GUIA DE
IMPRENSA
Caro Jornalista,
O objetivo deste guia produzido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é
facilitar o seu trabalho durante os Jogos Parapan-Americanos de Toronto.
Neste material, você poderá encontrar informações úteis sobre atletas da
delegação brasileira, modalidades e arenas.
Oferecemos também informações sobre Toronto, uma bela cidade que
mostrou preparo ao receber o movimento paralímpico com todo o respeito
que merece.
O Brasil chega à mais populosa cidade do Canadá com uma delegação
composta por 453 pessoas, sendo 271 atletas, 23 acompanhantes de atleta (atleta-guia, calheiro, goleiro e piloto), e 159 profissionais técnicos, administrativos e de saúde. Tudo isso para buscar, mais uma vez, o primeiro
lugar no quadro geral de medalhas.
É com prazer que entregamos a você, jornalista, este material para que a
sua cobertura sobre os Jogos Parapan-Americanos seja a mais proveitosa possível.
Bom trabalho!
Andrew Parsons
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro
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APRESENTAÇÃO
Presidência e Gestão
05
Equipe Técnica e Administrativa
13
Assessoria de Imprensa
13
Hotel da Imprensa
14
Código Telefônico
14
Clima
15
Transporte
15
Telefones Úteis
15
Sites e Redes Sociais
15
História dos Jogos Parapan-Americanos
16
Brasil nos Jogos Parapan-Americanos
17
MODALIDADES & ATLETAS
ÍNDICE
Atletismo
18
Basquete em Cadeira de Rodas
52
Bocha
64
Ciclismo
71
Futebol de 5
76
Futebol de 7
82
Goalball
90
Halterofilismo
97
Judô
106
Natação
115
Rugby em Cadeira de Rodas
136
Tênis em Cadeira de Rodas
143
Tênis de Mesa
148
Tiro com Arco
163
Voleibol Sentado
169
ARENAS E CALENDÁRIO
182
ANOTAÇÕES
192
3
PRESIDENTE
Andrew Parsons
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro
Formado em Comunicação Social pela
Universidade Federal Fluminense (UFF),
é presidente do Comitê Paralímpico
Brasileiro (CPB), vice-presidente do Comitê
Paralímpico Internacional (IPC), membro do
Conselho Executivo do IPC, da Comissão de Rádio e Televisão do
Comitê Olímpico Internacional (COI) e das Comissões da Coordenação
dos Jogos de Tóquio-2020 e do Canal Olímpico, ambas do COI.
APRESENTAÇÃO
Andrew Parsons nasceu no Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de
1977, e, assim que o Comitê Paralímpico Brasileiro montou sua primeira sede, em Niterói (RJ), o ainda estudante de Comunicação Social
Andrew Parsons colocou-se a disposição para fazer parte do movimento. Em algumas semanas foi convidado a iniciar suas atividades no
Departamento de Comunicação, em setembro de 1997.
Em 2001 foi convidado a assumir o cargo de secretário-geral, tendo como uma de suas funções fazer com que o CPB crescesse politicamente em nível internacional. No ano seguinte, a sede foi transferida para
Brasília e Andrew tornou-se secretário-geral do Comitê Paralímpico
das Américas (APC).
No ano de 2005 foi eleito presidente do APC, liderando o processo
de organização da entidade para os Jogos Parapan-Americanos Rio2007. Em novembro de 2006, elegeu-se presidente do Conselho dos
Continentes do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). E em 2009, no
dia 14 de fevereiro, Andrew Parsons foi eleito por aclamação o mais novo presidente do CPB. No mesmo ano, em novembro, foi o mais votado
na eleição para o Comitê Executivo do IPC. Logo após, foi designado
para presidir o Comitê de Jogos Paralímpicos do IPC.
Sob sua gestão no CPB, o Brasil saltou do 9º lugar no quadro geral das
Paralímpiadas de Pequim-2008, com 16 medalhas de ouro, para o 7º
nos Jogos de Londres-2012, com 21 ouros. E pela boa liderança durante os quatro primeiros anos, Parsons foi reeleito presidente do CPB por
aclamação em março de 2013.
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Em novembro de 2013, foi eleito vice-presidente do Comitê Paralímpico
Internacional (IPC) com 96 votos. Parsons foi o primeiro brasileiro a
ocupar a cadeira de vice-presidente da entidade.
Atualmente, além da atuação no movimento paralímpico, Andrew
Parsons ainda é membro das comissões da Coordenação dos Jogos
de Tóquio-2020, que cuida dos assuntos relacionados aos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos da capital japonesa; e do Canal Olímpico,
que vai cuidar do planejamento do canal olímpico de TV digital, ambas
do Comitê Olímpico Internacional.
Andrew Parsons chefiou ou participou da chefia de diversas Delegações
Brasileiras em Campeonatos Abertos, Parapan-Americanos, Mundiais
e Jogos Paralímpicos. Recebeu prêmio do Comitê Internacional pelo
Fair Play (CIFP) por gesto de fair play demonstrado durante os Jogos
Paralímpicos Atenas 2004.
Apesar de seu crescimento político, não deixou de lado sua atuação
na área de comunicação, participando da verdadeira revolução que o
CPB empreendeu na área. Tanto que em 2012 foi convidado a integrar
a Comissão de Rádio e Televisão do Comitê Olímpico Internacional
(COI), por indicação do presidente do IPC, Sir Philip Craven.
“Nossa estratégia em Atenas 2004 de compra dos direitos de transmissão dos Jogos foi decisiva para a mudança de percepção da sociedade brasileira em relação ao esporte Paralímpico e seu consequente
crescimento. Pela primeira vez o País pôde assistir a Paralimpíada e
entender a força do esporte Paralímpico.”
VICE-PRESIDENTE
Ivaldo Brandão Vieira
Vice-presidente do Comitê Paralímpico
Brasileiro
Graduado em Educação Física pela Escola de
Educação Física Almirante Adalberto Nunes;
graduado em Matemática pela Fundação
Educacional Universitária Campograndense; e
mestrado em Ciencia da Motricidade Humana
pela Universidade Castelo Branco. Atualmente é primeiro vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Nascido no Rio de Janeiro, Ivaldo Brandão teve sua primeira atuação marcante no esporte paralímpico em 1982, quando trabalhava na
Diretoria de Esportes do Centro Esportivo Miécimo da Silva e foi chamado para organizar os Jogos Brasileiros de Paralisia Cerebral.
Em 1986, começou a atuar como diretor técnico da Associação
Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE), cargo que ocupou
até 2001. Durante o período, Brandão foi habilitado como classificador internacional da CP-ISRA (Associação Internacional de Esportes e
Recreação para Paralisados Cerebrais, sigla em inglês) e ainda trabalhou na implantação e desenvolvimento de modalidades como futebol
para amputados, bocha adaptada e ciclismo para atletas com paralisia
cerebral.
Em 2001, foi eleito presidente da ANDE e permaneceu na presidência
por 12 anos. Nos períodos somados de diretoria técnica e presidência, Brandão se empenhou em implantar modalidades que buscassem
atender os deficientes com menor ou nenhuma capacidade motora para que pudessem melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
Após os 12 anos à frente da ANDE, Ivaldo Brandão foi eleito, em 2013,
como vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
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VICE-PRESIDENTE
Mizael Conrado
Vice-presidente do Comitê
Paralímpico Brasileiro
Formado em Direito, pela Universidade
Cidade de São Paulo (Unicid), é vice-presidente e secretário-geral do
Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Edilson Alves da Rocha
– Tubiba
Diretor técnico do Comitê Paralímpico
Brasileiro e chefe de missão
Formado em Educação Física, foi chefe
da missão brasileira nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara-2011 e dos
Jogos Paralímpicos de Londres-2012
Nascido em Santo André/SP, Mizael
Conrado de Oliveira veio ao mundo cego devido a uma catarata congênita. Após quatro cirurgias, ainda bebê, começou a enxergar. Aos nove
anos teve um descolamento de retina, que iniciou a perda de visão.
Aos 13 anos estava completamente cego. Foi no Instituto Padre Chico,
escola especial, onde Mizael teve o primeiro contato com o Futebol de
5 para Cegos.
A história de Edilson Rocha, o Tubiba, com o paradesporto começou
em 1998. Árbitro de basquetebol, ele foi convidado a ser mesário de
uma partida de apresentação de basquete em cadeira de rodas nos
Jogos Escolares do Estado de São Paulo, na cidade de Itatiba, entre
as equipes AEDREHC e Águias da Cadeira de Rodas.
Com a Seleção Brasileira de Futebol de 5 foi campeão Latino Americano
(1994); tricampeão da Copa América (1997, 2001 e 2003); campeão
Mundial Sub-25 (2002); bicampeão Mundial de Futebol (1988 e 2000)
e o bicampeão Paralímpico (2004 e 2008), além de ter conquistado o
título de Melhor Jogador do Mundo, em 1998.
A partir daí, o contato com o esporte adaptado só aumentou. Além
de trabalhar na supervisão técnica de modalidades e na elaboração
de novos projetos do Clube dos Paraplégicos de São Paulo, Tubiba
foi convidado a ser diretor técnico da Federação Paulista. Em 2003, o
Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realizou um Open Internacional de
Atletismo e Natação na cidade de São Paulo e convidou o Clube dos
Paraplégicos de São Paulo para ajudar na organização local.
Diretor administrativo e presidente do Centro de Emancipação Social
e Esportiva de Cegos (CESEC); secretário executivo da Confederação
Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC); membro do Comitê
Executivo da União Mundial de Cegos, da União Latino Americana
dos Cegos; vice-presidente da Federação Brasileira de Entidades para
Cegos e secretário geral da União Brasileira de Cegos. Aposentou-se
como jogador nas Paralimpíadas de Pequim 2008, com medalha de
ouro, e no dia 16 de fevereiro de 2009 foi eleito vice-presidente de
finanças e secretário geral do Comitê Paralímpico Brasileiro.
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CHEFE DE MISSÃO
Trabalhou no Parapan de Tênis de Mesa, realizado em Brasília, e nos
Jogos Parapan-Americanos de Mar del Plata, ambos em 2003. No ano
seguinte, foi convidado pelo presidente na época, Vital Severino Neto,
para trabalhar no CPB como coordenador técnico. Aceitou o convite e
atuou ao lado de Kleber Veríssimo em toda a preparação da Delegação
Brasileira para os Jogos Paralímpicos de Atenas 2004.
Em 2006, a estrutura técnica do CPB foi reformulada e criadas novas
coordenações. Tubiba foi convidado a assumir a diretoria técnica, onde
permaneceu até 2008. Em seguida, o paulista trabalhou no Comitê de
Candidatura aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, mas retornou ao CPB em 2009 por convite do atual presidente, Andrew Parsons.
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SUBCHEFE DE
MISSÃO
Jonas Freire
Formado em Educação Física e bacharel em Treinamentos em Esportes pela
Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), foi sub-chefe de missão
nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011 e sub-chefe de missão nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012
É atualmente coordenador de seleções nacionais do Comitê Paralímpico
Brasileiro. Já foi coordenador técnico do CPB. Trabalha com a organização esportiva de modalidades Paralímpicas desde 2000 e integrou a
delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Atenas em 2004. Foi
gerente do Futebol de 5 nos Jogos Parapan-Americanos do Rio 2007.
Ocupou o cargo de coordenador técnico da Confederação Brasileira de
Desportes de Deficientes Visuais (CBDV).
SUPERINTENDENTE
DE FINANÇAS E
CONTROLADORIA
Carlos José Vieira de
Souza
Bacharel
em
Economia
pela
Faculdade de Economia Gliesp (UFF)
e pós-graduação em Engenharia
Econômica pela UFRJ.
DIRETORIA
DE RELAÇÕES
INSTITUCIONAIS
Luiz Garcia
Formado em Administração pela
Universidade Católica de Brasília,
tem especialização em Negociações
Internacionais (Instituto Rio Branco) e
Gestão Esportiva.
Atua como assessor da presidência para Relações Institucionais no
Comitê Paralímpico Brasileiro. Anteriormente exerceu a chefia da
Assessoria Internacional do Ministério do Esporte (2003 – 2007) e
foi piloto de automobilismo entre 1985 e 2001, tendo disputado diversas categorias nacionais e internacionais, sendo a principal delas a
Fórmula Indy (1999 – 2001).
CHEFE MÉDICO
Roberto Vital
Formado em Medicina, é médico do
esporte e especialista em Fisiatria
Coordenador médico do Comitê
Paralímpico Brasileiro e médico da
UFRN. Foi chefe do Departamento
Médico da ABRADECAR, já trabalhou na área médica do ABC – F.C.
– Natal (RN).
Atua como superintendente de Finanças e Controladoria no Comitê
Paralímpico Brasileiro. Anteriormente exerceu os cargos como o
de presidente da Comissão Permanente de Licitação; membro permanente do Comitê de Auditoria e Finanças do Comitê Paralímpico
Internacional (IPC); consultor financeiro da Union de Banks Suisses
(UBS); diretor financeiro da Glass Marine, Le Panetier, entre outros.
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11
DIRETORIA DE
MARKETING
Ana Bacellar
Graduada em Administração de
Empresas pela Faculdade Católica
de Brasília; tem especialização em
Marketing pela Florida International
University, em Miami (EUA); pós-graduação em Marketing, Propaganda
e Relações Públicas pela Cavendish College, em Londres (GBR);
mestrado em Gerenciamento de Projetos pela George Washington
University, nos Estados Unidos.
Atua como diretora de Marketing do Comitê Paralímpico Brasileiro
desde março de 2014. Anteriormente, trabalhou como diretora de
Planejamento Estratégico e Marketing na empresa de soluções em telecomunicações Mundo Startel, em Angola.
GERÊNCIA DE
COMUNICAÇÃO
Rafael Maranhão
Bacharel em Comunicação Social
pela UFF/RJ e mestrado em Mídia
e Estudos da Comunicação pela
Universidade de Estocolmo (SUE)
Atua como gerente de comunicação
do Comitê Paralímpico Brasileiro desde outubro de 2014. Anteriormente
trabalhou no Comitê Organizador Local da Copa do Mundo da FIFA
Brasil 2014 e fez parte da equipe de comunicação do CPB nos Jogos
Paralímpicos Londres-2012.
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EQUIPE TÉCNICA E ADMINISTRATIVA
Edilson Rocha Tubiba
Chefe de missão
Jonas Freire
Subchefe de missão
Roberto Vital
Chefe médico
Ana Bacellar
Diretoria de Marketing
Rafael Maranhão
Gerência de Comunicação
Fernanda Villas Bôas
Attaché de Imprensa
ASSESSORIA DE IMPRENSA – CPB
Gerente de Comunicação
Rafael Maranhão
e-mail: [email protected]
Coordenador de Imprensa
Diogo Mourão
e-mail: [email protected]
Coordenação de foto e vídeo
Graziella Batista
e-mail: [email protected]
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Assessoria de imprensa e redes sociais
Nádia Medeiros – redes sociais
e-mail: [email protected]
Thiago Rizerio
e-mail: [email protected]
Rafael Moura
e-mail: [email protected]
Ivo Felipe
e-mail: [email protected]
Thalita Kalix
e-mail: [email protected]
Tadeu Casqueira
e-mail: [email protected]
Fernanda Villas Bôas – Attaché de Imprensa
e-mail: [email protected]
HOTEL DA IMPRENSA
Hilton Toronto
Endereço: 145 Richmond St West, Toronto, ON
CEP: M5H 2L2
MEDIA CENTRE
Sheraton Centre Toronto Hotel
Endereço: 123 Queen Street West, Toronto, ON
CEP: M5H 2M9
CÓDIGO TELEFÔNICO
CLIMA
Em agosto, o Canadá está no auge do verão e as temperaturas são bem
agradáveis em Toronto. Durante o dia, dificilmente você precisará usar
casaco. Porém, à noite, principalmente nas áreas abertas, como parques e às margens do Lago Ontario, é bom ter um agasalho em mãos
para evitar desconforto. As temperaturas variam de 18º C a 26º C.
TRANSPORTE
O Comitê Organizador dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto-2015
vai disponibilizar transporte para os locais de disputas pelo Sistema de
Transporte dos Jogos.
TELEFONES ÚTEIS
Polícia: 911
Bombeiros/paramédicos: 911
COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO
– CPB
Setor Bancário Norte, Quadra 02, lote 12, Bloco F, 14º andar
Edifício Via Capital – Brasília/DF – CEP 70040-020
Telefone: (61) 3031-3030
SITES E REDES SOCIAIS
www.cpb.org.br
Facebook: www.facebook.com/comiteparalimpico
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Flickr: www.flickr.com/photos/cpboficial
Instagram: @ocpboficial
YouTube: www.youtube.com/cpboficial
Snapchat: cpboficial
Periscope: @cpboficial
Canadá: 1
Toronto: 416
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HISTÓRIA DOS JOGOS
PARAPAN-AMERICANOS
BRASIL NOS JOGOS
PARAPAN-AMERICANOS
Os Jogos Parapan-Americanos tiveram sua origem em solo canadense,
em 1967, em Winnipeg. Na ocasião, seis países se reuniram para a disputa apenas em modalidades para cadeirantes. Até 1995, nove edições
similares para modalidades e classes específicas foram realizadas.
Desde 1999, os atletas brasileiros já conquistaram 769 medalhas
em Jogos Parapan-Americanos, sendo 336 de ouro, 237 de prata
e 196 de bronze. Nas duas últimas edições, no Rio,em 2007, e em
Guadalajara, em 2011, o Brasil terminou os Jogos na primeira posição do quadro de medalhas. Veja o retrospecto:
Somente a partir de 1999, na Cidade do México, a competição ganhou
o nome de Jogos Parapan-Americanos e reuniu atletas com diferentes
tipos de deficiência em quatro modalidades, isso tudo sob a chancela
do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). A cada edição, o número
de atletas e eventos esportivos foi aumentando. Nesta edição haverá
disputas em 15 modalidades.
Cidade do México-1999
2º lugar geral, com 91 medalhas de ouro, 54 de prata e 34 de bronze.
Total de 179.
Mar del Plata-2003
2º lugar geral, com 81 medalhas de ouro, 53 de prata e 31 de bronze.
Total de 165.
Rio de Janeiro-2007
1º lugar geral, com 83 medalhas de ouro, 68 de prata e 77 de bronze.
Total de 228.
Guadalajara-2011
1º lugar geral, com 81 medalhas de ouro, 61 de prata e 55 de bronze.
Total de 197.
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17
ATLETISMO
O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência física
ou visual. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino. Os competidores são divididos em
grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional.
Nas corridas, os atletas com deficiência visual mais alta podem ser
acompanhados por guias, ligados a eles por uma corda. Já entre os deficientes físicos, há corridas com o uso de próteses ou em cadeiras de
rodas. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paralímpico
Brasileiro (CPB).
Classificação
MODALIDADES
Provas de campo – arremesso e lançamentos : F – Field (campo)
F11 a F13 – deficientes visuais
F20 – deficientes intelectuais
F31 a F38 – paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes e 35 a 38
para ambulantes)
F40 e F41 – anões
F42 a F47 – amputados e outros (les autres)
F51 a F57 – competem em cadeiras (sequelas de poliomielite, lesões
medulares e amputações)
Provas de pista – corridas de velocidade, de fundo e salto: T – track
(pista)
T11 a T13 – deficientes visuais
T20 – deficientes intelectuais
T31 a T38 – paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes e 35 a 38
para ambulantes)
T42 a T47 – amputados e outros (les autres)
T51 a T54 – competem em cadeiras (sequelas de poliomielite, lesões
medulares e amputações)
Coordenador da modalidade: Ciro Winckler
Técnico-chefe: Amaury Veríssimo
Técnicos nacionais: Fábio Breda e João Paulo Cunha
Técnico auxiliar: Cássio Damião
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19
Adriele de Moraes
Nascimento: 17/4/1992, Brasília (DF)
Peso: 60 kg
Altura: 1,65 m
Classe: T20
História: Com deficiência intelectual, Adriele
de Moraes começou no atletismo aos 10 anos
para auxiliar no aprendizado escolar.
Alan Fonteles Cardoso de
Oliveira
Nascimento: 21/8/1992, Marabá (PA)
Peso: 64kg
Altura: 1,72m
Classe: T43
Principais conquistas: atual recordista mundial nos 100m (10s57) e nos 200m (20s66);
ouro nos 100m, 200m e 400m e prata no revezamento 4x100m no Mundial de Atletismo
de Lyon-2013; ouro nos 200m nos Jogos
Paralímpicos de Londres- 2012; prata nos
200m e bronze nos 100m nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara-2011; bronze nos
100m no Mundial de Christchurch-2011; prata nos 4x100m nos Jogos Paralímpicos de
Pequim-2008.
História: Devido a uma sepsemia, gerada por
uma infecção intestinal, Alan Fonteles teve de
amputar as duas pernas aos 21 dias de vida.
Começou a praticar o atletismo aos 8 anos.
No começo, o paraense corria com próteses de madeira e, aos 15 anos, ganhou seu
primeiro par de próteses de fibra de carbono para estrear nos Jogos Paralímpicos, em
Pequim-2008.
20
Alessandro Rodrigo da
Silva
Nascimento: 28/08/1984, Santo André (SP)
Peso: 126kg
Altura: 1,90m
Classe: F11
História: Alessandro ficou cego após a manifestação de uma toxoplasmose, no ano de
2009. Já em 2013, conheceu seu atual técnico
Walter Agripino, que foi quem lhe chamou para treinar. Em sua primeira competição conseguiu o 3º lugar e viu que tinha um potencial a
ser explorado no esporte.
Alice de Oliveira Correa
Nascimento: 2/3/1996, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 57kg
Altura: 1,62m
Classe: T12
História: Alice nasceu com glaucoma e catarata. Conheceu o atletismo aos 13 anos a
convite de uma amiga. Participou dos Jogos
de Londres-2012.
21
André Luís da Rocha
Antunes
Aniceto Antonio dos
Santos
Nascimento: 15/04/1977, Taubaté (SP)
Peso: 115kg
Altura: 1,85m
Classe: F54
História: André Luis tinha 29 anos quando atuava como policial militar. Durante uma ocorrência de perseguição a pé, sofreu a queda de
um muro e ficou paraplégico. Começou jogando basquete em cadeira de rodas, e em 2013
iniciou sua carreira no atletismo.
Nascimento: 17/04/1976, São José dos
Espinharas (PB)
Peso: 58Kg
Altura: 1,70m
Classe: T13
Principais conquistas: Ouro no Campeonato
Mundial de Maratona do IPC 2015 em Londres.
História: Aniceto começou sua vida esportiva
com 11 anos, jogando futsal. Descobriu o atletismo após vencer uma corrida na qual foi inscrito pelo técnico do time em que jogava. Desde
então, deixou o futsal e se dedicou somente ao
atletismo, até então, o convencional. Após constatar que tinha um elevado grau de hipermetropia, o atleta descobriu que poderia ingressar no
esporte paralímpico, onde iniciou sua carreira
em 2012.
André Luiz de Oliveira
Nascimento: 6/9/1972, São Paulo (SP)
Peso: 92kg
Altura: 1,94m
Classe: T44
Principais conquistas: ouro no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011; prata no revezamento 4x100m nos Jogos Paralímpicos de
Pequim-2008; prata no salto em distância e
bronze no revezamento 4x100m no Mundial
de Atletismo de Christchurch-2011; bronze
no salto em distância nos Jogos ParapanAmericanos do Rio de Janeiro-2007.
História: em 1997, tentando a classificação
para o Mundial de Atletismo no Salto em
Distância, André Luiz fraturou o joelho e perdeu parte do movimento da perna. Porém,
André não abandonou o esporte e migrou para o movimento paralímpico.
22
Ariosvaldo Fernandes da
Silva (Parré)
Nascimento: 23/12/1976, Campina Grande (PB)
Peso: 53kg
Altura: 1,20m
Classe: T53
Principais conquistas: bronze nos 100m no Mundial
de Atletismo de Lyon-2013; ouro nos 100m e nos
200m e prata nos 400m nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara-2011; ouro nos 100m
e nos 400m e prata nos 200m nos Jogos ParapanAmericanos do Rio-2007
História: Parré nasceu no interior da Paraíba e,
sem acesso à vacina quando bebê, teve poliomielite. A família mudou-se para o Distrito Federal em
busca de melhores oportunidades e tratamento
para Parré, como é mais conhecido. Aos 17 anos,
por influência de um amigo, começou a praticar
basquete em cadeira de rodas e, há 15 anos, conheceu o atletismo e nunca mais largou.
23
Claudiney Batista dos
Santos
Nascimento: 13/11/1978, Bocaiúva (MG)
Peso: 68kg
Altura: 1,73m
Classe: F57
Principais conquistas: prata no lançamento
de dardo e bronze no lançamento de disco no
Mundial de Atletismo de Lyon-2013; prata no
lançamento de dardo nos Jogos Paralímpicos
Londres-2012; ouro no lançamento de dardo
e bronze no lançamento de disco nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011.
História: Um acidente de moto em 2005 lesionou a perna esquerda de Claudiney. No
hospital, o ferimento se agravou e o mineiro
precisou amputar o membro por completo. No
mesmo ano, ele foi convidado a conhecer o
atletismo e passou a praticá-lo no ano seguinte. Halterofilista antes do acidente, Claudiney
se identificou com as provas de lançamento
de dardo e disco e de arremesso de peso.
Daniel Mendes da Silva
Nascimento: 15/6/1979, Nova Venécia (ES)
Peso: 76kg
Altura: 1,78m
Classe: T11
Principais conquistas: atual recordista mundial
nos 400m (49s82); ouro nos 400m e bronze nos
200m no Mundial de Atletismo de Lyon-2013;
prata nos 200m nos Jogos Paralímpicos
de Londres-2012, ouro nos 400m e prata
nos 100m e nos 200m nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara-2011; prata nos
200m e nos 400m e bronze nos 100m no
Mundial de Christchurch-2011
História: Daniel trabalhava numa serralheria de
granito quando sofreu um grave acidente em
2002. Duas placas de mais de 700kg se desprenderam e caíram sobre o rosto do capixaba,
24
provocando afundamento de crânio e da face e
a perda total da visão. Daniel passou por diversas cirurgias de reconstrução facial. Em 2005, a
convite de uma professora da Unicep, conheceu
o atletismo. Logo se destacou representando o
Brasil em competições internacionais.
Diogo Ualisson Jerônimo
da Silva
Nascimento: 08/10/1992, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 63 kg
Altura: 1,71m
Classe: T12
História: Diogo é deficiente visual. Sua mãe teve
rubéola durante a gravidez, o que acabou afetando a visão do atleta. Começou no atletismo em
2007, e em 2011 obteve a 5ª colocação dos 100m
nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara.
Edson Cavalcante Pinheiro
Nascimento: 3/6/1979, Cruzeiro do Sul (AC)
Peso: 70kg
Altura: 1,74m
Classe: T38
Principais conquistas: bronze nos 100m no
Mundial de Atletismo de Lyon-2013; ouro nos
100m e 200m e prata nos 400m nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011; bronze nos 100m no Mundial de Christchurch-2011;
ouro nos 100m e 200m nos Jogos ParapanAmericanos do Rio-2007
História: O acreano nasceu no seringal com ajuda de uma parteira. Com falta de oxigênio, teve
paralisia cerebral, que prejudicou o movimento
do braço direito. Edson praticava tênis de mesa
em 2001 e, um ano depois, migrou para o atletismo. Em menos de dois anos no esporte, conquistou seu lugar na Seleção Brasileira.
25
Elizabeth Rodrigues
Gomes
Nascimento: 15/01/1965, Santos (SP)
Peso: 77kg
Altura: 1,64m
Classe: F54
História: Em 1993, Elizabeth levava uma vida
de jogadora de vôlei quando foi diagnosticada
com esclerose múltipla. Demorou para aceitar
a doença até conhecer o basquete em cadeira
de rodas, em Santos. Descobriu, no mesmo
local onde treinava, o atletismo e se apaixonou pela modalidade.
Felipe de Souza Gomes
Nascimento:
26/4/1986,
Campos
dos
Goytacazes (RJ)
Peso: 75kg
Altura: 1,74m
Classe: T11
Principais conquistas: prata nos 100m no
Mundial de Atletismo de Lyon-2011; ouro nos 200m e bronze nos 100m nos Jogos
Paralímpicos de Londres-2012, prata nos
4x100m no Mundial de Assen- 2006; prata nos
100m e bronze nos 200m nos Jogos ParapanAmericanos do Rio-2007.
História: O velocista começou a perder a visão aos 6 anos devido a um glaucoma congênito, seguido de catarata e de descolamento
da retina. Sem nenhum resíduo visual, jogou
Futebol de 5, goalball e, em 2003, conheceu
o atletismo.
26
Flávio Reitz
Nascimento: 11/10/1986, Francisco Beltrão
(PR)
Peso: 65kg
Altura: 1,79m
Classe: T42
História: Flávio descobriu um tumor no fêmur
da perna esquerda aos 15 anos e no fim de
2002 teve que amputar o membro por completo. Em 2008 começou a praticar Handball em
Cadeira de Rodas e conheceu o atletismo no
ano seguinte, nas provas de campo na classe F57. Após assistir a um vídeo institucional
do CPB, que mostrava o salto em altura para atletas amputados, sua técnica o convidou
para treinar a prova. O paranaense mostrava
facilidade em pular muros e cadeiras apenas
com a perna direita e logo quando começou a
saltar em competições conquistou o recorde
brasileiro.
Gustavo Henrique Faria
Araújo
Nascimento: 10/09/1992, Uberlândia (MG)
Peso: 76 KG
Altura: 1,76m
Classe: T13
História: O velocista descobriu em 2009 que
possuía uma doença degenerativa chamada
ceratocone. Gustavo já praticava o atletismo
convencional, mas devido ao avanço da sua
perda de visão, ingressou no esporte paralímpico em 2014. Espera ansioso pelo início do
Parapan.
27
Indayana Pedrina Moia
Martins do Couto
Jenifer Martins dos
Santos
Nascimento: 22/11/1988, Ivaiporã (PR)
Peso: 51kg
Altura: 1,55m
Classe: T13
História: Indayana iniciou no atletismo em
2004, numa Associação de Deficientes
Visuais, primeiramente visando somente sua
reabilitação.
Nascimento: 30/06/1989 Recife
Peso: 57kg
Altura: 1,64m
Classe: T38
Principais conquistas: ouro nos 100m e nos
200m nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011; ouro nos 100m e prata
nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos
Rio-2007
História: Com paralisia cerebral devido à falta
de oxigênio na hora do parto, Jenifer tem mostrado evolução nos resultados com participação de dois Jogos Paralímpicos no currículo.
Izabela Silva Campos
Nascimento: 11/4/1981, Belo Horizonte (MG)
Peso: 83kg
Altura: 1,66m
Classe: F11
Principais conquistas: bronze no arremesso
de peso no Mundial de Atletismo de Lyon-2013
História: Vítima de sarampo aos 6 anos,
Izabela perdeu a visão progressivamente até
não enxergar mais aos 18. Aos 21, a mineira
conheceu o atletismo, com o objetivo de perder peso. Chegou a correr 5.000m, 1.500m,
800m e 400m, mas foi com as provas de
campo que mais se identificou. Participou dos
Jogos de Londres-2012 e terminou em 7 º no
arremesso de peso.
28
Jerusa Geber dos Santos
Nascimento: 26/4/1982, Cuiabá (MT)
Peso: 45kg
Altura: 1,53m
Classe: T11
Principais conquistas: prata nos 100m e nos
200m no Mundial de Atletismo de Lyon-2013;
prata nos 100m e nos 200m nos Jogos
Paralímpicos de Londres-2012; prata nos 100m
e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara-2011; prata nos 100m e nos
200m no Mundial de Christchurch-2011; bronze nos 200m nos Jogos Paralímpicos de
Pequim-2008
História: Jerusa nasceu com catarata congênita e, aos 8 anos, descobriu que tinha glaucoma. Aos 18, perdeu completamente a visão.
No ano seguinte, entrou para o atletismo.
29
Jhulia Karol dos Santos
Nascimento: 18/9/1991, Terra Santa (PA)
Peso: 48kg
Altura: 1,50m
Classe: T11
Principais conquistas: bronze nos 100m no
Mundial de Atletismo de Lyon-2013; bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos de
Londres-2012; bronze nos 100m nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011.
História: Jhulia perdeu a visão devido a uma
meningite quando tinha 9 anos. A paraense
começou no atletismo aos 15 anos e, três
anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro
para se dedicar mais ao esporte.
João Luis dos Santos
Nascimento: 24/6/72, Santa Rita (PB)
Peso: 116kg
Altura: 1,89m
Classe: F46
Principais conquistas: Bronze no lançamento
de disco no Mundial de Christchurch, na Nova
Zelândia, em 2011
História: João Luis nasceu com má formação
no braço direito, e o membro não desenvolveu. Na adolescência, jogava futebol e futsal.
Em 2004, um professor de educação física o
chamou para fazer testes no atletismo. João
foi testado em provas de velocidade, longas
distâncias, nos saltos e em arremessos e
lançamentos.
30
João Victor Teixeira
Souza Silva
Nascimento: 26/03/1994, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 97kg
Altura: 1,87m
Classe: F37
Principais conquistas: ouro no lançamento de disco e arremesso de peso nos Jogos
Parapan-Americanos de Jovens da Argentina,
em 2013.
História: Iniciou com 7 anos no atletismo convencional. Aos 15, João Victor fez uma cirurgia para a retirada de um coágulo. Logo após,
sofreu algumas convulsões, que resultaram
na paralisia cerebral do lado esquerdo. Depois
de um ano e meio se recuperando, ele voltou
para o atletismo, dessa vez no paralímpico.
Jonas Licurgo Ferreira
Nascimento: 7/11/1969, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 84kg
Altura: 1,90m
Classe: F55
História: Jonas ficou paraplégico em 2000,
ao levar um tiro enquanto exercia sua função
como policial militar. Depois de dois anos do
ocorrido, começou a praticar esportes para o
lazer. Passou pelo basquete, natação e handebol. Em 2010, experimentou o atletismo e
não parou mais. Um ano depois, já estava
competindo nas principais provas nacionais.
31
José Humberto
Rodrigues
Nascimento: 28/12/1970, Uberaba (MG)
Peso: 74kg
Altura: 1,70m
Classe: F54
História: Em 2007, o atleta sofreu um acidente
de trabalho numa construção civil e ficou paraplégico. No ano seguinte, começou a praticar basquete em cadeira de rodas. Mas, logo
descobriu o atletismo e se firmou no esporte.
José Humberto se diz surpreso em representar o país na sua estreia no Parapan.
Lorena Salvatini
Spoladore
Nascimento: 19/12/1995, em Maringá (PR)
Peso: 60 kg
Altura: 1m72
Classe: T11
Principais conquistas: ouro no salto em distância no Mundial de Atletismo de Lyon-2013
História: Devido a um glaucoma congênito
desde os primeiros dias de vida, a paranaense perdeu a visão gradativamente. A família
mudou-se para Goiânia em busca de tratamento, mas, aos 4 anos, Lorena já tinha 95%
da vista comprometida. Dois anos mais tarde,
ficou totalmente cega. Sua história no esporte
começou aos 9 anos no balé e, dali, sua força
e elasticidade na prática do atletismo.
32
Lucas André Ferrari
Nascimento: 11/9/1989, São José (SC)
Peso: 68kg
Altura: 1,74m
Classe: T37
Conquistas: prata nos 100m e nos 200m nos
Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara
- 2011
História: Quando ainda era bebê, Lucas teve
uma queda que resultou em traumatismo crânio encefálico e hemiparesia do lado direito.
Lucas Prado
Nascimento: 27/5/1985, Poxoreo (MT)
Peso: 60kg
Altura: 1,65m
Classe: T11
Conquistas: ouro nos 100m e nos 200m no
Mundial de Atletismo de Lyon-2012; prata nos
100m e nos 400m nos Jogos Paralímpicos
de Londres-2012; ouro nos 100m e nos
200m nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011; ouro nos 100m, 200m
e 400m no Mundial de Christchurch-2011;
ouro nos 100m, 200m e 400m nos Jogos
Paralímpicos de Pequim-2008; ouro nos
100m, 200m e 400m nos Jogos ParapanAmericanos do Rio-2007; prata nos 4x100m
no Mundial de Assen-2006
História: O velocista perdeu a visão em 2002,
após um descolamento de retina. Em 2004,
experimentou o Futebol de 5, no ano seguinte,
o goalball, mas se identificou mesmo com o
atletismo, em 2006.
33
Marivana Oliveira da
Nóbrega
Nascimento: 2/5/1990, Maceió (AL)
Peso: 70kg
Altura: 1,58m
Classe: F35
Conquistas: ouro no lançamento de disco
e prata no arremesso de peso nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011
História: A alagoana nasceu com paralisia
cerebral e só começou a andar aos 7 anos,
quando a família teve condições financeiras
de custear uma cirurgia. Em 2008, começou
a competir nas provas de campo e, em 2010,
mudou-se para o Rio de Janeiro para se dedicar integralmente ao esporte.
Mateus Evangelista
Cardoso
Nascimento: 15/02/1994, em Porto Velho (RO)
Peso: 68kg
Altura: 1,75m
Classe: T37
Principais conquistas: Atual recordista mundial
do salto em distância; ouro nos 100m, 200m,
e salto em distância no Parapan de Jovens da
Argentina, em 2013.
Por falta de oxigênio na hora do nascimento,
Mateus teve uma paralisia cerebral que prejudicou os movimentos do lado direito do corpo.
Com a mão e a perna direita sem movimentação
total, Mateus entrou no esporte aos 13 anos de
idade. Começou no atletismo e já na sua primeira paralimpíada escolar - duas semanas depois
de começar a treinar - conquistou medalhas de
ouro nos 100m, 200m e salto em distância. Em
2009, conheceu o futebol de 7 durante uma viagem ao Rio de Janeiro e começou a praticar o
esporte bretão também. Começou na linha, mas
se encontrou mesmo como goleiro. No mesmo
ano, foi o goleiro menos vazado no Parapan
34
Juvenil de Bogotá, na Colômbia. Muito disputado entre os treinadores - cada um o queria exclusivamente em sua modalidade - Mateus decidiu,
em 2012, que precisava se dedicar apenas a
uma das modalidades para continuar com o alto
rendimento. Escolheu então o atletismo.
Odair Ferreira dos Santos
Nascimento: 5/17/1981, Limeira (SP)
Peso: 72kg
Altura: 1,80m
Classe: T11
Principais conquistas: atual recordista mundial
nos 800m (1min58s47); ouro nos 800, 1500 e
5000 no Mundial de Atletismo de Lyon-2013;
prata nos 1500m nos Jogos Paralímpicos
de Londres-2012; ouro nos 1.500m e
5.000m nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011; ouro nos 1.500m, 5.000m
e 10.000m no Mundial de Christchurch-2011;
bronze nos 800m, 5.000m e 10.000m T12
nos Jogos Paralímpicos de Pequim-2008; ouro nos 1.500m, 5.000m e 10.000m T12 nos
Jogos Parapan-Americanos do Rio-2007; ouro nos 1.500m, prata nos 800m e bronze nos
4x100m T12 no Mundial de Assen-2006; prata
nos 1.500m e 5.000m e bronze nos 800m T12
nos Jogos Paralímpicos de Atenas-2004; ouro
nos 1.500m, 5.000m e 800m T12 nos Jogos
Parapan-Americanos de Mar del Plata-2003.
História: Aos 9 anos, uma retinose pigmentar começou a tirar a visão de Odair. Aos 10, passou a
correr por influência de um tio atleta, mas parou
aos 17. Aos 22, voltou às pistas e logo conquistou medalhas e recordes mundiais na classe
T12. Em 2010, tudo mudou. Odair foi reclassificado para T11 (perda total de visão), teve de
se adaptar à nova classe e reescrever sua história. Atualmente é recordista mundial nos 800m
(1m58s47) na classe T11.
35
Paulo Flaviano Pereira
Nascimento: 13/12/1985, Trindade (GO)
Altura: 1,71m
Peso: 58kg
Classe: T38
Principais conquistas: bronze nos 200m e nos
400m nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011.
História: o goiano Paulo Flaviano teve paralisia
cerebral após falta de oxigênio no parto, o que
causou dificuldades de fala e de movimentação. Começou a praticar atletismo aos 17 anos,
depois de mudar-se para Brasília para morar
com a tia. Esteve no Mundial de Atletismo de
2011, disputado na Nova Zelândia, e medalhou
no Parapan de Guadalajara-2011.
Pedro Paulo Neves da
Silva
Nascimento: 22/03/1978, Niterói (RJ)
Peso: 80kg
Altura: 1,78m
Classe: T38
História: Pedro Paulo ficou paralisado cerebral
ao lado direito após faltar oxigenação em seu
parto. Praticou futebol de 7 e natação antes de
chegar ao atletismo, em 2007. O atleta faz sua
estreia numa competição fora do Brasil.
36
Petrúcio Ferreira dos
Santos
Nascimento: 07/10/1997, São José do Brejo do
Cruz (PB)
Peso: 53kg
Altura: 1,68m
Classe: T47
Principais conquistas: Atual recordista mundial nos 200m.
História: Petrúcio é uma novidade nas provas
de atletismo nacionais e internacionais. O rapaz sofreu um acidente com uma máquina de
moer capim aos dois anos de idade e perdeu
parte do braço esquerdo. Petrúcio gostava de
jogar futsal e sempre foi muito rápido, e a velocidade chamou a atenção de um treinador.
O paraibano, em apenas dois anos de carreira, já foi campeão no Parassul-Americano do
Chile, em 2014, nos 100m e nos 200m, e hoje
é o atual recordista mundial nos 200m e recordista das Américas nos 100m.
Raissa Rocha Machado
Nascimento: 17/05/1996, Ibipeba (BA)
Peso: 42kg
Altura: 1,56m
Classe: F56
Principais títulos: ouro no lançamento de dardo, prata nos 100m e bronze no arremesso
de peso nos Jogos Parapan-Americanos de
Jovens da Argentina, em 2013.
História: Raissa teve má formação congênita
nas pernas e possui movimentos limitados, como não conseguir esticar totalmente as duas
pernas. Começou praticando ginástica rítmica
e ballet. Aos 14 anos começou a competir no
atletismo e desde então vem se destacando
na modalidade.
37
Renata Bazone Teixeira
Rosenei Herrera
Nascimento: 21/8/1974, São Gonçalo (RJ)
Altura: 1,60m
Peso: 60kg
Classe: T11
História: Renata nasceu com retinose pigmentar, uma doença hereditária que leva à perda
gradual da visão. Ficou cega completamente
aos 30 anos e, por recomendação médica,
para que não sofresse com depressão, entrou
para o esporte. Começou no judô há cinco
anos, e, há quatro, entrou na atletismo a fim
de ganhar mais condicionamento físico para a
luta. Gostou tanto da modalidade que decidiu
se dedicar e logo conquistou bons resultados.
Nascimento: 21/04/1972, Campo Grande (MS)
Peso: 64kg
Altura: 1,59m
Classe: F36
Principais conquistas: bronze no lançamento
de dardo nos Jogos Parapan-Americanos do
Rio, em 2007.
História: Quando recém-nascida, Rosenei
teve febre alta, que decorreu na paralisia cerebral e deixou o lado esquerdo do corpo debilitado. A atleta começou na natação, e aos
26 anos conheceu o atletismo. Desde então,
tomou gosto pelo esporte.
Rodrigo Parreira da Silva
Nascimento: 09/09/1994, Rio Verde (GO)
Peso: 72kg
Altura: 1,92m
Classe: T36
Principais conquistas: Atual recordista mundial no salto em distância
História: Quando ainda estava grávida, a mãe
de Rodrigo sofreu uma queda. Este fato ocasionou a paralisia cerebral no atleta, que teve o do lado esquerdo do corpo prejudicado.
Começou na natação, depois foi para o halterofilismo, mas se firmou mesmo no atletismo
em 2013.
38
Sheila Finder
Nascimento: 15/8/1979, Joinville (SC)
Peso: 53kg
Altura: 1,65m
Classe: T46
Principais conquistas: bronze no salto em distância no Mundial de Atletismo de Lyon-2013;
prata nos 100m nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara-2011; prata nos
200m e bronze nos 100m nos Jogos ParapanAmericanos do Rio-2007
História: Sheila nasceu com má formação congênita do braço esquerdo. Jogadora de futebol
e pós-graduada em Educação Física, só começou a correr após os 24 anos, por causa dos
inúmeros pedidos de uma de suas professoras.
39
Shirlene Santos Coelho
Nascimento: 19/2/1981, Corumbá (GO)
Peso: 64kg
Altura: 1,69m
Classe: F37
Principais conquistas: atual recordista mundial
no lançamento de dardo (37m86); bronze no
arremesso de peso no Mundial de Atletismo de
Lyon-2013; ouro no lançamento de dardo nos
Jogos Paralímpicos de Londres-2012; ouro no
arremesso de peso e no lançamento de dardo e prata no lançamento de disco nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011; ouro no lançamento de dardo e bronze no lançamento de disco no Mundial de Christchurch-2011;
prata no lançamento de dardo nos Jogos
Paralímpicos de Pequim-2008; ouro no lançamento de dardo e prata no arremesso de peso
e no lançamento de disco nos Jogos ParapanAmericanos do Rio-2007
História: Shirlene teve paralisia cerebral (hemiplegia) ainda durante sua gestação, o que afetou
alguns movimentos.
Silvania Costa de Oliveira
Nascimento: 23/05/1987, Três Lagoas (MS)
Peso: 70kg
Altura: 1,74m
Classe: T11
História: Desde criança, Silvania tem uma enfermidade chamada Doença de Stargardt, por
isso, sua visão regride paulatinamente. Seu encontro com esporte ocorreu aos 18 anos, como
uma ferramenta de inserção social.
40
Suélen Marcheski de
Oliveira
Nascimento: 08/03/1998, Ijuí (RS)
Peso: 49kg
Altura: 1,55m
Classe: T37
Principais conquistas: ouro nos 100m e 200m
nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens da
Argentina, em 2013
História: Suélen adquiriu meningite com poucos dias de nascida, e isso lhe causou a hidrocefalia. Com isso, a jovem teve paralisia cerebral do lado esquerdo. Aos 13 anos conheceu o
atletismo, esporte que surgiu como um divisor
de águas e lhe deu uma independência de vida.
Tascitha Oliveira Cruz
Nascimento: 30/01/1993, Salvador (BA)
Peso: 52kg
Altura: 1,55m
Classe: T36
História: Tascitha nasceu prematura e, com isso, adquiriu a encefalopatia bilirrubínica, ficando
com paralisia cerebral. Em 2005 a atleta iniciou
na ginástica olímpica, passando depois a praticar capoeira e dança. Mas, onde se firmou mesmo foi no atletismo, com 19 anos. Faz sua estreia nos Jogos Parapan-Americanos e espera
subir ao pódio.
41
42
Teresinha de Jesus
Correia dos Santos
Terezinha Aparecida
Guilhermina
Nascimento: 14/10/1980, Caxias (MA)
Peso: 58kg
Altura: 1,52m
Classe: T46
Conquistas: bronze nos 400m no Mundial de
Atletismo de Lyon-2013
História: Após sofrer um acidente no muro de
casa aos oito anos, Teresinha teve que amputar o membro superior. Chegou a jogar futebol
em 2011 e 2012, quando resolveu dar exclusividade ao atletismo e começou a colher bons
resultados nas pistas.
Nascimento: 3/10/1978, Esmeraldas (MG)
Peso: 58kg
Altura: 1,65m
Classe: T11
Conquistas: atual recordista mundial nos 100m
(12s01), 200m (24s67) e dos 400m (56s14);
ouro nos 100m, 200m e 400m no Mundial de
Atletismo de Lyon-2013; ouro nos 100m e nos
200m nos Jogos Paralímpicos Londres-2012;
ouro nos 100m, 200m e 400m nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011;
ouro nos 100m, 200m, 400m e 4x100m no
Mundial de Christchurch-2011; ouro nos
200m, prata nos 400m e bronze nos 100m
nas Paralimpíadas de Pequim-2008; ouro nos
100m e 200m e prata nos 400m nos Jogos
Parapan-Americanos do Rio-2007; ouro nos
200m e prata nos 100m e 400m no Mundial
de Assen-2006; bronze nos 400m nas
Paralimpíadas de Atenas-2004
História: A mineira nasceu com retinose pigmentar, uma doença congênita que provoca a
perda gradual da visão. Sem tênis no início de
sua carreira, a atleta começou sua trajetória
na natação. Foi a irmã que a colocou no mundo do atletismo ao dar de presente seu único
par de tênis, até então, em 2000. Desde então
trocou as piscinas pela pista e é hoje recordista mundial nos 100m (12s01), 200m (24s60) e
400m (56s14).
43
Thalita Vitória Simplício
da Silva
Nascimento: 20/08/1997, Natal (RN)
Peso: 49kg
Altura: 1,61m
Classe: T11
Principais conquistas: ouro nos 100m, 200m
e salto em distância nos Jogos ParapanAmericanos de Jovens da Argentina, em 2013
História: Thalita nasceu com baixa visão. Com
12 anos, ficou totalmente cega. Praticou balé
clássico por 9 anos e, em 2012, iniciou no atletismo. A jovem disputa seu primeiro Parapan.
Thiago Paulino dos
Santos
Nascimento: 29/12/1985, Orlândia (SP)
Peso: 117kg
Altura: 1,90m
Classe: F57
História: Thiago é amputado na perna esquerda abaixo do joelho devido a um acidente de
moto em 2010. Inspirado no atleta paralímpico Marco Aurélio Borges, começou a praticar
atletismo em 2013. Irá fazer sua estreia nos
Jogos e espera conseguir o índice de classificação para os Jogos Paralímpicos do ano que
vem.
44
Verônica Silva Hipólito
Nascimento: 2/6/1996, São Paulo (SP)
Peso: 49kg
Altura: 1,58m
Classe: T38
Principais conquistas: ouro nos 200m e prata nos 100m no Mundial de Atletismo de
Lyon-2013.
História: A paulista sofreu um Acidente
Vascular Cerebral (AVC) no início de 2013 que
prejudicou parcialmente seus movimentos do
lado direito. Atleta do atletismo olímpico, migrou para o movimento paralímpico logo depois do incidente e, desde então, tem mostrado ótimos resultados. É uma aposta do Brasil
para os Jogos Paralímpicos do Rio-2016.
Yeltsin Francisco Ortega
Jacques
Nascimento: 21/09/1992, Campo Grande (MS)
Peso: 75kg
Altura: 1,79m
Classe: T12
Principais conquistas: prata nos 1500m e
bronze nos 800m no Mundial de Atletismo de
Lyon-2013.
História: Yeltsin teve uma má formação na retina de nascença que foi descoberta com apenas 6 meses de vida. Começou no atletismo
por acaso aos 16 anos, ao correr como guia
de um amigo, que pediu ajuda em uma prova
paralímpica.
45
Yohansson do
Nascimento Ferreira
Nascimento: 25/9/1987, Maceió (AL)
Peso: 53kg
Altura: 1,68m
Classe: T45
Principais conquistas: ouro nos 200m, prata
no revezamento 4x100m e bronze nos 100m
no Mundial de Atletismo de Lyon-2013; ouro nos 200m e prata nos 400m nos Jogos
Paralímpicos Londres-2012; prata no revezamento 4x100m e bronze nos 100m nos Jogos
Paralímpicos de Pequim-2008; ouro nos 100m,
prata nos 200m e bronze no revezamento
4x100m no Mundial de Christchurch-2011;
ouro nos 100m, 200m e 400m nos Jogos
Parapan-Americanos do Rio-2007.
História: Yohansson nasceu sem as duas
mãos. Conheceu o atletismo aos 17 anos,
convidado pela técnica Valquíria Campelo, no
ônibus em sua cidade natal, Maceió.
ATLETAS-GUIA
Carlos Antônio dos
Santos
Nascimento: 29/11/1990, Ubirajara (SP)
Peso: 65kg
Altura: 1,68m
Guia de Odair Ferreira dos Santos
Competidor de provas de fundo desde 2002,
Carlos corre com Odair desde 2010 e combina
a carreira de atleta-guia com a de competidor
olímpico. Competiu, inclusive, nos Jogos PanAmericanos de Toronto.
Diogo Cardoso da Silva
Nascimento: 15/3/1985, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 70kg
Altura: 1,77m
Guia de Alice Corrêa
Diogo começou a correr aos 14 anos e, há
cinco, conheceu o atletismo paralímpico.
Começou a guiar Alice Correa em 2009.
Eriton de Aquino
Nascimento
Nascimento: 25/06/1992, Fortaleza (CE)
Peso: 68kg
Altura: 1,82m
Guia de Odair Ferreira
Seu primeiro contato com o atletismo foi com
15 anos, por influência do pai. Em 2013, passou a atuar no paradesporto e no ano seguinte
se tornou guia do fundista Odair Ferreira. Faz
sua estreia nos Jogos.
46
47
Fabio Dias de Oliveira
Silva
Guilherme Soares de
Santana
Nascimento: 5/4/1984, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 78kg
Altura: 1,77m
Guia de Jhulia Karol
Fábio começou a correr aos 15 anos e, em
2003, conheceu o atletismo paralímpico. No
ano seguinte, competiu como atleta-guia de
Hilário Moreira, nos Jogos Paralímpicos de
Atenas-2004, e com Felipe Gomes nos Jogos
de Pequim-2008. Em 2009, passou a correr
ao lado de Jhulia Karol dos Santos.
Nascimento: 9/8/1983, São Paulo (SP)
Peso: 68kg
Altura: 1,76m
Guia da Terezinha Guilhermina
Guilherme começou a competir no atletismo
somente depois dos 20 anos, quando entrou
na universidade. Pouco tempo depois, passou
a correr como atleta-guia. A primeira competição internacional dele com a recordista mundial Terezinha Guilhermina foi no Mundial de
Atletismo de Christchurch-2011.
Felipe Veloso Da Silva
Heitor de Oliveira Sales
Nascimento: 28/09/1987, São Paulo (SP)
Peso: 74kg
Altura: 1,74m
Guia de Thalita Vitória
Felipe iniciou no atletismo com 11 anos e em
2010 ingressou no paralímpico como atleta-guia. Dois anos depois começou a correr
com a jovem Thalita.
Fernando Martins Ribeiro
Júnior
Nascimento: 28/12/1984, São Paulo (SP)
Peso: 78kg
Altura: 1,78m
Guia de Daniel Mendes
Heitor começou a correr aos 14 anos, na escola, e em 2006 ingressou no paradesporto como
técnico. Participou de competições esporádicas como atleta-guia e, em 2012, firmou-se como parceiro de Daniel Mendes na pista.
Nascimento: 4/4/1983, Vitória (ES)
Peso: 73kg
Altura: 1,87m
Guia da Renata Bazzone
História: Fernando é atleta no convencional e entrou no paradeporto guiando Daniel
Mendes. Porém, Daniel se mudou para São
Paulo e Fernando passou a guiar Renata, em
2010.
48
49
50
Jorge Augusto Pereira
Borges
Luiz Henrique Barbosa da
Silva
Nascimento: 18/1/1986, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 74kg
Altura: 1,75m
Guia de Felipe Gomes
História: Jorge era atleta há 17 anos quando
foi chamado por seu treinador para ser guia do
campeão paralímpico Felipe Gomes, três meses antes dos Jogos de Londres-2012. Felipe
havia perdido o guia principal, Chocolate, que
estava machucado. Por questões técnicas,
porém, Jorge não pode correr com Felipe na
Inglaterra. A primeira grande competição juntos
foi o Mundial de Atletismo de Lyon, em 2013. Na
França, eles conquistaram a prata nos 100m.
Nascimento: 25/3/1987, Colider (MT)
Peso: 68kg
Altura: 1,77m
Guia de Jerusa Santos
História: Luiz começou no atletismo aos 11
anos e, em 2006, passou a ser atleta-guia.
Correndo ao lado de diversos atletas, o mato-grossense encontrou maior sintonia com
Jerusa Santos. A parceria deu tão certo que
os dois se casaram. Hoje, são marido e mulher e atleta e atleta-guia.
Justino Barbosa dos
Santos
Nascimento: 8/2/1985, Joinville (SC)
Peso: 78kg
Altura: 1,78m
Guia de Lucas Prado
História: Justino teve o seu primeiro contato
com o atletismo ainda na escola, aos 14 anos,
por sugestão de uma professora. Corre ao lado de Lucas Prado desde 2007.
Nascimento: 11/01/1994, São Paulo (SP)
Peso: 83kg
Altura: 1,89m
Guia de Lorena Spoladore
Pratica atletismo desde os 10 anos de idade. Ao participar de um projeto de inclusão
para pessoas com deficiência em sua faculdade, conheceu o atletismo paralímpico. Foi
convidado e aceitou treinar como atleta-guia
em 2014, e logo depois firmou parceria com
Lorena.
Laércio Alves Martins
Wendel de Souza Silva
Nascimento: 14/10/1979, Ivaiporã (PR)
Peso: 68kg
Altura: 1,70m
Guia de Lucas Prado
História: Laércio começou a correr aos 12
anos e iniciou sua parceria com Lucas Prado
nos Jogos de Pequim-2008, devido a uma
contusão do então único guia Justino Barbosa.
A partir daí, formou-se o trio.
Nascimento: 30/11/1991, Brasília (DF)
Peso: 84kg
Altura: 1,87m
Guia da Seleção (reserva)
Ingressou no paradesporto em 2013, sendo
parceiro do atleta Leandro Martins. No ano
seguinte passou a correr ao lado de Silvania.
Renato Ben Hur Costa
Oliveira
51
BASQUETE EM
CADEIRA DE RODAS
Praticado inicialmente por ex-soldados norte-americanos que haviam
saído feridos da 2ª Guerra Mundial, o basquete em cadeira de rodas
fez parte de todas as edições já realizadas dos Jogos Paralímpicos.
No Brasil, o basquete em cadeira de rodas tem forte presença na
história do movimento paralímpico, sendo a primeira modalidade praticada no país, a partir de 1958, introduzida por Sérgio Del Grande e
Robson Sampaio.
As cadeiras de rodas utilizadas por homens e mulheres são adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de
Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). O jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As
dimensões da quadra e a altura da cesta seguem o padrão do basquete olímpico. São disputados quatro quartos de 10 minutos cada.
No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira
de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC).
Classificação
Na classificação funcional, os atletas são avaliados conforme o comprometimento físico-motor em uma escala de 1 a 4,5. Quanto maior
a deficiência, menor a classe. A soma desses números na equipe de
cinco pessoas não pode ultrapassar 14.
FEMININO
Coordenador: Kilber Fernando
Guimarães Alves
Técnico: Tiago Costa Baptista
MASCULINO
Coordenadora: Maria de Fátima
Fernandes Barbosa
Técnico: Antônio Carlos Ferraz
de Magalhães
FEMININO
Ana Aurélia Mendes Rosa
Nascimento: 10/09/1988, Santa Helena de
Goiás (GO)
Peso: 47kg
Altura: 1,59m
Classe: 3.5
História: Ana Aurélia sofreu um acidente de
carro e lesionou a medula. Começou a praticar o basquete em 2007 e quatro anos depois
participou pela primeira vez de um evento esportivo internacional de relevância: os Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara.
Cíntia Mariana Lopes de
Carvalho
Nascimento: 16/04/1985, Belém (PA)
Peso: 42kg
Altura: 1,52m
Classe: 1.0
Conquistas: Bronze nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara, em 2011
História: Cíntia teve sofreu uma lesão medular
aos 18 anos por causa de uma injeção que tomou após o parto. Conheceu o basquete em
cadeira de rodas aos 22 anos e já jogou nos
Parapans do Rio e de Guadalajara, além dos
Jogos Paralímpicos de Londres.
32
52
53
Ivanilde Cândida da Silva
Lia Maria Soares Martins
Nascimento: 24/4/1990, em São Paulo (SP)
Peso: 52kg
Altura: 1,62m
Classe: 3.5
História: Ivanilde teve meningite aos nove meses de vida. Em consequência da doença, ficou com o braço esquerdo curto e torto, teve
amputação em parte de um dedo na mão direita, parte de um dedo na mão esquerda e
em três dedos do pé direito. Aos 19 anos, enquanto fazia fisioterapia, foi chamada para jogar basquete em cadeira de rodas. A princípio,
não se interessou porque gostava de futebol.
Mas pouco tempo depois, deu nova chance à
modalidade e não parou mais de jogar.
Nascimento: 09/06/1987, Belém (PA)
Peso: 62kg
Altura: 1,70m
Classe: 4.5
Principais conquistas: Bronze nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em 2011
História: Lia foi atropelada aos 17 anos de
idade e teve parte da perna direita amputada.
Dois anos depois, começou a jogar basquete
a convite de um funcionário de um clube de
Belém.
Jéssica Silva Santana
Nascimento: 7/12/1992, em Vitória (ES)
Peso: 65kg
Altura: 1,58m
Classe: 2.5
História: Aos quatro anos de idade, Jéssica
adquiriu o vírus de Guillain-Barré, que paralisou a medula e causou perda total de movimentos da perna esquerda e parcial da direita. Aos 13 anos, viu pela televisão um jogo
de basquete em cadeira de rodas e gostou do
esporte. Dois anos depois, começou a praticar
a modalidade.
54
Lucicléia da Costa e
Costa
Nascimento: 16/08/1980, Salinópolis (PA)
Peso: 45kg
Altura: 1,45m
Classe: 2.5
Principais conquistas: Bronze nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em 2011
História: Lucicléia teve que amputar as duas
pernas aos 16 anos de idade por causa de um
câncer. Dois anos depois, a paraense conheceu o basquete em cadeira de rodas e se identificou com o esporte.
Mônica Fernanda
Andrade Santos Silva
Nascimento: 16/01/1979, São Paulo (SP)
Peso: 68kg
Altura: 1,62m
Classe: 4.5
Principais conquistas: Bronze nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em 2011
História: Aos 14 anos, Mônica descobriu uma
doença chamada Síndrome de Strumpell, que
causa dificuldades na movimentação das pernas. O basquete entrou na vida dela durante a
reabilitação. Passou três anos no tratamento e
depois seguiu treinando o basquete.
55
Paola Klokler
Silvelane da Silva Oliveira
Nascimento: 26/01/1991, São Paulo (SP)
Peso: 56kg
Altura: 1,63m
Classe: 4.5
Principais conquistas: Bronze nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011
História: Paola nasceu com uma perna menor
que a outra e amputou o pé para que pudesse
usar uma prótese. Conheceu o basquete em
cadeira de rodas aos 12 anos de idade.
Nascimento: 10/06/1995, Afonso Cláudio (ES)
Peso: 53kg
Altura: 1,79m
Classe: 3.0
História: Em 2011, Silvelane perdeu o movimento das pernas por uma doença ainda não
diagnosticada. A atleta passou 1 ano e meio
internada em Vitória. Durante esse tempo, o fisioterapeuta do hospital a levou para ver jogos
de basquete em cadeira de rodas. Em 2013,
recuperada, Silvelane começou a praticar a
modalidade.
Perla dos Santos
Assunção
Nascimento: 28/01/1986, Belém (PA)
Peso: 48kg
Altura: 1,54m
Classe: 1.5
História: Perla sofreu um acidente de carro
aos 14 anos de idade e teve a medula lesionada. Aos 19 anos, conheceu o basquete em
cadeira de rodas
Rosália Ramos da Silva
Nascimento: 22/01/1970, Recife (PE)
Peso: 45kg
Altura: 1,49m
Classe: 1.5
Principais conquistas: Bronze nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011
História: Rosália sofreu uma lesão medular
em um acidente de carro quando tinha 18
anos de idade. Durante a reabilitação, chegou
a praticar o atletismo. Aos 20 anos de idade,
conheceu o basquete em cadeira de rodas.
56
Vileide Brito de Almeida
Nascimento: 02/11/1991, Belém (PA)
Peso: 47kg
Altura: 1,65m
Classe: 4.5
Principais conquistas: Bronze nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011
História: Vileide foi picada por uma cobra aos
14 anos de idade. Como sequela do ferimento
e do veneno do animal, a perna ficou atrofiada. Descobriu o basquete em cadeira de rodas aos 16 anos e se dedicou totalmente ao
esporte.
57
MASCULINO
Anderson Carlos Silva
Ferreira
Nascimento: 21/03/1979, Recife (PE)
Peso: 68kg
Altura: 1,55m
Classe: 2.5
Principais conquistas: bronze nos Jogos
Parapan-Americanos do Rio em 2007
História: Anderson teve poliomielite aos dois
meses de vida e, como sequela, teve atrofia nas pernas. Um dos mais experientes da
Seleção, Anderson participou da campanha
dos Jogos Parapan-Americanos do Rio, em
2007, que terminou com a conquista da medalha de bronze.
Dwan Gomes dos Santos
Nascimento: 24/01/1993, em Santos (SP)
Peso: 49kg
Altura: 80cm
Classe: 1.0
Principais conquistas: Ouro no Parapan de
Jovens na Argentina, em 2013
História: Dwan nasceu com a espinha bífida
e escoliose lombar, o que deixou suas pernas
atrofiadas. O atleta teve o primeiro contato
com o basquete aos 13 anos, mas não deu sequência pela dificuldade de locomoção. Aos
18 anos, enquanto brincava com uma bola na
rua, em Goiânia, e foi chamado para tentar o
basquete novamente. Recomeçou no esporte
e não parou mais.
58
Edilson Bessimo das
Neves
Nascimento: 22/5/1974, em Santa Albertina
(SP)
Peso: 84kg
Altura: 1,90m
Classe: 4
História: Edilson sofreu um acidente de moto
em 2001 e precisou ter parte da perna esquerda amputada (acima do joelho). Ele nunca tinha jogado basquete até 2004, quando
um amigo do trabalho o chamou para tentar.
Apesar das dificuldades para movimentar a
cadeira e manejar a bola, Edilson insistiu e
permaneceu no esporte.
Erick Epaminondas da
Silva
Nascimento: 05/10/1978, Paulista (PE)
Peso: 78kg
Altura: 1,79m
Classe: 3.5
Principais conquistas: Bronze nos Jogos
Parapan-Americanos do Rio, em 2007; bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Mar de
Plata, em 2003.
História: Erick teve poliomielite na infância e
como sequela teve atrofia na perna direita.
Começou a praticar esportes aos 19 anos a
convite de um amigo. Primeiro treinou natação, mas logo depois passou ao basquete.
59
Ezequiel Barbosa de
Souza
Nascimento: 27/03/1994, São Paulo (SP)
Peso: 50kg
Altura: 1,05m
Classe: 3.0
Principais conquistas: Ouro no Parapan de
Jovens da Argentina, em 2013.
História: Ezequiel foi atropelado em 2007 por
uma van enquanto ia para a escola. O acidente causou a amputação das duas pernas.
Enquanto fazia reabilitação, viu um time de
basquete em cadeira de rodas treinando e se
interessou pela modalidade. Em 2009, começou a treinar.
Gelson José da Silva
Júnior
Nascimento: 06/03/1980, Porto Alegre (RS)
Peso: 77kg
Altura: 1,76m
Classe: 3.5
História: Gelson teve poliomielite aos 6 meses
de vida, e como sequela teve atrofia na perna direita. Começou a jogar basquete aos 23
anos, quando foi chamado por uma treinadora
em Goiânia.
60
Leandro de Miranda
Nascimento: 27/08/1982, Guarulhos (SP)
Peso: 65kg
Altura: 1,78m
Classe: 4.5
Principais conquistas: Bronze nos Jogos
Parapan-Americanos do Rio, em 2007; bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Mar del
Plata, em 2003.
História: Leandro teve a perna esquerda amputada após um acidente de moto. O atleta
começou a praticar o basquete no começo
dos anos 2000 e, em 2003, já ajudou o Brasil
a conquistar a medalha de bronze em Mar del
Plata.
Luciano Felipe da Silva
Nascimento: 15/07/1979, Cabo de Santo
Agostinho (PE)
Peso: 82kg
Altura: 1,90m
Classe: 4.5
História: Luciano teve um câncer no tornozelo direito e precisou amputar parte da perna
no ano 2000. Um ano depois, um amigo que
praticava o basquete o chamou para tentar o
esporte. Luciano gostou do esporte e passou
a treinar.
61
Paulo César dos Santos
Nascimento: 11/01/1972, Santos (SP)
Peso: 72kg
Altura: 1,65m
Classe: 2.5
História: Paulo César ficou paraplégico após
um acidente com arma de fogo quando ainda era uma criança. O atleta começou a jogar
basquete aos 6 anos de idade e não parou
mais.
Rodrigo Arão de Carvalho
Nascimento: 07/07/1978, São Paulo (SP)
Peso: 83kg
Altura: 1,80m
Classe: 1.0
História: Rodrigo sofreu um acidente de carro
em 2003 e ficou paraplégico. Durante a reabilitação, conheceu o basquete em cadeira
de rodas. Assim que ganhou mais habilidade
no manejo da cadeira, passou a praticar o
esporte.
Sérgio Estevão de Barros
Alexandre
Nascimento: 13/01/1982, em Recife (PE)
Peso: 62kg
Altura: 1,67m
Classe: 2.0
Principais conquistas: Medalha de bronze
nos Jogos Parapan-Americanos do Rio, em
2007; medalha de bronze nos Jogos ParapanAmericanos de Mar del Plata, em 2003.
História: Sérgio teve poliomielite aos 3 anos
de idade e, como sequela, perdeu o movimento das pernas. Começou a praticar o esporte
paralímpico aos 16 anos, quando foi chamado
por um professor para treinar o atletismo. Um
ano depois, Sérgio viu uma partida de basquete e gostou do esporte coletivo. Foi então, aos
17 anos, que resolveu praticar apenas o basquete em cadeira de rodas.
Wandemberg Nejaim
Nascimento
Nascimento: 28/09/1983, Pernambuco (PE)
Peso: 64kg
Altura: 1,70m
Classe: 2.0
Principais títulos: Bronze nos Jogos ParapanAmericanos do Rio, em 2007; bronze nos
Jogos Parapan-Americanos de Mar del Plata,
em 2003.
História: Wandemberg teve poliomielite aos
seis meses de vida e como sequela teve atrofia nas pernas. O atleta começou a jogar o
basquete em cadeira de rodas na adolescência e logo conquistou os primeiros títulos na
modalidade.
62
63
BOCHA
A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de
uma branca (jack ou bolim). Os atletas ficam sentados em cadeira de rodas e limitados um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as
mãos, os pés, instrumentos de auxílio e até ajudantes (calheiros) no caso dos
atletas com maior comprometimento dos membros. No Brasil, a modalidade é
administrada pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).
Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências
severas, a versão adaptada da modalidade só apareceu no Brasil na década de 1970. A bocha teve um antecessor nos Jogos Paralímpicos: o lawn
bowls, uma espécie de bocha jogada na grama. E foi justamente no lawn
bowls que o Brasil conquistou sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos.
Róbson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho” foram prata nos Jogos
de Heidelberg, na Alemanha em 1972.
Classificação
Jogadores com paralisia cerebral (CP1 ou CP2) e atletas com outras deficiências severas (como distrofia muscular) são elegíveis para competir na
bocha. Os jogadores podem ser incluídos em quatro classes a depender da
classificação funcional:
BC1 – Tanto para arremessadores CP1 como para jogadores CP2. Atletas
podem competir com o auxílio de ajudantes, que devem permanecer fora
da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas estabilizar ou ajustar a
cadeira do jogador e entregar a bola a pedido.
BC2 – Para todos os arremessadores CP2. Os jogadores não podem receber assistência.
BC3 – Para jogadores com deficiências muito severas. Os jogadores usam
um dispositivo auxiliar e podem ser ajudados por uma pessoa, que deve permanecer na área de jogo do atleta, mas deve se manter de costas para os
juízes e não olhar para o jogo.
BC4 – Para jogadores com outras deficiências severas, mas que não podem
receber auxílio.
Antônio Leme
Nascimento: 30/07/1968, São Paulo (SP)
Peso: 75kg
Altura:1,82m
Classe: BC3
História: Antonio teve paralisia cerebral em
decorrência da falta de oxigenação no cérebro durante o parto. Em 2006, foi convidado
por um professor de educação física de sua
cidade para conhecer a bocha e se apaixonou. Foi convocado para a Seleção pela primeira vez em 2009 e faz sua estreia em Jogos
Parapan-Americanos.
Daniele Martins (Dani)
Nascimento: 24/12/1982, Santa Helena de
Goiás (GO)
Peso: 60kg
Altura: 1,66m
Classe: BC3
História: Sofreu um acidente de carro quando tinha 12 anos. A barra de direção quebrou
e o veículo capotou diversas vezes, provocando uma grave lesão em Dani, que ficou
tetraplégica. Em 2002, foi convidada a conhecer a bocha. Três anos depois, passou a
integrar a Seleção Brasileira da modalidade.
Londres-2012 foram seus primeiros Jogos
Paralímpicos.
32
Coordenador da modalidade: Márcia Campeão
Técnicos: Darlan Ciesielski, Glenio Leite, Janaína Jerônimo e Luiz Carlos Araújo
64
65
Dirceu José Pinto
Nascimento: 10/9/1980, Francisco Morato
(SP)
Peso: 115kg
Altura: 1,82m
Classe: BC4
Principais conquistas: ouro no individual e em pares nos Jogos Paralímpicos de
Londres-2012 e ouro no individual e em pares
nos Jogos Paralímpicos de Pequim-2008.
História: Dirceu começou a jogar bocha em
2002, quando descobriu a extensão de uma
doença degenerativa muscular. Aos 22 anos,
iniciou o processo de adaptação da vida de
andante para a de cadeirante. Encontrou no
esporte o suporte físico e psicológico para
encarar as mudanças. No ano seguinte, disputou os Jogos Parapan-Americanos de Mar
Del Plata-2003 e, em 2008, estreou nos Jogos
Paralímpicos em Pequim-2008. É o atual coordenador do paradesporto da Prefeitura de
Mogi das Cruzes (SP)
Eliseu dos Santos
Nascimento: 15/11/1976, Telemaco Borba
(PR)
Peso: 53kg
Altura: 1,53m
Classe: BC4
Principais conquistas: bronze no individual e ouro nos pares nos Jogos Paralímpicos
de Londres-2012; bronze no individual e ouro nos pares nos Jogos Paralímpicos de
Pequim-2008
História: Devido a uma distrofia muscular,
Eliseu perdeu gradativamente os movimentos
dos membros superiores. Na infância, antes
da paralisia total, chegou a praticar futebol.
Aos 29 anos, conheceu a bocha.
66
Guilherme Germano
Moraes
Nascimento: 03/08/1990, Mogi das Cruzes
(SP)
Peso: 63kg
Altura: 1,71m
Classe: BC1
História: Guilherme teve paralisia cerebral em
seu nascimento, devido à falta de oxigenação
no cérebro durante o parto. Conheceu a bocha
aos 15 anos, por intermédio do cunhado. Em
2009, foi convocado pela primeira vez para a
disputa da Copa América. Fará sua estreia em
Jogos Parapan-Americanos.
José Carlos Chagas de
Oliveira (Zé)
Nascimento: 4/8/1977, Ribeirão Preto (SP)
Peso: 57kg
Altura: 1,65m
Classe: BC1
Principais conquistas: bronze no individual nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011
História: Paralisado cerebral e com severo
comprometimento motor, Zé iniciou sua vida
no esporte aos 26 anos praticando bocha.
Encontrou sua vocação no esporte.
67
Lucas Ferreira de Araujo
Marcelo dos Santos
Data de nascimento: 14/05/1994, Niterói (RJ)
Peso: 45kg
Altura: 1,70m
Classe: BC2
Principais conquistas: prata por equipe no
Mundial da China-2014, prata individual
nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens
Buenos Aires-2013
História: Nasceu com paralisia cerebral. Com
15 anos, a fisioterapeuta indicou procurar
um esporte. Na Andef, foi apresentado à bocha e, em seu primeiro ano participou, das
Paralimpíadas Escolares.
Nascimento: 10/09/1972, Telêmaco Borba
(PR)
Peso: 72kg
Altura: 1,68m
Classe: BC4
Principais Conquistas: prata nos pares no
Mundial da China-2014
História: Marcelo nasceu com distrofia muscular progressiva. Iniciou na bocha em 2007,
por influência do seu irmão e também atleta
da modalidade, Eliseu dos Santos. Competiu
oficialmente pela primeira vez em 2009 no
Regional Sul e, desde então, veio evoluindo
gradativamente. Apesar de fazer sua estreia
no Parapan, almeja a medalha de ouro.
Maciel de Souza Santos
Nascimento: 5/9/1985, Crateus (CE)
Peso: 57kg
Altura: 1,51m
Classe: BC2
História: Mais experiente da Seleção da bocha, Maciel nasceu com paralisia cerebral e
começou na modalidade aos 11 anos. Três
anos depois, passou a representar o país em
competições internacionais
68
Richardson Ferreira
da Rocha Almeida dos
Santos
Nascimento: 22/07/1978, São José dos
Pinhais (PR)
Peso: 85kg
Altura: 1,71m
Classe: BC3
História: Richardson ficou tetraplégico após
sofrer um acidente de trabalho, caindo de
uma empilhadeira e lesionando a medula.
Conheceu a bocha em 2008 e foi convocado
para a Seleção Brasileira pela primeira vez em
2013, para a disputa da Copa América.
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CALHEIROS
CICLISMO
Adriana Almeida dos
Santos Ferreira da Rocha
Esposa de Richardson Ferreira. Atua como
calheira do atleta desde 2008.
Fernando Leme
Fernando é calheiro do seu irmão Antonio
Leme desde 2013.
Sandra Martins
Mãe de Daniele Martins, atua como calheira
da filha desde 2010
Paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes), de ambos os sexos, competem no ciclismo adaptado.
Seguindo as regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), a modalidade
tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa paralímpico.
Entre os paralisados cerebrais, por exemplo, as bicicletas podem ser convencionais ou triciclos, de acordo com o grau de lesão do atleta. Já os cegos
pedalam em uma bicicleta dupla (tandem), sendo guiados por outra pessoa,
que fica no banco da frente. Enquanto isso, o handcycling é movido pelas
mãos e destinado aos cadeirantes. As provas são de velódromo, estrada e
contrarrelógio. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação
Brasileira de Ciclismo (CBC).
Velódromo: As bicicletas não têm marchas e a competição ocorre em uma
pista oval, que varia de 250m a 325m de extensão.
Estrada: Os ciclistas de cada categoria largam ao mesmo tempo. As competições são as mais longas da modalidade, com até 120 km de percurso.
Contrarrelógio: Os atletas largam de um em um minuto, pedalando contra
o tempo. Nesta prova, a posição dos ciclistas na pista não diz, necessariamente, a colocação real em que se encontram, pois tudo depende do tempo.
Classificação
H1 a H4: Atletas impulsionam a bicicleta adaptada (handcycle) com os braços. Ciclistas das classes H1, H2 e H3 se posicionam deitados no banco da
bicicleta. Na classe H4, os atletas ficam ajoelhados e usam também a força
do tronco para impulsionar a bicicleta.
T1 e T2: Ciclistas com paralisia cerebral cuja deficiência impede de andar
em uma bicicleta convencional. Atletas da T1 são mais debilitados que os
da T2.
C1 a C5: Atletas competem em bicicletas convencionais. Classes direcionadas aos competidores com deficiência físico-motora e amputados. Mais
uma vez, quanto menor o número da classe, mais debilitado é o ciclista.
Tandem: Classe destinada aos competidores deficientes visuais. As bicicletas são de dois lugares e o ciclista da frente, ou “piloto”, enxerga normalmente.
Coordenador da modalidade: Romolo Lazzaretti
Técnico: Cláudio Civatti
70
71
Jady Martins Malavazzi
Luciano da Rosa
Nascimento: 07/09/1994, Jandaia do Sul (PR)
Peso: 64kg
Altura: 1,72m
Classe: H2
Principais títulos: Medalha de prata na prova
de estrada nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011.
História: Jady perdeu o movimento das pernas
aos 13 anos de idade depois de um acidente
de carro. Logo após sua recuperação, começou a jogar basquete. Em 2011, passou para o
ciclismo e, de cara, já foi ao primeiro Parapan
em Guadalajara.
Nascimento: 13/02/1975, Joinville (SC)
Peso: 70kg
Altura: 1,68m
Classe: Tandem
História: Luciano nasceu com toxoplasmose
e a doença causou a perda de visão parcial
dele. Entrou para o esporte somente aos 32
anos, quando praticou atletismo. Três anos
depois, se lesionou e largou o esporte. Voltou
em 2013, mas já no ciclismo.
Lauro César Mouro
Chaman
Nascimento: 7/8/1986, em São Paulo (SP)
Peso: 54kg
Altura: 1,56m
Classe: Tandem
História: Márcia nasceu com atrofia do nervo
óptico e sempre foi cega. Com seis anos, começou a praticar o judô. Aos 12, passou a jogar
goalball. A atleta largou o esporte aos 17 anos
para trabalhar. Com 25, procurava um esporte
para praticar como hobby, e fez pesquisas sobre o ciclismo. No mesmo ano, competiu pela
primeira vez na modalidade, gostou e passou
a treinar e competir profissionalmente.
Nascimento: 25/06/1987, em Araraquara (SP)
Peso: 74kg
Altura: 1,89m
Classe: C5
Conquistas: Vice-campeão Mundial de estrada nos Estados Unidos, em 2014; vice-campeão Mundial de estrada no Canadá, em 2010;
terceiro lugar no contrarrelógio no Mundial do
Canadá, em 2010.
História: Lauro nasceu com o pé esquerdo
virado para trás. O atleta passou por cirurgia
para corrigir o problema, mas o procedimento
o fez perder movimentação do tornozelo e, por
isso, teve atrofia na panturrilha. Sempre usou
a bicicleta como meio de transporte e, aos
13 anos, começou a competir em provas de
mountain bike contra atletas sem deficiência.
Aos 19, passou por classificação funcional e
começou a competir também entre os paralímpicos no ciclismo de estrada e pista.
72
Márcia Ribeiro Gonçalves
Fanhani
73
Soelito Gohr
Nascimento: 14/09/1973, Brusque (SC)
Peso: 82kg
Altura: 1,89m
Classe: C5
Principais títulos: Vice-campeão na prova
de scratch (pista) no Mundial de Apeldoorn
(HOL), em 2015; Campeão na prova de scratch
(pista) no Mundial de Aguascalientes (MEX),
em 2014; medalha de prata na perseguição
individual e medalha de bronze no contrarrelógio nas provas de pista e medalha de ouro
na resistência e contrarrelógio nas provas
de estrada nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011; bronze no Mundial
da Dinamarca, em2011; Bicampeão mundial
Estrada na Itália, em 2009, e no Canadá, em
2010; bronze no Mundial da Itália, em 2009.
História: Após um acidente na volta de um
treino em sua cidade, o ciclista Soelito Gohr
teve uma lesão no nervo braquial, que o deixou sem movimentos no ombro e cotovelo
esquerdos. Em 2007, ingressou na Seleção
Brasileira e carrega alguns títulos importantes
na modalidade.
74
PILOTOS
Edson Rezende
Nascimento: 20/03/1986, São Paulo (SP)
Peso: 70kg
Altura: 1,67m
Classe: Piloto do Luciano
História: Edson é ciclista profissional e competia com outro atleta. Em novembro de 2014,
começou a treinar com Luciano e a parceria
deu muito certo.
Mariane Ferreira
Nascimento: 25/12/1989, Aguaí (SP)
Peso: 54kg
Altura: 1,61m
Classe: Piloto da Márcia
História: Começou no ciclismo com 18 anos
de idade e chegou a defender a Seleção de
ciclismo convencional. Em 2014, pesquisou
sobre o ciclismo paralímpico e conheceu
Márcia pelo Facebook. Foi acompanhar algumas competições e foi convidada por Márcia
para ser piloto.
75
FUTEBOL DE 5
O futebol de cinco é exclusivo para cegos ou deficientes visuais. As partidas
normalmente são em uma quadra de futsal adaptada, mas desde os Jogos
Paralímpicos de Atenas também têm sido praticadas em campos de grama
sintética. O goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições
oficiais da Fifa nos últimos cinco anos. Junto às linhas laterais, são colocadas
bandas que impedem que a bola saia do campo. Cada time é formado por
cinco jogadores – um goleiro e quatro na linha. Diferentemente de um estádio
convencional de futebol, as partidas de futebol de cinco são silenciosas, em
locais sem eco.
A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localizá-la. A torcida
só pode se manifestar na hora do gol. Os jogadores usam uma venda nos
olhos e, se tocá-la, cometerá uma falta. Com cinco infrações, o atleta é
expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador. Há ainda um
guia, o chamador, que fica atrás do gol, para orientar os jogadores, e que diz
onde devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O jogo tem
dois tempos de 25 minutos e intervalo de 10 minutos. No Brasil, a modalidade
é administrada pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes
Visuais (CBDV).
Classificação
Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a letra B
(blind, cego em inglês).
B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a
percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma
mão a qualquer distância ou direção.
B2 – Jogadores já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reconhecer
a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 e/ou campo visual inferior
a 5 graus.
B3 – Os jogadores já conseguem definir imagens. Da acuidade visual de 2/60
a acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de 5 graus e menos de
20 graus.
Cassio Lopes dos Reis
Nascimento: 15/5/1989, Ituberá (BA)
Peso: 75kg
Altura: 1,81m
Posição: defensor
Principais conquistas: bicampeão mundial
(Inglaterra-2010 e Japão- 2014), campeão
nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012,
campeão nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011
História: Um descolamento de retina seguido
de catarata tirou a visão de Cássio aos 14
anos. Na infância, já havia praticado esporte
e, aos 20, começou no futebol de 5.
Damião Robson de Souza
Ramos
Nascimento: 28/12/1974, em Campina
Grande (PB)
Peso: 72kg
Altura: 1,73m
Posição: defensor
Conquistas:
bicampeão
em
Jogos
Paralímpicos (Atenas-2004 e Pequim-2008);
bicampeão mundial (Inglaterra-2010 e
Japão-2014); bicampeão em Jogos ParapanAmericanos (Rio-2007 e Guadalajara-2011).
História: Sofreu um acidente com arma de
fogo aos 16 anos e perdeu a visão. Sempre
jogou futebol e, aos 18, começou a praticar o
futebol de 5.
Coordenador da modalidade: José Antônio Ferreira Freire
Técnico: Fábio Vasconcelos
76
32
77
Jeferson da Conceição
Gonçalves (Jefinho)
Marcos José Alves Felipe
(Marquinhos)
Nascimento: 5/10/1989, Candeias (BA)
Peso: 66kg
Altura: 1,65m
Posição: ala direita
Principais conquistas: bicampeão mundial (Inglaterra-2010 e Japão-2014), bicampeão em Jogos Paralímpicos (Pequim-2008
e Londres-2012) e bicampeão em Jogos
Parapan-Americanos (Rio de Janeiro-2007 e
Guadalajara-2011)
História: Um glaucoma ocasionou a perda total da visão do jogador quando ele tinha apenas 7 anos. O baiano começou na natação,
passou pelo atletismo, mas se encontrou no
futebol de 5 aos 12 anos. Foi eleito o melhor
jogador do mundo em 2010.
Nascimento: 14/10/1981, Gurjão (PB)
Peso: 71kg
Altura: 1,61m
Posição: ala direito
Principais conquistas: tricampeão mundial (São Paulo-1998, Inglaterra-2010,
Japão-2014),
tricampeão
em
Jogos
Paralímpicos (Atenas-2004, Pequim-2008
e Londres-2012) e bicampeão em Jogos
Parapan-Americanos (Rio de Janeiro-2007 e
Guadalajara-2011)
História: Marquinhos nasceu com glaucoma
congênito. Sua trajetória no futebol de 5 começou aos 12 anos.
Liwisgton da Silva Costa
Nascimento: 20/01/1990, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 72kg
Altura: 1,67m
Posição: ala defensivo
História: Liwisgton sofreu um acidente de moto aos 8 anos e perdeu a visão ao bater o rosto
no guidom da motocicleta. Aos 11, soube que
uns amigos, também cegos, jogavam futebol
de 5 no Instituto Benjamin Constant, no Rio de
Janeiro, e resolveu conhecer. Como gostava
muito de futebol, se adaptou rápido. Já tinha
praticado o atletismo, mas preferiu jogar bola.
78
Raimundo Nonato Alves
Mendes (Nonato)
Nascimento: 19/8/1987, Orocó (CE)
Peso: 69kg
Altura: 1,76m
Posição: atacante
Principais conquistas: campeão mundial no
Japão-2014
História: Nonato nasceu praticamente sem enxergar devido a uma retinose. Sempre gostou
de jogar bola com os amigos. O futebol de 5
entrou em sua vida aos 23 anos.
79
Ricardo Steinmetz Alves
(Ricardinho)
Luan de Lacerda
Gonçalves
Nascimento: 15/12/1988, Osório (RS)
Peso: 68kg
Altura: 1,70m
Posição: ala esquerda
Principais conquistas: bicampeão mundial (Inglaterra-2010 e Japão-2014), bicampeão em Jogos Paralímpicos (Pequim-2008
e Londres-2012) e bicampeão em Jogos
Parapan-Americanos (Rio de Janeiro-2007 e
Guadalajara-2011). Eleito duas vezes o melhor jogador do mundo (2006 e 2014).
História: um descolamento da retina aos 6
anos comprometeu a visão de Ricardinho.
Aos 10, o gaúcho começou a jogar futebol de
5 e, aos 15, entrou para seu primeiro clube.
Nascimento: 06/01/1993, em João Pessoa
(PB)
Peso: 80kg
Altura: 1,72m
Posição: goleiro
Principais conquistas: campeão mundial no
Japão-2014
História: Começou a jogar futsal aos 8 anos de
idade. Em 2013, o jogador Damião o chamou
para jogar futebol de 5. Desde então, vem
sendo convocado para a Seleção. Ainda joga
futsal no clube dos oficiais da Polícia Militar.
Tiago da Silva
Nascimento: 01/08/1993, em São Paulo (SP)
Peso: 76kg
Altura: 1,79m
Posição: goleiro
Principais conquistas: campeão mundial no
Japão-2014
História: Vinícius sempre jogou o futebol de
campo convencional, mas optou pelos estudos na adolescência. Em 2009, um professor
o apresentou a Antônio Taffarel, goleiro de
futebol de 5, que o levou para conhecer o esporte. Desde então, dedicou-se apenas ao futebol de 5 e, em 2013, chegou à Seleção pela
primeira vez.\
Nascimento: 28/09/1995, Pinhais (PR)
Peso: 66kg
Altura: 1,74m
Posição: ala
História: Tiago nasceu com alta miopia. Aos
dois anos, sofreu um descolamento de retina
no olho esquerdo. Três anos depois, a retina
do olho direito também descolou e o atleta ficou completamente cego. Antes de chegar ao
futebol de 5, passou pela natação, pelo atletismo e pelo goalball. Somente em 2009, entrou
no futebol de 5 para não sair mais. Em 2013,
chegou à Seleção pela primeira vez.
80
Vinícius Tranchezzi
Holzsauer
81
Evandro de Oliveira
Gomes de Souza
FUTEBOL DE 7
Nascimento: 12/01/1991, Santro André (SP)
Peso: 65kg
Altura: 1,78m
Posição: meia-atacante
Classe: 5
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2015
História: Evandro teve paralisia cerebral na
hora do nascimento e os movimentos dos
dois lados do corpo ficaram comprometidos.
Sempre jogou futebol com os amigos em campeonatos amadores. Um amigo de um treinador de futebol de 7 o mostrou a modalidade.
O futebol de sete é praticado por atletas do sexo masculino, com paralisia cerebral, decorrente de sequelas de traumatismo crânio-encefálico ou acidentes vasculares cerebrais. As regras são da FIFA, mas com
algumas adaptações feitas pela Associação Internacional de Esporte
e Recreação para Paralisados Cerebrais (CP-ISRA). O campo tem no
máximo 75m x 55m, com balizas de 5m x 2m e a marca do pênalti fica
a 9,20m do centro da linha de gol. Cada time tem sete jogadores (incluindo o goleiro) e cinco reservas. A partida dura 60 minutos, divididos
em dois tempos de 30, com um intervalo de 15 minutos. Não existe
regra para impedimento e a cobrança lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão. Os jogadores pertencem
às classes menos afetadas pela paralisia cerebral e não usam cadeira
de rodas. No Brasil, a modalidade é administrada pela Associação
Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).
Fernandes Celso Alves
Vieira
Nascimento: 06/09/1979, Coxim (MS)
Peso: 76kg
Altura: 1,74m
Posição: zagueiro
Classe: 7
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2015
História: Fernandes joga futebol desde pequeno, mas foi em 2011 que ingressou na modalidade para paralisados cerebrais. É considerado um jogador de grande poder de marcação
e precisão nos passes.
Classificação
Os jogadores são distribuídos em classes de 5 a 8, de acordo com
o grau de comprometimento físico. Quanto maior a classe, menor o
comprometimento do atleta. Durante a partida, o time deve ter em
campo no máximo dois atletas da classe 8 (menos comprometidos) e,
no mínimo, um da classe 5 ou 6 (mais comprometidos).
Coordenador: Hélio dos Santos
Técnico: Dolvair Castelli
82
32
83
Gabriell Brian D’Angelo
Santos
Jan Francisco Brito da
Costa
Nascimento: 21/12/1992, na Filadélfia (EUA)
Peso: 70kg
Altura: 1,80m
Classe: 8
Posição: Atacante
História: Gabriell teve paralisia cerebral por
falta de oxigenação na hora do parto e, por isso, tem movimentação comprometida do lado
esquerdo do corpo. O atleta sempre gostou de
jogar futebol na escola. Aos 19 anos, o irmão
de um amigo o indicou para fazer um teste no
time de futebol de 7 do Vasco. Gabriell aceitou
o convite, fez testes no clube e foi chamado
para integrar a equipe.
Nascimento: 23/07/1987, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 68kg
Altura: 1,67m
Posição: meio-campo
Classe: 7
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2015
História: Jan nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço e, por falta de oxigenação no cérebro, teve paralisia cerebral.
Em 2009 ele foi visto por Augusto, jogador
de Futebol de 7, jogando bola no Aterro do
Flamengo e foi convidado a conhecer a modalidade e já no ano seguinte passou a integrar a
Seleção Brasileira.
Gilvano Diniz da Silva
Nascimento: 27/03/1984, Curianopolis (PA)
Peso: 84kg
Altura: 1,79m
Posição: Goleiro
Classe: 7
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2015
História: Gilvano teve paralisia na hora do parto, por falta de oxigenação, e tem parte dos
movimentos do corpo debilitado. Jogou vôlei
paralímpico até 2013, quando conheceu o futebol de 7 em um treino do Vasco.
84
Jônatas Santos Machado
Nascimento: 25/10/1992, São Gonçalo (RJ)
Peso: 69kg
Altura: 1,73m
Posição: ala/zagueiro
Classe: 7
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2015
História: Por problemas na hora do parto,
Jônatas teve paralisia cerebral e os movimentos dos membros de um dos lados do corpo ficou prejudicado. Sempre jogou futebol por diversão contra atletas sem deficiência. Chegou
ao futebol de 7 quando um amigo o convidou
para um treino.
85
José Carlos Monteiro
Guimarães (Zeca)
Marcos Yuri Cabral da
Costa
Nascimento: 22/05/1978, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 70kg
Altura: 1,67m
Posição: atacante
Classe: 5
Principais conquistas: Bronze no Mundial
da Inglaterra, em 2015; prata nos Jogos
Paralímpicos de Atenas, em 2004.
História: A mãe de Zeca passou mal e caiu no
oitavo mês de gestação, tendo que antecipar o
parto. O incidente causou a paralisia cerebral
em Zeca. O carioca era entregador de quentinha na Comunidade da Mangueira quando
conheceu o futebol de 7, em 2003. Abriu mão
do trabalho de ascensorista para dedicar-se
integralmente à Seleção Brasileira.
Nascimento: 15/12/1993, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 62kg
Altura: 1,67m
Posição: meio-campo
Classe: 8
Principal conquista: ouro no Parapan de
Jovens da Argentina, em 2013
História: Marcos Yuri teve paralisia cerebral
por falta de oxigenação no momento do parto,
o que afetou o lado direito do corpo. Conheceu
a modalidade em 2010, quando tinha 16 anos,
e disputou os Jogos Paralímpicos de Londres,
em 2012, sendo o jogador mais novo, com 18.
Marcos dos Santos
Ferreira (Marcão)
Nascimento: 01/03/1990, Campo Grande (MS)
Peso: 62kg
Altura: 1,68m
Classe: 7
Posição: meia-atacante
História: A paralisia cerebral de Maycon foi
causada por falta de oxigenação na hora do
parto. Com isso, o atleta teve perda de movimentação e força do lado esquerdo do corpo.
Maycon só começou no futebol de 7 em 2012,
convidado por um amigo para treinar no Caira.
Antes, o jogador participava de peladas e torneios amadores de futebol contra atletas sem
deficiência.
Nascimento: 04/07/1978, Dourados (MS)
Peso: 96kg
Altura: 1,92m
Posição: goleiro
Classe: 7
Principais conquistas: Bronze no Mundial
da Inglaterra, em 2015; prata nos Jogos
Paralímpicos de Atenas 2004
História: Por falta de oxigenação no cérebro
na hora do parto, Marcos teve os movimentos
do lado direito do corpo afetados. Jogava futebol na rua, com amigos, desde criança. Aos
17, um amigo o chamou para ser goleiro no
futebol de 7.
86
Maycon Ferreira de
Almeida
87
Ronaldo de Souza
Almeida
Wanderson Silva de
Oliveira
Nascimento: 19/03/1990, Campo Grande (MS)
Peso: 71kg
Altura: 1,80m
Posição: zagueiro
Classe: 7
Principais conquistas: bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2015
História: A falta de oxigênio na hora do parto
causou paralisia cerebral em Ronaldo. Desde
criança, sonhava em ser jogador de futebol,
até que em 2010 conheceu o futebol de 7. Dois
anos depois, já defendeu a Seleção nos Jogos
de Londres.
Nascimento: 27/08/1987, Campo Grande (RJ)
Peso: 59kg
Altura: 1,68m
Posição: meio-campo
Classe: 8
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2015
História: Por falta de oxigenação no momento
do parto, Wanderson teve paralisia cerebral e
os movimentos do lado direito do corpo foram
afetados. Tentou jogar futebol convencional,
mas era barrado por causa da deficiência no
braço. Aos 19 anos, conheceu o futebol de 7
e se adaptou muito rápido. Já foi o melhor jogador do mundo por duas vezes: em 2009 e
em 2013.
Ubirajara da Silva
Magalhães
Nascimento: 17/11/1990, Rio Janeiro (RJ)
Peso: 76kg
Altura: 1,79m
Posição: Ala esquerda
Classe: 7
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2015
História: Na hora do nascimento, Ubirajara
teve paralisia cerebral por falta de oxigenação no cérebro. Com parte dos movimentos
do lado direito afetados, jogava futebol contra
atletas sem deficiência, até que conheceu o
treinador do Vasco e passou a jogar o futebol
de 7.
88
Wesley Martins de Souza
Nascimento: 03/10/1989, Campo Grande (MS)
Peso: 75kg
Altura: 1,71m
Posição: goleiro/atacante
Classe: 5
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2015
História: Wesley teve paralisia cerebral no momento do nascimento e teve o movimento dos
dois lados do corpo afetados. Jogava campeonatos amadores de futebol convencional e foi
descoberto por um técnico de futebol de 7 em
um desses torneios amadores.
89
FEMININO
GOALBALL
Ana Carolina Duarte Ruas
Custódio
Nascimento: 23/04/1987, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 71kg
Altura: 1,68m
Classe: B2
Principais conquistas: Prata nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011
História: Aos 11 anos de idade, Ana Carolina
Duarte teve um tumor cerebral que acarretou
numa deficiência visual. Praticou natação,
mas foi no goalball que descobriu sua vocação esportiva.
Ao contrário de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra
tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos,
com 3 minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra há um gol com 9m de
largura e 1,30m de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos
uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é balançar a rede adversária.
A bola tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua
direção. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto
no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais. A bola
tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg. Hoje, o goalball é praticado em
112 países. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação
Brasileira de Desporto de Deficientes Visuais (CBDV).
Gleyse Priscila de Souza
Nascimento: 29/07/1983, Batayporã (MS)
Altura: 1,69
Peso: 73 kg
Classe: B3
Principais conquistas: Prata nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011
História: Após um glaucoma afetar parcialmente sua visão, Gleyse começou a praticar
corrida, mas foi no goalball, em 2008, que a
atleta encontrou sua verdadeira vocação.
Classificação
Nesta modalidade, os atletas deficientes visuais das classes B1, B2
e B3, competem juntos. Todas as classificações são realizadas por
meio da mensuração do melhor olho e da possibilidade máxima de
correção do problema. Todos os atletas, independente do nível de
perda visual, utilizam uma venda durante as competições para que
todos possam competir em condições de igualdade.
B1 – Cego total: de nenhuma percepção em ambos os olhos até a
percepção de luz com incapacidade de reconhecer o formato de uma
mão a qualquer distância ou direção.
B2 – Lutadores que têm a percepção de vultos, com capacidade em
reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou
campo visual inferior a cinco graus.
B3 – Lutadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60
a 6/60 ou campo visual entre cinco e 20 graus.
Coordenador da modalidade: Paulo Sérgio Miranda
FEMININO
MASCULINO
Técnico: Dailton Nascimento
Técnico: Alessandro Tosim
90
32
91
Jéssica Gomes Vitorino
Simone Camargo Rocha
Nascimento: 22/07/1993 - Brasília (DF)
Peso: 61Kg
Altura: 1,54 m
Classe: B3
História: Nasceu com baixa visão por causa
de uma Catarata Congênita Hereditária. Aos
16 anos, viu uma apresentação da modalidade na escola e começou a praticar o esporte.
Nascimento: 03/08/1976, em São Paulo (SP)
Peso: 72kg
Altura: 1,69m
Classe: B1
História: Simone nasceu com glaucoma congênito e já nos primeiros dias de vida passou
por cirurgias para correção do problema. Teve
baixa visão dos 3 aos 12 anos, quando ficou
totalmente cega depois de um transplante mal
sucedido no olho direito e um trauma no olho
esquerdo que causou atrofia no nervo óptico.
Começou a competir no goalball em 1994.
Neusimar Clemente dos
Santos
Nascimento: 21/05/1981, Vila Velha (ES)
Peso: 56kg
Altura: 1,63m
Classe: B2
Principais conquistas: Prata nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011
História: Deficiente visual devido a uma má
formação congênita, Neusimar começou a
praticar esportes aos 18 anos. Experimentou
modalidades como atletismo e judô, mas foi
no goalball que se manteve até hoje
92
Victoria Amorim do
Nascimento
Nascimento: 29/11/1997 - Itaguaí (RJ)
Altura: 1,74 m
Peso: 84kg
Classe: B1
História: Victoria ficou cega aos 11 anos
por causa de uma atrofia no nervo óptico.
Começou no goalball dois anos depois de perder a visão, quando já estudava no Instituto
Benjamin Constant, no Rio de Janeiro.
93
MASCULINO
Alex de Melo Sousa
Nascimento: 10/12/1994 - Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 81 kg
Altura: 1,84 m
Classe funcional: B2
Principais conquistas: Campeão no Mundial
da IBSA na Finlândia, em 2014
História: Alex tem baixa visão causada por estrabismo e por problema no nervo óptico. Em
2004, acompanhava os treinamentos de uma
equipe e, ao fim da atividade, brincava com os
equipamentos. Cinco anos depois, passou a
treinar a modalidade.
Alexsander Almeida
Maciel Celente
Nascimento: 21/12/1980, Porto Alegre (RS)
Peso: 88kg
Altura: 1,67m
Classe: B2
Principais conquistas: Campeão no Mundial
da IBSA na Finlândia, em 2014; prata nos
Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012;
ouro nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011.
História: Deficiente visual desde os 5 anos de
idade, começou sua trajetória no goalball aos
8. Competiu pela primeira vez aos 15 anos e
sempre se destacou nos campeonatos.
94
José Roberto Ferreira de
Oliveira
Nascimento: 02/04/1981, Lagoa Seca (PB)
Peso: 82kg
Altura: 1,75m
Classe: B1
Principais conquistas: Campeão do Mundial
da IBSA na Finlândia, em 2014; prata nos
Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012;
ouro nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011
História: José Roberto nasceu cego e iniciou
sua trajetória no esporte aos 9 anos, no atletismo, tendo passagens pelo futsal e pela natação. Aos 14 anos conheceu o goalball e lá
se estabeleceu até hoje.
Josemárcio da Silva
Sousa
Nascimento: 08/09/1995 - Santa Maria do
Pará (PA)
Peso: 80kg
Altura: 1,78m
Classe: B3
Principais conquistas: Ouro no Parapan de
Jovens, na Argentina, em 2013.
História: Uma atrofia óptica de nascença deixou Josemárcio com apenas 40% da visão. O
atleta descobriu a modalidade exclusiva para
cegos aos 14 anos, quando o irmão e uma
professora o chamaram para praticar.
95
Leomon Moreno da Silva
Nascimento: 21/08/1993, Brasília (DF)
Peso: 75kg
Altura: 1,84m
Classe: B2
Principais conquistas: Campeão do Mundial
da IBSA na Finlândia, em 2014; prata nos
Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012.
História: Leomon nasceu com retinose pigmentar e conheceu o goalball aos 7 anos de
idade. Leomon era “guia” dos irmãos e os levava para os treinos de goalball. Com a pouca
visão que tinha, observava o esporte e resolveu experimentar aos 12 anos. Aos 14, começou a competir.
Romário Diego Marques
Nascimento: 20/07/1989, João Pessoa (PB)
Peso: 104kg
Altura: 1,78m
Classe: B2
Principais conquistas: Campeão do Mundial
da IBSA na Finlândia, em 2014; prata nos
Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012;
ouro nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011
História: Começou a praticar judô aos 16 anos
e um ano depois conheceu o goalball. Nele
encontrou sua vocação no esporte, começando logo a participar das competições.
96
HALTEROFILISMO
No halterofilismo, os atletas permanecem deitados em um banco e
executam um movimento conhecido como supino. A prova começa no
momento em que a barra de apoio é retirada – com ou sem a ajuda
do auxiliar central – deixando o braço totalmente estendido. O atleta
flexiona o braço descendo a barra até a altura do peito. Em seguida,
elevam-na até a posição inicial, finalizando o movimento. Hoje, competem atletas com deficiência física nos membros inferiores ou paralisia
cerebral. As categorias são subdivididas pelo peso corporal de cada
um. São dez categorias femininas e dez masculinas. O atleta pode realizar o movimento três vezes, e o maior peso é validado. Os árbitros
ficam atentos à execução contínua do movimento e à parada nítida
da barra no peito. No Brasil, a modalidade é organizada pelo Comitê
Paralímpico Brasileiro.
Classificação
É a única modalidade em que os atletas são categorizados por peso
corporal, como no halterofilismo convencional. São elegíveis para competir atletas amputados, les autres com limitações mínimas, atletas das
classes de paralisia cerebral e atletas das classes de lesões na medula espinhal. Os competidores precisam ter a habilidade de estender
completamente os braços com não mais do que 20 graus de perda em
ambos cotovelos para realizar um movimento válido, de acordo com
as regras.
Coordenador da modalidade: Felipe Dias
Técnicos: Valdecir Lopes, João Vieira Júnior, Weverton Lima dos
Santos e Carlos Willians
97
Alexsander Whitaker dos
Santos
Nascimento: 15/02/1970, São Paulo (SP)
Peso: 65kg
Altura: 1,68m
Categoria: até 67kg
Principais conquistas: Ouro nos Jogos
Parapan-Americanos do Rio, em 2007
História: Alexsander perdeu o movimento das
pernas aos 23 anos, ao ser baleado durante
um assalto. Antes do ocorrido, era judoca,
mas durante a reabilitação, praticou natação.
Logo que começou a competir no halterofilismo, já se destacou.
Bruno Pinheiro Carra
Nascimento: 20/01/1989, Salto (SP)
Peso: 59kg
Altura: 1,42m
Classe: Até 59kg
Principais conquistas: Prata nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011
História: O atleta tem acondroplasia – popularmente conhecida como nanismo – e começou
sua trajetória no esporte praticando jiu-jitsu.
Em 2009 conheceu o halterofilismo e encontrou sua verdadeira vocação esportiva.
98
Edilândia Rodrigues
Araújo
Nascimento: 12/06/1986, Urandi (BA)
Peso: 92kg
Altura: 1,75m
Classe: Acima de 86kg
História: Aos 14 anos, Edilândia perdeu o movimento das pernas por causa de uma doença chamada Mielite Transversa. Cinco anos
depois, Edilândia conheceu o halterofilismo e
começou a competir.
Evânio Rodrigues da Silva
Nascimento: 02/09/1984, em Cícero Dantas
(BA)
Altura: 1,64m
Peso: 80kg
Categoria: até 80kg
História: Evânio tem um encurtamento na perna direita devido a uma sequela de poliomielite. Em 2010, a convite de um amigo, começou
a praticar o halterofilismo.
99
Gustavo da Silva Tavares
Nascimento: 15/05/1993, Natal (RN)
Peso: 50 kg
Altura: 1,33m
Categoria: Até 49 kg
História: O atleta tem acondroplasia – popularmente conhecida como nanismo – e começou
na natação em 2004. Ele seguiu nas piscinas
até 2012, quando conheceu o halterofilismo
em uma das etapas do Circuito Caixa Loterias.
No ano seguinte, começou a competir na
modalidade.
José Ricardo Costa da
Silva
Nascimento: 23/08/1968, Manaus (AM)
Peso: 109 kg
Altura: 1,49m
Categoria: acima de 107 kg
História: Quando tinha 14 anos, José sofreu
um acidente com o motor de um barco em
Manaus e teve que amputar a perna direita.
Conheceu o halterofilismo na academia de
musculação e em 1992 descobriu as competições paralímpicas.
100
Joseano dos Santos
Felipe
Nascimento: 20/10/1973, Tacima (PB)
Peso: 95,4kg
Altura: 1,90m
Classe: até 107kg
Aos 27 anos, Joseano dos Santos exercia sua
função como policial militar e foi baleado em
uma troca de tiros. O ocorrido o deixou sem
os movimentos das pernas. Começou a praticar natação na reabilitação, mas em 2005
conheceu o halterofilismo e se identificou com
a modalidade.
Luciano Bezerra Dantas
Nascimento: 20/05/1981, Currais Novos (RN)
Peso: 54 kg
Altura: 1,35m
Categoria: Até 54 kg
História: Único anão da família, Luciano estava nas ruas de Uberlândia (MG), em 2009,
quando recebeu um convite para conhecer a
modalidade. Gostou do esporte e participará
pela primeira vez de uma edição dos Jogos
Parapan-Americanos.
101
Márcia Cristina de
Menezes
Nascimento: 30/9/1967, Bela Vista do Paraíso
(PR)
Alltura: 1,61m
Peso: 76kg
Categoria: até 79kg
Principais conquistas: Medalha de bronze no
Mundial de Dubai, em 2014
História: Uma poliomielite na infância causou
a paralisia na perna direita da atleta. Em 2009,
começou a praticar o halterofilismo e se dedicou
totalmente. Em Londres, em 2012, participou pela
primeira vez dos Jogos Paralímpicos e terminou
em 6º lugar.
Maria Rizonaide da Silva
Nascimento: 23/02/1982, Santo Antônio (RN)
Peso: 47 kg
Altura: 1,29m
Classe: Até 50 kg
História: A atleta tem acondroplasia – popularmente conhecida como nanismo. Ela recebeu um
convite em 2005 para conhecer o halterofilismo.
A resistência durou seis anos e, em 2011, ela foi
na associação SADEF, em Natal (RN), e deu início à pratica esportiva.
102
Mateus de Assis Silva
Nascimento: 27/05/1997, Uberlândia (MG)
Peso: 98 kg
Altura: 1,72m
Classe: Até 97 kg
Principais conquistas: Bronze no Parapan de
Jovens da Argentina, em 2013
História: Mateus teve hidrocefalia e nasceu com
mielomeningocele (doença na coluna). A doença
impediu o desenvolvimento das pernas dele. O
atleta conheceu o halterofilismo em 2011, a convite de um professor de educação física.
Rafael da Silva Bonfim
Vansolin
Nascimento: 01/08/1995, Uberlândia (MG)
Altura: 1,65m
Peso: 67kg
Categoria: até 72kg
Principais conquistas: Ouro na categoria Júnior
no Mundial de Dubai, em 2014; bronze no
Parapan de Jovens da Argentina, em 2013
História: Rafael nasceu com mielomeningocele
e hidrocefalia, o que afetou o desenvolvimento das pernas. O mineiro se exercitava em uma
academia apenas para combater a obesidade
quando foi chamado para treinar o halterofilismo.
Dedicado, em pouco tempo começou a apresentar resultados positivos.
103
Rene Belcassia da Silva
Souza
Terezinha Mulato dos
Santos
Nascimento: 12/05/1989, Natal (RN)
Peso: 61 kg
Altura: 1,49m
Classe: Até 61kg
História: Recém-nascida, Rene tomou uma injeção no pé direito que deixou o membro defeituoso. Rene era vizinha da atleta Terezinha Mulato
e foi convidada para praticar o halterofilismo em
2008. Aceitou tentar e não deixou mais o esporte.
Nascimento: 02/011/1971, Nova Cruz (RN)
Peso: 59kg
Altura: 1,52m
Classe: Até 61kg
Principais conquistas: Ouro nos Jogos ParapanAmericanos do Rio, em 2007
História: Terezinha tem atrofia nas pernas causada pela poliomielite. Quando criança, Terezinha
praticava a natação. Aos 25 anos, conheceu o halterofilismo e passou a se dedicar à modalidade.
Rodrigo Rosa de Carvalho
Marques
Nascimento: 13/9/1985, em Uberlândia (MG)
Altura: 1,62m
Peso: 86kg
Categoria: até 88kg
Principais conquistas: Prata nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara, em 2011; prata nos
Jogos Parapan-Americanos do Rio, em 2007
História: Rodrigo sofreu um acidente de trânsito
aos dois anos de idade e perdeu o movimento
das pernas. Começou no halterofilismo aos 18
anos de idade e já tem grandes resultados na
carreira.
104
105
Abner Nascimento de
Oliveira
JUDÔ
Nascimento: 16/01/1995 - Natal (RN)
Peso: 73kg
Altura: 1,79m
Classe: B3
Principais conquistas: Ouro por equipes no
Mundial da Turquia, em 2014.
História: Foi perdendo a visão enquanto
era criança. Passou por muitos exames até
ser diagnosticado com esclerose múltipla.
Começou a praticar judô em um projeto escolar. Meses depois, um professor o levou para
o judô paralímpico.
A modalidade é disputada por atletas com deficiência visual divididos
em categorias de acordo com o peso. Com até cinco minutos de
duração, as lutas acontecem sob as mesmas regras utilizadas pela
Federação Internacional de Judô, com pequenas modificações em
relação ao judô convencional. A principal delas é que o atleta inicia
a luta já em contato com o quimono do oponente. Além disso, a luta
é interrompida quando há perda desse contato e não há punições
para quem sai da área de combate. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes
Visuais (CBDV).
Alana Martins Maldonado
Classificação
Nascimento: 27/07/1995 - Tupã (SP)
Peso: 68 kg
Altura: 1,75 m
Classe: B2
História: Descobriu a doença de Stargardt aos
14 anos de idade. Já praticava o judô desde os
4 anos, mas somente em 2014, quando entrou
na faculdade, que começou a praticar o judô
paralímpico.
Além das categorias por peso, os judocas são divididos em três classes, de acordo com o grau da deficiência visual. Todas começam
com a letra B (blind, cego em inglês): B1, B2 e B3. Em algumas competições, atletas de diferentes classes podem competir juntos.
B1 – Cego total: de nenhuma percepção em ambos os olhos até a
percepção de luz com incapacidade de reconhecer o formato de uma
mão a qualquer distância ou direção.
B2 – Lutadores que têm a percepção de vultos, com capacidade em
reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou
campo visual inferior a cinco graus.
B3 – Lutadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60
a 6/60 ou campo visual entre cinco e 20 graus.
Coordenador da modalidade: Jaime Bragança
Técnico: Alexandre Garcia
106
32
107
Andreia Matos Canteiro
Nascimento: 20/12/1976 - Aquidauana (MS)
Peso: 52kg
Altura: 1,60m
Classe: B3
História: Por causa de uma toxoplasmose,
perdeu parte da visão aos 23 anos. Dois anos
depois, conheceu o judô para cegos e começou a praticar a modalidade.
Antônio Tenório da Silva
Nascimento: 24/10/1970, São José do Rio
Preto (SP)
Peso: 100kg
Altura: 1,85m
Classe: B1
Principais conquistas: Ouro por equipes no
Mundial da Turquia, em 2014; bronze nos Jogos
Paralímpicos de Londres, em 2012; prata nos
Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara,
em 2011; ouro nos Jogos Paralímpicos de
Pequim, em 2008; ouro nos Jogos ParapanAmericanos do Rio, em 2007; ouro nos Jogos
Paralímpicos de Atenas, em 2004; ouro nos
Jogos Paralímpicos de Sydney, em 2000; ouro
nos Jogos Paralímpicos de Atlenta, em 1996.
História: Aos 13 anos, Antônio Tenório brincava com amigos quando seu olho esquerdo foi
atingido por uma semente de mamona, o que
causou um descolamento de retina e o deixou
cego deste olho. Seis anos mais tarde, uma
infecção no olho direito o deixou totalmente
sem visão. Tenório já praticava judô desde os
8 anos de idade, então precisou fazer a adaptação para o judô paralímpico.
108
Arthur Cavalcante da
Silva
Nascimento: 11/3/1992, Natal (RN)
Peso: 73kg
Altura: 1,82m
Classe: B1
História: Arthur tem retinose pigmentar e começou a perder a visão aos 2 anos. Aos 18
anos, ficou cego total. Antes disso, na adolescência, quando não conseguia mais jogar
futebol ou andar de bicicleta por causa da
cegueira, começou a treinar judô. Gostou da
modalidade e passou a se dedicar só a ela.
Deanne Silva de Almeida
Nascimento: 12/8/1981, Belo Horizonte (MG)
Peso: 100kg
Altura: 1,68m
Classe: B2
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Turquia, em 2014; prata nas Paralimpíadas de
Pequim 2008
História: Deficiente visual devido à síndrome
de Stevens-Johnson, Deanne começou a praticar judô a convite de uma amiga. Já competiu nos Jogos Parapan-Americanos do Rio e
de Guadalajara.
109
Harley Damião Pereira de
Arruda
Lúcia da Silva Teixeira
Araújo
Nascimento: 6/7/1979, São Paulo (SP)
Peso: 81kg
Altura: 1,77m
Classe: B1
Principais títulos: Ouro por equipes no Mundial
da Turquia, em 2014; bronze nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011
História: Harley perdeu a visão dos dois olhos
em 1999 em um acidente com arma de fogo.
Três anos após o ocorrido, foi convidado por
Antônio Tenório para praticar o judô. Aceitou
o convite e já disputou grandes competições,
como os Jogos Paralímpicos de Londres, em
2012.
Nascimento: 17/6/1981, São Paulo (SP)
Peso: 57kg
Altura: 1,70m
Classe: B2
Principais conquistas: Bronze individual e prata por equipes no Mundial da Turquia; prata
nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012
História: Lúcia nasceu com baixa visão por
causa de uma toxoplasmose congênita. A
atleta começou a praticar o judô aos 15 anos
de idade, mas somente em 2012, aos 19 anos,
passou a treinar a modalidade paralímpica.
Karla Ferreira Cardoso
Nascimento: 18/11/1981, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 48kg
Altura: 1,55m
Classe: B3
Principais conquistas: Bronze individual e
prata por equipes no Mundial da Turquia, em
2014; Ouro nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011; prata nos Jogos
Paralímpicos de Pequim, em 2008; ouro nos
Jogos Parapan-Americanos do Rio, em 2007;
prata nos Jogos Paralímpicos de Atenas, em
2004
História: Karla nasceu com baixa visão, mas
só descobriu aos 3 anos de idade, quando
começou a frequentar a escola. Aos 12 anos,
por influência do irmão mais velho, começou
a praticar judô.
110
Luiza Guterres Oliano
Nascimento: 09/04/1997 - Uruguaiana (RS)
Peso: 48 kg
Altura: 1,50 m
Classe Funcional: B1
Principais conquistas: Prata por equipes no
Mundial da Turquia, em 2014; ouro no Parapan
de Jovens da Argentina, em 2013.
História: Nasceu prematura com seis meses
de gestação e precisou respirar com ajuda
de aparelhos. O excesso de oxigênio causou
a Retinopatia do Prematuro e o descolamento de retina de Luiza. Conheceu o judô aos 6
anos de idade e a modalidade foi importante
para o desenvolvimento da atleta.
111
Mayco de Souza
Rodrigues
Nascimento: 05/02/1988 - Marabá (PA)
Peso: 66kg
Altura: 1,77m
Classe Funcional: B2
História: Aos dois anos, por causa de uma retinose pigmentar, começou a perder a visão.
Hoje enxerga muito pouco. Aos 21 anos, conheceu a modalidade com o judoca paralímpico Leonel Filho e começou a treinar.
Michele Aparecida
Ferreira
Nascimento: 18/11/1984, Campo Grande (MS)
Peso: 52kg
Altura: 1,59m
Classe: B2
Principais conquistas: Prata por equipes no
Mundial da Turquia, em 2014; bronze nos
Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012;
bronze nos Jogos Paralímpicos de Pequim,
em 2008.
História: Michele nasceu com baixa visão por
causa da toxoplasmose congênita que adquiriu da mãe. A atleta chegou ao judô paralímpico aos 19 anos de idade, depois de procurar
por atividades físicas voltadas para deficientes visuais.
112
Rayfran Mesquita Pontes
Nascimento: 21/2/1992, Parauapebas (PA)
Peso: 60kg
Altura: 1,69m
Classe: B1
Principais conquistas: Ouro por equipes no
Mundial da Turquia, em 2014
História: Rayfran perdeu a visão ainda criança,
mas só começou a praticar judô aos 17 anos
de idade. Dois anos depois, já conquistou seu
primeiro título internacional, o que o fez ser
chamado para os Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011.
Victoria Santos de
Almeida e Silva
Nascimento: 26/02/1993 - Guarantiguetá (SP)
Peso: 63kg
Altura: 1,64m
Classe Funcional: B2
História: Victoria tem baixa visão causada
por uma atrofia no nervo óptico. A doença é
consequência do nascimento prematuro – aos
seis meses de gestação. Com 11 anos de idade, na escola em que estudava, foi chamada
para conhecer a modalidade e gostou.
113
Wilians Silva de Araújo
Nascimento: 18/10/1991, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 135kg
Altura: 1,90m
Classe: B1
Principais conquistas: Ouro por equipes no
Mundial da Turquia, em 2014; bronze individual no Mundial da Turquia, em 2014, prata nos
Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara,
em 2011
História: O peso-pesado carioca Wilians Silva
de Araújo perdeu a visão aos 10 anos em um
acidente com tiro de espingarda e começou a
praticar judô e 2009. Ele tentou, mas não se
adaptou à natação e ao futebol de 5, tendo
melhor desempenho no tatame.
NATAÇÃO
As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um aviso do tapper, por meio de um bastão com
ponta de espuma quando estão se aproximando das bordas. A largada
também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais
baixas, que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas
de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é
administrada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Classificação
O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Vale a
regra de que, quanto maior a deficiência, menor o número da classe.
As classes sempre começam com a letra S (swimming). O atleta pode
ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).
S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações
físico-motoras
S11 a S13 / SB11 a SB13 / SM11 a SM13 – nadadores com
deficiência visual
S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiência intelectual
Técnico-chefe: Leonardo Tomasello
Técnicos nacionais: Felipe Silva, Henrique Oliveira, Rui Menslin,
Alexandre Vieira, Marcelo Sugimori, Marcos Rojo Prado e Felipe Vaz
Domingues
Técnico auxiliar: Antônio Luiz Duarte Cândido
114
115
Adriano Gomes de Lima
Andre Brasil Esteves
Nascimento: 21/06/1973, Nova Cruz (RN)
Peso: 65kg
Altura: 1,70m
Classes: S6, SB5 e SM6
Principais conquistas: ouro no revezamento 4x50m livre no Mundial de Natação de
Montreal-2013; ouro no revezamento 4x50m livre, prata nos 100m peito e bronze nos 50m livre,
100m livre, 400m livre e 200m medley nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011;
bronze no revezamento 4x50m livre nos Jogos
Paralímpicos de Pequim-2008; ouro no revezamento 4x50m medley e prata no revezamento 4x50m livre nos Jogos Paralímpicos
de Atenas-2004; prata nos revezamentos
4x50m livre e medley e nos 100m livre e bronze nos 4x100m livre nos Jogos Paralímpicos de
Sydney-2000; bronze nos 50m livre nos Jogos
Paralímpicos de Atlanta-1996.
História: Adriano ficou paraplégico aos 17 anos,
após sofrer um acidente de trabalho em agosto
de 1990. Três anos depois, começou a praticar
esportes por recomendação médica. O atleta estava fazendo fisioterapia quando foi convidado a
conhecer a natação. Sua estreia foi em 1993.
Nascimento: 23/05/1984, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 74kg
Altura: 1,82m
Classe: S10, SB9 e SM10
Principais conquistas: ouro nos 100m borboleta, 100m livre e 50m livre, e prata nos
100m costas, 200m medley e no revezamento
4x100m livre no Mundial de Montreal-2013;
ouro nos 100m borboleta, 100m livre e 50m
livre, e prata nos 100m costas e nos 200m medley nos Jogos Paralímpicos Londres-2012;
ouro nos 50m, 100m e 400m livre, 100m peito
e nos revezamentos 4x100m livre e 4x100m
medley nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011; ouro nos 50m, 100m, 400m
livre, 100m costas e 100m borboleta e prata
nos 200m medley e no revezamento 4x100m
livre no Mundial da Holanda-2010; ouro nos
100m borboleta, 100m, 400m e 50m livre e prata nos 200m medley nos Jogos Paralímpicos
de Pequim-2008; ouro nos 50m, 100m e
400m livre e nos revezamentos 4x100m medley e 4x100m livre, prata nos 100m costas e
bronze nos 100m peito nos Jogos ParapanAmericanos do Rio-2007; ouro nos 100m borboleta, 50m, 100m e 400m livre e bronze nos
200m medley e no revezamento 4x100m livre
no Mundial de Durban-2006;
História: Andre teve poliomielite aos três meses de idade – por reação à vacina – ,o que
lhe trouxe uma pequena sequela na perna esquerda. Conheceu a natação como forma de
reabilitação e o contato com a água tornou-se
tão prazeroso que iniciou sua carreira como
nadador profissional em 1992. Anos depois, já
em 2005, o carioca ingressou no paradesporto sem deixar de disputar competições como
o Troféu Maria Lenk, com atletas sem deficiência. Junto a Daniel Dias, é um dos maiores
medalhistas paralímpicos do Brasil.
Alex Palhares Viana
Nascimento: 22/2/1991, em Fernandópolis
(SP)
Altura: 1,72m
Peso: 79kg
Classe: S11, SB11, SM11
História: Devido a um glaucoma congênito,
Alex já nasceu cego. Nos primeiros meses de
vida, passou por dois transplantes de córnea,
mas as operações não deram o resultado esperado. Aos oito anos, começou a nadar para
melhorar a noção espacial, a coordenação
motora e também a qualidade de vida. Aos 12,
começou a competir e gostou.
116
117
Caio Amorim Muniz de
Oliveira
Nascimento: 17/02/1993, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 62kg
Altura: 1,64m
Classe: S8, SB7 e SM8
Primeiras conquistas: ouro nos 400m livre
e nos 100m costas, prata nos 100m livre
e 200m medley, e bronze nos 100m borboleta nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011;
História: Nascido com má formação nos membros inferiores, o que afetou o movimento das
pernas, Caio começou na natação aos 5 anos
por recomendação médica. Ele competia com
atletas sem deficiência em maratonas aquáticas e, ao assistir os Jogos Paralímpicos de
Pequim-2008 pela televisão, sentiu-se estimulado a participar do paradesporto.
Camille Rodrigues
Ferreira Cruz
Nascimento: 13/04/1992, Niterói (RJ)
Peso: 64kg
Altura: 1,65m
Classe: S9, SB8, SM9
Principais conquistas: prata nos 100m livre, 400m livre e 100m costas e bronze nos
50m livre nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011
História: Com má formação congênita na
perna direita, Camille começou a praticar esportes por recomendação médica desde os 4
anos, com o objetivo de paralisar a atrofia na
bacia. Após conhecer o paradesporto, passou
a levar o esporte a sério até se tornar uma
atleta profissional. Ela participa de competições desde os 10 anos e, aos 14, começou
nos Circuitos Regionais.
118
Carlos Alonso Farrenberg
Nascimento: 10/01/1980, São Paulo (SP)
Peso: 98kg
Altura: 1,95m
Classe: S13,SB13 e SM13
Principais conquistas: ouro nos 50m e nos
100m livre nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara- 2011; bronze nos 100m livre
no Mundial da Holanda-2010; ouro nos 100m,
400m livre e prata nos 200m medley nos
Jogos Parapan-Americanos do Rio-2007; prata nos 100m livre no Mundial de Durban-2006;
História: Por conta de uma toxoplasmose congênita, Farrenberg perdeu parte da visão. Aos
6 meses, a mãe já o levava para frequentar aulas de natação e, em 1988, ele iniciou o aprendizado das técnicas para se tornar um atleta
profissional. Até os 15, disputou provas com
jovens sem nenhuma deficiência e, somente
aos 24, começou a competir no paradesporto.
Além de nadar, o atleta sempre praticou mergulho, canoagem e surf.
Carlos Alberto Lopes
Maciel
Nascimento: 29/08/1977, Ibicuitinga (CE)
Peso: 79kg
Altura: 1,80m
Classes: S8, SM8 e SB8
Principais conquistas: ouro nos 100m peito nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011.
História: Em 1989, Carlos Alberto sofreu amputação de membro superior direito em um
acidente numa máquina de bater arroz. O garoto de 12 anos não se abateu e seguiu em
frente fazendo o que mais gostava: praticar
esportes. Em 2005, começou no atletismo e
depois praticou o triatlo. Em 2008, ficou de vez
na natação.
119
Cecília Kethlen Jerônimo
de Araújo
Clodoaldo Francisco da
Silva
Nascimento: 13/10/1998, em Natal (RN)
Peso: 53kg
Altura: 1,59m
Classe: S8, SM8 e SB8
Primeiras conquistas: ouro nos 50m livre,
100m livre, 100m peito e 100m borboleta, prata nos 400m livre no Parapan de Jovens da
Argentina, em 2013
História: Por causa de uma gestação complicada e falta de oxigenação na hora do parto,
Cecília teve paralisia cerebral e o movimento
do lado esquerdo do corpo ficou prejudicado.
Aos dois anos, ainda não andava e nem falava, e começou a fazer fisioterapia para ajudar
no desenvolvimento. Aos 4, passou para a hidroterapia e, em seguida para a natação. Sua
primeira competição foi aos 10 anos.
Nascimento: 01/02/1979, Natal (RN)
Peso: 74kg
Altura: 1,76m
Classe: S5, SB4 e SM5
Principais conquistas: ouro no revezamento
4x50m livre no Mundial de Montreal-2103; ouro nos revezamentos 4x50m livre e 4x50m medley, prata nos 50m, 100m e 200m livre e 50m
borboleta nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara-2011; ouro no revezamento
4x50m medley no Mundial da Holanda-2010;
prata no revezamento 4x50m medley e bronze no 4x50m livre nos Jogos Paralímpicos de
Pequim-2008; ouro nos 50m, 100m e 200m
livre, 150m medley, 50m borboleta e revezamento 4x50m medley e prata no revezamento 4x50m livre nos Jogos Paralímpicos de
Atenas-2004; prata nos 100m livre, revezamentos 4x50m livre e 4x50m medley e bronze nos 50m livre nos Jogos Paralímpicos de
Sydney-2000;
História: Clodoaldo teve paralisia cerebral por
falta de oxigênio durante o parto, o que afetou os movimentos das pernas e lhe trouxe
uma pequena falta de coordenação motora.
A natação entrou em sua vida em 1996, em
Natal. E, em apenas dois anos, ele já estava
disputando o primeiro Campeonato Brasileiro.
Clodoaldo era da classe S4 até os Jogos de
Pequim-2008, quando foi reclassificado para
a classe S5. É um dos maiores medalhistas do
Brasil em competições internacionais.
Cláudia Celina da Silva
Nascimento: 9/1/66, Recife (PE)
Peso: 52kg
Altura: 1,54m
Classe: S4, SM4 e SB4
Primeiras conquistas: Medalha de bronze nos
150m medley nos Jogos Parapan-Americanos
do Rio, em 2007; prata nos 50m livre, 100m
livre e 200m livre nos Jogos ParapanAmericanos de Mar del Plata, em 2003; ouro nos 50m livre e 50m costas e medalha
de prata nos 100m livre nos Jogos ParapanAmericanos da Cidade do México, em 1999.
História: Cláudia teve poliomielite aos 4 meses
de vida e como sequela perdeu a força no braço esquerdo e sofreu atrofia das duas pernas.
Começou a nadar aos 28 anos de idade por
recomendação médica para tratar uma escoliose. Dois anos depois, começou a competir.
120
121
122
Daniel de Faria Dias
Edênia Nogueira Garcia
Nascimento: 24/05/1988, Campinas (SP)
Peso: 58kg
Altura: 1,73m
Classe: S5, SB4 e SM5
Principais conquistas: ouro nos 50m, 200m e
100m livre, 50m costas, 200m medley e no revezamento 4x50m livre, prata nos 50m borboleta e no revezamento 4x100m livre no Mundial
de Montreal-2013; ouro nos 50m, 100m e 200m
livre, 50m borboleta, 50m costas e 100m peito nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012;
ouro nos 50m, 100m e 200m livre, 50m borboleta, 100m peito, 50m costas, 200m medley
e nos revezamentos 4x50m e 4x100m medley
e 4x50m e 4x100m livre nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara-2011; ouro nos
50m, 100m e 200m livre, 50m costas, 100m
peito, 50m borboleta, 200m medley, revezamento 4x50m medley e prata no revezamento 4x100m livre no Mundial da Holanda-2010;
ouro nos 100m e 200m livre, 50m costas e
200m medley, prata nos 100m peito, revezamento 4x50m medley, 50m borboleta e 50m
livre, bronze no revezamento 4x50m livre nos
Jogos Paralímpicos de Pequim-2008;
História: Daniel nasceu com má formação
congênita dos membros superiores e da
perna direita. Apaixonado por esportes, descobriu o paradesporto ao assistir pela TV o
nadador Clodoaldo Silva em uma das provas dos Jogos Paralímpicos de Atenas-2004.
Destaque em competições desde 2006, época do seu primeiro Mundial, Daniel já recebeu
o troféu Laureus, considerado o “Oscar do
Esporte”, duas vezes: em 2009 e em 2013.
Nascimento: 30/04/1987, Crato (CE)
Peso: 67kg
Altura: 1,64m
Classe: S4, SB3 e SM4
Principais conquistas: prata nos 50m costas no
Mundial de Montreal-2013; prata nos 50m costas nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012;
ouro nos 50m costas nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara-2011; tricampeã
mundial nos 50m costas (Mundiais de 2002,
2006 e 2010); bronze nos 50m costas nos Jogos
Paralímpicos de Pequim-2008; prata nos 50m
costas nos Jogos Paralímpicos de Atenas-2004;
História: Edênia nasceu com polineuropatia sensitiva motora, doença progressiva que prejudica
o movimento dos membros superiores e inferiores. No entanto, só descobriu o problema aos 7
anos. Incentivada pelos pais, a atleta escolheu a
natação para tratar da patologia e viu que tinha
potencial para ser atleta profissional. Começou
a competir em 2001 e, desde então, tem conquistado títulos para o Brasil.
Esthefany de Oliveira
Borges
Nascimento: 31/10/1998, São Paulo (SP)
Peso: 32kg
Altura: 98cm
Classe: S5, SB5 e SM5
Principais conquistas: ouro 400m livre, 100m livre
e 50m livre e prata 50m costas no Parapan de
Jovens da Argentina-2013
História: Esthefany nasceu com displasia epifisária, doença que causa encurtamento nos membros e escoliose em S na coluna. Compete no
alto rendimento há quatro anos, quando mudou
de academia e foi apresentada por um treinador
à natação paralímpica. A atleta pratica o esporte desde os três anos de idade, por orientação
médica.
123
Fabiano Aparecido de
Toledo
Filipe Geovane de Abreu
Esteves
Nascimento: 15/08/1980, Novo Horizonte (SP)
Peso: 63kg
Altura: 1,68m
Classe: S7, SB6 e SM7
História: Fabiano foi vítima de um acidente de
moto quando trabalhava para uma padaria no
interior de São Paulo, aos 19 anos, e demorou para levar a sério o esporte. Passou por
um período de reabilitação no Hospital Sarah
Kubitscheck, em Brasília, dois anos após perder os movimentos das pernas e conheceu a
natação. Só há sete anos passou a se dedicar
integralmente à modalidade. Participou, em
Montreal-2013, do seu primeiro Mundial.
Nascimento: 08/08/1991, em Belo Horizonte
(MG)
Peso: 68kg
Altura: 1,78m
Classe: S12, SM12 e SB12
História: Por causa de uma toxoplasmose congênita – transmitida pela mãe –, Filipe teve perda
quase total da visão. O atleta começou a nadar
aos nove anos por indicação médica para amenizar os efeitos da bronquite. Dois anos depois,
começou a competir em campeonatos menores
em Minas Gerais. Com 14 anos, fez sua estreia
no Circuito Caixa Loterias, principal competição
nacional de natação paralímpica.
Felipe Caltran Vila Real
Data de nascimento: 13/02/1997, Santa Rita
do Passa Quatro (SP)
Peso: 70kg
Altura: 1,83m
Classe: S14, SM14, SB14
História: Teve má formação da cabeça e ainda recém-nascido fez uma cirurgia que afetou
a área intelectual. Quando criança, era muito
alérgico, e por indicação médica começou a
fazer natação. O professor da escola achou
que tinha o dom e o colocou em competições
quando tinha 5 anos. Aos 17, começou a competir profissionalmente.
124
125
Francisco de Assis
Avelino
Nascimento: 15/02/1966, Ipanguaçu (RN)
Peso: 58kg
Altura: 1,61m
Classes: S5, SB4 e SM5
Principais conquistas: prata no revezamento 4x50m medley nos Jogos Paralímpicos de
Sydney-2000; ouro no revezamento 4x50m
medley e bronze nos 100m peito nos Jogos
Paralímpicos de Atenas-2004; ouro e duas pratas nos Jogos Parapan-Americanos da Cidade
do México-1999; ouro nos 50m livre e nos 50m
costas e prata nos 100m peito e nos 100m livre nos Jogos Parapan-Americanos de Mar del
Plata-2003; prata nos 50m costas e bronze nos
100m livre nos Jogos Parapan-Americanos do
Rio de Janeiro-2007; prata nos 50m costas e
bronze nos 50m livre e nos 100m peito nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011.
História: Francisco teve poliomielite aos nove
meses, o que lhe acarretou sequelas nas pernas e no braço direito. Ingressou no esporte por
meio do basquete quando tinha 22 anos. Pouco
tempo depois, ingressou definitivamente na
natação.
126
Gabriela Cantagallo
Nascimento: 20/05/1992, São Paulo (SP)
Peso: 53kg
Altura: 1,60m
Classe: S9
Principais conquistas: bronze no revezamento
4x100m livre nos Jogos Parapan-Americanos
do Rio de Janeiro-2007; bronze nos 100m
peito nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011.
História: Gabriela nasceu sem o braço esquerdo. Incentivada pela família e por recomendação médica passou a praticar natação aos 5
anos. Estreou em competições para atletas
com deficiência em 2005.
Guilherme Batista Silva
Nascimento: 24/8/1995, Franca (SP)
Peso: 65kg
Altura: 1,76m
Classe: S13
Principais conquistas: Ouro nos 50m livre,
100m livre e nos 100m peito no Parapan de
Jovens da Argentina, em 2013.
História: Nasceu com uma doença chamada
Stargardt, que é degenerativa e afeta a visão.
Descobriu aos 8 anos de idade quando sua
mãe notou que ele via TV perto demais do
aparelho. Começou a nadar aos 13 com um
professor que já treinava atletas com baixa visão em Franca.
127
Ítalo Gomes Pereira Lima
Letícia Lucas Ferreira
Nascimento: 12/9/1995, Porto Nacional (TO)
Peso: 69kg
Altura: 1,70m
Classe: S7, SB6 e SM7
História: Ítalo nasceu com mobilidade reduzida devido a uma rubéola congênita. A
natação entrou em sua vida aos 13 anos e,
no ano seguinte, conquistou índice para disputar as provas nacionais. Participou dos
Jogos Paralímpicos pela primeira vez em
Londres-2012.
Nascimento: 16/06/1982, Três Marias (MG)
Peso: 43kg
Altura: 1,54m
Classes: S5, SB4 e SM5
Principais conquistas: Medalha prata no
Mundial de Natação de Eindhoven-2010;
prata nos 200m medley e bronze nos 100m
peito nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011
História: Letícia ficou paraplégica aos 10 anos
de idade, após um acidente automobilístico.
Tempos depois, um professor universitário
que já trabalhava com paradesporto sugeriu que ela praticasse alguma modalidade.
Ela, que estava em tratamento devido a uma
trombose na perna direita, gostou da idéia e
passou a dedicar-se à natação, em 2006. Três
meses depois já competia oficialmente.
Joana Maria Jaciara da
Silva Neves
Nascimento: 14/2/1987, Natal (RN)
Peso: 36kg
Altura: 1,23m
Classe: S5, SB5 e SM5
Principais conquistas: bronze nos 50m e
200m livre e nos 50m borboleta no Mundial
de Montreal-2013; bronze nos 50m borboleta nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012;
ouro nos 50m, 100m, 200m livre e 50m borboleta nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011; prata no revezamento
4x50m livre e bronze nos 50m borboleta no
Mundial da Holanda-2010
História: Joana teve acondroplasia (nanismo
desproporcional, causado por mutações genéticas) com apenas 1 ano e 6 meses de vida. Começou a praticar natação aos 10 anos
por recomendação médica e, aos 13, passou
a competir. Já aos 14, participou da primeira
competição internacional. Em Londres-2012,
defendeu o Brasil pela primeira vez em uma
edição dos Jogos Paralímpicos.
128
Lucas Lamente Mozela
Data de nascimento: 26/11/1997, em São
Paulo (SP)
Peso: 58kg
Altura: 1,68m
Classe: S9, SM9, SB9
Principais conquistas: Bronze nos 100m peito e nos 100m costas nos Jogos ParapanAmericanos de Jovens da Argentina, em 2013.
História: Lucas possui mão torta radial, nasceu com má formação congênita. Por aconselhamento médico, para que a mão e braço
não atrofiasse, começou a nadar com 7 anos.
Com 9 anos começou a participar de campeonatos. Em 2012, com 14 anos, competiu nas
paralimpíadas escolares.
129
Maria Dayanne da Silva
Nascimento: 27/04/1992, São Tomé (RN)
Peso: 38kg
Altura: 1,51m
Classes: S6, SB7 e SM6
Principais conquistas: bronze nos 50m borboleta nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011
História: Com má formação congênita nos
membros superiores, Maria Dayanne conheceu a natação por meio de um amigo da família, e também atleta, Assis Avelino, que a
convidou para conhecer um pouco mais do
esporte. Começou a treinar em 2005 e, no
ano seguinte, estreou nas Paralimpíadas
Escolares.
Mariana Gesteira Ribeiro
Nascimento: 28/06/1995, em Itaboraí (RJ)
Peso: 72kg
Altura: 1,75m
Classe: S10
História: Mariana nasceu com Síndrome de
Arnold-Chiari, uma má formação do sistema
nervoso central que afeta a coordenação e
equilíbrio. A atleta sempre praticou a natação
e chegou a competir em provas até os 14 anos
de idade, quando a doença se manifestou.
Como tinha crises de desmaio, teve que se
afastar das piscinas em 2009, voltando apenas em 2013. Esta será a primeira competição
da atleta pela Seleção.
130
Matheus Rheine Corrêa
de Souza
Nascimento: 10/12/1992, Brusque (SC)
Peso: 63kg
Altura: 1,67m
Classe: S11, SB11 e SM11
Principais conquistas: prata nos 400m livre e bronze nos 100m livre no Mundial de
Natação de Montreal-2013; prata nos 50m
livre nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011
História: Matheus perdeu a visão ainda nos
primeiros dias de vida por ter nascido prematuro. Incentivado pelo pai, começou a nadar
aos 3 anos e, a competir, em 2007. Esteve nos
Jogos Paralímpicos de Londres-2012.
Matheus Henrique da
Silva
Nascimento: 04/04/1994, Taubaté (SP)
Peso: 62kg
Altura: 1,74m
Classe: S9, SB8 e SM9
Principais conquistas: ouro no revezamento 4x100m medley e nos 200m medley nos
Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara
2011
História: Com má formação congênita no
membro superior esquerdo, Matheus começou a nadar aos 7 anos, por recomendação
médica. Ao perceber que a modalidade era
o que realmente gostava de fazer, não parou mais. Embora já participasse de algumas
competições desde os 10 anos, Matheus conheceu o paradesporto somente aos 12.
131
Paloma Garcia Sampaio
Nascimento: 29/11/1992, São Paulo (SP)
Peso: 43kg
Altura: 1,45m
Classe: S6, SM6 e SB5
Principais conquistas: ouro nos 100m peito e 150m medley e bronze nos revezamentos 4x50m livre e 4x50m medley nos
Jogos Parapan-Americanos de Jovens na
Colômbia-2009.
História: Paloma nasceu com mielomeningocele (má formação na medula) e hidrocefalia.
Começou a nadar aos quatro anos como hidroterapia. Aos oito, entrou em uma escola
para praticar o esporte. Dois anos depois, em
São Paulo, foi convidada por um atleta mais
experiente a conhecer um clube que tinha
uma equipe de natação paralímpica. Como
queria competir, entrou para o grupo. Aos 14
anos, em 2006, fez sua estreia no Circuito
Caixa Loterias e, desde então, compete em
alto nível.
132
Phelipe Andrews Melo
Rodrigues
Nascimento: 10/08/1990, Recife (PE)
Peso: 75kg
Altura: 1,82m
Classe: S10, SB9 e SM10
Principais conquistas: prata nos 50m livre e no
revezamento 4x100m e bronze nos 100m livre no Mundial de Natação de Montreal-2013;
prata nos 100m livre nos Jogos Paralímpicos
de Londres-2012; ouro nos revezamentos
4x100m livre e 4x100m medley, prata nos
50m, 100m e 400m livre nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara-2011; bronze
nos 50m e 100m livre e prata no revezamento 4x100m livre no Mundial de Natação de
Eindhoven- 2010; prata nos 50m e 100m livre
nos Jogos Paralímpicos de Pequim-2008;
História: Phelipe nasceu com má formação
congênita no pé direito e começou a nadar aos 4 anos por recomendação médica.
Apesar de ter praticado outros esportes como
futebol, basquete e vôlei, o pernambucano
descobriu na piscina a verdadeira vocação
esportiva. Em 2004, começou a competir com
atletas sem deficiência, chegando a ficar entre
os cinco melhores no Campeonato Brasileiro
Juvenil, em 2006. Em abril de 2008, entrou
para o paradesporto e logo conquistou sua
vaga para os primeiros Jogos Paralímpicos,
em Pequim-2008.
133
Raquel Viel
Rildene Fonseca Firmino
Nascimento: 14/2/1983, Vinhedo (SP)
Peso: 57kg
Altura: 1,63m
Classe: S12, SB12 e SM12
Principais conquistas: prata nos 100m peito nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011
História: Raquel nasceu deficiente visual
(congênito) e conheceu a natação quando
tinha 10 anos. Em 2008, passou a treinar
profissionalmente.
Nascimento: 2/12/1974, Natal (RN)
Peso: 56kg
Altura: 1,50m
Classe: SB3, S5 e SM4
Principais conquistas: bronze nos 150m medley
no Mundial de Natação de Eindhoven-2010;
prata nos 50m peito e nos 150m medley, e
bronze nos 50m costas no Jogos ParapanAmericanos do Rio de Janeiro-2007
História: Rildene ficou paraplégica aos seis
anos, depois de ser atingida por um tiro em
um disparo acidental feito por outra criança.
Um ano depois, começou a nadar por recomendação médica para reabilitação. Aos 15,
incentivada por um professor, passou a competir em alto rendimento, chegando aos Jogos
Paralímpicos de Barcelona-1992 dois anos
depois.
Renato Nunes Silva
Nascimento: 04/04/1988, São Bernardo do
Campo (SP)
Peso: 78kg
Altura: 1,82m
Classe: SB12
Principais conquistas: ouro nos 100m peito e
no revezamento 4x100m livre e bronze nos
400m livre nos Jogos Parapan-Americanos do
Rio de Janeiro-2007; prata nos 100m peito e
bronze nos 200m medley nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara-2011
História: Renato nasceu com glaucoma e teve miopia e dois descolamentos de retina.
Espelhou-se no exemplo de vida de sua irmã e
atleta Regiane Nunes Silva, que tem a mesma
deficiência que ele, para vencer as dificuldades e se tornar um grande atleta. Renato iniciou sua vida no esporte aos 14 anos, nas piscinas na cidade de São Bernardo do Campo,
em 2002.
134
Roberto Alcalde
Rodriguez
Nascimento: 14/01/1992, Bagé (RS)
Peso: 48kg
Altura: 1,51m
Classe: S6, SB5 e SM6
Principais conquistas: ouro nos 100m peito no
Mundial de Natação de Montreal-2013
História: Roberto nasceu com má formação
congênita na coluna vertebral (mielomeningocele), o que afetou os músculos e comprometeu a força e a sensibilidade das pernas.
Começou a nadar aos oito meses por recomendação médica. Chegou a competir em
provas de longa distância, com atletas sem
deficiência, e conheceu o paradesporto após
assistir Clodoaldo Silva competindo.
135
Ronaldo Souza Santos
Nascimento: 28/07/1977, Salvador (BA)
Peso: 53kg
Altura: 1,68m
Classe: S7, SB6 e SM7
Principais conquistas: ouro nos 400m livre e
bronze nos 50m livre e 100m costas nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011;
prata nos 50m e 400m livre e bronze nos
100m livre e 100m costas nos Jogos ParapanAmericanos do Rio 2007
História: Ronaldo teve poliomielite quando tinha 1 ano e 6 meses. Começou a praticar natação em 2000, a convite de um amigo e, desde então, não parou mais. O baiano conheceu
o movimento paralímpico em 2001, quando foi
convidado para participar do Aberto de Mar
del Plata, na Argentina.
Ronystony Cordeiro da
Silva
Nascimento: 19/06/1980, João Pessoa (PB)
Peso: 85kg
Altura: 1,86m
Classe: S4, SB3 e SM4
Principais conquistas: ouro no revezamento 4x50m livre no Mundial de Natação de
Montreal-2013; ouro no revezamento 4x50m
livre e bronze nos 50m livre nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011
História: Ronystony sofreu um acidente de
bicicleta aos 24 anos e lesionou a medula
cervical. Por recomendação médica, passou
a praticar natação e, em 2007, já estava treinando para competições. Esteve nos Jogos
Paralímpicos de Londres-2012.
136
Ruiter Antônio Gonçalves
Silva
Nascimento: 15/02/1992, Catalão (GO)
Peso: 81kg
Altura: 1,93m
Classe: S9, SB9 e SM9
Principais conquistas: prata no revezamento 4x100m livre no Mundial de Natação de
Montreal-2013
História: Ruiter possui uma má formação congênita na mão esquerda e só conheceu a natação paralímpica após ser reprovado em uma
peneira de basquete no Minas Clube, em Belo
Horizonte, em 2009. Seguindo os conselhos de
outro atleta paralímpico, experimentou a natação e gostou. Abandonou o basquete, trocou o
interior de Goiás por Uberlândia para se tornar
um nadador profissional.
Susana Schnarndorf
Ribeiro
Nascimento: 12/10/1967, Porto Alegre (RS)
Peso: 63kg
Altura: 1,63m
Classe: S7, SB7 e SM7
Principais conquistas: ouro nos 100m peito e
bronze nos 400m livre no Mundial de Natação de
Montreal-2013; bronze nos 400m livre nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara-2011. Dona
de cinco títulos brasileiros no triatlo, 13 participações no Ironman e diversas conquistas internacionais, entre elas, representar o Brasil nos Jogos
Pan-Americanos de 1995, em Mar del Plata.
História: A gaúcha descobriu que tinha a doença
MSA (múltipla falência dos sistemas), que afeta
a mobilidade, em 2005. Em 2010, conheceu o
paradesporto e, em Londres, defendeu o Brasil
pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos.
137
Talisson Henrique Glock
Nascimento: 23/02/1995, Joinville (SC)
Peso: 62kg
Altura: 1,78m
Classe: S6, SB6 e SM6
Principais conquistas: prata nos 200m
medley e nos 100m livre no Mundial de
Natação de Montreal-2013; ouro nos 100m
costas nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara-2011;
História: Talisson foi atropelado aos 9 anos por
um trem e perdeu o braço e a perna esquerdos. Seis meses depois, foi convidado para
participar do Centro Esportivo para Pessoas
Especiais (CEPE). Em 2004, passou a se dedicar aos treinos de natação. Em 2008, competiu em alguns torneio e, em 2010, foi chamado
para integrar a Seleção Brasileira de natação.
Vanilton Antônio do
Nascimento Filho
Verônica Mauadie de
Almeida
Nascimento: 15/05/1975, Salvador (BA)
Peso: 53kg
Altura: 1,53m
Classe: S7, SB7 e SM7
Principais conquistas: bronze no Mundial
de Natação de Eindhoven-2010; bronze
nos 50m borboleta Jogos Paralímpicos de
Pequim-2008
História: Verônica sofreu perda da força nos
membros inferiores e movimento devido a luxações, além de ter limitação no movimento
de rotação no braço direito desde 2007, provocado pela Síndrome de Ehlens Danlos. Aos
5 anos, começou a praticar a natação convencional. Nadou durante 15 anos, mas parou
devido às luxações no ombro. Aos 30, retornou ao esporte por recomendação médica.
Começou a competir em 2007, quando ainda
era da classe S10.
Nascimento: 3/1/1993, em Goiânia (GO)
Peso: 64kg
Altura: 1,78m
Classe: S9, SB8 e SM9
História: Vanilton nasceu com má formação
no fêmur da perna direita. O osso não se desenvolveu e a perna não acompanhou o crescimento do atleta. Quando criança, começou
na natação por recomendação médica, para
evitar problemas na coluna. Como era competitivo, foi gostando do esporte e começou a
competir na adolescência.
138
139
RUGBY EM
CADEIRA DE RODAS
Alexandre Keiji Taniguchi
Nascimento: 21/11/1985, em Mogi das Cruzes
(SP)
Peso: 61kg
Altura: 1,70m
Classe: 2.5
História: Em 2006, Alexandre sofreu um acidente ao mergulhar em uma piscina e ficou
tetraplégico. Começou a praticar handebol
para cadeirantes, mas quando a universidade onde treinava começou a oferecer o rugby
em cadeira de rodas, em 2008, migrou para a
modalidade.
Os jogos ocorrem em quadras de 15m de largura por 28m de comprimento e têm 4 períodos de 8 minutos. O objetivo é passar da linha
do gol com as duas rodas da cadeira e a bola nas mãos. Assim como no rúgbi convencional, a modalidade para cadeirantes tem muito
contato físico. São quatro atletas em cada equipe, que contam ainda
com 8 reservas cada.
O curioso do rúgbi em cadeira de rodas é que ele não é dividido por
gênero. Homens e mulheres jogam juntos em uma categoria mista.
Estão aptos a disputar a modalidade atletas que sejam comprovadamente tetraplégicos, que são divididos em classes de acordo com
a habilidade funcional. No Brasil, a modalidade é administrada pela
Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC).
Alexandre Vitor Giuriato
Nascimento: 21/01/1982, em Campinas (SP)
Peso: 63kg
Altura: 1,70m
Classe: 3.0
História: Dois acidentes de carro causaram lesões graves na medula e no braço esquerdo
de Alexandre. Por isso, o atleta não tem mobilidade abaixo da linha do peito. Pouco depois de se recuperar do acidente que causou
lesão na coluna, em 2003, começou a jogar
basquete. A mudança para o rugby aconteceu
em 2008, quando acompanhou um treino na
Universidade de Campinas e gostou muito da
modalidade.
Classificação
Jogadores são divididos em sete diferentes classes: 0.5, 1.0, 1.5, 2.0,
2.5, 3.0 e 3.5. Quanto menor o número, mais limitado é o atleta. Para
manter as equipes equiparadas, a soma das classes dos atletas em
quadra não pode ultrapassar o total de 8.
Coordenadora: Michelle Dominicano
Técnico: Luiz Gustavo de Souza Pena
32
140
141
Anderson Kaiss
Nascimento: 21/6/1985, em Curitiba (PR)
Peso: 72kg
Altura: 1,88m
Classe: 2.0
História: Anderson foi baleado em um assalto em 2004, em Curitiba, e ficou tetraplégico.
Depois da reabilitação, Anderson jogou tênis
de mesa e praticou a esgrima em cadeira de
rodas. O começo no rugby foi influenciado por
um amigo que também praticava a esgrima.
Ao experimentar, gostou mais da agilidade do
rugby e fez a migração em 2013.
Bruno Damaceno Ferreira
Nascimento: 22/8/1987, em Campinas (SP)
Peso: 74kg
Altura: 1,74m
Classe: 2.5
História: Bruno sofreu um acidente enquanto
brincava na piscina em 2004 e ficou tetraplégico. Depois do acidente, passou pela natação e pelo handebol. Em 2008, começou a
praticar o rugby em Campinas. Gostou mais
da dinâmica do jogo e também por ser uma
modalidade mais voltada para tetraplégicos.
142
Davi Rodrigues Coimbra
de Abreu
Nascimento: 17/04/1989, em Januária (MG)
Peso: 78kg
Altura: 1,86m
Classe: 2.5
História: Davi ficou tetraplégico em 2010 após
um acidente em uma piscina. O atleta se recuperou em um hospital de Belo Horizonte e o
próprio hospital o levou, durante o tratamento,
para assistir a uma partida de rugby em cadeira de rodas. O atleta gostou do esporte e,
assim que terminou de se recuperar, começou
a praticar a modalidade.
Gilson Dias Wirzma
Júnior
Nascimento: 7/6/1987, São Gonçalo (RJ)
Peso: 63kg
Altura: 1,87m
Classe: 0.5
História: Gilson ficou tetraplégico depois de
bater a cabeça em um banco de areia durante
um banho de mar em 2007. Enquanto passava
por tratamento no hospital, pesquisou sobre
esportes para cadeirantes e jogou bocha assim que terminou o tratamento. Anos depois,
em 2010, entrou para o um time de rugby.
143
José Higino Oliveira
Souza
Lucas França Couto
Junqueira
Nascimento: 25/11/1984, em Brasília (DF)
Peso: 70kg
Altura: 1,80m
Classe: 2.0
História: José ficou tetraplégico em 2002 ao
bater a cabeça em um banco de areia durante um mergulho no mar. O atleta passou pela
reabilitação no hospital Sarah Kubitscheck,
em Brasília, onde conheceu o rugby em cadeira de rodas. Em 2010, começou a praticar
a modalidade.
Nascimento: 09/12/1987, em São Paulo (SP)
Peso: 79kg
Altura: 1,93m
Classe: 0.5
História: Em 2009, Lucas foi mergulhar no
mar e bateu a cabeça em um banco de areia.
O acidente o deixou tetraplégico. Lucas passou pela reabilitação em Brasília, no hospital
Sarah Kubitscheck, onde foi apresentado ao
rugby. Assim que se recuperou e voltou a São
Paulo, procurou equipes para começar a praticar a modalidade.
José Raul Schoeller
Guenther
Nascimento: 18/3/1991, Florianópolis (SC)
Peso: 78kg
Altura: 1,84m
Classe: 1.0
História: José Raul ficou tetraplégico em 2007,
vítima de um acidente de carro. Durante sua
recuperação e reabilitação, José assistiu a um
documentário sobre o rugby em cadeira de rodas. Assim que saiu do hospital reuniu mais
interessados no esporte e começou a participar de campeonatos. Chegou à Seleção em
2011.
144
Luís Fernando Sper
Cavalli
Nascimento: 19/11/1976, em São Paulo (SP)
Peso: 65kg
Altura: 1,76m
Classe: 1.5
História: Luís Fernando sofreu um acidente de
carro em 2004 e ficou tetraplégico. Durante
a reabilitação, foi conhecendo esportes que
poderia praticar e optou pelo handebol. Em
2008, a equipe em que jogava foi convidada
a conhecer o rugby em cadeira de rodas. Luís
Fernando gostou do rugby por se adequar
melhor à deficiência dele e passou a se dedicar somente à modalidade. Teve sua primeira
convocação para a Seleção em 2010.
145
Moisés Domingues
Batista
Nascimento: 28/07/1977, Telêmaco Borba
(PR)
Peso: 58kg
Altura: 1,46m
Classe: 3.0
História: Moisés tem má formação no braço
direito, perna esquerda e mão esquerda, mas
não tem comprometimento motor. Desde 1995
pratica algum esporte em alto rendimento. Já
passou pela natação e participou de Jogos
Paralímpicos, Mundiais e Jogos ParapanAmericanos. Em 2012 conheceu o rugby e começou a treinar. No mesmo ano, se destacou
em uma competição nacional e foi convocado
para a Seleção.
Rafael Hoffmann
Nascimento: 29/03/1984, Ituporanga (SC)
Peso: 60kg
Altura: 1,77m
Classe: 2.0
História: Rafael bateu a cabeça em um banco de areia enquanto mergulhava no mar em
2007. O acidente o deixou tetraplégico. Assim
que se recuperou, em 2008, foi convidado
a experimentar o rugby. Ligado ao esporte,
Rafael resolveu tentar como forma de reabilitação, e como foi se desenvolvendo rápido,
passou a treinar intensivamente para competir.
146
TÊNIS EM CADEIRA
DE RODAS
As semelhanças com o esporte convencional são muitas, mas existe
a chamada regra dos dois quiques, que determina que o atleta cadeirante precisa mandar a bola para o outro lado antes que ela toque no
chão pela terceira vez. As cadeiras utilizadas também são esportivas,
com rodas adaptadas para um melhor equilíbrio e mobilidade. Não há
diferença em relação às raquetes e às bolas. No Brasil, a modalidade é
administrada pela Confederação Brasileira de Tênis (CBTenis).
Classificação
O único requisito para que uma pessoa possa competir em cadeira
de rodas é ter sido medicamente diagnosticada com uma deficiência
relacionada a locomoção, ou seja, deve ter total ou substancial perda
funcional de uma ou mais partes extremas do corpo. Se como resultado dessa limitação funcional a pessoa for incapaz de participar de competições de tênis convencionais (para pessoas sem deficiência física),
deslocando-se na quadra com velocidade adequada, estará credenciada para participar dos torneios de tênis para cadeirantes.
Coordenador: Wanderson Cavalcante
Técnicos: Leonardo Flávio de Oliveira e Raphael de Moraes
147
Carlos Alberto Chaves
dos Santos (Jordan)
Natália Mayara Azevedo
da Costa
Nascimento: 14/02/1970, Parnaíba (PI)
Peso: 75kg
Altura: 1,70m
Classe: Men
Principais conquistas: Ouro nas duplas e bronze individual nos Jogos Parapan-Americanos
do Rio, em 2007
História: Aos 2 anos, Carlos teve poliomielite
e, como sequela, teve atrofia nas pernas. Aos
15, buscou o esporte para superar a timidez
e fazer a reabilitação. Praticou polo aquático,
natação, atletismo e basquete em cadeira de
rodas – modalidade que lhe rendeu o apelido:
Jordan. Em 2003, depois de 13 anos servindo
a Seleção de basquete, migrou para o tênis.
Nascimento: 03/04/1994, Recife (PE)
Peso: 50kg
Altura: 1,35m
Classe: Women
Principais conquistas: Ouro nos Jogos ParapanAmericanos Juvenis na Colômbia (2009)
História: Aos 2 anos de idade, Natália foi atropelada por um ônibus que subiu na calçada
em alta velocidade. O acidente causou a amputação das duas pernas dela. A jovem começou a praticar natação e tênis em cadeira de
rodas ainda na infância. Conseguiu conciliar
as duas modalidades até 2007, quando decidiu dedicar-se apenas ao tênis.
Daniel Alves Rodrigues
Nascimento: 10/11/1986, Belo Horizonte (MG)
Peso: 70kg
Altura: 1,75m
Classe: Men
Principais conquistas: Bronze no Mundial da
Inglaterra, em 2009
História: Daniel nasceu com má formação na
perna direita (20 centímetros menor que a
esquerda). Apaixonado por esportes, aceitou
o convite para participar de uma aula experimental na ONG “Tênis para Todos”. Gostou da
modalidade e se dedicou a ela.
148
Rejane Cândida da Silva
Nascimento: 21/10/1976, Crixás (GO)
Peso: 41kg
Altura: 1,40m
Classe: Women
Principais conquistas: Prata em dupla nos
Jogos Parapan-Americanos do Rio, em 2007
História: Rejane teve poliomielite aos dois meses de vida e fiou com as pernas atrofiadas.
Começou a jogar tênis em 2004, sua primeira
modalidade adaptada.
149
TÊNIS DE MESA
No tênis de mesa participam atletas do sexo masculino e feminino
com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições
são divididas entre mesatenistas andantes e cadeirantes, com jogos
individuais, em duplas ou por equipes. As partidas consistem em
uma melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até
que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a
10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem. Em relação
ao tênis de mesa convencional, existem apenas algumas diferenças
nas regras, como na hora do saque para a categoria cadeirante. No
Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de
Tênis de Mesa (CBTM).
Classificação
Os atletas são divididos em onze classes distintas. Mais uma vez,
segue a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o
comprometimento físico-motor do atleta. A classificação é realizada
a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta,
sua força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de
rodas e a habilidade de segurar a raquete.
Classes 1 a 5 – atletas cadeirantes
Classes 6 a 10 – atletas andantes
Classe 11 – atletas andantes com deficiência intelectual
Coordenador: José Ricardo Rizzone
Técnicos: Alexandre Ghizi, Luciano Possamai e Paulo César de
Camargo
Alexandre Macieira Ank
Nascimento: 14/12/1979, em Bicas (MG)
Peso: 68kg
Altura: 1,70m
Classe: 4
Principais conquistas: Medalha de ouro nos
Jogos Parapan-Americanos do Rio-2007
História: Alexandre ficou paraplégico depois
de um acidente automobilístico em 1996.
Começou o tênis de mesa por acaso, em
2003, quando foi a Uberlândia participar de
uma competição de natação. Passeando pelo
ginásio do clube onde a competição era realizada foi chamado por um técnico para completar uma chave em um torneio de tênis de
mesa. Depois disso se dedicou totalmente à
modalidade.
Aloisio Alves de Lima
Junior
Nascimento: 13/09/1973, em Brasília (DF)
Peso: 80kg
Altura: 1,84m
Classe: 1
Principais conquistas: Medalha de bronze por
equipes no Mundial da China 2014
História: Aloisio ficou tetraplégico em 2003
depois de sofrer um acidente enquanto fazia
rapel. Sempre foi ligado ao esporte, mas como
hobby. Começou no tênis de mesa em 2004,
durante a reabilitação. Gostou do esporte,
se adaptou rápido e passou a treinar para
competir.
32
150
151
Bruno de Paula Peres
Braga
Carlos Alberto Carbinatti
Júnior
Nascimento: 12/10/1990, em Brasília (DF)
Peso: 75kg
Altura: 1,86m
Classe: 1
Principais conquistas: Medalha de bronze por
equipes no Mundial em 2014.
História: Bruno ficou tetraplégico aos 16 anos
após um acidente de carro. O atleta era jogador de tênis e até tentou voltar ao esporte
quando se recuperou, mas não teve sucesso
porque exigia muita mobilidade de braços.
Como os fundamentos do tênis de mesa são
parecidos e Bruno já os dominava, passou para a modalidade em 2009.
Nascimento: 08/08/1984, Rio Claro (SP)
Peso: 69kg
Altura: 1,69m
Classe: 10
Principais conquistas: Ouro no individual e por
equipes nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011
História: Carlos Alberto teve paralisia cerebral,
por falta de oxigênio no parto. Começou no tênis de mesa na adolescência, em 1998, nos
intervalos das aulas. Um amigo de classe o
alertou sobre uma pessoa que dava treinos de
tênis de mesa em Rio Claro (SP). Carlos procurou o local e se interessou pela modalidade.
Em 1999 começou a competir e, em 2008, teve sua estréia no esporte Paralímpico.
Carlo di Franco Michell
Nascimento: 10/05/1970, Belo Horizonte (MG)
Peso: 70kg
Altura: 1,70m
Classe: 6
Principais conquistas: Ouro individual e por
equipe nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011; ouro individual e prata por equipe no Rio, em 2007; ouro individual e prata por equipe nos Jogos ParapanAmericanos da Cidade do México, em 1999
História: Com artrogripose congênita, foi incentivado por um primo a experimentar o tênis
de mesa em 1984. Segundo ele foi “amor à
primeira raquetada”. Ele, que já foi atleta da
natação, começou no tênis de mesa aos 14
anos e desde então não parou.
152
Catia Cristina da Silva
Oliveira
Nascimento: 12/06/1991, em Cerqueira César
(SP)
Peso: 59kg
Altura: 1,75m
Classe: 2
História: Em outubro de 2007, aos 16 anos,
Cátia sofreu acidente de carro e ficou tetraplégica. A atleta era jogadora de futebol e, após
se recuperar do acidente, conheceu o tênis de
mesa por convite de uma amiga. Desde então,
passou a treinar a modalidade.
153
Claudio Massad de Moura
Danielle Rauen
Nascimento: 27/02/1985, em Bauru (SP)
Peso: 70kg
Altura: 1,87m
Classe: 10
História: Claudio descobriu que tinha Doença
de Blaunt aos 10 anos de idade. A doença
óssea causou o mau desenvolvimento da
perna esquerda, deixando o joelho, a tíbia e
o tornozelo tortos, além da perna ter ficado 3
centímetros menor que a direita. Aos 12 anos,
começou no tênis de mesa como hobby, e
dois anos depois passou a treinar com mais
seriedade.
Nascimento: 18/12/1997, em São Bento do Sul
(SC)
Peso: 68kg
Altura: 1,75m
Classe: 9
Principais conquistas: Prata no Parapan de
Jovens, na Argentina, em 2013
História: Danielle descobriu, aos 4 anos de
idade, que sofria com artrite reumatoide juvenil – doença que causa atrofia nos músculos
e degenera articulações – e passou a controlar com medicação. Começou a jogar tênis de
mesa aos 9 anos, na escola. Porém, jogava
contra atletas sem deficiência. Quando passou pela primeira classificação funcional, na
adolescência, chamou atenção de treinadores e, em 2013, foi convocada para a Seleção
Brasileira.
Claudiomiro Segatto
Nascimento: 15/09/1971, Coronel Vivida (PR)
Peso: 75kg
Altura: 1,94m
Classe: 5
Principais conquistas: Ouro individual e por
equipes nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011; ouro individual e por
equipe nos Jogos Parapan-Americanos do
Rio, em 2007
História: Em 1997, Claudiomiro teve sua perna direita amputada em função de um tumor
(osteosarcoma) no joelho. Quatro anos depois
passou a dedicar-se ao tênis de mesa e foi
eleito o melhor mesatenista das Américas em
2007 e 2009.
154
David Andrade de Freitas
Nascimento: 23/03/1978, Fortaleza (CE)
Peso: 76kg
Altura: 1,83m
Classe: 3
Principais conquistas: Prata no individual e ouro por equipes nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara, em 2011.
História: Um tumor, descoberto em 2004,
provocou paralisia dos membros inferiores.
Começou no tênis de mesa convidado pelo
então atleta da modalidade Eugênio Sales,
nos Jogos Paraolímpicos Cearenses. Chegou
a praticar xadrez, vôlei, futebol e basquete,
mas escolheu o tênis de mesa como esporte
em 2008.
155
Diego Moreira
Ezequiel Babes
Nascimento: 16/10/1986, em São Carlos (SP)
Peso: 84kg
Altura: 1,82m
Classe: 9
História: Diego nasceu com pé direito torto e
virado para trás. Ainda bebê, fez cirurgia para
corrigir a posição. Porém, como não tem movimentação no tornozelo, teve a panturrilha
direita atrofiada. Diego começou a praticar o
tênis de mesa com 10 anos de idade. Jogou
até os 18 e se afastou por dez anos. Bancário,
sentiu falta do esporte e voltou a praticar em
2013.
Nascimento: 16/08/1971, Guarapuava (PR)
Peso: 70kg
Altura: 1,80m
Classe: 4
Principais conquistas: Ouro individual e prata
por equipes nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011.
História: Após ter sofrido um acidente de carro em 1996, Ezequiel ficou paraplégico. Ele,
que desde os 13 anos praticava esportes, ao
conhecer as modalidades paralímpicas, escolheu o tênis de mesa e a partir daí não parou
mais até se tornar um atleta. Começou a competir em 2002.
Erick Keiji Higa
Nascimento: 17/08/1995, em São Paulo (SP)
Peso: 73kg
Altura: 1,71m
Classe: 9
História: Erick nasceu com os dois pés tortos.
A correção foi feita por cirurgia, mas deixou
o tornozelo com pouca movimentação e, consequentemente, as panturrilhas atrofiaram.
O atleta sempre praticou esportes e passou
pelo handebol, badminton, futebol, beisebol e
natação. Entrou para o tênis de mesa influenciado por um primo, que também praticava a
modalidade.
156
Guilherme Marcião Costa
Nascimento: 30/12/1991, Manaus (AM)
Peso: 75kg
Altura: 1,90m
Classe: 2
História: Em novembro de 2006, Guilherme foi
atropelado por um carro no Parque da Cidade,
em Brasília (DF), e ficou tetraplégico. Ele
chegou a praticar outras modalidades como
natação, capoeira, basquete, futebol e jiu-jitsu antes do acidente, e descobriu no tênis de
mesa um recomeço. Começou a treinar em
dezembro de 2007 e, em julho de 2008 competiu pela primeira vez na Copa Brasil.
157
Iranildo Conceição
Espíndola
Nascimento: 24/01/1969, Nova Gama (GO)
Peso: 78kg
Altura: 1,78m
Classe: 2
Principais conquistas: Ouro individual e por
equipes nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011; ouro no individual e por
equipes nos Jogos Parapan-Americanos do
Rio, em 2007.
História: Iranildo chegou a ser jogador de futebol profissional. Um dia, na praia, em março de 1995, ele resolveu dar um mergulho e
bateu com a cabeça em um banco de areia.
O acidente o deixou tetraplégico. Por recomendação de seu fisioterapeuta e influenciado pela família, o goiano conheceu o tênis de
mesa e nunca mais largou. Em 1998 já estava
competindo.
Israel Pereira Stroh
Nascimento: 03/09/1986, em Santos (SP)
Peso: 75kg
Altura: 1,81m
Classe: 7
História: Israel sofreu uma paralisia cerebral
causada por falta de oxigênio na hora do parto e teve os movimentos dos braços e pernas
comprometidos. O atleta sempre praticou esporte e se dedicou totalmente ao tênis de mesa aos 14 anos. Porém, Israel só descobriu a
limitação causada pela paralisia cerebral aos
25 anos, quando se candidatou a um emprego em um jornal. Depois disso, voltou a praticar a modalidade, passou por classificação
funcional e começou a competir no esporte
paralímpico.
158
Ivanildo Pessoa de Freitas
Nascimento: 13/05/1966, Surubim (PE)
Peso: 84kg
Altura: 1,83m
Classe: 4
Principais conquistas: Prata individual e por
equipes nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011; ouro por equipes nos
Jogos Parapan-Americanos do Rio, em 2007;
bronze individual e prata por equipes nos
Jogos Parapan-Americanos da Cidade do
México, em 1999.
História: Ivanildo ficou paraplégico em 1990
depois de ser atropelado. Dois anos depois,
começou a nadar por indicação da fisioterapeuta. Passou quatro anos nadando e conheceu o tênis de mesa. Fez sua estreia em competições em 1997 e, dois anos depois, chegou
à Seleção.
Jennyfer Marques
Parinos
Nascimento: 22/02/1996, Santos (SP)
Peso: 58kg
Altura: 1,53m
Classe: 9
Principais conquistas: Medalha de bronze por
equipes no Mundial da China, em 2014
História: Jennyfer descobriu com 1 ano de idade uma doença conhecida como raquitismo
hipofosfatêmico. Como os ossos de Jennyfer
foram enfraquecidos pela doença, as pernas
dela arquearam. A atleta chegou ao tênis de
mesa em 2009, por indicação de uma vizinha
que praticava a modalidade paralímpica.
159
Jorcerley Moreira da Silva
Lucas Martins Maciel
Nascimento: 5/6/1975, em Goiânia (GO)
Peso: 72kg
Altura: 1,92m
Classe: 3
Principais conquistas: Medalha de ouro por
equipe nos Jogos Parapan-Americanos do
Rio, em 2007
História: Jorcerley ficou paraplégico há 20
anos ao ser atingido por uma bala perdida em
Goiânia. Aos 29 anos, viu cadeirantes jogando
tênis de mesa e resolveu experimentar a modalidade. Começou como uma brincadeira e
depois levou a sério.
Nascimento: 7/8/1979, Santos (SP)
Peso: 115kg
Altura: 1,89m
Classe: 11
Principais conquistas: Ouro individual nos
Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara,
em 2011; ouro individual e em duplas nos
Jogos Parapan-Americanos da Cidade do
México, em 1999.
História: Lucas é deficiente intelectual e já praticou futebol e natação na infância antes de
chegar ao tênis de mesa. Aos 14 anos, conheceu a modalidade, gostou e dedicou-se exclusivamente a ela.
Joyce Fernanda de
Oliveira
Nascimento: 24/06/1990, Jundiaí (SP)
Peso: 45kg
Altura: 1,62m
Classe: 4
Principais conquistas: ouro individual e prata
por equipes nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011; bronze por equipes
nos Jogos Parapan-Americanos do Rio, em
2007.
História: Um desabamento da cobertura de
uma parada de ônibus deixou Joyce paraplégica em 2002. Enquanto fazia tratamento
em Brasília, conheceu o tênis de mesa como
forma de reabilitação. Quando voltou a São
Paulo, começou a praticar o tênis de mesa.
160
Luiz Filipe Guarnieri
Manara
Nascimento: 19/11/1991, Mogi Mirim (SP)
Peso: 64kg
Altura: 1,79m
Classe: 8
História: Por falta de oxigênio na hora do parto, Luiz Filipe sofreu paralisia cerebral e teve o
movimento da perna direita afetado. A história
do atleta no tênis de mesa começou aos oito anos de idade, quando fez uma cirurgia de
alongamento de tendão da perna em Brasília
e praticava o esporte na fisioterapia para ter
mais mobilidade do lado direito do corpo.
Quando voltou para sua cidade, Mogi, comprou uma mesa e começou a treinar. Jogou
contra atletas sem deficiência até 2008, quando passou por classificação funcional e começou a competir no esporte paralímpico.
161
162
Luiz Henrique Medina
Paulo Sérgio Salmin Filho
Nascimento: 04/06/1951, São Paulo (SP)
Peso: 47kg
Altura: 1,67m
Classe: 6
Principais conquistas: Bronze individual
e prata por equipes nos Jogos ParapanAmericanos do Rio, em 2007.
História: Luiz Henrique nasceu sem os dois
braços e sem a perna esquerda. Chegou a
praticar natação, mas não se adaptou. Chegou
ao tênis de mesa em 1999 e gostou muito do
esporte. Começou a participar de campeonatos em 2001.
Nascimento: 12/11/1993, Jaú (SP)
Peso: 70kg
Altura: 1,70m
Classe: 8
Principais conquistas: Ouro por equipes e prata individual nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011
História: Paulo nasceu sem o fêmur da perna
direita e foi submetido a cirurgias durante sua
infância para adaptar-se à prótese. Convidado
pelos amigos do colégio, começou a praticar
o tênis de mesa por hobby. Anos mais tarde,
virou atleta profissional.
Maria Luiza Pereira
Passos
Ronaldo Pinheiro
Machado de Souza
Nascimento: 09/06/1961, Bandeirantes (PR)
Peso: 56kg
Altura: 1,60m
Classe: 5
Principais conquistas: Bronze individual e prata por equipe nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011; bronze individual e
por equipe nos Jogos Parapan-Americanos
do Rio, em 2007.
História: Aos 23 anos, durante a gravidez,
Maria Luiza perdeu parcialmente o movimento
das pernas por causa de um tumor na coluna.
Chegou a praticar o atletismo nas provas de
campo, mas se identificou com o Tênis de mesa e fez a migração.
Nascimento: 27/12/1976, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 100kg
Altura: 1,86m
Classe: 2
Principais conquistas: Ouro por equipes e prata individual nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011
História: Ronaldo era triatleta e, aos 18 anos,
estava treinando com sua bicicleta quando foi
atropelado. O acidente o deixou tetraplégico,
mas não tirou a vontade de praticar um esporte. Conheceu o tênis de mesa e começou a
competir em 2009.
163
Thais Fraga Severo
Nascimento: 31/05/1993, em Goiânia (GO)
Peso: 61kg
Altura: 1,75m
Classe: 3
Conquistas: Ouro individual e por equipes no
Parapan de Jovens, na Argentina, em 2013.
História: Thais sofreu um acidente de carro em
2008 e ficou paraplégica. Até então, nunca tinha praticado esporte. Quando se recuperou,
tentou o vôlei sentado, mas não se adaptou. A
atleta descobriu a modalidade ao observar o
treinamento de atletas da associação a qual
frequentava, em Goiânia. Em 2010, um técnico de tênis de mesa a chamou para completar
a delegação nas Paralimpíadas Escolares.
Welder Camargo Knaf
Nascimento: 06/04/1981, Guarapuava (PR)
Peso: 80kg
Altura: 1,70m
Classe: 3
Principais conquistas: Ouro por equipe e bronze individual nos Jogos Parapan-Americanos
de Guadalajara, em 2011; ouro por equipe e prata individual nos Jogos ParapanAmericanos do Rio, em 2007
História: Welder sofreu um acidente de carro
aos 5 anos de idade e ficou paraplégico. Em
1995, começou a jogar o tênis de mesa com
o pai, apenas como hobby e gostou de como
se desenvolveu. Passou a competir em 2003.
TIRO COM ARCO
O Tiro com Arco paralímpico pode ser disputado por pessoas com
amputações, paraplégicos e tetraplégicos, paralisia cerebral, doenças disfuncionais e progressivas, como a atrofia muscular e escleroses, com disfunções nas articulações, problemas na coluna e
múltiplas-deficiências.
Além das provas individuais, a modalidade ainda conta com a disputa
por equipes, com três arqueiros em cada time. As regras do Tiro com
Arco paralímpico são as mesmas do esporte olímpico. Os participantes
têm como objetivo acertar as flechas o mais perto possível do centro
do alvo, que fica colocado a uma distância de 70m e tem 1,22m de diâmetro, formado por dez círculos concêntricos. O mais externo vale um
ponto, e o central vale dez. Quanto mais próxima do círculo central estiver a flecha, maior a pontuação obtida. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco).
Classificação
Os atletas do tiro com arco são divididos em três categorias: Standing,
W1 e W2.
Standing – Atletas que não possuem deficiência nos braços, mas possuem grau de perda de força muscular nas pernas, de coordenação ou
mobilidade articular. Na Standing, o atleta pode atirar sentado em uma
cadeira normal, com os pés no chão ou em pé.
W1 – Atletas com deficiência nos braços e nas pernas, com alcance
limitado de movimentos, de força, de controle dos braços e pouco ou
nenhum controle do tronco.
W2 – Atletas que possuem paraplegia e mobilidade articular limitada
nos membros inferiores e que precisam da cadeira de rodas para uso
diário.
Coordenador: Reginaldo Salles Miranda
Técnicos: André Álvares, Daltely dos Santos e Henrique Campos
164
165
Andrey Muniz de Castro
Fabíola Lorenzi Dergovics
Nascimento: 23/04/1993, Apucarana (PR)
Peso: 60kg
Altura: 1,74m
Classe: W2
História: Um acidente de carro lhe tirou os
movimentos das pernas aos 19 anos. Um ano
após o acidente, começou a praticar basquete
em cadeira de rodas. Em 2008 começou no
tiro com arco por hobby e acabou se destacando na modalidade.
Nascimento: 23/06/1967, São Paulo (SP)
Peso: 60kg
Altura: 1,75m
Classe: Standing
História: Uma queda de 3,5m de altura em um
vão de escada, em 2007, causou danos físicos a Fabíola. Após o acidente, a atleta teve
lesões diversas na coluna, paralisia na perna
direita, fraturas no braço esquerdo e ainda ficou com três costelas soltas. Depois de se recuperar, Fabíola começou a procurar esportes
que poderia praticar com as limitações. Como
sempre achou o tiro com arco um esporte
“elegante e bonito”, resolveu experimentar e
gostou. Começou a praticá-lo em 2013.
Diogo Rodrigues de
Sousa Santos
Nascimento: 23/04/1993, em Uruçui (PI)
Peso: 50kg
Altura: 1,69m
Classe: Standing
História: Diogo teve a perna amputada pouco
acima do joelho aos 7 anos de idade por causa
de um câncer nos ossos da canela. Chegou a
praticar natação e futebol, mas foi para o tiro
com arco aos 16 anos, quando um professor o
apresentou ao esporte.
166
Helba Aparecida Borges
Nascimento: 26/10/1966, Vitória (ES)
Peso: 50kg
Altura: 1,52m
Classe: Standing
História: Helba teve poliomielite com 1 ano e
4 meses de idade. Como sequela, ficou com
a perna esquerda atrofiada. Iniciou no esporte paralímpico praticando o atletismo. Depois
disso, passou pelo basquete em cadeira de
rodas e tênis em cadeira de rodas. Em 2010,
um professor mostrou o tiro com arco e Helba
se identificou com o esporte.
167
Jane Karla Rodrigues
Gögel
Luciano Reinaldo
Rezende
Nascimento: 06/07/1975, Aparecida de
Goiânia (GO)
Peso: 59kg
Altura: 1,62m
Classe: W2
História: Jane Karla teve poliomielite aos 3
anos de idade, o que prejudicou os movimentos das pernas. Em 2003, iniciou no tênis de
mesa e conseguiu conquistar títulos nacionais
e internacionais. Conheceu o tiro com arco em
2014, e no início de 2015, passou a se dedicar
somente à modalidade.
Nascimento: 05/08/1978, Balsas (MA)
Peso: 65kg
Altura: 1,68m
Classe: Standing
História: Uma lesão congênita na espinha
prejudicou os movimentos das pernas de
Luciano. O arqueiro praticou natação dos 13
aos 20 anos. Em 2008, conheceu o tiro com
arco e encontrou sua vocação esportiva.
Júlio César Oliveira
Nascimento: 03/03/1971, São Paulo (SP)
Peso: 80kg
Altura: 1,70m
Classe: Standing
História: Após um acidente em um salto de
paraquedas, aos 29 anos, Julio perdeu o movimento da perna esquerda. Quatro anos após
o ocorrido, começou a praticar tiro com arco e
se firmou na modalidade.
168
Patricia O’Neill Layolle
Nascimento: 05/05/1957, França
Peso: 60kg
Altura: 1,68m
Classe: Standing
História: Patricia ficou com limitações no movimento do braço esquerdo após ser atacada
por um cão em 2008. Dois anos depois, a atleta, que já praticava o tiro com arco, naturalizou-se brasileira e voltou a treinar e competir
na modalidade, dessa vez, de forma adaptada.
169
Thaís Silva e Carvalho
Nascimento: 14/06/1992, Brasília (DF)
Peso: 60kg
Altura: 1,60m
Classe: Standing
História: Aos três anos de idade, Thaís quebrou a tíbia da perna direita e o osso nunca
calcificou por causa de uma doença conhecida como pseudoartrose. A lesão atrapalhou o
desenvolvimento da perna, que chegou a ficar
12 centímetros mais curta que a outra. Em
2014, a atleta decidiu amputar parte da perna
para evitar novos problemas. Thaís praticava o
badminton em 2012, e bem ao lado da quadra
onde treinava havia treinos de tiro com arco.
Curiosa, Thaís decidiu experimentar e gostou
da modalidade, que se dedica exclusivamente
desde 2013.
VOLEIBOL SENTADO
No vôlei sentado podem competir amputados, principalmente dos
membros inferiores; atletas com paralisia cerebral; lesionados na coluna vertebral; e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora
(sequelas de poliomielite, por exemplo). O contato com o chão deve ser
mantido em toda e qualquer ação, sendo permitido perdê-lo somente
nos deslocamentos.
A disputa é muito semelhante com a do vôlei convencional. Seis jogadores de cada equipe ficam em quadra e o jogo é dividido em cinco
sets (quatro de 25 pontos e um tie-break de 15 pontos). Ganha a partida a equipe que vencer três sets. A quadra mede 10m de comprimento
por 6m de largura. A altura da rede é de 1,15m no masculino e 1,05m no
feminino. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação
Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD).
Classificação
Os jogadores do vôlei sentado são classificados em duas classes:
elegíveis e mínima elegibilidade. Na primeira, estão aqueles com amputações e com problemas locomotores mais acentuados. Na mínima
elegibilidade, os atletas têm deficiências quase imperceptíveis, como
problemas de articulação leves ou pequenas amputações nos membros. Cada equipe só pode contar dois jogadores de mínima elegibilidade, e os dois não podem estar em quadra ao mesmo tempo. Ou seja,
enquanto um deles joga, o outro fica no banco de reservas.
Coordenador da modalidade: Marcelo Micheletto
FEMININO
Técnico: José Dantas
MASCULINO
Técnico: Fernando Guimarães
170
171
FEMININO
Adria Jesus da Silva
Nascimento: 01/06/1983, Goiânia (GO)
Peso: 66kg
Altura: 1,77m
Posição: levantadora
História: Após um acidente de moto, aos 16
anos, Ádria sofreu a amputação de sua perna esquerda. Antes do ocorrido, nunca havia
praticado nenhum esporte. Em 2005, sua altura chamou a atenção de um técnico de Vôlei
Sentado. Destacou-se na modalidade e integra a Seleção Brasileira desde 2006.
Andressa Luzia Santos
Nascimento: 24/01/1986, São Bernardo do
Campo (SP)
Peso: 57kg
Altura: 1,68m
Posição: meio de rede
História: Andressa sofreu um acidente de moto em 2004 e teve a perna esquerda amputada. Em 2011, com 25 anos, foi convidada por
uma amiga para praticar o voleibol sentado.
Edwarda de Oliveira Dias
Nascimento: 22/04/1999, Pinhão (PR)
Peso: 80kg
Altura: 1,64m
Posição: levantadora e ponta
História: Nasceu com má formação, sem a
perna direita. No colégio jogava vôlei em pé,
mas foi convidada para conhecer o voleibol
sentando em 2013. Aceitou o convite e começou a jogar em um time de Maringá (PR).
172
Gilvania José de Lima
Nascimento: 28/11/1977, Suzano (SP)
Peso: 50kg
Altura: 1,62m
Posição: levantadora
História: Gilvania nasceu com a espinha bífida (má formação) e foi descoberta pelo então
auxiliar técnico da Seleção Brasileira, Ronaldo
Oliveira, enquanto praticava o vôlei de praia
convencional.
Gizele Maria da Costa
Dias
Nascimento: 29/11/1977, Mogi das Cruzes
(SP)
Peso: 50kg
Altura: 1,60m
Posição: levantadora
História: Jogava vôlei amador e, com 30 anos,
sofreu uma lesão de nervo fibular da perna
esquerda ao torcer o joelho. Fez cirurgia, mas
durante a intervenção médica, sofreu complicações que a deixaram com o pé caído. Com
o tempo, adquiriu também artrose em último
grau no joelho esquerdo. Um amigo que jogava com ela no time amador a convidou para
fazer um teste em outubro de 2009, e em 2010
foi convocada para a Seleção.
Janaína Petit Cunha
Nascimento: 16/07/1977, Varginha (MG)
Peso: 77kg
Altura: 1,82m
Posição: atacante
História: Destaque na seleção olímpica juvenil, Janaína sempre praticou a modalidade.
Aos 18 anos, foi atropelada e perdeu força
muscular na panturrilha e no quadríceps. O
vôlei sentado entrou em sua vida em 2009.
173
Jani Freitas Batista
Nurya de Almeida Silva
Nascimento: 13/08/1986, Alvorada do Norte
(GO)
Peso: 65kg
Altura: 1,67m
Posição: atacante
História: Jani teve que amputar a perna esquerda pouco acima do joelho em 2007, depois de sofrer um acidente de moto. No ano
seguinte, foi para Goiânia colocar uma prótese e conheceu o vôlei sentado.
Nascimento: 26/04/1991, Cromínia (GO)
Peso: 55kg
Altura: 1,62m
Posição: líbero
História: Em 2012, Nurya foi vítima de um acidente de carro e sofreu lesão na medula. Dois
anos depois, ao comprar próteses em uma
loja, foi informada por uma funcionária sobre
o voleibol sentado. No mesmo ano iniciou no
esporte e já foi convocada para a Seleção.
Laiana Rodrigues Batista
Paula Angeloti Herts
Nascimento: 08/05/1982, Manaus (AM)
Peso: 97kg
Altura: 1,82m
Posição: saída de rede
História: Com 18 anos, Laiana teve dengue
hemorrágica e desenvolveu a síndrome de
Guillain Barret e, como sequela, ficou com a
perna direita atrofiada e o pé caído. Laiana
era atleta e estava prestes a jogar profissionalmente antes de adquirir a síndrome. Em 2014,
em uma palestra do CPB, conheceu o técnico
Amauri, que a convidou para fazer teste com
a Seleção.
Nascimento: 21/07/1974, São Paulo (SP)
Peso: 120kg
Altura: 1,78m
Posição: atacante
História: Em 2005, Paula sofreu um acidente
de moto e teve a perna esquerda amputada.
Em 2011, após ter bom desempenho em um
torneio regional, em São Paulo, Paula foi convocada para a Seleção.
Nathalie Filomena de
Lima Silva
Nascimento: 13/04/1990, Jacareí (SP)
Peso: 72kg
Altura: 1,75m
Posição: atacante
História: A atleta nasceu com lesão plexobraquial no braço esquerdo e por isso tem os
movimentos prejudicados. Apaixonada por
esporte, Nathalie chegou ao vôlei sentado em
2006.
174
Suellen Cristine
Dellangelica Lima
Nascimento: 04/11/1998, São Paulo (SP)
Peso: 62kg
Altura: 1,75m
Posição: atacante
História: Suellen nasceu com má formação na
mão esquerda. A atleta foi um dos destaques
dos Jogos Regionais de vôlei convencional de
São Paulo. Em 2006 foi convidada para participar da Seleção Brasileira de Vôlei Sentado
e desde então se dedica ao máximo pela
modalidade.
175
MASCULINO
Anderson Ribas da Silva
Nascimento: 14/02/1979, Curitiba (PR)
Peso: 125kg
Altura: 2,12m
Posição: ponta
Principais conquistas: prata no Mundial da
Polônia em 2014.
História: Anderson era jogador de vôlei convencional e chegou a ser bicampeão da Super
Liga (2009 e 2010). Devido a diversas lesões
nos joelhos, ele teve que se afastar das quadras. Em 2011, o ex-jogador da Seleção e
presidente da Confederação Brasileira de
Voleibol para Deficientes (CBVD), Amauri
Ribeiro, o convidou para jogar na modalidade.
Daniel Jorge da Silva
Nascimento: 24/03/1981, Curitiba (PR)
Peso: 80kg
Altura: 1,89m
Posição: atacante
Principais conquistas: ouro nos Jogos
Parapan-Americanos do Rio, em 2007;
ouro nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011; prata no Mundial da
Polônia, em 2014
História: Aos 19 anos, Daniel levou um tiro e
teve que amputar a perna direita. Cinco anos
após o acidente, o curitibano começou a praticar arremesso de dardo, mas não chegou a
competir. Conheceu o vôlei sentado em 2005.
176
Diogo Rebouças
Nascimento: 24/10/1983, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 90kg
Altura: 1,87m
Posição: levantador e atacante
Principais conquistas: ouro nos Jogos
Parapan-Americanos do Rio, em 2007;
ouro nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011.
História: Diogo sofreu um acidente de moto
aos 20 anos e teve a perna amputada. Três
anos depois, conheceu e começou a praticar
o vôlei sentado.
Fabricio da Silva Pinto
Nascimento: 28/02/1994, Santos (SP)
Peso: 69kg
Altura: 1,81m
Posição: oposto
História: Nasceu com o pé direito torto e sem
movimento. Começou jogando vôlei em pé pelo Sesi, no colégio. Em 2010, durante um jogo
estudantil, uma árbitra o chamou para fazer o
teste para o vôlei sentando.
Frederico Doria de Souza
Nascimento: 13/05/1972, Niterói (RJ)
Peso: 110kg
Altura: 2,00m
Posição: ponta
Principais conquistas: prata no Mundial da
Polônia, em 2014.
História: Frederico jogou voleibol profissional
por 23 anos. Em 2008, sofreu uma lesão no
joelho esquerdo, colocou parafuso, mas ficou
com instabilidade articular. Por meio de um
amigo da Andef conheceu a modalidade, fez o
teste e, em 2013, começou a competir.
177
Gilberto Lourenço da
Silva
Nascimento: 22/12/1978, São Paulo (SP)
Peso: 110kg
Altura: 1,91m
Posição: atacante
Principais conquistas: ouro nos Jogos
Parapan-Americanos do Rio, em 2007;
ouro nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, em 2011; prata no Mundial da
Polônia, em 2014.
História: Gilberto sofreu uma lesão em sua
perna num acidente de moto, aos 25 anos de
idade. Conheceu a modalidade adaptada em
2006 e logo representou o Brasil no Parapan
do Rio, em 2007.
Guilherme Borrajo Faria
Gomes
Nascimento: 25/04/1982, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 66kg
Altura: 1,76m
Posição: levantador e líbero
Principais conquistas: prata nos Jogos
Parapan-Americanos de Mar del Plata, em
2003; ouro nos Jogos Parapan-Americanos
Rio, em 2007.
História: Desde a infância praticou diversos
esportes, com destaque para o Tae Kwon Do,
onde foi oito vezes campeão carioca e bicampeão brasileiro. Aos 18 anos, foi atropelado e
precisou ter parte da perna esquerda amputada. Dois anos depois, começou a praticar o
vôlei sentado.
178
Levi Cesar Gomes
Nascimento: 07/01/1973, Sorocaba (SP)
Peso: 106kg
Altura: 2,03m
Posição: atacante
Principais conquistas: prata no Mundial da
Polônia, em 2014.
História: Levi jogava vôlei convencional, mas
em 2010 sofreu lesões no tornozelo que deixaram o atleta com mobilidade reduzida na
região. No fim de 2011, começou a praticar a
modalidade adaptada.
Renato de Oliveira Leite
Nascimento: 11/08/1982, São Paulo (SP)
Peso: 74kg
Altura: 1,81m
Posição: levantador
Principais conquistas: prata nos Jogos
Parapan-Americanos de Mar del Plata, em
2003; ouro nos Jogos Parapan-Americanos
do Rio, em 2007; ouro nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara, em 2011; prata
no Mundial da Polônia, em 2014
História: Um acidente de moto aos 17 anos
ocasionou uma grave lesão em sua perna esquerda, que foi amputada. Já praticava vôlei e,
após sua recuperação, voltou às quadras. Foi
um dos pioneiros do Voleibol Sentado.
179
Vagner Batista da Silva
Nascimento:14/06/1976, Suzano (SP)
Peso: 75 kg
Altura: 1,85m
Posição: levantador
Principais conquistas: prata no Mundial da
Polônia, em 2014.
História: Aos 28 anos teve polineuropatia periférica e a doença causou paralisia nas duas
pernas e nos dois pés. Vagner jogava vôlei
desde criança e chegou a disputar o juvenil.
Após a paralisia, em 2006, conheceu um técnico de voleibol sentado que o convidou para
fazer o teste.
Wellington Platini Silva
da Anunciação
Wescley Conceição de
Oliveira
Nascimento: 14/11/1983, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 77kg
Altura: 1,91m
Posição: meio de rede
Principais conquistas: ouro nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011; prata no Mundial da Polônia, em 2014.
História: Wescley foi vítima de um atropelamento e teve a perna esquerda amputada
aos 16 anos. Após a recuperação, começou a
jogar futebol para amputados. Em 2003, descobriu o vôlei sentado e começou a praticar a
modalidade.
Nascimento: 25/03/1985, Osasco (SP)
Peso: 105kg
Altura: 1,95m
Posição: levantador
Principais conquistas: ouro nos Jogos
Parapan-Americanos de Guadalajara, em
2011; prata no Mundial da Polônia, em 2014.
História: Wellington teve que amputar a perna
direita depois de sofrer um acidente de moto
aos 20 anos de idade. No mesmo ano, conheceu o vôlei sentado.
180
181
CERIMÔNIA DE ABERTURA
Parapan Am Athletics Stadium
York University
Ian MacDonald Boulevard & Ottawa Road, Toronto, ON
Data: 7 de agosto
ARENAS &
CALENDÁRIO
CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO
Nathan Phillips Square
100 Queen Street West, Toronto, ON
Data: 15 de agosto
ATLETISMO
Parapan Am Athletics Stadium
York University
Ian MacDonald Boulevard & Ottawa Road, Toronto, ON
Datas: 10 a 14 de agosto
182
183
CICLISMO DE ESTRADA
Ontario Place West Channel
955 Lake Shore Boulevard West, Toronto, ON
Data: 8 de agosto
BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS
CICLISMO DE PISTA
50 Carlton Street, Toronto, ON
Datas: 8 a 15 de agosto
2015 PanAm Boulevard – Tremaine Road/Louis St.
Laurent Boulevard, Milton, ON
Datas: 10 e 11 de agosto
BOCHA / JUDÔ
FUTEBOL
55 Gordon Street, Whitby, ON
Modalidades:
Bocha: Datas: 8 a 11 de agosto
Judô: Datas: 12 a 14 de agosto
Hoskins Avenue and Tower Road, Toronto, ON
Futebol de 5: Datas: 8 a 14 de agosto
Futebol de 7: Datas: 8 a 15 de agosto
Ryerson Athletic Centre
Abilities Centre
184
Cisco Milton Parapan Am Velodrome
Parapan Am Fields
University of Toronto
185
TÊNIS DE MESA
Atos Markham Parapan Am Centre
16 Main Street Unionville, Markham, ON
Datas: 8 a 13 de agosto
GOALBALL / HALTEROFILISMO /
RUGBY EM CADEIRA DE RODAS
TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS
5500 Rose Cherry Place, Mississauga, ON
Goalball: Datas: 8 a 15 de agosto
Halterofilismo: Datas: 8 a 11 de agosto
Rugby em cadeira de rodas: Datas: 8 a 14 de agosto
Near (perto de) 131 Old Kingston Road, Toronto, ON
Datas: 8 a 14 de agosto
Mississauga Sports Centre
University of Toronto Scarborough
Tennis Centre
TIRO COM ARCO
NATAÇÃO /
VÔLEI SENTADO
Parapan Am Aquatics Centre
and Field House
Varsity Stadium
299 Bloor Street West, Toronto, ON
Datas: 9 e 10 de agosto
875 Morningside Avenue, Toronto, ON
Natação; Datas: 8 a 14 de agosto
Vôlei sentado; Datas: 8 a 14 de agosto
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ANOTAÇÕES
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206
207
208
209
210
211
212
Setor Bancário Norte
Quadra 02, lote 12, Bloco F, 14º andar
Edifício Via Capital
Brasília/DF – CEP 70040-020
Telefone: (61) 3031-3030
www.cpb.org.br
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Classificação - Comitê Paralímpico Brasileiro