representação no Congresso Nacional. O Projeto de Lei do Piso Salarial foi aprovado, em caráter definitivo, em 2 de julho de 2008, e resultou de amplo debate envolvendo a sociedade, os gestores das três esferas de governo e o Parlamento. É fruto, também, de dois projetos de lei: um oriundo do Executivo (PL nº 619/07, em que são co-autores MEC, Consed e Undime), e outro do Senado Federal (PL nº 7.431/06), do Senador Cristovam Buarque. Julho de 2008 O processo legislativo do Piso Salarial do Magistério durou cerca de treze meses, tempo além do determinado na Lei nº 11.494/2007, porém suficiente para contemplar os debates sociais e parlamentares e garantir, assim, a legitimidade da proposta aprovada pela maioria dos pares das duas Casas do Congresso, bem como pelas respectivas comissões permanentes encarregadas pela análise política, financeira e jurídica da matéria. Neste sentido, a sugestão do Consed de veto presidencial ao Projeto de Lei do Piso, com base em possíveis inconstitucionalidades, além de ferir, gravemente, as relações democráticas consolidadas pelo Estado brasileiro, sobretudo as condizentes à vontade soberana do Congresso Nacional – representante do povo e dos estados –membros da Nação – Demonstra contradição e não oferece fundamentos jurídico e político concretos capazes de justificar o veto. Por conseguinte, a atitude dos secretários de educação de propor a substituição do projeto de lei por uma medida provisória é extemporânea e caracteriza uma afronta à separação dos Poderes e um golpe à cidadania e à educação pública de qualidade, a qual tenta-se implementar, neste momento, por meio da valorização dos profissionais do magistério público. Não obstante as razões políticas que envolvem a sugestão de veto do Consed, às quais, sem dúvida, remontam a luta de classes em nosso País, apontamos, a seguir, as incoerências e insustentabilidades dos argumentos relativos às “possíveis inconstitucionalidades” da futura lei em questão: 1. Os secretários de educação reconhecem a garantia constitucional de estabelecimento de piso salarial por categoria profissional (art. 7º, V, da CF), porém contrapõem, paradoxalmente, a sua aplicação, com argumentos que supostamente infringiram o pacto federativo (art. 18 da CF), ou que limitariam a capacidade de oferta pública capaz de garantir o direito subjetivo à educação compulsória (art. 208, §§ 1º e 2º da CF). De sorte que propõem uma alternativa com base nos mesmos conceitos que nortearam o projeto protocolado no Congresso. 2. Do ponto de vista dos pressupostos do Piso Salarial Profissional Nacional, estes atendem, principalmente, aos artigos 3º e 206 da CF, no que tange a erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, bem como garantir igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e valorizar os profissionais da educação escolar, por meio do próprio Piso Salarial e de Planos de Carreira. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 3. Sobre os critérios de constituição e aplicação do Piso, diferente do que propõe o Consed, a Carta Magna ampara os mecanismos dispostos no projeto de lei aprovado, por meio de diversos dispositivos. São eles: artigo 22, XVI e XXIV, que diz competir privativamente à União legislar sobre: organização do sistema nacional de emprego, condições para o exercício de profissões e diretrizes e bases da educação nacional; artigo 23, V, que define as competências comuns dos entes federados para proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; artigo 24, IX, que estabelece competências concorrentes às esferas administrativas para legislar sobre: educação, cultura, ensino e desporto; além do próprio comando expresso do artigo 60, e, do ADCT, que estabelece, com vista no regime de colaboração do Fundeb, prazo para fixar, em lei específica, piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Já o artigo 8º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional reforça a necessidade do regime de colaboração para organizar os sistemas de ensino, cabendo à União coordenar a política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. 4.Também contrapondo a sugestão de que os conteúdos do projeto de lei do piso extrapolam os limites da autonomia federativa para composição dos planos de carreira dos servidores públicos dos entes da federação, necessário se faz observar duas questões essenciais. A primeira refere-se à competência da União para legislar sobre as condições ao exercício de profissões à luz dos arts. 7º, V, 22, XXIV e 206, V e VIII. A segunda diz respeito à observância das disposições gerais da administração pública (arts. 37, 39, 40 e 201 da CF), às quais o Piso atende amplamente. Ademais, o PL associa o piso à jornada de trabalho e à habilitação profissional, pontos fundantes para uma remuneração profissional. 5. Ao contrário do que sustenta o Consed, a relação entre Piso e vencimento inicial de carreira é fundamental para não confundir o primeiro com teto salarial. Isso inibiria qualquer efeito de valorização na carreira dos profissionais do magistério. Além do que, a separação de Piso Profissional da Carreira Quinta-feira 17 33457 Profissional contraria toda a jurisprudência dos tribunais brasileiros. As Comissões de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e do Senado Federal tiveram a compreensão correta do conceito de Piso Salarial, fato pelo qual aprovaram o Projeto na forma em que se encontra. 6. Ainda sobre as conseqüências do Piso na Carreira, bem como na previsão orçamentária dos entes federados, em 2008, e nas possíveis extrapolações da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Projeto de Lei prevê mecanismo de complementação da União aos estados e municípios que comprovadamente não dispuserem de condições financeiras em seus orçamentos para pagamento do Piso, de modo a resguardar os princípios da capacidade contributiva, da independência e harmonia ente os Poderes. Mister se faz observar, a despeito dos comandos da Lei nº 11.494/07 e do Projeto de Lei em questão, os pressupostos do artigo 75 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que devem estar em sintonia com o Fundeb e o Piso. 7. Sobre a composição da jornada com hora-atividade (trabalho extra à regência de classe), afora os argumentos conceituais expostos nos itens 10.1, 10.2 e 10.3 da Lei nº 10.172/01 (Plano Nacional de Educação), que contém caráter indicativo e metas extemporâneas, dada a substituição do Fundef pelo Fundeb, há que observar as demais legislações, que compreendem as diretrizes nacionais de carreira, de competência da União. Em nenhuma delas, no entanto, é vedada à composição da jornada a hora-atividade. Ao contrário, a orientação é de agregá-la conforme estabelece o Projeto do Piso. 8. Quanto ao possível aumento do número de profissionais decorrente da aplicação da hora-atividade, a questão é bastante discutível, uma vez que o País não conta com instrumentos capazes de comprová-lo a rigor. Esta dificuldade estende-se a uma definição razoável sobre o número de profissionais (professores e funcionários, inclusive os contratados sob regimes precários de trabalho) necessários nas redes de ensino e sobre os desvios de verbas da educação, sobretudo as oriundas da inclusão de outras categorias do serviço público na folha de pagamento da educação. Sem dúvida, o regulamento a ser interposto aos estados e municípios, pela União, para a 33458 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS concessão de complementação ao Fundeb e ao Piso dará luz a essas questões e incentivará a melhoria da qualidade da educação. 9. Sobre os “reflexos negativos” que os mecanismos de implantação do Piso poderá causar nos sistemas e redes de ensino, a exemplo da restrição da oferta pública universal e de qualidade da educação, citada pelo Consed, o argumento contesta os inúmeros arranjos interpostos a todo o momento pelos mesmos gestores, a exemplo da alteração de currículo, da limitação do número de professores por alunos, do cancelamento de turmas, dentre outros realizados no decorrer do ano letivo. Importante salientar que o Piso insere-se na política do Fundeb, a qual estendeu a política de Fundo Público a toda educação básica e que reconheceu a valorização profissional como condição sine qua non à melhoria da qualidade do ensino. O aporte financeiro e técnico da União cumpre o objetivo de garantir as prerrogativas do padrão de qualidade, coisa que não ocorria à época do Fundef. Por estes motivos, a CNTE reitera seu compromisso em defesa e promoção da educação pública de qualidade e repudia qualquer manobra política com o intuito de impedir a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério, nos termos aprovados pelo Congresso Nacional. O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar, com pesar, o falecimento de uma amiga, companheira, militante do Movimento de Mulheres contra o Desemprego, na cidade do Recife. Trata-se da Sra. Maria Alice, que conheci no período da formação do Sindicato dos Eletricitários, da construção da CUT, da fundação do PT, uma companheira que, além de militante política, humana, generosa, era uma grande amiga, uma pessoa que deixa profunda saudade em todos nós que a conhecemos. Maria Alice nunca abriu mão do seu direito de mulher, de cidadã, de lutar para construir uma sociedade mais justa, mais humana. Deixou uma lição de vida a todos nós. Seu falecimento ocorreu ontem à noite, e o enterro hoje de manhã, na cidade de Recife. Todos nós que a conhecemos expressamos nossa saudade, nossas eternas lembranças e o respeito à figura humana que nos cativou e que permanecerá como amiga, sempre. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Presidência se associa à manifestação de pesar do ilustre Deputado Fernando Ferro pelo falecimento dessa grande figura humana que foi Maria Alice. Julho de 2008 O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao Deputado Adão Pretto. Em seguida, à Deputada Janete Rocha Pietá. O SR. ADÃO PRETTO (PT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, acabou agora há pouco a sessão do Congresso Nacional e não conseguimos limpar a pauta. Ficaram alguns assuntos pendentes, inclusive o Projeto de Resolução nº 5, de 2007, que possibilita à Comissão de Legislação Participativa, da qual sou Presidente, apresentar emenda ao Orçamento. Trata-se de Comissão representativa dos movimentos sociais, e não sei por que motivo ela ficou fora da lista das que podem apresentar emenda ao Orçamento. O projeto de resolução está pronto, existe acordo das Lideranças, e, se Deus quiser, ele será aprovada. Muito obrigado. A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ (PT-SP.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, registro no dia de hoje a iniciativa inédita do Governo Federal, através do Ministério da Saúde, de realizar, nos meses de agosto e setembro, a maior operação de vacinação do mundo – a Campanha Nacional de Vacinação contra a Rubéola. Saúdo o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, por essa ação inédita no País, que vacinará 70 milhões de brasileiros, entre homens e mulheres, com idade entre 20 e 39 anos. Em alguns Estados brasileiros, como o Rio de Janeiro, a vacinação atingirá também jovens de 12 a 19 anos. A campanha terá início no dia 9 de agosto. Por que é importante essa campanha, senhoras e senhores? A rubéola e a síndrome da rubéola congênita são graves problemas da saúde pública, que deixam seqüelas, principalmente no caso das crianças nascidas de mães infectadas, como cegueira, surdez, retardo mental, má-formação congênita, entre outros, com custos significativos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Sr. Presidente, com essa campanha inédita, o Governo brasileiro investirá na redução da mortalidade infantil, na melhoria da saúde das gestantes e no combate a doenças transmissíveis, que são metas para este milênio, fixadas por 191 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Lembro, também, que hoje, 16 de julho, acontece a reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Salvador, que votará o registro da capoeira como patrimônio cultural brasileiro. Espero que esse registro seja aprovado, Sras. e Srs. Parlamentares, principalmente no ano em que Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS lembramos os 120 anos da abolição incompleta. A capoeira representa a cultura afro-brasileira, e esse reconhecimento é um resgate do importante papel do povo negro na formação e desenvolvimento do Brasil. Obrigada, Sr. Presidente. O SR. PAULO RUBEM SANTIAGO (Bloco/PDTPE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os acidentes de trânsito, que ceifam 4 vezes mais vidas do que as guerras, são apenas um capítulo a mais na história das mortes violentas que conhecemos do País. Segundo a OMS, cada país, entretanto, terá o número de mortes no trânsito que estiver disposto a tolerar. Se considerarmos que o álcool é responsável por mais de 40% dessas mortes, concluiremos que a Lei nº 11.705/08 atende a uma necessidade inadiável: a preservação de milhares de vidas no trânsito. Nesse sentido, queremos registrar artigo assinado pelo nobre Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, publicado nesta terça-feira, dia 15 de julho, no jornal Correio Braziliense, intitulado: Um Basta às Mortes Violentas no Trânsito. Diz o artigo: “Os primeiros resultados da lei que acabou com a tolerância de bebidas alcoólicas ao volante são animadores e já comprovam a sua importância. O diagnóstico em hospitais de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia aponta uma redução entre 17% e 30% no atendimento de pessoas envolvidas em acidentes com veículos. É, portanto, uma grande vitória para a população e para a saúde pública brasileira. Até o ano passado, vivíamos com a incômoda estimativa de 17 mil mortes relacionadas à perigosa relação álcool e direção. Grande parte dos acidentes envolvendo mortes está ligada a pessoas entre 20 e 39 anos, somando 45% do total. Os homens estão em 85% desses óbitos. Entre os adolescentes, o acidente de trânsito é a segunda principal causa de morte, perdendo apenas para os homicídios. Queremos uma redução drástica desse número e, para isso, é preciso avaliar, monitorar e medir esse novo cenário durante um ano inteiro para obter o reflexo real da chamada lei seca, e quais medidas podem ser adotadas para o seu auxílio. Nesse aspecto, é importante o debate da sociedade e a qualificação da fiscalização e monitoramento. Pelo lado econômico, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre os anos 2001 e 2003, Quinta-feira 17 33459 quantificou os custos dos acidentes de trânsito em áreas urbanas e concluiu que há uma perda, somente em resgate e internação, de R$5,3 bilhões anuais aos cofres da saúde. O valor é similar ao que é investido anualmente para o Programa Saúde da Família cobrir uma população de quase 100 milhões de pessoas, além de ser cinco vezes maior do que aplicamos em todo o tratamento de pessoas portadores de HIV, que somam cerca de 200 mil pessoas. O Ipea, em 2006, também demonstrou que os impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras chegam a R$24,6 bilhões, valores principalmente relacionados à perda de produção relacionada à morte das pessoas ou à interrupção das atividades das vítimas. A lei que acabou com a tolerância de álcool ao volante entra em total consonância com as ações do programa Mais Saúde, do Ministério da Saúde, lançado em dezembro de 2007. O programa reúne uma série de ações para reduzir o número de mortes violentas, entre elas a aplicação de R$49 milhões – uma parceria com o Ministério das Cidades – para projetos regionais que têm como objetivo reduzir os acidentes no trânsito. O fato é que o país não pode mais conviver com tamanha violência no trânsito. É essa a mensagem que o Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva corajosamente à sociedade brasileira, ao sancionar a lei. Aqueles que viviam à margem da legislação, colocando a própria vida e a de terceiros em risco, têm agora a certeza de que, se flagrados, serão punidos com mais rigor, como já ocorre em países como Canadá, Estados Unidos e Inglaterra. Neste ano, divulgamos uma pesquisa realizada com mais de 55 mil pessoas das capitais brasileiras, que nos trouxe uma resposta assustadora: cerca de 150 mil pessoas dirigem após ingerir bebidas alcoólicas nas capitais. Se fizermos uma projeção para todo o Brasil, esse número chega a 350 mil pessoas que assumem conduzir veículos com seus reflexos alterados. Na mesma pesquisa, o resultado de pessoas que abusaram do consumo de álcool nos 30 dias anteriores à pesquisa superou os 17%. Para os homens, o índice chega a 27,2% e, para os jovens entre 25 e 34 anos, salta para 34%. 33460 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Não custa lembrar que o consumo do álcool traz conseqüências graves: em excesso, pode provocar problemas como comportamento violento, acidentes de trânsito, além de causar dependência e diversos problemas de saúde. Interfere também no desenvolvimento fetal e ainda aumenta o risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer, conforme algumas evidências em pesquisa. A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc) classificou o álcool como um carcinógeno para câncer de boca, faringe, laringe, esôfago e câncer primário de fígado. No Brasil, 12,3% das pessoas com idades entre 12 e 65 anos possuem algum grau de dependência do álcool, segundo o Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, promovido pela Secretaria Nacional Antidrogas (Cebrid). A aprovação da lei é um grande avanço, mas não pode isolar os grandes temas que a compõe. As mortes violentas e o padrão de consumo de álcool brasileiro precisam de amplo debate e ação da sociedade e do poder público. O objetivo é lutar por uma vida longa e com qualidade, dentro de um ambiente de paz e de responsabilidade.” Muito obrigado. O SR. LAEL VARELLA (DEM-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, uma boa notícia pela qual há muito o Brasil ordeiro ansiava: o Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul aprovou relatório que pede a dissolução do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e que já serviu de base para 8 ações judiciais contra os ditos sem-terra, que incluem proibição de marchas, autorização de despejos e deslocamento de acampamentos. Os promotores objetivam também a intervenção nas escolas ligadas ao movimento, essas “madrassas” – escolas de formação terrorista – nas quais são incutidas nas cabeças de jovens e adolescentes a doutrina comunista e o culto a seus “santos”, como Che Guevara, Stalin, Mao Tse Tung, Ho Chi Min. São mais de 1.800 escolas em todo o País, com currículo próprio, com apoio financeiro do Ministério da Educação, e que mantêm diversos cursos exclusivos em universidades. Disse o promotor Gilberto Thums: “Nós conseguimos, com a ajuda da Polícia Militar, identificar todos os militantes do MST... Quem invadir, quem depredar, quem Julho de 2008 praticar atos de vandalismo e de sabotagem vai ser preso, pois já estará identificado como integrante desse movimento. Vamos mover processo criminal contra eles.” Criado em 1984, o MST já promoveu mais de 7.500 invasões, acompanhados de crimes violentíssimos como seqüestro e cárcere privado. A idéia do Ministério Público do Rio Grande do Sul é chegar ao ponto de proibir qualquer órgão do Estado de negociar contratos e convênios, com o movimento. “Cabe ao Ministério Público agir agora. Quebrar a espinha dorsal do MST”, diz um dos trechos do relatório. A Brigada Militar, por meio de seu comandante, Cel. Paulo Roberto Mendes Rodrigues, está dando todo o apoio à ação dos promotores públicos do Rio Grande do Sul. Três Senadores da bancada governista estiveram na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul para ouvir do Cel. Paulo Roberto Mendes Rodrigues, comandante da Brigada Militar, sobre como a corporação vem tratando os movimentos sociais que fazem baderna no Estado. O Cel. Mendes mostrou como a BM age e relatou as 13 ações de manutenção da ordem quando foi chamada a intervir. Na verdade, os Senadores foram quase que intimados a comparecer no Rio Grande, pressionados pelo MST. Mas o que está deixando o MST apreensivo é a nova situação implantada no Rio Grande do Sul. As autoridades de segurança pública contam com o apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário, e a última ação de despejo dos sem-terra das imediações da Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul, se transformou num recado explícito aos baderneiros. O advogado do MST, Juvelino Stronzake, deixou cair a máscara. Está respondendo às autoridades gaúchas – que resolveram colocar o movimento na linha e dentro da ordem – que o MST não pode ser dissolvido como querem as autoridades porque o movimento “não existe do ponto de vista legal”. Ou seja, é um movimento marginal e perigoso que se esconde para não arcar com suas responsabilidades. Para o MST, trata-se da ofensiva jurídica mais dura de sua história. Como contra-ataque, o movimento promete denunciar a ação dos promotores em organismos internacionais, como ONU e OEA. Pediu também apoio da “sociedade” (leia-se ativistas, intelectuais, militantes e organizações de esquerda) em português, francês, inglês e espanhol, para que proteste contra a criminalização movimento. O Movimento Paz no Campo está promovendo uma campanha de apoio aos procuradores do Estado do Rio Grande do Sul, na pessoa do Procurador Gilberto Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Thums e à Brigada Militar, na pessoa de seu comandante, o Cel. Paulo Roberto Mendes Rodrigues. Segue também uma cópia de cada manifestação à Governadora Yeda Crusius e ao Procurador-Geral da Justiça do Rio Grande do Sul, Dr. Mauro Henrique Renner. Sr. Presidente, quero manifestar meu apoio aos procuradores do Estado do Rio Grande do Sul, e que a iniciativa deles sirva de exemplo aos outros Estados da Federação que são assolados pelo MST, movimento revolucionário que se esconde sob a capa de movimento social para mais bem promover o caos em todo o território nacional. Só assim, Sr. Presidente, teremos paz e ordem jurídica para que o nosso homem do campo possa trabalhar e colher sempre mais abundantes safras de alimentos para o consumo dos brasileiros e ainda exportar o excedente. Tenho dito. O SR. MARCELO TEIXEIRA (PR-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, parabenizo o Ministro do Turismo, Luiz Barreto, que esteve na cidade de Fortaleza, semana passada, para assinatura com o Governo do Estado de convênio que possibilita a concessão de 44 bilhões de reais para que, juntos, o Ministério do Turismo e o Governo do Ceará promovam a duplicação muito importante da rodovia que liga Aquiraz a Beberibe. E a esse respeito solicito seja transcrito nos Anais o artigo $44 Milhões para CE-040 – Recursos Certos para Estradas. Sr. Presidente, V.Exa., como bom nordestino, sabe que o turismo na nossa Região é muito importante, como também é importante essa ação que o Ministério do Turismo desenvolve com essa agenda positiva. O Ministro Barreto faz uma excelente gestão à frente ao Ministério do Turismo, principalmente com relação a essa parceria com o Estado do Ceará. Com certeza, o Prefeito Odivá Facó e os outros Prefeitos da região – e cito S.Exa. em nome de todos os Prefeitos daquela região – estão muito satisfeitos com a ação do Ministério do Turismo, repito, nessa agenda positiva. Sr. Presidente, solicito que este pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil. Muito obrigado. ARTIGO A QUE SE REFERE O ORADOR $44 milhões para CE-040 (6-7-2008) RECURSOS CERTOS PARA ESTRADAS Estradas que levam a roteiros turísticos importantes ainda estão em más condições, mas governo promete soluções Quinta-feira 17 33461 Para se ter um turismo pujante, é essencial ter boas condições de acesso. Nesse ponto, o Ceará ainda peca. As estradas que levam a alguns dos principais roteiros turísticos ainda estão em más condições, mas o governo promete que, aos poucos, estes problemas estão sendo resolvidos. Pelo menos na estrada da CE-040 já existem recursos disponíveis para facilitar a chegada e saída dos visitantes. O Ministério do Turismo liberou, na semana passada, R$44 milhões para a duplicação da CE-040, no trecho de 28 quilômetros que liga Aquiraz a Cascavel. A obra custa R$48,4 milhões, ficando o restante de contrapartida do Estado, que também já garante a duplicação do restante do trecho, de 18 quilômetros, entre Cascavel e Beberibe, obra que custará mais R$44 milhões. A Secretaria de Turismo garante que já existem os recursos para este trecho, com o dinheiro vindo do Prodetur Nacional e do Tesouro Nacional. A estrada da praia de Lagoinha, a ser inaugurada brevemente, afirma o secretário Bismarck Maia, já foi beneficiada com melhorias, no valor de R$1,2 milhão. Em andamento ainda está a estrada Estruturante (CE085), no trecho que liga Barrento a Itarema. Outra obra importante é a pavimentação da rodovia CE-311, no trecho Granja-Viçosa do Ceará, com 69 quilômetros. A estrada ligará duas importantes regiões turísticas: a serra de Ibiapaba e o litoral de Camocim, beneficiando regiões tomo Jericoacoara. Aeroportos O acesso ao Ceará pela via aérea também precisa ser incrementada. A meta de garantir um aeroporto a cada 150 quilômetros de orla, hoje, só é cumprida pelo Estado da Bahia, que possui oito aeroportos em seu litoral. O restante do Nordeste inteiro só possui mais sete aeroportos. Já o Ceará, que possui o segundo maior litoral da região, possui apenas um terminal aéreo para turistas. O aeroporto de Aracati está sendo construído, e deve estar pronto até junho de 2009. Mas Bismarck afirma que existe a necessidade de implantar mais um terminal na região entre Camocim e Jericoacoara, que formam um dos destinos mais procurados do estado. ORÇAMENTO Com mais dinheiro, ações na área serão intensificadas. Depois de contar apenas com cerca de R$10 milhões no orçamento estadual para o turismo em 2007, o Ceará deve, agora, intensificar as ações na área. Para o período de 2008 e 2009, a Secretaria de Turismo já tem garantidos algo em torno de R$600 milhões para investir em promoção, capacitação e infra-estrutura. 33462 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS No montante, destaca o secretário Bismarck Maia (Turismo), não inclui os novos recursos adquiridos junto ao Governo Federal. De repasses diretos do MTur neste ano, somam-se mais R$61 milhões. Além disso, com o PRODETUR (Programa de Desenvolvimento do Turismo) Nacional, já foram garantidos ao Ceará US$150 milhões para aplicar em três anos. O financiamento será pago pelo Governo Estadual em 30 anos, que fará uma contrapartida de mais US$100 milhões, totalizando US$ 250 milhões, o que equivale a cerca de R$400 milhões. Deste total, 60% serão utilizados em infra-estrutura, 10% em ações de revitalização e urbanização, 15% em promoção e marketing e 15% no fortalecimento institucional, capacitação e para o meio ambiente. ‘O Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos) aprovou em abril e já mandamos para o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) os projetos executivos, informa. O SR. BRIZOLA NETO (Bloco/PDT-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, chamo a atenção para a gravidade do quadro da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro. Eu já dividi esta opinião com alguns Deputados da bancada do Rio de Janeiro e posso dizer que um grande número de Deputados tem a mesma preocupação. É muito grave o quadro de violência no Rio de Janeiro. O nível de violência, agora agravado pela política de segurança do Governo do Estado, tem levado a população civil do Rio de Janeiro ao desespero. Todos têm acompanhado os inúmeros incidentes causados – não tenho dúvida em afirmar isto – pelo recrudescimento da violência por causa dessa política de segurança pública adotada pelo Governador e por seu Secretário, José Mariano Beltrame. Os números não nos deixam mentir: de janeiro a abril de 2008 já são 331 o número de vítimas da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Num comparativo rápido com o Estado de São Paulo, que tem uma população muito maior e um efetivo da Polícia Militar muito mas numeroso que o do Rio de Janeiro, no mesmo período foram 71 vítimas. Isso mostra que a política de segurança adotada pelo Governador e pelo seu Secretário é uma política que, ao contrário de segurança, traz à população do Rio de Janeiro mais insegurança – e ouso aqui co-responsabilizar o Secretário pelas mortes ocorridas, porque, quando ele coloca nas ruas do Rio de Janeiro patrulhas e todo seu efetivo militar, não para garantir a lei e a ordem, mas prontos para matar, como vimos, semana passada, no caso do assassinato de um menino de apenas 3 anos, ele assume o risco do efeito: a morte de inocentes no Estado do Rio de Janeiro. Julho de 2008 O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tenho de continuar meu diálogo por meio da televisão porque a situação é grave. Quero me somar ao pronunciamento do Deputado Brizola Neto de indignação com a situação de insegurança pública no Estado do Rio de Janeiro, especialmente na nossa cidade, promovida por quem devia garanti-la. Basta! A população do Rio de Janeiro, em especial a da capital, não suporta mais essa rotina trágica de violência e morte – operada semanalmente por aqueles que deviam protegê-la, os policiais. Mais do que erros graves, despreparo, debilidade mental ou outras expressões chulas que as autoridades utilizem, o que agora aconteceu, ontem à noite, tirando a vida de Luiz Carlos Soares da Costa, de 36 anos, trabalhador da InfloGlobo, uma semana depois do assassínio do pequeno João Roberto, foi novamente fruto da política de segurança do confronto irracional, do “mata, depois pergunta”, que o Governo Cabral implementa. O tratamento dado pelos policiais ao bandido e ao rapaz seqüestrado, já detidos e visivelmente feridos, foi cruel, brutal, inominável. Repetimos o pai de João Roberto: “Aqui a lei manda prender, não matar!”. Mas o próprio Secretário de Segurança, Mariano Beltrame, absurdamente, diz que “o regulamento foi cumprido”. Ora, mude-se então esse regulamento inepto”, exonere-se esse Secretário, que justifica tudo. Mandem-no embora dessa função junto com seu regulamento de morte, de trucidamento “Em nenhum lugar do mundo a polícia vai receber tiros”, afirma ainda o Secretário, defendendo mais essa ação que matou um inocente. Que se reaja aos tiros, no contra-ataque, com perícia, discernimento, competência! Eram muitos policiais contra, digamos – aceitando a versão policial de considerarem que ambos eram foras da lei -, 2. E apenas um armado. Ora, será que não têm capacidade de fazer outra ação repressiva que não a fuzilaria? É que a orientação do Governo, permanente, é essa: atirem, matem, deixem para analisar depois. PM “inseticida social”, como classificou o comandante de policiamento da capital, existe para eliminar todos os “insetos”. E ficamos nós, pequeninos, a mercê dessa estupidez da polícia de insegurança pública, contra o povo. Não dá mais! Mude-se o Secretário, a política; tenha-se um mínimo de sensibilidade para aceitar que está dando tudo errado. Sr. Presidente, quero registrar também 2 iniciativas do meu partido, o PSOL. A primeira é um requerimento de informações dirigido ao Ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a Operação Satiagraha realizada pela Polícia Federal. Em abaixo-assinado cidadãs e cidadãos manifestam-se contrariamente à decisão do Supremo Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Tribunal Federal de conceder habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas. A atitude do STF incentiva a impunidade dos crimes de colarinho branco nesse País, o que tem como desdobramento o próprio incentivo a esses tipos de crimes. Não aceitamos que nossa Justiça privilegie quem quer que seja. O abaixo-assinado exige a investigação rigorosa de todos os esquemas que o banqueiro Daniel Dantas e seus sócios montaram, das privatizações da era FHC ao valerioduto do Governo atual. A segunda iniciativa do PSOL é o registro em cartório do documento Compromisso Público dos Candidatos da Frente Rio Socialista, cujo teor é o seguinte: “Compromisso público dos candidatos da Frente Rio Socialista. Nós, candidato(a)s da Frente Rio Socialista (PSOL/PSTU), assumimos e registramos o compromisso de, na campanha e no mandato: 1 – Agir coletivamente, sempre de acordo com o Programa da Frente, em defesa do interesse público e da elevação da consciência política popular; 2 – Defender a organização autônoma dos trabalhadores e do povo, no seu local de moradia, trabalho e estudo, para a conquista e manutenção de seus direitos; 3 – Apoiar, no Legislativo e no Executivo, as lutas de todos os sem direito à terra, ao teto, ao pão e ao trabalho, repudiando a criminalização de seus movimentos; 4 – Combater o individualismo, o personalismo, o carreirismo e o caciquismo que prosperam na política institucional brasileira; 5 – Promover total transparência dos recursos arrecadados e gastos na campanha, bem como do uso do dinheiro público no exercício do mandato; 6 – Exercer o mandato em constante interlocução com a população, sempre prestando contas de nossa atividade; 7 – Repudiar a demagogia eleitoral, denunciando os crimes de compra de votos, oferta de benefícios individuais, de abuso do poder econômico e de uso da máquina pública; 8 – Articular uma proposta política que não dissocie o município das questões nacionais e mundiais; 9 – Incentivar a contribuição financeira consciente da população para as campanhas eleitorais, como forma de envolver a cidadania nas lutas sociais e políticas.” Agradeço a atenção. Quinta-feira 17 33463 O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, assomo à tribuna para registrar que hoje, dia 16 de julho, completa 40 anos a histórica greve dos metalúrgicos de Osasco. Greve esta que desafiou a ditadura e colocou os trabalhadores na vanguarda da resistência ao regime militar. Vários países foram sacudidos pela onda rebelde de 1968. Aos mais notórios como França, Alemanha e Estados Unidos, soma-se Japão, Bélgica, Espanha, Egito, Senegal, Chile, Canadá, Iugoslávia, México, Polônia, sem deixar de registrar, de uma lista que ainda poderia ser maior, a primavera de Praga e a repressão às idéias libertárias na antiga Tchecoslováquia. No Brasil, o ano de 1968 foi marcado por intensas lutas – vivia-se sob a ditadura militar. A cassação e intervenção nos sindicatos, a supressão dos direitos políticos e da liberdade de imprensa. Com os sindicatos fechados e a dura repressão aos movimentos dos trabalhadores, o movimento estudantil, predominantemente de classe média, acabou sendo o escoadouro da resistência à ditadura, com inúmeras manifestações, ocupações de universidades, enfrentamentos e lutas de massa como a passeata dos 100 mil no Rio de Janeiro, em junho daquele ano. Mas em Osasco as coisas se deram de outra forma, lá como em Contagem, Minas Gerais, os operários entraram em cena e protagonizaram a histórica greve dos dias 16 e 17 de julho de 1968. Osasco foi um dos poucos lugares em que se materializou na prática a famosa consigna da unidade operário-estudantil – aliás, boa parte das lideranças operárias eram estudantes. A escola pública Antonio Raposo Tavarez, conhecida como Ceneart, no centro da cidade, era o espaço das reuniões que preparavam a intervenção nas fábricas. O dia 16 de julho começou diferente para os cerca de 3 mil funcionários da Cobrasma: às 8 horas e 45 minutos houve um toque extra da sirene da fábrica. Era a senha programada para o início da greve. Em 20 minutos estava instalada a primeira Assembléia-Geral e os operários decidiam pela ocupação da fábrica por tempo indeterminado. No mesmo dia houve paralisação na metalúrgica Barreto Keller e na Lonaflex. A greve foi recebida com grande expectativa por todos aqueles que estavam em franca luta contra a ditadura militar. Eu mesmo, como dirigente do movimento estudantil, estive nas portas das fábricas, fazendo panfletagens e ajudando na organização e mobilização da greve. Assim como eu, dezenas de jovens oriundos de diversos cursos universitários, em especial da USP, estiveram em Osasco naquele dia prestando solidariedade ao movimento dos trabalhadores. Não tardou para que a repressão lançasse suas garras, a tropa de choque comandada por um Major do 33464 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Exército conseguiu desocupar a Lonaflex e marchou para a Cobrasma. Seguiu-se o confronto entre operários e soldados. A repressão utilizava, além de cassetetes e bombas de gás e de efeito moral, rajadas de metralhadoras disparadas para o ar. José Campos Barreto, o Zequinha Barreto, importante líder metalúrgico da greve, para possibilitar a saída de um grupo de operários, ameaçou explodir um tanque de gasolina, detendo assim os soldados e permitindo a retirada da maior parte dos operários. Na desocupação da Cobrasma foram presos cerca de 60 operários. Todos foram soltos alguns dias depois, com exceção de Zequinha Barreto, que ficou 98 dias presos e foi barbaramente torturado. No dia seguinte, mesmo com a repressão na Cobrasma e na Lonaflex, a greve se estendeu para outras fábricas, como a Braseixos e a Brown Boveri. A partir daí a ditadura decreta intervenção no Sindicato dos Metalúrgicos, a cidade é cercada, rádios e TVs dão informações falsas de que a greve já teria acabado. Na noite de 17 de julho o sindicato é cercado e invadido na madrugada do dia seguinte. Os trabalhadores, em assembléia, decidem ficar no sindicato em resistência passiva. Na invasão foram presos cerca de 80 operários. A greve sufocada pela repressão, chega ao fim. Nos dias seguintes, mais repressão e demissão de trabalhadores. Os patrões, aliados à ditadura, tentavam cortar pela raiz a organização de base que já vinha de alguns anos e tinha possibilitado a rica experiência da Comissão de Fábrica da Cobrasma e a vitória dos setores combativos na eleição do sindicato em 67. Logo depois viria o AI-5, mais repressão, e os chamado anos de chumbo. Uma parte dos militantes e dirigentes da greve de 68 iria para a luta armada, entre eles, Zequinha Barreto que viria a ser assassinado junto com o capitão insurgente do Exército, Carlos Lamarca, no sertão da Bahia em 1971. Mas a força da greve marcaria história, anos depois, nas greves de São Paulo, de Guarulhos, do ABC, e novamente de Osasco. O exemplo dos metalúrgicos de 68 estaria presente. Já as Comissões de Fábricas, marco da organização pela base em Osasco, viriam a ser um modelo que seria perseguido pelo movimento combativo, principalmente pela oposição metalúrgica de São Paulo, e rendeu importantes experiências no começo da década de 80. De modo, Sr. Presidente, que eu queria lembrar essa greve e também José Ibrahim, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. Quero saudar aqueles metalúrgicos pelo exemplo que deram e que foi depois retomado pelas grandes greves metalúrgicas do ABC paulista e de todo o Brasil. Muito obrigado. Julho de 2008 O SR. LEANDRO SAMPAIO (PPS-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, registro que acaba de ser aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família requerimento para que se promova auditoria no processo de aplicação dos recursos oriundos de repasses dos SUS no Município de Petrópolis, no Rio de Janeiro. O Município vive momento de agonia e intranqüilidade por causa da situação do Hospital Santa Teresa. Instituição centenária de Petrópolis, o hospital mais conhecido e com maior credibilidade, que conta com mais de 500 médicos, mais de 900 servidores no seu corpo de atendimento, vem tentando desde 2004 acordo com a Prefeitura para viabilização dos atendimentos de urgência e emergência, mesmo sem receber os valores do SUS que deveriam ser repassados pela Prefeitura. Diante do impasse, visto que o entendimento não é feito, o Hospital Santa Teresa solicitou seu descredenciamento restabelecido por decisão judicial. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. PAULO TEIXEIRA (PT-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, trago nosso apoio à atuação da Polícia Federal na prisão do banqueiro Daniel Dantas. É claro que houve exageros que têm de ser corrigidos. Questiono o segundo habeas corpus concedido pelo Ministro Gilmar Mendes. Parece-me que o Ministro não seria a autoridade competente para fazê-lo, mas sim o Tribunal Regional Federal de São Paulo. Houve, portanto, uma supressão de instâncias. Mas creio que o Estado brasileiro está agindo corretamente, na medida em que pune o crime do colarinho branco. Esse crime tem de ser punido com prisão, e o criminoso tem de ser preso com algemas. O excesso é filmar aquelas pessoas, já que elas ainda estão sendo julgadas. Muito obrigado. O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB-BA.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a partir da segunda metade da década de 1970, o movimento negro fervilhou no Brasil, em especial na capital baiana, fazendo emergir inúmeras entidades. Há exatamente 20 anos, no dia 14 de julho de 1988, um grupo de jovens, militantes dos movimentos negros de Salvador que acreditavam no sonho de uma sociedade mais humana e menos desigual e sem racismo, criaram a União de Negros pela Igualdade – UNEGRO. A UNEGRO está organizada com força, na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Distrito Federal, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Acre, Pará, Amazonas, Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Roraima, Rondônia, Amapá, Piauí, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. São milhares de filiados anti‑racistas que militam, cada dia, no combate ao racismo e às desigualdades sociais e raciais em nosso País. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o sonho daqueles jovens escondia a utopia de transformar o Brasil numa nação socialista e multirracial. A UNEGRO nasceu com a finalidade de articular a luta contra o racismo e as desigualdades em razão de gênero. Hoje podemos ver o resultado daquelas lutas, configurado em grandes conquistas, como, por exemplo, a política de cotas para negros e indígenas, nas universidades e empresas públicas, o reconhecimento das terras de quilombos, entre outras políticas e ações afirmativas assumidas e implantadas pelo atual Governo, fruto de processo de luta e muita organização, das entidades. Desde quando foi criada, a UNEGRO exerce participação ativa no movimento negro no Brasil, especialmente nos momentos de grande mobilização, como, por exemplo, o Dia Internacional de Luta pela Eliminação do Racismo, em março, o Dia Nacional da Consciência Negra, em novembro, o Movimento Brasil – Outros 500 Anos de Resistência Negra, Indígena e Popular, além das Marchas Zumbi dos Palmares em Brasília. A entidade tem participado da política institucional nos diversos níveis: municipal, estadual e federal. Quadros da entidade contribuíram com a aplicação de políticas afirmativas em Salvador, através da Secretaria Municipal da Reparação – SEMUR, e hoje participa da gestão estadual, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial – SEPROMI, do Governo do Estado da Bahia, participa em órgãos similares no Pará, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, e, no âmbito federal, na Secretaria Nacional de Combate ao Racismo – SEPPIR. Mas o trabalho da UNEGRO não se limita a esses espaços. Ele acontece, todos os dias, nos grandes centros urbanos, sobretudo nos grotões das grandes cidades. O combate ao racismo e às desigualdades, como proposto pela UNEGRO, Sr. Presidente se dá através de um amplo trabalho de conscientização, pegando-se como principal público os jovens negros e pobres das periferias das grandes metrópoles. Com a presença desses jovens são realizadas palestras, seminários, oficinas e debates. A partir desse trabalho, de formiguinha, na base da pirâmide social, surgem líderes sindicais, políticos e, por que não, grandes artistas. Todos os anos, a UNEGRO celebra seu aniversário, promovendo a solenidade de entrega do Troféu Clementina de Jesus, que outorga às principais personalidades do mundo negro que se destacaram em sua Quinta-feira 17 33465 atividade e contribuíram com a eliminação do racismo e a elevação da auto-estima entre a população afrodescendente. O objetivo é homenagear as mulheres e homens negros de nossa sociedade, destacando o papel destes na política de restruturação da dignidade das pessoas. Sr. Presidente, posso afirmar com convicção que, nestes 20 anos, a atuação marcante da UNEGRO credencia a entidade como um dos expoentes da luta contra o racismo e a xenofobia no Brasil. Não tenho dúvidas de que sua história de lutas acumula um capital político que a credencia como uma das principais interlocutoras do movimento negro brasileiro. Por tudo isso, senhoras e senhores, hoje registro nos Anais desta Casa a celebração dos 20 anos de fundação da UNEGRO. Que sua história nos faça refletir sobre a necessidade da construção constante e incansável de uma sociedade cada vez mais humana, igual e livre de qualquer tipo de preconceito ou intolerância. Portanto, parabéns ao negro! Que as suas bandeiras e lutas sejam vitoriosas! O SR. EUDES XAVIER (PT-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, saúdo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio e Serviços, da Central Única dos Trabalhadores, pelos seus 18 anos, setor que, desde a década de 80, organiza os trabalhadores e trabalhadoras desta categoria. Na condição de membro da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio e Serviços, parabenizo os milhões de comerciário de todo o Brasil pela luta que empreendem. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. ELIENE LIMA (PP-MT. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ocorreu ontem na Comissão de Minas e Energia audiência pública requerida por mim e outros Parlamentares para discutir o Programa Luz para Todos. Havia a previsão de sua conclusão até o final de 2008, mas, pela sua reconhecida importância e extensão, e com o surgimento de novas comunidades, é óbvio que ele não teria condições de acabar. Na ocasião, foi discutido o representante da ELETROBRÁS o Programa Luz no Campo, que tem o mesmo objetivo e atende a pessoas carentes. No entanto, as pessoas que participam desse programa pagam financiamento, enquanto que as participantes do Programa Luz para Todos nada pagam. Então pedimos uma solução. Trata-se de justiça social o atendimento aos usuários do Programa Luz no Campo. Outro assunto, Sr. Presidente. Sras. e Srs. Deputados, no dia 9 de maio último, o Governo Federal editou a Medida Provisória nº 427, de 2008, que trata de um tema de grande importân- 33466 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS cia nacional: a modernização e o desenvolvimento do sistema de transporte ferroviário. Entre as medidas adotadas, a MP promove a reestruturação da VALEC, com sua transformação em empresa pública. Essa medida objetiva atualizar suas atribuições em gestão e execução de empreendimentos do setor de transporte ferroviário, principalmente no que se refere a construção de novas ferrovias para transporte de carga e promoção de estudos para implantação de trens de alta velocidade. Outra medida prevê o encerramento do processo de liquidação e a extinção do GEIPOT. Trata-se de um processo natural, tendo em conta a criação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Departamento Nacional de Infra‑Estrutura de Transportes (DNIT), pela Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Com a extinção do GEIPOT, seus servidores serão absorvidos pela VALEC, transferindo para esta os valiosos conhecimentos adquiridos pelos servidores ao longo dos anos. Atualmente, a matriz de transporte de cargas do País encontra-se desequilibrada, com a participação do modal ferroviário em torno de 25%, ou seja, muito pequena se comparada a outros países de dimensões continentais como o nosso. Para se ter uma idéia, na China, a participação do modal ferroviário é da ordem de 37%, contra 14% do rodoviário. Os Estados Unidos transportam, por ferrovia, 47% dos bens e, por rodovia, 32%. A Rússia transporta 60% dos produtos por ferrovia e 8% por rodovia, enquanto no Canadá os percentuais são de 67% e 20%, respectivamente. Esse desequilíbrio é altamente prejudicial para o setor produtivo brasileiro, pois o custo do transporte ferroviário é, em média, 40% menor do que o rodoviário. Além do mais, ele compromete a competitividade das empresas e dos produtos nacionais nos mercados interno e internacional. De que adianta possuirmos riquezas minerais no nosso subsolo, avançarmos em termo de eficiência em agronegócio, conseguir economia na produção, se tais vantagens acabam se perdendo no momento da definição do preço final, na medida que este deverá considerar um custo de transporte mais alto? Ademais, as vantagens de uma matriz de transporte mais equilibrada não se situam somente no plano econômico. Uma das principais preocupações do mundo moderno, o meio ambiente, também se beneficia quando se substitui o transporte rodoviário pelo ferroviário, pois este último causa menos impacto ambiental se somadas todas as fases, desde a construção das vias até a locomoção dos veículos. Julho de 2008 Outro aspecto que merece ser destacado é a diminuição do tráfego de veículos pesados em nossas estradas. Com isso, aumentaríamos a segurança e a vida útil das rodovias. E este aspecto, Sras. e Srs. Deputados, talvez seja o de maior importância, pois permitirá preservar o bem maior que temos: a vida. Quantos acidentes poderão serão evitados? Quantas vidas deixarão de ser ceifadas? Há argumento melhor do que este? A Medida Provisória nº 427, de 2008, é um marco importante para o setor ferroviário. Sua aprovação será fundamental para que o processo de modernização do setor ferroviário não seja interrompido, sob o risco de comprometer o crescimento das regiões beneficiadas, localizadas, principalmente, no interior do País. Com as obras ferroviárias previstas será possível cobrir praticamente todo o território nacional, atendendo aos principais eixos de escoamento da produção brasileira. Por essas razões, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é que manifesto aqui meu total e irrestrito apoio à Medida Provisória nº 427, de 2008, esse importante passo para o desenvolvimento do setor de transporte e, por que não dizer, da economia global do Brasil, e conclamo V.Exas. a que façam o mesmo. Passo a abordar ainda outro assunto, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com investimentos de R$6,5 bilhões nos últimos anos, 600 novas empresas e 200 mil empregos gerados em várias regiões do Estado, Mato Grosso se prepara para mudar seu perfil econômico nos próximos anos. Em algumas regiões as transformações já estão ocorrendo, e o que se percebe é que cada vez mais Mato Grosso caminha para o processo de verticalização, com outros investimentos previstos, na ordem de R$5 bilhões, em 5 anos. A verticalização é a agregação de valor à matériaprima. No caso do Estado, ao invés de venderem grãos, transformam-nos em ração que vai alimentar bovinos, suínos e aves. Então, comercializa-se a carne e não mais o grão da soja, por exemplo. Este novo perfil econômico será sustentado principalmente com esse processo de agroindustrialização, que envolve não apenas a estrutura de produtos acabados, mas passa também pelo processo de logística e pela geração de riquezas e mais empregos, agregando valor ao produtor e gerando receita tributária, serviços paralelos e novos negócios em Mato Grosso. O Governo de Mato Grosso está trabalhando agora equacionar o problema da logística de transporte e de infra-estrutura no Estado, principais gargalos ao Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS desenvolvimento estadual, visando atrair novas empresas e apoiar aquelas que lá já estão instaladas. O interessante Sr. Presidente, é que os novos investimentos não estão se concentrando em uma única região, mas distribuídos pelos Municípios. Contudo, há regiões que passaram por um desenvolvimento rápido, para o que o Governo tem de estar atento a fim de dar sustentação na área de infra-estrutura. De norte a sul, os investimentos não param. Um dos exemplos é o Município de Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao médio-norte de Cuiabá), onde pelo menos uma dezena de novas grandes empresas estão se instalando. Dos R$6,5 bilhões em investimentos incentivados pelo Estado, pelo menos R$1,5 bilhão foram aportados no município de Lucas, sendo apenas a Sadia a responsável pela injeção de R$800 milhões diretos e indiretos, com a construção de seu primeiro complexo industrial no médio-norte estadual. As empresas incentivadas vão gerar mais de 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos. Colíder (650 quilômetros ao norte de Cuiabá) é outro Município que mudou seu perfil econômico em função da instalação de empresas que receberam benefícios fiscais. Em maio foi assinado protocolo concedendo incentivo fiscal ao primeiro laticínio que fabricará leite e soro em pó em Mato Grosso, que irá gerar 80 empregos diretos e envolver mais de 3 mil pequenos produtores do Município. Além dessas ações que irão impactar diretamente na melhoria da qualidade de vida de milhares de famílias, Mato Grosso está recebendo outros investimentos de grande vulto como a ampliação da Sadia em Campo Verde (135 quilômetros sul de Cuiabá), que vai triplicar a sua produção de frangos, gerando novos empregos e riquezas para a economia local. O projeto vai receber R$630 milhões e contempla um complexo agroindustrial que contará com abatedouros, fábrica de rações, incubadoras e granjas. Somados aos projetos de Várzea Grande e Lucas do Rio Verde, os investimentos da Sadia já passam de R$1,5 bilhão; e a Sadia é atualmente a empresa privada responsável pela aplicação do maior investimento contabilizado no Estado. Outro grande investimento já consolidado em Mato Grosso é a Cervejaria Petrópolis, fabricante das marcas Crystal, Itaipava, Petra, Lokal e Black Princess, que recentemente inaugurou o seu empreendimento em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá). Até agora a Petrópolis já investiu R$120 milhões na planta e já empregou mais de 200 pessoas. Os Arranjos Produtivos Locaios (APLs) estão mudando o perfil do setor moveleiro, permitindo que Quinta-feira 17 33467 cidades como Alta Floresta, Colíder e Sinop exportem seus produtos para alguns países. Há também verticalização no segmento de curtimento de couro; nos últimos anos 7 empresas fizeram investimentos nos Municípios de Várzea Grande e Pedra Preta, além de outras indústrias que também decidiram investir em Sinop e Araputanga, totalizando investimentos na ordem de R$40 milhões. Portanto Sr. Presidente, essa é a prova irrefutável de que Mato Grosso segue progredindo num momento em que muitos ainda aguardam o reflexo da crise que se abate nos Estados Unidos, mas que, quiçá, não nos atingirá em nenhum momento. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. FERNANDO MELO (PT-AC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero chamar a atenção dos distintos colegas, da equipe de Governo do companheiro Lula, bem como de toda a Nação brasileira, para o papel fundamental e estratégico da EMBRAPA, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e de sua importância para a agricultura brasileira. Em 35 anos de existência a EMBRAPA tem tido papel decisivo na evolução do setor rural brasileiro e no crescimento do PIB agrícola. Não foi por acaso que o Brasil se tornou líder em agricultura tropical. No decorrer dessa ação interiorizou-se a marcha do desenvolvimento, geraram-se empregos e renda no campo e nas cidades e estabilizou-se a oferta de alimentos, fibras e energia. O aumento de 87% na produtividade da terra no período 1970-2006, por meio do desenvolvimento tecnológico de nossa agricultura, evitou o sacrifício de imensas áreas de florestas. Para alcançarmos a produção agrícola de hoje, com a tecnologia de décadas atrás, seria necessário triplicar a atual área cultivada de grãos, ou seja, desmatar mais 90 milhões de hectares. Essa grande preservação de recursos naturais é uma contribuição inestimável da pesquisa agropecuária brasileira para a redução do aquecimento global e nós, da Amazônia, temos a grande responsabilidade de contribuir para amenizar os efeitos danosos das mudanças climáticas globais. As inúmeras tecnologias geradas pela EMBRAPA – empresa pública de pesquisa tropical de maior reconhecimento no mundo – possibilitou, nestas últimas décadas o surgimento de safras recordes de grãos e o alavancamento da exportação de produtos agrícolas como carne, soja, café, cana-de-açúcar, frutas tropicais e, mais recentemente, de energia renovável. 33468 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, a EMBRAPA contribui para a redução dos custos de alimentos que compõem a cesta básica dos brasileiros, elabora zoneamentos agroecológicos e econômicos de muitas regiões brasileiras e promove estudos da área de recursos naturais renováveis e de impactos ambientais; enfim, conforme reconhecimento unânime na mídia nacional e pelo conjunto do nosso povo, ela é uma das grandes responsáveis pela revolução no campo deste imenso País. No Governo Lula, além de gerar tecnologias para o agronegócio, a EMBRAPA tem a grande missão de gerar tecnologias de estímulo à agricultura familiar, com vistas ao desenvolvimento dos assentamentos da reforma agrária, das comunidades indígenas, dos extrativistas e pequenos empreendedores rurais, e, ao mesmo tempo, de continuar a desenvolver pesquisas voltadas para os sistemas competitivos de exportação, gerando divisas para o Brasil e garantindo desenvolvimento econômico, social e tecnológico. O Balanço Social da EMBRAPA evidencia o retorno social e econômico dessa empresa para a sociedade. Para cada real investido 13,4 reais retornaram para o País em 2007, o que demostra que investir em pesquisa agropecuária, agroenergética e florestal é um excelente negócio para o Brasil. Hoje, seus trabalhadores estão em campanha salarial. Reivindicam a recuperação de benefícios sociais retirados no Governo passado – anuênios e complementação pecuniária – para novos ingressos na empresa e equiparação de seus salários a outras categorias de servidores de carreiras consideradas estratégicas para o Estado brasileiro. Faz-se entretanto necessário que a área econômica do Governo nas pessoas dos nossos Ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Fazenda, Guido Mantega, autorizem a empresa a apresentar um índice de reajuste salarial que minimize os efeitos da inflação do período e possibilitem ganhos reais aos trabalhadores da EMBRAPA. Sr. Presidente, volto a enfatizar: o Governo deve valorizar a EMBRAPA, reconhecendo o importante desempenho dessa grande empresa e de seus trabalhadores para o aumento do superávit na balança comercial brasileira, para a geração de emprego e renda e para a produção de alimentos tão necessários à Segurança Alimentar e ao combate à inflação no País. Tenho certeza que a direção da EMBRAPA e o Governo Federal reconhecem os serviços prestados pelos 8,5 mil trabalhadores da empresa em todo o País, encaminhando para o atendimento de suas principais reivindicações. Parabenizo todos os trabalhadores e trabalhadoras da EMBRAPA, em especial os companheiros da EMBRAPA/Acre, pelo brilhante trabalho que vêm Julho de 2008 realizando, desde a fundação dessa empresa, em prol do setor produtivo e da sociedade, e acredito que o Governo Lula terá a sensibilidade devida para as reivindicações desses heróis do campo, motivo de orgulho para o Brasil. Essa é a minha manifestação. Muito obrigado. A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoBAM. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, ontem, foi iniciada a discussão em torno da Medida Provisória nº 431, que reajusta os vencimentos de aproximadamente 800 mil servidores públicos de categorias ligadas à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal, a saúde, a educação e a ciência e tecnologia. Sendo assim, todos devemos fazer um esforço grande para aprovar ainda hoje essa medida provisória e a partir daí restabelecer a mesa de negociação no âmbito do Ministério do Planejamento para resolver algumas pendências. Poucas categorias não foram contempladas por essa medida provisória, mas temos a plena convicção de que em breve serão. Então, faço um apelo para que seja estabelecida imediatamente uma mesa de negociação. Obrigada. O SR. DÉCIO LIMA (PT-SC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em solenidade no Palácio do Planalto, enquanto lançava o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC nas áreas de habitação e saneamento para 12 Estados, pediu eficiência e muito trabalho a Governadores e Prefeitos que receberão verbas do Governo Federal e pediu que fosse convidado para visitar as obras no ano que vem. O meu Estado, Santa Catarina, nobres colegas, receberá investimentos de 25,4 milhões de reais em recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, incluídos 5 milhões de reais de contrapartida dos Municípios. Trinta e oito mil famílias de Içara e Balneário Camboriú serão beneficiadas. De imediato, serão liberados cerca de 13 milhões de reais para obras em Içara e Balneário Camboriú. Em Içara, os recursos serão aplicados na implantação de sistema de esgotamento sanitário. Mais de 52 mil metros de redes de esgoto e 5 mil metros de interceptores serão construídos, além de 7 mil ligações domiciliares e uma elevatória. A construção de uma estação de tratamento de esgoto, composta por caixa de areia, gradeamento, calha, lagoa areada e de decantação também está prevista no projeto. Investimentos de 12,5 milhões de reais, dos quais 10 milhões de reais financiados pelo Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Governo Federal, serão destinados às obras, que beneficiarão mais de 14 mil famílias. Já Balneário Camboriú receberá repasses para a estação de tratamento de água, que atualmente opera em velocidade de 800 litros por segundo. Após as obras, a estação poderá operar 1,2 mil litros por segundo. Além disso, um reservatório com capacidade de 6 milhões de litros será construído, bem como uma câmara de contato de 1,8 milhão de litros e uma nova estação de recalque. O projeto, que aumentará a capacidade de reserva do Município em 60%, vai demandar investimentos de 12,9 milhões de reais, dos quais 10 milhões de reais serão financiados por recursos federais, beneficiando mais de 24 mil famílias com renda média mensal de 2,5 salários mínimos. Mais uma vez o Governo Federal contribui com a melhoria da infra-estrutura e da vida do povo brasileiro, tornando real a justa qualidade em suas vidas, ao mesmo tempo em que possibilita que seja visível o empenho do Presidente Lula em fazer com que este Governo fortaleça as camadas menos favorecidas, tantas vezes esquecidas pelos Governos anteriores. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. PROFESSOR RUY PAULETTI (PSDBRS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, trago a este plenário assunto que causa grande preocupação ao nosso País: a volta da inflação, que atormenta economistas e a população mais atingida. Ouvi o Sr. Presidente Lula acusar os países ricos de responsáveis pela crise alimentar no mundo, pela falta de reposição dos estoques reguladores desde 2001, porque estes países ricos pagavam a seus produtores para não produzirem. Esse pronunciamento do Presidente do Brasil foi feito durante a 35ª Reunião de Cúpula de Chefes de Estado dos Países do MERCOSUL. Enquanto isso, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos divulga os números da inflação brasileira do último mês de junho. O DIEESE sustenta aquilo que os brasileiros vêm sentindo há algum tempo no bolso: os alimentos estão mais caros. A maioria dos economistas já premeditaram que a inflação, ainda que os índices sejam bem mais modestos do que os registrados nos anos 80, até a metade 90, está de volta ao nosso País. Portanto, o momento é de preocupação. De acordo com o DIEESE, a cesta básica já subiu quase 30% no primeiro semestre deste ano. E os reajustes atingem diretamente os produtos mais con- Quinta-feira 17 33469 sumidos pela população como um todo, assim como os trabalhadores de baixa renda. Sras. e Srs. Deputados, há diversas explicações para a volta da inflação: problemas sazonais na produção de alimentos, fato que estaria ocorrendo em todo o mundo; excesso de consumo provocado pelo aumento do poder aquisitivo dos brasileiros; ou seria o fato de o Governo não conseguir controlar seus gastos, desperdiçados em tudo aquilo que arrecada? Acredito que todos esses dados podem estar causando a volta da inflação. Mas o importante neste momento é que as autoridades econômicas do Governo Federal estejam alertas aos índices e tomem medidas concretas para reduzi-Ios. E que esse monstro da inflação não volte a atormentar o País, pois atinge os pobres e os mais ricos. Sr. Presidente, aproveito para lembrar que na terça-feira passada foram comemorados os 14 anos do Plano Real. Esse plano deixou um legado positivo para o País. O ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso reestruturou a economia e permitiu a inserção do País no mercado global. O grande marco do Governo Fernando Henrique Cardoso foi a estabilidade dos preços, conquista obtida pelas reformas iniciadas com o real. O dinamismo da economia levou o Brasil a um cenário de crescimento e de prosperidade. E na época tínhamos uma moeda forte. Muito obrigado. O SR. ANTÔNIO CARLOS BIFFI (PT-MS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Inocêncio Oliveira, aproveito a oportunidade para parabenizar a Câmara dos Deputados pela aprovação do piso salarial nacional para professores do ensino público infantil, fundamental e médio. Hoje, o Presidente Lula deverá sancionar a lei que resgatará, com certeza, a luta dos professores, dos especialistas em educação, ou seja, dos trabalhadores em educação do País. É bem verdade que o piso de 950 reais ainda é muito baixo, mas com certeza representa melhoria salarial para aproximadamente 1,5 milhão de professores em todo o País. Inúmeros municípios e alguns Estados têm dificuldade de pagar esse piso salarial. O Governo Federal já se colocou à disposição para subsidiá-los. Então, hoje é um dia histórico para os trabalhadores em educação. Parabenizo esta Casa, o Ministro Fernando Haddad e o Presidente Lula, por terem encampado esta luta. O SR. FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB-CE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, pescadores e marisqueiros do Brasil. 33470 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS As enchentes que atingiram boa parte do Nordeste estão dificultando a vida dos produtores de camarão do Rio Grande do Norte. Justamente no momento em que o quilo do crustáceo chega a níveis recordes no mercado externo e abre oportunidade para aumento da exportação do produto brasileiro, as chuvas destruíram 2,7 mil hectares de viveiros na região do Rio Açu (30% da produção total do Estado), onde estão as maiores fazendas de camarão do País. O prejuízo dos produtores veio justamente no momento em que a produção estava em ascensão, após os viveiros serem afetados, em 2005 e 2006, por um vírus que provoca uma doença chamada de necrose idiopática muscular que leva os camarões à morte. A Associação Brasileira dos Criadores de Camarão – ABCC projetava um aumento da produção brasileira na casa dos 15%, que seria acompanhado pelo Rio Grande do Sul. A previsão, feita antes das enchentes, tinha como base a expansão do mercado interno, já que as exportações brasileiras do crustáceo declinam ano a ano. Em 2007, o consumo per capita de camarão no Brasil foi de 380 gramas, um incremento de 52% em relação ao ano anterior. Em 2003, 80% da produção nacional era destinada às exportações. No ano passado, nada menos do que 78% do total foi colocado no mercado interno. A expectativa é de que chegue a 85% neste ano. Essa mudança de perfil, porém, não é muito comemorada pelos produtores. O redirecionamento para o mercado doméstico ocorreu devido à valorização do real e à perda de competitividade do produto nacional. Mesmo com um produto de maior qualidade e mais valorizado, o camarão brasileiro é o preferido dos franceses. Perdemos mercado para Equador, China e Indonésia. Os europeus até estão dispostos a pagar mais por um produto melhor. Mas topam pagar até 10% a mais, não 20%, 30%, como seria necessário para que o setor produtivo tenha lucratividade. Com a alta dos preços do camarão no mercado internacional, os produtores acreditam que terão chance de retomar o crescimento das exportações. O quilo do camarão de 11 gramas custa 5 dólares lá fora, preço nunca visto antes e 30% mais alto que no mesmo período de 2007. Com a elevação do preço do crustáceo, pode ser que os produtores consigam vender mais para o exterior. Embora os que foram atingidos pela força das águas só poderão repovoar os viveiros dentro de 4 meses, depois de limparem as fazendas e refazerem os diques. No ano passado, a produção total do Rio Grande do Norte, que responde por 40% do total de camarão produzido no País, foi de 27 mil toneladas, levemente Julho de 2008 acima dos 26,4 mil produzidos em 2006 e ainda inferiores as 36 mil toneladas conseguidas em 2003. A projeção é sair do patamar de 65 mil toneladas, que se repete há 3 anos, e chegar a 75 mil toneladas ao final do ano. Agora, com as perdas dos últimos meses, se a produção chegar a 70 mil toneladas, já será considerado um bom resultado. Com as chuvas, além de o camarão escapar dos viveiros e parar nos estuários, há alteração da temperatura da água, o que estressa o crustáceo, animal extremamente sensível a mudanças climáticas. Estressado, o camarão acaba morrendo. Como Presidente da Frente Parlamentar da Pesca e Aqüicultura, solicito ao Governo que libere recursos destinados ao criador de camarão para que o mesmo possa refazer seus viveiros que foram destruídos pelas enxurradas e, assim, poder restabelecer seu nível de produção. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. WALDIR MARANHÃO (PP-MA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Imperatriz, o segundo maior Município do Maranhão, completa hoje 156 anos de fundação. Quero aliar-me às várias manifestações que nesta quarta-feira acontecem na terra do Frei Manoel Procópio. Da mesma forma, alio-me às homenagens a personalidades ilustres do Município que foram agraciadas nesta manhã pela comenda que leva o nome do Frei Procópio. Cito o escritor Livaldo Fregona, o médico Antônio Leite Andrade, a Profa. Almerinda Batista Nunes, a ex-Vereadora Conceição Medeiros Formiga, a médica Mirian Bezerra Fialho Sodré e a taxista Raimunda Ferreira de Sousa. Criada em 1995, através de decreto, pelo interventor da época, a entrega da comenda Frei Manoel Procópio faz parte de uma série de atividades em comemoração ao aniversário de Imperatriz, que completa 156 anos de fundação hoje. A programação de comemoração aos 156 anos de fundação de Imperatriz foi aberta hoje, ainda na madrugada, com uma alvorada na Rua 15 de Novembro, na Praça da Meteorologia, marco zero de Imperatriz. Durante todo o dia acontecerão atividades de desporto e lazer, como o Torneio de Dama de Imperatriz (SESI Mercadinho), a Corrida de Rua 16 de Julho, além dos jogos do I Copão da BR-010 e da quarta edição do Copão da Estrada do Arroz e do Projeto Verão Limpo. O escritor Adalberto Franklin, no seu artigo Imperatriz: Metrópole Regional, publicado hoje no jornal O Progresso, lembra que até junho de 1852 todo o atual oeste maranhense, desde a margem esquerda do Rio Turiaçu até as margens do Rio Gurupi, era território Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pertencente à Província do Pará. Era ali a tríplice fronteira de Pará, Maranhão e Goiás. Franklin explica que a frente de expansão litorânea, que fundou São Luís e ocupou a região mais próxima ao litoral, nem sequer tinha conhecimento da região sudoeste da Província. A frente sertaneja, que povoou os sertões maranhenses a partir de Pastos Bons, esbarrou nas proximidades do Rio Farinha, impedida pelos timbiras, e não conseguiu, a partir da Chapada (depois Grajaú), avançar pelos sertões até as nascentes do Grajaú, nem do Pindaré. O sudoeste ficou, portanto, ocupado somente pelos indígenas, até a metade do século XIX, quando a confederação timbira, sediada na Aldeia Governador, foi derrotada pelos criadores de gado. Em 1850, a partir de São João do Araguaia, Frei Manoel Procópio inicia contatos com os índios da região. Depois da fracassada tentativa de aldeamento dos índios de Goiás, o frade carmelita inicia contato com os então temidos timbiras da margem direita do Tocantins – gaviões e krikatis. Carismático, Frei Manoel Procópio conquistou com facilidade a confiança dos indígenas e logo construiu uma capela, dando início à catequese dos índios, e colocou a povoação sob a proteção de Teresa d’Ávila, santa espanhola doutora da Igreja. No seu artigo que conta a história de Imperatriz, o escritor Adalberto Franklin explica que o Município esteve sob interventoria durante 15 anos ininterruptos. Além disso, a cidade carrega sobre si o peso do descaso do Governo do Estado desde seu início. Por sua distância da capital e seu isolamento, Imperatriz sempre se viu marginalizada pelos governantes maranhenses, que não lhe dedicavam a atenção condigna de sua importância. Em conseqüência disso, durante muito tempo foi chamada de Sibéria Maranhense. Atualmente, Imperatriz tem menos de 10% do seu território original. Dela desmembraram-se, ao longo desse tempo, os Municípios de Montes Altos, João Lisboa, Açailândia, Cidelândia, São Francisco do Brejão, Vila Nova dos Martírios, São Pedro d’Água Branca, Davinópolis e Governador Edison Lobão. Sua população atual é de aproximadamente 230 mil habitantes (IBGE, 2007). É a mais importante cidade do interior do Maranhão e está classificada entre as 100 mais populosas cidades do Brasil. É o maior centro de abastecimento regional e prestação de serviços, influindo fortemente na economia do norte do Tocantins, do sul do Pará e de todo o Estado do Maranhão, um mercado de aproximadamente 1,6 milhão de habitantes. O seu Produto Interno Bruto Quinta-feira 17 33471 (2005) coloca-a como a 21ª economia do Nordeste, incluindo as capitais. Imperatriz, portanto, é uma cidade que merece toda a atenção do Poder Público, e suas mazelas devem ser atacadas com coragem e determinação. E nesta data, quando se iniciam as campanhas eleitorais, penso que os candidatos têm uma oportunidade de apresentar suas propostas pensando na Imperatriz do futuro, com mais qualidade de vida para a população. Muito obrigado. O SR. JOSÉ ROCHA (PR-BA. Sem revisão do orador.) – Ilustre Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, faço o registro, neste momento, do aniversário de emancipação política do Município de Brejolândia, no Estado da Bahia. O Município foi emancipado no dia 16 de julho de 1962 e completa hoje 46 anos. Cumprimento o ex-Prefeito José Nunes Bastos, conhecido como Zuza, bem como o candidato a Prefeito, Edésio Nunes Bastos, e o candidato a Vice-Prefeito, José Alves de Castro, conhecido como José Goiás, que representam as lideranças políticas do Município de Brejolândia e muito têm feito por aquele Município ao longo dos 46 anos de sua emancipação política, hoje comemorada. Portanto , o povo de Brejolândia está de parabéns pelas suas lideranças políticas – Edésio Bastos, José Nunes Bastos, conhecido por Zuza, e José Goiás -, pessoas que muito têm trabalhado pelo Município, o qual vem se desenvolvendo e progredindo ao longo dos últimos anos. O Município localiza-se no oeste da Bahia e temse destacado muito na região. Parabéns, povo de Brejolândia, pela comemoração de 46 anos de emancipação política de seu Município. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. TARCÍSIO ZIMMERMANN (PT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero registrar que a cidade de Novo Hamburgo, graças à liberação de 991 mil reais pelo Ministério da Justiça, através do PRONASCI, vai implantar mais 18 câmaras de vigilância e monitoramento em prol da segurança pública, o que beneficiará 10 bairros daquele nosso Município. Então, externamos nossa gratidão para com o Ministério da Justiça e o reconhecimento da importância do PRONASCI no País. Quero destacar, também, que a melhoria na segurança pública do Município depende de ação do Estado do Rio Grande do Sul para reequipar a Brigada Militar e a Polícia Civil, bem como de ação do próprio Município para equipar a Guarda Municipal. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. 33472 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. CHICO D’ANGELO (PT-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero manifestar meu desejo para que chegue a bom termo o processo de negociação dos petroleiros de Campos e Macaé junto à direção da PETROBRAS. Sabemos do papel importante dessa categoria – e a empresa assim reconhece – tanto em defesa da PETROBRAS quanto em defesa dos interesses nacionais. O Presidente Sérgio Gabrielli, assim como toda a PETROBRAS, reconhece o papel que os petroleiros desempenham na defesa da empresa. Portanto, espero que a negociação que começa a se estabelecer entre a direção da PETROBRAS e os petroleiros chegue a bom termo e atenda às justas reivindicações dessa brilhante categoria que tão bem representa a empresa. O SR. PEDRO WILSON (PT-GO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, hoje é um dia muito importante. O Presidente da República está assinado um novo piso salarial para os professores brasileiros. Desde 1928, passando pela “Escola Nova”, de Anísio Teixeira; pela Lei de Diretrizes e Bases, de 1961; pelas reformas ocorridas entre 1968 e 1972; além da nossa recente Lei de Diretrizes e Bases, em 1996, decorreu longo tempo para que houvesse essa nova conquista da educação. Além do FUNDEF e do FUNDEB, criados recentemente, outras medidas, a exemplo do PDE, alavancam as políticas públicas do Brasil no sentido de uma educação de mais qualidade para todos os brasileiros. Por isso saúdo os educadores do Brasil, a CNTE, o SINTEGO, o Presidente Lula, o Ministro Fernando Haddad e os Deputados que ajudaram a aprovar esse projeto do piso salarial, trazendo ao Brasil mais esta possibilidade de valorização da educação, dos professores e, principalmente, da nossa juventude. O Estatuto da Criança e do Adolescente, que tem como uma de suas funções garantir a educação dessa faixa etária da nossa população, possibilitou maior amparo. Precisamos, porém, investir ainda mais. O Brasil, portanto, está de parabéns pela aprovação desse novo piso salarial aos professores. Muito obrigado. O SR. RÔMULO GOUVEIA (PSDB-PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a revista Época, em sua edição de 14 de julho de 2008, traz uma importante matéria sobre educação, assinada pelos jornalistas Isabel Clemente, Ana Aranha e Nelito Fernandes, sob o título Quando a pública ganha da particular – Quem são os pais que optam Julho de 2008 pelas escolas estaduais e municipais. O que eles ensinam a seus filho e ao Brasil. Leitura obrigatória para todos os que, como eu, se interessam pelo tema educação, a reportagem traça um panorama das boas práticas de gestão e de ensino aplicadas nas escolas públicas em todo o Brasil que fazem toda a diferença, igualando-as às melhores escolas particulares do País. São relatadas experiências de sucesso na oferta de um ensino diferenciado por parte dessas escolas, o que redundou na inclusão de 308 delas com desempenho superior à média da rede particular de seu Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, aferido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, do Ministério da Educação. Entre os fatores que contribuem para o bom desempenho no IDEB, em comparação com a rede privada, podemos salientar a economia de dinheiro para os pais investirem em outras atividades dos filhos; a possibilidade de pais e alunos também atuarem na gestão, estimulando o empreendedorismo e a democracia; o estímulo à criatividade e à habilidade em solucionar problemas em razão da falta de recursos; o reforço à idéia dos direitos do cidadão, tendo a educação como base; e a oportunidade de conviver com classes sociais diferentes. Não quero com isso desmerecer as qualidades da escola privada, que em muitas regiões têm sido a solução bastante cara para os pais em busca de uma educação com o mínimo de qualidade em razão dos baixos investimentos de governos, sejam eles municipais e estaduais, que não priorizam a educação. Quero, com este registro, enfatizar e reforçar a idéia que tenho e propago sobre o assunto: a educação pública de qualidade deve ser a base da pirâmide dos investimentos públicos, tanto no sentido financeiro quanto no de capacitação. Os resultados são visíveis. Com mais educação, todas as demais áreas que demandam maior atenção dos poderes públicos, a exemplo da saúde, são beneficiadas. A educação pública, gratuita e de qualidade é fator de desenvolvimento para o País, e cada centavo investido reverte em favor da coletividade. É também fator de mobilidade social, pois a população passa a ter acesso a todos os bens e serviços disponíveis em igualdade de condições. Quero parabenizar todos os que contribuíram para a melhoria das condições de ensino de todas as escolas públicas, dever constitucional do Estado, e em especial as escolas da minha Paraíba que atingiram o índice IDEB, as escolas municipais de João Pessoa, Aruanda e Dr. José Novais, o Centro Estadual de En- Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sino Sesquicentenário, em João Pessoa, e a Escola Municipal Rubens de Figueiredo, em Várzea. Ao fazer este registro, quero parabenizar os autores de tão importante matéria, que passa ao largo das manchetes em evidência em nossos dias, que incluem uma mistura de violência com corrupção, e todos os que contribuíram e contribuem em favor da educação, em todos os níveis, em nosso Brasil. Destaco a importância de os gestores públicos investirem na educação, ressaltando a dedicação e o empenho do Governo da Paraíba, de sua Secretaria de Educação, do Governador Cássio Cunha Lima e sua equipe para uma educação de qualidade no Estado. Sr. Presidente, peço a V.Exa. que este pronunciamento seja divulgada nos meios de comunicação da Casa. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB-PB. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Brasil é o nono país do mundo em consumo de medicamento per capita, num mercado que movimenta 10 bilhões de dólares por ano. Porém, mais de 50 milhões de brasileiros que precisam de um medicamento não podem comprá-lo. A Constituição Federal afirma: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Assim, todos deveriam ter acesso aos medicamentos por meio do SUS. As unidades da rede pública de saúde devem fornecer obrigatoriamente aos pacientes os medicamentos receitados. No entanto, muitas pessoas ficam sem remédios ou têm que sacrificar quantia importante de sua renda para comprá-los. Nesse contexto de dificuldades da nossa população carente, em termos de acesso aos remédios, cumpre-nos exaltar a iniciativa do Instituto de Defesa dos Usuários de Medicamentos (IDUM), capitaneado por Antônio Barbosa, homem que tem devotado a sua vida em prol de tão nobre causa e que busca sensibilizar as mais diversas autoridades quanto à necessidade da criação de meios capazes de levar o nosso povo a ter acesso aos remédios em geral. Em verdade, o quadro é preocupante. Segundo o IDUM, cerca de 30% das internações nos hospitais são decorrentes da não conclusão do tratamento por falta de acesso aos medicamentos. Além disso, para vergonha da Nação brasileira, 50% das verbas destinadas pelo Governo Federal aos Estados e Municípios são desviadas. Outros dados são igualmente preocupantes, pois, mesmo com o advento dos chamados remédios gené- Quinta-feira 17 33473 ricos, o número de unidades de medicamentos vendidas tem sofrido sensível queda. Além disso, 43% dos doentes suspendem a medicação. Cerca de 15% das compras não são planejadas e 1 em cada 4 pessoas é influenciada pelo balconista. A Campanha Nacional pelo Acesso aos Medicamentos visa, além dos aspectos já citados, alertar a população e as autoridades sobre o uso correto e qualificado dos medicamentos, pois, conforme os dados levantados pelo IDUM, 40% usam medicamentos de maneira inadequada. A cada 25 minutos uma pessoa se intoxica pelo uso inadequado de medicamentos, e, das causas de intoxicação, os medicamentos respondem por 30%. A campanha recomenda a criação de mecanismos capazes de dar acesso aos medicamentos por parte dos segmentos sociais mais carentes, combatendo-se o lucro avassalador dos laboratórios e empresas do ramo farmacêutico, gerando a possibilidade de produção, distribuição ou comercialização de remédios a preços realmente acessíveis para a comunidade. Devemos lutar para que o Governo Federal insista no combate ao desvio das verbas destinadas aos medicamentos por parte de Governadores e Prefeitos corruptos. Também compete ao Governo Lula reduzir a carga tributária de uma série de medicamentos para baixar os preços para a população. É preciso, então, que seja aumentada a lista de remédios que atualmente não pagam PIS/COFINS, provocando uma redução de pelo menos 10% nos preços dos medicamentos, o que, evidentemente, dependerá sempre de uma negociação com os Estados, que poderão precisar de uma compensação pela perda na arrecadação do tributo. Recomenda-se também a valorização do profissional farmacêutico, vítima, muitas vezes, de pessoas que fazem uso ilegal da profissão, prejudicando a classe e, sobretudo, os usuários, que são levados a consumir medicamentos sem a devida observância das condições de quantidade e de qualidade, afinal os falsos profissionais estão a serviço de indústrias comprometidas com o lucro, e não com a plena saúde popular. Concordamos com a luta de Antônio Barbosa por propagação do consumo dos remédios genéricos, fiscalização rigorosa das fábricas e pontos de venda de medicamentos, realização de campanhas de promoções dirigidas aos usuários e profissionais de saúde e controle minucioso dos preços de medicamentos. Sobre as patentes e pesquisas, apoiamos a adoção de alternativas para minorar os efeitos negativos das patentes, como a redução do seu tempo de validade, hoje de 20 anos; a prevalência do nome do fármaco em vez do nome de fantasia; que seja apresentado o 33474 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nome do laboratório que desenvolveu o produto; a inexistência de patentes para os medicamentos de alta complexidade e, em seu lugar, outro tipo de incentivo concedido pelo Governo; além da criação de um consórcio científico composto de recursos originários dos Governos dos países-membros. Cabe a nós, agentes políticos e representantes do povo, apoiar a Campanha pelo Acesso aos Medicamentos, desejando ao Instituto de Defesa dos Usuários de Medicamentos total êxito na luta em mostrar à sociedade os seus direitos e mobilizá-la, visando cobrar dos Poderes Públicos o compromisso de melhorar a saúde coletiva por meio do efetivo acesso aos medicamentos. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero também fazer algumas reflexões quando estamos concluindo este semestre. Inicialmente, quero registrar o esforço da Mesa Diretora da Casa, na pessoa do nosso Presidente Arlindo Chinaglia, em manter viva uma pauta que possa responder às demandas sociais tão graves que assolam nosso País. Temos desafios a vencer, ações legislativas que não podem mais ser postergadas. Falo das reformas política e tributária, que letargicamente caminham na Casa. Não podemos perder mais tempo. Inobstante a necessidade imposta pelo calendário eleitoral, o compromisso do Parlamentar é estar aqui, votando, pelo menos nas sessões deliberativas. Sr. Presidente, no plano regional, dúvidas e expectativas. A Paraíba vive seu pior momento nas últimas décadas. Há um clima de desconfiança e marasmo, uma combinação perfeita temperada pela incompetência da desastrosa gestão administrativa. O Estado amarga os piores índices proporcionais de distribuição de renda, com aumento expressivo daqueles que vivem às margens de receita e capital. A saúde foi contaminada pela conveniência política que resultou no sucateamento dos serviços aliada à falta de investimentos próprios da receita estatal. O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB) ajuizou ação civil pública com pedido de liminar contra o Estado, pelo fato de o Estado não estar investindo o mínimo de 12% da receita em ações e serviços de saúde, de acordo com a obrigação prevista na Emenda Constitucional nº 29/2000. A Paraíba, desde 2003, investe em média 7% em saúde, o que gerou, de 2003 a 2006, um déficit de R$392.565.686,98. Trata-se de dinheiro que deveria, pela Constituição Federal, ser investido na área da saúde, mas foi empregado em outras finalidades. Este quadro social vexatórios também faz do nosso Estado um campeão em criminalidade. A imprensa traz diariamente estatísticas alarmantes da nossa in- Julho de 2008 segurança; os bandidos estão cada vez mais ousados diante da inércia da gestão pública. Agravando mais ainda a instabilidade políticojurídico vivida no Estado, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal vêm insistindo, de forma veemente, no pedido de autorização à Assembléia Legislativa da Paraíba para processar e julgar criminalmente o Governador do Estado, por práticas delituosas cometidas contra a administração e as finanças públicas. O Governo atual teve sua reeleição contestada. Inúmeras ações eleitorais foram propostas pelo Ministério Público Federal, contra os abusos econômicos e políticos cometidos pelo Governador candidato, práticas administrativas muito conhecidas, que afrontam a Justiça Eleitoral e já foram julgadas em primeira e segunda instâncias, levando por 2 vezes à condenação do Governador do Estado. Estamos completando 1 ano dessa decisão. A Paraíba mergulhou desde então num clima de insegurança jurídica, com um Governo que se mantém vivo por força de uma liminar, remédio jurídico de efeito imediato, mas de uso rápido até que se julgue o mérito das questões, todavia, os efeitos administrativos estão levando o Estado à falência. Essa impunidade também possibilita a reincidência de crimes eleitorais, criando-se o ciclo vicioso do mal – é a pedagogia do crime para ganhar de todo jeito, mesmo ao arrepio da lei. Hoje, vivemos em todo o País um período marcado por eleições municipais. Na Paraíba, serão renovados mandatos de Prefeitos e Vereadores em 223 cidades, e quero desta tribuna denunciar que estão sendo vistas novas levas de ações assistencialistas patrocinadas pelo Governo do Estado, numa reedição de práticas abusivas já condenadas pela Justiça Eleitoral. Tenho absoluta confiança no Tribunal Superior Eleitoral, que dará de forma definitiva a palavra final nessas ações tão longamente adiadas por mecanismos procrastinatórios que retardam o alcance da Justiça. Os elementos sobejamente contidos nos processos, sem dúvida, possibilitarão uma decisão da Corte – o que pedimos em nome do povo paraibano é que o julgamento pela sua importância possa ser tratado prioritariamente ante o desassossego que vive nossos coestaduanos. Comungo com a idéia que vem da magistratura nacional de que é imperiosa uma legislação que discipline o ingresso político-partidário aos cidadãos, resguardadas as suas garantias constitucionais. Essa matéria é da nossa competência como Parlamentar, e a Casa estará sensível, discutindo e votando critérios mais rigorosos de elegibilidade. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O sentimento da impunidade é matriz das chagas mais violentas que atingem a Nação. A Paraíba precisa retomar os caminhos da paz e da tranqüilidade, precisamos ganhar doses de confiança e auto-estima pelos caminhos da verdadeira justiça e em respeito à lei e à ordem. Por fim, uma palavra de esperança à Paraíba. O Brasil possui tribunais que funcionam com independência e soberania para julgar os desvios de ilicitudes e restaurar legal e legitimamente o Estado de Direito. Muito obrigado. O SR. JACKSON BARRETO (Bloco/PMDBSE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, apresento à Casa projeto de lei que dispõe sobre a base de cálculo da contribuição dos municípios para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, o PASEP. A proposta que ora trago ao debate pretende corrigir em parte a dívida social e moral que há anos se acumula contra os municípios. A alteração da base de cálculo da contribuição para o PASEP das localidades com até 50 mil habitantes, que deixará de incidir sobre o total das receitas próprias para atingir apenas o valor da folha de pagamentos, trará alívio financeiro para essas entidades, ao tempo em que não repercutirá seriamente sobre as receitas da União. Trata-se de novo projeto que apresentamos à apreciação desta Casa, o qual passo à Mesa para as providências legais. Sr. Presidente, muito obrigado. A SRA. NILMAR RUIZ (DEM-TO. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero expressar minha indignação quanto a algo que aconteceu ontem nesta Casa. O Deputado Freire Júnior, do meu Estado, teceu várias críticas ao Instituto de Previdência do Estado do Tocantins, remetendo a fatos ocorridos em 2005. Esse discurso está muito atrasado, até porque o Ministério Público Federal e a Justiça Federal já deram o caso como encerrado. Sr. Presidente, talvez o Deputado, suplente, tenha se confundido, porque o ex‑Governador, que faz parte do grupo político ao qual S.Exa. pertence, desviou mais de 30 milhões do IGEPREV, repassando o recurso ao PRODIVINO, tendo este sido pulverizado em financiamentos e saques. Por conta disso, o ex-Governador, os ex-Presidentes do IGEPREV e o Secretário da Fazenda na época estão respondendo a um processo que corre no Tribunal de Justiça do Estado. O Governador Marcelo Miranda tirou o Instituto do anonimato e o passou a primeiro do ranking bra- Quinta-feira 17 33475 sileiro de Institutos de Previdência. Se eleita Prefeita de Palmas, pretendo continuar o seu trabalho, porque todos os funcionários estão muito satisfeitos com o que lá acontece. Isso em virtude de o Governador jamais ter deixado de repassar recursos previdenciários ao referido instituto, tendo inclusive aumentado a alíquota patronal para garantir aos servidores públicos o pagamento de uma aposentadoria digna. Sr. Presidente, essa indignação não é só minha, mas também de todos os servidores do Estado do Tocantins. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Passamos ao período de 3 minutos. Concedo a palavra ao primeiro inscrito, ilustre Deputado Fernando Ferro. Em seguida, concederei a palavra ao Deputado Nilson Mourão. O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, no próximo dia 28 de julho, o assassinato do famoso bandoleiro nordestino Lampião, Virgulino Ferreira, completará 70 anos. Numa manhã do inverno de 1938, chegava ao fim o mais expressivo bando do chamado ciclo do cangaço. Eram assassinados Lampião, Maria Bonita e mais 9 comandados. O que isso tem a ver com os nossos dias? Setenta anos depois, a figura de Lampião ainda permanece acesa no imaginário nordestino, um misto de herói e bandido. Nenhum dos 2, por certo, Lampião é a expressão de um processo social que aconteceu no semiárido: a luta contra o regime semifeudal, a luta contra os coronéis e a convivência da guerrilha ali praticada por 20 anos. Lampião, portanto, é parte da mais longeva guerrilha que aconteceu no País e que, no cenário da caatinga nordestina, expressava o drama social da ausência do Estado, do coronelismo, da injustiça social, que o levou a optar por aquele método violento de enfrentamento do drama social do Nordeste. Passados 70 anos, essa figura ainda habita no imaginário do sertanejo. Hoje presenciamos em nossa cena urbana o cangaço do século XXI, a violência social e a violência do banditismo em nossas cidades, a mostrar que o País ainda não venceu o drama social que transforma seres humanos em pessoas violentas, que agem dessa forma para enfrentar a realidade social. Essa imagem que habitou e habita o imaginário do povo sertanejo faz parte de uma cena social que não podemos deixar de reconhecer. Há um drama por trás de tudo isso. Lampião, que não foi herói nem bandido, habita esse imaginário porque resistiu, a seu modo, à miséria social. 33476 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E nós, que temos a compreensão de que esse fato merece análise sociológica, social e política até hoje, podemos, portanto, constituir um estudo da cena violenta por que passa nossa sociedade. E é expressivo o imaginário manifestado na poesia nordestina, Deputado Inocêncio Oliveira. Os versos do poeta nordestino refletem, com rigor sociológico, o que aconteceu e ainda acontece nesta imagem: “Lampião no céu não entrou, No inferno não ficou e Por certo habita o sertão”. Esses versos são exemplares da imagem construída pela poesia e pela prosa popular para expressar a luta e a violência que ainda habitam nossas regiões. O cangaço mudou de espaço, o cangaço se modernizou, o cangaço hoje usa computador, mas, infelizmente, ainda existe. Lampião morreu fisicamente, mas ainda faz parte dessa cena de violência que é a expressão de uma sociedade que precisa criar instrumentos sociais de igualdade e de justiça para que sua imagem desapareça de nosso cotidiano. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Quero concordar com o Deputado Fernando Ferro em grau, gênero e número. Lampião é de minha terra, Serra Talhada, antiga Vila Bela, mas mais importante do que ele foi nosso querido Agamenon Magalhães, um grande político brasileiro, assim como João Santos, um de nossos maiores empresários, entre outros. Quero dizer, contudo, que Lampião foi vítima de uma época, escravo do subdesenvolvimento bandoleiro do sertão. O contraste entre o bem e o mal é necessário, para que se possa valorizar o bem e expelir o mal. O fato é que Lampião ainda hoje está presente no imaginário do povo e parece ser a figura da América Latina sobre quem mais se escreveu – agora mesmo, o Diário de Pernambuco está publicando uma série de artigos a seu respeito. Não resta dúvida de que Lampião precisa ser muito estudado, precursor que foi do bandido Giuliano, na Itália, primeiro a fazer guerras de guerrilhas. Mas, como disse muito bem o Deputado Fernando Ferro, em seu devido lugar, sem ser considerado herói. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, para uma breve intervenção, ao ilustre Deputado Arnaldo Faria de Sá. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero registrar o encontro que tivemos com aqueles que representam a preocupação dos estabelecimentos à margem das rodovias federias. O Sr. Roberto Teraci convocou uma reunião em Embu, e lá estavam presentes todos os Vereadores Julho de 2008 de Itapecerica: Chuvisco, Presidente, Tonho Paraíba, Zé Hélio, França, Clóvis, Regina, Ronildo, Zé de Moraes, João Pereira, todos preocupados com a aplicação dessa restrição ao longo da BR. Tenho certeza de que não só as cidades de Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, Taboão da Serra, mas também todas as outras esperam uma tomada de posição. O Roberto Teraci fez um grande trabalho no sentido de que pudéssemos ter verdadeira conscientização não só na sua cidade, como também na de Itapecirica. Ressalto a presença de todos os Vereadores nesse encontro, que, sem dúvida nenhuma, é extremamente importante. Tenho a certeza de que essa preocupação é de todos que, nesta Casa, ao votarmos a medida provisória, converteremos no projeto de lei de conversão, o que pode mudar essa situação, que é a esperança de todos. Sem dúvida nenhuma, esperamos que os estabelecimentos não sejam prejudicados com essa sanha fiscalizatória da Polícia Rodoviária Federal imposta pelo Governo, por meio do Ministério da Justiça. Obrigado, Sr. Presidente, Deputado Inocêncio Oliveira. O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meu colegas Parlamentares, o SINDUSCON de Florinópolis é a entidade representativa da casa patronal da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis e, como tal, defende e representa a classe patronal junto aos poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário), para posicioná-lo no lugar de destaque que merece no cenário industrial catarinense e nacional. No informativo do Sistema SINDUSCON, ano 8, nº 90, do mês de maio de 2008, o Presidente Hélio Bairros publicou um artigo a respeito de um tema cada vez mais emergente, o enfrentamento dos problemas urbanos e os efeitos danosos das décadas de omissão e falta de planejamento do Poder Público. Hélio comenta que, no momento em que estudos alertam para um perigo de um colapso das cidades, o desperdício de recursos públicos, a perda da qualidade de vida, a queda na geração de empregos, e o aumento da violência e da favelização surgem em razão de uma urbanização fora do controle. A dimensão dos problemas enfrentados pelos cidadãos exige ação voltada ao combate da degradação ambiental, da insegurança jurídica e dos fatores que levam ao empobrecimento da população. Este Deputado é totalmente a favor de fazer audiências públicas para discutir esses problemas mencionados com a sociedade, com pessoas especializadas Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e competentes, pois, com a globalização da economia, países, Estados e cidades não podem enfrentar sozinhos os problemas urbanos. O Poder Público precisa unir esforços com a sociedade e iniciativas privadas, para que possam juntos buscar novas idéias para viabilizar estudos, obras e soluções para esse tema emergente. O Presidente do SINDUSCON comenta ainda que, para enfrentar os desafios, é inadiável remover as barreiras políticas, burocráticas e administrativas. Além do mais, devemos reconhecer o direito humano à moradia e propriedade. Defenderei os aspectos constitucionais e legais da promoção do desenvolvimento urbano, com base nos princípios da sustentabilidade, da função das cidades, do planejamento e fiscalização, enfim, de todos os aspectos dos quais depende o futuro de uma cidade. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente, peço a V.Exa. que dê ampla divulgação a este pronunciamento. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. NILSON MOURÃO (PT-AC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que expôs ao povo brasileiro todas as ações do banqueiro Daniel Dantas e de alguns de seus colaboradores, tenta incriminar também o ex-Deputado Federal Luiz Eduardo Greenhalgh, do Partido dos Trabalhadores, e o Secretário da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Por último, agora, há uma nova tentativa de colocar no mesmo processo o ex-Ministro José Dirceu. Sr. Presidente, as perguntas que precisam ser feitas do plenário desta Casa são as seguintes: o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh não pode mais advogar? O advogado teve a sua carteira cassada em algum momento? Está proibido advogar neste País? Quais as razões que levam determinados setores da imprensa a criarem um clima de terrorismo, cerceando a liberdade profissional do competente advogado Luiz Eduardo Greenhalgh? Ora, Sr. Presidente, qualquer cidadão brasileiro tem direito de constituir os seus advogados. Se ele estava advogando neste momento para Daniel Dantas, esse é um problema da sua vida profissional. Em que crime ele incorreu? Qual foi a ilegalidade praticada, se ele foi devidamente constituído como advogado de quem quer que seja? Nenhuma. Trata -se claramente de uma ação ideológica e política na tentativa de desacreditar e envolver o competente advogado Luiz Eduardo Greenhalgh nesse processo. Ele está atuando profissionalmente. Por sua vez, o Secretário da Presidência da República, Gilberto Carvalho, não pode atender mais Quinta-feira 17 33477 telefonemas? Não pode receber pessoas em seu gabinete? Não pode buscar informações? Sr. Presidente, Srs. Deputados, temos de colocar essas questões no devido lugar. O combate à corrupção deve ser discutido com clareza. Nós, da bancada do Partido dos Trabalhadores e da bancada de apoio ao Governo, somos aqueles que, em primeiro lugar, defendemos rigor na apuração. Todavia, em despropósito, exagero e falta de competência profissional nós não embarcamos. É irresponsabilidade tentar envolver o Secretário da Presidência da República, Gilberto Carvalho, nesse processo. É irresponsabilidade da Polícia Federal, sim, querer envolver Gilberto Carvalho nesse procedimento. Por último, Sr. Presidente, daqui a alguns dias, por qualquer enchente que ocorra neste País, a qualquer eclipse da lua ou do sol, o ex-Ministro José Dirceu será responsabilizado. José Dirceu é aquele que está por trás de tudo o que ocorre no País, é aquele que tramou, que está envolvido em tudo. Sr. Presidente, isso se constitui na mais baixa e desqualificada apuração jurídica e na deformação do Direito em nosso País. O ex-Ministro José Dirceu já respondeu por suas responsabilidades. Agora querem incriminá-lo por tudo o que aparece neste País. Isso não tem cabimento, Sr. Presidente, é irresponsabilidade daqueles que investigam em nosso País. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Sebastião Bala Rocha. O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA (Bloco/PDTAP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na condição de Vice‑Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, tenho procurado dedicar-me a um assunto novo, que diz respeito aos direitos humanos de segunda dimensão ou, como denominam alguns, direitos humanos econômicos, direito ao trabalho justo e direito ao justo reconhecimento do trabalho. Faço esse preâmbulo, Sr. Presidente, para me referir à megafusão que aconteceu recentemente entre a INBEV e a Anheuser-Busch, produtora da cerveja Budweiser. Se a INBEV fosse uma empresa predominantemente nacional, brasileira, essa fusão nos encheria de orgulho, brasileiros que somos. Mas todos sabemos que há indicativos conclusivos de domínio belga na condução da INBEV. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nos últimos dias, a imprensa tem amplamente divulgado que a INBEV, produtora das cervejas Brahma, Skol e Antarctica, adquiriu o controle da Anheuser-Busch, produtora da cerveja Budweiser, numa negociação no valor de 33478 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 52 bilhões de dólares, passando, segundo os órgãos de imprensa, a ser a 4ª maior empresa do mundo em bens de consumo. A INBEV tem origem na nebulosa aprovação pelo CADE brasileiro da fusão da Brahma e Antarctica, que já naquela época realizaram um negócio bilionário e pediram a aprovação do órgão antitruste nacional, não obstante a maciça concentração de mercado, sob o argumento de que a nova companhia seria uma multinacional verde‑amarela. Passados pouco mais de 5 anos, não só a companhia é uma empresa belga, com sede em Leuven, bem como, aqui no Brasil, esses negócios bilionários aconteceram enquanto existem seriíssimas pendências de direitos humanos de segunda dimensão a serem satisfeitas. Eis que o art. 170, caput, da nossa Constituição, expressamente determina que a ordem econômica garantirá a todos existência digna e conforme os ditames da justiça social e o art. 6º da mesma Carta lista, dentre os direitos fundamentais coletivos, o direito social ao trabalho. A bilionária INBEV, agora a quarta maior empresa do mundo, a despeito do universo de riqueza que possua, está barbarizando aqui no Brasil, deixando pendência de não pagamento a inúmeros trabalhadores da ex-Antarctica e Brahma, com uma infinidade de causas trabalhistas, e a inúmeros distribuidores, pequenos empresários nacionais do ramo de bebidas. Tenho em mãos e exibo para todos no Congresso Nacional, Sr. Presidente, a Certidão da Justiça Federal da Ação Civil Pública que a associação desses pequenos distribuidores nacionais de bebidas, à qual manifesto meu apoio na condição de Vice‑Presidente da Comissão de Direitos Humanos desta Casa, está movendo contra a INBEV e o CADE, pois é medida judicial de concretização de tais direitos de segunda dimensão. Lembro que, quando Senador, organizei e coordenei uma reunião de audiência pública na Comissão de Direitos Econômicos. Naquela oportunidade, tivemos condições de colocar frente a frente os pequenos distribuidores e o comando da AMBEV, para que a instituição reconhecesse o direito daqueles distribuidores. Conclamo todos a combater essas violações dos direitos humanos e econômicos pelas multinacionais. Isso é capitalismo sórdido, selvagem e, assim, inaceitável. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra à ilustre Deputada Rita Camata. A SRA. RITA CAMATA (Bloco/PMDB-ES.) – Sr. Presidente, o Tribunal Superior Eleitoral – TSE divulgou os dados do processo eleitoral de 2008: serão 130 Julho de 2008 milhões de eleitores. Desses, 67,5 milhões são mulheres, eleitoras em nosso País. Representamos 51,7% do eleitorado do Brasil, no entanto, é de lamentar que nem a Lei de Cotas tenhamos conseguido alcançar. Segundo dados do próprio TSE sobre o registro de mulheres candidatas no Brasil, 77.215 candidataramse aos cargos de Prefeitas, Vice‑Prefeitas e Vereadoras, o que representa apenas 20,08% dos candidatos do nosso País. É importante lembrar que são as mulheres, mães, companheiras e filhas, que lutam diariamente por melhores condições de atendimento nos postos de saúde, nas escolas e nas reivindicações de suas comunidades. Nada mais justo do que levar este olhar, que é o olhar da coletividade, para as Câmaras Municipais. Durante as discussões da reforma política, apresentei diversas emendas para aprimorar a legislação. Uma delas previa que não fosse concedida a homologação das candidaturas de partido que não cumprisse a Lei de Cotas. Isto porque a lei, por si só, não garante a participação efetiva das mulheres no processo eleitoral. Com a previsão em lei de uma sanção para o não cumprimento da Lei de Cotas, certamente teríamos uma maior participação de mulheres no processo eleitoral, o que poderia resultar em uma representação feminina que espelhasse a realidade da sociedade brasileira. Espero , Sr. Presidente, que os partidos políticos possam ser parceiros nesta caminhada, não apenas as candidatas, para o resgate da ética, do respeito e da representatividade, buscando o bem comum para toda a sociedade brasileira. É nesse sentido que saúdo as mulheres candidatas no País, esperando que elas tenham êxito no processo eleitoral e que o mesmo se dê de forma a garantir a participação democrática dessa parcela da população nos Legislativos municipais e nas Prefeituras. Sr. Presidente, quero também manifestar uma preocupação. Todos os jornais do País divulgam o afastamento dos Delegados Protógenes Queiroz, Carlos Eduardo Pelegrini e Karina Souza, responsáveis pela Operação Satiagraha. Imagino que comungo com a opinião da maioria dos leitores dos grandes jornais deste País e com os brasileiros que estão vendo o trabalho da Polícia Federal, para que seja um trabalho autônomo, sério, competente, na busca de formular os inquéritos para que, principalmente aqueles que cometem o crime do colarinho branco neste País, sejam responsabilizados e paguem por isso. Na qualidade de mãe, de Deputada, de brasileira que acredita que a ética é importante neste País, espero que o afastamento desses 3 delegados a 10 dias da conclusão do inquérito não represente a pers- Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pectiva de mais denúncias de escândalos, sem que a punição e a responsabilização daqueles que devem seja concluída. Este é o sentimento de quem quer ver o País tomar o rumo do crescimento, da inclusão social, da seriedade e de um basta à corrupção e aos crimes que hoje envergonham a sociedade. Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. MILTON MONTI (PR-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, registro a criação da Frente Parlamentar Mista de Comunicação Social, ao mesmo tempo em que agradeço aos Deputados e aos Senadores que fizeram a sua adesão e em que convido quem estiver interessado a fazê-la. Tenho certeza de que teremos debates importantes nesta Frente. O Congresso Nacional precisa debater, de forma abrangente, com a sociedade, a comunicação social. Precisamos abranger todos os segmentos, especialmente o da comunicação. Aproveito para registrar a realização de evento em São Paulo, desde ontem. Refiro-me ao 4º Congresso Brasileiro de Publicidade. O debate tem de ser feito, em primeiro lugar, de acordo com o que estabelece a Constituição no seu art. 220, ou seja, sem restrição, de espécie alguma, à criação intelectual, à informação e à publicidade. Ressalto que alguns casos específicos, como o da publicidade em torno do álcool, do fumo, dos medicamentos, dos agrotóxicos e das terapias, devem ter regulamentação própria. Mas apenas esses casos. Na verdade, os demais casos dever ficar fora da regulamentação. O CONAR é exemplo de importante experiência de regulamentação no País que tem funcionado. E temos de apoiá-lo. O Congresso Nacional precisa debater esse tema. Sr. Presidente, passo às mãos de V.Exa., para que autorize a transcrição nos Anais da Casa, cópia de artigo publicado no jornal O Globo, edição de hoje, sob o título Liberdade de Expressão é Pilar da Democracia. Trata-se de trechos de palestras dos jornalistas João Roberto Marinho e Roberto Civita sobre o tema, que mostram que, se existe liberdade de imprensa hoje, temos também a publicidade como o seu pilar mais importante. Não há liberdade de imprensa sem publicidade forte e atuante no País. É preciso debater esse tema com muita seriedade. Não podemos ter tutores no País. Temos de entender, como disse o jornalista João Roberto Marinho, que a população é capaz de discernir o certo do errado. Ela não precisa ser tutelada. Quinta-feira 17 33479 Para encerrar, Sr. Presidente, comunico que estou requerendo à Mesa Diretora da Câmara e do Senado que enviem à Frente Parlamentar todos os projetos em tramitação sobre esse assunto, para que juntos possamos debatê-lo. Obrigado. ARTIGO A QUE SE REFERE O ORADOR LIBERDADE DE EXPRESSÃO É PILAR DA DEMOCRACIA Adauri Antunes Barbosa, João Roberto Marinho e Roberto Civita alertam para tentativa, do Governo Federal, de restringir publicidade São Paulo. A liberdade de expressão e a relação entre a publicidade e a liberdade de imprensa foram os temas centrais das palestras do vice-presidente das Organizações Globo João Roberto Marinho e do presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, Roberto Civita, durante o IV Congresso Brasileiro de Publicidade, que termina hoje em São Paulo. Para João Roberto, que falou à tarde para os mais de 1.400 congressistas, é preciso que o Estado deixe de ser paternalista. Ele concordou com as criticas de Civita, que fez palestra pela manhã, e falou sobre as tentativas de restrições à liberdade de expressão comercial. – O cidadão é tratado com tutela, como se fosse incapaz de discernir entre o certo e o errado – criticou João Roberto, lembrando que o exercício da liberdade torna possíveis escolhas mais consistentes. – Quando entram em ação os que reivindicam zelar pela liberdade, o resultado ê a tutela. Não há democracia com tutela. – E acrescentou: – Não existe democracia sem liberdade plena de expressão. – João Roberto: “Colocam leitor como incapaz de julgar” – Como exemplo dessas tentativas de tutela, o vice-presidente das Organizações Globo lembrou o recente processo enfrentado pela Folha de S.Paulo e pela revista Veja, da Editora Abril, multadas por publicarem entrevistas com Marta Suplicy (PT) e outros candidatos à prefeitura de São Paulo. Segundo o Ministério Público Eleitoral, as matérias foram consideradas propaganda eleitoral. – Esse e outros casos colocam o leitor como incapaz de julgar. O poder público não 33480 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pode cercear a liberdade dos veículos – Disse João Roberto, questionando: – Como uma confusão dessas pode acontecer? A movimentação faz parte do processo eleitoral e ajuda o público a fazer sua própria opinião. – Ainda falando sobre o tema eleitoral, o empresário lembrou que a legislação obriga as emissoras de rádio e de TV a destinarem espaços iguais na cobertura das eleições para candidatos que não são iguais. Enquanto isso, a Justiça Eleitoral adota critérios para dividir o tempo do horário eleitoral de forma desigual entre os diferentes postulantes. – A intervenção é grosseira. Há partidos que não têm sequer um deputado, e há candidatos que não têm a mesma relevância que outros. E no horário eleitoral os espaços não são iguais. – João Roberto também criticou a Lei de Imprensa “ainda em vigor” – apesar de vários artigos estarem suspensos por liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) – Dando margem a ações que tentam inibir a atuação da imprensa. Ele lembrou o caso recente da Igreja Universal do Reino de Deus, que entrou com ações em vários estados contra jornais que publicaram matérias sobre as quais a igreja discordava. – Os tribunais foram inundados com ações cujo texto quase sempre era o mesmo, mesmo sendo no Acre ou no Rio Grande do Sul. – O vice-presidente das Organizações Globo ressaltou também o trabalho dos publicitários. – A propaganda também sofre censura, e ela também é responsável por formar o público. Só que, na visão paternalista, o consumidor é sempre desavisado. Estamos aptos a julgar o que vemos, mas, com as proibições, até o conteúdo torna-se infantilizado. – Civita: Conar é autoridade legítima para monitoramento – Defendendo o que classifica como “circulo virtuoso” formado por democracia, livre iniciativa e liberdade de imprensa, o presidente do Conselho de Administração da Editora Abril, Roberto Civita, criticou as tentativas de restrições à liberdade de expressão comercial. – Há restrições que fazem sentido, como as do cigarro, restrições a tabaco, agrotóxicos e medicamentos. Mas não faz sentido a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidir por conta própria a proibição de pro- Julho de 2008 paganda de bebidas. Seria como submeter à Anvisa uma matéria de Veja que fale de viagra ou coca-cola – Disse Civita, lembrando que há propostas que proíbem até a publicidade em telefones celulares. – De acordo com o presidente da Abril, existe o perigo do avanço legislador do Governo Federal sobre a propaganda. – Existe uma tendência de se culpar a publicidade, em vez de se atacar de frente os verdadeiros problemas da sociedade – Disse Civita, citando a possibilidade de proibição de propaganda de bebidas alcoólicas, enquanto a estrutura de fiscalização com bafômetros ainda é muito precária. – Para o empresário, não cabe ao Governo ou a um órgão como a Anvisa legislar sobre publicidade. Ele reafirmou o papel do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) como a legítima autoridade no monitoramento da publicidade no Brasil. www.oglobo.com.br/economia O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Daniel Almeida, por 3 minutos. Em seguida, à Deputada Alice Portugal. O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB-BA. Pela ordem.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tive a oportunidade de participar, nos últimos dias 7 e 8, na cidade do Panamá, de encontro organizado pelo Grupo Parlamentar de Amizade Panamá-Cuba e pelo Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Cuba, presidido pela Deputada Vanessa Grazziotin. Esse grupo foi um dos promotores do evento, que contou com a participação de representantes de Grupos Parlamentares de Amizade com Cuba e dos Congressos e Assembléias Parlamentares da América Latina, além de representantes do PARLATINO, PARLADINO, PARLACEN, PARLASUL e do Parlamento Indígena. Estivemos lá com as Deputadas Vanessa Grazziotin e Perpétua Almeida, com os Deputados Nilson Mourão e Jackson Barreto e com o Senador José Nery. Foi um encontro de grande relevância não apenas para afirmarmos o grande êxito da experiência cubana – que completa agora 50 anos da sua realização e merece grande comemoração, pela resistência que o povo cubano faz – De consolidar políticas públicas de educação e saúde. Lá também discutimos uma situação absurda: 5 cubanos estão presos nos Estados Unidos há 10 anos – completará 10 anos agora no próximo dia 12 de setembro -, porque foi identificado naquele país prática terrorista em Miami não só contra cubanos, mas contra povos da América Latina. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sabotagens em hotéis e terrorismo para derrubar aviões sem dúvida alguma atingem pessoas da sociedade civil da América Latina, do mundo. Discutimos como os Estados Unidos, que anunciam para o mundo políticas de combate ao terrorismo, agem e protegem aqueles que adotam práticas terrorista em seu território. Ainda esta semana foi divulgado um vídeo sobre o que ocorre em Guantânamo, base americana localizada em Cuba. Como pudemos ver, nessa base, jovens presos não têm direito à defesa, são condenados de forma arbitrária sob a suposta alegação de combate ao terrorismo. Já em Miami, nos Estados Unidos, cinco cubanos estão presos há 10 anos sem direito a julgamento, sem poder receber suas famílias, inclusive sem direito a procedimentos que são comuns na Justiça americana. Pela razão única, Sr. Presidente, de serem cubanos, em virtude desse criminoso bloqueio que os Estados Unidos fazem a Cuba há tantas décadas, com o pretexto de estarem combatendo o terrorismo, quando aqueles que foram presos estavam exatamente identificando terroristas e contribuindo para o combate a essa a prática. Portanto, o Encontro Parlamentar Latino Americano e Caribenho foi uma reunião muito importante, de onde tiramos um conjunto de ações, entre elas a de fazermos uma mobilização internacional no dia 12 de setembro deste ano, quando essas prisões completarão 10 anos, para exigir que os organismos internacionais, OEA, ONU e as nações do mundo, cobrem dos Estados Unidos providências para libertação daqueles prisioneiros. Ao final do encontro foi aprovado um documento em que se exige do Governo norte‑americano a revisão da pena dos cidadãos cubanos, que foram presos e condenados arbitrariamente. Por intermédio da declaração assinada por todos os participantes, exigimos a imediata libertação dos cubanos. Sr. Presidente, passo agora a abordar outro assunto. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveito ainda para registrar que, a partir da segunda metade da década de 70, o movimento negro fervilhou no Brasil, em especial na Capital baiana, fazendo emergir inúmeras entidades. Há exatamente 20 anos, no dia 14 de julho de 1988, um grupo de jovens, militantes dos movimentos negros de Salvador, que acreditavam no sonho de uma sociedade mais humana e menos desigual e sem racismo, criaram a União de Negros pela Igualdade (UNEGRO). A UNEGRO está organizada com força na Bahia, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, em Minas Gerais, no Distrito Quinta-feira 17 33481 Federal, em Alagoas, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, no Acre, no Pará, no Amazonas, em Roraima, em Rondônia, no Amapá, no Piauí, no Ceará, no Maranhão, em Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul e no Tocantins. São milhares de filiados anti‑racistas que militam a cada dia, nas lutas de combate ao racismo e às desigualdades sociais e raciais em nosso País. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o sonho daqueles jovens escondia uma utopia de transformar o Brasil numa nação socialista e multiracial. A UNEGRO nasceu com a finalidade de articular a luta contra o racismo com a luta de classes e contra as desigualdades de gênero. Hoje podemos ver o resultado daquelas lutas configurado em grandes conquistas, como, por exemplo, a política de cotas para negros e indígenas nas universidades e empresas públicas, o reconhecimento das terras de quilombos, entre outras políticas e ações afirmativas assumidas e implantadas pelo atual Governo, fruto de um processo de luta e muita organização das entidades. Desde quando foi criada, a UNEGRO exerce uma participação ativa no movimento negro no Brasil, especialmente nos momentos de grande mobilização, como, por exemplo, o Dia Internacional de Luta pela Eliminação do Racismo, em março; o Dia Nacional da Consciência Negra, em novembro; o Movimento Brasil Outros 500 Anos de Resistência Negra, Indígena e Popular; além das Marchas Zumbi dos Palmares, em Brasília. A entidade tem participado da política institucional nos diversos níveis, municipal, estadual e federal. Quadros da entidade contribuíram para a aplicação de políticas afirmativas em Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Reparação (SEMUR), e hoje participa da gestão estadual, por intermédio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI), do Governo do Estado da Bahia, participa em órgãos similares no Pará, em Minas Gerais, em São Paulo, no Rio Grande do Sul e, no âmbito federal, na Secretaria Nacional de Combate ao Racismo, a SEPPIR. Mas o trabalho da UNEGRO não se limita a esses espaços. Ele ocorre todos os dias nos grandes centros urbanos, sobretudo nos grotões das grandes cidades. O combate ao racismo e às desigualdades propostos pela UNEGRO, Sr. Presidente, se dá por meio de um amplo trabalho de conscientização, pegando como principais públicos os jovens negros e pobres das periferias das grandes metrópoles. Com esses jovens são realizadas palestras, seminários, oficinas e debates. Desse trabalho de formiguinha, na base da pirâmide social, surgem líderes sindicais, políticos e, por que não, grandes artistas. 33482 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Todos os anos, a UNEGRO celebra seu aniversário, promovendo a solenidade de entrega do Troféu Clementina de Jesus às principais personalidades do mundo negro que se destacaram em suas atividades e contribuíram para a eliminação do racismo e a elevação da auto-estima da população afrodescendente. O objetivo é homenagear as mulheres e homens negros de nossa sociedade, destacando o seu papel na política de reestruturação da dignidade dessas pessoas. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, posso afirmar com convicção que, nesses 20 anos, a atuação marcante da UNEGRO credencia a entidade como um dos expoentes da luta contra o racismo e a xenofobia no Brasil. Não tenho dúvidas de que sua história e suas lutas acumularam um capital político que a credencia como uma das principais interlocutoras do movimento negro brasileiro. Por tudo isso, Sras. e Srs. Deputados, registro hoje nos Anais desta Casa a celebração pelo transcurso do 20º aniversário de fundação da União dos Negros pela Igualdade (UNEGRO). Que esta história nos faça refletir sobre a necessidade da construção constante e incansável de uma sociedade cada vez mais humana, igual e livre de qualquer tipo de preconceito, ou intolerância. Era o que tinha a dizer. A SRA. ALICE PORTUGAL – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra. Em seguida, a Deputada Angela Portela. A SRA. ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje é um dia de grande alegria para o mundo da educação. Se o Brasil tivesse nas primeiras páginas dos jornais informações acerca do que se produz positivamente, do ponto de vista político, para ações populares em nosso País, não teríamos hoje nas primeiras páginas dos jornais matérias sobre Daniel Dantas, mas a notícia da assinatura do piso salarial nacional para o professor. São 200 anos de luta dos educadores deste jovem País. Desde a segunda fase do Império, com Dom Pedro II, luta-se pela uniformização do mínimo de salário a se pagar a um preceptor, a alguém que de fato constrói pessoas, porque é isso que fazem os professores em nosso País e em todo mundo. Na verdade, o piso salarial que se conseguiu estabelecer no projeto não é o ideal. Queríamos um piso de 1.500 reais para professores com 30 horas de carga horária e de 1.700 reais para os que têm carga horária de 40 horas, porque é isso que custa o aluno por ano para o sistema público. Julho de 2008 C onseguimos 950 reais após toda uma rodada de negociações com o Conselho dos Secretários de Educação dos Estados e Municípios. Objetivamente, sabemos que 950 reais, apesar de não ser o piso ideal, é a redenção para a maioria dos Municípios, onde os professores ganham abaixo do salário mínimo. É também um patamar, um ponto de origem e de partida para a elaboração de planos de carreira, porque a lei diz que em 2009 todos os planos terão de ser revistos, adaptados ou criados onde não existem. Hoje, às 15h30min, o Presidente Lula assina o primeiro piso e aí poderá dizer: “Pela primeira vez, e nunca antes na história deste País, houve um ponto de origem abaixo do qual nenhum professor poderá ganhar”. Professores, arquitetos de pessoas, terão, de fato, por onde começar e impedir que, abaixo desse piso, se avilte a mais nobre das profissões. Muito obrigada e parabéns por terem aceito esse piso. Foi o Parlamento quem o criou. Não veio no projeto. Quatro Deputados apresentaram emenda: Carlos Abicalil, Alice Portugal, Fátima Bezerra e Severiano Alves. O trabalho foi árduo na Comissão de Educação, mas isso não sai nas primeiras páginas dos jornais. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra para uma Comunicação de Liderança, pelo PDT, ao ilustre Líder Vieira da Cunha. Em seguida, darei a palavra à Deputada Angela Portela. O SR. VIEIRA DA CUNHA (Bloco/PDT-RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente em exercício, Deputado Inocêncio Oliveira, colegas Deputados, fico feliz de contar aqui com a assistência do meu colega Domingos Dutra, que foi o Relator da CPI do Sistema Carcerário. O motivo que me traz à tribuna é exatamente a conclusão do parecer, especificamente, Sr. Relator, quando V.Exa. pede a responsabilização do Promotor de Justiça de Execução Criminal da Comarca de Porto Alegre, Dr. Gilmar Bortolotto. E venho à tribuna não só por ser seu conterrâneo, seu colega de instituição, mas também porque exerci exatamente esse cargo antes de me eleger Deputado Estadual no ano de 1994. Fui Promotor de Justiça de Execução Criminal em Porto Alegre. Conheço, portanto, a realidade do sistema penitenciário e quero concordar com V.Exa. quando faz pesadas e procedentes críticas à situação insustentável e vergonhosa do Presídio Central de Porto Alegre. Porém, não posso concordar com V.Exa. em que seja atribuída responsabilidade ao Promotor de Justiça Gilmar Bortolotto. O próprio Presidente da CPI, Neucimar Fraga, quando lá esteve, elogiou publicamente a atuação do Promotor, testemunhando que ele conhece os presos pelo nome. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS É um promotor atuante, que visita o presídio, que faz inspeções. Quero dizer, inclusive, a V.Exa. que ele e mais 2 colegas que atuam nessa Promotoria de Justiça Especializada já pediram 4 interdições de estabelecimentos penais no Rio Grande do Sul, inclusive do próprio Presídio Central, pela falta de condições do estabelecimento. Há , Sr. Relator, ação civil pública do Ministério Público do Rio Grande do Sul contra o Estado, exigindo que sejam oferecidas mais vagas no sistema penitenciário, uma vez que a superlotação do Presídio Central é exatamente conseqüência da falta de oferecimento do número mínimo de vagas para que haja atendimento humanizado aos que estão cumprindo pena. Eu não poderia, portanto, silenciar, porque se praticou, Sr. Relator, desculpe-me, grande injustiça contra profissional diligente, competente, correto, estimado pelos colegas, exatamente pela maneira como exerce a profissão. Ao tentar responsabilizar o Dr. Bortolotto, estáse atacando a própria instituição do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que não merece, repito, essa injustiça. Finalizo, Sr. Relator, não deixando de reconhecer como meritório o trabalho que V.Exa. e seus colegas realizaram, trabalho de interesse público, mas V.Exa. poderia não ter praticado, desculpe-me mais uma vez, essa injustiça contra profissional e contra instituição que, seguramente, não mereciam ser responsabilizados. Pelo contrário, o Dr. Bortolotto e seus colegas da Promotoria de Execução Criminal de Porto Alegre só merecem elogios e reconhecimento pelo trabalho competente e dedicado que exercem. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra à ilustre Deputada Angela Portela. A SRA. ANGELA PORTELA (PT-RR. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, tornou-se lugar comum o anúncio de indicadores positivos, tanto sociais quanto econômicos. Apesar disso e diante de tanto passivo acumulado ao longo da história, onde os mais penalizados são sempre os mais pobres, venho a esta tribuna comemorar o resultado da pesquisa do Ministério da Saúde divulgada na semana passada, que aponta queda de 46% nos índices nacionais de desnutrição infantil crônica, com redução de 43,5% na mortalidade infantil nos últimos 10 anos. Comparada com a edição anterior da pesquisa, no Nordeste a taxa de desnutrição diminuiu de 22% para 5,7% das crianças com até 5 anos de idade, uma queda – observem V.Exas. – De 74% em 10 anos. Quinta-feira 17 33483 Mais expressiva ainda é a taxa de desnutrição aguda, que pode levar à morte e que, segundo a pesquisa, praticamente desapareceu, inclusive no Nordeste. Com isso, a mortalidade infantil passou, nesse mesmo período, de 39 para 22 mortos a cada mil nascidos vivos. Essa pesquisa revela que todas as iniciativas no sentido de garantir a segurança alimentar da população estão sendo bem-sucedidas. Além dos programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família, contribuíram para esse resultado o aumento dos empregos formais e do salário mínimo, a melhoria nos programas de assistência à saúde e na rede de saneamento. Há que se destacar ainda alguns fatores determinantes, como a melhoria na escolaridade das mães, o aumento do aleitamento materno e o uso do soro caseiro. Para que fique mais clara a importância da educação das mães na sobrevivência dos filhos, a mesma pesquisa revelou que, quando as mães não completaram 4 anos de estudo, o risco de morte de seus filhos é 46% superior ao dos filhos daquelas que superaram os 8 anos de instrução. Levando em conta que mais educação das mães implica melhoria dos indicadores nutricionais dos filhos e que crianças mais bem alimentadas, notoriamente, têm melhores condições de aprendizado, não há dúvida, caros colegas, de que estamos diante de um círculo virtuoso. Mantendo esse ritmo, até 2012 o Brasil vai superar as Metas do Milênio estabelecidas pela ONU em relação à desnutrição infantil. Ainda existem inúmeros problemas que o nosso País precisa enfrentar. Mas saber que cada vez menos crianças estão morrendo de fome ou tendo o seu crescimento prejudicado por falta de comida é motivo de grande alegria. Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. BARBOSA NETO (Bloco/PDT-PR. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a situação nas penitenciárias brasileiras não é boa. Isso ficou claro com a divulgação das investigações da CPI do Sistema Carcerário. Porém, se não bastasse esse triste dado, essas péssimas condições também se repetem nos centros de detenção de menores infratores. Recentemente, recebi correspondência de funcionários da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude que, em pânico, relatam a situação horrível vivida por eles num motim no Centro de Socioeducação São Francisco, na cidade de Piraquara, região metropolitana de Curitiba. 33484 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Os menores se rebelaram em razão das péssimas condições e agrediram funcionários, arrastando-os pelo pátio da instituição; um deles teve 5 dedos das mãos fraturados. No caso mais grave, os amotinados fizeram com que um funcionário recebesse 118 pontos, por causa dos profundos cortes na cabeça e no rosto. Muitos dirão que isso é culpa das penas brandas imputadas aos menores infratores, e que a menoridade penal deve ser aprovada. Sou contra isso. Sou veemente contra essa solução. Nosso sistema carcerário foi criado não para punir, mas para reeducar. E é este o nosso maior objetivo com os menores infratores – menores que, pela Constituição, somos obrigados a proteger e moldar para serem cidadãos exemplares. A esmagadora maioria dos menores infratores é levada ao crime por falta de instrução familiar e falta de estrutura social. Não é uma questão de índole ou de maldade. É por causa da grande desigualdade em nosso País, que acaba levando aqueles que possuem uma personalidade mais frágil – justamente por estarem vivendo um momento da sua vida em que a personalidade é moldada – a cometer erros que o Estado deveria colaborar para sanar. Mas, ao invés disso, enviamos esses menores para centros de detenção precários, onde, ao invés de serem reeducados, são tratados quase como animais e aprendem, de uma vez por todas, a seguir o caminho do crime. Dessa forma, não só falhamos com eles, mas falhamos com a sociedade e com os funcionários desses centros de detenção que sofrem com essas barbáries. É uma dura realidade, Sr. Presidente! Espero que os resultados da CPI do Sistema Carcerário e o alerta que fazemos neste momento sirvam de combustível para darmos uma guinada em direção a dias melhores, mudando essa realidade. Já falhamos quando deixamos esses menores enveredarem pelo caminho do crime. Não vamos insistir nesse erro! O SR. JOFRAN FREJAT (PR-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez manifesto o meu inconformismo com o tratamento dado pela Medida Provisória nº 431 aos servidores da FUNASA, discriminados em seu próprio contexto. Estão retirando de vários daqueles que trabalham em campo a possibilidade de obter melhoria financeira. Com relação aos servidores do Hospital das Forças Armadas, faço manifestação muito clara e simples, para que os colegas entendam o que está sendo feito Julho de 2008 com essa gente. A pretexto de uma suposta inconstitucionalidade, estão mantendo a inconstitucionalidade para quem trabalham no HFA. O art. 39 da Constituição estabelece regime jurídico único para todos os servidores públicos. Em 1998, foi apresentada a Emenda Constitucional nº 19, que quebrou essa unicidade. Pois muito bem. Quebrada essa unicidade, sob o amparo desta emenda constitucional, criou-se a Lei nº 10.225, de 2001, que permitia não só o cargo público, mas também o emprego público, regido pela CLT. A emenda constitucional foi rejeitada e colocada em cautela pelo Supremo Tribunal Federal porque não condizia com o regime jurídico único do País ou com a Constituição. Em vez de corrigirem a lei que prejudicava os novos servidores, mantiveram o problema. Com a edição desta medida provisória, apresentamos emenda para corrigir o problema, ou seja, para transformar os empregos públicos em cargos públicos. Não há aumento de despesa. Trata-se simplesmente de transformar emprego em cargo. Se houver aumento para aqueles que detêm cargo, que se faça. Ora, Sr. Presidente, quantos servidores públicos serão beneficiados? Oitocentos mil civis e quase 600 mil militares. Não se poderia corrigir a situação dos 271 servidores do Hospital das Forças Armadas e daqueles da FUNASA, que merecem tratamento equânime? Vejam a incongruência: o art. 39 da Constituição, §1º, inciso I, estabelece que a remuneração depende da complexidade e da natureza do cargo. O que acontecerá, especificamente com os servidores do HFA? Uma auxiliar de enfermagem –– sem nenhum demérito para a auxiliar de enfermagem ––, que tem cargo público, receberá 2 mil e 900 reais, e um médico, que tem emprego público, cuja atividade é de natureza mais complexa, ganhará 2 mil e 600 reais. Trata-se de inconstitucionalidade, pois colide com aquilo que estabelece o art. 39 da Constituição. A pretexto de ser inconstitucional, porque aumentaria as despesas da União, querem manter uma inconstitucionalidade. É verdadeiramente um absurdo que não queiram corrigir essa incongruência, essa inconstitucionalidade referente a 271 servidores públicos. Muito obrigado, Sr. Presidente. O Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Arlindo Chinaglia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Sandes Júnior. O SR. SANDES JÚNIOR (PP-GO. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a imprensa veiculou na semana passada o Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS que chamo de “notícia alvissareira”. A desigualdade da renda caiu no Brasil, segundo números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A diferença entre as remunerações mais altas e os salários mais baixos diminuiu 7% nos últimos 6 anos. Na verdade, Sr. Presidente, os aumentos do salário mínimo e os programas de transferência de renda foram os principais responsáveis pela redução, nas 6 maiores regiões metropolitanas do País, da desigualdade entre a renda dos trabalhadores assalariados nos últimos 6 anos, segundo pesquisa feita pelo IPEA. A queda foi de 7% entre o fim de 2002 e o primeiro trimestre de 2008, promovida por ganhos dos mais pobres 4,5 vezes maiores do que os dos integrantes do topo da pirâmide social. O IPEA calculou a variação com base no Índice de Gini. Ele varia de zero a 1: quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade. No caso da pesquisa com os assalariados, que englobou as 6 principais regiões metropolitanas do País – Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador -, o Índice de Gini caiu de 0,540, em 2002, para 0,502 nos primeiros 3 meses de 2008. Vale ressaltar, Sr. Presidente, que esse resultado se deve principalmente aos ganhos dos trabalhadores com o reajuste do salário mínimo, que passou de R$200,00, em 2002, para R$380,00 no primeiro trimestre de 2008 (ele agora é de R$415,00), e também a programas de transferência de renda, como a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). A previsão é de que até o fim do Governo Lula, em 2010, o Índice de Gini chegue a 0,49, o menor percentual desde 1960. Mesmo assim, Sr. Presidente, o Brasil ainda é muito desigual. Nações com Índice de Gini acima de 0,45 têm distribuição de renda “selvagem e primitiva”. O dado concreto é que ainda estamos longe de ser um país menos injusto. Mas vale comemorar os avanços proporcionados pelo Governo do Presidente Lula. Vejamos o Programa Bolsa-Família. Não há dúvida de que contribui para a redução da desigualdade no Brasil, embora seus efeitos não apareçam muito no estudo porque sua abrangência é mais forte no interior do País e não nas regiões metropolitanas. O Bolsa-Família é mais forte no interior, enquanto o salário mínimo é mais forte nas regiões metropolitanas. Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, a redução da desigualdade também pode ser vista na diferença entre os rendimentos dos trabalhadores. Aqueles que estavam entre os 10% mais ricos em 2004 ganhavam 27,4 vezes mais do que os que estavam entre os 10% mais pobres. Essa relação caiu para 25,1 vezes em 2006 e para 23,5 vezes em 2007. Quinta-feira 17 33485 No ano passado, os trabalhadores mais pobres das 6 maiores regiões metropolitanas do País ganhavam, em média, R$206,38. Já os 10% mais ricos ganhavam, em média, R$4.853,03. O estudo do IPEA aponta ainda que os 10% mais pobres obtiveram ganho de renda bem maior do que os 10% mais ricos no período entre 2003 e 2007. Os trabalhadores com menores rendimentos obtiveram ganhos de 22%. Já os trabalhadores com maiores rendimentos obtiveram ganhos de 4,9%, na mesma comparação. O Brasil precisa continuar trabalhando por políticas de transferência de renda, pela elevação do salário mínimo e por um sistema tributário mais justo. Entendo, Srs. Deputados, que os impostos deveriam ser mais progressivos para que os mais pobres pagassem menos e os mais ricos pagassem mais. Basta ressaltar que a renda assalariada ainda responde, proporcionalmente, por pouco da renda total do País: algo em torno de 39,8%. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Agradeço a atenção a mim dispensada pelos ilustres pares desta Casa. Muito obrigado. O SR. VITOR PENIDO (DEM-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em julho do ano passado denunciei que algumas empresas, sem qualquer respeito ao consumidor, estariam adotando a prática de incorporar água aos frangos que seriam vendidos congelados. A adição de água é realizada nos matadouros entre o processo de depenação e congelamento das aves. Após o abatimento, o frango, que precisa ser escaldado para ser depenado, perde muito líquido, razão pela qual precisa ser inserido em um tanque com água, até absorver o máximo de 6% de seu peso. Entretanto, nobres colegas, testes do Ministério da Agricultura revelaram que os índices de água no frango ultrapassavam a marca de até 70% do peso real do produto. A partir das denúncias e do requerimento que encaminhei, Sras e Srs. Deputados, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados realizou audiência pública, em maio deste ano, com o objetivo de discutir a ocorrência de fraude econômica por excesso de absorção de água em carcaça de aves. Compareceram representantes de órgão de defesa do consumidor, de empresas de avicultura e do Ministério Público Federal. Após a audiência, começaram a surgir os efeitos. No dia 13 do mês passado o Ministério da Agricultura autuou mais de 60 empresas que comercializavam frango congelado com excesso de água, 4 dessas apenas no Estado de Minas Gerais. 33486 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Finalmente, o Ministério da Agricultura tomou providências quanto às denuncias. Em 2007, o consumo de frango no País alcançou a marca de 38,1 kg por habitante. É importante que a fiscalização do Ministério da Agricultura continue e seja aplicada não apenas ao frango congelado, mas também ao frango resfriado, já que também existem denúncias de que a aplicação de uma proteína láctea estaria alterando o peso do frango em até 15%. Sr. Presidente, nobres colegas, estamos falando de um mercado em contínua ascensão, com importância significativa na economia do País e na mesa do cidadão. A prática de incorporar água ao frango, além de lesar o cidadão, lesa ainda o produtor e o fornecedor de boa fé, que tem seus negócios significativamente prejudicados, em vista da quebra de confiança do consumidor no produto que costuma adquirir. O cidadão deve estar atento ao que consome e denunciar as práticas ilícitas. Aos órgãos públicos cabe a fiscalização e punição severa de quem lesa a economia local e, principalmente, o consumidor. Muito obrigado. O SR. NELSON BORNIER (Bloco/PMDB-RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, atualmente muitos segmentos da sociedade brasileira estão insatisfeitos com o Governo do Presidente Lula, o que vem comprovar que a teoria, na prática, é outra. As taxas de juros cobradas do consumidor brasileiro em diversas modalidades de crédito interromperam a tendência de queda, no ano passado, e aumentaram, como podemos constatar, com a elevação da taxa de juros ao consumidor. Assim, a política do nosso Governo nos está parecendo descompromissada com os graves problemas da população brasileira, por mais que insistam em dizer que a inflação está sob controle e que a economia nacional vai bem. Mas a grande verdade é que a realidade é bem outra. Como se o povo não acompanhasse o dia-a-dia da vida nacional por meio dos meios de comunicação, anunciam redução de juros e outras formas de iludir a boa-fé dos menos avisados insistindo em que a inflação está contida. Para que se tenha idéia, Sr. Presidente, mesmo quando a taxa básica de juros SELIC estava em queda, nem de longe pôde ser repassada para o consumidor. Três linhas de crédito, de um total de 6, fizeram o movimento inverso e aumentaram os seus juros. E o que é mais grave em tudo isso, Sr. Presidente, é que qualquer alteração nas taxas de juros, sempre refletiu automaticamente em toda a economia nacional. Julho de 2008 O Brasil sempre está a mercê do Fundo Monetário Internacional, e ainda vai demorar muito para sair da encruzilhada em que se encontra. Antes de 1945 nossas relações comerciais eram com o mundo europeu. Passada a Segunda Guerra Mundial esse eixo foi deslocado para os Estados Unidos da América do Norte, de onde o FMI passa o dever de casa e confere periodicamente o desempenho da nossa economia. Não podemos nos acomodar diante de imposições que a cada dia condicionam mais e mais os parâmetros do nosso desenvolvimento. É por demais sabido, Sr. Presidente, que na mesa de negociações não há amigos, mas, sim, interesses. E o Brasil não pode ficar na doce ilusão daquela figura folclórica do regime militar que dizia “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. É preciso repensar a nossa presença no cenário internacional. Era o que tinha a dizer. O SR. MAURÍCIO TRINDADE (PR-BA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há 40 anos, os líderes mundiais proclamaram o direito básico dos indivíduos e casais de determinarem, livre e responsavelmente, o número de filhos que querem ter. Porém, ainda hoje, 4 décadas depois, as informações sobre contracepção e planejamento familiar continuam fora de alcance para centena de milhões de mulheres, homens e jovens. No último dia 11 de julho comemoramos o Dia Mundial da População, que tem como tema, neste ano de 2008, Planejamento familiar: é um direito, vamos fazer disso uma realidade. Como Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Planejamento Familiar, tenho feito várias gestões junto ao Governo Federal e Prefeituras Municipais visando sensibilizar o Governo e conclamar a sociedade a lutar pelos seus direitos. Em julho do ano passado, conseguimos uma vitória: o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Programa Planejamento Familiar, constituído de uma série de ações para conscientizar a população sobre a importância do tema. A Frente vem também realizando gestões junto ao Fundo das Nações Unidas para a População – UNFPA, para promover o planejamento familiar, aumentar a prevalência do uso de contraceptivos e prevenir e controlar doenças sexualmente transmissíveis. Embora tenha sido incluído como prioridade do Ministério da Saúde, o programa infelizmente não conseguiu ainda despertar a atenção da sociedade brasileira. Precisamos ir além. Para a implementação efetiva e permanente do planejamento familiar é necessário uma maior integração entre o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, do Ministério da Educação e da Secretaria Especial de Políticas para Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS as Mulheres, e dos Governos Estaduais e Municipais, do Legislativo, bem como o envolvimento da sociedade civil e organismos de defesa da mulher para que sejam implementadas políticas públicas de promoção dos direitos sexuais e reprodutivos, visando reduzir a mortalidade materna e estimular a implementação da assistência em planejamento familiar para mulheres e homens. Os jovens necessitam de informações e serviços de qualidade sobre planejamento familiar. Já os que estão entre 15 e 24 anos, estão em idade reprodutiva. Cada país tem sua própria história sobre os direitos conquistados, porém, o direito ao planejamento familiar, que se inclui entre as liberdades e direitos fundamentais, ainda não se concretizou para milhões de pessoas que são pobres, marginalizadas ou jovens. No Brasil, o acesso a informações e serviços de planejamento familiar das comunidades, principalmente dos mais carentes inexiste. Assegurar o acesso ao planejamento familiar pode reduzir um terço das mortes maternas e até 20% dos óbitos infantis. Pesquisadores estimam que o acesso aos serviços pode salvar as vidas de aproximadamente 175 mil mulheres por ano. O uso de contracepção moderna no mundo em desenvolvimento previne 2,7 milhões de mortes de bebês, por ano. Prevenir gestações não desejadas reduz a ocorrência de aborto. Cerca de 90% das mortes e seqüelas relacionadas ao aborto em todo o mundo poderiam ser evitados se as mulheres que preferissem evitar ou adiar uma gestação tivessem acesso à contracepção efetiva. As mulheres pobres são as mais vulneráveis: de todos os abortos realizados em condições inseguras, 97% ocorrem nos países em desenvolvimento, ou seja, cerca de 19 milhões a cada ano. Estima-se que 68 mil mulheres morrem todos os anos como resultado de abortos inseguros e outros 5,3 milhões de mulheres ficam com seqüelas. O planejamento familiar pode aumentar as oportunidades educacionais, profissionais e de vida para as mulheres, já que previne gestações precoces. As jovens podem permanecer na escola e as mães podem ter mais tempo e energia para cuidar de suas famílias e para participar da vida social e econômica. Informações e serviços de planejamento familiar também reduzem significativamente a infecção por HIV, que é um risco antes, durante e após a gestação. Os preservativos oferecem a dupla proteção: contra a infecção por HIV e para prevenção de gestações não planejadas. Esses serviços também podem ajudar mulheres que vivem com o HIV a evitar a gravidez, se assim o desejarem. O planejamento familiar também tem uma relação custo-benefício melhor. Estudos Quinta-feira 17 33487 apontam que a integração do planejamento familiar aos serviços existentes de prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho em 14 países com alta prevalência seria 2 vezes mais eficiente para evitar que bebês nasçam com o vírus. Aumentar a conscientização sobre os diversos benefícios do planejamento familiar não apenas amplia o apoio social como também motiva o cidadão a buscar informações e serviços. As políticas e programas nacionais de planejamento familiar têm uma história de sucesso na redução de gestações não desejadas, desacelerando o crescimento populacional. Porém, em 56 países em desenvolvimento as mulheres mais pobres ainda têm em média 6 crianças, comparado com 3,2 nos 50 países mais ricos. Nos países menos desenvolvidos, como o Brasil, e entre as populações mais pobres, muitas mulheres continuam desprotegidas contra gestações não planejadas. Dentro das possibilidades, a Frente vem fazendo a sua parte. Sabemos que ainda há muito a fazer para estimular a maternidade e paternidade responsáveis, contribuindo para uma sociedade mais justa. Muito obrigado. O SR. FELIPE BORNIER (PHS-RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, subo à tribuna para informar aos ilustres pares que, em virtude do fórum idealizado pelo exPresidente Fernando Henrique Cardoso, para debater a questão das relações entre as drogas e a democracia, a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia se reuniu no Rio de Janeiro com o intuito de mudar o enfoque do combate aos tóxicos. A prioridade é diminuir o consumo por meio de políticas de educação e saúde. Imbuídos desse propósito, uniram-se Fernando Henrique e os também ex-Presidentes César Gaviria, da Colômbia, e Ernesto Zedillo, do México, com o objetivo de apresentar uma proposição à ONU para resolver o problema a contento, antes que se torne incontrolável. Gaviria pormenorizou à sucursal carioca da revista Veja relevantes tópicos abordados no encontro, que passamos a comentar. O primeiro é a ameaça que a difusão dos estupefacientes causa à democracia, passando o seu combate ora pelo Estado, ora pela sociedade civil organizada. A ameaça é cristalina, e a democracia sai perdendo. Na Colômbia, basta a história dos cartéis de Medellín; no Brasil, a história das favelas, onde há décadas está constituído um poder paralelo, com leis próprias, como mostra o filme Tropa de Elite, que dispensa comentários. Há nas favelas um estado espúrio 33488 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dentro do Estado nacional, no qual, quem mais sofre são os moradores pobres, que estão desamparados e indefesos. Quanto ao papel do Estado senso lato (ONU, Nações soberanas, Estados federativos autônomos, Governos Estaduais, Prefeituras etc.), este se tem mostrado necessário, é verdade, mas insuficiente, porque não pode tudo ante a magnitude do problema, já em escala mundial. Em outras palavras, as ações estatais devem deixar de se ater a elementos criminalísticos e abranger a sociedade de modo mais amplo. É aí que aparece o papel dos cidadãos. E cidadania só existe mesmo no Estado Democrático de Direito em que haja debate verdadeiro sobre a droga, o que não ocorre em muitos países. É dessa discussão – caso da reunião da comissão em apreço e de outras reuniões que nela terão lugar – que aflora a importância crucial de outros fatores envolvidos no drama das drogas, sem detrimento, é claro, do combate ao crime. Assim, a luta contra a droga é também da sociedade civil organizada, e nela despontam pais, professores, médicos, ONGs, associações, empresas. Ambos, Estado e sociedade, devem se dar as mãos. Afinal, a guerra é ferrenha, e cabe a nós vencê-la, antes que alcance proporções alarmantes, incontroláveis – e poderemos vencer de vez, por meio da diminuição do consumo, via políticas de educação, saúde e assistência social e da geração de emprego, de centros de lazer e de esporte. Esperamos que a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, continue a se reunir e a propor ações como as mencionadas, além de outras de igual quilate. E que o País as apóie, pois elas fazem todo o sentido, são coerentes e, no mais, representam um alerta para que a vergonha do morticínio cotidiano que a droga há décadas nos traz finalmente cesse. Afinal, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o brasileiro está quase à beira do caos da guerra cotidiana, e é preciso providenciar para que não cheguemos a tal situação. Ninguém merece! Muito obrigado. A SRA. REBECCA GARCIA (PP-AM. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no momento em que a cidadã brasileira, Maria da Penha, recebe do Estado do Ceará uma indenização de 60 mil reais, é preciso salientar que a vitória conquistada não está e não pode ser resumida a bens materiais. Foram mais de 25 anos de uma luta árdua contra o preconceito de uma sociedade machista e contra a morosidade da Justiça. Uma mulher, praticamente sozinha, conseguiu derrubar tabus, sobrepujar preconceitos e, corajosamente, acabou como exemplo de luta contra a violência doméstica. Julho de 2008 A luta dessa mulher começou quando descobriu que seu marido não era mais a pessoa boa e carinhosa que ela imaginava. Era, sim, uma pessoa que tratava a mulher como ser inferior, submisso. Ela já tinha vontade de abandoná-lo, mas faltava a coragem. Até que, em maio de 1983, deitada em sua cama, levou um tiro covarde pelas costas. O autor do disparo era nada menos que Marco Antônio Heredia Viveiros, um economista, professor universitário, colombiano de nascimento, que ela viria a saber mais tarde tinha um filho na Colômbia. Era bígamo, portanto. Aos 38 anos, Maria da Penha Maia Fernandes ficou paraplégica por causa do tiro. Tinha 3 filhas pequenas e uma vida de sonhos voltada exclusivamente para a sua família. Depois de 6 meses, em outubro de 1983, ela deixou o hospital para voltar ao seu cárcere privado, que era sua própria casa. Sofreu nova agressão. Desta vez, uma tentativa do ex-marido de eletrocutá-la, quando tomava banho. Sr. Presidente, foi necessário que a família interferisse no casamento e conseguisse uma autorização judicial para que ela pudesse abandonar a casa, juntamente com suas 3 filhas. Quase 1 ano depois, em janeiro de 1984, ela prestou o seu primeiro depoimento à Polícia e, somente em setembro, 1 ano e 4 meses depois do atentado, o Ministério Público apresentou a ação contra o agressor. Maria da Penha já podia prever como o processo iria caminhar lento, se é que iria mesmo caminhar. Só em 1986 a Justiça aceitou a denúncia. Três anos depois! É tempo demais. Pior ainda, o ex-marido só foi levado a júri popular em 1991, ou seja, 8 anos depois do ataque covarde. E ele foi condenado a 15 anos de prisão, mas a defesa apelou da sentença. O Sr. Heredia caminhava livre, enquanto Maria da Penha estava paraplégica. O caso foi parar em alguma gaveta do Judiciário, até que, em 1994, ela publicou o livro Sobrevivi... Posso contar. A repercussão da publicação fez com que o caso voltasse à tona. Mas, voltou para pior. Em abril de 1995, o Tribunal de Justiça do Ceará rejeitou um dos recursos e pediu novo julgamento. No mês seguinte o Tribunal de Alçada Criminal anula o primeiro julgamento. Foram 12 anos de luta praticamente perdidos. Todo o processo teria de recomeçar, mesmo com a mulher trazendo em seu próprio corpo as marcas do crime cometido por seu ex-marido. Somente em março de 1996 é que aconteceu o segundo julgamento, quando o Sr. Heredia foi condenado a 10 anos e 6 meses de prisão. A defesa entrou com novo recurso e o caso retornou para a gaveta do Judiciário. Sr. Presidente, em setembro de 1997 aconteceu então um fato que mudaria radicalmente a condução de todo processo. Maria da Penha levou o seu caso Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ao conhecimento da Organização dos Estados Americanos – OEA, que analisou o processo minuciosamente. Em agosto de 1999 veio o ultimato. O Centro para Justiça e o Direito Internacional e Comitê LatinoAmericano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher pediram à OEA para aceitar a denúncia contra o Brasil, e o Governo brasileiro foi então advertido. O caso ganhou destaque internacional. O Governo brasileiro, no entanto, fez vista grossa. Não se manifestou, obrigando a OEA a reencaminhar o relatório ao Governo brasileiro dando-lhe um prazo de 30 dias para se manifestar, o que ocorreu em 2001. Mas, somente em 2002 é que o Governo brasileiro se manifestou a respeito, apresentando suas considerações e se comprometendo com a solução do caso. O que de fato ocorreu, pois em setembro do mesmo ano o Sr. Heredia foi preso no Rio Grande do Norte, onde passou a residir. Foi como se o Governo lavasse as mãos, pois o Sr. Heredia não cumpriu nem um terço de sua pena de 10 anos. No início de 2004 foi posto em regime aberto. A grande vitória de Maria da Penha não foi ver o ex-marido condenado. Não foi receber a indenização de 60 mil reais. A grande vitória desta guerreira foi fazer valer a palavra feminina, foi enfrentar uma sociedade que enxergava a mulher como um ser frágil e fraco. E ela foi forte o suficiente para fazer com que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, pela primeira vez em sua história, constatasse um crime de violência doméstica. Foram 25 anos esperando por uma decisão final a que os tribunais nacionais nunca conseguiram chegar. Tempo em que ela acumulou provas de que advogados, servidores do Judiciário e até juízes engavetavam o processo. Não importa, Sr. Presidente, se a farmacêutica Maria da Penha vai empregar bem a indenização merecida. Não interessa, Sras. e Srs. Deputados, que o Sr. Heredia esteja solto. Interessa muito mais que os 25 anos de luta de Maria da Penha representaram uma conquista para todas as mulheres, representaram uma vitória contra a intolerância e a violência doméstica. Interessa muito mais saber que a sua grande vitória foi a redenção de todas as mulheres brasileiras. Sr. Presidente, solicito a divulgação deste discurso no programa A Voz do Brasil e nos demais órgãos de comunicação da Câmara dos Deputados. Muito obrigada. O SR. VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amanhã, completa um ano da grande tragédia da aviação brasileira. Nesse dia, o acidente com o avião da TAM vitimou 197 pessoas e tornou-se o maior acidente da aviação aérea brasileira. Um ano Quinta-feira 17 33489 se passou desde aquele fatídico acidente e pergunto: o que mudou na aviação aérea brasileira desde então? Pois eu respondo: quase nada. Naquele dia, esta Casa estava às voltas com a CPI do Apagão Aéreo. Como foi a instalação da CPI? Houve, por parte do Governo e de sua base aliada a aplicação de todos os esforços possíveis e impossíveis para que a CPI não fosse instalada. O Governo tentou a todo custo impedir a investigação no setor aéreo, porque sabia que algo de muito podre poderia ser descoberto. Independentemente da vontade do Governo, a CPI foi instalada, e o que se sucedeu foi uma enxurrada de irregularidades, desmandos e corrupção que permeavam as instituições de governo responsáveis – vejam, senhores, que ironia – por manter a qualidade e a segurança do serviço aéreo brasileiro. Enquanto a CPI agia nas investigações, tivemos o lamentável acidente com o avião da TAM. A CPI, instalada com o propósito de investigar o acidente com o avião da Gol, em outubro de 2006, percebeu que o problema não se limitava a um comando equivocado da torre de controle. Descobriu-se o enorme contingenciamento de recursos que deveriam ser investidos no sistema aeroportuário, o sucateamento de equipamentos, a situação beligerante entre controladores civis e militares (uns ganham mais que os outros, situação que não dá para entender por que ainda perdura) e a completa subserviência da ANAC às empresas aéreas. Com a crise instalada, o Presidente Lula, que teve o desplante de dizer que não sabia desses problemas, determinou a troca de comando do Ministério da Defesa, da ANAC e da INFRAERO. Problemas resolvidos? Não. Vem o Ministro Nelson Jobim, que até parecia muito bem-intencionado, faz uma visita aqui, outra ali, com toda a imprensa ao seu encalço, diz que vai fazer e acontecer, tira alguns vôos de Congonhas, redireciona outros e determina que Congonhas não servirá mais às conexões, ou seja, que aquele aeroporto não será mais um hub de distribuição. Bastou as coisas se acalmarem para o Ministro voltar atrás e determinar que Congonhas seja novamente um centro de distribuição de vôos. Lamentável, Sras. e Srs. Deputados, que este Governo não tenha o menor respeito com os cidadãos que se utilizam dos serviços aéreos, muito menos com as milhares de vidas que são colocadas em risco diariamente. O sistema aéreo brasileiro continua tão ou mais critico, e se este Governo não agir com a prudência e o rigor que compete a ele, infelizmente, não estaremos livres de presenciar outra tragédia. E como se não bas- 33490 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tasse essa postura negligente do Governo, também esta Casa não cumpre o seu papel, quando não permite que seja instalada uma Comissão, sugestão apresentada pela CPI do Apagão Aéreo, para que sejam fiscalizadas as ações do Governo no setor aéreo. É uma pena que pouca importância se dê à vida alheia. O SR. EDMILSON VALENTIM (Bloco/PCdoB-RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna para fazer um apelo à diretoria dos Correios para abrir o diálogo com os trabalhadores dos Correios que estão em greve há dias. Os profissionais dos Correios reivindicam o cumprimento integral do compromisso, que foi assinado com a empresa em novembro de 2007 e ratificado em abril deste ano, com o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, mas que até agora não foi cumprido. Os trabalhadores lutam pela incorporação de 30% de adicional de periculosidade, negociação do Plano de Carreira e participação nos lucros. O prejuízo desta greve é grande para todos. Hoje está completando 16 dias de paralisação, com mais de 100 milhões de correspondências e encomendas atrasadas ou paradas. Para o grevista há também o risco de corte no ponto e perda do salário. Por isso, é importante que se inicie de fato as negociações com a categoria. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares – FENTECT a greve afeta os trabalhadores de 23 Estados e do Distrito Federal, envolvendo em média 20% dos empregados e 30% dos carteiros. O Tribunal Superior do Trabalho promoveu ontem reunião na tentativa de encerrar a paralisação, mas a proposta foi rejeitada pela categoria, que considerara que suas demandas não estavam sendo atendidas. A seção de dissídio do TST encontra-se em recesso e retorna suas atividades somente no dia 14 de agosto. O Relator da proposta, Ministro Maurício Godinho, também está de férias e só retorna em 1º de agosto. Mas, antes disso, o Ministro do TST, na tentativa de uma conciliação entre as partes, apresentou mais uma proposta (já encaminhada nesta manhã aos sindicatos filiados). A resposta deve ser dada até o dia 17 de julho. Apelo para o Ministério das Comunicações e para a diretoria dos Correios no sentindo de que atendam às demandas desta importante categoria, que exerce suas atribuições com muito zelo e eficácia, e que seja encerrada a greve dos trabalhadores dos Correios. Não há como esperar até agosto para que esta greve seja encerrada. Os transtornos e prejuízos para empresários e para a sociedade serão ainda maiores. Era esse o registro que eu desejava fazer, Sr. Presidente. Muito obrigado. Julho de 2008 A SRA. GORETE PEREIRA (PR-CE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a polêmica Lei nº 11.705, de 2008, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro, não só provocou mudanças significativas nos hábitos da população, mas contribuiu com a redução de acidentes de trânsito. A política de tolerância zero imposta pela lei comprova a sua importância e efetividade. Resultados divulgados recentemente revelam uma redução entre 17% e 30% no atendimento de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, o que sem dúvida é uma grande conquista para a saúde pública brasileira. Ao ressaltar que até o ano passado cerca de 17 mil mortes estavam relacionadas à arriscada combinação do álcool e direção, estima-se que esse número não irá se repetir em 2008, tendo em vista os efeitos positivos proporcionados pela lei em vigor. Tratando-se dos benefícios econômicos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) realizou um trabalho sobre as despesas oriundas com acidentes de trânsito em áreas urbanas nos anos de 2001 e 2003 e constatou que, apenas em resgate e internações, os cofres públicos desembolsaram cerca de R$5,3 bilhões anuais. Os gastos com internações e reabilitação desses pacientes sobrecarregam o orçamento do setor, transformando-se numa perda significativa que poderia ser investida em ações de melhoria da saúde pública. Como parâmetro para visualizar a magnitude dessas despesas, podemos destacar como exemplo que esse valor corresponde ao total investido anualmente no Programa Saúde da Família, verba que atende uma população de quase 100 milhões de pessoas. Além disso, o número é 5 vezes maior que o aplicado em todo o tratamento de portadores de HIV, que ultrapassa 200 mil pessoas. Depois da implantação da nova legislação, levantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta para a redução de 24% das operações de resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU em todo o País. Em Fortaleza, houve uma queda de 41% no número de ocorrências registradas nos fins de semana. Essa redução beneficia outros atendimentos como partos, queimaduras, intoxicação, mal súbito. A Lei Seca, como é chamada por muitos, está em total consonância com os anseios da sociedade, já que o objetivo almejado por todos é uma vida longa e com qualidade, proporcionados por um ambiente de paz e responsabilidade. Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente. Em sua edição comemorativa de 35 anos, publicada no último dia 10, a revista Exame analisou o desem- Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS penho financeiro das 500 maiores e melhores empresas do Brasil. Para alegria dos cearenses, 3 empresas do nosso Estado conquistaram posições no ranking, sendo elas: Grendene, M. Dias Branco e a Companhia Energética do Ceará – COELCE. Com os maiores faturamentos do Ceará, esses 3 grupos demonstraram não apenas para nós, cearenses, mas para o Brasil, a importância do comprometimento e da competência na administração, já que setores como o calçadista e de produtos alimentícios, a cada ano, perdem mercado para as empresas estrangeiras, principalmente as chinesas, sem contar a excessiva carga tributária, a falta de incentivos fiscais, como também a desvalorização do dólar. Liderando a lista, a COELCE, com 1.297 funcionários, faturou US$1,4 bilhão, em 2007, confirmando o excelente desempenho do Presidente Abel Rochinha, que em apenas 1 ano de gestão proporcionou à COELCE reconhecimento e respeito perante as empresas brasileiras. Localizada no Eusébio, a M. Dias Branco possui 6.901 empregados, comanda a produção e venda de massas e biscoitos no Nordeste. Em 2007, incrementou seu faturamento em 10,8%, atingindo US$923 milhões. Na terceira posição, a Grendene fechou o ano passado com US$891,9 milhões, crescimento de 4,5% em relação a 2006. Localizada em Sobral, desempenha suas atividades no setor calçadista empregando cerca de 23.290 pessoas. Segundo o balanço da Grendene, realizado no primeiro trimestre, ela mantinha a liderança de maior exportador de calçados do Brasil. De acordo com o Diretor de Relações com Investidores, Francisco Schmitt, a empresa está investindo pesado no mercado internacional. Portanto, Sr. Presidente, ao fazer este registro presto uma homenagem às 3 empresas e parabenizo seus dirigentes Abel Rochinha, Ivens Dias Branco e Alexandre Grendene Bartelle, extensivo às equipes, ressaltando que figurar no ranking dos melhores e maiores da revista Exame simboliza o reconhecimento pelo trabalho competente e pela contribuição ao desenvolvimento socioeconômico da região, com tantos benefícios para o povo cearense, o Nordeste e o Brasil. Muito obrigada. O SR. PEDRO CHAVES (Bloco/PMDB-GO. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Congresso Nacional debate a reforma tributária, apresentada pelo Presidente Lula, por meio da Proposta de Emenda à Constituição nº 233. Há décadas o País reclama uma reforma tributária justa, equânime, representativa e que ofereça contri- Quinta-feira 17 33491 buição à distribuição de renda no País. Precisamos aprovar essa reforma com urgência, pois é um imperativo para o País. Os empresários, especialmente do Centro-Oeste, temem prejuízos com a possibilidade do fim dos incentivos fiscais e com as mudanças no ICMS, que passará a ser cobrado no destino e não na origem como é hoje. Os Estados usam os incentivos fiscais como forma de atrair empresas e promover o desenvolvimento. A bancada federal de Goiás, preocupada em preservar os incentivos fiscais que fomentam o desenvolvimento regional, esteve reunida com o Governador Alcides Rodrigues, com os representantes do empresariado – FIEG, ACIEG e Adial -, buscando debater os pontos que devem ser preservados e os que devem ser alterados na reforma tributária. O Relator da PEC, Deputado Sandro Mabel, do PR de Goiás, garante que os Estados não vão perder receitas com a reforma tributária, pois a idéia é criar o FER – Fundo de Equalização de Receitas -, que será acionado se houver prejuízo para algum Estado, como forma de compensação. Sandro Mabel afirma que as 27 legislações do ICMS que existem hoje vão dar lugar a uma única lei. O objetivo é simplificar o sistema. É, portanto, pertinente a preocupação dos empresários quanto à possibilidade de a reforma tributária colocar em risco o crescimento conquistado pelos Estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, a partir da década de 90, quando os incentivos fiscais se consolidaram. A cobrança do ICMS, por exemplo, precisa ser mantida no Estado de origem da produção e não no Estado do destino da produção. Goiás é um Estado com grande produção de matéria, de produtos agrícolas, de produtos oriundos da agroindústria, e seria bastante prejudicado caso fosse alterada a cobrança do ICMS para o Estado do destino da produção. Discutir a extinção dos incentivos fiscais com base no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS foi a temática central do debate ocorrido na Associação Comercial e Industrial de Goiânia, Aparecida e Anápolis, já que o empresariado está atento às possíveis mudanças na reforma tributária. É o fórum Mobilização do Centro-Oeste pela autonomia de gestão dos Estados e pelos incentivos fiscais do ICMS. Para o Presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia, Marcos Alberto Luiz de Campos, da maneira como está sendo apresentado o relatório da reforma tributária, os interesses da sociedade e dos empresários dos Estados em franco desenvolvimento, como Goiás, podem ser lesados, principalmente no que diz respeito ao encerramento dos incentivos fiscais do ICMS e à perda da autonomia de gestão dos Estados, fatos que atingirão diretamente o 33492 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS desenvolvimento de Goiás. Recursos que antes eram destinados ao fomento serão designados para atender a outros interesses e se perderão na burocracia que freia o nosso crescimento. É preciso registrar que o Estado de Goiás ganhou impulso no seu desenvolvimento econômico e social a partir do primeiro Governo de Iris Rezende, em 1983, pelo PMDB, quando foi implantado o Programa Fomentar, que buscava, por meio de incentivos fiscais, atrair indústrias para o Estado, visando à geração de emprego e renda. E o Estado alcançou um salto de qualidade na sua economia, com índices de crescimento acima da média nacional. Desde 1983, Goiás experimenta fases extraordinárias de crescimento econômico, o que implica a melhoria da qualidade de vida da população. O assunto incentivos fiscais é de enorme relevância para o Brasil, se observarmos sob o aspecto dos valores envolvidos. O Direito Tributário, todavia, não tem-se debruçado sobre o assunto com a atenção que ele precisa e merece, já que se trata de dinheiro público que simplesmente não é arrecadado, mesmo assim deve obedecer critérios legais para sua utilização. Dentre os diversos tipos de incentivos encontramos aqueles destinados ao desenvolvimento regional, que se destinam a promover o desenvolvimento de regiões mais carentes de forma que estas possam alcançar as mais abastadas no que se refere à economia e condições de vida da população. Levando-se em conta a magnitude da renúncia fiscal que a concessão de incentivos fiscais implica, merece o assunto atenção especial por parte dos operadores do Direito e da sociedade em geral, já que os valores que deixam de ser arrecadados devem ser aplicados de acordo com os requisitos constitucionais. Os incentivos fiscais ao desenvolvimento regional são uma ferramenta da extrafiscalidade que visam induzir ao equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico das regiões brasileiras por meio do fomento da atividade econômica. Constituem exceção ao princípio da uniformidade geográfica, e como tal só podem ser concedidos se estritamente observados os requisitos constitucionais para a sua concessão. Tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico, o incentivo fiscal concedido pela União com o objetivo de equilibrar o desenvolvimento das regiões deve ser orientado no sentido de uma efetiva melhora nos indicadores econômicos e também sociais na região beneficiada, devendo ser exigido determinados resultados de desenvolvimento dos beneficiários. O requisito da temporariedade do incentivo implica que a atividade estimulada pelo incentivo deve ter a capacidade de se manter após o fim do incenti- Julho de 2008 vo, sob pena de desenvolvimento artificial da região beneficiada e criação de privilégios tributários perenes para oligarquias regionais, o que a Constituição expressamente veda. Como sugestão de requisito e de orientação para a concessão do incentivo, deve ele respeitar a vocação local, incentivando a criação e desenvolvimento de atividades que se adaptem à região incentivada, entendendo que assim a chance de êxito na busca dos objetivos de equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico das regiões será maior. É chegada a hora de nos unirmos todos, Parlamentares de Goiás, do Distrito Federal, do Tocantins, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, do Norte e do Nordeste brasileiro, para que a reforma tributária seja aprovada, atendendo aos interesses maiores do povo brasileiro, mas sem prejuízos do desenvolvimento regional. E uma garantia de desenvolvimento regional é a manutenção dos incentivos fiscais, da cobrança do ICMS nos Estados produtores e não consumidores. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero reconhecer a importância social do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF e, ao mesmo tempo, encaminhar uma sugestão às autoridades econômicas do Governo. O PRONAF é um dos poucos programas monitorados pelo Governo que estão oferecendo resultados positivos, e não pode fracassar em nenhuma hipótese, num quadro de tantas dificuldades vividas hoje pela agricultura brasileira. Esse programa busca estimular o desenvolvimento rural, fortalecendo a agricultura familiar e gerando emprego e renda. Mantido pelo Ministério da Agricultura, em parceria com Estados e Municípios, o PRONAF tem conseguido aumentar a renda e melhorar as condições de vida de milhares de pequenos agricultores. Para ser beneficiado com o crédito do PRONAF, o agricultor deve estar enquadrado nas normas do programa, comprovando principalmente sua caracterização como agricultor familiar. Como os filhos estão comprometidos com a atividade da família, cria-se, além disso, uma oportunidade para os jovens fixarem-se nas atividades do campo, evitando-se assim o êxodo na direção das grandes cidades. No meu Estado de Goiás, o PRONAF já beneficiou milhares de famílias, localizadas em mais de 80 municípios. Um exemplo dos bons resultados obtidos pelo programa está no Município de Itapuranga, onde a agricultura familiar vive um período de franca expansão graças ao apoio do PRONAF. Com uma população de aproximadamente 30 mil habitantes, Itapuranga tem mais de 6 mil famílias constituídas de pequenos e miniprodutores. Dessas, quase 3 mil famílias estão sendo contempladas com a ajuda do PRONAF. Com Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS orientação técnica de especialistas da Agência Rural e da Prefeitura, esses produtores vêm-se dedicando ao cultivo de milho, melancia, banana, hortaliças, mamão, tomate, feijão e maracujá. Quem gerencia o programa é o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, formado por representantes do Poder Público, Agência Rural e dos próprios produtores rurais. As prioridades para aplicação dos recursos são definidas no Plano Municipal de Desenvolvimento Rural, elaborado com base em consultas feitas à comunidade. Nos últimos anos, foram investidos na agricultura familiar de Itapuranga mais de 500 mil reais. Graças a esses recursos, os produtores têm à disposição 3 represas comunitárias, 5 conjuntos de irrigação, 6 conjuntos de inseminação artificial, 5 tratores, 1 caminhão, além de outras benfeitorias. O exemplo de Itapuranga ilustra muito bem a eficiência do PRONAF. E comprova mais um vez a força do pequeno empreendimento na geração de bens e riqueza. A verdade, Sr. Presidente, é uma só: a agricultura, seja em que país for, necessita de recursos e investimento para produzir mais e melhor. E Goiás quer produzir mais e melhor. Por isso, precisa ter mais recursos em disponibilidade; mais famílias sendo beneficiadas pelo PRONAF, mais municípios sendo atendidos pelo programa. É nesse ponto que quero transmitir um apelo veemente aos órgãos de decisão vinculados ao PRONAF: é fundamental, é prioritário, é absolutamente imperioso elevarmos o orçamento desse programa para o próximo ano. Precisamos aumentar os recursos para que mais municípios possam se integrar ao programa. Não deve ser apenas em Goiás que se verifica uma demanda reprimida à espera de auxílio. Outros Estados também devem estar em situação idêntica, desejando a ampliação do orçamento destinado aos agricultores familiares. Os benefícios oriundos do PRONAF, Sr. Presidente, são imediatamente sentidos pelas populações das comunidades beneficiadas. Amplia-se a oferta de emprego, estanca-se o êxodo rural, produz-se mais alimentos. O PRONAF é uma das vias para se combater a pobreza e a miséria no campo, e para evitar o inchaço das grandes cidades. Nenhuma dificuldade deve impedir o desenvolvimento e a formação de renda no meio rural. É importante entender que grande parte da agricultura familiar fornece como garantia do empréstimo o resultado da produção. Como a produção é afetada por um grande leque de fatores, entre os quais a incerteza dos fenômenos climáticos, esse pequeno agricultor pode encontrar dificuldades em saldar a dívida Quinta-feira 17 33493 se sua produção não foi boa. Não se deve, portanto, crucificar os agricultores inadimplentes a priori. As instituições financeiras devem ter um espaço de manobra que lhes permita renegociar as dívidas. O agricultor inadimplente de hoje poderá ser um bom pagador amanhã. O momento de agir é agora, quando os setores governamentais e financeiros envolvidos com a agricultura e a pecuária começam a tratar do financiamento da próxima safra. Precisamos manter e ampliar o orçamento, para que mais e mais agricultores familiares, recebendo o apoio do programa, passem a integrar a extensa rede da atividade rural e contribuam, de forma decisiva, para produzir mais alimentos para eliminar a fome e a miséria entre as nossas populações mais carentes. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a população de Goiás comemorou o lançamento de obras de mais um trecho da Ferrovia Norte-Sul, que vai impulsionar não só a economia do Estado como das Regiões Norte e Centro-Oeste do País. A Caravana do Progresso, liderada pelo goiano José Francisco das Neves, o Juquinha, presidente da VALEC, fez o percurso de Campinorte a Estrela do Norte e de Estrela do Norte a Porangatu, o que equivale a 190 quilômetros. Nestes locais estão montados 3 canteiros de obras e cada um vai receber investimentos de R$20 milhões, no total de R$60 milhões. O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu que até o final de seu mandato, em 2010, entregará 1.234 quilômetros da Norte-Sul (do Maranhão a Goiás). Mas o Presidente da VALEC, Juquinha das Neves, assegura que a ferrovia estará pronta em dezembro de 2009, data prevista para a inauguração do trecho em Anápolis. As obras vão gerar cerca de 17,5 mil empregos diretos, sendo 7,5 mil só em Goiás. Ao todo será investido cerca de R$1,5 bilhão nos 400 quilômetros no trecho goiano da ferrovia. O que significaria 5 anos de investimentos do Governo, se comparado ao montante anual de R$300 milhões. A concretização da Norte-Sul, sonhada há mais de 20 anos, está sendo possível graças a uma engenharia financeira desenvolvida pelo Presidente Lula, através da VALEC e a partir dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Durante a execução das obras, um Grupo de Trabalho irá visitar as cidades que receberão a ferrovia, para fazer reuniões técnicas, onde serão mostradas oportunidades de negócios. Relatório será emitido pelo grupo mensalmente. Os 8 lotes de operação de Goiás da Ferrovia Norte-Sul foram divididos em 2 etapas de lançamento. Quatro trechos foram lançados dia 17 de junho, em 33494 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Jaraguá, na região do Vale do São Patrício. Grande público compareceu a Porangatu, dia 27 de junho, já que a cidade vai sediar o principal modal de carga e descarga da Norte-Sul. Para este ano, estão previstas 17 frentes de obras de serviço que ficarão responsáveis pela construção da Ferrovia Norte-Sul. Essas frentes vão do trecho de Anápolis, em Goiás, a Araguaína, no Tocantins. O início das obras deve ocorrer em breve. Em território goiano, a Norte-Sul terá 506 quilômetros de extensão, de Anápolis a Porangatu. Segundo o Presidente da VALEC – empresa do Ministério dos Transportes encarregada da construção da ferrovia -, José Francisco das Neves, além dos empregos gerados de modo direto, outros 50 mil são gerados indiretamente. A ferrovia vai promover o desenvolvimento econômico de diversas cidades, principalmente nos municípios por onde passar a ferrovia. Durante o lançamento da segunda etapa das obras da Ferrovia Norte-Sul em Goiás, que fazem parte da Caravana do Progresso, o Governador Alcides Rodrigues e o Presidente José Francisco das Neves, além de autoridades políticas, classistas e empresariais presentes, ficaram registrados os benefícios que a ferrovia trará para o Estado. Não só Goiás, mas todo o País vai crescer e se desenvolver, uma vez que os produtos que serão transportados na ferrovia terão maior competitividade no mercado nacional e, conseqüentemente, no mercado estrangeiro. José Francisco das Neves conta que as empresas concessionárias deverão contratar moradores das cidades beneficiadas para trabalhar na construção dos trechos. A ferrovia vai promover um transporte mais rápido e seguro de mercadorias. Essa obra é tão importante para a sociedade porque significa a criação de milhares de empregos, beneficiando empresários da região. A ferrovia vai proporcionar redução no tempo de entrega de carga. Serão cerca de 20 dias a menos no transporte de produtos para a Europa. Para o Japão, será reduzido o tempo de entrega em 45 dias. Há ainda a valorização de propriedades ao longo das cidades por onde a ferrovia passar. A Norte-Sul dá prosseguimento ao setor ferroviário em várias partes do Brasil, o que é excelente para Goiás, onde temos trechos importantes. O produto transportado por essa ferrovia fica com maior competitividade, além dela integrar todas as regiões do País. Isso representa um salto muito grande rumo ao desenvolvimento. Goiás representa atualmente 3% do PIB nacional e 2,7% no seu número de habitantes. É preciso lutar para que esse espaço seja cada vez mais ocupado, Julho de 2008 não só por exportações, mas também com o avanço da ciência e da tecnologia, do conhecimento e da qualidade de vida do cidadão. Segundo o presidente da VALEC, empresa do Ministério dos Transportes, encarregada da construção da ferrovia, até 2010 deverá estar pronto todo o trecho que liga Anápolis ao Porto de Itaqui, no Maranhão. A Norte-Sul é um projeto ferroviário que contempla a construção de uma ferrovia de aproximadamente 2.100 quilômetros, atravessando as Regiões CentroOeste e Norte do País, conectando-se ao Norte com a Estrada de Ferro Carajás e ao Sul com a Ferrovia Centro Atlântica, buscando com isso reduzir o custo do frete para longas distâncias na região, assim como incentivar o desenvolvimento do cerrado brasileiro. O responsável pelo projeto é a VALEC – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., sendo constituída sob a forma de empresa pública, como agência de desenvolvimento do Brasil Central e detentora da concessão da Ferrovia Norte-Sul. Situação atual do projeto: a ferrovia tem 226 quilômetros de trilhos construídos – De Açailândia ao Estreito, no Maranhão, implementados com recursos do Governo Federal. Em Açailândia conecta-se com a Estrada de Ferro Carajás, permitindo acesso ao Porto de Itaqui, em São Luis do Maranhão. Até o final do ano, mais um trecho de 32 quilômetros entre Estreito e Colinas do Tocantins estará sendo concluído. A ferrovia busca reduzir o custo do frete para longas distâncias na região, assim como incentivar o desenvolvimento do cerrado brasileiro. A ferrovia será parte integrante do sistema ferroviário brasileiro, conectando-se ao Norte com a Estrada de Ferro Carajás e ao Sul com a Ferrovia Centro Atlântica. Esta ferrovia é a maior de todas as concessões ferroviárias brasileiras e será responsável por conectar a Norte-Sul aos maiores portos brasileiros, como Santos, Vitória e Rio de Janeiro, assim como as regiões industriais de São Paulo e Minas Gerais correspondentes a aproximadamente 80% da população brasileira e 56% do PIB nacional. Quando estiver plenamente em operação, a NorteSul deverá transportar 12,4 milhões de toneladas/ano, com um custo médio de longo prazo equivalente a US$15/1000 t.km, menos da metade do frete rodoviário. Muito obrigado. O SR. IRAN BARBOSA (PT-SE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de informar a todos e todas que recebemos, com satisfação, a aprovação da candidatura da Praça de São Francisco, na cidade de São Cristóvão, em meu Estado, como patrimônio cultural da humanidade. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O reconhecimento como patrimônio mundial é mais do que oportuno. São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do Brasil. Foi a primeira Capital sergipana, e a Praça agrega belíssimo conjunto arquitetônico, construído no século XVII. A beleza do sítio histórico, caros colegas Parlamentares, composto pelo Convento de São Francisco, pelo Palácio Provincial, pela Casa do Ouvidor e por todas as edificações em seu entorno, é singular, encontrada em poucos lugares do mundo, com a marca do mesmo período. É de uma beleza realmente indiscutível. Mas, infelizmente, como já chamei a atenção nesta tribuna, em outro pronunciamento, realizado em março deste ano, as obras de restauração ainda não finalizadas estão comprometendo o belo cenário colonial da praça. A restauração que aquele conjunto arquitetônico vem recebendo caminha de maneira lenta. Todos sabemos o peso que tem um título de Patrimônio Histórico da Humanidade, pois incentiva o turismo, fomenta o comércio, gera divisas e traz conseqüente progresso para a cidade contemplada. São Cristóvão nivelará a primeira Capital dos sergipanos a outras grandes cidades do mundo que possuem semelhante título. Mas também é certo que não basta, apenas, tombar um patrimônio histórico. É necessário, antes de qualquer coisa, zelar por sua preservação e manutenção para fazer jus a tão honroso título. Além disso, como bem sugerem moradores e guias turísticos locais, deve haver maior divulgação turística daquele conjunto arquitetônico; melhoramento geral na estrutura da cidade, de restaurantes e de hotéis; e sinalização dos pontos turísticos para receber bem turistas e visitantes. Esse é um desejo, um anseio muito grande, não só dos moradores de São Cristóvão, mas também da população sergipana, que recebeu com muita satisfação o resultado da 32ª Sessão do Comitê de Patrimônio Mundial da UNESCO, realizada de 2 a 10 de julho na cidade de Quebec, no Canadá, que reconheceu a candidatura da praça. Na reunião, a delegação do Brasil no Comitê, chefiada pelo Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (IPHAN), Luiz Fernando de Almeida, buscou apoio junto às outras delegações para a alteração do status da candidatura. Isso equivale a dizer que o Valor Universal da candidatura já está reconhecido pelo Comitê, que deve apenas receber informações complementares que podem ser enviadas pelo Brasil num prazo de até 3 anos, para a avaliação final pelo Comitê, para ocorrer a conseqüente inscrição na Lista do Patrimônio Mundial. Quinta-feira 17 33495 A expectativa é de que as revisões da candidatura da praça poderão ser apresentadas na próxima Sessão do Comitê, em 2009. Tal processo dependerá da apresentação de diversos documentos. Neste sentido, peço empenho e faço um apelo ao Governo do Estado para que esses documentos e as demais exigências para tornar a Praça São Francisco em Patrimônio Mundial da UNESCO sejam reunidos o mais rápido possível, pois temos certeza do compromisso do Governador Marcelo Déda e do Secretário de Cultura, Luiz Alberto, com essa importante causa sergipana. Era o que tinha para o momento. O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nestes últimos dias, em contato com autoridades do Governo do Estado de Pernambuco e também por observação pessoal e leitura da mídia impressa, pude constatar a onda de otimismo que tomou conta do meu Estado quanto aos investimentos no setor turístico, principalmente no litoral sul. Não é sem justificado orgulho que o Governo Eduardo Campos faz anúncios na imprensa regional e na mídia nacional, mostrando que “a produção industrial de Pernambuco cresceu três vezes mais do que a média da região Nordeste, em 2007”. Há outros fatores de otimismo para a população do Estado: o racionamento de água em Caruaru e Escada (sul do Estado) acabou, e com o Sistema Pirapama o racionamento vai acabar na Região Metropolitana do Recife; já começaram, desde março último, as obras do Hospital Metropolitano de Paulista. Mas é no desenvolvimento do setor turístico que se concentram as atenções dos investidores nacionais e estrangeiros, que podem somar R$3,38 bilhões. Quero referir-me também às obras do complexo turístico da Reserva do Paiva, no sul do Recife, ao qual estão associados o Grupo Brennand – De Ricardo Brennand e Cornélio Brennand – e a Odebrecht. Esse investimento atingirá aproximadamente 1,6 bilhões de reais. Em Barreiros, também no litoral sul do Estado, o grupo espanhol Qualta Resorts construirá um outro complexo turístico constituído de chalés para venda, com estrutura hoteleira de apoio e investimentos também de mais de 1 bilhão de reais. Os portugueses Pestana, de muita tradição no setor hoteleiro da Europa, e a construtora Teixeira Duarte instalam-se em Porto de Galinhas, na área que pertenceu à antiga casa de veraneio do Estado. Todos esses investimentos terão impacto ambiental e repercussão socioeconômica de muita importância 33496 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS para os Municípios do sul do Recife: Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Escada, Sirinhaém, Barreiros. O maior desafio é a formação de quadros especializados em hotelaria-gestão, turismo receptivo, cozinha, bar, serviços auxiliares. O Governo Estadual e as Prefeituras, pelo que sei, estão atentos a essa questão, pois seria inadmissível que a mão-de-obra local não fosse treinada e recrutada. No interior do Estado, observa-se também muito entusiasmo com o turismo ecológico nos antigos engenhos de açúcar, nas fazendas e com a organização de grupos folclóricos, incluindo o grupo de xaxado de Serra Talhada, que já ganhou dimensão nacional, os maracatus de Nazaré da Mata e os grupos de frevo e balé afro-brasileiros do Recife e de Olinda; em Triunfo, no Sertão do Pajeú, no Agreste, a Serra Negra de Bezerros; e em Garanhuns a época de inverno atrai cada vez mais turistas que vão aproveitar as amenidades do clima frio e desfrutar da gastronomia típica. A grande vantagem do turismo é a criação de empregos, rapidamente, além da forte demanda de serviços auxiliares de mão-de-obra para tarefas de limpeza, conservação, transporte e segurança. Estou convencido de que esse é um dos caminhos seguros para aumentar a oferta de empregos no Nordeste – e não apenas em Pernambuco – nos próximos anos. Daí a importância do apoio financeiro que o setor bancário deve dar para instalação de novos hotéis e pousadas na região. Muito obrigado. O SR. ANTONIO BULHÕES (Bloco/PMDB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero manifestar minha alegria pela conclusão, no âmbito do Congresso, da votação do projeto de lei que institui o piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica. Apesar das limitações inerentes à proximidade do recesso de meio de ano, bem como das eleições municipais, a Câmara empenhou-se em agilizar a tramitação de substitutivo ao projeto original, aprovando-o em maio. Em seguida, a matéria foi apreciada pelo Senado, onde, no último dia 2, após exame pelas Comissões de Educação e de Constituição e Justiça, seguiu para o plenário em regime de urgência e, enfim, acabou aprovada. Com a aprovação desse substitutivo da Câmara, foi estabelecido valor mínimo de 950 reais a ser pago a professores com carga horária de 40 horas semanais. Tal valor deverá ser implantado de forma gradual, em todo o País, até 2010. Julho de 2008 Assim, o Congresso atende antiga reivindicação dessa categoria de trabalhadores, já expressa desde o Pacto Nacional pela Valorização do Magistério e Qualidade da Educação, firmado em 1994. Além disso, garante igualdade de tratamento aos professores de todo o Brasil, ao unificar os mais de 5 mil pisos salariais atualmente existentes. Também prevê complementação da União aos Entes Federados que não disponham de recursos para fazer o pagamento integral do valor estabelecido. Embora ainda não seja o ideal, o piso de 950 reais pode ser considerado enorme avanço, quando se considera que, até o ano passado, cerca de 41% dos profissionais do magistério público da Educação Básica recebiam menos do que isso. Trata-se de passo importantíssimo em direção ao reconhecimento de que, sem melhorar os salários e as condições de trabalho dos professores, a educação não poderá melhorar, e conseqüentemente o Brasil também não. Nessa direção, ainda, o Senado aprovou, no mesmo dia 2, a PEC 96, de 2003, originada naquela Casa, que reduz gradualmente, a partir de 2009, os percentuais de Desvinculação das Receitas da União – DRU sobre as verbas destinadas à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, previstas na Constituição. Em 2011, conforme a proposta, deverá haver total extinção da DRU para a educação, possibilitando assim que as verbas sejam integralmente utilizadas nas finalidades previstas. Agora a PEC será examinada aqui, na Câmara, onde espero que possa ser rapidamente votada e aprovada. Com tais medidas, o Congresso busca responder ao anseio dos brasileiros por educação de qualidade, como base para o desenvolvimento econômico e social. Muito obrigado. O SR. MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB-AM. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, povo do estado do Amazonas, ocupo a tribuna para fazer o registro do XII Congresso Brasileiro de Arborização Urbana que acontece na cidade de Manaus. Com o tema Conservação e Expansão dos Espaços Verdes: Um Desafio ao Gerenciamento Urbano, o evento está oferecendo aos participantes, entre outras coisas, conteúdo técnico sobre arborização urbana. Sr. Presidente, o XII Congresso Brasileiro de Arborização Urbana está sendo realizado numa feliz parceria entre a Prefeitura de Manaus e a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. O evento tem por Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS objetivo apresentar as diferenças entre árvores no hábitat e árvores em ambiente urbano. Sras. e Srs. Parlamentares, mostrar tal comportamento diferenciado da árvore na cidade é fundamental para os técnicos arboristas entenderem a necessidade dos cuidados de poda, de nutrição e de segurança, uma vez que a árvore está submetida a inúmeros fatores de estresse, e mesmo em face dos muitos e possíveis problemas de doenças que podem provocar a queda de um galho ou da árvore inteira. O curso intensivo apresenta critérios preparatórios para uma análise dos candidatos para saber se eles têm certo grau de conhecimento necessário para trabalhar no cuidado dessas árvores em ambiente urbano. Para isso, são aplicados exames de certificação, elaborados pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. Tais exames são feitos ali mesmo no evento com os arboristas de Manaus. Para enfatizar a importância das mudas nativas como meio mais seguro e viável para a implementação de um projeto de arborização eficiente, o Congresso teve importante curso com o tema Produção de Mudas para Arborização de Ruas. Caros colegas Deputados, outros cursos também estão sendo ministrados, relacionando temas como Biodeterioração de Árvores e Análises de Riscos, Termo de Compromisso Ambiental para Arborização Urbana e Paisagismo Sustentável. Sr. Presidente, a realização do Congresso em Manaus foi elogiada pelos dirigentes do evento. Eles destacam a organização impecável e a participação expressiva de grande número de especialistas locais, além do empenho da Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O sucesso referendado por Manaus mantém o Congresso de Arborização na Região Norte. A cidade de Rio Branco, Capital do Acre, será a sede do próximo Congresso Brasileiro de Arborização Urbana. Será a 13ª edição do evento, que é sempre realizado pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana em parcerias com Prefeituras, Governos Estaduais e outras entidades. Sr. Presidente, a escolha da cidade-sede foi feita durante a assembléia da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana realizada dentro da programação do XII Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, o que, na visão dos organizadores, reflete a necessidade que o País tem de discutir a questão da arborização urbana e a busca pelo aprimoramento e reconhecimento da importância de uma árvore. O XII Congresso Brasileiro de Arborização Urbana será encerrado hoje com apresentação de painéis, conferências e uma mesa-redonda com o tema Desa- Quinta-feira 17 33497 fios da Participação Comunitária na Conservação e Expansão dos Espaços Verdes. Ao final do evento, Sr. Presidente, será elaborada e lida a Carta de Manaus com as propostas discutidas durante o congresso. Feito esse registro, quero parabenizar a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e a Prefeitura de Manaus pela excelência na organização do evento. A todos os participantes do XII Congresso Brasileiro de Arborização Urbana o nosso afetuoso abraço. Quero dizer a todos e a cada um dos que estiveram no evento que o trabalho dessas pessoas é fundamental para toda e qualquer espécie de vida. Parabéns! Eram essas as minhas palavras. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, volto a esta tribuna para falar da situação em que se encontram os produtores rurais diante das atuais leis de preservação ambiental. Em primeiro lugar, gostaria de reafirmar que em hipótese alguma sou contrário à preservação do meio ambiente. Entendo perfeitamente a importância da preservação ambiental e sua intrínseca relação com a manutenção das condições climáticas, hídricas e da biodiversidade local. Também tenho consciência de que a atividade agropecuária depende diretamente do uso sustentável dos recursos naturais. Entretanto, defendo a prevalência do bom senso na busca por um equilíbrio entre a preservação do meio ambiente e as atividades econômicas. Sei que os produtores rurais de todas as regiões do País estão inconformados com as exigências ambientais que lhes vêm sendo impostas e com o fato de que o Código Florestal Brasileiro, que tem mais de 40 anos, está parcialmente dissociado da realidade agropecuária de hoje. Por isso, acredito ser necessária e urgente uma revisão do atual Código Florestal, para permitir que o setor produtivo tenha condições de cumprir a legislação. De acordo com o Código Florestal, de 1965, reforçado por leis e medidas provisórias posteriores, são Áreas de Preservação Permanente – APP, ou seja, intocáveis, as florestas e demais formas de vegetação natural que ocupam uma faixa ao longo de rios ou de qualquer curso d’água, ao redor de lagoas, lagos, reservatórios d’água, nascentes ou olhos d’água, nos topos de morros, montes, montanhas e serras, nas encostas, nas restingas e nas bordas de tabuleiros ou chapadas. Além disso, o Código também restringe o uso do solo nas áreas denominadas de Reserva Legal, que, na região amazônica, correspondem a 80% da proprie- 33498 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dade rural, quando em áreas de floresta, e a 35% em áreas de cerrado. E que, nas demais regiões do País, é de 20% da propriedade, isso sem levar em conta as Áreas de Preservação Permanente. Entretanto, a ocupação do solo em muitos dos Estados brasileiros, principalmente nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste, é mais antiga do que a legislação vigente, e a obrigação de manter a Reserva Legal nem sempre foi exigida. Mas, agora, querem que os proprietários rurais reponham a vegetação nativa nas áreas de Reserva Legal, que há muito estão consolidadas para a atividade agrícola. O que significaria, para o produtor rural, deixar de utilizar economicamente uma área já alterada, por vezes até degradada, e despender vultosos recursos, por um longo período, para chegar a uma cobertura vegetal comparativamente muito mais pobre em diversidade biológica do que era originalmente. Lembro que o próprio Governo Federal, no passado, estimulou e financiou projetos agropecuários em áreas de Reserva Legal. É o caso, por exemplo, de projetos custeados pelo PROVÁRZEAS, programa que possibilitou a utilização de mais de 1 milhão de hectares de várzeas drenadas e/ou sistematizadas em todo o País. Para citar o exemplo de meu Estado, Santa Catarina, que possui quase 90% dos estabelecimentos rurais com área inferior a 50 hectares, se o Código Florestal for aplicado como está hoje, excluirá do processo produtivo cerca de 32 mil propriedades, ou seja, mais de 15% do total das propriedades rurais do Estado, por se encontrarem dentro de Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal. A situação é muito preocupante, Sr. Presidente. E poderá ficar pior se a restrição ao crédito rural, que começou a vigorar em 1º de julho para as propriedades localizadas no Bioma Amazônia, estender-se a outros biomas como Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, idéia que é defendida por alguns setores ambientalistas. Nesse caso, o que seria da produção agrícola no Brasil? Os produtores rurais não podem nem vão aceitar isso! Sras. e Srs. Deputados, lembro que as atuais preocupações mundiais não pairam apenas sobre as mudanças climáticas e a proteção ao meio ambiente, e a escassez de alimentos, a subida de preços dos alimentos e o avanço da fome no mundo são cada vez mais assustadores e preocupantes. Por tudo isso, creio que o mais sensato e pertinente, no momento, é estabelecer um diálogo entre todos os setores interessados, para que se chegue a um equilíbrio maior entre as atividades produtivas e a proteção ambiental. Julho de 2008 Nesse sentido, defendo a revisão do atual Código Florestal, fundada em indicadores técnicos e científicos, de modo a ajustá-lo à atual realidade do meio rural brasileiro. Para tanto, deve-se considerar, por um lado, a necessidade de coibir o avanço dos desmatamentos ilegais e de recuperar as áreas já degradadas, consideradas essenciais para a proteção ambiental. Por outro lado, faz-se necessário reconhecer as áreas rurais já consolidadas, incentivar e viabilizar a regularização das propriedades rurais com um passivo ambiental e valorizar a floresta em pé. O que não é admissível é querer desmantelar a produção agropecuária nacional com a exigência de cumprimentos ambientais de uma hora para outra, sendo que as normas, no passado, nunca foram cumpridas nem exigidas. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, também ocupamos a tribuna desta Casa para manter viva e tornar realidade a expectativa de tantos brasileiros, especialmente os milhares de portadores de doenças incuráveis e incapacitantes, com os tratamentos com as células-tronco. Aproveitamos, também, para manifestar nossa preocupação com os que disseminam falsas esperanças de curas imediatas para doenças de cuja evolução, até então, a humanidade encontra-se totalmente à mercê. O rico período de debates promovido pelo Supremo Tribunal Federal foi importantíssimo para levar a todos os brasileiros as discussões éticas e morais sobre as pesquisas nessa área e acerca da utilização dessas revolucionárias técnicas. Tais discussões trouxeram também à luz as incríveis potencialidades das mesmas para toda a humanidade. Todavia, não se pode negar a existência de exageros, que levaram boa parte da população a se encantar com os anúncios de que as terapias com células-tronco são a solução para acabar desde já e definitivamente com inúmeras doenças incuráveis. Assim, todo esse processo nos ensina que qualquer abordagem do tema, Sr. Presidente, tem que necessariamente levar em consideração as possibilidades, os riscos e os limites no campo das terapias, pelo uso das células-tronco no Brasil e no mundo. A realidade aponta-nos, contudo, Srs. Deputados, que os pacientes e seus familiares devem manter justificadas esperanças com sua utilização terapêutica futura, mas sem perder a cautela necessária. Isso pode ser afirmado mesmo sabedores de que ainda não existe pesquisa com células-tronco embrionárias em fase clínica (por estarem em fase inicial), ao contrário dos experimentos altamente positivos com células-tronco Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS adultas (que são investigadas há muito mais tempo, com resultados importantes no Brasil e no mundo). Essas grandes possibilidades fizeram com que a mobilização da sociedade brasileira na defesa das pesquisas nesse campo fosse extraordinária. Destaque-se a participação de tantos portadores dessas doenças, em especial os deficientes físicos, que tinham plena consciência de estarem lutando não apenas pela sua própria recuperação, mas, principalmente, pela cura de outros que, no futuro próximo, estejam nas mesmas condições. Tanto empenho não se origina de um mero sonho inalcansável. Há alguns anos, pesquisadores de todo o mundo e brasileiros estudam a injeção de células‑tronco adultas para a recuperação de lesões medulares, como paraplegia e tetraplegia. Uma das primeiras indicações de que as células-tronco da medula óssea poderiam diferenciar-se em tecidos distintos do hematopoiético veio de um estudo com um modelo animal. Em pesquisas internacionais, o implante de células-tronco na medula espinhal foi capaz de fazê-los voltar a andar. Nesse mesmo sentido, encontra-se o estudo desenvolvido pelo Hospital das Clínicas, de São Paulo, que procura repor as células da medula lesada. Nas primeiras tentativas, dos 30 pacientes que receberam o implante, 18 apresentaram resposta positiva ao exame de potencial elétrico evocado, que mede a freqüência dos impulsos dos membros para o cérebro. Aconteceu, Srs. Deputados, o que há bem pouco atrás poderia ser chamado de milagre: voltaram a ter algum nível de sensibilidade à dor. Outros trabalhos demostraram a capacidade, ainda que com baixa eficiência, das células da medula óssea de entrar no cérebro e gerar neurônios, fenômeno também observado em camundongos. Se essa capacidade puder ser aumentada, um dia as células troncos de medula óssea poderão ser utilizadas no tratamento de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Sabe-se que transplantes de células-tronco adultas são realizados desde a década de 1950, na forma de transplantes de medula óssea para o tratamento de diferentes doenças que afetam o sistema de formação e desenvolvimento das células sangüíneas. A partir do final da década de 1980, contudo, o sangue do cordão umbilical e placentário de recém-nascidos tornou-se uma fonte alternativa. As células do cordão, por ainda não terem migrado para o interior dos grandes ossos e se encontrarem no sangue circulante, apresentam algumas vantagens sobre a medula óssea: não necessitam de uma compatibilidade completa entre doador e receptor; apresentam menor risco de desenvolvimento da doença do enxerto versus hospedeiro; e estão dis- Quinta-feira 17 33499 poníveis imediatamente quando necessário, ao contrário dos bancos de medula óssea, que armazenam somente dados sobre o doador. Mais recentemente, o transplante de células do cordão umbilical vem sendo utilizado também para o tratamento de doenças não hematológicas, especificamente para as doenças genéticas do metabolismo, inclusive da doença de Krabbe, que é uma condição neurodegenerativa de caráter hereditário, cujo resultado final é uma destruição progressiva do sistema nervoso, com evolução para a cegueira, distúrbio da marcha e a uma incapacidade cada vez mais acentuada. Srs. Deputados, merece ser observado, nesta oportunidade, o estado atual da utilização das célulastronco embrionárias, que foram objeto de profundas polêmicas no seio de nossa sociedade. Apesar da enorme expectativa de sua aplicação terapêutica, até recentemente não havia nenhum teste clínico com seres humanos em andamento no mundo. Até que essa situação se altere, está muito claro para a comunidade científica brasileira e internacional que algumas questões fundamentais devem ser resolvidas antes do início de testes clínicos. A sua utilização como fonte de tecidos para transplante está condicionada ao desenvolvimento de técnicas que controlem a diferenciação desorganizada em vários tecidos ou mesmo a formação de tumores. Para tanto, uma série de protocolos foram desenvolvidos de forma a direcionar a diferenciação das células-tronco embrionárias no laboratório em tipos específicos de células. Os trabalhos com camundongos têm ensinado a transformálas nas células pretendidas, sejam células nervosas, sejam produtoras de insulina, sejam do músculo cardíaco, sejam da medula óssea, entre outras. Ademais, o transplante dessas células em animais doentes tem provocado um efeito terapêutico de várias doenças, incluindo doença de Parkinson, paralisia por trauma de medula espinhal, diabetes e leucemia. Ou seja, a terapia celular com células-tronco embrionárias já está comprovada em modelos animais, e por isso o enorme entusiasmo da comunidade científica em torná-las uma realidade em seres humanos. Srs. Deputados, o Brasil vem se destacando pelo grande número de testes clínicos em andamento com células-tronco adultas, que avaliam seu uso terapêutico mais amplo em diferentes doenças. É importante frisar que os tratamentos são experimentais e ainda não podem ser oferecidos à população. Quanto às células-tronco embrionárias, nosso estágio é inferior ao dos países que não criaram dificuldades para pesquisas, mas estima-se que a diferença poderá ser reduzida rapidamente. 33500 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nesse campo, nosso País tem grandes possibilidades de progredir e criar, em um futuro que esperamos seja próximo, novas alternativas de tratamento. O que nos colocaria em uma posição altamente favorável. Contudo, Srs. Deputados, como as desigualdades em nossa sociedade estão sempre nos assombrando e se manifestam em todos os momentos, especialmente nos mais dolorosos, não podemos deixar de manifestar nossa preocupação com a possibilidade de acesso desigual aos avanços no campo do tratamento por células-tronco, sejam adultas, sejam embrionárias. Por todas as expectativas criadas, pelas reais possibilidades que estão sendo construídas, Srs. Deputados, desta tribuna reafirmo nosso compromisso de continuar mostrando a verdadeira situação das pesquisas com células-tronco no Brasil e de perseverar na luta pela democratização do acesso de seus benefícios a todos os brasileiros. Muito obrigado. O SR. JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS (PR-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna falar sobre tema de grande relevância para toda a sociedade: o elevado valor das tarifas de energia elétrica, o que vem sobrecarregando o orçamento das famílias brasileiras. É sabido que a energia elétrica exerce papel fundamental na vida moderna, sendo insumo indispensável para o conforto das pessoas no lar, para o lazer, para a segurança, para as comunicações, para os transportes, para a agricultura, para o funcionamento dos hospitais, das indústrias e do comércio. É praticamente impossível imaginar um setor da sociedade que possa prescindir da energia elétrica para prosperar. É por essa razão que, há quase uma década, o Brasil vêm desenvolvendo programas, como o Programa Luz para Todos, com o objetivo de estender a 100% dos brasileiros a prestação do serviço público de energia elétrica. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), os brasileiros sem acesso a energia elétrica geralmente habitam nas localidades de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e pertencem a famílias de baixa renda. Cerca de 90% dessas famílias têm renda inferior a 3 salários mínimos e 80% residem no meio rural. Levar energia a quem habita nos mais distantes rincões deste imenso Brasil é, sem dúvida, uma meta ambiciosa, difícil de ser atingida, mas estamos cada vez mais próximos. O Governo Federal estima que ainda em 2008 a universalização da prestação do serviço público de energia elétrica estará concluída nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Rio Julho de 2008 Grande do Norte, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo o MME, já foi alcançada 75% da meta de 2 milhões de novas ligações, estipulada no lançamento do Programa Luz pata Todos, o que significa o atendimento de 1,5 milhão de famílias até março deste ano. Entretanto, as metas do programa foram revisadas e há ainda 1 milhão de ligações que deverão ser feitas até 2010, o que custará aproximadamente 7 bilhões de reais adicionais, elevando o orçamento do programa dos atuais 12,7 bilhões de reais para 20 bilhões de reais. Esses recursos são custeados quase que exclusivamente pelos consumidores de energia elétrica brasileiros, via a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um dos encargos que oneram as tarifas de energia elétrica brasileiras. Isto posto, ocorrem-me duas perguntas. Primeira: qual a razão para ainda não termos instituído um programa que tenha como meta fornecer saneamento básico para todos os brasileiros? A pesquisa Trata Brasil, realizada recentemente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que foi objeto de notícia veiculada em 19 de maio de 2008 pela Agência Brasil, informa que apenas 46,77% da população brasileira têm acesso a esgotamento sanitário. É mais importante uma pessoa ter luz elétrica, televisão, geladeira e aparelho de DVD em casa, enquanto as suas crianças brincam, na rua sem calçamento, ao lado de uma vala, com esgoto a céu aberto, bebem água contaminada e vivem doentes, sofrendo de febre, alergias, doenças de pele, vermes e tendo que ir semanalmente ao hospital? O que é prioritário, o conforto da luz elétrica ou a saúde? Segunda questão que me ocorre: é justo alocar enorme quantidade de recursos públicos para levar energia elétrica a famílias de baixa renda que, carentes de saúde e educação, vêem-se depois forçadas, ou a não utilizar a energia elétrica de que passaram a dispor, ou a tirar o dinheiro da alimentação ou do remédio das crianças para pagar a nova e elevada conta de luz, uma despesa para a qual não estavam preparados? De fato, a tarifa de energia elétrica no Brasil é alta. Por razões diversas, nos últimos anos, ela vem subindo mais fortemente do que o IGP-M, índice parcialmente empregado para balizar os cálculos nos reajustes das tarifas de energia elétrica. A elevação das tarifas de energia elétrica afeta a todos, indústria, comércio e famílias. Porém, as famílias, além de arcarem com a própria conta de energia elétrica, terminam por sofrer com os repasses dos aumentos da energia elétrica realizados pelo comércio e Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pela indústria, acarretando o comprometimento de parcela cada vez mais significativa dos seus orçamentos. Nas famílias de baixa renda, então, a situação torna-se muito mais dramática. Para tentar amenizar a situação da população de baixa renda, a Câmara dos Deputados aprovou, em fins de 2007, substitutivo proposto pelo ilustre Deputado Carlos Zarattini ao PL nº 1.921, de 1999, que institui a tarifa social de energia elétrica para consumidores de baixa renda. Entretanto, notícias recentes informam que setores do Governo vêm dificultando a tramitação da proposição no Senado, porque ela amplia o número de famílias beneficiadas pela tarifa social dos atuais 18 milhões para 25 milhões e, segundo cálculos da ANEEL, isso implicaria aumento de 700 milhões de reais nos gastos anuais com a tarifa social, o que obrigaria a realocação de parte dos recursos da CDE atualmente destinados ao Programa Luz para Todos, o que poderia comprometer as metas do programa. Ora, senhores, ao mesmo tempo que o Governo, no Programa Luz para Todos, pretende alocar 7 bilhões de reais nos próximos 2 anos, ou seja 3,5 bilhões de reais por ano em recursos da CDE, para aumentar em 1 milhão o número de famílias de baixa renda que possuem energia elétrica em casa, o mesmo Governo recusa-se a alocar 700 milhões de reais anuais da mesma CDE para beneficiar 7 milhões de famílias de baixa renda que já dispõem de energia elétrica, mas enfrentam enormes dificuldades para arcarem com a conta que mensalmente lhes é apresentada. Onde está a lógica, onde está a coerência desse raciocínio? É sabido que para reduzir as tarifas de energia elétrica é importantíssimo construirmos usinas geradoras mais baratas. Os preços da energia resultantes dos recentes leilões das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, demonstraram que as usinas na região Amazônica podem ser a melhor alternativa para a expansão da geração nacional. Porém, os entraves para o licenciamento ambiental, de usinas hidrelétricas, principalmente na Amazônia, são enormes. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento na Amazônia, entre agosto de 2007 e abril de 2008, alcançou 5.850 quilômetros quadrados, ou seja, uma média de 650 quilômetros quadrados por mês. A usina hidrelétrica de Santo Antônio, com potência instalada de 3.150 megawatts, no Rio Madeira, terá um lago de 271 quilômetros quadrados. A usina de Jirau, com potência de 3.300 megawatts, no mesmo rio, terá um lago de 258 quilômetros quadrados. Essas usinas, por intermédio do baixo custo da energia Quinta-feira 17 33501 gerada, beneficiarão enormemente a sociedade, e as áreas por elas alagadas, somadas, não representam o que se queima mensalmente de matas amazônicas, sem qualquer benefício aparente para a sociedade brasileira. Enquanto as queimadas na região amazônica fazem do Brasil o quinto maior emissor de gases causadores do efeito estufa no mundo, usinas como a de Belo Monte, no Rio Xingu, que terá capacidade instalada de 11 mil megawatts e alagará área de apenas 400 quilômetros quadrados, recebem forte oposição à sua implantação por parte dos órgãos ambientais federais, do Ministério Público e do Judiciário. Parece-me, Srs. Parlamentares, que este País precisa repensar urgentemente as suas prioridades. Muito obrigado. O SR. COSTA FERREIRA (PSC-MA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não se deixam abater os que engendram o mal. No caso, travestidos de liberais e modernos, muitos cidadãos e cidadãs, alguns Srs. e Sras. Parlamentares, inclusive nesta Casa, insistem num ponto que a sociedade repudia não por conservadorismo, mas a bem da moral cristã. Falo aqui, nobres colegas, do beneplácito com que se colocam diante do homossexualismo e defendem a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo, a ponto, até, de esposarem o absurdo da adoção de crianças. E, para se unir às vozes da maioria, trago a voz do Partido Social Cristão, que rejeita, que repele, que desampara inteira, incondicionalmente essa tese. Há muito, os supostos interessados e seus prosélitos assediam os formadores de opinião, a mídia e as autoridades e os legisladores com seus argumentos inconsistentes e inconvincentes, suas passeatas, seus achincalhes. Apelam ao direito da liberdade individual e da cidadania. Invocam os muitos menores que lotam os orfanatos à espera de adoção. Usam o manto da consciência social para falar de intimidades que as pessoas de bem não querem saber. Falácias, Sr. Presidente. Falácias, antes de mais nada, porque há inúmeras formas de ser livre e contemporâneo, assim como de praticar o bem e lutar pela justiça social, sem agredir a tradição; falácias, também, porque revoluções e rupturas bruscas no campo da moral e dos costumes deixam sempre as marcas dramáticas da perda de referências, da desarrumação, da inadaptação, do erro sem volta; falácias, porque, ao buscar formalidade, querem status. Nada justifica que conceitos pessoais, comportamentos aberrantes, interesses que dizem respeito exclusivamente a uma minoria passem a ditar normas que possam escarnecer e constranger a maioria. 33502 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O que quer essa minoria, se não forçar uma possibilidade jurídica improvável? Ora, nobres colegas, o consuetudinário, aqui, não diz respeito à coletividade, mas, sim, a práticas isoladas. O número de uniões homossexuais de fato é pequeno, não refletindo, assim, aquilo que, balizada nos valores da ética, da moral e da religião, a sociedade consagrou na lei escrita, a começar pela Constituição Federal. Detenhamo-nos agora, por um momento, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na questão da adoção. Ato de tal natureza, complexo e decisivo, constitui, ninguém pode negar, uma das coisas mais sérias na vida de um ser humano, tanto para quem adota quanto para quem é adotado. O que adota é aquele que renuncia, que se compromete, que se doa, em face da vida que lhe é colocada nas mãos. Ele tem a responsabilidade não apenas de prover, alimentar ou educar, mas propiciar ao ser em formação uma bagagem psicológica, cultural, ética e moral de tal forma sólida que o prepare não somente para enfrentar o mundo, mas para melhorá-lo. O adotado é, por sua vez, aquele indivíduo frágil que, trazendo a marca traumática da rejeição e do abandono, tudo espera, mesmo sem o saber. Sonha com o aconchego e a segurança de um lar. Criança de tenra idade, está permeável a todas as influências. O adulto que virá a ser no futuro dependerá muitíssimo da história de sua infância. Criar é um gesto de amor, sim, mas também de muita responsabilidade. É preciso assumi-la perante a sociedade, perante a vida e perante Deus. Fico, portanto, com o que disse a Congregação para a Doutrina da Fé da Igreja Católica nas Considerações sobre propostas a conferir reconhecimento legal a uniões entre pessoas homossexuais: Entre outras assertivas, a Congregação situa a homossexualidade como fenômeno moral e social preocupante. E proclama: “O casamento foi estabelecido por Deus. Nenhuma ideologia pode erradicar do espírito humano a certeza de que o casamento existe somente entre um homem e uma mulher, que, através de uma dádiva humana mútua (...) tendem a uma comunhão das suas pessoas. Dessa forma eles se aperfeiçoam mutuamente para cooperar com Deus na procriação e educação de novas vidas humanas. Não há nada em comum entre uniões homossexuais e os planos de Deus para a família. Atos homossexuais contrariam a lei natural e moral. Eles não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual genuína. Não podem de jeito nenhum ser aprovados. Julho de 2008 Permitir a adoção de crianças por casais homossexuais seria perpetrar uma violência contra essas crianças”. E mais adiante: “Quando se propõe legislação a favor do reconhecimento de uniões homossexuais numa assembléia legislativa, o legislador católico tem o dever moral de exprimir a sua oposição clara e publicamente e votar contra. Votar a favor de uma lei tão danosa ao bem comum seria gravemente imoral”. Não poderia ser outra, Sr. Presidente, a minha posição. Como católico, cidadão e Parlamentar, deixo-a bem clara, convidando cada um dos membros desta Casa a uma reflexão, no sentido de pôr um fim a esse debate deletério, que tende a consagrar a imoralidade, acolher a corrupção dos valores cristãos e degradar o ser humano. Era a mensagem que trazia. Muito obrigado. O SR. VIGNATTI (PT-SC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, um sonho histórico que vemos começar a se tornar realidade. Assim defino a criação da Universidade Federal da Mesorregião da Grande Fronteira do MERCOSUL, cujo Projeto de Lei nº 2.199, de 2007, de minha autoria, foi assinado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na última quarta-feira, dia 16. Saliento que esse projeto é fruto de inúmeras reuniões e discussões com organizações representativas da sociedade desde 2003, sempre com o intuito de construir uma universidade de comum acordo e que melhor atendesse aos anseios da região. Destaco, senhores, que a nova universidade federal tem o objetivo de resgatar uma antiga dívida histórica do Estado brasileiro com a mesorregião. Isso porque mesmo possuindo um quarto do território do sul do Brasil, o PIB (Produto Interno Bruto) representa apenas um pouco mais de 10% do total. Já o PIB per capita, é 40% menor do que o restante da Região Sul. No entanto, mesmo com esse desfavorecimento econômico, a mesorregião apenas conta com universidades que oferecem ensino pago, o que dificulta o acesso à população. A implantação da Universidade Federal da Mesorregião da Grande Fronteira do MERCOSUL mudará essa situação. Isso porque trará, além do ensino superior público e gratuito, pesquisa e extensão, fomentando o crescimento social e econômico dos quase 400 municípios que serão atendidos pela instituição. Cerca de 4 milhões de habitantes serão beneficiados de forma direta e indireta com a implantação da universidade pública. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Além disso, a implantação da instituição contribuirá para mudar o baixo percentual de vagas públicas e gratuitas oferecidas no Sul do Brasil, que hoje atende apenas a 10% da demanda. A universidade federal também contribuirá para conter o êxodo rural da mesorregião, que possui a maior concentração de pequenas propriedades do País. Isso pelo fato de auxiliar de maneira decisiva no empreendedorismo, na estruturação da produção, seja ela de grande ou pequeno porte, e no uso racional dos recursos naturais. Ainda beneficiará milhares de estudantes sem condições financeiras de freqüentar uma instituição particular ou de se manterem em grandes centros nos quais as universidades federais mais próximas estão instaladas. Agora trabalharemos forte para que o projeto seja aprovado o mais rápido possível no Congresso Nacional, para que ainda, no fim de 2009, tenhamos o primeiro processo seletivo da nova instituição. Na primeira fase será implantado um campus em Chapecó/SC, sendo a sede com 5 cursos, 2 no Paraná, 1 em Laranjeira e outro em Realeza, com 3 cursos cada, e outros 2 no Rio Grande do Sul, em Erechim e Cerro Largo, também com 3 cursos em cada cidade. Conforme o projeto, a proposta é de 30 cursos, sendo 17 na primeira fase, e 10 mil alunos atendidos, com 1.400 no início. Como disse antes, senhores, trata-se de um sonho histórico que vemos se tornar realidade. Um sonho fruto de muito diálogo, reuniões e luta conjunta por diversos movimentos sociais e também com o apoio do Fórum da Mesorregião. Um reconhecimento que o Governo Lula faz, aprovando a criação de mais uma universidade no Brasil, o que beneficiará milhares de novos estudantes sem acesso e ajudará no desenvolvimento desta importante mesorregião, que contribui significativamente com a economia brasileira. O SR. VINICIUS CARVALHO (PTdoB-RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, população brasileira que nos assiste, a Agência Nacional de Energia Elétrica determina que as distribuidoras apliquem 1% de sua receita em projetos de eficiência energética e pesquisa. Dessa forma, a Ampla, empresa distribuidora de energia que atende 66 municípios fluminenses, vem cumprindo brilhantemente essa determinação através do Programa de Eficiência Energética. Esse programa já atingiu cerca de 41 mil famílias de baixa renda. O programa prevê a reforma das instalações elétricas, substituição das geladeiras e chuveiros elétricos que se encontrem em estado precário, além da troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, resultando, assim, uma economia na conta de luz de 30% a 50%. Quinta-feira 17 33503 Com esse programa já foram distribuídas 670 geladeiras e está programada a doação de outras 1.240. Quanto a chuveiros, foram trocados 9 mil e, segundo a Ampla, já estão previstas obras nas residências de outros 26 mil consumidores. Esse programa iniciou em 2000, atendendo não só as residências como também hospitais, creches, asilos, orfanatos, ONGs, onde as obras incluem ainda a instalação de sistemas de capacitação de energia solar. A Ampla desenvolve outros programas voltados para a redução do consumo de energia e a preservação do meio ambiente. Um deles, também voltado para clientes de baixa renda, é o que usa garrafas PET para a economia de energia. As garrafas plásticas recebem uma solução de água e alvejante. Depois, são instaladas nas telhas e, com uma parte para fora da residência, captam a luz do sol absorvendo a luminosidade e clareando o ambiente como se fosse uma lâmpada. Esses programas, sobretudo, beneficiam as populações de baixa renda. Assomo à tribuna para parabenizar a Ampla por esse trabalho voltado para o social, proporcionando à população fluminense uma melhor qualidade de vida. Muito obrigado. O SR. MARCELO GUIMARÃES FILHO (Bloco/ PMDB-BA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a crescente escalada da violência tem levado a população a recorrer a mecanismos pessoais para se defender ante a vulnerabilidade demonstrada pelos setores do Estado encarregados da segurança pública no País. Essa necessidade de proteção particular vivenciada pelos mais variados setores da sociedade alavanca o setor da segurança privada, que, pela sua importância no contexto da proteção de bens, pessoas, instalações e da própria repressão ao crime, merece ter uma fiscalização estatal mais efetiva e eficiente. O repentino aquecimento desse setor tem levado à proliferação de empresas sem as necessárias cautelas quanto à capacitação e condição legal daqueles que serão contratados para prestar serviços de segurança. Esse fenômeno, que já vinha ocorrendo em grandes centros urbanos como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife e outras capitais, já atinge a própria Capital Federal, conforme denunciado por determinado veículo de comunicação local, em matéria publicada ontem, dia 15 de julho. O alarmante número de ilegais operando no setor impõe uma pronta e imediata intervenção das autoridades. 33504 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Apenas para que se possa dimensionar a falta de fiscalização estatal, Sr. Presidente, destaco que, dos cerca de 30 mil vigilantes que atualmente operam no Distrito Federal, há exatos 14.725 em situação absolutamente ilegal. Isso significa dizer que esse fantástico contingente que atua em condomínios horizontais e verticais, em comércio, bares, boates, na segurança de pessoas e de instalações, inclusive de prédios e áreas públicas, não reúne qualquer capacitação profissional para o exercício de tão complexa atividade. Pior quando se constata que grande parte da clandestinidade é constituída por policiais civis, militares e do Corpo de Bombeiros, que atuam concomitantemente com suas atribuições institucionais, sacrificando seu período de folga e descanso nas respectivas corporações, para se dedicar a essa remunerada atividade de segurança privada. É evidente, Sras. e Srs. Deputados, que o policial, por mais competente que seja, não foi treinado e não está preparado para esse tipo de serviço, como bem afirmou o Diretor do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância do Distrito Federal, o ex-Deputado Chico Vigilante, que se comprometeu a entregar um documento à Coordenação-Geral de Controle de Segurança Privada da Polícia Federal, denunciando os principais pontos de segurança privada clandestina no âmbito do Distrito Federal. A anunciada ação de combate à clandestinidade pela Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal deveria ser estendida a todas as Unidades da Federação, já que é público e notório que esse problema atinge, inclusive com maior proporção e resultados danosos à segurança e à vida de pessoas inocentes, a outros centros urbanos, como ocorreu recentemente no Rio de Janeiro, por exemplo, onde um jovem foi covardemente alvejado por um policial militar que fazia segurança privada durante uma festa promovida pela Boate Baronetti. Se de um lado é compreensível a necessidade de reforçar os parcos e minguados salários percebidos pelos policiais no exercício de suas funções, de outro, tem-se que, ao sacrificar seus momentos de descanso, a qualidade dos serviços prestados fica invariavelmente comprometida, prestando-se a majorar a já elevada estatística de violência policial. Apenas nos últimos 60 dias já foram contabilizadas, somente no Rio de Janeiro, 7 mortes de inocentes vitimados por erros e excessos da Polícia Militar daquele Estado. Julho de 2008 Ademais, ao se submeter ao julgo de empresários que exploram atividades de duvidosa legalidade, onde não raro são livremente comercializadas e consumidas drogas e há exploração da prostituição, o policial militar, além de se promiscuir com a prática de ilícitos penais, acaba comprometendo a efetiva ação de colegas em serviço, que, em prol do corporativismo, deliberadamente prevaricam, relevando o combate e a repressão aos crimes constatados. Portanto, Sr. Presidente, louvo a iniciativa da Polícia Federal do Distrito Federal, concitando a DireçãoGeral a estender idênticas operações a todas superintendências estaduais, eis que a ilegalidade nesse setor campeia por todo o País. Muito obrigado. O SR. CARLOS ALBERTO LERÉIA (PSDBGO. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna colocar em pauta um assunto que está em debate em todo o País. O uso controlado do amianto é repleto de argumentos louváveis das partes interessadas. Lembremos que no dia 04 de junho deste ano, por 7 votos a 3, os Ministros do Supremo Tribunal Federal derrubaram a liminar que liberava o uso do amianto. Acredito que isso só aconteceu porque S.Exas. não dispõem de informações suficientes sobre essa questão. Com essa decisão, eles invadem a competência do Executivo e do Legislativo ao declarar constitucional a lei que proíbe o amianto com base no argumento dos riscos à saúde. Tenho grande esperança de que com a instrução do processo e a oitiva das partes interessadas, os Ministros terão outra visão do tema e observarão o mal que estão fazendo banindo o uso do amianto. Considero que a fibra de amianto crisotila, assim como outras fibras respiráveis, podem se tornar perigosas se não utilizadas de forma responsável. Se observarmos os cuidados previstos em normas internacionais, que no Brasil são as mais rigorosas, o potencial dano à saúde é perfeitamente eliminável. Não é adequada a proposta de substituição de um material amplamente conhecido no meio científico e para o qual já existem controles de processos e equipamentos de proteção, por outros que representam pontos de interrogação. Vale trocar o certo pelo duvidoso? Certamente não. Ninguém, em sã consciência, defenderia o uso da crisotila se não houvesse controle. Diversos países desenvolvidos permitem o uso controlado e seguro da crisotila. Como, por exemplo, os Estados Unidos, o Canadá, a Rússia, os Emirados Árabes, a Índia e a Ucrânia. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Se é verdade que 42 países já baniram o amianto, outros 150 o utilizam. Mesmo em países da Europa, que têm norma proibitiva, a crisotila continua sendo usada para fins específicos, como a produção de cloro. Isso demonstra que não há certeza quanto à lesividade do amianto. São meias verdades que acabam virando verdades. Os Ministros do STF farão ampla reflexão sobre todas essas variáveis e decidirão com base em uma gama completa e real de informações. Por trás do tema existe uma enorme batalha comercial, no qual interesses econômicos contrapostos apresentam-se evidentes. De um lado está o mercado de fibrocimento de amianto e, de outro, o das fibras alternativas. Até as pesquisas científicas merecem análise cuidadosa, pois podem estar a serviço de um dos grupos. Mas está em andamento um amplo estudo, no Brasil, que pode emprestar aos Ministros o embasamento técnico seguro. O trabalho visa subsidiar o Governo sobre o assunto. Busca-se a consolidação do conhecimento científico sobre o tema, segundo a realidade brasileira. A pesquisa dará ao Governo, ao Congresso e aos Ministros do Supremo um instrumento científico real e isento, fundamental para a tomada de decisão. Na remota hipótese desse acontecimento, a conseqüência econômica será imediata, com o fechamento de fábricas, em especial as de telhas e caixas d’água, ocasionando a redução de empregos, a diminuição na arrecadação de impostos e o fechamento da terceira maior mina do mundo, que fica em Minaçu, no Estado de Goiás. Continuo acreditando que o Congresso Nacional é o foro adequado para decidir esse tema. Era o que tinha a dizer. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. AFONSO HAMM (PP-RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta última semana antes do recesso parlamentar, fiz questão de subir à tribuna para homenagear a Polícia Rodoviária Federal, que em 2008 completa 80 anos de existência. Destaco aqui o trabalho de todos os policiais que, ao longo da sua trajetória, têm intensificado a presença não só na fiscalização de trânsito nas estradas, mas também no trabalho de prevenção e repressão ao crime organizado. Criada em 24 de julho de 1928 pelo Presidente Washington Luiz, por meio do Decreto nº 18.323, que definia as regras de trânsito na época – como a denominação inicial de Polícia das Estradas -, a Polícia Quinta-feira 17 33505 Rodoviária Federal teve os serviços de vigilância das estradas organizado a partir de 1935. Naquela ocasião, a malha viária era de responsabilidade da Comissão de Estradas de Rodagem, hoje DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), e contava com 1 patrulheiro e 450 vigias da Comissão para cuidar das estradas. De 1928 até 1939, o sistema rodoviário no Brasil incluía apenas as rodovias Rio-Petrópolis, Rio-São Paulo, Rio-Bahia e a Estrada União e Indústria. No Paraná, o núcleo da Polícia das Estradas foi criado em 1943 para exercer o policiamento nas rodovias em construção no Estado. A área de atuação da PRF foi se ampliando até os dias de hoje, e a malha rodoviária federal fiscalizada chega a 55 mil quilômetros de rodovias e estradas no território brasileiro. A Polícia Rodoviária Federal conta hoje com 11 mil policiais na ativa. Ela está estruturada em uma unidade administrativa central, localizada em Brasília, e nas unidades administrativas regionais, representadas pelas 22 superintendências e por 5 distritos, além de 156 subunidades administrativas, denominadas delegacias, 390 postos de fiscalização, totalizando assim, em sua estrutura, cerca de 550 pontos de atendimento em todo o Brasil. A partir de abril de 1990, a PRF passou a integrar a estrutura organizacional do Ministério da Justiça, como Departamento de Polícia Rodoviária Federal. Sob essa nova ótica, a PRF passou a ter também como missão parte das responsabilidades do Poder Executivo Federal com a segurança pública. Além das atribuições normais de patrulhar as estradas e prestar segurança aos usuários das rodovias federais, os policiais rodoviários têm ainda a missão constitucional de prestar socorro às vitimas de acidentes de trânsito e zelar pela proteção do patrimônio da União, entre outras atividades. Os policiais ainda desenvolvem comandos voltados para a educação de trânsito e a fiscalização do transporte de produtos perigosos. Esses profissionais também têm participado ativamente das negociações com líderes de movimentos sociais, em função do aumento de ocupações, manifestações e conflitos envolvendo esses agentes às margens das rodovias federais. Destaco aqui o trabalho do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Rio Grande do Sul – SINPRF/ RS, que tem 16 anos de extensa atuação no Estado. Em nome de todos os policias, parabenizo o Presidente do Sindicato, Deonildo Paulo Carniel, e o delegado representante, Jairo Fernando da Costa. 33506 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Na última semana, estive reunido com essas autoridades e os policiais Laerte Becker, Leri Silva, Delmar Severo e Fabiano Müller. Eles estiveram em meu gabinete para pedir apoio à Medida Provisória nº 431, que tem como foco principal o reajuste dos salários de cerca de 800 mil servidores civis e 600 mil militares. Sr. Presidente, é notória a importância desse segmento de segurança para o País. Em vista disso, conclamo ao Governo Federal para que o trabalho desses policiais seja cada vez mais valorizado, com reconhecimento salarial e oferta de melhores condições de trabalho. O SR. LUIZ BITTENCOURT (Bloco/PMDB-GO. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, encontra-se em tramitação na Câmara dos Deputados projeto de minha autoria, o PL nº 6.497, de 2006, que concede isenção de IPI para máquinas, aparelhos, instrumentos e acessórios de uso agrícola. Trata-se de proposição sujeita a apreciação conclusiva pelas Comissões, em conformidade com o art. 24, inciso II, do Regimento Interno. Já recebeu parecer favorável da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Em seguida, no dia 3 de maio deste ano, ocorreu o recebimento da matéria pela Comissão de Finanças e Tributação, tendo sido, no dia 15 seguinte, designado como Relator o Deputado Zonta (PP-SC), e correndo, a partir de 19 de maio, o prazo de 5 sessões ordinárias para apresentação de emendas ao projeto. O objetivo da proposta é acelerar o uso da tecnologia no campo e aumentar a competitividade da agricultura brasileira, hoje uma das mais prósperas do mundo e responsável por parcela significa do PIB nacional. Há de se reconhecer a importância do projeto, que inclusive foi elaborado a partir das reivindicações do setor produtivo, amparadas na certeza de que, com a redução da carga tributária, cairão os custos e será facilitado o acesso dos produtores rurais às máquinas agrícolas. A agricultura no Brasil encontra-se diante de grandes desafios e, no caso, não podemos perder de vista as dificuldades enfrentadas pela atividade agrícola em razão das intempéries climáticas, das variações do mercado internacional, dos subsídios dos países concorrentes, do alto custo e da escassez do crédito agrícola. Como se não bastasse, inclui-se ainda entre esses problemas a elevada carga tributária, a onerar Julho de 2008 excessivamente os insumos da produção, a exemplo do que ocorre em relação ao Imposto sobre Produtos Industrializados, afetando o preço de máquinas, aparelhos, instrumentos, acessórios e ferramentas de uso agrícola. Esse, no entanto, é um dos pontos sobre o qual podemos exercer um mínimo de controle, de modo que julgamos conveniente e oportuno oferecer a referida proposição, com o intuito de isentar do IPI os equipamentos necessários ao exercício da atividade agrícola. Ademais, não se pode desprezar a contribuição proporcionada pela agricultura ao desenvolvimento nacional, com parcela expressiva na composição do PIB. O setor, a despeito das dificuldades que enfrenta, conseguiu registrar significativos avanços nos últimos anos, impulsionado, especialmente, pela força do agronegócio. O agronegócio é responsável por 33% do Produto Interno Bruto (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros. No ano passado, as vendas externas de produtos agropecuários renderam ao Brasil US$36 bilhões, com superávit de US$25,8 bilhões. Nenhum outro país do mundo teve um crescimento tão expressivo na agropecuária quanto o Brasil nos últimos anos. A safra de grãos, por exemplo, saltou de 57,8 milhões de toneladas para 123,2 milhões de toneladas entre as safras 1990/1991 e 2002/2003. No período de 10 anos, entre 1993 e 2003, o País dobrou o faturamento com as vendas externas de produtos agropecuários e teve um crescimento superior a 100% no saldo comercial, o que levou a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD a prever que o Brasil será o maior produtor mundial de alimentos na próxima década. O Brasil é o primeiro produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas. Além disso, lidera o ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calçados de couro. As projeções indicam que o País também será, em pouco tempo, o principal pólo mundial de produção de algodão e biocombustíveis feitos a partir de cana-de-açúcar e óleos vegetais. Milho, arroz, frutas frescas, cacau, castanhas, nozes, além de suínos e pescados, são destaques no agronegócio brasileiro, que emprega atualmente 17,7 milhões de trabalhadores somente no campo. Cumpre, então, adotar medidas de apoio à atividade agrícola, para continuar favorecendo esse desempe- Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nho positivo. Não podemos retroceder e correr o risco de perder o que já foi conquistado até o momento. A modernização da atividade rural, mediante a incorporação de máquinas e implementos, constituise, com efeito, em um dos fatores essenciais para o sucesso e o contínuo fortalecimento do setor agrícola, gerando mais emprego e renda, concorrendo ativamente para o desenvolvimento do País. Justamente por isso o Brasil já alcançou o reconhecimento como uma das mais respeitáveis plataformas mundiais do agronegócio. Em conclusão, reitero os apelos em favor do setor agrícola, bem como torno a enfatizar o apoio às justificadas reivindicações dos produtores e, por conseguinte, a importância da aprovação do Projeto de Lei nº 6.497/06, que irá, sem dúvida, proporcionar significativos benefícios para a agricultura brasileira e para o País. Muito obrigado. O SR. MANATO (Bloco/PDT-ES. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, recentemente ocupei esta tribuna para defender uma posição que hoje está tendo forte recepção e acolhida no Governo. Presente à 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC, nesta segunda-feira, 14 de julho, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que os cientistas deverão enfrentar menos burocracia para fazer pesquisa no País. Ele disse que pretende agir em 2 frentes para facilitar a atuação dos pesquisadores brasileiros: quer reduzir a 1 mês, no máximo, o tempo para recebimento de autorizações para a pesquisa e rever o projeto que regulamenta o acesso à biodiversidade, em elaboração final na Casa Civil. Já defendi aqui que o conhecimento é nosso principal aliado para defender a Amazônia e a biodiversidade em geral. É possível separar claramente o que é biopirataria e o que é comunidade científica que precisa de acesso para pesquisar. Defendi também a simplificação do trabalho do pesquisador, com a eliminação de obstáculos e o compartilhamento de responsabilidades. Sobretudo, defendi recentemente, em meio à discussão sobre a internacionalização da Amazônia, a idéia apresentada por 6 cientistas brasileiros do mais alto conceito nacional e internacional de salvar a Amazônia da sanha das motosserras e garantir a soberania brasileira no território, implantando na região um pólo científico e tecnológico. Em 10 anos, 3 institutos de pesquisa de ponta e 2 universidades começariam a gerar riqueza para a região, inventando formas de agregar valor a produtos derivados da imensa biodiversidade local e inseri-los em mercados Quinta-feira 17 33507 globais. A pesquisa e desenvolvimento realizaria, assim, o sonho dos ambientalistas de desenvolver o Norte sem derrubar a floresta. A proposta inclui turbinar a pós-graduação local, formando 700 novos doutores por ano, a partir de 2009. Em 3 anos, o número de PhDs da Amazônia subiria de 2.800 para 4.700. O custo de “tirar o atraso” da ciência amazônica foi calculado em R$3bilhões por ano, em um prazo de 10 anos, no documento postado no site da Academia Brasileira de Ciências (http://www. abc.org.br). Não é um custo elevado, em comparação com os benefícios que trará. Essa idéia teve boa acolhida em pelo menos uma instância do Governo. Queremos que Lula faça uma verdadeira revolução, algo que vai marcar seu Governo mais do que qualquer outra coisa, mais mesmo do que a transposição do São Francisco. Se o Governo bancar a idéia da Academia Brasileira de Ciências, o Brasil poderá se tornar o primeiro país tropical desenvolvido do mundo. É com satisfação que recebo, agora, a notícia de que o Ministro Carlos Minc afirmou que dará total apoio à proposta da Academia Brasileira de Ciências (ABC) para esse novo modelo de desenvolvimento da Amazônia, que prevê, entre outros pontos, a criação de universidades e institutos científico-tecnológicos, a ampliação e fortalecimento da pós-graduação e da rede de informação na região. Durante a 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, o Ministro declarou que a ABC reúne pesquisadores de várias áreas, internacionalmente conhecidos. Eles têm propostas de pesquisa de ponta na Amazônia, que vão permitir potencializar a industrialização e a comercialização de bioprodutos sem destruir o ecossistema. S.Exa. reconheceu que considera esse caminho estratégico, porque só não destruir não resolve. Alegra-me constatar, Sr. Presidente, que autoridades como o Ministro Carlos Minc percebem que o trabalho em conjunto com a comunidade científica é a grande saída para a Amazônia. Além de tratar de questões ligadas à pesquisa na reunião da SBPC, Minc mencionou uma série de medidas a serem tomadas nos próximos meses pelo Governo na área ambiental. Entre elas está a criação do Fundo Amazônia, cujo decreto deve ser assinado em 1º de agosto. O fundo pretende captar contribuições voluntárias internacionais para investir na redução do desmatamento da floresta e deve representar cerca de US$900 milhões por ano. 33508 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outra iniciativa proposta pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) é a criação, no âmbito da Política Nacional de Mudanças Climáticas, enviada ao Congresso Nacional pelo Presidente Lula no dia 5 de junho, de um fundo para ações de enfrentamento das mudanças climáticas. Ele utilizaria recursos provenientes do lucro da exploração do petróleo no País. O fundo será constituído por parte do que já é previsto em lei para aplicação em ações de prevenção de acidentes e mitigação do derramamento de óleo em águas brasileiras – isso não tem sido utilizado integralmente. Segundo o Ministro, o fundo representará cerca de R$250 milhões por ano, além do montante já acumulado de R$1 bilhão. Esse dinheiro poderá ser aplicado em pesquisa, reflorestamento, mitigação, diminuição das emissões e ampliação do monitoramento. Outra medida muito positiva que está sendo implantada ainda a partir de outubro próximo é um sistema de etiquetagem de veículos saídos de fábrica com informações sobre o consumo de energia e a emissão de CO2. O objetivo é estimular o consumo consciente de energia por meio da conscientização dos usuários. Essas medidas que acabei de mencionar, Sr. Presidente, em conjunto, representarão um grande avanço na nossa visão do problema ambiental, sobretudo quanto à questão amazônica. Estamos no século XXI e não podemos mais tratar a Amazônia como se vivêssemos no século XIX, apenas remediando os estragos feitos, correndo atrás dos prejuízos, improvisando aqui e ali. Temos de fazer algo de concreto, até mesmo para mostrar à comunidade internacional que somos capazes de resolver nossos problemas. Acho realmente muito importante que nos tornemos o primeiro país tropical desenvolvido. Isso não é retórica, não é força de expressão. O Brasil tem uma elevada vocação no contexto da América Latina e deve ocupar seu verdadeiro lugar no cenário mundial. É algo que podemos alcançar, desde que implementemos a proposta da Academia Brasileira de Ciências e sigamos com outras medidas concretas, como essas anunciadas pelo Ministro do Meio Ambiente. Gostaria de mencionar ainda, para terminar, um artigo publicado na semana passada no jornal espanhol El País. O texto, intitulado Já é amanhã no Brasil, comenta a política econômica do País nos últimos 15 anos e afirma que o progresso brasileiro foi baseado em “consensos democráticos, investimento privado e controle da inflação”. Julho de 2008 Diz mais a reportagem: “O crescimento brasileiro, ao contrário do venezuelano, se baseia mais no investimento privado do que no gasto público. Diferentemente da Argentina, o Brasil não está permitindo que a inflação ponha em risco a estabilidade econômica”. O artigo diz também que o Presidente Lula resolveu dar continuidade aos êxitos de Fernando Henrique Cardoso no campo econômico. Cita como exemplo a concessão de independência dada pelo Presidente ao Banco Central. A fórmula bem-sucedida do Presidente Lula foi citada pelo The Economist: ser conservador na economia e audaz na política social. Os frutos dessa fórmula têm sido evidentes. Tivemos um crescimento de 5,5% registrado no ano passado, o fortalecimento das reservas e das contas públicas e o investimento estrangeiro, que alcança níveis sem precedentes. Diante desses progressos, o mundo todo espera que o Brasil venha a se tornar uma superpotência energética, graças também ao álcool de cana-de-açúcar. Ele seria outro fator para o crescimento econômico. É lógico que temos problemas para resolver. A falta de infra-estrutura é um grave obstáculo para nosso desenvolvimento. Mas o PAC já está contemplando essa dificuldade com muita eficiência. As revistas semanais e os jornais são unânimes em mostrar que o País é um verdadeiro canteiro de obras. A violência, a lentidão e a ineficácia do sistema judiciário, a legislação trabalhista e a carga fiscal, que representa 36% do PIB, são outros problemas graves. Ainda temos de vencê-los. Mas talvez o principal problema brasileiro, o qual nós temos de resolver como condição sine qua non para nosso reconhecimento como país sério e desenvolvido, é o da Amazônia. Acredito que esse seja o nosso maior desafio. Para isso devemos ouvir as propostas e previsões dos nossos cientistas. A internacionalização da Amazônia está sempre na pauta do discurso das autoridades internacionais. O caminho para evitarmos isso está em nossas mãos. Tomara que saibamos trilhá-lo. No momento, esse caminho é a via do conhecimento proposto pela Academia Brasileira de Ciências. Não vejo, no momento, proposta melhor. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. ROBERTO ROCHA (PSDB-MA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registramos nesta tribuna mais um aniversário do Município de Carolina, na região do Vale do Tocantins, Maranhão. Sua história começou ainda no século XVI, escrita por colonizadores em busca do Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS aprisionamento de índios para trabalharem na exploração de ouro, e foi revista por religiosos jesuítas, a partir do primeiro quarto do século XVII. Em 1809, foi formado o primeiro núcleo urbano. É de admirar que esse Município, com população estimada em mais de 24 mil habitantes pelo IBGE, outrora vilarejo de São Pedro de Alcântara, quase desapareceu em 1816. A decadência do vilarejo foi refreada a partir de 1823, coincidindo com o momento em que o deputado padre Camargo Gleury, em memória de nossa primeira imperatriz, deu ao novo povoado o nome de Carolina. A partir de então, os carolinenses reergueram sua auto-estima e a sensação de pertencimento, de identidade, e deram início a uma nova página da história em curso. A narrativa tem sido coberta por vários capítulos, incluindo litígios pela posse da vila entre os governos do Maranhão e de Goiás. A solução definitiva para o impasse foi arbitrada por decreto regencial que, em 1854, confirmou o Município como maranhense. Cinco anos depois, Carolina foi elevada à condição de cidade e sede municipal por lei provincial de 8 de julho de 1859. Assim, neste momento, saudamos os 149 anos desse Município maranhense, sobre o qual o Governador Eloy Coelho Neto deixou registrado: “A República proclamada em 1889 encontrara Carolina integrada ao estado do Maranhão. Era a primeira cidade do sul do Estado e, depois de Caxias, a mais importante”. Em verdade, foi ainda mais tarde que Carolina viveu seu ponto áureo. Na primeira metade do século XX, a cidade tornou-se o centro econômico-financeiro do sul maranhense, influenciando no desenvolvimento do sul do Piauí, do Pará e da área que então constituía a porção norte do estado de Goiás. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, sentimo-nos no dever de divulgar desta tribuna da Câmara dos Deputados as riquezas naturais de Carolina e de aproveitar para convidar o povo brasileiro a visitar o Município nesta época. Até setembro, estão visíveis e acessíveis as praias fluviais do Rio Tocantins, o que robustece a atratividade e vocação turísticas de Carolina, que também é ponto de apoio para visita à Chapada das Mesas. Lá, diversas quedas d’água convivem com encantadoras paisagens nas trilhas que a cortam. A Cachoeira da Pedra Caída e o lago que esta forma são destacados pontos turísticos do sul do Maranhão. Conforme lenda local, suas quedas d’água de Quinta-feira 17 33509 até 46 metros são afrodisíacas. Há também a Cachoeira do Itapecuru, cujas águas formam uma enorme piscina natural, com rochas, praias e pequenas ilhas, e levam à desativada hidrelétrica da década de 1940. Na Ilha dos Botes, o turista encontra estrutura de apoio para refeições, diversão e estada. E há ainda tantas outras atrações que, em razão do tempo, não nos é conveniente discorrer sobre todas. Toda essa riqueza natural justifica as preocupações da cidade que, em 1941, abrigou a primeira usina hidrelétrica da Amazônia. Hoje, marcada pelo forte potencial turístico, convive com a polêmica causada pela Usina Hidrelétrica de Estreito. Esta, quando implantada, cobrirá parte de seu território com a área de alagamento. As preocupações com a obra vão desde seus reflexos no ecoturismo até o bem-estar das comunidades, inclusive do povo indígena krahô. Lembramos que a questão foi matéria de audiência pública realizada nesta Casa em maio último, com ampla participação. Juntamo-nos, então, Sr. Presidente, à vigilância feita por diversas entidades e, em especial, pela Prefeitura de Carolina. Não concebemos que as ações e resultados desse empreendimento possam prejudicar a população do Município, mas, sim, que representem uma oportunidade para incluí-lo de vez na rota do desenvolvimento. Esta será a nossa luta! Saudamos aqui o Prefeito João Alberto Martins Silva, que orienta sua administração aos interesses dos carolinenses. Destacamos seu empenho na conclusão de 100 casas para moradores de baixa renda, na busca por parcerias com o Governo do Estado para incentivar o turismo na região e na reivindicação de reativação da usina hidrelétrica, construída pelo Governo estadual no povoado São João da Cachoeira, e que há 10 anos saiu de operação. Esses, pois, são também motivos para nos congratularmos com a população de Carolina, no Maranhão, parabenizando-a pelos seus 149 anos de história, à beira do sesquicentenário no ano vindouro. Desejamos aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ali instalados que estejam a cada dia empenhados no desenvolvimento do Município e no bem-estar dos cidadãos. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Apresentação de proposições. 33510 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33511 33512 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33513 33514 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33515 33516 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS V – ORDEM DO DIA PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS: RORAIMA Angela Portela PT Edio Lopes PMDB PmdbPtc Luciano Castro PR Maria Helena PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de RORAIMA 4 AMAPÁ Alessandro Sabino PMDB PmdbPtc Dalva Figueiredo PT Evandro Milhomen PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Sebastião Bala Rocha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de AMAPÁ 4 PARÁ Asdrubal Bentes PMDB PmdbPtc Quinta-feira 17 33517 Bel Mesquita PMDB PmdbPtc Lúcio Vale PR Nilson Pinto PSDB Paulo Rocha PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Total de PARÁ 6 AMAZONAS Marcelo Serafim PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Rebecca Garcia PP Silas Câmara PSC Vanessa Grazziotin PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de AMAZONAS 4 RONDÔNIA Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Mauro Nazif PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Moreira Mendes PPS Natan Donadon PMDB PmdbPtc Total de RONDÔNIA 5 33518 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ACRE Fernando Melo PT Flaviano Melo PMDB PmdbPtc Gladson Cameli PP Nilson Mourão PT Total de ACRE 4 TOCANTINS João Oliveira DEM Laurez Moreira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Moises Avelino PMDB PmdbPtc NIlmar Ruiz DEM Osvaldo Reis PMDB PmdbPtc Total de TOCANTINS 5 MARANHÃO Carlos Brandão PSDB Davi Alves Silva Júnior PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Domingos Dutra PT Flávio Dino PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Julião Amin PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Pedro Fernandes PTB Pedro Novais PMDB PmdbPtc Pinto Itamaraty PSDB Waldir Maranhão PP Total de MARANHÃO 9 CEARÁ Ariosto Holanda PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Chico Lopes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Eudes Xavier PT Eugênio Rabelo PP Eunício Oliveira PMDB PmdbPtc Flávio Bezerra PMDB PmdbPtc Gorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT Leo Alcântara PR Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPtc Pastor Pedro Ribeiro PMDB PmdbPtc Raimundo Gomes de Matos PSDB Zé Gerardo PMDB PmdbPtc Total de CEARÁ 15 PIAUÍ Átila Lira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Ciro Nogueira PP Júlio Cesar DEM Nazareno Fonteles PT Osmar Júnior PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de PIAUÍ 5 Julho de 2008 RIO GRANDE DO NORTE Betinho Rosado DEM Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Rogério Marinho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de RIO GRANDE DO NORTE 4 PARAÍBA Armando Abílio PTB Luiz Couto PT Manoel Junior PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Rômulo Gouveia PSDB Vital do Rêgo Filho PMDB PmdbPtc Wilson Braga PMDB PmdbPtc Wilson Santiago PMDB PmdbPtc Total de PARAÍBA 7 PERNAMBUCO Ana Arraes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Armando Monteiro PTB Bruno Rodrigues PSDB Edgar Moury PMDB PmdbPtc Fernando Ferro PT Inocêncio Oliveira PR Paulo Rubem Santiago PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Pedro Eugênio PT Raul Henry PMDB PmdbPtc Renildo Calheiros PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Roberto Magalhães DEM Silvio Costa PMN PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de PERNAMBUCO 12 ALAGOAS Augusto Farias PTB Carlos Alberto Canuto PMDB PmdbPtc Cristiano Matheus PMDB PmdbPtc Francisco Tenorio PMN PsbPdtPCdoBPmnPrb Givaldo Carimbão PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Joaquim Beltrão PMDB PmdbPtc Olavo Calheiros PMDB PmdbPtc Total de ALAGOAS 7 SERGIPE Iran Barbosa PT Jackson Barreto PMDB PmdbPtc Pedro Valadares DEM Valadares Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de SERGIPE 4 BAHIA Alice Portugal PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Claudio Cajado DEM Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Colbert Martins PMDB PmdbPtc Daniel Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Fábio Souto DEM Guilherme Menezes PT João Almeida PSDB João Carlos Bacelar PR João Leão PP Jorge Khoury DEM José Carlos Aleluia DEM José Carlos Araújo PR José Rocha PR Joseph Bandeira PT Jusmari Oliveira PR Jutahy Junior PSDB Luiz Bassuma PT Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPtc Marcio Marinho PR Mário Negromonte PP Maurício Trindade PR Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Sérgio Barradas Carneiro PT Severiano Alves PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Tonha Magalhães PR Veloso PMDB PmdbPtc Walter Pinheiro PT Zezéu Ribeiro PT Total de BAHIA 31 MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Aelton Freitas PR Antônio Roberto PV Aracely de Paula PR Bonifácio de Andrada PSDB Carlos Melles DEM Ciro Pedrosa PV Custódio Mattos PSDB Edmar Moreira DEM Eduardo Barbosa PSDB Elismar Prado PT Fábio Ramalho PV Geraldo Thadeu PPS Gilmar Machado PT Jaime Martins PR Jô Moraes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb João Magalhães PMDB PmdbPtc Lael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Lincoln Portela PR Márcio Reinaldo Moreira PP Maria Lúcia Cardoso PMDB PmdbPtc Quinta-feira 17 33519 Mário de Oliveira PSC Mauro Lopes PMDB PmdbPtc Miguel Martini PHS Paulo Abi-Ackel PSDB Saraiva Felipe PMDB PmdbPtc Virgílio Guimarães PT Vitor Penido DEM Total de MINAS GERAIS 29 ESPÍRITO SANTO Camilo Cola PMDB PmdbPtc Iriny Lopes PT Jurandy Loureiro PSC Rita Camata PMDB PmdbPtc Sueli Vidigal PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de ESPÍRITO SANTO 5 RIO DE JANEIRO Alexandre Santos PMDB PmdbPtc Andreia Zito PSDB Arnaldo Vianna PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Ayrton Xerez DEM Bernardo Ariston PMDB PmdbPtc Brizola Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Carlos Santana PT Chico Alencar PSOL Chico DAngelo PT Cida Diogo PT Deley PSC Dr. Adilson Soares PR Edmilson Valentim PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Edson Ezequiel PMDB PmdbPtc Eduardo Cunha PMDB PmdbPtc Eduardo Lopes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Felipe Bornier PHS Filipe Pereira PSC Geraldo Pudim PMDB PmdbPtc Jair Bolsonaro PP Jorge Bittar PT Leandro Sampaio PPS Luiz Sérgio PT Marcelo Itagiba PMDB PmdbPtc Marina Maggessi PPS Miro Teixeira PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Neilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPtc Otavio Leite PSDB Pastor Manoel Ferreira PTB Rodrigo Maia DEM Rogerio Lisboa DEM Silvio Lopes PSDB Simão Sessim PP Total de RIO DE JANEIRO 34 33520 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SÃO PAULO Antonio Bulhões PMDB PmdbPtc Antonio Palocci PT Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB Arnaldo Jardim PPS Beto Mansur PP Clodovil Hernandes PR Dr. Ubiali PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Duarte Nogueira PSDB Emanuel Fernandes PSDB Francisco Rossi PMDB PmdbPtc Frank Aguiar PTB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PTB Jilmar Tatto PT Jorginho Maluly DEM José Genoíno PT José Mentor PT Julio Semeghini PSDB Lobbe Neto PSDB Luciana Costa PR Luiza Erundina PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Nelson Marquezelli PTB Paulo Teixeira PT Reinaldo Nogueira PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Roberto Santiago PV Silvinho Peccioli DEM Silvio Torres PSDB Valdemar Costa Neto PR Vanderlei Macris PSDB Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM Total de SÃO PAULO 34 MATO GROSSO Carlos Abicalil PT Eliene Lima PP Thelma de Oliveira PSDB Total de MATO GROSSO 3 DISTRITO FEDERAL Augusto Carvalho PPS Jofran Frejat PR Magela PT Ricardo Quirino PR Rodrigo Rollemberg PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Tadeu Filippelli PMDB PmdbPtc Total de DISTRITO FEDERAL 6 GOIÁS Carlos Alberto Leréia PSDB Julho de 2008 Chico Abreu PR Íris de Araújo PMDB PmdbPtc João Campos PSDB Jovair Arantes PTB Leandro Vilela PMDB PmdbPtc Leonardo Vilela PSDB Marcelo Melo PMDB PmdbPtc Pedro Chaves PMDB PmdbPtc Pedro Wilson PT Ronaldo Caiado DEM Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR Tatico PTB Total de GOIÁS 14 MATO GROSSO DO SUL Antônio Carlos Biffi PT Geraldo Resende PMDB PmdbPtc Nelson Trad PMDB PmdbPtc Waldemir Moka PMDB PmdbPtc Waldir Neves PSDB Total de MATO GROSSO DO SUL 5 PARANÁ Affonso Camargo PSDB Alceni Guerra DEM Alex Canziani PTB Andre Vargas PT Angelo Vanhoni PT Barbosa Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Cezar Silvestri PPS Dilceu Sperafico PP Gustavo Fruet PSDB Luiz Carlos Hauly PSDB Luiz Carlos Setim DEM Marcelo Almeida PMDB PmdbPtc Nelson Meurer PP Osmar Serraglio PMDB PmdbPtc Ratinho Junior PSC Takayama PSC Total de PARANÁ 16 SANTA CATARINA Angela Amin PP Carlito Merss PT Décio Lima PT Edinho Bez PMDB PmdbPtc Gervásio Silva PSDB Mauro Mariani PMDB PmdbPtc Paulo Bornhausen DEM Valdir Colatto PMDB PmdbPtc Vignatti PT Zonta PP Total de SANTA CATARINA 10 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS RIO GRANDE DO SUL Adão Pretto PT Germano Bonow DEM Luciana Genro PSOL Marco Maia PT Maria do Rosário PT Mendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPtc Professor Ruy Pauletti PSDB Sérgio Moraes PTB Tarcísio Zimmermann PT Vieira da Cunha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Vilson Covatti PP Total de RIO GRANDE DO SUL 11 O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A lista de presença registra o comparecimento de 293 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Comissão Representativa do Congresso Nacional. Sras. e Srs. Deputados, conforme determina o § 4º do art. 58 da Constituição Federal, realizaremos a eleição dos representantes da Câmara dos Deputados que integrarão a Comissão Representativa do Congresso Nacional, cujo mandato coincidirá com o período de recesso do Congresso Nacional. Os partidos políticos indicaram, de acordo com a proporcionalidade partidária, os integrantes da Comissão. A Mesa submete esses nomes à aprovação do Plenário pelo processo de aclamação, se esse for o desejo de todos: PMDB/PT/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Titulares: Antônio Andrade, Arlindo Chinaglia, Luiz Bittencourt, Márcio Reinaldo Moreira, Paes Landim, Ricardo Quirino, Rubens Otoni, Tadeu Filippelli, Vicentinho. Suplentes: Chico Abreu, Eliene Lima, Laerte Bessa, Luiz Sérgio, Mauro Benevides, Pedro Chaves, Pedro Wilson, Ricardo Berzoini, Tatico. PSDB/DEM/PPS Titulares: Affonso Camargo, Guilherme Campos, Leonardo Vilela, Moreira Mendes, Osório Adriano. Suplentes: Davi Alcolumbre, Fernando de Fabinho, João Campos, Paulo Abi‑Ackel. Falta uma indicação. PSB/PDT/PCdoB/PMN Titulares: Manato e Rodrigo Rollemberg. Suplentes: Dr. Ubiali e Pompeo de Mattos. PHS: falta indicação tanto de titular quanto de suplente. Quinta-feira 17 33521 O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação a relação dos Parlamentares que comporão a Comissão Representativa do Congresso Nacional durante o recesso. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA A COMISSÃO REPRESENTATIVA POR ACLAMAÇÃO. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, faço um comentário sobre essa aprovação. Na gestão do Presidente João Paulo Cunha, na condição de Líder da Minoria, apresentei questão de ordem que, afortunadamente, foi acolhida. Foi permitida a votação de matérias dessa natureza ainda que a pauta estivesse trancada. Graças a essa interpretação correta do então Presidente João Paulo Cunha, evidentemente com assessoria do Dr. Mozart, entendeu-se que esse tipo de votação não é exercício da atividade legislativa e, sim, do funcionamento da Casa Legislativa. Pudemos, então, aprovar essa relação de Parlamentares. Imagine se não pudéssemos fazê-lo: com a pauta fechada, não haveria Comissão Representativa. Era esse o registro, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – V.Exa. tem toda a razão. Cumprimento-o pelo vislumbre e peço sua colaboração para alterarmos o rito das medidas provisórias, uma maneira de evitar situações como essa. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Passase à apreciação da matéria que está sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Item 1: MEDIDA PROVISÓRIA Nº 431-B, DE 2008 (Do Poder Executivo) Continuação da votação, em turno único, da Medida Provisória nº 431-B, de 2008, que dispõe sobre a reestruturação do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo – PGPE, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006; do Plano Especial de Cargos da Cultura, de que trata a Lei nº 11.233, de 22 de dezembro de 2005, do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, de que trata a Lei nº 11.091, 33522 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de 12 de janeiro de 2005, da Carreira de Magistério Superior, do Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia Federal, de que trata a Lei nº 10.682, de 28 de maio de 2003, do Plano de Carreira dos Cargos de Reforma e Desenvolvimento Agrário, de que trata a Lei nº 11.090, de 7 de janeiro de 2005, da Carreira de Perito Federal Agrário, de que trata a Lei nº 10.550, de 13 de novembro de 2002, da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de que trata a Lei nº 11.355, de 19 de outubro de 2006, da Carreira de Fiscal Federal Agropecuário, de que trata a Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001 e a Lei no 10.883, de 16 de junho 2004, dos Cargos de Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal, Agente de Atividades Agropecuárias, Técnico de Laboratório e Auxiliar de Laboratório do Quadro de Pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de que tratam respectivamente as Leis nºs 11.090, de 2005 e 11.344, de 8 de setembro de 2006, dos Empregos Públicos de Agentes de Combate às Endemias, de que trata a Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, da Carreira de Policial Rodoviário Federal, de que trata a Lei nº 9.654, de 2 de junho de 1998, do Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, de que trata a Lei nº 11.095, de 13 de janeiro de 2005, da Gratificação de Desempenho de Atividade de Execução e Apoio Técnico à Auditoria no Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde – GDASUS, do Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas – PCCHFA, do Plano de Carreira e Cargos do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, e do Plano de Carreira do Ensino Básico Federal, fixa o escalonamento vertical e os valores dos soldos dos militares das Forças Armadas, altera a Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, e a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, institui sistemática para avaliação de desempenho dos servidores da administração pública Julho de 2008 federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências; tendo parecer reformulado do relator da Comissão Mista, proferido em Plenário, pelo atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência; pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, desta MPV e das Emendas nºs 2, 6 a 11, 13, 14, 16 a 19, 21, 24 a 32, 35, 36, 43 a 139, 141 a 175, 201 a 207, 212, 213, 215 a 232, 235 a 239, 245, 248 a 250, 257 259 e 260; pela adequação orçamentária e financeira desta MPV e das Emendas nºs 2, 4, 6 a 11, 13, 14, 16 a 19, 21, 24 a 32, 35, 36, 43 a 139, 141 a 175, 201 a 207, 210 a 232, 234 a 245, 248 a 250 e 257 a 260; pela inconstitucionalidade das Emendas nºs 1, 3 a 5, 12, 15, 20, 22, 23, 33, 34, 37 a 42, 140, 176 a 200, 208 a 211, 214, 233, 234, 240 a, 244, 246, 247, 251 a 256 e 258; pela inadequação orçamentária e financeira das Emendas nºs 1, 3, 5, 12, 15, 20, 22, 23, 33, 34, 37 a 42, 140, 176 a 200, 208, 209, 233, 246, 247 e 251 a 256; e, no mérito, pela aprovação desta MPV e pela aprovação, total ou parcial, das Emendas nºs 8, 13, 14, 78, 81 a 98, 100 a 139, 141 a 174, 215, 216, 219 a 221, 227, 236 e 238 na forma do projeto de lei de conversão apresentado, com alterações, e pela rejeição das Emendas nºs 1 a 7, 9 a 12, 15 a 77, 79, 80, 99, 140, 175 a 214, 217, 218, 222 a 226, 228 a 235, 237 e 239 a 260 (Relator: Dep. Magela). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 27-5-08 PRAZO NA CÂMARA: 10-6-08 SOBRESTA A PAUTA EM: 28-6-08 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 24-9-08 O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sobre a mesa requerimento no seguinte teor: “Senhor Presidente, Requeremos a V.Exa., nos termos do art. 117, inciso VI, do Regimento Interno, a retirada de pauta da Medida Provisória nº 431, de 2008, constante do item 1 da presente Ordem do Dia. Sala das Sessões, 16 de julho de 2008. – José Carlos Aleluia – Vice-Líder do DEM. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Maurício Rands, que falará contra a matéria. (Pausa.) Deputado Eduardo Valverde. (Pausa.) Deputado José Genoíno. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, encaminhamos contra o requerimento de retirada de pauta. Aliás, esse requerimento foi apresentado ontem e rejeitado pela Maioria, porque há vontade dessa Maioria de votar a Medida Provisória nº 431, que traz e consolida muitos benefícios. Se entrar em recesso sem votar essa MP, a Câmara dos Deputados sinalizará um prejuízo para os funcionários públicos civis e militares. É importante votarmos a medida. Os problemas que ainda existem serão solucionados posteriormente. A medida traz uma visão ampla e abrangente de como tratar o reajuste dos servidores públicos. Portanto, apelamos aos nobres pares no sentido de rejeitar o requerimento, para que possamos votar a medida provisória. Repito: não votar a medida em pauta significa deixarmos trabalhadores do setor público, civis e militares, em situação de instabilidade. Sr. Presidente, somos contrários ao requerimento de retirada de pauta. O SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente, o PMDB também se manifesta contra a retirada... O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Espere um pouco, Deputado. Estamos no encaminhamento da matéria. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Ronaldo Caiado, que falará contra a matéria. O SR. RONALDO CAIADO (DEM-GO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quanto ao requerimento apresentado pelos Democratas para retirada de pauta da discussão da Medida Provisória nº 431, devo dizer que, neste momento, gostaria que o Relator pudesse ao menos nos ouvir em relação ao que já foi aqui colocado pelo Deputado Jofran Frejat e por nós, Sr. Presidente. O que está ocorrendo? Funcionários médicos, auxiliares ou técnicos em enfermagem do Hospital das Forças Armadas estão totalmente desassistidos. Num primeiro momento, o nobre Relator foi pela a rejeição da emenda do Deputado Jofran Frejat em razão do mérito. Tudo bem, é um direito de S.Exa. Mas há a oportunidade de destacarmos essa emenda e tentarmos sensibilizar o Plenário. Tenho certeza absoluta de que ganharíamos a votação. No segundo relatório, porém, S.Exa. foi pela inconstitucionalidade, o que impede agora o Deputado Jofran Frejat de destacar essa emenda. Quinta-feira 17 33523 Portanto , gostaríamos que S.Exa. realmente refluísse dessa posição. Se estamos resolvendo a situação de 800 mil funcionários públicos, o que custa solucionarmos também uma situação de total incongruência dentro do Hospital das Forças Armadas? Vejamos o que diz o art. 39 da Constituição: “Art. 39. ................................................. § 1º – A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; II – os requisitos para a investidura; III – as peculiaridades dos cargos”. Pergunto: é justo um médico do HFA receber exatamente R$2.624,58, enquanto – com todo o respeito – um auxiliar em enfermagem recebe R$2.900,00? E, mais: um técnico em enfermagem recebe R$1.294,57! Como é possível explicar isso? Neste momento, temos uma medida provisória capaz de equalizar essa situação, dar tranqüilidade e condições para que os médicos, técnicos, enfim, todos aqueles aprovados em um concurso público à época regido pela CLT, possam ser agora, Sr. Presidente, incluídos no Regime Jurídico Único. Esse é o motivo desta emenda à medida provisória. E temos a função de resolver esses assuntos. É inaceitável, é inadmissível que o Governo limite a apenas 271 profissionais a exclusão dos benefícios! O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação. Para orientar a bancada. Como votam os Srs. Líderes? O SR. MAGELA (PT-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, “não”. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estamos no final do semestre legislativo. Para alguns, esse final já aconteceu indevidamente, inclusive para colegas de representação que estão fazendo campanha no Rio de Janeiro, como o Senador Marcelo Crivella e o Deputado Fernando Gabeira – Digo mesmo, porque a nossa obrigação prioritária é estar aqui, e quem não quiser fazê-lo que se licencie. Ouvimos diversas demandas de ontem para hoje. Queremos discutir algumas emendas e garantir alguns destaques, apesar de injustos. Mas queremos votar essa matéria, melhorando-a, com o nosso direito de votar, alterar e reparar injustiças que ela ainda contém. 33524 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Creio que este Plenário terá sensibilidade para isso. Lembro que o próprio Relator, ontem, votou contra o encerramento da discussão por sentir que o debate é necessário. Agora, quanto a adiar indefinidamente, encaminhamos o voto “não”. Portanto, o nosso voto é “não”. Somos favoráveis às emendas e modificações. O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, “não”. O SR. ARNALDO JARDIM (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS encaminha o voto “não”, com a disposição de que, nos destaques, possam ser corrigidas as omissões que ocorreram no parecer apresentado. O SR. MANATO (Bloco/PDT-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, também somos contra a retirada da matéria. Queremos discutir, aprofundar a discussão dos destaques, mas discutir. Vamos encaminhar o voto “não”. O SR. LUCIANO CASTRO (PR-RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, entendemos que não é o fato de se retirar de pauta a matéria que vai resolver os problemas. Não estamos de acordo com o texto como está. Achamos, por exemplo, que a proposta do Deputado Jofran Frejat merece o apoio de nosso partido. Porém, para isso, precisamos votar a matéria. A proposta encaminhada pela Deputada Maria Helena no que tange aos professores dos ex-territórios também merece atenção especial. Portanto, vamos votar a matéria e, nos destaques, estendermos o apoiamento com vista aos interesses do nosso partido no que tange à medida provisória. Por essa razão, Sr. Presidente, somos contra o requerimento de retirada de pauta. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é tamanha a incoerência do Governo que, na data de hoje, chegou ao Congresso Nacional projeto de lei de iniciativa do Executivo que visa conceder uma gratificação temporária para o magistério superior e em cuja justificativa consta citação exatamente à Medida Provisória nº 431. Ora, se o Governo entende possível mexer com interesses, carreiras e gratificações do funcionalismo na forma de projeto de lei, por que mandou essa medida provisória, que tantos problemas tem causado e tanta injustiça vem fazendo com inúmeras categorias, como já deixamos claro durante o dia de ontem e nesta manhã? Vamos tentar modificar a matéria pela via das emendas, respeitamos a apresentação do requerimento Julho de 2008 de retirada de pauta, no entanto, vamos encaminhar o voto “não”, para que possamos avançar na matéria e tentar modificar o texto. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PV? O SR. DR. TALMIR (PV-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV vota “não”. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas quer aprovar os destaques que atendem os funcionários da FUNASA e do Hospital das Forças Armadas e entende que o Relator torna a emenda inconstitucional e, por isso, não poderá ser votada. A nossa posição é pela retirada de pauta da matéria, para negociar a aprovação das emendas que beneficiam o pessoal da área de saúde, porque no Brasil há dinheiro para tudo, menos para a saúde. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o Governo? O SR. RICARDO BARROS (PP-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo vota “não”, Sr. Presidente, e lembra que as reivindicações dos servidores públicos vieram por meio de medida provisória por solicitação da Oposição. Queremos votar a matéria. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.) REJEITADO. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA.) – Sr. Presidente, peço verificação regimental para comprovar que a Maioria quer... O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Verificação concedida. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP.) – Sr. Presidente, peço verificação conjunta. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A Presidência solicita aos Srs. Deputados que tomem os seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico. Está iniciada a votação. Queiram seguir a orientação do visor de cada posto. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, para mudar a orientação. O Democratas está em obstrução. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Obstrução. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. EMANUEL FERNANDES (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB está em obstrução. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT chama todos os Deputados para que venham ao plenário votar. É importante dar número e votar contra esse requerimento. Aliás, votar contra o requerimento, porque a Oposição, que tanto cobrou que o aumento dos servidores viesse por MP, não tem justificativa para a obstrução. O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, da mesma forma, o PMDB convoca os seus Parlamentares que se encontram nas demais dependências da Casa a virem para o plenário e solicita aos gabinetes que, se possível, entrem em contato com os Deputados que estiverem ausentes e os informem sobre a necessidade de virem votar. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vou chamar alguns Parlamentares para breves comunicações. O SR. ROBERTO BRITTO – Sr. Presidente, para orientar. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Pois não. O SR. ROBERTO BRITTO (PP-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Partido Progressista orienta o voto “não” e convida os seus Deputados para virem votar neste instante. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PTB? (Pausa.) Como vota o PSC? (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra, para uma breve comunicação, ao Deputado Gilmar Machado. O SR. GILMAR MACHADO (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero agradecer aos Deputados e Deputadas a colaboração para que, na manhã de hoje, possamos concluir a votação que iniciamos ontem da Lei de Diretrizes Orçamentárias e dos créditos e projetos de lei complementar que nos permitiram assegurar recursos importantes a vários Ministérios, a fim de continuarmos com o processo do Programa de Aceleração do Crescimento. Foram aprovados recursos para a área da agricultura, para que sejam realizadas pesquisas na área da EMBRAPA, e recursos para a área da saúde, para a FUNASA. Podemos agora entrar em recesso com a nossa missão constitucional integralmente concluída. Quero cumprimentar mais uma vez o Presidente da Comissão, o Deputado Mendes Ribeiro Filho, que Quinta-feira 17 33525 fez um grande trabalho na Comissão de Orçamento; a Senadora Serys Slhessarenko; e a Senadora Roseana Sarney, que coordenou o trabalho na Liderança do Governo. A Câmara dos Deputados pode entrar em recesso, pois tem sua missão cumprida. Quero saudar o Presidente da República, que sanciona hoje, daqui a pouco, em uma grande atividade, o piso salarial nacional dos trabalhadores da educação, votado também por esta Casa. Isso é fundamental para que comecemos a recuperar e garantir a qualidade da educação, que passa pela valorização dos trabalhadores da educação. O piso salarial é fundamental para a recuperação e a melhoria da qualidade da educação pública neste País. Queremos cumprimentar o Ministro Fernando Haddad, toda a sua equipe, o Secretário-Executivo José Henrique Paim e equipe, que trabalharam junto com esta Casa para aprovar, na Comissão de Educação e Cultura, o piso salarial. E cumprimentamos, principalmente, o Presidente da República, por sancioná-lo nesta tarde. Nossos cumprimentos aos trabalhadores da educação, à CNTE, ao sindicato SIND-UTE, na pessoa do Neivaldo de Lima, Presidente do Sindicato dos Professores de Uberlândia, pelo brilhante trabalho que fizeram, pelas grandes mobilizações que nos possibilitaram celebrar a conquista desse piso salarial, que é uma luta que vem desde 1827, quando começou o primeiro movimento para estabelecer um piso salarial neste País para os trabalhadores em educação. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Milton Monti. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Vital do Rêgo Filho. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDBPB. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, uso esta tribuna para fazer algumas reflexões, quando estamos concluindo este semestre. Inicialmente, quero registrar o esforço da Mesa Diretora da Casa, na pessoa do nosso Presidente Arlindo Chinaglia, em manter viva uma pauta que possa responder às demandas sociais tão graves que assolam nosso país. Temos desafios a vencer, ações legislativas que não podem mais serem postergadas. Falo das reformas política e tributária que letargicamente caminham nesta Casa. Não podemos perder mais tempo. Não obstante a necessidade imposta pelo calendário eleitoral, o compromisso do Parlamentar é estar aqui votando pelo menos nas sessões deliberativas. 33526 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, no plano regional, dúvidas e expectativas. A Paraíba vive seu pior momento nas últimas décadas. Há um clima de desconfiança e marasmo, uma combinação perfeita temperada pela incompetência da desastrosa gestão administrativa. O Estado amarga os piores índices proporcionais de distribuição de renda com aumento expressivo daqueles que vivem às margens da receita e capital. A saúde foi contaminada pela conveniência política que resultou no sucateamento dos serviços aliada à falta de investimentos próprios da receita estatal. Este quadro social vexatório também faz do nosso Estado campeão em criminalidade. A imprensa traz diariamente estatísticas alarmantes da nossa insegurança; os bandidos estão cada vez mais ousados diante da inércia da gestão pública. O Governo atual teve sua reeleição contestada. Inúmeras ações eleitorais foram propostas pelo Ministério Público Federal, diante dos abusos econômicos e políticos cometidos pelo Governador-candidato, práticas administrativas muito conhecidas que afrontam a Justiça Eleitoral, e que já foram julgadas em primeira e segunda instâncias, levando por 2 vezes à condenação do Governador do Estado. Estamos vendo completar 1 ano dessa decisão. E a Paraíba mergulhou num clima de insegurança jurídica com um governo que se mantém vivo por força de uma liminar, remédio jurídico de efeito imediato, mas de uso rápido, até que se julgue o mérito das questões; todavia, os efeitos administrativos estão levando o Estado à falência. Essa impunidade também possibilita a reincidência de crimes eleitorais, criando-se um ciclo vicioso do mal – é a pedagogia do crime por ganhar de todo jeito, mesmo ao arrepio da lei. Hoje vivemos em todo o País um período marcado por eleições municipais. Na Paraíba serão renovados mandatos de prefeitos e vereadores em 223 cidades. E quero desta tribuna denunciar que estão sendo vistas novas levas de ações assistencialistas patrocinadas pelo Governo do Estado, numa reedição de práticas abusivas já condenadas pela Justiça Eleitoral. Tenho absoluta confiança no Tribunal Superior Eleitoral, que dará, de forma definitiva, a palavra final nessas ações tão longamente adiadas por mecanismos procrastinatórios que retardam o alcance da Justiça. Os elementos contidos nos processos, sem dúvida, possibilitarão uma decisão da Corte. E o que pedimos em nome do povo paraibano é que o julgamento, pela sua importância, possa ser tratado prioritariamente ante o desassossego que vive nossos coestaduanos. Julho de 2008 Comungo com a idéia, que vem da magistratura nacional, de que é imperiosa uma legislação que discipline o ingresso político partidário de cidadãos, resguardadas suas garantias constitucionais. Esta matéria é da nossa competência como Parlamentar, e a Casa estará sensível, discutindo e votando critérios mais rigorosos de elegibilidade. O sentimento da impunidade é matriz das chagas mais violentas que atingem a Nação. A Paraíba precisa retomar os caminhos da paz e da tranqüilidade; precisamos ganhar doses de confiança e auto-estima pelos caminhos da verdadeira Justiça, e em respeito à lei e à ordem. Por fim, uma palavra de esperança à Paraíba. O Brasil possui tribunais que funcionam com independência e soberania para julgar os desvios advindos de práticas ilícitas e restaurar legal e legitimamente o Estado de Direito. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra à Deputada Vanessa Grazziotin. (Pausa.) O SR. VIEIRA DA CUNHA (Bloco/PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, enquanto a colega Vanessa se dirige à tribuna, peço vênia para comunicar a V.Exa., Presidente da Casa, e aos demais colegas que tive a honra de ter sido eleito, no dia 1º de julho, por ocasião do 23º Congresso da Internacional Socialista, na cidade de Atenas, Grécia, um dos Vice-Presidentes dessa organização que reúne 170 partidos políticos de todo o mundo, dos 4 continentes, de viés socialista, socialdemocrata e também trabalhista. Fico muito honrado por essa eleição e me coloco à disposição de V.Exa. e também dos colegas para fazer a interlocução desta Casa com a Internacional Socialista. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Queremos parabenizar V.Exa., em nome de toda a Casa e em meu nome pessoal. Creio que isso reforça toda a trajetória de V.Exa., inclusive naquela capacidade ímpar de estar presente a tudo aquilo que é importante para o País. O SR. VIEIRA DA CUNHA – Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado João Oliveira. (Pausa.) Concedo a palavra ao Deputado Leandro Sampaio. (Pausa.) Concedo a palavra ao Deputado Osvaldo Reis. O SR. OSVALDO REIS (Bloco/PMDB-TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e Srs. Deputados, ontem, da tribuna desta Casa, o Deputado Freire Júnior fez acusações levianas contra um dos melhores Governadores do País, falando de desvios de recursos do IGEPREV. Mas fez um discurso vazio, um discurso de apaixonado, um discurso de quem ainda não desceu do palanque. Recordo-me de que, no passado, o próprio Freire Júnior fazia acusações a seu atual mentor político no Estado de Tocantins, o ex-Governador Siqueira Campos, a quem derrotamos fragorosamente nas urnas passadas. É, na verdade, uma paixão, e S.Exa. vai ter de aceitar até o último dia o mandato do Governador Marcelo Miranda. O IGEPREV – Instituto de Previdência do Estado de Tocantins é um dos melhores institutos do País. No ranking nacional, em 1996, ocupou o terceiro lugar. Antes , o Instituto pagava a 800 funcionários; hoje paga a 6.600. Se tivermos de fazer uma avaliação do Instituto, sobre antes e atualmente, nós veremos que crescemos 40% em arrecadação e nos compromissos atualizados do Instituto de Previdência do Estado do Tocantins. Portanto, é uma inverdade, é um despeito, é uma paixão que aquele Deputado tem. S.Exa. sempre teve o costume de vir à tribuna para acusar determinados administradores do País, inclusive os de seu Estado do Tocantins. Já que o Deputado é suplente, poderia aproveitar esses 4 meses para apresentar projetos importantes para o Brasil e para o Estado pelo qual já foi eleito 4 vezes. Infelizmente, será difícil eleger-se novamente, porque a única coisa que faz na vida são acusações levianas, mentirosas e covardes contra um dos melhores Governadores do País, Marcelo Miranda. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Professor Ruy Pauletti. (Pausa.) Com a palavra ao Deputado Ivan Valente. (Pausa.) Com a palavra ao Deputado Eliene Lima. O SR. PAULO ROBERTO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem, para orientar o PTB. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Pois não. O SR. PAULO ROBERTO (PTB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PTB assim orienta o voto “não” à retirada de pauta, e convida os Deputados ao plenário para votação. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para uma breve comunicação, concedo a palavra ao Deputado Luiz Bassuma. (Pausa.) Quinta-feira 17 33527 Com a palavra o Deputado Rômulo Gouveia. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Rodrigo Rollemberg. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Paulo Teixeira. O SR. PAULO TEIXEIRA (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje, os jornais do Brasil trazem uma notícia triste sobre mais um evento: a morte de mais uma pessoa no Rio de Janeiro, vitimada por balas desferidas por policiais militares do Estado. Causa espécie e começa a causar espanto na sociedade brasileira o despreparo da polícia do Rio de Janeiro. Aquele outro episódio da morte de um menino ocorrido uma semana atrás demonstrou que o policial nem esperou as pessoas saírem do carro. A mãe do menino jogou uma cadeira de bebê para fora do carro, para mostrar que ali havia criança. Mesmo assim, a polícia atirou, matando a criança no episódio. Hoje, novamente, somos informados de mais uma ocorrência dessas. É fundamental que o Governador do Rio de Janeiro reveja o treinamento que se dá à Polícia Militar daquele Estado. É impossível que uma polícia que tem como missão constitucional defender o cidadão mate pessoas que nada têm qualquer envolvimento com o crime. E, mesmo que tenham, a função da polícia é prendê-las, enquanto a da Justiça é julgá-las; e, se condenadas, essas pessoas ficam sob a custódia do Estado. E aqui relembro que não há pena de morte em nosso País. Portanto, a Polícia do Rio de Janeiro precisa rever sua atuação, precisa rever os seus métodos de abordagem. A Polícia do Rio de Janeiro precisa passar por uma profunda mudança, para que ela efetivamente proteja e não represente risco de vida para os cidadãos. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Geraldo Thadeu. O SR. GERALDO THADEU (PPS-MG. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares. Como Presidente da Frente Parlamentar das Hepatites e Transplantes, tenho o compromisso de atuar para garantir atendimento adequado aos portadores da doença. Por isto hoje faço uso desta tribuna: para falar sobre a necessidade de fortalecermos a luta contra uma das doenças que mais matam no Brasil e no mundo. A Organização Mundial da Saúde estima 550 milhões o número de infectados em todo o mundo, 33528 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS somando cerca de 1,5 milhão de mortes por ano. Infelizmente, o Brasil não está fora desta realidade. Hoje, no país, 6 milhões de pessoas são portadoras do vírus das Hepatites B e C. E mais alarmante do que os números é a falta de informação. Para se ter uma idéia, de acordo com o Ministério da Saúde, 95% dos brasileiros infectados não sabem que têm a doença. Anualmente, apenas 10 mil pessoas, em média, recebem tratamento adequado. Em decorrência dessa triste realidade, para os próximos 10 anos estima-se o surgimento de um 1 milhão de casos de cirrose hepática em função da doença. O investimento na saúde pode evitar até 600 mil mortes nesse período. A hepatite é conhecida como doença silenciosa; o portador do vírus geralmente descobre a doença já na fase crônica, já tendo o seu fígado comprometido. Por isso, uma das nossas maiores preocupações está relacionada à falta de diagnóstico precoce. No caso da Hepatite B, cerca de 10% dos portadores desenvolvem a infecção crônica, o que leva à cirrose hepática e ao câncer. Este percentual aumenta para 80% no caso da Hepatite C. Infelizmente, nesse estágio o transplante é inevitável – mas nós sabemos que a necessidade de intervenção cirúrgica agrava ainda mais a situação, pois ela é de difícil acesso. A comprovação está no fato de hoje termos cerca de 60 mil pessoas na fila para realização de transplante de órgãos. Desses, 6 mil aguardam um fígado, sendo que 60% morrem na fila de espera. Precisamos ressaltar que a falta de tratamento mais adequado pode diminuir a vida produtiva do infectado em até 15 anos. Também é importante esclarecer que a hepatite pode ser adquirida muito facilmente, o que reafirma a necessidade de campanhas de conscientização. O vírus pode ser transmitido via sangüínea, por meio de seringas e agulhas compartilhadas, além de materiais perfurocortantes contaminados, como alicates e giletes. No caso da Hepatite B, cerca de 70% dos casos de transmissão ocorrem pelo contato sexual. Existe a possibilidade da transmissão vertical no momento do parto, e até pelo aleitamento materno. Reconhecemos os avanços na política que trata do assunto. Mas acreditamos que ela apode melhorar. Hoje, todo portador tem direito de adquirir os medicamentos. No entanto, é preciso mais investimentos pelo Ministério da Saúde, pois os recursos, por maiores que venham a ser, não atenderão à demanda se não houver uma gestão eficiente. Como antigo portador de hepatite, pude sentir bem de perto os efeitos físicos e psicológicos da doença. Adquiri o vírus da Hepatite C no ano de 1975, em uma época em que pouco se utilizava material descartável. Julho de 2008 Durante um procedimento médico, fui contaminado por meio de uma injeção na veia. Na época, os médicos a definiam como Hepatite “Não A” e “Não B”. Mesmo tendo sido acompanhado por especialista, não pude receber tratamento específico. Portanto, sei quanto essa deficiência pode custar à vida de uma pessoa. Os investimentos e o acesso aos medicamentos é a garantia da vitória contra a doença. Fui curado e hoje levo uma vida saudável. É essa conquista que busco para os portadores da doença. A Frente Parlamentar tem atuado para acabar com a defasagem do protocolo do Ministério da Saúde. Medicamentos mais novos estão fora da lista do Sistema Único de Saúde. Já estive algumas vezes na ANVISA para pedir agilidade na liberação dos novos medicamentos e incentivo às pesquisas. Queremos incentivar a campanha de vacinação, pois ela é uma grande aliada na luta contra a proliferação da Hepatite B. Continuamos aguardando audiência pública com o Ministro da Saúde. As denúncias das ONGs estão sendo encaminhadas para o Ministério da Saúde e para o Programa Nacional das Hepatites Virais. Até o final do mês, o novo representante do Programa deverá tomar posse. Já estamos buscando uma forma de participar de uma agenda conjunta. Também estamos concluindo um requerimento pedindo suporte psicológico para os portadores da doença. Para defender a vida desses cidadãos é que criamos a Frente Parlamentar das Hepatites, em 2003. Desde sua criação, temos conquistado cada vez mais apoio nesta caminhada. Hoje, 73 colegas fazem parte da Frente. Essa atuação também conta com a participação de 65 organizações não-governamentais, formadas por portadores e ex‑portadores da doença, seus parentes e amigos. Juntos, queremos garantir os direitos fundamentais para os infectados, além de facilitar o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento de qualidade. Acreditamos que o tratamento contra a doença deve acompanhar os avanços da Medicina. Justamente por isso defendemos mais investimentos na saúde e a concepção de políticas prioritárias. No Brasil, estima-se que 1,8 brasileiros morrem a cada hora, 44 por dia, 1.320 por mês – 15 mil mortes por ano. Diante desses dados, convido os Srs. Parlamentares para abraçarem essa luta. Os que ainda não aderiram à caminhada, convido-os para integrarem a Frente das Hepatites e Transplantes, para unirem-se conosco com o compromisso de mudar essa triste realidade e salvar vidas. Muito obrigado pela atenção. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. COSTA FERREIRA (PSC-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – PSC “não”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vou conceder a palavra ao Deputado Arnaldo Jardim. Antes, porém, aproveito para comentar as palavras do Deputado Geraldo Thadeu: se necessário for, contribuirei para que essa audiência ocorra. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Deputado Geraldo Thadeu lutou, luta e vence! Até agora, venceu a hepatite. Quero cumprimentá-lo também pela coragem. Parabéns! O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem a palavra o Deputado Arnaldo Jardim, para uma Comunicação de Liderança, pelo PPS. O SR. ARNALDO JARDIM (PPS-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, devo iniciar também saudando o Deputado Geraldo Thadeu, que honra nossa bancada pela sua postura, pelo seu comportamento, pelo seu testemunho pessoal e ainda por liderar essa importante Frente. Espero que o Governo, particularmente o Ministro da Saúde, tenha ouvido a reclamação feita aqui pelo Deputado Geraldo Thadeu. Mas o que me traz, neste instante, a falar em nome da bancada do PPS é a situação política que estamos vivendo a partir do momento em que foi deflagrada essa operação da Polícia Federal, tendo como delegado responsável o Dr. Protógenes, e mais tudo o que isso gerou. Sr. Presidente, durante esse episódio, a posição do PPS é inequívoca: é no sentido de fazer com que se respeite cada uma das atribuições constitucionais. Por isso, não nos anima ver movimentos que questionam o próprio Ministro comandante do Judiciário, Dr. Gilmar Mendes. Achamos muito importante que o Judiciário mantenha intactas suas prerrogativas institucionais, o que é fundamental para o Estado Democrático de Direito. De outra parte, acreditamos que o Governo não promoveu nenhum tipo de avanço, além do que lhe cabia em um processo de investigação, do ponto de vista do Ministério da Justiça. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, indo diretamente ao ponto, parece-nos um acinte à inteligência da sociedade brasileira creditar a uma simples coincidência a transferência dos delegados responsáveis pelo inquérito que tramita na Polícia Federal – “Ah! o delegado responsável fará um curso de atualização Quinta-feira 17 33529 e os seus delegados auxiliares também prestarão serviço em outro âmbito da Polícia Federal.” Ora, não há como confundir isso. Trata-se de uma deliberada disposição de dificultar a tramitação deste processo e a correta apuração dos fatos, tal como exige a sociedade brasileira. Por isso, quero deixar patente que a nós não parece de nenhuma forma desculpável ou possível de aceitar o que se apresentou como justificativa. No nosso entendimento, essa movimentação de responsabilidades na Polícia Federal tem a clara intenção de dificultar o andamento deste processo. E aqui queremos saudar a Polícia Federal pela forma como os fatos foram apresentados à sociedade brasileira. O PPS nunca fez coro a nenhum tipo de postura da chamada “espetacularização” de procedimentos policiais. A nós é estranho, e merece ressalva, a presença da imprensa. Parece-nos desnecessário o uso de algemas quando não se caracteriza nenhum tipo de periculosidade. Mas daí a mudarem-se os responsáveis, numa clara tentativa de obstaculizar o processo que se estabelecia na Polícia Federal com vistas à correta apuração de responsabilidades, isso nos parece indesculpável. Estamos, inclusive, em busca de alguns instrumentos que nos permitam, de forma mais precisa, questionar esses procedimentos que, apresentados como administrativos, têm a clara intenção de garrotear exatamente a atuação da Polícia Federal. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para uma breve comunicação, concedo a palavra ao Deputado Wandenkolk Gonçalves. (Pausa.) Concedo a palavra ao Deputado Jackson Barreto. (Pausa) Concedo a palavra à Deputada Iriny Lopes. A SRA. IRINY LOPES (PT-ES. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna para registrar um fato lamentável e bastante preocupante que ocorre no Estado do Espírito Santo. O meu Estado tem sido marcado pela violência nos últimos anos. Mas um dado recente deve nos alertar a todos: as mulheres capixabas estão sendo dizimadas, porque a violência doméstica cresceu assustadoramente. As estatísticas apontam que o Estado do Espírito Santo hoje é campeão em assassinato de mulheres, Deputada Cida Diogo, mortas pelos seus companheiros, sejam eles maridos, namorados ou algum outro ente masculino da família. Nas 2 últimas semanas registramos 7 homicídios, sendo que ontem uma mulher foi barbaramente degolada – e o seu executor ainda diz que não tem nenhum arrependimento pelo que fez. 33530 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nós aqui alertamos e convocamos o Governo do Estado do Espírito Santo a que tomemos providências imediatas para a inibição desses homicídios que nos marcam e nos desonram. Era o que gostaria de registrar, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta breve comunicação. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Edinho Bez. (Pausa.) Deputada Cida Diogo. A SRA. CIDA DIOGO (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, antes de iniciar minha fala, que me solidarizar com o pronunciamento da Deputada Iriny Lopes, que apresentou um quadro de violência doméstica contra as mulheres realmente grave em seu Estado, mas que não é muito diferente da situação dos outros Estados. Essa é uma questão realmente grave no País inteiro e tem que ser enfrentada pelo Poder Público. Temos de reverter esse quadro de violência contra a mulher. Sr. Presidente , quero aproveitar este período das Breves Comunicações para saudar a minha cidade, o Município de Volta Redonda, que amanhã, dia 17 de julho, comemorará 54 anos de emancipação política. Trata-se de Município muito novo, com apenas 54 anos, mas que hoje é o maior do sul do Estado do Rio de Janeiro. Volta Redonda, como é conhecida no País inteiro, é a “Cidade do Aço”, é a cidade onde está a Companhia Siderúrgica Nacional, esse grande patrimônio do nosso País que hoje tem trazido à população algumas preocupações, a partir da privatização. Mas tenho certeza de que a nossa cidade tem como hoje trazer novos investimentos, buscar novos caminhos para garantir mais emprego, mais futuro a quem vive em Volta Redonda. Aquela cidade tem a força necessária, e os seus munícipes têm capacidade para buscar alternativas, para viabilizar um futuro melhor, para garantir mais emprego, mais saúde, para garantir futuro efetivamente. Por isso, ao completar 54 anos, tenho absoluta certeza de que essa cidade, ainda nova, mas que tem muita maturidade, muita liderança no sul do Estado do Rio de Janeiro, vai continuar sendo a grande cidade que é, liderando o processo de desenvolvimento econômico e social em todo o sul do Estado do Rio de Janeiro. Parabéns a Volta Redonda! Parabéns aos voltaredondenses! Como filha daquela cidade, parabenizo Volta Redonda. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Carlos Santana. (Pausa.) Deputado Chico Lopes. Julho de 2008 O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, não tive oportunidade de falar sobre a aprovação da LDO, mas parabenizo o Deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) pela competente condução dos trabalhos e pela liderança do processo de discussão. Conseguimos realizar o nosso trabalho dentro do prazo. A Senadora Serys Slhessarenko, relatora, que com muita habilidade acatou diversas emendas e rejeitou outras, também demonstrou habilidade no seu trabalho. Gostaria de dizer que estou tranqüilo porque uma das minhas emendas, que diz respeito ao salário mínimo, foi acatada e aprovada. Mas, reconheço, ainda não é o que o trabalhador de fato merece. Tenho certeza de que as centrais sindicais vão se reunir e solicitar que o aumento não seja apenas o concedido, mesmo tendo sido aprovada emenda de nossa autoria. Achamos que num sistema capitalista, como o nosso, só poderá haver melhor distribuição de renda com melhores salários. Quanto mais aumentar a capacidade de consumo e quanto mais as pessoas receberem pelo seu trabalho, melhor a distribuição de renda. Pois então vamos fazer com que no País a classe trabalhadora tenha condições de ganhar o suficiente não apenas para o sustento da sua família, mas também para que o Brasil movimente sua riqueza. O trabalhador não pode se limitar apenas às necessidades primárias; deve ter direito também às secundárias. Todos temos o direito de ser felizes. Transformamos a natureza em bens de serviço para o consumo e a felicidade das pessoas. Sr. Presidente, eu me acho contemplado nessa grande iniciativa do Congresso Nacional ao aprovar a LDO. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Vieira da Cunha. (Pausa.) Deputado Eduardo Valverde. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é interessante que esta Casa, à luz da recente prisão do banqueiro Daniel Dantas, venha a se debruçar sobre situações interessantes. O Congresso Nacional tem, em seus arquivos, o material da CPI do BANESTADO, instalada em 2003 para apurar evasão de divisas que ocorrera no País de 1998 a 2002. Dentre as informações que constam no cofre da CPI do BANESTADO está o relatório da promotoria norte-americana. Ao se abrir a conta no Banco de Boston – a “Conta Tucano” – e remeter as informações Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS para o Brasil, tem-se o modus operandi de como o banqueiro Daniel Dantas e doleiros jogaram para fora do País uma grande quantidade de dinheiro, quase 30 bilhões de reais. Esse dinheiro, à época denominado de “dólar cabo”, era transferido numa operação pela qual o real ficava aqui mas o dólar era posicionado nessa conta chamada Tucano; posteriormente, foi para as Ilhas Cayman, para o fundo chamado Opportunity Fund, destinado a estrangeiros, mas que tinha dinheiro de brasileiros. Parte desses recursos ajudou, naquele momento, na compra de ações das empresas privatizadas de telefonia. É importante dizer que isso fora feito naquela época com o beneplácito das autoridades monetárias e fazendárias do País, até porque essa evasão de divisas fora feita com o intuito de lavar dinheiro lá fora – e boa parte desses recursos era dinheiro destinado a campanhas eleitorais e saldos de campanha. É importante que os jornais que estão neste momento enfocando um lado da moeda passem a olhar quem sustentou, durante todo esse tempo, o modus operandi, e protegeu o Sr. Daniel Dantas. É preciso que a nossa memória – há informações no cofre dessa CPI, aqui na Casa – seja elucidada. Não obstante os arroubos de eloqüência, setores da Oposição, ao verem esses documentos, certamente irão se recolher a seus redutos, porque sabem que estão altamente comprometidos com a proteção, com o modus operandi que permitiu que o Brasil fosse um grande canal de remessa de divisas para o exterior, divisas essas que são fruto da corrupção, da sonegação e, principalmente, do narcotráfico e da corrupção ativa praticada com recursos de fundos de pensão. Este é o alerta que faço aos jornais e à Oposição. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Domingos Dutra. O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer apenas 2 breves registros. Primeiramente, agradeço ao Deputado Maurício Rands, Líder do PT, pela nossa indicação para compor a CPI que está investigando as escutas clandestinas ou ilegais no País. Vou compor a CPI, juntamente com os Deputados Luiz Couto, Iriny Lopes e Nelson Pellegrino, Relator, para contribuir com as investigações. Esse tema é muito importante para a sociedade brasileira. Em segundo lugar, informo que o Deputado Vieira da Cunha, Líder do PDT, ainda há pouco veio à tribuna para defender o Promotor Gilmar Bortolotto, da Vara de Execuções Penais de Porto Alegre. Quinta-feira 17 33531 Quero dizer ao Deputado Vieira da Cunha que recebi, por parte de vários Deputados, inclusive da Deputada Maria do Rosário, boas referências do Promotor Bortolotto. No entanto, durante as investigações, principalmente durante a audiência que foi feita em Porto Alegre, nem o promotor, nem o juiz da Vara de Execução Penal, nem os defensores públicos comprovaram a eficiência deles nos cargos que ocupam. O fato concreto é que o Presídio Central de Porto Alegre é um verdadeiro escândalo: 4.350 homens ocupam o espaço destinado a apenas 1.100 homens. Esse presídio está envelhecido, cheio de lixo, de esgoto, com exercício ilegal do comércio no seu interior. Por essas razões é que responsabilizamos o juiz, o promotor e o defensor, diante da falta de provas efetivas do cumprimento de seu dever. Lamento profundamente, mas não há outra alternativa senão a responsabilização dessas autoridades. O SR. VICENTINHO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. VICENTINHO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. e à Mesa Diretora por terem aprovado requerimento para a realização de sessão solene em homenagem a Solano Trindade. Cineasta, poeta, pintor, homem de teatro, um dos maiores animadores culturais deste País, Solano Trindade completaria 100 anos no próximo 24 de julho. Ele foi o criador da poesia assumidamente negra e, acrescento, da luta por uma sociedade justa e igualitária. O recifense Solano Trindade faleceu no dia 19 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro, mas morou muito tempo em São Paulo, sobretudo na cidade do nosso querido Geraldinho, Embu das Artes. A referida sessão solene será realizada no próximo dia 8 de agosto, às 15 horas. Fico feliz por meu Líder, Deputado Maurício Rands, ter manifestado a sua disposição de estar presente nesse dia. Essa é a homenagem mais justa que a Casa poderia prestar a um dos homens mais importantes do País, o grande poeta e querido irmão Solano Trindade. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra à Deputada Dalva Figueiredo. (Pausa.) Concedo a palavra ao Deputado Jorginho Maluly. O SR. JORGINHO MALULY (DEM-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores, 3 assuntos me trazem a esta tribuna. 33532 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Primeiramente quero parabenizar o Município de Jaboticabal, Estado de São Paulo, por completar hoje 180 anos de emancipação política. Em nome do Prefeito José Carlos Hori e de suas lideranças, agradeço ao Brigadeiro Juniti Saito, Comandante da Aeronáutica, por atender o nosso pedido e autorizar a ida da Esquadrilha da Fumaça à cidade de Jaboticabal no próximo dia 26 de julho. Passo a abordar outro assunto. Sr . Presidente, peço a atenção de todos, principalmente de V.Exa. que é médico, para matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, de segunda-feira passada, acerca de suposta denúncia envolvendo uma indústria de medicamentos. Segundo a matéria, só o Governo do Estado de São Paulo gastou este ano mais de 400 milhões de reais para atender a liminares que autorizam o fornecimento de medicamentos não incluídos na lista do Ministério da Saúde. Diz a notícia que essas ações foram motivadas por laboratórios que têm interesse na compra desses medicamentos. Por isso, faço um alerta à Comissão que trata da questão da saúde, à Presidência da Casa e aos colegas para que esse fato seja realmente apurado; e se a denúncia for verdadeira, que providências sejam tomadas pelas autoridades competentes. Tratarei de outro assunto. Sr. Presidente, quero fazer um convite aos Deputados e às Deputadas. Esse convite já foi feito ontem, e eu o reitero hoje. Lembramos entristecidos que amanhã faz 1 ano que perdemos o colega Deputado Júlio Redecker. Quase 200 famílias chorosas não têm, até hoje, uma resposta para o trágico acontecimento de Congonhas. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania realizará audiência pública amanhã, a partir das 10 horas, Deputado Miro Teixeira, para debater a questão do acidente da TAM. Na ocasião, vamos lembrar a perda de irmãos, amigos, brasileiros e brasileiras que poderiam estar vivos se não fosse a negligência de alguns. Convido os Deputados para prestigiarem a audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra à Deputada Maria do Rosário. (Pausa.) Deputado Vanderlei Macris. (Pausa.) Deputado Luiz Couto. O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, por Julho de 2008 intermédio da 2ª Câmara Deliberativa, imputou débito de R$79.800,00 ao ex-Secretário Estadual de Saúde José Joácio de Araújo Morais. Esse senhor, quando exerceu o cargo de Secretário de Saúde do Estado, conseguiu superfaturar a compra de medicamentos. Na realidade, a empresa que fornecia os medicamentos ganhava as licitações. Em outro momento, o Tribunal de Contas do Estado condenou o ex-Secretário de Saúde a devolver R$109.918,28. Agora ele terá de devolver mais R$79.800,00. O fato mais grave, Sr. Presidente, é que, enquanto o Secretário faz isso, o Governo do Estado tenta desqualificar a ação do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, que tem realizado um excelente trabalho, e criar o Tribunal de Contas dos Municípios – TCM, que servirá de cabide de emprego para seus aliados. Manifesto o meu repúdio a essa forma de agir. Informo que aquelas denúncias que fizemos de que o Secretário estaria desviando dinheiro, superfaturando compras agora estão sendo comprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. O Tribunal julgou 2 ações e comprovou que o Secretário José Joácio de Araújo Morais cometeu ato de improbidade. O ex-Secretário deve pagar por isso e devolver tudo aquilo que foi resultado de superfaturamento. O dinheiro deveria ter sido usado na compra de medicamentos para pessoas necessitadas, mas foi usado nesse expediente. É o registro que faço, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra à Deputada Fátima Bezerra. (Pausa.) Deputado Dr. Talmir. O SR. DR. TALMIR (PV-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, D. José Maria Libório Carmino Saracho, Bispo Diocesano de Presidente Prudente, vai receber nesta semana o título de Cidadão Prudentino. D . José Maria foi bispo em São Miguel Paulista, é originário do País Basco (Espanha) e atualmente preside a Comissão Pastoral da Terra. Por conta disso, ajudou muito na questão das terras devolutas no Estado de São Paulo. Envolveu-se com os pedidos de assentamentos e acampamentos no oeste paulista, na Alta Sorocabana, acompanhou a diligência dos Deputados Federais, quando lá estivemos para conhecer a realidade de todos os acampamentos e assentamentos da região oeste paulista. Também conheceu a realidade do lixão em Presidente Prudente. Esse problema atinge 90% dos municípios brasileiros. D. José Maria vai ser bispo emérito em breve. Seu substituto será D. Benedito, da cidade de Paracatu, Estado de Minas Gerais. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS D. José Maria costuma dizer que nós, seres humanos, independentemente de onde estivermos no globo terrestre, somos meros administradores das coisas de Deus. Parabéns, D. José Maria, por sua permanência entre nós. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Todos estão percebendo que o quorum caminha lentamente, mas caminha. Até porque nós estávamos, até o presente momento, no horário do almoço – alguns tiveram essa felicidade de almoçar. De qualquer forma, comunico a todos os Parlamentares que estão em plenário e fora dele que teremos hoje várias votações nominais. Aproveitando as palavras do Deputado Jorginho Maluly, que fez um convite àqueles que porventura estarão aqui amanhã, eu afirmo que todos estaremos. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Pois não. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero respaldar a decisão de V.Exa. de manter o painel aberto e convidar os Deputados para virem votar. Nós vamos manter a convocação da bancada do PT e da base aliada que estejam no Congresso para que venham votar. O pessoal está retornando do almoço e chegando à Câmara dos Deputados para votar. É importante que votemos essa medida provisória hoje. Seria muito ruim se a Casa entrasse em recesso e a matéria não fosse votada por falta de quorum. Eu acho que todos têm de vir ao plenário votar, porque em seguida nós poderemos ter várias votações importantes e, depois de 1 hora, votação nominal. Portanto, é importante que o pessoal venha ao plenário para nós votarmos, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para uma breve comunicação, Deputado Manato. (Pausa.) Informo que o Deputado Edinho Bez foi chamado às 14h07min, segundo informação da Assessoria. Deputado José Genoíno. (Pausa.) Já falou. Com a palavra o Deputado José Genoíno. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados – vamos “parlar”, não é Deputado Gerson Peres? -, destaco que a votação dessa medida provisória é fundamental para a reestruturação administrativa do Estado, para o avanço da maioria das categorias que tiveram conquistas importantes. E nós, que apoiamos o Governo Lula, nos comprometemos a resolver em seguida algumas lacunas. Quinta-feira 17 33533 Quero deixar claro que, quando o Governo negociou com as categorias a proposta de reajuste que está nessa medida provisória, a Oposição, apesar da sua luta contra a edição de medida provisória, afirmou que havia necessidade de MP para tratar do reajuste dos servidores. Existem vários discursos na Câmara, das Lideranças de oposição, indagando, nesse caso, por que o Governo não utilizava o instituto da medida provisória. Nós o adotamos. É importante que a Câmara dos Deputados vote. É ruim, politicamente, a Câmara dos Deputados sair de recesso sem votar essa medida provisória por falta de quorum. Por isso, nós insistimos em que as bancadas do PT e da base aliada venham ao plenário para que continuemos votando essa medida provisória no dia de hoje. Já votamos a LDO e queremos terminar a votação dessa medida provisória. Depois, nós teremos o recesso. Quero, de público, prestar o meu apoio ao Presidente da Câmara, Deputado Arlindo Chinaglia, no sentido de garantir o funcionamento da Câmara dos Deputados. Mesmo estando em período eleitoral, nós temos de dar racionalidade ao processo deliberativo do Congresso Nacional. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Mauro Benevides. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, já começaram a chegar a Juazeiro do Norte legiões de romeiros que se deslocam anualmente àquele município, a fim de participar das homenagens à memória imperecível do Padre Cícero Romão Batista, no próximo dia 20, quando se registram 74 anos de seu desaparecimento, habitualmente destacado, como oportunidade de identificar o Patriarca na condição de autêntico Santo do Nordeste. Renovam-se – tais reverências são feitas a cada ano, também a 2 de novembro, Dia de Finados – as esperanças de que a Santa Sé inicie, efetivamente, os procedimentos canônicos visando à beatificação, que passou a ser justíssima aspiração da região do Cariri e dos demais Estados circunvizinhos. Mencione -se, por oportuno, que o Bispo Diocesano D. Fernando Panico esteve há quase 2 anos no Vaticano, juntamente com ilustrada comitiva, para entregar à Congregação para a Doutrina da Fé documentação histórico-eclesial destinada à reabilitação do saudoso sacerdote, de cujas virtudes sempre foi defensor obstinado o Monsenhor Murilo de Sá Barreto, falecido em decorrência de ato cirúrgico, abrindo lacuna impreenchível no clero da região. 33534 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Por outro lado, cabe destacar o trabalho levado a efeito por iniciativa do Tabelião Paulo Machado na coleta de milhares de assinaturas, consubstanciando apelo a Bento XVI, objetivando a pretendida reabilitação, reputada indispensável à efetiva instauração do ansiado processo para torná-lo beato e, anos depois, a santo da Igreja Católica. Os romeiros, certamente, irão fazer orações direcionadas ao alcance de tão nobilitante objetivo, numa seqüência de medidas aguardadas com viva ansiedade por parte da população do chamado Polígono das Secas. Ao fazer o presente registro na tribuna da Câmara dos Deputados, pretendo saudar os romeiros em Juazeiro do Norte, na convicção de que ali se tornará mais arraigado o sentimento de devoção àquele que sempre teve coragem de lutar contra oligarquias dominantes e em favor dos carentes e necessitados, integrantes do nosso perverso mosaico social, já naquela época existente em nosso País. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado João Campos. (Pausa.) Deputado Chico Alencar. (Pausa.) Deputado Raimundo Gomes de Matos. (Pausa.) Vou submeter ao Plenário uma questão que não é tão crucial. Fiz uma aposta com o Deputado Edinho Bez, que estava sentado ao meu lado. S.Exa. reclamou que eu não o havia chamado, e eu garanti que sim. Informei que ele havia sido chamado às 14h07min, mas era apenas uma brincadeira. Fiz a seguinte aposta: se eu o tivesse chamado, ele não falaria mais hoje. Pergunto ao Plenário se posso perdoá-lo desse compromisso. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Perdoe. Toda a palavra ao Edinho Bez. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Depois, então, vou conceder a palavra ao Deputado Edinho Bez. (Risos.) O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Raimundo Gomes de Matos. O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDBCE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 11 de julho do corrente ano, a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Social, o Instituto Albanisa Sarasate e a Fundação Demócrito Rocha, por meio do jornal O Povo, realizaram em Fortaleza, no Estado do Ceará, o Seminário Terceiro Setor em Xeque: o Dilema das Julho de 2008 Filantrópicas. Ele contou com a participação de D. Dimas Lara Barbosa, Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); do Reitor Fr. Gilberto Gonçalves Garcia, Presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias; e do Prof. Dilnei Lorenzi, Secretário Executivo da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil, entre outras entidades do Terceiro Setor. Reunindo entidades beneficentes e filantrópicas das Regiões Norte e Nordeste, a promoção desse evento está pautada nas agendas da Frente Parlamentar e do jornal O Povo, objetivando discutir com as entidades beneficentes ligadas às áreas da educação, saúde e assistência social o Projeto de Lei nº 3.021, de 2008, de autoria do Poder Executivo, que dispõe sobre a nova proposta para caracterização, isenção e certificação das entidades beneficentes de assistência social. A Fundação Demócrito Rocha, mantida pelo jornal O Povo, que está visivelmente engajada nos trabalhos desenvolvidos pelo Terceiro Setor, apoiando e promovendo, inclusive, estudos, pesquisas e ações, em parceria com o setor público e privado, deu um grande passo pela democracia, ao lançar, no último dia 26 de maio, o curso de educação a distância Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Estão como parceiros nessa empreitada o Serviço Social da Indústria (SESI), a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e a Universidade Estadual do Ceará (UECE). Ao envolver pessoas das mais variadas faixas etárias e segmentos sociais, o curso está possibilitando o surgimento de novos atores, com novas idéias. Afinal, são mais de 37 mil cabeças voltadas para um único foco: a responsabilidade social. Todos os participantes estão sendo estimulados a refletir sobre os 10 pilares que fundamentam a responsabilidade social, como: ética, civilidade, capital social, intersetorialidade, sustentabilidade, liderança pelo exemplo, transparência, gestão pública, foco em resultados e desenvolvimento humano. Elaborados pela Universidade Aberta do Nordeste, os fascículos, num total de 13, são encartados todas as segundas-feiras, no jornal O Povo. O primeiro constou de Orientações Gerais, com programação seguindo com os seguintes temas, todos ligados ao conceito de responsabilidade social: Desenvolvimento Humano, Alianças Estratégicas, Futuro Sustentável e Futuro da Paz, Saúde e Qualidade de Vida, Viver bem a Cidade, Compromissos com os mais Vulneráveis, Respeito ao Meio Ambiente, Memória e Patrimônio, Fortalecendo o Capital Social, a Questão Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS do Consumo Consciente, a Contribuição do Terceiro Setor e o Papel do Voluntariado. Além desses assuntos, será discutida, também, a Responsabilidade Social de Governos e das Empresas. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, embora o curso Responsabilidade e Sustentabilidade seja a distância, os cursistas podem participar de um chat na Internet com o professor do fascículo, sempre às quintas-feiras, além de fóruns e aulas para download no site do curso. Há, ainda, uma linha telefônica gratuita da Universidade Aberta do Nordeste disponível para esclarecimento de dúvidas. A prova presencial será aplicada um mês após a edição do último fascículo, em agosto, e os alunos com média superior a seis receberão certificado de extensão universitária emitido pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Na oportunidade, quero, aqui, destacar a primeira aula presencial realizada no último dia 21 de junho, com 2 horas de duração e a presença dos autores dos fascículos e mais de 400 cursistas, no Teatro Marista da Faculdade Católica do Ceará. Foi um momento importante para que todos pudessem trocar idéias pessoalmente e, também, tirar dúvidas. Estiveram presentes, na ocasião, os Profs. Celeste Cordeiro e Eduardo Neto, o Psiquiatra Cleto Campos e a Gerente de Educação do SESI, Maria do Carmo Aguiar da Cunha Silveira. Com essa iniciativa, como se pode notar, a Fundação Demócrito Rocha contribui significativamente para o fortalecimento e o compromisso do Ceará com a responsabilidade social. Por fim, aproveito para parabenizar a Diretora Executiva da Fundação Demócrito Rocha, Dra. Albaniza Lúcia Dummar Pontes; a Presidenta do jornal O Povo, Dra. Luciana Dummar, pela visão empreendedora de fazer chegar aos cearenses os fascículos, por meio desse periódico; o Superintendente do SESI no Ceará, Dr. Francisco das Chagas Magalhães; o Presidente da FIEC, Dr. Roberto Proença de Macêdo; e o Reitor da Universidade Estadual do Ceará, Prof. Francisco de Assis Moura Araripe – estes três últimos pela parceria nesse projeto. Espero que possamos, por meio da responsabilidade social, integrar essas políticas públicas e colocar a pauta da responsabilidade social não só nesta Casa legislativa, mas também nas Assembléias Legislativas e em todo o nosso País. Era o que tínhamos a dizer. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Edinho Bez. O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Inicialmente, Sr. Presidente, gostaria de dizer que V.Exa. ganhou a aposta, Quinta-feira 17 33535 mas prevaleceu o bom senso – aliás, característica de V.Exa. nesta Presidência. Agradeço também a manifestação do Plenário. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro que a safra catarinense deste ano deve ser a maior da história. Produtores do Estado colheram 6,5 milhões de toneladas de grãos em 2008 – 0,9% a mais do que em 2007. A Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB calcula que os produtores rurais colheram 6,5 milhões de toneladas de grãos. A variação foi puxada basicamente pela alta na produção de milho – 4,13 milhões de toneladas; 7% a mais que no ano anterior. A produção de soja, que vinha crescendo nos últimos anos, encolheu 14,6%. Os agricultores colheram 943 mil toneladas. A queda, segundo informações da CONAB, está ligada ao efeito climático, que causa o resfriamento das águas do Oceano Pacífico e rápidas frentes frias no Sul do País. No Brasil, em meio à alta dos preços dos alimentos no mercado interno, os números mostram que a safra será 0,6% inferior ao previsto no mês passado. Em junho, a CONAB havia projetado a colheita de 143,3 milhões de toneladas de grãos. Esse volume foi reduzido para 142,42 milhões de toneladas. Mesmo com a redução da estimativa, a produção de grãos deve ser suficiente para suprir a demanda no mercado interno. Além disso, o Governo tem vendido estoques para estabilizar os preços. No caso do arroz, único produto que o Governo tem em estoque, os leilões conseguiram segurar os preços do cereal. Os preços de exportação freqüentemente reduziam as cotações no mercado interno. Agora a situação é inversa: os preços internacionais ditam o ritmo de preços aqui. Cumprimento o nosso homem do campo, bravo produtor rural. Mesmo com as adversidades climáticas, a oscilação cambial, a política econômica perversa e outros problemas que formam um conjunto de perdas, estamos de cabeça erguida, com grandes produções. Sr. Presidente, solicito ampla divulgação desses importantes dados. Era o que tinha a dizer. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Dr. Ubiali. O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não há dúvida de que o nosso sistema prisional está falido. A CPI do Sistema Carcerário demonstrou aquilo que todos sabíamos: é preciso fazer alguma coisa. 33536 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Tomei a iniciativa de apresentar projeto de lei que muda substancialmente a forma prisional, começando pela obrigatoriedade do trabalho e do estudo nos presídios. Dessa forma, o preso teria de trabalhar durante o dia e estudar à noite. As visitas de familiares ficariam limitadas aos finais de semana, como é o caso da maioria das pessoas que trabalha fora e tem a incumbência de manter esse contato com a família. Em compensação, os presos teriam celas individuais. Acredito que, com isso, guardadas as limitações de capacidade intelectual e laborativa de cada um desses nossos irmãos que estão momentaneamente presos, haveria uma nova realidade, que diminuiria muito a recidiva. Durante o período prisional, aquele ser humano retido receberia o seu salário, e 50% dele seriam colocados em aplicações financeiras para que, depois, quando ele saísse da prisão, nos 3 primeiros anos, recebesse mensalmente o resultado dessa aplicação para que pudesse sobreviver e montar seu próprio negócio, ter sua própria estrutura. Peço a todos os companheiros que olhem com atenção para esse projeto. Há uma Comissão Especial para que possamos discuti-lo e melhorá-lo. É preciso fazer essa mudança tão necessária, porque hoje os presídios são verdadeiras escolas de crime que em nada melhoram os indivíduos; ao contrário, pioram. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Gerson Peres. O SR. GERSON PERES (PP-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje vou falar sobre proposta da bancada paraense ao Orçamento relacionada ao DNIT e ao Ministério dos Transportes, para iniciarem o asfaltamento da BR-308, a Transoceânica, estrada que liga o Pará ao Nordeste brasileiro. Ali se encontram 3 grandes possibilidades de desenvolvimento para as criaturas humanas e para o desenvolvimento econômico também. Lá teremos a possibilidade de ampliar o turismo e escoar a produção da pecuária e da pesca. Alocamos uma emenda aprovada pela bancada, depois pelo Relator, hoje Ministro José Pimentel, de 40 milhões para a construção. Qual a nossa surpresa? De repente, não mais que de repente, trocam a expressão “construção” por “manutenção”. O projeto que estava sendo desenvolvido no DNIT é paralisado, porque só será concluído com os recursos alocados no Orçamento. Alguém meteu o dedo ali, alguém procurou impossibilitar o que estava aprovado para um grande empreendimento de desenvolvimento socioeconômico do Pará, da Região Bragantina, a mais populosa do Estado. Certamente isso melhoraria a qualidade Julho de 2008 de vida e daria um incremento ao comércio e à indústria, mas tem gente colocando pedra no caminho há bastante tempo. Recorri aos que fizeram esse procedimento, procurei o Ministro José Múcio, e S.Exa. me garantiu que desenvolveria a possibilidade de recuperação. A Senadora Roseana Sarney, junto com o Deputado Valdir Machado, seriam os responsáveis por esse procedimento, não mudando, mas buscando a recuperação. Falei ontem com o Ministro Bernardo, que me deu a esperança de recuperar o empreendimento, por meio de um projeto de lei complementar, instituindo crédito de 40 milhões para estabelecer o que o Congresso Nacional aprovou. Faço este pronunciamento para que, no Pará, todos saibam que aqui também encontramos barreiras em nossas atividades parlamentares, sobretudo quando se é do Norte do Brasil, onde há discriminação em muitos setores. Não poderiam fazer o que fizeram com a BR-308, que estava pronta. Foi uma esperança que nos deu, pessoalmente, o nosso estimado amigo, Presidente Lula. Até aí não respeitaram o desejo do Presidente em atender o Pará e a bancada paraense, que apóia o Governo, como eu, nesta Casa. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Renato Amary. O SR. RENATO AMARY (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna, como sorocabano e com muito orgulho, anunciar a chegada da nova fábrica da Toyota na minha cidade, Sorocaba. Esta escolha foi feita pela direção da Toyota para inserir a segunda fábrica no Brasil. A primeira fábrica está em Indaiatuba, cidade do nosso Deputado Reinaldo Nogueira. Depois de visitar centenas de cidades em 10 Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul, a Toyota houve por bem escolher São Paulo. E, dentre os 645 municípios do Estado, foi escolhida a minha cidade, Sorocaba. Essa indústria vai gerar 2 mil empregos diretos e cerca de 15 mil empregos indiretos, deixando Sorocaba numa posição absolutamente privilegiada no País em termos de empregos constituídos e sedimentados. Serão produzidos cerca de 150 mil veículos a partir de 2011 e no primeiro ano de sua produção. O investimento é de 700 milhões de dólares. Fico muito honrado e feliz pela escolha da minha cidade por parte da Toyota. Foi uma escolha logística, institucional, pela posição de Sorocaba no contexto do Estado de São Paulo, no quadrilátero São José dos Campos, Campinas, Região Metropolitana de São Pau- Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS lo e Santos. A logística inclui um entreposto aduaneiro que temos em Sorocaba, o próprio Porto de Santos, a Rodovia Castelo Branco, aeroportos, como o de Viracopos e Cumbica, e principalmente a concentração de indústrias de alta tecnologia para a montagem de veículos, como a ZF, que produz eixos e transmissões, e a Luck, que produz embreagens para os veículos construídos pela Toyota. Tenho um orgulho muito grande de ter participado, antes como Prefeito de Sorocaba, das negociações para a vinda da Toyota para a minha cidade de Sorocaba. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra à Deputada Vanessa Grazziotin. A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoBAM. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, companheiras e companheiros, um grupo de Parlamentares, composto por 5 Deputados e 1 Senador, participou de reunião inédita e muito importante que ocorreu semana passada no Panamá, organizada pelo Grupo Parlamentar de Amizade Panamá-Cuba, que conseguiu reunir representantes de 15 países latino-americanos e caribenhos, assim como representantes de Parlamentos Regionais, o Parlamento da América Central – PARLACEN, o Parlamento Andino, o Parlamento Indígena e outros. Sr. Presidente, o objetivo desse encontro foi prestar solidariedade a Cuba, que ano que vem completa 50 anos de revolução, e discutir a situação de 5 jovens cubanos que estão presos há quase 10 anos nos Estados Unidos. São 5 homens que nada mais faziam do que investigar a máfia que agia contra Cuba, e não só a máfia, mas também os grupos terroristas que agiam contra Cuba. Isso fez com que, em 1998, o então Presidente Fidel Castro enviasse ao Governo norte-americano e ao FBI um relatório que mostrava que, de fato, estava organizado em Miami um grupo que planejava fazer um ataque terrorista a Cuba e ao Presidente Fidel Castro. Estranhamente, depois de o Presidente Fidel Castro enviar este relatório, os 5 cubanos foram presos e continuam mantidos em prisão até hoje, em condições subumanas, nos Estados Unidos. Não há outras sentenças para que se possa comparar, Deputado Ricardo Barros: 2 prisões perpétuas e mais 15 anos de reclusão. Eles permaneceram 17 meses em solitária – 17 meses! Até hoje, vários deles nem sequer receberam a visita de filhos ou das suas mulheres. Isso está acontecendo com cubanos, mas poderia acontecer com brasileiros. E que Quinta-feira 17 33537 crime eles cometeram? O de lutar contra o terrorismo. Esse foi o único crime que eles praticaram. Sr. Presidente, nós, aqui no Brasil, nos comprometemos a lutar, como em vários países da América, pela libertação desses presos, para que se faça justiça e os direitos humanos sejam respeitados. Lutamos pela libertação de Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González, 5 cubanos que estão presos por lutarem contra o terrorismo. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para uma breve comunicação, concedo a palavra ao Deputado Rocha Loures. O SR. RODRIGO ROCHA LOURES (Bloco/ PMDB-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faço uso da palavra para passar às mãos de V.Exa. a Plataforma Ambiental aos Municípios, lançada, na manhã de hoje, pela Frente Parlamentar Ambientalista, com a presença do Ministro Carlos Minc. A plataforma está estruturada em 4 eixos que tratam o desenvolvimento sustentável, desde as questões climáticas até as relativas à água, ao saneamento básico, ao tratamento do lixo, e que servem de roteiro para que candidatos a Vereador e Prefeito possam se apresentar nas eleições comprometidos com o meio ambiente, sobretudo para que a opinião pública possa medi-los do ponto de vista das suas propostas e da aderência que têm aos programas atualmente em vigência no País. Sr. Presidente Arlindo Chinaglia, os jornais têm noticiado o eventual distanciamento entre o Ministro José Gomes Temporão, do PMDB, e a base de apoio do Presidente Lula. Deixo aqui meu testemunho do trabalho e da dedicação com que o Ministro Temporão, com as ferramentas e dificuldades que tem, enfrenta aquele que é o maior problema, a maior carência e a maior demanda deste País: a saúde voltada para a qualidade, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, questão que V.Exa. conhece extremamente bem. Quero ainda registrar, cumprimentando a todos pelos trabalhos que fizemos neste primeiro semestre e encerrando a sessão de hoje, que retornaremos já em agosto dispostos a votar aquela que na minha opinião é a mais importante das matérias desta Casa, que é a reforma tributária. Com ela, nós iremos dar aquela resposta que o Brasil hoje deseja do Congresso Nacional no sentido de criar mecanismos que transformem o País numa economia competitiva, dando condições para que possamos conquistar mercados e também garantir o emprego dos nossos trabalhadores. 33538 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Presidente Arlindo Chinaglia, passo neste momento às mãos de V.Exa. a agenda da plataforma ambiental, e naturalmente será encaminhada uma cópia a todos os Deputados e Deputadas da Casa, para que compartilhem com os Prefeitos e Vereadores dos partidos respectivos. Parabéns a todos e um bom recesso. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Mauro Lopes. O SR. MAURO LOPES (Bloco/PMDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna com emoção agradecer ao Presidente Lula por ter enviado a esta Casa a Medida Provisória nº 431, de 2008, que é meritória e vem fazer justiça a várias categorias de servidores públicos. Quero também parabenizar o Deputado Magela por ter aprimorado essa medida provisória. E faço um apelo, um pedido aos meus colegas, Deputados e Deputadas: venham ao plenário registrar os seus votos, para que possamos aprovar essa medida provisória hoje, porque ela vem fazer justiça a trabalhadores. Falo aqui como legítimo representante da Polícia Rodoviária Federal, à qual dei 35 anos da minha vida. Continuarei policial rodoviário até os últimos dias da minha vida. Sr. Presidente, faço um apelo aos meus companheiros, para que possamos, neste momento, fazer justiça aos nossos colegas policiais rodoviários, que estão nas estradas lutando, trabalhando, combatendo o crime, colocando as suas vidas em risco, principalmente agora, quando estamos reduzindo o número de acidentes nas estradas, com essa lei que aprovamos nesta Casa, que proíbe o consumo de bebida alcóolica nas estradas. A Polícia Rodoviária está atenta 24 horas por dia, lutando e salvando vidas nas estradas. Então, em prol da preservação da vida humana, peço aos meus colegas que venham a este plenário. Vamos aprovar a Medida Provisória nº 431, de 2008, para que possamos fazer justiça a todos os servidores públicos que nela estão contidos. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Lelo Coimbra. O SR. LELO COIMBRA (Bloco/PMDB-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, aqueles que nos ouvem, quero registrar que, na data de ontem, iniciou-se, e vai até quinta-feira, a 22ª Feira da Associação Capixaba de Supermercados do Espírito Santo, um segmento que hoje está Julho de 2008 presente com muito vigor em nosso Estado e prevê realizar em torno de 121 milhões em negócios ao longo desse período da feira. A participação do segmento supermercadista no mercado nacional cresceu 50% em nosso Estado. Quero deixar registrada nos Anais da Casa a realização dessa feira. Aproveito a oportunidade para falar de outro assunto. Como V.Exa. já tem conhecimento, Sr. Presidente, nós temos 57 municípios que em outubro terão findada a sua condição de município por terem sido criados após a Emenda Constitucional nº 15, de 1996. Nesse sentido, esta Casa precisa aprovar até o final de setembro a Proposta de Emenda à Constituição nº 495, de 2006, pois em outubro esses municípios – 57 em todo o Brasil, sendo um deles em meu Estado, o Município de Governador Lindenberg – precisam ter sua segurança jurídica estabelecida. Peço a atenção de V.Exa., Sr. Presidente, para que possamos votar essa PEC em agosto ou setembro, nesta Casa e no Senado Federal, a fim de dar segurança jurídica aos 57 municípios cuja condição de município termina em outubro. Peço a atenção da Casa e o empenho de todos os pares para sua aprovação. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao Deputado Armando Abílio, por 1 minuto. O SR. ARMANDO ABÍLIO (PTB-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, vou falar exatamente quando falta somente um companheiro para que seja atingido o quorum para o início da Ordem do Dia. O motivo da minha fala é que eu quero fazer um registro. Ainda este mês será concluída a duplicação de um dos trechos da BR-230, localizado entre João Pessoa e Campina Grande. A obra teve a participação do Governo do Estado – claro – e a participação decisiva e efetiva do Governo Federal. O que representa essa duplicação? Exatamente a melhoria do fluxo de turistas e da atividade produtiva do Estado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Está encerrada a votação. Resultado da votação: SIM: 03; NÃO: 252; ABSTENÇÃO: 01 TOTAL: 256 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33539 33540 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33541 33542 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33543 33544 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33545 33546 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o parecer do Relator na parte em que manifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Já houve encaminhamento. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Sr. Presidente, peço a palavra para orientar. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para orientar, Democratas. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, qualquer pessoa de bom senso que defenda as prerrogativas do Congresso Nacional tem que ter posição assemelhada à que vamos apresentar. É evidente que este projeto é impróprio. É evidente que nós deveríamos tratar este assunto por projeto de lei e nunca por medida provisória, sobretudo uma medida provisória que vem direto ao Plenário, sem ter passado na Comissão, e que permite que apenas um Relator torne as emendas inadmissíveis, ao seu critério exclusivo. Portanto, não poderemos deixar de registrar e de trabalhar para que se reabram as negociações em torno desta medida provisória. O Democratas orienta, com clareza, contra a admissibilidade. Nós entendemos que a medida provisória é imprópria neste caso. O SR. JOSÉ GENOÍNO – É 1 minuto, Sr. Presidente. Há obstrução. Não pode. O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Para concluir, Deputado. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Obrigado, Sr. Presidente. V.Exa., com a experiência que tem, não poderia seguir cegamente a sugestão do companheiro José Genoíno, que, aliás, é experiente em obstrução. Portanto, nós do Democratas entendemos que não é próprio. Embora o Deputado Genoíno esteja ansioso por ver o desenvolvimento do Plenário, nós temos que, como Oposição, registrar com clareza que entendemos que não é próprio medida provisória. O assunto é relevante, mas não é urgente; poderia ser tratado por projeto de lei, como a Oposição defende. O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Como vota o Democratas? O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Nós votamos contra a admissibilidade desta medida provisória, que é claramente relevante, importante, mas não é urgente. Portanto, não atende à Constituição, Sr. Presidente. Julho de 2008 Durante o discurso do Sr. José Carlos Aleluia, o Sr. Arlindo Chinaglia, Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Arnaldo Faria de Sá, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Com a palavra o Deputado Duarte Nogueira, para orientar pelo PSDB. Depois, V.Exa. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, quero deixar bem clara, em nome da Liderança do PSDB, nossa posição favorável ao mérito da matéria, ao atendimento das demandas das diversas categorias do funcionalismo público federal que estão presentes nessa medida provisória. Mas quero ressaltar que as demais categorias que não foram incorporadas nessa medida provisória, numa atitude injusta do Governo Federal, também deveriam ter a oportunidade de estar presentes, apresentando suas demandas e gerando os benefícios que outras categorias, nessa medida provisória, irão ter. Nós temos aqui representantes de diversas categorias que não tiveram oportunidade de nas Comissões apresentar as suas demandas, debater publicamente as suas necessidades. E hoje o Congresso recebe um projeto de lei do Governo que cita a Medida Provisória nº 431, de 2008, e concede benefício a outra categoria, numa total incoerência nessa questão. Portanto, somos contra a admissibilidade. O SR. WELLINGTON ROBERTO (PR-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Wellington Roberto votou com o seu partido na última votação. O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Quem não votou aguarde o momento oportuno de fazer o registro. Orientação do Democratas, orientação do PSDB. O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – A matéria vai à votação. O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se encontram (Pausa.) APROVADA. O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Em votação o parecer do Relator na parte em que manifesta opinião pelo não-atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Sobre a mesa requerimento no seguinte teor: “Requeremos a V.Exa., nos termos do art. 185, § 4º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja concedida a verificação de votação da parte do parecer do Relator, quanto aos aspectos do não atendimento dos requesitos constitucionais (inadmissibilidade) (quebra de interstício). Sala das Sessões, 16 de julho de 2008. – José Carlos Aleluia, Vice-Líder do DEM”. O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Para falar a favor, Deputado José Carlos Aleluia. Requerimento do Democratas, de quebra de interstício. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queremos deixar claro que o nosso objetivo é provar à sociedade brasileira que o Parlamento está sendo diminuído nas suas atribuições. Eu já estou aqui no quinto mandato, e muitos estão no quarto e terceiro mandato. Nós estamos assistindo a uma cena das mais desagradáveis. Eu me recordo, Deputado Félix Mendonça, que, quando discutíamos carreira de servidor, o Parlamento era procurado, visitado: os Deputados conhecidos pelos representantes dos funcionários públicos. Era muito comum que todos os Deputados recebessem visita, em suas bases e aqui, dos servidores públicos interessados. O que este Governo fez? Desconstituiu o poder do Parlamento e o transferiu integralmente para os sindicatos, que simulam uma disputa. Na medida em que é uma república sindical, o Governo simula a existência de um sindicato pelego, e negociam à margem do Parlamento. O Parlamento, portanto, recebe o chamado prato feito – pior: por medida provisória -, o que permite a um Relator, em substituição a uma comissão virtual, que jamais se reúne, dizer ao Plenário que as emendas da Oposição são inconstitucionais, a critério exclusivo de S.Exa. Não deixam sequer margem para que possamos votar. Portanto, pretendemos a quebra do interstício e depois rejeitar o parecer do Relator no que se refere à inconstitucionalidade das emendas. E queremos aprová-las. Por quê? Porque o que acontece com a república sindical é que os setores, os segmentos, que têm maior representatividade conseguem o que pretendem; os que não têm não conseguem. Não há uma concepção de eficiência do Governo. Não há uma disposição para buscar a valorização Quinta-feira 17 33547 das carreiras de que o cidadão precisa. O que há é apenas o atendimento e a acomodação dos interesses da CUT, que é uma central sindical do Governo. A CUT e o Governo se confundem. Este é o Governo da CUT. Aprendi, quando criança, que o sindicato, assim, se comporta como pelego. Muito obrigado. O Sr. Arnaldo Faria de Sá, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Vice-Presidente. O SR. CARLOS SANTANA (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei de acordo com o partido. O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PMN-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei conforme orientação do partido. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Está justificado, nobres Deputados. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PSDB, com a palavra o ilustre Deputado Duarte Nogueira, Vice‑Líder em exercício. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSDB vai orientar favoravelmente à quebra de interstício tendo em vista que este tem sido o comportamento coerente da nossa bancada desde o início da discussão da matéria. Não podemos concordar que, com toda a ressalva, o mérito e a importância das categorias atendidas pela medida provisória, se justifique a exclusão e a injustiça que estão fazendo com outras categorias, que não tiveram sequer a oportunidade de opinar, de participar, de oferecer suas verdadeiras demandas. Por que vamos excluir os membros do Tribunal Marítimo? Por que vamos deixar de fora os fiscais agropecuários federais, os médicos e paramédicos do Hospital das Forças Armadas, um setor administrativo da Polícia Federal, os agentes que atuam no controle de endemias? Hoje, o Governo manda um projeto de lei para atender a um segmento do magistério, inclusive citando incoerentemente a própria medida provisória. Portanto, vamos votar favoravelmente à quebra de interstício. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do Democratas, concedo a palavra ao ilustre Líder Antonio Carlos Magalhães Neto. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. 33548 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Presidente, inicialmente, é bom lembrar a todos os servidores preocupados com a eventual não-votação da Medida Provisória nº 431 o seguinte: primeiro, a medida provisória, logo depois de editada, tem validade imediata; segundo, poderemos amanhã entrar no período de recesso de duas semanas e nesse período não há cômputo do prazo de validade da medida provisória. Há uma suspensão, uma espécie de congelamento, do prazo de validade da medida provisória e, portanto, não há nenhum prejuízo. Peço aos servidores já contemplados pela medida provisória que tenham um gesto de solidariedade com seus colegas, demais servidores públicos federais, que não foram contemplados. É por eles que estamos aqui lutando, resistindo, encaminhando a favor do requerimento e, portanto, mantendo a obstrução. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Presidência informa que a medida provisória só perde a eficácia no dia 24 de setembro. Portanto, vai haver prazo suficiente para apreciarmos a matéria. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PSOL, tem a palavra a ilustre Líder Luciana Genro. A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL-RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, orientamos o voto “sim”, embora não estejamos em obstrução, porque entendemos ser a quebra de interstício uma medida salutar para que todos os Deputados possam manifestar sua opinião a respeito das emendas que estão sendo declaradas inconstitucionais pelo Relator. Várias categorias foram excluídas, estão sendo prejudicadas, e a quebra de interstício vai possibilitar que não apenas as Lideranças manifestem opinião a respeito da inconstitucionalidade das emendas. Cada Deputado também poderá declarar seu voto. Dessa maneira, o conjunto dos servidores atento à matéria poderá verificar como cada Parlamentar está votando. O voto é “sim”. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – “Sim”. PT, como orienta? O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É “não”. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – “Não”. PMDB. O SR. BERNARDO ARISTON (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB orienta “não”. Julho de 2008 O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Ilustre Líder Jofran Frejat, do PR. O SR. JOFRAN FREJAT (PR-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, lamentavelmente, não conseguimos uma resposta positiva. Nesta situação, queremos esperar para ver se conseguimos um entendimento. Votamos a favor da quebra de interstício. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em votação a quebra de interstício. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram e os que são contrários levantem o braço. (Pausa.) REJEITADA. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em votação o parecer do Relator na parte em que manifesta opinião pelo não-atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002 – CN. O SR. ROGÉRIO MARINHO (Bloco/PSB-RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, se aqui estivesse, teria votado com o partido, na votação passada. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Fica justificado, nobre Deputado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para encaminhar, concedo a palavra ao ilustre Líder Antonio Carlos Magalhães Neto. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, sinceramente, gostaria de dialogar com o nobre Relator desta medida provisória, o Deputado Magela, no sentido de S.Exa. apenas ler seu primeiro parecer sobre a constitucionalidade das emendas apresentadas à MP, sobretudo da Emenda nº 42, que atende aos direitos reclamados pelos funcionários da FUNASA. Se o Relator não tem uma memória tão intensa, a leitura do seu primeiro relatório vai servir para lembrá-lo de que o parecer era pela constitucionalidade, pela admissibilidade. Não houve nenhuma mudança de fato. O mérito é o mesmo, o texto é o mesmo. De repente, na segunda versão, o nobre Relator da matéria altera seu parecer, considerando a mesma emenda que, no primeiro parecer, era constitucional como inconstitucional. Isso é um absurdo. Está na cara que houve pressão. Está mais do que claro que o Relator foi pressionado pelo Executivo, que encaminhou a medida provisória, e mudou seu parecer. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Acho que seria mais digno da parte do Deputado Magela – e perdoe-me o nobre colega, por quem tenho apreço, a dureza das minhas palavras – renunciar à condição de Relator, abdicar de dar seu parecer e ir ao Ministério do Planejamento, à Casa Civil, ao Palácio do Planalto, e dizer que não mudaria algo que já havia escrito, que não voltaria atrás porque já havia dado sua palavra. Seria muito mais nobre, mais digno, mais enriquecedor para a atividade parlamentar, que deve ser independente e soberana, que o Relator renunciasse à Relatoria da medida provisória. Mas não. Para atender à orientação, à determinação, do Poder Executivo, S.Exa. mudou seu parecer. Prefiro o Deputado Magela de ontem ao de hoje. Os servidores aplaudiram o Deputado Magela de ontem, mas vão condenar o de hoje. Sr. Presidente, estamos tendo suprimido um direito que é nosso: votar a emenda; cada Parlamentar colocar sua digital, opinar pela constitucionalidade e pelo mérito. Srs. servidores da FUNASA, estamos defendendo os senhores, mas o Relator impede que a matéria seja votada... (O microfone é desligado.) O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para encaminhar a favor, Deputado Maurício Rands. (Pausa.) Ausente. Para encaminhar contra, como segundo orador, ilustre Deputado Chico Alencar. (Pausa.) Ausente do plenário. Deputado Ayrton Xerez. S.Exa. dispõe de 3 minutos. O SR. AYRTON XEREZ (DEM-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, já assumi ontem esta tribuna para falar em meu nome e no do Democratas contra o mérito absoluto da medida provisória que estamos apreciando. Eu , que já tenho algum tempo no serviço público, Sr. Presidente, aliás, dediquei toda a minha vida ao serviço público, acho muito estranho que o Governo Federal coloque num cesto uma série de categorias, que, como não poderia deixar de ser, são diferentes na sua natureza, na sua essência, e as trate de uma maneira padrão, uniforme, ou desuniforme, dependendo dos aspectos salariais que circunscrevem cada uma dessas carreiras, mas sobretudo, que deixe de fora um sem-número de servidores que acalentam a esperança de terem a sua situação de estrutura funcional e salarial adequadamente contemplada. Quinta-feira 17 33549 Por conta dessa visão, que me parece sempre unilateral, o Governo Federal quer ser muito amigo dos amigos, mas aos inimigos não dá nem a lei. Nós não podemos compactuar com isso. Aqui há oposição. Ainda bem que o Congresso Nacional está aberto, existe para legislar e levantar esses aspectos, a fim de que a sociedade brasileira tenha alguma forma de defesa. Caso contrário, as medidas provisórias aqui chegam; de modo tácito, e, depois expressamente, os Parlamentares, obsequiosos de atender ao poderoso da ocasião, as aprovam, e aí os prejuízos já estão instalados. Por isso, meu caro Deputado Inocêncio Oliveira, Sras. e Srs. Parlamentares, que nós – eu em meu nome -, o Democratas, vamos nos opor à admissibilidade dessa proposta. Somos contra a admissibilidade. Obrigado. O SR. ANDRÉ VARGAS (PT-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nas votações anteriores, eu teria votado com o partido. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Fica justificado, nobre Deputado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para encaminhar a favor, concedo a palavra ao ilustre Deputado Magela. O SR. MAGELA (PT-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vou aceitar o desafio de dialogar com o Líder do Democratas, dizendo, primeiramente, para quem está nas galerias que tanto os servidores da FUNASA quanto os fiscais agropecuários como os servidores do HFA já estão tendo suas questões, no dia de hoje, tratadas pelo Governo. As soluções certamente serão encontradas e encaminhadas. Vamos falar do dia de ontem e do dia de hoje. Certamente não é o Líder do Democratas que poderá falar para mim do dia de ontem e do dia de hoje, porque o que está em debate aqui não é a defesa dos servidores da FUNASA ou dos servidores do HFA. Que todos os defendamos, mas não usemos da demagogia e hipocrisia. O que é insuportável para o Democratas e outros da Oposição é que, pela primeira vez, o Governo investe na profissionalização dos servidores. Neste ano, o Governo, do Presidente Lula e dos aliados, investirá 7 bilhões e 500 milhões nos servidores públicos federais, e só nesta MP. No ano que vem, 18 bilhões de reais; em 2010, 26 bilhões de reais; em 2011, 31 bilhões de reais. É a isto que não resiste a Oposição, que passou 8 anos no Governo e não investiu 1 centavo no servidor público. Deixou os servidores com zero de aumento durante 8 anos! E é 33550 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS inacreditável para a Oposição que hoje o Brasil possa investir, sim, nos salários dos servidores. Bilhões e bilhões a cada ano. Eu prefiro que estejamos aqui nesta situação. Os que são da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, como era o Líder do Democratas, sabem que não podemos aumentar despesas e que não compete à Câmara fazer transposição de servidores. Agora, querem usar a 431 para buscar benefícios para os ruralistas da 432. Esta a verdadeira razão da obstrução. Não é a defesa dos servidores do HFA ou da FUNASA, mas a dos ruralistas, que podem e devem estar certos, e nós queremos ajudá-los, mas não com demagogia, não com hipocrisia. Sei que tive de fazer alterações legais no nosso relatório, mas não mudamos de posição. Defendemos os servidores ontem, defendemos hoje e vamos continuar defendendo amanhã. Não há mudanças de conveniência, de passar 8 anos defendendo um governo neoliberal que foi contra o servidor público, que terceirizou, privatizou, demitiu, fez PDVs por aí e não deu um centavo de aumento. A Oposição de hoje era o governo de ontem e que não soube valorizar o serviço público. Se mudaram de posição, que façam isso no voto, que saiam da obstrução e ajudem a aprovar o salário novo, bom e profissionalizante do servidor público. Essa a diferença. Esse é o novo que o Brasil quer. Por isso, temos que valorizar o servidor público, aprovando não apenas o nosso relatório, mas também o reajuste para os servidores. Para os demais, virão nas outras medidas provisórias. (Palmas.) O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Sr. Presidente, peço a palavra para orientar. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, concedo a palavra ao ilustre Líder Antonio Carlos Magalhães Neto, em nome do Democratas. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é impressionante como certos Parlamentares, a exemplo do Deputado Magela, insistem em viver no passado e não entendem que o momento hoje é outro, que é um momento diferente, que é um momento de valorizar de fato os funcionários públicos. Nós aqui contestamos o excesso e o desperdício do Governo, sobretudo quando quer criar cargos. Mas a valorização do funcionário público faz parte da nossa bandeira de luta, faz parte de um Estado moderno e eficiente. Julho de 2008 É engraçado que o Deputado Magela usou todo o seu tempo e fez um esforço enorme, mas não disse, como eu queria ouvir, uma explicação minimamente razoável sobre por que mudou de posição, por que considerou a emenda admissível e constitucional e, depois, mudou de posição. Se S.Exa. pensa que com discursos, com palavras, enganará as pessoas, está equivocado, porque justificar que é bom não o fez. O SR. ANSELMO DE JESUS (PT-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei com o partido. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, tem a palavra o Líder do PSDB, Deputado Duarte Nogueira. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, agradeço ao Deputado Magela por nos dar a oportunidade de deixar claro que o Governo anterior, que eles tanto criticam e a quem eles tanto se opuseram, destinava um percentual do Orçamento muito maior para o atendimento dos vencimentos dos servidores públicos do que faz o atual Governo. O Governo deles ainda exclui os servidores da saúde, não acolhendo a Emenda nº 40, do Deputado Antonio Carlos Mendes Thame. Além de não incluir os servidores do Hospital das Forças Armadas, querem fazer generosidade com chapéu alheio porque estão mandando para o governo seguinte ao do Presidente Lula, depois que S.Exa. sair, uma conta de 31,2 bilhões de reais para 2011 e outra de 31 bilhões 918 milhões de reais para 2012. Portanto, não estão investindo durante o Governo deles. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – PSDB e Democratas votam “não”. Para orientar a bancada pela Liderança do PT, tem a palavra o ilustre Líder Maurício Rands. O SR. MAURÍCIO RANDS (PT-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente Inocêncio Oliveira, é impressionante como o ar aceita tudo. Os representantes da Oposição, que governou o Brasil durante 8 anos, período no qual os servidores foram tratados a pão e água, não tiveram reajuste nem participavam de negociações coletivas, com o argumento de que estão defendendo algumas questões específicas, que vão continuar sendo enfrentadas, na verdade, evitam a votação de uma medida provisória que reestrutura e traz aumento real e gratificação de desempenho para 17 categorias. Em 2008, o investimento é de 7,5 bilhões de reais. Em 2009, será de 18 bilhões de reais. Desafio a Oposição a mostrar quando o Governo anterior fez algo similar. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O PT vota, portanto, pela inadmissibilidade das emendas. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, para uma Comunicação de Liderança, pelo Democratas. S.Exa. dispõe de 6 minutos. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho utilizar do espaço da Liderança do Democratas para manifestar a preocupação do nosso partido com a economia do Nordeste, especialmente a baiana. Estamos acompanhando a tramitação de uma reforma tributária que ainda não foi votada na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, que, a nosso ver, não alcança o âmago do problema das desigualdades regionais do Brasil. É sabido que as regiões mais pobres sofrem por infra-estrutura mais precária e por falta de competitividade com as regiões mais ricas, especialmente com o Sul e o Sudeste. Para isso é preciso pensarmos uma política tributária e fiscal diferenciada. Trago essa introdução, Sr. Presidente, porque estão acontecendo alguns fatos importantes de natureza econômica no meu Estado que merecem reflexão mais ampla do País. Sei que as Regiões Sul e Sudeste pretendem ser solidárias com o crescimento e desenvolvimento das localidades mais necessitadas, onde há maior concentração de pobreza. Vejam, por exemplo, a Toyota, indústria automobilística multinacional, estava por definir onde iria instalar uma unidade de montagem de automóveis nacionais. E , no fim do processo, os 2 Estados que competiam para ter essa indústria instalada foram os da Bahia e São Paulo. Finalmente, o executivo da Toyota comunicou ao Presidente Lula a sua opção por instalar a indústria na cidade de Sorocaba, no Estado de São Paulo, em detrimento da Bahia, e trouxe argumentos técnicos para embasar essa decisão. Ora, Sr. Presidente, quero chamar a atenção do Governador Jaques Wagner, do Partido dos Trabalhadores, para que possa utilizar do seu prestígio, da sua amizade pessoal e do seu livre acesso ao Presidente da Republica, para corrigir, reparar essa injustiça que aconteceu com a Bahia. É claro que São Paulo, como o Brasil inteiro, tem o direito de lutar pela instalação de indústrias de peso, como seria o caso da Toyota. Mas é inegável que uma indústria dessa na Bahia causaria impacto no desenvolvimento econômico, na geração de emprego e renda, na promoção da melhoria da qualidade de vida Quinta-feira 17 33551 do nosso povo, com muito mais significância, peso e importância do que tem nesse momento para a cidade de Sorocaba e para o Estado de São Paulo, com todo o respeito que me merecem os queridos colegas e irmãos paulistas. Percebo que é preciso postura mais arrojada, mais agressiva do ponto de vista do Governador poder se movimentar e se utilizar da relação tão próxima, de tanto prestígio que tem com o Presidente da República, para que a Bahia, assim como aconteceu no passado, quando pudemos implantar naquele Estado um pólo automobilístico da Ford, neste novo século, neste novo ciclo de crescimento econômico do Brasil, possa ser contemplada com indústrias de peso e com investimentos econômicos que gerem emprego e renda para sua população. Trago ainda no contexto da economia baiana outra preocupação: agora, por provocação do Ministério Público Federal, o juiz federal da cidade de Eunápolis multou uma das maiores indústrias de papel e celulose do País – instalada e em plena operação na Bahia, inclusive gerando emprego e renda – em 20 milhões de reais, numa decisão absolutamente controversa, questionável e juridicamente discutível. O que ocorreu? Simplesmente os executivos da Veracel já estão repensando o seu plano de investimento, porque não poderão atender ao projeto inicial, que era o de produzir 1,1 milhão de toneladas de celulose este ano. Se a decisão não for revista, o plano de produzir 1,1 milhão de toneladas de celulose está comprometido. Pior: o plano de duplicação da produção, que é a segunda etapa, será completamente esquecido. Isso significará o quê? Menos recursos para a economia baiana, empregos serão sacrificados e postos de trabalhos serão comprometidos. Por isso, Sr. Presidente, utilizo a tribuna desta Casa para trazer a minha preocupação não só na qualidade de cidadão baiano, mas também de cidadão brasileiro e Líder do meu partido, em face dos problemas sérios que estão acontecendo na economia do nosso Estado. Peço, sem qualquer questão partidária ou ideológica, que o Governador Jaques Wagner abra o olho, fique atento e se movimente para defender a economia do nosso Estado, porque, para isso, contará com o nosso apoio, nossa colaboração e luta, assim como com a nossa palavra sempre vigilante para reclamar os interesses da Bahia. A SRA. LUCIANA GENRO – Sr. Presidente, peço a palavra para orientar. (Pausa.) 33552 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. JOFRAN FREJAT – Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar pelo PR. (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em seguida darei a palavra a S.Exa para orientar a bancada, como ao ilustre Deputado Jofran Frejat, pela Liderança do PR. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Duarte Nogueira, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSDB. S.Exa. dispõe de 6 minutos. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras e Srs. Parlamentares, este democrático debate nos permite fazer o embate, o diálogo do contraditório, para que possamos fazer alguns esclarecimentos e apresentar as provas e os fatos reais de modo que não fique tão-somente para a sociedade brasileira, aos telespectadores que ora nos assistem e aos visitantes das galerias o discurso de lá e o discurso de cá. O Governo atual trata o servidor público como despesa, e não como capital humano. Se assim o fizesse, teria mandado essa proposição na forma de projeto de lei, e não de medida provisória, e os servidores públicos e todas as categorias dos servidores federais poderiam ter oportunidade, de maneira franca e transparente, de apresentar suas demandas. E sob a análise técnica e as possibilidades do Orçamento Federal, os servidores estariam afeitos a princípio de justiça muito maior do que aquele que está hoje aqui sendo feito, por meio do qual se atendem alguns e se excluem outros. Ora , como vou fazer essa “escolha de Sofia” e dizer que o pessoal do Hospital das Forças Armadas, o assistente agropecuário e o pessoal do controle de endemias não merecem o tratamento que vem sendo dado às outras 17 categorias que aqui estão? Outra informação, em especial para o Líder do PT, meu colega e dileto amigo Deputado Maurício Rands. Em 1994, final do Governo Itamar, o investimento do Orçamento Federal com os servidores públicos foi de 22 bilhões e 578 milhões de reais. No final do primeiro ano do Presidente Fernando Henrique, 12 meses depois, o investimento com o servidor passou para 37 bilhões e 895 milhões de reais, um crescimento de mais de 50%. São dados do SIAFI. Basta consultar na Internet os dados que o Governo atual também trabalha. No final de 2002, no encerramento do Governo do Presidente Fernando Henrique, esses investimentos com servidores já estavam em 75 bilhões e 29 milhões de reais. Se contarmos de 1994 a 2002, mais de 3 vezes, houve aumento de 200%. Julho de 2008 Portanto, não me venham dizer que o Governo anterior não atuou com respeito e dignidade para com o funcionalismo público federal, mesmo com a Oposição, naquele momento, fazendo aqui o jogo de que não estava sendo atendido. Chegamos a 2007 com um investimento de 127 bilhões de reais, portanto, crescimento proporcionalmente muito menor, mas muito menor, do que ocorreu no Governo anterior. E mais: eles estão mandando a conta não para o atual Governo pagar, porque o próprio Líder do PT disse que o impacto na folha este ano será pouco mais de 7 bilhões de reais. Ora , se a folha é de 127 bilhões, com mais esses 7 bilhões será de 134 bilhões. O impacto é pequeno, o investimento no servidor é pequeno; a conta grande será paga pelo sucessor do Presidente Lula, que é quem terá de arcar com os benefícios que o Governo está tentando conceder agora, e não para todos, não para vocês que estão aqui, não para muitos dos que nos acompanham pela televisão, mas apenas para 17 categorias, que estão recebendo tratamento diferenciado das demais. Estão enviando uma conta de 31 bilhões 258 milhões de reais para o ano de 2011, para o sucessor do Presidente Lula pagar, e uma outra, de 31 bilhões 918 milhões de reais, para o segundo ano de mandato do sucessor do Presidente Lula. Isso precisa ficar claro, Sr. Presidente, para que nós, da Oposição, não venhamos a ser analisados como vilões, ou como aqueles que não querem aprovar o projeto. Nós queremos, sim, aprová-lo, e defendemos, no mérito, tanto as categorias inseridas como as demais. Por que elas também não podem ser justiçadas? Por que o debate nas Comissões não foi mais amplo? Por que o Governo enviou ontem e agora tramita na Casa um projeto de lei que concede gratificação especial aos membros do ensino superior, mas não às outras categorias, que estão demandando o mesmo benefício? A Oposição não está obstruindo simplesmente porque não quer votar o projeto. Nós queremos, sim, e iremos aprová-lo. Estamos indo ao limite, para tentar deixar claro que o Governo não está sendo justo com muitas e muitas outras categorias. O papel da Oposição no regime democrático é este: informar a sociedade, estimular o debate e trazer à tona a verdade, trazer à luz os esclarecimentos a quem está procurando entender o que está sendo feito hoje. Sr . Presidente, acho que era oportuno eu ocupar a tribuna como Líder interino do PSDB neste momento, principalmente para agradecer as informações Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS trazidas ao Deputado Arnaldo Madeira, que foi Líder no Governo Fernando Henrique Cardoso. Precisamos prestar os devidos esclarecimentos à sociedade brasileira, a fim de no futuro não sermos taxados como aqueles que não trataram adequadamente o funcionalismo público federal. Tratamos o funcionalismo adequadamente, sim. Demos aos servidores 200% de aumento, em 3 parcelas, de 1994 a 2002, segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, o SIAFI, dados que estão nos computadores do Governo, e não dados de assessoria. Quem trata o servidor público como despesa e não como capital humano é o atual Governo, que comete injustiça com muitas categorias. Estamos tentando ser justos com aqueles que não estão tendo vez nem voz e poderiam ter sido ouvidos nas Comissões se a matéria não tivesse vindo a esta Casa de maneira arbitrária, como medida provisória, e sim como projeto de lei, de maneira mais adequada, como entendemos deveria ter sido feito. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada do PSOL, tem a palavra a ilustre Líder Luciana Genro. A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL-RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Obrigada, Sr. Presidente. Em primeiro lugar, gostaria de chamar a atenção do Líder do PT, Deputado Maurício Rands, para que não confunda a oposição de esquerda programática e coerente que faz o PSOL a este Governo com a oposição daqueles que oportunisticamente tentam se fazer passar por defensores do funcionalismo, mas governaram este País durante 8 anos com Fernando Henrique Cardoso e massacraram os servidores públicos brasileiros. Fui expulsa do Partido dos Trabalhadores – e tenho muito orgulho disso, porque quem me expulsou foi a mesma quadrilha que está sendo hoje julgada pelo Supremo Tribunal Federal por ação do ProcuradorGeral da República – por ser coerente na defesa dos servidores e não aceitar a reforma da previdência, que taxou os aposentados e tirou direitos do conjunto dos servidores públicos. Sr . Presidente, quero manifestar a posição do PSOL contra a inadmissibilidade das emendas, porque são várias as categorias prejudicadas com a inadmissibilidade de emendas, como a da Previdência e a dos trabalhadores no Hospital das Forças Armadas. Quinta-feira 17 33553 O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem a palavra o representante do PR. O SR. JOFRAN FREJAT (PR-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, naturalmente o PR deseja beneficiar as 17 categorias contempladas, mas não aceitamos a discriminação das categorias que não foram atendidas quando se rejeitou a admissibilidade de outras emendas, como os servidores da FUNASA e do HFA. O PR vota contra a inadmissibilidade das emendas. O Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Vice‑Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Arlindo Chinaglia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como orienta a representação do PPS? O SR. CEZAR SILVESTRI (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apesar de reconhecer que o Relator acatou emenda do nosso partido de fundamental importância para os servidores públicos federais, relativa à paridade, o PPS encaminha o voto “não” à inadmissibilidade, porque diversas outras emendas importantes não foram acatadas pelo Relator. O SR. FILIPE PEREIRA (PSC-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC parabeniza o Deputado Magela pelo parecer, porque acredita que estamos dando grande passo no sentido de atender os servidores públicos do nosso País. O PSC acompanha o Relator e vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PHS? O SR. MIGUEL MARTINI (PHS-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PHS vai encaminhar o voto “não”, Sr. Presidente. Somos contrários à admissibilidade. Queremos que todos os servidores sejam tratados de maneira equânime. Encaminhamos o voto “não”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o Bloco? O SR. ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSBSP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSB vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O Bloco vota “sim”? O SR. ABELARDO CAMARINHA – O Bloco vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O Bloco vota “sim”. O SR. ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSBSP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Aproveito, 33554 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, para registrar que, na votação anterior, votei com meu partido. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O.k. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PV? O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aqueles que forem favoráveis ao parecer permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sobre a mesa os seguintes requerimentos de destaques: “Senhor Presidente, requeiro, nos termos do art. 161, I, e § 2º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do art. 30 do PLV apresentado à MP 431/08. Sala das Sessões, 9 de julho de 2008. – Bruno Araújo, Vice-Líder do PSDB.” “Senhor Presidente, requeiro nos termos dos arts. 117, IX c/c 161, inciso V e § 2º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da expressão “e índice” contida no art. 15 da Lei nº 10.987, de 18/06/04, alterado pelo art. 171 do PLV à MP 431/08. Sala das Sessões, 2008. – Miro Teixeira, Vice-Líder do Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PRB; Dr. Ubiali, Vice-Líder do Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PRB; Fernando Coruja, Líder do PPS; e Bruno Araújo, Vice-Líder do DEM.” “Senhor Presidente, requeiro, nos termos do art. 161, inciso II e § 2º, combinado com o art. 117, IX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da Emenda nº 248, oferecida à MP 431/08. Sala das Sessões, 15 de julho de 2008. – Emanuel Fernandes, Vice-Líder do PSDB.” “Senhor Presidente, requeremos a V. Exa, nos termos do art. 161 e § 2º, do Regimento Interno, destaque para votação em separado da Emenda 77, apresentada à MP 431/08. Sala das Sessões, 15 de julho de 2008. – Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do DEM.” Senhor Presidente, requeremos a V. Exª, nos termos do art. 161 e § 2º, do Regimento Julho de 2008 Interno, destaque para votação em separado do parágrafo 1º do art. 30 do PLV apresentado à MP 431/08. Sala das Sessões, 15 de julho de 2008. – Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do DEM.” Senhor Presidente, requeiro, nos termos do art. 161, II e § 2º, combinado com o art. 117, IX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação da Emenda nº 16, relativa à seguinte proposição: Medida Provisória 431, de 2008. Sala das Sessões, 15 de julho de 2008. – Arnaldo Faria de Sá, Vice-Líder do PTB.” “Senhor Presidente, requeiro, nos termos do art. 161, I e § 2º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do art. 4º-D, constante do art. 26 do PLV apresentado à MP 431/08. Sala das Sessões, 15 de julho de 2008. – Emanuel Fernandes, Vice-Líder do PSDB.” O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Ficam prejudicados os seguintes requerimentos: DESTAQUE SIMPLES “Senhor Presidente, requeiro a V. Exª, nos termos do Art. 161 do Regimento Interno, destaque para a supressão do art. 4º-D da Lei nº 10.682, de 28 de maio de 2003, modificado pelo art. 26 da Medida Provisória nº 431, de 2008. Sala das Sessões, 9 de julho de 2008. – Fernando Coruja, Líder do PPS.” VOTAÇÃO EM GLOBO DOS DESTAQUES “Senhor Presidente, requeremos, nos termos do artigo 162, inciso XIV, do Regimento Interno, a votação em globo dos destaques simples apresentados à MPV 431/08. Sala das Sessões, – José Genoíno, Vice-Líder do PT.” O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o projeto de lei de conversão oferecido pelo Relator da Comissão Mista, ressalvados os destaques: Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33555 33556 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33557 33558 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33559 33560 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33561 33562 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33563 33564 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33565 33566 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33657 33658 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33659 33660 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33661 33662 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33663 33664 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33665 33666 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33667 33668 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33669 33670 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33671 33672 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33673 33674 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33675 33676 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33677 33678 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33679 33680 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33681 33682 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33683 33684 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33685 33686 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33687 33688 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33689 33690 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33691 33692 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33693 33694 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33695 33696 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33697 33698 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33699 33700 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33701 33702 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33703 33704 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33705 33706 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33707 33708 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33709 33710 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33711 33712 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33713 33714 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33715 33716 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33717 33718 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33719 33720 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33721 33722 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33723 33724 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33725 33726 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33727 33728 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. JORGINHO MALULY – Peço a palavra para orientar, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – V.Exa. tem a palavra. O SR. JORGINHO MALULY (DEM-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, talvez as pessoas que estão assistindo a esta sessão fiquem confusas quanto ao que a Oposição está buscando. Não há aquele que, estando na vida pública ou não, seja brasileiro e seja cristão e não queira o bem do seu semelhante. O servidor público merece, há muito tempo, esta e outras medidas que o valorizem. O que temos questionado, já que se está cuidando pontualmente de cada caso, é por que não manter aquilo que já tinha sido aceito num determinado momento. Mas, apesar dessa dificuldade, apesar dos argumentos da Oposição, não há como ser contra o mérito da matéria. O Democratas orienta o voto “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como orienta o PSDB? O SR. LOBBE NETO (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós também somos favoráveis ao mérito da proposição. Não dá para ser contra, mas entendemos que o Relator poderia ter acompanhado a sugestão da bancada do PSDB e dos outros partidos de oposição e prestigiado carreiras importantes do serviço público federal que não estão sendo aquinhoadas neste projeto. Somos favoráveis ao mérito da proposição, mas lamentamos que o Relator não tenha atendido à solicitação até mesmo de pessoas que vieram manifestar‑se nas galerias. As categorias que não foram contempladas também merecem ser prestigiadas. O SR. CHICO ALENCAR – Sr. Presidente, para orientar. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, há necessidade de o Governo olhar o servidor público como peça indispensável da sua gestão. Não consideramos a remuneração devida um privilégio ou um gasto público, como reitera o discurso neoliberal. Não é aceitável a deficiência desta matéria, que, em primeiro lugar, veio por meio de medida provisória e, em segundo lugar, exclui várias categorias e altera a essência de outras, nessa metodologia. É evidente que um voto “não” ao conteúdo do projeto significa derrubar conquistas de parte dos servidores públicos, mas nosso voto favorável é um voto crítico, porque sabemos que muitas categorias foram excluídas, injustiçadas. Emendas corretas e justas não foram admitidas. Julho de 2008 Sr. Presidente, o PSOL orienta o voto “sim”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – PPS. O SR. CEZAR SILVESTRI (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS orienta sua bancada a votar “sim”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – PTB. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós somos a favor do mérito da medida provisória. Cumprimento o Relator, Deputado Magela, principalmente porque manteve uma alteração do art. 171, parte final, que altera o art. 15, acrescenta “de acordo com a legislação vigente”. Na verdade, nossa preocupação é que, se não houvesse essa menção, se poderia colocar em dúvida a paridade, arduamente conquistada tanto na votação da atual Emenda à Constituição nº 41 quanto da PEC paralela, atual Emenda nº 47. Portanto, cumprimento o Relator, Deputado Magela, por ter entendido essa nossa preocupação, ainda que muitos técnicos a achassem desnecessária. Talvez não precisasse haver nem a menção desse artigo na medida provisória. A nossa preocupação em ressalvar a legislação vigente é para garantir a paridade de aposentados e pensionistas. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – PT. O SR. MAURÍCIO RANDS (PT-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “sim” ao texto do Deputado Magela e registra que o projeto é tão bom que até as bancadas de oposição estão apoiando-o. Quanto àqueles setores que ainda não tiveram plenamente contempladas as suas reivindicações, informamos que vão continuar as negociações para que todos os setores sejam abrangidos. O PT vota “sim” ao reajuste dos servidores. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – PSC. O SR. FILIPE PEREIRA (PSC-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC vota “sim” e acompanha o Relator. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – PV. O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PV entende que se trata de uma etapa. Precisamos avançar mais, mas foi importante. Parabenizo o Relator da matéria e todos aqueles que participaram das negociações. Não foi o ideal, mas foi o possível. Portanto, vamos votar “sim”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Zenaldo Coutinho, para uma Comunicação de Liderança, pela Minoria. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. ZENALDO COUTINHO (PSDB-PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, inicialmente, é bom destacar que o fato de a Oposição votar “sim” ao mérito do projeto de lei de conversão não quer dizer concordância absoluta com o que está sendo votado, mas sim que não desejamos prejudicar as categorias alcançadas pelo projeto. É fundamental registrar nossa insatisfação, nossa indignação com a exclusão de diversas categorias do serviço público. Não concordamos com a íntegra deste projeto e não o compreendemos como um grande avanço. Muitas outras categorias poderiam ter sido incluídas. Há problemas e pendências do serviço público que não estão sendo resolvidas. E fazemos questão de registrar, de enfatizar isso, porque pode parecer, segundo manifesta o Líder do PT, que a Oposição está aqui maravilhada, entusiasmada, empolgada com este projeto, mas não estamos. Jamais incorreríamos no risco de prejudicar qualquer categoria. Posso citar o problema do Hospital das Forças Armadas e o das carreiras da Polícia Rodoviária Federal, que continuarão no nível intermediário. É um erro, um equívoco. Apenas a exigência de diploma superior para acesso à carreira é que está sendo incluída. Isso não atende às expectativas da classe. Ela apenas se submeteu e aceitou porque o Governo disse: “Se destacarem carreira intermediária, nós vamos vetar”. Ameaçaram a categoria, ameaçaram todos os policiais rodoviários federais. E, em razão da ameaça, submeteram-se, porque é melhor manter pelo menos o pré-requisito do nível superior do que não se conseguir nada. Mas essa pequena vitória não significa satisfação da categoria, tampouco da Oposição, que está, desde o início, pleiteando o atendimento de determinados acordos subscritos pelo Governo e lutando para isso. E alguns só estão sendo cumpridos depois da pressão do Parlamento. V.Exas. sabem também que esta matéria chegou aqui como se fora decorrente de acordos. Mas quando se percebeu... (O Sr. Presidente faz soar as campainhas.) Algum problema, Sr. Presidente? (Pausa.) Quando se percebeu que, efetivamente, diferentes acordos não estavam contemplados na medida provisória, resolveu-se aqui alterar. Portanto, foi a pressão parlamentar, foi a pressão das categorias, foi a presença dos servidores públicos aqui no Parlamento que acabaram produzindo parecer não tão pior do que a medida provisória originária. Quinta-feira 17 33729 Muitas reivindicações ainda persistirão, muitas lutas ainda haverão de acontecer, e nós estaremos aqui solidários ao serviço público, que precisa cada vez mais ser estimulado, sobretudo com condições de qualificação, com modernização dos serviços, com priorização de produtividade e desempenho. Todos nós queremos dar ao serviço público a excelência necessária para atender sobretudo às pessoas mais desvalidas do nosso País, que se socorrem freqüentemente dos serviços públicos. Eis, portanto, a razão de a Oposição votar “sim” ao mérito do projeto de lei de conversão, registrando que não concorda na íntegra, que não está favorável à totalidade, tampouco satisfeita com a exclusão de algumas categorias. Na condição de dileto amigo do Relator, Deputado Magela, não posso deixar de registrar seu enorme esforço e desempenho na busca de atender e contemplar as diferentes categorias. Reconheço que S.Exa. sofreu pressão muito grande do Governo, o que o forçou a não acatar determinadas sugestões que, tenho certeza, suas convicções lhe impunham como favoráveis. Sua condição de militante do principal partido do Governo fê-lo retroceder de alguns avanços que poderiam ocorrer. Ficam o nosso registro, a nossa solidariedade às diferentes categorias do serviço público. Sr. Presidente, quero justificar que estive ausente do início desta sessão, porque estava formatando o final do nosso relatório sobre a visita de inspeção ao Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Vou levá-lo daqui a pouco à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Infelizmente, o Ministro Paulo de Tarso Vannuchi está viajando. Entregarei, portanto, ao Dr. Percílio de Sousa Lima Neto, Vice-Presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, que certamente haverá de submeter sua votação o mais rápido possível ao Conselho Nacional. Precisamos aprovar e legitimar as recomendações lá contidas, para agilizar o encaminhamento de sugestões que solucionem de forma urgente os problemas lá existentes, os quais resultaram em mortes de recém-nascidos, assunto do conhecimento da população brasileira e da comunidade internacional. Sr . Presidente, eu peço mais 1 minuto. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Deputado, eu não posso conceder. O SR. ZENALDO COUTINHO – Para orientar. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para orientar? Pois não. V.Exa. tem a palavra por mais 1 minuto, para orientar. O SR. ZENALDO COUTINHO (PSDB-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sei que o Presidente 33730 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS está com um pouquinho de pressa, mas nós efetivamente estamos querendo fazer uma votação nominal. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Nem V.Exa. está com pressa nem os Líderes da base. Eu já percebi. Mas eu estou com pressa. O SR. ZENALDO COUTINHO – Estamos querendo a votação nominal. Por isso, vamos usar todo o nosso tempo nessa busca, até para ter o registro de todos aqueles que efetivamente estão votando a favor ou contra, ou ausentando-se da votação de matéria tão importante nesta Casa. Como eu estava orientando, nós vamos votar “sim” ao mérito do projeto de lei de conversão, com todas as ressalvas, restrições e dificuldades que entendemos persistir no projeto. Mas àquilo que restou nós somos favoráveis. Por isso, Sr. Presidente, a Minoria orienta “sim”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Prorrogo a presente sessão até as 17h. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o projeto de lei de conversão oferecido pelo Relator da Comissão Mista, ressalvados os destaques. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO. O SR. MIGUEL MARTINI – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para questão de ordem, tem V.Exa. a palavra. O SR. MIGUEL MARTINI (PHS-MG. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. percebeu que eu gostaria de fazer orientação da bancada, e o som do meu microfone foi cortado. Gostaria de saber por que o som do microfone foi cortado e eu não pude orientar a minha bancada. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Porque V.Exa. não tinha pedido a palavra antes, e, evidentemente, eu atuei para que não houvesse votação nominal. Então, talvez outros quisessem ter usado a palavra, mas fui informado por um Líder da base de que os Líderes da base tinham aberto mão da orientação. O SR. MIGUEL MARTINI – É que V.Exa., como a grande maioria dos Líderes da base, talvez considerem que o PHS é da base, e não sei se o Governo quer que o PHS seja da base. Então, quero fazer essa manifestação e dizer a V.Exa. que, naquele momento da orientação, eu gostaria de ter-me posicionado também. Fui cortado na minha palavra, a votação já aconteceu, mas deixo apenas este registro de uma insatisfação. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Está registrado. Julho de 2008 O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sobre a mesa requerimento de bancada que requer destaque para votação em separado no seguinte teor: “Requeiro, nos termos do art. 161, I, e § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do art. 4º-D, constante do art. 26 do PLV apresentado à Medida Provisória nº 431/08. Sala das Sessões, 15 de julho de 2008. – Emanuel Fernandes, Líder do PSDB.” O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Duarte Nogueira, que falará a favor da matéria. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, o mérito já foi aprovado, a matéria, portanto, já foi deliberada, e cabe a nós, da Oposição, a exemplo do que fizemos ao longo desses últimos 2 dias, salvar parte daqueles servidores que, infelizmente, por esse critério injusto e autoritário de estabelecer vencimentos melhores para o funcionalismo público federal deixaram de ser atendidos. Esse destaque especificamente apresentado pelo PSDB retira do texto o art. 4º, “d”, do art. 26 desta Medida Provisória nº 431. Sendo aprovado esse destaque, vamos poder atender ao pessoal administrativo da Polícia Federal, que ficou impossibilitado de receber vantagens pecuniárias devidas a eles, independentemente do plano em que estiverem enquadrados, devido às diversas mudanças de estruturas que o Governo realizou no escopo dessa categoria. Ao podermos contar com o apoio dos Deputados e das Deputadas deste plenário na aprovação desse destaque nosso, tentaremos corrigir em parte o atendimento para o pessoal administrativo da Polícia Federal que ficou excluído, como também ficaram excluídos 271 servidores do Hospital das Forças Armadas, assim como todos os assistentes e fiscais agropecuários federais que trabalham diretamente na importação e exportação de produtos alimentícios e produtos de origem agrícola e animal, responsáveis por aérea extremamente vital para a geração de emprego e renda em nosso País, assim como ficaram de fora também os servidores que patrulham e fazem o papel de verdadeiro exército de combate às endemias que o País ainda tem por enfrentar. Todos esses servidores, durante todo esse período, foram aqui defendidos por nós, da Oposição, mas, infelizmente, não fomos capazes de sensibilizar, de quebrar essa dureza quase intransponível do Go- Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS verno, que encara o servidor como despesa, uma necessidade, um prejuízo que tem que ser considerado do ponto de vista de mais recursos para fazer frente às questões do Orçamento federal, e não como capital humano, como deveria ser e como, repito, por todo esse período aqui defendemos. O Sr. Arlindo Chinaglia, Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Vice-Presidente. O SR. AUGUSTO FARIAS (PTB-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei conforme a orientação do partido. O SR. PAULO ROCHA (PT-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o partido na votação anterior. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar pelo DEM, com a palavra o ilustre Vice-Líder Jorginho Maluly. O SR. JORGINHO MALULY (DEM-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, defendemos o voto “não” ao texto, porque o Governo, por um lado, dá uma gratificação, mas, por outro, proíbe o acúmulo de gratificações. Esses servidores da Polícia Federal têm essa gratificação já em seu holerite. Se deixarmos como está, o que vai acontecer? Eles terão essa concedida e a outra será retirada. Com este destaque, estamos garantindo que se mantenha a que eles têm, ou seja, que possam acumular, somar com a que está sendo concedida. Nesse sentido, Sr. Presidente, nós do Democratas orientamos a bancada a votar “não” ao texto original. Obrigado. O SR. JOSÉ MENTOR (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, acompanhei o PT. O SR. JADER BARBALHO (Bloco/PMDB-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o partido, na votação anterior. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Fica justificado, nobre Líder. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar, concedo a palavra ao ilustre Deputado João Campos, que estava inscrito. S.Exa. tem 3 minutos, nobre Deputado. O SR. JOÃO CAMPOS (PSDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, de fato, esse dispositivo pretende garantir que determinadas vantagens asseguradas ao pessoal administrativo, portanto da atividade-meio, permaneçam também como forma de proteger o princípio da irredutibilidade dos vencimentos. Esta Casa tem procurado valorizar de forma substancial aqueles que atuam na atividade-fim na Polícia Quinta-feira 17 33731 Federal: agentes, escrivães, delegados. Não poderíamos adotar postura diferente para aqueles que realizam a atividade-meio, o pessoal administrativo. Precisamos, portanto, suprimir esse dispositivo para garantir essas vantagens que já existem. E já existem em função de iniciativa do próprio Governo em outro momento. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome da Minoria, o ilustre Líder Zenaldo Coutinho. O SR. ZENALDO COUTINHO (PSDB-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, com esse destaque, a pretensão é a manutenção de direitos adquiridos em legislação pretérita. Portanto, essa preservação de direitos acho que é algo extremamente justo. Ao orientarmos o voto “não”, temos esse objetivo. Então, a Minoria também orienta o voto “não”. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Minoria, “não”. O SR. CHICO ALENCAR – Para orientar, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar, em nome do PSOL, o ilustre Líder Chico Alencar. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, entendemos que o projeto, no geral, pelo que continha de meritório, justo e óbvio, já está resolvido. Agora, vamos entrar nas questões essenciais das suas limitações, exclusões e injustiças, como em relação ao pessoal do Hospital das Forças Armadas, aos fiscais agropecuários e também a esses servidores administrativos da Polícia Federal. Queremos que direitos adquiridos que eles têm sejam também assegurados. Por isso, nosso voto, neste caso, é também “sim” ao destaque, que significa o voto “não” ao texto vigente, alterando-o para melhor. Queria também, de novo, Sr. Presidente, nestes segundinhos, ressaltar que... O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – É o contrário, nobre Líder, quem votar “não” retira o dispositivo do texto; quem votar “sim”... O SR. CHICO ALENCAR – Pois é, “não” ao texto... O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – É. Isso mesmo. O SR. CHICO ALENCAR – É “sim” ao destaque, Sr. Presidente, mas “não” ao texto. A nossa orientação é “não”. Está correta. 33732 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar, em nome do PSDB, o ilustre Vice-Líder Lobbe Neto. O SR. LOBBE NETO (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSDB também vota “não” ao texto, tendo em vista que o Relator, o nobre Deputado Magela, não acomodou outros profissionais, principalmente das Forças Armadas, que necessitam do apoio deste Governo, que, infelizmente, virou as costas para as Forças Armadas, principalmente àqueles que exercem função tão relevante como a Medicina. Com isso pode acontecer o mau atendimento à saúde, como na Santa Casa de Belém, onde houve um sem-número de mortes. E o Ministro Temporão não abre a boca para falar nada! Por isso, votamos “não” ao texto. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar, em nome da representação do PHS, o ilustre Líder Miguel Martini. O SR. MIGUEL MARTINI (PHS-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, lamentando não ter podido fazer a orientação anteriormente, queremos, neste momento, deixar registrado o nosso inconformismo. Apesar de todo o esforço do Relator, achamos que as Forças Armadas, os militares, não foram devidamente atendidos nas suas necessidades, nas suas reivindicações. O militar, disciplinado que é, aceita, mas há uma imensa distorção que ainda precisa ser corrigida. Especificamente no que estamos votando agora, nosso encaminhamento também é “não”. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – PHS, “não”. Para orientar a bancada, em nome da Liderança do Governo, tem a palavra o ilustre Vice-Líder Ricardo Barros. O SR. RICARDO BARROS (PP-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Governo vota “sim” ao texto, porque o Relator, Deputado Magela, incorporou nesse texto o acordo firmado com a categoria, que pega as diversas gratificações e as reúne no vencimento básico. Então, não há razão, depois desse acordo, de novamente aprovarmos as gratificações. Elas serão incorporadas no vencimento básico dos policiais. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PT, tem a palavra o ilustre Vice-Líder Antonio Carlos Biscaia. O SR. ANTONIO CARLOS BISCAIA (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o pessoal administrativo da Polícia Federal terá aumentos que vão de 10% a 91%, na linha do Governo do Presidente Lula de valorizar os servidores públicos. Não tenho dú- Julho de 2008 vida de que eventuais questões serão oportunamente atendidas em outras medidas provisórias. Este é um Governo que valoriza o servidor público. O Partido dos Trabalhadores vota “sim”, pela manutenção do texto. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – O PT vota “sim”. Para orientar a bancada, em nome do Bloco Parlamentar PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB, tem a palavra o ilustre Vice-Líder Dr. Ubiali. O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco libera seus membros, porque não há concordância entre eles. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PPS, tem a palavra o ilustre Vice-Líder Cláudio Magrão. O SR. CLÁUDIO MAGRÃO (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS vota “não”, porque acha que tem de ser cumulativo. É um direito de todo trabalhador ser beneficiado por essas vantagens que já existem na legislação. Por isso, o PPS vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PSC, tem a palavra o ilustre Vice-Líder Filipe Pereira. O SR. FILIPE PEREIRA (PSC-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, assim como já tem colocado nas votações anteriores, o PSC vota pela manutenção do texto, vota “sim”, porque acreditamos que já estamos dando um grande passo pela defesa do servidor público do nosso País. O PSC vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PMDB, tem a palavra o ilustre Vice-Líder Bernardo Ariston. O SR. BERNARDO ARISTON (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB acompanha o texto do Relator por entender que é um texto muito bem trabalhado e que valoriza, sobretudo, o funcionalismo federal. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PL, tem a palavra o ilustre Vice-Líder Léo Alcântara. O SR. LÉO ALCÂNTARA (PR-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PR acompanha o Relator e vota “sim, pela manutenção do texto. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PP, tem a palavra o primeiro Vice-Líder e Líder em exercício, o ilustre Deputado Benedito Lira. O SR. BENEDITO DE LIRA (PP-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nosso parti- Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS do vem, ao longo dos últimos meses, discutindo essa matéria. Entendemos que é necessário dar condições de melhoria aos servidores. Houve diversos avanços. Logicamente que o PP, para que não haja contrariedade no texto que já foi aprovado, continua com o parecer do Relator, votando “sim” ao texto e “não” a destaque. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PTB, tem a palavra o ilustre Vice-Líder Armando Abílio. O SR. ARMANDO ABÍLIO (PTB-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PTB vota “sim”, exatamente para manter o texto do Relator. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar, em nome do PV, concedo a palavra ao ilustre Deputado Sarney Filho. O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como já tivemos oportunidade de falar na discussão do mérito, nesta matéria negociou-se o possível, não o ideal. Entendemos que é uma etapa. Portanto, acompanharemos o Relator e votaremos “sim”, para que o texto permaneça integralmente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para orientar a bancada, em nome do PTdoB, com a palavra o ilustre Líder Vinicius Carvalho. O SR. VINICIUS CARVALHO (PTdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PTdoB encaminha o voto “sim”, pela manutenção do texto. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – PTdoB, “sim”. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em votação. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Os Srs. Deputados que forem pela manutenção do artigo permaneçam como se encontram; os que são contrários levantem os braços. (Pausa.) MANTIDO O TEXTO, POR LARGA MARGEM. O SR. AYRTON XEREZ (DEM-RJ) – Peço Verificação, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Verificação concedida. O SR. MAURÍCIO RANDS (PT-PE) – Verificação conjunta. O SR. LOBBE NETO (PSDB-SP) – Verificação, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Presidência solicita aos Srs. Deputados que tomem seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico. Está iniciada a votação. Queiram seguir a orientação do visor de cada posto. Quinta-feira 17 33733 O SR. LOBBE NETO (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – PSDB em obstrução. O SR. AYRTON XEREZ (DEM-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Democratas em obstrução. O SR. MIGUEL MARTINI (PHS-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – PHS em obstrução. O SR. ZENALDO COUTINHO (PSDB-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Minoria em obstrução. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Minoria em obstrução. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Luiz Bassuma. (Pausa.) Ausente do plenário neste instante. Concedo a palavra ao Deputado Bernardo Ariston por 2 minutos. O SR. BERNARDO ARISTON (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras e Srs. Deputados, venho à tribuna hoje falar sobre matéria que publicada nos jornais de grande circulação do Brasil sobre mais uma vítima da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O que está acontecendo no Rio de Janeiro, Sr. Presidente, é inaceitável. Pessoas inocentes, inclusive crianças, estão morrendo pelas mãos daqueles que deveriam proteger a sociedade. O que me chama a atenção é o fato de a política de segurança do Estado do Rio de Janeiro estar completamente equivocada. Essa política do confronto, na nossa opinião, apesar de parecer, para aqueles que não têm problemas no seu dia-a-dia, romântica ou a solução de tudo, não o é, muito pelo contrário. Tenho certeza absoluta de que isso está fazendo mal para a cabeça daqueles maus policiais. Não podemos generalizar, porque as instituições, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar, são sérias e centenárias e merecem todo o nosso respeito. Mas, infelizmente, a falta de recursos e de preparo faz com que alguns policiais vivam à margem da lei. O que está acontecendo é isto: policiais desorientados, sem treinamento, acham que a política de combate e de confronto imediato adotada pelo Governo Estadual é a solução para tudo. E não o é, muito pelo contrário. A polícia do Rio de Janeiro precisa, hoje, de uma política de inteligência, em que não falte recurso para treinamento e instrumentação. Evidentemente, esse treinamento de poucos dias está fazendo mal àqueles policiais que, infelizmente, não usam a sua cabeça para pensar. Eles atiram primeiro para perguntar depois o que está havendo. Portanto, Sr. Presidente, quero manifestar o meu repúdio a essa política de segurança do confronto, 33734 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS colocar-me solidário com as famílias que perderam seus entes queridos e fazer um apelo ao Governador Sérgio Cabral e ao Secretário de Segurança Pública, Dr. Beltrame, no sentido de que repensem essa política de segurança do Estado do Rio de Janeiro, que neste momento não está fazendo bem às pessoas de bem, às pessoas que querem a polícia para proteger a sociedade como um todo. Julho de 2008 Deixo aqui o meu manifesto. Peço a V.Exa. que autorize a Taquigrafia a emendar no meu pronunciamento duas matérias que saíram no jornal O Globo de hoje: Uma sucessão de erros e Uma tragédia anunciada. Muito obrigado. MATÉRIAS A QUE SE REFERE O ORADOR Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33735 33736 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de mudar a orientação do Partido Verde. Já que temos alguns Deputados que viajaram agora, vamos, administrativamente, mudar para obstrução. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – PV em obstrução. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra à nobre Deputada Perpétua Almeida. (Pausa.) Ausente. Concedo a palavra ao nobre Deputado Afonso Hamm. (Pausa.) Ausente. Concedo a palavra ao Deputado Eduardo Valverde, por 2 minutos; em seguida, ao Deputado Arnaldo Faria de Sá. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer 2 registros. Um deles é a oferta que fez o Governo Federal ao Governo do Estado de Rondônia para a implementação de 2 programas essenciais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI. São eles o Bolsa-Formação, para os policiais militares que ganham até 1.600 reais, e o Programa de Crédito para Habitação. A Polícia Militar de Rondônia estava em greve até ontem. Suspenderam a greve e aguardam posição do Governo do Estado até 5 de agosto. Trata-se de suspensão provisória, em face do reinício do processo de negociação. Então, essa oferta apresentada pelo Governo Federal ao Estado pode facilitar o encontro de uma solução para esse impasse entre a Polícia Militar e o Estado de Rondônia. Outra observação que faço é sobre a necessidade que temos de conciliar conflitos de interesse entre os 2 ganhadores do consórcio que construirá as hidrelétricas do Rio Madeira e do Jirau. Ambas são empresas estatais e concorrem também empresas privadas, como Odebrecht e Camargo Corrêa. Esse conflito não interessa ao País, porque pode atrasar o cronograma de obras, o que vai impedir que em 2012 o Brasil disponha de 6 mil megawatts de energia elétrica para ofertar ao sistema de transmissão. Esse modelo misto, público e privado, acaba acarretando esse tipo de disputa. O momento é de negociação, e essa disputa não deve sair do marco razoável. É necessário que a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL intervenha para não atrasar o cronograma de obras. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao Deputado Arnaldo Faria de Sá. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o parecer à PEC 195, de 2007, foi votado ontem na Comis- Julho de 2008 são de Constituição e Justiça. A referida PEC concede a policiais que atuaram no período da ditadura, entre 31 de março de 1964 e 15 de agosto de 1979, e que agora são inativos, os benefícios da Lei de Anistia. Essa PEC, sugerida pelo ex-Deputado Hélio César Rosas, teve o subtenente Clóvis como baluarte maior da luta para sua apresentação em plenário. Posteriormente, na Comissão de Constituição e Justiça recebeu parecer do Deputado Laerte Bessa e teve sua admissibilidade aprovada no dia de ontem. A PEC vai permitir o chamado posto imediato. Isso, sem dúvida alguma, é importante, até porque nas sucessivas reformas da Previdência no Governo FHC e nos Governos passado e atual do Presidente Lula, os policiais perderam grandes conquistas. E a possibilidade de recuperar o posto imediato é a alternativa para uma recomposição, até porque muitos têm seus benefícios atualmente congelados em seus Estados. E com essa PEC foi possível essa votação. Agradeço ao Presidente Eduardo Cunha por tê-la inserido em pauta e a toda a Secretaria da Comissão, na pessoa da Rejane, a quem deixo os meus cumprimentos. Recebi hoje vários telefonemas de entidades de policiais de São Paulo, contentes com a aprovação da matéria. Estamos agora lutando para que o Presidente Arlindo Chinaglia crie a Comissão Especial que, depois de instalada, lutará pela aprovação dessa PEC. E que venha a plenário garantir a aprovação da PEC nº 195/07, chamada de PEC do Posto Imediato, que vai garantir direitos a todos aqueles militares que se encontravam na ativa no período de 1964 a 1979. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, pela ordem de inscrição, ao ilustre Deputado Antonio Carlos Pannunzio. Em seguida, falarão os Deputados Daniel Almeida, Rita Camata e, por permuta, Cida Diogo. Todos os inscritos serão chamados. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDBSP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras e Srs. Deputados, a imprensa divulgou hoje os números mais recentes do desmatamento na Amazônia. Novamente, mais de mil quilômetros quadrados desmatados pelo segundo mês consecutivo. As notícias trazem uma atualização ainda mais preocupante nos referenciais de comparação a que recorrem os meios de comunicação para facilitar a compreensão da população sobre a dimensão. Agora desmatam-se áreas equivalentes a uma cidade do tamanho do Rio de Janeiro. Há alguns meses, o parâmetro de dimensão era o Estado de Luxemburgo. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aí descobriu-se que Luxemburgo era pequeno demais. Em tempos mais remotos, o referencial eram estádios de futebol. Quando descobriu-se que se queimavam muitos estádios de futebol, passou-se a Luxemburgo como referência e agora estão queimando o equivalente em área ao Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades tidas entre as maiores metrópoles do País. Ou seja, Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, estamos assistindo a uma tragédia. Podemos afirmar que estamos queimando o futuro. O Brasil já ultrapassou, e muito, a fase em que o Poder Público relegava os impactos provocados pela perda do patrimônio natural em benefício do povoamento da região amazônica. Essa visão deixou de fazer sentido. O que temos hoje é a repetição melancólica de práticas predatórias, diante da ausência de efetividade do Governo para tratar do problema. O Brasil detém hoje informações precisas sobre a importância das florestas e demais recursos vivos que delas dependem. Temos especialistas e instituições capazes de fornecer ao Governo o conhecimento necessário à elaboração de diagnósticos e à adoção de políticas públicas adequadas. Temos recursos tecnológicos e infra-estrutura suficientes para fornecer informações em tempo real a respeito das ações do homem nas regiões onde os desmatamentos estão ocorrendo. Este Congresso Nacional tem prestado importante contribuição ao solicitar informações ao Governo e reunir autoridades e especialistas para debates públicos, sem contar as denúncias, solicitações e providências apresentadas e protocoladas de forma recorrente nas duas Casas do Congresso Nacional. Mas o Governo não demonstra vontade de enfrentar essa questão que a todos sobressalta em cada divulgação dos estragos captados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. Não há solução à vista também para o aumento sistemático dos gastos públicos. O governo insiste em impor ao País medidas irrefletidas que correspondem a uma queimada no futuro da estabilização econômica, com sucessivas medidas provisórias que chegam em fila a este Congresso e aumentam as despesas do setor público sem discussões adequadas e totalmente desprovidas de qualquer diretiva. São renúncias fiscais, criação de empresas estatais desnecessárias, aumentos desmesurados de cargos, reajustes salariais sem a indispensável planificação de atribuições nem produtividade e agora chega o projeto de criação de um fundo soberano a ser financiado com superávits primários, quando ainda Quinta-feira 17 33737 temos um longo caminho a percorrer no equacionamento da dívida pública. Este é um governo avesso à planificação, à lógica do debate e sem qualquer noção de prioridade. Estamos, portanto, queimando o futuro. Destruímos os recursos naturais, sem mesmo aprofundar o conhecimento do potencial de que dispomos. E estamos também destruindo conquistas importantes na economia, com o comprometimento da produção da riqueza, que pertence a todos os brasileiros. Ainda que este Governo não leve em conta o princípio republicano que estabelece a igualdade entre todos os cidadãos, poderia ao menos considerar o sacrifício de todos na conquista da estabilização econômica, que ele coloca em risco a cada medida provisória que edita distribuindo generosidades sem apresentar soluções para os problemas existentes. Sr. Presidente, a ex-Ministra Marina Silva preferiu sair e manter a sua biografia do que ficar e afundar, com esse gesto, a sua biografia. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Esta Presidência informa que conversou com o Presidente Arlindo Chinaglia antes de S.Exa. sair. Ficou acertado que vamos encerrar a sessão às 17h, pois começou às 12h. Temos 4 horas de sessão mais 1 hora de prorrogação. Portanto, às 17h encerrarei a sessão, e não haverá convocação de outra reunião para hoje nem amanhã. Assim encerramos os trabalhos desejando a todos um feliz recesso. Que Deus nos ajude a continuar trabalhando em prol do desenvolvimento do Brasil. O SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB-CE. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, segundo divulgação do Tribunal Superior Eleitoral, acham-se em condições de participar do pleito municipal do corrente ano mais de 130 milhões de eleitores, aptos a expressarem a sua confiança nos postulantes às Prefeituras e Câmaras Municipais de todo o País. Destaque-se que os maiores colégios de votantes são: São Paulo, com 29.143.392 votantes; Minas Gerais, com 14.070.606; e o Rio de Janeiro, com 11.259.336. 33738 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O meu Estado, o Ceará, situa-se na oitava posição, com 5.631.557, tendo ocorrido um acréscimo de 270 mil eleitores de 2006 para o corrente ano. A capital, Fortaleza, é o maior reduto, galvanizando as atenções através de 11 aspirantes à vaga de chefe de municipalidade. Com o meu domicílio ali, desde quando iniciei a minha trajetória na vida pública, acompanho a evolução do processo, sem prejuízo de atender também a muitas outras comunas, de menor densidade populacional. A luta acha-se deflagrada, esperando-se que a mesma possa contribuir para o avigoramento de nossa formação democrática. A Justiça Especializada incumbir-se-á de acompanhar a refrega, buscando encimá-la de procedimentos que descaracterizem a legitimidade da vontade popular. O SR. MARCELO SERAFIM – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é só para mudar a orientação do Bloco para obstrução. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao Deputado Daniel Almeida. O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB-BA. Pela ordem.) – Sr. Presidente, a Comissão de Minas e Energia realizou ontem audiência pública para discutir o Programa Luz para Todos, da qual participaram a ANEEL, a ELETROBRÁS, o Ministério de Minas e Energia, representações de empresas distribuidoras de energia elétrica e o Coordenador do Comitê Gestor do Programa Luz para Todos. Nossa preocupação está centrada na continuidade deste importante e fundamental programa, especialmente para as Regiões Norte e Nordeste, as mais pobres do Brasil. O programa tinha até 2008 para universalizar o acesso à energia elétrica, atendendo a 2 milhões de ligações no Nordeste do Brasil, particular e especialmente na Bahia, meu Estado, que tem o maior volume de ligações a serem feitas. O que nos preocupa é que o programa não cumpriu o objetivo inicial. Estamos chegando a aproximadamente 2 milhões de ligações, mas o número estimado inicialmente não correspondia à realidade. Agora, estima-se que seriam necessários 3,2 milhões de ligações. O primeiro questionamento que se faz é acerca da disparidade dos números. Partiu-se de uma base de dados irreal, o que é muito grave – não se pode admitir um erro tão grave nessa base de dados inicial. Não há Julho de 2008 segurança efetiva, apesar de o Governo e suas representações terem afirmado que o projeto não sofrerá interrupções, tampouco há garantia absolutamente concreta de que não haverá interrupção. Sr . Presidente, nossa preocupação procede, porque se percebe uma desaceleração no ritmo das obras, especialmente no Nordeste. Na Bahia, por exemplo, estamos alcançando 350 mil ligações, mas dizem que ainda restam 250 mil novas ligações a fazer. O povo da Bahia, o povo do Nordeste, aqueles que demandam acesso à energia elétrica, todos nós queremos garantias de que esse programa não sofrerá interrupção. Muitas empreiteiras que contrataram pessoas para executar as obras já as estão demitindo. Isso não é possível, não é admissível. Portanto, nossa cobrança e expectativa é de que medidas concretas sejam adotadas, para que o programa seja acelerado, e não desacelerado, até 2010, quando teremos a expectativa de universalização do acesso à energia elétrica. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em permuta com a Deputada Rita Camata, que seria a próxima oradora, concedo a palavra à Deputada Cida Diogo. A SRA. CIDA DIOGO (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, quero registrar o aniversário de minha cidade, Volta Redonda, que amanhã completará 54 anos. Também quero falar dos presentes que minha cidade está ganhando do Governo do Presidente Lula. Volta Redonda é a cidade do aço. O Presidente Lula fez questão de implantar naquela cidade operária – característica de Volta Redonda – uma universidade federal e uma escola técnica federal. Com isso, Volta Redonda agora passará a ser a cidade da educação, a cidade que vai valorizar a profissionalização dos seus jovens. Volta Redonda vai ganhar também do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC 130 milhões de reais e um aeroporto regional, além da estação do trem-bala entre Rio e São Paulo, que também estará localizada em Volta Redonda. Portanto, Volta Redonda, amanhã, ao comemorar 54 anos, terá de agradecer ao Governo Lula, ao nosso Presidente da República esse investimento no desenvolvimento da cidade, fazendo com que ela se consolide efetivamente como a maior economia da região, como a maior cidade do sul do Estado do Rio de Janeiro. Parabéns, Volta Redonda! Volta-redondense que sou, filha daquela cidade, fico muito satisfeita de ver que, no aniversário de 54 anos de existência do nosso município, uma série de benefícios, verdadeiros presentes para nosso povo, o Governo Lula está garantindo. Um abraço ao povo de Volta Redonda! Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. MOACIR MICHELETTO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. MOACIR MICHELETTO (Bloco/PMDB-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, não estou conseguindo registrar meu nome no painel e estou votando com o meu partido. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra à Deputada Rita Camata. A SRA. RITA CAMATA (Bloco/PMDB-ES. Pela ordem.) – Sr. Presidente, quero nesta tarde registrar, com alegria, a edição de duas portarias do Ministério da Saúde, fruto de reivindicação antiga da Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal – ABRAME e também de todos os portadores de doenças neuromusculares. A situação vivida por esses pacientes chegou ao meu conhecimento por meio da Vereadora Mara Gabrilli, de São Paulo, que me convenceu da urgência em alterar as portarias até então vigentes para que outros pacientes pudessem receber o atendimento necessário. Desde outubro de 2007 venho lutando nesse sentido e, após a realização de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família, na qual se discutiu o tema, levei o pleito ao Ministro José Gomes Temporão, expondo os depoimentos prestados pela coordenadora da Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal – ABRAME, Roberta Marinho, e pelo Dr. Alberto Vergara, pneumologista infantil do Serviço de Doenças Neuromusculares do Hospital Infantil João Paulo II – Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais. De acordo com o Ministério, estava em andamento a análise do impacto financeiro para a ampliação do atendimento, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de todos os pacientes portadores de doenças neuromusculares e dos que precisam de assistência respiratória, como os portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e de Atrofia Espinhal Progressiva (AEP). As Portarias nº 1531/01 e 364/01, do Ministério da Saúde, previam apenas o atendimento dos pacientes portadores de Distrofia Muscular Progressiva. Essa restrição não condizia com a necessidade da mesma assistência em suprimentos, no caso respiradores, por parte de outros pacientes portadores de doenças neuromusculares. Saúdo a iniciativa do Ministério da Saúde, que editou as duas portarias para atender a esta justa demanda. A primeira institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, o Programa de Assistência Ventilatória Não Invasiva aos Portadores de Doenças Neuro- Quinta-feira 17 33739 musculares. O objetivo do programa é o de melhorar a atenção à saúde dos portadores de doenças neuromusculares; adotar medidas que permitam retardar a perda da função vital desses pacientes ou mesmo evitá-la; promover a melhoria da sua qualidade e da sua expectativa de vida; e ainda ampliar o acesso à ventilação nasal. Já a outra portaria define o rol das doenças neuromusculares a ser contemplado pelo programa. É uma conquista importante, mais um programa que humaniza o atendimento na área da saúde do nosso País. Quero cumprimentar o Governo Lula, na pessoa do Ministro Temporão, que tem feito trabalho importante para fortalecer o Sistema Único de Saúde, haja vista a campanha que está aí, da tolerância zero ao álcool. É matéria polêmica, difícil, pela qual Temporão, com muita altivez, com muita competência, com muita confiança, trabalhou e lutou. E hoje é uma lei, que temos de celebrar. Estamos fazendo com que vidas sejam poupadas, com que famílias não sejam desestruturadas, porque definitivamente bebida com direção não combina. Parabéns ao Ministro Temporão! S.Exa. pode contar com o nosso apoio. Estamos aqui firmes na luta para melhorar o financiamento da Saúde e, cada vez mais, para criar políticas públicas de saúde mais eficientes e humanizadas no nosso País. Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Vanderlei Macris. O SR. VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, amanhã, completa 1 ano a grande tragédia da aviação brasileira. Neste dia, um acidente com o avião da TAM vitimou 199 pessoas e tornou-se o maior desastre da aviação brasileira. Esta Casa deu a contribuição necessária numa CPI que investigou profundamente não só esse acidente, mas também o da Gol com o jato Legacy. Além disso, mergulhou definitivamente num processo de avaliação do sistema aéreo brasileiro. O que temos a tirar de lição desse episódio seriam as ações do Governo que pudessem evitar que novos acidentes, que a insegurança e a impontualidade fossem marcas registradas da aviação brasileira. Isso não aconteceu, infelizmente. A CPI sugeriu uma série de medidas, o nosso voto em separado outras tantas, inclusive uma Comissão Especial desta Casa para acompanhar a implementação das medidas que ali foram sugeridas. Lamentavelmente, o Governo não atuou de maneira eficaz para que pudéssemos ter mais tranqüilidade. Alguma coisa aconteceu, mas temos medo de estar vivendo numa bolha apenas de 33740 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tranqüilidade. Precisamos mesmo é de uma infra-estrutura aeroportuária mais condizente, que o Aeroporto de Congonhas seja menos utilizado como hub, que é o que está acontecendo novamente, e que possamos ter mais tranqüilidade em relação à segurança e à pontualidade. É lamentável, depois de 1 ano, que tenhamos de lembrar movimentos sérios que o País fez para que as coisas pudessem melhorar. Quiçá o Governo preste atenção e possa dar contribuição maior ao sistema aéreo brasileiro, principalmente às vítimas desse acidente, que ainda não foram confortadas. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Flávio Bezerra. O SR. FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, marisqueiros e pescadores, no dia 20 de maio, nós conseguimos aprovar nesta Casa o Projeto de Lei nº 3.051, de autoria do Deputado Antonio Carlos Mendes Thame. Para a nossa surpresa, a votação contou com o apoio de todos os Líderes. Aprovado na Câmara, o projeto virou lei porque o Presidente Lula sancionou e foi bem aprovado. Já existia na Constituição Federal e nós estávamos pedindo no projeto a regulamentação do art. 8º da Constituição existente. Agora, desde que foi sancionada a lei, a Confederação Nacional dos Pescadores, as federações e as colônias estão batendo à porta do Ministério do Trabalho para pedir a carta sindical. Hoje, estive em reunião na qual disseram: “Vocês têm de colocar por escrito, pedindo que seja reconhecida a colônia, a federação e a confederação como entidade representativa de classe, para que tenha direito à carta sindical”. Ora, Srs. Deputados; ora, Deputado Zonta, estabelece o parágrafo único: “As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer”. Então , a lei estabeleceu. Nós, pescadores, queremos ser respeitados e que o mérito seja dado a quem de conforme for. Desrespeitar a marisqueira brasileira é desobedecer à Constituição; desrespeitar o pescador é desrespeitar a Constituição. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Presidência vai estabelecer um critério: como há muitos oradores, a Presidência dará 2 minutos. Concedo a palavra ao ilustre Líder Darcísio Perondi. Julho de 2008 O SR. DARCÍSIO PERONDI (Bloco/PMDB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não dá mais: a crise da Saúde continua. O Ministro Temporão – competente, dinâmico – faz um esforço redobrado, mas a área econômica continua não atendendo a Saúde brasileira, meu caro Deputado Tadeu Filippelli. Não é possível! No Hospital Estadual do Pará, nome fantasia Santa Casa, as filas continuam, gente morre nas salas cirúrgicas, agentes de saúde mal remunerados e faltam remédios. E o pior: o Ministério do Planejamento está frio. O Ministério da Fazenda está frio. Não querem fazer suplementação mínima de 4 bilhões. A partir de outubro faltará dinheiro para pagar os Postos de Saúde e as Santas Casas. Não há condições! Há insensibilidade! O PMDB não aceita isso! Eu faço parte da Executiva Nacional. Nós, do PMDB, temos um grande grupo na área da Saúde. Não aceitamos esse tratamento à Saúde brasileira. E não é só o PMDB, meu caro Inocêncio Oliveira: é o CONASS, dos Secretários de Estado; é o CONASEMS, dos Secretários Municipais; é o Conselho Federal de Medicina; é o Conselho Nacional de Saúde. Sr. Presidente Lula, chame o Ministro Paulo Bernardo, chame o Ministro Mantega! Puxe as orelhas desses 2 Ministros. Eu acho, Presidente Lula... (O microfone é desligado.) O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Nobre Deputado, eu quero me congratular com V.Exa. Tenho a mesma posição de V.Exa. O que foi votado aqui para a Saúde era o possível, porque havia propostas muito mais avançadas. E nós fizemos um acordo com o Governo para votar essa matéria. V.Exa. foi um dos defensores. Esperamos que sejam liberados os recursos para cumprir o que foi acordado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Os próximos 4 oradores terão 2 minutos: Onyx Lorenzoni, Freire Júnior, Wilson Santiago e Arnaldo Madeira. O SR. ONYX LORENZONI (DEM-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aqueles que nos assistem, hoje houve uma audiência pública na Comissão de Agricultura, fruto de uma convocação do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Tivemos a honra, juntamente com os membros da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, de compartilhar essa audiência pública. Prenunciava-se um conflito entre a bancada ruralista e o Ministro do Meio Ambiente. O que verificamos? Verificamos um diálogo maduro, equilibrado. O Ministro acatou um conjunto de sugestões daqueles que representam os Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS que produzem no Brasil, e houve propostas claras de simplificação da legislação do meio ambiente. Tenho a convicção de que a antiga ocupante do cargo de Ministra do Meio Ambiente atrasou o Brasil na Biotecnologia, no agronegócio; criou uma série de empecilhos por conta de um radicalismo absolutamente exacerbado e desnecessário. O que assistimos aqui? Os Parlamentares presentes, Cezar Silvestri e Moreira Mendes são capazes de testemunhar: o Ministro Carlos Minc surpreendeu positivamente com sensibilidade, com critério, acatando as sugestões e abrindo um canal, o que deve existir em todos os Ministérios, ou seja, que respeitem o diálogo com o Parlamento. Talvez o fato de o Ministro ser Deputado Estadual há 20 anos permitiu que houvesse esse tipo de condução. Creio que, na condição de Presidente da Comissão de Agricultura, cabe-me fazer esse registro, esse reconhecimento público, e dizer que o caminho para o Brasil é o do diálogo. O SR. MIGUEL MARTINI – Sr. Presidente, peço a palavra como Líder. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Queria pedir a V.Exa. que depois que cumprirmos essas matérias, nós daremos a V.Exa. como Líder. Antes de encerrar, eu daria, mas vamos correr um pouquinho. O SR. MIGUEL MARTINI – Não, Sr. Presidente, eu gostaria de usar a palavra agora. Se V.Exa. quiser me negar, eu aceito. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – V.Exa. não quer fazer acordo nenhum com seus colegas? O SR. MIGUEL MARTINI – Eu quero fazer acordo com quem quer fazer acordo comigo; com quem determina, não. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Então, V.Exa. não quer fazer acordo. Para uma Comunicação de Liderança, pela Liderança do PHS, concedo a palavra ao ilustre Líder Miguel Martini. A Presidência quer dizer que vai apresentar uma emenda de Regimento para Deputado de um partido que tenha 1 membro só não ser Líder! Tinha d e ter 5 Deputados para ser Liderança. É um absurdo que esta Casa conviva com uma coisa dessa natureza! Líder de si mesmo! O SR. MIGUEL MARTINI (PHS-MG. Como Representante. Sem revisão do orador.) – O absurdo, Sr. Presidente, é que V.Exa., na condição de Presidente, tem de respeitar o Regimento! Rasgue o art. 9º, § 4º, deste Regimento para falar o que V.Exa. falou! Respeite o partido! Respeite este Parlamentar! Tenho mandato, como qualquer Deputado aqui! Não fiz Quinta-feira 17 33741 esse Regimento. Se o Regimento me dá o direito, respeite-o! Ou, então, modifique-o! Mas rasgá-lo, não! Meu repúdio a essa manifestação infeliz de V.Exa., principalmente porque está na Presidência! É lamentável que não se respeite nem sequer os pares desta Casa. O PHS é um partido constituído dignamente. Tem 2 Parlamentares nesta Casa. E não estou pedindo favor nenhum para falar. Tenho o direito dado pelo Regimento. E vou usar o meu direito. Já me foi negado hoje o meu direito de orientar, e agora um discurso desnecessário. É lamentável que tenha de usar esta tribuna – 1 minuto e 30 segundos – para dizer o óbvio. É lamentável que este Parlamento precise se respeitar para ser respeitado e exigir o respeito de todos os outros. Quero dizer que, neste primeiro semestre, ocupamos esta tribuna por diversos momentos. Apoiei o Governo em todas as ações até o dia de hoje. Mas tem 1 ano e meio que não recebo apoio nenhum deste Governo. Não sou nem respeitado como Parlamentar, que tem direito de apresentar emendas e que elas sejam pagas. Isso é direito constitucional. Nenhum centavo recebi até hoje! Não preciso de orçamento, mas é preciso que seja tratado com o digno respeito. As bandeiras por que lutei e que defendi aqui até agora consegui êxito. Sou a favor da vida, sou contra o aborto. Derrotamos o aborto na Seguridade Social; derrotamos o aborto na Comissão de Constituição e Justiça. Não como membro, mas mobilizando. Estaremos em luta permanente contra o aborto nesta Casa; estaremos em luta permanente contra a união de homossexuais; estaremos em luta permanente contra todos os ataques que se façam à família; estaremos em luta permanente pela ética, pela moralidade da coisa pública; estaremos permanentemente lutando aqui para que a lei seja respeitada, principalmente a lei que rege o nosso comportamento enquanto Parlamentares dentro deste Parlamento! Não tenho por hábito, não faz parte da minha personalidade me acovardar. Ajo com transparência, ajo com respeito e exijo ser respeitado. Continuaremos lutando, no próximo semestre, pelas bandeiras que assumimos. Eu acredito no Parlamento. Eu sou um parlamentarista convicto. Ajudei a criar uma entidade que congrega todos os Parlamentos e Parlamentares Estaduais, pelo fortalecimento do Legislativo. E vou lutar nesta Casa, enquanto tiver este mandato, para que o Parlamento seja forte, para que o Deputado não se envergonhe de usar este button, para que o Parlamento seja digno e para que os Parlamentares sejam verdadeiros representantes do povo. E por isso merecem ser respeitados. 33742 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Não quero usar nenhum segundo para não depender de favor. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Presidência informa que disse isso genericamente, mas se V.Exa. pegou a carapuça e botou na cabeça fez muito bem, porque se estende também a V.Exa. E eu falo como Deputado, com a minha experiência. Não vou dar a palavra a V.Exa. Não vou dialogar com V.Exa. V.Exa. não merece. O SR. MIGUEL MARTINI – Não quero dialogar com V.Exa., mas respeite! O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Wilson Santiago, por 2 minutos. O SR. WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, acompanhamos, ao longo do tempo, um programa que tem dado bons resultados em todos os recantos deste País: o Bolsa-Família. Quase 12 milhões de pessoas são beneficiadas. Chegou a hora, Sr. Presidente, de termos condições de dar um significado cada vez maior ao BolsaFamília, de termos condições de criar um plano complementar para qualificar os que recebem o Bolsa-Família, de modo que sejam qualificados em qualquer uma das atividades que são verdadeiramente abdicadas ou acolhidas nas cidades, nas regiões em que residem. Propomos a esta Casa e também ao próprio Governo que esse plano complementar seja implementado nos municípios, por intermédio dos Ministérios que coordenam o Programa, possibilitando àquela população uma atividade, uma profissão. Na verdade, saem do Bolsa-Família e se profissionalizam para o mercado de trabalho e para o futuro, que será promissor para todos. No mais, Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que este trabalho aqui relacionado e relatado, já constando das atas desta Casa, seja encaminhado aos órgãos competentes, aos meios de comunicação, para que juntos tenhamos condições de criar um programa de qualificação profissional, aproveitando todos os beneficiados pelo Bolsa-Família: quase 12 milhões de pessoas. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o BolsaFamília é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza (com renda mensal, por pessoa, de 60 a 120 reais) e de extrema pobreza (com renda mensal, por pessoa, de até 60 reais). Julho de 2008 Ao entrar no Bolsa-Família, os pais se comprometem a manter as crianças e os adolescentes em idade escolar freqüentando a escola, a cumprir o calendário de vacinação para as crianças entre zero e 6 anos, bem como a agenda pré-natal e pós-natal para gestantes e mães em amamentação. Essas são contrapartidas sociais que devem ser cumpridas pelas famílias. É por isso que não se pode chamar o programa de clientelista, assistencialista ou eleitoreiro, pois não se trata apenas de conceder dinheiro às famílias carentes, mas de investir no bemestar social, na formação do jovem, exigindo que ele estude, e na saúde, fiscalizando as vacinações e o período pré-natal daquelas mães que, de outra forma, ficariam totalmente desassistidas. Além do mais, há uma diferença entre assistência social e assistencialismo; ou seja, o Bolsa-Família não é esmola, mas um auxílio ao desempregado. Com o programa, pessoas que estavam fora do alcance das políticas sociais e que viviam em situação de grande pobreza passaram a ser beneficiadas por uma rede de proteção social inédita em sua vida e inédita no Brasil. O programa cumpre a sua parte na redução da desigualdade e gera grande impacto na vida cotidiana de milhões de pessoas que tinham muita dificuldade para colocar comida na mesa. Entretanto deve-se criar, em quem recebe o Bolsa-Família, a consciência de que nenhum programa de transferência de renda pode ser eterno e que o Bolsa-Família não tem a capacidade de resolver todos os problemas, pois tem um limite: ele não vai acabar com a pobreza, até porque transferir renda não resolve os problemas sociais, apesar de amenizá-los. No Brasil, a pobreza é fenômeno complexo e tem determinantes que a reproduzem permanentemente. Por isso, é preciso que, junto com a transferência de renda, tenhamos outras políticas públicas capazes de romper esse ciclo de geração de pobreza que nega a cidadania a milhões de brasileiros. Afinal, acabar com a pobreza requer mais que recursos, e os efeitos do programa devem ir além da renda e cobrir o cidadão da camada mais pobre com a dignidade que somente a habilitação profissional possibilita. O estímulo ao exercício da cidadania deve cada vez mais ser posto em prática, reforçando o acesso aos direitos sociais como uma obrigação positiva de quem recebe a Bolsa. Devem-se aproximar os programas de transferência de renda dos de geração de renda, pois há uma busca por trabalho entre os beneficiados pelo Bolsa-Família. Contudo, como muitos não têm escolaridade, não conseguem sair da pobreza. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O desemprego não pode persistir indefinidamente, pelo sacrifício insuportável que impõe às famílias e pelo efeito depressivo que transmite a todo o tecido econômico e social. O investimento público tem de ser orientado para atender a essas circunstâncias críticas e dramáticas, de forma que o beneficiado pelo BolsaFamília passe a ter possibilidade de renda própria a partir de sua qualificação profissional. É importante organizar um momento de reflexão mais aprofundada sobre o sentido das políticas públicas de qualificação profissional concebidas como meio de promoção do desenvolvimento social. Nesse sentido, propomos um plano complementar ao Bolsa-Família, que dê qualificação profissional para os desempregados, de modo a potencializar a inclusão social por intermédio do trabalho. Será um projeto que os capacite para a inserção produtiva. Essa capacitação profissional constituirá porta de saída do programa, como o primeiro passo para que as famílias não precisem mais participar de programas sociais. A dinamização profissional que o plano de capacitação trará será estruturada em 2 eixos fundamentais: foco na demanda do mercado regional de trabalho e integração em uma rede nacional de educação profissional, com bases descentralizadas, ancorada nos municípios. Para tanto, cremos que seria possível integrar o Sistema S (SENAI/SESI, SESC/ SENAC, SENAR, SEST/SENAT, SEBRAE), algumas ONGs com titulação para essa tarefa, ao lado dos próprios Ministérios e órgãos públicos da administração federal, estadual e municipal. O Governo poderia subsidiar a qualificação. Sugerimos uma qualificação nacional a partir das demandas dos municípios, que seja adaptada às regiões, criando escolas com funcionamento anexado ao Bolsa-Família, com ensino gratuito adequado às profissões, que supram as carências locais de baixa qualificação, uma vez que a mão-de-obra qualificada já se encontra empregada. A nossa proposta vai ao encontro do desenvolvimento de uma metodologia de programa de capacitação profissional de curtíssimo prazo para essa população desempregada, assistida pelo Bolsa-Família, no intuito de que cada vez menos gente dependa dos programas sociais do Governo. Estamos falando de algo que faça a mulher e o homem sem renda própria caminharem com suas próprias pernas, até chegar ao ponto de não necessitarem mais do Bolsa-Família. Estamos falando a respeito de cursos que não requeiram nível muito alto de qualificação, que sejam adequados mais ao perfil de quem recebe o Bolsa-Família (dirigidos para a construção Quinta-feira 17 33743 civil, marcenaria, carpintaria, costura, pesca, manicure, cabeleireiro e barbeiro, por exemplo), enfim, que atendam o nível pessoal do desempregado. Todavia, é importante que se dê preferência ao ensino voltado para a formação que sirva aos setores com carência de mão-de-obra, programados mediante diagnósticos prévios relativos às necessidades e às demandas locais. Também se deve dar prioridade aos chamados grupos vulneráveis, que têm dificuldade de acesso e permanência no mercado de trabalho e outras alternativas de qualificação profissional por razões de pobreza, baixa escolaridade e fatores relacionados à discriminação de gênero, raça, cor ou necessidades especiais. Essa qualificação profissional abrangeria mais de 11 milhões de trabalhadores desempregados no Brasil, todos com idade acima de 16 anos. Alguns cursos poderiam ser lecionados a distância; outros, de preferência, de forma presencial. E o Governo Federal teria condições de efetuar uma articulação com o setor empresarial para absorver os futuros trabalhadores capacitados do Bolsa-Família. Os gestores locais do Bolsa-Família podem ajudar a contactar os trabalhadores a serem capacitados. A participação deles é importante, haja vista serem pessoas que têm contato direto com as famílias. Por outro lado, o planejamento dos cursos, em articulação com as Prefeituras, seria bastante proveitoso para a própria municipalidade. Cremos que o Governo Federal teria como organizar e priorizar demandas de qualificação social e profissional levantadas pelo Poder Público local e pela sociedade civil organizada, assim como supervisionar a execução do plano a ser implementado. Outrossim, o Programa de Aceleração do Crescimento requer também mão-de-obra, principalmente na construção civil, que poderia vir desta iniciativa. Aliás, além de ser um setor com carência de mão-de-obra, a construção civil, em sua base operária, não necessita de nível muito alto de qualificação, razão por que poderia absorver os desempregados do Bolsa-Família que se capacitassem profissionalmente. De fato, qualquer programa que contemple crescimento com sustentabilidade deve ter comprometimento bastante forte com o desenvolvimento de pessoas. Esse é um dos objetivos que tinha em mente o Presidente Lula quando criou o PAC. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não tem futuro distante a política de geração de renda que, durante o período assistencial, não treina o desempregado para se adequar às exigências do mercado de trabalho. 33744 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Assim, a qualificação profissional mudaria a realidade de famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa-Família. Estamos lidando aqui com um desafio histórico, com um passo importante na direção de transformar a realidade social do País, para que milhões de brasileiros tenham uma vida digna. É dando a devida formação ao desempregado sem qualificação profissional que poderemos visualizar uma nação em que os menos afortunados e os menos aptos não sejam condenados a permanecer à margem do corpo social, mas dele recebam apoio solidário, com vistas à sua integração na coletividade. Convido todos a partilharem desse ideal de projeto de futuro em que o compromisso essencial é com a felicidade, o bem-estar e a emancipação da família brasileira. Para materializar esta proposta, estou dando entrada a projeto de lei que complementará o Programa Bolsa-Família, possibilitando a qualificação profissional aos desempregados que são beneficiários desse programa. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Presidência, em seguida, vai dar oportunidade aos partidos que queiram mudar a orientação. Concedo a palavra ao ilustre Deputado Arnaldo Madeira. V.Exa. dispõe de 2 minutos, nobre Deputado. O SR. ARNALDO MADEIRA (PSDB-SP. Pela ordem.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, resolvi assumir esta tribuna a partir do debate em torno da Medida Provisória nº 431, porque ouvi aqui algumas informações e declarações que não batem com a realidade e acho que essa medida provisória permite fazer, de modo adequado, a avaliação da diferença de método entre o Governo Fernando Henrique e o Governo atual. No Governo Fernando Henrique, havia o Ministério da Administração, chefiado nos primeiros anos pelo Prof. Luiz Carlos Bresser Pereira, que montou um programa de recuperação do serviço público, reorganizando carreiras e estabelecendo uma filosofia de como construir uma administração pública profissional. O Governo apresentou e o Congresso aprovou a Emenda Constitucional da Reforma Administrativa. Houve um processo de recuperação do funcionalismo e de criação de estrutura de carreiras na administração pública. Estabeleceu-se o conceito de carreira exclusiva de Estado, diferenciada do chamado emprego público. Chegou-se a pensar inclusive – não foi implementado – nos centros de custo, como existe na iniciativa privada. O salário, como mostrou aqui o Deputado Duarte Nogueira, mais do que triplicou. O gasto com pessoal mais do que Julho de 2008 triplicou naquela ocasião, exatamente por essa política implementada, com uma filosofia de serviço público. O que nós vemos hoje na administração, nesta medida provisória, é exatamente o contrário. Como não há política! O Governo edita uma medida provisória e depois, aqui nos corredores, se processam as negociações para ver quem vai e quem não vai ser contemplado na medida. Isso não é política de administração pública. Isso não é política de funcionalismo público. Não há conceito. Não existe política para o funcionalismo público, como não existe política para coisa alguma neste Governo. É tudo na base do grito e do poder de pressão que cada segmento exerce. Era este o registro que eu queria fazer, provocado por intervenções anteriores neste plenário. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Presidência pergunta se há algum partido que queira mudar a orientação. O SR. ARMANDO ABÍLIO (PTB-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PTB, Sr. Presidente, a partir de agora, vai entrar em obstrução. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – PTB em obstrução. O SR. MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco entra em obstrução a partir de agora. Muito obrigado. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nossa intenção era ir até o fim, votar todas as matérias, começar o recesso dia 17. Mas estou vendo que a própria base já reflui. Então, obviamente, o PSOL também transita para a obstrução. O SR. JORGINHO MALULY – Sr. Presidente, só um esclarecimento: houve a permuta com o Deputado Onyx Lorenzoni? O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Sim. Eu vou dar 1 minuto agora. Quem deseja manifestar-se? (Pausa.) Deputado Jorginho Maluly, 1 minuto. Em seguida, Deputados Tadeu Filippelli e Armando Abílio. O SR. JORGINHO MALULY (DEM-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas registrar que, ao longo de minha carreira política, desde que comecei como Vereador, depois 2 vezes como Prefeito e agora como Deputado, minha preocupação com as drogas, principalmente entre os jovens, é muito grande. Estudos e pesquisas mostram que a porta de entrada das drogas mais pesadas são as drogas mais Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS leves, e dentre elas, sem dúvida nenhuma, a mais perigosa é o álcool, uma droga livre, vendida em qualquer lugar do Brasil, aparentemente – embora com a lei proibindo – para qualquer um. Quero citar matéria publicada no Jornal do Brasil, Caderno de Brasília, Sr. Presidente, V.Exa., que é médico: Número de acidentes cai 39% a partir da Lei Seca – Proporção de mortes só não baixou tanto devido a duas colisões graves. Nesse sentido, valeu a pena essa lei seca. É pouco, devemos debater mais esse assunto. Aproveito esses segundos finais para apelar às autoridades fazendárias, Deputado Darcísio Perondi, para que suplementem os recursos do SUS. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Deputado Freire Júnior, concedo a palavra a V.Exa. por 1 minuto. O SR. FREIRE JÚNIOR (Bloco/PMDB-TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, hoje, um Parlamentar ocupou a tribuna desta Casa – o Sr. Osvaldo Suçuarana, Osvaldo Cara-de-Onça, Osvaldo Reis, Presidente do PMDB do Tocantins – e atacou a minha honra. Não vou responderlhe agora, deixarei para fazê-lo em outra oportunidade, em outro momento. Aqui e agora, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, venho trazer mais uma grave denúncia dos desmandos, da roubalheira, da bandalheira que está ocorrendo no Governo do Estado do Tocantins. Há um salão do livro que está mais para salão da corrupção do que para salão do livro. No ano de 2006, gastou-se 1 milhão e 100 mil reais. No ano de... (O microfone é desligado.) O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Nobre Líder, houve um engano. Vou dar 1 minuto. O SR. FREIRE JÚNIOR – ...dois milhões e quinhentos mil. Agora, em 2008, gastaram-se 3 milhões e 500 mil reais. Quem distribui às empresas, quem dá às empresas prestadoras de serviço é o marido da Secretária de Educação do Estado, o Sr. Fernando Rezende, um corretor de imóveis que cuida dos negócios da própria família do Governador. Trarei em outra oportunidade maiores detalhes. Sr. Presidente, agradeço-lhe a atenção e consideração. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Tadeu Filippelli. O SR. TADEU FILIPPELLI (Bloco/PMDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mudo a orientação de voto do PMDB para obstrução. Quinta-feira 17 33745 O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, com essa posição do PMDB, o PT também orienta obstrução. O SR. ANTONIO CRUZ (PP-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP também orienta obstrução. O SR. RICARDO QUIRINO (PR-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PR também passa para obstrução. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Presidência vai encerrar. O SR. EDINHO BEZ – Eu gostaria, Sr. Presidente, antes... O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Está encerrado. Não adianta. A Presidência quer dizer o seguinte: antes de sair, o Presidente Arlindo Chinaglia determinou que, após esta sessão, não houvesse outra sessão extraordinária. Por quê? Porque, se não deu quorum nesta, é lógico que não iria dar na seguinte. Nem amanhã também. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Antes de encerrar, concedo a palavra ao ilustre Deputado Arnaldo Jardim, para uma reclamação ou solicitação ao Presidente Arlindo Chinaglia. S.Exa. dispõe de 1 minuto. O SR. EDINHO BEZ – Eu tenho uma informação, Sr. Presidente. O SR. ARNALDO JARDIM (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, primeiro, solicito a alteração da orientação do PPS para obstrução. Quero dizer ainda que ontem tivemos um diálogo com o Presidente Arlindo Chinaglia. Hoje, encerrou-se o prazo para apresentação de emendas ao Projeto de Lei nº 3.674, de 2008, que cria o Fundo Soberano do Brasil. Então, estamos solicitando à Mesa que, à semelhança do que fez em outras ocasiões, amplie o prazo de apresentação de emendas a esse projeto. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em nome do Presidente Arlindo Chinaglia, em nome de todos os que fazem a Mesa Diretora e em meu nome pessoal, desejo a todos um feliz recesso e que Deus nos ajude. Resultado da votação: VOTARAM: SIM: 196; NÃO: 23; ABSTENÇÃO: 01 TOTAL : 220. Então, não houve quorum. 33746 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33747 33748 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33749 33750 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS VI – ENCERRAMENTO O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – COMPARECEM MAIS À SESSÃO OS SRS.: RORAIMA Francisco Rodrigues DEM Marcio Junqueira DEM Total de RORAIMA 2 AMAPÁ Davi Alcolumbre DEM Jurandil Juarez PMDB PmdbPtc Lucenira Pimentel PR Total de AMAPÁ 3 PARÁ Beto Faro PT Elcione Barbalho PMDB PmdbPtc Gerson Peres PP Giovanni Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Jader Barbalho PMDB PmdbPtc Quinta-feira 17 33751 Lira Maia DEM Zenaldo Coutinho PSDB Total de PARÁ 7 AMAZONAS Átila Lins PMDB PmdbPtc Francisco Praciano PT Total de AMAZONAS 2 ACRE Perpétua Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Sergio Petecão PMN PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de ACRE 2 TOCANTINS Freire Júnior PSDB Lázaro Botelho PP Vicentinho Alves PR Total de TOCANTINS 3 MARANHÃO Cleber Verde PRB PsbPdtPCdoBPmnPrb Costa Ferreira PSC 33752 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Gastão Vieira PMDB PmdbPtc Professor Setimo PMDB PmdbPtc Roberto Rocha PSDB Sarney Filho PV Total de MARANHÃO 6 CEARÁ Vicente Arruda PR Total de CEARÁ 1 RIO GRANDE DO NORTE João Maia PR Sandra Rosado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de RIO GRANDE DO NORTE 2 PARAÍBA Damião Feliciano PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Walter Brito Neto PRB PsbPdtPCdoBPmnPrb Wellington Roberto PR Total de PARAÍBA 3 PERNAMBUCO André de Paula DEM Carlos Eduardo Cadoca PSC Eduardo da Fonte PP José Mendonça Bezerra DEM Maurício Rands PT Wolney Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de PERNAMBUCO 6 ALAGOAS Benedito de Lira PP Total de ALAGOAS 1 SERGIPE Albano Franco PSDB José Carlos Machado DEM Total de SERGIPE 2 BAHIA Edigar Mão Branca PV Félix Mendonça DEM Fernando de Fabinho DEM Lídice da Mata PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Marcos Medrado PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Sérgio Brito PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de BAHIA 6 MINAS GERAIS Antônio Andrade PMDB PmdbPtc Carlos Willian PTC PmdbPtc Fernando Diniz PMDB PmdbPtc George Hilton PP Julho de 2008 Humberto Souto PPS José Fernando Aparecido de Oliveira PV José Santana de Vasconcellos PR Júlio Delgado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Juvenil PRTB Luiz Fernando Faria PP Mário Heringer PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Odair Cunha PT Total de MINAS GERAIS 12 ESPÍRITO SANTO Lelo Coimbra PMDB PmdbPtc Luiz Paulo Vellozo Lucas PSDB Manato PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Rose de Freitas PMDB PmdbPtc Total de ESPÍRITO SANTO 4 RIO DE JANEIRO Antonio Carlos Biscaia PT Léo Vivas PRB PsbPdtPCdoBPmnPrb Leonardo Picciani PMDB PmdbPtc Solange Amaral DEM Vinicius Carvalho PTdoB Total de RIO DE JANEIRO 5 SÃO PAULO Abelardo Camarinha PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Arnaldo Madeira PSDB Carlos Sampaio PSDB Cláudio Magrão PPS Devanir Ribeiro PT Dr. Nechar PV Dr. Talmir PV João Paulo Cunha PT José Paulo Tóffano PV Marcelo Ortiz PV Márcio França PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Milton Monti PR Paulo Renato Souza PSDB Renato Amary PSDB Total de SÃO PAULO 16 MATO GROSSO Rogério Silva PP Valtenir Pereira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de MATO GROSSO 2 GOIÁS Luiz Bittencourt PMDB PmdbPtc Professora Raquel Teixeira PSDB Total de GOIÁS 2 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS MATO GROSSO DO SUL Antonio Cruz PP Dagoberto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Vander Loubet PT Total de MATO GROSSO DO SUL 3 PARANÁ Abelardo Lupion DEM Alfredo Kaefer PSDB Assis do Couto PT Eduardo Sciarra DEM Moacir Micheletto PMDB PmdbPtc Ricardo Barros PP Rodrigo Rocha Loures PMDB PmdbPtc Total de PARANÁ 7 SANTA CATARINA João Pizzolatti PP Total de SANTA CATARINA 1 RIO GRANDE DO SUL Afonso Hamm PP Darcísio Perondi PMDB PmdbPtc José Otávio Germano PP Luis Carlos Heinze PP Nelson Proença PPS Onyx Lorenzoni DEM Paulo Roberto PTB Pompeo de Mattos PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Renato Molling PP Total de RIO GRANDE DO SUL 9 DEIXAM DE COMPARECER À SESSÃO OS SRS.: RORAIMA Neudo Campos PP Urzeni Rocha PSDB Total de RORAIMA 2 Quinta-feira 17 33753 AMAZONAS Carlos Souza PP Sabino Castelo Branco PTB Total de AMAZONAS 2 RONDÔNIA Ernandes Amorim PTB Lindomar Garçon PV Marinha Raupp PMDB PmdbPtc Total de RONDÔNIA 3 ACRE Henrique Afonso PT Ilderlei Cordeiro PPS Total de ACRE 2 MARANHÃO Nice Lobão DEM Ribamar Alves PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Sebastião Madeira PSDB Total de MARANHÃO 3 CEARÁ Aníbal Gomes PMDB PmdbPtc Arnon Bezerra PTB Ciro Gomes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb José Linhares PP Manoel Salviano PSDB Paulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPtc Total de CEARÁ 6 PIAUÍ Alberto Silva PMDB PmdbPtc B. Sá PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Marcelo Castro PMDB PmdbPtc Mussa Demes DEM Paes Landim PTB Total de PIAUÍ 5 RIO GRANDE DO NORTE AMAPÁ Janete Capiberibe PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de AMAPÁ 1 PARÁ Vic Pires Franco DEM Wladimir Costa PMDB PmdbPtc Zé Geraldo PT Zequinha Marinho PMDB PmdbPtc Total de PARÁ 4 Fábio Faria PMN PsbPdtPCdoBPmnPrb Henrique Eduardo Alves PMDB PmdbPtc Total de RIO GRANDE DO NORTE 2 PARAÍBA Efraim Filho DEM Marcondes Gadelha PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de PARAÍBA 2 PERNAMBUCO Bruno Araújo PSDB Carlos Wilson PT Fernando Coelho Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb 33754 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Gonzaga Patriota PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb José Chaves PTB Marcos Antonio PRB PsbPdtPCdoBPmnPrb Raul Jungmann PPS Total de PERNAMBUCO 7 ALAGOAS Maurício Quintella Lessa PR Total de ALAGOAS 1 SERGIPE Eduardo Amorim PSC Mendonça Prado DEM Total de SERGIPE 2 BAHIA Edson Duarte PV Uldurico Pinto PMN PsbPdtPCdoBPmnPrb Total de BAHIA 2 MINAS GERAIS Alexandre Silveira PPS Bilac Pinto PR João Bittar DEM Leonardo Quintão PMDB PmdbPtc Marcos Montes DEM Maria do Carmo Lara PT Miguel Corrêa PT Narcio Rodrigues PSDB Paulo Piau PMDB PmdbPtc Rafael Guerra PSDB Reginaldo Lopes PT Rodrigo de Castro PSDB Total de MINAS GERAIS 12 ESPÍRITO SANTO Neucimar Fraga PR Total de ESPÍRITO SANTO 1 RIO DE JANEIRO Fernando Gabeira PV Fernando Lopes PMDB PmdbPtc Hugo Leal PSC Indio da Costa DEM Sandro Matos PR Solange Almeida PMDB PmdbPtc Suely PR Total de RIO DE JANEIRO 7 SÃO PAULO Aldo Rebelo PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Aline Corrêa PP Cândido Vaccarezza PT Carlos Zarattini PT Julho de 2008 Celso Russomanno PP Dr. Pinotti DEM Edson Aparecido PSDB Fernando Chucre PSDB João Dado PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Jorge Tadeu Mudalen DEM José Aníbal PSDB José Eduardo Cardozo PT Michel Temer PMDB PmdbPtc Paulo Maluf PP Paulo Pereira da Silva PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Regis de Oliveira PSC Ricardo Berzoini PT Ricardo Tripoli PSDB Vadão Gomes PP William Woo PSDB Total de SÃO PAULO 20 MATO GROSSO Carlos Bezerra PMDB PmdbPtc Eduardo Moura PPS Wellington Fagundes PR Total de MATO GROSSO 3 DISTRITO FEDERAL Laerte Bessa PMDB PmdbPtc Osório Adriano DEM Total de DISTRITO FEDERAL 2 GOIÁS Rubens Otoni PT Total de GOIÁS 1 PARANÁ Airton Roveda PR Chico da Princesa PR Dr. Rosinha PT Giacobo PR Hermes Parcianello PMDB PmdbPtc Max Rosenmann PMDB PmdbPtc Odílio Balbinotti PMDB PmdbPtc Total de PARANÁ 7 SANTA CATARINA Acélio Casagrande PMDB PmdbPtc Celso Maldaner PMDB PmdbPtc Fernando Coruja PPS João Matos PMDB PmdbPtc Nelson Goetten PR Total de SANTA CATARINA 5 RIO GRANDE DO SUL Beto Albuquerque PSB PsbPdtPCdoBPmnPrb Cezar Schirmer PMDB PmdbPtc Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Claudio Diaz PSDB Eliseu Padilha PMDB PmdbPtc Enio Bacci PDT PsbPdtPCdoBPmnPrb Henrique Fontana PT Ibsen Pinheiro PMDB PmdbPtc Luiz Carlos Busato PTB Manuela DÁvila PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb Paulo Pimenta PT Pepe Vargas PT Total de RIO GRANDE DO SUL 11 O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Encerro a sessão, designando para amanhã, quinta-feira, dia 17, às 14h, a seguinte ORDEM DO DIA DEBATES E TRABALHO DE COMISSÕES AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS I – EMENDAS 1. PROJETOS COM URGÊNCIA – ART. 64, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Ato da Mesa nº 177, de 1989). PROJETOS DE LEI: Nº 3674/08 (Poder Executivo) – Cria o Fundo Soberano do Brasil – FSB, dispõe sobre sua estrutura, fontes de recursos e aplicações, e dá outras providências. SOBRESTA A PAUTA EM: 2-9-08 (46º dia) ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 3721/08 (Poder Executivo) – Dispõe sobre a prestação de auxílio financeiro pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, no exercício de 2008, com o objetivo de fomentar as exportações do País. SOBRESTA A PAUTA EM: 7-9-08 (46º dia) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 05-8-2008 II – RECURSOS 1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO – ART. 24, II, DO RICD INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), Quinta-feira 17 33755 ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), todos do RICD. Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1º do RICD). 1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 504/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão ao Sistema LBC de Comunicação Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Monteiro, Estado da Paraíba. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 511/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à S. P. Comunicações & Publicidade Ltda para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Severínia, Estado de São Paulo. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 521/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária dos Amigos de Pintópolis a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Pintópolis, Estado de Minas Gerais. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 525/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à ESTÚDIOS REUNIDOS LTDA. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de São Gonçalo do Amarante, Estado do Rio Grande do Norte. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 526/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Litoral Norte Ltda para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Rincão, Estado de São Paulo. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 540/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Rádio Comunitária Nova Alternativa de Cambé a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Cambé , Estado do Paraná. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 33756 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 543/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária de Tibau – ARTC a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Tibau, Estado do Rio Grande do Norte. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 545/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Educativa de Comunicação os Moradores e Usuários da Água do Município de São José do Siridó RN a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de São José do Siridó, Estado do Rio Grande do Norte. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 547/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Rádio Mongaguá FM a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Mongaguá, Estado de São Paulo. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 550/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Comunicação da Rádio Comunitária “Vila Pavão Que Queremos” a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Vila Pavão, Estado do Espírito Santo. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 552/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Desenvolvimento Comunitário de Coqueiro Seco – Alagoas a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Coqueiro Seco, Estado de Alagoas. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 560/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Rede Brasil de Comunicações Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Lagoa Grande, Estado de Pernambuco. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Julho de 2008 Nº 582/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Integração Comunitária Vida a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Miranda, Estado do Mato Grosso do Sul. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 583/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação dos Produtores Rurais de Santana do Itararé – PR – A.P.R a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Santana do Itararé, Estado do Paraná. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 587/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Rádio FM Ebenézer Áudio a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Bom Jesus do Norte, Estado do Espirito Santo. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 590/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Comunicação e Cultura Compromisso com a Verdade e a Vida a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Cosmópolis, Estado de São Paulo. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 591/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Cultural de Pranchita a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Pranchita, Estado do Paraná. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 603/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Thalento FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Rio Azul, Estado do Paraná. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 606/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Alternativa de Francisco Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Beltrão Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Pato Branco, Estado do Paraná. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 609/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária São Vicente de Paula a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Nova Andradina, Estado do Mato Grosso do Sul. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 611/2008 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Cultural Areiense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Areias, Estado de São Paulo. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 PROJETO DE LEI Nº 7356/2006 (Geraldo Resende) – Acrescenta dispositivo à Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “institui o Código de Trânsito Brasileiro”, para dispor sobre o aviso de vencimento da Carteira Nacional de Habilitação. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 843/2007 (Daniel Almeida) – Altera o art.453 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de permitir a ausência ao serviço para realização de exame preventivo de câncer do colo de útero, de câncer da mama ou de câncer da próstata. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS PROJETO DE LEI Nº 578/2007 (Valtenir Luiz Pereira) – Altera a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, e a Lei nº 10.259, de 12 de julho de 2001, para determinar a intimação pessoal e a contagem em dobro para a Defensoria Pública no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 1722/2007 (Ribamar Alves) – Institui a ultra-sonografia como especialidade médica e dá outras providências. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Quinta-feira 17 33757 Nº 1744/2007 (Valdir Colatto) – Dispõe sobre a unificação das datas de todos os vestibulares. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 2210/2007 (Uldurico Pinto) – Acrescenta inciso ao art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para incluir dois capacetes como equipamentos obrigatórios das motocicletas e afins. E seus apensados. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 2255/2007 (Sueli Vidigal) – Dispõe sobre a criação do Cadastro Nacional de Homônimos no âmbito do Ministério da Justiça. (VIDE ITEM 2.1) ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 2304/2007 (Zonta) – Altera a redação do § 2º do art. 3º e o caput do mesmo artigo da Lei nº 10.209, de 2001 e dá outras providências. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 2353/2007 (João Dado) – Altera os arts. 187, 218 e 261 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a natureza e penalidade das infrações que especificam. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 2777/2008 (Max Rosenmann) – Altera o art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a obrigatoriedade para os veículos de carga, de equipar-se com sistema eletrônico de medição de peso por eixo. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 Nº 2894/2008 (Edigar Mão Branca) – Acrescenta dispositivos ao Código Brasileiro de Aeronáutica, para dispor sobre publicidade em áreas aeroportuárias e aeronaves. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-8-2008 2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD (MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD) INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – PEC: art. 202, § 1º do RICD. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPOSIÇÕES: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD. Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1º do RICD). 33758 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 2.1 PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJURIDICIDADE OU INADMISSIBILIDADE PROJETO DE LEI Nº 7278/2006 (Gonzaga Patriota) – Cria o Fundo Nacional de Registro Civil e dá outras providências. E seus apensados. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 2255/2007 (Sueli Vidigal) – Dispõe sobre a criação do Cadastro Nacional de Homônimos no âmbito do Ministério da Justiça. (VIDE ITEM 1.2) ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE – ART. 164, § 2º, DO RICD (SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICD) Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICD). PROJETO DE LEI Nº 3028/2004 (Antonio Carlos Mendes Thame) – Altera o § 1º do art. 3º-A da Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, alterado pela Lei nº 10.702, de 14 de julho de 2003. ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-2008 Nº 155/2007 (Arnaldo Faria de Sá) – Altera a Lei nº 11.368, de 9 de novembro de 2006, que prorroga, para o trabalhador rural empregado, o prazo previsto no art. 143 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-8-2008 Nº 988/2007 (Fernando de Fabinho) – Altera o art. 143 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-8-2008 Nº 990/2007 (Cleber Verde) – Prorroga, para o trabalhador rural empregado, o prazo previsto no art. 143 da Lei nº 8.213 de 24 de Julho de 1991. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-8-2008 Nº 2037/2007 (Jilmar Tatto) – Dispõe sobre a criação da Taxa Anual Efetiva Global – TAEG, destinada a apresentar em uma única taxa diversas informações e custos de um financiamento ou parcelamento. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-8-2008 Nº 3601/2008 (Flávio Bezerra) – Altera o art. 143 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 e acresce o § 2º na Lei nº 11.368, de 09 de novembro de 2006, com a finalidade de estender por um prazo de 25 anos contados a partir Julho de 2008 do término da vigência da Lei nº 8213/91, o direito ao pescador artesanal de aposentar-se por idade sem o recolhimento das contribuições previdenciárias. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-8-2008 4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES) INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPOSIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões. INDICAÇÃO Nº 3083/2008 (Raul Jungmann) – Sugere aos Presidentes dos cinco Tribunais Regionais Federais a especialização de Varas Federais para processar e julgar delitos praticados por organizações criminosas. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2008 Nº 3084/2008 (Raul Jungmann) – Sugere aos Presidentes dos 27 Tribunais de Justiça, a especialização de Varas para processar e julgar delitos praticados por organizações criminosas. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2008 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 279/2008 (Clodovil Hernandes) – Dá nova redação ao art. 45 da Constituição Federal DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2008 PROJETO DE LEI Nº 3671/2008 (Comissão de Legislação Participativa) – Regulamenta o art. 29, Inciso I, da Constituição Federal, estabelecendo ao Estado e Município direito de legislar sobre temas privativos da União, em razão da omissão federal em não legislar sobre o tema. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2008 III – DIVERSOS PRAZO PARA RECEBIMENTO DE SUGESTÕES A PROJETO DE CONSOLIDAÇÃO: art. 212, § 2º, do RICD (30 dias). PROJETO DE LEI Nº 3343/2008 (Rita Camata) – Consolida a legislação federal em saúde. (Publicado no DCD nº 110-A, Suplemento, de 11-72008 e DOU de 11-7-2008, Seção 1) DECURSO: 7º DIA ÚLTIMO DIA: 23-8-2008 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE EXPEDIENTE DO MÊS DE JULHO DE 2008 Dia 17, 5ª-feira 15:00 DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP) 15:25 WANDENKOLK GONÇALVES (PSDB – PA) ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES I – COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 3.048/08 – Do Sr. Sandes Júnior – que “altera o Decreto-Lei nº 221, 28 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre a proteção e estímulos à pesca e dá outras providências”. RELATOR: Deputado EDIO LOPES. PROJETO DE LEI Nº 3.605/08 – Do Sr. Paulo Abi-Ackel – que “acrescenta § 1º ao art. 10 da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que “Regula o Programa de Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, e dá outras providências”, para assegurar recursos à agricultura familiar, remunerando o atual parágrafo único como § 2º”. RELATOR: Deputado LEONARDO VILELA. PROJETO DE LEI Nº 3.611/08 – Do Sr. Homero Pereira – que “fixa prazo para o fornecimento, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, do Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais – CCIR”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS SETIM. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 7.210/06 – Do Sr. Betinho Rosado – que “altera a redação do art. 2º, caput e § 1º, da Lei nº 4.716, de 29 de junho de 1965, que dispõe sobre a organização, funcionamento e execução dos registros genealógicos de animais domésticos no País”. (Apensado: PL 3212/2008) RELATOR: Deputado DAVI ALCOLUMBRE. Quinta-feira 17 33759 PROJETO DE LEI Nº 3.271/08 – Do Sr. Gladson Cameli – que “altera o art. 2º, inciso IV da Lei nº 10.779, de 25 de novembro de 2003, que dispõe sobre a concessão de benefício de seguro-desemprego durante o período do defeso ao pescador profissional que exerce a atividade pesqueira de forma artesanal”. (Apensado: PL 3580/2008) RELATOR: Deputado BETO FARO. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 3.203/08 – Do Sr. Flávio Bezerra – que “estende ao catador de marisco e à marisqueira o recebimento do seguro-desemprego, concedido ao pescador profissional artesanal, conforme o disposto na Lei nº 10.779, de 25 de novembro de 2003”. RELATOR: Deputado CELSO MALDANER. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA LOCAL: Plenário 01 do Anexo II HORÁRIO: 10h REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA A – Audiência Pública: Audiência pública para discussão da legislação acerca da aviação brasileira, bem como debater as conseqüências das decisões tomadas após a CPI do Apagão Aéreo e dos acidentes aéreos ocorridos no país, notadamente o acidente envolvendo o avião da TAM, ocorrido no dia 17 de julho de 2007. Convidados: Anderson Ribeiro Correia – Superintendente de Infraestrutura da ANAC; Marçal Rodrigues Goulart – Superintendente de Gestão Operacional da Infraero; Armando Schneider Filho – Assessor Especial da Presidência da Infraero; Deputado Marco Maia – Presidente da CPI da Crise do Sistema de Tráfego Aéreo; Deputado Marcelo Castro – Relator da CPI da Crise do Sistema de Tráfego Aéreo; Angelita Rosicler de Marchi – Presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Acidente do Vôo 1907 da GOL; Dario Scott – Presidente da Associação de Familiares a Amigos das Vítimas do Vôo JJ – 3054 da TAM; Constantino Junior – Presidente da GOL Linhas Aéreas; 33760 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS David Barioni Neto – Presidente da TAM Linhas Aéreas; Jorge Kersul Filho – Brigadeiro do Ar Chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – CENIPA. AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHà (DIA 18-7-2008) Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 5.564/01 – Do Senado Federal – LUCIO ALCANTARA – (PLS 157/2001) – que “denomina “Governador Mário Covas” o Complexo Industrial – Portuário do Pecém, no Estado do Ceará”. (Apensado: PL 5295/2001) RELATOR: Deputado PAULO MAGALHÃES. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 2.064/07 – Do Sr. Manoel Junior – que “revoga o inciso XII do art. 581 do Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VALTENIR PEREIRA. B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 1.304/03 – Do Sr. Leonardo Monteiro – que “dispõe sobre a criação de telefone de três dígitos para uso exclusivo dos Conselhos Tutelares”. (Apensado: PL 1870/2003) RELATOR: Deputado VALTENIR PEREIRA. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 611/03 – Do Sr. Dr. Rosinha – que “altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Código Civil”. RELATOR: Deputado CARLOS ABICALIL. Julho de 2008 B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 770/07 – Do Sr. Inocêncio Oliveira – que “institui o “Dia Nacional do Poeta” cada dia 19 de abril do calendário gregoriano em vigor no Brasil”. RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 4.197/01 – Do Sr. Alberto Fraga – que “institui o Sistema Nacional de Informações sobre Pessoas Desaparecidas, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JOÃO CAMPOS. PROJETO DE LEI Nº 6.834/06 – Do Sr. Betinho Rosado – que “acrescenta parágrafo único ao art. 13 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, estabelecendo que o fornecimento e a instalação dos equipamentos de medição associados à tarifação do serviço prestado correrão às expensas da concessionária”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE LEI Nº 1.974/07 – Do Sr. Fernando Coruja – que “altera a Lei nº 9.875, de 25 de novembro de 1999, para dispor sobre a denominação suplementar “Trecho José Paschoal Baggio” do trecho que menciona da Rodovia BR-282”. RELATOR: Deputado MOREIRA MENDES. PROJETO DE LEI Nº 1.975/07 – Do Sr. Fernando Coruja – que “altera a Lei nº. 9.875, de 25 de novembro de 1999, para dispor sobre a denominação suplementar “Trecho Carlos Joffre do Amaral” do trecho que menciona da Rodovia BR-282”. RELATOR: Deputado MOREIRA MENDES. PROJETO DE LEI Nº 2.298/07 – Do Sr. Raul Henry – que “obriga os supermercados a divulgarem em destaque a data de vencimento da validade dos produtos incluídos em todas as promoções especiais lançadas por estes estabelecimentos”. (Apensado: PL 2875/2008) RELATOR: Deputado VITAL DO RÊGO FILHO. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 6.129/90 – Do Senado Federal – FRANCISCO ROLLEMBERG – (PLS 123/1989) – que Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS “estabelece diretrizes para uma Política Nacional de Habitação Rural e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERALDO PUDIM. PROJETO DE LEI Nº 359/99 – Do Sr. Enio Bacci – que “acrescenta § 4º ao art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 1940 – Código Penal”. RELATOR: Deputado JORGINHO MALULY. B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 1.524/03 – Do Senado Federal – Aloizio Mercadante – que “torna obrigatória a identificação dos servidores dos órgãos de segurança pública do Estado quando participem em operações de controle e manutenção da ordem pública e dá outras providências”. (Apensados: PL 1473/2003 e PL 1474/2003) RELATOR: Deputado ROBERTO MAGALHÃES. PROJETO DE LEI Nº 3.401/04 – Do Sr. Lobbe Neto – que “cria a disciplina “ Educação Financeira” nos currículos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e do ensino médio”. RELATOR: Deputado BONIFÁCIO DE ANDRADA. PROJETO DE LEI Nº 5.540/05 – Do Sr. Ary Kara – que “institui o Dia Nacional dos Trabalhadores em Radiologia”. (Apensado: PL 5777/2005) RELATOR: Deputado JORGINHO MALULY. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 7.428/06 – Do Sr. Paes Landim – que “denomina “Milton Brandão” a rodovia BR-404 que liga as cidades de Piripiri – PI, a Icó – CE”. RELATOR: Deputado PASTOR PEDRO RIBEIRO. PROJETO DE LEI Nº 527/07 – Do Sr. Uldurico Pinto – que “altera o art. 1º da Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995, para proibir o uso de informações sobre restrições de crédito como critério impeditivo ao acesso à relação de emprego ou a sua manutenção”. RELATOR: Deputado GERALDO PUDIM. PROJETO DE LEI Nº 2.217/07 – Do Sr. Rodovalho – que “dispõe sobre a música e os eventos gospel”. RELATOR: Deputado PASTOR PEDRO RIBEIRO. PROJETO DE LEI Nº 2.696/07 – Do Sr. Carlos Brandão – que “institui o Dia Nacional do Bumba-MeuBoi”. RELATOR: Deputado WILSON SANTIAGO. Quinta-feira 17 33761 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 5.992/05 – Do Sr. Nelson Bornier – que “altera e renumera os parágrafos do art. 42 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995”. RELATOR: Deputado VICENTE ARRUDA. B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 1.128/03 – Do Sr. Carlos Abicalil – que “dispõe sobre a criação do Programa Nacional de Saúde Vocal do professor da Rede Pública de Ensino e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MAURÍCIO QUINTELLA LESSA. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 6.684/06 – Do Senado Federal – César Borges – (PLS 366/2004) – que “acrescenta inciso VI ao § 1º do art. 206 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, a fim de estabelecer prazo prescricional para a cobrança de dívidas oriundas da prestação continuada de serviços públicos”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE LEI Nº 7.245/06 – Do Sr. Leonardo Monteiro – que “altera os artigos 50 e 77 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado BERNARDO ARISTON. PROJETO DE LEI Nº 7.407/06 – Do Sr. Carlos Souza – que “altera o art. 1º da Lei nº 5.709, de 7 de outubro de 1971”. RELATOR: Deputado LEONARDO PICCIANI. B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 1.981/03 – Do Sr. Vicentinho – que “dispõe sobre a participação dos sindicatos no sistema de inspeção das disposições legais relativas às condições de trabalho e à proteção dos trabalhadores no exercício profissional”. RELATOR: Deputado PAES LANDIM. 33762 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 PROJETO DE LEI Nº 6.528/06 – Do Sr. Wellington Fagundes – que “dispõe sobre a criação do termo Agricultura Indígena”. RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE LEI Nº 2.793/08 – Do Sr. Alex Canziani – que “confere ao Município de Apucarana, no Estado do Paraná, o titulo de “Capital Nacional do Boné””. RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE LEI Nº 6.611/06 – Do Sr. Vander Loubet – que “denomina a BR-267 como rodovia João Paulo II”. RELATOR: Deputado NELSON TRAD. PROJETO DE LEI Nº 2.979/08 – Da Sra. Luciana Costa – que “institui o “Dia do DeMolay””. RELATOR: Deputado ANTONIO CARLOS BISCAIA. PROJETO DE LEI Nº 6.616/06 – Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “reabre o prazo para o acordo de revisão dos benefícios previdenciários previsto no art. 2º da Lei nº 10.999, de 15 de dezembro de 2004, que autoriza a revisão dos benefícios previdenciários concedidos com data de início posterior a fevereiro de 1994 e o pagamento dos valores atrasados nas condições que especifica”. RELATOR: Deputado CARLOS WILLIAN. PROJETO DE LEI Nº 2.981/08 – Do Sr. Arnaldo Jardim – que “institui o Dia Nacional do Cerimonialista”. RELATOR: Deputado MOREIRA MENDES. PROJETO DE LEI Nº 6.877/06 – Do Sr. José Múcio Monteiro – que “institui o Vale-Cultura”. RELATOR: Deputado LEONARDO PICCIANI. PROJETO DE LEI Nº 6.993/06 – Do Sr. Rubens Otoni – que “acrescenta inciso ao art. 12 e ao art. 14 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, para assegurar a liberdade de organização das entidades representativas de estudantes”. RELATOR: Deputado BERNARDO ARISTON. PROJETO DE LEI Nº 7.116/06 – Do Sr. João Alfredo e outros – que “altera dispositivo da Lei nº 6.383, de 07 de dezembro de 1976, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERSON PERES. PROJETO DE LEI Nº 7.243/06 – Do Sr. Reginaldo Lopes – que “erige em monumento nacional o Caminho da Estrada Real que abrange os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo”. RELATOR: Deputado EDMAR MOREIRA. PROJETO DE LEI Nº 7.402/06 – Do Sr. Antônio Carlos Biffi – que “institui o dia 8 de julho como o Dia dos Trabalhadores em Massas Alimentícias”. RELATOR: Deputado SANDRO MABEL. PROJETO DE LEI Nº 7.465/06 – Da Sra. Neyde Aparecida – que “institui o passe livre no transporte coletivo, em todo o território nacional, para os Carteiros e Mensageiros da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT”. (Apensado: PL 7552/2006) RELATOR: Deputado JOÃO MAGALHÃES. PROJETO DE LEI Nº 2.768/08 – Do Sr. Lindomar Garçon – que “denomina “Usina Hidrelétrica Fernando Fonseca” a Usina Hidréletrica Santo Antônio em construção no rio Madeira, Estado de Rondônia”. RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE LEI Nº 2.989/08 – Do Sr. Chico Lopes – que “institui no Brasil o Dia do Educador Social”. RELATOR: Deputado EDMILSON VALENTIM. PROJETO DE LEI Nº 3.061/08 – Do Sr. Wellington Fagundes – que “altera a Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973 (Curso da atual MT-110 saindo de Novo São Joaquim passando pela BR-070 ao Entroncamento da BR-364, no Estado de Mato Grosso)”. RELATOR: Deputado CARLOS BEZERRA. PROJETO DE LEI Nº 3.117/08 – Do Senado Federal – Jonas Pinheiro – (PLS 695/2007) – que “altera a Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que aprova o Plano Nacional de Viação e dá outras providências, para modificar o traçado da BR-174”. RELATOR: Deputado CARLOS BEZERRA. PROJETO DE LEI Nº 3.129/08 – Do Senado Federal – Jayme Campos – (PLS 696/2007) – que “altera a Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que “aprova o Plano Nacional de Viação e dá outras providências”, para modificar o traçado da BR-080”. RELATOR: Deputado CARLOS BEZERRA. PROJETO DE LEI Nº 3.234/08 – Do Senado Federal – Marcelo Crivella – (PLS 376/2007) – que “institui o Dia Nacional da Marcha para Jesus”. RELATOR: Deputado CARLOS WILLIAN. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 6.434/05 – Do Sr. Carlos Souza – que “revoga o § 4º do art. 1º da Lei nº 5.021, de 1966”. RELATOR: Deputado LEONARDO PICCIANI. PROJETO DE LEI Nº 3.375/08 – Do Sr. Luciano Castro – que “dá nova redação aos arts. 74 e 416, bem como criando-se os arts. 394-A, 574-A, todos do Có- Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33763 digo de Processo Penal, Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA. inquérito ou processos na Justiça em decorrência de suas atividades profissionais”. RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHà (DIA 18-7-2008) Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 6.625/06 – Do Sr. Osório Adriano – que “dispõe sobre o condomínio em “shoppingcenters””. (Apensado: PL 1489/2007) RELATOR: Deputado VITAL DO RÊGO FILHO. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 2.358/03 – Do Sr. Cezar Silvestri – que “proíbe a importação, circulação, comercialização e consumo de carne e derivados que contenham substâncias com propriedades anabolizantes, usadas em animais de abate para consumo humano, conforme especifica”. RELATOR: Deputado ANTONIO CRUZ. PROJETO DE LEI Nº 3.600/08 – Do Sr. Vinicius Carvalho – que “acrescenta novo parágrafo ao art. 42 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que “Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências””. RELATOR: Deputado LAERTE BESSA. PROJETO DE LEI Nº 3.632/08 – Do Sr. Dr. Talmir – que “obriga a empresa administradora de cartão de crédito a comunicar o consumidor sempre que ele alcançar 90% (noventa por cento) de seu limite de crédito”. RELATOR: Deputado EDUARDO DA FONTE. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 3.097/08 – Do Sr. Arnon Bezerra – que “obriga os Conselhos Profissionais a disponibilizar lista de membros sob os quais pesam sindicância, AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 6.618/06 – Do Sr. José Carlos Machado – que “autoriza o revendedor varejista de combustíveis automotivos a recarregar vasilhames de gás liquefeito de petróleo no estabelecimento denominado posto revendedor”. RELATOR: Deputado FERNANDO DE FABINHO. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.416/07 – Do Sr. Barbosa Neto – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de se expressar as dimensões de produtos no sistema métrico decimal e dá outra providências”. RELATOR: Deputado EDSON EZEQUIEL. PROJETO DE LEI Nº 2.661/07 – Do Sr. Rodovalho – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para obrigar as montadoras e importadoras de veículos automotores a fornecerem uma garantia de no mínimo 6 (seis) meses aos compradores de veículos novos, nos termos que especifica”. RELATOR: Deputado VANDERLEI MACRIS. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 752/03 – Do Sr. Dr. Pinotti – que “altera a Lei nº 9.313, de 13 de novembro de 1996, outorgando prioridades às industrias que produzem fármacos de medicamentos utilizados no cuidado aos doentes de AIDS e portadores de HIV”. RELATOR: Deputado MIGUEL CORRÊA. 33764 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2008 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AVISOS AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 3.096/08 – Do Sr. Ricardo Izar – que “altera a redação do § 5º do art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, tornando obrigatório, em pelo menos uma série escolar, o estudo da História do Estado e do Município na parte diversificada do currículo escolar”. RELATORA: Deputada FÁTIMA BEZERRA. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-08 PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.121/07 – Do Sr. Marcelo Melo – que “regulamenta o disposto no § 4º do art. 18 da Constituição Federal”. RELATORA: Deputada ANGELA AMIN. PROJETO DE LEI Nº 2.630/07 – Do Sr. José Carlos Vieira – que “dispõe sobre a adoção de providências visando economizar ou otimizar o uso da água, nas instalações hidráulicas e sanitárias das edificações que estejam sob a responsabilidade de órgãos pertencentes à administração pública federal”. RELATOR: Deputado JOSÉ PAULO TÓFFANO. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 3.228/08 – Do Senado Federal – Antonio Carlos Valadares – (PLS 350/2005) – que “altera a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, (Estatuto da Cidade), para determinar a priorização dos meios de transporte de propulsão humana sobre os motorizados e do transporte coletivo sobre o individual”. (Apensados: PL 1160/2007 (Apensados: PL 1422/2007 (Apensado: PL 3437/2008) e PL 2717/2007) e PL 3211/2008) RELATOR: Deputado JOSÉ PAULO TÓFFANO. COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 3.260/08 – Do Sr. Rodrigo Rollemberg – que “institui o Dia Nacional do Reggae”. RELATOR: Deputado PINTO ITAMARATY. COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 2.462/03 – Do Sr. Leonardo Mattos – que “altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que “Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências””. (Apensado: PL 2840/2003) RELATOR: Deputado JOÃO DADO. PROJETO DE LEI Nº 1.547/07 – Do Sr. Carlos Bezerra – que “dispõe sobre a responsabilidade por prejuízos decorrentes de “clonagem” de cartão de crédito”. RELATOR: Deputado JOÃO DADO. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 526/07 – Do Senado Federal – Paulo Octávio – (PLS 89/2005) – que “altera o art. 60 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e revoga o art. 8º da Medida Provisória nº 2.170-36, de 23 de agosto de 2001, para regular os depósitos das disponibilidades financeiras da Seguridade Social”. (Apensado: PL 5584/2005) RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. PROJETO DE LEI Nº 808/07 – Do Sr. Nazareno Fonteles – que “institui a Política Nacional de Inclusão e Promoção dos Microempreendedores Urbanos”. RELATOR: Deputado VIGNATTI. PROJETO DE LEI Nº 1.375/07 – Do Sr. Otavio Leite e outros – que “classifica como atividade econômica exportadora, o setor de turismo receptivo”. RELATOR: Deputado JOÃO PAULO CUNHA. PROJETO DE LEI Nº 2.089/07 – Do Sr. Severiano Alves – que “dispõe sobre a natureza das bolsas de estudo para pós-graduação, pesquisa e extensão e dá outras providências” RELATOR: Deputado PEDRO NOVAIS. PROJETO DE LEI Nº 2.201/07 – Dos Srs. Luiz Carlos Hauly e Antonio Carlos Mendes Thame – que “reduz as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social dos produtos que específica”. RELATOR: Deputado ARMANDO MONTEIRO. PROJETO DE LEI Nº 2.377/07 – Do Sr. Professor Victorio Galli – que “altera a Lei nº 11.345, de 14 de setembro de 2006, de forma a incluir entre os requisitos para a participação no concurso de prognósticos denominado “timemania’, a participação em campeonatos femininos e fixa regras para os concursos de prognóstico de objeto desportivo” RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. PROJETO DE LEI Nº 2.654/07 – Da Sra. Maria do Rosário – que “altera a Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000, que dispõe sobre a novação de dívidas e responsabilidades do Fundo de Compensações de Variações Salariais – FCVS – e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. PROJETO DE LEI Nº 2.997/08 – Do Sr. Arnaldo Jardim – que “regulamenta o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários – IOF”. RELATOR: Deputado ZONTA. Quinta-feira 17 33765 PROJETO DE LEI Nº 3.543/08 – Do Sr. Eduardo Cunha – que “acresce dispositivo ao art. 12 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, altera a legislação do imposto de renda das pessoas físicas e dá outras providências”. RELATORA: Deputada LUCIANA GENRO. PROJETO DE LEI Nº 3.575/08 – Do Sr. Izalci – que “acrescenta parágrafos ao art. 4º da Lei nº 11.345, de 14 de setembro de 2006, alterado pela Lei nº 11.505, de 18 de julho de 2007”. RELATOR: Deputado DEVANIR RIBEIRO. B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária (art. 54): PROJETO DE LEI Nº 3.428/08 – Do Poder Executivo – (AV 287/2008) – que “dispõe sobre a criação de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, destinados ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e à Fundação Nacional do Índio – FUNAI”. RELATOR: Deputado VIGNATTI. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 1.020/07 – Do Sr. Celso Russomanno – que “inclui os parágrafos primeiro e segundo ao art. 781 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, de modo a estabelecer normas sobre indenização para os contratos de seguro de veículos automotores”. RELATOR: Deputado MAX ROSENMANN. PROJETO DE LEI Nº 1.311/07 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “estabelece penalidades pelo descumprimento da Lei nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998 e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEDRO NOVAIS. PROJETO DE LEI Nº 1.646/07 – Do Sr. Vilson Covatti – que “institui o Cadastro Nacional de Fornecedores Suspensos de Participar de Licitações e Contratar com a Administração Pública Diretra e Indireta da União, do Estado, Distrito Federal e Municípios”. (Apensado: PL 1804/2007) RELATOR: Deputado MANOEL JUNIOR. PROJETO DE LEI Nº 1.660/07 – Da Sra. Iriny Lopes – que “altera o artigo 16 da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004”. RELATOR: Deputado SILVIO COSTA. PROJETO DE LEI Nº 1.851/07 – Do Sr. Angelo Vanhoni – que “dispõe sobre programa da União para 33766 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS apoio à consolidação e desenvolvimento das instituições de educação superior mantidas pelos Estados e Municípios”. RELATOR: Deputado MARCELO ALMEIDA. PROJETO DE LEI Nº 1.899/07 – Do Sr. Uldurico Pinto – que “concede ao idoso prioridade no processo de abertura de empresa e na aprovação de linha de crédito para empreendimentos, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ANDRE VARGAS. PROJETO DE LEI Nº 1.909/07 – Da Sra. Gorete Pereira – que “altera dispositivo da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, relativo ao Processo de Execução”. (Apensado: PL 2488/2007) RELATOR: Deputado MUSSA DEMES. PROJETO DE LEI Nº 2.009/07 – Do Sr. Fernando de Fabinho – que “altera o art. 5º da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que “dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior e dá outras providências””. RELATOR: Deputado DEVANIR RIBEIRO. PROJETO DE LEI Nº 2.161/07 – Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “dispõe sobre a “economia das florestas”, instituindo o Programa de Apoio à Preservação de Florestas – PRÓ-FLORESTA”. RELATOR: Deputado VIGNATTI. PROJETO DE LEI Nº 2.258/07 – Do Sr. Celso Maldaner – que “dispõe sobre o Fundo Especial para Calamidades Públicas e destina parte da arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE – para as finalidades que especifica”. RELATOR: Deputado FÉLIX MENDONÇA. PROJETO DE LEI Nº 2.347/07 – Do Sr. Augusto Carvalho – que “altera a Lei nº 7.089, de 23 de março de 1983, que veda a cobrança de juros de mora nos casos que especifica”. RELATOR: Deputado ARMANDO MONTEIRO. PROJETO DE LEI Nº 2.405/07 – Do Sr. Uldurico Pinto – que “estabelece a obrigatoriedade de as agências financeiras oficiais de fomento aplicarem, no mínimo, o valor percentual correspondente a população, mais 10% (dez por cento) de suas disponibilidades financeiras nas regiões mais pobres”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. PROJETO DE LEI Nº 3.479/08 – Do Sr. Iran Barbosa – que “altera o art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir as despesas com aparelhos de audição entre as deduções permitidas para efeito da apuração da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Físicas”. (Apensado: PL 3590/2008) RELATOR: Deputado FERNANDO CORUJA. Julho de 2008 B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária (art. 54): PROJETO DE LEI Nº 103/07 – Do Sr. Jorge Tadeu Mudalen – que “dispõe sobre a proibição, nos dias de jogos, de trazer consigo, distribuir, disponibilizar, vender, utilizar ou entregar a terceiro, qualquer tipo de bebida alcoólica, em um raio de 500 (quinhentos) metros de distância das entradas dos estádios de futebol, ginásios poliesportivos e estabelecimentos congêneres, e dá outras providências” RELATOR: Deputado OTAVIO LEITE. PROJETO DE LEI Nº 955/07 – Do Sr. Ayrton Xerez – que “dispõe sobre a Política Nacional de Conscientização e Orientação sobre o LES – Lupus Eritematoso Sistêmico, e dá providências correlatas”. RELATOR: Deputado FERNANDO CORUJA. PROJETO DE LEI Nº 2.513/07 – Do Senado Federal– Patrícia Saboya – (PLS 281/2005) – que “cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licençamaternidade mediante concessão de incentivo fiscal, e altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991”. RELATOR: Deputado MARCELO ALMEIDA. PROJETO DE LEI Nº 2.728/07 – Do Senado Federal – Cícero Lucena – (PLS 145/2007) – que “institui a obrigatoriedade de uso de uniforme estudantil padronizado nas escolas públicas, altera o art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e autoriza a criação, pela União, do Programa Nacional de Uniforme Escolar”. (Apensado: PL 3199/2008) RELATOR: Deputado RODRIGO ROCHA LOURES. COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHà (DIA 18-7-2008) Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 6.479/06 – Do Sr. Zequinha Marinho – que “”Altera os limites do Parque Nacional da Serra do Pardo”” RELATOR: Deputado WANDENKOLK GONÇALVES. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23-7-08 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 2.223/07 – Do Sr. Sebastião Bala Rocha – que “altera o art. 50, § 2º, inciso II da Lei nº 9.478, de 1997, que dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências”. (Apensado: PL 3570/2008) RELATOR: Deputado ANTONIO CARLOS MENDES THAME. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 3.626/08 – Do Sr. Felipe Bornier – que “altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no que diz respeito à proteção aos animais silvestres apreendidos”. RELATOR: Deputado LEONARDO MONTEIRO. COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) A PROPOSIÇÃO ABAIXO SOMENTE RECEBERÁ EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.782/07 – Da Sra. Andreia Zito – que “Acresce os artigos 26, 27 e 28 à Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado LAERTE BESSA. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 1.952/07 – Do Poder Executivo – que “Institui o regime disciplinar do Departamento de Polícia Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal, revoga dispositivos da Lei nº 4.878, de 3 de dezembro de 1965, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JOÃO CAMPOS. PROJETO DE LEI Nº 3.544/08 – Do Sr. Eduardo Cunha – que “Dispõe sobre o transporte de policiais militares Quinta-feira 17 33767 e bombeiros militares em veículos coletivos intermunicipais de passageiros, e adota outras providências”. RELATOR: Deputado LAERTE BESSA. COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 826/07 – Do Sr. Fernando Coruja – que “proíbe a industrialização e comercialização de produtos alimentícios em cuja composição conste gordura transaturada”. (Apensados: PL 1319/2007 e PL 1770/2007) RELATOR: Deputado DR. TALMIR. PROJETO DE LEI Nº 1.755/07 – Do Sr. Fábio Ramalho – que “dispõe sobre a proibição da venda de refrigerantes em escolas de educação básica”. RELATOR: Deputado RIBAMAR ALVES. PROJETO DE LEI Nº 2.808/08 – Do Sr. Silas Câmara – que “obriga a veiculação de publicidade de saúde pública pelas empresas de transportes coletivos urbanos”. RELATOR: Deputado GUILHERME MENEZES. PROJETO DE LEI Nº 3.534/08 – Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “altera a Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, que cria o Programa Bolsa Família, para destinar o pagamento dos benefícios à mulher responsável pela unidade familiar”. RELATOR: Deputado LEANDRO SAMPAIO. PROJETO DE LEI Nº 3.568/08 – Do Sr. Eduardo Cunha – que “assegura o livre acesso do portador de deficiência visual a locais públicos e privados de quaisquer natureza, bem como em qualquer meio de transporte, acompanhado de seu cão guia”. RELATOR: Deputado MÁRIO NEGROMONTE. PROJETO DE LEI Nº 3.572/08 – Do Sr. Rodrigo Rollemberg – que “dispõe sobre normas gerais acerca da prestação de serviços funerários, administração de cemitérios e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PASTOR PEDRO RIBEIRO. PROJETO DE LEI Nº 3.595/08 – Do Sr. Luis Carlos Heinze – que “dispõe sobre as contribuições sociais devidas pelo importador de produtos agroindustriais, acrescentando § 8º ao art. 22-A da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 (que lhe foi acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 10.256, de 9 de julho de 2001)”. RELATOR: Deputado GUILHERME MENEZES. 33768 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 3.598/08 – Do Sr. Davi Alcolumbre – que “acrescenta o inciso VII, ao Art. 81, do Estatuto da Criança e do Adolescente”. RELATORA: Deputada RITA CAMATA. PROJETO DE LEI Nº 3.602/08 – Do Sr. Flávio Bezerra – que “altera o § 4º do art. 22-A, acresce os arts. 22-C e 25-B na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, já incluídas as alterações realizadas em decorrência da Lei nº 10.256, de 09 de julho de 2001, com a finalidade de estender à empresa de captura e indústria de pesca os benefícios concedidos à agroindústria no tocante ao valor da alíquota de contribuições previdenciárias recolhidas pelo empregador em favor da Previdência Social”. RELATOR: Deputado RAIMUNDO GOMES DE MATOS. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.106/07 – Do Sr. Alexandre Silveira – que “altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069 , de 13 de Julho de 1990”. RELATOR: Deputado GERALDO THADEU. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 856/07 – Do Sr. Neilton Mulim – que “estabelece a obrigatoriedade das farmácias e ervanárias a incluírem bula em seus medicamentos”. RELATOR: Deputado MARCELO CASTRO. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 1.683/07 – Do Sr. Dr. Ubiali – que “dispõe sobre a adição de ácido fólico no açúcar”. RELATOR: Deputado DR. TALMIR. PROJETO DE LEI Nº 2.906/08 – Da Sra. Vanessa Grazziotin – que “dispõe sobre a indicação geográfica protegida para o biocosmético amazônico”. RELATORA: Deputada ANGELA PORTELA. PROJETO DE LEI Nº 3.523/08 – Do Sr. Rodrigo Rollemberg – que “altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho de 1991 e o Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, para incluir o artesão como segurado especial da Previdência Social”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. Julho de 2008 PROJETO DE LEI Nº 3.556/08 – Do Sr. Vital do Rêgo Filho – que “altera o art. 3º da Lei nº 7.649, de 25 de janeiro de 1988, que estabelece a obrigatoriedade do cadastramento dos doadores de sangue bem como a realização de exames laboratoriais no sangue coletado, visando a prevenir a propagação de doenças, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado SARAIVA FELIPE. COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHà (DIA 18-7-2008) Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 2.711/07 – Do Sr. João Magalhães – que “altera Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras providências, para dispor sobre as formas de pagamento do abono e dos rendimentos do PIS/PASEP”. (Apensado: PL 2983/2008) RELATOR: Deputado EDUARDO BARBOSA. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 3.643/08 – Do Poder Executivo – que “cria cargos de Analista, Inspetor e Agente Executivo no quadro de pessoal da Comissão de Valores Mobiliários”. RELATOR: Deputado NELSON MARQUEZELLI. PROJETO DE LEI Nº 3.675/08 – Do Poder Executivo – que “dispõe sobre a criação de Funções Comissionadas do DNPM – FCDNPM, no Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, de Cargos em Comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS e Funções Gratificadas – FG, destinados ao DNPM, e altera Lei nº 11.526, de 4 de outubro de 2007, para dispor sobre a remuneração das FCDNPM”. RELATOR: Deputado MILTON MONTI. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-08 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 2.094/07 – Do Sr. Gilmar Machado – que “disciplina o couvert artístico e dá outras providências”. (Apensado: PL 3306/2008) RELATOR: Deputado EUDES XAVIER. PROJETO DE LEI Nº 3.133/08 – Do Senado Federal – Cristóvam Buarque – (PLS 433/2007) – que “altera o art. 67 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional”. RELATORA: Deputada ELCIONE BARBALHO. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23-7-08 Quinta-feira 17 33769 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “Institui o Código de Trânsito Brasileiro”, para determinar o perdimento e a doação dos veículos não reclamados no prazo de quatro meses”. (Apensado: PL 3346/2008) RELATOR: Deputado SANDES JÚNIOR. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 2.788/08 – Do Sr. Ratinho Junior – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o controle de qualidade dos instrutores e examinadores dos candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação”. RELATORA: Deputada RITA CAMATA. Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS PROJETO DE LEI Nº 3.620/08 – Do Poder Executivo – que “dá nova redação ao inciso XI do art. 29 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, para alterar a estrutura básica do Ministério do Esporte”. RELATOR: Deputado DELEY. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-08 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1610, DE 1996, DO SENADO FEDERAL, QUE “DISPÕE SOBRE A EXPLORAÇÃO E O APROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERAIS EM TERRAS INDÍGENAS, DE QUE TRATAM OS ARTS. 176, PARÁGRAFO PRIMEIRO, E 231, PARÁGRAFO TERCEIRO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL”. Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) AVISOS PROJETO DE LEI Nº 3.586/08 – Do Sr. Bruno Araújo – que “acrescenta § 3º ao art. 52 da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VALADARES FILHO. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHà (DIA 18-7-2008) Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 3.190/08 – Do Sr. Max Rosenmann – que “dá nova redação ao art. 328 da Lei nº DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-7-08 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.610/96 – Do Senado Federal – Romero Jucá – (PLS 121/1995) – que “dispõe sobre a exploração e o aproveitamento de recursos minerais em terras indígenas, de que tratam os artigos 176, parágrafo 1º, e 231, parágrafo 3º, da Constituição Federal”. (Apensado: PL 7099/2006 (Apensado: PL 7301/2006)) RELATOR: Deputado EDUARDO VALVERDE. 33770 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 6.264, DE 2005, DO SENADO FEDERAL, QUE “INSTITUI O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL”. AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHà (DIA 18-7-2008) Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 6.264/05 – Do Senado Federal – Paulo Paim – (PLS 213/2003) – que “institui o Estatuto da Igualdade Racial”. RELATOR: Deputado ANTÔNIO ROBERTO. III – COMISSÕES MISTAS COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (8 DIAS) Decurso: 5º Dia Último Dia: 3-8-2008 PROJETO DE LEI Nº 19/2008-CN, que “abre ao Orçamento da Seguridade Social da União, em favor dos Ministérios da Previdência Social e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, crédito suplementar no valor global de R$ 1.187.217,00 (um milhão cento e oitenta e sete mil, duzentos e dezessete reais), para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.” PROJETO DE LEI Nº 20/2008-CN, que “abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Fazenda, crédito especial no valor de R$ 5.870.000,00 (cinco milhões, oitocentos e setenta mil reais), para o fim que especifica.” Decurso: 3º Dia Último Dia: 05-8-2008 PROJETO DE LEI Nº 21/2008-CN, que “abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Desenvolvimento Agrário, crédito suplementar no valor global Julho de 2008 de R$ 204.000.000,00 (duzentos e quatro milhões de reais), para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.” PROJETO DE LEI Nº 22/2008-CN, que “abre ao Orçamento de Investimento para 2008, em favor de empresas estatais, crédito suplementar no valor total de R$ 314.079.075,00 (trezentos e quatorze milhões, setenta e nove mil e setenta e cinco reais), para os fins que especifica.” PROJETO DE LEI Nº 23/2008-CN, que “abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério do Turismo e de Operações Oficiais de Crédito, crédito suplementar no valor global de R$ 24.019.237,00 (vinte e quatro milhões, dezenove mil, duzentos e trinta e sete reais), para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.” PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (15 DIAS) Decurso: 7º Dia Último Dia: 08-8-2008 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO, referente às Contas do Governo da República relativas ao exercício de 2006 RELATOR: Senador CÉSAR BORGES Decurso: 2º Dia Último Dia: 13-8-2008 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO, referente às Contas do Governo da República relativas ao exercício de 2004. RELATOR: Senador GIM ARGELLO IV – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES EM 16-7-2008: Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural: PROJETO DE LEI Nº 3.654/2008 Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania: PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 416/2001 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 538/2006 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 577/2006 Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33771 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 47/2007 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 267/2008 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 277/2008 Publicação dos Pareceres das Comissões de Viação e Transportes, de Minas e Energia e de Constituição e Justiça e de Cidadania Comissão de Defesa do Consumidor: O projeto de lei em questão propõe duas alterações na Lei nº 6.453, de 17 de outubro de 1977, que “Dispõe sobre a responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por atos relacionados com atividades nucleares e dá outras providências”. A primeira delas é a inclusão, no art. 4º, inciso II, de uma alínea “c” prevendo a responsabilidade civil do operador da instalação nuclear por danos causados “durante o transporte por via marítima, aérea ou fluvial”. O segundo é a revogação do art. 27, cujo texto o Autor considera obsoleto. O dispositivo refere-se à pena de reclusão, de quatro a dez anos, para as pessoas que impedem ou dificultam o funcionamento de instalações nucleares ou transporte de material nuclear. De acordo com o art. 32, XX, “b”, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, cabe a este órgão técnico pronunciar-se sobre “transportes aéreo, marítimo, aquaviário, ferroviário, rodoviário e metroviário; transporte por dutos.” Nos termos regimentais, não foram apresentadas emendas ao projeto nesta Comissão. É o relatório. PROJETO DE LEI Nº 3.630/2008 Comissão de Educação e Cultura: PROJETO DE LEI Nº 3.681/2008 Comissão de Finanças e Tributação: PROJETO DE LEI Nº 3.688/2008 Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público: PROJETO DE LEI Nº 3.684/2008 Comissão de Turismo e Desporto: PROJETO 499/2008 DE DECRETO LEGISLATIVO Nº Comissão de Viação e Transportes: PROJETO DE LEI Nº 3.664/2008 (Encerra-se a sessão às 17 horas e 2 minutos) PARECERES PROJETO DE LEI Nº 4.100-A, DE 2004 (Do Sr. Edson Duarte) Altera a Lei nº 6.453 de 17 de outubro de 1977, que trata de atividades nucleares; tendo pareceres: da Comissão de Viação e Transportes, pela rejeição deste (relator: DEP. MÁRIO NEGROMONTE); da Comissão de Minas e Energia, pela rejeição deste e do de nº 7.063/06, apensado (relator: DEP. ROGERIO LISBOA); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição deste e do de nº 7.063/06, apensado (relator: DEP. REGIS DE OLIVEIRA). Despacho: Às Comissões de Viação e Transportes; Minas e Energia e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e art. 54, RICD) Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES I – Relatório II – Voto do Relator O nobre Deputado Edson Duarte pretende tratar de dois temas considerados importantes no âmbito da Lei nº 6.453, de 17 de outubro de 1977. Essa norma legal disciplina as atividades nucleares, tendo em vista a decisão do Brasil de desenvolver conhecimentos técnicos para a utilização de material radiativo, construção e funcionamento de usinas nucleares para fins pacíficos. O primeiro ponto refere-se à inclusão de uma terceira alínea no inciso II do art. 4º da lei supracitada com o objetivo de tornar mais clara a responsabilidade civil no caso de transporte de material radiativo entre instalações nucleares. A justificação para esta inclusão é, no entanto, incompleta, por não haver considerado o uso dos transportes rodoviário e ferroviário, fundamentais para possíveis utilizações no âmbito da atividade nuclear. Além disso, é um texto redundante, pois o art. 4º abrange qualquer tipo de dano nuclear causado entre duas instalações nucleares, incluindo, obviamente, aquele ocorrido durante o transporte. Toda e qualquer atividade nuclear está sob monopólio estatal. Qualquer empresa de transporte que, por algum motivo, provoque dano em áreas que este- 33772 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS jam fora das instalações nucleares, tem a responsabilidade civil coberta pelos contratos. Basta observar que as alíneas “a” e “b” dos incisos II e III do art. 4º da Lei nº 6.453/77 mostram, com muita clareza, que a responsabilidade civil pela reparação de dano nuclear causado por acidente nuclear – inclusive durante o transporte em todas as suas modalidades – será exclusiva do operador da instalação nuclear. O segundo ponto em discussão refere-se à revogação do art. 27, que prevê pena de reclusão de quatro a dez anos, para quem impede ou dificulta o funcionamento de instalação nuclear ou o transporte de material nuclear. Esse dispositivo, no entanto, não se inclui entre as competências desta Comissão de Viação e Transportes, devendo ser discutido mais adequadamente na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Diante da argumentação apresentada, naquilo que compete a esta Comissão analisar, somos de parecer contrário ao Projeto de Lei nº 4.100/04. Sala da Comissão, 6 de dezembro de 2004. – Deputado Mário Negromonte, Relator. III – Parecer da Comissão A Comissão de Viação e Transportes, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela rejeição do Projeto de Lei nº 4.100/04, nos termos do parecer do relator, Deputado Mário Negromonte. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Wellington Roberto – Presidente, Giacobo, Pedro Chaves e Neuton Lima – Vice-Presidentes, Affonso Camargo, Beto Albuquerque, Carlos Santana, Chico da Princesa, Devanir Ribeiro, Domiciano Cabral, Francisco Appio, Hélio Esteves, Humberto Michiles, Lael Varella, Leônidas Cristino, Marcelo Castro, Marcelo Teixeira, Mário Negromonte, Philemon Rodrigues, Romeu Queiroz, Telma de Souza, Marcello Siqueira. Sala da Comissão, 15 de dezembro de 2004. – Deputado Wellington Roberto, Presidente. COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA I – Relatório Intenta o projeto de lei ora sob exame alterar o texto da Lei nº 6.453, de 17 de outubro de 1977, acrescentando uma alínea ao art. 4º, para explicitar a responsabilidade do operador de instalação nuclear de onde proceda material nuclear, durante o transporte desse material para a instalação destinatária, e também para revogar o art. 27 do mesmo texto legal, para que se deixe de caracterizar como criminoso o ato de impedir ou dificultar o funcionamento de instalação nuclear ou o transporte de material nuclear. Julho de 2008 Sustenta o nobre Autor que tais modificações são necessárias, sendo a primeira delas destinada a tornar mais clara a responsabilidade do operador das instalações nucleares durante o transporte dos produtos dele originados, e a segunda, para eliminar medida considerada por demais rigorosa e cerceadora do direito de manifestação de opinião, representando um ranço remanescente do regime militar que governou nosso país. Tendo sido apresentado em agosto de 2004, foi o projeto ora em comento encaminhado para o exame de mérito pelas comissões de Viação e Transportes; de Minas e Energia, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Na Comissão de Viação e Transportes, primeira a manifestar-se, foi unanimemente aprovado, em 6 de dezembro de 2004, o Parecer apresentado pelo Relator, Dep. Mário Negromonte, contrário à matéria. Ainda no mês de dezembro de 2004, chegou a proposição a esta Comissão de Minas e Energia, para a sua análise técnica por nosso colegiado. Em maio de 2006, foi apensado à proposição o Projeto de Lei nº 7.063, de 2006, de autoria da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que tem como único objetivo eliminar do texto da Lei nº 6.453, de 1977, o supracitado art. 27. Cabe-nos, agora, o exame crítico de ambos os projetos quanto a seu mérito, dentro de nossa competência regimental. É o Relatório. II – Voto do Relator Por mais que se louve a intenção do nobre Autor da proposição, e também a da douta Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, no sentido de proteger os cidadãos e preservar seus direitos, cremos que, em ambos os casos, buscando fazer o bem, acabou-se por propor o mal. Em primeiro lugar, porque, como bem lembrou o nobre Relator da matéria na Comissão de Viação e Transportes, a alínea que se propôs acrescentar ao texto legal, para tornar mais clara a responsabilidade do operador das instalações no transporte de material nuclear, sobre ser redundante, é incompleta, haja vista desconsiderar os modais de transporte rodoviário e ferroviário, estes, sim, fundamentais em sua utilização no âmbito das atividades de geração nuclear. Em segundo lugar, porque seria fazer muito pouco caso do julgamento das autoridades judiciárias supor que pudessem considerar qualquer mera manifestação às portas de uma instalação nuclear como lesiva ou prejudicial ao funcionamento desta, e determinar a prisão de seus autores. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Claro está, na legislação atualmente vigente, que a prisão dos infratores será determinada apenas no caso do impedimento ou da dificultação do funcionamento de instalação nuclear ou do transporte de material nuclear dela proveniente ou a ela destinado. Manifestar a opinião com liberdade é direito sagrado de todo cidadão; entretanto, não se pode admitir, em nome dessa mesma liberdade de opinião, que, usando de força ou de obstáculos físicos, se restrinjam os direitos de outras pessoas, que possuam opinião contrária, e desejem ver satisfeitas, por exemplo, suas necessidades de consumo energético. Isso, sim, pode pôr em risco a vida de muitos, pois uma parada brusca nos reatores de instalações nucleares poderia descontrolar todo o processo de geração de energia a partir de fontes nucleares, trazendo conseqüências imensuráveis, porém certamente funestas, para todos aqueles que, inicialmente, se imaginava proteger da ocorrência de riscos. O que precisamos, antes de mais nada, fazer é, isso sim, desmistificar os fatos referentes ao uso da energia nuclear, não apenas em nosso país, mas em todo o mundo, pois a mãe de todos os medos é a ignorância dos fatos. Por tudo isso, apenas resta a este Relator manifestar-se pela rejeição do Projeto de Lei nº 4.100, de 2004, e de seu apensado, o Projeto de Lei nº 7.063, de 2006. Sala da Comissão, 9 de maio de 2007. – Deputado Rogério Lisboa, Relator. III – Parecer da Comissão A Comissão de Minas e Energia, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela rejeição do Projeto de Lei nº 4.100/2004 e do Projeto de Lei nº7.063/2006, apensado, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Rogério Lisboa. Estiveram presentes os Senhores Deputados: José Otávio Germano – Presidente, Neudo Campos e Vitor Penido – Vice-Presidentes, Airton Roveda, André Vargas, Arnaldo Jardim, Bel Mesquita, Carlos Alberto Canuto, Carlos Alberto Leréia, Edmilson Valentim, Eduardo Gomes, João Pizzolatti, José Fernando Aparecido de Oliveira, Julião Amin, Luiz Paulo Vellozo Lucas, Márcio Junqueira, Paulo Abi-Ackel, Rogério Lisboa, Rose de Freitas, Sílvio Lopes, Simão Sessim, Vander Loubet, Vicentinho Alves, Aelton Freitas, Chico D’Angelo, Deley, Edinho Bez, Luiz Bassuma e Marinha Raupp. Sala da Comissão, 23 de maio de 2007. – Deputado José Otávio Germano, Presidente. Quinta-feira 17 33773 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PARECER VENCEDOR I – Relatório O Projeto de Lei nº 4.100/2004, de autoria do ilustre Deputado Edson Duarte, tem como objetivo alterar a Lei nº 6.453, de 17 de outubro de 1977, que trata de atividades nucleares. Em primeiro lugar, pretende inserir a alínea “c” ao inciso II, do art. 4º, da Lei nº 6.453/1977, estabelecendo a responsabilidade civil do operador de instalação nuclear por danos causados durante o transporte por via marítima, aérea ou fluvial. O autor deste projeto defende tal alteração, por entender que existe uma lacuna legislativa no que se refere ao transporte de material nuclear. Por outro lado, deseja revogar o art. 27, da aludida Lei, que tipifica como crime a conduta de impedir ou dificultar o funcionamento de instalação nuclear ou transporte de material nuclear, sujeitando seus autores à pena de reclusão, de quatro a dez anos. O nobre Deputado Edson Duarte entende que o citado dispositivo viola os direitos à liberdade de manifestação e expressão, assegurados pela Constituição Federal. Em razão da identidade e natureza da matéria, foi apensado o Projeto de Lei nº 7.063/2006, da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que pretende apenas revogar o art. 27, da Lei nº 6.453/1977, sob a alegação de que este preceito é incompatível com o Estado Democrático de Direito. É importante enfatizar que o projeto principal e o apensado foram rejeitados pelas Comissões de Viação e Transportes e de Minas e Energia. É o relatório. Inicialmente, é necessário louvar a iniciativa do insigne autor deste projeto, que demonstra a preocupação de garantir o ressarcimento dos danos decorrentes de acidente no transporte de material nuclear. Entretanto, s.m.j., tal preocupação é injustificada, pois o texto da lei já estabelece que a empresa de transporte, que provocar dano em área que esteja fora das instalações nucleares, é obrigada a reparar os prejuízos causados. Tal conclusão é extraída das alíneas a e b, dos incisos II e III, do art. 4º, da Lei nº 6.453/1977, que estabelecem que a responsabilidade civil pela reparação de dano nuclear causado por acidente nuclear será exclusiva do operador da instalação nuclear. 33774 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS De outra parte, entendo que o art. 27, da lei em discussão, não tem como objetividade jurídica restringir os direitos à liberdade de manifestação e de expressão. De fato, todo cidadão pode participar, de maneira pacífica, de manifestação contra a instalação ou funcionamento de usina de energia nuclear, pois tal conduta não se enquadra na figura típica do art. 27, da Lei nº 6.453/1977, ou na descrição de qualquer outro tipo penal. Na realidade, percebe-se claramente que o art. 27, da Lei nº 6.453/1977, visa coibir a ação de pessoas que, utilizando de força e obstáculos físicos, pretendam impedir ou dificultar o funcionamento de instalação nuclear ou o transporte de material desta natureza. Indiscutivelmente, o comportamento acima descrito é inadmissível, em razão do risco que poderá ocasionar à sociedade. Efetivamente, a parada repentina dos reatores de instalações nucleares, provocada pela ação violenta de pessoas contrárias ao funcionamento dessas usinas, poderia descontrolar todo o processo de geração de energia, com sérias conseqüências à comunidade. Desta forma, no que tange ao mérito, respeitosamente, entendo que a presente proposta não encontra guarida no ordenamento jurídicol. Diante do exposto, o voto é pela constitucionalidade, juridicidade, adequada técnica legislativa e, quanto ao mérito, pela rejeição do Projeto de Lei nº 4.100, de 2004, principal, e do Projeto de Lei nº 7.063, de 2006, apensado. Sala da Comissão, 1 de abril de 2008. – Deputado Regis de Oliveira. III – Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição do Projeto de Lei nº 4.100/2004 e do de nº7.063/2006, apensado, nos termos do Parecer doDeputado Regis de Oliveira, designado Relator do Vencedor. O Parecer do Deputado Marcelo Ortiz, primitivo Relator, passou a constituir voto em separado. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Eduardo Cunha – Presidente, Regis de Oliveira – VicePresidente, Antonio Carlos Biscaia, Augusto Farias, Ayrton Xerez, Benedito de Lira, Cândido Vaccarezza, Ciro Gomes, Colbert Martins, Edson Aparecido, Fábio Ramalho, Flávio Dino, Geraldo Pudim, Gerson Peres, Gonzaga Patriota, João Paulo Cunha, José Eduar- Julho de 2008 do Cardozo, José Genoíno, Joseph Bandeira, Magela, Marcelo Itagiba, Marcelo Ortiz, Mauro Benevides, Mendonça Prado, Moreira Mendes, Nelson Pellegrino, Nelson Trad, Odair Cunha, Paes Landim, Roberto Magalhães, Silvinho Peccioli, Valtenir Pereira, Vilson Covatti, Zenaldo Coutinho, Arnaldo Faria de Sá, Átila Lins, Beto Albuquerque, Carlos Alberto Leréia, Carlos Willian, Chico Lopes, Dilceu Sperafico, Edmilson Valentim, Eduardo Valverde, Fernando Coruja, Hugo Leal, Jaime Martins, Jefferson Campos, João Magalhães, Jorginho Maluly, José Pimentel, Luciano Pizzatto, Luiz Couto, Odílio Balbinotti, Ricardo Tripoli, Vital do Rêgo Filho, Waldir Neves e William Woo. Sala da Comissão, 10 de junho de 2008. – Deputado Eduardo Cunha, Presidente. VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO MARCELO ORTIZ I – Relatório O presente projeto de lei, de autoria do ilustre Deputado Edson Duarte, intenta alterar a Lei nº 6.453, de 17 de outubro de 1977, que “dispõe sobre a responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por atos relacionados com atividades nucleares, e dá outras providências”. Na verdade, pretende o PL nº 4.100/2004 modificar a redação da citada Lei nº 6.453, de 1977, para acrescer a alínea c ao inciso II do art. 4º, estabelecendo a responsabilidade civil do operador de instalação nuclear por danos causados durante o transporte por via marítima, aérea ou fluvial, assim como para revogar o art. 27. Na justificação esclarece o autor que “(...) o transporte de material nuclear é sempre uma atividade arriscada. Por isso exige um extraordinário aparato de segurança. Apesar dos cuidados adotados, todo produto de teor nuclear – seja minério, sejam equipamentos ou fontes radiativas – ao ser transportado, está sujeito a acidentes”. Adiante, aduz que “(...) caso ocorra um acidente, é preciso que a legislação seja clara e objetiva na identificação dos responsáveis. Felizmente a Lei nº 6.453/77 estabelece rigor quanto à atribuição da responsabilidade em casos de acidente. Acreditamos, porém, que há uma lacuna quanto à responsabilidade no transporte desses produtos. Daí acrescentamos a sugestão ao inciso III dessa lei.” Finalmente, conclui que “(...) a mesma norma legal peca por excesso no seu art. 27, quando estabelece a pena de reclusão de quatro a dez anos para aqueles que dificultarem o funcionamento de instalação nuclear. Ora, uma manifestação pública Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS na porta de uma instalação pode ser percebida pela autoridade judiciária como tal e condenar a prisão seus autores. Como esse artigo foi redigido em pleno regime militar, é natural que tenha um rigor abusivo contra aqueles que se manifestem contra as instalações”. Nos termos do inciso I do art. 139 do Regimento Interno, a douta Presidência da Casa determinou a apensação ao presente do Projeto de Lei nº 7.063, de 2006, da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, por conter matéria conexa. De modo idêntico, pretende o PL nº 7063/2006, apensado, revogar o art. 27 da Lei nº 6.453, de 1977, por entender ser o dispositivo, que prevê a pena de reclusão de quatro a dez anos para aquele que impedir ou dificultar o funcionamento de instalação nuclear ou o transporte de material nuclear, “(...) incompatível com o Estado Democrático de Direito”. Nesta Câmara dos Deputados, as proposições em comento, principal e apensada, foram rejeitadas pelas Comissões de Viação e Transportes e de Minas e Energia, conforme se depreende dos respectivos pareceres de fls. 7 e 11. Cabe, agora, a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania apreciá-las quanto à constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa e, também, quanto ao mérito, a teor dos arts. 33, inciso IV, alíneas “a” e “d”, e 54, inciso I, do Regimento Interno. A matéria está tramitando em regime de prioridade, na forma do disposto no art. 151, inciso II, alínea “a”, também do Regimento Interno. No prazo regimental não foram apresentadas emendas. É o relatório. II – Voto Com relação aos aspectos de competência deste Órgão Colegiado, verifica-se que o Projeto de Lei nº 4.100, de 2004, principal, e o Projeto de Lei nº 7.063, de 2006, apensado, obedecem às normas constitucionais relativas à competência privativa da União para dispor sobre a matéria (CF, art. 22, inciso XXVI), à atribuição do Congresso Nacional, com posterior pronunciamento do Presidente da República (CF, art. 48, caput) e à legitimidade da iniciativa parlamentar concorrente (CF, art. 61, caput), Quanto à juridicidade, o conteúdo das proposições em apreço não discrepa da ordem jurídica vigente. Finalmente, a técnica legislativa e a redação empregadas não se ajustam às prescrições da Lei Complementar nº 98, de 1995, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001, merecendo, portanto, reparos. Quinta-feira 17 33775 Em decorrência, propomos os anexos substitutivos às proposições em exame, com o objetivo de sanar as impropriedades formais referidas. Quanto ao mérito, entendemos oportunas as alterações ora alvitradas, considerando a necessidade de suprir lacuna legislativa, no que toca à responsabilização civil do dano nuclear decorrente de acidente provocado por material radioativo durante seu transporte por via marítima, aérea ou civil, assim como a necessidade de extirpar de nosso ordenamento jurídico ranço legislativo incompatível com a liberdade de expressão assegurada pela Constituição de 1988, que prevê a punição com pena de reclusão contra aquele que se manifestar contra a atividade nuclear. Pelas precedentes razões, nosso voto é pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa e, quanto ao mérito, pela aprovação do Projeto de Lei nº 4.100. de 2004, principal, e do Projeto de Lei 7.063, de 2006, apensado, na forma dos substitutivos ora ofertados. Sala da Comissão, 9 de agosto de 2007. – Deputado Marcelo Ortiz, Relator. SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 4.100, DE 2004 Altera a Lei nº 6.453, de 17 de outubro 1977, que “dispõe sobre a responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por atos relacionados com atividades nucleares, e dá outras providências” O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É acrescida a alínea “c” ao inciso II do art. 4º da Lei nº 6.453, de 17 de outubro de 1977, com a seguinte redação: “Art. 4º ................................................... II – ......................................................... c) durante o transporte por via marítima, aérea ou fluvial” (NR) Art. 2º É revogado o art. 27 da Lei nº 6.453, de 17 de outubro de 1977. Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, 9 de agosto de 2007. – Deputado Marcelo Ortiz. SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 7.063, DE 2006 Revoga o art. 27 da Lei nº 6.453, de 1977, que “dispõe sobre a responsabilidade civil por danos nucleares e a respon- 33776 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sabilidade criminal por atos relacionados com atividades nucleares, e dá outras providências” O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É revogado o art. 27 da Lei nº 6.453, de 17 de outubro de 1977. Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, 9 de agosto de 2007. – Deputado Marcelo Ortiz. PROJETO DE LEI Nº 6.015-C, DE 2005 (Do Sr. Beto Albuquerque) Institui o Fundo Nacional do Idoso e autoriza deduzir do imposto de renda devido pelas pessoas físicas e jurídicas as doações efetuadas aos Fundos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso; tendo pareceres: da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação deste, com emendas, e pela rejeição do de nº 1.194/07, apensado (relator: DEP. JOFRAN FREJAT); da Comissão de Finanças e Tributação, pela adequação financeira e orçamentária deste, do de nº 1.194/07, apensado, e das emendas da Comissão de Seguridade Social e Família, e, no mérito, pela aprovação deste e das emendas da Comissão de Seguridade Social Família, e pela rejeição do de nº 1.194/07, apensado (relator: DEP. SILVIO COSTA); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, do de nº 1.194/07, apensado, e das Emendas da Comissão de Seguridade Social e Família (relator: DEP. PASTOR MANOEL FERREIRA). Despacho: Às Comissões de Seguridade Social e Família; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania I – Relatório O Projeto de Lei referenciado pretende instituir o Fundo Nacional do Idoso, autorizando que as doações efetuadas aos Fundos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso sejam deduzidas do imposto de renda devido pelas pessoas físicas e jurídicas. Ao projeto de lei original foi apensado o PL Nº 1.194, de 2007, do Deputado Júlio Delgado que ins- Julho de 2008 titui o mesmo fundo, definindo a base da sua receita e fixando as regras para que as doações feitas a ele sejam dedutíveis do imposto de renda. As proposições em análise, com tramitação ordinária e sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões, foram distribuídas, para juízo de mérito, à Comissão de Seguridade Social e Família e à Comissão de Finanças e Tributação, não tendo nelas recebido emendas no prazo regimental. A Comissão de Seguridade Social e Família rejeitou o projeto de lei apensado e aprovou o projeto original com duas emendas apresentadas pelo Relator, a primeira destinando os recursos a serem arrecadados ao financiamento dos programas e das ações relativas ao idoso e a segunda estabelecendo que a soma das doações efetuadas aos Fundos do Idoso e aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente não poderá ultrapassar um por cento do imposto devido. Por sua vez, a Comissão de Finanças e Tributação concluiu pela compatibilidade e adequação orçamentária e financeira de ambos os projetos, bem como das emendas aprovadas pela CDDF, e, no mérito, pela aprovação do Projeto de Lei nº 6.015/05, com as emendas da Comissão de Seguridade Social e Família, e pela rejeição do Projeto de Lei nº 1.194/07. Nesta fase, decorrido in albis o prazo de apresentação de emendas, as proposições estão sob o crivo da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, quanto à sua constitucionalidade, juridicidade, regimentalidade e técnica legislativa e redacional. É o relatório. II – Voto do Relator Quanto aos pré-requisitos indispensáveis ao trâmite regular das proposições nesta Casa, merece registro que o projeto de lei original, o que lhe foi apensado e as emendas propostas ao projeto original observam as exigências para o seu regular processamento. Com efeito, a par de competir a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional a iniciativa legislativa sobre a matéria das proposições em questão (ex vi art. 61, caput, da C.F.), essa não conflita com quaisquer princípios ou disposições da Constituição da República, estando, ainda, em perfeita adequação com o ordenamento infraconstitucional vigente. Outrossim, quanto à técnica legislativa e redacional nenhuma correção estão a merecer, pois observam o prescrito pela Lei Complementar nº. 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/01, que “dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das lei, conforme determina o parágrafo único do art. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33777 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que menciona”. Face ao acima exposto, voto pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 6.015, de 2005, das Emendas de nºs 1 e 2 da Comissão de Seguridade Social e Família e do Projeto de Lei nº 1.194, de 2007. Sala da Comissão, 3 de Junho de 2008. – Deputado Pastor Manoel Ferreira, Relator. Ao Deputado Vital do Rêgo Filho PROJETO DE LEI Nº 6.625/06 – Do Sr. Osório Adriano – que “dispõe sobre o condomínio em “shopping-centers””. (Apensado: PL 1489/2007) Sala da Comissão, 16 de julho de 2008. – Deputado Vital do Rêgo Filho, Presidente. III – Parecer da Comissão O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º , inciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve: DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ADAILTON ALVES DE OLIVEIRA, ponto nº 5209, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Operador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 31, 2º substituto do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ADAILTON ALVES DE OLIVEIRA, ponto nº 5209, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Operador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 31, 1º substituto do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ALICE MARIA COSTA BOTELHO GARCIA, ponto nº 5124, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Material e Patrimônio, Classe Especial, Padrão 45, 1ª substituta do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ANTONIO RICARDO DIAS KOWALSKI, ponto nº 1882, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 45, A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei nº 6.015-B/2005,do de nº1.194/2007, apensado, das Emendas da Comissão de Seguridade Social e Família, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Pastor Manoel Ferreira. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Eduardo Cunha – Presidente, Regis de Oliveira e Maurício Quintella Lessa – Vice-Presidentes, Antonio Carlos Biscaia, Augusto Farias, Ayrton Xerez, Bonifácio de Andrada, Cândido Vaccarezza, Edmar Moreira, Edson Aparecido, Felipe Maia, Flávio Dino, Geraldo Pudim, Gerson Peres, José Eduardo Cardozo, José Genoíno, Joseph Bandeira, Leonardo Picciani, Magela, Marcelo Itagiba, Marcelo Ortiz, Mauro Benevides, Moreira Mendes, Nelson Pellegrino, Nelson Trad, Paes Landim, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Roberto Magalhães, Sandra Rosado, Sérgio Brito, Silvinho Peccioli, Urzeni Rocha, Valtenir Pereira, Vilson Covatti, Wilson Santiago, Alexandre Silveira, Arnaldo Faria de Sá, Átila Lins, Beto Albuquerque, Carlos Abicalil, Chico Lopes, Dilceu Sperafico, Eduardo Valverde, Hugo Leal, João Carlos Bacelar, Jorginho Maluly, Luciano Pizzatto, Luiz Couto, Márcio França, Mendes Ribeiro Filho, Odílio Balbinotti, Pastor Manoel Ferreira, Vital do Rêgo Filho e Waldir Neves. Sala da Comissão, 17 de junho de 2008. – Deputado Eduardo Cunha, Presidente. COMISSÃO DESIGNAÇÃO COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR DESIGNAÇÃO DE RELATOR Faço, nesta data, as seguintes designações de relatoria: SEÇÃO II ATOS DO PRESIDENTE 33778 Quinta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS substituto do Diretor de Recursos Humanos, FC-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 17 a 27 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DANIELA GUERSON ANDRÉ, ponto nº 6302, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Televisão, Classe Especial, Padrão 45, substituta do Diretor da Coordenação TV Câmara dos Deputados, FC-07, da Secretaria de Comunicação Social, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 14 a 20 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, EDILSON GOMES DE OLIVEIRA, ponto nº 5930, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Contador, Classe Especial, Padrão 45, 2º substituto do Chefe da Seção de Análise, FC-05, da Coordenação de Contabilidade, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, GLECY DE FÁTIMA OLIVEIRA, ponto nº 5916, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Contador, Classe Especial, Padrão 45, 1ª substituta do Chefe de Núcleo, FC-06, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, KELSILENE GOMES DE LIMA, ponto nº 6925, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe B, Padrão 39, 1ª substituta do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LEDA MARCIA RESENDE, ponto nº 5876, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Contador, Classe Especial, Padrão 45, 2ª substituta do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. Julho de 2008 DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA APARECIDA DE MELO BRANDÃO, ponto nº 5284, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Contador, Classe Especial, Padrão 45, 1ª substituta do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA APARECIDA DE MELO BRANDÃO, ponto nº 5284, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Contador, Classe Especial, Padrão 45, 2ª substituta do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA APARECIDA DE MELO BRANDÃO, ponto nº 5284, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Contador, Classe Especial, Padrão 45, 2ª substituta do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SHEILA SOARES COSTA, ponto nº 5286, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Contador, Classe Especial, Padrão 45, 2ª substituta do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SILVIA MARIA DE SOUTO FRANÇA, ponto nº 5430, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente Administrativo, Classe Especial, Padrão 31, 1ª substituta do Chefe de Seção, FC-05, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de julho de 2008. Câmara dos Deputados, 16 de julho de 2008. – Deputado Arlindo Chinaglia, Presidente. Julho de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 17 33779 MESA DIRETORA Presidente: ARLINDO CHINAGLIA - PT - SP 1º Vice-Presidente: NARCIO RODRIGUES - PSDB - MG 2º Vice-Presidente: INOCÊNCIO OLIVEIRA - PR - PE 1º Secretário: OSMAR SERRAGLIO - PMDB - PR 2º Secretário: CIRO NOGUEIRA - PP - PI 3º Secretário: WALDEMIR MOKA - PMDB - MS 4º Secretário: JOSÉ CARLOS MACHADO - DEM - SE 1º Suplente de Secretário: MANATO - PDT - ES 2º Suplente de Secretário: ARNON BEZERRA - PTB - CE 3º Suplente de Secretário: ALEXANDRE SILVEIRA - PPS - MG 4º Suplente de Secretário: DELEY - PSC - RJ Bornhausen, Eduardo Sciarra, Silvinho Peccioli, Guilherme Campos, Efraim Filho, Felipe Maia, Fernando de Fabinho, Jorge Tadeu Mudalen e Vitor Penido. PR Líder: LUCIANO CASTRO Vice-Líderes: José Carlos Araújo (1º Vice), Aelton Freitas, Gorete Pereira, Sandro Mabel, Vicentinho Alves, José Rocha, Lincoln Portela, Leo Alcântara, Neilton Mulim, Lúcio Vale e Giacobo. PP Líder: MÁRIO NEGROMONTE Vice-Líderes: Benedito de Lira (1º Vice), Antonio Cruz, José Linhares, Pedro Henry (Licenciado), Ricardo Barros, Roberto Balestra (Licenciado), Simão Sessim, Vadão Gomes, Vilson Covatti, Roberto Britto e Nelson Meurer. PTB Líder: JOVAIR ARANTES Vice-Líderes: Arnaldo Faria de Sá, Pastor Manoel Ferreira, Paes Landim, Nelson Marquezelli e Alex Canziani. LÍDERES E VICE-LÍDERES PPS Líder: FERNANDO CORUJA Bloco PMDB, PTC Líder: HENRIQUE EDUARDO ALVES Vice-Líderes: Arnaldo Jardim (1º Vice), Moreira Mendes, Geraldo Thadeu e Humberto Souto. Vice-Líderes: Edinho Bez, Elcione Barbalho, Fátima Pelaes (Licenciado), Lelo Coimbra, Maria Lúcia Cardoso, Natan Donadon, Tadeu Filippelli, Colbert Martins, Edson Ezequiel, Cezar Schirmer, Celso Maldaner, Rita Camata, Marcelo Guimarães Filho, Darcísio Perondi, Mauro Benevides, Pedro Novais, Eunício Oliveira, Rodrigo Rocha Loures, Geraldo Resende, Ibsen Pinheiro, Luiz Bittencourt, Leonardo Quintão e Bernardo Ariston. PT Líder: MAURÍCIO RANDS Vice-Líderes: Beto Faro, Cândido Vaccarezza, Carlos Abicalil, Antonio Carlos Biscaia, Devanir Ribeiro, Fátima Bezerra, Fernando Ferro, Francisco Praciano, Iriny Lopes, Jorge Bittar, José Genoíno, Luiz Couto, Marco Maia, Miguel Corrêa, Paulo Rocha, Paulo Teixeira, Rubens Otoni, Vicentinho, Nilson Mourão e Décio Lima. Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PRB Líder: MÁRIO HERINGER Vice-Líderes: Márcio França (1º Vice), Ana Arraes, Ciro Gomes, Dr. Ubiali, Lídice da Mata, Manoel Junior, Rodrigo Rollemberg, Valtenir Pereira, Brizola Neto, Dagoberto, Miro Teixeira, Severiano Alves, Vieira da Cunha, Daniel Almeida, Flávio Dino, Jô Moraes, Perpétua Almeida e Fábio Faria. PV Líder: SARNEY FILHO Vice-Líderes: Edson Duarte, Roberto Santiago, Antônio Roberto e José Paulo Tóffano. PSC Líder: HUGO LEAL Vice-Líderes: Eduardo Amorim, Carlos Eduardo Cadoca e Silas Câmara. Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD PSOL Repr.: PHS Repr.: MIGUEL MARTINI PTdoB Repr.: VINICIUS CARVALHO PRTB Repr.: JUVENIL PSDB Líder: JOSÉ ANÍBAL Vice-Líderes: Bruno Araújo (1º Vice), Bruno Rodrigues, Gustavo Fruet, Lobbe Neto, Raimundo Gomes de Matos, Andreia Zito, Bonifácio de Andrada, Duarte Nogueira, João Almeida, Paulo Abi-ackel, Professor Ruy Pauletti, Renato Amary, Wandenkolk Gonçalves, Emanuel Fernandes e Silvio Torres. DEM Líder: ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO Vice-Líderes: Ronaldo Caiado (1º Vice), José Carlos Aleluia, Abelardo Lupion, Roberto Magalhães, Claudio Cajado, Marcio Junqueira, Paulo Liderança do Governo Líder: HENRIQUE FONTANA Vice-Líderes: Beto Albuquerque, Wilson Santiago, Milton Monti, Ricardo Barros e Armando Abílio. Liderança da Minoria Líder: ZENALDO COUTINHO DEPUTADOS EM EXERCÍCIO Roraima Angela Portela - PT Edio Lopes - PMDB Francisco Rodrigues - DEM Luciano Castro - PR Marcio Junqueira - DEM Maria Helena - PSB Neudo Campos - PP Urzeni Rocha - PSDB Amapá Alessandro Sabino - PMDB Dalva Figueiredo - PT Davi Alcolumbre - DEM Evandro Milhomen - PCdoB Janete Capiberibe - PSB Jurandil Juarez - PMDB Lucenira Pimentel - PR Sebastião Bala Rocha - PDT Pará Asdrubal Bentes - PMDB Bel Mesquita - PMDB Beto Faro - PT Elcione Barbalho - PMDB Gerson Peres - PP Giovanni Queiroz - PDT Jader Barbalho - PMDB Lira Maia - DEM Lúcio Vale - PR Nilson Pinto - PSDB Paulo Rocha - PT Vic Pires Franco - DEM Wandenkolk Gonçalves - PSDB Wladimir Costa - PMDB Zé Geraldo - PT Zenaldo Coutinho - PSDB Zequinha Marinho - PMDB Amazonas Átila Lins - PMDB Carlos Souza - PP Francisco Praciano - PT Marcelo Serafim - PSB Rebecca Garcia - PP Sabino Castelo Branco - PTB Silas Câmara - PSC Vanessa Grazziotin - PCdoB Rondônia Anselmo de Jesus - PT Eduardo Valverde - PT Ernandes Amorim - PTB Lindomar Garçon - PV Marinha Raupp - PMDB Mauro Nazif - PSB Moreira Mendes - PPS Natan Donadon - PMDB Acre Fernando Melo - PT Flaviano Melo - PMDB Gladson Cameli - PP Henrique Afonso - PT Ilderlei Cordeiro - PPS Nilson Mourão - PT Perpétua Almeida - PCdoB Sergio Petecão - PMN Tocantins Freire Júnior - PSDB João Oliveira - DEM Laurez Moreira - PSB Lázaro Botelho - PP Moises Avelino - PMDB Nilmar Ruiz - DEM Osvaldo Reis - PMDB Vicentinho Alves - PR Maranhão Carlos Brandão - PSDB Cleber Verde - PRB Costa Ferreira - PSC Davi Alves Silva Júnior - PDT Domingos Dutra - PT Flávio Dino - PCdoB Gastão Vieira - PMDB Julião Amin - PDT Nice Lobão - DEM Pedro Fernandes - PTB Pedro Novais - PMDB Pinto Itamaraty - PSDB Professor Setimo - PMDB Ribamar Alves - PSB Roberto Rocha - PSDB Sarney Filho - PV Sebastião Madeira - PSDB Waldir Maranhão - PP Ceará Aníbal Gomes - PMDB Ariosto Holanda - PSB Arnon Bezerra - PTB Chico Lopes - PCdoB Ciro Gomes - PSB Eudes Xavier - PT Eugênio Rabelo - PP Eunício Oliveira - PMDB Flávio Bezerra - PMDB Gorete Pereira - PR José Airton Cirilo - PT José Guimarães - PT José Linhares - PP Leo Alcântara - PR Manoel Salviano - PSDB Marcelo Teixeira - PR Mauro Benevides - PMDB Pastor Pedro Ribeiro - PMDB Paulo Henrique Lustosa - PMDB Raimundo Gomes de Matos - PSDB Vicente Arruda - PR Zé Gerardo - PMDB Piauí Alberto Silva - PMDB Átila Lira - PSB B. Sá - PSB Ciro Nogueira - PP Júlio Cesar - DEM Marcelo Castro - PMDB Mussa Demes - DEM Nazareno Fonteles - PT Osmar Júnior - PCdoB Paes Landim - PTB Rio Grande do Norte Betinho Rosado - DEM Fábio Faria - PMN Fátima Bezerra - PT Felipe Maia - DEM Henrique Eduardo Alves - PMDB João Maia - PR Rogério Marinho - PSB Sandra Rosado - PSB Paraíba Armando Abílio - PTB Damião Feliciano - PDT Efraim Filho - DEM Luiz Couto - PT Manoel Junior - PSB Marcondes Gadelha - PSB Rômulo Gouveia - PSDB Vital do Rêgo Filho - PMDB Walter Brito Neto - PRB Wellington Roberto - PR Wilson Braga - PMDB Wilson Santiago - PMDB Pernambuco Ana Arraes - PSB André de Paula - DEM Armando Monteiro - PTB Bruno Araújo - PSDB Bruno Rodrigues - PSDB Carlos Eduardo Cadoca - PSC Carlos Wilson - PT Edgar Moury - PMDB Eduardo da Fonte - PP Fernando Coelho Filho - PSB Fernando Ferro - PT Gonzaga Patriota - PSB Inocêncio Oliveira - PR José Chaves - PTB José Mendonça Bezerra - DEM Marcos Antonio - PRB Maurício Rands - PT Paulo Rubem Santiago - PDT Pedro Eugênio - PT Raul Henry - PMDB Raul Jungmann - PPS Renildo Calheiros - PCdoB Roberto Magalhães - DEM Silvio Costa - PMN Wolney Queiroz - PDT Alagoas Augusto Farias - PTB Benedito de Lira - PP Carlos Alberto Canuto - PMDB Cristiano Matheus - PMDB Francisco Tenorio - PMN Givaldo Carimbão - PSB Joaquim Beltrão - PMDB Maurício Quintella Lessa - PR Olavo Calheiros - PMDB Sergipe Albano Franco - PSDB Eduardo Amorim - PSC Iran Barbosa - PT Jackson Barreto - PMDB José Carlos Machado - DEM Mendonça Prado - DEM Pedro Valadares - DEM Valadares Filho - PSB Bahia Alice Portugal - PCdoB Antonio Carlos Magalhães Neto - DEM Claudio Cajado - DEM Colbert Martins - PMDB Daniel Almeida - PCdoB Edigar Mão Branca - PV Edson Duarte - PV Fábio Souto - DEM Félix Mendonça - DEM Fernando de Fabinho - DEM Guilherme Menezes - PT João Almeida - PSDB João Carlos Bacelar - PR João Leão - PP Jorge Khoury - DEM José Carlos Aleluia - DEM José Carlos Araújo - PR José Rocha - PR Joseph Bandeira - PT Jusmari Oliveira - PR Jutahy Junior - PSDB Lídice da Mata - PSB Luiz Bassuma - PT Marcelo Guimarães Filho - PMDB Márcio Marinho - PR Marcos Medrado - PDT Mário Negromonte - PP Maurício Trindade - PR Nelson Pellegrino - PT Paulo Magalhães - DEM Roberto Britto - PP Sérgio Barradas Carneiro - PT Sérgio Brito - PDT Severiano Alves - PDT Tonha Magalhães - PR Uldurico Pinto - PMN Veloso - PMDB Walter Pinheiro - PT Zezéu Ribeiro - PT Minas Gerais Ademir Camilo - PDT Aelton Freitas - PR Alexandre Silveira - PPS Antônio Andrade - PMDB Antônio Roberto - PV Aracely de Paula - PR Bilac Pinto - PR Bonifácio de Andrada - PSDB Carlos Melles - DEM Carlos Willian - PTC Ciro Pedrosa - PV Custódio Mattos - PSDB Edmar Moreira - DEM Eduardo Barbosa - PSDB Elismar Prado - PT Fábio Ramalho - PV Fernando Diniz - PMDB George Hilton - PP Geraldo Thadeu - PPS Gilmar Machado - PT Humberto Souto - PPS Jaime Martins - PR Jô Moraes - PCdoB João Bittar - DEM João Magalhães - PMDB José Fernando Aparecido de Oliveira - PV José Santana de Vasconcellos - PR Júlio Delgado - PSB Juvenil - PRTB Lael Varella - DEM Leonardo Monteiro - PT Leonardo Quintão - PMDB Lincoln Portela - PR Luiz Fernando Faria - PP Márcio Reinaldo Moreira - PP Marcos Montes - DEM Maria do Carmo Lara - PT Maria Lúcia Cardoso - PMDB Mário de Oliveira - PSC Mário Heringer - PDT Mauro Lopes - PMDB Miguel Corrêa - PT Miguel Martini - PHS Narcio Rodrigues - PSDB Odair Cunha - PT Paulo Abi-ackel - PSDB Paulo Piau - PMDB Rafael Guerra - PSDB Reginaldo Lopes - PT Rodrigo de Castro - PSDB Saraiva Felipe - PMDB Virgílio Guimarães - PT Vitor Penido - DEM Espírito Santo Camilo Cola - PMDB Iriny Lopes - PT Jurandy Loureiro - PSC Lelo Coimbra - PMDB Luiz Paulo Vellozo Lucas - PSDB Manato - PDT Neucimar Fraga - PR Rita Camata - PMDB Rose de Freitas - PMDB Sueli Vidigal - PDT Rio de Janeiro Alexandre Santos - PMDB Andreia Zito - PSDB Antonio Carlos Biscaia - PT Arnaldo Vianna - PDT Ayrton Xerez - DEM Bernardo Ariston - PMDB Brizola Neto - PDT Carlos Santana - PT Chico Alencar - PSOL Chico D'angelo - PT Cida Diogo - PT Deley - PSC Dr. Adilson Soares - PR Edmilson Valentim - PCdoB Edson Ezequiel - PMDB Eduardo Cunha - PMDB Eduardo Lopes - PSB Felipe Bornier - PHS Fernando Gabeira - PV Fernando Lopes - PMDB Filipe Pereira - PSC Geraldo Pudim - PMDB Hugo Leal - PSC Indio da Costa - DEM Jair Bolsonaro - PP Jorge Bittar - PT Leandro Sampaio - PPS Léo Vivas - PRB Leonardo Picciani - PMDB Luiz Sérgio - PT Marcelo Itagiba - PMDB Marina Maggessi - PPS Miro Teixeira - PDT Neilton Mulim - PR Nelson Bornier - PMDB Otavio Leite - PSDB Pastor Manoel Ferreira - PTB Rodrigo Maia - DEM Rogerio Lisboa - DEM Sandro Matos - PR Silvio Lopes - PSDB Simão Sessim - PP Solange Almeida - PMDB Solange Amaral - DEM Suely - PR Vinicius Carvalho - PTdoB São Paulo Abelardo Camarinha - PSB Aldo Rebelo - PCdoB Aline Corrêa - PP Antonio Bulhões - PMDB Antonio Carlos Mendes Thame - PSDB Antonio Carlos Pannunzio - PSDB Antonio Palocci - PT Arlindo Chinaglia - PT Arnaldo Faria de Sá - PTB Arnaldo Jardim - PPS Arnaldo Madeira - PSDB Beto Mansur - PP Cândido Vaccarezza - PT Carlos Sampaio - PSDB Carlos Zarattini - PT Celso Russomanno - PP Cláudio Magrão - PPS Clodovil Hernandes - PR Devanir Ribeiro - PT Dr. Nechar - PV Dr. Pinotti - DEM Dr. Talmir - PV Dr. Ubiali - PSB Duarte Nogueira - PSDB Edson Aparecido - PSDB Emanuel Fernandes - PSDB Fernando Chucre - PSDB Francisco Rossi - PMDB Frank Aguiar - PTB Guilherme Campos - DEM Ivan Valente - PSOL Janete Rocha Pietá - PT Jefferson Campos - PTB Jilmar Tatto - PT João Dado - PDT João Paulo Cunha - PT Jorge Tadeu Mudalen - DEM Jorginho Maluly - DEM José Aníbal - PSDB José Eduardo Cardozo - PT José Genoíno - PT José Mentor - PT José Paulo Tóffano - PV Julio Semeghini - PSDB Lobbe Neto - PSDB Luciana Costa - PR Luiza Erundina - PSB Marcelo Ortiz - PV Márcio França - PSB Michel Temer - PMDB Milton Monti - PR Nelson Marquezelli - PTB Paulo Maluf - PP Paulo Pereira da Silva - PDT Paulo Renato Souza - PSDB Paulo Teixeira - PT Regis de Oliveira - PSC Reinaldo Nogueira - PDT Renato Amary - PSDB Ricardo Berzoini - PT Ricardo Tripoli - PSDB Roberto Santiago - PV Silvinho Peccioli - DEM Silvio Torres - PSDB Vadão Gomes - PP Valdemar Costa Neto - PR Vanderlei Macris - PSDB Vicentinho - PT Walter Ihoshi - DEM William Woo - PSDB Mato Grosso Carlos Abicalil - PT Carlos Bezerra - PMDB Eduardo Moura - PPS Eliene Lima - PP Rogerio Silva - PP Thelma de Oliveira - PSDB Valtenir Pereira - PSB Wellington Fagundes - PR Distrito Federal Augusto Carvalho - PPS Jofran Frejat - PR Laerte Bessa - PMDB Magela - PT Osório Adriano - DEM Ricardo Quirino - PR Rodrigo Rollemberg - PSB Tadeu Filippelli - PMDB Goiás Carlos Alberto Leréia - PSDB Chico Abreu - PR Íris de Araújo - PMDB João Campos - PSDB Jovair Arantes - PTB Leandro Vilela - PMDB Leonardo Vilela - PSDB Luiz Bittencourt - PMDB Marcelo Melo - PMDB Pedro Chaves - PMDB Pedro Wilson - PT Professora Raquel Teixeira - PSDB Ronaldo Caiado - DEM Rubens Otoni - PT Sandes Júnior - PP Sandro Mabel - PR Tatico - PTB Mato Grosso do Sul Antônio Carlos Biffi - PT Antonio Cruz - PP Dagoberto - PDT Geraldo Resende - PMDB Nelson Trad - PMDB Vander Loubet - PT Waldemir Moka - PMDB Waldir Neves - PSDB Paraná Abelardo Lupion - DEM Affonso Camargo - PSDB Airton Roveda - PR Alceni Guerra - DEM Alex Canziani - PTB Alfredo Kaefer - PSDB Andre Vargas - PT Angelo Vanhoni - PT Assis do Couto - PT Barbosa Neto - PDT Cezar Silvestri - PPS Chico da Princesa - PR Dilceu Sperafico - PP Dr. Rosinha - PT Eduardo Sciarra - DEM Giacobo - PR Gustavo Fruet - PSDB Hermes Parcianello - PMDB Luiz Carlos Hauly - PSDB Luiz Carlos Setim - DEM Marcelo Almeida - PMDB Max Rosenmann - PMDB Moacir Micheletto - PMDB Nelson Meurer - PP Odílio Balbinotti - PMDB Osmar Serraglio - PMDB Ratinho Junior - PSC Ricardo Barros - PP Rodrigo Rocha Loures - PMDB Takayama - PSC Santa Catarina Acélio Casagrande - PMDB Angela Amin - PP Carlito Merss - PT Celso Maldaner - PMDB Décio Lima - PT Edinho Bez - PMDB Fernando Coruja - PPS Gervásio Silva - PSDB João Matos - PMDB João Pizzolatti - PP Mauro Mariani - PMDB Nelson Goetten - PR Paulo Bornhausen - DEM Valdir Colatto - PMDB Vignatti - PT Zonta - PP Rio Grande do Sul Adão Pretto - PT Afonso Hamm - PP Beto Albuquerque - PSB Cezar Schirmer - PMDB Cláudio Diaz - PSDB Darcísio Perondi - PMDB Eliseu Padilha - PMDB Enio Bacci - PDT Germano Bonow - DEM Henrique Fontana - PT Ibsen Pinheiro - PMDB José Otávio Germano - PP Luciana Genro - PSOL Luis Carlos Heinze - PP Luiz Carlos Busato - PTB Manuela D'ávila - PCdoB Marco Maia - PT Maria do Rosário - PT Mendes Ribeiro Filho - PMDB Nelson Proença - PPS Onyx Lorenzoni - DEM Paulo Pimenta - PT Paulo Roberto - PTB Pepe Vargas - PT Pompeo de Mattos - PDT Professor Ruy Pauletti - PSDB Renato Molling - PP Sérgio Moraes - PTB Tarcísio Zimmermann - PT Vieira da Cunha - PDT Vilson Covatti - PP FAX: 3216-6415 COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL Presidente: Onyx Lorenzoni (DEM) 1º Vice-Presidente: Luiz Carlos Setim (DEM) 2º Vice-Presidente: Paulo Piau (PMDB) 3º Vice-Presidente: Afonso Hamm (PP) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Adão Pretto Airton Roveda vaga do PV Afonso Hamm Armando Abílio Anselmo de Jesus Benedito de Lira Antônio Andrade Camilo Cola Assis do Couto Carlos Bezerra Beto Faro Darcísio Perondi Celso Maldaner Edio Lopes Dilceu Sperafico Ernandes Amorim Domingos Dutra José Guimarães Fernando Melo Lázaro Botelho vaga do PSDB/DEM/PPS Marcelo Melo Flávio Bezerra Homero Pereira (Licenciado) Nelson Meurer Jusmari Oliveira Nilson Mourão vaga do PV Osvaldo Reis Leandro Vilela Luis Carlos Heinze Paulo Pimenta Moacir Micheletto Rose de Freitas Odílio Balbinotti Sérgio Moraes Paulo Piau Suely Pedro Chaves Vadão Gomes Tatico Vander Loubet Valdir Colatto Veloso Zé Gerardo Vignatti Zonta PSDB/DEM/PPS Abelardo Lupion Alfredo Kaefer Cezar Silvestri Antonio Carlos Mendes Thame Davi Alcolumbre Arnaldo Jardim vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Duarte Nogueira Betinho Rosado Humberto Souto Carlos Melles Jerônimo Reis (Licenciado) Cláudio Diaz vaga do Eduardo Sciarra Leonardo Vilela PSB/PDT/PCdoB/PMN Luiz Carlos Setim vaga do Félix Mendonça PSB/PDT/PCdoB/PMN Onyx Lorenzoni vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Vitor Penido Waldir Neves Wandenkolk Gonçalves (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) 1 vaga Lael Varella vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Lira Maia Marcos Montes Moreira Mendes Ronaldo Caiado Silvio Lopes 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN B. Sá Giovanni Queiroz Dagoberto Mário Heringer Fernando Coelho Filho Sandra Rosado (Dep. do PSDB/DEM/PPS Osmar Júnior ocupa a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) ocupa a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) ocupa a vaga) PV (Dep. do (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) C/PTdoB ocupa a vaga) Secretário(a): Moizes Lobo da Cunha Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 32 Telefones: 3216-6403/6404/6406 COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL Presidente: Janete Capiberibe (PSB) 1º Vice-Presidente: Maria Helena (PSB) 2º Vice-Presidente: Sergio Petecão (PMN) 3º Vice-Presidente: Neudo Campos (PP) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Asdrubal Bentes Átila Lins Carlos Souza Elcione Barbalho Dalva Figueiredo Flaviano Melo Francisco Praciano Gladson Cameli Luciano Castro Lucenira Pimentel Marcelo Castro Lúcio Vale Marinha Raupp Paulo Rocha vaga do PSDB/DEM/PPS Natan Donadon Silas Câmara Neudo Campos Zé Geraldo vaga do Wellington Fagundes Zequinha Marinho PSDB/DEM/PPS (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) PSDB/DEM/PPS (Dep. do PV ocupa a vaga) 1 vaga (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) 4 vagas Ilderlei Cordeiro vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Lira Maia Marcio Junqueira Moreira Mendes Nilmar Ruiz Urzeni Rocha (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/ PTdoB ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Janete Capiberibe Giovanni Queiroz vaga do PSDB/DEM/PPS Perpétua Almeida Marcelo Serafim vaga do Sebastião Bala Rocha Maria Helena PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Sergio Petecão Vanessa Grazziotin PV Lindomar Garçon vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Secretário(a): Iara Araújo Alencar Aires Local: Anexo II - Sala T- 59 Telefones: 3216-6432 FAX: 3216-6440 COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA Presidente: Walter Pinheiro (PT) 1º Vice-Presidente: Ratinho Junior (PSC) 2º Vice-Presidente: Bilac Pinto (PR) 3º Vice-Presidente: Paulo Roberto (PTB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Beto Mansur Angela Amin Bilac Pinto Angelo Vanhoni vaga do PSDB/DEM/PPS Cristiano Matheus Cida Diogo Dr. Adilson Soares Colbert Martins Elismar Prado Fernando Ferro Eunício Oliveira Flávio Bezerra Iriny Lopes Gerson Peres Jader Barbalho Ibsen Pinheiro Jorge Bittar Jilmar Tatto José Chaves José Rocha Maria do Carmo Lara Mendes Ribeiro Filho Nelson Meurer Paulo Henrique Lustosa Paulo Roberto Ratinho Junior Sandes Júnior Silas Câmara Walter Pinheiro Wladimir Costa José Carlos Araújo Joseph Bandeira Luiz Carlos Busato Nazareno Fonteles Olavo Calheiros Paulo Piau Rebecca Garcia vaga do PSDB/DEM/PPS Roberto Britto Sabino Castelo Branco Veloso Waldir Maranhão Wilson Braga (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN Zequinha Marinho ocupa a vaga) PSDB/DEM/PPS Emanuel Fernandes Arnaldo Jardim Gustavo Fruet Ayrton Xerez Jorginho Maluly Carlos Brandão Julio Semeghini Davi Alcolumbre Manoel Salviano José Carlos Aleluia Nelson Proença Júlio Cesar Nilson Pinto Lobbe Neto Paulo Bornhausen Professora Raquel Teixeira Rodrigo Maia Rafael Guerra Ronaldo Caiado Raul Jungmann Vic Pires Franco Roberto Rocha (Dep. do (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/ C/PTdoB ocupa a vaga) PTdoB ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Abelardo Camarinha Ana Arraes Ariosto Holanda Barbosa Neto Enio Bacci Djalma Berger (Licenciado) vaga do Renildo Calheiros Luiza Erundina PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Miro Teixeira Rodrigo Rollemberg Sérgio Brito Uldurico Pinto (Dep. do PRB ocupa a vaga) PV Edigar Mão Branca Dr. Nechar PRB Walter Brito Neto vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de Oliveira Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49 Telefones: 3216-6452 A 6458 FAX: 3216-6465 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA Presidente: Eduardo Cunha (PMDB) 1º Vice-Presidente: Regis de Oliveira (PSC) 2º Vice-Presidente: Maurício Quintella Lessa (PR) 3º Vice-Presidente: João Campos (PSDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antonio Carlos Biscaia Antônio Carlos Biffi Augusto Farias Aracely de Paula Benedito de Lira Arnaldo Faria de Sá Cândido Vaccarezza Átila Lins Carlos Bezerra Bernardo Ariston Cezar Schirmer Carlos Abicalil Eduardo Cunha Carlos Willian Geraldo Pudim Dilceu Sperafico Gerson Peres Domingos Dutra João Paulo Cunha Eduardo Valverde José Eduardo Cardozo Fátima Bezerra José Genoíno George Hilton José Mentor Hugo Leal vaga do PSOL Joseph Bandeira Jaime Martins Leonardo Picciani Jefferson Campos Magela João Carlos Bacelar Marcelo Guimarães Filho João Magalhães Marcelo Itagiba José Pimentel (Licenciado) Maurício Quintella Lessa Laerte Bessa Mauro Benevides Leo Alcântara Michel Temer Luiz Couto Nelson Pellegrino Maria do Rosário Nelson Trad Mauro Lopes Neucimar Fraga Mendes Ribeiro Filho Odair Cunha Odílio Balbinotti Paes Landim Pastor Manoel Ferreira Pastor Pedro Ribeiro Ricardo Barros Paulo Maluf Rubens Otoni Regis de Oliveira Sandes Júnior Vicente Arruda Sandro Mabel vaga do PSDB/DEM/PPS Sérgio Barradas Carneiro Vilson Covatti Wilson Santiago Tadeu Filippelli (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa Vital do Rêgo Filho a vaga) PSDB/DEM/PPS Antonio Carlos Magalhães Neto Alexandre Silveira Ayrton Xerez Antonio Carlos Pannunzio Bonifácio de Andrada Bruno Araújo Bruno Rodrigues Carlos Alberto Leréia Edmar Moreira Fernando Coruja Edson Aparecido Humberto Souto Efraim Filho Jorginho Maluly Felipe Maia Mussa Demes vaga do PSOL Indio da Costa Paulo Bornhausen João Campos Pinto Itamaraty vaga do José Carlos Aleluia Ricardo Tripoli PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Jutahy Junior Rodovalho (Licenciado) Mendonça Prado Ronaldo Caiado Moreira Mendes Solange Amaral Paulo Magalhães Vic Pires Franco Roberto Magalhães Waldir Neves Silvinho Peccioli William Woo Urzeni Rocha 1 vaga Zenaldo Coutinho (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/ PTdoB ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Ciro Gomes Beto Albuquerque Flávio Dino Chico Lopes Francisco Tenorio Edmilson Valentim Gonzaga Patriota Eduardo Lopes Sandra Rosado Márcio França Sérgio Brito Marcondes Gadelha Valtenir Pereira Pompeo de Mattos Wolney Queiroz Severiano Alves PV Fábio Ramalho Roberto Santiago Marcelo Ortiz Sarney Filho PSOL (Dep. do (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT a vaga) C/PTdoB ocupa a vaga) Secretário(a): Rejane Salete Marques Local: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 21 Telefones: 3216-6494 FAX: 3216-6499 COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Presidente: Vital do Rêgo Filho (PMDB) 1º Vice-Presidente: Antonio Cruz (PP) 2º Vice-Presidente: Walter Ihoshi (DEM) 3º Vice-Presidente: Laerte Bessa (PMDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antonio Cruz Eduardo da Fonte Celso Russomanno Fernando Melo Jefferson Campos José Eduardo Cardozo vaga do João Carlos Bacelar Leandro Vilela PSDB/DEM/PPS José Carlos Araújo Marcelo Guimarães Filho Laerte Bessa Maria do Carmo Lara Leo Alcântara Max Rosenmann Luciana Costa Neudo Campos Luiz Bassuma Sandro Matos Luiz Bittencourt Wladimir Costa vaga do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PSOL ocupa a vaga) Vadão Gomes Vinicius Carvalho Vital do Rêgo Filho PSDB/DEM/PPS vaga do PV Carlos Sampaio Cezar Silvestri Rodrigo de Castro Efraim Filho Walter Ihoshi Fernando de Fabinho (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN Leandro Sampaio ocupa a vaga) (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC Nilmar Ruiz /PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC Paulo Abi-ackel /PTdoB ocupa a vaga) Renato Amary PSB/PDT/PCdoB/PMN Ana Arraes Abelardo Camarinha Barbosa Neto Marcos Medrado vaga do PSDB/DEM/PPS Wolney Queiroz Chico Lopes Júlio Delgado PV (Dep. do PSDB/DEM/PPS Dr. Nechar ocupa a vaga) PSOL vaga do Ivan Valente PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque Santos Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152 Telefones: 3216-6920 A 6922 FAX: 3216-6925 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO Presidente: Jilmar Tatto (PT) 1º Vice-Presidente: João Maia (PR) 2º Vice-Presidente: Renato Molling (PP) 3º Vice-Presidente: José Guimarães (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB vaga do Alessandro Sabino Aline Corrêa PSDB/DEM/PPS Bernardo Ariston Edson Ezequiel vaga do PSDB/DEM/PPS Fernando Lopes Jilmar Tatto João Maia José Guimarães Jurandil Juarez Lúcio Vale vaga do PSDB/DEM/PPS Miguel Corrêa Antônio Andrade Armando Monteiro Assis do Couto Carlos Eduardo Cadoca Francisco Praciano Reginaldo Lopes Vicentinho Alves (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) Nelson Goetten Renato Molling Sérgio Moraes Osório Adriano (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) Guilherme Campos Leandro Sampaio Luiz Paulo Vellozo Lucas Moreira Mendes Vanderlei Macris Albano Franco vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Dr. Ubiali Laurez Moreira Marcelo Serafim Rogério Marinho PHS Miguel Martini Felipe Bornier Secretário(a): Anamélia Lima Rocha M. Fernandes Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33 Telefones: 3216-6601 A 6609 FAX: 3216-6610 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO Presidente: Angela Amin (PP) 1º Vice-Presidente: Filipe Pereira (PSC) 2º Vice-Presidente: Evandro Milhomen (PCdoB) 3º Vice-Presidente: Moises Avelino (PMDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Angela Amin Cezar Schirmer Chico Abreu Chico da Princesa vaga do PSDB/DEM/PPS Eliene Lima Jackson Barreto Filipe Pereira Paulo Roberto vaga do PSDB/DEM/PPS Flaviano Melo Paulo Teixeira José Airton Cirilo Raul Henry vaga do PSDB/DEM/PPS Ricardo Berzoini Lázaro Botelho Luiz Carlos Busato Rogerio Silva Marcelo Melo Vicentinho Mauro Mariani (Dep. do PV ocupa a vaga) Moises Avelino Zezéu Ribeiro (Dep. do PV ocupa a vaga) PSDB/DEM/PPS Carlos Brandão Arnaldo Jardim Fernando Chucre Francisco Rodrigues (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC Gustavo Fruet /PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC Renato Amary /PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do Rogerio Lisboa PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC /PTdoB ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Ademir Camilo Flávio Dino Evandro Milhomen Silvio Costa Uldurico Pinto (Dep. do PRB ocupa a vaga) PV vaga do vaga do José Paulo Tóffano Roberto Santiago PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB PRB vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Marcos Antonio Secretário(a): Romulo de Sousa Mesquita Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188 Telefones: 3216-6551/ 6554 FAX: 3216-6560 PSDB/DEM/PPS Fernando de Fabinho vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS Presidente: Pompeo de Mattos (PDT) 1º Vice-Presidente: Sebastião Bala Rocha (PDT) 2º Vice-Presidente: Sueli Vidigal (PDT) 3º Vice-Presidente: Cleber Verde (PRB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB vaga do PHS Airton Roveda Adão Pretto Guilherme Menezes Henrique Afonso Janete Rocha Pietá Iriny Lopes vaga do PSDB/DEM/PPS Lincoln Portela José Linhares Lucenira Pimentel Jusmari Oliveira Paulo Henrique Luiz Couto Lustosa Pastor Manoel Ferreira 3 vagas Pedro Wilson Suely Veloso (Dep. do PV ocupa a vaga) PSDB/DEM/PPS Affonso Camargo Eduardo Barbosa Geraldo Thadeu João Almeida (Dep. do PSOL ocupa a vaga) 3 vagas (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Pompeo de Mattos Janete Capiberibe Sebastião Bala Rocha 1 vaga vaga do PSDB/DEM/PPS Sueli Vidigal PHS (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB 1 vaga ocupa a vaga) PRB Cleber Verde 1 vaga PV vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antônio Roberto PSOL vaga do PSDB/DEM/PPS Chico Alencar Secretário(a): Márcio Marques de Araújo Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185 Telefones: 3216-6571 FAX: 3216-6580 COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA Presidente: João Matos (PMDB) 1º Vice-Presidente: Rogério Marinho (PSB) 2º Vice-Presidente: Osvaldo Reis (PMDB) 3º Vice-Presidente: Alex Canziani (PTB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB vaga do PSDB/DEM/PPS Alex Canziani Angela Portela Angelo Vanhoni Antonio Bulhões Antônio Carlos Biffi Arnon Bezerra Carlos Abicalil Costa Ferreira Fátima Bezerra Dalva Figueiredo Frank Aguiar Edgar Moury Gastão Vieira Elismar Prado Iran Barbosa Gilmar Machado João Matos José Linhares Joaquim Beltrão Márcio Reinaldo Moreira Lelo Coimbra Mauro Benevides vaga do PV Milton Monti Maria do Rosário Neilton Mulim Pedro Wilson Osvaldo Reis Renato Molling Professor Setimo Rodrigo Rocha Loures Raul Henry Saraiva Felipe Reginaldo Lopes (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) Waldir Maranhão (Dep. do PRB ocupa a vaga) PSDB/DEM/PPS Clóvis Fecury (Licenciado) Freire Júnior Izalci (Licenciado) João Oliveira Lira Maia Jorginho Maluly Lobbe Neto Paulo Magalhães Nice Lobão Paulo Renato Souza Nilmar Ruiz Professor Ruy Pauletti Pinto Itamaraty Raimundo Gomes de Matos Professora Raquel Teixeira Vic Pires Franco (Dep. do (Dep. do PV ocupa a vaga) PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PSOL ocupa a vaga) 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Alice Portugal Ariosto Holanda Átila Lira Dr. Ubiali Rogério Marinho Lídice da Mata Severiano Alves Luiza Erundina vaga do Paulo Rubem Santiago PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB PV (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) Dr. Talmir vaga do PSDB/DEM/PPS Marcelo Ortiz PRB Walter Brito Neto vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB PSOL vaga do PSDB/DEM/PPS Ivan Valente Secretário(a): Iracema Marques Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170 Telefones: 3216-6622/6625/6627/6628 FAX: 3216-6635 COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Presidente: Pedro Eugênio (PT) 1º Vice-Presidente: João Magalhães (PMDB) 2º Vice-Presidente: Félix Mendonça (DEM) 3º Vice-Presidente: Antonio Palocci (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Aelton Freitas Andre Vargas Antonio Palocci Carlos Souza Armando Monteiro Devanir Ribeiro Carlito Merss Eduardo Cunha Colbert Martins João Paulo Cunha Eduardo Amorim Magela João Leão Marcelo Almeida João Magalhães Maurício Quintella Lessa José Pimentel (Licenciado) Nelson Bornier Max Rosenmann Nelson Marquezelli Pedro Eugênio Paulo Maluf Pedro Novais Tarcísio Zimmermann Pepe Vargas Tonha Magalhães vaga do PV vaga do PSOL Ricardo Berzoini Vicente Arruda vaga do PSDB/DEM/PPS Rodrigo Rocha Loures Vilson Covatti Vignatti Wilson Santiago Virgílio Guimarães Zonta (Dep. do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) ocupa a vaga) 1 vaga PSDB/DEM/PPS vaga do Alfredo Kaefer Arnaldo Jardim PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Arnaldo Madeira Carlos Melles Duarte Nogueira João Bittar Félix Mendonça Fernando Coruja vaga do Guilherme Campos João Oliveira Jorge Khoury Julio Semeghini PSB/PDT/PCdoB/PMN Nelson Proença Júlio Cesar Luiz Carlos Hauly Luiz Carreira (Licenciado) Mussa Demes Paulo Renato Souza vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Osório Adriano Otavio Leite Rodrigo de Castro (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) Rômulo Gouveia PSB/PDT/PCdoB/PMN João Dado Manoel Junior Silvio Costa (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) PV (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) PSOL Ciro Gomes Dagoberto Julião Amin Osmar Júnior Fábio Ramalho (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) Secretário(a): Marcelle R C Cavalcanti Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136 Telefones: 3216-6654/6655/6652 FAX: 3216-6660 Luciana Genro COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE Presidente: Dr. Pinotti (DEM) 1º Vice-Presidente: João Oliveira (DEM) 2º Vice-Presidente: Paulo Pimenta (PT) 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Aníbal Gomes Augusto Farias Carlos Willian Cândido Vaccarezza Fernando Diniz Celso Russomanno vaga do PSDB/DEM/PPS Jaime Martins Eugênio Rabelo João Pizzolatti Eunício Oliveira Leonardo Quintão Geraldo Resende vaga do PSDB/DEM/PPS Paulo Pimenta João Magalhães Rogerio Silva José Genoíno Rubens Otoni José Mentor Vicentinho Alves Maria Lúcia Cardoso (Dep. do PRTB ocupa a vaga) Solange Almeida 1 vaga Wellington Roberto PSDB/DEM/PPS Custódio Mattos Ayrton Xerez Dr. Pinotti Duarte Nogueira João Oliveira Humberto Souto (Dep. do PHS ocupa a vaga) Manoel Salviano (Dep. do vaga do Moreira Mendes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT PSB/PDT/PCdoB/PMN C/PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PRB ocupa a vaga) Osório Adriano (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Damião Feliciano B. Sá Manato João Dado (Dep. do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PRB ocupa a vaga) ocupa a vaga) PRB vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Léo Vivas Marcos Antonio vaga do PSDB/DEM/PPS PHS Felipe Bornier vaga do PSDB/DEM/PPS PRTB vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Juvenil Secretário(a): Maria Linda Magalhães Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161 Telefones: 3216-6671 A 6675 FAX: 3216-6676 COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA Presidente: Adão Pretto (PT) 1º Vice-Presidente: Eduardo Amorim (PSC) 2º Vice-Presidente: Pedro Wilson (PT) 3º Vice-Presidente: Dr. Talmir (PV) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Adão Pretto Fernando Ferro Costa Ferreira Iran Barbosa Eduardo Amorim João Pizzolatti Fátima Bezerra Leonardo Monteiro Jurandil Juarez Lincoln Portela Pedro Wilson Mário de Oliveira Silas Câmara 4 vagas Suely 2 vagas PSDB/DEM/PPS Freire Júnior Eduardo Barbosa Geraldo Thadeu 4 vagas (Dep. do PSOL ocupa a vaga) 2 vagas PSB/PDT/PCdoB/PMN Luiza Erundina Paulo Pereira da Silva (Dep. do PRB ocupa a vaga) 1 vaga PV Dr. Talmir 1 vaga PRB vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Walter Brito Neto PSOL vaga do PSDB/DEM/PPS Chico Alencar Secretário(a): Sônia Hypolito Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122 Telefones: 3216-6692 / 6693 FAX: 3216-6700 COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Presidente: André de Paula (DEM) 1º Vice-Presidente: Ricardo Tripoli (PSDB) 2º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM) 3º Vice-Presidente: Marcos Montes (DEM) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Leonardo Monteiro Antonio Palocci Marcelo Almeida Beto Faro Mário de Oliveira Homero Pereira (Licenciado) Paulo Teixeira Iran Barbosa Rebecca Garcia Moacir Micheletto (Dep. do PV ocupa a vaga) Valdir Colatto (Dep. do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PV ocupa a vaga) ocupa a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa ocupa a vaga) a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa ocupa a vaga) a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa 1 vaga a vaga) PSDB/DEM/PPS vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN André de Paula Arnaldo Jardim Antonio Carlos Mendes Thame Augusto Carvalho Gervásio Silva vaga do Cezar Silvestri vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Jorge Khoury vaga do Marcos Montes vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Fábio Souto Germano Bonow PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Luiz Carreira (Licenciado) Marina Maggessi Moreira Mendes Ricardo Tripoli Rodovalho (Licenciado) Reinaldo Nogueira Edson Duarte vaga do vaga do Davi Alves Silva Júnior PV José Fernando Aparecido de Oliveira Secretário(a): Damaci Pires de Miranda Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56 Telefones: 3216-6711 / 6713 FAX: 3216-6720 Ciro Pedrosa PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Givaldo Carimbão vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Marcos Medrado Nilson Pinto Silvinho Peccioli Wandenkolk Gonçalves PSB/PDT/PCdoB/PMN (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) PV vaga do Antônio Roberto PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Sarney Filho Fernando Gabeira Secretário(a): Aurenilton Araruna de Almeida Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142 Telefones: 3216-6521 A 6526 FAX: 3216-6535 COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA Presidente: Luiz Fernando Faria (PP) 1º Vice-Presidente: Rose de Freitas (PMDB) 2º Vice-Presidente: Vander Loubet (PT) 3º Vice-Presidente: Rogerio Lisboa (DEM) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Alexandre Santos Aelton Freitas Andre Vargas Beto Mansur Bel Mesquita Chico D'angelo Carlos Alberto Canuto Edinho Bez Eduardo da Fonte Edson Ezequiel vaga do PSDB/DEM/PPS Eduardo Valverde Eliene Lima Ernandes Amorim Eliseu Padilha Fernando Ferro Hermes Parcianello José Otávio Germano Jorge Bittar José Santana de Vasconcellos Luiz Sérgio Luiz Fernando Faria Nelson Meurer Rose de Freitas Odair Cunha Simão Sessim Paulo Henrique Lustosa Vander Loubet Tadeu Filippelli Zé Geraldo Tatico (Dep. do PSDB/DEM/PPS Virgílio Guimarães ocupa a vaga) 1 vaga PSDB/DEM/PPS Arnaldo Jardim Edson Aparecido Betinho Rosado Felipe Maia Eduardo Sciarra Gervásio Silva Freire Júnior João Almeida Luiz Paulo Vellozo Lucas José Carlos Aleluia Marcio Junqueira Nilson Pinto Paulo Abi-ackel Rodrigo de Castro Rogerio Lisboa Vitor Penido (Dep. do Silvio Lopes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/ PTdoB ocupa a vaga) vaga do William Woo PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL Presidente: Marcondes Gadelha (PSB) 1º Vice-Presidente: Takayama (PSC) 2º Vice-Presidente: Perpétua Almeida (PCdoB) 3º Vice-Presidente: Íris de Araújo (PMDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB vaga do PSDB/DEM/PPS Átila Lins Arnon Bezerra Clodovil Hernandes Carlito Merss Décio Lima Carlos Wilson Dr. Rosinha Carlos Zarattini Edio Lopes João Matos George Hilton Leonardo Monteiro Ibsen Pinheiro Luciana Costa Íris de Araújo Luis Carlos Heinze Jair Bolsonaro Marcelo Itagiba Luiz Sérgio Nelson Trad Márcio Reinaldo Moreira Paes Landim Maria Lúcia Cardoso Pedro Eugênio Nilson Mourão Pedro Novais Sabino Castelo Branco Regis de Oliveira (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa Takayama a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS 2 vagas ocupa a vaga) PSDB/DEM/PPS Antonio Carlos Pannunzio Antonio Carlos Mendes Thame Augusto Carvalho Arnaldo Madeira vaga do Ayrton Xerez Bruno Araújo PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Claudio Cajado Francisco Rodrigues vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN João Almeida Professor Ruy Pauletti vaga do Raul Jungmann PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Renato Amary Sebastião Madeira Bruno Rodrigues Luiz Carlos Hauly Marina Maggessi Nelson Proença Walter Ihoshi William Woo (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC /PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Aldo Rebelo Júlio Delgado Eduardo Lopes Manoel Junior Marcondes Gadelha Rodrigo Rollemberg vaga do PSDB/DEM/PPS Perpétua Almeida Vieira da Cunha (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) PV José Fernando Aparecido de Fernando Gabeira Oliveira Secretário(a): Ana Cristina Silva de Oliveira Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125 Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737 FAX: 3216-6745 PSB/PDT/PCdoB/PMN Arnaldo Vianna Edmilson Valentim Julião Amin Átila Lira Brizola Neto Daniel Almeida COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Presidente: Raul Jungmann (PPS) 1º Vice-Presidente: Marina Maggessi (PPS) 2º Vice-Presidente: Pinto Itamaraty (PSDB) 3º Vice-Presidente: Marcelo Melo (PMDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antonio Carlos Biscaia Cristiano Matheus Arnaldo Faria de Sá Fátima Pelaes (Licenciado) vaga do PSDB/DEM/PPS Fernando Melo Hugo Leal Jair Bolsonaro Iriny Lopes Laerte Bessa José Eduardo Cardozo Lincoln Portela José Genoíno Marcelo Melo Marcelo Itagiba Mauro Lopes Neilton Mulim Paulo Pimenta Neucimar Fraga (Dep. do (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a a vaga) vaga) 1 vaga PSDB/DEM/PPS Abelardo Lupion Carlos Sampaio vaga do Alexandre Silveira Félix Mendonça PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Edmar Moreira João Campos Marina Maggessi vaga do PV Guilherme Campos William Woo (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) Pinto Itamaraty Raul Jungmann PSB/PDT/PCdoB/PMN Francisco Tenorio Givaldo Carimbão Ademir Camilo Enio Bacci vaga do Gonzaga Patriota PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB PV (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa (Dep. do PSOL ocupa a vaga) a vaga) PSOL vaga do PV Luciana Genro Secretário(a): Kátia da Consolação dos Santos Viana Local: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-C Telefones: 3216-6761 / 6762 FAX: 3216-6770 COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA Presidente: Jofran Frejat (PR) 1º Vice-Presidente: Rafael Guerra (PSDB) 2º Vice-Presidente: Maurício Trindade (PR) 3º Vice-Presidente: Raimundo Gomes de Matos (PSDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Aline Corrêa Antonio Cruz Angela Portela Clodovil Hernandes vaga do PSDB/DEM/PPS Antonio Bulhões Dr. Rosinha vaga do PSDB/DEM/PPS Geraldo Pudim Armando Abílio Arnaldo Faria de Sá Gorete Pereira Chico D'angelo Guilherme Menezes Cida Diogo Íris de Araújo Darcísio Perondi Janete Rocha Pietá Geraldo Resende Lelo Coimbra Henrique Afonso Luiz Bassuma Jofran Frejat Marcelo Castro José Linhares Mário Negromonte Maurício Rands Neilton Mulim Maurício Trindade Pastor Pedro Ribeiro Nazareno Fonteles Pepe Vargas Rita Camata Simão Sessim Roberto Britto 1 vaga Saraiva Felipe Solange Almeida Tonha Magalhães vaga do PSOL PSDB/DEM/PPS Eduardo Barbosa Andreia Zito Germano Bonow Dr. Pinotti vaga do PSOL João Bittar Fernando Coruja Leandro Sampaio Geraldo Thadeu Rafael Guerra Indio da Costa Raimundo Gomes de Matos João Campos (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PT Jorge Tadeu Mudalen doB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PT Leonardo Vilela doB ocupa a vaga) 2 vagas Nice Lobão Sebastião Madeira Thelma de Oliveira PSB/PDT/PCdoB/PMN Mário Heringer Jô Moraes Mauro Nazif Manato Paulo Rubem Santiago Valtenir Pereira (Dep. do PHS ocupa a Ribamar Alves vaga) PV Dr. Talmir Dr. Nechar PSOL (Dep. do (Dep. do PSDB/DEM/PPS PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PT ocupa a vaga) doB ocupa a vaga) PHS vaga do Miguel Martini PSB/PDT/PCdoB/PMN Secretário(a): Lin Israel Costa dos Santos Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145 Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786 FAX: 3216-6790 COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Presidente: Pedro Fernandes (PTB) 1º Vice-Presidente: Nelson Marquezelli (PTB) 2º Vice-Presidente: Elcione Barbalho (PMDB) 3º Vice-Presidente: Eudes Xavier (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Aracely de Paula Átila Lins Edgar Moury Carlos Alberto Canuto Elcione Barbalho Carlos Santana Eudes Xavier Edinho Bez vaga do PSDB/DEM/PPS Gorete Pereira Filipe Pereira Jovair Arantes Frank Aguiar Marco Maia Iriny Lopes vaga do PSDB/DEM/PPS João Pizzolatti Milton Monti Nelson Marquezelli José Otávio Germano Paulo Rocha Nelson Pellegrino Pedro Fernandes Tadeu Filippelli Pedro Henry (Licenciado) Vinicius Carvalho Sandro Mabel Walter Pinheiro Tarcísio Zimmermann vaga do PSDB/DEM/PPS Vicentinho Wilson Braga PSDB/DEM/PPS Andreia Zito Carlos Alberto Leréia Cláudio Magrão Eduardo Barbosa Thelma de Oliveira Freire Júnior (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PT João Campos doB ocupa a vaga) (Dep. do José Carlos Aleluia PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PT doB ocupa a vaga) (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) (Dep. do (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PT PSB/PDT/PCdoB/PMN doB ocupa a vaga) ocupa a vaga) 1 vaga 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Daniel Almeida Alice Portugal vaga do Manuela D'ávila Paulo Pereira da Silva PSDB/DEM/PPS (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) vaga do PSDB/DEM/PPS Renildo Calheiros Vanessa Grazziotin Maria Helena Mauro Nazif vaga do Sebastião Bala Rocha PSDB/DEM/PPS PV Roberto Santiago Edigar Mão Branca Secretário(a): Anamélia Ribeiro Correia de Araújo Local: Anexo II, Sala T 50 Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807 FAX: 3216-6815 COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO Presidente: Albano Franco (PSDB) 1º Vice-Presidente: Fábio Souto (DEM) 2º Vice-Presidente: Silvio Torres (PSDB) 3º Vice-Presidente: Marcelo Teixeira (PR) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Arnon Bezerra Afonso Hamm vaga do Carlos Eduardo Cadoca Alessandro Sabino PSDB/DEM/PPS Carlos Wilson Alex Canziani Deley Asdrubal Bentes Edinho Bez Eudes Xavier Eugênio Rabelo Fernando Lopes Francisco Rossi Joaquim Beltrão Gilmar Machado José Chaves Hermes Parcianello José Rocha vaga do PSDB/DEM/PPS Marcelo Teixeira Jurandil Juarez Sérgio Barradas Carneiro Miguel Corrêa PSDB/DEM/PPS Albano Franco Andreia Zito Fábio Souto Fernando Chucre Otavio Leite Jerônimo Reis (Licenciado) Silvio Torres Luiz Carlos Setim (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT Moreira Mendes C/PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT ocupa a vaga) C/PTdoB ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Brizola Neto Fábio Faria vaga do PSDB/DEM/PPS Lídice da Mata Laurez Moreira Manuela D'ávila Sueli Vidigal Valadares Filho Secretário(a): James Lewis Gorman Junior Local: Anexo II, Ala A , Sala 5,Térreo Telefones: 3216-6831 / 6832 / 6833 FAX: 3216-6835 COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES Presidente: Carlos Alberto Leréia (PSDB) 1º Vice-Presidente: Roberto Rocha (PSDB) 2º Vice-Presidente: Alexandre Silveira (PPS) 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Alberto Silva Camilo Cola Carlos Santana Carlos Zarattini Chico da Princesa Devanir Ribeiro Eliseu Padilha Gladson Cameli Hugo Leal Jackson Barreto Jurandy Loureiro Mauro Lopes Nelson Bornier Olavo Calheiros Ricardo Barros Aline Corrêa Anselmo de Jesus Celso Maldaner Décio Lima João Leão João Magalhães José Airton Cirilo Marco Maia Marinha Raupp Moises Avelino Pedro Chaves Pedro Fernandes Rita Camata Sandes Júnior vaga do Wellington Fagundes PSB/PDT/PCdoB/PMN vaga do PSDB/DEM/PPS Sandro Matos Tadeu Filippelli vaga do PSDB/DEM/PPS Wellington Roberto PSDB/DEM/PPS Alexandre Silveira Carlos Alberto Leréia Cláudio Diaz Ilderlei Cordeiro Lael Varella Roberto Rocha Vanderlei Macris (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Beto Albuquerque Davi Alves Silva Júnior Djalma Berger (Licenciado) Zezéu Ribeiro 1 vaga Affonso Camargo Arnaldo Jardim Claudio Cajado Fernando Chucre Geraldo Thadeu Julio Semeghini Paulo Bornhausen Rômulo Gouveia Silvio Torres Damião Feliciano Evandro Milhomen Gonzaga Patriota (Dep. do Giovanni Queiroz PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT C/PTdoB ocupa a vaga) PV Ciro Pedrosa José Paulo Tóffano Secretário(a): Ruy Omar Prudencio da Silva Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175 Telefones: 3216-6853 A 6856 FAX: 3216-6860 COMISSÕES TEMPORÁRIAS COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ANALISAR PROPOSIÇÕES LEGISLATIVAS QUE TENHAM POR OBJETIVO O COMBATE À PIRATARIA. Presidente: Pedro Chaves (PMDB) 1º Vice-Presidente: Guilherme Campos (DEM) 2º Vice-Presidente: Julio Semeghini (PSDB) 3º Vice-Presidente: Celso Russomanno (PP) Relator: Maria do Rosário (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antonio Carlos Biscaia Arnaldo Faria de Sá Celso Russomanno Bilac Pinto Jurandil Juarez Eduardo Valverde Maria do Rosário Laerte Bessa Maurício Quintella Lessa Marco Maia Nelson Marquezelli Mauro Lopes Pedro Chaves Paulo Henrique Lustosa Regis de Oliveira Renato Molling Tarcísio Zimmermann Waldir Maranhão PSDB/DEM/PPS Arnaldo Jardim Augusto Carvalho Duarte Nogueira Carlos Sampaio Guilherme Campos Emanuel Fernandes Julio Semeghini Freire Júnior Professora Raquel Teixeira 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Marcelo Serafim Beto Albuquerque Vanessa Grazziotin 1 vaga PV José Fernando Aparecido de Oliveira Lindomar Garçon PRB Marcos Antonio 1 vaga Secretário(a): Maria de Fátima Moreira Local: Anexo II - Pavimento Superior, Sala 150-A Telefones: 3216-6204 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR, ATÉ O DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2008, A APLICAÇÃO DAS SEGUINTES LEIS DE ANISTIA: LEI Nº 8878/1994, QUE "DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE ANISTIA"; LEI Nº 10.790/2003, QUE "CONCEDE ANISTIA A DIRIGENTES OU REPRESENTANTES SINDICAIS E TRABALHADORES PUNIDOS POR PARTICIPAÇÃO EM MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO"; LEI Nº 11.282/2006, QUE "ANISTIA OS TRABALHADORES DA EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS-ECT PUNIDOS EM RAZÃO DA PARTICIPAÇÃO EM MOVIMENTO GREVISTA"; E LEI Nº 10.559/2002, QUE "REGULAMENTA O ARTIGO 8º DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". Presidente: Daniel Almeida (PCdoB) 1º Vice-Presidente: Claudio Cajado (DEM) 2º Vice-Presidente: Tarcísio Zimmermann (PT) 3º Vice-Presidente: Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Aracely de Arnaldo Faria de Sá Paula Chico Abreu Carlito Merss Elcione Barbalho Carlos Santana Fernando Ferro Fátima Bezerra Fernando Lopes Filipe Pereira George Hilton Luiz Couto Magela 3 vagas Tarcísio Zimmermann vaga do PSDB/DEM/PPS Wilson Braga 1 vaga PSDB/DEM/PPS Eduardo Andreia Zito Barbosa Emanuel Arnaldo Jardim Fernandes Claudio Cajado 3 vagas João Almeida (Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga) PSB/PDT/PCdoB/PMN Pompeo de Daniel Almeida Mattos Reinaldo Lídice da Mata Nogueira PV Fernando Sarney Filho Gabeira PHS Felipe Bornier 1 vaga Secretário(a): José Maria Aguiar de Castro Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216.6209 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 31-A, DE 2007, DO SR. VIRGÍLIO GUIMARÃES, QUE "ALTERA O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL, UNIFICA A LEGISLAÇÃO DO IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO, DENTRE OUTRAS PROVIDÊNCIAS". Presidente: Antonio Palocci (PT) 1º Vice-Presidente: Edinho Bez (PMDB) 2º Vice-Presidente: Paulo Renato Souza (PSDB) 3º Vice-Presidente: Humberto Souto (PPS) Relator: Sandro Mabel (PR) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antonio Palocci Átila Lins Armando Monteiro Carlos Zarattini Carlito Merss Celso Maldaner Cezar Schirmer Eduardo Valverde Edinho Bez João Leão Gastão Vieira João Maia Gerson Peres Jorge Bittar Lelo Coimbra Luiz Carlos Busato Paulo Maluf Márcio Reinaldo Moreira Pepe Vargas Odair Cunha Sandro Mabel Pedro Chaves Virgílio Guimarães Rodrigo Rocha Loures PSDB/DEM/PPS Eduardo Sciarra Alfredo Kaefer Humberto Souto Arnaldo Jardim Luiz Carlos Hauly Carlos Melles Mussa Demes Jorge Khoury Otavio Leite Júlio Cesar Paulo Bornhausen Leonardo Vilela Paulo Renato Souza Wandenkolk Gonçalves PSB/PDT/PCdoB/PMN Ana Arraes Francisco Tenorio Chico Lopes João Dado Miro Teixeira Manoel Junior PV Fábio Ramalho Sarney Filho PSOL Luciana Genro Ivan Valente Secretário(a): Eveline Alminta Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216.6211 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 98-A, DE 2007, DO SENHOR OTÁVIO LEITE, QUE "ACRESCENTA A ALÍNEA (E) AO INCISO VI DO ART. 150 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", INSTITUINDO IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SOBRE OS FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAIS PRODUZIDOS NO BRASIL, CONTENDO OBRAS MUSICAIS OU LÍTERO-MUSICAIS DE AUTORES BRASILEIROS, E/OU OBRAS EM GERAL INTERPRETADAS POR ARTISTAS BRASILEIROS, BEM COMO OS SUPORTES MATERIAIS OU ARQUIVOS DIGITAIS QUE OS CONTENHAM. Presidente: Décio Lima (PT) 1º Vice-Presidente: Arnaldo Jardim (PPS) 2º Vice-Presidente: Marcelo Serafim (PSB) 3º Vice-Presidente: Chico Alencar (PSOL) Relator: José Otávio Germano (PP) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antônio Andrade Fernando Ferro Bilac Pinto Lincoln Portela Chico D'angelo Mendes Ribeiro Filho Décio Lima Sabino Castelo Branco Elismar Prado 5 vagas Frank Aguiar José Otávio Germano Luiz Bittencourt Nelson Trad PSDB/DEM/PPS Albano Franco Leandro Sampaio Arnaldo Jardim Professora Raquel Teixeira Davi Alcolumbre 3 vagas Marcos Montes Otavio Leite PSB/PDT/PCdoB/PMN Marcelo Serafim 2 vagas Vanessa Grazziotin PV Edigar Mão Branca 1 vaga PSOL Chico Alencar 1 vaga Secretário(a): Angélica Fialho Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216-6218 / 3216-6232 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 130-A, DE 2007, DO SR. MARCELO ITAGIBA, QUE "REVOGA O INCISO X DO ART. 29; O INCISO III DO ART. 96; AS ALÍNEAS 'B' E 'C' DO INCISO I DO ART. 102; A ALÍNEA 'A' DO INCISO I DO ART. 105; E A ALÍNEA “A” DO INCISO I DO ART. 108, TODOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL" (REVOGA DISPOSITIVOS QUE GARANTEM A PRERROGATIVA DE FORO OU “FORO PRIVILEGIADO”). Presidente: Dagoberto (PDT) 1º Vice-Presidente: Jorge Tadeu Mudalen (DEM) 2º Vice-Presidente: Paulo Abi-ackel (PSDB) 3º Vice-Presidente: Gonzaga Patriota (PSB) Relator: Regis de Oliveira (PSC) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Aníbal Gomes Átila Lins Arnon Bezerra Fátima Pelaes (Licenciado) Eduardo Valverde Marcelo Itagiba Fernando Ferro Maurício Quintella Lessa João Pizzolatti Nilson Mourão Jorge Bittar Pedro Fernandes Laerte Bessa Rubens Otoni Regis de Oliveira Sandes Júnior Vicente Arruda Virgílio Guimarães PSDB/DEM/PPS Alexandre Silveira Antonio Carlos Pannunzio Jorge Tadeu Mudalen Geraldo Thadeu Osório Adriano William Woo Paulo Abi-ackel 2 vagas Ricardo Tripoli PSB/PDT/PCdoB/PMN Dagoberto Paulo Rubem Santiago Gonzaga Patriota 1 vaga PV Fábio Ramalho 1 vaga PHS Felipe Bornier Miguel Martini Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro Marques Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216.6214 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 22-A, DE 1999, DO SENHOR ENIO BACCI, QUE "AUTORIZA O DIVÓRCIO APÓS 1 (UM) ANO DE SEPARAÇÃO DE FATO OU DE DIREITO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS", ALTERANDO O DISPOSTO NO ARTIGO 226, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Presidente: José Carlos Araújo (PR) 1º Vice-Presidente: Cândido Vaccarezza (PT) 2º Vice-Presidente: Geraldo Pudim (PMDB) 3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM) Relator: Joseph Bandeira (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Arnaldo Faria de Sá Angela Portela Cândido Vaccarezza Carlos Zarattini Geraldo Pudim Luciano Castro José Carlos Araújo Mendes Ribeiro Filho Joseph Bandeira Reginaldo Lopes Marcelo Guimarães Filho Roberto Britto Maria Lúcia Cardoso 3 vagas Rebecca Garcia Sérgio Barradas Carneiro PSDB/DEM/PPS Bruno Araújo Bonifácio de Andrada Fernando Coruja Otavio Leite Jutahy Junior 3 vagas Mendonça Prado Roberto Magalhães PSB/PDT/PCdoB/PMN Valadares Filho 2 vagas Wolney Queiroz PV Roberto Santiago 1 vaga PSOL Luciana Genro Chico Alencar Secretário(a): José Maria Aguiar de Castro Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216-6232 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308-A, DE 2004, DO SR. NEUTON LIMA, QUE "ALTERA OS ARTS. 21, 32 E 144, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO AS POLÍCIAS PENITENCIÁRIAS FEDERAL E ESTADUAIS". Presidente: Nelson Pellegrino (PT) 1º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PR) 2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB) 3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM) Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Afonso Hamm Arnon Bezerra Arnaldo Faria de Sá Eduardo Valverde Fernando Melo Fernando Ferro Iriny Lopes Francisco Rossi Laerte Bessa José Guimarães Marcelo Itagiba Leonardo Picciani Nelson Pellegrino Lincoln Portela Neucimar Fraga 2 vagas Vital do Rêgo Filho PSDB/DEM/PPS Mendonça Prado Alexandre Silveira Raul Jungmann Ayrton Xerez Rodrigo de Castro Edson Aparecido William Woo Pinto Itamaraty 1 vaga 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Francisco Tenorio João Dado Sueli Vidigal 1 vaga PV Marcelo Ortiz Dr. Talmir PSOL Chico Alencar Secretário(a): Mário Dráusio Oliveira de A. Coutinho Local: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-A Telefones: 3216-6203 / 3216-6232 FAX: 3216-6225 1 vaga COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 471-A, DE 2005, DO SR. JOÃO CAMPOS, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO PARÁGRAFO 3º DO ARTIGO 236 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", ESTABELECENDO A EFETIVAÇÃO PARA OS ATUAIS RESPONSÁVEIS E SUBSTITUTOS PELOS SERVIÇOS NOTARIAIS, INVESTIDOS NA FORMA DA LEI. Presidente: Sandro Mabel (PR) 1º Vice-Presidente: Waldir Neves (PSDB) 2º Vice-Presidente: Roberto Balestra (PP) 3º Vice-Presidente: Tarcísio Zimmermann (PT) Relator: João Matos (PMDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Alex Canziani Arnaldo Faria de Sá Andre Vargas Dr. Rosinha João Matos João Carlos Bacelar José Genoíno Luiz Bassuma Leonardo Quintão Moacir Micheletto Nelson Bornier Nelson Meurer Roberto Balestra (Licenciado) Nelson Trad Sandro Mabel Odair Cunha Tarcísio Zimmermann Regis de Oliveira PSDB/DEM/PPS Gervásio Silva Carlos Alberto Leréia Humberto Souto Guilherme Campos João Campos Raul Jungmann Jorge Tadeu Mudalen Zenaldo Coutinho Waldir Neves 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Dagoberto Djalma Berger (Licenciado) Gonzaga Patriota Valadares Filho PV Marcelo Ortiz Ciro Pedrosa PHS Miguel Martini Felipe Bornier Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216-6207/6232 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 483-A, DE 2005, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 89 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS", INCLUINDO OS SERVIDORES PÚBLICOS, CIVIS E MILITARES, CUSTEADOS PELA UNIÃO ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 1991, NO QUADRO EM EXTINÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL DO EX - TERRITÓRIO FEDERAL DE RONDÔNIA. Presidente: Mauro Nazif (PSB) 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Relator: Eduardo Valverde (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Anselmo de Jesus Lucenira Pimentel Eduardo Valverde Marcelo Melo Ernandes Amorim Sabino Castelo Branco Fátima Pelaes (Licenciado) Valdir Colatto Gorete Pereira Zequinha Marinho Marinha Raupp 4 vagas Natan Donadon Rebecca Garcia 1 vaga PSDB/DEM/PPS Andreia Zito Carlos Alberto Leréia Jorginho Maluly Eduardo Barbosa Moreira Mendes Ilderlei Cordeiro Urzeni Rocha 2 vagas 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Maria Helena Sebastião Bala Rocha Mauro Nazif 1 vaga PV Lindomar Garçon Antônio Roberto PRB Léo Vivas 1 vaga Secretário(a): Maria de Fátima Moreira Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216-6204/6232 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 511-A, DE 2006, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 62 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA DISCIPLINAR A EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS", ESTABELECENDO QUE A MEDIDA PROVISÓRIA SÓ TERÁ FORÇA DE LEI DEPOIS DE APROVADA A SUA ADMISSIBILIDADE PELO CONGRESSO NACIONAL, SENDO O INÍCIO DA APRECIAÇÃO ALTERNADO ENTRE A CÂMARA E O SENADO. Presidente: Cândido Vaccarezza (PT) 1º Vice-Presidente: Regis de Oliveira (PSC) 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Bruno Araújo (PSDB) Relator: Leonardo Picciani (PMDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Cândido Vaccarezza Augusto Farias Gerson Peres Fernando Ferro José Eduardo Cardozo Geraldo Pudim José Genoíno Ibsen Pinheiro Leonardo Picciani João Magalhães Mendes Ribeiro Filho José Mentor Paes Landim Lúcio Vale Regis de Oliveira Michel Temer Vicente Arruda Rubens Otoni PSDB/DEM/PPS Bruno Araújo Bonifácio de Andrada Humberto Souto Edson Aparecido João Almeida Fernando Coruja José Carlos Aleluia Fernando de Fabinho Roberto Magalhães João Oliveira PSB/PDT/PCdoB/PMN Dr. Ubiali Flávio Dino Wolney Queiroz 1 vaga PV Marcelo Ortiz Roberto Santiago PRB Léo Vivas 1 vaga Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216-6207 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 549-A, DE 2006, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "ACRESCENTA PRECEITO ÀS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS, DISPONDO SOBRE O REGIME CONSTITUCIONAL PECULIAR DAS CARREIRAS POLICIAIS QUE INDICA". Presidente: Vander Loubet (PT) 1º Vice-Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB) 2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB) 3º Vice-Presidente: José Mentor (PT) Relator: Regis de Oliveira (PSC) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Arnaldo Faria de Sá Angelo Vanhoni Décio Lima Eliene Lima Jair Bolsonaro José Otávio Germano José Mentor Marcelo Melo Laerte Bessa Marinha Raupp Marcelo Itagiba Paes Landim Neilton Mulim Sandro Mabel Regis de Oliveira Valdir Colatto Vander Loubet 1 vaga PSDB/DEM/PPS Alexandre Silveira Abelardo Lupion João Campos Carlos Sampaio Jorginho Maluly Pinto Itamaraty Rogerio Lisboa Silvinho Peccioli William Woo 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Francisco Tenorio Flávio Dino Vieira da Cunha João Dado PV Marcelo Ortiz Dr. Talmir PRB Léo Vivas Cleber Verde Secretário(a): Valdivino Tolentino Filho Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216-6206/6232 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1 DE 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE "DISPÕE SOBRE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO A PARTIR DE 2007 E ESTABELECE DIRETRIZES PARA A SUA POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DE 2008 A 2023". Presidente: Júlio Delgado (PSB) 1º Vice-Presidente: Paulo Pereira da Silva (PDT) 2º Vice-Presidente: Íris de Araújo (PMDB) 3º Vice-Presidente: Felipe Maia (DEM) Relator: Roberto Santiago (PV) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Arnaldo Faria de Sá Aline Corrêa Edgar Moury Carlos Alberto Canuto Íris de Araújo Dr. Adilson Soares Marco Maia Eudes Xavier Pedro Eugênio José Guimarães Pedro Henry (Licenciado) Nelson Pellegrino Reinhold Stephanes (Licenciado) 3 vagas Sandro Mabel Tarcísio Zimmermann PSDB/DEM/PPS Felipe Maia Andreia Zito Fernando Coruja Efraim Filho Francisco Rodrigues Fernando Chucre José Aníbal Fernando de Fabinho Paulo Renato Souza Leandro Sampaio PSB/PDT/PCdoB/PMN Júlio Delgado Daniel Almeida Paulo Pereira da Silva Sergio Petecão PV Roberto Santiago Lindomar Garçon PRB Léo Vivas Secretário(a): Valdivino Tolentino Filho Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A s/ 170 Telefones: 3216.6206 FAX: 3216.6225 1 vaga COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 630, DE 2003, DO SENHOR ROBERTO GOUVEIA, QUE "ALTERA O ART. 1º DA LEI N.º 8.001, DE 13 DE MARÇO DE 1990, CONSTITUI FUNDO ESPECIAL PARA FINANCIAR PESQUISAS E FOMENTAR A PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E TÉRMICA A PARTIR DA ENERGIA SOLAR E DA ENERGIA EÓLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" (FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA). Presidente: Rodrigo Rocha Loures (PMDB) 1º Vice-Presidente: Rodrigo Rollemberg (PSB) 2º Vice-Presidente: Arnaldo Jardim (PPS) 3º Vice-Presidente: Duarte Nogueira (PSDB) Relator: Fernando Ferro (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Bernardo Ariston Airton Roveda Ernandes Amorim Aline Corrêa Fernando Ferro Aníbal Gomes João Maia Carlos Abicalil José Guimarães Eudes Xavier Neudo Campos Nazareno Fonteles Paulo Henrique Lustosa 3 vagas Paulo Teixeira Rodrigo Rocha Loures PSDB/DEM/PPS Antonio Carlos Mendes Thame Alfredo Kaefer Arnaldo Jardim Guilherme Campos Betinho Rosado Silvio Lopes Duarte Nogueira Urzeni Rocha José Carlos Aleluia 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Arnaldo Vianna 2 vagas Rodrigo Rollemberg PV Edson Duarte Antônio Roberto PRB Léo Vivas Cleber Verde Secretário(a): Heloísa Pedrosa Diniz Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216.6201 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1.481, DE 2007, QUE "ALTERA A LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996, E A LEI Nº 9.998, DE 17 DE AGOSTO DE 2000, PARA DISPOR SOBRE O ACESSO A REDES DIGITAIS DE INFORMAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE ENSINO". (FUST) Presidente: Marcelo Ortiz (PV) 1º Vice-Presidente: Vilson Covatti (PP) 2º Vice-Presidente: Lobbe Neto (PSDB) 3º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM) Relator: Paulo Henrique Lustosa (PMDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Bilac Pinto Andre Vargas Colbert Martins Angela Amin Jorge Bittar Dr. Adilson Soares Magela Eudes Xavier Paulo Henrique Lustosa Paulo Teixeira Paulo Roberto Rebecca Garcia Raul Henry 3 vagas Vilson Covatti Walter Pinheiro PSDB/DEM/PPS Jorge Khoury Julio Semeghini Leandro Sampaio Lobbe Neto Vic Pires Franco Ariosto Holanda Reinaldo Nogueira Arnaldo Jardim Eduardo Sciarra Emanuel Fernandes Paulo Bornhausen Professora Raquel Teixeira PSB/PDT/PCdoB/PMN 2 vagas PV Marcelo Ortiz Fernando Gabeira PHS Felipe Bornier Secretário(a): Fernando Maia Leão Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216.6205 FAX: 3216.6225 Miguel Martini COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1610, DE 1996, DO SENADO FEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A EXPLORAÇÃO E O APROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERAIS EM TERRAS INDÍGENAS, DE QUE TRATAM OS ARTS. 176, PARÁGRAFO PRIMEIRO, E 231, PARÁGRAFO TERCEIRO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL". Presidente: Edio Lopes (PMDB) 1º Vice-Presidente: Bel Mesquita (PMDB) 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Relator: Eduardo Valverde (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Adão Pretto Celso Maldaner Asdrubal Bentes Colbert Martins Bel Mesquita Fernando Ferro Dalva Figueiredo Jurandil Juarez Edio Lopes Neudo Campos Eduardo Valverde Paulo Roberto Ernandes Amorim Paulo Rocha José Otávio Germano Vignatti Lúcio Vale 1 vaga PSDB/DEM/PPS João Almeida Arnaldo Jardim Marcio Junqueira Paulo Abi-ackel Moreira Mendes Pinto Itamaraty Urzeni Rocha Waldir Neves Vitor Penido 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Maria Helena 2 vagas Perpétua Almeida PV José Fernando Aparecido de Oliveira Fernando Gabeira PHS Felipe Bornier Miguel Martini Secretário(a): Maria Terezinha Donati Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216-6215 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1.627, DE 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE "DISPÕE SOBRE OS SISTEMAS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO, REGULAMENTA A EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DESTINADAS AO ADOLESCENTE, EM RAZÃO DE ATO INFRACIONAL, ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI NO 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990, QUE DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". Presidente: Givaldo Carimbão (PSB) 1º Vice-Presidente: Eduardo Barbosa (PSDB) 2º Vice-Presidente: Luiz Couto (PT) 3º Vice-Presidente: Felipe Bornier (PHS) Relator: Rita Camata (PMDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antônio Andrade Fátima Pelaes (Licenciado) Eduardo Valverde Leonardo Monteiro Elcione Barbalho Luciana Costa Jofran Frejat Maria do Carmo Lara Luiz Couto Maria do Rosário Pedro Wilson Paulo Henrique Lustosa Rita Camata 3 vagas Sérgio Moraes Vilson Covatti PSDB/DEM/PPS Alceni Guerra Andreia Zito Eduardo Barbosa Jorginho Maluly Lobbe Neto Raimundo Gomes de Matos Moreira Mendes 2 vagas Nilmar Ruiz PSB/PDT/PCdoB/PMN Givaldo Carimbão Manuela D'ávila Sueli Vidigal Paulo Rubem Santiago PV Antônio Roberto Marcelo Ortiz PHS Felipe Bornier Miguel Martini Secretário(a): Fernando Maia Leão Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216-6205 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1921, DE 1999, DO SENADO FEDERAL, QUE INSTITUI A TARIFA SOCIAL DE ENERGIA ELÉTRICA PARA CONSUMIDORES DE BAIXA RENDA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Presidente: Leandro Sampaio (PPS) 1º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB) 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: João Pizzolatti (PP) Relator: Carlos Zarattini (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Alexandre Santos Adão Pretto Carlos Zarattini Carlos Alberto Canuto Ernandes Amorim Neudo Campos Fernando Ferro Nilson Mourão Jackson Barreto Pedro Fernandes João Pizzolatti Tonha Magalhães Moises Avelino 3 vagas Pedro Wilson Vicentinho Alves PSDB/DEM/PPS Edson Aparecido Arnaldo Jardim José Carlos Aleluia Augusto Carvalho Leandro Sampaio Bruno Araújo Luiz Carlos Hauly Fábio Souto Silvinho Peccioli Fernando de Fabinho PSB/PDT/PCdoB/PMN Ana Arraes Chico Lopes Sueli Vidigal Dagoberto PV Fábio Ramalho Roberto Santiago PRB Léo Vivas 1 vaga Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro Marques Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216-6214 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 3057, DE 2000, DO SENHOR BISPO WANDERVAL, QUE "INCLUI § 2º NO ART. 41, DA LEI Nº 6.766, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979, NUMERANDO-SE COMO PARÁGRAFO 1º O ATUAL PARÁGRAFO ÚNICO", ESTABELECENDO QUE PARA O REGISTRO DE LOTEAMENTO SUBURBANO DE PEQUENO VALOR IMPLANTADO IRREGULARMENTE ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 1999 E REGULARIZADO POR LEI MUNICIPAL, NÃO HÁ NECESSIDADE DE APROVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO POR OUTRO ÓRGÃO. Presidente: Maria do Carmo Lara (PT) 1º Vice-Presidente: Marcelo Melo (PMDB) 2º Vice-Presidente: Angela Amin (PP) 3º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM) Relator: Renato Amary (PSDB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Angela Amin Alex Canziani Carlos Eduardo Cadoca Beto Mansur José Eduardo Cardozo Celso Maldaner José Guimarães Celso Russomanno Luiz Bittencourt Edson Santos (Licenciado) Luiz Carlos Busato Homero Pereira (Licenciado) Marcelo Melo José Airton Cirilo Maria do Carmo Lara Joseph Bandeira 1 vaga Zezéu Ribeiro PSDB/DEM/PPS Arnaldo Jardim Bruno Araújo Ayrton Xerez Cezar Silvestri Fernando Chucre Eduardo Sciarra Jorge Khoury Gervásio Silva vaga do PSOL Renato Amary Ricardo Tripoli Solange Amaral PSB/PDT/PCdoB/PMN Arnaldo Vianna Chico Lopes 1 vaga Gonzaga Patriota PV José Paulo Tóffano Sarney Filho PSOL (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a Ivan Valente vaga) Secretário(a): Leila Machado Campos Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216.6212 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 334, DE 2007, DO SENADO FEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO, PROCESSAMENTO, TRANSPORTE, ARMAZENAGEM, LIQUEFAÇÃO, REGASEIFICAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE GÁS NATURAL", ALTERANDO A LEI Nº 9.478, DE 1997, NO QUE DIZ RESPEITO AO GÁS NATURAL, INCLUINDO O GÁS CANALIZADO. Presidente: Max Rosenmann (PMDB) 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Relator: João Maia (PR) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Alex Canziani Arnaldo Faria de Sá Andre Vargas Beto Mansur Bel Mesquita Carlos Zarattini Fernando Ferro Dalva Figueiredo João Maia Dr. Rosinha Marcelo Guimarães Filho Geraldo Pudim Max Rosenmann João Carlos Bacelar Nelson Meurer Marinha Raupp Vander Loubet Paes Landim PSDB/DEM/PPS Arnaldo Jardim Edson Aparecido Arnaldo Madeira João Almeida Eduardo Sciarra Jorge Khoury José Carlos Aleluia Leandro Sampaio Luiz Paulo Vellozo Lucas Luiz Carreira (Licenciado) PSB/PDT/PCdoB/PMN Brizola Neto Edmilson Valentim Rodrigo Rollemberg Francisco Tenorio PV José Fernando Aparecido de Oliveira Ciro Pedrosa PSOL Ivan Valente 1 vaga Secretário(a): Fernando Maia Leão Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216-6205 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 3937, DE 2004, DO SR. CARLOS EDUARDO CADOCA, QUE "ALTERA A LEI Nº 8.884, DE 11 DE JUNHO DE 1994, QUE TRANSFORMA O CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA (CADE) EM AUTARQUIA, DISPÕE SOBRE A PREVENÇÃO E A REPRESSÃO ÀS INFRAÇÕES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". Presidente: Vignatti (PT) 1º Vice-Presidente: João Magalhães (PMDB) 2º Vice-Presidente: Eduardo da Fonte (PP) 3º Vice-Presidente: Silvinho Peccioli (DEM) Relator: Ciro Gomes (PSB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Augusto Farias Carlos Willian Carlos Eduardo Cadoca João Maia Cezar Schirmer Marcelo Guimarães Filho Eduardo da Fonte Marco Maia João Magalhães Paes Landim Magela Ricardo Barros Miguel Corrêa Vadão Gomes Sandro Mabel 2 vagas Vignatti PSDB/DEM/PPS Antonio Carlos Mendes Thame Fernando de Fabinho Cezar Silvestri Luiz Paulo Vellozo Lucas Efraim Filho Waldir Neves Luiz Carlos Hauly Walter Ihoshi Silvinho Peccioli 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Ciro Gomes Evandro Milhomen Dr. Ubiali Fernando Coelho Filho PV Antônio Roberto Dr. Nechar PHS Miguel Martini Felipe Bornier Secretário(a): Heloisa Pedrosa Diniz. Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216.6201 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 5.186, DE 2005, DO PODER EXECUTIVO, QUE "ALTERA A LEI Nº 9.615, DE 24 DE MARÇO DE 1998, QUE INSTITUI NORMAS GERAIS SOBRE DESPORTO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". Presidente: Marcelo Guimarães Filho (PMDB) 1º Vice-Presidente: Arnaldo Faria de Sá (PTB) 2º Vice-Presidente: Silvio Torres (PSDB) 3º Vice-Presidente: Guilherme Campos (DEM) Relator: José Rocha (PR) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Arnaldo Faria de Sá Deley Asdrubal Bentes Luiz Carlos Busato Dr. Rosinha Marcelo Teixeira Eudes Xavier Mendes Ribeiro Filho Eugênio Rabelo Vital do Rêgo Filho Gilmar Machado 4 vagas Hermes Parcianello José Rocha Marcelo Guimarães Filho PSDB/DEM/PPS Guilherme Campos Zenaldo Coutinho Humberto Souto 4 vagas Luiz Carlos Hauly Silvinho Peccioli Silvio Torres PSB/PDT/PCdoB/PMN Fábio Faria Marcos Medrado Manuela D'ávila Paulo Pereira da Silva PV Ciro Pedrosa 1 vaga PSOL Luciana Genro Ivan Valente Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade Local: Anexo II - Pavimento superior - sala 170-A Telefones: 3216.6207 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 6.264, DE 2005, DO SENADO FEDERAL, QUE "INSTITUI O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL". Presidente: Carlos Santana (PT) 1º Vice-Presidente: Damião Feliciano (PDT) 2º Vice-Presidente: Eduardo Barbosa (PSDB) 3º Vice-Presidente: Janete Rocha Pietá (PT) Relator: Antônio Roberto (PV) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Carlos Santana Dalva Figueiredo Dr. Adilson Soares Dr. Rosinha Janete Rocha Pietá Gilmar Machado José Linhares Jusmari Oliveira Leonardo Quintão Paulo Roberto Pastor Manoel Ferreira Tonha Magalhães Paulo Henrique Lustosa 3 vagas Veloso Vicentinho PSDB/DEM/PPS Abelardo Lupion Andreia Zito Eduardo Barbosa Gervásio Silva João Almeida Guilherme Campos Raul Jungmann Ronaldo Caiado 1 vaga 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Damião Feliciano Edmilson Valentim Evandro Milhomen Paulo Rubem Santiago PV Antônio Roberto 1 vaga PHS Felipe Bornier Miguel Martini Secretário(a): Mário Dráusio de Azeredo Coutinho Local: Anexo II - Pavimento Superior, sala 170-A Telefones: 3216.6203 FAX: 32166225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 694, DE 1995, QUE "INSTITUI AS DIRETRIZES NACIONAIS DO TRANSPORTE COLETIVO URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Angela Amin Aline Corrêa Chico da Princesa Carlito Merss Francisco Praciano Edinho Bez Jackson Barreto Gilmar Machado José Airton Cirilo Jurandy Loureiro Mauro Lopes Jusmari Oliveira Pedro Chaves Luiz Carlos Busato Pedro Eugênio Paulo Teixeira Pedro Fernandes Ratinho Junior PSDB/DEM/PPS Affonso Camargo Carlos Sampaio Arnaldo Jardim Cláudio Diaz Eduardo Sciarra Geraldo Thadeu Fernando Chucre Nilmar Ruiz 1 vaga Vitor Penido PSB/PDT/PCdoB/PMN Chico Lopes Julião Amin 1 vaga Silvio Costa PV José Fernando Aparecido de Oliveira 1 vaga PSOL 1 vaga 1 vaga Secretário(a): COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.161, DE 2006, DO SENADO FEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE O SISTEMA DE CONSÓRCIOS". Presidente: Aelton Freitas (PR) 1º Vice-Presidente: Max Rosenmann (PMDB) 2º Vice-Presidente: Alfredo Kaefer (PSDB) 3º Vice-Presidente: João Dado (PDT) Relator: Alex Canziani (PTB) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Aelton Freitas Angelo Vanhoni Alex Canziani Carlos Eduardo Cadoca Alexandre Santos Carlos Zarattini Beto Mansur Celso Russomanno Décio Lima Fernando Lopes Max Rosenmann Giacobo Reginaldo Lopes Paes Landim Rita Camata Regis de Oliveira 1 vaga Renato Molling PSDB/DEM/PPS Alfredo Kaefer Claudio Cajado Luiz Carlos Hauly Eduardo Sciarra Moreira Mendes Silvio Torres Vitor Penido 2 vagas 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN João Dado Barbosa Neto Valtenir Pereira Laurez Moreira PV 1 vaga 1 vaga PSOL 1 vaga 1 vaga Secretário(a): Heloísa Maria Moulin Pedrosa Diniz Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, sala 170 Telefones: 3216.6201 FAX: 3216.6225 (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) PSDB/DEM/PPS Alfredo Kaefer Cláudio Diaz Augusto Carvalho Silvio Lopes Mussa Demes 3 vagas Zenaldo Coutinho 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Alice Portugal Pompeo de Mattos (Dep. do PRB ocupa a Arnaldo Vianna vaga) Paulo Rubem Santiago vaga do COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, DE 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE "ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". Presidente: Tadeu Filippelli (PMDB) 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Relator: Márcio Reinaldo Moreira (PP) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB José Eduardo Hugo Leal Cardozo Márcio Reinaldo José Santana de Vasconcellos Moreira Milton Monti Lelo Coimbra vaga do PSOL Paes Landim Leo Alcântara Paulo Teixeira Luiz Couto Pedro Chaves Maurício Rands Pepe Vargas Pedro Eugênio Rita Camata Renato Molling Tadeu Filippelli Vital do Rêgo Filho 1 vaga PSDB/DEM/PPS Arnaldo Madeira Arnaldo Jardim Humberto Souto Bruno Araújo Jorge Khoury Carlos Alberto Leréia Jorginho Maluly Eduardo Sciarra Luiz Carlos Hauly Marcos Montes PSB/PDT/PCdoB/PMN Francisco Tenorio Osmar Júnior Julião Amin Valtenir Pereira PV Dr. Talmir Roberto Santiago PSOL (Dep. do Luciana Genro PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga) Secretário(a): Maria Terezinha Donati Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216-6215 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR AS SOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMO SOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NA RESOLUÇÃO N º 29, DE 1993. Presidente: Paulo Teixeira (PT) 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes PMDB Colbert Martins PT Paulo Teixeira PSDB Paulo Abi-ackel Secretário(a): Eugênia Kimie Suda Camacho Pestana Local: Anexo II, CEDI, 1º Piso Telefones: 3216-5600 FAX: 3216-5605 COMISSÃO ESPECIAL DESTINA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE "ACRESCE DISPOSITIVO À LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000". (PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO - PAC) Presidente: Nelson Meurer (PP) 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Relator: José Pimentel (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Armando Monteiro Fátima Bezerra Eduardo Valverde Gorete Pereira Flaviano Melo Luiz Fernando Faria José Pimentel (Licenciado) Paes Landim Leonardo Quintão Rodrigo Rocha Loures Lúcio Vale 4 vagas Mauro Benevides Nelson Meurer COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM A FINALIDADE DE INVESTIGAR ESCUTAS TELEFÔNICAS CLANDESTINAS/ILEGAIS, CONFORME DENÚNCIA PUBLICADA NA REVISTA "VEJA", EDIÇÃO 2022, Nº 33, DE 22 DE AGOSTO DE 2007. Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB) 1º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSC) 2º Vice-Presidente: Paulo Abi-ackel (PSDB) 3º Vice-Presidente: Alexandre Silveira (PPS) Relator: Nelson Pellegrino (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Arnaldo Faria de Sá Antonio Carlos Biscaia Colbert Martins Carlos Willian Domingos Dutra Joseph Bandeira Hugo Leal Laerte Bessa Iriny Lopes Luiz Carlos Busato Lincoln Portela Marcelo Melo Luiz Couto Maurício Quintella Lessa Marcelo Guimarães Filho Nelson Bornier PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB PV Fernando Gabeira Edson Duarte PHS Felipe Bornier Miguel Martini PRB Marcos Antonio vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Secretário(a): Angélica Fialho Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216-6218 FAX: 32166225 Marcelo Itagiba Nelson Pellegrino Simão Sessim 1 vaga Nilson Mourão Ricardo Barros 2 vagas PSDB/DEM/PPS Alexandre Silveira Edmar Moreira João Campos Jorge Khoury Jorginho Maluly Marina Maggessi Paulo Abi-ackel William Woo vaga do PSOL Francisco Rodrigues Gustavo Fruet Marcio Junqueira Mendonça Prado Raul Jungmann Renato Amary Vanderlei Macris PSB/PDT/PCdoB/PMN Francisco Tenorio Manoel Junior Marcos Medrado Dr. Ubiali Pompeo de Mattos Rodrigo Rollemberg PV Sarney Filho PSOL (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) Secretário(a): Saulo Augusto Pereira Local: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-B Telefones: (0xx61) 3216-6276 FAX: (0xx61) 3216-6285 Edson Duarte 1 vaga COMISSÃO EXTERNA PARA ACOMPANHAR A APURAÇÃO DAS DENÚNCIAS DE ABUSOS SEXUAIS SOFRIDOS PELA ADOLESCENTE MANTIDA EM CELA COM 20 HOMENS, NO MUNICÍPIO DE ABAETETUBA/PA. Coordenador: Luiza Erundina (PSB) Titulares Suplentes PMDB Bel Mesquita Elcione Barbalho PT Cida Diogo Luiz Couto Maria do Rosário Zé Geraldo PSDB Zenaldo Coutinho DEM Lira Maia PR Jusmari Oliveira PSB Luiza Erundina Secretário(a): Valdivino Tolentino Local: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-A Telefones: 3216-6206/6232 FAX: 3216-6225 GRUPO DE TRABALHO PARA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS. Coordenador: Cândido Vaccarezza (PT) Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antonio Palocci Asdrubal Bentes Cândido Vaccarezza José Mentor Mauro Benevides Nelson Marquezelli Paulo Maluf Regis de Oliveira Rita Camata Sandro Mabel Sérgio Barradas Carneiro PSDB/DEM/PPS Arnaldo Jardim Bruno Araújo Bruno Rodrigues José Carlos Aleluia Ricardo Tripoli 1 vaga PSB/PDT/PCdoB/PMN Flávio Dino Miro Teixeira 1 vaga PV Marcelo Ortiz Secretário(a): Luiz Claudio Alves dos Santos Local: Anexo II, Ala A, sala 153 Telefones: 3215-8652/8 FAX: 3215-8657 GRUPO DE TRABALHO PARA EFETUAR ESTUDO EM RELAÇÃO À EVENTUAL INCLUSÃO EM ORDEM DO DIA DE PROJETOS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, SOBRE DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL, SOB A COORDENAÇÃO DO SENHOR DEPUTADO JOÃO CAMPOS. Titulares Suplentes PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Antonio Carlos Biscaia Arnaldo Faria de Sá Marcelo Itagiba Neucimar Fraga Vinicius Carvalho PSDB/DEM/PPS João Campos Raul Jungmann Roberto Magalhães PSB/PDT/PCdoB/PMN Abelardo Camarinha Flávio Dino Vieira da Cunha Secretário(a): . GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A ESTUDAR O REMANEJAMENTO DO ESPAÇO FÍSICO DAS LIDERANÇAS PARTIDÁRIAS. Coordenador: Hugo Leal (PSC) Titulares Suplentes PMDB Osmar Serraglio Vital do Rêgo Filho PT Walter Pinheiro PSDB Sebastião Madeira PR Luciano Castro PP Nelson Meurer PDT Mário Heringer PSC Hugo Leal PMN Silvio Costa Secretário(a): . GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A EXAMINAR O PARECER PROFERIDO PELA COMISSÃO ESPECIAL AO PROJETO DE LEI Nº 203, DE 1991, QUE DISPÕE SOBRE O ACONDICIONAMENTO, A COLETA, O TRATAMENTO, O TRANSPORTE E A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, COM VISTAS A VIABILIZAR, JUNTO À CASA, A DELIBERAÇÃO SOBRE A MATÉRIA. Coordenador: Arnaldo Jardim (PPS) Titulares Suplentes PMDB Lelo Coimbra Marcelo Almeida Paulo Henrique Lustosa PT Fernando Ferro Paulo Teixeira PSDB Paulo Abi-ackel DEM Jorge Khoury PR Maurício Quintella Lessa PP José Otávio Germano PSB Luiza Erundina PTB Armando Monteiro PPS Arnaldo Jardim PV Dr. Nechar Secretário(a): Leila Machado Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216-6212 FAX: 3216-6225 PODER LEGISLATIVO SENADO FEDERAL SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL PREÇO DE ASSINATURA SEMESTRAL Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) Porte do Correio Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 58,00 R$ 488,40 R$ 546,40 ANUAL Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) Porte do Correio Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 116,00 R$ 976,80 R$ 1.092,80 NÚMEROS AVULSOS Valor do Número Avulso Porte Avulso R$ 0,50 R$ 3,70 ORDEM BANCÁRIA UG – 020055 GESTÃO – 00001 Os pedidos deverão ser acompanhados de Nota de empenho, a favor do FUNSEEP ou fotocópia da Guia de Recolhimento da União-GRU, que poderá ser retirada no SITE: http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru/gru–simples.asp Código de Recolhimento apropriado e o número de referência: 20815-9 e 00002 e o código da Unidade Favorecida – UG/GESTÃO: 020055/00001 preenchida e quitada no valor correspondente à quantidade de assinaturas pretendidas e enviar a esta Secretaria. OBS: NÃO SERÁ ACEITO CHEQUE VIA CARTA PARA EFETIVAR ASSINATURA DOS DCN’S. Maiores informações pelo telefone (0XX–61) 3311-3803, FAX: 3311-1053, Serviço de Administração Econômica Financeira/Controle de Assinaturas, falar com, Mourão ou Solange. Contato internet: 3311-4107 SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES PRAÇA DOS TRÊS PODERES, AV. N/2, S/Nº – BRASÍLIA–DF CNPJ: 00.530.279/0005–49 CEP 70 165–900 EDIÇÃO DE HOJE: 392 PÁGINAS (OS: 15415/2008)