PATOLOGIA VULVAR ORGÃO GENITALFEMININO EXTERNO PEQUENOS E GRANDES LÁBIOS PARTE EXTERNA DA VAGINA PATOLOGIA VULVO-PERINEAL Não neoplásica Inflamatória Infecciosa Auto-imune Psicossomática Desconhecida Neoplásica ÚLCERAS GENITAIS Sintomas: feridas e úlceras genitais Sinais: úlceras, fístulas e linfonodos Etiologia: sífilis, cancro mole e herpes DESENHO ESQUEMÁTICO DE ÚLCERAS GENITAIS MORSE, MORELAND, HOLMES IMUNIDADE BARREIRAS FÍSICAS E QUÍMICAS ÚLCERAS GENITAIS VULNERABILIDADE BIOLÓGICA FATOR DE RISCO PARA TRANSMISSÃO E AQUISIÇÃO DO VÍRUS HIV ÚLCERAS GENITAIS 10 Á 300 VEZES O RISCO DE ADQUIRIR DSTS (HIV) → FALHA DA IMUNIDADE DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO • Refletem doenças de causas diversas • Dificuldades de diagnóstico • Etiologia multifatorial • Diferentes aspectos • Critérios específicos • Pluralidade de localizações • Úlceras não relacionadas as DSTs DIFERENTES ABORDAGENS DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS CLÍNICA ETIOLÓGICA SINDRÔMICA SINDRÔMICA HERPES GENITAL - HSV1 e/ou HSV2 - vesículas - Múltiplas, pequenas e dolorosas - Regridem para ulceração - Fundo vermelho e secreção serosa - Adenopatia bilateral HERPES GENITAL DIAGNÓSTICO • Clínico • Citodiagnóstico de Tzanck TRATAMENTO • TÓPICO : analgésicos, anestésico, limpeza, éter • Interferon: uso tópico- reduz recorrências • SISTÊMICO: • Aciclovir- 400mg vo 8/8 - 7 a 10 dias • Valaciclovir -1 g vo 12/12 - 7 a 10 dias • Famciclovir- 250 mg vo 8/8 - 7 a 10 dias HERPES GENITAL CITOLOGIA HERPES GENITAL SÍFILIS - CANCRO DURO Úlcera geralmente única, indolor de bordos endurecidos, não purulenta de fundo limpo SÍFILIS - CANCRO DURO DIAGNÓSTICO - Pesquisa do T. Pallidum em campo escuro - Sorologia treponêmica - FTA-Abs e MHATP - Sorologia não treponêmica - VDRL e RPR - PCR - padrão ouro para todas as úlceras TRATAMENTO Penicilina G Benzatina 2,4 milhões de unidades IM, repetidas após intervalo de 1 semana DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Microscopia de campo escuro Ou FontanaTribondeau Sífilis Fotos do Atlas de PASSOS e ALMEIDA FILHO SÍFILIS SFS CANCRO MOLE - Lesões dolorosas e múltiplas - Bordos irregulares e eritematosos - Fundo “sujo”(exudato necrótico e fétido) - Homem - frênulo e sulco bálano-prepucial - Mulher - fúrcula e face interna de lábios • BULBÃO CANCRO MOLE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Pesquisa em coloração pelo “Gram” em esfregaços de secreção da base da úlcera ou do bulbão TRATAMENTO Azitromicina 1g / vo/ dose única Ceftriaxona 250/ IM/ dose única Tiafenicol 5 g/ vo/ dose única DIAGNÓSTICO LABORATORIAL GRAM OU CULTURA Gram Cultura CANCRO MOLE LINFOGRANULOMA VENÉREO Vesícula ou pápula que evolui para úlcera indolor - Localização: vulva,vagina,vestíbulo ou cervix - Sexo anal: tenesmo, sangramento e diarréia - Sinal do “entalhe ou vinco”- elefantíase vulvar DONOVANOSE - Úlceras de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada e sangramento fácil - Evolução progressiva para lesão vegetante - As lesões múltiplas,em“espelho” - Não há adenite DONOVANOSE Foto cedida por BENZAKÉN, A. Foto do Atlas de MORSE, MORELAND, HOLMES DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Citologia DONOVANOSE Giems a Warthin-Starry Papanicolaou DIAGNÓSTICO LABORATORIAL BIOLOGIA MOLECULAR CANCRO MOLE SÍFILIS CLAMÍDIA HERPES ÚLCERAS GENITAIS TRATAMENTO “SINDRÔMICO” HERPES SÍFILIS ACICLOVIR / FANCICLOVIR / VALACICLOVIR PENICILINA BENZATINA, 2.400.000 UI, DU AZITROMICINA, 1g DU CIPROFLOXACINA, 1g/d, 3 dias CANCRO MOLE DONOVANOSE e LGV ERITROMICINA, 2g/d, 7 dias DOXICICLINA, 200mg/d, até a cura ERITROMICINA, 2g/d, até a cura, SMX/TMP (800/160), 2x/d, até a cura TETRACICLINA, 2g/d, até a cura AZITROMICINA, 1g, DU, seguido de 500mg/sem até a cura PN-DST/Aids, 2006 ANAMNESE E EXAME FÍSICO HISTÓRIA OU EVIDÊNCIA DE LESÕES VESICULOSAS NÃO SIM LESÕES > 4 SEMANAS TRATAR HERPES NÃO SIM TRATAR SÍFILIS CANCRO MOLE ACONSELHAR OFERECER ANTI-HIV E VDRL ENFATIZAR O TRATAMENTO NOTIFICAR CONVOCAR PARCEIROS AGENDAR RETORNO TRATAR SÍFILIS E CANCRO MOLE FAZER BIÓPSIA TRATAR DONOVANOSE • ÚLCERAS GENITAIS - SEMPRE PENSAR EM HIV - A MULHER INFECTADA ENTRE 0-10 MESES, TEM TESTE DE HIV NEGATIVO, CD4 NORMAL E ↑ VIREMIA → INFECTANTE - ÚLCERAS GENITAIS ⇔ VULNERABILIDADE BIOLÓGICA - A MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DAS LESÕES DEPENDE DA TAXA DE CD4, CARGA VIRAL E RESPOSTA IMUNE NEOPLASIAS NEOPLASIAS www.maternidade.hpg.ig.com.br NEOPLASIA DE VULVA RARO - ACIMA DE 50 ANOS ASSOCIADO AO CA DE COLO DIAGNÓSTICO -SINAIS E SINTOMAS INESPECÍFICOS - EXAME GINECOLÓGICO COMPLETO,VULVOSCOPIA E BIÓPSIA TRATAMENTO - CIRURGICO -RADIOTERÁPICO - QUIMIOTERÁPICO CAUSAS DIVERSAS AMBULATÓRIO DE INFECÇÕES GENITAIS CAISM UNICAMP Mulher, 27 anos, branca, nulípara, virgem, apresentando úlceras orais e genitais dolorosas,múltiplas em grandes e pequenos lábios. O diagnóstico foi feito há 18 meses, com 3 episódios de recorrência. EXAME FÍSICO LOCO-REGIONAL Úlceras genitais dolorosas, múltiplas, localizadas nos pequenos lábios e na cavidade oral, de caráter intermitente. AMBULATÓRIO DE INFECÇÕES GENITAIS CAISM UNICAMP AMBULATÓRIO DE INFECÇÕES GENITAIS CAISM UNICAMP AMBULATÓRIO DE INFECÇÕES GENITAIS CAISM UNICAMP Histologia Processo inflamatório crônico Desordem vascular Infiltração linfocitária perivascular Dano epitelial Trombose DOENÇA DE BEHÇET Síndrome de etiologia desconhecida caracterizada por desordem vascular e processo inflamatório crônico DOENÇA DE BEHÇET ÚLCERAS GENITAIS ÚLCERAS ORAIS UVEÍTE DOENÇA DE BEHÇET AMBULATÓRIO DE INFECÇÕES GENITAIS CAISM UNICAMP Foi realizado uso de prednisona e colchicina com remissão e controle das lesões CASO CLÍNICO II CASO CLÍNICO A.P.S.A., feminino, 31anos, casada, do lar, GIII/PIII, natural e procedente de João Pessoa-PB, com queixa de ardor vulvar e corrimento vaginal amarelado. Encaminhada para realização de citologia e colposcopia CASO CLÍNICO RESULTADOS: Vulvoscopia: erosões epiteliais de bordos edemaciados e hiperemiados com fundo fibrinóide, margeadas por vesículas em face externa do grande lábio direito e intróito vaginal, sugerindo infecção por herpesvírus. CASO CLÍNICO Colposcopia: ectocérvice normal, enquanto que a vagina exibiu erosão epitelial na parede lateral direita, em terço médio. CASO CLÍNICO Citologia: demonstrou células multinucleadas típicas, com amoldamento nuclear, cromatólise e inclusões intranucleares, o que corresponde às alterações citopáticas provocadas pelo herpesvírus. CASO CLÍNICO - COMENTÁRIOS DIAGNÓSTICO - Clínico - Laboratorial : cultura viral, citologia, testes imunológicos e testes sorológicos DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - cancróides, linfogranuloma venéreo, donovanose, Doença de Behçet, entre outras CASO CLÍNICO - COMENTÁRIOS TRATAMENTO: famciclovir 125mg VO 12/12h durante 5 dias, obtendo resultado satisfatório. NA PRESENÇA DE ÚLCERAS GENITAIS: - SEMPRE PENSAR EM HIV E OFERECER TESTE - AS ÚLCERAS GENITAIS PREDISPÕEM AO HIV A ABORDAGEM DAS ÚLCERAS DEVE SER “SÍNDRÔMICA” 1 - RASPADO DA LESÃO: GRAM,CO, “CAMPO ESCURO”,FONTANA,GIEMSA, NIELSEN, 2 - BIÓPSIA-SE MAIS DE 1 MÊS DE EVOLUÇÃO 3 - VDRL, ANTI-HIV, ANT-HEB, ANTI-HBC 4 - PENICILINA BENZATINA, CEFITRIAZONE, ACICLOVIR 5 - PCR - “PADRÃO OURO” PARA TODAS AS ÚLCERAS