Programa de
Capacitação e Treinamento
“CHEFIA E LIDERANÇA CRISTÃ NO SERVIÇO
DE ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA”
CURSO EXPEDITO
Duque de Caxias
2013
Todos os direitos autorais reservados ao Autor.
Curso Expedito
“Chefia e Liderança Cristã no Serviço
de Assistência Humanitária”
Autor:
Marcello Silva da Costa – Diretor Geral
Serviço Nacional de Capelania Pós-Desastre
BRASIL
2013
Sobre o Autor:
Resumo do Curriculum Vitae
GRADUAÇÃO: Curso de Formação de Oficiais, pela Escola de Formação e
Aperfeiçoam ento de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio
de Janeiro / EsFAO-CBMERJ, de 1991/1993.
ESPECIALIZAÇÃO:
•
Curso de Inteligência em Defesa Civil, pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro, em 2012 (em andamento).
•
Curso Superior de Comando de Oficiais, pela Escola Superior de
Com ando de Bombeiro Militar, em 2009.
•
Pós-graduação Lato-Sensu em Gerenciamento Estratégico nas
Organizações, pelo CEPERJ, em 2009.
•
Pós-graduação
Lato-Sensu
em
Administração
Escolar,
pela
Universidade Gama Filho, de 2001/2002.
•
Pós-graduação Lato-Sensu em Gerenciamento Operacional nas Organizações, pela Universidade Estácio de
Sá, em 2002.
•
Curso de Gerenciamento de Incidentes Críticos, pela Academia de Polícia da Louisiana – Baton Rouge -
Louisiana – EUA, em 2006.
•
Administração e Planejamento para Redução de Desastre, pela Secretaria Nacional de Defesa Civil do
Ministério da Integração Nacional – Brasil, em 2003.
•
Curso de Sistema de Comando de Incidentes / Incident Command Sistem – ICS, Governo dos Estados
Unidos da América (USDA FS) – EUA, em 2004.
•
Curso de Avaliação de Danos, pela Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional
– Brasil, em 2004.
EXPERIÊNCIA ACADÊMICA E PROFISSIONAL:
•
Professor, Palestrante e Conferencista sobre Ações de Redução de Desastre e Serviço Voluntário na Emergência.
•
Atual Secretário Municipal de Defesa Civil do Município de Duque de Caxias – RJ.
•
Atual Diretor Geral do SERVIÇO NACIONAL DE CAPELANIA PÓS-DESASTRE (SENCAP). Ênfase: Assistência
Humanitária e Ministério de Socorros em favor das vítimas de Desastres, desde Dezembro/2008.
•
•
Instrutor e Palestrante da Rede SOS Global no Brasil.
Antigo Diretor do Centro de Treinamento para Emergências (CETREM) da Subsecretaria Municipal de Defesa
Civil na Cidade do Rio de Janeiro, de Março/2010 a Julho/2012.
•
Antigo Comandante do Centro de Instrução Especializada de Bombeiros - CIEB, do CBMERJ, em 2010.
•
Antigo Diretor do Centro de Acolhimento de Benfica - CAB, da Fundação Leão XIII, em 2006 e 2007.
•
Antigo Professor Titular da Disciplina “DEFESA CIVIL” na Escola Superior de Comando de Bombeiro Militar ESCBM, de 2005 a 2008.
•
Autor de 01 (um) Capítulo do Manual de Administração de Abrigos Temporários. 1ª ed. Secretaria de Estado da
Defesa Civil do Rio de Janeiro. – Rio de Janeiro: SEDEC-RJ, 2006. “CAPÍTULO 2 – ADMINISTRAÇÃO DE
ABRIGOS”, em 2006.
•
Antigo Membro da Equipe Técnica da Companhia de Recursos Minerais (CPRM) - Serviço Geológico do Brasil,
que criou o “CADASTRO DE OCORRÊNCIAS DE INUNDAÇÕES”, em 2006.
CONTATO:
Celular: (21) 9818-9172
Email (pessoal): [email protected]
Email (funcional): [email protected]
Site: www.sencapbrasil.com.br
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Índice
Página
O VOLUNTARIADO NO BRASIL E NA ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA. ....................................... 7
FINALIDADE ........................................................................................................................... 7
OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................... 7
1—O VOLUNTARIADO NO BRASIL ......................................................................................... 8
2— O SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA E A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
VOLUNTÁRIO ....................................................................................................................... 10
2.1—AS AÇÕES DE ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA ......................................................... 11
2.2—SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO VOLUNTÁRIO, PRECISAMOS DEFINIR BEM,
ALGUMAS QUESTÕES:.................................................................................................... 14
2.3—PRESTADOR DE SERVIÇO VOLUNTÁRIO: QUAL É A SUA RELAÇÃO COM O
DESASTRE?..................................................................................................................... 15
2.4—PRESTADOR DE SERVIÇO VOLUNTÁRIO: QUAL É A SUA CONDIÇÃO NO
DESASTRE? SOCORRISTA OU VÍTIMA? .......................................................................... 16
3—O VOLUNTÁRIO E A DOUTRINA DE VOLUNTARIADO ................................................... 18
3.1—VOCÊ SERVE PARA PRESTAR UM SERVIÇO VOLUNTÁRIO? ............................... 19
3.2—A FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO ....................................... 20
3.3—PARADIGMAS QUE APOIAM À PROMOÇÃO DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO NO
BRASIL............................................................................................................................. 21
3.4—QUEM SÃO OS ATORES NO SERVIÇO VOLUNTÁRIO? ............................................ 22
3.5—A EMPREGABILIDADE DOS RECURSOS HUMANOS NO SERVIÇO VOLUNTÁRIO 23
4—AS PECULIARIDADES DA ARREGIMENTAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA O
SERVIÇO VOLUNTÁRIO ...................................................................................................... 23
4.1—PARA A ADMISSÃO AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO...................................................... 26
4.2—O QUE É SER VOLUNTÁRIO? ................................................................................. 26
4.3—O QUE MUDOU NO PERFIL DO VOLUNTÁRIO?....................................................... 27
CONCLUSÃO............................................................................................................................ 27
PENSAMENTO.......................................................................................................................... 27
_______________________________ Chefia e Liderança no Serviço de Assistência Humanitária
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PARADIGMAS DA CHEFIA E LIDERANÇA. .............................................................................. 29
1—LIDERANÇA .................................................................................................................... 30
1.1 —O QUE É LIDERANÇA? ........................................................................................... 30
2—TEORIAS DA LIDERANÇA ............................................................................................... 31
3— TIPOS DE LIDERANÇA................................................................................................... 32
4— PECULIARIDADES DA LIDERANÇA............................................................................... 33
5— DIFERENÇAS NA LIDERANÇA ...................................................................................... 35
5.1. O CHEFE E O LÍDER ................................................................................................. 36
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 36
PENSAMENTO.......................................................................................................................... 37
AS RELAÇÕES DE PODER NA CHEFIA E LIDERANÇA. .......................................................... 39
1—O PODER ........................................................................................................................ 40
1.1—FORMAS DE PODER ............................................................................................... 41
1.2—REFLEXÕES NECESSÁRIAS.................................................................................... 43
1.3—PODER REAL x PODER ECLESIÁSTICO .................................................................. 43
2—SENTIMENTOS DE PODER ............................................................................................ 45
2.1—UMA ANÁLISE DO PODER EM RELAÇÃO À “POTÊNCIA” ......................................... 46
2.2—UMA ANÁLISE DO PODER EM RELAÇÃO À “POLÍTICA” ........................................... 47
2.3—UMA ANÁLISE DO PODER EM RELAÇÃO À “FORMA” .............................................. 49
3—TENDO BOAS RELAÇÕES COM O PODER .................................................................... 51
4—EU QUERO USAR BEM O MEU PODER.......................................................................... 52
4.1—AQUELE QUE PRETENDE EXERCER O PODER PRECISA: ..................................... 53
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 55
PENSAMENTO.......................................................................................................................... 55
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 56
_______________________________ Chefia e Liderança no Serviço de Assistência Humanitária
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Aula 01
O Voluntariado no Brasil e na
Assistência Humanitária.
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O VOLUNTARIADO NO BRASIL E NA ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA.
FINALIDADE
Apresentar aos participantes os indicadores e paradigmas que auxiliam na
definição e no processo de seleção do prestador de serviço voluntário; como
também, ajudá-los a discernir o tipo de voluntário para integrar equipes
técnicas e/ou participar de trabalhos sociais, educacionais, hospitalares,
emergenciais e outros no serviço de assistência humanitária.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ao terminar desta aula o participante será capaz de:
•
Citar 02 (duas) atividades de um projeto de assistência à população
vitimada.
•
Citar o número e a data da Lei do Voluntário.
•
Citar os 03 (três) tipos de atores no serviço voluntário.
ANOTAÇÕES:______________________________________________________________
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1 — O VOLUNTARIADO NO BRASIL
“O voluntariado nasce porque há uma necessidade de resposta perante situações de
desigualdade e injustiça social.”1
“Ações voluntárias crescem a cada ano, estimuladas pelo aumento da conscientização
social.”2
Acredita-se que a primeira forma de voluntariado no Brasil surgiu em 1543,
quando foi fundada a primeira Santa Casa de Misericórdia, na Vila de Santos,
com as atividades sendo conduzidas por padres e freiras.
Desde a época da colonização, atividades voluntárias são realizadas em solos
brasileiros. O que mudou, ao longo do tempo, foi o entendimento sobre o papel
do voluntário, passando a constituir-se no que é hoje: uma atitude cívica de
consciência social e solidariedade.
Na segunda metade do século XIX, para conter a disseminação de doenças
contagiosas... educandários, asilos e hospícios foram criados e destinados à
assistência social dos necessitados. O forte caráter assistencialista e
filantrópico, estimulado, principalmente, pela população mais favorecida que
deu o tom das atividades voluntárias.
Em 1863, é criada a Cruz Vermelha, e chega ao Brasil em 1908. A partir daí,
novas formas de voluntariado foram surgindo no país, como o Escotismo, a
criação da Legião da Boa Vontade (LBV) e da Pastoral da Criança, o
surgimento do Centro de Valorização da Vida (CVV) e de diversas ONGs.
Na década de 90, formas mais modernas de atuação social começam a
aparecer pelo Brasil, onde entidades do Terceiro Setor (entidades sem fins
lucrativos e não governamentais) passam a incorporar conceitos, filosofias e
procedimentos vindos do Segundo Setor (entidades privadas), buscando
parcerias, mas sem perder a identidade e missão.
Autor não mencionado. Encontrado no Site do Instituto da Mama – RS, link: História do Voluntariado, em 05/04/2007.
Encontrado no Site do Centro de Ação Voluntária de Curitiba – PR, link: O Voluntariado no Brasil: da Caridade à Consciência Social, em
12/06/2009.
1
2
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Instituído pela Lei Federal de nº 7.352, de 28 de agosto de 1985, o Dia
Nacional do Voluntariado, busca reconhecer e destacar o trabalho das
pessoas que doam tempo, trabalho e talento, de maneira voluntária, para
causas de interesse social e para o bem da comunidade.
Para se adequar às exigências desse voluntariado moderno, em 1995, o
Presidente da república Federativa do Brasil, Fernando Henrique Cardoso3,
cria o Conselho da Comunidade Solidária.
No ano seguinte, o Conselho se une à “Fundação ABRINQ4” criando o
“Programa de Estímulo ao Trabalho Voluntário no Brasil” para promover o
conceito e a prática da cidadania no país, oferecendo canais organizados para
ação voluntária, por meio da criação de núcleos de voluntários em grandes
cidades do país, os chamados Centros de Voluntários.
Em 1998, institui-se a Lei Federal n° 9.608, de 18 de Fevereiro, que dispõe
sobre o serviço voluntário e dá outras providências.
Em 2000, é lançado o “Portal do Voluntário5”, fruto de uma parceria entre o
Programa Voluntários da Comunidade Solidária, Globo.com e TV Globo. Esta
ferramenta visa promover uma nova cultura de trabalho voluntário no Brasil. O
Portal busca resgatar e destacar as experiências dos que já atuam em causas
voluntárias e oferecem conhecimentos, oportunidades e alternativas para os
que desejam começar.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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3 Fernando Henrique Cardoso (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1931) é um sociólogo, professor universitário e político brasileiro. Foi o trigésimo
quarto presidente da República Federativa do Brasil, cargo que exerceu por dois mandatos consecutivos, de 1° de janeiro de 1995 a 1° de
janeiro de 2003. Foi também o primeiro presidente reeleito da História do país.
4 Fundação ABRINQ (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Instituição sem fins lucrativos, foi criada em 1990 - ano da
promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente - com o objetivo de mobilizar a sociedade para questões relacionadas aos direitos da
infância e da adolescência.
5 Portal do Voluntário, lançado em 05 de dezembro de 2000, o Portal surgiu como plataforma de continuidade do Programa Voluntários, da
Comunidade Solidária. Criado em parceira com a Rede Globo, a Globo.com e a IBM Brasil, o Portal agora é V2V Brasil e usa a ferramenta de
gestão de voluntariado corporativo em diversas empresas.
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2 —
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O SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA E A
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO VOLUNTÁRIO
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.”6
“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte
com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra. Estando as
nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; caindo a árvore para o sul ou para o
norte, no lugar em que cair, aí ficará.”7
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil8, a Assistência
humanitária é toda e qualquer ação que contribua, de forma imediata e
eficaz, para minimizar o efeito de catástrofes naturais, conflitos armados ou
convulsões sociais numa determinada região.
O Grupo Interministerial sobre Assistência Humanitária Internacional GIAHI foi criado pelo decreto de 21 de junho de 2006 e reúne 11 Ministérios
que atuam na área de assistência humanitária. Seus principais objetivos são os
de coordenar os esforços brasileiros de ajuda humanitária internacional; e
formular propostas de projetos de lei que visem autorização lato-sensu para
ações humanitárias internacionais empreendidas pelo Brasil.
À semelhança, a Defesa Civil está mobilizando e organizando o GRUPO
INTERSETORIAL SOBRE ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA MUNICIPAL GIAHM para reunir segmentos organizados da sociedade e voluntários para
atuarem na área de assistência humanitária na Cidade do Rio de Janeiro. Seus
principais objetivos são os de coordenar os esforços intersetoriais de ajuda
humanitária municipal; e formular propostas de projetos que visem
empreender ações humanitárias em toda Cidade do Rio de Janeiro.
6 Autor Mateus, o discípulo de Jesus Cristo. Livro “O Evangelho Segundo Mateus”, capítulo 5, verso 6. Bíblia de Estudos de Genebra, edição
Revista e Atualizada da tradução de João Ferreira de Almeida.
Autor deste texto foi, provavelmente, rei Salomão. A passagem trata sobre o procedimento prudente do sábio. Está registrada
no Livro “Eclesiastes”, capítulo 11, versos 1 a 3. Bíblia de Estudos de Genebra, edição Revista e Atualizada da tradução de João
Ferreira de Almeida.
8 Disponível em: <http://www.assistenciahumanitaria.mre.gov.br/sobre-a-assistencia>. Acesso em: 10 mai 2010.
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ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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2.1 — AS AÇÕES DE ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA
Com o objetivo de minimizar os efeitos danosos e prejudiciais deixados por
desastres, a Assistência Humanitária integra as ações de Resposta aos
Desastres, na fase de Assistência à População Vitimada por desastre.
(PNDC9, 2004)
As ações de Assistência às Populações Vitimadas por desastres compreendem
as atividades:
• Logísticas;
• de Segurança e Proteção;
• Assistenciais (de vestuário, alimentação, água potável e outros);
• de Promoção da Saúde.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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Os Projetos de Assistência às Populações Vitimadas compreendem as
seguintes atividades logísticas principais:
• estruturação e organização de depósitos de suprimentos;
• controle dos meios de transportes e dos serviços de
abastecimento;
PNDC, Política Nacional de Defesa Civil aprovada pelo Conselho Nacional de Defesa Civil (CONDEC) através da Resolução
MIN n° 2, de 12/12/1994, publicada na Seção I do Diário Oficial de 02/01/1995. Disponível em: <www.defesacivil.gov.br>. Acesso
em 22 Mai 2010.
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• estruturação e organização de serviços de tratamento e
purificação de água, de triagem (identificação, separação e
validade para consumo) de alimentos perecíveis e não-perecíveis;
• estruturação e organização de sistemas de parqueamento de
veículos motorizados e não-motorizados;
• estruturação e organização de sistemas de recebimento,
armazenamento e de distribuição de gêneros alimentícios ou não;
• suprimento de água potável e provisão de alimentos;
• suprimento de donativos, como: roupas, agasalhos e outros;
• organização e administração de abrigos temporários;
• prestação de serviços de retirada de 2ª Via de Documentos
essenciais;
• prestação de serviços, especialmente corte de cabelo, banho,
lavanderia e passaderia.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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_____________________________________________________________
Quanto às atividades principais de Segurança, esses projetos compreendem:
• identificação e cadastramento das vítimas do desastre;
• controle de pessoal e de material;
• instalações adequadas e em boas condições ocupacionais de
segurança e proteção;
• controle e gerenciamento das informações;
• implementação do serviço de guarda-volumes;
• segurança e vigilância patrimonial;
• segurança e/ou policiamento ostensivo.
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ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
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Quanto às atividades principais assistenciais, esses projetos compreendem:
• triagem socioeconômica e cadastramento das famílias vítimas
do desastre;
• manutenção e reforço dos laços familiares e das relações de
vizinhança;
• estruturação e organização do serviço de apoio às famílias das
vítimas desaparecidas no desastre;
• estruturação e organização de serviços para a assistência de
idosos, dos portadores de necessidades especiais e de crianças
perdidas;
• instalação de Centros de Informações Comunitárias e de
Comunicação Social;
• mobilização comunitária e desenvolvimento de mutirões para
apoio ao serviço de assistência humanitária.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
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Quanto às atividades principais relacionadas com a promoção da saúde,
esses projetos compreendem:
• arrumação, limpeza e higienização dos abrigos temporários;
• saneamento básico emergencial;
• controle de vetores, pragas e hospedeiros;
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• controle epidemiológico;
• educação para a saúde;
• proteção da saúde mental e bucal;
• atividades recreativas e/ou de exercícios laborais;
• assistência médica primária e transferência de hospitalização,
quando necessário.
Todo o Serviço de Assistência Humanitária é implementado com base
no Sistema de Coordenação de Incidentes (ICS10), de modo que todo o
processo de desenvolvimento e implementação das ações é orientado,
monitorado (presencialmente e por relatórios), avaliado internamente e
submetido à apreciação das autoridades competentes, e por fim, divulgado os
seus resultados à população.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
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2.2 — SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO VOLUNTÁRIO, PRECISAMOS
DEFINIR BEM, ALGUMAS QUESTÕES:
“Todo o MISSIONÁRIO pode ser VOLUNTÁRIO.
Mas, nem todo o VOLUNTÁRIO é MISSIONÁRIO.”
O Missionário e o Voluntário possuem papéis muito diferentes na assistência
humanitária.
10 ICS, Incident Command Sistem (Sistema de Comando de Incidente), um modelo (Norte-americano) com alto potencial de
eficiência e eficácia nos resultados, adaptado para o Sistema de Coordenação de Incidentes na Cidade do Rio de Janeiro que
vem sendo utilizado na defesa civil municipal desde 2009.
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O Missionário (pessoa com uma missão) é aquele que assume uma responsabilidade
de participar de uma tarefa (executando ou gerenciando), do início até o seu
cumprimento, ou até o seu término.
O Voluntário, a princípio, é aquele que NÃO tem a responsabilidade de participar
integralmente de uma tarefa (do início ao fim). Mas, ele dá a sua contribuição
(executando tarefas) em algum momento da missão, desejando que esta chegue ao
seu final com sucesso.
Nem todo o Missionário pode exercer um trabalho voluntário. Como também, há
Voluntário que NÃO pode assumir o compromisso integral de participação de uma
missão, como o Missionário.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
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2.3 — PRESTADOR DE SERVIÇ
ÇO VOLUNTÁRIO: QUAL É A SUA RELAÇÃO
COM O DESASTRE?
Nos dias atuais, tornou-se muito importante para aquele que tem uma missão
(missionário), seja esta voluntária ou não, aprender a discernir bem o cenário
de risco de desastre que o seu campo de trabalho (região, meio ambiente,
costume, etc.) está inserido, no que é referente ao grau de risco da população
vulnerável a desastres naturais, humanos e mistos.
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A análise e a avaliação de risco nos cenários permitirão ao missionário
(prestador de serviço voluntário - membro de equipe):
•
Desenvolver, com qualidade, a sua percepção de risco de desastre;
•
Reduzir
o
amadorismo
para
participar
de
ações
preventivas,
assistenciais, de socorro e recuperativas de proteção civil;
•
Elaborar ou participar de planos operativos, de contingência e de
escape ou evacuação;
•
Atuar e cumprir os seus objetivos e metas ministeriais, com maior
probabilidade de sobrevivência nas regiões de alta vulnerabilidade.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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2.4 — PRESTADOR DE SERVIÇ
ÇO VOLUNTÁRIO: QUAL É A SUA CONDIÇÃO
NO DESASTRE? SOCORRISTA OU VÍTIMA?
Ainda que um missionário venha se preparando durante muitos anos para atuar
em favor das vítimas de desastres. O que irá, realmente, definir se a
oportunidade tão esperada chegou, é o seu estado de necessidade no pósdesastre.
O socorrista não pode ser vítima!
Importante!
Aquele que pretende prestar socorros às vítimas de um desastre, não pode
depender dos recursos locais de assistência humanitária, nem estar envolvido
emocionalmente com o cenário.
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Portanto, o missionário deverá, nas circunstâncias adversas, avaliar-se, a fim de
identificar o seu verdadeiro estado de necessidade após a ocorrência de um
desastre. Nunca deixando de lembrar a Escala de Prioridades da Vida Cristã
na Emergência11:
1°) Deus – Não esquecer de amar a Deus sobre todas as coisas e
sob todas as adversidades. Isto te ajudará a manter o bom ânimo e
renovar as esperanças. (Mt 22:37; Jo 16:33)
2°) Eu – Estando bem resolvido com o primeiro item. Caso você
tenha sofrido ferimentos leves ou graves, ou perdas materiais
relacionadas à sobrevivência; você deve dedicar-se a prover para
si, tratamento de saúde, reservas de alimento e água potável. Caso
esteja, emocionalmente, afetado pelo desastre; você deve,
respectivamente: a) procurar assistência médica e/ou deixar-se ser
tratado pelos agentes de saúde; b) procurar e/ou deixar-se ser
assistido por psicólogos. (Fp 4:10-20)
3°) Família - Estando bem resolvido com o primeiro e segundo
itens. Caso, a sua família tenha sofrido ferimentos leves ou graves,
e/ou esteja, emocionalmente, afetada pelo desastre; você deve
procurar assistência médica para ela e permanecer presente junto
a ela, para auxiliá-la no que se fizer necessário; (Sl 68:6a; Gl 6:10)
4°) Trabalho - Estando bem resolvido nos 03 (três) primeiros itens.
Mesmo em situações de emergência, nem todos os segmentos de
trabalho interrompem as suas atividades de trabalho, parando de
funcionar. Você não pode esquecer que assumiu um compromisso
de prestação de serviço, do qual você recebe remuneração e tem
condições de garantir o sustento e a segurança da sua família. É
A Escala de Prioridades da Vida Cristã na Emergência é uma estratégia adotada pelo Serviço Nacional de Capelania PósDesastre no treinamento de capelães no serviço de voluntariado cristão nas emergências. Disponível em:
<www.sencapbrasil.blogspot.com>. Acesso: xxx.
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pelo fruto do seu trabalho que você também: a) obedece a Deus; b)
leva os dízimos e as ofertas que mantêm a obra de Deus; c) dá
bom testemunho; d) fortalece as alianças de amizade e confiança
com seus colegas e chefias; e) garante o seu próprio sustento e a
manutenção de suas próprias necessidades; f) abençoa a sua
família no suprimento de suas necessidades. (1Ts 4:11)
5°) Igreja - Estando bem resolvido nos 04 (quatro) primeiros itens.
Neste momento, você está apto para servir a Deus e ao Seu reino,
por intermédio dos seus dons e talentos profissionais, em favor das
vítimas de desastre. (At 20:35)
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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3 — O VOLUNTÁRIO E A DOUTRINA DE VOLUNTARIADO
O serviço voluntário pode ser prestado que qualquer ramo de atividade na
sociedade, tanto no período de normalidade social quanto no período de
anormalidade.
Antes de sabermos como se aplica e orienta a doutrina de voluntariado,
importa saber se você, hoje, pode exercer este atividade.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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3.1 — VOCÊ SERVE PARA PRESTAR UM SERVIÇO VOLUNTÁRIO?
Alguns indícios:
É bom filho?
Tem tempo?
Alguém está te esperando em casa?
Sabe fazer bem alguma coisa?
Já trabalhou de graça?
É necessário que cada pessoa faça uma autoavaliação de suas condições atuais
para decidir se pode assumir compromisso com alguém de prestar um serviço
voluntário.
3.1.1 — OUTROS QUESTIONAMENTOS NECESSÁRIOS
Há também, pelo menos, mais 05 (cinco) outras questões que 01 (um)
voluntário precisa responder:
1. Quem eu sou?
2. Qual é o meu objetivo nisso? Por que ir?
3. Estou preparado para fazer o quê?
4. Eu sei onde estou pisando? Estou consciente dos riscos?
5. A quem eu devo me submeter?
Importante!
Primeiramente, todo o Voluntário deve ingressa num serviço
para ofertar, gratuitamente, sua mão-de-obra ou seus conhecimentos e
talentos. Portanto, o Voluntário NÃO CHEFIA, nem lidera qualquer atividade de
trabalho para o qual se ofereceu.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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3.2 — A FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO
•
Lei n° 9.608, de 18 de fevereiro de 1998 - dispõe sobre o serviço
voluntário e dá outras providências.
“Art.1° - Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada
por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a Instituição privada de fins não
lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência
social, inclusive mutualidade.
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza
trabalhista, previdenciária ou afim.
Art. 2° - O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de Termo de Adesão entre a
entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as
condições de seu exercício.
Art. 3° - O prestador de serviço voluntário poderá ser ressarcido
comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias.
pelas despesas que
Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela
entidade a que for prestado o serviço voluntário.
Art. 3o-A. Fica a União autorizada a conceder auxílio financeiro ao prestador de serviço voluntário com idade de
dezesseis a vinte e quatro anos integrante de família com renda mensal per capita de até meio salário mínimo.
(Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) (Regulamento)
§ 1o O auxílio financeiro a que se refere o caput terá valor de até R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) e será
custeado com recursos da União por um período máximo de seis meses, sendo destinado preferencialmente:
(Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
I - aos jovens egressos de unidades prisionais ou que estejam cumprindo medidas sócioeducativas; e (Incluído pela
Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
II - a grupos específicos de jovens trabalhadores submetidos a maiores taxas de desemprego. (Incluído pela Lei nº
10.748, de 22.10.2003)
§ 2o O auxílio financeiro poderá ser pago por órgão ou entidade pública ou instituição privada sem fins lucrativos
previamente cadastrados no Ministério do Trabalho e Emprego, utilizando recursos da União, mediante convênio, ou
com recursos próprios. (Redação dada pela Lei nº 10.940, de 2004)
§ 3o É vedada a concessão do auxílio financeiro a que se refere este artigo ao voluntário que preste serviço a
entidade pública ou instituição privada sem fins lucrativos, na qual trabalhe qualquer parente, ainda que por
afinidade, até o 2o (segundo) grau. (Redação dada pela Lei nº 10.940, de 2004)
§ 4o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se família a unidade nuclear, eventualmente ampliada por
outros indivíduos que com ela possuam laços de parentesco, que forme um grupo doméstico, vivendo sob o mesmo
teto e mantendo sua economia pela contribuição de seus membros. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
Art. 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5° - Revogam-se as disposições em contrário.”
Lei assinada pelo Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em Brasília, no
dia 18 de fevereiro de 1998. Esta Lei ainda NÃO foi Regulamentada.
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ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
3.2.1 — UM IMPORTANTE INSTRUMENTO PARA COMEÇAR A ORGANIZAR
O SERVIÇO VOLUNTÁRIO
A pessoa que deseja prestar serviço voluntário, após receber os esclarecimentos
necessários sobre uma missão específica, para ser ADMITIDA, é, primeiramente,
convidada a celebrar o TERMO DE ADESÃO, onde esta manifesta, formalmente, o
seu desejo voluntário e a sua disponibilidade para ser mobilizado e empregado pela
instituição gestora do serviço, de acordo com a legislação vigente.
O Modelo do “Termo de Adesão” pode ser observado no Anexo 1 no final desta Aula.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
3.3 — PARADIGMAS
QUE
APOIAM
À
PROMOÇÃO
DO
SERVIÇO
VOLUNTÁRIO NO BRASIL
•
Lei Federal nº 7.352, de 28 de agosto de 1985, que institui o Dia
NACIONAL do Voluntariado; o qual é comemorado no mesmo dia e mês
de sua publicação.
•
Assembléia Geral das Nações Unidas convida aos governos a celebrar
todos os anos, o dia 05 de dezembro, o Dia INTERNACIONAL do
Voluntário para o Desenvolvimento Econômico e Social, com o objetivo
de incentivar a participação voluntária em todo o mundo.
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22
Importante! Nesse convite a Organização das Nações Unidas (ONU) os exorta
a adotar medidas para que se cobre maior consciência sobre a importância da
colaboração dos voluntários, a qual estimulará mais pessoas de todos os níveis
sociais a oferecer seus serviços como voluntários, tanto em seus países de
origem como no estrangeiro.
•
Dia INTERNACIONAL de Redução de Desastre – é celebrado sempre na
SEGUNDA Quarta-feira do mês de Outubro e foi estabelecido pela ONU por meio
da Secretaria de Estratégia Internacional para Redução de Desastre (ONU/EIDR).
O objetivo é estimular ações de prevenção em todo o mundo.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
3.4 — QUEM SÃO OS ATORES NO SERVIÇO VOLUNTÁRIO?
Há 03 (três) tipos de atores num Serviço Voluntário:
• Voluntário;
• Membro da Equipe;
• Funcionário.
_______________________________ Chefia e Liderança no Serviço de Assistência Humanitária
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3.5 — A EMPREGABILIDADE DOS RECURSOS HUMANOS NO SERVIÇO
VOLUNTÁRIO
Nº
1.
2.
3.
TIPO
Voluntário
Prestador de Serviço Voluntário
(Missionário / Membro da Equipe)
Prestador de Serviço
(Funcionário)
CARACTERÍSTICAS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Participante de uma Equipe de Trabalho;
NÃO remunerado;
Atende a convocação somente quando puder;
Profissional, responsável e comprometido com a
Execução;
Assina o Termo de Adesão.
Membro de uma Equipe Gestora de Trabalho;
NÃO remunerado;
Tem compromisso com a Agenda e Rotina do Serviço ou
Trabalho Voluntário;
Tem o dever de atender às convocações;
Profissional, responsável e comprometido com a Gestão.
Assina o Termo de Adesão.
Membro de uma Equipe Gestora ou Executora de
Trabalho;
Remunerado;
Tem horário regimental e compromisso com a Agenda e
Rotina do Serviço ou do Trabalho Voluntário;
Tem o dever de atender às convocações;
Profissional, responsável e comprometido com o Serviço.
Assina um Contrato de Prestação de Serviço ou a Carteira
de Trabalho e Previdência Social.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
4 — AS
PECULIARIDADES
DA
ARREGIMENTAÇÃO
DE
RECURSOS HUMANOS PARA O SERVIÇO VOLUNTÁRIO
Temos que arregimentar pessoas para o serviço voluntário com muita clareza e
tranquilidade. Nem todos que estão ou atuam no serviço de assistência
humanitária são (ou podem ser) Voluntários.
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24
O fato de trabalhar sem receber salário (oferecer mão-de-obra não
remunerada), ainda NÃO é o suficiente para ser enquadrado como um
voluntário.
O Membro da Equipe (ME) na Assistência Humanitária é um Prestador de
Serviço. Ele pode trabalhar na condição de voluntário ou não.
VOLUNTÁRIO: não remunerado, não depende de
recursos de qualquer natureza, para que possa
realizar o seu trabalho. NÃO tem vínculo
empregatício, nem funcional.
Ex: Líder do Serviço de Cadastramento, Missionário
de tempo parcial.
O Prestador de Serviço:
NÃO VOLUNTÁRIO: remunerado, depende de
recursos para realizar o seu trabalho. Normalmente,
admitido sob contrato de trabalho. Tem vínculo
empregatício ou funcional.
Ex: Coordenador de Abrigo Temporário, Missionário
de tempo integral12.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
O Prestador de Serviço Voluntário, que é Membro da Equipe, tem todos os
direitos e deveres (responsabilidade profissional, moral e legal) de um
funcionário qualquer (com exceção das questões remuneratórias, trabalhistas,
previdenciárias e afins) perante a instituição ou a sociedade que firmou acordo.
12
Pode haver exceções. Nem todos os Missionários de tempo integral são remunerados.
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Importante!
25
O Voluntário NÃO PODE depender de nenhum recurso do
Governo ou da Agência arregimentadora para que ele possa prestar o seu
serviço (transporte, lanche, água, etc).
Exemplo:
A: - Amigo, a Defesa Civil vai ativar uma campanha de recolhimento e
distribuição de donativos. Você vai participar?
B: - Claro, meu irmão! A SUBDEC vai dar o almoço?
A: Não. Cada um ficará responsável pela sua própria alimentação.
B: Como assim? Cada um terá que pagar ou levar a própria refeição?!
B: Ah, não!!! Mas, isso não é um trabalho de assistência humanitária da
Defesa Civil?
A: É..., é sim.
B: Então?! A SUBDEC deve bancar tudo isso. Se a defesa civil quer que
agente trabalhe, ela tem que dar as condições.
B: Amigo, quem trabalha de graça é relógio!
Importante!
A Defesa Civil NÃO fica impedida de (quando quiser) custear as
despesas de um voluntário; caso tenha recursos para fazê-lo. Ela só não é obrigada a
fazê-lo.
Importante!
O Voluntário (que NÃO é Membro de Equipe) PODE deixar de
atender, em qualquer momento, qualquer convocação para trabalho.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
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4.1 — PARA A ADMISSÃO AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO
Ser admitido para prestar um serviço voluntário NÃO é difícil, nem complexo. Mas,
recomendamos a liderança convidante que se preocupe em transmitir todas as
informações possíveis sobre o perfil e a postura servil de um voluntário, a fim de se
evitar surpresas negativas, decepções e desconfortos nas missões.
Portanto, a pessoa convidada precisa saber...
4.2 — O QUE É SER VOLUNTÁRIO?
DEFESA CIVIL ESTADUAL / RJ
VOLUNTÁRIO: É o cidadão que espontaneamente, presta serviço não remunerado,
dedicando parte de seu tempo disponível às necessidades de uma causa ou de uma
comunidade, comprometendo-se a dispor de seus conhecimentos e talentos, de
forma solidária, desinteressada e responsável, a fim de exercer ações de defesa
civil destinadas a evitar ou minimizar os desastres.
Em resumo, eis o perfil e valores que buscamos num voluntário:
PERFIL DO VOLUNTÁRIO
comprometimento
solidariedade
espontaneidade
responsabilidade
tempo disponível
conhecimentos
talento
PROFISSIONAL
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4.3 — O QUE MUDOU NO PERFIL DO VOLUNTÁRIO?
•
ANTES: voluntário não remunerado, sem comprometimento.
•
ATUALMENTE: permanece não remunerado, mas busca realizações,
satisfação e comprometimento.
NOVA VISÃO DO VOLUNTÁRIO
AMADOR BEMINTENCIONADO
TRANSFORMAÇÃO
Participante de uma
EQUIPE
PROFISSIONAL
TREINADO
CONCLUSÃO
Conhecer bem os paradigmas que estruturam e organizam o serviço de assistência
humanitária com a participação de voluntários será de significativa importância para a
redução de problemas no exercício de chefia e liderança, durante o processo de
mobilização de recursos humanos e a implementação dos serviços.
PENSAMENTO
“O ÚN IC O LUGAR EM QU E SUCESSO VEM ANTES
D E TRABALHO É NO D IC IONÁRIO.”
Albert Einstein13
Albert Einstein ( 1879 †1955), foi um físico alemão radicado nos Estados Unidos mais conhecido por desenvolver a teoria
da relatividade. Ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921.
13
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Aula 02
Paradigmas da Chefia e
Liderança.
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29
PARADIGMAS DA CHEFIA E LIDERANÇA.
FINALIDADE
Ampliar a visão do participante para alguns aspectos relevantes no conceito de
liderança, enfatizando a necessidade da participação, do comprometimento e
da preparação para alcançar o sucesso na liderança de grupos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ao terminar desta aula o participante será capaz de:
•
Citar os 02 (dois) principais fatores na relação de liderança.
•
Citar os 03 (três) tipos de liderança.
•
Citar 01 (uma) diferença entre o chefe e o líder.
ANOTAÇÕES:______________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
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30
1 — LIDERANÇA
Consiste na relação de 02 (dois) principais fatores: Líder e Liderado.
1.1 — O QUE É LIDERANÇA?
Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas. É a habilidade de
motivar e influenciar os liderados para que contribuam, voluntariamente, da
melhor forma com os objetivos do grupo ou da organização.
A liderança é um tema importante para os gestores devido ao papel
fundamental que os líderes representam na eficiência e na eficácia do grupo e
da organização.
Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário. Liderança exige paciência,
disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um ser
vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos.
Os líderes são responsáveis pelo sucesso ou fracasso da organização.
ANOTAÇÕES:______________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
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31
2 — TEORIAS DA LIDERANÇA
Segundo Chiavenato14, a Teoria das Relações Humanas constatou a
influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Existem 03 (três)
principais teorias sobre a liderança:
1) Traços da personalidade. Segundo esta teoria, já desacreditada, o
líder possuiria características marcantes de personalidade que o
qualificariam para a função.
2) Estilos de liderança. Esta teoria aponta 03 (três) estilos de liderança:
autocrática, democrática e liberal.
3) Situações de liderança. Nesta teoria o líder pode assumir diferentes
padrões de liderança de acordo com a situação e para cada um dos
membros da sua equipe.
Para Araújo15, liderar envolve influenciar pessoas para que trabalhem num
objetivo comum.
“Meta traçada, responsabilidades definidas, será preciso neste
momento uma competência essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de
forma que os objetivos planejados sejam alcançados.” (ARAÚJO, 170, 2004)
ANOTAÇÕES:______________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
14
Idalberto Chiavenato, nascido em 1936 no interior do Estado de São Paulo, é autor brasileiro na área de administração de
empresas e de recursos humanos tendo seus livros utilizados por administradores no Brasil, países de América Latina, Portugal,
Espanha e países africanos de língua portuguesa.
15 Luis César G. de Araújo, Doutor em Administração pela EAESP/FGV. Mestre em Administração Pública pela UCLA –
University of California in Los Angeles (EUA). Bacharel em Administração pela EBAP/FGV. Professor da área de estudos
organizacionais.
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32
Para Lacombe16, os líderes influenciam as pessoas graças ao seu PODER,
que pode ser o:
•
PODER LEGÍTIMO, obtido com o exercício de um cargo;
•
PODER DE REFERÊNCIA, em função das qualidades e do carisma
do líder;
•
PODER DO SABER, exercido graças a conhecimentos que o líder
detém.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
3 — TIPOS DE LIDERANÇA
Liderança AUTOCRÁTICA: Na Liderança autocrática o líder é focado apenas
nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária
ou diretiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos
liderados.
Liderança DEMOCRÁTICA: Chamada ainda de liderança participativa ou
consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação
dos liderados no processo decisório .
Liderança LIBERAL ou Laissez faire: Laissez-faire é a contração da
expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez passer, que
significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar".
16 Francisco José Masset Lacombe, autor e professor de Administração. Autor do Livro - Recursos Humanos: princípios e
tendências. São Paulo: Saraiva, 2005.
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Importante! Neste tipo de liderança o líder ou o grupo atingiu a maturidade e
não mais precisa de supervisão extrema de seu líder maior, os liderados ficam
livres para por seus projetos em prática sendo delegado pelo líder liberal.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
4 — PECULIARIDADES DA LIDERANÇA
John Maxwell17, em sua publicação “O Livro de Ouro da Liderança”, diz que
a liderança é exigente e complexa. E destaca algumas razões como:
•
Liderança é a disposição de assumir riscos.
•
Liderança é se sentir incomodado com a realidade.
•
Liderança é assumir responsabilidades enquanto outros inventam
justificativas.
•
Liderança é enxergar as possibilidades de uma situação enquanto
outros só conseguem ver as dificuldades.
•
Liderança é a capacidade de subjugar o ego em benefício daquilo
que é melhor.
•
Liderança é inspirar outras pessoas com uma visão clara da
contribuição que elas podem oferecer.
•
Liderança é o poder de potencializar muitas vidas.
Pode-se também, definir liderança como o processo de dirigir e influenciar as
atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo.
John C. Maxwell - É fundador das organizações Injoy Stewardship Services e EQUIP, que já treinaram mais de um milhão de
líderes ao redor do planeta. Autor também de “As 21 irrefutáveis leis da liderança”.
17
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34
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Há 03 (três) implicações importantes nesta definição:
Primeira:
A liderança envolve outras pessoas, o que contribuirá na definição
do status do líder.
Exemplo:
“- Cláudio, você é o Presidente da Comissão. Ok?”
Segunda:
A liderança envolve uma distribuição desigual de poder entre os
líderes e os demais membros do grupo.
Exemplo:
“- Senhores, somente o Presidente da Comissão poderá dirigir-se a mesa. Ok?”
Terceira:
A liderança é a capacidade de usar diferentes formas de poder
para influenciar de vários modos os seguidores .
Exemplo:
“- O Cargo de Presidente da Comissão terá a vigência de 12 meses.
Após isto, poderei nomear outra pessoa para este cargo.”
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35
“Quem obtiver o melhor desempenho nas missões viajará comigo para
EUA no próximo ano.”
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
5 — DIFERENÇAS NA LIDERANÇA
De fato, os líderes influenciam seguidores. Por este motivo, muitos acreditam
que os líderes têm por obrigação considerar a ética de suas decisões.
Apesar de a liderança ser importante para o melhor desempenho da função e
estreitamente relacionada a ela, liderança e chefia (gerência) NÃO SÃO OS
MESMOS CONCEITOS.
Planejamento, orçamento, controle, manutenção da ordem, desenvolvimento
de estratégias e outras atividades fazem parte do gerenciamento.
Gerência é o que fazemos. Liderança é quem somos.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
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5.1. O CHEFE E O LÍDER
1. CHEFE é alguém designado formalmente para coordenar um grupo.
Seu principal instrumento para conseguir que os subordinados trabalhem
é a autoridade hierárquica.
2. O LÍDER é alguém que se sobressai por possuir uma capacidade nata
ou inata de fazer com que as pessoas o sigam. Nem sempre é nomeado
formalmente. Seu principal instrumento para fazer com que os liderados
trabalhem é sua capacidade de motivação. O líder influencia as pessoas.
Uma pessoa pode ser um gerente eficaz, um bom planejador e um gestor justo
e organizado e, mesmo assim, NÃO ter as capacidades motivacionais de um
líder. Ou simplesmente, pode ocorrer o contrário. Uma pessoa pode ser um
gerente ineficaz, porém, em contrapartida, ter as habilidades necessárias para
um bom líder
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
CONCLUSÃO
Entre os desafios apresentados pelo ambiente mutável, as organizações estão
valorizando cada vez mais os gerentes que possuem habilidades de liderança.
Qualquer pessoa que aspire a ser um gerente eficaz deve também se
conscientizar de praticar e desenvolver suas habilidades de liderança.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
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37
PENSAMENTO
“Quem não escolhe o árduo caminho da liderança, deve ser
sábio para escolher a que líder seguir.”
Alfredo Martini18
Alfredo Martini Júnior. - Executivo de Área Comercial e Recursos Humanos, Pós-graduado em Sistemas de Energia pela
Universidade Federal de Uberlândia.
18
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Aula 03
As Relações de Poder
na Chefia e Liderança.
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39
AS RELAÇÕES DE PODER NA CHEFIA E LIDERANÇA.
FINALIDADE
Ampliar a visão do participante para os principais aspectos e formas de poder
nas relações interpessoais; como também, para a necessidade de se conhecer
como pessoa e aprender a usar esta importante ferramenta para um fim
proveitoso de abençoar pessoas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ao terminar desta aula o participante será capaz de:
•
Citar os 02 (duas) formas de poder.
•
Citar o nome do “Capital de Confiança”, importante para uma boa
relação com o poder.
•
Citar 02 (dois) aspectos necessários para usar bem o poder.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
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1 — O PODER
“Poder é toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo
contra resistências, seja qual for o fundamento desta probabilidade.” Max Weber19
Poder (potere, no latim) é, literalmente, o direito de deliberar, agir e mandar; e
também, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a
soberania, ou o império de dada circunstância ou a posse do domínio, da
influência ou da força.
A sociologia define poder, geralmente, como a habilidade de impor a sua
vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira.
Existem, dentro do contexto sociológico, diversos tipos de poder: o poder
social, o poder econômico, o poder militar, o poder político, entre outros.
Dentre as principais teorias sociológicas relacionadas ao poder podemos
destacar a teoria dos jogos, o feminismo, o machismo, o especismo 20
(racismo), etc.
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
19
Max Weber ( 1864 †1920), foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia. É
um autor deslumbrado fundamentalmente pelo poder político, ou, se quisermos entendê-lo de uma maneira mais ampla, por toda
a forma de dominação.
20 Especismo, é a discriminação baseada em espécies, que envolve atribuir animais sencientes (que possuem a capacidade de
“sentir”, ou seja, possuem sentimento de prazer, felicidade, sofrimento e outros) diferentes valores e direitos baseado na sua
espécie.
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41
1.1 — FORMAS DE PODER
“Uma forma de se verificar a intensidade do poder que alguém possa ter em relação a
você. É avaliando-se o potencial de danos e prejuízos que este alguém pode te
causar.” Silva Costa
Eis algumas formas de poder:
Poder Social, que está em meio à sociedade. É a capacidade de um coletivo
realizar influência social, ou seja, influenciar uma ou mais pessoas, de forma
comunicativa, afetiva, harmônica, ou até repressiva.
Poder Econômico é “a possibilidade de exercício de uma influência notável e
a princípio previsível pela empresa dominante sobre o mercado, influindo na
conduta das demais concorrentes ou, ainda, subtraindo-se à influência dessas
últimas, através de uma conduta indiferente e delas independente em grau”
(Nusdeo, 2002, p. 240-241).
Poder Militar é o controle factual dos recursos de força (tecnologia,
armamento e tropa), sob uma base normativa constitucional-legal, visando à
manutenção da ordem estatal interna e a defesa dos interesses externos de
qualquer país formalmente soberano e independente; o poder militar, colocase desta forma, como um elemento fundamental para a busca do bem comum
em se tratando de qualquer sociedade nacional, minimamente, organizada.
Poder Político é um poder governamental, ou seja, de quem governa. O
governo exerce poder político quando influencia seus governados. Outras
instituições, e até pessoas, exercem poder político na medida que são capazes
de influenciar ações governamentais.
Normalmente, a natureza de quem governa é o uso da força. O poder político é
o poder de usar a força – através do governo. Um assaltante que usa a força
diretamente contra sua vítima NÃO está exercendo o poder político. Mas, um
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42
sindicato ao promover uma lei que obriga os trabalhadores a entregar-lhes
parte de seus rendimentos está.
Poder Eclesiástico é um poder espiritual, ou seja, o sacerdócio conferido por
Cristo aos ministrados da igreja para dispensarem os sacramentos aos fiéis.
(Quidort21, 1989, p. 48)
Quidort “considera o poder eclesiástico a partir dos meios gratuitos oferecidos
por Deus para levar o homem à salvação” (Quidort,1989, p. 28), portanto, as
ações do homem possui a ética cristã, baseada na razão e na vontade de
encontrar a salvação.
O sujeito dos sacramentos que possui o poder espiritual é Cristo que institui os
sacramentos e tem o poder da graça. Então os sacerdotes desde o sumo
pontífice até o mais humilde sacerdote são ministros de Cristo, isto é,
representam o poder de Deus na terra, onde podem ser chamados de agentes
secundários, pois “Cristo é causa eficiente, o sacramento é a causa
instrumental, e o sacerdote é o ministro” (Quidort, 1989, p. 28)
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Jean Quidort ou João de Paris, o Surdo ( 1255 †1306) foi um Monge dominicano, filósofo e teólogo nascido em Paris, que
avançou em importantes e controvertidas idéias a respeito da autoridade papal e a separação entre igreja e estado.
21
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1.2 — REFLEXÕES NECESSÁRIAS
Há algumas questões que 01 (um) voluntário precisa conhecer:
6. O Poder é bom?
7. Você gosta do Poder?
8. Daria tudo de sua vida pelo Poder?
9. Você pode ter Poder?
10. Que tipo de pessoa você é, quando está no Poder?
11. As pessoas te amariam mais com ou sem Poder?
12. Você, realmente, pode ter o Poder nas mãos?
“Todo o ato de bondade é demonstração de poder.” Jeremy Betham22
“O dinheiro deve ser apenas o mais poderoso dos nossos escravos.” Abel Bonnard23
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
1.3 — PODER REAL x PODER ECLESIÁSTICO
Ao mesmo tempo em que defendia que a Igreja deveria retornar à primitiva
pobreza dos tempos apostólicos, John Wycliffe24 também entendia que o poder
22
Jeremy Bentham ( 1748 †1832), foi um filósofo e jurista inglês. Juntamente com John Stuart Mill e James Mill, difundiu o
“utilitarismo”, teoria ética que responde todas as questões acerca do que fazer, do que admirar e de como viver, em termos da
maximização da utilidade e da felicidade.
Abel Bonnard ( 1883 †1968) foi um poeta e romancista francês membro da Academia Francesa. Foi Ministro da Educação
de Vichy (um governo fantoche da influência nazista), a sudeste de Paris/França.
23
John Wycliffe (ou Wyclif) ( 1320 †1384) foi professor da Universidade de Oxford, teólogo e reformador religioso inglês,
considerado precursor das reformas religiosas que sacudiram a Europa nos séculos XV e XVI. Trabalhou na primeira tradução da
Bíblia para o idioma inglês, que ficou conhecida como a Bíblia de Wycliffe.
24
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44
da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder temporal
exercido pelo Estado, representado pelo rei.
Seu livro “De officio regis” defendia que o poder real também era originário de
Deus, encontrava testemunho nas Escrituras Sagradas, quando Cristo
aconselhou “dar a César o que é de César”.
Era pecado, em sua opinião, opor-se ao poder do rei e todas as pessoas,
inclusive o clero, deveriam pagar-lhe tributos.
O rei deve aplicar seu poder com sabedoria e suas leis devem estar de acordo
com as de Deus. Das leis de Deus se deriva a autoridade das leis reais,
inclusive daquelas em que o rei atua contra o clero, porque se o clero
negligencia seu ofício, o rei deve chamá-lo a responder diante de si. Ou seja, o
rei deve possuir um “controle evangélico” e quem serve à Igreja deve
submeter-se às leis do Estado.
Segundo Wycliffe, os arcebispos ingleses deveriam receber sua autoridade do
Rei (não do Papa).
Especialmente interessantes são também os ensinamentos que Wycliffe
endereça aos reis, para que protejam seus teólogos. Ele sustentava que, já que
as leis do rei devem estar de acordo com as Escrituras, o conhecimento da
Bíblia é necessário para fortalecer o exercício do poder real. O rei deveria
cercar-se de teólogos para aconselha-lo na tarefa de proclamar as leis reais.
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2 — SENTIMENTOS DE PODER
“Compreendo que uns querem conquistar o Poder, outros... combatê-los. O
que não compreendo é que se possa subestimar o Poder.” Gerard Lebrun25
Ao fazer o bem e mal, exercemos o nosso poder sobre aqueles a quem se é
forçado a fazê-lo sentir; porque o sofrimento é um meio muito mais sensível,
para esse fim, do que o prazer: sofrimento procura sempre a sua causa
enquanto o prazer mostra inclinação para se bastar a si próprio e a não olhar
pra trás. (Friedrich Nietzsche26)
Quando estou no Poder sou seduzido a viver...
Autoridade
Razão
Liderança
Força
Hierarquia
Sucesso
Ordem
Potência
Dominação
Ganhar sempre
Quando estou no Poder sou seduzido a NÃO viver...
Equilíbrio
Ceder
Justiça
Perder
Sensibilidade
Negociar
Perdão
Dividir
Liberdade
Respeitar
25 Gerard Lebrun, nasceu em 1930, em Paris. Formado em Filosofia na Sorbonne, foi convidado em 1960 a ocupar a cátedra de
filosofia mantida pelo governo francês na Universidade de São Paulo.
Friedrich Wilhelm Nietzsche ( 1844 †1900), foi um influente filósofo alemão do século XIX. Em 1870, compromete-se
como voluntário (enfermeiro) na guerra franco-prussiana. A experiência da violência e o sofrimento chocam-no profundamente.
26
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2.1 — UMA ANÁLISE DO PODER EM RELAÇÃO À “POTÊNCIA”
“Potência é a capacidade de efetuar um desempenho determinado, ainda que
o ator nunca passe ao ato.” (Gérard Lebrun)
Exemplo:
•
Policial: - O senhor acabou de avançar o sinal de trânsito.
•
Motorista: Quem? Eu?!
•
Policial: Sim, senhor. Vou te aplicar uma multa.
•
Motorista: Puxa, seu guarda! O senhor tem razão. Perdoe-me! Estou com o meu filho,
aqui no carro, passando muito mal. Estou indo para o hospital.
•
Policial: Ok. Desta vez, eu não vou proceder com a multa.
•
Motorista: Obrigado! Desculpe.
•
Policial: Pode ir. Tenha mais atenção.
No diálogo supracitado, observamos que o Policial tinha a POTÊNCIA de
aplicar uma multa (punição) no Motorista, que naquele momento se tornara um
transgressor da lei de trânsito.
O Motorista pode ter tido a dúvida de ter cometido a transgressão, mas NÃO
teve dúvida quanto àquele (policial) que tinha o PODER para exercer o ato de
aplicá-lo uma punição.
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PERGUNTA-SE:
•
O Policial estaria cometendo um erro, se após o diálogo, mantivesse a decisão de aplicar uma
multa no Motorista?
•
O Motorista, porque o seu filho está passando mal, tem o Poder de avançar todos os sinais de
trânsito na cidade?
•
O Policial tinha o Poder para decidir NÃO aplicar a multa? A quem cabe decidir, o Policial ou o
Motorista?
•
O que você faria, caso estivesse no lugar do Policial?
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2.2 — UMA ANÁLISE DO PODER EM RELAÇÃO À “POLÍTICA”
“O Homem é um animal político.” Aristóteles27
“Todo o ser humano é um ser político.” Paulo Freire28
Exemplo:
Situação: Tenente da Polícia Militar trabalhando, no horário de folga (bico), como Chefe de
uma equipe de seguranças civis para um luxuoso Clube no bairro mais nobre da cidade. A
imprensa está na portaria do clube, filmado tudo e todos que por ali passam.
•
Chefe da Segurança: - Atenção! A determinação do dono da festa é: quem estiver
sem ingresso não entra.
...
•
Chefe da Segurança: Pois não, senhor. O que desejas?
Aristóteles, foi Filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, é considerado um dos maiores
pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico.
27
Paulo Reglus Neves Freire ( 1921 †1997), foi um educador brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na
história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. Segundo a visão de Freire, “todo o
ato de educação é um ato político.”
28
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•
48
Cliente: Eu estou com a minha família e queremos entrar. Mas, o seu funcionário aqui,
disse-me que só com ingresso.
•
Chefe da Segurança: Sim, e ele está certo.
•
Cliente: É? Mas, eu sou sócio desse clube!
•
Chefe da Segurança: Sim, senhor. Mas, este é um evento particular. O Clube foi
alugado.
•
Cliente: O senhor sabe com quem está falando?!
•
Chefe da Segurança: Não, não sei.
•
Cliente: Eu sou o Coronel PM Antônio Santos, Presidente desse Clube.
•
Chefe da Segurança: O senhor tem ingresso?
•
Cliente: Não.
•
Chefe da Segurança: O próximo, por favor.
No diálogo supracitado, observamos que o Chefe da Segurança tinha a
PODER de impedir a entrada que qualquer pessoa que NÃO apresentasse o
ingresso na portaria do clube.
Um Coronel PM (superior hierárquico na corporação e Presidente do Clube)
compareceu à portaria, desejando entrar, porém sem o devido ingresso.
O Tenente PM, Chefe da Segurança, estava cumprindo uma ordem clara do
dono da festa. Ele estava de folga. O serviço que estava prestando era de
natureza particular.
PERGUNTA-SE:
•
O Chefe da Segurança cometeu um erro, mantendo a decisão de NÃO deixar o Coronel entrar
no Clube?
•
O Tenente PM pode ser prejudicado pelo Coronel, mais tarde, na corporação?
•
O Coronel (Presidente do Clube) tem o Poder de entrar na festa particular sem ingresso?
•
O Chefe da Segurança tinha o Poder para permitir a entrada do Coronel na festa? A quem cabe
decidir, o Chefe da Segurança ou o Dono da Festa?
•
O Chefe da Segurança foi político? Ele deveria exercer o Poder Político?
•
O que você faria, caso estivesse no lugar do Chefe de Segurança?
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2.3 — UMA ANÁLISE DO PODER EM RELAÇÃO À “FORMA”
“O rio corta a rocha não por causa de sua força, mas por causa de sua
persistência.” Jim Watkins29
“O mais forte é o que sabe dominar-se na hora da cólera.” Maomé30
Exemplo:
Situação: Os Pais saem para trabalhar, ficando 02 irmãos em casa. Uma adolescente de 17
anos e uma criança de 09 anos. Antes de sair, sua mãe, chama a adolescente, e diz: cuida do
teu irmão!
•
Irmã mais velha: Você não me ouviu?!
•
Irmão mais novo: O que?!
•
Irmã mais velha: Desliga esta televisão agora! Guarda esses brinquedos e vá
estudar!
•
Irmão mais novo: Mas, Irmã!
•
Irmã mais velha: A-go-ra!
•
Irmão mais novo: Mas, Irmã!
•
Irmã mais velha: Eu não vou repetir mais uma vez. Se eu voltar aqui na sala, e você
não tiver feito o que eu mandei. Ah!!! Você vai ver! Vou te colocar de castigo no último
quarto.
No diálogo supracitado, observamos uma situação clássica do cotidiano
familiar, que envolve o processo de educação, ordem, organização e limitação
29 Jim Watkins é o Co-âncora de semana de um programa de televisão norte-americana (WPIX). Apresenta o show “Grandes
Coisas” na NBC negócios do canal por cabo da CNBC.
30 Maomé foi um líder religioso e político árabe. Segundo a religião Islâmica, Maomé ou Muhammad é o mais recente e último
profeta do Deus de Abraão.
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das vontades dos filhos em relação aos seus próprios compromissos e
responsabilidades.
Neste caso, a “Irmã mais velha” é uma pessoa com Poder de dominação para
dar destino aos afazeres do “Irmão mais novo”; utilizando ordem, como uma
ferramenta para impor-lhe condições e tarefas; e por fim, fazendo uma
demonstração de sua força, sob a forma de um aviso, para caso o irmão pense
em NÃO obedecê-la.
PERGUNTA-SE:
•
A Irmã pode tomar a atitude que tomou em relação ao Irmão?
•
A irmã pode ser repreendida pelos pais?
•
O Irmão tinha o Poder para fazer o que quiser na ausência dos seus pais?
•
O Irmão tinha o Poder para rejeitar a ordem da Irmã? A quem cabe decidir isto?
•
A Irmã pode colocar o irmão de castigo? Ela pode exercer a Dominação? Ela pode dar Ordens?
Ela pode exercer a Força?
•
Quem tem Potência, Dominação, Ordem ou Força tem Poder?
•
O que você faria, caso estivesse no lugar da “Irmã mais velha”?
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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Em Resumo...
A ORDEM é uma ferramenta (um instrumento) na forma de se aplicar o PODER.
O homem, quando recebe uma ORDEM, inconscientemente, enxerga na mesma: a
POTÊNCIA, a FORÇA e a DOMINAÇÃO daquele que a expede.
A partir daí, esse homem avaliará o seu risco, estimado pelo potencial de danos e
prejuízos que poderá sofrer, para o caso de NÃO OBEDECÊ-LA, resultando no seu cumprimento
ou não.
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ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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3 — TENDO BOAS RELAÇÕ
ÇÕES
ÇÕ COM O PODER
Segundo Parsons31, ter o PODER NÃO é, basicamente, estar em condições de
impor a própria vontade contra qualquer resistência. É antes, dispor de um
capital de confiança tal que o grupo delegue aos detentores do poder a
realização dos fins coletivos.
Em suma, é dispor de uma AUTORIDADE.
Sem que esta autoridade implique numa idéia de coerção (coação).
Ter boas relações com o Poder vai depender muito de como você planeja e/ou
pretende usá-lo.
A melhor estratégia de exercer o Poder é colocando-o a serviço de alguém. Para
nós, a melhor forma de exercer o Poder é colocando este a serviço de Deus,
porque a Ele devemos prestar contas.
Usar o Poder, estando, voluntariamente, submisso a efetuar uma prestação de
contas a qualquer momento, dar-te-á segurança para com legitimidade e
confiança:
•
exercer as suas tarefas e missões;
•
cumprir, diligentemente, com as suas obrigações;
Talcott Edgar Frederick Parsons ( 1902 †1979) foi, por muitos anos, um dos sociólogos mais conhecido nos Estados
Unidos e no mundo. Desenvolveu um sistema para a análise da sociedade que veio a ser chamado de Funcionalismo Estrutural.
31
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•
respeitar e amar o teu próximo, e ser admirado, respeitado e amado por ele;
•
tomar decisões assertivas;
•
aplicar a justiça;
•
ter equilíbrio e inteligência emocional;
•
agir com sabedoria e alicerçado na boa fé.
52
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
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4 — EU QUERO USAR BEM O MEU PODER
Primeira reflexão: VOCÊ TEM A AUTORIDADE?
O Presidente ou o Primeiro-Ministro, a quem o PODER é confiado pelo corpo
eleitoral por um período determinado, tem o encargo de cuidar dos negócios da
nação e de zelar pela observância da lei. E ninguém lhe contesta o direito de
exercer tal função.
Pode-se criticar os seus objetivos, o método ou a maneira por quê emprega a
sua autoridade; mas, NÃO questiona, porém, uma autoridade cujo princípio ela
reconheceu.
Segunda reflexão: O RESULTADO DISSO VAI SER BOM PARA QUEM?
O Déspota (um Tirano) é aquele cuja vontade PARTICULAR e CAPRICHOSA
vale como Lei; enquanto o poder do Estado persegue fins que são os da
coletividade. Este só consegue exercer o seu Poder por meio de COERÇÃO
(aplicando punições).
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ANOTAÇÕES:____________________________________________________
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4.1 — AQUELE QUE PRETENDE EXERCER O PODER PRECISA:
a) APRENDER A DAR ORDENS.
“Ordem é a disposição conveniente dos meios para se obterem os
fins.” Dicionário Aurélio
“Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de
justiça.” Romain Rolland32
É um instrumento necessário para a organização, a manutenção e a
sobrevivência de um determinado grupo.
b) RESPEITAR A HIERARQUIA.
“Hierarquia é a ordenação da autoridade em diferentes níveis.”
Dicionário Aurélio
“Todo o grande líder na história, primeiramente, foi um grande
liderado.” Anônimo
É um instrumento necessário para a delegação de competências num
determinado grupo, visando, dentre outras coisas, o seu fortalecimento
(Estrutura).
ANOTAÇÕES:____________________________________________________
_____________________________________________________________
Romain Rolland (
Literatura em 1915.
32
1866 †1944), Doutor em Arte, foi um novelista, biógrafo e músico francês. Ganhou o Prêmio Nobel de
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c) PRESERVAR A AUTORIDADE.
“Autoridade é o direito ou poder de fazer-se obedecer.” Dicionário
Aurélio
“Para se ter alguma autoridade sobre os homens, é preciso
distinguir-se deles. É por isso que os magistrados e os padres têm
gorros quadrados.” Voltaire33
A Liderança e a Autoridade caminham juntas, enquanto houver concordância
entre o Líder e o Liderado. Pois, no momento em que houver crise nas
relações, onde os conceitos de liderança foram quebrados, a AUTORIDADE
PREVALECE, com aspectos de dominação.
d) APRENDER A USAR A SUA FORÇA.
“Força é a qualidade de um direito que pode, por disposição legal,
ser prontamente executado.” Dicionário Aurélio
“Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a
ponto de matá-lo.” Provérbios 19: 18.
“Exercitar justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que
sacrifício.” Provérbios 21: 3
A aplicação de um Regulamento Disciplinar ou de Normas Coercitivas de uma
empresa é um instrumento de poder para aquele que tem o direito de usar a
FORÇA. Isto é lícito e justo.
Portanto, faz parte desse processo, avaliar a proporção (intensidade) da força a
ser aplicada; verificando se é, antes de tudo, razoável e proporcional (princípio
da razoabilidade e proporcionalidade34) diante dos fatos ou da relevância da
transgressão cometida.
François-Marie Arouet ( 1694 †1778), mais conhecido pelo pseudônimo “Voltaire”, foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo
iluminista francês conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e
livre comércio.
34 Um dos Princípios Gerais da Administração Pública. É um método utilizado para resolver a colisão de princípios jurídicos,
sendo estes entendidos como valores, bens e interesses.
33
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ANOTAÇÕES:________________________________________________________
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CONCLUSÃ
ÃO
Acreditamos que todo o ser humano está debaixo de um PODER ou de
PODERES; como também, em algum momento de sua vida, você estará
exercendo PODER sobre alguém.
Pois é neste momento, que você, esse alguém e a sociedade saberão QUEM
REALMENTE VOCÊ É.
PENSAMENTO
“Somente um tolo pode dar PODER a alguém que NÃO
tenha aliança consigo.”
Pr. Myles Monroe35
Myles Monroe, nascido em 1954, é o Presidente e Fundador da Bahamas Faith Ministries International (BFMI, Ministério
Internacional da Fé em Bahamas). Ele é autor de 23 livros e é um palestrante motivacional.
35
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56
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Manual do Curso de Chefia e Liderança Cristã no Serviço de